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O
QUE
CREMOS
E
COMO
QUEREMOS
VIVER
ÍNDICE
3
Comunidade da Cruz
15
Comunidade da Vida
23
Comunidade do Amor
33
Comunidade do Carisma
41
Comunidade do Reino
51
Comunidade da Visão
62
Declaração de Dourina e Condua
1
A COMUNIDADE DA CRUZ SOBREVOANDO O TEXTO: A condição humana
Deueronômio 18; Levíicos 10.10; Ezequiel 44.23; Maeus 5.21-30; Romanos 7.7-25; 1Corínios 15.4547; Romanos 6.6
Separação de Deus
Romanos 3.23; 5.12-21; 6.23; 2Corínios 4.4; Efésios 2.1-3; 1João 5.19
A obra da Cruz:
Romanos 3.21-26; 1Corínios 15.3; 2Corínios 5.1821; Hebreus 9.26-28; 10.12; 1Pedro 3.18; 1João 1.7; Apocalipse 1.5,6
Os imperativos da Cruz Lucas 9.23; João 3.16; Aos 2.22-47; 16.30,31; Romanos 1.16,17; 5.1,2; 6.3,4; 10.1-17; Gálaas
2.20; 6.14
3
I L U M I N A N D O A P I S TA 1 . O que é o pecado?
2 . Qual a diferença enre pecar e esar no pecado? (1João 3.8-10)
3 . Como se caraceriza a vida de uma pessoa que esá longe de Deus? (Efésios 2.1-3)
4 . Qual é a única maneira de uma pessoa se aproximar de Deus? (João 14.6; 2Corínios 5.18-20)
5 . O que as palavras “graça” e “fé” em a ver com o relacionameno do ser humano com Deus? (Efésios 2.8-10)
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6 Leia Efésios 1.3-14 e escreva os moivos pelos quais devemos louvar a Deus. .
AT E R R I S S A N D O N A P A L A V R A 1 A c o n d i ç ã o h u m a n a A Bíblia faz disinção enre pecado e pecados. Em Moisés e na Torah, A Lei, o pecado é uma quesão de fazer ou deixar de fazer coisas ceras e erradas, definidas de acordo com o caráer de Deus que se expressa na forma de mandamenos: não maar, não roubar, não menir, não cobiçar, enre ouros. A Lei de Moisés definia ambém as froneiras enre as coisas puras e impuras, sagradas e profanas, o que exigia que as pessoas não comessem deerminados alimenos, não ocassem em deerminadas coisas, e assim por diane. A Lei de Moisés separava o puro do impuro, o sagrado do profano. (Deueronômio 18; Levíicos 10.10; Ezequiel 44.23). Jesus esende os limies da compreensão do pecado quando diz que não basa não maar, é necessário não odiar; não basa não adulerar, é necessário não se deixar dominar pelo desejo impróprio. Jesus considera o pecado não apenas algo que fazemos ou deixamos de fazer, mas ambém nossa inerioridade, nossas moivações e inenções do coração. (Maeus 5.21-30) O apósolo Paulo, por sua vez, leva a compreensão do pecado mais adiane ao afirmar que o pecado em uma profundidade que vai além do aspeco comporamenal e moivacional. Para o apósolo Paulo o pecado em a ver com a condição humana: o pecado é uma força que aua no ser humano, um poder que o impede de fazer o que dese ja fazer ou de deixar de fazer o que não deseja fazer. Para o apósolo Paulo, o problema do ser humano não é que ele comee pecados, mas o fao de que ele é pecador. Pecados, porano, são coisas que fazemos ou condições da nossa inerioridade psiquíca e emocional. C O M U N I D A D E
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Pecado, por sua vez, é a nossa condição de inimizade e rebeldia em relação a Deus. (Romanos 7.7-25) A Bíblia fala de dois modelos de ser humano. Anes de Jesus Criso odos os seres humanos eram do ipo Adão. Jesus é o úlimo Adão e o segundo homem (1Corínios 15.45-47). O primeiro homem, Adão, é apenas figura do que havia de vir, a saber, Jesus Criso (Romanos 5.14). Pecado é a palavra que descreve a condição humana em sua idenificação com Adão. O pecado de Adão, popularmene idenificado com comer a maçã, ou comer o fruo da árvore do conhecimeno do bem e do mal (Gênesis 2.16,17), na verdade significa a preensão humana de viver de maneira auônoma em relação a Deus. Isso significa que o pecado não é uma quesão moral (cero e errado), mas sim uma quesão onológica (da consiuiçãio do ser). O pecado em ermos onológicos significa o rompimeno com a fone da exisência. No jardim do Édem, Adão (o primeiro homem) esava diane de duas árvores, a árvore do conhecimeno do bem e do mal e a árvore da vida (Gênesis 3.9). Por meio dessas duas árvores Deus esava dizendo o seguine a Adão: Você quer comer da árvore da vida e se susenar em mim, ou quer comer da árvore do conhecimeno do bem e do mal e romper comigo para enar viver por si mesmo? Mas adviro, não é possível você viver a não ser susenando-se em mim: no dia em que você comer da árvore do conhecimeno do bem e do mal, ceramene morrerá. Não é possível à criaura coninuar viva caso “pule para fora de Deus”, pois não exise o “fora de Deus”, e isso os poeas gregos sabiam: nEle (em Deus) somos/vivemos, nos movemos e exisimos (Aos 17.28). A cruz de Criso não é apenas uma resposa de Deus aos pecados que praicamos, mas principalmene a solução de Deus para nos liberar de nossa condição humana caiva do pecado. Na cruz, em Criso, morre um ipo de homem chamado Adão (Romanos 6.6).
2 A Necessidade da cruz O pecado do ser humano rouxe conseqüências para oda a raça humana. Esas conseqüências explicam porque a Cruz de Criso se ornou 6
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necessária. A palavra bíblica usada para descrever as conseqüências do pecado é more (Romanos 3.23; 5.12-21; 6.23; Efésios 2.1-3). Em ermos práicos, esa “more espiriual” de que fala a Bíblia significa rês coisas: 1. Separação
simbolizada pela expulsão do Paraíso, que resula em
de Deus,
um novo saus do relacionameno com Deus, agora não mais definido pela comunhão, mas pela rebeldia (Gênesis 3.22-24; Romanos 3.23). O ser humano afasado de sua fone de exisência, a saber, Deus, esá desinado à more, iso é, deixar de exisir. uma vez que o pecado foi uma aliança com a Serpen-
2. Sujeição ao
e, em derimeno da submissão a Deus, o ser humano se ornou escravo do Diabo e seus espírios malignos,
diabo,
pois perdeu a auoridade não apenas sobre o mundo naural como ambém sobre o mundo espiriual (2Corínios 4.4; Efésios 2.1-3; 1João 5.19) uma vez que o pecado é errar o alvo, iso é, viver num padrão confliane ao caráer de Deus, ese viver em
3. Degeneração da imagem de
conflio com Deus é ambém um viver em conflio consigo mesmo, é conrariar não apenas a naureza
Deus,
de Deus como ambém a própria naureza humana (Romanos 7). O ser humano que vive no pecado e praica pecados, desrói não apenas udo quano esá à sua vola, mas ambém e principalmene a si mesmo, desfigurando-se como ser criado à imagem e semelhança de Deus.
3 A obra da cruz Todas as conseqüências do pecado do homem são sanadas pela cruz, onde Jesus Criso:
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Satisfez a
a Bíblia diz que Jesus Criso morreu por nós (Lucas
justiça de Deus
22.19; João 10.11,15; Romanos 5.8; Efésios 5.2; 1Tessalonicenses 5.10; Tio 2.13,14) e ambém pelos nossos pecados (1Corínios 15.3; Hebreus 9.26; 10.12; 1Pedro 3.18; 1João 1.7; Apocalipse 1.5,6), de modo que Jesus Criso nos subsiuiu na cruz (Isaías 53.1-7; 2Corínios 5.18-21), omando sobre si o ônus do pecado de Adão, sofrendo a more que nos era ineviável e recebendo a condenação que pesava sobre nós. Na cruz de Criso, a jusiça de deus foi saisfeia: o pecado foi punido com a more, mas aquele que morreu venceu a more ao ressusciar ao erceiro dia, pois sendo juso, era impossível que a more o reivesse (Aos 2.24).
Venceu o império a Bíblia diz que Jesus Criso despojou o império das revas (Colossenses 2.13-15). Despojar significa liedas trevas
ralmene obrigar o exércio adversário vencido a depor suas armas, colocá-las ao chão em sinal de rendição e reconhecimeno da derroa, o que implica a perda do seu poder de maar. Por isso a Bíblia diz que Jesus se manifesou para desfazer as obras do Diabo (Maeus 28.19; Lucas 11.14-23; João 8.32, 34-36; Efésios 1.20-23; Filipenses 2.9-11; 1João 3.8; Gálaas 5.1; Apocalipse 1.16-18).
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Redimiu o ser
em Criso, não apenas o ser humano esá jusificado
humano
diane de Deus, livre da condenação do pecado e libero do poder do Diabo e dos espírios maus, mas ambém é uma nova criaura (João 3.5-16; 2Corínios 5.17; Efésios 2.10), iso é, faz pare de uma nova criação, não mais descendene de Adão, mas de criso, e aos poucos vai sendo ransformado à imagem de Criso (Romanos 8.28-30; 2Corínios 3.18). Assim como odos sofremos a more de Adão, ambém odos somos herdeiros da vida de Criso (Romanos 5.1-6.4). Em razão da obra de Criso na cruz, fomos salvos da condenação do pecado (Romanos 8.1); esamos sendo salvos do poder do pecado sobre nós (Romanos 6.11-13); e seremos salvos da possibilidade do pecado (2Pedro 1.4).
4.OS IMPERATIVOS DA CRUZ A obra de Criso na cruz foi complea em ermos de saisfazer a jusiça de Deus, desfazer as obras do Diabo e resaurar o ser humano. Mas o Evangelho exige uma resposa humana, que o próprio Senhor Jesus indica: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia ome a sua cruz e siga-me” (Lucas 9.23). nada mais coerene, pois considerando que o pecado é essencialmene uma aiude de rebeldia diane de Deus,
A si mesmo negue
quando o ser humano subsiui Deus pelo seu próprio eu, o caminho da vola implica a submissão do eu a Deus – negar a si mesmo. Por esa razão o anúncio do Evangelho é uma convocação ao arrependimeno: meia vola, mudança de rumo (Marcos 1.14,15; Aos 2.38).
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Dia a dia tome
conforme nos ensinou o apósolo Paulo, Jesus nos in-
a sua cruz
cluiu em sua cruz, de modo que podemos considerar que a cruz de Criso é ambém a nossa cruz (Gálaas 2.20; 6.14). Esa idenificação com Criso em sua cruz, iso é, vermos a nós mesmos crucificados em Criso, é um ao de fé (Aos 16.30,31; Romanos 1.16,17; 5.1,2; 10.1-17; Efésios 2.8-10). Para que a cruz de Criso seja eficaz em nós, devemos crer que esávamos incluídos em Criso quando ele morreu. mais uma vez aesamos a coerência da convocação de
Siga-me
Jesus. Uma vez que a cruz deve ser omada dia a dia, enão a experiência crisã implica a companhia consane de Jesus, e não apenas uma decisão passada. Por esa razão o apósolo Paulo disse que “se fomos unidos com ele na semelhança da sua more, ambém o seremos na semelhança da sua ressurreição ... pois fomos sepulados com ele na more pelo baismo; para que, como Criso foi ressusciado denre os moros pela glória do Pai, assim ambém andemos nós em novidade de vida” (Romanos 6.3,4).
SÍNTESE
1 0
O pecado do Homem
A obra da Cruz
A resposta do Homem
Rebeldia que afasa de Deus
Saisfaz a jusiça de Deus
Negar a si mesmo por Criso
Sujeição ao Diabo
Vence o império das revas
Tomar a cruz de Criso
Degeneração da imago Dei
Regenera o ser humano
Seguir a Criso
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CONCLUSÃO A mais imporane o obra da cruz é o que a eologia chama de heosis: o processo aravés do qual o ser humano passa a paricipar da naureza divina (1Pedro 1.4). Na verdade, o que Deus chama de ser humano não é Adão, mas Jesus Criso. A verdadeira expressão de humanidade em pleniude não aparece em Adão, mas no Criso ressurreo. Jesus foi o que Adão deveria er sido, e aravés de sua ressurreição lecva consigo odos os serress humanos para que sejam o que sempre esiveram desinados a ser. É isso o que signfica dizer que Adão é o primeiro homem e Jesus é o segundo homem. A cruz de Criso não pode ser reduzida a uma solução que Deus oferece para o pecado humano. A cruz de Jesus, seguida da ressurreição de Jesus, se assemelha a um poral aravés do qual oda a humanidade passa da condição de Adão – o ser humano inacabado, à condição de Criso – o ser humano em pleniude (Romanos 8.28-30). Veja o que disseram os chamados Pais da igreja, que viveram nos primeiros séculos da era crisã. Deus se tornou homem para que o homem pudesse se tornar Deus (...) O homem está destinado a ser pela graça aquilo que Deus é por natureza. (Irineu de Lyon, século II) O homem é um microtheos (pequeno Deus). (Gregório de Nissa, século VI) O homem é um ser que recebeu a ordem (ou o chamado, digo eu) de se tornar Deus. ( Basílio de Cesaréia, século IV)
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PONDO OS PÉS NO CHÃO 1 . Indique os princípios fundamenais que você descobriu ou reafirmou aravés dese esudo da palavra de Deus.
2 . Comparilhe suas resposas pessoais da fase Iluminando a pisa.
3 . Por que a cruz de Criso foi necessária?
4 . De que Criso nos salva?
5 . O que significa negar a si mesmo, omar a cruz e seguir a Jesus? (Lucas 9.23)
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6 . Você crê em Jesus como seu Salvador e Senhor? O que iso significa para você? (Romanos 10.9)
7 . De que maneira Jesus espera que seus discípulos ornem pública a sua fé? (Maeus 28.18-20; Marcos 16.16)
8 . Como se disingue sua vida anes e depois de Criso? (Romanos 6.3,4; 2Corínios 5.17)
9 . Descreva em suas palavras o conceio de Theosis.
1 0 . Escreva uma oração que sineize sua experiência esudando A Comunidade da Cruz.
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A COMUNIDADE DA VIDA SOBREVOANDO O TEXTO: O Novo Nascimento
João 3.5,6,31; João 3.16; 5.24; 10.10; 11.25; 14.6; 20.30,31; 1João 5.11,12
O Novo Homem
Romanos 8.28-30; 1Corínios 15.42-49; 2Corínios 3.18; 5.17; Gálaas 4.19; Efésios 4.11-13; Colossenses 1.28,29; 2Pedro 1.4
A Nova Vida
1Pedro 1.13-16; 2Corínios 7.1; 1Tessalonicenses 4.1-8; 5.23; Hebreus 12.14; Romanos 6.1-14; Filipenses 2.12,13; Colossenses 3.1-5
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I L U M I N A N D O A P I S TA 1 . O que é necessário para que uma pessoa paricipe do reino de Deus? (João 3.3-6)
2 . Como pode uma pessoa nascer duas vezes? (João 3.16)
3 . Quais são as duas dimensões básicas de vida? (1Corínios 15.42-49)
4 . Qual é o principal propósio de Deus para a vida de um crisão? (Romanos 8.28-30)
5 . Qual é o padrão de inegridade para a vida crisã? (1Pedro 1.13-16)
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ATERRISSANDO NA PALAVRA 1 . O N O V O N A S C I M E N T O A conversão é o ao volunário do ser humano que se rende a Criso. O novo nascimeno é obra exclusiva de Deus, pois quem nasce de novo, nasce de cima, do alo, do Espírio Sano de Deus (João 3.5,6,31). A mensagem mais elemenar do Evangelho deixa claro que a salvação que recebemos de Deus é a vida eerna: porque Deus amou o mundo de al maneira que deu seu Filho Unigênio para que odo o que nele crer não pereça, mas enha a vida eerna ... E ese é o esemunho: Deus nos deu a vida eerna, e esa vida esá em seu Filho. Quem em o Filho, em a vida; quem não em o Filho de Deus, não em a vida (João 3.16; 5.24; 10.10; 11.25; 14.6; 20.30,31; 1João 5.11,12). Muias pessoas pensam na vida eerna como pós vida ou vida depois da more, mas como vemos, a Bíblia ensina que a comunhão com Jesus nos dá acesso imediao à vida de Deus. Os gregos usavam duas palavras para se referir à vida: bios, de onde derivamos nossa palavra em poruguês que diz respeio à vida naural, comparilhada por odos os seres vivos, e zoé, a vida espiriual, própria de Deus. Quando Jesus disse que era necessário nascer de novo para que se pudesse enrar no reino de Deus, Ele esava se referindo a ese acesso à vida zoé, vida de Deus. O primeiro nascimeno é biológico, o segundo, espiriual. Ese novo nascimeno espiriual aconece quando uma pessoa se reconcilia com Deus aravés de sua fé em Jesus (João 3.16). Ser crisão, porano, não é apenas uma quesão de crenças e perdão para pecados, mas a ransformação pessoal, mediane a conversão e o novo nascimeno, que nos dão acesso à experiência da vida eerna, que o apósolo Pedro chama de “paricipar da naureza divina” (2Pedro 1.4). A salvação em Criso, porano, é essencialmene um ipo de relacionameno com Deus no qual o Espírio Sano nos possibilia experimenar mais e mais a vida abundane que há em Jesus.
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2. O NOVO HOMEM Deus esá consruindo uma nova humanidade a parir de Jesus Criso (1Corínios 15.42-49), de modo que o crisão não é apenas uma pessoa que em seus pecados perdoados, mas fundamenalmene uma nova criaura, ou nova criação de Deus, um novo homem (2Corínios 5.17). Crisão quer dizer “pequeno Criso”. Nada mais verdadeiro para descrever alguém que experimenou o novo nascimeno e agora vive predesinado a ornar-se semelhane a Jesus Criso (Romanos 8.28-30; 2Corínios 3.18; Gálaas 4.19; Efésios 4.11-13; Colossenses 1.28,29). Ese novo homem ou nova humanidade não diz respeio apenas ao crisão individualmene, mas ambém aos crisãos em unidade com Criso. Ese novo homem é, por assim dizer, um homem coleivo, pois a Bíblia chama a igreja de corpo de Criso, como se Criso e os crisãos formassem um homem, ou uma nova humanidade (Efésios 2.11-22; 1Corínios 12.12,13). 3. A NOVA VIDA O processo de ransformação pessoal aé nos ornarmos semelhanes a Criso é chamado de sanificação. Uma vez idenificados com Criso em sua more e ressurreição, somos desafiados por Deus a andar em novidade de vida (Romanos 6.3). Esa nova vida em Criso possui o padrão do caráer de Deus, e porano deve ser uma vida sana (1Pedro 1.13-16). Uma vida sana é oalmene dedicada a Deus em obediência, pureza e serviço (2Corínios 7.1; 1Tessalonicenses 4.1-8; 5.23; Hebreus 12.14). Ese processo de sanificação pode ser melhor compreendido com duas expressões: POSIÇÃO e CONDIÇÃO. Em ermos de nossa POSIÇÃO, conforme já verificamos, nós crisãos esamos em Criso, e comparilhamos de sua vida divina, mas em ermos de nossa CONDIÇÃO, devemos agir diligenemene para nos apropriarmos e experimenarmos odas as riquezas espiriuais que já são nossas em Criso (Efésios 1.3; 1João 3.2). Leia os exos bíblicos indicados (Romanos 6.1-14; Filipenses 2.12,13; Colossenses 3.1-5) e observe o quadro a seguir. 1 8
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Posição •
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Condição
Moro com Criso e vivo para Deus Livre da escravidão do pecado Deus opera em vós Criso vos liberou
•
•
•
•
Fazendo morrer a naureza errena Oferecendo o corpo como escravo da jusiça Desenvolvei a vossa salvação Permanecei livres
CONCLUSÃO A vida crisã não se explica por um conjuno de dourinas e procedimenos morais, mas sim pelo relacionameno dinâmico com Criso, sob a ação do Espírio Sano, que nauralmene resula em um esilo de vida que reflee o caráer e a naureza de Deus. Por esa razão Jesus iniciou o Sermão do Mone, que descreve a éica do reino de Deus, descrevendo as pessoas bem-avenuradas, para mosrar que somene pessoas ransformadas de denro para fora podem viver de acordo com os padrões de Deus. Nesse caso, a essência da vida crisã esá baseada no novo nascimeno, que dá origem ao novo homem que é capaz de experimenar uma nova vida.
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PONDO OS PÉS NO CHÃO 1 . Alise os princípios fundamenais que você descobriu ou reafirmou aravés dese esudo da palavra de Deus.
2 . Comparilhe suas resposas pessoais da fase Iluminando a pisa.
3 . Qual a diferença essencial enre um crisão e um não crisão?
4 . Qual a diferença enre a VIDA BIOS e a VIDA ZOÉ?
5 . O que você enende por NOVO HOMEM COLETIVO, e de que maneira isso afea a sua vida?
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6 . O que significa ser sano?
7 . Quais as implicações práicas dos conceios POSIÇÃO e CONDIÇÃO em Criso?
8 . Escreva uma oração que sineize sua experiência esudando A Comunidade da Vida
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A COMUNIDADE DO AMOR SOBREVOANDO O TEXTO: A origem origem da Igreja Igreja
Maeus 16.1316.13-20; 1Pedro 1 Pedro 2.4-7 2. 4-7
A composiç composição ão da
Aos 20.28; 1Corínios 12.12,13; Efésios 2.11-22; Apocalipse 5.9,1 5 .9,10 0
Igreja Igre ja
Igreja Igre ja
Maeus 16.18; 18.15-1 18.15-17; 7; Romanos Rom anos 16.3 16.3-5; -5; 1Corínios 1.2; 8.19
As dinâmica dinâmica da
1Corínios 12.1312.13-27 27
As dimensões dimensões da
vida da Igreja O funcionamento
Romanos 15.14; Gálaas 6.1,2; Colossenses 3.16;
da Igreja:
Tiago 5.16; 1Tessalonicenses 5.12-14; Efésios 4.11-16.
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I L U M I N A N D O A P I S TA 1 . Quem insiuiu a Igreja? (Maeus 16.13-20)
2 . Quais são algumas meáforas bíblicas para a Igreja? (Aos 20.28; 1Corínios 3.9; 12.12-31; Efésios 2.20-22; 3.14,15; 1Pedro 2.5,9)
3 . Quem pode fazer pare da Igreja? (Aos 2.41-47; 20.28)
4 . Qual a diferença enre o corpo de Criso universal e a comunidade crisã local? (Maeus 16.18; 18.15-17)
5 . Por que razão um crisão deve esar inegrado em uma comunidade crisã local? (1Corínios 12.21-26)
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6 . Qual é a maior caracerísica da comunidade dos discípulos de Jesus?? (João 13.34, Jesus 13.34,35 35))
ATERRISSANDO NA PALAVRA INTRODUÇÃO Eugene Peerson Peerson diz que “no momeno em que confessamos Jesus Criso como nosso Senhor e Salvador, iso é, no momeno em que nos ornamos crisãos, nós nos ornamos ao mesmo empo membros da igreja Crisã ... mesmo que não permiamos que nosso nome seja inserido no rol de membros de uma igreja, mesmo que recusemos a idenificação com uma congregação em paricular, mesmo que esejamos ausenes das celebrações ce lebrações desa congregação. Nossa membresia na igreja é o corolário da nossa fé em Criso. Jamais podemos ser crisãos e nos considerarmos desvinculados da igreja, assim como não podemos ser pessoas e não perencer a uma família. Ser membro da igreja é um fao espiriual básico para odos aqueles que confessaram Criso como Senhor. Não se raa de uma opção para crisãos que são mais gregários do que ouros. Traa-se de uma pare essencial do processo da redenção ... A quesão, porano, não é: Farei pare da comunidade da fé? fé?,, mas sim: Como viverei na comunidade da fé?”. 1 . A O R I G E M D A I G R E J A Deus esá consruindo uma nova humanidade aravés de Jesus Criso (Efésios 2.112.11-22 22). ). O novo homem, nova criaura, nova criação de Deus, não é apenas o indivíduo, mas o “homem coleivo”, o corpo mísico de Jesus Criso, a nova humanidade. Quando Jesus declara que preende edificar sua igreja, ceramene esá se referindo a esa nova humanidade human idade (Maeus 16.1 16.18) 8).. C O M U N I D A D E
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Na primeira vez em que a palavra grega ecclesia é ciada com referência à comunidade crisã, o Novo Tesameno a coloca jusamene na boca de Jesus, seguida de rês declarações esclarecedoras a respeio da origem e fundameno Igreja (Maeus 16.13-20). 1.1.“Bem aventurado és tu, Simão Barjonas, pois não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus”, indicando que a existência da Igreja não se explica pela iniciativa humana, mas pela prerrogativa divina em revelar seus mistérios. 1.2.“Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”, que o apóstolo Pedro compreendeu ser uma auto-referência do Senhor Jesus, isto é, a pedra sobre a qual a igreja de Cristo está edificada é o próprio Cristo (1Pedro 2.7). 1.3.“Eu edificarei a minha Igreja”, onde Jesus assume total responsabilidade pela viabilidade de sua comunidade.
2. A COMPOSIÇÃO DA IGREJA Todos aqueles que esão “em Criso” compõem o corpo de Criso. E somene aqueles que esão “em Criso” compõem o corpo de Criso. A Igreja de Jesus Criso é composa por pessoas compradas pelo sangue de Jesus Criso, disse Paulo, apósolo (Aos 20.28). Todos os crisãos foram mergulhados pelo espírio Sano no corpo de Criso (1Corínios 12.12,13). Todos os crisãos são pedras vivas que compõem o emplo onde Deus habia pelo Espírio (Efésios 2.20-22; 1Pedro 2.5; Apocalipse 5.9,10). No dia do Penecose, a fesa judaica narrada em Aos 2, o apósolo Pedro pregou o primeiro sermão da era crisã. Lucas, o evangelisa, disse que “os que aceiaram a mensagem de Pedro foram baizados, e naquele dia houve um acréscimo de cerca de rês mil pessoas”. Aquelas pessoa consiuíram a primeira comunidade crisã local, cuja hisória esá narrada em Aos 2.37-47. De acordo com o esemunho de Lucas, podemos dizer que em ermos práicos, a igreja de Jesus é composa por pessoas que: 1. aceiam o evangelho de Jesus Criso (2.41) 2. se arrependem de seus pecados e recebem o perdão de Jesus (2.38) 3. se submeem ao baismo em nome de Jesus (2.38, 41) 26
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4. perseveram na dourina dos apósolos (2.42) 5. reunem-se regularmene para a celebração do evangelho (2.42,46,47) 6. assumem volunariamene um compromisso de unidade de relacionamenos (2.44,45)
3.AS DIMENSÕES DA IGREJA: UNIVERSAL E LOCAL A eologia chegou a um consenso de que odos os crisãos de odos os lugares e odos os empos compõem a igreja corpo vivo e mísico de Criso, por isso que é chamado de Igreja universal (Maeus 16.18; Apocalipse 5.9,10). Mas esa Igreja Universal se expressa hisoricamene aravés das cenenas e milhares de comunidades crisãs locais: a igreja que esá em Corino, na casa de Áquila e Priscila, e assim por diane (Romanos 16.3-5; 1Corínios 1.2 ). Por isso é que o Novo Tesameno usa a palavra ecclesia para referir-se ano à igreja quano às igrejas (1Corínios 8.19). Jesus, quando falou a respeio do processo de disciplina na igreja, fez referência à comunidade crisã local, pois seria um absurdo de inerpreação imaginar que o irmão em pecado fosse apresenado à igreja em sua dimensão universal (Maeus 18.15-17). O Novo Tesameno deixa claro que a comunhão com Jesus Criso, que implica na idenificação com seu corpo mísico universal, deve resular na paricipação comuniária. 4.A DINÂMICA DA VIDA DA IGREJA A figura usada pelo apósolo Paulo para descrever a igreja: corpo de Criso, esabelece um paralelo enre a comunhão hisórica dos crisãos com a realidade do corpo humano, e saliena pelo menos rês princípios que devem norear a vida em comunidade (1Corínios 12.13-27).
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1 A unidade do
“o corpo não é um membro, mas muios ... porque, as-
corpo de Cristo
sim como o corpo é um, e em muios membros, e odos os membros do corpo, embora sendo muios, formam um só corpo, assim ambém é Criso ... há muios membros, mas um só corpo”
2 A diversidade
“Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo;
do corpo de
nem por isso deixará de ser do corpo. E se a orelha disser: Porque não sou olho, não sou do corpo, nem por isso dei-
Cristo:
xará de ser do corpo. Se o corpo odo fosse olho, onde esaria o ouvido? Se odo fosse ouvido, onde esaria o olfao?”. “E o olho não pode dizer à mão: Não enho necessidade do corpo de Cristo: de i; nem ainda a cabeça aos pés: Não enho necessidade de vós. Anes, os membros do corpo que parecem ser mais fracos são necessários ... para que odos os mem-
3 A mutualidade
bros enham igual cuidado uns dos ouros”.
5. O FUNCIONAMENTO DA IGREJA Um dos aspecos de nossa humanidade criada à imagem e semelhança de Deus é a vocação para os relacionamenos inerpessoais. O misério da Saníssima Trindade indica que Deus é um só, mas em rês pessoas: Deus é uma unidade perfeia de relacionamenos enre rês pessoas que comparilham a mesma essência. A igreja de Jesus funciona a parir de uma rede de relacionamenos inerpessoais, bem exemplificado aravés da meáfora do corpo vivo (1Corínios 12.12-31), onde odos os membros se necessiam e devem esar em conao harmônico uns com os ouros para que não apenas eles mesmos sobrevivam, mas ambém e principalmene, para que o corpo ineiro seja preservado. O Novo Tesameno ensina que a rede de relacionamenos enre crisãos implica muualidade. A expressão bíblica para ornar práica esa muualidade é “uns aos ouros”, que chamamos de “mandamenos recíprocos”, como por exemplo levar as cargas uns dos ouros, aconselhar uns aos ouros, confessar pecados uns aos ouros, orar 28
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uns pelos ouros. Por esa razão, cremos que ão cero quano dizer que pessoas precisam de Deus, é afirmar que pessoas precisam de pessoas (Romanos 15.14; Gálaas 6.1,2; Colossenses 3.16; Tiago 5.16). Nesse caso, compreendemos que uma igreja crisã é ão saudável quano saudável sua rede de relacionamenos inerpessoais. Compreendemos ambém a diferença enre o minisério dos pasores da igreja e o minisério pasoral da igreja (1Tessalonicenses 5.12-14). De acordo com o Novo Tesameno o minisério dos pasores da igreja é viabilizar a rede de relacionamenos de muualidade para que a igreja cumpra seu minisério pasoral, a fim de que “odo o corpo, ajusado e unido pelo auxílio de odas as junas, cresça e edifique a si mesmo, na medida em que cada pare cumpra a sua função” (Efésios 4.11-16).
CONCLUSÃO O Senhor Jesus Criso deixou claro qual seria a experiência espiriual que causaria maior impaco no mundo: “Um novo mandameno vos dou: que vos ameis uns aos ouros, assim como eu vos amei, que ambém uns aos ouros vos ameis. Niso conhecerão odos que sois meus discípulos: se iverdes amor uns aos ouros” (João 13.34,35).
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PONDO OS PÉS NO CHÃO 1 . Alise os princípios fundamenais que você descobriu ou reafirmou aravés dese esudo da palavra de Deus.
2 . Comparilhe suas resposas pessoais da fase Iluminando a pisa.
3 . Alise algumas razões pelas quais a inegração na comunidade crisã local é imprescindível para a vida crisã saudável.
4 . Quais são os grandes obsáculos conemporâneos para a inegração de um crisão na comunidade crisã local?
5 . Qual é a diferença enre o minisério dos pasores da igreja e o minisério pasoral da igreja?
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6 . Como podemos harmonizar a responsabilidade dos pasores pela vida da igreja e a responsabilidade dos crisãos uns para com os ouros?
7 . Quais são as maneiras pelas quais o amor pode se ornar práica na dinâmica coidiana de uma comunidade crisã local?
8 . Como podemos avaliar se uma pessoa esá de fao inegrada em uma comunidade crisã local?
9 . Escreva uma oração que sineize sua experiência esudando A Comunidade do Amor.
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A COMUNIDADE DO CARISMA SOBREVOANDO O TEXTO: O ministério do
João 14.16,17, 25,26; 15.26,27; 16.7-15
Espírito O batismo no Espírito
Maeus 3.11,12
O fruto do Espírito
Gálaas 5.22,23
A vida no Espírito:
Gálaas 5.16-26
A plenitude do
Efésios 5.18-21
Espírito Os dons do Espírito
Romanos 12.5-8; Efésios 4.11; 1Corínios 12-14; 1Pedro 4.10,11
As visitações do
Maeus 3.16,17; Lucas 10.21; Aos 4.31; 7.55
Espírito
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I L U M I N A N D O A P I S TA 1 . Qual é a relação enre o Espírio Sano e a conversão a Criso? (João 3.1-16)
2 . Como a Bíblia descreve o relacionameno do discípulo de Jesus com o Espírio Sano? (1Corínios 6.19,20)
3 . Quando começa o relacionameno de uma pessoa com o Espírio Sano? (Efésios 1.12-14)
4 . Qual é a relação enre o Espírio Sano e a paricipação do crisão no corpo de Criso? (1Corínios 12.12,13)
5 . O que o Espírio Sano faz pelos discípulos de Jesus? (Romanos 8.1-30)
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6 . Qual a relação enre o Espírio Sano e a mauridade do discípulo de Jesus? Como você descreve um discípulo maduro? (2Corínios 3.18)
7 . Como o Espírio Sano aua para promover a edificação do corpo de Criso? (1Corínios 12.1-31)
8 . Por que a paricipação nos ajunamenos crisãos é imporane para a vida crisã? (1Corínios 14.26-40; Efésios 5.18-21)
ATERRISSANDO NA PALAVRA INTRODUÇÃO John Wimber dizia que a vida crisã é nauralmene sobrenaural, o que equivale dizer que somene se explica e se processa sob a inerferência e ação do Espírio Sano de Deus. O relacionameno de um crisão com o Espírio Sano pode ser descrio aravés de cinco experiências. 1.O batismo no Espírito Santo
A experiência do novo nascimeno é ambém descria como “baismo no Espírio Sano”, quando uma pessoa é selada com o Espírio, recebe o Espírio Sano (Aos 19.1,2; Romanos 8.9; Efésios 1.13,14). Por esa razão a Bíblia diz que o crisão é o emplo do Espírio Sano, iso C O M U N I D A D E
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é, é habiado pelo Espírio Sano (1Corínios 3.16; 6.19,20). O Espírio Sano, enreano, habia não apenas o crisão individualmene, mas ambém odos os crisãos como se fossem uma pessoa somene, por isso a Bíblia diz que no momeno em que somos baizados no Espírio Sano, somos ambém inegrados ao corpo de Criso, a unidade mísica de odos os discípulos de Jesus Criso (1Corínios 12.12,13). Sendo assim, eses faos simulâneos: selo, penhor, habiação e inegração no corpo de Criso são idenificados pela expressão baismo no Espírio Sano. E, considerando que baismo é uma palavra que significa imersão, podemos compreender que o crisão é aquele que foi imerso no Espírio Sano e em quem o Espírio Sano foi igualmene imerso. 2.O fruto do Espírito Santo
Uma vez em comunhão com o Espírio Sano, a Bíblia nos ensina que devemos buscar ser cheios do Espírio Sano, iso é, viver na pleniude do Espírio, sendo guiados e oalmene conrolados por ele. Esa experiência de ser cheio do Espírio Sano é uma ordem para odos os crisãos e implica um processo de rendição ao Espírio Sano aravés do qual podemos experimenar mais e mais da vida de Criso em nós (Gálaas 5.16-18; Efésios 5.18). A grande evidência de que uma pessoa esá rendida à influência do Espírio Sano é a manifesação do caráer de Criso em sua vida. Ese caráer foi descrio pelo próprio Senhor Jesus nas Bem-avenuranças (Maeus 5.1-12), e ambém pelo apósolo Paulo, que o chamou de fruo do Espírio (Gálaas 5.22,23), indicando que não há esforço humano que possa produzir esa qualidade de vida, somene possível se o Espírio Sano a produzir. 3. Os dons do Espírito Santo
Considerando que os crisãos são habiados pelo Espírio Sano ano individual quano coleivamene, cada crisão na dinâmica de sua experiência comuniária, recebe uma prova da presença do Espírio Sano (1Corinios 12.7 - BLH). Esas manifesações do Espírio Sano na comunidade dos crisãos são chamadas de dons espiriuais ou dons do Espírio, aravés dos quais odos os crisãos se abençoam 36
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muuamene para que experimenem mais e mais o caráer de Criso, o fruo do Espírio, a qualidade da vida divina (Romanos 12.5-8; 1Corínios 12-14; Efésios 4.11-16; 1Pedro 4.10,11). De acordo com 1Corínios 12 a 14, o maior exo bíblico a respeio dese assuno, podemos afirmar que: 1. Todos os crisãos possuem dons espiriuais (12.7) 2. O Espírio Sano de Deus é quem deermina quando, como e aravés de quem se manifesa (12.11) 3. Os dons espiriuais exisem para beneficiar a comunidade crisã como um odo (12.7) 4. Exise uma hierarquia de dons espiriuais, sendo odos igualmene imporanes (12.21-25), mas nem odos circunsancialmene relevanes (12.28; 14.1) 5. Os dons espiriuais devem ser exercidos na dinâmica do amor fraernal (13.1-13) 6. Os dons espiriuais devem ser exercidos com decência e ordem de modo que seus propósios de benefícios para oda a comunidade não sejam desviruados (14.33,40) 7. Os crisãos devem buscar conhecer e experimenar as manifesações do Espírio Sano na vida em comunidade (12.31) 4. As visitações do Esírito Santo
As manifesações do Espírio Sano na vida dos crisãos e de suas comunidades geralmene aconecem a oda hora e odos os dias, num processo ininerrupo onde cada crisão é usado pelo próprio Espírio Sano para o bem comum. Iso quer dizer que nem odas as manifesações do Espírio Sano são espeaculares e explícias. Jesus agiu no poder do Espírio Sano e liberou ese poder para curar pessoas (Lucas 4.18-21), mas nem sempre esas manifesações poderosas foram acompanhadas de sinais exernos visíveis ou sensíveis àqueles que esavam ao redor (Lucas 8.43-48). Mas a Bíblia ambém regisra momenos específicos quando o Espírio Sano manifesa sua presença de maneira evenual endo em visa adensar a experiência de um crisão ou uma comunidade crisã em sua inimidade com Deus (Maeus 3.13-17; Lucas 10.21; Aos 2.1-4; C O M U N I D A D E
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4.31; 7.55; 13.9). Esa experiência se explica pelo fao de que o Espírio Sano esá não apenas EM o crisão e sua comunidade, mas ambém SOBRE o crisão e sua comunidade.
CONCLUSÃO O baismo no ou com o Espírio Sano aconece no momeno da conversão a Criso (Aos 19.2; Efésios 1.13,14; Romanos 8.9), e a parir de enão o crisão enra em um relacionameno dinâmico com Deus. Nese relacionameno o crisão possui uma parcela considerável de responsabilidade para que o Espírio Sano aue livremene em sua vida e sua comunidade (1Corínios 3.1; 12.31; Efésios 4.30; 5.18; 1Tessalonicenses 5.19).
PONDO OS PÉS NO CHÃO 1 . Alise os princípios fundamenais que você descobriu ou reafirmou aravés dese esudo da palavra de Deus.
2 . Comparilhe suas resposas pessoais da fase Iluminando a pisa.
3. Por que o Espírio Sano é imprescindível para o êxio do discipulado?
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4 . Faça uma avaliação de sua vida crisã à luz do fruo do Espírio.
5 . Quais são os aspecos do minisério do Espírio Sano que você mais deseja ou necessia?
6 . Você sabe quais são os seus dons espiriuais? Iso é, você é capaz de idenificar a maneira como o Espírio Sano geralmene se manifesa aravés de você para abençoar pessoas?
7 . De que maneira você experimena a presença de Deus? Quando foi a úlima vez que você percebeu ou discerniu claramene a presença e auação de Deus ao seu redor?
8 . Escreva uma oração que sineize sua experiência esudando A Comunidade do Carisma.
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A COMUNIDADE DO REINO SOBREVOANDO O TEXTO: O significado do reino
Maeus 4.23-25; Marcos 1.14,15; Efésios 1.10,1823; Filipenses 2.9-11; Colossenses 1.15-20
A promessa do reino
Marcos 10.28-31; Lucas 20.35; 2Corínios 4.165.1; Judas 25
As dimensões do reino Marcos 1.14,15; Maeus 12.28; Lucas 4.19-21; Romanos 8.18-25; 1João 3.2; Romanos 14.17; Lucas
17.20-24 Os sinais históricos do reino
Lucas 4.18-21; 7.20-24; Aos 2.22; Hebreus 2.1-4; João 14.12-14; 17.18; 20.21
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I L U M I N A N D O A P I S TA 1 . Qual foi a mensagem cenral de Jesus? (Marcos 1.14,15)
2 . Como Jesus demonsrou a realidade do reino de Deus? (Lucas 4.18-21; 7.20-22)
3 . Qual é a essência do reino de Deus? (Romanos 14.17)
4 . Qual é o papel da Igreja em relação ao reino de Deus? (Efésios 1.18-23)
5 . Você acredia que o reino de Deus pode ser implanado na erra? Por que? (Maeus 25.34; 26.29; Apocalipse 21.1-7)
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ATERRISSANDO NA PALAVRA INTRODUÇÃO Os evangelhos regisram que nenhum ouro assuno mereceu ana aenção de Jesus quano o reino de Deus. A expressão basileia, com referência ao reino de Deus aparece 111 vezes no Novo Tesameno. O minisério de Jesus pode ser descrio em resumo pelas seguines palavras: “Percorria Jesus odas as aldeias e cidades convocando odas as pessoas ao arrependimeno para que pudessem enrar no reino de Deus” (Maeus 4.23-25; Marcos 1.14,15). 1 . O S I G N I F I C A D O D O R E I N O D E D E U S Reino é uma expressão que denoa auoridade e governo. Em ermos simples, o reino de Deus eqüivale ao domínio de Deus sobre odas as coisas no céu, na erra e debaixo da erra, nese mundo e no mundo porvir (Efésios 1.10,18-23; Filipenses 2.9-11; Colossenses 1.15-20). 2. A PROMESSA DO REINO DE DEUS É evidene que, muio embora Deus seja soberano sobre odo o universo criado, seu domínio ainda não é compleo, de modo que muias coisas aconecem ainda no mundo que conrariam a perfeia vonade de Deus. Haverá, enreano, um dia, quando Deus exercerá seu domínio em perfeição, e esa é a grande esperança crisã: o novo céu e a nova erra (1Corínios 15.13-28; Efésios 1.18-23; Apocalipse 21). Os profeas afirmaram que Deus é ano um Rei quano aquele que se ornará Rei (Isaías 24.23; 33.22; 52.6,7; Sofonias 3.14-20; Zacarias 14.9). O Novo Tesameno fala da era vindoura e do mundo porvir (Marcos 10.28-31; Lucas 20.35; 2Corínios 4.16-5.1; Judas 25): o empo quando o reino de Deus será consumado, e odos os filhos de Deus esarão à mesa para a celebração final (Maeus 25.34; 26.29). 3.AS DIMENSÕES DO REINO DE DEUS 3.1. Já e Ainda não
O reino de Deus que será consumado no fuuro escaológico já esá inaugurado na pessoa e obra de Jesus Criso. Jesus é o porador do reiC O M U N I D A D E
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no de Deus, e em Criso, odos já podemos experimenar os primeiros fruos da ação soberana de Deus na hisória e no universo (Marcos 1.14,15; Maeus 12.28; Lucas 4.19-21; Romanos 8.18-25; 1João 3.2). Por esa razão podemos dizer que a vida crisã se processa no equilíbrio enre o já e o ainda não. Por exemplo, já somos filhos de Deus, mas ainda não fomos plenamene ransformados à imagem de Deus (1João 3.2); o diabo já esá vencido, mas ainda não esá impedido de auar no mundo (Maeus 12.29); já esamos em Criso, mas a nossa naureza humana que nos possibilia pecar ainda não foi compleamene erradicada de nós (Romanos 6.4-7; 7.14-25). Já recebemos a vida abundane que há em Jesus, mas ainda não fomos compleamene redimidos das vulnerabilidades de nosso corpo moral (João 5.24; 10.10; Romanos 8.18-23; 1João 5.11,12; 1Corínios 15.42-49). 3.2.Dentro de vós e Sobre vós
Considerando que o reino de Deus é o domínio e o governo de Deus, em primeiro lugar ese reino deve se esabelecer em nossas vidas, de denro para fora (Romanos 14.17), para que depois e gradaivamene vá se esabelecendo à nossa vola. Jesus ensina que o reino de Deus não vem com visível aparência, de modo que os discípulos não devem ficar procurando onde esá o reino, pois “ele esá denro de vós” (Lucas 17.20-24). Mas Jesus ambém disse que deveríamos orar pedindo a Deus que seu reino viesse sobre nós, e que sua vonade fosse feia na erra como é feia no céu (Maeus 6.9). Nesse caso, podemos e devemos esperar os sinais hisóricos de que o Deus soberano esá no conrole, e manifesando sua glória não somene em, mas ambém aravés daqueles que o buscam (Lucas 7.18-23).
4.OS SINAIS HISTÓRICOS DO REINO DE DEUS As primeiras palavras públicas de Jesus aponaram para o fao de que o reino de Deus havia sido inaugurado (Lucas 4.18-21). Jesus chama para si o cumprimeno da profecia messiânica e a promessa de um reino de paz e jusiça proclamada por Isaías (61.1-3; 7.14,15; 9.6,7). Os sinais realizados por Jesus foram confirmações de que ele era mesmo o Messias promeido (Lucas 4.18-21; 7.20-24; Aos 2.22; Hebreus 2.1-4). 44
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A Igreja, responsável por dar coninuidade ao minisério erreno de Jesus (João 14.12-14; 17.18; 20.21), deve fazer as mesmas obras de Jesus. Evidenemene, não esamos falando necessariamene de andar sobre as águas, muliplicar pães e peixes, acalmar empesades e fazer murchar figueiras, pois nem mesmo os apósolos realizaram ais feios. Esamos falando sim dos sinais indicados em Lucas 4.18-21, que podemos resumir em rês palavras: Salvação
a reconciliação do ser humano com Deus
Libertação
a liberdade da escravidão do império das revas
Restauração
a reconsrução da vida em odas as suas dimensões
5 . A R E L A Ç Ã O M U N D O - I G R E J A - R E IN O A expressão “mundo”, na Bíblia, possui pelo menos rês significados. A palavra é usada para designar o universo criado, a erra, o cosmos (Salmo 24.1). Pode ambém se referir a um sisema de vida, um espírio de época (Romanos 12.2; 1João 2.15-17). Finalmene, pode designar pessoas, nesse caso, “mundo humanidade” (João 3.16). O propósio eerno de Deus é o esabelecimeno do seu reino: seu domínio de fao e de direio de Deus sobre o mundo em odas as suas dimensões. Todos os crisãos, esperamos o dia quando a erra se encherá do conhecimeno da glória do Senhor como as águas cobrem o mar, conforme profeizado no Anigo esameno pelo profea Habacuque (2.14). A igreja de Jesus Criso possui um papel exraordinário na concreização dese propósio. A igreja, porano, é a pare do mundo-humanidade, submissa ao domínio de Deus e responsável por sinalizar o reino de Deus hisoricamene (Efésios 1.18-23). É fao que a igreja não esá implanando o reino de Deus, pois ele será implanado apenas na eernidade, quando o Filho do Homem vier em oda a sua glória (Maeus 25.31-46). Mas a igreja esá anunciando o reino de Deus e convocando as pessoas a que se arrependam para que possam enrar e fazer pare dese reino (João 3.1-8). E, enquano anuncia o reino, a igreja é ambém um sinal de que ese reino esá presene (Maeus 5.13-16). C O M U N I D A D E
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CONCLUSÃO A visão do propósio de Deus em esabelecer seu reino eerno promove a harmonia de odos os módulos que esudamos aé agora. Observe: A Cruz
Foi na cruz que Jesus venceu e consiuiu pessoas de oda ribo, raça língua e nação como reino e sacerdoes para Deus. É em resposa à obra da cruz, aos benefícios da cruz e aos imperaivos da cruz que a igreja exise (Maeus 28.28-20; Colossenses 2.13-15; 1Corínios 2.1-5; Apocalipse 5.9,10).
A Vida
Aquele que esá em Criso passou pelo novo nascimeno, que gerou o novo homem, que experimena a nova vida. A salvação em Criso, porano, é essencialmene um ipo de relacionameno com Deus no qual o Espírio Sano nos possibilia experimenar mais e mais a vida abundane que há em Jesus (Maeus 5-7; Romanos 8.28-30; 2Corínios 3.18; 5.17; Gálaas 4.19; Efésios 4.12,13; Colossenses 1.28).
O Amor
Todos quanos nasceram de novo em Criso são desafiados a expressar o amor de Criso, esemunhando assim que são de fao discípulos de Criso. Nesa dinâmica de relacionamenos cremos que ão cero quano dizer que pessoas precisam de Deus, é afirmar que pessoas precisam de pessoas (Maeus 16.13-20; João 13.34,35; Aos 2.41-47).
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O Carisma
A auoridade de Criso comparilhada com a Igreja para que ela seja um sinal hisórico do reino de Deus é acompanhada da promessa do derramameno do Espírio Sano sobre oda a carne. A igreja de Criso é porano capaciada aravés do baismo no Espírio, para que experimene o fruo do Espírio, na dinâmica dos dons do Espírio, sob consanes visiações do Espírio (Joel 2.2832; Aos 1.8; Aos 2.16-21).
O Reino
A igreja de Criso é poradora da promessa do reino, proagonisa dos sinais hisóricos do reino, e vive na esperança da consumação do reino (Marcos 1.14,15; Maeus 12.28; João 14.12-18; Apocalipse 21.1-7).
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PONDO OS PÉS NO CHÃO 1 . Alise os princípios fundamenais que você descobriu ou reafirmou aravés dese esudo da palavra de Deus.
2 . Comparilhe suas resposas pessoais da fase Iluminando a pisa.
3 . Como o conceio do esabelecimeno perfeio do reino de Deus ajuda você a compreender o novo céu e a nova erra?
4 . Quais são os sinais conemporâneos da presença do reino de Deus?
5 . Quais são algumas maneiras práicas de sua comunidade crisã local sinalizar o reino de Deus na hisória?
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6 . Como você inerprea a promessa de Jesus: “Aquele que crê em mim fará ambém as obras que enho realizado. Fará coisas ainda maiores do que esas”? (João 14.12-14)
7 . Descreva com suas palavras a relação enre os conceios CRUZ – VIDA – AMOR – CARISMA – REINO.
8 . Escreva uma oração que sineize sua experiência esudando A Comunidade do Reino.
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A COMUNIDADE DA VISÃO SOBREVOANDO O TEXTO: Visão
Maeus 5.1-16; Lucas 4.18-21; João 14.12-14;
Missão
Maeus 28.18-20; Marcos 16.15; João17.18; 20.21
Filosofia
Aos 2.41-47; 7.47-50; 1Corínios 10.31; Colossenses 2.16,17;
Ministério
1Tessalonicenses 5.12-14; 1Pedro 2.9,10;
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I L U M I N A N D O A P I S TA 1 . Qual é a arefa permanene (missão) da Igreja?
2 . Quais são os sinais hisóricos do reino de Deus? (Lucas 4.18-21; 11.20)
3 . Como podemos descrever a obra de Criso na vida de uma pessoa? (Marcos 5.1-20)
4 . Como podemos descrever o coidiano de uma comunidade crisã? (Aos 2.41-47)
5 . Como podemos aplicar 1Corínios 10.31 na vida de um crisão e sua comunidade?
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ATERRISSANDO NA PALAVRA VISÃO A visão descreve um saus fuuro de uma organização. Olhando para o fuuro, como imaginamos a IBAB? O que queremos ser, como igreja, no fuuro? Nossa resposa é bíblica. A IBAB quer ser um sinal hisórico do reino de Deus. Cremos que o minisério da Igreja é exensão do minisério erreno de Jesus: “assim como o Pai me enviou ao mundo, eu ambém vos envio” (João 17.18; 20.21). Nesse caso, cremos que Jesus inaugurou o reino de Deus, iso é, começou a razer de vola odo o Universo criado para o conrole de fao e de direio de Deus. Com Jesus, à vonade de Deus começa a ser feia na erra assim como é feia no céu (Maeus 6.10). A IBAB quer poder dizer a mesma coisa que Jesus dizia aos seus conemporâneos: “o reino de Deus chegou aé vós” (Lucas 11.20). Por ser uma exensão do minisério erreno de Jesus, a igreja, e, porano, a IBAB, deve proagonizar os mesmos fenômenos aravés dos quais Jesus sinalizava a chegada do reino de Deus. Não esamos falando, enreano, de sinais e milagres, mas sim dos fruos do minisério de Jesus, que resumimos em rês expressões: salvação, liberação e resauração. Aravés do minisério de Jesus as pessoas se reconciliavam com Deus e eram salvas, eram liberas da escravidão do império das revas, e inham suas vidas compleamene resauradas. O melhor exemplo desa minisração inegral é o chamado “endemoninhado gadareno” (Marcos 5.1-20). A IBAB quer ser um sinal hisórico do reino de Deus. Olhando para o fuuro, vemos que a IBAB, sendo uma comunidade crisã, pode ser comparada a “uma cidade edificada sobre o mone”, composa por pessoas ransformadas por Jesus (Maeus 5.1-12), aivas em boas obras que servem de sinal da presença e manifesação de Deus no mundo (Maeus 5.13-16).
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MISSÃO Para concreizar sua Visão de ser um sinal hisórico do reino de Deus, a IBAB possui uma Missão. Enquano a Visão descreve o saus fuuro, a Missão descreve a aividade permanene da organização. Iso é, o que a IBAB precisa fazer para se ornar um sinal hisórico do reino de Deus? A resposa a esa perguna define a Missão da IBAB. A missão deixada pelo Senhor Jesus aos primeiros discípulos deve ser o referencial para a missão da Igreja (Maeus 28.18-20; Marcos 16.15; Lucas 24.46,47; Aos 1.8). Dos regisros da chamada Grande Comissão podemos deduzir alguns princípios fundamenais: 1. A abrangência da missão da Igreja é ilimiada. O exo de Maeus fala a respeio de oda auoridade, oda a divindade, odas as nações, odas as ordens do novo Rei, odos os dias. A abrangência dese comissionameno indica que a missão da Igreja exrapola a conversão do indivíduo, sendo, na verdade, um projeo global de redenção. 2. O coneúdo da proclamação da Igreja envolve “odas as coisas que Jesus mandou”, e iso abrange muio mais do que o plano da salvação. O evangelho odo, ou “odo o conselho de Deus”, como disse o apósolo Paulo (Aos 20.27), inclui a oalidade do propósio de Deus para a sua criação. 3. O comissionameno da Igreja esá alicerçado no fao de que oda a auoridade esá de vola nas mãos do Senhor Jesus. A Igreja é responsável por proclamar que o Universo em um novo soberano, que o empo da rebeldia cessou e que o reino de Deus foi inaugurado. Esa, na verdade, é a boa nova: haverá uma “consumação dos séculos”, um fim bom para a criação e a insalação do reino eerno de Deus, e dele farão pare odos aqueles que a parir de agora se submeerem ao novo Rei, odos aqueles que se “arrependerem, e forem redimidos de seus pecados” (Marcos 1.14). O fim úlimo da missão da Igreja não é a conversão em massa de pecadores, mas a insalação definiiva do reino de Deus: “Sanificado seja o eu nome, venha o eu reino, seja feia a ua vonade, assim na Terra como no céu” (Maeus 6.9,10). Como bem disse John Sot “não devemos separar a salvação do reino de Deus. Na Bíblia, eses dois são virualmene sinônimos, modelos alernaivos que descrevem a mesma obra de 54
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Deus. Quando Jesus disse aos seus discípulos: ‘quão difícil é enrar no reino de Deus’, parece er sido naural que eles respondessem com a perguna: ‘Enão, quem pode ser salvo?’ (Marcos 10.24-26). É evidene que, para eles, enrar no reino de Deus era o mesmo que ser salvo”. Em sínese, Deus não esá resgaando apenas pessoas, esá resgaando o Universo e resaurando a plena ordem e harmonia cósmica sob os pés do Senhor Jesus. À luz desa compreensão, devemos concordar com o relaório do Congresso Mundial de Evangelização Lausanne quando afirma que a missão da Igreja é levar o evangelho odo para o homem odo, para odos os homens, promovendo a manifesação hisórica do reino de Deus como um sinal do que serão o novo céu e a nova erra. Iso define a ação inegral da Igreja, que deve esar no mundo como o Senhor Jesus no mundo eseve: “Assim como o Pai me enviou, ambém eu vos envio a vós” (João 20.21). A missão da Igreja, e por conseguine da IBAB, é levar o evangelho odo para o homem odo. Quando falamos em evangelho odo, consideramos que evangelizar é, lieralmene, anunciar boas noícias. Mas, que boas noícias são esas? São as noícias a respeio do reino de Deus, inaugurado no minisério erreno de Jesus Criso. Evangelizar é convocar pessoas para que se rendam ao novo Rei para que possam paricipar do seu reino eerno, o que implica no apêlo à conversão mediane o arrependimeno e a fé, bem como no desafio do discipulado, mediane o “negar-se a si mesmo” para seguir inegralmene a Jesus (Maeus 16.24,25). A IBAB compreende que evangelizar é mais do que fazer converidos, é fazer discípulos que obedecem odas as coisas que Jesus mandou (Maeus 28.19,20). A evangelização bíblica insise que a conversão não é um pono de chegada, mas apenas o início de uma nova vida, agora compleamene submissa a Jesus Criso, sob a ação do Espírio Sano de Deus (2Corínios 5.14,15). Também, quando falamos em homem odo, lembramos do diado que diz: “Corpo sem alma é defuno; alma sem corpo é fanasma”. O evangelho desina-se ao ser humano compleo: corpo, alma, espírio; e, porano, diz respeio às quesões emocionais, psíquicas, sociais, inelecuais, físicas e, principalmene, espiriuais. C O M U N I D A D E
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O homem não é um ser comparimenalizado. É uma unidade indivisível, sendo que suas dimensões de vida esão enrelaçadas e afeandose muuamene. O evangelho, porque é relevane para o espírio - que é a dimensão fundamenal da vida humana - ambém é relevane para a saúde física, menal, psíquica, relacional, enfim, saúde inegral. Inegral é, porano, o adjeivo chave da missão da IBAB no mundo. O evangelho que anunciamos é inegral, compleo, o evangelho odo. E de igual modo, falamos ao ser humano inegral, compleo, o homem odo. Por esas razões, definimos que a missão da IBAB é levar o evangelho odo para o homem odo.
FILOSOFIA DE MINISTÉRIO Sabemos que a IBAB quer ser um sinal hisórico do reino de Deus. Para que isso aconeça, a IBAB deve levar o evangelho odo para o homem odo. Mas, cada igreja em sua própria maneira de cumprir sua missão. Esa maneira peculiar, ese jeio próprio de ser, chamamos de filosofia de minisério. A filosofia diz respeio às ênfases e valores peculiares de cada igreja local. É no conceio de filosofia que as comunidades deixam ransparecer seu jeio de pensar e seus padrões de comporameno. Nesse caso, não podemos enconrar uma filosofia de minisério comum a odas as Igrejas. Cada comunidade crisã é responsável por elaborar sua filosofia à luz das bases bíblicas e eológicas. A IBAB deriva sua filosofia avaliando a realidade religiosa conemporânea à luz dos referenciais do Velho e Novo Tesamenos, como segue:
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Estrutura Velho testamento
Hoje
Novo testamento
Atividade Culo (D 12.11,12)
Culo
Todas (1Co 10.31)
Dia
Sábado (Ex 20.8)
Domingo
Todos (Cl 2.16,17)
Local
Templo (2Cr 7.12)
Templo
Todos (A 7.47-50)
Pessoas
Sacerdoes (D 18.1-8)
Pasores
Todas (1Pe 2.9,10)
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Não basasse o padrão bíblico neoesamenário, a própria missão da IBAB nos empurra para fora dos limies culo-clero-domingoemplo. Uma igreja que preende levar o evangelho odo para o homem odo não pode ficar resria aos evenos esporádicos de finais de semana. À luz desa compreensão, a IBAB declara que sua filosofia de minisério implica priorizar relacionamenos envolvendo odos os seus membros além dos limies culo-clero-domingo-emplo. Esa declaração de filosofia raz consigo rês princípios fundamenais da Escriura.
1 . P e s s o a s p r e c i s a m d e D e u s ; pessoas precisam de pessoas. Relacionamenos é a palavra chave da vida da IBAB. Toda a Escriura esá alicerçada na afirmação de Deus: “Não é bom que o homem eseja só” (Gênesis 2.18). Desde enão, “melhor é serem dois do que um” (Eclesiases 4.12). Cremos na Igreja como corpo de Criso, no senido em que Criso age no mundo aravés da Igreja (Aos 1.1); iso é, Criso age no mundo aravés de pessoas. Discipulado se faz aravés de relacionamenos. Discipular é ensinar a guardar odas as coisas que o Senhor Jesus mandou (Maeus 28.19,20). Paulo, apósolo fez isso mosrando os basidores de sua vida para que seus discípulos pudessem ver o evangelho funcionando (2Timóeo 3.10-12). O cuidado do rebanho se faz aravés de relacionamenos, pois “admoesar os insubordinados, consolar os desanimados e amparar os fracos” é dever de odos os crisãos (1Tessalonicenses 5.14), mesmo porque a dinâmica da igreja esá alicerçada nos mandamenos recíprocos (uns aos ouros), abundanemene enfaizados no Novo Tesameno. Minisérios são desenvolvidos aravés de relacionamenos. Minisério, serviço, não é algo ligado a esruuras e programas, mas sim a pessoas. Não impora qual seja a área de auação da igreja, A IBAB se propõe a desenvolvê-la aravés de relacionamenos. Não basa a ofera financeira mensal para missões, é necessário o conao com os missionários no campo. Não enfaizamos a evangelização em massa, mas sim o evangelismo pessoal. Não nos conenamos em disribuir C O M U N I D A D E
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cesas básicas aos necessiados, mas nos preocupamos em aender às necessidades inegrais daqueles que recebem nossa ajuda. Enfim, valorizamos sempre o conao pessoa-pessoa.
2 . T o do c r i s t ã o é u m m i n i s t r o . Uma das mais exraordinárias verdades resgaadas pela Reforma Proesane foi a dourina do sacerdócio universal de odos os crisãos. Iso é, odos os crisãos êm livre acesso a Deus por meio de Jesus Criso, e odos os crisãos êm a auoridade e odos os recursos necessários para represenar o Senhor Jesus no mundo. Iso implica dizer que o minisério é arefa de odo o povo de Deus, e não apenas dos minisros ordenados. Minisério não é apenas o rabalho dos pasores da Igreja. Todo serviço crisão realizado por amor a Criso e ao próximo é minisério (gr. diakonia). O Espírio Sano dá dons e minisérios a odos e cada um dos crisãos (1Corínios 12.4-7, 11; 1Pedro 2.9,10), e jusamene nesa compreensão é que afirmamos que odo crisão é um minisro, o que jusifica o fao de que a IBAB quer cumprir sua missão aravés de odos os seus membros. A edificação (crescimeno qualificado) de uma comunidade crisã esá na proporção direa de sua capacidade de mobilizar odos os seus membros à luz dos dons espiriuais e minisérios pessoais. 3. A Igreja é o corpo vivo de Cristo A ênfase em relacionamenos e a convicção de que odo crisão é um minisro, aponam para o fao de que a IBAB não é apenas uma “comunidade reunida para culo”, mas um organismo vivo que, aravés de seus membros, se espalha por odos os lugares, odos os dias, fazendo udo para a glória de Deus (1Co 10.31). O minisério de uma igreja não é medido pelo número de pessoas que freqüenam seus culos, mas pela dinâmica de vida dessas pessoas no dia-a-dia da comunidade crisã e seu serviço no mundo. Nesse conexo, os pequenos grupos ocupam lugar cenral no coidiano IBAB. Pequenos Grupos são células de 3 a 12 pessoas, com afinidades, e compromeidas enre si, que buscam aprofundar seus
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relacionamenos com Criso e experimenar a realidade do corpo de Criso, a parir de reuniões regulares. A IBAB, porano, quer levar o evangelho odo odos os dias, em odos os lugares, aravés de odas as aividades de odos os seus membros. Mais uma vez, a palavra inegral qualifica a IBAB e sua rede de relacionamenos e minisérios.
DECLARAÇÃO DE VISÃO IBAB A IBAB quer ser um sinal histórico do reino de Deus, levando o evangelho todo para o homem todo, priorizando relacionamentos envolvendo todos os seus membros, além dos limites culto-clero-domingo-templo.
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PONDO OS PÉS NO CHÃO 1 . Como podemos saber se uma igreja local é um sinal hisórico do reino de Deus?
2 . Qual é a sua conribuição pessoal para que sua igreja se orne um sinal hisórico do reino de Deus?
3 . Quais são as diferenes maneiras como uma igreja pode levar o evangelho odo para o homem odo?
4 . Por que os relacionamenos pessoais são imprescindíveis à saúde inegral do crisão e sua comunidade?
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5 . Descreva com suas próprias palavras a Visão IBAB.
6 . Imagine que uma reporagem especial a respeio da IBAB será publicada na edição de domingo de um grande jornal. Quais seriam algumas foos (regisros de aividades) que você recomendaria para comunicar que a IBAB é um sinal hisórico do reino de Deus? Em quais foos você apareceria? O que você esaria fazendo na foo?
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DECLARACÃO DE DOUTRINA E CONDUTA 1 . A exisência de um só e eerno Deus: Pai, Filho e Espírio Sano, um em essência e rino em pessoas; 1 . 1 . Deus Pai, eerno, criador e susenador de odo o universo, onipoene, onisciene e onipresene, sano, soberano sobre udo e odos, anes e agora, e para odo o sempre. 1 . 2 . Deus Filho, eerno, unigênio de Deus Pai, encarnado, imaculado, Cordeiro de Deus, moro e ressurreo, único Mediador enre Deus e os homens; 1 . 3 . Deus Espírio Sano, eerno, Deus que habia em cada um e odos os que crêem, a Igreja, Consolador, inercessor, que aua para convencer o homem de seu pecado, da jusiça em Criso, e do juízo de Deus, e unge e capacia a Igreja para a coninuidade da missão de Jesus Criso no mundo. 2 . A inspiração divina, veracidade e inegridade da Bíblia, al como foi revelada originalmene, e sua suprema auoridade em assunos de fé e condua; 3 . A criação do universo em perfeia harmonia, e do ser humano à imagem e semelhança de Deus; 4 . A pecaminosidade universal e a culpabilidade de odos os homens, desde a queda de Adão, e a conseqüene sujeição de odos os homens à ira da condenação de Deus, e a corrupção e degeneração de odo o universo criado; 5 . A redenção da culpabilidade, pena, domínio e corrupção do pecado, somene por meio da more expiaória do Senhor Jesus Criso, o Cordeiro de Deus, nosso represenane subsiuo, que aravés do seu sangue saisfez a jusiça de Deus e riunfou sobre a more, o Diabo e seus anjos maus, por oda a eernidade; 62
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6 . A ressurreição corporal do Senhor Jesus Criso e sua ascensão à direia de Deus Pai; 7 . A jusificação do pecado somene pela graça de Deus, por meio da fé em Jesus Criso , mediane ação do Espírio Sano; 8 . A vida crisã como resulado da obra redenora de Deus, como formação da imagem (caráer) de Criso nos que crêem, que se expressa em seu inerior como fruo do Espírio Sano, e visivelmene na sociedade aravés da condua éica à luz dos preceios do Novo Tesameno; 9 . A única igreja sana e universal, que é o corpo de Criso, sendo Ele mesmo seu edificador e Cabeça, à qual perencem odos os que crêem, e que, na erra, se manifesa aravés de comunidades crisãs locais; 1 0 . O reino de Deus como domínio de Deus, de fao e de direio, sobre udo e odos, inaugurado e manifeso na hisória aravés de Jesus e sua Igreja, e que se consumará na eernidade quando odos os inimigos de Deus forem definiivamene vencidos e posos sob os pés de Jesus Criso, para a glória de Deus Pai; 1 1 . A missão da Igreja como exensão da missão de Jesus Criso, a saber, “levar o evangelho odo para o homem odo”, convocando odos os homens à paricipação no reino de Deus; 1 2 . A segurança da segunda vinda de Jesus Criso em corpo glorificado; a ressurreição dos moros, a vida eerna dos salvos e a condenação de odos os que não crêem; e a consumação do eerno reino de Deus.
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