Especificações do Transístor Os transístores de pequenos sinais podem dissipar meio watt ou menos; Os transístores de potência são capazes de dissipar mais de meio watt. Quando se observa uma folha de dados (data sheet) de qualquer tipo de transístor, Deve-se começar com as especificações máximas porque elas indicam os limites das correntes, das tensões, das potências, das frequências de operação e de outros parâmetros do transístor. Algumas das especificações máximas encontradas nos manuais são: VCEO, VCBO, VEBO, IC e PD. Todas as especificações de tensão são tensões reversas de ruptura. r uptura. A primeira especificação é VCEO, que especifica a tensão do colector para o emissor com a base aberta. VCBO é a tensão entre o colector e a base com o emissor aberto. VEBO é a tensão do emissor para a base com o coletor aberto. IC é a corrente máxima cc do coletor. A última especificação é PD, a especificação da potência máxima do componente e é dada por PD=VCE.IC. Código Pró-Eletron para a Designação de Tipos de Semicondutores Discretos Segundo esse código, o número do tipo básico é composto de duas letras, seguidas por um número de série. Significado das Letras 1ª Letra:
Designa o material utilizado na confecção da parte ativa do semicondutor
(transístor ou diodo). A → Germânio B → Silício C → Arsenieto Arsenieto de Gálio D → Materiais compostos compostos (por exemplo: exemplo: Sulfeto de Cádmio) Cádmio) 2ª Letra:
Designa a função mais importante à qual se destina o semicondutor.
A → Diodo de baixo sinal B → Diodo de capacitância variável C → Transistor de baixo sinal, sinal, áudio-freqüência D → Transistor de potência, potência, áudio-freqüência E → Diodo Túnel F → Transistor de baixo sinal, sinal, rádio-freqüência
G → Dispositivos múltiplos H → Diodo sensível sensível a campos magnéticos L → Transistor de potência, para rádio-freqüência N → Foto-acoplador P → Detetor de de radiação (por exemplo, exemplo, fototransistor) Q → Gerador de radiação (por exemplo, exemplo, diodo emissor de luz) R → Dispositivos de controle controle e comutação (por exemplo exemplo tiristor) de baixa potência S → Transistor de baixo sinal, sinal, comutação T → Dispositivo de controle e comutação (por exemplo, tiristor) tiristor) de potência X → Diodo multiplicador (por exemplo, exemplo, varactor) Y → Diodo retificador Z → Diodo de referência referência ou regulador com terceira letra letra W su pressor de transientes
1. IDENTIFICAÇÃO DOS TERMINAIS DE ALGUNS COMPONENTES ELECTRÓNICOS MAIS USUAIS E ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE COMPONENTES. Aqui podemos encontrar a identificação de terminais de alguns componentes electrónicos mais usuais assim como algumas considerações gerais acerca de componentes usuais. 1.1 TRANSÍSTORES 1.2 TIRISTORES, TRIAKES, SCR´s, DIODOS 1.3 DIODOS LED 1.4 INTEGRADOS
1.1 TRANSÍSTORES
1.2 SCR´s/ Tiristores/ Triakes Diodos significado do conjunto de letras e números que identificam um triac As letras que designam um triak, (consideremos por exemplo o Triak BTA04 600C) significam o seguinte: BTA refere-se ao tipo de encapsulamento usado (neste caso é o tipo TO 22 em que a patilha metálica é isolada, e portanto com uma resistência térmica superior ao normal). o valor "04" indica a corrente máxima que o triak pode suportar (neste exemplo 4 Amp ) e o valor "600" indica a máxima tensão que o componente pode suportar (neste caso 600Volt), na prática as versões de 400Volt podem ser usadas com vantagem para as tensões da rede de 220/ 240Volt. As letras finais significam a corrente de porta, por exemplo: "C" =35mA, "A"= 25mA, "B"= 50mA, "D", "K" e "S"= 10mA, "T"= 5mA e a letra "W" é usada para identificar os triakes de rápida comutação.
1.3 DIODOS LED
1.4 INTEGRADOS
2. CÓDIGOS E TABELAS 2.1 CÓDIGO DE CORES PARA RESISTÊNCIAS 2.2 CÓDIGO CORES PARA CONDENSADORES DE CERÂMICA 2.3 LIGAÇÕES DE FICHAS SCART 2.4 LIGAÇÕES DE FICHAS JACK e DIN 2.5 EQUIVALÊNCIA DE TRANSÍSTORES USO COMUN 2.6 EQUIVALÊNCIA DE DIODOS USO COMUN 2.7 EQUIVALÊNCIA SCR´s DE USO COMUN 2.8 TABELA DE CONVERSÃO DE CAPACITÂNCIAS 2.9 UNIDADES DE MEDIDA EM POTÊNCIAS DE BASE 10
2.1 CÓDIGO DE CORES PARA RESISTÊNCIAS
2.2 CÓDIGO DE CORES PARA CONDENSADORES CERÂMICOS
2.3 LIGAÇÕES STANDARD PARA FICHAS SCART
2.4 LIGAÇÕES STANDARD PARA FICHAS JACK E DIN
2.5 EQUIVALÊNCIA DE TRANSÍSTORES DE USO COMUM
2.6 EQUIVALÊNCIA DE DIODOS DE USO COMUM
2.7 EQUIVALÊNCIA DE SCR´s DE USO COMUM
2.8 CONVERSÃO DE CAPACITÂNCIAS
2.9 UNIDADES DE MEDIDA EM POTÊNCIAS DE BASE 10
TRANSISTORES BIPOLARES INTRODUÇÃO: no final de 1947, uma das maiores invenções já realizadas pelo homem, revolucionaria completamente a eletrônica; o transistor bipolar de junção. Seus inventores, Dr. John Bardeen, Dr. William Schocley e Dr. Walter H. Brattain ganharam por esse trabalho, o prêmio Nobel em 1956. ESTRUTURA E SIMBOLOGIA: o transistor bipolar de junção é um dispositivo de três terminais ligados a uma região interna formada por um cristal de material semicondutor extrínseco, dividido em três partes, com características construtivas e elétricas distintas, sendo duas de mesma polaridade P ou N e a outra de polaridade contrária, isto é, o transistor bipolar pode ser do tipo PNP ou NPN. A estrutura de camadas é apresentada ao lado. Pode ser verificado que este semicondutor possui três camadas (podendo ser NPN ou PNP) e duas junções (J1 e J2) Os três terminais de um transistor bipolar recebem o nome de emissor, base e coletor. A figura a seguir mostra a estrutura do transistor bipolar e seus símbolos. Do emissor são emitidos os portadores de corrente, elétrons ou lacunas, dependendo da polaridade do transistor, com o sentido de atingirem o coletor onde serão coletados, passando através da região de base, que tem a função de controlar o fluxo. Cada terminal possui uma característica própria. Emissor - região maior nível de dopagem do transistor. É do emissor de onde partem os portadores de carga, em outras palavras, é o emissor quem define o sentido da corrente, por isto ele possui uma flecha no seu terminal no símbolo do transístor. Base - região mais estreita e com nível médio de dopagem. Comparada as outras regiões, a base se parece como uma película muito fina. Serve para fazer com que o transístor comece a funcionar. Coletor - região de maior área e menos dopada do transístor. O coletor tem a maior área, pois é nessa região onde há maior dissipação de energia por efeito Joule. Para transistores de maior potência a região de coletor está ligada a cápsula do transistor. ANALOGIA A DOIS DIODOS: podemos fazer uma analogia do transístor bipolar de junção com dois díodos, para entendermos alguns aspectos
de seu funcionamento, porém não podemos construir nenhum transistor dessa maneira. A analogia é baseada na estrutura do diodo de junção PN. Do terminal de base para os terminais de emissor ou coletor vemos um diodo PN. Essa analogia é utilizada para o testes e identificação dos terminais do transistor bipolar de junção.
TESTE DO TRANSISTOR: fazendo-se uma analogia com diodos,
podemos testar um transistor bipolar e identificar seus terminais. Primeiramente identificamos a polaridade do transistor e o terminal de base e depois os terminais de coletor e emissor. A região de emissor do transístor é mais dopada do que a região de coletor. Essa característica é utilizada para a identificação do emissor e do coletor, pois a tensão de condução do emissor é levemente superior a tensão de condução do coletor. No exemplo a seguir o transistor BD135 é testado com um multímetro digital.
É importante apontar que nem todos os transístores podem ser testados desta forma. Os transistores Darlington podem indicar valores errados. MODOS DE OPERAÇÃO DOS TRANSISTORES BIPOLARES: para um transistor bipolar operar num circuito é necessário que seja convenientemente polarizado. A polarização consiste na fixação de tensões e correntes nos terminais do dispositivo, dentro de seus limites de operação e modo de funcionamento desejado. Existem quatro combinações possíveis de polarização do transístor bipolar de junção, porém somente três são utilizadas. Vamos considerar na análise um transístor NPN, porem o mesmo procedimento poderia ser aplicado a um transístor com polaridade complementar. Primeira situação de polarização: os diodos equivalentes das junções emissor (BE) e base coletor(BC) são diretamente polarizados.
O circuito equivalente fazendose analogia com diodos para essa situação de polarização é mostrado na figura ao lado: Como os dois diodos BE e BC estão diretamente polarizados, então conduzirão muito bem. Considerando os diodos equivalentes como ideais, o circuito equivalente para essa situação é apresentado abaixo. A essa situação de polarização chamamos saturação e dizemos que o transistor está saturado quando a polarização entre base e emissor e entre base e coletor é direta. O transistor saturado corresponde a uma chave fechada entre coletor e emissor. Esta configuração é utilizada para acionamento de cargas como se estivéssemos utilizando chaves, como por exemplo, um interruptor para o controle do acendimento de uma lâmpada, para isto, o transistor corresponde a situação de interruptor acionado (saturado) e a lâmpada estaria acesa. Segunda situação de polarização: os diodos equivalentes das junções base emissor (BE) e base coletor(BC) são reversamente polarizados.
O circuito equivalente fazendo-se analogia com diodos para essa situação de polarização é mostrado na figura ao lado. Em polarização reversa, os diodos equivalentes não conduzem. A situação de polarização é equivalente aos diodos cortados, como mostra a figura abaixo.
A essa situação de polarização chamamos corte e dizemos que o transistor está cortado quando a polarização entre base e emissor e entre base e coletor é inversa. O transístor cortado, ainda considerando o exemplo anterior do interruptor utilizado para acender ou apagar uma lâmpada, corresponde a situação de chave aberta, isto é, a lâmpada permanecerá apagada se o interruptor se mantiver nesta situação. A primeira e a segunda forma de polarização é utilizada em circuitos em que o transistor deva funcionar como uma chave. São chamados de circuitos de chaveamento. Podemos utilizar esta topologia para acionar motores, lâmpadas, válvulas, cilindros e etc. As fontes chaveadas também possuem transistores, ou componentes similares, funcionando no regime de corte e saturação. Terceira situação de polarização: o diodo BE é diretamente polarizado e o diodo BC é reversamente polarizado. O circuito equivalente fazendo-se analogia com diodo e fonte de corrente para essa situação de polarização é mostrado na figura ao lado. Uma vez que a polarização do diodo BE é direta então, conduzirá muito bem. Como a base é uma região estreita, as cargas emitidas no emissor, terão condições de chegar próxima a junção BC reversamente polarizada, sendo atraídas pela barreira de potencial formado junto a junção, sendo coletadas no coletor, onde há a dissipação de energia por efeito Joule. Essa situação de operação é
conhecida como operação ativa do transistor bipolar de junção, pois o transistor funciona como uma fonte de corrente na malha de coletor onde a corrente passa a ser igual a Ic = . Ie. O efeito de transferência da corrente entre as duas malhas, base emissor e base coletor é chamado efeito transistor. A figura a seguir mostra a analogia com diodos do transistor NPN e o circuito equivalente com o transistor polarizado na região ativa ou linear de operação.
Os circuitos que utilizam transistores operando na região ativa são chamados de circuitos lineares. Um exemplo destes circuitos são os amplificadores de áudio, fontes de alimentação do laboratório de eletrônica e a fonte desenvolvida nesta disciplina. O transistor é utilizado para controlar uma determinada tensão ou corrente de um circuito. O transistor poderá estar ligado em série ou em paralelo, depende apenas da topologia do circuito. CURVA CARACTERÍSTICA: para uma melhor compreensão das situações de polarização de um transistor é importante analisar a curva característica do transistor. Esta curva indica a tensão entre coletor e emissor versus a corrente que circula pelo emissor. Abaixo é apresentada a curva característica de um transistor qualquer.
Características dos pontos importantes da curva característica de um transistor: Vce = Vcmáximo Corte: Ic = 0
Ptransistor = 0 W(P = Vce.Ic) Vce = 0 Saturação: Ic = Icmáximo Ptransistor = 0 W (P = Vce.Ic) Vce ≠ 0
Linear: Ic ≠ 0 Ptransistor ≠ 0 W (P Vce.Ic)
= TRANSISTOR COMO AMPLIFICADOR DE CORRENTE:
Introdução: a corrente de base é uma pequena parcela da corrente de emissor, enquanto a corrente de coletor consiste na sua maior parcela. A figura abaixo apresenta a representação das correntes elétricas em um transistor. A corrente de base controla a corrente de coletor, temos que pequenas variações na corrente de base provocam grandes variações na corrente de coletor. Isso significa que o transistor na região ativa é essencialmente um amplificador de corrente. Por isso, o transistor substituiu as válvulas do início do século XX, tornando mais compacto e confiáveis os equipamentos eletrônicos que necessitam de um amplificador. Os equipamentos que utilizam transistores operando como amplificadores são chamados de circuitos lineares, devido a relação linear entre corrente de base e corrente de coletor. Existe uma gama muito grande de dispositivos e equipamentos que utilizam o transistor operando na região ativa, por exemplo: fontes lineares e amplificadores. Análise do transistor em corrente contínua Ganho de corrente entre coletor e baseNo transistor, a relação entre IC e IB é denominada ganho de corrente CC. Portanto:, sendo representado por
varia conforme cadO valor de desde 10 até 1000.a tipo de transistor e de suas condições de operação (correte, tensão e temperatura). Existem transistores com Ganho de corrente entre coletor e emissor (ganho de corrente entre coletor e emissor).A corrente entre coletor e emissor é praticamente igual, diferindo apenas pela diferença da corrente de
base, a qual é muito pequena. Dizemos que a relação entre corrente de coletor e a corrente de emissor é igual a
Considerando as seguintes expressões:
Equação 1 Equação 2 Utilizando a Equação 1 para obter uma relação de IE por IC na segunda equação, teremos:
Utilizando a Equação 1 para obter uma relação de I E por IB na segunda equação, teremos:
Estas relações são importantes para determinação das relações entre as correntes e ganhos de um transistor, dados importantes para determinação do ponto de operação e desenvolvimento de projetos transistorizados.
IMPORTANTE Transistor como fonte de corrente: as fontes de corrente transistorizadas são utilizadas para obter-se uma corrente estabilizada (fixa), mesmo quando alteramos Vcc, ou, ainda, as características da carga. Por exemplo, suponhamos que seja utilizado um transistor operando como chave para controlar a luminosidade de um LED. Seu brilho estaria sujeito as variações de Vcc. A curva característica de operação do transistor, bem como a topologia é apresentado na figura a seguir: Podemos verificar que se o valor de Vcc alterar, a corrente Ic também irá alterar, de forma similar a Vcc. Este tipo de operação, considerando circuitos mais importantes, ao invés do que o simples brilho de um LED, podem ocasionar falhas ou funcionamento inadequado, portanto, não devem ser utilizados, a menos que desejados como simples chaves. Ao contrário, podemos utilizar uma outra topologia, conforme apresentado na figura abaixo:
Extraindo a equação da malha da base, teremos:
Isolando a corrente de coletor, teremos:
Extraindo a equação da malha do coletor, teremos:
Considerando que Ic Ie, teremos:
EXEMPLO: o circuito indicado abaixo é parte de um projeto produzido em grau industrial. O LED pode ter uma queda de tensão entre 1,5 e 2,5 volts. Desenhe a linha de carga e os pontos quiescente para os limites de tensão inferior e superior do LED. Determinando a corrente Ie: Analisando a malha da base, teremos: Vbb = Vbe + Ie . Re 2V = 0,7V + Ie . 100
Ie = 2V – 0,7V 100
Ie = 13 mA Analisando a malha de coletor, teremos: Vcc = Vled + Vce + Ie . Re Determinando os pontos quiescentes de operação do transistor: 1: considerando Vled = 1,5V Vcc = Vled + Vce + Ie . Re Como
Ie = 13 mA, teremos:
5V = 1,5 + Vce + 13.10 -3 . 100 Vce = 2,2V Portanto,
teremos o ponto Q em:
Q Ic = 13 mA Vce = 2,2 V
Traçando a reta de carga:
Saturação: Vce = 0V para achar Ic Vcc = Vled + Vce + Ie . Re 5V = 1,5 + 0V + Ie .100
Considerando Ie = Ic, teremos: Ic = (5V – 1,5V) / 100 Ic = 35 mA Corte: Ic = 0V para achar Vce Vcc = Vled + Vce + Ie . Re 5V = 1,5 + Vce + Ie . 100 Considerando Ie = Ic, teremos: 5V = 1,5 + Vce + Ic . 100 5V = 1,5 + Vce
Vce = 3,5 V Apresentando a reta de carga, teremos:
2: considerando Vled = 2,5V Vcc = Vled + Vce + Ie . Re Como
Ie = 13 mA, teremos:
5V = 2,5 + Vce + 13.10 -3 . 100 Vce = 1,2V Portanto,
teremos o ponto Q em:
Q Ic = 13 mA Vce = 1,2 V
Traçando a reta de carga:
Saturação: Vce = 0V para achar Ic Vcc = Vled + Vce + Ie . Re 5V = 2,5 + 0V + Ie .100 Considerando Ie = Ic, teremos: Ic = (5V – 2,5V) / 100 Ic = 25 mA Corte: Ic = 0V para achar Vce Vcc = Vled + Vce + Ie . Re 5V = 2,5 + Vce + Ie . 100 Considerando Ie = Ic, teremos: 5V = 2,5 + Vce + Ic . 100 5V = 2,5 + Vce Vce = 2,5 V
Colocando as duas curves em um único gráfico, teremos:
CONCLUSÃO: como podemos verificar o transistor alterou o valor da tensão Vce para manter estabilizada a corrente Ic do LED. Portando, mesmo com variações de tensão na carga, a corrente da mesma será constante.
CONSIDERAÇÕES GERAIS: 1 - Não existe nenhuma identificação fixa para terminais dos transistores, O que existe são configuração comum típicas para determinadas séries de transistores.
2 - Aqui vamos tratar apenas de transistores de configuração comum com três terminais (Base, Coletor e Emissor) e cuja junções são do tipo PNP ou NPN . Outros tipos de transistores como Transistor de Junção Bipolar (BJT) ,Transistores de Efeito de campo (FET), Transistores de Uni-junção (TUJ) e outros serão tratados brevemente em separado. Na foto abaixo mostramos alguns dos diferente estilos de encapsulamento inclusive em SMD.
Os transistores do grupo TO-92 tem o encapsulamento feito de "plástico" é pequeno e são utilizados para sinal de baixa corrente. O grupo TO-126 e TO-220 são encapsulamento utilizados para transistores de média potencia. O grupo TO-3 e TO-66 são transistores com encapsulamento metálico para correntes maiores , o grupo TO-66 ganhou não tão recentemente uma versão plástica denominada TOP-3 que reduziu o custo de fabricação mantendo a mesma qualidade. Cada estilo de encapsulamento tem um numero próprio chamado "número de JEDEC" mas este não é o tópico importante.
Nós estamos apenas interessados em achar os terminais COLETOR, BASE e EMISSOR no transistor. Todos os transistores de PNP ou NPN têm o mesmo símbolo de circuito no circuito elétrico diferenciando-se apenas um do outro pela posição encontrada na flecha do emissor que indica a direção da circulação da corrente mas não dão indicação física do tipo de encapsulamento dos mesmos (tamanho pequeno, médio ou grande nem o posicionamentos de seus terminais), abaixo vemos os símbolos utilizados para representar o transistor em um esquema elétrico ou diagrama de circuito :
PNP símbolo
NPN símbolo
Os Transistores de junção NPN são mais populares em virtude de no principio de era mais fácil a fabricação neste tipo de junção e isto o fez mais barato e utilizado como base da maioria dos projetos desenvolvidos. Relembrando em ambos os casos, a seta aponta para a direção do fluxo da corrente (não confundir com a direção do fluxo de elétrons que é o contrario).
COMO O MULTÍMETRO ENXERGA UM TRANSISTOR PARA TESTAR? Como provador de transistor podemos utilizar um multímetro análogo simples (aquele com ponteiro) para fazer o teste devemos inicialmente colocar o multímetro na escala alta de ohms. O motivo da escolha da escala alta de ohms se dá por tornar mais fácil identificar um transistor com fuga entre as junções ao mesmo tempo em que se faz o teste . Antes de nós falarmos sobre o teste, vamos expor primeiramente como um multímetro "vê" um transistor. O multímetro enxerga o transistor como um par de diodos unidos pelo catodo ou pelo anodo e é esta forma de união que nos permitira identificar se ele é PNP ou NPN. Na figura baixo vemos a ilustração desta união feito de forma bem clara como podemos observar na figura abaixo.
PODEMOS USAR UM MULTÍMETRO DIGITAL PARA O TESTE? Sim mas todo o artigo foi descrito em cima de um multímetro analógico com 4 escalas de Ohms bem simples e de baixo custo, Mas a maioria dos multímetros digitais podem trabalhar como um provador de transistor e tem até uma escala especifica para isso mas outros que não possuem esta escala que é representada como um símbolo de diodo não conseguem efetuar o teste pois não fornecem tensão suficiente para ultrapassar a queda de voltagem que uma junção exige para começar a conduzir que é em torno de 0,7 volts dependendo do material utilizado nas junções dos transistor. Outros multímetros digitais alem desta escala têm um provador de transistor incorporado neles que permitem até selecionar o ganho HFE do transistor. Mas isso é matéria para um próximo artigo.
QUAL ESCALA DE OHMS DEVEMOS UTILIZAR NO MULTÍMETRO ? Todo multímetro tem uma ou mais escala para leitura de Ohms.
A mais baixa escala normalmente efetua a medida no valor de unidade de "Ohms" e no multímetro analógico (de ponteiro) essa escala é normalmente comprimida no final de escala, sendo assim a medida não segue linearmente desta forma a primeira escala X1 que efetua medida de 0 a 500 ohms em 95% de sua escala ainda nos permite visualizar de 500 Ohms ao infinito em menos de 5 % da escala e quando vamos para a escala superior X10 medimos de 0 a 5000 Ohms e é esta escala que utilizamos para os testes exemplificados. Convêm ainda explicar e esclarecer que dentro do multímetro encontra-se uma fonte de energia normalmente através de baterias de 1,5 volts , 3 volts e 9 volts que através da ligação de um jogo de resistores provêem a energia para mover o ponteiro do multímetro e um ponto muito importante a ser exaltado é que a sonda vermelha de um multímetro analógico sempre é conectada internamente ao pólo negativo da bateria e a sonda preta do multímetro sempre é conectada internamente ao pólo positivo da bateria . Portanto quando a sonda preta é conectada ao ânodo de um diodo e a sonda vermelha ao cátodo, como mostrado na animação abaixo, a agulha se move aproximadamente 90% na escala. (E só não move completamente porque o multímetro está percebendo uma queda de tensão da ordem de 0.7v no diodo em teste, mas este é um ponto técnico nós discutiremos depois).
Estas são as duas condições que precisamos nos lembrar quando medimos um Diodo: Quando a sonda vermelha é conectada ao ânodo e a sonda preta ao cátodo, a agulha não move na escala. Quando a sonda preta é conectada ao ânodo e a sonda vermelha ao cátodo, a agulha move em até 90% de sua escala. O ponteiro do multímetro indica claramente estes dois estados.
E isto também é explicado tecnicamente: No primeiro caso o diodo não conduz porque esta sendo inversamente polarizado portando não existira nenhum fluxo de corrente. No segundo caso o diodo conduz porque é diretamente polarizado o que ocasiona a deflexão do ponteiro por cerca de 90% de sua escala e só não vai até 100 % da escala porque temos uma queda de tensão em torno de 0,7 volts na junção. Estas são as duas condições das que nós não podemos esquecer para poder medir um diodo.
Nota: o multimetro está na escala "x1k" está animação mostra o teste em um diodo.
Agora que nós sabemos como um multímetro reage a um diodo no conceito diretamente polarizado e inversamente polarizado, nós podemos testar um transistor, determinar o terminal de base e identificar se é PNP ou NPN, e isto pode nos levar a no Maximo de 6 alternativas de teste para uma resposta decisiva.
COMO FAZER: 1º.Ache a identidade do transistor (se é PNP ou NPN).
IDENTIDADE DO TRANSISTOR PNP
Ligue a sonda PRETA em qualquer terminal do transistor. Coloque a sonda VERMELHA em cada um dos outros terminais do transistor, ou o ponteiro move para os outros dois terminais ou não move para nenhum dos dois.
neste ponto já temos a identidade do transistor pois estando fora do contesto o transistor é NPN ou defeituoso.
A BASE: também está identificada e é a sonda preta fixa no terminal que permite a condução para os dois outros terminais
Nota: o multímetro esta na escala "x1k"
Medindo um transistor PNP em bom estado.
IDENTIDADE DO TRANSISTOR NPN Ligue a sonda VERMELHA em qualquer terminal do transistor.
Coloque a sonda PRETA em cada um dos outros terminais do transistor, ou o ponteiro move para os outros dois terminais ou não move para nenhum dos dois. neste ponto já temos a identidade do transistor.
neste ponto já temos a identidade do transistor pois estando fora do contesto o transistor é PNP ou defeituoso.
A BASE: também está identificada e é a sonda preta
fixa no terminal que permite a condução para os dois outros terminais
Nota: o multímetro esta na escala "x1k" medindo um transistor NPN em bom estado.
DEFEITOS: Se a agulha não mover para os dois outros terminais, o transistor está defeituoso. "ESTA ABERTO". Se a agulha se mover para TODOS os terminais, o transistor está defeituoso. "ESTÁ EM CURTO." Se a agulha mover ligeiramente para um dos testes onde não deveria se mover, o transistor esta "COM FUGA".
ACHANDO O COLETOR E O EMISSOR:
Para achar o coletor e emissor do transistor nós criamos o AMPLIFICADOR mais SIMPLES NO MUNDO. Consiste no "transistor que esta em teste" , um multímetro analógico na escala de 1k e SEU DEDO! Nós daremos como exemplo o transistor NPN por este tipo ser mais comum. Veja na animação abaixo como o transistor NPN é conectado. Ao fazer o teste, você não deve tocar o terceiro terminal com qualquer parte de seu corpo porque isto modificará a leitura no multímetro. Para fazer este teste você já sabe que o transistor é NPN e também já identificou o terminal de base. Conecte o multímetro aos dois terminais que não são a base, não importa o posicionamento destas sondas uma vez que o circuito só moverá a agulha do multímetro quando estiver na posição correta. Aperte com o dedo ÚMIDO entre a base e o coletor e o ponteiro subira a quase 80% de sua escala, quanto mais firme voçe apertar estes dois terminais, mais o ponteiro se movera pela escala. Isto acontece porque o transistor está amplificando a corrente que você está entregando à base em aproximadamente 100 vezes fazendo fluir no circuito coletor emissor.. Este fluxo de corrente reduz a resistência efetivamente entre os dois terminais e o multímetro indica o resultado. Você criou o circuito amplificador dos mais simples do mundo. Veja na animação abaixo a conexão dos terminais de coletor, emissor e ligação do multímetro.
Nota: o multímetro esta na escala "x1k"
Está é a forma de identificar o coletor em um transistor NPN
Animação do Exemplo de ligação com transistor PNP:
Nota: o multímetro esta na escala "x1k"
Está é a forma de encontrar o coletor no transistor PNP
OUTRAS FALHAS NÃO AVALIADAS: Este é só um teste simples para transistores.
Outras falhas ou defeitos intermitente também podem acontecer.
Você pode precisar de uma lata de aerossol "congelante" e um soprador de ar quente (pode ser o secador de cabelos) para simular o efeito de esfriar e aquecer. Os testes realizados com multímetro não permitem detectar alterações das características do transistor que o torna impróprio para o uso no circuito mas sem duvida nenhuma resolve mais de 90% dos problemas. Espero que eu lhe tenha sido útil com este artigo feito especialmente para você que está se iniciando nesta área de conhecimento. Agora faça o teste no link abaixo para ver se aprendeu 100%:
http://www.novaeletronica.net/tutoriais/trans_diodo/npn_pnp.htm
TRANSISTOR548 Projeto de : J.Sabino Sorocab -
Saber se um transistor é NPN ou PNP e identificar a base, coletor e emissor parece,ao iniciante na eletrônica, uma tarefa um tanto complicada, mas que na verdade é bem simples. Essa dica então é para aqueles que estão dando os primeiros passos na eletronica. Para melhor compreensão faz-se necessário explicar(e mostrar) a estrutura básica de um transistor. Estrutura Básica dos Transistores
A estrutura de um transistor é representada por dois diodos interligados a um terminal comum(base). Lembrando que a figura é uma representação da estrutura básica, nos transistores reais a
base nem sempre é o terminal do meio. Para saber se um transistor é NPN ou PNP é preciso identificar qual das tres 'pernas' é a base, ou seja, qual terminal é comum aos outros dois. Isso é feito com um multimetro, o terminal que der continuidade com os outros dois será a base e o transistor será NPN, se a ponta do multimetro(no terminal base) for positiva(Vermelha), será PNP se a ponta for negativa(preta). Chega de bla-bla e vamos para um teste prático. Você vai precisar de um multimetro digital e dois transistores. Para melhor aproveitamento didático será usado como objeto de teste dois transistores bem conhecidos(até mesmo dos iniciantes) quesão o BC548 e o BC558. Depois, tomando com base este teste prático, você será capaz de identificar qualquer tipo de transistor(e seus terminais). Primeiro: - Coloque o multimetro na escala de meedir diodos. - Coloque o transistor BC548 de 'barriiga' para baixo ( ou como diz um amigo metido a intelectual: o lado 'chanfrado' para baixo) - Na figura o transistor está em uma posição diferente apenas para melhor visualização. Segundo: - Coloque as pontas do multimetro nas 'pernas' do transistor - como indica a figura(F1). Nesta posição o multimetro indica que nao há continuidade entre as 'pernas' medidas(Lembre-se estamos testando o transistor BC548, em outros tipos poderá haver continuidade). - Inverta as pontas do multimetro - coomo indicado na figura(F2). Tambem nesta posição não haverá continuidade. Como nas duas medições não houve indicação de continuidade, podemos afirmar que a base é a 'perna' do meio. Para ter certeza coloque a ponta vermelha na 'perna' do meio e, com a ponta preta, alterne entre as duas outras 'pernas' - como indicado nas figuras(F3 e F4). Observe que o multimetro indicará um valor de continuidade nas duas medições (que pode variar entre 500 a 700 ohms) - anote cada valor indicado ou memorize, pois será através destes valores que saberemos quem é o coletor e quem é o emissor. Baseado na medições acima podemos tirar as seguintes conclusões: - A 'perna' do meio é a base. - O transistor é do tipo NPN - Já que é a ponta positiva(vermelha) do multimetro que está polarizando-a. - O coletor é o terminal que apresentoou menor valor. - O emissor é terminal que a presentouu maior valor. OBS.: - A diferença ohmica entre o emissor e coletor é de poucos ohms(fica entre 1 a 10 ohms)- Tipo: Emissor = 715 ohms; Coletor = 710 ohms. - Se você fez as medições com o transiistor na posição sugerida(lado 'achatado' para baixo com os terminais apontando para sua direção), então o