1. Introdução
O ensaio de corrosão por imersão é o mais simples e mais popular dos testes acelerados de corrosão. Estes ensaios são bastante flexíveis e podem ser adaptados para atender qualquer aplicação específica. As amostras podem ser adaptadas a fim de simular diferentes condições de risco como frestas, tensão, pintura entre outros. O tempo de exposição varia muito com o tipo de material sendo testado e da solução sendo utilizada para imersão da amostra. Em geral são os ensaios onde se consegue um maior grau de corrosão em menor tempo, por isso é muito utilizado quando se necessita respostas rápidas. Como qualquer outro teste acelerado de corrosão, o ideal é sempre avaliar amostras comparativamente a fim de se obter melhores interpretações i nterpretações do resultado.
2. Princípio de Execução do Ensaio de Corrosão Por Imersão Ensaios de Corrosão por Imersão Total
No ensaio de imersão total, as amostras são completamente imersas no líquido, geralmente sob condições controladas de aeração, velocidade e temperatura. O controle da temperatura é conseguido por meio de termostatos e o controle da aeração é feito geralmente reduzindo o tamanho das bolhas de ar passadas através da solução. Níveis controlados de aeração podem ser obtidos usando-se misturas controladas de oxigênio e nitrogênio. Aeração zero é conseguida por desoxigenar a solução c om gás inerte. O controle da velocidade pode ser conseguido seja movendo-se a amostra através do líquido estacionário ou movendo-se o líquido que circunda uma amostra estacionária. A velocidade zero é muito difícil de ser conseguida, porque mesmo em líquidos presumivelmente estacionários, existem efeitos devido à convecção e/ou movimento dos produtos de corrosão devido à gravidade. Dessa forma para se obter reprodutibilidade, uma velocidade fixada, embora lenta, é recomendada. Amostras tipo disco montadas sobre eixos isolados e rotacionadas a altas velocidades produzem efeitos de alta velocidade. Efeitos de velocidade, nos quais regiões adjacentes da amostra estão sujeitas a diferentes velocidades, são conseguidos expondo-se as amostras a jatos submersos. Tais ensaios têm sido usados para estudar a corrosão por colisão e erosão. A influência da velocidade pode também ser estudada forçando-se o líquido através de amostras tubulares. No ensaio de imersão total, deve-se ter cuidado ao: Selecionar o volume da solução requerida. A acumulação dos produtos de corrosão na solução, ou diminuição do principal corrosivo pode levar a resultados não representativos. Preparar o suporte das amostras. A corrosão acelerada em frestas entre a amostra e o suporte deve ser evitada. Revestimentos protetores podem ser usados nas regiões de contato para evitar efeitos de frestas.
Ensaios em linhas de água são realizados para simular condições de ataque localizado ao nível do líquido. Este ensaio consiste em manter as amostras em uma posição fixa de 4
imersão por períodos prolongados, e o nível do líquido é mantido pela adição constante de água destilada para compensar as perdas por evaporação.
Ensaio de Imersão Alternada.
Em ensaios de imersão alternada, as amostras são rapidamente imersas e retiradas da solução de ensaio. Este tipo de ensaio pode simular as condições de serviço, onde componentes permanecem secos e úmidos, por muito tempo durante sua vida. Este procedimento de imersão alternada, além de aumentar o grau de aeração da solução, também tem o efeito de concentrar a solução sobre a superfície metálica por evaporação durante o ciclo de retirada.
Cupons
Cupons de corrosão são corpos de prova metálicos utilizados em ensaios de monitoramento de processos corrosivos, com diversos tipos e formas, entretanto, os mais empregados são de aço carbono e possuem os formatos retangulares e em disco. Entre as diversas técnicas de monitoramento da corrosão empregadas pela indústria de óleo e gás inclui a de cupons de corrosão. O conhecimento de como o desempenho dos cupons varia quando submetidos a variações das condições de exposição e das características dos próprios cupons é fundamental para que se interpretem corretamente os resultados produzidos por eles.
3. Aplicação do Ensaio de Corrosão Por Imersão
O teste de corrosão por imersão é bastante utilizado para qualquer tipo de aplicação, devido à simplicidade na execução e por sua flexibilidade. Entretanto, por avaliar a corrosão de maneira generalizada este tipo de ensaio é mais indicado para selecionar materiais a serem utilizados em um meio específico.
5
4. Normas
ASTM G31
–
72: Norma Padrão Para Ensaios de Corrosão Por Imersão de Metais em
Laboratório
A principal norma regente do Ensaio de Corrosão por Imersão é a ASTM G31-72, porém a mesma ressalta em seu item 3, subitem 3.1 que deve ser utilizada somente como um guia, já que as particularidades do ensaio impossibilitam uma normatização completa. 3.1 Ensaios de corrosão por sua própria natureza impedem a normatização completa. Esta prática, em vez de um procedimento normatizado, é apresentada como uma guia, de modo que algumas das armadilhas de tal ensaio possam ser evitadas. “
”
Esta norma é extremamente subjetiva, já que segundo a mesma os métodos empregados na realização do ensaio estão condicionados a diversos fatores (aplicação, condições do ambiente, objetivo e etc.) que impedem a definição de uma metodologia padronizada. Contudo, há de se observar alguns aspectos importantes apresentados pela ASTM G31-72: Interferências (tipo de metal, condições do meio, velocidade de resposta e etc.); Aparelho de Teste (o teste não é realizado obrigatoriamente em um equipamento padrão, o equipamento é escolhido conforme necessidade); Condições do Teste (as condições do teste devem ser controladas e mantidas constantes para garantir a reprodutibilidade dos resultados); Limpeza do Espécime Testado (a limpeza incorreta do espécime pode gerar alteração nos resultados); Interpretação de Resultados (aspectos a serem avaliados, como a massa antes e após o teste, quantidade e profundidade de poços e etc.).
OBS: A norma ABNT NBR 7413:1982 que também abrangia este tipo de ensaio foi cancelada em 10/12/2014.
6
REFERÊNCIAS:
http://www.seer.perspectivasonline.com.br/index.php/exatas_e_engenharia/article/view /676&ei=uWtHt5O1&lc=ptBR&s=1&m=23&host=www.google.com.br&ts=1510007227&sig=ANTY_L0rMlNrWN1LHE 9AqwnbqSNBkmyYlA http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfiDMAG/ensaioscorrosao?part%3D2&ei=yRldELud&lc=ptBR&s=1&m=23&host=www.google.com.br&ts=1510007944&sig=ANTY_L05N12vmMJLSNj edIiveCVZjXvTeQ https://www.slideshare.net/mobile/NAUMES/apostila-protecao-contra-corrosao
7