conceber que, desde que sejam dadas condições de trabalho, toda pesquisa possível no Brasil. Partir do pressuposto de que o Brasil só pode histórica produzir História do Brasil, é empobrecer-nos demais no campo da História. Enquanto existe uma verdadeira tendência xenófoba no Brasil em relação à produção histórica, no exterior história renova-se com a contribuição de grandes historiadores de todas as áreas, particularmente dos medievistas. Basta lembrar o nome de Jacques Lê Goff ou de Georges Duby, entre muitos.
HISTÓRIA LOCAL* Pierre Goubert Trad.: Marta M. Lago"*
NOTAS: expressão é de Zumthor. Vide ZUMTHOR.Paul. Parlar du Moyen Age. Paris, Ed du Minuit, 1982. p. 27-47.
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NOR A, Pierre. Mémoire Collective In: La Nouvelle Histoire. Paris, CEPL, 1978. p. 398-400.
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A própria memória coletiva conserva e transmite a idéi monumento, própria ex periência, mas está sobretudo ligad às leis do imaginário: apaga recompõe à sua vontade, em função das necessidades do momento ou na"o.
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claro que há importantes exceções. Destaco aqui um tendência.
GOUBERT, Pierre. Local History. N: Histórica! Studies Today. Ed. by Felix Gilbert an Stephen R. Graubard. N.Y. Norton & Co., 1972.
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25 anos.bacharelanda em história p ela Universidade Federal Fluminense.
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Denominaremos história local aquela que diga respeito a uma ou poucas
aldeias, a uma cidade pequena ou média (um grande porto ou uma capital estão além do âmbito local), ou a uma área geográfica que não seja maior do
que unidade provincial comum (como um county inglês, um contado italiano, uma Land alemã, uma bailiwick ou pays francês). Praticada Praticada há tempos atrás com cuidado, zelo, e até orgulho, história local foi mais tarde desprezada principalmente no séculos XIX e primeira metade do XX — pelos partidários da história história geral. A partir, porém, da metade metade desse século, a história local ressurgiu adquiriu novo significado; na verdade, alguns chegam afirmar afir mar que somente a história local pode ser autêntica fundamentada. pelo menos at aquele momento em que as Por um longo período idéias passaram circular mais rapidamente (séc. XVIII) e o homens a se deslocarem com mais freqüência e rapidez (durante (dur ante a revolução acarretada pelas ferrovias, no século XIX), ponto de referência da maioria dos europeus era paróquia, no campo, ou a pequena cidade e os seus arredores, ou seja, grosso modo, a faixa de terra percorrida em um dia dia de caminhada, de 10 a 15 km, ou em um dia de cavalgada, cav algada, cerca cerc a de duas ou três vezes mais. Prevaleciam nesses lugares as mesmas leis (costume local), assim como idênticas práticas culturais culturais (métodos de cultivo do solo, qualidade da sementes, modelo da ferramentas, época de início de pastagens corte de madeira), sociais e econômicas (ocasião de contratar mão-de-obra, época do mercados semanais da feiras trimestrais ou anuais), regras senhoriais iguais, be como mesma área judiciária administrativa e as mesmas crenças religiosas. maior parte dos habitantes nunca ultrapassava as fronteir fron teiras as de seus distritos; seus filhos lá permaneciam; encontravam-se na imediações um padre, um juiz, um senhor de terras, um tabelião e u mercado. parte culta da população deslocava-se advogados promissores poderiam obter alguns de seus títulos com facilidade: advogados nas universidades vizinhas; futuros padres freqüentavam seminários diocesanos, quando esses existiam; os nobres, quando não viajavam para longe em razão de guerra, ia para os castelos dos pais ou de suseranos, localizados fora de seus domínios ou, algumas vezes, da própria província. Havia, também, naturalmente, os mendigos e errantes; erran tes; todos, entretanto, sentiam-se, em Dijon e Borprimeiro lugar, cidadãos de suas cidades e províncias prov íncias natais gúndia, de Amiens e Picardia, de Nímes e Languedoc, de Aix e Provença, de Saint-Brieuc Bretanha — e só depois eram franceses, francese s,embora se reconhecessem como súditos fiéis fié is e obedientes ao rei. Somente pequenos segmentos da sociedade — a camadas mais altas mais baixas poderiam não se sentir ligados a uma região ou lugar particular. Os grandes financistas capitães, assim como os bandos de mendigos ao longo da estradas nã estavam intencionalmente longe de seus lares; odos sabiam (especialmente estes últimos, quando questionados pela polícia), de que proví ncia, diocese e paróquia paróquia provinham. Num tipo de vida tão confinada, as ativi dades intelectuais da pequena gregos minoria relacionavam-se ou com reflexões sobre textos antigos romanos, principalmente —, ou com a história da região, entendendo-se esta como sendo as terras da família. Quanto tentavam produzir histórias
histórias como eram escritas antes dos Essa/s sur lês Moeurs*, de Voltaire davam ênfase tradição** às particularidades e aos atos heróicos célebres da cidade ou província. Nos fins do século XVI, eram lugar comum histó-
rias
que se
em meras listagens de
telos, feudos, abadias ordens religiosas, ou histórias de cidades, simples enumerações de títulos, privilégios, nomes famosos e mexericos sobre a cidade natal do escritor. Mais tarde, as instituições mais fortes da província (o Estamentos, os Parlamentos) publicavam suas histórias, motivados or sentimentos corporativos como um meio de proteger seus interesses. Frepesquisa (o beneditinos, po exemplo) qüentemente, monges dedicados reuniam publicavam corpus documentais documentais relativos às suas províncias, que, maioria das em geral, era feito com muito cuidado Tais obras continham na maioriadas vezes atos legislativos ou administrativos, escrituras de fundação, documentos feudais e outros materiais relacionados às grandes famílias nobres, aos padres dedicados e aos abades qu tinham sido mais influentes; eram or vezes apologias, quase hagiografias, as mesmo atualmente, nã podem se desprezadas, pois freqüentemente se referem textos de documentos perdidos, apresentando as únicas versões ainda existentes. século XIX foi a época de ouro da história local, pelo menos na França. Seguindo ampliando exemplo dado pelas academias provinciais da segunda metade do século XVIII, apareceram em cena muitas 'associações' que se autodenominavam 'eruditas' ou 'letradas' (e ocasionalmente eram), durando, or vezes, un poucos anos. Seus membros eram elementos típicos da sociedade burguesa: magistrados, notários, padres, spinsters***, rentiers, un poucos professores pequena nobreza. Dentre milhares de papéis centenas de volumes publicados na França partir da metade do século XIX, talvez apenas décima parte seja digna de exame, e se aproveite somente um centésimo Essa ciência social soci al do petit bourgeois seria de vantagem para um análise sociológica psicológica feitas com seriedade. A fraqueza desses trabalhos pseudo-históricos explica em parte o descaso demonstrado pelos historiadores pro fission ais do início do século XX em relação à h história istória local — um emaranhado de genealogias oportunistas, glórias usurpadas afirmações infundadas. Ta desprezo pela história história local explica-se ainda pelo modo como história 'geral' era vista concebida pelos historiadores profissionais. história
Essais su lês moeurs et lês esprits dês nations et lês principaux faits de 1'Histoire depuis Charlemagne jusqu'à Louis XIII. (Nota de T r a d u t o r a ) No original inglês, antiquities. (Nota da Tradutora) •* O r i g i n a l m e n t e a palavra spinster (d spin: fiar, tecer) era acrescentada ao nome da partir do séc. XVII (e portanto, no período mulher para indicar su ocupação. indicado pelo autor), a palavra passou designar juridicamente, na Inglaterra, um mulher solteira. Nos dias de hoje, a palavra significa simplesmentesolteira, ou popul a r m e n t e , solteirona. ( N o t a d a Tradutora)
geral era política, militar, diplomática, administrativa eclesiástica. Estudar Estado envolvia estudo do estadistas; estuda guerra possibilitava estudo das proezas militares do generais; estudar relações internacionais implicava na publicação de memórias de embaixadores; estudar religião levava reconstituição do feitos de papas bispos, geralmente santos devotos; estudo da história administrativa (escrita partir de registros burocráticos encontrados em Paris) era entendida como sendo estudo da história de todo um povo. Uma psicanálise retrospectiva dos historiadores do século XI provavelmente revelaria qu muitos dos que escolheram escrever sobre monar-
quia identificavam-se em maior ou menor grau com o monarca; que o historiador de um determinado ministro imaginava-se, por vezes, governando país. Muitas da curiosas histórias qu foram publicadas poderiam se explicadas por uma interpretação freudiana elementar. As primeiras tentativas sérias em história local foram feitas or historiadores que se situam entre os melhores. Eles compreenderam que uma tese ou interpretação, or mais engenhosa qu fosse, necessitava basear-se em fatos precisos. Fatos precisos possuem dimensão dimensão espacial, be como dimensão Vauban, pleiteando uma reforma fiscal, utilizou temporal. Assim, Sébastien Vauban, os claros exemplos da eleição de Vézelay, sua terra natal, e da Normandia, onde se encontrava com freqüência Assim, demógrafo Messance , opondo-se co razão tese da despopulação da França, postulada brilhantemente por intelectuais tão famosos quanto não habilitados para demografia, como Montesquieu Voltaire, provou partir de uma análise estritamente regional de numerosas paróquias em Lionês, Auvérnia norte da Normandia, qu população francesa cresceu perceptivelmente entre final do séculos XVII XVIII. Alexis de Tocqueville, em seu grande projeto no sentido de compreender ao mesmo tempo agonizante Antigo Regime e a Revolução Francesa, utilizou registros burocráticos provinciais, particularmente de Tours, ilustrando co exemplos precisos as realizações do estados do Languedoc prática histórica, porém, pode depender do trabalho de homens talentosos? técnica de Alphonse Feillet, contemporâneo de Napoleão III, foi mais comum mais amplamente utilizada. Muitas vezes negligenciado, esse historiador da miséria da França ao tempo da Ftonda acreditava que o povo francês nã conhecia suficientemente os malefícios da 'legítima' monarquia do Bourbons. Para confirmar essa hipótese bastante simples, que se relaciona com a miséria do franceses de antes, durante depois da Fronda, Feillet utilizou memórias, cartas, monografias ensaios publicados em grande número no século XIX: praticamente em todos os meses entre os anos de 1640 1660 podia-se encontrar um aldeia francesa onde as pessoas morriam de peste ou subnutrição, ou onde violência de soldados desembocavaem desordem generalizada. Um historiador qu fizesse cuidadosa leitura desses documentos quisesse provar oposto, com certeza seria igualmente convincente. É bem possível provar-se qu durante reinado de Luiz XIII França tenha sido tã próspera quanto miserável: há apenas que se escolher pacientemente as evidências no mar de histórias locais publicadas.
método de Feillet (embora ele nunca tenha pensado em criar um método, pois nesse tempo poucos demonstravam preocupações metodológicas) tornou-se de fato amplamente utilizado. Qualquer tese, seja el brilhante, surpreendente ou paradoxal, pode se basear em exemplos selecionados escolhidos dentre velhos estudos eruditos de variadas províncias. história transforma-se num jogo, onde ingênuos amadores de história local oferecem outros materiais que consideram úteis. Somente nos últimos vinte anos um novo tipo de história local tornouse possível. Historiadores que, nã tendo em geral nascido na regiões estudadas, e n3o expressando or essa devoção filial, trouxeram novamente moda retorno arquivos inexplorados de certa região e de um dado período. Essa nova tendência surgiu da insatisfação em relação ao métodos métodos históricos vigen-
te e d preocupação com o estabelecimento de novos tipos de questões históricas. Os historiadores da gerações anteriores preocupavam-se sobremaneira co problemas da classes altas. Para usarmos exemplos franceses, seria correto afirmar que a velha escola estava interessada em legisladores e não no implemento da leis, naqueles que governam e não nos governados, no clero seus países nas realidades desses mesmos países. volta história local origina-se de um novo interesse pela história social — ou seja, história da sociedade como um todo, e não somente daqueles poucos que, felizes, governavam, oprimiam doutrinavam pela história de grupos humanos algumas vezes denominados ordens, classes, estados. Tal história tinha um interesse tã grande em corpos mentes de muitos quanto no planos universais reflexões profundas de poucos; tão preocupada com a história do pão, do óleo e d vinho, quanto com a história de estatutos corporativos regras militares. Entretanto, uma história que pretenda da conta de todos os aspectos da vida humana, em todas as classes, encontra de início um obstáculo maior: os números. Nâ"o muito difícil estudar trinta intendentes franceses ou vinte embaixadores; no entanto, tentar estudar centenas de milhares de citadinos e milhões de camponeses em todos os aspectos de suas vidas apresenta dificuldade insuperáveis. Historiadores Historiadores envolvidos em tais matérias nã reclamam da
falta de documentos, mas sim da sua abundância; nã possuindo qualquer técnica de amostragem considerando estado dos arquivos, os historiadores
tentaram limitar suas dificuldades concentrando suas atenções numa região geográfica particular, cujos registros se encontravam be reunidos, o que possibilita su análise através do trabalho de uma única pessoa. Lucien Febvre já em 1911 assim o fez para Franco Condado. ez anos depois, Gaston Roupnel fez o mesmo para a região de Dijon Esses primeiros trabalhos passaram despercebidos, provavelmente or serem regionais em demasia. Na universidades francesas daquela época (e mesmo do anos seguintes), esse tipo de história era considerada por demais limitada. Esses pioneiros, porém, logo estes se juntaram outros tantos, que uma espécie de tiveram seguidores, e superprodução de história regional hoje, pelo menos na França, um ameaça
real.
Porque essas monografias regionais foram tã importantes? Por que estabeleceram certas evidências, em alguns pontos limitadas, mas de qualquer modo evidências; suas estatísticas, compiladas co certa margem de segurança contestavam algumas das idéias 'gerais', preconceitos aproximações que na falta de investigações mais precisas tinham se perpetuado. Un poucos exemplos poderão dar uma idéia do que tem sido realizado. Po um longo período, foi comum (e muito freqüentemente ainda o é) oporse incondicionalmente nobrezade 'espada' à nobreza de 'toga', ou seja, um nobreza hereditária a uma nobreza adquirida através da nomeação para deterjufzes do parlamentos ranceses minadas funções judiciárias importantes. eram por vezes caracterizados como burgueses. A cuidadosa tese de Jean Meyer sobre nobreza bretã do séc. XVIII provou irrefutavelmente que não havia um único burguês muito pouca burguesia original no Parlamento da Bretanha e que não havia diferença entre nobreza de espada e a nobreza de toga. membros do Parlamento da Bretanha eram descendentes das famílias nobres mais antigas qu administravam a justiça nas próprias províncias. Ob viamente, o que é fato para Bretanha pode não ser igualmente verdade v erdade para outras províncias; tarefa do historiador efetuar um estudo tã meticuloso sobre os membros do outros Parlamentos provinciais ranceses quanto o que fo feito para Bretanha. Tomando um e xemplo bastante difer ente, parecia ser muito comum na França crescimento do sistema senhorial (que os marxistas denominam feudal); um édito de Luiz XIV foi algumas vezes citado para mostrar como as últimas posses alodiais se deram sob aquele reinado. Bourtrüche, em estudo sobre posse alodial na região de Bordeaux chamou nossa atenção para fato de que terras camponeses completamente livres or vezes sobreviveIdade Média livro sobre Auvérnia, Abel Poitrineau, Poitrineau, baseando-se em documentos cartoriais, mostra que a proporção de posse alodial em várias comunidades comunidades r urais daquela província no século XVIII chegou algumas vezes próxima dos 50%'° Provavelmente,este fenômeno terá diso comum também em outr as partes do país (principalmente no centro, leste e sul da França). resultado dessas várias pesquisas é a conclusão inevitável (mas não precipitada), de que uma parte da França durante o Antigo Regime (e, por definição, também durante Idade Média) não se submeteu ao sistema senhorial. Constatou-se que certos costumes feudais, como mão-morta, tinham sobrevivido em partes longínquas do leste da França. Voltaire certa vez se referiu aos 'serfsdu Mont Jura'; no século XVIII, o rei libertou os últimos servos que vivam nas terras onde ele era senhor. Novas pesquisas de Abel Poitrineau Pierre de Saint-Jacob sugerem que, na França central poder-se-iam encontrar grupos importantes de camponeses submetidos m3o-morta; muitos outros casos sã revelados no estudo de Régine Robin sobre norte da Borgonha (Auxois). possível que um quinto do camponeses dessa pequena região tenham vivido sob um sistema que era, de fato, uma forma de servidão atenuada". Aguardam-se outras descobertas da mesma natureza para a Fran-
ça ocidental. Esse fenômeno não era conhecido nem compreendido até que fossem feitos estudos minuciosos ao nfvel da aldeia e do dom mio senhorial. Nossa imagem da França rural desse período tem sido alterada substancialmente pela perspicácia desses novos estudos. Assim, por exemplo, a penetração do trigo indiano na Aquitânia, no século XVIII (uma velha asserção
que mesmo Fernand Braudel pensou repetir r epetir recentemente) é agora datada do século XVII. Baseia-se esse conhecimento inteiramente na pesquisa de jovens historiadores que se interessaram pelos pequenos mercados de trigo do sudeste da França12 A idéia, idéia, freqüentemente reafirmada, de que a metade do susudeste francês utilizava um sistema de rotação bienal nos seus campos de trigo, foi destruída quando publicado por uma associação regional de estudos, diário de viagens escrito por J. F. Henry de Ri cheprey — agronomista e oficial do rei 13 Agor a se reconhece que a rotação bienal não era a regra; todos os ainda maior no oeste). tipos de rotação foram usadas no sul (e uma variedade ainda As atitudes tã diversas dos camponeses em relação ao clero têm sido explicadas a partir de referências ao valor do imposto eclesiástico de uma determinada região. No sul da Bretanha esse tributo era baixo (3%), enquanto que no sudeste era muito alto (10 a 12,5%) 14 O clericalismo de uma região o anticlericalismo anticlericalismo de outra tê raízes mais antigas antigas do que por vezes se imaginou. Poderíamos continuar demonstrando indefinidamente quanto as novas pesquisas locais e rurais têm contribuído para mudar nossa visão do passado europeu. É importante mencionar que tais tais pesquisas não se resumem unicamente àquelas dos historiadores franceses, trabalhando com materiais franceses: devemos citar também também renovação da história inglesa, belga e dos Países Baixos como resultad dos estudos locais realizados por W. G. Hoskins, sobre Leicestershire, Joseph Reiwet sobre Herve e B. Slicher van Bath, sobre
Overijssel 15
A prática prátic a cuidadosa da história local e
multiplicação de monografias
sobre regiões especí ficas, podem levar muito mais além; podem destruir muitas das concepções gerais anteriormente consolidadas em tantos tantos liv ros, ensaios 'repalestras. Assim, por exemplo, a tão falada falada 'crise' do século XVII
volução agrícola' do século XVIII, certamente deve m ser reconsideradas à luz dos materiais que têm sido trabalhados na atualidade. Seria necessário, provavelmente, ao menos na França, um livro inteiro só para levantar as questões (sem mesmo procurar destruí-las) sobre o mito da 'crise' do século XVII. próprio termo 'crise' inadequado; crise em francês significa um fenômeno violento mas breve, embora o uso da palavra nesse sentido pareça estar desaparecendo. Mesmo em nosso estudo sobr Beauvaisis* nã encontramos justificativa para idéia de que tenha havido séria crise Fronda, a não ser pelo incidente da epidemias e da no período anterior conseqüente alta taxa de mortalidade, fato comum no século XVII (assim Beauvaisis era um antigo território da França cuja capital era Beauvais. Atualmente faz parte do departamento de Oise. (Nota da Tradutora)
como no XVI). Nos anos de 1630 a população de Beauvais crescia, os preços subiam, embora vagarosamente, vagarosamente, as as rendas dos propri etários de terra aumentavam e a produção têxtil atingia novo s níveis. Foi somente na segunda segunda metade daquele século que as condições pareceram deteriorar-se; interessante observar qu estudos locais posteriores em áreas diferen tes sugeri rampadrões Deyon em um estudo e xaustivo sobr e as as cidades têxteis do diversos. Pierre Deyon surpreendentes norte, particularmente Amiens, demonstrou com estatísticas surpreendentes o caráter do cresc imento industrial naquela área, sustentando sustentando assim nossas observações sobre 'jubiloso reinado' de Luiz XIII. atividade têxtil renasceu após 1660, época em que Colbert foi ministro; a 'crise' industrial foi corretamente deslocada para os últimos anos do reinado de Luiz XIV16 René Baehrel em sua tese não burilada, diferente, embora substancial, pôs de lado concepção de que houve um crise na Provença rural do sul, no século XVII: autor lançou idéia de um desenvolvimento geral, em condições interrompidas por períodos mais difíc eis a cada trinta anos17 E. Lê Roy Ladurie, na suas pesquisas sobre região vizinha Provença, transferiu chegada de uma depressão para os anos que se seguiram guerra da Holanda, ou seja, para a década de 1680. Sua nova pesquisa, especialmente espec ialmente pelo uso metódico dos documentos re lativos ao imposto eclesiástico, levou-o a conclusã de que houve contínua prosperidade durante a época de Colbert, chegando a uma espécie de ápice entre os anos de 1660 1680, quando a produção agrícola foi maior. No sul da França Fronda nunca teve importância; como nã houve escassez no anos cinqüenta sessenta, quase totalidade do século pelo menos até 1680 ou 1690 - foi caracterizada pela expansão 18 XVII Michel Morineau descobriu através de estudos nos arquivos bibliotecas dos Países Baixos, que os tesouros americanos entraram em maior profusão na Europa na segunda metade do século séc ulo XVII e não no século XVI, XVI, idéia tão cara a E. J. Hamilton e P. Chaunu19 Assim, um série de estudos locais no tem levado forte questionamento das opiniões sempre reproduzidas sobre crise geral do século XVII. Se ela ocorreu, foi bem para final do século, pelo menos na França. Obviamente, a discussão está longe de ser esgotada; novas pesquisas irão talvez suscitar novas opiniões reavivar antigas. quase certo, porém, que sem monografias provinciais sérias (escritas por historiadores profissionais e não por amadores), amadores), não teria sido possív el uma revisão geral como sugerida. 'não revolução agrícola', associada à Michel Morineau, envolve um período para nós ainda mais próximo. autor chegou a uma série de conclusões surpreendentes a partir de um estudo estudo cuidadoso, que cobriu vários propriedades agrícolas: na séculos, de registros de impostos eclesiásticos Idade Média, nos séculos XVI, XVIII e mesmo mesmo XIX, onde prevalecer am a mesmas condições climáticas, de ordem política e os mesmos produtos foram cultivados, observam-se os mesmos rendimentos agríc olas; quando quando em alguns períodos, produção declina, as razões sã facilmente facilmente identificáveis: guerras, condições climáticas ruins, perturbações sociais, fechamento de mercados. Em geral, século XVIII combinou condições razoavelmente favoráv eis, ma
produção produção não foi substancialmente substancialmente maior do que já havia sido; ela apenas reproduzia os melhores índices de períodos anteriore s. Um jovem historiador da Sicília, Maurice Aymard, utilizando os mesmos métodos em local bastante diferente, sustenta que o rendimento dos férteis campos sicilianos de trigo no século XVIII é o mesmo da época de Cícero. Parece ter existido um limite superior e in variáv el da produção produção agrícola. Antes dos séculos XIX ou XX não nenhum m crescimento acelerado. As mudanças que os histose pode observar nenhu riadores pensavam estar descobrindo eram de curta duração ou ou ainda variações geogr áficas entre difer entes regiões20. Nem todos os historiadores estã aceitar as teses por demais chocantes propostas por Morineau. prontos Tentam descobrir outros exemplos regionais para refutá- lo; freqüentemente, porém, são mais comparações dos períodos ruins do século XVII com períodos melhores do século XVIII. Por certo há que se ter em mente a idéia de maioria das regiões. As pequenas um limite tecnológico apropriado para variações entre os rendimentos máximo mínimo (cada um sendo pertinente diferentes regiões) provavelmente expressa o que era verdade na maior verdadeira revoluçã agrícola só 'decolou' muito tardiaparte do tempo. quase em todos os lugares na segunda metade do século XIX, ou mente mesmo depois; algumas vezes ainda mais recentemente. história demográfica, um ramo da história muito vigoroso atualmente, deve seu desenvolvimento ao tipo mais restrito da história local. Esse campo estava vegetando, tendo como base rumores e teorias infundadas, até que historiadores historiadores e estatísticos se interessaram interessaram por documentos simples, desprezados, porém abundantes: os registros paroquiais. Jean Meuvret, utilizando-se de registros paroquiais de Gien (no rio Loire)e de muitos outros lugares, apontou para a relação entre as crises econômicas e as demográficas do norte da França, no século XVII, para o enfraquecimento dessas crises após a metade do século XVIII. Um exame em cerca de trinta paróquias em Beauvaisis foi a primeira tentativa para se fazer séria análise demográfica de toda uma região. Louis Henry, utilizando-se do arquivo de Crulai (na Normandia), deu novo impulso ao uso profissional de tais informações, informações, apresentando pouco pouco depois as regras bem definidas do método (agora nã mais questionado), apropriado documentos paroquiais para este estudo. O reconhecimento do valor dos documentos (numa época em que na França os censos eram raros, não muito conhecidos de estudos sobre fecundifíceis de serem trabalhados) permitiu a realização de didade, casamento mortalidade infantil com um nível de exatidão nunca antes atingido. crescente produção produção monográfica logo demonstrou demonstrou que nem França, nem a Europa Europa se pareciam parec iam com Crulai ou Beauvaisis, embora permitisse aos historiadores levantar uma série de novas questões: por exemplo, natalidade, de cuidados i nfantis e início das práticas de controle de natalidade, sobre mobilidade em geral. problema da legitimidade e das relações sexuais anteriores ao casamento, com padrões tã diferentes entre França e a Inglaterra talvez tão características de certo tipo de mentalidade moderna21 não poderiam ter sido examinados antes do aparecime nto de censos bem sistematizados (na F rança, em 1840). Para períodos anteriores, somente os registros
paroquiais fornecem chave para todos esses problemas; se esses documentos, tais problemas não poderiam nem mesm o ser abordados. sucesso do estudos históricos locais regionais na França, tem sido considerável. As razões para isso nã residem simplesmente no métodos utilizados. Antes há que se notar quanto de inspiração para tais estudos provém da Escola dosAnnales. Crftica severa da idéias tradicionais preconceitos elitistas, essa escola chamou atenção para novos grupos sociais promoveu felizes associações interdisciplinares de historiadores estudiosos de economia, psicologia, biologia e demografia Essa nova geração, talentosa suficiente para se fazer notar, foi quem possibilitou recuperação do estudos históricos partir de novos métodos idéias. Mas todo sucesso traz consigo consigo excessos. Como o trabalho histórico na França te sido realizado principalmente principalmente em universidades, tende reproduzir imperfeições daquelas. Logo, um imitação servil da inovação estabelece estabelece nova tradição, ou uma contestação violenta e negativa acaba freqüentemente reforçando questão discutida originalmente. Já se pode prever nascimento de outra novidade, aquela tributária do contato entre a lingüística, psicanálise história22 (tão logo psicanalistas lingüistas concordem em estudar arquivos historiadores em estudar lingüística psicanálise). Pode Pode também ter lugar violenta reação política ideológica, fazendo com que os historiadores franceses recuem cinqüenta anos ou mais. Em período mais recente, grande número de alunos em final de graduagraduação e historiadores historiadores recém formado s, dedicaram-se às monografias sobre paróquias. Por um ano (para diploma mémoires de maítrise*) ou por vários (para tese do troisième cycle, um tipo de PHd), analisaram, utilizando fontes, os diferentes aspectos da vida de uma ou mais paróquias, em geral do século XVIII. Esse século deixou fontes abundantes variadas, geralmente de fácil leitura. geral, trabalho dos principiantes vale tanto quanto o de seus idealizadores (e do professor que os orientou), freqüentemente confirmam o que já era conhecido. Entretanto, alguns realmente contém certas idéias novas fornecem informações inesperadas — um exemplo disso está na novas informações obtidas obtidas respeito da atitudes do vinicultores de fie de France do século XVIII 23 frente ao controle da natalidade, natalidade, ou na composição das comunidades na aldeias de Brie (leste de Paris) do mesmo século24 Acreditava-se que nas comunidades de Brie predominavam os camponeses ricos; já se encontraram, entretanto, várias comunidades onde havia predomínio do pobres, numerosos jornaleiros que se uniram contra os camponeses ricos co ajuda do Intendente Geral de Paris. Muitas dessas monografias paroquiai são fracas, merecendo esquecimento; outras porém, sã excelentes. memória de maítrise nS chega a ser exatamente um dissertação de mestrado, como existente no Brasil; dicionário Micro Robert define como "trabalho individual apresentado pelos estudantes após licenciatura" (Micro Robert, Dictionnaire du Français Primordial, Paris, S.N.L. Lê Robert, 1971). (Nota da Tradutora)
Assim sendo, multiplicação dessas monografias beir superprodução, apresenta pelo pelo menos três desvantagens: em primeiro lugar, difícil encontrá-las, lê-las ou sintetizá-las, ainda mais se lembrarmos que a maior parte nã está publicada. publicada. Em segundo lugar, é improvável que um aluno em final de graduação ou um historiador historiador inexperiente possuam competência suficiente para lidar com os diferentes elementos necessários à boa análise local; leis, instituições, economia, demografia, sociologia religião não são assuntos dominados facilmente e, em última análise, há sempre perigo de retorno ao amadorismo. Po último, mesmo quando monografia boa, descrição isolada de uma aldeia levanta mais problemas do que traz soluções: informação fornecida terá significado local, provincial, ou geral? Para decidir e s s a s questões, outras monografias, de paróquias vizinhas seriam necessárias, tornando as demandas e as questões infinitas. A solução, obviamente, está na sistematização do estudo monográfico. No dommio da demografia, essa sistematização garantida pela Société de Démographie Historique em colaboração com a École Pratique dês Hautes Études, pelo Institut National d'Études Démographiques e por algumas universidades; as duas primeiras instituições instituições asseguram publicação das melhores monografias (ou, quando isto não é possível, pelo menos se resumo). Em Aix (Provença), o trabalho de estudantes em final da graduação tem tem sido diredirecionado para análise social da comunidades rurais do século XVIII. Em Caen, Pierre Chaunu faz o mesmo esforço de sistematização para Normandia. No Centre de Recherches su lês Civilisations de TEurope Moderne de Paris, Roland Mousnier concentrou o trabalho de seus estudantes em torno de alguns temas: revoltas do século XVII, funcionários do governo do Antigo Regime e sociedade parisiense durante mesmo período 25 dificuldade alcançar realmente publicações coletivas satisfatórias. Amp los estudos provinc iais continuam a ser empreendidos, muitos estão perto da publicação. Esperamos estudos sobre Anjou, norte da Normandia, região sul de Paris, Lorena, De lfinado, n ado, Provença, Toulouse e Gasconha; outros seguirão um pouco mais tarde26 Esses estudos mais extensos são o único meio de verificar validade de velhas idéias proposições, ou de descobrir novos problemas hipóteses. nova tendência, ao nosso ve correta, de examinar um ou dois problemas em uma ou duas regiões. Assim, po exemplo, trabalho original interessante de François Lebrun sobre os homens e morte em Anjou durante os séculos XVII XVIII aguardado co grande impaciência. Dois de nossos melhores alunos optaram recentemente po concentrar seus esforços no problema do casamento em Champagne e no problema da nomeação na França ocidental, do século XVI a o XIX. Amp los estudos provinciais, concentrando-se num problema importante, através de um análise qu abarque um longo período (u século ou mais) talvez melhor procedimento a ser tomado po aqueles qu desejam manter-se fiéis idéia de investigar a história história local/provincial.
11 NOTAS:
"L'Auxois est terre de mainmorte, 20% dês paroisses du bailliage sont mainmortables".
Po exemplo, o advogado Guy Coquile (1523-1603) escreveu Histoire du pays et (Paris, Vefue A. L. 'Angelier, 1612); outro advogado, Antônio Loisel (1536-1617), escreveu Mémoire dês pays, v!lies, comté et comtes, evesché et
duche de Nivernais
12
evesques, pairrie, commune et personnes de rénom de Beauvais et de Beauvaisis
(Paris, S. Thiboust, 1617). Uma história provincial do século XVII
Histoire du
Berry et du diocese de Bourges (1689). No século XVIII, as histórias provi nciais mais famosas foram: Claude Courtépée e Edmé Béguillet, Description géneále et
vols. (Dijon, 1751-1767), e aquelas por historiadores beneditinos tais como Dom Vaissete (Languedoc), Dom Maurice (Bretagne), Do Plancher. Para conhecimento geral desse tipo de estudo, ver as bibliografias francesas, tais como: Henry Hauser, Lê sources de 1'histoire de France, XVIe siècle, 4 vols. (Paris, A. Picard, 1906-1915); Louis André, Lê sources de 1'histoire de France au XVIIe siècle, vols. (Paris, A. Picard, 1913-1935), especialmente vol. 8,
particuliére du duche de Bourgogne,
cap. XIV, "Histoire provinciale et locale".
Sébastien Vauban, Project d'une dixme royale (Paris, F. Alcan, 1933); para a memória sobre eleição de Vézelay, ver pp. 274-295; para exemplos da Normandia, ver pp 39-42 (e demais páginas).
Messance, Recherches sur Ia population dês généralités d'Auvergne, de Lyon, de Rouen. . . (Paris, Durand, 1766); Messance, Nouvelles recherches sur Ia population
de Ia France. . . (Lyon, 1788).
14
Lucien Febvre, Phillipe II et Ia Franche-Comté (Paris, 1911), a ser republicada resumidamente pela École Pratique dês Hautes Études e Maison dê Sciences de l'Homme. Gaston Roupnel, La ville et Ia c a m p a g n e au XVIIe siècle, étude sur lês Pratipopulations du pays dijonnais (1922), 2? ed. (Paris, Colin, 1955, pela É cole Pratique dês Hautes Études, Seção VI).
Jean Meyer, La noblesse bretonne au XV ê siècle, 1 vols. (Paris, Imprimerie nationale, 1966).
10
Robert Bourtrüche, L'alleu en Bordelais et en Bazadais du Xle au XVIIIe siècle.
(Paris, 1947).
Abel Poitrineau, La vie rurale en Basse-Auvergne au XVIIIe siècle, 1726-1789. vols. (Paris, Presses Universitairesde France, 1965), especialmente pp. 341-344.
Para
Bretanha, Henri Sée, Lê classes rurales en Bretagne du XVIe siècle à Ia (Paris, V. Giard et Brière, 1906) 1906) e alguns estudos de de meus antigos alunos em Rennes, infelizmen infe lizmente te não publicados. Para o sudeste, ver o excelente livro de Armand Sarramon, Lê paroisses du diocese de Comminges en 1786, in Collection Révolution
de Documents inédits su 1'histoire économique de Ia Révolution Française (Paris
1968).
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16
Alexis de Tocqueville, L'Ancien Regime et Ia Révolution; ver o Appêndice, Dê pays d'Etats et en particuüer du Languedoc, especialmen te asúltimas linhas. Alphonse Feillet, La misère au temps de Ia Fronde et Saint Vincent de Paul (Paris, Didier, 1862).
Fernand Braudel, Civilisation matérielle et capitalisme, (Paris, Colin, 1967), 126 (Trigo indiano, séc. XVIII); Emmanuel Lê Roy Ladurie, Lês paysans de Languedoc (Paris, Flammarion, 1969), p. 71 (Trigo indiano, 1637-1678); Georges eGeneviève Frêche, Lê prix dê grains, dê vins et dê legumes à Toulouse, 1486-1868 (Paris, Presses Universi taires de France, 1967), especialmente pp. 20-22 ("De 1'apparition du maTs dans Ia mercuriale," em 1639, certamente, em 1618, com dúvidas).
13 Journal dês voyages en Haute-Guienne de J. F. de Richeprey, in H. Guilhamon, Arquives historiques du Rouergue, XIX (Rdez, 1952); ver especialmente os casos de Sainte-Eulali e du Larzac, p. 140, de Compeyre, p. 168, e muitos outros.
Uma bibliografia quase exaustiva dessa literatura está em Robert de Lasteyrie René Gandilhon, Biblíographie génerále dê travaux historiques et archéologiques publiés par lês soclétés savantes de Ia France (Paris, Imprimerie nationale, 19441961).
9
Pointrineau, La vie rurale en Basse Auvergne; Pierre de Saint-Jacob, Lês paysans de Ia Bourgogne du Nordau dernier siècle de /'Ancien Regime (Paris, 1966), pp. 38-40; Régine Robin, La société française en 1789, Semur-en-Auxois (Paris, 1970), p. 120:
W. G. Hoskins, Studies in Leicestershire Agrarian History in Leicestershire Archeo/o(1949), Essa/s in Leicestershire History (Liverpool, University Press, 1950). Joseph Ruwet, L'agriculture et lês classes rurales au pays d e H e r v e sous l'Ancien Regime (Liège, 1943). B. Slicher van Bath, Ben samenleving onder spanning: geschiedenis van hetplatteland in Overissel (Assen, Va Gorcum, 1957).
gical Society
Pierre Deyon,
Amiens, capitale provinciale, étude sur Ia société urbaine urbaine au XVIIe La production manufacturière en France et sés problemes en XVIIe siècle, n. 70-71 (1866), 47-63.
siècle (Paris e The Hague, Mouton, 1967), especialmente cap. XIII,
17
René Baehrel, Un croíssance. Ia Basse-Provence S.E.V.P.E.N., 1961). (Paris, S.E.V.P.E.N.,
18
E. Lê Roy Ladurie, Lê paysans de Languedoc, "Enquêtes en cours, Dmes et produit net agricole," Annales: e conomias, sociétés, civilisations, 24 (1969), 826832.
19
Michel Morineau, "D'Amsterdam à Séville, de quelles réalités 1'histoire dês prix est-elle lê miroir?" Annales: économies, sociétés, civilisations, 23 (1968), 178-205 (ver p. 196 para osdados os dados de 1661-1700).
20
Sobre a não revolução agrícola, ver: M. Morineau, "Y a-t-il eu une révolution agricole en France au XVIIIe siècle?" R e v u e historique, 92 (19.68), 299-326; Denis Ríchet, "Croissance et blocages en France du XVe au XVIIIe siècle," Annales: économies, sociétés, civilisations, 23 (1968), 759-787; E. Lê Roy Ladurie, citado acima, na nota n? 18; M. Morineau, Révolutions invisibles en France au XVIIIe siècle, agriculture et démographie, a ser publicada no Cahiers dê Annales (1970 ou 1971).
rurale, fin du XVIe siècle-1789.
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22 23 24 25
Ver meu artigo "Historical Demography and the Reinterpretations of Early Modern Research Review", Journal of Interdisciplinary History, n. 1 French History: (1970). Robin, La société française en 1789, pp 229-343, "Lê vocabulaire dês cahiers de
doleances".
Michel Tyvaert e Jean-Claude Giacchetti, Argenteuil, 1740-1790, étude de démographie historique, in Annales de démographie historique (1969), pp. 40-61.
Maryvonne Brassens, "Recherches sur lês biens communaux a l'Est de Paris", mepublicada, Sorbonne, Paris, 1970.
moire de maltrise não
ENSINO E PESQUIS PESQUISAA EM HISTÓRIA ENTREVISTA
M A R I A Y E D D A L I N H A RE RE S *
Ver Annales de démographie historique (1969), pp. 11-292 (vinte estudos monográficos); Michel Vovelle, "Etat présent dês études de structure agraire en Provence
Ia fin de 1'Ancien Regime", Provence historique, n. 74 (1969), 450-484. Annales de Normadie e Cahiers dês Annales de Normadie (estudos dirigidos po Pierre Chaunu). Publicações do Centre de Recherches. sur lês Civilisations de /'Europe Moderne, dirigida po Roland Mousnier; as mais recentes publicações são de Madeleine Foisil, La revolte dês Nu-Pieds et lês revoltes normandes de 1639 (Paris, 1970), Roland Mousnier outros, Lê Conseil du ói de Louis XII à Ia Révolution (Paris, 1970).
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A ser publicada em breve, tese sobre Anjou, po François Lebrun; serem publicadas nos próximos anos, região sul de Paris, po Jean Jacquart; norte da Normandia, por G. Lemarchand; Lorena, por G. Cabourdin; Delfinado, por B. Bonnin; ProvenProvença, por M. Vovelle e R. Pillorget; Toulouse, Toulouse, por G. Freche; Gasconha, Gasconha, por A nne Zink.
Nos dias 19 e 20 de abril do corrente, professora Maria Yedda Linhares concedeu entrevista à Revista A R R A B A L D E S .