FORMAÇÕES MODULARES CERTIFICADAS
Quadro da Psicologia Evolutiva
ACÇÃO Nº 2.3/22/01 – 73196/2012
Redes de Apoio
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ÍNDICE Ficha ÍndiceTécnica …………………………………………………………………………………………..P ágina 2 Ficha Técnica………………………………………………………………………………. ………… 3 Introdução…………………………………………………………………………… ………………… 4 As pessoas idosas e o meio ambiente A diversidade do meio ambiente A família e a comunidade As instituições formais Caracterização e natureza das instituições formais Institucionalização das pessoas de idade A vida quotidiana nas instituições
Bibliografia……………………………………………………………………... …………………….
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FICHA TÉCNICA Módulo: Quadro da Psicologia Evolutiva Destinatários: População em geral. Carga Horária: 50 horas Manual Elaborado por: Ana Sofia Dias Objetivos Específicos: No final da formação os formandos deverão ser capazes de: Reconhecer os princípios básicos de Psicologia Evolutiva, dando particular ênfase à velhice como etapa do desenvolvimento humano. Reconhecer, caracterizar e distinguir as diferentes redes de apoio disponíveis e possíveis de serem utilizadas junto de pessoas idosas. Reconhecer a importância das pessoas idosas na forma como contribuem para uma cidadania interveniente e responsável.
Objetivo do Documento Este Manual foi concebido por Ana Sofia Dias, formadora deste módulo. Pretende-se que seja usado como elemento de Estudo e de Apoio aos temas abordados. O Manual é um complemento da Formação e do Módulo, não substitui os objetivos das sessões de formação, mas complementa-as. Condições de Utilização: Este Manual não pode ser reproduzido, sob qualquer forma, sem autorização expressa do autor. /var/www/apps/conversion/tmp/scratch_2/135299103.doc
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INTRODUÇÃO
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PSICOLOGIA EVOLUTIVA CONCEITO
“Refere uma determinada forma de aplicar a teoria evolutiva da mente, com ênfase na adaptação.” Steven Pinker É a ciência que busca explicar, graças aos mecanismos
universais
de
comportamento, o porquê das ações dos seres humanos.
Segundo a Psicologia Evolutiva o cérebro consistirá num conjunto de mecanismos funcionais psicológicos que evoluíram, e continuam a evoluir, por seleção natural. Também se sustenta na ideia de que os nossos processos cognitivos são superiores aos processos biológicos e culturais. O raciocínio humano, como acontece hoje, é fruto das pressões evolutivas, relacionadas com as necessidades de sobrevivência dos nossos antepassados. Posto isto, a Psicologia Evolutiva procura reconstruir os problemas com os quais os nossos ancestrais se defrontaram nos seus ambientes primitivos e as soluções que criaram para resolver esses desafios específicos. O principal objetivo da Psicologia Evolutiva é identificar a evolução das adaptações emocionais e cognitivas que representam a “natureza humana psicológica”, isto é, estudar e perceber de que forma os humanos tiveram de evoluir de forma a poderem adaptar-se às condições e situações que lhes surgem ao longo da vida. Este estudo é realizado em humanos dividindo-os por faixas etárias: Estádio
pré-natal
(conceção
até
nascimento) /var/www/apps/conversion/tmp/scratch_2/135299103.doc
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Primeira infância (nascimento até 3 anos) Segunda infância (3 a 6 anos) Terceira infância (6 a 12 anos) Adolescência (12 a 20 anos) Jovem adulto (20 a 40 anos) Meia-idade (40 a 65 anos) Terceira idade (65 anos em diante) A Psicologia Evolutiva recebe contributos de: Ecologia comportamental Inteligência artificial Genética Etologia Antropologia Arqueologia Biologia Zoologia
PRINCÍPIOS BÁSICOS
A Psicologia Evolutiva assente nos seguintes princípios: 1. O cérebro é um sistema físico que funciona como um computador.
Os
seus
circuitos
são
criados
para
gerar
comportamentos apropriados às circunstâncias ambientais. 2. Os nossos circuitos neuronais foram selecionados de forma natural para resolver problemas/questões que os nossos antepassados enfrentaram durante a história evolutiva da nossa espécie. 3. A consciência é apenas a ponta do iceberg, a maioria das coisas que se passa na nossa cabeça está escondida de nós próprios. /var/www/apps/conversion/tmp/scratch_2/135299103.doc
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Em resultado disso, a nossa consciência pode fazer-nos crer que um problema é muito simples de resolver, quando pode ter requerido processos muito complexos. 4. Existem
diferentes
circuitos
neuronais
especializados
na
resolução de diferentes problemas adaptativos. 5. A nossa mente moderna alberga uma mente da idade da pedra.
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TAREFA EVOLUTIVA:
O
CONCEITO
A vida dos seres humanos desenvolve-se por etapas que constituem o ciclo de vida. Ao longo dessas etapas, o indivíduo vai-se confrontando com desafios que tem de ultrapassar, para passar à etapa seguinte. A esses desafios, a Psicologia Evolutiva chama TAREFAS EVOLUTIVAS. É a forma como se resolvem estas tarefas que leva ao desenvolvimento do ser humano, à sua maturidade. A resolução das tarefas evolutivas depende das necessidades e características individuais assim como das pressões externas. Esta resolução
prepara
cada
individuo
para
a
etapa
seguinte
de
desenvolvimento deverá promover ajustamento pessoal e social. As tarefas evolutivas são desafios normativos associados à idade cronológica. Esses desafios são influenciados por: Maturação biológica Pressão da sociedade, expectativas sociais Desejos e aspirações pessoais Oportunidades e competências Valores que fazem parte da personalidade
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Vejamos então como é estudada a velhice no campo da Psicologia Evolutiva.
O
ESTUDO DA VELHICE NO CAMPO DA
PSICOLOGIA EVOLUTIVA
Afinal quando somos considerados velhos? O envelhecimento bem-sucedido é visto como um processo geral de adaptação. Com a crescente limitação imposta pela natureza biológica e no intuito de aumentar as suas potencialidades a tarefa adaptativa do idoso consiste em selecionar metas e objetivos mais importantes, otimizar recursos e compensar perdas. Embora o envelhecimento seja acompanhado de uma série de adversidades, a pior delas é o abandono social. É preciso que o indivíduo tenha projetos que não envelheçam, é preciso cimentar uma
cultura
positiva
da
velhice
com
interesses,
trabalhos,
responsabilidades que tornem sua sobrevivência digna. É importante a seleção de prioridades de vida para uma regulação efetiva dos processos
desenvolvimentais,
ou
seja,
selecionar
tarefas
evolutivas. O indivíduo deve desempenhar certas tarefas evolutivas, para se desenvolver adequadamente. As tarefas evolutivas são marcadas pelas preferências individuais, as expectativas quanto ao futuro, as realizações e as metas. Tais tarefas são enfrentadas de maneira diferente, devido aos diferentes
valores,
maturação
física,
expectativas
sociais,
oportunidades, preferências, competências e recursos. Um ambiente agressivo, assuntos familiares não resolvidos, ausência de cuidadores adequados podem dificultar este processo.
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A integridade do ego é a tarefa evolutiva do idoso: adaptação a triunfos e desilusões e gerador de produtos e ideias. É ter, em suma,
dignidade,
sabedoria,
aceitação do modo de vida e ser único. Para a alcançar é importante que o idoso possa fazer uma revisão da sua vida para lhe dar sentido e reorganizar criativa e positivamente sua personalidade. Contudo, o idoso é influenciado pela sociedade onde vive e esta influência também domina o atingir das suas tarefas evolutivas. Os principais fatores de influência da sociedade sobre o indivíduo são: A resposta social ao declínio biológico, O afastamento do trabalho, A mudança da identidade social, A desvalorização social da velhice A falta de definição sociocultural de atividades em que o idoso possa perceber-se útil e alcançar reconhecimento social. A sociedade é importante devido aos papéis sociais (posição no espaço social) desempenhados por cada um. Estes papéis são influenciados pelo que se espera de uma pessoa e pelo que a própria pessoa espera de si mesma. Podem ser vistos de acordo com uma de duas perspetivas. Por um lado, favorecerem oportunidades de aquisição e uso de habilidades; por outro, geram tensões, conflitos e ambiguidades. A experiência do envelhecimento envolve a mudança de papéis. A psicologia divide o estudo de cada fase vital entre: principais desenvolvimentos e tarefas evolutivas!
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Quando estuda a velhice, importa centrar-se na meia-idade (4065 anos) e na terceira idade (acima dos 65 anos). No que diz respeito à meia-idade, analisemos os quadros
PRINCIPAIS DESENVOLVIMENTOS
MEIA-IDADE
abaixo!
Certa deterioração da saúde física e declínio da resistência e perícia. Menopausa. A sabedoria e capacidade de resolução de problemas práticos são acentuadas; a capacidade de resolver novos problemas declina. O sentido de identidade continua a desenvolver-se. A dupla responsabilidade de cuidar dos filhos e pais idosos pode causar stress. A partida dos filhos deixa o ninho vazio. Para alguns, o sucesso na carreira e ganhos atingem o máximo; para outros ocorre um esgotamento profissional. Busca do sentido da vida assume importância fundamental. Para alguns, pode ocorrer a crise da meia-idade.
Aceitação do corpo que envelhece. Aceitação da limitação do tempo e da morte pessoal. Manutenção da intimidade.
Relação
com
os
pais:
inversão
de
papéis,
morte
e
individualização. Exercício do poder e posição: trabalho e papel de instrutor.
MEIA-IDADE
integrar novos membros.
TAREFAS EVOLUTIVAS
Reavaliação dos relacionamentos. Relacionamentos com os filhos: deixar ir, atingir igualdade,
Novos significativos, habilidades e objetivos dos jogos na meia-idade. Preparação para a velhice. /var/www/apps/conversion/tmp/scratch_2/135299103.doc
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TERCEIRA-IDADE
Relativamente à terceira idade, passa-se o seguinte.
A maioria das pessoas é saudável e ativa, embora a saúde e a capacidade física declinem um pouco. Atraso do tempo de reação afeta muitos aspetos do funcionamento. A maioria das pessoas é mentalmente ativa. Embora a
PRINCIPAIS DESENVOLVIMENTOS
inteligência e a memória possam deteriorar-se em algumas áreas,
a
maioria
das
pessoas
encontra
modos
de
compensação. A reforma pode criar mais tempo para o lazer mas pode diminuir os rendimentos. As pessoas precisam de enfrentar perdas em muitas áreas (perdas de suas próprias faculdades, perda de afetos) e a iminência de sua própria morte.
Manter a saúde física com a prevenção das doenças degenerativas. Independência económica.
(a). Ter laços com a comunidade. Manter-se sempre ocupado e com planos para o futuro.
TERCEIRA-IDADE
Ter laços de amizade e ligações fortes com a família. Manter um relacionamento íntimo com um(a) companheiro
TAREFAS EVOLUTIVAS
Ter o seu próprio espaço físico ou moradia.
Se possível, manter uma união com seu antigo trabalho ou profissão. Buscar ajuda na comunidade. /var/www/apps/conversion/tmp/scratch_2/135299103.doc
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Praticar exercício, manter uma atividade física regular.
TEORIAS A
compreensão
envelhecimento
exige
do
desenvolvimento
esforços
adulto
concentrados,
se
e
do
desejarmos
identificar as mudanças e as transformações vivenciadas por esta faixa etária. Espera-se que a Psicologia forneça informações sobre o curso, as condições e as variações da vida adulta, bem como sobre os indicadores de uma velhice bem-sucedida. Grande parte dos estudos sobre o desenvolvimento do adulto tem-se apoiado na perspetiva teórica do desenvolvimento de curso de vida. Se
não
há
uma
adaptação
ajustada
às
exigências,
o
envelhecimento pode ser vivenciado com alto nível de stress, dificultando a realização das tarefas evolutivas. Por isso, deve-se aprender a construir os principais papéis de vida com bastante flexibilidade, de forma a que eles sejam compatíveis com a etapa de vida. Isso requer conhecimento mais profundo dos papéis sociais e suas propriedades, especialmente as positivas.
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ERIK ERIKSON – TEORIA
DO
DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL
A teoria de Erik Erikson prediz que o crescimento psicológico ocorre através de 8 estágios e fases, não ocorre ao acaso e depende da interação da pessoa com o meio
que
a
rodeia.
Cada
estágio
é
atravessado por uma crise psicossocial entre uma vertente positiva e uma vertente negativa. As duas vertentes são necessárias mas é essencial que se sobreponha a positiva. A forma como cada crise é ultrapassada ao longo de todos os estágios irá influenciar a capacidade para se resolverem conflitos inerentes à vida. IDADE
CRISE
CARACTERÍSTICAS
DE
VIRTUDE
DESENVOLVIMENTO
Nascime
O
bebé
desenvolve
nto até
Confiança vs
sentimento
12-18
Desconfiança
mundo como um lugar bom e
meses 12-18 meses até 3
em
um
relação
seguro ou não A criança desenvolve
ao
ça
um
Autonomia vs equilíbrio entre a independência Vergonha
Esperan
e a dúvida e vergonha.
Vontade
anos A criança desenvolve iniciativa 3a6
Iniciativa vs
anos
Culpa
6 anos até à puberda de Puberda de ao
Produtividad e vs Inferioridade
quando
experimenta
coisas
novas e não é subjugada pelo
o
fracasso A criança/jovem deve aprender as habilidades da cultura ou enfrentar
sentimentos
de
inferioridade Identidade vs O adolescente deve determinar Confusão
Propósit
a
sua
própria
noção
de
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Habilida de Fidelida de - 14 -
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início da
identidade
idade
ou
experimentar
confusão entre papéis
adulta A pessoa procura estabelecer Jovem
Intimidade vs
adulto
Isolamento
um
compromisso
com
os
outros; caso não tenha êxito
Amor
pode sofrer com o isolamento e o egocentrismo O adulto maduro preocupa-se
Idade adulta
Geratividade
em estabelecer e orientar a
vs
geração
Estagnação
contrário
seguinte,
caso
Cuidado
sente
empobrecimento pessoal A pessoa aceita o seu percurso Terceir
Integridade
a idade
vs Desespero
de vida, o que lhe permite aceitar a própria morte; caso
Sabedor
contrário cai em desespero por
ia
incapacidade de reviver a vida
A resolução das crises psicossociais inerentes aos ciclos do desenvolvimento descritas por Erikson é um exemplo de tarefa evolutiva.
Geratividade VS. Estagnação Para um envelhecimento harmonioso, o adulto maduro deve desenvolver a Geratividade, em equilíbrio com a estagnação. Geratividade significa contribuir para causas futuras por meio de produção de algo significativo, pelo cuidado e manutenção dos outros. Dedicar-se a algo, acreditar e empenhar-se. Validar a própria existência. Implica: /var/www/apps/conversion/tmp/scratch_2/135299103.doc
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Investir nos seus conhecimentos e nas suas qualidades, preocupando-se em deixar um legado pessoal de experiências. Cuidar de outros seres humanos (família e fora dela). Atuar como conselheiro, educador, orientador. Envolver-se na manutenção e progresso de instituições sociais, da sociedade, no bem-estar da humanidade. Integridade vs Desespero A integridade caracteriza-se por uma adaptação a sucessos e desilusões inerentes à condição humana. É ter dignidade, sabedoria, aceitação do modo de vida, sensação de realização. Para alcançar a integridade a pessoa deve fazer uma reflexão e revisão da própria vida dando-lhe sentido e reorganizando-a de forma positiva. O desespero é a vertente negativa que advém quando se renega a vida, mas se sabe que já não se pode recomeçar uma nova existência. A sabedoria e a renúncia são as virtudes que resultam da crise psicossocial desta idade.
– TEORIA A
teoria
do
ciclo
da
vida
de
DO
CICLO
Erikson
DA
VIDA/CICLO VITAL
postula
que
o
desenvolvimento humano ocorre durante toda a vida, sendo cada período do ciclo de vida influenciado pelo que aconteceu antes e afetando o que virá depois. Este modelo compreende um processo abrangente, influenciado pelo contexto histórico, que procura um equilíbrio entre ganhos e perdas.
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Considera também fatores normativos e fatores não normativos que interagem, produzem mudanças no indivíduo, variam de pessoa para pessoa e têm efeito cumulativo. De acordo com Baltes, as características fundamentais desta formulação são: Multidirecionalidade
–
o
desenvolvimento durante a vida envolve um equilíbrio entre crescimento e declínio. As
pessoas
ganham
numa
área,
mas
podem perder noutras. Plasticidade – muitas capacidades podem ser modificadas com treino e prática, mesmo tarde na vida, mas o potencial para a mudança não é ilimitado. História e contexto – cada pessoa desenvolve-se num conjunto específico de circunstâncias ou condições definidas pelo tempo e pelo lugar. Os seres humanos influenciam e são influenciados respondem
pelo
seu
contexto
apenas
ao
ambiente,
histórico
e
interagem
social, com
não
ele
e
humano
é
modificam-no. Causalidade
múltipla
–
o
desenvolvimento
influenciado por diversos fatores e deve ser analisado tendo em conta todos eles. Em 1991, este mesmo autor alemão, defendeu que: O curso do desenvolvimento varia de pessoa para pessoa; Existem diferenças importantes entre envelhecimento normal, ótimo e patológico; Durante o envelhecimento fica resguardado o potencial de desenvolvimento; Os prejuízos deste período podem ser minimizados pela ativação das capacidades de reserva para o desenvolvimento; /var/www/apps/conversion/tmp/scratch_2/135299103.doc
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As perdas cognitivas podem ser compensadas por ganhos no domínio da inteligência prática; Com o envelhecimento, o equilíbrio entre ganhos e perdas torna-se menos positivo; Os mecanismos de auto-regulação da personalidade mantêm-se intactos em idade avançada.
Em jeito de conclusão, pode dizer-se que, se não há uma adaptação ajustada às exigências, o envelhecimento pode ser vivenciado com alto nível de stress, dificultando a realização das tarefas evolutivas. Por isso deve-se aprender a construir os principais papéis de vida com bastante flexibilidade, de forma a que eles sejam compatíveis com a etapa de vida. Isso requer conhecimento mais profundo dos papéis sociais e suas propriedades, especialmente as positivas.
O
ESTUDO
CIENTÍFICO
DO
PROCESSO
DE
ENVELHECIMENTO
Quando falamos em envelhecimento, surgem dois conceitos recentes que importa esclarecer: Gerontologia e Geriatria.
GERONTOLOGIA Campo de estudos interdisciplinar que investiga os fenómenos fisiológicos, psicológicos, sociais e culturais relacionados com o envelhecimento do ser humano. É um campo multiprofissional e multidisciplinar. /var/www/apps/conversion/tmp/scratch_2/135299103.doc
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A Gerontologia procura alternativas adequadas de intervenção junto da população idosa, tendo como perspetiva final a melhoria da qualidade de vida e a manutenção da capacidade funcional desta população. GERIATRIA Ramo
da
medicina
associado
ao
estudo,
prevenção
e
tratamento das doenças e da incapacidade em idades avançadas. O termo deve ser distinto de gerontologia, que é o estudo do envelhecimento em si. Os objetivos da Geriatria são: Manutenção da saúde em idades avançadas. Manutenção da funcionalidade. Prevenção de doenças. Deteção e tratamento precoce. Máximo grau de independência. Cuidado e apoio durante doenças terminais. Tratamentos seguros. ENVELHECIMENTO
BEM-SUCEDIDO?
Quando se coloca a questão do envelhecimento bem ou mal sucedido estamos a definir padrões de adaptação do idoso às suas atuais capacidades de funcionamento, no seu contexto de vida, implicando com isso quer critérios externos sociais (relativos ao que se espera do idoso em cada cultura), quer critérios internos individuais (o sentir e a vontade subjetiva). Se a pessoa, apesar das mudanças, continuar a ter objetivos de vida, a gostar de si, a ter prazer em fazer determinadas coisas, a sua vida decorrerá de forma mais fácil, mais leve e com maior qualidade.
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BIBLIOGRAFIA Correia, J. Martins. (2003). Introdução à Gerontologia. Lisboa: Universidade Aberta. Gauthier, Serge & Qwyther, Lisa P. Maximizar a Capacidade Funcional na Doença de Alzheimer. Lisboa: Novartis Farma. Leitão, Olívia R. & Morais, Manuela. Manual do Cuidador da Pessoa com Demência. Lisboa: Ponticor – realizações gráficas. Oliveira, Barros. (2008) Psicologia do Envelhecimento e do Idoso. Porto: Livpsic/Legias Editora.
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