PARA CONHECER A CONHECER A “LÍRICA” GREGA ARCAICA Giuliana Ragusa
(DLCV)
No universo da poesia grega antiga, apenas nos últimos anos tem recebido mais atenção no contexto acadêmico brasileiro auela ue, por uestão de economia e !"bito, se nomeia #l$rica% nas publicaç&es e mesmo nas grades curriculares' ssa designação, contudo, moderna e euivocada, pois coloca sob a mesma gide, como se *ossem um mesmo ob+eto, gêneros poticos distintos no per$odo arcaico, a elegia, o +ambo e a mlica' -ais gêneros vieram a ser c!amados con+untamente de #l$rica%, ou de gêneros l$ricos, pela presença marcada da ./ pessoa do singular, em contraste com os gêneros de poesia !examtrica em evidência na era arcaica a poesia pica, a !$nica e outros gêneros0 e essa caracter$stica *oi sobrevalori1ada na leitura rom2ntica da poesia grega' 3igorosamente, contudo, a elegia, o +ambo e a mlica, somando4se aos re*eridos gêneros poticos !examtricos compostos nesse metro e de matria essencialmente m$tica , ue têm todos na 5rcia arcaica ( c . 6774867 a'C') seu grande momento, e ainda aos gêneros dram"ticos (tragdia, comdia e drama sat$rico), ue se sobressaem na era cl"ssica ( c . 86749:9 a'C'), integram o universo da poesia grega antiga como gêneros aut;nomos e independentes, recon!ecidos como tais na 674>87 a'C') a ?$ndaro ( c. @.6488> a'C') tr agedy and the Greek poetic tradition. FerGeleHI JniversitH . B 3N5-N, E' Poetry into drama. Ear ly tragedy
o* Cali*ornia ?ress, .K6@, p' 9'
, os três gêneros (elegia, +ambo e mlica) inserem4se num mundo em ue prevalece a oralidade sobre a escrita, tanto no modo e nas tcnicas de composição ue são tradicionais, uanto na circulação' Desse modo, con*iguravam4se como pr"ticas discursivas amparadas na tradição e plenamente integradas vida das comunidades em ue desempen!avam papis variados' ditados sculos mais tarde, na clebre Fiblioteca de
acompan!amento da lira, na modalidade solo, ou com
acompan!amento de diversos instrumentos somados dança, na modalidade coral' < elegia, por sua ve1, não coincide na era arcaica grega com o ue entendemos !o+e pelo termo e o modo como o usamos para a poesia triste e lutuosa, como poder" ser a elegia da era cl"ssica , mas gênero de di*$cil de*inição, similarmente ao ue se passa com o +ambo' único critrio uni*icador do corpus eleg$aco grego arcaico o mtrico (o d$stico eleg$aco), e podemos indicar como caracter$sticas importantes a tem"tica e linguagem variadas (mas nunca rebaixadas) e performance cantada ou recitada com acompan!amento do aulós (instrumento de sopro), nos simp=sios ou *estivais' E" o +ambo se vale de três possibilidades mtricas distintas (tr$metro +2mbico, tetr2metro trocaico e epodo), de uso recorrente da narrativa, de tem"tica e linguagem
ue podem ser elevadas ou rebaixadas, de vituperação e abuso traço ue se tornar" o mais marcante no correr dos tempos , destinando4se performance sobretudo no simp=sio, não sabemos se com acompan!amento de instrumento, mais recitada do ue cantada (modo ligado aos +ambos ep=dicos)' gênero, vê4se, de complexa de*inição' Minda aui, esta breve introdução não pode deixar de apontar ue os desa*ios relativos ao estudo da elegia, do +ambo e da mlica (a l$rica de *ato) ultrapassam a uestão da taxonomia, abarcando ainda as condiç&es de produção e circulação, a edição tardia, a condição material do corpus preservado para cada um deles em geral, bastante prec"ria, com os textos *ragmentados em diversos graus de intensidade , a di*iculdade de abordagem te=rica e os eu$vocos de leituras moderni1antes, o pouco con!ecimento espec$*ico sobre os poetas e seus tempos e espaços, cu+as vo1es nos vêm de v"rias partes do mundo grego' as não !" ue temer esses desa*ios0 !" ue en*rent"4 los com preparo e coragem'
BIBLIOGRAFIA ESTUDOS (E TRADUÇÕES) is um elenco m$nimo de estudos, alguns dos uais tra1em tambm a tradução como ponto *orte dos trabal!os, pois ue se *a1 associada an"lise de seus ob+etos'
ACHCAR , F. “Líric ! "#$r%c&'#'”. I Lírica e lugar-comum: alguns temas de Horácio e sua presença em português. S*& P#"& E+#-, //0, --. 12%23.
sta obra do latinista Mrancisco
contraste com a moderna), a in*luência da leitura rom2ntico4!egeliana nos estudos da #l$rica% grega antiga, o problema da ./ pessoa do singular'
BO4IE, E. L. “Er"5 Gr!!6 !"!$5, 5'-&i#' + -#7"ic 8!9i:"”. Journal of Hellenic Studies ;3, /<3, --. =%=2.
>>>>. “Er"5 Gr!!6 i'7ic -&!9r5 9?! i'-&r9c! &8 rr9i:!”. I C A@ARERE , A. et alii (&r$). Iambic ideas. N! &r6 R&' Li99"!8i!"+, 1;;, --. % 1.
artigo do !elenista Oan FoOie sobre a elegia muito importante para a discussão do contexto de performance do gênero na era arcaica, argumento pelo simp=sio como ocasião primordial da poesia eleg$aca, salvo pelas mais longas e de car"ter !ist=rico, destinadas performance nos *estivais c$vico4cultuais das póleis gregas' cap$tulo de FoOie sobre o +ambo arcaico, por sua ve1, tambm de relev2ncia inuestion"vel, pois, na discussão sobre a problem"tica de*inição do gênero, c!ama a atenção, como não !avia sido antes *eito, para a *orça da narrativa como elemento de composição +2mbica'
BUDELANN , F. (!+.). Te !ambridge !ompanion to "ree# l$ric. C'7ri+$! C'7ri+$! Ui:!ri95 Pr!, 1;;/.
-rata4se do primeiro e aguardado companion da Cambridge #l$rica% grega o termo usado no sentido moderno, signi*icando, portanto, obra sobre a poesia eleg$aca, +2mbica, mlica (a l$rica), principalmente, passando pelo epigrama e a canção popular' De car"ter bastante introdut=rio, ra1ão pela ual o indico aui, o companion precedido por pre*"cio de Fudelmann ue discute o problema da nomenclatura (pp' xv4xvi) e por introdução aos gêneros mais importantes (elegia, +ambo, mlica, epigrama), tambm de Fudelmann (pp' :.496)' m seguida, divide4se em três partesI a primeira, dedicada aos contextos e t=picos da poesia eleg$aca, +2mbica e da mlica0 a segunda, aos poetas e s tradiç&es de cada gênero de relevo0 a terceira, recepção da elegia, do +ambo e da mlica no mundo !elen$stico, em 3oma e nos sculos ap=s a 3enascença at o PP' Destaco os cap$tulos de 646), ue ao gênero se tem dedicado0 de C!ris CareH (#ambos%, pp' .8K4>Q0 #5enre, occasion and per*ormance%,
pp' :.496), ue *a1 boa apresentação do +ambo e boa discussão sobre as condiç&es em ue se praticavam os gêneros da elegia, do +ambo e da mlica arcaicos, bem como sobre a pr=pria ideia de gênero, em se tratando de poesia antiga de tradição oral'
BRUNHARA, R. %s elegias de Tirteu. &oesia e performance na 'sparta arcaica. S*& P#"& H#'i9, 1;0.
3a*ael Frun!ara (JM35T) tem se dedicado ao estudo da elegia arcaica, notadamente a marcial de -irteu (ativo em c . >@7 a'C' em sparta) e mais recentemente, em seu doutorado a simposial de -e=gnis (ativo em c. @@7 a'C' em egara) e da colet2nea de elegias compostas sua maneira ( Teognideia)' < introdução do livro acima indicado, basicamente sua dissertação de mestrado (MMLCBUJT?), tra1 uma discussão bem *eita sobre a elegia, em di"logo com bibliogra*ia especiali1ada' -ermos gregos são transliterados e tradu1idos, em geral' s *ragmentos da poesia eleg$aca de -irteu são estudados de modo claro e consistente, e o autor reali1a traduç&es cuidadosas do poeta espartano'
CORRA, P. + C. %rmas e (ar)es: a guerra na lírica de %r*uíloco. 1 !+. r!:i9 ! '-"i+. S*& P#"& E+. + U!-, 1;;/. >>>>. +m bestiário arcaico: fábulas e imagens de animais na poesia de %r*uíloco. C'-i E+. + Uic'-, 1;;.
(-&i& F-!-)
sses dois livros concentrados no poeta eleg$aco e +2mbico mais antigo do corpus de poesia grega preservado são essenciais, densos, dialogando com vasta bibliogra*ia o
primeiro consistindo na tese de doutoramento da ?ro*a' ?aula Corrêa (JT?), especialista na "rea, e o segundo, em sua tese de livre4docência'
poeta em sua segunda parte,
nos uais o tema o da guerra um dos mais importantes na poesia e prosa da 5rcia antiga' as para o leitor interessado em dar um passo adiante na introdução poesia de
primeiramente publicado em .KK6, tra1 em apêndice a tradução e
coment"rio b"sico da #legia do -le*o%, um dos mais recentes *ragmentos de
!ar"es,
pelo impacto na recepção de
entre antigos e modernos'
GUERRERO, G. Teorías de la lírica. Jic& F&+& +! C#"9#r Ec&K'ic, //<.
cap$tulo #De uma antigua !erencia%, ue abre o livro, ensaio de *;lego ue aborda a #l$rica% grega antiga e alguns de seus problemas centraisI o estado material do corpus, em geral marcado pela precariedade0 a *alta de teorias antigas remanescentes0 o problema de designação e de de*inição do ob+eto ue a l$rica ou mlica0 a mlica em ?latão e
HERINGTON , . &oetr$ into drama. 'arl$ traged$ and te "ree# poetic tradition. B!r6!"!5 Ui:!ri95 &8 C"i8&ri Pr!, /<2, --. =%0;.
No estudo de Eo!n Berington, ue busca compreender as tradiç&es poticas com as uais dialoga a tragdia "tica vice+ante no sculo V a'C', destaco o cap$tulo inicial, #?art , .' ?oetrH as a per*orming art% (pp' 9487), sobre a cultura em ue a poesia arcaica existiu a #cultura da canção% ( song culture), a ue me re*eri na abertura deste 5uia, ue vigora at c . 8@7 a'C', na ual a poesia, recitada ou cantada na performance, desempen!a papel importante na vida das comunidades com ue estabelece cont$nuo di"logo, pois preserva e di*unde #ideias morais, pol$ticas e sociais% (p' 9), como bem ressalta o !elenista, mostrando um car"ter pragm"tico pr=prio sua nature1a de poesia oral, tradicional e pública'
OST, G. 4. “Gr!!6 "5ric -&!9”. I L UCE, T. . (!+.). %ncient ,riters: "reece and ome. N! &r6 /<1, --. 2%/<.
cap$tulo do !elenista 5lenn ost das mais consistentes reali1aç&es em termos de textos introdut=rios #l$rica% grega antiga' Conciso, denso e acess$vel, o texto aborda os problemas te=ricos e de nomenclatura da c!amada #l$rica% grega, centrando4se no sentido antigo do termo logo, no gênero da mlica ou da l$rica propriamente dita, a
canção' ost discute então a in*luência do 3omantismo !egeliano na *ortuna cr$tica do gênero, a uestão da ./ pessoa do singular, as leituras biogra*istas e moderni1antes, a composição mlica em seus aspectos mais relevantes de metro, matria e adeuação (modo e contexto de performance), sua transmissão e sua edição na Fiblioteca de
como passam a ser c!amados a partir dos trabal!os de eruditos nauela
clebre bibliotecaI Xlcman, Ta*o, 77 aos 887 a'C', e se espel!am pela cartogra*ia grega, continente, il!as e col;nias inclu$dos, provindo dos mundos d=rico, lsbio4e=lico e "tico4+;nico'
R AGUSA, G. ragmentos de uma deusa: representaç/o de %frodite na lírica de
Safo. C'-i E+. + Uic'-, 1;;2. (A-&i& F-!-) >>>>. Lira0 mito e erotismo: %frodite na poesia m1lica grega arcaica.
C'-i E+i9&r + Uic'-, 1;;. (-&i& F-!-) Livros de leituras densas elaborados, respectivamente, a partir da dissertação de mestrado e da tese de doutorado (JT?) , com di"logo constante com a bibliogra*ia especiali1ada, ambos tra1em traduç&es de diversos *ragmentos de poesia mlica (ou l$rica), destacadas em apêndices' -ais *ragmentos são ob+eto de coment"rio *ilol=gico detido, centrado no tema da representação de <*rodite e, portanto, do erotismo, em perspectiva ue +amais perde de vista o car"ter *ragment"rio das composiç&es, ue movimenta saberes col!idos na !ist=ria e nos cultos, pertinentes s discuss&es, e ue busca colocar a mlica em di"logo com os demais gêneros poticos srios das eras arcaica e cl"ssica' Destaco em 'ragmentos de uma deusa a #ntrodução% (pp' .Q4:7) e o cap$tulo #< l$rica grega arcaica e Ta*o% (pp' :94@9)' <uela discorre brevemente sobre as di*iculdades de estudar a c!amada #l$rica% grega, e de lidar com *ragmentos' ste, sobre os problemas de abordagem te=rica da #l$rica% (ou mlica) de Ta*o, sobretudo da in*luência do 3omantismo e dos estudos de gênero' C!amo a atenção ainda para o cap$tulo #< mul!er e a sexualidade na 5rcia arcaica% (pp' @@4Q6), ue discute os problemas suscitados pela condição de Ta*o como poeta mul!er a única na era arcaica da il!a de Lesbos' m (ira) mito erotismo, destaco o cap$tulo #nredos de um ob+etoI em torno da mlica grega arcaica% (pp' :94@9), ue trata dos problemas te=ricos e de nomenclatura do
gênero0 e #Cinco poetas e seus enredos% (pp' @@4KQ), ue apresenta e discute o grupo de poetas mlicos (l$ricos) envolvidos no trabal!o Xlcman,
SLINGS, S. R. “T?! I i -!r&" rc?ic "5ric”. I >>>> (!+.). Te poet2s I in arcaic "ree# l$ric.
A'9!r+' @U Ui:!ri95 Pr!, //;, --. %=;.
ssa se concentra cerradamente no recorrente problema da ./ pessoa do singular, mais marcante na elegia, no +ambo e na mlica, do ue em outros gêneros do mesmo per$odo (notadamente, a epopeia), *ato ue suscitou o biogra*ismo entre antigos e modernos movidos por ra1&es distintas e sua circularidade cr$tica viciosa, a leitura rom2ntico4 !egeliana, as leituras em c!ave moderni1ante dos estudos culturais, e assim por diante' !elenista Timon Tlings o*erece em seu texto um bom panorama !ist=rico do problema antes de abord"4lo0 e ao en*rent"4lo, *a1 a essencial indagação sobre a validade da aplicação de teorias modernas da cr$tica liter"ria baseada +ustamente na literatura escrita para ser lida e circular na *orma impressa para a #l$rica% arcaica (termo ue usa no sentido moderno, abrangendo elegia, +ambo, mlica), de nature1a oral na circulação destinada performance e nas tcnicas de composição, baseadas *undamentalmente na oralidade e na tradição dos gêneros' < poesia experiência esttica, sem dúvida, distinta da comunicação ordin"ria, mas em condiç&es muito di*erentes estão o ouvinte no mundo da #cultura da canção%, da poesia tradicional e pragm"tica, e no mundo da escrita' ssa di*erença crucial, sumariamente e introdutoriamente ressaltada em
S4IFT, L. A. Te idden corus. OJ8&r+ OJ8&r+ Ui:!ri95 Pr!, 1;;.
Voltado discussão da relação entre a tradição arcaica de mlica (ou l$rica) na modalidade de performance coral e as canç&es corais da tragdia ateniense do sculo V a'C', o livro de Laura TOi*t tra1 no cap$tulo #Jnderstanding lHric genres% (pp' .498) uma clara, bem *eita e atuali1ada discussão dos gêneros poticos #l$ricos%, isto , das espcies de poesia mlica (a l$rica propriamente dita, a canção), e, decerto, da pr=pria
ideia de gênero potico no universo da poesia grega arcaica e cl"ssica, de tradição oral' Nesse sentido, leitura ue se soma ao cap$tulo sobre gênero, ocasião e performance potica de C!ris CareH, no companion de Fudelmann (:77K) aui indicado' TOi*t, como auele !elenista, ressalta a impossibilidade de de*iniç&es precisas e r$gidas, dados os corpora dos
poetas, prec"rios em graus de intensidade variados, de volume em geral
redu1ido, a não sobrevivência de obras antigas te=ricas sobre a mlica e seus poetas obras perdidas, mas !avidas e sabidas, e sobretudo a pr=pria nature1a dos gêneros poticos gregos antigos em geral, e da mlica, especi*icamente, pois não estamos diante de gêneros a serem vistos como #arti*$cios liter"rios%, mas de gêneros #incrustrados em contexto ritual e per*ormativo% (TOi*t, p' .8)' 5êneros ue, notadamente no caso da mlica, a poesia mais per*orm"tica da era arcaica, desempen!am +unto s comunidades *unç&es precisas estran!as a gêneros ue se+am #puramente liter"rios% (TOi*t, p' .@), como a celebração da vit=ria ( nik* ) atltica (epin$cio), a celebração da boda, do enlace dos noivos sobre o t"lamo nupcial (epital2mio, #canção sobre o t"lamo%), a celebração *únebre (treno), a celebração das virgens ( parthénoi) e sua exposição como esposas em potencial (partênio), canção de sedução de meninos ( pa&des) por adultos simposiastas ( paidik%), e tantas outras espcies mlicas cu+a composição, do ponto de vista interno, est" intrinsecamente ligada sua circulação na performance, do ponto de vista externo'
S4IFT, L. A.M CARE, C. (!+.). Iambus and eleg$. 3e, approaces. OJ8&r+ OJ8&r+ Ui:!ri95 Pr!, 1;3.
s editores dessa obra ue reúne colaboradores especiali1ados, ue têm publicado constantemente sobre um ou outro ou ambos a elegia e o +ambo, o*erecem uma discussão atuali1ada de sua performance, da de*inição desses gêneros poticos e de suas tradiç&es, de suas relaç&es com outros gêneros e linguagens (a epopeia, a narrativa m$tica, o erotismo) poticos, e, *inalmente, de suas recepç&es na antiguidade'
TRADUÇÕES RECENTES DE 1;; A 1;
ANTUNES, C. L. B. (9r+.). itmo e sonoridade na poesia grega antiga: uma traduç/o comentada de 45 poemas.
S*& P#"& H#'i9F-!-, 1;.
Faseado uase ue integralmente em sua dissertação de mestrado (JT?), o livro de Leonardo )' < preocupação do estudioso e tradutor revela4se na organi1ação dos poetas e *ragmentos em blocos pensados pelo critrio mtrico logo, r$tmico' stão contemplados -irteu,
GONTIO, G. (&r$., 9r+.). Safo. ragmentos completos. S*& P#"& E+i9&r =0, 1;.
-rata4se de trabal!o de tradução r$tmica ou potica de toda a mlica de Ta*o, incluindo os *ragmentos ileg$veis, em edição bil$ngue, ue arrola, ademais, testemun!os antigos sobre a poeta, e admite os *ragmentos de incerta autoria (são de Ta*o ou
R AGUSA, G. (&r$., 9r+.). Safo de Lesbos. Hino a %frodite e outros poemas.
S*& P#"& H!+r, 1;. >>>>. (&r$., 9r+.). Lira grega: antologia de poesia arcaica. S*& P#"& H!+r, 1;0.
ssas duas antologias *oram *eitas para o leitor interessado não necessariamente especiali1ado, para apreciadores da poesia, para alunos de graduação em Letras e "reas a*ins' m +afo de (es$os. ,ino a frodite e outros poemas , todos os *ragmentos minimamente leg$veis de Ta*o são tradu1idos e apresentados com breves notas de orientação de leitura e compreensão'
m (ira Grega, são apresentadas traduç&es com notas e coment"rios, precedidas pelas apresentaç&es individuais de cada um dos nove poetas can;nicos da mlica (a l$rica de *ato) arcaicaI Xlcman, Ta*o,
@IEIRA, T. (9r+.). Lírica grega o6e. S*& P#"& P!r-!c9i:, 1;.
ssa antologia usa o termo #l$rica% em sentido moderno, pois, contemplando *ragmentos de poetas eleg$acos, +2mbicos e mlicos, prop&e4se sua tradução potica, como explica a introdução, em ue discute as di*erenças entre essa lin!a de trabal!o e a prevalente tradução acadêmica'
prop&e uma pr"tica ue busca revelar, nos versos tradu1idos para nossa
l$ngua, #algo do sabor presente nos originais% (p' :Q)' s *ragmentos não são comentados ou anotados' s poetas da antologia são