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MANUAL DE CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS. Definições IEC/ABNT (IEC–79/ NBR-5363) Área classificada: Área na qual uma atmosfera de gás ou vapor explosivo ou pós combustíveis estão presentes ou na qual é provável sua ocorrência a ponto de exigir precauções especiais para a construção, instalação, utilização e manutenção de equipamentos elétricos;
Áreas classificadas (mais comumente encontradas): Mineração de carvão, plantas petroquímicas, químicas, plataformas off shore, Tratamento de esgoto, Oficinas de pintura, lavagem a seco, postos de gasolina e manuseio de grãos.
Área não classificada: área na qual não é provável a ocorrência de uma atmosfera explosiva, a ponto de não exigir precauções especiais para a construção, instalação e utilização de equipamento elétrico.
O Porquê da Classificação de Áreas:
A eletricidade é uma das principais fontes de ignição em ambientes com atmosferas explosivas, através dos equipamentos e instrumentos, descargas atmosféricas ou cargas estáticas;
Definidas as áreas classificadas, procura-se estabelecer medidas para que a eletricidade não provoque ignição da mistura inflamável que estiver presente no ambiente, através da escolha adequada do equipamento, instrumento ou método de instalação.
Uma atmosfera é explosiva quando a proporção de gás, vapor ou pó no ar é tal que uma faísca ou o aquecimento de um aparelho pode provocar a explosão.
Condições para uma explosão: Três condições precisam ser satisfeitas para que ocorra uma explosão:
Gás inflamável ou material combustível em quantidade suficiente; O gás ou combustível, precisa estar misturados misturados com ar ou oxigênio na razão requerida, para criar uma mistura explosiva;
Uma fonte de ignição com potência suficiente para iniciar o processo.
Observa-se que o oxigênio do ar está sempre presente, faltam apenas dois elementos para que se produza uma explosão... Se temos a presença de gás ou pó explosivo, então, só falta um... É importante saber que uma faísca ou uma chama não é indispensável para que se produza uma explosão.
Um aparelho pode, por elevação de temperatura em sua superfície, atingir a temperatura de ignição do gás e provocar a explosão. Como se classificam os produtos de Risco? Os produtos de risco são classificados pela IEC/ABNT da seguinte forma:
1.
Tipo de risco (classe): Classe I: Misturas de gás ou vapor inflamável. Classe II: Pós combustíveis.
2.
Zona de Risco (Ocorrência do risco):
ZONA 0 - A ATMOSFERA EXPLOSIVA ESTÁ SEMPRE PRESENTE Zona na qual uma mistura explosiva de gás, vapor ou poeira está permanente presente (a fase gasosa, no interior de um recipiente ou de um reservatório constitui uma zona "0").
ZONA 1 - A ATMOSFERA EXPLOSIVA ESTÁ FREQÜENTEMENTE PRESENTE. Zona na qual uma mistura explosiva de gás, vapores e poeiras, podem eventualmente se formar em serviço normal da instalação.
ZONA 2 - A ATMOSFERA EXPLOSIVA PODE ACIDENTALMENTE ACIDENTALMENTE ESTAR PRESENTE. Zona na qual uma mistura explosiva pode aparecer em caso de funcionamento anormal da instalação (falhas, erros ou uso negligente).
Estas zonas são geográficas, mas os limites entre cada uma delas não são definidos. Uma zona pode se deslocar por diversos motivos:
Aquecimento dos produtos CSE consultoria e serviços de engenharia ltda. 2
Ventilação falha do local Variações climáticas Erro de manipulação
Como determinar as Zonas de Riscos? A esta pergunta é permitido responder que não existem regras fixas, mas sim metodologias para definir as zonas. Com efeito, qualquer instalação é um caso para se estudar. Não existem casos clássicos. No entanto é possível estudar cada um desses casos.
3. Por definição, um “Ex” na especificação do produto, significa que o produto foi fabricado para uso em atmosfera explosiva. Um “AEx” que está também em conformidade com normas americanas e um “EEx”, que está em conformidade com normas européias.
4. Métodos de proteção: Indica as técnicas de proteção utilizadas na confecção do equipamento e que são numerosas. Algumas não são tão comuns, mas podem ser utilizadas para resolver um problema em particular. Elas são mostradas abaixo:
d e
À prova de chamas - Zona 1 Segurança aumentada - Zona 1
h
Hermeticamente selado – Não mais permitido
i m n o p pl q s v DIP
Intrinsecamente seguro - Zona O ou Zona 1 Encapsulamento - Zona 1 Não faiscante - Zona 2 Imersão em óleo - Zona 1 Envoltório pressurizado - Zona 1 Purga -Zona 1 Preenchido com areia - Zona 1 Proteção especial - Zona O ou Zona 1 Ventilação - Zona 2 À prova de ignição para pós - Classe II
Combinações das técnicas acima citadas podem ser usadas, por ex.: Um “Ex” para motor monofásico pode requerer que o capacitor seja “m”, ou talvez “q”. Obs.: O conceito principal aparece primeiro. CSE consultoria e serviços de engenharia ltda. 3
Equipamentos que são para zona 0, podem ser usados us ados para zona 1 ou zona 2, assim como equipamentos que são para zona 1, podem ser usados para zona 2. Porém, o contrario não é válido.
5. Produtos de risco (grupos químicos): Os produtos utilizados são classificados classificados como produtos de risco, em 2 grupos:
Grupo I ex.: Minas de carvão, esgotos (metano)
Grupo II Outras atividades.
O grupo II é sub-dividido em três sub-grupos químicos, dependendo do grau de severidade explosiva dos diversos gases.
Grupo IIA ex.: Propano Grupo IIB ex.: Etileno Grupo IIC ex.: Hidrogênio, Acetileno
Esses produtos são geralmente: Hidrocarbonetos Solventes de cola e de adesivos Solventes e diluentes para pintura Verniz e resinas Aditivos de fabricação de produtos farmacêuticos, corantes, sabores e perfumes artificiais Agentes de fabricação dos materiais plásticos, borrachas, tecidos artificiais produtos químicos de limpeza Elementos de tratamento e fabricação dos álcoois e derivados Resumindo:
GRUPO QUÍMICO IEC/ABNT IIC IIB IIA I
Substâncias (famílias) Acetileno, hidrogênio Etileno, etil, éter, ciclopropano, butadieno 1-2 Propano, etano, butano, benzeno, pentano, heptano, acetano, metil, etil, álcool metílico, álcool etílico, etc... Instalações subterrâneas onde possa existir presença de metano
Cuidado:
Os gases são dados a título de informação. Esta lista não é limitada a formas líquidas ou gasosas. É preciso lembrar que certos produtos (classe II) utilizados em forma de pó ou CSE consultoria e serviços de engenharia ltda. 4
poeira podem também se tornar em certas condições agentes ativos de uma explosão.
Pós normalmente explosivos (classe II):
Alumínio Enxofre Celulose Amido Resinas epóxi Poliestirenos Carvão Madeira Leite Açúcar Etc...
Onde pode se formar uma atmosfera explosiva? Todos os locais onde são fabricados, estocados e transformados, os produtos citados acima, estão predispostos a conter uma atmosfera explosiva.
6. Classes de temperatura: O IEC classifica a temperatura superficial dos materiais ou equipamentos em seis classes, conforme mostrado abaixo: ABNT / IEC CLASSES DE TEMPERATUR TEMPERATURA A. (ºC). Classes de Temperatura Temp. máx. de Sup. Temp. de igni. das atm. expl. T1 T ambiente + 450 > T ambiente + 450 T2 T ambiente + 300 > T ambiente + 300 T3 T ambiente + 200 > T ambiente + 200 T4 T ambiente + 135 > T ambiente + 135 T5 T ambiente + 100 > T ambiente + 100 T6 T ambiente + 85 > T ambiente + 85
É muito importante que se saiba que a classe de tempreatura define a “elevação de temperatura” sobre a “temperatura ambiente”. Temperatura Temperatura de ignição: É a temperatura mínima na qual uma substância entra em ignição sustentada, quando misturada com ar ou oxigênio, sem necessidade de faísca ou chamas. A ignição pode ser causada por superfície quente em contato c ontato com o material inflamável. CSE consultoria e serviços de engenharia ltda. 5
Fonte de ignição: É uma fonte de ignição com potência suficiente para iniciar a explosão de uma atmosfera explosiva.
Existem três tipos de ignição:
Causada eletricamente eletricamente por arco ou faísca; Por superfície quente, como um motor ou reator; Causada por chama aberta.
Temperatura da superfície: Superfícies quentes podem causar ignição. Portanto é necessário assegurar que a temperatura da superfície de um equipamento não vá exceder a temperatura de ignição do gás, vapor ou pó contido na atmosfera circundante.
Na especificação especificação do material ou equipamento para áreas classificadas, coloca-se primeiro a classe de temperatura e depois o range de temperatura do ambiente de serviço. Por ex.:
T4 Tamb -40 ºC to +50 ºC Significa que o equipamento é classe de temperatura T4 e funciona em um ambiente de serviço cuja temperatura te mperatura pode variar de: -40 ºC à +50 ºC.
7. Grau de proteção (IP): Define a estanqueidade estanqueidade de uma proteção, em dois níveis:
Contra o elemento explosivo (pós); Contra água.
É grafado com: IP seguido de dois números:
O primeiro número significa o grau de proteção contra a entrada do elemento explosivo (pós);
O segundo número significa o grau de proteção contra a entrada de água.
Os graus adotados pelo o IEC são: Grau de proteção (IP) Proteção contra a entrada de pós Proteção contra água IP0x Sem proteção IPx0 Sem proteção IP1x Objetos > 50 mm IPx1 Pingos d'água verticais CSE consultoria e serviços de engenharia ltda. 6
IP2x IP3x IP4x IP5x IP6x
Objetos > 12 mm Objetos > 2,5 mm Objetos > 1 mm Protegido contra poeira “Dust tight”
IPx2 Pingos d'água de 75 à 90º IPx3 Água pulverizada IPx4 Espirros d'água IPx5 Jatos d'água IPx6 Equipamento marítimo IPx7 À prova de imersão IPx8 Imersão indefinida
Identificação de área classificada:
8. Critérios: Como dito anteriormente, não existem regras fixas, cada caso é um caso. mas podemos partir de critérios como os descritos nas
NFPAs 70 e 497M. a. Devemos então partir dos MSDS (FISPQ) dos produtos utilizados na planta, sabendo quais são, onde estão e como são manuseados. Um exemplo de resumo de MSDS é visto no quadro abaixo:
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Onde nos interessa:
Classe: Nos diz se é pó ou gás/vapor explosivo; Grupo: Nos dá a família química do produto; t emperatura do produto; Cl.Temp: Nos informa a classe de temperatura T.Ign ºC: Diz qual a temperatura de ignição do produto; : Nos dá a densidade do produto; Se gás, em relação ao AR; Se não, em relação à água; LEL e UEL: nos dão os níveis de explosividade inferior e superior do produto; Fulgor ºC: Nos dá o ponto de fulgor do produto.
b. Também é muito importante “recrutar” a “experiência vivida” do pessoal da planta, pois os critérios adotados a partir de nosso ítem “d”, devem ser aprovados por eles e endossados pelos respectivos responsáveis pela planta, e representam os critérios “básicos” da classificação de área. c. Lembre-se: Classificação de área é um processo dinâmico de melhoria contínua. d. Em todos os equipamentos e tubulações, devem ser considerados efetivamente como fontes de risco apenas os flangeados, os vents e drenos e portas de visita dos sistemas que usam o produto inflamável em questão. e. Onde necessário, a ventilação deve ser adequada para a dispersão de vapores gerados por possíveis fontes de vazamento de produto inflamável. f. Considerando a densidade dos gases e pós, existentes na planta, a extensão da área classificada em torno das possíveis fontes de CSE consultoria e serviços de engenharia ltda. 8
vazamento vazamento de material inflamável, (à exceção de óleos diesel e ultraviscosos, ultraviscosos, cuja densidade relativa do vapor é 1,1), deverá ser: 1 (um) metro de raio em torno de conexões flangeadas não isoladas. (Zona 2) 1 (um) metro de raio também em torno de conexões flangeadas isoladas. (Zona 2) 1 (um) metro de raio em torno de vents, drenos e saídas de descarga de PSV para a atmosfera. (Zona 1). Mais 1 (um) metro de raio, circundante à Zona 1. (Zona 2). Para óleos diesel e ultraviscosos ou qualquer outra substância inflamável inflamável de densidade entre 0,77 e 1,3 relativa ao ar, estas distâncias devem ser dobradas. Considere a alta ou baixa densidade dos pós e vapores combustíveis existentes na planta, e a tendência de seu escoamento em casos de vazamentos, se se dará em direção às partes baixas ou às partes altas da área, quando não houver ventilação forçada. Considere a classificação da área na projeção vertical deste deslocamento e não descuide do sentido e velocidade da ventilação. Para Zona 0, qualquer instalação deverá ser intrinsecamente segura. Obs.: Estes são critérios básicos para instalações até potência nominal de combustível, instalada instalada ou estocada de 75 kW. g. Conceito de Fator E xponencial de Risco E xplosivo (FERE): FERE = BE Onde : B = base (pode variar de 1,5 a 3) E = Expoente de risco explosivo, (Pode ser: 0, 1 ou 2)
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Quanto maior o seu conhecimento dos riscos de explosão da área em questão, mais adequada pode ser a escolha do valor da base “B”. Para uma primeira classificação, recomendo “B = 2”. Para instalações até a potência nominal de 75 kW, “E = 0”; Para instalações de potência nominal entre 75 e 300 kW, “E = 1”; Para instalações de potência nominal superior a 300 kW, “E = 2”.
Os valores básicos acordados, deverão ser multiplicado pelo FERE, conforme a àrea a serem aplicados. P. Nom. da Inst. 75 kW 300 kW 1.200 kW
kJ/h kg Fo/h 270.000 6,75 1.080.000 27,00 4.320.000 108,00
kg Fo/min Mj/min 1,13 45 4,50 180 18,00 720
P. EX (MW) 450 1.800 7.200
FERE 0 1 2
Explicando as potências para uma linha de óleo combustível: Uma linha de combustível é dimensionada para ser capaz de fornecer de oito a dez vezes a potência nominal instalada do sistema, e uma explosão se processa em torno de um décimo de segundo, portanto: 75 kW 270.000 kJ/h 6,75 x 10/60 1,13 (kg FO)/min
45 (MJ/min)/(0,1s)
270.000 kJ/h; 6,75 kg FO/h; 1,13 (kg FO)/ min; 45 MJ/min
450 MW (explosivos)
Analogamente:
300 kW 1.200 kW
1,8 GW (explosivos) e, 7,2 GW (explosivos).
h. As linhas de combustíveis e inflamáveis (ou estoques) devem ser tratadas como “linhas de alta tensão”. Portanto devem possuir:
Área de servidão, conforme sua classificação; Sinalização adequada; Procedimentos escritos para trabalhos: Nela; Acima dela; Abaixo dela.
i. Radiação gerada por uma explosão: CSE consultoria e serviços de engenharia ltda. 10
Bola de fogo / Plasma : Quando a potência duma explosão é apreciável, o ar aquecido por ela torna-se em um plasma (gás à altíssima temperatura), criando assim uma “bola de fogo” que pode incendiar todos os materiais combustíveis em que tocar. Felizmente seu raio de ação é relativamente pequeno.
Onda eletromagnética eletromagnética de energia emitida pela explosão. Velocidade = 300.000 km / s. :
O
L
I. L
Quando ocorre a liberação de energia através de combustão, combustão, explosão ex plosão química ou arco voltaico, temos a transformação de todo energético primário disponível, num intervalo de tempo relativamente pequeno, em energia eletromagnética não ionizante (infravermelho – luz visível – ultravioleta).
Esta energia, dita irradiada, espalha-se em todas as direções, formando uma superfície esférica que se propaga na velocidade da luz, sendo portanto o primeiro e muitas vezes o maior impacto a contatar os corpos colocados em seu raio de ação. Como a área de uma esfera é: S = . D2, para uma esfera de raio unitário, o feixe de área unitária é representado pela área da esfera dividida por Quando um feixe de energia, de seção quadrada, é irradiado a partir de um ponto de origem “O”, num determinado instante e a uma distância “D” do ponto “O”, toda energia contida neste feixe está distribuída em uma área quadrada cujo lado é “L” e cuja área é L². Quando variamos a distância “D” de um fator “I”, por semelhança de triângulos, podemos perceber que os lados do quadrado também variam na mesma razão “I”.
I.D D
O
L
I.L
A área desta nova seção quadrada é (I . L)². Mas, se considerarmos “L” como unidade, teremos: S = I².1 Podemos então dizer que a área da seção quadrada que intercepta o feixe em questão é proporcional ao quadrado da distância deste plano à origem “O”. CSE consultoria e serviços de engenharia ltda. 11
Como a energia contida no feixe é constante e homogeneamente distribuída pela área do plano que intercepta o feixe de radiação, podemos dizer que num ponto qualquer da rota do feixe, a potência
da radiação é inversamente proporcional ao quadrado da distância entre este ponto e o ponto “O”, origem da radiação.
Como normalmente nos interessa este tipo de radiação se processando no vácuo ou dentro da atmosfera terrestre e entre distâncias relativamente pequenas, também podemos dizer que sua absorção pelo “meio” é desprezível (o que está a favor da segurança) e que toda potência desenvolvida na emissão é irradiada esfericamente. Isto quer dizer que: A energia disponível em qualquer ponto do
espaço (Jd), é diretamente proporcional proporcional à “potência originalmente originalmen te irradiada na direção direção do feixe”, à área interceptada do cone de radiação e ao tempo de exposição (ela é cumulativa, W = J / t) e inversame inversamente nte proporcional ao quadrado da distância entre este ponto e o ponto de origem da radiação.
Jd = (S / ) . (WE . t) / L 2
[W/cm²]
ou: Jd = 0,32 . Aj dim . (WE . t) / L² [W/cm²] Obs.: Para respostas em: [W/cm²], Aj dim. = 3,85 , Portanto: Jd = 0,32 . 3,85 . (WE . t) / L² [W/cm²] ; ou ainda: Jd = 1,232 . (WE . t) / L² [W/cm²] . Onde: Jd = [W/cm²]; WE = [MW]; t = [s] ; (Defaut: t = 0,1 s) L² = [m] (Quadrado da distância do ponto em questão à fonte). Mas energia disponível não quer dizer energia transferida. transferida. Quando os corpos recebem energia eletromagnética nas freqüências freqüências que vão desde infravermelho até ao ultravioleta, passando pelo espectro visível, três coisas podem acontecer: CSE consultoria e serviços de engenharia ltda. 12
1. 2. 3.
O corpo reflete a energia O corpo absorve a energia O corpo conduz a energia sem absorvê-la
Normalmente duas ou três destas coisas ocorrem simultaneamente e suas amplitudes são expressas por números adimensionais que vão de 0 a 1. O corpo humano não é exceção, e seus índices são: 1. Reflexão: 0,7226 2. Absorção: 0,2774 3. 3. Transmissão: 0,0000 Isto significa que se um corpo humano estiver no raio de ação de um feixe de radiação, 27,74 % da potência que o atinge, será absorvida por ele. Mas o que nos interessa, neste trabalho, é determinar a distância, o tempo ou a potência limites onde as lesões provocadas no homem pela absorção da energia irradiada, possam ser tratadas e tenham possibilidade de recuperação. Para que o tecido não morra e se recupere, é necessário que sua temperatura não ultrapasse 80 C Como a temperatura média da pele humana é da ordem de 34 C, temos um diferencial máximo de: 80 – 34 = 46 C. A potência (em MW) absorvida pelo tecido é expressa pelo produto do fator de absorção, pela área afetada e pelo diferencial de temperatura obtido e dividido pelo tempo de exposição. Considerando a área afetada como unitária, temos: Wab = (Fab . T) / ( . t)
Wab = (0,2774 . 46) / ( . t) Wab = 4,061761 / t
Mas sabendo-se que: WE /L 2 = Wab Wab = WE /L 2 = 4,061761 / t Então:
WE = (4,061761 . L 2) / t
t
= (4,061761 . L 2) / WE CSE consultoria e serviços de engenharia ltda. 13
0, 246199 . We . t
L
Onde:
WE = Potência total irradiada [Mw] 4,061761 = Fator de transferência transferência energética [MW . s /m2] t = Tempo de exposição [s] (defaut = 0,1 s)
L
= Distância da fonte emissora [m].
j. O potencial de uma explosão, deve ser calculado sobre o vazamento vazamen to suposto de “um minuto” e explodido em “um décimo de segundo”. (Similar a um cálculo de curto circuito). L CC
0, 2 24 46193 .
W .
e
LCC = queim. 2º grau 80 ºC We = MW ; t = 0,1s Jd = 0,32 . AJdim . We .t/L2 AJdim = 3,85 (ajusta para W/cm²)
t
PPE Nível 0 1 2 3 4
Cal/cm² 1,2 5 8 25 40
W/cm² 5 21 33 105 167
L=m
9. Métodos de proteção admitidos: Categoria Gases e vapores perigosos / Norma Métodos de Proteção Zona 0
Zona 1
Zona 2 Classe de Temperatura Marcação Produto Padrão Certificação do Produto Métodos de fiação-Zona 0 e Zona 1
IEC Grupos IIC, IIB & IIA / IEC 79-10 Intrinsecamente Intrinsecamente seguro (ia) Intrinsecamente seguro (ib) À prova de chamas (d) Segurança aumentada (e) Pressurizado (p) Encapsulado (m) Preenchido com pós (q) Imerso em óleo (o) Equipamento Zona 0 Equipamentos Zonas 0 & 1 Não faiscantes (n) T1 até T6 EEx ou Ex, Símbolo do Método de Proteção, Grupo do Gás, Código de Temperatura Serie IEC 79 Esquema IECEx em processo CENELEC de Certificação Cabos Armados e não armadas e eletrodutos rígidos
10. Propriedades dos gases: gases: à 15 ºC e 1 bar CSE consultoria e serviços de engenharia ltda. 14
P1. V 1
Lembre-se:
K
Pn . V n
T1 Gás
H2 He CH4 NH3 V. H2O Ne CO N2 Ar NO O2 H2S HCl A C3H8 CO2 N2O H4C2O CH3Cl GLP (50/50) C4H10 C4H10-I C4H10-N SO2 Cl2 CH3C6H5 COCl2
M,mol, M,m ol, g Sp Sp,Gr ,Gr,,
2,016 2,016 4,003 16,040 17,030 18,020 20,190 28,010 28,020 28,970 30,010 32,000 34,080 34,470 39,940 44 44,010 44,020 44,050 50,490 51 58 58,120 58,120 64,060 70,910 92,130 98,920
0,0696 0,0696 0,1380 0,5550 0,5940 0,6320 0,6970 0,9670 0,9670 1 1,0380 1,1050 1,1750 1,2710 1,3800 1,52 1,5280 1,5310 1,5200 1,7770 1,8 2,00 2,0680 2,0710 2,2540 2,4800 3,1810 3,4100
K
T n ,kg/Nm ,kg /Nm³³
(m³/kg (m³ /kg)) Cp (kj/kg)
0,0885 0,0885 0,169 0,679 0,727 0,774 0,853 1,184 1,184 1,21 1,271 1,353 1,438 1,556 1,689 0,51 1,870 1,874 1,860 2,175 2,178 0,58 2,531 2,535 2,759 3,036 3,894 4,174
11,738 11,738 5,920 1,472 1,375 1,293 1,172 0,845 0,845 0,826 0,787 0,739 0,695 0,643 0,592 0,536 0,535 0,534 0,537 0,460 0,459 0,408 0,395 0,395 0,362 0,329 0,257 0,240
Onde: NH3 = Amônia; H4C2O = Óxido de etileno; CH3Cl= Cloreto de metila; COCl2 = Fosgênio;
14,203 14,203 5,224 0,565 2,223 2,189 1,030 1,047 1,042 1,013 1,000 0,929 1,013 0,812 0,523 0,405 0,933 0,879 1,214 0,833 0,79 0,385 0,461 0,462 0,615 0,481 1,586 0,590
Cv (Kj/m³)
10,071 10,071 3,143 0,046 1,734 1,727 0,617 0,750 0,745 0,725 ,0722 ,0669 0,769 0,570 0,314 0,276 0,744 ,0690 1,025 0,668 0,27 0,265 0,318 0,318 0,485 0,364 1,1,496 ,0506
k=Cp/Cv kj/(mol,ºC)
1,410 1,410 1,662 12,373 1,282 1,268 1,668 1,397 1,399 1,396 1,384 1,389 1,318 1,424 1,663 1,465 1,255 1,274 1,185 1,247 2,921 1,455 1,451 1,450 1,268 1,323 1,060 1,166
13,179 13,179 9,495 16,777 16,977 16,977 9,438 13,236 13,255 13,084 13,559 13,426 15,724 13,445 9,476 17,794 17,547 26,779 19,085 48,268 18,381 17,889 15,477 60,521 27,422
CH3C6H5 = Tolueno C3H8 = Propano CH4 = Metano (GN) C4H10 = Butano
GLP = Propano + Butano, geralmente (meio a meio) a pressão varia conforme proporção
Obs.: kCal x 4,186 = kJ. Combustível acetileno Bio gás (kcal/m 3) butano CO gás de alto forno
HHV (kcal / kg) 9800 5500 11800 2400 710
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gás de iluminação Gas nat. (1kg = 1,326 m 3) gasogênio GLP (fase gás; = 2,2 kg/m 3) H2 Kg de TNT metano propano
8950 12000 3000 11001 34500 1000000 12900 11950 COMBURENTE
GÁS
Ar
Limites LEL (%) Acetileno 2,2 Butano 1,8 Etano 3,0 Eteno (etileno) 2,7 GLP 2,1 Hidrogênio 4,0 Metano 5,0 Monóxido de carbono 12,0 Propano 2,8 Propeno (propileno) 2,0 Gás e comburente a 20ºC e 1 atm
UEL (%)
80 / 85(*) 8,4 12,4 36,0 9,1 75,0 15,0 75,0 9,5 11,1
Oxigênio LEL (%) UEL (%) 2,8 93,0 1,8 40,0 3,0 66,0 2,9 80,0 2,1 52,8 4,0 94,0 5,0 60,0 2,3 45,0 2,1 52,8
Intercambialidade de combustíveis
A falta de um determinado combustível, sua variação de preço ou seu impacto ambiental pode motivar sua substituição por outro, de preferência com mudanças pouco significativas na câmara de combustão, queimadores, tubulação ou controles. Os cinco aspectos que precisam ser considerados, são:
1- Fornecimento do mesmo fluxo aproximado de calor. 2- Capacidade de manuseio: (Efluentes, queimadores, tubulações, válvulas e controles). 3- Estabilidade dos queimadores. 4- Padrões de liberação de calor. 5- Atmosfera do forno ou fornalha. Gás para gás. O índice de Wobbe , a fórmula (a) abaixo, é usada para avaliar a intercambialidade, com relação aos itens 1 e 2. Se o gás substituto tem o mesmo índice de Wobbe que o substituído, não serão necessárias mudanças de válvulas ou ajustes na troca de combustíveis. Se o gás substituto, que pode ser uma mistura ar-combustível, tiver maior densidade que o substituído, menos metros cúbicos fluirão através da tubulação, válvulas ou restrições, com a mesma queda de pressão. Para compensar este efeito, a
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mistura substituta tem que ter um poder calorífico maior, para liberar a mesma quantidade de calor original, no queimador. Inversamente, se o substituto tem menor densidade, deverá ter um menor poder calorífico para manter os mesmos ajustes. Isto significa que: a)
G0
Necessariamente =
Gm
cfhm cfh0
ou
G0 Gm
=
H 0 H m
Onde:
G = densidade relativa ao ar H = PCS o = Original p = substituto puro a = ar m = mistura substitua, constituída de p e a. Rearranjando a fórmula acima, temos a definição do índice de Wobbe. b)
H 0
G0
H m Gm
Para misturas onde um dos ingredientes é o ar. % p %a x G p x Ga , 100 100
c) Gm
mas Ga = 1 e % a = 100 – p; Portanto Gm 1
% p x G p 1 100
% p %a d) H m x H p x H a , 100 100
mas Ha = 0, então, H m 1
% p x H p 100
Combinando as fórmulas acima, a porcentagem de substituto puro em uma mistura com ar, que será intercambiavel com o gás original, tanto na liberação de calor quanto nas condições de fluxo, será: e) % p
200 H 1 G p G p 12 4 x G0 x p H 0
2
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Nº de Wobbe sup
Obs.: kCal x 4,186 = kJ. GÁS Superior Acetileno Buteno-1 Etano Eteno (ou etileno) Gás Natural da Bolívia Gás Natural de Campos Gás Natural de Santos GLP (médio) Hidrogênio iso-Butano Metano Monóxido de carbono n-Butano Propano Propeno (ou propileno)
(kJ/Nm³) 61346 88500 68223 63849 53723 53736 55703 86880
48256 92008 53309 12809 92368 81108 77077
Gás liqüefeito de petróleo. (Propano, butano e misturas de propano e butano) são vendidos e estocados como líquidos em vasos de pressão. Para a maior parte dos consumos industriais, requer-se um vaporizador. O volume de gás disponível em um metro cúbico de líquido, é 275,49 metros cúbicos, para o propano comercial e 235,61 metros cúbicos para o butano comercial, quando tanto gás quanto líquido são medidos 15,6ºC e 101,6 kPa. É necessário um controle de razão ar/gás, automático, que mantenha esta razão correta, em todas as demandas de projeto do queimador. Para o manuseio seguro da mistura, ela deve estar acima do limite superior de inflamabilidade, isto é, muito rica para ser queimada, até que, como será discutido posteriormente, seja misturada com o ar normal de combustão, no queimador.
DICAS ÚTEIS: 11. Combustíveis: Combustíveis: Quando falamos de combustíveis, combustíveis, no Brasil, não necessáriamente estamos falando de seus homônimos mundialmente mundialmente conhecidos. Aqui, algumas de suas características características fundamentais são bastante diferentes e variáveis, o que nos induz a erros básicos em seus manuseios, estocagem e utilização. Portanto vejamos algumas de suas principais diferenças: 11.1. Gás: Quando se diz gás, no primeiro mundo, estamos normalmente dizendo “gás natural”, cuja densidade é menor que a do ar, e em situações de emergência pode ser venteado para a atmosfera, garantindo assim uma dissipação segura, naturalmente.
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Aqui, via de regra, ainda quer dizer “G.L.P.”, de densidade 1,8 em relação ao ar, cujo venteio para a atmosfera pode resultar em formação de bolsões explosivos, por acúmulo nos lugares mais baixos e pouco ventilados, o que geralmente agrava a situação de risco. E lembremos que o poder explosivo de 1 kg de “G.L.P.” equivale a aproximadamente ao de 1 kg de T.N.T.
Só para se ter uma idéia, aquela explosão do shopping em Osasco, foram apenas 6 kg de G.L.P. Por não ser virtualmente utilizado, as normas sobre “G.L.P.” foram abandonadas e descontinuadas nos países do 1º mundo. E como as normas brasileiras atuais ainda deixam a desejar em termos de segurança, nossos melhores guias neste campo, ainda são as velhas normas publicadas pela A.G.A., pela Shell e pela Alcoa, das quais consideraremos sempre o critério mais rigoroso.
11.2. Óleo diesel: O óleo diesel “tradicional” com ponto de fulgor em torno de 60º C. ainda existe no Brasil e é denominado “óleo diesel marítimo” (é fornecido apenas para embarcações). Normalmente os projetos e procedimentos são feitos tendo em vista este combustível. Mas, o nosso “óleo diesel oficial”, não tem mais especificação para seu ponto de fulgor e é comum recebe-lo com ponto de fulgor abaixo de 0 ºC (zero graus celsius). Ora, para questões de segurança de manuseio, estocagem e utilização, este “novo combustível” tráz os mesmos riscos que a gasolina ou o G.L.P. e como tal deve ser tratado. Lembrem-se que nenhum tanque de diesel é projetado para ser completamente estanque.
11.3. Óleo Combustível: O óleo combustível “convencional” “convencional” é obtido por destilação, portanto de menor viscosidade, homogêneo homogêneo e dificilmente é craqueado ou coquificado pelas temperaturas normais de manuseio ou queima. O óleo combustível brasileiro é obtido pela diluição, da mistura de resíduo de torre de destilação a vácuo e óleo decantado por unidades de craqueamento catalítico, em óleo leve de reciclo, até que seja atingida a viscosidade especificada para o óleo que está sendo produzido naquela
batelada.
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Esta é a chamada série de óleos “ultra-viscosos”, cujos tipos podem ser vistos na tabela abaixo: Viscosidade a 50ºC (SSF) 600 900 2.400 10.000 30.000 80.000 300.000 1.000.000 Acima de 1.000.000
Alto teor de enxofre (até 5%) 1A 2A 3A 4A 5A 6A 7A 8A 9A
Baixo teor de enxofre (até 1%) 1B 2B 3B 4B 5B 6B 7B 8B 9B
Seu ponto de fulgor médio é o do óleo leve de recíclo, da ordem de 50 ºC, portanto, eles são sempre manuseados acima de seu ponto de fulgor (a viscosidade para manuseio é da ordem de 500 – 1.000 SSF), e em qualquer vazamento teremos gases prontos para a ignição. Se em seu aquecimento, para manuseio ou queima, a razão de troca térmica for maior ou igual que 1,5 W/cm² (15 kW/m²), ele craqueia e coquifica, incrustando a superfície de troca. Por isto, recomenda-se que
os trocadores sejam do tipo “tubos sem aletas” e que a superfície de troca seja cuidadosamente calculada para o aquecimento lento, gradual e adequado.
Os óleos ultra-viscosos também são afeitos à ebulição turbilhonar. t urbilhonar. Isto é, quando em contato com umidade e em temperatura superior ao ponto de ebulição da água (o que é bastante comum), faz com que ela evapore instantaneamente, gerando vapor, espuma e potências capazes de romper cascos de tanques ou de equipamentos. Portanto é recomendável que seu aquecimento, quando por vapor, seja feito externamente, retornando pela parte superior dos tanques (para permitir a exaustão de eventuais umidades pelos vents do tanque). Nunca por serpentinas internas.
11.4. Características Características gerais: Os derivados de petróleo são dielétricos, portanto passíveis de se eletrizarem estaticamente pelo seu atrito com as linhas, bombas e equipamentos, durante o seu manuseio. Por este motivo recomenda-se que todo o sistema, linhas, bombas, equipamentos e tanques (inclusive os de transporte), estejam no mesmo potencial elétrico e firmemente aterrados, com uma resistência o menor possível para terra e que seja testada a cada 2 anos. Afinal, combustíveis acima de seu ponto de fulgor podem ser considerado como explosivos. CSE consultoria e serviços de engenharia ltda. 20
Do aterramento deve constar: a) Ponto para o firme aterramento do caminhão, em sua descarga. b) Pontes elétricas através de elementos de linhas e flanges. c) Aterramentos visíveis e independentes de motores, bombas e equipamentos. d) Se os motores forem aterrados internamente pela caixa borne, isto deve estar indicado no campo. e) Todos os tanques devem ser visivelmente aterrados f) As linhas devem ser firme e visivelmente aterradas a cada 50 m, no mínimo. g) Leitos de cabos e estruturas metálicas não são considerados aterramentos. h) Nenhum condutor da malha de terra deve ser isolado ou passar por eletrodutos metálicos. i) O aterramento da proteção contra descargas atmosféricas, deve ser independente da malha de terra do sistema.
11.5. Proteção contra descargas atmosféricas para os tanques: Normalmente os tanques são erguidos em locais isolados e são os pontos mais altos de sua região. Como são firmemente aterrados, transformam-se em “Para-raios” preferencias. Por isto, recomenda-se que sua proteção contra descargas atmosféricas seja feita por uma malha de cabos estáticos, com as seguintes características: a) Esteja a pelo menos quatro metros acima do ponto mais alto do tanque b) Que todo o tanque esteja compreendido dentro do cone formado por um ângulo de 45º tomado a partir da vertical da extremidade mais próxima da malha. c) Que o aterramento da proteção seja melhor ou igual e não esteja interligado ao terra do sistema. CSE consultoria e serviços de engenharia ltda. 21
11.6. Conexões: Roscas são pontos vulneraveis à corrosão e consequentes vazamentos. Portanto, devem ser evitadas em tubulações que transportam combustíveis acima de seu ponto de fulgor. Quando imprescindíveis, elas devem ser inspecionadas, semanalmente, quanto ao seu estado de corrosão e potencial de vazamentos. Se necessário reparadas e repintadas. Recomenda-se que as conexões em linhas de combustíveis acima de seu ponto de fulgor, sejam flangeadas ou soldadas. Todo o trabalho de manutenção ou montagem de linhas que transportam combustíveis acima de seu ponto de fulgor, devem ser feitas com ferramentas especiais, de bronze fosforoso.
12. Padrões de instalação: 12.1.
G.L.P.:
Considerando que o GLP é um gás altamente explosivo (1kg de GLP~1kg de TNT), e que ao contrário do gás natural, que tende a se dissipar na atmosfera, o GLP, por ser mais denso que o ar (av.sp.gr.rel. = 1,8), tende a escoar para locais mais baixos, formando bolsões onde a ventilação é precária. E que as atuais normas brasileiras relativas à segurança do manuseio e uso do GLP, ao nosso ver, não são suficientemente rigorosas, recomendamos: Que as instalações das estações, sejam feitas em local ventilado, e
distante pelo menos à três vezes a maior dimensão do recipiente de seu armazenamento (mas não inferior a 9 m [30 ft]), de construções, vias de movimentação de pessoal, locais fechados ou subterrâneos que possam acumular vazamentos do gás. [ Handbook butane-propane (American Gas
Association)]
Os recipientes de 1.000 kg devem ser separados entre sí, por “baias”
constituidas de paredes corta-chamas de no mínimo 2 m de altura (alvenaria ou chapa) mas que ainda permitam a livre circulação da ventilação, [NBR 13.523 4.10] Que além de extintores e sistema de sprinklers sobre os reservatórios
estacionários (quando necessário), haja nas proximidades hidrantes com mangueiras apropriadas para névoa d’água ou canhões d’água. [ALCOA
Engeneering Standards: 18.8]
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Se os recipientes estiverem em área coberta e ventilada, protegidos do
sol e forem de capacidade até 1.000 kg (individualmente), dispensa-se a butane-propane necessidade de instalação de sprinklers. [ Handbook butane-propane
(American Gas Association)]
Toda tubulação seja feita de aço carbono, classe 300 libras. [ALCOA
Engeneering Engeneering Standards: 18.8.4]
Todas as conexões, válvulas e accessórios sejam classe 300 libras e de
preferência flangeadas ou soldadas, pois roscas abertas na tubulação são pontos preferenciais de ataque de corrosão e futuras fontes de vazamento.
[ALCOA Engeneering Standards: 18.8.4]
Que a tubulação de GLP em sua fase líquida não passe por dentro de
qualquer edificação fechada. (NR-20, ítem 20.3.16) Que não exista qualquer conexão (exceto soldada ou flangeada) dentro
de edificações. (NB-98, ítem 7.2) Que todo o sistema seja aterrado, inclusive as tubulações, e que o
espaço entre os pontos de aterramento não excedam 50 m. (Alcoa Engeneering standard, 18.8.4, ítem 5.4). Que existam nas conexões, uma ponte elétrica que garanta seu
aterramento através das vedações. (Alcoa Engeneering standard, 18.8.4, ítem 5.4). Que nos locais propícios a vazamentos exista disponibilidade de ar
comprimido e ejetores tipo “corneta de ar” que auxiliem a dispersão do gás, sem o uso de máquinas elétricas ou a combustão interna.(Manual de instalações de G.L.P. CSE) O pessoal responsável pela descarga (e o de operação da área) deve ser
treinado na rotina de seu trabalho, conhecer as normas de segurança, os riscos e o uso dos equipamentos de proteção contra fogo (Alcoa Engeneering standard, 18.8.3, ítem 7.2). O pessoal responsável responsável pela descarga (e o de operação da área) deve ter
acesso fácil a todo material técnico e de segurança relativo ao G.L.P.. (Alcoa Engeneering standard, 18.8.3, ítem 7.2).
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Um diagrama de blocos, esquemático, identificando e mostrando a
função de todos os componentes e válvulas dos circuitos a serem operados, junto às APOs e disponível na área, conforme exigido para sistemas de combustão (Alcoa safety and health mandated procedures, 26.12, ítem 1.0), é uma excelente ferramenta de treinamento e conscientização do operador Que exista plano de inspeção periódica conforme NPFA 86, section 9-1 e
appendix C, 29 CFR 1910.147, C 6 i e ii (Alcoa safety and Helth mandated procedure 26.12.4, ítem 3.0) Que exista um setor responsável direto pela manutenção e inspeção das
linhas de distribuição de GLP. (Alcoa safety and Helth mandated procedure 26.12.4, ítem 4.0) Que existam válvulas de excesso de fluxo nas saídas dos tanques, no
início de cada derivação, e em tubulações maiores, a espaços onde o bom senso nos mostra que o acúmulo de volume (poder (poder explosivo) é tolerável, caso haja vazamento por rompimento da tubulação devido à acidentes mecânicos. (Alcoa Engeneering standard, 18.8.4, ítem 4.4). Válvulas de alívio deverão ser instaladas, nas tubulações da fase líquida,
entre válvulas, que se fechadas, podem sujeitar a tubulação à sobrepressão. (Alcoa Engeneering standard, 18.8.4, ítem 4.4). Nos locais descritos no ítem acima, também devem existir drenos, por
onde o gás preso no trecho possa ser seguramente queimado, ou permita testes periódicos (hidrostáticos ou pneumáticos) e sua purga, por setores, com segurança. (Alcoa Engeneering standard, 18.8.4, ítem 4.7). O G.L.P. em sua fase gasosa, deve ser distribuido com uma pressão
máxima de 1,5 kg/cm². [NBR 13.523 3.21] Deverá ser instalado sistema de detecção de vazamentos de gás e alarme na área de armazenamento de GLP e em locais de seu consumo. (Alcoa Engeneering standard, 18.8.4, ítem 5.2). A manutenção da área deve usar ferramentas anti faiscantes. (Alcoa
Engeneering standard, 18.8.3, ítem 6.3). As instalações de G.L.P. devem ser trancadas e somente pessoas
autorizadas e treinadas devem devem ter acesso a elas. [NBR [NBR 13.523 4.2]
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Cilíndros de gases inflamaveis devem ser separados dos oxidantes,
mediante parede de chapa ou alvenaria. [ Handbook butane-propane butane-propane
(American Gas Association)]
Toda instalação de centrais de G.L.P. deve ser protegida contra
descargas atmosféricas .(Manual de instalações de G.L.P. CSE)
12.2.
Óleo diesel:
Considerando-se que o “nosso” óleo diesel tem normalmente um ponto de fulgor abaixo de 0 ºC, os cuidados com seu manuseio, estocagem e utilização, devem ser similares aos do G.L.P., portanto recomendamos que: Que os tanques de armazenamento, sejam instalados em local ventilado,
e distante pelo menos à três vezes sua maior dimensão (mas não inferior a 9 m [30 ft]), de outros tanques, construções, vias de movimentação de pessoal, locais fechados ou subterrâneos que possam acumular voláteis combustíveis. [Handbook butane-propane (American Gas Association)] Que haja nas proximidades hidrantes com mangueiras apropriadas para
névoa d’água ou canhões d’água. [ALCOA Engeneering Standards: 18.8] Que a tubulação de diesel não passe por dentro de qualquer edificação
fechada. (NR-20, ítem 20.3.16) Que não exista qualquer conexão (exceto soldada ou flangeada) dentro
de edificações. (NB-98, ítem 7.2) Que todo o sistema seja aterrado, inclusive as tubulações, e que o
espaço entre os pontos de aterramento não excedam 50 m. (Alcoa Engeneering standard, 18.8.4, ítem 5.4). Que existam nas conexões, uma ponte elétrica que garanta seu
aterramento através das vedações. (Alcoa Engeneering standard, 18.8.4, ítem 5.4). Que nos locais propícios a vazamentos exista disponibilidade de ar
comprimido e ejetores tipo “corneta de ar” que auxiliem a dispersão dos voláteis, sem o uso de máquinas elétricas ou a combustão interna.(Manual de instalações de diesel CSE) O pessoal responsável pela descarga (e o de operação da área) deve ser
treinado na rotina de seu trabalho, conhecer as normas de segurança, os CSE consultoria e serviços de engenharia ltda. 25
riscos e o uso dos equipamentos de proteção contra fogo (Alcoa Engeneering standard, 18.8.3, ítem 7.2). O pessoal responsável pela descarga (e o de operação da área) deve ter
acesso fácil a todo material técnico e de segurança relativo ao diesel. (Alcoa Engeneering standard, 18.8.3, ítem 7.2). Um diagrama de blocos, esquemático, identificando e mostrando a
função de todos os componentes e válvulas dos circuitos a serem operados, junto às APOs e disponível na área, conforme exigido para sistemas de combustão (Alcoa safety and health mandated procedures, 26.12, ítem 1.0), é uma excelente ferramenta de treinamento e conscientização do operador Que exista plano de inspeção periódica conforme NPFA 86, section 9-1 e
appendix C, 29 CFR 1910.147, C 6 i e ii (Alcoa safety and Helth mandated procedure 26.12.4, ítem 3.0) Que exista um setor responsável direto pela manutenção e inspeção das
linhas de distribuição de diesel. (Alcoa safety and Helth mandated procedure 26.12.4, ítem 4.0) As instalações de diesel devem ser consideradas áreas restritas e
somente pessoas autorizadas e treinadas devem ter acesso a elas. [NBR 13.523 4.2] Toda instalação de tanques de óleo diesel, deve ser protegida contra
descargas atmosféricas .(Manual de instalações de diesel CSE). Os tanques que armazenam derivados de petróleo, deverão ser se r
protegidos por um dique apropriado, formando uma bacia de contenção com capacidade no mínimo igual ao volume do tanque ou a soma dos volumes dos tanques por ele circundados. (Portaria Nº 32 de 22/05/57 CNP, artigo 17º) Caixas separadoras de óleo, deverão ser localizadas fora da bacia de
contenção (proteção primária), constituindo-se em proteções secundárias. (Manual de instalações de diesel CSE). Instalaçõe subterrâneas (tanque ou linhas) de derivados de petróleo
exigem inspeções e testes de estanqueidade anuais.[Este ítem é exigido
pelos orgãos ambientais]
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12.3.
Óleo combustível:
Considerando-se que que o óleo combustível combustível é afeito à ebulição ebulição turbilhonar, é um óleo residual de fácil craqueamento e normalmente manuseado acima de seu ponto de fulgor, recomendamos que: Os tanques de armazenamento, sejam instalados em local ventilado, e
distante pelo menos à três vezes sua maior dimensão (mas não inferior a 9 m [30 ft]), de outros tanques, construções, vias de movimentação de pessoal, locais fechados ou subterrâneos que possam acumular voláteis combustíveis. [Handbook butane-propane (American Gas Association)] Haja nas proximidades hidrantes com mangueiras apropriadas para
névoa d’água ou canhões d’água. [ALCOA Engeneering Standards: 18.8] A tubulação de óleo 3A não passe por dentro de qualquer edificação
fechada. (NR-20, ítem 20.3.16) Não exista qualquer conexão (exceto soldada ou flangeada) dentro de
edificações. (NB-98, ítem 7.2) Todo o sistema seja aterrado, inclusive as tubulações, e que o espaço
entre os pontos de aterramento não excedam 50 m. (Alcoa Engeneering standard, 18.8.4, ítem 5.4). Existam nas conexões, uma ponte elétrica que garanta seu aterramento
através das vedações. (Alcoa Engeneering standard, 18.8.4, ítem 5.4). O pessoal responsável pela descarga (e o de operação da área) deve ser
treinado na rotina de seu trabalho, conhecer as normas de segurança, os riscos e o uso dos equipamentos de proteção contra fogo (Alcoa Engeneering standard, 18.8.3, ítem 7.2). O pessoal responsável responsável pela descarga (e o de operação da área) deve ter
acesso fácil a todo material técnico e de segurança relativo ao óleo 3A. (Alcoa Engeneering standard, 18.8.3, ítem 7.2). Um diagrama de blocos, esquemático, identificando e mostrando a
função de todos os componentes e válvulas dos circuitos a serem operados, junto às APOs e disponível na área, conforme exigido para sistemas de combustão (Alcoa safety and health mandated procedures, 26.12, ítem 1.0), é uma excelente ferramenta de treinamento e conscientização do operador CSE consultoria e serviços de engenharia ltda. 27
Exista plano de inspeção periódica conforme NFPA 86, section 9-1 e
appendix C, 29 CFR 1910.147, C 6 i e ii (Alcoa safety and Helth mandated procedure 26.12.4, ítem 3.0) Exista um setor responsável direto pela manutenção e inspeção das
linhas de distribuição de óleo 3A. (Alcoa safety and Helth mandated procedure 26.12.4, ítem 4.0) As instalações de óleo 3A devem ser consideradas áreas restritas e
somente pessoas autorizadas e treinadas devem ter acesso a elas. [NBR 13.523 4.2] Toda instalação de tanques de óleo 3A, deve ser protegida contra
descargas atmosféricas .(Manual de instalações de ólo 3A CSE). Os tanques que armazenam derivados de petróleo, deverão ser se r
protegidos por um dique apropriado, formando uma bacia de contenção com capacidade no mínimo igual ao volume do tanque ou a soma dos volumes dos tanques por ele circundados. (Portaria Nº 32 de 22/05/57 CNP, artigo 17º) Caixas separadoras de óleo, deverão ser localizadas fora da bacia de
contenção (proteção primária), constituindo-se em proteções secundárias. (Manual de instalações de óleo 3A CSE). O óleo 3A é considerado óleo ultra-viscoso, portanto sujeito à ebulição
turbilhonar. Neste caso, exige-se área coberta para o descarregamento. (Manual de manuseio seguro de óleos ultra-viscosos, Petrobras) Verificar sempre, com termômetro portátil, a temperatura do óleo a ser
descarregado. Mínima de 70 ºC e armazenagem: 74 ºC. (Folha de dados de segurança da Shell do Brasil S.A.Ítem 7) O aquecimento dos óleos ultra-viscosos deve ser feito por aquecedores
externos aos tanques, por recirculação, e com retorno pela parte superior dos tanques, para que eventuais umidades sejam eliminadas pelos vents, e nunca por serpentinas de vapor internas aos tanques. (Manual de manuseio seguro de óleos ultra-viscosos, Petrobras) O aquecimento de óleos ultra-viscosos deve ser feito com uma razão de
troca térmica menor que 15 kW/ m², para evitar o craqueamento e CSE consultoria e serviços de engenharia ltda. 28
coquificação do óleo dentro do aquecedor. (Manual de manuseio seguro de óleos ultra-viscosos, Petrobras)
12.4.
Carvão:
Carvão (importado), comum, com baixo teor de enxofre e com finalidades energéticas. Neste ponto o combustível é sobejamente conhecido e o projeto para recebimento manuseio e estocagem normalmente atende as necessidades neces sidades e já prevê em detalhes os dispisitivos de emergência e segurança. Apenas frisamos: Todo o sistema de manuseio e transporte deve ser firmemente aterrado
a espaços que não excedam 50 m O sistema de hidrantes, ao longo de toda a estrutura de manuseio de
carvão, deve ser de fácil acesso, em áreas limpas e devidamente identificado. Os pontos críticos do sistema são: O gerenciamento de pilhas e o
despoeiramento do transporte.
12.5.
Combustíveis diversos e gases de alta pressão:
As Garrafas de Acetileno devem ser isoladas em baias ventiladas e fora
da ação do sol. Nos conjuntos oxi-acetileno exige-se válvula contra retrocesso de
chamas nas garrafas de oxigênio.
P.F.C.P.
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Normas consultadas: Normativo sobre legislação de segurança e medicina do trabalho: NR-10 NR 16 NR-20 NR-23 Portarias nº: 3.214-08/06/78 12-06/06/83 02-02/02/79 25-29/12/94 32-22/05/57 Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT): NBR-13523 NB-98 NB-107 ALCOA Engeneering Standards: 18.8.1 18.8.2 18.8.3 CSE consultoria e serviços de engenharia ltda. 30
18.8.4 ALCOA Safety and Health mandated procedure: 26.12 32.63 18.8 26.10 26.12 32.25 32.63 NFPA: 54 58 70 86 Outras: Manual de Higiene e Segurança (Shell do Brasil S/A) Handbook butane-propane (American Gas Association) Steam (Babcock Wilcox) OBS: Foram sempre adotados os critérios mais rígorosos. Anexo I: G.L.P.
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