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O Instituto Belém pretende ser uma instituição de ensino superior associada à visão afetiva e comp comprometida rometida da nossa igreja que se esforça para proclamar uma mensagem centrada em Deus, que busca glorificar a Cristo, e ao Espírito Santo. Que se utiliza das Santas Escrituras Escritura s para auxiliar na formação espiritual de homens e mulheres equipando-os para cumprir os propósitos do Reino de Jesus Cristo no século 21 e forjar discípulos fiéis para ele de toda raça, tribo, língua, povo e nação. Propomos espalhar o conhecimento de Deus, que desperta não apenas o intelecto, ou o conhecimento intelectual, mas principalmente o amor e o desejo de viver numa intensa e apaixonante busca por Cristo. Esta é a razão da existência da nossa escola. E é esta a visão que desejamos compartilhar com todos.
Autor o ã ç Moisés Carneiro l i z a i z
a a i c r e m o c a a d d i b b i Reservados ao Instituto © rDireitos Instituto Belém o P Livros Poéticos Curso Básico em Teologia
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O Instituto Belém pretende ser uma instituição de ensino superior associada à visão afetiva e comp comprometida rometida da nossa igreja que se esforça para proclamar uma mensagem centrada em Deus, que busca glorificar a Cristo, e ao Espírito Santo. Que se utiliza das Santas Escrituras Escritura s para auxiliar na formação espiritual de homens e mulheres equipando-os para cumprir os propósitos do Reino de Jesus Cristo no século 21 e forjar discípulos fiéis para ele de toda raça, tribo, língua, povo e nação. Propomos espalhar o conhecimento de Deus, que desperta não apenas o intelecto, ou o conhecimento intelectual, mas principalmente o amor e o desejo de viver numa intensa e apaixonante busca por Cristo. Esta é a razão da existência da nossa escola. E é esta a visão que desejamos compartilhar com todos.
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Aplicaç plicação ão no estudo deste livro Você deve de ve estar perguntando qual qua l a melhor maneira de estudar este livro e extrair o máximo máxi mo possível de proveito. Ao Ao pensar nisso, elaboramos elaboramos alguns métodos que poderão lhe ser úteis. Seja Motivado Motivação Mo tivação é um princí princípio pio peculiar na vida de todos os que anseiam alcançar um objetivo. É impossível alguém atingir o ápice de um grande sonho sem ter em sua bagagem o item motivação. Muitos já iniciaram alguma coisa, mas só obtiveram o êxito aqueles que se mantiveram motivados até o final. Seja motivado para orar orar,, para ler ler,, para meditar, para pesquisar, para elaborar trabalhos e estudos bíblicos. Se sentir-se sem motivação busque-a através do Espírito Santo. Faça petições a Deus e leia sua Palavra, pois são sã o fontes inesgotáveis para sua reno vação, e por por final procure procure mantê-la mantê-la acesa até findar findar o curso. curso. “Se não existe esforço, não existe progresso.” Fredrick Douglas Seja Organizado e Disciplin Disciplinado ado a) Ore a Deus ao iniciar iniciar seus estudos estudos e peça que lhe ajude ajude a ter um maior proveito do assunto em pauta. b) Estude Estude em lugares lugares reservados. c) Evite ambientes com com sons, ruídos e falatórios. Pois você pode o ã ç perder sua concentração no estudo. a z z i i l amateriais a i d) Procure Procure adicionar outros importantes materiais à cada lição a c r e m o ser estudada, como por exemplo: c a
a d d i b b i o r P se possível, com traduções que sejam difer • Bíblias de Estudos: entes. • Dicionário Dicionários. s. • Concordância Bíblica.
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• Livros: cujos assunt assuntos os sejam relacio relacionados nados ao tema de cada lição. • Lápis e bloco para anotações. e) Leia e estude cada matéria duran durante te a semana, reserve pelo menos 1 hora por dia para fazer isso.
f) Faça anotações, especialmente àquelas que lhe causar causarem em dúvidas. g) Responda aos question questionários ários assim que terminar de estudar cada lição. Eles irão fortalecer o assunto em sua mente. h) Reserve períodos da semana para você elaborar trabalhos voltados à matéria matéria estudada estudada em cada mês. i) Formule perguntas ao professor, assim tanto você como ele ficarão cada vez mais abalizados no aprendizado. Em suma, todos esses itens elaborados cuidadosamente pelo departamento de pedagogia do IB, são de um valor inestimável para você, desde que que procure procure segui-los conforme conforme se seguem.
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Índice Introdução Lição 1 Introdução a Poesia e Poesia Hebraica...........................................06 Lição 2 Livros Hínicos....................................................................................18 Lição 3 Livros Hínicos - cont.........................................................................26 Lição 4 Livros Sapienciais...............................................................................32 Lição 5 Livros Sapienciais - cont...................................................................37
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I- Introdução à Poesia e a Poesia Hebraica 25% da Bíblia Sagrada foi escrito em forma poética. Por isso, Deus mesmo pode ser considerado o maior de todos os poetas. Os poemas bíblicos vão da simples e singela adoração até as imprecações aos ímpios e profecias acerca do Messias, nosso Senhor Jesus Cristo. Os Livros Poéticos (Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cântico dos Cânticos) são escritos em poesia em praticamente toda a sua totalidade, e torna-se necessário o entendimento acerca da arte poética para compreendê-los. Veremos alguns pontos principais, pertinentes ao nosso estudo sobre esses livros. A princípio, utilizamos alguns exemplos provenientes da nossa bela e rica poesia brasileira, entendendo que podemos nos utilizar do princípio de interpretação dessas mesmas poesias, porque o poeta, independentemente de onde esteja e em que cultura esteja inserido, não muda – escreve seu sentimento da mesma maneira, mudando apenas algumas características. O que é poesia?
“A arte de exprimir oralmente, ou por escrito, em forma métrica, pensamentos sublimes e encantadores, carregados de emoção, exaltação e imaginação”. Orlando Boyer (Pequena Enciclopédia o ã ç Bíblica) l i z a
a i c r e m o cé simplesmente expressar sobre verExpressar poesia não a a não está na forma, mas na sensibili d i sos. Pelo contrário, a poesia b i o r P(LUFT, 1995), tanto que há outras formas de texto dade do poeta em poesia, até mesmo textos em prosa. Havendo muitos significados diferentes, como mostra Pedro LYRA (1986), talvez possamos dizer que a poesia é, em linhas bem gerais, a: 6
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“expressão de um sentimento por meio de palavras.” Notamos isso nos livros poéticos, principalmente nos hínicos (veja mais adiante a diferenciação), e, em particular, nos Salmos, onde o sentimento dos poetas é refletido das mais diferentes formas. Veja o exemplo abaixo, um poema do brasileiro CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE. Fazer 70 anos A Jose Carlos Lisboa Fazer 70 anos não é simples. A vida exige, para o conseguirmos, perdas e perdas no íntimo do ser, como, em volta do ser, mil outras perdas. Fazer 70 anos é fazer catálogo de esquecimentos e ruínas. Viajar entre o já-foi e o não-será. É, sobretudo, fazer 70 anos, alegria pojada de tristeza. Ó José Carlos, irmão-em-Escorpião! o ã ç Nós o conseguimos... a z i l a i c E sorrimos r e m o c de uma vitória comprada por que preço? a a d i Quem jamais o saberá? b i o r À sombra dos P 70 anos, dois mineiros em silêncio se abraçam, conferindo a estranha felicidade da velhice. (Carlos Drummond de Andrade, in “Amar se aprende amando”).
Observe atentamente como o sentimento do aniversariProibida a Comercialização © Direitos Reservados ao Instituto Belém
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ante sobrepuja na reexão sobre o que é fazer 70 anos. Implica na lembrança de vitórias, ruínas, é uma longa e demorada caminhada – uma “alegria pojada de tristeza”. Analise a força das pala vras e expressões. Por exemplo, “viajar entre o já-foi e o não-será”. Pense nisso: quantas situações experimenta uma pessoa (já-foi) e quantas gostaria de ter vivido, mas não viverá (não-será) depois dos setenta anos. A poesia tende a levar o leitor a gastar o tempo refletindo, analisando, saboreando um poema. A meditação sobre o Salmo 23 nos leva a pensar em campinas, ovelhas, festas e no cuidado de Deus para conosco. Rima e ritmo
Rima e ritmo são duas características que marcam a poesia, mas não precisam estar necessariamente juntas – nos livros poéticos, por exemplo, embora haja ritmo, não há rima. Consistem de paralelismo, isto é, em vez dos versos rimarem, repete-se uma linha em outras palavras, o que foi escrito na linha anterior. Por rima entende-se o emprego de sons harmoniosos, ou seja, palavras com fonética similar. Observe este poema de Jorge Camargo, uma linda canção cristã.
o Ajuntamento ã ç a z i l Vem e sopra sobre nós teu sopro a i c r Reunidos neste ajuntamento c o m e a a Honra e santifica este momento d i b i o Com a tua igreja, P r que é teu povo Faz teu rio de paz correr no meio destes que, por fé, vêm bendizer-te E a uma voz oferecer-te Seus louvores, súplicas e anseios Tú és o Senhor de toda a glória 8
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Hoje, sempre e como foste outrora No correr da história, revelando o teu amor Deus bendito, Rei e Salvador (Jorge Camargo, in “20 anos de estrada”). A fonética das últimas sílabas das últimas palavras de cada verso assemelham-se a outros versos, mas esse som é agradável. Há, porém, rimas que são tão usadas que soam artificiais e ruins (“Eu amo Jesus, porque ele é minha luz...”). O ritmo é comparado por ELISSEN (1993) como “a regu laridade do movimento em composição literária, desenvolvida pela recorrência da batida, pausa e acento.” É também conhecido como métrica. Talvez o melhor exemplo didático em língua portuguesa para a compreensão do que seja ritmo seja o poema “Trem de ferro”, de MANUEL BANDEIRA, onde as palavras são utilizadas de tal forma que a declamação do poema lembra o som de um trem em movimento. (* Adaptado pelo IBADESP). Trem de Ferro
Café com pão Café com pão Café com pão o ã ç a z ‘Nosso Pai’ que foi isso maquinista? i l a i c r e Agora sim m o c a Café com pão a d i b i Agora sim o r P Voa, fumaça Corre, cerca Ai seu foguista Bota fogo Na fornalha Proibida a Comercialização © Direitos Reservados ao Instituto Belém
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Que eu preciso Muita força Muita força Muita força Ôo... Foge bicho Foge povo Passa ponte Passa poste Passa pasto Passa boi Passa boiada Passa galho De ingazeira No riacho Que vontade De cantar! Ôo... Quando me prenderam No canaviá Cada pé de cana Era um oficiá Ôo... Menina bonita o ã ç a z Do vestido verde i l a i c r e Me dá tua boca m o Para matá minha sede a a c d i b i Ôo... r o P Vou mimbora vou mimbora Não gosto daqui Nasci no sertão Sou de Ouricuri Ôo... 10
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Vou depressa Vou correndo Vou na toda Que só levo Pouca gente Pouca gente Pouca gente... Figuras de linguagem
Há abundantes figuras de pensamento ou de linguagem de vários tipos na poesia: símile, metáfora, personificação, hipérbole, apóstrofe, etc. Elas são, em primeiro lugar, uma outra forma de expressão. Mas também visam desafiar o leitor na interpretação, conseguida por meio de relacionamentos. Uma gura de linguagem ocorre quando utilizamos uma palavra com um sentido secundário. “Os céus se espreguiçam.” (Raul Bopp)
Alguns tipos de figuras de linguagem encontradas nos livros poéticos estão listadas abaixo. - Metáfora: é uma comparação por representação, mas não é for omeu pastor.” ã ç mal, isto é, não tem a palavra “como”. “O Senhor é o a z i l a i c (Sl 23:1). r e
m o c a a d ipor semelhança em vários pontos. Há a pa- Símile: comparação b i o r P lavra “como”. “Ele é como a árvore...” (Sl 1:3). - Alegoria: metáforas reunidas em torno de um tema central. Do Salmo 80, vv. 8 e seguintes, Israel é descrito como uma “videira do Egito”. Proibida a Comercialização © Direitos Reservados ao Instituto Belém
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- Metonímia: uma palavra é substituída por outra. “A sua língua (= palavra) percorre a terra.” (Sl 73:9). - Sinédoque: emprega-se uma palavra em lugar de outra, mas não como na metonímia. A diferença é o emprego no lugar de uma pessoa. “Amas todas as palavras devoradoras, ó língua fraudulenta!” (Sl 52:4 – note que a “língua” representa a própria pessoa). - Hipérbole: exagero perceptível, que visa a ênfase. “Todas as noites faço nadar o meu leito.” (Sl 6:6).
- Personificação: objetos e seres inanimados são formados por seres vivos. “Todos os meus ossos dirão: Senhor, quem Contigo se assemelha?” (Sl 35:10). - Apóstrofe: é semelhante à personificação, mas se dirige a pessoas ausentes ou objetos inanimados ausentes. “Que tens, ó mar, que assim foges?...” (Sl 114:5-7). - Antropomorfismo: a Deus são atribuídas características físicas humanas. “Levanta-te, Senhor! Ó Deus, ergue a Tua mão!” (Sl 10:12). - Antropopatia: ao invés de características físicas, a Deus atribui o ã ç a z se sentimentos i l a i c na Tua ira, nem me cas r e humanos. “Senhor, não me repreendas m o c a tigues no Teu furor.” (Sl a6:1).
d i b i r o P Poesia hebraica
A característica mais forte da poesia hebraica é o paralelismo. No paralelismo hebraico enfatiza-se o “ritmo da idéia”, como é de praxe na cultura oriental, que preza mais pela idéia que pelos 12
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artifícios da literatura. A primeira linha é paralela à segunda ou às seguintes. Isto é, elas combinam. Por exemplo, “Os céus proclamam a glória de Deus e o rmamento anuncia as obras de suas mãos” (Sl 9:1). Contudo, há um interessante detalhe a respeito do paralelismo: é a permissividade que dá à tradução para outros idiomas, sem que se perca a idéia central do texto. Nas poesias atuais isso não ocorre, e, no processo de tradução, acaba-se perdendo alguma coisa – ou a rima, ou o ritmo, ou a idéia. Há vários tipos de paralelismo hebraico, de acordo com R. LOWTH, 1753, apud ELISSEN, 1993. - O sinônimo: onde a segunda linha repete ou reproduz o que está dito na primeira.“Senhor, quem habitará no teu santuário? Quem poderá morar no teu santo monte?” (Sl 15:1). - O antitético: vem de antítese, contrário. Na segunda linha, a idéia é oposta à primeira linha, como em um contraste. “Pois o Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá.” (Sl 1:6). - O sintético: na segunda linha completa-se ou amplifica-se a idéia da primeira. “A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma; o testemunho do Senhor é el e dá sabedoria aos símplices.” (Sl 19:7).
o ã ç a z i l Há ainda três tipos de paralelismo sintético. a i c r e m o c a a constitui o meu rei sobre o meu santo - A conclusão. “Eu, porém, d i b i o r monte Sião.” (Sl 2:6). P - A comparação. “Melhor é buscar refúgio no Senhor do que conar em princípes.” (Sl 118:9).
- A razão. “Beijai o Filho para que não se irrite, e não pereçais no Proibida a Comercialização © Direitos Reservados ao Instituto Belém
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caminho; porque dentro em pouco lhe inflamará a ira. Bem aventurados todos os que nele se refugiam.” (Sl 2:12). Existem outros tipos de paralelismo menos importantes que esses, mas que também precisam de atenção. - O analítico: a segunda linha é conseqüência da primeira. “O Senhor é o meu pastor: nada me faltará.” (Sl 23:1). - O climático: a segunda linha repete a primeira, mas a expande, chegando a um clímax. “Tributai ao Senhor, lhos de Deus, trib utai ao Senhor glória e força.” (Sl 29:1). - O emblemático: a segunda linha ilustra a figura que é apresentada na primeira. “Pois quanto o céu se alteia acima da terra, assim é grande a sua misericórdia para com os que o temem.” (Sl 103:11). - O quiasmo: a segunda linha repete a primeira, mas de forma inversa, como em um “x” (a palavra “quiasmo” vem do grego chi asmós, que significa “ação de dispor em cruz”). “Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; e segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões.” (Sl 51:1). Classificação dos livros poéticos
o ã ç a z i l apodem ser classificados i Para o povo hebreu, os livros que c r e m o como poéticos são: Jó, Salmos c e Provérbios. A Vulgata acrescenta a d a dos Cânticos (ou simplesmente Cânti i a eles Eclesiastes e i Cântico b o r P cos, ou Cantares). Atualmente, porém, os livros poéticos dividem-se em dois grupos: - Os Hínicos, aqueles livros que apresentam cânticos (Salmos e Cânticos);
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- Os Sapienciais, aqueles que tratam do ensino acerca da vida: Jó, Provérbios e Eclesiastes. Classes de poesia hebraica
Drama poético: várias cenas apresentadas em verso, como em Jó. Versos líricos poéticos: poemas que têm o intuito de serem cantados. Os Salmos possuem a maioria dos tipos de poesia lírica: odes, cânticos, elegias, intercessões, monólogos, visões e rituais. Didática poética: poemas destinados a ensinar. Ainda nessa classe há dois grupos. Poemas de didática prática (Provérbios); poemas de didática losóca (Eclesiastes). Idílios poéticos: “cenas campestres ou pastoris, em forma de verso.” Por exemplo, Cânticos. Elegias poéticas: poemas de pesar ou lamentação, como Lamen tações de Jeremias.
o ã ç a z i l a i c r e m Questionário o c a a d i b i e “E” para errado o r Marque “C” para certo P
____ 1) - 25% da Bíblia Sagrada foi escrito em forma poética. Por isso, Deus mesmo pode ser considerado o maior de todos os poetas. Proibida a Comercialização © Direitos Reservados ao Instituto Belém
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____ 2) – Poesia é a arte de exprimir oralmente, ou por escrito, em forma métrica, pensamentos sublimes e encantadores, carregados de emoção, exaltação e imaginação, conforme afirma Myer Pearlman. ____ 3) - Rima e ritmo são duas características que marcam a poesia, mas não precisam estar necessariamente juntas – nos livros poéticos, por exemplo, embora haja ritmo, não há rima. Consistem de paralelismo, isto é, em vez dos versos rimarem, repete-se uma linha em outras palavras, o que foi escrito na linha anterior. ____ 4) – O ritmo é comparado por ELISSEN (1993) como a reg ularidade do movimento em composição literária, desenvolvida pela recorrência da batida, pausa e acento.
Assinale com “X” a alternativa correta 5) – Emprega-se uma palavra em lugar de outra, mas não como na metonímia. A diferença é o emprego no lugar de uma pessoa. “Amas todas as palavras devoradoras, ó língua fraudulenta!” (Sl 52:4 – note que a “língua” representa a própria pessoa): ___a. Apóstrofe. ___b. Metonímia. ___c. Hipérbole. a d i b ___d. Sinédoque. r o i
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P
6) – A característica mais forte da poesia hebraica é: ___a. o paralelismo. ___b. o dualismo. 16
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___c. a rima. ___d. o ritmo. 7) – Há ainda três tipos de paralelismo sintético:
___a. o sinônimo. ___b. o antitético. ___c. o sintético. ___d. todas as alternativas estão corretas.
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II - Livros Hínicos Salmos O ‘Livro dos Louvores’, como é conhecido o livro de Sal mos, foi durante muitos séculos o hinário nacional de Israel e o da Igreja, até bem pouco tempo. Além da beleza nele expressa, há ainda outras características, como lições, conforto e profecias. É o primeiro e o mais comprido livro dos livros do Hagiógrafo, a terceira divisão da Bíblia, e é composto de 150 capítulos, abrangendo vários sentimentos, ocasiões e momentos históricos. Foi escrito não de uma vez, mas compilado gradualmente através dos anos. A nota mais importante no estudo do Livro de Salmos é com preender o que significa adoração. A despeito das muitas opiniões a respeito do que seja adorar a Deus, os Salmos ensinam que adorá-lo é expressar o mais profundo e sincero sentimento a respeito Dele. Profundo, pois se crê seriamente no que se está expressando. Sincero, pois só pode adorar a Deus quem tem uma vida voltada para ele, seguindo seus preceitos e Caminho. Ou seja, a vida do adorador devecorresponder ao seu sentimento. Pelo fato de ter tantas palavras sobre o louvor a Deus, chegou a ser conhecido por Sepher Tehillim, o “Livro dos Lou o Psalmoi, que vores”. Com a tradução para o grego, ganhou o ç nome ã a ou “hinos para z i l se aplica a algo como “poemas adaptados à música” a i c r e musicais”. A tradução em serem acompanhados por instrumentos m o c a latim é chamada Liber Psalmorum, “O Livro dos Salmos”, que é a d i i b hoje. o como o conhecemos r P Autoria e Época O Livro dos Salmos apresenta vários autores, porém, mui 18
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tos outros salmos são anônimos. A maior parte de Salmos foi escrita por Davi. A época em que foi escrito abrange um período de cerca de aproximadamente 1000 anos. Compreende o espaço de tempo desde Moisés (cerca de 1410 a.C.) até o pós-exílio (quando Israel voltou da Babilônia para sua terra, como narrado nos livros de Esdras e Neemias, cerca de 430 a.C.). Por isso, inicialmente o livro é composto por cinco livros, compilados depois em um livro maior, que é a forma atual. Essa compilação foi feita por Davi (1 Cr 15:16) e Ezequias (2 Cr 29:30). A tabela 2.1 mostra os autores , época e quantidade de sal mos escritos por cada um.
Características e classificação
Os Salmos são, como dito acima, divididos em cinco livros, cada um deles escrito em uma época diferente, o contendo um ã ç a z tema diferente. Veja a tabela 2.2. a l i
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Notamos também, ao ler o livro de Salmos, que eles podem ser agrupados em dez ou onze classes, conforme a Bíblia de Estudo das Profecias (op. cit.2). Para facilitar a visualização, adap tamos outra tabela desta mesma obra, a tabela 2.3.
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Essa última classe, “Salmos messiânicos” não é compreendida pela classificação adotada na obra, embora seja tratada separadamente. Acrósticos
É muito comum na poesia hebraica. Sua ênfase está no uso das 22 letras do alfabeto hebraico e pode ser construído em versículos seguidos, ou em grupos de dois ou três versículos (Pv. 31.10-31; Lm 1-4). No Salmo 119, cada letra é usada para cada seção de oito versículos, começando cada um deles com a letra respectiva da seção. Os oito primeiros versículos começam com a letra Álefe no texto hebraico e assim por diante. Divisão dos Salmos
Por volta de 450 a.C. , Esdras reuniu os salmos e os pôs em forma ordenada. Os Salmos formam estão divididos em cinco livros: Alguns rabinos antigos comparam os Salmos com o Pentateuco Os versículos no Cânon Judaico.
1. Os salmos são contados a partir da sua epígrafe, por isso esses Salmos possuem um versículo a mais. Por exemplo: ç ã o para o dia Salmo 92 Mizmor shir yom shabath: Salmo i ez a cântico l a i de Sábado. e r c
m o c a a d i 2. As vezes a epígrafe funde-se com o primeiro versículo do Salmo b i o r Por exemplo: P Salmo 23 Mizmor LeDavid: Salmo de Davi, O Senhor é meu Pastor e nada me faltará
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Gêneros Literários do livro de Salmos
Os Salmos dividem-se em três gêneros: Hinos, Súplicas e Ações de Graças. Hinos São os salmos 8; 19; 29; 33; 46-48; 76; 84; 87; 93; 96-100; 103-106; 113; 114; 117; 122; 122; 135; 136; 145-150. Estes salmos começam com uma exortação a louvar a Deus. O corpo do salmo descreve os motivos deste louvor, os prodígios realizados por Deus na natureza, especialmente sua obra criadora, e na história, particularmente a salvação concedida a seu povo. A conclusão repete a fórmula da introdução ou exprime uma petição. Neste conjunto de Salmos destacam-se: • Os Cânticos de Sião (Sl 46;48; 76; 87;) exaltam a cidade santa Jerusalém morada do Altíssimo. • Os Salmos do Reino de Deus, especialmente Sl 47; 93; 96-98, celebram o reino universal de Yahweh. Súplicas
o Não cantam ã ç São os salmos de sofrimento ou lamentações. a z i l i a as glórias de Deus, mas dirigem-se ea r c eles. m o Geralmente as súplicas começam com uma invocação, c a a d i acompanhada de um pedido de socorro, de um pedido ou de b i o P rde confiança. No corpo do Salmo procura-se couma expressão mover a Deus descrevendo-lhe a triste situação dos suplicantes, com metáforas como (águas do abismo; laços da morte; inimigos, fera, ossos que se secam etc.). Há protestos de inocência (Sl 7, 17; 26) e conssões de pecado (Sl 51) e outros salmos de penitência. Recordam-se de a Deus seus benefícios antigos ou se lhe faz uma 22
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censura de parecer esquecimento do ausente (Sl 9-10; 22; 44). Mas arma-se a convicção de que se mantém nele (Sl 3; 5; 42-43; 5557; 63; 130), Muitas vezes a súplica termina repentinamente, pela certeza de que Deus atendeu o pedido (Sl 6; 22; 69; 140). As súplicas podem ser Coletivas os individuais: a) Súplicas Coletivas ( Sl 12; 44; 60; 74; 79; 80; 83; 106; 123; 129;.137)
Sua ocasião é um desastre nacional, derrota ou destruição, ou uma necessidade comum; pede-se então a salvação e restauração do povo. O Salmo 74 reete a as conseqüências da destru ição de Jerusalém em 586 a.C. b) Súplicas Individuais ( Sl 3; 5-7; 17; 22; 25; 26; 28; 31; 35; 38; 42-43; 51; 54-57; 59; 63; 64; 69-71; 77; 86; 102; 120; 130; 140-143.
São pedidos de libertação da morte, do exílio, da doença; da calúnia; do pecado. Ações De Graça ( Sl 18; 21; 30; 33; 34; 40; 65-68; 92; 116; 118; 124; 129; 138; 144).
Raramente são coletivos, mas quando são o povo dá graças o pela libertação de um perigo, pela abundância das colheitas, pelos ã ç a z i l benefícios concedidos ao rei. a i c r e sofridos e a oração atOs individuais recorda os males m o c a a endida, exprimem reconhecimento e exortam os féis a louvar a d i b i o r Deus. P Principais Títulos, Epígrafes e Palavras Cântico dos Degraus: cantados pelos peregrinos em visita a Je rusalém em festividades, por detrás da Arca, ou subindo as escaProibida a Comercialização © Direitos Reservados ao Instituto Belém
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darias do templo. (Sl 120-134). Yedhutum: CONFISSÃO, provavelmente Salmo de conssão ou penitência (Sl 39; 62; 77). Maskil: SALMO DIDÁTICO apresentando introspecções divinas instrutivas, tanto ao povo como pessoalmente. Miktam: HINO ESCRITO? De sentido difícil a LXX sugere poe ma escrito em tabletes, cuja noção é de Lamentação (Sl 16; 56-60). Neghinôth: MÚSICA DE INSTRUMENTOS DE CORDAS (HARPA) (Sl 6; 54; 55; 67). Selá: ELEVAÇÃO; Deveria signicar um PONTO PARA SE ELEVAR A VOZ, como ALELUIA , AMÉM, BENDITO SEJA YAHWEH para sempre. Parecido com uma pausa musical.
Jesus Cristo nos Salmos No Salmo 2; 72; 110 ele aparece como Rei Sacerdote e Juiz Divino Ideal, reinando com perfeita justiça e paz. No Salmo 22 e 69 ele aparece como Servo Sofredor em o ã ç prol da humanidade. a z i l ados Salmos com trechos i c Podemos ver ainda a correlação r e m o do Novo Testamento a c
a d i b i o r P
Questionário
Marque “C” para certo e “E” para errado 24
____ 8) - O ‘Livro dos Louvores’, como é conhecido o livro de Sal Curso básico de Teologia
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mos, foi durante muitos séculos o hinário nacional de Israel e o da Igreja, até bem pouco tempo. ____ 9) – A nota mais importante no estudo do Livro de Salmos é compreender o que significa oração. ____ 10) - A maior parte do Livro de Salmos foi escrita por Sa lomão.
o ã ç a z i l a i c r e m o c a a d i b i o r P
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III - Livros Hínicos - Continuação Cântico dos Cânticos ‘O Maior Cântico’ é o signicado mais apropriado para o título Cântico dos Cânticos (Shir Hashirim, em hebraico, ou Can ticles, em latim), ou Cantares de Salomão. É mais conhecido pela primeira palavra de seu nome, e é um livro singular; uma verdadeira obra de arte literária, pois, além da bela poesia nele encontrada, permite duas interpretações: tanto literal quanto teológica, sendo que as duas são saudáveis. No entanto, é importante ressaltar que o livro tem, em primeiro lugar, a interpretação literal. Interpretar este livro literalmente é simplesmente lê-lo com o sentido primário para o qual foi escrito: apresentar a realidade e a intensidade do ato conjugal, nos padrões divinos. Por outro lado, se o livro é lido sob o ponto de vista teológico, vê-se a relação entre o amor de Cristo (o “amado”) e a Igreja (a “amada”). No entanto, deve-se ter o cuidado de não utilizar versículos isolados, porque todo o contexto do livro revela essa abordagem. Por exemplo, é corrente nas igrejas dizer que Jesus é o “Lírio dos vales” e a “Rosa de Sarom”. Mas na verdade quem fala isso é a esposa, e não o esposo (Ct 2:1). opoliteísmo4, o ã ç Cantares não apresenta nenhum ltraço de a z i c i a o casamento realmente que também pode ser interpretado e r como c o mdisso, a mulher não é menopuro, sem interferências. aAlém a nem tampouco o homem exaltado em d i sprezada de forma alguma, b i o r relação a ela. P Ambos têm sua importância e igualdade na relação. Na literatura atual, a mulher é freqüentemente uma vítima frágil, mas em Em Cântico ela é saudável, bela e amada. O amor entre o casal é expresso lindamente, através de muitas alegorias. Cada um
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declara ao outro seu amor em poemas com figuras de linguagem próprias do povo judeu. Na tabela 2.4 pode ser vista a relação de alguns animais mencionados no livro com o seu significado. Mas as frutas e metais preciosos também são usados.
Adaptado de A BÍBLIA DA MULHER, 2003. p. 855. A canonicidade de Cantares Cântico dos Cânticos é um livro inspirado? oPor que não ã ç a cita nenhuma vez o nome de Deus? O sábio l judeu e Filo de Alex z i a i em seus escritos. r c andria não faz nenhuma citação m desse livro e o c Para dirimir esse a conito e admiti-lo no cânon, os judeus a d de alegorias e tipologia. Uma porção i b i tradicionais encobriram-no r o P do MISHNÁ (coletânea de tradições judaicas); no TA´ANITH declaram que o livro de Cantares era lido como parte do ritual da festa da Páscoa, celebrando a libertação do Egito. Os cristãos também apelaram à alegoria para explicá-lo ou no mínimo para tolerá-lo. Cristãos sinceros como os pais da Igreja Proibida a Comercialização © Direitos Reservados ao Instituto Belém
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Agostinho e Orígenes, alegorizavam-no com o fim de aplicá-lo a prática da vida cristã. A maior defesa feita pela inspiração do livro foi feita pelo rabino Akba, praticamente foi o único que resolveu o problema das muitas discussões sobre a canonicidade. Ele disse: “Nenhum homem em Israel jamais tem contestado que o Cântico de Sa lomão não profana as mãos. Por que no mundo inteiro não existe nada a igualar o dia no qual o Cântico de Salomão foi dado a Is rael. Todos os escritos são santos, mas o Cântico dos Cânticos é Santíssimo....” MISHNA YADAIM 3.5. Escolas de Interpretação de Cânticos a. Literal Consideram o poema como um cântico de amor, sem tra tar de uma mensagem espiritual. E. J. Young e H. H. Rowley de fensores dessa teoria dizem que esse poema é uma sanção divina ao relacionamento do amor humano, em contraste com as per versões degeneradas. Mesmo sendo literal o livro pode ser considerado canônico pois foi o próprio Deus quem criou o sentido do amor e do prazer mútuo, instituindo o casamento. Essa escola acredita ainda que o texto não defende a monogamia mas o amor de um casal apaixonado. o e Delitzch. Nessa escola ainda existe a teoria de Zoecler ã ç a a jovem Sulamita, z i l Eles dizem que Salomão levou para o c seu harém a i r e mas a sua concupiscência transformou-se em amor. m o c aa teoria de que a Sulamita era noiva de a Essa escola ainda apresenta d i b i o pastor de ovelhas P r e atribuem os trechos mais íntimos a ele (Cap. 4). Salomão entremete-se nesse relacionamento, eles atribuem os v. 1-7 a Salomão e 8-15 ao pastor. Os defensores dessa teoria são Jacobi, Umbreit e Ewald. b. Tipológica 28
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Acredita que a história é real, mas vê o amor de Deus por Israel (esposa) ou de Cristo pela Igreja (a noiva). Essa escola não dá muita importância para a história, o que importa são as lições espirituais. Raven e Unger defendem que a Sulamita diferia das demais moças do harém, por ser a mais bela e espirituosa e que ensinou a Salomão o verdadeiro sentido monogâmico. Este po ema representa o ideal amor sagrado. Daí a tipificação, o esposo seria Cristo Rei Pastor Milenal, a esposa seria a Igreja Noiva do Cordeiro desfrutando a alegria do seu amor e comunhão esperando a realização futura do eterno casamento. c. Alegórica
Esta teoria prevalecia desde os tempos antigos até a chegada de estudos modernos. Os judeus alegorizam Salomão com Yahweh e a Sulamita com o povo de Israel. Os pais da Igreja alego rizavam Salomão com Cristo e a Sulamita com a Igreja. A diferença desse método para o tipológico é que neste a história não é real, mas propositadamente inspirada para uma lição. Os defensores dessa teoria baseiam-se em trechos de Is 54.6; 61.10 que alegorizam o casamento de Yahweh com Israel e Jr 3.1; Ez. 16.23; Os 1-3 que alegorizam a apostasia como adultério.
o ã ç a z i l a i c r e que Deus quer que o casal O propósito maior é mostrar m o c a a do amor físico dentro dos limites de desfrute da alegria sincera d i b r o i onde o casamento não é valorizado, onde suas leis. Num Pmundo Objetivo de Cantares
a libertinagem, as uniões ilícitas tem, o adultério, o sexo antes do casamento tem aumentando, esse livro vem dar força ao verdadeiro amor. Provérbios 5.18 diz: “Alegra-te com a mulher da tua mocidade”. Proibida a Comercialização © Direitos Reservados ao Instituto Belém
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Cânticos e as igrejas atuais
Não é correto encarar o relacionamento sexual como uma coisa mundana e impura, algo que tem sido comum para tantas e tantas igrejas. Para outras, o sexo serve apenas como um método de reprodução. Sem contar as inúmeras igrejas que preferem não abordar sobre tal assunto, omitindo dessa forma o propósito ideal de Deus para homem em seu relacionamento sexual. A Bíblia nos mostra, em Cantares de Salomão, que o relacionamento sexual entre marido e mulher é saudável e belo, e deve ser desfrutado pelo casal. Ressaltamos, com isso, a importância de ter a Bíblia como regra de fé e prática, acima dos costumes e tradições eclesiásticas. Tal como homem e mulher tornam-se uma só carne após sua união, assim também Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo são um. A virgindade em Cantares O livro de Cantares ressaltada a importância da virgindade aos jovens (“não desperteis o amor, até que queira”, é direcionado às “filhas de Jerusalém”, e repete-se quatro vezes no livro). Aliás, o livro foi escrito para os jovens – as “filhas de Jerusalém” –, embora os rabinos da época intertestamentária5 proibissem a leitura aos o precisam se menores de 30 anos. O refrão ensina que os jovens ã ç acom o Novo Testa z i l acalmar e esperar o casamento. Isso faz coro a i c r e mento (1 Co 7:1-9). m o c a a o sexo antes do casamento é pecado, Com isso, praticar d i b i mais elevados de Deus para nossas vidas. r oideais pois é contra Pos Se, no entanto, isso já ocorreu, para o jovem há esperança de obter o perdão de Deus, disponível para todos através do Senhor Jesus (1 Jo 1:5-10), que pode restaurar a comunhão perdida com Deus.
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Questionário
Assinale com “X” a alternativa correta 11) – Ovino de pelagem negra e lisa, provavelmente encontrado ainda hoje na região: ___a. cabrito. ___b. ovelha. ___c. gado. ___d. nenhuma das alternativa estão corretas. 12) – Escola de interpretação do livros de Cânticos que acredita que a história é real, mas vê o amor de Deus por Israel (esposa) ou de Cristo pela Igreja (a noiva). Essa escola não dá muita im portância para a história, o que importa são as lições espirituais:
___a. alegórica. ___b. tipológica. ___c. literal. ___d. nenhuma das alternativas estão corretas.
o ã ç a ser encarado da z i l 13) – Segundo Cântico dos Cânticos, o c sexo deve a i r e seguinte maneira: m o c a a d i b i e impura. o r ___a. coisa mundana P ___b. meio de reprodução. ___c. saudável e belo. ___d. pode ser feito antes do casamento.
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IV - Livros Sapienciais Jó “Este livro, seja qual for o juízo dos críticos sobre ele, é uma das mais grandiosas obras que se têm escrito”. Tomás Carlyle
Provavelmente o mais antigo livro da Bíblia é o livro de Jó (Iyyob, em hebraico; Iob, em grego e latim) que tem como prin cipal tema o sofrimento e a provação do servo de Deus. Embora o livro tenha, curiosamente, afirmações científicas precisas e até mesmo pareça situar os dinossauros juntamente com os homens (40:15-24), busca primeiramente revelar uma luz acerca do sofri mento. O sofrimento de Jó foi muito grande, em apenas dois dias ele perdeu tudo o que tinha, inclusive sua família, e ainda ficou sobremaneira doente, a ponto de tornar-se desprezível à vista. Mas não teve resposta para a causa do seu sofrimento, embora seus amigos viessem consolá-lo. Porém, a Bíblia explica, nos capítulos 1 e 2, que Satanás o afligiu, por permissão de Deus. Assim, sabemos a causa do sofrimento de Jó, mas o próprio Jó nunca soube. No fim, Deus restaura a dignidade de Jó, e todos os seus bens, em dobro. o ã ç a em poesia, o que Praticamente todo o livro de Jó éa l escrito z i i cargumentos r dá ainda mais força à intensidade dos e expressões. e m Autoria
o c a a d i b i o P r
Não se sabe sobre o autor do livro, a autoria ainda é desconhecida, embora possa-se especular quem foi. Pensa-se em Jó, Eliú, Moisés, Salomão, Isaías, Ezequias, Jeremias, Baruque e 32
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Proibida a comercialização Esdras. Mas as mais fortes opiniões são aquelas que atribuem o livro a Moisés ou a Salomão. A Moisés, pois viveu mais próximo à época de Jó (veja tópico seguinte), na época em que viveu em Midiã (Ex 2:15) – região vizinha à terra de Uz, onde Jó morava, e teve acesso aos registros dessa história. Se foi Salomão, a autoria é apoiada pelo estilo poético do livro, similar aos escritos dessa época. De qualquer forma, a existência de Jó e de sua história é verdadeira, e a Bíblia a apoia em outros lugares (Ez 14:14,20; Tg 5:11).
Data
Com muita cautela conseguimos definir a época em que Jó viveu, por meio de evidências internas do livro. Essa época é a época dos patriarcas (Abraão, Isaque e Jacó), porque: 1. É-nos dada a informação de que Jó viveu mais 140 anos depois que Deus lhe restaurou os bens. Nos primeiros capítulos do livro, a Bíblia diz que os filhos de Jó eram já crescidos, e tinham suas próprias casas e famílias. Portanto, Jó já devia ter uma idade já avançada para nossa época. Desse modo, é provável que Jó tenha vivido cerca de 200 anos, como Abraão, que viveu 175 anos; 2. Jó tinha sua riqueza contada em animais, não em moeda, exatamente como na época patriarcal; o
ã ç a z i l a r c i e sacrificava por ela. 3. Ele era o próprio sacerdote de m sua efamília, o c a a d i b i 4. Não há nenhuma referência à lei e nem aos costumes religiosos o r P da época de Moisés. Os amigos de Jó
Em sua aflição, Jó recebe a preciosa visita de quatro amiProibida a Comercialização © Direitos Reservados ao Instituto Belém
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gos, que vêm para consolá-lo: Elifaz, Bildade, Zofar e Eliú (o mais novo dos quatro). Cada um deles tenta, de uma forma bem particular e filosófica, descobrir a causa do sofrimento de Jó. Mas percebe-se que têm uma falsa teologia da prosperidade, que curiosamente é similar à que ouvimos tanto atualmente.
Insistiam que Jó confessasse um pecado que ele não cometera, para livrar-se do sofrimento e receber a benção divina. Pelo teor do seu conselho, eles tentaram Jó a voltar-se para Deus visando ao proveito pessoal. Se Jó tomasse o conselho deles, teria (a) invalidado a conança de Deus nele, e (b) conrmado a acusação de Satanás, de que Jó temia a Deus apenas em troca de bênçãos e vantagens. (Bíblia de Estudo Pentecostal, p. 811). Eliú pareceu mais honesto e sincero que os outros, visto que Deus não o repreendeu. Ele procurou mostrar que o sofrimento de Jó traria a ele um relacionamento mais profundo com Deus. Mas também viu em Jó, como outros, um pecador inconfesso. Jó foi paciente?
o ã ç a homem paciente. z Tiago nos ensina (Tg 5:11) que Jó foi um i l a i c r e Mas essa paciência consiste na m esperança da salvação que Deus o c Jó lamentou, sim, e muito, o seu a daria a ele, um dia (Jó 19:25-27). a d i b i de amaldiçoar o próprio dia do nascimento. sofrimento, a ponto o r P
Deus, entretanto, não condenou a Jó por isso, entendendo a dor que ele sentia. Em algumas igrejas se ouve muitas pregações que o cristão não deve lamentar seu sofrimento, mas ignorá-lo. Ora, isso não é fácil, e, na verdade, não podemos fazê-lo. Esse tipo de atitude é, de 34
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certa forma, impossível em certos casos, como o de Jó. A Bíblia, no entanto, faz uma distinção entre murmuração e lamento. Jó expressou a angústia de sua alma lamentando suas dores e falando tudo o que se passava em sua alma. Não fingiu ser aquilo que não era. O povo de Israel, no deserto, murmurou, pois, a despeito de tudo o que Deus já tinha feito, não creram na Providência, como fez Jó, mas reclamavam sempre, a cada dificuldade. A diferença entre Jó e o povo de Israel é essa: Jó encarou o problema, confiando no seu Redentor; Israel se acovardava diante do problema, murmurando contra Deus, a despeito de Sua ação. Essa última atitude, a de murmuração, devemos evitar. Mas em nossas orações podemos expressar a angústia que sentimos a Deus, que pode ou vir nosso clamor. O desfecho da história
O desfecho da história de Jó começa com um debate, ou melhor, um aprendizado, com o próprio Deus, falando de dentro de uma tempestade. Deus faz a Jó setenta e duas perguntas, as quais ele não pode responder. Mas ao fim do discurso divino, Jó admite que não conhecia a Deus antes. Então, orou pelos seus amigos e teve seu cativeiro restaurado. O escopo da mensagem deste livro pode ser resumido no seguinte conceito: “nem sempre nosso sofrimento pode ser com o ã ç preendido, mas Deus sempre virá nos socorrer.” i z a
l a i c r e m o “O livro de Jó é, provavelmente, a obra-prima da mente c a humana”. V. Hugo o i b i d a P r Questionário
Marque “C” para certo e “E” para errado Proibida a Comercialização © Direitos Reservados ao Instituto Belém
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____ 14) - O mais antigo livro da Bíblia é o livro de Jó (Iyyob, em hebraico; Iob, em grego e latim) que tem como principal tema o sofrimento e a provação do servo de Deus.
____ 15) – É-nos dada a informação de que Jó viveu mais 140 anos depois que Deus lhe restaurou os bens. ____ 16) - Em sua aflição, Jó recebe a preciosa visita de quatro amigos, que vêm para consolá-lo: Elifaz, Bildade, Zofar e Eliú. ____ 17) - Eliú pareceu mais honesto e sincero que os outros, visto que Deus não o repreendeu. Ele procurou mostrar que o sofrimento de Jó traria a ele um relacionamento mais profundo com Deus. ____ 18) – Jó não lamentou o seu sofrimento, nem amaldiçoou o próprio dia do nascimento. Deus, contudo, não louvou a Jó por isso, mas por fim entendeu a dor que ele sentiu. ____ 19) - A diferença entre Jó e o povo de Israel é essa: Jó enca rou o problema, confiando no seu Redentor; Israel se acovardava diante do problema, murmurando contra Deus, a despeito de Sua ação.
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V - Livros Sapienciais - Continuação Provérbios
O livro de Provérbios é um livro singular na Bíblia. Possui trinta e um capítulos repletos de provérbios (em hebraico, mashal) – frases curtas que afirmam uma verdade, e não procuram debatêla. Conhecido também como Provérbios de Salomão, porque são, em maior parte escritos por Salomão, e em minoria, outros autores. Consiste de 375 máximas, e são expressas em curtas frases, são adágios de sabedoria cujo seu principal objetivo é estimular o leitor a busca pela sabedoria. Essa sabedoria é obtida, primeiramente, temendo a Deus (1:7). Sendo escrito pelo homem mais sábio de todos os tempos (1 Re 3:12), o livro tem a autoridade necessária para aconselhar. É interessante que é voltado aos mais jovens, mas contém conselhos para todos. Em Provérbios notamos uma importante distinção. Estimula-se a buscar o conhecimento, mas eleva-se a sabedoria a um patamar especial. Isso porque o livro deixa claro que acumular conhecimentos não é igual a ser sábio. Sabedoria, em primeiro lugar é temer ao Senhor, e depois, aplicar o conhecimento obtido. Ou seja, o Livro de Provérbios é um livro de conhecimento empírico (prático), onde Deus nos ensina preceitos o excelentes ã ç a z para a vida diária, mas não deixa de abordar questões teológicas. i l a r c i8, onde a sabedoria é a e Como exemplo, podemos ver o m capítulo o c a (compare este capítulo com Jo 1). personicação do próprio Deus a d i estar na Bíblia é mais que evidente. Deus b i A importância deste livro o r P não se preocupa apenas em se revelar a nós e nos dar experiências sobrenaturais. Ele também quer que tenhamos uma vida feliz, e por isso, deixou conselhos a serem seguidos. Veja o capítulo 5: nele, Salomão ensina o jovem a não buscar se relacionar com a mulher imoral. Poderá contrair uma doença venérea e gastar Proibida a Comercialização © Direitos Reservados ao Instituto Belém
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todo o seu dinheiro com medicina, sem ver resultados. Ou então o capítulo 31, onde uma mãe ensina o filho a procurar a mulher ideal, descrevendo as características dessa mulher. Provérbios vem acompanhado de muitas e intensas meditações sobre a vida prática. A preguiça é condenada e advertida, os tolos são convidados a aprender, os pais aconselhados a disciplinar os filhos e os filhos a ouvirem seus ais etc. Chama atenção também a quantidade de menções negativas que são feitas a respeito da soberba. Ela é condenada e desprezada. Deus a odeia. A humildade é muitíssimo mais importante. Isso serve de alerta para nós: quando algo se repete muito em um livro da Bíblia, quer dizer que tem grande importância. Portanto, devemos procurar a humildade (isso é sábio), e não sermos soberbos jamais. Outro ponto é o cuidado com os pobres. “Oprimir ao pobre é ultrajar o seu Criador, mas tratar com bondade o necessitado é honrar a Deus.” (14:31, NVI). Parece não ser necessário dizer mais nen huma palavra a respeito disso. Autoria A autoria é armada em vários pontos. Salomão (1:1) compôs a grande maioria do livro, mas há também ditados de outros “sábios” (22:17-24:34), um capítulo escrito por Agur, lho de Jaque (30) e um escrito pelo rei Lemuel (31), dos quais não se sabe mais nada. ç ã o
a z i l a i c r e m o a c
a Eclesiaste d i b i Pregador’ é o último livro dos livros poéticos. o r O ‘Livro do P Em grego Ekklesiastes, traz o seguinte sentido: “o que fala a uma assembléia, o pregador, o orador”, é um livro de profunda sabedoria prática. Assim como o livro de Jó, Eclesiastes é uma coleção de profundos pensamentos filosóficos, ao passo que diferencia-se de Provérbios por ter uma idéia que se repete em todo o livro: “tudo 38
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é vaidade” ou “tudo é inútil”. Provérbios representa a sabedoria da vida madura, e Eclesiastes registra os sentimentos da vida contemplada com a sua velhice. A autoria do livro é atribuída ao Pregador (em hebraico, Qoheleth, “o pregador”, literalmente, “o que fala a uma assembléia”), provavelmente um homem já idoso e experiente. A tradição diz, corroborada nas evidências internas do livro, que este pregador é Salomão. Porque: - é “lho de Davi, rei em Jerusalém” (1:1); - é muito rico (2:7-8); - é compositor de muitos provérbios (12:9);
- pelo teor da mensagem que transmite, compatível com a vida que Salomão levou, de acordo com 1 Reis. Desse modo, é ainda muito forte a tradição da autoria de Salomão, ainda que Lutero mesmo a tenha questionado. Assunto O tema do livro pode ser resumido em “tudo é inútil” (ou, “tudo é vaidade”), pois é assim que se sente o escritor após uma o dizer que é longa vida de trabalho, esforço e cansaço. Podemos ã ç aautor sempre tira z i l um livro de conclusões, pois em Eclesiastes o a i c r e– e que, geralmente, é “tudo uma conclusão a respeito do que diz m o c a a é inútil”. d i b i consegue entender o porquê tanto trabalho. o r Salomão não P No final de tudo, não ficaremos com nada, e os outros vão brigar pela herança. Por que juntar riqueza, se ela não será nossa? Por que se esforçar? Por que os justos sofrem tanto quanto os ímpios? Por quê? Por quê? Por quê? É um livro de pura filosofia prática. Ao fim do livro porém, Salomão entende que a única coisa plausível Proibida a Comercialização © Direitos Reservados ao Instituto Belém
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que o homem pode fazer de sua vida é “temer (= respeitar, amar) a Deus e obedecer os seus mandamentos.” (12:13). CONCLUSÃO
De tudo o que vimos a respeito dos livros poéticos, podemos retirar deles lições únicas para as nossas vidas. Desde o Livro de Jó até Cântico dos Cânticos, são ricos em sabedoria e conhecimento. Ambos são aliados. Atualmente as igrejas brasileiras têm negligenciado o conhecimento, o estudo da Bíblia, e sua leitura diária. Os resultados são simplesmente catastróficos. Enquanto que as igrejas crescem em tamanho, seus membros ganham espíritos atrofiados, pois ficam vulneráveis a qualquer tipo de doutrina que seja pregada. Doutrinas essas que, aliás, têm refutação nos próprios livros poéticos. Como exemplo, tomamos a Teologia da Prosperidade. Essa teologia diz que o homem deve desfrutar os bens de Deus na Terra, ter o bom e o melhor. Deus é obrigado a nos abençoar, e não teremos que sofrer de forma alguma, pois somos “filhos do Rei” (ver discussão sobre o Livro de Jó). Em Eclesiastes, capítulos 5 e 6, essa idéia é contradita, pois “quem ama o dinheiro jamais terá o suciente”; no capítulo 9, também, dizendo que tanto ím pios como justos sofrem do mesmo jeito. O livro de Jó tem autoridade suficiente para refletir isso. Enquanto que, nos Salmos, o do que se ã ç o objetivo maior é adorar a Deus, independentemente a z i l a i c possui materialmente. Deus é digno de adoração de todos os seres r e m (Sl 150). o c vivos, simplesmente por ser o Criador a a d iressaltarmos a importância máxima dos liv É importante b i o r P ros poéticos: a aplicação pessoal. De nada adianta nos admirarmos com a sabedoria dos livros, se não aplicarmos suas lições à nossa vida diária. Essa é a Palavra de Deus, não qualquer livro religioso ou de auto-ajuda. A Bíblia não mente sobre o que nós somos: fracos e pecadores, carentes de ajuda. Somente em Deus podemos conseguir essa aju40 Curso básico de Teologia moisespedrosa.blogspot.com
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da, por meio de Seu Filho Jesus Cristo (Jo 14:6). Os livros poéticos fazem coro com o apelo do Novo Testamento, pois apontam para Jesus como a fonte da Sabedoria (compare Pv 8 com Jo 1). A Bíblia é a nossa regra de fé e prática, portanto, é ela quem deve ditar nossa prática diária, e a função do pastor ou pregador é esclarecer o que Bíblia diz, e torná-la de mais fácil entendimento ao povo, e ajudá-lo a seguir os princípios contidos lá, através de uma vida abnegada, amor e aconselhamento. O povo, no entanto, deve procurar saber se o que os líderes dizem é condizente com o que Deus diz. Em Atos 17:10-15, Paulo e Silas estavam pregan do em Beréia, e os judeus bereanos, a cada dia, se admiravam da doutrina, mas iam até as Escrituras, para saber se o que era dito era verdadeiro. Assim devemos fazer também. A vida se é sem Deus, é inútil, absurda, sem objetivo, vazia, uma realidade triste. Essa talvez seja a grande conclusão a que chegamos das reflexões de Eclesiastes. Se o é, de fato, então maravilhosamente denuncia um grito parado no homem, por um Deus-Salvador. É o propósito de concluir que “vaidade de vaidade, tudo é vaidade (1.2). Terminamos com uma poesia de João Alexandre, “Tudo é vaidade”, e pedimos ao leitor que reflita nas palavras desse poeta cristão, e seja desafiado por elas a amar ainda mais a Bíblia Sagrada.
o ã ç a z i l a i c r e Vaidade no comprimento da saia m o c a a No cumprimento da Lei d i b i o r Vaidade exigindo prosperidade P Tudo é Vaidade
Por ser o filho do Rei Vaidade se achando a igreja da história Vaidade pentecostal Vivendo e correndo atrás do vento Tudo é vaidade
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Vaidade juntando a fé e a vergonha Chamando todos de irmãos Vaidade de quem esconde a verdade Por ter o povo nas mãos Vaidade buscando Deus em si mesmo Querendo fugir da cruz Não crendo e sofrendo – perdendo tempo Tudo é vaidade Os falsos chamados apostolados do lado oposto da fé Dinheiro, saúde, felicidade: aquele que tem contra aquele que é Rádios, TVs, auditórios lotados ouvindo o evangelho da marcha ré A morte se esconde atrás dos templos Tudo é vaidade “Aonde está a honra dos orgulhosos? A sabedoria mora com gente humilde. Liberdade...” (João Alexandre, in “Voz, Violão e Algo mais”).
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ç a z i l a i c r e ____ 20) - O livro de Provérbios é um livro singular na Bíblia. m o c a Possui trinta e seis capítulos repletos de provérbios (em hebraico, a d i que afirmam uma verdade, e não procuram b i mashal) – frases curtas o P r debatê-la.
____ 21) – Deus não se preocupa apenas em se revelar a nós e nos dar experiências sobrenaturais. Ele também quer que tenhamos uma vida feliz, e por isso, deixou conselhos a serem seguidos. 42
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____ 22) - Em sua aflição, Jó recebe a preciosa visita de quatro amigos, que vêm para consolá-lo: Elifaz, Bildade, Zofar e Eliú. ____ 23) - O mais antigo livro da Bíblia é o livro de Jó (Iyyob, em hebraico; Iob, em grego e latim) que tem como principal tema o sofrimento e a provação do servo de Deus.
____ 24) – Provérbios vem acompanhado de muitas e intensas meditações sobre a vida prática. A preguiça é condenada e advertida, os tolos são convidados a aprender, os pais aconselhados a disciplinar os filhos e os filhos a ouvirem seus ais etc. ____ 25) - Assim como o livro de Jó, Eclesiastes é uma coleção de profundos pensamentos filosóficos, ao passo que diferencia-se de Provérbios por ter uma idéia que se repete em todo o livro: “tudo é vaidade” ou “tudo é inútil”. ____ 26) – A tradição diz, corroborada nas evidências internas do livro, que este pregador é Salomão. Porque: é “filho de Davi, rei em Jerusalém” (1:1); é muito rico (2:7-8); é compositor de muitos provérbios (12:9); pelo teor da mensagem que transmite, com patível com a vida que Salomão levou, de acordo com 1 Reis.
oque a única ã ç ____ 27) - Ao m do livro porém, Salomão i entende a z l a sua vida é “temer (= coisa plausível que o homem pode e fazer c i de r m o respeitar, amar) a Deus e obedecer c a os seus mandamentos.” (12:13). a d i b i o r P
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Bibliografia ANDRADE, Carlos Drummond de. Amar se aprende amando. Rio de Janeiro: Record, 1987. (Mestres da Literatura Contem porânea). BANDEIRA, Manuel. Libertinagem & Estrela da Manhã. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000. BÍBLIA DA MULHER, A: leitura, devocional, estudo. Barueri: So ciedade Bíblica do Brasil, 2003. BÍBLIA DE ESTUDO APLICAÇÃO PESSOAL. Brasil: Casa Pub licadora das Assembléias de Deus, 2004. BÍBLIA DE ESTUDO DAS PROFECIAS. Belo Horizonte e Baru eri: Atos, 2001. BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL. Deerld: Casa Publica dora das Assembléias de Deus, 2002. BÍBLIA DE ESTUDO PLENITUDE. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2001. BÍBLIA SAGRADA, A. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. ed. rev. e atual. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993. BÍBLIA SAGRADA: Nova Versão Internacional.5. ed. São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 1993. o ã ç a z i l BOYER, Orlando. Pequena Enciclopédia da Bíblica. a i c r e ELLISEN, Stanley A. Conheça melhor o Antigo Testamento. m o c a Deereld: Vida, 1993. p. 143-198. a d i b i o LYRA, Pedro. Conceito de poesia. São Paulo: Ática, 1986. 96 p. P r LUFT, Celso Pedro et al. Novo manuel de Português: gramática, ortograa ocial, literatura, redação, texto e testes. 9. ed. rev. e atual. São Paulo: Globo, 1995.
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Curso básico de Teologia
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