FERNANDO PESSOA E HETERÓNIMOS FERNANDO PESSOA a i f a r g o i B
Nasceu em Lisboa, em 13 de Junho de 1888 – Nasceu Foi, em 1896, com a mãe para Durban, África – Foi, do Sul e fez lá os seus estudos primários e secundários. Regressou a Portugal em 1905 e ingressa no – Regressou Curso Superior de Letras, do qual desiste mais tarde. Morreu em 30 de Novembro de 1935 – Morreu
ALBERTO CAEIRO
Nasceu em Lisboa, em 16 de Abril de 1889 – Nasceu Viveu quase toda a vida no campo; órfão de pai e mãe desde – Viveu muito cedo, viveu de pequenos rendimentos, com uma tia-avó; não teve profissão nem educação literária para além da 4ª classe. De estatura média, era louro e tinha os olhos azuis. – De Frágil (morreu tuberculoso, em 1915), mas não parecia. – Frágil
variedade da Natureza – variedade panteísmo sensual – panteísmo aceitação calma do Mundo tal como é aceitação – a t "atenção maravilhosa ao mundo exterior sempre múltiplo" – "atenção e – expressão expressão musical do frio, do tédio e dos o deambulismo – deambulismo anseios de alma p misticismo naturalista É o Mestre que Pessoa opõe a si mesmo, – misticismo resignação dorida de quem sofre a vida sendo o – resignação com o qual tem que aprender: a viver sem dor; a envelhecer sem d incapaz de viver angústia; a morrer sem desespero; a fazer coincidir o ser com o o egotismo exacerbado ã – egotismo estar; a combater o vício de pensar; a ser uno (não fragmentado) ç – cepticismo cepticismo a vive de impressões, sobretudo visuais. Ver, exclusivamente ver vive – z – náusea náusea i identifica-se com a Natureza, vive segundo o seu ritmo, deseja – identifica-se r – gosto g osto pelo que é popular e nela se diluir, integrando-se nas leis do Universo, como se fosse t intelectualização do sentir c – intelectualização um rio ou um planta a – obsessão obsessão da análise r lírico, instintivo, espontâneo, ingénuo, inculto (em relação à – lírico, a – solidão solidão interior, angústia existencial, melancolia, c sabedoria escolar) resignação e recusa a introspecção e a subjectividade, abre-se ao mundo – recusa s – inquietação inquietação perante o enigma indecifrável do exterior com passividade e alegria. É o poeta do real objectivo o mundo c recusa a expressão em termos de sentimentos – recusa i t – fragmentação fragmentação do Eu, perda de identidade não quer saber do passado nem do f uturo. Vive no Presente – não é procura, absurdo, ansiedade o – procura, defende a existência antes do pensamento; o corpo antes do defende – p – nostalgia nostalgia do bem perdido, do mundo fantástico espírito s o da infância virado para o exterior, tenta banir o vício de pensar e acolhe – virado v – não não inculca normas de comportamento i todas as sensações t vive pela inteligência intuitiva e pela imaginação – vive o – vive vive de impressões, sobretudo visuais (sensacionismo) M goza em cada impressão o seu conteúdo original (epicurismo) – goza homem ingénuo – homem poeta do real objectivo – poeta
o l i t s E
eufonia dos versos – eufonia linguagem fina – linguagem expressão límpida – expressão associações inesperadas (interseccionismo) – associações preferência pela métrica curta – preferência linguagem simples, espontânea mas sóbria – linguagem reticências – reticências gosto pelo popular (uso frequente da quadra) – gosto versos leves em que recorre frequentemente à – versos interrogação
expressões familiares – expressões imagens e comparações bem conseguidas – imagens pobreza lexical – pobreza verso livre – verso fazer poesia é uma atitude involuntária – fazer transformação do abstracto no concreto – transformação
ÁLVARO DE CAMPOS
RICARDO REIS
Nasceu em Tavira, em 15 de Outubro de 1890. – Nasceu Fez o Liceu em Portugal e o curso de – Fez engenharia na Escócia. Engenheiro naval (por Glasgow), vive em – Engenheiro Lisboa. Viajou pelo Oriente (de onde resultou o – Viajou Opiário). Alto, magro e com tendência a curvar-se. – Alto,
Nasceu no Porto, em 19 de Setembro de 1897 . – Nasceu Educado num colégio jesuíta (latinista por educação – Educado alheia e semi-helenista por educação própria) formou-se em Medicina . Por ser monárquico, partiu para o Brasil em 1919. – Por Era moreno, mais baixo e mais forte que Caeiro . – Era
amor à vida – amor masoquismo – masoquismo triunfalismo modernista – triunfalismo abulia, tédio, cansaço e náusea – abulia, civilização – civilização poeta futurista, sensacionista e por vezes – poeta escandaloso (segundo Pessoa) predomínio da emoção espontânea e torrencial – predomínio elogio da civilização industrial, moderna, da – elogio velocidade e das máquinas, da energia e da força, do progresso ansiedade e confusão emocional. Angústia – ansiedade existencial tédio, náusea, desencontro com os outros – tédio, presença terrível e labiríntica do Eu de que o – presença poeta se tenta libertar fragmentação do Eu, perda de identidade – fragmentação sentido do absurdo – sentido excitação da procura, da busca incessante – excitação poeta sensacionalista, por vezes escandaloso – poeta poeta intelectual embora mais evolutivo dos – poeta heterónimos (3 fases)
paganismo – paganismo busca de um prazer relativo – busca aceitação calma da ordem das coisas – aceitação discípulo de Caeiro, como o Mestre, aconselha a – discípulo aceitação calma da ordem das coisas e faz o elogio da vida campestre, indiferente ao social opõe a moral pagã à moral cristã, co nsiderando a – opõe primeira uma moral de orientação e disciplina e a segunda uma moral de renúncia e desapego faz o elogio do epicurismo (tendência para a – faz felicidade pela harmonização de todas as faculdades através da disciplina) – a sabedoria consiste em gizar a vida (mais como tentativa) através de um exercício da razão tem consciência da dor provocada pela natureza – tem precária do homem. Medo da velhice e da morte. Crença no Fado. – é austero (no sentido clássico do termo), contudo, disciplinado, inteligente É o poeta da razão – é um homem civilizado, de boas e elegantes maneiras, culto , pagão (de um paganismo decadente) moralista – moralista
verso livre – verso longos versos de 2 ou 3 linhas – longos apóstrofes repetidas – apóstrofes oxímoros – oxímoros onomatopeias – onomatopeias estilo esfuziante, torrencial, dinâmico – estilo exclamações, interjeições – exclamações,
constrói laboriosamente o seu estilo – constrói revela formação clássica – revela poesia de 2ª pessoa – poesia dramatização do pensamento que condensa na Ode – dramatização monólogos estáticos – monólogos