Aglomerantes são matérias minerais em forma de pó que em contato com a água sofrem processo físico-químicos endurecendo esta pasta fazendo aderir os compostos em argamassas e concreto. QUÍMICA: não reagem quimicamente com a água (inertes) e os que reagem quimicamente com a água (ativos). HIDRAULICIDADE: resistentes a água (hidráulicos) ou não são resistentes (aéreos). É um aglomerante hidráulico, feito com a moagem do clínquer, que consiste essencialmente de silicatos de cálcio hidráulico, usualmente com uma ou mais formas de sulfato de cálcio (gesso) como produto de adição.
1º Extração da matéria prima: calcário (+90%), sílica (filito, quartizito e magnetita). 2º Clinquerização: uma mistura de calcário, argila e minério de ferro é fundido a 1400ºC. 3º Resfriamento: temperatura do clínquer em torno de 90ºC. 4º Moagem: com adição de gesso. 5º Adição de compostos e nova moagem. 6º Ensacamento e distribuição. É adicionada logo após a clinquerização, com a finalidade de controlar o aventamento do cimento, que é um fator diretamente ligado a resistência mecânica e pode tornar o cimento inutilizável. É um processe necessário para a cura (endurecimento) do cimento. -Hidratação do sulfato: gera intensas forças de tração, confere resistência mecânica. -Hidratação dos aluminatos: responsável pela reação exotérmica. -Hidratação do gesso: retarda a pega. “Solidificação da pasta plástica do Cimento Portland”
Pega: se inicia após +/- 1h depois de misturado e se encerra após +/- 12h, verificada com a agulha de Vicat. Endurecimento: ganho de resistência com o tempo, a partir do preenchimento dos vazios do cimento. É um cimento que endureceu (hidratou) com a umidade presente no ar, ocorre quando há má condições de armazenamento na obra, não é indicado ser usado pois faz mais pega. Deve-se armazenar em cima de um estrado de madeira a 30cm do chão e a 30cm da parede, para evitar o contato direto com a umidade e hidratação indesejada (aventamento), a pilha não deve ser maior que 10 sacos de cimento e deve-se pegar para utilização sempre o que estiver mais abaixo. Causas: é gerado durante a reação química entre o cimento e a água (silicatos e aluminatos + água = reações exotérmicas) Consequências: esquenta a peça, podendo chegar a altas temperaturas causando fissuras nocivas ao desempenho da peça, diminuindo a resistência mecânica e podendo causar infiltração da umidade do meio. Controle: usar cimento com baixo calor de hidratação e refrescar a peça durante a cura em climas quentes e usar a cura a vapor em climas frios.
Pozolanas: -aumenta resistência química -modifica a plasticidade. Filer: -modifica a pega –economiza clínquer Escória: -aumenta a resistência qúimica. CP I-S: material pozolânico (1-5%); CP II-F: composto com fíler. CP II-E: composto com escória de alto-forno (6-34%). CP II-Z: composto com material pozolânico (6-14%). CP III: composto com escória de alto-forno (35-70%). CP IV: composto pozolânico (15-50%).
CP V ARI: pó muito fino, menos gesso e mais C3S (3CaO.SiO2) e C3A (3CaO.Al2O3). QUANTIDADE; TIPO; CLASSE; MARCA. = 5 sacos de 25kg, CP III, 32 Mpa, VOTORAN. Peso, tipo, classe, marca CP RS: resistente a sulfatos, adiciona-se escória de alto-forno, material pozolânico e material carbonático. CP B: feito com barro de louça, óxido de ferro (fundido), evita-se ferro, magnésio, manganês, titânio, utilização de combustíveis limpos. CP C: adiciona-se pigmentos ao cimento branco, desde que estes não alterem o tempo de pega. CP PARA POÇO DE PRETRÓLEO: pouca ou nenhuma C3A. CP ALUMINOSOS: clíncler pulverizado + aluminatos de cálcio hidráulico (C12A7, CA, CA2).
Mecânicas: tração; flexão, compressão, torção, cisalhamento e desgaste. Físicas: calor de hidratação, finura, tempo de pega, expansibilidade e massa específica. Químicas: SO3 livre (ataca a armadura, forma eflorescências), perda ao fogo (aventamento), resíduo insolúvel (CP solúvel em HCl) e CaO livre <4% (expansivo, causando fissuras e reage lentamente) Resistência a compressão, tempo de pega, módulo de finura e expansibilidade. Quanto mais fino o CP, maior será a resistência nos primeiros dias, por ser mais rápida a reação libera maior o calor de hidratação, 3x mais caro. CP B: matéria prima especial, argila com calim quase puro (barro de louça), reduzido o teor de ferro (fundente), argilas com pouco ferro, manganês, magnésio e titânio, usa-se combustíveis limpos na fabricação. -Estrutural: 75-100% clínquer branco e sulfato de cálcio, 0-25% material carbonático. -Não-estrutural: rejuntamento de placas de cerâmica, ladrilhos hidráulicos e CP colorido.
Construção em clima frio CP II e CP III. Construção de uma barragem CP III. Construção de tubulações de esgoto em concreto armado CP III; CP V ARI e CP V ARI RS. Construções à beira mar CP III RS; CP IV RS e CP V RS. Argamassa assentamento azulejos CP II F; CP II Z e CP IV. Argamassa armada CP V ARI.
Solo-cimento CP II; CP III e CP IV. Pavimento concreto simples ou armado CP II; CP III e CP IV. Pisos industriais de concreto CP V e CP V ARI. Pré-moldados (desforma rápida) com cura a vapor ou térmica CP II; CP III e CP IV. Argamassa revestimento e assentamento tijolos e blocos CP II; CP III e CP IV. Pré-moldados (desforma rápida) com cura úmida (aspersão de água) CP III; CP V ARI.
Porque tanto o CP III quanto o CP IV são cimentos com característica de adquirir maior resistência em idades mais avançadas e quando combinados no caso do CP III com 60-70% de escória de alto-forno e, no caso do CP IV com 25-40% de matérias pozolânicos, se tornam resistentes a sulfatos.