GCPB

GUIA COMPLETO

DAS

PROFECIAS PR OFECIAS BÍBLICAS STEPHEN STEP HEN M. MILLER MILLER

SUMÁRIO

Quiz das Profecias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

PERGUNTAS MAIS FREQUENTES SOBRE PROFETAS: O que, exatamente, é um profeta? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 Quem eram os profetas profetas?? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 Como Deus falava com os profetas? profetas? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 Sobre o que os profetas falavam? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 Alguns dos profetas fizeram previsões erradas? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

PROFECIAS PARA OS JUDEUS: Notificação de despejo para os judeus: Adeus, Terra Prometida! . . . . . . 45 Guerra Santa: Deus contra os inimigos de Israel. . . . . . . . . . . . . . . . . . 67 Habitat para o povo judeu: Bem-vindos à casa! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87 Messias: Um novo dia amanhece. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99

O FINAL DE ALGUMA COISA, TALVEZ DO MUNDO: Prevendo o Fim . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116 O Fim: De acordo com Isaías. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120 O Fim: De acordo com Ezequiel. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129 O Fim: De acordo com Daniel. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145 O Fim: De acordo com Sofonias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165 O Fim: De acordo com Zacarias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172 O Fim: De acordo com Jesus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 181 O Fim: De acordo com Paulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 195

O FIM E UM NOVO COMEÇO: APOCALIPSE Um beijo de despedida para o mundo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 207 Sete cartas para sete igrejas (Apocalipse 1–3). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 211 Uma visita aos céus (Apocalipse 4–5). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 231 Quatro cavaleiros do Apocalipse (Apocalipse 6:8-5). . . . . . . . . . . . . . 237 Sete trombetas do juízo (Apocalipse 8:6-11). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 253 Bestas e os anjos de batalha (Apocalipse 12–14).. . . . . . . . . . . . . . . . . 266 Armagedom e as sete pragas (Apocalipse 15–16). . . . . . . . . . . . . . . . . 289 Babilônia foi embora (Apocalipse 17–19:10). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 305 Jesus vai para a guerra (Apocalipse 19:11-21).. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 311 Mil anos de céus na Terra, Terra, e depois depois o fogo (Apocalipse 20). . . . . . . . . 317 Céus e Terra Terra – Novos e Aprimorados (Apocalipse 21–22). . . . . . . . . . 331

FINAL DO LIVRO Dicionário de profecias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 345 Créditos Crédi tos das artes artes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 359

GUIA COMPLETO DAS PROFECIAS BÍBLICAS

Aluno judeu na cidade de Nova York, com o xale de oração, 1911.

Profetas desafiando um perfil. Deus designou profetas para entregarem Sua mensagem ao povo judeu e às nações estrangeiras. Esse variado grupo de seres incluiu, pelo menos um menino, Jeremias, talvez não muito mais velho que o jovem menino com seu livro de oração (acima, à direita). As mulheres serviam como profetisas também, como Débora – também conhecida como uma das juízas mais famosas da geração de Sansão e Gideão. Mas, a maioria era homem. Alguns serviram por pouco tempo, como Amós. Outros serviram a maior parte de sua vida adulta, como Isaías, que profetizou por 40 anos.

O QUE, EXATAMENTE, É UM PROFETA? Então o SENHOR me disse [Moisés]: “Eis lhes suscitarei um profeta do meio de seus irmãos, como tu, e porei as minhas palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar.”

DEUTERONÔMIO 18:17-18 Nos tempos bíblicos, algumas pessoas ouviam a Deus. Outras, conversavam com Ele. Profetas eram ouvintes. Sacerdotes eram aqueles com quem Ele falava. Os sacerdotes intermediavam os pedidos do povo, pedindo-Lhe para perdoar, curar, ou abençoar – independente de o adorador em questão apresentar um sacrifício próprio. De um lado da moeda, se os sacerdotes eram cabeças, os profetas eram caudas. Pois os profetas levavam as ordens de Deus para o povo. 12

PERGUNTAS MAIS FREQUENTES SOBRE PROFETAS

Deus por seus ancestrais – obedecerem às suas leis e somente O adorarem – Deus não mais cumpriria sua parte do contrato: proteção e bênção. Pior ainda, invocaria a cláusula da penalidade, liberando sobre eles doença, fome, invasão e exílio. “Maldito serás ao entrares, e maldito serás ao saíres” (Dt. 28:19). Não foram, somente, alguns poucos profetas que cantaram essa canção, foram centenas e talvez milhares. A tradição dos judeus, passada de forma oral, dizia que eram centenas de milhares de homens e mulheres. Embora a Bíblia não nomeie mais do que 40 profetas, ela fala sobre o aparecimento de grupos de profetas em diferentes momentos da história de Israel: [Deus para Samuel] Então chegarás ao outeiro de Deus, onde está a guarnição dos filisteus; e há de ser que, entrando ali na cidade, encontrarás um grupo de profetas que descem do alto, e trazem diante de si saltérios, e tambores, e flautas, e harpas; e eles estarão profetizando. 1 S 10:5

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PERGUNTAS MAIS FREQUENTES SOBRE PROFETAS

Jonas discordou. “Mas isso desagradou extremamente a Jonas, e ele ficou irado. E orou ao Senhor, e disse: ‘Peço-te, pois, ó Senhor, tira-me a vida, porque melhor me é morrer do que viver’” (Jonas 4:1-3).

Alguns historiadores dizem que essa profecia em particular não era uma profecia de verdade. Era uma história – Nostradamus olhando 400 anos atrás. Em 1139, os invasores normandos capturaram Nápoles. Este é o mesmo ano que o Monte Vesúvio, há poucas milhas a leste de Nápoles, entrou em erupção por oito dias, envolvendo a cidade em cinzas. Quarenta ponto cinco graus, nova cidade, chamas, Normandos – tudo funciona bem com o evento de 1139. Não tão bem com o 11 de setembro.

Nós não vimos chegar. Dezoito minutos depois de um avião ter atingido a torre norte do World Trade Center de Nova Iorque, um segundo avião explode a torre sul. Ambos os prédios entram em colapso dentro de duas horas, matando 2752 pessoas. Os fãs de Nostradamus dizem que o vidente francês previu que isso aconteceria há 500 anos. Os críticos dizem que tudo o que ele viu foi um livro histórico. Suas profecias se encaixam bem com os eventos que aconteceram 400 anos antes dele em Nápoles (foto menor), quando os normandos invadiram a cidade e o Monte Vesúvio, próximo dali, entrou em erupção.

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Alguns estudiosos dizem que devemos também atentar para os erros nas profecias relatadas. Sim, erros em nossa Bíblia. Erros de profetas que entendiam errado um sonho e visão que Deus enviava, ou que, simplesmente, iam longe demais ao tentar falar para as pessoas o que estava prestes a acontecer. Erros, também, dos escribas que trabalhavam para preservar os pergaminhos desbotados, gastos e difíceis de ler, ao copiá-los em novos pergaminhos que os estudiosos de hoje usaram para criar as novas versões da Bíblia. Isso significa que as Bíblias que nós temos em nossas mãos são baseadas em cópias das cópias de uma tradução após a outra. Muitos cristãos rejeitam a ideia de que Deus teria permitido que erros como esses

PREVISÕES CONFIRMADAS PELA ARQUEOLOGIA Nós as temos escritas, esculpidas em algumas pedras e queimadas no barro: evidências de que os profetas estavam certos, pelo menos em parte do tempo. Previsões cumpridas preservadas em escritos:

A PREVISÃO

A EVIDÊNCIA DO CUMPRIMENTO

Invasores assírios de volta pra O prisma de Senaqueribe. Como relatado em um prisma casa “Te farei voltar pelo caminho por de 2700 anos de idade, feito onde vieste” (2 Reis 19:28). de barro assado, Senaqueribe se gabou por ter destruído Previsão de Isaías para o rei assírio 46 cidades fortificadas dos Senaqueribe, que tinha destruído judeus. Mas sua ostentação muitas cidades judaicas e agora foi insuficiente em Jerusalém: cercava Jerusalém. A Bíblia diz que “E a Ezequias... eu o fiz Deus mandou um anjo que matou prisioneiro em Jerusalém... 185 mil assírios, talvez com uma como um pássaro na gaiola. praga. Os sobreviventes fugiram. Eu o cerquei.” Nós sabemos o motivo de os pássaros engaiolados cantarem. Nós até sabemos a canção: “Ó Senhor nosso Deus...” (2 Reis 19:19).

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Sofonias avisa. A

primeira reclamação de Deus, dita através de Sofonias, condena Judá por quebrar o primeiro e mais importante dos Dez Mandamentos: não adorar a outro deus, senão ao Senhor. “E estenderei a minha mão contra Judá, e contra todos os habitantes de Jerusalém, e exterminarei deste lugar o restante de Baal” (Sofonias 1:4). Baal era o deus da fertilidade do Oriente Médio na família, no campo e no rebanho (ele prometia fartura em cada um deles). Baal era apenas um dos muitos ídolos que os judeus adoravam e a idolatria era somente um dos muitos pecados deles. Outros eram: • “Os seus príncipes são leões rugidores” (Sofonias 3:3). • “Os seus juízes são lobos da tarde, que não deixam os ossos para amanhã” (Sofonias 3.3).

Saudações a Baal. Uma escultura de pedra de Baal (à direita) mostra

este deus da terra e da fertilidade segurando uma funda como um dardo de relâmpago ou uma planta. Baal era o deus chefe em Canaã, agora em Israel, e em algumas regiões ao redor. Ruínas de um templo dedicado a Baal (abaixo) foram encontradas na Síria, em uma antiga cidade, Palmira, ao norte de Damasco. Moisés alertara os judeus para que matassem os cananeus: “Para que não vos ensinem a fazer conforme a todas as suas abominações, que fizeram a seus deuses, e pequeis contra o Senhor vosso Deus” (Deuteronômio 20:18).

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PROFECIAS PARA OS JUDEUS

• “Os seus profetas são levianos, homens aleivosos;” • “Os seus sacerdotes profanaram o santuário, e fizeram violência à lei” (Sofonias 3:4). Por esses pecados, Sofonias prometeu: “O dia do S está perto; porque o Senhor preparou o sacrifício, e santificou os seus convidados” (Sofonias 1:7). A força de invasão babilônica chegaria dentro de poucas décadas.

PERFIL DE UM PROFETA

Habacuque, demandando com Deus. Data: Provavelmente em alguma época entre 612 e 586 a.C. Localização: Judá. Fato notável: Quando Habacuque descobriu que Deus planejava punir Judá ao enviar os invasores babilônios para demolirem o país, mostrou uma audácia incrível em sua resposta ao Deus Poderoso: “Você não pode estar falando sério!” (Habacuque 1:13 T HE MESSAGE). Mensagem resumida: Habacuque mirou duas reclamações contra Deus. Com Judá tendo prazer no pecado, o profeta orou a Deus para intervir e levar a nação a uma nova direção. “Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás?” (Habacuque 1:2). No final de tudo, Deus respondeu, dizendo que estava prestes a virar o país de cabeça para baixo ao liberar os invasores babilônios. Habacuque reclamou mais uma vez: “Por que olhas para os que procedem aleivosamente, e te calas quando o ímpio devora aquele que é mais justo do que ele?” (Habacuque 1:13). Deus assegurou a Habacuque que os babilônios receberiam o que era deles também, quando chegasse o tempo. Resignado diante da devastação iminente do país, Habacuque respondeu com uma das orações de confiança mais bonitas da Bíblia: “Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado. Todavia eu me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação.” (Habacuque 3:17-18).

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Fator medo: Um

soldado assírio desmembra um cativo, enquanto outro prisioneiro é pendurado acima do chão, imobilizado em uma estaca. Olhos mortos de cabeças decapitadas assistem à horrível tortura. Os governantes assírios usavam táticas de terror como ferramenta para manter os reinos subservientes com medo demais para se rebelarem. E para ter certeza de que ninguém esqueceria o preço da rebelião, cenas como essas decoravam as paredes do palácio. Essa faixa de bronze veio do palácio de Salmaneser III (governou de 858-824 a.C.).

ASSÍRIA  TERRORISTAS DO ANTIGO ORIENTE MÉDIO

Nós não precisamos da Bíblia para nos contar quão maligno foi o primeiro grande império, embora ela certamente faça isso. Os próprios assírios preservavam sua história cruel e se gabavam de seu terrorismo. Cenas esculpidas em pedra e penduradas nas paredes do palácio incluíam prisioneiros de guerra: • imobilizados em estacas de madeira; • tendo sua pele retirada enquanto ainda estavam vivos; • decapitados, com cabeças empilhadas para uma contagem de cabeças, como melões no mercado. Os assírios, estabelecidos em Nínive, próximo de onde, hoje, está a cidade de Mosul, ao norte do Iraque, brutalizaram o Oriente Médio por pelo menos 300 anos (cerca de 900-612 a.C.). Em seu auge, depois da morte de Salomão e da divisão da nação dos judeus em duas, o império assírio cortou uma vasta faixa pelos centros de população do Oriente Médio. O império ia de onde agora está o Irã, ao leste, ao rio Nilo do Egito, a oeste. O motivo declarado da Assíria: a religião. Esta era uma guerra santa para o evangelismo pagão. Um dos primeiros reis assírios que teve maior sucesso, Assurnasirpal II (governou 68


Nínive, da realeza à ruína. A capital da Assíria, um dia, foi

uma linda cidade localizada ao longo do rio Tigre (esquerda). Protegendo-a estavam quase oito milhas (13 km) de muros, dos quais as ruínas ainda são visíveis do céu como um contorno branco. O rio Khosr, um afluente do Tigre, abastecia Nínive conforme fluía com tranquilidade pelo centro da cidade. Hoje, as ruínas da cidade estão ao longo do rio de Mosul. Decorações excessivas, algumas bestiais, guardavam as entradas para as maiores cidades assírias. Criaturas – touros com cabeças de humanos e asas (acima) – saudavam os visitantes da cidade próxima de Khorsabad durante o tempo dos profetas.

BABILÔNIA  MAUS RAPAZES DO ORIENTE MÉDIO

Com a Assíria dominada, a superpotência sede deslocada 270 milhas a sul (440 km) para a capital da Babilônia, cerca de 55 milhas (90 km) ao sul de Bagdá. Se os governantes vizinhos, tais como o rei de Judá, Jeoiaquim (governou entre 609598 a.C.), esperavam uma mudança para melhor, eles tiveram uma surpresa ruim. O mais forte e famoso rei da Babilônia apareceu: Nabucodonosor (governou entre 605-562 a.C.). A ordem do dia de Nabucodonosor foi convocar uma conferência de cúpula. Lá, ele ordenou aos reis vizinhos que servissem aos governantes fantoches da Babilônia, com ele mesmo articulando as cordas. A primeira corda que Nabucodonosor puxou teve os reis invadindo seus tesouros e preciosidades, os quais foram usados para sustentar o império babilônio. Eles teriam de fazer isso todos os anos: pagar as taxas. E, para provar que era o chefe, Nabucodonosor tomou dos reinos subjugados alguns dos seus conselheiros reais e outros cidadãos com altas posições e os levou para a Babilônia com ele. Os governantes fantoches de Judá haviam dançado para os mestres de cordas da Assíria por gerações. E Jeoiaquim estava farto com outras pessoas dizendo-lhe onde poderia chegar. Então, evidentemente, ele deu início a uma coalizão antibabilônia, juntando forças com o Egito e os reinos cidades de Tiro e Sidom, onde hoje está o Líbano; e com Moabe e Edom, onde hoje está o Jordão. Logo, todos os citados deixaram de enviar os pagamentos das taxas para a Babilônia. O rei judeu também permitiu que as pessoas adorassem a ídolos novamente: Baal e Moloque. Ídolos de fertilidade enterrados com pessoas daquela época confirmam os relatos bíblicos. 73


DE MESSIAS A MUÇULMANO No ano 666 mais mil, o Messias viria. Assim escreveu um carismático mestre, Natã de Gaza. Natã colocou isso em uma carta que se espalhou rapidamente como fofoca no meio dos mundos dos judeus, cristãos e islâmicos. Aqui está, irmãos. Nosso Messias veio à vida na cidade de Esmir [Esmirna nos tempos bíblicos, na costa oeste]. Seu nome é Shabbetai Zevi. Logo ele revelará seu reino a todos e tomará a coroa do Sultão... Nosso Messias cavalgará por Jerusalém, com Moisés e todos os judeus da antiguidade montados em cavalos... Em seu caminho, ele será atacado por Gogue e Magogue, inimigos de Israel. Mas o Messias com o sopro de suas narinas afugentá-los-á... Quando ele entrar em Jerusalém, Deus mandará dos céus um templo feito de ouro e pedras preciosas... Naquele dia os mortos de Rabbi Sabbetai Zevi (1626–1676), posando para um todo o mundo se levantarão de seus desenho em 1666, enquanto ele ainda era um judeu. túmulos. RABI NATÃ DE GAZA

O mestre Natã estava certo, pelo menos em parte. O rabi Sabbetai fez uma aparição na cena internacional em 1666. Este é o ano em que as autoridades turcas prenderam o mestre Sabbetai. Os oficiais do sultão estavam preocupados com o crescente fervor messiânico e os

rumores sobre um exército de judeus de tribos perdidas marchando para o norte da África. Então eles deram ao mestre uma escolha: • Converter-se ao islã. • Morrer. O judeu se tornou muçulmano. Ironicamente, cerca de 1500 anos depois, um profeta chamado João entregou esta mensagem aos cidadãos da terra do mestre, Esmirna: “Nada temas das coisas que hás de padecer... Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Apocalipse 2:10).

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O QUE AINDA VAI ACONTECER O fim da vida na Terra como nós conhecemos.

E o sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e saiu grande voz do templo do céu, do trono, dizendo: “Está feito.” E houve vozes, e trovões, e relâmpagos, e houve um grande terremoto, como nunca houve desde que há homens sobre a terra; tal foi este tão grande terremoto. E toda a ilha fugiu; e os montes não se acharam. E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. A 16:17-18 e 20; 21:1-2

Deus e sua bondade vencem a batalha dos séculos. Satanás e o pecado perdem. O tempo dirá como a vida será no lado vitorioso desta batalha cósmica. Enquanto isso, os estudiosos curiosos e especialistas sobre o final dos tempos expressam suas melhores suposições sobre ambos, o caminho para a vitória e a celebração que se seguirá. Entretanto, há um obstáculo no meio do caminho. Algumas das profecias que parecem, à primeira vista, falar sobre o fim do mundo podem estar falando sobre o fim de outra coisa. Muitos estudiosos especulam que os profetas como Sofonias, Jesus e João do Apocalipse usaram a linguagem do fim do mundo como um exagero – uma forma de enfatizar o terrível fim que estava esperando pela nação dos judeus, a amada cidade de Jerusalém e o império romano. Embora muitos estudiosos apoiem essa teoria, outros argumentam que os profetas queriam dizer o que estavam dizendo mesmo – que a raça humana e a criação estavam caminhando para começar uma nova vida em algum tipo de forma nova e aprimorada. Ainda que isso confunda os assuntos, alguns estudiosos ainda dizem que as profecias têm um dever duplo, indicando eventos no passado da humanidade, assim como eventos que ainda acontecerão – independente se isso acontecerá em uma hora ou em uma era. Toda essa complexidade se deve porque você não está lendo “O Fim – Como a Bíblia Vê”. Cada profeta da Bíblia que escreveu sobre o fim está escrevendo de um campo diferente na linha do tempo da história, extraindo de mensagens diferentes de Deus e se direcionando a públicos diferentes e aos problemas de tais dias. Não é justo assumir que os profetas estejam falando do mesmo “fim”. Muitos estudiosos dizem que não. Então, a melhor forma de ouvir o que cada profecia diz é ouvi-las uma de cada vez. 118


Deus versus o dragão. Os mitos sobre dragões datam de algumas das primeiras civilizações. Uma das imagens mais antigas de dragões está preservada nas ruínas dos muros da Babilônia (abaixo). Em uma história babilônica sobre a criação, o deus-tempestade Marduque matou um dragão do mar – a mãe dos dragões. Esses dragões tinham “dentes afiados e eram caninos sem misericórdia, e corpos cheios de veneno ao invés de sangue”. Marduque usou o cadáver da mãe de todos os dragões para criar a Terra e o céu. Isaías parecia usar da sabedoria de seus leitores a respeito desta história quando disse que um dia Deus destruiria “a serpente aquática” (Isaías 27:1) – talvez um símbolo do mal.

A TEORIA DO COMPROMISSO

Aqui está uma abordagem que tem grande aceitação entre os especialistas da Bíblia. Dê a alguns profetas a liberdade de trabalhar em duas zonas de tempo: o passado e o futuro. Pelo menos dê a eles a liberdade de profetizar que os autores do Novo Testamento pegaram emprestado e aplicaram ao final dos tempos ou à vida e ministério de Jesus. Muitos estudiosos do Antigo Testamento, entretanto, dizem que nós não devemos ler as antigas profecias somente à luz da interpretação do Novo Testamento. Em vez disso, eles dizem que devemos considerar o que a profecia podia significar para os primeiros leitores. Se não fizermos isso, argumentam, estamos tratando o Antigo Testamento – que são dois terços da Bíblia – como se não fosse tão importante como o Novo, e como se não tivesse sua própria mensagem para passar. As profecias do Antigo Testamento funcionam mais como um carimbo de validação para o Novo Testamento na Bíblia. Não é como se as previsões do Antigo Testamento estivessem lá somente para que o Novo Testamento as cumprisse, para provar que nós servimos a um Deus que pode fazer as coisas. Nosso entendimento sobre Deus – nossa teologia, como os estudiosos da Bíblia a chamam – começa no Antigo Testamento e continua a crescer à medida que lemos sobre o Novo Testamento. 126

FIM DE ALGUMA COISA – TALVEZ DO MUNDO

Os autores do Novo Testamento concordam: “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo” (Hebreus 1:1-2). Em cada caso, Deus está falando. E quando Deus fala, as pessoas ouvem.

FIM DOS TEMPOS – O QUE ISSO SIGNIFICA? Últimos dias, fim dos tempos, escatologia, como os especialistas sobre a Bíblia o chamam, vem da palavra grega eschatos, que significa “último”, como o estudo das últimas coisas. Independente de usarmos palavras monossilábicas ou um punhado de sílabas, há algo fatal e misterioso sobre esse tópico.

Parece o fim do mundo, ou talvez somente o fim da raça humana – o que não seria menos traumático para os humanos. Mas o que é exatamente final dos tempos, e quando chegaremos lá? Um autor do Novo Testamento usa uma terminologia diferente, e escreve com um senso de urgência: Esta é a última hora.

1 JOÃO 2:18, NVI Isso foi há cerca de 17 milhões de horas. Por “última hora”, João não estava falando sobre os últimos minutos, meses ou anos do mundo, pelo menos é o que diz a maior parte dos especialistas sobre a Bíblia. Mas, estava falando sobre o último estágio nos planos de Deus para salvar os seres humanos do pecado – uma era que começou com a vinda de Jesus. Deus começou Seu plano de salvação com um homem justo: Abraão. E de Abraão, Deus estabeleceu

uma nação justa: Israel. Deus confiou a Israel as suas direções para uma vida santa e com uma ordem: “Eu, o Senhor, te chamei em justiça, e te tomarei pela mão, e te guardarei, e te darei por aliança do povo, e para luz dos gentios” (Isaías 42:6). Israel falhou nesta missão. Deus, então, enviou Seu Filho, Jesus, para completar a missão. Jesus fez isso, ensina o Novo Testamento, ao mostrar às pessoas como viverem à semelhança de um cidadão do Reino do Céu e ao enviar os discípulos para ir e fazer “discípulos por todas as nações” (Mateus 28:19). A “última hora” começa e termina, dizem muitos especialistas sobre a Bíblia, com Jesus – Sua vinda e Sua segunda vinda.

Então, quando Jesus vier e o fim estiver consumado, para onde isso levará o planeta Terra e os seres humanos? Deus sabe. A Bíblia indica. Os estudiosos supõem. Suas suposições educadas são baseadas em indicações da Bíblia, que são muitas vezes veladas em poesia, e escondidas em códigos de uma antiga metáfora. Se nós pudéssemos dar a cada suposição uma lanterna e

colocá-la no céu, os controladores aéreos ficariam realmente irritados. As suposições geralmente indicam uma realidade inteiramente nova, uma existência radicalmente diferente: tais como uma vida física eterna em uma terra nova e aprimorada, com corpos como aquele que Jesus teve depois de Sua ressurreição.(Para maiores informações sobre corpos na pós-vida, veja “Como serão os corpos ressurretos?”, página 198.) Além das suposições, o Novo Testamento nos garante que o povo de Deus reinará com Ele “para sempre e sempre” (Apocalipse 22:5). E isso é tudo o que alguns crentes precisam ouvir.

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FIM DE ALGUMA COISA – TALVEZ DO MUNDO.

O FIM: DE ACORDO COM DANIEL

“Mas os santos do Altíssimo receberão o reino, e o possuirão para todo o sempre, e de eternidade em eternidade.” D ANIEL 7:18

Daniel não era apenas um homem velho, com cera de setenta anos, quando teve suas visões do final dos tempos relatadas em seu livro. Ele estava morto e havia aproximadamente 400 anos. Assim dizem alguns dos bem respeitados especialistas sobre a Bíblia. Eles entendem dessa forma. Daniel era um jovem nobre em Jerusalém, possivelmente com 20 anos ou menos, quando os invasores babilônios o deportaram para sua terra, onde hoje está o Iraque. Isso aconteceu em 605 a.C. Daniel disse que sua primeira visão aconteceu “No primeiro ano de Belsazar, rei de babilônia ” (Daniel 7:1). Isso foi aproximadamente em 555 a.C., ou dois anos mais ou menos. Isso o colocaria na madura idade de 70 anos. Mesmo assim alguns estudiosos datam o relato das visões de Daniel para uma abrangência precisa de quatro anos. Não antes de 167 a.C. e não depois de 164 a.C. Esses estudiosos discutem que as profecias de Daniel relatam com exatidão e incríveis detalhes a história de sua época, ao longo de 167 a.C., quando um ditador sírio baseado na Selêucida, chamado Antíoco IV Epifânio (215-164 a.C.) invadiu Israel e tentou extinguir a religião judaica. Mas as previsões do autor, dizem esses estudiosos, se desintegraram quando ele começou a descrever o que aconteceria com Antíoco ao final de seu reinado e em sua morte. Porque essas previsões se desmoronam neste ponto, muitos estudiosos dizem que não foi Daniel que escreveu essas visões. E ele talvez não tenha nem tido essas visões. Parece, dizem eles, que alguém escreveu essas profecias séculos depois de Daniel, mas em seu nome. Então, em vez de relatar as profecias de Daniel, esse autor estava passando à frente a história como profecia – com previsões acrescentadas: • Antíoco morrerá em uma batalha próxima a Jerusalém; • Israel governará todas as nações; • O povo de Deus que morrer ressuscitará e viverá para sempre (Daniel 12:1 e 2). Se essa teoria for verdadeira, por que alguém disfarçaria a história como profecia? Para confortar os judeus durante a opressão de Antíoco, dizem os estudiosos, e para garantir a eles que Deus e a bondade venceriam o ditador e o mal. Essa é uma teoria louca, argumentam outros estudiosos. E ela presume que Deus não conhece o futuro ou que ele não compartilharia uma ou duas coisas sobre isso com um de seus profetas. 145


Busca do reino. Visões

de quatro bestas e uma estátua com quatro partes simbolizam quatro reinos. Mas quais reinos? A resposta afeta como os estudiosos interpretam as profecias de Daniel. Estudiosos, que dizem serem os pés da estátua e a besta aterrorizante representações da Grécia, tendem a dizer que muito das previsões de Daniel foca-se mais nas perseguições aos judeus nos tempos gregos. Estudiosos que ligam esses fragmentos da visão ao império romano são mais inclinados a encontrar indicações do final dos tempos nas profecias. A única coisa certa é a identidade da cabeça de ouro da estátua, que Daniel diz que representa o império da Babilônia. Tudo mais, nas duas visões, são suposições. Em uma visão separada (à direita), o anjo Gabriel explica que o carneiro representa os medos e os persas; e o bode representa o império da Grécia, que viria mais tarde.

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• Sofonias levou a maldição a sério. Simples assim, essa maldição tem uma dupla tarefa, trabalhando em dois pontos sobre uma linha do tempo. A nação dos judeus morreu e se levantou de novo, tudo dentro de poucas décadas depois da profecia de Sofonias. A humanidade também morrerá e se levantará novamente em algum lugar do futuro, em um novo e melhorado planeta – ou em algum lugar melhor.

POESIA HEBRAICA: SEM RIMA, PORÉM COM FUNDAMENTO Como a maioria das profecias na Bíblia, as profecias de Sofonias são poemas. Mas diferente da maioria dos poemas de hoje, a antiga poesia dos hebreus não parecia rimar. Não até onde podem dizer os estudiosos de hoje. Em vez de repetir os sons, a poesia dos hebreus repetia ideias. Então, não havia rima, mas havia plenitude de bom senso. O poeta faz uma frase de uma linha. E na próxima linha, ele deve repetir sua frase de forma um pouco diferente. Ou deve contrastá-la com uma ideia oposta. Às vezes ele estende a ideia, explicando sobre o que está falando. Aqui está um exemplo. Ao descrever o dia quando Deus julgará a nação dos judeus, Sofonias pinta uma imagem horrível com quatro linhas que recorrem à mesma ideia. “Aquele dia será um dia de indignação, dia de tribulação e de angústia, dia de alvoroço e de assolação, dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de densas trevas.” SOFONIAS 1:15

A maioria dos estudiosos diz que seria um erro interpretar essas palavras de forma literal e concluir, por exemplo, que o Dia do Julgamento chegará à noite ou em um

dia quando a luz do sol estiver bloqueada por densas nuvens, poluição ou um eclipse. Essa não é a figura que Sofonias queria pintar, dizem.

Em vez disso, ele estava tentando passar um sentimento de tragédia e perda que as pessoas como os refugiados judeus certamente sentiriam, quando perdessem quase tudo importante para eles em 586 a.C.: sua liberdade, seus lares e sua família.

Retoque da Bíblia. O mestre e escriba Joseph Mishulovin, em Nova York, retoca um antigo pergaminho das Escrituras judaicas. Mais de um terço da Bíblia judaica, que os cristãos chamam de Antigo Testamento, é escrito em poesia – incluindo muitas das profecias. A forma de dizer se uma profecia é escrita em um gênero poético é olhar a forma em que 166ela foi impressa. Em muitas versões da Bíblia cristã, os poemas não são impressos em parágrafos normais.

FIM DE ALGUMA COISA – TALVEZ DO MUNDO.

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3 de julho de 1970. Teste nuclear Atol Moruroa, Polinésia Francesa. 169


O fim de Jerusalém. As pedras calcárias brancas diferenciam o santuário do Templo de Jerusalém, que está no centro de um pátio irregular, o maior lugar sagrado do mundo antigo. Este complexo santo – cerca de 525 por 330 jardas (480 por 301 metros) – domina a paisagem de Jerusalém nos dias de Jesus. A maioria das previsões de Jesus sobre o final dos tempos, dizem alguns estudiosos, indica o final do Templo e de Jerusalém – não o fim do mundo. Um exército de 80000 romanos destruiu a cidade e o Templo no verão de 70 d.C. Tudo o que resta do Templo hoje é o Muro das Lamentações, parte de uma parede de sustentação que manteve o topo do Templo no lugar. Os judeus se reúnem lá para orar.

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FIM E NOVO COMEÇO: APOCALIPSE

SETE CARTAS PARA SETE IGREJAS (APOCALIPSE 1–3)

“E o que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodiceia.” A POCALIPSE 1:11

As visões de João começaram no domingo, “o dia do Senhor” (Apocalipse 1:10), enquanto ele adorava a Deus. Atrás dele, uma voz irrompeu dizendo-lhe para escrever suas visões e enviá-las às sete igrejas próximas de onde hoje está a costa oeste da Turquia. João se virou para ver quem estava falando. Provavelmente, não era ninguém mais que Jesus. É por isso que as edições da Bíblia com as letras em vermelho imprimem essas palavras nessa cor. João disse que o orador “parecia como o Filho do Homem” (Apocalipse 1:13). Essa era a forma favorita de Jesus se descrever. João, mais tarde, descreveu a mesma pessoa como “o Filho de Deus” (Apocalipse 2:18). Jesus tinha uma aparência celestial. “E a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve, e os seus olhos como chama de fogo. E os seus pés, semelhantes a latão reluzente, como se tivessem sido refinados numa fornalha, e a sua voz como a voz de muitas águas. E ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios; e o seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece” (Apocalipse 1:14-16). Aterrorizado, João foi ao chão, desmaiado, talvez. Jesus o ajudou e disse-lhe para começar a escrever o que se tornaria o livro das visões. João estava para começar a anotar algumas coisas: sete breves cartas – uma carta para cada uma das sete igrejas. Essas igrejas eram somente grupos de cristãos que se encontravam em casas particulares. Os cristãos não começaram a construir centros de adoração antes de 313 d.C., quando Roma legalizou o cristianismo. As cartas de João se dirigem a problemas específicos de cada igreja. Mesmo assim, o número sete tem levado alguns especialistas a sugerirem que essas cartas tinham a intenção de ser uma ferramenta de autoavaliação para todas as igrejas. Sete é um número código na literatura judaica. Ele vem da criação. Deus criou o mundo em seis dias e descansou no sétimo, quando Seu trabalho havia terminado. Por essa razão, sete , muitas vezes, simboliza a totalidade – neste caso, talvez, tudo para a Igreja cristã. 211


DESTAQUES DA IGREJA DE SARDES A carta: Apocalipse 3:1-6. Elogio de Jesus: Ainda há

alguns poucos bons cristãos que sobraram, mas não muitos. Reclamação de Jesus: A igreja está quase morta. Alerta de Jesus: Se os cristãos de Sardes não se arrependerem, Jesus virá para cuidar deles. Primeiro Pastor: Melito (100 d.C.), autor do sermão sobrevivente sobre a crucificação de Jesus. População: 60000. Motivo da fama: Ouro descoberto no rio que fluía na cidade. Fé principal: Ártemis (Diana), deusa da

natureza. O rico rei Creso, último rei de Lídia (governou 560-546 a.C.) antes da Centro de educação física. Os cidadãos de Sardes Pérsia ocupar a cidade. Hoje: Ruínas na Turquia; destruída pelos estavam em forma, se levarmos em conta o tamanho deste conjunto de ginásio e casa de banho. Mas Jesus mongóis (1402). Casa de:

disse que, no que se referia à forma espiritual, a maioria

dos cristãos da cidade estavam preparados para nada além do que um enterro.

SARDES: IGREJA DOS MORTOS VIVOS

Como a cidade de Sardes, os melhores dias dessa igreja ficaram para trás – há muito tempo. Tudo que essa igreja tinha era uma reputação pálida e uns poucos cristãos sólidos de forma lamentável. Um dia, a rica Sardes havia sido a capital do império de Lídia e era ainda mais famosa como a casa do rei parecido com Midas, cujo nome se tornou uma medida de riqueza: “tão rico quanto Creso”. Ouro foi descoberto no rio que fluía pela cidade. Incentivado por suas riquezas e encorajado por uma profecia do oráculo em Delfos, na Grécia, Creso cometeu um grande erro. Ele atacou Ciro, o Grande, governador do império persa alocado onde hoje está o Irã. As forças persas capturaram Creso e sua cidade em 547 a.C. Sardes nunca recuperou sua glória passada. A igreja estava indo pela mesma direção, ladeira abaixo. 221


Assinado, selado e entregue. Para garantir privacidade, as cartas escritas em pergaminhos eram, às vezes, enroladas em cordas e seladas com um botão de barro seco ou cera quente, o qual o autor pressionava com um desenho de um anel com sinete ou carimbo. O pergaminho que João viu tinha sete selos.

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Mártires por vir. Os especialistas que leem a maioria de

Apocalipse como uma previsão sobre o final dos tempos dizem que esses mártires são cristãos que serão executados durante os sete anos da tribulação. Alguns dizem que tais mártires são pessoas que se converterão ao cristianismo depois do arrebatamento – quando Jesus vem para levar todas as almas devotas a ele, vivas e mortas. Esses estudiosos dizem somente que os ímpios serão deixados para trás para encararem parte ou toda a tribulação. As teorias variam sobre quando Jesus voltará: antes, durante ou depois da tribulação. Os mártires que João viu, de acordo com alguns estudiosos, são aqueles que morrerão durante a primeira metade da tribulação. Os mártires que Deus disse que se juntarão aos outros mais tarde são aqueles que morrerão durante a segunda metade. Derrubando São Francisco. Um terremoto demoliu São Francisco em 1906, matando uma quantidade estimada de 3000 pessoas. O chão se elevou de ambos os lados por 20 pés (6 metros). Sismólogos, junto com a U.S. Geological Society , dizem que é cabível esperar que uma tensão de uma pressão sísmica nesta região se liberará em um terremoto desta violência a cada 200 anos. Em Apocalipse, João relata ver um grande terremoto que move montanhas e ilhas. Os especialistas da Bíblia debatem se o tremor é literal ou um símbolo de revolta, talvez na política ou na economia.

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porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis. A 13:18 Esta é a famosa marca da besta: 666. Na verdade, o número é 616 em alguma das cópias mais antigas de Apocalipse. Mas muitos dizem que isto só dá mais apoio à teoria de que Nero é a besta. Isto porque ambos os números são ligados a Nero, oferecendo uma evidência dupla. Seja 666 ou 616, os judeus poderiam ter resolvido facilmente o mistério, dizem os estudiosos. Eles sabiam que as letras no alfabeto de seus dois idiomas principais – hebraico e grego – tinham equivalentes numéricos. As letras para Nero César , o nome do imperador como aparecia nas moedas romanas, somavam 666. Mas isto somente quando as letras eram transliteradas para o hebraico – o idioma único para os judeus – para o grego, o idioma internacional que João usou para escrever Apocalipse. (Para transliterar Nero do grego para o hebraico, eles a pronunciavam em grego e depois selecionavam as letras em hebraico que produziam o mesmo som ou o mais próximo possível.) As letras somavam 616 quando transliteradas para o hebraico do latim, o idioma dos romanos. Abaixo, a tabela “Marca da Besta” mostra as letras com seus equivalentes numéricos em hebraico. As letras sem números não têm valor porque elas não eram usadas na escrita. Os escritores judeus costumavam pular a maioria das vogais, como estenografia. Esta charada de números não é a única pista de que Nero é a besta, dizem os

MARCA DA BESTA

N e

r

o

n

C

a

e

s

a

r

Grego

Hebraico

50 N e

200 6 50 r

o

100 C

60 a

e

s

200 = 666 a

r

Latim

Hebraico

50 276

200 6

100

60

200 = 616


Ao invés disso, esta vasta medida simboliza um inacreditável massacre. O rio de 180 milhas (cerca de 290 km) de sangue pode representar Israel no marco zero para a batalha do final dos tempos. A distância é, aproximadamente, a longitude da área habitável de Israel nos dias de João, do Monte Hermon, no norte, até logo abaixo do Mar Morto, no sul. A moderna Israel vai do extremo sul até a cidade de Elate, na extremidade norte do Mar Vermelho – por um comprimento de cerca de 270 milhas (435 km). Com os alertas agora concluídos, a colheita de sangue começa. Sumindo em um estrondo. Uma

explosão nuclear destrói um elegante centro urbano em uma ilustração baseada em fotos de testes nucleares. O Armagedom, concisamente mencionado em Apocalipse, produzirá cenas similares, especulam alguns estudiosos. Outros especialistas dizem que a batalha já foi travada – quando Roma destruiu Jerusalém em 70 d.C.

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O anjo de Deus “prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos” (Apocalipse 20:2). “Dragão” e “serpente” são apelidos para Satanás. “Dragão” nos leva de volta para o capítulo 12. Lá, um dragão espera para devorar um recémnascido – possivelmente uma referência à tentativa de Satanás para impedir Jesus de completar sua missão na Terra. Nos antigos escritos judeus, dragões simbolizavam os inimigos de Deus.

Ataque do dragão. Pego de surpresa pelo o que seria um dragão, o escravo se apressa para levantar uma espada a tempo de acabar com a besta antes que ela o faça. Dragões aparecem nas antigas histórias místicas e em escritos judeus – pelo menos as bestas figuradas. Elas simbolizavam os inimigos de Deus. Em Apocalipse, um dragão tenta matar e devorar o que a maioria dos especialistas da Bíblia diz ser o Menino Jesus. Sem sucesso. 320

GCPB

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