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Matérias-primas
Alimentícias Composição e Controle de Qualidade
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Matérias-primas Alimentícias Composição e Controle de Qualidade
Maria Gabriela Bello Koblitz Graduada em Agronomia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1995), Mestre em Tecnologia de Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas (1997) e Doutora em Ciência de Alimentos, área de concentração Bioquímica, pela Universidade Estadual de Campinas (2003). Foi Professora Titular do curso de Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual de Campinas e atualmente é Professora Adjunta da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO. Tem atuado principalmente nas seguintes áreas: bioquímica, biotecnologia, enzimologia e recursos genéticos vegetais.
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A autora deste livro e a EDITORA GUANABARA KOOGAN LTDA. empenharam seus melhores esforços para assegurar que as informações e os procedimentos apresentados no texto estejam em acordo com os padrões aceitos à época da publicação, e todos os dados foram atualizados pela autora até a data da entrega dos originais à editora. Entretanto, tendo em conta a evolução das ciências da saúde, as mudanças regulamentares governamentais e o constante fluxo de novas informações sobre terapêutica medicamentosa e reações adversas a fármacos, recomendamos enfaticamente que os leitores consultem sempre outras fontes fidedignas, de modo a se certificarem de que as informações contidas neste livro estão corretas e de que não houve alterações nas dosagens recomendadas ou na legislação regulamentadora. Adicionalmente, os leitores
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Ficha catalográfica
K79m Koblitz, Maria Gabriela Bello, 1973Matérias-primas alimentícias : composição e controle de qualidade / Maria Gabriela Bello Koblitz. - Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2011. il. Inclui bibliografia ISBN 978-85-277-1815-8 1. Alimentos - Composição. 2. Alimentos - Análise. 3. Alimentos - Controle de qualidade. 4. Tecnologia de alimentos. I. Título. 11-0415.
CDD: 664 CDU: 664
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Colaboradores
Alessandra Fernandes Rosa
Graduada em Zootecnia e Engenharia de Alimentos pela Universidade de São Paulo (1999) e Mestre em Zootecnia pela Universidade de São Paulo (2004). Tem experiência na área de Ciência e Tecnologia de Alimentos, com ênfase em Tecnologia de Produtos de Origem Animal. Tem atuado principalmente em: qualidade da carne; análises físico-químicas da carne; oxidação de carnes; proteômica; tecnologias de conservação da carne; manejo pré- e pós-abate. Ana Carolina Sampaio Doria Chaves
Graduada em Engenharia de Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas (1995), Mestre em Engenharia de Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas (1997) e Doutora em Engenharia de Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas (2002) em cooperação com Nizo Food Research e Wageningen Center for Food Science (WCFS) na Holanda. Pós-Doutora em Ciência e Tecnologia de Alimentos na ESALQ/USP (2003) com bolsa do Instituto Danone. Foi Professora Adjunta do curso de Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual de Feira de Santana e do Departamento de Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal de Sergipe; atualmente é Professora Adjunta do Centro de Ciência e Tecnologia de Alimentos (CAL) da Universidade Federal de Santa Catarina. Tem atuado principalmente em: processamento de leites fermentados; leite de cabra; probióticos; frutas do Nordeste; controle de qualidade e boas práticas de fabricação. Celia Maria Doria Frasca Scorvo
Graduada em Zootecnia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1978) e Mestre em Aquicultura pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1999). Atualmente é Pesquisador Científico 3 da Agência Paulista
de Tecnologia dos Agronegócios. Foi Assistente de Direção do Departamento de Descentralização do Desenvolvimento da APTA, atuando no Departamento de Gestão estratégica da APTA. Diretora do Núcleo de Pesquisa da APTA Polo Leste Paulista. Tem atuado principalmente em: matrinxã; manejo alimentar; boas práticas de manejo; tilápia em tanques-rede em represas rurais. Edna Dória Peralta
Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Católica do Salvador (1980) e Doutora em Biotecnologia pela Universidade Estadual de Feira de Santana (2010). Tem atuado em: análises físicoquímicas; microscopia; microbiologia; análise instrumental e tecnologia de pescado, além de cromatografia e atividade biológica, com ênfase em atividade antimicrobiana. Elisabete Maria Macedo Viegas
Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo, Mestre em Zootecnia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e Doutora em Tecnologia de Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas. Fez estágio de pós-doutoramento em 2008, na Università degli Studi di Firenze, Dipartimento di Scienze Zootecniche, em Firenze, Itália. Professor Associado (Livre-Docente) e Bolsista de Produtividade em Pesquisa 2. Atua como Professora Doutora na Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo, campus de Pirassununga. Tem atuado principalmente em: nutrição e alimentação de peixes de água doce; processamento pós-despesca; conservação de pescado e aproveitamento de resíduos do processamento. Flavio de Souza Neves Cardoso
Graduação em Engenharia de Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas (1996) e Mestre
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Matérias-primas Alimentícias
em Ciência da Nutrição pela Universidade Estadual de Campinas (2000). De 2003 a 2010, foi Professor Assistente da Universidade Estadual de Feira de Santana. Tem experiência na área de Ciência e Tecnologia de Alimentos, com ênfase em Tecnologia de Produtos de Origem Vegetal. Tem atuado principalmente em: tecnologia de óleo e gorduras e tecnologia de frutas e hortaliças. Jaime Urdapilleta Tarouco
Graduado em Zootecnia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1982), Mestre em Zootecnia pela Universidade Federal de Pelotas (1990), Doutor em Zootecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2004) e Pós-Doutor pela Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos – FZEA/USP (2009). Atualmente é Professor Adjunto do Departamento de Zootecnia da Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tem atuado principalmente em: bovinos; composição corporal; ultrassom e seleção.
Marco Antonio Trindade
Graduado em Engenharia de Alimentos pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1993), Mestre em Alimentos e Nutrição pela Universidade Estadual de Campinas (1998) e Doutor em Tecnologia de Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas (2003). Atualmente é Professor da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos – USP. Tem atuado principalmente em: tecnologia de aves; carne mecanicamente separada; produtos cárneos; análise sensorial e estabilidade de alimentos. Renato Souza Cruz
Graduado em Engenharia de Alimentos pela Universidade Federal de Viçosa (1997), Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Universidade Federal de Viçosa (2000) e Doutor em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Universidade Federal de Viçosa (2003). Professor Adjunto da Universidade Estadual de Feira de Santana, com experiência na área de embalagem de alimentos e tecnologia de amidos e farinhas.
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Prefácio
É muito gratificante poder levar este livro aos estudantes de graduação e pós-graduação e aos profissionais das áreas de Engenharia de Alimentos, Nutrição, Agronomia, Zootecnia, Engenharia de Pesca e Medicina Veterinária, entre outras ciências, em que o conhecimento das matériasprimas alimentícias é tão fundamental. Essa satisfação deriva da certeza de um trabalho feito com grande dedicação – que contou com o apoio de colaboradores de formação impecável e de grande conhecimento prático –, que preencherá uma lacuna importante na oferta de literatura em língua portuguesa sobre o assunto. O principal objetivo da tecnologia de alimentos é garantir o abastecimento de alimentos nutritivos e saudáveis para o ser humano. A grande maioria dos produtos alimentícios de origens animal e vegetal é altamente perecível quando exposta aos diversos agentes de deterioração. Uma declaração é inegável: é impossível se obter um produto de alta qualidade quando ele provém de matéria-prima de baixa qualidade. Assim, ter informação sobre as diversas matérias-primas e os principais modos de deterioração possibilita tanto a escolha ou o desenvolvimento do melhor tipo de conservação quanto uma especificação mais acurada para o processamento. A partir desse princípio, a realização deste livro teve dois propósitos fundamentais: oferecer a alunos, professores e profissionais, em um único volume, informações antes muito dispersas e raramente encontradas em Português e contribuir para a difusão das bases do conhecimento para a tecnologia de alimentos. Todos os colaboradores deste livro e eu esperamos que este trabalho seja útil para a formação e o aprimoramento de estudantes e profissionais a que se destina.
Maria Gabriela Bello Koblitz
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Sumário
Introdução, 1
3
Maria Gabriela Bello Koblitz
Renato Souza Cruz Maria Gabriela Bello Koblitz
Alimentos e nutrientes, 2 Histórico, 2 Ciência e tecnologia de alimentos, 3 Matérias-primas alimentícias, 3 Bibliografia, 3
1
Introdução, 44 Cereais, 45 Leguminosas, 72 Conservação dos grãos, 101 Legislação e controle de qualidade, 112 Bibliografia, 117
Frutas e Hortaliças, 5 Flávio de Souza Neves Cardoso
Introdução, 6 Frutas, 6 Hortaliças, 7 Principais características, 8 Conservação, 15 Legislação e controle de qualidade, 20 Bibliografia, 24
4
2
Tubérculos e Raí zes Tuberosas, 25 Renato Souza Cruz Maria Gabriela Bello Koblitz
Introdução, 26 Batata, 26 Mandioca, 36 Bibliografia, 41
Grãos | Cereais e Leguminosas, 43
Café, Cacau e Chá, 121 Maria Gabriela Bello Koblitz
Café, 122 Cacau, 129 Chá, 138 Bibliografia, 146
5
Leite, 147 Ana Carolina Sampaio Doria Chaves
Introdução, 148 Principais características, 150 Conservação, 166 Legislação e controle de qualidade, 176 Bibliografia, 184
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xii 6
Matérias-primas Alimentícias
Carnes, 187
8
Marco Antonio Trindade Alessandra Fernandes Rosa Jaime Urdapilleta Tarouco
Introdução, 188 Principais características, 189 Conservação, 214 Legislação e controle de qualidade, 222 Considerações finais, 224 Bibliografia, 224
Maria Gabriela Bello Koblitz
Introdução, 252 Principais características, 254 Conservação, 260 Legislação e controle de qualidade, 263 Bibliografia, 265
7
Pescado, 227 Célia Maria Doria Frasca-Scorvo Elisabeth Maria Macedo-Viegas
Introdução, 228 Principais características, 230 Conservação, 238 Legislação e controle de qualidade, 243 Bibliografia, 248
Ovo, 251
9
Mel, 267 Edna Doria Peralta Maria Gabriela Bello Koblitz
Introdução, 268 Principais características, 271 Produção e manejo, 277 Equipamentos e utensílios, 280 Conservação, 282 Legislação e controle de qualidade, 283 Bibliografia, 288
Índice Alfabético, 291
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3 Grãos | Cereais e Leguminosas Renato Souza Cruz Maria Gabriela Bello Koblitz
Introdução, 44 Cereais, 45 Leguminosas, 72 Conservação dos grãos, 10 1 Legislação e controle de qualidade, 11 2 Bibliografia, 117
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Matérias-primas Alimentícias
Introdução
A efnição e grãos na literatura técnica e alimentos é muitas vezes vaga e geralmente conusa. A palavra poe ser usaa e moo bem amplo para esignar toos os alimentos comercializaos como grãos secos, o que inclui tanto cereais, como o arroz, quanto outros proutos, como o caé e o cacau, por exemplo; ou poe ser aplicaa, e maneira bem restrita, como sinônimo e cereais. Em publicações o Instituto Brasileiro e Geografa e Estatística (IBGE), grãos são iviios em cereais, leguminosas e oleaginosas, entretanto a maior parte as oleaginosas consieraas (principalmente soja, mas também amenoim e milho, por exemplo) está também incluía como leguminosa (soja, amenoim) ou cereal (milho). Neste capítulo, serão efnios como grãos os rutos as gramíneas (cariopses e cereais) e as sementes e leguminosas (leguminosas e grão) armazenaos secos e utilizaos, em iversas ormas, nas alimentações humana e animal. Os cereais e as leguminosas estão na base a alimentação e iversos povos por terem sio os primeiros vegetais omesticaos quano o avento a grane revolução econômica que oi o início a agricultura. Aina que os cereais silvestres tenham sio colhios antes, nos locais em que cresciam espontaneamente, oi preciso esperar o início o Neolítico para ver surgir no Oriente Próximo, no Oriente Méio e epois na Europa o processo que é a base a nossa alimentação traicional: a cultura e grãos. Escavações arqueológicas na região norte os Anes peruanos levaram à escoberta e varieaes completamente omesticaas e eijãocomum com cerca e 10.000 anos. Na China, a obra intitulaa Matéria Médica , e autoria o imperaor Shen Nung, e 2838 a.C., consiera o arroz, o trigo, a cevaa, o milheto e a soja os cinco grãos sagraos, essenciais para a civilização chinesa, embora recentemente sinologistas venham expressano úvias a respeito a veraeira iae e a autoria o manuscrito. Grãos como lentilha, grão-e-bico, eijão e ervilha aziam parte a ieta e civilizações antigas, como a os egípcios, os gregos, os incas e os astecas. O site o Departamento e Agricultra os EUA (USDA: www.usa.gov; www.usabrazil.
org.br) ivulgou em evereiro e 2009 uma estimativa e proução anual e 2,22 bilhões e tonelaas e grãos em too o muno, pouco maior que a proução e 2008 (2,12 bilhões e tonelaas). Do total estimao, a proução brasileira, seguno a mesma onte, eve representar 6,1%. Seguno a Estatística a Proução Agrícola (Inicaores IBGE, junho e 2009), era esperaa, no Brasil, para o ano e 2009, a proução e 133,3 milhões e tonelaas e grãos, proução esta 8,7% menor que a obtia em 2008 e ocupano uma área plantaa 0,2% menor que a aquele ano. A região Sul é a principal proutora e grãos o País, seno responsável por 39,9% a proução, seguia pelas regiões Centro-Oeste (35,6%), Sueste (12,7%), Noreste (9,1%) e Norte (2,8%). No entanto, o estao com maior contribuição para a proução nacional e grãos é o Mato Grosso, responeno sozinho por 20,3% a proução brasileira. Em seguia estão Paraná (18,8%), Rio Grane o Sul (16,7%), Goiás (9,8%) e Minas Gerais (7,6%). Dos estaos a União, apenas Acre, Amapá, Amazonas e Rio e Janeiro não contribuem para a proução e grãos. Os principais grãos prouzios no País, sua proução estimaa para 2009 e os principais estaos proutores estão listaos na abela 3.1. De acoro com aos ivulgaos pelo Ministério a Agricultura em seu site (www. agricultura.gov.br), entre janeiro e julho e 2009 o agronegócio brasileiro (proutos e origens animal e vegetal) exportou cerca e 31 bilhões e ólares para mais e 200 países, seno os principais compraores a China, com 16,86% e participação, os Países Baixos (7,62%) e os EUA (7,04%). Dos proutos agrí Tabela 3.1 Principais grãos produzidos no Brasil em 2009. Grão
Arroz Feijão Milho Soja Trigo
Produção (em milhões de toneladas)
12,6 3,7 49,8 56,8 5,7
Estados produtores
RS > SC > MT > MA PR > MG > BA > SP PR > MT > MG > GO MT > PR > RS > GO PR > RS > SC > SP
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Matérias-primas Alimentícias
Família
Subfamília Arundinoideae
Tribo
Gênero
Bambusoideae Chlorideae (C4)
Eleusine
Chloridoideae Eragrosteae (C4)
Oryzoideae (C3)
Oryzeae
Oryza
Paniceae (C3 e C4)
Bracharia Digitaria Echinochloa Panicum Paspalum Pennisetum Setaria
Poaceae
Panicoideae Andopogoneae (C4)
Coix Sorghum Zea
Aveneae
Avena
Triticeae
Hordeum Secale Triticosecale Triticum
Poideae (C4)
Figura 3.1 Classificação taxonômica dos principais gêneros de cereais.
apenas uma or, enquanto no trigo, no centeio chamao cariopse, composto as seguintes e no triticale as espículas, também alternaas, partes básicas (Figura 3.3): embrião; enospoem conter até seis ores caa. perma; hialina e testa (conjunto chamao e Diaticamente, poe-se iviir o ciclo e tegumento) e pericarpo. via os cereais nas seguintes ases principais: Embrião é o nome ao ao conjunto orgerminação e emergência as plântulas, pega- mao pelo eixo embrionário e pelo escutelo. mento (enraizamento e emissão as primeiras Durante a proução e arinha, enomina-se olhas otossintetizantes), extensão o caule, germe ou gérmen a ração rica nessa parte o emergência as inorescências, polinização e grão. O eixo embrionário é também enomiamaurecimento. A capaciae e germinar nao plântula e consiste em plúmula e raíé esejável em grãos a serem usaos como cula, que originarão uma nova planta. O escusementes e para malteamento (pré-germinação telo separa o embrião o enosperma amiláceo controlaa para proução e enzimas). No e unciona como órgão secretor e absorveor entanto, para grãos a serem inustrializaos e e hormônios, enzimas e nutrientes urante a outro moo ou armazenaos, a síntese enzimá- germinação. tica associaa à germinação poe ser consieEnosperma é o tecio que ocupa a maior raa eletéria para a conservação a matéria- parte o grão, e poe ser iviio em uas prima e para sua aplicação posterior. rações istintas. A porção maior, que ocupa a parte central o grão e também se enomina Características do grão enosperma amiláceo, é ormaa por células O grão os cereais não é uma semente e sim granes, e paree celular fna, que armazeum ruto seco, característico as gramíneas, nam grane quantiae e amio e menores
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Capítulo 3 | Grãos | Cereais e Leguminosas
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Tabela 3.3 Composição centesimal de cereais. Cereal
Arroz Aveia Centeio Cevada Milho Sorgo Trigo
Umidade (%)
Carboidratos (%)
Proteínas (%)
Lipídios (%)
11 13 11 14 11 11 11
65 58 71 63 72 70 69
8 10 12 12 10 12 13
2 5 2 2 4 4 2
A orma o grânulo, assim como sua temperatura e gelatinização, é característica e caa espécie e poe possibilitar a ientifcação a matéria-prima e uma aa arinha ou prouto por microscopia óptica. Os cereais a tribo riticeae (trigo, centeio, triticale e cevaa) apresentam ois tipos e grânulos: granes e biconvexos (em orma e lente), que corresponem a cerca e 70% os grânulos, e pequenos e eséricos (30%). No arroz e na aveia os grânulos são bem pequenos, mas tenem a se aglomerar, ormano uma estrutura oval maior. Milho e sorgo apresentam ois tipos e grânulos (eséricos e com arestas), epeneno o tipo e tecio. Em enosperma arináceo, os grânulos são eséricos; em enosperma córneo, 0
Cadeia C
1 2 1
Cadeia B
2 1 2 15 (60 Å)1 2 1 2 1 Figura 3.4 Estrutura da amilopectina.
Cadeias A
Fibras (%)
9 10 2 6 2 2 3
em virtue a grane concentração e grânulos muito próximos uns os outros, eles se apresentam eormaos. Alterações na orma poem também ser ecorrentes e associações com outros compostos, como proteí nas, por exemplo. Os grânulos e amio apresentam birreringência, proprieae e reratar a luz polarizaa inciente em uas ireções ierentes, característica e estruturas cristalinas altamente organizaas, que corresponem a cerca e 30% o amio. A cristaliniae é aa pelas caeias mais externas e amilopectina. A orma a luz rerataa (cruz-e-malta) inica aina que as moléculas no grânulo são organizaas e moo raial em torno e um ponto inicial e crescimento (hilo). Por meio e iração e raios X, é possível istinguir três tipos e grânulos que, epeneno e sua orma e sua estrutura cristalina, enominam-se A, B e C. As caeias externas relativamente curtas as moléculas e amilopectina e cereais (menos e 20 uniaes e glicose) avorecem a ormação e polimoros cristalinos o tipo A, que apresentam empacotamento mais compacto. As caeias externas maiores (mais e 22 uniaes e glicose) as moléculas e amilopectina e tubérculos (batata) e e milho ceroso avorecem a ormação e polimoros o tipo B, encontraos também na banana e apresentam estrutura mais aberta com centro hiratao. O polimoro o tipo C é consierao um intermeiário entre os tipos A e B, seno característico e amio e leguminosas, raízes (manioca) e sementes em geral. Os grânulos e amio apresentam aina componentes ierentes o amio, especialmente proteínas (0,35% em milho e 0,40% em
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Matérias-primas Alimentícias
Tabela 3.5 Frações proteicas encontradas em alguns cereais. Cereal
Arroz Aveia Cevada Milho Trigo
Albumina (%)
5 1 3a5 4 3a5
Globulina (%)
Prolamina (%)
Glutelina (%)
10 13 10 a 20 2 6 a 10
5 18 35 a 45 54 40 a 50
80 68 35 a 45 40 30 a 40
conhecia como extrina ou maltoextrina. β-glicanases, prouzias urante a germinaSua ação reuz rapiamente a massa molecular ção, tanto no escutelo quanto na camaa e os polímeros o amio, iminuino sua capa- aleurona. Essas enzimas hirolisam as ligações ciae e ormar compostos colorios com o β-1,4 ajacentes a ligações β-1,3 nas glicanas, ioo e também a viscosiae as suspensões ormano pequenos oligossacaríeos. A ação e amio. As β-amilases são exocarboirases, as β-glicanases epene a solubilização prétambém capazes e hirolisar a ligação α-1,4 via e seu substrato, possivelmente por outras entre uniaes e glicose. No entanto, são exo- enzimas o malte. enzimas, que atacam os polímeros e amilose e ■ Proteases amilopectina a partir e sua extremiae não Foi etectaa nos cereais ativiae e enoreutora, removeno uniaes e maltose. Sua proteases e e carboxipeptiases. Sua ação ação leva ao rápio aumento a capaciae acilita o acesso e amilases ao amio os grâreutora a solução, mas inicialmente pouco nulos e ornece aminoácios para o esenvolinterere na capaciae e ormar complexos vimento o embrião na germinação e para o com ioo ou na viscosiae a solução, pois crescimento e culturas e leveuras urante a emora a reuzir a massa molecular e seus proução e cervejas e outras bebias à base e substratos. A ação e α-amilases sobre o amio cereais. Em panifcação, a presença e proteaavorece a ativiae e β-amilases sobre o pro- ses auxilia na hirólise o glúten, reuzino a uto ormao. Nenhuma essas amilases é necessiae e trabalho mecânico a massa. capaz e hirolisar as ligações α-1,6 presentes ■ Lipases na amilopectina, e moo que a hirólise este Lipases e outras esterases são prouzias polímero é incompleta, gerano oligossacaríeos que contêm as ligações α-1,6, conhecios sobretuo nos primeiros estáios a germinação, porém sua ativiae poe ser etectaa como extrinas-limite. As amilases e cereais são sintetizaas basi- mesmo em grãos armazenaos. A ativiae camente ao longo a germinação. No trigo, lipolítica é particularmente problemática na no centeio e na cevaa a síntese ocorre tanto aveia e no milho, cereais mais ricos em lipíno escutelo quanto na camaa e aleurona, ios. Essas enzimas hirolisam as ligações enquanto no milho apenas o escutelo sintetiza éster os triacilgliceróis presentes, liberano amilases. São prouzias iversas isoenzimas, ácios graxos e aumentano, assim, a aciez a que poem ser iviias em ois grupos is- ração lipíica os grãos, o que reuz a quatintos e acoro com seu ponto isoelétrico. Os liae e seus óleos. Além isso, os proutos cereais a tribo riticeae apresentam os ois a ativiae lipolítica (ácios graxos livres e grupos, enquanto os emais cereais apresen- monoacilgliceróis) são importantes substratos para lipo-oxigenases, levano à rancifcação tam apenas um. ■ β-glicanases oxiativa. A ranciez hirolítica e oxiativa é São enzimas particularmente importantes mais importante em arinhas e arelos o que na cevaa, cuja paree celular é ormaa no grão íntegro. Nesses proutos é necessário em grane parte por β-glicanas. No malte e tomar certas precauções para evitar a ativiae cevaa são encontraas uas isoormas e enzimática. Na aveia, é comum o tratamento
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Capítulo 3 | Grãos | Cereais e Leguminosas
térmico o grão (com vapor) para inativar enzimas, antes a extração a arinha. Em outros cereais, como milho e trigo, a ração lipíica concentra-se no embrião e na camaa e aleurona, seno removia na obtenção a arinha, o que aumenta sua conservação. Nesses casos, proutos como arinha integral, gérmen e arelo apresentam via e prateleira mais curta que a a arinha refnaa. ■
Fitases
Fitases são enzimas capazes e hirolisar o ácio ítico (ftatos e ftina), gerano mioinositol e ortoosato livre. O ácio ítico é o ácio inositol-hexaosórico. Raramente é encontrao em sua orma livre, que é instável, seno mais comum na orma e ftato (sal e iversos metais, especialmente Ca, Mg e K), também conhecio como ftina (Figura 3.6), que se acumula no embrião (em milho) e na camaa e aleurona (arroz e trigo). Fitatos são consieraos atores antinutricionais em cereais, para animais monogástricos e humanos, pois são capazes e complexar os minerais (sobretuo P, Zi, Cu, que ormam sais mais estáveis, mas também Ca, Mg, Ni, Co e Fe) presentes no grão, impeino sua absorção no intestino. Além isso, em pH ácio, ftatos poem complexar proteínas, reuzino sua igestibiliae, e uncionam como inibiores e proteases gástricas (pepsina) e pancreáticas (tripsina e quimotripsina) e e amilases. Fitatos são compostos altamente termoestáveis, que epenem e autoclavagem a 115°C por 4 h para estruição eetiva. A ação e ftases sobre os ftatos poe reuzir seus
OH
OH O
P
O
O
O O O P O O
O
O
O O
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O O
P
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O
O Figura 3.6 Estrutura do fitato.
eeitos eletérios e aumentar o valor nutricional os cereais. Em alguns casos, a aplicação e ftases exógenas (e ungos flamentosos como Rhizopus oligosporus e Aspergillus fccum ) poe proporcionar grane melhora na bioisponibiliae, especialmente e ósoro, em cereais e também em leguminosas.
■
P OH
O
Enzimas oxidativas Lipo-oxigenases
Catalisam a oxiação e ácios graxos insaturaos (na sua orma livre ou em monoacilgliceróis) que contenham um grupo metileno no carbono ω8 – como os ácios linoleico e linolênico, abunantes em cereais. O prouto essa reação são hiroperóxios, que, seno instáveis, se ecompõem ormano raicais livres e levano à oxiação em caeia os emais lipíios presentes. Uma consequência comum a ação e lipo-oxigenases em arinhas é a estruição e carotenoies presentes, prouzino arinhas mais brancas, esejáveis em proutos estinaos ao consumior fnal e como matéria-prima para proutos e panifcação. No entanto, a estruição e pigmentos é consieraa bastante inesejável na proução e macarrão, que eve ser sempre bem amarelao. Nesses casos, as lipo-oxigenases presentes evem ser inativaas por branqueamento com vapor. A oxiação os lipíios leva aina à geração e aroma e ranço, bastante esagraável e que etermina o fm a via e prateleira os proutos, não apenas pelo aroma característico, mas também porque a ingestão e proutos oxiaos está associaa ao esen volvimento e iversas oenças egenerativas, como o câncer, e eve, portanto, ser evitaa. ■
P
53
Polifenol oxidase (PFO), peroxidase (PER) e catalase
São enzimas oxiativas presentes tanto no enosperma quanto no pericarpo e cuja ativiae é bastante aumentaa urante a germinação. As PFO são encontraas em iversas isoormas, especialmente no pericarpo (arelo), e as PER são mais abunantes no trigo o que nos emais cereais. As proteínas insolúveis, prolaminas e glutelinas, são enominaas em conjunto e e acoro com sua origem: zeínas o milho, horeínas a cevaa, secalinas o centeio e avelinas a aveia, por exemplo. A excessão é o trigo, que tem nomenclatura ierenciaa, em virtue a importância essas proteínas na ormação o glúten: gliainas (prolaminas) e gluteninas
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Sulco (crease ) Endosperma
Filamento de pigmento Farelo Germe
Figura 3.7 Corte transversal de um grão de trigo.
precipitaas por aição e sal (salting out ), em qualquer valor e pH. Sua solubiliae é aumentaa pela aição e agentes capazes e esazer ligações e hirogênio (ureia, guaniina, imetilormamia) e sua extração é acilitaa pela aição e agentes reutores. Gliainas são prolaminas extraías com etanol (70%) e representam cerca e 50% a ração proteica insolúvel o trigo. São proteínas e massa molecular entre 25 e 50 kDa (maior ração em torno e 46 kDa), com maiores concentrações e prolina, glutamina, cistina, isoleucina e enilalanina o que as gluteninas. Quano em solução, ormam um uio viscoso e conerem coesiviae (aerência) à massa, sem apresentar elasticiae. Acreita-se que sejam proteínas globulares e estrutura compacta, ricas em pontes issuleto intramoleculares. As gliainas oram separaas, com aplicação e iversas técnicas eletrooréticas e cromatográfcas, inicialmente em quatro rações (banas) enominaas α, β, γ , ω gliainas. Posteriormente, caa uma essas rações oi iviia em novas banas. O perfl eletroorético as prolaminas o trigo é um parâmetro que se altera com a espécie e com a varieae testaas e poe ser aplicao para avaliação e ientifcação essas varieaes em lotes e proutos e trigo. Uma teoria que pre-
tene explicar a grane varieae e proteínas encontraas no trigo sustenta que, inicialmente, o ancestral comum às iversas espécies e Triticum teria apenas um tipo e proteína e reserva, cujo gene coifcaor teria sorio iversas mutações ao longo a sua evolução. Isso teria levao ao surgimento as iversas proteínas encontraas atualmente. Em proteínas e reserva (e não enzimas ou proteí nas transportaoras, por exemplo), as alterações e composição e estrutura não seriam graves o ponto e vista uncional, não intererino e moo ecisivo na pressão e seleção. Gluteninas são glutelinas insolúveis em água, soluções salinas e álcool, mas solúveis em soluções ácias e alcalinas, que representam os outros 50% a ração proteica insolúvel o trigo. São proteínas e altíssima massa molecular: poem ser encontraas rações entre 40 e mais e 2.000 kDa, embora a maior ração apresente massa méia e 120 kDa. São mais ricas em glicina, lisina e triptoano o que as gliainas e, quano hirataas, ormam um sólio coeso porém e alta elasticiae. Sua presença exerce maior inuência sobre as características o glúten (e a massa). A teoria atualmente mais aceita inica que a ração e glutenina é ormaa por proteínas que contêm em suas extremiaes estruturas em α-hélice
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Capítulo 3 | Grãos | Cereais e Leguminosas
e que, no meio a molécula, organizam-se em estruturas o tipo β-pregueaa. As extremiaes ligam-se a outras proteínas semelhantes por pontes issuleto, gerano compostos e alta massa molecular, mais acilmente solubilizaos e extraíos quano essas ligações são eseitas por ação e agentes reutores. A ração méia essas proteínas (estruturas β-pregueaas) teria a capaciae e se esobrar quano sob pressão, orneceno elasticiae ao conjunto (Figura 3.8). A estrutura a massa, uma matriz contínua e proteína preenchia por amio, não está presente no enosperma o grão. Ela se orma após extração a arinha (com consequente liberação e proteínas, amio e lipíios e suas estruturas compartimentalizaas) e a mistura com a proporção aequaa e água (hiratação). As características esejaas e viscosiae, aerência e elasticiae são eterminaas por toos os componentes presentes, embora as proteínas apresentem maior inuência. A capaciae as proteínas ormaoras o glúten e se agregarem em uma ree viscoelástica está relacionaa com sua estrutura triimensional. As gliainas, proteínas globulares, tenem a ormar estruturas fbrilares e moo a participar a ree o glúten. Em pH muito ácio (abaixo e 3,0), com alteração a estrutura globular, as fbrilas não se ormam, o que reuz a capaciae e expansão a massa. A coesiviae a massa poe ser explicaa por iversas interações características as proteínas presentes: ormação e ligações e hirogênio, interações apolares (entre aminoácios e envolveno osolipíios) e a ormação e interações iônicas (consieraas mais raras). A elasticiae a massa é aa, muito prova velmente, pela capaciae e gluteninas e se esobrar ou esticar. Essas estruturas são mantias por pontes issuleto, cuja estrui-
S S
S S
S S
S S
Relaxamento Região da α-hélice
ção, pela aição e agentes reutores, leva ao colapso a ree, enquanto sua ormação, pela aição e agentes oxiantes, leva à ormação e complexos proteicos com a capaciae e se comportar como uma ree orte.
Carboidratos
O embrião os grãos e trigo é composto e 50% e carboiratos, os quais 1/3 é e açúcares livres (sacarose, rafnose e neokestose [Figura 3.9], além e açúcares reutores e rutosanas e baixa massa molecular), 1/3 e amio e 1/3 e fbra (celulose, pentosanas). O arelo, composto as camaas mais externas o grão (inclusive a aleurona), é ormao por cerca e 70% e carboiratos, os quais a principal ração é e fbras (78%), com menores proporções e amio (15%) e açúcares livres (7%). O enosperma contém principalmente amio (96%) com pequena ração e fbras (2,5%) e e açúcares livres (1,5%). O grão e trigo apresenta quantiaes signifcativas e pentosanas (arabinoxilanas, 6,6%), porém relativamente pequenas quantiaes e β-glicanas (0,65%), ambas fbras presentes nas parees celulares e consieraas componentes uncionais, cuja ingestão traria beneícios à saúe o consumior, particularmente em relação à composição e sua microbiota intestinal.
CH2OH O HH OH
OH
HO O H CH2 H
H
OH
Estiramento
Região da β-pregueada
Figura 3.8 Desenho esquemático da estrutura das gluteninas do trigo.
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O H
OH
H
H
OH
CH2OH O HH OH
O
HO CH2OH H
Figura 3.9 Estrutura da neokestose.
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Arroz em casca
Processamento hidrotérmico
Casca
Descascamento Uso agrícola • Rações • Camas
Secagem Descascamento
Uso industrial • Combustível • Furfural • Isolante • Abrasivos
Parboilizado integral
• Álcool • Cinzas
Brunimento
Parboilizado
Tetracloreto de silício
Tetrafluoreto de silício
Silício puro Silicones
Refratários especiais
Arroz integral
Figura 3.12 Fluxograma do beneficiamento do grão de arroz com seus respectivos produtos.
Arroz integral
Brunimento (polimento)
Quirera • Cervejaria • Dentifrício • Bebidas fermentadas • Vinagre • Biscoitos • Macarrão • Farinha • Vinho • Amido
Arroz polido
Farelo gordo
Extração de óleo Arroz inteiro
• Amido • Farinha • Arroz pré-cozido • Arroz expandido • Cereais matinais
Óleo
Farelo desengordurado
Ração animal • Óleo combustível • Esteróis • Margarinas • Fitina • Ácidos graxos • Sabão
Figura 3.13 Fluxograma dos produtos obtidos do processamento industrial do arroz.
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Everta
Indurata
Indentata
Amilácea
Figura 3.14 Características do grão de milho de diferentes grupos genéticos.
• Everta, pop ou pipoca (Zea mays convar everta) – grupo e varieaes com grane quantiae e enosperma córneo em grãos e tamanho pequeno, uros e muitas vezes pontiaguos. Nesses grãos o pericarpo apresenta a característica e resistir ao aquecimento até altas temperaturas (acima e 150°C). Isso garante que a umiae o enosperma esteja vaporizaa e sob alta pressão no momento a ruptura, o que promove a súbita expansão que inverte o grão e prouz a pipoca. Acreita-se, em virtue a alta ureza os ancestrais conhecios o milho, que os primeiros tipos e milho eram semelhantes ao grupo Everta e que uma as primeiras ormas e consumo o milho tenha sio na orma e pipoca • unicata ou po (Zea mays convar tunicata) – grupo e varieaes que apresentam brácteas envolveno o grão, também conhecio como “milho vestio” • Ceracea ou ceroso (Zea mays convar ceratina) – grupo e varieaes encontrao na China no início o século XX e que apresenta amio constituío quase totalmente por amilopectina, o que lhe conere aspecto ceroso e aplicações especíicas na inústria e alimentos • Sacarata ou oce (Zea mays convar saccharata) – grupo e varieaes que acumula grane quantiae e sacarose, em etrimento o amio, no enosperma. Quano seco, o grão apresenta aspecto vítreo e enrugao. Caracteriza-se por grane suscetibiliae ao ataque e insetos e microrganismos, e apresenta curta via e armazenamento, mesmo após secagem. Seu principal uso é como “milho vere”.
Variedades híbridas
O primeiro milho híbrio oi esenvolvio em 1877 na Michigan Agricultural College (EUA). Sua obtenção, que tem como objetivo atingir o vigor híbrio por alta heterozigose, epene a criação e linhagens progenitoras e alta homozigose (por sucessivos cruzamentos) com as características esejaas, seguia o cruzamento entre essas uas linhagens (por emasculação ou inertiliae masculina e uma as linhagens), gerano uma F1 (híbrio simples) e alta proutiviae. A principal esvantagem o uso e cultivares híbrios é a necessiae e proução especializaa as sementes – não gera o mesmo resultao o plantio a F2, e portanto os proutores evem sempre comprar sementes a F1 para realização o plantio. Atualmente, iversas técnicas e cruzamento e também técnicas e manipulação gênica são utilizaas na obtenção e híbrios (simples, uplos etc.*), o que az o milho a cultura que apresenta maior proução por área plantaa o planeta. Seguno inormações o Centro Nacional e Pesquisa em Milho e Sorgo (www.cnpms. embrapa.br), para a sara e 2008/2009 oram isponibilizaos para comercialização 302 *Híbrio simples – obtio pelo cruzamento e uas linhagens enogâmicas. Em geral, é mais proutivo que os emais tipos e híbrios, apresentano grane uniormiae e plantas e espigas. A semente tem maior custo e proução, porque é obtia a partir e linhagens que, por serem enógamas, apresentam menor proutiviae. Híbrio uplo – obtio pelo cruzamento e ois híbrios simples, envolveno, portanto, quatro linhagens enogâmicas. É o tipo e híbrio mais utilizao no Brasil.
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são o β-sitosterol e o campesterol, que somam cerca e 90% os esteróis presentes.
Vitaminas e minerais
Em comparação com os emais cereais, os teores e vitaminas o complexo B presentes no milho são consieraos meianos, assim como os teores e ósoro e zinco, enquanto a concentração os emais minerais é consieraa abaixo a méia (abela 3.24).
Utilização do milho
Os iversos estinos e os moos e utilização o milho estão apresentaos na abela 3.25.
Outros cereais Os emais cereais apresentam proução pouco apreciá vel no Brasil, porém são e grane importância econômica e nutricional em outras partes o muno. A seguir serão compilaas algumas inormações e maior relevância sobre esses proutos. Cevada (Hordeum sativum e Hordeum vulgare)
Existem registros o uso e cevaa para proução e pães primitivos que atam a Iae a Pera, encontraos calcinaos em sítios arqueológicos na Suíça. A cevaa oi um cereal e importância econômica no Antigo Egito (haveno inclusive alusões bíblicas ao cereal relacionaas com as pragas o Êxoo), na Grécia e no Império Romano. Na Iae Méia, era o cereal usao para conecção e pães os camponeses, enquanto o trigo era consumio apenas pelos nobres. A maior isponibiliae e trigo e centeio, além o cultivo e batatas, levou à reução o consumo e cevaa na Europa, embora o cereal aina seja e grane importância nos países o Oriente Próximo. São cultivaos três principais tipos e cevaa: uas flas e seis flas – varieaes com casca utilizaas na obtenção e malte, cuja principal ierença é a proporção e casca no Tabela 3.23 Lipídios contidos no milho (%). Lipídio
Grão Pericarpo Embrião Casca Endosperma
Lipídios neutros Glicolipídios Fosolipídios Insaponicáveis
84,6 39,1 2,8 3,4 7,5 2,3 5,1 55,2
90,4 1,8 3,3 4,4
73,3 7,8 7,8 11,1
79,8 5,9 4,1 10,2
Tabela 3.24 Teores de vitaminas do complexo B e minerais presentes no milho. Vitamina (mg/100 g)
Milho
B1 B2 Niacina Ácido pantotênico B6 P K Ca Mg Fe Cu Mn Zn Na
0,44 0,13 2,60 0,70 0,57 310 330 30 140 2 0,2 0,6 – –
grão (seis flas apresenta casca mais espessa) – e sem casca – varieae não utilizaa na proução e malte. Atualmente, a principal aplicação a cevaa é na obtenção e malte, utilizao sobretuo na proução e bebias alcoólicas (cerveja e uísque, por exemplo) e em panifcação. Embora qualquer cereal possa ser malteao, a cevaa presta-se especifcamente a esse fm em virtue a presença a casca, que protege o grão urante o processo e que, posteriormente, unciona como auxiliar e fltração, acilitano a remoção e componentes insolúveis o prouto. Além isso, a cevaa apresenta maior frmeza em grane teor e umiae, o que também acilita sua manipulação ao longo a malteação. O processo e obtenção o malte envolve as etapas e encharcamento (o grão absorve água), germinação (o grão é mantio em câmaras com temperatura e umiae controlaas para avorecer a síntese e hormônios com subsequente proução as enzimas e interesse), secagem (o embrião é estruí o, orma-se a cor característica e o teor e umiae é reuzio para 4%, objetivano maior conservação) e moagem (para remoção a casca e obtenção a granulometria esejaa para as iversas aplicações). O prouto fnal apresenta alta ativiae e α- e β-amilases
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Botões florais
Folíolo central Corola
Cálice
Estípula
Filete
Ráquis
Brácteas Antera Peciólulo
Estilete
Pecíolo Estigma Ramo florífero
Ovário
Púlvino
Figura 3.15 Representação esquemática da folha e da flor de feijão.
catálise a reação que leva à ormação e NH 4 a partir o N2 atmosérico, e a leg-hemoglobina, proteína semelhante à hemoglobina animal, com grane afniae pelo O 2 e que protege a nitrogenase o seu eeito oxiativo. Seno uma hemeproteína, a leg-hemoglobina apresenta coloração avermelhaa, que caracteriza os nóulos ativos nas raízes as leguminosas. As ores ispõem-se em inorescências chamaas racemos, que poem ser axilares e/ou terminais. A subamília Faboieae também é conhecia como Papilionieae, em virtue o ormato e suas ores, que se assemelharem a borboletas, com simetria bilateral e sépalas unias ormano estruturas em orma e barco (Figura 3.15). Estão presentes ez estames, unios em ierentes arranjos, seno o mais comum um grupo com nove estames unios e um único estame isolao. Os rutos são chamaos legumes ou vagens. São rutos secos que poem ou não se abrir quano mauros (apresentar ou não eiscência). Em seu interior encontra-se uma quantiae variá vel e sementes e ormato e aspecto característicos a espécie e o cultivar. A uração o ciclo e via as leguminosas varia bastante, e acoro com a espécie plantaa e com o cultivar, que poe ser e ciclo precoce, semiprecoce, méio, semitario e tario, o que na soja, por exemplo, poe corresponer a 120 a 170 ias (nos ois extremos). Inepenentemente a uração, o ciclo poe ser esquematicamente iviio nas seguintes etapas: germinação e emergência (que ura em méia 5 a 8 ias e consiste na emissão a raícula e o
hipocótilo, seguia a abertura os cotiléones até o estabelecimento as primeiras olhas unioliaas), crescimento vegetativo (que poe ser limitao pelo orescimento, em varieaes e crescimento ito eterminao), orescimento (que vai até próximo ao início a maturação), rutifcação e maturação (Figura 3.16). Na maior parte as varieaes comerciais selecionaas não há eiscência no campo e, portanto, para nova germinação é sempre necessária a semeaura manual ou mecânica.
Características do grão As sementes mauras as leguminosas e grão apresentam uas partes: tegumento e embrião. O tegumento representa apenas cerca e 3% a massa o grão e é bastante elicao, mas protege o embrião contra agentes externos e, se or anifcao, poe prejuicar tanto a germinação quanto a conservação urante o armazenamento. O embrião respone por 97% o grão, seno iviio em uas partes istintas: os cotiléones (cerca e 94% a massa o grão, one se acumulam as substâncias e reserva) e o eixo embrionário (cerca e 3% a massa o grão), constituío e plúmula (que contém uas olhas primárias e a gema apical), epicótilo (caule ruimentar) e raícula/hipocótilo (que levanta os cotiléones acima a superície o solo). O grão apresenta aina hilo, marca ou cicatriz a junção a semente com o ruto, por one se estabelece, nos estágios iniciais e rutifcação, a relação onte-reno, e micrópila, oriício através o qual permeia a
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Plúmula
Nó cotiledonar Hipocótilo
Rafe
Radícula
Hilo Micrópila
Cotilédone Tegumento
Eixo hipocótilo/radícula Hipocótilo
Plúmula
Micrópila Cotilédone
Hilo
Figura 3.17 Representação esquemática dos grãos de feijão e de soja.
e 35 a 45% a massa o grão. Em oleaginosas, no entanto, as outras rações e carboiratos são mais importantes e o amio representa apenas 0,5 a 1,5% a massa. O amio armazenao por leguminosas e grão é basicamente o mesmo encontrao em cereais. Entretanto, há eviências e que em leguminosas o amio è menos igerível, em unção e características o grânulo (empacotamento, orma cristalina e
presença e proteínas e lipíios) e a presença e atores antinutricionais. Entre os açúcares solúveis, os monossacaríeos estão presentes em menor proporção nos grãos secos. O principal monossacaríeo encontrao é a glicose, que se apresenta em maiores concentrações no eixo embrionário o que nas células os cotiléones. Os oligossacaríeos aparecem em concentrações mais
Tabela 3.27 Composição centesimal (base seca) de alguns grãos de leguminosas. Grão
Feijão-comum Feijão-de-corda Soja Grão-de-bico Ervilha Lentilha
Proteí nas (%)
Carboidratos (%)
Lipídios (%)
Fibras (%)
Minerais (%)
26,1 27,5 40,0 20,6 28,8 29,6
61,4 58,5 29,0 65,2 60,0 61,7
1,80 2,10 20,0 7,00 1,60 3,10
6,60 7,00 5,00 3,80 6,70 3,20
4,10 4,90 6,00 3,40 2,90 2,40
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Capítulo 3 | Grãos | Cereais e Leguminosas
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Tabela 3.28 Composição de carboidratos (% do grão) presentes nas leguminosas. Leguminosa
Total
Amido
Soja Tremoço Grão-de-bico Feijão-da-china Guandu Feijão-de-porco Feijão-comum Fava Lentilha Ervilha
32,5 36,7 65,3 60,0 64,9 47,8 61,3 59,8 64,4 65,5
1,5 0,4 44,4 45,0 44,3 35,0 41,5 41,0 46,0 45,0
Sacarose
Rafnose
Estaquiose
Verbascose
Parede celular
6,2 2,5 2,0 1,1 2,5 1,5 5,0 3,3 2,9 2,1
0,9 0,7 1,5 1,7 1,0 0,7 0,3 0,2 0,5 0,9
4,3 6,8 5,5 2,0 3,0 1,5 4,1 0,7 2,4 2,4
0,1 0,6 3,0 3,0 4,0 0,1 0,1 2,5 0,9 3,2
20 26 9 7 10 9 10 12 12 12
expressivas, seno a sacarose o issacaríeo mais abunante (poeno representar até 6% a massa os grãos). Em leguminosas estão presentes aina iversos grupos e oligossacaríeos, ligeiramente maiores, conhecios como α-galactosíeos. Como o nome inica, são ormaos por uniaes e galactose ligaas a iversos compostos. Os galactosíeos mais abunantes são os erivaos a sacarose, conhecios como “oligossacaríeos a amília a rafnose” (RFO – ranose amily o oligosaccharides) e são ormaos por uniaes e α-galactose ligaas ao carbono 6 a glicose pertencente à sacarose. O grupo é composto por rafnose, estaquiose, verbascose, ajugose e outros oligossacaríeos maiores (até nonassacaríeos) sem nome específco (Figura 3.18). Outros α-galactosíeos encontraos em iversas leguminosas são erivaos o mioinositol (amília o galactinol), o d-ononitol (amília o galactosilononitol), o d-pinitol (amílias A e B o galactopinitol) e o d-quiroinositol (amília A o agopiritol). Os galactosíeos apresentam ativiae prébiótica, não são igerios no trato intestinal humano e avorecem o esenvolvimento e bifobactérias na população a microbiota intestinal. No entanto, o consumo em oses muito elevaas poe acarretar ermentação excessiva, com proução e gases e geração e atulência. Os polissacaríeos estruturais são compostos por celulose, hemicelulose e pectinas.
CH2OH OH OH O
O
CH2OH OH OH OH O
SacaroseCH
2
O OH OH
Rafinose
OH
O
CH 2 O OH OH
Estaquiose
OH
O
CH2 O
OH OH
Verbascose
O
OH CH2OH
Figura 3.18 Estruturas dos oligossacarídeos da família da rafinose.
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são estinaos a exportação, o que gera uma receita e cerca e 5,7 bilhões e ólares (aos e 2006), e 56,0% são estinaos ao benefciamento (separação e óleo e arelo). Do óleo obtio, cerca e 55% são consumios internamente e aproximaamente 45% são estinaos a exportação (cerca e 1,2 bilhão e ólares em 2006), enquanto o arelo 60% são exportaos e 40% são estinaos ao mercao interno. Do total e sementes prouzias, uma pequena parcela (cerca e 5%) é estinaa ao consumo ireto, como eijão e soja (vere ou mauro), e à obtenção e proutos traicionais ou e nova geração. Em geral, as varieaes plantaas para essas últimas fnaliaes costumam ser ierentes aquelas utilizaas
normalmente, apresentano maior teor e proteína, menor ativiae e lipo-oxigenase, e menor teor e oligossacaríeos, além e cotiléones, tegumento e hilo e cor clara. É comum que essas varieaes apresentem menor proutiviae no campo e/ou maiores ifculaes e cultivo, mas normalmente esse tipo e grão alcança também maior valor e mercao, especialmente e exportação. O esquema a Figura 3.27 ilustra os ierentes moos possíveis e utilização a soja.
Feijão Origem, produção e consumo O eijão (Phaseolus vulgaris L.) é uma legu
minosa tipicamente americana. Hoje se acre-
Óleo de soja
Óleo alimentício – saladas, frituras Molhos Margarinas
Grãos para óleo e torta
Torta desengordurada
Farinha Concentrados e isolados Proteína texturizada
Soja
Alimentos de nova geração
Sorvete Iogurte Queijo Hambúrgueres Outros análogos
Grãos para alimentos tradicionais
Alimentos tradicionais
Feijão-de-soja Leite de soja Tofu Yuba Shoyu Missô Tempê Natto Moyashi
Figura 3.27 Utilização do grão de soja.
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os lipíios neutros, especialmente trigliceríios, que variam e 32 a 45% o total. Em seguia estão os osolipíios, que representam até 35% a ração lipíica. O teor e ácios graxos e ierentes varieaes e eijão epene e atores genéticos e ambientais, porém, e moo geral, preominam os ácios graxos insaturaos (84% na varieae Pinto, 86% na Re Kiney e 87% na Navy), entre os quais os mais abunantes são os ácios linolênico (37 a 54%), linoleico (21 a 28%) e oleico (7 a 10%). Entre os ácios graxos saturaos, preomina o ácio palmítico, que representa 10 a 15% o total.
Vitaminas e minerais
quantiae e fbras tene a reuzir e moo expressivo a absorção e minerais no intestino. Seno proutos pobres em lipíios, os eijões não são ontes importantes e vitaminas lipossolúveis. Mesmo assim, uma xícara e eijão cozio poe proporcionar 30% o ácio ólico; 25% a tiamina; 10 a 12% a pirioxina; 10% a niacina e a riboavina; e 40% o erro; 20 a 25% o ósoro, magnésio e manganês; 20% o potássio e o cobre; e 10% o cálcio e o zinco necessários a uma ieta sauável. A abela 3.41 apresenta os valores aproximaos e vitaminas e minerais encontraos em ierentes varieaes e eijão.
Os eijões apresentam valores apreciá veis e vitaminas hirossolúveis (especialmente o complexo B) e minerais. No entanto, as operações e molho e cozimento tenem a reuzir signifcativamente esse valor nos proutos processaos (omésticos ou inustriais). Além isso, a presença e ftatos, taninos e a grane
■
Outros compostos Compostos fenólicos
Os eijões apresentam iversos tipos e polienóis, que se localizam preerencialmente no tegumento e são mais abunantes nos eijões e cor escura, quano comparaos às varieaes menos pigmentaas. São encontraos iversos taninos hirolisáveis (ácios p-cumárico,
Tabela 3.41 Teor de minerais e vitaminas de diferentes variedades de feijão. Red Kidney Minerais
Ca Fe Mg P K Na Zi Cu Mn
Pinto
Navy
Teor em mg/100 g de eijões secos crus
83 6,7 138 406 1.359 12 2,8 0,7 1,1
Vitaminas
Ácido ascórbico (mg) Tiamina (mg) Ribofavina (mg) Niacina (mg) Ácido pantotênico (mg) Piridoxina (mg) Ácido ólico (μg) Vitamina A (UI)
Branco
240 10,4 190 301 1.795 16 3,7 1,0 1,8
121 5,9 159 418 1.328 10 2,5 0,8 1,1
155 6,4 173 443 1.140 14 2,5 0,9 1,3
Teor por 100 g de eijões secos crus
4,5 0,6 0,2 2,1 0,8 0,4 394 8
0,0 0,4 0,1 0,5 0,7 0,3 387 0
7,3 0,5 0,2 1,4 0,8 0,4 506 5
3,0 0,6 0,2 2,1 0,7 0,4 369 4
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Matérias-primas Alimentícias
Ponto crítico UR%
Interações entre carboidratos e lipídios Reação de Maillard
Oxidações
Microrganismos e enzimas
Bactérias Fermentações celulares
Lipases Lipo-oxigenase Insetos
Trigo
,
Oleaginosas (ou sementes oleaginosas)
Zona de deterioração – as setas indicam o interior do domínio de deterioração ______ Insetos
Zona de estabilidade
---------- Microrganismos e enzimas (exceto lipase e lipooxigenase)
Zona de estabilidade adicional
— -- — Fermentação celular e bactérias (na ausência de O 2) ---...---.. Lipases; lipo-oxigenases ............ Oxidações não enzimáticas
Na presença de O 2, sem conservantes (estabilidade natural)
Na ausência de O 2 Com bacteriostáticos (ácidos orgânicos) Após desinfestação de insetos (química ou físic a)
====== Reação de Maillard Desnaturação de proteínas, inativação enzimática, — . — . gelatinização do amido
Figura 3.31 Delimitação das zonas de risco e estabilidade de grãos armazen ados em função da temperatura, da umidade, da atividade de água e do uso de coadjuvantes de conservação.
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116 Matérias-primas Alimentícias Tabela 3.58 Classifcação em tipos da soja do grupo II. Avariados
Tipo
Ardidos e queimados
Máximo queimados
Mofados
Total*
Esverdeados
4,0
1,0
6,0
8,0
8,0
Padrão básico
Partidos, quebrados e Matérias estranhas e amassados impurezas 30,0
1,0
*A soma de queimados, ardidos, moados, ermentados, germinados, danifcados, imaturos e chochos.
Tabela 3.59 Classifcação do eijão em grupos e classes. Classes
Grupo I Branco Phaseolus vulgaris Preto (eijão-comum) Cores
Tolerância
97% de brancos 97% de pretos Até 10% de outras cores
Misturada Nenhuma das anteriores Grupo II Branco Vigna unguiculata Preto (eijão-radinho) Cores
90% de brancos 90% de pretos Até 10% de outras cores
Misturada Nenhuma das anteriores
■
Controle de qualidade
Para assegurar a qualidade de grãos em geral, a principal característica a ser verifcada é sempre o teor de umidade. De acordo com a legislação nacional, esse teor deve ser avaliado pelo método convencional em estua a 103°C por 72 h, a 135°C por 2 h ou em pressão reduzida (25 mmHg) a 98 a 100°C por 5 h. Podem também ser aplicados métodos indiretos, desde que calibrados com base no método convencional. As metodologias aprovadas são aquelas preconizadas pela American Association o Cereal Chemists (AACC) e incluem: determinação da constante dielétrica (AACC: método 44 a 11) e destilação azeotrópica com tolueno
Tabela 3.60 Classifcação do eijão em tipos. Defeitos graves Matérias estranhas e impurezas Enquadramento do produto
Total
Total de mofados, ardidos Insetos mortos* e germinados
0 a 0,10%
0 até 1,50%
Total de carunchados e atacados por lagartas-das-vagens
0 até 1,50%
Total de defeitos leves
Tipo 1
0 a 0,50%
Tipo 2
Acima de 0,50% Acima de 0,10% Acima de 1,50% até 1,00% até 0,20% até 3,00%
Acima de 1,50% até 3,00%
Acima de 2,50% até 6,50%
Tipo 3
Acima de 1,00% Acima de 0,20% Acima de 3,00% até 2,00% até 0,30% até 6,00%
Acima de 3,00% até 6,00%
Acima de 6,50% até 16,00%
Fora de tipo
Acima de 2,00% Acima de 0,30% Acima de 6,00% até 4,00% até 0,60% até 12,00%
Acima de 6,00% até 12,00%
Acima de 16,00%
Desclassifcado Acima de 4,00% Acima de 0,60% Acima de 12,00% Acima de 12,00%
0 até 2,50%
–
*Máximo de insetos mortos permitido, dentro do total de matérias estranhas e impurezas.
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Capítulo 3 | Grãos | Cereais e Leguminosas
117
P
P = h × 1,1 G=
Vrupt
W = 1,32
h
×
V/L × S
S
t L
Vrupt
Figura 3.32 Alveograma. (P é a pressão medida pelo equipamento [em mm], L é o tempo do momento da ruptura da massa [quando o ar passa a escapar], G é o volume de insuflação da massa [em m ], V é o volume de ar insuflado [em m ], V rupt é o volume máximo atingido pela massa imediatamente antes da ruptura [m ] e W é a energia de deformação [em 10 –4 J].)
(AACC: método 44 a 51). Mais recentemente, métodos que envolvem a espectrometria em inravermelho (reectância na região do inra vermelho próximo) têm se mostrado extremamente confá veis e rápidos. Para avaliação da qualidade do trigo, para a produção de diversos derivados, duas características de qualidade da arinha são de extrema importância: (1) a orça do glúten e sua resistência ao trabalho mecânico e (2) a atividade de amilases, sobretudo α-amilases. Diversas metodologias estão disponíveis para avaliação e estimativa dessas características. A legislação brasileira reconhece, inclusive para fns de classifcação, o método do alveógrao (AACC: 54-30), que inorma a orça do glúten em unidades de W ( × 10–4 joules), e o método do número de queda ( falling number , AACC: 56-81B), o qual inorma a atividade de amilase da arinha em unidades de tempo (segundos). Alveógrao é um equipamento capaz de insuar ar em uma amostra de massa, pre viamente preparada com adição de 51,4% de água, e de medir a pressão do ar dentro dessa massa, em unção do tempo de insuação. O resultado obtido consiste em um gráfco característico (Figura 3.32), o alveograma, no qual a maior altura da curva representa a medida da resistência da massa à extensão. A área deli-
mitada pela curva pode ser convertida para o valor W, expresso em joules e denominado “energia de deormação”, que representa o trabalho total necessário para provocar a expansão da amostra. O teste do número de queda é uma medida da viscosidade de uma suspensão de amido gelatinizado (proveniente da arinha), determinada pelo tempo necessário para que um êmbolo específco percorra uma determinada distância dentro da suspensão. Assim, quanto maior a atividade amilolítica da matéria-prima, menor será a viscosidade da suspensão (a hidrólise do amido provoca redução no tamanho das cadeias do polímero, reduzindo sua capacidade de aumentar a viscosidade do meio) e também menor será o tempo de queda do êmbolo.
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