HISTÓRIAS DA MITOLOGIA NÓRDICA A GUERRA ENTRE OS AESIR E OS VANIR Um dia, quando o mundo ainda era jovem, bem antes de se formar o solo de Midgard, uma bruxa chegou a Asgard. Seu nome era Gullveig, e ela tinha um ardente desejo por ouro. Não falava sobre nada que não fosse o quanto ela amava ouro, até que Odin e todos os Aesir se cansaram dela. Ao fim de uma refeição, decidiram que o mundo ficaria melhor sem a ambiciosa Gullveig. Então ela foi torturada e queimada pelos Aesir, mas não conseguiram mata-la. Foi queimada 3 vezes, e 3 vezes renasceu e saiu do fogo. A ela foi dado um outro nome, chamaramna Heid, a Cintilante. Ela era a Bruxa Suprema, podia ver passado e futuro, encantar varinhas de madeira, lançar feitiços, era uma mestra da magia. Quando os Vanir souberam como Gullveig foi recebida pelos Aesir, ficaram furiosos com tamanha falta de hospitalidade. Juraram vingança e se prepararam para a guerra. Mas Odin podia ver e ouvir tudo o que se passava em baixo, assim viu os Vanir afiando as suas lanças. Então os Aesir começaram a polir os seus escudos. Logo ambas as famílias se encontraram no campo de batalha. E então começou a primeira guerra da história quando Odin lançou a sua lança aos Vanir. A guerra continuou por muitos anos, e ficou fi cou claro que nenhum lado estaria apto a derrotar o outro. Logo as duas partes decidiram que uma trégua seria melhor do que o caos em que se encontravam. Os deuses reuniram-se e discutiram sobre de quem seria a culpa da guerra. Os Vanir diziam que era culpa dos Aesir, e vice-versa. O acordo final seria que os Aesir e os Vanir viveriam lado a lado, em paz, e como exemplo disso eles intercambiariam líderes. Os Vanir mandaram um dos seus grandes líderes, Njord, para viver com os Aesir. Freyr e Freyja, seus filhos, o acompanhar acompanharam. am. Também mandaram o mais sábio dos Vanir, Kvasir, para viver em Asgard. Njord e Freyr assistiriam aos sacrifícios, enquanto Freyja ensinaria a todos os Aesir tudo o que ela sabia sobre bruxaria e magia. Igualmente, os Aesir enviaram Honir, e o sábio Mimir para viver em Vanaheim. Honir era bem criado, apontado como excelente líder, tanto na paz como na
guerra. Eles foram aceites e bem recebidos pelo Vanir. Honir foi apontado como líder, e Mimir seria seu braço direito. Rapidamente os Vanir acharam que não haviam feito uma boa opção, decapitaram Mimir, e enviaram a sua cabeça de volta para Odin. Este pegou na cabeça, poliu-a com ervas de maneira que nunca apodreceria. Lançou encantos e fez com que a sabedoria de Mimir se tornasse a Sua Sabedoria.
A LENDA DE BROSINGAMENE Todos os dias, Freyja, a Deusa do amor, brincava e fazia travessuras nos campos. Um dia ela deitou-se para descansar e enquanto ela dormia, Loki, o astuto, o travesso, o mexeriqueiro dos deuses, foi espiar o brilho do Brosingamene, a tiara dela. Silencioso como a noite, Loki moveu-se em direcção à Deusa que dormia e, com os seus leves dedos, removeu a tiara prateada de sua branca nuca. Em seguida, Freyja acordou e percebeu imediatamente a sua perda. Apesar de Loki se mover com a velocidade dos ventos, ela o viu ao longe e correu atrás, porém ele já havia pego a barcaça para a Dreun. Freyja entrou em desespero. A escuridão envolveu-a para ocultar suas lágrimas. Grande foi sua angústia, toda luz e toda vida juntaram-se a ela em sua ruína. Para todos os cantos foram enviados espiões em busca de Loki, mesmo sabendo que eles não o encontrariam. Pois quem dentre eles, excepto os deuses e o travesso Loki, poderia descer a Dreun e dali retornar? Devido a isto, ainda fraca pelo desgosto, a própria deusa do amor encheu-se de coragem e desceu a Dreun em busca do Brosingamene. Atravessou os portais para a barcaça e apesar de reconhecida passou. A multidão de almas que ali se encontravam clamaram prazeirosamente ao vê-la e, mesmo sem que ela percebesse, lamentavam a perda da sua luz. O infame Loki não deixou nenhuma pista a ser seguida, mesmo sendo visto em toda parte. Todos aqueles com os quais a Deusa conversava diziam-lhe com firmeza: "Loki não portava jóia alguma quando passou por aqui". Então, onde teria ele a escondido? Desesperada, Freyja o procurou por uma era. Hearhden, o poderoso ferreiro dos deuses, não conseguia descansar devido o lamento das almas pelo pesar de Freyja.
E saiu a passos largos da sua ferraria, a fim de achar a causa do lamento. Então ele viu onde o mexeriqueiro Loki depositou a tiara prateada: sobre a rocha diante da sua porta. Agora tudo estava claro! E quando Hearhden tomou posse do Brosingamene, Loki apareceu diante dele, sua face estava selvagemente raivosa. Apesar disto, Loki não atacaria Hearhden, pois este era um poderoso ferreiro cuja força era conhecida além de Dreun. Loki usou de todos os seus truques e trapaças para pôr novamente suas mãos sobre a tiara. Mudou de forma; dardejou daqui para ali; tornou-se invisível e então visível.. Mesmo assim não conseguia enganar o ferreiro. Cansando da luta, Hearhden tomou a sua poderosa clava e então afugentou Loki. Grande foi o regozijo de Freyja quando Hearhden colocou o Brosingamene novamente em seu pescoço. Grandes foram os choros de prazer oriundos de Dreun. Grandes foram os agradecimentos que Freyja a todos os homens e deuses que ajudaram no retorno de Brosingamene. Até que Hulda, deusa dos reinos subterrâneos, apareceu diante de Freyja, acompanhada por Loki, dizendo à Deusa que ela não poderia deixar Dreun sem pagar um tributo. Freyja mais uma vez caiu em desespero e disse a Hulda que nada possuía. Porem Loki disse que a deusa portava o Brosingamene em torno de seu pescoço. Freyja soluçou e chorou, dizendo que jamais desistiria da sua jóia. Hulda então disse que ela deveria dividir o Brosingamene com Loki: cada um passaria metade do ano com a jóia e somente assim Freyja poderia sair de Dreun. Freyja chorou e tentou de todas as formas não dividir a sua jóia com Loki, porém após algum tempo acabou concordando, dizendo que permitiria que ele o portasse por 6 meses. A partir de então, o Brosingamene passou a ficar com Loki por metade do ano e, neste período, Freyja, angustiada, cai novamente em desespero, trazendo mais uma vez a sua volta à escuridão para esconder suas lágrimas, e uma vez mais toda luz, toda vida e todas as criaturas juntam-se a ela em seu terrível destino. É por isso, então, que na metade da roda do ano, quando Loki toma o Brosingamene e Freyja fica desesperada, a escuridão desce e o mundo torna-se frio e gélido. E na outra metade, quando Freyja recebe novamente sua jóia, não havendo limites para seu regozijo, a escuridão é substituída pela Luz e o mundo torna-se quente mais uma vez.
A MORTE DE BALDR Balder (Baldr/Baldur) tinha grande pesadelos indicando que a sua vida corria perigo e quando ele comentou isto com os Aesir eles se reuniram em conselho, e juntos decidiram requerer imunidade de Balder para todo o tipo de perigo, e Frigg recebeu o solene juramento de todas as coisas, de que nada iria atingir Balder. Quando isso foi confirmado, criou-se um entretenimento colocaram Balder centro de cada reunião e os Aesir, que ali se reuniam atiravam-lhe objectos, pedras e o golpeavam, já que a Balder nada lhe acontecia. Balder, em cada ocasião, saía ileso. Porem quando Loki viu isto, se sentiu atingido. Transformou-se numa mulher, e então dirigiu-se a Fensalir, morada de Frigg. A Deusa, ao ver a esta mulher, perguntou se ela sabia se os Aesir estavam em assembleia. A mulher respondeu que todos atacavam Baldr e que este sempre saia ileso. Então Frigg disse: "Armas e madeiras não o matam. Pois todos haviam jurados não o fazer ". Então, perguntou a mulher: "Pegastes juramento de todas as coisas para estas não machucassem Balder?". Frigg contestou: "Excepto um broto que cresce ao oeste de Vahalla. Se chama muérdago, achei-o demasiadamente jovem para exigir que prestasse juramento". Então a mulher desapareceu. Porem Loki procurou o muérdago o arrancou e dirigiu-se a Assembleia. Encontrando lá o Deuses Hodur (Hoder/Hod), o deus cego, que estava parado na borda do circulo de concorrentes. Loki aproximou-se e perguntou: "Por que não esta disparando objectos contra Balder?". Hodur contestou: " Porque não posso ver onde Balder está e alem do mais não tenho armas". Contudo disse-lhe Loki: "Se queres seguir os exemplos dos outros eu mostro-te onde esta Balder e arranjo-lhe uma lança". Hodur pegou a lança com muérdago e com a ajuda de Loki colocou-a em direcção a Balder. Esta foi arremessada directamente para ele e atingiu o seu coração, Balder caiu morto. Os Deuses, profundamente tristes, reuniram-se em torno de Frigg, mãe de Balder. Frigg Falou: "Quem, entre todos os Aesir, ira a Hel para tratar da devolução de Balder, oferecendo-lhe alguma recompensa para que esta o devolva a Asgard?". Hermod o valente, filho de Odin, tomou Sleipnir, o corcel de oito patas de seu pai, e empreendeu-se nesta travessia, muitos Deuses colocaram o corpo de Balder num barco chamado Hringhorni (Ringhorn), o maior barco de todos, para iniciar o funeral do Deus morto. No funeral estavam Odin, seus corvos Hugin e Munin, as Valkyrias, Frigg, Frey conduzindo seu carro puxado pelo javali Gullinbursti. Heimdall e o corcel Gulltopp, Freya e os gatos. Também compareceram os Gigantes Helados e os Gigantes das Montanhas. O barco foi elegantemente
decorado com coroas de flores, armas e objectos de cada um dos Deuses. Depois os Aesir, um a um passaram a dar um ultimo adeus a Balder. Quando chegou a fez de Nanna, mulher de Balder, uma dor muito forte partiu o seu coração e ela caiu morta ao lado de seus esposo. Os Deuses colocaram Nanna junto a Balder, para que ela o acompanhasse ate mesmo na morte. Acto seguido, como símbolo do sonho eterno, rodearam os defuntos Deuses com espinhos. Quando Odin se aproximou para dar o ultimo adeus deixou como oferenda o seu precioso anel Draupnir, sussurrando misteriosas palavras nos ouvidos de Balder. Então o Gigante Hyrrokin, o único com força suficiente para empurrar o barco, empurra o barco com um impulso tão forte que os troncos que estavam encostados cederam sobre a pira funerária. Thor, acertou com o seu martelo Mjolnir para consagrar a pira. Hermod, durante nove dias e noites, cavalgou os vales obscuros e profundos, para chegar onde estava Hel. Disse então a Hel que desse a Balder a possibilidade de retornar a Asgard junto com ele, dada a grande dor e luto entre os reinantes de Aesir. Disse-lhe Hel: "Para provar que Balder é um ser amado, todas cada uma das criaturas e objectos, vivos ou mortos, devem proclamar sua dor e pena. Só assim Balder poderá voltar a Asgard. Porém se uma só criatura ou objecto não o fizer Balder permanecera aqui comigo". Hermod regressou esperançado a Asgard, para comunicar a noticia a Frigg. Ao tomar conhecimento a Deusa tratou de obter lágrimas de penas de todas as criaturas e coisa, vivas e mortas porém uma Giganta de nome Thok, que era Loki disfarçado novamente, não correspondeu às suas expectativas e não mostrou pena alguma. A tarefa de devolver Balder a Asgard havia fracassado....
O MITO DE THIAZI Três Aesir - Odin, Loki e Hoenir - faziam uma expedição; um dia apanharam e mataram um boi para o jantar. Tentaram cozinhá-lo, mas toda vez que o experimentavam, a carne ainda não estava pronta. Acima deles estava um carvalho com uma águia pousada num galho. A águia revelou ser a responsável pela dificuldade na preparação; a carne jamais chegaria ao ponto se ela não ganhasse a sua parte. Os deuses aceitaram a proposta e convidaram a ave a se servir. Foi o que ela fez, depressa demais para o gosto de Loki.
Este, enfurecido, apanhou um bastão e bateu nela. O bastão caiu em cima da águia, que fugiu voando com Loki pendurado atrás, preso ao bastão. Abalado, Loki ficou aterrorizado e implorou para ser solto. A águia concordou, sob a condição de que ele prometesse atrair Idunn para fora da fortaleza dos deuses, trazendo consigo as maçãs, assim, Loki e os outros chegaram em casa salvos. Loki foi fiel à promessa feita, atraindo Idunn para o bosque. A águia, que agora revelara ser o gigante Thiazi, atirou-se sobre ela, carregando-a para sua casa em Thrymheim. Os deuses, sem as maçãs, começaram a envelhecer e enfraquecer. Ficaram intrigados com o que teria acontecido com Idunn, até alguém se lembrar de tê-la visto pela última vez com Loki. Prenderam Loki e o ameaçaram com a morte se não encontrasse e trouxesse Idunn de volta. Loki transformou-se num falcão e voou para Thrymheim. Por sorte, o gigante havia saído para pescar e deixara Idunn sozinha. Loki transformou-a em uma pequena noz, apanhou-a em garras e voou. Thiazi, descobrindo que Idunn fora embora, voltou à forma de águia e saiu em perseguição, batendo, batendo as asas com tanta violência que provocaram tempestades. Os Aesir viram o falcão lutando contra a tormenta, sendo perseguido pela águia e compreenderam a situação. Reunirão uma pilha de gravetos do lado de dentro de suas muralhas e, quando o falcão voou a salvo sobre elas, acenderam o fogo. A águia voava com muita violência e não conseguiu parar. Caiu no fogo e suas asas foram destruídas. Os Aesir mataram Thiazi. Thiazi tinha uma filha muito masculina chamada Skadi. Quando soube que seu pai havia sido morto, apanhou as suas armas, vestiu a armadura e saiu em busca de vingança. Os Aesir acharam melhor aplacá-la e ofereceram um do seu bando para casamento - mas ela teria de escolher pelos pés, sem ver nada do noivo. E assim, os deuses fizeram um concurso de tornozelos. Skadi viu um par muito elegante de pés e, acreditando que pertencessem ao belo deus Baldr, escolheu aquele. Mas era o velho Njörd. O casamento entre os dois não durou muito tempo, Skadi queria viver onde seu pai vivera, nas colinas chamadas Thrymheim. Por outro lado, Njörd queria viver perto do mar. Assim entraram num acordo de que permaneceriam em turnos: nove dias em Thrymheim e os nove seguintes em Noatum [ residência de Njörd junto ao mar ]. Quando Njörd voltou para Noatum, vendo as montanhas, declamou este verso : "Me aborreço nas colinas, não fiquei muito por lá, Apenas nove noites. Detestei o uivo dos lobos, se comparado ao canto dos cisnes." Skadi por sua vez ao voltar de Noatum disse : "Não consegui dormir junto ao oceano, com os gritos das aves. Toda a madrugada me acordavam as gaivotas vindas dos mares."
Por isso Skadi foi para as colinas e passou a viver Thrymheim enquanto Njörd ficou em Noatum.
REGINSMAL Havia um rico lavrador chamado Hreidmar, conhecedor de magia; todos os seus três filhos tinham certas peculiaridades. Dois deles podiam mudar de f orma, Fafnir e Otr. O terceiro era um duende, Regin. Como todos os anões era um excelente artesão, ferreiro ele era também um inteligente, selvagem e hábil na magia. Estranhamente, Otr costumava a transformar-se numa lontra e ia para um rio torrencial, comendo os peixes que apanhava - esta foi sua ruína. Certo dia, os três deuses, Odin, Hoenir e Loki, saíram em uma de suas expedições e, como sempre, Loki criou problemas. Desta vez, por causa de um acto imprudente, embora desculpável. Chegaram a uma cachoeira e notaram, bem perto, uma lontra devorando um salmão na margem do rio. Como as lontras fazem, esta comia de olhos fechados. Deste modo não pode ver quando os deuses se aproximaram. Loki atirou uma pedra, matou-a e assim obteve ao mesmo tempo uma pele de lontra e um salmão. Os deuses acharam que fora um golpe de sorte até chegarem a casa de Hreidmar e pedirem para passar a noite ali. Gabaram-se do que haviam apanhado e mostraram a Hreidmar a pele da lontra. O lavrador e seus filhos a reconheceram, tomaram-na dos deuses e exigiram uma compensação. Os Aesir concordaram em encher a pele de ouro e empilhar ouro em cima, até cobri-la totalmente. Loki foi enviado em busca do metal. Por sorte ele conhecia um anão chamado Andvari; como os anões eram grandes artesãos, em geral tinham muito ouro. Este era um anão muito estranho: assumia a forma de um arpão e vivia na cachoeira fisgando peixes. Loki tomou uma rede emprestada a Ran, deusa do mar, e levou o arpão. O Reginsmál registrou a conversa entre os dois. Loki perguntou : "Que peixe é esse, nadando na corrente, sem sem salvar-se do desastre? Resgata a tua vida do reino da morte e me trás o ouro brilhante". "Andvari é meu nome, Odin, o do meu pai, por muitas correntes nadei.
Antigamente um destino triste fez-me andar pela água". Loki pediu todo o ouro de Andvari como resgate. O anão pagou, mas tentou ficar com um anel ( possivelmente um anel de braço, não para o dedo), pois tinha propriedades mágicas que poderiam ajudá-lo a recuperar sua fortuna. Loki arrancou o anel de Andvari. Voltando com segurança para seu lar numa rocha, o anão lançou uma maldição sobre quem ficasse com o seu tesouro: "O ouro [ ou o 'anel' ] que um dia foi de Gust será a morte de dois irmãos, será a queda de oito príncipes. Da minha riqueza homem nenhum gozará". Loki trouxe o saque; Odin cobiçou o anel e o tomou para si. Os Aesir encheram a pele da lontra com o resto do tesouro e o cobriram com ouro. Hreidmar inspeccionava e achou um fiozinho do pelo da lontra descoberto. Relutante, Odin tirou o anel e cobriu o fio. Quando os deuses saíram do castelo de Hreidmar, Loki revelou a maldição do anão. "Ouro agora para ti, grande resgate, foi entregue por minha vida. Para teu filho nenhuma fortuna. Isto será a morte para os dois" Foi o que aconteceu, Fafnir e Regnir pediram sua parte do dinheiro como indemnização, mas Hreidmar não saldou a dívida. Fafnir matou o pai e escondeu o tesouro num lugar deserto. Ficou ali mesmo, assumindo a forma de um dragão, até Regin maquinar sua morte.
TYR - O DEUS DA GUERRA Tyr sempre foi considerado um dos Deuses mais corajosos. Este foi o único Deus que teve coragem de colocar suas mãos nuas na boca do lobo Fenrir, assim permitindo que os demais deuses o acorrentassem. Todavia teve sua mão direita dilacerada. Muitos Clãs Vikings clamavam à si de "Tyr". Fazendo clara alusão à si como Guerreiros Corajosos e Nobilíssimos como o referido Deus. Estes interpretavam a História como sendo por sua vez, Tyr uma encarnação de Força e do Guerreiro Honroso, aquele que Sacrifica-se por seu Povo e um Destino melhor para estes. Como, alguns clans também julgavam e analisavam o Mito a partir do momento da perda da mão direita por Tyr e pelas significâncias que isto poderia de ter.
Segundo alguns nórdicos, o acto de dar a mão direita a outro é um sinal de confiança e de garantia de empreender algo (promessa),assim como também um sinal de que a pessoa está desarmada e por sua vez digna de confiança. Tudo isto a partir da análise do referido Mito. Para os nórdicos o uso de armas na mão esquerda era um sinal de que a pessoa era por sua vez deveras traiçoeira, pois poderia utilizar sua mão sinistra enquanto mostrava a destra em um acto da mais vil covardia digna dos fracos e traiçoeiros. Alguns outros nomes para Tyr seriam: Tiw e Tiu. Tyr habitava os palacetes enormes e atemporais de Odin como um dos mais nobres e impávidos Deuses. Muitos Nórdicos antes de entrar no Estado de Berserker ou em Batalhas clamavam por Tyr em brados com punhos e espadas aos ares de forma selvática. Quando os Normandos (que possuiam cerne genético Viking ) instalaram-se nas rochosas costas da Bretanha estes possuíam um calendário de Dias utilizando seu Panteão Norse. E um destes dias traduzido para o inglês chamava-se Tyr Day ou "Dia de Tyr". Com as influências gramático ortográficas da língua saxônica e o Tempo que passou por sua vez, o dia transmigrou-se para Tuesday. Um facto comprobatório de tal afirmação é quando pronunciamos ambas as formas designativas dos dias (Tyr Day e Tuesday) vemos que ambas possuem igual valor fonético.
O CREPÚSCULO DOS DEUSES (RAGNAROK)
O fim do mundo será precedido pela idade do machado e a idade da espada. As armas serão esgrimidas e também destruídas; Seguido pela idade do vento e a idade do lobo antes da destruição inevitável o Ragnarok. O Inverno irá durar três anos sucessivos sem a interferência do sol para trazer a sua clemência as pessoas. Três outros invernos se farão presentes. Midgard estará em guerra durante este tempo.
Pai e filho iniciarão uma batalha um contra o outro. Irmãos tomarão parte em actos incestuosos. As mães abandonarão os seus maridos e seduzirão seus próprios filhos Enquanto irmãos rasgarão os corações uns dos outros Os lobos Skoll e Hati Hrodvitnisson engolirão o sol e a lua e trazendo total escuridão ao mundo. As céus estrelados cairão, a terra tremerá; montanhas e árvores tombarão ao solo. Monstros se libertarão das correntes que os prendem; e a caça selvagem começará. O lobo Fenrir correrá solto arrastando as suas mandíbulas sobre a terra e os céus. A serpente de Midgard se revoltará e fará com que as ondas que alaguem as praias. Vomitará seu veneno mortal no mundo ao redor dele. No norte o navio de Naglfar será libertado de suas correntes guiadas por Hymr. Ele será acompanhado por uma tripulação de gigantes. Loki escapará de seus laços e velejará rumo ao norte em um navio que comporta os filhos de Hel. No sul, Surt, o guardião de Muspell, cavalgará através de Bifrost até ele desfaserse sob ele. O chifre de Heimdall soará pelos nove mundos advertindo aos deuses do perigo à frente. A árvore de Yggdrasil tremerá. Um homem e uma mulher buscarão abrigo debaixo de suas folhas tremulas enquanto a terra em baixo deles estremece com o som da guerra. Em seguida, Odin partirá em seu cavalo Sleipnir para consultar a cabeça de Mimir para receber um conselho sobre a acção a ser tomada. Guerreiros em Valhalla serão enviados para o plano de Vigrid com Odin como seu líder. Odin cairá contra o lobo Fenrir, mas o Pai de todos será capturado pelas mandíbulas mortais da criatura e será engolido.
O filho de Odin, Vidar, bravamente vingará a morte de seu pai pisando na mandíbula de Fenrir. (Ele usa uns sapatos especiais feitos de pedaços de couro que foi oferecido aos deuses). Vidar arrebatará a mandíbula superior do lobo e a romperá em partes. Thor lutará contra a serpente de Midgard e vencerá matando-a. Ele dará nove passos para trás e morrerá dos gazes venenosos que a serpente vomita em seguida. O deus Frey lutará contra o guardião de Muspell. Ele será vítima do gigante Surt já que deu sua espada ao seu mensageiro, Skirnir. Tyr, o deus de guerra, atacará o cão de caça de Hel, Garm, enquanto Loki e Heimdall se travarão combate e morrerão um pelas mãos do outro. Os nove mundos debaixo da árvore de Yggdrasil se tornarão num inferno ardente. Todos os deuses do Aesir e Vanir morrerão, como também os habitantes de todos os reinos que estão em baixo da grande árvore de Cinzas. O céu entrará numa cova de chamas e a terra se afundará no mar. Um começo novo virá após a destruição do mundo. A terra emergirá do mar e florescerá vigorosamente. Os filhos e filhas dos Aesir e Vanir sobreviverão ao Ragnarok e se encontrarão em conselho na planície de Ida onde era Asgard. Os filhos de Odin, Vidar e Vali se encontrarão lá e os filhos de Thor, se unirão a eles e serão os herdeiros do martelo de seu pai, Mjollnir. O deus amado, Baldr e o seu irmão Hod retornarão de Hel e se unirão aos restantes, enquanto Hoenir profetizará em que se irá transformar o novo mundo. Os filhos de Bor, Vili e Ve, serão enviados aos céus para governar com os outros. Os novos deuses governantes reunir-se-ão e relembrarão as recordações passadas do Ragnarok. Espalhados nas planícies serão achados tesouros que uma vez pertenceram ao Aesir e serão vistos com assombro. Gimle mais uma vez alojará os deuses em paz e generosidade. Porém, o bem e mal não deixarão de existir, já que haverá uma região em Hel chamado Nastrond, a costa dos mortos. O dragão Nidhogg sobreviverá a destruição ígnea e continuará roendo os corpos
dos mortos. O homem e mulher que buscaram abrigo debaixo dos ramos de Yggdrasil, serão chamados Lif e Lifthrasir. Eles se nutrirão com gotas de orvalho e darão à luz a muitas crianças para repovoar a terra. Da grande Cinza novos raios de luz virão dos céus, pois, uma filha nasceu do sol antes que o lobo o engoli-se na manhã do Ragnarok. Isto é como tudo terminou; e isto é como o mundo começa...
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