Fundamento da Desigualdade entre os Homens (J.J. Rousseau) Prof.Msc Alane Carvalho Santos da Silva
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O homem é bom por natureza e no isolamento é igual a todo homem; A MUDANÇA ocorre quando resolve viver em SOCIEDADE. É
a partir daí que as desigualdades parecem e os costumes começam a se degenerar á medida que os povos desenvolvem o gosto pelos estudos e pelas letras.
A obra de Rousseau encontra-se dividida em três partes: Primeira Parte: Dedicatória O trabalho é dedicado aos cidadãos de Genebra e aos representantes do Estado (para ele o mais próximo de um Estado virtuoso e feliz) ♦ Apesar de seu prestigio, a partir de 1750 quando a obra foi publicada passou a ser fortemente criticado. ♦
Segunda Parte: Prefácio Pergunta central que norteia todo o seu trabalho - Qual a origem da desigualade entre os homens? Para se conhecer a origem da desigualdade é necessário conhecer o próprio homem. ♦ Para se conhecer o homem é necessário despir-se do conhecimento da idéia de homem civilizado, estamos nos referindo ao homem natural. ♦
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Para realizar tal empreitada é necessário se chegar ao homem natural, e neste ponto surge um paradoxo, pois para se alcançar o homem natural é necessário despir-se do conhecimento do homem civilizado, ou seja, quanto mais utilizamos a RAZÃO para entender o homem natural mais distantes nos colocamos dele. Para resolver este problema a estratégia sugerida por Rousseau é a MEDITAÇÃO . Através dessa meditação Rousseau chega a conclusão de que mesmo antes da razão, dois princípios básicos regem a alma humana *Sentimento de autopreservação; *Sentimento de comiseração.
Terceira Parte: O Discurso (dividido em duas partes)
1ª. Parte: ♦
Existência de duas desigualdades: 1.
2.
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Desigualdade natural ou física (sexo, idade, força etc) – não é objeto de estudo pois é tem uma origem natural e não foi ela que submeteu um homem a outro; Desigualdade moral ou política;
Teoria dos princípios básicos que regem a alma humana:
O homem natural é um ser solitário, possuidor de um instinto de autopreservação, dotado de sentimento de compaixão por outros de sua espécie, e possuindo razão apenas potencialmente. 2.O sentimento de comiseração pode ser visto também como instinto ou mecanismo de autopreservação da espécie. 3.Não existe motivos que o levem á vida na sociedade 4. O homem natural é vive o presente, é robusto, bem organizado é inocente ( não possuindo noção de bem e mal) 5. Possui duas características que o distingue dos LIBERDADE outros animais: a e a PERFECTIBILIDADE (capacidade de aperfeiçoarse); A passagem do homem natural ao homem 6. social é a origem das desigualdades, não é obra do próprio homem, mas de um FATOR EXTERNO 1.
2ª.Parte: ♦
A passagem do estado natural para o estado social e o papel da perfectibilidade: 1.
O homem natural tinha como única preocupação sua subsistência, contudo á medida que as dificuldades do meio se apresentavam ele era obrigado a superála adquirindo portanto novos conhecimentos ( caça,
pescar e associar-se a outros homens, mas de forma sempre aleatória); 2. Dentro desse contexto, surge a primeira revolução: a construção de abrigos Conseqüência: - A permanência por mais tempo no mesmo lugar e na companhia de outros – nascimento da família e de sentimentos como o amor conjugal e paterno; - Surgimento de novas formas de linguagem; - Noção precária de propriedade; - Surgimento das primeiras comunidades (as famílias passam a conviver próximas por questões de segurança, clima etc) 3. Nesse estágio o homem deveria ter parado – vivendo em sociedade, com poucas necessidades e com condições de atendê-las o homem teria tudo para ser feliz – mas a perfectibilidade não permitiu; 4. Os homens começam a se enxergar dentro do grupo e a estabelecer comparação (o mais forte, o mais hábil, o melhor caçador. O mais bonito etc) e alguns se destacam dentre os demais. O juiz é sua própria consciência - “ o estado de guerra de todos contra todos” 5. Paralelo a isso, a grande revolução – surgimento da agricultura e da metalurgia 6. Conseqüência: - Divisão do trabalho, - Enraizamento da noção de propriedade e existência de homens ricos e pobres que dependem uns dos outros - Criação de leis (seja para proteger a propriedade, seja para se proteger dos mais
poderosos) e futuramente criação de estados autoritários e despóticos (servindo ao interesse de uma minoria)
Conclusão ♦ O surgimento da propriedade divide o homem entre ricos e pobres; A degeneração social é provocada pelo distanciamento que o homem social esta do homem n Proposta: Já que não podemos viver mais como o homem natural, devemos construir uma sociedade harmoniosa baseada na liberdade e isso só seria possível por meio da EDUCAÇÃO . ♦
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