PORTUGUÊS PORTUG UÊS – REDAÇÃ REDAÇÃO O OFICIAL ELSON GOMES
Comunicação Oficial: características, elaboração de documentos oficiais (relatório, ofício, memorando, ata, despachos, portaria, ordem de serviço, requerimento). Características 1.1. Impessoalidade A redação oficial deve ser isenta da interferência da individualidade. O tratamento impessoal decorre: a) da ausência de impressões individuais de quem comunica; b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação; e c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado.
1.3. Formalidade As comunicações oficiais devem ser sempre formais. Correto emprego de pronome de tratamento; tratamento ; Diz respeito à polidez e à civilidade civilidade.. 1.4. Padronização Clareza de digitação digitação;; o uso de papéis uniformes; uniformes; correta diagramação do texto.
1.2. Linguagem O texto oficial requer o uso do padrão culto da língua. Padrão Padrão culto é aquele aquele em que: que: a) se observam as regras da gramática formal, b) se emprega um vocabulário comum ao conjunto dos usuários do idioma. A linguagem técnica deve ser empregada apenas em situações que a exijam.
1.5. Concisão Conciso é o texto que consegue consegue transmitir transmitir um máximo máximo de informações com um mínimo de palavras Trata-se de cortar palavras inúteis, inúteis, redundâncias redundâncias,, passagens que que nada acrescentem ao que já foi dito. Deve-se perceber a hierarquia de ideias que existe em todo texto de alguma complexidade: ideias fundamentais e ideias secundárias. •
1.6. Clareza Claro é o texto que possibilita imediata compreensão pelo leitor. Para ela concorrem: a) a impessoalidade, que evita a duplicidade de interpretações que poderia decorrer de um tratamento personalista dado ao texto; b) o uso do padrão culto de linguagem, em princípio, de entendimento geral e por definição avesso a vocábulos de circulação restrita, como a gíria e o jargão; c) a formalidade e a padronização, que possibilitam a imprescindível uniformidade dos textos; d) a concisão, que faz desaparecer do texto os excessos linguísticos que nada lhe acrescentam. •
b) do Poder Legislativo
1.7. Pronomes de Tratamento Vossa Excelência, para as seguintes autoridades: •
a) do Poder Executivo
Presidente da República Vice-Presidente da República Ministros de Estado Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal Oficiais-Generais das Forças Armadas Embaixadores Secretários-Executivos de Ministérios Secretários de Estado dos Governos Estaduais Chefe da Casa Civil da Presidência da República Chefe do Gabinete de Segurança Institucional Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República Advogado-Geral da União e o Chefe da Corregedoria-Geral da União Prefeitos Municipais
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Deputados Federais e Senadores Ministros do Tribunal de Contas da União Deputados Estaduais e Distritais Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais c) do Poder Judiciário
Ministros dos Tribunais Superiores Membros de Tribunais Juízes Auditores da Justiça Militar
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O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor , seguido do cargo respectivo: Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional, Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal. Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para
particulares. O vocativo adequado é: Senhor Fulano de Tal,
1.8. Fechos para Comunicações O fecho das comunicações oficiais possui, além da finalidade óbvia de arrematar o texto, a de saudar o destinatário. •
a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República: Respeitosamente, b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior: Atenciosamente,
1.9. Identificação do Signatário Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da República, todas as demais comunicações oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local de sua assinatura. A forma da identificação deve ser a seguinte: •
(espaço para assinatura) NOME Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República (espaço para assinatura) NOME Ministro de Estado da Justiça
Relatório “Relatório, do ponto de vista da administração pública, é um documento oficial no qual uma autoridade expõe a atividade de uma repartição presta conta de seus atos a uma outra autoridade, de nível superior.” (Revista do Serviço Público, abril de 1944)
Suas partes componentes são: 1. Título (a palavra RELATÓRIO), em letras maiúsculas. 2. Vocativo: a palavra Senhor(a), seguida do cargo do destinatário, e de vírgula. 3. Texto paragrafado, composto de introdução, desenvolvimento e conclusão. Na introdução se enuncia o propósito do relatório; no desenvolvimento - corpo do relatório - a exposição dos fatos; e, na conclusão, o resultado ou síntese do trabalho, bem como a recomendação de providências cabíveis. 4. Fecho, utilizando as fórmulas usuais de cortesia, como as do ofício. 5. Local e data, por extenso. 6. Assinatura, nome e cargo ou função do signatário. 7. Anexos, complementando o Relatório, com material ilustrativo e/ou documenta •
Ofício
Memorando
Definição e Finalidade Ofício é a comunicação que é expedida exclusivamente para tratar assuntos oficiais
O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em níveis diferentes. Trata-se de uma forma de comunicação eminentemente interna. Sua característica principal é a agilidade. Para evitar desnecessário aumento do número de comunicações, os despachos ao memorando devem ser dados no próprio documento.
entre órgãos da Administração Pública ou a particulares.
Forma e Estrutura
Quanto à sua forma, o ofício segue o modelo do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o destinatário, seguido de vírgula. Exemplos: Excelentíssimo Senhor Presidente da República Senhora Ministra Senhor Chefe de Gabinete Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as seguintes informações do remetente: – nome do órgão ou setor; – endereço postal; – telefone e endereço de correio eletrônico.
Carta CARTA OFICIAL CONCEITO Carta oficial é um tipo de correspondência utilizada por alguns órgãos públicos, em situações não-cerimoniosas, com relação a pessoas estranhas ao serviço público. Modernamente, as cartas oficiais vêm sendo absorvidas pelos ofícios, e estes cada vez mais se generalizam.
Forma e Estrutura
Quanto à sua forma, o memorando segue o modelo do padrão ofício, com a diferença de que o seu destinatário deve ser mencionado pelo cargo que ocupa. Exemplos: Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos
ATA Documento que registra resumidamente e com clareza as ocorrências, deliberações, resoluções e decisões de reuniões ou assembleias. Por ter valor jurídico, deve ser redigido de tal maneira que não se possa modificá-la posteriormente. Para isso escreve-se: ✗sem parágrafo ou alíneas (ocupando todo o espaço da página); ✗sem abreviaturas de palavras ou expressões; ✗com os numerais por extenso; ✗sem emendas ou rasuras; ✗sem uso de corretivo (tipo error-ex); ✗empregando o verbo no tempo pretérito perfeito do indicativo. Ex.: ✗ verbo falar: falou, falaram ✗ verbo discutir: discutiu, discutiram ✗ verbo comentar: comentou, comentaram
Despachos “O despacho administrativo, embora tenha aparência e conteúdo jurisdicional, não deixa de ser um ato administrativo. Não se confunde, portanto, com as decisões judiciárias...” (Adalberto J. Kaspary – Redação Oficial, Normas e Modelos) Suas partes componentes são: 1. Destinatário, precedido da preposição adequada. 2. Título – denominação do documento. 3. Texto que expressa o teor da decisão. 4. Local e data, por extenso. 5. Assinatura, nome e cargo da autoridade que exara o Despacho.
1. Título ( a palavra PORTARIA), seguido da sigla do órgão, numeração e data, em letras maiúsculas, e em negrito. 2. Ementa da matéria da Portaria, em letras maiúsculas, à direita da página. 3. Preâmbulo: denominação completa da autoridade que expede o documento, em maiúsculas e negrito; fundamentação legal, seguida da palavra RESOLVE, também em maiúsculas, acompanhada de dois pontos, à esquerda da folha. 4. Texto, subdividido em artigos, parágrafos e alíneas, explicitando a matéria da Portaria. 5. Local e data, por extenso. 6. Assinatura, nome e cargo da autoridade que subscreve a Portaria.
Portaria “Portarias são atos pelos quais as autoridades competentes determinam providências de caráter administrativo, dão instruções sobre execução de leis e de serviços, definem situações funcionais e aplicam medias de ordem disciplinar.” (Adalberto J. Kaspary – Redação Oficial – Normas e Modelos)
Ordem de serviço A ordem de serviço é um documento que tem a função de emitir comunicações internas em uma empresa a respeito de um trabalho que precisa ser efetuado. É necessário que a ordem tenha número e data, a qual é colocada antes do nome de quem assina, com indicação do cargo. Veja um exemplo: Ordem de serviço nº 01 O Departamento de Processos comunica a seus funcionários que, a partir do dia 1º do próximo mês, não haverá mais o sábado de trabalho, pois a jornada passará para 8 horas diárias, ou seja, 40 horas semanais. Certo de que não haverá dúvidas. Em 25 de janeiro de 2009. _______________________ Chefe do Departamento de Processos
Texto verbal
Requerimento O requerimento pertence à chamada Redação Técnica, pois como todo texto, o mesmo constitui-se de algumas técnicas específicas para redigi-lo. Il.mº. SR. Diretor da Escola Estadual Dom Bosco (Nome da pessoa que solicita o requerimento), aluna regularmente matriculada no nono ano do ensino fundamental desta escola, vem respeitosamente solicitar a V. Sª a expedição dos documentos necessários à sua transferência para outro estabelecimento de ensino. Nestes termos, pede deferimento Londrina, 04 de novembro de 2008. (Assinatura)
Texto não verbal
Linguagem formal •
Nível formal-culto: é o nível da fala normalmente utilizado pelas pessoas em situações formais. Caracteriza-se por um cuidado maior com o vocabulário e pela obediência às regras gramaticais estabelecidas pela língua.
Linguagem informal •
Nível coloquial-popular: é a fala que a maioria das pessoas utiliza no seu dia a dia, principalmente em situações informais. Esse nível da fala é mais espontâneo, ao utiizá-lo, não nos preocupamos em saber se falamos de acordo ou não com as regras formais estabelecidas pela língua.
Denotação •
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Conotação •
As palavra ganham novos sentidos. “Havia uma pedra no meio do caminho No meio do caminho havia uma pedra...”
É o uso da palavra em seu sentido próprio. As pedras estavam todas brilhando sob a água cristalina do rio.
Polissemia •
Polissemia é a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar mais de um significado nos múltiplos contextos em que aparece. Veja alguns exemplos de palavras polissêmicas:
Braço do rio Braço da cadeira Braço direito da empresa
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Sinônimos As palavras que possuem significados próximos são chamadas sinônimos. Exemplos: casa - lar - moradia - residência longe - distante delicioso - saboroso carro - automóvel
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Antônimos São palavras que possuem significados opostos, contrários. Exemplos: mal / bem ausência / presença fraco / forte claro / escuro subir / descer cheio / vazio possível / impossível
Homonímia •
Homônimos São palavras que possuem a mesma pronúncia (algumas vezes, a mesma grafia), mas significados diferentes. Veja alguns exemplos no quadro abaixo:
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acender (colocar fogo) ascender (subir) acento (sinal gráfico) assento (local onde se senta) acerto (ato de acertar) asserto (afirmação) apreçar (ajustar o preço) apressar (tornar rápido)bucheiro (tripeiro)buxeiro (pequeno arbusto)bucho (estômago)buxo (arbusto)caçar (perseguir animais)cassar (tornar sem efeito)cegar (deixar cego)segar (cortar, ceifar)cela (pequeno quarto)sela (forma do verbo selar)
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Existem algumas palavras que possuem a mesma escrita (grafia), mas a pronúncia e o significado são sempre diferentes. Essas palavras são chamadas de homógrafas e são uma subclasse dos homônimos. Observe os exemplos: almoço (substantivo, nome da refeição) almoço (forma do verbo almoçar na 1ª pessoa do sing. do tempo presente do modo indicativo)
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gosto (substantivo) gosto (forma do verbo gostar na 1ª pessoa do sing. do tempo presente do modo indicativo)
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Ambiguidade ou Anfibologia Ocorre quando, por falta de clareza, há duplicidade de sentido da frase. Exemplos: Ana disse à amiga que seu namorado havia chegado. (O namorado é de Ana ou da amiga?) O pai falou com o filho caído no chão. (Quem estava caído no chão? Pai ou filho?)
Parônimas absolver (perdoar, inocentar)absorver (asprirar, sorver)apóstrofe (figura de linguagem)apóstrofo (sinal gráfico)aprender (tomar conhecimento)apreender (capturar, assimilar)arrear (pôr arreios)arriar (descer, cair)ascensão (subida)assunção (elevação a um cargo)bebedor (aquele que bebe)bebedouro (local onde se bebe)cavaleiro (que cavalga)cavalheiro (homem gentil)comprimento (extensão)cumprimento (saudação)deferir (atender)diferir (distinguir-se, divergir)delatar (denunciar)dilatar (alargar)
Intertextualidade: Paráfrase e Paródia •
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Intertextualidade acontece quando há uma referência explícita ou implícita de um texto em outro. Também pode ocorrer com outras formas além do texto, música, pintura, filme, novela etc. Toda vez que uma obra fizer alusão à outra ocorre a intertextualidade. Apresenta-se explicitamente quando o autor informa o objeto de sua citação. Num texto científico, por exemplo, o autor do texto citado é indicado, já na forma implícita, a indicação é oculta. Por isso é importante para o leitor o conhecimento de mundo, um saber prévio, para reconhecer e identificar quando há um diálogo entre os textos. A intertextualidade pode ocorrer afirmando as mesmas idéias da obra citada ou contestando-as. Há duas formas: a Paráfrase e a Paródia.
Paráfrase •
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Na paráfrase as palavras são mudadas, porém a idéia do texto é confirmada pelo novo texto, a alusão ocorre paraatualizar , reafirmar os sentidos ou alguns sentidos do texto citado. É dizer com outras palavras o que já foi dito. Temos um exemplo citado por Affonso Romano Sant’Anna em seu livro “Paródia, paráfrase & Cia” (p. 23):
Paráfrase
Meus olhos brasileiros se fecham saudosos Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’. Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’? Eu tão esquecido de minha terra… Ai terra que tem palmeiras Onde canta o sabiá!
Minha terra tem palmeiras Onde canta o sabiá, As aves que aqui gorjeiam Não gorjeiam como lá.
(Carlos Drummond de Andrade, “Europa, França e Bahia”).
(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).
Paródia •
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A paródia é uma forma de contestar ou ridicularizar outros textos, há uma ruptura com as ideologias impostas e por isso é objeto de interesse para os estudiosos da língua e das artes. Ocorre, aqui, um choque de interpretação, a voz do texto original é retomada para transformar seu sentido, leva o leitor a uma reflexão crítica de suas verdades incontestadas anteriormente, com esse processo há uma indagação sobre os dogmas estabelecidos e uma busca pela verdade real, concebida através do raciocínio e da crítica.
Texto Original Minha terra tem palmeiras Onde canta o sabiá, As aves que aqui gorjeiam Não gorjeiam como lá.
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(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”). Paródia Minha terra tem palmares
onde gorjeia o mar os passarinhos daqui não cantam como os de lá. (Oswald de Andrade, “Canto de regresso à pátria”).
DISSERTAÇÃO: opinião e debate.
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A TIPOLOGIA TEXTUAL
DISSERTAÇÃO-ARGUMENTATIVA AS ESTRUTURAS DA DISSERTAÇÃO COESÃO E COERÊNCIA INTERTEXTUALIDADE A LINGUAGEM CULTA NA REDAÇÃO O TEMA E SUAS INTERPRETAÇÕES
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A VISÃO CRÍTICA DA REALIDADE •
ASPECTOS SOCIAIS, POLÍTICOS, ECONÔMICOS, CULTURAIS, ETC.
1ª parte: Introdução O autor apresenta o tema que será abordado. Dica: anuncia-se o tema e as delimitações propostas. 2ª parte: Desenvolvimento Nesses parágrafos (dois ou três), o autor apresenta argumentos ordenados logicamente, a fim de convencer o leitor. Dica: argumentar, discutir, expor ideias, provar o que pensa. 3ª parte: Conclusão No último parágrafo, o autor "amarra" as ideias e procura transmitir uma nova opinião/sugestão ao leitor.
Como a redação será avaliada?
A DISSERTAÇÃO-ARGUMENTATIVA •
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A prova de redação exige a produção de um texto em prosa, do tipo dissertativo--argumentativo, sobre um tema de ordem social, científica, cultural ou política. Os aspectos a serem avaliados relacionam-se às “competências”. Nessa redação, você deverá defender uma tese, uma opinião a respeito do tema proposto, apoiada em argumentos consistentes estruturados de forma coerente e coesa, de modo a formar uma unidade textual. Seu texto deverá ser redigido de acordo com a norma padrão da Língua Portuguesa e, finalmente, apresentar uma proposta de intervenção social. TEMA TESE ARGUMENTOS PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Competência 3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. Competência 4: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. Competência 5: Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
O seu desempenho de acordo com os seguintes critérios: •
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Competência 1: Demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita. Competência 2: Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento, para desenvolver o tema dentro dos limites estruturais do texto dissertativoargumentativo.
Competência 2 – “Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para desenvolver o tema dentro dos limites estruturais do texto dissertativoargumentativo” •
mantenha-se dentro dos limites do tema proposto, tomando cuidado para não se afastar do seu foco. Esse é um dos principais problemas identificados nas redações. Nesse caso, duas situações podem ocorrer: fuga total ao tema ou fuga parcial ao tema.
Vamos aproveitar o tema da redação do Enem 2011 para explicar essa diferença.
O que é um texto dissertativo-argumentativo?
O texto dissertativo-argumentativo é um texto opinativo que se organiza na defesa de um ponto de vista sobre determinado assunto. Nele, a opinião é fundamentada com explicações e argumentos, para formar a opinião do leitor ou ouvinte, tentando convencê-lo de que a ideia defendida está correta. É preciso, portanto, expor e explicar ideias. Daí a sua dupla natureza: é argumentativo porque defende uma tese, uma opinião, e é dissertativo porque se utiliza de explicações para justificá-la.
“Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado”.
A sua redação atenderá às exigências de elaboração de um texto dissertativo-argumentativo se combinar dois princípios de estruturação: I – apresentar uma tese, desenvolver justificativas para comprovar essa tese e uma conclusão que dê um fecho à discussão elaborada no texto, compondo o processo argumentativo. II – utilizar estratégias argumentativas para expor o problema discutido no texto e detalhar os argumentos utilizados.
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PROPOSTA DE REDAÇÃO Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema VIVER EM REDE NO SÉCULO XXI: OS LIMITES ENTRE O PÚBLICO E O PRIVADO, apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Com isso, as novas redes sociais, surgidas nesse início do século XXI, se tornam os principais vetores da alienação cultural e social da população, uma vez que todos possuem um perfil virtual com acesso imensurável a todo o tipo de informações. Por isso, diversas empresas e personalidades se valem da criação de perfis próprios, atraindo diversos seguidores, aos quais impõe sua maneira de agir e pensar. Esses usuários, então, se tornam mais vulneráveis e suscetíveis à manipulação virtual . Outro ponto negativo dessas redes, como o Facebook e o Twitter, é o fato de todo o conteúdo publicado ficar armazenado na internet, permitindo a determinação do perfil dos usuários e a escolha da melhor maneira midiática de agir para conquistá-los. Além disso, o uso indiscriminado de tais perfis possibilita a veiculação de imagens ou arquivos difamadores, servindo como ferramenta política e social para aumentar a credibilidade de determinadas personalidades, como ocorre com Hugo Chaves em sua ditadura na Venezuela e comprometendo outras, com falsas denúncias, por exemplo.
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Diante disso, é necessária a aplicação de medidas visando a um maior controle da internet. A implantação, na grade escolar brasileira, do estudo dessas novas tecnologias de informação, incluindo as redes sociais, e a, consequente, formação crítica dos brasileiros, seria um bom começo. Só assim, poderemos negar as previsões feitas por George Orwell e ter um futuro livre do controle e da alienação.