1. 0INTRODUÇÃO O mundo não vive sem as redes de computadores. Cada vez mais globalizado, este novo mundo está se tornando totalmente digital: computadores ultramodernos e rápidos, portáteis leves e finos e robôs cada vez mais independentes de comandos humanos. Ligando, interligando, realizando a comunicação por distâncias cada vez maiores e com velocidades ano após ano mais rápida, com novas tecnologias para suportar o número de usuários cada vez maior, estão as redes de computadores. Praticamente invisível para a sociedade, esta infra-estrutura vem modernizando-se com a rapidez dos sistemas de computação. Durante a década de 80 os principais meios de comunicação eram analógicos e contestados quanto a sua capacidade de expansão. Entretanto, já havia uma tendência mundial de convergência da infra-estrutura de voz, dados e imagens. Com o advento da comunicação digital, hoje possuímos tecnologia antes futurísticas como transmissão de vídeo-chamada, vídeo conferências, TV com imagem de alta definição e som digitais, leitura biométrica, conversa em tempo real através da internet entre pessoas em lugares distantes (até mesmo em países diferentes), entre outros. Mas o que são as redes de computadores? Podemos afirmar que são “ ... um conjunto de computadores autônomos interconectados por uma única tecnologia. Dois computadores estão interconectados quando podem trocar informações. A conexão não precisa ser feita por um fio de cobre; também podem ser usadas fibras ópticas, microondas, ondas de infravermelho e satélites de comunicações ”. (TANENBAUM, 2003, p.02).
A troca de informações, como percebemos, é a principal razão, o real objetivo da rede de computadores. E isso permite que esta seja aplicada em diversos setores da sociedade: nas empresas, utilizando-se, principalmente do compartilhamento de recursos (unidade de CD/DVDROM, impressoras), e acesso e armazenamento de banco de dados (modelo cliente/servidor), remotos ou não; nas residências para a troca de mensagens por e-mail e, principalmente pelos jovens, por IM – clientes de mensagens instantâneas como Windows® Live Messenger e Yahoo® Messenger, acesso a Internet, NewsGroups, RSS e compartilhamento P2P; e os usuários das redes móveis, com seus notebooks e PDA’s
É o Sistema de Cabeamento Estruturado (SCE) que garante qualidade, confiabilidade e sobre a qual é longevidade a estrutura de redes. Ele “... fornece uma plataforma universal sobre construída a estratégia de um sistema corporativo e de informações globais. […] Considerando uma infraestrutura flexível, um sistema de cabeamento estruturado pode suportar múltiplos
sistemas, tais como: voz, dados, vídeo e multimídia, independente de seus fabricantes
”. (SOARES
NETO, SILVA, C. JÚNIOR, 2005, p.06). Nesta monografia, começaremos explicando alguns conceitos fundamentais sobre redes de computadores para melhor compreensão dos termos técnicos utilizados, como switch, hub, roteadores, topologias e cabos, denominado Referencial Teórico. Teórico. No segundo capítulo, termos noções básicas de metodologia científica e a metodologia utilizada para o desenvolvimento deste trabalho. Um guia de pesquisa. No último capítulo, será apresentado o IPEM e sua rede de computadores, com ilustrações fotográficas, modelos e tabelas de forma clara e específica, os resultados obtidos e a proposta de melhorias para o cabeamento da instituição.
2
2 REFERENCIAL REFERENCIA L TEÓRICO 2.1
O início das redes
As redes de computadores são recentes. Um dos primeiros computadores foi comercializado oficialmente em meados de 1964. Elas desenvolveram-se e cresceram de acordo com a necessidade de compartilhamento de recursos e informação. As primeiras redes, obviamente, eram de pequeno porte e desenvolvidas por uma mesma empresa. Na década de 70, houve a iniciativa para uma rede de computadores de fabricantes diferentes. A partir desse momento, começou o desenvolvimento dos protocolos abertos, isto é, procotolos que não favoreciam nenhum fabricante e poderia ser utilizado por todos. Xerox, a Digital e a Intel se uniram e foi lançado o padrão “ No início da década de 80, a Xerox, que veio impulsionar definitivamente o desenvolvimento das redes de computadores: o padrão Ethernet .”
(SOARES NETO, SILVA, C. JÚNIOR, 2005, p.06). Denominado pelo IEEE como o
padrão 802.3, possui a nomenclatura técnica CSMA/CD (Carrier Sense Multiple Access/Collision Detection). Basicamente, seu trabalho é fazer com que cada estação de trabalho monitore a rede, simultaneamente. simultaneamente. Elas “escutam” o meio antes de enviar os dados e somente os enviam se este meio m eio estiver disponível. Além disso há a detecção de colisão. “D ados colididos não podem ser interpretado pela WS
(Workstation ou Estação de Trabalho), mas são detectados, e após uma
– Check de Redundância Cíclica) de validação deles, a primeira WS que efetuou a checagem (CRC – Check transmissão pode efetuar a retransmissão dos dados .” (GASPARINI, 2004, p.38).
O protocolo mais utilizado pelas redes locais (LAN, do inglês Local Area Network), é o Fast Ethernet ,
desenvolvido pela 3COM. Funciona igual ao padrão Ethernet tradicional, porém com
velocidade 10 vezes maior, 100 Mbps. Hoje, o padrão Gigabit Ethernet, com conexão de 1 Gbps e o 10 Gigabit Ethernet, com conexão de 10 Gigabits, são os padrões em desenvolvimento para melhor suporte a integração do tráfego de voz, dados, áudio e imagem.
2.2
Camadas do modelo OSI
O modelo OSI é um padrão de referencia para a utilização dos protocolos de comunicação. A ISO (Internetional Standards Organization ou Organização Internacional de Padrões) definiu uma estrutura em camadas onde cada camada tem pelo menos um protocolo de comunicação. O Modelo OSI (Open Systems Interconnection) é formado por sete camadas:
◦
Camada Física: padronização da interface física para a cada tipo de meio de transmissão. Esta camada é a responsável por especificar quais os cabos podem ser utilizados e suas respectivas características elétricas e dielétricas.
◦
Camada de Enlace: responsável pelas funções de endereçamento MAC e verificação de erros.
◦
Camada de Rede: responsável por encaminhar os dados para a rede de destino. O protocolo IP é utilizado nesta camada.
◦
Camada de Transporte: responsável pelo envio das mensagens para os níveis superiores do modelo OSI, funcionando de forma transparente, realiza o roteamento das mensagens para redes diferentes.
◦
Camada de Sessão: responsável por estabelecer uma sessão entre duas camadas de apresentação. É nesta camada que se realiza a identificação de usuários, por exemplo.
◦
Camada de Apresentação: responsável pela compatibilização dos dados, isto é, conversão e formatação de dados diferentes.
◦
Camada de Aplicação: camada onde se encontram os serviços para o usuário, como internet, e-mail, gerenciamento da rede.
Figura 2.1 – MODELO OSI Fonte: IMASTER.(2002) 4
2.3
Topologias opologia s de Rede
A topologia é dividida em duas classificações: topologia física e topologia lógica. ◦
Topologia Física: refere-se ao tipo de conexão física entre os computadores, dividida em Barra, Anel ou Estrela.
Figura 2.2 – TOPOLOGIA EM BARRA Fonte: PAGINAS.FE.UP AGINAS.FE. UP.PT .PT
Figura 2.3 – TOPOLOGIA EM ESTRELA Fonte: PAGINAS.FE.UP AGINAS.FE. UP.PT .PT
Figura 2.4 – TOPOLOGIA EM ANEL Fonte: PAGINAS.FE.UP AGINAS.FE. UP.PT .PT ◦
Topologia Lógica: refere-se ao fluxo da informação dentro da topologia física. 5
2.4
Elementos Ativos
Elementos ativos são todos os componentes que permitem o funcionamento de um padrão de rede adotado, influenciando no desempenho da rede como um todo. Os principais são: repetidores, bridges, roteadores, gateways, hub e switch.
2.4.1
Repetidores
Responsáveis pela amplificação do alcance do sinal. São equipamentos que interligam redes da mesma topologia permitindo a recuperação do sinal atenuado. O cabo coaxial, por exemplo, com alcance de 185 metros, pode atingir até 500 metros.
Figura 2.5 – REPETIDOR Fonte: PROJETOS DE REDE (2006)
2.4.2
Pontes/Bridges
Permite a troca de informações entre redes de topologias diferentes. Enquanto o repetidor amplifica o sinal interligando redes de mesma topologia, as bridges permitem a extensão da rede e a segmentação do tráfego entre redes de topologias diferentes.
2.4.3
Roteadores/Routers
Os roteadores possuem funcionamento semelhante as pontes, pois também interligam redes com topologias diferentes. Mas, sua principal característica está no momento do envio da informação:os roteadores “ Estabelecem Estabelecem as melhores melhores interconexões interconexões dos elementos elementos de redes redes complexas”
(SOARES NETO, SILVA, C. JÚNIOR, 2005, p.102). O roteador seleciona a rota mais
curta para rápida para enviar os dados. Permitem ainda a criação de sub-redes, sub-re des, segmentando a rede.
6
Figura 2.6 – ROTEADOR Fonte: PROJETO DE REDES (2006)
2.4.4
Hub
Atualmente em desuso, os hubs foram os principais dispositivos para interligar os equipamentos que compõem uma rede. Dessa forma, o hub concentra todos os dispositivos, ficando cada dispositivo num segmento só no hub. Além disso, alguns hubs permitiam o cascateamento ou empilhamento. Seu principal “defeito” era o broadcast por ele gerado, pois ao receber um pacote,
enviava-o para todos os equipamentos da rede, não somente para o seu destino.
2.4.5
Switch
O Switch é a evolução do hub, pois realiza as mesmas funções, porém com um diferencial; o switching , isto é, cada pacote de dados é enviado somente para o
seu destino, diminuindo o tráfego
da rede consideravelmente. Além disso, os Switches podem segmentar as redes criando várias VLAN (Redes Locais Virtuais). Os switches são originariamente equipamentos de camada 2 do modelo OSI. Mas já adquiriram funções de camadas 3 e camada 4, como o roteamento de pacotes.
Figura 2.7 – SWITCH Fonte: PROJETO DE REDES (2006)
7
2.5
Cabos Utilizados 2.5.1
Cabo par trançado
O cabo par trançado é assim denominado por seus pares de fios serem entrelaçados por toda a extensão do cabeamento. Esta trança dos cabos não é injustificada. “ Cada fio do par transmite o sinal em um sentido, desta forma a corrente que flui em direções opostas dentro de cada fio gera um campo eletro magnético,[…] a corrente que entra no condutor gera um campo no sentido horário e a corrente que sai do condutor gera um campo no sentido anti-horário. Sendo assim, os dois campos se cancelam, aumentando a capacidade do par em resistir às interferências. ”
(SOARES NETO, SILVA, C. JÚNIOR, 2005, p.82) Os cabos par trançado podem ser: STP (Shielded Twested Pair – par trançado com blindagem), onde o cabo possui uma blindagem interna envolvendo cada par trançado com o objetivo de reduzir a diafonia, além de uma malha blindada que protege contra interferências eletromagnéticas externas; FTP (Folied Twisted Pair – par trançado com fita metalizada), segundo Pinheiro (2003), os cabos são formados por dois condutores isolados e trançados e quatro pares agrupados formando um núcleo central que é recoberto em fita de alumínio e um condutor estanhado de aterramento, sendo ideal para instalações com interferências eletromagnéticas acima do normal; e UTP (Unshielded Twisted Pair – par trançado sem blindagem), o mais utilizado por seu fácil manuseio, instalação e possuir altas taxas de transmissão. É dividido em 7 categorias, dependendo da velocidade de conexão e características do cabo.
Figura 2.8 – CABO PAR TRANÇADO Fonte: MANUAL PRÁTICO DE REDES
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2.5.2
Cabo Óptico
São cabos que utilizam fibra óptica, onde as informações trafegam na fibra por LED ou LASER. As taxas de transferências são muito superiores as do cabo par trançado, não possuem interferências eletromagnéticas e alcançam distâncias maiores na transmissão. Os cabos de fibra óptica são divididos em dois tipos, cada um para um ambiente: Tigth Buffer, Buffer, para ambientes interno e Loose Buffer, para ambientes externos. ext ernos.
Figura 2.9 – CABO ÓPTICO Fonte: BRASFIO (2009)
2.6
Sistema de Cabeamento Estruturado
Os sistemas de cabeamento estruturado (SCE) garantem à rede de computadores multifuncionalidade, suporte à evolução tecnológica, flexibilidade para mudanças de topologia, alta disponibilidade, custo menores de instalação e manutenção simplificada. Seu objetivo fundamental é “...organizar e unificar as instalações de cabos existentes e os novos sistemas de cabeamento em edifícios […], tornando tornando-- se se assim um sistema padrão. […] Trata Trata-se -se de uma rede física passiva, que comporta as mais variadas aplicações (sinais de voz, dados, imagem e controle) ”
(PINHEIRO,
2003, p.02). Os padrões são definidos por instituições internacionais, como ISO/IEC, IEEE, ANSI, e, no Brasil, pela ABNT, ABNT, norma NBR 14565. O SCE é divido em 6 partes:
Sala de Entrada de Telecomunicações: espaço de entrada dos cabos externos das concessionárias 9
Sala de Equipamentos: espaço onde estão os elementos ativos da rede.
Armário de Telecomunicação: espaço onde estão os equipamentos que interligam o cabeamento primário ao cabeamento secundário.
Área de Trabalho: espaço onde estão os equipamentos dos usuários da rede
Cabeamento Primário: interliga os Armários de Telecomunicação do prédio ao prédio vizinho.
Cabeamento Secundário: interliga os Armários de Telecomunicação do prédio às Áreas de Trabalho.
10
3 METODOLOGIA 3.1
Noções de Pesquisa Científica
A pesquisa, segundo RUDIO (2004), é um conjunto de atividade orientadas para a busca de um determinado conhecimento. Para Jung (2004), é um instrumento, uma ferramenta para a descoberta de novos conhecimentos. Entretanto, a Pesquisa será científica ao ser realizada através de um esquema sistematizado, utilizando-se de métodos próprios e técnicas específicas. “... a pesquisa científica se distingue de outra modalidade qualquer de pesquisa pelo método, pelas técnicas, por estar voltada para a realidade empírica e pela forma de comunicar o conhecimento obtido ”.(RUDIO, 2004, p09).
Jung classifica a pesquisa quanto à natureza (fundamental, aplicada ou tecnológica); objetivos (exploratória, descritiva ou explicativa); procedimentos (experimental, operacional ou estudo de caso); e local de realização (em laboratório ou em campo). Esta monografia, quanto à natureza, pode ser classificada como tecnológica, pois trata sobre redes de computadores. Quanto ao objetivo é exploratória, pois analisaremos a infraestrutura a fim de modificá-la para os padrões de SCE. O procedimento será um estudo de caso, pois a análise estudará a situação que se encontra a TI do instituto, os motivos que levaram a não certificação do cabeamento e a proposição de mudanças na rede. Logo, o local de realização será o campo, pois analisaremos as condições da infraestrutura no IPEM, com registro fotográficos para um justo resultado.
3.2
Metodologia
Num primeiro momento foi solicitado ao diretor do IPEM, Sr. Alcyr Sampaio, que permitisse a realização da análise do prédio do instituto. Este autorizou e encaminhou-me ao responsável pelo setor de informática, Sr. Paulo Alves que me mostrou a estrutura lógica visível do prédio, a organização dos departamentos e da infraestrutura de TI. Nessa oportunidade, foram feitos registros fotográficos da infraestrutura de cabeamento da instituição Num outro momento, foi conversado com o Sr. Paulo Alves sobre as principais dificuldades enfrentadas pelo instituto, além das necessidades que o setor de TI necessitaria. Segundo o Sr. Paulo, “O Departamento de TI do IPEM não possui nenhuma documentação específica, atualmente, quanto a infraestrutura e equipamentos da rede, mas sabemos que não estamos seguindo as normas de um sistema de cabeamento estruturado ”.
Esta monografia será entregue ao instituto para fins de futura adequação às normas de Cabeamento Estruturado.
12
4 RESULTADOS RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1
Sobre o IPEM
Figura 4.1 – IPEM O Instituto de Pesos e Medidas do Estado do Amapá – IPEM/AP, é um órgão delegado do INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia Legal e Qualidade, e tem por objetivo a defesa do consumidor nas matérias de metrologia legal e qualidade. qua lidade. É o IPEM quem realiza as verificações dos taxímetros, se o valor pago pela corrida do táxi é realmente o estabelecido em lei, as verificações de caminhões que transportam cargas sólidas e cargas perigosas, a verificação de balanças, se estão mostrando o peso real, a verificação de produtos pré-medidos, como os pacotes de arroz de 1 kg que não são pesados na presença do consumidor, a verificação da qualidade do produto oferecido, se está conforme consta na embalagem, e agora, a verificação de cronotacógrafos, pioneiro no Brasil juntamente com o Estado do Rio Grande do Sul. O instituto 35 servidores distribuídos em 16 departamentos. A contratação de oito novos servidores já foi realizada. Faltam algumas etapas do concurso público.
Tabela 4.1 - DEPARTAMENTOS
Departamentos Presidência Assessoria Executiva Assessoria de Planejamento Departamento de TI Assessoria Jurídica Gerência de Projetos de Cobrança, Arrecadação e Fiscalização Diretoria Financeira Diretoria Contábil Diretoria Administrativa Apoio Administrativo Departamento Técnico Operacional Departamento de Taxímetro e Esfigmomanômetro Departamento de Pré-Medidos Departamento da Qualidade Departamento de Transporte Departamento de Pessoal/Ouvidoria
4.2
O Departamento de TI
O Departamento de TI do IPEM passa por dificuldades no momento. O parque de máquinas é pequeno para a necessidade do instituto. A equipe conta com apenas dois computadores para as funções de estação de trabalho e servidores. Os servidores utilizados são: ◦
Um servidor Intel Celeron, 1 Gb, para Firewall e Proxy, utilizado também para o desenvolvimento das atividades do setor set or..
◦
Um servidor Pentium 4, 2.0GHz, 512 MB, para compartilhamento de arquivos.
Os servidores que trabalham no setor são: ◦
◦
Paulo Roberto Alves: Responsável pelo setor de informática. Servidor Público. Fernando Ramos Cabral: Técnico em Informática. Servidor Público.
14
4.3
A Rede IPEM 4.3.1
Topologia
O IPEM é formado por dois prédios. O primeiro concentra todos os departamentos da instituição, salvo um, localizado no segundo bloco.
Figura 4.2 – LIGAÇÃO DOS PRÉDIOS O cabo de fibra óptica desce do poste para a parede no muro do instituto por uma tubulação até o subterrâneo. Percorre até a lateral do Prédio Principal e sobe até o forro. Então percorre o forro até o D.I.O, localizado na TI. Deste, é conectado ao Switch marca Extreme com suporte a Fibra óptica que “cascateia” para outro switch DLINK de 24 portas. Este último interliga a rede do
instituto. As Figuras 4.3, 4.4 e 4.5 mostram o caminho do backbone. Um cabo UTP do switch DLINK vai para o hub do auditório percorrendo 40 m dentro de uma eletro-calha.
15
TI
Eletro-calha com cabos UTP Figura 4.3 -ELETRO-CALHA DA TI
Saída da Eletro-Calha da TI
Figura 4.4 – ELETRO-CALHA ELETRO-C ALHA DA TI PARA PARA O AUDITÓRIO
16
Eletro-calha para o auditório
Figura 4.5 – ELETRO-CALHA DO AUDITÓRIO Do hub do auditório, outro cabo UTP sobe novamente para forro pela eletro-calha. eletr o-calha. De lá para um duto dentro da parede e para o subterrâneo, por aonde vai até o switch localizado no Prédio do Taxímetro, Taxímetro, num total de 82 metros. A figura figura 4.6 mostra um esquema da topologia estrela do IPEM destacando seu elementos ativos.
Figura 4.6 – TOPOLOGIA
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4.3.2
A Entrada de Serviços
O serviço de internet é fornecido pela Rede Nacional de Pesquisa (RNP), através de convênio realizado pelo governo do Estado. Um link de 4 Mbps compartilhado por várias instituições privadas e governamentais. O projeto prevê a expansão do link para 16 Mbps ainda neste ano. A Entrada de Serviços da Sede do IPEM localiza-se no mesmo local que a sala de equipamentos, à esquerda da entrada principal, no Departamento de Informática. A fibra vem pelo poste e desce do muro para o subterrâneo, conforme citado anteriormente. Sobe até o forro e, por uma eletro-calha, até o Departamento de TI, onde é conectada ao Distribuidor Geral Óptico (D.I.O).
D.I.O
Figura 4.7 – D.I.O
4.3.3
Sala de Equipamentos
A sala de equipamentos possui o tamanho de 5,64 m², muito inferior ao 14 m² exigidos pela norma. Temos o Hack com o D.I.O, um Switch marca Extreme, Gerenciável, com suporte a Fibra Óptica, um switch da marca 3COM de 16 portas, não gerenciável, e outro switch, da marca Dlink, de 24 portas. Destes dois últimos switches .partem os cabos para as estações de trabalho da parte frontal do prédio e para o hub da parte traseira traseir a do prédio.
18
Figura 4.8 - RACK
D.I.O
Switch Extreme
Switch 3COM
Switch DLink
Figura 4.9 - SWITCHES
19
4.3.4
Cabeamento Cabeamen to Vertical ertic al
No Cabeamento Vertical, conforme fora citado, é utilizado um cabo UTP categoria 5e, possui 82 metros e realiza a ligação li gação de um prédio ao outro do instituto.
4.3.5
Armário de Telecomunicação
O IPEM possui 3 armários de telecomunicação: o primeiro fica no Departamento de TI para realizar a conexão dos pontos da parte frontal do prédio principal, o segundo no Auditório, para realizar a conexão dos pontos da parte traseira do prédio principal, e o terceiro no prédio do taxímetro, para conectar os pontos deste.
4.3.6
Cabeamento Horizontal
Todo o cabeamento horizontal do prédio é feito utilizando cabo UTP categoria 5e através de eletro-calha pelo forro e dutos pela parede. A exceção aos dutos é a utilização de um “poste” metálico por onde desce cabeamento para os computadores do apoio administrativo e para o Laboratório de Pré-Medidos.
Figura 4.10 – APOIO ADMINISTRATIVO
20
Figura 4.11 – LABORATÓRIO DE PRÉ MEDIDOS
21
4.3.7
Área de Trabalho
A tabela 4.2 lista as áreas de trabalho e sua respectiva res pectiva quantidade de pontos: Tabela 4.2 – ÁREAS DE TRABALHO
reas de Trabalho Presidência Assessoria Executiva Assessoria de Planejamento Sala de Reuniões Departamento de TI Assessoria Jurídica Recepção Gerência de Projetos de Cobrança, Arrecadação e Fiscalização Diretoria Financeira Diretoria Contábil Diretoria Administrativa Apoio Administrativo Departamento Técnico Operacional Departamento de Pré-Medidos Departamento da Qualidade Departamento de Transporte Departamento de Pessoal/Ouvidoria
Quantidade de Pontos (Par Lógico/Telefone) Lógico/Telefone) 3 3 3 3 4 3 1 3 3 3 3 6 7 2 2 2 2
A figura 4.12 mostra como os pontos são identificados, utilizando nomenclatura própria: R2 L 24, que significa, Rede 2 (Auditório), Linha 24 (identificação no patch panel).
Figura 4.12 - TOMADA 22
Na Rede 1 está todo ponto conectado ao switch do Departamento de TI. Na Rede 2 está todo ponto conectado no Hub do Auditório. Auditório.
4.4
Sugestões
O instituto de Pesos e Medidas possui uma estrutura lógica com muitos aspectos positivos: ◦
◦
◦
◦
A identificação dos pontos. Todos os cabos passam por dutos ou eletros-calha. Praticamente não possui tubulação aparente no interior do prédio. Nenhum cabeamento ultrapassa o limite máximo estabelecido pela norma.
Entretanto, algumas sugestões são viáveis para a adequação do projeto às normas de certificação e para futuras expansões no número de pontos do instituto: ◦
A substituição do backbone de UTP para fibra óptica, uma vez que a construção de um novo bloco, ao lado do prédio do taxímetro, tax ímetro, é pretendida.
◦
◦
O aumento da sala de equipamentos para 14 m². A utilização de cabo STP ou FTP nas áreas externas e próximas das centrais de ar, ou a retirada destas para outro local.
◦
Conforme figura 4.13, a proteção da eletro-calha contra chuva, tampando todos os locais para evitar o desgaste do material.
Poça d'água na eletro-calha Figura 4.13 – ELETRO-CALHA ELETRO- CALHA ABERTA ABERTA 23
◦
Conforme a figura 4.14, a utilização de materiais apropriados, como cotovelos, em locais “emendados”. “emendados”.
Figura 4.14 - EMENDAS ◦
Desafixar a eletro-calha “embutida” no rack e afastá -lo da parede para que possam ser realizadas manutenções.
◦
◦
A organização organização dos patch cables e patch cords no rack. A substituição do hub do auditório por um switch. Ou a retirada deste hub e a realocação dos seus pontos para o switch da TI. Para isso, este deve possuir mais portas e a ligação dos blocos por fibra já deve estar implementada.
◦
A utilização de switch gerenciável no Departamento de TI para a segurança através de ACL’s.
◦
◦
A utilização de um método de Firewall para a proteção da rede. A utilização utilização de um controlador de domínio para controle e acesso dos usuários.
24
5 CONCLUSÃO As redes de computadores permitem a comunicação entre as pessoas em tempo real ainda que em longas distâncias. Para um órgão como o Instituto de Pesos e Medidas do Estado do Amapá, que visa atender o consumidor, defendendo seus direitos, as redes servem como meio de comunicação da comunidade com o instituto e como meio de trabalho para os servidores. Fica claro, então, a necessidade de uma infraestrutura adequada para o desempenho das atividades dos servidores deste instituto, pois há também o projeto de implantação de um sistema de gestão integrada nacional, que necessitará desta infraestrutura para ser utilizado. Este trabalho será entregue ao Diretor Dir etor Geral do IPEM para que este estude a possibilidade de certificação do cabeamento, tornando o IPEM uma referência em infraestrutura lógica no Estado do Amapá e, mais que isso, respondendo às expectativas da sociedade no desenvolvimento de um trabalho sério, eficiente e eficaz.
6 BIBLIOGRAFIA [EIA568B] ANSI/TIA/EIA-568- B, “Commercial Building Telecommunications Cabling
Standard”. [EIA569A] ANSI/TIA/EIA-569- A, “Commercial Building Standard for Telecommunications
Pathways and Spaces ”. [EIA606] ANSI/TIA/EIA- 606, “Administration Standart for the Telecommunications
Infrastructure of Commercial Buildings ”. Telecommunications [EIA607] ANSI/TIA/EIA- 607, “Grounding and Bonding Requiriments for Telecommunications in Commercial Buildings ”. [Fur101] Furukawa, “ MF-101 Introdução à Tecnologia de Redes ”, 4ª Edição. [Fur102] Furukawa, “ MF-102 Acessórios e Equipamentos de Rede ”, 4ª Edição. [Fur103] Furukawa, “ MF-103 Cabeamento Estruturado Metálico ”, 4ª Edição. [Fur104] Furukawa, “ MF-104 Cabeamento Estruturado Óptico ”, 4ª Edição. [Fur105] Furukawa, “ MF-105 Projeto de Sistemas de Cabeamento Estruturado ”, 3ª Edição.
[Tan03] TANENBAUM , Andrew S., “Redes de Computadores ”, Editora Campus, 4ª Edição, 2003. [Pin03] PINHEIRO, José Maurício S., “ Guia Completo de Cabeamento Estruturado ”, Editora Campus, 2003. [Gas07] GASPARINI, Anteu F. L.,” Infra-estrutura, Protocolos e Sistemas Operacionais de
LANs: Redes Locais ”, Érica, 3ª edição, 2007. [Net05] SOARES NETO, Vicente, Adelson de Paula Silva e Mário B. C. Júnior, “Telecomunicações, Redes de Alta Velocidade e Cabeamento Estruturado ”, Editora Érica, 5ª
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tecnologias, produtos e processos ”, Axcel Books do Brasil Editora, 2004.