TEXTOS DE APOIO ACETATOS ESTUDO DO MEIO HISTÓRIA 4º ANO –
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HISTÓRIA
A História permite-nos conhecer como viviam os nossos antepassados.
Os historiadores e os arqueólogos, através das fontes históricas e dos vestígios arqueológicos, dão-nos a conhecer o nosso passado.
História – é o conjunto dos acontecimentos sociais, culturais, económicos …, considerados importantes para a evolução de um povo.
Historiador – é um especialista que que faz a narração dos factos ou acontecimentos do passado, recorrendo, para tal, às fontes históricas.
Arqueólogo – é uma pessoa que procura e estuda vestígios arqueológicos, para, assim, descobrir o passado do Homem.
Vestígios arqueológicos – tudo o que resta de um grupo de pessoas, animais ou plantas que existiram anteriormente ( monumentos, objectos, utensílios, pinturas rupestres …).
Antepassados – são pessoas que viveram antes de nós e das quais descendemos.
Os acontecimentos históricos têm de ser situados no tempo e no espaço, de forma ordenada, atribuindo-lhes uma data. da ta. O nascimento de Cristo é, para os Ocidentais, o ponto de referência. Os séculos são contados antes de Cristo (a.C.)depois de Cristo ( d. C.). O Século – ( 100 anos) é a unidade de tempo que os historiadores usam, e que se escreve em numeração romana. A localização dos acontecimentos do passado numa linha do tempo forma um friso cronológico. 1
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Os primeiros povos que ocuparam a Península Ibérica De entre os primeiros povos que se fixaram na Península Ibérica, destacam-se as: 1. COMUNIDADES COMUNIDADES RECOLECTORAS.
Comunidades que se alimentavam de tudo o que a Natureza lhe oferecia:
•
•
•
•
•
Frutos silvestres Raízes Grãos Caça Pesca
Estes povos /comunidades recolectoras eram também
nómadas
•
Povos que, sempre que os alimentos acabavam na zona onde estavam a viver iam para outros locais procurar alimento e aí ficavam a viver durante algum tempo.
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2. COMUNIDADES AGRO-PASTORIS
Cabanas
Agricultura
Sedentária Pastorícia
Domesticar animais
Comunidades agro-pastoris, praticavam
a
agricultura e a pastorícia, levando
uma
vida sedentária, pois com a produção agrícola tornou-se indispensável a fixação das pessoas nas terras onde iniciaram as suas plantações ou sementeiras. Também a criação de animais domésticos está estreitamente ligada à vida sedentária. 3
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Os agricultores agarrados aos seus campos sentem a necessidade de instalar junto deles habitações permanentes. Os primeiros camponeses fixaram-se e passaram a ampliar os seus acampamentos e a transformá-los em povoados ou aldeias, substituindo os abrigos por construções, já de longa duração, de madeira e de adobe e, por vezes, até mesmo de pedras sobrepostas.
abrigos
Construções com pedras sobrepostas
Construções com adobe
Casa em madeira e barro/adobe/estuque
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Cevada
Tri o
Aveia
Alimentação
Leite
Pão
Cabra e carneiro
Surgem também os monumentos funerários de construção rude: as antas ou dólmens – são sepulcros formados por enormes esteios de pedra, dispostas mais ou menos a pique, com uma enorme laje a servir de tampa. A palavra dólmen provém da palavra dol (mesa) e men (pedra) – significa mesa de pedra. Era um lugar sagrado onde enterravam os mortos. Junto desse locais foram encontradas vasilhas de barro e outros objectos.
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QUE POVOS HABITARAM NA PENÍNSULA IBÉRICA? Os mais antigos povos que habitaram a Península Ibérica foram os Ligures, nada se sabendo acerca desse povo, apenas que ocuparam as zonas montanhosas do norte. Sabe-se, então, através de vestígios encontrados, que a Península Ibérica foi habitada desde tempos muito antigos por vários povos.
1. Os Iberos foram o primeiro povo a habitar a Península Ibérica!!! Quem eram os Iberos? Os Iberos eram um povo pré-histórico, que já no séc. XI a.C. habitavam a Península Ibérica. Era um povo moreno de estrutura médio, originários provavelmente, do Norte
de
principalmente
África.
Ficaram-se
no
junto
sul,
ao
Mediterrâneo. Usavam o bronze para fabricar armas e escudos de defesa . As suas casas eram circulares, foram os Iberos, que deram o nome à península. Este povo estava dividido em várias tribos. Conheciam a escrita, cultivavam as terras e tratavam dos animais. Segundo as gravuras e pinturas rupestres – gravadas nas rochas – os Iberos já utilizavam nos transportes o carro de rodas. Os Iberos eram também notáveis artistas, tendo-se distinguido no fabrico de estátuas, na ourivesaria e na cerâmica pintada, em cujo fabrico já utilizavam a roda de oleiro. Os principais vestígios da cultura ibérica encontram-se em toda a Andaluzia (Espanha) e no Algarve. A sua religião era politeísta – isto é prestavam culto a numerosos deuses, que simbolizavam forças da natureza ( touro, javali ….) 6
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2. Os Celtas (Séc. VI a.C.) Quem eram os Celtas? Povos guerreiros, louros e robustos, que dominaram grande parte da Europa por quatro séculos. Os celtas são, provavelmente, originários do sudoeste da Alemanha. Segundo Pausânias e César, o nome de celtas era o que a si próprios davam os gauleses chamados Galli pelos
romanos.
Os antigos chamavam celtas ao conjunto de povos que habitavam a Europa Central, desde o Oceano até o mar Negro. Os Celtas trouxeram consigo as últimas modalidades da cultura do ferro. Aperfeiçoaram a metalurgia do ferro, difundiram o seu uso entre nós, fabricando adornos, armas, em especial os punhais, e instrumentos agrícolas, como o arado, a grade e a gadanha. Usavam o carro de rodas maciças e radiadas. Intensificaram a cultura do trigo e da cevada, a criação de porcos e ovelhas, utilizando já o cavalo. Os Celtas também eram ourives, tendo-se desenvolvido o fabrico de jóias de prata e ouro. Os Celtas tinham o hábito de incinerar, isto é, reduzir a cinzas, os seus mortos, guardando-as em urnas de barro que enterravam juntamente com os objectos que pertenciam ao falecido - colares, cinturões, espadas, punhais … São de origem céltica os nomes terminados em dunum – Caladum (Cala Cala – – Montalegre) Montalegre) e briga – briga – Conímbriga Conímbriga (Coimbra) e as palavras clã, chaminé …
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Os Celtas construíram várias povoações fortificadas:
povoações
os castros –
rodeadas de muros de
pedra solta situadas no cimo dos montes,
para
se
defenderem
do
inimigo. As casas eram feitas de pedra, eram redondas
e
outras
rectangulares,
cobertas de giestas ou de colmo (palha),
encontrando-se
ainda
vestígios no norte de Portugal).
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3. Os Fenícios (Sec XII a.C.) Os Fenícios cuja origem, para uns, ainda é desconhecida. Segundo o historiador grego Heródoto (484ac - 430ac) eles teriam vindo do Oceano Índico. Já os estudiosos modernos discordam e acreditam que 5000 anos eles teria migrado da região entre o Mar Morto e o Mar Vermelho. Outros dizem ser um povo de navegadores e comerciantes originários do actual Líbano e da zona costeira da moderna Síria.………………………………………………… Síria.………………………………………………… Os documentos originais dos próprios fenícios não deixam pistas, pois falavam apenas do endereço para o qual haviam mudado e, como aquela região era conhecida na antiguidade – Canaã. Eles se auto-denominaram Cananeus. Deslocaram-se por mar e vieram à procura de metais, como o cobre e o estanho. Também, sabendo da abundância de peixe nas nossas costas, os interessou, tendo desenvolvido entre nós a pesca e a salga do peixe. Os fenícios eram óptimos e competentes comerciantes, pois, transformavam pequenas aldeias em grandes cidades devido ao comércio fervilhante. Os fenícios eram também os mais habilidosos construtores construtores de barcos da antiguidade. Em alguns locais ponde onde passaram passaram não gozaram de boa fama de honrados comerciantes. Isso porque atraíam os filhos dos nativos de uma determinada região onde atracavam para fazer as suas vendas, para conhecer os barcos, e capturavam-nos para os vender como escravos. 9
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Para as suas trocas comerciais, traziam tecidos, vidros, porcelanas, armas, objectos de adorno. Os Fenícios fundaram feitorias no litoral, isto é, uma espécie de postos comerciais. Foram também os fenícios que criaram o primeiro alfabeto, constituído por 22 consoantes. Apesar de não serem originais, não deixando a sua própria cultura, foram importantes por expandir as culturas pelos diversos lugares por onde passaram. Um conhecimento que foi importante, para o desenvolvimento dos povos da antiguidade . Os Fenícios deixaram vestígios da sua presença no Algarve, Alcácer do Sal, Aveiro, Póvoa do Varzim e Âncora.
4. Os Cartagineses ( Séc. VI a.C.) Os Cartagineses são os sucessores dos fenícios, que vêm em auxílio das colónias fenícias atacadas pelos indígenas, disputando aos gregos a hegemonia comercial (superioridade). (superioridade). Dedicaram-se ao comércio de metais e à salga de peixe. Atribui-se-lhe a fundação
de
Portimão
e
outras colónias de pescadores na costa algarvia. 10
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5. Os Gregos (Séc. VII a.C.)
Os Gregos chegaram à Península por volta do séc. VII a.C.. Foram concorrentes comerciais dos Fenícios, fundaram várias colónias tais, como Sagunto na costa do mediterrânica e Alcácer so Sal. Os Gregos introduziram a civilização helénica (civilização/cultura grega) no sul e leste da Península. Deixaram como vestígios da sua presença os vasos gregos de Alcácer do Sal e as moedas encontradas na Serra do Pilar, entre outros.
6. Os Celtiberos Os Celtiberos são o povo que resultou, segundo alguns autores, da fusão das culturas do povo Céltico e a do povo Ibero Ibero,, nativo da Península Ibérica. Ibérica. Habitavam a Península Ibérica, Ibérica, nas regiões montanhosas onde nascem os rios Douro Douro,, Tejo e Guadiana Guadiana,, desde o século VI a.C.. a.C.. Não há, contudo, unanimidade quanto à origem destes povos entre os historiadores. Para outros autores, tratar-se-ia de um povo Celta que adoptou costumes e tradições iberas. Estavam organizados em gens - uma espécie de clã familiar que ligava as tribos, embora cada uma destas fosse autónoma, numa espécie de federação.
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7. Os Lusitanos De entre os Celtiberos distinguiu-se o grupo dos Lusitanos, povo que teve grande influência na história da Península e, em especial, no nosso território, senso a sua pátria a Lusitânia. Os Lusitanos eram guerreiros destemidos, que combatiam a pé ou montados em cavalos, manejando com destreza o punhal, a espada curta, a lança de ferro comprida com ponta de bronze e o dardo. Cobriam a cabeça com um capacete de couro ou metal e protegiam-se com um escudo de couro redondo e côncavo. Usavam polainas de tecido de linho grosso ou de couro. Viviam em tribos, em pequenas casas redondas ou quadrangulares feitas de pedra tosca, com o chão de terra batida e cobertas de colmo. Construíam-nas no cimo dos montes para melhor se defenderem do inimigo. Estas povoações fortificadas, protegidas por muralhas – castros ou citânias – espalhavam-se pelo Norte do País, como a Citânia de Briteiros, Briteiros, Sanfins, Sanfins, Penafiel … Os Lusitanos Lusitanos dedicavam-se, dedicavam-se, principalmente principalmente à pastorícia, pastorícia, à caça, à pesca, mas também à cultura de cereais e do linho, à criação de animais domésticos. A lavoura era feita com o arado de relha pau com relha de ferro. Arado de madeira 12
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Também desenvolveram a metalurgia, o curtimento de peles, a tecelagem de linho e lã e fabricaram objectos de barro. Vestiam-se com peles de animais e tecidos grosseiros de lã – usavam um manto de lã grosseira ou de pele de cabra. As mulheres enfeitavam-se com colares, braceletes e arrecadas. Os Lusitanos alimentavam-se à base de carne, peixe, leite de cabra, castanhas, pão fabricado com bolotas de carvalho ou castanhas moídas, azeitonas, figos, cerejas... bebiam água e uma espécie de cerveja que fabricavam de cevada. O vinho era usado apenas em dias festivos. Não faziam uso do dinheiro, pois o comércio era feito através da troca de produtos. A religião dos Lusitanos era politeísta – adoravam vários deuses: o Sol, a Lua, os bosques, os montes, os rios... Também praticavam o culto dos mortos, sendo os cadáveres queimados e as suas cinzas enterradas com algumas peças dos falecidos. Viriato, pastor da serra da Estrela, foi o mais famoso chefe dos Lusitanos, que por várias vezes derrotou os romanos.
Monumento a Viriato em Zamora-Espanha
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OS ROMANOS E OS LUSITANOS
Os romanos, romanos, naturais de Roma, na Itália, eram um povo muito poderoso e civilizado, com destreza na arte da guerra, e senhor de um vasto Império, com enorme desejo do poder e das riquezas. No séc. III a.C., os Romanos invadiram a Península Ibérica para a dominarem e se apoderarem das suas riquezas. Nesse tempo, a Península Ibérica era habitada por Celtas (ao norte do rio Douro) e pelos Lusitanos que habitavam a zona entre o Douro e o Tejo. Embora os Romanos tivessem um numeroso exército, bem organizado e armado, depararam com grande resistência, sendo os LUSITANOS o povo que mais se lhes opôs. Os Romanos, vendo que não conseguem vencer os Lusitanos pelas armas, propõem-lhes a paz, prometendo distribuir-lhes terras mais férteis e ensiná-los a cultivá-las. Os Lusitanos depõem as armas e descem das montanhas, mas verificam que foram enganados, pois os soldados romanos cercam-nos e estes indefesos, são massacrados traiçoeiramente. Perante a crueldade dos Romanos, os Lusitanos escolhem para seu chefe VIRIATO e combatem o inimigo. Viriato, ágil e destemido pastor e caçador do Montes Hermínios, hoje Serra da Estrela, conhecedor do terreno, organizou os seus homens, e
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venceu os romanos, através de emboscadas e mesmo em campo aberto. Viriato era visto como o terror de Roma. Roma . Sentindo-se envergonhados, os generais romanos, usaram a traição, contrataram três companheiros de Viriato, que o assassinaram enquanto dormia. VIRIATO é o símbolo da “ VIRIATO independência lusitana, foi um dos maiores chefes militares da Antiguidade ” . ” . Após o assassinato de Viriato, convidaram Sertório para chefiar os Lusitanos na luta contra os Romanos. Sertório depois de ter ganho várias batalhas contra os romanos, formou um governo independente organizado à imitação de Roma, já que ele foi um valoroso general afastado de Roma por questões políticas. Sertório estabeleceu em Évora a capital da Lusitânia; fundou as primeiras escolas onde se ensinava o latim e o grego; educou os Lusitanos nos usos e costumes romanos. À Semelhança de Viriato, também Sertório foi assassinado à traição por Perpena, num banquete. Após dois séculos de lutas, os Romanos dominaram a Península Ibérica até à invasão dos Bárbaros. Bárbaros . A LUSITÃNIA passa a ser uma província do Império Romano. Roma, não se limitou a explorar economicamente a Península Ibérica, pois, durante os oito séculos de ocupação, os romanos desenvolveram uma notável acção de Romanização da Península: construíram pontes, aquedutos, templos, estradas… e desenvolveu-se desenvolveu -se a agricultura, o comércio e a indústria. Os Romanos também deixaram a língua (latim), os costumes, a religião, o direito e a moeda. Existem vestígios dos Romanos por todo o país: Viseu – Cava Cava de Viriato; Acampamentos militares em Viseu – velha – nos nos arredores de Coimbra; Cidade velha – Ruínas de povoações e de muralhas como Condeixa – a – a - Velha – Velha – Conímbriga; Restos dos balneários em Milreu (Estói-Faro), Tróia (Setúbal); Termas medicinais de Vizela e de Chaves 15
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INVASÕES DO BÁRBAROS A Península Ibérica foi invadida no séc. V por vários povos , a que os Romanos chamaram Bárbaros Bárbaros,, pelo facto desses povos não falarem a sua língua (latim) e não assimilarem a cultura Romana. Dentre os povos Bárbaros que mais se destacaram foram: Suevos – que que ocuparam os Suevos – o norte da Lusitânia e a Galiza. os Visigodos – que se fixaram a nordeste da Península.
INVASÃO DOS MUÇULMANOS, ÁRABES OU MOUROS
No século VIII, ano de 711, os Muçulmanos, também conhecidos por Árabes ou Mouros, vindos do norte de África, invadiram e dominaram toda a Península Ibérica, com excepção de um pequeno território, no Norte – Norte – as as Astúrias. Astúrias. A religião praticada praticada pelos habitantes habitantes da Península era o Cristianismo Cristianismo.. Os Muçulmanos, praticavam outra religião – o Islamismo – e tinham costumes e maneiras de viver diferentes. 16
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Os Muçulmanos, designados por Árabes ou Mouros, permaneceram em Portugal mais de 500 anos. anos . Deixaram-nos muito da sua civilização, tendo a sua influência sido mínima para Norte do Douro, mais acentuada nas regiões da Estremadura Estremadura e Beira Litoral e muita mais acentuada ainda no Sul, em especial no Algarve. Os Árabes possuíam muitos conhecimentos científicos: científicos :
na Matemática – Matemática – deixaram-nos deixaram-nos os números que ainda hoje usamos na Arquitectura na Astronomia na Escultura na Poesia na Música na Medicina
Os Muçulmanos desenvolveram a agricultura introduzindo: introduzindo : 1. novas técnicas de regadio: a nora; o açude; cegonha ou picota canais de condução de água o chafariz. 2. novos processos de moagem: a azenha o moinho de vento Foram também eles que trouxeram novos frutos: frutos : o limão o damasco a amêndoa Também as novas técnicas e instrumentos de navegação, como a bússola e o astrolábio são outros exemplos da influência muçulmana. mu çulmana. Dedicaram-se também à construção de edifícios religiosos, ou mesquitas e palácios, de que existem vestígios em Portugal. Deixaram-nos cerca de 600 palavras, palavras , como Algarve, algodão, algarismo, azeitona, açúcar, alface, alfarroba, alecrim, azeite, chafariz, zero, azenha, albufeira, albarda, almude, fardo, arroba, armazém, almocreve, alforge, Alfândega, nora, açude … Os Mouros foram expulsos definitivamente de Portugal em 1249 1249… … 17
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RECONQUISTA CRISTÃ NOVOS REINOS E CONDADOS Nas regiões montanhosas das Astúrias, ao norte da Península Ibérica, refugiaram-se as populações cristãs chefiadas por Pelágio, que se organizaram e começaram a recuperar as terras ocupadas pelos muçulmanos – Reconquista cristã. A primeira batalha travada foi a de Covadonga, na qual os mouros foram derrotados e Pelágio é aclamado rei. Ficou, assim, formado o primeiro reino cristão das Astúrias. As lutas entre Cristãos e Mouros prosseguem, ficando a Península Ibérica dividida em vários reinos cristãos: Reino de Leão – ocupava o território que compreendia a Galiza e que veio a chamar-se Reino de Leão e Galiza; Reino de Castela; Reino de Navarra; Reino de Aragão; O rei D. Afonso VI, muito poderoso, ficou a governar o Reino de Leão. Para melhor se defender dos Mouros, fundou o Condado Portucalense, que abrangia o território compreendido entre os rios Minho e Mondego. A designação de Portucalense deriva de Portucale Portucale,, antiga Cale – povoação situada junto à foz do rio Douro, onde, actualmente, fica parte da ribeirinha de Vila Nova de Gaia. Da palavra Portucale ( do latim portus portus,, porto e Cale Cale), ), formou-se, mais tarde, o nome de Portugal. 18
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O CONDADO PORTUCALENSE D. Afonso VI, rei de Leão e Castela, foi ajudado nas lutas contra os Mouros, por muitos cavaleiros/nobres estrangeiros, que vinham combater pela fé cristã – cristã – Cruzados. Cruzados. De entre eles destacaram-se, pela sua valentia e serviços prestados, D. Raimundo e seu primo D. Henrique, Henrique, dois cavaleiros franceses. Como recompensa, D. Afonso VI deu: deu :
a D. Raimundo, Raimundo, a sua filha D. Urraca e o governo da Galiza – região de Espanha - até ao rio Tejo.
a D. Henrique a sua filha, D. Teresa, em casamento e o Condado Portucalense, território, compreendido entre os rios Minho e Mondego, que o conde D. Henrique Henrique passou a governar – governar – as principais povoações eram Braga, Coimbra, Portucale, Chaves, Viseu e Guimarães.
O conde D. Henrique ao casar com D. Teresa e receber o Condado Portucalense, ficou vassalo (dependente/subordinado) de seu sogro, rei de Leão e Castela – D. Afonso VI – tendo para com o rei deveres deveres:: auxiliá-lo na guerra; comparecer nas reuniões mais importantes do governo do rei de Leão e Castela. 19
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FORMAÇÃO DE PORTUGAL D. Henrique ficou responsável pelo governo do Condado Portucalense, com o título de Conde, tendo apenas de pr estar pr estar vassalagem ao rei de Leão e Castela, D. Afonso VI. Fixou a capital do Condado em Guimarães. No castelo de Guimarães viveu o Conde D. Henrique e D. Teresa onde, provavelmente, veio a nascer o seu filho D. Afonso Henriques, que viria a ser o primeiro rei de Portugal – por isso se diz que o castelo de Guimarães foi o berço da nacionalidade Portuguesa. O Conde D. Henrique vê reunidas todas as condições para que o seu Condado se torne Independente, como era o seu sonho, pelo que lutou contra os Muçulmanos e até contra o rei de Leão, mas morreu sem o conseguir. Após a sua morte, D. Teresa assumiu o governo do Condado, dado o seu filho D. Afonso Henriques ter apenas três anos de idade. Apesar de D. Teresa querer continuar o sonho de seu marido, nada consegue, tendo alguns fidalgos galegos tomado parte na administração do condado, o que leva à revolta, de alguns fidalgos e do próprio filho – filho – D. D. Afonso Henriques. Aos 14 anos, D. Afonso Henriques – filho do Conde D. Henrique e de D. Teresa – arma-se – arma-se a si próprio cavaleiro (1125), na Catedral de Zamora.
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Em 24 de Junho de 1128, D. Afonso Henriques derrotou D. Teresa – sua – sua mãe – e os seus partidários na Batalha de S. Mamede, Mamede, junto a Guimarães. D. Afonso Henriques, tomou conta do governo do Condado Portucalense e D. Teresa retira-se para a Galiza. Portugal passa a ser governado exclusivamente pela gente portuguesa, de que era primeira figura D. Afonso Henriques. Henriques . A sua acção desenvolve-se em três frentes: VII , contra o seu primo Afonso VII, rei de Leão e Castela, para conseguir a independência política de Portugal; os muçulmanos contra (MOUROS), a sul, para conquistar novas terras; com a Santa Sé, Sé, para que o Papa o reconheça como Rei, e Portugal como Reino Independente. Sendo um dos grandes desejos de D. Afonso Henriques, libertar-se de Leão e alcançar a independência, independência, invade a Galiza e em 1137 1137,, na Batalha de Cerneja, Cerneja, derrotou as forças leonesas. Aproveitando a ocasião de D. Afonso Henriques se encontrar em lutas no norte, os Mouros invadem o Condado a Sul e conquistam Tomar e Leiria. A PAZ DE TUI D. Afonso Henriques viu-se forçado a pedir a paz a seu primo - A PAZ DE TUI – que assinou em 1137 1137,, cessando, assim, as hostilidades com D. Afonso VII (rei de Leão e Castela) e troca as terras conquistadas na região norte por Tomar e Leiria. D. Afonso Henriques continua a perseguir perseguir os Mouros e vence-os na na memorável Batalha de Ourique, Ourique, no Alentejo, em 25 de Julho de 1139 – desbaratou um poderoso exército comandado por 5 reis mouros. 21
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Segundo a lenda, na manhã do combate, D. Afonso Henriques e os soldados tiveram uma visão que os deslumbrou: Cristo apareceu-lhes, incitando-as à batalha. Alcançada a vitória, D. Afonso Henriques mandou pintar no escudo da Bandeira Nacional cinco pequenos escudos azuis (quinas ), para se lembrar da vitória sobre os cinco reis mouros; e em cada um dos cinco escudos, mandou pintar cinco pontos brancos que representam as cinco chagas de Cristo. Depois desta vitória, D. Afonso Henriques intitula-se REI DOS PORTUGUESES. No dia 1 de Novembro de 1139 – D. Afonso Henriques (D. Afonso I) é coroado Rei de Portugal em BRAGANÇA. TORNEIO DE ARCOS DE VALDEVEZ D. Afonso Henriques regressão ao norte e, anulando a paz de TUI, invade de novo a Galiza, mostrando ao rei de Leão o seu enorme desejo de se tornar independente. D. Afonso VII avança sobre o território do Condado Portucalense até Arcos de Valdevez (Minho), onde, em 1140, se travam combates à moda de torneio – dois – dois cavaleiros combatem, à espada ou lança – lança – saindo saindo vitorioso os portugueses. D. Afonso VII propõe, então a paz a D. Afonso Henriques e é assinado o convénio de Valdevez, a fim de pôr termos às lutas. TRATADO DE ZAMORA Só em 1143, pelo Tratado de Zamora, Zamora , é reconhecida, por D. Afonso VI, a Independência de Portugal e concedido o título de Rei a D. Afonso Henriques – nasce assim uma nova Pátria – Pátria – PORTUGAL. PORTUGAL. Em 1179, o Papa Alexandre III reconhece D. Afonso Henriques como Rei e o seu Estado como Reino, através de um documento designado por “ Bula Manifestis Probatum”. Probatum ”. 22
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1ª DINASTIA D. AFONSO HENRIQUES – HENRIQUES – O O Conquistador – 1128 – 1128 - 1185 Com a ajuda dos cruzados D. Afonso Henriques continuou a reconquistar terras aos Muçulmanos, alargando as fronteiras do reino para Sul, até Évora e Alcácer do Sal.
Os passos mais importantes do seu reinado foram:
Fundação do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra em 1131 Pacificação interna do reino e alargamento do território através de conquistas aos Mouros Mouros – – o o limite sul estabelecido para o Condado Portucalense – Portucalense – e e assim Leiria em 1135 1135;; Santarém em 1146;; Lisboa 1146 Lisboa,, Almada e Palmela em 1147 1147;; Alcácer Alcácer em em 1160 e quase todo o Alentejo (que posteriormente foi de novo recuperado pelos Mouros).
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D. SANCHO I – I – O O Povoador – 1185 – 1185 - 1211 Em 1185 morreu D. Afonso Henriques – o Conquistador - e sucedeu-lhe seu filho D. Sancho I – o Povoador , que, conforme o nome indica, se ocupou mais do povoamento do que das conquistas. D. Sancho I, ocupou-se então do povoamento das terras que herdara de seu pai. Reorganizou a defesa das fronteiras, mandou construir castelos, fundou povoações e mandou vir colonos estrangeiros a quem entregou terras com a obrigação de as cultivarem e defenderem. Doou também terras às Ordens Religiosas. D. Sancho I, I, conquistou os castelos de Alvor, Albufeira e a cidade de Silves, no Algarve, com auxílio de uma armada dos Cruzados
Todavia, os Mouros reforçam as suas tropas e reconquistam os restantes territórios do Algarve, recuperando todas as povoações que D. Afonso Henriques conquistara ao Sul do Tejo, excepto a cidade de Évora. Quando morre D. Sancho I, em 1211, as fronteiras de Portugal são exactamente as mesmas que herdara de seu pai D. Afonso Henriques. 24
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D. AFONSO II – II – O O Gordo – Gordo – 1211 1211 - 1223 A D. Sancho I, sucedeu seu filho D. Afonso II, que teve o cognome de “O Gordo”, por ser muito nutrido. A principal preocupação de D. Afonso II foi a administração do Reino, Reino, tendo, no entanto, prosseguido também o alargamento do território. D. Afonso II, auxiliado por uma armada de Cruzados e membros das Ordens do Hospital, Templários e S. Tiago da Espada, reconquistou Alcácer do Sal, em 1217, que tinha sido tomada aos Mouros por D. Afonso Henriques. D. Afonso II, faleceu em Coimbra em 1223. D. Sancho II – II – O O Capelo – Capelo – 1223 1223 – – 1248 1248 A D. Afonso II, sucedeu seu filho D. Sancho II, que teve o cognome de “Capelo” por ter usado, em criança, o hábito de frade Franciscano como satisfação de uma promessa da mãe. Neste reinado fizeram-se numerosas conquistas a Sul do Tejo, de que se destacam: Elvas, Moura, Serpa, Mértola, Beja, Tavira. Ao fim do reinado de D. Sancho II, a fronteira Sul de Portugal é a linha de separação do Alentejo e do Algarve. D. Sancho II é deposto pelo Papa Inocêncio IV, em 1245, acusando-o de administrar mal o Reino e de permitir certos abusos aos Nobres. 25
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D. AFONSO III – III – O O Bolonhês – Bolonhês – 1248 1248 – – 1279 1279 Por deposição de D. Sancho II, em 1248, assumiu a Regência do Reino seu irmão D. Afonso III, cognominado o Bolonhês por ter casado com a condessa de Bolonha e foi proclamado Rei, após a morte de seu irmão, em 1249. Foi no reinado de D. Afonso III que se conquistou Faro (1249) e toda a região do oeste Algarvio (1250). Esta conquista do Algarve levantou alguns problemas com o rei de Leão, que só pela intervenção do Papa foi restabelecida a paz entre os dois monarcas. D. Afonso III, entretanto casa, pela segunda vez, com D. Beatriz, filha ilegítima de Afonso X, rei de Leão e Castela. O filho de D. Afonso III e de D. Beatriz, futuro rei D. Dinis, ainda de tenra idade, ficou com o senhorio do Algarve, por acordo com o seu pai, rei de Portugal e seu avô materno, Afonso X, rei de Leão e Castela.
D. AFONSO III CEDE O CONTROLO DO REINO A SEU FILHO D. DINIS – DINIS – 1279 1279 - 1325 D. Dinis, o Lavrador, assim cognominado, dado ter sido a agricultura que lhe mereceu os seus maiores cuidados. Foi, aliás, no reinado de D. Dinis que se fixaram os limites definitivos do nosso território.
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No reinado de D. Dinis, iniciou-se um período de grande prosperidade, pois desenvolveu: a agricultura, mandando plantar o pinhal de Leiria e de Azambuja e criando leis que protegiam os terrenos de cultivo; o comércio, com a criação de novos mercados e feiras; e as actividades marítimas, mandando vir do estrangeiro marinheiros experimentados; a cultura/educação, criando a primeira universidade, com o nome de “Estudos Gerais”, em 1290, tendo, pela primeira vez, o Português sido reconhecido como língua oficial do Reino. Foi pelo Tratado de Alcanizes (1297) que se regularizaram algumas questões fronteiriças com a Espanha. A partir desta data Portugal Continental tem as fronteiras de hoje, com excepção de Olivença perdida para a Espanha, no séc. XIX.
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D. AFONSO IV – IV – O O Bravo – Bravo – 1325-1357 1325-1357 Filho de D. Dinis, D. Afonso IV, sucedeu a seu pai. Recebeu o cognome de o “Bra “ Bravo”, vo”, pela sua valentia na luta contra os Mouros na grande batalha do Salado em 1340, em conjunto com o exército do rei de Castela, que lhe pediu auxílio. D. Afonso IV: desenvolveu a marinha e organizou duas expedições às ilhas Canárias, em 1336 e 1341. Ordenou que os Juízes não pertencessem à terra onde faziam os julgamentos, mas sim os Juízes de Fora, Fora , de outras terras a fazê-los. Desenvolveu o país criando várias povoações, novos concelhos, feiras e mercados; Transferiu a Universidade para Coimbra em 1354. No reinado de D. Afonso IV, em 1348, apareceu a Peste Negra, grande calamidade que matou cerca de um terço da população. D. Afonso IV, faleceu em 1357. D. PEDRO I – I – O O Justiceiro – Justiceiro – 1357 1357 -1367 D. Pedro I, foi cognominado o Justiceiro, Justiceiro , porque “amava a justiça e era muito amigo de a fazer direito” – era – era imparcial e recto na justiça. Medidas importantes de D. Pedro I – I – o o Justiceiro : reuniu as Cortes de Elvas, em 1361, onde foram tomadas medidas importantes em benefício do povo. Decidiu que qualquer ordem vinda do Papa, em relação a Portugal. Só teria valor depois de assinada e publicada pelo rei – Lei conhecida por “Beneplácito Régio”. Empenhou-se na prosperidade do país e foi um bom administrador. D. Pedro I faleceu em 1367. 1367 . 28
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D. FERNANDO – FERNANDO – O O Formoso – Formoso – 1367 1367 – – 1383 1383 D. Fernando, sucedeu a seu pai D. Pedro I, em 1367, sendo o cognome de Formoso devido à sua beleza e distinta figura. D. Fernando julgava-se com o direito ao trono de Castela, com quem sustentou três guerras, mas em nenhuma delas os Portugueses foram felizes, tendo até, na terceira, pedido auxílio aos Ingleses e termina com um tratado que estabelece o casamento de D. Beatriz, única filha de D. Fernando, com D. João I de Castela. Medidas de D. Fernando: Em 1373 foi assinado um tratado de aliança e amizade entre Portugal e Inglaterra – a – a Aliança Anglo - Portuguesa – Portuguesa – que que facilita e desenvolve o nosso comércio externo, aliança que se tem mantido até aos dias de hoje. Sesmarias – lei lei publicada em 1375, para combater a crise Lei das Sesmarias – agrícola (motivada pelas guerras e pestes), obrigando os desleixados, os mendigos e vadios válidos a cultivarem as terras. – para fomentar a construção de Desenvolveu a construção naval – para barcos com mais de 100 toneladas, para transporte de mercadorias, permitiu a utilização gratuita das madeiras das matas reais; havia também isenção de direitos na importação de ferro e outros materiais para a construção de barcos. Criou em Lisboa e no Porto a “Companhia das Naus”, em 1380 – Bolsa de Seguros Marítimos para indemnizar os proprietários dos navios, no caso de naufrágio ou de danos sofridos – os – os donos dos navios pagavam uma percentagem sobre os lucros recebidos. Desenvolveu o comércio interno e o comércio marítimo com o estrangeiro, facilitando a exportação de mercadorias com a isenção de impostos alfandegários – provocou – provocou o aparecimento da Burguesia. Transferiu a Universidade de Coimbra para Lisboa em 1377. Fundou povoações, reparou castelos e protegeu as cidades de Lisboa e Porto com fortes muralhas. D. Fernando faleceu em 1383.
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2ª DINASTIA – DINASTIA – de de Avis SÉCULOS XIV E XV 1385 – 1385 – 1580 1580 Com a morte de D. Fernando, o último rei da 1ª dinastia, surgiu o problema da sucessão ao trono. D. Beatriz, sua filha única, estava casada com o rei de Castela e o povo temeu que, se esta fosse aclamada rainha, chegasse ao fim a independência de Portugal. A maioria da nobreza e do clero estava ao lado de D. Beatriz, mas o povo,, alguns nobres e a burguesia desejavam para rei D. João, povo Mestre de Avis – deu-se início à crise de 1383-1385 e à Guerra da Independência entre Portugal e Castela. Castela . * GRUPOS/CLASSES SOCIAIS
Clero – conjunto de pessoas que se dedicam à religião: bispos, párocos, monges … ordens militares, que também pertenciam ao clero.
Nobreza – grupo privilegiado formado por pessoas ilustres e ricas, com grande poder militar. O título de nobre era concedido pelo rei.
Povo – era o grupo social menos favorecido. Tinha muitas obrigações e poucos privilégios. Correspondia à maioria da população.
1383 – D. Leonor Teles assume a Regência do Reino e proclama a sua filha, D. Beatriz, rainha de Portugal – ao que se opõe o povo, porque tal conduziria à perda da Independência de Portugal. - D. João, Mestre de Avis, assassina o traidor Conde João Fernandes Andeiro, conselheiro de D. Leonor Teles e depois é aclamado Regedor e Defensor do Reino.
1384 – os reis de Castela, para quem Leonor Teles transfere os poderes, invadem Portugal e cercam Lisboa por terra e por mar, mas são vencidos por D. Nuno Álvares Pereira na Batalha dos Atoleiros (Alto Alentejo).
1385 – D. João – Mestre de Avis, é aclamado rei de Portugal nas Cortes de Coimbra, com o nome de D. João I – iniciou-se – iniciou-se assim a 2ª Dinastia – Dinastia – Dinastia Dinastia de Avis. 30
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D. JOÃO I – I – o o de Boa Memória – Memória – 1385 1385 – – 1433 1433 D. João I ( Mestre de Avis), era filho (bastardo) de D. Pedro I e de D. Teresa de Lencastre, foi cognominado o de Boa Memória pela grata recordação que deixou a todos os portugueses. D. João I foi o primeiro rei da segunda dinastia1, chamada de Avis, porque o monarca era o Mestre da Ordem de Avis. D. João I, foi aclamado rei nas Cortes de Coimbra – 1385 – foi o principal senhor da Independência Nacional. Homem simples, mas inteligente, culto, valente, previu que os castelhanos invadissem novamente Portugal, pelo que preparou a sua defesa: Nomeou Dr. João das Regras para o lugar de primeiro ministro; 2 Nuno Álvares Pereira para o de Condestável do Reino; poder – os poderes Iniciou uma política de centralização do poder – eram concentrados na pessoa do rei, reduzindo assim a influência do Clero e da Nobreza. Conforme previa D. João I, o rei de Castela invadiu de novo Portugal, avançando até Trancoso, tendo sido derrotado, pelos portugueses, na Batalha de Trancoso – Trancoso – 29-05-1385 29-05-1385.. O rei de Castela invadiu novamente Portugal, com um poderoso exército de 32 mil homens, entrando pela Beira Baixa em direcção a Leiria com destino a Lisboa. Os Portugueses, entre Leiria e Alcobaça, num total de 7mil homens, comandados por D. João I e D. Nuno Álvares Pereira, derrotam-nos na mais importante batalha – a Batalha de Aljubarrota – Aljubarrota – 14 14 de Agosto de 1385. Decorrido algum tempo, depois da Batalha de Aljubarrota, D. Nuno Álvares Pereira resolve invadir o território Castelhano, travando-se em Valverde, a Batalha de Valverde – Valverde – 15 15 de Outubro de 1385.
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série de soberanos (reis) pertencentes a uma mesma família;
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nome que se dava antigamente ao chefe supremo do exército
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Em pleno combate , Nuno Álvares Pereira afasta-se para o meio de dois penedos e vai rezar. Os seus homens sentem-se perdidos e chamam-no, ao que ele responde: - aguardai um pouco e acabarei de orar. Ainda não é tempo, amigo… De repente Nuno Álvares Pereira ergue-se e incita os seus homens: cada um a quatro…
A batalha estava ganha e a partir de então, o rei de Castela não voltou a invadir Portugal. Em da
memória mais importante Batalha – BATALHA DE ALJUBARROTA – – D. D. João I – mandou construir o Mosteiro da Batalha – Batalha – situado situado a 3Km do local onde ela se travou. ALIANÇA COM INGLATERRA Já D. Fernando tinha estabelecido uma aliança com Inglaterra, aquando das lutas com Castela. D. João I confirma e reforça essa aliança inglesa em 1386 , estabelecendo um tratado de aliança e amizade que ainda hoje existe – existe – Tratado Tratado de Windsor . Ficou então estabelecido o casamento de D. João I com D. Filipa de Lencastre, neta do rei de Inglaterra Inglaterra.. Deste casamento nasceram:
D. Duarte D. Pedro D. Henrique D. Fernando
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EXPANSÃO MARÍTIMA PORTUGUESA Após a Guerra da Independência, Portugal encontrava-se em dificuldades económicas, tendo falta de cereais, ouro e prata – riquezas que se encontravam nos mercados de África e Ásia – razões pelas quais se deu início à expansão marítima.. marítima Ou seja a expansão correspondia aos interesses das várias categorias sociais, que no seu conjunto formavam a população portuguesa FACTORES QUE CONTRIBUIRAM PARA A EXPANSÃO MARÍTIMA PORTUGUESA 1. Factores de vontade nacional:
A expansão interessava ao rei – porque o alargamento do território, além de ser uma boa forma de ocupar os nobres, dava-lhe maior prestígio e poder e, sobretudo, nova fontes de riqueza; A expansão interessava ao clero – clero – porque porque tinha interesse em expandir/divulgar/propagar expandir/divulgar/propagar a fé cristã; A expansão interessava à nobreza nobreza – – porque, porque, dado a principal actividade da nobreza ser a guerra, esta permitia-lhes não só exercitar a sua actividade mas também receber 3 4 recompensas: tenças , comendas , capitanias5… A expansão interessava aos mercadores – porque assim podiam alargar o comércio, obter matérias primas na origem e revendê-las com bom lucro; A expansão interessava, finalmente, ao povo – porque foi uma forma de emigração com a consequente possibilidade de uma vida económica melhor
3. Factores fundamentados fundamentados na experiência e na ciência
Os portugueses, naturais de um país à beira mar, desde cedo se dedicaram à pesca, à extracção do sal, ao comércio e à navegação. Naturalmente, foram adquirindo, pela prática, conhecimentos ao que acresceram os progressos científicos da arte de navegar.
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Pensão com que se re muneram/pagam serviços. antigo benefício concedido a eclesiásticos e a cavaleiros de ordens militares 5 distritos em que se dividiram a princípio as ex-colónias de Portugal 4
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4. Factores de origem geográfica
Portugal tinha já na altura uma extensa linha de costa, com muitos e bons portos e é o país europeu mais próximo, ao mesmo tempo, da África e da América, pelo que se situava em posição privilegiada para a expansão marítima.
Os grandes impulsionadores deste empreendimento foram os filhos de D. João I – I – d. d. Duarte, D. Pedro, e em especial D. Henrique. A primeira grande expedição, que assinala o início da expansão marítima portuguesa, inicia-se em 25 de Julho de 1415, 1415 , com direcção a Ceuta – Ceuta – chefiada chefiada por D. João I e seus filhos D. Duarte, D. Pedro e D. Henrique. Ceuta era uma rica e populosa cidade moura do Norte de África – centro importante de comércio e a chave de entrada no Mediterrâneo, à entrada do estreito de Gibraltar. Desembarcaram em Ceuta no dia 21 de Agosto de 1415, ocupando a Praça de Ceuta. Após a conquista de Ceuta , D. João I, armou os seus filhos cavaleiros na mesquita de Ceuta – convertida em templo cristão – concedendo: a D. Pedro o título de duque de Coimbra a D. Henrique o de duque de Viseu a d. Duarte herdeiro do trono, por ser o filho mais velho O Infante D. Henrique era conhecido no Mundo inteiro por Henrique, o Navegador – Navegador – homem culto e estudioso, empreendedor, que muito se interessava pela arte de navegar. Após a conquista de Ceuta, o Infante D. Henrique volta-se definitivamente para a expansão além-mar – propagando – propagando a fé cristã e descobrindo e conquistando novas terras. Para conseguir este desejo, o Infante fixa-se em SAGRES, no Algarve, fundando a Escola Náutica de Sagres, rodeando-se de – cartógrafos , astrónomos, matemáticos e homens conhecedores da arte de navegar – para preparar as viagens marítimas dos Portugueses. 34
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Foram construídas barcas barcas,, caravelas e naus.
foram utilizados instrumentos de navegação: bússolas, quadrantes e astrolábios desenharam-se mapas e cartas de marear mandou vir do estrangeiro cartógrafos, geógrafos e marinheiros experientes, para ensinarem os portugueses a arte de navegar.
Os marinheiros do Infante iniciam, então os descobrimentos:
em 1418, descobrem, no Atlântico, a ilha de Porto Santo em 1419, descobrem, no Atlântico, a ilha da Madeira em 1427, descobrem, no Atlântico, as ilhas do arquipélago dos Açores em 1431, descobrem a ilha de Santa Maria e iniciam a colonização e povoamento de todas as ilhas.
O Infante D. Henrique veio a falecer em 13 de Novembro de 1460.
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D. DUARTE – DUARTE – o o Eloquente – Eloquente – 1433 1433 - 1438
A D. João I, sucedeu D. Duarte, cognominado o eloquente pelo seu grande amor às letras – tendo – tendo escrito alguns livros. No reinado de D. Duarte, em 1434, Gil Eanes passa o Cabo Bojador – fantasma dos navegadores – cujas lendas o tinham por “Mar Tenebroso”, que engolia as embarcações a as gentes. Com esta travessia abriram-se novos caminhos para Sul de África, que se sabia serem ricas em ouro, prata p rata e marfim. D. Duarte Duarte tentou conquistar a cidade cidade mourisca mourisca de Tãnger, Tãnger, que cercou em 1437, sob o comando dos infantes D. Henrique e D. Fernando. Os mouros repeliram os Portugueses que retiraram, sob a condição de entregarem Ceuta, deixando como refém D. Fernando. Mas, reunidas as cortes de Leiria, decidiram não entregar Ceuta, dado ter sido o primeiro sinal dos Portugueses em África e, assim, D. Fernando ficou em cativeiro durante cinco anos, em Fez, onde veio a falecer – ficou – ficou conhecido pelo Infante Santo. Desgostoso, com o desastre de Tãnger, D.Duarte veio a falecer em 1438 vítima de peste.
D. AFONSO V – V – o o Africano – Africano – 1438 1438 -1481 D. Afonso V, filho de D. Duarte, herda o trono em 1438, por morte de seu pai, mas como ainda era criança, assumiu o governo do Reino, sua mãe D. Leonor. D. Afonso V, aos 14 anos assume o poder – poder – em 1446. Foi no reinado de D. Afonso V que foi introduzida a imprensa em Portugal. D. Afonso V, conquista 3 cidades aos mouros, no norte de África: África : Alcácer Ceguer (1458); Arzila, Tânger e Larache (1471). Em 1456, 1456, os navegadores Diogo Gomes e Cadamosto, descobrem a Costa da GUINÉ. 36
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Em 1470, 1470, os navegadores João de Santarém e Pedro Escobar, descobrem as ilhas de S. Tomé e Príncipe. Em 1472, Álvaro Esteves Esteves passou o Equador. D. Afonso V pretende ocupar o trono de Castela, mas o exército castelhano derrota o exército português na Batalha de TORO em 1746. D. Afonso V, recebeu o cognome de Africano pelas conquistas que realizou em África – pelo que após tais conquistas adoptou o título de Rei de Portugal e dos Algarves, daquém e dalém-mar em África.
D. JOÃO II – II – o o Príncipe Perfeito – Perfeito – 1481 1481 - 1495 D. João II, dotado de grande inteligência e de vontade forte, teve o cognome de Príncipe Perfeito pelo talento com que conduziu o seu governo, fazendo de Portugal uma nação grande e poderosa. D. João II, deixa de reunir as Cortes, centraliza em si o poder – torna-se – torna-se um rei absoluto. No reinado de D. João II:
Em 1482, Diogo Cão chega á foz do rio Zaire Em 1487, Bartolomeu Dias dobra o cabo das Tormentas, permitindo a ligação entre o oceano Atlântico e o Índico. D. João II muda então o nome de cabo para Cabo da Boa Esperança, pois a sua passagem tornava mais próxima e possível a descoberta do caminho marítimo para a Índia.
CRISTÓVÃO COLOMBO – COLOMBO – era era um navegador italiano, que veio a Portugal, onde aprendeu aprendeu a ciência da arte da navegação. navegação. Pensou em chegar à Índia, navegando pelo Ocidente – baseando-se – baseando-se na ideia de que a Terra era esférica e, assim, tanto se podia alcançar a Índia, navegando por oriente, como pelo ocidente – o – o que propôs a D. João II, que rejeitou. Cristóvão Colombo, apresentou então a proposta à rainha de Castela, que aceitou. Em 1492, atinge as Antilhas, convencido que havia descoberto as Índias, mas era um novo continente – a América. No regresso o navegador faz escala em Lisboa e comunica ao rei D. João II a sua descoberta, fazendo-lhe notar o erro em não ter aceite os seus serviços.
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D. João II, em resposta diz-lhe que as terras que ele descobriu eram pertença da Coroa de Portugal, por força do Tratado, entre os reis portugueses e espanhóis, de Alcáçovas em 1479. É evidente que quem custeou a armada não renunciou à descoberta, surgindo um conflito entre Portugal E Espanha que só foi resolvido pelo Tratado de Tordesilhas em 1494 - considerava a terra dividida por uma linha traçada de Poço a Pólo; as terras descobertas ou a descobrir, situados a ocidente dessa linha, pertenciam aos Espanhóis; as terras situadas para oriente seriam dos Portugueses. D. João II usou o título de Rei de Portugal e dos Algarves, daquém e dalém-mar em África e Senhor da Guiné.
D. MANUEL I – I – o o Venturoso – Venturoso – 1495 1495 – – 1521 1521 Como D. João II, não tinha filho legítimo, sucedeu-lhe seu primo D. Manuel. D. Manuel foi cognominado de Venturoso devido ao esplendor do seu poderio e riqueza e à vastidão dos seus domínios. Exerceu um governo absoluto, absoluto, pois poucas vezes reuniu as Cortes. D. Manuel I expulsou de Portugal todos os Judeus e Mouros que não quisessem converter-se à religião cristã – os que se converteram foram chamados de cristãos-novos cristãos-novos.. No reinado de D. Manuel I: Em 1497, Vasco da Gama chega a CALECUT – estava descoberto o caminho marítimo para a Índia
Vasco da Gama
Para recordar o feito de Vasco da Gama, o rei D. Manuel I mandou construir o Mosteiro dos Jerónimos, Jerónimos , em Belém (Lisboa), grande obra de arte, no estilo Manuelino – assim chamado por ter atingido o seu esplendor no reinado de D. Manuel I.
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Em 1500, Pedro Álvares Cabral descobre o Brasil Brasil.. Pedro Álvares Cabral
PRIMEIRA VIAGEM DE CIRCUM-NAVEGAÇÃO Alguns navegadores estrangeiros estiveram ao serviço dos reis de Portugal, mas também alguns navegadores portugueses estiveram ao serviço dos reis estrangeiros. O navegador português Fernão de Magalhães, ao serviço do rei de Espanha, inicia, em 1519, uma viagem de circum-navegação provando a esfericidade da Terra. Fernão de Magalhães não terminou a viagem, tendo falecido nas Filipinas, pelo que a viagem foi continuada pelo seu colega Sebastião de Elcano, que terminou no mesmo ponto onde tinha começado, dando a primeira volta à Terra.
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D. JOÃO III – III – o o Piedoso – Piedoso – 1521 1521 – – 1557 1557 D. João III, III, filho de D. Manuel I, a quem sucedeu, casou com D. Catarina de Espanha e teve o cognome de Piedoso pelos seus sentimentos religioso – pois prestou especial atenção à evangelização dos territórios portugueses em África (Ultramar). D. João III, herdou uma má administração dos reinados anteriores, anteriores , e a crise económica aumentou no seu reinado, pelo que se viu obrigado – sem força para conservar o Grande Império Português – a abandonar Safim, Azamor, Alcácer Ceguer e Arzila, no Norte de África – África – eram eram um “sumidoiro” de gente e dinheiro. D. João III, manda dividir o Brasil em grandes zonas – chamadas capitanias – capitanias – para para o colonizar e defender, entregando-o a donatários ou capitães, ficando o rei com o monopólio do pau-brasil e com o quinto dos metais e pedras preciosas. Muitas famílias portuguesas dirigiram-se para o Brasil, onde fundaram importantes importantes cidades: Recife, Rio de Janeiro, S. Paulo … Os colonos dedicavam-se sobretudo á agricultura, tendo introduzido no Brasil: algumas ferramentas de trabalho : enxada, foice, arado, machado …; as culturas de cereais; espécies de animais domésticos; as culturas da vinha, da laranjeira e da cana-de-açucar levada da Madeira e de S.Tomé. Exploraram-se as primeiras riquezas do Brasil: as madeiras, o açúcar, o gado e o tabaco. D. João III, rei culto, protege as artes e letras e transfere, em 1537, a Universidade de Lisboa para Coimbra, onde ficou até hoje hoje.. Foi no reinado de D. João III, que se instalou em Portugal a Inquisição – 1536 – que se destinava a julgar todas as questões sobre heresia 6, magia, maus costumes, verificar os livros a publicar, proibindo as obras contrárias aos princípios da doutrina e da moral religiosa. A China doou aos Portugueses – em 1557 – o território de Macau como recompensa dos serviços prestados na luta contra os piratas do mar Amarelo. 6
doutrina contrária aos princípios da Igreja Católica
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D SEBASTIÃO – SEBASTIÃO – o o Desejado – Desejado – 1557-1578 1557-1578 D. Sebastião Sebastião herdou o trono de seu avô, D. D. João III, em 1557, porque todos os filhos deste rei tinham falecido. Como D. Sebastião, só tinha três anos de idade, governou como regente sua avó D. Catarina e, depois, seu tio-avó o Cardeal D. Henrique, irmão de D. João III. Com 14 anos de Idade, D. Sebastião, assume o governo do Reino, que teve o cognome de o Desejado por ter sido muito desejado pelos Portugueses antes de nascer, porque não havia outro descendente directo do rei. D. Sebastião, logo que subiu ao poder:
Impôs a redução das despesas Combateu tudo quanto fosse imitação estrangeira Ordenou que se mantivessem os costumes portugueses
Viveu nesta época o grande poeta Luís de Camões – em 1572 foi publicada a primeira edição de “Os Lusíadas”, poema que canta os feitos glorioso dos Portugueses – dedicando a sua obra ao rei D. Sebastião. O maior sonho do rei D. Sebastião era recuperar as cidades abandonadas por seu avô D. João III, no Norte de África: Safim, Azamor, Alcácer Ceguer e Arzila. Arzila. Preparou, então, então, um forte exército exército de 18 000 homens e embarcou para o Norte de África. Em 4 de Agosto de 1578 trava-se a sangrenta batalha de Alcácer Quibir, entre Portugueses e Mouros, tendo as nossas tropas sido esmagadas pelos Mouros, que dispunham de 70 000 homens bem treinados. D, Sebastião foi aconselhado a fugir, mas ele recusando responde: “ Morrer, sim, mas devagar!...” e desapareceu para sempre. O desastre de Alcácer Quibir teve para Portugal graves consequências, porque D. Sebastião era solteiro e não tinha sucessores a não ser seu tio D. Henrique, já idoso (66 anos de idade), doente e era sacerdote. 41
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A CRISE DE 1578 – 1578 – 1580 1580 CARDEAL D. HENRIQUE – HENRIQUE – o o Casto – Casto – 1578-1580 1578-1580 O cardeal D. Henrique, tio-avô de D. Sebastião, sucede a D. Sebastião. Como o Cardeal-Rei não tinha herdeiro directo, apareceram logo vários pretendentes ao trono de Portugal ( netos de D. Manuel I):
D. Catarina, Duquesa de Bragança; D. António, Prior do Crato; O Príncipe de Parma; D. Filipe II, rei de Espanha, neto de D. Manuel I, por parte de sua mãe D. Isabel.
O pretendente que tinha mais direito era D. Catarina de Bragança, pelo que D. Henrique se inclinava mais para a sua escolha. Filipe II de Espanha ao saber das intenções do Cardeal-Rei, mandou para Portugal Cristóvão de Moura, português-traidor – português-traidor – ao ao serviço do rei de Espanha – para que iniciasse uma campanha com dinheiro e promessas, para que os Portugueses tomassem partido do rei de Espanha. D. Henrique mantém-se hesitante, perante opiniões divididas, e não escolhe o seu herdeiro, mandando reunir as Cortes, primeiro em Lisboa – Lisboa – onde onde nada se decide – decide – e e depois em Almeirim, onde também não conseguem eleger o novo rei – a maior parte dos procuradores era a favor do rei de Espanha. FEBO MONIZ, procurador do povo de Lisboa, numa atitude patriótica, protestou e defendeu a escolha de um rei português, pois com a nomeação de um rei estrangeiro, estaria em risco a Independência de Portugal – nada – nada fica decidido e o Cardeal D. Henrique morre, em 1580, sem ter designado o seu sucessor. Foi nomeada uma Junta Governativa composta por 5 membros, adeptos de Filipe II, a que foi entregue o governo da Nação. Filipe II, aproveitando a desorientação do País, invade Portugal com um poderoso exército. Em 10 de Junho de 1580 morre, em Lisboa, o poeta Luís de Camões exclamando antes de expirar: “ Morro com a Pátria”. 42
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D ANTÓNIO – ANTÓNIO – Prior Prior do Crato – Crato – 19/06/1580 19/06/1580 a 25/08/1580 D. António, Prior do Crato, neto de D. Manuel I, é aclamado rei em Santarém, em 19 de Junho de 1580, marchando sobre Lisboa, onde é acolhido com delírio. É então travada a Batalha de Alcântara, entre as tropas de Filipe II – II – que que invadiram Portugal – e – e o reduzido exército destroçado na Batalha de Alcácer Quibir, e Portugal sai vencido, passando o nosso país a ser de Filipe Filip e II. D. António refugia-se em Santarém e passa para o norte do país, sendo protegido pelas populações, apesar de Filipe II de Espanha oferecer grandes somas em dinheiro e privilégios a quem lho entregasse vivo ou morto. D. António foi depois para a França e Açores – aqui resistiu aos ataques da esquadra espanhola, mas é derrotado, apoderando-se os espanhóis das ilhas dos Açores. D. António acaba por morrer em França, em 1585, desiludido, por não ter conseguido a Independência de Portugal.
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3ª DINASTIA – DINASTIA – FILIPINA FILIPINA Séc. XVI e XVII 1580-1640 Em 1580, o rei de Espanha invadiu Portugal e, vencendo os portugueses, tornou-se rei de Portugal com o nome de Filipe I. Portugal perdeu a sua Independência e dói governado durante 60 anos por três reis espanhóis:
Filipe I – I – o o Prudente – Prudente – 1580 1580 a 1598 Filipe II – II – o o Pio – Pio – 1598 1598 a 1621 Filipe III – III – o o Grande – Grande – 1621 1621 a 1640
Nesse período, os portugueses foram obrigados a combater nas guerras em que Espanha estava envolvida. Os impostos aumentaram A indústria, a agricultura, o comércio foram abandonados O nosso Império na Ásia, na África e na América foi sendo ocupado por holandeses, franceses e ingleses.
Esta realidade deu origem a um descontentamento geral, pois os Portugueses compreendiam que só uma revolução bem organizada podia trazer a libertação do “jugo estrangeiro”. F ormou-se um grupo de 40 portugueses chamados “Os Conjurados” ( D. Antão de Almada, D. Miguel de Almeida, D. João Pinto Ribeiro e o Padre Nicolau da Maia, entre outros) que prepararam a revolução. Na manhã de 1 de Dezembro de 1640,, encontram-se no Terreiro do 1640 Paço, em Lisboa, numerosas carruagens. Mal acabam de soar as primeiras badaladas das nove horas, saem os fidalgos conspiradores, dirigem-se ao Paço da Ribeira onde vivia a duquesa de Mântua, representante do rei Espanhol, e seu secretário, o renegado português Miguel de Vasconcelos. 44
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Entram no palácio e procuram Miguel de Vasconcelos que, apesar de se esconder dentro de um armário, é morto e atirado por uma janela para a rua. A duquesa duquesa de Mântua, pretende pretende resistir mas é presa. presa. O velho fidalgo, D. Miguel de Almeida, assoma a uma janela do Palácio e grita : “LIBERDADE. LIBERDADE. VIVA EL-REI D. JOÃO IV! O DUQUE DE BRAGANÇA é o nosso legítimo Rei!” Portugal renasce e liberta-se do jugo espanhol que durou 60 anos. anos. Iniciou-se a 4ª Dinastia.
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4ª DINASTIA – DINASTIA – de de Bragança Séc. XVII a XX 1640 – 1640 – 1910 1910 D JOÃO IV – IV – o o Restaurador – 1640 – 1640 - 1656 D. João IV, era filho do 7º duque de Bragança, Bragança , foi confirmado rei de Portugal em 15 de Dezembro de 1640. 1640. Tem o cognome de Restaurador, por ter restaurado a Independência de Portugal. Inicia-se assim a 4ª Dinastia chamada de Bragança ou Brigantina, por ser iniciada com D. João IV, duque de Bragança Bragança.. D. João IV, NAS Cortes de Lisboa em Janeiro de 1641, toma medidas urgentes para assegurar a defesa do reino: reino :
Organiza um exército permanente; Reorganiza a marinha; Desenvolve a indústria de armamento; Fortifica as zonas fronteiriças com a Espanha; Estrutura Estrutura a economia.
Os espanhóis, não aceitando a situação, e não desistindo da ideia de reconquistar Portugal, invadiram o nosso território através do Alentejo, mas são repelidos – inicia-se – inicia-se a Guerra da Restauração que só termina no reinado de D. Afonso VI, ao fim de 28 anos, com a vitória dos portugueses. D. João IV consagrou então, Portugal a Nossa Senhora da Conceição, em Vila Viçosa, em 25 de Março de 1646 – a – a partir dessa data, Nossa Senhora é a Padroeira de Portugal. D. João IV faleceu em 1656.
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D AFONSO VI – VI – o o o Vitorioso – Vitorioso – 1656 1656 - 1683 D. Afonso VI, filho de D. João IV, (casou ( casou com D. Maria Francisca Isabel de Sabóia, de França) França ) herdou o trono, quando tinha apenas 13 anos de idade, pelo que tomou conta da regência do reino a rainha viúva D. Luísa de Gusmão. D. Afonso VI, teve o cognome de Vitorioso , devido às vitórias que se alcançaram contra os espanhóis, no seu reinado. Durante o seu governo deu-se uma das batalhas mais importantes da Guerra da Restauração: a Batalha das Linhas de Elvas, Elvas , ficando vitoriosos os portugueses. D. Luísa de Gusmão renovou a aliança de Portugal com a Inglaterra para nos ajudar na Guerra da Restauração, aliança que foi reforçada pelo casamento da princesa D. Catarina, irmã de D. Afonso, com o rei de Inglaterra, Carlos II – como – como dote de casamento demos aos ingleses a praça de Tânger, na África, e o porto e ilha de Bombaim, Bomb aim, na índia. D. Afonso VI, toma conta do poder em 1662, mas como este rei era bastante doente e não tinha sido educado para governar, escolheu o Conde de Castelo Melhor para primeiro-ministro a quem entregou a direcção dos negócios do reino. O Conde de Castelo Melhor organizou o nosso exército para continuar as lutas com Espanha, e Portugal alcança a vitória, na Guerra da Restauração, nas Batalhas de: d e:
Ameixial, em 1663; Castelo Rodrigo, em 1664; Montes Claros, em 1665.
Os espanhóis acabam por desistir de conquistar Portugal e a paz entre Portugal e Espanha é assinada em Fevereiro de 1668. D. Afonso VI abdica do trono – entre o infante D. Pedro, irmão de D. Afonso VI, e o Conde de Castelo Melhor surgem divergências porque o infante pretende tomar conta do poder. A rainha D. Maria Francisca (mulher (mulher de D. Afonso VI) VI) pede a anulação do casamento e casa com D. Pedro, aliando-se ao grupo contrário ao rei. 47
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O conde de Castelo Melhor é afastado e D. Pedro assume o poder com o título de Príncipe Regente, em 1667. D. Afonso VI é preso e levado para a Ilha Terceira e depois para Sintra, onde vem a morrer em 1683.
D PEDRO II – II – o o Pacífico – Pacífico – 1683 1683 – – 1706 1706 D. Pedro II, era irmão de D. Afosno VI, e foi cognominado o Pacífico por ter assinado o tratado de paz com Espanha, em 1668, ainda durante a sua regência, pondo termo à Guerra da Restauração. O Conde de Ericeira foi ministro de D. Pedro, tendo tomado algumas medidas para proteger a indústria e a agricultura:
Contratou artífices em França e Inglaterra industrialização do reino; Criou e desenvolveu as fábricas: . de têxteis na Covilhã, Manteigas, Lisboa . de fundição em Lisboa e Tomar Promoveu a exploração de minas de ferro.
para
a
D. Pedro II reuniu as cortes em 1697, com o objectivo de garantir a sucessão ao trono de seus filhos. Foram as últimas Cortes que se realizaram em Portugal no período de mais de um século – com a abolição das Cortes estabelece-se em Portugal o Absolutismo, Absolutismo, isto é os reis ficam senhores absolutos do poder. Em 1703 é celebrado o Tratado de METHWEN, com a Inglaterra, com o objectivo de proteger a agricultura – estabelecia – estabelecia a troca de vinhos do Porto por tecidos de lã ingleses. No reinado de D. Pedro II, descobriram-se no Brasil mais minas de ouro e diamantes – as – as pessoas que as descobriam recebiam um prémio em dinheiro e tinham o direito à sua exploração por conta própria, pagando um imposto ao rei chamado o quinto. No séc. XVIII Portugal terá recebido cerca de 8 a 10 000 arrobas de ouro do Brasil provenientes de impostos.
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D. JOÃO V – V – o o Magnânimo – Magnânimo – 17061706- 1750 D. João V, filho de D. Pedro II, tomou conta do governo com 17 anos de idade. Ao longo do seu reinado, de quase meio século, fizeram-se grandes realizações que beneficiaram a cultura artística, artística, literária e científica – por este motivo foi cognominado o Magnânimo Magnânimo.. Graças às riquezas vindas do Brasil, no reinado, construíram-se monumentos muito importantes, como o Convento de Mafra, a Basílica de Lisboa e o Aqueduto das Águas Livres e o país atingiu um bom desenvolvimento. O Rei D. João V nunca chegou a convocar as Cortes – foi um rei absoluto, que concentrou todos os poderes na pessoa do rei, embora recebesse o povo e atendesse as suas reclamações ou pedidos. D. João V reorganizou o exército e a marinha, de tal modo que Portugal passou a ser uma das primeiras potências navais da Europa.
Convento de Mafra
Aqueduto das águas Livres
Basílica de Lisboa
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D. JOSÉ I – I – o o Reformador – – 1750 – 1750 – 1777 1777 D. José I, filho de D. João V, herdou o trono de seu pai, e teve teve o cognome de Reformador devido às grandes reformas que se fizeram no seu reinado. D. José I, foi também um rei absoluto – absoluto – o o poder concentrava-se todo na pessoa do rei – o rei recebe de Deus todo o Poder e só a Deus dará contas do seu governo. governo . D. José I logo que subiu ao trono nomeou para primeiro ministro Sebastião José de Carvalho e Melo, Melo , a quem deu o título de Conde de Oeiras e, mais tarde, o de Marquês de Pombal. Pombal. O Marquês de Pombal recebe do rei todos os poderes. Partidário do absolutismo: abateu todas as instituições que pudessem limitar o poder do rei. Aproveitando o pretexto do atentado de que foi alvo D. José, mandou prender e executar muitos fidalgos, acusados de cumplicidade, dentre os quais se destaca a família dos Távoras, que foi condenada à morte e executada com grande crueldade. Acusou também os Jesuítas de cúmplices no atentado ao rei, e por isso persegue a Companhia de Jesus: . tira-lhes os bens; . fecha-lhes as escolas e os colégios; . expulsa os Jesuítas de todo o território nacional; . interrompe as relações com a Santa Sé, durante 9 anos, mandando sair de Lisboa o Núncio Apostólico; . manda prender o bispo de Coimbra. Em 1755 ocorreu o terramoto de Lisboa que destruiu quase toda a cidade. Na recuperação da capital do país notabilizou-se o Marquês de Pombal, que com calma e inteligência, tomou medidas, mandando cuidar dos vivos, enterrar os mortos, procurar abrigo para os que ficaram sem lar e organizou a segurança pública, castigando severamente os salteadores.
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Seguidamente reconstruiu a cidade com grande saber e grandiosidade. O Marquês de Pombal tomou também medidas para: 1. o desenvolvimento da agricultura, comércio e indústria:
Proíbe a saída de ouro e prata para o estrangeiro e a importação de artigos considerados de luxo; Desenvolve a cultura de cereais e introduz no país novas culturas; Cria a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro – tinha o monopólio do comércio dos vinhos da região e exportação para o Brasil; Cria no Brasil a Companhia do Grão-Pará e Maranhão e a Companhia de Pernambuco e Paríba – com o privilégio exclusivo das navegações e do comércio, nessas regiões; Cria a Companhia Geral das Pescas do Algarve; Funda a primeira refinaria de açúcar; Cria fábricas de tecidos, vidros e papel.
2. a protecção ao exército e á marinha:
reorganizou o exército; desenvolveu a marinha fortificou algumas praças de guerra
3. protecção à instrução: instituiu o ensino primário oficial, criando c riando muitas escolas; criou escolas régias que deram origem ao ensino secundário; fundou a Aula do Comércio, destinada a preparar técnicos de Contabilidade; criou o Real Colégio dos Nobres, para a educação dos filhos das famílias fidalgas; a reforma da Universidade e criou as promoveu Faculdades de MATEMÁTICA E FILOSOFIA; Instituiu a Imprensa Nacional; Criou o imposto designado Subsídio Literário – destinado às despesas com a instrução; D. José I acabou com a escravatura em Portugal Continental e concebeu a liberdade aos índios do Brasil. Acabou também com a distinção entre cristãos-novos e cristãos-velhos. D. José I faleceu em 1777.
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D. MARIA I – I – a a Piedosa – Piedosa – 1777 – 1777 – 1816 1816 D. Maria I, filha de D. José I, a quem sucedeu, teve o cognome de Piedosa, por ter profundos sentimentos religiosos. O governo de D. Maria I caracteriza-se pelo equilíbrio, competência e progresso espiritual e material do país. D. Maria I, pretendeu, desde logo, acalmar os ânimos, pelo que tomou algumas medidas: afasta o Marquês de Pombal e manda libertar todos os presos políticos: reorganiza o exército e a marinha; protege a assistência; faz uma Concordata com a Santa Sé. D. Maria I, tomou também medidas: 1. para a protecção à agricultura, comércio e indústria: indústria :
manda extinguir as Companhias de Grão Pará e Maranhão, Pernambuco e Paraíba ; moderniza a agricultura e introduz novas culturas; celebra um tratado de comércio com a Rússia; cria novas fábricas; promove a abertura de estradas e a exploração de minas.
2. para o desenvolvimento da cultura:
criou muitas escolas primárias e de ensino médio; fundou várias Academias; fundou a Casa Pia de Lisboa (por iniciativa de Pina Manique)Manique)para educar crianças pobres e órfãs; criou a Biblioteca Pública de Lisboa e o Colégio Militar.
3. Construção:
Foram mandadas construir a Basílica da Estrela, o Palácio de Queluz e o Teatro de S. Carlos; Em 1790 inaugurou-se a primeira iluminação pública, a azeite, azeite , nas ruas de Lisboa.
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Em 1791 a rainha D. Maria I adoece gravemente, devido a grandes desgosto com a morte do marido, mãe e filho mais velho, passando a governar o seu filho D. João.
D. JOÃO VI – VI – o o Clemente – Clemente – 1816 1816 - 1826 D. João VI, filho de D. Maria I, sobe ao trono por morte de sua mãe, passando a usar o título de D. João VI, que teve o cognome cognome de Clemente, devido devido à sua bondade e disposição em perdoar. D. João VI, transferiu a Corte e o Governo de Lisboa para o Rio de Janeiro – Brasil, em virtude das invasões francesas. francesas . Em 1807, Napoleão Bonaparte, imperador de França, exigiu que Portugal fechasse os seus portos aos navios ingleses, por estar em guerra com Inglaterra. Dado que Portugal não obedeceu, os franceses invadiram Portugal, dando-se início às invasões francesas. Perante tal ameaça, a rainha D. Maria I e seu filho D. João, refugiaram-se no Brasil. D. João VI nos treze anos que passou no Brasil, criou um “Brasil Moderno”, pelo que determinou que o Brasil fosse elevado á categoria de Reino, dando lugar à formação do Reino Unido de Portugal e Brasil. D. João VI passou a usar o título de Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, d’áquem e d’além Mar em África e Senhor da Guiné. As invasões francesas trazem para o país as ideias liberais, que vão ganhando cada vez mais adeptos. A ausência prolongada do rei e o aumento dos impostos fez crescer o descontentamento do povo, originado um período de revoluções constantes. Em 1820, o descontentamento da população culminou com a revolução liberal que exigia, entre outras coisas, o regresso do rei a Portugal. D João IV regressou a Portugal em 1821. Em 1822, o Brasil tornou-se independente, mas só em 1825 D. João VI reconheceu a independência do Brasil. 53
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D. PEDRO IV – IV – o o Libertador – 1826-1828 – 1826-1828 Antes de falecer, D. João VI, nomeou um Conselho de Regência, para governar o país até à eleição do legítimo herdeiro da coroa, mas morre sem indicar o sucessor, pelo que se formam dois partidos: . o Liberalista – Liberalista – representado representado por D. Pedro, o imperador do Brasil; . o Absolutista – Absolutista – representado representado por D. Miguel, que era bem aceite pela maioria dos portugueses. O Conselho de Regência escolhe D Pedro para rei de Portugal. D. Pedro IV, IV, filho de D. João VI, sucedeu a seu pai, tendo sido cognominado Libertador, por ter dado uma Constituição ao país. Como D. Pedro era Imperador do Brasil, abdicou do direito ao trono de Portugal a favor de sua filha D. Maria da Glória, com apenas sete anos de idade. Para evitar a luta entre os dois partidos, D. Pedro resolve que a sua filha case com seu tio D. Miguel. Quando a rainha tivesse a idade própria casaria com seu tio D. Miguel e ambos governariam o reino de acordo com a Carta Constitucional. D. Miguel aceitou a proposta mas não veio a cumprir a promessa.
D. MIGUEL – MIGUEL – o o Absolutista – Absolutista – 1828 – 1828 – 1834 1834 D. Miguel, irmão de D. Pedro IV, teve o cognome de Absolutista, por ser partidário da monarquia absoluta. D. Miguel, apesar de ter jurado a Carta Constitucional, viu, mais tarde, que não era capaz de governar segundo a política liberal, pelo que reune as Cortes à maneira antiga, com os representantes do Clero, da Nobreza e do Povo, que o aclamam rei absoluto, começando a governar, faltando a todas as promessas. Os Liberais reagem à proclamação de D. MIGUEL, e inicia-se uma Guerra Civil entre Liberais e Absolutistas que se estende de 1829 a 1834.
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D. MARIA II – II – a a Educadora – Educadora – 1834-1853 1834-1853 D. Maria II, filha de D. Pedro IV, foi cognominada a Educadora pela esnerada educação que deu a seus filhos. O reinado de D. Maria II continua muito agitado, dado que uns querem a Carta Constitucional, outros optam pela Constituição de 1822. Portugal encontrava-se esgotado devido às lutas travadas com as invasões francesas e às lutas entre Absolutistas e Liberais. O Império Ultramarino Português, em especial Angola e Moçambique, começa a ser cobiçado por outros povos. D. Maria II, nomeia, o Marquês de Sá da Bandeira, ministro ministro,, que logo publicou grandes reformas para o ultramar: Aboliu a escravatura; escravatura; Distribuiu terras pelos colonos; Promoveu explorações mineiras; Fomentou a cultura do algodão, café, cana-do-açucar, dando até prémios aos agricultores que mais se distinguissem. D. Maria II, mais tarde com o governo de Costa Cabral, houve grandes reformas ao nível do ensino: ensino :
Alargou o ensino primário a todo o território; Criou um liceu nas capitais de distrito; Desenvolveu o ensino técnico; Criou escolas Normais para a preparação de professores; Criou a Academia de Belas Artes e as Escolas MédicoCirúrgicas de Lisboa e Porto.
Também no reinado de D. Maria II, houve outras realizações importantes:
construiram-se estradas e pontes; iniciou-se a construção construção do primeiro primeiro caminho de de ferro; construíu-se a primeira ponte metálica sobre o rio Douro, no Porto; reorganizaram-se os correios e começaram a circular em Portugal os primeiros selos de correio (1853).
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D. PEDRO V – V – o o Esperançoso – Esperançoso – 1853-1861 1853-1861 D. Pedro V, filho de D. Maria II, a quem sucedeu, tomou conta do poder logo que atingiu a maioridade, tendo o cognome de Esperançoso, devido à grande esperança que nele depositavam os portugueses. O rei pensava, e muito bem, que só com o estud o e o trabalho podem fazer grandes povos. Apesar do seu curto reinado, com a cooperação do ministro das obras públicas, Fontes Pereira de Melo, foram realizadas importantes obras. Também se preocupou com a valorização intelectual dos Portugueses, continuando a criar escolas primárias e fundando, em Lisboa, o Curso Superior de Letras e o Observatório Astronómico da Ajuda. A Cólera e a Febre Amarela, foram duas terríveis epidemias que mataram muita gente no seu reinado, chegando mesmo a rainha a morrer com esta doença. D. Pedro V, faleceu em 1861, com apenas 24 anos de idade.
D. LUÍS I – I – o o Popular – 1861 – 1861 - 1889 D. Luís, sucedeu a seu irmão D. pedro V, que não deixou descendência. Teve o cognome de Popular, pela maneira como convivia com todos os Portugueses. D. Luís I foi animado pelo propósito de fazer progredir Portugal, pelo que as obras continuam e as leis também. D. Luís publicou o Código Civil e aboliu definitivamente a escravatura em todos os territórios portugueses. Acabou com a pena de morte em Portugal, por crimes civis. No reinado de D. Luís houve em Portugal muitos homens notáveis na literatura, nas artes e nas ciências.
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As grandes potências europeias, sobretudo a Inglaterra, a França e a Alemanhã, lançam olhos cobiçosos sobre os territórios portugueses em África, pelo que o governo de D. Luís I organiza expedições ao interior africano para provar que aquelas terras nos pertencem. D. Luís faleceu em 1889.
D. CARLOS I – I – o o Diplomata – Diplomata – 1889-1908 1889-1908 D. carlos I, filho de D. Luís I, a quem sucedeu, foi cognominado de Diplomata porque soube prestigiar o nome de Portugal, tanto no país como no estrangeiro. Em 1890, a Inglaterra envia um Ultimato a Portugal para que abandone o território compreendido entre Angola e Moçambique, ao que Portugal é obrigado a ceder, o que indigna os portugueses. No seu reinado são lançadas Campanhas de Pacificação em África. D. Carlos I, visitou oficialmente a França, a Espanha, a Alemanha e a Inglaterra, visitas que foram retribuídas. A rainha D. Amélia – esposa de D. Carlos I – cria a Assistência Nacional aos Tuberculosos. No reinado de D. Carlos, as lutas partidárias continuam, sendo o rei acusado e culpado de tudo. Em 1907 D. Carlos I , dissolve as Cortes e chama João Franco para formar governo – governo – governo de violência e repressão (ditadura), que não solucionou os graves problemas económicos dos Portugueses. Na tarde de 1 de Fevereiro de 1908, ao regressar a Família Real de Vila Viçosa, são abatidos a tiro no Terreiro do Paço, em Lisboa, D. Carlos I e o Principe herdeiro D. Luís Filipe. A monarquia entra em agonia.
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D. MANUEL II – II – o o Patriota ou Desventurado – Desventurado – 1908-1910 1908-1910 D. Manuel II, filho de D. Carlos I, a quem sucedeu, foi cognominado o Patriota ou Desventurado devido ao seu amor à Pátria e à fraca sorte que teve no seu reinado. D. Manuel I, muito jovem e mal preparado para ser rei, com conselheiros pouco capazes, encontrou sérias dificuldades, no seu reinado. Continuando a acção diplomática de seu pai, visitou a Espanha, a França e a Inglaterra, onde foi recebido com muito brilho. D. Manuel II demite João Franco e nomeia um governo de coligação chefiado por Ferreira do Amaral, que concede amplas liberdades à oposição. Os republicanos continuam activos e alargam os seus apoios. Todavia, todos os males se atribuem à monarquia e o partido republicano afirmava que só uma mudança de regime poderia slavar Portugal. No dia 4 de Outubro de 1910 rebenta em Lisboa uma revolução republicana que saindo vitoriosa, termina com a monarquia em Portugal, dando lugar à República. D. Manuel II é afastado e embarca com a família para o exílio, fixando-se em Inglaterra onde passam a viver. Apesar de o governo da República não permitir que o rei voltasse a Portugal, o monarca nunca esqueceu a sua Pátria, pelo que com os seus bens da Casa de Bragança, Bragança, criou, por testamento, a Fundação da Casa de Bragança que doou a Portugal. Por vontade d' El -Rei D . M anu el I I , expressa expressa no seu testament testamento o de 20 de Setembr Setembro o de 1915, foi cri cr i ada a Fu ndação da Casa de Br agança em em 1933, um ano após a sua morte mor te ocorr i da a 2 de Jul ho de 1932. …Governo Português decidiu legislar no sentido de dar cumprimento à vontade do Rei. Assim, no Diário do
Govern o, I Sé r i e, 266, de 21 de N ovembr ovembr o de 1933, pu bli bl i ca-se o Decreto-L D ecreto-L ei n º23240, or i giná gi nár i o do M i ni sté r i o das F i nan ças, que " tor na l egal" a F un dação. Os fi ns da F un dação res r esul ul tam f un damental mente do citado ci tado D ecreto-L ei nº n º23240 , on o n de se di spõe spõe qu e a F u n daç da ção con co n star sta r á: a) D o mu seu seu e bibl i oteca da Casa de Br agança, i nstal ados no Paço de Vi l a V i çosa; b) D a E scola A grícola de D. Carl os I , i nstalada em Vendas Novas; Novas;
c) De um fundo cujos rendimentos serão aplicados em favor de instituições portuguesas de beneficência e utilidade pública, designadamente da Misericórdia de Vila Viçosa.
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