Curso de Inspetor de Soldagem ENSAIOS MECÂNICOS Fabio Alves – Eng. Metalúrgico
versão versão 17 17 mai mai 08
Inspetor Inspe tor de Soldage Soldagem m – Ensaios Ensaios Mecânicos Mecânicos
SUMÁRIO 1. Introdução; 2. Orientação dos corpos de prova; 3. Ensaio de Dobramento; 4. Ensaios de Dureza; 5. Ensaios Macrogr áficos.
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO ALGUMAS CONSIDERAÇ ÕES ÕES ... Ensaios mecânicos são ensaios destrutivos pois na maioria das vezes provocam a RUPTURA ou INUTILIZAÇÃO da peça ensaiada.
Propriedades mecânicas avaliam o comportamento de um material quando submetido à esforços mecânicos aplicados.
Por que avaliar as propriedades mecânicas de uma junta soldada? A solda é uma forma de união com continuidade entre componentes de uma estrutura ou equipamento.
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INTRODUÇÃO Emprego dos ensaios mecânicos em atividades de soldagem Atividades de soldagem Qualificação de metal de Adição
Qualificação de Procedimento de Soldagem
Qualificação de Soldadores
Chapas de Teste de Produção
Tração
X
X
-
X
Dobramento
-
X
X
X
Fratura
-
X
X
-
Dureza
-
X
-
X
Impacto Charpy
X
X
-
X
Impacto Drop-Weight
-
X
-
-
Macrográfico
-
X
X
X
Ensaio
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ORIENTAÇÃO DOS CORPOS DE PROVA
ORIENTAÇÃO DOS CORPOS DE PROVA As propriedades dos materiais podem variar dependendo da direção que são ensaiados (“solicitados”) ANISOTROPIA.
Direção Longitudinal
Direção Transversal
Direção Laminação
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ORIENTAÇÃO DOS CORPOS DE PROVA
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ORIENTAÇÃO DOS CORPOS DE PROVA
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ORIENTAÇÃO DOS CORPOS DE PROVA Metal de Base referência é a direção de laminação
Referência Soldado referência é o cordão de solda
Regiões a serem avaliadas no CP soldado: face, raiz e lateral
CP radial
Outras Orientações CP tangencial
Radial x Tangencial
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ENSAIO DE DOBRAMENTO
ENSAIO DE DOBRAMENTO
“Consiste na dobra de um corpo de prova de eixo retilíneo e secção circular, tubular, retangular ou quadrada, assentado em dois afastados a uma distância específica, de acordo com o tamanho do CP, por intermédio de um cutelo, que aplica um esforço de flexão no centro do CP até que seja atingido um ângulo de dobramento específico.”
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ENSAIO DE DOBRAMENTO Características
Indicação qualitativa da ductilidade do material;
A velocidade do ensaio não é importante, desde que o ensaio não seja dinâmico.
Considerações ↑ Severidade do ensaio
↓ diâmetro do cutelo ↑ ângulo de dobramento
Outro fator que influencia na severidade do ensaio é o tipo de dobramento.
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ENSAIO DE DOBRAMENTO Tipos de Dobramento Guiado: “...os apoios sustentam longitudinalmente
os braços do CP” (mais severo). Semi-Guiado: “... os apoios apenas fixam a amostra”. A forma é imposta
pelo cutelo (menos severo que o guiado).
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ENSAIO DE DOBRAMENTO Tipos de Dobramento Livre: o dobramento é obtido pela aplicação de força nas extremidades
do corpo de prova, sem aplicação de força no ponto de máximo dobramento. É o tipo de dobramento menos severo.
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ENSAIO DE DOBRAMENTO Dobramento de corpos de prova soldados
Método de dobramento: guiado;
Orientação dos corpos de prova: (a) lateral transversal; (b) transversal
de face; (c) transversal de raiz; (d) longitudinal de face; (e) longitudinal de raiz.
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ENSAIOS DE DUREZA
ENSAIO DE DUREZA Conceitos gerais
A dureza é uma propriedade mecânica obtida pela combinação de
várias outras. Outros conceitos ... “é a resistência à deformação plástica permanente” “é a resistência ao risco ou capacidade de riscar” “é a resistência que um metal oferece à penetração de um corpo duro”
Em soldagem é influenciada pelo: grau de encruamento do MB;
tratamento térmico; efeitos metalúrgicos do processo de soldagem; composição química do MB e do metal de adição.
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DUREZA BRINELL Conceitos gerais
Consiste em comprimir lentamente, por meio de uma carga P, uma
esfera de aço, de diâmetro D, sobre uma superfície plana, polida ou preparada, de um corpo de prova ou peça, durante um certo intervalo de tempo.
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DUREZA BRINELL Conceitos gerais
A dureza Brinell (HB) é definida em kgf/mm2 como quociente entre a
carga aplicada e a superfície da calota esférica (impressão).
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DUREZA BRINELL Condições de ensaio Condição padrão: carga 3000 kgf (materiais ferrosos); penetrador: esfera de 10 mm de diâmetro (aço ou carboneto de tungstênio); tempo: 30 segundos.
Outras condições: xxx HB Ø / carga / tempo Ex.: 70 HB 10/500/30 – número 70 de dureza Brinell medido com esfera
Tempo
10 segundos para HB>300; 60 segundos para HB<60.
Material do penetrador (esfera)
Aço temperado; Carboneto de tungstênio
Nota: Dureza da esfera ≥ 2,5 x dureza do CP
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DUREZA BRINELL Condições de ensaio
Teoricamente, não há valor definido para o diâmetro da esfera do
penetrador nem para a carga. No entanto, algumas condições restringem o uso de qualquer valor para diâmetro e carga. São elas: Espessura Raio
da peça: no mínimo igual a 10 x profundidade da impressão;
de curvatura da superfície: mínimo de 5 x diâmetro da esfera
utilizada; Distância
entre os centros das impressões e as bordas do corpo de
prova: mínimo de 2,5 x diâmetro médio da calota; Distancia
entre impressões vizinhas : mínimo de 4 x diâmetro da
impressão (centro a centro)
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DUREZA BRINELL Condições de ensaio
Como identificar condições semelhantes de ensaio?
Para materiais homogêneos, a utilização de diferentes diâmetros da esfera do penetrador (D) e de carga aplicada (Q) podem levar ao mesmo valor dureza desde que seja mantida constante a relação “Q/D2” (quando d= 0,25 a 0,5D).
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DUREZA BRINELL Condições de ensaio Graus de carga para diversos materiais Grau de carga
30
15
Ligas ferrosas e ligas de alta resistência Grupos de materiais para os quais devem ser preferencialmente empregados os graus de carga indicados
Ferro Aço Aço fundido Ferro fundido Ligas de titânio Ligas de níquel e cobalto para temperaturas elevadas
5
2,5
1,25
1,0
Metais e ligas não ferrosas Ligas de alumínio Ligas de cobre Ligas de magnésio Ligas de zinco Latões Bronzes Cobre Níquel
Alumínio Magnésio Cobre Zinco Latão fundido
Ligas de chumbo
Ligas de chumbo Ligas de estanho Metal patente
Nota: Nota: As cargas cargas mais mais utilizad utilizadas as são de de 3000 3000 kgf e 500 kgf kgf com esfera esfera de de 10 mm.
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DUREZA BRINELL Condições de ensaio Espessura mínima exigida Espessura mínima do corpo de prova
Dureza mínima mínima para que o ensaio ensaio Brinell Brinell possa ser realizado realizado com segurança
mm
3.000 Kgf
1.500 Kgf
500 Kgf
1,6
602
301
100
3,2
301
150
50
4,8
201
100
33
6,4
150
75
25
8,0
120
60
20
9,6
100
50
17
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DUREZA BRINELL Condições de ensaio Faixas Faixas recomendadas recomendadas de dureza dureza brinell para utilizaçã utilização o Diâmetro da esfera (mm)
Força
Faixa de dureza recomendada
10
3.000 Kgf
96 a 600
10
1.500 Kgf
48 a 300
10
500 Kgf
16 a 100
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DUREZA BRINELL Aplicações e Características
Metais ferrosos, ferro fundido, aço e peças não temperadas;
Facilidade de aplicação (equipamentos simples e portáteis);
Escala de dureza contínua
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DUREZA ROCKWELL Conceitos gerais
Baseia-se na medição da profundidade de penetração de um
penetrador, subtraídas a recuperação elástica devida a retirada de uma carga maior e a profundidade causada pela aplicação de uma carga menor. Esférico (aço)
Penetradores: Cônico (cone de diamante com 120º de conicidade)
Rockwell Normal
Grupos:
Rockwell Superficial
Várias escalas independentes (carga e penetradores)
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DUREZA ROCKWELL Etapas
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DUREZA ROCKWELL Condições de ensaio Rockwell Normal (10 kgf)
Pré-carga Rockwell Superficial (3 kgf)
Carga
Rockwell Normal: 60, 100, 150 kgf Rockwell Superficial: 15, 30, 45 kgf
Representação dos resultados xxx HR (escala) 59 HRC - número 59 de dureza Rockwell na escala Rockwell C. 80 HR30N - número 80 de dureza Rockwell superficial na escala Rockwell 30N
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DUREZA ROCKWELL Escalas
Rockwell Normal (10 kgf)
Símbolo da Escala
Maior carga (Kgf)
Rockwell A
60
Rockwell C
150
Rockwell D
100
Rockwell B
100
Rockwell F
60
Rockwell G
150
Rockwell E
100
Rockwell H
60
Rockwell K
150
Rockwell L
60
Rockwell M
100
Rockwell P
150
Rockwell R
60
Rockwell S
100
Rockwell V
150
Penetrador Cone diamante,120º de conicidade
Campo de aplicação Aço cementado ou temperado
Esfera de aço, 1,588 mm de diâmetro Esfera de aço, 3,175 mm de diâmetro
Aço, ferro, bronze, latão,etc. até 240 Brinell
Esfera de aço, 6,350 mm de diâmetro Esfera de aço, 12,70 mm de diâmetro
Material plástico
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DUREZA ROCKWELL Escalas Rockwell Superficial (3 kgf)
Símbolo da Escala
Maior carga (Kgf)
15 N
15
30 N
30
45 N
45
15 T
15
30 T
30
45 T
45
Penetrador
Campo de aplicação
Cone diamante, 120º de conicidade
Aços com tratamento térmico superficial, como cementação, nitretação,etc.
Esfera de aço, 1,588 mm de diâmetro
Aço, ferro e outros metais até 240 Brinell,chapa,etc.
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DUREZA ROCKWELL Restrições Espessura mínima para os corpos de prova a serem ensaiadas - Rockwell Superficial
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DUREZA ROCKWELL Restrições Espessura mínima para os corpos de prova a serem ensaiadas - Rockwell Normal
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DUREZA VICKERS Conceitos gerais
Baseado na resistência que um material oferece à penetração de
uma pirâmide de diamante de base quadrada e ângulo entre faces de 136º, sob uma determinada carga.
O valor da dureza Vickers é o quociente da carga aplicada (P) pela
área da impressão (S). HV = P/S = 1,8544P/d2 kgf/mm2
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DUREZA VICKERS Condições de ensaio
Carga: de 1kgf a 120 kgf;
Penetrador: tipo pirâmide de diamante de base quadrada e ângulo
entre faces de 136º;
Tempo de aplicação da carga (padrão): 10 a 15 segundos.
Representação dos resultados
Outras condições: xxx HV carga ou xxx HV carga / tempo
Ex.: 400 HV 30 – dureza Vickers de 400 medida sob uma carga de 30 kgf, aplicada de 10 a 15 segundos. 400 HV 30/20 – dureza Vickers de 400 medida sob uma carga de 30 kgf, aplicada por 20 segundos.
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DUREZA VICKERS Características
Todas as impressões são semelhantes entre si, não importando o
seu tamanho (penetrador praticamente indeformável). Ou seja, a dureza Vickers é independente da carga
O número de dureza obtido é independente da carga aplicada;
A realização do ensaio com cargas inferiores a 1 kgf (de 1 gf a 1000
gf) necessita de aparelhos especiais micro-dureza
Escala de dureza contínua.
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DUREZA VICKERS Vantagens
escala de dureza contínua e única;
impressões pequenas (não inutilizam as peças);
grande precisão;
deformação nula do penetrador;
aplicável a toda gama de durezas encontradas nos diversos
materiais;
aplicável a qualquer espessura;
permite medir durezas superficiais;
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DUREZA VICKERS Cuidados especiais
A máquina de dureza Vickers requer aferição constante, pois
qualquer erro na velocidade de aplicação da carga traz grandes diferenças nos valores de dureza;
Evitar erros de impressão
Adequação da carga aplicada
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MICRODUREZA Considerações gerais
A preparação do corpo de prova para microdureza deve ser feita,
obrigatoriamente, por metalografia, utilizando-se, de preferência, o polimento eletrolítico, para evitar o encruamento superficial.
Microdureza Vickers da ZTA e uma turbina de soldada (200 x – 500 gf)
Microdureza Vickers
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MICRODUREZA Aplicações
Determinação
das
profundidade
de
tratamentos
superficiais
(nitretação, cementação, tempera superficial);
Determinação de constituintes individuais de uma microestrutura;
Determinação da dureza em peças extremamente pequenas e finas;
Determinação da dureza em metais muitos duros ou muito moles.
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MICRODUREZA Vickers
250 X
500 gf
300gf
100gf
50gf 10gf
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MICRODUREZA Knoop É utilizado para a medição de micro-dureza, na qual um penetrador de diamante, com formato piramidal, é pressionado contra uma superfície devidamente polida.
300 X
500gf
300gf 100gf 50gf 10gf
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MÁQUINA DE ENSAIO DE DUREZA Específicos (um único método de dureza) Durômetros Universais (mais de um método de dureza)
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MÁQUINA DE ENSAIO DE DUREZA Medidores Portáteis
utilizado em situações que o ensaio não pode ser realizado no
laboratório;
ensaio em equipamentos, peças de grande porte ou quaisquer outras
posições;
facilidade de manuseio;
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MÁQUINA DE ENSAIO DE DUREZA Medidores Portáteis - Brinell Operam pela comparaç ão ão das impressões, provocadas simultaneamente no material testado e numa barra padrão de dureza conhecida por uma esfera de aço de 10 mm de diâmetro, pelo impacto de um martelo sobre um dispositivo de impacto ou haste do medidor. De forma idêntica ao método convencional, são feitas duas leituras de cada impressão por meio de uma lupa graduada, e com os diâmetros médios da barra padrão e da peça determina-se a dureza da peça.
Tipo “poldi”
Tipo “telebrineller”
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MÁQUINA DE ENSAIO DE DUREZA Medidores Portáteis – Brinell – Tipo Poldi
Aplicação da carga
Tipo “poldi”
Identações
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MÁQUINA DE ENSAIO DE DUREZA Medidores Portáteis - Rockwell Tipo “Ernst”
Baseia-se no principio da medição da profundidade da impressão;
Uma pré-carga de 0,5 Kgf e logo após uma carga de 5 Kgf são
aplicadas manualmente por 2 segundos e a leitura é feita num mostrador pela indicação da extremidade de uma coluna de fluido que se desloca num tubo capilar. O comprimento da coluna de fluido é proporcional à profundidade da impressão.
O aparelho possui mostrador com outras escalas de dureza (Brinell
e Vickers) além da Rockwell C, no entanto, é necessário a utilização dos penetradores correspondentes.
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MÁQUINA DE ENSAIO DE DUREZA Medidores Portáteis - Rockwell Tipo “Ernst”
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MÁQUINA DE ENSAIO DE DUREZA Medidores Portáteis - Rockwell Tipo “Arco”
Medidor de dureza pelo método Rockwell A,B e C. O arco do
aparelho funciona como elemento de carga; o relógio indica a carga aplicada (60,100 ou 150 Kgf, conforme se gira o volante) e a dureza Rockwell é lida diretamente no mostrador do aparelho.
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MÁQUINA DE ENSAIO DE DUREZA Medidores Portáteis - Vickers
A dureza Vickers pode ser obtida, indiretamente, pela conversão de
escalas.
RELAÇÃO DE CONVERSÃO DE DUREZA
São relações empíricas de grande utilidade prática;
Não apresentam valores completamente confiáveis pois há vários
fatores que interferem no valor de dureza obtido, tais como: forma do penetrador e cargas.
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MÁQUINA DE ENSAIO DE DUREZA RELAÇÃO ENTRE DUREZA E LIMITE DE RESISTÊNCIA À TRAÇÃO
Existe uma correlação aproximada entre os valores de dureza Brinell e
de dureza Rockwell e os valores do limite de resistência à tração dos aços.
A correlação é aproximada em virtude das diversas composições
químicas e processos de fabricação;
Quando for necessária uma conversão mais precisa a mesma deve ser
desenvolvida
especificamente
(composição
química
do
aço,
tratamento,etc);
A conversão da dureza para valores aproximados de limite de
resistência à tração são aplicáveis apenas a aços carbono e aços liga de médio teor em liga (aços com 5 a 10% de elementos de liga)
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MÁQUINA DE ENSAIO DE DUREZA Knoop
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ENSAIOS MACROGRÁFICOS
ENSAIOS MACROGRÁFICOS Considerações Gerais
O ensaio macrográfico consiste no exame do aspecto de uma
superfície de uma peça ou corpo de prova, segundo uma seção plana devidamente lixada que, em regra, é atacada previamente por um reativo apropriado. O aspecto, assim obtido, chama-se macro-estrutura.
O ensaio é realizado à vista desarmada ou com auxílio de uma lupa;
O termo “macrografia” é também empregado para designar os
documentos (fotos, impressões,etc) que reproduzam a macroestrutura, em tamanho natural ou com ampliação máxima de 10 vezes.
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ENSAIOS MACROGRÁFICOS Considerações Gerais
Aspectos da textura: deve-se às diferentes intensidades de reflexão
da luz.
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ENSAIOS MACROGRÁFICOS Objetivos
verificar de que produto siderúrgico se trata;
constatar a existência de descontinuidades
inerentes ao próprio material (porosidade e segregações);
determinar o processo de fabricação;
“caracterizar” uma junta soldada (número de
passes, zonas, forma do chanfro, etc)
Macrografia de uma junta soldada
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ENSAIOS MACROGRÁFICOS Objetivos
Parafuso forjado
Parafuso laminado
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ENSAIOS MACROGRÁFICOS Heterogeneidades
Cristalinas (modo de solidificação, crescimento cristalino, velocidade
de resfriamento, etc);
Químicas (segregações, inclusões, etc);
Mecânica (encruamento).
Preparação dos CP´s
Escolha e localização da seção de corte;
Preparação da superfície plana e polida (corte e lixamento);
Lavagem, secagem e ataque da superfície.
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ENSAIOS MACROGRÁFICOS Preparação dos CP´s – Seção de Corte
Qual o objetivo do ensaio?
Preparação dos CP´s – Preparação da Superfície
Corte (métodos, cuidados);
Lixamento (orientação, granulação das lixas)
Preparação dos CP´s – Lavagem, secagem e ataque
Lavagem: remoção de impurezas;
Secagem;
Ataque:
Tempo de duração (rápido x lento)
Método de ataque: Imersão x Aplicação
Características do ataque
Profundidade (superficial x profundo) Temperatura (frio x quente)
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ENSAIOS MACROGRÁFICOS Reativos
São, geralmente, soluções ácidas, alcalinas ou substâncias complexas
dissolvidas num solvente adequado, principalmente álcool e água. Reativo de ácido clor ídrico ou ácido muriático
Composição:
Ácido clorídrico (conc.) - HCI ....................... 50 ml Água ..............................................................50 ml
Aplicação: A solução deve permanecer ou estar próxima da temperatura de ebulição
durante o ataque. O corpo de prova deve ser imerso na solução por um período de tempo suficiente para revelar todas as descontinuidades que possam existir na superfície de ataque.
Revelação: segregação, regiões encruadas, regiões afetadas pelo calor, depósitos de
soldas, profundidade de têmpera, trincas, poros, etc
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ENSAIOS MACROGRÁFICOS Reativos Reativo de Iodo
Composição:
Iodo sublimado .................................... 10 g Iodeto de potássio (KI) ........................ 20 g Água .................................................... 100 g
Aplicação: A solução deve ser utilizada à temperatura ambiente, esfregando-se uma
mecha de algodão, embebida na solução, na superfície a ser atacada, até que se obtenha uma clara definição dos contornos da macro-estrutura.
Revelação: Mesmas do reativo anterior.
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ENSAIOS MACROGRÁFICOS Reativos Reativo de persulfato de amônio
Composição:
Persulfato de amônio (NH4)2S2O8 ..................... 10 g
Aplicação:
A solução deve ser usada à temperatura ambiente esfregando-se uma mecha de algodão, embebida na solução, na superfície a ser atacada. Proporciona excelente contraste.
Revelação:
Identifica soldas, segregação, texturas cristalinas e fibrosas.
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ENSAIOS MACROGRÁFICOS Reativos Reativo de Nital
Composição:
Ácido nítrico (conc.) HNO 3 ................... 5 ml Álcool Etílico ........................................ 95 ml
Aplicação:
A solução deve ser usada à temperatura ambiente.
Revelação:
É indicado para a localização de soldas, segregação,trincas, profundidades de têmpera, etc.
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