GUIA DO
PROFESSOR NOVAS LEITURAS 9 Português 9º ano Alice Amaro Consultor Científico-Pedagógico António Leal (FLUP)
Metas Curriculares de Português – 3.º Ciclo Planificação anual/trimestral* 8 Testes de avaliação (incluem cenários de resposta)* 3 Provas modelo (incluem cenários de resposta)* Grelha de avaliação da expressão oral/participação oral* Grelha de avaliação atitudes/desempenho global* Grelha de avaliação da escrita* Contrato pedagógico de leitura* Transcrição dos documentos áudio/vídeo do manual Soluções do Caderno de Exercícios do aluno * MATERIAIS DISPONÍVEIS, EM FORMATO EDITÁVEL, EM:
INTRODUÇÃO As atuais Metas Curriculares de Português (MCP) têm como referência o Programa de Português do Ensino Básico (PPEB), centrando-se “no que desse programa é considerado essencial que os alunos aprendam”. Assim sendo, as MCP “constituem-se como o documento de referência para o ensino e a aprendizagem e para a avaliação interna e externa” (MCP, pág. 4). Relativamente ao 3.o Ciclo do Ensino Básico, as MCP surgem organizadas em torno de cinco domínios – Oralidade (que engloba a Compreensão do Oral e a Expressão Oral), Leitura, Escrita, Educação Literária e Gramática –, apresentando em cada um deles os objetivos pretendidos e respetivos descritores de desempenho dos alunos, isto é, aquilo que estes devem ser capazes de saber-fazer. O princípio de progressão numa lógica de continuidade faseada e articulada de aprendizagens por ciclo de ensino, que presidia ao PPEB, bem como a estrutura organizativa que prevê a confluência dos diversos domínios, subjazem, de igual modo, às MCP. Todavia, estas definem claramente as metas a atingir por ano de escolaridade, procedendo assim à anualização dos conteúdos. Segundo as MCP, A definição das metas por ano de escolaridade teve em vista a clarificação dos conteúdos de aprendizagem em cada ano, a responsabilização pelo seu ensino em um momento determinado do percurso escolar (naturalmente sem prejuízo da sua consolidação nos anos seguintes), e a opção por formas de continuidade e de progressão entre os diferentes anos de um ciclo e também entre os vários ciclos. Estes três objetivos determinaram, em casos pontuais, uma nova arrumação de alguns conteúdos, de modo a reforçar a coerência dos conteúdos de aprendizagem por ano e por ciclo. (pág. 5)
Tendo em conta que as MCP incidem de forma objetiva nos desempenhos que os alunos deverão revelar, ao longo de cada ano de escolaridade, e que compete ao professor o ensino formal dos mesmos, este Guia do Professor pretende servir de apoio à prática docente, disponibilizando, por exemplo, propostas de testes/provas modelo e grelhas de avaliação, que possam libertar o professor para a realização de outras tarefas. Novas Leituras 9 –
A Autora
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ÍNDICE Apresentação do projeto Novas Leituras 9 ........................................................ 4 1. Metas Curriculares de Português – 3.º Ciclo ................................................
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2. Planificação anual / trimestral ........................................................................ 21 3. Testes de avaliação / Provas modelo ............................................................ 33 Propostas de resolução dos Testes de avaliação e das Provas modelo ...................... 81
4. Grelhas de apoio .................................................................................................... 89 Grelha de avaliação da expressão oral/participação oral ............................................ 90 Grelha de avaliação atitudes/desempenho global ...................................................... 91 Grelha de avaliação da Escrita ...................................................................................... 92 Contrato Pedagógico de Leitura ................................................................................... 94
5. Transcrição dos documentos áudio/vídeo do manual .......................... 95 6. Soluções do Caderno de Exercícios ................................................................. 107
APRESENTAÇÃO DO PROJETO NOVAS LEITURAS 9 O projeto Novas Leituras 9 abarca os seguintes componentes:
Para o Aluno – Manual – Prova que sabes (OFERTA) – Caderno de Exercícios – 20 manual Multimédia
Para o Professor – Manual (Edição do Professor) – Guia do Professor – Planos de Aula – CD áudio –
Manual O Manual encontra-se estruturado em quatro sequências temáticas além da Sequência 0 – Diagnóstico, com organização semelhante: Sequência 1 – Texto narrativo e Outras leituras Sequência 2 – Texto dramático – Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente Sequência 3 – Texto épico – Os Lusíadas de Luís de Camões Sequência 4 – Texto poético A Sequência 0 tem por objetivo diagnosticar os conhecimentos prévios. Ao longo de cada uma das Sequência Temáticas são mobilizados os recursos e os conhecimentos transversais aos cinco domínios estabelecidos no documento Metas Curriculares de Português: Educação Literária, Leitura, Oralidade, Escrita e Gramática. No final de cada Sequência de aprendizagem, apresenta-se uma breve sistematização dos conhecimentos por meio de uma ficha informativa – Para saber – e ainda um Teste formativo dos conteúdos trabalhados até àquele momento.
Novas Leituras 9 –
O Manual contempla, ainda, um Suporte Gramatical com os conteúdos de Gramática previstos para o 3.o Ciclo. O Manual Novas Leituras 9 possibilita um trabalho exequível ao nível dos vários domínios da língua, através de atividades e exercícios essenciais e rigorosos. Apresenta várias tipologias textuais, permitindo ao aluno o contacto com textos de qualidade, entre os quais se destacam as obras previstas no corpus textual das Metas Curriculares (cf. com as páginas 18-20 deste Guia do Professor), acompanhados de “Outras Leituras”, que visam o trabalho intertextual. Do Manual Edição do Professor constam, também, sugestões metodológicas e propostas de resolução das atividades, bem como remissões para o Caderno de Exercícios e para os recursos multimédia assinaladas pelo ícone .
Prova que sabes (Oferta ao Aluno) Brochura que visa a preparação para a prova final de ciclo. Inclui: • Listagem dos principais verbos que constam dos enunciados do exame e sua explicitação; • Explicação da estrutura da prova, grupo a grupo; • Provas finais modelo.
Caderno de Exercícios Caderno de treino das aprendizagens de Gramática, disponibilizando propostas de exercícios que abarcam todos os conteúdos do Suporte Gramatical, em articulação temática com os textos das sequências do manual. As soluções encontram-se disponíveis no Guia do Professor e em www.novasleituras9.asa.pt.
Manual (Edição do professor) Do Manual Edição do Professor constam, em banda lateral exclusiva: • sugestões metodológicas; • propostas de resolução das atividades; • remissões para todos os recursos multimédia do projeto.
Guia do Professor Guia prático de apoio à atividade docente. Contempla: • Metas Curriculares de 3.o ciclo; • Planificação anual e trimestral (9.o ano); • Testes de avaliação: – dois testes por sequência do Manual; – três provas finais modelo; – cenários de resposta; • Grelhas de observação/grelhas de avaliação por domínio da língua e modelo de contrato pedagógico de leitura; • Transcrição dos documentos áudio e vídeo do Manual; • Soluções das atividades do Caderno de Exercícios.
Planos de Aula
CD Áudio Reforço do trabalho da componente oral, com vocalização de alguns textos do manual bem como com recursos áudio de apoio a atividades.
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93 planos de aula, pensados para 90 minutos, que abarcam todos os conteúdos trabalhados no Manual e que promovem a articulação entre todos os recursos do projeto Novas Leituras. De forma a constituírem uma base de trabalho útil, que o professor poderá ajustar ao perfil de cada uma das suas turmas, todos os planos encontram-se disponíveis, em formato editável, em .
20 Aula Digital O possibilita a fácil exploração do projeto Novas Leituras 9, através das novas tecnologias em sala de aula. Trata-se de uma ferramenta inovadora que permite: I
a projeção e exploração das páginas do manual em sala de aula;
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o acesso a um vasto conjunto de conteúdos multimédia integrados no manual: • animações – abordam de forma interativa os diversos conteúdos, possibilitando uma avaliação do aluno através de atividades de consolidação; • gramática interativa – tópicos gramaticais abordados ao longo do manual, acompanhados de avaliação da informação apresentada; • fichas (formato Word) – conjunto de fichas editáveis de consolidação de conhecimentos; • testes interativos – banco de testes interativos, personalizáveis e organizados de acordo com as diversas sequências do manual; • apresentações em PowerPoint – apresentações editáveis que exploram de forma pedagógica, sintetizadora e motivante diversos conteúdos; • links Internet – endereços para páginas na Internet de apoio às matérias, de forma a complementar os conteúdos destacados no Novas Leituras 9;
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a disponibilização dos Planos de Aula, em formato Word, para que o professor os possa adaptar de acordo com as características de cada turma: • utilizando as sequências de recursos digitais propostas em cada plano, recorrendo a um projetor ou a um quadro interativo; • personalizando os Planos de Aula com outros recursos;
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a avaliação dos alunos: • utilização de testes predefinidos ou criação de novos a partir de uma base de cerca de 200 questões; • impressão de testes para distribuição; • envio, online, de testes para os alunos, com correção automática; • relatórios de avaliação detalhados que permitem um acompanhamento do progresso dos alunos;
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a troca de mensagens e a partilha de recursos com os alunos.
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1. Metas de aprendizagem | Novas Leituras 9
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METAS CURRICULARES DE PORTUGUÊS (2012)
Novas Leituras 9 –
ORALIDADE
3. Distinguir informação objetiva e informação subjetiva. 4. Manifestar ideias e pontos de vista pertinentes relativamente aos discursos ouvidos.
3. Distinguir informação objetiva e informação subjetiva. 4. Distinguir diferentes intencionalidades comunicativas em diversas sequências textuais (informar, narrar, descrever, explicar e persuadir).
2. Distinguir o essencial do acessório.
3. Fazer deduções e inferências.
3. Reproduzir o material ouvido, recorrendo à síntese.
3. Reproduzir o material ouvido, recorrendo à síntese.
4. Apresentar propostas e sugestões.
4. Considerar pontos de vista contrários e reformular posições.
3. Debater e justificar ideias e opiniões.
3. Estabelecer relações com outros conhecimentos. 4. Debater e justificar ideias e opiniões.
2. Solicitar informação complementar.
2. Pedir e dar informações, explicações, esclarecimentos.
3. Retomar, precisar ou resumir ideias, para facilitar a interação.
2. Estabelecer relações com outros conhecimentos.
1. Retomar, precisar ou resumir ideias, para facilitar a interação.
1. Retomar, precisar ou resumir ideias, para facilitar a interação.
3. Participar oportuna e construtivamente em situações de interação oral.
2. Reproduzir o material ouvido recorrendo à síntese.
1. Identificar ideias-chave.
1. Respeitar as convenções que regulam a interação verbal.
3. Participar oportuna e construtivamente em situações de interação oral.
2. Tomar notas, organizando-as.
3. Participar oportuna e construtivamente em situações de interação oral.
1. Identificar ideias-chave.
2. Tomar notas.
2. Registar, tratar e reter a informação.
1. Identificar ideias-chave.
2. Registar, tratar e reter a informação.
5. Manifestar ideias e pontos de vista pertinentes relativamente aos discursos ouvidos.
2. Consolidar processos de registo e tratamento de informação.
2. Identificar os tópicos.
2. Identificar os tópicos.
5. Manifestar ideias e pontos de vista pertinentes relativamente aos discursos ouvidos.
1. Identificar o tema e explicitar o assunto.
1. Identificar o tema e explicitar o assunto.
1. Identificar o tema e explicitar o assunto.
4. Distinguir diferentes intencionalidades comunicativas (informar, narrar, descrever, exprimir sentimentos, persuadir).
1. Interpretar discursos orais com diferentes graus de formalidade e complexidade.
9.o ANO
1. Interpretar discursos orais com diferentes graus de formalidade e complexidade.
8.o ANO
1. Interpretar discursos orais com diferentes graus de formalidade e complexidade.
7.o ANO
Os objetivos e descritores indicados em cada ano de escolaridade são obrigatórios. Sempre que necessário, devem continuar a ser mobilizados em anos subsequentes.
Novas Leituras 9 –
8 Novas Leituras 9 | Guia do Professor
ORALIDADE
2. Utilizar informação pertinente, mobilizando conhecimentos pessoais ou dados obtidos em diferentes fontes, com a supervisão do professor, citando-as.
2. Utilizar informação pertinente, mobilizando conhecimentos pessoais ou dados obtidos em diferentes fontes, com a supervisão do professor.
1. Identificar, em textos orais, a variação nos planos fonológico, lexical e sintático. 2. Distinguir contextos geográficos em que ocorrem diferentes variedades do português.
2. Distinguir contextos geográficos em que ocorrem diferentes variedades do português.
6. Reconhecer a variação da língua.
3. Fazer apreciações críticas.
2. Argumentar, no sentido de persuadir os interlocutores.
1. Fazer a apresentação oral de um tema, justificando pontos de vista.
5. Produzir textos orais (5 minutos) de diferentes tipos e com diferentes finalidades.
5. Utilizar ferramentas tecnológicas com adequação e pertinência como suporte adequado de intervenções orais.
4. Diversificar o vocabulário e as estruturas utilizadas no discurso.
3. Usar a palavra com fluência e correção, utilizando recursos verbais e não verbais com um grau de complexidade adequado ao tema e às situações de comunicação.
2. Utilizar informação pertinente, mobilizando conhecimentos pessoais ou dados obtidos em diferentes fontes, citando-as.
1. Planificar o texto oral a apresentar, elaborando tópicos a seguir na apresentação.
4. Produzir textos orais corretos, usando vocabulário e estruturas gramaticais diversificados e recorrendo a mecanismos de organização e de coesão discursiva.
9.o ANO
1. Identificar, em textos orais, a variação nos planos fonológico, lexical e sintático.
6. Reconhecer a variação da língua.
3. Apresentar e defender ideias, comportamentos, valores, argumentando e justificando pontos de vista.
2. Fazer a apresentação oral de um tema, justificando pontos de vista.
2. Fazer a apresentação oral de um tema.
Novas Leituras 9 –
3. Apresentar e defender ideias, comportamentos, valores, justificando pontos de vista.
1. Informar, explicar.
5. Produzir textos orais (5 minutos) de diferentes tipos e com diferentes finalidades.
5. Utilizar pontualmente ferramentas tecnológicas como suporte adequado de intervenções orais.
4. Diversificar o vocabulário e as estruturas utilizadas no discurso.
1. Narrar.
5. Produzir textos orais (4 minutos) de diferentes tipos e com diferentes finalidades.
5. Utilizar pontualmente ferramentas tecnológicas como suporte adequado de intervenções orais.
4. Diversificar o vocabulário e as estruturas utilizadas no discurso.
3. Usar a palavra com fluência e correção, utilizando recursos verbais e não verbais com um grau de complexidade adequado ao tema e às situações de comunicação.
1. Planificar o texto oral a apresentar, elaborando tópicos a seguir na apresentação.
1. Planificar o texto oral a apresentar, elaborando tópicos.
3. Usar a palavra com fluência e correção, utilizando recursos verbais e não verbais com um grau de complexidade adequado às situações de comunicação.
4. Produzir textos orais corretos, usando vocabulário e estruturas gramaticais diversificados e recorrendo a mecanismos de organização e de coesão discursiva.
8.o ANO
4. Produzir textos orais corretos, usando vocabulário e estruturas gramaticais diversificados e recorrendo a mecanismos de coesão discursiva.
7.o ANO
Os objetivos e descritores indicados em cada ano de escolaridade são obrigatórios. Sempre que necessário, devem continuar a ser mobilizados em anos subsequentes.
1. Metas de aprendizagem | Novas Leituras 9 9
LEITURA
5. Reconhecer elementos de persuasão. 6. Reconhecer a forma como o texto está estruturado (diferentes partes e subpartes).
5. Fazer deduções e inferências.
6. Distinguir facto de opinião.
9. Explicitar o sentido global do texto.
f) ordenação correlativa de tempos verbais.
e) conectores;
d) referência por possessivos;
c) substituições por sinónimos e expressões equivalentes;
b) substituições por pronomes (pessoais, demonstrativos e possessivos);
a) repetições;
8. Detetar elementos do texto que contribuem para a construção da continuidade e da progressão temática e que conferem coerência e coesão ao texto: 8. Explicitar o sentido global do texto.
7. Identificar relações intratextuais: semelhança, oposição, parte – todo, causa – consequência e genérico – específico.
4. Fazer deduções e inferências, justificando.
4. Identificar causas e efeitos.
7. Reconhecer a forma como o texto está estruturado (diferentes partes).
3. Identificar causas e efeitos.
2. Identificar pontos de vista e universos de referência, justificando.
1. Identificar temas e ideias principais, justificando.
9. Interpretar textos de diferentes tipologias e graus de complexidade.
1. Ler textos narrativos, textos biográficos, páginas de um diário e de memórias, textos expositivos, textos de opinião, críticas, comentários, descrições, cartas de apresentação, currículos, reportagens, entrevistas, roteiros.
8. Ler textos diversos.
1. Ler expressivamente em voz alta textos variados, após preparação da leitura.
7. Ler em voz alta.
8.° ANO
3. Identificar pontos de vista e universos de referência.
2. Identificar temas e ideias principais.
1. Formular hipóteses sobre os textos e comprová-las com a respetiva leitura.
8. Interpretar textos de diferentes tipologias e graus de complexidade.
1. Ler textos narrativos, textos biográficos, retratos e autorretratos, textos informativos, textos expositivos, textos de opinião, críticas, comentários, descrições, cartas, reportagens, entrevistas, roteiros, texto publicitário.
7. Ler textos diversos.
1. Ler expressivamente em voz alta textos variados, após preparação da leitura.
6. Ler em voz alta.
7.° ANO
7. Explicitar o sentido global do texto, justificando.
6. Relacionar a estruturação do texto com a construção da significação e com a intenção do autor.
5. Analisar relações intratextuais: semelhança, oposição, parte – todo, causa – consequência, genérico – específico.
4. Reconhecer a forma como o texto está estruturado, atribuindo títulos a partes e subpartes.
3. Identificar pontos de vista e universos de referência, justificando.
2. Explicitar temas e ideias principais, justificando.
1. Reconhecer e usar em contexto vocábulos clássicos, léxico especializado e vocabulário diferenciado da esfera da escrita.
9. Interpretar textos de diferentes tipologias e graus de complexidade.
1. Ler textos narrativos, textos expositivos, textos de opinião, textos argumentativos, textos científicos, críticas, recensões de livros, comentários, entrevistas.
8. Ler textos diversos.
1. Ler expressivamente em voz alta textos variados, após preparação da leitura.
7. Ler em voz alta.
9.° ANO
Os objetivos e descritores indicados em cada ano de escolaridade são obrigatórios. Sempre que necessário, devem continuar a ser mobilizados em anos subsequentes.
Novas Leituras 9 –
10 Novas Leituras 9 | Guia do Professor
LEITURA
Novas Leituras 9 –
1. Expressar, de forma fundamentada e sustentada, pontos de vista e apreciações críticas suscitados pelos textos lidos em diferentes suportes.
1. Identificar, em textos escritos, a variação nos planos fonológico, lexical e sintático. 2. Distinguir contextos históricos e geográficos em que ocorrem diferentes variedades do português.
1. Identificar, em textos escritos, a variação nos planos lexical e sintático. 2. Distinguir contextos históricos e geográficos em que ocorrem diferentes variedades do português.
12. Reconhecer a variação da língua.
2. Reconhecer o papel de diferentes suportes (papel, digital, visual) e espaços de circulação (jornal, internet…) na estruturação e receção dos textos.
2. Reconhecer o papel de diferentes suportes (papel, digital, visual) e espaços de circulação (jornal, internet…) na estruturação e receção dos textos. 12. Reconhecer a variação da língua.
1. Expressar, de forma fundamentada e sustentada, pontos de vista e apreciações críticas suscitados pelos textos lidos em diferentes suportes.
11. Ler para apreciar textos variados.
2. Organizar em tópicos a informação do texto.
1. Identificar ideias-chave.
10. Utilizar procedimentos adequados à organização e tratamento da informação.
9.° ANO
1. Expressar, de forma fundamentada e sustentada, pontos de vista e apreciações críticas suscitados pelos textos lidos em diferentes suportes.
11. Ler para apreciar textos variados.
2. Identificar ideias-chave.
10. Ler para apreciar textos variados.
1. Tomar notas, organizando-as.
2. Identificar ideias-chave.
10. Utilizar procedimentos adequados à organização e tratamento da informação.
8.° ANO
1. Tomar notas e registar tópicos.
9. Utilizar procedimentos adequados à organização e tratamento da informação.
7.° ANO
Os objetivos e descritores indicados em cada ano de escolaridade são obrigatórios. Sempre que necessário, devem continuar a ser mobilizados em anos subsequentes.
1. Metas de aprendizagem | Novas Leituras 9 11
ESCRITA
14. Redigir textos com coerência e correção linguística. 1. Ordenar e hierarquizar a informação, tendo em vista a continuidade de sentido, a progressão temática e a coerência global do texto. 2. Dar ao texto a estrutura e o formato adequados, respeitando convenções tipológicas e (orto)gráficas estabelecidas. 3. Adequar os textos a públicos e finalidades comunicativas diferenciados. 4. Diversificar o vocabulário e as estruturas sintáticas utilizadas nos textos. 5. Consolidar as regras de uso de sinais de pontuação para delimitar constituintes de frase e para veicular valores discursivos. 6. Respeitar os princípios do trabalho intelectual: produção de bibliografia. 7. Utilizar, com progressiva autonomia, estratégias de revisão e aperfeiçoamento de texto, no decurso da redação. 8. Utilizar com critério as potencialidades das tecnologias da informação e comunicação na produção, na revisão e na edição de texto.
15. Escrever para expressar conhecimentos. 1. Responder por escrito, de forma completa, a questões sobre um texto. 2. Responder com eficácia e correção a instruções de trabalho, detetando rigorosamente o foco da pergunta. 3. Elaborar planos, resumos e sínteses de textos expositivos e argumentativos.
14. Redigir textos com coerência e correção linguística. 1. Ordenar e hierarquizar a informação, tendo em vista a continuidade de sentido, a progressão temática e a coerência global do texto. 2. Dar ao texto a estrutura e o formato adequados, respeitando convenções tipológicas e (orto)gráficas estabelecidas. 3. Adequar os textos a públicos e finalidades comunicativas diferenciados. 4. Diversificar o vocabulário e as estruturas sintáticas utilizadas nos textos. 5. Utilizar adequadamente os seguintes sinais de pontuação: os dois pontos (em introdução de citações e de uma síntese ou consequência do anteriormente enunciado) e o ponto e vírgula. 6. Respeitar os princípios do trabalho intelectual: normas para citação. 7. Utilizar com critério as potencialidades das tecnologias da informação e comunicação na produção, na revisão e na edição de texto.
15. Escrever para expressar conhecimentos. 1. Responder por escrito, de forma completa, a questões sobre um texto. 2. Responder com eficácia e correção a instruções de trabalho, detetando rigorosamente o foco da pergunta. 3. Elaborar planos, resumos e sínteses de textos informativos e expositivos.
12. Redigir textos com coerência e correção linguística. 1. Utilizar uma caligrafia legível. 2. Ordenar e hierarquizar a informação, tendo em vista a continuidade de sentido, a progressão temática e a coerência global do texto. 3. Organizar a informação, estabelecendo e fazendo a marcação de parágrafos. 4. Dar ao texto a estrutura e o formato adequados, respeitando convenções tipológicas e (orto)gráficas estabelecidas. 5. Adequar os textos a públicos e a finalidades comunicativas diferenciados. 6. Diversificar o vocabulário e as estruturas sintáticas utilizadas nos textos. 7. Utilizar adequadamente os sinais auxiliares da escrita e os seguintes sinais de pontuação: o ponto final, o ponto de interrogação, o ponto de exclamação, os dois pontos (em introdução do discurso direto e de enumerações) e a vírgula (em enumerações, datas, deslocação de constituintes e uso do vocativo). 8. Respeitar os princípios do trabalho intelectual: identificação das fontes utilizadas.
13. Escrever para expressar conhecimentos. 1. Responder por escrito, de forma completa, a questões sobre um texto. 2. Responder com eficácia e correção a instruções de trabalho. 3. Elaborar resumos e sínteses de textos informativos.
13. Planificar a escrita de textos. 1. Consolidar os procedimentos de planificação de texto já adquiridos.
9.° ANO
13. Planificar a escrita de textos. 1. Fazer planos: estabelecer objetivos para o que se pretende escrever, registar ideias e organizá-las; organizar a informação segundo a tipologia do texto.
8.° ANO
11. Planificar a escrita de textos. 1. Utilizar, com progressiva autonomia, estratégias de planificação (por exemplo, recolha de informação e discussão em grupo). 2. Estabelecer objetivos para o que pretende escrever e registar ideias. 3. Organizar a informação segundo a tipologia do texto.
7.° ANO
Os objetivos e descritores indicados em cada ano de escolaridade são obrigatórios. Sempre que necessário, devem continuar a ser mobilizados em anos subsequentes.
Novas Leituras 9 –
12 Novas Leituras 9 | Guia do Professor
ESCRITA
3. Escrever cartas de apresentação. 4. Fazer roteiros. 5. Fazer relatórios. 6. Escrever comentários subordinados a tópicos fornecidos.
3. Fazer retratos e autorretratos.
4. Escrever comentários.
5. Escrever cartas.
6. Escrever o guião de uma entrevista.
Novas Leituras 9 –
2. Reformular o texto escrito, suprimindo, mudando de sítio e reescrevendo o que estiver incorreto.
1. Avaliar a correção e a adequação do texto escrito.
17. Rever os textos escritos.
1. Avaliar a correção e a adequação do texto e proceder a todas as reformulações necessárias.
19. Rever os textos escritos.
2. Escrever páginas de um diário e de memórias.
2. Escrever textos biográficos.
7. Fazer relatórios.
1. Escrever textos biográficos.
1. Reformular o texto de forma adequada, mobilizando os conhecimentos de revisão de texto já adquiridos.
19. Rever os textos escritos.
2. Escrever comentários subordinados a tópicos fornecidos.
1. Fazer um guião para uma dramatização ou filme.
18. Escrever textos diversos.
2. Escrever textos de argumentação contrária a outros propostos pelo professor.
2. Escrever textos de argumentação contrária a outros propostos pelo professor. 18. Escrever textos diversos.
1. Escrever textos argumentativos com a tomada de uma posição; a apresentação de razões que a justifiquem, com argumentos que diminuam a força das ideias contrárias; e uma conclusão coerente.
17. Escrever textos argumentativos.
1. Escrever textos argumentativos com a tomada de uma posição; a apresentação de razões que a justifiquem, com argumentos que diminuam a força das ideias contrárias; e uma conclusão coerente.
17. Escrever textos argumentativos.
d) o uso predominante da frase declarativa.
c) o raciocínio lógico;
b) a estrutura interna: introdução ao tema; desenvolvimento expositivo, sequencialmente encadeado e corroborado por evidências; conclusão;
c) o uso predominante da frase declarativa.
a) o predomínio da função informativa documentada;
b) a estrutura interna: introdução ao tema; desenvolvimento expositivo, sequencialmente encadeado e corroborado por evidências; conclusão;
1. Escrever textos expositivos sobre questões objetivas propostas pelo professor, respeitando:
16. Escrever textos expositivos.
9.° ANO
a) o predomínio da função informativa;
1. Escrever textos expositivos sobre questões objetivas propostas pelo professor, respeitando:
16. Escrever textos expositivos.
8.° ANO
1. Escrever textos narrativos.
16. Escrever textos diversos.
1. Escrever textos argumentativos com a tomada de uma posição; a apresentação de razões que a justifiquem; e uma conclusão coerente.
15. Escrever textos argumentativos.
1. Escrever textos informativos contemplando o seguinte: uma introdução ao tópico; o desenvolvimento deste, com a informação agrupada em parágrafos e apresentando factos, definições, pormenores e exemplos; e uma conclusão.
14. Escrever textos informativos.
7.° ANO
Os objetivos e descritores indicados em cada ano de escolaridade são obrigatórios. Sempre que necessário, devem continuar a ser mobilizados em anos subsequentes.
1. Metas de aprendizagem | Novas Leituras 9 13
EDUCAÇÃO LITERÁRIA
2. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência, justificando. 3. Explicitar o sentido global do texto. 4. Sistematizar elementos constitutivos do texto dramático (ato, cena, fala e indicação cénica).
2. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência, justificando.
3. Explicitar o sentido global do texto.
4. Sistematizar elementos constitutivos da poesia lírica (estrofe, verso, refrão, rima, esquema rimático).
8. Comparar textos de diferentes géneros, estabelecendo diferenças e semelhanças (temas e formas).
7. Reconhecer o uso de sinais de pontuação para veicular valores discursivos.
6. Identificar e reconhecer o valor dos seguintes recursos expressivos: enumeração, personificação, comparação, anáfora, perífrase, metáfora, aliteração, pleonasmo e hipérbole.
10. Estabelecer relações de intertextualidade.
9. Distinguir a novidade de um texto em relação a outro(s).
8. Identificar e reconhecer o valor dos recursos expressivos já estudados e, ainda, dos seguintes: antítese, perífrase, eufemismo, ironia.
7. Detetar a forma como o texto está estruturado (diferentes partes e subpartes).
6. Analisar o ponto de vista de diferentes personagens.
5. Distinguir diálogos, monólogos e apartes.
1. Ler textos literários, portugueses e estrangeiros, de diferentes épocas e de géneros diversos.
1. Ler textos literários, portugueses e estrangeiros, de diferentes épocas e de géneros diversos.
5. Detetar a forma como o texto está estruturado (diferentes partes).
20. Ler e interpretar textos literários. (v. Lista em anexo)
8.° ANO
18. Ler e interpretar textos literários. (v. Lista em anexo)
7.° ANO
8. Reconhecer e caracterizar textos de diferentes géneros (epopeia, romance, conto, crónica, soneto, texto dramático).
7. Identificar e reconhecer o valor dos recursos expressivos já estudados e, ainda, dos seguintes: anáfora, símbolo, alegoria e sinédoque.
6. Identificar processos da construção ficcional relativos à ordem cronológica dos factos narrados e à sua ordenação na narrativa.
5. Reconhecer a forma como o texto está estruturado, atribuindo títulos a partes e a subpartes.
4. Analisar o ponto de vista das diferentes personagens.
3. Reconhecer e caracterizar elementos constitutivos da narrativa (estrutura; ação e episódios; personagens, narrador da 1.a e 3.a pessoa; contextos espacial e temporal).
2. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência, justificando.
1. Ler textos literários, portugueses e estrangeiros, de diferentes épocas e de géneros diversos.
20. Ler e interpretar textos literários. (v. Lista em anexo)
9.° ANO
Os objetivos e descritores indicados em cada ano de escolaridade são obrigatórios. Sempre que necessário, devem continuar a ser mobilizados em anos subsequentes.
Novas Leituras 9 –
14 Novas Leituras 9 | Guia do Professor
EDUCAÇÃO LITERÁRIA
4. Escrever um pequeno comentário crítico (cerca de 140 palavras) a um texto lido.
4. Escrever um pequeno comentário crítico (cerca de 120 palavras) a um texto lido.
2. Fazer leitura oral (individualmente ou em grupo), recitação e dramatização de textos lidos. 3. Analisar recriações de obras literárias com recurso a diferentes linguagens (por exemplo: música, teatro cinema, adaptações a séries de TV).
2. Fazer leitura oral (individualmente ou em grupo), recitação e dramatização de textos lidos.
3. Escrever, por iniciativa e gosto pessoal, textos diversos.
5. Desenvolver projetos e circuitos de comunicação escrita.
4. Escrever, por iniciativa e gosto pessoal, textos diversos.
1. Ler por iniciativa e gosto pessoal, aumentando progressivamente a extensão e complexidade dos textos selecionados.
Novas Leituras 9 –
1. Ler por iniciativa e gosto pessoal, aumentando progressivamente a extensão e complexidade dos textos selecionados.
20. Ler e escrever para fruição estética. (v. Listagem PNL)
2. Mobilizar a reflexão sobre textos literários e sobre as suas especificidades, para escrever textos variados, por iniciativa e gosto pessoal, de forma autónoma e fluente.
1. Ler por iniciativa e gosto pessoal, aumentando progressivamente a extensão e complexidade dos textos selecionados.
23. Ler e escrever para fruição estética. (v. Listagem PNL)
3. Valorizar uma obra enquanto objeto simbólico, no plano do imaginário individual e coletivo.
2. Comparar ideias e valores expressos em diferentes textos de autores contemporâneos com os textos de outras épocas e culturas.
1. Reconhecer relações que as obras estabelecem com o contexto social, histórico e cultural no qual foram escritas.
22. Situar obras literárias em função de grandes marcos históricos e culturais.
3. Expressar, oralmente e por escrito, e de forma fundamentada, pontos de vista e apreciações críticas suscitados pelos textos lidos.
3. Exprimir opiniões e problematizar sentidos, oralmente e por escrito, como reação pessoal à audição ou leitura de um texto ou de uma obra.
4. Escrever um pequeno comentário (cerca de 100 palavras) a um texto lido.
22. Ler e escrever para fruição estética. (v. Listagem PNL)
2. Reconhecer os valores culturais, éticos, estéticos, políticos e religiosos manifestados nos textos.
2. Reconhecer valores culturais e éticos presentes nos textos.
3. Exprimir, oralmente e por escrito, ideias pessoais sobre os textos lidos ou ouvidos.
2. Reconhecer valores culturais presentes nos textos.
1. Ler textos literários, portugueses e estrangeiros, de géneros variados.
21. Apreciar textos literários. (v. Lista em anexo e Listagem PNL)
9.° ANO
1. Ler textos literários, portugueses e estrangeiros, de diferentes épocas e de géneros diversos.
21. Apreciar textos literários. (v. Lista em anexo e Listagem PNL)
8.° ANO
1. Ler textos literários, portugueses e estrangeiros, de diferentes épocas e de géneros diversos.
19. Apreciar textos literários. (v. Lista em anexo e Listagem PNL)
7.° ANO
Os objetivos e descritores indicados em cada ano de escolaridade são obrigatórios. Sempre que necessário, devem continuar a ser mobilizados em anos subsequentes.
1. Metas de aprendizagem | Novas Leituras 9 15
GRAMÁTICA
22. Reconhecer e conhecer classes de palavras. 1. Integrar as palavras nas classes a que pertencem: a) nome: próprio e comum (coletivo); b) adjetivo: qualificativo e numeral; c) verbo principal (intransitivo, transitivo direto, transitivo indireto, transitivo direto e indireto), copulativo e auxiliar (dos tempos compostos e da passiva); d) advérbio: valores semânticos – de negação, de afirmação, de quantidade e grau, de modo, de tempo, de lugar, de inclusão e de exclusão; funções – interrogativo e conectivo; e) determinante: artigo (definido e indefinido), demonstrativo, possessivo, indefinido, relativo, interrogativo; f) pronome: pessoal, demonstrativo, possessivo, indefinido, relativo; g) quantificador numeral; h) preposição; i) conjunção coordenativa: copulativa, adversativa, disjuntiva, conclusiva e explicativa; j) conjunção subordinativa: causal e temporal; k) locução: prepositiva e adverbial; l) interjeição.
21. Explicitar aspetos fundamentais da morfologia. 1. Identificar e conjugar verbos em todos os tempos (simples e compostos) e modos. 2. Sistematizar paradigmas flexionais dos verbos regulares da 1.a, da 2.a e da 3.a conjugação. 3. Identificar as formas dos verbos irregulares e dos verbos defetivos (impessoais e unipessoais). 4. Sistematizar padrões de formação de palavras complexas: derivação (afixal e não-afixal) e composição (por palavras e por radicais). 5. Formar o plural de palavras compostas. 6. Explicitar o significado de palavras complexas a partir do valor do radical e de prefixos e sufixos nominais, adjetivais e verbais do português.
7.° ANO
5. Dividir e classificar orações.
4. Estabelecer relações de subordinação entre orações, identificando os elementos de que dependem as orações subordinadas.
b) subordinadas substantivas completivas (função de complemento direto).
a) subordinadas adverbiais condicionais, finais, comparativas, consecutivas e concessivas;
3. Identificar processos de subordinação entre orações:
2. Identificar as funções sintáticas de modificador do nome restritivo e apositivo.
1. Aplicar as regras de utilização do pronome pessoal em adjacência verbal: em orações subordinadas; na conjugação do futuro e do condicional.
24. Explicitar aspetos fundamentais da sintaxe do português.
b) locução conjuncional.
a) conjunção subordinativa: condicional, final, comparativa, consecutiva, concessiva e completiva;
1. Integrar as palavras nas classes a que pertencem:
23. Conhecer classes de palavras.
8.° ANO
4. Dividir e classificar orações.
3. Identificar orações substantivas relativas.
2. Consolidar o conhecimento de todas as funções sintáticas.
1. Sistematizar as regras de utilização do pronome pessoal em adjacência verbal em todas as situações.
25. Explicitar aspetos fundamentais da sintaxe do português.
1. Identificar processos fonológicos de inserção (prótese, epêntese e paragoge), supressão (aférese, síncope e apócope) e alteração de segmentos (redução vocálica, assimilação, dissimilação, metátese).
24. Explicitar aspetos da fonologia do português.
9.° ANO
O ensino dos conteúdos gramaticais deve ser realizado em estreita sintonia com atividades inerentes à consecução dos objetivos dos restantes domínios. (pág. 6)
Novas Leituras 9 –
16 Novas Leituras 9 | Guia do Professor
GRAMÁTICA
Novas Leituras 9 –
8. Identificar oração subordinante.
b) subordinadas adjetivas relativas.
a) subordinadas adverbiais causais e temporais;
7. Identificar processos de subordinação entre orações:
6. Identificar processos de coordenação entre orações: orações coordenadas copulativas (sindéticas e assindéticas), adversativas, disjuntivas, conclusivas e explicativas.
5. Transformar discurso direto em indireto e vice-versa (todas as situações).
4. Transformar frases ativas em frases passivas e vice-versa (consolidação).
3. Identificar o sujeito subentendido e o sujeito indeterminado.
2. Consolidar o conhecimento sobre as funções sintáticas estudadas no ciclo anterior: sujeito, vocativo, predicado, complemento direto, complemento indireto, complemento oblíquo, complemento agente da passiva, predicativo do sujeito, modificador.
1. Aplicar regras de utilização do pronome pessoal em adjacência verbal: em frases afirmativas; em frases que contêm uma palavra negativa; em frases iniciadas por pronomes e advérbios interrogativos; com verbos antecedidos de certos advérbios (bem, mal, ainda, já, sempre, só, talvez…).
23. Analisar e estruturar unidades sintáticas.
7.° ANO
5. Reconhecer e estabelecer as seguintes relações semânticas: sinonímia, antonímia, hiperonímia e holonímia.
4. Determinar os significados que dada palavra pode ter em função do seu contexto de ocorrência: campo semântico.
3. Distinguir palavras polissémicas de monossémicas.
2. Identificar palavras polissémicas e seus significados.
1. Identificar neologismos.
25. Reconhecer propriedades das palavras e formas de organização do léxico.
8.° ANO
1. Identificar neologismos e arcaísmos.
26. Reconhecer propriedades das palavras e formas de organização do léxico.
9.° ANO
O ensino dos conteúdos gramaticais deve ser realizado em estreita sintonia com atividades inerentes à consecução dos objetivos dos restantes domínios. (pág. 6)
1. Metas de aprendizagem | Novas Leituras 9 17
7.° ANO
– Manuel António Pina Aquilo que os Olhos Veem ou o Adamastor
– Maria Alberta Menéres À Beira do Lago dos Encantos
– Roald Dahl Contos do Imprevisto
– Anne Frank O Diário de Anne Frank
– J. R. R. Tolkien O Hobbit
1 TEXTO DE AUTOR ESTRANGEIRO
– Mia Couto Mar me Quer
1 CONTO (A SELECIONAR) DE AUTOR DE PAÍS DE LÍNGUA OFICIAL PORTUGUESA
9.° ANO
– Clarice Lispector “Felicidade clandestina”
1 CONTO DE AUTOR DE PAÍS DE LÍNGUA OFICIAL PORTUGUESA – Machado de Assis “História comum” ou “O alienista”
2 CRÓNICAS – Maria Judite de Carvalho “História sem palavras”, “Os bárbaros”, “Castanhas assadas”, “As marchas” in Este Tempo – António Lobo Antunes “Elogio do subúrbio”, “A consequência dos semáforos” in Livro de Crónicas; “Subsídios para a biografia de António Lobo Antunes”, “Um silêncio refulgente” in Segundo Livro de Crónicas
2 NARRATIVAS DE AUTORES PORTUGUESES – Pero Vaz de Caminha Carta a El-Rei D. Manuel sobre o Achamento do Brasil – Eça de Queirós “A aia” ou “O suave milagre” ou “Civilização” in Contos – Camilo Castelo Branco “Maria Moisés” in Novelas do Minho – Vergílio Ferreira “A galinha” ou “A palavra mágica” in Contos
1 PEÇA TEATRAL DE GIL VICENTE – Farsa chamada Auto da Índia – Auto da Barca do Inferno
Escolher um mínimo de:
Passos de OS LUSÍADAS, de Luís de Camões, com incidência nos seguintes episódios e estâncias: Canto I – estâncias 1-3, 19-41; Canto III – estâncias 118-135; Canto IV – estâncias 84-93; Canto V – estâncias 37-60; Canto VI – estâncias 70-94; Canto IX – estâncias 18-29 e 75-84; Canto X – estâncias 142-144, 145-146 e 154-156.
NOTA: Os textos assinalados a verde constam do Novas Leituras 9; os assinalados a laranja, de Testes de Avaliação, Provas Modelo ou do Caderno de Exercícios.
– Michel Tournier Sexta-Feira ou a Vida Selvagem
– Robert Louis Stevenson A Ilha do Tesouro (adapt. António Pescada)
– Luis Sepúlveda História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar (trad. Pedro Tamen)
1 NARRATIVA DE AUTOR ESTRANGEIRO
– José Eduardo Agualusa A Substância do Amor e outras Crónicas
– Hélia Correia (adapt.) A Ilha Encantada (A Tempestade, de W. Shakespeare)
– Luísa Costa Gomes Vanessa Vai à Luta
– António Gedeão História Breve da Lua
– Alice Vieira Leandro, Rei da Helíria
1 CONTO (A SELECIONAR) DE AUTOR DE PAÍS DE LÍNGUA OFICIAL PORTUGUESA
2 TEXTOS DRAMÁTICOS DE AUTORES PORTUGUESES
– Mário de Carvalho “A inaudita guerra da Avenida Gago Coutinho” in A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho e outras Histórias
– Sophia de M. B. Andresen “Saga” in Histórias da Terra e do Mar
– Mário Dionísio “Assobiando à vontade” in O Dia Cinzento e Outros Contos
– Jorge de Sena “Homenagem ao Papagaio Verde” in Os Grão-capitães
– Miguel Torga “Vicente” in Bichos
– José Gomes Ferreira “Parece impossível mas sou uma nuvem” in O Mundos dos outros
– Alexandre Herculano “A abóbada” in Lendas e Narrativas
3 NARRATIVAS DE AUTORES PORTUGUESES
Escolher um mínimo de:
8.° ANO
Obs. Confrontar referenciais constantes do Programa.
LISTA DE OBRAS E TEXTOS PARA EDUCAÇÃO LITERÁRIA
1 TEXTO DRAMÁTICO DE AUTOR PORTUGUÊS
– Trindade Coelho “As três maçãzinhas de oiro” ou “A parábola dos 7 vimes” in Os meus Amores
– Teófilo Braga Contos Tradicionais do Povo Português
1 CONTO TRADICIONAL
– Luísa Costa Gomes A Pirata
– Teolinda Gersão “Avó e neto contra vento e areia” in A Mulher que Prendeu a Chuva e outras Histórias
– Manuel da Fonseca “Mestre Finezas” in Aldeia Nova
– Miguel Torga “Miúra” ou “Ladino” in Bichos
– Raul Brandão “A pesca da baleia” in As Ilhas Desconhecidas
– Alexandre Herculano “O Castelo de Faria” in Lendas e Narrativas
Escolher um mínimo de: 3 NARRATIVAS DE AUTORES PORTUGUESES
Novas Leituras 9 –
18 Novas Leituras 9 | Guia do Professor
Novas Leituras 9 –
ESCOLHER 16 POEMAS DE PELO MENOS 10 AUTORES DIFERENTES – Florbela Espanca “Eu quero amar, amar perdidamente!”; “Ser poeta” in Sonetos – José Régio “Cântico negro” in Poemas de Deus e do Diabo; – “O Papão” in As Encruzilhadas de Deus; “Tenho ao cimo da escada, de maneira” in Mas Deus É Grande – Vitorino Nemésio “A concha”, “Five o’clock tea” in O Bicho Harmonioso; “Meu coração é como um peixe cego” in Eu, Comovido a Oeste – António Ramos Rosa “Não posso adiar o amor”; “Para um amigo tenho sempre um relógio” in Viagem através duma Nebulosa – António Gedeão “Impressão digital”; “Pedra filosofal”; “Lágrima de preta”; “Poema do fecho éclair” in Obra Completa – Miguel Torga “História antiga”, “Ariane” in Diário I; “Segredo” in Diário VIII; “A espera” in Poemas Ibéricos – Manuel da Fonseca “O vagabundo do mar”; “Maria Campaniça”; “Mataram a tuna” in Obra Poética – Eugénio de Andrade “As palavras”; “Canção”; “É urgente o amor” – Sebastião da Gama “O sonho” in Pelo sonho é que vamos; “O papagaio” in Itinerário Paralelo – Ruy Cinatti “Meninos tomaram coragem”, “Quando eu partir, quando eu partir de novo” in Nós não Somos deste Mundo; “Linha de rumo” in O Livro do Nómada Meu Amigo; “Morte em Timor”, “Análise” in Uma Sequência Timorense
2 TEXTOS DE LITERATURA JUVENIL – Irene Lisboa Uma Mão cheia de nada, outra de coisa nenhuma – Sophia de Mello Breyner Andresen O Cavaleiro da Dinamarca – Agustina Bessa-Luís Dentes de Rato – Odisseia Contada a Jovens por Frederico Lourenço
7.° ANO
ESCOLHER 8 POEMAS DE 8 AUTORES DIFERENTES – Cantiga “Estava eu na ermida de São Simeão”, “Ergue-te amigo, que dormes nas manhãs frias”, “Pelo souto de Crescente”, “Os provençais que bem sabem trovar” in Cantares dos Trovadores Galego-Portugueses (versão de Natália Correia) – João Roiz de Castel Branco “Senhora partem tão tristes” in Cancioneiro Geral – Nicolau Tolentino “Chaves na mão, melena desgrenhada”, “De bolorentos livros rodeado” in Obras Poéticas – Bocage “Magro, de olhos azuis, carão moreno”, “O céu de opacas sombras abafado” in Rimas
ESCOLHER 8 POEMAS – 1 de Sá de Miranda Cantiga “Comigo me desavim”; "O Sol é grande, caem co'a calma as aves" in Obras Completas – 5 de Luís de Camões Redondilhas: “Endechas a Bárbara escrava”, “Descalça vai para a fonte”; Esparsa: “Os bons vi sempre passar”; Sonetos: “Alma minha, gentil, que te partiste”, “Amor é fogo que arde sem se ver”, “Aquela triste e leda madrugada”, “Busque amor novas artes, novo engenho”, “Erros meus, má fortuna, amor ardente”, “O céu, a terra, o vento sossegado“, “Quando de minhas mágoas a comprida imaginação” in Lírica – 2 de Almeida Garrett “As minhas asas” in Flores sem Fruto; “Barca Bela”, “Seus olhos” in Folhas Caídas
2 TEXTOS DE LITERATURA JUVENIL – A Eneida de Virgílio Contada às Crianças e ao Povo (adapt. João de Barros) – Ilse Losa O Mundo em que Vivi – Álvaro Magalhães O Último dos Grimm – Vasco Graça Moura Os Lusíadas para Gente Nova
8.° ANO
Obs. Confrontar referenciais constantes do Programa.
LISTA DE OBRAS E TEXTOS PARA EDUCAÇÃO LITERÁRIA
– Jorge de Sena “Uma pequenina luz”, “Camões
– José Gomes Ferreira “V (Nunca encontrei um pássaro morto na floresta)” in Poeta Militante I; “XXV (Aquela nuvem parece um cavalo…)” in Poeta Militante II; “III (O tempo parou)”, “XIX (Errei as contas no quadro)” in Poeta Militante III
– Almada Negreiros “Luís, o poeta, salva a nado o poema” in Obras Completas – Poesia
– Irene Lisboa “Monotonia”, “Escrever” in Outono Havias de Vir Latente, Triste
– Mário de Sá-Carneiro “Recreio” in Indícios de Oiro; “Quasi” in Dispersão
– Camilo Pessanha “Floriram por engano as rosas bravas”; “Quando voltei encontrei meus passos” in Clepsidra
ESCOLHER 12 POEMAS DE PELO MENOS 10 AUTORES DIFERENTES
– Fernando Pessoa “Se estou só, quero não ’star”; “O menino de sua mãe”; “Ó sino da minha aldeia” in Obra Poética; “Mar português”, “O Mostrengo” in Mensagem
ESCOLHER 4 POEMAS
– José Mauro de Vasconcelos Meu Pé de Laranja Lima
– José Gomes Ferreira Aventuras de João sem Medo
– Peregrinação de Fernão Mendes Pinto (adapt. Aquilino Ribeiro)
1 TEXTO DE LITERATURA JUVENIL
– John Steinbeck A Pérola
– Gabriel García Márquez “A sesta de 3.a feira” ou “Um dia destes” in Contos Completos
– Oscar Wilde “O Fantasma de Canterville”
1 TEXTO DE AUTOR ESTRANGEIRO
9.° ANO
1. Metas de aprendizagem | Novas Leituras 9 19
7.° ANO
– Percy B. Shelley “Correm as fontes ao rio [Love’s Philosophy]” (trad. Luís Cardim) in Horas de Fuga
– David Mourão-Ferreira “Barco negro”; “Maria Lisboa”; “Capital”; “E por vezes” in Obra Poética
– Alexandre O’Neill “Amigo”; “Gaivota”; “Autorretrato” in Poesias Completas
Novas Leituras 9 –
– Shakespeare “Soneto XCVIII (De ti me separei na Primavera)” (trad. Luís Cardim), Colóquio Letras n.o 168/169 (Imagens da Poesia Europeia II)
– Petrarca “132 (Se amor não é, qual é meu sentimento?)” (trad. Vasco Graça Moura) in As Rimas de Petrarca
– António Nobre “Fala ao coração”; “Menino e moço”; “Na praia lá da Boa Nova, um dia”; “Aqui, sobre estas águas cor de azeite” in Só
– Cesário Verde “De tarde”, “Eu, que sou feio, sólido, leal” in O Livro de Cesário Verde/Cânticos do Realismo
– Guerra Junqueiro “A Moleirinha”, “Regresso ao lar” in Os Simples
– Antero de Quental “As fadas” in Tesouro Poético da Infância; “O Palácio da Ventura”, “Na mão de Deus” in Sonetos
– João de Deus “Boas noites” in Campo de Flores
8.° ANO
Obs. Confrontar referenciais constantes do Programa.
LISTA DE OBRAS E TEXTOS PARA EDUCAÇÃO LITERÁRIA
– Carlos Drummond de Andrade “Receita de Ano Novo” in Discurso da Primavera e Algumas Sombras
– Federico García Lorca “Romance sonâmbulo” (trad. José Bento) in Obra Poética
– Nuno Júdice “Escola”, “Fragmentos” in Meditação sobre Ruínas; “O conceito de metáfora com citações de Camões e Florbela”, “Contas”, in Rimas e Contas
– Gastão Cruz “Ode soneto à coragem”, “A cotovia é”, “Tinha deixado a torpe arte dos versos” in Os nomes
– Herberto Helder “Não sei como dizer-te que minha voz te procura” in A Colher na Boca
– Ruy Belo “Os estivadores”; “E tudo era possível”; “Algumas proposições com pássaros e árvores…” in Obra Poética
– Carlos de Oliveira “Vilancete castelhano de Gil Vicente”, “Quando a harmonia chega” in Terra da Harmonia
– Sophia de M. B. Andresen “As pessoas sensíveis”, “Meditação do Duque de Gandia sobre a morte de Isabel de Portugal”, “Porque”, “Camões e a tença” in Obra Poética
dirige-se aos seus contemporâneos”, “Carta a meus filhos sobre os fuzilamentos de Goya” in Poesia II
9.° ANO
20 Novas Leituras 9 | Guia do Professor
2
2
2
PLANIFICAÇÃO ANUAL/ TRIMESTRAL
Estas Planificações encontram-se disponíveis, em formato editável, em
1.o
Calendarização/ PERÍODO
Aulas
• Consolidar o conhecimento das funções sintáticas: - complemento direto - complemento indireto • Sistematizar as regras de utilização do pronome pessoal em adjacência verbal • Transformar discurso direto em discurso indireto e vice-versa
• Conto – “A Galinha”, Vergílio Ferreira - explicitação do sentido global do texto - delimitação de momentos principais - análise de sentidos - recursos expressivos - classificação do narrador
• Consolidar o conhecimento das funções sintáticas: - sujeito (simples, composto, subentendido) - modificador • Transformar frases ativas em frases passivas e vice-versa
• Crónica – “A consequência dos semáforos”, António Lobo Antunes - explicitação do sentido global do texto - identificação do tema e ideias principais - características da crónica - ironia e humor
• Crónica – “História sem palavras”, Maria Judite de Carvalho - explicitação do sentido global do texto - identificação do tema e ideias principais - recursos expressivos - identificação/exposição de pontos de vista
• Língua, variação e mudança: - identificar a variedade brasileira nos planos fonológico, lexical e sintático (CE)
• Poema – “Receita de Ano Novo”, Carlos Drummond de Andrade - explicitação do sentido global do poema - análise de sentidos - sentido implícito
DOMÍNIOS
RECURSOS COMPLEMENTARES
Aulas
• Produção escrita de • Visionamento de uma uma carta informal, com reportagem sobre a base na leitura do conto feira de Espinho “A Galinha” - identificação das ideias-chave - síntese oral das informações da reportagem
•
• Plano de aula (n.o 8, 9, 10 e 11) • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
•
• Plano de aula (n.o 5, 6 e 7) • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
• Plano de aula (n.o 2, 3 e 4) • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
Audição de uma entrevista • Plano de aula (n.o 1) • Caderno de Exercícios – dicas para a organização do estudo •
ORALIDADE
3.o Período:
• Produção escrita de um • Visionamento de uma texto argumentativo: reportagem sobre o tomada de posição face comércio em grandes a um comentário que diz superfícies vs. o que os jovens não comércio tradicional convivem devido às - identificação das ideias-chave novas tecnologias
• Produção escrita de um comentário crítico de uma ação social problemática
ESCRITA
SEQUÊNCIA 1 – Texto Narrativo e Outras Leituras
2.o Período:
GRAMÁTICA
Aulas
LEITURA / EDUCAÇÃO LITERÁRIA
1.o Período:
ESCOLA PLANIFICAÇÃO ANUAL - 9.o Ano de Escolaridade
Novas Leituras 9 –
22 Novas Leituras 9 | Guia do Professor
Novas Leituras 9 –
1.o
Calendarização/ PERÍODO
• Consolidar o conhecimento das funções sintáticas: - vocativo • Dividir e classificar orações: - orações subordinadas substantivas completivas e relativas
• Recensão – “Livro das Contas e dos Contos de José Vaz”, Rita Taborda Duarte - identificação do tema e ideias principais - noção de recensão crítica
• Consolidar o conhecimento das funções sintáticas: - modificador do nome apositivo - modificador do nome restritivo - predicativo do sujeito
• Dividir e classificar orações: - orações subordinadas adverbiais concessivas e consecutivas
• Língua, variação e mudança: - identificar a variedade brasileira nos planos fonológico, lexical e sintático
GRAMÁTICA
• Conto – “História Comum”, Machado de Assis - explicitação do sentido global do texto - classificação do narrador - sentido explícito e implícito
• Carta aberta – “Carta a Henrique Chaves”, Machado de Assis - explicitação do sentido global do texto - nota biográfica
• Conto – “A Aia”, Eça de Queirós - identificação do tema e ideias principais - estrutura do conto tradicional - organização de sequências narrativas
• Poema – “Retrato de uma Fidalga de Lisboa”, Maria Teresa Horta - explicitação do sentido global do poema - antecipação de sentidos
• Artigo informativo – “Desigualdade social”, Orson Camargo - identificação do tema e ideias principais
• Excerto da obra Meu Pé de Laranja Lima, José Mauro Vasconcelos - explicitação do sentido global do texto - sentido implícito - recursos expressivos
• Texto 2 – Breve apreciação crítica da obra Meu Pé de Laranja Lima, José Mauro de Vasconcelos - antecipação de sentidos
• Texto 1 – Nota biográfica de José Mauro de Vasconcelos
LEITURA / EDUCAÇÃO LITERÁRIA
DOMÍNIOS
• Plano de aula (n.o 12, 13, 14 e 15) • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
RECURSOS COMPLEMENTARES
•
• Plano de aula (n.o 20, 21, 22 e 23) • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
• Debate – alunos a favor • Plano de aula (n.o 16, 17, da atitude da aia 18 e 19) vs. alunos contra: defesa • Suporte Gramatical de um ponto de vista • Caderno de Exercícios
ORALIDADE
• Produção escrita de um • Antecipação de sentidos: audição comentário crítico sobre o conto lido da gravação da leitura do primeiro parágrafo do conto
• Produção escrita de um texto expositivo: causas vs. consequências da desigualdade social em Portugal
ESCRITA
SEQUÊNCIA 1 – Texto Narrativo e Outras Leituras
3. Planificação anual/Trimestral | Novas Leituras 9 23
1.o
Calendarização/ PERÍODO
Novas Leituras 9 –
• Sistematizar as regras de utilização do pronome pessoal em adjacência verbal
• Dividir e classificar orações: - orações coordenadas e orações subordinadas
GRAMÁTICA
• Produção escrita de uma carta formal, com base na leitura efetuada
ESCRITA
• Audição de uma notícia relacionada com um julgamento - reprodução da informação ouvida - relação entre a notícia e o conto
• Antecipação de sentidos: observação da capa do livro, descrição das personagens retratadas e especulação acerca do conteúdo do texto
ORALIDADE
•
• Plano de aula (n.o 24, 25, 26 e 27) • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
RECURSOS COMPLEMENTARES
TESTE FORMATIVO
Para saber: Texto expositivo – estrutura e linguagem; Texto argumentativo – argumentos, contra-argumentos e estrutura; Texto de opinião; Comentário; Crónica; Crítica; Texto narrativo – elementos constitutivos
Atividades complementares: Sugestões metodológicas ao longo do manual do professor; revisão de conceitos abordados em anos anteriores; observação e leitura dos paratextos de obras em análise; preparação de atividades de escrita através de brainstorming; reconto oral; trabalhos de pesquisa, nomeadamente biobibliografias; visionamento de imagens e/ou vídeos; proposta de leitura de outros textos, designadamente crónicas e recensões.
• Conto – “A sesta de terça-feira”, Gabriel García Márquez - explicitação do sentido global do texto - caracterização das personagens - ordenação temporal de acontecimentos - manifestação de opiniões
LEITURA / EDUCAÇÃO LITERÁRIA
DOMÍNIOS
SEQUÊNCIA 1 – Texto Narrativo e Outras Leituras
24 Novas Leituras 9 | Guia do Professor
Novas Leituras 9 –
1.o
Calendarização/ PERÍODO
• Plano de aula (n.o 28 e 29) •
• Textos – definição de “parvo” do dicionário e contextualização do Parvo de Gil Vicente - antecipação de sentidos • Auto da Barca do Inferno – cena do Parvo, Gil Vicente - explicitação do sentido global do texto - tipos de cómico - caracterização de personagens (linguagem; função)
• Auto da Barca do Inferno – cena do Onzeneiro, Gil Vicente - explicitação do sentido global do texto - tipos de cómico - elementos cénicos e simbologia - argumentos de defesa e de acusação - recursos expressivos
• Sistematizar padrões de formação de palavras complexas: - a derivação
• Explicar o conceito de neologosimo e conhecer processos irregulares de formação de palavras
• Identificar dados que • Produção escrita de permitem contextualizar uma cena de um texto a variação histórica da dramático – diálogo língua: entre o Fidalgo e a sua - palavras convergentes “dama querida” num e palavras divergentes reencontro imaginário
• Plano de aula (n.o 35) • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios •
• Diálogo orientado • Plano de aula (n.o 36 audição da canção e 37) “Parva que sou”, • do grupo Deolinda - explicitação do sentido global do texto - noção de música de intervenção
• Antecipação de sentidos - visionamento de um excerto de um excerto do filme O Mercador de Veneza de Michael Radford - identificação das ideias-chave
• Plano de aula (n.o 32, 33 e 34) • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
• Audição de uma entrevista virtual a Gil Vicente - identificação das ideias-chave
ORALIDADE
• Texto – contextualização da classe social do Fidalgo - antecipação de sentidos • Auto da Barca do Inferno – cena do Fidalgo, Gil Vicente - explicitação do sentido global do texto - tipos de cómico - elementos cénicos e simbologia - argumentos de defesa e de acusação - recursos expressivos
ESCRITA
• Plano de aula (n.o 30 e 31) • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
GRAMÁTICA
RECURSOS COMPLEMENTARES
• Texto – caracterização da obra Auto da Barca do Inferno • Identificar arcaísmos - antecipação de sentidos • Identificar processos • Auto da Barca do Inferno – introdução à cena fonológicos: do Fidalgo, Gil Vicente - epêntese, aférese, - explicitação do sentido global do texto síncope, apócope - tipos de cómico - estado de espírito
• Textos – “Vida de Gil Vicente”, “O autor dramático Gil Vicente”, Paul Teyssier, e “Gil Vicente na corte de D. Manuel”, Chagas Franco & João Soares - explicitação do sentido global do texto - contextualização económica, social, política, cultural e artística da obra e do autor
LEITURA / EDUCAÇÃO LITERÁRIA
DOMÍNIOS
SEQUÊNCIA 2 – Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente
3. Planificação anual/Trimestral | Novas Leituras 9 25
2.o
Calendarização/ PERÍODO
Novas Leituras 9 –
• Explicitar as regras de utilização do pronome pessoal em adjacência verbal
GRAMÁTICA
• Produção escrita de um texto narrativo – narração de um episódio, real ou imaginário, no qual a amizade tenha tido um papel fundamental
ESCRITA
- argumentos de acusação
• Dividir e classificar • Produção escrita de um orações: resumo a partir de um - orações subordinantes excerto da obra História • Auto da Barca do Inferno – cena do Judeu, Gil Vicente orações subordinadas Concisa de Portugal - explicitação do sentido global do texto adverbial causal / - caracterização de personagens concessiva / temporal / - tipos de cómico consecutiva / final - elementos cénicos e simbologia
• Textos – contextualização histórica do “judeu” - antecipação de sentidos
• Auto da Barca do Inferno – cena da Alcoviteira, Gil Vicente - explicitação do sentido global do texto - caracterização de personagens (linguagem) - tipos de cómico - elementos cénicos e simbologia - argumentos de defesa e de acusação - intenção crítica
• Textos – contextualização da “alcoviteira”, no tempo de Gil Vicente - antecipação de sentidos
- elementos cénicos e simbologia - argumentos de defesa e de acusação - intenção crítica
• Textos – contextualização da classe social do “frade” • Consolidar o - antecipação de sentidos conhecimento das funções sintáticas: • Auto da Barca do Inferno – cena do Frade, Gil Vicente - modificador - explicitação do sentido global do texto - complemento oblíquo - tipos de cómico
• Texto – excerto de As Pequenas Memórias, José Saramago - explicitação do sentido global do texto
• Auto da Barca do Inferno – cena do Sapateiro, Gil Vicente - explicitação do sentido global do texto - tipos de cómico - elementos cénicos e simbologia - argumentos de defesa e de acusação - intenção crítica - recursos expressivos
LEITURA / EDUCAÇÃO LITERÁRIA
DOMÍNIOS
SEQUÊNCIA 2 – Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente
• Produção oral de um discurso argumentativo – no papel do Frade, deverá convencer o Anjo a permitir a sua entrada na barca para o Paraíso
• Plano de aula (n.o 44 e 45) • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
• Plano de aula (n.o 43)
• Plano de aula (n.o 40, 41 e 42) • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
• Antecipação de sentidos • Plano de aula (n.o 38 – observação e e 39) descrição da ilustração da cena do Sapateiro
ORALIDADE
RECURSOS COMPLEMENTARES
26 Novas Leituras 9 | Guia do Professor
Novas Leituras 9 –
2.o
Calendarização/ PERÍODO GRAMÁTICA
• Produção escrita de um texto argumentativo na defesa de um ponto de vista: “contra a pena de morte”
• Produção escrita de um comentário crítico baseado no texto lido
ESCRITA
• Diálogo orientado – audição da canção “Aquele Inverno”, do grupo Delfins - explicitação do sentido global do texto - discussão de pontos de vista, com argumentação
• Diálogo orientado – audição do conto “O Tesouro do Enforcado”, da literatura oral tradicional - identificação das ideias-chave - discussão de pontos de vista
• Diálogo orientado – observação e troca de impressões acerca de um cartoon de Rodrigo
ORALIDADE
•
• Plano de aula (n.o 51 e 52) • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
•
• Plano de aula (n.o 48, 49 e 50)
• Plano de aula (n.o 46 e 47) • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
RECURSOS COMPLEMENTARES
TESTE FORMATIVO
Para saber: Gil Vicente – temas, linguagem, tipos sociais, tipos de cómico; Auto da Barca do Inferno – estrutura externa e interna
Atividades complementares: Revisão de conceitos abordados em anos anteriores; reconto oral; trabalhos de pesquisa, com recurso possível à interdisciplinaridade; visionamento de imagens, cartoons e/ou vídeos; proposta de outras leituras; dramatização de cenas; debates
• Texto – excerto da obra Gil Vicente e o Fim do Teatro Medieval - personagens-tipo de Gil Vicente
• Auto da Barca do Inferno – cena dos Cavaleiros, Gil Vicente - explicitação do sentido global do texto - tipos de cómico - argumentos de defesa - recursos expressivos - ideologia política e religiosa da época
• Textos – explicação do conceito de “cavaleiro” do Dicionário de História de Portugal - antecipação de sentidos
• Auto da Barca do Inferno – cena do Enforcado, Gil Vicente - explicitação do sentido global do texto - tipos de cómico - argumentos de defesa e de acusação - justiça humana vs. justiça divina - intenção crítica
• Textos – citações alusivas à pena de morte - antecipação de sentidos
• Auto da Barca do Inferno – cena do Corregedor e do Procurador, Gil Vicente - tipos de cómico - elementos cénicos e simbologia - argumentos de defesa e de acusação - linguagem - recursos expressivos - intenção crítica
• Textos – definição de “corregedor” do Dicionário de História de Portugal - antecipação de sentidos
LEITURA / EDUCAÇÃO LITERÁRIA
DOMÍNIOS
SEQUÊNCIA 2 – Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente
3. Planificação anual/Trimestral | Novas Leituras 9 27
2.o
Calendarização/ PERÍODO
Novas Leituras 9 –
•
• Plano de aula (n.o 53 e 54)
• Os Lusíadas – “Viagem para a Índia” e “Consílio dos Deuses”, Luís de Camões - identificação do tema e ideias principais - planos estruturais de Os Lusíadas - caracterização de personagens - recursos expressivos • Identificar dados que permitem contextualizar a variação histórica da língua: - palavras convergentes e palavras divergentes
• Identificar processos fonológicos: - epêntese, aférese, paragoge, assimilação, redução vocálica
• Dividir e classificar orações: - orações subordinadas adjetivas relativas restritivas vs. orações subordinadas adjetivas relativas explicativas
•
• Produção oral de um • Plano de aula (n.o 59, 60 e 61) texto argumentativo a favor ou contra a viagem • Suporte Gramatical dos portugueses para a • Caderno de Exercícios Índia
• Visionamento de um documentário sobre Camões e Os Lusíadas - identificação das ideias-chave
• Plano de aula (n.o 56, 57 e 58) • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
• Visionamento de uma animação sobre a vida e obra de Luís de Camões - diálogo orientado
ORALIDADE
• Os Lusíadas – “Proposição”, Luís de Camões - explicitação do sentido global do texto - identificação do tema e ideias principais - planos estruturais de Os Lusíadas - ironia
• Produção escrita de um texto narrativo relatando um acontecimento extraordinário
ESCRITA
• Plano de aula (n.o 55)
• Conhecer classes de palavras: - pronome relativo
GRAMÁTICA
RECURSOS COMPLEMENTARES
• Texto – “A época dos Descobrimentos – Renascimento, Humanismo e Classicismo” - explicitação do sentido global do texto - contextualização económica, social, política, cultural e artística da obra
• Poemas – “Luís, o poeta, salva a nado o poema”, José de Almada Negreiros, e “Camões e a Tença”, Sophia de Mello Breyner Andresen - explicitação do sentido global - recolha de dados biobibliográficos de Luís de Camões
LEITURA / EDUCAÇÃO LITERÁRIA
DOMÍNIOS
SEQUÊNCIA 3 – Os Lusíadas de Luís de Camões
28 Novas Leituras 9 | Guia do Professor
Novas Leituras 9 –
2.o
Calendarização/ PERÍODO
• Os Lusíadas – “O Adamastor”, Luís de Camões - identificação do tema e ideias principais - planos estruturais de Os Lusíadas - identificação de ação, tempo e espaço - caracterização de personagens - profecias - recursos expressivos
• Poema – “Mar português”, Fernando Pessoa - explicitação do sentido global do texto - intertextualidade
• Os Lusíadas – “Despedidas em Belém”, Luís de Camões - explicitação do sentido global do texto - identificação do tema e ideias principais - planos estruturais de Os Lusíadas - contextualização do episódio - recursos expressivos
• Os Lusíadas – “Inês de Castro”, Luís de Camões - identificação do tema e ideias principais - características da tragédia clássica - planos estruturais de Os Lusíadas - análise de sentidos - universos de referência - narrador - recursos expressivos
LEITURA / EDUCAÇÃO LITERÁRIA
• Dividir e classificar orações: - orações coordenadas - orações subordinadas adverbiais
• Transformar frases ativas em frases passivas e vice-versa
GRAMÁTICA
DOMÍNIOS
• Produção escrita de um texto narrativo - história de amor de Adamastor
ESCRITA
SEQUÊNCIA 3 – Os Lusíadas de Luís de Camões
•
• Visionamento de um depoimento de José Hermano Saraiva sobre o caso de D. Pedro e Inês de Castro - identificação das ideias-chave
• Reconto oral da história de amor do gigante Adamastor
• Antecipação de sentidos • Plano de aula (n.o 68 – observação e troca de e 69) impressões acerca do • painel de azulejos Adamastor de Jorge Colaço
• Diálogo orientado audição da canção “Ela foi para a guerra”, do grupo “Os Azeitonas” - explicitação do sentido global do texto - comparação de textos e temáticas
• Antecipação de sentidos • Plano de aula (n.o 65, 66 - visionamento de um e 67) excerto do filme 1492, • Cristóvão Colombo de Ridley Scott
• Plano de aula (n.o 62, 63 e 64) • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
• Diálogo orientado – observação e troca de impressões acerca do quadro de Karl Briullov
ORALIDADE
RECURSOS COMPLEMENTARES
3. Planificação anual/Trimestral | Novas Leituras 9 29
2.o
Calendarização/ PERÍODO
Novas Leituras 9 –
• Antecipação de sentidos – especulação sobre a receção dos navegadores em Portugal
• Antecipação de sentidos – descrição hipotética da “Ilha dos Amores” (apresentação de 5 minutos)
• Diálogo orientado apresentação de argumentos que justifiquem as opiniões expressas sobre o episódio estudado
• Antecipação de sentidos - visionamento de um excerto de um documentário do Discovery Channel sobre navegar no oceano - identificação das ideias-chave
ORALIDADE
•
• Plano de aula (n.o 79, 80 e 81) • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
•
• Plano de aula (n.o 75, 76, 77 e 78) • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
•
• Plano de aula (n.o 70, 71, 72, 73 e 74) • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
RECURSOS COMPLEMENTARES
TESTE FORMATIVO
Para saber: Epopeia – a Antiguidade Clássica; Os Lusíadas – fontes históricas e fontes literárias; estrutura interna e externa
Atividades complementares: Sugestões metodológicas ao longo do manual do professor; revisão de conceitos abordados em anos anteriores; observação e leitura de paratextos; preparação de atividades de escrita através de brainstorming; reconto oral; trabalhos de pesquisa, com recurso possível à interdisciplinaridade; visionamento de imagens e/ou vídeos; propostas de outras leituras; declamação de poemas/episódios; debates; atividades de auto e heteroavaliação
• Consolidar o conhecimento das funções sintáticas: - predicativo do sujeito - modificador do nome
• Produção escrita de um texto argumentativo – manifestação de preferência entre duas situações históricas e defesa de uma , em detrimento de outra
• Dividir e classificar orações: - oração subordinada adverbial causal - orações subordinadas adjetivas relativas explicativas
• Os Lusíadas – “Despedida de Tétis e regresso a Portugal” e “Lamentações do poeta, Exortação D. Sebastião e referência a futuras glórias”, Luís de Camões - explicitação do sentido global do texto - identificação do tema e ideias principais - planos estruturais de Os Lusíadas - profecias - recursos expressivos
• Produção escrita de um guião para uma peça de teatro - encenação de uma tempestade
ESCRITA
• Conjugar verbos • Produção escrita de um regulares e irregulares: texto expositivo – o - tempos e modos verbais significado da “Ilha dos • Sistematizar as regras Amores” e a intenção de utilização do do poeta ao idealizar pronome pessoal em esse acontecimento adjacência verbal
• Sistematizar as regras de utilização do pronome pessoal em adjacência verbal
• Consolidar o conhecimento das funções sintáticas: - complemento direto - complemento indireto
GRAMÁTICA
• Os Lusíadas – “A Ilha dos Amores”, Luís de Camões - explicitação do sentido global do texto - identificação do tema e ideias principais - planos estruturais de Os Lusíadas - simbologia dos nomes - caracterização de personagens
• Os Lusíadas – “Tempestade” e “Chegada à Índia”, Luís de Camões - explicitação do sentido global do texto - identificação do tema e ideias principais - planos estruturais de Os Lusíadas - delimitação das sequências narrativas - sensações despertadas - recursos expressivos
LEITURA / EDUCAÇÃO LITERÁRIA
DOMÍNIOS
SEQUÊNCIA 3 – Os Lusíadas de Luís de Camões
30 Novas Leituras 9 | Guia do Professor
Novas Leituras 9 –
3.
o
Calendarização/ PERÍODO GRAMÁTICA
• Antecipação de sentidos – audição da canção “Horas do Tempo”, de João Pedro Pais - explicitação do sentido global do texto
• Diálogo orientado – audição da canção “Problema de Expressão”, do grupo Clã - identificação do tema e ideias principais
• Poema – “Não sei como dizer-te que a • Dividir e classificar orações minha voz te procura”, Herberto Helder - orações subordinantes - explicitação do sentido global do poema - orações subordinadas adverbiais - identificação do tema e ideias principais temporais - ritmo e sonoridade • Consolidar o conhecimento das funções sintáticas: - sujeito subentendido - complemento direto • Sistematizar as regras de utilização do pronome pessoal em adjacência verbal
• Produção escrita de • Antecipação de sentidos – um texto de opinião diálogo orientado sobre a a favor da leitura e ideia contida no provérbio do estudo “Antes viajado que letrado”
• Poema – “Quando voltei encontrei os meus passos”, Camilo Pessanha - identificação do tema e ideias principais - identificação / interpretação da expressividade contida nos recursos expressivos - análise da estrutura formal
• Poema – “E tudo era possível”, Ruy Belo • Utilizar adequadamente os sinais - identificação do tema e ideias principais de pontuação - noção de soneto - análise da estrutura formal
• Antecipação de sentidos – audição do poema interpretado por Maria Bethania - impressões causadas pela música
• Poema – “Ó sino da minha aldeia”, • Consolidar o conhecimento das Fernando Pessoa funções sintáticas: - explicitação do sentido global do poema - modificador - identificação do tema e ideias principais - complemento oblíquo - sujeito poético • Sistematizar padrões de formação de palavras complexas: - a composição
• Antecipação de sentidos – audição de um excerto do documentário “José Gomes Ferreira – Um Homem do Tamanho do Século” - identificação das ideias-chave
ORALIDADE
• Produção escrita de • Antecipação de sentidos – observação e troca de um texto narrativo – impressões acerca de uma texto de caráter ilustração memorialístico
ESCRITA
• Poema – “O recreio”, Mário de Sá-Carneiro • Determinar significados em função do contexto: - identificação do tema e ideias principais - campo semântico - identificação / interpretação da expressividade contida nos recursos expressivos e na pontuação
• Poemas; “O tempo parou” e “Errei as • Conhecer classes de palavras: contas no quadro” da obra Poeta Militante - verbos (copulativos) III, José Gomes Ferreira • Consolidar o conhecimento das - identificação do tema e ideias principais funções sintáticas: - identificação de marcas de subjetividade - predicativo do sujeito - complemento direto
LEITURA / EDUCAÇÃO LITERÁRIA
DOMÍNIOS
SEQUÊNCIA 4 – Texto Poético
• Plano de aula (n.o 88) •
•
• Plano de aula (n.o 87) • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
•
• Plano de aula (n.o 85 e 86) • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
•
• Plano de aula (n.o 84) • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
• Plano de aula (n.o 83) • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
•
• Plano de aula (n.o 82) • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
RECURSOS COMPLEMENTARES
3. Planificação anual/Trimestral | Novas Leituras 9 31
3.o
Calendarização/ PERÍODO
Novas Leituras 9 –
• Conhecer classes de palavras: - interjeição
GRAMÁTICA
• Produção escrita de um texto poético – um acróstico – sobre a coragem
ESCRITA
• Plano de aula (n.o 90)
• Plano de aula (n.o 89)
• Antecipação de sentidos • Plano de aula (n.o 92 – interpretação oral do e 93) • Suporte Gramatical título do poema • Caderno de Exercícios
• Antecipação de sentidos • Plano de aula (n.o 91) - audição da canção • “Estou Além”, de António Variações - explicitação do sentido global do texto
ORALIDADE
RECURSOS COMPLEMENTARES
TESTE FORMATIVO
Para saber: Texto poético – verso, estrofe ou estância; rima; classificação da rima
Atividades complementares: Sugestões metodológicas ao longo do manual do professor; revisão de conceitos abordados em anos/aulas anteriores; preparação de atividades de escrita através de brainstorming; trabalhos de pesquisa; visionamento de imagens, vídeos e/ou vídeo clips; declamação de poemas; debates
• Poema - “Ode soneto à coragem”, Gastão Cruz - identificação do tema e ideias principais - análise de sentidos - clarificação da simbologia - análise da estrutura formal
• Poemas – “Se estou só, quero não ‘star”, Fernando Pessoa, e “Vilancete castelhano de Gil Vicente”, Carlos de Oliveira - identificação do tema e ideias principais - intertextualidade - análise da estrutura formal
• Poema – “Uma pequenina luz”, Jorge de Sena - identificação do tema e ideias principais - intertextualidade - clarificação da simbologia
• Poema – “As pessoas sensíveis”, Sophia de Mello Breyner Andresen - identificação do tema e ideias principais - intertextualidade - clarificação da simbologia
• Cartoon – tira de banda desenhada de Quino - explicitação do sentido global do cartoon - antecipação de sentidos
LEITURA / EDUCAÇÃO LITERÁRIA
DOMÍNIOS
SEQUÊNCIA 4 – Texto Poético
32 Novas Leituras 9 | Guia do Professor
3
3
3
TESTES DE AVALIAÇÃO
NOTA: Estes testes estão disponíveis em formato editável, em
34
Novas Leituras 9 | Guia do Professor
TESTE N.° 1
ESCOLA:
TESTE DE PORTUGUÊS Ano: 9.° | Turma:
Data:
/
/20
GRUPO I Parte A Lê o texto com atenção. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.
O elefante da gula Alexandre Pais
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Novas Leituras 9 –
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De Isabel Jonet só conheço, e por ler e ouvir dizer, o seu trabalho à frente do Banco Alimentar. Chega para a admirar, até porque sofro do mal nacional do egoísmo e terei de aprender a olhar menos para o meu umbigo. A verdade é que sei bem o que é a miséria, pois frequentei o primeiro ciclo escolar, há mais de meio século, na Beira Alta, e fiquei marcado pelo que vi. Numa turma de vinte e tal alunos, só cinco ou seis andavam calçados, o que significava que a maioria percorria quilómetros, em pleno inverno, por caminhos de cabras e pelo meio das matas, com os pés nus, carregados de frieiras e de feridas. Alguns chegavam à escola em jejum e assim se aguentavam até a uma espécie de almoço, quase sempre de broa, dura de dias, e batatas cozidas. Outros comiam de manhãzinha, em casa, bocados de pão regados com vinho tinto, as tenebrosas sopas de cavalo cansado. A fruta comum eram umas maçãs pequenas e desenxabidas, que caíam das árvores e se davam aos porcos. Muitos amigos meus vestiam uns trapos e lembro-me de ver, nos pátios de entrada das suas habitações, estrumeiras a céu aberto, retretes comuns de galinhas, porcos e seres humanos, das quais emanava um cheiro nauseabundo. Não sei se Isabel Jonet viu, na recente viagem à Grécia, imagens que apontem para um iminente regresso de tempos semelhantes àqueles em que Portugal vegetava, nos anos 50, uma situação de efetiva
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miséria. Porque a realidade atual é diferente. Mesmo as pessoas que sobrevivem a custo e que nada têm, que se podem considerar como os novos miseráveis de uma Europa que falhou nas promessas de bem-estar e nas expectativas que criou, jamais voltarão a misturar-se com os animais, por muito que Merkel e a sua gente não se importassem com isso. O limiar da pobreza está hoje mais acima. Quem vive além das suas possibilidades e vai ter de mudar de hábitos é certa classe média deslumbrada que se deixou levar pela febre consumista e pela inveja social, sem se esforçar por gerar os proventos que lhe permitam recorrer à necessidade de adquirir para ser. São esses que não vão poder comer bife todos os dias e que terão de fechar a torneira quando lavarem os dentes. Não por culpa da troika, mas pelo elefante branco1 da gula: comer mais do que se precisa, gastar mais do que se ganha, parecer mais do que se é. Isabel Jonet foi pouco hábil na forma como tocou num tema delicado, com tantas suscetibilidades em alta, tantos nervos em franja. Mas não merecia ler o que se escreveu nas redes sociais. Porque enquanto os inúteis e os selvagens lavam frustrações e a desancam, ela mantém de pé uma obra de solidariedade e cidadania sem a qual a vida de muitos portugueses seria bastante pior. Chapeau2. In Sábado, de 15 a 21 de novembro de 2012
VOCABULÁRIO 1 coisa grande e vistosa, mas que não tem qualquer utilidade ou valor; 2 Tiro-lhe o chapéu.
3. Testes de Avaliação | Novas Leituras 9
35
Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 1.
Para responderes a cada item, seleciona a afirmação adequada ao sentido do texto.
1.1. A expressão “olhar menos para o meu umbigo” (linhas 4-5) significa: a) andar menos de cabeça baixa. b) preocupar-se menos com o umbigo. c) pensar menos em si próprio como centro do mundo. d) ser mais confiante nas suas capacidades. 1.2. Na expressão “Mesmo as pessoas que sobrevivem a custo […]” (linhas 30-31), a palavra sublinhada pode ser substituída por: a) até. b) também. c) realmente. d) igualmente. 1.3. A afirmação “[…] terão de fechar a torneira quando lavarem os dentes” (linhas 44-45) pretende denunciar: a) a falta de consciência ecológica. b) o desperdício de água. c) os gastos económicos supérfluos. d) o pouco cuidado na lavagem dos dentes. 1.4. A expressão “elefante branco da gula” (linha 46) contém uma: a) personificação. b) metáfora. c) hipérbole. d) comparação. 1.5. O pronome relativo “a qual” (linha 55) refere-se: a) a Isabel Jonet. b) à obra de Isabel Jonet. c) à obra de solidariedade e cidadania. d) à vida de muitos portugueses. 2.
Seleciona a opção que corresponde à única afirmação falsa, de acordo com o sentido do texto.
b) o pronome “que” (linha 20) refere-se a “maçãs pequenas e desenxabidas”. c) o pronome “lhe” (linha 42) refere-se a “certa classe média”. d) o pronome “esses” (linha 43) refere-se a “proventos”.
Novas Leituras 9 –
a) o pronome “outros” (linha 16) refere-se a “alunos”.
36
Novas Leituras 9 | Guia do Professor
Parte B Lê o excerto de Meu Pé de Laranja Lima de José Mauro de Vasconcelos.
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Novas Leituras 9 –
45
Glória me chamara muito cedo. – Deixe ver as unhas. Mostrei as mãos e ela aprovou. Agora as orelhas. Ih! Zezé. Me levou no tanque, molhou um pano com sabão e foi esfregando a minha sujeira. Nunca vi uma pessoa dizer que é um guerreiro Pinagé e viver sempre sujinho! Vá se calçando que eu procuro uma roupinha decente pra você. Foi na minha gaveta e remexeu. E remexeu mais. E quanto mais remexia menos achava. Todas as minhas calcinhas ou eram furadas, rasgadas, remendadas ou cerzidas. Não precisava nem contar para ninguém. Só vendo essa gaveta a pessoa descobria o menino terrível que você é. Vista essa, está menos ruim. E fomos nós embora para a descoberta “maravilhosa” que eu ia fazer. Chegamos perto da Escola e uma porção de gente levava menino pela mão para matricular. Não vá fazer papel triste e nem esquecer de nada, Zezé. Ficamos sentados numa sala cheia de meninos e todos espiavam uns para os outros. Até que veio a nossa vez e entramos na sala da diretora. Seu irmãozinho? Sim, senhora. Mamãe não pôde vir porque trabalha na cidade. Ela me olhou bastante e os olhos dela ficavam grandes e pretos porque os óculos eram muito grossos. Gozado é que ela tinha bigode de homem. Por isso é que ela devia ser diretora. Ele não é muito pequenininho? – É franzino pra idade. Mas já sabe ler. – Que idade você tem, menino? – Dia vinte e seis de fevereiro fiz seis anos, sim, senhora. – Muito bem. Vamos fazer a ficha. Primeiro a filiação. Glória deu o nome de Papai. Quando chegou o nome de Mamãe ela falou só: Estefânia de Vasconcelos. Eu não aguentei e soltei a minha correção. – Estefânia Pinagé de Vasconcelos. – Como é? Glória ficou meio corada. – É Pinagé. Mamãe é filha de índios. Fiquei todo orgulhoso porque eu devia ser o único que tinha nome de índio naquela Escola. Depois Glória assinou um papel e ficou parada, indecisa. – Mais alguma coisa, moça? – Eu queria saber a respeito dos uniformes… A senhora sabe… Papai está desempregado e somos bastante pobres. E aquilo foi comprovado quando ela mandou que eu desse uma volta para ver o meu tamanho e número e acabou vendo os meus remendos. Escreveu um número num papel e mandou a gente lá dentro procurar Dona Eulália. Dona Eulália também se admirou com o meu tamanho e o menor número que tinha, me fazia parecer um pinto calçudo. – O único é esse, mas está grande. Que menino miudinho!… – Eu levo e encurto. Saí todo contente com dois uniformes de presente. Imagine a cara do Minguinho quando me visse de roupa nova e de aluno. Com o passar dos dias eu contava tudo para ele. Como era, como não era. […] E vieram as novidades. As brigas. As descobertas de um mundo onde tudo era novo. In Meu Pé de Laranja Lima, José Mauro de Vasconcelos, Dinapress, 2011
3. Testes de Avaliação | Novas Leituras 9
37
Responde, de forma completa e bem estruturada, aos itens que se seguem. 3.
Indica o acontecimento retratado no excerto e os preparativos da irmã do Zezé para o mesmo.
4.
Diz a que se refere o narrador com a expressão “descoberta ‘maravilhosa’” (linha 13), salientando o seu estado de espírito.
5.
Explica o sentido da expressão “Não vá fazer papel triste” (linha 15), evidenciando a intenção da irmã de Zezé ao usá-la.
6.
Transcreve duas expressões do texto que comprovem a afirmação da irmã do Zezé “somos bastante pobres” (linha 37).
7. “Eu não aguentei e soltei a minha correção.” (linha 28) 7.1. Explica a afirmação do narrador, salientando a importância que o mesmo atribui à “correção” que fez. 8.
Indica o(s) aspeto(s) comum(ns) entre o texto de José Mauro de Vasconcelos e o da Parte A. GRUPO II
Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 1.
“– Nunca vi uma pessoa dizer que é um guerreiro Pinagé e viver sempre sujinho! Vá se calçando que eu procuro uma roupinha decente pra você.” (linhas 7-8) 1.1. Transforma o discurso direto em discurso indireto. 2. “[…] e entramos na sala da diretora.” (linha 17) 2.1. Classifica o tipo de sujeito na frase. 2.2. Identifica a função sintática desempenhada pela expressão sublinhada. 3. “Depois Glória assinou um papel […]” (linha 34) 3.1. Reescreve a frase anterior na forma passiva. 3.2. Transcreve o complemento agente da passiva da frase que construíste. 4.
Transcreve dois exemplos que comprovem que o texto da Parte B pertence à variedade brasileira. Justifica a tua resposta.
5. “Gozado é que ela tinha bigode de homem.” (linha 21) 5.1. Classifica a oração sublinhada na frase. 6. “Com o passar dos dias eu contava tudo para ele.” (linha 47) 6.1. Reescreve a frase anterior, transformando o modificador destacado numa oração subordinada adverbial temporal. 7. “[…] os olhos dela ficavam grandes e pretos porque os óculos eram muito grossos.” (linhas 20-21) 7.1. Reescreve a frase iniciando-a pela locução conjuncional “Uma vez que…”. GRUPO III O 1.o Ciclo é um período muito importante no percurso escolar dos alunos.
Novas Leituras 9 –
Escreve um texto narrativo bem estruturado, com um mínimo de 180 e um máximo de 240 palavras, em que relates um episódio que se tenha passado na escola, no 1.o Ciclo, e que te tenha marcado. O teu texto deve incluir uma parte introdutória, uma de desenvolvimento e uma de conclusão. Antes de redigires o teu texto, aponta em forma de tópicos as ideias que queres apresentar. No final, relê com atenção o texto que escreveste, verifica se respeitaste a tua planificação e procede a ajustes e/ou correções que consideres necessários.
38
Novas Leituras 9 | Guia do Professor
TESTE N.° 2
ESCOLA:
TESTE DE PORTUGUÊS Ano: 9.° | Turma:
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GRUPO I Parte A Lê o texto com atenção. Nelma Viana Jornalista
Eu, idiota, me confesso
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A inveja é uma coisa feia. Foi assim que aprendi a não desejar o que não me fosse atribuído por direito e/ou mérito. E foi também assim que me consegui enganar ao acreditar que aquilo que sentia quando praguejava contra a sorte alheia era só um desabafo inofensivo contra a minha falta da mesma. Com o tempo percebi que não, que era inveja pura e dura e que isso, que é senão uma azia sentimental agudíssima, era uma coisa muito pouco nobre de se sentir. Mas como eu, pessoalmente, nunca aspirei ao sangue-azul, acolhi a minha limitação o melhor que pude. Não sem antes me ter massacrado com um ou outro episódio de vergonha: começou com a Barbie princesa da vizinha aos sete anos e prolongou-se até à fase adulta com a Bimby1. A minha inveja, que é só minha, não afeta ninguém em particular, não é direcionada a nenhum utilizador da Bimby, antes a todos os que têm uma em casa.
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Futilidades!, dirá o leitor. E eu até assino por baixo, mas vendo bem as coisas, a tendência é querer e invejar aquilo a que ainda não se conseguiu deitar a mão porque o resto, o que importa mesmo, que para mim (orgulhosamente) são a família e os amigos, não entram neste campeonato. Não se inveja ninguém porque tem um amigo mais bem educado, ou mais boémio, ou mais inteligente do que nós. E a família, já se sabe, não se escolhe, pelo que o assunto nunca será para aqui chamado. A inveja é palpável e estupidamente material. E sim, gostava de fazer parte do grupo de pessoas que conseguem levar a vida sem nunca projetar comparações idiotas, sem nunca querer para si, só de vez em quando, aquela restiazinha de sorte que premeia sempre a pessoa ao lado. Por isso mesmo, eu, idiota, me confesso. In http://www.sabado.pt/Cronicas/Nelma-Viana/ cf.-idiota,-me-confesso.aspx (acedido em 01/12/2012)
VOCABULÁRIO 1 eletrodoméstico que serve para cozinhar, cujo objetivo é preparar mais rapidamente as refeições, mantendo o sabor original dos alimentos
3. Testes de Avaliação | Novas Leituras 9
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Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 1.
As afirmações apresentadas de A. a F. correspondem a ideias-chave do texto de Nelma Viana.
1.1. Escreve a sequência de letras que corresponde à ordem pela qual essas ideias surgem no texto. Começa a sequência pela letra C. A. Com efeito, a inveja direciona-se para as coisas e não para as pessoas. B. Na verdade, o que a autora inveja não é as pessoas, mas o que elas possuem. C. A inveja é um sentimento vergonhoso. D. Consciente da sua condição, a autora acabou por aceitar que era invejosa. E. A autora considera idiota desejar a felicidade dos outros. F. Não é a falta de sorte, mas a inveja, que leva a autora a cobiçar o que é dos outros. 2.
Para responderes a cada item, seleciona a afirmação adequada ao sentido do texto.
2.1. Com a expressão “Mas como eu, pessoalmente, nunca aspirei ao sangue-azul” (linhas 10-11), a autora pretende: a) reconhecer que nunca desejou uma transfusão de sangue para alterar a cor deste. b) ser alvo da inveja de outras pessoas. c) evidenciar a sua modéstia. d) mostrar que, apesar de ser contra a sua vontade, a sua condição social provém da nobreza. 2.2. Nas linhas 21-22, a expressão “deitar a mão” significa: a) apanhar. b) roubar. c) sentir. d) ter. 2.3. “o assunto” (linha 27) tem a ver com: a) a família e os amigos. b) a família. c) os amigos. d) a inveja. 2.4. Na frase “[…] aquela restiazinha de sorte que premeia sempre a pessoa ao lado.” (linhas 33-34), a palavra que é:
b) uma conjunção subordinativa consecutiva. c) uma conjunção subordinativa comparativa. d) um pronome pessoal.
Novas Leituras 9 –
a) uma conjunção coordenativa explicativa.
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Novas Leituras 9 | Guia do Professor
Parte B Lê o excerto do conto “História Comum” de Machado de Assis. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.
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Sou um simples alfinete vilão1, modesto, não alfinete de adorno, mas de uso, desses com que as mulheres do povo pregam os lenços de chita, e as damas de sociedade os fichus2, ou as flores, ou isto, ou aquilo. Aparentemente vale pouco um alfinete; mas, na realidade, pode exceder ao próprio vestido. Não exemplifico; o papel é pouco, não há senão o espaço de contar a minha aventura. Tinha-me comprado uma triste mucama3. O dono do armarinho vendeu-me, com mais onze irmãos, uma dúzia, por não sei quantos réis; coisa de nada. Que destino! Uma triste mucama. Felicidade, — este é o seu nome, — pegou no papel em que estávamos pregados, e meteu-o no baú. Não sei quanto tempo ali estive; saí um dia de manhã para pregar o lenço de chita que a mucama trazia ao pescoço. Como o lenço era novo, não fiquei grandemente desconsolado. E depois a mucama era asseada e estimada, vivia nos quartos das moças, era confidente dos seus namoros e arrufos; enfim, não era um destino principesco, mas também não era um destino ignóbil. […] Na véspera do dia em que se deu a minha aventura, ouvi falar de um baile no dia seguinte, em casa de um desembargador4 que fazia anos. As senhoras preparavam-se com esmero e afinco, cuidavam das rendas, sedas, luvas, flores, brilhantes, leques, sapatos; não se pensava em outra coisa senão no baile do desembargador. Bem quisera eu saber o que era um baile, e ir a ele; mas uma tal ambição podia nascer na cabeça de um alfinete, que não saía do lenço de uma triste mucama? — Certamente que não. O remédio era ficar em casa. — Felicidade, diziam as moças, à noite, no quarto, dá cá o vestido. Felicidade, aperta o vestido. Felicidade, onde estão as outras meias? — Que meias, nhanhã5? — As que estavam na cadeira... — Uê! nhanhã! Estão aqui mesmo. E Felicidade ia de um lado para outro, solícita, obediente, meiga, sorrindo a todas, abotoando uma, puxando as saias de outra, compondo a cauda desta, concertando o diadema daquela, tudo com um amor de mãe, tão feliz como se fossem suas filhas. E eu vendo tudo. O que me metia inveja eram os outros alfinetes. Quando os via ir da boca da mucama, que os tirava da toilette6, para o corpo das moças, dizia comigo, que era bem bom ser alfinete de damas7, e damas bonitas que iam a festas. In Obra Completa, “História Comum”, Machado de Assis, Nova Aguilar, 1994
VOCABULÁRIO 1 de origem plebeia; que não tem descendência nobre; 2 xailes; 3 nome (no Brasil e em África) da escrava ou criada negra que servia especialmente a senhora e que, às vezes, era ama de leite; 4 juiz do Tribunal da Relação; 5 tratamento carinhoso que se dá às meninas; 6 vestuário e adereços combinados com algum cuidado, para usar em determinada ocasião; 7 senhoras; mulheres nobres
Novas Leituras 9 –
Responde, de forma completa e bem estruturada, aos itens que se seguem. 3.
Classifica o narrador quanto à presença, justificando a tua resposta.
4.
Caracteriza a personagem principal, fundamentando a tua resposta no texto.
5.
“[…] não era um destino principesco, mas também não era um destino ignóbil.” (linha 12)
5.1. Explicita o sentido desta afirmação, começando por identificar de que destino se trata. 6.
Identifica o sentimento que domina o “alfinete”, no último parágrafo, e a razão do mesmo.
3. Testes de Avaliação | Novas Leituras 9
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O texto de Machado de Assis e o da Parte A falam sobre diferentes tipos de inveja.
7.1. Defende este comentário, indicando as semelhanças entre os dois textos. Justifica a tua resposta com expressões do texto da Parte B. GRUPO II Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 1.
Associa cada elemento da coluna A ao único elemento da coluna B, de modo a identificares a função sintática desempenhada pela expressão sublinhada em cada frase. Coluna A
Coluna B
A. “Tinha-me comprado uma triste mucama.” (linha 6) B. A mucama pegou nos alfinetes e meteu-os no baú. C. “Felicidade, aperta o vestido.” (linhas 19) D. Felicidade sorria a todas as moças sem se lamentar. E. O alfinete observava os preparativos com inveja. 2.
1. complemento direto 2. complemento indireto 3. modificador 4. predicado 5. predicativo do sujeito 6. sujeito 7. vocativo
A mucama é estimada pelas moças.
2.1. Reescreve a frase anterior na ativa. 3.
Reescreve as frases, substituindo as expressões sublinhadas pelo pronome pessoal adequado. a) “[…] as mulheres do povo pregam os lenços de chita.” (linha 2) b) “[…] não há senão o espaço de contar a minha aventura.” (linhas 4-5) c) “[…] dá cá o vestido.” (linha 19)
4.
Transforma cada par de frases simples numa frase complexa, utilizando conjunções das subclasses indicadas entre parênteses. a) As senhoras preparam-se com esmero e afinco. O baile era muito importante. (conjunção subordinativa consecutiva) b) As moças e a mucama eram amigas. A mucama não foi ao baile. (conjunção subordinativa concessiva)
5.
A mucama a quem o dono do armarinho vendeu o alfinete era confidente dos namoros das moças.
5.1. Transcreve a oração subordinada que integra a frase complexa anterior e classifica-a. GRUPO IV Tal como a inveja, há sentimentos ou características que depreciamos nas pessoas. Escreve um texto de opinião, de 180 a 240 palavras, que pudesse ser divulgado num jornal escolar, no qual apresentes o sentimento e/ou a característica que menos aprecias nas pessoas, fundamentando devidamente o teu ponto de vista. Novas Leituras 9 –
O teu texto deve incluir uma parte introdutória, uma parte de desenvolvimento e uma parte de conclusão. Antes de redigires o teu texto, aponta em forma de tópicos as ideias gerais que queres apresentar. No final, relê com atenção o texto que escreveste, verifica se respeitaste a tua planificação e procede a ajustes e/ou correções que consideres necessários.
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Novas Leituras 9 | Guia do Professor
TESTE N.° 3
ESCOLA:
TESTE DE PORTUGUÊS Ano: 9.° | Turma:
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GRUPO I Parte A Lê o texto com atenção.
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É certo também que [Gil Vicente] alcançou nas cortes de D. Manuel e de D. João uma situação de prestígio e talvez de valimento que lhe permitiu certas liberdades e audácias, aliás acordes com o ambiente intelectual renovador e agitado do primeiro terço do século XVI a que o nosso País não escapou. Foi aquela situação privilegiada que tornou possível a Gil Vicente pregar aos frades de Santarém um sermão, em 1531, em que os censurava por terem alarmado a população da cidade fazendo-lhe crer que o terramoto ocorrido em fevereiro daquele ano fora uma manifestação da ira de Deus por se consentirem em Portugal os cristãos-novos. Neste sermão explicou Gil Vicente aos frades que o terramoto era um fenómeno natural, e que os Judeus deviam ser convertidos sem violência, pela persuasão. Gil Vicente soube aproveitar a sua situação na corte para uma crítica atrevidíssima de diversos vícios sociais, especialmente relativos à nobreza e ao clero. Mas fazia-o aparente ou realmente de acordo com o rei, a quem interessava por vezes castigar certos abusos, e que, frequentemente, por virtude da sua política de concentração do poder eclesiástico na família real, de apropriação dos rendimentos eclesiásticos e de reforço da autoridade real em face da autoridade da Santa Fé, entrou em conflito com o clero. A Exortação da Guerra é representada com o fim bem específico de conseguir fundos para a expedição de Azamor e de obrigar o clero português a ceder o terço dos seus rendimentos para a “guerra santa”, direito que o rei D. Manuel alcançara enviando para esse fim ao Papa a famosa embaixada de Tristão da Cunha. Mas a crítica de Gil Vicente vai, naturalmente, muito além das intenções do rei, que lhe serviam de ocasião. A carreira teatral de Gil Vicente termina em 1536 com a representação da Floresta de Enganos. Depois da sua morte, a corte manteve fielmente o valimento que lhe dera em vida, e os seus autos continuaram a ser representados (não todos certamente). A viúva de D. João III protegeu contra a inquisição a publicação completa das suas obras, em 1562, sob o título Copilação de todalas obras de Gil Vicente.
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In Teatro de Gil Vicente, António José Saraiva, Manuscrito Editores, 1984
3. Testes de Avaliação | Novas Leituras 9
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Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 1.
Assinala verdadeiro (V) ou falso (F) nas afirmações seguintes, de acordo com o sentido do texto. V
F
a) Gil Vicente era protegido pelo rei D. Manuel e por D. João. b) Graças ao seu talento, Gil Vicente tecia críticas audazes à corte. c) Segundo os frades de Santarém, o terramoto de 1531 foi um castigo divino. d) Gil Vicente insurgiu-se contra os facto de os cristãos-novos serem convertidos à força. e) Apenas a nobreza e o clero eram alvo da crítica de Gil Vicente. f) O rei considerava abusivas as críticas efetuadas por Gil Vicente. g) A Exortação da Guerra visava que o clero também financiasse a “guerra santa”. h) A representação das peças de Gil Vicente perdurou na corte mesmo após a sua morte. 2.
Seleciona a única opção em que a palavra que é uma conjunção subordinativa. a) “[…] uma situação de prestígio e talvez de valimento que lhe permitiu certas liberdades e audácias […].” (linhas 1-2) b) “Neste sermão explicou Gil Vicente aos frades que o terramoto era um fenómeno natural […].” (linhas 7-8) c) “[…] a crítica de Gil Vicente vai, naturalmente, muito além das intenções do rei, que lhe serviam de ocasião.” (linhas 18-20) d) “[…] a corte manteve fielmente o valimento que lhe dera em vida […].” (linhas 23-24)
Parte B Lê o excerto da cena do Frade do Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado. Vem um FRADE com ũa Moça pela mão, e um broquel1 e ũa espada na outra, e um casco2 debaixo do capelo3; e, ele mesmo fazendo a baixa4, começou de dançar, dizendo: Frade
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Diabo Frade Diabo Frade Diabo
Tai-rai-rai-ra-rã; ta-ri-ri-rá; ta-rai-rai-rai-rã; tai-ri-ri-rã; tã-tã; ta-ri-rim-rim-rã. Huha! Que é isso, padre? Que vai lá? Deo gratias! Som Cortesão. Sabês também o tordião? Porque não? Como ora sei! Pois, entrai! Eu tangerei e faremos um serão.
Frade Por minha la tenho eu, e sempre a tive de meu.
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Diabo Fezestes bem, que é fermosa! E não vos punham lá grosa5 no vosso convento santo? Frade E eles fazem outro tanto! Diabo Que cousa tão preciosa…
Essa dama, é ela vossa?
VOCABULÁRIO 1 pequeno escudo; 2 capacete; 3 capuz; 4 trautear a música de uma “dança baixa”; 5 não vos faziam lá oposição, reparo
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Entrai, padre reverendo! 10
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Novas Leituras 9 | Guia do Professor
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Frade Pera onde levais gente? Diabo Pera aquele fogo ardente que nom temestes vivendo. Frade Juro a Deos que nom t’entendo! E este hábito no me val?
Tornou a tomar a Moça pela mão, dizendo: Frade
Começou o Frade a fazer o tordião e foram dançando até o batel do Anjo desta maneira:
Diabo Gentil padre mundanal, a Berzabu vos encomendo! Frade
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Frade Ah, Corpo de Deos consagrado! Pela fé de Jesu Cristo, que eu nom posso entender isto! Eu hei-de ser condenado? Um padre tão namorado e tanto dado à virtude? Assi Deos me dê saúde, que eu estou maravilhado!
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Diabo 35
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Não curês de mais detença. Embarcai e partiremos: tomarês um par de remos. Frade Nom ficou isso n’avença.6 Diabo Pois dada está já a sentença! Frade Par Deos! Essa seri’ela! Não vai em tal caravela minha senhora Florença. Como? Por ser namorado e folgar com ũa mulher se há um frade de perder, com tanto salmo rezado? […]
Vamos à barca da Glória.
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Ta-ra-ra-rai-rã; ta-ri-ri-ri-ri-rã; tai-rai-rã; ta-ri-ri-rã; ta-ri-ri-rã. Huhá!
Deo gratias! Há lugar cá pera minha reverença? E a senhora Florença polo meu entrará lá! Parvo Andar, muitieramá! Furtaste o trinchão, frade? Frade Senhora, dá-me a vontade que este feito mal está. Vamos onde havemos d’ir, não praza a Deos com a ribeira! Eu não vejo aqui maneira senão enfim… concrudir. Diabo Haveis, padre, de viir. Frade Agasalhai-me lá Florença, e compra-se esta sentença e ordenemos de partir. Auto da Barca do Inferno, Gil vicente, in Teatro de Gil Vicente, edição de Ant. José Saraiva, Portugália, s/d
VOCABULÁRIO 6 acordo, contrato
Responde, de forma completa e bem estruturada, aos itens que se seguem. 3.
Ao contrário das outras personagens, o Frade chega feliz ao cais.
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3.1. Enuncia o modo como o Frade expressa a sua alegria. 3.2. Comenta o comportamento desta personagem, tendo em conta a sua condição social. 4.
Explicita o sentido da expressão “Gentil padre mundanal” (verso 24), identificando o recurso expressivo empregue pelo Diabo.
3. Testes de Avaliação | Novas Leituras 9
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“E não vos punham lá grosa / no vosso convento santo?” (versos 14-15)
5.1. Esclarece o objetivo da pergunta do Diabo. 5.2. Comprova que a resposta do Frade vai ao encontro da intenção crítica de Gil Vicente. 6.
Esclarece o motivo pelo qual o Frade fica espantado com a intenção do Diabo de o levar na sua barca.
7.
Comenta o silêncio do Anjo perante o Frade, relacionando-o com o papel do Parvo nesta cena.
GRUPO II Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 1.
Lê os versos seguintes. a) “Por minha la tenho eu” (verso 11) b) “Um padre tão namorado” (verso 30)
1.1. Explicita a alteração a nível fonético que as palavras “la” e “namorado” sofreram na sua evolução até os nossos dias. 1.2. Indica os processos fonológicos na evolução dessas palavras. 2.
Transcreve do texto da Parte B dois arcaísmos.
3.
“tomarês um par de remos.” (verso 36)
3.1. Forma um verbo a partir da palavra sublinhada. 3.2. Classifica a palavra que formaste quanto ao seu processo de formação. 4.
“Não vai em tal caravela / minha senhora Florença. (versos 40-41)
4.1. Identifica a função sintática desempenha pelos elementos destacados na frase. 5. O Frade estava tão enamorado que levou a Florença com ele. 5.1. Classifica a oração sublinhada na frase anterior.
GRUPO III Durante a nossa vida, conhecemos pessoas cuja primeira impressão nem sempre corresponde à opinião que, posteriormente, formamos sobre elas.
Lembra-te de que, no final, deves reler com atenção o texto que produziste, verificar se obedeceste à planificação que fizeste, se há erros ortográficos ou sintáticos e proceder às correções que entenderes necessárias.
Novas Leituras 9 –
Escreve um texto narrativo, correto e bem estruturado, de 180 a 240 palavras, em que relates uma situação real ou imaginária idêntica à apresentada acima. Na tua narrativa, deves incluir a descrição dessa pessoa.
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Novas Leituras 9 | Guia do Professor
TESTE N.° 4
ESCOLA:
TESTE DE PORTUGUÊS Ano: 9.° | Turma:
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GRUPO I Parte A Lê o texto com atenção. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.
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Ao passo que Molière nos revela predominantemente os tipos psicológicos, como o Hipócrita, o Avarento, o Ciumento, o Doente Imaginário, etc., Gil Vicente apresenta-nos tipos sociais, como o Frade, o Fidalgo, a Alcoviteira, o Escudeiro, a Menina Burguesa. Os tipos psicológicos, como o Velho Enamorado, são exceções no teatro vicentino. No seu conjunto, portanto, este teatro dá-nos um espelho satírico da sociedade portuguesa, que interessa duplamente como depoimento acerca desta sociedade e como expressão da ideologia do seu autor. Gil Vicente fala e observa da corte onde se encontra instalado e que lhe impõe dadas condições. Assim é que os seus autos cavaleirescos refletem a mentalidade típica da nobreza palaciana congregada nos serões do Paço – em contradição com a inspiração realista e plebeia1 do resto da sua obra. Assim é, também, que o elogio das guerras ultramarinas, a exaltação do espírito de cruzada, na Exortação da guerra, no Auto da Fama e noutras obras, se integra dentro da orientação política e ideológica da corte portuguesa. Dependente do Rei, Gil Vicente servia a sua orientação política, por vezes de maneira bem imediata, como na citada Exortação da Guerra, em que o clero português é censurado por se recusar a entregar as tenças dos rendimentos eclesiásticos que o Papa concedera à Coroa para custear2 a guerra em África. Por outro lado, porém, Gil Vicente observa a realidade sob um ângulo que não é propriamente o do Paço. Isto possibilita a largueza, a diversidade e a relativa objetividade do seu depoimento, que não chega todavia a alcançar a amplidão e a crueza do que nos oferecera, quase um século antes, Fernão Lopes. A sátira vicentina está cheia de duplicidades. Vemo-lo atacar violentamente a nobreza, e ao mesmo tempo exalçar os ideais típicos da mesma nobreza; vemo-lo elogiar a corte em termos encarecidos e simultaneamente mostrar a corrupção, a venalidade e o espírito de rapina que a
VOCABULÁRIO 1 popular; 2 financiar
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caracterizam; vemo-lo atacar os Judeus, e por outro lado apresentar no palco os aspetos simpáticos da sua vida, e defendê-los até, em carta a D. João III, contra as perseguições incitadas pelo clero de Santarém. A mesma duplicidade deve explicar peças como o Juiz da Beira, em que se atribuem a um juiz supostamente boçal3 e mentecapto4 sentenças paradoxais, condenado instituições que estavam fora de toda a discussão. A parvoíce do juiz serve de escudo à sabedoria das suas sentenças radicais. Por estas razões, a interpretação do conjunto da sátira vicentina é extremamente complexa, e deve tomar em conta os subentendidos, a intenção profunda dos paradoxos, as limitações que o autor procurava iludir. In História Ilustrada das Grandes Literaturas. Literatura Portuguesa I, António José Saraiva, Editorial Estúdios Cor, 1966
Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 1.
As afirmações apresentadas de A. a H. correspondem a ideias-chave do texto transcrito.
1.1. Escreve a sequência de letras que corresponde à ordem pela qual essas ideias surgem no texto. Começa a sequência pela letra C. A. Ainda que sujeito a condicionantes, Gil Vicente retrata a mentalidade da corte. B. Gil Vicente faz a apologia da guerra de cruzada de acordo com a ideologia defendida pelo rei. C. As personagens de Gil Vicente caracterizam tipos sociais. D. A obra de Gil Vicente deve ser interpretada à luz dos sentidos implícitos que o dramaturgo se viu obrigado a usar. E. A obra de Gil Vicente espelha a sociedade da época, mas também a ideologia do dramaturgo. F. Não é só a mentalidade palaciana, mas também a do povo que servem a crítica vicentina. G. Gil Vicente denuncia os vícios das classes sociais, mas também enaltece as suas qualidades. H. Não obstante a sua fidelidade ao rei, Gil Vicente é objetivo na crítica que tece à corte. 2.
Seleciona a única opção cuja frase contém o pronome pessoal átono o. a) “Os tipos psicológicos, como o Velho Enamorado, são exceções no teatro vicentino.” (linhas 5-7)
b) “Por outro lado, porém, Gil Vicente observa a realidade sob um ângulo que não é propriamente o do Paço.” (linhas 26-27) c) “Vemo-lo atacar violentamente a nobreza, e ao mesmo tempo exalçar os ideais típicos da mesma nobreza […]” (linhas 30-31) d) “[…] a interpretação do conjunto da sátira vicentina é extremamente complexa […].” (linha 38)
Novas Leituras 9 –
VOCABULÁRIO 3 grosseiro; 4 insensato; néscio
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Novas Leituras 9 | Guia do Professor
Parte B Lê a cena dos Cavaleiros do Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado. Vêm quatro Cavaleiros cantando, os quais trazem cada um a Cruz de Cristo, pelo qual Senhor e acrecentamento de Sua santa fé católica morreram em poder dos mouros. Absoltos a culpa e pena per privilégio que os assi morrem têm dos mistérios da Paixão d’Aquele por Quem padecem, outorgados por todos os Presidentes Sumos Pontífices da Madre Santa Igreja. E a cantiga que assi cantavam, quanto a palavra dela, é a seguinte: Cav.
Senhores que trabalhais pola vida transitória, memória, por Deos, memória deste temeroso cais! À barca, à barca, mortais, barca bem guarnecida,1 à barca, à barca da vida!
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Vigiai-vos, pecadores, que, despois da sepultura, neste rio está a ventura de prazeres ou dolores! À barca, à barca, senhores, barca mui nobrecida, à barca, à barca da vida!
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Dia.
À barca, à barca segura, barca bem guarnecida, à barca, à barca da vida!
E passando per diante da proa do batel dos danados assi cantando, com suas espadas e escudos, disse o Arrais da perdição desta maneira:
Entrai cá! Que cousa é essa? Eu nom posso entender isto! Cav. Quem morre por Jesu Cristo não vai em tal barca como essa! Tornam a prosseguir, cantando, seu caminho direito à barca da Glória, e, tanto que chegam, diz o Anjo: 30
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Anjo
Ó cavaleiros de Deos, a vós estou esperando, que morrestes pelejando por Cristo, Senhor dos céos! Sois livres de todo o mal, mártires da Madre Igreja, que quem morre em tal peleja merece paz eternal. E assi embarcam. Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente, in Teatro de Gil Vicente, edição de Ant. José Saraiva, Portugália, s/d
Dia.
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Cavaleiros, vós passais e nom preguntais onde is? 1.º Cav. Vós, Satanás, presumis?2 Atentai com quem falais! 2.º Cav. Vós que nos demandais? Siquer3 conhecê-nos bem. Morremos nas Partes d’Além, e não queirais saber mais.
VOCABULÁRIO 1 provido do que é necessário; 2 estais cheio de presunção, de vaidade?; 3 ao menos
3. Testes de Avaliação | Novas Leituras 9
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Responde, de forma completa e bem estruturada, aos itens que se seguem. 3.
Indica os elementos cénicos dos Cavaleiros e a sua simbologia.
4.
Comenta a forma como os Cavaleiros reagem à interpelação do Diabo.
5.
“à barca, à barca da vida” (verso 3)
5.1. Esclarece de que barca se trata, identificando o recurso expressivo presente no verso. 6.
Explicita de que forma a cantiga dos Cavaleiros sintetiza a moralidade do Auto da Barca do Inferno.
7.
Interpreta as palavras do Anjo à luz da ideologia política da época.
8.
Explicita o motivo que terá levado Gil Vicente a apresentar os Cavaleiros apenas no final do auto. GRUPO II
Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 1.
Indica os processos fonológicos sublinhados que ocorreram na evolução para o português atual das palavras a seguir indicadas. a) “dolores” > dores b) “nobrecida” > enobrecida
2.
“neste rio está a ventura” (verso 13)
2.1. Tendo em conta que, à semelhança do nome “rio”, a forma verbal rio provém do mesmo étimo latino, classifica-as quanto à sua origem e evolução. 3.
Os Cavaleiros dirigiram-se diretamente à barca do Anjo.
3.1. Indica a função sintática desempenhada pela expressão sublinhada na frase. 4.
“Quem morre por Jesu Cristo / não vai em tal barca como essa.” (versos 28-29)
4.1. Classifica a oração sublinhada na frase anterior. 5.
Os Cavaleiros morreram na Guerra Santa. O Anjo embarcou os Cavaleiros para o Paraíso.
6.1. Transforma as frases simples anteriores numa frase complexa de acordo com o sentido do texto. Evita repetições desnecessárias. GRUPO III Ainda que vários séculos separem o Auto da Barca do Inferno do tempo presente, aquele mantém-se perfeitamente atual. Escreve um texto argumentativo, de 180 a 240 palavras, que confirme a afirmação anterior, com base em acontecimentos da atualidade.
No final, relê com atenção o texto que escreveste, verifica se respeitaste a tua planificação e procede a ajustes e/ou correções que consideres necessários.
Novas Leituras 9 –
O teu texto deve incluir uma parte introdutória, uma parte de desenvolvimento e uma parte de conclusão. Antes de redigires o teu texto, aponta em forma de tópicos as ideias gerais que queres apresentar.
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Novas Leituras 9 | Guia do Professor
TESTE N.° 5
ESCOLA:
TESTE DE PORTUGUÊS Ano: 9.° | Turma:
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GRUPO I Parte A Lê o texto com atenção.
Viajar nos Livros Dia Internacional do Livro Infantil
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Era uma vez um tempo em que ainda não havia vacinas (ou havia muito poucas), e os meninos aguentavam semanas na cama, sem poderem ir à escola, desembaraçando-se alegremente de papeiras, varicelas, tosses convulsas e gripes que duravam eternidades. Era também um tempo em que ainda não havia televisão, nem se sonhava com vídeos ou jogos de computadores. Num tempo desses fiz a minha provisão de sonho e aventura: durante uma pneumonia, curada a papas de linhaça, li A Ilha do Tesouro e Moby Dick. Por isso até hoje esses livros têm cheiro, o cheiro inconfundível dos remédios para sempre colado à ideia do cheiro do rum, da estalagem do Capitão Benbow, ou do convés do “Pequod”. E desde então aprendi que se pode viajar de muitas maneiras, com a companhia que quisermos, durante o tempo que entendermos. Basta um livro nas nossas mãos para que mundos verdadeiros e mundos imaginados se estendam à nossa frente, sem fronteiras, sem passaportes, sem horários de chegada ou de partida. Infelizmente a literatura portuguesa não é muito rica em livros de viagens. Fizemo-nos ao mar – e dessa aventura demos conta n‘Lusíadas; perdemo-nos por desvairadas terras – e dessa aventura demos conta na Peregrinação. Depois – cansámo-nos um pouco… Esta seleção de livros é, como todas, subjetiva. De um modo mais ou menos abrangente, todos incidem sobre o tema da viagem. E todos têm um final comum: viajar. É bom, porque existe um lugar (ou um sonho, ou alguém) a que vale a pena regressar. Alice Vieira
http://www.dglb.pt/sites/DGLB/Portugues/livro/promocaoLeitura/ accoesPromocaoLeitura/diasMundiais/Documents/viaj_livros.pdf
3. Testes de Avaliação | Novas Leituras 9
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Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 1.
Para responderes a cada item, seleciona a afirmação adequada ao sentido do texto.
1.1. A expressão “duravam eternidades” (linhas 5-6) contém uma: a) ironia. b) hipérbole. c) metáfora. d) personificação. 1.2. Na frase “[…] nem se sonhava com vídeos ou jogos […]” (linha 7), a expressão sublinhada pode ser substituída por: a) nem se desejava. b) nem se gostava de. c) nem havia. d) nem se previa haver. 1.3. Na frase “E desde então aprendi que se pode viajar de muitas maneiras […].” (linhas 14-15), a expressão sublinhada é uma oração: a) subordinada adjetiva restritiva. b) subordinada adjetiva explicativa. c) subordinada substantiva completiva. d) subordinada substantiva relativa. 1.4. Na linha 21, a palavra “rica” significa: a) abundante. b) opulenta. c) rara. d) valiosa. 1.5. O complexo verbal “demos conta” (linha 23) pode ser substituído por: a) apercebemo-nos. b) notamos. c) narramos. d) consideramos. 1.6. A afirmação “[…] cansámo-nos um pouco…” (linha 25) pretende salientar que: a) as viagens cansam. b) é cansativo ler os livros de viagens. c) narrar as viagens é cansativo. d) não se fez mais nada digno de relato. Novas Leituras 9 –
1.7. A locução “ou… ou” (linha 30) apresenta uma ideia de: a) adição. b) alternativa. c) conclusão. d) oposição.
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Novas Leituras 9 | Guia do Professor
Parte B Lê o excerto de Os Lusíadas de Luís de Camões. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.
Despedidas em Belém 87
Partimo-nos assi do santo templo1 Que nas praias do mar está assentado, Que o nome tem da terra, pera exemplo, Donde Deus foi em carne ao mundo dado. Certifico-te, ó Rei, que, se contemplo2 Como fui destas praias apartado, Cheio dentro de dúvida e receio, Que apenas nos meus olhos ponho o freio3.
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A gente da cidade, aquele dia, (Uns por amigos, outros por parentes, Outros por ver somente) concorria, Saudosos na vista e descontentes. E nós, co a virtuosa companhia De mil Religiosos diligentes, Em procissão solene, a Deus orando, Pera os batéis viemos caminhando.
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Em tão longo caminho e duvidoso Por perdidos as gentes nos julgavam, As mulheres cum choro piadoso, Os homens com suspiros que arrancavam. Mães, Esposas, Irmãs, que o temeroso Amor mais desconfia4, acrecentavam A desesperação e frio medo De já nos não tornar a ver tão cedo.
In Os Lusíadas, Luís de Camões edição de A. J. da Costa Pimpão, MNE-IC, 2000
VOCABULÁRIO 1 a ermida de Nossa Senhora de Belém; 2 penso; 3 dificilmente contenho as lágrimas; 4 receia
Responde, de forma completa e bem estruturada, aos itens que se seguem. 2. Situa o excerto transcrito na estrutura interna da obra a que pertence. 3. Identifica o narrador e classifica-o quanto à presença. 4. “Que apenas nos meus olhos ponho o freio” (estância 87) 4.1. Identifica o recurso expressivo no verso transcrito, evidenciando o seu valor expressivo. 5. As personagens intervenientes no momento da ação narrado formam dois grupos distintos: aqueles que partem e aqueles que ficam. 5.1. Identifica as personagens de cada um dos grupos. 5.2. Enuncia os sentimentos manifestados por aqueles que ficam e as causas dos mesmos. 6. Comenta a atitude dos navegadores nos últimos quatro versos da estância 88. GRUPO II Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 1.
Transforma em discurso indireto a frase a seguir apresentada.
Novas Leituras 9 –
Vasco da Gama garantiu: – Vamos fazer esta viagem em nome da pátria e seremos bem-sucedidos. 2.
Os marinheiros que partiram de Belém despediram-se comovidos da multidão.
2.1. Transcreve a oração subordinada que integra a frase anterior e classifica-a.
3. Testes de Avaliação | Novas Leituras 9
3.
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Transforma cada par de frases simples numa frase complexa, utilizando conjunções e locuções conjuncionais das subclasses indicadas entre parênteses. a) A multidão sentia-se triste e receosa. A viagem era longa e perigosa. (locução subordinativa causal) b) O capitão sentia-se muito comovido. Os seus olhos estavam marejados de lágrimas. (conjunção subordinativa consecutiva)
4.
Completa cada uma das frases seguintes com a forma do verbo apresentado entre parênteses, no tempo e no modo indicados. Pretérito perfeito simples do indicativo a) Os navegadores _______________ (obter) grande reconhecimento pelo seu feito heroico. b) A viagem de descoberta do caminho marítimo para a Índia _______________ (trazer) muitas vantagens para Portugal. Futuro simples do conjuntivo c) Se os navegadores _______________ (ter) sorte, a viagem será bem-sucedida. b) Se os navegadores _______________ (regressar) sãos e salvos, a família ficará feliz.
5.
Associa cada elemento da coluna A ao único elemento da coluna B, de modo a identificares a função sintática desempenhada pela expressão sublinhada em cada frase. Coluna A
Coluna B
A. A gente da cidade despediu-se dos marinheiros. B. Vasco da Gama sentia-se comovido. C. Os religiosos acompanharam-nos até aos batéis. D. Os navegadores partiram nesse dia. E. Os navegadores eram apoiados pelo rei. 6.
1. complemento agente da passiva 2. complemento direto 3. complemento indireto 4. complemento oblíquo 5. modificador 6. predicativo do sujeito 7. sujeito
Assinala a alínea em que a palavra para não é uma preposição. a) “Para os batéis viemos caminhando.” (estância 88) b) Os navegadores preparam-se para a perigosa viagem. c) A gente da cidade ocorreu à praia para se despedir dos navegadores. d) Depois de os marinheiros partirem, eles foram para casa. GRUPO III Na verdade, os homens partiam em busca de fortuna, deixando para trás a sua família.
Escreve um texto de opinião, de 180 a 240 palavras, no qual te posiciones a favor ou contra a viagem realizada pelos navegadores portugueses, fundamentando devidamente o teu ponto de vista.
Novas Leituras 9 –
O teu texto deve incluir uma parte introdutória, uma parte de desenvolvimento e uma parte de conclusão. Antes de redigires o teu texto, aponta em forma de tópicos as ideias gerais que queres apresentar. No final, relê com atenção o texto que escreveste, verifica se respeitaste a tua planificação e procede a ajustes e/ou correções que consideres necessários.
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Novas Leituras 9 | Guia do Professor
TESTE N.° 6
ESCOLA:
TESTE DE PORTUGUÊS Ano: 9.° | Turma:
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GRUPO I Parte A Lê o texto com atenção. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.
A Viagem da Índia
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As naus estavam finalmente aparelhadas, as guarnições a postos, as âncoras prontas a erguer-se. Fora ainda D. João II que as mandara construir; e o Príncipe perfeito, inspirando-se nos conselhos de Bartolomeu Dias e dos outros práticos, não se poupara a esforços para que elas fossem acabadas de uma maneira especialmente cuidada e forte, com madeiras de grande grossura, habilmente escolhidas e arrecadadas na Casa da Mina por pessoa de confiança, com a pregaria bem atacada, com o calafeto1 rigorosamente verificado e os aparelhos, o cordame2, as velas tríplices por causa dos temporais. Estavam prontas as naus heroicas, predestinadas, que agora simbolizavam todo o futuro, todo o sonho, toda a ansiedade de Portugal; as naus em que naquela manhã de 8 de julho de 1497, depois de ter passado a noite na capela do Restelo, vigiando e orando, Vasco da Gama devia embarcar com os seus companheiros em demanda do Oriente. Todo o povo de Lisboa tinha acorrido à praia, a que a piedade de muitos, ainda no tempo do infante D. Henrique, pusera o pitoresco nome de Lágrimas; e na luz prestigiosa da manhã, toda em cintilas3 e irisados4 fulgores, toda em tonalidades do mais puro cristal, apenas lá muito ao longe levemente empanada5 na bruma das serranias, o venturoso rei D. Manuel viera também em triunfo, sob o pálio6, dizer o último adeus aos novos argonautas. No calmo estuário do Tejo, tão predestinado para as gloriosas empresas e para as supremas consagrações, já o S. Gabriel, o S. Rafael, o S. Miguel e o Bérrio desfraldam as velas aos ventos e aos sonhos épicos; e, no meio da multidão – enquanto Vasco da Gama e os outros comandantes se afastam – as mãos agitam-se mais altas num frémito de ansiedade, as almas perturbam-se numa mais enternecida emoção e um velho de longas barbas alvejantes diz talvez em torno as proféticas palavras d‘Lusíadas. Enfim! Enfunadas as velas, já lá iam pelo mar fora, audazmente, na apoteose esplêndida do sol trespassando o azul, dourando a cidade e as águas; já lá iam em busca da morte, em busca da glória e das origens do sol, como aventureiros ousados de um novo, mais pulcro7 ideal – enquanto a multidão se dispersava, agora mais soturna, ainda em lágrimas, no angustioso presságio dos temporais, dos naufrágios, dos flagelos implacáveis do futuro… In Quadros da História de Portugal, Chagas Franco & João Soares, Gradiva Publicações, 2010
VOCABULÁRIO 1
vedação; 2 cordas; 3 brilhos; faíscas; 4 brilhantes; coloridos; 5 encoberta; 6 espécie de dossel sustido por varas, debaixo do qual vai o rei nos cortejos; 7 belo; delicado
4. Testes de Avaliação | Novas Leituras
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Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 1.
Para responderes a cada item, seleciona a afirmação adequada ao sentido do texto.
1.1. A palavra “aparelhadas” (linha 1) significa: a) acabadas. b) ancoradas. c) encaminhadas. d) preparadas. 1.2. O ano “1497” (linha 10) reporta-se ao século: a) XIV. b) XV. c) XVI. d) XVII. 1.3. O “S. Gabriel, o S. Rafael, o S. Miguel e o Bérrio” (linha 19) referem-se: a) ao nome dos comandantes das naus. b) ao nome atribuído às naus. c) aos santos que acompanhavam os navegadores. d) aos sacerdotes que viajavam com a tripulação. 1.4. A expressão “as mãos agitavam-se mais altas” (linha 21) contém uma: a) metáfora. b) perífrase. c) personificação. d) sinédoque. 1.5. Na frase “já lá iam pelo mar fora” (linha 24), o sujeito é: a) as naus. b) as velas. c) os argonautas. d) os sonhos épicos. 1.6. A palavra sublinhada na expressão “ainda em lágrimas” (linha 27) pode ser substituída por:
b) até agora. c) mais. d) também.
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a) agora.
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Novas Leituras 9 | Guia do Professor
Parte B Lê o excerto de Os Lusíadas de Luís de Camões. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.
Ivan Konstantinobich, Navio na tempestade, 1887
A Tempestade 70
Mas neste passo, assi prontos estando1, Eis o mestre2, que olhando os ares anda, O apito toca: acordam, despertando, Os marinheiros dũa e doutra banda, E, porque o vento vinha refrescando3, Os traquetes das gáveas tomar manda4. “– Alerta (disse) estai, que o vento crece5 Daquela nuvem negra que aparece!”
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Não eram os traquetes bem tomados, Quando dá a grande e súbita procela6. “– Amaina (disse o mestre a grandes brados), Amaina7 (disse), amaina a grande vela!” Não esperam os ventos indinados8 Que amainassem, mas, juntos dando nela, Em pedaços a fazem cum ruído Que o Mundo pareceu ser destruído!
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Correm logo os soldados animosos A dar à bomba; e, tanto que14 chegaram, Os balanços que os mares temerosos Deram à nau, num bordo os derribaram. Três marinheiros, duros e forçosos, A menear o leme não bastaram; Talhas15 lhe punham, dũa e doutra parte, Sem aproveitar dos homens força e arte.
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O céu fere com gritos nisto a gente, Cum súbito temor e desacordo9; Que, no romper da vela, a nau10 pendente Toma grão suma11 d' água pelo bordo. “– Alija12 (disse o mestre rijamente, Alija tudo ao mar, não falte acordo13! Vão outros dar à bomba, não cessando; À bomba, que nos imos alagando!”
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Os ventos eram tais que não puderam Mostrar mais força d' ímpeto cruel, Se pera derribar então vieram A fortíssima Torre de Babel16. Nos altíssimos mares, que creceram, A pequena grandura dum batel Mostra a possante nau, que move espanto, Vendo que se sustém nas ondas tanto. In Os Lusíadas, Luís de Camões edição de A. J. Pimpão, MNE-IC, 2000
VOCABULÁRIO Novas Leituras 9 –
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vatentos à narrativa de Fernão Veloso; 2 comandante de manobra; 3 soprando; 4 manda encurtar as velas superiores do mastro grande; 5 aumenta de intensidade; 6 tempestade; 7 carrega, colhe; 8 impetuosos, enfurecidos; 9 frenesi, nervosismo; 10 de S. Gabriel; 11 grande quantidade; 12 lança carga ao mar; 13 presença de espírito, sangue-frio; 14 logo que; 15 cordas que se prendem à cana do leme, para facilitar o governo da nau; 16 torre que, segundo a Bíblia, os hebreus construíram para chegar ao Céu, tendo sido castigados por Deus que fez com que o povo falasse línguas diferentes e, como tal, não se entendesse
4. Testes de Avaliação | Novas Leituras
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Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 2.
Situa o excerto de Os Lusíadas na estrutura interna da obra.
3.
Atenta nas estâncias 70 e 71.
3.1. Transcreve das estâncias as expressões que ilustrem o crescimento gradual da tempestade. 3.2. Identifica, na segunda estância, uma personificação, evidenciando o seu valor expressivo. 3.3. Caracteriza a atitude da personagem individual, destacada na tripulação, face à tempestade. 4.
Relê as estâncias 72 e 73.
4.1. Esclarece o estado de espírito dos marinheiros. 4.2. Explicita a atitude dos marinheiros perante as ordens do “mestre”. 5.
Esclarece o sentido dos quatro primeiros versos da última estância, identificando o recurso expressivo empregue na descrição da força dos ventos. GRUPO II
Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 1.
“Não esperam os ventos indinados / Que amainassem” (estância 71)
1.1. Identifica a função sintática desempenhada pela expressão sublinhada. 1.2. Classifica a forma verbal “amainassem”, indicando pessoa, número, tempo e modo. 1.3. Classifica a oração introduzida pela conjunção subordinativa “que”. 1.4. Reescreve os versos anteriores na afirmativa, iniciando-os como a seguir se indica. Oxalá os ventos indinados __________________________________________________________________________ 2. “Três marinheiros, duros e forçosos, / A menear o leme não bastaram” (estância 73) 2.1. Reescreve o segundo verso, substituindo “o leme” pelo pronome pessoal adequado. Faz apenas as alterações necessárias. 2.2. Identifica a função sintática desempenhada pela expressão sublinhada. 3.
Seleciona a alínea que te permite obter uma afirmação correta.
3.1. A frase em que a palavra que é um pronome é: a) “Eis o mestre, que olhando os ares anda, / O apito toca” (estância 70) b) “– Alerta (disse) estai, que o vento crece” (estância 70) c) “Não esperam os ventos indinados / Que amainassem” (estância 71) d) “Em pedaços a fazem cum ruído / Que o Mundo pareceu ser destruído!” (estância 71) GRUPO III Os navegadores portugueses arriscaram a sua vida na descoberta do caminho marítimo para a Índia.
Novas Leituras 9 –
Baseando-te em filmes/séries televisivas que tenhas visto ou em algum livro que tenhas lido, escreve uma história real ou imaginária, de 180 a 240 palavras, em que alguém tenha arriscado a própria vida para alcançar um determinado objetivo. Lembra-te de que deves situar a ação no tempo e no espaço, bem como apresentar as personagens intervenientes. O teu texto deve incluir uma parte introdutória, uma parte de desenvolvimento e uma parte de conclusão. Antes de redigires o teu texto, aponta em forma de tópicos as ideias gerais que queres apresentar. No final, relê com atenção o texto que escreveste, verifica se respeitaste a tua planificação e procede a ajustes e/ou correções que consideres necessários.
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Novas Leituras 9 | Guia do Professor
TESTE N.° 7
ESCOLA:
TESTE DE PORTUGUÊS Ano: 9.° | Turma:
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GRUPO I Parte A Lê o texto com atenção. Manuel António Pina
Talvez, quem sabe?, a poesia seja alguma espécie obscura de religião
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A poesia é um mistério incompreensível. Porque escrevem as pessoas poesia? E porque a leem ou ouvem outras pessoas? Eu sei que pode escrever-se poesia (o que quer que "poesia" signifique) por muitos motivos, nem todos respeitáveis. Ao longo da História, a poesia tem servido um pouco para tudo, seja ut doceat, ut moveat aut delectet, que é como quem diz "para ensinar, comover ou deleitar" (a fórmula tem 500 anos e é de Rudolfo Agrícola) seja para enaltecer e louvar ou, se não para ganhar a vida, ao menos para fazer por ela. Hoje, como provam os programas de Língua Portuguesa da Dra. Maria de Lurdes Rodrigues, a poesia é coisa perfeitamente dispensável no ensino e qualquer telenovela comove e deleita mais gente que um poema de Cesário ou de Herberto; por outro lado, já ninguém encomenda um poema para eternizar os seus feitos (a verdade é que também faltam feitos que mereçam ser eternizados) nem nenhuma dama se deixa seduzir com protestos de amor decassilábicos e metáforas. Quanto a ganhar a vida estamos falados; com raras exceções, os livros de versos vendem umas poucas centenas de exemplares e só editores suicidas se metem em tal negócio. Há tempos, um editor punha a uma seleta audiência de poetas a seguinte pergunta: como se edita poesia e se tem uma pequena fortuna ao fim de uns anos? A resposta é: começando com uma grande fortuna. No entanto, continua a haver gente a escrever poesia e gente a editá-la. E gente a ler ou a ouvir poesia. Na semana passada realizou-se em Maiorca o Festival de Poesia do Mediterrâneo (outro mistério: por todo o lado continuam a realizar-se festivais de
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poesia). Havia poetas catalães, castelhanos, asturianos, árabes, portugueses. Na última noite, 500 ou 600 pessoas ouviram ler poemas em línguas que não conheciam. Muitas vezes (pelo menos no caso do árabe e do português) não faziam a mínima ideia do que falavam os poetas. Mas escutavam como se participassem numa celebração cujo significado estivesse além (ou aquém) das palavras. Que procuravam ali aquelas pessoas? Só a “música das palavras”? Mas a poesia não é música, é um pouco menos e um pouco mais que música. É certo que também não é apenas sentido mas algo entre uma coisa e outra ou ambas ao mesmo tempo, “música do sentido”, como diz Castoriadis, e talvez, quem sabe?, alguma forma de sentido que a música possa fazer. Como os outros, também eu escutava. Às vezes julgava reconhecer uma palavra e agarrava-me a ela como um náufrago até a perder algures fora e dentro de mim, ou percebia uma sonoridade dolorosa, uma inflexão irónica, uma inventiva (em árabe, meu Deus!, que mais podia eu perceber?), e isso me bastava para, por um momento, me sentir absurdamente feliz. Talvez, quem sabe?, a poesia seja alguma espécie obscura de religião, talvez ela própria seja uma língua estrangeira falada em regiões distantes e interiores, talvez escrevendo poesia e lendo e ouvindo poesia estejamos perto de algo maior do que nós ou do nosso exato tamanho. Porque alguma razão há de haver para a persistência da poesia mesmo em tempos tão pouco gloriosos como os nossos. In Visão, junho, 2007 http://visao.sapo.pt/persistencia-da-poesia=f692240
4. Testes de Avaliação | Novas Leituras
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Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 1.
Para responderes a cada item, seleciona a afirmação adequada ao sentido do texto.
1.1. Na expressão “ut doceat, ut moveat aut delectet” (linha 7) usa-se o itálico, porque: a) é o título de uma publicação. b) é o título de um poema. c) é um empréstimo. d) se pretende destacar uma ideia. 1.2. Ao afirmar que “a poesia é coisa perfeitamente dispensável no ensino” (linhas 13-14), o autor pretende: a) destacar que a poesia é desnecessária no ensino. b) confirmar que a poesia é supérflua no ensino. c) salientar o valor da poesia no ensino. d) criticar o pouco valor atribuído à poesia no ensino. 1.3. A expressão “estamos falados” (linhas 21-22) significa: a) já falámos tudo. b) está tudo dito. c) não há nada a declarar. d) não se deve dizer tudo. 1.4. De acordo com o que é dito no texto, a publicação de poesia: a) não é muito lucrativa. b) permite ganhar muito dinheiro. c) permite obter uma pequena fortuna. d) permite obter uma grande fortuna. 1.5. A expressão “agarrava-me a ela como um náufrago” (linhas 50-51) contém uma: a) metáfora. b) comparação. c) hipérbole. d) personificação. 1.6. A palavra “mesmo” (linha 62) pode ser substituída por:
b) até. c) realmente. d) na verdade.
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a) igualmente.
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Novas Leituras 9 | Guia do Professor
Parte B Lê o poema de Sophia de Melo Breyner Andresen.
Porque Porque os outros se mascaram mas tu não Porque os outros usam a virtude Para comprar o que não tem perdão. Porque os outros têm medo mas tu não.
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Porque os outros são os túmulos caiados Onde germina calada a podridão. Porque os outros se calam mas tu não. Porque os outros se compram e se vendem E os seus gestos dão sempre dividendo. Porque os outros são hábeis mas tu não. Porque os outros vão à sombra dos abrigos E tu vais de mãos dadas com os perigos. Porque os outros calculam mas tu não. In Obra Poética, Sophia de Mello Breyner Andresen, Caminho, 2011
Responde, de forma completa e bem estruturada, aos itens que se seguem. 2.
Identifica o destinatário do poema, evidenciando a atitude do sujeito poético face ao mesmo.
3.
O poema constrói-se com base na anáfora da palavra “Porque”.
3.1. Explicita o motivo pelo qual o poema é construído dessa forma. 4.
Transcreve do poema expressões que denunciem as atitudes a seguir indicadas. a) dissimulação. b) hipocrisia. c) corrupção. d) cobardia.
5.
“Porque os outros são os túmulos caiados / Onde germina calada a podridão.” (versos 5-6)
5.1. Explicita o sentido dos versos anteriores.
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5.2. Identifica o recurso expressivo empregue nos versos transcritos. 6.
Num comentário breve, demonstra que o poema de Sophia de Mello Breyner Andresen possui um cariz de intervenção social.
Expectativa, Gustave Klint, 1905
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4. Testes de Avaliação | Novas Leituras
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GRUPO II Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 1.
A denúncia social, que está presente no poema “Porque”, foi uma das preocupações de Sophia de Mello Breyner Andresen.
1.1. Explicita a regra que torna obrigatório o uso de vírgulas na frase anterior. 2.
Repara nas frases transcritas do texto da Parte A. a) “A poesia é um mistério incompreensível.” (linha 1) b) “Mas escutavam como se participassem numa celebração […]” (linhas 39-40) c) “Que procuravam ali aquelas pessoas?” (linha 42)
2.1. Indica, para cada uma das alíneas, a função sintática que as expressões sublinhadas desempenham. 3.
“Ao longo da História, a poesia tem servido um pouco para tudo […].” (linhas 6-7, texto Parte A)
3.1. Classifica a forma verbal sublinhada, indicando pessoa, número, pessoa, tempo e modo. 4.
Transforma o par de frases simples numa frase complexa, utilizando uma conjunção subordinativa concessiva. Faz as alterações necessárias. a) Os poetas denunciam os problemas sociais. O desrespeito pelos direitos humanos é cada vez mais frequente.
GRUPO III
A cultura é uma das formas de libertação do homem. Sophia de Mello Breyner Andresen
Escreve um texto argumentativo, de 180 a 240 palavras, que pudesse ser divulgado num jornal escolar, no qual procures convencer os teus colegas das vantagens de se possuir uma boa formação cultural, fundamentando devidamente o teu ponto de vista. O teu texto deve incluir uma parte introdutória, uma parte de desenvolvimento e uma parte de conclusão. Antes de redigires o teu texto, aponta em forma de tópicos as ideias gerais que queres apresentar. No final, relê com atenção o texto que escreveste, verifica se respeitaste a tua planificação e procede a ajustes e/ou correções que consideres necessários.
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Novas Leituras 9 | Guia do Professor
TESTE N.° 8
ESCOLA:
TESTE DE PORTUGUÊS Ano: 9.° | Turma:
Data:
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GRUPO I Parte A Lê o texto com atenção. António Lobo Antunes
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Uma crónica ou lá o que é
Em Almeirim, no almoço anual com os meus camaradas. Ouvir falar de África o tempo inteiro. Tratam-me sempre tão bem! Às vezes tenho dificuldade em distinguir, nos homens de hoje, os rapazinhos de então. Depois um sorriso, um trejeito, qualquer coisa para além das feições e reconheço-os. Trazem as mulheres, os filhos, mostram a fotografia dos netos. Há quem venha do estrangeiro, de propósito. Há quem ainda ponha a boina na cabeça. Quase todos continuam lá, pelo menos uma parte deles continua lá. Os mortos connosco. Falo pouco, como sempre, oiço-os. Vivi tudo aquilo que eles continuam a viver e que, para mim, é uma espécie de sonho. Farrapos de lembranças, coisas que me dizem que fiz e mal recordo. Ao lembrarem-mas avivam-se um bocadinho, desbotam-se de novo. Publicaram um livro com as cartas que escrevi durante aquilo: não o li nunca. Não sou capaz. Não é que queira esquecer, é que foi outro que por lá andou. Foi outro e fui eu, que difícil explicar isto. Não escrevi nenhum livro sobre a guerra, limitei-me a intercalar episódios laterais nos primeiros textos publicados, para estruturar melhor os capítulos e, talvez também, para, em certo sentido, me libertar de episódios que me embaciavam a memória, libertando-me deles como de um vómito. Uma vez liberto deles pensei Agora posso começar e, então, comecei. Tanto tempo até encontrar o meu tom, o meu modo, uma forma que não devesse nada a ninguém, e em que as vozes alheias não entrassem na minha. Em Almeirim longos abraços enternecidos, saudades, quem sou eu? Sei e não sei, fujo de mim,
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regresso, persigo-me desisto. Sou muitos. Deixei muitos pelo caminho e continuo a ser muitos. Um dia tudo isto para. E metem um só no caixão. Fiz o que pude, com a força que tinha, e dói-me que imensos erros, patetices, asneiras. Sofri que me fartei. Algumas alegrias no meio disto, claro, alguns momentos quase perfeitos na eterna guerra civil dos meus dias. É isso que me confunde mais: porquê esta violência interior, estes excessos, esta permanente, desesperada busca? […] Uma sina difícil e esquisita, que me acompanha desde que o início, e me condiciona a vida. Em Almeirim com a tropa, emboscadas, flagelações, minas, álbuns e álbuns de fotografias daquilo. Não tenho nenhuma, não quero ter nenhuma. Bastam-me as mangueiras de Marimba que me perseguirão para sempre, cheias de morcegos. Uma longa fila de mangueiras enormes, os crocodilos do rio Cambo, um leão que, no Leste, passou rente à viatura: demasiada tralha já, de que me tento livrar sacudindo o lombo da alma. Em parte sou capaz, em parte não sou. E as mangueiras persistem. Até ao fim hão de morar comigo? Almeirim uma terra bonita. Não me importava de morar lá, conhecer as pessoas. Não me importava de morar fosse onde fosse, como não me importo de morar aqui, é-me indiferente o lugar, desde que haja esferográfica, papel, uma cadeira e uma mesa. O almoço dos camaradas num restaurante enorme, com um casamento ao lado. […] […] E aqui estão eles comigo, apesar de eu sozinho. In Visão, agosto 2011 (excerto) http://visao.sapo.pt/uma-cronica-ou-la-o-que-e=f618972
3. Testes de Avaliação | Novas Leituras 9
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Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 1.
Para responderes a cada item, seleciona a afirmação adequada ao sentido do texto.
1.1. A expressão “Farrapos de lembranças” (linha 14) contém uma: a) ironia. b) hipérbole. c) metáfora. d) personificação. 1.2. O pronome “deles” (linha 25) refere-se aos: a) episódios de guerra. b) capítulos. c) textos publicados. d) camaradas. 1.3. O possessivo “minha” (linha 30) refere-se à: a) vida. b) voz. c) terra. d) casa. 1.4. Ao utilizar-se a expressão “claro” (linha 37) reforça-se uma: a) afirmação. b) dúvida. c) condição. d) previsão. 1.5. A frase “Não tenho nenhuma, não quero ter nenhuma.” (linha 45) contém uma oração coordenada: a) adversativa sindética. b) adversativa assindética. c) copulativa sindética. d) copulativa assindética. 1.6. A palavra “mangueiras” (linha 46) significa: a) planta cujo fruto é a manga. b) tubo feito de um material flexível. c) instrumento para malhar cereais. d) pau comprido e delgado do mangual.
a) não é um assunto digno de relato. b) foi mais um episódio na vida do autor. c) não foi importante para o autor. d) foi uma acontecimento marcante na vida do autor.
Novas Leituras 9 –
1.7. Da leitura do texto depreende-se que a guerra em África:
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Novas Leituras 9 | Guia do Professor
Parte B Lê o poema de Fernando Pessoa. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.
O Menino da sua Mãe
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No plaino1 abandonado Que a morna brisa aquece, De balas traspassado – Duas, de lado a lado –, Jaz morto, e arrefece.
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Raia-lhe a farda o sangue. De braços estendidos, Alvo, louro, exangue2, Fita com olhar langue3 E cego os céus perdidos.
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Tão jovem! que jovem era! (Agora que idade tem?) Filho único, a mãe lhe dera Um nome e o mantivera: “O menino da sua mãe.”
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Caiu-lhe da algibeira A cigarreira breve. Dera-lha a mãe. Está inteira E boa a cigarreira. Ele é que já não serve.
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De outra algibeira, alada4 Ponta a roçar o solo, A brancura embainhada De um lenço... Deu-lho a criada Velha que o trouxe ao colo.
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Lá longe, em casa, há a prece5: “Que volte cedo, e bem!” (Malhas que o Império tece!) Jaz morto, e apodrece, O menino da sua mãe. Fernando Pessoa, in Maria Aliete Galhoz Fernando Pessoa, Editorial Presença
VOCABULÁRIO 1
chão; planície; 2 sem sangue; 3 abatido; 4 com forma de asa; 5 oração
Responde, de forma completa e bem estruturada, aos itens que se seguem. 2.
O poema denuncia uma situação trágica. Indica-a.
3.
Explicita a simbologia da “cigarreira” e do “lenço” referidos na 4.a e 5.a estrofes, respetivamente.
4.
“Que volte cedo, e bem!” (verso 27)
Novas Leituras 9 –
4.1. Comenta a importância do emprego do discurso direto, evidenciando a ironia presente no verso transcrito. 5.
Explica o motivo pelo qual o verso “(Malhas que o Império tece!)”, surge entre parênteses, salientando a intenção do sujeito poético.
6.
Justifica o título atribuído ao poema, tendo em conta o seu desenvolvimento temático.
3. Testes de Avaliação | Novas Leituras 9
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GRUPO II Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 1.
Lê a abertura de um discurso dirigido a ex-combatentes de guerra. Companheiros, A guerra, o eterno pesadelo, deixou-nos uma herança dolorosa…
1.1. Completa as frases que se seguem, para justificares a pontuação utilizada na abertura do discurso. A. Na primeira linha, usa-se a vírgula para assinalar a expressão com a função sintática de… B. Na segunda linha, as vírgulas delimitam a expressão que desempenha a função sintática de… 2.
Classifica as orações sublinhadas em cada uma das frases seguintes. a) Desde que o homem existe, há guerra no mundo. b) Ainda que morram muitos inocentes, a guerra perpetua-se. c) Na guerra não há vencedores, visto que morrem sempre muitos inocentes. d) A guerra acabaria, caso não envolvesse tantos interesses.
3.
Indica a função sintática desempenhada pelo advérbio “lá” em cada uma das alíneas. a) “Quase todos continuam lá […].” (linha 10, texto Parte A) b) “Não me importava de morar lá […].” (linha 54, texto Parte A) c) “Lá longe, em casa, há a prece” (verso 26, texto Parte B)
GRUPO III Escreve um texto de opinião, de 180 a 240 palavras, que pudesse ser divulgado num jornal escolar, no qual apresentes o teu ponto de vista sobre a guerra. O teu texto deve incluir uma parte introdutória, uma parte de desenvolvimento e uma parte de conclusão. Antes de redigires o teu texto, aponta em forma de tópicos as ideias gerais que queres apresentar. No final, relê com atenção o texto que escreveste, verifica se respeitaste a tua planificação e procede a ajustes e/ou correções que consideres necessários.
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Novas Leituras 9 | Guia do Professor
PROVA 1
ESCOLA:
PROVA MODELO DE PORTUGUÊS Ano: 9.° | Turma:
Data:
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GRUPO I Parte A
Oceanos mais quentes, furacões mais violentos
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O verão de 2004 foi um enorme sinal de alerta: quatro furacões sem precedentes atingiram a Flórida e 10 tufões causaram estragos no Japão – quatro a mais que o recorde por estação na região. Alarmados, os cientistas deram explicações contraditórias para o aumento desses ciclones tropicais e ficaram bastante divididos quanto à participação do aquecimento global nessa “revolta”. A mãe natureza ultrapassou um recorde na temporada de furacões no Atlântico Norte, em 2005, coroada pelos devastadores furacões Katrina e Rita. Mas, em 2006, enquanto os preços dos seguros disparavam no sudeste americano, o número de tempestades no Atlântico Norte ficou bem abaixo das previsões. Se o aquecimento global está realmente a exercer um papel dominante, porque foi a temporada 2006 de furacões tão calma? Análises cuidadosas dos padrões do clima fornecem uma explicação consensual para os dois aumentos sem precedentes que ocorreram em 2004 e 2005, assim como para a temporada estranhamente tranquila de 2006. Infelizmente, essa explicação traz prognósticos de problemas meteorológicos a longo prazo. (...) Para determinar se o aquecimento global está a afetar o número e a intensidade (velocidade do vento) dos furacões, os cientistas precisam de entender primeiro como é que essas tempestades se formam. Ao longo dos anos, foram concebidos modelos cada vez mais detalhados da formação de furacões. O principal ingrediente de um furacão é água aquecida, e é por isso que a maioria deles se forma nos trópicos, onde o sol incide quase verticalmente. Os oceanos absorvem a maior parte da energia solar incidente e depois expulsam o excesso
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de calor acumulado, principalmente por meio da evaporação; quando a humidade se condensa formando chuva, liberta energia latente, aquecendo a atmosfera. No inverno, os ventos transportam esse calor para latitudes mais altas, onde ele é irradiado para o espaço. Mas no verão a energia eleva-se (…) para altitudes mais altas nos trópicos, criando vários fenómenos – de nuvens cúmulos a temporais. (…) Como a temperatura da superfície do oceano é o parâmetro-chave na formação de furacões, os cientistas querem saber como se alteraram estas temperaturas nas décadas passadas, se o número, dimensões e intensidade dos furacões mudaram e se o aquecimento global atribuído à atividade humana contribuiu de modo significativo. (…) Kevin E. Trenberth www2.uol.com.br (texto adaptado)
3. Provas Modelo | Novas Leituras 9
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Responde aos itens que seguem, de acordo com as orientações que te são dadas 1.
Associa cada elemento da coluna A ao único elemento da coluna B que lhe corresponde, de acordo com o sentido do texto. Escreve as letras e os números correspondentes. Utiliza cada letra e cada número apenas uma vez. Coluna A
Coluna B
(a) As análises dos padrões do clima foram cuidadosas. (b) O principal ingrediente de um furacão é a temperatura da superfície do oceano. (c) No inverno, os ventos transportam o calor para latitudes mais altas, onde ele é irradiado para o espaço. (d) Os cientistas tentaram entender o papel desempenhado pelo aquecimento global. (e) Os cientistas queriam entender se o aquecimento global afeta a formação de furacões.
(1) Por isso, a maioria deles forma-se nos trópicos. (2) Para isso, conceberam modelos cada vez mais detalhados. (3) Logo, no verão, a energia eleva-se para altitudes mais altas nos trópicos, criando vários fenómenos. (4) Mas, no verão, a energia eleva-se para altitudes mais altas nos trópicos, criando vários fenómenos. (5) Deste modo, chegaram a conclusões importantes. (6) Assim, preveem problemas meteorológicos a longo prazo. (7) Contudo, a maioria deles forma-se nos trópicos. (8) Porém, não criaram consensos sobre o fenómeno.
2.
Indica o referente do pronome sublinhado na expressão “onde ele é irradiado para o espaço” (linhas 40-41).
3.
Para responderes a cada item (3.1. a 3.4.), seleciona a única opção que permite obter uma afirmação adequada ao sentido do texto. Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.
3.1. A frase “os cientistas deram explicações contraditórias para o aumento desses ciclones tropicais e ficaram bastante divididos quanto à participação do aquecimento global nessa ‘revolta’” (linhas 5-8) significa que os cientistas a) estiveram de acordo quanto às explicações que apresentaram. b) discordaram das explicações uns dos outros, não chegando a acordo. c) consideraram que era impossível responder satisfatoriamente a este desafio. d) reconheceram a sua incapacidade para explicar fenómenos tão inesperados. 3.2. Na frase “Infelizmente, essa explicação traz prognósticos de problemas meteorológicos a longo prazo.” (linhas 22-24) o advérbio sublinhado a) veicula a perspetiva do autor face à afirmação que faz. b) descreve o modo como os fenómenos decorreram. c) apresenta uma opinião oposta à anteriormente exposta. d) subscreve uma opinião anteriormente apresentada.
3.4. Na expressão “Análises cuidadosas dos padrões do clima fornecem uma explicação consensual” (linhas 18-19) está presente a ideia de que o processo de procura de explicações a) está concluído. b) está longe do terminar. c) está em curso. d) foi interrompido.
Novas Leituras 9 –
3.3. Na frase “Como a temperatura da superfície do oceano é o parâmetro-chave na formação de furacões, os cientistas querem saber como se alteraram estas temperaturas nas décadas passadas (…).” (linhas 45-48) os vocábulos sublinhados significam a) “uma vez que” e “porque”, respetivamente. b) “de que modo” e “uma vez que”, respetivamente. c) “uma vez que” e “de que modo”, respetivamente. d) “uma vez que” e “logo”, respetivamente.
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Novas Leituras 9 | Guia do Professor
Parte B Lê o seguinte texto. Ouve-se um barulho de tempestade com raios e trovões; entram um Capitão e um Contramestre. CAPITÃO: Ó Contramestre! CONTRAMESTRE: Estou aqui, capitão. Que tal vai isso? CAPITÃO: Bem, trata de falar aos marinheiros. Eles que metam depressa mãos à obra quando não, encalhamos. Vai, despacha-te! Sai. Entram os Marinheiros. 5
CONTRAMESTRE: Coragem, meus valentes! Força, força! Aviem-se! Desçam a vela. Tomem atenção ao capitão! (Para a tempestade) Sopra para aí a tua ventania até te rebentarem as bochechas, se é que a gente não vai encalhar antes! Entram Alonso, Sebastian, António, Ferdinand, Gonzalo e outros. ALONSO:
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Ai, meu bom Contramestre, faz tudo o que puderes. Onde é que está o capitão? Portem-se como homens!
CONTRAMESTRE: Façam favor, deixam-se ficar aí em baixo! ANTÓNIO:
Onde é que está o capitão, ó Contramestre?
CONTRAMESTRE: Então não o ouvem? Ai, que assim só estão a atrapalhar. Vão mas é para as vossas cabinas. Aqui estão é a ajudar a tempestade! GONZALO: 15
CONTRAMESTRE: Não perco quando o mar não a perde também! Ora aí têm! O que é que importa a estas ondas altíssimas que vocês falem em nome do rei? Para as cabinas, já! Calados! Não nos compliquem a vida! GONZALO:
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Novas Leituras 9 –
Bom, está bem, mas não te esqueças de quem levas no barco.
CONTRAMESTRE: Não é ninguém de quem goste mais do que de mim próprio. Olhe, vossemecê é um conselheiro; se conseguir obrigar o vento e a água a sossegarem e fazer com que tudo volte à tranquilidade, a gente não mexe nem mais uma palha. Vamos, toca a impor a sua autoridade! Mas se não é capaz, dê graças a Deus por ter vivido até hoje e vá para a sua cabina preparar-se para o caso de acontecer uma desgraça. Vá, força, meus valentes! Saiam do caminho, já disse! (Sai) GONZALO:
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Ó patrão, não perca a paciência!
Este homem dá-me bastante segurança. Não tem ar de quem há de morrer afogado. (Saem)
CONTRAMESTRE: Baixem o mastaréu! Depressa! Mais para baixo! (Entram Sebastian, António e Gonzalo) Outra vez? O que é que vêm aqui fazer? Vamos cruzar os braços e afogar-nos? Estão na disposição de ir pelo mar abaixo? Hélia Correia, A ilha encantada, Relógio D´Água
3. Provas Modelo | Novas Leituras 9
4.
Explica por que razão podemos afirmar que estamos perante um texto dramático.
5.
Apresenta sucintamente a situação apresentada em cena.
6.
Justifica a elevada frequência de frases de tipo imperativo no excerto transcrito.
7.
Nesta cena é estabelecida uma oposição entre a força humana e o poder da Natureza.
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Explicita esse contraste, fundamentando a tua resposta com elementos textuais. 8.
Caracteriza a personagem Contramestre.
9.
Seleciona um episódio da obra Os Lusíadas que apresente semelhanças com o excerto transcrito. Justifica a tua escolha. Parte C
Lê o excerto do Auto da Barca do Inferno a seguir transcrito, e responde, de forma completa e bem estruturada, ao item 10. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.
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(…) À barca, à barca, houlá! Diabo que temos gentil maré! – Ora venha o caro1 à ré!2 Comp. Feito, feito! Bem está! Diabo Vai tu, muitieramá3, atesa4 aquele palanco5 e despeja aquele banco, para a gente que vinrá. À barca, à barca, hu-u! Asinha6, que se quer ir! Oh! que tempo de partir, louvores a Berzebu7! – Ora, sus8!, que fazes tu? Despeja todo esse leito! Comp. Em boa hora! Feito, feito! Diabo Abaxa má-hora esse cu9! Faze aquela poja10 lesta11 e alija12 aquela driça13. Ô!-ô!, caça! Ô!-ô!, iça! iça! Oh, que caravela esta! Põe bandeiras, que é festa. Verga alta! Âncora a pique!
VOCABULÁRIO 1
Parte inferior das vergas das velas; 2 Popa; 3 Em muito má hora.; 4 Estica; 5 Corda que se prende à vela e que serve para a içar; 6 Depressa; 7 Diabo; 8 Eia; 9 Despacha-te; 10 Corda de virar a vela; 11 frouxa; 12 Alvia; 13 Cabo de içar velas
Novas Leituras 9 –
Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente, in Teatro Gil Vicente, edição de Ant. José Saraiva, Portugália, s/d
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Novas Leituras 9 | Guia do Professor
10. Redige um texto expositivo com um mínimo de 70 e um máximo de 120 palavras, no qual apresentes linhas fundamentais de leitura do excerto da peça Auto da Barca do Inferno. O teu texto deve incluir uma parte introdutória, uma parte de desenvolvimento e uma parte de conclusão. Organiza a informação do modo que considerares adequado, abordando os tópicos seguintes: a) identificação das personagens; b) indicação do espaço onde se encontram; c) explicitação da função de cada uma das personagens bem como da relação que estabelecem entre si; d) fundamentação do predomínio de frases de tipo imperativo; e) explicação da alegria e da pressa na preparação da barca expressas pelo Diabo; f) justificação da presença de vocabulário relacionado com o conceito de navegação; g) apresentação da importância desta cena na globalidade da peça. GRUPO II 1.
Substitui as expressões sublinhadas na frase que se segue por pronomes pessoais adequados. Alarmados, os cientistas deram explicações contraditórias.
2.
Transcreve a oração subordinada presente na frase seguinte e classifica-a. “[…] enquanto os preços dos seguros disparavam no sudoeste americano, o número de tempestades no Atlântico Norte ficou bem abaixo das previsões. (Texto Parte A, linhas 12-15)
3.
Identifica os processos fonológicos ocorridos nos exemplos abaixo apresentados. a) rivu ¡ rio b) semper ¡ sempre c) recuar ¡ arrecuar (forma popular) d) ipsu ¡ isso
4.
Identifica a relação estabelecida entre as palavras da sequência. barco – mastro – convés – proa
5.
Passa a fala do Contramestre para o discurso indireto. CONTRAMESTRE: […] Aviem-se! Desçam a vela. Tomem atenção ao capitão! (Para a tempestade) Sopra para aí a tua ventania até te rebentarem as bochechas […]!
Novas Leituras 9 –
GRUPO III O aquecimento global é uma consequência das alterações climáticas, nomeadamente do aumento da temperatura média global do nosso planeta. Apelando aos teus conhecimentos sobre esta matéria, elabora um texto expositivo, com um mínimo de 180 e um máximo de 240 palavras, em que apresentes algumas das ações humanas que podem contribuir para esta situação.
3. Provas Modelo | Novas Leituras 9
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PROVA 2
ESCOLA:
PROVA MODELO DE PORTUGUÊS Ano: 9.° | Turma:
Data:
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GRUPO I Parte A
Elogio do Subúrbio
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António Lobo Antunes, Livro de Crónicas, Publicações Dom Quixote
Novas Leituras 9 –
Cresci nos subúrbios de Lisboa, em Benfica, então quintinhas, travessas, casas baixas, a ouvir as mães chamarem ao crepúsculo – Vííííííííítor, num grito que, partido da Rua Ernesto da Silva, alcançava as cegonhas no cume das árvores mais altas e afogava os pavões no lago sob os álamos. Cresci junto ao castelito das Portas que nos separava da Venda Nova e da Estrada Militar, num país cujos postos fronteiriços eram a drogaria do senhor Jardim, a mercearia do Careca, a pastelaria do senhor Madureira e a capelista Havaneza do senhor Silvino, e demorava-me à tarde na oficina de sapateiro do senhor Florindo, a bater sola num cubículo escuro rodeado de cegos sentados em banquinhos baixos, envoltos no cheiro de cabedal e miséria que se mantém como o único odor de santidade que conheço. (…) Na época em que aos treze anos me estreei no hóquei em patins do Futebol Benfica, o guarda-redes enchumaçado como um barão medieval apontou-me ao pasmo dos colegas – O pai do ruço é doutor – no que constituiu de imediato a minha primeira glória desportiva e a primeira tenebrosa responsabilidade, a partir do momento em que o treinador, a apalpar-me os músculos com os olhos, preveniu numa careta de dúvida – Sempre estou para ver se lhes chegas ó ruço que o teu pai no ringue era lixado para a porrada. O dono da Farmácia União jogava o pau, (…) o sineiro a quem chamavam Zé Martelo e que tocava o Papagaio Loiro na Elevação da missa do meio-dia em vez do A treze de Maio obrigatório, possuía uma agência funerária cujo prospeto-reclame começava “Para que teima Vossa Excelência em viver se por cem escudos pode ter um lindo funeral?”, e eu escrevia versos no intervalo do hóquei, fumava às escondidas, uma das minhas extremidades tocava o Jesus Correia e a outra Camões, e era indecentemente feliz. Hoje, se vou a Benfica, não encontro Benfica. Os pavões calaram-se, nenhuma cegonha na palmeira dos Correios (já não existe a palmeira dos Correios, a quinta dos Lobo Antunes foi vendida) o senhor Silvino, o senhor Florindo e o senhor Jardim morreram, ergueram prédios no lugar das casas (…) Não há pavões nem cegonhas e contudo a acácia dos meus pais, teimosa, resiste. Talvez que só a acácia resista, que só ela sobeje desse tempo como o mastro, furando as ondas, de um navio submerso. A acácia basta-me. Arrasaram as lojas e os pátios, não tocam o Papagaio Loiro no sino, mas a acácia resiste. Resiste. E sei que junto do seu tronco, se fechar os olhos e encostar a orelha ao seu tronco, hei de ouvir a voz da minha mãe chamar – Antóóóóóóóónio e um miúdo ruço atravessará o quintal, com um saco de berlindes na algibeira, passará por mim sem me ver e sumir-se-á lá em cima no quarto (…).
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Novas Leituras 9 | Guia do Professor
Responde aos itens que seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 1.
As afirmações apresentadas de (A) a (G) correspondem a ideias-chave do texto apresentado acima. Ordena a sequência de letras que corresponde à ordem pela qual essas ideias aparecem no texto. Começa pela letra (D). (A) O único elemento que resiste à ação do tempo – a acácia – permitirá ao narrador recuperar a infância perdida. (B) Ao iniciar a prática de hóquei em patins, o narrador descobriu que recebera uma herança nesta modalidade desportiva. (C) Várias figuras e espaços representativos de várias profissões delimitaram a geografia da sua infância. (D) O narrador recorda o local onde cresceu, Benfica, nos subúrbios de Lisboa. (E) Uma das suas memórias mais intensas é de caráter auditivo. (F) O tempo transformou o espaço de tal modo que o narrador já não o reconhece. (G) Um sentimento de profunda felicidade envolve a memória da infância do narrador.
2.
Indica a que se refere o pronome “que” sublinhado na frase “O dono da Farmácia União jogava o pau, (…) o sineiro a quem chamavam Zé Martelo e que tocava o Papagaio Loiro na Elevação da missa do meio-dia em vez do A treze de Maio obrigatório (…).” (linhas 16-17)
3.
Para responderes a cada item (3.1 a 3.5.), seleciona a única opção que permite obter uma afirmação adequada ao sentido do texto. Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.
3.1. A expressão “Cresci nos subúrbios de Lisboa” (linha 1) indica que o texto a) é narrado na primeira pessoa. b) é narrado na terceira pessoa. c) tem um narrador não participante. 3.2. Na expressão “(…) no que constituiu de imediato a minha primeira glória desportiva (…)” (linha 12) está presente a) um exemplo de personificação. b) um exemplo de metáfora. c) um exemplo de antítese. d) um exemplo de ironia.
Novas Leituras 9 –
3.3. A palavra “Hoje” (linha 22) assinala a) uma analepse. b) uma prolepse. c) uma oposição temporal. d) uma simultaneidade temporal . 3.4. Ao usar a expressão “Talvez que só a acácia resista, que só ela sobeje desse tempo como o mastro, furando as ondas, de um navio submerso.” (linhas 26-28) o narrador mostra entender a passagem do tempo como a) um maremoto. b) um terramoto. c) um naufrágio. d) um tornado.
3. Provas Modelo | Novas Leituras 9
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3.5. O texto “Elogio do subúrbio” é uma crónica, pois, entre outros aspetos, apresenta por parte do autor a) uma visão objetiva e rigorosa dos factos narrados. b) um claro distanciamento face aos eventos narrados. c) passagens plurissignificativas e com recurso a uma linguagem conotativa. d) aborda uma temática que interessa exclusivamente a si próprio. Parte B
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Naquelas redondezas não havia Quem se gabasse dum domínio igual: Oh Castelo tão alto! parecia O território dum Senhor feudal! Um dia (não sei quando, nem sei donde) Um vento seco de mau sestro2 e spleen3 Deitou por terra, ao pó que tudo esconde, O meu condado, o meu condado, sim! Porque eu já fui um poderoso Conde, Naquela idade em que se é conde assim...
Caspar David Friedrich, O viajante sobre o mar de névoa, 1818
Na praia lá da Boa Nova, um dia, Edifiquei (foi esse o grande mal) Alto Castelo, o que é a fantasia, Todo de lápis-lazúli1 e coral!
António Nobre, Só, Editorial Nova Ática
VOCABULÁRIO 1
Pedra, de cor azul-ferrete, empregada em joalharia.; 2 Sorte; 3 Melancolia, tristeza.
4.
O sujeito poético narra um acontecimento por ele vivido. Reconta sinteticamente a situação por ele apresentada.
5.
A expressão “um dia” surge no primeiro verso e repete-se no nono. Indica o momento a que cada uma das ocorrências se refere e atribui um sentido a essa repetição. Explica por que motivo as expressões “Castelo tão alto” (verso 7) e “o meu condado” (verso 12) podem ser consideradas metáforas de “sonho”.
7.
Tendo em conta a globalidade do poema, explicita o sentido do verso “Naquela idade em que se é conde assim...” (verso 14)
8.
Descreve de forma completa a estrutura externa do poema (estrofe, métrica e rima).
9.
Atendendo ao facto de apresentarem semelhanças temáticas, os textos “Elogio do Subúrbio” e “Na praia lá da Boa Nova, um dia” vão integrar uma mesma antologia. Seleciona, de entre os títulos seguintes, aquele que melhor evidencia as características comuns. a) Saudades da infância.
b) Memórias da infância.
Justifica a tua opção, fundamentando-a na leitura de ambos os textos.
Novas Leituras 9 –
6.
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Novas Leituras 9 | Guia do Professor
Parte C Lê o excerto do Auto da Barca do Inferno a seguir transcrito, e responde, de forma completa e bem estruturada, ao item 10. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado. Fidalgo
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Diabo
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Fidalgo
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Ao Inferno todavia! Inferno há i pera mi? Ó triste! Enquanto vivi Não cuidei que o i havia. Tive que era fantesia; folgava ser adorado; confiei em meu estado e não vi que me perdia. Venha essa prancha! Veremos esta barca de tristura. Embarque a vossa doçura, que cá nos entenderemos… Tomarês um par de remos, veremos como remais, e, chegando ao nosso cais, todos bem vos serviremos. Esperar-me-ês vós aqui, tornarei à outra vida ver minha dama querida que se quer matar por mi.
Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente, in Teatro de Gil Vicente, edição de Ant. José Saraiva, Portugália, s/d
10. Redige um texto expositivo com um mínimo de 70 e um máximo de 120 palavras, no qual apresentes linhas fundamentais de leitura do excerto da peça Auto da Barca do Inferno. O teu texto deve incluir uma parte introdutória, uma parte de desenvolvimento e uma parte de conclusão. Organiza a informação do modo que considerares adequado, abordando os tópicos seguintes: a) identificação das personagens e do espaço onde se encontram; b) explicitação da função de cada uma das personagens;
Novas Leituras 9 –
c) referência a momentos anteriores da mesma cena que permitam entender a reflexão que o Fidalgo faz sobre o seu percurso de vida; d) explicitação da resposta irónica do Diabo; e) referência à intenção do Fidalgo em tornar à vida terrena e resposta do Diabo; f) apresentação da função crítica desta cena na globalidade da peça.
3. Provas Modelo | Novas Leituras 9
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GRUPO II 1.
Refere a função sintática desempenhada pela expressão sublinhada. Já não existe a palmeira dos Correios.
2.
Indica a alínea em que a palavra “se” é um pronome. a) Se fechar os olhos e encostar a orelha ao seu tronco, hei de ouvir a voz da minha mãe. b) As pessoas estavam envoltas no cheiro de cabedal e miséria que se mantém como o único odor de santidade que conheço.
3.
Lê a frase seguinte. “Um miúdo ruço […] passará por mim sem me ver e sumir-se-á lá em cima no quarto.” (Texto Parte A, linhas 30-32)
a) Classifica as formas verbais sublinhadas (pessoa, número, tempo e modo). b) Reescreve a frase no condicional simples. 4.
Indica os processos fonológicos presentes nos exemplos seguintes. a) male – mal b) ante – antes c) liliu – lírio
5.
A frase seguinte apresenta erros na utilização da vírgula. Ao final da tarde, a mãe do narrador, tinha por hábito gritar, o nome dele. Reescreve a frase, pontuando-a corretamente.
GRUPO III O sonho é um elemento determinante nas nossas vidas. Todas as pessoas têm projetos que desejam concretizar e tu, certamente, tens também as tuas expectativas face à vida, sonhos que desejas realizar. Num texto correto e bem estruturado com um mínimo de 180 e um máximo de 240 palavras, apresenta a tua opinião sobre a importância do sonho na vida de cada um de nós, fundamentando a tua posição em dois argumentos. Deves respeitar a estrutura do texto argumentativo.
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Novas Leituras 9 | Guia do Professor
PROVA 3
ESCOLA:
PROVA MODELO DE PORTUGUÊS Ano: 9.° | Turma:
Data:
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GRUPO I Parte A Lê o texto seguinte e observa a figura.
Silêncio é má notícia O medo é uma reação em cadeia, envolvendo várias partes do cérebro
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O medo é a mais primitiva das emoções. Todos os animais – dos insetos aos humanos – nascem com a capacidade de detetar e responder a certos tipos de perigos: um rato sabe que tem de fugir de um gato, mesmo sem nunca ter presenciado o ataque de um felino. Desde o nascimento que Homem e animais são também capazes de aprender a reconhecer novas ameaças. "Há as respostas inatas e as que se adquirem por transmissão social", explica Marta Moita, neurocientista da Fundação Champalimaud. Num artigo científico publicado recentemente na revista Current Biology, aquela investigadora, responsável por um laboratório de comportamento, descreveu a importância do silêncio na sinalização do perigo. No estudo, feito com ratos, um bom modelo para as análises comportamentais, ficou demonstrado que o silêncio é um importante indicador de perigo. Tal como qualquer pai de uma criança pequena já sabe: quando não há barulho, é mau sinal. A experiência consistiu em treinar um animal para ter medo de uma determinada buzinadela. A partir
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TÁLAMO Recebe informação dos olhos, ouvidos, boca e pele
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CÓRTEX SENSORIAL Interpreta as sensações
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HIPOCAMPO Armazena e recupera as memórias, processa os estímulos
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AMÍGDALA Descodifica as emoções, determina possíveis ameaças, armazena memórias do medo
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HIPOTÁLAMO Decide o que fazer – lutar ou fugir
daí, quando ouvia aquele som, o rato imobilizava-se. Os vizinhos de gaiola, que não tinham sido treinados, passaram também a imobilizar-se, sempre que soava o sinal de alarme, imitando o comportamento do primeiro. A ausência de ruídos associados ao movimento, ou seja, o silêncio, era a forma como os animais se apercebiam do perigo. Por outro lado, o som do movimento funciona como um indicador de segurança. “Descobrimos que a ausência de som era necessária e suficiente para induzir o medo nos ratinhos observadores”, lê-se no artigo. “Uma vez que a imobilidade é uma resposta ao medo, comum a várias espécies de vertebrados, acreditamos que o silêncio constitui uma verdadeira pista pública que rapidamente se espalha por todo o ecossistema.” Marta Moita percebeu também que, quando os animais estão na companhia do seu parceiro, sentem menos medo, imobilizando-se por menos tempo. “Cria-se uma espécie de ‘almofada social’, ou, dito de outra forma, 'o sofrimento gosta de companhia'.” Visão, n.º 1026, novembro 2012
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Responde aos itens que seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 1.
Associa cada elemento da coluna A ao único elemento da coluna B que lhe corresponde, de acordo com o sentido do texto. Escreve as letras e os números correspondentes. Utiliza cada letra e cada número apenas uma vez. Coluna A
(a) O silêncio (b) A imobilidade (c) Qualquer forma de reconhecer a ameaça (d) A situação de perigo (e) A presença de sons
2.
Coluna B (1) é uma almofada social. (2) é uma resposta ao medo. (3) é inata ou socialmente transmitida. (4) é um indicador de perigo. (5) é um indicador de segurança. (6) é inata e não socialmente transmitida. (7) é reconhecida por todos os animais. (8) é um fator de dispersão.
Indica o referente da palavra sublinhada na expressão “imitando o comportamento do primeiro.” (linhas 25-26).
3.
Para responderes a cada item (3.1 a 3.5.), seleciona a única opção que permite obter uma afirmação adequada ao sentido do texto e da figura. Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.
3.1. A expressão “reação em cadeia” (subtítulo) significa a) que os factos apresentados ocorrem em espaços fechados. b) que a reação de medo se localiza numa única zona cerebral. c) que a reação de medo envolve várias partes do cérebro. d) que o medo implica a presença de vários participantes. 3.2. A expressão “um bom modelo para as análises comportamentais” (linhas 15-16) diz-nos que os ratos a) têm um comportamento diferente dos humanos. b) têm comportamentos semelhantes aos humanos. c) são um exemplo a seguir pelos humanos. d) são animais cientificamente pouco interessantes. 3.3. A expressão “Tal como qualquer pai de uma criança pequena já sabe: quando não há barulho, é mau sinal.” (linhas 17-20) significa que a) as crianças não comunicam eficazmente. b) o silêncio é um sinal muito pouco eficaz. c) o silêncio indicia frequentemente problemas. d) o silêncio indicia frequentemente solidão. 3.4. Os ratinhos observadores, que não tinham sido treinados, passaram também a imobilizar-se, sempre que soava o sinal de alarme, porque b) não queriam ser diferentes. c) queriam imitar o rato treinado. d) eles próprios sentiam medo.
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a) estavam muito baralhados.
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3.5. Quando acompanhados, os animais sentem menos medo. Assim, a) ficam em absoluto silêncio. b) prolongam a sua imobilidade. c) imobilizam-se por menos tempo. d) comunicam entre si.
Parte B
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– Bem – pensou. – Cá estão os dois caminhos fatais: o do Bem e o do Mal. (Como se houvesse caminhos nítidos do Bem e do Mal!) Já esperava por eles. (…) – Vou pelo bom caminho, como é costume, claro – resolveu João Sem Medo, embora desconfiado de tanta felicidade aparente. – O contrário seria idiota e doentio. (…) Quase ao mesmo tempo assomou à porta do cubo uma figura monstruosa. Homem? Talvez; mas a quem tivessem decepado a cabeça, aberto dois olhos redondos no peito e talhado no estômago uma boca de lábios grossos e carnudos que tentavam sorrir para João Sem Medo enquanto articulavam esta saudação com voz desentoada de ventríloquo: – Que a paz e a estupidez sejam contigo. Vens preparado para a operação? – Que operação? – interrogou João Sem Medo, suspeitoso. O descabeçado, de cigarrilha na boca do estômago, expôs-lhe então com paciência burocrática: – Ninguém pode seguir o caminho asfaltado que leva à Felicidade Completa sem se sujeitar a este programa bem óbvio. Primeiro: consentir que lhe cortem a cabeça para não pensar, não ter opinião nem criar piolhos ou ideias perigosas, Segundo e último: trazer nos pés e nas mãos correntes de ouro… João Sem Medo ouriçou-se numa reação instintiva: – Nunca! Bem se vê que não tens a cabeça no seu lugar. – Realizada esta insignificante intervenção cirúrgica – prosseguiu o monstro imperturbável –, ninguém te impedirá de gozar o resto da vida na boa da pândega e da abastança. E tudo de graça. Porque quem não tem cabeça não paga nada. Esta gracinha parva ainda convenceu mais o nosso herói a obstinar-se na recusa: – Não, nunca. Então prefiro o outro caminho. – Palerma! – lamuriou o guarda com os olhos do peito marejados de lágrimas sinceras. Vais passar fome, sofrer dias de terror aflito… – Deixá-lo. Prefiro tudo a viver sem cabeça. Nem calculas a falta que ela me faz. – Não te faz falta nenhuma – contrariou o monstro, que acrescentou este comentário imbecil: pelo contrário: evitas o trabalho de ir ao cabeleireiro de quinze em quinze dias. (…) Mas João Sem Medo nem lhe respondeu. Já ia longe, passo bem marcado, orgulhoso de sentir a cabeça nos ombros. E horas depois, quando chegou à clareira, enveredou decidido pelo caminho dos cardos e das árvores sinistras, a gritar desafiante para a floresta: – Bem sei que podem perseguir-me, arrancar-me os olhos, torcer-me as orelhas, transformar-me em lagarto, em morcego, em aranha, em lacrau! Mas juro que não hei de ser infeliz PORQUE NÃO QUERO. E João Sem Medo continuou a seguir o caminho árduo, resoluto na sua pertinácia de ocultar o medo – a única valentia verdadeira dos homens verdadeiros. José Gomes Ferreira, Aventuras de João Sem Medo, Publicações D. Quixote, 2012,
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4.
Refere a condição que João Sem Medo deve aceitar para poder continuar no caminho inicialmente escolhido.
5.
Indica as vantagens dessa aceitação de acordo com o ponto de vista do guarda.
6.
Identifica o recurso expressivo presente na expressão “João Sem Medo ouriçou-se numa reação instintiva” (linha 17).
7.
No excerto é estabelecido um contraste entre dois caminhos. Explicita-o, caracterizando cada uma das vias apresentadas.
8.
O narrador manifesta alguma cumplicidade com o leitor. Transcreve um elemento textual ilustrativo dessa atitude.
9.
Explica o sentido da expressão “a única valentia verdadeira dos homens verdadeiros” (linha 36).
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Parte C Lê as estrofes 37 a 40 do Canto V de Os Lusíadas e responde, de forma completa e bem estruturada, ao item 10. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado. 37
"Porém já cinco Sóis1 eram passados Que2 dali3 nos partíramos, cortando Os mares nunca d‘outrem navegados, Prosperamente os ventos assoprando, Quando ~ua noite estando descuidados, Na cortadora proa vigiando, ~ Ua nuvem que os ares escurece Sobre nossas cabeças aparece.
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Tão temerosa vinha e carregada, Que pôs nos corações um grande medo; Bramindo o negro mar, de longe brada Como se desse em vão nalgum rochedo. - “Ó Potestade4 (disse) sublimada: Que ameaço divino ou que segredo Este clima5 e este mar nos apresenta, Que mor cousa parece que tormenta?”
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Não acabava, quando ~ua figura Se nos mostra no ar, robusta e válida6, De disforme e grandíssima estatura, O rosto carregado, a barba esquálida7, Os olhos encovados, e a postura8 Medonha e má, e a cor terrena9 e pálida, Cheios de terra e crespos os cabelos, A boca negra, os dentes amarelos. Tão grande era de membros, que bem posso Certificar-te que este era o segundo De Rodes estranhíssimo Colosso10, Que um dos sete milagres11 foi do mundo. Com um tom de voz nos fala, horrendo e grosso, Que pareceu sair do mar profundo. Arrepiam-se as carnes e o cabelo, A mi e a todos, só de ouvi-lo e vê-lo. In Os Lusíadas, Luís de Camões, edição de A. J. da Costa Pimpão, MNE-IC, 2000
1
dias; 2 desde que; 3 ilha de Santa Helena; 4 poder divino; 5 região; 6 vigorosa; 7 suja; 8 aspeto; 9 terrosa; 10 estátua gigantesca de Apolo, na ilha de Rodes; 11 maravilhas
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VOCABULÁRIO
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10. Redige um texto expositivo, com um mínimo de 70 e um máximo de 120 palavras, no qual explicites o conteúdo das estrofes 37 a 40. O teu texto deve incluir uma parte introdutória, uma parte de desenvolvimento e uma parte de conclusão. Organiza a informação do modo que considerares adequado, abordando os tópicos seguintes: a) identificação do episódio a que pertencem as estrofes; b) integração do episódio na estrutura interna da obra; c) caracterização do gigante; d) referência à reação dos navegadores; e) explicitação do modo como o espaço e o gigante contribuem para acentuar a desproporção entre os portugueses e os obstáculos que têm de superar; f) justificação da importância deste episódio na glorificação do herói de Os Lusíadas. GRUPO II 1.
Substitui as expressões sublinhadas por pronomes pessoais adequados. a) Desde o nascimento que Homem e animais são também capazes de aprender a reconhecer novas ameaças. a) A partir daí, quando ouvia aquele som, o rato imobilizava-se.
2.
Transforma as frases simples numa frase complexa, substituindo a expressão sublinhada pelo pronome relativo “que”. João Sem medo seguiu o caminho. O caminho era árduo.
3.
Refere a diferença existente entre as duas frases seguintes. a) A nuvem pôs nos nossos corações um grande medo. b) Um grande medo foi posto pela nuvem nos nossos corações.
4.
Classifica a oração sublinhada na frase seguinte. “Não acabava, quando uma figura / Se nos mostra no ar, robusta e válida”
5.
Indica a função sintática desempenhada pelas expressões sublinhadas. a) O som do movimento funciona como um indicador de segurança. b) Silêncio é má notícia. c) O sofrimento gosta de companhia. GRUPO III
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Todos nós já sentimos medo alguma vez na nossa vida, pois esta é uma experiência que pode ser motivada por múltiplos fatores. Num texto correto e bem estruturado, com um mínimo de 180 e um máximo de 240 palavras, apresenta a tua opinião sobre os principais “medos” sentidos pelos jovens atuais, fundamentando a tua posição em dois argumentos. Deves respeitar a estrutura do texto argumentativo.
3. Testes de Avaliação/Provas Modelo | Novas Leituras 9
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PROPOSTAS DE RESOLUÇÃO DOS TESTES FORMATIVOS (Guia do Professor) TESTE N.° 1
TESTE N.° 2 Grupo I Parte A
Grupo I Parte A 1.1. c) 1.2. a) 1.3. b) 1.4. b) 1.5. c) 2. d)
1.1. C. F. D. B. A. 2.1. c) 2.2. d) 2.3. d) 2.4. d)
Parte B 3.
Zezé ia matricular-se pela primeira vez na escola e, como tal, Glória procurou que o irmão fosse asseado e que soubesse como agir e o que dizer no momento certo
4.
“descoberta ‘maravilhosa’” refere-se ao facto de ir para a escola, pelo que se sentia muito feliz
5.
Glória queria que o irmão soubesse comportar-se no ato de matrícula, daí usar a expressão “não vá fazer papel triste”, ou seja, não vá fazer má figura
6.
“Todas as minhas calcinhas eram furadas, rasgadas, remendadas ou cerzidas.”, “acabou vendo os meus remendos”
7.1. a irmã omitiu Pinagé do nome da mãe, no qual Zezé tinha bastante orgulho, pelo que este não se conteve e informou sobre o nome completo da mãe 8.
em ambos os textos faz-se referência à pobreza/miséria nos tempos de escola Grupo II
1.1. Glória disse que nunca vira/tinha visto uma pessoa dizer que era um guerreiro Pinagé e viver sempre sujinho; e que se fosse calçando que ela procurava uma roupinha decente pra ele. 2.1. sujeito subentendido 2.2. modificador 3.1. Depois um papel foi assinado pela Glória. 3.2. pela Glória 4.
Grupo II 1. A. 6. B. 1. C. 7. D. 2. E. 3. 2.1. As moças estimam a mucama. 3. a) as mulheres do povo pregam-nos b) não há senão espaço de contá-la c) dá-o cá 4. Exemplos: a) O baile era tão importante que as senhoras se preparavam com esmero e afinco. b) Embora/Ainda que as moças e a mucama fossem amigas, esta não foi ao baile. 5.1. a quem o dono do armarinho vendeu o alfinete – oração subordinada substantiva relativa
TESTE N.° 3
5.1. oração subordinada substantiva completiva 6.1. Exemplo: À medida que os dias passavam… 7.1. Uma vez que os óculos eram muito grossos, os olhos dela ficavam grandes e pretos.
1. 2.
Grupo I Parte A a) V b) F c) V d) V e) F f) F g) V h) V b)
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Exemplos variedade brasileira – colocação do pronome pessoal átono à esquerda do verbo principal: “Glória me chamara”, “Me levou no tanque”, “Ela me olhou”, “me fazia parecer”; diferente emprego das preposições: “Foi na minha gaveta”; emprego de um nome no singular com valor genérico: “uma porção de gente levava menino”; emprego de palavras próprias da variedade brasileira: “Mamãe”, “Gozado”, “Papai”; uso preferencial do gerúndio: “acabou vendo”
Parte B 3. narrador participante, como personagem principal: “Sou”, “Tinha-me comprado” – emprego da primeira pessoa gramatical 4. trata-se de um “simples alfinete”, “vilão, modesto, não alfinete de adorno”, mas orgulhoso da sua condição, pois “na realidade, pode exceder ao próprio vestido” 5.1. o alfinete foi comprado por uma escrava (“mucama”), naturalmente, de condição humilde o que não era propriamente motivo de grande orgulho para o alfinete; todavia, tendo em conta que a “mucama” era “asseada e estimada” pelas senhoras, também não era indigno o facto de ter sido comprado pela mesma 6. uma vez que o alfinete não pertencia a uma “dama”, não podia ir a festas; como tal, ele sentia inveja dos outros alfinetes 7.1. enquanto no primeiro texto se fala sobre a inveja material, isto é, as pessoas têm tendência para invejar as coisas que os outros têm; no segundo, o alfinete inveja a situação privilegiada dos outros por poderem frequentar festas e ele não
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Novas Leituras 9 | Guia do Professor
Parte B 3.1. o Frade chega ao cais de mão dada com uma moça, a cantar e a dançar, revelando-se muito feliz 3.2. tendo em conta que se trata de um Frade, sujeito aos votos de castidade e de obediência, aquele devia renunciar a uma vida mundana; contudo, o seu comportamento revela que não tem consciência dos seus deveres morais e espirituais, pois não demonstra qualquer receio do julgamento que o espera depois da morte 4. o Diabo é irónico na afirmação que faz, denunciando o facto de o Frade não se comportar de acordo com os preceitos religiosos ao apelidá-lo de “Gentil” e “mundanal” 5.1. o Diabo pretende induzir o próprio Frade a denunciar a sua vida pecaminosa e, portanto, a autocondenar-se 5.2. ao afirmar que os outros frades agem como ele, a personagem generaliza a uma classe social o seu comportamento perverso, tal como é intenção de Gil Vicente 6. o Frade admira-se com a intenção do Diabo, pois julga que a sua condição de Frade é argumento suficiente para não embarcar rumo ao inferno (“E este hábito no me val?”) 7. enquanto membro do clero, o Frade tinha ainda mais responsabilidades do que qualquer outra pessoa, pelo que não havia desculpa para o seu comportamento pecaminoso; por sua vez, o Parvo assume o papel de acusador ao criticar a conduta do Frade, sendo dispensável a intervenção do Anjo Grupo II 1.1./1.2. a) la > a: aférese b) namorado > enamorado: prótese 2. arcaísmos: “grosa”, “muitieramá”, trinchão” 3.1. remar 3.2. palavra derivada por sufixação 4.1. “em tal caravela”: complemento oblíquo; “Minha senhora Florença”: sujeito (simples) 5.1. oração subordinada adverbial consecutiva
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TESTE N.° 4 Grupo I Parte A 1.1. C. E. A. F. B. H. G. D. 2. b) Parte B 3. os Cavaleiros trazem a cruz de Cristo, símbolo da Guerra de Cruzada, em África, onde morreram na luta contra os inimigos da fé cristã
4.
os Cavaleiros passam pela barca do Diabo, ignorando-o e, quando este os interpela, aqueles referem o facto de terem morrido em nome de Cristo e, portanto, menosprezam-no 5.1. na expressão “à barca da vida” há uma metáfora, pois trata-se da barca do Anjo/paraíso 6. a canção alude ao “rio” que simboliza a passagem da vida terrena para a morte, após a qual as almas merecem a salvação (“prazeres”) ou a condenação (“dolores”), bem como avisa os “pecadores” para se acautelarem e mudarem a sua atitude, defendendo a ideia de que bem-aventurança só é possível para aqueles que desprezam os bens terrenos e se sacrificam em nome da fé em Cristo, sendo esta a moralidade do Auto da Barca do Inferno 7. o Anjo afirma claramente que os Cavaleiros estão absolvidos de todos os pecados (“Sois livres de todo o mal”), pois morreram a lutar por Cristo, concorrendo para a expansão da fé cristã, ideia esta defendida na época 8. Gil Vicente apresenta os Cavaleiros no final do auto para evidenciar a orientação política e ideológica de então, nomeadamente a apologia da Guerra Santa e, assim, incitar os espetadores a confiarem nos preceitos religiosos então defendidos, pois estes conduzem à salvação eterna
1. 2.1. 3.1. 4.1. 5.1.
Grupo II a) síncope b) prótese “rio” (nome/verbo) são palavras divergentes complemento oblíquo oração subordinada substantiva relativa Exemplo: Uma vez que os Cavaleiros morreram na Guerra Santa, o Anjo embarcou-os para o Paraíso.
TESTE N.° 5 Grupo I Parte A 1.1. b) 1.2. d) 1.3. c) 1.4. a) 1.5. c) 1.6. d) 1.7. b) Parte B 2. o excerto situa-se no plano da História de Portugal (que surge encaixado no da Viagem) 3. Vasco da Gama narra a História de Portugal ao rei de Melinde, durante a Viagem até à Índia, sendo, portanto, uma narrador participante 4.1. a metáfora no verso transcrito evidencia a insegurança e o receio expresso pelo narrador por tão arrojada empresa, cujo desenlace não pode prever 5.1. os que partem são os marinheiros, os que ficam são os familiares, amigos e curiosos (“A gente da cidade”) que foram despedir-se dos argonautas
3. Testes de Avaliação/Provas Modelo | Novas Leituras 9
5.2. tanto as mulheres (“choros piedoso”) como os homens (“suspiros que arrancavam”) sentem-se “saudosos”, “descontentes”, amargurados e desesperados, pois sabem que se trata de uma viagem longa e perigosa (“tão longo caminho e duvidoso”) e, como tal, temem não voltar a ver tão cedo, ou nunca mais, os seus entes queridos 6. os navegadores dirigem-se às barcas em “procissão solene” e a rezar, manifestando assim a sua fé, mas também o receio que sentem pela aventura que estão prestes a realizar, preparando desta forma a sua alma para uma eventual morte durante a viagem Grupo II Vasco da Gama garantiu que iam fazer aquela viagem em nome da pátria e que seriam bem-sucedidos. 2.1. que partiram de Belém: oração subordinada adjetiva relativa restritiva 3. Exemplos: a) Uma vez que a viagem era longa e perigosa, a multidão sentia-se triste e receosa. b) O capitão sentia-se tão comovido que os seus olhos estavam marejados de lágrimas. 4. a) obtiveram b) trouxe c) tiverem d) regressarem 5. A. 7.; B. 6.; C. 2.; D. 5.; E. 1. 6. c) 1.
TESTE N.° 6 Grupo I Parte A 1.1. d) 1.2. b) 1.3. b) 1.4. c) 1.5. c) 1.6. b)
4.2. os marinheiros obedecem prontamente às ordens do “mestre”, retomando o ânimo no sentido de evitarem uma catástrofe e de se salvarem 5. a hipérbole evidencia a força desmedida dos ventos que seriam capazes de derrubar a enorme Torre de Babel Grupo II 1.1. sujeito (simples) 1.2. “amainassem” – pretérito imperfeito do conjuntivo, terceira pessoa do plural 1.3. oração subordinada substantiva completiva 1.4. Oxalá os ventos indinados esperem que amainem. 2.1. A meneá-lo não bastaram. 2.2. modificador do nome apositivo 3.1. a)
TESTE N.° 7 Grupo I Parte A 1.1. c) 1.2. d) 1.3. b) 1.4. a) 1.5. b) 1.6. b) Parte B 2. o destinatário do poema – “tu” – é alguém que o sujeito admira, pois destaca-se pela positiva da maioria das pessoas devido à sua sinceridade, à sua honestidade e à sua coragem 3.1. a palavra “porque” exprime a causa de algo, neste caso, apresenta os motivos do respeito e do apreço que o sujeito poético manifesta em relação ao seu destinatário, devido à sua franqueza, honestidade e coragem 4. Exemplos: a) dissimulação: “os outros se mascaram” b) hipocrisia: “os outros são túmulos caiados” c) corrupção: “os outros se compram e se vendem” d) cobardia: “os outros vão à sombra dos abrigos” 5.1. ainda que “os outros” pareçam defender os princípios morais normalmente aceites e se mostrem bem-intencionados, na verdade as suas intenções são pervertidas, pois regem-se apenas por interesses pessoais 5.2. metáfora 6. (o poema “Porque” pretende denunciar a hipocrisia, a cobardia, a corrupção, o calculismo dos “os outros”, procurando incitar à reflexão sobre esta realidade, no sentido de alterar a atitude da maioria das pessoas) Grupo II 1.1. as vírgulas usam-se para separar a oração subordinada que se encontra intercalada na subordinante
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Parte B 2. o excerto situa-se no plano da Viagem 3.1. as expressões “o vento vinha refrescando”, “o vento crece/ Daquela nuvem negra que aparece”, “dá a grande e súbita procela”, “os ventos indinados” ilustram o crescimento gradual da tempestade 3.2. a personificação “os ventos indinados” evidencia o ímpeto e a violência da tempestade, pelo facto de ser atribuída aos ventos a capacidade de se indignarem 3.3. o “mestre” mantém-se no seu posto, atento à manobras do barco e às condições atmosféricas, pelo que é o primeiro a atuar perante a iminência de perigo: toca o apito para despertar os marinheiros, dá ordem imediata para que desçam “os traquetes das gáveas” e amainem a “grande vela”, com o intuito de evitar o naufrágio 4.1. os marinheiros sentem-se assustados e desnorteados perante o súbito aparecimento da tempestade
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Novas Leituras 9 | Guia do Professor
2.1. a) predicativo do sujeito b) complemento oblíquo b) modificador 3.1. “tem servido”: pretérito perfeito composto (do verbo servir), no modo indicativo, terceira pessoa do singular 4. a) Embora os poetas denunciem os problemas sociais, o desrespeito pelos direitos humanos é cada vez mais frequente.
4.1. desconhecendo que o menino “Jaz morto, e arrefece.”, aqueles que o amam expressam o desejo de que “volte cedo, e bem” , o que acentua o drama vivido pela família que em vão espera o seu regresso 5. o verso entre parênteses apresenta a causa para os desejos vãos da família, evidenciando o domínio do Império que, assim, envia os jovens inocentes para a morte, sem atender ao sofrimento dos demais 6. o título realça, desde logo, o forte sentimento protetor que une a mãe ao seu filho, que nunca deixa de ser “menino”, e que é ilustrado ao longo do poema
TESTE N.° 8 Grupo I Parte A 1.1. c) 1.2. a) 1.3. b) 1.4. a) 1.5. d) 1.6. a) 1.7. d)
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2. 3.
Parte B a morte do “menino” na guerra a “cigarreira” e o “lenço”, que o “menino” transporta consigo, simbolizam a existência de laços afetivos entre ele, a mãe e a velha criada
Grupo II 1.1. A. vocativo B. modificador do nome apositivo 2. a) oração subordinada adverbial temporal b) oração subordinada adverbial concessiva c) oração subordinada adverbial causal d) oração subordinada adverbial condicional 3. a) predicativo do sujeito b) complemento oblíquo c) modificador
8. Soluções Provas Modelo | Novas Leituras 9
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PROPOSTA DE CORREÇÃO PROVAS FINAIS ao destino. Neste episódio, é apresentada uma descrição realista de uma tempestade – talvez baseada no saber de experiência feito do próprio Camões – não só da natureza em fúria, mas também da aflição dos marinheiros, incapazes de controlar a situação.
PROVA 1 Grupo I Parte A 1.
(a) (6); (b) (1); (c) (4); (d) (8); (e) (2).
2.
“latitudes mais altas” (linha 40).
3.
3.1. b); 3.2. a); 3.3. c); 3.4. c); 3.5. b). Parte B Estamos perante um texto dramático, pois o excerto apresenta a indicação de ato e cena no topo, seguindo-se a primeira didascália, após a qual surge a primeira réplica ou fala da personagem, antecedida do nome da mesma. Não existe narrador.
5.
Em palco desenrola-se uma tempestade em alto mar, com toda a azáfama e ansiedade que a situação implica para os marinheiros e passageiros do navio.
6.
O Contramestre, responsável pelas manobras da navegação, orienta de forma exaltada e assertiva os seus marinheiros, no sentido de resistirem à tempestade. Além disso, tenta impedir que os nobres que transporta não se tornem um problema numa situação já de si problemática, ordenando-lhe, entre outras coisas, que recolham às cabinas. É este o contexto que justifica a ocorrência das várias frases de tipo imperativo.
7.
O Contramestre confronta os nobres com a ineficácia do seu poder perante a fúria dos elementos. De facto, invocar a autoridade do rei é inútil na situação em que se encontram, pois a força da Natureza é incomensuravelmente maior do que a dos homens: “O que é que importa a estas ondas altíssimas que vocês falem em nome do rei?”, “Olhe, vossemecê é um conselheiro; se conseguir obrigar o vento e a água a sossegarem e fazer com que tudo volte à tranquilidade, a gente não mexe nem mais uma palha. Vamos, toca a impor a sua autoridade!”
8.
O Contramestre é determinado, experiente e sabe estabelecer prioridades de ação. Incentiva os seus marinheiros e dá ordens que revelam a sua experiência em situações de tempestade. Confrontado com a imprudência dos nobres, não hesita em admoestá-los e em lhes ordenar que se afastem. Revela ainda a humildade própria do saber de experiência feito, ao manifestar temor perante os elementos em fúria.
9.
O episódio da obra Os Lusíadas a selecionar é o episódio da Tempestade, último grande obstáculo que os portugueses têm de enfrentar antes de chegar
1. 2.
3. 4. 5.
Grupo II Alarmados, eles deram-nas. enquanto os preços dos seguros disparavam no sudoeste americano – oração subordinada adverbial temporal. a) síncope; b) metátese; c) prótese; d) assimilação. Holonímia (barco é holónimo). O contramestre ordenou que se aviassem, descessem a vela e tomassem atenção ao capitão. Virando-se para a tempestade, disse-lhe que soprasse para lá a sua ventania até que lhe rebentassem as bochechas.
Novas Leituras 9 –
4.
Parte C 10. a) As personagens em cena são o Diabo e Companheiro. b) Encontram-se no cais onde estão ancoradas as barcas do Paraíso e do Inferno. c) O Diabo está no comando da sua barca e dá orientações ao Companheiro na preparação da mesma para a chegada das almas. O Companheiro obedece-lhe, tentando agradar-lhe. d) Predominam as frases de tipo imperativo, pois a interação entre as personagens baseia-se nas ordens e orientações que o Diabo dá ao Companheiro. e) O Diabo está contente, pois antecipa uma “colheita” de almas bastante significativa. Além disso, a maré está propícia: “temos gentil maré” e “Oh! que tempo de partir” à navegação. f) A presença de vocabulário relacionado com o conceito de navegação justifica-se pelo facto de as barcas estarem num cais de onde partirão para o seu destino. Assim, a referência à atividade da navegação é coerente com o contexto. g) A cena inicial caracteriza-se pelo dinamismo e pela energia, iniciando a representação num clima festivo, principalmente para o Diabo, que antevê uma colheita de almas assinalável. Deste modo, o espetador antecipa uma representação dinâmica, divertida e plena de crítica social, predispondo-se à sua fruição.
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Novas Leituras 9 | Guia do Professor
Grupo III Resposta pessoal, que deve respeitar as indicações relativamente à tipologia, ao tema e à extensão apresentadas.
Parte C a) As personagens em cena são o Fidalgo e o Diabo; encontram-se no cais onde estão as barcas do Paraíso e do Inferno. b) O Fidalgo é uma personagem-tipo; representa a nobreza. O Diabo é uma personagem alegórica; simboliza o Mal e pretende levar as almas para o Inferno. Assim, o propósito do Fidalgo é evitar a entrada na barca do Inferno e o propósito do Diabo é fazê-lo entrar. c) Neste momento da cena, o Fidalgo percebeu já que não tem hipótese de fuga e reflete sobre a sua má conduta durante a vida, enganado pelo seu elevado estatuto social, que lhe garantia que todos satisfaziam os seus desejos. d) Ironicamente, o Diabo diz-lhe que também será servido por todos no Inferno, tal como em vida. e) Posteriormente, o Fidalgo tentará convencer o Diabo a deixá-lo voltar à vida, pois presume que quer a mulher quer a amante estão muito tristes com a sua partida. Sarcasticamente, o Diabo informa-o do alívio que ambas sentem com a sua ausência, o que leva o fidalgo a render-se às evidências. f) O facto de o Fidalgo representar a nobreza e toda a sua conduta reprovável torna esta cena um importante momento de crítica social no Auto da Barca do Inferno.
PROVA 2
1. 2. 3.
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5.
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7.
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Novas Leituras 9 –
9.
Grupo I Parte A (D), (E), (C), (B), (G), (F), (A). O sineiro. 3.1. a); 3.2. d); 3.3. c); 3.4. c); 3.5. c). Parte B O sujeito poético construiu um castelo na praia da Boa Nova. O castelo ficou magnífico, o que dava ao sujeito poético um sentimento de poder e controlo. Contudo, um dia, devido ao vento, o castelo desabou e o sentimento de poder desapareceu, deixando no seu lugar a saudade e a tristeza. No primeiro verso, a expressão refere-se ao momento da edificação do castelo; no nono verso, ao momento do seu desabamento. A repetição da expressão no nono verso assinala a passagem do tempo entre os dois acontecimentos. Além disso, como é uma expressão indefinida, sugere um tempo vago, longínquo, que apenas existe na memória do sujeito poético. As expressões “Castelo tão alto” (verso 7) e “O meu condado” (verso 12) podem ser metáfora de sonho, pois sugerem poder, propriedade, e ainda a capacidade de o sujeito concretizar os seus próprios projetos/sonhos. Neste poema, o verso “Naquela idade em que se é conde assim...” remete para o tempo da infância, quando tudo é possível na imaginação. Foi esse o momento em que o sujeito poético acreditou que tinha poder e controlava o seu mundo, construindo um castelo sem igual, ou seja, sonhos sem igual. O poema é um soneto, constituído por duas quadras e dois tercetos. Apresenta rima cruzada e versos decassilábicos. Opção A - a seleção desta opção implica a referência ao sentimento de perda presente em expressões como “(foi esse o grande mal)” e “Naquela idade em que se é conde assim...”, do poema de António Nobre, e ainda ao desejo de recuperar a infância presente no último parágrafo do texto António Lobo Antunes. Opção B - a seleção desta opção implica a referência ao facto de ambos os textos se referirem a memórias da infância, sem a valorização dos sentimentos e desejos referidos na opção A.
1. 2. 3.
4. 5.
Grupo II Modificador do nome restritivo. b). a) 3.a pessoa do singular do futuro do indicativo; 3.a pessoa do singular do futuro do indicativo da conjugação pronominal. b) Um miúdo ruço passaria por mim sem me ver e sumir-se-ia lá em cima no quarto. a) apócope; b) paragoge; c) dissimilação. Ao final da tarde, a mãe do narrador tinha por hábito gritar o nome dele.
Grupo III Resposta pessoal, que deve respeitar as indicações relativamente à tipologia, ao tema e à extensão apresentadas.
8. Soluções Provas Modelo | Novas Leituras 9
Parte C
PROVA 3 Grupo I
Cenário de resposta a) Episódio do gigante Adamastor.
Parte A 1.
(a) (4); (b) (2); (c) (3); (d) (7); (e) (5).
2.
“o rato” (linha 22).
3.
3.1. c); 3.2. b); 3.3. c); 3.4. d); 3.5. c).
b) Insere-se na Narração, no plano narrativo da Viagem. c) Adamastor é uma figura gigantesca, terrosa, de membros descomunais, voz cavernosa e dentes amarelos, que manifesta agressividade face aos portugueses.
Parte B 4.
Do ponto de vista do guarda, as vantagens de ficar sem cabeça são, em primeiro lugar, a possibilidade de não pensar, de não ter opinião nem ideias perigosas e de não apanhar piolhos. Em segundo lugar, como quem não tem cabeça não paga nada, João poderia viver de forma confortável e divertida sem qualquer esforço ou despesa. Por fim, não ter cabeça evitaria as idas ao cabeleireiro para tratar do cabelo.
6.
Metáfora.
7.
É estabelecida uma oposição entre o caminho do Bem e o caminho do Mal. O primeiro é confortável – “o caminho asfaltado que leva à Felicidade Completa” – e obriga à recusa do pensamento e da opinião. O segundo implica sofrimento – “passar fome, sofrer dias de terror aflito” –, pois está cheio de cardos e árvores sinistras, prometendo ser árduo.
9.
d) Perante esta figura, os navegantes sentem terror, ficando completamente arrepiados e de cabelos em pé.
João Sem Medo deve permitir que a sua cabeça seja cortada.
5.
8.
87
Ao usar a expressão “o nosso herói” (linha 22) o narrador transmite a ideia de que está a seguir as aventuras de João Sem Medo com o leitor ao seu lado, ou seja, que estão muito próximos entre si e muito próximos da personagem cujas aventuras partilham. No contexto, esta expressão significa que todos os seres humanos têm medo e que a única coisa que podem fazer é escondê-lo de si próprios, de modo a que este sentimento não os impeça de realizar os seus projetos.
e) A transformação súbita do espaço – desencadeada pela escuridão da nuvem e pelo forte bramido do mar – representa a violência dos elementos que os portugueses enfrentam. Além disso, a figura descomunal, disforme e agressiva do Adamastor simboliza todo o tipo de perigos a contornar na aventura das Descobertas. Pela sua grandeza e pose “medonha e má”, o gigante torna a tarefa dos marinheiros ainda mais difícil. f) Inserido no Canto V, a meio da viagem, este episódio representa o perigo maior enfrentado e ultrapassado pelos portugueses, deste modo agigantando a sua coragem e ação heroica. Grupo II a) Desde o nascimento que eles são também capazes de aprender a reconhecê-las. b) A partir daí, quando o ouvia, o rato imobilizava-se. 1.
João Sem Medo seguiu o caminho que era árduo.
2.
a) A frase é ativa; b) A frase é passiva.
3.
Oração subordinada adverbial temporal.
4.
a) sujeito (simples); b) predicativo do sujeito; c) complemento oblíquo. Grupo III
Resposta pessoal, que deve respeitar as indicações relativamente à tipologia, ao tema e à extensão apresentadas.
Novas Leituras 9 –
4
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GRELHAS DE APOIO
NOTA: Estes testes estão disponíveis em formato editável, em
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Novas Leituras 9 | Guia do Professor
ESCOLA GRELHA DE REGISTO INDIVIDUAL N.o:
Nome:
Turma:
AVALIAÇÃO DA EXPRESSÃO ORAL / PARTICIPAÇÃO ORAL 1.o Período
2.o Período
3.o Período
Descritores de desempenho NS Altura de voz Timbre Dicção Elementos prosódicos/ paralinguísticos
Ritmo Expressão facial Contacto visual Gestos Postura Cumprimento do tema Adequação discursiva Extensão do discurso Construção frásica
Organização do discurso
Organização das ideias Pertinência da informação Justificação de opiniões Repertório vocabular Fluência Sabe ouvir Espera pela sua vez Pede a palavra
Atitudes
Demonstra interesse Respeita as opiniões do outro Participa regular e ativamente AVALIAÇÃO FINAL
Novas Leituras 9 –
Observações:
S
SB
NS
S
SB
NS
S
SB
4. Grelhas de Apoio | Novas Leituras 9
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ESCOLA GRELHA DE REGISTO INDIVIDUAL N.o:
Nome:
Turma:
AVALIAÇÃO DAS ATITUDES / DO DESEMPENHO GLOBAL 1.o Período
2.o Período
3.o Período
Descritores de desempenho NS
S
SB
NS
S
SB
NS
S
SB
É assíduo(a) É pontual Atitudes
Traz o material necessário para a aula Participa ativamente na aula Respeita o outro Cumpre as tarefas de leitura
Plano Nacional de Leitura
Sabe interpretar o que lê Transmite oralmente, com correção, o que lê Tem hábitos de leitura Tem iniciativa É criativo(a)
Trabalho de Projeto
Cumpre os trabalhos de pesquisa Trata e organiza adequadamente os dados recolhidos Sabe apresentar e defender o seu trabalho Conclui os trabalhos em tempo útil Cumpre as tarefas É solidário com o grupo
Trabalho de Grupo
Partilha materiais Respeita a opinião dos colegas Coopera na resolução de conflitos AVALIAÇÃO FINAL
Observações:
Novas Leituras 9 –
15.
14.
13.
12.
11.
10.
9.
8.
7.
6.
5.
4.
3.
2.
1.
Turma: ______
Adequação (tipologia textual, registo de língua)
ESCOLA
Ano: ________
Novas Leituras 9 –
Ortografia e pontuação
Vocabulário (variedade e rigor)
Aspetos Gramaticais (concordância, sintaxe)
Organização das Ideias (coesão e coerência)
__.º Período Ano Letivo: ____/____
Grelha de Registo de Avaliação da Escrita
Originalidade
APRECIAÇÃO GLOBAL
92 Novas Leituras 9 | Guia do Professor
Novas Leituras 9 –
Adequação (tipologia textual, registo de língua) Ortografia e pontuação
Vocabulário (variedade e rigor)
Aspetos Gramaticais (concordância, sintaxe)
Organização das Ideias (coesão e coerência) Originalidade
NOTA: Poder-se-á preencher a grelha com as siglas NS (Não Satisfaz), S (Satisfaz), SB (Satisfaz Bem) ou com os símbolos (-), (+/-), (+).
30.
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Turma: ______
Ano: ________
__.º Período Ano Letivo: ____/____
Grelha de Registo de Avaliação da Escrita
APRECIAÇÃO GLOBAL
4. Grelhas de Apoio | Novas Leituras 9 93
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Novas Leituras 9 | Guia do Professor
CONTRATO PEDAGÓGICO DE LEITURA Aos ______ dias do mês de ______________ de dois mil e __________, pelas ______ horas e ______ minutos, na aula de Português, na Escola ___________________________________, sala ______, celebrou-se um Contrato Pedagógico de Leitura entre os alunos do nono ano, turma _______ e o(a) docente daquela disciplina, nos termos seguintes:
O(A) docente compromete-se a:
Fornecer aos alunos uma lista diversificada de obras, contempladas nas Metas Curriculares de Português e/ou no Plano Nacional de Leitura;
Dar a conhecer, em linhas gerais, o conteúdo das obras, quando requerido;
Orientar a leitura dos alunos, sempre que solicitado;
Corrigir as fichas de leitura realizadas pelos alunos;
Organizar a apresentação das leituras efetuadas pelos alunos;
Contemplar as leituras efetuadas nos critérios de avaliação de final de período.
Os alunos comprometem-se a:
Ler _______ textos e ________ livros no primeiro período;
Ler _______ textos e ________ livros no segundo período;
Ler _______ textos e ________ livros no terceiro período;
Preencher uma Ficha de Leitura por cada livro;
Incluir no seu Portefólio as fichas de leitura corrigidas pelo(a) professor(a) e passadas a limpo pelo(a) aluno(a);
Apresentar oralmente à turma _______ das leituras realizadas;
Participar ativa e disciplinadamente nas discussões sobre as leituras realizadas.
Este Contrato Pedagógico de Leitura determina, ainda, que:
Caso haja incumprimento por parte do(a) docente, a percentagem destinada ao cumprimento deste contrato por parte do aluno seja distribuída pelos outros parâmetros de avaliação.
Caso haja incumprimento por parte do(a) aluno(a), seja atribuída a classificação de zero, neste parâmetro de avaliação.
Novas Leituras 9 –
O(A) docente e todos os alunos responsabilizaram-se pelo cumprimento deste Contrato Pedagógico de Leitura, que vai ser assinado pelas partes interessadas. O(A) docente: Os alunos:
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TRANSCRIÇÃO DOS DOCUMENTOS ÁUDIO/VÍDEO
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Novas Leituras 9 | Guia do Professor
TRANSCRIÇÃO DOS DOCUMENTOS ÁUDIO
Novas Leituras 9 –
SEQUÊNCIA 1 Aprender a Estudar A maioria dos alunos portugueses tem maus hábitos de estudo ou não sabe mesmo como deve estudar. Um dos erros mais comuns é deixar acumular a matéria, para estudar só na véspera dos testes. Também uma má planificação do estudo dificulta a aprendizagem. Em resultado, multiplicam-se as más notas e aumenta a falta de motivação dos estudantes. Como estudar, então? Para quem não gosta, para quem não tem método, temos em estúdio a professora Fernanda Carrilho. Clara de Sousa – Muito boa noite, senhora doutora. Na impossibilidade de a levarmos para as nossas casas, para nos fazer, enfim, para nos dar essas orientações pessoalmente, vamos então aqui tentar perceber melhor, os métodos fundamentais para que uma criança, um jovem em idade escolar, possa ter uma melhor aprendizagem. Antes de mais, o que é que nunca deve fazer? Fernanda Carrilho – Antes de mais, o que deve é planificar bem o estudo. Enquanto estuda, não deve, em termos de sublinhados… (havia uma peça para passar). Clara de Sousa – De sublinhados, sim. Vamos já ver um exemplo. Portanto, não deve fazer sublinhados. Que tipo de sublinhados? Fernanda Carrilho – Num texto, deve sublinhar o essencial. Se o texto é sublinhado na totalidade ou quase na totalidade, como é óbvio, isso vai retirar visibilidade na leitura. Clara de Sousa – Isto é o que está certo! Fernanda Carrilho – Exatamente. Portanto, o que está certo é sublinhar poucas palavras, as palavras-chave, a vermelho, que é a cor que mais impressiona a retina. Eventualmente fazer algumas anotações à margem, que vão complementar o que está sublinhado, vão deduzir alguma informação, algum esclarecimento importante, algo que lhes chame a atenção. Clara de Sousa – Mas, quando fez este estudo, chegou à conclusão de que os jovens, os estudantes não tinham um método para sublinhar o que era importante, que sublinhavam um pouco de tudo? Fernanda Carrilho – Sim, de tudo, e até na própria.. até os próprios… as canetas, por exemplo, nós usamos muito canetas florescentes.
Clara de Sousa – Eu, particularmente, dou-me melhor com as amarelas, tenho-lhe já a dizer. Fernanda Carrilho – Mas cá está, se for uma caneta de feltro é preferível do que uma caneta florescente, porque, se for a longo prazo, em poucos meses, ela tem um período de vida muito curto: a pessoa vai ver e está completamente branca a folha. Portanto, não convém fazer… convém sublinhar com cores mais fortes e que realcem logo os aspetos. Clara de Sousa – Então, vamos sistematizar, vamos sistematizar. Há pouco falou precisamente em planificar o estudo. Vamos exemplificar, temos aqui alguns desses exemplos, o que está certo, portanto, não sublinhar frases… Fernanda Carrilho – … não sublinhar frases completas, só palavras-chave, usar o vermelho, que é aquele que chama mais a atenção, fazer notas à margem, fazer resumos, planificação do estudo, fazer gráficos, fazer esquemas. Tudo isso ajuda o aluno; no fundo, é uma forma ativa de estudar e não passiva como muitas vezes eles fazem, que é passar a vista, passar os olhos pelo caderno ou pelo livro e já está. Clara de Sousa – Isto aplica-se a todas as idades? Fernanda Carrilho – A todas as idades, a todas, estamos a falar a partir do 2.º ciclo. Não 1.º ciclo, eles não devem fazer nem esquemas nem resumos; mas, claro. Com diferentes graus de dificuldade, mas eles podem começar a fazer resumos cedo, eles podem começar a esquematizar um texto cedo. Clara de Sousa – Eu conheço crianças que têm métodos de estudo muito diferentes, nomeadamente aquelas que são mais eficazes e que não sei se serão muito comuns – a doutora me dirá do seu estudo se chegou a essa conclusão ou não – são aquelas crianças que estudam, escrevendo; ou seja, estudam, depois, passam para o papel. Isso de facto ajuda a memorizar ou é uma falsa questão? Fernanda Carrilho – Ajuda na medida em que o visual tem muita importância. A partir do momento que a pessoa está a escrever, está a interiorizar e está a ver aquilo que está a fazer; portanto, entra de duas maneiras, como se entrasse duas formas na memória, a parte visual e a parte…
5. Transcrições dos Documentos Áudio | Novas Leituras 9
Clara de Sousa – E isso ajudará! Finalmente, o papel dos pais na aplicação destes métodos de estudo – nomeadamente até para crianças que muitas vezes gostam de estar a fazer outra coisa e gostam de despachar, por assim dizer, o estudo na véspera dos testes – o que é que os pais têm de facto fazer para os ajudar? Fernanda Carrilho – Têm que juntamente, isto é, uma altura importante, que é o ano letivo, não se pede aos pais que façam os trabalhos pelos alunos, não se pede aos pais que os ajudem, até por questões de tempo – eu sei perfeitamente a dificuldade que há em ajustar horários – por questões até de…, às vezes, não têm uma escolaridade tão avançada; portanto, podem não conseguir acompanhá-los. Contudo, se fizerem juntos uma planificação anual… Portanto, nesta altura, pegam num calendário e vão fazer uma planificação anual: marcam os dias feriados, as férias, aniversários e, à partida, vão marcando, por exemplo, os testes. É evidente que quando chegar a altura que eles – todos nós sabemos que temos filhos – a altura dos testes acumulados, convém não marcar coisas para essa fase, se isso estiver… Clara de Sousa – … tudo muito bem planificado na agenda familiar, portanto… Fernanda Carrilho – … exatamente, porque isto, pois, cá está, vai implicar, também, fins de semana fora ou não com a família; é bom que todos estejam, que esteja visível para que todos vejam… Clara de Sousa – … que a família esteja totalmente sintonizada. Senhora doutora, muito obrigada pela sua presença neste jornal da noite. Lembro ainda a questão do assunto que falávamos há pouco, de facto, dormir bem também ajuda a estudar. Muito obrigada. Fernanda Carrilho – Sem dúvida! Muito obrigada eu. In Jornal da Noite da SIC, 14/09/2010
Comércio Tradicional
Novas Leituras 9 –
Vazio. Cheio. Vazio. Cheio. Este é o contraste que se vive em Castelo Branco, entre o comércio tradicional e as grandes superfícies. O comércio tradicional já não tem a importância que
tinha e, com o aparecimento das grandes superfícies, a situação não deverá melhorar. À semelhança do que acontece noutras localidades, Castelo Branco não foge à regra quanto às dificuldades vividas por este setor. No comércio tradicional, existe uma grande ligação entre vendedor e comprador, o que se reflete num atendimento mais atencioso, vantagens que passam para segundo plano, com a atual crise económica e com a incapacidade das pequenas lojas em praticarem preços competitivos como os dos grandes espaços comerciais. Comerciante: As grandes superfícies vieram deitar um pouco abaixo o comércio tradicional em relação a preços, em relação a vendas em grandes quantidades e, também, falta de convívio social entre o cliente e a pessoa que está a atender o cliente. A compra em grandes quantidades permite às grandes superfícies reduzir as margens de lucro e, assim, praticar preços mais baixos do que os do comércio tradicional; uma fórmula que agradou ao bolso da maioria dos portugueses. Outro dos trunfos destas lojas é a maior variedade de produtos e marcas, o que permite ao cliente fazer todas as suas compras num só local. Gerente Pingo Doce: Como gerente do Pingo Doce, uma das grandes vantagens que existe nas grandes superfícies é a variedade de produtos que podemos oferecer ao nosso cliente, assim como o nosso poder em termos de negociação com os fornecedores, que nos permite ter um nível de preços muito mais favorável e de acordo com aquilo que o nosso cliente pretende. A escolha final está na mão e na carteira do cliente pelo que não admira que a preferência quase sempre caia nos produtos mais baratos ou de marca branca. Cliente grande superfície: Pronto, eu venho às grandes superfícies porque eu acho que é… tem mais opção de preço, mais opção de produto. Quanto à qualidade, acho que sim, mais não tenho a certeza; é mesmo a opção de escolha, de carteira. Cliente comércio tradicional: Sempre procuro ir aos comércios tradicionais: há uma amizade, há um convívio, há uma parte que faz um bocadinho parte de família. Eu gosto dos comércios e é onde eu me avio. As grandes superfícies fizeram com que o comércio tradicional perdesse o seu domínio do mercado, vivendo hoje grandes dificuldades. A solução passa pela modernização e por se adaptar aos novos hábitos de
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Novas Leituras 9 | Guia do Professor
consumo, sempre de olhos postos na concorrência das grandes superfícies. Será que o comércio tradicional acompanhará esta evolução? (Enviado por Jotix1984 em 18/11/2010 – YouTube)
Novas Leituras 9 –
Espinho. A maior feira semanal do país É a maior feira semanal do país. A feira de Espinho ocupa uma grande parte da Avenida 24. Aqui, podese encontrar uma grande variedade de produtos, como legumes e frutas, que agricultores da zona produzem; mas também se pode comprar, peixe, roupa, calçado e flores. Mas afinal, porquê que a feira de Espinho recebe centenas de visitantes todas as semanas? Visitante (1): Porque gosto muito; gosto muito, mesmo. Visitante (2): Venho, enfim, passear um pouco e ver se me interessa alguma coisa. Visitante (3): Por estar no ar; é mais por isso e não pelos preços em si, às vezes! Situada no centro da cidade, muito perto do mar, a feira de Espinho atrai centenas de visitantes que, por vezes, só vão à feira para dar um passeio. Mas desengane-se quem pensa que a crise que se vive neste momento não se faz sentir na feira. Feirante (4): Olha, muito fundo de desemprego e as pessoas não têm dinheiro, as coisas estão a aumentar, as coisas são muito caras para a gente vender e para aqueles que compram e para nós; está difícil. Para tentar ultrapassar os efeitos da crise os comerciantes sentiram-se obrigados a tomar algumas decisões. Baixar os preços dos produtos é a principal. Feirante (5): Por vezes, vendemos pelo preço de custo; para não deitar fora. E os clientes? Será que já pensam duas vezes antes de comprar um produto? Feirante (5): Eles pensar, não pensam, mas regateiam: pensam que a gente está a ganhar um dinheirão e nós, afinal, estamos a ganhar mesmo só o justo. Os visitantes da feira de Espinho já têm de fazer contas à carteira antes de comprar qualquer produto. Prova disso é que na hora de pagar têm um teto máximo para gastar. Feirante (5): Dez… onze… aqueles clientes mais certos. Os outros é três, quatro euros, e já é muito.
É inúmera a quantidade de produtos que se encontram na feira de Espinho. Mas por se tratar de uma feira, será que os produtos têm qualidade? Visitante (2): Acho que não, já tiveram mais qualidade do que o que têm hoje. Acho que não têm qualidade… Já tiveram mais do que o que têm hoje… Para alguns clientes os produtos da feira têm qualidade; para outros, nem tanto. Mas, ao que parece, também é esse fator principal de atração destes utentes. A grande maioria dos frequentadores da feira de Espinho vem apenas pelo convívio e pelo facto de a feira ser ao ar livre. Visitante (2): A feira! Embora não seja para comprar, mas prefiro a feira, pelo menos ando ao ar livre. A feira de Espinho é assim conhecida, não só por ser a maior do país, mas também pelo espaço onde se realiza. O facto de estar perto da praia convida a uma visita, mesmo que muitas vezes não se compre nada. Um espaço de convívio, cor e cheio de pessoas, que pode ser visitado todas as segundas-feiras no centro da cidade. In RTV (Regiões TV) http://www.youtube.com/watch?v=jq_rp21SYJ0&feature=related
Sem abrigo vai a tribunal por roubar chocolates 14,34¤ é o valor dos chocolates que um sem-abrigo está acusado de tentar roubar de um supermercado no Porto. Como não tem morada fixa, tanto a polícia como o advogado oficioso têm tido dificuldades em encontrar o homem de trinta anos. O processo já dura há um ano e meio e vai a julgamento, mas podia ter sido evitado. Entrevistado – O Ministério Público, procurador ou procuradora, encarregue do processo, poderiam ter tomado essa iniciativa, nomeadamente, a suspensão provisória do processo, eventualmente, é uma das coisas que está prevista na lei e que impede que este tipo de casos cheguem a julgamento, mediante uma aplicação de uma multa, trabalho a favor da comunidade… O Ministério Público decidiu avançar com o processo e apenas precisou de treze linhas para descrever os factos. O homem terá retirado seis embalagens de chocolate de um dos expositores deste supermercado no valor de 14.34¤. Mas este sem-abrigo não chegou a comer qualquer um deles, porque foi intercetado
5. Transcrições dos Documentos Áudio | Novas Leituras 9
por um dos funcionários. Agora está acusado de um crime de furto simples e arrisca uma pena que pode ir de multa até três anos de prisão. Este processo pode custar aos cofres do Estado centenas de euros. Entrevistado – Só em termos de custos gerais ultrapassa, se calhar, já estamos a falar em dez, quinze vezes mais o valor dos chocolates. Mas este caso não é insólito, em outubro de 2005, uma mulher de 76 anos foi constituída arguida por ter furtado de um supermercado um creme de beleza no valor de 3,99¤. O processo chegou a julgamento, mas a idosa foi absolvida por falta de provas. O caso que impôs ao Estado custos na ordem das centenas de euros. Só o advogado oficioso que defendeu a mulher recebeu 264¤. In Jornal da TVI, 07/11/2010
SEQUÊNCIA 2 ENTREVISTA VIRTUAL A GIL VICENTE
http://www.citi.pt/gilvicenteonline/flash/index.html
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Entrevistador – Baseia-se em pessoas que conheceu para construir as suas personagens? Gil Vicente – Claro que sim! Qualquer escritor se baseia sempre na observação da realidade que o rodeia. Todavia, nunca esqueçam esta verdade fundamental para toda a ficção: salvo raríssimas exceções, o escritor nunca coloca na sua obra o retrato fotográfico de uma dada pessoa. A personagem costuma ser uma fusão de muitos rostos e personalidades, construída com o objetivo de se integrar no enredo imaginário. A base de que se parte é a observação do mundo real, filtrada por um poderoso motor que se chama imaginação criadora. Entrevistador – A sua obra tem personagens – por exemplo, Alma, Ama, Moça, Marido, etc. – que não estão associadas a nomes próprios. Por que não batizou as personagens? Gil Vicente – A sua pergunta é interessante. De facto, em algumas das peças que escrevi, evitei deliberadamente dar um nome específico às personagens, porque quis que elas representassem tipos sociais e não propriamente pessoas singulares. Essa grande amplitude permite que nas minhas peças existam mais retratos de grupo condensados numa personagem, do que retratos singulares. Está a perceber? Daí que os críticos afirmem, e com razão, que o meu teatro tem uma forte tipologia social, válida para o meu, vosso e todos os tempos.
Entrevistador – As suas peças, às vezes, fazem rir. Considera-se um humorista? Gil Vicente – Como quase toda a gente, prefiro rir a chorar. Gosto de fazer humor, mas detesto ser engraçado. Daí que, em algumas das minhas peças, o riso seja uma arma utilizada não só para deixar as pessoas bem-dispostas, como para castigar os costumes. Não se esqueçam que, já na literatura medieval, nós demonstrávamos ser mestres nas cantigas de escárnio e de maldizer. Entrevistador – Escrevia por encomenda, ou partia de ideias suas? Gil Vicente – Eu escrevia por encomenda e também partia de ideias minhas. Por exemplo, quando me desafiavam a desenvolver a ideia contida num mote, como, por exemplo, “antes quero asno que me leve do que cavalo que me derrube”, da Farsa de Inês Pereira, considera-se que a ideia inicial para a escrita foi dada pelo mote. Todavia, tudo o resto é invenção minha. Outras situações houve, e foram maioritárias, em que a ideia original foi de minha exclusiva autoria. Entrevistador – Em muitas das peças faz críticas ao clero e à nobreza, mas mesmo assim sabe-se que elas foram representadas na corte. Como foi isso possível? Gil Vicente – Não fora a proteção real e eu pouco teria escrito. A soberba, a vaidade, o egoísmo dos poderosos detestam que os seus vícios sejam expostos ao olhar de todos, sobretudo no palco, face ao riso de toda a gente. Quanto mais certas figuras do clero e da nobreza se sentiam visadas, tanto maior era o ódio. Repito, não fosse eu sentir as costas quentes, pelo facto de saber que o rei me apoiava, e garanto-vos, à fé de quem fui, que me teriam assassinado com uma estocada traiçoeira numa qualquer viela escura. Entrevistador – Seria possível que as classes sociais visadas não entendessem a sua crítica tão mordaz? Gil Vicente – É evidente que percebiam tudo. Adoravam rir-se, sobretudo dos outros, quando não se sentiam diretamente atingidos. Não esqueçam que os portugueses sempre foram mestres na arte das cantigas de escárnio e de maldizer. Aliás, creio manter-se ainda hoje essa tradição, que manda serem as melhores anedotas sobre portugueses, aquelas que são inventadas por nós. Ou será que essa tradição também já não é o que era?
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CENA DO ENFORCADO
CENA DOS CAVALEIROS
O Tesouro do Enforcado
Aquele Inverno Há sempre um piano um piano selvagem que nos gela o coração e nos traz a imagem daquele inverno naquele inferno
Um pai tinha um filho muito travesso e estroina, e sabia que a grande fortuna que lhe deixava ele a espatifaria toda, pela sua má cabeça. Quando morreu, deixou-lhe um falcão, dizendo que ainda que se visse muito necessitado nunca o vendesse; mas se acontecesse de o vender, que lhe deixava uma carta fechada e que a não abrisse senão depois de ter perdido todas as suas esperanças de melhorar de fortuna. O velho morreu, e o filho começou logo a gastar; vendeu quintas, casas, fez dívidas, ficou por fiador dos amigos, meteu-se em empresas, e quando menos se precatou achou-se sem nada. Restava-lhe ainda o falcão, que o pai recomendou que nunca o vendesse; como ele se achava em grandes apuros, não fez caso da vontade do pai, e mandou oferecer o falcão ao rei que lho comprou. Mas o dinheiro do falcão não chegou senão para alguns dias, acabando por gastá-lo no jogo, onde tinha ficado a melhor parte da sua fortuna. O rapaz, atrapalhado da sua vida, e não tendo mais a que se socorrer, começou a procurar todos os amigos com quem tinha gastado, e todos lhe viraram as costas. Foram tantas as ingratidões e o descaramento dos que lhe tinham ajudado a desbaratar a fortuna, que o rapaz perdeu o gosto da vida e entendeu que o único remédio que lhe restava era matar-se. Foi então se lembrou que tinha uma carta do pai, que ainda estava fechada, e antes de morrer lembrou-se de querer ver o que nela dizia. Abriu a carta, e dentro estava uma chave; e dizia-lhe a rua a que ele devia ir, e a casa em que aquela chave servia para abrir a porta, e que lá acharia pendurada numa trave uma corda, e já que estava sem esperanças nenhumas, que se enforcasse ali. Como o rapaz já pensava assim, aceitou o conselho do pai pela primeira vez, e foi logo à tal rua, deu com a casa, abriu a porta e fechou-se por dentro. Subiu a escada, e chegou a uma sala velha, onde encontrou a corda pendurada; não se pôs com mais reflexões, e quando começou a puxar a corda para ver se estava segura, a corda abriu um falso, que estava no teto, e começaram a cair muitas peças de ouro. Ficou o rapaz admirado, juntou o dinheiro e já se não quis matar; mas também dali em diante nunca mais gastou à matroca, viveu com juízo, e desprezou os amigos que na sua desgraça lhe tinham virado as costas. (Porto.) In Contos Tradicionais do Povo Português, Teófilo Braga, Texto Editora, 2000
Há sempre a lembrança de um olhar a sangrar de um soldado perdido em terras do Ultramar por obrigação aquela missão Combater a selva sem saber porquê e sentir o inferno a matar alguém e quem regressou guarda sensação que lutou numa guerra sem razão... sem razão... sem razão... Há sempre a palavra a palavra "nação" os chefes trazem e usam pra esconder a razão da sua vontade aquela verdade E para eles aquele inverno será sempre o mesmo inferno que ninguém poderá esquecer ter que matar ou morrer ao sabor do vento naquele tormento Perguntei ao céu: será sempre assim? poderá o inverno nunca ter um fim? não sei responder só talvez lembrar o que alguém que voltou veio contar... recordar... recordar... Aquele Inverno In O Caminho da Felicidade, Delfins; letra e música: Miguel Ângelo e Fernando Cunha
5. Transcrições dos Documentos Áudio | Novas Leituras 9
SEQUÊNCIA 3
pagou a viagem até Lisboa, onde este chegou por volta de 1570. Os Lusíadas foram editados dois anos mais tarde, altura em que o rei D. Sebastião lhe concedeu uma tença anual de 15.000 réis pela edição da sua epopeia, mas sobretudo pelos seus “serviços passados e futuros”, no Oriente. Apesar desta gratificação, Camões continuou a viver precariamente, até porque a pensão nem sempre era paga de modo regular e assíduo. Dada a sua falta de recursos, foi sepultado em campa rasa, da parte de fora do Mosteiro de Santa Ana, em Lisboa. Mais tarde, D. Gonçalo Coutinho mandou reservar-lhe sepultura própria, com a seguinte inscrição tumular: “Aqui jaz Luís de Camões, príncipe dos poetas do seu tempo. Viveu pobre e miseravelmente e assim morreu.” Das Rimas de Camões, postumamente publicadas, depreendem-se importantes aspetos biográficos da sua vida. Nesta obra, encontram-se poesias da lírica tradicional (redondilhas) e da corrente renascentista (sonetos, canções, sextinas, odes, éclogas, elegias, entre outras). À parte Os Lusíadas e a sua obra lírica, Camões escreveu também três autos (ou comédias): Anfitriões, El-Rei Seleuco (ambas em verso) e Filodemo (em prosa e em verso). É, assim, inquestionável o legado literário que o poeta nos deixou; no entanto, é, sem dúvida, a epopeia que o torna único no seio da cultura e da literatura portuguesas, como também uma referência incontestável na História da Literatura Universal. INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS: – António José Saraiva e Óscar Lopes, História da Literatura Portuguesa, Porto Editora, 1979 – Jacinto do Prado Coelho (direção), Dicionário de Literatura, Figueirinhas, 1992 – Maria Vitalina Leal de Matos, Introdução à Poesia de Luís de Camões, Instituto de Cultura e Língua Portuguesa, 1992
A genialidade de Luís de Camões (Proposição) A memória de Camões é vasta e o seu conhecimento prodigioso: História de Portugal e História universal; Geografia, Ciências Naturais, Ética, Filosofia, Mitologia; autores clássicos como Virgílio, Homero Horácio, Plutarco; modernos como Petrarca, Sannazzaro, Ariosto, Boscan. Uma erudição que situa Camões no devido lugar da História; é um homem que sintetiza plenamente o ideal Renascen-
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Vida e Obra de Luís de Camões (apresentação flash – exercício Oralidade) Luís Vaz de Camões, filho de Simão Vaz de Camões e de Ana de Sá (ou Ana Macedo), nasceu entre 1524 e 1525, provavelmente, em Lisboa (ou Coimbra?), e faleceu no dia 10 de junho de 1580. Membro, ao que parece, de uma nobreza empobrecida, possuía um vasto conhecimento no âmbito da cultura clássica e moderna, como também no da filosofia. Contudo, desconhece-se qualquer registo oficial que comprove a frequência de estudos universitários ou, até mesmo, regulares. Supõe-se, no entanto, que o seu tio D. Bento, prior do Mosteiro de Santa Cruz em Coimbra, poderá, eventualmente, ter contribuído para a sua vasta formação cultural. Os dados são escassos relativamente ao seu modo de vida em Lisboa. Todavia, sabe-se que frequentava a Corte, onde se tornou célebre pelos seus dons poéticos, mas também pela sua audácia galanteadora; e que, por volta de 1547, participou numa expedição militar para o Norte de África. Pensa-se que terá desembarcado em Ceuta e aqui terá perdido, em combate, o seu olho direito. De novo em Portugal, em 1552, envolveu-se numa contenda com um servidor do rei, Gonçalo Borges. Foi, por isso, encarcerado na prisão do Tronco, em Lisboa. O agredido, em virtude de não ter sofrido ferimentos graves, escreveu, entretanto, uma carta perdão que predispôs o próprio rei, D. João III, a perdoar Luís de Camões até porque este se disponibilizou a servi-lo na Índia, nesse mesmo ano de 1553. Julga-se que o poeta se terá voluntariado ao desterro não apenas para conseguir um perdão mais célere, mas, sobretudo, para se afastar do ambiente da Lisboa quinhentista. Entretanto, no Oriente, participou em diversas expedições militares. Acredita-se que terá estado em Macau, em 1556; e que, de regresso à Índia, em 1558, naufragou no rio Mekong, tendo-se salvo a nado com uma boa parte do manuscrito de Os Lusíadas (escrita em Macau?). Neste naufrágio, terá perecido um dos grandes amores do poeta, uma jovem china de nome Dinamene. Além disso, os seus parcos recursos económicos levaram-no a contrair dívidas, motivo da sua prisão em 1562. Entre 1568/69, de regresso a Portugal, foi encontrado na penúria, em Moçambique, por Diogo do Couto que, com o apoio de outros amigos do poeta, lhe
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tista: homem de cultura, homem de ação e supremo artesão das palavras. Nem me falta na vida honesto estudo, Com longa experiência misturado, Nem engenho, que aqui vereis presente, Cousas que juntas se acham raramente. In Os Lusíadas, Canto X
Helder Macedo – É o herói que reconcilia os feitos das armas e a escrita. Há um longo debate no meio do poema, enfim, um tópico clássico, as armas e as letras. O que é que é melhor: fazer as coisas ou escrever sobre elas? José Pereira – Mas n’ Os Lusíadas está também a experiência de um poeta que foi ao mesmo tempo um homem que andou embarcado, que combateu em vários pontos do Império e, sobretudo, que se apresentou sempre como alguém que pessoalmente estava pronto a realizar aquilo que ele n’ Os próprios Lusíadas apresenta como o ideal heroico de vida. Helder Macedo – Ele estava a valorizar a escrita como aquilo que faz a História. A História é feita de palavras e não de feitos. Os feitos morrem. O que perpetua os feitos é a escrita. Vasco da Gama narra a História de Portugal ao rei de Melinde. Pela voz do seu protagonista, Camões dá às principais figuras da História Nacional a dimensão mítica dos grandes heróis da Antiguidade Clássica. Helder Macedo – Sem um Homero e sem um Virgílio, não há nem Aquiles nem Eneias. Quem faz os heróis é quem escreve sobre eles. Cesse tudo o que a Musa antiga canta, Que outro valor mais alto se alevanta. In Os Lusíadas, Canto I
Camões canta com voz segura o seu amor pela pátria. Mas será que a pátria lhe retribui o sentimento? Será que a pátria o merece sequer?
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In Grandes Livros. Os Lusíadas, Luís de Camões, Documentário RTP2
Inês de Castro A morte de Inês de Castro deu-se no ano de 1355. Esse é um dos episódios mais famosos de toda a História de Portugal, e é possível que essa celebri-
dade se deva a dois factos: o primeiro é a atenção que Camões lhe consagrou n’Os Lusíadas, o segundo é os grandes túmulos que o Rei D. Pedro mandou construir. Muitos se lembrarão ainda daquela estrofe célebre: Estavas, linda Inês, posta em sossego, De teus anos colhendo doce fruto, Naquele engano da alma, ledo e cego, Que a Fortuna não deixa durar muito, In Os Lusíadas, Canto III
A verdade é sempre diferente da lenda e, neste caso, a verdade é a seguinte: o Infante herdeiro do trono, que era D. Pedro, vivia já há anos maritalmente com uma dama da alta nobreza galega, Dona Inês de Castro, e já tinha três filhos dela. É até possível que já estivesse casado com ela. Entretanto, em Castela, rebenta uma grande revolta contra o rei, a quem eles chamaram Pedro, o Cruel, e para o substituir, vêm convidar o nosso Infante D. Pedro, o herdeiro da coroa portuguesa. É claro que isso levaria o Infante a meter-se numa guerra que não tinha nada a ver connosco. Mas, naturalmente, que a companheira do Infante, a Dona Inês de Castro, via nesse convite uma grande honra: por esse caminho, ela chegava a ser Rainha de Castela e, portanto, certamente ela aconselhava o companheiro a aceitar o convite. (Isto que eu estou a dizer não é uma pura hipótese; é isso que se retira dos documentos que nós conhecemos.) O rei D. Afonso IV não concordava com uma intervenção portuguesa numa guerra com a qual nós nada tínhamos que ver, e ele não queria que o Infante se metesse na guerra dos espanhóis. É por isso que ele manda executar Inês de Castro, a conselheira do Infante. Como calculam, o Infante D. Pedro não se resignou a perder assim a mulher da sua vida, a mãe dos seus filhos; revoltou-se, o país entrou numa onda de violência. Até que D. Pedro sucede no trono ao pai, declara solenemente que Inês era a sua esposa, que os filhos do casamento eram filhos legítimos e mandou lavrar os mais belos túmulos que até hoje se fizeram em Portugal. No interior do mosteiro de Alcobaça, está Inês em frente de Pedro. Os Anjos sustêm-lhes as cabeças e parece que eles aguardam a hora em que vão
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soar as trombetas do Juízo Final. Quando isso acontecer, os mortos vão ressurgir dos seus túmulos. Eles vão abrir os olhos: Inês vê em frente de si Pedro, e Pedro a primeira palavra que vai dizer é: “Inês!” Num dos túmulos, há uma legenda que diz: “Até ao fim do mundo.” Eu acho que esta é uma das mais bonitas lendas de amor de toda a História da Europa. E eu não entendo bem como é possível que hoje todo o mundo se comova diante dos túmulos de Romeu e Julieta – que nunca existiram, senão na imaginação de um genial poeta Inglês – e permaneça tão impassível perante estes túmulos verdadeiros de uma das mais dilacerantes histórias de amor, que jamais no mundo se contou. In História Essencial Portugal (Vol. 2), Professor José Hermano Saraiva
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“José Gomes Ferreira – Um Homem do Tamanho do Século” Entrevistador – José Gomes Ferreira acaba de publicar, na Editora de Abril, o livro Gaveta de Nuvens. Livro que, como qualquer livro de José Gomes Ferreira, é um acontecimento na vida literária portuguesa. […] Entrevistador – Que significa este livro? O quê que ele traz aos seus leitores habituais? José Gomes Ferreira – Olhe, eu sei o quê que ele me trouxe a mim durante uma vida inteira, quer dizer, foi o de simular cultura e de ocupar a minha vida de marginal, quer dizer, eu em certa altura, quando fiz a Faculdade de Direito (que eu tenho o curso da universidade, sou licenciado em Direito na Faculdade de Lisboa, tinha 22 anos ou 23 anos…) E, então, pensei vagamente em ir para a vida diplomática. Bom, comecei por então fazer um estágio num consulado de quarta classe, na Noruega, à espera de um concurso que felizmente nunca houve, porque lá rapidamente descobri (aliás, já sabia antes) que eu não tinha nascido para cônsul ou para diplomático, de maneira nenhuma... Jornalista – José Gomes Ferreira, tinha nascido no Porto, no dia 9 de junho de 1900, numa rua que premonitoriamente se chamava Rua das Musas. A mãe de José Gomes Ferreira, Maria do Carmo, descendia de uma família de Braga de requintado gosto pela música. O pai, Alexandre Ferreira, tinha origem numa família muito humilde do Porto: ficara órfão quando
tinha apenas 9 anos. Mas a sua excecional personalidade, vincou-lhe o futuro, e embora pobre e sem família raro era o dia que não corria para a biblioteca pública, onde se alimentava de leituras ávidas e atentas que lhe ensinaram o mundo e lhe moldaram uma invulgar dimensão humana que todos apreciavam e respeitavam. E José Gomes Ferreira tinha uma enorme admiração pelo seu pai. […] Jornalista – Alexandre Ferreira foi uma grande figura da República: foi vereador da Câmara de Lisboa, onde criou a rede bibliotecas municipais; foi o pai da Universidade Livre e também o fundador dos Inválidos do Comércio; tinha uma permanente preocupação pelos mais pobres e desfavorecidos. E foi certamente da figura tutelar de seu pai que José Gomes Ferreira herdou uma sentida preocupação pelos que sofrem e que tão vincadamente se reflete na sua poesia. […] Jornalista – Quando José Gomes Ferreira tinha 4 anos, a família mudou-se para Lisboa, onde ele cresceu criado longe das árvores, no roldão poeirento das cidades. Quando entrou para a instrução primária já sabia ler e escrever, e aos 7 ou 8 anos terá mesmo feito os seus primeiros versos. Mas foi principalmente no ambiente republicano na casa de seu pai, onde as reuniões e os encontros eram frequentes, que o pequeno José Gomes mais aprendeu o mundo. Adorava passar os serões ao pé dos adultos, atento a tudo. Atento as todas as palavras. Na autobiografia A Memoria das Palavras, onde José Gomes Ferreira remonta aos seus tempos de escola, revela que foram as palavras dos outros que lhe recortaram o mundo e lho definiram para sempre e o fizeram poeta. […] Jornalista – Na capital do reino e numa época em que a monarquia dava mostras de uma crescente fragilidade, a influência republicana acentuava o descontentamento da população. O pai de José Gomes Ferreira, fervoroso republicano, participava ativamente nos movimentos e comícios que daí a poucos anos levariam à revolução republicana; e, com 7 ou 8 anos, o que o pequeno José Gomes mais gostava era de acompanhar o pai aos comícios. […] Jornalista – Vendo no pai um monumento, muita influência dele naturalmente colheu e, tal como seu pai lera quando ainda era criança, também José Gomes tinha na leitura o seu principal passatempo. […] Leituras que, aliadas ao fervor republicano que se vivia na casa do pai, vincadamente marcaram o seu perfil. […]
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E terá sido assim, profundamente empolgado pelo ideário republicano e socialista, que o pequeno José Gomes Ferreira assistiu à Revolução Republicana. […] É já depois da implementação da República que o jovem José Gomes Ferreira entra para o liceu, frequentando o Colégio Francês “Aos Anjos” e, enquanto nas memórias da sua infância reconhece ter sido um cábula na escola, afirma a grande saudade que guarda de alguns dos seus mais queridos professores. […] Alexandre Vargas – Leonardo Coimbra que foi professor do meu pai, no liceu Gil Vicente, juntamente com algumas outras figuras que também foram importantes para o meu pai, teve uma grande importância para ele, na medida em que lhe revelou a existência do grande Raul Brandão, que o meu pai sempre considerou como um dos seus mestres diletos, nomeadamente ele chamava-lhe o seu mestre secreto. E, a certa altura, o meu pai conta que, numa conversa de café, Leonardo Coimbra lhe terá dito: “Rapaz conheces Raul Brandão? Já lestes Os Pobres, já leste A Farsa, já leste O Húmus? Lê O Húmus. Jornalista – E José Gomes Ferreira leu. Leu Húmus, A Farsa, Os Pobres, leu também Guerra Junqueiro, Gomes Leal, João de Deus, Teixeira de Pascoais, muitas vezes, sentado no banco que havia no jardinzinho do velho liceu Gil Vicente. Leituras que encheram a sua juventude e o ajudaram a descobrir como das palavras se fazia música. In RTP Memória (Documentário integrado nas celebrações do centenário do nascimento do poeta: 1900-2000) http://www.rtp.pt/rtpmemoria/?t=JOSE-GOMES-FERREIRA--UM-HOMEM-DO-TAMANHO-DO-SECULO.rtp&article=1015&visual=2&layout=5&tm=8
Problema de Expressão Só pra dizer que te Amo, Nem sempre encontro o melhor termo, Nem sempre escolho o melhor modo.
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Devia ser como no cinema, A língua inglesa fica sempre bem E nunca atraiçoa ninguém. O teu mundo está tão perto do meu E o que digo está tão longe, Como o mar está do céu.
Só pra dizer que te Amo Não sei porquê este embaraço Que mais parece que só te estimo. E até nos momentos em que digo que não quero E o que sinto por ti são coisas confusas E até parece que estou a mentir, As palavras custam a sair, Não digo o que estou a sentir, Digo o contrário do que estou a sentir. O teu mundo está tão perto do meu E o que digo está tão longe, Como o mar está do céu. E é tão difícil dizer amor, É bem melhor dizê-lo a cantar. Por isso esta noite, fiz esta canção, Para resolver o meu problema de expressão, Pra ficar mais perto, bem mais de perto. Ficar mais perto, bem mais de perto. In Kazoo, Clã, 1997
Estou além Não consigo dominar Este estado de ansiedade A pressa de chegar P’ra não chegar tarde Não sei de que é que eu fujo Será desta solidão Mas porque é que eu recuso Quem quer dar-me a mão Vou continuar a procurar a quem eu me quero dar Porque até aqui eu só Quero quem Quem eu nunca vi Porque eu só quero que m Quem não conheci Porque eu só quero quem Quem eu nunca vi Porque eu só quero quem Quem não conheci Porque eu só quero quem Quem eu nunca vi
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Esta insatisfação Não consigo compreender Sempre esta sensação Que estou a perder Tenho pressa de sair Quero sentir ao chegar Vontade de partir P’ra outro lugar Vou continuar a procurar o meu mundo, o meu lugar Porque até aqui eu só Estou bem Aonde não estou Porque eu só estou bem Aonde eu não vou Porque eu só estou bem Aonde não estou Porque eu só estou bem Aonde não vou Porque eu só estou bem Aonde não estou Letra e música de António Variações. Interpretado pelos Humanos
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SOLUÇÕES DO CADERNO DE EXERCÍCIOS
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LÍNGUA VARIAÇÃO E MUDANÇA
Variedades europeia, brasileira e africana
Origem e evolução do português Fenómenos linguísticos (págs. 6-7)
(págs. 10-12)
1.1. divergentes/ convergentes 1.2. “mácula” 1.2.1. via popular – devido a fatores diversos, todas as línguas sofrem variação ao longo do tempo, sendo natural que palavras que existem há mais tempo na língua possam sofrer alterações mais acentuadas do que aquelas que são mais recentes 2.1. b) palavras divergentes 2.2. “coisa”, “cousa” 3.1. palavras convergentes 3.2. resposta pessoal 4. ato/auto; alienar/alhear; clamar/chamar; clave/chave; cogitar/cuidar; delicado/delgado; íntegro/inteiro; óculo/olho; ópera/obra; palácio/paço; parábola/palavra; plano/chão; pleno/cheio; rotundo/redondo; sigilo/selo; solitário/solteiro; superar/sobrar 5.1. a) riqueza b) cargo político elevado c) aquele que não casou
Variedades linguísticas (págs. 8-9) os adolescentes têm tendência a abreviar o verbo estar – “Tá-se” – e a usar o termo “mano” e não “mono” como o pai disse inicialmente 1.2. na verdade, aquele é um registo comum nos jovens adolescentes, pelo que o pai não compreende o significado da expressão 2.1. expressões textuais: “Ôi, Jeremy!”/ “Estava tipo a passar”/ “o profe Karo aparece tipo nem sei donde”/ “e, eu, naquela”/ “stôr”/ “e ele vai”/ “sobre a cena medieval”/ “o sorriso bué da nice”/ “e ele, naquela”/ “e eu a flipar, tipo ‘God!’”; norma padrão: Olá, Jeremy!/ Estava a passar/ o professor Karo aparece sem eu dar conta/ e eu retribuí/ senhor doutor/ o professor alertou-me/ sobre a época medieval/ o sorriso muito simpático/ e ele afirmou/ e eu muito nervosa, Meu Deus! 3.1. “vai em cata dela” – Vai procurá-la; “que te arranco os fígados pela boca” – que dou cabo de ti; “à conta da cabra” – por causa da cabra; “se tiver meio quartilho no bucho” – se tiver bebido/se estiver embriagado; “que as não larga das unhas” – que as não larga das mãos 4. b) 5. b) 2. c) 5. d) 4. e) 1. f) 3. variedade geográfica
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1.1.
1.1.
a) Para (você) ter um belíssimo Ano Novo b) (você) não precisa de beber champanhe ou qualquer outra bebida alcoólica c) as plantas recebem mensagens? d) fazer uma lista de boas intenções
1.2. A. a) – “ganhar (um) belíssimo”, c) – “(as) plantas”, d) – “fazer (uma) lista” B. c) – “planta” C. b) – “não precisa de” D. b) – “birita” 2.1. Nós vínhamos de mãos dadas, sem pressa de nada pela rua. 3.1. Totoca vinha a ensinar-me a vida. E eu estava muito contente porque o meu irmão mais velho estava a dar-me a mão e a ensinar-me as coisas. 4.1. variedade brasileira: “caminhão, automóvel, carroça e bicicleta”; “isso é importante”; “Pela primeira vez”; “Mas esqueceu uma coisa.”; “para ver se vem carro”; “Nem toda hora”; “vou mostrar uma coisa para você” variedade europeia: camiões, automóveis, carroças e bicicletas; isto é importante; Para a primeira vez; Mas esqueceste-te de uma coisa; para ver se vêm carros; Nem toda a hora/Nem sempre; vou mostrar-te uma coisa 5.
para a primeira vez, foste muito bem. Mas esqueceste-te de uma coisa. Tens que olhar para os dois lados para ver se vêm carros. Nem sempre eu vou estar aqui para te dar o sinal. Na volta, nós treinamos mais. Agora vamos que eu vou mostrar-te uma coisa.
6.1. 1.a vinheta: Apanha aquele rato. 2.a vinheta: Espera um minuto, deixa-me calçar as minhas sapatilhas de corrida. 3.a vinheta: Parece-me um pedido aceitável. 7.1. c) 7.2. “se admiram”, “no preciso”, “se resigna”, “fazer seu próprio caixão”, “se perguntava”, “que deu nele”, “no enquanto”, “obra para nossa eternidade”, “trabalhando”, “para erguer casa provisória” 7.3. admiram-se, no próprio, resigna-se, fazer o seu próprio caixão, perguntava-se, que lhe deu, entretanto, obra para a nossa eternidade, a trabalhar, para erguer uma casa provisória
6. Soluções do Caderno de Exercícios do Aluno | Novas Leituras 9
g) fins de semana h) homens-rã(s) i) lava-louças j) lugares-comuns k) más-línguas l) peixes-espada(s) m) retratos-robô(s) n) vice-presidentes
FONOLOGIA Processos fonológicos (págs. 14-16) 1.1. 1.2. 1.3. 2.1. 3.1. 3.2. 4.1.
5.1.
6.1.
1.a vinheta: quero, carrinho 3.a vinheta: prefiro, carrinho, bombeiro fonema: /r/ A mãe, inicialmente, entendeu que o filho estava a pedir um carinho (“quero um carinho”) “Pera” – para; “fantesia” – fantasia; “mui” – muito o “a” inicial caiu: avantagem>vantagem aférese a) aférese b) apócope c) síncope d) paragoge e) síncope f) apócope g) epêntese h) prótese i) dissimilação j) síncope k) assimilação l) assimilação m) metátese n) metátese o) síncope p) prótese q) metátese r) paragoge s) assimilação a) metátese, apócope b) síncope, apócope, assimilação c) síncope, apócope d) síncope, apócope arcaísmos: “guarecer”, “jiricocins”, “fumoso”, “Dix!”, “Samica”, “simpreza”, “abaste”, “pera”, “muitieramá”, “uxiquer” formas atuais: salvar(-te), jericos/asnos, vaidoso, Já disse!, talvez, simplicidade, basta, para, em muito má hora, em qualquer parte
MORFOLOGIA Flexão nominal (pág. 18) 1. 2.
Flexão verbal (págs. 19-22) 1.
Excerto 1: Era, partira, deixando, vivia, vira, levado, começava, apareceu, trazendo, trespassado, chorou, Chorou, era, chora, deixava, seria, defendesse Excerto 2: Nascida, tinha, correra, Pertencia, acredita, continua, estaria, reinando, tinham subido, fossem, iriam 2.1. a) “sejam” – verbo ser, no presente do conjuntivo b) “forem” – verbo ser, no futuro do conjuntivo c) “representa” – verbo representar, no presente do indicativo d) “sou” – verbo ser, no presente do indicativo e) “seria” – verbo ser, no condicional f) “beijar” – verbo beijar, no infinitivo 3. a) Quem me dera que todas as pessoas fossem socialmente aceites como iguais. Não acredito que todas as pessoas sejam socialmente aceites como iguais. b) Gostaria que não houvesse desigualdades sociais. Duvido que não haja desigualdades sociais. c) Espero que todas as pessoas tenham as mesmas oportunidades. Desejava que todas as pessoas tivessem as mesmas oportunidades. d) Seria bom que não existisse discriminação social. Não me parece que não exista discriminação social. e) É preciso que a sociedade se empenhe na defesa dos direitos humanos. Seria bom que a sociedade se empenhasse na defesa dos direitos humanos. 4.1. “Levanta-te”, “Salta”, “vai”, “Come”, “Para”/”salta”, “Vai”, “Dorme” 4.2. Levante-se, Calvin!, Salte já da cama!, Então, vá-se sentar., Coma o que tem no prato., Pare de empatar e salte para a banheira., Durma bem. 5. b) Perdes/Perderás a carrinha. (verbo auxiliar: ir) c) Senta-te. (verbo auxiliar: ir) d) Não, só brincas depois de acabares os deveres. (verbos auxiliares: poder, ir, ter) e) Não, deita-te já. (verbo auxiliar: ter de)
Novas Leituras 9 –
“couve-flor”, couves-flor(es) a) abelhas-mestras b) andares-modelo c) arranha-céus d) bombas-relógio(s) e) contra-ataques f) decretos-lei(s)
109
110
Novas Leituras 9 | Guia do Professor
6.1. “Haverá” – futuro do indicativo; “Há” – presente do indicativo
6.
7.1. verbos defetivos: “Há”, “Faz”, “fez”, “trovejou”, “Havia”, “anoiteceu” 7.2. a) 8.1. verbos defetivos impessoais: amanhecer, gear, orvalhar verbos defetivos unipessoais: balir, trotar, zumbir
7.
8.2. resposta pessoal
Processos morfológicos de formação de palavras (págs. 23-28) 1.
nobreza, franqueza: -eza; velhice, meiguice: -ice; sensatez, altivez: -ez; valentia, cobardia: -ia; candura, ternura: -ura
1.1.
b)
2.
acontecimento, aparecimento, atendimento, conhecimento, consentimento, deferimento, desenvolvimento, entretimento, fornecimento, gradeamento, lançamento: -mento; b)
3.1. Grupo A: injuriado; Grupo B: indignação; Grupo C: instante; Grupo D: inerência
7.1. 7.1.1.
8.1. 8.2. 8.3. 8.4.
3.2. prefixo in- (i-), expressa a ideia de negação 3.3. a) 4.1. a) Ele desacatou as ordens dos pais. b) Ele desanimou o colega. c) Ele desapareceu hoje. d) Ele desencorajou a rebelião. e) Ele desgovernou o país. f) Ele desiludiu o paciente. g) Ele desincentivou a leitura do livro. 4.2. a) 4.3. prefixo des- expressa a ideia de negação
9.1.
5.1. a) inclassificável b) indisciplinável c) iniludível d) inimaginável e) impagável f) inqualificável g) irrealizável Novas Leituras 9 –
h) intocável i) insubstituível j) inexecutável/inexequível 5.2. o prefixo in- e o sufixo –vel, palavras derivadas por prefixação e por sufixação
10.
inacreditável, inadiável, inalterável, incalculável, inconcebível, inconfessável, inconfundível, incontável, indecifrável, indispensável, inexcedível, indesejável, indiscutível, inesgotável, injustificável, inabitável, insondável, insuportável aconchego, acordo, aviso, balanço, brado, busca, carrego, chancela, cheiro, dança, debate, decote, degelo, demora, derrota, desafio, desagrado, desalento, desalinho, desânimo, descanso, desencontro, desgaste, embate, emprego, encontro, escolha, jura, manejo, passeio, peleja, reboque, recato, reconforto, reconquista, recorte, reembolso, reencontro, reforma, saque, sobra, sobressalto, sopro, tempero, trato, troça, vigia, volta, zanga b) os sufixos pospostos aos especificadores do radical verbal foram substituídos pelas vogais –a, –e ou –o, formando-se nomes deverbais Biologia a) a palavra “Biologia” é formada pelos radicais bioe –logia, daí tratar-se de um composto morfológico. Exemplos: biomassa: massa total dos seres vivos que subsistem em equilíbrio numa dada superfície de solo ou num dado volume de água oceânica; biodegradável: que pode ser decomposto por microrganismos vivos até desaparecer por completo; biodiversidade: conjunto formado por todas as espécies de seres vivos existentes, nomeadamente em determinada região, pelas suas comunidades, pelos seus ecossistemas e pela sua diversidade genética; biografia: descrição da vida de alguém; obra que faz a narração das fases da vida de uma pessoa compostos morfológicos: monólogo, multicolor, geografia, monocromático, omnipresente, ultramoderno, cronologia, cronómetro, quadrúpede, sobre-humano, floricultura, multifacetado compostos morfossintáticos: mal-educado, lugar-comum, contra-ataque, homem-rã, comando-remoto, decreto-lei, retrato-robô, andar-modelo, arranha-céu, abelha-mestra, má-língua, jardim de infância derivação por prefixação: desacreditar, descontentar, desfavorecer, recanto derivação por sufixação: agradável, alcovitice, barbeiro, desejavelmente, economista, hipotecar, moralização, palidez, pedraria, veleiro composição morfossintática: abaixo-assinado, bomba-relógio, estrela-do-mar, fim de semana, maldisposto, passatempo, porco-espinho,
6. Soluções do Caderno de Exercícios do Aluno | Novas Leituras 9
terça-feira, tira-teimas, composição morfológica: filosofia, hipódromo, poliglota, telecomando, tricolor, ultraleve
CLASSES DE PALAVRAS Nome (pág. 31) 1.1.
nomes próprios: António, Capador, Aurélia nomes comuns: compras, mãe, pai, carroça, porco, tia, tio, pessoa, visita, camioneta, carreira, galinha, braçado, altura, insuficiência, metade, habitações, combatentes, cobardia, luta, paz nomes comuns coletivos: guarda, tropa, infantaria, cavalaria, artilharia, população
2.1. d) 2.2. alcateia: conjunto de lobos; cáfila: conjunto de camelos; manada: conjunto de bois, búfalos, elefantes, etc., ou seja, animais de grande porte
Verbo (pág. 32) 1.1.
“Desencoraja-se”: desencorajar – verbo transitivo (direto)
2.
a) Aqui, nasceu Eça de Queirós. b) Os alunos leram a “A Aia” afincadamente. c) Quando tocou, eles saíram devagar. d) Agora, os alunos estão a estudar o conto. 3. a) Os alunos vão ler de novo o conto em casa. b) “A Aia” foi sem dúvida o conto de que eles gostaram mais. c) Em geral, os alunos apreciam contos. d) Não foi em vão que os alunos se empenharam, pois obtiveram bons resultados. 4.1. “Todavia”, “porém”, “Na verdade”, “sem dúvida” 4.2. Os advérbios conectivos têm como função estabelecer a ligação entre as frases. 5. primeiro/ depois/ Além disso/ naturalmente/ De facto/ no entanto/ Ainda assim/ consequentemente 6.1. “E então como é que te está a correr o verão, Jeremy?”, “Como é que vão os teus amigos?”, “Quando é que o Hector tira a carta?”
Determinante (págs. 36-37) 1.1.
2.1. b) 2.2. resposta pessoal 2.3. verbos intransitivos: roçar, esfregar-se, flirtar, deslizar, rolar, bambolear-se, saltar, alucinar verbos transitivos: permitir, dar, tocar, lamber, acotovelar, pontapear, acariciar, contorcer 3.
1.1.
adjetivos qualificativos: “brilhante”, “fenomenal”, “novo”
2.1. adjetivos qualificativos: “excelente”, “grande”, “exemplar”, “admirável”, “exímio”, “seguinte”, “máxima”, “importante”, “amável”, “bonita” adjetivos numerais: “primeiro”, “segundo”, “último” 3.
1.2. 2.1. 3.1.
“estão” – verbo estar
Adjetivo (pág. 33)
3.2.
3.3. 4.1.
b) ilimitado c) ajuizada d) interessante e) esfomeado f) depenada g) poderoso
Advérbio e locução adverbial (págs. 34-35) 1.
“Sim”: afirmação/ “adequadamente”, “bem”: modo/ “daqui”/ aqui: lugar/ “mais”: grau/ “Então”: advérbio conectivo
5.
artigos definidos: “o”, “as”, artigos indefinidos: “um”, “uma” “este”: determinante demonstrativo; “meu”: determinante possessivo “ao”: a+o, “das”: de+as, “da”: de+a, “do”: de+o “deste”: de+este “Um”: determinante artigo indefinido; “o”: determinante artigo definido a) Este livro é sempre o melhor presente. b) Esse livro é sempre o melhor presente. c) Aquele livro é sempre o melhor presente. a) determinantes demonstrativos: “Este”, “àqueles”, “deste”, “Nesse” determinantes indefinidos: “outros”, “Certos” determinantes possessivos: “meu” determinantes interrogativos: “qual”, “Que” determinantes artigos definidos: “o”, “a”, “as” determinantes artigos indefinidos: “uma” b) Vi ontem um documentário cujas filmagens foram feitas por um amador. c) O artista plástico, cujos quadros estão expostos na galeria, é muito conhecido. d) Ouvi em direto o jornalista cujas declarações causaram polémica. e) Assisti a uma peça de teatro, cujos atores interagem com os espetadores. f) Os espetáculos cujo lucro reverte a favor de instituições têm mais público.
Novas Leituras 9 –
h) desdentado
111
112
Novas Leituras 9 | Guia do Professor
g) Aprecio os filmes cujo desfecho é inesperado. h) Os livros cujas histórias se baseiam em factos reais são mais vendidos. i) A galeria de arte, cuja remodelação demorou vários meses, reabriu esta semana. j) O escultor, cujo trabalho foi recentemente elogiado pela crítica, era até agora desconhecido. k) Ganhei um bilhete para o filme cuja antestreia foi ontem. l) O cantor, cujo concerto foi cancelado, prometeu regressar brevemente.
Pronome (págs. 38-42)
g) A professora esclarecer-lhes-á as dúvidas quando solicitada. 7.
c) Ele telefonar-me-ia se tivesse saldo no telemóvel. d) Eles fá-lo-iam bem se soubessem. e) Ela felicitá-los-ia se merecessem. f) Eu atribuir-lhe-ia um cargo se ele fosse responsável. g) Eles desmotivar-se-iam se não fossem recompensados. 8.1. pronomes demonstrativos: “isso”, “Isto” 8.2. a) aquilo b) esta c) estes, aqueles d) Esta e) isto f) Este/Isto g) Aqueles h) esta
Novas Leituras 9 –
1.1.
pronomes pessoais, forma tónica: “comigo”, “contigo”, “eu”, pronomes pessoais, forma átona: “o (saiba)”, “(diz-) me” 2. a) 2. b) 3. c) 3. d) 5. e) 1. f) 4. 3.1. Sempre que a professora questiona os alunos, eles procuram responder-lhe corretamente. Hoje, porém, a Mafalda surpreendeu-se com o Miguelinho, porque ele parecia não compreender que a professora lhe fazia perguntas, para aferir os seus conhecimentos e não porque ela não soubesse a resposta. 4. a) Mal o vi na semana passada. b) Só os visitei ontem. c) Ainda lhe telefono hoje. d) Talvez lhes ofereça um livro pelo Natal. e) Já me perguntaram o mesmo de manhã. f) Bem te avisei para teres cuidado. g) Também nos pediu para fazermos os trabalhos de casa. h) Sempre vos disse para estudarem. i) Jamais lhes incutiram hábitos de estudo diário. j) Nunca se preocupam com os exames. 5. a) Que vos disse ontem? b) Quem o convidou para a festa? c) Onde os guardaste? d) Como te contaram o sucedido? e) Quando lhes escreveste uma carta? 6. b) Ele prejudicar-se-á se não fizer os trabalhos de casa. c) Eu ajudar-te-ei se te empenhares. d) A mãe comprar-lhe-á um presente se ele obtiver boas notas. e) A diretora de turma convocá-los-á para uma reunião. f) Os professores compensá-los-ão pelo bom desempenho.
b) Tu lê-lo-ias se soubesses como é interessante.
9.1. a) A tua flash drive está em cima da mesa. Esta é minha. b) O teu computador é este, mas aquele é meu. c) Este computador é nosso ou vosso? d) Tu compraste o meu computador. O computador é teu. e) Nós perdemos as nossas fotos. A culpa foi nossa. f) O vosso computador foi barato. Podias comprar um igual ao nosso. g) Eles apagaram os seus trabalhos da flash drive. A responsabilidade é sua. 9.2. os pronomes surgem em vez do nome, os determinantes surgem antes de um nome. 10. a) Todos têm os mesmos direitos, mas não devem esquecer os seus deveres. b) Nada substitui a liberdade de expressão. c) Poucos reconhecem o valor da liberdade. d) Ele tinha tudo bem organizado. e) Ninguém gosta de ser humilhado. f) Muitas são as pessoas que trabalham ao domingo. g) Alguém disse um dia que o trabalho dignifica o homem. 11.
b) Este é o aluno a quem a professora entregou o diploma./ Este é o aluno em quem a professora mais confia. c) Este é o livro a que/ao qual me referia./ Este é o livro de que os alunos precisam. d) Este é o ator que ela gostaria de conhecer. / Este é o ator por quem ela se apaixonou. e) Este é o carro que todos sonham ter./ Este é o carro de que ele mais gosta. f) Só hoje li o relatório que tu me enviaste./ Só hoje li o relatório a que/ao qual fizeste referência na reunião.
6. Soluções do Caderno de Exercícios do Aluno | Novas Leituras 9
12.
a) Vasco da Gama, que descobriu o caminho marítimo para a Índia, será para sempre lembrado. b) Vasco da Gama narrou a História de Portugal ao rei de Melinde, que foi muito hospitaleiro com os navegadores portugueses. c) Os alunos que concluíram o 9.º ano leram Os Lusíadas.
Quantificador numeral (pág. 43) 1.1.
“três”, “dois”, “um”, “zero”, “6”, “7”
2.1. “Não sou um perdedor”: determinante artigo indefinido; “Capítulo um: Negação”: nome comum 2.2. Exemplo: Ele já leu um capítulo do livro. 3.
a) dez b) doze c) cem d) mil e) quinze f) dez g) cem h) três i) mil j) duzentos
Preposição e locução prepositiva (pág. 44) 1.1.
2.
preposições: “com”, “às” (a+as), “para”, “da” (de+a), “sem”, “de”, “das” (de+as), “naquilo” (em+aquilo), “dele” (de+ele), “em”, “ao” (a+o), “na” (em+a), “no” (em+o) b) a – verbo: referir-se a
113
Interjeição (pág. 46) 1.1./1.2. a) “Houlá! Hou!” – chamamento A. f) B. a) C. j) D. b) E. e) F. i) G. c) H. h) I. l) J. d) 1.3. a) Fidalgo: Respondei-me! Eh! Pst! c) Onzeneiro: Homessa! Nom vou eu em tal barca. i) Diabo: Força!/ Eia! Dêmos à vela! l) Diabo: Atenção! Todos a tirar,/ que está em seco o batel!
SINTAXE Frase simples vs. frase complexa (pág. 48) 1.
frases simples: b) frases complexas: a), c)
c) a – verbo: recorrer a d) com – verbo: contar com
Coordenação (pág. 48)
e) com – verbo: compactuar com
1.1.
f) de – verbo: duvidar de g) por – verbo: apaixonar-se por h) para – verbo: emigrar para 3.
a) em cima de b) ao lado de c) de acordo com d) em frente a e) ao encontro de f) a respeito de 2.
Conjunção e locução conjuncional (pág. 45) 1.1.
a) “ou” – conjunção coordenativa disjuntiva; “e” – conjunção coordenativa copulativa b) “e” – conjunção coordenativa copulativa c) “Pois” – conjunção coordenativa explicativa; “e” – conjunção coordenativa copulativa d) “Mas” – conjunção coordenativa adversativa
2.1. a) “Como se” – locução subordinativa comparativa b) “quando” – conjunção subordinativa temporal
A. mas esta estava emperrada - c) B. os passageiros aguardavam nas carruagens – f) C. pois adormeceu durante a viagem – e) D. logo o ar estava irrespirável na carruagem – d) E. ora regava as flores murchas – b) F. e deu o lanche à filha – a) a) A mãe e a filha eram pessoas modestas, pois viajavam em terceira classe. b) A filha nunca tinha andado de comboio nem tinha viajado. c) A mãe tinha veias azuis nas pálpebras, logo parecia mais velha do que era. d) A mãe ia visitar a sepultura do filho, mas tinha uma expressão tranquila. e) Ora a mãe estava tranquila ora conseguia controlar as emoções.
Subordinação (pág. 49) Orações subordinadas adverbiais (págs. 49-50)
d) “se” – conjunção subordinativa condicional
1.
e) “Pera” (para) – conjunção subordinativa final f) “Despois de” – locução subordinativa temporal g) “Como” – conjunção subordinativa causal 2.1. Para que vissem trabalhos excessivos
a) oração subordinada adverbial temporal b) oração subordinada adverbial final c) oração subordinada adverbial consecutiva d) oração subordinada adverbial condicional e) oração subordinada adverbial comparativa
Novas Leituras 9 –
c) “(Tão)… que” – conjunção subordinativa consecutiva
114
Novas Leituras 9 | Guia do Professor
2.
f) oração subordinada adverbial causal
Orações subordinadas adjetivas relativas (pág. 51)
g) oração subordinada adverbial concessiva
1.1.
a) Uma vez que o comboio partia às três e meia,: oração subordinada adverbial causal; a irmã acordou o sacerdote.: oração subordinante b) Se a mãe a não revelasse,: oração subordinada adverbial condicional; o padre desconhecia a identidade de Carlos Centeno.: oração subordinante c) O assunto era tão melindroso: oração subordinante; que o sacerdote ruborizou.: oração subordinada adverbial consecutiva
2.
d) Apesar de roubar,: oração subordinada adverbial concessiva; segundo a mãe Carlos Centeno era um bom homem.: oração subordinante e) A mãe defende o filho: oração subordinante; como qualquer mãe o faria.: oração subordinada adverbial comparativa f) A irmã conduziu o padre até à janela: oração subordinante; para que visse a multidão lá fora.: oração subordinada adverbial final g) Assim que a conversa terminou,: oração subordinada adverbial temporal; a mãe e a filha despediram-se.: oração subordinante 3./3.1 a) Apesar de lhe custar, a mãe falava do filho tranquilamente. – oração subordinada adverbial concessiva b) Uma vez que o comboio partia cedo, elas tinham de sair no calor. – oração subordinada adverbial causal c) Para evitarem a hora do calor, o padre sugeriu que elas fossem mais tarde. – oração subordinada adverbial final d) Caso não tivessem de regressar tão cedo, elas teriam saído pela fresca. – oração subordinada adverbial condicional 4.
b) Antes de saírem da carruagem, a mãe penteou a filha c) Mal chegaram à povoação, elas dirigiram-se à casa do sacerdote.
Novas Leituras 9 –
d) Sempre que o padre perguntava/lhe fazia uma pergunta, a mãe respondia sem hesitações. e) Enquanto o padre conversou com a mãe, a filha manteve-se sossegada. f) Quando regressassem do cemitério, não era preciso baterem à porta.
orações subordinadas adjetivas relativas restritivas – b) que leste; c) que viajaram por mares ignotos; h) que Luís de Camões cantou orações subordinadas adjetivas relativas explicativas – a) que é o mais elevado género do modo narrativo; d) que faz parte da estrutura interna de Os Lusíadas; e) a quem Camões pediu inspiração; f) que era o jovem rei de Portugal; g) a quem solicita novas façanhas/ que dignifiquem o povo português b) Os jovens que praticam desporto são mais saudáveis. c) As pessoas que persistem nos seus objetivos são mais bem-sucedidas. d) os animais que os donos estimam/ que são estimados pelos donos não são abandonados. e) O bolo que era de chocolate foi o primeiro a acabar. f) As pessoas que têm uma vida familiar estável são mais felizes. g) Eu gostei muito do presente que tu me ofereceste. h) O trabalho que os alunos realizaram/ que foi realizado pelos alunos recebeu muitos elogios. i) Não concordo com as ideias que eles apresentaram/que foram apresentadas por eles.
Orações subordinadas substantivas (págs. 52-53) 1.1.
a) para lerem o episódio de Inês de Castro b) que o rei a perdoasse c) se teria cometido algum crime d) que preferia o desterro e) que era inocente f) perdoar Inês de Castro g) que Inês fosse executada 1.2. b) 2.1. a) Foi inconcebível que o rei mandasse executar uma pessoa inocente. b) Seria desejável que não houvesse pena de morte. c) Teria sido prudente que o povo perdoasse Inês de Castro. d) É impossível que não conheças o caso de amor entre Inês e D. Pedro. e) É urgente que as pessoas sejam mais benevolentes. f) É necessário que se castiguem/castigue os transgressores. g) É indispensável que se acabe com as injustiças. 3.1. a) Quem te avisa teu amigo é. b) Admiro quem luta pelos seus objetivos. c) Deves procurar valorizar quanto tens.
6. Soluções do Caderno de Exercícios do Aluno | Novas Leituras 9
d) Encontrei-o onde me indicaste. e) Ele alugou a casa a quem lhe ofereceu mais dinheiro. 3.2. orações subordinadas substantivas relativas 4.
a) quem nos compreenda b) onde lhe apetece c) quem estacionou mal o carro d) quem se empenhou no trabalho e) quem mereceu f) Quem trabalha g) onde os encontra h) quem agrada a toda a gente i) quem tudo quer j) Quem com ferros mata
Funções sintáticas (pág. 54) Sujeito (pág. 54) 1.
a) 3. b) 2. c) 4. d) 1. e) 2. f) 4.
2.1. 1.a vinheta: “os exames finais”, “tudo”– sujeito simples; “(tu) Deixa lá”, “(tu) Vais ver” – sujeito subentendido 2.a vinheta: “os exames” – sujeito simples 3.a vinheta: “(os exames) são mais fáceis” – sujeito subentendido; “tu” – sujeito simples 4.a vinheta: “(vocês) estão a falar” – sujeito subentendido 3.
a) falamos b) receiam c) conversa d) é/será
115
1.2. a) Embora ela as faça no supermercado, isso degrada-lhe. b) Quando o merceeiro a atendia, perguntava-lhe pela família. c) As meninas da caixa, que os registam, não olham para os clientes. 2. a) A mãe inclinou-a e adormeceu. b) A filha descalçou-os. c) A menina regou-as nos sanitários. d) A mãe e a filha observavam-nos pela janela. e) Elas traziam-no. f) As duas comeram-nas durante a viagem. g) A filha trá-las no regaço. h) Elas iam visitá-la. i) Trazemo-lo para a sepultura de Carlos Centeno. 3. a) Entrego-to. b) Dá-ma, por favor! c) A terra à vista restitui-lho. d) Agradeço-vo-la. e) Conta-mo. 4. b) Ele defendê-los-á sempre que necessário. c) Nós vencê-las-emos na tempestade. d) Vós conquistá-lo-eis durante a viagem. e) Eles pedi-la-ão se precisarem. 5. b) Tu fá-la-ias se vivesses no século XVI? c) Ela aconselhá-lo-ia se ele a ouvisse. d) Ele atendê-la-ia se não fosse ambicioso. e) Eles ganhá-lo-iam se chegassem à Índia.
Complemento indireto (págs 58) 1.1.
Vocativo (pág. 55) 1.1.
“Mãe”
2.
a) A minha dificuldade, mãe, é não querer fazer os trabalhos de casa. b) Porque não queres fazer os trabalhos de casa, filha? c) Filha, tens de fazer os trabalhos de casa!
Predicado (pág. 55) 1.
a) 5. b) 3. c) 2. d) 1. e) 4. f) 6.
Complemento direto (págs. 56-57) 1.1.
b) Quando o merceeiro atendia a cliente (oração subordinada adverbial temporal) c) que registam os artigos (oração subordinada adjetiva explicativa)
Novas Leituras 9 –
a) Embora ela faça as compras no supermercado (oração subordinada adverbial concessiva)
a) A menina da caixa entrega-lhes o troco maquinalmente. b) O funcionário da bilheteira vendeu-lhe um bilhete sem qualquer saudação. c) A cronista contou-lhes a sua deceção. d) Ela trouxe-lhe um presente. e) Ela atribui-lhes grande importância. 1.2. a) A menina da caixa entrega-lho maquinalmente. b) O funcionário da bilheteira vendeu-lho sem qualquer saudação. c) A cronista contou-lha. d) Ela trouxe-lho. e) Ela atribui-lha. 2.1. a) A funcionária não lho dá. b) Os passageiros não lha pedem. c) Os funcionários não lha agradecem. 2.2. a) A funcionária dá-lho. b) Os passageiros pedem-lha. c) Os funcionários agradecem-lha.
116
Novas Leituras 9 | Guia do Professor
1.2. a) modificador
2.1. predicativo do sujeito – “um cavalo” (2x), “uma barca à vela”, “um navio”, “uma Torre Amarela” 2.2. verbos copulativos – parecer, ser
2.
a) O Sapateiro regressou à barca do Diabo.
Modificador (pág. 62)
b) Inicialmente, o Frade discordou da sentença do Diabo.
1.1./1.2. a) Ele não gosta dos semáforos devido aos intrometidos. (causa) b) As senhoras colam autoritariamente o autocolante. (modo) c) Nesse dia, a rapaziada não conseguiu roubar nenhum leitor de cassetes. (tempo) d) A seguradora propõe-lhe calorosamente que a troque. (modo) e) Ele fica sem carro durante uma semana. (tempo) f) Ele põe-se na borda do passeio a fazer sinais aos taxistas. (lugar) 2. Exemplos: a) António Lobo Antunes teve um acidente naquele dia. b) O condutor da furgoneta discutiu furiosamente com ele. c) Os carros ficaram danificados por causa do acidente. d) O trânsito ficou parado junto aos semáforos. 3. a) Apesar da sua condição, o Frade foi para o Inferno. b) O Anjo não dirigiu a palavra ao Frade, porque o Parvo falou por ele. c) O Onzeneiro tentou descaradamente subornar o Anjo, para entrar na sua barca. d) Quando chegou à barca do Diabo, o Sapateiro vinha carregado de formas. e) O Sapateiro roubou o povo durante trinta anos com o seu ofício. f) Felizmente, o Parvo foi aceite pelo Anjo devido à sua inocência.
Complemento oblíquo (pág. 59) 1.1.
c) complemento indireto
c) O Fidalgo e o Frade não renunciaram aos prazeres mundanos. d) A maioria das personagens foi para o Inferno. e) Nem todas as personagens recorreram ao Anjo. f) Nenhuma personagem beneficiou do seu estatuto social. g) O destino das personagens depende do comportamento em vida.
Complemento agente da passiva (pág. 60) 1.
frases ativas – a), d), e), f), frases passivas – b), c)
1.1.
a) Muitas pessoas indesejáveis são atraídas pelos semáforos. b) Vendedores de jornais incomodam António Lobo Antunes nos semáforos. c) O homem da furgoneta insultou-o. d) O acidente será participado por ele à seguradora. e) Antes do acidente, as regras de trânsito eram transgredidas por ele. f) Ainda hoje, o incidente é recordado por ele com algum azedume.
2.1. a) O convívio tinha sido marcado mais cedo pelos amigos. b) O sucedido terá sido contado por António Lobo Antunes aos amigos. c) A sua opinião sobre os semáforos terá sido exposta por ele. d) Se um telefonema tivesse sido feito aos amigos por ele, eles não se tinham aborrecido.
Modificador do nome restritivo e modificador do nome apositivo (pág. 63) 1.1.
Predicativo do sujeito (pág. 61) 1.
a) O rei era jovem e audacioso. b) A rainha sentiu-se desolada com a morte do rei. c) Segundo a aia, a vida do seu rei continua no Céu.
Novas Leituras 9 –
d) O reino ficou desprotegido após a morte do rei. e) Para segurança do príncipe, a aia permaneceu ao lado do seu berço. f) O tio parecia um lobo à espera da presa. g) A fidelidade da aia revelou-se fundamental para o reino.
2. 3.
modificador do nome restritivo: “bastardo”, “depravado”, “bravio”; “do rei”; “do príncipe”; “de berço” modificador do nome apositivo: “irmão bastardo do rei”, “senhor de tantas províncias”, “faminto do trono e de poder”, “bebé de berço” a), c) a) Os vassalos foram enviados para uma situação perigosa. (de perigo) b) A aia revelou-se uma mulher corajosa. (de coragem) c) A aia foi conduzida ao tesouro real. (da realeza) d) A luz matinal incidiu no tesouro. (da manhã) e) O amor materno/maternal vence qualquer obstáculo. (de mãe)
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SEMÂNTICA LEXICAL
f) Esta camisola está em conta. (a bom preço)
Monossemia e polissemia (págs. 65-66)
g) Ele mandou pôr a despesa na conta. (registar no livro de débitos)
1.1.
“cabeças de gado”: conjunto de animais criados para os trabalhos agrícolas ou para a produção de leite ou carne. 1.2. Ele percebeu que o pai do colega tinha apenas a cabeça dos animais, pois desconhecia a expressão “cabeças de gado”. 1.3. resposta pessoal (usar a cabeça, dar com a cabeça nas paredes, atirar-se de cabeça, saber de cabeça, deitar as mãos à cabeça…) 2.1. a) partiu b) desrespeitaram c) embatem d) desfez-se 3. Exemplos: a) A professora contou os alunos. b) Os alunos contam passar de ano. c) A escola já conta cem anos. d) A professora contou uma história aos alunos. 4. Exemplos: a) As cataratas do Niágara são das mais belas do mundo. b) Encontrei um amigo no banco do jardim. c) Prefiro o campo à cidade. d) A língua portuguesa é uma das mais faladas no mundo. e) A água desta fonte é muito fresca. f) As árvores de fruto estão em flor. g) A primavera é a minha estação do ano preferida. h) Gosto muito de frango assado. i) Tens de coser o remendo com linha preta. j) Ela tem um sinal no queixo. k) A minha pasta é de pele genuína. l) Não gastes tanto papel. m) Atestei o depósito no posto mais barato. n) Viste a chave do carro? o) Ele ofereceu-lhe um anel de ouro.
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h) Ele não teve em conta a nossa amizade. (considerar) i) Ele perdoou-lhe à conta da sua amizade. (por causa de) 2.1. resposta pessoal
Hiperonímia e holonímia (pág. 68) 1.1.
hiperónimos – de “sala”: divisão da casa; de “carro”: meio de transporte; de “luvas”: peça de vestuário; de “rosa”: flor
2.
a) sentimento
3.
intrusos: a) meias, luvas; b) ramos, tronco; c) shopping, mercado; d) tutor
4.1. merónimos: a) pétala, caule, folha, raiz, b) volante, motor, jante, porta, ignição c) capa, lombada, contracapa, folha 4.2. hiperónimos: a) flor b) meios de transporte c) géneros do modo narrativo
Sinonímia e antonímia (pág. 69) 1.
a) distante/ perto b) iniciar/ acabar, terminar c) veloz/ lento d) velho/ jovem e) adição/ subtração f) adquiriu/ vendeu
2.
a) posterior; b) introvertido; c) excluir; d) sobrevalorizado; e) inferior; f) polissílabo; g) multicelular; h) hipertermia; i) megaconcerto; j) externo
3.
a) tolerante; b) desleixado; c) presunçoso; d) indispensável; e) pedir
Campo semântico (pág. 67) Neologismos (pág. 70) 1.1.
Netbook (amálgama), MP3 (sigla), pen drive (empréstimo), IPAD (acrónimo)
1.2. O surgimento das novas tecnologias originou o aparecimento de novos vocábulos 2.
a) amálgama; b) extensão semântica/ truncação; c) sigla/ onomatopeia; d) extensão semântica/ extensão semântica; e) truncação; f) sigla/ empréstimo; g) amálgama; h) truncação
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1.1./1.2. a) Ela toma conta de dois bebés. (cuidar de; responsabilizar-se por) b) Ele não deu conta que faltava uma pessoa. (aperceber-se de) c) Ele fez de conta de que não percebeu. (fingir) d) Ele trabalha por conta própria. (por iniciativa própria; sem depender de outrem) e) Isto não é da tua conta. (ser assunto da responsabilidade ou da competência de)
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ANÁLISE DO DISCURSO E LINGUÍSTICA TEXTUAL Reprodução do discurso no discurso Discurso direto e discurso indireto (págs. 72-73) a) O narrador afirmou que os seus pais e os seus tios gostavam de ir à feira. b) A mãe perguntou à feirante se tinha uma galinha maior do que aquela. c) A tia declarou que ela comprava a galinha se fizesse um preço mais baixo. d) A tia disse à mãe que a sua galinha tinha o bico mais perfeito. e) A mãe exclamou que se achava que aquela era mais perfeita, que ficasse com ela. f) A tia continuou e perguntou se ela não via que as galinhas eram diferentes. g) A tia teimou que ela sabia que ela trocara/tinha trocado a sua galinha. h) A mãe defendeu-se e disse que aquilo não era verdade, que ela nunca faria tal coisa. 2. a) Os pais perguntaram: – Vocês acompanham-nos ou ficam mais um pouco? b) A tia pediu à mãe: – Leva a galinha contigo! c) A mãe declarou: – Tu cobiças tudo o que é dos outros. d) O pai perguntou: – O que aconteceu? e) A tia disse ao pai: – A tua mulher sempre foi mentirosa. 3.1. b) discurso indireto 3.2. O Calvin perguntou ao pai: – Queres ver umas decisões que escrevi para o Ano Novo? O pai respondeu: – Estou contente por ver que tu queres melhorar. E, o Calvin disse: – As decisões não são para mim, mas para ti. 3.3. O Calvin afirmou que era por aquilo que estavam lá fora e o Hobbes retorquiu que não percebera/tinha percebido porquê tanta pressa. O Calvin declarou que estava a ficar desiludido com o Ano Novo, que já nem parecia novo, cada Ano Novo era como o velho. Mais um ano que passara/tinha passado e estava tudo na mesma. Ainda havia poluição, guerra, estupidez e ganância. As coisas não mudaram/tinham mudado. E perguntou que espécie de futuro era aquele. Pensava que as coisas iam melhorar e que o futuro ia ser melhor. O Hobbes concluiu que o problema com o futuro era que ele se tornava presente.
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1.
Modo oral e modo escrito (pág. 74) a) Espera, espera! b) E… bem… Pois… Esteee… c) E… bem… Pois… Esteee… Enfim… 1.2. Na verdade, a pergunta da filha era difícil de responder, pelo que a mãe não sabia o que lhe dizer.
1.1.
Conectores do discurso (pág. 74) 1.
quando/ e/ onde/ na realidade/ No entanto/ por conseguinte/ Por outras palavras/ mas também
Recursos expressivos (págs. 75-76) 1.1.
1.2.
2.1.
2.2. 3.1. 3.2.
4.
5.1.
Um eufemismo consiste na apresentação de uma ideia chocante e/ou desagradável por meio de termos mais brandos e suaves. Na realidade, não agradava ao Jeremy que a namorada usasse roupa que pertencera à mãe quando era jovem, pelo que “estranho” era um termo brando para o que ele pensava verdadeiramente sobre isso o Jeremy recusou-se a ir passear com os pais pela floresta, argumentando que não queria olhar “para um monte de árvores” e ficou em casa a fazer um puzzle cuja ilustração era precisamente de árvores. b) pois, na verdade, ele parece detestar paisagens. conceito: paz; recurso expressivo: alegoria Os homens nem sempre respeitam os princípios que regem a paz, desprezando-a; pelo contrário, fazem a guerra (cf. a pomba que traz um capacete de soldado à prova de bala) a) anáfora b) eufemismo; alegoria (“passar o rio”) c) ironia d) ironia e) antítese f) metáfora g) aliteração h) eufemismo i) hipérbole j) apóstrofe e personificação k) eufemismo l) hipérbole m) símbolo (“hábito”) n) comparação o) enumeração p) enumeração q) metáfora r) ironia s) comparação t) hipérbole u) alegoria; antítese (“prazeres”/”dolores”) pleonasmo (entraram para dentro) – repetição redundante da mesma ideia
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REPRESENTAÇÃO GRÁFICA E ORTOGRÁFICA Sinais de pontuação (pág. 79) 1.1.1. a) separar o vocativo dos outros elementos da frase; b) marcar a frase interrogativa 1.1.2. a) separar uma oração gerundiva da primeira oração; b) indicar algo que ficou por concluir 1.1.3. a) exprimir o espanto e a impaciência da professora e para marcar a frase interrogativa; b) separar a oração subordinada que ocorre no interior da oração subordinante 2.1. b) 2.2. O aluno pesquisou sobre o homem errado e os colegas pesquisaram sobre Gil Vicente.
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3.1. a primeira vírgula é usada, porque a segunda oração é assindética; a segunda vírgula é usada, porque a oração seguinte é uma coordenada adversativa
Sinais auxiliares da escrita e formas de destaque (pág. 80) 1.1. A. d) B. b) C. a) 1.2. A. e), h) B. c), d), f), g), i) 1.3. A. b), c) B. i) 2. os parênteses curvos introduzem uma informação/ explicação complementar
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