Nasceu em 1964, em São Paulo. Escritor, artista gráfico, roteirista e ator, ator, publicou diversos álbuns de histórias em quadrinhos, hoje cultuados entre o público do gênero. O cheiro do ralo , seu primeiro romance, saiu em 2002, seguido por O natimorto e Jesus Kid . Também escreveu peças de teatro e atuou em curtas-metragens e no filme O cheiro do ralo, de Heitor Dhalia.
Livros:
O Teatro de Sombras
Não é por acaso que o título desta obra de Lourenço Mutarelli é Teatro de Sombras – as cinco peças que a compõem mostram ao leitor a sombra da vida dos personagens, eles tentam se esconder por trás da uma falsa imagem refletida na sociedade, que é o grande lençol sobre o qual são projetadas nossas sombras. O Cheiro do Ralo
Não se assuste, o enredo do livro é sobre um ralo de banheiro e o cheiro da privada. O livro narra o dia a dia do herói, "que se parece com aquele cara do comercial do Bom Bril", dono e único balconista de uma loja de compra e venda de artigos usados, e sua luta contra o simbólico e fedorento cheiro do ralo. Jesus Kid
O livro Jesus Kid nasceu de um desejo de Heitor Dhalia (diretor do filme Nina) em realizar um filme de baixo orçamento. Daí surgiu este novo romance do premiado Lourenço Mutarelli, sobre um escritor de livros de western, Eugênio (alter-ego do autor e uma auto-ironia) que atravessa uma fase difícil. Seu personagem mais famoso, Jesus Kid, está indo mal de vendas. Neste momento, aparece o que poderia ser a sua salvação. Ele é contratado por um produtor e um diretor de cinema para escrever um roteiro de filme. O único problema é que ele tem que escrever este roteiro dentro de um hotel luxuoso, do qual, por contrato, não pode sair por três meses.
http://blogdolourencomutarelli.blogspot.com.br/ postado sábado 6, de outubro de 2007 .
Despedida
Amigos, Eu gosto de viver em São Paulo, mas não no seu ritmo. Conquistei o que hoje muitos conquistam que é poder trabalhar em casa. Eu não agüento o trânsito daqui, eu nunca ando a passos ágeis e rápidos, saio pouco e só quando quero ou realmente preciso. Mal faço uso dessa tal internet. Sou quase alérgico a ela. Foi muito boa a experiência de dividir meus dias nesse blog. Foi muito gratificante ler vossos comentários, mas aqui eu vivo outro ritmo. Aqui eu amo a minha solidão e o silêncio é muitas vezes o meu idioma. Onde fermento palavras. Aqui eu posso calar em português, minha língua. Aqui, internet para mim é uma coisa chata. É como pegar trânsito ou ter que andar rápido. Moro em São Paulo, mas vivo em minha casa. Faço de tudo para evitar o estresse, a mania da pressa, quem me conhece sabe que chego sempre uma hora antes da hora marcada. Não toco, espero. Há quase sempre um café, sempre um livro nas mãos ou em processo na minha cabeça. Eu espero com calma. Não faço parte de nenhum grupo. Não leio jornal, quase não assisto TV. Não torço pra nada. A Lu, minha namorada-esposa é quem responde meus emails e recorta pequenas notas ou matérias que ela sabe que pode me interessar. Nunca ouço rádio porque amo a
musica e por isso sempre sei o que quero ouvir. Tenho um amigo-importador que consegue tudo o que é mais improvável em CD e eu os escuto como quem ora. Tudo isso para dizer que aqui, infelizmente, o blog para mim não funciona. Aqui há minha escrivaninha que é o meu laboratório, os livros que estudo, todas as musicas que quiser ouvir e café sempre fresco que eu mesmo faço. É cruel, mas sincero o que digo. Sei que pode parecer ingrato, e já falamos sobre gratidão. É quase tão cruel como dizer: aqui eu não preciso de vocês. Mas a verdade é que aqui NÃO POSSO precisar de vocês. Porque assim é São Paulo. E aqui nasci e fui mal-criado. E de qualquer forma eu os tenho comigo e vocês me guardam. O respeito e o carinho que vocês tem por mim, é recíproco. Honestamente adoraria tomar um café com cada um de vocês e provavelmente isso aconteça. Somos um grupo pequeno. Se me virem em uma palestra ou evento, não tenham vergonha, digam que foram dessa nossa irmandade. Dessa nossa pequena sociedade semi-secreta chamada Blog. Minha profunda gratidão e até um próximo café. Lourenço São Paulo 6 de outubro de 2007