MATERIAL MA TERIAL DO PROFESSOR
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNO TEC NOLOGIA LOGIAS S
MATERIAL MA TERIAL DO PROFESSOR
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNO TEC NOLOGIA LOGIAS S
Direção editorial Direção pedagógica Gerência editorial Organização Edição Colaboração
Revisão Iconografia Projeto gráfico e diagramação Catalogação Processos Impressão
Roger Trimer Arnaldo Pinto Heloisa Harue Takazaki Eduard Henry Lui, Paulo Roberto Fiatte Carvalho, Robson Cruz Igor Debiasi Sousa, Katherine Scott, Michelle Cezak Shoji Alexsandra Cibele Finkler, Andréa Simons Bittencourt, Claudia Regina Teixeira Rocha, Climene Favero, Fábio Múcio Stinghen, Hellen Christina Gonçalves, Patrícia Canali de Castro Barbara Alvim, Bernadete Monteiro, Chisato Watanabe, Cristiane Marques, Daniele Cardoso, Everson Caetano, Ivone Mota, Martha Thiesen Schwinden, Mônica Ludvich, Yara Dias Graziela Zilli Braga, Maria Elisa de Carvalho Sonda, Vanessa Plugiti Diego Kloss, Gisele Maria Mezarobba, Jair Marcon Paim, João Paulo Nishimori, Josiane Aires, Marlon Vieira, Melina Correia, Regiane Mores Izabel Cristina de Souza (CRB-9/633) Maycon Odahara Gráfica Pearson
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L952e
Lui, Eduard Henry ENEM 3: ensino médio: linguagens, códigos e suas tecnologias: material do professor / Eduard Henry Lui, Paulo Roberto Fiatte Carvalho, Robson Trindade Cruz. — Curitiba: Pearson Education do Brasil, 2013. 240 p.: il. col.; 25 cm.
ISBN: 978-85-8143-444-5
1. Ensino médio — Compêndios. I. Carvalho, Paulo Roberto Fiatte. II. Cruz, Robson Trindade. III. Título. CDD 22. ed. 373 V0313
SUMÁRIO ESTRUTURA .................................................................................................................................... 5 IMPORTÂNCIA DAS LINGUAGENS MÚLTIPLAS .............................................................................. 5 COMPOSIÇÃO DA NOTA DO ENEM ............................................................................................. 6
MATRIZ DE REFERÊNCIA PARA O ENEM ........................................................................................ 7 EIXOS COGNITIVOS .................................................................................................................... 7 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS ......................................................................... 7 CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS ..................................................................................... 10 MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS ................................................................................................ 12 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS ............................................................................... 14
OBJETOS DE CONHECIMENTO ....................................................................................................... 17 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS ......................................................................... 17 CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS ..................................................................................... 18 MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS ................................................................................................ 19 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS ............................................................................... 20
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS ................................................................................. 23 LÍNGUA PORTUGUESA ....................................................................................................................... 24 LITERATURA ....................................................................................................................................... 70 REDAÇÃO ......................................................................................................................................... 88 INGLÊS .............................................................................................................................................. 126 ESPANHOL ......................................................................................................................................... 148 ARTE ................................................................................................................................................. 170 EDUCAÇÃO FÍSICA ............................................................................................................................ 188 TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO ........................................................................ 202 RESPOSTAS ........................................................................................................................................ 232
Prezado Professor: M E N E | R O S S E F O R P O D L A I R E T A M
Temos a satisfação de lhe entregar mais um material de apoio para auxiliar a organização e otimização de sua di nâmica de sala de aula. Esta coleção completa compõe-se de três volumes, para aplicação em cada ano do ensino médio. Seu conteúdo compreende testes selecionados do próprio Enem, de conceituadas universidades cujos vestibulares se alinham à proposta do Enem e algumas ques tões formuladas por nossa equipe editorial especialmente para este material. Procuramos organizar os testes por ordem de apresentação clássica dos conteúdos do ensino médio. Assim, na maior parte da aplicação do material, o aluno consegue estabelecer paralelo entre este curso de Enem e suas aulas regulares. Para facilitar entendimento do aluno, inserimos objeto de conhecimento, habilidade e competência referentes a cada teste. Alguns estão acompanhados de ícones que remetem a objetos digitais, com vistas a dinamizar suas aulas e aprofundar conhecimento. Seu material, professor, consta da versão do aluno na íntegra acrescida da resolução de cada teste, comentário da habilidade explorada, além de outras seções de apoio, a saber: •
Para ir além — comentários suplementares para resolução do teste, esclarecimento sobre algumas abordagens, textos de apoio para enriquecimento de determinados assuntos.
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Biblioteca — sugestão de leitura e/ou vídeo para embasamento teórico de assuntos contemplados nos testes.
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Tecnologia — sugestão de ferramentas tecnológicas para apoiar o entendimento de testes e conteúdos específicos.
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Em nosso site você encontra vasto conteúdo de pré-vestibular, que também contribui para efetivação de seu trabalho. Sucesso, professor!
Equipe de editores
ANOTAÇÕES DE SALA
ESTRUTURA A necessidade de desempenhar seu papel na sociedade e exercer plenamente a cidadania exige que o indivíduo esteja “antenado” com o mundo, que saiba o que se passa nas áreas de economia, política, esportes... Um dos principais aspectos das questões do Enem é avaliar o nível de integração do aluno com esses conhecimentos. Outro aspecto exigido na prova do Enem e, acreditamos, o mais importante é a capacidade de interpretar e empregar corretamente informações sob diferentes formas de linguagens , verbal e não verbal. O Enem estrutura-se em cinco eixos cognitivos fundamentais . A partir de 2009, a maior parte das instituições brasileiras adotou o Enem como processo seletivo. Formalizou-se então a matriz de conteúdos conceituais distribuídos em quatro grandes áreas do conhecimento . Vale destacar: os cinco eixos cognitivos são comuns para as quatro áreas do conhecimento. O segredo do sucesso na prova do Enem é a competência de ler e compreender o que se lê.
Formas de linguagens infográficos gráficos tabelas diagramas mapas tiras charges publicidade • • • • • • •
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Eixos cognitivos dominar linguagens compreender fenômenos enfrentar situações-problema construir argumentação elaborar propostas • •
IMPORTÂNCIA DAS LINGUAGENS MÚLTIPLAS Embora agrupadas em quatro grandes áreas, as questões do Enem não são separadas por disciplina. A notável evidência de que o conhecimento humano é adquirido e não subdividido em módulos pode dificultar a identificação do objeto de conhecimento em determinadas questões. De maneira geral, elas visam a verificar a capacidade de leitura e interpretação do enunciado, observando-se que as informações fornecidas sob diferentes formas de linguagem bastam para a tomada de decisão em quase todas as situações. Preparar-se para essa prova exige investimento de tempo em estudo, atenção redobrada, teste de paciência. Isso pode levar a autoconfiança ao limite. É importante: • • •
não se apressar, não desistir, não se desesperar.
Leia a prova quantas vezes necessário. O tempo está a seu favor, não contra. Use-o até o último minuto. Lembre-se de que o Enem é uma prova de resistência. Este caderno vai ajudá-lo a habituar-se ao estilo de questão, a familiarizar-se com o estilo da prova. O grande segredo é empenho, dedicação e muita leitura.
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Áreas do conhecimento Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias (línguas portuguesa, inglesa e espanhola; literatura, redação, tecnologias da informação e comunicação (TIC), educação física e arte) Ciências Humanas e Suas Tecnologias (história, geografia, filosofia e sociologia) Matemática e Suas Tecnologias Ciências da Natureza e Suas Tecnologias (biologia, química e física) •
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COMPOSIÇÃO DA NOTA DO ENEM TRI (TEORIA DE RESPOSTA AO ITEM) A TRI surgiu entre os anos 50 e 60 do século passado para responder a indagações relativas aos testes de inteligência, cujos resultados variavam em função dos instrumentos de medida adotados. Inicialmente a TRI usava modelos e algoritmos matemáticos difíceis de operacionalizar à época. Por isso, somente após o avanço tecnológico dos anos 80, com o desenvolvimento de software, essa teoria passou a ser difundida. A aplicação da TRI para análise de testes de conhecimento veio para sanar limitações da teoria clássica dos testes (TCT), principalmente no que diz respeito à discriminação dos itens, fidedignidade dos testes e comparabilidade de desempenho de indivíduos submetidos a testes diferentes. Esse método possibilita a tomada de decisões bem fundamentadas de acordo com o desempenho dos estudantes. TRI é um conjunto de modelos matemáticos que representa a probabilidade do indivíduo dar resposta como função dos parâmetros do item em pauta e das habilidades do respondente. Assim, quanto maior a habilidade, maior a probabilidade de acerto. Esse modelo de avaliação envolve três parâmetros que permitem estimar o nível de aptidão do respondente, com base numa relação que fornece probabilidade de o indivíduo acertar um item em função de sua habilidade, dificuldade, discriminação e probabilidade de acerto ao acaso — “parâmetro de chute”. Assim, quanto maior a proficiência, maior a chance de acerto do item. A nota depende de quais questões o aluno acerte, não apenas do total de acertos. Com a TRI, dois candidatos, embora com número igual de acertos de itens na mesma prova, podem ter desempenhos completamente diferentes, conforme quais itens acertem.
ANOTAÇÕES DE SALA
MATRIZ DE REFERÊNCIA PARA O ENEM EIXOS COGNITIVOS
1. 2.
3. 4. 5.
Comuns a todas as áreas de conhecimento Dominar linguagens (DL): dominar a norma culta da Língua Portuguesa e fazer uso das linguagens matemática, artística e científica e das línguas espanhola e inglesa. Compreender fenômenos (CF) : construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a compreensão de fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos, da produção tecnológica e das manifestações artísticas. Enfrentar situações-problema (SP) : selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações representados de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar situações-problema. Construir argumentação (CA) : relacionar informações, representadas em diferentes formas, e conhecimentos disponíveis em situações concretas, para construir argumentação consistente. Elaborar propostas (EP) : recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para elaboração de propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sociocultural.
ANOTAÇÕES DE SALA
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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS COMPETÊNCIA DE ÁREA 1 Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida. S E D A D I L I B A H
1. Identificar as diferentes linguagens e seus recursos expressivos como elementos de caracterização dos sistemas de comunicação. 2. Recorrer aos conhecimentos sobre as linguagens dos sistemas de comunicação e informação para resolver problemas sociais. 3. Relacionar informações geradas nos sistemas de comunicação e informação, considerando a função social desses sistemas. 4. Reconhecer posições críticas aos usos sociais que são feitos das linguagens e dos sistemas de comunicação e informação.
COMPETÊNCIA DE ÁREA 2 Conhecer e usar língua(s) estrangeira(s) moderna(s) como instrumento de acesso a informações e a outras culturas e grupos sociais.
5. Associar vocábulos e expressões de um texto em LEM ao seu t ema. S 6. Utilizar os conhecimentos da LEM e de seus mecanismos como E meio de ampliar as possibilidades de acesso a informações, tecno D A logias e culturas. D I L 7. Relacionar um texto em LEM, as estruturas linguísticas, sua função I B A e seu uso social. H 8. Reconhecer a importância da produção cultural em LEM como representação da diversidade cultural e linguística.
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COMPETÊNCIA DE ÁREA 3 M E N E | R O S S E F O R P O D L A I R E T A M
Compreender e usar a linguagem corporal como relevante para a própria vida, integradora social e formadora da identidade.
9. Reconhecer as manifestações corporais de movimento como originárias de necessidades cotidianas de um grupo social. S E D 10. Reconhecer a necessidade de transformação de hábitos corporais A D I em função das necessidades cinestésicas. L I B 11. Reconhecer a linguagem corporal como meio de interação social, A H considerando os limites de desempenho e as alternativas de adaptação para diferentes indivíduos. COMPETÊNCIA DE ÁREA 4 Compreender a arte como saber cultural e estético gerador de significação e integrador da organização do mundo e da própria identidade. S E D A D I L I B A H
12. Reconhecer diferentes funções da arte, do trabalho da produção dos artistas em seus meios culturais. 13. Analisar as diversas produções artísticas como meio de explicar diferentes culturas, padrões de beleza e preconceitos. 14. Reconhecer o valor da diversidade artística e das inter-relações de elementos que se apresentam nas manifestações de vários grupos sociais e étnicos.
COMPETÊNCIA DE ÁREA 5 Analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produção e recepção.
15. Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua pro-
S E dução, situando aspectos do contexto histórico, social e político. D A 16. Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimen D I L tos de construção do texto literário. I B A 17. Reconhecer a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e H
permanentes no patrimônio literário nacional.
COMPETÊNCIA DE ÁREA 6 Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de organização cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação.
18. Identificar os elementos que concorrem para a progressão temáti-
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ca e para a organização e estruturação de textos de diferentes gê S E neros e tipos. D A D I L 19. Analisar a função da linguagem predominante nos textos em situa I ções específicas de interlocução. B A H 20. Reconhecer a importância do patrimônio linguístico para a preservação da memória e da identidade nacional.
ANOTAÇÕES DE SALA
COMPETÊNCIA DE ÁREA 7 Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas.
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21. Reconhecer, em textos de diferentes gêneros, recursos verbais e não verbais utilizados com a finalidade de criar e mudar comportamentos e hábitos. 22. Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos linguísticos. 23. Inferir em um texto quais são os objetivos de seu produtor e quem é seu público-alvo, pela análise dos procedimentos argumentativos utilizados. 24. Reconhecer no texto estratégias argumentativas empregadas para o convencimento do público, tais como a intimidação, sedução, comoção, chantagem, entre outras.
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COMPETÊNCIA DE ÁREA 8 Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade. S E D A D I L I B A H
25. Identificar, em textos de diferentes gêneros, as marcas linguísticas que singularizam as variedades linguísticas sociais, regionais e de registro. 26. Relacionar as variedades linguísticas a situações específicas de uso social. 27. Reconhecer os usos da norma-padrão da língua portuguesa nas diferentes situações de comunicação.
COMPETÊNCIA DE ÁREA 9 Entender os princípios, a natureza, a função e o impacto das tecnologias da comunicação e da informação na sua vida pessoal e social, no desenvolvimento do conhecimento, associando-o aos conhecimentos científicos, às linguagens que lhes dão suporte, às demais tecnologias, aos processos de produção e aos problemas que se propõem solucionar.
28. Reconhecer a função e o impacto social das diferentes tecnologias
S E da comunicação e informação. D A 29. Identificar, pela análise de suas linguagens, as tecnologias da co D I L municação e informação. I B A 30. Relacionar as tecnologias de comunicação e informação ao desen H
volvimento das sociedades e ao conhecimento que elas produzem.
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CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS M E N E | R O S S E F O R P O D L A I R E T A M
COMPETÊNCIA DE ÁREA 1 Compreender os elementos culturais que constituem as identidades.
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1. Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura. 2. Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas. 3. Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos. 4. Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura. 5. Identificar as manifestações ou representações da diversidade do patrimônio cultural e artístico em diferentes sociedades.
COMPETÊNCIA DE ÁREA 2 Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações socioeconômicas e culturais de poder.
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6. Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços geográficos. 7. Identificar os significados histórico-geográficos das relações de poder entre as nações. 8. Analisar a ação dos estados nacionais no que se refere à dinâmica dos fluxos populacionais e no enfrentamento de problemas de ordem econômico-social. 9. Comparar o significado histórico-geográfico das organizações políticas e socioeconômicas em escala local, regional ou mundial. 10. Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos sociais e a importância da participação da coletividade na transformação da realidade histórico-geográfica.
COMPETÊNCIA DE ÁREA 3 Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as aos diferentes grupos, conflitos e movimentos sociais.
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11. Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço. 12. Analisar o papel da justiça como instituição na organização das sociedades. 13. Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processos de disputa pelo poder. 14. Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e interpretativos, sobre situações ou fatos de natureza histórico-geográfica acerca das instituições sociais, políticas e econômicas. 15. Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, políticos, econômicos ou ambientais ao longo da história.
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COMPETÊNCIA DE ÁREA 4 Entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social.
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16. Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na organização do trabalho e/ou da vida social. 17. Analisar fatores que explicam o impacto das novas tecnologias no processo de territorialização da produção. 18. Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações socioespaciais. 19. Reconhecer as transformações técnicas e tecnológicas que determinam as várias formas de uso e apropriação dos espaços rural e urbano. 20. Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações impostas pelas novas tecnologias à vida social e ao mundo do trabalho.
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COMPETÊNCIA DE ÁREA 5 Utilizar os conhecimentos históricos para compreender e valorizar os fundamentos da cidadania e da democracia, favorecendo uma atuação consciente do indivíduo na sociedade.
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21. Identificar o papel dos meios de comunicação na construção da vida social. 22. Analisar as lutas sociais e as conquistas obtidas no que se refere às mudanças nas legislações ou nas políticas públicas. 23. Analisar a importância dos valores éticos na estruturação política das sociedades. 24. Relacionar cidadania e democracia na organização das sociedades. 25. Identificar estratégias que promovam formas de inclusão social.
COMPETÊNCIA DE ÁREA 6 Compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações no espaço em diferentes contextos históricos e geográficos.
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26. Identificar em fontes diversas o processo de ocupação dos meios físicos e as relações da vida humana com a paisagem. 27. Analisar, de maneira crítica, as interações da sociedade com o meio físico, levando em consideração aspectos históricos e/ou geográficos. 28. Relacionar o uso das tecnologias com os impactos socioambientais em diferentes contextos histórico-geográficos. 29. Reconhecer a função dos recursos naturais na produção do espaço geográfico, relacionando-os com as mudanças provocadas pelas ações humanas. 30. Avaliar as relações entre preservação e degradação da vida no planeta, nas diferentes escalas. 1 1
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS M E N E | R O S S E F O R P O D L A I R E T A M
COMPETÊNCIA DE ÁREA 1 Construir significados para os números naturais, inteiros, racionais e reais.
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1. Reconhecer, no contexto social, diferentes significados e representações dos números e das operações — naturais, inteiros, racionais ou reais. 2. Identificar padrões numéricos ou princípios de contagem. 3. Resolver situação-problema envolvendo conhecimentos numéricos. 4. Avaliar a razoabilidade de um resultado numérico na construção de argumentos sobre afirmações quantitativas. 5. Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos numéricos.
COMPETÊNCIA DE ÁREA 2 Utilizar o conhecimento geométrico para realizar a leitura e a representação da realidade e agir sobre ela. S E D A D I L I B A H
6. Interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no espaço tridimensional e sua representação no espaço bidimensional. 7. Identificar características de figuras planas ou espaciais. 8. Resolver situação-problema que envolva conhecimentos geométricos de espaço e forma. 9. Utilizar conhecimentos geométricos de espaço e forma na seleção de argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano.
COMPETÊNCIA DE ÁREA 3 Construir noções de grandezas e medidas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
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10. Identificar relações entre grandezas e unidades de medida. 11. Utilizar a noção de escalas na leitura de representação de situação do cotidiano. 12. Resolver situação-problema que envolva medidas de grandezas. 13. Avaliar o resultado de uma medição na construção de um argumento consistente. 14. Avaliar proposta de intervenção na realidade utilizando conhecimentos geométricos relacionados a grandezas e medidas.
COMPETÊNCIA DE ÁREA 4 Construir noções de variação de grandezas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano. 2 1
15. Identificar a relação de dependência entre grandezas. S 16. Resolver situação-problema envolvendo a variação de grandezas, E D direta ou inversamente proporcionais. A D I L I 17. Analisar informações envolvendo a variação de grandezas como re B curso para a construção de argumentação. A H 18. Avaliar propostas de intervenção na realidade envolvendo variação de grandezas.
ANOTAÇÕES DE SALA
COMPETÊNCIA DE ÁREA 5 Modelar e resolver problemas que envolvem variáveis socioeconômicas ou técnico-científicas, usando representações algébricas.
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19. Identificar representações algébricas que expressem a relação entre grandezas. 20. Interpretar gráfico cartesiano que represente relações entre grandezas. 21. Resolver situação-problema cuja modelagem envolva conhecimentos algébricos. 22. Utilizar conhecimentos algébricos/geométricos como recurso para a construção de argumentação. 23. Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos algébricos.
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COMPETÊNCIA DE ÁREA 6 Interpretar informações de natureza científica e social obtidas da leitura de gráficos e tabelas, realizando previsão de tendência, extrapolação, interpolação e interpretação. S 24. Utilizar informações expressas em gráficos ou tabelas para fazer E inferências. D
A D I 25. Resolver problema com dados apresentados em tabelas ou gráficos. L I B 26. Analisar informações expressas em gráficos ou tabelas como recur A H so para a construção de argumentos.
COMPETÊNCIA DE ÁREA 7 Compreender o caráter aleatório e não determinístico dos fenômenos naturais e sociais e utilizar instrumentos adequados para medidas, determinação de amostras e cálculos de probabilidade para interpretar informações de variáveis apresentadas em uma distribuição estatística.
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27. Calcular medidas de tendência central ou de dispersão de um con junto de dados expressos em uma tabela de frequências de dados agrupados (não em classes) ou em gráficos. 28. Resolver situação-problema que envolva conhecimentos de estatística e probabilidade. 29. Utilizar conhecimentos de estatística e probabilidade como recurso para a construção de argumentação. 30. Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos de estatística e probabilidade.
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CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS M E N E | R O S S E F O R P O D L A I R E T A M
COMPETÊNCIA DE ÁREA 1 Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
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1. Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos. 2. Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico. 3. Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas. 4. Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável da biodiversidade.
COMPETÊNCIA DE ÁREA 2 Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
5. Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano. Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum. Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do tr abalhador ou a qualidade de vida.
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COMPETÊNCIA DE ÁREA 3 Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumentos ou ações científico-tecnológicos.
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8. Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos. 9. Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo de energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações nesses processos. 10. Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e/ou destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais. 11. Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnológicos. 12. Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
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COMPETÊNCIA DE ÁREA 4 Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
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13. Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos. 14. Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade, entre outros. 15. Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos. 16. Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
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COMPETÊNCIA DE ÁREA 5 Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
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17. Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica. 18. Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam. 19. Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica ou ambiental.
COMPETÊNCIA DE ÁREA 6 Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas.
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20. Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes. 21. Utilizar leis físicas e/ou químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e/ou do eletromagnetismo. 22. Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais. 23. Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou econômicas.
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COMPETÊNCIA DE ÁREA 7 M E N E | R O S S E F O R P O D L A I R E T A M
Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas.
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24. Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas. 25. Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou produção. 26. Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações químicas ou de energia envolvidas nesses processos. 27. Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
COMPETÊNCIA DE ÁREA 8 Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas.
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28. Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em ambientes brasileiros. 29. Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias-primas ou produtos industriais. 30. Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e à implementação da saúde individual, coletiva ou do ambiente.
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OBJETOS DE CONHECIMENTO LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Estudo do texto : as sequências discursivas e os gêneros textuais no sistema de comunicação e informação — modos de organização da composição textual; atividades de produção escrita e de leitura de textos gerados nas diferentes esferas sociais — públicas e privadas. Estudo das práticas corporais : a linguagem corporal como integradora social e formadora de identidade — performance corporal e identidades juvenis; possibilidades de vivência crít ica e emancipada do lazer; mitos e verdades sobre os corpos masculino e feminino na sociedade atual; exercício físico e saúde; o corpo e a expressão artística e cultural; o corpo no mundo dos símbolos e como produção da cultura; práticas corporais e autonomia; condicionamentos e esforços físicos; o esporte; a dança; as lutas; os jogos; as brincadeiras. Produção e recepção de textos artísticos : interpretação e representação do mundo para o fortalecimento dos processos de identidade e cidadania — Artes Visuais: estrutura morfológica, sintática, o contexto da obra artística, o contexto da comunidade. Teatro: estrutura morfológica, sintática, o contexto da obra artística, o contexto da comunidade, as fontes de criação. Música: estrutura morfológica, sintática, o contexto da obra artística, o contexto da comunidade, as fontes de criação. Dança: estrutura morfológica, sintática, o contexto da obra artística, o contexto da comunidade, as fontes de criação. Conteúdos estruturantes das linguagens artísticas (Artes Visuais, Dança, Música, Teatro), elaborados a partir de suas estruturas morfológicas e sintáticas; inclusão, diversidade e multiculturalidade: a valorização da pluralidade expressada nas produções estéticas e artísticas das minorias sociais e dos portadores de necessidades especiais educacionais. Estudo do texto literário : relações entre produção literária e processo social, concepções artísticas, procedimentos de construção e recepção de textos — produção literária e processo social; processos de formação literária e de formação nacional; produção de textos literários, sua recepção e a constituição do patrimônio literário nacional; relações entre a dialética cosmopolitismo/localismo e a produção literária nacional; elementos de continuidade e ruptura entre os diversos momentos da literatura brasileira; associações entre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto literário em seus gêneros (épico/narrativo, lírico e dramático) e formas diversas; articulações entre os recursos expressivos e estruturais do texto literário e o processo social relacionado ao momento de sua produção; representação literária: natureza, função, organização e estrutura do texto literário; relações entre literatura, outras artes e outros saberes. Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos : recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos — organização da macroestrutura semântica e a articulação entre ideias e proposições (relações lógico-semânticas). Estudo do texto argumentativo, seus gêneros e recursos linguísticos : argumentação: tipo, gêneros e usos em língua portuguesa — formas de apresentação de diferentes pontos de vista; organização e progressão textual; papéis sociais e comunicativos dos interlocutores, relação entre usos e propósitos comunicativos, função sociocomunicativa do gênero, aspectos da dimensão espaçotemporal em que se produz o texto.
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Estudo dos aspectos linguísticos da língua portuguesa : usos da língua: norma culta e variação linguística — uso dos recursos linguísticos em relação ao contexto em que o texto é constituído: elementos de referência pessoal, temporal, espacial, registro linguístico, grau de formalidade, seleção lexical, tempos e modos verbais; uso dos recursos linguísticos em processo de coesão textual: elementos de articulação das sequências dos textos ou à construção da microestrutura do texto. Estudo dos gêneros digitais : tecnologia da comunicação e informação: impacto e função social — o texto literário típico da cultura de massa: o suporte textual em gêneros digitais; a caracterização dos interlocutores na comunicação tecnológica; os recursos linguísticos e os gêneros digitais; a função social das novas tecnologias. CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Diversidade cultural, conflitos e vida em sociedade Cultura material e imaterial; patrimônio e diversidade cultural no Brasil. A conquista da América. Conflitos entre europeus e indígenas na América colonial. A escravidão e formas de resistência indígena e africana na América. História cultural dos povos africanos. A luta dos negros no Brasil e o negro na formação da sociedade brasileira. História dos povos indígenas e a formação sociocultural brasileira. Movimentos culturais no mundo ocidental e seus impactos na vida política e social. Formas de organização social, movimentos sociais, pensamento político e ação do estado Cidadania e democracia na Antiguidade; estado e direitos do cidadão a partir da Idade Moderna; democracia direta, indireta e representativa. Revoluções sociais e políticas na Europa Moderna. Formação territorial brasileira; as regiões brasileiras; políticas de reordenamento territorial. As lutas pela conquista da independência política das colônias da América. Grupos sociais em conflito no Brasil imperial e a construção da nação. O desenvolvimento do pensamento liberal na sociedade capitalista e seus críticos nos séculos XIX e XX. Políticas de colonização, migração, imigração e emigração no Brasil nos séculos XIX e XX. A atuação dos grupos sociais e os grandes processos revolucionários do século XX: Revolução Bolchevique, Revolução Chinesa, Revolução Cubana. Geopolítica e conflitos entre os séculos XIX e XX: Imperialismo, a ocupação da Ásia e da África, as guerras mundiais e a Guerra Fria. Os sistemas totalitários na Europa do século XX: nazifascista, franquismo, salazarismo e stalinismo. Ditaduras políticas na América Latina: Estado Novo no Brasil e ditaduras na América. Conflitos político-culturais pós-Guerra Fria, reorganização política internacional e os organismos multilaterais nos séculos XX e XXI. A luta pela conquista de direitos pelos cidadãos: direitos civis, humanos, políticos e sociais. Direitos sociais nas constituições brasileiras. Políticas afirmativas. Vida urbana: redes e hierarquia nas cidades, pobreza e segregação espacial. Características e transformações das estruturas produtivas Diferentes formas de organização da produção: escravismo antigo, feudalismo, capitalismo, socialismo e suas diferentes experiências. Economia agroexportadora brasileira: complexo açucareiro; a mineração no Período Colonial; a economia cafeeira; a borracha na Amazônia. ·
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Revolução Industrial: criação do sistema de fábrica na Europa e tr ansformações no processo de produção. Formação do espaço urbano-industrial. Transformações na estrutura produtiva no século XX: o fordismo, o toyotismo, as novas técnicas de produção e seus impactos. A industrialização brasileira, a urbanização e as transformações sociais e trabalhistas. A globalização e as novas tecnologias de telecomunicação e suas consequências econômicas, políticas e sociais. Produção e transformação dos espaços agrários. Modernização da agricultura e estruturas agrárias tradicionais. O agronegócio, a agricultura familiar, os assalariados do campo e as lutas sociais no campo. A relação campo-cidade.
Os domínios naturais e a relação do ser humano com o ambiente · Relação homem-natureza, a apropriação dos recursos naturais pelas sociedades ao longo do tempo. Impacto ambiental das atividades econômicas no Brasil. Recursos minerais e energéticos: exploração e impactos. Recursos hídricos; bacias hidrográficas e seus aproveitamentos. · As questões ambientais contemporâneas: mudança climática, ilhas de calor, efeito estufa, chuva ácida, a destruição da camada de ozônio. A nova ordem ambiental internacional; políticas territoriais ambientais; uso e conservação dos recursos naturais, unidades de conservação, corredores ecológicos, zoneamento ecológico e econômico. · Origem e evolução do conceito de sustentabilidade. · Estrutura interna da terra. Estruturas do solo e do relevo; agentes internos e externos modeladores do relevo. · Situação geral da atmosfera e classificação climática. As características climáticas do território brasileiro. · Os grandes domínios da vegetação no Brasil e no mundo. Representação espacial · Projeções cartográficas; leitura de mapas temáticos, físicos e políticos; tecnologias modernas aplicadas à cartografia.
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MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS Conhecimentos numéricos : operações em conjuntos numéricos (naturais, inteiros, racionais e reais), desigualdades, divisibilidade, fatoração, razões e proporções, porcentagem e juros, relações de dependência entre grandezas, sequências e progressões, princípios de contagem. Conhecimentos geométricos : características das figuras geométricas planas e espaciais; grandezas, unidades de medida e escalas; comprimentos, áreas e volumes; ângulos; posições de retas; simetrias de figuras planas ou espaciais; congruência e semelhança de triângulos; teorema de Tales; relações métricas nos triângulos; circunferências; trigonometria do ângulo agudo. Conhecimentos de estatística e probabilidade : representação e análise de dados; medidas de tendência central (médias, moda e mediana); desvios e variância; noções de probabilidade. Conhecimentos algébricos: gráficos e funções; funções algébricas do 1o. e do 2o. graus, polinomiais, racionais, exponenciais e logarítmicas; equações e inequações; relações no ciclo trigonométrico e funções trigonométricas. Conhecimentos algébricos/geométricos : plano cartesiano; retas; circunferências; paralelismo e perpendicularidade, sistemas de equações.
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CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS FÍSICA Conhecimentos básicos e fundamentais — Noções de ordem de grandeza. Notação Científica. Sistema Internacional de Unidades. Metodologia de investigação: a procura de regularidades e de sinais na interpretação física do mundo. Observações e mensurações: representação de grandezas físicas como grandezas mensuráveis. Ferramentas básicas: gráficos e vetores. Conceituação de grandezas vetoriais e escalares. Operações básicas com vetores. O movimento, o equilíbrio e a descoberta de leis físicas — Grandezas fundamentais da mecânica: tempo, espaço, velocidade e aceleração. Relação histórica entre força e movimento. Descrições do movimento e sua interpretação: quantificação do movimento e sua descrição matemática e gráfica. Casos especiais de movimentos e suas regularidades observáveis. Conceito de inércia. Noção de sistemas de referência inerciais e não inerciais. Noção dinâmica de massa e quantidade de movimento (momento linear). Força e variação da quantidade de movimento. Leis de Newton. Centro de massa e a ideia de ponto material. Conceito de forças externas e internas. Lei da conservação da quantidade de movimento (momento linear) e teorema do impulso. Momento de uma força (torque). Condições de equilíbrio estático de ponto material e de corpos rígidos. Força de atrito, força peso, força normal de contato e tração. Diagramas de forças. Identificação das forças que atuam nos movimentos circulares. Noção de força centrípeta e sua quantificação. A hidrostática: aspectos históricos e variáveis relevantes. Empuxo. Princípios de Pascal, Arquimedes e Stevin: condições de flutuação, relação entre diferença de nível e pressão hidrostática. Energia, trabalho e potência — Conceituação de trabalho, energia e potência. Conceito de energia potencial e de energia cinética. Conservação de energia mecânica e dissipação de energia. Trabalho da força gravitacional e energia potencial gravitacional. Forças conservativas e dissipativas. A mecânica e o funcionamento do universo — Força peso. Aceleração gravitacional. Lei da Gravitação Universal. Leis de Kepler. Movimentos de corpos celestes. Influência na Terra: marés e variações climáticas. Concepções históricas sobre a origem do universo e sua evolução. Fenômenos elétricos e magnéticos — Carga elétrica e corrente elétrica. Lei de Coulomb. Campo elétrico e potencial elétrico. Linhas de campo. Superfícies equipotenciais. Poder das pontas. Blindagem. Capacitores. Efeito Joule. Lei de Ohm. Resistência elétrica e resistividade. Relações entre grandezas elétricas: tensão, corrente, potência e energia. Circuitos elétricos simples. Correntes contínua e alternada. Medidores elétricos. Representação gráfica de circuitos. Símbolos convencionais. Potência e consumo de energia em dispositivos elétricos. Campo magnético. Ímãs permanentes. Linhas de campo magnético. Campo magnético terrestre. Oscilações, ondas, óptica e radiação — Feixes e frentes de ondas. Reflexão e refração. Óptica geométrica: lentes e espelhos. Formação de imagens. Instrumentos ópticos simples. Fenômenos ondulatórios. Pulsos e ondas. Período, frequência, ciclo. Propagação: relação entre velocidade, frequência e comprimento de onda. Ondas em diferentes meios de propagação. O calor e os fenômenos térmicos — Conceitos de calor e de temperatura. Escalas termométricas. Transferência de calor e equilíbrio térmico. Capacidade calorífica e calor específico. Condução do calor. Dilatação térmica. Mudanças de estado físico e calor latente de transformação. Comportamento de gases ideais. Máquinas térmicas. Ciclo de Carnot. Leis da Termodinâmica. Aplicações e fenômenos térmicos de uso cotidiano. Compreensão de fenômenos climáticos relacionados ao ciclo da água.
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QUÍMICA
Transformações químicas — Evidências de transformações químicas. Interpretando transformações químicas. Sistemas Gasosos: Lei dos gases. Equação geral dos gases ideais, Princípio de Avogadro, conceito de molécula; massa molar, volume molar dos gases. Teoria cinética dos gases. Misturas gasosas. Modelo corpuscular da matéria. Modelo atômico de Dalton. Natureza elétrica da matéria: Modelo Atômico de Thomson, Rutherford, Rutherford-Bohr. Átomos e sua estrutura. Número atômico, número de massa, isótopos, massa atômica. Elementos químicos e Tabela Periódica. Reações químicas. Representação das transformações químicas — Fórmulas químicas. Balanceamento de equações químicas. Aspectos quantitativos das transformações químicas. Leis ponderais das reações químicas. Determinação de fórmulas químicas. Grandezas químicas: massa, volume, mol, massa molar, constante de Avogadro. Cálculos estequiométricos. Materiais, suas propriedades e usos — Propriedades de materiais. Estados físicos de materiais. Mudanças de estado. Misturas: tipos e métodos de separação. Substâncias químicas: classificação e características gerais. Metais e Ligas metálicas. Ferro, cobre e alumínio. Ligações metálicas. Substâncias iônicas: características e propriedades. Substâncias iônicas do grupo: cloreto, carbonato, nitrato e sulfato. Ligação iônica. Substâncias moleculares: características e propriedades. Substâncias moleculares: H 2, O2, N2, Cℓ 2, NH3, H2O, HCℓ, CH4. Ligação Covalente. Polaridade de moléculas. Forças intermoleculares. Relação entre estruturas, propriedade e aplicação das substâncias. Água — Ocorrência e importância na vida animal e vegetal. Ligação, estrutura e propriedades. Sistemas em solução aquosa: Soluções verdadeiras, soluções coloidais e suspensões. Solubilidade. Concentração das soluções. Aspectos qualitativos das propriedades coligativas das soluções. Ácidos, bases, sais e óxidos: definição, classificação, propriedades, formulação e nomenclatura. Conceitos de ácidos e base. Principais propriedades dos ácidos e bases: indicadores, condutibilidade elétrica, reação com metais, reação de neutralização. Transformações químicas e energia — Transformações químicas e energia calorífica. Calor de reação. Entalpia. Equações termoquímicas. Lei de Hess. Transformações químicas e energia elétrica. Reação de oxirredução. Potenciais padrão de redução. Pilha. Eletrólise. Leis de Faraday. Transformações nucleares. Conceitos fundamentais da radioatividade. Reações de fissão e fusão nuclear. Desintegração radioativa e radioisótopos. Dinâmica das transformações químicas — Transformações químicas e velocidade. Velocidade de reação. Energia de ativação. Fatores que alteram a velocidade de reação: concentração, pressão, temperatura e catalisador. Transformação química e equilíbrio — Caracterização do sistema em equilíbrio. Constante de equilíbrio. Produto iônico da água, equilíbrio ácido-base e pH. Solubilidade dos sais e hidrólise. Fatores que alteram o sistema em equilíbrio. Aplicação da velocidade e do equilíbrio químico no cotidiano. Compostos de carbono — Características gerais dos compostos orgânicos. Principais funções orgânicas. Estrutura e propriedades de hidrocarbonetos. Estrutura e propriedades de compostos orgânicos oxigenados. Fermentação. Estrutura e propriedades de compostos orgânicos nitrogenados. Macromoléculas naturais e sintéticas. Noções básicas sobre polímeros. Amido, glicogênio e celulose. Borracha natural e sintética. Polietileno, poliestireno, PVC, Teflon, náilon. Óleos e gorduras, sabões e detergentes sintéticos. Proteínas e enzimas. Relações da química com as tecnologias, a sociedade e o meio ambiente — Química no cotidiano. Química na agricultura e na saúde. Química nos alimentos. Química e ambiente. Aspectos científico-tecnológicos, socioeconômicos e ambientais associados à obtenção ou produção de substâncias químicas. Indústria química: obtenção e utilização do cloro, hidróxido de sódio, ácido sulfúrico, amônia e ácido nítrico. Mineração e metalurgia. Poluição e tratamento de água. Poluição atmosférica. Contaminação e proteção do ambiente.
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Energias químicas no cotidiano — Petróleo, gás natural e carvão. Madeira e hulha. Biomassa. Biocombustíveis. Impactos ambientais de combustíveis fósseis. Energia nuclear. Lixo atômico. Vantagens e desvantagens do uso de energia nuclear.
BIOLOGIA
Moléculas, células e tecidos — Estrutura e fisiologia celular: membrana, citoplasma e núcleo. Divisão celular. Aspectos bioquímicos das estruturas celulares. Aspectos gerais do metabolismo celular. Metabolismo energético: fotossíntese e respiração. Codificação da informação genética. Síntese proteica. Diferenciação celular. Principais tecidos animais e vegetais. Origem e evolução das células. Noções sobre células-tronco, clonagem e tecnologia do DNA recombinante. Aplicações de biotecnologia na produção de alimentos, fármacos e componentes biológicos. Aplicações de tecnologias relacionadas ao DNA a investigações científicas, determinação da paternidade, investigação criminal e identificação de indivíduos. Aspectos éticos relacionados ao desenvolvimento biotecnológico. Biotecnologia e sustentabilidade. Hereditariedade e diversidade da vida — Princípios básicos que regem a transmissão de características hereditárias. Concepções pré-mendelianas sobre a hereditariedade. Aspectos genéticos do funcionamento do corpo humano. Antígenos e anticorpos. Grupos sanguíneos, transplantes e doenças autoimunes. Neoplasias e a influência de fatores ambientais. Mutações gênicas e cromossômicas. Aconselhamento genético. Fundamentos genéticos da evolução. Aspectos genéticos da formação e manutenção da diversidade biológica. Identidade dos seres vivos — Níveis de organização dos seres vivos. Vírus, procariontes e eucariontes. Autótrofos e heterótrofos. Seres unicelulares e pluricelulares. Sistemática e as grandes linhas da evolução dos seres vivos. Tipos de ciclo de vida. Evolução e padrões anatômicos e fisiológicos observados nos seres vivos. Funções vitais dos seres vivos e sua relação com a adaptação desses organismos a diferentes ambientes. Embriologia, anatomia e fisiologia humana. Evolução humana. Biotecnologia e sistemática. Ecologia e ciências ambientais — Ecossistemas. Fatores bióticos e abióticos. Habitat e nicho ecológico. A comunidade biológica: teia alimentar, sucessão e comunidade clímax. Dinâmica de populações. Interações entre os seres vivos. Ciclos biogeoquímicos. Fluxo de energia no ecossistema. Biogeografia. Biomas brasileiros. Exploração e uso de recursos naturais. Problemas ambientais: mudanças climáticas, efeito estufa; desmatamento; erosão; poluição da água, do solo e do ar. Conservação e recuperação de ecossistemas. Conservação da biodiversidade. Tecnologias ambientais. Noções de saneamento básico. Noções de legislação ambiental: água, florestas, unidades de conservação; biodiversidade. Origem e evolução da vida — A biologia como ciência: história, métodos, técnicas e experimentação. Hipóteses sobre a origem do Universo, da Terra e dos seres vivos. Teorias de evolução. Explicações pré-darwinistas para a modificação das espécies. A teoria evolutiva de Charles Darwin. Teoria sintética da evolução. Seleção art ificial e seu impacto sobre ambientes naturais e sobre populações humanas. Qualidade de vida das populações humanas — Aspectos biológicos da pobreza e do desenvolvimento humano. Indicadores sociais, ambientais e econômicos. Índice de desenvolvimento humano. Principais doenças que afetam a população brasileira: caracterização, prevenção e profilaxia. Noções de primeiros socorros. Doenças sexualmente transmissíveis. Aspectos sociais da biologia: uso indevido de drogas; gravidez na adolescência; obesidade. Violência e segurança pública. Exercícios físicos e vida s audável. Aspectos biológicos do desenvolvimento sustentável. Legislação e cidadania.
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K C O T S R E T T U H S / N A I V I V E T T
O M L E D
| O Ã | Ç A A O D Ã E Í S I C Ç R | F I C A A R Ã O U N U T A Ç M A R U C C O E L I T I C A E D O E | | S Ã E A Í Ç S T F E A | A R M A U G I C L | O R U T U Í M O N F R H O | Q A N A I P A I A E S P S D U | G I A G O G N S Í Ê L O L I O L L B I N G N O C E T
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LÍNGUA PORTUGUESA 1. Enem Oximoro, ou paradoxismo, é uma figura de retórica em que se combinam palavras de sentido oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas que, no contexto, reforçam a expressão. Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa.
Considerando a definição apresentada, o fragmento poético da obra Cantares , de Hilda Hilst, publicada em 2004, em que pode ser encontrada a referida figura de retórica é: a) “Dos dois contemplo rigor e fixidez. Passado e sentimento me contemplam” (p. 91). b) “De sol e lua De fogo e vento Te enlaço” (p. 101). c) “Areia, vou sorvendo A água do teu rio” (p. 93). d) “Ritualiza a matança de quem só te deu vida. E me deixa viver nessa que morre” (p. 62). e) “O bisturi e o verso. Dois instrumentos entre as minhas mãos” (p. 95). OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos: recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 6, habilidade 18
2. Enem A bio sfe ra, que reúne tod os os ambie ntes onde se desenvolvem os seres vivos, se divide em unidades menores chamadas ecossistemas, que podem ser uma floresta, um deserto e até um lago. Um ecossistema tem múltiplos mecanismos que regulam o número de organismos dentro dele, controlando sua reprodução, crescimento e migrações. 4 2
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DUARTE, M. O guia dos curiosos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
Predomina no texto a função da linguagem a) emotiva, porque o autor expressa seu sentimento em relação à ecologia. b) fática, porque o texto testa o funcionamento do canal de comunicação.
c) poética, porque o texto chama a atenção para os recursos de linguagem. d) conativa, porque o texto procura orientar comportamentos do leitor. e) referencial, porque o texto trata de noções e informações conceituais. OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos: recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 6, habilidade 19
3. Enem Canção do vento e da minha vida O vento varria as folhas, O vento varria os frutos, O vento varria as flores... E a minha vida ficava Cada vez mais cheia De frutos, de flores, de folhas. [...] O vento varria os sonhos E varria as amizades... O vento varria as mulheres... E a minha vida ficava Cada vez mais cheia De afetos e de mulheres. O vento varria os meses E varria os teus sorrisos... O vento varria tudo! E a minha vida ficava Cada vez mais cheia De tudo. BANDEIRA, M. Poesia completa e prosa . Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967.
Na estruturação do texto, destaca-se a) a construção de oposições semânticas. b) a apresentação de ideias de forma objetiva. c) o emprego recorrente de figuras de linguagem, como o eufemismo. d) a repetição de sons e de construções sintáticas semelhantes. e) a inversão da ordem sintática das palavras. OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos: recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 6, habilidade 18
1. D Os pares de palavras matança / vida e viver / morre remetem a ideias paradoxais e configuram o uso de paradoxismo, ou oximoro. Nesta habilidade — Os alunos devem dominar os sistemas simbólicos do texto poético, compreendendo sua linguagem e o uso de elementos constitutivos para sua expressão e seu significado. Nesse caso, devem aplicar o conceito da figura de linguagem oximoro, que faz parte de uma das estruturas textuais apresentadas. 2. E A função referencial da linguagem, nesse texto, pode ser justificada pelo fato de que nele são expostos conceitos científicos em linguagem impessoal e objetiva sobre um campo do conhecimento humano, a Biologia, com o objetivo principal de apresentar informações ao leitor. Nesta habilidade — Os alunos devem conhecer as funções da linguagem, especificamente a função referencial ou denotativa, em que a mensagem é centrada no assunto, em geral informações da realidade, apresentadas sem opinião pessoal, de forma objetiva, direta, denotativa. A ênfase é dada ao conteúdo, ou seja, às informações. Geralmente, usa-se a terceira pessoa do singular. Os textos que servem como exemplos dessa função de linguagem são os jornalísticos, os científicos e outros de cunho predominantemente informativo. A função referencial também é conhecida como cognitiva ou denotativa. Biblioteca — Não raro se estudam as funções da linguagem na escola sem fazer referência ao responsável por essa teoria, o linguista russo Roman Jakobson, que a apresentou originalmente em Style in Language, organizado por Thomas A. Sebeok (Nova York, M. I. T., 1960). O ensaio Linguística e Poética é encontrado no livro Linguística e Comunicação, da editora Cultrix. Seu autor apresenta estudo dos elementos da comunicação para entender as funções da linguagem. Com base neles, Jakobson distinguiu seis funções de linguagem, relacionando cada qual a um dos componentes do processo comunicativo. Dessa forma, em cada ato de fala, dependendo de sua finalidade, destaca-se um dos elementos da comunicação e, por conseguinte, uma das funções da linguagem. Tecnologia — No portal, os alunos podem acessar conteúdo relativo às funções da linguagem.
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3. D Os recursos utilizados no texto em questão privilegiam efeitos expressivos que caracterizam a aliteração, marcando a sonoridade por meio da repetição dos fonemas como /v/ e / f/, a fim de imitar ou mimetizar o barulho do vento, evocando dinamicidade, movimento. No plano sintático, a repetição de estruturas frasais similares — O vento varria as folhas, / O vento varria os frutos, / O vento varria as flores [...] O vento varria os sonhos / E varria as amizades... / O vento varria as mulheres... — configura um recurso poético atribuindo ao poema sonoridade e ritmo relacionados ao ato de varrer. Nesta habilidade — Os alunos precisam dominar o que caracteriza a estruturação do poema. A presença de oposição, sugerida pela alternativa A, pode ser encontrada quanto ao seu aspecto semântico nos versos O vento varria as flores... / E a minha vida ficava / Cada vez mais cheia, posto conter a ideia de que, se algo é varrido, estaria vazio, e não cheio. Entretanto, a presença de aliterações e frases com a mesma estrutura sintática remete à forma do poema de maneira mais evidente e objetiva, não sendo caracterizada somente pela atribuição de sentido. Nessa perspectiva, é importante levar em consideração o enunciado da questão que pede exemplos da estruturação do poema. Trabalhar a forma é levar em consideração a poeticidade do poema marcada pelos versos e estrofes na presença de aliterações, construções frasais, métrica, rimas etc.
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4. Enem Manuel Bandeira Filho de engenheiro, Manuel Bandeira foi obrigado a abandonar os estudos de arquitetura por causa da tuberculose. Mas a iminência da morte não marcou de forma lúgubre sua obra, embora em seu humor lírico haja sempre um toque de funda melancolia, e na sua poesia haja sempre um certo toque de morbidez, até no erotismo. Tradutor de autores como Marcel Proust e William Shakespeare, esse nosso Manuel traduziu mesmo foi a nostalgia do paraíso cotidiano mal idealizado por nós, brasileiros, órfãos de um país imaginário, nossa Cocanha perdida, Pasárgada. Descrever seu retrato em palavras é uma tarefa impossível, depois que ele mesmo já o fez tão bem em versos. Revista Língua Portuguesa, nº. 40, fev. 2009.
A coesão do texto é construída principalmente a partir do(a) a) repetição de palavras e expressões que entrelaçam as informações apresentadas no texto. b) substituição de palavras por sinônimos como “lúgubre” e “morbidez”, “melancolia” e “nostalgia”. c) emprego de pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos: “sua”, “seu”, “esse”, “nosso”, “ele”. d) emprego de diversas conjunções subordinativas que articulam as orações e períodos que compõem o texto. e) emprego de expressões que indicam sequência, progressividade, como “iminência”, “sempre”, “depois”. OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos: recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 6, habilidade 18
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5. Enem Cultivar um estilo de vida saudável é extremamente importante para diminuir o risco de infarto, mas também de problemas como morte súbita e derrame. Significa que manter uma alimentação saudável e praticar atividade física regularmente já reduz, por si só, as chances de desenvolver vários problemas. Além disso, é importante para o controle da pressão arterial, dos níveis de colesterol e de glicose no sangue. Também ajuda a diminuir o estresse e aumentar a capacidade física, fatores que, somados, reduzem as chances de infarto. Exercitar-se, nesses casos, com acompanhamento médico e moderação, é altamente recomendável. ATALIA, M. Nossa vida. Época. 23 mar. 2009.
As ideias veiculadas no texto se organizam estabelecendo relações que atuam na construção do sentido. A esse respeito, identifica-se, no fragmento, que
a) a expressão “Além disso” marca uma sequenciação de ideias. b) o conectivo “mas também” inicia oração que exprime ideia de contraste. c) o termo “como”, em “como morte súbita e derrame”, introduz uma generalização. d) o termo “Também” exprime uma justificativa. e) o termo “fatores” retoma coesivamente “níveis de colesterol e de glicose no sangue”. OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos: recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 6, habilidade 18
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6. Enem Diego Souza ironiza torcida do Palmeiras O Palmeiras venceu o Atlético-GO pelo placar de 1 a 0, com um gol no final da partida. O cenário era para ser de alegria, já que a equipe do Verdão venceu e deu um importante passo para conquistar a vaga para as semifinais, mas não foi bem isso que aconteceu. O meia Diego Souza foi substituído no segundo tempo debaixo de vaias dos torcedores palmeirenses e chegou a fazer gestos obscenos respondendo à torcida. Ao final do jogo, o meia chegou a dizer que estava feliz por jogar no Verdão. — Eu não estou pensando em sair do Palmeiras. Estou muito feliz aqui — disse. Perguntado sobre as vaias da torcida enquanto era substituído, Diego Souza ironizou a torcida do Palmeiras. — Vaias? Que vaias? — ironiza o camisa 7 do Verdão, antes de descer para os vestiários. Disponível em: . Acesso em: 29 abr. 2010.
A progressão textual realiza-se por meio de relações semânticas que se estabelecem entre as partes do texto. Tais relações podem ser claramente apresentadas pelo emprego de elementos coesivos ou não ser explicitadas, no caso da justaposição. Considerando-se o texto lido, a) no primeiro parágrafo, o conectivo já que marca uma relação de consequência entre os segmentos do texto. b) no primeiro parágrafo, o conectivo mas explicita uma relação de adição entre os segmentos do texto. c) entre o primeiro e o segundo parágrafos, está implícita uma relação de causalidade. d) no quarto parágrafo, o conectivo enquanto estabelece uma relação de explicação entre os segmentos do texto. e) entre o quarto e o quinto parágrafos, está implícita uma relação de oposição. OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos: recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 6, habilidade 18
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4. C A utilização de pronomes constrói a coesão textual, fazendo sempre referência ao tema principal do texto (Manuel Bandeira) — seja à sua obra, ao seu humor ou à própria pessoa. Nesta habilidade — Os alunos precisam reconhecer que todo texto é formado pela trama de ideias, palavras, frases, assim como um tecido, que é resultado da trama de fios. Dessa forma, o texto é uma sequência de fragmentos que se combinam de modo proposital. Para essa questão, pede-se que os alunos reconheçam que os pronomes podem atuar nesse sentido. Biblioteca — A revista Nova Escola oferece um trabalho muito pertinente em relação a esse conteúdo, coesão textual. Acesse-o no portal. 5. A Além disso exprime a noção de continuidade na enumeração dos benefícios gerados por um modo de vida saudável, com prática de exercícios físicos e boa alimentação. Introduz a enumeração de outros efeitos benéficos de manter uma alimentação saudável e praticar atividade física regularmente, marcando, portanto, uma sequenciação de ideias. À oração é importante para o controle da pressão arterial, dos níveis de colesterol e de glicose no sangue acrescenta-se manter uma alimentação saudável e praticar atividade física regularmente. Nesta habilidade — Os alunos devem dominar a relação de coordenação e subordinação entre termos e entre orações. Precisam compreender que entre ambos os termos ou orações envolvidos haverá a dependência para que seja exercida qualquer função sintática. Da mesma forma devem entender que um mesmo termo ou conectivo, dependendo de seu contexto, possui um diferente sentido.
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6. C A causa de o cenário não ter sido de alegria (mencionado no 1º. parágrafo) encontra-se no segundo parágrafo, visto que o meia Diego Souza, ao ser substituído e vaiado pelos torcedores, fez gestos obscenos para os torcedores, ou seja, isso pressupõe um cenário tenso, ruim, mesmo com a vitória do time. Nesta habilidade — Nesse caso há uma ideia principal apresentada pelo período O cenário era para ser de alegria, já que a equipe do Verdão venceu e deu um importante passo para conquistar a vaga para as semifinais, mas não foi bem isso que aconteceu. No segundo parágrafo, como referido no gabarito, é explicada a causa de essa alegria não ter acontecido. É necessário nessa habilidade que eles leiam as relações de dependência textual entre os parágrafos, mesmo que não sejam usados os termos que tradicionalmente marquem causalidade, a exemplo de porque, visto que, como, uma vez que, já que etc., pois o que caracteriza essa causalidade no texto é sua atribuição de sentido. Para ir além — Explore alguns exemplos de uso de conectivo para os alunos aprofundarem seus conhecimentos sobre o tema. Embora, ainda que, mesmo que — Tais conectivos estabelecem relação de concessão e contradição, admitindo argumentos contrários, contudo, com autonomia para vencê-los. Observe o exemplo: Embora não simpatizasse com algumas pessoas ali presentes, compareceu à festa.
Aliás, além de tudo, além do mais, além disso — Conferem mais credibilidade aos argumentos, reforçando-os juntamente à ideia final. Constate: O garoto é um excelente aluno, aliás, destaca-se entre os demais. Além de tudo é muito educado e gentil. Ainda, afinal, por fim — Incluem mais um elemento no conjunto de ideias retratadas, como também revelam mais um argumento a título de conclusão do assunto abordado. Note: Não poderia permanecer calado, afinal, tratava-se de sua permanência na diretoria, e ainda assim pensou muito. Isto é, ou seja, quer dizer, em outras palavras — Revelam retificações, esclarecimentos ao que já foi exposto anteriormente. Como podemos constatar em: Faça as devidas retificações, isto é, corrija as eventuais inadequações, de modo a tornar o texto mais claro. Assim, logo, portanto, pois, desse modo, dessa forma — Exemplificam o que já foi expresso, com vistas a complementar ainda mais a argumentação. Como expresso por meio do exemplo a seguir: Não obteve êxito na sua apresentação. Dessa forma, o trabalho precisou ser refeito. Mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, não obstante — Estabelecem oposição entre dois enunciados, ligando apenas elementos que não se opõem entre si. Perfeitamente constatável em: Esforçou-se bastante, contudo não obteve sucesso no exame avaliativo. Disponível em: . Acesso em: 25 mar. 2013. (Fragmento)
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7. Leia o texto a seguir para responder à questão. Qual é a diferença entre “através de” e “por meio de” e quando usá-los? A diferença entre as duas expressões é, originalmente, bem clara: a locução “através de” possui significado ligado a movimento físico, indicando a ideia de atravessar. Assim, temos a seguinte frase: “O namorado passou uma flor através da jan ela ”. Nesse cas o, o emp reg o da exp res são é adequado. Já “por meio de” se relaciona à ideia de instrumento, utilizado na execução de determinada ação. Um exemplo correto desse uso é: “Eu enviei o pacote por meio do correio”. O que ocorre é que, num processo metafórico, as duas expressões acabaram se confundindo. Os elementos linguísticos que denotam movimento físico foram sendo progressivamente empregados para referências ao movimento não físico e, em seguida, para outras referências. Assim, a expressão “através de” passou a ser empregada em um leque maior de situações, como em: “Eu conheci meu namorado através da Internet”, em vez de “eu conheci meu namorado por meio da Internet”. No entanto, vale lembrar que as construções linguísticas que fogem às regras da variedade-padrão, embora inteligíveis, não devem ser usadas em contextos formais, como a escola. TREVISAN, Rita. Qual é a diferença entre as expressões “através de” e “por meio de” e quando usá-los? Nova Escola, edição 237, nov. 2010, p. 16.
Leia o trecho: “No entanto , vale lembrar que as construções linguísticas que fogem às regras da variedade-padrão, embora inteligíveis, não devem ser usadas em contextos formais, como a escola.” A substituição do conectivo destacado mantém o mesmo valor da frase original em: a) Além disso, vale lembrar que as construções linguísticas que fogem às regras da variedade-padrão, embora inteligíveis, não devem ser usadas em contextos formais, como a escola. b) Portanto, vale lembrar que as construções linguísticas que fogem às regras da variedade-padrão, embora inteligíveis, não devem ser usadas em ANOTAÇÕES DE SALA
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contextos formais, como a escola. c) Logo, vale lembrar que as construções linguísticas que fogem às regras da variedade-padrão, embora inteligíveis, não devem ser usadas em contextos formais, como a escola. d) Todavia, vale lembrar que as construções linguísticas que fogem às regras da variedade-padrão, embora inteligíveis, não devem ser usadas em contex tos formais, como a escola. e) Enquanto, vale lembrar que as construções linguísticas que fogem às regras da variedade-padrão, embora inteligíveis, não devem ser usadas em contextos formais, como a escola. OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos: recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 7, habilidade 22
8. Enem Páris, filho do rei de Troia, raptou Helena, mulher de um rei grego. Isso provocou um sangrento conflito de dez anos, entre os séculos XIII e XII a. C. Foi o primeiro choque entre o ocidente e o oriente. Mas os gregos conseguiram enganar os troianos. Deixaram à porta de seus muros fortificados um imenso cavalo de madeira. Os troianos, felizes com o presente, puseram-no para dentro. À noite, os soldados gregos, que estavam escondidos no cavalo, saíram e abriram as portas da fortaleza para a invasão. Daí surgiu a expressão “presente de grego”. DUARTE, Marcelo. O guia dos curiosos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
Em “puseram-no”, a forma pronominal “no” refere-se a) ao termo “rei grego”. b) ao antecedente “gregos”. c) ao antecedente distante “choque”. d) à expressão “muros fortificados”. e) aos termos “presente” e “cavalo de madeira”. OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos: recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 6, habilidade 18
7. D Levando em consideração o parágrafo destacado do texto, a alternativa D está correta. A relação de adversidade marcada pela locução conjuntiva no entanto é mantida apenas pela conjunção adversativa todavia. É interessante ressaltar que, no quarto parágrafo, a autora comenta que a expressão através de tem sido usada em diversas situações como sinônimo de por meio de, e no quinto parágrafo comenta que é preciso tomar cuidado no emprego de construções linguísticas que fogem às regras da variedade-padrão em determinados contextos. O que marca esse contraste, no caso, é a conjunção adversativa todavia, que poderia ser trocada por mas, no entanto, porém, entre outras, mantendo o sentido original do texto. Para evidenciar a relação de sentido estabelecida, reflita com os alunos a respeito do sentido sugerido pelas expressões usadas nas demais alternativas: Além disso: adição. Logo: causa / consequência. Portanto: causa / consequência. Enquanto: tempo. Nesta habilidade — Os alunos precisam reconhecer que todo texto é formado pela trama de ideias, palavras, frases, assim como um tecido, que é resultado da trama de fios. O texto, assim, é consequência de fragmentos que se combinam de modo proposital. Dessa combinação, dessas “amarras” que compõem o texto, resulta o que se chama de coesão. Para o bom entendimento de um texto, além da “bagagem” de conhecimento dos leitores, é preciso que se conheçam as regras e os recursos que organizam os diversos textos. Para um caso como o apresentado na questão, é importante que os alunos saibam que, dentre os elementos coesivos de um texto, estão as conjunções (mas, a fim de, embora, portanto, pois, no entanto). Para ir além — Comente com os alunos a respeito do étimo da palavra texto, que pode servir para o entendimento de que sua elaboração depende de uma trama de ideias, frases, conceitos, palavras... e que, para isso, os autores se servem de vários recursos a fim de construir essa trama. Faça-os notar que texto e têxtil (relativo a tecidos) têm a mesma origem etimológica, daí comumente se comparar a elaboração de um texto com o ato de tecer (entrelaçar fios, palha, vime): texere (construir, (construir, tecer), cujo particípio passado textus textus também também era usado como Texto: vem do latim texere substantivo, e significava ‘maneira de tecer’, ou ‘coisa tecida’, e ainda mais tarde, ‘estrutura’. Foi só lá pelo século 14 que a evolução semântica da palavra atingiu o sentido de “tecelagem ou estruturação de palavras”, ou ‘composição literária’, e passou a ser usado em inglês, proveniente do francês antigo texte texte..
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Disponível em: . Acesso em: 24 jan. 2013.
Biblioteca — KOCH, Ingedore Villaça. A Coesão Textual . São Paulo: Contexto, 2002. Tecnologia — Os alunos podem acessar conteúdos referentes a pronomes, conjunções e preposições no portal. 8. E A forma pronominal em questão relaciona-se diretamente ao termo presente, que por sua vez retoma a expressão cavalo de madeira, portanto faz referência aos dois termos. O aluno deve perceber que, nesse caso, o termo presente foi usado como recurso de substituição lexical, a fim de não repetir a expressão cavalo de madeira. A referência pronominal, portanto, ao retomar um dos termos, retoma os dois, usados para referir-se ao mesmo objeto. Vale um estudo em Nesta habilidade — Exige-se domínio dos elementos de coesão; neste caso, do pronome oblíquo. Vale relação ao uso dos pronomes que funcionam como elementos de coesão, incluindo os possessivos, demonstrativos e pessoais.
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9. Enem Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos nordestinos,, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the the;; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au duro au ou ou eu eu de de todos os terminais em al em al ou ou el el — — carnava u u,, Raque u u... ... Já os paraibanos trocam o l o l pelo pelo r r.. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer de Raquer.. Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 9 maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se a) na fonologia. b) no uso do léxico. c) no grau de formalidade. d) na organização sintática. e) na estruturação morfológica. OC: Estudo dos aspectos linguísticos da língua portuguesa: usos da língua: norma culta e variação linguística Competência 8, habilidade 25
10. Enem — Compare os textos 1 e 2 a seguir, que tratam de aspectos ligados a variedades da língua port uguesa no mundo e no Brasil. Texto 1 Acompanhando os navegadores, colonizadores colonizadores e comerciantes portugueses em todas as suas incríveis viagens, a partir do século XV, o português se transformou na língua de um império. Nesse processo, entrou em contato — forçado, o mais das vezes; amigável, em alguns casos — com as mais diversas línguas, passando por processos de variação e de mudança linguística. Assim, contar a história do português do Brasil é mergulhar na sua história colonial c olonial e de país independente, já que as línguas não são mecanismos desgarrados dos povos que as utilizam. 0 3
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Nesse cenário, são muitos os aspectos da estrutura linguística que não só expressam a diferença entre Portugal e Brasil como também definem, no Brasil, diferenças regionais e sociais. PAGOTTO, E. P. Línguas do Brasil . Disponível em: http:// cienciaecultura.bvs.br. Acesso em: 5 jul. 2009 (adaptado).
Texto 2 Barbarismo é vício que se comete na escritura de cada uma das partes da construção ou na pronunciação. E em nenhuma parte da Terra se comete mais essa figura da pronunciação que nestes reinos, por causa das muitas nações que trouxemos ao jugo do nosso serviço. Porque bem como os Gregos e Romanos haviam por bárbaras bárbaras todas todas as outras nações estranhas a eles, por não poderem formar sua linguagem, assim nós podemos dizer que as nações de África, Guiné, Ásia, Brasil barbarizam quando querem imitar a nossa.
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BARROS, J. Gramática da língua portuguesa. Porto: Porto Editora, 1957. (adaptado)
Os textos abordam o contato da língua portuguesa com outras línguas e processos de variação e de mudança decorridos desse contato. Da comparação entre os textos, conclui-se que a posição de João de Barros (Texto 2), em relação aos usos sociais da linguagem, revela a) atitude crítica do autor quanto à gramática que as nações a serviço de Portugal possuíam e, ao mesmo tempo, de benevolência quanto ao conhecimento que os povos tinham de suas línguas. b) atitude preconceituosa relativa a vícios culturais das nações sob domínio português, dado o interesse dos falantes dessas línguas em copiar a língua do império, o que implicou a falência do idioma falado em Portugal. c) o desejo de conservar, em Portugal, as estruturas da variante padrão da língua grega — em oposição às consideradas bárbaras —, em vista da necessidade de preservação do padrão de correção dessa língua à época. d) adesão à concepção de língua como entidade homogênea e invariável, e negação da ideia de que a língua portuguesa pertence a outros povos. e) atitude crítica, que se estende à própria língua portuguesa, por se tratar de sistema que não disporia de elementos necessários para a plena inserção sociocultural de falantes não nativos do português. OC: Estudo do texto argumentativo, seus gêneros e recursos linguísticos: argumentação: tipo, gêneros e usos em língua portuguesa Competência 7, habilidade 22
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9. A Já no início do texto, a expressão apuro o ouvido permite inferir que serão feitas referências à manifestação sonora da língua, portanto relacionadas à área da Fonologia. No decorrer do texto são apresentadas comparações e exemplificações acerca da diversidade de sotaques dos falantes nordestinos. Como nos trechos as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical . Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina e O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the ; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el — carnav au, au, Raqueu, respectivamente. Nesta habilidade — O conhecimento das diferentes maneiras pelas quais se manifesta a variação linguística é fundamental para a compreensão dessa questão. Explore com os alunos exemplos de variação regional com base na análise de variáveis fonológicas, morfológicas, sintáticas e semânticas. É válido, ainda, trabalhar como os fones (sons) se organizam dentro de uma língua, e de que forma são classificados em unidades capazes de distinguir significados, chamadas fonemas. Para ir além — Aproveite a questão para apresentar aos alunos algumas considerações sobre as variações linguísticas histórica, geográfica e social. Variação histórica históri ca — Acontece ao longo de determinado período de tempo e pode ser identificada ao se compararem dois estados de uma língua. O processo de mudança é gradual: uma variante inicialmente utilizada por um grupo restrito de falantes passa a ser adotada por indivíduos socioeconomicamente mais expressivos. A forma antiga permanece ainda entre as gerações mais velhas, período em que as duas variantes convivem; porém com o tempo a nova variante torna-se normal na fala e, finalmente, consagra-se pelo uso na modalidade escrita. As mudanças podem ser de grafia ou de significado. — Trata das diferentes formas de pronúncia, vocabulário e estrutura sintática entre Variação geográfica — regiões. Dentro de uma comunidade mais ampla, formam-se comunidades linguísticas menores em torno de centros polarizadores da cultura, política e economia, que acabam por definir os padrões linguísticos utilizados na região de sua influência. As diferenças linguísticas entre as regiões são graduais, nem sempre coincidindo com as fronteiras geográficas. Variação social — Agrupa alguns fatores de diversidade: o nível socioeconômico, determinado pelo meio social onde vive um indivíduo; o grau de educação; a idade e o sexo. A variação social não compromete a compreensão entre indivíduos, como poderia acontecer na variação regional; o uso de certas variantes pode indicar qual o nível socioeconômico de uma pessoa, e há a possibilidade de alguém oriundo de um grupo menos favorecido atingir o padrão de maior prestígio.
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Disponível em: . Acesso em: 25 mar. 2013.
10. D João de Barros, ao dizer que África, Guiné, Ásia, Brasil barbarizam a língua portuguesa quando querem imitar o modo de falar e escrever dos portugueses, demonstra uma visão de língua que não se altera mediante as variações regionais, históricas e sociais. Nega, assim, o direito de outros povos lusófonos quanto ao sentimento de que a língua também lhes pertence. Para ele, essas nações se constituiriam de povos bárbaros. Nesta habilidade — Exige-se domínio de interpretação textual para que se identifique opinião veiculada. Ao ter como base a leitura do texto 1, os alunos têm referência de outro conceito a respeito da língua. Essa referência os deixa mais seguros na escolha da alternativa D quanto ao uso purista que exclui os povos colonizados da língua dos conquistadores. Refletir sobre o confronto ou a relação entre os textos subsidia os estudantes na compreensão e no entendimento do texto analisado.
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11. Enem Quer evitar pesadelos? Então não durma de barriga para cima. Este é o conselho de quem garante ter sido atacado pela Pisadeira. A meliante costuma agir em São Paulo e Minas Gerais. Suas vítimas preferidas são aquelas que comeram demais antes de dormir. Desce do telhado — seu esconderijo usual — e pisa com muita força no peito e na barriga do incauto adormecido, provocando os pesadelos. Há controvérsias sobre sua aparência. De acordo com alguns, é uma mulher bem gorda. Já o escritor Cornélio Pires forneceu a seguinte descrição da malfeitora: “Essa é ua muié muito magra, que tem os dedos cumprido e seco cum cada unhão! Tem as perna curta, cabelo desgadeiado, quexo revirado pra riba e nari magro munto arcado; sobranceia cerrado e zoio aceso...” Pelo sim, pelo não, caro amigo... barriga para baixo e bons sonhos. Almanaque de Cultura Popular. Ano 10, out. 2008, nº. nº. 114 (adaptado). (adapta do).
Considerando que as variedades linguísticas existentes no Brasil constituem patrimônio cultural, a descrição da personagem lendária, Pisadeira, nas palavras do escritor Cornélio Pires, atribuído s à personagem a) mostra hábitos linguísticos atribuídos lendária. b) ironiza vocabulário usado no registro escrito de descrição de personagens. c) associa a aparência desagradável da personagem ao desprestígio da cultura brasileira. d) sugere crítica ao tema da superstição como integrante da cultura de comunidades interioranas. e) valoriza a memória e as identidades nacionais pelo registro escrito de variedades linguísticas pouco prestigiadas. OC: Estudo dos aspectos linguísticos da língua portuguesa: usos da língua: norma culta e variação linguística Competência 6, habilidade 20
12. Enem Cuitelinho Cheguei na bera do porto Onde as onda se espaia. As garça garç a dá meia me ia volta , Senta na bera da praia. E o cuitelinho não gosta Que o botão da rosa caia. Quando eu vim da minha terra, Despedi da parentaia. Eu entrei em Mato Grosso, Dei em terras paraguaia. Lá tinha revolução, Enfrentei fortes bataia. A tua sa udade corta c orta Como o aço de navaia. O coração fica aflito, Bate uma e outra faia. E os oio se enche d’água Que até a vista se atrapaia. Folclore recolhido por Paulo Vanzolini e Antônio Xandó. BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna. São Paulo: Parábola, 2004.
Transmitida por gerações, a canção Cuitelinho manifesta aspectos culturais de um povo, nos quais se inclui sua forma de falar falar,, além de registrar um momento histórico. Depreende-se disso que a importânc ia em preservar a produção cultural de uma nação consiste no fato de que produções como a canção Cuitelinho evidenciam a a) recriação da realidade brasileira de forma ficcional. b) criação neológica na língua portuguesa. c) formação da identidade nacional por meio da tradição oral. d) incorreção da língua portuguesa que é falada por pessoas do interior do Brasil. e) padronização de palavras que variam regionalmente, mas possuem mesmo significado. OC: Estudo dos aspectos linguísticos da língua portuguesa: usos da língua: norma culta e variação linguística Competência 6, habilidade 20
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11. E Percebe-se que na descrição de Cornélio Pires sobre a “Pisadeira” há registros de uma variedade linguística diferente da norma-padrão. Construções como tem os dedos cumprido indicam concordância nominal própria da oralidade; em sobranceia cerrado e zoio aceso, percebe-se a pronúncia dessa variedade. Em ambos os casos, notam-se ocorrências muito comuns da linguagem falada. Transcrevendo na escrita a descrição feita por Cornélio Pires, o autor faz a documentação e valorização do folclore brasileiro e da fala característica da cultura popular. Nesta habilidade — Os alunos precisam compreender que o uso de determinada língua não é um fato isolado, pois envolve áreas como história e política. É por meio dela que os indivíduos se socializam, expressam pertencimento a determinado grupo ou país. Nessa concepção, reconhecer o patrimônio linguístico que compartilham é valorizar a identidade individual e social de um povo. Também por meio da linguagem os indivíduos constroem, preservam e transmitem a memória do povo do qual fazem parte. 12. C Podemos perceber a proposta de construção da identidade nacional no resgate da oralidade em termos e expressões como Onde as onda se espaia (verso 2) , E os oio se enche d’água (verso 17) , Dei em terras paraguaia (verso 10) , Lá tinha revolução (verso 11), Enfrentei fortes bataia (verso 12) etc. A seleção vocabular e as construções linguísticas demonstram a maneira de falar de determinada população, em determinado tempo e espaço. Nesta habilidade — Os alunos precisam reconhecer que é por meio da língua que os indivíduos demonstram pertencimento a um grupo ou país, que é por meio dela que se socializam. Nesse sentido, devem compreender a maneira como o patrimônio linguístico que compartilhamos confere identidade individual e social e que por meio da linguagem construímos, preservamos e transmitimos a memória do povo do qual fazemos parte.
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Teste complementar Enem Não tem tradução [...] Lá no morro, se eu fizer uma falseta A Risoleta desiste logo do francês e do inglês A gíria que o nosso morro criou Bem cedo a cidade aceitou e usou [...] Essa gente hoje em dia que tem mania de exibição Não entende que o samba não tem tradução no idioma francês Tudo aquilo que o malandro pronuncia Com voz macia é brasileiro, já passou de português Amor lá no morro é amor pra chuchu As rimas do samba não são I love you E esse negócio de alô, alô boy e alô Johnny Só pode ser conversa de telefone ROSA, N. In: SOBRAL, João J. V. A tradução dos bambas. Revista Língua Portuguesa. Ano 4, n. 54. São Paulo: Segmento, abr. 2010 (fragmento).
As canções de Noel Rosa, compositor brasileiro de Vila Isabel, apesar de revelarem uma aguçada preocupação do artista com seu tempo e com as mudanças político-culturais no Brasil, no início dos anos 1920, ainda são modernas. Nesse fragmento do samba Não tem tradução, por meio do recurso da metalinguagem, o poeta propõe a) incorporar novos costumes de origem francesa e americana, juntamente com vocábulos estrangeiros. b) respeitar e preservar o português-padrão como forma de fortalecimento do idioma do Brasil. c) valorizar a fala popular brasileira como patrimônio linguístico e forma legítima de identidade nacional. d) mudar os valores sociais vigentes à época, com o advento do novo e quente ritmo da música popular brasileira. e) ironizar a malandragem carioca, aculturada pela invasão de valores étnicos de sociedades mais desenvolvidas. OC: Estudo dos aspectos linguísticos da língua portuguesa: usos da língua: norma culta e variação linguística Competência 6, habilidade 20
C Na música de Noel Rosa há crítica ao uso de outros idiomas no samba, supostamente mais prestigiados, e valorização da fala popular como meio de legitimar a identidade nacional.
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13. Enem Serafim da Silva Neto defendia a tese da unidade da língua portuguesa no Brasil, entrevendo que no Brasil as delimitações dialetais espaciais não eram tão marcadas como as isoglossas* da România Antiga. Mas Paul Teyssier, na sua História da Língua Portuguesa , reconhece que na diversidade socioletal essa pretensa unidade se desfaz. Diz Teyssier: “A realidade, porém, é que as divisões ‘dialetais’ no Brasil são menos geográficas que socioculturais. As diferenças na maneira de falar são maiores, num determinado lugar, entre um homem culto e o vizinho analfabeto que entre dois brasileiros do mesmo nível c ultural originários de duas regiões distantes uma da outra.” SILVA, R. V. M. O português brasileiro e o português europeu contemporâneo: alguns aspectos da diferença. Disponível em: . Acesso em: 23 jun. 2008.
*isoglossa — linha imaginária que, em um mapa, une os pontos de ocorrência de traços e fenômenos linguísticos idênticos. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.
De acordo com as informações presentes no texto, os pontos de vista de Serafim da Silva Neto e de Paul Teyssier convergem em relação a) à influência dos aspectos socioculturais nas diferenças dos falares entre indivíduos, pois ambos consideram que pessoas de mesmo nível sociocultural falam de forma semelhante. b) à delimitação dialetal no Brasil assemelhar-se ao que ocorria na România Antiga, pois ambos consideram a variação linguística no Brasil como decorrente de aspectos geográficos. c) à variação sociocultural entre brasileiros de diferentes regiões, pois ambos consideram o fator sociocultural de bastante peso na constituição das variedades linguísticas no Brasil. d) à diversidade da língua portuguesa na România Antiga, que até hoje continua a existir, manifestando-se nas variantes linguísticas do português atual no Brasil. e) à existência de delimitações dialetais geográficas pouco marcadas no Brasil, embora cada um enfatize aspectos diferentes da questão. OC: Estudo do texto argumentativo, seus gêneros e recursos linguísticos: argumentação: tipo, gêneros e usos em língua portuguesa Competência 7, habilidade 22
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14. Enem Iscute o que tô dizendo, Seu dotô, seu coroné: De fome tão padecendo Meus fio e minha muié.
Sem briga, questão nem guerra, Meça desta grande terra Umas tarefa pra eu! Tenha pena do a gregado Não me dêxe deserdado Daquilo que Deus me deu. PATATIVA DO ASSARÉ. A terra é naturá. In: Cordéis e outros poemas. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2008 (fragmento).
A partir da análise da linguagem utilizada no poema, infere-se que o eu lírico revela-se como falante de uma variedade linguística específica. Esse falante, em seu grupo social, é identificado como um falante a) escolarizado proveniente de uma metrópole. b) sertanejo morador de uma área rural. c) idoso que habita uma comunidade urbana. d) escolarizado que habita uma comunidade do interior do país. e) estrangeiro que imigrou para uma comunidade do sul do país.
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OC: Estudo dos aspectos linguísticos da língua portuguesa: usos da língua: norma culta e variação linguística Competência 8, habilidade 25
15. Enem Antigamente Acont ecia o indivíduo apan har constipaç ão; ficando perrengue, mandava o próprio chamar o doutor e, depois, ir à botica para aviar a receita, de cápsulas ou pílulas fedorentas. Doença nefasta era a phtísica, feia era o gálico. Antigamente, os sobrados tinham assombrações, os meninos, lombrigas (...) Carlos Drummond de Andrade. Poesia completa e prosa . Rio de Janeiro: Companhia José Aguilar, p. 1.184.
O texto acima está escrito em linguagem de uma época passada. Observe uma outra versão, em linguagem atual. Antigamente Acontecia o indivíduo apanhar um resfriado; ficando mal, mandava o próprio chamar o doutor e, depois, ir à farmácia para aviar a receita, de cápsulas ou pílulas fedorentas. Doença nefasta era a tuberculose, feia era a sífilis. Antigamente, os sobrados tinham assombrações, os meninos, vermes (...) Comparando-se esses dois textos, verifica-se que, na segunda versão, houve mudanças relativas a a) vocabulário. b) construções sintáticas. c) pontuação. d) fonética. e) regência verbal. OC: Estudo dos aspectos linguísticos da língua portuguesa: usos da língua: norma culta e variação linguística Competência 8, habilidade 25
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13. E Tanto Silva Neto como Teyssier convergem quanto à ideia de que, no Brasil, existem delimitações dialetais pouco marcadas quanto à regionalidade. Entretanto, Teyssier amplia essa visão ao ressaltar as divisões dialetais de natureza sociocultural, que segundo ele comprometem a unidade da língua. Nesta habilidade — Exige-se que os alunos, ao confrontarem os textos, saibam relacionar as diferentes opiniões apresentadas, bem como o que podem ter em comum. Dessa forma trabalha-se a leitura e interpretação, levando-os a identificar o que está sendo dito em níveis de leitura diversos. Num primeiro nível: a língua é a mesma regionalmente. Num segundo nível, é possível perceber a divergência de opinião entre os dois escritores. Enquanto o primeiro defende a tese de que no Brasil não há grandes diferenças dialetais que comprometam a unidade da língua, o segundo diz que só há unidade linguística entre os falantes com as mesmas condições socioculturais. Para ir além — Incentive o trabalho com interpretação textual, levando artigos de opinião para a sala de aula, explorando os diversos níveis de leitura. Sugestão de referência bibliográfica para esse trabalho: A Leitura, do autor Vincent Jouve, publicado pela editora Unesp; PCNs de Língua Portuguesa: a Prática em Sala de Aula, de Eliana Vianna Brito, publicado pela editora Arte e Ciência. 14. B A variedade evidenciada é própria do sertanejo morador de áreas rurais. Também o conteúdo do texto remete à vida de um sertanejo. As demais alternativas podem ser facilmente excluídas se o aluno for capaz de perceber que o texto não representa a oralidade dentro da norma-padrão reconhecida pela escolarização, nem pelas diferenças fonológicas do estrangeirismo. Nesta habilidade — O reconhecimento de gêneros originalmente próprios da oralidade (causos, anedotas, charadas, canções, cordéis), que passaram a ser registrados no decorrer dos tempos, pode auxiliar o aluno na compreensão dessa questão. Incentive pesquisas sobre diferentes registros da oralidade. Sugestão: estender um trabalho sobre o poeta e repentista Patativa do Assaré, cuja obra se distingue por essa característica. Ele próprio diferenciava seus versos feitos em norma-padrão daqueles em linguagem do dia a dia (denominada por ele poesia matuta).
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15. A Nota-se que a diferença entre os dois textos é de ordem vocabular. Exemplos disso são: constipação/resfriado; perrengue/ mal; botica/farmácia; lombrigas/vermes. Nesta habilidade — Exige-se dos alunos o entendimento de que a língua é viva, que sua construção é histórica — ocorre nas relações interpessoais ao longo do tempo. Essas mudanças podem ser de ordem fonética, morfológica, sintática e lexical (vocabular), e ocorrem tanto na língua falada como na escrita. Nos exemplos da questão, os alunos devem perceber que as diferenças giram em torno de alguns vocábulos, sem que seus sentidos sejam modificados. A atualização da linguagem do texto leva em consideração vocábulos usados atualmente. Para ir além — Um trabalho bastante interessante de ser aplicado com os alunos é pesquisa sobre o tema variação linguística lexical . A turma pode ser dividida em grupos, a fim de atuarem no estudo das diferentes esferas de variação lexical, que podem ocorrer em virtude de diferenças geográficas, sociais, culturais e históricas (como no caso dos dois textos). Assim, após o levantamento dos vocábulos (levando em conta a esfera de variação a que cada equipe se refere), os grupos podem elaborar textos contendo as palavras que encontraram em suas pesquisas. Dê bastante liberdade na criação desses textos. Pode ser escolhido o gênero narrativo na elaboração de conto, miniconto, crônica, na qual apareça a esfera geográfica, apresentando um diálogo entre pessoas de regiões diferentes do Brasil, mostrando a diferença lexical que pode gerar certas incompreensões e situações inusitadas; na esfera histórica, pode ser usada a linguagem teatral para criar uma cena na qual um personagem de hoje tenta compreender um texto escrito em linguagem antiga etc. Embora os alunos possam ter liberdade nessa construção, cuide para que não incorram na construção de personagens estereotipados, em que se reproduz o preconceito linguístico por meio da ideia de uma variante ser melhor que outra. Tecnologia — Os alunos podem assistir a vídeo relacionado ao tema variedade linguística acessando o portal.
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16. Enem Entrevista com Marcos Bagno Pode parecer inacreditável, mas muitas das prescrições da pedagogia tradicional da língua até hoje se baseiam nos usos que os escritores portugueses do século XIX faziam da língua. Se tantas pessoas condenam, por exemplo, o uso do verbo “ter” no lugar de “haver”, como em “hoje tem fei joada”, é simplesmente porque os portugueses, em dado momento da história de sua língua, deixaram de fazer esse uso existencial do verbo “ter”. No entanto, temos registros escritos da época medieval em que aparecem centenas desses usos. Se nós, brasileiros, assim como os falantes africanos de português, usamos até hoje o verbo “ter” como existencial é porque recebemos esses usos dos nossos ex-colonizadores. Não faz sentido imaginar que brasileiros, angolanos e moçambicanos decidiram se juntar para “errar” na mesma coisa. E assim acontece com muitas outras coisas: regências verbais, colocação pronominal, concordâncias nominais e verbais etc. Temos uma língua própria, mas ainda somos obrigados a seguir uma gramática normativa de outra língua diferente. Às vésperas de comemorarmos nosso bicentenário de independência, não faz sentido continuar rejeitando o que é nosso para só aceitar o que vem de fora. Não faz sentido rejeitar a língua de 190 milhões de brasileiros para só considerar certo o que é usado por menos de dez milhões de portugueses. Só na cidade de São Paulo temos mais falantes de português do que em toda a Europa! Informativo Parábola Editorial. s/d.
Na entrevista, o autor defende o uso de formas linguísticas coloquiais e faz uso da norma-padrão em toda a extensão do texto. Isso pode ser explicado pelo fato de que ele a) adapta o nível de linguagem à situação comunicativa, uma vez que o gênero entrevista requer o uso da norma padrão. b) apresenta argumentos carentes de comprovação científica e, por isso, defende um ponto de vista difícil de ser verificado na materialidade do texto. c) propõe que o padrão normativo deve ser usado por falantes escolarizados como ele, enquanto a norma coloquial deve ser usada por falantes não escolarizados. 0 3
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d) acredita que a língua genuinamente brasileira está em construção, o que o obriga a incorporar em seu cotidiano a gramática normativa do português europeu. e) defende que a quantidade de falantes do português brasileiro ainda é insuficiente para acabar com a hegemonia do antigo colonizador. OC: Estudo dos aspectos linguísticos da língua portuguesa: usos da língua: norma culta e variação linguística Competência 8, habilidade 27
17. Enem Quando eu falo com vocês, procuro usar o código de vocês. A figura do índio no Brasil de hoje não pode ser aquela de 500 anos atrás, do passado, que representa aquele primeiro contato. Da mesma forma que o Brasil de hoje não é o Brasil de ontem, tem 160 milhões de pessoas com diferentes sobrenomes. Vieram para cá asiáticos, europeus, africanos, e todo mundo quer ser brasileiro. A importa nte pergunta que nós fazemos é: qual é o pedaço de índio que vocês têm? O seu cabelo? São seus olhos? Ou é o nome da sua rua? O nome da sua praça? Enfim, vocês devem ter um pedaç o de índio dentro de vocês. Para nós, o importante é que vocês olhem para a gente como seres humanos, como pessoas que nem precisam de paternalismos, nem precisam ser tratadas com privilégios. Nós não queremos tomar o Brasil de vocês, nós queremos compartilhar esse Brasil com vocês. TERENA, M. Debate. MORIN, E. Saberes globais e saberes locais. Rio de Janeiro: Garamond, 2000 (adaptado).
Na situação de comunicação da qual o texto foi retirado, a norma-padrão da língua portuguesa é empregada com a finalidade de a) demonstrar a clareza e a complexidade da nossa língua materna. b) situar os dois lados da interlocução em posições simétricas. c) comprovar a importância da correção gramatical nos diálogos cotidianos. d) mostrar como as línguas indígenas foram incorporadas à língua portuguesa. e) ressaltar a importância do código linguístico que adotamos como língua nacional. OC: Estudo dos aspectos linguísticos da língua portuguesa: usos da língua: norma culta e variação linguística Competência 8, habilidade 27
16. A Embora Marcos Bagno defenda no texto o uso de uma língua brasileira, bastante afastada da gramática normativa do português europeu, emprega a norma-padrão da língua portuguesa por se tratar de um texto a ser publicado. O autor adapta o nível de linguagem à situação comunicativa — não há registro de gírias ou marcas da oralidade, mas sim cuidado com as regras gramaticais, como concordâncias verbal e nominal. Nesta habilidade — Exige-se que os alunos consigam relacionar determinados modos de falar/escrever aos devidos contextos de comunicação. Em situações comunicativas formais, como é o caso da usada no trecho reproduzido, os falantes/escritores precisam adequar sua linguagem levando em consideração seu interlocutor e o contexto em que essa interação ocorre. Assim, ao observar que se trata de uma entrevista, publicada num informativo de uma editora, deve-se privilegiar o uso da norma-padrão da língua portuguesa. Os alunos devem saber como se relacionam as variedades linguísticas e como se efetivam suas situações de uso social. Para ir além — A respeito desse tema, levante reflexões com os alunos e apresente-lhes algumas considerações feitas por Rita Signor em resenha de obra de Bakhtin. Há que se considerar que a habilidade no uso dos gêneros está diretamente relacionada ao domínio que temos em relação a eles, ou seja, quanto maior for esse domínio, mais facilidade teremos em empregá-los de forma usual e adequada nas situações comunicativas em que estivermos inseridos. Bakhtin afirma que grande número de pessoas que apresenta um amplo conhecimento em relação a uma determinada língua sente-se pouco potente em algumas situações por não dominar os gêneros de dadas esferas. Para o autor, é a própria vivência em situações comunicativas e o contato com os diferentes gêneros do discurso que exercitam a competência linguística do produtor de enunciados. É essa competência dos interlocutores que auxilia no que é ou não aceitável em determinada prática social, sugerindo que quanto mais experiente for o sujeito mais hábil será na diferenciação dos g êneros e no reconhecimento do sentido e da estrutura que o compõe.
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SIGNOR, Rita. Os Gêneros do Discurso. Disponível em: . Acesso em: 26 jan. 2013. (Fragmento)
17. B As posições simétricas são marcadas pelo uso da norma-padrão. Esse uso é uma forma de expressar desejo de igualdade. Apesar de se tratar da fala de um índio em nome de sua comunidade, a opção pela norma-padrão é adequada porque ele se dirige a não índios, reivindicando um tratamento igualitário. Nesta habilidade — Exige-se reconhecimento acerca dos usos da norma-padrão da língua portuguesa nas diferentes situações de comunicação. O texto deve ser entendido como uma f ala de um indígena que se dirige a não indígenas em situação formal. Ele domina a língua aceita como padrão no Brasil, reivindicando igualdade de direitos, porque habita a mesma nação. Tem consciência dessa escolha linguística e, mesmo abrindo mão de seu idioma primitivo, solicita a reflexão sobre os direitos igualitários, pois, segundo ele, todos t êm algo de indígena no Brasil. Para ir além — Vale aqui uma pesquisa sobre a influência do vocabulário tupi-guarani no Brasil usado também pela norma-padrão. No portal há sugestões para esse trabalho, retiradas da revista Nova Escola. Constitui-se em bom ponto de partida para análise com a turma sobre a influência do tupi em nosso vocabulário cotidiano e na literatura nacional.
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18. Enem Texto 1 O professor deve ser um guia seguro, muito senhor de sua língua; se outra for a orientação, vamos cair na “língua brasileira”, refúgio nefasto e confissão nojenta de ignorância do idioma pátrio, recurso vergonhoso de homens de cultura falsa e de falso patriotismo. Como havemos de querer que respeitem a nossa nacionalidade se somos os primeiros a descuidar daquilo que exprime e representa o idioma pátrio? ALMEIDA, N. M. Gramática metódica da língua portuguesa. Prefácio. São Paulo: Saraiva, 1999 (adaptado).
Texto 2 Algun s leitores poderão achar que a li ngua gem desta Gramática se afasta do padrão estrito usual neste tipo de livro. Assim, o autor escreve tenho que reformular, e não tenho de reformular; pode-se colocar dois constituintes, e não podem-se colocar dois constituintes; e assim por diante. Isso foi feito de caso pensado, com a preocupação de aproximar a linguagem da gramática do padrão atual brasileiro presente nos textos técnicos e jornalísticos de nossa época. REIS, N. Nota do editor. PERINI, M. A. Gramática descritiva do português. São Paulo: Ática, 1996.
Confrontando-se as opiniões defendidas nos dois textos, conclui-se que a) ambos os textos tratam da questão do uso da língua com o objetivo de criticar a linguagem do brasileiro. b) os dois textos defendem a ideia de que o estudo da gramática deve ter o objetivo de ensinar as regras prescritivas da língua. c) a questão do português falado no Brasil é abordada nos dois textos, que procuram justificar como é correto e aceitável o uso coloquial do idioma. d) o primeiro texto enaltece o padrão estrito da língua, ao passo que o segundo defende que a linguagem jornalística deve criar suas próprias regras gramaticais. e) o primeiro texto prega a rigidez gramatical no uso da língua, enquanto o segundo defende uma adequação da língua escrita ao padrão atual brasileiro.
19. Enem Venho solicitar a clarividente atençã o de Vossa Excelência para que seja conjurada uma calamidade que está prestes a desabar em cima da juventude feminina do Brasil. Refiro-me, senhor presidente, ao movimento entusiasta que está empolgando centenas de moças, atraindo-as para se transformarem em jogadoras de futebol, sem se levar em conta que a mulher não poderá praticar este esporte violento sem afetar, seriamente, o equilíbrio fisiológico das suas funções orgânicas, devido à natureza que dispôs a ser mãe. Ao que dizem os jornais, no Rio de Janeiro, já estão formados nada menos de dez quadros femininos. Em São Paulo e Belo Horizonte também já estão se constituindo outros. E, neste crescendo, dentro de um ano, é provável que em todo o Brasil este jam organizados uns 200 clubes femininos de futebol: ou seja: 200 núcleos destroçados da saúde de 2,2 mil futuras mães, que, além do mais, ficarão presas a uma mentalidade depressiva e propensa aos exibicionismos rudes e extravagantes.
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Coluna Pênalti. Carta Capital. 28 abr. 2010.
O trecho é parte de uma carta de um cidadão brasileiro, José Fuzeira, encaminhada, em abril de 1940, ao então presidente da República Getúlio Vargas. As opções linguísticas de Fuzeira mostram que seu texto foi elaborado em linguagem a) regional, adequada à troca de informações na situação apresentada. b) jurídica, exigida pelo tema relacionado ao domínio do futebol. c) coloquial, considerando-se que ele era um cidadão brasileiro comum. d) culta, adequando-se ao seu interlocutor e à situação de comunicação. e) informal, pressupondo o grau de escolaridade de seu interlocutor. OC: Estudo dos aspectos linguísticos da língua portuguesa: usos da língua: norma culta e variação linguística Competência 8, habilidade 25
OC: Estudo do texto argumentativo, seus gêneros e recursos linguísticos: argumentação: tipo, gêneros e usos em língua portuguesa Competência 7, habilidade 22 ANOTAÇÕES DE SALA 1 3
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18. E No texto 1 é evidente a rigidez em relação à concepção de língua e suas variantes. Tal visão não admite desvios à norma instituída pela gramática tradicional, o que pode ser observado pela aversão que o autor apresenta ao se referir à língua brasileira, devendo o professor ser um guia seguro, muito senhor de sua língua. Já o texto 2 manifesta a defesa da adequação da língua escrita ao padrão atual, com a preocupação de aproximar a linguagem da gramática do padrão atual brasileiro presente nos textos técnicos e jornalísticos de nossa época. Nesta habilidade — Os alunos devem relacionar, em diferentes textos, pontos de vista diversos sobre o mesmo assunto ou tema. Os textos em questão, entretanto, remetem à concepção defendida pelo Enem de que a língua é caracterizada por diferentes registros ou variedades linguísticas, considerando suas situações de uso. Logo, seria pertinente refletir sobre essa concepção, evidenciando que a língua não é monolítica, mas se altera de acordo com sua história, regionalidade, graus de formalidade, informalidade, oralidade, escrita etc. 19. D O autor elaborou seu texto em linguagem culta, adequando-o ao seu interlocutor (o então presidente Getúlio Vargas) e à situação comunicacional. Nesta habilidade — Exige-se que os alunos saibam reconhecer no texto as opções linguísticas que mostram que o texto foi elaborado em linguagem culta. Quanto à adequação da linguagem mencionada na alternativa correta, os estudantes devem compreender que, em diversos contextos, a norma-padrão da língua deve ser privilegiada. Em ocasiões de maior formalidade, como a escrita de uma carta para uma autoridade política, exige-se cuidado para respeitar as normas gramaticais. Os alunos devem reconhecer quais são esses contextos em que se pede a adequação para a linguagem mais formal (e consequentemente a atenção às regras da norma-padrão) e os contextos em que isso não é adequado. Para ir além — Com relação ao emprego da norma culta em determinados contextos, apresente aos alunos considerações feitas pelo doutor em linguística Aldo Bizzocchi. Tenho dito sempre que a língua é como a roupa que vestimos: há um traje para cada ocasião. Há situações em que se deve usar traje social, outras em que o mais adequado é uma roupa casual, sem falar nas situações em que se usa pijama, maiô ou mesmo nada (para tomar banho esse é o traje ideal). Trata-se de normas indumentárias, pois pressupõem um uso “normal”. Não é proibido ir à praia de terno, mas não é normal, é um desvio que causa estranheza. A língua funciona do mesmo modo: há uma norma para entrevistas de emprego, audiências judiciais, textos técnicos; há outra para fazer compras no supermercado, bater papo, falar com a empregada. Portanto, a norma culta é o padrão de linguagem que se deve usar em situações formais. Do ponto de vista temporal, ela tende a ser conservadora, refletindo um padrão que recobre pelo menos o último século; em termos geográficos, corresponde ao linguajar dos grandes centros (no caso brasileiro, especialmente os do Sudeste). Em termos sociais, culturais e situacionais, é a norma das classes mais altas e mais escolarizadas, nas situações de relacionamento em que deve haver distanciamento respeitoso entre os interlocutores.
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Disponível em: . Acesso em: 31 jan. 2013. (Fragmento)
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20. Enem Maurício e o leão chamado Millôr Livro de Flavia Maria ilustrado por cartunista nasce como um dos grandes títulos do gênero infantil Um livro infantil ilustrado por Millôr há de ter alguma grandeza natural, um viço qualquer que o destaque de um gênero que invade as livrarias (2 mil títulos novos, todo ano) nem sempre com qualidade. Uma pegada que o afaste do risco de fazer sombra ao fato de ser ilustrado por Millôr: Mau ríci o — O Leã o de Men ino (Cosac Naify, 2 4 páginas, R$ 35), de Flavia Maria, tem essa pegada. Disponível em: . Acesso em: 30 abr. 2010 (fragmento).
Como qualquer outra variedade linguística, a norma-padrão tem suas especificidades. No texto, observam-se marcas da norma-padrão que são determinadas pelo veículo em que ele circula, que é a Revista Língua Portuguesa. Entre essas marcas, evidencia-se a) a obediência às normas gramaticais, como a concordância em “um gênero que invade as livrarias”. b) a presença de vocabulário arcaico, como em “há de ter alguma grandeza natural”. c) o predomínio de linguagem figurada, como em “um viço qualquer que o destaque”. d) o emprego de expressões regionais, como em “tem essa pegada”. e) o uso de termos técnicos, como em “grandes títulos do gênero infantil”. OC: Estudo dos aspectos linguísticos da língua portuguesa: usos da língua: norma culta e variação linguística Competência 8, habilidade 25
21. Enem (adaptado) Texto 1 Agora Fabiano conseguia a rranjar as ideia s. O que o segurava era a família. Vivia preso como um novilho amarrado ao mourão, suportando ferro quente. Se não fosse isso, um soldado amarelo não lhe pisava o pé não. (...) Tinha aqueles cambões pendurados ao pescoço. Deveria continuar a arrastá-los? Sinha Vitória dormia mal na cama de varas. Os meninos eram uns brutos, como o pai. ANOTAÇÕES DE SALA
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Quando crescessem, guardariam as reses de um patrão invisível, seriam pisados, maltratados, machucados por um soldado amarelo. Graciliano Ramos. Vidas Secas. São Paulo: Martins, 23. ed., 1969, p. 75.
Texto 2 Para Graciliano, o roceiro pobre é um outro, enigmático, impermeável. Não há solução fácil para uma tentativa de incorporação dessa figura no campo da ficção. É lidando com o impasse, ao invés de fáceis soluções, que Graciliano vai criar Vidas Se cas , elaborando uma linguagem, uma estrutura romanesca, uma constituição de narrador em que narrador e criaturas se tocam, mas não se identificam. Em grande medida, o debate acontece porque, para a intelectualidade brasileira naquele momento, o pobre, a despeito de aparecer idealizado em certos aspectos, ainda é visto como um ser humano de segunda categoria, simples demais, incapaz de ter pensamentos demasiadamente complexos. O que Vidas Secas faz é, com pretenso não envolvimento da voz que controla a narrativa, dar conta de uma riqueza humana de que essas pessoas seriam plenamente capazes. Luís Bueno. Guimarães, Clarice e antes . In: Teresa . São Paulo: USP, n. 2, 2001, p. 254.
No texto 2, verifica-se que o autor utiliza a) linguagem predominantemente formal, para problematizar, na composição de Vidas Secas , a relação entre o escritor e o personagem popular. b) linguagem inovadora, visto que, sem abandonar a linguagem formal, dirige-se diretamente ao leitor. c) linguagem coloquial, para narrar coerentemente uma história que apresenta o roceiro pobre de forma pitoresca. d) linguagem formal com recursos retóricos próprios do texto literário em prosa, para analisar determinado momento da literatura brasileira. e) linguagem regionalista, para transmitir informações sobre literatura, valendo-se de coloquialismo, para facilitar o entendimento do texto. OC: Estudo dos aspectos linguísticos da língua portuguesa: usos da língua: norma culta e variação linguística Competência 8, habilidade 25
20. A Dentre as marcas linguísticas da norma-padrão no texto, pode-se citar a correta concordância no trecho um gênero que invade as livrarias. Nesta habilidade — Os alunos devem saber identificar, em textos de diferentes gêneros, as marcas linguísticas que singularizam as variedades linguísticas sociais, regionais e de registro. Nessa questão, eles precisam reconhecer quais as marcas da norma-padrão que estão presentes no texto. 21. A Nota-se no texto 2 a linguagem predominantemente formal. Não há gírias, termos característicos da linguagem falada ou marcas de linguagem informal. Quanto ao tema, o autor do texto 2 analisa a relação entre o autor da obra e um de seus personagens. Nesta habilidade — Os alunos devem identificar marcas linguísticas de registro próprias de situações formais e informais que caracterizam os diferentes textos. Dessa forma demonstram sua capacidade leitora no sentido de analisar de que maneira o texto se apresenta e quais as marcas que o singularizam. Para ir além — O segundo texto faz parte, como dito na referência da questão, da revista Teresa, publicação do programa de pós-graduação da área de Literatura brasileira do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da USP. Ela se destina a professores e estudantes do curso de Letras e demais estudiosos do assunto. Remeta os alunos a essa referência, com o objetivo de apresentar-lhes como se estrutura um ensaio literário. Como o objetivo do trabalho é verificar as marcas de variação linguística, observ ando seu uso em diferentes contextos, você pode mostrar-lhes esse tipo de produção em contraste com textos que evidenciam registro da oralidade, coloquialismo ou informalidade da língua, a exemplo do texto de Faraco e Mandrick (Português Atual: Leitura e Redação, Vozes, p. 200): Bem, acho que — você sabe — bem, não é fácil dizer essas coisas, mas... Olhe, ele não vai aceitar, quero dizer, acho que ele não vai concordar com a decisão que você — bem — que você foi obrigada a tomar, quero dizer, os fatos levaram você a isso, mas — você sabe — nós sabemos — ele pensa diferente da gente. Eu gostaria que ele aceitasse, mas... É bom a gente pensar como vai fazer para, enfim, para ele entender a decisão.
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Disponível em: . Acesso em: 8 mar. 2013. (Fragmento)
Peça aos alunos que transcrevam esse texto de acordo com as regras da modalidade escrita, em que não aparecem as marcas da oralidade, como repetição, pausas, prolixidade, falta de elementos conectivos etc.
Teste complementar Enem
BROWNE, C. Hagar, o horrível. Jornal O GLOBO, Segundo Caderno. 20 fev. 2009.
A linguagem da tirinha revela a) o uso de expressões linguísticas e vocabulário próprios de épocas antigas. b) o uso de expressões linguísticas inseridas no registro mais formal da língua. c) o caráter coloquial expresso pelo uso do tempo verbal no segundo quadrinho. d) o uso de um vocabulário específico para situações comunicativas de emergência. e) a intenção comunicativa dos personagens: a de estabelecer a hierarquia entre eles. OC: Estudo dos aspectos linguísticos da língua portuguesa: usos da língua: norma culta e variação linguística Competência 8, habilidade 25
C Percebe-se o coloquialismo entre os personagens no emprego do uso do imperfeito do indicativo (tinha) no lugar do imperfeito do subjuntivo (tivesse).
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22. Enem ENQUANTO ISSO, NA AMAZÔNIA, EM 2059
ÁRVORE ERA ASSIM, DESSE JEITO, JUQUINHA... TÁ VENDO???
QUE BARATO, VOVÔ!!!
BESSINHA. Disponível em: . (adaptado).
As diferentes esferas sociais de uso da língua obrigam o falante a adaptá-la às variadas situações de comunicação. Uma das marcas linguísticas que configuram a linguagem oral informal usada entre avô e neto neste texto é a) a opção pelo emprego da forma verbal “era” em lugar de “foi”. b) a ausência de artigo antes da palavra “árvore”. c) o emprego da redução “tá” em lugar da forma verbal “está”. d) o uso da contração “desse” em lugar da expressão “de esse”. e) a utilização do pronome “que” em início de frase exclamativa. OC: Estudo dos aspectos linguísticos da língua portuguesa: usos da língua: norma culta e variação linguística Competência 8, habilidade 25
23. Enem Vera, Sílvia e Emília saíram para passear pela chácara com Irene. — A senhora tem um jardim deslumbrante, dona Irene! — comenta Sílvia, maravilhada diante dos canteiros de rosas e hortênsias. — Para começar, deixe o “senhora” de lado e esqueça o “dona” também — diz Irene, sorrindo. — Já é um custo aguentar a Vera me chamando de “tia” o tempo todo. Meu nome é Irene. Todas sorriem. Irene prossegue: — Agradeço aos elogios para o jardim, só que você vai ter de fazê-los para a Eulália, que é quem cuida das flores. Eu sou um fracasso na jardinagem. BAGNO, M. A língua de Eulália: Novela Sociolinguística. São Paulo: Contexto, 2003 (adaptado).
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Na língua portuguesa, a escolha por “você” ou “senhor(a)” denota o grau de liberdade ou de respeito que deve haver entre os interlocutores. No diálogo apresentado acima, observa-se o emprego dessas formas. A personagem Sílvia emprega a forma “senhora” ao se referir à Irene. Na situação apresentada no texto, o emprego de “senhora” ao se referir à interlocutora ocorre porque Sílvia a) pensa que Irene é a jardineira da casa. b) acredita que Irene gosta de todos que a visitam. c) observa que Irene e Eulália são pessoas que vivem em área rural.
d) deseja expressar por meio de sua fala o fato de sua família conhecer Irene. e) considera que Irene é uma pessoa mais velha, com a qual não tem intimidade. OC: Estudo dos aspectos linguísticos da língua portuguesa: usos da língua: norma culta e variação linguística Competência 8, habilidade 26
24. Enem — A escrita é uma das formas de expressão que as pessoas utilizam para comunicar algo e tem várias finalidades: informar, entreter, convencer, divulgar, descrever. Assim, o conhecimento acerca das variedades linguísticas sociais, regionais e de registro torna-se necessário para que se use a língua nas mais diversas situações comunicativas. Considerando as informações acima, imagine que você está à procura de um emprego e encontrou duas empresas que precisam de novos funcionários. Uma delas exige uma carta de solicitação de emprego. Ao redigi-la, você a) fará uso da linguagem metafórica. b) apresentará elementos não verbais. c) utilizará o registro informal. d) evidenciará a norma-padrão. e) fará uso de gírias.
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OC: Estudo dos aspectos linguísticos da língua portuguesa: usos da língua: norma culta e variação linguística Competência 8, habilidade 27
25. Enem Gerente — Boa tarde. Em que eu posso ajudá-lo? Cliente — Estou interessado em financiamento para compra de veículo. Gerente — Nós dispomos de várias modalidades de crédito. O senhor é nosso cliente? Cliente — Sou Júlio César Fontoura, também sou funcionário do banco. Gerente — Julinho, é você, cara? Aqui é a Helena! Cê tá em Brasília? Pensei que você inda tivesse na agência de Uberlândia! Passa aqui pra gente conversar com calma. BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna. São Paulo: Parábola, 2004 (adaptado).
Na representação escrita da conversa telefônica entre a gerente do banco e o cliente, observa-se que a maneira de falar da gerente foi alterada de repente devido a) à adequação de sua fala à conversa com um amigo, caracterizada pela informalidade. b) à iniciativa do cliente em se apresentar como funcionário do banco. c) ao fato de ambos terem nascido em Uberlândia (Minas Gerais). d) à intimidade forçada pelo cliente ao fornecer seu nome completo. e) ao seu interesse profissional em financiar o veículo de Júlio. OC: Estudo dos aspectos linguísticos da língua portuguesa: usos da língua: norma culta e variação linguística Competência 8, habilidade 25
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22. C Alterações nas formas das palavras visando à simplificação são comuns na linguagem oral em situações informais, sendo tá usado no lugar de está, redução típica do coloquialismo brasileiro, aceitável em contextos como o apresentado, especialmente pela relação familiar entre os interlocutores. Nesta habilidade — Os alunos devem ter conhecimento da diversidade linguística: variantes regionais, formais, informais, históricas, de faixa etária, linguajar técnico, padrões na escrita. Devem entender que não existe erro em língua e, sim, variação e mudança. Cabe discutir sobre os valores sociais atribuídos a cada variante e conscientizar os alunos de que sua produção linguística, oral ou escrita, está sempre sujeita a uma variação social positiva ou negativa. O ensino de língua pautado em seus contextos de uso é o que o Enem privilegia em suas provas e, por isso, a necessidade de priorizar um ensino de língua que vá além da memorização das regras gramaticais. 23. E A escolha por senhora se dá pelo fato de Sílvia ser mais nova e respeitar Irene. Além disso pressupõe-se que não haja intimidade entre as personagens. Nesta habilidade — Exige-se que os alunos consigam relacionar determinados modos de falar/escrev er a certos contextos de comunicação. Em situações comunicativas informais, como é o caso da descrita no trecho reproduzido, os falantes precisam adequar sua linguagem lavando em consideraç ão seu interlocutor e o contexto em que essa comunicação ocorre. Os alunos devem saber como se relacionam as variedades linguísticas e como se efetivam suas situações de uso social. Para ir além — Nesse caso vale um estudo sobre quais outras formas de tratam ento equivalem à formalidade, a exemplo dos pronomes de tratamento, bem como a etimologia do pronome você: Vossa Mercê > vossemecê > vosmecê > vosm’cê > voscê > você > ocê > cê. São curiosidades da variante histórica a que todos estamos expostos. Biblioteca — FARACO, Carlos Alberto. O Tratamento Você em Português : uma Abordagem Histórica. 13. ed. Curitiba: UFPR, 1996. p. 51-82.
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24. D Assim como numa entrevista de emprego, que exige o uso de linguagem formal, a escrita de uma carta com a mesma finalidade deve empregar a norma-padrão da língua, atentando-se às regras gramaticais, grau de formalismo em sua escrita, ausência de gírias e marcas da modalidade oral da língua. Nesta habilidade — Exige-se dos alunos o reconhecimento de que o uso da norma-padrão da língua portuguesa deve ser privilegiado em determinadas situações de comunicação. Eles precisam saber que um indivíduo linguisticamente competente é aquele capaz de “transitar” nos mais diversos contextos de comunicação, compreendendo e fazendo-se entender por meio do uso adequado das diferentes variedades da língua escrita ou falada. 25. A No início da conversa, percebemos o tom formal com o qual a gerente e a pessoa interessada em financiamento se comunicam. No momento em que o cliente diz seu nome e se apresenta como funcionário do banco, a gerente imediatamente o identifica como seu amigo, adequando a linguagem ao interlocutor e alterando o tom distante e formal da negociação que faziam para um tom coloquial e descontraído. Nesta habilidade — Os alunos devem ser capazes de considerar a adequação dos graus de formalidade e informalidade de acordo com o contexto. Muitos fatores podem determinar o uso de linguagem mais formal ou informal: ambiente, assunto, intenção, situação, interlocutor, entre outros. Nesse caso, a súbita alteração da linguagem da gerente foi provocada apenas pela identificação do interlocutor, pois os demais fatores contextuais não sofreram alteração. Para evidenciar o grau do uso de informalidade no tratamento interpessoal, mostre-lhes, por exemplo, o uso de pra gente substituindo para nós , senhor trocado por você e cê, a forma verbal tivesse no lugar de estivesse, o uso de gíria etc. Assim, os alunos desenvolvem a habilidade necessária quanto ao uso das regras variáveis formais e informais da língua em funcionamento, ou seja, nos contextos de uso.
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26. UEL-PR Adapte-se ao nível de formalidade Quando um e-mail é enviado e m substituição a um bilhete, a linguagem usada pode ter maior grau de informalidade. Nesses casos, ele aproxima-se da fala, embora seja importante considerar que a mensagem será lida. Um dos problemas comunicacionais advém de o redator escrever como se falasse despreocupadamente, com frases mal organizadas e sem clareza. Mesmo que o texto tenda à informalidade, devem-se evitar erros que comprometam a imagem do redator e da instituição que ele representa. Quando o meio eletrônico substitui memorando ou comunicado interno, a formalidade aumenta, tendo em conta o conteúdo e o destinatário. Aí é preciso considerar as características da redação empresarial, que se renovou nestes anos. Tropeços são mais facilmente evitados quando se tem o hábito de leitura de textos bem escritos. Como redação empresarial demanda rapidez, convém redobrar a leitura não só de livros de sua área , pois isso facilitará a redação coesa e coerente. (NÓBREGA, M. H. da. Revista Língua Portuguesa. Segmento, ano III, n. 33. jul. 2008. p. 40-41.)
De acordo com o texto, é correto afirmar. a) Nos dias atuais, a imagem de uma empresa é determinada pelo nível mais alto de formalidade de sua comunicação interna. b) Marcas da oralidade em e-mails empresariais acarretam erros gramaticais próprios dos bilhetes. c) Em determinadas situações, a correspondência por e-mail deve ser cuidada e correta. d) A redação coesa e coerente é aquela que tem maior grau de informalidade. e) Dado o seu caráter conservador, a redação empresarial prioriza o conteúdo em detrimento de quem vai ler o texto. OC: Estudo dos aspectos linguísticos da língua portuguesa: usos da língua: norma culta e variação linguística Competência 8, habilidade 27
27. Enem
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Disponível em: . Acesso em: 26 jul. 2010 (adaptado).
O anúncio publicitário está intimamente ligado ao ideário de consumo quando sua função é vender um produto. No texto apresentado, utilizam-se elementos linguísticos e extralinguísticos para divulgar a atração “Noites do Terror”, de um parque de diversões. O entendimento da propaganda requer do leitor a) a identificação com o público-alvo a que se destina o anúncio. b) a avaliação da imagem como uma sátira às atrações de terror. c) a atenção para a imagem da parte do corpo humano selecionada aleatoriamente. d) o reconhecimento do intertexto entre a publicidade e um dito popular. e) a percepção do sentido literal da expressão “noites do terror”, equivalente à expressão “noites de terror”. OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos: recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 7, habilidade 21
28. Enem É água que não acaba mais Dados preliminares divulgados por pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) apontaram o Aquífero Alter do Chão como o maior depósito de água potável do planeta. Com volume estimado em 86 000 quilômetros cúbicos de água doce, a reserva subterrânea está localizada sob os estados do Amazonas, Pará e Amapá. “Essa quantidade de água seria suficiente para abastecer a população mundial durante 500 anos”, diz Milton Matta, geólogo da UFPA. Em termos comparativos, Alte r do C hão tem quase o d obro do volu me de água do Aquífero Guarani (com 45 000 quilômetros cúbicos). Até então, Guarani era a maior reserva subterrânea do mundo, distribuída por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Época. nº. 623, 26 abr. 2010.
Essa notícia, publicada em uma revista de grande circulação, apresenta resultados de uma pesquisa científica realizada por uma universidade brasileira. Nessa situação específica de comunicação, a função referencial da linguagem predomina, porque o autor do texto prioriza a) as suas opiniões, baseadas em fatos. b) os aspectos objetivos e precisos. c) os elementos de persuasão do leitor. d) os elementos estéticos na construção do texto. e) os aspectos subjetivos da mencionada pesquisa. OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos: recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 6, habilidade 19
26. C O autor argumenta que, dependendo do contexto, o e-mail deve ser escrito de acordo com a norma-padrão, exigindo-se do autor boa prática de escrita e conhecimentos sobre regras de gramática. Assim, infere-se que o grau de formalidade não é definido pelo suporte em que o texto é veiculado, mas por seu interlocutor e pelo contexto comunicacional em que está inserido. Nesta habilidade — Os alunos precisam entender que, em diversos contextos, a norma-padrão da língua deve ser privilegiada, buscando-se adequar o uso da língua à situação. Em ocasiões de maior formalidade, como a elaboração de memorandos e comunicados internos, o autor do texto deve atentar-se para o conteúdo e o destinatário da mensagem. No ambiente empresarial, essa adequação se faz necessária, pois é um contexto que exige maior grau de formalidade, tanto na modalidade da oral como na escrita. 27. D Nesse anúncio publicitário foi estabelecida relação de intertextualidade com um dos mais conhecidos ditados populares de nosso país: Quem é vivo sempre aparece. A frase Quem é morto sempre aparece, além de ser impactante por seu caráter inusitado, usa um jogo de contrários estabelecido em morto x vivo. Ao observar que a atração anunciada pela propaganda é Noites de terror , infere-se que haverá no parque personagens vestidos de mortos-vivos, ou seja, que os mortos aparecerão. Nesta habilidade — Exige-se que os alunos identifiquem relações de intertextualidade — e compreendam seu uso como recurso linguístico. A intertextualidade compreende diversos modos pelos quais o sentido de determinado texto dependa do conhecimento de outros textos por parte dos interlocutores, ou seja, refere-se aos fatores que fazem a compreensão de um texto dependente de um ou mais existentes. Os estudantes devem reconhecer que os diferentes gêneros pressupõem uma estrutura textual constituída de text os verbais e não verbais, que podem est ar separados ou em conjunto. Muito comum em propagandas, essa combinação de elementos linguísticos verbais e não verbais é usada a fim de lançar uma ideia ou um produto e convencer o leitor a tomar novas atitudes, com mudança de hábito e comportamento. No anúncio em questão, essa combinação de recursos é bastante elaborada, a começar pela intertextualidade da frase com o ditado popular. Ao observar a imagem da propaganda, notam-se dois pés com uma ficha presa a um dos dedos, que contém o nome da atração do parque. Nessa imagem, tem-se a ideia de que os pés são de uma pessoa morta, o que pode ser inferido levando em conta o ângulo da foto, que se pressupõe ser de um indivíduo deitado. Para ir além — Comente com os alunos os diversos tipos de intertextualidade: De conteúdo — acontece, por exemplo, entre textos científico s da mesma área ou corrente do conhecimento, que compartilham conceitos e linguagem comuns; entre matérias de jornais; entre obras literárias. De forma/conteúdo — ocorre quando o autor de determinado texto imita ou parodia, levando em conta efeitos específicos, estilos, registros ou variedades de uma língua, como ao se reproduzir a linguagem bíblica. Explícita — existe quando há citação da fonte do intertexto, como acontece em discursos relatados, citações e referências, resumos, resenhas e traduções. Implícita — acontece quando não há citação da fonte, cabendo ao interlocutor recuperá-la na memória para construir o sentido do texto, como em alusões, paródias, certos tipos de paráfrase e ironia.
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28. B Ao divulgar resultados da pesquisa, há o uso predominante da função referencial da linguagem, cujo objetivo é informar os leitores. Para isso, o autor utiliza dados de estudos científicos, priorizando aspectos objetivos e precisos. Nesta habilidade — Exige-se dos alunos o entendimento de que, dependendo do gênero textual, do objetivo do texto, da ênfase que se quer dar à comunicação, o uso da língua pode ser feito com diferentes funções, dentre elas emotiva, apelativa, referencial, fática, poética, metalinguística, além da junção de algumas delas.
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29. Enem
Lembre-se: palavra preciosa é palavra dita na hora certa. Isso ajuda também na vida amorosa, que será testada. Melhor conter as expectativas e ter calma, avaliando as próprias carências de modo maduro. Sentirá vontade de olhar além das questões materiais — sua confiança virá da intimidade com os assuntos da alma.
Disponível em: . Acesso em: 3 set. 2010.
Disponível em: . Acesso em: 3 set. 2010.
Todo texto apresenta uma intenção, da qual derivam as escolhas linguísticas que o compõem. O texto da campanha publicitária e o da charge apresentam, respectivamente, composição textual pautada por uma estratégia a) expositiva, porque informa determinado assunto de modo isento; e interativa, porque apresenta intercâmbio verbal entre dois personagens. b) descritiva, pois descreve ações necessárias ao combate à dengue; e narrativa, pois um dos personagens conta um fato, um acontecimento. c) injuntiva, uma vez que, por meio do cartaz, diz como se deve combater a dengue; e dialogal , porque estabelece uma interação oral. d) narrativa , visto que apresenta relato de ações a serem realizadas; e descritiva, pois um dos personagens descreve a ação realizada. e) persuasiva, com o propósito de convencer o interlocutor a combater a dengue; e dialogal , pois há a interação oral entre os personagens. OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos: recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 7, habilidade 21
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30. Enem Câncer 21/06 a 21/07 O eclipse em seu signo vai desencadear mudanças na sua a utoestima e no seu modo de agir. O corpo indicará onde você falha — se anda engolindo sapos, a área gástrica se ressentirá. O que ficou guardado virá à tona para ser transformado, pois este novo ciclo exige uma “desintoxicação”. Seja comedida em suas ações, já que precisará de energia para se recompor. Há preocupação com a família, e a comunicação entre os irmãos trava.
Revista Cláudia. N°. 7, ano 48, jul. 2009.
O reconhecimento dos diferentes gêneros textuais, seu contexto de uso, sua função social específica, seu objetivo comunicativo e seu formato mais comum relacionam-se aos conhecimentos construídos socioculturalmente. A análise dos elementos constitutivos desse texto demonstra que sua função é a) vender um produto anunciado. b) informar sobre astronomia. c) ensinar os cuidados com a saúde. d) expor a opinião de leitores em um jornal. e) aconselhar sobre amor, família, saúde, trabalho.
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OC: Estudo do texto: as sequências discursivas e os gêneros textuais no sistema de comunicação e informação Competência 7, habilidade 21
31. Enem La Vie en Rose
ITURRUSGARAI, A. La Vie en Rose. Folha de S.Paulo , 11 ago. 2007.
Os quadrinhos exemplificam que as Histórias em Quadrinhos constituem um gênero textual a) em que a imagem pouco contribui para facilitar a interpretação da mensagem contida no texto, como pode ser constatado no primeiro quadrinho. b) cuja linguagem se caracteriza por ser rápida e clara, que facilita a compreensão, como se percebe na fala do segundo quadrinho: “
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<SCRIPT>”. c) em que o uso de letras com espessuras diversas está ligado a sentimentos expressos pelos personagens, como pode ser percebido no último quadrinho. d) que possui em seu texto escrito características próximas a uma conversação face a face, como pode ser percebido no segundo quadrinho. e) em que a localização casual dos balões nos quadrinhos expressa com clareza a sucessão cronológica da história, como pode ser percebido no segundo quadrinho. OC: Estudo do texto: as sequências discursivas e os gêneros textuais no sistema de comunicação e informação Competência 6, habilidade 18
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29. E As estratégias usadas na campanha publicitária e no cartum são, respectivamente, persuasiva, cujo objetivo é convencer o interlocutor da importância de se combater a dengue, e dialogal, por apresentar interação oral entre os dois personagens. Nesta habilidade — Os alunos precisam reconhecer estruturas características dos gêneros e tipos de textos. No caso da campanha publicitária, seus elaboradores utilizaram estratégias persuasivas, por meio de linguagem verbal ou não verbal, cujo objetivo é convencer o leitor de algo — seja adquirir um produto, seja aderir a uma ideia, com mudança de hábito e comportamento. Faça os alunos perceberem a incitação na frase O combate não pode parar , no intuito de reforçar as campanhas já veiculadas a respeito dos cuidados para se evitar a proliferação da dengue; o aviso bastante enfático Dengue mata, com objetivo de impactar o leitor sobre os perigos da doença; e a presença dos verbos no imperativo, recurso maciçamente usado na linguagem publicitária. No cartum, por sua vez, existe a estratégia dialogal, uma vez que o diálogo faz parte da estrutura desse gênero textual. Para ir além — Uma alternativa de trabalho producente é proporcionar aos alunos uma pesquisa a respeito de diferentes campanhas publicitárias — dos setores público ou privado — que estão ocorrendo no Brasil. Chame a atenção no sentido de analisarem a linguagem nelas utilizada: de que forma a gramática se apresenta, se levam em consideração o modo imperativo do verbo, se têm adequação à norma culta ou fazem adequação aos registros informais, para garantir maior comunicabilidade e convencimento. Isso pode s er aplicado também no gênero cartum. Os alunos podem pesquisar a respeito da singularidade que o diferencia dos gêneros tira e HQ, trazendo para a sala exemplos dos cartuns mais recentes que circulam tanto na internet quanto em jornais e revistas impressos. 30. E Aconselhamento existencial é função típica das colunas de astrologia (horóscopo), frequentes na imprensa. No texto é feito um alerta aos cancerianos sobre os perigos de uma fase que vão viver, dando-lhes conselhos para enfrentá-la. Nesta habilidade — Os alunos devem ter domínio da leitura. Explore o estudo de diferentes textos, fornecendo-lhes instrumentos necessários para buscar, analisar, selecionar, relacionar e organizar informações do mundo contemporâneo. Ou seja, capacite-os a analisar um text o de acordo com o que diz, como diz, para quem diz, com qual objetivo. Isso ajuda os alunos a entender os propósitos da leitura. Nesse sentido, auxiliamos os estudantes a ler diversos gêneros de textos e diferentes tipologias textuais que circulam socialmente, o que faz desenvolverem a competência leitora. 31. D O aluno deve estar atento para o estudo do gênero histórias em quadrinhos e não ao suporte do computador aludido pelo uso de uma linguagem da internet. Portanto, a história em quadrinhos é um gênero textual próprio da modalidade escrita, porém, como os balões de fala representam diálogo oral entre personagens, é comum que neles seja usada linguagem própria da oralidade, considerando o contexto da história, o que fica evidente no segundo quadrinho. Nesta habilidade — Para cumprir determinada função textual, os alunos precisam reconhecer estruturas características dos gêneros e tipos de textos. Nessa atividade, devem identificar os elementos que constituem o gênero textual história em quadrinhos e perceber que a narrativa se constitui pelo uso de imagens e falas dos personagens, numa conversa interativa, normalmente apresentada fazendo uso de balões. O contato com HQ é muito utilizado nas provas do Enem. Nessa questão é analisada uma das características estruturais do gênero, portanto seria interessante analisar com os alunos como ele se constitui, qual a diferença entre tira e história em quadrinhos, cartum ou charge. Para ir além — Exponha aos alunos algumas considerações feitas pela mestra em linguística aplicada Elyssa Soares Marinho a respeito das características da linguagem presentes no gênero textual HQ, em seu artigo História em quadrinhos: a oralidade em construção. As Histórias em Quadrinhos constituem um gênero discursivo secundário que, para Bakhtin (1993), aparecem em circunstâncias de comunicação cultural na forma escrita e que, muitas vezes em função do enredo desenvolvido, englobam os gêneros discursivos primários correspondentes a circunstâncias de comunicação verbal espontânea. Outra característica é o fato de que, segundo Assis (2002), os gêneros produzidos na interface oral/escrita são necessariamente secundários, como é o caso das HQs. De acordo com Eguti (2001), os quadrinhos têm como objetivo principal a narração de fatos procurando reproduzir uma conversação natural, na qual os personagens interagem face a face, expressando-se por palavras e expressões faciais e corporais. Todo o conjunto do quadrinho é responsável pela transmissão do contexto enunciativo ao leitor. Assim como na literatura, o contexto é obtido por meio de descrições detalhadas através da palavra escrita. Nas HQs, esse contexto é fruto da dicotomia verbal/não verbal, na qual tanto os desenhos quanto as palavras são necessários ao entendimento da história. Biblioteca — EGUTI, Claricia Akemi. A Representatividade da Oralidade nas Histórias em Quadrinhos . São Paulo: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. USP, 2001. Dissertação de Mestrado.
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32. Enem Machado de Assis Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839. Filho de um operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, e de D. Maria Leopoldina Machado de Assis, aquele que viria a tornar-se o maior escritor do país e um mestre da língua perde a mãe muito cedo e é criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se dedica ao menino e o matricula na escola pública, única que frequentou o autodidata Machado de Assis. Disponível em:
. Acesso em: 1 maio 2009.
Considerando os seus conhecimentos sobre os gêneros textuais, o texto citado constitui-se de a) fatos ficcionais, relacionados a outros de caráter realista, relativos à vida de um renomado escritor. b) representações generalizadas acerca da vida de membros da sociedade por seus trabalhos e vida cotidiana. c) explicações da vida de um renomado escritor, com estrutura argumentativa, destacando como tema seus principais feitos. d) questões controversas e fatos diversos da vida de personalidade histórica, ressaltando sua intimidade familiar em detrimento de seus feitos públicos. e) apresentação da vida de uma personalidade, organizada sobretudo pela ordem tipológica da narração, com um estilo marcado por linguagem objetiva. OC : Estudo do texto: as sequências discursivas e os gêneros textuais no sistema de comunicação e informação Competência 6, habilidade 18 ANOTAÇÕES DE SALA
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33. Enem Em Touro Indomável, que a cinemateca lança nesta semana nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, a dor maior e a violência verdadeira vêm dos demônios de La Motta — que fizeram dele tanto um astro do ringue como um homem fadado à destruição. Dirigida como um senso vertiginoso do destino de seu personagem, essa obra-prima de Martin Scorcese é daqueles filmes que falam à perfeição de seu tema (o boxe) para então transcendê-lo e tratar do que importa: aquilo que faz dos seres humanos apenas isso mesmo, humanos e tremendamente imperfeitos. Revista Veja. 18 fev., 2009 (adaptado).
Ao escolher este gênero textual, o produtor do texto objetivou a) construir uma apreciação irônica do filme. b) evidenciar argumentos contrários ao filme de Scorcese. c) elaborar uma narrativa com descrição de tipos literários. d) apresentar ao leitor um painel da obra e se posicionar criticamente. e) afirmar que o filme transcende o seu objetivo inicial e, por isso, perde sua qualidade. OC: Estudo do texto: as sequências discursivas e os gêneros textuais no sistema de comunicação e informação Competência 7, habilidade 23
32. E O texto apresenta a biografia de Machado de Assis, encadeando informações de maneira cronológica: seu nascimento, perda da mãe, criação pela madrasta e a matrícula na escola pública, o que determina as características da tipologia narrativa. Apesar da adjetivação marcada pelo trecho aquele que viria a tornar-se o maior escritor do país e um mestre da língua, remetendo a impressões pessoais do autor, a linguagem da biografia é marcada pela objetividade, pois os enunciados foram elaborados para citar as informações sobre a vida de Machado. Nesta habilidade — Os alunos devem saber a diferença entre gênero e tipologia textual, especificamente como se constrói a tipologia narrativa dentro da biografia. Luiz Antônio Marcuschi (UFPE) defende o trabalho com textos na escola com base na abordagem do gênero textual, embora classifique o texto de acordo com as tipologias: narração, descrição, dissertação ou exposição, informação e injunção. Segundo o autor, diferentes gêneros apresentam sequências narrativas. Ele atesta que a carta pessoal é gênero textual, mas que pode apresentar na sequência discursiva a tipologia narrativa ao contar uma ação acontecida, por exemplo. Explique aos alunos as características de cada tipologia e como seu uso pode ser visto em diferentes gêneros. Biblioteca — Essa discussão pode ser aprofundada nas referências: MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros Textuais: Definição e Funcionalidade. In: DIONÍSIO, Ângela Paiva et al. Gêneros Textuais & Ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002. TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Tipelementos e a Construção de uma Teoria Tipológica Geral de Textos . Mimeo, 2002. 33. D O autor apresenta breves noções a respeito da obra e manifesta seu posicionamento crítico — no caso, favorável — para o leitor. As noções a respeito da obra estão no decorrer do texto e servem como referência de identificação, por exemplo: Título do filme: Touro Indomável Diretor: Martin Scorcese Tema: Boxe Protagonista: La Motta, um boxeador. Já os recursos linguísticos usados para expressar a opinião do autor ficam evidentes nos trechos Dirigida como um senso vertiginoso do destino de seu personagem; obra-prima; é daqueles filmes que falam à perfeição de seu tema. Nesta habilidade — Os alunos devem ter tido contato com a escrita e leitura de resenhas. Desenvolva esse trabalho mostrando-lhes outros exemplos desse gênero textual que, a exemplo do texto da questão, revelam um autor que conhece o assunto a ser tratado de maneira crítica, entendida aqui no sentido de comentário, análise ou apreciação. Se possível, disponibilize resenhas que expressem opiniões adversas a respeito do mesmo filme e peça que identifiquem os recursos linguísticos que revelam o posicionamento do autor de cada uma delas. Para ir além — A respeito do gênero textual resenha, apresente aos alunos a conceituação de Sérgio Roberto Costa, no livro Dicionário de Gêneros Textuais. Resenha : breve comentário crítico ou uma avaliação de uma obra que deve conter o assunto e como ele é abordado e tratado, a organização, a ilustração, se houver etc. Uma resenha ou recensão crítica deve ser feita levando-se em consideração os conhecimentos prévios sobre o assunto, se há alguma característica especial, como a obra foi escrita (estilo), se tem alguma utilidade para o leitor, se há similaridade com outra(s) obra(s) do autor ou de outro(s) autor(es). Nesse sentido, a produção de resenha implica atividades de leitura, interpretação e resumo prévios e um posicionamento em face de uma questão potencialmente controversa que exigirá uma boa sustentação argumentativa em favor do ponto de vista defendido, já que haverá leitores que não comungam com a mesma tese.
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COSTA, Sérgio Roberto. Dicionário de Gêneros Textuais. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2009. p. 179. (Fragmento)
Tecnologia — No portal os alunos encontram animações sobre o gênero resenha.
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34. No texto de Drummond a seguir, o autor se despede dos leitores ao resolver parar de escrever crônicas para jor nais. Leia-o e responda à questão. Ciao (...) Nasceu (...), na velha Belo H orizonte dos anos 20, um cronista que ainda hoje, com a graça de Deus e com ou sem assunto, comete as suas croniquices. Comete é tempo errado de verbo. Melhor dizer: cometia. Pois chegou o momento deste contumaz rabiscador de letras pendurar as chuteiras (que na prática jamais calçou) e dizer aos leitores um ciao-adeus sem melancolia, mas oportuno. (...) Procurou extrair de cada coisa não uma li ção, mas um traço que comovesse ou distraísse o lei tor, fazendo-o sorrir, se não do acontecimento, pelo menos do próprio cronista, que às vezes se torna cro nista do seu umbigo, ironizando-se a si mesmo antes que outros o façam. Crônica tem essa vantagem: não obriga ao paletó e gravata do editorialista, forçado a definir uma posição correta diante dos grandes problemas; não exige de quem a faz o nervosismo saltitante do repórter, responsável pela apuração do fato na hora mesma em que ele acontece; dispensa a especialização suada em economia, finanças, política nacional e internacional, esporte, religião e o mais que ima ginar se possa. (...) O que lhe pedimos é uma espécie de loucura mansa, que desenvolva determinado ponto de vista nã o ortodoxo e não trivial e desperte em nós a inclinação pa ra o jogo da fantasia, o ab surdo e a vadiação de e spírito. Claro que ele deve ser um cara confiável, ainda na divagação. Não se compreende, ou não compreendo, cronista faccioso, que sirva a interesse pessoal ou de grupo, porque a crônica é território livre da imaginação, empenha da em circular entre os acontecimentos do dia, sem procurar influir neles. Fazer mais do que isso seria pretensão descabida de sua parte. Ele sabe que seu prazo de atuação é limitado: minutos no café da manhã ou à espera do coletivo. (...) Foi o que esse outrora-rapaz fez ou tentou fazer em mais de seis décadas. (...) Em certo perí odo, consagrou mais tempo a tarefas burocráticas do que ao jornalismo, porém jamais deixou de ser homem de jornal, leitor implacável de jornais, inte ressado em seguir não apenas o desdobrar das notícias como as diferentes maneiras de apresentá-las ao público. Uma página bem diagramada causava-lhe prazer estético; a charge, a foto, a reportagem, a legenda bem feitas, o estilo particular de cada diário ou revista eram para ele (e são) motivos de alegria profissional. (...) A duas grandes casas do jornalismo brasileiro ele se orgulha de ter pertencido — o extinto Correio da Manhã (...) e o Jornal do Brasil (...). Quinze anos de atividade no primeiro e mais 15, atuais, no segundo, alimentarão as melhores lembran ças do velho jornalista. E é por admitir esta noção de velho, consciente e alegremente, que ele hoje se despede da crônica (...) Aos leitores, gratidão, essa palavra-tudo.
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ANDRADE, Carlos Drummond de. Ciao. Jornal do Brasil , São Paulo, 29 set. 1984.
Vocabulário Faccioso: parcial. Diagramar : fazer a diagramação (projeto gráfico). Divagação: desvio do assunto ou tema de conversa. Ortodoxo : que segue qualquer doutrina estabelecida. Outrora : antigamente, noutro tempo. Trivial: que é sabido de todos; comum, vulgar. Drummond discorre sobre a estrutura e os temas da crônica, comparando-a com outros tipos de texto. Baseando-se nas considerações do autor, assinale a alter nativa correta. a) Como é sempre publicada em jornais, da crônica espera-se que dê conta de falar dos fatos recen tes, sendo parecida, nesse sentido, com a reportagem jornalística. b) Como o cronista fala sobre aspectos de diferen tes áreas, é exigida dele a superespecialização, ou seja, conhecer com profundidade todos os temas tratados. c) Por expressar opinião pessoal, a crônica nunca deixa de ser parcial, convencendo o leitor a aceitar os pontos de vista defendidos pelo autor. d) O objetivo maior da crônica é dar opções para mudar os fatos narrados, fazendo com que melhores tipos de comportamento tenham lugar na sociedade. e) Escrita de forma livre, a crônica toma como tema fatos cotidianos ou a vida do autor, buscando comover ou distrair o leitor e dando ensejo a devaneios imaginativos. 0 5
OC: Estudo do texto: as sequências discursivas e os gêneros textuais no sistema de comunicação e informação Competência 6, habilidade 18 ANOTAÇÕES DE SALA
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34. E Os terceiro e quarto parágrafos comentam o modo de escr ita aplicado no gênero textual crônica, que dispensa a rigidez exigida, por exemplo, no gênero editorial . Os temas tratados na crônica são de ordem cotidiana, acontecimentos do dia a dia, em geral apresentados para comover ou distrair seus leitores. No entanto, vale ressaltar que, embora sua temática gire em torno de temas corriqueiros, do cotidiano comum, e a linguagem usada seja, em geral, mais informal, por vezes até despojada, a crônica é um gênero que costuma levar seus leitores a construir reflexões sobre os temas tratados ou a respeito de assuntos que vão além deles. Nesta habilidade — Conhecimentos prévios a respeito do gênero textual crônica podem servir para que se assinale a alternativa correta. Já se espera que os alunos tenham noções básicas sobre esse gênero — bastante trabalhado em livros didáticos e no ambiente escolar. No entanto, a própria leitura do texto de Drummond subsidia os alunos para que respondam corretamente à pergunta. Atenção a trechos como porque a crônica é território livre da imaginação, empenhada em circular entre os acontecimentos do dia, já direciona os alunos para a alternativa certa. Para ir além — Apresente aos alunos um trecho da definição dada para o gênero crônica por Sérgio Roberto Costa: A crônica é o único gênero literário produzido essencialmente para ser veiculado na imprensa, seja nas páginas de uma revista, seja nas de um jornal. Quer dizer, ela é feita com uma finalidade utilitária e predeterminada: agradar aos leitores dentro de um espaço sempre igual e com a mesma localização, criando-se assim, no transcurso dos dias ou das semanas, uma familiaridade entre o escritor e aqueles que o leem. Fernando Sabino diz que a crônica é algo para ser lido enquanto se toma o café da manhã, pois ela “busca o pitoresco ou o irrisório no cotidiano de cada um”. COSTA, Sérgio Roberto. Dicionário de Gêneros Textuais. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2009. p. 80.
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Biblioteca — Indique leitura de texto de Heloísa Amaral a respeito do gênero crônica. Confira reprodução de um fragmento dele. O gênero textual crônica A palavra crônica, em sua origem, está associada à palavra grega khrónos, que significa tempo. De khrónos veio chronikós, que quer dizer relacionado ao tempo . No latim existia a palavra chronica, para designar o gênero que fazia o registro dos acontecimentos históricos, verídicos, numa sequência cronológica, sem um aprofundamento ou interpretação dos fatos. Como se comprova pela origem de seu nome, a crônica é um gênero textual que existe desde a Idade Antiga e vem se transformando ao longo do tempo. Justificando o nome do gênero que escreviam, os primeiros cronistas relatavam, principalmente, aqueles acontecimentos históricos relacionados a pessoas mais importantes, como reis, imperadores, generais etc. A crônica contemporânea é um gênero que se consolidou por volta do século XIX, com a implantação da imprensa em praticamente todas as partes do planeta. A partir dessa época, os cronistas, além de fazerem o relato em ordem cronológica dos grandes acontecimentos históricos, também passaram a registrar a vida social, a política, os costumes e o cotidiano do seu tempo, publicando seus escritos em revistas, jornais e folhetins. Ou seja, de um modo geral, importantes escritores começam a usar as crônicas para registrar, de modo ora mais literário, ora mais jornalístico, os acontecimentos cotidianos de sua época, publicando-as em veículos de grande circulação. Os autores que escrevem crônicas como gênero literário, recriam os fatos que relatam e escrevem de um ponto de vista pessoal, buscando atingir a sensibilidade de seus leitores. As que têm esse tom chegam a se confundir com contos. Embora apresente característica de literatura, o gênero também apresenta características jornalísticas: por relatar o cotidiano de modo conciso e de serem publicadas em jornais, as crônicas têm existência breve, isto é, interessam aos leitores que podem partilhar esses fatos com os autores por terem vivido experiências semelhantes. As características atuais do gênero, porém, não estão ligadas somente ao desenvolvimento da imprensa. Também estão intimamente relacionadas às transformações sociais e à valorização da história social, isto é, da história que considera importantes os movimentos de todas as classes sociais e não só os das grandes figuras políticas ou militares. No registro da história social, assim como na escrita das crônicas, um dos objetivos é mostrar a grandiosidade e a singularidade dos acontecimentos miúdos do cotidiano. AMARAL, Heloísa. Almanaq ue na Po nta do Lá pis nº. 10. Disponível em: . Acesso em: 13 mar. 2013.
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35. UEL-PR Esta entrevista aconteceu em julho de 1966, em conversa que mantive com Borges em seu escritório na Biblioteca Nacional, da qual ele era diretor. O ambiente, que ev oca uma Argentina mais antiga, não era realmente o de um escritório, mas uma ampla e ornamentada sala, com pé-direito alto, na biblioteca recém-renovada. Nas paredes — mas altos demais para serem lidos com facilidade, como se pendurados com timidez — estavam vá rios certificados acadêmicos e menções literárias. Havia também várias águas-fortes de Piranesi, recordando a fantástica ruína piranesiana no conto de Borges “O imortal”. Acima da lareira havia um grande retrato. Quando perguntei à secretária de Borges, sra. Susana Quinteros, a respeito do retrato, ela respondeu num eco adequado, ainda que não intencional, de um tema borgiano: “No importa. É uma reprodução de outra pintura”.
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Veja, 8 jul. 2009. Fragmentos de texto publicitário do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente.
Com base nos conhecimentos sobre o tema, é possível afirmar que o texto é predominantemente a) narrativo, já que busca relatar a experiência que o jornalista viveu. b) argumentativo, uma vez que se apresenta por meio de raciocínio lógico. c) preditivo, desenvolvido para permitir ao leitor que preveja como será a entrevista. d) dissertativo, iniciando-se com referência de tempo e espaço. e) descritivo, pois o jornalista tenta recriar para o leitor o espaço que visitou.
Na comparação dos textos, observa-se que a) o texto I apresenta um alerta a respeito do efeito da reciclagem de materiais plásticos; o texto II justifica o uso desse material reciclado. b) o texto I tem como objetivo precípuo apresentar a versatilidade e as vantagens do uso do plástico na contemporaneidade; o texto II objetiva alertar os consumidores sobre os problemas ambientais decorrentes de embalagens plásticas não recicladas. c) o texto I expõe vantagens, sem qualquer ressalva, do uso do plástico; o texto II busca convencer o leitor a evitar o uso de embalagens plásticas. d) o texto I ilustra o posicionamento de fabricantes de embalagens plásticas, mostrando por que elas devem ser usadas; o texto II ilustra o posicionamento de consumidores comuns, que buscam praticidade e conforto. e) o texto I apresenta um alerta a respeito da possibilidade de contaminação de produtos orgânicos e industrializados decorrente do uso de plástico em suas embalagens; o texto II apresenta vantagens do consumo de sacolas plásticas: leves, descartáveis e gratuitas.
OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos: recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 6, habilidade 18
OC : Estudo do texto argumentativo, seus gêneros e recursos linguísticos: argumentação: tipo, gêneros e usos em língua portuguesa Competência 7, habilidade 22
CHRIST, R. Os escritores: as históricas entrevista da Paris Review. São Paulo: Companhia das Letras, 1988. p. 197.
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Texto II Sacolas plásticas são leves e voam ao vento. Por isso, elas entopem esgotos e bueiros, causando enchentes. São encontradas até no estômago de tartarugas marinhas, baleias, focas e golfinhos, mortos por sufocamento. Sacolas plásticas descartáveis são gratuitas para os consumidores, mas têm um custo incalculável para o meio ambiente.
Textos para as questões 36 e 37. 36. Enem Texto I É praticamente impossível imaginarmos nossas vidas sem o plástico. Ele está presente em embalagens de alimentos, bebidas e remédios, além de eletrodomésticos, automóveis etc. Esse uso ocorre devido à sua atoxicidade e à inércia, isto é: quando em contato com outras substâncias, o plástico não as contamina; ao contrário, protege o produto embalado. Outras duas grandes vantagens garantem o uso dos plásticos em larga escala: são leves, quase não alteram o peso do material embalado, e são 100% recicláveis, fato que, infelizmente, não é aproveitado, visto que, em todo o mundo, a percentagem de plástico reciclado, quando comparado ao total produzido, ainda é irrelevante. Revista Mãe Terra. Minuano, ano I, n. 6 (adaptado).
37. Enem — Em contraste com o texto I, no texto II são empregadas, predominantemente, estratégias argumentativas que a) atraem o leitor por meio de previsões para o futuro. b) apelam à emoção do leitor, mencionando a morte de animais. c) orientam o leitor a respeito dos modos de usar conscientemente as sacolas plásticas. d) intimidam o leitor com as nocivas consequências do uso indiscriminado de sacolas plásticas. e) recorrem à informação, por meio de constatações, para convencer o leitor a evitar o uso de sacolas plásticas. OC : Estudo do texto argumentativo, seus gêneros e recursos linguísticos: argumentação: tipo, gêneros e usos em língua portuguesa Competência 7, habilidade 24
35. E O texto é essencialmente descritivo. O autor apresenta o ambiente em que está (o escritório de Borges na Biblioteca Nacional da Argentina), tecendo comentários pessoais a partir da descrição de como ele é ([...] não era realmente o de um escritório, mas uma ampla e ornamentada sala, com pé-direito alto, na biblioteca recém-renovada.), e dos elementos que nele estão (certificados e menções literárias pendurados), na tentativa de recriar o ambiente para o leitor. Nesta habilidade — Para cumprir determinada função textual, os alunos precisam reconhecer estruturas características dos gêneros e tipos de textos. Mediante a identificação dessas estruturas, os alunos poderão reconhecer o gênero textual ou a tipologia predominante em cada um dos textos com que entram em contato. Para essa questão, conhecimentos sobre o tipo textual descritivo precisam ser acionados. Já se espera deles, nessa altura de suas formações, que conheçam as estruturas características desse tipo de texto (adjetivos: uma ampla e ornamentada sala, com pé-direito alto , na biblioteca recém-renovada; um grande retrato. Advérbios ou expressões de lugar: Nas paredes — mas altos demais para serem lidos com facilidade; Acima da lareira havia um grande retrato. Comparações, alusões: O ambiente, que evoca uma Argentina mais antiga; várias águas-fortes de Piranesi, recordando a fantástica ruína piranesiana no conto de Borges. Com base nesse conhecimento e suas relações com o texto apresentado, terão possibilidade de assinalar a resposta correta. Para ir além — Apresente aos alunos certas considerações sobre esse tipo textual: Figurando-se dentre a modalidade escrita, o texto descritivo perfaz-se de certas particularidades concernentes a ela, como linguagem clara e precisa, e ideias coesas e coerentes, distribuídas numa sequência linear em que o discurso condiciona o leitor a adquirir uma visão mediante o objeto descrito. O texto descritivo atribui-se às características peculiares a um determinado ser, objeto, lugar, uma obra de arte, um filme, dentre outros. Há de se considerar que o ato da observação relaciona-se aos cinco sentidos (visão, olfato, paladar, audição e tato), com vistas a apreender o objeto captado e transformá-lo em imagens e palavras. Podemos dizer que se trata de uma fotografia verbalizada, na qual a riqueza de detalhes, retratados de forma minuciosa, destaca-se como fator de extrema relevância. Na medida em que o emissor os revela, automaticamente se vai instaurando um clima de interatividade com leitor, materializando-se como uma espécie de representação mental acerca do que é representado.
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DUARTE, Vania Maria do Nascimento. Disponível em: . Acesso em: 24 jan. 2013. (Adaptado)
36. B No texto I, evidencia-se a diversidade de uso das sacolas plásticas para embalagens, confecção de eletrodomésticos, automóveis etc., além de sua atoxicidade e a propriedade de proteger alimentos. No texto II, alertam-se os consumidores sobre os custos para o meio ambiente ao dizer que Sacolas plásticas descartáveis são gratuitas para os consumidores, mas têm um custo incalculável para o meio ambiente, pois entopem bueiros, provocando enchentes, e asfixiam animais marinhos. Nesta habilidade — Os alunos devem saber confrontar opiniões e pontos de vista sobre os diferentes textos, identificando-os quanto à sua intencionalidade, e saber interpretar quando pretendem somente citar informações ou valer-se, também, da argumentação usando uma linguagem de convencimento. 37. E O texto I informa o leitor. O texto II também apresenta informações, mas mostra os malefícios das sacolas plásticas ao entupirem bueiros e sufocarem animais marinhos, traçando uma orientação argumentativa contrária à utilização das sacolas descartáveis. Nesta habilidade — Exige-se que os estudantes saibam confrontar opiniões e pontos de vista nos diferentes textos, identificando-os quanto à sua intencionalidade, e quais recursos expressivos utilizam como estratégia argumentativa. No texto II, alertam-se os consumidores sobre os custos para o meio ambiente, agravados por quase não se reciclarem sacolas descartáveis. Para ir além — Proponha à turma debate sobre o uso de sacolas plásticas e retornáveis para posterior produção de texto publicitário em que diferentes estratégias ar gumentativas sejam utilizadas para convencimento do leitor, a exemplo de recursos como intimidação, sedução, comoção, chantagem etc. 3 5
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38. Enem — O presidente Lula assinou, em 29 de setembro de 2008, decreto sobre o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. As novas regras afetam principalmente o uso dos acentos agudo e circunflexo, do trema e do hífen. Longe de um consenso, muita polêmica tem-se levantado em Macau e nos oito países de língua portuguesa: Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Comparando as diferentes opiniões sobre a validade de se estabelecer o acordo para fins de unificação, o argumento que, em grande parte, foge a essa discussão é a) “A Academia (Brasileira de Letras) encara essa aprovação como um marco histórico. Inscreve-se, finalmente, a Língua Portuguesa no rol daquelas que conseguiram beneficiar-se há mais tempo da unificação de seu sistema de grafar, numa demonstração de consciência da política do idioma e de maturidade na defesa, difusão e ilustração da língua da Lusofonia.” SANDRONI, C. Presidente da ABL. Disponível em: http://academia.org.br. Acesso em: 10 nov. 2008.
b)
“Acordo ortográfico? Não, obrigado. Sou contra. Visceralmente contra. Filosoficamente contra. Linguisticamente contra. Eu gosto do “c” do “actor” e o “p” de “cepticismo”. Representam um patrimônio, uma pegada etimológica que faz parte de uma identidade cultural. A pluralidade é um valor que deve ser estudado e respeitado. Aceitar essa aberração significa apenas que a irmandade entre Portugal e o Brasil continua a ser a irmandade do atraso.” COUTINHO, J. P. Folha de São Paulo, Ilustrada. 28 set. 2008, E1 (adaptado).
c)
“Há um conjunto de necessidades políticas e econômicas com vista à internacionalização do português como identidade e marca econômica. E possível que o (Fernando) Pessoa, como produto de exportação, valha mais do que a PT (Portugal Telecom). Tem um valor econômico único.” RIBEIRO, J. A. P. Ministro da Cultura de Portugal. Disponível em: http://ultimahora.publico.clix.pt. Acesso em: 10 nov. 2008.
d)
“É um acto cívico batermo-nos contra o Acordo Ortográfico.” “O acordo não leva a unidade nenhuma.” “Não se pode aplicar na ordem interna um instrumento que não está aceito internacionalmente” e nem assegura “a defesa da língua como património, como prevê a Constituição nos artigos 9 o. e 68o. ” MOURA, V. G. Escritor e eurodeputado. Disponível em: www.mundoportugues.org. Acesso em: 10 nov. 2008.
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“Se é para ter uma lusofonia, o conceito [unificação da língua] deve ser mais abrangente e temos de estar em paridade. Unidade não significa que temos que andar todos ao mesmo passo. Não é necessário que nos tornemos homogéneos. Até porque o que enriquece a língua portuguesa são as diversas literaturas e formas de utilização.” RODRIGUES, M. H. Presidente do Instituto Português do Oriente, sediado em Macau. Disponível em: http://taichungpou. blogspot.com. Acesso em: 10. nov. 2008 (adaptado).
OC: Estudo do texto argumentativo, seus gêneros e recursos linguísticos: argumentação: tipo, gêneros e usos em língua portuguesa Competência 7, habilidade 22
Texto para as questões 39 e 40. O Conar existe para coibir os exageros na propaganda. E ele é 100% eficiente nesta missão.
Nós adoraríamos dizer que somos perfeitos. Que somos infalíveis. Que não cometemos nem mesmo o menor deslize. E só não falamos isso por um pequeno detalhe: seria uma mentira. Aliás, em vez de usar a palavra “mentira”, como acabamos de fazer, poderíamos optar por um eufemismo. “Meia-verdade”, por exemplo, seria um termo muito menos agressivo. Mas nós não usamos essa palavra simplesmente porque não acreditamos que exista uma “Meia-verdade”. Para o Conar, Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, existem a verdade e a mentira. Existem a honestidade e a desonestidade. Absolutamente nada no meio. O Conar nasceu há 29 anos (viu só? não arredondamos para 30) com a missão de zelar pela ética na publicidade. Não fazemos isso porque somos bonzinhos (gostaríamos de dizer isso, mas, mais uma vez, seria mentira). Fazemos isso porque é a única forma de a propaganda ter o máximo de credibilidade. E, cá entre nós, para que serviria a propaganda se o consumidor não acreditasse nela? Qualquer pessoa que se sinta enganada por uma peça publicitária pode fazer uma reclamação ao Conar. Ele analisa cuidadosamente todas as denúncias e, quando é o caso, aplica a punição.
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Anúncio veiculado na Revista Veja. São Paulo: Abril. Ed. 2120, ano 42, n°. 27, 8 jul. 2009.
39. Enem — Considerando a autoria e a seleção lexical desse texto, bem como os argumentos nele mobilizados, constata-se que o objetivo do autor do texto é a) informar os consumidores em geral sobre a atuação do Conar. b) conscientizar publicitários do compromisso ético ao elaborar suas peças publicitárias. c) alertar chefes de família, para que eles fiscalizem o conteúdo das propagandas veiculadas pela mídia. d) chamar a atenção de empresários e anunciantes em geral para suas responsabilidades ao contratarem publicitários sem ética. e) chamar a atenção de empresas para os efeitos nocivos que elas podem causar à sociedade, se compactuarem com propagandas enganosas. OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos: recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 7, habilidade 23
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38. C O enunciado solicita qual alternativa foge à discussão do acordo ortográfico. Logo, ainda que ocorra a internacionalização da língua portuguesa, a alternativa C é a única que foge da discussão, pois não apresenta opiniões que defendam ou rejeitem o acordo ortográfico. Nesta habilidade — É solicitado aos alunos domínio de interpretação e leitura na comparação dos diversos textos apresentados nas alternativas. É necessário que estejam atentos ao enunciado da questão e verifiquem que não se trata de escolher uma opinião que possa aprovar o acordo ortográfico, mas sim uma alternativa que não aborde o assunto. 39. A No texto são apresentadas informações a respeito da atuação do Conar. A campanha tem como público-alvo os consumidores. Comprova-se isso por meio do último parágrafo, por exemplo, no qual se afirma que qualquer pessoa, ao se sentir enganada por uma propaganda, pode denunciá-la. Outro fator que pode servir para que se reconheça o público-alvo da campanha publicitária é o veículo de comunicação em que foi publicada, a revista Veja. Nesta habilidade — Exige-se que os alunos compreendam que, ao produzir um texto, o autor seleciona estratégias de interação tendo em vista seu interlocutor. Dependendo do público-alvo, ele escolherá a linguagem comum e informal ou formal, deixará alguns pontos explícitos ou implícitos, adotará uma postura em relação ao que dirá para que a mensagem seja compreendida pelo interlocutor de forma precisa. Os alunos devem saber qual a finalidade do texto, a que se destina. Os alunos também precisam se atentar para o reconhecimento do meio de comunicação em que um texto é publicado — pois poderão inferir qual s eu público-alvo.
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Teste complementar Enem Choque a 36 000 km/h A faixa que vai de 160 quilômetros de altitude em volta da Terra assemelha-se a uma avenida congestionada onde orbitam 3 000 satélites ativos. Eles disputam espaço com 17 000 fragmentos de artefatos lançados pela Terra e que se desmancharam — foguetes, satélites desativados e até ferramentas perdidas por astronautas. Com um tráfego celeste tão intenso, era questão de tempo para que acontecesse um acidente de grandes proporções, como o da semana passada. Na terça-feira, dois satélites em órbita desde os anos 90 colidiram em um ponto 790 quilômetros acima da Sibéria. A trombada dos satélites chama a atenção para os riscos que oferece a montanha de lixo espacial em órbita. Como os objetos viajam a grande velocidade, mesmo um pequeno fragmento de 10 centímetros poderia causar estragos consideráveis no telescópio Hubble ou na estação espacial Internacional — nesse caso pondo em risco a vida dos astronautas que lá trabalham. Revista Veja. 18 set. 2009 (adaptado).
Levando-se em consideração os elementos constitutivos de um texto jornalístico, infere-se que o autor teve como objetivo a) exaltar o emprego da linguagem figurada. b) criar suspense e despertar temor no leitor. c) influenciar a opinião dos leitores sobre o tema, com as marcas argumentativas de seu posicionamento. d) induzir o leitor a pensar que os satélites artificiais representam um grande perigo para toda a humanidade. e) exercitar a ironia ao empregar “avenida congestionada”; “tráfego celeste tão intenso”; “montanha de lixo”. OC: Estudo do texto argumentativo, seus gêneros e recursos linguísticos: argumentação: tipo, gêneros e usos em língua portuguesa Competência 7, habilidade 23
C Por meio de expressões como avenida congestionada, tráfego celeste tão intenso, riscos que oferece a montanha de lixo espacial em órbita, era questão de tempo para que acontecesse um acidente de grandes proporções, o autor emite opinião sobre a quantidade de objetos e satélites que estão em volta da Terra, com objetivo de influenciar a opinião do leitor.
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40. Enem — O recurso gráfico utilizado no anúncio publicitário — de destacar a potencial supressão de trecho do texto — reforça a eficácia pretendida, revelada na estratégia de a) ressaltar a informação no título, em detrimento do restante do conteúdo associado. b) incluir o leitor por meio do uso da 1ª. pessoa do plural no discurso. c) contar a história da criação do órgão como argumento de autoridade. d) subverter o fazer publicitário pelo uso de sua metalinguagem. e) impressionar o leitor pelo jogo de palavras no texto. OC: Estudo do texto argumentativo, seus gêneros e recursos linguísticos: argumentação: tipo, gêneros e usos em língua portuguesa Competência 7, habilidade 21
41. Enem Em uma reportagem a respeito da utilização do computador, um jornalista posicionou-se da seguinte forma: a humanidade viveu milhares de anos sem o computador e conseguiu se virar. Um escritor brasileiro disse com orgulho que ainda escreve a máquina ou a mão; que precisa do c ontato físico com o papel. Um profissional liberal refletiu que o computador não mudou apenas a vida de algumas pessoas, ampliando a oferta de pesquisa e correspondência, mudou a carreira de todo mundo. Um professor arrematou que todas as disciplinas hoje não podem ser imaginadas sem os recursos da computação e, para um físico, ele é imprescindível para, por exemplo, investigar a natureza subatômica. Como era a vida antes do computador? OceanAir em Revista . n°. 1, 2007 (adaptado).
Entre as diferentes estratégias argumentativas utilizadas na construção de textos, no fragmento, está presente a) a comparação entre elementos. b) a reduplicação de informações. c) o confronto de pontos de vista. d) a repetição de conceitos. e) a citação de autoridade. OC: Estudo do texto argumentativo, seus gêneros e recursos linguísticos: argumentação: tipo, gêneros e usos em língua portuguesa Competência 7, habilidade 22
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42. Enem Se no inverno é difícil acordar, imagine dormir. Com a chegada do inverno, muitas pessoas perdem o sono. São milhões de necessitados que lutam contra a fome e o frio. Para vencer esta batalha, eles precisam de você. Deposite qualquer quantia. Você ajuda milhares de pessoas a terem uma boa noite e dorme com a consciência tranquila. Veja. 05 set. 1999 (adaptado).
O produtor de anúncios publicitários utiliza-se de estratégias persuasivas para influenciar o comportamento de seu leitor. Entre os recursos argumentativos mobilizados pelo autor para obter a adesão do público à campanha, destaca-se nesse texto a) a oposição entre individual e coletivo, trazendo um ideário populista para o anúncio. b) a utilização de tratamento informal com o leitor, o que suaviza a seriedade do problema. c) o emprego de linguagem figurada, o que desvia a atenção da população do apelo financeiro. d) o uso dos numerais “milhares” e “milhões”, responsável pela supervalorização das condições dos necessitados. e) o jogo de palavras entre “acordar” e “dormir”, o que relativiza o problema do leitor em relação ao dos necessitados. OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos: recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 7, habilidade 21
43. Enem Sr. Prefeito, junte-se a nós na luta contra a dengue. A sua participação é fundamental. A dengue é um dos grandes desafios que en frentamos na área de saúde no Brasil, mas, felizmente, é possível controlá-la. Para isso, é necessário que os governos estaduais e municipais e o governo federal trabalhem juntos. Nesse sentido, a sua atuação como prefeito é fundamental. Organize mutirões, envolvendo líderes comunitários da sua cidade, para lutar contra a dengue. No site www. combatadengue.com.br há todas as informações necessárias para auxiliá-lo, inclusive com materiais para download de uso livre. A mobilização social é a chave para o sucesso no combate à dengue. BRASIL. Ministério da Saúde. Revista Nordeste, João Pessoa, ano 3, n. 35, maio/jun. 2009.
Diante dos recursos argumentativos utilizados, depreende-se que o texto apresentado a) se dirige aos líderes comunitários para tomarem a iniciativa de combater a dengue. b) conclama toda a população a participar das estratégias de combate ao mosquito da dengue. c) se dirige aos prefeitos, conclamando-os a organizarem iniciativas de combate à dengue. d) tem como objetivo ensinar os procedimentos técnicos necessários para o combate ao mosquito da dengue. e) apela ao governo federal, para que dê apoio aos governos estaduais e municipais no combate ao mosquito da dengue. OC : Estudo do texto argumentativo, seus gêneros e recursos linguísticos: argumentação: tipo, gêneros e usos em língua portuguesa Competência 7, habilidade 23
40. D O anúncio do Conar subverte a linguagem das tradicionais peças publicitárias — que se referem aos produtos por elas anunciados como perfeitos, 100% eficientes. Ao fazê-lo, ele usa a linguagem da publicidade, não sua metalinguagem, como equivocadamente mencionado na alternativa. Essa confusão deve-se ao fato de essa crítica da linguagem publicitária ser ela mesma, configurando uma operação metalinguística. Nesta habilidade — Os alunos precisam reconhecer os diversos recursos linguísticos (verbais ou não verbais, apresentados de forma isolada ou em combinação) utilizados pelas campanhas publicitárias a fim de convencer um consumidor em potencial de algo — seja a compra de algum produto, seja para adesão a algum a ideia por elas propagada. Nesse caso, exige-se que os alunos compreendam o recurso de metalinguagem — capacidade de uma linguagem em voltar-se a si mesma. 41. C No fragmento são apresentados diferentes pontos de vista em relação ao uso do computador. São opiniões que se confrontam, pois alguns defendem seu uso dizendo que não poderiam ficar sem esse suporte de comunicação: professor, físico e profissional liberal; outros, que ele seria prescindível: escritor e jornalista. Nesta habilidade — Os alunos devem conhecer textos argumentativos, principalmente ter domínio de como se desenvolve um parágrafo opinativo nesse contexto. Nesse caso são enumerados diferentes pontos de vista a respeito de um conceito. Outras formas de argumentação podem ser causa e consequência, exemplificação, dados enumerativos. 42. E Ao usar o jogo de palavras entre acordar e dormir , o texto relativiza o problema do leitor (expresso na frase bastante propagada no inverno É difícil acordar no inverno) em comparação com as pessoas necessitadas, para quem o ato de dormir é difícil em virtude do frio, por não terem condições de se proteger dele. Na f rase em destaque no texto, a mensagem é que o leitor se coloque no lugar do outro, do necessitado. O verbo no imperativo imagine faz essa incitação. Nesta habilidade — Os alunos devem identificar os recursos linguísticos utilizados com a finalidade de persuadir o leitor. O jogo de palavras que objetiva relativizar o problema do leitor e sensibilizá-lo a aderir à campanha é uma dessas ferramentas. Percebe-se no texto um apelo emocional — estratégia de convencimento bastante utilizada pelas campanhas publicitárias, com o objetivo de fazer o leitor aderir às mudanças de comportamentos e hábitos nelas propostas e/ou adquirir os produtos apresentados. Para ir além — Exponha aos alunos algumas considerações acerca do apelo emotivo nos textos publicitários feitas por Amanda de Menezes Piquet e Nathany Delgado Nascimento, no artigo A utilização do apelo emocional como estratégia de persuasão na publicidade: Na publicidade, o apelo à emoção é na verdade um apelo a valores, àquilo que promove no sujeito sentimentos referentes à aproximação, familiarização, pessoalidade, confiança, e é através desses recursos que o discurso publicitário desenvolve seu caráter argumentativo persuasivo e manipulador, que, através de argumentações icônico-linguísticas, consegue influenciar diretamente no comportamento e na conquista do consumidor, fazendo-o aderir a sua mensagem e, portanto, reafirmando a importância da inteligência emocional no processo de relacionamento com o cliente. “Persuadir é sinônimo de submeter: quem persuade leva o outro à aceitação de uma dada ideia” (MONNERAT, 2003, p. 36).
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Disponível em: . Acesso em: 30 jan. 2013. (Fragmento)
43. C A campanha tem como interlocutor direto os prefeitos, embora seja extensiva a todos. Isso fica claro no uso do vocativo Sr. Prefeito e pela forma com que os verbos pressupõem esse sujeito na interlocução: Organize mutirões [...]. No site www.combatadengue.com.br há todas as informações necessárias para auxiliá-lo [...] . Nesta habilidade — Cabe aos alunos identificar a quem se destina o texto, quem é seu interlocutor ou público-alvo. Eles terão condições de identificar isso por meio da análise dos procedimentos argumentativos utilizados no texto, que se apresenta como campanha publicitária, mas é, ao mesmo tempo, uma carta ao prefeito.
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44. Enem Diga não ao não Quem disse que alguma coisa é impossível? Olhe ao redor. O mundo está cheio de coisas que, segundo os pessimistas, nunca teriam acontecido. “Impossível.” “Impraticável.” “Não”. E ainda assim, sim. Sim, Santos Dumont foi o primeiro homem a decolar a bordo de um avião, impulsionado por um motor aeronáutico. Sim, Visconde de Mauá, um dos maiores empreendedores do Brasil, inaugurou a primeira rodovia pavimentada do país. Sim, uma empresa brasileira também inovou no país. Abasteceu o primeiro voo comercial brasileiro. Foi a primeira empresa privada a produzir petróleo na Bacia de Campos. Desenvolveu um óleo combustível mais limpo, o OC Plus. O que é necessário para transformar o não em sim? Curiosidade. Mente aberta. Vontade de arriscar. E quando o problema parece insolúvel, quando o desafio é muito duro, dizer: vamos lá. Soluções de energia para um mundo real. Jornal da ABI . no. 336, dez. de 2008 (adaptado).
O texto publicitário apresenta a oposição entre “impossível”, “impraticável”, “não” e “sim”, “sim”, “sim”. Essa oposição, usada como um recurso argumentativo, tem a função de a) minimizar a importância da invenção do avião por Santos Dumont. b) mencionar os feitos de grandes empreendedores da história do Brasil. c) ressaltar a importância do pessimismo para promover transformações. d) associar os empreendimentos da empresa petrolífera a feitos históricos.
e) ironizar os empreendimentos rodoviários de Visconde de Mauá no Brasil. OC: Estudo do texto argumentativo, seus gêneros e recursos linguísticos: argumentação: tipo, gêneros e usos em língua portuguesa Competência 7, habilidade 23
45. Enem Cientistas da Grã-Bretanha anunciaram ter identificado o primeiro gene humano relacionado com o desenvolvimento da linguagem, o FOXP2. A descoberta pode ajudar os pesquisadores a compreender os misteriosos mecanismos do discurso — que é uma característica exclusiva dos seres humanos. O gene pode indicar porque e como as pessoas aprendem a se comunicar e a se expressar e porque algumas crianças têm disfunções nessa área. Segundo o professor Anthony Monaco, do C entro Wellc ome Trust de Genét ica Humana, de Oxford, além de ajudar a diagnosticar desordens de discurso, o estudo do gene vai possibilitar a descoberta de outros genes com imperfeições. Dessa forma, o prosseguimento das investigações pode levar a descobrir também esses genes associados e, assim, abrir uma possibilidade de curar todos os males relacionados à linguagem.
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Disponível em: http://www.bbc.co.uk. Acesso em: 4 maio 2009 (adaptado).
Para convencer o leitor da veracidade das informações contidas no texto, o autor recorre à estratégia de a) citar autoridade especialista no assunto em questão. b) destacar os cientistas da Grã-Bretanha. c) apresentar citações de diferentes fontes de divulgação científica. d) detalhar os procedimentos efetuados durante o processo da pesquisa. e) elencar as possíveis consequências positivas que a descoberta vai trazer. OC: Estudo do texto argumentativo, seus gêneros e recursos linguísticos: argumentação: tipo, gêneros e usos em língua portuguesa Competência 7, habilidade 24
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44. D Ao citar feitos históricos realizados por brasileiros (Santos Dumont, o primeiro homem a decolar a bordo de um avião, e visconde de Mauá, que inaugurou a primeira estrada pavimentada no Brasil), a propaganda associa-os aos feitos realizados pela empresa petrolífera. Na frase Sim, uma empresa brasileira também inovou no país, por exemplo, o termo também faz a associação mencionada na alternativa correta. Nesta habilidade — O aluno deverá acionar seus conhecimentos a respeito do gênero textual publicitário e suas estratégias de persuasão. Faz-se necessário que os alunos tenham capacidade de compreender recursos linguísticos como metáforas, comparações, apelos emotivos e ferrament as usadas para o encadeamento lógico de ideias e afirmações, no intuito de torná-las válidas. Os alunos devem saber qual a finalidade do texto, a que se destina. Já se espera que eles tenham em mente que os textos publicitários pretendem convencer o interlocutor a adquirir um produto ou lançar uma ideia e que, para tal objetivo, são usados diversos recursos linguísticos (verbais ou não verbais). Biblioteca — Para que os alunos conheçam mais a respeito do texto publicitário e suas estratégias argumentativas, indique os seguintes materiais, disponíveis no portal: Artigo Técnicas argumentativas em propagandas comerciais, dos autores Angelo Alecsa ndro Dal Col e Luciana Floriano Brasil. Artigo Recursos argumentativos na publicidade, de Camillo Ferronato. •
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45. A Para convencer os leitores, o autor cita um especialista no assunto, uma autoridade na área em questão, mencionando seu nome, a instituição em que trabalha e a ocupação que nela exerce. Verifica-se isso no trecho Segundo o professor Anthony Monaco, do Centro Wellcome Trust de Genética Humana, de Oxford... Nesta habilidade — Os alunos precisam se atentar a certos elementos presentes no texto argumentativo. Para isso é necessário que conheçam os diversos meios usados por articulistas no intuito de convencer o leitor da tese que defendem. Nesse caso, o autor se vale do chamado argumento de autoridade, em que sustenta sua opinião citando uma fonte confiável, um especialista no assunto e na área a ele relacionados. Outra estratégia bastante utilizada para dar credibilidade e tom de veracidade ao que se diz é citar, por exemplo, pesquisas realizadas por estudiosos do tema tratado e as instituições científicas/acadêmicas vinculadas a esses estudos. Esse estratagema é conhecido por argumentação por dados concretos ou argumentação por comprovação. Para ir além — Apresente aos alunos algumas considerações a respeito da argumentação por autoridade: No essencial, o argumentador usa o argumento de autoridade quando se vale do ensinamento de uma personalidade reconhecida e prestigiada em determinada área do saber para confirmar uma tese. Justifica-se, pois, uma afirmação baseando-se no valor de mestres que pensam semelhantemente à proposição apresentada. Tal argumento é também conhecido pelas denominações argumentum magister dixit ou ad verecundiam. O argumento de autoridade extrai grande parte do poder persuasivo em virtude da presunção de imparcialidade e da presunção de conhecimento. Segundo lembra Fetzner (2009, p. 72), mesmo não tendo formação acadêmica, um indivíduo pode exercer o papel de autoridade. Provavelmente, um agricultor terá os conhecimentos necessários para saber se o solo de uma propriedade é ou não adequado ao plantio de determinada cultura. De semelhante maneira, alguém se torna autoridade quando é sustentado pela representatividade social que detém.
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Disponível em: . Acesso em: 29 jan. 2013. (Fragmento)
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46. Enem Nós, brasileiros, estamos acostumados a ver juras de amor, feitas diante de D eus, serem quebradas por traição, interesses financeiros e sexuais. Casais se separam como inimigos, quando poderiam ser bons amigos, sem traumas. Bastante interessante a reportagem sobre separação. Mas acho que os advogados consultados, por sua competência, estão acostumados a tratar de grandes separações. Será que a maioria dos leitores da revista tem obras de arte que precisam ser fotografadas antes da separação? Não seria mais útil dar conselhos mais básicos? Não seria interessante mostrar que a separação amigável não interfere no modo de partilha dos bens? Que, seja qual for o tipo de separação, ela não v ai prejudicar o direito à pensão dos filhos? Que acordo amigável deve ser assinado com atenção, pois é bastante complicado mudar suas cláusulas? Acho que essas são dicas que podem interessar ao leitor médio. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2012 (adaptado).
O texto foi publicado em uma revista de grande circulação na seção de carta do leitor. Nele, um dos leitores manifesta-se acerca de uma reportagem publicada na edição anterior. Ao fazer sua argumentação, o autor do texto a) faz uma síntese do que foi abordado na reportagem. b) discute problemas conjugais que conduzem à separação. c) aborda a importância dos advogados em processos de separação. d) oferece dicas para orientar as pessoas em processos de separação. e) rebate o enfoque dado ao tema pela reportagem, lançando novas ideias. OC: Estudo do texto argumentativo, seus gêneros e recursos linguísticos: argumentação: tipo, gêneros e usos em língua portuguesa Competência 7, habilidade 22 ANOTAÇÕES DE SALA
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47. Enem Quando eu falo com vocês, procuro usar o código de vocês. A figura do índio no Brasil de hoje não pode ser aquela de 500 anos atrás, do passado, que representa aquele primeiro contato. Da mesma forma que o Brasil de hoje não é o Brasil de ontem, tem 160 milhões de pessoas com diferentes sobrenomes. Vieram para cá asiáticos, europeus, africanos, e todo mundo quer ser brasileiro. A importa nte pergunta que nós fazemos é: qual é o pedaço de índio que vocês têm? O seu cabelo? São seus olhos? Ou é o nome da sua rua? O nome da sua praça? Enfim, vocês devem ter um pedaç o de índio dentro de vocês. Para nós, o importante é que vocês olhem para a gente como seres humanos, como pessoas que nem precisam de paternalismos, nem precisam ser tratadas com privilégios. Nós não queremos tomar o Brasil de vocês, nós queremos compartilhar esse Brasil com vocês. TERENA, M. Debate. MORIN, E. Saberes globais e saberes locais. Rio de Janeiro: Garamond, 2000 (adaptado).
Os procedimentos argumentativos utilizados no texto permitem inferir que o ouvinte/leitor, no qual o emissor foca o seu discurso, pertence a) ao mesmo grupo social do falante/autor. b) a um grupo de brasileiros considerados como não índios. c) a um grupo étnico que representa a maioria europeia que vive no país. d) a um grupo formado por estrangeiros que falam português. e) a um grupo sociocultural formado por brasileiros naturalizados e imigrantes. OC : Estudo do texto argumentativo, seus gêneros e recursos linguísticos: argumentação: tipo, gêneros e usos em língua portuguesa Competência 7, habilidade 23
46. E O autor do texto questiona o enfoque dado ao tema na reportagem , que aborda o contexto de vida de uma minoria (casais ricos, como é possível perceber no trecho Será que a maioria dos leitores da revista tem obras de arte que precisam ser fotografadas antes da separação?), e sugere que o tema seja abordado levando em conta o contexto de vida da maioria de seus leitores (e da maioria das pessoas do país), ou seja, situações mais comuns. Nesta habilidade — Exige-se dos alunos competência leitora no sentido de interpretar a opinião defendida pelo autor. Para isso, precisam identificar certos recursos linguísticos usados na argumentação. Por exemplo, no trecho Bastante interessante a reportagem sobre separação. Mas acho que os advogados consultados, por sua competência, estão acostumados a tratar de grandes separações. Será que a maioria dos leitores da revista tem obras de arte que precisam ser fotografadas antes da separação?, o autor, em primeira instância, elogia a reportagem, não a ataca, mas busca um tom conciliador, em que reconhece a qualidade do trabalho. Depois disso, usa a conjunção adversativa (que nesse caso indica uma relação de oposição), fazendo uma ressalva com relação à reportagem. A partir desse ponto, o autor rebate o enfoque apresentado no texto da revista por meio de um argumento e lança novas ideias por meio de perguntas retóricas. Biblioteca — Indique aos alunos a leitura do artigo A argumentação no gênero carta do leitor , de Isabel Cristina Correio e Esther Gomes de Oliveira, disponível no portal. Para ir além — Apresente aos alunos algumas considerações a respeito do gênero textual carta do leitor , pouco trabalhado em ambiente escolar. Geralmente veiculada pelos meios de comunicação representados pelos jornais e pelas revistas, a carta de leitor pauta-se pela exposição de determinados comentários por parte do emissor. Ele, ao travar conhecimento sobre uma matéria jornalística divulgada por jornal ou revista, tem a liberdade de expor sua crítica, apresentar seu elogio, expressar alguma dúvida e até mesmo sugerir algo acerca do assunto relatado. Quanto aos aspectos referentes à linguagem, há uma flexibilidade no que tange ao público-alvo, ou seja, em se tratando de um público mais jovem, poderá prevalecer certa informalidade, e no caso de uma revista destinada à informação, como Veja, IstoÉ, Superinteressante, dentre muitas outras, a linguagem tende a ser mais formal. Não deixando de mencionar os elementos que a constituem, estes se assemelham aos da carta pessoal, tais como data , vocativo ( a quem a carta se dirige ), corpo ( mensagem propriamente dita ), despedida e assinatura do remetente . Em virtude de haver variação quanto à complexidade das cartas enviadas (tamanho), a equipe de redação tem plenos poderes para condensá-las, com vistas a torná-las aptas à publicação, mesmo porque o espaço a elas destinado não é muito amplo. Quando publicadas, as cartas costumam ser agrupadas por assunto, isto é, relacionadas às devidas matérias jornalísticas a que se referem.
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Disponível em: . Acesso em: 25 mar. 2013. (Adaptado)
47. B O autor do texto, por meio do emprego da 1ª. pessoa do plural, apresenta-se como um porta-voz da comunidade indígena brasileira, reivindicando igualdade de direitos. Ao dizer Para nós, o importante é que vocês olhem para a gente como seres humanos, pressupõe-se que o emissor se dirige a ouvintes/leitores que são brasileiros, não índios. Nesta habilidade — Os alunos devem identificar num texto quais são os objetivos de seu produtor e quem é seu público-alvo, pela análise dos procedimentos argumentativos utilizados. Assim, têm domínio da leitura do texto, localizando opiniões, interlocutores e linguagem utilizada.
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Texto para as questões 48 e 49. 48. Enem
A carreira do crime Estudo feito por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz sobre adolescentes recrutados pelo tráfico de drogas nas favelas cariocas expõe as bases sociais dessas quadrilhas, contribuindo para explicar as dificuldades que o Estado enfrenta no combate ao crime organizado. O tráfico oferece aos jovens de escolaridade precária (nenhum dos entrevistados havia completado o ensino fundamental) um plano de carreira bem estruturado, com salários que variam de R$ 400,00 a R$ 12.000 mensais. Para uma base de comparação, convém notar que, segundo dados do IBGE de 2001, 59% da população brasileira com mais de dez anos que declara ter uma atividade remunerada ganha no máximo o ‘piso salarial’ oferecido peto crime. Dos traficantes ouvidos pela pesquisa, 25% recebiam mais de R$ 2.000 mensais; já na população brasileira essa taxa não ultrapassa 6%. Tais rendimentos mostram que as políticas sociais compensatórias, como o Bolsa-Escola (que paga R$ 15 mensais por aluno matriculado), são por si só incapazes de impedir que o narcotráfico continue aliciando crianças provenientes de estratos de baixa renda: tais políticas aliviam um pouco o orçamento familiar e incentivam os pais a manterem os filhos estudando, o que de modo algum impossibilita a opção pela delinquência. No mesmo sentido, os programas voltados aos jovens vulneráveis ao crime organizado (circo-escolas, oficinas de cultura, escolinhas de futebol) são importantes, mas não resolvem o problema. A única maneira de reduzir a atração exercida pelo tráfico é a repressão, que aumenta os riscos para os que escolhem esse caminho. Os rendimentos pagos aos adolescentes provam isso: eles são elevados precisamente porque a possibilidade de ser preso não é desprezível. É preciso que o Executivo federal e os estaduais desmontem as organizações paralelas erguidas pelas quadrilhas, para que a certeza de punição elimine o fascínio dos salários do crime. Editorial. Folha de São Paulo. 15 jan, 2003.
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No Editorial, o autor defende a tese de que “as políticas sociais que procuram evitar a entrada dos jovens no tráfico não terão chance de sucesso enquanto a remuneração oferecida pelos traficantes for tão mais compensatória que aquela oferecida pelos programas do governo”. Para comprovar sua tese, o autor apresenta a) instituições que divulgam o crescimento de jovens no crime organizado. b) sugestões que ajudam a reduzir a atração exercida pelo crime organizado. c) políticas sociais que impedem o aliciamento de crianças no crime organizado. d) pesquisadores que se preocupam com os jovens envolvidos no crime organizado. e) números que comparam os valores pagos entre os programas de governo e o crime organizado.
OC: Estudo do texto argumentativo, seus gêneros e recursos linguísticos: argumentação: tipo, gêneros e usos em língua portuguesa Competência 7, habilidade 24
49. Enem — Com base nos argumentos do autor, o texto aponta para a) uma denúncia de quadrilhas que se organizam em torno do narcotráfico. b) a constatação de que o narcotráfico restringe-se aos centros urbanos. c) a informação de que as políticas sociais compensatórias eliminarão a atividade criminosa a longo prazo. d) o convencimento do leitor de que para haver a superação do problema do narcotráfico é preciso aumentar a ação policial. e) uma exposição numérica realizada com o fim de mostrar que o negócio do narcotráfico é vantajoso e sem riscos.
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OC: Estudo do texto argumentativo, seus gêneros e recursos linguísticos: argumentação: tipo, gêneros e usos em língua portuguesa Competência 7, habilidade 22
50. Enem BORGES FALOU e DISSE: POR QUE O SENHOR PUBLICOU ESSE LIVRO? QUAL FOI SUA MAIOR MOTIVAÇÃO?
MOTIVAÇÃO? MEU FILHO, UM ESCRITOR PUBLICA UM LIVRO PARA PARAR DE ESCREVÊ-LO!
o f azerdor
EU NÃO AGUENTAVA MAIS ESCREVER E REESCREVER E REVISAR E ACRESCENTAR E SUPRIMIR E REESCREVER E CONSERTAR PALAVRINHAS E REVISAR E REESCREVER...
XAVIER, C. Quadrinho quadrado. Disponível em: . Acesso em: 5 jul. 2009.
Tendo em vista a segunda fala do personagem entrevistado, constata-se que a) o entrevistado deseja convencer o jornalista a não publicar um livro. b) o principal objetivo do entrevistado é explicar o significado da palavra motivação. c) são utilizados diversos recursos da linguagem literária, tais como a metáfora e a metonímia. d) o entrevistado deseja informar de modo objetivo o jornalista sobre as etapas de produção de um livro. e) o principal objetivo do entrevistado é evidenciar seu sentimento com relação ao processo de produção de um livro. OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos: recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 7, habilidade 22
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48. E A fim de comprovar sua tese, o autor (que nesse caso não assina o texto por se tratar do gênero editorial ) utiliza números que comparam valores pagos por programas sociais do governo aos pagos pelo crime organizado. Nesta habilidade — Os alunos precisam se atentar a certos elementos presentes no texto argumentativo. Para isso é necessário que conheçam os diversos meios usados por autores desse tipo de texto no intuito de convencer o leitor da tese que defendem. Estratégia bastante utilizada para que os argumentos tenham embasamento é citar, por exemplo, dados resultantes de pesquisas feitas por instituições científicas/acadêmicas/governamentais, normalmente renomadas. Esse estratagema é conhecido por argumentação por dados concretos ou argumentação por comprovação. Para ir além — Apresente aos alunos algumas considerações a respeito do gênero textual editorial . Situando-nos no contexto que caracteriza os gêneros veiculados pelo universo jornalístico, ressaltamos uma característica que lhes é peculiar — a objetividade. Embora um repórter, estando diante do exercício de suas funções, prime por manter-se o mais imparcial possível, é inegável que ele, assim como qualquer outro ser, seja dotado de pensamentos e opiniões próprios. Diante de tal ocorrência, os veículos de comunicação, ora representados pelos jornais impressos e pelas revistas, optam por estabelecer delimitações entre a notícia e o editorial. Tais delimitações referem-se aos aspectos que se divergem em ambos os gêneros, uma vez que este retrate um discurso voltado para a argumentação, ressaltando a opinião coletiva dos integrantes do jornal, e aquele tenha por objetivo apenas informar ao leitor/espectador acerca dos fatos inerentes a determinado acontecimento. Daí a imparcialidade, isentando-se de quaisquer traços de pessoalidade por parte do emissor (no caso, o profissional atuante). As referidas elucidações nos fazem concluir que o editorial se caracteriza por representar um gênero textual que expressa a opinião de um jornal ou revista em relação a determinado assunto — aspecto que revela sua finalidade persuasiva. Pelo fato de se atribuir a uma opinião coletiva, a autoria não é identificada. Notadamente, em virtude da heterogeneidade de posicionamentos. No que tange ao discurso apresentado, esse costuma se apoiar em fatos polêmicos ligados ao cotidiano social. E quando falamos em discurso, logo nos atemos à questão da linguagem que, mesmo em se tratando de impressões pessoais, o predomínio do padrão formal, fazendo com que prevaleça o emprego da 3ª. pessoa do singular, ocupa lugar de destaque. A título de complementaridade, analisemos a forma pela qual se compõe o gênero em questão. Em termos estruturais, podemos dizer que ele se apresenta sob: • uma síntese, constituída por uma apresentação — Constituída geralmente pelo 1º. e 2º. parágrafos, refere-se à exposição da ideia principal com base na ideia a ser defendida. • o corpo do editorial — Revela os argumentos que fundamentam a ideia principal em relação ao posicionamento atribuído pelo veículo de comunicação em referência. • a conclusão — Refere-se a uma possível solução para o problema levantado ou, em determinados casos, incita o leitor a uma reflexão sobre o assunto em pauta.
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Disponível em: . Acesso em: 25 mar. 2013.
49. D O último parágrafo do texto demonstra que o autor procurou convencer o leitor de que o problema do narcotráfico será resolvido com repressão policial. Segundo o autor, ao se desmontarem as organizações criminais envolvidas com o tráfico, o fascínio pelos salários pagos àqueles recrutados pelo tráfico será eliminado em virtude da certeza de punição. Nesta habilidade — Exige-se dos alunos domínio de interpretação dos textos. É por meio disso que terão capacidade em reconhecer opiniões, pontos de vista e posicionamentos críticos presentes nos diferentes textos com os quais entram em contato no cotidiano. No texto apresentado, a opinião do autor mencionada na alternativa correta é bastante clara, o que facilita a resposta dos alunos. 50. E O escritor, ao dizer que publica um livro a fim de parar de escrevê-lo, refere-se ao alívio de se livrar do processo de escrita que implica em várias etapas de trabalho, desde seu processo criativo até revisão textual, reescrita, diagramação etc. A expressão do escritor entrevistado demonstra seu enfado ao escrever um livro e sua falta de motivação para continuar reescrevendo-o, chegando à exaustão. Nesta habilidade — O domínio da leitura dos recursos verbais e da imagem ajuda no entendimento do texto. A expressão de desconsolo do escritor enumerando o trabalho que a escrita de um livro pressupõe é o que prioriza a escolha da alternativa E em detrimento da D. Logo, é muito importante que o aluno leia a tira como um todo, não valorizando somente a escrita contida nos balões.
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51. Enem Resta saber o que ficou das línguas indígenas no português do Brasil. Serafim da Silva Ne to afirma: “No português brasileiro não há, positivamente, influência das línguas africanas ou ameríndias”. Todavia, é difícil de aceitar que um longo período de bilinguismo de dois séculos não deixa sse marcas no português do Brasil. ELIA, S. Fundamentos Histórico-Linguísticos do Português do Brasil . Rio de Janeiro: Lucerna, 2003 (adaptado).
No final do século XVIII, no norte do Egito, foi descoberta a Pedra de Roseta, que continha um texto escrito em egípcio antigo, uma versão desse texto chamada “demótico”, e o mesmo texto escrito em grego. Até então, a antiga escrita egípcia não estava decifrada. O inglês Thomas Young estudou o objeto e fez algumas descobertas como, por exemplo, a direção em que a leitura deveria ser feita. Mais tarde, o francês Jean François Champollion voltou a estudá-la e conseguiu decifrar a antiga escrita egípcia a partir do grego, provando que, na verdade, o grego era a língua original do texto e que o egípcio era uma tradução. Com base na leitura dos textos conclui-se, sobre as línguas, que a) cada língua é única e intraduzível. b) elementos de uma língua são preservados, ainda que não haja mais falantes dessa língua. c) a língua escrita de determinado grupo desaparece quando a sociedade que a produzia é extinta. d) o egípcio antigo e o grego apresentam a mesma estrutura gramatical, assim como as línguas indígenas brasileiras e o português do Brasil. e) o egípcio e o grego apresentavam letras e palavras similares, o que possibilitou a comparação linguística, o mesmo que aconteceu com as línguas indígenas brasileiras e o português do Brasil. OC : Estudo do texto argumentativo, seus gêneros e recursos linguísticos: argumentação: tipo, gêneros e usos em língua portuguesa Competência 7, habilidade 22
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52. Enem Texto 1 O chamado “fumante passivo” é aquele indivíduo que não fuma, mas acaba respirando a fumaça dos cigarros fumados ao seu redor. Até hoje, discutem-se muito os efeitos do fumo passivo, mas uma coisa é certa: quem não fuma não é obrigado a respirar a fumaça dos outros.
ANOTAÇÕES DE SALA
O fumo passivo é um problema de saúde pública em todos os países do mundo. Na Europa, estima-se que 79% das pessoas estão expostas à fumaça “de segunda mão”, enquanto, nos Estados Unidos, 88% dos não fumantes acabam fumando passivamente. A Sociedade do Câncer da Nova Zelândia informa que o fumo passivo é a terceira entre as principais causas de morte no país, depois do fumo ativo e do uso de álcool. Disponível em: . Acesso em: 27 abr. 2010 (fragmento).
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Disponível em: . Acesso em: 27 abr. 2010.
Ao abordar a questão do tabagismo, os textos 1 e 2 procuram demonstrar que a) a quantidade de cigarros consumidos por pessoa, diariamente, excede o máximo de nicotina recomendado para os indivíduos, inclusive para os não fumantes. b) para garantir o prazer que o indivíduo tem ao fumar, será necessário aumentar as estatísticas de fumo passivo. c) a conscientização dos fumantes passivos é uma maneira de manter a privacidade de cada indivíduo e garantir a saúde de todos. d) os não fumantes precisam ser respeitados e poupados, pois estes também estão sujeitos às doenças causadas pelo tabagismo. e) o fumante passivo não é obrigado a inalar as mesmas toxinas que um fumante, portanto depende dele evitar ou não a contaminação proveniente da exposição ao fumo. OC : Estudo do texto argumentativo, seus gêneros e recursos linguísticos: argumentação: tipo, gêneros e usos em língua portuguesa Competência 7, habilidade 22
51. B O primeiro texto apresenta a ideia de ser “difícil de aceitar” que os povos indígenas e africanos não tenham deixado marcas linguísticas no português do Brasil. O segundo texto, a Pedra de Roseta, por sua vez, segundo Jean François Champollion, é a tradução de um texto grego, em escrita egípcia. Mesmo sem contato com falantes da escrita egípcia antiga, foi possível elaborar a análise dos textos e diagnosticar sua origem. Da mesma forma, houve uma época em que havia o uso concomitante de línguas afros e indígenas faladas no país, e, mesmo que isso não ocorra mais, é possível observar influências de seu vocabulário na língua portuguesa do Brasil. Nesta habilidade — Os alunos devem interpretar os textos e, com base em suas inter-relações, responder à pergunta solicitada, por meio da análise das opiniões apresentadas. É solicitado, portanto, o domínio de leitura por parte dos alunos. 52. D Tanto no texto verbal como no não verbal é sugerido que os indivíduos que não fumam precisam ser respeitados, em virtude de serem prejudicados pelas doenças advindas do tabagismo passivo. No primeiro texto, a defesa ao direito de os fumantes serem respeitados está claro em Até hoje, discutem-se muito os efeitos do fumo passivo, mas uma coisa é certa: quem não fuma não é obrigado a respirar a fumaça dos outros. Ainda no primeiro texto, são apresentados dados que confirmam os graves efeitos causados pelo fumo passivo. No texto 2, tem-se a imagem de duas pessoas dividindo o mesmo ambiente, em que a fumaça do cigarro de um deles ataca aquele que não é fumante. Essa imagem remete à ideia de compartilhamento de espaços, em que o prejudicado pelo cigarro acaba sendo também aquele que não possui o vício. Nesta habilidade — Exige-se dos alunos domínio de interpretação dos textos. É por meio disso que terão capacidade de reconhecer opiniões, pontos de vista e posicionamentos críticos em diferentes textos, verbais ou não verbais, com os quais entram em contato no cotidiano. No caso do primeiro texto, a identificação da opinião do autor é facilitada pela clareza com que o autor se posiciona a respeito do tema. No texto não verbal, exige-se um pouco mais de capacidade leitora, embora sua interpretação provavelmente não seja um desafio para a maioria dos alunos. Atente-os para a leitura das expressões dos dois indivíduos retratados e do ambiente em que se encontram.
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Teste complementar Enem Lugar de mulher também é na oficina. Pelo menos nas oficinas dos cursos da área automotiva fornecidos pela Prefeitura, a presença feminina tem aumentado ano a ano. De cinco mulheres matriculadas em 2005, a quantidade saltou para 79 alunas inscritas neste ano nos cursos de mecânica automotiva, eletricidade veicular, injeção eletrônica, repintura e funilaria. A presença feminina nos cursos automotivos da Prefeitura — que são gratuitos — cresceu 1.480% nos últimos sete anos e tem aumentado ano a ano. Disponível em: www.correiodeuberlandia.com.br. Acesso em: 27 fev. 2012 (Adaptado).
Na produção de um texto, são feitas escolhas referentes a sua estrutura, que possibilitam inferir o objetivo do autor. Nesse sentido, no trecho apresentado, o enunciado “Lugar de mulher também é na oficina” corrobora o objetivo textual de a) demonstrar que a situação das mulheres mudou na sociedade contemporânea. b) defender a participação da mulher na sociedade atual. c) comparar esse enunciado com outro: “lugar de mulher é na cozinha”. d) criticar a presença de mulheres nas oficinas dos cursos da área automotiva. e) distorcer o sentido da frase “lugar de mulher é na cozinha”. OC: Estudo do texto: as sequências discursivas e os gêneros textuais no sistema de comunicação e informação Competência 7, habilidade 22
A A referência ao tradicional lugar-comum lugar de mulher é na cozinha tem a função de demonstrar que a situação das mulheres mudou na sociedade contemporânea. Elas se dedicam a ofícios antes executados exclusivamente por homens.
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53. Enem Quando os portugueses se instalaram no Brasil, o país era povoado de índios. Importaram, depois, da África, grande número de escravos. O Português, o Índio e o Negro constituem, durante o período colonial, as três bases da população brasileira. Mas no que se refere à cultura, a contribuição do Português foi de longe a mais notada. Durante muito tempo o português e o tupi viveram lado a lado como línguas de comunicação. Era o tupi que utilizavam os bandeirantes nas suas expedições. Em 1694, dizia o Padre Antônio Vieira que “as famílias dos portugueses e índios em São Paulo estão tão ligadas hoje umas com as outras, que as mulheres e os filhos se criam mística e domesticamente, e a língua que nas ditas famílias se fala é a dos Índios, e a portuguesa a vã o os meninos aprender à escola.” TEYSSIER, P. História da língua portuguesa . Lisboa: Livraria Sá da Costa, 1984 (adaptado).
A identidade de uma nação está diretamente ligada à cultura de seu povo. O texto mostra que, no período colonial brasileiro, o Português, o Índio e o Negro formaram a base da população e que o patrimônio linguístico brasileiro é resultado da a) contribuição dos índios na escolarização dos brasileiros. b) diferença entre as línguas dos colonizadores e as dos indígenas. c) importância do padre Antônio Vieira para a literatura de língua portuguesa. d) origem das diferenças entre a língua portuguesa e as línguas tupi. e) interação pacífica no uso da língua portuguesa e da língua tupi. OC: Estudo do texto argumentativo, seus gêneros e recursos linguísticos: argumentação: tipo, gêneros e usos em língua portuguesa Competência 7, habilidade 22
54. Enem Texto 1 O Brasil sempre deu respostas rápidas através da solidariedade do seu povo. Mas a mesma força que nos motiva a ajudar o próximo deveria também nos motivar a ter atitudes cidadãs. Não podemos mais transferir a culpa para quem é vítima ou até mesmo para a própria natureza, como se essa seguisse a lógica humana. Sobram desculpas esfarrapadas e falta competência da classe política. Cartas. Istoé. 28 abr. 2010.
Texto 2 Não podemos negar ao povo sofrido todas as hipóteses de previsão dos desastres. Demagogos culpam os moradores; o governo e a prefeitura apelam para as pessoas saírem das áreas de risco e agora dizem que será c ompulsória a realocação. Então temos a realocar o Brasil inteiro! Criemos um serviço, similar ao SUS, com alocação obrigatória de recursos orçamentários com rede de atendimento preventivo, onde participariam arquitetos, engenheiros, geólogos. Bom ou mal, esse “SUS” organizaria brigadas nos locais. Nos casos da dengue, por exemplo, poderia verificar as condições de acontecer epidemias. Seriam boas ações preventivas.
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Carta do Lei tor. Carta Capital. 28 abr. 2010 (adaptado).
Os textos apresentados expressam opiniões de leitores acerca de relevante assunto para a sociedade brasileira. Os autores dos dois textos apontam para a a) necessidade de trabalho voluntário contínuo para a resolução das mazelas sociais. b) importância de ações preventivas para evitar catástrofes, indevidamente atribuídas aos políticos. c) incapacidade política para agir de forma diligente na resolução das mazelas sociais. d) urgência de se criarem novos órgãos públicos com as mesmas características do SUS. e) impossibilidade de o homem agir de forma eficaz ou preventiva diante das ações da natureza. OC: Estudo do texto argumentativo, seus gêneros e recursos linguísticos: argumentação: tipo, gêneros e usos em língua portuguesa Competência 7, habilidade 22
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53. E Ao mencionar a convivência, durante muito tempo, entre a língua portuguesa e o tupi, e citar Padre Vieira, cujo testemunho dá conta da convivência entre as famílias dos portugueses e dos indígenas, o autor aponta que o patrimônio linguístico brasileiro é resultado da interação pacífica entre as duas línguas, sendo que o tupi era falado entre essas famílias lusitanas e os meninos índios aprendiam o port uguês na escola. Nesta habilidade — Exige-se a capacidade interpretativa dos alunos. Embora não tenha sido empregada no texto a palavra pacífica, os estudantes terão possibilidade de assinalar a correta alternativa partindo do pressuposto que, se as duas línguas conviveram por muito tempo, se o tupi era a língua usada pelos bandeirantes e as famílias lusitanas falavam essa língua indígena e os índios aprendiam o português na escola, isso só pode apontar uma convivência pacífica entre a língua portuguesa e o tupi. Um ponto importante a mencionar é que, embora o enunciado da questão comente que a identidade de uma nação está diretamente ligada à cultura de seu povo, o que pode direcionar o entendimento de que a habilidade trabalhada na questão seja a habilidade número 20 da matriz de referência do Enem ( Reconhecer a importância do patrimônio linguístico para a preservação da memória e da identidade nacional ), os alunos responderão à pergunta por meio da habilidade número 22 ( Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos linguísticos). Para ir além — Aproveite o momento para apresentar aos alunos considerações sobre a constituição do patrimônio linguístico brasileiro: História da língua no Brasil No início da colonização portuguesa no Brasil (a partir da descoberta, em 1500), o tupi (mais precisamente, o tupinambá, uma língua do litoral brasileiro da família tupi-guarani) foi usado como língua geral na colônia, ao lado do português, principalmente graças aos padres jesuítas que haviam estudado e difundido a língua. Em 1757, a utilização do tupi foi proibida por uma Provisão Real. Tal medida foi possível porque, a essa altura, o tupi já estava sendo suplantado pelo português, em virtude da chegada de muitos imigrantes da metrópole. Com a expulsão dos jesuítas em 1759, o português fixou-se definitivamente como o idioma do Brasil. Das línguas indígenas, o português herdou palavras ligadas à flora e à fauna ( abacaxi , mandioca , caju , tatu , piranha ), bem como nomes próprios e geográficos. Com o fluxo de escravos trazidos da África, a língua falada na colônia recebeu novas contribuições. A influência africana no português do Brasil, que em alguns casos chegou também à Europa, veio principalmente do iorubá, falado pelos negros vindos da Nigéria (vocabulário ligado à religião e à cozinha afro-brasileiras), e do quimbundo angolano (palavras como caçula , moleque e samba ). Um novo afastamento entre o português brasileiro e o europeu aconteceu quando a língua falada no Brasil colonial não acompanhou as mudanças ocorridas no falar português (principalmente por influência francesa) durante o século XVIII, mantendo-se fiel, basicamente, à maneira de pronunciar da época da descoberta. Uma reaproximação ocorreu entre 1808 e 1821, quando a família real portuguesa, em razão da invasão do país pelas tropas de Napoleão Bonaparte, transferiu-se para o Brasil com toda sua corte, ocasionando um reaportuguesamento intenso da língua falada nas grandes cidades. Após a independência (1822), o português falado no Brasil sofreu influências de imigrantes europeus que se instalaram no centro e sul do país. Isso explica certas modalidades de pronúncia e algumas mudanças superficiais de léxico que existem entre as regiões do Brasil, que variam de acordo com o fluxo migratório que cada uma recebeu. No século XX, a distância entre as variantes portuguesa e brasileira do português aumentou em razão dos avanços tecnológicos do período: não existindo um procedimento unificado para a incorporação de novos termos à língua, certas palavras passaram a ter formas diferentes nos dois países ( comboio e trem , autocarro e ônibus , pedágio e portagem ). Além disso, o individualismo e nacionalismo que caracterizam o movimento romântico do início do século intensificaram o projeto de criação de uma literatura nacional expressa na variedade brasileira da língua portuguesa, argumento retomado pelos modernistas que defendiam, em 1922, a necessidade de romper com os modelos tradicionais portugueses e privilegiar as peculiaridades do falar brasileiro. A abertura conquistada pelos modernistas consagrou literariamente a norma brasileira.
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Disponível em: . Acesso em: 30 jan. 2013.
54. C Os autores dos dois textos apontam para a incapacidade de o poder público agir de modo diligente na resolução de mazelas sociais. Tal posicionamento fica evidente, no texto 1 pela frase Sobram desculpas esfarrapadas e falta competência da classe política e, no texto 2, o autor sugere a criação de um serviço de atendimento para a população vítima dos desastres. Nesta habilidade — Exige-se dos alunos domínio de interpretação dos textos. É por meio disso que terão capacidade para reconhecer opiniões, pontos de vista e posicionamentos críticos presentes nos diferentes textos com os quais entram em contato no cotidiano.
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55. Enem O “politicamente correto” tem seus exageros, como chamar baixinho de “verticalmente prejudicado”, mas, no fundo, vem de uma louvável preocupação em não ofender os diferentes. É muito mais gentil chamar estrabismo de “idiossincrasia ótica” do que de vesguice. O linguajar brasileiro está cheio de expressões racistas e preconceituosas que precisam de uma correção, e até as várias denominações para bêbado (pinguço, bebo, pé de cana) poderiam ser substituídas por algo como “contumaz etílico”, para lhe poupar os sentimentos. O tratamento verbal dado aos negros é o melhor exemplo da condescendência que passa por tolerância racial no Brasil. Termos como “crioulo”, “negão” etc. são até considerados carinhosos, do tipo de carinho que se dá a inferiores, e, felizmente, cada vez menos ouvidos. “Negro” também não é mais correto. Foi substituído por afrodescendente, por influência dos afro-americans, num caso de colonialismo cultural positivo. Está certo. Enquanto o racismo que não quer dizer seu nome continua no Brasil, uma integração real pode começar pela linguagem. VERISSIMO, L. F. Peixe na cama. Diário de Pernambuco. 10 jun. 2006 (adaptado).
Ao comparar a linguagem cotidiana utilizada no Brasil e as exigências do comportamento “politicamente correto”, o autor tem a intenção de a) criticar o racismo declarado do brasileiro, que convive com a discriminação camuflada em certas expressões linguísticas. b) defender o uso de termos que revelam a despreocupação do brasileiro quanto ao preconceito racial, que inexiste no Brasil. c) mostrar que os problemas de intolerância racial, no Brasil, já estão superados, o que se evidencia na linguagem cotidiana. d) questionar a condenação de certas expressões consideradas “politicamente incorretas”, o que impede os falantes de usarem a linguagem espontaneamente. ANOTAÇÕES DE SALA
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e) sugerir que o país adote, além de uma postura linguística “politicamente correta”, uma política de convivência sem preconceito racial. OC : Estudo do texto argumentativo, seus gêneros e recursos linguísticos: argumentação: tipo, gêneros e usos em língua portuguesa Competência 7, habilidade 23
56. Enem A ética nasce u na polis grega com a pergunta pelos critérios que pudessem tornar possível o enfrentamento da vida com dignidade. Isto significa dizer que o ponto de partida da ética é a vida, a realidade humana, que, em nosso caso, é uma realidade de fome e miséria, de exploração e exclusão, de desespero e desencanto frente a um sentido da vida. É neste ponto que somos remetidos diretamente à questão da democracia, um projeto que se realiza nas relações da sociabilidade humana. Disponível em: . Acesso em: 3 maio 2009.
a) b) c) d) e)
O texto pretende que o leitor se convença de que a ética é a vivência da realidade das classes pobres, como mostra o fragmento “é uma realidade de fome e miséria”. ética é o cultivo dos valores morais para encontrar sentido na vida, como mostra o fragmento “de desespero e desencanto frente a um sentido da vida”. experiência democrática deve ser um projeto vivido na coletividade, como mostra o fragmento “um projeto que se realiza nas relações da sociabilidade humana”. experiência democrática precisa ser exercitada em benefício dos mais pobres, com base no fragmento “tornar possível o enfrentamento da vida com dignidade”. democracia é a melhor forma de governo para as classes menos favorecidas, como mostra o fragmento “É neste ponto que somos remetidos diretamente à questão da democracia”.
OC : Estudo do texto argumentativo, seus gêneros e recursos linguísticos: argumentação: tipo, gêneros e usos em língua portuguesa Competência 7, habilidade 23
55. E Luís Fernando Veríssimo sugere que o Brasil siga, além de uma postura linguística “politicamente correta”, uma política de convivência em que não haja preconceito racial. Isso pode ser confirmado na última linha do texto, que diz Enquanto o racismo que não quer dizer seu nome continua no Brasil, uma integração real pode começar pela linguagem. Nesta habilidade — É acionada a capacidade interpretativa dos alunos. Com boa capacidade leitora, eles identificarão qual o objetivo e a intenção pretendidos pelo autor, assim como os pontos de vista por ele defendidos. Comente a evolução do texto: em primeiro lugar, o autor faz ressalvas sobre o caráter muitas vezes exagerado da postura “politicamente correta”, no entanto destaca que a substituição de termos pejorativos surge da preocupação com o outro, da tentativa de não ofender pessoas com características estigmatizadas. Em seguida, comenta que no português há vários termos que necessitam dessa mudança. Para concluir, propõe que, além da postura linguística “politicamente correta”, o brasileiro adote uma política de convivência em que não haja racismo. Faça os alunos notarem o jogo de posições, concessões, ressalvas... nesse texto argumentativo, usadas para a construção de um encadeamento lógico na defesa de um ponto de vista. 56. C O autor procura convencer o leitor de que a experiência democrática precisa ser vivida na coletividade. Nas primeiras linhas do fragmento, explica onde e como se deu o nascimento da ética. Na sequência, a relaciona com a democracia. Nesta habilidade — É acionada a capacidade interpretativa dos alunos. Com boa capacidade leitora, eles identificarão qual o objetivo e a intenção pretendidos pelo autor, assim como os pontos de vista por ele defendidos.
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Teste complementar Enem O sedutor médio Vamos juntar Nossas rendas e expectativas de vida querida, o que me dizes? Ter 2, 3 filhos e ser meio felizes? VERISSIMO, L. F. Poesia numa hora dessas?! Rio de Janeiro: Objetiva, 2002.
No poema O sedutor médio, é possível reconhecer a presença de posições críticas a) nos três primeiros versos, em que “juntar expectativas de vida” significa que, juntos, os cônjuges poderiam viver mais, o que faz do casamento uma convenção benéfica. b) na mensagem veiculada pelo poema, em que os valores da sociedade são ironizados, o que é acentuado pelo uso do adjetivo “médio” no título e do advérbio “meio” no verso final. c) no verso “e ser meio felizes?”, em que “meio” é sinônimo de metade, ou seja, no casamento, apenas um dos cônjuges se sentiria realizado. d) nos dois primeiros versos, em que “juntar rendas” indica que o sujeito poético passa por dificuldades financeiras e almeja os rendimentos da mulher. e) no título, em que o adjetivo “médio” qualifica o sujeito poético como desinteressante ao sexo oposto e inábil em termos de conquistas amorosas. OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos: recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 7, habilidade 22
B O autor ironiza valores da sociedade ao empregar, logo no título do poema, o adjetivo médio, e o advérbio meio no último verso do poema — que relativiza a felicidade prometida. Nesta habilidade — São acionados conhecimentos acerca de recursos linguísticos para a composição de sentidos do texto. Os alunos precisam reconhecer que isso pode se dar por meio do emprego de certos vocábulos ao longo dos textos. Nesse caso, a posição crítica do autor em relação aos valores convencionais da sociedade é revelada pelo emprego de adjetivo e advérbio. Na construção de posições críticas, os autores nem sempre deixam explícitos seus pontos de vista. Muitas vezes isso acontece de forma sutil, exigindo, por parte do interlocutor, atenção a detalhes presentes no texto e sua consequente interpretação.
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LITERATURA 1. Enem Desde dezoito anos que o tal patriotismo lhe absorvia e por ele fizera a tolice de estudar inutilidades. Que lhe importavam os rios? Eram grandes? Pois que fossem... Em que lhe contribuiria para a felicidade saber o nome dos heróis do Brasil? Em nada... O importante é que ele tivesse sido feliz. Foi? Não. Lembrou-se das suas coisas de tupi, de folk-lore, das suas tentativas agrícolas... Restava disso tudo em sua alma uma satisfação? Nenhuma! Nenhuma! O tupi encontrou a incredulidade geral, o riso, a mofa, o escárnio; e levou-o à loucura. Uma decepção. E a agricultura? Nada. As terras não eram ferazes e ela não era fácil como diziam os livros. Outra decepção. E, quando seu patriotismo se fizera combatente, o que achara? Decepções. Onde estava a doçura de nossa gente? Pois ele não a viu combater como feras? Pois não a via matar prisioneiros, inúmeros? Outra decepção. A sua vida era uma decepção, uma série, melhor, um encadeamento de decepções. A pátria que quisera ter era um mito; um fantasma criado por ele no silêncio de seu gabinete. BARRETO, L. Triste fim de Policarpo Quaresma. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 8 nov. 2011.
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O romance Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, foi publicado em 1911. No fragmento destacado, a reação do personagem aos desdobramentos de suas iniciativas patrióticas evidencia que a) a dedicação de Policarpo Quaresma ao conhecimento da natureza brasileira levou-o a estudar inutilidades, mas possibilitou-lhe uma visão mais ampla do país. b) a curiosidade em relação aos heróis da pátria levou-o ao ideal de prosperidade e democracia que o personagem encontra no contexto republicano. c) a construção de uma pátria a partir de elementos míticos, como a cordialidade do povo, a riqueza do solo e a pureza linguística, conduz à frustração ideológica. d) a propensão do brasileiro ao riso, ao escárnio, justifica a reação de decepção e desistência de Policarpo Quaresma, que prefere resguardar-se em seu gabinete. e) a certeza da fertilidade da terra e da produção agrícola incondicional faz parte de um projeto ideológico salvacionista, tal como foi difundido na época do autor.
OC: Estudo do texto literário: relações entre produção literária e processo social, concepções artísticas, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 5, habilidade 16
2. Enem Depois de um bom jantar: feijão com carne-seca, orelha de porco e couve c om angu, arroz-mole engordurado, carne de vento assada no espeto, torresmo enxuto de toicinho da barriga, viradinho de milho verde e um prato de caldo de couve, jantar encerrado por um prato fundo de canjica com torrões de açúca r, Nhô Tomé saboreou o café forte e se estendeu na rede. A mão direita sob a cabeça, a guisa de travesseiro, o indefectível cigarro de palha entre as pontas do indicador e do polegar, envernizados pela fumaça, de unhas encanoadas e longas, ficou-se de pança para o ar, modorrento, a olhar para as ripas do telhado. Quem come e não deita, a comida não aproveita, pensava Nhô Tomé... E pôs-se a cochilar. A sua modorra durou pouco; Tia Policena, ao passar pela sala, bradou assombrada: — Êêh! Sinhô! Vai drumi agora? Não! Num presta... Dá pisadera e pode morre de ataque de cabeça! Despois do armoço num far-má... mais despois da janta?!” Cornélio Pires. Conversas ao pé do fogo . São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 1987.
Nesse trecho, extraído de texto publicado originalmente em 1921, o narrador a) apresenta, sem explicitar juízos de valor, costumes da época, descrevendo os pratos servidos no jantar e a atitude de Nhô Tomé e de Tia Policena. b) desvaloriza a norma culta da língua porque incorpora à narrativa usos próprios da linguagem regional das personagens. c) condena os hábitos descritos, dando voz à Tia Policena, que tenta impedir Nhô Tomé de deitar-se após as refeições. d) utiliza a diversidade sociocultural e linguística para demonstrar seu desrespeito às populações das zonas rurais do início do século XX. e) manifesta preconceito em relação à Tia Policena ao transcrever a fala dela com os erros próprios da região. OC: Estudo do texto literário: relações entre produção literária e processo social, concepções artísticas, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 5, habilidade 16
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1. C Policarpo Quaresma, ao realizar um balanço de forma amargurada a respeito de suas ações patrióticas, como querer saber nome de rios e de heróis nacionais, percebe que todas acarretaram frustração e desengano, posto serem baseadas em ideias irreais, míticas, que nutria sobre sua nação e seu povo. Comente com os alunos que o desencontro entre o ideal e o real perpassa toda a obra Triste Fim de Policarpo Quaresma. Batizado por Oliveira Lima como o “Quixote brasileiro”, sobre ele escreveu Alfredo Bosi, em sua História Concisa da Literatura Brasileira: ... tem Policarpo algo de quixotesco, e o autor soube explorar os efeitos cômicos que todo o quixotismo deve fatalmente produzir, ao lado do patético que fatalmente acompanha a boa fé armada. Nesta habilidade — A leitura e interpretação do fragmento se sobrepõem ao conhecimento da obra como um todo ou do movimento literário do qual Lima Barreto fez parte. A “frustração ideológica” mencionada na alternativa correta pode ser observada, por exemplo, nos trechos Em que lhe contribuiria para a felicidade saber o nome dos heróis do Brasil? Em nada... O importante é que ele tivesse sido feliz. Foi? Não; E, quando seu patriotismo se fizera combatente, o que achara? Decepções ; A sua vida era uma decepção, uma série, melhor, um encadeamento de decepções. Não raro a leitura atenta dos trechos reproduzidos nas questões e dos enunciados dá subsídios suficientes para que se chegue à resposta correta. Tecnologia — No portal os alunos podem acessar mais informações sobre a obra Triste Fim de Policarpo Quaresma. Biblioteca — Indique aos alunos vídeo sobre vida e obra de Lima Barreto produzido pela TV Escola, da Série Mestres da Literatura, disponível no portal.
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2. A Na exposição dos hábitos de Nhô Tomé e Tia Policena, o narrador mostra-se isento de julgamentos, tanto em relação ao conteúdo quanto à linguagem. O autor Cornélio Pires, também conhecido como “Bandeirante da música caipira”, promoveu a música, linguagem e cultura geral relacionada ao “caipira” — daí a descrição de certos elementos ligados ao universo caipira no trecho reproduzido de sua obra. Nesta habilidade — Novamente a capacidade leitora dos alunos s e sobressai em relação a conhecimentos de características do autor e do contexto histórico e cultural em que a obra foi produzida. Teste complementar Enem Narizinho correu os olhos pela assistência. Não podia haver nada mais curioso. Besourinhos de fraque e flores na lapela conversavam com baratinhas de mantilha e miosótis nos cabelos. Abelhas douradas, verdes e azuis, falavam mal das vespas de cintura fina — achando que era exagero usarem coletes tão apertados. Sardinhas aos centos criticavam os cuidados excessivos que as borboletas de toucados de gaze tinham com o pó das suas asas. Mamangavas de ferrões amarrados para não morderem. E canários cantando, e beija-flores beijando flores, e camarões camaronando, e caranguejos caranguejando, tudo que é pequenino e não morde, pequeninando e não mordendo. LOBATO, Monteiro. Reinações de Narizinho. São Paulo: Brasiliense, 1947.
No último período do trecho, há uma série de verbos no gerúndio que contribuem para caracterizar o ambiente fantástico descrito. Expressões como “camaronando”, “caranguejando” e “pequeninando e não mordendo” criam, principalmente, efeitos de a) esvaziamento de sentido. d) interrupção dos movimentos. b) monotonia do ambiente. e) dinamicidade do cenário. c) estaticidade dos animais. OC: Estudo do texto literário: relações entre produção literária e processo social, concepções artísticas, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 5, habilidade 16
E A sequência de verbos no gerúndio confere dinamicidade ao cenário. Criados com base em substantivos e adjetivos, os neologismos camaronando, caranguejando e pequeninando, além de outros verbos também no gerúndio, criam um cenário dinâmico, movimentado.
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3. Enem Isto Dizem que finjo ou minto Tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto Com a imaginação. Não uso o coração. Tudo o que sonho ou passo O que me falha ou finda, É como que um terraço Sobre outra coisa ainda. Essa coisa é que é linda. Por isso escrevo em meio Do que não está ao pé, Livre do meu enleio, Sério do que não é. Sentir? Sinta quem lê! PESSOA, F. Poemas escolhidos. São Paulo: Globo, 1997.
Fernando Pessoa é um dos poetas mais extraordinários do século XX. Sua obsessão pelo fazer poético não encontrou limites. Pessoa viveu mais no plano criativo do que no plano concreto, e criar foi a grande finalidade de sua vida. Poeta da “Geração Orfeu”, assumiu uma atitude irreverente. Com base no texto e na temática do poema Isto, conclui-se que o autor a) revela seu conflito emotivo em relação ao processo de escritura do texto. b) considera fundamental para a poesia a influência dos fatos sociais. c) associa o modo de composição do poema ao estado de alma do poeta. d) apresenta a concepção do Romantismo quanto à expressão da voz do poeta. e) separa os sentimentos do poeta da voz que fala no texto, ou seja, do eu lírico.
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OC: Estudo do texto literário: relações entre produção literária e processo social, concepções artísticas, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 5, habilidade 16
4.
Enem Namorados O rapaz chegou-se para junto da moça e disse: — Antônia, ainda não me acostumei com o seu [corpo, com a sua cara. A moça olhou de lado e esperou. — Você não sabe quando a gente é criança e de [repente vê uma lagarta listrada? A moça se lembrava: — A gente fica olhando... A meninice brincou de novo nos olhos dela. O rapaz prosseguiu com muita doçura: — Antônia, você parece uma lagarta listrada. A moça arregalou os olhos, fez exclamações. O rapaz concluiu: — Antônia, você é engraçada! Você parece louca. Manuel Bandeira. Poesia completa & prosa . Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1985.
No poema de Bandeira, importante representante da poesia modernista, destaca-se como característica da escola literária dessa época a) a reiteração de palavras como recurso de construção de rimas ricas. b) a utilização expressiva da linguagem falada em situações do cotidiano. c) a criativa simetria de versos para reproduzir o ritmo do tema abordado. d) a escolha do tema do amor romântico, caracterizador do estilo literário dessa época. e) o recurso ao diálogo, gênero discursivo típico do Realismo. OC: Estudo do texto literário: relações entre produção literária e processo social, concepções artísticas, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 5, habilidade 16
3. E No poema Isto o poeta dialoga com o eu lírico, relativiza a expressão puramente emocional ( Eu simplesmente sinto / com a imaginação. / Não uso o coração.) enquanto faz um contraponto com o poeta em sua interlocução com o leitor (Sentir? Sinta quem lê). Em Pessoa, o poeta usa a poesia como expressão da diversidade de personas que habitam seu fazer poético. Atente os alunos para o fato de que, em Fernando Pessoa, se deve explorar o conceito de heteronímia (heteros = diferente + ónoma = nome) — o estudo dos heterônimos, ou seja, autores fictícios que possuem personalidade, em oposição aos pseudônimos. Nesse contexto, o autor assume outras personalidades, como se fossem pessoas reais. Fernando Pessoa criou heterônimos como Ricardo Reis, Álvaro de Campos, Alberto Caeiro, e um semi-heterônimo, Bernardo Soares, entre outros, cada qual com características específicas. Nesta habilidade — É necessário que os estudantes tenham conhecimento acerca da obra de Fernando Pessoa e suas especificidades. O procedimento de construção textual por meio de heterônimos torna a obra desse poeta única, singular. Tecnologia — No portal os alunos podem acessar animação a respeito de heterônimos do poeta lusitano Fern ando Pessoa. Biblioteca — Documentário O Poeta Fingidor . Produção de Claufe Rodrigues, Editora Globo, com 65 minutos. 4. B Aspectos da estética modernista, como a utilização de linguagem coloquial e temática cotidiana, são evidentes no poema de Manuel Bandeira. Exemplos de traços da linguagem coloquial brasileira são construções como sabe quando? e o emprego de a gente. É importante reforçar a compreensão das características do Modernismo — verso livre, linguagem despojada, ruptura com vocabulário formal e sintaxe portuguesa, introdução de assuntos prosaicos, aproximação da poesia com a prosa (e vice-versa), abandono de formas poéticas consagradas, extravasamento, simultaneidade, polifonia etc. Lembre-os de que a poesia de Manuel Bandeira enquadra-se na primeira fase do Modernismo (1922-1930), caracterizada por ruptura, radicalismo estético e atualização da linguagem formal e poética. Nesta habilidade — Exigem-se dos alunos conhecimentos a respeito das características do movimento modernista. Eles precisam saber que os modernistas buscavam uma língua brasileira, com desprezo ao rigor das regras gramaticais, sobretudo daquelas determinadas pela gramática portuguesa, e que os moder nistas procuraram aproximar a linguagem literária escrita da linguagem falada pelos brasileiros. Aqui, é importante que os alunos reconheçam concepções artísticas do movimento em questão e saibam encontrá-las no texto reproduzido. Biblioteca — Curta-metragem O Habitante de Pasárgada, sobre o poeta Manuel Bandeira, dirigido pelo escritor Fernando Sabino, com 10 minutos.
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Teste complementar Enem Erro de português Quando o português chegou Debaixo de uma bruta chuva Vestiu o índio Que pena! Fosse uma manhã de Sol O índio tinha despido O português. ANDRADE, Oswald de. Poesias reunidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.
O primitivismo observável no poema de Oswald de Andrade caracteriza de forma marcante a) o regionalismo do Nordeste. d) o simbolismo pré-modernista. b) o concretismo paulista. e) o tropicalismo baiano. c) a poesia pau-brasil. OC: Estudo do texto literário: relações entre produção literária e processo social, concepções artísticas, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 5, habilidade 16
C Constituinte central da poética modernista, o primitivismo presente no poema de Oswald de Andrade caracteriza a poesia pau-brasil, cujo manifesto foi redigido pelo próprio poeta.
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5. Enem Estrada Esta estrada onde moro, entre duas v oltas do [caminho, Interessa mais que uma avenida urbana. Nas cidades todas as pessoas se parecem. Todo mundo é igual. Todo mundo é toda a gente. Aqui, n ão: sen te- se bem que cad a um tr az a [sua alma. Cada criatura é única. Até os c ães. Estes cães da roça parecem homens de [negócios: Andam sempre preocupados. E quanta gente vem e vai! E tudo tem aquele caráter impressivo que faz [meditar: Enterro a pé ou a carrocinha de leite puxada [por um bodezinho manhoso. Nem falta o murmúrio da água, para sugerir, [pela voz dos símbolos, Que a vida passa! que a vida passa! E que a mocidade vai acabar. BANDEIRA, M. O ritmo dissoluto. Rio de Janeiro: Aguilar, 1967.
A lírica de Manuel Bandeira é pautada na apreensão de significados profundos a partir de elementos do cotidiano. No poema Estrada, o lirismo presente no contraste entre campo e cidade aponta para a) o desejo do eu lírico de resgatar a movimentação dos centros urbanos, o que revela sua nostalgia com relação à cidade. b) a percepção do caráter efêmero da vida, possibilitada pela observação da aparente inércia da vida rural. c) a opção do eu lírico pelo espaço bucólico como possibilidade de meditação sobre a sua juventude. d) a visão negativa da passagem do tempo, visto que esta gera insegurança. e) a profunda sensação de medo gerada pela reflexão acerca da morte. OC: Estudo do texto literário: relações entre produção literária e processo social, concepções artísticas, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 5, habilidade 17
6. Enem No decênio de 1870, Franklin Távora defendeu a tese de que no Brasil havia duas literaturas independentes dentro da mesma língua: uma do Norte e outra do Sul, regiões segundo ele muito diferentes por formação histórica, composição étnica, costumes, modismos linguísticos etc. Por isso, deu aos romances regionais que publicou o título geral de Literatura do Norte. Em nossos dias, um escritor gaúcho, Viana Moog, procurou mostrar com bastante engenho que no Brasil há, em verdade, literaturas setoriais diversas, refletindo as características locais.
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CANDIDO, A. A nova narrativa. A educação pela noite e outros ensaios . São Paulo: Ática, 2003.
Com relação à valorização, no romance regionalista brasileiro, do homem e da paisagem de determinadas regiões nacionais, sabe-se que a) o romance do Sul do Brasil se caracteriza pela temática essencialmente urbana, colocando em relevo a formação do homem por meio da mescla de características locais e dos aspectos culturais trazidos de fora pela imigração europeia. b) José de Alencar, representante, sobretudo, do romance urbano, retrata a temática da urbanização das cidades brasileiras e das relações conflituosas entre as raças. c) o romance do Nordeste caracteriza-se pelo acentuado realismo no uso do vocabulário, pelo temário local, expressando a vida do homem em face da natureza agreste, e assume frequentemente o ponto de vista dos menos favorecidos. d) a literatura urbana brasileira, da qual um dos expoentes é Machado de Assis, põe em relevo a formação do homem brasileiro, o sincretismo religioso, as raízes africanas e indígenas que caracterizam o nosso povo. e) Érico Veríssimo, Rachel de Queiroz, Simões Lopes Neto e Jorge Amado são romancistas das décadas de 30 e 40 do século XX, cuja obra retrata a problemática do homem urbano em confronto com a modernização do país promovida pelo Estado Novo. OC: Estudo do texto literário: relações entre produção literária e processo social, concepções artísticas, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 5, habilidade 15
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5. B O eu lírico retoma a tradicional oposição conceitual entre campo e cidade, considerando-o como superior a ela. Mais vagarosos, os elementos da vida no interior, por simples que pareçam em comparação com os do mundo metropolitano, estimulam o eu lírico a refletir sobre a existência humana — tudo tem aquele caráter impressivo que faz meditar —, levando-o a perceber a brevidade da vida (Que a vida passa! Que a vida passa!). Sua sabedoria é dada pela observação direta da vida. A clássica oposição campo/ cidade e a exposição do homem a um tempo externo rítmico — em harmonia com a natureza, próximo da terra — traz reflexão sobre as prioridades do viver humano e sobre a brevidade da existência. Tendo a temática da morte um espaço constante na obra de Manuel Bandeira, devido à sua condição de saúde, aqui se vê o quanto essa temática se universaliza. O homem, consciente de sua efemeridade, busca compreender o sentido da existência, fruto de sua meditação e contemplação. Nesta habilidade — Exige-se capacidade interpretativa do poema. Nesse caso, a linguagem simples dos versos de Manuel Bandeira facilita sua compreensão. Os alunos precisam se atentar que a percepção do eu lírico quanto ao caráter efêmero da vida pode ser observada em Nem falta o murmúrio da água, para sugerir, pela voz / dos símbolos, / Que a vida passa! Que a vida passa! / E que a mocidade vai acabar , e que essa percepção é viabilizada por meio da observação da vida no ambiente rural, expresso em E tudo tem aquele caráter impressivo que faz meditar . 6. C Na literatura brasileira, o regionalismo aparece em diversos momentos, com variações estilísticas e temáticas. O romance do Nordeste explora aspectos linguísticos regionais e retrata a miséria — registro realista da luta do homem contra a natureza inóspita — e a opressão social sofrida pelo sertanejo. Há vários regionalismos na literatura brasileira. Em linhas gerais, toda vez que se puder distinguir uma região, pela sua peculiaridade, do restante do país, e nessa mesma região se identificar uma literatura que permite a representação da singularidade topográfica, política ou cultural do local, então haverá regionalismo. No caso da chamada Literatura do Norte, a vida dura de seus habitantes é constantemente enfocada, além de se reproduzir nos livros a fala comum de seus habitantes. Exemplos dessa literatura são os livros Vidas Secas, de Graciliano Ramos, e Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto. Nesta habilidade — Para que os alunos sejam capazes de relacionar as concepções artísticas aos procedimentos de construção de determinado texto literário, devem ativar seus conhecimentos prévios acerca de aspectos gerais da produção literária brasileira. Nesse caso, é fundamental reconhecer os mais significativos romances regionais, bem como suas principais características.
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Teste complementar Enem — Érico Veríssimo relata, em suas memórias, um episódio da adolescência que teve influência significativa em sua carreira de escritor. Lembro-me de que certa noite — eu teria uns catorze anos, quando muito — encarregaram-me de segurar uma lâmpada elétrica à cabeceira da mesa de operações, enquanto um médico fazia os primeiros curativos num pobre-diabo que soldados da Polícia Municipal haviam “carneado”. (...) Apesar do horror e da náusea, continuei firme onde estava, talvez pensando assim: se esse caboclo pode aguentar tudo isso sem gemer, por que não hei de poder ficar segurando esta lâmpada para ajudar o doutor a costurar esses talhos e salvar essa vida? (...) Desde que, adulto, comecei a escrever romances, tem-me animado até hoje a ideia de que o menos que o escritor pode fazer, numa época de atrocidades e injustiças como a nossa, é acender a sua lâmpada, fazer luz sobre a realidade de seu mundo, evitando que sobre ele caia a escuridão, propícia aos ladrões, aos assassinos e aos tiranos. Sim, segurar a lâmpada, a despeito da náusea e do horror. Se não tivermos uma lâmpada elétrica, acendamos o nosso toco de vela ou, em último caso, risquemos fósforos repetidamente, como um sinal de que não desertamos nosso posto. VERÍSSIMO, Érico. Solo de clarineta. Tomo I. Porto Alegre: Globo, 1978.
Nesse texto, por meio da metáfora da lâmpada que ilumina a escuridão, Ér ico Veríssimo define como uma das funções do escritor e, por extensão, da literatura: a) criar a fantasia. d) criar o belo. b) permitir o sonho. e) fugir da náusea. c) denunciar o real. OC: Estudo do texto literário: relações entre produção literária e processo social, concepções artísticas, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 5, habilidade 16
C Para Érico Veríssimo, a função do escritor e da literatura é denunciar o real. Essa visão está clara no trecho Desde que, adulto, comecei a escrever romances, tem-me animado até hoje a ideia de que o menos que o escritor pode fazer, numa época de atrocidades e injustiças como a nossa, é acender a sua lâmpada, fazer luz sobre a realidade de seu mundo, evitando que sobre ele caia a escuridão, propícia aos ladrões, aos assassinos e aos tiranos.
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7. Enem Quem é pobre, pouco se apega, é um giro-o-giro no vago dos gerais, que nem os pássaros de rios e lagoas. O senhor vê: o Zé-Zim, o melhor meeiro meu aqui, risonho e habilidoso. Pergunto: — Zé-Zim, por que é que você não cria galinhas-d’angola, como todo o mundo faz? — Quero criar nada não... — me deu resposta: — Eu gosto muito de mudar... [...] Belo um dia, ele tora. Ninguém discrepa. Eu, tantas, mesmo digo. Eu dou proteção. [...] Essa não faltou também à minha mãe, quando eu era menino, no sertãozinho de minha terra. [...] Gente melhor do lugar eram todos dessa família Guedes, Jidião Guedes; quando saíram de lá, nos trouxeram junto, minha mãe e eu. Ficamos existindo em território baixio da Sirga, da outra banda, ali onde o de-Janeiro vai no São Francisco, o senhor sabe. ROSA, J. G. Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: José Olympio. (fragmento).
Na passagem citada, Riobaldo expõe uma situação decorrente de uma desigualdade social típica das áreas rurais brasileiras marcadas pela concentração de terras e pela relação de dependência entre agregados e fazendeiros. No texto, destaca-se essa relação porque o personagem-narrador a) relata a seu interlocutor a história de Zé-Zim, demonstrando sua pouca disposição em ajudar seus agregados, uma vez que superou essa condição graças à sua força de trabalho. b) descreve o processo de transformação de um meeiro — espécie de agregado — em proprietário de terra. c) denuncia a falta de compromisso e a desocupação dos moradores, que pouco se envolvem no trabalho da terra. d) mostra como a condição material da vida do sertanejo é dificultada pela sua dupla condição de homem livre e, ao mesmo tempo, dependente. e) mantém o distanciamento narrativo condizente com sua posição social, de proprietário de terras. OC: Estudo do texto literário: relações entre produção literária e processo social, concepções artísticas, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 5, habilidade 15 ANOTAÇÕES DE SALA
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8. Enem Texto I Logo depois transferiram para o trapiche o depósito dos objetos que o trabalho do dia lhes proporcionava. Estranhas coisas entraram então para o trapiche. Não mais estranhas, porém, que aqueles meninos, moleques de todas as cores e de idades as mais variadas, desde os nove aos dezesseis anos, que à noite se estendiam pelo assoalho e por debaixo da ponte e dormiam, indiferentes ao vento que circundava o casarão uivando, indiferentes à chuva que muitas vezes os lavava, mas com os olhos puxados para as luzes dos navios, com os ouvidos presos às canções que vinham das embarcações... AMADO, J. Capitães de Areia. São Paulo: Companhia das Letras, 2008 (fragmento).
Texto II À margem esquerda do rio Belém, nos fundos do mercado de peixe, ergue-se o velho ingazeiro — ali os bêbados são felizes. Curitiba os considera animais sagrados, provê as suas necessidades de cachaça e pirão. No trivial contentavam-se com as sobras do mercado. TREVISAN, D. 35 noites de paixão: contos escolhidos. Rio de Janeiro: BestBolso, 2009 (fragmento).
Sob diferentes perspectivas, os fragmentos citados são exemplos de uma abordagem literária recorrente na literatura brasileira do século XX. Em ambos os textos, a) a linguagem afetiva aproxima os narradores dos personagens marginalizados. b) a ironia marca o distanciamento dos narradores em relação aos personagens. c) o detalhamento do cotidiano dos personagens revela a sua origem social. d) o espaço onde vivem os personagens é uma das marcas de sua exclusão. e) a crítica à indiferença da sociedade pelos marginalizados é direta. OC: Estudo do texto literário: relações entre produção literária e processo social, concepções artísticas, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 5, habilidade 17
7. D Ressalte-se que as condições de “meeiro” e “agregado” não são similares, como faz pensar o enunciado dessa questão; este mantém com o fazendeiro uma relação de favor, enquanto aquele tem uma relação comercial. A alternativa D traz uma interpretação possível para o trecho de Grande Sertão: Veredas, em que mostra a situação de dependência do sertanejo em relação ao proprietário da terra — o fazendeiro —, mesmo sendo um trabalhador livre. O narrador Riobaldo, nesse fragmento da obra, pensa a respeito da relação existente entre os proprietários de terras e seus empregados, com base na situação do trabalhador Zé-Zim e na própria história de sua família. Os dois experimentaram a mesma vivência de nomadismo, estabelecida tanto por decisão própria (Eu gosto muito de mudar ) quanto pela relação de dependência com os donos da terra (quando [os Guedes] saíram de lá, nos trouxeram junto, minha mãe e eu). Nesta habilidade — A relação entre o texto e o contexto se dá por meio da apresentação de uma situação particular vivida pelo narrador-personagem. Essa situação, ao ser introduzida pela generalização quem é pobre, pouco se apega, é um giro-o-giro no vago dos gerais, torna-se mais abrangente, revelando aspectos do contexto histórico e social em que a obra está inserida. Biblioteca — Indique aos alunos vídeo sobre vida e obra do escritor Guimarães Rosa, produzido pela TV Escola e disponível no portal. 8. D Tanto o trapiche abandonado e posteriormente ocupado pelos capitães da areia, como o velho ingazeiro, à margem esquerda do rio Belém, em Curitiba, são espaços onde vivem personagens marginalizados. Esses locais são índices da exclusão social, seja dos meninos abandonados, do livro de Jorge Amado, seja dos bêbados, no fragmento de Dalton Trevisan. Há nesses exemplos contextualização espacial de camadas marginalizadas da sociedade. No fragmento de Capitães da Areia, o trapiche em que moram os meninos abandonados é descrito como um depósito de coisas; no trecho de Dalton Trevisan, os animais sagrados vivem no fundo do mercado de peixe, num espaço de despejo. Nesta habilidade — Os valores sociais e humanos, nesse caso, ficam evidentes na retratação de uma condição marginal, de exclusão social — característica comum aos romances urbanos do século XX (neorrealistas). O espaço que os personagens ocupam caracteriza sua condição marginal, periférica.
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Teste complementar Cefet-SP (Adaptado) — Leia o texto para responder à questão. O Santa Fé ficava encravado no engenho do meu avô. As terras do Santa Rosa andavam léguas e léguas de norte a sul. O velho Paulino tinha este gosto: o de perder a vista nos seus domínios. Gostava de descansar os olhos em horizontes que fossem seus. Tudo o que tinha era para comprar terras e mais terras. Herdara o Santa Rosa pequeno, e fizera dele um reino, rompendo os seus limites para compra de propriedades anexas. Acompanhava o Paraíba com as várzeas extensas e entrava de caatinga adentro. Ia encontrar as divisas de Pernambuco nos tabuleiros de Pedra de Fogo. Tinha mais de três léguas, de estrema a estrema. [...] Tinha para mais de quatro mil almas debaixo de sua proteção. Senhor feudal ele foi, mas os seus párias não traziam a servidão como um ultraje. O Santa Fé, porém, resistira a essa fome de latifúndio. [...] O Santa Rosa crescera a seu lado, fora ganhar outras posses contornando as suas encostas. Ele não aumentara um palmo nem um palmo diminuíra. Os seus marcos de pedra estavam ali nos mesmos lugares de que falavam os papéis. Não se sentiam, porém, rivais o Santa Fé e o Santa Rosa. Era como se fossem dois irmãos muito amigos, que tivessem recebido de Deus uma proteção de mais ou uma proteção de menos. Coitado do Santa Fé! Já o conheci de fogo morto. Uma desolação de fim de vida, de ruína, que dá à paisagem rural uma melancolia de cemitério abandonado. [...] Ao lado da prosperidade e da riqueza do meu avô, eu vira ruir, até no prestígio de sua autoridade, aquele simpático velhinho que era o Coronel Lula de Holanda, com o seu Santa Fé caindo aos pedaços. Todo barbado, como aqueles velhos dos álbuns de retratos antigos, sempre que saía de casa era de cabriolé e de casimira preta. A sua vida parecia um mistério. Não plantava um pé de cana e não pedia um tostão emprestado a ninguém. José Lins do Rego. Menino de engenho.
À vista das características do fragmento, é correto concluir que a obra se inscreve no a) Realismo, compondo um retrato da decadência de valores escravocratas, com fundamento na análise psicológica do homem. b) Naturalismo, tratando o meio hostil da perspectiva determinista, como responsável pela falência das instituições e dos valores humanos. c) Regionalismo de 30, destacando em sua temática tensões socioeconômicas do Nordeste do país. d) Simbolismo, incluindo entre suas teses a concepção de mundo baseada na divisão do ser humano entre matéria e espírito. e) Pré-Modernismo, centrando sua temática na concentração do poder conhecida como “política do café com leite”. OC: Estudo do texto literário: relações entre produção literária e processo social, concepções artísticas, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 5, habilidade 16
C A obra insere-se no Regionalismo de 30, em que o autor trata das tensões socioeconômicas do Nordeste brasileiro: a prosperidade dos grandes latifundiários em contraste com a pobreza de pequenos e médios produtores rurais.
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9. Enem Confidência do Itabirano Alguns anos vivi em Ita bira. Principalmente nasci em Itabira. Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro. Noventa por cento de ferro nas calçadas. Oitenta por cento de ferro nas almas. E esse alheamento do que na vida é [porosidade e comunicação. A vontade de amar, que me paralisa o trabalho, vem de Itabira, de suas noites brancas, sem [mulheres e sem horizontes. E o hábito de sofrer, que tanto me diverte, é doce herança itabirana. De Itabira trouxe prendas diversas que ora te [ofereço: esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil, este São Benedito do velho santeiro [Alfredo Duval; este couro de anta, estendido no sofá da [sala de visitas; este orgulho, esta cabeça baixa... Tive ouro, tive gado, tive fazendas. Hoje sou funcionário público. Itabira é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói! ANDRADE, C. D. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003.
Carlos Drummond de Andrade é um dos expoentes do movimento modernista brasileiro. Com seus poemas, penetrou fundo na alma do Brasil e trabalhou poeticamente as inquietudes e os dilemas humanos. Sua poesia é feita de uma relação tensa entre o universal e o particular, como se percebe claramente na construção do poema Confidência do Itabirano . Tendo em vista os procedimentos de construção do texto literário e as concepções artísticas modernistas, conclui-se que o poema acima a) representa a fase heroica do modernismo, devido ao tom contestatório e à utilização de expressões e usos linguísticos típicos da oralidade. b) apresenta uma característica importante do gênero lírico, que é a apresentação objetiva de fatos e dados históricos. c) evidencia uma tensão histórica entre o “eu” e a sua comunidade, por intermédio de imagens que representam a forma como a sociedade e o mundo colaboram para a constituição do indivíduo. 8 7
ANOTAÇÕES DE SALA
d) critica, por meio de um discurso irônico, a posição de inutilidade do poeta e da poesia em comparação com as prendas resgatadas de Itabira. e) apresenta influências românticas, uma vez que trata da individualidade, da saudade da infância e do amor pela terra natal, por meio de recursos retóricos pomposos. OC: Estudo do texto literário: relações entre produção literária e processo social, concepções artísticas, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 5, habilidade 16
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10. Enem Prima Julieta Prima Julieta irradiava um fascínio singular. Era a feminilidade em pessoa. Quando a conheci, sendo ainda garoto e já sensibilíssimo ao charme feminino, teria ela uns trinta ou trinta e dois anos de idade. Ape nas pel o seu and ar perce bia -se que era uma deusa, diz Virgílio de outra mulher. Prima Julieta caminhava em ritmo lento, agitando a cabeça para trás, remando os belos braços brancos. A cabeleira loura incluía reflexos metálicos. Ancas poderosas. Os olhos de um verde a zulado borboleteavam. A voz rouca e ácida, em dois planos: voz de pessoa da alta sociedade. MENDES, M. A idade do serrote. Rio de Janeiro: Sabiá, 1968.
Entre os elementos constitutivos dos gêneros, está o modo como se organiza a própria composição textual, tendo-se em vista o objetivo de seu autor: narrar, descrever, argumentar, explicar, instruir. No trecho, reconhece-se uma sequência textual a) explicativa, em que se expõem informações objetivas referentes à prima Julieta. b) instrucional, em que se ensina o comportamento feminino, inspirado em prima Julieta. c) narrativa, em que se contam fatos que, no decorrer do tempo, envolvem prima Julieta. d) descritiva, em que se constrói a imagem de prima Julieta a partir do que os sentidos do enunciador captam. e) argumentativa, em que se defende a opinião do enunciador sobre prima Julieta, buscando-se a adesão do leitor a essas ideias. OC: Estudo do texto literário: relações entre produção literária e processo social, concepções artísticas, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 5, habilidade 16
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9. C O eu lírico do poema evidencia as marcas de seu meio de origem — Alguns anos vivi em Itabira / Principalmente nasci em Itabira / Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro. Retrata a cidade de Itabira (MG), região produtora de minério de ferro (Noventa por cento de ferro nas calçadas ) e mostra como o ambiente externo influencia o humano ( Oitenta por cento de ferro nas almas). Assim como o ambiente, o eu lírico se mostra duro, ‘de ferro’ (E o hábito de sofrer, que tanto me diverte, / é doce herança itabirana). Assim, o poema traz uma crítica reflexiva sobre a influência do meio externo (social) sobre o indivíduo. Confidência de Itabirano traça um paralelo entre a situação passada e presente do eu lírico, antes uma vida rural, interiorana, e hoje urbana, como funcionário público. Ao interlocutor ele oferece o que traz de sua origem — De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço: / esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil, / este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval; / este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas; / este orgulho, esta cabeça baixa... Sua Itabira é ao mesmo tempo uma memória, distante no tempo (Itabira é apenas uma fotografia na parede), e uma presença emotiva atemporal e constante (Mas como dói!). Nesta habilidade — A compreensão de que as produções de cada período literário apresentam caracter ísticas recorrentes é fundamental para que o aluno seja capaz de relacionar as concepções artísticas aos procedimentos de construção de determinado texto literário. Nesse caso, reconhecer que a universalização do particular é própria do período Modernista facilita a identificação da alternativa correta. Biblioteca — No portal os alunos podem assistir ao documentário O Poeta das Sete Faces , a respeito da vida e obra de Carlos Drummond de Andrade.
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10. D O trecho é nitidamente descritivo na construção de uma imagem da prima Julieta, conforme era vista pelo narrador ainda garoto — e já sensibilíssimo ao charme feminino —, seus movimentos ao andar, as formas belas de corpo, cabelos, olhos e voz. Interessante comentar com os alunos a respeito do tipo textual descrição. Nele se faz o retrato de lugar, pessoa ou objeto. Não se trata de elencar uma série de elementos do que se deseja descrever, mas transmitir sensações, sentimentos, daquilo sobre o que se debruça. Nesse tipo textual, a classe de palavras mais usada s ão os adjetivos. Faça-os notar os que são empregados no trecho em questão. Nesta habilidade — A descrição é um procedimento de construção bastante usado em textos literários. Identificar e reconhecer os procedimentos de elaboração textual mais comuns na literatura, além de desenvolver a compreensão leitora do aluno em âmbito mais geral, pode auxiliar na resolução de questões como essa. Teste complementar UFSCar-SP — Leia o texto seguinte. Reinvenção A vida só é possível reinventada. Anda o sol pelas campinas e passeia a mão dourada pelas águas, pelas folhas... Ah! tudo bolhas
que vêm de fundas piscinas de ilusionismo... — mais nada. Mas a vida, a vida, a vida a vida só é possível reinventada. [...] Cecília Meireles
Podemos dizer que, nesse trecho de um poema de Cecília Meireles, encontramos traços de seu estilo a) sempre marcado pelo momento histórico. b) ligado ao vanguardismo da geração de 22. c) inspirado em temas genuinamente brasileiros. d) vinculado à estética simbolista. e) de caráter épico, com inspiração camoniana. OC: Estudo do texto literário: relações entre produção literária e processo social, concepções artísticas, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 5, habilidade 16
D No poema, nota-se a estética associada ao Simbolismo, em virtude da leve musicalidade empregada pela poetisa para expressar sua resignação frente ao caráter efêmero dos bens da vida. Ainda se percebe outra característica do Simbolismo: efeitos sinestésicos com fortes impressões sensoriais, como em Anda o sol pelas campinas / e passeia a mão dourada / pelas águas, pelas folhas...
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11. Enem Texto I O meu nome é Severino, não tenho outro de pia. Como há muitos Severinos, que é santo de romaria, deram então de me chamar Severino de Maria; como há muitos Severinos com mães chamadas Maria, fiquei sendo o da Maria do finado Zacarias, mas isso ainda diz pouco: há muitos na freguesia, por causa de um coronel que se chamou Zacarias e que foi o mais antigo senhor desta sesmaria. Como então dizer quem fala ora a Vossas Senhorias? MELO NETO, J. C. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1994 (fragmento).
Texto II João Cabral, que já emprestara sua voz ao rio, transfere-a, aqui, ao retirante Severino, que, como o Capibaribe, também segue no caminho do Recife. A autoapresentação do personagem, na fala inicial do texto, nos mostra um Severino que, quanto mais se define, menos se individualiza, pois seus traços biográficos são sempre partilhados por outros homens. SECCHIN, A. C. João Cabral: a poesia do menos. Rio de Janeiro: Topbooks, 1999 (fragmento).
Com base no trecho de Morte e Vida Severina (Texto I) e na análise crítica (Texto II), observa-se que a relação entre o texto poético e o contexto social a que ele faz referência aponta para um problema social expresso literariamente pela pergunta “Como então dizer quem fala / ora a Vossas Senhorias?”. A resposta à pergunta expressa no poema é dada por meio da a) descrição minuciosa dos traços biográficos do personagem-narrador. b) construção da figura do retirante nordestino como um homem resignado com a sua situação.
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c) representação, na figura do personagem-narrador, de outros Severinos que compartilham sua condição. d) apresentação do personagem-narrador como uma projeção do próprio poeta, em sua crise existencial. e) descrição de Severino, que, apesar de humilde, orgulha-se de ser descendente do coronel Zacarias. OC: Estudo do texto literário: relações entre produção literária e processo social, concepções artísticas, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 5, habilidade 15
12. Enem Açúcar O branco açúcar que adoçará meu café Nesta manhã de Ipanema Não foi produzido por mim Nem surgiu dentro do açucareiro por milagre. [...] Em lugares distantes, Onde não há hospital, Nem escola, homens que não sabem ler e [morrem de fome Aos 27 anos Plantaram e colheram a cana Que viraria açúcar. Em usinas escuras, homens de vida a marga E dura Produziram este açúcar Branco e puro Com que adoço meu café esta manhã Em Ipanema. GULLAR, F. Toda Poesia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980. (fragmento)
A Literatura Brasileira desempenha papel importante ao suscitar reflexão sobre desigualdades sociais. No fragmento, essa reflexão ocorre porque o eu lírico a) descreve as propriedades do açúcar. b) se revela mero consumidor de açúcar. c) destaca o modo de produção do açúcar. d) exalta o trabalho dos cortadores de cana. e) explicita a exploração dos trabalhadores. OC: Estudo do texto literário: relações entre produção literária e processo social, concepções artísticas, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 5, habilidade 17
11. C Quem fala em Morte e Vida Severina é o retirante — Severino —, símbolo de todos os excluídos que migram para buscar melhores condições de vida. Comente com os alunos que o título da obra traz a adjetivação do nome do personagem principal da narrativa. Severina tem o sentido de dura, sofrida, amarga — simboliza a vida dos retirantes que saem do interior na busca de melhores condições. Neste ponto, Severino é o referente de uma classe demarcada. Ele não é um indivíduo, mas representa essa classe. É possível considerar esse aspecto tomando como base a dificuldade de Severino em se apresentar: — O meu nome é Severino, / Não tenho outro de pia. / Como há muitos Severinos, / Que é santo de romaria, / Deram então de me chamar / Severino de Maria / Como há muitos Severinos / Com mães chamadas Maria, / Fiquei sendo o da Maria / Do finado Zacarias. Nesta habilidade — Para relacionar um texto a determinado contexto social é necessário conhecer, pelo menos em parte, as especificidades desse contexto. Nesse caso, como na maioria das questões dessa natureza, alguns indícios que permitem tal inferência são apresentados tanto no texto II quanto no próprio enunciado da questão. Biblioteca — Indique aos alunos o documentário Quatro vezes quatro: João Cabral de Melo Neto, da Série Mestres da Literatura, disponível no portal. 12. E A década de 1970 viu Ferreira Gullar depurar sua poesia do engajamento diretamente político, embora permanecesse fiel a uma perspectiva de crítica social. Açúcar é um exemplo dessa fase mais madura. Atente-se para a oposição usina escura / vida amarga e dura e o açúcar branco, puro e doce. Enquanto o eu lírico prepara-se para tomar seu café no famoso bairro de Ipanema, no Rio de Janeiro, pensa nos homens que em lugares distantes, / onde não há hospital, / nem escola participaram do processo para a fabricação do açúcar que está usando. Essas oposições criticam a desigualdade social na vida brasileira. Nesta habilidade — Os alunos devem ter certo domínio a respeito das características da obra do escritor. Ferreira Gullar é tido como um representante da poesia social, manifestação poética surgida de um posicionamento contrário ao concretismo, juntamente com Thiago de Mello e Afonso Romano de Sant’Ana. Dentre as características da poesia de Gullar, citam-se: temática engajada, com denúncia social e preocupação com a realidade; imagens comuns e elementos do cotidiano; inovação na linguagem — proximidade com a poesia concreta; mistura das linguagens verbal e visual; presença de metalinguagem — uso da poesia para falar da poesia; vocabulário simples. Biblioteca — No portal, os alunos têm acesso ao documentário Vidas e Mortes de Ferreira Gullar .
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Teste complementar Acafe-SC — Analise o poema a seguir. Beba coca cola Babe cola Beba cola Babe cola caco caco cola cloaca Décio Pignatari
Esse texto é exemplo de a) poema simbolista, pois nele prevalecem a valorização do ritmo, a musicalidade, as aliterações, as assonâncias e os ecos. b) poesia-práxis, que repudia a palavra-coisa do Concretismo e visa a que a forma-conteúdo do texto seja uma estrutura aberta, de modo que o leitor possa intervir crítica e criativamente no texto, exercendo uma função de coautoria. c) poema-processo, que utiliza, além da palavra, elementos não linguísticos: fotografias, desenhos, gráficos e colagens. d) poesia parnasiana com predominância da forma sobre o conteúdo, com a busca da rima rica, rara, ou resultante da combinação de categorias gramaticais distintas e aversão aos termos derivados da mesma raiz (cognatos). e) poesia concreta, que tem como uma de suas características v alorização do som, da forma visual e da carga semântica da palavra e de suas funções-relações no poema. OC: Estudo do texto literário: relações entre produção literária e processo social, concepções artísticas, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 5, habilidade 16
E Esse poema de Décio Pignatari pertence à estética da poesia concreta — importante corrente de vanguarda. Dentre outras características do Concretismo, nota-se o trabalho com a disposição visual, a montagem e a decomposição das palavras.
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13. Enem Texto I XLI Ouvia: Que não podia odiar E nem temer Porque tu eras eu. E como seria Odiar a mim mesma E a mim mesma temer. HILST, H. Cantares. São Paulo: Globo, 2004 (fragmento).
OC: Estudo do texto literário: relações entre produção literária e processo social, concepções artísticas, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 5, habilidade 16
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Texto II
Transforma-se o amador na cousa amada Transforma-se o amador na cousa amada, por virtude do muito imaginar; não tenho, logo, mais que desejar, pois em mim tenho a parte desejada. Camões. Sonetos. Disponível em: http://www.jornaldepoesia.j or.br. Acesso em: 03 set. 2010 (fragmento).
Nesses fragmentos de poemas de Hilda Hilst e de Camões, a temática comum é a) o “outro” transformado no próprio eu lírico, o que se realiza por meio de uma espécie de fusão de dois seres em um só. b) a fusão do “outro” com o eu lírico, havendo, nos versos de Hilda Hilst, a afirmação do eu lírico de que odeia a si mesmo. c) o “outro” que se confunde com o eu lírico, verificando-se, porém, nos versos de Camões, certa resistência do ser amado. d) a dissociação entre o “outro” e o eu lírico, porque o ódio ou o amor se produzem no imaginário, sem a realização concreta. e) o “outro” que se associa ao eu lírico, sendo tratados, nos Textos I e II, respectivamente, o ódio e o amor. OC: Estudo do texto literário: relações entre produção literária e processo social, concepções artísticas, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 5, habilidade 16
14. Enem Reclame Se o mundo não vai bem a seus olhos, use lentes ... ou transforme o mundo ótica olho vivo agradece a preferência CHACAL et al . Poesia marginal. São Paulo: Ática, 2006.
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a) o experimentalismo em versos curtos e tom jocoso. b) a sociedade de consumo, com o uso da linguagem publicitária. c) a construção do poema, em detrimento do conteúdo. d) a experimentação formal dos neossimbolistas. e) o uso de versos curtos e uniformes quanto à métrica.
Chacal é um dos representantes da geração poética de 1970. A produção literária dessa geração, considerada marginal e engajada, de que é representativo o poema apresentado, valoriza
15. Enem As doze cores do vermelho Você volta para casa depois de te r ido jantar com sua amiga dos olhos verdes. Verdes. Às vezes quando você sai do escritório você quer se distrair um pouco. Você não suporta mais tem seu trabalho de desenhista. Cópias plantas réguas milímetros nanquim compasso 360º de cercado cerco. Antes de dormir você quer estudar para a prova de história da arte mas sua menina menor tem febre e chama você. A mão dela na sua mão é um peixe sem sol em irradiações noturnas. Quentes ondas. Seu marido se aproxima os pés calçados de meias nos chinelos folgados. Ele olha as horas nos dois relógios de pulso. Ele acusa você de ter ficado fora de casa o dia todo até tarde da noite enquanto a menina ardia em febre. Ponto e ponta. Dor perfume crescente... CUNHA, H. P. As doze cores do vermelho . Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2009.
A literatura brasileira contemporânea tem abordado, sob diferentes perspectivas, questões relacionadas ao universo feminino. No fragmento, entre os recursos expressivos utilizados na construção da narrativa, destaca-se a a) repetição de “você”, que se refere ao interlocutor da personagem. b) ausência de vírgulas, que marca o discurso irritado da personagem. c) descrição minuciosa do espaço do trabalho, que se opõe ao da casa. d) autoironia, que ameniza o sentimento de opressão da personagem. e) ausência de metáforas, que é responsável pela objetividade do texto. OC: Estudo do texto literário: relações entre produção literária e processo social, concepções artísticas, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 5, habilidade 16
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13. A Na relação entre “eu” e “tu”, entre sujeito e objeto, transforma-se o “outro” numa parte de mim ou “em mim”, tal a intensidade do encontro. Tanto no poema de Hilda Hilst (1930-2004) quanto no soneto de Luis de Camões (séc. XVI), o eu lírico expressa a fusão entre as subjetividades num encontro. Em Camões, a plenitude do encontro amoroso: não tenho mais que desejar, pois em mim tenho a parte desejada; em Hilst, o reconhecimento de que o “outro” e “eu” somos “um” e o “mesmo”. Embora a relação formal se dê entre entidades distintas, entre sujeito e objeto, nos poemas em questão está ressaltada a integração do “eu” (subjetividade) com aquilo a que está vinculado (o objeto) — a integração entre um “eu” e um “outro”, sujeito e objeto. Assim, a linguagem poética, que é expressão maior da singularidade do sujeito, mostra uma dimensão maior desse sujeito — expresso pelo eu lírico — que abrange t ambém o “outro” de uma relação e a ele se iguala, une-se. Nesta habilidade — Exige-se dos estudantes a noção de que, embora os procedimentos de construção sejam diferentes nos textos apresentados, a temática em comum os aproxima no que se refere ao sentido sugerido. Na linguagem poética, o eu lírico representa a expressão da subjetividade e s ua relação com a temática do poema. 14. A Os versos curtos, o tom jocoso e a experimentação com a linguagem eram marca da poesia marginal, que tem representantes como Paulo Leminski, Francisco Alvim, Cacaso, Ana Cristina César... Nesta habilidade — Os alunos podem resolver a questão reconhecendo no poema de Chacal seus versos curtos e seu tom cômico, engraçado, jocoso (o que pode ser percebido nos dois últimos versos do poema). Nesse caso, essa percepção é suficiente para se chegar à resposta correta, não exigindo dos alunos conhecimentos aprofundados a respeito da poesia marginal e seu contexto histórico e cultural Para ir além — Esclareça aos alunos que o termo marginal nada tem a ver com a acepção pejorativa, na qual é geralmente usado. Marginal nesse caso refere-se à literatura produzida fora do círculo editorial e literário, à margem desse ambiente. Comente a respeito do contexto no qual a poesia marginal se originou: início da década de 70, em plena ditadura militar, período de truculenta repressão instaurada desde o AI-5 (68). Como só era publicado aquilo que valorizasse os bens do país, qualquer vanguarda era desprezada pelo mercado editorial, devido ao medo de sofrer represálias dos órgãos do regime. Nesse contexto, Chacal e outros poetas revolucionaram a forma de fazer poesia ao produzirem seus livros mimeografados, cuja mensagem era de contestação à ordem política, econômica e social da época. Comente que a poesia marginal aproxima-se da estética modernista e traz uma relação arte/vida. É uma poesia ocupada com o ‘aqui e agora’, preocupada em retratar a “poetização de uma vivência”, de captar o momento. Biblioteca — No portal os alunos podem assistir a vídeo a respeito do poeta Chacal.
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15. B Um dos principais traços estilísticos do texto é a ausência de pontuação, o que torna o discurso verborrágico, irrequieto, rápido. Outro traço é a articulação da narrativa como uma confissão — num discurso intimista e que trata sobre o cotidiano —, o que permite aproximar seu discurso das narrativas femininas contemporâneas. Atente os alunos para o fato de que a pontuação, ou ausência dela, como neste caso, é recurso que também pode ser usado no sentido de construir sentidos para o texto. Ao retratar o universo feminino, a autora constrói a imagem de uma personagem vivendo algo bastante comum na atualidade: a mulher que, imersa no mercado do trabalho, ainda estudando, tem uma rotina estressante, cheia de compromissos e afazeres. Além disso, existe a cobrança por parte do marido quanto à atenção à filha, o que a leva para um quadro de irritabilidade, reforçada pela autora com o recurso da omissão das vírgulas, imitando o discurso de alguém irritado. Nesta habilidade — Os alunos precisam saber que a pontuação também é recurso linguístico de que os autores se utilizam para a construção de sentidos dos textos, o que não se limita apenas a textos literários. A ausência de vírgulas gera no interlocutor a sensação de um discurso tenso, rápido, fruto de um espírito irritado pelos inúmeros compromissos e afazeres do cotidiano da personagem.
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Textos para as questões 16 e 17 Texto I [...] já foi o tempo em que via a convivência como viável, só exigindo deste bem comum, piedosamente, o meu quinhão, já foi o tempo e m que consentia num contrato, deixando muitas coisas de fora sem ceder contudo no que me era vital, já foi o tempo em que reconhecia a existência escandalosa de imaginados valores, coluna vertebral de toda ‘ordem’; mas não tive sequer o sopro necessário, e, negado o respiro, me foi imposto o sufoco; é esta consciência que me libera, é ela hoje que me empurra, são outras agora minhas preocupações, é hoje outro o meu universo de problemas; num mundo estapafúrdio — definitivamente fora de foco — cedo ou tarde tudo acaba se reduzindo a um ponto de vista, e você que vive paparicando as ciências humanas, nem suspeita que paparica uma piada: impossível ordenar o mundo dos va lores, ninguém arruma a casa do capeta; me recuso pois a pensar naquilo em que não mais acredito, seja o amor, a amizade, a família, a igreja, a humanidade; me lixo com tudo isso! me apavora ainda a existência, mas não tenho medo de ficar sozinho, foi conscientemente que escolhi o exílio, me bastando hoje o cinismo dos grandes indiferentes [...]. NASSAR, R. Um copo de cólera . São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
Texto II Raduan Nassar lançou a novela Um Copo de Cólera em 1978, fervilhante narrativa de um confronto verbal entre amantes, em que a fúria das palavras cortantes se estilhaçava no ar. O embate conjugal ecoava o autoritário discurso do poder e da submissão de um Brasil que vivia sob o jugo da ditadura militar. COMODO, R. Um silêncio inquietante. IstoÉ. Disponível em: http://www.terra.com.br. Acesso em: 15 jul. 2009.
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16. Enem — Considerando-se os textos apresentados e o contexto político e social no qual foi produzida a obra Um Copo de Cólera , verifica-se que o narrador, ao dirigir-se à sua parceira, nessa novela, tece um discurso a) conformista, que procura defender as instituições nas quais repousava a autoridade do regime militar no Brasil, a saber: a Igreja, a família e o Estado. b) pacifista, que procura defender os ideais libertários representativos da intelectualidade brasileira opositora à ditadura militar na década de 70 do século passado. ANOTAÇÕES DE SALA
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c) desmistificador, escrito em um discurso ágil e contundente, que critica os grandes princípios humanitários supostamente defendidos por sua interlocutora. d) politizado, pois apela para o engajamento nas causas sociais e para a defesa dos direitos humanos como uma única forma de salvamento para a humanidade. e) contraditório, ao acusar a sua interlocutora de compactuar com o regime repressor da ditadura militar, por meio da defesa de instituições como a família e a Igreja. OC: Estudo do texto literário: relações entre produção literária e processo social, concepções artísticas, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 5, habilidade 15
17. Enem — Na novela Um Copo de Cólera, o autor lança mão de recursos estilísticos e expressivos típicos da literatura produzida na década de 70 do século passado no Brasil, que, nas palavras do crítico Antonio Cândido, aliam “vanguarda estética e amargura política”. Com relação à temática abordada e à concepção narrativa da novela, o texto I a) é escrito em terceira pessoa, com narrador onisciente, apresentando a disputa entre um homem e uma mulher em linguagem sóbria, condizente com a seriedade da temática político-social do período da ditadura militar. b) articula o discurso dos interlocutores em torno de uma luta verbal, veiculada por meio de linguagem simples e objetiva, que busca traduzir a situação de exclusão social do narrador. c) representa a literatura dos anos 70 do século XX e aborda, por meio de expressão clara e objetiva e de ponto de vista distanciado, os problemas da urbanização das grandes metrópoles brasileiras. d) evidencia uma crítica à sociedade em que vivem os personagens, por meio de fluxo verbal contínuo de tom agressivo. e) traduz, em linguagem subjetiva e intimista, a partir do ponto de vista interno, os dramas psicológicos da mulher moderna, às voltas com a questão da priorização do trabalho em detrimento da vida familiar e amorosa. OC: Estudo do texto literário: relações entre produção literária e processo social, concepções artísticas, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 5, habilidade 15
16. C Escrito em primeira pessoa, o texto mostra um narrador tenso e vigoroso, que recusa sua condição por meio do questionamento dos princípios que fundamentavam a sociedade da época: já foi o tempo em que reconhecia a existência escandalosa de imaginados valores, coluna vertebral de toda ordem ou impossível ordenar o mundo dos valores, ninguém arruma a casa do capeta. Os “grandes princípios humanitários” aos quais se refere e critica são aqueles que apoiavam o sistema ditatorial militar no país. O discurso do narrador de Um Copo de Cólera assume um tom desmistificador porque ataca, de forma incisiva, valores e instituições sociais: me recuso pois a pensar naquilo em que não mais acredito, seja o amor, a amizade, a família, a igreja, a humanidade; me lixo com tudo isso!. Nesta habilidade — É exigida capacidade leitora dos alunos. Embora o enunciado comente a respeito do contexto histórico em que a obra foi produzida, durante a ditadura militar, a interpretação do trecho se sobressai a conhecimentos sobre a época e as características literárias do autor. O trecho me recuso pois a pensar naquilo em que não mais acredito, seja o amor, a amizade, a família, a igreja, a humanidade; me lixo com tudo isso! demonstra o tom desmistificador do narrador, que ataca valores e instituições sociais. A crítica aos grandes princípios humanitários supostamente defendidos por sua interlocutora pode ser observada no trecho e você que vive paparicando as ciências humanas, nem suspeita que paparica uma piada. Para ir além — Comente com os alunos que Raduan Nassar começou a escrever a obra Um Copo de Cólera no ano de 1970, seis anos após o estabelecimento do regime militar no Brasil. É importante eles relacionarem o momento da produção do livro com o contexto histórico do país, de modo a compreender que os “grandes princípios humanitários” criticados pelo locutor do texto são os mesmos em que se apoiava a ditadura militar que oprimia o Brasil na época.
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17. D Em tom agressivo, o narrador fala em primeira pessoa e deixa clara sua decepção com o mundo ao seu redor: (...) me recuso pois a pensar naquilo em que não mais acredito, seja o amor, a amizade, a família, a igreja, a humanidade, me lixo com tudo isso! Comente que o discurso do narrador de Um Copo de Cólera ataca valores e instituições sociais e em nada se faz pacifista ou conformista. Nesta habilidade — Para relacionar um texto a determinado contexto social é necessário conhecer, pelo menos em parte, as especificidades desse contexto. Nesse caso, como na maioria das questões dessa natureza, alguns indícios que permitem tal inferência são apresentados tanto no texto II quanto no próprio enunciado da questão. Teste complementar Cederj-RJ Mentir, pensar O pior de mentir é que cria falsa verdade. (Não, não é tão óbvio como parece, não é truísmo; sei que estou dizendo uma coisa e que apenas não sei dizê-la do modo certo aliás, o que me irrita é que tudo tem de ser “do modo certo”, imposição muito limitadora.) O que é mesmo que eu estava tentando pensar? Talvez isso: se a mentira fosse apenas a negação da verdade, então este seria um dos modos (negativos) de dizer a verdade. Mas a mentira pior é a mentira “criadora”. (Não há dúvida: pensar me irrita, pois antes de começar a tentar pensar eu sabia muito bem o que eu sabia.) LISPECTOR, Clarice. Para não esquecer. São Paulo: Círculo do Livro, 1980.
Clarice Lispector inaugurou a prosa intimista no Modernismo brasileiro. No texto, um aspecto característico dessa prosa é a) o discurso em primeira pessoa. b) a desintegração da palavra. c) a preferência por advérbios de tempo. d) o emprego de frases nominais. e) a presença de personagem idealizado. OC: Estudo do texto literário: relações entre produção literária e processo social, concepções artísticas, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 5, habilidade 16
A Nesse trecho de Clarice Lispector, o discurso em primeira pessoa (sei que estou dizendo uma coisa e que apenas não sei dizê-la do modo certo aliás, o que me irrita é que tudo tem de ser “do modo certo”, imposição muito limitadora. O que é mesmo que eu estava tentando pensar?) remete à principal característica da prosa intimista: deter-se nos processos psicológicos das personagens.
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18. Enem Guardar Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la. Em cofre não se guarda coisa alguma. Em cofre perde-se a coisa à vista. Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela [iluminado. Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer [vigília por ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado [por ela, isto é, estar por ela ou ser por ela. Por isso melhor se guarda o voo de um pássaro Do que um pássaro sem voos. Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se [publica, por isso se declara e declama um poema: Para guardá-lo: Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda: Guarde o que quer que guarda um poema: Por isso o lance do poema: Por guardar-se o que se quer guardar. CÍCERO, A. In : MORICONI, I. (org). Os cem melhores poemas brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
A memória é um importante recurso do patrimônio cultural de uma nação. Ela está presente nas lembranças do passado e no acervo cultural de um povo. Ao tratar o fazer poético como uma das maneiras de se guardar o que se quer , o texto a) ressalta a importância dos estudos históricos para a construção da memória social de um povo. b) valoriza as lembranças individuais em detrimento das narrativas populares ou coletivas. c) reforça a capacidade da literatura em promover a subjetividade e os valores humanos. d) destaca a importância de reservar o texto literário àqueles que possuem maior repertório cultural. e) revela a superioridade da escrita poética como forma ideal de preservação da memória cultural. OC: Estudo do texto literário: relações entre produção literária e processo social, concepções artísticas, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 5, habilidade 17
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19. Enem Se os tubarões fossem homens Se os tubarões fossem homens, eles seriam mais gentis com os peixes pequenos? Certamente, se os tubarões fossem homens, fariam construir resistentes gaiolas no mar para os peixes pequenos, com todo o tipo de alimento,
tanto animal como vegetal. Cuidariam para que as gaiolas tivessem sempre água fresca e adotariam todas as providências sanitárias. Naturalmente haveria também escolas nas gaiolas. Nas aulas, os peixinhos aprenderiam como nadar para a goela dos tubarões. Eles aprenderiam, por exemplo, a usar a geografia para localizar os grandes tubarões deitados preguiçosamente por aí. A aula princ ipal seria , naturalmente, a formaçã o moral dos peixinhos. A eles seria ensinado que o ato mais grandioso e mais sublime é o sacrifício alegre de um peixinho e que todos dev eriam acreditar nos tubarões, sobretudo quando estes dissessem que cuidavam de sua felicidade futura. Os peixinhos saberiam que este futuro só estaria garantido se aprendessem a obediência. Cada peixinho que na guerra matasse alguns peixinhos inimigos seria condecorado com uma pequena Ordem das Algas e receberia o título de herói.
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BRECHT, B. Histórias do Sr. Keuner . São Paulo: Ed. 34, 2006 (adaptado).
Como produção humana, a literatura veicula valores que nem sempre estão representados diretamente no texto, mas são transfigurados pela linguagem literária e podem até entrar em contradição com as convenções sociais e revelar o quanto a sociedade perverteu os valores humanos que ela própria criou. É o que ocorre na narrativa do dramaturgo alemão Bertolt Brecht mostrada. Por meio da hipótese apresentada, o autor a) demonstra o quanto a literatura pode ser alienadora ao retratar, de modo positivo, as relações de opressão existentes na sociedade. b) revela a ação predatória do homem no mar, questionando a utilização dos recursos naturais pelo homem ocidental. c) defende que a força colonizadora e civilizatória do homem ocidental valorizou a organização das sociedades africanas e asiáticas, elevando-as ao modo de organização cultural e social da sociedade moderna. d) questiona o modo de organização das sociedades ocidentais capitalistas, que se desenvolveram fundamentadas nas relações de opressão em que os mais fortes exploram os mais fracos. e) evidencia a dinâmica social do trabalho coletivo em que os mais fortes colaboram com os mais fracos, de modo a guiá-los na realização de tarefas. OC: Estudo do texto literário: relações entre produção literária e processo social, concepções artísticas, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 5, habilidade 17
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18. C O texto Guardar fala sobre capacidade e necessidade de se guardarem sutilezas e sentidos, como na bela imagem: (...) melhor se guarda o voo de um pássaro / Do que um pássaro sem voos. As referências dadas pelo léxico vinculam esse ‘guardar’ a um despertar, uma aprendizagem capaz de fazer ver o que antes não se via — o despertar de uma identidade social, cultural ou nacional, por exemplo. Nesta habilidade — Para a manutenção do acervo cultural de um povo, concorre uma memória coletiva capaz de ‘guardar’ os conteúdos relativos aos valores humanos, estéticos e sensíveis. E isso diz respeito à subjetividade humana — seus desejos e ideações, imagens, projeções etc. — refletida e lida na linguagem artística, por meio da literatura. Essa questão suscita uma reflexão sobre a importância da formação cultural da coletividade — da memória do patrimônio cultural, artístico e, mais especificamente, da literatura. 19. D O poeta e dramaturgo alemão Bertold Brecht (sec. XX) tornou-se conhecido pelo perfil político de seu trabalho artístico, em que a literatura gera reflexões sobre a ordem social. Nessa questão, o autor constrói uma alegoria em que os “tubarões” representam a classe dominante — que oprime e conduz os “peixinhos”, que simbolizam a maioria da população, os trabalhadores —, retratando criticamente o sistema capitalista e as relações sociais de opressão e dominação. Ressalte algumas características da arte de Bertold Brecht, dramaturgo, poeta e encenador alemão, que se tornou mundialmente conhecido e revolucionou a teoria e a prática da dramaturgia e da encenação. Seu trabalho como artista se concentrou na crítica ao desenvolvimento das relações humanas no sistema capitalista. Nesta habilidade — Exige-se dos alunos capacidade interpretativa do texto. Eles devem compreender que a alegoria feita pelo autor usando tubarões e peixes menores é uma crítica ao modo de vida capitalista. Muitas vezes, a literatura critica a organização da sociedade valendo-se da comparação dos humanos com outros animais.
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Para ir além — A respeito do uso da alegoria animais-humanos na literatura, leia para os alunos algumas considerações de Ermelinda Ferreira feitas no artigo Metáfora Animal: a Representação do Outro na Literatura. Se julgar producente, realize a atividade sugerida na sequência. Profundamente influenciada pela ideologia da segregação, ela [a literatura] toma os animais de empréstimo, em geral, para explicar as pessoas. Nessas obras, o recurso à metáfora animal parece pertencer à velha tradição na qual uma pessoa é retratada como um animal para revelar mais claramente um aspecto do seu caráter. A utilização da máscara animal tem a função de desmascarar o homem, utilizando a simbologia que atribui a determinados animais o apogeu de um traço específico do caráter humano. FERREIRA, Ermelinda. Metáfora animal : a representação do outro na literatura. Disponível em: . Acesso em: 18 mar. 2013. (fragmento)
Tecnologia — Trabalho bastante interessante a respeito desse recurso artístico é indicar aos alunos o filme A Revolução dos Bichos (Animal Farm), baseado na obra homônima do escritor George Orwell, publicada em 1945 — sátira ao regime soviético stalinista. Comente o contexto histórico da obra (Revolução Russa) e peça aos estudantes que associem características dos animais com aspectos do comportamento humano, considerando os sentidos pretendidos por George Orwell.
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REDAÇÃO Como é a prova de redação do Enem A prova de redação do Enem possui caráter diferente das provas de redação de outros vestibulares. Nela, você precisa fazer proposta de solução para um problema (de ordem social, científica, política...) apresentado no tema, construindo um texto dissertativo-argumentativo. Esperam-se embasamento e criatividade para elaborar proposta de solução, além da capacidade em defender os argumentos apresentados. Assim, são exigidos de você, aluno, informações e habilidades na construção argumentativa e consistência para fazer a intervenção solicitada. Recomendações para elaboração do texto A banca do Enem espera que você exponha proposta de solução ao problema apresentado; então, avalie o papel do governo, da sociedade, do indivíduo, dos meios de comunicação, das empresas, no sentido de melhorar a situação-problema presente no tema. Respeitar os direitos humanos é imprescindível. Qualquer proposta de intervenção que não atenda a esse requisito é eliminada. Use os conhecimentos adquiridos durante sua formação. Seus argumentos devem estar embasados em conhecimentos históricos, geográficos, literários, filosóficos, científicos... Citar pesquisas, estudos, dados estatísticos etc., demonstra conhecimento de mundo e bagagem cultural e dá credibilidade à sua argumentação. Mantenha-se bem informado: ler revistas e jornais, assistir a documentários e estar antenado nos principais assuntos da atualidade certamente darão a voc ê embasamento teórico para compor seu texto. L eitura de mundo é fundamental para um bom desempenho na redação. Lembre-se: um bom texto só se constrói com leitura e bagagem cultural. Busque interdisciplinaridade na construção de seu texto, mas lembre-se que o foco é a defesa fundamentada do seu ponto de vista. Procure não construir períodos muito longos. A clareza está na simplicidade das frases. Não utilize marcas da linguagem oral, como gírias. Fuja dos clichês (frases muito repetidas ou que repitam o senso comum), pois isso é um ponto negativo em sua argumentação, pois demonstra falta de criatividade. Outra dica para que você tenha sucesso na prova de redação é a leitura do documento lançado pelo MEC e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, o Inep, intitulado Guia do Participante: Redação. Esse manual explica a forma de correção da prova e contém, dentre outras coisas, exemplos de redações e comentários sobre elas. É possível fazer o download desta importante ferramenta de preparação para a prova de redação gratuitamente na internet. •
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Para que você possa ver um exemplo dos textos apresentados nesse documento, reproduzimos a seguir a explicação sobre um fundamental tópico para a construção de sua redação: a estrutura do texto dissertativo-argumentativo.
O que é um texto dissertativo-argumentativo? O texto dissertativo-argumentativo é um texto opinativo que se organiza na defesa de um ponto de vista sobre determinado assunto. Nele, a opinião é fundamentada com explicações e argumentos, para formar a opinião do leitor ou ouvinte, tentando convencê-lo de que a ideia defendida está correta. É preciso, portanto, expor e explicar ideias. Daí a sua dupla natureza: é argumentativo porque defende uma tese, uma opinião, e é dissertativo porque se utiliza de explicações para justificá-la. Seu objetivo é, em última análise, convencer ou tentar convencer o leitor mediante a apresentação de razões, em face da evidência de provas e à luz de um raciocínio coerente e consistente. A sua redação atenderá às exigências de elaboração de um texto dissertativo-argumentativo se combinar dois princípios de estruturação: I — apresentar uma tese, desenvolver justificativas para comprovar essa tese e uma conclusão que dê um fecho à discussão elaborada no texto, compondo o processo argumentativo. TESE — É a ideia ARGUMENTO — É a jusque você vai defen- tificativa utilizada por você der no seu texto. Ela para convencer o leitor a deve estar relacio- concordar com a tese denada ao tema e deve fendida. Cada argumento estar apoiada em ar- deve responder à pergungumentos ao longo ta “por quê?” em relação à da redação. tese defendida. II — utilizar estratégias argumentativas para expor o problema discutido no texto e detalhar os argumentos utilizados. ESTRATÉGIAS ARGUMENTATIVAS — São recursos utilizados para desenvolver os argumentos, de modo a convencer o leitor: • exemplos; • dados estatísticos; • pesquisas; • fatos comprováveis; • citações ou depoimentos de pessoas especializadas no assunto; • alusões históricas; e • comparações entre fatos, situações, épocas ou lugares distintos. BRASIL. Inep. Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Guia do participante : redação. Brasília: MEC, 2012.
Observe na sequência exemplo de redação que obteve nota máxima no Enem 2011, cujo tema foi Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado, e os respectivos comentários sobre o texto contidos no documento Guia do participante: redação, elaborado pelo MEC e Inep. Utilize esse exemplo para explorar a estrutura do texto dissertativo-argumentativo, recursos linguísticos que garantem sua coerência e coesão, modos de construção da tese...
Redação de Alline Rodrigues da Silva, Uberaba (MG). A crescente popularização do uso da internet em grande parte do globo terrestre é uma das principais características do século XXI. Tal popularização apresenta grande relevância e gera impactos sociais, políticos e econômicos na sociedade atual. Um importante questionamento em relação a esse expressivo uso da internet é o fato de existir uma linha tênue entre o público e privado nas redes sociais. Estas, constantemente são utilizadas para propagar ideias, divulgar o talento de pessoas até então anônimas, manter e criar vínculos afetivos, mas, em contrapartida também podem expor indivíduos mais do que o necessário, em alguns casos agredindo a sua privacidade. Recentemente, ocorreram dois fatos que exemplificam ambas as situações. A “Primavera Árabe”, nome dado a uma série de revoluções ocorridas em países árabes, teve as redes sociais como importante meio de disseminação de ideias revolucionárias e conscientização desses povos dos problemas políticos, sociais e econômicos que assolam esses países. Neste caso, a internet agiu e continua agindo de forma benéfica, derrubando governos autoritários e pressionando melhorias sociais. Em outro caso, bastante divulgado também na mídia, a internet serviu como instrumento de violação da privacidade. Fotos íntimas da atriz hollywoodiana Scarlett Johansson foram acessadas por um hacker através de seu celular e divulgadas pela internet para o mundo inteiro, causando um enorme constrangimento para a atriz. Analisando situações semelhantes às citadas anteriormente, conclui-se que é necessário que haja uma conscientização por parte dos internautas de que aquilo que for uma utilidade pública ou algo que não agrida ou exponha um indivíduo pode e deve ser divulgado. Já o que for privado e extremamente pessoal deve ser preservado e distanciado do mundo virtual, que compartilha informações para um grande número de pessoas em um curto intervalo de tempo. Dessa forma, situações realmente desagradáveis no incrível universo da internet serão evitadas.
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Comentários A participante demonstra ter compreendido a p roposta da redação, desenvolvendo o tema dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo . A redação organiza-se em cinco parágrafos. Na introdução (primeiro parágrafo), situa-se o tema, abordando a popularização e os impactos da internet no mundo atual. No desenvolvimento (segundo, terceiro e quarto parágrafos), apresentam-se as vantagens e desvantagens das redes sociais. Na conclusão (último parágrafo), reafirma-se o ponto de vista de que as in-
formações de utilidade pública devem ser disponibilizadas na internet, mas as de caráter pessoal devem ser mantidas distantes do mundo virtual. A solução apresentada está na conscientização dos internautas sobre o que deve e o que não deve ser divulgado na internet. A tese de que é necessário questionar o limite entre o público e o privado nas redes sociais é justificada por meio do argumento de que a linha existente entre as duas esferas é tênue, recorrendo a exemplos concretos: o uso positivo das redes sociais na “Primavera Árabe”, para a conscientização política, social e econômica de povos que vivem sob regime autoritário, e a violação da privacidade da atriz Scarlett Johansson, com a publicação de fotos íntimas. No último parágrafo, identifica-se a proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos : conscientização dos internautas do que deve e do que não deve ser colocado na internet, avaliando-se as consequências positivas e negativas do uso dessa ferramenta. A redação apresenta encadeamento lógico das ideias e demonstra que a participante soube selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista : o tema é desenvolvido de forma coerente, os argumentos selecionados são consistentes e justificam a ideia de que se deve permitir às redes sociais propagar ideias, divulgar talentos, criar vínculos afetivos, mas deve ser evitada a excessiva exposição individual que possibilite agressão à privacidade. A conclusão retoma o que foi exposto nos parágrafos anteriores, e a proposta de intervenção está relacionada ao ponto de vista defendido. Do ponto de vista da estruturação textual, observa-se que a redação apresenta recursos coesivos que dão continuidade ao texto, revelando que a participante domina os mecanismos linguísticos de encadeamento e de referenciação necessários à construção da argumentação . Por exemplo, o emprego de pronomes para retomar referentes anteriores: no primeiro parágrafo, “ Tal popularização”; no segundo, “ esse expressivo uso”, “Estas são utilizadas”; no terceiro, “ Neste caso”. O emprego de expressões para estabelecer oposição entre as vantagens e desvantagens das redes sociais: “ mas, em contrapartida ”; “ Em outro caso ”. No último parágrafo, são utilizados recursos conclusivos, como: “ Analisando situações semelhantes às citadas anteriormente ”, “conclui-se que”; a locução prepositiva “ por parte de ”, para introduzir os beneficiários da conscientização; a conjunção “ ou algo que não agrida ou exponha”, para marcar alternância entre argumentos; a conjunção “ já o que for privado e extremamente pessoal”, para introduzir um argumento desfavorável em oposição ao favorável apresentado anteriormente. BRASIL. Inep. Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Guia do Participante: redação. Brasília: MEC, 2012. p. 38-39.
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Proposta 1 Enem (adaptado) — Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema Direitos da criança e do adolescente: como enfrentar esse desafio nacional? , apresentando proposta de ação social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
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(Angeli, Folha de S. Paulo , 14.05. 2000).
“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à saúde, à alimentação, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, crueldade e opressão”. Artigo 227, Constituição da República Federativa do Brasil.
(...) Esquina da Avenida Desembargador Santos Neves com Rua José Teixeira, na Praia do Canto, área nobre de Vitória. A.J., 13 anos, morador de Cariacica, tenta ganhar algum trocado vendendo balas para os motoristas. (...) “Venho para a rua desde os 12 anos. Não gosto de trabalhar aqui, mas não tem outro jeito. Quero ser mecânico”. A Gazeta, Vitória (ES), 9 de junho de 2000.
Entender a infância marginal significa entender porque um menino vai para a rua e não à escola. Essa é, em essência, a diferença entre o garoto que está dentro do c arro, de vidros fechados, e aquele que se aproxima do carro para vender chiclete ou pedir esmola. E essa é a diferença entre um país desenvolvido e um país de Terceiro Mundo. DIMENSTEIN, Gilberto. O Cidadão de Papel . 19. ed. São Paulo: Ática, 2000. ANOTAÇÕES DE SALA
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1. Explore com os alunos os textos motivadores, para que possam compreender de modo mais eficaz a proposta de redação. O primeiro deles é a charge de Angeli. É possível inferir que a cena apresentada está no contexto do Dia das Mães (nos outdoors em segundo plano, vê-se o escrito mãe, à esquerda, e as palavras Mães e shopping, incompleta). Uma das crianças fala de personagens (fantasiosos) de famosas datas comemorativas. Nesse contexto, mãe para aqueles meninos de rua também é um personagem fantasioso, embora ao redor deles a publicidade explore em propagandas a figura materna, o que sugere a distância entre a realidade daquelas crianças (moradoras de rua, expostas a drogas, violência, sem condições básicas para conforto e educação) e a de outras, que possuem local de moradia e estão inseridas num núcleo familiar. O segundo texto, por sua vez, é transcrição do Artigo 227 da Constituição, que menciona o dever da família, da sociedade e do Estado no sentido de oferecer a crianças e adolescentes condições que assegurem seu bem-estar e possibilidade de desenvolvimento. O terceiro é fragmento de texto de jornal que mostra a realidade de um menino morador de rua, que, embora tenha o desejo de ser mecânico, se vê obrigado a vender balas no trânsito da cidade de Vitória. Por fim, o último texto é escrito por Gilberto Dimenstein, que faz considerações a respeito do tema, mencionando, por exemplo, que compreender a condição das crianças marginalizadas é compreender por qual razão uma criança está nas ruas, e não na escola. Infere-se daí que o caminho para que a questão da infância marginalizada seja resolvida deve percorrer o acesso à educação. O tema, neste caso, está explícito na proposta, o que facilita a definição da tese que o aluno pretende desenvolver. A organização de sua argumentação, no entanto, exige conhecimentos que estão além dos textos motivadores. Como a maioria das propostas de redação tem abordado temas sociais, é importante que os alunos percebam que devem estar atualizados e bem informados a respeito do que acontece, não só no país, mas em âmbito global. Para que os alunos adquiram subsídios para fundamentar sua argumentação a respeito desse tema, uma boa pesquisa pode ser feita, dentre outras fontes, nas publicações on-line do Unicef , em especial no documento Situação da Infância e da Adolescência Brasileira 2009 — o Direito de Aprender . É importante que, no estabelecimento da proposta de solução, o aluno relacione o respeito aos direitos da criança e do adolescente como um dos mais significativos indicadores de desenvolvimento de uma nação. O desenvolvimento social e político de um país está atrelado ao investimento maciço na educação, e investir na educação evidencia a priorização da infância. Aproveite o momento para comentar com os alunos sobre um importante ponto na construção textual: a coerência. O que é coerência? A coerência é a relação que se estabelece entre o texto e os conhecimentos dos interlocutores, garantindo a construção do sentido de acordo com as expectativas do leitor. Está, pois, ligada à compreensão, à possibilidade de interpretação dos sentidos do texto. O leitor “processa” esse texto e é levado a refletir a respeito das ideias nele contidas; pode, em resposta, reagir de maneiras diversas: aceitar, recusar, questionar, até mesmo mudar seu comportamento em face das ideias do autor, compartilhando ou não a sua opinião. Resumindo: na organização do texto dissertativo-argumentativo, você deve procurar atender às seguintes exigências: • apresentação clara da tese e seleção dos argumentos que a sustentam; • encadeamento lógico das ideias, de modo que cada parágrafo apresente informações novas, coerentes com o que foi apresentado anteriormente, sem repetições ou saltos temáticos; • congruência entre as informações do texto e do mundo real; e • precisão vocabular.
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BRASIL. Inep. Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Guia do participante: redação. Brasília: MEC, 2012. p. 20.
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Proposta 2 Enem (adaptado) — Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema A violência na sociedade brasileira: como mudar as regras desse jogo? , apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. NÚMEROS DO PÂNICO Gastos com segurança no Brasil quase dobraram em cinco anos — em R$ bilhões 102
56 vezes o que o governador pretende gastar no Fome Zero 46 vezes o que os brasileiros gastam com livros
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Os R$ 102 bilhões que o Brasil gasta por ano em segurança equivalem a...
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5 vezes o orçamento do Ministério da Educação 4 vezes o que se gasta com planos de saúde Igual ao patrimônio líquido de todos os bancos do país (Época, 02.06.03)
Entender a violência, entre outras coisas, como fruto de nossa horrenda desigualdade social, não nos leva a desculpar os criminosos, mas poderia ajudar a decidir que tipo de investimentos o Estado deve fazer para enfrentar o problema: incrementar violência por meio da repressão ou tomar medidas para sanear alguns problemas sociais gravíssimos? (Maria Rita Kehl. Folha de S. Paulo)
Ao expor as pessoas a constantes ataques à sua integridade física e moral, a violência começa a gerar expectativas, a fornecer padrões de respostas. Episódios truculentos e situações-limite passam a ser imaginados e repetidos com o fim de legitimar a ideia de que só a força resolve conflitos. A violência torna-se um item obrigatório na visão de mundo que nos é transmitida. O problema, então, é entender como chegamos a esse ponto. Penso que a questão crucial, no momento, não é a de saber o que deu origem ao jogo da violência, mas a de saber como parar um jogo que a maioria, coagida ou não, começa a querer continuar jogando. (Adaptado de Jurandir Costa. O medo social.) ANOTAÇÕES DE SALA
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2. A proposta é modelar para mostrar ao aluno a importância de uma leitura atenta tanto do tema quanto dos textos motivadores. Na apresentação do tema, o aluno é desafiado a propor soluções para a crescente onda de violência no Brasil por meio do questionamento Como mudar as regras desse jogo?, alusão evidente ao último parágrafo do terceiro texto, no qual o autor afirma que “a questão crucial, no momento, não é a de saber o que deu origem ao jogo da violência, mas a de saber como parar um jogo que a maioria, coagida ou não, começa a querer continuar jogando”. Esclareça aos alunos que devem basear sua argumentação, bem como a proposta de intervenção, em medidas de não violência. Algumas medidas e propostas podem ser encontradas na página do Instituto Sou da Paz . Os textos motivadores apresentam dados sobre a situação nacional a respeito da violência, com infográfico e análises que podem auxiliar o desenvolvimento da argumentação. Além de abordar as causas da violência, o aluno deve considerar as consequências e sugerir s oluções para mudar essa realidade. Para tratar desse tema com propriedade, o aluno deve estar atualizado a respeito do assunto e das implicações sociais que o cercam. Fatores como emprego, moradia, saúde, educação, qualificação profissional tanto influenciam como sofrem influência da crescente onda de violência no país. Maria Rita Kehl, no segundo texto motivador, provoca o leitor questionando: Como enfrentar a violência? Instituindo a repressão ou sanando problemas sociais? As alternativas propostas revelam uma realidade perturbadora. É preciso, no entanto, perceber que ela, a priori, já definiu ser este um problema do Estado. A questão é decidir a prioridade nos investimentos governamentais. No documento Mapa da Violência, disponível em , existem dados e reflexões bastante relevantes. Por exemplo: “Se a violência, em suas diversas formas, tem impacto negativo na educação, também é verdade que a educação pode ter impacto positivo no enfrentamento da violência. Uma educação de qualidade para todos tem o poder de desviar da criminalidade crianças e jovens, graças às oportunidades que oferece. Quando se trata da juventude — maioria da população em fase escolar —, a preocupação com a violência deve tornar-se ainda mais urgente. O presente mapa demonstra, por exemplo, que considerado o tamanho da população, a taxa de homicídios entre os jovens passou de 30,0 (em 100.000 jovens) em 1980 para 50,1 no ano 2007, enquanto essa taxa, no restante da população (não jovem), permaneceu relativamente constante, inclusive com leve queda: de 21,2 em 100.000 para 19,6 no mesmo período. Segundo o autor do estudo, ‘isso evidencia, de forma clara, que os avanços da violência homicida no Brasil das últimas décadas tiveram como motor exclusivo e excludente a morte de jovens’.”
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Proposta 3 Enem (adaptado) — Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema Como garantir a liberdade de informação e evitar abusos nos meios de comunicação? , apresentando proposta de ação social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
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Caco Galhardo. 2001.
Os programas sensacionalistas do rádio e os programas policiais de final da tarde em televisão saciam curiosidades perversas e até mórbidas, tirando sua matéria-prima do drama de c idadãos humildes que aparecem nas delegacias como suspeitos de pequenos crimes. Ali, são entrevistados por intimidação. As câmeras invadem barracos e cortiços, e gravam sem pedir licença a estupefação de famílias de baixíssima renda que não sabem direito o que se passa: um parente é suspeito de estupro ou o vizinho acaba de ser preso por tráfico ou o primo morreu no massacre de fim de semana no bar da esquina. A polícia chega atirando; a mídia chega filmando. BUCCI, Eugênio. Sobre Ética e Imprensa . São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
Quem fiscaliza [a imprensa]? Trata-se de tema complexo porque remete para a questão da responsabilidade não só das empresas de comunicação, como também dos jornalistas. Alguns países, como a Suécia e a Grã-Bretanha, vêm há anos tentando resolver o problema da responsabilidade do jornalismo por meio de mecanismos que incentivam a autorregulação da mídia. Disponível em: . Acesso em: 30 maio 2004.
No Brasil, entre outras organizações, existe o Observatório da Imprensa — entidade civil, não governamental e não partidária —, que pretende acompanhar o desempenho da mídia brasileira. Em sua página eletrônica, lê-se: Os meios de comunicação de massa são majoritariamente produzidos por empresas privadas cujas de cisões atendem legitimamente aos desígnios de seus acionistas ou representantes. Mas o produto jornalístico é, inquestionavelmente, um serviço público, com gar antias e privilégios específicos previstos na Constitui ção Federal, o que pressupõe contrapartidas em deveres e responsabilidades sociais. Disponível em: . Acesso em: 30 maio 2004. (Adaptado)
Incisos do Artigo 5º da Constituição Federal de 1988: IX — é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; X — são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, a ssegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. ANOTAÇÕES DE SALA
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3. A leitura atenta dos textos motivadores é bastante valiosa para que se compreenda o foco do tema. Ao se analisar o texto visual, de Caco Galhardo, vê-se o que pode ser inferido ser uma família, acomodada no sofá da sala de estar. A lixeira, nesse caso, ocupa o lugar de um televisor. A intenção aqui é comparar a programação à qual estão expostos os telespectadores a algo ruim, de baixa qualidade, um “lixo”. Importante notar no cartum a posição em que se encontram os três personagens: quase deitados — parecem “dormir acordados”. Pode-se inferir que a ideia é mostrar a passividade com a qual os espectadores recebem essa programação de péssima qualidade, sem postura crítica, apáticos. Nesse ponto de análise, os alunos podem supor que o tema da redação gira em torno da produção televisiva como um todo, no entanto o foco da redação limita a análise aos programas jornalísticos (o que pode ser percebido no primeiro e terceiro textos verbais). Além de mencionar a televisão, a proposta leva em conta outros meios de comunicação (o que pode ser observado no título da proposta e no primeiro texto verbal, em que é mencionada a produção radiofônica). Ou seja, os alunos devem discorrer sobre a produção realizada nos programas jornalísticos em rádios, jornais, internet... A leitura do segundo e quarto textos verbais pode ajudar os alunos quanto à proposta de intervenção: enquanto um (trechos da Constituição) assegura a livre liberdade de expressão e a privacidade do cidadão, o outro comenta que democracias de Primeiro Mundo também buscam meios de autorregulação da mídia, a fim de garantir a responsabilidade do jornalismo. Quando o tema for um questionamento, ele exige uma resposta. Portanto, desde o estabelecimento da tese até o desenvolvimento da argumentação, o texto deve ser escrito no sentido de apresentar sugestões para o problema apresentado, ou seja: as respostas devem ocupar os parágrafos da argumentação, e não apenas a conclusão. Neste caso, o questionamento proposto no tema se desdobra em dois: Como garantir a liberdade de informação? Como evitar abusos nos meios de comunicação? Trata-se de um tema polêmico, que vem, cada vez mais, repercutindo nos meios de comunicação. A imprensa deve ser controlada pelo governo ou ela é capaz de exercer sua censura? Não se pode esquecer que a liberdade de expressão é um direito de todos, assegurado pela Constituição. Qualquer que seja a opinião defendida pelo aluno, é preciso que ele considere alguns aspectos: Os meios de comunicação são valiosos instrumentos de cidadania quando transmitem informações úteis. Os meios de comunicação possuem o poder de formar e modificar opiniões. A liberdade excessiva da mídia pode ser prejudicial à sociedade quando se distancia demais do jornalismo imparcial. É necessário cautela ao tecer a argumentação para não sugerir medidas controladoras, como o bloqueio ou a intervenção do governo nos meios de comunicação. Reconhecer que existem abusos, como sensacionalismo e apelação das mídias para atingir grandes audiências, não significa acabar com a liberdade de informação, um direito da população. Um documento que pode fornecer bases sólidas para a discussão desse assunto está disponível na página eletrônica da Unesco (MENDEL, Toby. Liberdade de Informação: um Estudo de Direito Comparado. 2. ed. Brasília: Unesco, 2009). O entretenimento pode ser abordado como algo saudável, e o controle da informação deve ser uma responsabilidade da sociedade, ou seja, para evitar os abusos cometidos nos meios de comunicação, a própria população deve monitorar. Nesse caso, nem a liberdade total e irrestrita dos responsáveis pela veiculação de informações nem a censura governamental imposta por lei são boas alternativas. O caminho mais coerente é recorrer ao bom senso, defendendo a ética profissional dos comunicadores como necessidade primordial, sem se esquecer das vantagens sociais proporcionadas pela liberdade dos meios de comunicação.
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Proposta 4 Enem (adaptado) — Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema O indivíduo frente à ética nacional , apresentando proposta de ação social, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione coerentemente argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
FERNANDES, Millôr. Disponível em: . Acesso em: 14 jul. 2009.
Andamos demais acomodados, todo mundo reclamando em v oz baixa como se fosse errado indignar-se. Sem ufanismo, porque dele estou cansada, sem dizer que este é um país rico, de gente boa e cordata, com natureza (a que sobrou) belíssima e generosa, sem fantasiar nem botar óculos cor-de-rosa, que o momento não permite, eu me pergunto o que anda acontecendo com a gente. Tenho medo disso que nos tornamos ou em que estamos nos transformando, achando bonita a ignorância eloquente, engraçado o cinismo bem-vestido, interessante o banditismo arrojado, normal o abismo em cuja beira nos equilibramos — não malabaristas, mas palhaços. LUFT, L. Ponto de Vista. Veja. Ed. 1988, 27 dez. 2006. (Adaptado)
Qual é o efeito em nós do “eles são todos corruptos”? As denúncias que assolam nosso cotidiano podem dar lugar a uma vontade de transformar o mundo só se nossa indignação não afetar o mundo inteiro. “Eles são TODOS corruptos” é um pensamento que serve apenas para “confirmar” a “integridade” de quem se indigna. O lugar-comum sobre a corrupção generalizada não é uma armadilha para os corruptos: eles continuam iguais e livres, enquanto, fechados em casa, festejamos nossa esplendorosa retidão. O dito lugar-comum é uma armadilha que amarra e imobiliza os mesmos que denunciam a imperfeição do mundo inteiro. CALLIGARIS, C. A Armadilha da Corrup ção. Disponível em: . (Adaptado) ANOTAÇÕES DE SALA
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4. Os textos motivadores abordam a postura passiva e acomodada da sociedade diante de comportamentos de desrespeito à ética, como o cinismo, o banditismo e a corrupção. Ambos destacam o fato de que cada um busca isentar-se da responsabilidade de agir diante dos problemas sociais e apenas aceita a situação decadente do país como sendo um fato já consolidado na realidade brasileira. Os textos verbais podem servir de fonte para o desenvolvimento da argumentação, pois ambos apontam a alienação como o grande problema para a atual falta de ética amplamente divulgada pelos meios de comunicação. No segundo texto, por exemplo, a autora tece algumas críticas, entre elas o ufanismo alienado, a “ignorância eloquente”, o cinismo advindo do status social e os inúmeros casos de corrupção noticiados. Já no terceiro, defende-se a necessidade de uma indignação legítima, ressaltando-se que a repetição do senso comum tende a levar as pessoas ao comodismo. Alternativas viáveis seriam propostas de ação jurídica (sanções, aprovação de leis, impedimento do exercício de função pública); ação coletiva (formação de ONGs, pressão popular por meio de abaixo-assinado e e-mail, ocupação de espaços públicos); ação política (acompanhamento permanente do exercício de políticos; voto consciente). Aproveite este momento e mostre aos alunos a explanação feita no manual de redação elaborado pelo MEC e Inep sobre organização textual. Encadeamento textual — A organização textual exige que as frases estabeleçam entre si uma relação que garanta a sequenciação lógica do texto e a interdependência entre as ideias. Esse encadeamento pode ser expresso por conectores, por itens lexicais, ou pode ser inferido a partir da articulação dessas ideias. Preposições, conjunções, advérbios e locuções adverbiais são responsáveis pela coesão do texto, porque estabelecem uma inter-relação entre orações, frases e parágrafos. Para garantir a coesão textual, devem ser observados determinados princípios em diferentes níveis: Estruturação dos parágrafos — Um parágrafo é uma unidade textual formada por uma ideia principal à qual se ligam ideias secundárias. No texto dissertativo-argumentativo, os parágrafos podem ser desenvolvidos por comparação, por causa-consequência, por exemplificação, por detalhamento, entre outras possibilidades. Estruturação dos períodos — Pela própria especificidade do tipo dissertativo-argumentativo, o período do texto é, normalmente, um período complexo, formado por duas ou mais orações, para que se possam expressar as ideias de causa-consequência, contradição, temporalidade, comparação, conclusão, entre outras. Referenciação — As referências a pessoas, coisas, lugares, fatos são introduzidas e, depois, retomadas, à medida que o texto vai progredindo. Esse processo pode ser expresso por pronomes, advérbios, artigos ou vocábulos de base lexical, estabelecendo relações de sinonímia, antonímia, hiponímia, hiperonímia, uso de expressões resumitivas, expressões metafóricas ou expressões metadiscursivas.
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BRASIL. Inep. Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Guia do participante: redação. Brasília: MEC, 2012. p. 22.
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Proposta 5 Enem — Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado , apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Liberdade sem fio A ONU acaba de de clarar o acesso à rede um direito fundamental do ser huma no — assim como saúde, moradia e educação. No mundo todo, pessoas começam a abrir seus sinais privados de wi-fi, organizações e governos se mobilizam para expandir a rede para espaços públicos e regiões onde ela ainda não chega, com acesso livre e gratuito.
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ROSA, G.; SANTOS, P. Galileu . No. 240, jul. 2011. (Fragmento)
A internet tem ouvidos e memória Uma pesquisa da consultoria Forrester Research rev ela que, nos Estados Unidos, a população já passou mais tempo conectada à internet do que em frente à televisão. Os hábitos estão mudando. No Brasil, as pessoas já gastam cerca de 20% de seu tempo on-line em redes sociais. A grande maioria dos internautas (72%, de acordo com o Ibope Mídia) pretende criar, acessar e manter um perfil em rede. “Faz parte da própria socialização do indivíduo do século XXI estar numa rede social. Não estar equivale a não ter uma identidade ou um número de telefone no passado”, acredita Alessandro Barbosa Lima, CEO da e.Life, empresa de monitoração e análise de mídias. As redes sociais são ótimas para disseminar ideias, tornar alguém popular e também arruinar reputações. Um dos maiores desafios dos usuários de internet é saber ponderar o que se publica nela. Especialistas recomendam que não se deve publicar o que não se fala em público, pois a internet é um ambiente social e, ao contrário do que se pensa, a rede não acoberta anonimato, uma vez que mesmo quem se esconde atrás de um pseudônimo pode ser rastreado e identificado. Aqueles que, por impulso, se exaltam e cometem gafes podem pagar caro. Disponível em: . Acesso em: 30 jun. 2011. (Adaptado) 0 1 S O N A S O D S O H N I R D A U Q
MALDITAS CÂMERAS, SOMOS MONITORADOS O TEMPO TODO!
SE VOCÊ ESTÁ ME OUVINDO, SAIBA QUE PODEMOS LUTAR CONTRA A SOCIEDADE DO CONTROLE JUNTOS!
DAHMER, A. Disponível em: . Acesso em: 30 jun. 2011. ANOTAÇÕES DE SALA
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5. Os textos motivadores abordam o tema sob três enfoques diferentes. O primeiro anuncia que a ONU passou a tratar o acesso à rede como um direito fundamental. Já no segundo texto, o crescente número de brasileiros “socializados” é considerado um dado positivo, mas é feito um alerta para os riscos da exposição irresponsável que é feita na rede. No terceiro texto, uma tira, o personagem reclama do monitoramento a que é exposto o tempo todo, propondo uma luta contra a “Sociedade do Controle”. O tema apresentado é objetivo. Sobre essa espécie de tema, leia fragmento retirado da Revista Enem: Temas ditos “objetivos” são aqueles que se baseiam em um contexto mais ligado ao cotidiano, à ordem do dia. Costumam ter relação estreita com algum fato ou polêmica de ampla repercussão. São temas que beneficiam muito um candidato atualizado nas discussões que o rodeiam, porque atento ao noticiário. Em uma situação dessas, conhecer o problema em questão e poder lançar mão de exemplos concretos sempre poderá fazer muita diferença, sem dúvida. A argumentação se valoriza neste caso. Não cair no lugar-comum de sempre citar o que é mais óbvio, ou evidente na discussão, mas procurar relacionar a ela exemplos correlatos, é uma estratégia possível. Temas que abordam, por exemplo, a chamada “lei seca”, a proibição de cigarros em ambientes fechados, a manutenção das cotas nas universidades públicas ou a união civil entre pessoas do mesmo sexo são casos dessas propostas mais objetivas. Disponível em: . Acesso em: 20 nov. 2012. (Fragmento)
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Com base nesses textos, o estudante pode primeiramente reconhecer o caráter definitivo das redes sociais no cotidiano da sociedade, sobretudo dos jovens, que têm encontrado nessas formas de interação oportunidades não apenas de ampliar seu círculo de relações, mas de se mobilizar em torno de causas sociais e políticas, a exemplo das recentes marchas contra a corrupção, idealizadas inicialmente nas redes sociais. Feita essa constatação, seria apropriado refletir sobre até que ponto os internautas, entusiasmados com tais inovações, estariam tomando precauções para preservar sua intimidade — poupando-se assim da sanha de indivíduos mal-intencionados — ou se, em busca de popularidade, estariam se expondo sem reservas, alheios aos riscos decorrentes desse comportamento. Como opção de desenvolvimento, o candidato poderia citar alguns exemplos de exposição sem reservas, provando que isso é um comportamento de risco. Para dar mais credibilidade ao texto, fatos atuais como a chamada Primavera Árabe e a proibição de internet em Cuba são alternativas. Além de se posicionar em relação ao tema, o candidato deve apresentar “proposta de conscientização social”, ou seja, indicar possíveis formas de promover a coexistência harmoniosa do público e do privado nas redes sociais. Na conclusão de suas considerações, o candidato deve propor uma possível saída para o embate apresentado. Qualquer que seja sua posição, porém, discer nimento e equilíbrio devem pautar a delimitação do que seja público e do que seja privado.
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Proposta 6 Enem — Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema O movimento imigratório para o Brasil no século XXI, apresentando proposta de ação social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Ao desembarcar no Brasil, os imigrantes trouxeram muito mais do que o anseio de refazer suas vidas trabalhando nas lavouras de café e no início da indústria paulista. Nos séculos XIX e XX, os representantes de mais de 70 nacionalidades e etnias chegaram com o sonho de “fazer a América” e acabaram por contribuir expressivamente para a história do país e para a cultura brasileira. Deles, o Brasil herdou sobrenomes, sotaques, c ostumes, comidas e vestimentas. A história da migração humana não deve ser encarada como uma questão relacionada exclusivamente ao passado; há a necessidade de tratar sobre deslocamentos mais recentes. Disponível em: . Acesso em: 19 jul. 2012. (Adaptado)
Acre sofre com invasão de imigrantes do Haiti NOVO LAR
Rota da imigração dos haitianos para o Brasil Porto Príncipe
CUBA HAITI
PANAMÁ VENEZUELA Panamá
COLÔMBIA Quito
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De Porto Velho, os haitianos seguem para São Paulo, Minas Gerais e Paraná
Brasileia
Porto Velho
Disponível em: . Acesso em: 19 jul. 2012. (Adaptado)
Trilha da Costura Os imigrantes bolivianos, pelo último censo, são mais de 3 milhões, com população de aproximadamente 9,119 milhões de pessoas. A Bolívia em termos de IDH ocupa a posição de 144 o., de acordo com os parâmetros estabelecidos pela ONU. O país está no centro da América do Sul e é o mais pobre, sendo 70% da população considerada miserável. Os principais países para onde os bolivianos imigrantes dirigem-se são: Argentina, Brasil, Espanha e Estados Unidos. Assim sendo, este é o quadro social em que se encontra a maioria da população da Bolívia, estes dados já demonstram que as motivações do fluxo de imigração não são políticas, mas econômicas. Como a maioria da população tem baixa qualificação, os trabalhos artesanais, culturais, de campo e de costura são os de mais fácil acesso. OLIVEIRA, R. T. Disponível em: . Acesso em: 19 jul. 2012. (Adaptado)
AC RO
Disponível em: . Acesso em: 19 jul. 2012. ANOTAÇÕES DE SALA
Nos últimos três dias de 2011, uma leva de 500 haitianos entrou ilegalmente no Brasil pelo Acre, ele van do par a 1400 a quantidade de imigrantes daquele país no município de Brasileia (AC). Segundo o secretário-adjunto de Justiça e Direitos Humanos do Acre, José Henrique Corinto, os haitianos ocuparam a praça da cidade. A Defesa Civil do estado enviou galões de água potável e alimentos, mas ainda não providenciou abrigo. A imigra ção ocorre porque o Haiti ainda não se recuperou dos estragos causados pelo terremoto de janeiro de 2010. O primeiro grande grupo de haitianos chegou a Brasileia no dia 14 de janeiro de 2011. Desde então, a entrada ilegal continua, mas eles não são expulsos: obtêm visto humanitário e conseguem tirar carteira de trabalho e CPF para morar e trabalhar no Brasil. Segundo Corinto, ao contrário do que se imagina, não são haitianos miseráveis que buscam o Brasil para viver, mas pessoas da classe média do Haiti e profissionais qualificados, como engenheiros, professores, advogados, pedreiros, mestres de obras e carpinteiros. Porém, a maioria chega sem dinheiro. Os brasileiros sempre criticaram a forma como os países europeus tratavam os imigrantes. Agora, chegou a nossa vez — afirma Corinto.
6. Esta sugestão apresenta a proposta oficial do Enem feita para o ano de 2012 e tornou-se uma das mais comentadas dos últimos anos. Especialistas de diferentes áreas publicaram análises revelando grande desagrado em relação ao tema proposto. As críticas baseavam-se, de um modo geral, em três situações: 1. O fato de o século XXI ainda estar iniciando, ressaltando-se que, segundo os analistas, “século” em ciências humanas não é apenas uma definição de tempo cronológico, mas de tempo histórico — que não pode ser analisado a partir de pouco mais de 10% de sua decorrência; 2. A falta de contextualização do momento histórico vivido pelo país quando dos fatos apresentados nos textos motivadores. O primeiro expõe a migração feita no passado (trabalhadores vindos para lavouras de café e o início da industrialização no país), sem mencionar que, na época, houve um forte incentivo oficial à imigração, pela necessidade de mão de obra. Já os demais textos abordam movimentos recentes, que têm provocado mudanças habitacionais e trabalhistas, e por isso gerado a necessidade de aumento no investimento para a melhoria social das classes menos favorecidas; 3. A quase impossibilidade de se estabelecer uma “proposta de intervenção que respeite os direitos humanos”. Os movimentos são tão recentes que nem mesmo o governo têm proposto ações interventivas capazes de amenizar os problemas gerados pela situação. Para um estudante, portanto, tal tarefa é ainda mais complicada. Nesse contexto, a melhor alternativa para o aluno é ler muito atentamente os textos motivadores, procurando um viés positivo neles sugerido para estabelecer sua tese. No caso, percebe-se que a política humanitária, de aceitação e acolhimento de estrangeiros é a base na qual o estudante deve basear sua tese e sua argumentação. Aproveite a exploração dos textos motivadores para comentar que, no mapa, a capital do Equador está erroneamente apontada como sendo na Colômbia. Como essa proposta é reprodução da prova do Enem, não houve alteração nesse sentido. Para compor sua argumentação e direcionar o estabelecimento da proposta de intervenção, o aluno deve procurar responder às questões: Por que o movimento imigratório é importante para o Brasil no século XXI? Quais as causas e as consequências desse fenômeno para a política nacional? Evidenciar os pontos positivos da entrada de imigrantes no país é uma boa alternativa, porém não se deve ignorar que existem aspectos negativos a serem considerados. O aluno pode destacar o enriquecimento cultural provocado pela miscigenação e o fato de que a escolha do Brasil como país de destino de tantos estrangeiros revela uma economia nacional em crescimento, na qual é possível vislumbrar oportunidades profissionais e pessoais. Deve também, no entanto, destacar a necessidade de aumento de investimento social por parte do governo, talvez até apontando a necessidade de coibição de uma imigração desenfreada, capaz de provocar um caos social. Como proposta de intervenção, um dos caminhos seria o aproveitamento cultural e profissional dos imigrantes em carreiras de acordo com sua experiência e conhecimento, que poderia ser implementado a partir de um controle mais analítico a respeito dessa população. Relacionar os dados obtidos com políticas de saúde, habitação e emprego poderia não apenas solucionar o problema, mas fomentar uma aceleração no desenvolvimento social e econômico do país.
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Proposta 7 Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema Violência no Brasil: como acabar com esse problema? , apresentando proposta de ação social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Violência urbana no Brasil É inegável que vivemos dias difíceis, a violência em toda sua plenitude tem envolvido grande parte da sociedade mundial. No Brasil, a violência tem feito milhares de vítimas, em alguns casos esse ato é praticado pela própria família, além de inúmeros outros ocorridos nas ruas. Ao observarmos o quadro atual da violência urbana, muitas veze s não nos atentamos para os fatores que conduziram a tal situação, no entanto, podemos exemplificar o crescimento urbano desordenado. Em razão do acelerado processo de êxodo rural, as grandes cidades brasileiras absorveram um número de pessoas elevado, que não foi acompanhado pela infraestrutura urbana (emprego, moradia, saúde, educação, qualificação, entre outros); fato que desencadeou uma série de problemas sociais graves.
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FREITAS, Eduardo de. Disponível em: . Acesso em: 6 nov. 2012.
EPIDEMIA DE HOMICÍDIOS NO BRASIL Comparativo dos homicídios entre países por 100.000 habitantes
6,0
EUA Chile
5,9
Argentina
4,3
União Europeia
2,6
Canadá
1,6
Espanha
0,9
Itália
0,9
Austrália
0,7
Alemanha
0,6
França
0,6
Inglaterra
0,2
Brasil Fonte: Mapa da Violência 2011 e 2012
O Brasil tem 13.100,0% mais homicídios que a Inglaterra, 436,6% mais que os Estados Unidos e 609,3% que a Argentina. (Resultado por 100.000 habitantes)
26,20 Por 100.000 habitantes Disponível em: . Acesso em: 6 nov. 2012.
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7. O tema é amplo, mas vem, de certo modo, direcionado pelos textos motivadores. A violência, nesta proposta, é encarada em seu aspecto mais intenso: o homicídio. Nos últimos anos, o número de mortes provocadas pela violência no Brasil, em especial nas grandes cidades, tem sido alvo constante de pesquisas nacionais e internacionais. Os resultados são assustadores, como demonstra o gráf ico. Para tratar desse tema com propriedade, o aluno deve estar atualizado a respeito do assunto e das implicações sociais que o cercam. Fatores como emprego, moradia, saúde, educação e qualificação profissional tanto influenciam como sofrem influência da crescente onda de violência no país. Ao estabelecer sua tese, em casos como esse, não existe a opção de posicionar-se contra a violência ou a favor dela. Na formulação da tese, já deve ser exposto um ponto de vista que aponte para a análise e consequente proposta de intervenção a ser feita. Por exemplo: se o aluno optar por argumentar na direção da falta de segurança pública e omissão do governo em relação à tomada de medidas repressoras mais sérias, deve sugerir isso já no estabelecimento de sua tese; da mesma forma, se optar por defender a ideia de que o problema pode ser resolvido por meio de ações sociais voltadas à educação, ao lazer e à profissionalização, sua tese deve apontar nessa direção. Para suscitar a reflexão dos alunos a respeito, é interessante trabalhar com notícias ou outros textos jornalísticos recentes que abordem o tema em diferentes aspectos: dados com o número de mortes em comparação com outros países; medidas governamentais que tenham rendido bons resultados; projetos sociais que atendam às populações mais vulneráveis, entre outros. O documento Determinantes da Violência no Brasil pode dar embasamento sobre o assunto e está disponível na Biblioteca Digital da Câmara dos Deputados: . Existe também a possibilidade de observar a análise de profissionais da Sociologia a respeito desse fenômeno, como a que é feita no livro Violência Urbana (PINHEIRO, Paulo Sérgio; ALMEIDA, Guilherme Assis de. Violência Urbana. São Paulo: Publifolha, 2009).
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Proposta 8 Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema Combate ao tráfico: uma guerra eterna? , apresentando proposta de ação social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. O tráfico não vai diminuir Foi um grande presente de fim de ano para toda a nação ver a polícia ocupar os morros cariocas, retomando territórios dos marginais. Mas há uma pergunta simples, que faz com que tenhamos cautela diante da euforia: o tráfico vai diminuir? Vai diminuir se o consumo diminuir. Mas o consumo está diminuindo? Não há nenhuma evidência. Se há gente que compre, há quem venda. Óbvio. O que pode ocorrer é o tráfico ficar mais sofisticado e, provavelmente, sem controle de territórios e tanta matança. Nova York consome mais drogas do que o Rio, nem por isso há mortes. A questão é bem mais complexa do que prender traficantes. O comple xo é prevenir o consumo, com programas de educação. Não é impossível. O consumo de cigarros está caindo. DIMENSTEIN, Gilberto. Disponível em: . Acesso em: 6 nov. 2012.
A eterna ciranda Uma das consequências do ineficiente combate tem sido o aumento constante do número de usuários. A solução de a lguns especialistas é aparen temente simples: descriminar a conduta do uso próprio de drogas, mesmo que hoje os simples usuários já não sejam condenados à pena privativa de liberdade. Algumas propostas sugerem tornar atípica apenas a conduta do uso da maconha, droga considerada leve, enquanto outras teses mais ousadas propõem a descriminação dos entorpecentes em geral. Não há dúvida que o Brasil nunca combateu com eficácia o uso e o comércio das drogas. O aparato repressivo do Estado esteve sempre a quém do andar da carruagem dos narcotraficantes. O crime organizado instalou-se com facilidade no País e tem crescido em berço esplêndido. MONTENEGRO, Marcia de Holanda. Disponível em: . Acesso em: 7 nov. 2012. (Fragmento) ANOTAÇÕES DE SALA
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8. Se o tema vier em forma de pergunta, o texto deve ser uma resposta a ela. Nesse caso, a resposta pode ser sim ou não. A tese deve ser estabelecida a partir dessa resposta inicial, já apontando a natureza dos motivos que o levaram a adotar esse ponto de vista. O desenvolvimento da argumentação deve estar de acordo com a tese estabelecida. O texto deverá apresentar de forma evidente a resposta à pergunta formulada. Quando houver opções, uma deve ser escolhida como referência para ser defendida, mas deve ser feita uma breve menção às outras. Nos textos motivadores, aponta-se o aumento no consumo como evidência de que as medidas tomadas até agora não são eficientes para o combate ao tráfico de drogas. É possível perceber, no entanto, que em cada um deles é defendida uma ideia diferente a respeito das medidas de combate: no primeiro, Dimenstein aponta programas de educação com a finalidade de prevenir o consumo como um caminho a ser tomado; já no segundo, a autora aponta a descriminação (legalização) do uso de entorpecentes como solução proposta por especialistas para o problema. Faça com que os alunos percebam que, em ambos os textos, as soluções propostas são apenas apresentadas de modo superficial, não há uma argumentação que sustente tais pontos de vista, com apresentação de dados, fatos e informações. Ressalte, então, que os textos motivadores são fragmentos — peça que observem as referências —, e que possivelmente a argumentação foi omitida justamente para não direcionar o ponto de vista dos alunos e também para que eles usem argumentos próprios, baseados em seus conhecimentos e opiniões sobre o assunto. Se possível, apresente ou peça aos alunos que consultem os textos na íntegra, disponíveis na internet. Dimenstein cita um programa realizado na favela de Heliópolis e defende a ideia de que “o que combate o tráfico, de fato, são programas de educação, emprego e saúde pública”. No mesmo sentido, a procuradora de justiça do Ministério Público, Marcia Montenegro, argumenta: “num país em que a educação não chega à parte expressiva da população; em que o desemprego e os baixos salários — com ou sem crise — estão presentes; em que a legislação penal, quando rígida, leva a interpretações benéficas aos criminosos nas altas Cortes; em que o alvo principal das investigações são os traficantes de rua, falar em descriminação do uso de drogas é desviar o foco do problema”. A proposta de intervenção ideal deve ser no sentido de mudança social e conscientização. Para subsidiar os alunos na construção dos textos, indique as seguintes leituras sobre o tema, disponíveis no portal: Artigo Guerra ao tráfico, de Drauzio Varella. Dados importantes a respeito de medidas de combate ao tráfico na página do Tribunal de Contas da União. Artigo O mito do combate às drogas: demonstração de fracasso necessário no paradigma da criminologia neoclássica. Reportagem Drogas, o que fazer a respeito?
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Proposta 9 Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema Consequências das leituras fragmentadas na internet , apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. A internet está deixando você burro? Imagine uma festa badalada, repleta de gente bacana. São centenas de pessoas aparentemente descoladas, viajadas, inteligentes, abertas a novas amizades e cheias de histórias. Você seleciona uma delas e começa um diálogo. O vaivém de outras figuras igualmente interessantes é intenso. Apesar de o assunto estar divertido e envolvente, você então olha para o lado, perde o foco do indivíduo com quem dialogava, e dá início a um novo bate-papo. Não mais de 30 segundos depois, uma terceira pessoa desperta a sua atenção. Você repete a mesma ação, deixando o seu segundo interlocutor sozinho, e tenta se concentrar no novo assunto. E assim sucede-se a noite inteira. Lá pelas tantas, quando você resolve ir embora para casa, se dá conta de que não lembra o nome de nenhuma das pessoas com quem conversou. Pior ainda: sequer recorda o que falou com cada uma delas. A conclusão a que chega é que a noite foi perdida, como se não tivesse existido. E, apesar de ter conversado com muita gente, não conheceu ninguém de verdade e não lembra de nenhum assunto. A internet é mais ou menos assim. Repleta de coisas legais, informações relevantes, mas que você não consegue aproveitar como deveria pela tentadora avalanche de dados que lhe é ofertada. São janelas e mais janelas do navegador abertas, vídeos do YouTube rolando, Twitter abastecido a todo momento, MSN piscando sem parar, Facebook sendo atualizado... O que você estava fazendo mesmo?
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PONTES, Felipe; MALI, Tiago. Disponível em: . Acesso em: 21 nov. 2012. (Fragmento)
A internet está reconfigurando nossos cérebros, e isso pode ser um problema Por que o excesso de links seria um problema? Pela forma como nosso cérebro funciona. Nós gravamos informações de duas formas: com a memória de curto prazo e a memória de longo prazo. É na memória de longo prazo que conseguimos relacionar conceitos e informações que vimos, lemos ou ouvimos, interligar tudo isso e transformar em conhecimento. Enquanto a memória de longo prazo pode armazenar uma quantidade enorme de informações, a memória de curto prazo tem capacidade limitada e v olátil: logo você se esquece o que estava fazendo cinco minutos atrás. Disponível em: . Acesso em: 21 nov. 2012. (Fragmento) ANOTAÇÕES DE SALA
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9. Refletir sobre este tema pode suscitar uma avaliação positiva ou negativa, jamais neutra. Muito da leitura que se faz, senão a totalidade dela, principalmente para o público jovem, está no âmbito da internet. Isso gera mudanças na maneira como os leitores interagem com a realidade — a leitura que se faz da realidade. Os textos da coletânea demonstram ser negativa a fragmentação decorrente das leituras na internet. No primeiro texto, a ênfase é dada ao aspecto dispersivo do ambiente virtual, repleto de estímulos, no qual a simultaneidade de operações incapacita o usuário de ter assimilação concreta dos conteúdos — são tantas informações disponíveis ao mesmo tempo, que o indivíduo não consegue aproveitá-las verdadeiramente. O segundo texto comprova o que diz o primeiro, com base na informação de que nosso cérebro não consegue assimilar a multiplicidade de conteúdos simultâneos da internet, pois, segundo atesta o conhecimento científico relativo ao funcionamento do cérebro, temos dois níveis de memória — de curto e longo prazo — sendo a de curto prazo mais volátil e incapaz de armazenar grande quantidade de informações. Em resumo, esquecemos rapidamente as informações recebidas. Assim, na suposição de que alguns alunos possam querer defender a leitura feita na internet, cabe esclarecer que há um nível de aprendizagem (que inclui a assimilação de conteúdos e inter-relação de informações, bem como a capacidade cognitiva de criar e relacionar conceitos e ideias) que exige um suporte mais fixo. A internet tem sua função preservada nos usos que dela se faz, principalmente no âmbito da comunicação (troca de informações) e também como um grande banco de dados, mas, quando o objetivo for a assimilação de conhecimentos, deve-se considerar aspectos de uma leitura mais tradicional (mesmo que se use um computador, e-books ou outros textos do ambiente virtual), em que haja tempo para a contemplação e reflexão sobre os conteúdos, um de cada vez. Neste tema, delinear uma tese de acordo com a convicção dos alunos, principalmente se forem jovens, exige grande flexibilidade e disposição em pesquisar mais sobre o tema. No Brasil, somam-se duas carências que interferem diretamente no desenvolvimento desta argumentação (e na escolha de uma tese): o baixo contingente de leitores (falta de livros, bibliotecas etc.) e o alto índice de exclusão digital. Cabe desenvolver discussão mais precisa dos prós e contras envolvidos nesta problemática, considerando, inclusive, aspectos específicos das turmas e da região em que estiver locada a escola. Como fazer com que o estudante — em qualquer fase da formação educacional — reconheça o valor da leitura e exerça a aprendizagem desse processo de assimilação de conhecimento? Como viabilizar o acesso ao processo de leitura? Em relação à leitura da internet, cabe ensinar aos usuários como evitarem a dispersão? É possível formar um leitor que tenha apenas a internet como suporte de sua aprendizagem? Essas e outras questões que possam ser levantadas pelos alunos vão delinear as propostas de intervenção, lembrando que o detalhamento das medidas é importante. Isso diz respeito à indicação dos recursos necessários — humanos, financeiros, materiais — dos órgãos de fomento, setores envolvidos, âmbitos de atuação etc. Para subsidiar os alunos na construção dos textos, indique as seguintes leituras sobre o tema, disponíveis no portal, exceto os livros de Roger Chartier: Entrevista Os livros resistirão às tecnologias digitais, com o historiador Roger Chartier. Reportagem A internet está deixando você burro? Texto A internet está reconfi gurando nossos cérebros, e isso pode ser um problema. Artigo O texto na era digital . Livros: Inscrever & Apagar e Práticas da Leitura, de Roger Chartier.
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Proposta 10 Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema Identidade virtual: entre o real e o idealizado, apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Fake — identidade virtual Os olhos são castanhos, ela diz que são verdes. Tem 1,55 de altura, mas colocou que tem 1,74, bem cheinha, pouco acima do peso ideal, mas neste universo é apenas gostosa. A foto tratada deu uma bela ajuda no visual da moça. Diz que mora em Ipane ma, mas reside em Engenho de Dentro. Em seu perfil, versa dois idiomas, mas mal fala português. Colocou ainda que está concluindo o curso de engenharia, mas bombou repetidamente quatro vezes e não saiu do terceiro período. Diz adorar Gabriel García Márquez e, realmente, já comprou todos seus livros só que não leu nenh um. Assim é seu fake, sua identida de virtual, sua apresentação na s telas de um Orkut ou qua lquer meio eletrônico semelhante. E esta é a identidade que um indivíduo passa a querer ser, um desejo que — racionalmente — pela fantasia, pode ser assumido enquanto identidade. No campo da psicopatologia do mundo virtual isto é acentuado, quebrando a ligação entre o real e o virtual, o concreto e o imaginário. Há um universo imenso entre querer ser e nossa realidade. LIMA, Jorge Antonio Monteiro. Disponível em: . Acesso em: 13 nov. 2012. (Fragmento)
Vida virtual: a necessidade de existir? No início da web, havia uma separação clara entre o real e o virtual. O primeiro era o domínio do palpável, dos pés no chão. O outro era pura fantasia e ilusão. Se você quisesse atravessar essa linha divisória, recomendava-se um pseudônimo. As pessoas adotavam temporariamente um alter ego, que não se restringia apenas a um nome, mas a toda uma identidade digital — parecida ou não com a real, não importava. Depois, voltava-se à sua existência de carne e osso, talvez com alguns conflitos de identidade, mas sempre com uma divisão clara entre as duas esferas. Tínhamos relações, contatos e hábitos no real e no virtual, e estes raramente se misturavam. Foi então que a disseminação das câmeras digitais e das redes sociais entrou em nossas vidas pessoais e profissionais. Nas redes sociais, você coloca seu próprio nome, suas próprias fotos, suas próprias informações pessoais, armazenando sua identidade em uma interface digital. A “vida verdadeira” com “pessoas verdadeiras” invadiu subitamente o mundo virtual, apagando as fronteiras e ntre as duas esferas. As duas identidades nunc a estiveram tão juntas. Dependendo da nossa inteligência em lidar com os códigos da internet, a nossa atividade na internet virou inclusive uma ponte para conseguir coisas reais e palpáveis. Muitas vezes, é o caminho mais lógico — ou até, e aí começa a pressão, o único caminho. Com um pé fincado na realidade e outro em sua representação digital, fica cada ve z mais difícil encontrar um equilíbrio. Vem então o peso, a necessidade exaustiva de alimentar nosso duplo digital, como se a vida só fizesse sentido quando colocada em cena na internet. Como se eu só existisse ao construir duas versões de mim mesmo. Pior ainda é a neurose em conciliar as duas realidades. A sociedade de consumo sempre nos impôs dese jos ina lcançáveis e, muitas vezes, contraditórios. É preciso ser trabalhador e aproveitar a vida, é pre ciso ter posses e ser desprendido, é preciso ter uma vida regrada e ser a ventureiro, preocupar-se com o futuro e viver como se não houvesse amanhã. É preciso comer tudo que é bom e ser magro, é preciso buscar a história de amor monogâmica perfeita e ser um objeto de desejo para todas as pessoas (o capital sexual na era das comédias românticas). Pois as redes sociais acrescentaram mais um elemento a essa esquizofrenia: não basta ter uma vida que pareça ser boa para você. A sua vida também precisa parecer boa na rede social. TORRES, Bolívar. Disponível em: . Acesso em: 11 nov. 2012. (Fragmento) ANOTAÇÕES DE SALA
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10. Temas relativos ao ambiente virtual — ciberespaço, internet, comunidades virtuais (Orkut, Twitter, Facebook) — são hoje objeto de análise em diferentes áreas do conhecimento. Nesta proposta, o foco é o sujeito, o indivíduo, usuário dos meios virtuais de comunicação, a identidade virtual dessa pessoa. Mas, o que isso significa? Identidade diz respeito tanto à imagem que um indivíduo tem de si como a que o outro faz dele. Para a pessoa, em alguma medida, isso é percebido como unidade, como um “eu”: suas características físicas, emocionais, intelectuais, grupais e comunitárias. Nessa perspectiva, na sociedade, são atribuídas qualidades aos sujeitos/indivíduos, segundo a cultura, atitudes, aparência e também com base na expressão de seus valores. E essas qualidades vão constituir protótipos socialmente definidos, como: o eu profissional, o eu religioso, o eu torcedor, o eu paterno etc. O tema desta proposta é sobre um eu virtual, que se constitui na junção e interação entre o real e o ideal (a fantasia). O que se pode dizer sobre esse eu? A apresentação dos textos motivadores é de grande ajuda. No primeiro texto aparece o termo fake, que pode ser traduzido como falso, referindo-se ao falseamento praticado pelos frequentadores das redes sociais. Exemplos disso: alterar a descrição física para parecer mais atraente ou incorporar perfil cultural que possa chamar a atenção, embora em ambos os casos as informações sejam falaciosas. Isso pode representar um problema, pois o indivíduo estará assumindo tais características na interlocução com os outros; uma identidade falsa deverá ser sustentada em seus relacionamentos virtuais e o sujeito se tornará refém deste “personagem” e responsável pela manutenção dos “cenários” para atuação. O agravamento disso pode gerar um quadro patológico: uma cisão, uma fragmentação do indivíduo que assume tais identidades virtuais (que nada tem a ver com ele próprio) e acaba perdendo a referência do real de sua condição, pois supervaloriza a representação daquele papel. A fantasia toma conta — o indivíduo quer ser aquilo e não se vê como realmente é. O segundo texto revela outra faceta da mesma problemática, de que a distinção entre o real e o virtual, no âmbito da experiência do indivíduo, está cada vez mais relativa. Com o advento das redes sociais e o uso de câmeras digitais, o espaço virtual passou a ser povoado por referências de realidade — imagens reais, fotos, pessoas e nomes reais etc. — inclusive, nesse espaço, em clara oposição ao real/concreto, muitos usuários passam grande parte de seu tempo. Agem como se precisassem alimentar um “duplo de si” o tempo todo, trazendo para o espaço concreto da vida uma existência virtual compulsória. Mais um filão da sociedade de consumo, af eita à estimulação de desejos discordantes: “É preciso ser trabalhador e aproveitar a vida, é preciso ter posses e ser desprendido, é preciso ter uma vida regrada e ser aventureiro, preocupar-se com o futuro e viver como se não houvesse amanhã”. A problematização deste tema possibilita teses que, embora distintas, apresentam abordagem relativa à identidade virtual e sua caracterização, em meio ou através da oposição entre real e ideal. Assim, argumentos e dados que qualifiquem essas categorias são muito bem-vindos, pois o desenvolvimento do texto deve ir além do senso comum. A ideia de intervenção, neste caso, remete à necessidade de observar e avaliar criticamente o sentido da nova identidade — a virtual —, de saber em que medida isso é favorável ao indivíduo e à sociedade. Cabem colocações e proposições que tragam à luz um questionamento amplo e não sectário, capaz de evidenciar limites positivos e negativos desse fenômeno contemporâneo. Para que os alunos tenham subsídios para a elaboração dos textos, indique as seguintes leituras sobre o tema, disponíveis no portal, exceto o livro de E. Offman: Artigo Que identidade nas redes sociais? O eu flexível, entre a unidade e a fragmentação. Artigo Entre o real e o virtual: análise da sociabilidade vivenci ada nos relacionamentos a distânci a e presenciais. Artigo A construção de identidades virtuais. Livro: OFFMAN, E. A Representação do Eu na Vida Cotidiana . Petrópolis: Vozes, 1985.
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Proposta 11 Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema A importância da memória político-histórica na construção nacional , apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Povo sem memória? Uma das menções mais comuns ao Brasil refere-se ao fato de não possuirmos memória. Povo sem memória, que possibilidades reais temos de superar as várias mazelas sociais e a injusta distribuição de renda se não tivermos conhecimento de nossa história, das raízes desses graves problemas que assolam o cotidiano, da forma como tentamos debelar tais dificuldades ao longo do tempo, das atuações governamentais e suas repercussões, dos posicionamentos assumidos pela sociedade civil e da própria cultura na cional?
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Disponível em: . Acesso em: 14 nov. 2012. (Fragmento)
Esquecimento da memória Na sociedade brasileira, há traumas históricos fundamentais que passam pelo processo alternado de esquecimento e rememoração para constituir a nossa contemporaneidade. Em longo prazo, há o drama histórico do tráfico negreiro e do escravismo, crucial não só para os afrodescendentes, que em breve serão maioria na população brasileira, como também para entender as divisões e a violência que definem a sociedade atual. Em médio e curto prazos, há o drama da ditadura (1964-1985), sobre o qual escreveu um dos participantes do seminário 1954-1964-2004: O golpe, memória e atualidade, organizado pela USP e pela Unicamp, em novembro de 2004: “Comemorar não é apenas celebrar fatos pregressos. Comemorar — memorar em comum, coletivamente — é também evocar um passado e nvolvido no esquecimento por obra do tempo ou trauma da memória. Nesse sentido, comemorar os 40 anos do golpe de 1964, por exemplo, significa pensar o passado para liberar o futuro dos fantasmas que ainda pairam no presente”. Disponível em: . Acesso em: 14 nov. 2012. (Fragmento) ANOTAÇÕES DE SALA
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11. Uma reflexão, ainda que sumária, sobre este tema, leva-nos à nossa própria memória nacional. Cabe, neste caso, tr atar sobre a constituição da nação brasileira — suas mazelas e qualidades. Nação que sempre esteve, historicamente, submetida ao poder externo e a este poder tem respondido de maneira a manter sua soberania. Saber-se um cidadão brasileiro diz respeito a esse reconhecimento da soberania nacional — por meio da confirmação de qualidades e características que qualificam e valorizam (positivamente ou não) nossa nação. Os textos motivadores ajudam a delinear o tema. O primeiro fala da notória falta de memória do povo brasileiro, o que dificulta um posicionamento crítico frente aos problemas sociais e econômicos, bem como participação mais efetiva da sociedade civil nos processos decisórios da nação. Já o segundo texto traz reflexão sobre o esquecimento de alguns momentos da história nacional — escravismo e tráfico negreiro, ditadura militar (1964-85) —, que foram traumáticos, e aponta para a importância de “evocar um passado envolvido no esquecimento por obra do tempo ou trauma da mem ória”. Para montar a argumentação, os alunos devem eleger aspectos que julguem importantes na delimitação do tema e construção da tese. Uma opção de encaminhamento é tomar um dado ou uma característica atual da nação brasileira — algo que nos qualifique e delineie nossa identidade nacional — e buscar saber sobre as origens históricas implicadas nisso. Assim, os alunos podem efetivamente construir argumentação em defesa da importância da memória político-histórica para a construção nacional, o que implica numa nação desenvolvida política, social e economicamente. As possibilidades de intervenção relativas a este tema podem ser implementadas por meio de ações institucionais — públicas ou privadas — ou ainda no âmbito de pequenos grupos humanos organizados. Isso significa que a solução deve ser compartilhada, pois diz respeito à aprendizagem ou a aprendizagens de cidadania. Cabe ao aluno a percepção daquilo que possa ser feito na instância do bairro, da escola, da cidade etc., assim como a indicação dos agentes implicados na questão. Para que os alunos tenham mais bases para o desenvolvimento do texto, indique, além de outros materiais, as seguintes fontes (os dois primeiros artigos estão disponíveis no portal): Artigo A (re)construção de memór ias nacionais através dos livros escolares: contribuições do professor-autor Joaquim Silva na Coleção Didática História do Brasil . Artigo A preservação do patr imônio cultural e sua trajetória no Brasil . Site Memória da censura do cinema brasileiro (1964-88): Livro: MELLO, Edmilson Alberto de. Por Onde Andará a Memória Nacional? Recife: Livro Rápido, 2008.
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Proposta 12 Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema O atual modelo de consumo , apresentando proposta de ação social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Disponível em: . Acesso em: 14 nov. 2012.
Compartilhamento versus consumismo Se a depressão é o mal do século, o consumismo vem de brinde. Pague 1 e leve 2. Mas nem sempre foi assim. A ideia de prosperidade econômica, com a umento do consumo e da renda individuais como motor da satisfação humana. Esse ideário certamente vai acabar. Talvez a economia da partilha, com toda essa cultura contemporânea de internet, seja um começo de desaparecimento. Não que as pessoas passem a consumir menos e tenham perda em seus padrões de conforto e bem-estar. A questão não é o quanto consumir, mas como e o quê. A certa altura de uma palestra de Rachel Botsman, ela pergunta à plateia quantas pessoas têm uma furadeira em casa. E informa que, em média o aparelho — pasme — é usado de 12 a 13 minutos em toda sua vida útil. Isso para dizer: em vez de todo mundo comprar a sua própria furadeira, por que não fazer o uso compartilhado de poucas? “Você precisa do furo, não da furadeira, certo?”. O mesmo se aplica a ta ntos outros bens, especialmente os que têm grande ociosidade. Como os automóveis que, em média, ficam mais de 22 horas parados por dia. E a constatação de que o que valem são as experiências, as utilidades e as sensações que os bens (compartilháveis) podem prestar — mas não eles em si. E o compartilhamento, de quebra, favorece as relações interpessoais. Facilita fazer amigos. Permite a troca, em todos os sentidos. Um encontro entre amigas para trocar peças de roupas entre si talvez seja mais divertido e prazeroso. Talvez isso preencha aquele vazio que o cartão de crédito sempre vai criar, no bolso e na alma. SAFATLE, Amália. Disponível em: . Acesso em: 14 nov. 2012. (Fragmento adaptado)
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12. Os textos motivadores apontam para mudanças do atual modelo de consumo, tema desta proposta. A charge relaciona um estado coletivo mundial de maior harmonia e paz à assimilação de um novo modelo de consumo, que não se traduz em consumismo. Claro, o texto retrata também a “resistência” dos indivíduos a qualquer perda em relação ao padrão atual de consumo e à qualidade de vida, embora o desejo pela harmonia no mundo seja unânime. O segundo texto faz menção a uma nova noção a reger as atividades humanas, em oposição ao consumismo — a noção de partilha, de compartilhamento. O foco do consumo se transfere da quantidade para aspectos mais específicos (o que consumir e como consumir) e o uso partilhado de um instrumento, de um bem, que esteja ocioso, por exemplo, favorecerá inclusive as trocas interpessoais e os relacionamentos humanos. Se o tema delineia mudanças no atual modelo de consumo, a tese deverá ir também nesta direção. Há infinitas possibilidades de construção nesse caso, e a argumentação requerida deverá estar adequada. Será interessante buscar exemplos concretos de experiências de consumo partilhado, por exemplo. Sistemas de comunidades fechadas ou semiabertas, que se organizam economicamente de maneira sustentável, podem servir a esse fim de exemplificação. O importante é que se abra espaço para um questionamento do modelo de consumo vigente e a construção de uma argumentação bem fundamentada. Nesta temática as propostas de intervenção podem incluir ações de caráter público ou privado, pois o tema do consumo, seja de bens ou serviços, relaciona-se a todos os âmbitos. A implementação das propostas deverá ser detalhada o máximo possível no texto e, para tanto, cabe ao aluno questionar-se sobre como fará isso. Quem poderia se interessar e comprometer com as ações propostas? De onde viriam os recursos, se necessários? Em que espaço(s) isso poderia ser aplicado? Para que os alunos possam se basear e ter ideias para as propostas de intervenção, indique, além de textos, documentários e outros materiais por você conhecidos, as seguintes leituras, disponíveis no portal: Artigo Um modelo de consumo a serviço do capitalismo e do patriarcado. Entrevista com o economista Tim J ackson, sobre o atual modelo de consumo. Aproveite este momento para apresentar aos alunos dicas do manual de redação elaborado pelo MEC e Inep sobre o que evitar na hora da construção das redações: O que evitar na prova de redação: • frases fragmentadas que comprometam a estrutura lógico-gramatical; • sequência justaposta de ideias sem encaixamentos sintáticos, reproduzindo hábitos da oralidade; • frase com apenas oração subordinada, sem oração principal; • emprego equivocado do conector (preposição, conjunção, pronome relativo, alguns advérbios e locuções adverbiais) que não estabeleça relação lógica entre dois trechos do texto e prejudique a compreensão da mensagem; • emprego do pronome relativo sem a preposição, quando obrigatória; e • repetição ou substituição inadequada de palavras sem se valer dos recursos oferecidos pela língua (pronome, advérbio, artigo, sinônimo).
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BRASIL. Inep. Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Guia do participante: redação. Brasília: MEC, 2012. p. 23. :
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Proposta 13 Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema Consumo e plane jamento financeiro , apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. A classe média vai ao paraíso As pessoas começam a entender que ser classe média também custa mais caro e planta armadilhas econômicas na vida diária. Elas comprovaram no próprio bolso, por exemplo, que comprar um ca rro é mais do que levantar um financiamento e pagar as prestações mensais. Implica mudanças de padrões de consumo que, mal administradas, podem derrubar o consumidor em buraco difícil de sair. O novo dono de um carro logo vê que é empurrado a novas despesas e novas tentações. É IPVA, licenciamento, seguro, taxa de inspeção veicular, despesa com combustíveis, lubrificantes, estacionamento, lavagem, mecânica, pedágio, flanelinha, fim de semana na Praia Grande e esticadas com as crianças no Simba Safári. O sujeito vai, é claro, exibir seu carrão para a parentada e para os amigos, como sugerem os anúncios. E isso também custa mais dinheiro. Levar a namorada ao shopping, por exemplo, acarreta despesas inesperadas. E esse é só o começo de uma lista interminável de novas demandas, como ocorre também com quem passa a pilotar um celular, a internet ou a TV por assinatura. Todas essas situações contribuem para que o salário acabe antes do final do mês, sina de qualquer pobretão.
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MING, Celso. Disponível em: . Acesso em: 14 nov. 2012. (Fragmento) 16% 14%
Inadimplência
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A inadimplência dos consumidores chegou a 7,8% em novembro, o maior nível desde agosto de 2003, segundo dados do Banco Central. A taxa entre as pessoas jurídicas foi de 1,7% no mesmo período, resultando em uma inadimplência total do crédito livre estável em 4,2% ao mês
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Cheque especial Crédito pessoal
Aquisição de bens — Veículos Aquisição de bens — Outros
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13. Há uma grande parcela da população que se encontra endividada em nosso país. O estímulo ao consumo no Brasil veio alicerçado na concessão de crédito financeiro (crédito consignado, ao consumidor, cartões de crédito, cheque especial, crédito bancário) para a classe média e baixa — o cidadão aumentou o seu poder de compra e endividou-se. Por isso, o bom uso do crédito requer planejamento. Os textos motivadores traçam um perfil dos novos consumidores brasileiros que, sem planejamento, aumentam seus gastos e fazem subir os índices de inadimplência no país — 7,8% dos consumidores estão inadimplentes, ou seja, enfrentam dificuldades para pagarem suas dívidas pessoais e familiares. Outro fator abordado nos textos diz respeito ao comportamento desregrado daquele que antes pertencia a classes pobres (fora da faixa de consumidores) e hoje assume um padrão de consumo digno da classe média (automóveis, eletrônicos...). Esse novo consumidor, ávido pela posse dos bens e serviços, assume novas demandas de consumo, num estilo de vida que não condiz com seu orçamento pessoal, com gastos cujo salário não sustenta. Esse é o contexto para uma reflexão sobre este tema, pois, na ausência de planejamento, o consumidor acaba usando créditos bancários e pagando altos juros por isso. A construção de uma tese e desenvolvimento da argumentação sobre o tema poderá, por exemplo, associar o consumo ao planejamento financeiro, indicando causas e consequências da ausência de planejamento nesse âmbito. Aquele que fica endividado, cujo consumo partiu de ações sem nenhum planejamento, pode acabar perdendo seu poder de compra e ficar refém das dívidas bancárias. Nesse raciocínio, o planejamento financeiro funcionaria como uma forma de prevenção aos excessos do consumo. Mas, se o planejamento é importante, por que não é praticado por todos? Há muitos fatores a serem analisados aqui como possíveis causas de um consumo desregrado, que acabe por gerar mais danos que benefícios ao consumidor: características pessoais (e até patológicas) de compulsão pelo consumo; incremento do crédito facilitado, que funciona como armadilha; falta de experiência e de educação específica para o consumo etc. Caberá ao aluno, com seu auxílio, construir uma linha de raciocínio para avaliar e opinar sobre essa temática. Este tema abre espaço para muitas propostas de intervenção concreta. Trata-se de um assunto que afeta a todos os cidadãos/consumidores, em sua maioria de classe média ou baixa. A implementação de políticas públicas que possam reverter a situação de inadimplência, por exemplo, ser viria como uma medida de saneamento, já que o endividamento da população apresenta um quadro crônico. Mas há necessidade de que se (re)eduque a população para o consumo, e isso também é uma responsabilidade do poder público. Aos cidadãos deve ser dado o direito de livre escolha no encaminhamento financeiro de suas vidas, mas o governo não pode permanecer aliado aos interesses das corporações e instituições financeiras, deve assumir sua função de gerenciamento, apoio e manutenção das garantias de direito dos cidadãos. Na medida em que as propostas de intervenção incluam o poder público, isso estará restabelecendo uma atribuição fundamental dos governos representativos e democráticos — garantir e defender o direito de cidadania. Os seguintes textos, disponíveis no portal, podem ajudar os alunos na construção das propostas de intervenção sobre o tema: Texto As principais causas do endi vidamento e as formas de resolvê-lo. Reportagem da revista Veja sobre o aumento do endividamento dos consumidores brasileiros. TCC sobre planejamento familiar e orçamento doméstico. Cartilha Planejamento financeiro familiar .
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Proposta 14 Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema As novas formas do trabalho escravo , apresentando proposta de ação social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Trabalho escravo no Brasil de hoje A escravidão contemporânea é diferente daquela que existia até o final do século 19, quando o Estado garantia que comprar, vender e usar gente era uma atividade legal. Mas é tão perversa quanto, por roubar do ser humano sua liberdade e dignidade. E ela não se resume à terra de ninguém que é a região de expansão agrícola amazônica, mas está presente nas ca rvoarias do cerrado, nos laranjais e canaviais do interior paulista, em fazendas de frutas e algodão do Nordeste, nas pequenas tecelagens do Brás e Bom Retiro, da cidade de São Paulo. Antigamente, a propriedade legal era permitida, hoje não. Mas era muito mais caro comprar e manter um escravo do que hoje. O negro africano era um investimento dispendioso que poucas pessoas podiam ter. Hoje, o custo é quase zero — paga-se apenas o transporte e, no máximo, a dívida que o sujeito tinha em algum comércio ou hotel. Além do fato de que, se o trabalhador fica doente, é só largá-lo na estrada mais próxima e aliciar outra pessoa. O desemprego é gigantesco n o país, e a mão de obra, farta. Na escravidão contemporânea, não faz diferença se a pessoa é negra, amarela ou branc a. Os escravos são miseráveis, independentemente de raça. Porém, tanto na escravidão imperial quanto na do Brasil de hoje, mantém-se a ordem por meio de a meaças, terror psicológico, coerção física, punições e assassinatos. SAKAMOTO, Leonardo. Disponível em: . Acesso em: 14 nov. 2012. (Fragmento)
O Brasil, que assina as convenções, só reconheceu em 1995 que brasileiros ainda eram submetidos a trabalho escravo. Mesmo com seguidas denúncias, foi preciso que o país fosse processado junto à Organização dos Estados Americanos (OEA) para que se aparelhasse para combater o problema. Disponível em: . Acesso em: 18 jan. 2013. (Fragmento)
Propriedade legal
Antiga Escravidão
Nova Escravidão
Permitida
Proibida
Custo de recrutamento Alto. A riqueza de uma pessoa podia ser de mão de obra medida pela quantidade de escravos
Muito baixo. Não há compra e, muitas vezes, gasta-se apenas com transporte
Lucros
Baixos. Havia altos custos com a manutenção dos escravos
Alto. Se algum fica doente ou velho pode ser mandado embora, sem nenhum direito
Mão de obra
Escassa. Dependia do tráfico negreiro, prisão de índios ou dos novos escravos nascidos nas fazendas
Descartável, dado o grande contingente de trabalhadores desempregados
Relacionamento
Longo período. O dono cuidava dos escravos pela vida inteira
Curto período. Terminado o serviço, não é mais necessário prover o sustento do empregado
Diferenças étnicas
Relevante para a escravização
Pouco relevantes. Qualquer pessoa pobre ou miserável pode se tornar escravo, independente da etnia
Manutenção da ordem
Ameaças, violências psicológicas, coerção física, punições exemplares e até assassinatos
Ameaças, violências psicológicas, coerção física, punições exemplares e até assassinatos
Fonte: Disposable People — New Slavery in the Global Economy, Kevin Bales, 1993.
Ruralistas não sabem o que é trabalho escravo A armadilha é sempre a mesma: pegam um trabalhador com pouca escolaridade ou analfabeto de determinada região, geralmente no Maranhão, e levam para outra parte. O trabalhador não sabe como sair dali e tem vários descontos. Essas pessoas são ludibriadas, colocadas em situação dramática, sem condições financeiras e, às vezes, físicas. LEITÃO, Míriam. Disponível em: . Acesso em: 14 nov. 2012. (Fragmento) 0 7
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14. Este tema deve ser abordado sob a ótica dos Direitos Humanos, pois nenhuma forma de exploração do homem é justificável. Como explicar que ainda hoje se possam encontrar pessoas vivendo como escravos no Brasil? Quais as causas e consequências disso? Como alterar esse panorama? Sobre quem recai a responsabilidade disso? Importante lembrar que, em 2003, o Governo Federal lançou o Programa para a Erradicação do Trabalho Escravo para o enfrentamento deste problema no país, envolvendo setores do Executivo, Legislativo e Judiciário, Ministério Público, entidades da sociedade civil e organizações inter nacionais. Os textos motivadores fazem uma comparação entre a escravidão contemporânea e o sistema de exploração humana escravista, que existiu até o final do século XIX no Brasil. Ontem e hoje, igualmente escravidão. Hoje, a exploração de pessoas pobres e analfabetas pode ser encontrada não apenas nos confins da Amazônia, mas também “nas carvoarias do cerrado, nos laranjais e canaviais do interior paulista, em fazendas de frutas e algodão do Nordeste, nas pequenas tecelagens do Brás e Bom Retiro, da cidade de São Paulo”. Os trabalhadores escravos são mantidos por meio de ameaças, coerção, punição e assassinatos. Retirados de sua região de origem — geralmente do Maranhão, segundo o texto — são levados a outros lugares onde passam a trabalhar. Enganados, endividados, explorados, não conseguem se desvencilhar dessa armadilha. É muito importante investigar — ler e pesquisar — sobre o tema para que se possa desenvolver uma visão crítica para construir um ponto de vista. Como explicar a existência do trabalho escravo na at ualidade, sendo isso tão absurdo e anacrônico? É preciso que se evidencie o problema — é uma realidade que deve ser combatid a e erradicada — sem dúvida. Existe o Programa Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (2003) e é importante que o aluno saiba mais sobre seu conteúdo, pois o simples engajamento da sociedade civil já se constitui numa intervenção concreta. As propostas devem apresentar ações de caráter informativo — e formativo — que instiguem o reconhecimento da desigualdade social existente no país. Para que os alunos possam se basear e ter ideias para as propostas de intervenção, indique, além de textos, documentários e outros materiais por você conhecidos, as seguintes leituras, disponíveis no portal: Texto O atlas do trabalho escravo no Brasil. Breve história da escravidão do Brasil. Artigo sobre escravidão moderna. Aproveite este momento para apresentar aos alunos algumas recomendações contidas no manual de redação do Inep para se elaborar uma boa redação: a) ler com bastante atenção o tema e a tipologia textual (dissertativo-argumentativo) propostos; b) ler os textos motivadores, marcando as palavras ou os fragmentos que indicam o posicionamento dos autores; c) identificar, em cada texto motivador, a tese e os argumentos apresentados pelos autores para defender seu ponto de vista; d) refletir sobre o posicionamento dos autores dos textos motivadores; e e) ler atentamente as instruções apresentadas após os textos motivadores.
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BRASIL. Inep. Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Guia do participante: redação. Brasília: MEC, 2012. p. 29.
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Proposta 15 Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema Jornalismo e violência: o desafio da construção do senso crítico , apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. O jornalismo exerce um papel muito importante dentro da sociedade. Ele é o responsável pela formação de opinião, que dará à sociedade uma visão ampla da realidade. As redes de informação, comunicação e notícia tratam do cotidiano da população, que pode, através de ssas redes, buscar e reivindicar seus direitos, a fim de melhorar a situação em que se encontram. Mas nessa era de “imediatismo e simultaneidade” da informação, não há tempo para pensar e discutir os assuntos pertinentes, que de maneira significativa afetam à população.
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SANTO, Gilson. Discurso, contexto e linguagem: uma análise do discurso no jornalismo opinativo. Disponível em: . Acesso em: 16 nov. 2012. (Fragmento)
A violência urbana é definida pela polariz ação entre bons e maus, sem reflexão sobre as motivações para a criminalidade ou as causas determinantes para a exclusão econômica e social de parte da população que ingressa no crime — ascensão do tráfico, impossibilidade de recuperação dos detentos, valorização da ação punitiva e repressora em detrimento da educação e do trabalho. RAMOS, Daniela Atalla da Silva. Documentos da Nossa Barbárie: a Mídia e os Valores do Nosso Tempo . Disponível em: . Acesso em: 16 nov. 2012. (Fragmento) ANOTAÇÕES DE SALA
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15. Para a compreensão do tema, o aluno precisa fazer ligação entre os dois textos. O primeiro constrói a ideia da importância do jornalismo como formador de opinião dentro da sociedade — seja jornalismo televisionado, seja radiofônico, seja em mídia impressa ou digital. O texto ainda ressalta que a construção de reflexões profundas sobre temas de grande importância à sociedade é prejudicada pela era que busca sempre o imediato e a constante atualização. Assim, cria-se um jornalismo informativo, que na maioria dos casos noticia acontecimentos sem que haja debates sobre temas que permeiam esses acontecimentos. O segundo texto, por sua vez, comenta como a violência é definida, pela simples divisão bons/maus, vítimas/culpados, sem que exista reflexão do contexto social, econômico e histórico para que ela aconteça. E este é o ponto que liga os dois textos: a apresentação de fatos sem a devida reflexão sobre eles. Seguindo esse caminho, o aluno deve focar sua atenção em como o jornalismo trabalha com temas pertinentes à violência e como o modelo atual de noticiário prejudica a compreensão holística do assunto. Num primeiro momento, o aluno deve fazer a ponte entre os dois textos, para então argumentar sobre a necessidade de mudança no modelo de recepção e construção de informações sobre a violência nos meios de comunicação. A partir da constatação de que o modo como é feita e recebida uma notícia sobre o tema violência não configura a construção de senso crítico, o aluno fará hipóteses de modificação desse quadro. Exemplos de programas que apenas alimentam a população com inúmeros casos de violência não faltarão, pois esse tipo de programa que faz a espetacularização da violência se popularizou muito nos últimos anos. Dessa constatação, caso o aluno já não tenha refletido sobre esse modelo de jornalismo, surgirão lembranças sobre o constante bombardeio de notícias a que estamos sujeitos diariamente e a brevidade com que cada uma é tratada, excluindo aqueles em que a mídia se debruça por vários dias, embora em ambos os casos não exista a construção de reflexões profundas sobre as causas da violência. Como a proposta é de conscientização social, o aluno precisa chamar a atenção para o fato de que esse modelo de jornalismo informativo, sem a construção de debates sobre a complexidade que envolve o tema violência, não constrói um cidadão crítico, que compreenda minimamente as razões históricas, políticas, sociais, psicológicas etc. para o grave quadro de violência que ocorre no país. Não se espera do aluno a proposta de abandono da recepção de notícias relacionadas à violência, o que configura espécie de alienação de temas que dizem respeito à sociedade, mas que se busque, além do noticiário comum, meramente informativo, textos, debates, palestras etc. que analisem de maneira mais completa o assunto em questão, de modo a construir no receptor dessas informações compreensão e senso crítico sobre a grande complexidade em torno daquilo que observa no telejornalismo de caráter imediato e informativo. Para que os alunos possam se basear e ter ideias para as propostas de intervenção, indique, além de textos, documentários e outras fontes por você conhecidas, os seguintes materiais, disponíveis no portal: Artigo Jornalismo e violência . Artigo Discurso, contexto e linguagem — uma análise do discurso no jornalismo opinativo. Artigo Documentos da nossa barbárie: a mídia e os valores do nosso tempo. Dissertação O espetáculo da violência no telejornal sensacionalista. Tese Estética da violência: jornalismo e produção de sentido.
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Proposta 16 Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema A lentidão da justiça brasileira e suas consequências , apresentando proposta de ação social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Justiça “A justiça tarda, mas não falta”, reza o ditado popular. Ou melhor, rezava. Hoje, os brasileiros sabem que só a primeira metade desse ditado continua verdadeira. No Brasil, a Justiça tarda tanto que muitas vezes não chega. O resultado é a impunidade, que dá aos piores bandidos o salvo-conduto para continuar a praticar homicídios, sequestros e estupros. Apenas 0,2% dos crimes cometidos chegam à condenação e prisão dos culpados. E os bandidos são os mais bem informados de que é mais fácil ga nhar num jogo de bingo do que receber a justa punição por um crime cometido. A Justiça tarda tanto que muitos crimes prescrevem antes que o processo chegue ao final, premiando o réu com uma providencial extinção da pena. E, quando um processo criminal cumpre inteiramente o longo percurso de julgamentos e recursos até chegar à sentença final, quase dez anos terão se passado. O problema não é novo. Rui Barbosa — talvez o maior jurista brasileiro — já afirmava aos seus alunos de Direito que justiça atrasada é o mesmo que injustiça manifesta. E não te m solução simples. Não dá para tratar o Judiciário como uma empresa, com regras de produtividade e metas anuais, por exemplo. Basta notar que uma das causas da lentidão reside numa de suas qualidades mais louváveis: o direito de ampla defesa que toda pessoa tem ao ser acusada de um crime, além do direito de ser julgado em mais de uma instância. São direitos fundamentais para que você não c orra o risco, algum dia, de ser acusado injustamente e condenado sem ter tido a chance de se defender. ROMANINI, Vinícius. Disponível em: . Acesso em: 19 nov. 2012. (Fragmento)
A est átua da justiça aqu i é retratada gord a, com os braços enrugados, com cabelos claros (ou grisalhos), com uma expressão, triste, mal-humorada. Tais traços, somados ao andador, remetem à formação ideológica que temos do idoso, da anciã cujo corpo sofreu a açã o do tempo, engordando, perdendo a viscosidade da pele, o tônus muscular e a sua mobilidade. Notemos que, ao relacionar a justiça à velhice, é produzido o efeito de que a justiça sob a qual nos submetemos é velha, pesada, lenta e ultrapassada para a sociedade de hoje, o que se confirma pela posição curva apoiada no andador. Disponível em: . Acesso em: 6 dez. 2012. (Fragmento) ANOTAÇÕES DE SALA
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16. Este é um tema amplo e de importância justificável para qualquer cidadão, pois afeta a c ada um, direta ou indiretamente. A morosidade de um processo judicial pode significar perdas familiares — questões de guarda de filhos ou pensão alimentícia, por exemplo —, pode afetar uma coletividade específica (quando da não punição de um criminoso) ou ainda afetar o andamento de transações econômicas e/ou comerciais em âmbito nacional. Em resumo: lentidão da justiça gera problemas aos cidadãos de bem, cumpridores de seus deveres, e favorece os mal-intencionados. O primeiro texto motivador dá uma ideia geral dos problemas advindos da morosidade da justiça: impunidade, criminosos livres, demora na resolução dos casos. Além disso, há a menção de que, no Brasil, o problema infelizmente não é atual. O segundo texto é fragmento de um trabalho de análise de obras de Angeli, relacionados à Justiça. Interessante ressaltar as últimas linhas do trecho, em que existe a menção de que o modelo atual de justiça no Brasil já não é condizente com a realidade do nosso país — um dos pontos sobre o qual o aluno pode se basear na apresentação da proposta de intervenção, ao sugerir novo modelo de julgar que se adeque ao contexto brasileiro da atualidade. Nesta temática, em que comumente se traça um panorama negativo — de uma justiça ineficiente, que privilegia o poder econômico etc. —, cabe acrescentar uma pesquisa de atualidades para que não se reproduzam apenas pontos de vista (teses) do senso comum. Uma boa opção será buscar informações, por exemplo, no portal do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), instância de representação do judiciário e dos interesses dos cidadãos, uma boa fonte de pesquisa. Em linhas gerais, qualquer intervenção no âmbito da justiça dependerá de envolvimento político da sociedade. Há, por exemplo, o Programa de Justiça Plena, lançado pela Corregedoria Nacional de Justiça (2010). Nesse s entido, a instrução da população e a simples circulação de informações sobre os t râmites da justiça já servirão de base para transformações concretas. Ações concretas, principalmente educativas, podem servir de base para as transformações necessárias — para sanar ou minimizar os problemas existentes. Os seguintes textos, disponíveis no portal, podem ajudar os alunos na construção das propostas de intervenção sobre o tema: Reportagem sobre como os atrasos comprometem a imagem da justiça brasileira. Texto Lentidão da justiça. Matéria da revista Veja sobre as causas da lentidão na justiça brasileira. Notícia sobre pesquisa realizada entre advogados sobre as causas da lentidão da justiça. Texto O poder judiciário: morosidade. Íntegra da matéria Justiça, da revista Superinteressante. Texto Morosidade da justiça no Brasil .
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Proposta 17 Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, em norma-padrão da língua po rtuguesa, sobre o tema O ensino fragmentado e o desafio para uma educação holística , apresentando proposta de ação social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. A fragmentação do ensino Influenciada, por um lado, pela industrialização que chegava, e, por outro, pelo regime militar que passou a vigorar no Brasil, nossa escola foi se estruturando como uma linha de montagem, um modo de produção que fragmentou o trabalho humano, tendo em vista o aumento da produtividade. A hiperespecialidade, o ensino voltado ao “científico”, movido pela euforia tecnicista, as inúmeras aulas de 50 minutos, sem conexão entre si, sem contexto, nos levaram a uma sociedade que desaprendeu o valor do todo, do global, do complexo. E nos tornamos especialistas cada vez mais fragmentados, desvinculados das grandes questões humanas, sociais, planetárias. E vamos vivendo acoplados a uma parcela tão pequena da realidade que chegamos a esquecer quem somos, o que buscamos. Se, por um lado, a fragmentação do ensino respondia à necessidade de produzir uma educação “em massa”, por outro, atendia à fundamentação ideológica do novo regime, avesso à reflexão e à crítica, como mostram as denominações que ainda hoje usamos: grade curricular, disciplina, prova. Com tudo isso, fomos formando pessoas cada vez mais segmentadas, incapazes de responder às grandes questões, e que hoje vivem em um mundo que as obriga a dar conta de temas cada vez mais complexos, como o destino do planeta, a internet, a globalização.
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MOSÉ, Viviane. Disponível em: . Acesso em: 19 nov. 2012. (Fragmento)
Aprendemos, desde muito cedo, a desmembrar os problemas, a fragmentar o mundo. Aparentemente, isso torna tarefas e assuntos complexos mais administráveis, mas, em troca, pagamos um preço oculto muito alto. Não conseguimos mais perceber as consequências das nossas ações; perdemos a noção intrínseca de conexão com o todo. Quando queremos divisar o “quadro geral”, tentamos montar os fragmentos em nossa mente, listar e organizar todas as peças. Mas, como diz o físico David Bohm, a tarefa é inglória — é como tentar montar os fragmentos de um espelho quebrado para enxergar um reflexo verdadeiro. Depois de algum tempo, acabamos desistindo de ver o todo. SENGE, Peter. Fragmento do livro A Quinta Dis ciplina — Ar te e Prática d a Organização que Apren de . Disponível em: . Acesso em: 6 dez. 2012. ANOTAÇÕES DE SALA
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17. O ensino no Brasil traz muitas contradições e necessidades. Na abordagem deste tema, devem ser consideradas as diferenças regionais. Mas, em linhas gerais, o que se pede aqui é uma reflexão sobre o modelo de processo ensino-aprendizagem conforme aparece nas diretrizes governamentais — currículo único, direcionamento para o ensino técnico e superior, modelo de avaliação etc. Os textos motivadores mostram como nosso modelo educacional — influenciado pela industrialização e militarismo — foi estruturado como uma “linha de montagem”: tecnicista, especialista e fragmentado. Em decorrência desse modelo, temos uma sociedade de pessoas fragmentadas e pouco afeitas ao “valor do todo, do global, do complexo — desvinculadas das grandes questões humanas, sociais, planetárias”. E essas pessoas “hoje vivem em um mundo que as obriga a dar conta de temas cada vez mais complexos, como o destino do planeta, a internet, a globalização”. Cabe ao aluno questionar como essa demanda por uma visão holística das questões que permeiam nosso cotidiano pode ser suprida com um modelo de educação que oferece noções fragmentadas do mundo, do conhecimento. O desafio dado nesta proposta é claro: há necessidade de se desenvolver uma educação holística. Cabe avaliar os limites do modelo existente, refletir sobre os “resultados” desse modelo, bem como investigar as possibilidades diferentes existentes no contexto atual. Por um lado, avaliar as políticas públicas da educação e suas consequências (Enem, vestibulares etc.); em outra perspectiva, refletir sobre as novas concepções pedagógicas que estão sendo praticadas no país, independentemente do modelo geral instituído. Partindo do pressuposto de que educação é responsabilidade do estado, as medidas deverão evocar a ação efetiva do poder público (municipal, estadual ou federal). Mas nada impede que o aluno desenvolva propostas de inclusão da responsabilidade civil, por exemplo, nesse âmbito, considerando-se a perspectiva de que a educação formal é apenas uma parte da educação integral do cidadão. A fim de que os alunos possam ter mais subsídios na elaboração do texto, indique materiais por você conhecidos, incluindo estes (os cinco últimos estão disponíveis no portal): A Educação Proibida (La Educación Prohibida), filme sobre educação centrada em amor, respeito, liberdade e aprendizagem. Entrevistas e depoimentos relativos a experiências pedagógicas diferenciadas — coletados em oito países. Livro: YUS, Rafael. Educação Integral : uma Educação Holística para o Século XXI. Porto Alegre: Penso, 2007. Palestra sobre educação, com Viviane Mosé. Artigo A fragmentação dos saberes na educação científica escolar na percepção de professores de uma escola de ensino médio. Artigo Interdisciplinaridade: uma possibi lidade de superação da fragmentação do saber. Artigo A interdisciplinaridade como forma de superar a fragmentação do conheci ment o. Artigo Fragmentação do conhecimento ou interdisciplinaridade: ainda um dilema contemporâneo?
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Proposta 18 Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema A publicidade e a coisificação do ser humano , apresentando proposta de ação social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Linguagem da propaganda: reducionismo, coisificação e discriminação São muitos os meios utilizados para sustentar o texto propagandístico, seja ele verbal ou não verbal, há um conjunto de recursos estilísticos e estéticos, seleções lexicais a dequadas e relações semânticas que trabalham junto a mensagem publicitária em busca de atingir seus objetivos. Até aqui não há nenhum problema. O problema começa quando, para atingir esses objetivos que têm como centro o lucro, surgem a redução do ser humano, das coisas inerentes a ele, a coisificação do sujeito e a criação de inúmeros preconceitos. Muitas vezes isso aparece de maneira implícita, de modo que poucos conseguem ver o exagero e a carga ideológica das propagandas que querem transformar tudo em produtos ou objetos. MATOS, Carla Mirelle de Oliveira et al . Linguagem da Propaganda: Reducionismo, Coisificação e Discriminação. Disponível em: . Acesso em: 20 nov. 2012. (Fragmento)
Um corpo que cai: a reificação dos corpos pela publicidade Por utilizar o ideal de beleza para vender seus produtos, a publicidade acabou fragmentando os corpos. O advento da fotografia e, posteriormente, do zoom, contribuíram para esta forma de representar. Hoje, os anúncios exploram partes do corpo, estabelecem padrões para essas partes e acabam criando “uma imagem de quebra-cabeça da beleza”. Essa fragmentação colabora muito para aerificação dos corpos. Quando folheamos revistas, geralmente encontramos bocas, olhos, peitos, pernas, bundas etc. sem rosto, sem identidade. Parecem simples objetos. FORMIGA, Simone. Um Corpo que Cai: a Reificação dos Corpos pela Publicidade. Disponível em: . Acesso em: 20 nov. 2012. (Fragmento) ANOTAÇÕES DE SALA
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18. O modelo de produção capitalista que prevalece contemporaneamente no mundo está centrado no mercado — na produção, circulação e no consumo de mercadorias (bens e serviços). Isso é fato. E nesse contexto, resguardadas as diferenças locais e regionais, temos a presença da publicidade como um instrumento que serve às necessidades do mercado. A dinâmica da publicidade, por meio das várias mídias, objetiva persuadir o leitor, interlocutor, ao consumo — o que garantirá a manutenção e ampliação do sistema. O problema maior é que, nesse sistema, o ser humano se transforma num produto, numa mercadoria, uma “coisa”. Nesse contexto es tamos todos inseridos, individual e coletivamente, não como pessoas, indivíduos autônomos, livres e capazes, mas sim como “massa”. Os textos motivadores trazem alguns elementos importantes para a compreensão do papel da publicidade na estimulação do consumo e manipulação das “massas”. O primeiro texto chama a atenção sobre aspectos negativos da linguagem publicitária, como a manutenção de preconceitos (por exemplo, no Br asil, a visão machista de que os homens gostam de futebol, cerveja e mulher; a redução do ser humano à condição de objeto/coisa (por exemplo, o uso de mulheres em comerciais de cerveja); a supervalorização de determinados padrões de comportamento/consumo, o que gera ou agrava a sensação de isolamento e inadequação (por exemplo, a valorização da juventude, vida saudável e bela) e outros fatores que geralmente passam despercebidos aos consumidores. Nessa mesma direção crítica, o segundo texto traz uma reflexão sobre o uso publicitário do corpo, da imagem do corpo, sempre belo, jovem e saudável, chegando-se ao absurdo da veiculação de fotos de partes do corpo (bocas, olhos, pernas), que, como objetos, podem ser admirados, cobiçados, sem menção a uma identidade que os contenha. O ponto de vista defendido no texto deverá mostrar-se crítico em relação à temática e, para isso, o aluno precisará amadurecer sua leitura na recepção dos textos publicitários. O processo de “coisificação” do homem não é parte de um argumento retórico; é, de fato, uma realidade nascida da condição socioeconômica vivida por todos os seres humanos — ou pela grande maioria — nas mais diversas regiões, países e culturas do planeta. E a linguagem publicitária, agente direta na manutenção dessa condição humana coisificada, deve ser vista com um olhar investigativo. A questão é elucidar, e não criar novos dogmas ou preconceitos. Assim, o aluno poderá listar fatos e dados que trarão fundamento à sua tese, tendo por base sua experiência pessoal e pesquisas em fontes confiáveis. As possibilidades de intervenção relativas a este tema podem ser implementadas por meio de ações institucionais — públicas ou privadas — ou ainda no âmbito de pequenos grupos humanos organizados. Isso significa dizer que a solução deve ser compartilhada, pois diz respeito à aprendizagem ou a aprendizagens de cidadania. Cabe ao aluno a percepção daquilo que possa ser feito na instância do bairro, da escola, da cidade etc., assim como a indicação dos agentes implicados na questão. Para que os alunos possam ter mais subsídios na construção do texto, indique as seguintes leituras sobre o tema, disponíveis no portal: Artigo Linguagem da propaganda: reducionismo, coisificação e discriminação. Artigo Um corpo que cai: a reificação dos corpos pela publicidade. Entrevista O corpo da publicidade: ideias e apontamentos de Tânia Hoff , realizada pela mestra em comunicação Liliany Samarão.
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INGLÊS 1.
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but soon decided to concentrate on music. Indeed its growth appears to have coincided with th at of world music as a genre.
The death of the PC
The days of paying for costly software upgrades are numbered. The PC will soon be obsolete. And Busines sWeek reports 70% of Americans are already using the technology that will replace it. Merrill Lync h calls it “a $160 billion tsu nami.” Computing giants including IBM, Yahoo!, and Amazon are racing to be the firs t to cash in on this PC-killing revolution. Yet, two little-known companies have a huge head start. Get their names in a free report from The Motley Fool called, “The Two Words Bill Gates Doesn’t Want You to Hear…” Click here for instant access to this FREE report! BROUGHT TO YOU BY THE MOTLEY FOOL
Speak Up. Ano XXIII, n o. 275 (fragmento).
A indústria fonográfica passou por várias mudanças no século XX e, como consequência, as empresas enfrentaram crises. Entre as causas, o texto da revista Speak Up aponta a) o baixo interesse dos jovens por alguns gêneros musicais. b) o acesso a músicas, geralmente sem custo, pela Internet. c) a compilação de álbuns com diferentes estilos musicais. d) a ausência de artistas populares entre as pessoas mais jovens. e) o aumento do número de cantores desconhecidos.
Disponível em: http://www.fool.com. Acesso em: 21 jul. 2010.
Ao optar por ler a reportagem completa sobre o assunto anunciado, tem-se acesso a duas palavras que Bill Gates não quer que o leitor conheça e que se referem a) aos responsáveis pela divulgação desta informação na internet. b) às marcas mais importantes de microcomputadores do mercado. c) aos nomes dos americanos que inventaram a suposta tecnologia. d) aos sites da internet pelos quais o produto já pode ser conhecido. e) às empresas que levam vantagem para serem suas concorrentes. OC: Estudo do texto: as sequências discursivas e os gê-
neros textuais no sistema de comunicação e informação Competência 2, habilidade 6
2.
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OC: Estudo do texto: as sequências discursivas e os gê-
neros textuais no sistema de comunicação e informação Competência 2, habilidade 6
3.
Cefet-MG (adaptado)
Only on AOL Blake Shelton “Footloose” Exclusive K C O T S R E T T U H S / E E R F D
The music superstar brings some country soul to Kenny Loggins’ toe-tapping hit, featured on the soundtrack for the upcoming remake of the much-loved ‘80s movie Hear Blake Shelton Perform “Footloose”
The record industry
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The record industry is undoubtedly in crisis, with labels laying off employees in continuation. This is because CD sales are plummeting as youngsters prefer to download their music from the Internet, usually free of charge. And yet it´s not all gloom and doom. Some labels are in fact thriving. Putumayo World Music, for example, is growing, thanks to its catalogue of ethnic compilation albums, featuring work by largely unknown artists from around the planet. Putumayo, which takes its name from a valley in Colombia, was founded in New York in 1993. It began life as an alternative clothing company,
(Retrieved from: . Access in: Sep, 2011.)
De acordo com a notícia da AOL, Blake Shelton a) atuou na versão original do filme. b) compôs a trilha sonora do filme Footloose. c) é o responsável pela nova produção do filme
Footloose. d) compôs a canção original chamada Footloose. e) criou uma versão da canção Footloose. OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos:
recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 2, habilidade 7
5 7
1.
E O texto é uma notícia do mundo tecnológico sobre o fim dos PC, abreviação de personal computers. As duas palavras que Bill Gates não quer que o leitor conheça são os nomes das empresas que estão à frente da nova tecnologia que substituirá os PC. O segundo parágrafo diz: duas empresas pouco conhecidas estão em vantagem (em relação à Microsoft, de Bill Gates). Descubra seus nomes em uma reportagem gratuita da Motley Fool . Com base nisso, deduz-se que, se o leitor tivesse a oportunidade de ler a reportagem na íntegra, conheceria o nome das duas possíveis concorrentes da Microsoft. Nesta habilidade — Uma das estratégias para inferir informações de um texto é considerar seu contexto linguístico. Chame a atenção dos alunos ao fato de o número dois (two) aparecer na frente de little-known companies e words Bill Gates. Essa observação ajuda o aluno a encontrar a resposta. Biblioteca — Acesse o portal para ler a reportagem The Two Words Bill Gates Doesn’t Want You to Hear… na íntegra.
2.
B Após comentário sobre a queda na venda de CDs, o texto aborda o crescimento de um segmento da indústria fonográfica em contraste com a crise enfrentada pela maioria das empresas do ramo. A informação necessária para a resolução da questão encontra-se no trecho This is because CD sales are plummeting as youngsters prefer to download their music from the Internet, usually free of charge. Nesta habilidade — Para resolução desta questão é necessário conhecimento da LEM para acessar as informações contidas no texto, reforçando o uso desta habilidade. Com isso, verifica-se a causa mencionada para a crise na indústria fonográfica. Para ir além — Trabalhe com os alunos a dedução do significado de palavras com base no contexto. Por exemplo, os alunos devem deduzir que a palavra tack quer dizer soccer na frase Pete was playing tack with his friends. He was the goalkeeper. He loves this sport. His favorite team is from England. Outro exemplo: peça aos alunos que descubram o que a palavra sublinhada quer dizer. Those who enjoy belonging to clubs, going to parties, and inviting friends often to their homes for dinner are gregarious. Ajude-os a responder, perguntando qual tipo de pessoa gosta de frequentar clubes, festas e de reunir amigos. Gregarious quer dizer sociável. Por fim, utilize a frase do texto para os alunos deduzirem o significado da palavra plummeting. This is because CD sales are plummeting as youngsters prefer to download their music from the Internet, usually free of charge. Nesse contexto, plummet quer dizer cair.
3.
E A expressão music superstar leva o aluno a eliminar as alternativas A e C, pois Blake é cantor e não ator. A sentença The music superstar brings some country soul to Kenny Loggins’ toe-tapping hit descarta as alternativas B e D, porque revela que o cantor regrava apenas uma canção da trilha que é o sucesso de Kenny Loggins. Por eliminação, o aluno chega à resposta correta. Nesta habilidade — O texto apresentado trabalha o gênero notícia, que tem por objetivo relatar fatos de interesse do público e, para isso, usa linguagem clara, concisa e direta.
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4. S Ê L G N I | M E N E
ITA-SP (adaptado)
British Prime Minister DAVID CAMERON, arguing that those involved in the recent riots in England need “tough love” as he vows to “get to grips” with the country’s problem families.
HE MAKES FORMULA ONE HAPPEN WITH ENERGY, DRIVE AND VISION. SO DO WE.
Disponível em: . Acesso em: 5 nov. 2011 (adaptado)
A respeito dos tumultos causados na Inglaterra em agosto de 2011, as palavras de alerta de David Cameron têm como foco principal a) enfatizar a discriminação contra os jovens britânicos e suas famílias. b) criticar ações agressivas demonstradas nos tumultos pelos jovens. c) estabelecer relação entre a falta de limites dos jovens e o excesso de amor. d) reforçar a ideia de que os jovens precisam de amor, mas também de firmeza. e) descrever o tipo de amor que gera problemas às famílias de jovens britânicos.
.. .. .. .
OC : Estudo do texto: as sequências discursivas e os gê-
neros textuais no sistema de comunicação e informação Competência 2, habilidade 5
Bernie Ecclestone runs the world’s most prestigious sport. One season, five continents, 12 teams and over half a billion fans worldwide. It means compromise is not an option, and it means that speed, teamwork and precision are essential. That’s why the man at the top demands the best. And that’s why he chose us to be the official logistics partner of F1, ensuring that the entire sport is delivered across the globe.
6.
Encceja (adaptado) — Analise o anúncio a seguir.
www.dhl-brandwork.com/F1
EXCELLENCE. SIMPLY DELIVERED Time, May 24, 2010
Especialistas de diversas áreas trabalham nos bastidores da Fórmula 1. A DHL é a operadora de logística oficial do esporte. O texto informa que Bernie Ecclestone a) administra a Fórmula 1. b) é um esportista famoso. c) é um piloto prestigiado na Fórmula 1. d) tem prestígio em todo o mundo. e) é um dos diretores da empresa anunciante. OC : Estudo do texto: as sequências discursivas e os gê-
neros textuais no sistema de comunicação e informação
(Newsweek, January 18, 2010)
a) b) c) d)
Competência 2, habilidade 5
e) 6 7
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5.
Enem Quotes of the day
O anúncio pretende sensibilizar o leitor para que este colabore com uma campanha de melhoria de merenda escolar em escolas da África do Sul. coopere com a campanha internacional “Adote um futuro atleta”. participe de um programa mundial de combate à fome. faça doações de copos, xícaras e demais utensílios à organização Fill the Cup — wfp.org. atue como voluntário em um programa de distribuição de refeições.
OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos: Friday, Sep. 02, 2011
“There probably was a shortage of not just respect and boundaries but also love. But you do need, when they cross the line and break the law, to be very tough.”
recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 2, habilidade 7
4.
A Para responder à questão, é essencial considerar o vocabulário em relação ao contexto no qual es tá inserido. Neste caso, a informação requisitada encontra-se no trecho He makes Formula One happen e novamente, em outras palavras, na afirmação Bernie Ecclestone runs the world´s most prestigious sport . Nesta habilidade — Inicialmente, espera-se que o aluno associe o vocabulário apresentado no texto, sua função e seu uso social ao tema, isto é, por meio desta habilidade, o estudante analisa o contexto, observa as palavras-chave e associa as informações, atribuindo significado, que o leva à resolução da questão.
5.
D A respeito dos tumultos causados na Inglaterra em agosto de 2011, o primeiro-ministro britânico David Cameron afirma que para aqueles envolvidos nas revoltas houve não apenas falta de respeito e limites, mas também de amor. Menciona que quando limites são ultrapassados e leis não são cumpridas é necessária uma posição mais firme. Assim sendo, as palavras do primeiro-ministro têm como foco principal reforçar a ideia de que os jovens precisam de amor, mas também de firmeza. Nesta habilidade — O trecho apresenta palavras-chave importantes para a resolução da questão: respeito, limite, amor, ultrapassar limites, descumprir a lei, ser rígido. O reconhecimento das palavras-chave colabora na construção do significado do texto e permite que o aluno encontre a alternativa correta.
6.
C Utilizando conhecimento prévio em língua materna, relacionado ao texto em LEM, é possível observar o padrão de linguagem comum ao gênero textual apresentado. Assim, identificam-se a função e o uso social do texto. Além disso, esta questão permite a resolução por eliminatória. Nesta habilidade — O texto combina linguagem verbal e não verbal. Assim sendo, chega-se à resolução da questão ao relacionar estruturas linguísticas, texto, linguagem visual e uso social para construção de sentido.
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Teste complementar IFG-GO (adaptado)
For some this is the Everest.
Help build more facilities adapted for disabled people.
American Disability Association. Available on: . Access on: Nov. 25, 2011.
É correto afirmar que o anúncio a) é sobre turismo no Monte Everest. b) refere-se às dificuldades de locomoção que deficientes enfrentam. c) refere-se às facilidades que deficientes encontram no Everest. d) é uma crítica aos deficientes. e) oferece desconto para deficientes que querem viajar para o Everest. Competência 2, habilidade 7
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7.
Enem (adaptado) J. K. Rowling writes first novel for grown-ups K C O T S R E T T U H S / Y E L K U B _ S
J. K. Rowling will publish her first novel for adults, and yet another chapter in an extraordinary life will begin. Al l th e Po tt er bo ok s we re pu bl is he d by Bloomsbury, but the author has signed a deal with Little, Brown Book Group for this new project. The publishers gave no further information on the date or title. “The freedom to explore new territory is a gift that Harry’s success has brought me, and with that new territory it seemed a logical progression to have a new publisher,” Rowling said. “Although I’ve enjoyed writing it every bit as much, my next book will be very different to the Harry Potter series. I am delighted to have a second publishing home in Little, Brown, and a publishing team that will be a great partner in this new phase of my writing life.” J. K. Rowling tornou-se famosa por seus livros sobre o bruxo Harry Potter e suas aventuras, adaptados para o cinema. Esse texto, que aborda a trajetória da escritora britânica, tem por objetivo a) informar que a famosa série Harry Potter será adaptada para o público adulto. b) divulgar a publicação do romance por J. K. Rowling inteiramente para adultos. c) promover a nova editora que irá publicar os próximos livros de J. K. Rowling. d) informar que a autora de Harry Potter agora pretende escrever para adultos. e) anunciar um novo livro da série Harry Potter publicado por editora diferente. OC: Estudo do texto: as sequências discursivas e os gê-
neros textuais no sistema de comunicação e informação Competência 2, habilidade 5
8. IFS-SE Zombie 0 3 1
Another head hangs lowly Child is slowly taken
And the violence caused such silence Who are we mistaken? But you see, it’s not me, it’s not my family In your head, in your head they are fighting With their tanks and their bombs And their bones an d their guns In your head, in your head, they are crying...
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Chorus: In your head, in your head Zombie, zombie, zombie hey, hey What’s in your head? In your head Zombie, zombie, zombie? Hey, hey, hey, oh Another mother’s breaking Heart is taking over When the violence causes silence We must be mistaken It’s the same old theme since nineteen-sixteen In your head, in your head they’re still fighting With their tanks and their bombs And their bones an d their guns In your head, in your head, they are dying... O’Riordan, Dolores. Zombie. Disponível em: http://letras.terra.com.br/ thecranberries/8907/. Acesso em: 14 nov. 2011.
A canção Zomb ie , gravada pelo grupo irlandês The Cranberries , em 1994, lamenta a morte de duas crianças em um ataque do Exército Republicano Irlandês (IRA), ocorrido no ano anterior, em Warrington, na Inglaterra. A partir da análise da letra da canção é correto afirmar que a) as mães das crianças mortas também sofreram violência durante o ataque do IRA. b) alguns desses episódios mencionados aconteceram apenas na imaginação das pessoas. c) a canção faz referência a ataques de exércitos ocorridos em outros países da Europa. d) a canção faz referência apenas ao ataque do Exército Republicano Irlandês ocorrido no Reino Unido. e) episódios semelhantes a esse já haviam acontecido outras vezes no Reino Unido. OC: Estudo do texto: as sequências discursivas e os gê-
neros textuais no sistema de comunicação e informação Competência 2, habilidade 8
7 7
7.
D Com base na leitura do primeiro parágrafo, é possível eliminar: as alternativas A e E — se o livro que ela pretende escrever será bem diferente da série Harry Potter, não se pode afirmar que a famosa série será adaptada ou que ela escreverá um novo livro da série. a alternativa B — a autora ainda nem escreveu o romance, então não há como ser uma divulgação de algo que ainda nem foi publicado. O enunciado afirma que o foco do texto é a trajetória da escritora britânica, portanto, o objetivo não pode ser o de promover a nova editora. Elimina-se, assim, a alternativa C. Nesta habilidade — O enunciado da questão pede o objetivo do texto, ou seja, a ideia geral. Para chegar à resposta, é necessário ler as alternativas antes de partir para a leitura do texto e é relevante prestar atenção ao layout do texto, título, subtítulo, fonte, imagens, primeiras e últimas linhas de cada parágrafo. Como visto na resolução, há informações que aparecem no texto e nas alternativas, mas não podem ser consideradas principais, por exemplo, a troca de editora, que é uma informação secundária. Para ir além — Providencie imagens e informações biográficas e bibliográficas sobre J. K. Rowling. Apresente o material encontrado como forma de contextualizar o texto e ativar o conhecimento prévio dos alunos. •
•
8.
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E Com a palavra another (outra), a sentença It’s the same old theme since nineteen-sixteen diz que “é a mesma coisa desde mil novecentos e dezesseis” e dá a ideia de que episódios semelhantes já haviam ocorrido em outros momentos, ou seja, a alternativa E é a correta. Nesta habilidade — O trabalho com textos autênticos auxilia o aluno a associar o que é visto dentro e fora da sala de aula, promovendo a produção cultural. Para ir além — Providencie a canção para os alunos ouvirem. Trabalhe vocabulário e estruturas conforme a necessidade de cada turma. Teste complementar Uneal-AL FATHER AND SON Cat Stevens
Part 1
It’s not time to make a change, Just relax, take it easy. You’re still young, that’s your fault, There’s so much you have to know. Find a girl, settle down, If you want you can marry. Look at me, I am old, but I’m [happy. I was once like you are now, and I [know that it’s not easy, To be calm when you’ve found [something going on. But take your time, think a lot, Why, think of everything you’ve [got. For you will still be here tomorrow, [but your dreams may not.
Part 2
How can I try to explain, when I do [he turns away again. It’s always been the same, same old [story. From the moment I could talk I [was ordered to listen. Now there’s a way and I know that [I have to go away. I know I have to go. Part 3
It’s not time to make a change, Just sit down, take it slowly. You’re still young, that’s your fault, There’s so much you have to go [through. Find a girl, settle down, If you want you can marry.
Look at me, I am old, but I’m happy. (Son — Away Away Away, I know [I have to Make this decision alone — no) Part 4
All the times that I cried, keeping [all the things I knew inside, It’s hard, but it’s harder to ignore it. If they were right, I’d agree, but it’s [them they know not me. Now there’s a way and I know that [I have to go away. I know I have to go. (Father — Stay Stay Stay, Why [must you go and Make this decision alone?)
Na canção Father and Son, escrita e gravada por Cat Stevens (agora chamado Yusuf Islam) em 1970, vemos os pontos de vista de um pai e um filho. Podemos então afirmar que I. a parte 1 é proferida pelo pai. III. a parte 3 é proferida pelo filho. II. a parte 2 é proferida pelo filho. IV. a parte 4 é proferida pelo pai. Dos itens acima, verifica-se que estão corretos a) I, II, III e IV. d) II e III, apenas. I e II, apenas. b) e) I, II e III, apenas. c) II, III e IV, apenas. Competência 2, habilidade 8
B
1 3 1
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9.
b) Jodell é a única namorada maluca que Jon teve, e
Enem
Garfield acha isso estranho. Garfield tem certeza de que a ex-namorada de Jon é sensata, o maluco é o amigo. d) Garfield conhece as ex-namoradas de Jon e considera mais de uma como maluca. e) Jon caracteriza a ex-namorada como maluca e não entende a cara de Garfield. c)
S Ê L G N I | M E N E
OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos:
recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 2, habilidade 7
11. ITA-SP
Disponível em: http://www.weblogcartoons. com. Acesso em: 13 jul. 2010.
Os aparelhos eletrônicos contam com um número cada vez maior de recursos. O autor do desenho detalha os diferentes acessórios e características de um celular e, a julgar pela maneira como os descreve, ele a) prefere os aparelhos celulares com flip, mecanismo que se dobra, estando as teclas protegidas contra eventuais danos. b) apresenta uma opinião sarcástica com relação aos aparelhos celulares repletos de recursos adicionais. c) escolhe seus aparelhos celulares conforme o tamanho das teclas, facilitando o manuseio. d) acredita que o uso de aparelhos telefônicos portáteis seja essencial para que a comunicação se dê a qualquer instante. e) julga essencial a presença de editores de textos nos celulares, pois ele pode concluir seus trabalhos pendentes fora do escritório. OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos:
recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 2, habilidade 8
10. Enem
8 7
2 3 1
Garfield, Jim Davis© 2008 Paws, Inc. All Rigths Reserved/ Dist Universal Uclick.
A tira, definida como um segmento de história em quadrinhos, pode transmitir uma mensagem com efeito de humor. A presença desse efeito no diálogo entre Jon e Garfield acontece porque a) Jon pensa que sua ex-namorada é maluca e que Garfield não sabia disso.
Cabbages, carrots and GE Capital ARAMARK seeks sustainability in both Ingredients and finance partners. Every working day, ARAMARK GmbH, led by Peter Amon, prepares nutritious meals from fresh, sustainable ingredients. GE Capital provides environmentally friendly vehicles to cater for the company’s long-term transport needs. With its leading international fleet platform, GE Capital provides an enticing menu of leasing options . GE imagination at work
gecapital.com
Time, May 24, 2010. Adaptado.
A GE Capital, empresa multinacional de serviços e tecnologia, tem parceria com a ARAMARK, empresa fornecedora de alimentos e outros produtos. Assinale a opção que indica a relação das palavras cabbage e carrots com o restante do anúncio. a) Serviços e produtos oferecidos pelo GE Capital são sustentáveis e ecologicamente corretos. b) Dentre os serviços e produtos oferecidos pelo anunciante constam refeições preparadas com legumes produzidos organicamente. c) A GE Capital oferece a seus clientes um cardápio nutritivo e balanceado. d) A GE Capital só estabelece parceria com empresas que priorizam o desenvolvimento sustentável. e) Apenas veículos movidos a biocombustível são admitidos na frota da GE Capital. OC : Estudo do texto: as sequências discursivas e os gê-
neros textuais no sistema de comunicação e informação Competência 2, habilidade 5
9.
B Para resolução desta questão, o aluno deve reconhecer no texto o uso do sarcasmo como figura de linguagem. O autor do desenho apresenta o telefone e seus recursos como algo conveniente. Depois, descreve cada recurso ressaltando os pontos negativos de forma sarcástica. Nesta habilidade — O autor do desenho descreve com ironia os diversos recursos e características de um celular. Com algum conhecimento prévio de diversidade cultural e linguística, o aluno reconhece a figura de linguagem para a resolução da questão.
10. D
Garfield reconhece que é comum para Jon ter namoradas malucas e que somente essa característica não é suficiente para saber a qual ex-namorada Jon está se referindo. Deduz-se, então, que Jon já teve várias namoradas malucas. Nesta habilidade — Espera-se que o aluno observe a linguagem verbal e a não verbal utilizadas na tira e relacione estruturas linguísticas e imagens para construção de sentido, chegando à resolução da questão. Para ir além — Para trabalhar mais tirinhas do Garfield, acesse o portal. 11. A
S Ê L G N I | M E N E | R O S S E F O R P O D L A I R E T A M
Para identificar a ligação entre as palavras cabbage e carrots e o restante do texto, espera-se que o aluno as associe ao contexto e tema proposto. Primeiramente, o texto divulga a preocupação da ARAMARK em utilizar ingredientes frescos e sustentáveis no preparo das refeições. Da mesma forma, a propaganda reforça essa ideia mencionando o apoio da GE Capital como uma empresa sustentável e ecologicamente correta. Nesta habilidade — Inicialmente, é interessante que o aluno considere os elementos característicos do gênero textual propaganda. A partir daí, espera-se que ele associe o vocabulário apresentado ao restante do texto, à sua função e ao seu uso social. Isto é, por meio desta habilidade, o aluno analisa o contexto, observa as palavras-chave e associa as informações para resolução da questão. Teste complementar Unicamp-SP (adaptado) WHERE YOU SIT IN CLASS
And what it says about you:
Back Row:
“Too cool for school”
Proximity to Teacher 0 X
Nearest Exit:
Uncommitted
Mid-Center:
front
“Bring it on” Front Row: Teacher’s pet wannabes
X=
How much you care Against the wall: How sleepy you are “I’m sensitive. Please ignore me.”
Second-row sleepers:
Good intentions, bad narcolepsy
(Adaptado de . Acessado em 28/09/2011.)
Responda à questão a seguir em português. Na “equação” apresentada no retângulo à direita do cartum, o que “x” representa? Como saber o valor de “x” nessa “equação”? Competência 2, habilidade 8
O “x” representa a distância do lugar que o aluno senta em relação ao professor. Para saber o “valor de x” é preciso dividir o grau de interesse pela sonolência do aluno. 3 3 1
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13. Unesp-SP (adaptado) — Leia a letra da canção para
12. Unesp-SP (adaptado) — Leia o texto. Amy Wine house greets Whitney Houston in heaven
responder à questão.
HEAVEN — Psychics are saying that Amy Wi ne ho us e wa s th e firs t so ul si ng er to gr ee t Whitney Houston, even before Michael Jackson. Top psychics in Los Angeles are saying that Whitney Houston’s spirit is already “lighting up” heaven. “It’s like the universal source has called the greatest voice of all time back to heaven. It’s pure magic up there.” “Amy was right there. She gave Whitney a big angel hug and walked with her as she met some of her ancestors, relatives and… Michael Jackson.” K C O T S R E T T U H S / Y E L K U B _ S
K C O T S R E T T U H S / H S A L F E R U T A E F
Both singers had trouble on earth with alcohol and drugs, but they are at peace now. “Fame was too much for their gentle souls,” said Madam Marie of Sherman Oaks. “Their voices were a gift to our world, but caused great damage to their spirits on earth. Now, they are in a better place.” One psychic said that Amy Winehouse and Whitney Houston are planning a “concert” together in Whitney’s first few months. “Amy’s been doing very well in heaven and feels free and happy.” While Americans and fans around the world mourn the terrible loss of Whitney, the angels are rejoicing. “Our songbird is home,” is what St. Peter reportedly said when greeting Whitney, according to a psychic on Venice Beach. (http://weeklyworldnews.com. Adaptado.)
4 3 1
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Tears dry on their own (by Hideaki Tailor)
All I can ever be to you, Is a darkness that we knew And this regret I got accustomed to Once it was so right When we were at our high, Waiting for you in the hotel at night I knew I hadn’t met my match But every moment we could snatch I don’t know why I got so attached It’s my responsibility, And you don’t owe nothing to me But to walk away I have no capacity He walks away The sun goes down, He takes the day but I’m grown And in your way In this blue shade My tears dry on their own. I don’t understand Why do I stress a man, When there’s so many bigger thin gs at hand We could have never had it all We had to hit a wall So this is inevitable withdrawal Even if I stopped wanting you, A perspective pushes through I’ll be some next man’s other woman soon […] I wish I could say no regrets And no emotional debts ’Cause as we kissed goodbye the sun sets So we are history The shadow covers me The sky above a blaze That only lovers see
Whitney Houston foi uma cantora norte-americana e Amy Winehouse, uma cantora britânica. Ambas são reconhecidas internacionalmente devido aos seus talentos e vozes marcantes. O texto apresentado trata, principalmente, a) de fatos memoráveis da vida de duas cantoras famosas e já falecidas, Amy Winehouse e Whitney Houston. b) de um famoso concerto no qual as cantoras Amy Winehouse e Whitney Houston haviam se apresentado. c) da problemática de pessoas famosas que se envolvem com álcool e drogas, que podem causar sua morte. d) de alguns dons sobrenaturais que ambas as cantoras, Amy Winehouse e Whitney Houston, possuíam. e) de um encontro entre Amy Winehouse e Whitney Houston, após a morte de Whitney Houston.
e interpretada por Amy Winehouse para seu segundo álbum Back to Black . De acordo com a letra da música podemos afirmar que a) a cantora gostaria de ter se envolvido bem mais no relacionamento. b) o fim inesperado do relacionamento jamais será superado pela cantora. c) a cantora gostaria que o fim do relacionamento não deixasse ressentimentos. d) outra mulher foi a causa do fim inesperado do relacionamento. e) o fim do relacionamento aconteceu após uma noite em um quarto de hotel.
OC: Estudo do texto: as sequências discursivas e os gê-
OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos:
neros textuais no sistema de comunicação e informação Competência 2, habilidade 5
(http://letras.terra.com.br. Adaptado.)
Tears Dry on Their Own é uma canção escrita
recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 2, habilidade 8
:
9 7
12. E
Todas as alternativas apresentam de alguma forma informações contidas no texto, porém o enunciado pede o assunto geral do texto. A alternativa A fala sobre fatos memoráveis das duas cantoras já falecidas. O texto menciona que as duas foram grandes cantoras com vozes incríveis, mas os fatos memoráveis não são o tema geral do texto. Na alternativa B, a presença da palavra concerto, que está vinculada na língua portuguesa à composição sinfônica, pode causar confusão porque a palavra concert aparece no texto e é um falso cognato. A expressão are planning a concert é uma situação futura e a alternativa fala de um concerto que já foi apresentado. A alternativa C fala sobre o envolvimento com drogas e álcool que também é mencionado no texto, porém não é a ideia principal. A alternativa D fala de dons sobrenaturais e no texto aparece a palavra psychic , mas o aluno não deve associar a palavra à alternativa, pois as pessoas que têm dons sobrenaturais estão falando sobre as cantoras e não são as cantoras que possuem esses dons. Por eliminatória, o aluno encontra a resposta correta. Nesta habilidade — O enunciado da questão pede a ideia geral. Para chegar à resposta, é necessário ler as alternativas antes de partir para a leitura do texto e é relevante prestar atenção ao layout do texto, título, subtítulo, fonte, imagens, primeiras e últimas linhas de cada parágrafo.
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13. C
As palavras darkness e regret , respectivamente escuridão e arrependimento, e as frases He walks away / The sun goes down e So we are history / The shadow covers me, traduzidas como ele vai embora / o sol se põe (o que indica a noite, escuridão), então somos história / as sombras me cobrem (indicando novamente escuridão) indicam o quanto o eu lírico está sofrendo com o fim do relacionamento. A frase I wish I could say no regrets, com a presença do verbo wish demonstra algo que ele gostaria que fosse de determinado modo, mas não é: Eu queria poder dizer que não há ressentimentos. Essas observações levam à escolha da alternativa C. Nesta habilidade — O trabalho com textos autênticos auxilia o aluno a associar o que é visto dentro e fora da sala de aula, promovendo a produção cultural. Para ir além — Trabalhe com os alunos questões extras de interpretação. Pergunte: Qual expressão que aparece na canção indica que um relacionamento amoroso foi bom? ( […] we were at our high .) Qual frase indica que um relacionamento amoroso acabou? (The sun goes down.) Providencie a canção para os alunos ouvirem e trabalharem a compreensão de maneira mais descontraída. Testes complementares Uneal-AL “Luka” Written by Suzanne Vega
My name is Luka I live on the second floor I live upstairs from you Yes I think you’ve seen me before If you hear something late at night Some kind of trouble, some kind of fight Just don’t ask me what it was I think it’s because I’m clumsy I try not to talk too loud Maybe it’s because I’m crazy 1.
I try not to act too proud They only hit until you cry After that you don’t ask why You just don’t argue anymore Yes I think I’m okay I walked into the door again Well, if you ask that’s what I’ll say And it’s not your business anyway I guess I’d like to be alone With nothing broken, nothing thrown Just don’t ask me how I am
A música acima foi escrita por Suzanne Vega em 1987, a letra fala de Luka que a) fazia loucuras diariamente. d) queria sair de casa. b) era constantemente agredido fisicamente. e) gritava com as pessoas. c) não gostava de estudar. Competência 2, habilidade 8
B 2.
Ainda sobre a letra da música “Luka”, sabemos que ele está falando para a) os pais. c) o vizinho. b) o professor. d) o irmão. Competência 2, habilidade 8
C
e) o amigo.
5 3 1
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14. Unesp-SP (adaptado) Anúncio 1
15. Enem (adaptado) O Ã Ç A G L U V I D / M O C . R E T A W R E V N E D
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S E G A M I Y T T E G / K C O T S K N I H T / O T O H P K C O T S I / N R O O D N E S J I L U A P
Anúncio 2 O Ã Ç A G L U V I D / A 2 . O C . M O K S E
Existem diversas campanhas ao redor do mundo para alertar sobre a necessidade de reduzir o consumo de recursos naturais. Os dois anúncios têm em comum o fato de a) terem sido produzidos para empresas de pequeno porte. b) terem sido produzidos para duas empresas concorrentes. c) estimularem o uso de recursos alternativos. d) terem sido produzidos pela mesma agência de publicidade. e) estimularem ações embasadas na sustentabilidade. OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos:
recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 2, habilidade 7 0 8
ANOTAÇÕES DE SALA 6 3 1
Mapping happiness across space and time
George MacKerron is the inventor of Mappiness, a Project run by the Lond on School of Economics. It’s a free Phone app that collects information from people to find out when, where and why we are at our happiest. “It is anonymous — Mappiness will beep you twice a day, and you respond telling it a few details: how happy you feel, how awake you feel, how relaxed you feel,” MacKerron says. “We’re particularly interested in how people’s happiness is affected by their local environment — air pollution, noise, green spaces, and so on — which the data from Mappiness will be absolutely great for investigating.” The app is not heavy, it is easy to set up, and easy to use. Moreover, it is being used for a positive intention reminding people to constantly ask, “Am I happy?” O projeto Mappiness, idealizado pela London School of Economics, ocupa-se do tema relacionado a) ao efeito da felicidade nas pessoas. b) à dificuldade de medir o nível de felicidade das pessoas a partir de seu humor. c) ao nível de felicidade das pessoas enquanto falam ao celular com seus familiares. d) à relação entre o nível de felicidade das pessoas e o ambiente no qual se encontram. e) à influência das imagens encontradas pelas ruas no aumento do nível de felicidade das pessoas. OC : Estudo do texto: as sequências discursivas e os gê-
neros textuais no sistema de comunicação e informação Competência 2, habilidade 6
14. E
No anúncio da Denver Water, companhia de distribuição de água e saneamento de Denver, Colorado, lê-se Use only what you need , que significa “use apenas o necessário”. No anúncio da Eskom, companhia elétrica da África do Sul lê-se Use Electricity wisely , ou seja, “use energia conscientemente”. A linguagem verbal utilizada em ambos os anúncios é reforçada pela linguagem visual. O primeiro apresenta um banco de praça reduzido a um assento e o outro apenas uma das luzes do billboard iluminando o texto. Nesta habilidade — O texto combina linguagem verbal e não verbal. Assim sendo, chega-se à resolução da questão ao relacionar estruturas linguísticas, texto, linguagem visual e uso social para construção de sentido. 15. D
O Projeto Mappiness, desenvolvido pela London School of Economics, oferece um aplicativo que permite à pessoa a registrar o seu humor diante de determinada situação. Os idealizadores do projeto estão interessados em saber, por exemplo, como a poluição, o barulho, as áreas verdes e outros fatores afetam a felicidade das pessoas. Sendo assim, o projeto ocupa-se da relação entre o nível de felicidade das pessoas e o ambiente no qual se encontram. Nesta habilidade — Por meio de conhecimento em LEM, espera-se que o aluno consiga acessar as informações contidas no texto. Ou seja, esta habilidade favorece a construção de sentido e interpretação do texto para a resolução da questão. Para ir além — Amplie o vocabulário dos alunos com o tema do texto: mood. Trabalhe adjetivos que indiquem o humor : happy, sad, moody, tired, angry ... Inicie a aula fazendo a pergunta How’s your mood?. Peça aos alunos que observem a imagem e tentem associar com um dos adjetivos apresentados. Faça a leitura do texto e solicite que comparem a palavra Mappiness e Happiness. Pergunte qual a única diferença, o que é Mappiness e mencione que Mappiness é a junção da palavra map (mapear) e happiness (felicidade), pois o objetivo do projeto é delinear mapas relacionados ao humor das pessoas.
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Teste complementar UERN Speak, Read & Write
Effortlessly ENGLISH LANGUAGE COURSES Courses Starting From 13th of Oct, 2008
Courses Offered: • • • •
Diploma in English Conversation Skills Functional English I Functional English II
Eligibility: • • • •
Graduation Intermediate Intermediate Intermediate
DURATION: 13th Oct, 2008 to 12th Jan, 2009 (8 hours a week)
TIMINGS: 5:30 pm to 7:30 pm (Mon, Tues, Wed, Thurs)
i s s io n A d m n NO W O pe
CHARGES: Rs. 12,000/-Per Course
LAST DATE FOR REGISTRATION: 10th Oct, 2008.
FOR DETAILS:
Admission Forms and course details can be downloaded from Air University web site: www.au.edu.pk. For further information, please call 051-9262557-9, Ext 209,234.
Admission Officer Air University, PAF Complex, E-9 Islamabad, web: www.au.edu.pk
According to the advertisement a) one can learn English without cost. b) one can learn English on-line. c) one can learn English easily. d) one can learn English at home. Competência 2, habilidade 7
C
(In http://www.au.edu.pk/advertisment_frame.aspx) 7 3 1
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16. Enem I, too
I, too, sing America. I am the darker brother. They send me to eat in the kitchen When company comes, But I laugh, And eat well, And grow strong. Tomorrow I’ll be at the table When company comes. Nobody’ll dare Say to me “Eat in the kitchen,” Then. Then. Besides, They’ll see how beautiful I am And be ashamed I, too, am America. HUGHES, L. In: RAMPERSAD, A; ROESSEL, D. (Ed.) The collected poems of Langston Hughes. New York: Knopy, 1994.
Langston Hughes foi um poeta negro americano que viveu no século XX e escreveu I, too em 1932. No poema, a personagem descreve uma prática racista que provoca nela um sentimento de a) coragem, pela superação. b) vergonha, pelo retraimento. c) compreensão, pela aceitação. d) superioridade, pela arrogância. e) resignação, pela submissão.
attachment to the physical features of the land. But that notion changed in the eighteenth century, when the ideals of democracy, socialism, and communism strongly emerged into political thought. Patriotism was still a love of one’s country that included connections to the land and people, but then also included its customs and traditions, pride in its history, and devotion to its welfare. Today most people agree that patriotism also involves service to their country, but many disagree on how to best perform such service. Some believe that the national government speaks for a country; therefore, all its citizens should actively support government policies and actions. Others argue that a true patriot speaks out when convinced that their country is following an unwise or unjust action.
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Disponível em: . Acesso em: 08/07/2011.
Texto II Patriotism means to stand by the country. It does not mean to stand by the president or any other public official
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Theodore Roosevelt
OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos:
recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 2, habilidade 8
17. IFBA (adaptado) Texto I The topic is: Patriotism
Easier — Patriotism is a love of and loyalty to one’s country. A patriot is someone who loves, supports, and is prepared to serve their country. Harder — The word patriotism comes from a Greek word meaning fatherland. For most of history, love of fatherland or homeland was an ANOTAÇÕES DE SALA 8 3 1
Podemos dizer que a afirmação de Theodore Roosevelt, presente no Texto II a) satiriza o conceito apresentado no Texto I. b) prejudica o conceito apresentado no Texto I. c) prescreve o conceito apresentado no Texto I. d) discorda do conceito apresentado no Texto I. e) explica um aspecto do conceito apresentado no Texto I. OC: Estudo do texto: as sequências discursivas e os gê-
neros textuais no sistema de comunicação e informação Competência 2, habilidade 6
1 8
16. A
O poema de Langston Hughes apresenta um personagem que declara ser o irmão “mais escuro” (I am the darker brother ),), que tem que comer na cozinha quando visitas chegam, mas ele ri, come bem e se fortalece. Ele diz que no futuro (tomorrow ), ), ele sentará à mesa m esa quando houver visitas e ninguém ousará a mandá-lo à cozinha. As visitas perceberão como ele é bonito e ficarão envergonhados, pois ele também faz parte da América. O personagem descreve uma prática racista que provoca nele um sentimento de coragem, pela superação. Nesta habilidade — O trabalho com textos autênticos auxilia o aluno a associar o que é visto dentro e fora da sala de aula, promovendo a produção cultural. Poemas são produções autênticas e colaboram para ampliar vocabulário, gramática e sintaxe. 17. E
Primeiramente, por meio do título do texto, ativa-se o conhecimento prévio do aluno sobre o tema. Então, para esta questão, espera-se que ele relacione a afirmação de Theodore Roosevelt, presente no texto II aos aspectos que compõem o conceito de patriotismo apresentado no texto l. Dessa forma, é possível acessar no texto as informações necessárias para confirmar a alternativa C como a resposta correta. Nesta habilidade — É essencial aliar o conhecimento em LEM ao conhecimento prévio para resolver questões de compreensão de texto. Esta habilidade permite acesso às informações contidas em ambos os textos, favorecendo a construção de sentido e interpretação do texto para resolução da questão.
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Testes complementares 1. Uneal-AL
If I can stop one heart from breaking, I shall not live in vain; If I can ease one life the aching, Or cool one pain, Or help one fainting robin Unto his nest again, I shall not live in vain. Emily Dickinson. Disponível em: http://www.poemhunter.com/poem/if-i-can-stop-one-heart-from-breaking/ Acesso em 06 dez. 2012.
Emily Dickinson foi uma poeta Norte-Americana que viveu no século XIX. No poema acima, ela usa o primeiro condicional para expressar a) uma hipótese no passado. b) uma situação que sempre acontece. c) uma possibilidade real. d) uma situação irreal. e) um conselho. Competência 2, habilidade 8
C 2. Uneal-AL
“I apologize if my remarks reflect me showing indifference to and disrespect of my colleagues and a lack of appreciation of the extraordinary opportunity of which I have been blessed.” Fonte: www.time.com em 28 nov. 2012
A frase anterior foi dita pelo ator Angus T. Jones após um comentário feito por ele anteriormente através de um vídeo. As palavras refletem a) indiferença. b) confiança. c) arrependimento. d) alegria. e) raiva. Competência 2, habilidade 8
C
9 3 1
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18. IFBA
Lembro e esqueço como foi o dia Sempre em frente Não temos tempo a perder...”
“Under your shoulders, dear young people of the entire world, weigh the responsibility to transform tomorrow’s world into a society where peace, harmony and fraternity reign.”
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Bishop Carlos Belo (1996 Nobel Peace Prize Winner) Disponível em http://www.betterworldcalendar.com/ colorme/youthdaybelo.pdf. Acesso em: 09.07.2011
Tempo Perdido — Composição: Composição: Renato Russo. (Disponível em http://letras.terra.com.br/osincriveis/332979/ Acesso em 09.07.2011)
e)
Selecione o trecho musical que melhor se relaciona com a mensagem da citação apresentada no texto. a) “Noventa milhões em ação Pra frente Brasil, no meu coração Todos juntos, vamos pra frente Brasil Salve a seleção!!! De repente é aquela corrente pra frente, parece que todo o Brasil deu a mão! Todos ligados na mesma emoção, tudo é um só coração!” Prá frente Brasil — Composição: Miguel Gustavo. (Disponível em http://letras.terra.com. br/os-incriveis/567712/ Acesso em 09.07.2011)
b)
“... Desde pequenos nós comemos lixo Comercial e industrial Mas agora ch egou nossa noss a vez Vamos cus pir de vol volta ta o lix o em cim cimaa de vocês Somos os filhos da revolução Somos burgueses sem religião Somos o futuro da nação Geração Coca-Cola ...”
“Eu fico com a pureza Da resposta das crianças É a vida, é bonita E é bonita! Viver! E não ter a vergonha De ser feliz Cantar e cantar e cantar A beleza de ser Um eterno aprendiz...” O Que É, O Que É? — Composição: Gonzaguinha. (Disponível em http://letras.terra.com.br/ gonzaguinha/463845/ Acesso em 09.07.2011)
OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos:
recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 2, habilidade 8
19. IFBA Credit Counseling
Geração Cola-Cola — Composição: Renato Russo / Fê Lemos.(Disponív el em http://letras.terra.com. br/legiao-urbana/45051/ Acesso em 09.07.2011)
c)
“Ontem um menino que brincava me falou que hoje é semente do amanhã... Para não ter medo que este tempo vai passar... Não se desespere não, nem pare de sonhar Nunca se entregue, nasça sempre com as manhãs... Deixe a luz do sol brilhar no céu do seu olhar! Fé na vida Fé no homem, fé no que virá! Nós podemos tudo, nós podemos mais Vamos lá fazer o que será...” Semente do Amanhã — Composição: Composição: Gonzaguinha. (Disponível em http://letras.terra.com.br/ gonzaguinha/280650/ Acesso em 09.07.2011)
d) 2 8
0 4 1
“Todos os dias quando acordo Não tenho mais o tempo que passou Mas tenho tenh o muito tempo t empo Temos todo o tempo do mundo... Todos os dias antes de dormir
“The government is trillions of dollars in debt. Being in debt is how I show my patriotism.” Disponível em: http://www.glasbergen.com. Acesso em: 08.07.2011
Podemos afirmar que no cartoon, o autor explica o conceito de débito. satiriza o conceito da palavra “ patriotism” . valoriza a profissão de “Credit Counseling” . apresenta uma crítica severa às aplicações financeiras. e) destaca a importância de buscar orientações para aplicações financeiras. a) b) c) d)
OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos:
recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 2, habilidade 7
18. C
Esta questão trabalha o reconhecimento de elementos linguísticos e semânticos representados na produção cultural em língua portuguesa com relação ao texto em LEM. É importante que o aluno associe os vocábulos do texto em LEM ao seu tema, assim facilitando a construção de sentido, que leva à resolução. Nesta habilidade — Canções são produções autênticas e uma representação da diversidade cultural de um povo. Por meio de canções pode-se ampliar vocabulário, gramática e sintaxe. Ao mesmo tempo em que as canções podem refletir cultura, história, folclore e costumes de determinado momento de um país, elas permitem que outros povos acessem, se identifiquem e compreendam o valor da diversidade. 19. B
Observando o cartum, verifica-se que o homem foi pedir um empréstimo e argumenta que como o gover no deve trilhões de dólares, ter dívidas é a forma como ele demonstra o patriotismo. Percebe-se que ele usa a ironia, ou seja, satiriza o conceito da palavra patriotism. Nesta habilidade — Cartuns são atemporais e expressam ideias e opiniões políticas, esportivas, religiosas, sociais, com fortes marcas de linguagem informal, como gírias, contrações e reduções de palavras, expressões idiomáticas. Eles apresentam recursos visuais, associados ou não à linguagem verbal, que auxiliam a reconstrução da narr ativa. 1.
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Testes complementares IFBA
We need a new environmenta en vironmentall consciousness conscio usness on a global basis. b asis. To do this, we need to educate e ducate people. p eople. Mikhail Gor bachev (Disponível em http://edugreen.teri.res.in/misc/quotes.htm. Acesso em: 12.07.2011)
A opção que melhor apresenta a mensagem m ensagem da citação de Mikhail Gorbachev é a) if a new environmental consciousness is possible, the global basis will appreciate it. b) if we need a new environmental consciousness, we should do our educated tasks. c) if we needed educated people, a new environmental consciousness would be gotten on a global basis. d) if we were educated people, a new environmental consciousness would be possible on a global basis. e) if there is a new environmental consciousness on a global basis, we will be educated people. Competência 2, habilidade 8
D 2. Uneal-AL
Disponível em: http://www.glasbergen.com/ education-cartoons/ — Acesso em: 05 dez. 2012.
As mensagens passadas nos cartuns visam satirizar comportamentos humanos e proporcionar uma reflexão sobre nossas atitudes. No cartum acima, o aluno estranha a grafia das palavras you, return e goodbye, uma vez que está acostumado a usar U , BRB e BFN ao ao invés delas. As expressões BRB e BFN , frequentes em mensagens de texto enviadas por celulares, significam, respectivamente, e Best Friends Now . a) Bring Rest Back e b) But Read Before e Buy For Nothing. c) Bring Rest Back e e Bye For Now . e Best Friends Now . d) Be Right Back e e) Be Right Back e e Bye For Now . Competência 2, habilidade 7
E
1 4 1
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b) o amor pelo poder deve ser menor do que o poder
20. IFS-SE (adaptado) (adaptado) F W W
do amor. o poder deve ser compartilhado entre aqueles que se amam. d) o amor pelo poder é capaz de desunir cada vez mais as pessoas. e) a paz será alcançada quando a busca pelo poder deixar de existir. c)
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OC: Estudo do texto: as sequências discursivas e os gê-
neros textuais no sistema de comunicação e informação Competência 2, habilidade 5
22. Cefet-MG (adaptado) Movie i nfo
Disponível em http://www.treehugger.com. Acesso em 05 nov. 2011
O anúncio acima é da organização de conservação global chamada WWF. As suas campanhas publicitárias são conhecidas por trazerem mensagens de impacto. A partir da sua leitura, podemos afirmar que a) a foto chama a atenção para a preservação de espécies marinhas. b) a mensagem enfatiza que as mudanças climáticas são capazes de mudar também as pessoas. c) o rosto do homem se modifica na medida em que ele interfere no meio em que vive. v ida das d) há um apelo para que se interfira menos na vida pessoas ou o meio ambiente poderá mudar também. e) as mudanças no clima estão ligadas às atitudes do homem com relação às espécies marinhas. OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos:
recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 2, habilidade 7
21. Enem (adaptado)
One Fall, a powerful story about a man (Marcus Dean Fuller) who is both blessed and cursed with an unusual power, is set in the rustic Midwestern town of One Fall. The film tells the story of a man who miraculously survived a terrible fall from a spectacular 200 foot-high precipice that is the area’s major attraction. After recove recovering, ring, he abruptly abruptly abandon abandoned ed friends friends and family and disappeared without explanation. The secret he couldn’t share with them was that, while recovering, he had suddenly developed the power to heal others. Tired of running away, he returns home after a long absence and decides to use his gift — but not altruistically. If people pay him, he will cure them. Though he appears to be doing the right thing, he is doing it for all the wrong reasons, and risks driving away anyone who ever loved or trusted him. As his moral crisis peaks, he must figure out why he survived his fall, and what h e is really meant to do with his life. (C) Paladin PG-13: for some violence and brief nudity. 2 hr. Drama, Science Fiction & Fantasy In Theaters: Sep 9, 2011 Limited Paladin Films Directed By: Marcus Dean Fuller Written By: By: Marcus Marcus Dean Fuller Fuller,, Richard Richard Greenberg Greenberg (Adapted from: . Access in: Sep, 2011.)
“When the power of love overcomes the love of POWER, the world will know peace.” Jimi Hendrix
2 4 1
Aproveitando-se de seu status social e da possível influência sobre seus fãs, o famoso músico Jimi Hendrix associa, em seu texto, os termos love, power e peace para justificar sua opinião de que a) a paz tem o poder de aumentar o amor entre os homens.
Sinopse é um gênero textual e tem por objetivo fazer com que o leitor entenda os pontos principais de, por exemplo, um filme. A partir da leitura da sinopse de One Fall entendemos entendemos que o filme a) é classificado como apropriado para todas as idades. b) conta a história de um curandeiro espiritual famoso e popular. c) é estrelado, dirigido e escrito pela mesma pessoa. d) é sobre uma montanha onde há segredos escondidos. e) também será uma peça de teatro a partir de dia 9 de setembro. OC: Estudo do texto: as sequências discursivas e os gê-
neros textuais no sistema de comunicação e informação Competência 2, habilidade 7
3 8
20. B
Ao compreender o sentido da sentença Stop climate change before it changes you, que significa pare com a mudança climática antes que ela mude você, o aluno é levado a escolher a alternativa que diz que as mudanças climáticas são capazes de mudar também as pessoas. Nesta habilidade — O texto combina linguagem verbal e não verbal. Assim sendo, chega-se à resolução da questão ao relacionar estruturas linguísticas, texto, linguagem visual e uso social para construção de sentido. 21. B
Lê-se na citação de Jimi Hendrix que quando o poder do amor superar o amor pelo poder, o mundo conhecerá a paz. Portanto, o músico associa os termos love, power e peace para justificar sua opinião de que o amor pelo poder deve ser menor do que o poder do amor. Nesta habilidade — Conhecer a formação das palavras entre outros recursos linguísticos facilita a construção de sentidos. Com esse conhecimento, o aluno pode entender o sentido de overcome no trecho When the power of love overcomes the love of power (Quando o poder do amor for maior que o amor pelo poder ). A associação dos vocábulos ao tema do texto permite que o aluno encontre a resposta correta, mesmo esta tendo sido colocada de forma inversa: o amor pelo poder deve ser menor do que o poder do amor .
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22. C
Para resolver esta questão é importante considerar as características que compõem o gênero textual sinopse, objetivando observar todos os elementos do texto para a resolução. Então, utilizando a técnica de leitura scanning, é possível verificar no texto as informações propostas em cada alternativa. Assim, espera-se que o aluno confirme o fato de o filme One Fall ser estrelado, dirigido e escrito pela mesma pessoa. Nesta habilidade — Reconhecer o gênero textual sinopse, suas estruturas e uso social, é imprescindível para o aluno contemplar o texto na íntegra. Ele também deve considerar as informações contidas no resumo de ficha técnica do filme, nesse caso indispensáveis para resolver a questão. Para ir além — No portal há uma questão extra referente a sinopses. Teste complementar Unicamp-SP (adaptado)
Adaptado de: . Acesso em: 1 jul. 2011.
Responda às questões a seguir em português. a) A que experiência o autor do post acima faz referência? Competência 2, habilidade 8
Ao fato de os seus colegas de escola terem sido cruéis com ele no ensino médio. b) Por que motivo o autor da mensagem se sente agradecido? Competência 2, habilidade 8
Por causa dessa experiência, ele se tornou mais forte do que seus colegas.
3 4 1
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23. Cefet-MG (adaptado) O Ã Ç A G L U V I D
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uma infestação de insetos numa casa de campo. um gigante e misterioso ovo de inseto. insetos que se apaixonam por uma joaninha. três pequenos insetos que são melhores amigos. uma imersão no mundo dos insetos.
OC : Estudo do texto: as sequências discursivas e os gê-
neros textuais no sistema de comunicação e informação Competência 2, habilidade 5
24. Cefet-MG — Read the following show reviews
transcribed from the Internet. 1. This was my first Cirque du soleil viewing and I was amazed by how amzing all the acts were I would definately recommend this to ANYONE!!!
OVO is a headlong rush into a colourful ecosystem teeming with life, where insects work, eat, crawl, flutter, play, fight and look for love in a non-stop riot of energy and movement. The insects’ home is a world of biodiversity and beauty filled with noisy action and moments of quiet emotion. When a mysterious egg appears in their midst, the insects are awestruck and intensely curious about this iconic object that represents the enigma and cycles of their lives. It’s love at first sight when a gawky, quirky insect arrives in this bustling community and a fabulous ladybug catches his eye — and the feeling is mutual. OVO is overflowing with contrasts. The hidden, secret world at our feet is revealed as tender and torrid, noisy and quiet, peaceful and chaotic. And as the sun rises on a bright new day the vibrant cycle of insect life begins anew. What the media say about the show: “Overhead and on-the-ground, OVO is a whimsical infestat ion.” “It captivates as a vibrant, magical spectacle.”
Chicago Now Audience revie ws
Average: 4.4 Votes: 196 Read all critics and reviews >> (Adapted from: . Access in: Sep, 2011.)
4 8
4 4 1
a) b) c) d) e)
A companhia circense Cirque du Soleil foi fundada em Quebec, Canadá, em 1984. Há vários espetáculos ao redor do mundo e cada um apresenta uma história central. O espetáculo OVO é dirigido pela brasileira Déborah Colker e conta a história de ANOTAÇÕES DE SALA
Ilya Ivanov, Wednesday, August 31, 2011 7:48 AM
2. We have seen all shows that come through Chicago and in Vegas. Buying tickets for family and friends has become a tradition we were proud of. Ovo was in a word, disappointing. No story, a weak score, over used acts and just no energy. Now for the venue — terrible. Have been under the big top before. This time, HOT in the concessions with bad attitude clerks, uncomfortable in the show. AND tap water for $7.00, then with warm tempid refills .... come on, just down right tacky. Last show for us. Mark Clausen , Monday, August 01, 2011 9:14 AM
3. I love Cirque du Soleil and the OVO show was good. The costumes were bright and fanciful, but there didn’t seem to be as much action as in other cirque shows I’ve seen and something went wrong in the finale and we didn’t get to see the crickets jumping on the wall that everyone raves about. Kirsten Lescher , Friday, July 01, 2011 9:11 AM
(Adapted from: . Access in: Sep, 2011.)
Reviewers usually use stars to express their opinions. The star ratings for the reviews above are, respectively, , and . a) , and . b) , and . c) , and . d) , and . e) OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos:
recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 2, habilidade 7
23. E
Este texto apresenta palavras-chave importantes para a resolução da questão, por exemplo: ecosystem, insects, the insects’ home is a world of biodiversity , community , cycle of insect life. Essas palavras excluem as alternativas de A a D, pois o texto não menciona nenhuma história específica e sim, o mundo dos insetos. Nesta habilidade — Palavras-chave são essenciais na compreensão de um texto, pois contribuem na identificação do assunto e na construção do significado. Para ir além
Aplaudido por milhões de espectadores de todo o mundo, a companhia canadense Cirque Du Soleil é uma referência de circo moderno que não usa animais nas suas apresentações. A cada espetáculo sobem ao palco mais de 55 artistas das mais variadas nacionalidades, entre acrobatas, músicos, cantores, palhaços e outros personagens, que encantam pessoas de todas as idades. O Cirque du Soleil nasceu em 1982 em Quebec, Canadá, com um grupo de malabaristas, engolidores de fogo e acrobatas. Já na época, teve grande aceitação do público e resultou em um festival. Dois anos mais tarde, o governo de Quebec ajudou não só a fundar oficialmente a companhia, como a delinear sua proposta, combinando de uma maneira bastante atrativa as artes circenses, dança, música e arte da rua com figurinos extravagantes, iluminação e sonoplastia em um conceito circense totalmente diferenciado.
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Disponível em: . Acesso em: 20 dez. 2012.
24. D
Nesta questão, a correta relação entre a linguagem verbal e não verbal é a sua resolução. Para isso, espera-se que o aluno observe o padrão de linguagem de cada texto para construção de sentido, assim, identificando a alternativa correta. Nesta habilidade — Para resolução da questão espera-se que o aluno faça ligação entre a linguagem dos textos apresentados e a linguagem não verbal e o uso social para construção de sentido. Para ir além — Peça aos alunos que elaborem uma review de música, filme, livro. Estabeleça critérios de escrita conforme cada turma. Teste complementar Unicamp-SP (adaptado) The World Without Us by Alan Weisman — a book review
Imagining the consequences of a single thought experience — what would happen if the human species were suddenly extinguished — Weisman has written a sort of pop-science ghost story, in which the whole earth is the haunted house. Among the highlights: with pumps not working, the New York City subways would fill with water within days, while weeds and then trees would retake the streets. Texas’s unattended petrochemical complexes might ignite, scattering hydrogen cyanide to the winds — a “mini chemical nuclear winter.” After thousands of years, rubber tires, and more than a billion tons of plastic might remain, and eventually a polymer-eating microbe could evolve, and, with the spectacular return of fish and bird populations, the earth might revert to Eden. Adaptado de: . Acesso em: 10 out. 2011.
Responda às questões a seguir em português. a) O que, segundo o texto, aconteceria em Nova York, caso ocorresse uma repentina extinção da espécie humana? Competência 2, habilidade 7
Os metrôs da cidade se encheriam de água em poucos dias, pois suas bombas parariam de f uncionar, enquanto as ruas seriam tomadas por mato e, em seguida, por árvores. b) Segundo o texto, quais poderiam ser as consequências da permanência de pneus e plásticos na Terra milhares de
anos após o desaparecimento dos seres humanos? Competência 2, habilidade 7
Um micróbio capaz de se alimentar de polímeros poderia se desenvolver e, com o retorno de peixes e pássaros, a terra poderia voltar a ser o paraíso.
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25. Enem
Donar
Cartuns são produzidos com o intuito de satirizar comportamentos humanos e assim oportunizam a reflexão sobre nossos próprios comportamentos e atitudes. Nesse cartum, a linguagem utilizada pelos personagens em uma conversa em inglês evidencia a a) predominância do uso da linguagem informal sobre a língua padrão. b) dificuldade de reconhecer a existência de diferentes usos da linguagem. c) aceitação dos regionalismos utilizados por pessoas de diferentes lugares. d) necessidade de estudo da língua inglesa por parte dos personagens. e) facilidade de compreensão entre falantes com sotaques distintos. OC : Estudo do texto: as sequências discursivas e os gê-
neros textuais no sistema de comunicação e informação Competência 2, habilidade 7
26. ITA-SP The worlds of infinities To see the world in a grain of s and, And a hea ven in a wildflower; Hold infinit y in the pa lm of your h and, And eterni ty in an ho ur . — William Bla ke
Infinity has stimulated imaginations for thousands of years. It is an idea drawn upon by theologians, poets, artists, philosophers writers,
scientists, mathematicians — an idea that has perplexed and intrigued — an idea that remains illusive. Infinity has taken on different identities in different fields of thought. In early times, the idea of infinity was, rightly or wrongly, linked to large numbers. People of antiquity experienced a feeling of the infinite by gazing at stars and planets or at grains of sand on a beach. Ancient philosophers and mathematicians such as Zeno, Anaxagoras, Democritus, Aristotle, Archimedes pondered, posed and argued the ideas that infinity presented. Aristotle propose d the idea s o f potential and actual infinities. He argued that only potential infinity existed. In The Sand Reckoner Archimedes dispelled the idea that the number of grains of sand on a beach are infinite by actually determining a method for calculating the number on all the beaches of the earth. Infinity has been the culprit in many paradoxes. Zeno’s paradoxes of Achilles and the tortoise and the Dichotomy have perplexed readers for centuries. Galileo’s paradoxes dealing with segments, points, and infinite sets should also be noted. The list of mathematicians with their discoveries and uses or misuses of infinity extends through the centuries. (…).
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Texto adaptado de PAPPAS, T. “The Magic of Mathematics: Discovering the Spell of Mathematics”, 1994.
Ninguém realmente sabe o que é infinito, mas este assunto já provocou muita polêmica e a discussão entre poetas, artistas, escritores, cientistas, matemáticos, filósofos e teólogos. Segundo o texto, a ideia de infin ito a) embora atraia a atenção de poetas, artistas e filósofos é explorada, mais especificamente, por matemáticos e cientistas. b) tem propiciado discussões e descobertas desde a antiguidade. c) é sempre relacionada a grandes números. d) deixou de ser ilusória a partir do método desenvolvido por Arquimedes. e) foi abordada, de forma semelhante, por diferentes campos do saber. OC: Estudo do texto: as sequências discursivas e os gê-
neros textuais no sistema de comunicação e informação Competência 2, habilidade 5
ANOTAÇÕES DE SALA 6 4 1
5 8
25. B
O personagem da esquerda emprega a linguagem informal e declara que não há como viver naquele local se o personagem da direita não falar inglês muito bem. Já o personagem da direita emprega a norma-padrão da língua e sugere que o personagem da esquerda não use duas negações numa mesma sentença e que é importante usar advérbios. Lendo o cartum, deduzimos que ambos os personagens não estão entendendo o que um e outro dizem, mesmo assim, o conteúdo das falas evidenciam a dificuldade de reconhecer a existência de diferentes usos da linguagem. Nesta habilidade — Observando as estruturas linguísticas e as ilustrações, é possível identificar o aspecto cultural apresentado no cartum. Espera-se que o aluno relacione os elementos do texto e perceba que estes evidenciam diferenças no uso social do idioma, as quais são ignoradas pelos personagens do cartum. Para ir além — Para trabalhar mais uma questão envolvendo o gênero cartum, acesse o portal. 26. B
O texto faz uma reflexão sobre o infinito trazendo definições dos tempos mais remotos até os atuais. Segundo o autor do texto, o tema infinito tem sido discutido e interessa a pessoas de vários campos diferentes. Com base na leitura do primeiro parágrafo, pode-se eliminar: a alternativa A — O trecho Infinity has stimulated imaginations for thousands of years. It is an idea drawn upon by theologians, poets, artists, philosophers writers, scientists, mathematicians — an idea that has perplexed and intr igued — an idea that remains illusive . Não menciona que matemáticos e cientistas são mais atraídos pelo tema. a alternativa C — O trecho In early times, the idea of infinity was, rightly or wrongly, linked to large numbers . evidencia que antigamente a ideia de infinito era ligada a grandes números. Sendo assim, não podemos dizer que a ideia de infinito está sempre relacionada a grandes números. Com a leitura do primeiro parágrafo, pode-se concluir que desde a Antiguidade ( early times) a ideia de infinito tem sido fonte de discussão e descoberta (alternativa B). Nesta habilidade — Para identificar a ideia principal, o aluno deve ponderar qual é o tema, o que o autor está falando sobre o tema e se o autor dá alguma opinião. Ele deve observar o primeiro e último parágrafos, pois em texto de língua inglesa, a ideia principal pode ser encontrada nesses parágrafos. Deve também procurar por palavras ou ideias que são frequentemente repetidas dentro do texto.
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Teste complementar Uneal-AL
Rarely is the question asked: Is our children learning? George Bush. Disponível em: www.quotesstar.com/quotes/r/rarely-is-the-question-asked-88349.html. Acesso em: 06 dez 2012
O ex-presidente norte-americano George Bush ficou famoso, entre outras coisas, por suas gafes e erros cometidos em seus pronunciamentos oficiais. A citação anterior, proferida em um discurso sobre o sistema educacional de seu país em Washington em 2001, chamou a atenção porque a) ele critica suas próprias políticas para educação. b) ele se constrange com o nível intelectual das crianças de seu país. c) ele próprio comete um erro crasso de concordância verbal. d) as crianças de seu país são submetidas a um ensino de qualidade. e) a dita pergunta é politicamente incorreta. Competência 2, habilidade 7
C
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ESPANHOL 1. Enem El Camino de la lengua nos lleva hasta el siglo X, época en la que aparecen las Glosas Emilianenses en el monasterio de Suso en San Millán (La Rioja). Las Glosas Emilianenses están consideradas como el testimonio escrito más antiguo del castellano. Paso a paso y pueblo a pueblo, el viajero llegará al siglo XV para a sistir al nacimiento de la primera Gramática de la Lengua Castellana, la de Nebrija. Más tarde, escritores como Miguel de Cervantes, Calderón de la Barca, Miguel de Unamuno, Santa Teresa de Jesús o el contemporáneo Miguel Delibes irán apareciendo a lo largo del itinerario. Pero la literatura no es el único atractivo de este viaje que acaba de comenzar. Nuestra ruta está llena de palacios, conventos, teatros y restaurantes. La riqueza gastronómica de esta región es algo que el viajero debe tener muy en cuenta. Revista Punto y Coma. Espanha, n°. 9, nov./dez . 2007.
O “Camino de la lengua”, um percurso para turistas na Espanha, conduz o viajante por um roteiro que, além da temática original sobre a língua e a literatura espanholas, envolve também os aspectos a) turísticos e místicos. b) culturais e educacionais. c) históricos e de enriquecimento. d) literários e de conflito religioso. e) arquitetônicos e gastronômicos. OC: Estudo do texto: as sequências discursivas e os gêneros textuais no sistema de comunicação e informação Competência 2, habilidade 5
2. IF Goiano-GO (adaptado) ¡ESTÁ BIEN! ¡NO TOMÁS LA SOPA: NO COMÉS POSTRE!!
¡NO LA TOMO Y NO LA TOMO! ¡Y YO SERIA UNA REPUGNANTE SI HUBIERA ALGÚN SOBORNO CAPAZ DE HACERME DESERTAR DE MIS PRINCÍPIOS, TRAICIONAR MIS CREENCIAS Y VENDER MIS CONVICCIONES!
PANQUEQUES ¡QUÉ ASCO ME DOY A VECES!
Disponible en: . Accedido el 10/11/2010
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Mafalda é uma menina de seis anos muito perspicaz e que vive questionando o mundo à sua volta. De acordo com a tira apresentada, pode-se afirmar que ela a) quer tomar somente a sopa e é isso o que faz. b) decide tomar a sopa porque quer mudar suas opiniões. c) toma a sopa porque quer comer a sobremesa. d) não trai suas convicções. e) sente nojo de panquecas. OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos: recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 2, habilidade 7 ANOTAÇÕES DE SALA
1. E Na sentença Nuestra ruta está llena de palacios, conventos, teatros y restaurantes, encontram-se as palavras relacionadas à arquitetura e à gastronomia. Na última sentença do texto, a palavra gastronómica confirma a alternativa E como correta. Nesta habilidade — A resolução desta questão requer conhecimento e associação dos vocábulos, cognatos e estrutura do texto. Sendo assim, torna-se clara a necessidade do desempenho desta habilidade. Tecnologia — Os alunos podem fazer uma visita virtual pelo Camino de la Lengua e conhecer alguns lugares mencionados no texto, acessando o portal. 2. C Na tirinha, a mãe de Mafalda impõe a condição de que a filha tome a sopa para comer a sobremesa. Então, Mafalda mostra toda sua convicção em não aceitar qualquer suborno para tomar a sopa. Nos quadrinhos finais, vemos a expressão da personagem ao saber qual é a sobremesa e, em seguida, a menina tomando a sopa. Assim, percebe-se que já não importam suas convicções, ela quer o panqueque, por isso toma a sopa. Nesta habilidade — O aluno deve combinar seus conhecimentos em LEM à leitura do texto. Nas tirinhas, as imagens completam o sentido da linguagem escrita e vice-versa. Desse modo, torna-se claro que o uso desta habilidade é essencial para responder corretamente à questão. Biblioteca — Acesse o portal para obter informações sobre Quino e as tirinhas de Mafalda.
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Teste complementar UFAC Entran dos chicos al aula, y la maestra le dice a uno de ellos: — Alumno, ¿por qué llegó tarde? — Es que estaba soñando que viajaba por todas partes, conocí tantos países, y me desperté un poco tarde. — ¿Y usted, alumno? — ¡Yo fui al aeropuerto a recibirlo! Fragmento retirado do livro Español sin Fronteras, vol. 4, de María de los Ángeles J. García et Josephine Sánchez Hernández, 3. ed., São Paulo: Scipione, 2007, p. 130.
Referente ao texto, podemos dizer que a) se trata de uma briga. b) se trata de um flerte. c) se trata de uma farra. d) se trata de uma piada. e) se trata de uma tolice. Competência 2, habilidade 7
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3. Unifap-AP (adaptado) En el mundo occidental, durante siglos, el amor ha sido fuente de inspiración, de los sentimientos más tiernos hasta los más apasionados y destructivos. Se ha intentado que los mitos y las leyendas expliquen la naturaleza y la complejidad del amor. Sin embargo, ha sido la ciencia la que ha intervenido para despejar dudas y volver pedestre lo mágico. Por primera vez, los científicos han logrado develar el lugar que el amor ocupa en el cerebro y las particularidades de sus componentes químicos que se relacionan con las partes del cerebro vinculadas con la recompensa y e l placer. El amor produce actividad en el núcleo caudado, porque allí existe una densa proliferación de rec eptores para un neurotransmisor llamado dopamina. Por esta razón, cuando recién nos enamoramos, podemos desplegar inusitadas dosis de energía, audacia y vigor que nos colocan en situaciones de riesgo que unas veces superamos, y otras no. La obsesión amorosa produce una baja en los niveles de serotonina, el neurotransmisor estrella, igual al de los pacientes con trastornos obsesivo-compulsivos. En consecuencia, el amor y las enfermedades mentales podrían tener un perfil químico similar, difícil de diferenciar. Luís Enrique Hilario
Por volta dos anos 60, a paixão tornou-se tema de interesse científico. Com base nas informações do texto, pode-se concluir que a paixão está ligada a) às reações químicas do organismo. b) aos erros da natureza humana. c) à falta inusitada de energia física. d) às doenças tratadas com remédios. e) aos fundamentos do romantismo obsessivo. OC : Estudo do texto: as sequências discursivas e os gêneros textuais no sistema de comunicação e informação Competência 2, habilidade 6
4. IF Sul de Minas-MG (adaptado)
Gráficos estão presentes nos mais variados meios de comunicação e apresentam informações de forma mais clara e objetiva. Sobre o gráfico apresentado, podemos dizer que a) trata-se de uma propaganda sobre o Facebook. b) retrata as cinco redes sociais mais usadas na Espanha. c) informa uma lista de atividades produtivas online e o dinheiro que se gasta com cada uma delas. d) é uma crítica sobre tempo e dinheiro gastos em alguns sites. e) apresenta formas de entretenimento online que ajudam na produtividade. OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos: recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 2, habilidade 7
5. Enem Jesulín y Cayetano Rivera salieron a hombros por la puerta grande aplaudidos por María José Campanario y la duquesa de Alba. Expectación, mucha expectación fue la que se vivió el pasado sábado en la localidad gaditana de Ubrique. Un cartel de lujo para una tarde gloriosa formado por los diestros Jesulín, “El Cid”, y Cayetano Rivera. El de Ubrique pudo presumir de haber sido “profeta en su tierra” en una tarde triunfal, con un resultado de tres orejas y salida por la puerta grande. Desde primera hora de la tarde, numerosos curiosos y aficionados fueron llegando a los alrededores de la plaza y al hotel Sierra de Ubrique, donde hubo un gran ambiente previo a la cita taurina, dado que era el sitio donde estaban hospedados los toreros. Revista ¡Hola! nº. 3.427, Barcelona, 7 abr. 2010 (fragmento).
O texto traz informações acerca de um evento de grande importância ocorrido em Ubrique — uma tourada. De acordo com esse fragmento, alguns dos fatos que atestam a vitória nesse evento típico da cultura espanhola são a) a realização de cortejo público ao toureiro e o abraço do adversário. b) a hospedagem no Hotel Sierra de Ubrique e a presença da família real. c) a formação de fã-clubes numerosos e o recebimento de título de nobreza. d) o acúmulo de maior número de orelhas e a saída pelo portão principal. e) a reunião de numerosos curiosos e o apreço de uma rica mulher. OC : Estudo do texto: as sequências discursivas e os gêneros textuais no sistema de comunicação e informação Competência 2, habilidade 6
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infografia de @EduardoWkeeler para GeeksRoom.
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3. A Utilizando conhecimento prévio, confirma-se a ligação entre a paixão e as reações químicas do organismo, primeiramente, no trecho: los científicos han logrado develar el lugar que el amor ocupa en el cerebro y las particularidades de sus componentes químicos que se relacionan con las partes del cerebro vinculadas con la recompensa y el placer . Esta informação também é reforçada ao atentar-se para as últimas frases do texto La obsesión amorosa produce una baja en los niveles de serotonina, el neurotransmisor estrella, igual al de los pacientes con trastornos obsesivo-compulsivos. En consecuencia, el amor y las enfermedades mentales podrían tener un perfil químico similar, difícil de diferenciar . Nesta habilidade — Por meio de conhecimento prévio na língua mater na sobre o assunto, associado ao conhecimento em LEM, espera-se que o aluno identifique a resposta correta. Com essa habilidade, ele constrói o sentido do texto e encontra as informações necessárias para a resolução da questão. 4. D É essencial considerar o título e o subtítulo do gráfico aliados à imagem. Quer dizer, separadamente, a linguagem verbal e a não verbal podem resultar em interpretações erradas. Portanto, espera-se que o gráfico seja analisado relacionando seus componentes, para chegar à resposta correta. Nesta habilidade — Interpretar o gênero textual gráfico requer a observação de seus elementos como um todo. Essa abordagem permite a compreensão do que o gráfico realmente comunica. Assim sendo, essa habilidade possibilita a construção de sentido, identificando função e uso social. Biblioteca — Acesse o portal para conhecer o site da revista Números.
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5. D A presença da expressão una tarde triunfal no segundo parágrafo ajuda o aluno a chegar à resposta correta. A palavra triunfal é cognata e relativa a triunfo, sucesso, grande êxito. Seguindo a expressão, encontramos a frase con un resultado de tres orejas y salida por la puerta grande. Os fatos que atestam a vitória são os prêmios que um toureiro ganha por um desempenho excelente: o número de orelhas e a saída pela porta principal. Nesta habilidade — O conhecimento que o aluno já possui auxilia a compreensão do texto em LEM. Ativar o conhecimento prévio é essencial para resolver questões de compreensão e facilita a construção de sentido do texto. Para ir além — Cataluña é a segunda região que proíbe as corridas de touros na Espanha. As Ilhas Canárias já as haviam proibido em 1991 por conta de uma lei regional de proteção aos animais. O Parlamento Catalão proibiu as touradas em julho de 2010 após uma campanha de ativistas dos direitos dos animais, porém a proibição somente entrou em vigência no dia 1°. de janeiro de 2012. Desde então há debates acerca do que essa proibição pode significar em relação a outras regiões espanholas. Para aprofundar o tema, acesse o portal e leia Radiografía del toreo en España, reportagem que fala sobre a proibição das touradas na Cataluña e o impacto que isso pode causar em outras regiões da Espanha. Teste complementar Uneal-AL (adaptado) Hijo — Hola Pa. Las sandias crecen de las semillas de sandia, ¿no? Padre — Así es hijo. Hijo — ¿Y las sandías sin semillas de dónde crecen? Disponível em: . Acesso em: 8 dez. 2012.
No texto extraído da tira cômica de Don Brutus, o filho questiona sobre a) a relação entre a melancia e suas sementes. b) o crescimento saudável das frutas com sementes. c) a dependência entre a origem da laranja e sua semente. d) a origem do trigo sem sementes. e) a contradição entre o crescimento do abacaxi e a semente. Competência 2, habilidade 7
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6. IF Farroupilha-RS (adaptado) La deforestación del Amazonas se reduce Brasil logró reducir en 2011 la deforestación del Amazonas a su nivel más bajo desde que en 1988 el Instituto Nacional de Investigaciones Espaciales comenzara a hacer esa medición, según datos dados a conocer durante un acto para celebrar el Día Mundial del Medio Ambiente. En concreto, la mayor selva tropical del mundo perdió 6.418 kilómetros cuadrados de cobertura vegetal entre agosto de 2010 y julio de 2011, lo que implica una reducción del ocho por ciento en comparación con la etapa 2009-2010. El Amazonas es el bosque primario más grande que queda en el planeta y alberga más biodiversidad que cualquier otro lugar de la Tierra. Sin embargo, la deforestación y el cambio climático lo ponen en peligro. Una gran proporción de la deforestación en el país, con picos en las décadas de 1970, 1980 y 1990, se atribuye a la tala para establecer zonas de pastoreo, por intereses comerciales, especulativos, políticas gubernamentales equivocadas, etc. La buena noticia se da a conocer a tan solo unos días de que comience en Río de Janeiro la Conferencia sobre Desarrollo Sostenible Río+20, a la que asistirán más de un centenar de líderes y jefes de Estado.
Se aproximó a mí, dio unos cuantos saltos, olió los huesos... ¡y partió de nuevo a revolcarse en la nieve! No tengo necesidad de vuestros huesos — parecía decir — ¡devolvedme solamente mi libertad! SOLZHENITSYN, Alexander. Cuentos en miniatura y otros relatos. Editorial Andrés Bello: Chile, 1990.
Alexander Solzhenitsyn, escritor e historiador russo, recebeu o prêmio Nobel de Literatura em 1970. Sharik é um de seus contos e tem como tema a) o cuidado que se deve ter em relação aos animais. b) o maltrato sofrido pelos animais. c) uma situação dolorosa para o narrador do texto. d) a importância da liberdade. e) os problemas que Sharik encontra ao brincar livremente. OC : Estudo do texto: as sequências discursivas e os gêneros textuais no sistema de comunicação e informação Competência 2, habilidade 5
8. Uesc-BA (adaptado)
Elena Sanz 06/06/2012, Fonte: (http://www.muyinteresante. es/la-deforestacion-del-amazonas-se-reduce)
Segundo o texto, a Conferência Rio+20 nos traz uma boa notícia. Esta notícia menciona o fato de que a) o nível de desmatamento no Brasil é o mais baixo do mundo. b) a floresta amazônica é a maior do mundo. c) houve uma diminuição de desmatamento no Amazonas. d) as áreas de pastagens causam o desmatamento. e) em agosto de 2010 e julho de 2011 não houve desmatamento no Amazonas. OC: Estudo do texto: as sequências discursivas e os gêneros textuais no sistema de comunicação e informação Competência 2, habilidade 5
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7. IFBA (adaptado) Sharik En nuestro patio hay un perrito llamado Sharik, que su dueño, el muchacho hijo de la criada, mantiene siempre encadenado. El otro día fui a llevarle los huesos del caldo, todavía tibios y odoríferos. Pero en ese mismo momento el muchacho había soltado al pobre perro para que corriera un rato por el patio. Había una nieve mullida y abundante. Y Sharik corría como un loco, dando respingos de liebre, de un rincón al otro y luego en sentido inverso, hundiendo a cada momento su hocico en la nieve esponjosa.
ROMEU. Abandonar las mascotas...Disponível em:. Acesso em: 10 out. 2009.
Cartuns são produzidos com o intuito de satirizar comportamentos humanos e assim promovem reflexão sobre nossos próprios comportamentos e atitudes. Este cartum a) censura o abandono de animais domésticos em época de férias. b) trata as diferenças entre humanos e animais. c) aborda a convivência de humanos e animais nas férias de verão. d) faz referência à brutalidade inerente a todo ser humano. e) condena os benefícios da convivência entre os animais e humanos. OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos: recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 2, habilidade 7
6. C Para esta questão, é importante considerar a estrutura do texto e associar os vocábulos conforme a informação requisitada. O título do texto, bem como a informação no trecho Brasil logró reducir en 2011 la deforestación del Amazonas a su nivel más bajo desde que en 1988 … esclarecem a notícia. Espera-se que o aluno associe esta informação à que se encontra no último parágrafo La buena noticia se da a conocer a tan solo unos días de que comience en Río de Janeiro la Conferencia sobre Desarrollo Sostenible Río+ 20, chegando à resposta correta. Nesta habilidade — É possível relacionar informações, por meio da associação do conteúdo em toda a estrutura do texto, com o tema. Neste caso, é especificamente no primeiro e último parágrafos que se encontram as informações a serem associadas para resolver a questão conforme requisitado no enunciado. Para ir além — Na primeira linha do texto, aparece a palavra logró. Apresente alternativas (roubou, instalou, administrou, logrou, conseguiu) e peça para os alunos deduzirem pelo contexto. Os marcadores discursivos são termos utilizados para ligar orações e ideias, apontando como elas se relacionam e auxiliam na coesão textual. A conjunção sin embargo aparece no segundo parágrafo. Mencione que sua tradução é no entanto e indica ideias contrárias. 7. D Relacionando os vocábulos encontrados principalmente nos trechos mantiene siempre encadenado; el muchacho había soltado al pobre perro; Y Sharik corría como un loco, dando respingos de liebre, de un rincón al otro; e finalmente, associando essas ideias ao conteúdo do último parágrafo (No tengo necesidad de vuestros huesos — parecía decir — ¡devolvedme solamente mi libertad!), conclui-se que o tema do texto é o descrito no item D. Nesta habilidade — A ligação entre informações ao longo do texto permite identificar o tema. Para tanto, utiliza-se essa habilidade associando vocabulário, expressões e estrutura do texto ao seu tema. Para ir além — No portal há um artigo sobre a morte do escritor Alexander Solzhenitsyn e uma breve biografia.
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8. A O cartum expressa uma crítica contra o abandono de animais de estimação em época de férias. O bservar a combinação entre as falas e o desenho facilita a compreensão dos significados. Daí, para reconhecer o objetivo específico para a criação do cartum, é essencial atentar para os trechos nos hace humanos e nos devuelve a la bestialidad . Com isso, percebe-se a intenção de censurar este tipo de abandono. Nesta habilidade — É importante relacionar vocábulos, estruturas e imagem para detectar função e uso social do gênero textual em questão. Assim, reforça-se o uso desta habilidade na resolução da questão. Teste complementar Uneal-AL Ecología a golpe de talonario A grandes males, grandes presupuestos. Es la máxima que rige en China, y el Medio Ambiente no parece una excepción. El Gobierno es plenamente consciente del peligro que la contaminación supone para la estabilidad del país, y ha decidido sacar la artillería pesada para combatir la pésima calidad del aire en las zonas más desarrolladas. El gigante asiático destinará nada menos que 350.000 millones de yuanes para reducir en un 5% la concentración de las partículas más dañinas para la salud — las que miden menos de 2,5 micras en 117 ciudades. Zigor Aldama Shanghái 2012 — //sociedad.elpais.com
Segundo o texto, o Governo chinês a) resolveu utilizar-se do exército para combater o perigo da contaminação do meio ambiente. b) destinará todo orçamento para combater a poluição em quase cem cidades chinesas. c) reduzirá o orçamento em 5% para concentrar o combate às partículas que causam problemas à saúde em 117 cidades. d) investirá maiores recursos para combater a péssima qualidade do ar nas zonas mais desenvolvidas do país. e) está plenamente consciente do perigo da estabilidade do país em relação à contaminação da água. Competência 2, habilidade 5
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9. Enem El tango Ya sea como danza, música, poesía o cabal expresión de una filosofía de vida, el tango posee una larga y valiosa trayectoria, jalonada de encuentros y desencuentros, amores y odios, nacida desde lo más hondo de la historia argentina. El nuevo ambiente es el cabaret, su nuevo cultor la clase media porteña, que ameniza sus momentos de diversión con nuevas composiciones, sustituyendo el carácter malevo del tango primitivo por una nueva poesía más acorde con las concepciones estéticas provenientes de Londres y París. Ya en la década del ‘20 el tango se anima incluso a traspasar las fronteras del país, recalando en lujosos salones parisinos donde es aclamado por públicos selectos que adhieren entusiastas a la sensualidad del nuevo baile. Ya no es privativo de los bajos fondos porteños; ahora se escucha y se baila en salones elegantes, clubs y casas particulares. El tango revive con juveniles fuerzas en ajironadas versiones de grupos rockeros, presentaciones en elegantes reductos de San Telmo, Barracas y La Boca y películas foráneas que lo divulgan por el mundo entero. Disponível em: http://www.elpolvorin.over-blog.es. Acesso em: 22 jun. 2011 (adaptado).
Sabendo-se que a produção cultural de um país pode influenciar, retratar ou, inclusive, ser reflexo de acontecimentos de sua história, o tango, dentro do contexto histórico argentino, é reconhecido por a) manter-se inalterado ao longo de sua história no país. b) influenciar os subúrbios, sem chegar a outras regiões. c) sobreviver e se difundir, ultrapassando as fronteiras do país. d) manifestar seu valor primitivo nas diferentes camadas sociais. e) ignorar a influência de países europeus, como Inglaterra e França. OC : Estudo do texto: as sequências discursivas e os gêneros textuais no sistema de comunicação e informação Competência 2, habilidade 6
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10. IF Goiano-GO (adaptado) Lo malo no es el pucho… Lo que mata es el humo del tabaco!!!! Si vos no fumás, pero está en un ambiente donde se fuma, tu salud está siendo a fectada; porque quienes comparten espacios físicos con fumadores, son también fumadores aunque no se pongan el pucho en la boca. ANOTAÇÕES DE SALA
Los fumadores pasivos son todos aquellos que están en un espacio donde alguien fuma.
Es mejor que sepas: Los fumadores pasivos tienen altísimas probabilidades de padecer • Irritación nasal u ocular • Bronquitis • Neumonía • Infecciones en el oído medio • Cáncer de pulmón • Enfermedades respiratorias • Aparición y agravamiento del asma
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Un derecho y un deber. Lograr un ambiente libre de humo es promover la salud y salvar vidas. Lograr un espacio de trabajo libre de humo es una responsabilidad social y un derecho de los trabajadores. La publicidad, promoción y el patrocinio del tabaco aumentan la iniciación en el tabaco y el consumo. Crea una “familiaridad amistosa” con el tabaco que hace que parezca normal y aceptable. A muerte contra el humo!!!! K C O T S R E T T U H S / A H C S U Y N H K A P
Dirección de salud Secretaria de Bienestar Universidad Nacional de Vida Maria Disponible en: http://www.msal.gov.ar/htm/site_tabaco/ campanias_grafica.asp#1. Accedido el: 09/11/2010.
O objetivo da propaganda é conscientizar a) os fumantes que devem fumar em espaços reservados ao fumo. b) os não-fumantes sobre os riscos que sofrem quando estão perto de fumantes. c) a população que as publicidades de cigarros são verdadeiras. d) os fumantes de que estão livres de determinadas doenças. e) as pessoas que há poucos lugares onde se permite fumar. OC : Estudo do texto: as sequências discursivas e os gêneros textuais no sistema de comunicação e informação Competência 2, habilidade 6
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9. C A tradução da sentença Ya en la década del ‘20 el tango se anima incluso a traspasar las fronteras del país, terceiro parágrafo, leva à resposta correta. No quart o parágrafo pode-se ler que o tango revive com forças juvenis que apresentam novas versões no mundo todo, o que confirma a alternativa C como correta. Nesta habilidade — O conhecimento prévio aliado ao conhecimento em LEM facilita a compreensão do texto. Assim, o aluno tem acesso às informações necessárias para resolver a questão. Para ir além — Para aprofundamento do tema, acesse o portal. 10. B A resolução desta questão implica conhecer e observar o vocabulário e outros recursos linguísticos como ferramentas de comunicação. Isso possibilita a compreensão do texto para chegar à resposta correta. Nesta habilidade — A associação dos vocábulos, estrutura do texto e suporte textual é o caminho para identificar-se o tema. Portanto, torna-se claro o uso desta habilidade para resolução da questão. Teste complementar Uneal-AL Miles de trabajadores protestan contra el Gobierno argentino en la Plaza de Mayo Pocas plazas hay en el mundo que tengan la trascendencia política para un país como la Plaza de Mayo en Argentina. Fue ahí donde el 17 de octubre de 1945 decenas de miles de trabajadores se concentraron para pedir la liberación del general Juan Domingo Perón, detenido por los militares. Fue ahí donde empezaron a manifestarse las madres y las abuelas de los desaparecidos bajo la última dictadura (1976-1983). Y ha sido ahí donde, por tercera vez en seis meses, se concentraron el miércoles miles de trabajadores, muchos de ellos peronistas, para exigir mejores condiciones de trabajo al Gobierno peronista de Cristina Fernández. Y no solo mejoras salariales.
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Francisco Peregil. El País — Buenos Aires — DIC 2012
Segundo a reportagem do Jornal El País, a) milhares de trabalhadores argentinos se reuniram no mês de maio em pr aça pública para protestar contra o governo de Cristina Fernández. b) a Praça de Maio é considerada durante anos símbolo de manifestações populares contra vários governos argentinos. c) a Praça de Maio é local de encontro de mães e avós desaparecidas durante o regime de ditadura argentino. d) os trabalhadores se concentram na Praça de Maio há seis meses para protestar contra a ditadura argentina. e) os trabalhadores foram seis vezes, no último mês de outubro, à Praça de Maio, para exigir melhores condições salariais. Competência 2, habilidade 6
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11. Cefet-MG (adaptado) L O H N A P S E | M E N E
Z E V Á H C N Ó M I S
Disponible . Fecha de consulta: 01 sept. 2011.
Calvin é um menino de seis anos que não tira notas muito boas na escola, mas que possui um vocabulário sofisticado e mente filosófica. De acordo com o sentido geral desta história em quadrinhos, ele a) não possui relógio. b) está doente. c) não quer estudar. d) está entretido. e) não escuta a professora. OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos: recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 2, habilidade 7
12. IFSC (adaptado) Poder en movimiento Un recorrido por la oferta de notebooks del mercado local. Con pantallas LCD o LED, salidas HDMI, chips de última generación, un peso de 1,5 kg o menos, discos duros que están orillando el TB y memoria 0 9
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RAM que alcanza los 8 GB, las notebooks tienen la capacidad suficiente para realizar casi todas las tareas más exigentes que le pedimos a un ce rebro electrónico.
Ya la autonomía de carga de sus baterías no es un limitante. Sus celdas nos permiten tener equipos con la posibilidad de que los usemos durante una jornada de trabajo sin tener que conectarlas a la red eléctrica. Sus pantallas, que en la gran mayoría rondan las 14 y 15 pulgadas, tienen la calidad de imagen que ofrece la iluminación posterior por LED. Si hablamos de sistemas operativos, lo único que encontramos en los nuevos equipos es el Windows Seven en cualquiera de sus formas. Si llegáramos a encontrar alguno con Vista, cuidado. La portátil tiene su antigüedad. Aunque no enc ontramo s n otebook s q ue posean lectoras de Blu-Ray, ya tenemos portátiles con salidas HDMI para poder transmitir excelentes resoluciones de los videos que se reproducen en sus DVD. En cuanto a los chips, casi todas las portátiles utilizan los fabricados por Intel. Disponible en: http://www.lanacion.com.ar/1462351poder-enmovimiento?utm_source=n_tip_nota2&utm_ medium=titularP&utm_campaign=NLTecno Acceso: 12 set. 2012.
Segundo o texto, pode-se dizer que a) dos aparelhos mencionados no texto, todos possuem Blu-Ray. b) o Vista, mesmo que seja um sistema operativo mais antigo, é melhor do que o Seven. c) as telas de LCD são melhores do que as de LED. d) os aparelhos têm, em sua maioria, menos de 1,5 kg. e) os chips fabricados pela Intel estão presentes em quase todos os aparelhos. OC : Estudo do texto: as sequências discursivas e os gêneros textuais no sistema de comunicação e informação Competência 2, habilidade 6
11. C É importante atentar para as falas associadas às imagens, objetivando a construção de sentido. Assim, espera-se que o aluno reconheça que a impaciência de Calvin, com o livro nas mãos, significa que ele não quer estudar. Nesta habilidade — Considerando que nas histórias em quadrinhos as imagens completam o sentido da linguagem escrita e vice-versa, o uso dessa habilidade torna-se claro, uma vez que é essencial combinar conhecimentos em LEM à leitura das imagens para responder corretamente à questão. Biblioteca — Acesse o portal para obter o documento El cómic en la clase de ELE: una propuesta didáctica, de Marina Alonso Abal, do Instituto Cervantes de Orán. 12. E É interessante partir da leitura das alternativas e utilizar a técnica scanning para eliminar os distratores e confirmar a alternativa correta. A resposta encontra-se na última frase do texto: En cuanto a los chips, casi todas las portátiles utilizan los fabricados por Intel . Nesta habilidade — Requer-se do aluno ativação de conhecimento prévio em língua materna aliada ao conhecimento em LEM. Isso permite acesso às informações do texto, facilitando a compreensão e a identificação da resposta correta. Teste complementar UFG-GO CON LEER NO BASTA La literatura multimedia electrónica tiene sus antecedentes en los libros móviles infantiles o en los poemas pintados. Todas estas obras tienen en común la utilización de, al menos, dos artes, pero no como meras ilustraciones, sino como parte esencial para la comprensión cabal del texto. Aunque, en la literatura electrónica, el texto todavía domina sobre las imágenes, la importancia del texto ha disminuido de la primera a la segunda antología de la ‘Organización de Literatura Electrónica’, sin duda como consecuencia de la mejora de los ordenadores, de la informática y de las conexiones a Internet. Las obras van del puro texto en imágenes, como Los estilistas de la sociedad tecnológica , del español Antonio Rodríguez de las Heras, al puro videoclip con letras, como El niño, una obra de Antoine Bardou-Jaquet. Aquí, las letras son volúmenes de edificios y, con ellas, más los sonidos de las calles de Nueva York, se recrea brillantemente las prisas de una parturienta para llegar al hospital. Si el brillante El niño puede verse gratuitamente en YouTube, el resto también se encuentra libre en Internet. Merecen también una indicación relatos como Golpe de gracia, del colombiano Jaime Alejandro Rodríguez, en el cual, con estética de videojuego y escritura de cómic, se reta al visitante a descubrir al autor de un atentado. Lo singular de la literatura electrónica es que una pantalla, se llame ordenador, móvil o iPad, permite juntarlo todo, usarlo todo, sin avasallamiento entre las artes. En esta vanguardia, como en su momento en el movimiento cubista, lo que importa no sólo es lo que se cuenta, sino cómo se cuenta.
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MARTÍN, Javier. Con leer no basta. Disponível em: . Acesso em: 13 set. 2011. (Adaptado).
O autor da notícia indica que foram precursoras da literatura multimídia eletrônica as a) poesias que eram transmitidas aos leitores através de correio eletrônico. b) composições para crianças nas que se combinavam desenhos e fotografias. c) ilustrações que adornavam as capas dos livros para o público juvenil. d) publicações literárias infantis que continham textos para completar e colorir. e) obras as quais se agregava ao significado do texto o significado de outra arte. Competência 2, habilidade 6
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13. Enem Es posible reducir la basura En México se producen más de 10 millones de m3 de basura mensualmente, depositados en más de 50 mil tiraderos de basura legales y clandestinos, que afectan de manera directa nuestra calidad de vida, pues nuestros recursos naturales son utilizados desproporcionalmente, como materias primas que luego desechamos y tiramos convirtiéndolos en materiales inútiles y focos de infección. Todo aquello que compramos y consumimos tiene una relación directa con lo que tiramos. Consumiendo racionalmente, evitando el derroche y usando sólo lo indispensable, directamente colaboramos con el cuidado del ambiente. Si la basura se compone de varios desperdicios y si como desperdicios no fueron basura, si los separamos adecuadamente, podremos controlarlos y evitar posteriores problemas. Reciclar se traduce en importantes ahorros de energía, ahorro de agua potable, ahorro de materias primas, menor impacto en los ecosistemas y sus recursos naturales y ahorro de tiempo, dinero y esfuerzo. Es necesario saber para empezar a actuar...
14. UEL-PR (adaptado) L O H N A P S E | M E N E
(Adaptado de: . Acesso em: 1 ago. 2012.)
A partir do que se afirma no último parágrafo: “Es necesario saber para empezar a actuar...”, pode-se constatar que o texto foi escrito com a intenção de a) informar o leitor a respeito da importância da reciclagem para a conservação do meio ambiente. b) indicar os cuidados que se deve ter para não consumir alimentos que podem ser focos de infecção. c) denunciar o quanto o consumismo é nocivo, pois é o gerador dos dejetos produzidos no México. d) ensinar como economizar tempo, dinheiro e esforço a partir dos 50 mil depósitos de lixo legalizados. e) alertar a população mexicana para os perigos causados pelos consumidores de matéria-prima reciclável.
Maitena é escritora e cartunista argentina. Suas tiras, que são publicadas no jornal argentino La Nácion desde 1998, levam o nome de Superadas. Sobre a charge apresentada, pode-se dizer que a) a pessoa que está sentada lendo se questiona se ler é uma opção considerável contra a angústia. b) o homem proíbe que a criança invente coisas interessantes para fazer e a aconselha a não se aborrecer. c) a opinião que a pessoa sentada na poltrona expressa em pensamento é contraditória à reação da criança de aborrecer-se facilmente. d) a fala do homem parece trazer uma orientação implícita de que a criança deve procurar algo interessante com o que se ocupar. e) o pensamento da pessoa que está sentada lendo mostra uma concordância com o comentário feito pelo homem.
OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos: recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 2, habilidade 7
OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos: recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 2, habilidade 7
Disponível em: http://www.tododecarton.com. Acesso em: 27 abr. 2010 (adaptado).
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13. A Trata-se de um texto informativo, cuja intenção é mostrar ao leitor a importância da reciclagem para a preservação do meio ambiente. Não há dados no texto que justifiquem os demais descritores. Nesta habilidade — O aluno deve relacionar conhecimentos em língua materna aos vocábulos, estrutura do texto, sua função e uso social. Desta forma, ele poderá reconhecer o objetivo es pecífico do texto e resolver a questão. Para ir além — Acesse o portal para a leitura do texto na íntegra. 14. D É interessante iniciar com a leitura das alternativas e partir para eliminação dos distratores, ou seja, verificar cada afirmativa analisando a charge e considerando a combinação de imagem e falas. Nesta habilidade — Oriente o aluno a relacionar falas e imagem para detectar a intenção na fala do homem e, assim, chegar à resolução da questão. Biblioteca — O portal oferece mais charges de Maitena. Escolha as mais apropriadas e apresente aos alunos para reforçar o trabalho com este gênero textual. Teste complementar UFRN Elegir carrera, ¿cómo? ¿CÓMO SOY? Conocerte te ayudará a saber qué carreras o profesiones son las mejores para ti. Suena a tópico, pero la verdad es que tu carácter, tus gustos e intereses son aspectos que uno debe analizar a la hora de escoger una carrera. Algunas cosas que debes tener en cuenta son: 1. Tu carácter. ¿Eres una persona abierta o introvertida? ¿Te gusta pensar o hacer? ¿Prefieres trabajar en equipo o a solas? ¿Te gusta estar rodeado de gente o prefieres pasar las horas delante de un ordenador? Conocer tus características personales te permitirá confrontarlas con las alternativas de estudios y profesiones que puedes escoger. 2. Tus fortalezas. Analízate desde la perspectiva de una empresa. ¿Cuáles son tus puntos fuertes? Tu habilidad con los números, tu capacidad de expresión… No pienses sólo en tus conocimientos técnicos. Igual de importantes son tus cualidades personales. 3. Tus debilidades. Trata de ver qué áreas deberías mejorar y qué aspectos podrían ser una barrera insalvable para una determinada carrera. Por ejemplo, si te mareas sólo al pensar en la sangre, Medicina no sería una buena opción para ti, ¿a qué no? 4. Piensa en qué asignaturas eres mejor. Quizás la historia es tu fuerte, o se te da muy bien pintar, o la química es una de tus asignaturas preferidas. Conocer en qué materias eres mejor te dará una pista sobre las carreras que te resultarán más fáciles o en las que podrías destacar. 5. Tus asignaturas hueso. Todos tenemos alguna materia donde cojeamos, se nos atraganta o sencillamente no somos tan buenos. Piensa cuál es la razón: ¿su dificultad o el poco entusiasmo que te despierta? Conocer tus debilidades te ayudará a depurar tus opciones. Si las matemáticas se te dan mal, podrías descartar las carreras de ciencias o técnicas.
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Disponível em: . Acesso em: 25 maio 2011. (Adaptado)
Pode-se afirmar que a função do texto é de a) incentivo. b) persuasão. c) orientação. d) defesa. e) crítica. Competência 2, habilidade 7
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15. Cefet-MG (adaptado) Opinión de hotel: Vero933, Rosario, Argentina. 31/01/2012
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Estuvimos tres días de enero en el hotel, cuando lo contratamos nos dijeron que tenía servicio de cochera. Nosotros veníamos de pasar nuestras vacaciones en Punta del Este y queríamos estar en Pocitos, cerca del río. Cuando llegamos, nos dicen en el check-in, que no nos podían dar la cochera contratada porque el hotel estaba completo y que cuentan con menos cocheras que habitaciones dado que habitualmente sus pasajeros vienen en avión y, además, que las cocheras se encontraban a dos cuadras. En ningún momento se nos ofreció llevar nuestro auto a otro garaje para tratar de solucionar el inconveniente, lógicamente, a cargo del hotel, que debía prestar el servicio contratado. Otros pasajeros estaban en la misma situación y dejaban el coche estacionado en la calle. Las dos primeras noches no tuvimos problemas, pero la última, justo el día que nos retirábamos, nos rompieron el vidrio del conductor y nos robaron lo que tenían a mano. El hotel nos permitió permanecer en el mismo hasta tanto mi esposo hizo los trámites con la aseguradora y nos repusieron el vidrio. Mi asombro fue mayor cuando vi que otros pasajeros tuvieron el mismo inconveniente dado que si bien es un barrio hermoso, de embajadas y con una vista maravillosa, de noche está plagado de un lumpenaje que acosa al turista, que no cuenta con la protección policial adecuada, como sí la tiene en la Ciudad Vieja. Vero. Disponible en: . Accesible en marzo 2012.
a) b) c) d) e)
A protagonista da história se queixa de que ela e seu marido queriam hospedar-se em Pocitos. todas as habitações estavam ocupadas. o hotel não proporcionou os serviços contratados. outros clientes sofreram a mesma situação que ela. ela e seu marido não se hospedaram em um bairro encantador.
OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos: recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 2, habilidade 7
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16. Enem Obituario* Lo enterraron en el corazón de un bosque de pinos y sin embargo el ataúd de pino fue importado de Ohio; lo enterraron al borde de una mina de hierro y sin embargo los clavos de su ataúd y el hierro de la pala fueron importados de Pittsburg;
lo enterraron junto al mejor pasto de ovejas del mundo y sin embargo la lanas de los festones del ataúd eran de California. Lo enterraron con un traje de New York, un par de zapatos de Boston, una camisa de Cincinatti y unos calcetines de Chicago. Guatemala no facilitó nada al funeral, excepto el ca dáver. *Paráfrasis de un famoso texto norteamericano. NOGUERAS, L. R. Las quince mil vidas del caminante. La Habana: Unea, 1977.
O poeta, narrador e roteirista cubano, Luis Rogelio Nogueras, foi um verdadeiro intelectual de Cuba e da Revolução. O texto de Luis Rogelio Nogueras faz uma crítica a) à dependência de produtos estrangeiros por uma nação. b) ao comércio desigual entre Guatemala e Estados Unidos. c) à má qualidade das mercadorias guatemaltecas. d) às dificuldades para a realização de um funeral. e) à ausência de recursos naturais na Guatemala. OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos: recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 2, habilidade 8
17. IFBA (adaptado) Come tú mismo la fruta En cierta ocasión se quejaba un discípulo a su maestro: “siempre nos cuentas historias, pero nunca nos revelas su significado”. El maestro le replicó: “¿Te gustaría que alguien te ofreciera fruta y la masticara antes de dártela?” Nadie puede descubrir tu propio significado en tu lugar. MELLO, Anthony de. El canto del pájaro. Sal Terrae: Espanha, 1996.
Anthony de Mello diz que escreveu o livro El canto del pájaro porque todos gostamos de histórias. O texto Come tú mismo la fruta é, de certa forma, a chave para entender todas as outras histórias presentes no livro e tem como tema principal a) a admiração de um aluno por seu professor. b) as queixas de um aluno ao seu professor. c) conseguir o que queremos na vida para alcançar a verdadeira felicidade. d) a importância de cada um fazer seu próprio caminho. e) os grandes problemas dos homens que são causados por não saber buscar a verdade. OC : Estudo do texto: as sequências discursivas e os gêneros textuais no sistema de comunicação e informação Competência 2, habilidade 5
15. C O texto tem como objetivo comunicar uma queixa da protagonista. O aluno reconhece esta função observando os seguintes trechos: ...cuando lo contratamos nos dijeron que tenía servicio de cochera e Cuando llegamos, nos dicen en el check-in, que no nos podían dar la cochera contratada. A protagonista segue relatando outros problemas, porém todos decorrentes do fato de não haver sido proporcionado o serviço contratado. Nesta habilidade — A queixa comunicada no texto é facilmente reconhecida por meio desta habilidade, isto é, relacionando as estruturas linguísticas, função e uso social do texto. 16. A Ao longo do poema, leem-se nomes de cidades estrangeiras de onde os produtos usados no funeral foram importados. No final há a informação de que a Guatemala foi responsável apenas pelo cadáver. Sendo assim, o texto de Luis Rogelio Nogueras faz uma crítica à dependência de produtos estrangeiros por uma nação. Nesta habilidade — Espera-se que ao ler o poema, além de resolver a questão, o aluno reconheça a produção literária como forma de expressão da diversidade cultural e reflita sobre o tema abordado. Biblioteca — No portal há mais poemas escritos por Luis Rogelio Nogueras. 17. D Para resolver esta questão, espera-se que o aluno associe o conteúdo do texto objetivando a construção de sentido, ou seja, atente para os vocábulos e expressões, relacionando os mesmos para interpretá-los corretamente e, assim, identifique no item D a resposta correta. Nesta habilidade — O uso desta habilidade permite reconhecer o tema do texto por meio da associação do vocabulário e expressões empregados. Do mesmo modo, é importante considerar estrutura do texto e atentar para o seu título.
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Teste complementar Uneal-AL Es la mañana llena... Es la mañana llena de tempestad En el corazón del verano Como pañuelos blancos de adiós viajan las nubes El viento las sacude con sus viajeros manos Innumerable corazón del viento Latiendo como nuestro silencio enamorado. NERUDA, Pablo. Ed. Mexicanos Unidos S.A, 5. ed. 2004
Em seu poema, Neruda, ao referir-se às nuvens, compara-as a) ao latido de um animal. b) à batida do coração. c) ao algodão branco. d) ao silêncio dos namorados. e) aos lenços brancos. Competência 2, habilidade 8
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18. UEL-PR (adaptado)
cuadro, se dejan retratar por Velázquez. Calificada de “teología de la pintura” por Lucas Jordán, la complejidad de la composición y el uso de la luz de Las Meninas ha ejercido una considerable influencia sobre otras muchas obras de artistas europeos. Historia de España. Madrid: Sociedad General Española de Librería, S.A. 2008. p.118.
(Disponível em: . Acesso em: 1 jul. 2012.)
Gaturro é o protagonista da história em quadrinhos criada por Nik. Adora sua casa, mas também gosta de andar pela vizinhança. É um observador da vida cotidiana. Na tirinha acima, Gaturro escuta a) a pulga fêmea discutindo com seu marido por terem se mudado da moradia anterior. b) a pulga fêmea reclamando dos conselhos que sua mãe lhe deu sobre seu casamento atual. c) a conversa do casal sem entender o porquê da passividade da pulga macho. d) as críticas e as lamentações da pulga fêmea sobre sua atual moradia. e) uma discussão entre um casal de pulgas sobre a falta de moradias. OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos: recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 2, habilidade 7
19. UFT-TO (adaptado) Este retrato colectivo, hoy expuesto en El Museo Del Prado, es uno de los cuadros más conocidos Del Siglo de Oro español y quizás la obra maestra de su autor, Diego Velázquez, que lo pintó en 1656. Su nombre popular, Las Meninas, alude a las dos adolescentes que, en el centro del lienzo, atienden a la hija menor del rey Felipe IV, la infanta Margarita. La figura infantil de ésta destaca sobre las demás con el fondo del taller que el pintor poseía en el palacio real. A la izquierda, el propio Velázquez se retrata en actitud de pintar; a la derecha, dos enanos, bufones de la Corte, acompañados por un perro de caza. Y presidiendo el conjunto, un espejo en el que se reflejan el rey Felipe y su esposa, la reina Mariana de Austria que, fuera del 2 6 1
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ANOTAÇÕES DE SALA
VELÁZQUEZ, Diego. Las Meninas. 1656. Óleo sobre tela, 318 x 276 cm.
Diego Velázquez foi um pintor espanhol e artista principal na corte do rei Felipe IV. Ele pintou vários retratos da família real espanhola, entre eles Las Meninas. De acordo com o texto e o quadro, pode-se dizer que a) o pintor Lucas Jordán influenciou outros pintores como Diego Velázquez. b) o livro Teología de la pintura é a obra-prima de Diego Velázquez. c) uma característica notável da obra de Velázquez é o uso da luz. d) há cinco crianças na pintura, mas somente três são filhas do rei. e) os artistas europeus construíram o Museu do Prado em 1656 no final da idade do ouro. OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos: recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 2, habilidade 7
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18. D Os quadrinhos mostram Gaturro escutando a discussão de um casal de pulgas. Observando, principalmente, as falas do quarto e sexto quadro, é possível perceber que se trata das lamentações da fêmea com relação à moradia atual. Nesta habilidade — Para chegar à resposta correta, o aluno deve associar os vocábulos e a estrutura textual à leitura das imagens. Para ir além — No portal há várias tiras que podem ser utilizadas para reforçar o uso desta habilidade. Biblioteca — Cristian Dzwonik, o Nik, criador do personagem Gaturro, fala em entrevista o porquê do nome de seu personagem: ... sempre gostei muito de humor político, gênero que pratico desde os 21 anos no jornal La Nación. No meu país, a palavra “gato” se refere à peruca, ao agregado capilar que se coloca na cabeça das pessoas com pouco cabelo. E como tivemos alguns presidentes com essas características — como [o ex-presidente argentino] Menem, por exemplo —, comecei a desenhar “gaturros” nas charges políticas. Para entrevista completa, acesse o portal. 19. C O comentário que se encontra no trecho: ... la complejidad de la composición y el uso de la luz de Las Meninas ha ejercido una considerable influencia… pode ser comprovado com a observação do quadro. Desta forma, possibilitando reconhecer a alternativa C como a resposta correta. Nesta habilidade — Chega-se à resolução da questão ao relacionar estruturas linguísticas, texto, linguagem visual e uso social para construção de sentido.
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Teste complementar UFG-GO
Disponível em: . Acesso em: 29 set. 2011
A crítica que um colega fazia ao outro deixou de ter sentido quando se a) desfez o mal entendido que criou uma fofoca. b) falou que a reconciliação era viável. c) marcou uma data para o reencontro. d) concordou prescindir das namoradas. e) soube quem havia telefonado. Competência 2, habilidade 7
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20. Enem Excavarán plaza ceremonial del frontis norte de huaca de la Luna Trujillo, feb. 25 (ANDINA). Tras limpiar los escombros del saqueo colonial y de las excavaciones de los últimos años en huaca de la Luna, este año se intervendrá la plaza ceremonial del frontis norte, en donde se ubica la gran fachada del sitio arqueológico ubicado en Trujillo, La Libertad, informaron hoy fuentes culturales. Después de varias semanas de trabajo, el material fue sacado del sitio arqueológico para poder apreciar mejor la extensión y forma del patio que, según las investigaciones, sirvió hace unos 1500 como escenario de extraños rituales. El codirector del Proyecto Arqueológico Huacas del Sol y la Luna, Ricardo Morales Gamarra, sostuvo que con la zona limpia de escombros, los visitantes conocerán la verdadera proporción de la imponente fachada, tal y como la conocieron los moches. Por su parte, el arqueólogo Santiago Uceda, también codirector del proyecto, dijo que las excavaciones se iniciarán este año para determinar qué otros elementos componían dicha área. “Hace poco nos sorprendió encontrar un altar semicircular escalonado. Era algo que no esperábamos. Por lo tanto, es difícil saber qué es lo que aún está escondido en la zona que exploraremos”, señaló Uceda a la Agencia Andina. La huaca de la Luna se localiza en el distrito tru jillano de Moche. Es una pirámide de adobe adornada, en sus murales, con impresionantes imágenes mitológicas, muchas de ellas en alto relieve. Disponível em: www.andina.com.pe. Acesso em: 23 fev. 2012 (adaptado).
O texto apresenta informações sobre um futuro trabalho de escavação de um sítio arqueológico peruano. Sua leitura permite inferir que a) a pirâmide huaca de la Luna foi construída durante o período colonial peruano. b) o sítio arqueológico contém um altar semicircular bastante deteriorado. c) a pirâmide huaca de la Luna foi construída com cerâmica. d) o sítio arqueológico possui um pátio que foi palco de rituais. e) o sítio arqueológico mantém escombros deixados pela civilização moche. 4 9
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OC : Estudo do texto: as sequências discursivas e os gêneros textuais no sistema de comunicação e informação Competência 2, habilidade 6
21. UEL-PR (adaptado) Preocupación entre los expertos por las nuevas píldoras antiobesidad Quien descubra la píldora para adelgazar, habrá encontrado una mina de oro. La obesidad es un
problema de salud pública (se calcula que el 20% de la población mundial tiene sobrepeso, un porcentaje que en los países ricos pasa del 30%), y la idea de tratarla con pastillas es muy atract iva. Pero este abordaje no convence a los expertos españoles del Centro de Investigación Biomédica en Red de Fisiopatología de la Obesidad y la Nutrición (Ciberobn), que recuerdan que para combatir el sobrepeso lo primero que hay que hacer es “reducir la ingesta calórica, practicar ejercicio físico y modificar los hábitos alimentarios”. El recurso al tratamiento farmacológico es la última opción. Debe hacerse “cuando las demás opciones hayan fallado o como complemento de estas”, según los médicos. El motivo de esta advertencia es la aprobación por la Agencia del Medicamento (FDA) de EE UU de las dos primeras pastillas para adelgazar en años: Belviq y Qsymia. Su uso en quienes tienen sobrepeso solo se aconseja si se tiene algún otro factor de riesgo, como hipertensión, colesterol o diabetes, y siempre acompañado de dieta y ejercicio. Este compuesto — una combinación de dos principios activos — es el que más preocupa a los médicos. “Existe una falta de datos de eficacia a largo plazo y de seguridad para la farmacoterapia antiobesidad, limitando así la recomendación de rutina de dicho tratamiento en periodos prolongados”, apunta en una nota José López Miranda, del comité de dirección del Ciberobn. Los estudios, además, “incluyeron pocos pacientes de edad avanzada”, por lo que “este grupo de población queda fuera de cualquier recomendación”, añade. (Adaptado de: . Acesso em: 1 ago. 2012.)
Em relação às novas pílulas antiobesidade, assinale a alternativa correta. a) O tratamento integrado com dieta, exercícios e novos medicamentos é a melhor opção quando feito a longo prazo por pessoas que sofrem de sobrepeso. b) Os especialistas que estudam a obesidade criaram os medicamentos tendo como foco, primeiramente, os idosos e, posteriormente, a população mais jovem. c) Os novos medicamentos contra a obesidade que foram autorizados para comercialização nos Estados Unidos devem ser utilizados pelas pessoas até atingirem seu peso ideal. d) As chamadas pílulas milagrosas para emagrecer finalmente chegaram ao mercado norte-americano e podem ser utilizadas como medida preventiva contra a obesidade, sem contraindicação. e) As pessoas que sofrem de obesidade, que tenham outras doenças associadas, podem contar com dois novos medicamentos para o tratamento desses males. OC : Estudo do texto: as sequências discursivas e os gêneros textuais no sistema de comunicação e informação Competência 2, habilidade 5
20. D Se os alunos lerem antes as alternativas e partirem para o texto, ao terminarem a leitura do primeiro parágrafo, encontrarão a resposta correta. Nesta habilidade — Esta habilidade permite acesso às informações do texto relacionando conhecimento em língua materna, vocábulos e estruturas do texto em LEM ao tema. Desta forma, é possível trabalhar a construção de sentido e fazer a inferência necessária para resolução da questão. 21. E A informação necessária para resolver a questão encontra-se no trecho El motivo de esta advertencia es la aprobación por la Agencia del Medicamento (FDA) de EE UU de las dos primeras pastillas para adelgazar en años: Belviq y Qsymia. Su uso en quienes tienen sobrepeso solo se aconseja si se tiene algún otro factor de riesgo . O reconhecimento das palavras-chave auxilia na construção do significado e permite que o aluno encontre a resposta correta. Nesta habilidade — Ative o conhecimento prévio do aluno e oriente-o a associar esse conhecimento aos vocábulos, expressões e estrutura textual. Teste complementar UFSM-RS Educar con el deporte El deporte y la educación fisica aportan las bases necesarias para el desarrollo y el bienestar de los ninos y los jovenes en la sociedad y el sistema educativo. El público suele tener a veces una visión un tanto apriorística del deporte, considerándolo un fenómeno asociado a diversas nociones como “juegos”, “competiciones”, “rivalidades entre equipos”, “enfrentamientos entre adversarios”, “dopaje”, “gamberrismo”, “victorias a toda costa” y “comercialización”. El deporte está adquiriendo una importancia cada vez mayor en nuestras sociedades y en su desarrollo, convirtiéndose en un fenómeno sociocultural que trasciende el ámbito estricto de las instalaciones deportivas, los estadios y los demás lugares en que se practica. De hecho, el auge espectacular que ha cobrado el deporte gracias a los medios de comunicación de masa, la popularidad que ha alcanzado, y su consiguiente capacidad para atraer masivamente a aficionados de muy diverso tipo, hacen inevitable que se tenga cada vez más en cuenta su función educativa para difundir los mensajes y propagar ideales los ideales a los que se adhiere la UNESCO. La Organización promueve la educación física y el deporte, ateniéndose a lo establecido en la Carta Internacional de la Educación Física y el Deporte, que fue adoptada por la Conferencia General en 1978, en el transcurso de su 20ª. reunión. En esa Carta se proclama el importante papel que este tipo de educación puede desempeñar, no sólo en el desarrollo cognitivo y físico de los niños y los jóvenes, sino también en el enriquecimiento de la vida de los adultos en el contexto de la educación a lo largo de toda la vida. La educación es un factor esencial del desarrollo y el progreso, y la educación física y el deporte forman parte integrante de la enseñanza de calidad preconizada por el movimiento en pro de la Educación para Todos (EPT). En efecto, tanto la educación física como el deporte contribuyen a desarrollar las aptitudes “genéricas” y el potencial cognitivo y físico del niño, proporcionándole así las bases necesarias para su plena realización como persona y su bienestar. Los sistemas educativos son elementos básicos de la construcción del bienestar físico y mental del individuo, al que alude la antigua máxima latina “mens sana in corpore sano” (Una mente sana en un cuerpo Sano).
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Disponível em: Acesso em: 9 mar. 2013.
Considerando o texto “Educar con el deporte”, é possível afirmar que o esporte a) deve ser a base do processo educacional, segundo proposta da UNESCO, porque propicia “el desarollo cognitivo y físico de los niños y los jóvenes” que se encontram em fase escolar. b) auxilia o desenvolvimento físico e cognitivo dos indivíduos em idade escolar e “el enriquecimiento de la vida de los adultos en el contexto da la educación a lo largo de toda la vida”. c) é responsável por “el bienestar de los niños y los jóvenes”, além de prepará-los fisicamente para a defesa pessoal devido à violência urbana. d) adquiriu “una importancia cada vez mayor en nuestras sociedades y en su desarrollo”, sendo, por isso, apresentado como um relevante instrumento de inclusão social nas escolas. e) representa, no ambiente escolar, a concretização do ideal latino, “mens sana in corpore sano”, porque valoriza o modelo de beleza em evidencia na sociedade contemporânea. Competência 2, habilidade 6
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22. UFBA (adaptado)
nuestra riqueza ha generado siempre nuestra pobreza para alimentar la prosperidad de otros: los imperios y sus caporales nativos. GALEANO, E. Las venas abiertas de América Latina. Buenos Aires: Siglo Veintiuno Argentina, 2010 (adaptado).
Disponível em: . Acesso em: 18 jul. 2009.
Charges relatam um fato ocorrido em uma época definida, dentro de determinado contexto cultural, econômico e social, e depende do conhecimento desses fatores para ser entendida. Na charg e acima, sobre a gripe H1N1, pode-se concluir: a) pode ser transmitida, principalmente, pelo ar. b) colabora com o agravamento da crise mundial. c) representa uma grande ameaça, uma espécie de catástrofe. d) tem recebido pouca atenção da mídia, apesar de seus efeitos devastadores. e) restringe o pavor coletivo por ser ainda uma descoberta muito recente.
A partir da leitura do texto, infere-se que, ao longo da história da América Latina, a) suas relações com as nações exploradoras sempre se caracterizaram por uma rede de dependências. b) seus países sempre foram explorados pelas mesmas nações desde o início do processo de colonização. c) sua sociedade sempre resistiu à aceitação do capitalismo imposto pelo capital estrangeiro. d) suas riquezas sempre foram acumuladas longe dos centros de poder. e) suas riquezas nunca serviram ao enriquecimento das elites locais.
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OC : Estudo do texto: as sequências discursivas e os gêneros textuais no sistema de comunicação e informação Competência 2, habilidade 6
24. UEL-PR (adaptado)
OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos: recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 2, habilidade 7
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23. Enem Nuestra comarca del mundo, que hoy llamamos América Latina perfeccionó sus funciones. Este ya no es el reino de las maravillas donde la realidad derrotaba a la fábula y la imaginación era humillada por los trofeos de la conquista, los yacimientos de oro y las montañas de plata. Pero la región sigue trabajando de sirvienta. Es América Latina, la región de las venas abiertas. Desde el descubrimiento hasta nuestros días, todo se ha trasmutado siempre en capital europeo o, más tarde, norteamericano, y como tal se ha acumulado y se acumula en los lejanos centros del poder. Todo: la tierra, sus frutos y sus profundidades ricas en minerales, los hombres y su capacidad de trabajo y de consumo, los recursos naturales y los recursos humanos. El modo de producción y la estructura de clases de cada lugar han sido sucesivamente determinados, desde fuera, por su incorporación al engranaje universal del capitalismo. Nuestra derrota estuvo siempre implícita en la victoria ajena;
(Disponível em: . Acesso em: 30 jun. 2011.)
Antonio Fraguas de Pablo, conhecido como Forges, é humorista gráfico espanhol e suas charges retratam a sociedade espanhola. Com relação à charge anterior, pode-se dizer que a) com a idade, as pessoas deixam de praticar atividades físicas e se dedicam à leitura. b) o desinteresse pela leitura e por atividades culturais, no cotidiano, se apresenta com o passar dos anos. c) há um exagero na atitude do homem, que se mostra excessivamente voltado para os esportes. d) há uma crítica à atitude consumista das mulheres. e) há uma representação negativa de valores socioeconômicos em relação à leitura e aos esportes. OC: Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos: recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Competência 2, habilidade 7
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22. C O texto combina linguagem verbal e não verbal, entretanto, é necessário conhecimento sobre o contexto histórico e social que abrange a epidemia de H1N1 e a crise europeia. A associação destas é importante porque se os alunos observarem as palavras cognatas presentes, conseguirão relacioná-las à alter nativa C. Nesta habilidade — Oriente o aluno a interpretar a linguagem verbal fazendo associação à não verbal e instigue seu conhecimento prévio a respeito do tema. 23. A As sentenças Pero la región sigue trabajando de sirvienta e El modo de producción y la estructura de clases de cada lugar han sido sucesivamente determinados, desde fuera, por su incorporación al engranaje universal del capitalismo referem-se à rede de dependências mencionada na alternativa A. Nesta habilidade — O aluno deve fazer associação entre conhecimento em língua materna e em LEM. Da mesma forma, é importante relacionar os vocábulos e estrutura do texto ao tema. Isso facilita a compreensão do texto e leva à inferência necessária para resolução da questão. 24. C Nesta questão, é preciso ler as falas e atentar para a imagem, que mostra o homem assistindo a um esporte na TV. Relacionando essas informações, constata-se na alternativa C a resposta correta. Nesta habilidade — Para compreender a charge e chegar à resposta correta, o aluno precisa relacionar linguagens verbal e não verbal. Para ir além — No portal há várias charges para aprofundamento desse gênero textual.
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Teste complementar Uneal-AL Caetano Veloso en los Grammy Latino 2012 Caetano Veloso consideró “un honor” ser recordado y dijo que el tema con el que más se identifica de toda su discografía es, tal vez, ‘Corazón vagabundo’, en el tributo que la Academia Latina de la Grabación rindió este miércoles en Las Vegas al artista brasileño. El cantautor bahiano se dijo emocionado porque el homenaje, que se celebra un día antes de la entrega de los premios Grammy Latino, viene “de toda la gente que canta en Latinoamérica y de la Academia, y que se hayan acordado de mi nombre y me invitaran es un honor”. En una breve charla con periodistas en la alfombra roja previa a la cena y concierto — en el que numerosas estrellas iberoamericanas honraron al cantautor bahiano. http://www.diariolavoz.net.
Segundo a reportagem, a) Caetano Veloso ganhou o prêmio na última edição do Grammy Latino, com a música “corazón vagabundo”. b) a gravação do Tributo da Academia a Caetano Veloso ocorreu na quinta-feira, em Las Vegas. c) Caetano Veloso se disse honrado por ser lembrado pelos art istas latino-americanos. d) Caetano Veloso se emocionou ao ser convidado a cantar na abertura do Grammy Latino 2012. e) Caetano Veloso é o único compositor brasileiro a se apresentar no Gr ammy Latino. Competência 2, habilidade 6
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25. IFTM-MG (adaptado) PREPÁRESE PARA SU VIAJE Si usted ya se decidió por Brasil, aquí encontrará informaciones muy importantes que le ayudarán a planificar su viaje. PASAPORTE Y VISA Las visas son otorgadas por los con sulados brasileños en e l exterior. Los ciudadanos de los países que integran el Mercosur no necesitan visa para entrar en Brasil, es suficiente el pasaporte o documento de identidad válido. Orientaciones para ciudadanos españoles: En conformidad con la instrucción emitida a los puestos en el extranjero, los requisitos que deben cumplirse para la entrada de turistas españoles en Brasil, en estricta reciprocidad a lo exigido a ciudadanos brasileños, son los siguientes: 1. pasaporte válido; 2. pasaje aéreo de ida y vuelta (la fecha de regreso debe estar marcada); 3. comprobación de medios económicos suficientes para el mantenimiento durante el periodo de permanencia en Brasil. Este monto debe corresponder a por lo menos R$170,00 diarios y ser comprobado, por ejemplo, mediante la presentación de tarjeta y de su última factura, para que pueda ser verificado su límite; 4. en caso de alojarse en un hotel: documento que compruebe la reserva pagada en el hotel; 5. en caso de alojarse en una residencia: carta de invitación de una persona residente en la ciudad brasileña de destino, indicando el período de estadía del turista español con la firma del declarante con autenticación en notaría (brasileña), acompañada del comprobante de residencia expedido a nombre del declarante. (Nota: no hay un formulario específico de una carta de invitación, siendo suficiente la declaración del interesado que contenga las informaciones antes citadas) Los viajeros de negocios deben presentar documentos comprobatorios de las actividades a ser desempeñadas bajo esta condición durante su estadía en Brasil; en caso de no ser posible, recibirán el mismo tratamiento que los turistas. Fuente: http://www.visitbrasil.com/about.html?__ locale=es. Accedido el 18/11/2012.
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Através da leitura do texto, é correto dizer que a) o texto é destinado a turistas brasileiros e estrangeiros. b) os turistas de todos os países precisam de visto para entrar no Brasil. c) os turistas estrangeiros devem buscar seus vistos nos consulados brasileiros no Brasil. d) no Brasil, os turistas espanhóis recebem o mesmo tratamento que os turistas brasileiros na Espanha. e) os turistas que vêm dos países que integram o Mercosul não precisam de passaporte para entrar no Brasil.
OC : Estudo do texto: as sequências discursivas e os gêneros textuais no sistema de comunicação e informação Competência 2, habilidade 6
26. UEPB (adaptado) ‘Fuga de cerebros’, una receta de éxito en taquilla La desenfrenada comedia española se acerca al millón de espectadores
G. B. — Madrid — 29/05/2009
Mario Casas es el actor del año para el cine español. Más que Penélope Cruz o Antonio Banderas. Puede que no en premios, pero sí en público. Porque Casas — intérprete gallego de 22 años surgido de la tele, de series como SMS o Los hombres de Paco, donde sustituyó como galán a Hugo Silva — aparece en la película española más taquillera de este año, Fuga de cerebros, y en la segunda, Mentiras y gordas. Según cifras proporcionadas por Globomedia, la productora de Fuga de cerebros, la comedia — una desenfrenada historia en la que un grupo de amigos se inscriben en la Universidad de Oxford en pos del amor de uno de ellos — había sido vista hasta ayer por 913.159 espectadores y había llegado a los 5.467.929 euros de recaudación. Con estos números el filme continúa el cuarto en el listado de los más taquilleros y deja atrás las recaudaciones de Mentiras y gordas, de Alfonso Albacete y David Menkes, que según datos del Ministerio de Cultura ha tenido 660.000 espectadores (casi cuatro millones de euros en taquilla), y Los abrazos rotos, de Pedro Almodóvar, con 606.000 espectadores y 3.711.000 euros de recaudación. Cifras estupendas, aunque algo alejadas de los grandes taquillazos como Ángeles y demonios (casi 10 millones de euros e n sólo dos semanas) o Gran Torino (unos 12,5 millones de euros de recaudación en 12 semanas). El fenómeno de Fuga de cerebros, de Fernando González Molina, nació en el festival de cine de Málag a, donde sus dos actores principales, Casas y Amaia Salamanca (procedente de otra serie de televisión, Sin tetas no hay paraíso) fueron perseguidos por centenares de fans. El País.
Mario Casas iniciou sua carreira fazendo propagandas publicitárias e, a partir daí, focou seus estudos para se tornar ator. Debutou no cinema em 2006. Foi considerado o ator do ano em 2009. Segundo o texto, qual fato o levou a ser considerado o melhor ator espanhol? a) A quantidade de pessoas que assistiram aos filmes Fuga de cerebros e Mentiras y gordas. b) Os prêmios cinematográficos que ganhou neste ano. c) O reconhecimento recebido com as séries televisivas SMS e Los hombres de Paco. d) Substituir o ator Hugo Silva no papel principal. e) Sua estreia como comediante no cinema espanhol. OC : Estudo do texto: as sequências discursivas e os gêneros textuais no sistema de comunicação e informação Competência 2, habilidade 6
25. D Primeiramente, é preciso ativar conhecimento prévio e relacioná-lo ao conhecimento em LEM, objetivando a construção de sentido do texto. A resposta para a questão encontra-se no trecho los requisitos que deben cumplirse para la entrada de turistas españoles en Brasil, en estricta reciprocidad a lo exigido a ciudadanos brasileños . Nesta habilidade — Oriente o aluno para que analise as estruturas linguísticas e reconheça a informação requisitada. 26. A Chega-se à resolução da questão observando o trecho Mario Casas es el actor del año para el cine español. Más que Penélope Cruz o Antonio Banderas. Puede que no en premios, pero sí en público. Porque Casas... aparece en la película española más taquillera de este año, Fuga de Cerebros , y en la segunda, Mentiras y Gordas. Nesta habilidade — O aluno deve, por meio de conhecimento em LEM, acessar as informações contidas no texto para realizar a construção de sentido e identificação da resposta certa. Teste complementar UFRN Leer un libro puede cambiar nuestra realidad Cuando nos sumergimos en la historia de un personaje de ficción mientras leemos un libro, podemos cambiar nuestro pensamiento, nuestras emociones e incluso nuestra forma de pensar para parecernos al personaje, según acaba de demostrar un estudio de la Universidad de Ohio (EE UU) que se publica en la revista Journal of Personality and Social Psychology. El fenómeno es espontáneo e inconsciente, y recibe el nombre de “experiencia tomada”. Los cambios que produce son normalmente temporales. En uno de los experimentos llevados a cabo por Lisa Libby y sus colegas, los investigadores detectaron que si una persona lee una historia en la que existe un personaje que participa activamente en política y acude a votar, quien lee estará más dispuesto a votar si hay elecciones después. Además, en otro experimento comprobaron que los lectores que leyeron libros sobre personajes de distinta raza y orientación sexual desarrollan actitudes más favorables hacia grupos diferentes al estereotipo. No obstante, el fenómeno de la “experiencia tomada” no ocurre siempre que leemos. Solo aparece cuando las personas son capaces de olvidarse de sí mismas mientras leen. De hecho, en otro de los experimentos los científicos impidieron que los lectores se identificaran con los personajes haciendo que leyeran dentro de un cubículo con un espejo en el que veían su imagen reflejada todo el tiempo.
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Disponível em: Acesso em: 09 maio 2012.
O objetivo principal do texto é informar sobre a) a experiência feita com leitores em um lugar fechado e com espelhos. b) as experiências de Lisa Libby publicadas numa revista americana. c) a descoberta de um novo invento espontâneo e inconsciente. d) as conclusões de um estudo da Universidade de Ohio (EUA). Competência 2, habilidade 7
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ARTE 1. Enem — A música pode ser definida como a combinação de sons ao longo do tempo. Cada produto final oriundo da infinidade de combinações possíveis será diferente, dependendo da escolha das notas, de suas durações, dos instrumentos utilizados, do estilo de música, da nacionalidade do compositor e do período em que as obras foram compostas. Figura 1
Figura 2
a) b) c) d) e)
Figura 3 K C O T S R E T T U H S / N I R A G L U B R O G I
O D A H C A M E R T S E V L I S
Figura 4 K C O T S R E T T U H S / A N I L A K R E D N A X E L A
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Das figuras que apresentam grupos musicais em ação, pode-se concluir que o(s) grupo(s) mostrado(s) na(s) figura(s) 1 executa um gênero característico da música brasileira, conhecido como chorinho. 2 executa um gênero característico da música clássica, cujo compositor mais conhecido é Tom Jobim. 3 executa um gênero característico da música europeia, que tem como representantes Beethoven e Mozart. 4 executa um tipo de música caracterizada pelos instrumentos acústicos, cuja intensidade e nível de ruído permanecem na faixa dos 30 aos 40 decibéis. 1 a 4 apresentam um produto final bastante semelhante, uma vez que as possibilidades de combinações sonoras ao longo do tempo são limitadas.
OC: Produção e recepção de textos artísticos: interpretação e representação do mundo para o fortalecimento dos processos de identidade e cidadania Competência 4, habilidade 12
2. Enem TEXTO I
TEXTO II K C O T S R E T T U H S / T N I R P O C E
Toca do Salitre — Piauí. Disponível em: http:// www.fumdham.org.br. Acesso em: 27 jul. 2010.
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Arte Urbana. Foto: Diego Singh. Disponível em: http:// www.diaadia.pr.gov.br. Acesso em: 27 jul. 2010.
O grafite contemporâneo, considerado em alguns momentos como uma arte marginal, tem sido comparado às pinturas murais de várias épocas e às escritas pré-históricas. Observando as imagens apresentadas, é possível reconhecer elementos comuns entre os tipos de pinturas murais, tais como a) a preferência por tintas naturais, em razão de seu efeito estético. b) a inovação na técnica de pintura, rompendo com modelos estabelecidos. c) o registro do pensamento e das crenças das sociedades em várias épocas. d) a repetição dos temas e a restrição de uso pelas classes dominantes. e) o uso exclusivista da arte para atender aos interesses da elite. OC: Produção e recepção de textos artísticos: interpretação e representação do mundo para o fortalecimento dos processos de identidade e cidadania Competência 4, habilidade 13
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1. A O conceito de música dado no enunciado não parece muito adequado. Apresente aos alunos uma definição mais clara: forma de arte que consiste basicamente em combinar sons e silêncio de m aneira harmoniosa, seguindo uma pré-organização ao longo do tempo. Os instrumentos observados na figura 1 — violão, bandolim, cavaquinho e percussão — correspondem ao gênero chorinho. A figura 2 representa um quarteto de cordas, geralmente ligado à execução de música clássica europeia. A figura 3 apresenta um trio de jazz, e a 4 uma banda de rock. Nesta habilidade — Para avaliar as alternativas, é necessário que o aluno tenha noção básica de gêneros musicais, especialmente brasileiros, dos instrumentos a eles relacionados e do contexto de produção e execução de cada gênero. É interessante que conheça os principais compositores da MPB e da música clássica para eliminar distratores. Para ir além — Leia o texto a seguir para comentar com os alunos as origens e características do chorinho, um dos principais gêneros musicais brasileiros. O choro pode ser considerado como a primeira música urbana tipicamente brasileira. Os primeiros conjuntos de choro surgiram por volta de 1880, no Rio de Janeiro (...), nascidos nas biroscas do bairro Cidade Nova e nos quintais dos subúrbios cariocas. Esses grupos eram formados por músicos (...) que se reuniam nos subúrbios cariocas ou nas residências do bairro da Cidade Nova, onde muitos moravam. O nome choro veio do caráter plangente e choroso da música que esses pequenos conjuntos faziam. A composição instrumental desses primeiros grupos de chorões girava em torno de um trio formado por flauta, instrumento que fazia os solos; violão, que fazia o acompanhamento como se fosse um contrabaixo (...); e cavaquinho, que fazia o acompanhamento mais harmônico, com acordes e variações. (...) As primeiras referências ao organizador desses conjuntos de pau-e-corda citam o flautista Joaquim Antônio da Silva Calado, ou apenas, Calado. Calado tinha grandes conhecimentos musicais e conseguiu reunir em torno de si os melhores músicos da época, os quais tocavam pelo simples prazer de fazer música. O repertório dessas bandas incluía polcas, xotes, tangos e valsas. (...) (...) (...) A construção inconfundível do choro é marcada pelo tema, as harmonias e as modulações, que são moldados por um acompanhamento rítmico, armado malandramente para testar o senso polifônico dos músicos e sua capacidade de improvisar em uma construção musical extremamente móvel. Esses primeiros músicos improvisadores encontravam-se completamente ao acaso e não tinham nenhuma regra para o número de figurantes ou para o tipo de composição instrumental. Por causa desta informalidade o choro é hoje feito com a participação de vários tipos de instrumentos. O que determinava a maneira como cada instrumento iria participar na música se dava em função da destreza do músico que o tocava, ou seja, não importava se fosse um cavaquinista ou trombonista quem estava solando na música, o que importava era se ele era suficientemente hábil para fazer os solos. (...) Com o advento do cinema mudo com orquestra na sala de espera, da indústria fonográfica e do rádio, esses músicos passaram a se profissionalizar e não precisavam mais trabalhar em empregos públicos como os primeiros chorões. (...)
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ROSCHEL, Renato. Choro. Disponível em: . Acesso em: 18 fev. 2013. (Adaptado)
Biblioteca — No portal, os alunos assistem a vídeo do grupo Izaías e seus Chorões executando música do gênero chorinho. 2. C De todas as características apontadas nas alternativas, a única comum às duas formas de arte é o fato de registrar pensamentos e crenças das culturas das quais fazem parte. Nesta habilidade — O aluno precisa ter conhecimento de arte rupestre para saber que é espontânea e relata fatos do cotidiano, e de grafite para reconhecer que é feito com tintas industrializadas e faz parte do movimento hip-hop, expressando o descontentamento dos marginalizados e denunciando injustiças por meio da arte. Para ir além — Sugerimos a leitura do artigo sobre arte rupestre e grafite, disponível no portal, para esclarecimento sobre esses gêneros de arte a seus alunos. Biblioteca — Incentive os alunos a aprofundar conhecimentos sobre arte rupestre por meio de conteúdo da associação da arte rupestre brasileira, disponível no portal. Tecnologia — Acesse o portal para visualizar vasto conteúdo sobre a arte rupestre e fazer visita virtual à gruta de Lascaux, na França, um dos mais importantes sítios arqueológicos da humanidade. No mesmo site, assista a vídeo sobre o grafite e sua relação com a cultura hip hop.
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3. Enem Teatro do Oprimido é um método teatral que sistematiza exercícios, jogos e técnicas teatrais elaboradas pelo teatrólogo brasileiro Augusto Boal, recentemente falecido, que visa à desmecanização física e intelectual de seus praticantes. Partindo do princípio de que a linguagem teatral não deve ser diferenciada da que é usada cotidianamente pelo cidadão comum (oprimido), ele propõe condições práticas para que o oprimido se aproprie dos meios do fazer teatral e, assim, amplie suas possibilidades de expressão. Nesse sentido, todos podem desenvolver essa linguagem e, consequentemente, fazer teatro. Trata-se de um teatro em que o espectador é convidado a substituir o protagonista e mudar a condução ou mesmo o fim da história, conforme o olhar interpretativo e contextualizado do receptor. Companhia Teatro do Oprimido . Disponível em: www.ctorio.org.br. Acesso em: 1 jul. 2009 (adaptado).
a) b) c) d) e)
Considerando-se as características do Teatro do Oprimido apresentadas, conclui-se que esse modelo teatral é um método tradicional de fazer teatro que usa, nas suas ações cênicas, a linguagem rebuscada e hermética falada normalmente pelo cidadão comum. a forma de recepção desse modelo teatral se destaca pela separação entre atores e público, na qual os atores representam seus personagens e a plateia assiste passivamente ao espetáculo. sua linguagem teatral pode ser democratizada e apropriada pelo cidadão comum, no sentido de proporcionar-lhe autonomia crítica para compreensão e interpretação do mundo em que vive. o convite ao espectador para substituir o protagonista e mudar o fim da história evidencia que a proposta de Boal se aproxima das regras do teatro tradicional para a preparação de atores. a metodologia teatral do Teatro do Oprimido segue a concepção do teatro clássico aristotélico, que visa à desautomação física e intelectual de seus praticantes.
OC: Produção e recepção de textos artísticos: interpretação e representação do mundo para o fortalecimento dos processos de identidade e cidadania Competência 4, habilidade 13
4. Enem — O autor da tira utilizou os princípios de composição de um conhecido movimento artístico para representar a necessidade de um mesmo observador aprender a considerar, simultaneamente, diferentes pontos de vista.
Adaptado de WATTERSON, Bill. Os dez anos de Calvin e Haroldo . V. 2, São Paulo: Best News, 1996.
Das obras reproduzidas, todas de autoria do pintor espanhol Pablo Picasso, aquela em cuja composição foi adotado um procedimento semelhante é: b) c) e) a) d)
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Os amantes
Retrato de Françoise
Os pobres na praia
Os dois saltimbancos
Marie-Thérèse apoiada no cotovelo
OC: Produção e recepção de textos artísticos: interpretação e representação do mundo para o fortalecimento dos processos de identidade e cidadania Competência 4, habilidade 12
3. C Ao desenvolver o Teatro do Oprimido, Augusto Boal propôs uma prática teatral inovadora, que possibilita ao espectador participar como ator, usando linguagem do dia a dia. Ao encenar um acontecimento de seu cotidiano, o indivíduo percebe a realidade de forma mais nítida e reflete sobre ela. Nesta habilidade — Para avaliar com precisão as características do Teatro do Oprimido, é importante que o aluno conheça a estrutura de gêneros teatrais tradicionais para compreender em que o Teatro do Oprimido difere deles. Deve considerar, por exemplo, as formas clássicas — auto, tragédia, comédia, ópera, monólogo e pantomima — e desenvolvidas no Brasil, como o teatro realista, que tematizou o cotidiano da sociedade, o amor adúltero, a falsidade e o egoísmo humanos; e o Teatro de Arena, social e politicamente engajado. Embora cada qual tenha características próprias, todos têm em comum a tradicional representação por atores, a divisão entre elenco e público, não encontrados no teatro desenvolvido por Augusto Boal. Para ir além — Apresente outras características do Teatro do Oprimido, para os alunos entenderem seu papel como ferramenta de transformação social. Tenha como base o texto a seguir. O Teatro do Oprimido (TO) é uma metodologia criada por Augusto Boal nos anos de 1960, que pretende usar o teatro como ferramenta de trabalho político, social, ético e estético, contribuindo para a transformação social. (...) (...) O Teatro do Oprimido assenta-se em três grandes princípios (...): a reapropriação dos meios de produção teatral pelos oprimidos, a quebra da quarta parede que separa o público dos atores e a insuficiência do teatro para a transformação social, isto é, a necessidade de ele se integrar num trabalho social e político mais amplo. Partindo do princípio de que a linguagem teatral é a linguagem humana utilizada pelos indivíduos, no seu cotidiano, todos podem desenvolvê-la e fazer teatro, ampliando as suas possibilidades de expressão. Ao recuperar os meios de produção teatral para as pessoas e o acesso às camadas sociais menos favorecidas, torna-se possível outro modo de analisar a exploração de situações de opressão, dando-se valor à capacidade criadora e criativa das pessoas, em particular dos oprimidos. Sua finalidade é a conscientização social e a transformação da realidade — o teatro funciona como um veículo para a organização e para o debate dos problemas, dando poder aos sujeitos/atores sociais na defesa dos seus direitos e incentivando a sua participação cívica. (...) Numa peça de Teatro-Fórum pretende-se destruir a barreira entre palco e plateia e implementar o diálogo — a comunicação direta e ativa entre os espectadores e os atores. Aí, apresenta-se ao público um ou vários problemas, em forma de teatro, e o público é estimulado a entrar em cena, substituir o protagonista, participando de forma direta na criação de um final ou de vários finais possíveis. (...) Para Augusto Boal, o Teatro do Oprimido é o ensaio geral da revolução, devendo terminar sempre na construção de um modelo de ação futura. Tudo o que fazemos com o Teatro do Oprimido é para clarificar o mundo, as suas relações de poder, e dar às pessoas a possibilidade de ensaiar transformações na sua vida real. (...)
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Disponível em: . Acesso em: 18 fev. 2013. (Adaptado)
Biblioteca — No portal, os alunos assistem a vídeo com depoimento de Augusto Boal e de participantes do Teatro do Oprimido. 4. E Na tira, Calvin descreve uma das principais características do Cubismo — representar objeto decomposto visto por vários ângulos ao mesmo tempo. Exprime bem essa técnica a pintura de Picasso reproduzida na letra E, em que um rosto feminino está representado de lado e de frente ao mesmo t empo. O Cubismo veio transformar a tradição renascentista e preparar caminho para a arte do século XX. É caracterizado pela análise das formas dos objetos e a representação dos mesmos decompostos em elementos geométricos simples, sem reconstituição da perspectiva. Nesta habilidade — Para compreender a questão, o aluno precisa conhecer a arte cubista de Pablo Picasso, especialmente o conceito de fragmentação, e as mais importantes obras cubistas do pintor, como Les Demoiselles d’Avignon, considerada a primeira obra desse estilo, e Guernica, em que retratou os horrores da Guerra Civil Espanhola. Por meio desses conhecimentos, pode avaliar as alternativas com mais propriedade. Para ir além — Originado em Paris, França, em 1907, a partir da divulgação da obra Les Demoiselles D’Avignon, de Picasso, o Cubismo rompe com a história das artes ocidentais ao recusar a concepção de arte como concepção da natureza e afastar as noções de perspectiva e modelagem. Elementos humanos, animais e inanimados são representados por meio de formas geométricas simultaneamente no mes mo plano e de vários ângulos, dando ideia de fragmentação. Biblioteca — No portal, os alunos assistem a interessante vídeo sobre o Cubismo, produzido pela TV Cultura. Tecnologia — Para ampliar conhecimentos sobre Pablo Picasso e visualizar outras obras do artista, oriente os alunos a acessar o portal.
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5. Enem A dança é importante para o índio preparar o corpo e a garganta e significa energia para o corpo, que fica robusto. Na aldeia, para preparo físico, dançamos desde cinco horas da manhã até seis horas da tarde, passa-se o dia inteiro dançando quando os padrinhos planejam a dança dos adolescentes. O padrinho é como um professor, um preparador físico dos adolescentes. Por exemplo, o padrinho sonha com um determinado canto e planeja para todos entoarem. Todos os tipos de dança vêm dos primeiros xavantes: Wamar~ıdzadadzeiwaw ~e, Butséwaw ~ e, Tseretomodzatsewaw ~ e, que foram descobrindo através da sabedoria como iria ser a cultura Xavante. Até hoje existe essa cultura, essa celebração. Quando o adolescente fura a orelha é obrigatório ele dançar toda a noite, tem de acordar meia-noite para dançar e cantar, é obrigatório, eles vão chamando um ao outro com um grito especial.
a) Pablo Picasso, que ajudou a criar o movimento cubista e é um dos artistas mais famosos e versáteis do mundo. b) Claude Monet, que deu origem ao movimento estético impressionista, com a obra Impressão, Nascer do Sol (1872). c) Salvador Dalí, pintor surrealista cuja obra se destacou pela combinação de imagens bizarras com as de sonhos. d) Vincent van Gogh, artista pós-impressionista que usou cores fortes e pinceladas bem marcadas. e) Piet Mondrian, pintor modernista que colaborou com a revista De Stijl e participou do Neoplasticismo. OC: Produção e recepção de textos artísticos: interpretação e representação do mundo para o fortalecimento dos processos de identidade e cidadania Competência 4, habilidade 12
7. Enem (adaptado) K C O T S R E T T U H S / L L I T S O
WÉRÉ’ É TSI’RÓBÓ, E. A dança e o canto-celebração da existência xavante. VIS-Revista do Programa de Pós-Graduação em Arte da UnB. V. 5, n. 2, dez. 2006.
A partir das informações sobre a dança Xavante, conclui-se que o valor da diversidade artística e da tradição cultural apresentados origina-se da a) iniciativa individual do indígena para a prática da dança e do canto. b) excelente forma física apresentada pelo povo Xavante. c) multiculturalidade presente na sua manifestação cênica. d) inexistência de um planejamento da estética da dança, caracterizada pelo ineditismo. e) preservação de uma identidade entre a gestualidade ancestral e a novidade dos cantos a serem entoados. OC: Produção e recepção de textos artísticos: interpretação e representação do mundo para o fortalecimento dos processos de identidade e cidadania Competência 4, habilidade 13
6. Enem (...) prefiro pintar os olhos dos homens, mais que as catedrais, pois nos olhos há algo que nas catedrais não há, mesmo que elas sejam majestosas e se imponham, a alma de um homem, mesmo que seja um pobre mendigo ou uma prostituta, é mais interessante a meus olhos. Trecho do livro Cartas a Theo .
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O livro Cartas a Theo é uma coletânea de cartas de um famoso artista holandês endereçadas ao irmão. Nas cartas ele descreve suas obras, seus pensamentos estéticos, que são muito complexos, e como sua loucura evoluiu. Recentemente, descobriu-se que uma de suas obras mais famosas não é um autorretrato, mas a representação de Theo, irmão mais novo do artista. Trata-se de
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Utilizadas desde a Antiguidade, as colunas, elementos verticais de sustentação, foram sofrendo modificações e incorporando novos materiais com ampliação de possibilidades. Ainda que as clássicas colunas gregas sejam retomadas, notáveis inovações são percebidas, por exemplo, nas obras de Oscar Niemeyer, arquiteto brasileiro nascido no Rio de Janeiro em 1907. No desenho de Niemeyer, das colunas do Palácio do Alvorada, observa-se a) a presença de um capitel muito simples, reforçando a sustentação. b) o traçado simples de amplas linhas curvas opostas, resultando em formas marcantes. c) a disposição simétrica das curvas, conferindo saliência e distorção à base. d) a oposição de curvas em concreto, conferindo certo peso e rebuscamento. e) o excesso de linhas curvas, levando a um exagero na ornamentação. OC: Produção e recepção de textos artísticos: interpretação e representação do mundo para o fortalecimento dos processos de identidade e cidadania Competência 4, habilidade 12
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5. E De acordo com o excerto, a prática da dança e do canto é um evento coletivo que prepara a garganta e fortalece o corpo. O canto é criado pelo padrinho do adolescente que passará pelo ritual, e a dança, herdada dos antepassados xavantes. Dessa forma, preserva-se a identidade ancestral e incorporam-se novos elementos, representados pelo canto. Nesta habilidade — A questão depende apenas da boa interpretação do texto. Para avaliar as alternativas, cabe ao aluno compreender o conceito de tradição cultural, representado pelas danças ancestrais xavantes, e da diversidade artística, que permite a inserção de novos elementos à dança. Para ir além — O grupo indígena xavante já dominou grande parte da Região Centro-Oeste. Atualmente habita reservas indígenas situadas a leste do Mato Grosso e a noroeste de Goiás. Originários desse estado, migraram durante muitos anos para o Mato Grosso no século XIX, para fugir dos aldeamentos de colonização no interior. Ao atravessar o Rio Araguaia, entraram em conflito com os índios Karajá, que ocupavam a região da Ilha do Bananal. Posteriormente, brigas internas causaram a divisão da etnia em várias aldeias, que se espalharam e povoaram o vale do Rio das Mortes, iniciando os primeiros contatos com não índios. Biblioteca — Sugira aos alunos acesso ao portal para assistir a reportagem sobre o documentário Darini , que apresenta o ritual de iniciação espiritual dos jovens xavantes.
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6. D Após estudo detalhado da obra em questão pelo Museu Van Gogh de Amsterdã, constatou-se não se tratar de um retrato de Vincent van Gogh, mas de seu irmão Theo, que sempre o incentivou e sustentou. As informações sobre Monet, Salvador Dalí, Picasso e Mondrian estão cor retas, mas o texto inicial refere-se a Vincent van Gogh. Nesta habilidade — A questão exige do aluno conhecimentos sobre a obra dos principais artistas das artes plásticas mundiais, especialmente Van Gogh, que não representou a si mesmo, mas ao irmão e amigo Theo na obra mencionada. Para ir além — Vincent van Gogh começou a dedicar-se totalmente à arte aos 27 anos de idade, desejo expresso a seu irmão Theo, com quem manteve forte ligação durante toda a vida. Theo foi seu confidente, incentivador e mantenedor financeiro. Biblioteca — Os alunos não podem deixar de fazer uma visita virtual ao Museu de Van Gogh, disponível no portal. Boa opção de leitura para quem pretende conhecer vida e obra de Vincent van Gogh é o livro Cartas a Theo, editora L&PM, em que o famoso pintor descreve suas pinturas, formula seu complexo e avançado pensamento estético, relata a evolução de sua loucura. Nas cartas, revela sua convicção de ser um grande artista ao mesmo tempo que reflete sobre sua insanidade. Tecnologia — No portal, os alunos encontram a bibliografia completa de Vincent van Gogh. 7. B Para o Palácio da Alvorada, Oscar Niemeyer projetou colunas sem capitel e acrescentou traços curvos, marca de seu estilo. Nesta habilidade — O aluno deve levar em consideração seu conhecimento a respeito de colunas clássicas para interpretar o conceito de capitel — ornamentação da extremidade superior — e conhecer as caracter ísticas da obra de Oscar Niemeyer, marcadas por ousadia, formas curvas e sensação de leveza. Para ir além — O Palácio do Alvorada é um dos ícones da arquitetura moderna brasileira. Revestido de mármore e vedado por cortinas de vidro, está estruturado sobre grandes colunas brancas que dão à construção aspecto de leveza e constituem uma das marcas da obra de Niemeyer. O formato diferenciado das colunas deu origem ao símbolo do Distrito Federal e foi largamente reproduzido em construções por todo o país. Biblioteca — No portal, os alunos leem matéria sobre o Palácio da Alvorada e assistem à entrevista com o arquiteto Oscar Niemeyer. Tecnologia — Os alunos encontram breve biografia de Niemeyer no portal.
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8. Enem (adaptado) Na busca constante pela sua evolução, o ser humano vem alternando a sua maneira de pensar, de sentir e de criar. Nas últimas décadas do século XVIII e no início do século XIX, os artistas criaram obras em que predominam o equilíbrio e a simetria de formas e cores, imprimindo um e stilo caracterizado pela imagem da respeitabilidade, da sobriedade, do concreto e do civismo. Esses artistas misturaram o passado ao presente, retratando os personagens da nobreza e da burguesia, além de cenas míticas e histórias cheias de vigor.
c)
RAZOUK, J. J. (Org.). Histórias reais e belas nas telas. Posigraf: 2003.
Atualmente, os artistas apropriam-se de desenhos, charges, grafismo e até de ilustrações de livros para compor obras em que se misturam personagens de diferentes épocas, como na seguinte imagem: a)
Funny Filez. “Monabean”.
d)
Andy Warhol. “Marilyn Monroe”.
e) Gustavo Rosa. “Promenade”.
b)
Pablo Picasso. “Retrato de Jaqueline Roque com as Mãos Cruzadas”.
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Andy Warhol. “Michael Jackson”.
OC: Produção e recepção de textos artísticos: interpretação e representação do mundo para o fortalecimento dos processos de identidade e cidadania Competência 4, habilidade 13
8. C Dos retratos apresentados nesta questão, o único que mistura personagens de diferentes épocas é Monabean, composição entre a obra Mona Lisa, do pintor renascentista italiano Leonardo da Vinci, e fotografia do personagem inglês Mr. Bean, representado pelo ator Rowan Atkinson. Nessa paródia da famosa pintura renascentista, Funny Filez, além de substituir a feição, acrescenta o ursinho de pelúcia de Mr. Bean nas mãos da “Mona Lisa”. Nesta habilidade — Nesta questão, são avaliados os conhecimentos do aluno sobre uma das pinturas mais famosas da arte mundial, bem como de obras de artistas renomados, como Gustavo Rosa, artista contemporâneo cuja obra se caracteriza por instigar a arte com a alegria das cores; Andy Warhol, artista americano do movimento pop art, que se destacou pela representação de embalagens e de personalidades da música e do cinema; e Pablo Picasso, precursor do Cubismo, movimento caracterizado pela representação de vários pontos de vista num mesmo plano. O aluno deve ainda extrair duas ideias-chave do enunciado — atualmente e (mistura de) personagens de diferentes épocas — para avaliar as alternativas. Para ir além — Mona Lisa, também conhecida como A Gioconda ou ainda Mona Lisa del Giocondo, é a mais notável obra de Leonardo da Vinci, importante representante do Renascimento italiano. A pintura teve como base a técnica do sfumato*. O quadro representa uma mulher com uma expressão introspectiva e um pouco tímida. O sorriso é sedutor, mesmo que um pouco conservador. O seu corpo representa o padrão de beleza da mulher na época de Leonardo. Esse quadro é provavelmente o retrato mais famoso na história da arte, senão, o quadro mais famoso de todo o mundo. Comente com os alunos que releituras da Mona Lisa viraram temas de várias composições artísticas desde a célebre sátira feita em 1919 por Marcel Duchamp, artista do movimento dadaísta, que em busca de uma ruptura com a arte clássica, isto é, propondo uma “antiarte”, colocou bigodes na já misteriosa e polêmica imagem da Mona Lisa de Da Vinci. Leve para a aula outras releituras da Mona Lisa como as dos artistas Fernando Botero, Romero Britto, Mauricio de Sousa, entre outros. Os alunos devem perceber que nesta questão a releitura feita por Funny Filez foi uma montagem com uma fotografia do ator Rowan Atkinson (Mr. Bean). A fotografia é uma linguagem artística mais contemporânea, dessa maneira o artista inter-relacionou pintura e fotografia, passado e presente para compor essa releitura. Questione os alunos se Funny Filez teve ou não a mesma intenção de Duchamp. *Mistura de matizes ou tons de um matiz de forma tão sutil que não ocorre transição abrupta entre eles. Em italiano, significa esfumaçado. Leonardo descreveu a técnica como sem linhas ou limites, à maneira da fumaça. Para ir além — Segue breve biografia de alguns artistas abordados nesta questão. Gustavo Rosa (1946-) — pintor, desenhista e gravador, considerado um dos mais criativos artistas de sua geração. Sua obra não se enquadra numa escola artística, tampouco segue tendência ou modismo. Tem linguagem própria, com personagens caricaturais e divertidos. Andy Warhol (1928-1987) — o mais conhecido artista da pop art. Sua arte caracteriza-se principalmente pela representação de artigos de consumo cotidiano, como latas de sopa e garrafas de refrigerante; ídolos populares, como Marilyn Monroe e Elvis Presley. Biblioteca — Incentive os alunos a acessar o portal para conhecer outras obras de Gustavo Rosa e Andy Warhol. Tecnologia — No portal, os alunos visualizam outras obras inspiradas em clássicos das artes plásticas mundiais.
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9. Enem Gênero dramático é aquele em que o artista usa como intermediária entre si e o público a representação. A palavra vem do grego drao (fazer) e quer dizer ação. A peça teatral é, pois, uma composição literária destinada à apresentação por atores em um palco, atuando e dialogando entre si. O texto dramático é complementado pela atuação dos atores no espetáculo teatral e possui uma estrut ura específica, caracterizada: 1) pela presença de personagens que devem estar ligados com lógica uns aos outros e à ação; 2) pela ação dramática (trama, enredo), que é o conjunto de atos dramáticos, maneiras de ser e de agir das personagens encadeadas à unidade do efeito e segundo uma ordem composta de exposição, c onflito, complicação, clímax e desfecho; 3) pela situação ou ambiente, que é o conjunto de circunstâncias físicas, sociais, espirituais em que se situa a ação; 4) pelo tema, ou seja, a ideia que o a utor (dramaturgo) deseja expor, ou sua interpretação real por meio da representação. COUTINHO, A. Notas de teoria literária . Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1973 (adaptado).
Considerando o texto e analisando os elementos que constituem um espetáculo teatral, conclui-se que a) a criação do espetáculo teatral apresenta-se como um fenômeno de ordem individual, pois não é possível sua concepção de forma coletiva. b) o cenário onde se desenrola a ação cênica é concebido e construído pelo cenógrafo de modo autônomo e independente do tema da peça e do trabalho interpretativo dos atores. c) o texto cênico pode originar-se dos mais variados gêneros textuais, como contos, lendas, romances, poesias, crônicas, notícias, imagens e fragmentos textuais, entre outros. d) o corpo do ator na cena tem pouca importância na comunicação teatral, visto que o mais importante é a expressão verbal, base da comunicação cênica em toda a trajetória do teatro até os dias atuais. e) a iluminação e o som de um espetáculo cênico independem do processo de produção/recepção do espetáculo teatral, já que se trata de linguagens artísticas diferentes, agregadas posteriormente à cena teatral. OC: Produção e recepção de textos artísticos: interpretação e representação do mundo para o fortalecimento dos processos de identidade e cidadania Competência 4, habilidade 12
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10. Enem — Após estudar na Europa, Anita Malfatti retornou ao Brasil com uma mostra que abalou a cultura nacional do início do século XX. Elogiada por seus mestres na Europa, Anita se considerava pronta para mostrar seu trabalho no Brasil, mas enfrentou as duras críticas de Monteiro Lobato. Com a intenção de criar uma arte que valorizasse a cultura brasileira, Anita Malfatti e outros artistas modernistas
a) buscaram libertar a arte brasileira das normas acadêmicas europeias, valorizando as cores, a originalidade e os temas nacionais. b) defenderam a liberdade limitada de uso da cor, até então utilizada de forma irrestrita, afetando a criação artística nacional. c) representaram a ideia de que a arte deveria copiar fielmente a natureza, tendo como finalidade a prática educativa. d) mantiveram de forma fiel a realidade nas figuras retratadas, defendendo uma liberdade artística ligada à tradição acadêmica. e) buscaram a liberdade na composição de suas figuras, respeitando limites de temas abordados.
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OC: Produção e recepção de textos artísticos: interpretação e representação do mundo para o fortalecimento dos processos de identidade e cidadania Competência 4, habilidade 13
11. Enem No programa do balé Parade, apresentado em 18 de maio de 1917, foi empregada publicamente, pela primeira vez, a palavra sur-rea lisme. Pablo Picasso desenhou o cenário e a indumentária, cujo efeito foi tão surpreendente que se sobrepôs à coreografia. A música de Erik Satie era uma mistura de jazz, música popular e sons reais tais como tiros de pistola, combinados com as imagens do balé de Charlie Chaplin, caubóis e vilões, mágica chinesa e Ragtime. Os tempos não eram propícios para receber a nova mensagem cênica demasiado provocativa devido ao repicar da máquina de escrever, aos zumbidos de sirene e dínamo e aos rumores de aeroplano previstos por Cocteau para a partitura de Satie. Já a ação coreográfica confirmava a tendência marcadamente teatral da gestualidade cênica, dada pela justaposição, colagem de ações isoladas seguindo um estímulo musical. SILVA, S. M. O surrealismo e a dança. GUINSBURG, J.; LEIRNER (org.). O surrealismo. São Paulo: Perspectiva, 2008 (adaptado).
As manifestações corporais na história das artes da cena muitas vezes demonstram as condições cotidianas de determinado grupo social, como se pode observar na descrição acima do balé Parade, o qual reflete a) a falta de diversidade cultural na sua proposta estética. b) a alienação dos artistas em relação às tensões da Segunda Guerra Mundial. c) uma disputa cênica entre as linguagens das artes visuais, do figurino e da música. d) as inovações tecnológicas nas partes cênicas, musicais, coreográficas e de figurino. e) uma narrativa com encadeamentos claramente lógicos e lineares. OC: Produção e recepção de textos artísticos: interpretação e representação do mundo para o fortalecimento dos processos de identidade e cidadania Competência 4, habilidade 13
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9. C De acordo com o texto, a criação do espetáculo teatral é coletiva, pois os atores complementam o texto escrito. Os diversos elementos que compõem o espetáculo estão correlacionados, como personagens, cenário, iluminação. Nenhuma informação do texto leva a concluir que o corpo do ator tenha pouca importância. Nesta habilidade — Embora o texto-base dê embasamento para a resposta, o aluno deve considerar seus conhecimentos sobre arte dramática — concepção de texto, cenário e figurino, papel dos atores, diretores, sonoplastas, iluminadores etc. para avaliar certos distratores e resolver a questão com mais agilidade. Para ir além — Na linguagem teatral podemos reconhecer vários gêneros de arte — artes visuais, música, literatura, que se inter-relacionam para transmitir ao espectador várias informações ao mesmo tempo. Tecnologia — Oriente os alunos a acessar o portal para conhecer origens, elementos e características do teatro pelo mundo. 10. A Anita Malfatti, a exemplo de outros modernistas que participaram da Semana de Arte Moderna de 1922, buscou libertar a arte brasileira das normas acadêmicas europeias. Para isso, propôs uma arte inovadora, colorida, tematizando assuntos nacionais. Nesta habilidade — É imprescindível ao aluno conhecer os principais títulos e as características da obra de Anita Malfatti relacionados ao movimento modernista — A Boba, O Homem Amarelo, A Mulher de Cabelos Verdes, bem como o artigo Paranoia ou Mistificação?, em que Monteiro Lobato faz críticas ferozes à obra de Malfatti, estendidas aos demais artistas modernistas, resultando no afastamento destes de Lobato. Tecnologia — Para ampliar conhecimentos sobre a Semana de Arte Moderna, incentive os alunos a acessar o portal.
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11. D O Surrealismo, vanguarda artística europeia, pautou-se na ruptura com a mimese tradicional e naturalista, bem como no diálogo com o mundo técnico da Segunda Revolução Industrial. O balé de vanguarda Parade, criado em 1917 por Jean Cocteau e Erik Satie, representa as máquinas da revolução e incorpora tiros de pistola, máquinas de escrever, zumbidos de sirene, rumores do aeroplano na composição do espetáculo. Nesta habilidade — Para chegar à resposta correta, o aluno deve identificar no texto quais são as condições cotidianas de determinado grupo social solicitadas no enunciado. Embora não seja essencial à compreensão do texto, é importante saber que os zumbidos de sirene e dínamo e os rumores de aeroplano estão relacionados à Revolução Russa de 1917. Para ir além — Para ampliar os conhecimentos dos alunos sobre o balé Parade, recomendamos a leitura deste artigo: Em 1916, Sergei Pavlovich Diaguilev, diretor da companhia de balé Ballets Russes, iniciou o projeto de um novo espetáculo: Parade. Pediu o argumento a Jean Cocteau, a música ao compositor Erick Satie e a coreografia a Léonide Massine. Também convidou o artista Pablo Picasso a ingressar no projeto, encomendando-lhe o cenário, os figurinos e um pano de boca, uma espécie de cortina que abre o espetáculo. O balé idealizado por Cocteau tem como tema uma festa popular parisiense, um espetáculo com palhaços e acrobatas: um circo chega à cidade e, para atrair o público, os artistas se apresentam, fazem demonstrações dos seus respectivos números. Mas um sentimento de discordância entre a vida do circo e a da cidade perpassa todo o balé. Seguindo a estética modernista, a música e a coreografia romperam com a tradição do balé clássico europeu. (...) (...) O balé Parade estreou em 18 de maio de 1917, espetáculo que o poeta Apollinaire qualificou como sur-réaliste (expressão que daria origem ao termo “surrealista”. Tratava-se de um gênero de dança inédito, que associava naturalismo e cubismo, narrando toda a complexidade de olhar que o artista dirige ao mundo. Parade inaugurou uma série de balés em que Picasso colaborou até 1924, entre eles Pulcinella (1920) e Mercure (1924), obra que consagrou seu trabalho cênico. ALENCAR, Valéria Peixoto de. Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação. Disponível em: . Acesso em: 17 jan. 2013.
Biblioteca — Os alunos podem visualizar o cenário elaborado por Pablo Picasso para o balé Parade, no portal.
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12. Enem O folclore é o retrato da cultura de um povo. A dança popular e folclórica é uma forma de representar a cultura regional, pois retrata seus valores, crenças, trabalho e significados. Dançar a cultura de outras regiões é conhecê-la, é de alguma forma se apropriar dela, é enriquecer a própria cultura. BREGOLATO, R. A. Cultura Corporal da Dança. São Paulo: Ícone, 2007.
As manifestações folclóricas perpetuam uma tradição cultural, é obra de um povo que a cria, recria e a perpetua. Sob essa abordagem deixa-se de identificar como dança folclórica brasileira a) o Bumba meu boi, que é uma dança teatral onde personagens contam uma história envolvendo crítica social, morte e ressurreição. b) a Quadrilha das festas juninas, que associam festejos religiosos a celebrações de origens pagãs envolvendo as colheitas e a fogueira. c) o Congado, que é uma representação de um reinado africano onde se homenageiam santos através de música, cantos e dança. d) o Balé, em que se utilizam músicos, bailarinos e vários outros profissionais para contar uma história em forma de espetáculo. e) o Carnaval, em que o samba derivado do batuque africano é utilizado com o objetivo de contar ou recriar uma história nos desfiles.
b) as formas predominantes no primeiro mobiliário são complexas, enquanto que as formas do segundo mobiliário são simples, geométricas e elásticas. c) o artesanato é o processo de criação empregado no mobiliário da figura 1, enquanto que o mobiliário da segunda figura é industrial. d) ao longo do tempo o mobiliário foi se adaptando consoante as necessidades humanas, a capacidade técnica e a sensibilidade estética de uma sociedade. e) o mobiliário da figura 1, ao contrário daquele da figura 2, considera primordialmente o conforto que a cadeira pode proporcionar, ou seja, a função em detrimento da forma. OC: Produção e recepção de textos artísticos: interpretação e representação do mundo para o fortalecimento dos processos de identidade e cidadania Competência 4, habilidade 12
14. Enem
OC: Produção e recepção de textos artísticos: interpretação e representação do mundo para o fortalecimento dos processos de identidade e cidadania Competência 4, habilidade 14
13. Enem (adaptado) Figura 1
Figura 2 K C O T S R E T T U H S / V O N S A R K X A M
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Jean-Baptiste Debret. Entrudo, 1834. K C O T S R E T T U H S / N U N I T T U S P E T I A N I W
Comparando as figuras, que apresentam mobiliários de épocas diferentes, pode-se afirmar que a) os materiais e as ferramentas usados na confecção de ambos os mobiliários determinaram a estética das cadeiras.
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ANOTAÇÕES DE SALA
Na obra Entrudo , de Jean-Baptiste Debret (1768-1848), apresentada acima, a) registram-se cenas da vida íntima dos senhores de engenho e suas relações com os escravos. b) identifica-se a presença de traços marcantes do movimento artístico denominado Cubismo. c) identificam-se, nas fisionomias, sentimentos de angústia e inquietações que revelam as reações conflituosas entre senhores e escravos. d) observa-se a composição harmoniosa e destacam-se as imagens que representam figuras humanas. e) constata-se que o artista utilizava a técnica do óleo sobre tela, com pinceladas breves e manchas, sem delinear as figuras ou as fisionomias. OC: Produção e recepção de textos artísticos: interpretação e representação do mundo para o fortalecimento dos processos de identidade e cidadania Competência 4, habilidade 13
12. D Folclore tem o significado de abordar a história de diversas culturas; o balé, criado e desenvolvido na França, não é considerado folclórico. Nesta habilidade — A questão exige do aluno conhecimentos básicos sobre as principais manifestações folclóricas brasileiras, bem como a definição de folclore apresentada no enunciado para avaliar as alternativas. Deve saber, ainda, que o balé não se restringe à cultura de um povo, mas existe em todo o mundo, com destaque para o balé russo, inglês e francês. Para ir além — Aproveite para conceituar folclore. Sugerimos os textos a seguir para orientá-lo. O folclore surge por meio de fala, canto, dança, representações, costumes, brincadeiras, criações, crenças, até situações de doença ou medo. Sempre que o povo cria e desenvolve sabedoria há folclore: conhecimento reunido desde o início de nossos tempos. O folclore abrange uma gama imensa de fatos que os estudiosos agrupam em pelo menos oito categorias diferentes: linguagem; música e dança; usos e costumes; crendices e religiosidade; artesanato; brinquedos; festas; literatura. (...)
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Disponível em: . Acesso em: 18 fev. 2013. (Adaptado)
O folclore é popular, mas, segundo grandes estudiosos do assunto (...) nem tudo o que é popular é folclórico. Para um costume ser considerado folclore é preciso ter origem anônima, ou seja, não se saber ao certo quem o criou. Deve ser aceito e praticado por um grande número de indivíduos. Também precisa resistir ao tempo e ser passado de geração em geração. A transmissão? De boca em boca. (...) Disponível em: . Acesso em: 18 fev. 2013. (Adaptado)
13. D A arte renova-se constantemente para se adaptar às diferentes necessidades da s ociedade ao longo do tempo. Nesta habilidade — Por meio da observação das imagens, o aluno deve ser capaz de identificar que representam o mesmo objeto (cadeira) com estética distinta. Não é preciso conhecer as ferramentas e os meios empregados na confecção de cada uma, mas é imprescindível relacioná-las à produção artesanal — a segunda pela inexistência de indústrias na época de sua fabricação, a primeira por ser objeto de arte. Noções básicas de estética também são exigidas na avaliação das formas e da complexidade dos objetos. As formas predominantes no mobiliário da figura 2 são complexas, ao passo que as formas da cadeira da figura 1 são simples, geométricas e elásticas, reflexo da adaptação desse objeto às necessidades, à tecnologia e à sensibilidade estética da sociedade. Biblioteca — Atualmente, cadeiras podem ser consideradas objetos de design, a exemplo de outros móveis e utilidades domésticas. No portal, os alunos veem outros modelos desse mobiliário considerados clássicos do design. 14. D A harmonia da pintura consiste na representação dos personagens em primeiro plano, devidamente caracterizados para o entrudo. Nesta habilidade — O aluno deve estar atento aos detalhes da obra para perceber que todos os personagens são negros e considerar o contexto em que foi pintada — de acordo com a data, é anterior à Abolição da Escravatura. Os personagens são, portanto, escravos. O aluno deve ainda ter conhecimentos sobre o movimento cubista para s aber que surgiu no início do século XX, portanto não influenciou Debret nessa obra. Os personagens, bem detalhados, figuram em destaque sobre a paisagem pouco definida ao fundo. Tecnologia — Para aprofundar conhecimentos sobre Jean-Baptiste Debret e sua obra, os alunos podem acessar o portal.
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15. Enem LXXVIII (Camões, 1525?-1580) Leda serenidade deleitosa, Que representa em terra um paraíso; Entre rubis e perlas doce riso; Debaixo de ouro e neve cor-de-rosa; Resença moderada e graciosa, Onde ensinando estão despejo e siso Que se pode por arte e por aviso, Como por natureza, ser fermosa; Fala de quem a morte e a vida pende, Rara, suave; enfim, Senhora, vossa; Repouso nela alegre e comedido: Estas as armas são com que me rende E me cativa Amor; mas não que possa Despojar-me da glória de rendido.
d) desprezarem o conceito medieval da idealização da mulher como base da produção artística, evidenciado pelos adjetivos usados no poema. e) apresentarem um retrato ideal de mulher marcado pela emotividade e o conflito interior, evidenciados pela expressão da moça e pelos adjetivos do poema.
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OC: Produção e recepção de textos artísticos: interpretação e representação do mundo para o fortalecimento dos processos de identidade e cidadania Competência 4, habilidade 14
16. Enem
CAMÕES, L. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2008.
MONET, C. Mulher com sombrinha. 1875. 100 x 81 cm. In: BECKETT, W. História da Pintura . São Paulo: Ática, 1997.
SANZIO, R. (1483-1520). A mulher com o unicórnio. Roma, Galleria Borghese. Disponível em: www. arquipelagos.pt. Acesso em: 29 fev. 2012.
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A pintura e o poema, embora sendo produtos de duas linguagens artísticas diferentes, participaram do mesmo contexto social e cultural de produção pelo fato de ambos a) apresentarem um retrato realista, evidenciado pelo unicórnio presente na pintura e pelos adjetivos usados no poema. b) valorizarem o excesso de enfeites na apresentação pessoal e na variação de atitudes da mulher, evidenciadas pelos adjetivos do poema. c) apresentarem um retrato ideal de mulher marcado pela sobriedade e o equilíbrio, evidenciados pela postura, expressão e vestimenta da moça e os ad jetivos usados no poema.
Em busca de naturalismo em suas obras e fundamentando-se em novo conceito estético, Monet, Degas, Renoir e outros artistas passaram a explorar novas formas de composição artística, que resultaram no estilo denominado Impressionismo. Observadores atentos da natureza, esses artistas passaram a a) retratar, em suas obras, as cores que idealizavam de acordo com o reflexo da luz solar nos objetos. b) usar mais a cor preta, fazendo contornos nítidos, que melhor definiam as imagens e as cores do objeto representado. c) retratar paisagens em diferentes horas do dia, recriando, em suas telas, as imagens por eles idealizadas. d) usar pinceladas rápidas de cores puras e dissociadas diretamente na tela, sem misturá-las antes na paleta. e) usar as sombras em tons de cinza e preto e com efeitos esfumaçados, tal como eram realizadas no Renascimento. OC: Produção e recepção de textos artísticos: interpretação e representação do mundo para o fortalecimento dos processos de identidade e cidadania Competência 4, habilidade 12
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15. C Tanto o poema de Luís Vaz de Camões quanto a pintura de Rafael Sanzio representam a mulher de forma perfeita, o que pode ser confirmado pelos adjetivos deleitosa, doce, moderada, graciosa, fermosa, comedido. O esmero técnico e o rigor formal de ambos contribuem para o efeito de refinamento do conteúdo. Interessante observar que a figura feminina da tela de Rafael apresenta nitidamente os traços que Camões, no soneto, atribui à mulher. Nesta habilidade — Para responder à questão, é importante que o aluno tenha noções básicas de história da arte para reconhecer que ambas as obras se enquadram no Renascimento europeu e caracterizam-se pela redescoberta da arte da Antiguidade Clássica, marcada pela busca da perfeição estética e pureza das formas. Isso explica o resgate da forma soneto, inspirada em poetas clássicos como Homero e Virgílio, e a pintura realista de Sanzio. Para ir além — Apresentamos a seguir breve bibliografia de Camões e Rafael. Luís Vaz de Camões, poeta português (Lisboa, c. 1524 - id. 1580). Um dos maiores escritores da literatura (...) produzida durante o Renascimento. Sua obra situa-se entre as mais importantes da literatura ocidental. Tornou-se célebre por ter escrito Os Lusíadas, longo poema épico que reflete toda a história e cultura de Portugal até a data em que o poema foi composto. Tal sucesso deveu-se à época em que foi composto, já que nela Portugal atravessava seu período de expansão marítima e comercial, que lhe trouxe também reconhecimento cultural no contexto europeu; entretanto, ainda faltava ao povo português uma obra literária que trouxesse à tona o orgulho nacionalista que ele experimentava. (...) Sua família, apesar de pertencer à nobreza, tinha poucos recursos. Por volta de 1547, viajou para Ceuta, na África, onde participou de vários combates, e num deles perdeu o olho direito. De 1553 em diante viveu na Índia e na China. Essas ricas aventuras pessoais do autor contribuíram muito para o seu êxito junto ao público, pois foram somadas à cultura clássica, que ele havia estudado a fundo. (...)
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Disponível em: . Acesso em: 19 fev. 2013. (Adaptado)
Raffaello Santi ou Sanzio, dito Rafael. Pintor da Renascença italiana (Urbino, 1483 - Roma, 1520). Rafael pintou retábulos (construções em altares), afrescos de cenas históricas e mitológicas, assim como retratos. Entre suas obras mais populares estão várias representações da Madona. Rafael era também arquiteto. De 1514 até sua morte, dirigiu a construção da Basílica de São Pedro, em Roma. Criou a série de afrescos que decoram os aposentos privados do papa, no Vaticano. Disponível em: . Acesso em: 19 fev. 2013. (Adaptado)
Biblioteca — Aos alunos interessados em conhecer a obra Os Lusíadas na íntegra, indique o portal. Tecnologia — No portal, os alunos aprofundam conhecimentos sobre Luís Vaz de Camões e Rafael Sanzio. No mesmo site, os alunos acessam conteúdo sobre o Renascimento italiano. 16. D O objetivo dos pintores impressionistas era representar o efeito da luz solar sobre a paisagem retratada em diversos momentos do dia, em cores e efeitos próximos do real. Para obter esse resultado, aplicavam as tintas diretamente na tela e então as misturavam, sugerindo imagens sem contornos nítidos ao observador. Nesta habilidade — A questão exige do aluno bom conhecimento sobre o movimento impressionista para identificar, dentre as alternativas, a técnica que o caracterizou, uma vez que a imagem da obra não lhe permite percebê-la. Quanto a isso, cabe uma crítica ao elaborador da questão, que parece não ter considerado que a representação da obra em preto e branco dificulta a avaliação do aluno, uma vez que algumas alternativas se fundamentam no uso da luz e da cor. Para ir além — Mulher com Sombrinha, conhecida também como Madame Monet e o Filho, é uma das principais obras do pintor impressionista Claude Monet. O quadro desperta fascínio pelo modo como a natureza é representada. Nuances de cor dão noção da incidência do sol sobre os elementos, e a brisa que sopra é perceptível pelo movimento dos cabelos e do vestido de Madame Monet. Biblioteca — No portal, os alunos visualizam a obra Madame Monet e o Filho acompanhada de análise. Tecnologia — No portal, os alunos têm acesso a rico conteúdo sobre o Impressionismo, incluindo principais obras e representantes do movimento. 3 8 1
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17. Enem Texto A
d) a obra representa a realidade visível, ou seja, espelha o mundo de forma concreta. e) a visão da representação das figuras geométricas é rígida, propondo uma arte figurativa.
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OITICICA, H. Metaesquema I, 1958. Guache s/ cartão 52 cm x 64 cm. Museu de Arte Contemporânea - MAC/USP. Disponível em: http:// www.mac.usp.br. Acesso em: 01 maio 2009.
Texto B
Metaesquema I Alguns artistas remob iliza m as lingua gens geométricas no sentido de permitir que o apreciador participe da obra de forma mais efetiva. Nesta obra, como o próprio nome define: meta — dimensão virtual de movimento, tempo e espaço; esquema — estruturas, os Metaesquemas são estruturas que parecem movimentar-se no espaço. Esse trabalho mostra o deslocamento de figuras geométricas simples dentro de um campo limitado: a superfície do papel. A isso podemos somar a observação da precisão na divisão e no espaçamento entre as figuras, mostrando que, além de transgressor e muito radical, Oiticica também era um artista extremamente rigoroso com a técnica. Disponível em: http://www.mac.usp.br. Acesso em: 02 maio 2009 (adaptado).
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Alguns artistas remobilizam as linguagens geométricas no sentido de permitir que o apreciador participe da obra de forma mais efetiva. Levando-se em consideração o texto e a obra Metaesquema I, reproduzidos acima, verifica-se que a) a obra confirma a visão do texto quanto à ideia de estruturas que parecem se movimentar, no campo limitado do papel, procurando envolver de maneira mais efetiva o olhar do observador. b) a falta de exatidão no espaçamento entre as figuras (retângulos) mostra a falta de rigor da técnica empregada, dando à obra um estilo apenas decorativo. c) Metaesquema I é uma obra criada pelo artista para alegrar o dia a dia, ou seja, de caráter utilitário. ANOTAÇÕES DE SALA
18. Enem — A leitura do poema Descrição da Guerra em Guernica traz à lembrança o famoso quadro de Picasso. Entra pela janela o anjo camponês; com a terceira luz na mão; minucioso, habituado aos interiores de cereal, aos utensílios que dormem na fuligem; os seus olhos rurais não compreendem bem os símbolos desta colheita: hélices, motores furiosos; e estende mais o braço; planta no ar, como uma árvore a chama do candeeiro. (...) Carlos de Oliveira in ANDRADE, Eugénio. Antologia Pessoal da Poesia Portuguesa. Porto: Campo das Letras, 1999.
Uma análise cuidadosa do quadro permite que se identifiquem as cenas referidas nos trechos do poema. a
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3
3 a
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c
d
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f
Pablo Picasso, Guernica , 1937. Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madri.
a) b) c) d) e)
Podem ser relacionadas ao texto lido as partes: a1, a2, a3 f1, e1, d1 e1, d1, c1 c1, c2, c3 e1, e2, e3
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17. A A obra Metaesquema I apresenta formas geométricas rigorosamente espaçadas, que parecem movimentar-se num campo limitado. Sua função não é utilitária, mas estética, possibilitando a participação do observador pelo efeito que causa em seu olhar. Nesta habilidade — A questão é relativamente simples, bastando ao aluno compreender o texto para identificar na imagem que as estruturas parecem se movimentar no espaço, envolvendo o olhar do espectador ao ponto de envolvê-lo na obra. Para ir além — Em guache sobre cartão, a obra é composta de quadriláteros irregulares, aparentemente ajustados a uma grade, que fogem da rigidez dos ângulos retos. O resultado sugere o movimento das f iguras, que parecem dançar sobre o plano. Por meio da arte de Oiticica, a abstração geométrica brasileira começou uma trajetória singular, com o objetivo de liberar as formas da disciplina das linhas, figuras e dos sólidos. Para ir além — Segue breve biografia do artista. Hélio Oiticica foi um dos mais criativos artistas plásticos brasileiros. A síntese de sua obra são seus belos Parangolés (1964): capas, estandartes ou bandeiras coloridas de algodão ou náilon com poemas em tinta sobre o tecido a serem vestidas ou carregadas pelo ator/espectador, que passa a perceber seu corpo transformado em dança. Quase uma poesia, pois a obra de arte só se revela quando alguém a manuseia, a movimenta. Como bem definiu o poeta Haroldo de Campos, o “Parangolé” é uma “asa-delta para o êxtase”. Carioca anarquista, Oiticica transitou entre os morros do Rio de Janeiro e os Estados Unidos, onde morou de 1948 a 1950, época em que se mudou com a família, e a partir de 1970, quando foi para Nova York. Aluno de Ivan Serpa, iniciou sua trajetória artística ligado às experiências concretas e neoconcretas. Das pinturas em guache sobre cartão, saturadas de cor e sem perspectivas, rompeu com o conceito tradicional de quadro e elaborou os Monocromáticos ou Invenções (1958-1959): placas de madeira com várias camadas de tintas dispostas na parede aleatoriamente. Cada vez mais desejoso de integrar a arte à experiência cotidiana, passou a propor a participação do espectador pela vivência visual, em obras como os Bilaterais e os Relevos Espaciais (1959): placas de madeira pintadas e suspensas por fios presos no teto; e os Núcleos (1960-1963): placas de madeira pintadas em sua dupla face e penduradas no teto por um suporte de madeira. Os primeiros parangolés são construções em madeira a serem penetradas pelo espectador, que caminha sobre areia, toca em objetos, escuta ruídos etc. Os segundos, recipientes de diversos materiais, como madeira, vidro, lata e plástico, contêm elementos como areia, pedra e carvão colorido, que devem ser manipulados. Certa vez, escreveu: A obra nasce de apenas um toque na matéria. Quero que a matéria de que é feita mi nha obra permaneça tal como é; o que a transforma em expressão é nada mais que um sopro: um sopro interior, de plenitude cósmica. Fora disso não há obra. Basta um toque, nada mais.
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Disponível em: . Acesso em: 19 fev. 2013. (Adaptado)
Biblioteca — Incentive os alunos a acessar o portal para assistir a vídeo sobre a exposição Museu É o Mundo, de Hélio Oiticica, composta por metaesquemas, parangolés e outras formas de arte. 18. C O poema faz referência a um anjo que entra pela janela, representado na parte e1 do quadro. Os braços estendidos do anjo e a chama do candeeiro aparecem nas partes d1 e c1, respectivamente. Nesta habilidade — É imprescindível ao aluno conhecer a temática e as características da obra em questão, uma das principais representantes do movimento cubista e uma das mais importantes da carreira de Picasso. O aluno deve identificar na representação da pintura alguns elementos citados no texto — o anjo portador de luz e o candeeiro. Para ir além — Guernica retrata as impressões de Pablo Picasso sobre o bombardeio sofrido pela cidade de Guernica, antiga capital basca, durante a Guerra Civil Espanhola, em 26 de abril de 1937. Consiste em painel de 350 x 782 cm pintado a óleo para a Exposição Internacional de Paris. As cores preta, branca e tons de cinza da tela demonstram o repúdio sentido pelo artista à violência contra a pequena cidade espanhola. Saliente as formas, claramente cubistas, de animais, pessoas e construções. Está exposta no Centro Nacional de Arte Rainha Sofia, em Madri. Biblioteca — Os alunos podem visualizar detalhes de Guernica, assistindo a vídeo sobre a obra em 3D. Tecnologia — No portal, os alunos conferem análise de Guernica.
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19. Enem “Todas as manhãs quando acordo, experimento um prazer supremo: o de ser Salvador Dalí.” NÉRET, G. Salvador Dalí . Taschen, 1996.
Assim escreveu o pintor dos “relógios moles” e das “girafas em chamas” em 1931. Esse artista excêntrico deu apoio ao general Franco durante a Guerra Civil Espanhola e, por esse motivo, foi afastado do movimento surrealista por seu líder, André Breton. Dessa forma, Dalí criou seu próprio estilo, baseado na interpretação dos sonhos e nos estudos de Sigmund Freud, denominado “método de interpretação paranoico”. Esse método era constituído por textos visuais que demonstram imagens a) do fantástico, impregnado de civismo pelo governo espanhol, em que a busca pela emoção e pela dramaticidade desenvolveram um estilo incomparável. b) do onírico, que misturava sonho com realidade e interagia refletindo a unidade entre o consciente e o inconsciente como um universo único ou pessoal. c) da linha inflexível da razão, dando vazão a uma forma de produção despojada no traço, na temática e nas formas vinculadas ao real. d) do reflexo que, apesar do termo ”paranoico”, possui sobriedade e elegância advindas de uma técnica de cores discretas e desenhos precisos. e) da expressão e intensidade entre o consciente e a liberdade, declarando o amor pela forma de conduzir o enredo histórico dos personagens retratados.
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OC: Produção e recepção de textos artísticos: interpretação e representação do mundo para o fortalecimento dos processos de identidade e cidadania Competência 4, habilidade 13
20. Enem (adaptado) Os melhores críticos da cultura brasileira trataram-na sempre n o plural, isto é, enfatizando a coexistência no Brasil de diversas culturas. Arthur Ramos distingue as culturas não europeias (indígenas, negras) das europeias (portuguesa, italiana, alemã etc.), e Darcy Ribeiro fala de diversos Brasis: crioulo, caboclo, sertane jo, caipira e de Brasis sulinos, a cada um deles correspondendo uma cultura específica. MORAIS, F. O Brasil na visão do artista : o país e sua cultura. São Paulo: Sudameris, 2003.
Considerando a hipótese de Darcy Ribeiro de que há vários Brasis, a opção em que a obra mostrada representa a arte brasileira de origem negro-africana é: a) b) R B . M O C . O N I K / S O T N A S R E N G A W
Rubem Valentim. Disponível em: http://www. ocaixote.com.br. Acesso em: 9 jul. 2009. K C O T S R E T T U H S / S I N U K E B
c)
Athos Bulcão. Disponível em: http://www. irbr.mre.gov.br. Acesso em: 9 jul. 2009. K C O T S R E T T U H S / P S M A C A T E B
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Rubens Gerchman. Disponível em: http://www.itaucultural. org.br. Acesso em: 6 jul. 2009.
Victor Vassarely. Disponível em: http://www.masterworksfineart. com. Acesso em: 5 jul. 2009.
Gougon. Disponível em: http://www. ocaixote.com.br. Acesso em: 5 set. 2009.
OC: Produção e recepção de textos artísticos: interpretação e representação do mundo para o fortalecimento dos processos de identidade e cidadania Competência 4, habilidade 12
19. B A representação dos sonhos é uma das principais características da pintura surrealista de Salvador Dalí. A relação entre o Surrealismo e as pesquisas de Sigmund Freud sobre a interpretação de sonhos originou o “método de interpretação paranoico”, em que consciente e inconsciente s e misturam no desenvolvimento do estilo peculiar da obra de Dalí. Nesta habilidade — É imprescindível ao aluno conhecer o movimento surrealista e a arte de Salvador Dalí para avaliar as alternativas, uma vez que o texto-base não fornece subsídios suficientes para tal. É importante que o aluno conheça as principais obras de Dalí, como Persistência da Memória e Girafa em Chamas para reconhecer nelas a representação de imagens oníricas. Para ir além — Leia breve biografia de Salvador Dalí para com entar com os alunos. Salvador Dalí (1904-1989) — um dos maiores representantes da vanguarda surrealista. Nos finais dos anos 1920, instalou-se em Paris, onde aderiu ao movimento de André Breton. Naqueles anos, definia sua pintura como o produto do método paranoico-crítico, inspirado nas teorias freudianas. As representações adquirem um tom basicamente onírico, no seio do qual se encontram associações frequentemente surpreendentes de objetos cotidianos descritos com grande minúcia técnica e formas compositivas originais. É esse o caso de obras como A Persistência da Memória (1931), em que se destaca a presença de relógios moles, ou Presságio da Guerra Civil (1936). A influência da pintura metafísica é evidente em muitas de suas composições. Também colaborou em alguns filmes, como Um Cão Andaluz (1929) e A Idade do Ouro (1931), de Luis Buñuel. Nos anos 40, instalou-se nos EUA, país no qual, além de produzir pinturas de temática histórica e religiosa, finalizou ilustrações de livros, desenhos de joalheria e cenografias e guarda-roupas teatrais. Seu interesse pelos efeitos visuais está patente em obras como A Cadeira (1975). Em 1974, inaugurou o Teatro Museo Dalí de Figueres, onde está exposta, num contexto físico preparado por ele próprio, parte da sua obra.
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Disponível em: . Acesso em: 21 fev. (Adaptado)
Biblioteca — Em que poderia resultar o talento de Salvador Dalí e Walt Disney? Em Destino, curta-metragem inspirado na canção homônima, de Armando Rodriguez. Inicialmente, os autores pretendiam elaborar uma sequência que mesclasse animações do pintor catalão, dançarinos ao vivo e muitos efeitos especiais e surreais, com apenas 6 minutos. No entanto, o projeto foi cancelado devido a problemas econômicos decorrentes do pós-guerra. O filme ficou arquivado em segredo até 2003, quando o sobrinho de Walt e uma equipe terminaram a animação. O curta retrata o amor de Chronos, deus do tempo na mitologia grega, por uma mortal. Confira com seus alunos a animação Destino no portal. Tecnologia — Salvador Dalí retratou a Guerra Civil Espanhola antes mesmo de ela iniciar. Oriente os alunos a acessar o portal para conferir conteúdo sobre o assunto. 20. A A única obra que representa a arte brasileira de origem negro-africana é a reproduzida na alternativa A, em que Rubem Valentim usou elementos ligados ao candomblé. Nesta habilidade — O aluno deve ter certo conhecimento sobre a arte e cultura negro-african a brasileira para reconhecer na primeira alternativa a presença de símbolos ligados ao candomblé. Se não tiver esse conhecimento, deve reconhecer que as demais obras representam abstracionismo geométrico , op art e mosaico. Para ir além — Denomina-se cultura afro-brasileira o conjunto de manifestações culturais do Brasil que sof reram algum grau de influência da cultura africana desde os tempos do Brasil Colônia até a atualidade. Em muitos casos, elementos artísticos africanos fundem-se com indígenas e portugueses para dar origem a outros componentes artísticos. Segue texto sobre vida e obra de Rubem Valentim. (...) A arte, para Valentim, era mais que um trabalho, era um vício (...). Era um artista capaz de passar 24 horas, sem parar, falando de arte, sem perder o entusiasmo e sem esgotar tudo o que deseja falar. “O tempo é minha grande preocupação — uma das minhas angústias é ver chegar o tempo final sem poder realizar tudo que imaginei” (Depoimento do artista, 1976). A arte, para Valentim, era um sonho imprescindível à vida, e interminável porque a imaginação estava sempre em atividade. Através do olhar do artista, signos secretos provenientes da cultura popular passaram para o mundo complexo da arte onde são contemplados como sintaxe do belo (...). (...) o que mais marca o trabalho de Rubem Valentim é sua proposta de coerência como método de construção da obra. Pintor de vocação construtiva, seu trabalho passou por diversos momentos, sempre marcado por uma paixão: a vontade de refletir e pintar com austeridade. Dentro de uma atmosfera mítica, como se pintar fosse dialogar com alguma divindade. Nos momentos de plenitude ou vazio, de excesso ou contenção pictórica, da cor ao mergulho no silêncio do branco; quer sejam: pinturas, relevos, objetos, esculturas; o desejo de uma ordem construtiva estava presente sinalizando a coerência de um artista. Avesso às modas e sem fazer concessões: uma lição de mestre. Disponível em: . Acesso em: 19 fev. 2013. (Adaptado)
Biblioteca — No portal, os alunos assistem a vídeo sobre a obra de Rubem Valentim.
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EDUCAÇÃO FÍSICA 1.
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Figura 1
OC : Estudo das práticas corporais: a linguagem corporal como integradora social e formadora de identidade Competência 3, habilidade 11 Figura 2
Figura 3
O voleibol é um dos esportes mais praticados na atualidade. Está presente nas competições esportivas, nos jogos escolares e na recreação. Nesse esporte, os praticantes utilizam alguns movimentos específicos como: saque, manchete, bloqueio, levantamento, toque, entre outros. Na sequência de imagens, identificam-se os movimentos de a) sacar e colocar a bola em jogo, defender a bola e realizar a cortada como forma de ataque. b) arremessar a bola, tocar para passar a bola ao levantador e bloquear como forma de ataque. c) tocar e colocar a bola em jogo, cortar para defender e levantar a bola para atacar. d) passar a bola e iniciar a partida, lançar a bola ao levantador e realizar a manchete para defender. e) cortar como forma de ataque, passar a bola para defender e bloquear como forma de ataque. OC : Estudo das práticas corporais: a li nguagem corporal como integradora social e formadora de identidade Competência 3, habilidade 9
2.
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b) a atividade esportiva faz deles indivíduos ativos na sociedade. c) as competições para essa categoria são muito atraentes. d) não se encontram restrições durante a atividade física. e) o esporte adaptado pode ser um meio de renda.
Enem (adaptado)
A empresa Allianz, em parceria com a TNS Infratest, realizou uma pesquisa com o intuito de avaliar a influência do esporte na vida de pessoas com deficiência física. O estudo, realizado na Alemanha, concluiu que a maioria das pessoas com deficiência obtém mais autoestima e menos restrições nas atividades do dia a dia quando pratica alguma atividade física. Disponível em: . Acesso em: 29 nov. 2012.
Segundo o IBGE, há cerca de 24 milh ões de portadores de necessidades especiais no Brasil. Observam-se a criação e a ampliação de atividades físicas e esportivas para atendê-los. Com base no texto, é possível afirmar que a procura por atividades físicas adaptadas tem aumentado porque a) integra os portadores de deficiência à sociedade e dá a eles autoconfiança.
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Dança é uma expressão de arte que se caracteriza por movimentos elaborados e detalhados, música, vestuário e adereços característicos. Existem diversas modalidades de dança: contemporânea, clássica, popular, de salão etc., todas relacionadas a determinados temas e significados. As imagens mostram exemplos de que a dança pode estar relacionada ao esporte. Delas se conclui: a) Para renovar-se, a arte foi transposta para outros ambientes e tornou-se competitiva, passando a ser considerada esporte. b) Para se tornar mais atraente, o esporte precisou aderir às expressões da cultura e da arte, incluindo coreografia, música e trajes específicos em algumas modalidades. c) A relação entre esporte e arte não é novidade. Há séculos, algumas atrações circenses combinam esporte com passos de dança clássica. A ginástica olímpica, por exemplo. d) A expressão da arte não se representa no esporte, pois dança é arte; patinação e nado sincronizado, esportes. e) O esporte está focado no desempenho físico, não em gestos delicados da dança, por exemplo. OC : Estudo das práticas corporais: a linguagem corporal como integradora social e formadora de identidade Competência 3, habilidade 9
1. A A figura 1 apresenta uma jogadora em posição de saque no fundo da quadra, portanto colocando a bola em jogo; na 2, um jogador defende a bola por meio de manchete; na 3, o jogador de costas realiza a cortada, uma jogada de ataque. Nesta habilidade — A questão exige do aluno reconhecer movimentos específicos de determinada modalidade, nesse caso o vôlei. Para avaliar as alternativas, o aluno deve se pautar nas imagens e em seus conhecimentos sobre o esporte em questão. Tecnologia — No portal os alunos assistem ao vídeo sobre a história do voleibol, compreendem esse esporte como elemento da cultura do movimento humano, reconhecem suas pr incipais regras, sua contextualização e adaptabilidade em situações específicas, identificam os fundamentos do jogo e as variadas formas de execução. 2. A O esporte adaptado possibilita a prática de atividade física que, além de promover a saúde, é fator de integração e melhoria da autoestima dos portadores de necessidades especiais. Em grupos de atividades esportivas, essas pessoas têm a chance de compartilhar problemas, ajudar-se mutuamente e compreender as limitações uns dos outros, gerando segurança, confiança. Na recuperação desses pacientes, a atividade física é incorporada como fisioterapia, mantendo-se no cotidiano deles. Cabe lembrar que algumas deficiências são geradas por acidentes, demandando, além da reabilitação física, trabalho psicológico. Nesta habilidade — Para avaliar as alternativas, basta ao aluno compreender do texto que a atividade física permite ao deficiente desenvolver habilidades motoras necessárias ao dia a dia, além de melhorar sua autoestima. Para ir além — Comente com os alunos os objetivos e benefícios de um programa regular de esporte adaptado. Leia o texto a seguir para se embasar. A prática regular de exercícios físicos ou prática esportiva por pessoas com deficiência física pode ter três objetivos distintos: lazer, competição ou terapêutico. (...) O deficiente físico, quando pratica um programa regular de exercícios físicos, é beneficiado de diversas formas: • A prática esportiva reduz a espasticidade de paralisados cerebrais, bem como promove melhorias na coordenação motora geral e no equilíbrio; • No que se refere à compensação ou regeneração de distúrbios de ordem psíquica, sabe-se que a prática regular e bem orientada de exercícios físicos e modalidades esportivas estimula a produção de endorfinas e catecolaminas, responsáveis pela sensação de bem-estar e pelo combate à depressão; • Melhora da motivação, da autonomia e autoestima, pois o esporte possibilita ao deficiente perceber-se saudável e livre de doenças; • Alívio de dores musculares, lombares e demais dores corporais; • Diminui o percentual de gordura e auxilia no controle do peso corporal; • Melhora da força muscular, capacidade respiratória e flexibilidade; • Fortalece ossos, músculos, tendões e articulações; • Melhora a capacidade cardiovascular; • Atua na regulação hormonal e enzimática; • Diminui os índices do colesterol ruim e triglicerídeos e aumenta os índices do bom colesterol; • Diminui os sintomas de ansiedade e incapacidade; • Diversos outros benefícios proporcionados pela prática regular de exercícios físicos e esportes.
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Disponível em: . Acesso em 26 fev. 2013.
Biblioteca — Saiba mais sobre o esporte adaptado acessando o portal. 3. C Tanto a dança quanto o esporte precisam de vigor físico e treinamento, além de delicadeza e precisão de movimentos no caso de algumas modalidades, como as representadas nas imagens. Movimentos corporais específicos, ricos em detalhes, delicadeza e precisão, são necessários em patinação artística e nado sincronizado. Nesta habilidade — A questão é bastante simples, e exige do aluno reconhecer que as modalidades apresentadas — patinação artística e nado sincronizado — valem-se da combinação de esporte e arte. Para ir além — A patinação artística surgiu de uma brincadeira, enquanto patinadores se divertiam com os desenhos feitos pelas lâminas de seus patins. Concursos começaram a ser organizados com o objetivo de avaliar quem fazia os desenhos mais interessantes e complexos. Na evolução do esporte, os patinadores passaram a desenvolver e avaliar movimentos de corpo, primeiramente inspirados na dança, depois por meio de saltos e piruetas semelhantes aos da ginástica artística. Originalmente chamado de balé aquático, o nado sincronizado relaciona elementos da natação, dança e ginástica. Consiste na execução, dentro de uma piscina, de uma série de movimentos ao ritmo de determinada música. Curiosidade: os atletas podem ouvir a música mesmo embaixo da água, pois as piscinas possuem alto-falantes especiais que são instalados nas paredes internas da piscina.
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contra a lei da gravidade. Pode ser dinâmica, estática ou recuperada. d) Coordenação motora (destreza) — capacidade física de realizar uma sequência de exercícios de forma harmônica e coordenada. e) Força — capacidade física de deslocar um objeto, o próprio corpo ou o de um parceiro, mediante contração de músculos. OC: Estudo das práticas corporais: a linguagem corporal como integradora social e formadora de identidade Competência 3, habilidade 9
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5. Enem O convívio com outras pessoas e os padrões sociais estabelecidos moldam a imagem corporal na mente das pessoas. A imagem corporal idealizada pelos pais, pela mídia, pelos grupos sociais e pelas próprias pessoas desencadeia comportamentos estereotipados que podem comprometer a saúde. A busca pela imagem corporal perfeita tem levado muitas pessoas a procurar alternativas ilegais e até mesmo nocivas à saúde. Revista Corpoconsciência. FEFISA, v. 10, n. 2, Santo André, jul./dez. 2006 (adaptado).
As imagens representam dois esportes coletivos praticados com bola, um de origem europeia, outro, americana. O primeiro exige habilidade com os pés; o segundo, com as mãos. Comuns a esses esportes são os movimentos que se denominam finta ou drible, realizados pelo atleta com a intenção de desequilibrar o adversário e conseguir vantagem na ocupação do espaço. Os grandes jogadores desenvolvem capacidade física que lhes permite realizá-los com grande eficiência. Qual é ela? a) Velocidade — capacidade física de realizar movimentos no menor tempo possível ou reagir rapidamente a um sinal. b) Agilidade — qualidade física de mudar a direção do corpo no menor tempo possível, sem perder qualidade no movimento. c) Equilíbrio — qualidade física que se obtém pela combinação de ações musculares com o propósito de assumir e sustentar o corpo sobre uma base,
A imagem corporal tem recebido g rande destaque e valorização na sociedade atual. Como consequência, a) a ênfase na magreza tem levado muitas mulheres a depreciar sua autoimagem, apresentando insatisfação crescente com o corpo. b) as pessoas adquirem liberdade para desenvolver seus corpos de acordo com critérios estéticos que elas mesmas criam e que recebem pouca influência do meio em que vivem. c) a modelagem corporal é um processo em que o indivíduo observa o comportamento de outros sem, contudo, imitá-los. d) o culto ao corpo produz uma busca incansável, trilhada por meio de árdua rotina de exercícios, com pouco interesse no aperfeiçoamento estético. e) o corpo tornou-se um objeto de consumo importante para as pessoas criarem padrões de beleza que valorizam a raça à qual pertencem. OC: Estudo das práticas corporais: a linguagem corporal como integradora social e formadora de identidade Competência 3, habilidade 11
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4. B A condição que permite a um atleta usar o corpo e as expressões para desequilibrar seu oponente de modo equilibrado e sem perder a eficiência do movimento é a agilidade, aspecto importante na finta de todos os esportes de confronto ataque-defesa para ocupação de espaços. Nesta habilidade — Nas duas imagens, o aluno deve ser capaz de identificar o drible, que requer dos atletas agilidade. Conhecer os movimentos próprios do basquete e do futebol o auxiliam a perceber a finta, por meio da qual o jogador obtém vantagem sobre o adversário, de modo a favorecer sua equipe. Tecnologia — No portal os alunos encontram vasto conteúdo sobre o futebol, como origens, evolução, história da Copa do Mundo, entre outros assuntos interessantes. 5. A Padrões ditados pela mídia e sociedade formam imagem corporal na mente das pessoas, muitas vezes impossível de atingir. Como consequência, algumas sacrificam o corpo na busca pela perfeição, adotando métodos ilegais e nocivos. Nesta habilidade — A questão se baseia na interpretação do texto-base, segundo o qual o indivíduo, na busca pelos padrões ideais de corpo ditados pela sociedade em geral, faz uso de meios ilegais e nocivos. Tecnologia — Dentre os distúrbios ocasionados pela busca obsessiva de um corpo esbelto estão a anorexia e a bulimia. Saiba mais sobre esses transtornos alimentares no portal. Para ir além — Esclareça aos alunos o que se entende por imagem corporal. Para isso, sugerimos a leitura do texto a seguir. Como se processa o desenvolvimento da imagem corporal? A imagem corporal se desenvolve desde o nascimento até a morte, dentro de uma estrutura complexa e subjetiva, sofrendo modificações que implicam na construção contínua, e reconstrução incessante, resultante do processamento de estímulos. Durante os anos pré-escolares a criança desenvolve de forma acentuada seu conceito de imagem corporal. Com um pensamento e uma linguagem mais abrangente, começa a reconhecer que a aparência das pessoas pode ser mais ou menos desejável e as diferenças de cor ou raça. Ela conhece o significado das palavras “bonito” e “feio” e reflete a opinião que os outros têm a respeito de sua aparência. Aos cinco anos, por exemplo, a criança já compara sua altura com a de seus pares e pode dar-se conta de ser alta ou baixa, especialmente quando as pessoas se referem a ela, chamando-a de “alta ou baixa para a idade”. Apesar de seus progressos no desenvolvimento da imagem corporal, o pré-escolar ainda tem uma noção pouco definida a respeito dos limites do seu corpo, além de possuir escassos conhecimentos de sua anatomia interna (...) A criança percebe o próprio corpo por meio dos sentidos (...). O corpo é o centro, o referencial para si mesma, para o espaço que ocupa e na relação com o outro. (...) (...) O esquema corporal revela-se gradativamente à criança da mesma forma que uma fotografia revelada na câmara escura mostra-se pouco a pouco para o observador, tomando contorno, forma e coloração cada vez mais nítidos. A elaboração e o estabelecimento desse esquema parecem ocorrer relativamente cedo, uma vez que a evolução está praticamente terminada por volta dos quatro ou cinco anos. Isto é, ao lado da construção de um corpo “objetivo”, estruturado e representado como um objeto físico, cujos limites podem ser traçados a qualquer momento, existe uma experiência precoce, global e inconsciente do esquema corporal, que vai pesar muito no desenvolvimento ulterior da imagem e da representação de si mesmo, idem. (...) Quanto mais estímulos e possibilidades de experiências (...) durante a trajetória de vida, mais completa será a formação do esquema corporal, principalmente sob o ponto de vista psicomotor. As experiências corporais que determinam a imagem corporal corroboram para a modelação de um esquema que refletirá na adolescência e na vida adulta. Sua forma poderá ser lapidada, porém terá seus elementos da construção inicial preservados, apesar das transformações ocorridas ao longo da vida. (...) A imagem corporal nunca é estática. Ela muda de ação para ação (...). “De início, quando a imagem está sendo estabelecida, sua taxa de mudança é alta; novas formas de ação que, apenas um dia antes, estavam além da capacidade da criança, são rapidamente conseguidas” (...). (...) Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2013. (Adaptado)
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Futebol na ponta da língua Alegria, tristeza , expectativa, de saponta mento, vibração, euforia, surpresa e espanto são alguns dos sentimentos que o torcedor de futebol vivencia após a rodada de cada final de semana. Eles geram reações que são incorporadas ao dia a dia do torcedor, com numerosos reflexos em seu comportamento social e, consequentemente, em sua linguagem. A partir dessa constatação, João Machado de Queiroz defendeu (...) a tese de doutorado Vocabulário do futebol na mídia impressa: o glossário da bola. (...) (...) Queiroz verifica, por exemplo, a existência de uma influência recíproca, em termos de linguagem, entre o cronista esportivo e o torcedor. O primeiro recolhe material da linguagem popular para enriquecer seu vocabulário, como “arrumar a cozinha”, “cozinhar o galo” e “desandar a maionese” (domínio da culinária); “carrinho”; “rabo de arraia”, “pernada”, “tesoura” (capoeira); e “animal”, “fera” e “porco” (fauna). Em contrapartida, o torcedor incorpora ao vocabulário de seu dia a dia palavras e expressões da linguagem particular do futebol, como “jogar no time”, “dar bola”, “encher a bola”, “entrar de sola”, “pisar na bola”, “marcar contra”, “ser regra-três” e “tirar o time de campo”. Disponível em: . Acesso em: 13 fev. 2013. (Adaptado)
Influenciada por grande apelo comercial, justificativa social e qualidade de vida, a sociedade assimilou ícones, figuras e símbolos que representam ações esportivas. Também reproduz, na linguagem popular, expressões próprias do futebol, mas não se limita a esse esporte. Estão na boca do povo termos como bandeja, nocaute, backhand e trivela, que caracterizam movimentos próprios do a) basquetebol, boxe, tênis e futebol, respectivamente. b) futebol, judô, vôlei e esgrima, respectivamente. c) basquetebol, judô, rúgbi e futebol, respectivamente. d) handebol, tênis de mesa, esgrima e futebol, respectivamente. e) hóquei, boxe, vôlei e rúgbi, respectivamente. OC: Estudo das práticas corporais: a linguagem corporal como integradora social e formadora de identidade Competência 3, habilidade 9 8 0 1
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7. Leia o fragmento de texto a segu ir, do médico Dráuzio Varella, e faça o que se pede na questão. A preguiça humana (...) Pessoas instruídas estão cansadas de ler a respeito dos benefícios que a atividade física traz para o corpo humano: melhora as condições cardiorrespiratórias, reduz o risco de doenças cardiovasculares, reumatismo, diabetes, hipertensão arterial, câncer, degenerações neurológicas etc. Por que, então, preferem aguardar pacientemente a descer um lance de degraus à custa das próprias pernas? Por uma razão simples: o exercício físico vai contra a natureza humana (...) A preguiça para movimentar o esqueleto não é privilégio de nossa espécie: nenhum animal adulto gasta energia à toa. (...) a escassez milenar de a limentos na natureza fez com que os animais adotassem a estratégia de reduzir o desperdício energético ao mínimo. (...) [Portanto,], se você é daquelas pessoas que esperam a visita da disposição física para começar a fazer exercícios com regularidade, desista. Ela jamais virá. Disposição para sair da cama todos os dias, calçar o tênis e andar até o suor escorrer pelo rosto, nenhum mortal tem. Ou você encara a atividade física com disciplina militar, ou esqueça-se dela. Na base do quando der eu faço, nunca dará. Disponível em: . Acesso em: 13 fev. 2013. (Adaptado)
A alternativa que melhor interpreta o texto é: a) Como a atividade física vai contra a natureza humana, Dráuzio Varella aconselha não praticá-la. b) Sabendo dos benefícios da atividade física, praticá-la com disciplina é antídoto à preguiça natural do ser humano. c) A preguiça de fazer exercícios físicos surgiu entre seres humanos apenas na sociedade moderna. d) A comparação com a vida dos animais serve para conscientizar-nos de que precisamos poupar energia como eles. e) Influenciada pela escassez de alimentos dos dias atuais, a população mundial deixou de fazer exercícios físicos. OC: Estudo das práticas corporais: a li nguagem corporal como integradora social e formadora de identidade Competência 3, habilidade 10
6. A Cada modalidade esportiva compõe-se de um conjunto de movimentos específicos. Bandeja é um termo técnico do basquetebol que caracteriza arremesso à cesta com deslocamento e salto. Nocaute é o golpe perfeito de lutas de contato, dentre elas o boxe. Backhand (costa da mão) consiste numa batida com a raquete do lado contrário ao do braço dominante. Trivela é gíria que denomina chute com o lado externo do pé, provocando trajetória sinuosa. Nesta habilidade — O texto-base exemplifica o uso de termos esportivos na linguagem popular, conduzindo o pensamento do aluno à associação de termos oriundos de outros esportes. A questão exige conhecimentos básicos sobre as modalidades mencionadas nas alternativas, especialmente basquete, boxe, tênis e futebol. Para ir além — Apresente aos alunos outros termos do futebol. Amarelou Termo usado pelos locutores esportivos, quando o fiscal de linha (no futebol) levanta a bandeira amarela (V. BANDEIRINHA). Não se ouve o termo avermelhou quando o outro fiscal de linha levanta a bandeira vermelha. Amarelou tem, ainda, o sentido de ficar com medo (...). Outro sentido: Amarelar e amarelou são termos usados para designar a atitude dos árbitros nas repreensões aos jogadores, mostrando-lhes o cartão amarelo. (...) Nessas situações, e por comutação, aparece o termo avermelhou, quando é mostrado ao jogador o cartão vermelho, indicando sua expulsão do campo de jogo. Cartola Termo da gíria do futebol, mas não ligado aos acontecimentos ocorridos dentro do campo de jogo. Designa os dirigentes de clubes, federações etc. que, como autoridades supremas dessas entidades, se apresentavam impecavelmente vestidos com fraque e cartola. Formação metonímica (a parte pelo todo), portanto. A história do futebol possui registros, alguns interessantíssimos, que descrevem, inclusive, a indumentária dos frequentadores e dirigentes das agremiações esportivas do passado. (...) De largo uso nos comentários esportivos, de modo geral. É termo pejorativo usado, muitas vezes, no plural: cartolas. Trivela Termo da gíria do futebol. Chute (V.) ou passe dado com o lado externo ou interno do pé, ocasionando efeito na bola. Está dicionarizado (...). Segundo Ivan Cavalcanti Proença, “Há quem garanta que o nome se deve ao fato de o chute ou passe ser dado de lado, com os três dedos do pé, os menores naturalmente”. (...) É uma construção que léxica e morfologicamente obedece às normas da língua padrão. Denotativamente significa um jogador que dribla vários adversários, um após outro, como se todos estivessem em uma fila indiana. É muito ouvida nas transmissões radiofônicas de partidas de futebol. O que chama a atenção é que os locutores se servem dessa forma correta de se expressar para imprimir inúmeras variações na inflexão verbal, criando situações verbais de quase uma visualização nítida da jogada.
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Disponível em: . Acesso em: 13 fev. 2013. (Adaptado)
Biblioteca — Aos interessados na temática, recomendamos a leitura de A Linguagem Popular do Futebol , de J. M. Capinussú, editora Ibrasa. A obra é um estudo interessantíssimo sobre a linguagem empregada pelos comunicadores esportivos na transmissão de jogos de futebol, pelo rádio ou pela tevê. Tecnologia — No portal os alunos encontram diversos outros termos do futebol e respectivos significados. 7. B De acordo com o autor, a preguiça é inerente ao ser humano e remonta ao passado, quando havia pouca comida e a energia corporal tinha de ser preservada. Na atualidade, porém, cabe a ele disciplinar-se para realizar atividades físicas com vistas à manutenção da saúde, uma vez que o sedentarismo é causa de diversas doenças e distúrbios. Nesta habilidade — A questão é bastante simples. Ao aluno basta compreender que, segundo Dráuzio Varella, a disposição para a prática de atividade física não é natural, cabendo ao indivíduo ter força de vontade e disciplina para se exercitar. Tecnologia — A prática esportiva é fator decisivo para a melhoria da qualidade de vida, proporciona alegria e bem-estar e promove a inclusão e a cidadania. Oriente os alunos a assistir a vídeo sobre o tema no portal. Biblioteca — No portal os alunos podem assistir a interessante palestra proferida pelo doutor Drauzio Varella sobre evolução da humanidade, diferenças biológicas entre homens e mulheres, habilidades corporais, preguiça, atividade física, qualidade de vida, alimentação, distorção da autoimagem, entre outros assuntos.
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8. Enem Efeitos do Exercício Físico
9. Músculos
Coração Pulmões
Fornecem oxigênio I K ao sangue Z T I
L U A K N A I T S A B E S
Os pulmões podem receber mais ar e difundir mais oxigênio ao sangue
Bombeia sangue rico em oxigênio aos músculos
Utilizam o oxigênio para queimar combustível para a produção de energia O I D U T S C I G O L O X I P
O coração aumenta de tamanho, pode bombear mais sangue por batimento e bate mais lentamente em repouso ou durante o exercício
C I L I A S J O B E N
Os músculos adquirem tônus e podem queimar mais combustível, especificamente a gordura, durante o exercício
A ventilação, a circulação e o metabolismo estão intimamente ligados e todos melhoram com o treinamento. NIEMAN, D. Exercício e saúde. São Paulo: Manole, 1999. (adaptado)
A partir dos efeitos fisiológicos do exercício no organismo, apresentados na figura, são adaptações benéficas à saúde de um indivíduo: a) Diminuição da frequência cardíaca em repouso e aumento da oxigenação do sangue. b) Diminuição da oxigenação do sangue e aumento da frequência cardíaca em repouso. c) Diminuição da frequência cardíaca em repouso e aumento da gordura corporal. d) Diminuição do tônus muscular e aumento do percentual de gordura corporal. e) Diminuição da gordura corporal e aumento da frequência cardíaca em repouso. OC: Estudo das práticas corporais: a linguagem corporal como integradora social e formadora de identidade Competência 3, habilidade 10
Evidências médicas sugerem que a suplementação alimentar pode ser benéfica para um pequeno grupo de pessoas, como atletas competitivos, cuja dieta não seja balanceada. Nesses casos, comprovada a deficiência de um nutriente, o aumento de sua ingestão, por meio de alimentação habitual ou através de suplementos, é indicado. Entretanto, tem-se observado que adolescentes e nvolvidos em atividade física ou atlética estão usando cada vez mais tais suplementos. A prevalência desse uso varia entre os tipos de esportes (na musculação e no fisiculturismo, seu uso é frequente), aspectos culturais, faixas etárias (mais comum em adolescentes) e sexo (maior prevalência em homens). Poucos estudos se referem à frequência, ao tipo e à quantidade de suplementos usados, mas parece ser comum que as doses recomendadas sejam excedidas.
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ALVES, Cresio; LIMA, Renata Villas Boas. Uso de suplementos alimentares por adolescentes . Jornal de Pediatria. Porto Alegre, v. 85, n. 4, ago. 2009.
O consumo desse tipo de produto tem sido muito difundido entre os jovens pelo fato de: a) acelerarem o ganho muscular resultado da musculação. b) suprirem uma necessidade de nutrientes, devido à baixa qualidade dos alimentos comercializados atualmente. c) ajudarem no desempenho físico do praticante, diante do volume de exercícios impostos pelas academias de musculação. d) a mídia divulgar os efeitos duradouros desses suplementos na saúde dos praticantes de atividades físicas. e) ser condição inevitável a todos os praticantes de exercícios físicos, em função da aceleração do metabolismo corporal. OC: Estudo das práticas corporais: a linguagem corporal como integradora social e formadora de identidade Competência 3, habilidade 10
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8. A A atividade física regular traz uma série de benefícios antropométricos e metabólicos ao praticante, tais como diminuição da frequência cardíaca em repouso. Isso se deve à resistência cardiovascular obtida com a prática constante e ao aumento da capacidade pulmonar, traduzida em melhoria da oxigenação sanguínea. Nesta habilidade — O aluno deve ser capaz de relacionar as informações do infográfico para avaliar as alternativas, além de diferenciar benefícios de malefícios. De acordo com o texto-base, ao praticar atividade física, o indivíduo diminui a frequência cardíaca em repouso, aumenta a oxigenação do sangue e adquire tônus muscular, adaptações benéficas à sua saúde. Para ir além — Aprofunde o tema apresentando aos alunos outros benefícios proporcionados pela atividade física regular. Tenha como base o texto a seguir. Benefícios dos exercícios físicos regulares e da melhoria da aptidão física na saúde de adultos (...) Estudos epidemiológicos mostram claramente que a atividade física regular protege a saúde. (...) Isso também se evidencia quando um indivíduo aumenta seu nível de atividade física, passando de um estilo de vida sedentário ou um estilo de vida com níveis insuficientes de atividade física para um que incorpore os níveis de atividades físicas recomendados. Exercícios físicos reduzem o risco de desenvolvimento de doenças coronarianas, derrames, diabetes tipo 2 e alguns tipos de câncer (por exemplo, cólon e câncer de mama). Muitos estudos defendem a utilização do exercício físico na prevenção e no tratamento dos fatores de risco para doenças cardiovasculares, entre elas as doenças coronárias. A prática de exercícios físicos pode alterar de forma positiva o metabolismo e a composição das lipoproteínas, reduzindo o risco de desenvolvimento dessas doenças. A prática de exercícios pode contribuir na prevenção dos fatores de risco para aterosclerose. Alguns estudos demonstram que o exercício também pode promover a diminuição do colesterol total e o aumento da lipoproteína HDL, que têm antioxidantes. O efeito agudo ou crônico do exercício aeróbio, tanto de baixa como de alta intensidade e duração, pode melhorar o perfil lipoproteico, estimulando o melhor funcionamento dos processos enzimáticos envolvidos no metabolismo lipídico, favorecendo, principalmente, aumentos dos níveis da HDL, assim como modificando a composição química do LDL, tornando-os menos aterogênicos. A associação da dieta e perda de peso corporal ao exercício aeróbio parece ser fundamental para a obtenção de um bom perfil lipídico. Em alguns estudos, a melhora dos níveis de HDL dependeu da intervenção associada da perda de peso corporal. (...) De particular relevância para os idosos, o exercício preserva a massa óssea e reduz o risco de quedas. Estudos observaram em idosos uma perda significativa de massa muscular e de níveis de força (sarcopenia), normalmente resultado da degeneração do sistema nervoso e da inatividade física, assim como decréscimo de massa óssea, podendo resultar em osteopenia e até osteoporose. (...) Um estilo de vida fisicamente ativo aumenta a disposição e a sensação de bem-estar, melhora a qualidade de vida e a função cognitiva e está associada a um menor risco de declínio cognitivo e demência.(...) Idosos sedentários podem perder algumas de suas capacidades intelectuais; portanto, estímulos como exercícios são importantes, a fim de proteger o intelecto contra deterioração. Assim sendo, se exercícios atuam sobre a plasticidade neural, e ela ainda existe em idosos mesmo com doença de Alzheimer, exercícios cognitivos feitos na reabilitação podem agir positivamente no cérebro desses pacientes.
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Disponível em: . Acesso em: 18 fev. 2013. (Adaptado)
9. A O texto se refere a determinadas pessoas — atletas que necessitam desse tipo de suplementação —, então qualquer outra condição imposta não é válida na justificativa de consumir tais produtos. Por serem imediatistas e não desejarem perder tempo com várias sessões de exercícios físicos, o caminho que consideram mais rápido para ganhar massa muscular é por meio da suplementação. Nesta habilidade — Para resolver a questão, basta ao aluno compreender a ideia central do texto-base — uso indiscriminado de suplementos por jovens que objetivam ganho muscular em tempo reduzido. Biblioteca — No portal os alunos encontram esclarecimentos sobre a necessidade de suplementação alimentar e os riscos do mau uso dessas substâncias. Tecnologia — Mais relevante do que a suplementação alimentar por meio de fórmulas para obter músculos fortes é a adequada alimentação, baseada na ingestão de fibras e nutrientes em quantidades adequadas ao bom funcionamento do organismo. Saiba mais sobre isso no portal.
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10. A C I S Í F O Ã Ç A C U D E | M E N E
As dife renças entre os sexo s n o e sporte são muitas, principalmente nas atividades em que determinadas capacidades são decisivas, como força e resistência. (...) Na maioria dos casos o homem será mais alto, mais forte, mais veloz, e por essas razões terá vantagem no desempenho físico. O homem possui maior quantidade de massa muscular e menor de gordura corporal. Esses fatores, associados a questões hormonais, colocam o sexo masculino em melhor condição para as práticas esportivas de uma forma geral. (...) Dificilmente a mulher conseguirá ter um desempenho físico melhor que o do homem, porém em atividades em que a coordenação motora e concentração são mais importantes que a força e a velocidade, podemos encontrar uma mulher que supere o homem. (....) (...) A necessidade de se adaptar o espaço físico é uma questão individual de cada esporte e deve ser avaliada com bastante cuidado para que possíveis alterações não descaracterizem a atividade e, ao mesmo tempo, tornem a prática mais competitiva para as mulheres. Em esportes como futebol, basquete e tênis, por exemplo, as dimensões de quadras e campos são as mesmas. Em casos como o vôlei, a altura da rede é mais baixa para as mulheres. No atletismo, o tamanho e a distância em provas de barreiras diferem entre masculino e feminino, sendo o primeiro disputado numa raia de 110 m com altura do obstáculo de 1,067 m e o segundo 100 m com 84 cm de altura. Disponível em: . Acesso em: 27 nov. 2012. (Adaptado)
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Essas adaptações aconteceram ao longo da história esportiva, tendo sido motivadas a) pela necessidade de permitir às mulheres atingir resultados parecidos aos dos homens, mas em condições mais fáceis, de forma a aumentar sua autoestima. b) por apelo de grupos femininos, que colocaram a condição cultural como determinante para o baixo rendimento das mulheres em condições iguais às dos homens. c) pelos estudos fisiológicos que estabeleceram força, velocidade e resistência das mulheres em parâmetros menores, conforme a estatura média feminina. d) pelo fato de as mulheres não treinarem tanto quanto os homens, e a maternidade não lhes permitir rendimentos semelhantes aos deles. e) pelas dimensões menores de altura, mãos e pés, que não lhes permitem impulsões e empunhaduras iguais às dos homens. OC: Estudo das práticas corporais: a li nguagem corporal como integradora social e formadora de identidade Competência 3, habilidade 9
11. Enem — Saúde, no modelo atual de qualidade de vida, é o resultado das condições de alimentação, habitação, educação, renda, trabalho, transporte, lazer, serviços médicos e acesso à atividade física regular. Quanto ao acesso à atividade física, um dos elementos essenciais é a aptidão física, entendida como a capacidade de a pessoa utilizar seu corpo — incluindo músculos, esqueleto, coração, enfim, todas as partes —, de forma eficiente em suas atividades cotidianas; logo, quando se avalia a saúde de uma pessoa, a aptidão física deve ser levada em conta. A partir desse contexto, considera-se que uma pessoa tem boa aptidão física quando a) apresenta uma postura regular. b) pode se exercitar por períodos curtos de tempo. c) pode desenvolver as atividades físicas do dia a dia, independentemente de sua idade. d) pode executar suas atividades do dia a dia com vigor, atenção e uma fadiga de moderada a intensa. e) pode exercer atividades físicas no final do dia, mas suas reservas de energia são insuficientes para atividades intelectuais. OC: Estudo das práticas corporais: a linguagem corporal como integradora social e formadora de identidade Competência 3, habilidade 10
12. Como prática regular de atividade física, a dança pode ser uma ferramenta importante para a manutenção de uma vida saudável e, consequentemente, de melhor qualidade, pois proporciona bom condicionamento físico, auxiliando no desenvolvimento das capacidades físicas. Traz benefícios a nível cardiovascular, além de possibilitar maior flexibilidade e coordenação, sem contar com os benefícios psicológicos, já que é uma atividade muito prazerosa, que pode incentivar inclusive os indivíduos mais sedentários. SILVA, Maria Gabriela Bernardo da; VALENTE, Thais Marques. A dança como prática regular de atividade física e sua contribuição para melhor qualidade de vida. Revista EFDeportes.com, Buenos Aires, ano 15, n. 166, mar. 2012.
Sabe-se haver grande procura por aulas de dança, em parte por influência de concursos televisivos, em que a habilidade e a técnica dos dançarinos são exaltadas e julgadas. Além de ser excelente forma de exercício e promover o bem-estar dos praticantes, a dança está relacionada a um aspecto positivo da relação interpessoal, a saber: a) a socialização, afinal se costuma dançar em pares ou grupos. b) o lazer, pois essa prática só acontece em ocasiões festivas. c) a beleza de movimentos, vestimentas, postura, harmonia dos casais, domínio da técnica. d) o emocional, que leva um praticante tímido a não ter a mesma desenvoltura que um mais expansivo. e) a afirmação da identidade de uns em detrimento de sua influência sobre a personalidade de outros. OC: Estudo das práticas corporais: a linguagem corporal como integradora social e formadora de identidade Competência 3, habilidade 9
10. C As condições de treinos e dimensões masculinas e femininas pouco interferem no resultado final de modalidade coletiva ou individual. A questão fisiológica ainda é o ponto que mais impõe restrições às mulheres. A condição de força, velocidade e resistência é determinante na ação final do atleta. Por isso a necessidade de adaptar espaços, alturas e materiais. Nesta habilidade — A questão é relativamente simples, exigindo do aluno compreensão da ideia central do texto, noções sobre a diferença física entre gêneros e bom senso para eliminar os distratores. De todas as alter nativas, apenas a C se relaciona ao conteúdo do texto, que justifica as diferenças de parâmetro para a prática desportiva feminina por motivos fisiológicos. Biblioteca — Para saber mais sobre as diferenças de gênero nas práticas esportivas, sugira aos alunos acessar o portal. 11. C O autor do texto define aptidão física como capacidade de a pessoa utilizar seu corpo (...) de forma eficiente em suas atividades cotidianas. Não há menção a postura, idade, grau de atenção, vigor, fadiga ou capacidade de desempenhar atividades intelectuais ao final do dia. Nesta habilidade — O aluno deve ser capaz de reconhecer no texto as condições que caracterizam a aptidão física — capacidade de utilizar o corpo de forma eficiente em suas atividades cotidianas — para relacioná-las à alternativa correta. Biblioteca — A boa aptidão física é avaliada em concursos para oficiais militares, seleção de profissionais dos correios, entre outros. No portal os alunos assistem a vídeo com alguns dos testes que avaliam a aptidão física dos candidatos.
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12. A A dança tem a característica secular de reunir pessoas com o objetivo de dançar, portanto promove a socialização. Embora presente em momentos de lazer, a dança não se restringe a eles, considerando que muitos assumem a dança como profissão. Aspectos estéticos da dança, como beleza de movimentos e figurino, não são relevantes para a relação interpessoal, mas o seriam para um concurso televisivo, por exemplo. Nesta habilidade — O texto-base apresenta alguns benefícios da dança, que não se limitam aos apresentados, conforme enunciado. Para avaliar as alternativas, o aluno precisa compreender o significado de relação interpessoal, de forma a relacionar o termo com a socialização promovida pela dança. Tecnologia — Além de promover o bem-estar físico e a socialização, a dança permite ao indivíduo desenvolver habilidades motoras, flexibilidade e leveza. Oriente os alunos a acessar o portal para saber mais sobre o assunto. Para ir além — Apresente aos alunos outros benefícios que a dança proporciona ao corpo humano. Os benefícios da dança como atividade física
Os benefícios da dança como uma atividade física são bem conhecidos: flexibilidade, melhora do condicionamento aeróbico, aprimoramento da coordenação motora e perda de peso, entre tantos outros. Mas pouco se fala da dança como uma terapia para a alma. Basta observar com um pouco mais de atenção para perceber que os resultados vão muito além do bem-estar físico. Socialização, combate à depressão e à timidez, alegria, autoestima elevada e disposição para encarar as dificuldades do dia a dia são apenas algumas das transformações que se nota em quem se arrisca a adentrar o mágico mundo da dança. Mais do que técnica, é preciso sentimento — e isso o ser humano tem de sobra. Ao ensaiar os primeiros passos, a pessoa se desprende dos medos e preconceitos e vê seu estilo de vida ser transformado pouco a pouco. “A dança é mesmo uma forma de terapia. E qualquer pessoa pode dançar, não existem restrições, nem mesmo de idade. Os passos podem — e devem — ser adaptações às limitações físicas de cada um, mas não existe impedimento. Basta saber ouvir a música e dançar para você, sempre com muita emoção, e sem se preocupar com os outros”, comenta Ivan C arlos Marcondes, professor de dança da Cia. Jundiaiense de Dança de Salão. Mas quem pensa que a dança é privilégio apenas dos mais jovens se engana — e muito. Essa é uma das atividades mais democráticas e que possibilita a participação de qualquer pessoa. Basta apenas se sentir disposto a começar. (...) Bailes, aulas de dança ou mesmo de coreografia. Representantes da melhor idade comparecem com um único compromisso: se divertir. Basta observar durante poucos minutos e já é possível perceber a alegria de cada um ao estar ali, dançando. O professor da Cia. Jundiaiense de Dança explica que a dança de salão é indicada muitas vezes para quem faz terapia de casal. “Isso porque eles se tornam mais próximos e acabam resgatando toda a cumplicidade do início do relacionamento. A vida a dois com certeza melhora muito, inclusive ao ampliar a roda de amigos”, esclarece Marcondes. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2013. (Adaptado)
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13. Cerca de 15% do corpo humano é formado por ossos, que compõem o esqueleto humano. A massa óssea chega ao auge entre 20 e 25 anos, em ambos os sexos, e se mantém estável até por volta dos 35 anos. Depois disso, homens e mulheres começam a perdê-la. Nesse sentido, a atividade física é importante para aumentar a força do músculo e, por conseguinte, do osso. Os músculos estão ligados aos ossos por meio de tendões, que realizam forte pressão no osso durante a atividade física. Para o osso aguentar a pressão, ele se adapta e fortalece, aumentando sua massa por meio de maior absorção de minerais (cálcio e fósforo). COLTRO, Yara. Atividade fí sica pode prevenir a osteoporose. Notícias Webrun , 2009.
a) b) c) d)
e)
Diante do exposto, podemos concluir que a prática continuada de exercícios físicos de baixa intensidade é suficiente para o metabolismo do cálcio não diminuir com a idade. realizar atividades com solicitação cardiorrespiratória na faixa de 50 a 70% contribui para o aumento da força. a musculação para idosos é necessária e indicada à prevenção da osteoporose. a prática frequente de atividades físicas até 25 anos de idade é suficiente para manter o nível de cálcio até a velhice, sendo complementado com medicação. não se recomendam atividades de impacto ou exercícios de resistência para prevenir a osteoporose.
OC: Estudo das práticas corporais: a linguagem corporal como integradora social e formadora de identidade Competência 3, habilidade 10
14. Enem Verbo ser Que vai ser quando eu crescer? Vivem perguntando em redor. Que é ser? É ter um corpo, um jeito, um nome? Tenho os três. E sou? Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo ou jeito? Ou a gente só principia a ser quando cresce? É terrível, ser? Dói? É bom? É triste? Ser: pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas? Repito: ser, ser, ser. Er. R. que vou ser quando crescer? Sou obrigado a? Posso escolher? Não dá pra entender. Não vou ser. Não quero ser. Vou crescer assim mesmo. Sem ser. Esquecer. ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992. 8 9 1
a) no conflito do padrão corporal imposto contra as convicções de ser autêntico e singular. b) na aceitação das imposições da sociedade seguindo a influência de outros. c) na confiança no futuro, ofuscada pelas tradições e culturas familiares. d) no anseio de divulgar hábitos enraizados, negligenciados por seus antepassados. e) na certeza da exclusão, revelada pela diferença de seus pares.
A inquietação existencial do autor com a autoimagem corporal e a sua corporeidade se desdobra em questões existenciais que têm origem
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OC: Estudo das práticas corporais: a linguagem corporal como integradora social e formadora de identidade Competência 3, habilidade 10
15. Nelson Carvalho Marcelino, em sua obra Estudos do Lazer — uma Introdução (2000, p. 18), classifica o lazer em seis áreas fundamentais: interesses artísticos, intelectuais, físicos, manuais, turísticos e sociais, ou seja, (...) ir à academia pode ser considerado um interesse físico, (...) ir ao cinema ou ao teatro, um interesse artístico. O lazer passivo, que consiste na propaganda bem-montada da indústria do lazer, ao contribuir, por sua vez, com esse processo de alienação, orienta as escolhas e o modismos, manipula o gosto, determinando os programas. O lazer ativo, por sua vez, se caracteriza pela participação integral da pessoa como ser capaz de escolha e de criticidade. Disponível em: . Acesso em: 29 nov. 2012.
Sendo o lazer um dos componentes individuais da qualidade de vida, é correto afirmar que a) o conceito de lazer não é ensinado adequadamente, o que influencia negativamente a escolha de lazer dos indivíduos. b) as pessoas têm bom parâmetro de lazer, afinal há vários espaços para essa finalidade; só não os usa quem não quer. c) enquanto lazer ativo, o esporte depende de condicionamento físico, técnico e tático. d) o lazer passivo, como a leitura, quando realizado de modo sistêmico, auxilia na capacidade social do indivíduo. e) um atleta profissional pode praticar o atletismo como lazer, pois é possível trabalhar e divertir-se ao mesmo tempo. OC: Estudo das práticas corporais: a linguagem corporal como integradora social e formadora de identidade Competência 3, habilidade 9
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13. C O texto se refere ao aumento da força por meio da prática de atividade física. Para isso são necessários exercícios de intensidade moderada a forte, que provoquem algum impacto, em frequência constante e continuada ao longo da vida. Exercícios que solicitam condição cardiorrespiratória não estimulam efetivamente a condição de força, mas de resistência. Nesta habilidade — Algumas informações contidas nas alternativas extrapolam o texto-base, como a intensidade e o tipo de exercícios a serem praticados para a manutenção do cálcio no organismo. No entanto, o aluno atento depreende do texto que, para melhorar o desempenho de ossos e músculos na velhice, são recomendáveis atividades físicas para complementar os cuidados com a osteoporose. Biblioteca — No portal os alunos assistem a vídeo sobre a importância do exercício físico para a prevenção da osteoporose. 14. A A inquietação do enunciador manifesta-se em questionamentos relacionados a expectativas sobre o crescimento. Dentre eles, se crescer significa ter um corpo de acordo com o padrão imposto socialmente, isso pode contrariar a autenticidade e a singularidade do indivíduo. Nesta habilidade — Para resolver o teste, o aluno deve identificar, no texto, que a origem das questões existenciais está entre ser autêntico ou ser como a sociedade impõe ser o “certo”. Tecnologia — Para saber mais sobre padrões de aparência e insegurança pessoal, oriente os alunos a acessar o portal. 15. A Em razão da ausência de uma cultura de lazer adequada, que deveria ser ensinada nas escolas, a mídia orienta escolhas e modismos, manipula o gosto, determina programas de lazer. Nesta habilidade — O aluno precisa ser capaz de ler, nas entrelinhas do texto-base, que o conceito de lazer não é conhecido pelo público em geral, por isso não é praticado nem ensinado adequadamente. Além disso, depende de seus conhecimentos sobre o assunto para reconhecer que: a quantidade de áreas destinadas ao lazer não é sinônimo de consciência do lazer como conjunto de práticas destinadas ao relaxamento e à diversão do indivíduo; diversão não exige capacidades aprimoradas, apenas vontade; a leitura como lazer individual não desenvolve a capacidade social do indivíduo; o lazer no ambiente de trabalho ou com quem se trabalha não provoca quebra de rotina, que é fundamental no conceito de lazer. Para ir além — Para melhor compreender a diferença entre lazer passivo e ativo, sugerimos a leitura do texto a seguir. O lazer, que vem do latim licere — ser lícito, ser permitido —, é normalmente definido como série de atividades que o ser pode praticar em seu tempo livre, ou seja, naquele momento em que não está trabalhando, em tarefas familiares, religiosas ou sociais, e que lhe proporcionam prazer. Nesse contexto ele tem a oportunidade de relaxar, descansar, se distrair, exercer alguma forma de recreação. É preciso não esquecer, porém, que o lazer não é apenas um grupo qualquer de ocupações sem propósito algum senão preencher o tempo livre do sujeito. Ele pode e deve, como a animação cultural, ter uma conotação crítica e até mesmo transformadora da ordem instituída, mesmo que isso implique em desconstruir antigos mitos e convenções. Dessa forma é possível despertar o potencial criativo das pessoas e incluí-las cultural e artisticamente. (...) Além disso, é mais complexo definir o lazer, pois ele pode estar ligado ao campo profissional de uma pessoa. (...) Aí entra a importância da atitude diante da ocupação, porque se há deleite no que se faz, então se pode considerar que o trabalho está, de certa forma, aliado ao lazer. (...) O lazer também é comumente classificado como passivo ou ativo. Passivo é aquele que aliena o ser, e o envolve na teia consumista gerada pela indústria cultural, na qual o consumidor não passa de mais uma peça da engrenagem. Ele é inserido no mercado, hipnotizado pelo universo da publicidade, e neste sentido o lazer também se transforma em um produto, acessível não mais apenas pelo tempo de que a pessoa dispõe, mas principalmente pelo capital, item fundamental. (...) Já o lazer ativo possibilita uma nova enunciação das múltiplas vivências, uma conversão das atividades em conhecimento, em expressão criadora e em novos olhares e potencialidades. Nesse campo é permitida uma maior convivência social e uma melhor qualidade de vida. Simultaneamente, o ser encontra o desejado deleite e o imprescindível repouso. Disponível em: . Acesso em: 14 fev. 2013.
Tecnologia — Para entender a importância da prática do esporte como lazer na escola, recomendamos assistir a vídeo disponível no portal.
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É necessário pensar, então, que os sujeitos não são apenas homens ou mulheres, mas homens e mulheres de várias etnias, classes, religiões, gerações etc., sendo que suas identidades se constroem ao longo da vida através de inúmeras práticas sociais, dentre elas, as esportivas. No campo do esporte, essa marcação não ocorre de forma deslocada de outras tantas presentes no cotidiano dos indivíduos e seus corpos. Os gestos, as musculaturas, as roupas, os acessórios, as modalidades praticadas, as performances carregam consigo significados que, na nossa sociedade e no nosso tempo, estão também associados ao feminino e ao masculino. Essas marcas produzem efeitos e, não raras ve zes, são reclamadas para justificar a inserção, adesão e permanência de homens e mulheres em diferentes práticas corporais e esportivas, produzindo efeitos que podem ser visualizados.
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ESPINDULA, B. (Org.) Políticas de esporte para a juventude: contribuições para debate. 1. ed. São Paulo: Instituto Pensarte, 2009.
Ao observar praticantes de atividades físicas, nota-se a) a relação entre gêneros e práticas esportivas — futebol para homens e dança para mulheres, por exemplo. b) que homens e mulheres praticam exercícios físicos sempre no mesmo ambiente. c) a intimidação das mulheres em praticar atividades físicas, porque os trajes esportivos femininos delineiam o corpo e o expõem aos olhares masculinos. d) a divisão do espaço por ambos os gêneros, reunidos na mesma prática ou voltados a atividades específicas. e) não haver interação entre gêneros no esporte, mas apenas em atividades profissionais, não competitivas e artísticas. OC: Estudo das práticas corporais: a linguagem corporal como integradora social e formadora de identidade Competência 3, habilidade 9
17. As lutas são disputas em que os oponentes devem ser subjugados com técnicas e estratégias de desequilíbrio, contusão, imobilização ou exclusão de determinado espaço na combinação de ações de ataque e defesa. 2 1 1
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a) a necessidade de dar parâmetros de defesa pessoal para os alunos enfrentarem a violência urbana. b) o apelo de saúde que a luta proporciona, afinal atende a várias aptidões necessárias à manutenção da qualidade de vida: resistência, flexibilidade e equilíbrio. c) a oportunidade de expor os alunos a limitações e possibilidades, de reconhecer a atividade como meio para superação de dificuldades. d) dar ao indivíduo a oportunidade de extravasar frustrações e estresse por meio da luta, que, bem orientada, favorece o aparecimento de atletas dessa modalidade. e) a imposição de normas e diretrizes que sustentam a educação física na escola e o conteúdo da luta incluída nos seus procedimentos padrões.
16.
MATTOS, Mauro Gomes de; NEIRA, Marcos Garcia. Educação Física na Adolescência. Rio de Janeiro: Phorte, 2000. (Adaptado)
As lutas fazem parte dos conteúdos previstos para a educação física. O principal argumento que sustenta sua presença na escola é
OC: Estudo das práticas corporais: a linguagem corporal como integradora social e formadora de identidade Competência 3, habilidade 10
18. O desenvolvimento de um comportamento autônomo depende de suportes materiais, intelectuais e emocionais. Para a conquista da autonomia é preciso considerar tanto o trabalho individual quanto o coletivo-cooperativo. O individual é potencializado pelas exigências feitas aos indivíduos no sentido de se responsabilizarem por suas tarefas, pela organização e pelo envolvimento com a atividade. MATTOS, Mauro Gomes de; NEIRA, Marcos Garcia. Educação Física na Adolescência. Rio de Janeiro: Phorte, 2000.
O indivíduo conquista autonomia no esporte ao praticar atividades que desafiam suas habilidades e proporcionam autoconhecimento. Por meio da prática, ele reconhece suas habilidades e as direciona para o bom desempenho do grupo. Nesse sentido, a prática corporal que melhor exemplifica o trabalho individual em prol do coletivo-cooperativo é a) o solo de dança, em que um indivíduo se destaca do grupo pela maior habilidade na prática. b) a maratona, em que as aptidões físicas dos participantes são comparadas, sugerindo suas limitações e possibilidades. c) o jogo coletivo de ataque e defesa, em que os participantes assumem funções conforme habilidades individuais. d) o jogo recreativo, em que não se prioriza a habilidade de todos, mas dos mais aptos. e) a sessão de condicionamento físico, com variação de quantidade e intensidade do exercício. OC: Estudo das práticas corporais: a linguagem corporal como integradora social e formadora de identidade Competência 3, habilidade 10
16. D Ao dividir espaço para realizar atividades físicas, homens e mulheres podem voltar-se para a mesma prática, como caminhada ou corrida, ou específica. No Brasil, a interação entre gêneros é possível em qualquer ambiente, profissional, esportivo ou artístico. Embora homens e mulheres possam exercitar-se num mesmo ambiente, existem academias exclusivamente femininas e com objetivos estéticos. Nesta habilidade — O texto funciona como introdução ao tema, cabendo ao aluno associá-lo a seus conhecimentos sobre o tema para depreender que a prática de esportes deriva da necessidade de cuidar do corpo e independe de gênero, pois homens e mulheres podem dividir espaços para suas práticas. 17. C Como qualquer atividade física, as lutas têm regras e condutas, com o objetivo de confrontar forças e estratégias por meio de técnicas e movimentos corporais que desafiam os praticantes a se superar. Nem sempre o forte vence o fraco, mas o habilidoso normalmente tem vantagem. Por meio da prática física, o indivíduo toma conhecimento de suas habilidades e limitações. Nesta habilidade — O aluno necessita de bom domínio do texto e conhecimentos prévios sobre os fundamentos das artes marciais para depreender que as lutas são embasadas em técnicas e estratégias que não dependem da força e do tamanho dos praticantes, mas de sua habilidade. Por meio do treinamento, os alunos conhecem seus limites e capacidades e disciplinam o corpo e a mente, o que justifica a implantação de aulas de luta na escola. Para ir além — O texto a seguir aborda aspectos apontados nas questões 16 e 17. Sugerimos sua leitura para promover debate com os alunos sobre a temática ensino de artes marciais na escola. Artes marciais e escola pública: estabelecendo relações democráticas de gênero (...) Um grande desafio para os professores de Educação Física, no que diz respeito ao ensino das artes marciais, será quanto ao desenvolvimento de relações democráticas de gênero. Parece-nos evidente que as artes marciais sempre foram vistas como uma atividade masculinizada e masculinizadora. Ou seja, foram historicamente constituídas por homens e para homens, o que significa dizer que, em grande medida, as artes marciais serviram, e ainda servem, como instrumento ideológico ao ser homem. O mesmo raciocínio pode ser aplicado quanto às manifestações da cultura corporal identificadas com fazer-se mulher. Uma face deste projeto, que estamos chamando de ser homem, e, por necessidade ontológica, o ser mulher, pode ser facilmente constatado, ainda hoje, na maioria das escolas de educação infantil. Em geral, essas escolas oferecem a seus alunos, dependendo do sexo, distintas modalidades da cultura corporal: balé, jazz ou dança moderna para as meninas e lutas para os meninos. Isso pode significar que as lutas, assim como as diferentes manifestações rítmicas e expressivas, estão a serviço de uma formação sexista. (...) Esse quadro cria, de certo modo, um problema futuro, e muitas vezes contemporâneo, para meninas-mulheres e meninos-homens que recebem, desde os primeiros anos de vida escolar, portanto, ainda em fase inicial de construção de identidades sociais, fortes influências dos tradicionais papéis sociais esperados pela sociedade tanto para homens como para mulheres. Diante dessas considerações, não é difícil perceber o papel que as artes marciais podem desempenhar no processo do ser homem, e aí, atentarmo-nos para o fato de, ao incluirmos as artes marciais no currículo da educação física, considerarmos a participação feminina e a masculina em igualdade de condições. O que significa dizer que as artes marciais não precisam ser masculinas e, muito menos, masculinizadoras. (...)
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Disponível em: . Acesso em: 18 fev. 2013. (Adaptado)
18. C Para o bom desenvolvimento de uma coreografia, todos os dançarinos precisam desempenhar corretamente seu papel, uma vez que se trata de atividade coletiva. Numa maratona, os atletas competem entre si, sem foco no desempenho do grupo. A autonomia, como refere o autor, é alcançada por meio do comprometimento individual com o grupo, de forma coletiva e cooperativa. Alcançar êxito por talento e habilidade de poucos não contempla todos, não envolve a participação cooperativa. Nesta habilidade — Para responder à questão, o aluno precisa compreender do texto que a potencialização da capacidade individual é decorrente de sua importância para o desempenho do todo. Dessa forma, é capaz de identificar qual prática melhor exemplifica a competência individual do atleta, levando em conta a boa performance do grupo. Biblioteca — Esporte que tem se destacado pela superação de desafios e por promover o autoconhecimento corporal e mental é o parkour, desenvolvido na França por David Bell. Saiba m ais sobre ele no portal.
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TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 1. Enem Influenza A (Gripe Suína): Se você esteve ou manteve contato com pessoas da área de risco e apresenta os seguintes sintomas: Febre alta repentina e superior a 38 graus. Tosse. Dor de cabeça. Dores musculares e nas articulações. Dificuldade respiratória. • • • • •
Entre em contato imediatamente com o Disque Epidemiologia: 0800-283-2255 . Evite a contaminação: •
•
Quando tossir ou espirrar, cubra sua boca e nariz com lenço descartável. Caso não o tenha utilize o antebraço. Se utilizar as mãos lave-as rapidamente com água e sabão. O uso de máscaras é indicado para prevenir contaminações. BRASIL . Ministério da Saúde, 2009 (adaptado).
O texto tem o objetivo de solucionar um problema social, a) descrevendo a situação do país em relação à gripe suína. b) alertando a população para o risco de morte pela Influenza A. c) informando a população sobre a iminência de uma pandemia de Influenza A. d) orientando a população sobre os sintomas da gripe suína e procedimentos para evitar a contaminação. e) convocando toda a população para se submeter a exames de detecção da gripe suína. OC: Estudo dos gêneros digitais: tecnologia da comunicação e informação — impacto e função social Competência 1, habilidade 2
2. Uma importante revista de circulação nacional disponibilizou edições publicadas entre 1988 e 2007, formando o chamado Superarquivo. Mais de 12 mil páginas ANOTAÇÕES DE SALA 2 0 2
relacionadas a curiosidades culturais e científicas estão agora disponíveis gratuitamente para os leitores, servindo como fonte de entretenimento e pesquisa. Considerando a função social das informações geradas nos sistemas de comunicação e informação, o parágrafo anterior exemplifica a) uma forma da mídia de lucrar com publicações de décadas passadas. b) uma forma de promover edições obsoletas da revista, visto que tratam de assuntos que não correspondem à realidade. c) a alienação da sociedade por meio da mídia, oferecendo publicações antigas de forma gratuita, com vistas a mascarar o problema da educação no país. d) a democratização informativa, por meio da disponibilização de conteúdo cultural e científico à sociedade. e) um exemplo de banalização da informação, que perde valor ao ser disponibilizada gratuitamente. OC: Estudo dos gêneros digitais: tecnologia da comunicação e informação — impacto e função social Competência 9, habilidade 28
3. Já descrito por alguns como SMS da internet, Twitter é uma rede social que permite aos usuários enviar e receber atualizações pessoais de outros contatos, limitadas a 140 caracteres. As atualizações são exibidas no perfil do usuário em tempo real e enviadas a outros seguidores. Com base no exposto e em seus conhecimentos sobre novas tecnologias de informação, caracteriza o Twitter: a) linguagem moderna, que restringe a ferramenta ao público adolescente. b) troca rápida de mensagens entre seus seguidores. c) postagem de artigos e reportagens. d) emprego da língua portuguesa padrão. e) conhecer, pessoalmente, diversas celebridades. OC: Estudo dos gêneros digitais: tecnologia da comunicação e informação — impacto e função social Competência 1, habilidade 1 3 1 1
1. D A campanha do Ministério da Saúde objetiva orientar a população sobre sintomas e modos de prevenção da gripe suína. A internet tem possibilitado aumentar o alcance das campanhas governamentais e de outras entidades, por meio de redes sociais, chegando às pessoas de maneira rápida e muito mais eficiente do que com a tradicional exposição de cartazes em lugares públicos. Nesta habilidade — O aluno deve entender o cartaz como suporte textual geralmente afixado em ambientes públicos para divulgar uma informação visualmente. Também deve estar atento ao conteúdo do cartaz, que se limita a descrever sintomas da doença e medidas profiláticas. voltadas à saúde da Para ir além — O Blog da Saúde é uma ferramenta usada por diversos municípios para divulgar ações voltadas população. Organizado pelo Ministério da Saúde, o blog apresenta notícias, esclarecimentos sobre mitos propagados na internet, medidas de prevenção e tratamento de doenças, divulga cursos e seminários, além de recrutar voluntários para ações de emergência. Conheça-o por meio do portal e oriente os alunos a acessá-lo. Biblioteca — Para que os alunos tenham maiores esclarecimentos esclarecimentos sobre a Influenza A e conheçam os principais sintomas sintomas e modos de prevenção, oriente-os a acessar o portal. Tecnologia — Apresente aos alunos outros modelos de campanhas publicitárias, como o Greenpeace, por meio do portal. Esse objeto objet o digital também t ambém é indicado a alunos a lunos de 1º 1 º. e 2º. anos do ensino médio. m édio. 2. D Ao disponibilizar disponibilizar gratuitamente seu acervo a todos que tenham acesso à internet, a revista em questão constitui fonte democrática de informação e conhecimento. Nesta habilidade — Para avaliar as alternativas, o aluno precisa levar em conta a habilidade exigida na questão, que versa sobre a função e o impacto social das TIC, e relacioná-la ao tema do texto-base — democratização da cultura. Para ir além — A exemplo do Superarquivo, atualmente existem diversos acervos digitais gratuitos de outras revistas de circulação nacional, nacional, focadas em ciência ou outros temas, como política e informática. Sugira aos alunos que acessem a internet na escola ou em casa para visitar tais acervos. Biblioteca — Oriente os alunos a acessar o portal para uma visita ao Superarquivo, fonte gratuita de artigos científicos de qualidade que podem ser consultados para pesquisas escolares ou mesmo como entretenim entretenimento. ento. 3. B O Twitter caracteriza-se pela rápida troca de mensagens, porque limita o número de caracteres (140). Nesta habilidade — Para avaliar as alternativas, o aluno precisa estar atento às informações do texto e conhecer as características do Twitter — linguagem informal, marcada pelo uso de abreviaturas e símbolos; aberto ao público; reduzido número de caracteres; amizade assimétrica, ou seja, uma pessoa pode seguir outra sem que esta lhe siga também. Para ir além — Você já pensou em usar o Twitter para enriquecer sua prática educativa? Leia o artigo a seguir e inspire-se a adotar esse recurso em sua escola. Benefícios da utilização do Twitter O microblo microblogging gging,, como se denomina o uso das mensagens curtas do Twitter e outros serviços similares, pode trazer uma série de benefícios para a escola, como dispor de um meio de comunicação vivo, em tempo real e prático para toda a comunidade educativa; com isso, trazer sentimento de proximidade dos usuários com respeito à escola e a imagem de uma escola que se preocupa com seus clientes no dia a dia, algo que é muito apreciado. O que fazer com o Twitter Aindaa que Aind que a versat versatilid ilidade ade desse desse micr microblo oblogg deixe várias possibilidades abertas à imaginação e capacidade de inovação de cada escola, sugerimos alguns de seus possíveis usos: canal de notícias em tempo real para a comunidade educativa, com aviso sobre a publicação de boletins informativos periódicos, informações do momento, como fotografias publicadas na Internet, atualizações atualizações do site do site ou ou publicações no blog blog da da escola ou outros meios, informações de caráter mais oficial, como bolsas, datas de provas e testes, agenda e lembrete de eventos como reuniões ou encontros. O Twitter Twitter pode ajudar também a estabelecer uma comunicação bidirecional entre a escola e a comunidade educativa. Diferentemente de um fórum de discussão, por exemplo, o alcance do Twitter está restrito aos seguidores de cada usuário; por isso, essas mensagens têm alcance muito mais limitado. Assim, o Twitter está especialmente indicado para as escolas que não desejem estabelecer um diálogo público. O Twitter Twitter permite o estabelecimento de um canal de notícias mediante a publicação da informação nas páginas web páginas web.. Isso permite aumentar a visibilidade das atividades da escola. (...) HARO, J. J. de. Como utilizar o Twitter nas escolas. Disponível em: . .br>. Acesso em: 4 fev. 2013.
Biblioteca — Para ler o texto da seção Para ir além na íntegra e saber dicas para o uso do Twitter nas escolas, acesse o portal. Tecnologia — Oriente os alunos a acessar o portal para assistir ao episódio do programa Modernidades, que apresenta o que são e como funcionam as redes sociais. O vídeo ainda mostra como interagir com o Twitter da Câmara Federal dos Deputados do Brasil e ficar por dentro da política brasileira. Esse vídeo também é indicado aos alunos de 2º. ano do ensino médio.
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4. Enem E-mail com hora marcada O Ã Ç A C I N U M O C E O Ã Ç A M R O F N I A D S A I G O L O N C E T | M E N E
Redação INFO, 28 de agosto de 2007.
Agende o envio env io de e-mails e-m ails no Thunderbird Th underbird com a extensão ext ensão SendLater SendL ater Nem sempre é interessante mandar um e-mail na hora. Há situações em que agendar o envio de uma mensagem é útil, como em datas comemorativas ou quando o e-mail serve para lembrar o destinatário de algum evento futuro. O Thunderbird, o ótimo cliente de e-mail do grupo Mozilla, conta com uma extensão para esse fim. Trata-se Trata-se do Sendlater. Depois de instalado, ele cria um item no menu de criação de mensagens que permite marcar o dia e a hora exatos para o envio do e-mail. Só há um ponto negativo: para garantir que a mensagem seja enviada na hora, o Thunderbird deverá estar em execução. Senão, ele mandará o e-mail somente na próxima vez que for rodado. Disponível em: . Acesso em: 18 fev. 2012 (adaptado).
a) b) c) d) e)
Considerando-se a função do SendLater, SendLater, o objetivo do autor do texto E-mail com hora marcada é eliminar os entraves no envio de mensagens via e-mail. viabilizar a aquisição de conhecimento especializado pelo usuário. permitir a seleção dos destinatários dos textos enviados. controlar a quantidade de informações constantes do corpo do texto. divulgar um produto ampliador da funcionalidade de um recurso aplicativo.
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5. Revistas de circulação nacional costumam trazer testes sobre temas diversos. Veja um exemplo. Você usa a internet inter net com segurança? seg urança? Todos os seus amigos estão usando aquele aplicativo incrível do Facebook que diz com qual personagem da sua série preferida você se parece. Você é curioso e também quer saber. Mas, para conseguir gerar o resultado, o aplicativo pede permissão para acessar os seus dados pessoais. O que você faz? Penso por alguns instantes e c lico em “Permitir”. Minha curiosidade é maior. Nunca clico em aplicativos do Fac ebook — com certeza alguém v ai usar meus dados para me atacar. Clico logo em “Permitir”. Afinal, é um app de humor e não pode me fazer mal. Posso até permitir, permitir, mas trato logo de editar e restringir o acesso às minhas informações clicando na opção “Configurações de conta”. O app parece meio suspeito, melhor não clicar. Disponível em: . Acesso em: 26 mar. 2012.
a) b) c) d) e)
Qual o provável objetivo desse teste? Verificar Veri ficar se o leitor conhece o Facebook e sabe quais cuidados deve tomar ao usá-lo. Fazer pesquisa sobre como os leitores da revista usam o Facebook, de forma segura ou não. Levar o leitor a perceber se é cuidadoso ou desatento quanto à exposição de dados pessoais na rede. Desestimular o leitor a usar o Facebook, para não correr o risco de se expor demais. Incentivar o leitor a não se influenciar pelos amigos, pois o Facebook pode levar o internauta a expor-se demais.
OC: Estudo dos gêneros digitais: tecnologia da comunicação e informação — impacto e função social Competência 9, habilidade 28 ANOTAÇÕES DE SALA
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4. E O objetivo do autor é apresentar o SendLater, serviço que amplia as funções do e-mail por permitir marcar dia e hora exatos para enviar e-mail. Nesta habilidade — O aluno precisa prestar atenção ao enunciado da questão para chegar ao objetivo do texto, não da ferramenta. Para ir além — Send Later é um serviço gratuito que amplia as funções do e-mail por permitir marcar o dia e a hora exatos para enviar uma mensagem. Mozilla Thunderbird é uma plataforma de envio de e-mails. 5. C Objetivando conscientizar o usuário sobre modo seguro de navegar, o teste avalia, com base em suas respostas, se ele navega pela internet com segurança, como se observa no título. Nesta habilidade — O aluno precisa ter domínio de gêneros textuais para diferenciar teste de pesquisa. Além disso, deve identificar o objetivo do texto, considerando o t este como maneira de avaliar a conduta do usuário e alertar sobre condutas inadequadas. Com base em experiência pessoal, o aluno reconhece que não há nada de mal em conhecer aplicativos que os amigos usam, desde que dados pessoais não sejam fornecidos a desconhecidos. Para ir além — Para orientar os alunos sobre como proteger sua privacidade em redes sociais, comente as seguintes dicas, elaboradas pelo Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil. Preserve a sua privacidade: •
considere que você está em um local público, que tudo que você divulga pode ser lido ou acessado por
qualquer pessoa, tanto agora como futuramente; • • • •
pense bem antes de divulgar algo, pois não há possibilidade de arrependimento. Uma frase ou imagem
fora de contexto pode ser mal-interpretada e causar mal-entendidos. e procure ser o mais restritivo possível (...); use as opções de privacidade oferecidas pelos sites sites e mantenha seu perfil e seus dados privados, permitindo permitindo o acesso somente somente a pessoas ou ou grupos específicos; seja seletivo ao aceitar seus contatos, pois quanto maior for a sua rede, maior será o número de pessoas
com acesso às suas informações. •
não acredite em tudo que você lê. Nunca repasse mensagens que possam gerar pânico ou afetar outras
pessoas, sem antes verificar a veracidade da informação; Seja cuidadoso ao fornecer a sua localização: • • •
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observe o fundo de imagens (como fotos e vídeos), pois podem podem indicar a sua localização; não divulgue planos de viagens nem por quanto tempo ficará ausente ausente da sua residência; residência; quando sair do local, ao invés ao usar redes sociais baseadas em geolocalização, procure fazer check-in check-in quando
de quando chegar. Respeite a privacidade alheia: • • • •
não divulgue, sem autorização, imagens em que outras pessoas apareçam; não divulgue mensagens ou imagens copiadas copiadas do perfil perfil de pessoas que restrinjam o acesso; acesso; seja cuidadoso cuidadoso ao falar sobre as as ações, ações, hábitos e rotina de outras pessoas; tente imaginar como a outra pessoa pessoa se sentiria ao saber que aquilo está se tornando público.
Proteja o seu perfil: • •
seja cuidadoso ao usar e ao elaborar as suas senhas (...); habilite, quando disponível, as notificações de login login,, pois assim fica mais fácil perceber se outras pessoas
estiverem utilizando indevidamente o seu perfil; •
denuncie casos casos de abusos, como imagens indevidas e perfis falsos ou invadidos. Disponível em: . Acesso em: 25 jan. 2013. (Adaptado)
Biblioteca — Para dicas de segurança envolvendo outras situações, acesse a Cartilha da Segurança no portal. Tecnologia — No portal os alunos podem assistir à animação que retrata um dos potenciais perigos da internet para crianças e adolescentes. Esse conteúdo também é indicado a alunos de 1º. ano do ensino médio. 5 0 2
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6. Com o grande avanço tecnológico das últimas décadas, a internet tornou-se cada vez mais popular no mundo, contribuindo para uma das maiores revoluções tecnológicas dos séculos XX e XXI. Além de favorecer a comunicação comun icação e a busca de informações, a internet tornou-se uma importante ferramenta de contato social ao possibili possibilitar tar novos usos e costumes e criar um novo espaço de convivência virtual para aproximadamente 500 milhões de pessoas. Os benefícios decorrentes do uso dos chats (comunicadores instantâneos do tipo “MSN”, entre outros), por exemplo, são considerados úteis e uma fonte importante de ajuda para muitas pessoas introvertidas e tímidas. Entretanto, juntamente com o aumento na popularidade do uso da rede mundial, surgiram relatos na imprensa leiga e na literatura científica de indivíduos que estariam “dependentes” da realidade v irtual. (...) Além disso, o uso cresc ente da intern i nternet et tem t em t ornado a linha divisória entre uso recreativo e patológico cada vez mais tênue, ao ponto de constantemente impor um desafio ao profissional de saúde mental, que não sabe como lidar com essa dinâmica, seja em relação ao seu paciente ou à sua própria vida pessoal. (...) O psiquiatra americano Ivan K. Goldberg (...) cunhou o termo “internet addiction disorder” ou “transtorno da dependência de internet” (IAD) cujos sintomas incluíam “abandono ou redução da importância das atividades profissio profissionais nais ou sociais em virtude do uso da internet”, “fantasias ou sonhos com a internet” e “movimentos voluntários ou involuntários dos dedos como se estivesse digitando”, entre outros. (...) Dada a amplitude e severidade dos casos, a Associação Associaç ão Psiquiátrica Psiquiát rica Americana Americ ana já considera consid era a inclusão desse diagnóstico na próxima versão do Manua l Dia gnóst gnóstico ico e Estatís Es tatístico tico de Transtorno Trans tornoss Mentaiss (DSM-V). Mentai (DSM- V). CONTI, Maria Aparecida et al . Avaliação da equivalência semântica e consistência interna de uma versão em português do Internet Addiction Test (IAT). Rev Psiq Clín . 2012; 39 (3): 106-10. Disponível em: . Acesso em: 4 jan. 2013.
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Considerando dados, informações e estrutura do texto, é possível inferir que as consequências do uso de tecnologias de informação, em especial da internet, a) só trouxeram benefícios para pessoas tímidas e introvertidas ao possibilitar espaço virtual de convivência, por meio das redes sociais. b) tiraram do profissional de saúde mental a capacidade de exercer atividade de trabalho sem auxílio da d a rede. c) são mínimas para a pessoa que usa os sites de ANOTAÇÕES DE SALA
relacionamento para complementar seu círculo de amizades, por isso sequer merecem ser pesquisadas. d) estão sendo analisadas por profissionais da área e as pesquisas revelam que seu uso excessivo pode tornar-se patológico, se for apenas recreativo. e) podem causar dependência, observada por meio de sintomas como negligência às atividades profissionais e pessoais, sonhos com o que a rede pode proporcionar e, inclusive, movimentos involuntários dos dedos relacionados ao uso do computador. OC: Estudo dos gêneros digitais: tecnologia da comunicação e informação — impacto e função social Competência 9, habilidade 28
7. Enem — O texto a seguir é um trecho de uma conversa por meio de um programa de computador que permite comunicação direta pela Internet em tempo real, como o MSN Messenger . Esse tipo de conversa, embora escrita, apresenta muitas características da linguagem falada, segundo alguns linguistas. Uma delas é a interação ao vivo e imediata, que permite ao interlocutor conhecer, quase instantaneamente, a reação do outro, por meio de suas respostas e dos famosos emoticons (que podem ser definidos como “ícones que demonstram emoção”). João diz: oi Pedro diz: blz? João diz: na paz e vc? Pedro diz: tudo trank João diz: oq vc ta fazendo? [...] Pedro diz: tenho q sair agora... João diz: flw Pedro diz: vlw, abc Para que a comunicação, como no MSN Messenger , se dê em tempo real, é necessário que a escrita das informações seja rápida, o que é feito por meio de a) frases completas, escritas cuidadosamente com acentos e letras maiúsculas (como “oq vc ta fazendo?”). b) frases curtas e simples (como “tudo trank”) com abreviaturas padronizadas pelo uso (como “vc” — você — “vlw” — valeu!). c) uso de reticências no final da frase, para que não se tenha que escrever o resto da informação. d) estruturas coordenadas, como “na paz e vc”. e) flexão verbal rica e substituição de dígrafos consonantais por consoantes simples (“qu” por “k”). OC: Estudo dos gêneros digitais: tecnologia da comunicação e informação — impacto e função social Competência 1, habilidade 1
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6. E Ao possibilitar novos usos e costumes e criar um espaço de convivência virtual, a internet tornou-se importante ferramenta de contato social. O trecho selecionado faz, de início, reconhecimento dos benefícios trazidos pela popularização da internet. A sequência Entretanto, juntamente com o aumento na popularidade do uso da rede mundial introduz alerta para o surgimento de comportamentos de dependência da ferramenta, ressaltando o fato de especialistas cogitarem considerar oficialmente o vício na internet como patologia. Essa é a tese na qual se baseia o texto. Nesta habilidade — O aluno deve ter domínio de gênero textual para identificar que se trata de trecho de artigo científico e estar atento à fonte, que remete a revista especializada em psiquiatria clínica. Considerando essas informações, o aluno está consciente de que o texto apresenta dados de pesquisa e não emite a opinião do autor. Para avaliar as alternativas, precisa focar nas consequências do uso da internet para concluir que, apesar dos benefícios da rede para pessoas introvertidas, ela pode trazer consequências negativas se usada em excesso, deixando de ser recreativa para tornar-se patológica. A alternativa B não representa dificuldade se o aluno compreender que o profissional de saúde mental estuda dependentes da rede. Tecnologia — Assista à animação disponível no portal para discutir com os alunos a influência dos recursos digitais no dia a dia. Esse conteúdo também é indicado a alunos do 1º. ano do ensino médio. 7. B A linguagem de ferramentas como o MSN Messenger caracteriza-se por concisão, abreviação e despreocupação com a norma-padrão da língua portuguesa, com vistas a agilizar a comunicação. Atualmente, outras ferramentas de comunicação estão em ascensão, especialmente o Skype, muito usado por empresas para contatar funcionários e clientes. Nesta habilidade — A questão exige do aluno conhecer a ferramenta de comunicação abordada e noções básicas de sintaxe, acentuação, pontuação, flexão verbal e ortografia. Para ir além — A presença da linguagem abreviada no âmbito escolar tem preocupado os educadores, que se deparam com sua prática pelos jovens fora do ambiente virtual. Saliente: assim como procuramos adequar a linguagem oral ao contexto, devemos adequá-la à forma de escrita. Não falamos com a presidente da república, por exemplo, da mesma forma como conversamos com os amigos. Assim deve ser na escrita: não há nada de mal em abreviar palavras e suprimir acentos num bate-papo virtual, mas nem pensar em usar essa modalidade na prova de redação do Enem. Um estudo revelou que os jovens não leem palavras abreviadas com a mesma habilidade que as escrevem. A professora Maria Teresa de Assunção Freitas, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), responde a algumas perguntas relacionadas ao uso de linguagem simplificada na internet e no celular. Leia trechos do artigo Linguagem de internet e celular , comente-o com os alunos e promova bate-papo sobre o tema. Por que as pessoas abreviam a linguagem na web? (...) são dois os principais motivos da abreviação de palavras: o primeiro, a facilidade de se escrever de modo simplificado, e o segundo, a pressa. Esta, por sua vez, está ligada a outras duas razões: a economia (mandar uma mensagem maior pelo celular pode custar mais) e o desejo de reproduzir virtualmente o ritmo de uma conversa oral. (...) Onde e por quem essa linguagem abreviada é mais usada? Os principais autores da escrita simplificada são os jovens e, entre eles, os adolescentes. Eles fazem uso desse tipo de linguagem no celular e na internet, especialmente em canais de relacionamento (...) Por que essa linguagem tem mais adeptos entre os adolescentes? Os adolescentes têm grande facilidade de se adaptar aos símbolos de um novo código, pelas características da própria idade. (...) No celular, porém, a adesão à linguagem simplificada é maior, devido à dificuldade de digitar no pequeno teclado do aparelho telefônico. (...) A escrita abreviada e simplificada prejudica a compreensão? Quando duas pessoas dominam o mesmo código, não costuma haver dificuldade na troca de mensagens. Mas uma pessoa que nunca empregou uma linguagem como a que os adolescentes usam na internet pode achá-la uma loucura à primeira leitura. “Pais e mães podem pensar que é uma escrita errada, quando não é: é uma escrita feita para um suporte próprio, adaptada para uma determinada situação.” (...) Essa linguagem pode modificar a língua que falamos? É possível que essa linguagem venha, no futuro, a modificar a língua que falamos. Já começamos a incorporar, no português do Brasil, (...) termos da informática e da internet (...) LUCAS, Diego. Linguagem de internet e celular. VEJA. Disponível em: . Acesso em: 4 fev. 2013.
Biblioteca — Acesse o portal para ler o artigo Linguagem de internet e celular na íntegra e conhecer os símbolos, acrônimos e abreviaturas mais comuns na linguagem de internet.
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8. Observe o infográfico. O mapa-múndi das redes sociais O Ã Ç A C I N U M O C E O Ã Ç A M R O F N I A D S A I G O L O N C E T | M E N E
Reino Unido Facebook Twitter LinkedIn
Rússia VKontakte Odnoklassniki Facebook
Alemanha Facebook Twitter Xing
EUA
Dominação das redes sociais em relação aos países
Facebook Twitter LinkedIn
Facebook Qzone VKontakte Odnoklassniki Orkut Mixi Zing Cloob Draugiem Sem dados
Japão Mixi Twitter Facebook
Espanha Facebook Twitter LinkedIn
China Qzone Sina Weibo Renren
Brasil
Egito
Índia
Facebook Twitter
Facebook Orkut Twitter
Orkut Facebook Twitter
Dados de fevereiro 2011. Fonte: Alexa.com
Redes sociais com o maior número de usuários registrados. (Milhões de Pessoas)
África do Sul
Austrália
Facebook Twitter LinkedIn
Facebook Twitter LinkedIn
Facebook
640+
Qzone
480
Renren Habbo 200
O diâmetro do círculo corresponde com a figura
Twitter 200
160
M yS pa ce
O rk ut
Bebo
125+
120+
117
V Ko nt ak te Ta gg ed 110+
B ad oo
100+
Dados de várias fontes de julho/2010 — fevereiro/2011
100+
Austrália Facebook Twitter LinkedIn
As mais populares redes sociais no país Dados de fevereiro 2011. Fonte: Alexa.com
Disponível em: . Acesso em: 26 dez. 2012.
O infográfico apresenta informações relativas ao acesso mundial às redes sociais, coletadas entre julho de 2010 e fevereiro de 2011. Com base na realidade das redes sociais e nos dados apresentados no infográfico, é correto afirmar: a) O Facebook permanece inexpressivo no Brasil, apesar do aumento do número de acessos. b) Ao considerar as redes sociais com o maior número de usuários, não é preciso levar em conta o número de pessoas sem acesso a computador, como no caso da China. c) A rede social que mais cresce em todo o mundo é o Facebook, sendo a primeira a ter ações negociadas na Nasdaq. d) A rede social LinkedIn, junto com o Facebook, é a mais acessada no mundo todo. e) Twitter é uma rede social pouco usada no mundo, por não apresentar dinamismo na troca de informações. OC: Estudo dos gêneros digitais: tecnologia da comunicação e informação — impacto e função social Competência 9, habilidade 29 ANOTAÇÕES DE SALA
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8. C A popularização do Facebook indica a tendência e a perspectiva das redes sociais como nova forma de estabelecer relações sociais e organizar eventos. As redes sociais impactam socialmente na medida em que permitem a interação de pessoas de todo o mundo. Saber que as ações do Facebook foram negociadas na Bolsa de Valores Nasdaq pode ajudar o aluno a assinalar a alternativa correta, mas não é indispensável. Nesta habilidade — Para chegar à resposta correta, é importante que o aluno conheça as redes sociais mencionadas na questão e saiba interpretar os dados do infográfico. Para ir além — Facebook é a rede social que mais cresce no mundo, mesmo em países como a China, onde o bloqueio põe aproximadamente 520 mil chineses na “clandestinidade virtual”. Em 2012, o criador do Facebook, Mark Zuckerberg, colocou ações para negociar na Nasdaq. Infográficos caracterizam-se pela associação de textos breves a fotografias ou ilustrações explicativas. São usados para explicar de forma dinâmica, descrever e detalhar fatos, tor nar visível ao leitor dados que o texto não consegue esclarecer com a mesma eficiência. Apresente aos alunos outros modelos de infográfico, como este, e comente semelhanças e diferenças entre eles. Etapas do experimento de Pasteur
1 Pasteur colocou caldo de carne num balão de vidro.
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Depois, usando calor, fabricou um “pescoço em S”...
... e ferveu o caldo, matando os micróbios.
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4 A poeira contendo novos micróbios ficou retida na curva e o caldo permaneceu estéril muito tempo.
5 Pasteur quebrou o vidro de modo que o caldo entrasse em contato com a poeira do ar: surgiram micróbios no líquido.
Biblioteca — Comente com os alunos a importância de dominar e criar infográficos em deter minadas áreas acadêmicas e profissionais, como estatística, geografia, história, publicidade, jornalismo etc. Incentive os alunos a acessar o portal para visualizar, passo a passo, como se constrói um infográfico, que pode ser aplicado em trabalhos escolares. Tecnologia — Acesse o portal para visualizar infográfico animado sobre a fissão do urânio.
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9.
c) portal público desenvolvido pelo governo federal, para oferecer serviços, além de divulgar ações e informações para todos os cidadãos brasileiros. d) site de prestação de serviços públicos desenvolvido unicamente para pessoas com deficiência. e) site de divulgação de ações e acontecimentos importantes do Brasil, voltado especialmente para turistas estrangeiros. OC: Estudo dos gêneros digitais: tecnologia da comunicação e informação — impacto e função social Competência 1, habilidade 3
Disponível em: . Acesso em: 6 jan. 2013.
Considerando a função social das informações geradas nos sistemas de comunicação e informação, o ambiente virtual descrito no texto exemplifica a) site desenvolvido para divulgar informações aos usuários, que podem acessar diferentes ambientes, mas não interagir por meio deles. b) portal elaborado pelo governo federal, disponível apenas para funcionários e representantes governamentais. 0 1 2
ANOTAÇÕES DE SALA
10. Enem — As tecnologias de informação e comunicação (TIC) vieram aprimorar ou substituir meios tradicionais de comunicação e armazenamento de informações, tais como o rádio e a TV analógicos, os livros, os telégrafos, o fax etc. As no vas bases tecnológicas são mais poderosas e versáteis, introduziram fortemente a possibilidade de comunicação interativa e estão presentes em todos os meios produtivos da atualidade. As novas TIC vieram acompanhadas da chamada Digital Divide, Digital Gap ou Digital Exclusion, traduzidas para o português como Divisão Digital ou Exclusão Digital, sendo, às vezes, também usados os termos Brecha Digital ou Abismo Digital. Nesse contexto, a expressão Divisão Digital refere-se a a) uma classificação que caracteriza cada uma das áreas nas quais as novas TIC podem ser aplicadas, relacionando os padrões de utilização e exemplificando o uso dessas TIC no mundo moderno. b) uma relação das áreas ou subáreas de conhecimento que ainda não foram contempladas com o uso das novas tecnologias digitais, o que caracteriza uma brecha tecnológica que precisa ser minimizada. c) uma enorme diferença de desempenho entre os empreendimentos que utilizam as tecnologias digitais e aqueles que permaneceram usando métodos e técnicas analógicas. d) um aprofundamento das diferenças sociais já existentes, uma vez que se torna difícil a aquisição de conhecimentos e habilidades fundamentais pelas populações menos favorecidas nos novos meios produtivos. e) uma proposta de educação para o uso de novas pedagogias com a finalidade de acompanhar a evolução das mídias e orientar a produção de material pedagógico com apoio de computadores e outras técnicas digitais. OC: Estudo dos gêneros digitais: tecnologia da comunicação e informação — impacto e função social Competência 1, habilidade 4
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9. C Portal Brasil é uma página do governo federal lançada em 24 de março de 2001, que apresenta, entre outras, informações sobre o governo, os estados, os símbolos, o esporte, as religiões, a cultura, a geografia, a saúde, a educação e a história. Sua função é promover a cidadania digital, por meio de conteúdo gratuito e acessível a todos os cidadãos brasileiros e da interação com os usuários. Nesta habilidade — A questão demanda conhecimento do gênero textual cartaz e boa interpretação de texto. A leitura atenta permite ao aluno identificar, em destaque, as principais características do Portal Brasil — divulgar ações e informações sobre saúde, educação, esporte etc. para todos os cidadãos brasileiros, possibilitar o compartilhamento de informações, acesso para pessoas com deficiência, o que lhe dá base para avaliar as alternativas. Biblioteca — Incentive os alunos a navegar pelo Portal Brasil. Basta acessar o portal. Tecnologia — Há outras maneiras de se exercitar a cidadania pela internet. Uma delas é participar de ações voltadas à preservação do meio ambiente, como a realizada pelo portal Click Árvore, que tem ajudado a restaurar a Mata Atlântica. Acesse o portal para saber mais sobre o projeto. 10. D No atual contexto mundial, em que tecnologias de informação e comunicação estão cada vez mais generalizadas, indivíduos normalmente de baixo poder aquisitivo e pouca escolaridade, que não tenham acesso a elas, são excluídos digitalmente, originando a “divisão digital” entre quem dispõe ou não de recursos ou conhecimento sobre elas. Nesta habilidade — A questão posiciona-se criticamente à disparidade de acesso à internet no Brasil, que impossibilita o acesso a conhecimentos e habilidades fundamentais por grande parte da população brasileira. O aluno deve compreender que os termos divisão digital , exclusão digital , brecha digital , abismo digital , digital divide, digital gap ou digital exclusion são sinônimos e se relacionam à ideia de exclusão. Para ir além — Recomendamos a leitura do artigo a seguir, publicado pelo Instituto de Governo Eletrônico, sobre os conceitos de inclusão e exclusão digital. Uma visão mais abrangente da inclusão digital (...) Os termos “inclusão/exclusão digital” e “divisão digital”, entendidos aqui como equivalentes, referem-se ao fato de que parte significativa da população mundial não tem ou não consegue ter acesso aos recursos de tecnologia de informação e comunicação, especialmente a internet. (...) Em uma visão estreita sobre o tema, exclusão digital tem sido tratada basicamente como a limitação de acesso a recursos tecnológicos, especialmente a ferramentas computacionais e a internet. Supostamente, ao se prover o acesso a esses recursos, indivíduos e empresas ganham condições para explorar os benefícios que a nova economia pode trazer. Inclusão digital, por sua vez, em geral tem sido considerada como o acesso a recursos de tecnologia de informação e comunicação e à internet. No entanto, seu problema é mais profundo que as questões relacionadas à limitação a esse acesso. (...) A inclusão digital não se resume à disponibilidade de computadores e de conexões que deem acesso a conteúdos e conhecimentos, mas à capacitação das pessoas para o uso efetivo dos recursos tecnológicos, tanto no conhecimento de informática como na preparação educacional que permita usufruir destes recursos de maneira plena. Mas, o que é tão ou mais importante, inclusão digital significa reconhecer o impacto das atuais tecnologias de integração sobre a vida de uma sociedade, sobre a sua economia e desenvolvimento — o que de longe transcende o simples acesso a conteúdos e serviços —, de forma a capacitar uma sociedade a atuar de forma proativa no mundo sem fronteiras, fator determinante que mesmo estabelece as relações de poder mundial. (...) Em um sentido ampliado, a exclusão digital é, além da limitação de acesso aos recursos de TIC e internet, a incapacidade de um indivíduo ou sociedade de operá-los de forma conveniente, o que impõe uma estratégia de provimento daqueles recursos, além de um conjunto de ações de capacitação que possibilitem o uso eficiente e eficaz dos mesmos. (...) Disponível em: . Acesso em: 5 fev. 2013.
Tecnologia — Para esclarecer o que é inclusão digital e de que forma pode ser feita, acesse o portal. Apresente aos alunos os projetos Um Computador por Aluno e Inclusão Digital Rural, que visam a democratizar o acesso à rede para alunos de escolas públicas e rurais. Esse conteúdo também é indicado a alunos de 1º. ano do ensino médio.
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PROENÇA, Pedro. Como funciona a caneta inteligente? In: Mundo Estranho. São Paulo: Abril/Ed. 97, p. 54, mar. 2010. 8 1 1
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A ferramenta tecnológica apresentada no texto possui várias funções relacionadas às TIC. A mais significativa delas, no que se refere à interação, é a) gravador de som. d) conexão USB. b) câmera infravermelha. e) disponibilização de data e hora. c) reprodução dos sons gravados. OC: Estudo dos gêneros digitais: tecnologia da comunicação e informação — impacto e função social Competência 9, habilidade 28
11. D A palavra interação, que consta no comando da questão, deve ser relacionada à possibilidade de compartilhamento de dados via internet. Nesta habilidade — O essencial para interpretar a questão é a relação entre função e interação. Para isso, o aluno precisa conhecer algumas ferramentas relacionadas à TIC, tais como pen drive, aparelho de MP3, cabo USB, para reconhecer que por meio delas é possível compartilhar dados e, dessa maneira, interagir com outras mídias. Para ir além — Ferramentas tecnológicas como a caneta inteligente impactam no desenvolvimento da sociedade por agilizar a propagação de conhecimentos. Existem no mercado diferentes marcas, modelos e aplicações de canetas inteligentes. Algumas se limitam à pronúncia de palavras, sendo usadas para ensino de língua estrangeira ou tradução de palavras; outras, como a abordada nessa questão, permitem capturar notas manuscritas, convertê-las em texto editável e enviá-las para o computador. Para funcionar corretamente, esse tipo de caneta precisa ser usado em caderno especial, com pequenos pontos impressos que permitem leitura dos dados. Para gravar informações, basta apertar a caneta no ponto “record” do caderno. Para interromper, é só apertar a tecla “stop”. Durante a gravação, é importante escrever alguma coisa, como palavras-chave, que servem de referência para a caneta identificar o momento da gravação. Todo o conteúdo gravado pela caneta pode ser posteriormente transferido para um computador. Com o objetivo de tornar as aulas mais interativas e, por conseguinte, mais estimulantes, escolas públicas e privadas de todo o país têm implantado diversos recursos tecnológicos, como lousa eletrônica, livro eletrônico, tablets e netbooks. Procure saber a opinião dos alunos sobre até que ponto tais recursos melhoram o aprendizado e leia o artigo a seguir, que fala sobre a forma mais adequada de empregá-los. A boa escola tem que oferecer recursos tecnológicos? As escolas estão cada vez mais criteriosas na adoção das tecnologias como recurso de aprendizagem em suas propostas de ensino. A maior reflexão dos professores e educadores a respeito desse tema resultou em uma posição mais realista e, sobretudo mais atual, que dialoga com as necessidades da sociedade contemporânea. Hoje em dia, defende-se a utilização, por exemplo, do computador como mais uma ferramenta de ensino, que pode ser utilizada em qualquer disciplina, visando maior integração com a demanda atual, além de tornar a aprendizagem mais interessante e prazerosa. Há muitos conteúdos que podem ser desenvolvidos com o uso do computador nessa faixa de idade, e isso ocorre se houver uma proposta de ensino que integre o assunto ensinado ao uso da tecnologia. O mesmo pode acontecer com a utilização de outras ferramentas, como a própria internet. A internet é uma grande rede de informação, que não pode substituir uma aula prática de artes plásticas, por exemplo, mas pode fazer o aluno conhecer museus de todo mundo em 3D. Além disso, a quantidade de informação é muito grande — e sobre cada assunto encontramos informações que nem sempre são confiáveis, oriundas de fontes duvidosas. Cabe à escola orientar nesse sentido. As atividades realizadas por meio de ferramentas tecnológicas devem sempre estar acompanhadas de uma proposta pedagógica que leve os alunos a analisar, comparar, criar, e principalmente trabalhar em conjunto, trocando informações com seus colegas. Para isso, a escola deve orientar os alunos para o uso crítico das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). Apesar dessas contribuições para a construção do conhecimento, para alguns educadores e pais os recursos tecnológicos vieram para substituir a riqueza da interação professor-aluno, o que não é verdade. O uso das TICs é um recurso a mais na escola que deve obedecer a um planejamento pedagógico para utilizá-las. Sendo assim, é importante lembrar que o uso das TICs na escola é muito importante e útil, mas não é a única maneira de transmitir conhecimentos e informação. Essas tecnologias devem ser usadas como ferramentas de ensino, que não substituem a riqueza dos ensinamentos adquiridos na relação humana entre colegas e professores.
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Disponível em: . Acesso em: 5 fev. 2013.
Tecnologia — De que maneira a inclusão digital pode se relacionar a outras áreas além da informática, como a arte? Acesse com os alunos o portal para visitar a exposição virtual do fotógrafo Ricardo Teles, que ajustou as lentes de sua câmera em busca de retratos de inclusão digital em escolas, associações de moradores, comunidades, presídios, fundações para portadores de necessidades especiais, entre outros locais. 3 1 2
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12. O Centro de Recuperação de Dependência da Internet publicou um teste no qual o internauta deve assinalar uma alternativa de resposta para cada uma das 20 perguntas. Ao fim do teste, soma os pontos para obter seu diagnóstico. Diagnóstico 20-49 pontos
50-79 pontos
80-100 pontos
Você é um utilizador on-line médio. Por vezes poderá até navegar na web um pouco demais, no entanto tem controle sobre sua utilização.
Você tem problemas ocasionais ou frequentes devido ao uso da internet. Deve considerar o verdadeiro impacto de estar on-line na sua vida.
A utilização da internet está causando problemas significativos na sua vida. Deve avaliar seu impacto e lidar com os problemas causados diretamente por ela.
14. Observe o cartaz de uma campanha veiculada pelo governo federal.
Depreende-se, desse conjunto de informações, que o teste que deu origem a esses resultados, além de estabelecer um perfil do usuário da rede, apresenta preocupação com hábitos e propõe mudanças de comportamento direcionadas a) ao adolescente que acessa sites de entretenimento. b) ao profissional interessado em aperfeiçoamento tecnológico. c) à pessoa que usa os sites de relacionamento para complementar seu círculo de amizades. d) ao usuário que reserva mais tempo aos sites de relacionamento que ao convívio pessoal com os amigos. e) ao leitor que se interessa em aprender sobre o funcionamento de diversos tipos de site de relacionamento. OC: Estudo dos gêneros digitais: tecnologia da comunicação e informação — impacto e função social Competência 1, habilidade 3
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OC: Estudo dos gêneros digitais: tecnologia da comunicação e informação — impacto e função social Competência 1, habilidade 2
13. Em outubro de 2012, pacientes, amigos e médicos do Hospital Nossa Senhora das Graças em Curitiba (PR) produziram um vídeo emocionante para incentivar a doação de medula óssea. Inspirado numa campanha em prol das crianças do Seattle Children’s Hospital, o vídeo foi produzido no setor de Hematologia e Transplante de Medula Óssea do próprio hospital e teve mais de 540 mil acessos na rede. A internet é um dos recursos mais utilizados para a divulgação de vídeos e mensagens de solidariedade. Sobre a produção e veiculação dessas informações, pode-se considerar que a) apesar do alto índice de acessos, muitas campanhas de solidariedade não atingem o público-alvo. b) as redes sociais não exercem função filantrópica, pois não abrangem número expressivo de pessoas. c) a internet ainda não é veículo confiável de divulgação de informações, como a televisão. d) vídeos e mensagens de solidariedade não podem ser divulgados em redes sociais por conta das políticas de privacidade dos servidores. e) número expressivo de usuários das redes sociais acessa vídeos e mensagens de solidariedade graças à gratuidade.
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Disponível em: . Acesso em: 6 jan. 2013.
O cartaz serve de suporte, em objetivo e estrutura, para um gênero textual híbrido entre campanha de conscientização e texto instrucional. Considerando a função social das informações geradas nos sistemas de comunicação e informação, de acordo com o texto, é possível inferir que a) o uso dos cartazes deve estar restrito a espaços ocupados por serviços públicos. b) a diversidade dos sistemas de comunicação empregados e mencionados reduz a possibilidade de acesso às informações capazes de provocar mudanças de atitude. c) o material disponibilizado para download no site separeolixo.com se restringe aos profissionais responsáveis pela coleta seletiva de lixo. d) a necessidade de atingir a maior quantidade possível de leitores se revela por meio da estratégia de disponibilização de informações empregada no trecho Saiba mais no separeolixo.com. e) o acesso a esse material está disponível apenas para usuários cadastrados, moradores em cidades onde a coleta seletiva de lixo já é culturalmente institucionalizada. OC: Estudo dos gêneros digitais: tecnologia da comunicação e informação — impacto e função social Competência 1, habilidade 3
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12. D O uso das chamadas redes sociais tem definido novo padrão de comportamento social: pessoas que despendem tempo em interações virtuais e se distanciam do contato pessoal. Nesta habilidade — A questão é bastante simples, e para a resolução o aluno deve identificar, com base na leitura dos três diagnósticos, o público a que se destina o teste. Para ir além — Além de democratizarem o acesso à informação disponibilizando conteúdo gratuito, muitos jornais e revistas têm demonstrado interesse em segurança e saúde dos usuários que navegam por suas páginas virtuais, o que lhes dá outra função, além de informar. Testes publicados em sites de revistas e jornais muitas vezes servem para alertar, de forma lúdica, sobre o papel do leitor em questões éticas, sociais e de saúde, como o relacionamento interpessoal. Biblioteca — Você sabe se entre seus alunos há viciados em redes sociais? Acesse o portal para compartilhar em sala de aula os dez sinais que revelam a possibilidade de dependência. 13. E As mídias eletrônicas ampliam o alcance das campanhas de solidariedade em todo o mundo. Antes, tais campanhas eram veiculadas em rádio, TV e jornais impressos. Com o advento da internet e suas ferramentas, a veiculação ganha proporções, chegando a muito mais pessoas que, depois de informadas, podem envolver-se na ação de maneiras diversas: doando medula, divulgando a campanha, incentivando amigos e conhecidos a doar, dando depoimento sobre a relevância desse tipo de doação etc. A divulgação de campanhas de saúde na internet tem por objetivo minimizar e até solucionar problemas sociais, como no caso da falta de medula óssea para transplante no Brasil. Nesta habilidade — Com a interpretação do texto-base, o aluno deve compreender que se trata de exemplo de campanha na internet e estar atento à informação de que a internet é um dos recursos mais utilizados para campanhas de solidariedade. Com base em sua experiência em redes sociais e sites de veiculação de vídeos, o aluno depreende ser a internet meio eficaz para a divulgação de campanhas, dada a gratuidade do serviço e a quantidade de pessoas a ela conectadas. Biblioteca — Acesse o portal para assistir aos vídeos produzidos pelo Hospital Nossa Senhora das Graças e pelo Seattle Children’s Hospital. Tecnologia — No portal os alunos têm acesso à descrição de medula óssea, sua relação com a leucemia e como esta pode ser curada por meio de transplante.
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14. D Ao disponibilizar na internet informações que podem ser obtidas por qualquer cidadão, manifesta-se a necessidade de atingir diversos públicos — função própria do gênero publicidade oficial . Nesta habilidade — Para analisar o texto, o aluno deve dominar os gêneros campanha de conscientização e texto instrucional a fim de identificar o que é inerente a cada um. Deve ainda considerar o suporte em que foi publicado, cartaz, para depreender que está exposto em locais públicos e, portanto, pode ser visualizado por milhares de pessoas. Além disso, deve interpretar a informação Saiba mais no separeolixo.com como forma de o cidadão aprofundar conhecimentos sobre a campanha e de ampliar a campanha para o público on-line. Biblioteca — Incentive os alunos a conhecer a campanha Separe o Lixo e Acerte na Lata no portal. Tecnologia — Aproveite o momento para esclarecer aos alunos a diferença entre resíduos orgânicos, recicláveis, métodos de tratamento do lixo orgânico e aproveitamento do lixo sólido. Acesse o portal para encontrar informações que embasem sua explicação.
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15. Enem Palavra indígena A história da tribo Sapucaí, que traduziu para o idioma guarani os artefatos da era da computação que ganharam importância em sua vida, como mouse (que eles chamam de angojhá) e windows (oventã) Quando a internet chegou àquela comunidade, que abriga em torno de 400 guaranis, há quatro anos, por meio de um projeto do Comitê para Democratização da Informática (CDI), em parceria com a ONG Rede Povos da Floresta e com antena cedida pela Star One (da Embratel), Potty e sua aldeia logo vislumbraram as possibilidades de comunicação que a web traz. Ele conta que usam a rede, por enquanto, somente para preparação e envio de documentos, mas perceberam que ela pode ajudar na preservação da cultura indígena. A a prop riaç ão da rede s e d eu de forma gradual, mas os guaranis já incorporaram a novidade tecnológica ao seu estilo de vida. A importância da internet e da computação para eles está expressa num caso de rara incorporação: a do vocabulário. — Um dia, o cacique da aldeia Sapucaí me ligou. “A gente não está querendo chamar computador de “computador”. Sugeri a eles que criassem uma palavra em guarani. E criaram aiú irú rive, “caixa para acumular a língua”. Nós, brancos, usamos mouse , windows e outros termos, que eles começaram a adaptar para o idioma deles, como angojhá (rato) e oventã (janela) — conta Rodrigo Baggio, diretor do CDI. Disponível em: http://www.revistalingua.uol. com.br. Acesso em: 22 jul. 2010.
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O uso das novas tecnologias de informação e comunicação fez surgir uma série de novos termos que foram acolhidos na sociedade brasileira em sua forma original, como mouse, windows, download , site, homepage, entre outros. O texto trata da adaptação de termos da informática à língua indígena como uma reação da tribo Sapucaí, o que revela a) a possibilidade que o índio Potty vislumbrou em relação à comunicação que a web pode trazer a seu povo e à facilidade no envio de documentos e na conversação em tempo real. b) o uso da internet para preparação e envio de documentos, bem como a contribuição para as atividades relacionadas aos trabalhos da cultura indígena. c) a preservação da identidade, demonstrada pela conservação do idioma, mesmo com a utilização de novas tecnologias características da cultura de outros grupos sociais.
d) adesão ao projeto do Comitê para Democratização da Informática (CDI), que, em parceria com a ONG Rede Povos da Floresta, possibilitou o acesso à web, mesmo em ambiente inóspito. e) a apropriação da nova tecnologia de forma gradual, evidente quando os guaranis incorporaram a novidade tecnológica ao seu estilo de vida com a possibilidade de acesso à internet. OC: Estudo dos gêneros digitais: tecnologia da comunicação e informação — impacto e função social Competência 1, habilidade 4
16.
Uso excessivo da internet por crianças preocupa especialistas Brasília — As inovações da era digital, presentes em todas as situações da vida moderna, trouxeram significativas mudanças também na educação das crianças. A internet, os videogames e a TV representam mais hoje uma ferramenta para os pais, que deixam os filhos em casa com suas “babás eletrônicas”. Com a facilidade de acesso à informação rápida, as crianças passam a explorar um universo que apresenta oportunidades e riscos. (...) Atualmente, muitos pais têm liberado o uso da internet para os filhos para mantê-las mais tempo em casa e, supostamente, protegidos da violência urbana. Os especialistas alertam que o problema dessa postura protecionista está justamente nas redes de contato que as crianças desenvolvem em sites de relacionamento ou salas de bate-papo, e no fato de não haver acompanhamento dos pais ou responsáveis. (...) Uso excessivo da internet por crianças preocupa especialistas. Agência Brasil, 21 mar. 2010. Disponível em: . Acesso em: 27 dez. 2012.
Diante do exposto, pode-se considerar que a) o uso da internet por crianças não é relevante para seu desenvolvimento, tendo em vista que buscam diversos tipos de informação sem ordem determinada. b) a maioria dos pais acompanha o que os filhos fazem na internet e alerta sobre possíveis perigos. c) o uso excessivo da internet pela criança não causa problemas de desenvolvimento, visto que, se não souber operar computador na vida adulta, ficará fora do mercado de trabalho. d) o uso da internet pelas crianças exige cautela e supervisão dos pais, que precisam entendê-la como complemento ao desenvolvimento delas. e) o uso da internet favorece o relacionamento das crianças com outras, pois as salas de bate-papo propiciam relacionamentos seguros. OC: Estudo dos gêneros digitais: tecnologia da comunicação e informação — impacto e função social Competência 1, habilidade 4
15. C A opção para identificar palavras relacionadas à informática em língua nativa caracteriza a intenção da tribo sapucaí em preservar sua identidade cultural, sem abrir mão da t ecnologia desenvolvida por outros grupos sociais, o que representa posicionamento crítico ao uso indiscriminado de palavras estrangeiras. Nesta habilidade — Para resolver a questão, o aluno deve compreender o tema central do texto, que é a adaptação de termos em inglês para o guarani, e relacioná-lo à preservação da identidade cultural indígena. Para ir além — Indígenas brasileiros já utilizam a internet como meio de pesquisa, informação, comunicação e para propagar seus ideais. Leia o texto a seguir. A mensagem indígena online Os índios brasileiros passaram a recorrer à web para difundir seus objetivos e causas. Projetos, revistas e movimentos
Algumas comunidades indígenas já descobriram que a internet é um excelente meio para divulgar ideias e defender causas e, sem abandonar o arco e flecha e o cocar, tornaram-se experts em mídia eletrônica. Um bom exemplo é o site da publicação Mensageiro — uma revista de formação, informação e intercâmbio a serviço dos povos indígenas, como ela própria se autodenomina. Criada em 1979 por iniciativa de cinco tuxauas — isto é, caciques —, ela aborda aspectos da vida, da cultura, da história e das lutas dos povos indígenas do Brasil e traz links para edições anteriores e outros endereços eletrônicos. Tsô Rebtõnã Ro Hã — Salve o cerrado!
Quanto aos xavantes warãs, os índios desencadearam uma campanha nacional em defesa do cerrado pela internet. Em nome da aldeia Idzô´uhu, eles lançaram pela web o movimento Tsô Rebtõnã Ro Hã para reivindicar uma verdadeira política de preservação desse ecossistema, que vem sendo ameaçado pela monocultura de soja, arroz e algodão. Projeto Pinkati
O Projeto Pinkati é uma organização criada pela Conservation International do Brasil em colaboração com uma tribo de índios caipós da região sudeste da Amazônia. Seu propósito é viabilizar o desenvolvimento científico, por meio de uma estação de pesquisas de campo, preservando a diversidade biológica e cultural do local. Disponível em: . Acesso em: 5 fev. 2013.
16. D O autor alerta para a postura pseudoprotecionista de alguns pais, que apostam na internet como meio seguro de entretenimento. A ausência de supervisão e orientação de pais e responsáveis nas redes de contato pode ser mais prejudicial que deixar as crianças brincarem na rua. Nesta habilidade — A questão depende da compreensão do texto e do conhecimento sobre a temática de jogos, animações e programas disponibilizados na internet e na t elevisão para o aluno avaliar que esses meios não disponibilizam apenas conteúdos inadequados a crianças, visto que não restringem o acesso por faixa etária. O aluno deve ainda reconhecer que o desenvolvimento infantil é possibilitado por bons conteúdos, como programas e jogos educativos, que lhe permite inclusive complementar conhecimentos adquiridos em sala de aula. Para ir além — O uso de eletrodomésticos e ferramentas tecnológicas sempre encantou pais e responsáveis para entretenimento dos filhos sem culpa. É notório que as crianças aprendem as novas tecnologias cada vez mais cedo e se deslumbram com elas, substituindo brinquedos e brincadeiras por maquinário eletrônico em ambiente fechado. Muitos pais acreditam que essa forma de comunicar e interagir com o “mundo exterior” é mais seguro para o filho, já que não fica suscetível à violência que assola a sociedade. A necessidade de rever padrões de comport amento e resgatar vínculos sociais não passa somente pela construção de relacionamentos interpessoais desde a infância, m as também pela garantia de desenvolvimento psicomotor e emocional necessário ao indivíduo moderno. Quanto maior número de horas a criança passa em companhia das “babás eletrônicas”, mais suscetível aos perigos da obesidade. Biblioteca — Pesquisa feita em todo o país revela o comportamento de crianças e adolescentes que navegam pela internet e aponta os principais riscos que a navegação sem monitoramento dos pais pode causar. Acesse reportagem sobre o tema no portal. Tecnologia — No portal os alunos podem assistir à animação que retrata um dos potenciais perigos da internet para crianças e adolescentes. Esse conteúdo também é indicado a alunos do 1º. ano do ensino médio.
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17. Enem Cada vez mais, as pessoas trabalham e administram serviços de suas casas, como mostra a pesquisa realizada em 1993 pela Fundação Europeia para a Melhoria da Qualidade de Vida e Ambiente de Trabalho. Por conseguinte, a ‘centralidade da casa’ é uma tendência importante da nova sociedade. Porém não significa o fim da cidade, pois locais de trabalho, escolas, complexos médicos, postos de atendimento ao consumidor, áreas recreativas, ruas comerciais, shopping centers, estádios de esportes e parques ainda existem e continuarão existindo. E as pessoas deslocar-se-ão entre todos esses lugares com mobilidade crescente, exatamente devido à flexibilidade recém-conquistada pelos sistemas de trabalho e integração social em redes: como o tempo fica mais flexível, os lugares tornam-se mais singulares à medida que as pessoas circulam entre eles em um padrão cada vez mais móvel. CASTELLS, M. A sociedade em rede. v. 1. São Paulo: Paz e Terra, 2002.
As tecnologias de informação e comunicação têm a capacidade de modificar, inclusive, a forma de as pessoas trabalharem. De acordo com o proposto pelo autor, a) a ‘centralidade da casa’ tende a concentrar as pessoas em suas casas e, consequentemente, reduzir a circulação das pessoas nas áreas comuns da cidade, como ruas comerciais e shopping centers. b) as pessoas irão se deslocar por diversos lugares, com mobilidade crescente, propiciada pela flexibilidade recém-conquistada pelos sistemas de trabalho e pela integração social em redes. c) cada vez mais as pessoas trabalham e administram serviços de suas casas, tendência que deve diminuir com o passar dos anos. d) o deslocamento de pessoas entre diversos lugares é um dos fatores causadores do estresse nos grandes centros urbanos. e) o fim da cidade será uma das consequências inevitáveis da mobilidade crescente. OC: Estudo dos gêneros digitais: tecnologia da comunicação e informação — impacto e função social Competência 9, habilidade 28
18.
Cyberbullying: a violência virtual Na internet e no celular, mensagens com imagens e comentários depreciativos se alastram rapidamente e tornam o bullying ainda mais perverso. 8 1 2
ANOTAÇÕES DE SALA
Como o espaço virtual é ilimitado, o poder de agressão se amplia e a vítima se sente acuada mesmo fora da escola. E o que é pior: muitas vezes, ela não sabe de quem se defender. Todo mundo que convive com crianças e jovens sabe como eles são capazes de praticar pequenas e grandes perversões. Debocham uns dos outros, criam os apelidos mais estranhos, reparam nas mínimas “imperfeições” — e não perdoam nada. Na escola, isso é bastante comum. Implicância, discriminação e agressões verbais e físicas são muito mais frequentes do que o desejado. Esse comportamento não é novo, mas a maneira como pesquisadores, médicos e professores o encaram vem mudando. Há cerca de 15 anos, essas provocações passaram a ser vistas como uma forma de violência e ganharam nome: bullying (palavra do inglês que pode ser traduzida como “intimidar” ou “amedrontar”). Sua principal característica é que a agressão (física, moral ou material) é sempre intencional e repetida várias vezes sem uma motivação específica. Mais recentemente, a tecnologia deu nova cara ao problema. E-mails ameaçadores, mensagens negativas em sites de relacionamento e torpedos com fotos e textos constrangedores para a vítima foram batizados de cyberbullying . Aqui, no Brasil, vem aumentando rapidamente o número de casos de violência desse tipo.
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SANTOMAURO, Beatriz. Violência virtual. In: Nova Escola . ed. 233, jun./jul. 2010. Disponível em: . Acesso em: 27 dez. 2012.
Sobre o cyberbullying, é possível dizer: a) É caracterizado pela popularização dos indivíduos, mesmo que intimidados por terceiros, sem causar qualquer constrangimento. b) Há facilidade de ampliar o poder de agressão, tanto na escola quanto fora dela, expandindo os problemas causados por meio dessa violência virtual. c) Com uso das novas tecnologias e redes sociais, as agressões passaram a ser somente verbais. d) O cyberbullying não pode ser considerado caso de polícia, visto ocorrer somente no mundo virtual. e) A violência originada pelo bullying ou cyberbullying nem sempre é intencional; na maioria das vezes surge de brincadeiras entre colegas. OC: Estudo dos gêneros digitais: tecnologia da comunicação e informação — impacto e função social Competência 1, habilidade 4 1 2 1
17. B Conforme o texto, as pessoas vão deslocar-se pelas áreas comuns da cidade com mobilidade crescente graças à flexibilidade recém-conquistada pelos sistemas de trabalho e à integração social em redes. Nesta habilidade — O foco da questão é a influência das TIC no mercado de trabalho. Para identificar a alternativa correta, o aluno precisa compreender o conceito de centralidade da casa exposto no texto. Para ir além — Trabalhar em casa é uma tendência mundial. Muitas empresas têm aderido à contratação de funcionários para home office (trabalho em casa), possibilitando-lhes adotar horários flexíveis de trabalho. Essa modalidade foi viabilizada pela internet, que permite a patrões e empregados interagir a distância, por meio de ferramentas de mensagens instantâneas, e tem sido cada vez mais apreciada pelos contratantes em virtude da redução de custos no que se refere a despesas com transporte e alimentação do funcionário. Algumas dessas empresas inclusive custeiam a conexão à internet e disponibilizam computador para o funcionário trabalhar em casa. Num futuro cada vez mais próximo, o trabalho em casa será realizado por profissionais das mais diversas habilidades. Para saber mais sobre a tendência do trabalho em casa, acesse o portal. Biblioteca — O livro O Ócio Criativo, de Domenico de Masi, editora Sextante, trata de um revolucionário conceito de trabalho baseado na simultaneidade entre trabalho, estudo e lazer. É realmente possível cultivar o ócio criativo numa sociedade competitiva? Como o ócio pode colaborar na rotina? Por que as pessoas temem a ausência de criatividade? Como aproveitar o tempo ocioso para produzir? Encontre as repostas para essas perguntas no portal. 18. B A tecnologia também pode ser usada para fins negativos, como o cyberbullying, constituído por e-mails ameaçadores, mensagens negativas em sites de relacionamento ou torpedos com fotos e textos constrangedores. Essa forma de violência ultrapassa agressões físicas e verbais ao usar a internet para constranger ou prejudicar a vítima. Nesta habilidade — Mais uma questão fundamentada na compreensão do texto-base e no conhecimento de atualidades relacionadas ao mundo virtual. A autora Beatriz Santomauro alerta para o aumento do caso de cyberbullying, apontado como tipo de agressão intencional, recorrente, que muitas vezes não tem motivação específica. Para reconhecer que o cyberbullying é crime, o aluno precisa estar atualizado quanto à criação da Lei Carolina Dieckmann, que tipifica crimes com uso de dados de cartões de débito e crédito sem autorização do proprietário e a invasão de dispositivos eletrônicos — celulares, notebooks, tablets ou caixas eletrônicos para obter ou adulterar dados e obter vantagens ilícitas. Para ir além — Cyberbullying é um problema antigo e recente ao mesmo tempo, ainda motivo de tabus e preocupações para pais, educadores e vítimas de agressões. Erroneamente, muitos jovens acreditam ser normal intimidar colegas, criar apelidos. Esse tipo de violência revela-se causa de muitos suicídios entre jovens vítimas da agressão que não o suportam. Com o advento das redes sociais e de outr as ferramentas tecnológicas, essas agressões passaram a transcender os muros das escolas, e o constrangimento físico, moral ou material adquiriu caráter de eternidade, porque muitas provocações implicam a postagem de vídeos e fotos nas redes sociais, ampliando o poder dos agressores que se sentem protegidos de alguma forma. O bullying ou cyberbullying envolvendo estudantes ainda está longe do fim, até porque as vítimas têm medo de denunciar seus agressores, em muitos casos. Biblioteca — Sugira aos alunos que leiam mais sobre a Lei Carolina Dieckmann no portal. Tecnologia — Oriente os alunos a acessar o portal para visualizar conteúdo sobre cyberbullying e dicas de navegação segura na internet.
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19. Enem O “Portal Domínio Público”, lançado em novembro de 2004, propõe o compartilhamento de conhecimentos de forma equânime e gratuita, colocando à disposição de todos os usuários da Internet, uma biblioteca virtual que deverá constituir referência para professores, alunos, pesquisadores e para a população em geral. Esse portal constitui um ambiente virtual que permite a coleta, a integração, a preservação e o compartilhamento de conhecimentos, sendo seu principal objetivo o de promover o amplo acesso às obras literárias, artísticas e científicas (na forma de textos, sons, imagens e vídeos), já em domínio público ou que tenham a sua divulgação devidamente autorizada. BRASIL . Ministério da Educação. Disponível em: http://www. dominiopublico.gov.br.. Acesso em: 29 jul. 2009 (adaptado).
Considerando a função social das informações geradas nos sistemas de comunicação e informação, o ambiente virtual descrito no texto exemplifica a) a dependência das escolas públicas quanto ao uso de sistemas de informação. b) a ampliação do grau de interação entre as pessoas, a partir de tecnologia convencional. c) a democratização da informação, por meio da disponibilização de conteúdo cultural e científico à sociedade. d) a comercialização do acesso a diversas produções culturais nacionais e estrangeiras via tecnologia da informação e da comunicação. e) a produção de repertório cultural direcionado a acadêmicos e educadores. OC: Estudo dos gêneros digitais: tecnologia da comunicação e informação — impacto e função social Competência 1, habilidade 3
20. Em outubro de 2012, o Ministério das Cidades promoveu ação para coletar lixo eletrônico. Acontece em Brasília ação de coleta de resíduos eletrônicos O descarte pode ser feito por qualquer pessoa que tenha lixo eletrônico, como microcomputadores, notebooks, aparelhos celulares, CDs e DVDs, aparelho de som e controle remoto ANOTAÇÕES DE SALA 2 2 1
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Uma ação de coleta de lixo eletrônico está acontecendo no estacionamento externo do Ministério das Cidades. O projeto é uma parceria entre a organização não governamental Estação de Metarreciclagem de Samambaia, cidade-satélite de Brasília, com o Ministério. A ação começou nesta segunda-feira (29 out. 2012), após palestra ministrada pelo representante da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, do Ministério das Cidades, Sérgio Cotrin, que destacou a importância da coleta e destinação correta para esse lixo eletrônico. “Os materiais eletrônicos têm um potencial tecnológico muito grande, e um potencial de poluição muito grande também”, destacou. O coordenador do projeto Estação de Metarreciclagem de Samambaia, Wesley Dias, também participou da palestra e destacou a importância que a coleta desse tipo de material tem para as comunidades que fazem reciclagem. “Os aparelhos que nós recebemos quando têm vida útil são recondicionados e doados para serem montados em espaços públicos para a comunidade”, observou. Ministério das Cidades. Acontece em Brasília ação de coleta de resíduos eletrônicos. Disponível em: . Acesso em: 27 dez. 2012.
Com base no texto, pode-se dizer: a) O lixo proveniente do descarte de produtos das novas tecnologias é totalmente reciclado em todo o mundo. b) O lixo eletrônico não é passível de reciclagem, já que muitos componentes são pequenos e possuem elementos químicos com alto grau de contaminação. c) A única forma de solucionar os problemas originados pelo lixo eletrônico é depositá-lo em galpões até surgir forma segura de reciclagem. d) O lixo eletrônico não pode ser reaproveitado em projetos de inclusão digital ou de material reciclado para comunidades que realizam a reciclagem. e) A quantidade de lixo eletrônico aumenta de maneira considerável, e sua reciclagem ainda é insignificante relativamente ao volume produzido. OC: Estudo dos gêneros digitais: tecnologia da comunicação e informação — impacto e função social Competência 9, habilidade 28
19. C Por disponibilizar gratuitamente uma biblioteca virtual de obras literárias e científicas, o Portal Domínio Público está a serviço da democratização informativa. Lançado em novembro de 2004, o Portal pretende contribuir para o desenvolvimento da educação e da cultura, bem como aprimorar a consciência social, cidadã e democrática no Brasil. Ele incentiva o aprendizado, a inovação e a cooperação entre autores de conteúdo e leitores. O acervo disponível para consulta compõe-se, na maioria, por obras de domínio público ou licenciadas por seus autores. Nesta habilidade — Para responder à questão, o aluno deve identificar a função social a que o enunciado se refere — ampliar o acesso da população a conteúdos culturais, por meio de acesso gratuito, democratizando-os. Sob esse aspecto, identifica o Portal Domínio Público como forma de democratizar o conhecimento. Biblioteca — No Portal Domínio Público, os alunos encontram obras de importantes representantes da língua portuguesa — tais como Machado de Assis e Fernando Pessoa —, inclusive aquelas exigidas pelos principais vestibulares do país. Acesse o portal. 20. E Novas tecnologias de informação e comunicação impactam o meio ambiente com o descarte de lixo eletrônico. Promover ações para minimizar esse problema é um dos objetivos do Ministério das Cidades, que recentemente realizou coleta de resíduos eletrônicos. A tecnologia exerce fascínio na população, e as ações das empresas de mídia sobre o mercado consumidor é muito grande. Sob a pressão disso e de outros fatores, muitas pessoas frequentemente renovam seus equipamentos eletrônicos, desde utensílios de cozinha, som, TV, computadores, celulares a infinidade de “quinquilharias”. Nesta habilidade — Para avaliar as alternativas, o aluno precisa depreender a ideia central do t exto — o lixo eletrônico é passível de reciclagem e pode ser reaproveitado em projetos de inclusão digital ou material reciclado — e ter conhecimento sobre a realidade do lixo eletrônico no mundo, que ainda não é totalmente reciclado, motivo que leva a seu acúmulo no mundo inteiro. Para ir além — Lixo eletrônico, resíduo eletrônico ou e-lixo é todo material proveniente de equipamentos eletroeletrônicos, como telefones celulares, computadores, impressoras etc. Diariamente, são descartados no mundo milhares de aparelhos, seja por mau funcionamento, seja por estarem obsoletos. Equipamentos eletrônicos causam grandes impactos no meio ambiente desde sua produção, que demanda enorme quantidade de recursos naturais, especialmente água. Para se fabricar um laptop, por exemplo, são necessários 50 mil litros d’água. O problema é maior quando tais aparelhos são descartados de forma inadequada, como em rios, mares ou lixões. Expostos no meio ambiente, componentes do equipamento se degradam e liberam na natureza metais pesados como chumbo, cádmio, mercúrio, entre outros elementos tóxicos. O Brasil conta com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei n. 12 305, 2/8/2010), que estabelece parâmetros para a destinação correta desses resíduos, porém não realiza campanhas e programas de conscientização sobre isso. Biblioteca — Estimule os alunos a acessar o portal para aprofundar conhecimentos sobre resíduos eletrônicos. Oriente-os a assistir ao segundo vídeo, sobre o Projeto Estação de Metarreciclagem de Samambaia, que recolhe equipamentos eletrônicos e capacita jovens da comunidade carente a recondicioná-los para doação. Tecnologia — Quais problemas a contaminação por chumbo, mercúrio e cádmio pode causar à saúde humana? Descubra no portal. No mesmo site, os alunos aprofundam conhecimentos sobre os efeitos tóxicos dos metais pesados na saúde humana e no meio ambiente.
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21. Enem O hipertexto refere-se à escritura eletrônica não sequencial e não linear, que se bifurca e permite ao leitor o acesso a um número praticamente ilimitado de outros textos a partir de escolhas locais e sucessivas, em tempo real. Assim, o leitor tem condições de definir interativamente o fluxo de sua leitura a partir de assuntos tratados no texto sem se prender a uma sequência fixa ou a tópicos estabelecidos por um autor. Trata-se de uma forma de estruturação textual que faz do leitor simultaneamente coautor do texto final. O hipertexto se caracteriza, pois, como um processo de escrita/leitura eletrônica multilinearizado, multisequencial e indeterminado, realizado em um novo espaço de escrita. Assim, ao permitir vários níveis de tratamento de um tema, o hipertexto oferece a possibilidade de múltiplos graus de profundidade simultaneamente, já que não tem sequência definida, mas liga textos não necessariamente correlacionados.
OC: Estudo dos gêneros digitais: tecnologia da comunicação e informação — impacto e função social Competência 1, habilidade 1
22. Observe a charge.
MAMÃE TAMBÉM TEM MUITOS AMIGOS IMAGINÁRIOS. NUM TAL DE FACEBOOK...
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MARCUSCHI, L. A. Disponível em: . Acesso em: 29 jun. 2011.
O computador mudou nossa maneira de ler e escrever, e o hipertexto pode ser considerado como um novo espaço de escrita e leitura. Definido como um conjunto de blocos autônomos de texto, apresentado em meio eletrônico computadorizado e no qual há remissões associando entre si diversos elementos, o hipertexto a) é uma estratégia que, ao possibilitar caminhos totalmente abertos, desfavorece o leitor, ao confundir os conceitos cristalizados tradicionalmente. b) é uma forma artificial de produção de escrita, que, ao desviar o foco da leitura, pode ter como consequência o menosprezo pela escrita tradicional. c) exige do leitor um grau de conhecimentos prévios, por isso deve ser evitado pelos estudantes nas suas pesquisas escolares. d) facilita a pesquisa, pois proporciona uma informação específica, segura e verdadeira, em qualquer site de busca ou blog oferecidos na internet. e) possibilita ao leitor escolher seu próprio percurso de leitura, sem seguir sequência predeterminada, constituindo-se em atividade mais coletiva e colaborativa.
Disponível em: . Acesso em: 27 dez. 2012.
Sobre as relações sociais, pode-se dizer que a) as redes sociais roubam o momento de diálogo entre pais e filhos, e estes são obrigados a inventar amigos. b) as brincadeiras ao ar livre estão em vias de extinção, pois não há mais adultos para supervisionar as crianças. c) muitas pessoas se limitam a conversas virtuais com a maior parte dos amigos listados em sua rede social. d) os amigos imaginários que tínhamos na infância são os mesmos da vida adulta, disfarçados em amigos de redes sociais. e) os pais criam perfis em redes sociais para melhor se relacionar com os filhos. OC: Estudo dos gêneros digitais: tecnologia da comunicação e informação — impacto e função social Competência 1, habilidade 4
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21. E A publicação de textos em meios eletrônicos permite a criação de links, ou seja, recursos que direcionam o leitor a outros arquivos (imagens, textos) relacionados ao que está sendo lido. O conjunto de arquivos relacionados compõe o hipertexto. Este é definido pelo leitor com base em s eu interesse ou necessidade, uma vez que é ele quem opta por acessar ou não os links para carregar os arquivos. Como o acesso aos links é opcional, o leitor pode escolher seu próprio percurso de leitura, o que torna sua atividade mais coletiva e colaborativa. Nesta habilidade — Para avaliar as alternativas, é imprescindível ao aluno a capacidade de compreensão do texto para depreender as principais características do hipertexto mencionadas no texto-base. O conhecimento prévio de hipertexto auxilia o aluno a identificar a alternativa correta, pois reconhece a não linearidade dessa forma de escrita e a possibilidade que oferece de ampliar conhecimentos sobre mesmo tema. Para ir além — Sugerimos a leitura do artigo a seguir, que define hipertexto. (...) O termo hipertexto foi criado por Theodore Nelson, na década de sessenta, para denominar a forma de escrita/leitura não linear na informática (...) Está relacionado à própria evolução da tecnologia computacional, quando a interação passa à interatividade, em que o computador deixa de ser binário, rígido e centralizador, para oferecer ao usuário interfaces interativas. (...) O hipertexto vem auxiliar o ser humano na aquisição e assimilação do conhecimento, pois, tal como o cérebro humano, ele não possui estrutura hierárquica e linear, sua característica é a capilaridade, ou melhor, uma forma de organização em rede. Ao acessarmos um ponto determinado de um hipertexto, consequentemente, outros que estão interligados também são acessados, no grau de interatividade que necessitamos. (...) Foi no campo da informática que surgiu o hipertexto, pela necessidade de tornar o computador cada vez mais interativo. Mas o hipertexto não precisa ser interativo e sim “explorativo”. Ao navegar pela internet, encontramos endereços de sites, palavras sublinhadas, ícones piscando e muitos outros atrativos que nos levam a clicar com o mouse e abrir diversas janelas (...) Ele não está presente apenas no campo da informática, encontra-se também nos livros de formatos convencionais, onde os autores buscam facilitar a compreensão de cada capítulo na sua individualidade, sem que perca a essência que compõe o todo, a ideia central do autor. (...) O hipertexto permite ao leitor decidir o rumo a seguir na sua viagem pela leitura, tornando o tempo e o espaço, em relação à construção textual, flexível. A televisão, o cinema e outras áreas das artes e do entretenimento também vêm trabalhando com a ideia do hipertexto (...). Há filmes que apresentam algumas pequenas histórias, que parecem independentes umas das outras, porém a essência de cada uma faz parte de um único enredo desenvolvido pelo autor. Enfim, as partes de um hipertexto fazem sentido, mesmo sendo deslocadas do seu eixo central ou enredo. Ele possibilita a livre escolha, por onde começar e em que ordem seguir.
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Disponível em: . Acesso em: 4 fev. 2013. (Adaptado)
Tecnologia — O Projeto Jornalismo Educativo, disponível no portal, oferece diversos exemplos de hipertexto. Os alunos podem acessar uma notícia a que estão vinculados vídeos e outros textos. Incentive-os a participar desse projeto. 22. C As relações sociais chegam a parâmetros duvidosos por influência das novas tecnologias. Muitas pessoas se limitam ao convívio virtual com a maioria dos amigos de sua lista. Nesta habilidade — A questão exige do aluno habilidade em interpretar textos do gênero charge e vivência em redes sociais para avaliar as alternativas. Ao realizar analogia entre os amigos invisíveis da infância e os amigos virtuais, a charge propõe crítica ao uso que algumas pessoas fazem das redes sociais. Para ir além — É importante que os alunos dominem o gênero charge, sempre presente nos principais vestibulares do Brasil e no Enem. Oferecemos a seguir breve descrição. Charge é um desenho humorístico, com ou sem legenda ou balão, sobre algum acontecimento atual. Geralmente, tem conteúdo crítico e é veiculado pela imprensa. A palavra “cartum”, muitas vezes, é empregada como sinônima de “charge”, mas designa, também, a história em quadrinhos e a vinheta cômica na TV. A diferença básica é que a charge sempre trata de assuntos atuais, de modo que podemos dizer que seu conteúdo efêmero tem período de validade e muitas vezes não tem alcance universal, apenas regional. O cartum é uma piada gráfica para temas universais. Disponível em: . Acesso em: 6 fev. 2013.
Tecnologia — No portal os alunos têm acesso a vasto conteúdo sobre charges, que inclui definição, características, história e animações desse gênero no Brasil.
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23. Enem Com o texto eletrônico, enfim, parece estar ao alcance de nossos olhos e de nossas mãos um sonho muito antigo da humanidade, que se poderia resumir em duas palavras, universalidade e interatividade. As luzes, que pen sav am que Gutenb erg tin ha prop ici ado aos homens uma promessa uni ver sal, cultivavam um modo de utopia. Elas imaginavam poder, a partir das práticas privadas de cada um, construir um espaço de intercâmbio crítico das ideias e opiniões. O sonho de Kant era que cada um fosse ao mesmo tempo leitor e autor, que emitisse juízos sobre as instituições de seu tempo, quaisquer que elas fossem e que, ao mesmo tempo, pudesse refletir sobre o juízo emitido sobre os outros. Aquilo que outrora só era permitido pela comunicação manuscrita ou a circulação dos impressos encontra hoje um suporte poderoso com o texto eletrônico. CHARTIER, R. A aventura do livro: do leitor ao navegador. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo: Unesp, 1998.
No trecho apresentado, o sociólogo Roger Chartier caracteriza o texto eletrônico como um poderoso suporte que coloca ao alcance da humanidade o antigo sonho de universalidade e interatividade, uma vez que cada um passa a ser, nesse espaço de interação social, leitor e autor ao mesmo tempo. A universalidade e a interatividade que o texto eletrônico possibilita estão diretamente relacionadas à função social da internet de a) propiciar o livre e imediato acesso às informações e ao intercâmbio de julgamentos. b) globalizar a rede de informações e democratizar o acesso aos saberes. c) expandir as relações interpessoais e dar visibilidade aos interesses pessoais. d) propiciar entretenimento e acesso a produtos e serviços. e) expandir os canais de publicidade e o espaço mercadológico. OC: Estudo dos gêneros digitais: tecnologia da comunicação e informação — impacto e função social Competência 9, habilidade 28
24. Enem Cada um dos três séculos anteriores foi dominado por uma tecnologia. O século XVIII foi a época dos grandes sistemas mecânicos que acompanharam a Revolução Industrial. O século XIX foi a era das máquinas a vapor. As principais conquistas do século XX se deram no campo da aquisição, do processamento e da distribuição de informações. Entre outros desenvolvimentos, vimos a instalação das redes de telefonia em escala mundial, a invenção do rádio e da televisão, o nascimento e crescimento sem precedentes da indústria de informática e o lançamento de satélites de comunicação. TANENBAUM, Andrew S. Redes de computadores. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
A fusão dos computadores e das comunicações teve profunda influência na organização da sociedade, conforme se verifica pela afirmação: a) A abrangência da internet não impactou a sociedade como a revolução industrial. b) O telefone celular mudou o comportamento social, mas não impactou na disponibilidade de informações. c) A invenção do rádio foi possível com o lançamento de satélites que proporcionaram a transposição de fronteiras. d) A televisão não atingiu toda a sociedade devido ao alto custo de implantação e disseminação. e) As redes de computadores, nos quais os trabalhos são realizados por grande número de computadores separados, mas interconectados, promoveram a aproximação das pessoas. OC: Estudo dos gêneros digitais: tecnologia da comunicação e informação — impacto e função social Competência 9, habilidade 30 ANOTAÇÕES DE SALA
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23. A A universalidade do texto eletrônico está relacionada ao livre acesso que a internet propicia a informações variadas. A interatividade, ao fato de os usuários postarem sua opinião sobre essas informações. Dessa forma, a função social da internet, conforme o texto, é propiciar livre acesso a informações e o intercâmbio de julgamentos. Nesta habilidade — Para avaliar as alternativas, o aluno precisa interpretar o texto com base nos conceitos de universalidade e interatividade para reconhecer o rápido acesso a informações variadas e intercâmbio de opiniões sobre elas como função relacionada ao texto-base. Para ir além — Sugerimos a leitura do texto a seguir, que aborda as principais ideias de Roger Chartier, especialista em história da leitura, que acredita na potencialidade da inter net como aliada dos textos por permitir sua ampla divulgação. Roger Chartier: “Os livros resistirão às tecnologias digitais”
O francês Roger Chartier é um dos mais reconhecidos historiadores da atualidade. Professor e pesquisador da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais e professor do Collège de France, ambos em Paris, também leciona na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, e viaja o mundo proferindo palestras. Sua especialidade é a leitura, com ênfase nas práticas culturais da humanidade. Mas ele não se debruça apenas sobre o passado. Interessa-se também pelos efeitos da revolução digital. “Estamos vivendo a primeira transformação da técnica de produção e reprodução de textos e essa mudança na forma e no suporte influencia o próprio hábito de ler”, diz. Diferentemente dos que preveem o fim da leitura e dos livros por causa dos computadores, Chartier acha que a internet pode ser uma poderosa aliada para manter a cultura escrita. “Além de auxiliar no aprendizado, a tecnologia faz circular os textos de forma intensa, aberta e universal e, acredito, vai criar um novo tipo de obra literária ou histórica. Dispomos hoje de três formas de produção, transcrição e transmissão de texto: a mão, impressa e eletrônica — e elas coexistem.” (...) Disponível em: . Acesso em: 6 fev. 2013.
Biblioteca — Oriente os alunos a acessar o portal para ler entrevista de Roger Chartier concedida à revista Nova Escola. 24. E Embora não da mesma forma como na Revolução Industrial, o advento da tecnologia exerceu grande impacto e influência na sociedade, pois facilitou a aproximação entre as pessoas, que hoje podem comunicar-se em tempo real, independentemente do lugar onde estejam. O telefone celular, por exemplo, agilizou a comunicação entre as pessoas. A televisão possibilitou acesso à informação pela facilidade de transmissão e implantação. Nesta habilidade — O aluno deve compreender do texto-base as tecnologias que predominaram em cada século e reconhecer que, no século XXI, a internet impactou tanto a sociedade como as máquinas na Revolução Industrial e os meios de comunicação no século XX. É preciso ainda que o aluno tenha noções básicas sobre os meios de comunicação mencionados no texto, de forma a identificar equívocos em algumas alternativas. Tecnologia — No portal os alunos acompanham a relação entre avanços tecnológicos e evolução das sociedades mundo.
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26. A revoluçã o trazida pela s t ecnologias da informação e comunicação (TIC) na sociedade nos últimos anos, principalmente na última década, com o advento da internet, tem causado profundas mudanças na organização do setor público. Toda uma teoria sobre “governo eletrônico”, na qual são preconizadas as estratégias para o provimento de serviços públicos por meio das TIC, tem sido elaborada, e não faltam exemplos práticos de como a tecnologia tem ajudado a administração pública a ser mais eficiente, provendo serviços públicos em maior quantidade e qualidade, com menor dispêndio de verbas públicas. De fato, as TIC são, para os familiarizados com seu funcionamento, um meio de comunicação bastante democrático, com grande facilidade de acesso, quando comparadas aos métodos tradicionais de acesso à informação pública. Também apresentam capacidade de acúmulo de dados fabulosa, bem como a possibilidade de organização e cruzamento de informações, algo fundamental para uma análise mais acurada dos resultados de políticas públicas. Além disso, ressalte-se a intensa economia de gastos representada pela informatização de ações governamentais — de modo geral, a prestação de serviços públicos e de informações acerca da atividade governamental é feita de maneira muito mais econômica por meio das TIC do que quando se utilizam tecnologias convencionais existentes antes de seu surgimento. LOPES, Cristiano Aguiar. Acesso à informação pública para a melhoria da qualidade dos gastos públicos — literatura, evidências empíricas e o caso brasileiro. Cad. Fin. Públ. Brasília, n. 8, p. 5-40, dez. 2007. Disponível em: . Acesso em: 6 jan. 2013.
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Texto 1 A tragédia dos kaiowás e a solidariedade nas redes sociais A c arta dos índi os kaiowás (1), p rote stando contra a ordem judicial de despejo da área rural que ocupam em Iguatemi, Mato Grosso do Sul, causou indignação e mobilizou pessoas na Internet. Usuários do Facebook passaram a adicionar ao nome pessoal a e xpressão “guarani-kaiowá” — sinalizando solidariedade aos índios. Uma entidade dedicada a organizar movimentos nas redes sociais coletou 270 mil assinaturas para uma petição, encaminhada às autoridades federais, exigindo revisão da decisão da Justiça Federal. Esse movimento surtiu efeito. A liminar com a ordem de despejo foi suspensa, autoridades do governo federal receberam os índios e o Congresso entrou em cena. Na quinta-feira, 1, a Comissão da Direitos Humanos do Senado decidiu enviar um grupo de representantes à região do conflito. Os grandes jornais também deram mais destaque ao assunto. (...)
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Disponível em: . Acesso em: 14 jan. 2013. (Adaptado)
Texto 2 OUÇO GRITOS! ALGUÉM CLAMA POR JUSTIÇA
DEVO SER SOLIDÁRIO?
EM REDES SOCIAIS, SIM.
Disponível em: . Acesso em: 14 jan. 2013.
Em relação ao setor público, o autor ressalta que as tecnologias da informação e comunicação a) pouco modificaram a dinâmica da administração governamental, pois, na prática, a prestação de serviços públicos não sofreu alteração. b) não representam vantagem, pois facilitam os processos de prestação de serviços apenas para os familiarizados com seu funcionamento. c) facilitaram o acesso à informação, limitando-se a divulgar os programas e projetos governamentais. d) contribuíram para uma administração mais eficiente, pois, além de aumentar a quantidade e qualidade dos serviços públicos, geram menos gastos que as tecnologias anteriores. e) desempenham papel de grande importância na prestação de serviços, porém ainda não oferecem possibilidade de armazenar dados ou organizar e cruzar informações, o que prejudica seu potencial produtivo.
Além de forma de entretenimento e interação pessoal, as redes sociais tornaram-se meios de mobilização social e política, facilitando o engajamento de número cada vez maior de pessoas em defesa dos direitos humanos. No texto 1, o autor evidencia o potencial positivo desse tipo de mobilização. O engajamento via redes sociais, enfocado como positivo no texto 1, é abordado no texto 2 a) como algo fundamental para fomentar a mobilização efetiva no âmbito social, além do engajamento virtual via redes sociais. b) como algo que não faz parte das redes sociais. c) de forma irônica, como alternativa de demonstrar solidariedade para quem não pretende ser solidário na prática. d) de forma positiva, como a melhor maneira de atender àqueles que clamam por justiça. e) como forma de calar os gritos dos manifestantes tradicionais, que costumam ser muito barulhentos.
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25. D De acordo com o texto, as TIC constituem meio de comunicação com enorme base de dados, muito econômico e democrático, de acesso mais fácil que os métodos tradicionais. Tais características contribuem para a eficiência da administração pública on-line. A internet propiciou divulgar políticas públicas, direitos e deveres do cidadão, entre outros temas, que até a era do rádio e TV estavam restritas ao público político. Isso deu à população chance de lutar por causas próprias e participar da política de modo mais efetivo. Nesta habilidade — Ao avaliar as alternativas, o aluno deve considerar a ideia central do texto — contribuição das TIC para a mudança na administração pública. Com base em boa compreensão do texto, reconhece que as TIC não se limitam a divulgar programas e projetos do governo, e oferecem possibilidade de armazenar dados e confrontar informações. Para ir além — Comente com os alunos sobre os programas de governo eletrônico, desenvolvido pelo Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão. O objetivo desses programas é empregar modernas tecnologias de informação e comunicação para democratizar o acesso à informação, ampliar discussões e dinamizar a prestação de serviços públicos com foco na eficiência e efetividade das funções governamentais. Sugerimos a leitura do texto a seguir como base para seu comentário. As ações do programa de Governo Eletrônico priorizam o uso das tecnologias da informação e comunicação (TIC) para democratizar o acesso à informação, visando ampliar o debate e a participação popular na construção das políticas públicas, como também aprimorar a qualidade dos serviços e informações pública s prestadas. No Brasil, a política de Governo Eletrônico segue um conjunto de diretrizes que atuam em três frentes fundamentais: 1. Junto ao cidadão; 2. Na melhoria da sua própria gestão interna; 3. Na integração com parceiros e fornecedores. O que se pretende com o Programa de Governo Eletrônico brasileiro é a transformação das relações do Governo com os cidadãos, empresas e também entre os órgãos do próprio governo de forma a aprimorar a qualidade dos serviços prestados; promover a interação com empresas e indústrias; e fortalecer a participação cidadã por meio do acesso à informação e a uma administração mais eficiente. Disponível em: . Acesso em: 6 fev. 2013.
Biblioteca — Incentive os alunos a acessar o portal para conhecer o Programa de Governo Eletrônico.
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26. C A postura do personagem revela que ele resolveu seu problema em relação ao engajamento por justiça social restringindo sua solidariedade às redes sociais, em que se limita a divulgar, compartilhar e fomentar discussões. A ironia é sutil, mas deixa evidente a crítica aos que apenas “são solidários” por meio da internet, mais especificamente das redes sociais. É como se tal prática eximisse o cidadão de cumprir seu papel em atividades cotidianas fora do meio digital. Nesta habilidade — A questão exige do aluno experiência nos gêneros notícia e charge para relacionar adequadamente os dois textos. No caso da charge, deve levar em conta que nesse gênero muitas vezes o autor se vale de ironia para criticar determinado fato, como é o caso do texto 2. É interessante que o aluno tenha experiência em redes sociais, visualizado ou mesmo participado de campanhas desse tipo para avaliar com mais critério as alternativas. Para ir além O grupo kaiowá, cujo nome também costuma ser grafado como caiuá, constitui um dos três subgrupos que formam o povo indígena guarani. Os outros dois são os nhandeva e mbya. No conjunto, já foram donos de grande parte das terras do Sul do País. Quando os portugueses chegaram, se espalhavam desde Cananeia, no litoral paulista, até o Rio Grande do Sul e parte do Paraguai. De acordo com o antropólogo Mércio Gomes, “o povo guarani é testemunha de todo o nosso processo histórico, que deu origem à cultura caipira de São Paulo, um dos povos que mais sofreram e têm as menores faixas de terra”. Ainda segundo o ex-presidente da Funai, “é um povo especial, com uma visão religiosa profunda, e muito humilde”. Disponível em: . Acesso em: 14 jan. 2013.
Tecnologia — No portal você e os alunos encontram mais um exemplo de como as redes sociais têm ajudado jovens a se mobilizar por causas políticas.
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27. Leia trecho da coluna de Luli Radfahrer, Vida digital: um manifesto. Somos os pais e os filhos da internet. Acreditamos que ela é tão nossa quanto a ciência, a arte e o dinheiro. Crescidos na rede e com a rede, estamos à vontade com o aumento exponencial da capacidade de computação, do armazenamento e da transmissão de dados. Para nós a internet não é um “espaço virtual” em que se “surfa”, mas um ambiente invisível, familiar e indispensável, em que vivemos e de que fazemos parte, como ela faz parte de nós. Nossa experiência com a rede é cada vez mais integrada. Entendemos cada vez me nos o significado (ou a relevância) da desconexão. Para nós não faz sentido ficar só, nu, cego, surdo e mudo no deserto da desinformação. Somos codependentes de bases de dados e de inteligência artificial e não nos sentimos frágeis ou menores por isso, muito pelo contrário. Acreditamos que confinar, restringir ou ignorar a rede é tão cruel e inútil quanto viver sem penicilina, transporte aéreo, transfusão de sangue ou pasteurização.
Bernardes, Ernesto. A internet não é uma bolha. É uma espuma. IstoÉ Dinheiro . ed. 136, 5 abr. 2000. Disponível em: . Acesso em: 21 dez. 2012.
Luli Radfahrer comenta nossa dependência do mundo virtual, destacando que a) o aumento exponencial das relações humanas por intermédio das redes pôs em segundo plano a ciência, a arte, o dinheiro e até os serviços essenciais. b) a sociedade do século XXI é dependente da internet, e as futuras gerações poderão sofrer com a falta de informação que a rede proporciona. c) a convivência com a rede e suas possibilidades tornou-se parte do cotidiano do ser humano, que não cogita seu desligamento das relações sociais existentes. d) a internet se tornou ambiente timidamente indispensável nos dias atuais, principalmente no que se refere à aquisição de informações. e) com o crescimento das demandas na rede, as relações humanas estabelecidas ao longo do tempo permanecem inalteradas. OC: Estudo dos gêneros digitais: tecnologia da comunicação e informação — impacto e função social Competência 1, habilidade 3
OC: Estudo dos gêneros digitais: tecnologia da comunicação e informação — impacto e função social Competência 9, habilidade 28
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“A internet não é uma bolha. É uma espuma” Quem diz é Alfred Berkeley III, o presidente da Nasdaq, a bolsa virtual americana na qual as ações da rede são negociadas. Se há de fato uma bolha na valorização das empresas de tecnologia, o presidente da Nasdaq, Alfred J. Berkeley III, está sentado sobre ela. A bolsa de valores eletrônica de Nova York é o centro financeiro da Nova Economia. É por lá que passam os bilhões de dólares que impulsionam a internet americana e fazem empresas recém-nascidas valerem mais do que os mais tradicionais conglomerados.
A internet estabeleceu novo rumo para a economia mundial, e as demandas exigiram a criação da N asdaq. A partir dessas considerações, pode-se dizer que a) a declaração “A internet não é uma bolha. É uma espuma” remete à Nova Economia e sua dinâmica, em que empresas podem extinguir-se ou agregar-se a outras, aumentando seu potencial, como espuma formada por uma infinidade de bolhas de diversos tamanhos. b) as empresas tradicionais no mercado financeiro não perderam valor financeiro comparativamente às empresas criadas no mundo virtual, visto que as relações estabelecidas entre elas são diferentes. c) as ações relacionadas à internet não são negociadas apenas na Nasdaq, bolsa de valores criada com o único intuito de promover ações das grandes corporações do mundo virtual, sem levar em conta empresas recém-nascidas. d) com a demanda de investimentos no mundo virtual, houve necessidade de criar um mecanismo controlador de circulação monetária, conhecido por Nasdaq. e) a bolsa de valores virtual Nasdaq não sofre interferência política e econômica quando há crise econômica em determinado país ou grande corporação, como acontece nas demais bolsas de valores.
RADFAHRER, Luli. Vida digital: um manifesto. Disponível em: . Acesso em: 26 dez. 2012.
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27. C O manifesto de Luli Radfahrer aponta as características da nova sociedade e da unidade familiar, pautado em novo e atuante membro, a rede. Filmes de ficção já antecipavam as relações de dependência que esse ambiente traria para a sociedade. Sendo assim, a codependência, como aponta o autor, é peça fundamental na sociedade da qual fazemos parte, e viver sem suas possibilidades é tão absurdo quanto viver sem quesitos básicos conquistados bem antes na história da humanidade. A internet, bem como outros sistemas de comunicação e informação da atualidade são tão importantes para o bem-estar e o desenvolvimento das sociedades quanto as tecnologias da penicilina, do transporte aéreo, da transfusão de sangue, da pasteurização. Nesta habilidade — O aluno deve compreender o conceito central do texto-base — codependência do mundo digital — e identificar a postura favorável do autor a essa f orma de dependência para avaliar as alternativas. É importante ainda que tenha noção da importância da internet nos dias de hoje e seu impacto nas sociedades para descartar alguns distratores. Para ir além — A vida digital é positiva ou negativa para a sociedade? Leia o texto a seguir, que reforça alguns conceitos definidos por Luli Radfahrer, apresente-o para os alunos e promova breve debate em sala de aula. A culpa não é da internet Problemas modernos não são responsabilidade da tecnologia, mas do mau uso que fazemos dela São várias as queixas: estaríamos ficando superficiais, desatentos, desmemoriados, desinteressados. De quem é a culpa? Dizem que da internet, do mundo moderno, das novas tecnologias, disso tudo junto. (...) Eu discordo veementemente. Não vejo problema no que o mundo moderno faz com nosso cérebro — pelo contrário, só vejo coisas boas na facilidade de acesso a notícias, na facilidade de contato com amigos e parentes distantes, na profundidade de informação que hoje podemos obter. Para mim, o problema está em nós mesmos: em como nos deixamos sucumbir a tentações e imposições que nos são apresentadas através das novas tecnologias. Para começar, não vejo como “a internet” poderia reduzir nosso tempo de atenção sustentada e tornar nosso conhecimento superficial. (...) Aprofundar-se ou surfar superficialmente é uma questão do uso que se escolhe fazer de um mundo inteiro agora navegável. O mesmo se aplica à memória. A tecnologia nos permite terceirizar facilmente nossa memória, delegando-a a agenda do celular, que guarda nossos contatos, endereços e compromissos, e à memória coletiva da Wikipédia e tantos outros sites acessíveis via internet. (...) O problema é que, sem tentar, não há como memorizar o que quer que seja — e, sem exigir da sua memória, não há como mantê-la tinindo. A memória não depende de simples exposição à informação, e sim do processamento ativo dela, que precisa receber atenção, ser associada a outras informações, e ainda ser considerada importante pelo cérebro. Se não for importante, não entra para a memória. Também não é verdade que a internet nos deixe desatentos ao fornecer “informação demais”. Nossa atenção já é limitada — e pelo próprio cérebro: só conseguimos nos concentrar em uma coisa de cada vez. Por causa dessa limitação, sempre há mais informação disponível do que conseguimos processar — e isso não é culpa da internet. (...)
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VIANA, Gonçalo. A culpa não é da internet. Disponível em: . Acesso em: 6 fev. 2013. (Adaptado)
Biblioteca — Sugira aos alunos acessar o portal para assistir a descontraído e didático vídeo em que Luli Radfahrer apresenta sua opinião sobre o que motiva o grande sucesso das redes sociais. Tecnologia — Qual a influência da internet na formação intelectual dos jovens? Seus cérebros formarão “conexões” diferentes, permitindo maior rapidez de raciocínio, ou não serão capazes de raciocinar em profundidade? Acesse o portal para desenvolver com os alunos projeto sobre o tema. 28. A A internet impacta as sociedades de formas diversas, inclusive economicamente, como é o exemplo da Nasdaq, maior bolsa virtual do mundo, em que se negociam compra, venda e fusão de empresas do mundo todo, que se relacionam como bolhas de espuma. Nesta habilidade — A questão exige apurada habilidade do aluno para interpretar as alternativas com base na citação de Alfred Berkeley III. O estudante deve compreender a ideia da espuma como um conjunto de bolhas que se mesclam e fundem para formar uma nova realidade. Para ir além — A primeira Bolsa de Valores foi criada em 1487, em Bruges, na Bélgica, embora já existissem relações comerciais como as praticadas nas bolsas de valores antes do século XV. Com o advento do capitalismo financeiro, no final do século XVIII e início do XIX, as bolsas ganharam novas proporções, estabelecendo relação direta com as grandes corporações que surgiam. A prática tornou-se fundamental para o desenvolvimento da economia nas grandes metrópoles europeias e estadunidenses. A história registra a criação e a falência de empresas, bem como a absorção de umas por outras. A Nasdaq chega a transacionar 6 bilhões de ações num dia, caracterizando-se assim como a maior do mundo atualmente.
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Texto para as questões 29 e 30.
Escravos da tecnologia Não, não vou falar das fábricas que atraem trabalhadores honestos e os tratam de forma desumana. Cada vez que um produto informa orgulhoso que foi desenhado na Califórnia e fabricado na China, sinto um arrepio na espinha. Conheço e amo essas duas partes do mundo. Também conheço a capacidade de a tecnologia eliminar empregos. Parece o sonho de todo patrão: muita margem de lucro e poucos empregados. Se possível, nenhum! Tudo terceiro! Conheço ainda como a tecnologia é capaz de criar empregos. Vivo há 15 anos num meio que disputa engenheiros e técnicos a tapa, digo, a dólares. O que acontece aí no Brasil, nessa área, acontece igualzinho no Vale do Silício: empresas tentando arrancar talentos umas das outras. (...) Mas queria falar hoje de outro tipo de escravidão tecnológica. Não dos que dormiram na rua sob chuva para comprar o novo iPhone 4S... Quero reclamar de quanto nós estamos tendo de trabalhar de graça para os sistemas, cada vez que tentamos nos mover na internet. Isso é escravidão — e odeio isso. Outro dia, fiz aniversário e fui reservar uma mesa num restaurante bacana da cidade. Achei o site do restaurante, lindo, e pareceu fácil de reservar on-line . Caí no OpenTable, sistema bastante usado e eficaz por aqui. Escolhi dia, hora, informei número de pessoas e, claro, tive de dar meu nome, e-mail e telefone. Dois dias antes da data marcada, precisei mudar o número de participantes, pois tive confirmação de mais pessoas. Entrei no site, mas aí nem o site nem o OpenTable podiam modificar a reserva on-line, pela proximidade do jantar. A recomendação era... telefonar ao restaurante! Humm... Telefonei. Secretária eletrônica. Deixei recado. No dia seguinte um funcionário do restaurante me ligou, confirmando ter ouvido o recado e tudo certo com o novo tamanho da mesa. Incrível! Que felicidade ouvir um ser humano de verdade me dando a resposta que eu queria ouvir! Hoje, tentando dar conta da leitura dos vários e-mails que recebo, tentando arduamente não perder os relevantes, os imprescindíveis, os dos amigos, os da família e os dos leitores, recebi um do OpenTable. Queriam que avaliasse minha experiência no restaurante. Tudo bem, concordo que ranking de público é coisa legal. Mas posso dizer outra coisa? Não tenho tempo de ficar entrando em sites e preenchendo questionários de avaliação de cada refeição, produto e serviço que usufruo na vida! Simples assim! Sem falar que é chato! Ainda mais agora que os crescentes intermediários eletrônicos se metem no jogo entre o cliente e o fornecedor. Quando o garçom ou o “maitre” perguntam se a comida está boa, você fica contente em responder, até porque eles podem substituir o prato
se você não estiver gostando. Mas quando um terceiro se mete nessa relação sem ser chamado, pode ser excessivo e desagradável. Parece que todas as empresas do mundo decidiram que, além de exigir informações cadastrais, logins e senhas, e empurrar goela abaixo seus sistemas automáticos de atendimento, tenho agora de preencher fichas pós-venda eletronicamente, de modo que as estatísticas saiam prontas e baratinhas para eles do outro lado da tela, à custa do meu precioso tempo! Por que o OpenTable tem de perguntar de novo o que achei da comida? Eu sei. Porque para o OpenTable essa informação tem um valor diferente. Não contente em fazer reservas, quis invadir a praia do Yelp, o grande guia local que lista e traz avaliações dos clientes para tudo quanto é tipo de serviço, a começar pelos restaurantes. O Yelp, por sua vez, invadiu a praia do Zagat (recém-comprado pelo Google), tradicionalíssimo guia (em papel) e restaurantes, que, por décadas, foi alimentado pelas avaliações dos leitores, via correio. As relações cliente-fornecedor estão mudando. Não faltarão “redutores” de custos e atravessadores on-line.
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Marion Strecker. Folha de S. Paulo , 20 out. 2011. (Adaptado) (*) start-up : empresa com baixo custo de manutenção, que consegue crescer rapidamente e gerar grandes e crescentes lucros em condições de extrema incerteza.
29. ITA-SP — Embora todas as afirmações seguintes este jam respaldadas no texto, o foco da crítica está a) na venda de produtos e serviços por meio de empresas virtuais. b) no consumo das pessoas em empresas virtuais atualmente. c) na intermediação da internet nas relações consumidores e empresas. d) nas pessoas que se deixam explorar pelas empresas virtuais. e) nas pesquisas de opinião que consumidores fazem gratuitamente para as empresas virtuais. OC: Estudo dos gêneros digitais: tecnologia da comunicação e informação — impacto e função social Competência 1, habilidade 4
30. ITA-SP — O aspecto da noção de sistema criticado no texto diz respeito a) à fabricação de produtos tecnológicos em mais de um país. b) ao uso de mecanismos computacionais para colher informações dos consumidores. c) aos mecanismos eletrônicos para fazer reservas. d) à forma como foram elaborados os guias Yelp e Zagat . e) à terceirização da fabricação de produtos e da prestação de serviços. OC: Estudo dos gêneros digitais: tecnologia da comunicação e informação — impacto e função social Competência 1, habilidade 1
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29. E No texto, a autora Marion Strecker critica diversos fatores, como a eliminação de empregos pela tecnologia, serviços de reserva on-line e, especialmente, pesquisas de opinião com clientes, que acabam gerando publicidade gratuita aos estabelecimentos. Nesta habilidade — O texto longo exige do aluno atenção redobrada para não confundir as informações. Para chegar à alternativa correta, ele deve compreender que ao posicionar-se contra pesquisas de opinião na internet, a autora critica o uso dos sistemas de informação e comunicação como captadores de opinião para promover, de forma gratuita, estabelecimentos comerciais. 30. B Ao reclamar de quanto as pessoas têm de trabalhar para os sistemas, a autora critica os serviços de coleta automática e gratuita de informações por determinadas empresas. Nesta habilidade — O aluno deve considerar com cautela as informações do texto-base e relacionar o termo sistema a sistemas de informação, ou seja, sistemas automatizados ou manuais que envolvem pessoas, máquinas, e/ou métodos organizados para coletar, processar, transmitir e disseminar dados que representam informação para usuário e/ou cliente. Além disso, deve identificar que a fabricação terceirizada de produtos, abordada no início do texto, introduz o assunto principal, e que os mecanismos eletrônicos de reserva e a forma de elaboração de guias comerciais são apresentados para embasar a crítica às ferramentas de coleta de informações. Para ir além — Além de receber solicitações para pesquisas on-line, usuários da internet podem ter os dados analisados por empresas a partir do perfil e das preferências apontadas em redes sociais. Leia a reportagem a seguir e compartilhe com seus alunos. Privacidade e coleta de dados se confundem na web Bruxelas — Se você “curte” alguma coisa no Facebook ou lê um jornal online, talvez uma dúzia de empresas estejam acumulando dados sobre seus gostos, hábitos e descobrindo se você é homem ou mulher, gay ou heterossexual, velho ou jovem. Seus objetivos não são maléficos. Só querem fornecer ao consumidor exatamente aquilo que ele deseja — um tema permanente para as empresas. O dilema dessas companhias, agora que as autoridades regulatórias começam a testar seu comportamento, é como atender aos consumidores e ao mesmo tempo satisfazer suas necessidades de informação quando os usuários preferem não ser incomodados. Existem milhares de companhias de análise de dados de audiência, especialistas em posicionamento de conteúdo e publicidade, corretores de anúncios, bolsas de espaço publicitário e serviços semelhantes, que recolhem dados e vendem serviços para grandes marcas, a preços de até cinco mil euros por vez; as grandes marcas, de sua parte, utilizam os dados para adquirir publicidade em sites que seus potenciais clientes talvez frequentem. Você só vai saber que essas empresas de coletas de dados estão operando se for leitor das letrinhas minúsculas de contratos de serviço. O New York Times revela nesse tipo de documento que emprega os serviços da We Trends e Audience Science para interpretar os interesses de seus leitores, e o jornal britânico Guardian diz que paga a Criteo e QuantCast, entre outros, para fazer a mesma coisa. Ocasionalmente um site consegue vender um anúncio a um hotel de luxo, por exemplo, três segundos depois de saber que uma pessoa gosta de passar temporadas em spas está visitando o site. O site fatura quando seus visitantes clicam nesses anúncios. É o que sustenta boa parte dos sites. “Sem publicidade direcionada, os sites não sobreviverão”, disse Kimon Zorbas, do Internet Adversiting Bureau, um grupo de lobby das companhias de publicidade online, em Bruxelas. Mas agora as autoridades regulatórias querem deter esse tipo de prática. Estados Unidos e união Europeia afirmaram querer que as pessoas tenham escolha entre permitir ou não coleta de dados, mas divergem sobre o grau de escolha oferecido aos usuários. Os europeus, por exemplo, desejam que as companhias obtenham consentimento expresso para a coleta de dados, e os norte-americanos preferem que a iniciativa de permitir ou negar coleta de dados venha do consumidor. Enquanto isso, as companhias que dependem da Web para uma parte significante de seu negócio ficam aguardando como serão as novas regras de privacidade. Disponível em: . Acesso em: 7 fev. 2013.
Tecnologia — Sugira aos alunos que acessem o portal para assistir ao vídeo que apresenta discussão sobre a privacidade nos meios de comunicação. O debate enfatiza o assédio que os famosos sofrem, bem como os problemas que as pessoas comuns enfrentam quando se expõem na internet. Também debate questões quanto à privacidade da pessoa pública e da pessoa privada.
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LÍNGUA PORTUGUESA O Ã Ç A C I N U M O C E O Ã Ç A M R O F N I A D S A I G O L O N C E T | M E N E | R O S S E F O R P O D L A I R E T A M
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B C D D
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A A B C
17. D 18. C 19. D
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D E B D A E
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C E D A E C
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B B B C E D
25. B 26. B
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A D C A D D
19. 20. 21. 22. 23. 24.
C D E C A C
25. D 26. A
5. 6. 7. 8.
E D B C
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C A D D
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D D C D
17. 18. 19. 20.
5. 6. 7. 8.
A A B A
9. 10. 11. 12.
A C C A
13. 14. 15. 16.
C A A D
17. C 18. C
19. 20. 21. 22. 23. 24.
C E E C A E
25. 26. 27. 28. 29. 30.
D E B D E C E C
LITERATURA 1. 2. 3. 4.
C A E B
INGLÊS 1. 2. 3. 4. 5. 6.
E B E A D C
ESPANHOL 1. 2. 3. 4. 5. 6.
E C A D D C
ARTE 1. 2. 3. 4.
A C C E
A C B A
EDUCAÇÃO FÍSICA
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1. 2. 3. 4.
A A C B
TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 1. 2. 3. 4. 5. 6.
D D B E C E
7. 8. 9. 10. 11. 12.
B C C D D D
13. 14. 15. 16. 17. 18.
E D C D B B
D C C A E B
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