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1- OBJETIVO Esta Especificação fixa as condições de execução de revestimento de prémisturado a quente, que é o processo resultante da mistura a quente, em usina apropriada, de agregado mineral graduado, (filer ) ) e cimento asfáltico, espalhada e comprimida a quente. A mistura deve ser espalhada de modo a apresentar, após a compressão, a espessura de projeto.
2- MATERIAIS 2.1- Material Betuminoso Podem ser empregados os seguintes materiais betuminosos: a) Cimentos Asfálticos, de penetração 30-45, 50-60 e 85-100 ou CAP 20 e CAP 55. b) Alcatrão tipo AP-12.
2.2- Agregados 2.2.1- Agregado Graúdo O agregado graúdo pode ser pedra britada, escória britada, seixo rolado, britado ou não, ou outro material indicado nas Especificações Técnicas. O agregado graúdo deve se constituir de fragmentos são, duráveis, isentos de torrões de argila e de substâncias nocivas. Ao ser submetido ao ensaio de durabilidade com sufato de sódio, não pode apresentar perda superior a 12%, em 5 ciclos. Recomenda-se o valor máximo de 50% para o Ensaio de Desgaste Los Angeles, boa adesividade e um índice de forma não inferior a 0,5%. 2.2.2- Agregado Miúdo O agregado miúdo pode ser areia, pó-de-pedra ou mistura de ambos. Suas partículas individuais deverão ser resistentes, livres de torrões de argila e de substâncias nocivas. Deverá apresentar um equivalente de areia igual ou superior a 55%. Recomenda-se que apresente boa adesividade. 2.2.3- Material de Enchimento ("Filer") Deve ser constituído por materiais minerais finamente
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divididos, tais como Cimento Portland, cal extinta ou pós calcários, que atendam a seguinte granulometria:
PENEIRAS
% MÍNIMA PASSANDO
mm
nº
0,42 0,18 0,074
40 80 200
100 95 65
Quando da aplicação o "filer" deve estar seco e isento de grumos.
2.3- Granulometria A faixa granulométrica a ser usada deve ser aquela cujo diâmetro máximo seja igual ou inferior a 2/3 da espessura da camada. A composição do pré-misturado deve satisfazer os requisitos do quadro abaixo:
PENEIRAS Número Abertura mm 2" 1 1/2" 1" 3/4" 1/2" 3/8" nº 4 nº 10
50,8 38,1 25,4 19,1 12,7 9,5 4,8 2,0
Faixa A
Faixa B
Faixa C
100 94-100 69-100 50-84 19-42 6-17 0-5
100 94-100 75-100 31-64 10-28 0-5
100 70-100 65-100 29-40 0-5
As porcentagens de betume se referem à mistura de agregados, considerada como 100%. Para todos os tipos, a fração retida entre duas peneras consecutivas não deverá ser inferior a 4% do total. A curva granulométrica poderá apresentar as seguintes tolerâncias máximas, em relação à curva de projeto, aplicando-se os limites indicados no item relativo ao controle.
PENEIRAS Número Abertura mm
% PASSANDO EM PESO
3/8" - 11/2"
9,5 – 38,0
±7
nº40 - nº 4
0,42 - 4,8
±5
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2.4- Requisitos para Mistura Deverá ser adotado o Método Marshall para a verificação das condições de vazios, estabilidade e fluência da mistura betuminosa, segundo os valores seguintes:
Porcentagem de vazios Estabilidade mínima Fluência 1/100"
5 a 12 350 kgf (75 golpes) 250 kgf (50 golpes) 8 - 18
Recomenda-se que a estabilidade Marshall não ultrapasse 800 kgf. As Especificações Técnicas fixarão a energia de compactação.
3- EQUIPAMENTOS Todo o equipamento, antes do início da execução da obra, deverá ser examinado pela FISCALIZAÇÃO, devendo estar de acordo com esta Especificação, sem o que não será dada a Ordem de Serviço.
3.1- Depósitos para Material Betuminoso Os depósitos para o ligante betuminoso deverão ser capazes de aquecer o material, às temperaturas fixadas nesta Especificação. O aquecimento deverá ser feito por meio de serpentinas a vapor, eletricidade ou outros meios, de modo a não haver contato de chamas com o interior do depósito. Deverá ser instalado um sistema de circulação para o ligante betuminoso, de modo a garantir a circulação, desembaraçada e contínua, do depósito ao misturador, durante todo o período de operação. Todas as tubulações e acessórios deverão ser dotados de isolamento, a fim de evitar perdas de calor. A capacidade dos depósitos deve ser suficiente para, no mínimo, 3 (três) dias de serviço.
3.2- Depósitos para Agregados Os silos devem ter capacidade total de, no mínimo, três vezes a capacidade do misturador e serão divididos em compartimentos, dispostos de modo a separar e estocar, adequadamente, as frações apropriadas do agregado. Cada compartimento deve possuir dispositivos adequados de descarga. Haverá ainda, um silo adequado para o filler, conjugado com dispositivos para a sua dosagem.
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3.3- Usinas para Misturas Betuminosas As usinas devem estar equipadas, preferencialmente, com uma unidade classificadora de agregados após o secador, e dispor de misturador tipo PUGMILL, com duplo eixo conjugado, provido de palhetas reversíveis, ou outro tipo capaz de produzir uma mistura uniforme. Deve ainda o misturador possuir dispositivo de descarga, de fundo ajustável, e dispositivo para controlar o ciclo completo de mistura. Um termômetro, com proteção metálica e escala de 90 o C a 210o C, deverá ser fixado na linha de alimentação do asfalto, em local adequado, próximo à descarga do misturador. A usina deverá ser equipada, além disso, com um termômetro de mercúrio, com escala em "dial ", um pirômetro elétrico, ou outros instrumentos termométricos aprovados, colocados na descarga do secador para registrar a temperatura dos agregados. Poderá também ser utilizada uma usina do tipo Tambot Secador / Misturador de duas zonas (convecção e radiação), provida de: coletor de pó, alimentador de fíler, sistema de descarga da mistura betuminosa por intermédio de transportador de correia com comporta do tipo clam-sheil ou, alternativamente, em silos de estocagem. A usina deverá possuir silos de agregados múltiplos, com pesagem dinâmica dos mesmos e deverá ser assegurada a homogeneidade das granulometrias dos diferentes agregados. A usina deverá possuir, ainda, uma cabine de comandos e de quadros de força. Tais partes devem estar instaladas em recinto fechado, com os cabos de força e comando ligados em tomadas externas especiais para essa aplicação. A operação de pesagem dos agregados e do ligante betuminoso deverá ser semi-automática com leitura instantânea e acumulada dos mesmos, através de digitais em display de cristal líquido. Deverão existir potenciômetros para compensação das massas específicas dos diferentes tipos de ligantes betuminosos e para seleção de velocidades dos alimentadores dos agregados frios.
3.4- Acabadora O equipamento para espalhamento e acabamento deverá ser constituído de pavimentadoras automotrizes, capazes de espalhar e conformar a mistura no alinhamento, cotas e abaulamento requeridos. As acabadoras deverão ser equipadas com parafusos sem fim, para colocar a mistura exatamente na largura desejada, e possuir dispositivos rápidos e eficientes de direção, além de marchas para frente e para trás. As acabadora deverão ser equipadas com alisadores e dispositivos para aquecimento dos mesmos, à temperatura requerida, para colocação da mistura sem irregularidades, bem como controle eletrônico para garantia da qualidade da superfície.
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3.5- Equipamento para a Compressão o equipamento para compressão será constituído por rolo de pneus, metálico liso, tipo tandem ou vibratório. Os rolos compressores, tipo tandem, devem possuir entre 8t e 12t de massa. Os rolos de pneus devem permitir a calibragem dos mesmos de 35 a 120 libras por polegada quadrada. Os rolos vibratórios devem ter a vibração ajustada na freqüência e amplitude necessárias para o serviço. O equipamento deve ser operado em velocidade adequada e ser suficiente para comprimir a mistura à densidade requerida, enquanto esta se encontrar em condições de trabalhabilidade.
3.6- Caminhões para Transporte da Mistura Os caminhões, tipo basculante, para o transporte do prémisturado, deverão ter caçambas metálicas robustas, limpas e lisas, ligeiramente lubrificadas com água e sabão, óleo crú fino, óleo parafínico, ou solução de cal, de modo a evitar a aderência da mistura às chapas.
4- EXECUÇÃO Sendo decorridos mais de sete dias entre a execução da imprimação ou pintura de ligação e a da camada betuminosa ou, no caso de ter havido trânsito ou, ainda, recobrimento com areia, pó-de-pedra etc, deverá ser feita uma pintura de ligação. A temperatura de aquecimento do cimento asfáltico, no momento da misturarão, deve ser determinada para cada tipo de ligante, em função da relação temperatura-viscosidade. A temperatura conveniente é aquela na qual o cimento asfáltico apresenta uma viscosidade situada dentro da faixa de 75 e 150 segundos, Saybolt-Furol, indicando-se, preferencialmente, a viscosidade de 85 ± 10 segundos, Saybolt-Furol. Não podem ser feitas misturas a temperaturas inferiores a 107 º C. Os agregados devem ser aquecidos a temperaturas de 10 º C a 15 º C, acima da temperatura do ligante betuminoso. A temperatura de aquecimento do alcatrão, no momento da misturação, será aquela na qual a viscosidade Engler situe-se em uma faixa de 25 ± 3 graus, Engler. A mistura, neste caso, não deve deixar a usina com temperatura superior a 105 º C.
4.1- Produção do Pré-Misturado a Quente A produção do pré-misturado a quente é efetuada em usinas apropriadas, conforme anteriormente especificado.
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4.2- Transporte do Pré-Misturado a Quente O pré-misturado a quente produzido deverá ser transportado, da usina ao ponto de aplicação, nos veículos basculantes antes especificados. Quanto necessário, para que a mistura seja colocada na pista à temperatura especificada, cada carregamento deverá ser coberto com lona ou outro material aceitável, com tamanho suficiente para proteger a mistura.
4.3- Distribuição e Compressão da Mistura Os pré-misturados a quente devem ser distribuídos somente quando a temperatura ambiente se encontrar acima de 10 º C e com tempo não chuvoso. A distribuição do pré-misturado deve ser feita por máquinas acabadoras, conforme já especificado. Caso ocorram irregularidades na superfície da camada, estas deverão ser sanadas pela adição manual de pré-misturado, sendo esse espalhamento efetuado por meio de ancinhos e rodos metálicos. Imediatamente após a distribuiição do pré-misturado a quente tem início a rolagem. Como norma geral, a temperatura de rolagem é a mais elevada que a mistura betuminosa possa suportar, temperatura essa fixada, experimentalmente, para cada caso. Caso sejam empregados rolos de pneus, de pressão variável, iniciase a rolagem, com baixa pressão, a qual será aumentada à medida que a mistura for sendo compactada e, conseqüentemente, suportar pressões mais elevadas. A compressão será iniciada pelas bordas, longitudinalmente, continuando em direção ao eixo da pista. Nas curvas, de acordo com a superelevação, a compressão deve começar sempre do ponto mais baixo para o mais alto. Cada passada do rolo deve ser recoberta, no seguinte, de, pelo menos a metade da largura rolada. Em qualquer caso, a operação de rolagem perdurará até o momento em que seja atingida a compactação especificada. Durante a rolagem não serão permitidas mudanças de direção, inversões bruscas de marcha, nem estacionamento do equipamento sobre o revestimento recém-rolado. As rodas do rolo deverão ser umedecidas adequadamente, de modo a evitar a aderência da mistura.
5- CONTROLE 5.1- Controle de Qualidade do Cimento Asfáltico Deve constar de:
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a) um ensaio de viscosidade Saybolt-Furol, para todo carregamento que chegar à obra; b) um ensaio de Ponto de Fulgor, para cada 100 t; c) um índice de Pfeiffer , para cada 500 t; d) um ensaio de espuma, para todo carregamento que chegar à obra; e e) um ensaio de efeito do calor e do ar (película delgada), para todo o carregamento que chegar à obra.
5.2- Controle de Qualidade dos Agregados Deve constar de: a) dois ensaios de granulometria do agregado, de cada silo quente, por dia; b) um ensaio de desgaste Los Angeles, por mês, ou quando houver variação da natureza do material; c) um ensaio de índice de forma, para cada 900 m3; d) um ensaio de equivalente de areia do agregado miúdo por dia; e e) um ensaio de granulometria do "filler", por dia.
5.3- Controle de Quantidade de Ligante da Mistura Devem ser efetuadas duas extrações de betume de amostras coletadas na pista, depois da passagem da acabadora, para cada dia de 8 horas de trabalho. A percentagem do ligante poderá variar, no máximo, ± 0,3% da fixada conforme o item 2.4.
5.4- Controle da Graduação da Mistura de Agregados Deve ser executado o ensaio de granulometria da mistura dos agregados resultantes das extrações citadas no ítem anterior. A curva granulométrica deve manter-se contínua e abedecer às tolerâncias que se seguem:
PENEIRAS nº
mm
3/8" – 11/2" 40 – 4 80 200
9,5 – 38 0,42 – 4,8 0,18 0,074
(%) PASSANDO EM PESO ±7 ± 5 ± 3 ± 2
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As tolerâncias indicadas se relacionam com a curva granulemétrica relativa ao item 2.4, a qual é fixada com base nas faixas especificadas no item 2.3.
5.5- Controle de Temperatura Devem ser efetuadas, no mínimo, quatro medidas de temperatura, por dia, de cada um dos materiais abaixo discriminados: a) b) c) d)
do agregado, no silo quente da usina; do ligante, na usina; da mistura betuminosa, na saída do misturador da usina; da mistura, no momento do espalhamento e início da rolagem da pista.
Em cada caminhão, antes da descarga, deve ser feita, pelo menos, uma leitura da temperatura. As temperaturas devem satisfazer aos limites especificados anteriormente.
5.6- Controle de Qualidade da Mistura Devem ser satisfeitos os valores especificados no item 2.4. Para essa verificação devem ser realizados, por dia de produção da mistura, dois ensaios Marshall com três corpos de prova retirados após a passagem da acabadora e antes da compressão.
5.7- Controle de Compressão O controle de compressão da mistura deve ser feito, preferencialmente, pela medição da densidade aparente de corpos de prova extraídos da mistura comprimida na pista, por meio de sondas rotativas. Deve ser realizada uma determinação a cada 1500 m2, de pista, no mínimo ou por dia de serviço, não sendo permitidas densidades inferiores a 97% da densidade do projeto. O controle de compressão pode também ser feito medindo-se as densidades aparentes dos corpos de prova extraídos da pista e comparando-se com as densidades aparentes de corpos de prova moldados no local. As amostras para a moldagem destes corpos de prova deverão ser colhidas bem próximo ao local onde forem realizados os furos e antes da compressão. A relação entre as duas densidades não deverá ser inferior a 1.
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5.8- Controle de Espessura A espessura deve ser medida pelo nivelamento do eixo e das bordas, antes e depois do espalhamento e compressão da mistura.
5.9- Controle de Acabamento da Superfície A superfície final do revestimento deve satisfazer aos alinhamentos, perfis e seções transversais do projeto. Não devem ser toleradas irregularidades superiores aos valores a seguir relacionados (verificados com a régua de 3m de comprimento).
QUADRO DE VALORES REAS DIREÇÃO DA VERIFICAÇÃO Pista de pouso e rolamento com declividades transversais iguais ou Longitudinal inferiores a 1% Transversal Mesmas áreas acima, com declividades Longitudinal transversais superiores a 1% Transversal Pátios, pisos de hangares e outras áreas Qualquer com declividades iguais ou inferiores a 1% Mesmas áreas acima, com declividades Qualquer superiores a 1%
P.M.Q. 7mm 7mm 7mm 7mm 7mm 7mm
5.10- Controle Complementar de Acabamento da Superfície das Pistas de Pouso Onde for prevista a operação de aeronaves com massa bruta superior a 30.000kg ou com pressão de pneus superior a 700kPa, também deve ser efetuado o seguinte controle, no sentido longitudinal: Escolhem-se, ao acaso, dois alinhamentos paralelos ao eixo longitudinal, um de cada lado, e distantes dele 4m, no máximo. Sobre eles faz-se um nivelamento topográfico, geométrico, de metro em metro. Os desvios absolutos entre as cotas obtidas no nivelamento topográfico e as cotas de projeto devem atender às seguintes condições: a) haver, no mínimo, 80 (oitenta) desvios absolutos menores que 6mm para cada 120m de pista analisados, considerando-se cada alinhamento isoladamente; b) o máximo desvio absoluto permitido deve ser de 8mm, e c) os desvios absolutos entre 6mm e 8mm devem ser aleatórios,
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não se permitindo mais do que duas repetições consecutivas destes valores.
6- MEDIÇÃO O pré-misturado a quente deve ser medido por volume de mistura aplicada, após a compressão do material. No cálculo do volume, deve ser considerada a espessura de projeto.
7- PAGAMENTO Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade com a medições referidas no item anterior, que remuneram, além do fornecimento de todos os materiais (inclusive o cimento asfáltico e o melhorador de adesividade, quando for necessário), do preparo, do transporte, do espalhamento e da compressão da mistura, os custos diretos e indiretos de todas as operações e equipamentos, encargos gerais, mão-deobra e leis sociais, necessários à completa execução dos serviços.
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