PRIMEIROS PASSOS...
Historicamente, o corpo humano em sua forma e movimento é investigado, estudado e analisado desde à Antiguidade. As diversas relações relações advindas do corpo em em movimento movimento e a busca busca por entender entender os sentidos e significados desse desse corpo perpassam séculos e constituem-se como objeto de estudo de muitos filósofos e pesquisadores. A França é considerada como país que inicia os estudos em Psicomotricidade, no final do século XIX, e início do século XX. O neurologista francês Ernest Dupré é considerado o pai da psicomotricidade pois realizou estudos pioneiros que tematizavam a perturbação motora e a debilidade mental, introduzindo a dissociação entre as duas síndromes – mental mental e motora – explicada explicada pela independência relativa das zonas psíquicas e motoras no manto cortical. Outra situação que o médico pesquisou foi a importância do corpo em movimento na formação do indivíduo, tanto em aspectos da inteligência humana quanto a maneira como o corpo mobiliza as situações de manifestação humana. De acordo com Dupré (1993)apud (1993) apud Mesquita e Zimmerman (2006) (2006) A atividade física tem, para o médico, o duplo interesse de ser o único meio, para o indivíduo traduzir para o exterior seus sentimentos e suas ideias e de construir, por ela mesma, um elemento primordial e objetivamente perceptível da personalidade (DUPRÉ apud MESQUITA e ZIMMERMAN, 2006). Nesse momento tem-se o entendimento da Psicomotricidade numa perspectiva neurológica, buscando compreender o desenvolvimento das funções motoras em relação ao das funções cognitivas. Na segunda metade do século XX, Henry Wallon insere nos estudos sobre Psicomotricidade aspectos da Psicologia, principalmente a infantil, e constrói sua teoria do desenvolvimento cognitivo na relação entre a motricidade e a emoção, o que chama de diálogo tônico-emocional . A teoria de Wallon observa o movimento como construção do psiquismo e o correlaciona com aspetos como: afeto, emoção, meio ambiente e hábitos das crianças. Nesse momento passa-se a desconsiderar o dualismo entre corpo e mente, entendendo que não é mais possível essa dissociação, haja vista que o ser humano, por meio do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo, bem como suas possibilidades perceptivas de atuar e agir, ou seja, de interagir consigo mesmo, com o outro e com o meio e objetos, tendo o corpo o papel essencial de originar as aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. Wallon propõe uma série de estágios do desenvolvimento desenvolvimento cognitivo. Porém ele não acredita que os estágios de desenvolvimento desenvolvimento formem uma sequência linear e fixa, ou que um estágio suprima o outro. Para Wallon, o estágio posterior amplia e reforma os anteriores. Nesse sentido, o desenvolvimento não seria um fenômeno suave e contínuo; pelo contrário, o desenvolvimento seria permeado de conflitos internos e externos. É natural que, no desenvolvimento, ocorram rupturas, retrocessos e reviravoltas. Os conflitos, mesmo os que resultem em retorno a estágios anteriores, são fenômenos geradores de evolução. A mudança de cada estágio se caracteriza um tipo diferenciado de comportamento, comportamento, uma atividade predominante que será substituída no estágio seguinte, além de conferir ao ser humano novas formas de pensamento, de interação social e de emoções que irão direcionar-se, ora para a construção do próprio sujeito, ora para a construção da realidade exterior. A tabela abaixo apresenta os estágios de desenvolvimentos desenvolvimentos teorizados por Wallon.
Ao professor cabe a tarefa de conhecer aspectos da psicomotricidade haja vista sua contribuição para o desenvolvimento desenvolvimento integral do aluno, da tabela apresentada o item essencial na atuação docente é o que trata dos Principais recursos de aprendizagem, pois, é nesse aspecto que o professor deve organizar sua prática pedagógica bem como selecionar atividades. Vale ressaltar que esse material tem por objetivo contribuir na atuação do professor, propondo atividades, estratégias e técnicas que possam ser utilizadas em sala de aula de maneira sistematizada, de modo a contribuir para o desenvolvimento do aluno em diversos aspectos. O esquema mostra a sistematização da teoria proposta por Henry Wallon
De acordo com Manohey e Almeida (2005) em estudos sobre a teoria de Wallon e sua relação com o processo ensino-aprendizagem, o mesmo [...] só pode ser analisado como uma unidade, pois ensino e aprendizagem são faces de uma mesma moeda; nessa unidade, a relação interpessoal professor-aluno é um fator determinante. Esses atores são concretos, históricos, trazendo a bagagem que o meio lhes ofereceu até então; estão em desenvolvimento, processo que é aberto e permanente. O processo ensinoaprendizagem é o recurso fundamental do professor: sua compreensão, e o papel da afetividade nesse processo, é um elemento importante para aumentar a sua eficácia, bem como para a elaboração de programas de formação de professores. ensino temos um professor que, para atingir seus objetivos, deve ter clareza de alguns No polo ensino temos pontos: • • •
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que confiar na capacidade do aluno é fundamental f undamental para que o mesmo aprenda; que, ao ensinar, está promovendo o desenvolvimento do aluno e o seu próprio; que, ao desempenhar todas as suas tarefas no cotidiano escolar, revela diferentes saberes (conhecimento específico de sua área e de como comunicá-la aos alunos, habilidades de relacionamento interpessoal, conteúdos da cultura) que são, no dizer de Tardif (2000, 2002), temporais, plurais e heterogêneos; esses saberes são construídos no tempo, na socialização familiar, escolar, profissional, numa integração cognitiva-afetiva (conhecimentos, concepções, crenças, valores); que as emoções e os sentimentos podem variar de intensidade, em função dos contextos, mas estão presentes em todos os momentos da vida, interferindo de alguma maneira em nossas atividades.
No polo aprendizagem temos temos um aluno que: • • • •
busca a escola com motivações diferentes; diferentes; tem características próprias, conforme o seu momento de desenvolvimento; tem saberes elaborados nas suas condições de existência; funciona de forma integrada: dimensões afetiva-cognitiva-motora afetiva-cognitiva-motora imbricadas.
O grande desafio do professor, que teve uma formação na qual sua integração não foi levada em conta, é enxergar seu aluno em sua totalidade e concretude. Ambos, professor e aluno, participam de vários vários meios, entre entre eles a escola: •
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a escola é um meio fundamental para o desenvolvimento desenvolvimento do professor e do aluno, ao dar oportunidades de participação em diferentes grupos; nesse meio, professor e aluno são afetados um pelo outro, e, ambos, pelo contexto onde estão inseridos;
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a não satisfação das necessidades afetivas, cognitivas e motoras prejudica a ambos, e isso afeta diretamente o processo ensino-aprendizagem: no aluno, pode gerar dificuldades de aprendizagem; no professor, gera insatisfação, descompromisso, apatia, podendo chegar ao burnout, prejudicando sua atividade. Codo (2000, p. 241) apresenta o burnout — estresse laboral — como mal que afeta, com maior frequência, profissionais da área da educação e da saúde:
podemos resumir a situação da seguinte maneira: o trabalhador se envolve afetivamente com seus clientes, desgasta-se, não aguenta mais, entra em burnout (...). O que as pesquisas têm demonstrado é que o burnout ocorre em trabalhadores altamente motivados (MANOHEY e ALMEIDA, 2005, p. 12).
No decorrer dos anos, diversas teorias foram sendo elaboradas e algumas propostas foram disponibilizadas no sentido de dar à Psicomotricidade a devida relevância para o desenvolvimento de habilidades e competências necessárias para a formação humana saudável. Pensando que o professor deve conhecer as teorias que foram elaboradas e que são aplicadas tanto no espaço clínico quanto no institucional, segue uma tabela de organização que apresenta aspectos que envolvem a Psicomotricidade e suas particularidades. Sabendo que, para essa ciência existem vertentes variadas como REEDUCAÇÃO e TERAPIA PSICOMOTORA, PSICOMOTRICIDADE FUNCIONAL e RELACIONAL. A opção por disponibilizar esse quadro síntese se dá, pois, a prioridade desse material é apresentar estratégias e técnicas para o uso da Psicomotricidade no cotidiano escolar com o objetivo de enriquecer a prática docente bem como de auxiliar o professor na utilização dessa ferramenta em suas aulas.
FINALIDADE
ÁREA DE BASE
AUTORES DE BASE PRINCIPAIS AUTORES
REEDUCAÇÃO
TERAPIA
PSICOMOTORA
PSICOMOTORA
PSICOMOTRICIDA DE
PSICOMOTRICID ADE
FUNCIONAL
RELACIONAL
Reeducação das funções psicomotoras
Tratar patologias: afetivas, relacionais e cognitivas
Sanar problemas motores, melhorar as aprendizagens cognitivas e o comportamento da criança
Desenvolver as potencialidades relacionais da criança utilizando a ação do brincar
Biomédica
Psicanálise
Psicopedagogia
Psicopedagogia
Dupré
Rogers
Piaget
Winnicott
Wallon
Wallon
Guilmain
Ajurriaguerra
Le Boulch
Aucouturier
Defontine
Levin
Picq e Vayer
Lapierre
Neuropsiquiatria infantil
Empinet e darrault
Vigotsky
Negrine
OBRAS E PUBLICAÇÕE S
Manual de reeducação
La educacion psicomotriz como
Psicomotriz 1º., 2º. E 3º. Ano
terapia “Bruno”
A clínica psicomotora
A educação pelo movimento
Simbologia do movimento
Educação psicomotora e retardo mental
Aprend. e desenv. Infantil Vols 1,2 e 3.
REEDUCAÇÃO
TERAPIA PSICOMOTORA
PSICOMOTRICIDA DE FUNCIONAL
Comando, não interage
Escuta, ajuda, interação e disponibilidade corporal
Comando e direção, é o modelo da criança
Ajuda, escuta, estímulo, interação e intervenção
COMPOSIÇÃO DOS GRUPOS
Grupos pequenos
Individual
Grupos de um mesmo nível de desenvolvimento
Grupos de diferentes níveis de desenvolvimento
ORGANIZAÇÃO E PROPOSIÇÃO DA PRÁTICA
Programas de sessão de exercícios conforme a necessidade da criança
Atividades em que objetos e o corpo do terapeuta se tornem o depósito das emoções da criança
Atividades préprogramadas, famílias de exercícios
Ritual de entrada; atividades livres de expressão, construção e comunicação; ritual de saída
DESENVOLVIMENT O
Método diretivo
Método não diretivo
Método diretivo
Método não diretivo
Bateria de testes que determinam o perfil psicomotor
Avaliação conforme a evolução da criança
Correção do erro, padrão de movimento certo e errado
Despertar de zonas proximais na criança
Não ocorre contato corporal
Ocorre contato corporal
Raramente ocorre contato
Ocorre contato corporal
PSICOMOTA RELAÇÃO ADULTO/CRIANÇA
Individual
PSICOMOTRICIDAD E RELACIONAL
DAS ROTINAS AVALIAÇÃO ACOMPANHAMENT O
POSTURA CORPORAL DIANTE DA CRIANÇA
Corporal
Elaborada para fins didáticos, a tabela a seguir mostra os principais teóricos da Psicomotricidade e seus fundamentos essenciais para o entendimento de suas propostas Teóricos
Fundamentos
Recortes
O objeto da psicologia pode ser, em vez do indivíduo, uma situação e confunde-se com o Sua teoria pedagógica afirmava ser o efeito que esta situação suscita, com a solução desenvolvimento intelectual muito buscada ou encontrada das dificuldades que ela mais o resultado da interação da apresenta.... Só a observação, a análise e a
Henri Wallon
Eduard Guilman
Julian de Ajuriaguerra
afetividade, do movimento, da comparação tornam possível a discriminação inteligência e da formação do eu como dos fatores em jogo. Este método, estritamente pessoa, do que de um simples cérebro. objetivo, que parte da indivisão entre forças externas e internas, entre necessidades físicas e possibilidades mentais, é, no entanto, o mais capaz de mostrar as oposições ou os conflitos e de fazer as diferenciações que se seguem a tudo isso. Porque as relações mais primitivas do ser vivo e do meio são aquelas em que as suas ações se combinam totalmente (WALLON, 1979, p.88).
Entendia que os distúrbios de comportamento tinham na reeducação psicomotora o tratamento ideal. Os objetivos desta reeducação apontavam para três linhas de ação, quais sejam: reeducar a atividade tônica com exercícios de atitudes, de equilíbrio e de mímica; melhorar a atividade de relação exercitando a dissociação e a coordenação motora tendo o lúdico como ferramenta de apoio; e desenvolver o controle motor.
A evolução do comportamento social e do caráter da criança é condicionada não somente por seu nível de desenvolvimento neuromotor, mas, essencialmente, por seu tipo neuromotor, mesmo em crianças de nível normal (Guilmain, remarques surI'éducation psycho-motrice. Em Cahiers de I'Enfance Inadaptée, nº 71960)
Aprofunda os estudos no terreno da patologia, circunscrevendo de forma clara os transtornos psicomotores que pendem entre o neurológico e o psiquiátrico, redefinindo o conceito de debilidade motora ao considerá-la uma síndrome com todas as suas peculiaridades. Traz a psicomotricidade como sendo a experiência do corpo, como diálogo tônico, podendo ser lida como uma linguagem, uma expressão de comunicabilidade. Implementa, ainda, um novo método de relaxamento, a ideia, a visão relacional e psicodinâmica contamina os métodos tradicionais, enriquecendo as aplicações terapêuticas e preventivas.
A Psicomotricidade se conceitua como ciência da Saúde e da Educação, pois indiferente das diversas escolas, psicológicas, condutistas, evolutistas, genéticas, etc., ela visa à representação e a expressão motora, através da utilização psíquica e mental do indivíduo (AJURIAGUERRA APUD ISPEGAE, 2009). A criança é o seu corpo. O movimento corporal é comunicação com o mundo. (AJURIAGUERRA (1983) O tônus que prepara e guia o gesto é simultaneamente a expressão da realização ou frustração do indivíduo (AJURIAGUERRA, 1983)
O conhecimento, a inteligência, como sendo um processo de construção contínua a partir das descobertas e adaptações das crianças em contato com o seu mundo exterior e objetos. Sua teoria traz a compreensão que é através do simbólico e dos movimentos
O jogo é, portanto, sob as suas duas formas essenciais de exercício sensório-motor e de simbolismo, uma assimilação do real à atividade própria, fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em função das necessidades múltiplas do eu. Por isso, os métodos ativos de educação das crianças
Jean Piaget
corporais que a inteligência trabalha, sendo sua construção iniciada a partir da atividade motriz das crianças, principalmente nos primeiros sete anos de vida, aproximadamente, uma vez que, o conhecimento e a aprendizagem centram se na ação da criança sobre o meio, os outros e as experiências através de sua ação e movimento, sendo a educação, nesta fase, basicamente psicomotriz.
exigem todos que se forneça às crianças um material conveniente, a fim de que, jogando, elas cheguem a assimilar as realidades intelectuais que, sem isso, permanecem exteriores à inteligência infantil. (PIAGET 1976)
Ressalta a importância da psicomotricidade desde a educação de base, uma vez que a educação psicomotora é um facilitador para que a criança passe a dispor de uma imagem do "corpo operatório", podendo, então, usufruir sua disponibilidade. Entende a psicomotricidade como sendo uma ciência cujo objeto de estudo é a conduta motora como sendo o reflexo do amadurecimento e desenvolvimento da psicofísica do indivíduo. Recebe contribuições da Psicanálise no tocante à importância do afeto no desenvolvimento, e da concepção comportamental, no sentido de valorizar o instrumento para um maior desempenho do indivíduo.
A educação psicomotora deve ser considerada como uma educação de base na escola primária. Ela condiciona todas as aprendizagens pré- escolares e escolares: leva a criança a tomar consciência de seu corpo, da lateralidade, a situar-se no espaço, a dominar o tempo, a adquirir habilidade suficiente e coordenação de seus gestos e movimentos. A educação psicomotora deve ser praticada desde o início da infância e conduzida com perseverança, permite prevenir certas 18inadaptações difíceis de melhorar, quando já estruturadas (LE BOULCH 1992)
A Educação Física, como entendida e praticada à época, de maneira muito mecanicista, faz com que Aucouturier, admirador da pedagogia do movimento, mude o rumo de sua vida profissional, tornando-se professor do Centro de Reeducação Física de Tours, dando início a sua trajetória de pesquisas e experiências diretas com crianças que, durante certo tempo, juntamente com André Lapierre, o possibilitaram construir progressivamente a Prática Psicomotora Aucouturier (PPA) no campo educativo e terapêutico.
A Psicomotricidade é um convite para se compreender o que a criança expressa sobre seu mundo interno pela via da motricidade. É também um convite para se captar o sentido dos comportamentos. A Psicomotricidade clarificada nos permite, assim, melhor compreender a prática psicomotora educativa e preventiva, como também a prática de ajuda à orientação terapêutica. (AUCOUTURIE, 2003)
Em decorrência de suas pesquisas e observações percebe que em todas as atividades corporais e físicas, existe, além do conteúdo mecânico e fisiológico, o conteúdo psíquico, o
[...] É apenas a partir desta regressão, deste revivenciamento das relações corporais primárias que será possível reestruturar as etapas posteriores que dela decorrem: espaço fusional, comunicação
Jean Le Boulch
Bernard Aucouturier
André Lapierre
afetivo. Diante de suas constatações começa a questionar, por não mais comungar, a prática e os exercícios físicos tal como eram aplicados nas aulas de Educação Física cuja abrangência limitava-se ao corpo físico, mecânico, e sua estrutura fisiológica, funcional.
simbólica e afirmação da identidade. (LAPIERRE; AUCOUTURIER, 1984, p. 57). O que dissemos do corpo, também pode ser dito da linguagem; nossa linguagem adulta, estruturada, intelectualizada, conceituada, não toca a criança a não ser em certo nível superficial, o de relações socializadas e convencionais. Só podemos atingir a criança de forma autêntica e profunda, através de sua própria linguagem, inclusive sua linguagem gestual. (LAPIERRE; AUCOUTURIER, 1984, p. 60)
Em tempos como os que estamos vivendo na Educação, que constituem em entender de que maneiras a criança, o adolescente e o adulto aprendem, bem como as possibilidades de intervenção que possibilitam o aprendizado eficaz e interativo, de modo que o aluno seja protagonista da construção de conhecimentos, faz-se necessário conhecer as possibilidades de intervenção e atividades que contribuam no processo ensino-aprendizagem buscando a qualidade tão almejada no espaço escolar. Pensando nisso, coloco algumas questões iniciais, o que chamo de indagações filosóficas, a fim de iniciarmos esse curso. Perguntas essas que devem motivar sua reflexão inicial sobre o tema Psicomotricidade, abrir caminho para novas e diferentes descobertas e que também serão respondidas no decorrer das vídeo-aulas, tanto no formato teórico quanto prático. Segue as indagações filosóficas : - Na escola, o corpo é considerado um elemento facilitador da aprendizagem?; - Quando olhamos a aprendizagem do aluno, avaliamos somente os aspectos cognitivos ou também consideramos o desenvolvimento e aquisição das habilidades motoras para dizer se o aluno está ou não aprendendo?; - Qual o grau de importância do movimento no processo ensino-aprendizagem?; - Como os aspectos da motricidades humana são tratados e utilizados como ferramentas pedagógicas no cotidiano em sala de aula? Essas e tantas outras questões que podem surgir sobre a importância do trato com as habilidades motoras no espaço escolar, como mola propulsora de aprendizagem é que serão trabalhadas no decorrer desse curso. A Psicomotricidade é entendida como “a ciência que tem como objeto de estudo o homem por meio do seu corpo
em movimentos e em relação ao seu mundo interno e externo, bem como suas possibilidades de perceber, atuar, agir com o outro, com os objetos e consigo mesmo. Está relacionado ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas”, conceito disponibilizado pela Sociedade Brasileira de Psicomotricidade (SBP). O uso da Psicomotricidade como ferramenta didática na escola requer a atenção para a junção dos seguintes fatores: concepção, comportamento, compromisso, materiais e espaços. 1- Concepção: o trabalho deve ser cuidadosamente planejamento, a fim de não correr o risco de que os benefícios das atividades psicomotoras não sejam vistos. Esse planejamento deve ter objetivos claros, condução adequada, direcionamento das práticas e uma linha de pensamento a seguir. O professor deve tomar cuidado para não utilizar a técnica de maneira isolada, o que pode prejudicar o andamento das aulas e o alcance aos objetivos e não favorecer o desenvolvimento psicomotor do aluno.
2- Comportamento: o professor deve atuar como observador e, a partir dessa observação cotidiana, inserir atividades e práticas adequadas para atingir objetivos psicomotores. Motricidade e afetividade devem caminhar juntas, pois essa junção é que resulta no trabalho psicomotor. O professor não deve desqualificar as relações vividas pelos alunos, mas tornar cada uma das ações, possibilidade de que o aluno possa perceber sua complexidade e essência. Os aspectos mecânicos – realização dos movimentos – não devem ser mais importantes que os relacionais. Observar que cada movimento realizado se dá em um contexto e o mesmo deve ser considerado. 3- Compromisso: o cuidado que deve ser tomado pelo professor é o de não oprimir as ações motoras e relacionais, mas que, para que as práticas sejam proveitosas e mobilizem efetivamente aprendizagens é necessário organização e rotina. Quando se racionaliza, planeja, operacionaliza, as ações se tornam claras fazendo com que o compromisso do professor se torne também mais limpo e mais consciente. 4- Materiais: são essenciais nas práticas psicomotoras, pois ampliam ações e possibilitam que a criança possa intervir e se relacionar com objetos concretos, melhorando o processo educativo. O trabalho do professor não pode ser condicionado aos recursos. É essencial que se tenha a concepção do trabalho a ser realizado, as concepções da teoria e do método a ser seguido. Material sozinho não trabalha, não atua., precisa ser humanizado, vir para dentro da vida do conhecimento que se busca. 5- Espaços: os espaços são constituídos pela estrutura física: cadeiras, salas, armários, quadros, livros, entre outros. Os espaços precisam se tornarem ambientes educativos. A Psicomotricidade deve ser desenvolvida em ambientes psicomotores educativos que são aqueles em que se busca explorar cada ação acontecida ali. Toda e qualquer relação humana tem de ser considerada porque a criança está em pleno momento de construção de referências para ela e ara o mundo. O ambiente educativo é aquele que vai proporcionar que a criança o explore, em que a criança poderá se expressar sem amarras e poderá viver uma porção de faz de contas que são importantes fontes de percepções. Neste ambiente a criança poderá experimentar, testar, errar e construir, porque neste espaço se constrói enquanto se vive todas as dimensões com todos os recursos disponíveis. Os ambientes devem ser espaços humanizados e são compostos por: recursos, ações, pessoas, relações sociais e exploração coletiva. As práticas motoras para sala de aula podem utilizar materiais como: bolas, fios, cordas, bambolê, fitas, tintas, bexigas, massinha, papel, sucata, tecidos, entre outros. Lembrando que o professor pode utilizar diversos materiais a serem explorados e vivenciados nas atividades psicomotoras, mas o material não deve ser o suporte fundamental para que a prática aconteça, o professor não deve ficar ancorado na utilização do material tendo em vista que situações adversas podem acontecer e não ser possível a utilização do material. O material fundamental na Psicomotricidade e que deve ser visto como primordial é o próprio corpo em movimento e as relações que estabelece durante as práticas corporais.
HABILIDADES PSICOMOTORAS E POSSIBILIDADES DE INTERVENÇÃO
Nesse tópico do material serão trazidas as principais habilidades motoras trabalhadas nas práticas psicomotoras, bem como atividades práticas a serem aplicadas para cada uma delas quais sejam: coordenação motora ampla, coordenação motora fina, lateralidade, percepção musical, percepção olfativa, percepção gustativa, percepção espacial, percepção temporal, percepção corporal. Além de habilidades e atividades para seriação e classificação, expressividade.
Antes que o professor conheça as diversas possibilidades de intervenção psicomotoras que contribuem no desenvolvimento de habilidades e competências pelo aluno, é necessário que conheça aspectos do desenvolvimento humano fundamentais para o crescimento e maturação saudáveis. Esse tema será trazido em tabelas para melhor visualização e compreensão pelo aluno desse curso. A imagem abaixo representa a ampulheta elaborada por Gallahue e que mostra as fases de desenvolvimento motor. Para cada uma dessas fases é necessário que aluno adquira habilidades e competências.
A tabela a seguir apresenta as habilidades que devem ser aprendidas de acordo com cada uma das fases de desenvolvimento.
VALE RESSALTAR QUE O DESENVOLVIMENTO HUMANO NÃO SE RESTRINGE À MOTRICIDADE. DEVEMOS CONSIDERAR, PARA QUE O DESENVOLVIMENTO SEJA SAUDÁVEL, ASPECTOS MOTORES, COGNITIVOS, AFETIVOS, SOCIAIS E EMOCIONAIS.
Entendidos agora aspectos de desenvolvimento, serão trazidas as habilidades a serem estimuladas e desenvolvidas nas práticas psicomotoras bem como diversas possibilidades de intervenção para cada uma delas, com o objetivo de fornecer ao aluno desse curso elementos a serem aplicados em suas aulas. O quadro abaixo mostra as habilidades psicomotoras básicas e fundamentais e uma breve explicação para cada uma delas.
COORDENAÇÃO MOTORA AMPLA ou GLOBAL
Condição que deve ser desenvolvida primeiramente no espaço infantil, está relacionada à organização geral do ritmo, ao desenvolvimento e às percepções gerais da criança. O trabalho vai considerar os movimentos dos membros superiores e inferiores, a fim de organizar uma grande coordenação corporal. ATIVIDADES PSICOMOTORAS GLOBAIS
VAI E VÉM
Objetivo – Desenvolver a coordenação ampla, visomotora, atenção e tônus muscular Atividade – A atividade é desenvolvida com um brinquedo que deve ser utilizado em duplas, o brinquedo pode ser desenvolvido com garrafas pets, fitas adesivas, argolas e fios ou adquirido em lojas especializadas. Desenvolvimento da atividade – Os participantes da atividade devem segurar nas extremidades, nas argolas plásticas, dando impulso, ao abrir os braços, no objeto para a outra extremidade.
CORDA
Objetivo – Desenvolver a coordenação motora ampla, o esquema corporal, estimular a orientação espacial e temporal, ampliar o equilíbrio, a lateralidade e melhorar o tônus muscular. Atividade – A atividade é desenvolvida com uma corda de quatro metros em média. Desenvolvimento das atividades – pode ser utilizada no chão, em que a criança anda descalça sobre a corda, com os braços abertos, procurando manter o equilíbrio. Aproveitando a mesma atividade só que agora a criança vai andar de costas sobre a corda. Ainda esticada no chão a criança pula com os dois pés juntos para esquerda e para direita consecutivamente. A corda pode ser erguida dez centímetros do chão para a criança pular de um lado para o outro. A corda pode ser utilizada pela dupla como cabo-de-guerra, no meio do espaço utilizado deve ter uma marca no chão, para visualizar quem está vencendo o cabo-de-guerra. As crianças podem pular corda.
BAMBOLÊ
Objetivo – Desenvolver a coordenação motora ampla, o esquema corporal, estimular a orientação espacial e temporal, ampliar o equilíbrio, a lateralidade e melhorar o tônus muscular. Atividade – A atividade é desenvolvida com quatro bambolês em média. Desenvolvimento das atividades – uma criança deve segurar o bambolê, enquanto outra vem engatinhando para passar por dentro do bambolê. Girar o bambolê na cintura e outras partes do corpo, como pescoço e braço. Com alguns bambolês alinhados lado a lado no chão, andar com a perna esquerda no bambolê esquerdo e a direita no bambolê direito. Ainda com os bambolês no chão pular com os dois pés de um bambolê para outro. Com um bambolê somente pular para dentro e para fora. Brincar com o bambolê na mão, rodando-o como se fosse um volante. Passar o bambolê pelo corpo inteiro a começar pela altura da cabeça.
Além dessas atividades, podemos aprimorar essa habilidade com outras possibilidades, tais como: ✓
Fazer maquetes em papel;
✓
Dobrar pedaços grande de papel e transformá-los em imagens de bichos e pessoas;
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Fazer dobraduras gigantes;
✓
Montar quebra-cabeças gigante no chão;
✓
Fazer imagem do corpo humano em tamanho natural, recortar e montar no chão;
✓
Fazer um tabuleiro grande para jogar trilha com pessoas;
✓
Montar prédios com desenhos recortados no chão;
✓
Fazer roupas de papel e usá-las numa dança ou atividades de expressão corporal
✓
Fazer pintura no corpo com pincel, dedo ou canetas;
✓
Colar retalhos de papel em roupas para atividades de expressão corporal;
✓
Brincar com fitas coloridas – girar ao redor da cabeça, pular em cima, dobrar e soltar no ar, correr com as fitas sem deixar que caiam (Sugestão: papel crepom colorido);
✓
Jogar bolas (de tamanhos e pesos variados) – em cestos colocados em distancias diferentes, para o alto sem deixar que toquem o chão, dançar em meio as bexigas tentando desviar delas e lançando durante a dança sem deixar que caiam (Sugestão: bexigas);
✓
Entrar em caixas de papelão – pequenas, médias e grandes;
✓
Montar diferentes circuitos de bambolês (arco) para a criança dentro deles;
✓
Colocar garrafas pet no chão para que as crianças corram entre elas – podem ser colocadas aleatoriamente, em fileiras, formando figuras;
✓
Colocar jornais esparramados para confecção de roupas – podem representar personagens (os jogos simbólicos são fundamentais nas práticas psicomotoras), deixar que vivam o “caos”, bagunçando os jornais,
que depois devem ser recolhidos pelos próprios alunos, dançar com as roupas construídas, tentando não as rasgar; ✓
Brincadeiras com malabares: fita, garrafas plásticas, bolinhas, laranjas, entre outros.
Podem ser trabalhadas também nessa habilidade, brincadeiras típicas da infância: amarelinha, futebol, rodar pneu, queima, duro e mole, morto e vivo, estátua, esconde-esconde, passa-anel, cirandas, cantigas de roda, brinquedos cantados, entre outras. COORDENAÇÃO MOTORA FINA
Essa habilidade é fundamental para aprendizagem da escrita e contribui significativamente em diversas atividades escolares. Está relacionada aos trabalhos que podem ser executados com mãos e dedos, o que chamamos de óculo-manual. Coordenação motora fina e tonicidade muscular de membros superiores e inferiores estão intimamente ligadas, à medida que a criança melhora sua coordenação fina, ela também desenvolve seu tônus e sua capacidade de contração e relaxamento. Esse tipo de coordenação contribui para o desenvolvimento do traçado da criança e, atualmente tem-se uma vertente da motricidade chamada Grafomotricidade, que trata especificamente do estudo dos traçados e desenvolvimento da escrita. Algumas sugestões no link: http://aventurasmaternas.com.br/2015/09/07/10-brincadeiras-simples-para-desenvolver-acoordenacao-motora-fina-das-criancas/ ATIVIDADES
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Recortar com os dedos – papel de revista, quadrados, círculos, triângulos e retângulos em folhas de revista de tamanhos diferentes (pequeno, médio e grande) e cole no papel manilha;
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Recortar com tesoura de corte e zig zag as mesmas figuras da atividades anterior;
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Colar grãos em fileiras desenhadas no papel – fazendo uma pinça com os dedos e usando grãos de diferentes tamanhos e formatos;
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Mesmo da atividade acima, mas usando fita dupla face;
✓
Colar uma fileira com a mão direita e outra com a mão esquerda;
✓
Faça a mesma atividade com formatos de linhas diferentes, retas, curvas, quebradas;
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Monte mosaicos com papel picado, grãos, retalhos de tecidos, botões, entre outros;
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Pinte formas geométricas usando a técnica do pontilhismo com o dedo, com pincéis, com lápis e com giz;
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Faça pinturas variadas com materiais diversos, em posições e superfícies diferentes, como: pintar o muro da escola usando tinta guache com pincel, pintar a folha na carteira com a mão encapada com plástico bolha;
✓
Pinte tecidos variados, faça pintura corporal (use tintas que não provocam alergias);
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Faça figuras geométricas ou desenhos usando barbante colado no papel;
✓
Entalhe figuras em barras de sabão, frutas verdes ou argila;
✓
Faça desenhos com os dedos na areia;
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Faça maquetes de sucatas como: caixas de papel, caixas de remédios;
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Construa brinquedos com matérias reutilizáveis como: caixas, tampas, colas, barbantes, potes de iogurtes, entre outros;
Podem ser realizadas diversas brincadeiras que estimulem a habilidade de coordenação motora fina, tais como: bolinhas de gude, adoleta, dominó, figurinhas, vídeo game, teclado de computador (como brinquedo), cinco marias, boliche, entre outras. FACILITANDO A INTERVENÇÃO... RECEITA DE MASSINHA DE MODELAR Para fazer a sua massinha você vai precisar de: • • • • •
1 xícara de sal 4 xícaras de farinha de trigo 1 xícara e meia de água 3 colheres de sopa de óleo Corante alimentício
Como preparar a massa para modelar
A receita de massa de modelar é muito fácil e legal de fazer. Em uma vasilha grande misture a farinha e o sal em seguida adicione a água e o óleo. Misture até que todo o conteúdo forme uma massa homogênea. Se ficar muito mole você pode adicionar mais farinha, e se ainda estiver seca e quebradiça adicione mais água. O último ingrediente é o corante, você pode usar um corante natural como o colorau. A quantidade de colorau que você colocar é que vai dar o tom mais avermelhado ou mais alaranjado da massinha. Você pode fazer uma massinha branca sem adicionar nenhum corante. Você também pode fazer massinhas roxas e vermelhas utilizando sucos em pó de uva e frutas vermelhas. O bom é que todas essas receitas são comestíveis, então você não precisa se preocupar se seu filho colocar a massinha na boca ou até mesmo engolir uns pedacinhos. Se você usar suco em pó ou corantes alimentícios de outras cores certifique-se de que o seu filho não tem alergia a alguns destes corantes.
Depois de feita, a massa de modelar pode ser conservada na geladeira em um pote fechado durante muito tempo. Outra vantagem da massa de modelar caseira é que ela não adere à mão e tem um cheiro agradável. Caso seu filho já seja maiorzinho e já tenha passado da fase de colocar todos os objetos na boca, vocês podem explorar juntos a composição da massa de modelar adicionando novos ingredientes a receita que farão uma massinha toda especial. Você pode colocar glitter na mistura, essências para dar um novo cheirinho, e até mesmo cremes corporais que são cheirosos e darão uma nova textura para a mistura. Dicas de brincadeiras para fazer com a massinha
Esse é o tipo de brincadeira que não precisa de muitos recursos ou planejamentos, só em manusear a massa seu filho pode ficar entretido por horas a fio. Mas você pode propor atividades diferentes para eles. Inserindo alguns objetos com texturas diferentes você pode pedir que eles “imprimam” a textura na massinha, pressionando-a sobre o material. Manuseando a massa de modelar, seus filhos podem descobrir diferentes formas de manipulá-la. Eles podem usar palitos, forminhas e tampas de garrafa pet para cortar, furar, riscar e desenhar sobre a massa. Com os mesmos objetos, eles podem construir bonecos, usando simples palitos como braços e pernas, e, quem sabe, rabos e caudas! Fonte: https://www.omo.com.br/atividades-para-criancas/massa-de-modelar-aprenda-a-fazer-a-sua-massinha-em-casa/ Ainda tratando de coordenação motora fina, segue algumas brincadeiras que auxiliam no desenvolvimento da coordenação viso-motora, quais sejam: dardos, baralhos, legos, amarelinha, gato e rato, carrossel, pular corda, pescaria, alinhavo, modelagem em diversos materiais, jogo de argolas, blocos lógicos, bonecos de areia, futebol de botão, ioiô, pinguepongue. LATERALIDADE
Entendida como a capacidade da criança poder olhar e agir em diversas direções, com equilíbrio, coordenação mínima corporal, noção espacial. Consiste em trabalhar com os lados do corpo, direito e esquerdo. Essa habilidade é fundamental para o desenvolvimento do aluno tendo quem vista que contribui em toda e qualquer atividade realizada por ele. Vale ressaltar que todo ser humano tem um lado do corpo que é dominante – destro ou canhoto – e que esse aspecto se forma por volta dos 6-7 anos. Até essa idade, a criança vai utilizar de maneira alternada e não consciente ambos os lados. Cabe ao professor orientar atividades que estimulem SEMPRE os dois lados do corpo, ou seja, toda atividade que fizer com a mão ou pé direito deve ser feito com os membros do lado esquerdo. Essa dominância lateral não deve ser induzida e nem escolhida pelo professor, ela acontece naturalmente, quando a criança estiver preparada para tal aprendizagem. ATIVIDADES ✓
Faça a maquete e coloque nela um boneco que represente a criança. Em seguida, vá orientando movimento que a criança deve fazer com seu boneco, de direita e esquerda. Vá pedindo que ela também dê as localizações.
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Construa desenhos em folhas grandes de papel a partir de comandos específicos, como: desenhar uma piscina no centro da filha, à direita uma casa, à esquerda uma barraca, e assim sucessivamente. Use comandos com orientações diferentes, como ACIMA, ABAIXO, ENTRE;
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Faça desenhos no chão da escola, no pátio, usando as indicações de uma cidade e coloque placas de transito para virar à direita, à esquerda e a criança deve atuar como motorista e andar pela cidade (a atividade pode ser feita de bicicleta/motoca/patinete também);
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Brinque com bolas de tamanhos variados e oriente os alunos a usar somente a mão ou o pé direito, depois somente o esquerdo – pode variar e lançar a bola, rolar a bola, sempre usando um dos lados;
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Fazer canudos de papel de jornal ou revista com a mão direita, direita e depois com a esquerda. Use os canudos para montar uma escultura;
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Faça bolas de papel e jogue para criança, que deve pegar com a mão/pé que o professor orientar, direita ou esquerda;
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Fala corridas com materiais que devem ser equilibrados com apenas uma das mãos;
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Faça um molho de chaves que a criança deve usar para abrir os respectivos cadeados, usando apenas a mão direita ou a esquerda;
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Fazer desenhos usando a mão direita somente e depois a mão esquerda. Depois peça que faça o mesmo desenho cada vez com uma das mãos.
Como possibilidade de brincadeiras temos: corrida com ovo na colher, dobraduras, rodas e cirandas, palitos para colagem, tiro ao alvo, basquete, marchas, movimentos alternados. PERCEPÇÃO MUSICAL
Nessa habilidade o objetivo não é desenvolver a excelência, mas sim promover o trabalho de estimulação, a fim de criar na criança uma referência de musicalização e vocalização. Atividades que estimulem a percepção musical podem ser desenvolvidos de modo que a criança apure a audição para reconhecimento e prática da fala, mas também criar uma audição seletiva para os diversos ambientes que frequenta, tanto os espaços educacionais quanto fora desses. A música, além de uma área de conhecimento, é também uma linguagem artística capaz de provocar no ser humano mudanças e reações, que se manifestam em seu próprio ser, envolvendo corpo, sentimentos, mente e espiritualidade. Alguns tipos de músicas podem ser trabalhados na escola, tais como: músicas folclóricas, sons do corpo, sons da natureza, efeitos sonoros variados, sons produzidos por instrumentos tradicionais e adaptados. ATIVIDADES ✓
Reconhecimento sonoro – pode ser feito o reconhecimento dos sons pertencentes à ambientes variados e também podem ser colocados sons diversos para que os alunos identifiquem;
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Definição sonora – convide alguém que trabalhe com música e tenha formação para apresentar aspectos formais da música. Caso não tenha alguém para contribuir, utilize um vídeo ou até mesmo monte uma aula de caráter mais técnico sobre a música. Segue um link que pode contribuir na construção da atividade: https://www.youtube.com/watch?v=JcniLxce83Q&list=RDJcniLxce83Q#t=2
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Harmonizar sons – bandinha rítmica a partir de instrumentos construídos pelos próprios alunos. Nesse momento podem ser trabalhados os parâmetros do som, estudados anteriormente.
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Criação de sons coletivos – podem ser utilizados instrumentos construídos pelos alunos ou trazidos de casa. Nessa atividade são trabalhados, além de aspectos do som, também o trabalho em equipe.
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Exploração de sons do corpo – nessa atividade os alunos devem ser motivados a explorar sons produzidos pelo corpo, como: batidas de pés, estalos de dedos, palmas, batendo no peito, abdome, pernas, entre outros.
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Movimentação corporal a partir de sons – o professor deve colocar sons de ritmos e sonoridade variada e pedir que os alunos acompanhem com movimento corporais.
Segue algumas sugestões: https://www.youtube.com/watch?v=YfgxvcmaW8o https://www.youtube.com/watch?v=TQNMkjnjq-w
https://www.youtube.com/watch?v=l469uaunv6A https://www.youtube.com/watch?v=Hlgkz-g-ukc •
Essas sugestões são diferentes das utilizadas comumente, mas cabe ao professor acrescentar músicas do repertório infantil e também outras possibilidades.
LINK PARA CONFECÇÃO DE INSTRUMENTOS MUSICIAIS COM MATERIAL ALTERNATIVO: http://www.roselypignataro.com.br/2013/05/instrumentos-musicais-reciclados.html http://www.reciclagemnomeioambiente.com.br/instrumentos-musicais-feitos-de-reciclagem/ http://www.artesanatoereciclagem.com.br/547-instrumentos-musicais-de-material-reciclado.html
PERCEPÇÃO OLFATIVA
As atividades trabalhadas nessa estimulação devem ter a proposta de promover no aluno situações de descoberta, a fim de aumentar o seu repertório de aprendizagens sensoriais. ATIVIDADES ✓
Peça para as crianças trazerem plantas aromáticas de casa, faça a maceração das plantas trazidas, de modo que os aromas se desprendam e passe para que os alunos sintam os cheiros. Façam uma atividade de representação das sensações – desenho. A cada planta “cheirada” o professor deve explicar qual a planta e para que serve no cotidiano.
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Escolha alguns elementos que possam ser conhecidos pelas crianças e faça uma atividade às cegas. Feche os olhos dos alunos com uma venda e peça que tentem identificar cada um dos cheiros experimentados.
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Faça uma atividade culinária com as crianças explorando os aromas da receita.
PERCEPÇÃO GUSTATIVA
Nesse caso o trabalho é realizado em tempo real, ou seja, enquanto a criança vai descobrindo sabores, esses vão sendo incluídos também no seu cardápio diário, de modo a ampliar o repertorio alimentar e também os conceitos de alimentação saudável. Esse tipo de atividade deve incluir a família, até mesmo enviando como tarefa algumas aprendizagens advindas da experimentação de novos e diferentes alimentos. ATIVIDADES ✓
Faça uma conversa com os alunos e descubra quais alimentos eles consomem e não consomem, o que gostariam de comer, mas não foi provado ainda e outros elementos que permitam ao professor construir um perfil alimentar da turma;
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Leve alimentos exóticos para serem provados pelos alunos;
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Faça uma atividade às cegas para saborear os alimentos, em dois momentos: experimentando algo que ainda não tenham comigo e, em seguida, experimentando alimentos do cotidiano que muitas vezes as crianças se negam a comer;
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Trabalhe com os diferentes conceitos dos sabores: doce, salgado, azedo, amargo, quente, morno, frio, picante, condimentado, entre outros; Procure consumir os alimentos em sua condição natural, sem fazer alterações no sabor.
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PERCEPÇÃO ESPACIAL
As atividades orientadas nessa habilidade contribuem para que a criança tenha condições de reconhecer, interferir e agir nos diferentes espaços que fazem parte ou não do seu cotidiano. Habilidades de noção espacial contribuem significativamente para diversos aspectos da vida, como escrever, cozinhar, dirigir, entre outros. O não desenvolvimento dessa habilidade pode interferir em situações escolares como localização em desenhos e mapas, escrita de letras, localização nos ambientes frequentados. Vale ressaltar que todas as atividades de lateralidade motivam a aprendizagem da percepção espacial.
ATIVIDADES ✓
Atividades impressas de caça-palavras, labirinto, mapas simples com coordenadas, mapas celestes – com sol, lua, estrelas, planetas, ligue os pontos;
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Algumas brincadeiras que incentivam a aquisição dessa habilidade são: brincar de casinha, pneu, peteca, dama, trilha, dominó, materiais de encaixe, modelagem em argila e outros materiais, atividades com linhas fios e cordões, marcenaria, colagem de palitos, tiro ao alvo, quebra-cabeças, trilhas feitas em formato de percurso, amarelinha, entre outras.
Outras sugestões Dinâmica do Tubarão Desenvolvimento: Dar um jornal para cada participante, pedindo que coloquem no chão e que imaginem que o
jornal é um barco, tudo que estiver em volta será o mar. Avisar que quando o coordenador parar a música e gritar “olha o tubarão”, todos tem que subir no jornal.
Na medida em que as músicas vão tocando, o coordenador vai tirando aos poucos os jornais, para que as pessoas ao subir no “barco” tenham que ficar juntas, no final dependendo da quantidade de pessoas deixar só dois jornais. Dinâmica do Nó Desenvolvimento: Os participantes em pé, formam um círculo e dão as mãos. Pedir para que não se esqueçam de
quem está a seu lado esquerdo e direito. Após esta observação, o grupo deverá caminhar livremente. Ao sinal do animador o grupo deve parar de caminhar e cada um deve permanecer no lugar exato que está. Então cada participante deverá dar a mão à pessoa que estava a seu l ado (sem sair do lugar, ou seja, de onde estiver) mão direita para quem segurava a mão direita e mão esquerda para quem segurava a mão esquerda. (como no início). Com certeza, ficará um pouco difícil devido à distância entre aqueles que estavam próximos no início, mas o animador tem que motivar para que ninguém mude ou saia do lugar ou troque o companheiro com o qual estava de mãos
dadas. Assim que todos estiverem ligados aos mesmos companheiros, o animador pede que voltem para a posição natural, porém sem soltarem as mãos e em silêncio. (O grupo deverá desamarrar o nó feito e voltar ao círculo i nicial, movimentandose silenciosamente). Se após algum tempo não conseguirem voltar a posição inicial, o animador libera a comunicação. Enfim, partilha-se a experiência vivenciada. (destacar as dificuldades). Obs: Sempre é possível desatar o nó completamente, mas quanto maior for o grupo, mais difícil fica. Sugerimos
que se o grupo passar de 30, os demais ficam apenas participando de fora. Dinâmica do cabo de guerra cooperativo Desenvolvimento: colocar dentro de uma sacola uma bala para cada participante, a qual terá em cada alça um
barbante de dois metros ou mais amarrado, no centro do local que será realizada a brincadeira colocar um barbante em formato de circulo, no qual terá que cair todas as balas, em seguida dividir o grupo em dois e dar a seguinte orientação: Como é uma brincadeira cooperativa os grupos devem ter forças iguais e fazer com que a sacola rasgue no meio do círculo, dessa forma eles só poderão pegar as balas que caírem dentro do círculo e as que caírem fora serão do professor, como as crianças estão acostumadas com a competição dificilmente vai seguir o comando, se cair bala fora o professor deve repartir só as que ficaram dentro do circulo e conversar com os alunos a respeito do que ocorreu, depois de um tempo aplicar a dinâmica novamente para ver se algo mudou. Dinâmica da Jabuticaba e do Jacaré Desenvolvimento: Contar a história da jabuticaba e do jacaré e dar o seguinte comando: cada vez que a palavra
jabuticaba for falada pedir que sentem e quando falar jacaré que se levantem. A história é a seguinte: João ia à casa do seu tio Juca pegar jacas, mas bem no meio do caminho tinha um rio grande e que não tinha ponte e era preciso atravessar de canoa, porém nesse rio tinha muitos jacarés ferozes. Diante disso João pensou: Como eu quero as jacas vou enfrentar os jacarés, João então chegou perto da beira do rio e viu muitos jacarés e pensou: pego as jacas ou enfrento os jacarés? Decidiu enfrentar os jacarés, entrou na canoa e começou a remar contra os jacarés, remou, lutou, lutou, mas sempre sem se esquecer de suas jacas, depois de remar muito chegou à margem do rio. João pensou: Ufa!!! Esses jacarés me cansaram, porém estou mais perto das minhas jacas. João andou, andou e viu o pé de jaca, apanhou cinco jacas e lembrou que dali um tempo ia enfrentar os jacarés, mas voltou contente com as jacas até a margem do rio, ele colocou as jacas na canoa e começou a luta, salvar as jacas e bater nos jacarés, bater nos jacarés e salvar as jacas, até que ele jogou uma jaca para os jacarés e eles deixaram Manoel seguir em paz. Quando João chegou do outro lado do rio desceu da canoa e comeu todas as jabuticabas. Tempestade Desenvolvimento: Todos sentados em círculo e cada vez que o professor falar a palavra direita todos mudam para
cadeira da direita, quando o professor falar a palavra esquerda todos mudam pra cadeira da esquerda e quando a palavra for tempestade todos trocam de lugar. O texto é o seguinte:
Vamos fazer uma viagem pelas águas de um lindo rio, chegando à margem a gente vai entrar em uma canoa, o dia está lindo, ao olhar o horizonte a gente sente o vento soprar levemente para direita. Nesse momento estamos muito contentes, olhamos ao redor, avistamos a cidade e observamos também as árvores que estão próximas da margem à esquerda. Nesse momento estamos nos aproximando de uma grande pedra à direita, mas a gente se pergunta: Será que aquelas nuvens é sinal de tempestade? É melhor não pensar no pior. Continuando a nossa viagem, iremos apreciar os lindos pássaros e outras árvores que estão bem longe, à direita. A fome apertou e quando a gente levanta para lanchar, caímos a direita do barco, com isso a gente percebe que o sol começa a baixar e ficamos pensando : Será que é tempestade? Mesmo assim continuamos a brincar. Como tudo estava tranquilo, resolvemos pescar e jogar os anzóis, um jogou para a direita e o outro jogou para a esquerda. Depois de pescar, o sol desapareceu e o fim da tarde chegou de repente o rio começou a jogar a canoa para a esquerda, foi quando vimos um raio lá no horizonte e gritamos: Tempestade!!! Ficamos preocupados e olhamos para a direita, olhamos para a esquerda, e falamos novamente: será que é tempestade? Bem mais perto da margem ficamos aliviados por que íamos pegar a tempestade em terra firme.
PERCEPÇÃO TEMPORAL
O tempo constitui uma das mais difíceis habilidade a serem trabalhadas na escola, pois, na etapa da Educação Infantil, as crianças tem dificuldade de diferenciar o tempo real do tempo da imaginação. Comandos como:daqui 10 minutos , não são literalmente entendidos pelas crianças. A noção de tempo pela criança se dá de maneira extremista, agora ou muito tempo depois. Apesar de ser difícil trabalhar com essa habilidade na escola é fundamental que sejam realizadas atividades de estimulação da mesma tendo em vista que a não aprendizagem pode afetar o desenvolvimento humano dos alunos. ATIVIDADES ✓
Use conta-gotas para marcar a relação entre o tempo e a quantidade de gotinhas, assim facilita que a criança comece a compreender o significado de tempo. Vá modificando o tempo de contagem das gotinhas, aumentando ou diminuindo;
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Faça o calendário semanal e tenha um calendário anual na parede da sala. Vá retomando com os alunos as diferentes medidas de tempo: dia, mês, ano;
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Retome o que aconteceu no dia anterior e faça projeções para os dois dias futuros;
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Conte histórias e faça perguntas para crianças em fatos, o que aconteceu depois de tal fato, etc;
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Desenhe partes da história e coloque-os em ordem junto com as crianças;
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Apresente uma história qualquer na oralidade e, em seguida, dê desenhos dos fatos das histórias para que as crianças coloquem na ordem. Essa atividade pode ser feita a partir de fatos escritos da história caso a criança esteja em processo de alfabetização ou já saiba ler.
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Faça relógios do sol no pátio da escola e vá de vez em quando em horários diferentes fazer a compreensão da posição da sombra;
PERCEPÇÃO CORPORAL
Nessa habilidade é fundamental que seja estimulado o conhecimento do corpo. Não devem ser observados aspectos de desempenho e aptidão, mas as condições de aprendizagem que a criança apresenta em relação ao seu corpo, tanto de maneira integral – o corpo em movimento como um todo, quanto de maneira fragmentada – movimento de cada segmento corporal. Envolve o estudo de articulações, segmentos corporais e também a sua possibilidade de realização de movimentos. As danças são muito bem-vindas na estimulação dessa prática, danças livres, folclóricas, de rua, circulares, entre outras. ATIVIDADES Imagem corporal
Pedir para que os alunos representem algumas situações corporalmente, essas representações se refletem no andar, no agir, no se comportar, na postura, etc.: Representem como o corpo se comporta quando: ·
Estamos com medo;
·
Estamos com frio;
·
Estamos com sono;
·
Estamos com raiva; etc.
Podemos concluir que imagem corporal é o conceito (definição) que cada pessoa tem de seu corpo e suas partes, bem como a forma que ele se comporta ou deve se comportar em diferentes situações. Vamos então agora vivenciar algumas brincadeiras onde o movimento corporal e as representações corporais são fundamentais? Reflexão:
Meus companheiros (representando corporalmente um animal)
O professor deverá preparar previamente um par de ilustrações de diferentes tipos de animais (sapos, tigres, elefantes, patos, etc.). O professor distribui a cada aluno, um papel dobrado onde está a ilustração de um animal (cada animal tem o seu PAR representado em outro papel, ou seja, deverá ter duas imagens de cada animal). Ao sinal do professor, os alunos desdobram o papel e veem o desenho nele representado. A partir daí os alunos deverão representar corporalmente o animal que lhe cabe buscando procurando o seu par em um outro colega que também fará o mesmo. Os últimos alunos a se reconhecerem e se agruparem sairão da brincadeira. Os papeis são recolhidos embaralhados e novamente distribuídos para uma nova rodada com os alunos remanescentes. Ao final a dupla que conseguir permanecer no jogo será a campeã. Obs. Nenhum som ou frase deve ser dita durante as representações. Pedra, papel e tesoura (representando corporalmente um objeto).
O professor divide a turma em duas equipes. O professor chama à frente um representante de cada equipe para iniciar a brincadeira, explicando como cada objeto deve ser representado corporalmente: •
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A tesoura – Dedos médio e indicador estendidos para frente; O papel – A mão espalmada e aberta; A pedra – A mão fechada.
Cada jogador fica de frente um para o outro com a mão direita para trás. Ao sinal do professor, cada aluno estende a mão ao adversário com a representação do objeto que ele escolher (pedra, papel ou tesoura). O aluno vence a disputa de acordo com a seguinte ordem: ·
Tesoura vence papel, pois o corta, e perde da pedra, pois é amassada por ela.
·
Papel vence pedra, pois a embrulha, e perde para a tesoura, pois é cortado por ela.
·
Pedra vence a tesoura, pois a amassa, e perde para o papel, pois é embrulhada por ele.
Cada vitória dá um ponto para sua equipe. Depois que todos os alunos das equipes tiverem participado, o professor soma os pontos de cada equipe, sendo vencedora a equipe que fizer mais pontos. Ordem (representando corporalmente uma ação)
Em fila, com uma bola de plástico ou borracha nas mãos de frente para uma parede lisa. O aluno deverá lançar a bola na parede e antes de agarrá-la novamente deverá representar corporalmente uma série de tarefas na seguinte ordem (uma tarefa para cada lançamento): • • • • • • • • • • • • • • •
Sem lugar – Quieto, sem movimentar, só com as mãos e braços; Sem rir – não pode rir; Sem falar – não pode dizer nada, apenas joga a bola; Um pé – ficar em um pé só; O outro – Trocar os pés antes de receber a bola; Uma mão – receber a bola com uma mão; A outra – receber a bola com a outra mão; Bate palmas – Bater uma palma a frente do corpo; Pirueta – girar o corpo em 360º antes de receber a bola; Ao Chão – Encostar a mão no chão antes de receber a bola; Beijinhos – Mandar beijos antes de receber a bola, Abraços – Abraçar o próprio corpo antes de receber a bola, Comprimentos – cumprimentar o aluno que está atrás na fila. Passar a vez – Tampar a bola na parede e sair da frente para o próximo da fila pegar; NOVA REPRESENTAÇÃO – Criada pelo aluno que conseguir passar a vez.
Obs. Se um aluno errar em qualquer uma das etapas, passa a vez para o próximo aluno da fila. Quando retornar reinicia onde parou. O aluno que conseguir toda a sequência tem direito a acrescentar uma nova representação para que os outros cumpram. O professor poderá montar várias filas para que os alunos não esperem muito. Esquema corporal
Exercício 1 : Reconhecendo as partes essenciais do corpo – O profissional diz os nomes das seguintes partes do corpo: cabeça, peito, barriga, braços, pernas, pés, explorando uma parte por vez. A criança mostra em si mesma a parte mencionada pelo profissional, respeitando o nome que designa. Primeiramente o trabalho deverá ser realizado de olhos abertos, e a seguir de olhos fechados. Olhos abertos: Aprendizado. Olhos fechados: Quando dominar as partes do corpo. Exercício 2: A criança deverá reconhecer também as partes do rosto: nariz, olhos, boca, queixo, sobrancelhas, cílios, Trabalhar também com os dedos com a mão apoiada sobre a mesa a criança deverá apresentar o pulso, o dedo maior e o dedo menor, os nomes dos dedos são ensinados a criança pedindo que ela levante um a um dizendo os respectivos nomes dos dedos. Exercício 3: Trabalhar com os olhos - Em pé ou sentado a criança acompanha com os olhos sem mexer a cabeça, a trajetória de um objeto que se desloca no espaço. Exercício 4: Sentir os rins - Deitada com as pernas estendidas e as mãos sobre os rins a criança dobra os joelhos e encosta-os no peito. Comentar com a criança que a parte do corpo que se apoia com força sobre suas mãos chama-se rins. Exercício 5 : Automatizando a noção de direita e esquerda Conhecendo a direita e a esquerda do próprio corpo mostrar a criança qual é a sua mão direita e qual é a sua mão esquerda. Dominando este conceito, realizar o exercício em etapas:
- fechar com força a mão direita;
- depois a esquerda; - Levantar o braço direito; - depois o esquerdo; - bater o pé esquerdo; - depois o direito; - mostrar o olho direito; - depois o esquerdo; - mostrar a orelha direita; - depois a esquerda; - levantar a perna esquerda; - depois a direita. Trabalhar com os olhos abertos, e quando a criança estiver dominando o exercício trabalhar com os olhos fechados. Exercício 6: Localizando elementos na sala de aula. A criança deverá dizer de que lado está a porta, a janela, a mesa da sala de aula, etc. em relação a si mesma. Durante a realização do exercício, não deixar a criança cruzar os braços, pois isso dificulta sua orientação espacial. DISTÚRBIOS PSICOMOTORES
O objeto de estudo na Psicomotricidade é o corpo e suas manifestações; o conceito de corpo inclui posturas, gestos (olhar, mímica) e as praxias (movimentos voluntários e aprendidos). Trata ainda da construção do corpo nas dimensões motora, cognitiva e afetiva. As três dimensões formam uma unidade; durante o processo de desenvolvimento caso ocorra qualquer alteração em uma delas, sua recuperação se dará não só por exercícios dirigidos, mas também oferecendo tempo e espaço para que a criança utilize suas capacidades de elaboração e resolução de dificuldades, recuperando o prazer e o poder do movimento por meio de brincadeiras e ações diferenciadas, as quais iremos conferir mais adiante. Dimensão motora
Sua construção está submetida a maturação neurológica. - evolução da tonicidade muscular. - desenvolvimento das possibilidades de equilíbrio. - desenvolvimento do controle e dissociação dos movimentos. - desenvolvimento da eficiência motora (velocidade e precisão). - definição da lateralidade. As aquisições acima permitem a existência das coordenações dinâmicas gerais e das manuais. TRANSTORNOS DE LATERALIDADE Os transtornos da Lateralidade são causa de alterações na estruturação espacial e, consequentemente, na leitura/escrita. São exemplo disso a lateralidade contrariada, a lateralidade cruzada e o ambidestrismo. A Lateralidade contrariada representa aquela criança que tem o seu lado esquerdo dominante, mas que por influências sociais passa a escrever com uma falsa dominância destra. Escrever com a mão esquerda em si não é um transtorno, mas impor à criança a lateralidade não dominante para ela, resulta em transtornos. Ambidestrismo é quando a criança utiliza indistintamente os dois lados de seu corpo para realizar coisas; também origina sérios transtornos à criança, especialmente em relação à aprendizagem. Lateralidade cruzada reflete-se quando o cérebro se encontra confuso o que origina problemas de organização corporal. Testes para investigação da lateralidade
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Olho dominante: oferecer um papel retangular (papel cartão) com um orifício e solicitar que a criança olhe por ele, fechando um dos olhos, na direção de uma figura (pode ser o desenho de uma paisagem). O olho dominante será o que ficou aberto para a visualização da figura. Mão dominante: solicitar que a criança faça um desenho, para observar qual mão utiliza ou fazer uma brincadeira jogando objetos para que ela agarre com uma mão só. A mão dominante será a que ela utilizar para agarrar ou desenhar. Pé dominante: solicitar que chute a bola ou que fique apoiada em um pé só. O pé dominante será o que utilizar para apoiar-se ou para chutar a bola.
Lateralidade -Destra: olho, pé e mão direita são dominantes. -Canhota: olho, pé e mão esquerda são dominantes. -Ambidestra: utilização das duas mãos. -Lateralidade cruzada: quando a mão esquerda é dominante, ao mesmo tempo em que a perna direita; ou no caso de se ter o uso da mão direita e o olho esquerdo.
As dificuldades de aprendizagem relacionadas à lateralidade não só ocorrem no caso de crianças canhotas que são obrigadas a utilizar a mão direita, como também em crianças que apresentam a lateralidade cruzada. Nestes casos é necessário que a intervenção tenha como objetivo organizar sua Psicomotricidade, utilizando uma série de exercícios visuais, motores e escritos. Os transtornos de lateralidade afetam também a leitura e a escrita, confundindo a direção das letras (b-d,p-q,m-w-3,n-u,t-fj) e das palavras (leem sale em vez de elas). * As atividades utilizadas para discriminação visual, apresentadas em transtornos perceptivos, podem ser utilizadas neste caso. Atividade para conhecimento do corpo 1ª parte Solicitar que as crianças formem duplas e uma fique de frente para a outra. Conforme for dito o nome de uma parte do corpo como, por exemplo, pés, mãos, barriga, orelhas, etc., cada criança deverá apontar para as partes de seu próprio corpo. 2ª parte Esta atividade será feita da mesma forma, porém quando for dito o nome das partes do corpo, cada criança apontará para a parte do corpo da outra criança, por exemplo, quando for dito barriga, a criança apontará para a barriga de sua parceira. 3ª parte Esta atividade ficará um pouco mais complexa, pois será também trabalhada a lateralidade. Quando for dito o nome da parte do corpo, por exemplo, pé direito, cada criança deverá apontar para seu pé direito e de sua parceira, desta forma compreenderá a lateralidade de seu ponto de vista e do ponto de vista do outro. Atividade para coordenação dinâmica
Esta atividade tem por objetivo trabalhar com o equilíbrio, que é a base essencial da coordenação dinâmica geral a qual possui a finalidade de melhorar o comando nervoso, a precisão motora e o controle global dos deslocamentos do corpo no tempo e no espaço. Os conceitos espaciais: direita, esquerda, atrás, na frente, entre, perto, longe, maior, menor; são vivenciados através de movimentos específicos. A partir daí propomos exercícios com maior intensidade. Solicitamos a criança o seguinte: - Andar de cabeça erguida A criança deverá andar com um objeto (pode ser um livro de capa dura) sobre a cabeça, sem deixá-lo cair. -Dominada esta etapa a criança para, levanta uma perna formando um ângulo de noventa graus e coloca-se lentamente no chão. O mesmo trabalho deverá ser feito com a outra perna. -Que tal se alongar? A criança deverá esticar mãos e pernas como se fosse pegar algo no alto, até ficar na ponta dos pés e voltar gradativamente a posição inicial; esta atividade será repetida 2 vezes. Atividade para percepção global do corpo
Nesta atividade serão trabalhadas as posições do corpo e diversas possibilidades de deslocamento, com o objetivo de que a criança desenvolva a percepção global de seu corpo, sua unidade e da posição no espaço. São quatro posições que trabalhadas: em pé, sentada, agachada e deitada. Primeiramente será explicado à criança que a atividade envolve as quatro posições do corpo e para isso treinarão cada posição separadamente, ficando por algum tempo sentada, em pé, agachada e por último deitada. Após isso o exercício será iniciado. Pedimos a criança para que comece a caminhar acompanhando as palmas. Quando as palmas pararem a criança deverá parar e colocar-se em diferentes posições de acordo com o que for solicitado. Por exemplo: - parada, bem encostada na parede - sentada no chão, com as costas apoiadas na parede e as pernas esticadas - parada, tentando crescer o máximo possível (esticando-se) - sentada com as pernas cruzadas - deitada, totalmente relaxada - deitada de lado - agachando e levantando (brincadeira de morto ou vivo) Atividade com percurso No chão são colocados os seguintes objetos (distantes um do outro): bola, garrafa, cubo e um livro, o professor/examinador percorrerá o trajeto de um objeto para o outro e a(s) criança(s) deverão segui-lo. Após esta etapa, o trajeto será desenhado na lousa e criança(s) deverão segui-lo novamente, sem o auxílio do professor/examinador. Para finalizar as crianças terão um tempo para percorrer o trajeto. Transtornos psicomotores que podem ser observados em sala de aula: Torpor motriz – imperfeição dos movimentos relacionados ao dia-a-dia. Caracterizam-se por gestos grosseiros, travados, movimentos involuntários ou impossibilidade de relaxar e deixar os músculos em repouso. Dispraxia- desorganização do movimento e falta de adaptação dos gestos para a finalidade proposta, ou seja, a incapacidade de executar determinadas sequências gestuais ou a execução com extrema lentidão (vestir-se, abotoar a roupa, amarrar o cadarço dos sapatos, utilizar talher e outros). Transtornos de lateralização - compromete a construção do corpo e o esquema da imagem corporal. Nestes casos a criança apresenta dificuldades na velocidade e eficácia dos movimentos. -Criança ambidestra -Canhoto contrariado -Lateralidade cruzada Disgrafia- escrita defeituosa que pode ser: problemas na forma e proporção das letras e problemas na organização espacial da letra. Será discutido mais à frente em transtornos da lectoescrita. Instabilidade psicomotora – excessiva necessidade de movimentação, inquietação e instabilidade do corpo (síndrome hipercinética). Inibição psicomotora – falta ou inibição de movimento; movimentos comprometidos e limitados Asomatognosia: o sujeito é incapaz de reconhecer e mostrar em seu corpo alguma de suas partes. Pode ocorrer a partir de alguma lesão neurológica. A Agnosia digital é a mais frequente nas crianças: esta não é capaz de reconhecer, mostrar nem mover os distintos dedos de sua própria mão ou de outra pessoa. Pode ocorrer outras alterações motoras acompanhando esta. Em algumas ocasiões a mão dominante (a direita) não coincide com o olho dominante (o esquerdo) de uma pessoa, o que pode provocar problemas de aprendizagem e de desenvolvimento, sobretudo no que diz respeito à escrita. A lateralidade é uma função complexa que deriva da organização binária do nosso sistema nervoso. De facto, grande parte do nosso corpo articula-se de forma dupla: dois olhos, dois ouvidos, duas orelhas, dois pulmões, dois rins, etc. O nosso cérebro também dispõe de duas estruturas hemisféricas especializadas que são responsáveis por controlar todo o complexo sistema dual, integrando a diferente informação sensorial, orientando-nos no espaço e no tempo e, definitivamente, interpretando eficientemente o mundo que nos rodeia. Normalmente diferenciam-se quatro tipos de preferência ou dominância: - Dominância Manual: preferência ou maior facilidade para utilizar uma das mãos (direita ou esquerda) para executar ações como apanhar objetos ou escrever.
- Dominância Pedal: indica-nos o pé dominante para efetuar ações como chutar uma bola, manter-se de pé apenas com uma perna, etc. - Dominância Ocular: embora os dois olhos sejam necessários para configurar uma imagem correta, há um que se prefere para olhar por um telescópio ou para apontar, trata-se do olho dominante. - Dominância Auditiva: refere-se à preferência ou tendência de escutar mais por um ouvido que por outro, por exemplo, ao falarmos ao telefone. Falamos de lateralidade homogénea quando a mão, o pé, o olho e o ouvido oferecem uma dominância no mesmo lado, quer seja no lado direito (destro) quer seja no lado esquerdo (esquerdino). Estamos perante uma lateralidade cruzada quando existe uma lateralidade distinta do manual para os pés, olhos ou ouvidos (por exemplo, mão direita dominante com domínio do olho esquerdo). Nestes casos também se fala de “assimetria funcional”.
A lateralidade cruzada mão-olho tem sido uma das mais estudadas e com frequência é sinónimo de problemas na aprendizagem, em especial nos processos de leitura e de escrita. O que determina a lateralidade? O facto de uma criança ser destra ou esquerdina depende de muitos fatores, entre os quais se encontram a informação genética, a influência do ambiente familiar, a educação e a aprendizagem recebida. Alguns estudos apontam que a possibilidade de se ter um filho esquerdino sendo os progenitores destros é de cerca de 9,5%, aumentando este número para 26% se ambos os pais forem esquerdinos. Também está provada a influência de fatores ambientais e sociais. Por exemplo, se desde pequena uma criança é orientada a escrever com a mão direita ou a apanhar objetos com esta mão, será provável que seja destra. Para além de que muitos objetos estão concebidos para serem manipulados por destros. Problemas de aprendizagem Embora nem todas as crianças têm lateralidade cruzada apresentem problemas de aprendizagem, é certo que têm maiores probabilidade de padecerem de: - Dificuldades de autonomização de leitura, de escrita ou de cálculo. - Ler muito devagar e com pausas. - Dificuldade de atenção. Hiperatividade. - Problemas para organizar adequadamente o espaço e o tempo. - Dificuldades na ordenação da informação codificada. - Confusões direita-esquerda que dificultam a compreensão da dezena, centena. - Confusão ente a soma e a subtração ou entre a multiplicação e a divisão. Também entre sílabas diretas e inversas. - Desmotivação. Escasso ou nulo interesse em algumas atividades. - Torpeza psicomotora. Confusão para situar-se à direita ou à esquerda a partir desse meio corporal. - Melhor nível de compreensão das explicações verbais que das tarefas escritas. - Preferência pelo cálculo mental que pelo escrito. - Pode apresentar disgrafia, dislexia, discalculia e tende a expressar o contrário do que pensa. - Escrever letras e números invertidos, como se estivessem refletidos num espelho. - Incapacidade para concentrar-se numa única tarefa durante um espaço de tempo determinado. - Segundo o perfil da criança pode manifestar-se inibição, irritabilidade, desesperança, reações desmedidas, baixa autoestima, etc. Como detectar? Até que a criança não comece a escrever (por volta dos 5 anos) não se avalia o tipo de lateralidade que apresenta. Há que ter em conta que nestas idades a lateralidade ainda está em construção, pelo que a avaliação não será determinante. O problema não é ser destro ou esquerdino, mas sim que as diferentes dominâncias estejam organizadas no mesmo lado, especialmente no que diz respeito à mão, olho e pé. Se for detectado na criança alguns dos problemas descritos em cima, será conveniente efetuar alguns exames para ver se a causa dos mesmos está na lateralidade cruzada. Dominância manual: - Peça à criança que apanhe um lápis que está na mesa e que escreva uma série de números. Em condições normais a mão com a qual escrever será a mão dominante. Peça-lhe que apanhe outros objetos (pente, brinquedos, etc.) para comprovar se continua a usar a mesma mão. Em seguida, peça ao seu filho para escrever a mesma série de números com a outra mão. Uma criança destra (ou esquerdina) bem organizada deveria apresentar grande dificuldade para escrever números com a mão esquerda apresentando inversões frequentes. Dominância ocular: - Um dos exames mais recorrentes é o do papel perfurado. Pegue num papel qualquer e faça-lhe um buraco no centro. Depois peça ao seu filho que de pé, com os braços esticados, sustenha o papel e olhe (a esta distância) através do buraco para um ponto situado atrás. A seguinte instrução é que vá aproximando a pouco e pouco a cara do papel até tocar no mesmo. A criança deve fazê-lo sem deixar de olhar pelo buraco e focando o ponto que fixava. Uma vez que o papel está junto ao rosto, a criança situou o buraco em frente ao olho dominante. Também pode, através de um telescópio, que olhe através dele. O olho que escolher para fazê-lo será o dominante. Dominância de pé: Os exames clássicos compreendem um amplo reportório como chutar uma boa ou manter-se durante um determinado período de tempo equilibrado num só pé. Em ambos os caos a perna com a qual executar a ação pode ser a dominante.
Dominância auditiva: É, sem dúvida, a que menos atenção tem tido e, por sua vez, a que pode apresentar maior variabilidade segundo a tarefa a efetuar. Os exames mais simples consistem em entregar algum objeto com um ruído ténue (auricular, relógio ou outro) e pedir à criança que escute atentamente. A orelha à qual dirigir o objeto é a dominante. A finalidade destes exames é comprovar se a mão, o olho, o pé ou o ouvido dominantes coincidem. Atividades para favorecer a sua aprendizagem A intervenção para solucionar este problema é um tema muito controverso. Alguns psicólogos opinam que se deve começar desde que a criança seja muito pequena para evitar problemas posteriores na aprendizagem. Outros, pelo contrário, minimizam as consequências e defendem o desenvolvimento natural do processo limitando a intervenção para potenciar na criança as dominâncias estabelecidas. Cada criança é diferente, pelo que deverá contar com a opinião de um psicólogo para determinar se é melhor levar a cabo uma terapia ou não. A má lateralidade pode manifestar-se de diferentes formas, sendo a mais corrente a que pode dominar-se como cruz lateral simples na qual a criança utiliza habitualmente o seu olho dominante e escreve com a mão subdominante, ou seja é o caso de crianças destras de pé e mão, mas com dominância no olho esquerdo ou vice-versa. Nestes casos aconselha-se que atue sobre a alteração da dominância de mão antes da dominância de olho, já que assim opera a favor da tendência neurobiológica da criança. No caso de aplicar-se uma alteração de dominância visual deve contar-se com as diretrizes de um especialista em optometria que dirija o tratamento, que normalmente consiste num programa de treino visual que implica a obstrução do olho que deve ceder à dominância. Para além disso, os pais podem ajudar a criança com diferentes atividades para reforçar a lateralidade: - Assinalar, reconhecer e nomear cada uma das partes e detalhes, no próprio corpo e noutro. - Reconhecer erros nos desenhos semelhantes. - Reconhecer a posição que se tem em relação a um objeto: à direita, à esquerda, atrás, etc. - Lançar e apanhar objetos, balões, etc. - Bater palmas alternadamente. - Abrir e fechar as mãos rapidamente. - Tocar cada dedo com o polegar da mão respectiva. - Lançar objetos com uma mão e com outra. - Manter um objeto em equilíbrio numa mão enquanto com a outra se faz outra ação. - Realizar desenhos com os dedos e com outro tipo de tintas. - Repassar a própria mão dominante, contornando-a com um lápis, pintando-a e recortando-a. - Com os olhos fechados identificar que objetos é que estão situados à esquerda e à direita. - Desenhar pequenos objetos à esquerda e à direita de outro desenho. - Escrever grupos de palavras que comecem por letras de simetria inversa. - Atividades de movimentos dos olhos: movimentos direcionais (para cima, para a direita, etc.), movimentos com apenas um olho (olhar através de um tubo, fechar um olho, etc.). - Atividades de recortar e colar. - Atividades de seguir linhas, caminhos e labirintos.
FINALIZANDO...
Com esse material esperamos que suas aulas fiquem recheadas de estimulação psicomotora adequada para cada etapa do desenvolvimento humano. Segue ainda uma relação de referências que podem ser estudadas para aprofundamento e diversos links, sites e vídeos que podem ser assistidos de modo a complementar sua atuação. SUCESSO PSICOMOTOR PARA TODOS...
PROF. MS. JULIANA MONTENEGRO SERON LINKS RECOMENDADOS
https://www.youtube.com/watch?v=xIKGsQVMvv0&list=PLe7HnIveeLK8TaYYIY422zHFAGidNoakX http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgrigAI/sugestoes-atividades-psicomotricidade# http://alunoon.com.br/infantil/atividades.php?c=123
http://soatividadesparasaladeaula.blogspot.com.br/2012/06/circuito-de-psicomotricidade-tente-e.html https://lhbrilhante.wordpress.com/2009/06/04/sugestoes-de-atividades-psicomotoras/
QUANDO A GENTE AMA O QUE FAZ... MAIS ALGUMAS SUGESTOES PSICOMOTORAS
Aqui seguem algumas sugestões de atividades para desenvolver a psicomotricidade e a coordenação motora. *Modelar massinha ( criar bichinhos , bonequinhos ); *Escrever em lugares ásperos e lisos; *Desenhar e escrever em diferentes tamanhos de papel; *Pesquisar e recortar figuras pequenas e grandes; *Desenvolver atividades de pinça (colar grão / linha / barbante / lã em cima das letras do nome, brincar com massinha, utilizando só os dedos); *Realizar transvasamentos ( colocar água de um copo para uma caneca, fazer isso utilizando um conta-gotas, um funil, uma peneira); *Fazer movimentos com as mãos no ar, no chão, na água; Rasgar diferentes tipos de papéis; Rasgar seguindo a linha ( reta, curva, quebrada, ondulada); Recortar usando tesoura; Trançar fios ou tiras de papel; Montar quebra-cabeça; Preencher e compor figuras com papel picado, botões, palitos, macarrão, arroz, cereais (movimento de pinça pegar um a um e colar); Manusear sucatas. Construir brinquedos com caixinhas, rolinho de papel higiênico, palito, papel, cola, fita crepe; Pintura com tinta utilizando várias técnicas como: pintar com o dedo, com pincel, com algodão, com cotonete, soprar a tinta bem aguada e sempre mudar o tamanho do papel. Desenhar e escrever em lugares grandes como no chão, no papel metro ou cartolina, fazendo movimentos grandes, explorando bem o espaço; Desenhar e escrever em lugares pequenos e com movimentos pequenos ir diminuindo o papel gradativamente para que se organize em espaços pequenos e diminua a letra, pode até, às vezes, colocar linha para que escreva, por exemplo, o nome das pessoas da família. Pesquisar em revistas e jornais letras do seu nome. Ora pedir que recorte só letras grandes ora só pequenas. Escrever o nome de seus familiares com giz de lousa em lixa, no chão, no papel; Explorar as diferentes texturas de suas roupas; Brincar com as letras móveis de montar o alfabeto, ou os nomes, ou palavrinhas. JOGOS Quebra – cabeça; Jogo da memória;
Jogo de palitos; Jogo do Cai-não-cai; Jogos de encaixe ( peças grandes, médias e pequenas);
LATERALIDADE JOGOS E BRINCADEIRAS PARA DESENVOLVER A LATERALIDADE LATERALIDADE
Trabalhar noções de lateralidade Colocar uma criança no centro. Pedir a outra criança que fique à direita dela; outra atrás; outra à frente e
outra à esquerda. Batendo palmas, as crianças mudam de posição e dizem a sua nova posição. Brincar solicitando que apontem ou levantem as partes do corpo solicitadas.
- Identificação de esquerda e direita; - Levantar mão direita; mão esquerda; pé esquerdo; pé direito; mostrar o joelho direito; joelho esquerdo; mostrar o olho direito; olho esquerdo; orelha esquerda, orelha direita; - mão direita, no pé esquerdo; mão direita no pé direito; mão esquerda no pé esquerdo; mão esquerda no pé direito; - mão direita no olho esquerdo; mão esquerda no olho direito; mão esquerda no olho esquerdo; mão direita no olho direito;... Esquema corporal: é o conhecimento que temos do corpo em movimento ou em posição estática, em relação aos objetos e o espaço que o cerca. É através do desenvolvimento do esquema corporal que a criança toma consciência de seu corpo e das possibilidades de expressar-se por meio desse corpo. Exemplo de atividade: raposa que gostava de comer capim. Estátua
Objetivo: Desenvolver o esquema corporal, capacidade de expressão corporal, criatividade e socialização Parte Prática: o professor sugere ou uma roda ou um local mais alto como um palco onde as pessoas possam ver com facilidade o que será feito . Duas crianças serão escolhidas para ir à frente, as quais serão estátuas, ou seja, não poderão se movimentar. Em seguida dois-a-dois da platéia devem ser chamados para modificar como queiram as duas estátuas. Mímica teatral
Objetivo: Desenvolver o esquema corporal, capacidade de expressão corporal, criatividade e socialização. Material: um espaço privado, gravuras e fotografias. Parte Prática: o professor antes de iniciar o jogo deve preparar um material diferente para escolher pares, por exemplo: separe gravuras, fotografias que têm relação uma com a outra tipo um animal e uma floresta, foto de uma criança e de um parque artistas, ou corte as gravuras ao meio . Distribua as gravuras entre os alunos (em número par). Ao sinal, todos terão que achar seus pares. Quando isso acontecer terão que montar um mini-teatro ou mímica que expresse o que está na fotografia. Os outros participantes vão tentar descobrir. A turma que fizer melhor e com maior perfeição será a vencedora. João bobo Organizar os alunos em trios e propor a brincadeira do “João Bobo” – Em que um aluno fica no centro com o corpo
rígido deixando-se movimentar para frente e para trás pelos dois colegas. Identificando partes do corpo
Orientar, com uma música clássica ao fundo, que os alunos, de olhos fechados, toquem cada parte do corpo: cabeça, cabelos, rosto, braços, mãos, pernas, pés, barriga etc. Desenhando o colega
Cada aluno deitará em uma folha grande de papel pardo do tamanho suficiente para que o colega contorne o perfil do seu corpo. Todos com seus perfis contornados deverão completar a figura de seu corpo acrescentando detalhes que o identifiquem. Espelho
Escolhem entre si quem primeiro será a imagem e quem será o executor dos movimentos.
Conversa
Conversar de forma informal sobre cada parte do corpo: boca, nariz, orelhas, braços, mãos, tronco, pernas, pés... Para que servem? Deixar que os alunos se expressem livremente, fazendo as devidas colocações e orientações. Músicas Partes do Corpo:
Cabeça, ombro, joelho e pé. Cabeça, ombro, joelho e pé. Olhos, ouvidos, boca e nariz. Cabeça, ombro, joelho e pé. Pop Pop:
Coloque a mão para frente, Coloque a mão para o lado, Coloque a mão para frente, Balança ela agora Eu danço pop pop Eu danço pop pop Eu danço pop pop Assim é bem melhor! (Repetir com todas as partes do corpo possíveis.) Remexo:
Ponha a mão na cabeça Ponha a mão na cintura Dá um abraço no corpo Dá um abraço doçura Sai sai sai Oh! Piaba Sai lá da lagoa Equilíbrio
Fazer uma linha no chão e pedir para que andem nela; Pular de um pé só sobre a linha; Engatinhar sobre a linha sem tirar as mãos e os joelhos dela; Ficar equilibrado num pé só, e em seguida alternar os pés; Equilíbrio com os olhos fechados; Senso de direção com os olhos fechados; Equilíbrio agachado; Seguir orientação do professor para encontrar um objeto com os olhos vendados; Brincadeira de estátua, permanecendo na posição que o professor orientar; Sentar, deitar e levantar sem se apoiar; Equilibrar a bola na mão direita durante o percurso proposto (trocar a mão na volta); Permanecer na ponta dos pés, enquanto se conta até dez; Levantar e baixar na ponta dos pés; Andar sobre linhas marcadas no chão: retas, quebradas, curvas, sinuosas, círculos, mistas.
RITMO
Ritmo é o tempo que demora a repetir-se um qualquer fenômeno repetitivo, mas a palavra é normalmente usada para falar do ritmo quando associado à música, à dança, ou a parte da poesia, onde designa a variação (explícita ou implícita) da duração de sons com o tempo. Quando se rege por regras, chama-se métrica. O estudo do ritmo, entoação e intensidade do discurso chama-se prosódia e é um tópico pertencente à linguística. Na música, todos os instrumentistas lidam com o ritmo, mas é freqüentemente encarado como o domínio principal dos bateristas e percussionistas. Objetivos: • Desenvolver a capacidade física dos educandos assim como a saúde e a qualidade de vida. • Propiciar a descoberta do próprio corpo e de suas possibilidades de movimento. • Desenvolver o ritmo natural.
• Possibilitar o desenvolvimento da criatividade para descoberta do estilo pessoal. • Despertar sentido de cooperação, solidariedade, comunicação, liderança e entrosamento através de trabalho em
grupo. Bater palmas no ritmo do professor (rápido, lento, forte, fraco). Bater bola com a mão seguindo o ritmo marcado pelo professor. Jogos de Trabalho com corpo e explorando os sentidos: Caçador de tartarugas
Os jogadores dispersam-se pelo pátio: são as tartarugas. Ao sinal, o caçador sai correndo para pegar as tartarugas. Estas evitarão ser apanhadas deitando-se de costas, pernas e braços encolhidos, imitando tartaruga deitada de costas. Enquanto estiverem nesta posição, não poderão ser caçadas. O jogador que for apanhado será eliminado. Jogo das Cores
Sentados em círculos, os alunos devem aguardar a indicação do professor. Ao indicar uma cor, exemplo: verde – Todos devem sair correndo e tocar em algo da cor indicada. Me dá um abraço
Os alunos devem estar distantes um do outro. Ao sinal especificado: Três palminhas dadas pelo professor, por exemplo, todos devem correr e encontrar um amigo para abraçar. Lobos e Carneirinhos
Formação: Traçar no chão duas linhas afastadas cerca de 20 metros uma da outra. As crianças são divididas em dois grupos: lobos e Carneirinhos. Cada grupo se coloca atrás de uma linha. O grupo dos lobos fica de costas para o grupo dos Carneirinhos. Desenvolvimento: Ao sinal do professor, os Carneirinhos saem a caminhar, o mais silenciosamente possível, em direção aos lobos. Quando estiverem bem próximo deles o professor diz: “Cuidado com os lobos”!Estes, então,
voltam-se rapidamente em partem em perseguição aos Carneirinhos. Os Carneirinhos apanhados antes de alcançar a linha original (de onde vieram) passam a ser lobos. Na repetição da brincadeira invertem-se os papéis. Sugestão: Antes de proporcionar essa brincadeira, é interessante que se explore o que se sabe e se discuta sobre esses animais: Como são? Quem já viu um carneirinho? Quem já viu um lobo? Onde? Quando? Se viu, o que achou do animal? Vamos imitar um lobo? Vamos imitar um carneirinho? O professor deve explorar o tema de acordo com o interesse das crianças. Onça Dorminhoca
Formação: Formar com os alunos uma roda grande. Cada criança fica dentro de um pequeno círculo desenhado sob os pés, exceto uma que ficará no centro da roda, deitada de olhos fechados. Ela é a Onça dorminhoca. Desenvolvimento: Todos os jogadores andam a vontade, saindo de seus lugares, exceto a onça dorminhoca que continua dormindo. Eles deverão desafiar a onça gritando-lhe: “Onça dorminhoca”! Inesperadamente, a onça acorda e corre para pegar um dos lugares assinalados no chão. Todas as outras crianças procuram fazer o mesmo. Quem ficar sem lugar será a nova Onça dorminhoca. Sugestão: Proporcionar um estudo sobre a onça, de acordo com o interesse das crianças: Quem já viu uma onça? Aonde? Quando? Como ela é? Como vive? O que come? Quem quer imitá-la? Confeccionar uma máscara de cartolina ou papelão para aquele que fará o papel da onça. Partindo deste estudo, a criança, quando for desenvolver a atividade, criará um personagem seu relativo à brincadeira. Corrida do Elefante
Formação: As crianças andam à vontade pelo pátio. Uma delas separada utiliza um braço segurando com a mão a ponta do nariz e o outro braço passando pelo espaço vazio formado pelo braço. ( Imitando uma tromba de elefante). Desenvolvimento: Ao sinal, o pegador sai a pegar os demais usando somente o braço que está livre (O outro continua segurando o nariz). Quem for tocado transforma-se também em elefante, logo, em pegador, adotando a mesma posição. Será vencedor o último a ser preso. + ATIVIDADES
1) Brincar de Robô: Material: humano. Formação: duplas.
Objetivo: desenvolver a lateralidade. Desenvolvimento: uma criança é o robô, e seu parceiro é o guia. Auxiliados pela professora, combinam sinais de movimentação do robô. Por exemplo, se o guia tocar o lado esquerdo da cabeça do robô, esse vira para a esquerda; se tocar o lado direito, vira à direita; se tocar o alto da cabeça, o robô abaixa, e assim por diante. Algum tempo depois, invertem-se os papéis, sendo que o guia vira robô, e o robô vira guia. Depois disso, a brincadeira é feita com deslocamentos. As duplas combinam os sinais de movimentação. Por exemplo, um toque na parte de trás da cabeça é sinal para o robô ir adiante; um toque nos ombros é sinal para que ele pare. 2) Controlar o jornal no pé: Material: bolinha de jornal. Formação: em equipe e em coluna. Objetivo: desenvolver a lateralidade. Desenvolvimento: O aluno deverá ir chutando a bolinha com um dos pés até um ponto determinado e voltar chutando a bolina com o outro pé. Entrega o papel para o próximo colega de sua equipe, que deverá fazer o mesmo e assim sucessivamente. Variação: O organizador deverá entregar uma bolinha de papel para cada equipe, o primeiro aluno de cada equipe, deverá deslocar em linha reta até um ponto determinado, controlando o papel nos pés, trocando a bolinha do pé direito para esquerdo. Ir e voltar fazendo o mesmo movimento, não podendo chutar o papel, deverá apenas andar. Entrega o papel para o próximo colega de sua equipe, que deverá fazer o mesmo e assim sucessivamente. 3) Tempestade: Material: giz. Formação: círculo. Objetivo: desenvolver a lateralidade. Desenvolvimento: desenha-se círculos no chão. O número de círculos deve ser um a menos que o total de participantes. Todos devem ficar dentro dos círculos, com exceção de um integrante. O integrante do centro deve disser: direita – todos devem dar um passo para a direita (trocando de lugar). Esquerda – todos devem dar um passo para esquerda (trocando de lugar). Quando o integrante do centro disser TEMPESTADE , todos devem trocar de lugar, sendo que um integrante ficará de fora. E assim sucessivamente. 4) (Atividade corporal) ZIP, ZAP, ZOP: Material: humano. Formação: círculo. Objetivo: desenvolver a lateralidade. Desenvolvimento: Todos os participantes deverão ficar em pé, no centro da sala, em círculo. O professor poderá iniciar o jogo, ficando no centro da roda, de pé, para que os alunos possam ver como se faz a brincadeira. Ao ouvir a música os alunos deverão acompanhar o professor com os movimentos de direita e esquerda. Quando parar a música o professor deverá apontar para um aluno e dizer “ZIP”, então o aluno deverá falar o nome do amigo que estiver no seu lado direito (para melhor compreensão ele ficará com uma fita vermelha na mão direita e azul na esquerda). Se o professor disser “ZAP”, o aluno deverá dizer o nome do colega da esquerda. Se disser “ZOP”, o aluno responderá seu próprio nome. Quando disser “ZIP, ZAP, ZOP”, todos deverão trocar de lugar no círculo, ficando ao lado de pessoas
diferentes, para que possam também conhecer outros alunos e o professor poderá perceber se ele está absorvendo a ideia de direita e esquerda. O professor convidará outro aluno para ficar no centro e sempre que alguém errar a resposta ficará no centro do círculo. 5) Cãozinho FLIP: Material: humano. Formação: duplas. Objetivo: desenvolver a lateralidade. Desenvolvimento: atividade consiste em montar um círculo com todos os alunos sentados. Um aluno voluntário, de olhos vendados, ficará sentado em uma cadeira no meio deste círculo (este representará o cãozinho FLIP). Abaixo da cadeira deverá conter um objeto que faça barulho ao ser manipulado (um molho de chaves, por exemplo). Ao sinal do
professor, determinado aluno do círculo, deverá pegar a chave abaixo da cadeira do cãozinho, de modo a fazer o mínimo de barulho possível. O cãozinho (aluno de olhos vendados), percebendo o movimento, deverá latir para o lado onde o som foi emitido. (direita, esquerda, frente ou atrás). Descobrindo o local do som, a sua posição será trocada, ocupando o lugar de cãozinho o aluno que pegou o objeto. A atividade assim dará a sequência. 6) Caminho: Material: pés e mãos de cartolina. Formação: individual. Objetivo: desenvolver a lateralidade. Desenvolvimento: as crianças deverão andar no caminho colocando os pés e as mãos, conforme os desenhos. 7) Chique - Choque: Material: Chique Choque e arco. Formação: fileira. Objetivo: desenvolver a lateralidade. Desenvolvimento: o primeiro aluno da fila pega o chique choque com uma das mãos e desloca até o lugar determina saltando como saci-pererê com a perna oposta a da mão que segura o chique choque, deixa o chique choque dentro do arco e volta correndo, toca no próximo aluno da sua fila este sairá correndo pega o chique choque com uma das mãos e volta saltando de saci com a perna oposta da mão com o chique choque e assim sucessivamente. 8) O cachorro e o osso: Material: osso e mascara de cachorro. Formação: círculo. Objetivo: desenvolver a lateralidade. Desenvolvimento: as crianças ficarão sentadas em círculo e, no centro a criança em destaque, o “cachorro”, que estará com os olhos vendados, tomando conta do “osso”. Ao sinal da professora, uma criança levanta -se silenciosamente e tenta apanha o osso. O cachorro, ao sentir a presença do colega, começará a latir, apontando a direção de onde vem o ruído que indica a aproximação do colega. Se acertar, a criança da roda volta e assenta e outra criança é apontada para a nova tentativa. Se o cachorro errar a direção, a criança vai prosseguindo até apanhar o osso, volta com ele para o seu lugar e esconde-o, colocando as mãos para trás, no qual será imitado por todos os colegas da roda. A professora retira a venda do cachorro, que irá adivinhar com quem está o osso. Se acertar continuará sendo o cachorro, se errar irá ser substituído pelo colega que conseguiu apanhar o osso. 9) O rabo do leão: Material: rabo, venda de olhos e desenho de leão sem rabo. Formação: círculo. Objetivo: desenvolver a lateralidade. Desenvolvimento: os alunos em círculo e o desenho do leão no centro, venda o olho de um aluno, realiza duas voltas no aluno em torno de seu próprio eixo, coloca o rabo na sua mão e os colegas irão direcionando o aluno vendado dizendo direita, esquerda até o colega conseguir colocar o rabo no leão, logo após troca de aluno. 10) Automóvel: Formação: Alunos em círculo, em pé. Material: arcos. Objetivo: lateralidade. Automóvel, automóvel (gesto de segurando no volante) como é bom, como é bom (Fazer gesto de joia) Virar à direita, virar à esquerda (Virar o corpo para a direita e depois para a esquerda) Fom Fom Fom. (Aperta o nariz). Desenvolvimento da percepção espacial: Tanto na infância quanto na vida adulta, o espaço é um grande desafio, requerendo pleno domínio do sujeito para a perfeita integração do ser ao ambiente. Assim, reconhecer, interferir e agir sobre os espaços (ruas, casas, prédios,
entradas e saídas) é um grande desafio do trabalho psicomotor na escola, ao levar a criança a desenvolver-se com autonomia de movimento. 11) Túnel: Controle espacial: Material: bola e pino de boliche. Formação: em fila com as pernas abertas (em pé). Desenvolvimento: uma criança em pé na frente do círculo com uma bola na mão, rola a bola no chão por entre as pernas das crianças tentando acertar o pino, após realizar o rolamento entra na fila e outra criança rola a bola por entre as pernas de seus colegas. Continua a atividade até que todos da equipe tenham rolado a bola. 12)Passar dentro do arco: Controle espacial: Formação: em coluna. Desenvolvimento: a frente de cada fila estarão quatro arcos, o aluno deverá deslocar, passar dentro dos arcos, voltar fazendo o mesmo, tocar no colega que realizará o mesmo e assim sucessivamente. 13)Arco em pé: Controle espacial: Formação: em coluna. Desenvolvimento: a frente de cada fila, o professor irá segurar o arco em pé, o aluno deverá passar dentro do arco. 14) Passar por baixo: Controle espacial: Formação: coluna. Desenvolvimento: dois seguram nas extremidades da corda, e balançam, a uma altura de 1m a 1,20m. As crianças deverão passar de lado para o outro sem tocar ou encostar na corda. 15) Idem ao anterior, porém não balança a corda e os alunos deverão passar por baixo, e a altura da corda irá diminuindo. 16) Idem ao anterior, a corda balançando, porém os alunos deverão passar por baixo batendo palma acima da cabeça. 17) Dois seguram nas extremidades da corda, com ela encostada no chão, os alunos deverão saltar a corda. A altura da corda deve ir aumentando gradativamente. 18) Perto, Longe, alto, em abaixo: Perguntar às crianças as localizações de perto, longe, em cima embaixo: Exemplo: A secretaria está perto ou longe? As folhas das árvores estão em cima ou em baixo? 19) Perto e longe: Controle espacial: Material: apito. Formação: livres pelo espaço. Desenvolvimento: o professor apita uma vez os alunos devem correr para perto do professor e dizer perto, quando o professor apitar duas vezes os alunos devem distanciar do professor dizendo longe.