El ocultismo y la creación poética Tercera edición revisada Prólogo de Francisco García Bazán
Eduardo Antonio Azcuy
El ocultismo y la creación poética Tercera edición revisada Prólogo de Francisco García Bazán
Editorial Biblos
Teoría y crítica
Cuando e l hombr e s upe r i or e s c uc ha e l Tao, hac e c uant o pue de por pr ac t i c ar l o. Cuando e l hombr e medi o oye e l Tao a ve c e s l oc ons e r va, ave c e s l opi e r de . Cuandoe l hombr e i nf e r i or oye e l Tao, s e r e i r á de é l e n al t a voz . Di s e ño d e t a p a: Luc i ano Ti r abas s i U. Ar ma do : Luc i ano Pae z S. © Eduardo Antoni o Azcuy, 2013 © Edi t o r i a l Bi b l o s , 2 01 3 Pa s a j e J o s é M. Gi uf f ra 318, C1064ADD Bue no s Ai r es i nf o@e d i t o r i al b i b l os . c om / ww w. e d i t o r i al b i b l os . c om He c ho e l de pó s i t o q ue di s po ne l a L e y 1 1. 7 23 I m pre s o e n l a Ar gen t i na Nos eperm i t e l a r e pro duc c i ó n p a r c i a l o t o t al , el a l ma c e na mi ent o , e l al q ui l e r , l a t r ans mi s i ó n o l a t r a ns f o r ma c i ó n de e s t e l i b r o, e n c ua l q ui e r f o r ma o p or c ua l qui er me di o , s e a e l e c t r ó ni c o o me c á ni c o , me di an t e f o t oc o pi a s, di g i t a l i z a c i ó n u o t r o s mé t o do s, s i n e l pe r mi s o pr e vi o y e s c r i t o de l e di t o r . Su i n f r a c c i ó n e s t á pe na da po r l as l e y e s 1 1 . 7 23 y 2 5. 4 46 . Es t a p r i me r a e d i c i ó n s e t e r mi nó de i m pr i mi r e n, I mp r e nt a Do r r e g o , Avenida Dorr ego 1102, Bue no s Ai r e s , Re pú bl i c a Ar gen t i na, en XXXXXXXXXXXX de 2013.
Si no r i e r a, no s e r í a e l Tao. LaoTsé
Í ndi ce
Pról ogo Fr anc i s c o Gar c í a Baz án . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
PARTE PRIM ERA POESÍA COMO AVENTURA M ETAFÍ SI CA LA
Capí t ul o I. La búsqueda del paraí so perdi do . . . . . . . . . . . . . . . . . . Lanostal gi adel paraí soSchel l i ngyel ti em popri mordial Los orí genesf abul osos El Sham ani smoy l ast écni casdel é xt a s i s Re pe t i c i ó n y e t e r no r e t o r no Re gr e s o a l a e t e r ni dad Nac i mi e nt o de l a po es í a El po et a y e l mí s t i c o Capí tulo II . Ocul ti sm o y poesí a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . M ásal l ádel aconci enci ahabi t ual Lat radic i ónesal go vi vo El mundodel at ot al i dad Lament al i daddel hombre arcaic oAni mi smoyprel ógic aLos“ poderesmaravi l l osos” Ene r gí a ps í qui c a y “ ma na” Rhi ne y e l f a c t o r “ e xt r a f í s i c o ”
- Los maestros del ocultismo - “Coincidencias signicativas”
Lo s p o et a s t r a di c i o nal e s La a na l o g í a po é t i c a y l a a na l o g í a mí s t i c a La i mag en i nde s c r i pt i b l e Capí t ul o II I. Rom ant i ci smo y mi st i ci smo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Lanoche, sí mbol odel oabso l uto Lamuert enoexi st e
9
Descubrimiento de lo innito - Los dos misticismos - El Mysterium
Capí t ul o VI I I . Ri l ke : e l di ál ogo c on l o i nvi s i bl e . . . . . . . . . . . . . .
M agnum Conocer es descender en sí mi smo Mi cr ocosmos y
Un estado det ransparenci a El val or ante l omásextraño
ma c r o c o s mo s Lo s e x p l o r a d or e s d el “ y o ” No v al i s : p r o f e t a d e l Hombr eDi os
Re e l a bo r ar l a c o nc e pc i ó n mí t i c o s i mb ól i c a Una v oz mi s t e r i o s a e n e l c a s t i l l o de Dui no Lo “ a bi e r t o ” c o mo s e gunda r e a l i da d
Capí t ul o I V. Noval i s y l a vi s i ón de l “ o t r o r ei no” . . . . . . . . . . . . . “ El c a mi no q ue l l e va a c a s a” Una v i s i ó n “ a bi e r t a ” y “ po r o s a” de l a reali dad La noche como madre cósmi ca El mensaj e de l o s h i mno s Car a c t e r i z ac i ó n de l “ o t r o r e i no ” Lo s e l e me nt o s v i v e n, s i e nt e n y s e c o r r e s po nde n El uni v er s o e n un o r ga ni s mo ani mado Avanzar en l o desconoci do Capí t ul o V. La uni dad cósmi ca y el sueño en l a poét i ca de Nerval . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Losmaest ros del ensueñoGuéri nyel j i vanmuktaLa no c he s e r á ne gr a y bl anc a Aur e l i a y l as “ p ue r t as e n e l mur o ” Ge r ar do ve a s u do bl e Di e c i s i e t e r e l i g i o ne s Una bi bl i o t e c a i nqui e t ant e El o r o e s pi r i t ual Po et a y o c ul t i s t a La c l ave de Le s Chi mèr e s Al qui mi a mí s t i c a Pe r e gr i no de l a g no s i s
“ I r s e ” de l ni v el o r di nar i o El val o r ant e l a mue r t e El “ Áng el ” de l as e l e g í a s Capí tulo IX. Surreal i smo y revoluci ón i nteri or . . . . . . . . . . . . . . Laasce si ssurr eal i st aSól oesbel l ol omaravi l l oso Sur r e al i s mo y e xi s t e nc i a l i s mo Lo s “ j ue go s ” no ha n t e r mi nado
- El verdadero n del hombre - Las técnicas de acceso - Más
al l á de l a r e l i gi ó n El l át i go de M al do r or . Sade y e l r e s c at e de
la autenticidad - Los buscadores de innito - Hacia el “hombre despiert o” Capí tulo X. La tentación l ucif erina
de René Daum al . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Larebel i ónl i t erari aTransf ormarel mundoocam bi arl a vi da El uni verso mági co de Ouspensky Guerra Santa contr a l ai l usi ón Daumal yPauwel s part en con Gurj i ef f Unaví a
PARTE SEGUNDA AL COSM OS I NTERI OR DESCENSO
Capí tulo VI. Baudelai re y l as doctri nas esotéri cas . . . . . . . . Lat radi ci ónherméti caEl hom brearr oj adoenel mundo Baude l a i r e e nt r e Di o s y Sat á n En bus c a de l a uni da d pe r di da Las vi s i t ac i one s de l a g r ac i a El u ni v er s o d e l a s a na l o g í a s ¿Quéesunpoeta, si nount raduct or, undesci f rador? La i magi naci ón nada en pleno si mbol i smo Conocer a cual qui er pr e c i o Capí t ul o VI I . Ri m baud y l a rebel i ón f undam ent al . . . . . . . . . Lacól eraen l asangre Desterr ado en el Ti empo Tomarel c i e l o po r a s al t o La l uc ha po r e l “ e s t a do d e a l e r t a” El gr an maldi to y el suprem o sabi o Ri mbaud y Gurdj i ef f Pugnando po r l a s upe r c onc i e nc i a El t e mo r de l o numi no s o La r e vo l u c i ó n per manent e
que une la Tierra con el Cielo - Sobre el “lo de la navaja” -
Tr a ns f o r mac i ó n y r e na c i mi e nt o El “ c a s t i l l o de l dr a gó n e n e l f o ndo de l mar La s d o s r e vo l uc i o ne s
Pról ogo Franci sc o Garcí a Bazán*
M arc o t emporal Tr a ns c u r r í a e l s e g und o s e me s t r e de l a ño l e c t i v o 2 01 1. Mi e nt r a s a t e nd í a un c u r s o l i b r e s o b r e l a “ Ep i s t e mo l o g í a de l a s c i e nc i a s o c ul t a s ” a nt e una c o nc u r r e nc i a e nt us i a s t a d e a l umno s y g r adua do s , de bí r e c u r r i r a ma t e r i a l e s de e s t udi o de l o s t i e m po s de e s t udi ant e que c i r c ul ab an e n e l me di o uni v e r s i t a r i o púb l i c o c u ando t r a ns i t a ba l o s pr i me r o s t r a mo s d e l a Ca r r e r a d e Fi l o s o f í a . En a q ue l l o s a ño s predomi nabaenl aFacul t addeFi l osof í ayLet ras del a Uni versi daddeBuenos Ai res l at ransmi si óndel pensami e nt o i de al i s t a a l e má n y f r a nc é s , c o nc e p t ua l i s t a y a b s t r ac t o , j unt o c o n al g uno s a t i s bo s d e l e xi s t e nc i a l i s mo y e l ne o po s i t i v i s mo l ó gi c o . To da e s t a d i s c i pl i na de e s t u di o s e ma nt e ní a a l e j a da de l g us t o po r l a i nv e s t i g ac i ó n huma ní s t i c a . Er a e l s e l l o i mpr o v i s a do q ue l a Re vo l uc i ó n Li b er t ado r a de 1 95 5 ha bí a i mp ue s t o e n l o s p r o gr a ma s de Fi l o s o f í a d e s pué s q ue e l Re c t o r I n t e r v e nt o r de l a Uni v e r s i da d, JoséLui s Romero, dej araces ant es al amayor part ede l o s mi e mb r o s de l c l a us t r o a nt e r i o r d e p r o f e s o r e s , e nt r e e l l o s , Ca r l o s As t r a da , Lui s J ua n Gue r r e r o , Mi g ue l Áng e l
* I n ves t i g ad o r s u pe r i o r d e l CONI CET, p r es i d ent e d e l a “ F und ac i ó n de Es t u di o s de l a Ant i g üe da d Ta r dí a ” . 13
yRaf ael Vi rasoro, ArmandoAst i Vera, Ángel Vassal l o,
duc í a y c o me nt a ba l a l i t e r a t ur a y e l ar t e s ur r e al i s t a y p r e -
Euge ni o Puc c i ar e l l i . So br e d o s de e l l o s s e hi c i e r on ge s t i o -
s e nt a ba e n e l I ns t i t u t o Di Te l l a l a mue s t r a “ Sur r e al i s mo e n
ne s e xi t o s a s y p udi e r o n v ol v er . El r e s t o de amb ul ó po r l as
l a Ar g e nt i na ” ; L eo po l do Ma r e c ha l p ub l i c a ba El Banque t e
a ul a s de i ns t i t uc i o ne s d e e ns e ña nz a s upe r i o r d e l p aí s o
de Se ve r o Ar c ánge l o , EUDEBA edi t aba Las s o c i e dade s s e -
i mpi a do s a me nt e f a l l e c i e r o n d ur a nt e e l p e r í o do , a l e j a do s
c r e t as y Los gnós t i c o s de Se r g e Hut i n y l a mi s ma e d i t o r i a l
de l me di o uni v er s i t a r i o .
po ní a a l a v e nt a Sí mbol os f undame nt al e s de l a c i e nc i a s a-
Po r l o di c ho , par a mí f ue una s o r pr e s a r e de s c ubr i r e l r i c o
gr ada de Re né Gué no n c o n un i l us t r a t i v o Es t udi o Pr e l i mi -
c o nt e ni do de una r e v i s t a pub l i c a da ha c í a pr e c i s a me nt e me -
nar : “ Re né Gué no n, e l úl t i mo me t a f í s i c o de Oc c i de nt e ” de bi -
di o s i g l o , Bue no s Ai r e s . Re vi s t a de Humani dade s ( año I , Nº
do a l a pl uma de Ar ma ndo As t i Ve r a , q ui e n po r pr i me r a v ez
1 , La Pl a t a , 1 96 1) . Po r e n t o nc e s l a na c i ó n h ab í a v ue l t o a
p r e s e nt a ba e n l e ng ua e s pa ño l a c o n c o no c i mi e nt o d i r e c t o y
r e t o ma r l a no r ma l i da d i ns t i t u c i o na l . Er a Go be r na do r de l a
2 aut o r i dad, a l a ut o r t r a di c i o nal i s t a f r a nc o e gi pc i o ; e l mi s -
Pr o v i nc i a d e Bue no s Ai r e s Os c a r . E. Al e nd e, y Pr e s i d ent e
mo As t i Ve r a ha bí a d ad o a c o no c e r a nt e r i o r me nt e Funda-
de l a Re púb l i c a Ar t ur o Fr o ndi z i , y e n e s t a nue va p ub l i c a -
mentos de la losofía de la ciencia e i mpul s a ba l a e di c i ó n
ción periódica guraban parte de los profesores suprimidos
de Es t udi o s de Fi l os o f í a y Re l i gi one s de l Or i e nt e d e s de e l
e n l a Uni v e r s i da d po r t e ña , Eug e ni o Puc c i a r e l l i , Áng el Va s -
Ce nt r o de Es t udi o s de Fi l o s o f í a Or i e nt a l de l a Fa c ul t a d de
s a l l o , Ar ma ndo As t i Ve r a , j unt o c o n do c e nt e s pr o v eni e nt e s
Fi l o s of í a y Le t r a s de l a UBA ( I / 1, 1971) . Luc Be no i s t s e ha-
de otros puntos geográcos, como Rodolfo M. Agoglia y Gui l l e r mo A. M ac i . En l a mi s ma r e vi s t a s al í an a l a l uz do s v a-
c í a pr e s e nt e e n nue s t r o me di o po r El e s ot e r i s mo y F. Gar c í a Bazán por Gnos i s . La e s e nc i a de l dual i s mo gnó s t i c o ( 1971)
l i o s o s t r a ba j o s q ue de s pe r t a b an v i v ame nt e e n mí e l i nt e r é s
– t e s i s de l a UBA– . Hé c t o r A. M ur e n a, p ub l i c a ba e l e ns a y o
o c as i o nal : “ Ci e nc i a e hi s t o r i a de l as r e l i g i o ne s ” de Ar mando
Ho mo at omi c us , Pr e mi o M uni c i p al 1 96 7, y c o mpl e t a ba má s
As t i Ve r a y “ La uni da d c ó s mi c a y e l s ue ño e n l a p o é t i c a de
ade l ant e , po c o ant e s de s u mue r t e , s us i nqui e t ude s r e l i g i o -
Ne r v a l ” d e Ed ua r do A. Az c u y.
s o me t a f í s i c a s c o n La me t áf o r a y l o s agr ado .
Es q ue c o nt r a l o q ue r ut i na r i a me nt e s e r e pi t e y s o b r e l o q ue úl t i ma me nt e ha n s u r g i do v o c e s p ar a c o n t r a r r e s t a r
l a dé c ada de l o s año s 60 –y s us sus efectos simplicadores, 1
Durant eel t ri eni oenqueJorgeE. Gal l ardo, r eci ent e me nt e f a l l e c i do , f ue di r e c t o r de l Supl e me nt o Li t e r a r i o
–nes de 1977-1981–, los autores y
de l di ar i o La Nac i ón
pr o ye c c i o ne s e n l a de l 70– no s e c a r ac t e r i z ó c o n e xc l us i v i -
t e ma s t r a di c i o na l e s f ue r o n di f undi do s c o n c o ns t a nc i a e n
da d po r s e r una mo no c o r d e s uc e s i ó n de me ns a j e s r e v o l u c i o -
esas pági nas de encum brami ent o aúl i co, prest i gi osas en
na r i o s , s i no q ue t a mb i é n hub o e n l a c ul t ur a a r ge nt i na una
3 Má s t a r d e, v endr í a e l t o d a l a g eo gr a f í a i b er o ame r i c a na .
á gi l c o r r i e nt e d e p e ns a mi e nt o a ni ma da p o r l a i ns p i r a c i ó n de l e s pi r i t u al i s mo t r adi c i o nal . Dur a nt e e s a é po c a l a o br a de Mi r c e a El i a de s e i b a di f undi e ndo e n l o s me di o s uni v e r s i t a r i o s y g anaban t e r r e no l as t r a duc c i o ne s de El é mi r e Zo l l a, l o mi s mo que l o s e s c r i t o s de Car l G. Jung . Al do Pe l l e gr i ni t r a -
2. Como oport unam ente l o hem os rec ordado, Armando Ast i Vera ha s i do e l i nt r o d uc t o r s i s t e má t i c o de l a d o c t r i na g ue no ni a na e n l e ng ua e s pa ño l a , c f r . F. Ga r c í a Ba z án, Re né Gué non y e l oc as o de l a met af í - s i c a , Edi c i o ne s Obe l i s c o , Bar c e l o na, 1 99 0, c ap. VI , pp. 738 7. 3 . Er a l a é p oc a e n q ue l o s g r and es s upl e me nt o s l i t e r a r i o s , c o mo l o s
1. Cf . Ch. Fe r r er , “ El f r á gi l ar do r d el i ns t ant e ” , e n Re vi s t a Ñ , 1 4I V-
de La Pr e ns a y La Nac i ón, e r an o r gul l o de l a c ul t u r a a r ge nt i na. Po s -
201 2, p. 12 y A. Far e t t a , « La e l e c c i ó n de l e ne mi g o» , i bí de m, p. 18 .
t e r i o r me nt e t o d o e s e e s f ue r z o s e c u l a r ha s i d o d es ma nt e l a do . I g ua l -
14
15
orecimiento de este tipo de publicaciones que inundó anárqui cament e el merc ado hi spanoam eri cano, f ogonea-
patrióticas y políticas tendientes a la dignicación de la sociedad y del pueblo argentino, y no con nes efímeros,
do po r l as e di t o r i al e s e s paño l as .
s i no c o n una o r i e nt a c i ó n de ampl i a ape r t ur a c ul t u r al de
Las pági nas de El oc ul t i s mo y l a c r e ac i ón poé t i c a no
sólo reejan la efervescencia espiritualista propia de
de s t i no t r as c e nde nt e , s upe r ac i ó n e s pi r i t u al y p r e c i s i ó n c r í t i c a e n l o s t e ma s s e l e c c i o nado s . Es t a s e xi g enc i as no
t o d a l a dé c a da de l 6 0, que i ba a c o m pañada de l a s o f e r t a s
eran másque l aobj eti vaci ón de vi rt udes i nt rí nsecas a
del asnovedadesenf rancés, i t al i ano, i ngl ésyal emán
l a natural eza humana de Eduardo Azcuy, a l as que as-
de l a s g r ande s l i br e r í a s de l a Capi t a l Fe de r al , c i r c u ns -
pi r a ba o f r e c e r una r e al i z ac i ó n hi s t ó r i c a .
t anci as de l as que parti ci paEduardo Azcuy como poet a
Durante est as ci rcunst anci as hal agüeñas dent ro de
y e ns a yi s t a r e l e va nt e y a e n e s o s a ño s4 si no que t am bi én
unproyect ocul tural yedi tori al promi sori o, conocí a
ant i c i pan l o q ue l l e gar á a publ i c a r5 y parti cul arment e a
nes del año 1976 a Eduardo Azcuy y a su esposa, Gra -
l l e va r a c o nc r e c i ó n e n l a p r ó xi ma d éc a da , has t a s u pr e -
ci el a M aturo, com prom eti dos con l a gesti ón y di recci ón
ma t ur o f a l l e c i mi e nt o e l 1 4 de e ne r o d e 1 99 2. Fa c i l i t ar é
del Cent ro de Est udios Lati noam eri canos ( CELA) y su
unasf ugaces i mpresi ones sobre est asegunda et apade
r e vi s t a M e gaf ón . Eduardo con sus ci ncuenta y un años
s u e xi s t e nc i a.
est abaarmado con t odos l os recursos de opt i mi smo y
Ef ect i vament e, en t ornoal año 1975 FrayJuan Al -
f ormaci óni nt el ect ual , dehumi l dad, deconvi cci ones
be r t o Co r t é s l e o f r e c e a Eduar do l a di r e c c i ó n de un e m-
espi ri tual esydeexperi enci aquel oconst i tuíanpara
prendi mi ent oedi t ori al del aOrdenFranci scanaradi -
ser en l aArgenti naun di rect or deedic i onesf uera de
cado enSanAntoni o dePadua( Pro vi nci adeBuenos
s e r i e . Cuando s e l e en s us l i br o s s e advi e r t e n e s t as c ua-
Ai r e s ) ; s e t r at a de Edi c i o ne s Cas t a ñe da, que publ i c a e n
l i dadesquepudomateri al i zarenpl anesedi t ori al es,
l os años subsi gui entes casi medi o centenar de volúm e-
pero cuandos ei ngresaen l al ect urade El oc ul t i s mo
ne s , e n l o s c u al e s s e hal l an p r e s e nt e s l as c o nv i c c i o ne s
y l a c r e ac i ón poé t i c a , esas dotes adqui eren para el ob-
servador sus perles de formación “claros y distintos”,
como dir í a Renato Descart es, am asados en l a f recuenmente edi t ori al es como Sudamer i cana, Losada, Kapel usz, EM ECE
t a c i ó n de po et a s r o m ánt i c o s , s i mbo l i s t a s y s ur r e al i s t a s
o No v a, q ue ma r c ab an e l r i t mo d el pr o g r e s o i nt e l e c t u al e n e s pa ño l ,
que habí a t raduci do y coment ado por muchos años, l a
f ue r o n s up er a da s po r l o s t i e mp os s i n o r i e nt a c i ó n.
l e c t ur a c o ns t a nt e y s i s t e mát i c a de c r í t i c o s e hi s t o r i a-
4 . Aq uí d eb e mo s a gr e ga r l a pr e s e nc i a de l o s g r up os d e s e g ui d o re s
do r e s de l a l i t e r a t ur a e ur o pe a de l o s s i g l o s XVI I I , XI X
d e l o s ma e st r o s p r ov eni e nt e s d e Eur o pa Or i e nt a l , G. I . Gur d j i e f f y
y l a pr i me r a par t e de l XX y , s o br e t o do , e l c o no c i mi e n-
P. D. Ous p ens ky , q ue t u vi e r o n r e s o na nc i a e n l a Ar g e nt i na y a l o s q ue
nuestro autor se reere en los capítulos IV y VII. Ver J. Needleman
e n Wo ut e r J . Ha ne g r aa f ( e d. ) , Di c t i onar y of Gnos i s & Wes t e r n Es ot e - r i s m , Br i l l , Le i de n, 2005, I , 4454 54 y I I , 9119 13. 5 . Ve r e n p ar t i c u la r , Ed ua r do A. Az c uy: Ar que t i pos y s í mbol os c e -
t o de una bi bl i o gr af í a s o br e l a s abi dur í a de l o s mi t o s ,
las religiones comparadas y la losofía teosóca de
l ast radi ci ones sagradasdeOri ente yOcci dent e, que const i t uyenel s ost éndei nt erpretaci óns ubyacent ea
l e s t e s , F. Ga r cí a Ca mb e ir o , Bue no s Ai r e s, 1 97 6; I de nt i dad c ul t ur al
l a e xpo si c i ó n de l as c o r r i e nt e s l i t e r ar i as y de l o s po et a s
y c ambi o t e c nol ógi c o e n Amé r i c a Lat i na , Ce nt r o de Es t ud i os La t i -
queexponeenest aobra. Qui zásel l i bromásvali oso
no a me r i c a no s , Bue no s Ai r e s, 1 98 5; As e di os a l a ot r a r e al i dad , Ki e r ,
dent ro de su mul t i f orme producci ón, y que const i t uye
Bue no s Ai r e s, 1 99 9. 16
17
en el marco cronológi co de l os t i em pos modernos, una
esos paradi gm as y su í nt i ma organi zaci ón. El ser huma-
contr i buci ónsi ngul aral ahi stori adel apoesí ayal
no no reposará hasta encont rar esapatri aañoraday el
pr o c e so de l a i ns pi r ac i ó n po ét i c a i ns e par abl e de l s e nt i -
mi t o ( pal abr a aut o r i z ada) y e l l o go s ( pal abr a di s c ur s i v a)
6 do de l o sagrado.
no se oponen, si no que se complement an hasta encarnars e e n l a uni dad: “ En e l Pr i nc i pi o e r a e l Lo go s” ( Jn 1, 1) . Lo e xpue s t o e xpl i c a no s ó l o l a i nt e r pr e t a c i ó n hi e r o l ó g i c a de
Cont eni do e i nt erpretación del l i bro
los estudiosos y lósofos contemporáneos de las religio -
ne s ( Mi r c e a El i a de , Ge o r ge s Gus do r f ) , y de a nt r o pó l o go s El vol umenqueel l ect ort i eneent res usmanoss e c o mpo ne e n s u e di c i ó n o r i g i n al de o c ho c a pí t u l o s c o n s us
respectivas notas bibliográcas, a los cuales fueron agre gados dos más en la segunda edición, tal como guran en l a pr e s e nt e .
e hi s t o r i ado r e s de l a s r e l i g i o ne s c o mpa r adas ( Luc i e n Lé vyBruhl yW. Schm i dt ) , si no asi mi smo el renaci mi ent o de l a r e c u pe r a c i ó n de l o ar c a i c o po r par t e de l o s r o má nt i c o s al e ma ne s o de me t a f í s i c o s s e ns i bl e s a l v al o r de l a r e v el a c i ó n c o nt e n i d a e n l a h i s t o r i a p r i mi t i v a de l mundo
El l i br o po s ee pr o pi a o r gani c i dad i nt e r na y as í e st á di vi di do e n do s par t e s y é s t as r e par t i das e n o c ho c apí t ul o s quef ueronampl i ados adi ezenl asegundaedi ci ón. La pr i me r a pa r t e b aj o e l t í t u l o de “ La po e s í a c o mo a ve nt u r a
Introducción y l a humani dad ( F. W. Schel l i ng,
a la loso -
f í a de l a mi t ol ogí a ) . El c apí t ul o I I ac e r c a de “ Oc ul t i s mo y p oe s í a ” e s l a bi s a gr a q ue a r t i c ul a e l p l a nt e ami e nt o hi e r o l ó g i c o g e ne r a l
me t a f í s i c a” o f r e c e l a c l av e de i nt e r pr e t a c i ó n de l a po es í a
del libro con su material especíco: la poesía y la creación
comomet are al i zati vays us cami nos deacces ot empo-
po ét i c a e nt r e l o s v at e s “ e s o t é r i c o s ” u “ o c ul t i s t a s ” . No hay
r a l e s . De e s t a ma ne r a e l c a pí t u l o I p l ant e a l a r e al i da d
que c o nf undi r s e c o n l o s t é r mi no s y l o s t i e mpo s hi s t ó r i c o s .
del “ paraí so perdi do” , su humanabúsqueday el secr eto
La concepción ocultista se reere a lo “oculto” en sentido
de l r e e nc ue nt r o . Lo s r e l a t o s mí t i c o s e n di v er s a s e s c al a s
general yal os medi os decomuni caci ón que est e núcl eo
yuni versal ment et ransmi t enl aconci enci adeesar ea-
signicativo promueve para llegar a ser efectivo, que con
l i da d, l a no s t a l g i a d e s u p é r di da y l a po s i bi l i da d d e s u
ant eri ori dadal aposturadePaul Vul l i aud–ent ornoa
actual i zaci ón. Unadi mensi ón t ranscendent eal t i empo,
1 90 6– y l a di s t i nc i ó n y s e p ar a c i ó n e nt r e “ e s o t e r i s mo ” y
e l e s pac i o y l a hi s t o r i a, i nv ar i ant e y a r que t í pi c a, que e n
“ o c u l t i s mo ” a l a que Re né Gué no n a dhi r i ó c o n r í g i d a de c i -
l o o c ul t o de s us v i v e nc i a s p r i mo r di a l e s l l a ma a l ho mbr e
7 Lo f unda me nt a l d el s e nt i do g e s i ó n, c ar e c í a de v i g enc i a.
c a í do o a l e j a do d e l a pe r f e c c i ó n y q ue me r c e d a l r e c i t a -
né r i c o de l o c ul t i s mo , s i n e mbar g o , s e de be a Él i phas Lé vi
dodeesas pal abrasquer eproducen el est adopri mero,
y a l é xi t o de s u o b r a, Do gme e t r i t ue l de l a haut e magi e
“ l a hi s t o r i a v er dade r a” , y l o s r i t o s , as i mi s mo mi mé t i c o s o
( 18 56) . S os t e ní a que e n l as do c t r i nas s e c r e t a s d e l o s he -
r e pr o duc t o r e s de l a s a c c i o ne s o av ent u r as e j e m pl ar e s de
b r e o s , c a l d e o s y e g i pc i o s s e e nc o nt r a ba l a s o l uc i ó n p ar a
las guras míticas, permiten la cíclica reactualización de
6. El oc ul t i s mo y l a c r e ac i ón poé t i c a ha g e ne r a do un j us t o r e c o no c i -
7. Cf r . J . P. Laur ant , “ Oc c ul t i s me ” , e n J. Se r vi e r ( di r . ) , Di c t i onnai r e
mi e nt o a su a ut o r e n e l á r ea d e l a l e ng ua es p a ño l a y a s i mi s mo e n
c r i t i que de l ’ é s ot é r i s me , PUF, Pa r í s , 1 99 8, pp. 96 49 67 y L’ é s ot e r i s me
Fr a nc i a, e n l o s c í r c ul o s de i nv es t i g ado r e s de l he r me t i s mo l i t e r a r i o .
c hr é t i e n e n Fr anc e au XI Xe . s i è c l e , L’ Âg e d ’ Ho mme , Pa r í s , 1 99 2.
18
19
8 e l r e t or no a l a uni dad de l a c i e nc i a y l a r e l i gi ó n. Y s i vo l -
de l o s e l e me nt o s de di c ho c o nj unt o r e l ac i o ne s ne c e sar i as ,
v emo s a l a l í ne a de l o s i mpul s o r e s d el v a l o r de l o o c ul t o
i nt e nc i o nal e s , no t e mpo r al e s y no e s pac i al e s ” ( p. 44) . As í
q ue s e e nc ub r e b aj o l o no r ma l me nt e a c e pt a d o c o mo s i g ni -
segui ráavanzando est eaut ént i co ensayi st aargent i no10
cativo –percepción sensible, razonamiento e intelección–
desde Al bert o M agno al abate Juan Tri t emi o pasando por
par a i nt e r nar s e e n l o s c a so s par t i c ul ar e s . Po r e s e mo t i vo e n e l c apí t ul o I I I baj o e l t í t ul o d e “ Ro -
Ni col ás de Cusa y al canzando en l a mi sma l í nea al emana
mant i ci smoymi st i ci smo” , s eexam i narál arel aci ónde
9 observam os que l o i mportant e no es aCornel i o Agri pa,
f am i l i ari dadqueexi st eent rel osr ománt i cos al emanes
l l e gar a i nt ui r o pal par l o que s e o c ul t a e nt r e l as apar i e n-
y f r anc e s es , y e l pr o c e s o uni v er s al de l a mí s t i c a c uy a e s -
cias, cuanto ahondar ecazmente lo oculto, la naturaleza de lo inmaniesto.
Es t e e s e l i t i ne r ar i o uni ve r s al de l o c ul t i s mo y l o s p oe -
cal a, or i ent ándosedesdel oproduci doagotadoyef í mer o , s e l e vant a hac i a l o s pr i nc i pi o s pr o duc t o r e s , de s de l o s ser es natural es al anatural ezami smaydesdeést aa
e s c al ada o de s c ens o –e s i ndi f e r e nt e e l s e nt i do de l o hac i a
sus gérmenes ecientes. El alma del mundo es la ver dadera fuente vivicante y tras ella reina la totalidad
ar r i ba o hac i a abaj o –, a l o r e al , y q ue Az c uy t r a t a de s de
una y e l Uno i ne f a bl e . Pl o t i no , Me i s t e r Ec khar t y l o s ne o-
l os románt i cos enadel ant e( Noval i s, Nerval , Baudel ai -
pl atóni cos t eúrgi cos comoJám bl i co deCal ci s ySi nesi o
re, Ri mbaud, Daumal , Ri l ke, el Surr eal i smo) medi ant e
de Ci r e ne padr e s de l a o ni r o m anc i a y l a o ni r o c r i s i a, y e l
e l e s t i l e t e de l a i ns pi r ac i ó n p oé t i c a, t i e ne n e l p r i v i l e gi o
mi smo Shankaracharya, maest ro del anodual i daddel
de h o r adar e l mur o de l a mul t i pl i c i da d i l us o r i a y p e ne -
Ve dâ nt a , s o n e n e s t e punt o l o s g uí a s y ps i c o po m po s uni -
t r a r –pe s e a e l l o s mi s mo s – e n e l di a ma nt e i nde s t r u c t i b l e
v er s a l e s . Uno s v er s o s de Wi l l i am Bl a ke s i r v e n pa r a i l us -
t a s pa r t i c ul a r me nt e do t a do s pa r a c e ñi r s e al pa s o de e s t a
de la Unidad. Enlazados por esta profunda anidad en -
t rar est a atmósf era románt i ca que reposa en t an di gnos
t r e e l Uno y l a p o es í a , e l a ut o r c o nv enc i do t o ma r á c o mo
ant epasados: “ Ve un mundo en un grano de arena/ y un
“ El o c ul t i s mo e s e l c o nj unt o de l as do c t r i nas y d e l as ac -
una ma no / y l a e t e r ni da d e n una ho r a ” ( p. 59 ) . El l ug ar
echa indicadora la caracterización de Robert Amadou:
cielo en una or silvestre. / Ten el innito en la palma de
c i o ne s f unda da s e n l a t e o r í a s e gún l a c ua l , t o do o b j e t o
prototípico alcanzado por Novalis ejemplica convenien-
pe r t e n ec e a un o bj e t o úni c o y po s e e c o n t o d o s y c a da uno
t ement el aexal t aci óndel ai nt rospecci ónascét i caque pr o f e t i z a e l r e na c i mi e nt o di v i no de l o que e s e l ho mb r e, . 11 po r que : “ Di o s qui e r e di o s es ” ( p. 63)
8. Cf r . , i bí de m, p. 964. 9 . Cf r . F. Ga r c í a Ba zá n, “ El n e op l a t o ni s mo c r i s t i a no me di e v al : e n -
tre los dominicos de Colonia y sus proyecciones losócas”, en VII as
Jor nadas Nac i onal e s de Fi l os of í a Medi e val , 19 abr i l 2012 , Ce nt r o de Es t u di o s de Fi l o s o f í a Eug eni o Puc c i a r e l l i , Ac a de mi a Na c i o n al d e Ci e nc i a s d e Bue no s Ai r e s; CD I S BN 9 78 98 75 37 11 87 ( “ Ac t ua l i d ad d el Ma e st r o I n te r i o r ” ) ; No e l L. Br a nn, “ T ri t h em i us , J oh anne s ” , e n
1 0. En nue s tr a de c a de nt e c u lt ur a c i ud ad ana oc u r r e c o n e l t é r mi no
“ensayista” igual que ha sucedido con el vocablo “lósofo”. Pero la
na t ur al e z a p r o pi a de a mb o s s e d i st i ng ue t a nt o p o r e l g én er o f un-
cional controlado por los pares, como por los nes a que tienden los
W. J. Hanegraaf , Di c t i onar y of Gnos i s & Wes t e r n Es ot e r i s m I I , pp.
a ut o r e s , a nt e s a l o s s upe r i o r e s q ue pe r mi t e n c r e c e r a l a c ul t u r a q ue
PreFaust i an Paradi gm” , en ARI ES. Jour nal f or t he St udy of Wes -
sociales en benecio propio.
t e r n Es ot e r i s m 2 / 2 ( 20 02 ) , 15 31 72 .
1 1. So br e e l mi s t i c i s mo c ó s mi c o v e r . F. Ga r c í a Ba z án, As pe c t os i n-
1135-1139 y “Trithemius, Cusanus, and the Will to the Innite: A
20
a l o s me di o c r e s o s ub al t e r n o s , q ue b us c a n l o s i nt e r e s e s p o l í t i c o s o
21
Sin articio esta primera parte concluía originaria-
El c a pí t u l o t i t ul a do “ Baude l a i r e y l as d o c t r i na s e s o -
me nt e c o n e l c a pí t u l o : “ La uni da d c ó s mi c a y e l s ue ño e n
t éri cas” c omi enzahaci endohi ncapi éenel mundocuyo
l a po é t i c a de Ne r val ” , po r que e n Ge r ar do de Ne r val l a c o -
múl t i pl ey sut i l ent ramador evel al avol unt ad de sepa-
r r i e nt e de M ae s t r o s I l umi nado s y e n e s p e c i al e l Fi l ó s o f o
r a c i ó n de l a uni da d de l a q ue pr o c e de po r a c t i t u d y o br a
De s c o no c i do , Lo ui s Cl a ude de Sa i n t M ar t i n, ha n i nc i t a do
s at á ni c a. La t r a di c i ó n o c ul t i s t a de s e s go he r mé t i c o que a
una na sensibilidad que vincula los ritmos y analogías
t r a vé s de l Me di o e vo de s pi e r t a e n e l Re na c i mi e nt o po r l a
del c osmosperci bi doenestadodevi gi l i acomol acara
t r a duc c i ó n l a t i na de l Poi mandr e s y l o s r e s t a nt e s t r a t a -
c o nv ex a de l i nt e r i o r o ní r i c o y s e e nt r e g a y s ume r ge e n l o s
do s de l c ue r po l i t e r a r i o he r mé t i c o , s e c o ns e r va y d i f unde
est ados de sueño dej ándose conf ormar por sus prof undi -
en l aFranci adeci monóni ca por medi o del mart i ni smo.
dades. Son l os est ados de sueñol os ques ei nt erpretan
M artí nez de Pasqual l y ys us dis cí pul os marcan l al í nea
de v i g i l i a. De s de l ue go que e s t o no e s po s i b l e s i no c o n l a
e n e s t e mundo i nv er t i do y e n t e n s i ó n e nt r e l a s a na l o g í a s
por sí mismos no sus exégesis signicativas en situación
de inuencia doctrinal. Charles Baudelaire, sumergido
e xpr e s i ó n c o nnat ur a l q ue s e r e v el a e n l a p o es í a y po r l a
entrevistas y los modelos celestes, busca en su conicto
po e sí a, as í no s ó l o e s po s i b l e de s l i z ar s e hac i a l o humana
prof undo el “ paraí so perdi do” oscurament e vi sl umbrado,
y có smi camente i mpensabl e, si noas i mi smo experi men-
pe r s i g ui e ndo s us i ndi c i o s ha s t a l as má s o s c u r as pr o f un-
t ar di rect ay espont áneam ent e l o abi smal ment e secr eto
di dade s . Ar r o j ado e n e l mundo y s i nt i e ndo t o d o s l o s e m-
quenose conqui st a, si noquese otor ga, c uandoi ncl u-
b at e s de s u c a ut i v er i o l uc ha c o n s u i mpul s o p o ét i c o , e l
s o s e de po ne n t o d o s l o s r e c ur s o s de l a s c i e nc i a s o c ul t a s
solo recurso ecaz en su impotencia, porque la poesía es
quet ant ocost opersonal exi gi eronparaser obteni dos.
l a “ c a de na d e o r o ” i mpe r c e pt i b l e y d o l o r o s a q ue une c o n
De Nerval se ha escrito como raticación de lo descripto:
e l o r i g en y l a t r a ns mi s i ó n de l o s e s l a bo ne s he r mé t i c o s as í
“ S e o bs t i na e n e s e a bi s mo a t r a ye nt e , e n e s e s o nde o de l o
l o v a e ns e ña ndo . El pr o pi o t í t u l o de una d e l as g r ande s
i ne xpl o r ado , e n e s e de s i nt e r é s po r l a t i e r r a y po r l a vi da,
Las o br a s de Baude l a i r e ,
e n e s a e nt r ada e n l o pr o hi b i d o , e n e s e e s f ue r z o p o r pa l -
cuent edesesperaci ónl aam bi val enci adel aacti t uddel
par l o i mpal pabl e , e n e s a mi r ada s o br e l o i nv i s i bl e ; a é l
hombreypoetaperdi doenel c i enot errenal , pero bus-
vi e ne , a é l vue l ve , a é l s e as oma, s obr e é l s e i nc l i na; da e n
c a ndo e n e l b ar r o l a “ pe pi t a de o r o ” , a j e n a a l mundo y a
é l un pas o , l ue go do s , y as í pe ne t r a e n l o i mpe ne t r a bl e , y
l a f al s a c i v i l i z ac i ó n, que l o pue da r e di mi r . El r e s pl ando r
av anz a e n l a s e x t e ns i o ne s s i n f r o nt e r a s de l a me di t a c i ó n
i nt e r mi t e nt e de l a be l l e za s e pul t a da l o at r a e i r r e si s t i bl e -
innita” (p. 89).
ores del mal, e xpr e s a c o n e l o -
ment e yasí su i ndi vi dual i dad se opone heroi cament e a
LaParte segunda del vol umen, t i t ul ada “ Descensoal
t o do s y a t o do y l l e ga a bus c ar , f ue r a de una t r a di c i ó n r i -
cosmos i nt eri or” , es al mi smot i empos uc ul mi naci óna
t ual que c o ns i de r a v i c i ada y pe r i mi da, t a m bi é n l o s r e c ur -
t r a vé s de l a e x po s i c i ó n d e l o s t r e s po e t as f r a nc ó f o no s –
sos de los “paraísos articiales”, que le ayudan a trans-
Baudel ai re, Ri mbaud, Daumal –y ot ros repres ent ant es
po ne r l a c o nc i e nc i a e n un t i po de i nc o ns c i e nc i a s upe r i o r .
de l mo vi mi e nt o s ur r e a l i s t a , p e r t e ne c i e nt e s a l a e s p e c i e
Ens uc asopresi ent equel adestrucci óndel compuest o
de l o s “ mal di t o s ” .
ps i c o s o má t i c o s e nt i do c o mo u n l a zo a t e r r ado r , l o l e va nt a ha c i a l a p ur e z a. Pe r o l a a mb i g üe da d de e s t a po s i c i ó n
us ual e s de l o s agr ado , Tr o t t a , M adr i d, 200 0, pp. 7 91 00 , e s p. 82 8 4. 22
y su am bi val ent e vocaci ón cai ni t af rent e al compromi so 23
–“ Ra za de Ca í n , ¡ Sub e a l c i e l o y a r r o j a a Di o s s o b r e l a
¿Quées l oqueAzc uycapt ópri mordi al mente enel
12 t i e r r a! ” – , haquedado, s i nembargo, t est i moni adapor
numen del “ poeta mal di t o”, pri nci pio conf ormador de su
el mi smopoet ademodomásexpl í ci t oenel es pl endor
pe r s o nal i dad de v i d ent e y bas e que s uby ac e a l o s i ndi c i o s
esperanzadode L’ ar t r omant i que , c o mo l o r e gi s t r a Az -
o c ul t i s t a s , o r i e nt a l i s t a s y e s ot é r i c o s q ue s e ñal a? Es t i mo
c uy: “ Es t e admi r a bl e , e s t e i nmó vi l i ns t i nt o de l o Be l l o e s
q ue h a s i do l a i mpr o nt a a c t i v a e n un a r t i s t a , de u n ar -
e l que no s hac e c o ns i de r ar a l a Ti e r r a y s us e s pe c t á c ul o s
quet i poperdurabl e. El paradi gm adel noûs o pne ûma ,
como un res umen, como una cor res pondenci a del Ci el o.
de l e s pí r i t u e xi l i ado , f ue r a de s í y o c ul t o e n l as s o m br as ,
La s e d i ns a c i a bl e d e t o do l o q ue e s t á má s a l l á y q ue l a
el mot i vo i next i ngui bl e que humanam ent e i rr umpe como
v i d a r e v el a , e s l a pr ue ba má s v i v a de nue s t r a i nmo r t a l i -
“ nost al gi adel Paraís o”, queel m i t ognóst i codescr i be
dad. Po r l a po e sí a y a t r a vé s de l a po e sí a, po r y a t r a vé s
t r á gi c a me nt e c o mo l a s i t u ac i ó n de l pne ûma abandonado
del amúsi ca, el al maent revél oses pl endores si t uados
e n l a t i ni e bl a o de l a Sab i d ur í a ma nc i l l ada q ue c o r r e de
detr ás del at umba; yc uandoun poem aexqui si t o hace
burdel en burdel , pero que cuando adqui ere conci enci a,
as o ma r l a s l ág r i ma s a l o s o j o s , e s as l á gr i ma s no s o n l a
r e t o r n a s o b r e s í , a ba ndo na l a p r o pi a i l us i ó n b i o ps í q ui -
pruebadeunexceso degoce, s onmásbi enel t est i mo-
ca, despi ert aenel c aos–quese of rece comoel mundo
ni odeunam el ancol í ai rri t ada, deunapost ul aci ónde
de l os sent i dos yl arazón–l o rechazac omo obra de un
l o s ne r vi o s , de una nat ur al e z a e xi l ada e n l o i mpe r f e c t o y
demi urgo i gnorant e y noci vo y comi enza a bal bucear mí -
que qui si eraapoderarse i nmedi atam ent e en est at i erra
t i c a me nt e l a pl e ni t u d r e de s c ub i e r t a a de nt r á ndo s e po r e l
de un par a í s o r e ve l a do ” ( p. 101) .
s i l e nc i o e n e l s e no d el Di o s r e a l , de s c o no c i do e i ne f a bl e .
Lapoéti cabaudel ai reana, t ransi dadeest rognost i -
Yahora, sí , i nst al adoel pneumáti co enel nuevoni vel
z ant e , na t ur a l me nt e de s e mb oc a e n e l s i g ui e nt e c a pí t u l o ,
de c o nc i e nc i a no c o ns c i e nt e , l o gr a do p or l a qui e br a de l
que g uí a y e nc a mi na a l l e c t o r de s de s u t í t u l o : “ Ri mb aud
o r de n ha bi t u al , s e ha he c ho po s i b l e pa s ar de l a i g no r a n-
y l a r e be l i ó n f unda me nt al ” .
c i a a l c o no c i mi e nt o , d e l a o s c ur i dad a l a l uz , d e l as p e-
A JeanAr t hur Ri mbaud ha dedi c ado Eduardo Azc uy
s adi l l as d e l s ue ño a l de s pe r t a r j ubi l o s o e x t r a oní r i c o . El
una a t e nc i ó n múl t i pl e , v ar i as e di c i o ne s de s us po e ma s y
que c o no c e s e s i e nt e e n e l de s or de n a s u pe s ar , pe r o s abe
di v er s o s e s t udi o s , de mane r a que l o t r a t a do e n e l pr e s en-
t am bi én que l aanarquí a, aunque l o escl avi zay mal t ra-
j o s has t a e l más r e c i e nt e de l año 1991. Las e t a pas de Az -
de EvaNorea, hacemof ade sus pret endi dos vi ol adores
cuy en sus t raducci ones de l apoesí ade Ri mbaud, t area
a r c ó nt i c o s que , f r us t r a do s , ma l t r a t a n a s u s i mul a c r o . El
e n l a que s e c ue nt a e nt r e l o s pi o ne r o s e n l a Ar g ent i na, y
g nó s t i c o e s c o mo e l o r o – i ma ge n v al e nt i ni a na p r e f e r i da ,
l o s a r t í c ul o s q ue de di c ó a l po e t a , r e uni do s má s t a r de e n
a l a que más ar r i ba hi c i mo s al us i ó n– al que o c ul t a e l ba-
Ri mbaud. La r e be l i ón f undament al , quedan como pant a-
r r o , pe r o no l o ma nc ha ; l i b r e d e l s o me t i mi e nt o de l a l e y
l l a de f o ndo de El oc ul t i s mo y l a c r e ac i ón poé t i c a.
mo r al i z ant e , g oz a –c o mo l i be r ado v i v i e nt e – de l a l i be r t a d
te capítulo puede ser amplicado con los restantes traba-
ta, no lo cambia; por eso Sofía, bajo la gura femenina
de l e s pí r i t u . Po r e s o e l g nó s t i c o pue de e xpr e s a r : “ S omo s despreci ados por l os mundos, aunque ni ngún i nt erés l es 1 2. So br e e l s e nt i d o p r o f undo de l c a i n i s mo v e r F. Ga r c í a Ba zá n, El
pres t amos cuandonosdi f aman. Los i gnoramos cuan-
gnos t i c i s mo: e s e nc i a, or i ge n y t r aye c t or i a , Ed . Gua da l qu i v i r , Bue no s
donos persi guen. Cuandonosi nsul t an, l os mi ramos y
Ai r e s , 200 9, pp. 8 29 2. 24
25
13 guardam os si l enci o”. Az c uy h a pe r c i b i d o e s t a c u al i da d
cuerpodeengañouni versal . El poetas ehai nst al ado
pne umá t i c a i nv i c t a c o mo p r o pi a e n e l t e j i do d e l a c r e a -
t a m bi é n más a l l á de l o s mae s t r o s y d e l as i ni c i ac i o ne s ,
c i ó n po é t i c a d e Ri mb aud. Es t a e xpe r i e nc i a l e pe r mi t e a l
como l a Ermi ni a de Hesse t ransf orma a Harri s, Beatr i z
“ p o e t a mal di t o ” r o mpe r e l ni v e l o r di na r i o de l a c o nc i e n-
aDant ey Sophi avonKühnaNoval i s. Pero el pl an-
c i a, de s c ubr i r s e c o mo un “ y o o t r o ” que e l y o ps í qui c o , t o -
t e o de l t e ma –e n r e l ac i ó n c o n l a Sabi dur í a ( Sophi a ) o l a
c a r l a s p r o f u ndi dade s de l o no c o ns c i e nt e , un e s t a do di -
Pi s t i s So phi a de l o s g nó s t i c o s v al e nt i ni ano s s e t i ano s y
ve r s o que l o c o nduc e a “ e s t a r f ue r a de l mundo ” y l o l l e va
su l enguaj e– en ví ncul o con el “al madel uni verso” nos
e n r e t o r n o, c o mo e xt r a nj e r o , ha c i a l a pa t r i a a bando na da
i nt r o d uc e e n l a par t e úl t i ma de l c o me nt a r i o . Ya c o n l as
o l a “ pur e z a s a l v a j e ” . Su r e b el dí a c o nt r a e l mundo y l o s
ant e r i o r e s c o ns i de r ac i o ne s s o br e e s t e po e t a pr o t o t i po de
hábi t o s l i t e r a r i o s , s u g r i t o de “ mo r t à Di e u” , s u bús que da
l a g a l e r í a de l o s p oe t a s o c ul t i s t a s y s u s e nt i do , h emo s
de un l e ng ua j e i né di t o e i mpo s i b l e de de c i r y s u a s pi r a -
l l e gado al c e nt r o c r e at i v o de El oc ul t i s mo y l a c r e ac i ón
c i ó n, i nc l us o, hac i a o t r o Di o s, i gno t o, e sc ondi do , s e i ns c r i -
poé t i c a . El c a pí t u l o “ Sur r e al i s mo y r e v o l u c i ó n i nt e r i o r ”
ben en est e pri nci pi o est ructurant e. Pero t am bi én como
not i eneot roobj eti voqueseñal arel c uadro enel que
c o nf o r ma c i ó n de e s t e á s pe r o c a mi no c o nt r a l a na t ur a l e z a
l osaut oress urreal i st as( André Bret on, Loui s Aragon,
t r a i c i o na da y c o nt r a Di o s d i s mi nui do , s e d a s u i ne vi t a -
Paul Él uardyot ros) hanart i cul adol osaport esdel a
bl e e r r a nc i a po r un mundo c uy as i l us i o ne s e nf r e nt a , pe r o
f ami l i a c o ns t i t u i d a p or l o s a nt e r i o r e s pr e c ur s o r e s f ul -
que no l e da paus a, ni r e f ug i o , ni r e po s o, c o mo un e xt r a ño
mi nadores del mundo y sus convenci ones soci opol í t i cas
e n é l . “ Su al i e nac i ó n” , c o mo e s c r i be Az c uy , “ e s s e me j ant e
yeconóm i cas–por enci made l ascontr oversi asi deol ó-
al adel hombreDi os… es un «heréti co» si n f e que abo-
gi cas–noporconsti t ui runabsurdoexi st enci al como
mi nadel asposturas occi dent al es yañora… « l apat ri a
querrí al ai nter pret aci óndeJeanPaul Sart re, t ande
pr i mi t i v a» ” .
moda en esos años, cuant o porque l o establec i do super-
Es natural que qui en haya experi ment ado el conoci -
cialmente entendido a imagen del hombre, es engaño-
mi ent o, palpado l a plenit ud arcana, esté por enci ma de
so –si mpl e nom bre y convenci ón si n raí z– es del eznabl e
l a f e , y q ue l l e va do de s u pas i ó n l uc i f e r i na –“ p o r t a do r a
y aborreci ble en su esenci a. Con René Daumal se puede
parael espej i smodel oi l usori o. Esaal maext ravi ada
conrmar el ejemplo de la peripecia humana y la obra, indisociable de ella, de un testigo sacricado en la pira puricatoria de la propia poesía que separa del mundo
ent re l oshom bress edespl azarási naparentes osi ego
y s ube al e m pí r e o s e l l ado de l o s po et a s , c uando e l ar t i s -
por l os desi ert os del am or humano. Pero esa experi en-
ta creador se experi ment a verí di cam ente. Com o di ce l a
de l a l uz ” – y s o br e c o gi do po r e l mi s t e r i o d e l o n umi no sot engasol odesdénysi l enci oparael mundo, o sea,
c i a l o gr a da s i n mae s t r o s y s i n i ns t i t u c i o ne s l e ha p e r -
Upanishad, como oferente, don ofrecido y acción sacri -
mi t i do, “ despert aren el almauni versal ” , acotaAzcuy,
c i al : s ac e rdo t e, o f r e nda y r i t o .
ydeest emodo, agregarí am os, ser señori nvi si bl ede
El t e x t o de El oc ul t i s mo y l a c r e ac i ón poé t i c a que aho-
s u c ue r po y d e s u p s i que , al pa r t i c i par de l g obi e r no de l
rase reedi t anoes el mi smoquepubl i caraen1965l a edi t ori al Sudameri cana, yquef uerapremi adoporl a Soci edad Argent i nade Escr i t ores, en 1967, con el Gran
1 3. Ve r F. Ga r c í a Ba z án, “ Re s ur r e c c i ó n, pe r s e c uc i ó n y ma r t i r i o s e g ún l o s g nó s t i c o s ” , e n Re vi s t a Bí bl i c a , 42 / 1 75/ 1 ( 19 80 ) , 3 141 . 26
Premi o deHonor –otor gado por un j uradoque presi di ó 27
Ly s andr o S. Z. d e Gal t i e r e l a ño a nt e r i o r – s i no e l d e l a
pr o po s i c i o ne s , núme r o c o mpl e t o e n l a s e r i e de l o s núme -
segundaedi ci ón, queampl í acondosnuevoscapí t ul os,
14 r o s nat ur a l e s , s e gún l o e ns e ña l a t r a di c i ó n de Pi t á go r as .
I V y VI I I , a l a ant e r i o r . Es a e di c i ó n, que s i r v e de bas e a
1º Po r que hay po es í a e xi s t e n l o s po e t as .
l a nue s t r a , l e f ue s o l i c i t a da a Eduar do Az c uy po r e l po et a
2 º El po e t a g ene r a una o br a po é t i c a . En e s t o Edua r do
ve ne z ol ano Juan Li s c ano , y s al i ó a l a l uz e n Car a c as , po r
Az c uy n o s e s e pa r a de Ar i s t ó t e l e s , l a p o es í a s e c o nc r e t a
l a e di t o r i al Mo nt e Áv i l a, e n 1982.
c omo poe ma.
El pr i me r o de e s o s c a pí t u l o s de di c a do a “ No va l i s y l a
3º Pe r o l a pr o duc c i ó n po ét i c a s e o r i g i na e n l a ac t i vi dad
v i s i ó n de l « Ot r o r e i no » ” , mue s t r a l a o r i g i na l i da d may o r
me di a do r a y pr o duc t i v a de l po e t a y e s t a a c c i ó n a r r ai g a y
del joven poeta al hacer hincapié en la gura gnóstica
deSofí a, l aM adre ocul t a, quegobi ernai nvi si bl ement e el desi gni oprovi denci al del mundoc aí doenel t i empo. La muert e premat ura de su promet i da Sof í a vonKühn de s pe r t ó e n No val i s , i mpr e v i s t a pe r o i nc o nt e ni b l e me nt e ,
s e nut r e de l a po e s í a . Ha y una o bv i a de s pr o po r c i ó n e nt r e e l pr i nc i pi o y s us pr o duc t o s y e l f r a nque ami e nt o de e s t a
grieta exige puricación.
4 º La po e s í a e s p o r e s e nc i a uni v er s a l y a nt e r i o r a l a c a í da d e l ho mb r e d e l e s t a do de pe r f e c c i ó n. De e s a s i t u a-
el i mpul so de un proceso i nt eri or que combi nado con l a
ción primordial hablan los mitos, la reejan los paradig-
me l anc o l í a de l a aus e nc i a de l a amada, l o l l e vaba i nc o ns -
ma s r i t u al e s y l a s g r ande s d o c t r i na s me t a f í s i c a s y r e l i -
c i e nt e me nt e ha c i a l a v er d ade r a me t a , l a di v i ni dad e s c o n-
g i o s as . És a e s l a t r a di c i ó n pe r e nne , r e di v i v a.
di da e n l o pr o f undo de l a l ma.
5º No o bs t a nt e , e s a t r a di c i ó n pr i mo r di al , pr e s ent e po r
El o t r o c apí t ul o i nt e r c al ado , s obr e “ Ri l ke : e l di ál o go c o n
do qui e r , l a v e mo s e nv i l e c i da y e nc ub i e r t a, a unque s e l a
l oi nvi si bl e” , compl ement aadmi rabl ement eal ant eri or
hayaqueri doconservarensusvi rt ual i dadesprí st i nas
en el plano teosóco, puesto que pone de relieve la sutil
po r c o r r i e nt e s que c ul t i v an l o o c ul t o . Lo “ o c ul t o ” , e m pe -
r e l i g i o s i dad de l aut o r de La e l e gí as de l Dui no , qui e n as i -
ro, no es una realidad meramente condencial, sino la
mi smo perci be en el mundo i nt erc onect ado de manera i n-
sabi durí asustanci al mant eni da y cuidada, que subyace
vi s i bl e , l a c o m uni c ac i ó n e nt r e l as e nt i dade s e s pi r i t ual e s y
y s e di s t i ng ue de l as i ns t i t u c i o ne s y c o nv enc i o ne s , de l as
s u i nt i mi dad pe r s onal . Es e l ni v el de l a r e al i dad aj e na a l o
racionalizaciones cientícas, losócas y teológicas, y de
e m pí r i c o , que v i b r a a l e nt r a r e n c o nt a c t o c o n e l f o ndo s i n
l as pr ác t i c as s oc i al e s r ut i nar i as .
f o ndo de l a di v i n i d ad.
6 º La t r a di c i ó n pr i mo r di a l e s una v i g enc i a e s c o ndi da a l a
Hemos i nt ent ado gl osar al cr eador yl aobra en una
que s e l l e ga po r v í a s di v er s a s , pe r o t o d as de s po j ada s d e e x -
é po c a no t a n l e j a na d e c l a r o s y d e s o mb r as , pe r o e s n e -
t e r i o r i dad: l a t e os o f í a me t af í s i c a, l a mí s t i c a c o n s us di ve r -
c e s a r i o – a mo do de c o l o f ó n– de c i r una s pa l a br a s , a unq ue
s as mani f e s t ac i o ne s y e x pe r i e nc i as , e l c ul t i v o de l s abe r y l as
s e an a r r i e s g ada s , a c e r c a de l a r t e po é t i c a de Eduar d o Az -
pr ác t i c as e so t é ri c as , l a po es í a i nc l ui da e nt r e l as be l l as l e t r as .
cuy, según se desprende de su t rabaj o como poeta, como
7 º Po r e s t e mo t i v o e nt r e e s t a s c ua t r o e s f e r a s d el h u-
t e ó r i c o y c r í t i c o de l o s po et a s o c ul t i s t as e xami nado s e n s u
mani smouni versal exi st enc onnatural esparal el i smos y
e xt r a o r di nar i o l i br o , que aho r a s e r e e di t a po r c o m pul s i ó n
anal ogí as.
de l os t i empos maduros. Est as máxi mas concl usi vas hemo s q ue r i do e nc e r r a r l a s , de ac ue r do c o n l a o r g ani z ac i ó n de c i ma l de l l i br o e n s u e s t a di o úl t i mo , e n una de c e na d e 28
1 4. Cf r . F. Ga r c í a Ba zá n, La c onc e pc i ón pi t agór i c a de l númer o y s us pr oye c c i one s , Edi t o r i a l Bi bl o s , Bue no s Ai r e s , 200 5, c ap. 1 , pp. 2 333 . 29
8º En n de cuentas, todas estas vías convocan a la e xpe r i e nc i a po r me di o d e s u c e s i v o s de s po j o s y t r a ns f o r -
maciones de estado, que buscan lo en sí inmaniesto o el “ conocer desconoci endo” .
9º Re s ul t a e vi de nt e que e l r e c o no c i mi e nt o de l as v í a s , c ami no s o e s c al as de a c c e s o e f e c t i v os hac i a l o o c ul t o , e s i nexcusabl e y ávi dament e apetec i bl e por l os buscadores de l o Abs o l u t o ( c ul t o s mi s t é r i c o s , i ni c i ac i o ne s , pr ác t i c a s
espirituales, aproximación ecaz al sentido de las cienc i as o c ul t a s) . En l a de c l i nac i ó n r adi c al de l a c ul t ur a c o nt e mpo r áne a e s l o má s di f í c i l de e nc o nt r a r y l a i mpa c i e n-
c i a ha i nduc i do muc ho s de s ví o s . La humi l da d y s a bi dur í a de Eduardo Azcuy, notabl ement e vi si bl e para qui enes l o hemos f rec uent ado est rec ham ent e, qui záss eael mej or ant í do t o par a e vi t a r l as pr e c i pi t a c i o ne s .
10º Los poetas ocultistas, por su parte, sirven de rati-
c a c i ó n p ar a d es c u br i r e s t e mo me nt o e s p e c i a l me nt e c o mp l e j o d e l v í nc ul o p o es í a p o et a . Es t o s c r e ado r e s p o ét i c a me nt e i ns p i r a do s s o n i mpr e g na do s po r l a po e s í a y a s í l o pr ue ba n. Có mo l l e g an a l c o nt a c t o po é t i c o s e i g no r a , a unq ue e s e v i de nt e q ue e n e l l o s s e ha n da do c a mb i o s i nt e r i o r e s pa r a po de r a pr o x i ma r s e a l pr i nc i pi o . No s e s a be de l o s me di o s de a c c e s o i ndó mi t a me nt e b us c a d o s , p e r o s í d e l o s r e s u l t a do s r e v el a do s p o r e l l o s mi s mo s : “ l a p oe s í a e s ma gi a ” , e s d e c i r e l t o q ue o i nme r s i ó n e n l a p o es í a c o mpe l e a c r e ar a r mó ni c ame nt e , o s e a, a mani f e s t a r l o i ne xpr e s abl e a t r av és de l a e xpr e s i ó n r í t mi c a y c o n c o ns o na nc i a t o na l . La p o e s í a n o e s l a mús i c a d e l a s e s f e r a s , pe r o s í me l o dí a d e l o s á ng e l e s y 15 Po e s í a , mi s t e r i o s , mí s t i c a y me t a f í s i c a r e s ul t a n démone s .
i ne xpl i c abl e s s i n l a pr o pe dé ut i c a de l as c i e nc i as o c ul t a s .
1 5. En e s t e p unt o i nt e r s e c t a n l a s i ne s t e s i a , l a t e ú r gi a y l a ma gi a . Cf r . F . Ga r cí a Ba z án, Or ác ul os Cal de os c on una Se l e c c i ón de Te s - t i moni os de Pr oc l o, Ps e l o y Mi gue l I t ál i c o , Gr e do s , Ma dr i d , 1 991 , I nt r o duc c i ó n, e s p. pp. 28 3 1. 30
PRIM ERA PARTE
La poesía como aventura metafísica
Todo hombr e e s l i br e de i r o de no i r a e s e t e r r i bl e pr omont o r i o de l pe ns ami e nt o de s de e l c ual s e di vi s an l as t i ni e bl as . Si no va, s e que da e n l a vi da or di nar i a, e n l a c o n c i e nc i a or di nar i a, e n l a vi r t ud or di na- r i a, e n l a f e or di nar i a o e n l a duda or di na- r i a; y e s t á bi e n. Par a e l r e po s o i nt e r i or , e s e vi de nt e me nt e l o me j o r . Si va a e s a c i ma que da apr e s ado. Las pr of undas ol as de l pr odi gi o s e l e han mos t r ado . Nadi e ve i m- pune me nt e e s e oc é ano . De s de e s e mome n- t o s e r á e l pe ns ado r di l at ado , agr andado,
pero otante; es decir el soñador. Un ex - t r e mo de s u e s pí r i t u l i ndar á c o n e l poe t a y e l ot r o c on e l pr of e t a. Ci e r t a c ant i d ad de é l pe r t e ne c e aho r a a l as s ombr as . Lo i l i mi - t ado e nt r a e n s u vi da; e n s u c o nc i e nc i a…
Se convierte en un ser extraordinario para l os ot r os ho mbr e s , pue s t i e ne una me di da di s t i nt a que l a de e l l os . Ti e ne de be r e s que e l l os no c ono c e n. Ví ct or Hugo, Shake s pe ar e
CAPÍTULO I
La búsqueda del paraí so perdi do
La no s t a l gi a de l p ar a í s o . Sc h el l i ng y e l t i e mp o pr i mo r di a l . Losorí genesf abul osos. El Sham ani smoyl astéc nic asdel é x t as i s . Re pe t i c i ó n y e t e r n o r e t o r n o. Re gr e s o a l a e t e r n i d ad . Na c i mi e nt o de l a p o es í a. El po e t a y e l mí s t i c o
La mi t ol ogí a e n t ant o que hi s t or i a de l os di os e s , no pue de habe r s i do s i no un pr o d uc t ode l avi da: unac os avi vi da,
experimentada, probada. Fr i e dr i c h Sc he l l i ng , I nt r oduc c i ón a
la losofía de la Mitología Habí a e nt onc e s gi gant e s e n l a t i e r r a, y t ambi é n de s pué s , c uando l os hi j os de Di os s e uni e r on c on l as hi j as de l os hom- br e s , y l e s e nge ndr ar on l os hé r oe s , e s os val i e nt e s de l mundo ant i guo. Gé ne s i s 6 : 4 Enl opr of undodesupsi que, el hombre guardaun s e nt i mi e nt o a hi s t ó r i c o , l a hue l l a de u na e xi s t e n c i a má s compl eta, r i c a, de una é po c a e n l a que par t i c i pó de l a más c o ndi c i ó n pa r adi s í a c a de l Ho mb r e pe r f e c t o . Es a s i t ua c i ó n pri mordi al t uvol ugar i n i l l o t e mpor e , en el Gran Ti empo de l os orí genes, en unaEdad de Oro “ absol ut am ent e mí t i c a ” . En e s e t i e mpo f a bul o s o , e l ho mb r e “ n at u r al ” , e n e s t a do d e b e at i t u d y l i b er t a d, s e ha l 1 ab a f r e nt e a f r e nt e a l o s s upe r hombr e s que descendí an al aTi erra, para me z c l a r s e e n s us as unt o s y o r i e nt a r s u v i d a. Lo s mi t o s de 35
ascensi ón nos habl an de l aext rema“ proxi mi dad” ent re l a Ti e r r a y e l Ci e l o . S i n e mb ar g o , un p r o f undo t r a s t r o cam i ent o al t eró ese régi men exi s t enci al . El hombreex-
perimentó una modicación cualitativa en el interior de
s u s e r y f ue pr o y ec t a do al c a uc e de l a t e m po r a l i da d. La
signicó una “ruptura” esencial en la condici ón hu-
caí dos y dei mágenes degrada das ” . Es e t e s o r o s ubs i s t e ,
aora en múltiples expresiones del alma, inspira a los poetas, vivica a la cultura y proyecta al hombre condi c i o nado p o r l a hi s t o r i a , ha c i a un i l i mi t a do c o s mo s e s p i -
se maniesta en los más
2 ri t ual . Como expres aDardel ,
c aí da
nat ur a l e s s e nt i mi e nt o s c o l e c t i v os y e s e l r e s or t e s e c r e t o
ma na . Sus c o ns e c ue nc i a s f ue r o n e l s uf r i mi e nt o , l a s e x ua -
de nuest ra vi si ón del mundo.
l i dad, e l po l i t e í s mo y l a mue r t e . El c i e l o s e t o r nó l e j a no ,
Su presenci aes el si gno de unaant i guaarmoní a, de
l as “ e s c a l a s ” que c o m uni c aban c o n l o s ni v el e s s upe r i o r e s,
unavi damáspl enaypro f undaquemant ení aco rr es-
f ueron abati das y l a mont aña mági ca apl anada. La época
pondenci asc on el cosmos y di sponí ade f acul t ades para
paradisíaca llegó a su n y el hombre, privado de su con di c i ó n o r i g i n al , s e c o nvi r t i ó e n un s er c aí do.
A pa r t i r de e nt o nc e s , l i mi t a do e n s u pe r c e pc i ó n y e n
capt arl areal i dadquehoys eadel gazayse degradaa t r a vé s de l o s c anal e s s e ns o r i al e s . Lo s e ns ue ño s , l o s e nt us i as mo s l as i mág ene s de l i nc o ns c i e nt e “ p oé t i c o ” s o n f ue r -
sus poderes, segregado del seno generoso de l anat ura-
zas plenas de signicado que jamás podrán extirparse.
l e z a, año r a s u ant i gua c o ndi c i ó n e dé ni c a. El r e c ue r do de l
El espí ri t u humano nunca ha dej ado de experi ment ar ese
Paraís o, i mpresoaúnenl asest ructuraspsí qui casque
o sc ur o de s eo de t r a sc e nde r e l t a c t o , de ac r e c ent a r l o s s ur -
pr e c e de n a nue s t r a ps i qui s i ndi v i d ual , e s de c i r e n l o que
c o s i nvi s i bl e s , de t r a ns i t a r a t i e nt a s l as s e ndas i nt e r i o r es
Jungdenomi nai nconsci ent e col ect i vo, supervi ve degra-
e n bus c a de un ni v el pa r adi s í a c o , f ue r a d e l Ti e mpo y d e
dadoeni mágenes ysí mbol os. Sel oi nt uyeenl asi sl as
l a Hi s t o r i a. El ho mb r e d e l r e i no pug na e n e l i nc o ns c i e n-
t e r re st r e s, e n e l pai s aj e de l o s t r ó pi c os , e n l a l i be r t a d s e -
t e , s e a ba l a nz a e n l o s s u eño s , c r e c e e n l o s é x t a s i s y e n
x ua l , e n l a b e at i t u d de l a de s nude z , e n l a b ús q ue da d e l
l ucha permanent e con l os “ yo” sucesi vosque el aboral a
“ o t r o l ug ar ” y e n e l de s e o de a l g o c o mpl e t a me nt e di s t i nt o
pe r c e pc i ó n c o ndi c i o na da, i n t ent a superar el pensam i ent o
de l i ns t a nt e pr e s e nt e .
di s c ur s i v o y ac c e d er a un e s t a do i mpe r s o na l e i nt e mpo r a l
Esas nost al gi aspert enecenal omásprof undodel a vi da e s pi r i t u al y e xpo ne n al de s nudo l as s e c r e t as mo dal i -
más al l á de l a v i d a y de l a r a zó n o r di nar i as . Fri edri ch Wi l hel m Schel l i ng ( 17751854) , que adel an-
da de s de l s e r . Mi r c e a El i a de1 c o ns i de r a que l a e xi s t e nc i a
t ándose al abúsquedade l os modernos et nól ogos, det e-
másmedi ocre est ápl agadadesí mbol os, de hi e r o f a ní a s
ri oról ai magenf al saacuñadapor el r aci onal i smo, f ue
en desuso yde mi t os ol vi dados. “ El hombre másr eal i s-
uno de l os pri meros en penetr ar con agudezael eni gm a
t a v i v e de i má ge ne s y l a n os t a l g i a más a by ec t a d i s f r a z a
3 Consi deraal a“ caí da” c omounaco nde l a mi t o l o gí a.
l a no s t a l g i a d el pa r aí s o ” . Se pa r ar l o s e nt u s i as mo s y l o s
moci ón esenci al que i nt err umpi ó unaépoca homogénea
s ue ño s de l o c o nc r e t o de l a v i d a no c o r r e s po nde a l a r e a-
y l a ho mo l o ga a una c r i s i s e s pi r i t u al o c ur r i da e n l a c o n-
l i da d. “ El ho mb r e mo de r no q ue de s pr e c i a l a s mi t o l o gí a s , no de j a , po r e l l o , de nut r i r s e pe r ma ne nt e me nt e de mi t o s 2. Er i c Dar de l , “ Lo mí t i c o ” , e n Di óge ne s , a ño I I , Nº 7 , Bue no s Ai r e s , 19 54 , p. 6 3. 1 . Vé as e Mi r c e a El i a de , I máge ne s y Sí mbol os . Ens ayos s obr e e l s i m-
3 . Fr i e dr i c h Wi l he l m Sc he l l i ng , I nt r oduc t i on à l a phi l os ophi e de l a
bol i s mo mági c or e l i gi os o , Ma dr i d , 1 95 6.
Myt hol ogi e , Par í s , 1945, 2 t .
36
37
ciencia humana. El lósofo especula sobre varios proce-
duc e , d e a c ue r d o c o n Kühn e l de s c ub r i mi e nt o de l a a g r i -
s o s s uc e s i vo s . El pr i me r o , más í nt i mo , s e de s ar r o l l a e n l a
c ul t ur a c o n s us c i c l o s pe r i ó d i c o s y e l ho m br e , v ue l t o o bj e t o
propi ac onci enci at ransf ormándol ac ual i t ati vament e. El
de s u pr o pi a na t ur a l e z a , c o mi e nz a a pe r c i bi r l o q ue e xi s t e
segundo, más exterior y perceptible, se maniesta, por la
i nvo l unt a r i a di f e r enc i ac i ó n de l as l e nguas , y e l t e r c e ro s e t r a duc e e n l a s e par ac i ó n de l a humani dad pri mordi al , en grupos que se excl uyen mut uamente.
de t r á s d e l a s c o s a s y a r e c o n oc e r s u s e nt i do a b s t r a c t o y t r a s c e nd ent e . Est ai nt erpretaci ón, menos audaz ymásr aci onal i st a
que la del lósofo romántico, tiene el mérito de acercar
La ci enci a moderna t am bi én se acerca a est as concep-
l a c i e nc i a arel i gi ón, peronodetermi nael gradode al
ci ones románt i cas. Herbert Kühn4 r e l a c i o na l a a nt r o po -
prof undi dad que caracter i za a esa honda t ransf ormaci ón
logía cientíca con la antropología religiosa. De acuerdo
conl osúl t i mos est udi osy hal l azgos, s ej uzgac omoun he c ho s e gur o l a r e al i da d de una é po c a e d é ni c a que c o i nc i di r í a c o n l a Edad Gl ac i al .
mental que es en denitiva la “caída”.
Pa r a e l ho mbr e ar c a i c o , e s e ho mb r e q ue de s c r i b en l o s mi t ol ogem asy ques emuevef ueradel ascul t uras hi s-
toriográcas en una supuesta dimensión intemporal, la
Lo s e s c r i t o s más ant i g uo s de l a Bi bl i a; e l Ri g Ve da; e l
No e xi s t e n par a é l r e al i dad s e i ns c r i be e n un s o l o o r de n.
poema épi co de Gi l gamés, cuyos f ragm ent os se remont an
dos i mágenes del mundo, si no una. La conci enci a mí t i ca
al t e r c e r mi l e ni o ; y Lo s Tr a baj o s y l o s Dí as , de He s í o do ,
quepermi t eal hombreori gi nal s ol dar s e c o n l o s r i t mo s
conservan el f abul oso recuerdo del Edén. Textos sume-
del anat ural eza, genera unai magen ensanchada del o
rios y babilónicos lo citan y asoma asimismo con su perl
r e al . La l ó gi c a o r di nar i a y l a l ó gi c a af e c t i v a s e i nt e g r an
i nt emporal en el M ahabharat a ( VI, 7), el Ram ayana ( IV,
con una l ógi ca que hoy l l am arí am os de l o “ paranormal ” ,
43) , l as t r adi c i o ne s budi s t as y l a l i t e r at ur a de l o s gr i e go s.
f ormandounauni dador i gi nari adel aconci enci aydel
El c r i s t i ani s mo ha bl a de un e s t a do pr i mo r di a l de pe r f e c -
mundo. La pérdi da dee st a t ot al i dad, con su secuela de
c i ó n e s pi r i t ual l l amado j us t i t i a o r i g i n al i s .
l i mi t a c i o ne s , c o ns t i t uy e e l he c ho f un dament al eterqued
Kühn arma que esa época estuvo representada por la
Eda d Gl a c i a l , e n c uy o t r a ns c u r s o no e x i s t i ó pr o p i a me nt e l a hi s t o r i a, pue s e l ho mbr e v i v i ó e n una s ub s t anc i a l i no cenci ares pect odec uant ol or odeabay enunaabsol ut a
identicación con la naturaleza. “El estado, paradisíaco –
mi na l a i ni c i ac i ó n de l a c r o no l o gí a y e l nac i mi e nt o de l o s mi t o s . Sc he l l i ng c o ns i de r a l a e xi s t e nc i a de una é po c a i ni c i al , unperí odoatemporal , “absol ut am ent eprehi st óri co” o mí t i co que no revel asucesi ón ni cam bi os. A ese t i empo
e s c r i b e– t i e ne s u r a í z e n e l pe ns ami e nt o ar mó ni c o , e n l a
pri mordi al quecaracter i zaalahumani dadi ndi vi sas e
c o nc i e nc i a s i n f al l a, e n l a s i mpl e de di c ac i ó n a l a nat ur al e -
superpone l o“ r e l at i v ame nt e pr e hi s t ó r i c o ” , e s de c i r q ue ,
z a, e n l a c o nc r ec i ó n de l a vi da, e n l a c l ar i dad par a c o nc e bi r
armando la separación efectiva de los períodos tempo -
5 al mundo” .
r al e s , e l pr i me r o e s una e s pe c i e de Et e r ni dad. Sol ament e
Sin embargo, entre el n de la Edad Glacial y
pr i nc i pi o d el Ne ol í t i c o ( 10. 000 a 6. 000 año s A. C. ) , s e p r o-
se perla como pasado, al conectarse con lo relativamen -
t e pr e hi s t ó r i c o y c o n l o pr o pi ame nt e hi s t ó r i c o r e gi do po r l a c r o no l o gí a. Pa r a Sc he l l i ng , e s e t i e m po pr i mo r di al po 4 . Cf . He r be r t Kühn, Los pr i mer os pas os de l a humani dad , Buenos Ai r e s , 1 96 2.
s e e un par t i c ul ar c o nt e ni do y s e r i g e po r pr i nc i pi o s y l e yes di f erent es. Es l a época de una humani dad en muchos
5. I b i d e m, p. 12 . 38
39
aspect ossuperi oral aact ual , queprotagoni zósucesos
reales de carácter extraordinario. De ahí que arme la
formas de aprehensión lo conna en los estrechos límites de l a pe r c e pc i ó n s e ns o r i al . De l a v i s i ó n i ndi v i s a s e ac e n-
real i daddel oshéroesyr echacel os orí geneshumi l des
t úan c o n par t i c ul ar ni t i de z l as no c i o ne s de c a us al i dad, de
ques easi gnanal ahumani dadpri mera. Schel l i ngi n-
t i e mpo y de e s pac i o , c e r c e na ndo e n l a p s i qui s l a i ma ge n
si st e en unac omuni dador i gi nal no desm embrada, que
t o t a l de l uni v er s o . El “ Lo go s ” de s pl az a g r adua l me nt e a l
habl abaun sol o i diomay veneraba aun sol o Di os. Est a
“Mythos”. Lo invisible, lo innito, se recorta en secciones,
i de a de un mo no t e í s mo i ni c i a l , y a e nt r e vi s t a po r Le s s i ng
e n pl a no s , s e e s c a l o na , mi e nt r a s e l “ y o ” , o s c ur e c e pa r t e
en La Educ ac i ón de l Gé ne r o Humano ( 1780) , l a de s ar r o -
desusf acul t adesdeaprehensi ónenl osabi smosdel o
l l ó La ng h ac i a 1900
i nc o ns c i e nt e .
6 c o s s o br e e l “ Di o s Al t í s i mo ” .
l a é p o c a “ r e l at i v ame nt e mí t i c a ” pa r a pe ne t r a r e n e l á m-
y nalmente fue fundamentada por Wilhelm Schmidt, en sus minuciosos estudios etnográ Vi s t a a t r a vé s de l pe ns a mi e nt o de Sc he l l i ng , l a mi t o l o gí a no e s e l pr o duc t o d e l a i mag i na c i ó n de l o s p o e t a s ,
ni deriva de la personicación simbólica de nociones mo-
El nue vo ho mb r e q ue t r a s po ne l o s l í mi t e s b r umo s o s de bi t o de l a hi s t o r i c i dad, s e c ar a c t e r i z a po r s u pr o gr e s i v a c o nc i e nc i a d e l a r e a l i da d de t r e s di me ns i o ne s c a pt a da a t r a vé s de l o s s e nt i do s c o m une s y po r l a ac e pt a c i ó n de l o s
r a l e s . Ta m po c o pr o v i e ne de l a i nt e r p r e t a c i ó n q ue e l ho m-
c o nc e pt o s t e mpo e s pac i al e s q ue de e l l a s e de r i v an. Pe r o
br e ar c a i c o habr í a he c ho de l o s pr o di g i o s nat ur al e s , c o mo
e s e h omb r e p os e e u na t r a di c i ó n; t r a e c o ns i g o l o s mi t o s ,
pretenden los mitólogos naturalistas que todo lo reeren
e s de c i r l as hi s t or i as s agr adas , que han t eni do l ugar en
a l o s c ue r po s c e l e s t e s o a l o s f e nó me no s de l a me t e o r ol o -
el Gran Ti empo y que en épocas post eri ores serán orga-
gí a. La mi t o l o gí a nac e c o n l a i r r upc i ó n de l o s ar q ue t i po s
ni z adas po r l o s po e t a s . A pe s ar de l a s de f o r ma c i o ne s q ue
ysedesarrol l aconj unt am ent econesasoci edadi ni ci al
puedanhabers e produci doenese cuerpoder ecuerdos,
en l aépoca“ absol ut am ent e pre hi s t ó r i c a ” . Si n e mb ar g o ,
l a s c o i nc i de nc i a s s o n no t a bl e s y t o d o s l o s pue bl o s me mo -
no e xi s t e c o mo t al , has t a de s pués de ese acont eci mi ent o
r an e l s e nt i do c r e ado r de s e r es s e mi di v i no s o hé r o es c i v i -
de c o ns e c ue nc i a s múl t i pl e s ( l a c a í da) que c o nmo c i o na a l
l i zadores que en un mundo di f erent e f undaron l os modos
mundo ant i guo. El hom br e c o mi e nz a e nt o n c e s a v i v i r e n
deser quesi rvendemodel oal c omport am i ent odel os
un t i e m po “ r e l at i v ame nt e pr e hi s t ó r i c o ” . La uni da d o r i g i -
hom bre s.
nar i a s e qui e br a , l a c o nf us i ó n de l e ng uas ac e nt ú a l a di v i -
Lami t ol ogí al l egadesdeel or i genynace al mi smo
sión y una profunda transformación psicológica modica
t i empo que el pueb1o, conj unt am ent e con su conci en c i a
gradual ment el ac osmovi si óndel hom bre caí do, dent ro
pri mor di al . Cuandol os gr upos humanos c omi enzana
de un mundo que uye hacia el “acontecer”. La expe -
da r t e s t i mo ni o r e al de s u e x i s t e nc i a , y a v e ne r a n a e s o s
r i e nc i a e v al ua t i vadel t i empos ust i t uyeaesasupuest a
pe r s o na j e s no t a bl e s c uy o r e c ue r do pr o v i e n e de un r e mo t o
di me ns i ó n i nt e mpo r al a me di da q ue de c l i nan l as f ac ul t a -
pas ado . Sc he l l i ng s e pr e gunt a s i e l He l e no s e gui r í a s i e n-
des hoy consi deradas “ paranormal es” . El hombre pi erde
do un he l e no y e l Egi pc i o un e gi pc i o s i s e l e s qui t a r an s us
l a c o nc i e nc i a d e l a t o t a l i dad, y e l t r i unf o d e u na d e l as
r e s pe c t i v as mi t o l o gí a s , y a que p r e c i s a me nt e , s o n t al e s , g r ac i a s a l he c ho mi s mo d e p o s e er l as . Si un pue bl o r e c i b i e r a s u mi t o l o gí a e n e l c ur s o de l a hi s t o r i a – ar g ume n-
6 . Vé a se P. Gui l l e r mo Sc h mi d t , Hi s t or i a c ompar ada de l as r e l i gi o- ne s , Ma dr i d, 1 94 1, c ua r t a y q ui nt a pa r t e . 40
t a–r esul t arí aquet endrí aunahi s t o r i a a nt e s de t e ne r 41
una mi t o l o gí a. Pe r o g ene r a l me nt e o c ur r e l o c o nt r a r i o : no
perpetúan por interés vano o como mero relato de c-
e s p or s u hi s t o r i a que r e c i be l a mi t o l o gí a, s i no que e s l a
c i ó n, s i no que constituyen
mi t o l o gí a l a que de t e r mi na s u hi s t o r i a o , me j o r di c ho , no
pr i mer a, más grande e i mport ant e”. Lévy Bruhl , en sus
7 l a de t e r mi na s i no q ue c o ns t i t uy e s u de s t i no .
la armación de una realidad
también arma que “se trata de his-
recordados Car ne t s ,
Es t a s i de as s e ha n i do a br i e ndo pa s o l e nt a me nt e y ha n
t or i as que r e al ment e han ac ont e c i do, pero que han suce-
preparado el cam i no para una nueva comprensi ón de l os
di doen un t i empo, en un espaci o, en un mundoqueno
mitos. Como arma Steffens Soler, en un esclarecedor
s e c o nf unde c o n e l t i e mpo , e l e s pac i o , e l mundo d e h oy ,
t r a baj o s o br e l o s t i e m po s pr i me r o s , e l mundo mi t o l ó gi c o
y q ue p o r s e r di s t i nt o s y a ún s e pa r ado s n o s o n po r e l l o
c o nt i e ne una r i q uí s i ma s ubs t a nc i a e s pi r i t u al , y s u t r a m a
9 menos real es” .
suponen abst racci ones de gran poder.
ví ct i madel adegradaci ónt emporal , enf rentadoaun
posee concepciones losócas, morales y artísticas que
Si n embargo, ese hombredel assoc i edades arcai cas, mundo pl e no de ho s t i l i da d, e nc ue nt r a e n e l mi t o no s ó l o
Los si mbol i smos mi tol ógic os, prof undos, agu-
dos, nos y encantadores a veces, cuya signica -
c i ó n y be l l e z a e s c apan a l a i nt e l i g enc i a y s e ns i bi l i dad de l a mayorí a de l os habi tantes de nuestras ci udades ci vil i zadas, corresponderí an –dentro de l al ógi caposi ti vist a–al aetapaprimi ti va ymenest erosa del ahumani dad. Result aasí pesado i mag i nar s e que l a l i t e r at ur a y e l ar t e hay an v i v i do y vivan aún a expensas de l as concepci ones de esoshipotéti cos sal vaj es, que vinieron marchan-
do por las encrucijadas de la prehistoria cientí -
ca, apenas ascendi dos a hom bres por sus propios
l a n ar r a c i ó n de s uc e s o s e x t r a or d i n ar i o s o c ur r i do s i n i l l o t e mpor e s i no una f o r ma s e g ur a de i ns t a l ar s e e n r e al y lo r e i nt e g r a r s e e n e l uni v er s o . Ac t úa c o mo r e s t a ur a do r de l e qui l i br i o pe r di do y c o ns t i t uy e –par a e l ho m br e t r a di c i o nal – l a úni c a r e ve l ac i ón vá l i da de l a r e al i dad. El mi t o s e convi ert eentonces enest ructuradeexi st enci aytor na posi bl e l a vi da. El hábi t at humano adqui ere f orma men-
tal. Como dice Gusdorf, ese signicado vital del mito permi t e a l a c o nc i e nc i a de l ho mbr e a r c ai c o “ c o ns t i t u i r una e nv ol t u r a pr o t e c t o r a e n c uy o i nt e r i o r e l ho mb r e e nc ue n10 t r a s u l ug ar e n e l uni v er s o ” .
El t i empo hi st óri co, c on sus moment os ques ei mpli -
8 medi os .
can recí procament e, esc o ns i de r a do pr o f a no . La r e al i da d,
Ex i s t e s i n duda una pr e hi s t o r i a q ue po s e e un c o nt e ni -
do distinto y diere esencial e interiormente del perío-
e n c a mb i o , e xi s t e s i e m pr e e n e l t i e m po s a gr a do , e l Gr a n Ti e m po de l o s o r í g ene s . La ac t i v i d ad e s enc i al c o ns i s t e e n
dohi st óri co. El rel atomi t ol ógi co–comoreconoceEri c
pr o ye c t a r s e a e s e t i e m po p r i mo r di al y a bo l i r l a hi s t o r i a.
Fro mm– no es si mpl emente un product o de l a i magi na-
Aparec e ent onces el hombre di f e r e nt e l l a ma do a e j e r c e r
c i ó n de s bo r dada de s e r es “ p r i mi t i vo s ” , s i no un r e c i pi e nt e
l a t ut e l a e s pi r i t u al s o b r e e l g r upo . Fr a z er l o s c o ns i de -
de apreci ados recuerdos del pasado. “ Los mi tos–expre-
r a c o mo l a c l as e s o c i al más ant i g ua de l a hi s t o r i a. Es e l
sa M al i nowski en M yt h i n Pr i mi t i ve Ps yc hol ogy– nos e
sham án( pal abrat ungusaquel l egaa l asl enguasocc i -
7. Fr i e dr i c h Wi l he l m Sc he l l i ng , o b. c i t . pp. 7 77 8.
9. Luci enLévyBruhl , Le s Car ne t s de Luc i e nLé vyBr uhl , Par í s ,
8. Ca r l o s St e f f e ns So l e r , “ Mi t o l o gí a e Hi s t o r i a ” , e n Tr abaj os y Comu-
19 49 , p. 8 1.
ni c ac i one s , t . 4 , Bue no s Ai r e s , 1 95 4.
1 0. Ge o rg e s Gus d or f , Mi t o y met af í s i c a , Bue no s Ai r e s , 19 60 , p. 1 5.
42
43
dent al es at ravésdel ruso), el hom bremedi ci na ( medi -
Su acti t ud prof undament e rel i gi osas e homol oga al a
11 c i ne man) , e l br uj o , e l mag o, e l s anado r . Se c a r ac t e r i z a
de l o s mí s t i c o s d e l as gr a nde s c i v i l i z ac i o ne s p o s t e r i o r e s .
po r s us po de r e s ps í qui c o s . Vi v e l o s ag r ado c o n par t i c ul ar
El comport am i ent o sham áni co es perf ect a mente nor mal ,
i nt ensi dad ypuedepenetr armedi ant e1ast écni cas del
y , c o mo di c e El i ade , l e j o s de s e r ne ur ó pa t a s , l o s s ha ma -
é xt a s i s e n una e s f e r a s u peri or de real i dad medi ant e una
nes aparecen baj ol af azcul t ural c omos uperi ores asu
r upt u r a de l ni v el o r di na r i o d e c o nc i e nc i a . Es e l ho mbr e
medi o.
c apaz de c o nduc i r a l as al mas de l o s mue r t o s , r e s c at a r l as So n l o s p r i n c i p al e s g uar d i a ne s , d e l a r i c a l i t e -
de l as r e gi o ne s i nf e r i o r e s o g ui ar l as e n e l as c e ns o mí s t i -
raturaoral : el vocabul ari opoéti co deuns ham an
c o al c i e l o . Pr o vo c ando e l ne c e s ar i o e s t ado de t r a nc e po r
yakutaco mprendedoce mi l vocabl os, c uandosu
medi o dei nvocaci ones ydedanzas, el shamándi al oga
l e ng ua j e ha bi t u al –po r o t r a pa r t e e l úni c o c o no c i do
c o n e l di o s s upr e mo , al c a bo de una s i mbó l i c a a s c e ns i ó n
po r l a c o m uni da d– s ó l o po s e e c uat r o mi l . Ent r e l o s
c e l e s t e al ár bo l r i t u al que s i mbo l i z a l a mo nt a ña c ó s mi c a
kaz akki r g hi z e s , e l bags a, cantor , poeta, músi co,
o e l pi l ar de l mundo que une l a Ti e r r a c o n e l Ci e l o .
a di v i n o, s ac e r do t e y mé di c o , par e c e s e r e l g ua r di án
Fue r a de l t i e m po pr o f a no , i nme r s o e n un é xt a s i s l úc i do
de l as t r a di c i o ne s r e l i gi o s as po pul ar e s y e l c o ns e r -
e n e l q ue z o z o br a n l a s l i mi t a c i o ne s , e l a l ma de l s ha má n
12 vador de l as anti guas l eyendas secul ares.
puede proyect arse a vol unt ad y aprehender más al l á de nue s t r a pe r c e pc i ó n s e ns o r i al r e l ac i o ne s y as pe c t o s i ns o s pe c ha do s de l uni v er s o . El “ Pa r aí s o Pe r di do ” e s r e e nc o nt r a do e n o t r a p ar t e d e l t i e m po , y l aco ndi ci ónhumana, por obra de esas i ngul ar expe r i e nc i a, e nt r a e n c o nt a c t o c o n l a r e al i da d pr i mo r di a l y r e c upe r a l a pe r f e c c i ón de l os c omi e nz os . Parael l odebeneces ari am ent eret roc eder, evadi rs e aunq ue no s e a má s q ue po r b r e ve s i ns t a nt e s , de e s e de v e-
nir falto de todo signicado al que lo ha empujado la “caída” . Es i mpr e s c i ndi bl e “ r e t o r nar hac i a at r á s ” , e s c apar al i rreversi bl e t i empo común que al i mponer una duraci ón r e g ul a r , ha c e p r o ve ni r e l pr e s e nt e de l pa s ado y e l f ut u r o d e l pr e s e nt e . La e x pe r i e nc i a c o ns i s t e e n d e s pl a za r s e ha c i a l a é p oc a “ a bs o l ut a me nt e mí t i c a ” pa r a v i v enc i ar l a “ p l e ni t ud i ni c i al ” , r e i nt e g r ándo s e a l i l l ud t e mpus y v o l ve r a v i v i r e l no t i e m po , e l e t e r no pr e s e nt e at e mpo r al ant e r i o r a l a “ c aí da” .
1 1. Vé a se Mi r c ea El i a de , El c hamani s mo y l as t é c ni c as ar c ai c as de l
éxtasis, Mé x i c o , 1 96 0.
No o b s t a nt e , al ma r ge n de l a a c t i v i d ad e s p i r i t u al de e s o s ho mb r e s e xc e pc i o na l e s , l a c o muni da d, c o mo s i s t ema a pr o pi a do pa r a l o gr a r e l r e t o r n o a l pr o t o t i e m po , f o r mul a el aboraci onesarquet í pi casysi st emasparadi g máti cos. Se huye de l t e r r o r de l a hi s t o r i a , de l do l o r s i n s ent i do que c o mpo r t a e s e r i t mo i r r e v e r s i bl e y a pl a s t ant e que en úl t i ma i ns t anc i a no s a pr o x i ma a l a mue r t e . El de v eni r i mpl ac abl e de l t i e m po l i ne al no pe r mi t e r e gr e s o s, y e l do l o r c o t i di ano a c e nt ú a e s a s e ns a c i ó n de g r at u i da d. El ho mb r e se resi st e aadmi t i r como unac onst ant e de su vi da ese
tránsito lineal que lo destruye. Entonces se deende del
t i empo l e pr a c t i c a “ c o r t e s ” de l a mi s ma ma ne r a q ue l a y natural eza atempera ese t ranscurri r i nacababl e medi ant e l as e st a c i o ne s , l o s dí as y l as no c he s. Es pr e c i s o vo l v er acomenzar, quebrar el t i empoprof anoquepugnapor c o nv er t i r s e e n hi s t ó r i c o me di ant e l a r e pe t i c i ón y e l e t e r no
Mitos, 1 2. Mi r c e a El i a de ,
sueños y misterios, Bue no s Ai r e s , 19 61 , p.
98. 44
45
Los modelos de toda actividad signicativa se
r e t or no.
por enci madel os sent i dos enun ni vel des uprem aes-
dete rmi nanpor l os mi t os, y el hom bre, quepadece en
t a bi l i dad i nt e r i o r . Abo l i r l a Hi s t o r i a, s al i r de l Ti e mpo ,
e l c a uc e de l a dur a c i ó n, de s t r uye l a i r r e ve r s i bi l i dad de l
r e c o br a r e l “ Pa r aí s o ” , e s de c i r , l a s i t u ac i ó n d e l ho mb r e
deveni r medi ant el arepeti ci ón i ncesant e de gestos que
pri mordi al , consti t uyenapet enci ascomunest ant odel
renuevanacci onespri mordi al es. Porl arepeti ci óndel
sham ani smopri mi t i vo, comodel os sant os ori ent al es y
ac t o c o s mo gó ni c o , e l t i e m po v ul g ar e n e l que s e r e al i z a e l
c r i s t i a no s . To da s l a s t é c n i c a s as c é t i c a s y c o nt e mpl at i -
r i t u al s e pr o y ec t a e n e l t i e mpo mí t i c o e n q ue s e pr o duc e
v as y l as i ni c i ac i o ne s e s ot é r i c a s t i e nde n a t r a ns f o r m ar al
l af undaci ón del mundo. Lacer emoni ase desarrol l ano
ho mbr e , a “ c ur a r l o ” de l a de gr a da c i ó n t e mpo r al . El ho m-
sól oenunespaci oc onsagrado, es deci r, esenci al ment e
bre “enfermo”, debe volver a nacer. La losofía de la In -
di s t i nt o de l e s pac i o pr o f a no , s i no a de má s e n un “ t i e m po
di a apo r t a una “ me di c i na nue v a” par a e l s uf r i mi e nt o y l a
sagrado” , en aquel t i empo ( ab or i gi ne ) , c ua ndo e l r i t u al
ang us t i a e xi s t e nc i al . La “ c u r ac i ó n” e s t á pr e s ent e e n t o do
13 f ue l l e va do a c a bo po r pr i me r a v ez po r un ant e p as a do .
e l s a be r t r a di c i o na l . El i l us o r i o v e l o de Ma ya d e be s e r
pe t i c i ó n de s c ub r e l a p os i b i l i dad de un r e e nc ue nLare
desgarradoparaaccederal anodua1i dad, al c e nt r um
t r o c o n e l uni v er s o t o t a l y p er mi t e una par t i c i pac i ó n o n-
de Bo e hme , o a l a “ ui dad r e s pl ande c i e nt e ” de vac nat ur ae
t o l ó g i c a c o n e l á mb i t o t r a s c e nde nt e . Par a e l ho mbr e q ue
l o s mae s t r o s d e l Ze n. Lo s s a nt o s y l o s mí s t i c o s , l o s s ha-
accede a una vi si ón épi ca del mundo, e l t i e mpo que pasa
manes yl os magos, guardanes peci al ment ees ahuel l a
e s t o dav í a un t i e m po i ndi f e r e nt e ; e l e s enc i al e s e l t i e m po
pr i mo r di a l e n l a s c a pas pr o f unda s de s u ps i q ue .
s ag r ado , al que po dr á pr o ye c t a r s e e n e s pí r i t u e n l a me di -
Cuando la fuerza del mito se transere a la memoria
da e n que , po r l a ac t u al i z ac i ó n de l mi t o , l o gr e r e pr o duc i r
c o l e c t i v a, j unt o a l a e xpe r i e nc i a de l é xt a s i s que r e al i z an
el gesto del arquet i po que cr eabael mundo en l aépoca
los shamanes, surge y se maniesta la poesía. Poco a
auroral . De esa manera el hombre de l as soci edades ar-
po c o e l mi t o s e t o r na l e g enda r i o , p e r o s o br e v i v e s u e n-
c a i c a s l o gr a v i v i r e n un t i e mpo s a gr a do q ue s u r ge a i n-
c ant a mi e nt o y s u po de r . Si po r un l ado s e r i t u al i z a y s i r -
t e r v al o s e s enc i al e s t r a s l a i nv oc ac i ó n mági c a de l r i t o . Se
v e de s o s t é n a l o s é x t as i s mí s t i c o s q ue p e r mi t e n r e v i v i r
s i t ú a f ue r a de l a d ur a c i ó n, v i v e de mo me nt o a moment o,
l o s c o mi e nz o s y a c c e de r a l t i e m po pr i mo r di a l e n q ue l o s
enahoras, asal t os, enun“ eter nopresent e” queser es
a r que t i po s f undar o n e l mundo , po r o t r o , c o mi e nz a a po e -
especi al ment e dot ados habrán de perpetuar at ravésde
t i z a r s e o t o r g ando un nue vo s e nt i do a l a s f o r mas de s c r i p-
l as é po c as .
t i v as q ue s e i nt e g r a n c o n i nv o c ac i o ne s y p l e ga r i a s . Lo s
Est e r e gr e s s us ad or i gi ne m, a l a e t e r ni dad, que c o ns t i t u í a e l a nhe l o f undame nt a l de l ho mb r e de l a s s o c i e da des ar c a i c a s , e s a s i mi s mo e l e l e me nt o pr i mo r di a l de l a e xpe -
hechos ej empl ares se i ncor poran al amemori apopul ar que r e c r e a l as ant i g uas t r a di c i o ne s y r e vi v e e l pas ado e n
un lenguaje signicativo.
r i e nc i a mí s t i c a e n l as t r a di c i o ne s o r i e nt a l e s de l yo ga y e l
Para el hombre c aí do, quehaperdi dol af acul t adde
budi s mo y e n l as mí s t i c a s j ude o c r i s t i a na s . Lo e s e nc i a l
a pr e he nd er l a i ma ge n r e a l de l uni v e r s o , l a p o e s í a e s una
consi st e en t rascender l a condic i ón humana, si t uándose
v í a más ac c e s i bl e q ue l as t é c ni c a s d e l é xt a s i s , par a d e s ar r a i g ar s e de l t i e mpo y de l a hi s t o r i a. Lo s t e mas má gi c o s y mí s t i c o s , l as f ó r m ul as y l o s c o nj ur o s , s e t o r nan po ét i c o s a1
13. Cf . Mi r c e a El i ade , El mi t o de l e t e r no r e t or no. Ar que t i pos y r e pe t i - c i ón , Bue no s Ai r e s , 19 52 , p. 3 3. 46
de s as i r s e de l r i t u al , y pe r dur a n e n mul t i t u d de e po pe ya s . 47
Como el shamán, el poeta es t am bi én en al gunamedi da e l “ h ombr e di f e r e nt e ” , que c r e a s o br e l a f u gaci dad y r e ac t u al i z a e l s e nt i do pr o f u ndo de s u s e r , me di ant e pal a-
pe c i e d e e x al t ac i ó n a ng él i c a a t r a vé s de l a c u al e l a l ma e nt r e vé l o s e s pl e ndo r e s s i t u ado s má s a l l á de l a t u mb a” . El mí s t i c o , e n c ambi o , r e al i z a una e xpe r i e nc i a más o r -
br a s q ue d e s c r i be n v i v e nc i a s y c o nt e n i d o s c o gno s c i t i v os
g áni c a e i nt e ns a y e n l a pas i v i d ad de l é xt a s i s t r a s ci ende
que i n i l l o t empore po s i b i l i t a n l a apr e he ns i ó n d e l o r e a l .
e l ni v el pa r aps í q ui c o , v i s i o nar i o o me di úmni c o , y pr o gr e -
Pa r a é l l a de s t r u c c i ó n y l a mue r t e s e s upe r a n pr o y ec t án-
s a hac i a e l f o c o d e l a c o nc i e nc i a uni t a r i a. Ambo s , po e sí a
do s e hac i a una r e al i dad e s pi r i t ual que e s t abi l i z a l a v i d a
y mí s t i c a , s o n ac t o s de o r de n c o gno s c i t i vo ; pe r o mi e nt r a s
y l o l i be r a de l a pr i s i ó n hi s t o r i c i s t a. Co mo e l e s pe c i al i s t a
e l mí s t i c o ac c e de a l a f ue nt e i nt e mpo r al de l Se r , y pe r m a-
del éxtasis,
e l po e t a a l i e nt a una no s t a l g i a de a bs o l ut o y
ne c e e n e l l a r e al i z ando una s upr e m a uni ó n e xi s t e nc i al , e l
ac c e d e a s u mo do e n una i nde c i b l e di me ns i ó n i nt e mpo r a l .
po e t a , po r l as i má g ene s y e l s ue ño , o bt i e ne u n c o nt a c t o
At ravésdet odasl asépocas, l ospoetasambi ci onan
f ug az c o n e s e ni v el i nc o ndi c i o nado de l a ps i que y c o ns t r u -
v i v e nc i a r l a Uni dad, e va di r s e de l mundo s e ns o r i a l y l o s
yec on pal abras yr i t mos un t est i moni o oscuro para ese
l í mi t esdel yo. Tam bi énel l osanhel andescenderal os
desb orde numi noso del al ma.
abi smos i nt eri ores para esbozar unar espuest aa l aan-
El po e t a s e i mpo ne , e nt o n c e s , una r i e s go s a av ent u r a.
gus t i a e xi s t e nc i al de l a c r e at u r a pr i s i o ne r a e n e l t i e m po .
Debe i nt ernarse en l o más prof undo de su ser, pero sus
“ La po es í a e s e l ar t e de c o ns t r u i r l a s al ud t r a s c e nde nt a l .
métodos de acceso –a dif erenci adel asví asc ont empla-
El po e t a , po r c o ns i g ui e nt e , e s e l mé di c o t r a s c e nde nt a l ” ,
t i vasdedespoj ogradual –sonensayosanár qui cosc on
e sc r i bi ó No val i s . Es é l qui e n s e a nt i c i pa al conoci mi ent o
“temporadas de inerno”. Su testimonio escrito responde
y e nf r e nt a l a mul t i pl i c i dad. Su f unc i ó n i ns t a ur a do r a r e s -
a l a v i da pr o f unda , s e n ut r e e n l o s s u eño s y e n l o s a u-
c a t a , de l a c o r r i e nt e i mpe r m anent e de l asc osas, vi ven-
t omati smosi nconsci ent esy, al t ender l ospuent esmás
ci asesenci al es, moment osc ósmi cosyexpresi onesaní -
maravi l l ososent rel osobj etos del cosmos, of receuna
mi cas que adqui er en di men s i ó n o nt o l ó gi c a. Fr e nt e a l as
i magen f ragment adade esa real i dad esenci al que esca-
apari enci as, s eparadodel aNatural eza, el poetal ucha
paal apercepci ónordi nari a. Comodi ceShel l ey, “ cr ea
po r s upe r a r e s a “ r e al i da d” q ue l e o f r e c e n l a s c a t e g o r í a s
de nue vo e l uni v er s o , a ni qui l a do e n nue s t r o e s pí r i t u po r
l ó gi c o c o g no s c i t i v as . Su a pe t e nc i a o nt o l ó gi c a l o i mpul s a
l a r e p et i c i ó n de i mpr e s i o ne s , y a r r a nc a d e nue s t r a v i d a
ha c i a l a r e al i z a c i ó n de l a Uni da d, s upr e ma v i v enc i a po é -
i nt e r i o r l a pe l í c ul a de l hábi t o que no s o c ul t a l a mar avi l l a
t i c a que l e p er mi t i r á i nt e g r a r s e y r e c o br a r s u s i t u ac i ó n
de nue s t r o s e r ” .
pa r adi s í ac a . Pa r a e l l o , e l po e t a t r a z a s u pr o pi o c a mi no . Es un s e nde r o e n c i e r t o s a s pe c t o s pa r al e l o a l de l mí s t i co. Si n embar g o, l a e s enc i a i nv i s i bl e y o mni pr e s e nt e de l To do , v i v i d aenel ámbi t odel vers o, noposeeni puede po s e e r l a p l e ni t u d c o nt e mpl a t i v a q ue a dv i e ne e n l o s ni vel es ment al es dondese ani qui l at ot al ment e el mundo sen s i bl e . EI po e t a p r og r e s a h ac i a l o s n i v e l e s p r o f undo s de l a ps i que y a l c a nz a s u úl t i mo g r ado e n l a d e po s i c i ó n mo me nt á ne a de l “ y o ” . Es , c o mo di c e Ba ude l ai r e , “ u na e s 48
49
CAPÍTULO I I
Ocul t i smo y poesí a
Más al l á de l a c o nc i e nc i a hab i t u al . La t r a di c i ó n e s a l g o v i v o . El mund o d e l a t o t a l i d ad . La me nt a l i d ad d e l ho mb r e a r c a i c o . Ani mi s mo y pr e l ó g i c a . Lo s “ p o de r e s ma r av i l l o s o s ” . Ene r g í a ps í q ui c a y “ mana” . Rhi ne y e l f a c t o r “ e xt r a f í s i c o ” . Lo s mae st r o s de l o c ul t i s -
mo. “Coincidencias signicativas”. Los poetas tradicionales. La
a na l o g í a p o é t i c a y l a a na l o g í a mí s t i c a . La i ma ge n i nd es c r i pt i b l e
Todo s e e nt r e t e j e par a f or mar un t odo, unas c os as ac t úan y vi ve n e n l as ot r as , s ube n y baj an c omo f ue r z as c e l e s t e s y s e e nt r e c r uz an c on s us c ubos de or o, os c i l an
de un lado a otro, con benéco impulso, baj an de l c i e l o y at r avi e s an l a t i e r r a y r e s ue nan ar móni c ament e e n t odo e l uni - ve r s o. ¡ Gr andi os o e s pe c t ác ul o! Goet he, Faus t o Es ve r dad s i n ment i r a, c i e r t o y muy ve r dade r o. Lo que e s t á abaj o e s c omo l o que e s t á ar r i ba; y l o que e s t á ar r i ba e s c omo l o que e s t á abaj o par a r e al i z ar l os
mi l agr os de una c os a úni c a. Her mes Tri smegi st o, Tabul a Smar agdi na 1 “ El mundo mat e r i al ” , e s cr i bi ó Po e, “ e s t á l l e no de anal o g í a s r i g ur o s a s c o n e l mundo i nma t e r i a l ” . “ La na t ur a l e z a
es un verbo”, armó Baudelaire, “una alegoría, un molde, 51
un v ac i ado , s i que r é i s . No s ot r o s s abe mo s t o do e s t o y no l o sabemos por Fouri er, l o sabemos por nosot ros mi smos” .
Estos conceptos revelan la liación tradicional de ambos
El ho mb r e que l o gr e “ p e r me ab i l i z ar ” s u ps i q ue t o r n án-
dola receptiva a la vivencia de lo innito, despertará de
l o s f a nt a s mas i l us o r i o s de l a p l ur a l i da d y ac c e d er á a un
po e t a s y e n c i e r t a me di da c o ns t i t u ye n l úc i da s a pr o x i ma -
e s t a do s i n t i e mpo , e n q ue e l s e r , t r a s m ut a do , o bt i e ne l a
c i o ne s a l a v i s i ó n de l mundo po s t u l a da p o r e l o c ul t i s mo .
suma de sus posi bi l i dades en una verdadera experi enci a
Tant oBaudel ai re como Poepart i ci pan de unavi venci a
de i nmort al i dad. M edi ant e esapresenci aenvol vent e, se
s i mi l ar , de una We l t ans c hauung c a r ac t e r i z ada po r un o r -
ha c e p ar t e d e l o r e al , y d ej a d e s e nt i r e l uni v e r s o c o mo
den cosmológico distinto, es decir el de la preguración,
separado. Como pensaba Bergson, se produce un contac-
l a c o r r e s p onde nc i a y l a ar mo ní a pr e e s t a bl e c i da . Pe r o e s a
t o uni t i v o c o n e l i mpul s o c e nt r a l de l a ac t i v i d ad uni v er -
vi venci a que l es es común s e o r i g i na e n l a s i mpl e a dno
s a l . De s de e s e i nde s c r i pt i bl e punt o de mi r a , e l mundo s e
he s i ó n r a c i o na l a una do c t r i na e xpue s t a y c r i s t a l i z ada,
o f r e c e baj o o t r a f az que l a c r e ada po r l a e xpe r i e nc i a s e n-
s i no q ue p r o v i e ne d e u na a c t i v i da d e xi s t e nc i al q ue p e r -
s o mo t r i z , pue s e n úl t i ma i ns t a nc i a l a s di v er s a s i má ge ne s
mi t e a l a me nt e i nt u i r l a p r e s e nc i a d e l c o s mo s e nl az ado
del mundo se articulan de acuerdo con las recticaciones
po r l as anal o gí as .
s uc e s i v as o pe r adas e n l a c o nc i e nc i a.
M ásal l ádel aconci enci ahabi t ual , al aqueMaeter-
La experi enci a t ransf ormadora es f undament al ment e
l i nckdenomi naconci enci apasi onal o conci enci adel as
l ami smaent odas partes . Como di ce Rodol f o Ot t o e s l a
rel aci ones de pri mer grado, el hombre –m edi ant e psi co-
“ real i daddel aprof undauni daddel es p í ri t uhumano” ,
t é c n i c a s di v er s a s – pue de a c c e de r a un r e i no de s a bi dur í a
pe r o l a c a pa c i da d de pr o g r e s i ó n de l s u j e t o al av anz ar e n
e s pi r i t u al . Su ps i q ue , a ut o l i mi t a da e n t é r mi no s de dua -
l o s di s t i nt o s ni v el e s de l a ps i que de t e r mi na mat i c e s bi e n
l i dad, po s ee l a f ac ul t a d de l i be r ar s e d e l a t e ns i ó n de l o s
di f e r e nc i ado s .
opuest osy gravi t arent ornodeunej edepolari zaci ón
La v i da me nt a l po r de ba j o de l a c o nc i e nc i a e s un v as -
t r a s c e nde nt e , pa r a l ue go r e mo nt a r s e e n un i t i ne r ar i o a s -
t oorgani smocompuest odevari oses t rat os. “Nuest r a
c e ns i o nal hac i a c i e r t o punt o de l e s pí r i t u ( e l punt o s upr e -
conci enci a–escri bi óMaeterl i nck– const ademásdeun
mo de Br e t o n, e l punt o f o s f o r o s o de Ar t a ud) do nde l a l uz
g r ado y s i l o s v er d ade r o s s a bi o s s ó l o s e pr e o c upa n de l a
y l as t i ni e bl as nac e n una de o t r a y l a dual i dad s e r e s o r be
c o nc i e nc i a más o me no s i nc o ns c i e nt e , e s po r que e l l a e s t á
e n l a e xpe r i e nc i a Una de l o i nt e mpo r a l .
apunt odet ornarsedi vi na. El deseosupremoy desco-
Es e s i ng ul a r e s t a do d e c o nc i e nc i a, e s a i nt ui c i ón pr i - mor di al de l mundo que permi t e el acceso a l a compren-
noci dodel os hombres parec es i emprehaber t endi doa 1 aument ar esa conci enci a t rascenden t al ” .
t i nt a, s si ónef ect i vadeunareal i dadcompl et am ent edi
Ant etododebel ogrars eunest adorec epti vocarac-
es unes t adodespoj adodeat os, pero si nembargo r i b ut
t e r i z ado , po r l a a us e nc i a o di s mi nuc i ó n s e ns i bl e de l a f a-
extr aordi nari am ent econsc i ent e. Noexi st eseparaci ón
c ul t a d c r í t i c a . El “ e s t ado d e e nc a nt o ” c o mo l o l l a m a Li e -
al g una e nt r e e l s uj e t o q ue c o no c e y e l o b j e t o c o no c i do .
beault, o estado psicosiológico de “trance”, puede ser leve
El c o no c i mi e nt o e s t á a l l í e n s u f ue nt e , má s a l l á d e t o da
o a c e nt ua do pe r o s i e mpr e e s c o ndi c i ó n ne c e s a r i a p ar a l a
f o r mul a c i ó n. Es un “ i mpe ns a bl e ” que de be s e r “ v i v enc i a do ” , pue s no s e l o pue de c o nc e bi r ni al c anz ar po r l a l ó gi c a 1 . Ma ur i c i o Ma e te r l i nc k , I nt r oduc c i ón a No val i s , Los Fr agment os
f o r ma l .
s e gui dos de Los di s c í pul os e n Sai s , Bue no s Ai r e s , 1 94 8, p. 1 5. 52
53
i nt e r na l i z a c i ó n d e l a Ps i q ue . Es t o e s i mpo r t a nt e s u br a -
El hechoparanormal , l aexal t aci ónpoéti ca, l aexpe-
yar l o . Es ne c es ar i a una c i e r t a “ a us e nc i a” , un gr ado de c o n-
r i e nc i a mí s t i c a y l a e xpe r i e nc i a l i be r ado r a s e de t e r mi nan
c e nt r a c i ó n, d e d es p e r s o na l i z a c i ó n, a unq ue s e a muy l e v e,
po r e l g r ado de pr o f u ndi dad a que ac c e de l a c o nc i e nc i a e n
pa r a l a i nt e r na l i z a c i ó n má s l i g e r a y f ug az . Si n e mb ar g o ,
s u i nt e r n al i z ac i ó n ha c i a e l punt o de r e f e r e nc i a a xi l . Es
l a pr o f undi da d de l “ t r a nc e ” no g uar da r e l ac i ó n c o n e l s i s -
ne c e s ar i o no c o nf undi r l o s pl ano s , ni me z c l a r l o s ó r de ne s
t e ma de i nduc c i ó n a pl i c a do “ má s b i e n pa r e c e e s t a r c o nd i -
e xpe r i e nc i a l e s . La pe r c e pc i ó n e x t r a s e ns o r i a y l a ps i c o -
c i o nada po r l as c r e enc i as r e l i gi o sas de l s uj e t o y po r l o s há-
qui ne s i a , l o s s uc e s o s “ mág i c o s ” , no t r a s c i e nde n l o s t e r r i -
bi t o s adqui r i do s e n e l e j e r c i c i o i ni c i al de s u f ac ul t a d. Una
t o r i o s de l a ps i que . Co nf o r m an e l g r ado más baj o de l a e s -
v ez o bt e ni do e l e s t a do i ni c i al po r e l pr o c e di mi e nt o q ue e n
c al a y s i bi e n e n e s e ni v el v i s i o nar i o l a c o nc i e nc i a pue de
c a da s uj e t o e s ha bi t u al , a qué l a va nz a g e ne r a l me nt e ha s t a
r e c o r r e r y c o no c e r l as di s t i nt a s di r e c c i o ne s de l v ol ume n
el gradodeprof undi dadquet am bi énencadas uj et oes
t empoes pa c i al , e l c o no c e do r y l o c o no c i do pe r m ane c e n e n
ha bi t ua l , pe r o s i n q ue l a p r o f undi da d de pe nda a pa r e nt e -
e l mundo f e no mé ni c o , e n e l uni v er s o de l o s o pue s t o s y l as
2 ment e del procedi mi ent o empl eado en l ai nduc c i ó n” . Lo
c o nt r adi c c i o ne s . El ni v el par a no r ma l , e l de l o s “ p o de r e s
c i e r t o e s que e l “ e s t a do de e nc a nt o ” , l e ve o p r o f u ndo , e s
mar av i l l o s os ” , l o s s i ddhi s c o mo l o l l a ma n l o s hi ndúe s , e s
s i e mpr e c o ndi c i ó n ne c e s a r i a p ar a o b t e n er l a r u pt u r a d e l
e l de l as pr á c t i c as o c ul t i s t a s , e l ni v el do nde “ f unc i o nan”
ni ve l o r di nar i o de c o nc i e nc i a que l l e va a l a i l umi nac i ó n.
l a s c o r r e s po nde nc i a s y s e e xpr e s a n l o s ma go s y l o s “ d o -
El c a nt o , l a da nz a, l a mo no c o r de r e pe t i c i ó n de f ó r mu-
t a do s par aps í qui c o s ” . El ni v el de l a c o nc i e nc i a e n que s e
l as ( mant r as ) , e l a yuno , l o s pe r f ume s , l a s s ub s t anc i a s
maniesta la experiencia trascendente, ya sea en forma
v e ne no s as , l o s n ar c ó t i c o s , l as p ar t i c ul a r e s po s t u r as d e l
f ug az c o mo e n l a po es í a o i nt e ns a c o mo e n l o s e st a do s mí s -
c ue r po , l a at e nc i ó n e n un punt o br i l l ant e y l a o r ac i ó n f e r -
t i c o s , s o br e pas a l o s do mi ni o s de l a ps i que . La c o nc i e nc i a
v or o s a, s o n al g unas de l as t é c ni c a s de i nduc c i ó n de s t i na-
r e s or b e e n s í mi s ma l as c at e g or í as de c a us al i dad, e s pac i o
das a de s t r ui r l o s c uadr o s “ p r of ano s ” de l a s e ns i bi l i dad e
y tiempo, ubicándose en una posición scalizadora de ab-
i nt e r nal i z ar a l a ps i que hac i a e l f o c o i mpe r s o nal e i nt e m-
s o l ut a i mpe r s o na l i dad. Es l a e x pe r i e nc i a l i b er a do r a q ue
po r al de l a c o nc i e nc i a.
al canzasumáxi maexpresi ón en el “ l i berado vi vi ent e” ,
Es a a mpl i ac i ó n pr o v oc a da d e l a c o nc i e nc i a o r d i nar i a,
el j i vanmukt a hi ndú; peroes t am bi énl avi venci aque
esat ransf ormaci ónment al yorgáni caquepermi t eel
pe r mi t e l a i nt ui c i ó n pr i mo r di al , l a i nt ui c i ó n de l a Uni dad
aoramiento de primordiales estructuras psíquicas capaces de ampliar la comprensión del universo, es la na -
quec onduce al uni versor egi dopor l asanal ogí as, c uyo anál i s i s e s c apa a l as f o r m ul ac i o ne s de l a c i e nc i a.
l i dad de c l ar ada o no , c o ns c i e nt e o i nc o ns c i e nt e , e xpl í c i t a
La hi s t o r i a de e s a i nt u i c i ó n pr i mo r di al e s v as t a y ma-
o c ubi e r t a d e f ar r a go s as c o nc e pc i o ne s , de l mi s t i c i s mo , e l
r a vi l l o s a. Se e xt i e nde e n t o d as l a s é po c a s c o mo u na s a -
o c ul t i s mo y l as r e l i g i o ne s , que s ó l o pue de n e xpr e s ar e s os
bi durí asubyacent e, al margendel osparti culares uni -
ni v e l e s de s c o no c i do s de l a me nt e po r me di o de a na l o g í a s é t i c as y s i mbó l i c as .
versos creados por las religiones ociales, la ciencia y la losofía.
mí s t i c o s , Losocul ti stas, j untoc onl ospoetasyl os herederos de esa pri mi t i va i magen del mundo, denom i 2 . Ri c a rd o Mus s o, Los l í mi t e s de l a ps i c ol ogí a. De s de e l e s pi r i t i s mo has t a l a par aps i c ol ogí a , Bue no s Ai r e s , 19 54 , p. 7 9. 54
nan Tradi ci ón al a vigenci a i ni nterrum pi da de l ami s55
ma. Pe r o a quí , e l v oc abl o Tr adi c i ó n no s e hal l a i de nt i -
cado con el hecho simple de una mera transmisión
En l aépoca “ absol ut am ent e mí t i ca” como l adenomi na r a Sc he l l i ng , e l ho mb r e p ar e c e ha be r v i v i d o e n e s t a do
o r al . El s e nt i do de l a no c i ó n de Tr adi c i ó n e n e l e nt e n-
atemporal, en una especie de innitud en que lo visible
di mi ent ooc ul t i st aes muchomásc ompl ej oy res pon-
pe r c i bi do p or l o s s e nt i do s o r d i nar i o s , c o e xi s t í a c o n u na
deaprof undasmoti vaci onesdel espí ri tu. Si el ocul -
s i ng ul a r p e r s pe c t i v a de l as c o s a s , de r i v ada d e l a e s p on-
t i smo –co mo veremos más adel ant e–e s unadoc t ri na
t á ne a ac t i v i d ad de c i e r t o s di na mi smos psí qui cos que hoy
coherente, una losofía, o mejor aún, un conjunto de
t e o r í as de prácti casf undadas sobre l ai ntuic i ón pri y
permanecen i nacti vos. Es a v i s i ó n uni t a r i a, e s a c a pt a c i ó n i ndi v i s a de l ho m br e
mordial del mundo, la Tradición conere una profunda
mí t i co esl aqueenc i ert omodohac onservadol aTra-
uni dad a esos si stemas coi nci dentes y l es asegura una
di c i ó n. Y e s e uni v er s o di s t i nt o , par t i c ul ar , c ue s t i o nado
ortodoxia y una conti nui dad. Es, si n duda, el el em ento
po r e l r a c i o nal i s mo , e s un e nf o que pe r f e c t a me nt e v ál i do .
i mponderabl equesost i enea todas l as raci onali zaci o-
Aunque no seas uscepti bl e de reducc i ón al mundo de l a
nes el aboradasa part i r de l a i ntui ci ón pri mordi al. De
c i e nc i a, c o e xi s t e c o n é l , pue s ambo s i nt e g r an e l uni v er s o
esa manera l a Tradi ci ón es al go vivo, una perm anenci a
r e al . El mundo e s uno y ambas v i s i o ne s , l a o c ul t i s t a y l a
revit al i zadaat ravésdel ossi glos, “ l asupervivenci a
cientíca, existen sin contradecirse. No es necesario opo-
i nconsci ente en el seno del almaco l e c t i va, de una e s -
nerl as pues se yuxtapo nen normal ment e si n dest ruir se.
tr uct urament al pri mi t i vaqueunavezexteri ori zada
Son dos aspect os di st i nt os de un mundo úni co ymul t i -
en pal abras, engendrarál as expo si ci ones dogm áti cas
forme que “posee un aspecto cientíco y otro ocultista”,
deunHer mes o de un Boehm e, l os manual es de un
pue s d e s de c i e r t o punt o de v i s t a “ t o do s l o s o b j e t o s e s t án
3 El i phas Levi y l os poem as de un Ri mbaud”.
s o me t i do s a l a l e y de l a s c o r r e s po nde nc i a s y a l a s l e ye s
Lo s pe ns a do r e s o c ul t i s t a s , l o s po e t a s y l o s mí s t i c o s pa r t i c i pa n de e s e s a be r t r a di c i o na l no s o l a me nt e po r q ue
cientícas”.
El mundovi si bl e en el que habi t ual ment e nos move-
conceden val i dez adetermi nadasdoct ri nasbasadass o-
mo s , e s s ó l o un a s pe c t o de l a t o t a l i dad, l a p e r s pe c t i v a
bre una part i cular cosmovi si ón, si no y f undament al men-
i nc o r r e c t a , o me j o r di c ho , pa r c i a l de l mundo . “ El mundo
t e po r q ue e l l o s mi s mo s , pa r t i e ndo de e xpe r i e nc i a s a ná l o -
e s pi r i t u al – s e ña l a No va l i s – s e ha l l a ab i e r t o p ar a no s o -
gas , l a c apt a n s i n i nt e r me di ar i o s . El o c ul t i s mo t i e ne as í
t r o s y e s s i e m pr e v i s i bl e . Si a dq ui r i é s e mo s de p r o nt o l a
as e g ur a da s u pr e s e nc i a a t r a vé s de t o da s l a s é po c a s .
e l as t i c i da d ne c e s ar i a, v er í a mo s q ue no s hal l a mo s e n me -
Desdel apérdi dadel a“t otal i dadpsí qui ca” si empre
di o dees e mundo” . “ Est e mundo es el mundo del más
exi st i eron hombres especi al ment e apt os paraact ual i zar
allá –arma Ouspensky–, sólo que extrañamente perci -
l asest ruct urasment al esarc ai casyreencont rar, más
bi do ” . Par a ambo s , l a i mag en r e al de l uni v er s o no e s al g o
al l á de l a p l ur a l i dad a par e nt e de l a s f o r ma s , e l a c c e s o
q ue y ac e e n e l f ut u r o ni g ua r da r e l a c i ó n c o n e l Pr o g r e s o
que conduce al apercepci ón del uni verso má g i c o de l as
t e mpo r a l . Po r e l c o n t r a r i o , l a r e al i dad e s t á s i e m pr e pr e -
anal ogí as o mundo mul t i di mensi onal de l as causas.
s e nt e y s i no po de mo s pe r c i bi r l a s e de be a que t o dav í a no he mo s “ d es pe r t a do ” . El g r an s e c r e t o , e s de c i r l a c aus a de nue s t r a l i mi t a c i ó n, r e s i de e n nue s t r a c a pt a c i ó n pa r c e l a -
3. Robert Amadou , L‘ oc c ul t i s me , Es qui s s e d‘ un monde vi vant , Par í s , 1 95 0, pp . 7 27 3. 56
da . Ve mo s e l uni v er s o a t r a vé s de l a e s t r e c ha r a nur a de 57
l o s s e nt i dos. Como dic e Huxl ey, apoyándose en l a t eorí a
Ouspensky consi dera que t enemos derecho a supo ner
de Be r gs o n, l a f unc i ó n de l c e r e br o , e l s i s t e ma ne r vi o s o y
a c i e r t o ni ve l de l a ps i que d e l ho m br e ( l o u l t r ac o ns c i e n-
l os órganoss ensori al es, es f undam ent al ment e e l i mi na-
t e) , c omol af unci óndeést eenunasecc i óndel mundo
t i va, rqueact úanprotegi endonuest raconci enesdeci
di f e r e nt e de l a t r i di me ns i o nal , e n q ue s e mue ve s u c ue r -
ci a, r educi endonuest ro conoci mi ent oe i mpidi endoque
po, y Maeterlinck arma que allí donde el hombre pa -
l a vi si ón ensanchada de l a real i dadnos abrum e. De esa
rece t ermi nar, es donde probabl ement e comi enza, ys us
maneranuest rai nt el i genci ai ndi vi dual r eci bemateri al
pa r t e s e s e nc i al e s e i na go t a bl e s s ó l o s e e nc ue nt r a n e n l o
ut i l i t a r i o , c ui da do s ame nt e s e l e c c i o nado , y e l a borauna
i nv i s i bl e , e n c uy o r e i no de be ac e c har s e de c o nt i nuo .
r e duc i da i mag en de l o r e al que l e pe r mi t e l i mi t a r s e y s o -
brevivir en un mundo de posibilidades innitas. “Para
que l a s upe r vi ve nc i a bi o l ó gi c a s e a po s i b l e , l a I nt e l i ge nc i a
2
Li b r e ( c a da u no de no s o t r o s s e r í a po t e nc i a l me nt e I n t e l i g enc i a Li b r e ) t i e ne q ue s e r r e g ul a da me di a nt e l a v ál v ul a
He mo s d i c ho q ue l o s a ut o r e s o c ul t i s t a s , l o s p oe t a s y
r e duc i do r a de l c e r e br o y de l s i s t e ma ne r vi o s o. Lo que s al e
l o s mí s t i c o s par t i c i pan de l a Tr adi c i ó n y que l a Tr a di c i ó n
l i l l o de e s a c l as e de c o nc i e nc i a que no s ay udar á a s e gui r
t r uc t ur a pr i mi t i va de pe ns ami e nt o.
por el otro extremo del conducto es un insignicante hi con vida en la supercie de este planeta determinado”. 4
Lo s po e t a s s i e m pr e ha n i nt u i do e s e u ni v er s o t o t a l de c o e xi s t e nc i as y s e han r e be l a do c o nt r a l as c a us as que i m-
piden al hombre su verdadera plenitud. Rimbaud arma que “nuestra pálida razón nos oculta el innito” y Wi l l i am Bl ake e s c r i be :
no e s o t r a c o s a q ue l a s upe r vi ve nc i a c ol e c t i va de una e s - Di l atadosest udi oshanaport adodi st i nt asversi ones de l a me nt a l i da d “ p r i mi t i v a” , de no mi na da as í e n v i r t ud de l p r e c o nc e pt o e vo l uc i o ni s t a d e l as e s c a l as d e pr o g r e s o . La r e c o r dada o po s i c i ó n e nt r e l a e s c ue l a ant r o p ol ó gi c a i ng l e s a y l a f r anc e s a, ha pe r di do a c t ual i dad, y t ant o l as t e o r í as de Ty l o r y Fr a ze r c o mo l as de Lé vy Br uhl , a pe s ar des us notabl es aport es, debenes t i marseparc i al ment e
Si l as puertas de l apercepci ón quedaran depuradas, t o d o s e hab r í a de mo s t r a r a l ho mb r e t a l c ual e s :
innito.
f undada s . Ta m po c o l a hi pó t e s i s b er g s o ni a na q ue c o ns i de r a l a p r o f u nda t r a ns f o r m aci ón mental del hombre co mo resul t adodel aexperi enci aadqui ri dapor generaci ones s uc e s i v as , n i l a “ nar c i s i s t a ” de Fr e ud, n i l a “ v ul g ar ” de
De ahí que l a suprema apetenci a del hombre consi st a e n de s c ub r i r e s e mundo de l a t o t a l i da d, e s a pl e ni t u d de
la existencia desnuda, en que la conciencia modicada
i nt uye osc urament e “ que Todoe st á en Todo y que Todo e s r e a l me nt e c a da c o s a ” .
l o s mo de r no s f o l kl o r ó l o go s , l o gr a n de s e nt r a ña r l o s pe c ul i a r e s me c a ni s mo s de l a ps i q ue de l ho mb r e ar c a i c o . Losant ropól ogosyetnól ogosel aboraronsus t e o r í as bas á ndo s e e n l a s s o c i e da de s “ pr i mi t i v as ” e x i s t e nt e s . Pe r o e s o s pue bl o s , ub i c a do s e n l o s e s t a di o s más a nt i g uo s del acul t ura, t am bi énsei nt egranconhombres“ caí dos” , seres queañoran l a pe r f e c c i ón de l os c omi e nz os y padecen su condi ci ón actual , como conse cuenci a deuna
4 . Al d o us Hux l e y , Las pue r t as de l a pe r c e pc i ón , Bue no s Ai r e s , 1 95 6, pp . 2 82 9. 58
r e mo t a c a t á s t r o f e o c u r r i da i n i l l o t e mpor e . S us antepa59
s a do s , i g ua l q ue l o s a nt e p as a do s b í b l i c o s , v i v i e r o n una
t edel asvecesal margendel acont radi cci ón, l acom-
e xi s t e nc i a par adi s í ac a. Si n e m bar g o, y al l í de be s e ñal ar -
paración, la clasicación y los análisis previos. Se halla
s e u na di f e r e nc i a c a pi t a l c o n l as c i v i l i z ac i o ne s a nt i g uas ,
a pr i s i o na do e n l o q ue Ri bo t de no mi na “ l ó gi c a d e l a v i da
l as s o c i e dade s “ pr i mi t i v as ” s e e s f ue r z an e nno o l v i d ar l o
af e c t i va” o “ l ó gi c a de l o s s e nt i mi e nt o s ” e n c o nt r a po s i c i ó n
o c ur r i do e n l o s c omi e nz os y pa r a e l l o a c t ua l i z an e l n o-
a l a l ó gi c a c l ás i c a o r ac i o nal . De t o do s mo do s , ambas l ó -
t i empo, t rascendi endo l a condi ci ón humana medi ant e l os
gi cas coexi st en y conf orman l o que LévyBruhl denomi na
r i t o s y a c c e di e ndo a l a e t e r ni dad que pr e c e di ó a l a e xpe -
“ prel ógi ca” y Van der Leew propone que l l am emos “ hete-
r i e nc i a t e mpo r a l .
r ol ó gi c a” .
Det odosm odos, el hombreconsi derado“ pri mi t i v o ”
Si nembargo, ni el ani mi s mo t y l o r i ano ni l a mí s t i c a
conserva, aunque sensi bl ement e def ormadas, ci ert as ca-
levybruhliana ofrecen respuestas denitivas al origen de
r a c t e r í s t i c a s d el h o mb r e p r i mo r di a l . Po r e l l o e l e s t udi o
l a s c r e e nc i a s . Amb as t e o r í a s a p e s ar de s us as pe c t o s po -
s i n p r ej ui c i o s de s uest ructurapsí qui capuedepermi t i r
s i t i vo s pe c an de c ul t ur oc e nt r i s mo y permanecen de al gún
unaaproxi maci ónal ament al i daddeaquel l os quevi -
mo do a pr i s i o nada s e n l o s pr e j ui c i o s r a c i o na l i s t a s . “ Co mo
vi eron l os mi t ol ogem as en un mundo di st i nt o donde l os
b ue no s po s i t i v i s t a s – es c r i b e Mi r c e a El i a de – Ty l o r y Fr a -
Di o s e s e f e c t u ab an l o s g es t o s e j e m pl ar e s y c o n s us a c t o s
z e r c o ns i de r ab an l a v i da má gi c o r e l i g i o s a de l a h uma ni -
f undaban l a c i v i l i z ac i ó n.
dad ar c a i c a c o mo un c o nj unt o de ‘ s upe r s t i c i o ne s ’ pue r i l e s :
El ani mi smot yl ori ano, basadoenl asespecul aci ones
f r ut o s de mi e do s anc e st r a l e s o de l a e s t upi de z ‘ pr i mi t i va’ .
del hombre sobre l amuert e y l as f ormas humanas que
Pe r o e s t e j ui c i o d e v al o r c o nt r a di c e l o s h ec ho s . El c o m-
pue bl an l as al uc i nac i o ne s y l as r e pr e s ent a c i o ne s o ní r i c a s,
port am i ent omági corel i gi oso del ahumani dadarcai ca
post ul aconf uerzadeaxi omal ai dent i daddel al ógi ca
r e ve l a , e n, e l ho m br e , una t o ma de c o nc i e nc i a e xi s t e nc i al
en t odos l os t i empos yl ugares. LévyBruhl , en cambi o,
c o n r e s pe c t o al c o s mo s y a s í mi s mo . Al l í do nde un Fr az e r
señal a que l as r e pr e s e nt a c i o ne s c o l e c t i v as s e r í an r e pr e -
noveí amásqueuna‘ superst i ci ón’ , habí ai mplí ci t aya
s e nt a c i o ne s c o g no s c i t i v as q ue e l i ndi v i duo a dq ui e r e c o mo
unametaf í si ca, aun cuando se expresara por medi aci ón
r e pr e s e nt a nt e de l g r upo s o c i al , e n c o ndi c i o ne s e s pe c i al e s
de s í mb ol o s má s b i e n q ue po r e l e nt r e l az ami e nt o de c o n-
queac t úan prof undament e sobre susensi bi l i dad. Esas
c e pt o s : una me t a f í s i c a , e s de c i r una c o nc e pc i ó n g l o b al y
“ emoci onessoci al i zadas”, condic i onanypart i cul ari zan
c o he r e nt e de l a r e al i dad, y no una s e r i e de ge s t o s i ns t i n-
s u a c t i v i d ad me nt a l , l a q ue s e e xpr e s a e s t a bl e c i e ndo una
t i vos regi dospor l ami smay f undamen t a l r e a c c i ó n d el
i nt e r r e l a c i ó n c ual i t a t i v a c o n e l c o s mo s , e n v i r t ud d e l a
5 ani mal humano ant e l a natural eza” .
de “ p ot e nc i as o c ul t a s ” , que no s e r í an o t r a c o s a que v i v e n-
dest acarl o, se hal l adetermi nadapor el ement os cognos-
c i a s pr o pi as s i n e l ab or a c i ó n r a c i o nal p r o ye c t a da s a l o s
c i t i v os , má s q ue p o r e l e me nt o s a f e c t i v o s y mo t r i c e s . Su
s e r e s y a l as c o s a s de l me di o a mb i e nt e .
c o nc i e nc i a no de s ar r o l l ada e n l a di r e c c i ó n de l a nue s t r a ,
cual el universo se pue bla de “inuencias”, de “deseos” y
Es t a i nt e r p r e t a c i ó n de s t r uy e l a s e s pe c ul ac i o ne s t y l o ri anasyseñal ael predom i ni odel f actor emoci onal . Es
La a c t i t u d de l ho mb r e “ pr i mi t i v o” , ye s t o e s n ec e s ar i o
l ogradescubri r corr espondenci ascual i t ati vasdeorden vi t a l que al e nl az ar l o s e l e me nt o s de l o s d i s t i nt o s r e i no s ,
deci r queel hombre“ pri mi t i vo”, cargadodeunaf uert e sum ade el ementos emoc i onal es, razo nal amayor par60
5 . Mi r c e a El i a de , I máge ne s y Sí mbol os , Ma dr i d , 1 95 6, p p. 1 89 19 0. 61
po s i b i l i t a n l a uni dad de l c o s mo s e n un t o do v i v i e nt e . Pe r o
El o r i g en de l a s c r e e nc i a s e s t a r í a e nt o n c e s f unda me n-
no s ó l o l as i nt u ye , s i no que t a m bi é n l as ut i l i z a po ni e ndo
t a do po r r e al i da de s o bj e t i v as y l a me nt a l i da d de l ho mb r e
e n j ue go l a i nt e nc i o nal i dad.
a r c ai c o s e r í a , pa r a nue s t r a c o mpr e ns i ó n a c t ual , l ó gi c a e
Tomadaen su ori gen, al margen de raci onal i zaci ones
i l ó gi c a a l a v ez . Lo l ó gi c o , pr o duc t o r ac i o nal de l o a pr e -
po s t e r i o r e s , l a i nt u i c i ó n pr i mi t i v a de l mundo r e v e l a un
he ndi do p or l o s s e nt i do s o r d i n ar i o s , c o e x i s t i r í a j unt o a
uni versovi vi ent etr abadoporl acorrespondenci auni -
una l ó gi c a de t e r mi na da po r un f a c t o r q ue i nt e g r a l a pe r -
versal y actualiza la facultad, hoy paranormal, de inuir
s o nal i dad c o n f unc i o ne s c o gno s c i t i v as y ac t i v as . Es t a do -
i nt enci onal ment es obrec ual qui er el ement odel c osmos,
bl e acti t ud ment al f undidaen unasí nt esi s homogénea,
di ri gi endo medi ant e l avol unt ad –com o i ns t rumento de
mo s t r a r í a c o n r e s pe c t o a nue s t r a l ó gi c a f o r ma l , una di -
pa r t i c i pa c i ó n– l a s r e l a c i o ne s ana l ó g i c a s que di c ho e l e -
f erenci aesenci al demecani smoi nt rí nseco. Nuest rai n-
me nt o po s ee c o n e l r e s t o de l o s e l e me nt o s de l uni v er s o .
t e l i g enc i a h a e v ol uc i o nado e n de t e r mi na do s e nt i do y l o s
Esaact i t udvi t al , quepuedeconsi derarseesenci al -
há bi t o s i nt e l e c t u al e s a dq ui r i do s a t r a vé s d e l t i e mpo s e
me nt e “ mági c a” , s ó l o e s po s i b l e po r l a ac t i vi dad de c i e r t as
han tornado hereditarios, concluyendo por modicar me -
est ructuras ment al es no det ermi nadas por l as est ructu-
di a nt e una l e nt a e vo l uc i ó n, l a na t ur a l e z a de l a c o nc i e n-
r as f í s i c as , e s de c i r , que l as c o r r es po nde nc i as “ f unc i o nan”
c i a o r i g i nal .
no p o r s i mpl e anal o gí a de s í mbo l o s , s i no p o r l a v i r t ual i -
La me nt a l i da d a r c ai c a hab r í a s i do e nt o nc e s c ual i t a t i -
da d de l a me nt a l i da d “ p r i mi t i v a” a bi e r t a a l a pe r c e pc i ó n
vam ente di st i nt a, dueña de“ unadi mensi óns upl emen-
e xt r a s ens o r i a y a l a f a c ul t ad de d i r i g i r al g una c l a s e d e
t ari aquel anuest rai gnora”. Deesamanera, al i nt ui r
e ne r gí a o f ac t o r de s c o no c i do c a pa z de ac t ua r s o br e l a ma -
el senti dodel oreal medi ant eunaexperi enci aglobal ,
t e r i a.
t o t a l i t a r i a, a de t e r mi nado n i v e l de l a i nt e r nal i z ac i ó n de
Es t o s c o nc e pt o s no s ac e r c an a l o ac t u al me nt e c o n s i de r ado
l a conci enci a, habrí a desembocado necesari am ent e en l a
paranormal y nadai mpi desuponer queenl aconci enci a
po s es i ó n de “ p ode r e s mar a vi l l o s os ” : l o s s i ddhi s de l a t r a-
mí t i c a , l a s ube s t r uc t u r a no f í s i c a d e nue s t r a p er s o n al i d ad
di c i ó n pa ni ndi a t a n c o no c i do s po r Pa t anj al i y p o r Buda ,
que hoy permanece normal ment e i nact i va, haya desempe-
que l o s c o ns i de r aba v ano s y pe l i g r os o s . De ahí l a i de a g e-
ñado un papel preponderante. A esto se reere De Vesme
ne r a l i z ada de un mi s t e r i o s o y mi l a gr o s o po de r di s e mi na -
( L’ Uo mo Pr i mi t i vo) , c ua ndo a s i g na a l s ue ño de l ho mb r e a r -
do e n l a nat u r al e z a, una f ue r z a úni c a de l a que par t i c i pa
c ai c o , no e l c a r ác t e r de l s ue ño c o mún, s i no l o s at r i but o s de
t o d o l o q ue e xi s t e . Lo s hi ndúe s l a l l a ma r on “ aka s a” ; l o s
ese sueño crepuscular que se identica con el éxtasis. Un considerable número de documentos etnográcos –arma
s i o ux , “ wa kanda ” ; l o s i r o q ue s e s , “ o r e n da ” ; l o s a l g onq ui no s , “ mani t u” ; l o s i ndi vi duo s de l a t r i bu kabi , e n Que ens -
han pue s t o y a f ue r a de duda l a aut e nt i c i dad de l o s El i ade–6
l and, “ manngur” yl os mal ayos, “ pant ang”. El obi s po R.
po d er e s p ar a no r ma l e s y l a s c a pa c i d ad es d e p e r c e p c i ó n e x -
H. Co dr i ng t o n di v ul g ó e s a c r e e nc i a a pr o pó s i t o de l o s me -
t r a s ens o r i a e nt r e l o s pue bl o s “ pr i mi t i v os ” q ue po r muc ho s
l anesi os, qui enes denomi naron “ mana” aes ami st eri osa
c o nc e p t o s s e a s e me j a n a nue s t r o s a nt e p as a do s mí t i c o s .
f ue r za s ut i l . Creen en l aexi st enci adeunaf uerzaabsol uta-
6."#$%&
'()*&$ +,($-&. !"#$%& ()*+$% , !"%#*-"$%. /0&12% 3()&%. 4564. 78
495 : %%8 62
me nt e di s t i nt a a t o d a f ue r z a mat e r i a l – es c r i bi ó Co -
63
dri ngton–, que obra toda especi e de maneras para
c e pc i ó n g ene r al de l a e ne r g í a p s í q ui c a ; e s t a e ne r -
e l bi e n y p ar a e l ma l y q ue e s de l a ma yo r v ent a j a
gía, en el estadio de la personicación, es conside -
col ocar baj o su mando o domi nar. Es el “mana”. Yo
radadeunamaneraani mi st a, y resul t aasí una
creo que esta palabra pertenece a todo el Pacíco, y se han hecho muchos esfuerzos por dar denicio -
ne s de l o que e s e n l o s di v er s o s pa í s e s e n que aparec e. Creo comprend erel senti doquet i enepara mi si ndígenas, s enti doqueabraza, ami parecer, t o d os l o s q ue l e h an s i do a t r i b ui do s e n o t r a s p ar -
tes. Es una inuencia o un poder no físico, pero se maniesta como fuerza física o como cualquier tipo
depoder o superi ori dadque posea un hombre. El
“mana” no está jado a cosa alguna y puede ser
po r t a do c a s i po r c ua l q ui e r c o s a; pe r o e s e nc i al me n7
t e , c o r r es po nde a l o s s e r e s pe r s onal e s o r i g i nar l o . 8
Gusdo r f ve e n e l “ mana” e l pr o babl e o r i g en de l a apr e hensi ón rel i gi osa del mundo. El “ mana” –di ce– es f orma y e s t r uc t ur a d e c o no c i mi e nt o y c o r r e s po nde a c i e r t o e nf rentami ent o del hombre conl ar eal i dadam bi ent e que s e ñal a una po l a r i z ac i ó n de l a e xi s t e nc i a e n s u c o nj unt o . Jung , po r s u par t e , c o ns i de r a que é l c o nc e pt o de “ mana” como poder, no era pensado en t érmi nos de al mas o espí r i t us , s i no c o mo al g o e f e c t i v o, po de r o so y c r e ado r . Par a é l , l a i de a de e ne r gí a e s una “ i mag en pr i mo r di al ” s ur g i d a de l i nc o ns c i e nt e c o l e c t i v o. En t o das part es del mundo– s o s t i e ne – ha y una s ue r t e de “ e n er g é t i c a pr i mi t i v a” , s ub y ac e nt e a l a r e l i g i ó n , q ue Ty l o r y Fr a z er i nt e r p r e t a r o n er r óneament e co mo ani mi smo. Laconcepci ónde mana” –di ce Jung–parec e “ s e r , po r l o t a nt o un e s t adi o i ni c i a1 de nue s t r a c o n-
i mport ante condic i ónprevi aal ai deadeDi os, y 9 q ui z á e l más pr i mi t i v o de t o d os e s t o s c o nc e pt o s .
Deesamanera, l aconcepci óndeunpoderi nt eri or surgeenel hombredesuf recuent aci ón con l os ni vel es pr o f undo s d e l a p s i q ue d o nde s e l i b er a n l o s s i ddhi s . La
magi a aparece ent onces como 1a f orma más t emprana de c r e e nc i a e n e ne r g í as e s pi r i t u al e s y p r e c e de a l a ni mi s mo e n e l de s ar r o l l o de l a r e l i g i ó n. Es r a zo nabl e s upo ne r que el hombre“pri mi t i vo”, i gnorant edel aestruct urapsi c o l ó gi c a d e s u p r o pi a nat u r al e z a, l l e gó a l a c r e e nc i a e n l a e xi s t e nc i a de l al ma o p s i q ue , a par t i r de s u a c t i v i d ad paranormal . El or dendedesarr ol l oparecer í aent onces s er e l s i gui e nt e : pr i me r o, l a pr ác t i c a de l a magi a, e l s e nt i do de l onumi noso, ysi mul t áneam ent e el concepto de “ ma na ” y e l de a l ma . Lue go , c o mo e xt e ns i ó n y pr o y ec c i ó n de e s o s pr i nc i pi o s , l a c r e e nc i a de q ue c a da o bj e t o e s t á a ni ma do de una v i d a s i mi l a r a l a nue s t r a ( ani mat i s mo ) y
nalmente el animismo .
Laconcepci ón de “ mana” no deri varí adel acr eenci a 10 en l a magi a, como post ul aron Hubert y M auss, s i no que
pr o ve ndr í a de un pr o c e s o i nv er s o ; e s de c i r , que l a pr á c t i c a mág i c a f ue l a q ue pr o pus o a l e nt e n di mi e nt o a r c ai c o l a no c i ó n de “ ma na ” , pue s e nt r e l a s a c t i v i d ade s pr o pi as de s u me nt e e xi s t í a l a f ac ul t a d de i nt u i r y di r i g i r , me di ant e e l de s eo pr o ye c t a do po r l a v ol unt a d, e s e l az o i nv i s i bl e de natural ezai nmater i al que, c argadodehumani dad, es t a bl e c í a má s a l l á de l t i e m po y de l e s pa c i o , par t i c ul a r e s
R. H. , 7. Co d ri ng t on , c i t a do p o r Ma x M ül l e r , La c i e nc i a de l a r e l i gi ón
9 . C. G. J ung , c i t a do p or G. St e p he ns Spi nks , I nt r oduc c i ón a l a ps i -
y Or i ge n y de s ar r ol l o de l a r e l i gi ón , Bue no s Ai r e s , 1 95 4, p . 1 28 .
c ol ogí a de l a r e l i gi ón , Bue no s Ai r e s , 1 96 5, p . 6 3 .
8 . Vé a se Ge o rg e s Gus d or f , Mi t o y met af í s i c a , Bue no s Ai r e s , 1 96 0, p.
Magia 1 0. Cf . Hub e rt y Ma us s ,
40 y s s .
gi one s , Bue no s Ai r e s, 1 94 6. 64
y sacricio en la historia de las reli - 65
r e l ac i o ne s e nt r e l o s e l e me nt o s de l uni v er s o , r e al i z ando e l mi l a gr o de una uni da d v i v i e nt e .
El do c t o r Ho r ne l l Ha r t – t ambi é n pr o f e s o r de l a Uni v er s i da d de Duke – abr e aun má s l as pue r t a s a l a i r r upc i ó n de
Esas ubest ruct uranof í si cadel ament equecumpl e
l as t e o r í as t r adi c i o nal e s , y s us t r a baj o s s o b r e pr o y ec c i ó n
f unc i o ne s r e g ul a do r a s i nt e nc i o na l e s , ha c o me nz a do a s e r
de e s e al go e xt r a f í s i c o ( e ne r gí a o c ampo ps i ) q ue a c t ú a a l
r e c o no c i da p o r l a c i e nc i a . El do c t o r Jo s e ph B. Rhi ne de l a
ni vel de l o i nc o ns c i e nt e , c o nt r i buy en al e s t udi o de l as apa-
Universidad de Duke, arma que ha llegado el momento pe r t e ne c e a un ni v el no de admitir cientícamente que psi
r i c i o ne s y a c t u al i z an l as i de as de My er s y d e Ge l e y s o br e “ p r o ye c c i o ne s a s t r a l e s ” , t an c e r c a nas a l o s “ v i a j e s d e a l -
f í s i c o de l a r e al i dad y e s t i ma que s e t r at a de un f ac t o r i n-
mas ” y a l o s “ d o bl e s ” de l a ps i c o l o gí a pr i mi t i va.
de e f e c t o s o bs e r vabl e s . En l a t e l e pat í a y l a c l ar i vi de nc i a, l a
proyect ado su e ne r gí a ps i ;
ment e apa r e c e e j e r c i e ndo una ac c i ó n de c ar ác t e r r e c í p r o c o
l a s c o s a s de s u me di o ambi e nt e , ha v i s t o f an t as mas y s e
s o br e e l o b j e t o . Es t a i nt e r a c c i ó n, d e e vi de nt e nat u r al e z a
ha c o nc e bi do i nt e g r ando e l uni v er s o y par t i c i pando e n é l .
e xt r af í s i c a , s e c o nvi e r t e e n ac c i ó n f í s i c a e n l a ps i c oqui ne -
Un uni verso mági co cuyos el ement os se rel aci onan unos
s i a. De esa manera, l aenergí ament al se t orna capaz de
c o n o t r o s po r “ c o r r e s po nde nc i as ” de t i po c ual i t a t i v o.
observable cuya existencia sólo puede vericarse a través
al t e r a r un s i s t e ma f í s i c o , e j e r c i e ndo s o b r e é s t e una de t e r -
minada inuencia, hoy estadísticamente mensurable.
De s us múl t i pl e s y v ar i adas e xpe r i e nc i as s o br e l a c aí -
El hombrearcai co haf recuent adol oparanormal , ha
ha inuido sobre los seres y
Es t e uni ve r s o , que n o e s o t r o que e l que r e i v i ndi c a l a
losofía ocultista, es el universo invisible que se yuxtapo ne al cosmos sensible, objeto del método cientíco. En el
da l o s d ado s , e l d o c t o r Rhi ne c o nc l uy e q ue l a ps i c o- de
hombre arcai co am bos coexi st en en l a ment e y am bos i n-
qui ne s i a esevi dent ement eunaacci ónor i ent adahaci a
t e g r a n l a t o t a l i da d. El ho mb r e a c t ual , s ó l o po r e xc e pc i ó n
un propósi t odeter mi nado, ynopodrí aporendes er de
puede penetr ar de manera espont ánea o i nduci da en ese
nat ur al e z a f í s i c a .
mundo mági co común al hombre arcai co. El component e “ p r i mi t i v o” ha s i do c o nt e n i d o y do me ña do po r c o nv enc i o -
To do f í s i c o –e s c r i be – r e c ha zar í a de i nme di a t o l a i deadequeunaenergí apurament ef í si capueda
operar de modo tal que manieste por sí misma un
propósi t o i nt el i gent e… Aunq ue débil o i nconst ant e, l a r e ac c i o na c o n e l o bj e t o f í s i c o d e psi coqui nesi a ac ue r do c o n una di r e c c i ó n o i nt e nc i ó n i nt e l i ge nt e . . . .
ne s de r e l a t i va s ol i de z, de f o r m a t a l que l a pe r c epc i ó n o r di nari a nos muest ra sol am ent e un mundoparci al i zado, un mundo d e e f e c t o s , c uy as c a us a s i nv i s i b l e s s e hal l a n, c o mo i nt u í a n l o s p ue bl o s ar c a i c o s , e n o t r o “ p l a no ” de l a r e al i dad.
En l a medida en que al canz amos, en est e momento, ac omprender ese proceso, debemos i nf eri r que hayunaconvert i bi l i dadi nmedi atadeesasenergí as, ter mi nando l a energí a psíqui ca como energí a 11 qui nési ca.
3 So br e e s a i nt u i c i ó n pr i mo r di al de l mundo y s o br e l o s
“poderes” de la psique, se ha edicado el alucinante impe r i o de l o e s ot é r i c o , de l as c i e nc i as mal di t as , l as t r adi -
c i o ne s s e c r e t a s . A p ar t i r d e e s a p ar t i c ul ar c o s mo vi s i ó n J 1 1. . B. Rhi ne , El al c anc e de l a ment e ( The Re ac h of t he Mi nd) , Bue -
no s Ai r e s , 1 95 6, p. 13 2. 66
se han el aborado l os si st emas más divers os. Al gunos de 67
s i ng ul a r ar mo ní a , o t r o s c o nf us o s y do g má t i c o s . El g r ado
de racionalización se modicó de acuerdo con las épocas
y e l g eni o de l o s pe ns a do r e s que af r o nt a r o n l a e mpr e s a .
de l a e s co l á s t i c a y de l a mí s t i c a c o n l o s c o mi e nz os de l c o -
nocimiento cientíco-natural.
En e l s i g l o se destacanJeróni moCarda; el s orXVI
Se gui r l a hue l l a d e l as s o c i e dade s i ni c i át i c a s12 y de l o s
prendent eer udi t oAgri padeNet t eshei m, aut or de De
hombres que parti ci paron de al guna manera en l a Tradi -
oc ul t aphi l os ophi a; Gui l l ermoPost el , JuanBaust i st a
ción, excede la nalidad de este trabajo.
Di gamos sol am ent eque l os l i bross agrados de l aI ndi a, Egi pt o , Cal de a, Pe r s i a , I s r ae l y aun e l Po po l Vuh so n
anes a esa corriente de pensamiento esotérico. De LaoTsé y Confucio a Plotino y Porrio; de Orfeo y Pitágoras
Por t a; Nos t radamus; Khunrat h; Teof r ast oBombast o Paracel so, que ref orma l a medi ci na por medi o de l a magi ay compendia el esot eri smo yl amí st i ca medi e val en
una metafísica fantástica, y nalmente el joven dominico
Gi ordano Bruno, que busca conocer l a natural eza y com-
aDi oni si oel Areopagi t aySi nesi o, el uni versomági co
prender l auni daddel avi da uni versal nt uyeaDi os ei
ac t ua l i z ó l a s a nt i g ua s t r a di c i o ne s y e n muc ho s s e nt i do s
el al qui mi st ai ngl ésRobert oFl uddyes peci al ment een
c o r r o m pi ó y l l e vó a e xt r e mo s i r r e c o no c i bl e s a l as do c t r i -
Jacobo Boehme, al os represe nt ant es másnota bl e s de l
asoma en distintas doctrinas ya sean religiosas, losó cas o místicas. Partiendo de la Cábala, la Edad Media nas edicadas sobre la intuición primordial. La antología
dentro del mundo y de la serie innita de las cosas.
El s i g l o XVI I t i e ne e n Jua n Baut i s t a Va n He l mo nt , e n
ocul t i smomí st i co; mi ent ras queSwedenborg, Mesmer,
de Gr i l l o t de Gi v r y13 recuerda a numerosos al qui mi st as,
M art í nez dePasqual l yyCl audi odeSai nt M art i n, c a-
g nó s t i c o s y h er me t i s t a s q ue pa r t i c i par o n de e s a mí s t i c a
r ac t e r i z an al s i g l o XVI I I . En e s a é po c a c o mi enzan a bos-
“ anal ógi ca” o“ si mbol i st a”queconduceal apercepci ón
que j ar s e l as r a c i o nal i z ac i o ne s mo de r nas y e l s i g l o XI X v e
gl o bal de l a t o t a l i dad. En l o s s i gl o s XI I y XI I I , s e pue de s e ñal ar a Ro ge r i o Ba-
aparecer inquietantes guras: Fabre de Olivet, Court de
Ge be l i n, El i pha s Le vi , Es t a ni s l ao de Gua i t a , Ge r ar d En-
c o n, Al b er t o e l Gr a nde , Ar no l do de Vi l ano va , Ra i m undo
causse. Son l os úl t i mos grandes maestros del ocul t i smo
Lul i o y Me i s t e r Ec khar t . En l o s s i g l o s XI V y XV a Ni c o l ás
que en ci ert o modo resum en l as más oscuras t radi ci ones
Fl ame l , Bas i l i o Val e nt i n y l o s di s c í pul os de Eckhart que
y a me nudo t r a ba j a n s o br e t e x t o s a pó c r i f o s . Al g uno s s o n
di f undi e r o n un mi s t i c i s mo po pul a r o r i e nt a do ha c i a a c t i -
g r ande s e r udi t o s y c o no c e n a f o ndo l a l i t e r at ur a c abal í s -
t udes práct i cas: Enri que Suso, Juan Taul er, Juan Ruys-
t i c a y g r e c o e g i p c i a y t o d o e l he r me t i s mo de l a Eda d Me -
Kempi s, el recor dado aut or del l i bro yTomásde broeck
di a . Si n e mb ar g o , a pe s ar de l a s i nt e r p r e t a c i o ne s nue va s
De I mi t at i one Chr i s t i . En I t a l i a, l a r é pl i c a de l mi s t i c i s mo
y at r e v i d as , de l as i nt ui c i o ne s as o m br o s as y de l o s c ur i o -
alemán la constituyó el naturalismo teosóco de Marcilio
Fi c i no y de J ua n Pi c o de l l a Mi r a ndo l a . As i mi s mo s e de be menc i on ar al humani st aJuan Reuchl i n, ya Ni col ásde
que Cus a , o bi s po de Br i x en, s i nt e t i z a e l mundo e s pi r i t ual
sos hal l azgos, ni nguno consi gue of recer unai magen del o c ul t i s mo de s br o z ada de pr e j ui c i o s y c r e e nc i as i r r i t a nt e s . Last radi ci onesarbi t rari ascontri buyenasudescrédi t oyl oi mpul sanal a c l a nde s t i ni da d. El e s pi r i t i s mo , l a t e o s o f í a y e l r o s a c r uc i a ni s mo mo de r no , a l r e i v i ndi c a r al gunosdesuspri nci pi osdemanerauni l ateral ydog-
1 2. Vé a se Se r ge Hut i n, Hi s t or i a mundi al de l as s oc i e dade s s e c r e t as , Ba r c e l o n a, 1 96 3, y La s S o c i e d ad es Se c r e t a s , Bue no s Ai r e s , 1 96 1. 13. Cf . Gr i l l o t de Gi vr y, Ant hol ogi e de l ’ oc c ul t i s me , Pa r í s , 19 39. 68
máti ca, tr abaj ani ndir ect am ent eparasudespresti gi o, e nc e r r a ndo l a v i s i ó n de l c o s mo s v i v i e nt e y e l a c o nt e c e r 69
paranormal, en la red asxiante de neorreligiones y doc-
l ac i ó n c a us al r e c o no c i bl e o s i qui e r a c o nc e bi bl e . Sus e j e m-
t r i nas c r i s t a l i z adas .
pl o s “ mág i c o s ” o s i nc r oní s t i c os , el uden si st emáti cament e
Noobst ant e, el mundomági co del asc orr esponden-
l a n oc i ó n de i nt e nc i o na l i dad que , s i n e mba r go , c o ns t i t u -
c i a s y l a e ne r g í a mi s t e r i o s a s u s c e pt i b l e de s e r di r i g i da
y e e l f a c t o r c u al i t a t i v o q ue c a r ac t e r i z a y c o ndi c i o na l a
me di a nt e l a ac c i ó n de e s t r uc t ur a s me nt a l e s “ p r i mi t i vas”
pr á c t i c a d e l o c ul t i s mo t r a di c i o nal .
quesupervi venenl apsi que, es obj et odeconstant esy
La“ cor res pondenci a”ocul t i st adescansasobreel
seri asi ndagaci ones. Laparapsi col ogí aadmi t i dayasi n
concepto de part i ci paci ón, yesapart i ci paci ón esante
r e s e r v as e n e l c o n t e xt o de l a c i e nc i a, i nv es t i g a e n p r o -
t o do l a de l ho m br e y e l c o s mo s . El uni v er s o o c ul t i s t a e s
f undi dad di v er s o s a s pe c t o s de l a p r ax i s o c ul t i s t a , mi e n-
aque l e n e l c ual e l ho m br e par t i c i pa. El f ac t o r c ual i t a -
tras que calicados estudiosos se acercan sin prejuicios al uni v er s o po s t ul ado po r l as r e l ac i o ne s anal ó gi c a s.
Jung hadado unaversi ón parti cul ar de al gunos pro-
t i vo de e sa r e l a ci ó n e s, s i n duda, l a i nt e nc i o nal i dad, l a vol unt ad. Lasoperaci ones mági cas exi gen l af e. Pa r a ac t u ar s o br e l o s e l e me nt o s de l c o s mo s o c ul t i s t a e s pr e -
c e di mi e nt o s i nt u i t i v os d e t i po “ má gi c o ” , p er t e neci ent es
c i s o e s e f ac t o r i nt e nc i o nal , ya s e a i ndi vi dual o c o l e c t i -
al á mbi t o de l a s pr á c t i c a s o c ul t i s t a s . En s u e s t udi o s o -
nconsci ent e, acumul adoenl osr i t os oi vo, consci ente
14 i nbr e l a i nt e r p r e t a c i ó n de l a na t ur a l e z a y l a ps i q ue ,
o en l as f órmul as. Lamagi a, l amánti ca yl aal qui mi a
vestiga lo que él denomina “coincidencias signicativas”,
sonf undamental menteprác t i cas, peronotendrí an
e s t a bl e c i e ndo l a e xi s t e nc i a de un p r i nc i pi o d e c o ne xi ó n
sentido sin el soporte que les suministra la losofía
acausal eni gual daddederechosconel decausal i dad.
del ocul ti smo.
Jungopi naque ese f ac t or desconoci doquese present a
–tal como lo conrma la experiencia extrasensoria– liberadodel marcot empoespaci al , podrí at ener unf unda-
ment o arque t í pi c o y e l i g e par a no mi nar l o e l t é r mi no s i n-
Con ello quiere signicar concretamente la
c r oni c i dad .
s i mul t a ne i da d de un e s t a do ps í qui c o i ne s pe r a do , c o n uno ovari osacontec i mi ent osext ernosqueaparecencomo
paralelos signicativos con el momentáneo estado sub -
j e t i v o. As i mi s mo r e c o no c e a l o s a ut o r e s o c ul t i s t a s , c o mo pr e c ur s o r e s de e s e f a c t o r s i nc r oní s t i c o , a l q ue c o ns i de r a s us c e pt i bl e de i nt e g r ar s e c o mo c uar t o pr i n c i pi o , a l a t r í ada e s pa c i o t i e mpo c a us a l i da d, q ue c o ns t i t u ye l a c l á s i c a i magen f í si ca del mundo.
De todos modos, Jung ejemplica siempre con “analo-
gí as” o “ corr espondenci as” que no muest ran ni nguna re-
El esfuerzo permanente del cienticismo (ya que no de l a c i e nc i a) par a r e duc i r l a ac c i ó n o c ul t i s t a y e xpl i c ar l a s e gún s us pr i nc i pi o s , ¿ no e s un t e s -
timonio de la persistencia y de la ecacia de la ac-
c i ó n o c ul t i s t a ? Nadi e c r e e ya e n e l di abl o o c ul t o e n
la sombra del brujo, pero nadie se atreve a armar
que e l br uj o e s t a n s ó l o un hábi l pr e s t i di gi t a do r . La r e al i dad de l a a c c i ó n o c ul t i s t a s o br e e l mundo de be 5 ser admi ti da por el observador i mparci al1 .
El o c ul t i s mo e s un v as t o c o nj unt o de t e o r í as y de pr ác -
ticas; una cosmovisión y una regla de vida; en n, una doctrina losóca que acentúa especialmente la diversi dad innita y la unidad esencial del universo.
1 4. Cf . C. G. J ung , La i nt e r pr e t ac i ón de l a nat ur al e z a y l a ps i que , Bue no s Ai r e s, 1 96 4.
15 . Ro be r t Amado u, o b. c i t . , p. 60. 70
71
El ocul ti smo –escri be Amadou en su notable en-
Seori gi nanenzonasveci nasal cent rodel
s ay o s o br e e l t e ma – e s e l c o nj unt o de l as do c t r i na s
alma; enl asf uentes vi vasdel avit ali dadpre-
ydel asacci onesf undadasenl ateorí asegúnl a
conceptual o supraconceptual del espí ri tu. No es
cual, t odoobj eto pert enecea unc onj unto úni co y
pues de ext rañar que am bas expe r i enci as se en-
po s e e c o n t o d os y c ada uno de l o s e l e me nt o s de di -
t recr uceny comuni quen recí proca me nt e en una
choc onj unto rel a c i o ne s n ec e s ar i as , i nt e nc i o nal e s ,
variedad innita de modos; que la experiencia
16 no temporal es y no espaci ales.
poéti ca predi sponga natural m ent e al poeta t anto a l ac ontempl ación com o a conf undi r todos l os
Tal com o l o hem os entr evi sto, l os exposi tores consci entes o i nconsci entes de esta teorí aconst i tuyen una f am i l i a numerosa y heter ogénea. Al gunos han i nt ent adoel aborarc onst rucci ones raci onal es ysi st em asque expl i quen l a i ntuic i ón pri mordi al : son l ospensadores
y lósofos del ocultismo. Otros reencuentran la tradi -
ci ón y l a expres an al margen def órmul as dogmá t i c as
o losócas. Ese es el lugar reservado
a l o s p oe t a s . La
cosm ovi si ón que se i nsi núa en l aobra de Poe, o se enmascaraenl ainsól i tabell ezadel as I l umi nac i o n e s ri mbaudi anas, es, de al gún modo, l aexpresi ón de esa i magen i nt eri or que perdura en l os ni vel es prof undos del apsi que. Su gradoder aci onal i zaci ón es menor y deí ndol emuypart i cular, pero ¿ qui é n ne gar á que l a poe s í a no s e a c on l a mayor f r e c ue nc i a ot r a c os a que un i nt e nt o de r ac i onal i zac i ón de una i nt ui c i ón f undamen- 17 t al de l mundo?
Laexperi enci apoéti caserevi t al i zadecont i nuoen l aszonasmásprof undas del s er yt rasci endel aesf era
modosdel asotrasc osasconel l a; yquel aexperi enci amí s t i capreparenatural ment eal contempl ati voparaqueést ehagadel si l enci o, del am or, a veces, una expresi ón poéti ca abundante, a l a que se deben algunos de l os m ás admi rabl es 18 poe mas .
Para Noval i s el poeta es mago, represent ael suj et oo bj e t o : e l a l ma y e l mundo . El s e nt i do p o ét i c o , c o mo e l mí s t i c o , c o i nc i de c o n e l s e nt i do d e l o de s c o no c i do , d e l o no r e pr e - r e ve l a do r , d e l o f at a l f o r t ui t o . Re pr e s e nt a a l o s e nt abl e , ve l o i nvi s i bl e s i e nt e l o nos e ns i bl e . y
Cada vez que los poetas intentan reexionar sobre
sí mi smos se si enten l i gados con l auni dad secreta de l ascosas. Poresol atradi ci ónocul ti staset ransmi te 19 ent re el l os si n medi aci ón humana. Dant e, Ronsard,
Scève, Rabel ais, Mi l ton, CyranodeBergerac, parti ci panes pont áneament edel a doc t r i nas e c r e t a. El romant i ci smo, deGoet heyHugoaNoval i syNerval ,
de l ar t e . La po es í a e s l i be r ac i ó n y c o no c i mi e nt o . Co no c i mi e nt o de l a i nt e r i o r i dad de l as c o s as , y po r c o ns e c ue nc i a
diferente del conocimiento cientíco o losóco. Aunque distintas por su naturaleza y sus nes, la poesía, la ma gi a y l a mí s t i c a:
1 8. J aq ue s Ma r i t a i n, La Poe s í a y e l Ar t e , Bue no s Ai r e s , 1 95 5, p. 2 81 . 1 9. S ob r e l a s r e l a c i o n es d e l o c ul t i s mo y l a p oe s í a , p ue de c o n s ul t a r s e : Cl a ud e D’ Yc e , Ant hol ogi e de l a Poè s i e he r mé t i que , Pa r í s , 19 48 ; Ro be r t Ama do u e t Ro b e r t Ka nt e r s , Ant h o l o g i e Li t t e r a i r e d e l ’ Oc c u l t i s me , Pa r í s , 1 950; A. Vi at t e , Le s So ur c e s oc c ul t e s du Romant i s me , Par í s , 19 28 ; De ni s Sa ur a t , La Li t t é r at ur e e t l ’ Oc c ul t i s me , Pa r í s , 1 92 9; Ro l l a nd de Ré -
L’Experience ne vi l l e ,
poétique, Par í s , 19 38 , Uni v er s de l a Pa r ol e , Par í s ,
1 9 44 ; Le s Le t t r e s Fr anç ai s e s e t l a Tr adi t i on , e n Le s c a hi e r s d ’ He r me s ,
1 6. I b í d em, p p. 2 02 1.
t . I , Par í s , 1 94 6; Mi c he l Ca r r oug es , Sur r é al i s me e t Oc c ul t i s me , e n Le s
17. I b í d em, p. 9 2.
Cahi e r s d’ He r me s , t . I I , Par í s , 1947. 72
73
muest racl arasaspi raci onesmí st i casyunadeci dida
“ s e c umpl a e l mi l agr o de una s o l a c o s a” . Tal e l po s t ul ado
i n c l i nac i ó n hac i a l o s t e mas e s ot é r i c o s . La o br a de Bau-
f undament al del apoesí ayel oc ul t i smo. Lacadenade
del air e, Poe, Ri mbaud y otros maestros del si mbol i s mo
las analogías aparece como un lazo que recorre lo innito
o f r e c e c l ar as al us i o ne s a l a t e o rí a de l as c or r e s ponde n-
e s t abl e c i e ndo v í nc ul o s y p os i bi l i t a ndo l a i ndi s o l u bl e c o -
c i as y a l o s pr i nc i pi o s de l a g no s i s . Ri l ke , Ni e t z s c he ,
he s i ó n de l s e r . El po e t a l as ut i l i z a par a pe ne t r a r e n e s a
Yeats , Cl audel y Mi l osz i nvocan al di os descono c i do e n
c o s mo v i s i ó n t r a di c i o na l .
ra, de hecho, unamaravi l l osa avent ura mági ca, y sus
l aanal ogí amí st i ca el hecho de que am bas t rans greden
técnic as apuntan a l a recuperaci ón de l os poderes per-
l as l e ye s de l a l ó gi c a y mue s t r a n a l e s pí r i t u l a i nt e r d e-
y di dos de l a s i t uac i ó n pr i mo r di al .
pendenci a de dos obj etos de pensam i ent o si t ua dos sobre
profundos arrebatos místicos. El surrealismo congu -
La ana l o g í a po é t i c a – di c e Br e t o n – t i e ne e n c o mún c o n
pl ano s di f e r e nt e s , e nt r e l o s c ual e s , e l f unc i o nami e nt o l ó Lapercepci ón yl ar epresentaci ón no deben ser consi deradosm ásqueco mol osproduct osdel a di s o c i ac i ó n d e una f a c ul t a d úni c a , o r i g i n al , d e l a c ual da c ue nt a l a i mag en e i d ét i c a y de l a que s e e nc ue nt r a n r as t r o s e n e l pr i mi t i v o y e n e l ni ño . To do s
aquellos que se preocupan por denir la verdadera
condi ci ónhumanaaspi ranmás o menos conf usa20 mente a r e t or nar a e s e e s t a do de g r ac i a.
Par a e l po et a , c o mo p ar a e l o c ul t i s t a , l o e s e nc i al c o ns i s t e e n o bt e ne r un ni v el de c o nc i e nc i a do nde no r i j an l o s opuest os ypuedaexperi ment arse el uni verso enl azado por l asc orrespondenci as. Est aaprehensi ónpermi t es i t u ar s e e n un punt o i nt e r i o r de pe r s pe c t i v a úni c a , de s de do nde l a ge s t i ó n p o ét i c a y l a g e s t i ó n o c ul t i s t a p ar e c e n s i ng ul a r me nt e i dé nt i c a s . El mundo s e ns i b l e , que no s r e ve l a e l e j e r c i c i o no r m al de l o s s e nt i do s y que l a c i e nc i a s e e s f ue r z a po r t o r n ar i nt e l i g i b l e no e s más que un a s pe c t o del mundo. Como querí a Noval i s, t odo l o vi s i bl e adhi e r e a l o i nvi s i bl e , t odo l o que pue de s e r oí do a l o que no pue de s e r l o , t odo l o s e ns i bl e a l o i ns e ns i bl e ; qui z á, t ambi é n , t odo l o que e s pos i bl e pe ns ar a l o que no pue de s e r pe ns ado , a
n de que, como está escrito en la TabulaSmaragdina ,
g i c o de l e s pí r i t u no e s apt o par a e s t a bl e c e r ni ng ún pue nt e y s e o po ne a pr i or i a q ue t o d o p ue nt e s e a e s t a bl e c i do .
Por otra parte, la analogía poética diere de la mística,
enquees t otal ment eempí ri caens ugest i ónl oc ual l e a s eg ur a l a ne c e s ar i a l i b er t a d de mo vi mi e nt o y l e pe r mi t e permanecer en el marco sensi bl e. Si n embargo, consi derandosusef ect os, am basanal ogí asmi l i t anaf avorde
un mundo ramicado yrecorridoensutotalidadporuna mi sma savia. De ahí que am bas vi si ones del mundo presenten marcadas semej anzas. Par a po et a s y o c ul t i s t a s , l a pal abr a s e hal l a s o me t i da a l as l e ye s que r i g en l as c o r r e s po nde nc i as . “ Hay e n e l v er b o al g o s ag r ado que o s v eda hac e r de é l un j uego de azar” , escri be Baudel ai re. “La pal abra es un
ser vivo. Sépase esto”, arma Hugo. De ahí el sentido
mágic odel versoyel val ordel aplegari afervoro s a. Ambos pueden actuar como un conj uro i nt enci onal que di nami za l aproyecci ón del deseo. Baudel ai re sosti ene que l a pl e gar i a e s e l de pó s i t o d e l a f ue r z a. “ En l a pl e gari a –di ce– hay una operaci ón mágic a. La pl egari a es una de l as g r ande s f ue r z as de l a di námi c a i nt e l e c t ual ” . Cuandoes real ment e i nt ensa puedeprovocar una especi e de tr ansf ormaci ón mental y orgáni ca. Parece ser una t e ns i ó n de l e s pí r i t u hac i a e l s ubs t r ac t um i nm at e-
2 0. And r é Br e t o n, Poi nt du j our , p. 250. 74
ri al del mundo ya veces“ se con vi ert e en unaser ena 75
contempl aci ón del pri nci pi o i n m anent e y t rasc endent e
déci mas res t a nt e s s o n un v as t o c ampo s i l e nc i o s o. Si n e m-
21 de t o das l as c o s as ” .
b ar g o , l as f ac ul t a de s i na c t i v as pue de n a c t ua l i z ar s e me -
Po r e s o e l d i s c ur s o p o ét i c o p o s ee e l r i t mo d e l a v i da
di a nt e una “ a l t e r a c i ó n r e no va do r a ” . La c o nc i e nc i a pue de
y n o e l d e l a l ó gi c a . El p o et a s e e s f ue r z a p o r r e c r e ar e l
pas ar de l e s t a do bi nar i o al e s t a do anal ó gi c o y pr o vo c ar l a
l e ng ua j e , po r a bo l i r e l l e ng ua j e c o r r i e nt e e i nv ent a r un
“ puest a en marcha de l as máqui nas ul t rarrápi das cont e-
nuevoi di omapersonal y secr et o. Es unt écnic odel he-
23 ni da s e n l a pa r t e do r mi da de l c e r e b r o ” .
c hi z o que e s t a bl e c e e nt r e l a s i má ge ne s y s u mo del o una
Esat ransf ormaci ónhapermi t i doal hom brei nt ui r,
pa r t i c i pa c i ó n t o t a l . El p o e ma s i nt e t i z a t o do e s e c o s mo s
a t r a vé s de l as é po c as , l a i mag en r e al de l uni v er s o . Lo s
v i v i e nt e de mi t o s , i má ge ne s y s í mb ol o s que ha c í a n po s i -
vesti gi osdeesac osmovis i ónt radi ci onal sehal l anen-
bl e l a v i da a l ho mb r e de l a s s o c i e da de s a r c ai c a s . De a hí
c ubi e r t o s e n mi l e s de t e s t i mo ni o s di s t i nt o s . Co l o r e ado s
que l a c r e ac i ó n po é t i c a i mpl i que l a abo l i c i ó n de l t i e m po ,
po r l as c r e enc i as , as o c i a do s a no c i ó n de Di o s , pe r di dos al
de l a hi s t o r i a c o nc e nt r a da e n e l l e ng uaj e , y t i e nda hac i a
e n e l f ár r ago de mi s t e r i o s os t e xt o s , i nmó vi l e s e n l a pi e -
l a r e c upe r ac i ó n de l a s i t uac i ó n par adi s í ac a .
dra de ci ert os monumentos anti guos o vi vos en l os vers o s de un po e t a, s o n s i g no s que r e ve l an l a pr e s e nc i a de
Desde un ci erto punto de vi st a, se puededeci r quet odogranpoetadesc ubree l mundocomos i asi st i eseal acosmogoní a, porc uanto seesf uerza po r v e r l o c o mo s i e l Ti e m po y l a Hi s t o r i a no e x i s t i e s e n. To do l o c ua l r e c ue r da e xt r a ñame nt e e l c o mpo r t a mi e nt o de l ho mb r e de l a s s o c i e da de s t r a di c i o 22 nal es.
e s a “ a bs o l ut a , pur a y c l ar a uni dad” , que ape na s v i s l umbr amos . Lo s aut o r e s t r a di c i o na l e s ha n t r a z ado c o n a uda c i a s u A i magen presum i bl e. par t i r de l a i nt ui c i ón pr i mor di al –
más allá del criterio cientíco de verdad– la inteligencia
ha p r e t e ndi do r a c i o na l i z ar e s o s e s t a do s e n do c t r i nas c o he r e nt e s . La e xpe r i e nc i a di r e c t a , e n c a mb i o , s upo ne una
De l a “ he t e r ol ó gi c a” de l as s oc i e dade s ar c ai c as , al s hamani s mo y l o s r i t o s de i ni c i ac i ó n; de l as t é c ni c as de l yo ga y l o s mi s t e r i o s e l e us i no s a l as p r ác t i c as o c ul t i s t as y l a apr e he ns i ó n de l po et a , l a l i be r ac i ó n de l pr i nc i pi um i ndi - vi duat i oni s , e s de c i r , l a s ubs t i t uc i ó n de l e s t ado de vi gi l i a normal por un est ado de hi perl uc i de z , e s s i e m pr e e l c a mi no pr o pue s t o par a t r a s c e nde r e l ni v e l o r di na r i o de l a ment ey experi ment arel t orrente del avi dauni versal .
En el estado de vigilia –arman Pauwels y Bergier– sólo
pr o g r e s i ó n i nt r aps í q ui c a –a s c e n s i ó n o s ume r s i ó n ( e n e s t e c a s o l a s i má ge ne s e s pac i al e s s o n pur a me nt e s i mb ól i c a s ) – quepermi t aal aconci enci arepl egarse haci ael c ent ro o nt o l ó gi c o y g oz ar de s u po s i c i ó n i nt e mpo r al . Qui e n l o gr e e s a t r a ns f o r mac i ó n ps i c o l ó gi c a a l c a nz a r á e l ni v el i mpe ns a bl e , e s e “ e s t a do n at u r al ” de s ahaj a s amadhi , como l o l l a ma n l o s hi ndúe s , y t al v ez , má s a l l á de l a p l u r al i da d apar e nt e de l as f o r m as , e l c onoc i mi e nt o del mundo mági c o o uni v er s o mul t i di me ns i o na l de l a s c a us a s .
una dé c i ma par t e de l c e r e br o e s t á e n ac t i v i d ad, l as nue ve
21. Cf . Al e xi s Car r e l l , La or ac i ón, s u pode r y s us e f e c t os , Buenos Ai r e s , 194 8, p. 19 .
2 3. L oui s Pauwe l s y Ja c que s Be r gi e r , El r e t or no de l os br uj os ( Le
22. Mi r c e a El i ade , o b. c i t . , p. 33.
Mat i n de s Magi c i e ns ) , Bar c e l o na, 19 61 , p. 3 90 .
76
77
CAPÍTULO I I I
Rom ant i ci smo y mi st i ci smo
Lanoche, sí mbol odel oabsol uto. Lamuert enoexi st e.
Descubrimiento de lo innito. Los dos misticismos. El
M ys t er i um M agnum . Conoc er es des c ender ensí m i smo. Mi cr oco smosymacr oc osmos. Losexpl orador esdel “ yo” . No v al i s : p r of e t a d e l Ho mb r eDi o s
La s upr e ma t ar e a de l a c ul t ur a c on- s i s t e e n apode r ar s e de l Yo t r as c e nde nt al . No v al i s , Fr agment os Es t e Yo no e s adve r t i bl e por e l e s t udi o ni aun por l a i nt e l i ge nc i a y l a e r udi c i ón. Es t e Yor e ve l as ue s e nc i aúni c ament e a aque l que s e apl i c a al Yo. El que no abandonó l os c ami nos de l vi c i o, que no pue de domi nar s e , que nopos e e l apaz i nt e r i or , c uyament e e s t át ur bada, no pue de nunc a adve r t i r e l Yo, aunque e s t é l l e no de t oda l a c i e nc i a de l mundo. Kat ha Upani s had De s de l a a nt i g ua o po s i c i ó n e nt r e “ l o mág i c o pl at ó ni c o y l o r ac i o nal ar i s t o t é l i c o ” , l a po es í a pade c i ó e l pr e do mi ni o de l e s pí r i t u l ó gi c o s o br e l a i ns pi r ac i ó n y e l e nt u s i a s mo . El o r de n “ apo l í ne o ” s e i mpus o al f ur o r “ d i o ni s í ac o ” , l a r az ón a l a magi a, l a i mi t a c i ó n a l a c r e ac i ó n y al é xt a s i s . Una s uc e s i ó n de pr e c epester i l i zó al componente mi st eri oso que pugnaba t i vas po r l i be r ar s e de l o s c l i s é s l i t e r ar i o s . Al mar ge n de a i s l ado s pr e c ur s o r e s , hubo q ue e s pe r ar al s i g l o XVI I I pa r a as i s t i r a l a r e vo l u c i ó n que l anz ó a l a po es í a e n e l c ami no 79
del conoci mi ent o de sí mi smay de l aaventura metaf í -
sica. Desde entonces, la rebelión se armó y las crisis de puricación se acentuaron. La etapa del servilismo
y l a i nocenci a quedó cerrada para si em pre. La conci en-
cia del gramático, que había pretendido sacricar a la poesía tornándola como un mero articio racional, se transformó al inujo de imperativas exigencias. Los que consideraban a la poesía como un ocio destinado
r o mundo e n p eq ue ño ” , e s e l q ue me j o r c o mp r e nde a l a na t u r a l e z a . No v al i s e nc o nt r ó e n l a p o e s í a e l v al o r má xi mo ,
el uido universal, la única realidad del gran Todo. “La
po es í a e s l o r e al abs o l ut o , e s t o c o ns t i t uye e l núc l e o de mi
losofía; cuanto más poética es una cosa tanto más real
e s ” . Co ns i de r ó a l a p oe s í a c o mo l a c o r r i e nt e e s e nc i al que r e pr e s e nt a a l o no r e p r e s ent a bl e , v e l o i nv i s i b l e y s i e nt e l o n o s e ns i b l e . En s uma, r e s o l v i ó e n po e s í a t o das l a s e x-
adis tr aer oa cant arhazañas, f ueron despl azados por
pe r i e nc i as de l e s pí r i t u . Co mo l a de Ni e t z s che, suc osmo-
hombres que i ncorporaron l a poesí a a l a vi da y descen-
v i s i ó n f ue e mi ne nt e me nt e e s t é t i c a . “ Só l o e l ar t i s t a pue de
dieron a los inernos interiores buscando liberarse de
l aangust i adel t i empo. Los románt i cos al emanes “ en-
i nt ui r e l s ent i do de l a vi da” . El poet ase equi paró al demi urgo, c apazdeampl i ar
t r a r o n e n e l r e i no p r opi o d e l as r e al i dade s p oé t i c a s ” y
avol unt adel mundos ensi bl e, y l apoesí asec onsi deró
Baudel ai re yRi mbaudl asi mpul saronmásal l ádel a
c ami no s e gur o hac i a e l t r a s f o ndo o r i g i nar i o ant e r i o r a l a
1 f r o nt e r a de l e s pí r i t u.
di vi s i ó n de l o o bj e t i vo y s ubj e t i vo .
El ro mant i ci smose apoyóeni nt ui ci onesyal i ment ó
Shel l ey, en su f am osa De f e ns e of Poe t r y , e s c r i b i ó q ue
el mito del sueño y de la noche. Armó el irracionalismo
“ l a p o es í a e s v er d ade r ame nt e a l g o di v i no , e s a l a par e l
y a pe l ó a l a s p ot e nc i a s p r i mi t i v as de l a l ma ; a l a s z o na s
c e nt r o y l a c i r c u nf e r e nc i a d e l c o no c i mi e nt o , l o q ue c o m-
oscuras y
pr e nde t o da c i e nc i a y a l o que t o da c i e nc i a de be s e r r e f e -
t i c o s r e be l ado s c o nt r a e l I l umi ni s mo , e l pr e do mi ni o d e l a
r i da” . No s pe r mi t e ha bi t a r un mundo , ant e e l c ua l , “ e s t e
Auf kl är ung, l a v ene r ada Raz ó n, pus i e r o n s u f e e n una i n-
mundo q ue c o no c e mo s e s un c a o s ” , y al a r r anc a r de nue s -
t e r p r e t a c i ó n i nt ui t i v ame nt e o r g ano l ó g i c a o r e l i g i o s a me n-
t r a v i s t a i nt e r i o r l a pe l í c ul a de l o s hábi t o s q ue no s o c ul -
t e s i mbo l i s t a de l a nat ur a l e z a. Re c ono c i e r o n e n l a no c he e l
t a n l as ma r av i l l a s de l s e r , “ r e c r e a de nue vo e l uni v er -
s í mb ol o de l o Ab s o l ut o , de l a i ma ge n uni t a r i a y a ni ma da
s o , ani qui l ado e n nue s t r o s e s pí r i t u s po r l a r e pe t i c i ó n de
de l a r e al i da d s upe r i o r a l a q ue s ó l o s e l l e ga ani qui l a ndo
i mpresi ones” . Comodi rámást ardeHei degger, l aexi s-
l as apar i e nc i as de l mundo s e ns i bl e . “ Ro mant i z ar – es c r i b i ó
t enci ahumanaes “ poét i ca” ens uf undam ento mi smo;
elementales de la psique. Los lósofos román -
un s e nt i do s upe r i o r ; a l o Novalis– signica dar a locomún
y l a po e s í a –i ns t i t u c i ó n v e r bal d e l s e r – “ e s e l n ombr a r
o r di nar i o , un as pe c t o mi s t e r i o s o ; a l o c o no c i do , l a v i r t u d
2 Est as que i ns t a ur a l o s di o s es y l a e s enc i a de l as c o s as ” .
s upe r i o r de l a r e al i dad, q ue ne ga ban l o s s e nt i do s o r di na -
pensami en t o mo ni s t a, c o ns t i t u yó e n ú l t i mo a nál i s i s u n
r i o s . La po e s í a t o mó e nt o nc e s una t e nde nc i a a bs o l ut i s t a y
r e t o r no a l a c o s mo vi s i ó n o r i e nt a l , e n o po s i c i ó n al dual i s -
s e t o r n ó “ p r o gr e s i v ame nt e uni v er s a l ” . El po e t a, “ v e r da de -
mo do c t r i na r i o de Oc c i de nt e .
1 . Cf . J ac que s y Ra i s s a M a r i t a i n, Si t uac i ón de l a poe s í a , Buenos
2. Mart i nHei degger, Hö l de r l i n y l a e s e nc i a de l a poe s í a , M éxi co,
Ai r e s , 194 6, p. 10 8 y s s .
1 95 8, p . 1 08 .
de lo desconocido; y a lo nito, una apariencia de innito”. En la poesía vieron los “signos maniestos” de ese nivel
80
armaciones van a caracterizar a todo un movimiento losóco y poético cuya visión del mundo, derivada del
81
El romant i ci smo revi vi ó l a ant i gua cosmogoní a mí st i -
cher, un est ado i nexpresabl e de i mpot enci ay pequeñez;
c a, ag r eg ándo l e un pr i nc i pi o é t i c o d e a c c i ó n y pe r f e c c i o -
de s uj e c i ó n a una d es c o no c i da v i d a t o t a l , un “ s e n t i r ab -
nam i ent o. Al aexperi enci adel os ant i guos brahmanes
s o l ut o ” , q ue no s e ha l l a e n l o s do g ma s n i e n l o s c ue r po s
de fundirse con el Ser innito, situándose por encima del
mundo e n un uni v er s o s i n s e nt i do , l o s me t a f í s i c o s r o mánt i c o s l a i nt e r p r et a r o n as i g nando a l o abs o l u t o i r r a c i o nal , un pr i nc i pi o o pt i mi s t a de ar mo ní a y de be l l e z a. He r d er , a c t i v o p r o pul s o r de l St ur m und Dr ang , habí a
do c t r i na l e s , s i no que s e o c ul t a e n e l a l ma. El ho mb r e e s
verdaderamente religioso cuando descubre en sí lo in nito. “Se puede denir el romanticismo–señalaFarinelli– como la embriaguez de lo innito”. Esaes,porotra 3
pa r t e , l a a c t i t ud f unda me nt a l q ue ha br á de c ul mi na r c o n
esta vida momentánea, connada a los límites del “yo” de
Hegel. Lo nito es ilusorio y sólo puede considerarse real, en cuanto en él se realiza y se maniesta lo innito. Nicola Abbag nano, al caracterizar a la losofía del ochocientos, denió al romanticismo como un clima, como una losóca cuya tendencia principal consiste en t e mpe r i e reconocer como única y sola realidad al innito y aceptar lo nito (el hombre, el mundo, la historia) solamente como manifestación o revelación de lo innito. Mientras los lósofos románticos formulaban estas
l o s s e nt i do s , e s u n br e ve al e t e o s o b r e e l f o ndo de l a v i d a
atrevi das concepci onesy rematandol oshal l azgoskan-
c ó s mi c a . No val i s c o nc i bi ó al amuert e como unaf asede
t i anoscontri buí anaci ment arl anuevadoctr i nadel a
po s t ul ado una c o nc e pc i ó n o r g áni c a y v i t al i s t a de l c o s mo s ,
que fue perfeccionada por los lósofos y físicos románticos.
“ El uni versoesel res ul t adodeunaIntel i genci aIn-
nita” y puede ser aprehendido por medio de la exper i e nc i a i nt e r i o r . Es o m ni pr e s e nt e y l o r e c o r r e un e t é r e o
ujo vital que se transforma en diferentes expresiones. La vida universal le conere vitalidad al individuo ence-
r r a do e nt r e l o s l í mi t e s de l na c i mi e nt o y l a mue r t e . Pe r o
la vida, como el n de la limitación, como término y prin-
4
na t ur a l e z a, l o s po e t a s s e l a nz ar o n po r l a s e nda i nt e r i o r
c i pi o , c o mo s e pa r ac i ó n y e nl ac e c o ns i g o mi s ma. “ La v i da
y uniendo en sus visiones extáticas lo nito y lo innito,
e s mue r t e y l a mue r t e t a mb i é n e s v i d a” , e s c r i b i ó Hö l de r -
abri eronal apoesí al osmundosi nqui etant esdel oc ul -
l i n. Mo r i r , par a Oke n, e s a c c e d er a o t r a f o r ma de v i da.
tismo y la magia. Lo esencial consistió en armar que la
Lo e s e nc i a l c o ns i s t i ó e n p r o c l a ma r l a i ne xi s t e n c i a d e l a
a pt i t u d r e l i g i o s a de l ho mbr e pue de y d e be a c t ua l i z ar s e .
muert e. Todol oquemuere se di sgregaenel uni verso
Li cht enber gy M or i t z, Ham annyHer der, JeanPaul y
g ene r a do r e t e r n o de l a v i da . Lo s c o nc e pt o s de p r i nc i pi o
Je an Jac q ue s , l o s p i e t i s t a s y l o s o c ul t i s t a s , t o do s e n di -
y término se deslíen. La vida innita es el substrato real
de l To do s i n t i e m po , po r e s o, e l i ndi v i d uo , de ac ue r do c o n
Baader, sólo vive en proporción a su identicación con el
To do , e s de c i r , e n l a me di da e n q ue una e ks t as i s l o ar r e -
versosni vel esy conmásomenosf uerzaconstr uct ora, comi enzan de nuevo a perci bi r el mundo como una prol o ng ac i ó n de s í mi s mo s , y s u p r o pi o s e r c o mo i ns e r t o e n a Wel t ans - el ujo de la vida cósmica. Enesesentido,l 5
ba t a de s u i ndi v i dua l i dad. Est emi st i ci smonatural , deprof undoarr ai goenel al ma g e r ma na, s e r e s o l v i ó e n un pa nt e í s mo i de al i s t a , e n que el conoci mi ent o emerge como l aact i vi dadsupre m a. La r e l i g i ó n s e r í a e nt o nc e s una v i v enc i a t r a s c e nde nt e , un
sentimiento de dependencia, como armaba Schleierma 82
3 . Ar t u r o Fa r i n e l l i , El r omant i c i s mo e n Al e mani a , BuenosAi res , 19 48 , p. 5 8. 4 . Cf . Ni c o l a Ab ba gna no , “ Ro ma nt i c i s mo y Ex i s t e nc i a l i s mo ” , en Cua- de r nos de Fi l os of í a, Fas c í c ul o I I I , Nº 3 y 4 , Bue no s Ai r e s, 1949, p. 20.
El 5. Cf . Al be r t Bé gui n,
alma romántica y el sueño, M éx i c o , 1954, p. 83
romántica descubrió su anidad con la doctrina
c hauung
El pas aj e de l a Uni dad a l a mul t i pl i c i dad de l o s s er e s y
de l o s Ve das . Po r i ns t i nt o , más que po r c o no c i mi e nt o , l o s
e l de l r e t o r no de l o s s e r es al s e no de l a Uni dad i ndi f e r en-
pensadores al emanesdel ro mant i ci smoc omoLess i ng,
c i a da , f ue r o n s i e mpr e l o s pr o b l e mas – me t a f í s i c o y é t i c o –
l o s he r mano s Sc hl e ge l , Sc hl e i e r ma c he r , No va l i s y has t a
q ue d e t e r mi nar o n l a e xi s t e n c i a d e do s c o r r i e nt e s mí s t i -
e l mi s mo Go e t h e s e s i nt i e r o n a r r e b at a do s ha c i a
c a s y pa r al e l a s q ue e n muc ho s a s pe c t o s s e c o nf unde n. El
e s a t i e r r a i de al po bl ada de ar c a no s y v i r g e n de i nv es t i g a-
concepto t rascendent e e i nmanent e que cada una de e l l as
ci ones. Aun desconoci endo muchos aspect os del Ori ent e
as i g na a l a Di v i ni dad, e ng endr a d i s t i nt a s ac t i t u de s .
que l o s apas i o naba, l as c o r r e s po nde nc i as e s pi r i t ual e s e n-
Una deri vaen un mi st i ci smo qui e t i s t a, l a o t r a e n un
t r e l a r e v ol uc i ó n r o mánt i c a y e l pe ns a mi e nt o de l a I n di a
mi st i ci smo di námi c o. La pri mera acent úa l a i mpor t anci a
f ueron si ngul arment e notabl es.
de l S er Ab s ol ut o , l o c o nc i b e e n e t e r no r e p os o s i n d e ve -
La uni v er s al i dad de l a e xpe r i e nc i a mí s t i c a f ue l a pi e -
ni r ni mo vi mi e nt o . El ho mb r e de be r e t o r n ar a l a Uni da d,
dr a d e t o que d e e s a s i mi l i t u d que a t e s t i g ua l a r e a l i da d
hui r de l o t e m po r al hac i a l o e t e r no , t r a s cender l as apa-
del espí ri t u humano. Desde el sent i mi ent o de l o Uno de
ri enci asyanonadarseenl oAbsol ut o. Es el mi st i ci smo
quehabl an l os Upani shadal i nesc rutabl e TaoenLao-
de l o s Upa ni s hads , de Sa nka r a, de Lao Ts é , de Pl o t i no y
Ts é y e n Chua ng Ts é ; de s de l o s é xt a s i s de Fi l ó n de l s u y
Eckhart. Lasegunda es l aact i t uddeConf uci o. Admi t e
smo hasta la suprema unión de Plotino, el mayor in-
e l de ve ni r y e l uir hera c l i t e a no , s e c o mpl a c e e n l a c a m-
t e nt o c o gno s c i t i v o de l ho m br e s e r e al i z a e n aque l l o s que ,
bi a nt e mul t i pl i c i da d de l o Uno e n e l mundo y b us c a pa r -
desprendi éndose del “ yo” cr eadopor l aacumul aci ónde
t i c i par e n é l y v i v i r s us t r a ns f o r m ac i o ne s par a hal l ar de
s e ns a c i o ne s a dul t e r a da s , e xpe r i m ent an l os est ados mí s-
esa manera l a sen da de l r e t o r no a l a Uni dad. El mí s t i c o
Uno , e l mi s t i c i s mo t i c o s d e l a c o nc i e nc i a. Par t i e ndo de l o
t e mpo r al i s t a , al r e gr e s ar de l o s n i v e l e s de l a s upr ac o ns -
especulativo racionalizó lo innito en la visión del mundo
c i e nc i a, s e c o ns i de r a un c o l abo r ado r de l as e ne r gí as c r e a-
que post ul aun uni ver s o v i v i e n t e d onde t o do s e c o r r e s -
do r as , un v i d ent e c apaz de de s c i f r ar l o s s i g no s , y a c t uar
po nde po r s ut i l e s y mi s t e r i o s os l az o s . Es a pr i mi t i v a Wel -
e n c o ns e c ue nc i a i nt e r p r e t a ndo l o s de s i g ni o s di v i n o s .
t ans c hauung ac t ual i zada, si nduda, porl ai nmanenci a
Esta mística de la extraversión (lo Innito), opues -
de una intuición primordial, se reencontró en los órcos
t a a l a mí s t i c a i nt r o ve r t i da d e l a t r a di c i ó n a gus t i na y
y p i t a gó r i c o s y s e i nt r o duj o e n e l a l ma r e l i g i o s a d e Oc -
me di e v al ( l o Ab s ol ut o ) e s , po r s u ac e pt a c i ó n de l mun do ,
c i de nt e a t r a vé s de l mi s t i c i s mo a l e j andr i no . A pa r t i r de
f erment odeconoci mi ent o. El l aseperpet úaent odal a
ent onces sus t emas esenci al es se propagaron como una
c o r r i e nt e e s o t é r i c a q ue , de l a Gno s i s y l a Al q ui mi a p r e -
t r a di c i ó n s ub yac e nt e . A t r a vé s de Pr o c l o , e l s e udo Ar e o -
c r i s t i ana s , s e e xt i e nde a t r a vé s de l a Eda d Me di a ha s t a
pa gi t a f ue di s c í pul o d e Pl o t i no y , a t r av és d e l Ar e o pa -
la losofía de la naturaleza, en el Renacimiento, y de allí,
gi t a, l o f ueronl osgrandesmí st i cos medi eval es: Escot o
s i e m pr e po r l a s mi s ma s v í a s s u bt e r r áne as , a l a “ c i e nc i a
Erí gena, Eckhart ysusdi scí pul os, l os Go t t e s f r e unde o
6 románt i ca” . Si n e mba r go – i n s i s t e Be s s e t – s e de be s e ña -
“ am i gosdeDi os” , especi al ment eTaul er, Suso yRuys-
l ar que no s e t r a t a de do s c o r r i e nt e s ne t a me nt e di s t i nt a s ,
br oec k.
6 . Cf . Ma ur i c e Be s se t , No val i s e t l a pe ns é e mys t i que , Pa r í s , 1 94 7,
77.
p . 1 2. 84
85
s i no , más bi e n, de do s t e nde nc i as c uya ac c i ó n s e e j e r c e , a
ent reel Deseoi nconsci ent eyl aVol unt adconsci ent e.
menudo, si mul t áneam ent e en l a mi sma persona.
De a l l í , d e e s a l uc ha de o p ue s t o s s e o p er a una s í nt e s i s
El Renacimiento orentino del siglo
despert ardel misticismo
XV as i s t i ó a un
extravertido. A
la inuencia
alej andri na, especi alment edePl oti no, l osrenacent i s-
que Boehme denomi na l a Sabi durí a Di vi na: el Hi j o de l a t e o l o gí a c r i s t i ana. Es t e nac i mi e nt o de Di o s s ereproduce eter nam ent e y l aDi vi na Tri ni dad enseñada por l aI gl e-
t as M ar ci l i oFi ci noyPi codel l aM i randolal esuma-
s i a e s e n e l f o ndo una r e pr e s e nt a c i ó n s i mbó l i c a de e s t a s
ronsui nt e r é s po r l a Cábal a j udí a, l a as t r o l o gí a y l a
ve r dade s mí st i cas. Las t res personas son t res moment os
alquimia. El misticismo y la magia se identicaron en ese materialismo teosóco que pretendía dominar a
del proce sopermanent edeaut orr evel aci ónyaut oconc i e nc i a d e l Ab i s mo i ndi f e r e nc i a do . El Pa dr e e s Vo l unt a d
l anat u ral ezay dotar al hombredepoderesparaope-
c o ns c i e nt e ; e l Hi j o , Sabi dur í a Di vi na y e l Es pí r i t u, l a Ac -
rar maravi l l as. Esasi deas penetr adasdeesot eri smo y
t i v i dad d e e s a a ut o r r e v el a c i ó n c o n l a c ua l l a Di v i n i da d
gnosti ci smo se desarrol l aron en Ni col ás de Cusa, Geró-
s e c r e a a s í mi s ma y f o r ma e l mundo . Pa r a l a mí s t i c a , e l
ni mo Cardan, Agri pa de Net t shei m, Paracel so, Gi orda-
hombr e c omo mi c r ot he os , po r s u i de nt i dad c o n l o di v i no ,
no Bruno, Fl udd y Boehme. Est e úl ti mo, puesto en boga
e s l a r e v el ac i ó n d e t o do s l o s mi s t e r i o s , e l p r i nc i pi o de l
po r Ti e c k do s s i g l o s má s t a r de , f ue l e í do c o n pas i ó n po r
c o no c i mi e nt o .
corri entes mí st i casquehem os señalado, peros eacen-
de e n no s o t r o s , e n l o pr o f undo de nue s t r a a l ma . Se t r a t a
los pensadores románticos. En su obra conuyen las dos
t ú a l a pe r s pe c t i v a t e mpo r al i s t a ; po r l o me no s e n l o que
se reere al universo material.
Todos partendel aUni dadPri mi t i va, de l ar aíz de
Só l o s e pue de c o no c e r l o Abs o l ut o s i l o Abs o l ut o e s t á
una identicación de esencia entre el su jeto y el objeto.
El hom bre puede c onoc e r , medi ant e una “ contempl aci ón
inefable”. El conocimiento se identica con la fe y se pre -
t odaexi st enci a, l oqueBoehm el l am abael Urgrund,
senta como l aact i vi dadsuprema. LaSabi durí aDi vi na
el abi sm o si n f ondo yt am bi én l aM atri z Et ernao
o m ni pr e s e nt e s e t o r n a c o ns c i e nt e e n e l e s pí r i t u huma no ,
M ys t e r i um M agnum, yEckhart, l aDi vi ni dad, Di e
y el hombre, i magen y sí mbol o del Todo, puede i nt ent ar
Go t t he i t , di st i ngui éndol acui dadosam ent ede De r
s u má xi ma e xpe r i e nc i a y a l c a nz a r l a úl t i ma r e a l i dad e s -
, o Di os . Go t t
pi r i t u al que g ene r a t o das l as mut a c i o ne s . “ Só l o e l c o no c i -
Es t e Se r i ndi f e r e nc i a do e s una as p i r a c i ó n, un i mpul s o
miento de nosotros mismos, ese descenso a los inernos,
v i t a l , un de s e o i nc o ns c i e nt e q ue t i e nde a v ol verse cons-
no s abr e e l c ami no de l a di v i ni z ac i ó n” . Es t a s pal abr as de
ci ent e: l anatural ezai nnaturadaquet i ende anaturar-
Ham ann descubren l a cl ave de l a gnoseol ogí a románt i ca.
se. Una Uni dad que se va dif erenci ando y mul t i pl i cando
Conocer es descender en sí mi smo, muri endo al mundo,
medi ant e emanaci ones sucesi vas. El Urgrund – s i n d e j a r
“ e l e vá ndo s e has t a do nde no ha y c o s a c r e a da ” , c o mo de c í a
de ser Uno–c omi enza por revel arse a sí mi smo. Susci t a
Bo e hme . Só l o p ue de s c o no c e r a Di o s , s i t ú e r e s Di o s , s i
s u a nt í t e s i s ; ha c e d e s í mi s mo un e s pe j o , s e de s do bl a e n
Dios está en ti. Tanto para el Misticismo como para la -
s uj e t o y o bj e t o y c o mo y a l o e ns e ñar a e l ant i g uo Li br o de
l o s of í a de l a nat ur al e za y l a “ c i e nc i a” r o m ánt i c a, c onoc e r
l as M ut ac i one s , l a e xi s t e nc i a br o t a de l a o po s i c i ó n de l o s
algo signica llegar a fusionarse con ese algo, siempre
contr ari os. Paraempl earl asi mágenes boehmi anas, l a
q ue l o c o no c i do y e l c o g no s c e nt e s e an de i g ua l nat u r al e -
Ma t r i z de l o s M undo s de s ar r o l l a e n s u s e no l a o p o s i c i ó n
z a y pa r t e s de l mi s mo c o mpl e j o v i t a l . Só l o s e a pr e he nde
86
87
e l o bj e t o e n s u s e r v e r da de r o c u ando s e i nt u ye e n é l l a
al ma y e n e s pí r i t u –e sc r i bi ó e n l o s Fr ag me nt os –, ést e una
mi s ma v i da que a dv er t i r no s e n l a e x pe r i e nc i a de nue s t r o
abrevi aci ón, aquél una el ongaci ón de l a mi sma substan-
7 pr o pi o “ y o” . Los si mpl es –pensaba Eckhart –i magi nan
c i a” . El ho m br e e s e l par vus mundus , el mi croc osmos, l a
aquí , pero en real i dad, Di os yel hombres on Uno en el
imagen reducida pero el del universo, el macrocosmos. La antigua idea de que el hombre reeja y contiene
conoci mi ent o.
el uni verso, dequees unser c ompuest oquepart i ci pa
que de be r í an v er a Di o s , c o mo s i El e s t uv i e r a a l l í y e l l o s
Peroes econoci mi ent onopuedeproveni rdel aact i v i da d c o g no s c i t i v a c o mún. Se i mpo ne una e l e va c i ó n de l
e n t o do s l o s ni ve l e s d e l a p r o c es i ó n di v i na, q ue r e v i v i e r a Pl o t i no y q ue Bo he me t o ma r a de l o s c a ba l i s t as , c o b r ó
al ma q ue r e duz c a l a s a pa r i e nc i a s múl t i pl e s , y e l i mi nan-
fundamental importancia en la losofía romántica. La
do l o s o p ue s t o s c o nduz c a a l ni v el d e c oi nc i de nt i a oppo-
c o nc e pc i ó n o r g áni c a d e l a na t ur a l e z a e xt e ndi ó e s t a d oc -
s i t or um.
t ri naat odosl osobj etos quec omponenel mundo, yal
La conciencia debe modicarse, transformarse,
si t uándose másal l ádel adual i dad en el ej e mi smo del
insistir en la diversidad innita y en la unidad esencial
Se r : e n c o ns e c ue nc i a no pue de c o mpo r t a r g r ado s ni t r an-
de l uni ve r s o, po s t ul ó l a gr an l e y de l as c o r r es pondenci as,
si ci ones. Como querí a Ni col ás de Cusa, qui en busque l o
s e gún l a c ua l , e l mi c r o c o s mo s y e l ma c r o c o s mo s s e r e l a -
innito debe desligarse de la multiplicidad fenomenal y
ci onany se enl azanpor anal ogí asdeor de n c ua l i t a t i v o
real i zaruna c ompr e he ns i o i nc ompr e he ns i bi l i s , unai n-
s ó l o apr e he ns i bl e s p or l a i nt ui c i ó n, c apac e s d e c o nc i l i ar
mer si ónenl ami st eri osaprof undi daddel aconci enci a
l o múl t i pl e y l o Uno . Wi l l i a m Bl a ke , e n e l pr i me r c uar -
del cosmos, para “ vol verse uno” yt ornarse semej ant e a
t e t o de Augur i e s of I nnoc e nc e , e xpr e s a e s t a i de a que “ n o
Di o s . De e s e m odo Di os nac e en el al madel hombre. Se
e s s o l a me nt e l a b as e d e l s o l i p si smo románt i co en t odas
produce un r e nac i mi e nt o, que no e s o t r a c o s a que e l de s -
s us f o r ma s d i s t i nt a s , s i no q ue e s , po r s í mi s ma , e l f un-
pe r t ar de l a c o nc i e nc i a e n un ni v el de s upe r vi gi l i a desde
dament oyl aesenci adel aest ét i cadel romant i ci smo
e l c ual t a l ve z s e a po s i b l e pe r c i b i r t o da l a r e al i dad. Par a
8 t emprano” .
de c i r l o c o n e l l e nguaj e de l aal qui mi a s upe r i o r , s e r e al i z a l a t r ans f or mac i ón del cuerpomort al en unai magen radi a nt e y e l ho mb r e “ c aí do ” s e r e úne c o n Di o s c o ns uma ndo l a Gr an Obr a M ági c a. Launi dad de l avi danoadmi t e l í mi t es ni separaci one s . La vi da e s t á pr e se nt e e n t o do , e nt e r a e i ndi vi s a, t a nt o e n l o s a s t r o s c o mo e n e l má s s i mpl e de l o s e l e me n t o s, i g ual e n l o i nf e r i o r c o mo e n l o s upe r i o r . El Gr a n To do e s l o úni c o que vi ve . Es t a c e r t ez a e s l a que mo vi ó a No val i s a e xpr e s ar s u f e e n l a uni dad de l a e xi s t e nc i a. “ EI uni v er s o es compl et am ent e anál ogo al ser humano en cuerpo, en
Individuo 7. Cf . Er ns t Cas s i r e r ,
y cosmos en la losofía del Renaci -
mi e nt o , Bue no s Ai r e s , 1 95 1, p. 1 88 . 88
Ve un mundo en un grano de arena
y un cielo en una or silvestre. Ten el innito en la palma de la mano y l a eterni dad en una hora.
Est aconcepci ónt radi ci onal nosól oadmi t el am agi a, si noquepreci samentel ademanda. Lam agi a,
como armaba Pico y reconocía la losofía natural del
Renaci mi ent o, era l as umade t odal as abi durí as obre l anaturalezayl apart epráct i cadet odaci enci ana-
8. Al exander Godevon Aesch, El r omant i c i s mo al e mán y l as c i e n- c i as nat ur al e s , Bue no s Ai r e s , 19 47 , p. 16 4. 89
tural . Si t odos l os el em ent os se responden enl azados
f ecci onam i ent o mayor. “ Laf uerzaque pi ensaenmí , es
porl auni versalanal ogí a, eraposi bl eact uarsobre
t a n e t e r n a c o mo aq ue l l a q ue s o s t i e ne l o s pl a ne t a s y l a s
todoparti en dodetodo. Pormedi odel aexperi enci a
estrellas”, había armado Herder.
mí sti ca, el magopo dr í a ac e r c ar s e a Di o s y r e s t i t ui r al
Sankara, el advai t i st ai ndi o, campeóndel moni smo
hom brel os poderes soberanos queposeí aant es de l a
i mpersonal y absol ut o, renaci ódei mprovi so enFi chte,
degradaci ónquel ei mpusi eral a“ caí da” . Cuandoen
cuyaobraparangonadac onl adeaquél demost ró que
i l l o t e mpor e el hom bre se hall aba en rel aci ón armoni o-
ambos se hallaban unidos por una notable anidad de
sa con el cosmos, l e era posi bl e conocer contempl ando
pe ns a mi e nt o . Fi c ht e s o s t u vo q ue e l mundo e s l a múl t i pl e
por analogí a en sí mi smoel substr ato si mpl ee i ndi s-
apar i e nc i a de una v i d a di v i na, de l a c ual v eí a e n é l mi s -
com poni bl e de l o real . Era l a Edad de Oro, antes de l a
mo un reejo, y en ese sentido, su cosmovisión resultaba
y l i mi taci ónenel ti em po l apercepci ónc ondi ci onada.
un e c o de l a s a bi dur í a l e j a na d e l o s Upa ni s ha ds : “ Aque l
La époc a abs ol ut ament e mí t i c a, i nt em poral : l aépoca
q ue v e l o Uno e n e s t e mundo de mul t i pl i c i dad, aq ue l q ue
del superhom bre dotado de mági cos poderes i nt egrado
enes t e mundos i empre c ambi ant e ve aEl quenunc a
en l a uni dad pri mordi al .
c a mb i a , c o mo e l a l ma de s u a l ma , c o mo s u pr o pi o s e r , é s e
Losr ománt i cos padeci ero nesaet erna Se hns uc ht , esa oscuranostal gia queal recordarl osorí genes, l os i mpul saba a uti l i zar a l a poesí a y al ensueño com o mági cosaccesosal Paraí soPerdi do. Losf í si cosr om án-
ticos, los lósofos de la naturaleza y especialmente los
e s l i br e , ha al c a nz ado l a me t a ” . Todo el romant i ci smo t endí a haci a ese anhel o de uni -
dad. Como arma Béguin, su grandeza consistirá en ha ber reconocido y armado la profunda semejanza de los e s t ado s po é t i c o s y d e l as r e ve l ac i o ne s de o r de n r e l i g i o s o ,
poetas, vivi eron y “pensaron mí sti cam ente” como decí a
ha be r pue s t o s u f e e n l o s po de r e s i r r a c i o na l e s y ha be r s e
No val i s , e l más pr o f undo de l o s i nt e g r ant e s de l “ c í r c u-
c o ns a gr a do e n c ue r po y a l ma a l a g r a n no s t a l g i a de l s e r
l o de Je na” .
de s t e r r ado .
de vida parael arte yparal a f e, am bas proveni entes
de r e l mi s t i c i s mo ; e l po e t a r o m ánt i c o , c o nve r t i do e n c o n-
Schleiermacher postuló lo innito como condición
de un origen común. Para él, como para los lósofos
Su e xpl o r ac i ó n de l c o s mo s i nt e r i o r c o nt r i buyó a e xt e n q ui s t a do r de v e r da de s e s e nc i al e s , pr e a nunc i ó l a a v ent u -
i ndi o s , l a r e l i g i ó n f ue una e xpe r i e nc i a s e nt i da y v i v i -
raespi ri t ual s urr eali st a, y pugnandopor acceder aun
da; l apercepci ónr eal deal goarraci onal , cuesti ón de
e s t ado s upe r i o r de l a c o nc i e nc i a y a l Co no c i mi e nt o t o t a l ,
hechos yno de pal abras. El arte serí aent onces para
atravesól aspuert asquec onducen al at ransf ormaci ón
l a r el i g i ó n l o que e l l e nguaj e e s p ar a l a c i e nc i a. La r e -
ps i c o l ó gi c a.
l i gión y l a poesí a se f usi onaban. Ambas, como escri bió
Ti eck, Brent ano y Arni m, prof et i zaron el adveni mi en-
No v al i s , po s eí an l a vi r t ud de i nt e r r umpi r e l e s t ado ha-
t o de una é po c a e d éni c a , e n l a q ue e l po e t a , due ño de l a
bi t ual , mant eni endomás act i voenel hombre el sen-
v i s i ó n i ndi v i s a, pudi e s e d o mi na r l a s f ue r z as de l a n at u -
t i do de l a vi da.
r a l e z a y t r a s c e nde r l a b ar r e r a s e ns o r i al e n b us c a d e l a
Schelling, en quien la inuencia de Boehme fue muy
rei nt egraci ón maravi l l osa. Los poetas apareci eron como
no t a bl e , i nt u yó una na t ur a l e z a o r g áni c a , una i nt e l i g en-
artíces conscientes de esa conciliación nal, siempre que
c i a uni v er s a l de s ar r o l l á ndo s e e t e r na me nt e hac i a un pe r -
l o g r as e n un e s t a do de “ e x al t a c i ó n a ng él i c a ” s e me j a nt e a l
90
91
éxtasi s de l os mí st i cos. En 1828, Franz Von Baader es-
sent i dos, nos hasi do negado. El homb m brepuede en t odo
c r i bi ó que “ t o do aut é nt i c o po e t a e s un v i d ent e o un v i s i o -
i ns t a nt e c o l o c ar s e po r e nc i m a de l o s s e nt i do s ” . Si g ui e ndo
nari o” y Passavant anotó adel ant ándose aRi m baud: “ el
esal í neade pensam i ent o, Noval i s habl ó de una“ m agi a
po e t a e s e s enc i al me nt e un v i d ent e ; l a po es í a e s pr o f e c í a,
po é t i c a” c a paz de r e al i z ar mi l ag r os y e xpe r i me nt ó l a s e n-
vi s i ó n e xt á t i c a de l pas ado , de l po r ve ni r , de l a t o t a l i dad” .
s ac i ó n de e s t ar uni do al c o s mo s p o r l az o s i nv i s i bl e s y d e
Poco después, Hof f m ann descendi ó a l as azul es cavernas
ha l l a r s e e n e l i nt e r i o r d e l o s o b j e t o s que o b s e r va ba . La
de l s ue ño . Co mo mo Ne r v al , no s e c o nt e n t ó c o n v i v i r e n e s a
v i e j a f ó r m ul mu a Er E r i t e s s i c ut De i ( Se r éi s c o mo di o s es ) , s e ac -
j ung l a e nc a nt a da e n l a q ue l o a c e c ha ba n l a s a par i c i o ne s
t ual i z aba e n l a e xc l am ac i ó n de l po et a : Di os qui e r e di os e s .
y s e al a r ga ba n n l o s e c o s y l a s s o mb mb r as . I n t e nt ó do mi na r -
El ocultismo como losofía y la alquimia mística como
l a, i nt e r nar s e p or s us f ant á s t i c as “ p i c adas ” s i g ui ui e ndo e l
práct i ca pl enade desme m esuradas am bi ci ones se expresa-
rastr odel apresenci apert urbadoraei nef abl e. En Ensu
r o n a t r a vé s de s us Fr agment os . No va l i s , c o mo mo e l a de pt o
Kr K r e i s l e r i ana, ant i c i pó l a e s t ét i c a de l as c o r r es po nde nc i as
de l a Obr a Mí s t i c a,
quec ul mi narí ac onBaudel ai re yc onRi m baud. “ No es
me di ant e una a s c e s i s r e g ul a da q ue ue pe r mi mi t i e s e s i t ua r a l a
propi am ent e en sueños, si no m ás bi en en ese est ado de
c o nc i e nc i a e n un pl a no no de pur e z a a bs o l ut a .
de l i r i o que pr e c e de al do r mi mi r , s o br e t o d o s i he o í do m u-
exaltó la radical puricación del ser
Anunci ador del superhom bre, i m agi nó que el cuerpo
c ha m ús i c a , c ua ndo nd pe r c i bo una e s pe c i e de c onc or danc i a
debí a ser pue uest o comp mpl etame m ent e en acci ón por m edi o del
e nt r e l os c ol or e s , l os s oni dos y l os pe r f umes ” . Pero Hof f -
e s pí r i t u . “ Es e xt r año – di c e uno de s us Fr agment os – que
ma n n no f ue e l úni c o e n a de l a nt nt a r s e , c o n s us “ s e ns a c i o ne s
e l i nt e r i o r de l ho m br mb e ha ya s i do c o ns i de r a do de mo do t a n
e nl az a da s ” , a e s e a s pe c t o de l s i mb ol i s mo mo q ue ue e n Fr a nc i a
mi s e r a bl e y t r a t a do t a n e s t ú pi da me nt e ” . El po e t a e s t i mó
s e l l a mó “ a udi ud t i o n c o l o r é e ” . Br e nt a no hi z o r e f e r e nc i a a
necesari oquel avol unt ads eproyect asesobreaquél l as
l a “ l uz de l o s s o ni do s” , Ei c he ndo r f f s e pr e gunt ó s i : “ ¿ Ac a-
partes del cuerpoque habi t ual m ent e se hal l an sust raí -
s o l o s c o l o r e s no s o n s o ni do s y l o s s o ni do s n o s o n al as ? ” ,
da s a s u i m pe r i o .
y Ti e c k, pa r a q ui ui e n “ l o s c o l o r e s c a nt a n” , pr e a nunc nu i ó l a s am bi c i o ne s r i mb audi a nas de i nv ent a r e l c o l o r de l a s v o -
Cuandohayam os obte ni does t e res ul t ado cada
cales, escribir silencios y jar vértigos, en un esfuerzo
homb m bre será supropi o m édic o ypodrá obtenerel
sobrehum ano por hal l ar el l e nguaj e pe r f e c t o. “ ¿Por qué
senti mi ent oexacto desucuerpo; entoncesypor
no nos est á permi mi t i do pensar en soni dos y hacer m úsi ca con pal abras y pensam i ent os?” No val i s , p or s u p ar t e , i ns i s t i ó e n p r of e t i z ar e l a dv eni mi ent o de un homb m bres uperi or que, desarrol l ando l as potenci assec ret asdel al m a, f uese due ueñodes u esenci a y d o mi na r a l a n at u r al e z a. Par a é l , e l ho m br mb e e s s us c e pt i b l e de e vo l uc i o na r p s i c o l ó gi c a me nt e y a dq ui ui r i r nue va s
vez pri m era, si nti éndose realme mente i ndependiente del anatural eza, l ograráqui záhacerrenacer un mi emb m broperdi do, qui t arsel avi dapors upropi a vol untadydeesam aneraobt eneracl araci ones aut uténti casconrespect oal oscuerpos, l asalma mas, el uni verso, l avi da, l amu m uert ey el mu mundodel os 9 e s pí r i t u s .
y s o r p r e nde nt e s f a c ul t a de s . “ El pr e j ui c i o má s a r b i t r a r i o –e s c r i b i ó – e s e l q ue p r e t e nde q ue e l p o de r de e x t e r i o r i zarnos, dehal l arnosc onsc i ent eme m ent emá m ásal l ádel os 92
9 . No va 1i s , Los Fr agme nt os , s e gui d o d e Los di s c í pul os e n Sai s , Bue no s Ai r e s , 19 48 , pp. 66 6 7. 93
En e s t e c o mo mo e n o t r o s a s pe c t o s c o i nc i di ó c o n e l mi l e na r i o pe ns a mi e nt o de l a I n di a y c o n l as po s t u l a c i o ne s de l a doc t r i na s e c r e t a . Al av anz ar po r e l “ c a mi no mi s t e r i o s o
CAPÍTULO I V
Noval i s y l a vi s i ón del “ ot r o r ei no”
que s e e xt i e nde hac i a l o i nt e r i o r ” ; mi e nt r a s s e ac e nt ú a l a
disolución del “yo” creado por los l os sentidos, se maniestan
al e xpe r i me nt a do r di v er s o s “ p o de r e s ” . Es e nt o n c e s po de r adq ui ui r i r e l do mi mi ni o de l a s f unc i o ne s ne ur o v eg e t at i v as y de l as f ac ul t a de s que e l po e t a at r i buy e a s u ho m br e di v i no . “ Te ndr á l a f a c ul t a d de s e pa r ar s e de s u c ue r po c ua ndo nd
“ El c a mi no q ue l l e v a a c a s a ” . Una v i s i ó n “ a b i e r t a ” y “ p or o s a ” d e l a r e a li d ad . La no c he c o mo mo ma dr e c ó smi mi c a . El me ns a j e d e l o s h i mno mn s . Ca r ac t e r i z a ci ó n d el “ o t r o re i no ” . Lo s e l e me me nt o s v i v e n, s i e nt e n y s e c o r r e s p ond en. El uni v e r s o e n un o r g ani s mo mo a ni ma do . Av anz a r e n l o d e sc o no c i d o
l e agr ade ; ve r á, o i r á , s e nt nt i r á l o que qui e r a y de sde e l pun-
to de vista que desee”. Pero la meta nal no es ese nivel
parapsí qui co. El Homb m breDi os que am bi ci ona Noval i s es e l s e r t r a ns ns f o r ma ma do , “ r e na c i do ” e n un “ c ue r po g l o r i o s o ” , anál o go a l que po s e í a e l ho mb r e a nt e s de “ l a c a í da ” . Un s e r q ue ue ac c e d a l i b r em e nt e a l m undo de l e s pí r i t u q ue ue “ n o e s t á c e r r ado par a e l ho m br e ” y que “ s i e m pr e e s v i v i bl e ” . Apar e nt e me me nt e t a n de s l i g ado de l a t i e r r a, No val i s l l e -
gó a armar que el cuerpo humano es el único templo
de l m undo . El po e t a mí mí s t i c o l o gr ó e nt o n c e s s u e qui l i b r i o pe r f e c t o . Oc upado e n e ns anc har s u e xi s t e nc i a hac i a l o i n-
nito, fue un poco ese ciudadano del universo que él mis -
Si e n l a noc he s ur gi e r a l a l uz , s i un dí a noc t ur no y una noc he di ur na pudi e -
ra abrazarnos a todos, ese sería el n s upr e mo de nue s t r os de s e os . ¿ Se r á por e s o que l a noc he i l umi nada por l a l una c onmue ve t an mar avi l l os ament e nue s t r a al ma y de s pi e r t a e n nos ot r os e l t e mbl o- r os opr e s e nt i mi e nt ode ot r avi da, muy c e r c ana? Fr i e dr i c h Sc he l l i ng
mo pr o f e t i z ar a , e s e Ho mb r e Di Di o s e xt e r i o r i z ado c o ns c i e nt e me me nt e má s a l l á d e l o s s e nt i do s , par a e l q ue ue l a pa r i da d e nt r e e l ho mb r e y e l c o s mo mo s s e r e v el a ba c o mo mo una r e al i dad. “ No debem os ser senci l l am ent e homb m bres –escri bi ó–, es preci so que seam os m ás que homb m bres”, porque l as upr e ma ma t a r e a , c o mo mo l o q ue ue r í a e l m ae s t r o Ec kha r t , c o ns i s t e e n de s c ubr i r l a o t r a pe r s o na na que habi t a e l i nt e r i o r , aque l que l as Esc ri t uras l l am an el Homb m bre Nuevo, el Homb m bre Ce l e s t e , e l J ov en, e l Am i g o…
¡La luz tiene jado su tiempo, pero f ue r a de l t i e mpo, f ue r a de l e s pac i o, e s t á e l Re i no de l a No c he ! No va l i s , Hi mnos a l a No c he , I I “ El s e nt i do p oé t i c o r e p r e s ent a a l o no r e pr e s e nt a b l e ve l o i nvi s i bl e y s i e nt e l o i ns ens i bl e ” , e sc r i bi ó J or ge Fe deri co Fel i peBa BarondeHa Hardenberg, má másconoci dopor Noval i s, enaquel mo movi mi ent oes pi ri t ual quec onm ovi ó
al pensamiento europeo a nes del siglo XVIII. Su vida,
breve e i nt ensa ( naci ó en Wi edest ad, Al ema m ani a, en 1772 ymu muri ó enWe W ei ssenf el s, e n1801 cuandoaúnnohabí a cum pl i do29años) es unej emp m pl odehi perl uci dez. Tan prof undo como mo Pascal ; t an uni versal como mo Pi co; t an vi 94
95
dent e como mo Ri m baudy t an “ abi ert o” como mo Ri l ke, Nova-
r e v e l a e n t o nc e s c o mo mo e l pl a no má s o r i g i na l y pr o f undo , y
l i s s i nt e t i z a e l m ay or ni v el de c o no c i mi e nt o de s u é po c a.
de nt r o d e é l , l o s r o má má nt i c o s p r i v i l e gi an l a pal a br a e n s u
Su obra, aparent eme m ent e i norgáni ni ca, –poema m as en prosa y
di m ensi ón deLogos, deVerbo. Lapal abra poéti ca es un
ve r s o , me di t a c i o ne s , r e l at o s i nc o nc l us o s , apunt e s , af o r i s -
ag ent e de r e i nt e g r ac i ó n a l a To t a l i dad de l a q ue e l ho m br mb e
m os–aparece como mo un reposi t ori o de i nt ui ci ones f ul gu-
s e ha de s gaj ado , pue s c o ns e r v a, e n e s e s e nt i do , l a v i r t ua -
r a nt e s y pe ns a mi e nt o s g ene r al e s . I n me r s o e n e l uni v er s o
l i dad c r e ado r a de l a pal abr a di v i na. De ahí que e l ar t i s t a ,
romá mánt i co, su t emp m pranaami mi st ad con Schi l l er, su adm i -
e l po e t a , “ c o mpr mp e nda a l a n at ur a l e z a me j o r q ue e l s a bi o ”
r a c i ó n y r e c haz o de Go e t he , s u pr o f unda c o i nc i de nc i a c o n
y s e a e l úni c o que “ p ue de pe ne t r ar e l s e nt i do de l a v i d a” .
l os herma manos Federi co yAugust o Gui l l ermo mo Schl egel y
Capaz de at r a er s obr e s í l as vi br ac i o ne s de l o Abs ol ut o ,
con Ludwi wi g Ti eck, f ueron conf orma mando una personal i dad
e l po e t a pe r c i be l o s me ns aj e s de una e s f e r a s upe r i o r y l o s
vo l c a da a l a i nt u i c i ó n po ét i c a y a l a e xpe r i e nc i a mí s t i c a
t r as mi mi t e a l o s de má s ho mb r e s . A t r a vé s de s u pa l a br a e s
pero también a la indagación cientíca.
El pensami mi ento ro m ánt i co pr opone un nhomb m bre i nt e-
po s i bl e ac c e de r a i nt ui c i o ne s pr i mo r di al e s y a una v i s i ó n “ a bi e r t a ” y “ p or o s a” de l a r e al i dad. En v i r t ud de s u nat u-
gral quehabráder eali zarseenl aapert urame metaf í si ca
r a l e z a e l po e t a r o má má nt nt i c o o pe r a na t ur a l me nt e un r e t o r n o
yenl aproyecci ónesc atol ógi ca. Comb m bat el ati raní ade
al ori gen f abul oso. Abreuna“ puert aenel m uro” haci a
l arazóne i nt ent ai nt egrarl aconotr osmo modosdec ono-
l a pat ri a perdi da que Swedenborg denomi mi na Je r us al e m
ci mi ent o. Toma m ac uerpo unanueva act i t udgnoseol ógi ca
Ce C e l e s t e y que no e s o t r a c o s a que una nue va t r a duc c i ó n de
basadaenel val or del ai nt ui ci ón. Baader habl adel a
l a no c i ó n de “ J ar dí n de l o s Di o s es ” o “ Par a í s o Pe r di do ” .
i m po r t a nc i a de l s e nt i do i nt e r no , que da ac c e s o a una pe r -
Novalis insiste en que todo buen poema es i nnito por-
cepci ónnohabi t ual del mu mundoy aun saber del or eal
que e l s e nt i do po ét i c o po s ee í nt i m a r e l ac i ó n c o n e l s e nt i -
s ó l o t r a s mi s i bl e po r s í m bo l o s . Se de s c i e nde a l o s abi s mo mo s
do r e l i g i o s o y pr o f é t i c o . “ To da o br a d e ar t e –di c e – e s un
i nt e r i o r e s , a l as pr o f undi dade s d e l Se r ; c o mo di c e Ri c ar -
e l e me nt o e s pi r i t u al ” y “ t o d o p o em a u n n i ndi v i d uo v i v i e n -
da Husch, se col m aen gran n m edi da l a conci enci a con el
t e”. Como m o di rí aOu Ouspensky, l apoesí ave m ás ya m ayor
c o nt e ni do d e l o i nc o ns c i e nt e . Fr e nt e a l a m ul t i pl i c i da d
di s t a nc i a, e n e l pr i nc i pi o de l a vi s i ón; e l v er d ade r o po e t a
de l a v i s i ó n o r di nar i a, s e e xal t a e l d e s eo d e r e t o r nar al
es de hecho un clarividente. “Sólo ese no aparato al que
rei nodel anoi ndivi dua ual i dad, porhal l ar–como m oquerí a
se l l am a e l al ma de l poe t a pue de c o m pr mp e nde r y s e nt i r e l
No val i s – “ e l c a mi no que l l e va a c as a” . El ensueño romá mánt i co penetr a con part i cul ar agudeza
reejo de los signicados ocultos en el mundo formal”.
1
Noval i s, “ doct orma maravi l l adof renteal ascorr esponn-
l o s mi mi s t e r i o s d e l a v i da y d e l a m ue r t e . I n t e nt a r e c o ns -
de nc i as i nv i s i bl e s que e nl az an a l as c o s as ” , no s e de di c a
t r u i r l a f abul o s a Edad de Or o e i nt uy e e n e l o r i g en de l o s
e xc l us i v am e nt e a l a p oé t i c a, a l a t e o so f í a, a l a t e ur g i a ,
mi t o s una s upr a hi s t o r i a s a gr a da s i g na da po r i r r u pc i o ne s
al apneum atol ogí at rascendent al , al acosmo mol ogí ame m e-
ve r t i c al e s .
t a f í s i c a, ni a nada de l o que s e e nc ue nt r a e n l o s c í r c ul o s
Al considerar a la razón como un instrumento insu-
c i e nt e p ar a a pr e he nd er a l a Na Na t ur a l e z a y p e ne t r a r e n l a
e s pe c i al e s de l a mí s t i c a f o r ma ma l . Si t o d o pe ns a mi e nt o q ue ue
comunica con lo innito es un pensamiento místico, su
i nt i mi da d d el f e nó me me no , s e b us c a un c o no c i mi e nt o uni t i v o , una v e r d ade r a a p r o xi ma c i ó n a l a r e al i da d. El a r t e s e 96
p . 1 3 7. 1. Pedro Ouspensky, Te r t i um Or ganum m , , Mé x ic o , 1 95 0, 97
mo do na t ur a l de pe ns a r e s mí s t i c o . “ Na da v e a i s l a da me n2 t e . Ti e ne e l s e nt i do y l a s uav e o bs e s i ó n de l a uni dad” .
Do s a ño s de s pué s , e n ma r z o de 1 79 9, No v al i s da t é r mi 4 no a l o s Hi mnos a l a No c he . Fr e nt e a e l l o s s e e xpe r i me nt a
La prematura muert e de su promet i da Sof í a von Kuhn,
una t ur b ad or a s e n s ac i ó n de v a c í o . El d i s c u r s o s e a br e a
de sól o qui nce años, marcó al poeta con un sent i mi ent o
múl t i pl e s v al e nc i as y pr o po ne una l e c t u r a t o t a l . El mundo
dramáti co del mundo yexal t ó su deseo por superar l os
de l a nat ur al e za e s l e í d o, e s i nt e r i o r i z a do . Un gr an s í mbo -
l í mi t e s pe ne t r a ndo e n l o s do mi ni o s de l o de s c o no c i do . Se
l o o pe r a a t r a vé s de l o s hi mno s y s i bi e n adqui e r e c o nno t a-
acent úaent onces suam bi ci óngnoseol ógi ca. Consi dera
c i o ne s di v e r s as ma nt i e ne un i nme ns o s o p or t e e s t r uc t ur a l :
que l a pal abr a po ét i c a de be c o ns t i t ui r e l c e nt r o y l a bas e
5 l a No c he , l a Ama da , l a Ma dr e , l a M ue r t e .
del conoci mi ent o suprem o. “ Escr i bi r un poema es engen-
Como símbolo de lo innito, la Noche proyecta al
dr a r ” , a no t a e n s us Fr agment os . “ El po e t a e s mag o ” . “ La
poetahaci a un cosmos abiert o si n ref erenci asci ertas.
po e s í a e s l o r e a l a bs o l ut o . Es t o c o ns t i t u ye e l n úc l e o de
La Noche es l a gran i nter cesora, el abi smo húmedo de
mi losofía. Cuanto más poética es una cosa, tanto más r e al e s” .
vida pri mordi al donde l o sagrado yl o prof ano conf undens us cont ornos. ParaNoval i s, l aNochepert enece
Est e cl i made permanent e tensi ón haci al o real , cul -
a eseorden de vivenci as que se hal l an l i gadas al pre-
mi na en una experi enci ade ordeni nt emporal que ha-
senti mi ento de l o Absol uto y perm i ten obtener un con-
brá de generar sus cel ebrados Hymne n an di e Nac ht . El
t a c t o ar r a c i o nal c o n e l mundo i nv i s i bl e . En l a t i ni e bl a
13 demayo de 1797, Noval i s vi si t al at umba de Sof í a
nocturna l as cosas adqui eren parti cul ar i ngravidez, se
ypadeceunaext rañac onm oci ón. El t ext oc orr espon-
l i berandesuordenc oti di anoy se reagrupanc onun
di ente de su Di ar i o de s c r i b e una e xpe r i e nc i a e s pi r i t u al
senti do i mprevisi ble. El espí ri tu experi menta el asom-
prof undaenl aqueSof í ase confundeconl a“ Sophi a”
broyl aexalt aci óndel omaravi l l oso: t odoesnuevo,
del os gnóst i cos yasi mi smos ef usi onaconl ai magen
como en el mom ent o auroral . Advi ene ent onces l a des-
i nt e r c e s o r a d e l a No c he , e n s u v er s i ó n de l a r que t i po de
personal i zaci ón, el anonadam i ento de l a cri atura ante
l a M adre Cósmi ca.
el vasto paisaj e de f osf orescenci as extr añas… De l aNoche pri mordi al , de ese est ado espi ri t ual i m-
Po r l a t ar de f ui a v e r a So f í a. Al l í s e a po de r ó
pregnado des ensaci ones numi nosas, Noval i s reaparec e
de mí un i ndeci ble gozo. Instantes de entusiasmo
con los sentidos puricados. Es capaz de “ver”, de “oír”,
surgí anc omor el ám pagos. Deuns opl odi spersé
dedesc ubri r i mpensabl esanal ogí as, dehacer nosc om-
l at umba comos i f uerapol vo; l os si glos parecían mi nut o s ; s e l a s e nt í a pr ó xi ma: c r e í que i ba a a pa3 recer.
pr e nde r l a f ug ac i da d de l o t r a ns i t o r i o e i nduc i r no s c a mb i o s c ua l i t a t i v o s a p ar t i r d e l o s c ua l e s n o s s e a p os i b l e i nt ui r l a r e al i dad de l “ o t r o r e i no ” .
2 . Ma ur i c i o Ma et e r l i nc k , I n t r o duc c i ó n a No v al i s : Los Fr agment os y
4 . Vé a se t a mb i én No v al i s , Hi mnos a l a No c he y ot r as c ompos i c i o-
Los Di s c í pul os e n Sai s , Bue no s Ai r e s , 1 94 8, p . 2 8.
ne s , t r a d uc c i ó n y p r ó l o g o de J . Fr a nc i s c o El v i r a He r ná nd ez , Ma dr i d ,
3. Vé as e e l t e x t o í nt e g r o de e s t a a no t ac i ó n e n No va l i s , Hi mnos a l a
1974.
No c he y Cánt i c os Es pi r i t ual e s s e gui dos de La Cr i s t i andad o Eur opa ,
5 . Cf . Ma ur i c i o Be s s e t , No val i s e t l a pe ns e é mys t i que , Pa r í s , 1 9 47 ,
e s t udi o y v e r s i ó n de Al f r e do Te r za g a, Có r do ba 1 96 6, p p. 1 55 15 6.
p. 1 37 .
98
99
La pa l a br a d e l po e t a c o nv oc a s í mb ol o s de i ns ó l i t a b e-
En el tercero el éxtasis es nalmente alcanzado, se
l l e z a. Es t a l l a n y s e r e c o mpo ne n i má ge ne s a r c ai c a s l i be -
pr o duc e e l a c c e s o a l a e x pe r i e nc i a i nt e mpo r a l y e l po e t a
r a das de s u c o nt e x t o mí t i c o . El g r an o r g ani s mo uni v er s a l
r e c r e a l o s mo me nt o s má gi c o s v i v i d o s j unt o a l a t u mb a de
r e ve l a s u r o s t r o s agr ado . El po et a o ye “ l a vo z de l s i l e nc i o ”
Sof í a. El t i empo se al ej a rápi dament e como una t ormen-
y s e e nt a bl a u n pr o f undo di á l o g o c o n e l Se r de s c o no c i do .
t amásal l ádel hori zont e. En el Hi mno cuart o, Noval i s
No va l i s e xpe r i me nt a e nt o nc e s e l s e nt i mi e nt o de l o i na c -
ret omaenunpl anoc ósmi co el t emadel aexperi enci a
c e s i b l e y maj e s t uo s o; e l e s pant o ant e e l c ao s ; e l v ér t i g o;
t r a s c e nde nt e . La l uz apa r e c e pr i s i o ne r a e n l a No c he q ue
l a r e ve l ac i ó n; e l l l amado a l a s u mi s i ó n d e l s e r . “ La al e -
l a c o nt i e ne ; po r e s o, qui e n c o nt e mpl e e l “ p aí s nue vo ” , “ l a
grí a de expresar en est e mundo –com o él mi smo di ce– l o
mo r a da de l a No c he ” , no v ol v er á a de s c e nde r ha c i a e l t u -
que e s t á f ue r a de é l ” .
mul t o de l mundo , ha c i a e l l ug ar do nde s e mue ve l a l uz e n
La Noche adquiere por n su máximo valor de alte-
ri dad. Unat ransreal i dadpocasveces al canzada. Esl a
permanente i nqui et ud. Fi na l me nt e e n l o s hi mno s qui nt o y s e xt o , l a a mb i c i ó n
“ventana a lo innito”, la “abertura” que se comunica con
no val i ana po r i r r umpi r e n l a “ p at r i a c e l e s t e ” , s e de s pl i e -
l o s ni ve l e s i nvi s i bl e s, l a ví a po r l a que s e ac c e de –de s pué s
ga en un marco cri st i ano. El Di osHombre, reapareci do
dehabersuperadol asol edadyl adesesperaci ón–al a
c o n “ r o s t r o nunc a v i s t o ” e n l a po é t i c a “ c a ba ña de l a p o-
pl e ni t u d de un nue vo na c i mi e nt o , a e s e e s t a do de s e r q ue
b r ez a ” , e s e l c e nt r o de t o d a c o nt e mpl a c i ó n. Que da a t r á s
no e s di s t i nt o de l amo r .
l a é p oc a de l So l , c ua ndo l o s Se r e s Ce l e s t e s ha bi t a b an l a
A t r av és de l o s Hi mno s s e pr o duc e l a v e r da de r a t r a ns -
t i e r r a . Aho r a e l nue v o di o s i mpo ne s u r e l i g i ó n d e l a No -
posi ci óndel aexperi enci amí st i canoval i ana. ParaBé-
c he . El e pí l o go e s l a r e s ur r e c c i ó n, l a de r r o t a de l a mue r -
gui nc onst i t uyen“ l aobramaestra del apoesí apropi a-
t e, el Nuevo Naci mi ent o.
me nt e r o má nt i c a y uno de l o s má s b el l o s t e s t i mo ni o s q ue
En l a , c o m po s i c i ó n e xt r aña, Canc i ó n de l o s mue r t o s
poeta al guno haya dej ado de una avent ura personal me-
que s e gún e l t e s t i mo ni o de Ti e c k, No val i s pe ns aba i n-
6 t am orf oseada en mi t o” .
c l ui r e n l a s e gunda par t e de Enr i que de Of t e r di nge n,
En el Hi mno pri mero, l aNoches e i nt ernal i za en e l po e t a y e s t a bl e c e un c a nal q ue pe r mi t e l a apr o x i -
e l aut o r de l o s Hi mno s avanza un paso más en l a car ac t e r i z ac i ó n de l “ r e i no ” .
mac i ó n de No val i s a l a To t a l i dad. En e l s e gundo , l a
Enmedi odel atempest adyel pel i groexi st eun
Nochesec argadeprof undosconteni dosyel amor
uni v er s o s upe r i o r , “ o t r o r e i no ” e n e l q ue r i ge n o t r a s
se revela como energía; los ojos innitos del sueño se abren sobre la eternidad. El sueño como pregu -
normas; enel quei mperanot rasreal i dades. Al l í
r a c i ó n de l a mue r t e o ant i c i po d e l a r e i nt e g r a c i ó n a
los muertos. El espacio innito, la noche estrellada,
l aConci enci aCósmi ca, se revel acomol acl avedel
s e ha c o nv e r t i do , e n “ c i e l o ” , e n hábi t a t , e n l ugar i napr e -
“reino”. “¡La luz tiene jado su tiempo –dice el poeta–
hensi bl e; undeter mi nado“ arri ba” , al quel apresenci a
pe r o f ue r a de l t i e m po , f ue r a de l e spac i o , e st á e l Re i no
de Di o s Ho mb r e , l a Vi r g e n y l as j e r a r quí a s a ng él i c a s l e
de l a No c he ! ” .
mo r a So f í a , p e r o no s ó l o e l l a , t a m bi é n l a s a l mas de
coneren un sesgo marcadamente cristiano.
La v i v e nc i a de l c o s mo s uni t a r i o , e s e o s c ur o s e nt i mi e n-
El 6 . Al b er t Bé g ui n,
alma romántica y el sueño, M éx i c o , 1954, p. 264. 100
t o de par t i c i pac i ó n e n e l To do , do nde l o s e l e me nt o s v i v e n, 101
s i e nt e n y s e c o r r e s p onde n po r mi s t e r i o s o s l a zo s , f ue s i n
mánt i cos perci ben el mundoc omo unaprol ongaci ón de
dudapro pi edadc omúnyespont áneadel ageneraci ón
sí mismos e intuyen a su propio ser inserto en el ujo de
románt i ca, adqui ri da en un cl i made i nt ensa exal t aci ón
l a vi da c ó smi c a. Par a e l l o s e l uni ve r s o e s un s e r vi vi e nt e ,
e s pi r i t ual .
un o r g ani s mo ani ma do no di v i s i b l e e n s us di s t i nt o s e l e -
La c o nc e pc i ó n uni t i v a de l a Nat ur a l e z a, l a i nt e g r ac i ó n del hombre a sus ri t mos prof undos y el permanent e afán
me nt o s . La mul t i pl i c i dad de l as apar i e nc i as e s r e duc t i bl e a una Uni da d f unda me nt a l . En e l t i e m po , e l l a s e de s pl i e -
de o bt e ne r una s í nt e s i s e nt r e e s pí r i t u y mat e r i a, c o ns t i -
ga en un ciclo innito en que toda experiencia individual
t u ye r o n i de al e s r o má nt i c o s q ue ha l l a r o n f o r mas c o he r e n-
na c e y mue r e s i n t e n er s e nt i do s i no po r s u s ubo r di na c i ó n
t e s de e xpr e s i ó n al c o nc e bi r un mo ni s mo i nt e g r al di f e r e n-
al c o nj unt o ; e n e l e s pac i o , l a nat u r al e z a abar c a t o do s l o s
ci ado. Est e moni smo peculi ar habrí ade permi t i r dent ro
fenómenos. Por inuencia de las teorías galvanistas se
de l a s í nt e s i s , o t o r gar val o r es di s t i nt o s al al ma y al c ue r -
c o ns i de r a a l a v i d a c o mo una e s pe c i e de c i r c u i t o c ó s mi c o
po. Enl anatural eza, pensabaHerder, l oss i st emasde
e n q ue l o s o r g ani s mo s i ndi v i d ua l e s – c o mo pr e c i s a Ri t t e r –
f ue r z as pue de n s e r di f e r e nt e s y no o b s t a nt e e l l o s e g ui r
no son más que remansos que i nt err umpen l a cor ri ent e
una s o l a c l as e de l e ye s , pue s e n l a nat u r al e z a, c ada c o s a
para intensicarla. Lo que posee de vitalidad el indivi duo
depende de t odo l o demás y por l o t ant o no puede haber
c o mo t a l , l o t o ma de l a v i d a uni v er s al y e s pr e c i s o que un
si no unai nt enci onal i dad pri mordi al conf orme al acual
t r a ba j o c o nt i nuo de a s i mi l a c i ó n y d e s as i mi l a c i ó n – c uy os
l a s f ue r z as más di f e r e nt e s e s t é n o r de na da s .
l í mi t es extremos son el naci mi ent oy l amuert e–rest a-
El concepto romántico de la organización innita –una continuidad interminable de eslabones nitos– aparece
b l e z c a i nc e s a nt e me nt e e l c i r c u i t o i nt e r r umpi do y e nc a uc o r r i e nt e de l a vi da. “ e l To do –di c e Baade r – e s l o c e l a
c o n n i t i de z e n l a o br a Sobr e l a Nat ur al e z a deJ. B. Ro-
úni c o que vi ve ; c ada i ndi vi duo s ó l o vi ve e n s u r e l a c i ó n
7 A t r a vé s d e l a i nt u i c i ó n y l a bi net publ i cada en 1761.
c o n l o Ab s ol ut o , e s t o e s e n l a me di da e n que s upe r a
reexión de Herder, Schelling, Steffens, Carus, Schlegel,
l a i ndi v i d ual i dad po r e l é xt a s i s ” . De ahí que mo r i r e s
No va l i s , Baa de r , Oke n, Sc hub er t y Ri t t e r , s e v a c o nf o r -
ac c e de r a o t r a f o r m a de vi da, pue s “ t o do l o que e s pe r -
mando l avi si ón uni t ari adel mundo como unas ol ar ea-
f e c t o e n s u e s pe c i e d e be e l e va r s e p or e nc i ma d e e l l a
l i dadi nt erconectada; unorgani smouni versal pl enode
y c o nv er t i r s e e n o t r a c o s a , e n u n s e r i nc o mpa r ab l e ”
senti do, ques ól opuedecomprendersea part i r deuna
( Goet he) .
r e e s t r u c t ur a c i ó n de l c o nc e pt o de r e a l i da d. El geni or ománt i co preparael adveni mi ent odeuna
A l a zaga de Herder y de Baader, Noval i s ha poet i z ado e s a i nt u i c i ó n o r gano l ó gi c a y s i m bó l i c a de l a
e r a me t a f í s i c a . “ La p e r c e pc i ó n de l a u ni da d – es c r i be Bé -
natural eza. Si l aesenci adel Todoorgani zadoha
g ui n– e s una pr e mi s a q ue l o s r o mánt i c o s a pl i c a n a l mun-
si do i ncul cada en el hom bre por el Creador, exi st e
do e xt e r i o r pe r o q ue t i e ne s u f ue nt e e n una e x pe r i e nc i a
un grado deter mi nado de i nt erdependenci a ent re l o
8 ab s ol ut a me nt e i nt e r i o r y bá s i c a me nt e r e l i g i o s a ” . Lo s r o -
innitamente pequeño, representado por el hom bre, y la innita grandeza del universo. Aproximar l ospl anosdi st i nt os, avanzarenl odesconoci doa
7. Véase Al exander Godevon Aesc h, El r omant i c i s mo al e mán y l as c i e nc i as nat ur al e s , Bue no s Ai r e s , 1 94 7, p. 1 67 y s s . 8. Al be r t Bé gui n, o b. c i t . , p. 99 . 102
t r a vé s d e l o c o no c i do , e s f unc i ó n de l a anal o gí a. El conoci mi ento de sí abre l as puertas del conoci mi en103
t o t o t a l . A par t i r de e s e c o no c i mi e nt o s ur g e l a pr e s enc i a de l o r e al e n e l i nt e r i o r de l ho m br e y advi e ne un nuevo est ado de conci enci a. Enl os Fr agme nt os , Noval i si nt uyel osgrandes
CAPÍTULO V
La uni dad cósmi ca y el sueño en l a poéti ca de Nerval
misterios y arma que el hombre está en contacto c o n t o do e l uni v er s o , as í c o mo c o n l o p or v eni r y l o pasado. “ El m undodel os espí ri t us –escr i be– est á
Lo s ma e st r o s d e l e ns u eño . Gué r i n y e l j i v anmuk t a. La no c he
ya abierto para nosotros, es siempre maniesto. Si
ser ánegraybl anca. Aurel i ayl as“puert asenel m uro”.
depronto t uvi ésem os l ael ast i ci dad necesari a, nos verí am os enmedi o dees e m undo”. Su concepc i ón de l uni ve r s o , f r ut o de s us vi ve nc i as pr o f undas , m anti enehoyi nalt erable vi genci a. Tant oenl os Fr ag- ment os , com o en Los di s c í pul os e n Sai s o e n Enr i que de Of t e r di nge n , avanzasobrel aci enci adesuépoca preanunci ando el senti do de l as más modernas y audaces hi pótesi s cosmol ógi cas: “Los mundos superi ores se hal l an mucho más cerca de nosotros de l o que nos atrevem os apensar. Es nuest ra conci enci al aque vi ncula anuest ro l i mi t ado mundosensori al cones os mundos
Ge r a r do v e a s u do bl e . Di e c i s i e t e r e l i g i o n es . Una bi b l i o t e c a i nqui e t a nt e . El o r o e s pi r i t u al . Po e t a y o c ul t i s t a . La c l av e d e Le s Chi mè r e s . Al q ui mi a mí s t i c a . Pe r e gr i no de l a g no s i s
Todo vi ve , t odo s e agi t a, t odo s e c o- r r e s ponde ; l os r ayos magné t i c os e mana- dos de mí mi s mo o de ot r os , at r avi e s an
sin obstáculo la cadena innita de las c os as c r e adas : e s una r e d que c ubr e e l mundo y c uyos hi l os s e c omuni c an c on l os pl ane t as y l as e s t r e l l as . Nerval , Aur e l i a
9
Veam os uno des us t ant os apunt es, bresuperi ores”. ves yt axati vos, perdi doen el abi garradoc onj unto de susgérmenes: “ Cosmol ogí a. Uni versomul t i versoomni verso. Para l omásel evado, para l omásuni versal, 10 una expres i ón que no t i e ne nombr e ” .
El r e i no de l c i e l o e s e l r e i no de l as c aus as . Es t ando l os e f e c t os t e r r e s - t r e s l i gados a s us c aus as c e l e s t e s hac e n que t odo s e a c or r e s pondi e nt e y que t e nga
un profundo signi cado. El nombre es el medi o de uni ón e nt r e l o nat ur al y l o e s - pi r i t ual . Swedenborg, Ar c anos Ce l e s t e s El romant i ci smo f rancés t uvoenGerardode Nerval 9. Cf . No va 1i s , Enr i que de Of t e r di nge n , Bue no s . Ai r e s , 1 95 1, p p. 1 26 y 1 80 . 1 0. No v al i s , La Enc i c l ope di a. No t as y Fr agment os , M adri d, 1976, p . 4 31 . Es t a nue v a v e rs i ó n c a st e l l a na se ha re a l i z a do s i g ui e nd o e l t exto est ablec i doporEdwardW as muthenel pri mer t omodel os Fr agme nt os , He i d e lb e r g , 1 95 7. 104
auno des us más puros repres ent ant es. M uy cer cano a l o s r o má nt i c o s a l e mane s , q ue c o nf e r í a n a l po e t a una t a reametaf í si ca, ypret endían acceder aun conoci mi ent o o bj e t i v o y a una c apt a c i ó n de l o r e al po r me di o de ps i c o t é c ni c as y as c e s i s de t i po mí s t i c o , Ne r val pe r t e ne c i ó a un romant i ci smo menor que most raba marcada predi l ecc i ón 105
po r l o mar a vi l l o s o , y t r a t a ndo de e xpr e s a r l o i ne xpr e s a -
Bretonne (alguno de ellos gurará en LesIlluminés de
bl e , s e ña l a ba a l a p oe s í a nue va s y r i e s g os a s p os i bi l i da -
Gerardo) , apensadores de l amás pural í nea tr adi ci o-
des.
nal que, parti endo de i ntuic i ones yexperi enci asmen-
En Al e ma ni a , No v al i s , Ar n i m, Ti e c k, Br e nt a no y o t r o s
tal es, repensaban el ocul ti smo y estructuraban doctr i -
auda c es e xpl o r ado r e s d e l “ y o ” , s e e s f o r z aban po r l l e gar a
nas i nterdi ct as, basándoseen l a percepci ón pri mi ti va
l o de s c o no c i do , a una e xi s t e nc i a má s aut é nt i c a , a un ni v el
de l a correspondenci a uni versal .
i nt e mpo r al , e n e l que l i b er a da d e o pue s t o s , l a c o nc i e nc i a
Gerardoc onst i t uye, si n duda, el punt oc ul mi nante
s e f undi e s e e n una uni d ad o r i g i na l , pl e na y v i v i e nt e . La
de e s a ho nda i nqui e t ud e s pi r i t ual , pe r o s u ámbi t o no e s
po e s í a , e l s ue ño , l a ma gi a y l a c i ma d el amo r , e r an s e gu-
e l de l a e s pe c ul ac i ó n r ac i o nal , s i no e l de l a e ns o ñac i ó n
r a s “ pue r t a s e n e l mur o ” pa r a pe ne t r a r e l s e nde r o d e l a
y e l é xt a s i s po ét i c o . Ne r val i nt e r r o ga c o n t e r r o r a l as
po si bl e l i be r ac i ó n s upr e m a. To do e l s er , y no s ól o l as f ac ul -
tr adi ci onespri mi ti vas, pretendedevel arl osanti guos
t a d es r a c i o na l e s , d eb í a n pa r t i c i p ar e n e s a g r a n a ve nt ur a
arcanos yentabl aa tr avés de su obrauna l uchadeci -
me t a f í s i c a de r e l e vami e nt o de l al ma . Se t r a t a ba de un de s -
si va por el conoci mi ento. Lapoesí aes unarevelaci ón
c e ns o a l o s o s c ur o s e s t a do s de l a me nt e de s de do nde f ue s e
y uye de las profundidades del sueño, mundo miste -
po s i b l e r e enc o nt r a r e l “ Par aí s o Pe r di do ” e i nt e g r ar s e e n l a
ri osoy tr ascendente que habrá que i l umi nar yf orzar.
v i d a uni da, pr e s e nt i da má s a l l á de l uni v er s o s e ns i b l e .
La avent ura i nter i or de Gerardo l o acerca asi mi smo a
Los modernos estudios nervalianos identica n a Gerardo con esa familia de buscador es de innito. Richer, LeBre t on, Bégui nyMari ehanaport adoel ementos
de juicio que contribuyen a perlar la dimensión es-
l os “maestros del aensoñaci ón” , especi al ment eaSénancour, Nodi er yGuéri n. Conel l os compart egr an número de t emas, co munes t am bi éna l os ro mánt i cos al em anes. Al bert Bégui n l os enumera: “ analogí a ent re
pi r i t ual d el p oe t a, a i s l ándo l o e n c i e r t o s e nt i do de l o s
e l ho m br e y l a nat ur al e z a, pe r c e pc i ó n de l o i nv i s i bl e a
prom i nent es románt i cos que se al i nean detrás deLa-
t ravés del os obj etos, es peranzadedom i narsuspro-
mart i ne y deVi gny. No obst ant e, Gerardo no respon-
pios estados de alma y de servirse de ellos a n de con -
dí aenteram ent e al avi ej aAl em ani a, “ nuest ra madre
qui star un poder nuevo sobre el mundo, mí sti ca de l os
común” , como él mi smo l a l l am ara. Franci a regi st raba
números y búsqueda de l a uni dad más al l á de l as apa-
al respecto antecedentes i l ustr esy tanto con anteri o-
1 ri enci as múl i pl es”.
ri dadasusgrandesr ománt i cos , c omoenl acor ri en-
obst ant e–unasensi bl edi f erenci a, quepodrí aesque-
te post eri or quepart i endodeNerval , Petr us Borel y
mati zarse en l a oposi ci ón mí sti ca-magi a. Mi entr as l os
ot ro s, al canzarí asumáxi macum bree nBaudel ai re;
pr e r r o m ánt i c o s f r anc e s es bus c ar o n e l é xt a s i s , l a s al i da
muchos“horri bles tr abaj adores” , habí anf orzadol as
de l t i e m po , l a i nme r s i ó n de l “ y o ” e n un e t e r no pr e s ent e
Estas anidades presentaron –no
compuert asdel sueño, l anzándose haci al oi rraci onal
atemporal libre de opuestos y la unicación de la vida
oenun i nt ent odesesperadopor devel arl oi ncognos-
en unasuprem ayf ugaz aspi raci óndeet erni dad, l os
ci ble, pedí anal ocult i smoyal am agi al asl l avessa-
al em anes pretendier on, ant e t odo, poderes para modi -
gradas paradom i naral anatural eza. El si gl oXVII I habí at eni do en el conde de Sai nt Germai n, en Fabre d´ Ol i vet, en Cl aude de Sai ntM arti n o en Resti f del a 106
el 1. Al b e r t Bé g ui n, El al ma r ománt i c a y 4 03 . 107
sueño, Mé xi c o , 1 95 4, p .
car la naturaleza y fórmulas mágicas para poseer ese
para model ar un cosmos acorde con sus dramáti cos re-
f orzado paraí so. En esa t ent ati va sobrehumana habrá
cl am os. Nodi er es un espí ri t u ávi do de curi osi dad para
de acompañarnos Nerval y poster i orment e Baudel ai re
e l que “ e l mapa de l uni v er s o i mag i n abl e s ó l o s e t r a z a e n
yRi mbaud, qui en, por l amagi adel verso, pret endí a
sueños”. Acuciado por sus propios conictos, bucea las
c apt a r l a mag i a r e al de l uni v er s o y hal l ar l o s s e c r et o s
prof undi dades, l i berando i mágenes que l o angust i an y
para cam bi ar l a vi da.
tr ansf ormándol as en mi t os que enri quecen su obra y l e
En Obe r mann, Sénancour ant i ci pa l aaprehensi ón de esas cor res pondenci as, que Nerval conocerá en momen-
pe r mi t e n s u r e c o nc i l i ac i ó n i nt e r i o r . Pero ni el ensueño deObermann ni l os mi t os deNo-
t o s de e xa l t a c i ó n dr a má t i c a . Sé nanc o ur a c c e dí a a l a c o n-
di e r e n El Hada de l as Mi gaj as , a l c a nz an l a pr o f undi da d
ci enci ai mpersonal s i gui endo en el ambi ent eel sent i do
mí st i ca que i mpregnal as obras deMauri ce deGuéri n.
de l os ri t mos. M edi ant e parti culares métodos de i nduc-
El sent i mi ent o de l avi dac ósmi ca que asom aenl asúl -
c i ó n ( di s pe r s i ó n o de s pl i e gue de l “ y o ” ) o bt e ní a l e nt a me n-
t i masvi si ones de Hugoy que habrá de pat ent i zarse en
t e e s e e s t a do d e g r a c i a , v er d ade r a f us i ó n e n e l t o r r e nt e
Aur e l i a, s e a nunc i a y a e n e l Cuade r no ve r de . Guéri n es
de l a v i d a c ó s mi c a. La r e al i dad e xt e r i o r s e ani qui l aba po r
un ni ño ma r av i l l a do que t r a ns i t a l o s l í mi t e s de l t i e mpo .
s í mi s ma, y e l s o ñado r , l i be r ado de l a c o nt i nui dad, s ubs -
Por moment os cr uzas u f ronter ay ret orna i mpregnado
t raí do de l avi da separada, gozaba en l aatemporal i dad
de e t e r ni dad. No po s ee bi o gr af í a ni al i me nt a pas i o ne s t e -
de l s e r.
r r e s t r e s . Vi v e e n l o s r i t mo s c a mb i a nt e s , e n l o s r umo r e s i na udi b l e s y e n l o s c o nt r a l u c e s de l c r e p ús c ul o . Co mo Mi -
Entr egados at odoc uanto seagi ta yse sucede en tornonuestro, af ectadosporel páj aro que pasa, l apiedraquecae, el vi ento quemuge, l a
nube que avanza; accidentalmente modicados
enest aesf erasi em pre m óvil , s om osl oquenos hacen ser l a calma, l asombra, el rui do de un i nsecto, el ol or que em ana de unahi erba, todo ese uni versoquevegetayse mi nerali zaanuestr os pi es; cam biamos según sus f ormas i nst antáneas, som os m ovidos por sus m ovimi entos, vi vimos con 2 su vi da.
c he l , e l de me nt e de No di e r , e s una c r i at u r a de de s e c ho o de e l e c c i ó n, que v i v e de i nv enc i ó n, de f ant a s í a y de amo r e n l as r e gi o ne s más pur as de l a i nt e l i g enc i a. Su s o l a f e l i c i da d e s e s a q ue c o ns i s t e e n r e nunc i ar a l e go t i s mo , y e n l o gr a r e l “ mi nut o f ue r a de l t i e m po ” f undi é ndo s e e n e l t o r r e nt e de l a v i d a c ó s mi c a. Habi t o c o n l o s e l e me nt o s i nt e r i o r es de l as c o s as , s ubo a l o l ar g o de l o s r a yo s d e l as e s t r e l l as y de l a c o r r i e nt e de l o s r í o s has t a e l s e no d e l o s mi s t e r i o s de su generaci ón. Soyadmi ti do por l anaturaleza
Es t a pa si v i d ad de Sé nanc o ur l o al e j a de No di e r , c uy o
paisaje espiritual, aunque registra anidades y coincide nc i as no t a bl e s , r e c haz a l a no l i c i ó n y l as i nc e r t i dum-
bres deObermannybusc aenl os sueñosl amat er i a
2. Ci t a do p or Bé gui n , o b. c i t . , p . 4 0 5. 108
e n e l más s e c r et o de s us di v i no s r e c i nt o s , e n e l punt o de par t i da de l a v i da uni v er s al ; ahí s o r pr e ndo l a causa del movimi ento y escucho el pri mer canto de 3 l o s s e r e s e n t o da s u f r e s c ur a.
3. I bí de m , p. 4 24 . 109
Su alma uctúa entre esos anticipos de la eternidad y
v ol v i ó a v e r y s upo má s t a r de de s u mue r t e , pe r s i s t i ó e n
l o s c r u el e s e i ne vi t a bl e s d es c e ns o s a l uni v er s o d e l a e x-
de s c ub r i r l a e n l as muj e r e s q ue as o ma r o n a s u v i d a e n l a
pe r i e nc i a s e ns o r i a y l a c apt a c i ó n c o ndi c i o nada. Ll e ga e n-
r e al i dad o e n e l e ns ue ño . El l a f ue Si l v i a y Aur e l i a y f ue
t o nc e s l a ho r a de l a de c e pc i ó n, de l pr o f undo s uf r i mi e nt o .
t a mb i é n Je nny Co l o n, l a a c t r i z a l a q ue Ge r a r do e s c r i b i ó
Su al ma acostum brada a penetr ar l as t i ni eblas más al l á
di ve r sas o br as y f undó , par a c e l e br ar l a, l a r e vi s t a M onde
de l as c ual e s “ s e v e c a r a a c ar a c i e r t o s mi s t e r i o s o s e d i s -
Dr amat i que .
f r ut a de l as más dul c e s v i s i o ne s ” , c ae , s e c o nde ns a, s uf r e
Su sensibilidad exacerbada, su descenso a los iner -
un s úbi t o e nc o gi mi e nt o , “ s e c o nt r a e y s e e nr o l l a s o br e s í
nos, yl adual i dad desconcert ante quese proyect óso-
mi s ma c o mo una ho j a t o c a da po r e l f r í o ” .
bresutrágic odesti no, sonl osf actoresconf orm antes
Guéri ns enospresentac omouns er abi ert oal as
de una personal i dad úni caen l asl etras f rancesas. De
di vi ni dades del sueño. Suvi daoscura, ques eacerc a
sól i da f ormaci ón cl ási ca, románt i co por t emperam en-
po r l a i nt e ns i dad de s u e xpe r i e nc i a al ni v el de “ s a haj a
t o yvocaci ón, precursor del si mbol i smo yanunci ador
sam adhi ” del os j i vanmukt as hi ndúes, comuni ca con
del surreal i smo, Nerval parece hoy superi or a Lam ar-
otr ar eali dadmás vast aque se prol onga de su propi o
t i ne ya M usset ypor l o menos i gual aHugo. En su
ser. Las i mágenes yl os sí mbol os del i nconsci ente pro-
I nt r oduc t i on à l a poé s i e f r anç ai s e , Thi err yM aul ni er
yectan sus sombras en un uni versot otal ; el uni verso
ha escri to que en l a pri mera mi tad del si glo XX en l a
vivi entedel atradi ci ónocul ti staqueel rom anti ci s-
hi s t o r i a de l a po es í a f r anc e s a, no e s ni Hugo , ni Vi g ny,
mo recreará, exal tando l os mi tos del i nconsci ente, del
ni Lam arti ne ni M usset , si no Gerardo de Nerval , ese
al madel mundo, del auni daduni versal ydel asc o-
diamante de limpidez insondable, donde se reeja la
rrespondenci as i nvis i bles.
parte i nvisi bl e del mundo.
Tam bi én co mo Guér i n, Ger ardo t uvo a su al ma co mo pr i me r ho r i z o nt e . Hi j o de un c i r uj a no ma yo r de l o s e j é r c i t o s i mpe r i al e s , Ge r ar d Labr uni e nac i ó e n Par í s e l 21 de mayo de 1808. El ni ño j am ás conoci ó a su madre. “ Nunc a h e v i s t o a mi ma dr e – es c r i b i ó – ; s us r e t r a t o s han s i do perdi dos or obados” . Fuec ri adoenLoi sy, muni ci pio de Ve r y p as ó l a r gas t e mpo r ada s e n l a c a s a de s u t í o ab ue l o Bo uc he r , e n Mo r t e f o nt a i ne , no l e j o s de a que l “ c e r c a do de Ne r val ” . Al l í , e n c as a d e l Tí o Bo uc he r , hal l ó l a v i e j a bi bl i o t e c a de o c ul t i s t a s y mi s t a go go s a l a que h ac e r e f e renci aen Syl vi e y e n e l pr e f a c i o de Le s I l l umi né s . Tambi é n al l í b ai l ó s o br e e l pas t o , e n me di o d e l as n i ñ as d e l
Tanat or mentadocomoBaudel ai re , per osi n
sacricar al gusto por la joyería macabra de Les Fl e ur s du M al ; t an punzant e como Ri mbaud, pero s i n s u r i s a pr o v oc a t i v a; t a n d o l o r i do c o mo Ve r l a i ne , s i n s u c r á pul a ; t a n s a bi o c o mo M al l ar mé , s i n s u po s e . Er a po r nat u r al e z a l o q ue Va l é r y ha s i do po r
ocio, un Valéry desinfatuado.
4
En Aur e l i a i nt e nt ó pe ne t r a r e l “ más al l á” , at r a ve s ando l o s i nde s c i f r a bl e s y h el a do s s u bt e r r áne o s d el s u eño . No c o no z c o o t r a o br a que e s t é t a n v i nc ul ada c o n l a e x i s t e nc i a d e s u a ut o r , e s c r i b i ó Bé gui n. Su n os t a l g i a d e l a
pueblo y ent ró en l a ronda con l a hermosa Adri ana, que vení adel c asti l l oamezcl arsec onl ascampesi nas. Esa i mpresi ónf uet anprof undaque, apesar dequenol a 110
4. J. St e i nma nn, “ Gé r ar d d e Ne r va l e t Mo r t e f o nt a i ne ” , e n La vi e i n- t e l l e c t ue l l e , Pa r í s , 195 2, p. 44 . 111
uni dadesenci al l o l l evóa unabúsquedaenl aque puso
deunave, a l af ormadeunanube, at odol ovagoroso
en j uegos u propi avi da y no ret rocedi ó, como Ri mbaud,
que pas a po r l o s ai r e s ” . La vi da uni v er s al l e c o nc e dí a s u
ant e “ e l mundo d e l o s e s p í r i t u s ” . I mpe r at i v o y t r á gi c o ,
embri aguezyl acont empl aci ón, l i beradoradel acont i -
con ese rostro consumido por ebre de innito, que la
nui dad, era un método seguro de i nducci ón para t raspo-
f ot o deNadar muest ra coni mpl acabl e cr udeza, Gerar-
ner la conciencia ordinaria e integrarse en una innitud
do l i b r ó s u úl t i ma b at a l l a e s pi r i t u al l a no c he d e l 2 6 de
i ndependiente del t i empo.
e ne r o de 18 55 . Cuando a ma ne c i ó e n l a s ó r di da c a l l e j a de
Al g una s v e c e s – e s c r i b i ó Ga ut i e r – s e l o v e í a e n l a e s -
l a Vi e i l l e Lant e r ne , s u c ue r po mat e r i a l , que a l b e r g ar a a
qui nade unac al l e, con el sombrero en l amano, en una
un e s pí r i t u p ur o de p o es í a, s e b a l a nc e ab a e nt r e e l c i e l o
especi edeéxt asi s, evi dent ement eausent e del l ugar en
y l a t i e r r a . La v í s p e r a, h ab í a e s c r i t o a s u t í a , mada me
que se hal l aba… Cuando l o encontr ábam os de esa mane-
Labruni e, unaesquel aesot éri ca ybreve que t ermi naba
ra absor t a, t omábam os precauci ones para no abordarl o
con est as pal abras: “ Hoy no me esperes porque l a noche
bruscament e, de mi edo de hacerl o caer de l o al t o de su
s e r á ne gr a y b l a nc a ” .
sueño, c omounso nám bul oquese despi er t asobr esal -
El geni oque poseyóa Gerardo, i mpul sándol o asus
t ado, paseándose conl os oj os cerr ados yprof undam en-
ext rañasact i t udesdeal uci nado, noguardó, segura-
t e dormi do al borde de un t ej ado. Nos si t uábam os en su
ment e, ni ngunarel aci ónc onl al ocura. Lageni al i dad
campovi sual yl edej ábam os el t i emponeces ari opara
ne r val i ana, pr o duc t o , t a l ve z, de una me zc l a f e l i z de di s -
vol verdel f ondo de su sueño, esperando que su mi rada
po s i c i o ne s b i o l ó gi c a s di s c o r dant e s , d e s ar r o l l ó s u c ur v a
5 nos encontrase por sí mi sma.
v i t al e n e s a z o na i mpr e c i s a que s e hal l a e nt r e l as f r o n-
Lasensaci ón dees aexperi enci al i beradoradel pr i n-
t e r a s d el e qui l i br i o me nt a l y l a pe r t ur b ac i ó n ps í qui c a .
c i pi um i ndi vi duat i oni s , s e p r o ye c t a e n s u o br a po é t i c a
Un psi qui atr a al emán se asombraba de que su“ enf er-
me z c l á ndo s e a s us l e c t u r as y a s us r e c ue r do s pe r s o na l e s .
medadment al ” hubi ese si donotabl emente cr eadora y
La s i mbo l o g í a t r a di c i o nal s e c o nf unde c o n s us pr o pi as vi -
const ruct i va.
v enc i as , l o s pa r ano r mal e s e s t a do s de s u ps i qui s s e a gu-
Existió en él la fría razón a la cabeza de la ebre. Como
decí aGaut i er, l aal uci naci ónanal i zándoseasí mi sma
mediante un supremo esfuerzo losóco. Nunca como en
di z an. El po et a c r e a c o n f e br i l pr e m ur a y l as r aí c e s de s u c r e a c i ó n l i t e r a r i a s e h unde n e n e l ma r av i l l o s o u ni v er s o del ascorr espondenci asi nvi si bl es, ese mundosi mbóli -
v i s i t a s a l do c t o r Bl a nc he , Ge r a r do s e hal l ó t an l i b r e de
co, atormentado de augurios, donde los astros inuyen a las ores y los espíritus de los ritos malditos animan
i nhi bi ci ones y dueño de unaf uerza que mul t i pl i cabas u
l a ma t e r i a y di r i g e n l a v i da múl t i pl e y c a mb i a nt e de l a s
comprensi óny suagudeza. “ M eparecí asaberl ot odo–
e sf e r as c e l e s t e s .
esos moment os de exal t aci ón que l e val i eron rei t eradas
esc ri be–, c omprenderl ot odo. Lai magi naci ónmeapor-
Aur e l i a esunaobrasi nant ecedent esenl asl et ras
taba delicias innitas…Al recobrar lo que los hombres
f r a nc e s a s . Ge r ar d o l e ha c o nf e r i do una mi s i ó n q ue t r as -
l l aman l a r a z ón, ¿ s e r á pr e c i s o s e nt i r hab er l a p e r di do ? ”
ci endeel marco del opurament eart í st i co. M edi ant eel
Como Oberm ann, se abst raí a de su contorno ani qui l ando l a r e al i dad e xt e r i o r , “ s o ñando c o n l o s o j o s abi e r t o s, at e nt o a l a c a í d a de una ho j a, al v ue l o de un i ns e c t o , al pas o 112
5 . Ci t a do p or Ar v e de Ba r i n e , Los ne ur ót i c os , Bue no s Ai r e s , 1 93 7, p . 190. 113
encant am i ent o l i t erari o pretende concr etar un descenso a l o d es c o no c i do , “ ab r i r pue r t a s ” e n e l mur o q ue l o s e pa r a de l uni v er s o i nv i s i b l e . Pa r a e l l o , ha br á d e v a l e r s e del s ueñoqueponeal hom breencomuni caci ónc onel r e i no d e l o s e s pí r i t us . El s ue ño d evi e ne , as í , f ac t o r e s enc i a l e n l a b ús q ue da de e s a r e a l i dad que s e e va de t r as de cam bi ant es máscaras. Su concepci ón mí st i ca del mundo, de r i v ada de l pe ns a mi e nt o mo ni s t a, y s u f r e c ue nt a c i ó n de l as do c t r i nas e s ot é r i c a s, l e s e ñal an que “ e l c ami no mi s t e r i o so va hac i a e l i nt e r i o r ” , úni c o l ugar do nde po dr á r e al i z ar e l ha l l a zg o s upr e mo .
El sueñoes unasegundavi da. Nohepodi do
penetrar sin estremecerme esas puertas de marl
o de cuerno que nos separan del mundo i nvi si ble. Los pri meros i nst antes del sueño son l a i magen de l amuert e; unadormeci mi ento nebul oso embarga nuest ro pensam i ent o y no podemos determi nar el i ns t a nt e e n q ue e l yo, ba j o o t r a f o r ma , c o nt i núa l a
obra de la existencia. Es un subterráneo indenido
que se i l umi napoco apoco, ydonde se desenvuel -
ven, a la sombra de la noche, las pálidas guras
gravem ent e i nmóvi l es que habi t an en l amansi ón del l i mbo. Después el cuadro se f orma, unanueva
El h o mb r e , e n s u r e mo t o o r i g e n, p o s e í a e s a i nt u i c i ó n
c l a r i d ad l o i l umi na y l as apa r i c i o ne s f ab ul o s as s e
pr i mo r d i a l q ue , p or a na l o g í a , l e pe r mi t í a c o no c e r e n s í
mueven: el mundodel osEspí ri t uss eabreant e
mi smo l a i magen real del uni verso. Gerardo am bi ci onaba
6 nosotros.
r e e nc o nt r a r una v í a d e a c c e s o , un mo do s e g ur o d e i nduc c i ó n; po r e s o c o nc i bi ó s u v i da c o mo l a bús q ue da de l al f a -
Ese es el mundoqueGerar dopret endí adom i nar,
be t o mág i c o , de l a c ar t a pe r di da o e l s i g no bo r r a do q ue l e
anal i zandosuest ruct uraydesci f randosul enguaj e
pe r mi t i r í a n r e c upe r ar f ue r z as e n e l i nv i s i bl e “ má s al l á ” .
si mból i co. Un mundo i nterdi ct o, donde no ri ge l a cau-
“ Mi mi s i ó n –e s c r i bi ó – me p ar e c i ó s e r l a de r e s t a bl e c e r l a
sal i dady caducan l as noci ones comunes del espaci o y
ar mo ní a uni v er s a l po r ar t e c a ba l í s t i c a y bus c a r una s o l u-
el tiempo, pero donde sí, es posible, identicarse con
c i ó n, e vo c ando l as f ue r z as o c ul t a s d e l as ant i g uas r e l i g i o -
el senti dodel avi dac ósm i ca, r eal i zandounanti ci po
ne s ” . El t r i unf o de l “ Lo go s ” s o br e e l “ Myt ho s ” , de l a v i s i ó n
de rei ntegraci ón en l auni dad presenti damásal l á del
r ac i o nal s obr e l a vi s i ó n i ndi vi s a; “ l a c aí da” e n l o c o ndi c i o -
uni verso sensi ble.
nado y e n l a e xi s t e nc i a s e pa r ada, q ue c i e r r a al ho mbr e l a s
Ne r v al r e c ha z ó s i e mpr e l a s e x pl i c a c i o ne s ps i c o l ó gi c a s
puertas de la innitud, atormentaron siempre a Gerardo.
del sueño. Los conictos inconscientes, las motivacio -
De ahí que f o r j a r a a l a l i t e r a t ur a c o mo i ns t r ume nt o v ál i do
ne s i r r a c i o na l e s y l o s de s e o s r e pr i mi do s q ue e me r g en e n
de b ús que da, e s pe c i al me nt e s i l a o b r a l i t e r a r i a s e c o nc i be
nue s t r a v i da o ní r i c a e n a s oc i a c i o ne s e x t r a ña s , c o ns t i t u -
e n un e s t ado e n que l a v i g i l i a y e l s ue ño s e t o r nan po r os o s
y er o n pa r a é l s ó l o un a s pe c t o de e s a a c t i v i da d mi s t e r i o -
y a mb os pl a no s s e i nt e r p ene t r a n y c o nf unde n.
s a . El ho mb r e e s e l mi c r o c o s mo s e n e l ma c r o c o s mo s , y e l
Aur e l i a c o nt i e ne l a s uma de l c o no c i mi e nt o ne r v al i a no
i nc o ns c i e nt e do nde s e mue ve n l o s s ue ño s , l a r a í z de l s e r ,
y e s e l e j e mpl o má s no t a bl e d e e s a l i t e r a t u r aac t i v i d ad
verdadero nexoc on el al mauni versal omni presente. Su
de l e s pí r i t u que s e i ns e r t a e n e l mi s mo c o r az ó n de l a e x-
pr o pó s i t o c o nf e s ado c o ns i s t i ó e n i nt e r n ar s e e n e l s ue ño ,
peri enci a humana. En su comi enzo, Gerardo rel ató esos
pa r a pe ne t r a r má s a l l á e n e l mi s t e r i o .
moment os i nef abl es en que el sueño, envol vi endo asus s e nt i do s , l o a r r as t r a ba h ac i a r e g i o n es de s c o no c i das do nde se moví an f ant ásti cas sombras. 114
6 . Ge r a r do de Ne r v al , Aur e l i a , Bue no s Ai r e s , 19 45 , p. 9 . 115
M e l ancé a unaaudaz tentati va. Resol ví captur a r e l s ue ño y a r r a nc a r l e s u s e c r e t o . ¿ Po r qué , me
dije, no forjar por n esas puertas místicas, arma -
do de toda mi voluntad y domi nar mi s sensaci ones envezdesoport arl aspasi vament e?. . . Nuncahe senti do que el dormi r sea un descanso. Después de un sopor de al gunos mi nut os, comi enza una nueva v i d a e ma nc i pa da de l as c o ndi c i o ne s de l t i e m po y e l e s pa c i o y s e me j ant e , s i n duda , a l a q ue no s a gua r da de s pué s de l a mue r t e . ¿ Qui é n s a be s i s e r á po s i b l e a l al ma , uni r de s de aho r a e s as do s e xi s t e nc i a s ? Desde ese mom ento me esf orcé en buscar el senti -
complej os) , que se agrupan en t orno de pensam i ent os act i vos o f uertes experi enci as em oci onal es ( Jung). Si n em bargo, no puede descart arse tot al mente l a posi bil i dad de que en al gunos casos, personas parti cularmente sensi bles ef ectúen, consci ente o i nconsci entemente, ci ertoti pode pr oye c c i one s paranormal es, conoci das como f enóm enos de bi l oc ac i ón. Una noche, cuandoel é panc he ment du s onge dans l a vi e r é e l l e habí aal canzadoungr adopel i groso, Gerardo v i o po r p r i me r a v ez a s u d ob l e . Fue , t a l v ez , u n s u e ño , yent odo caso unapremoni ci ón. Deteni do por unar on-
do de mis sueños y esa inquietud inuyó sobre mis reexiones del estado de vigilia. Creí comprender
da n o c t ur na , v i o , r e c o s t ado e n s u c e l da , c ó mo do s de s us
queent re el mundoext ernoye l mundoi nter no
mo–partí aacompañándol os: “ pero se equi vocan –se de-
7 e xi s t í a un v í n c ul o .
c í a–, e s a mí a qui e n han v eni do a bus c ar y e s o t r o e l que
am i gos l o recl am aban y al gui en de su est atura –él mi s-
sale”. Por n los dos amigos vinieron a llevarlo y al co Si nembargo, l aexperi enci adeGer ardonoquedó l ocal i zadaenesaaspi raci óndeuni dadmí st i ca, en
no c e r e l r e l at o de Ge r a r do , ne ga r o n q ue hub i e s e n e s t a do durant e l a noche.
ese retorno al gran Ti em po que servía de f uente a sus creaci onesl i terari as. Junto al oséxtasi sprof undosy
¿ Qui é n e r a pue s e s e e s pí r i t u q ue e s t a ba e n mí y
los accesos a una conciencia modicada en la que “el
f ue r a de mí ? ¿ Er a e l dobl e e n c ue s t i ó n o e l he r ma -
al mamásexal tadays uti l hal l arel aciones i nvisi bles,
no mí s t i c o q ue l o s o r i e nt a l e s l l a m an f e r ue r ? . . . Sea
coi nci denci as no perci bi das y goza de espectácul os que
cual f uere, creo que l a i magi naci ón humana no ha
escapanal osoj osmateri al es” , Gerardoconoci óesos estados si ngul ares en l os que l a em ergenci a de un nuevo“ yo” conduce aun proceso de desdobl am i ent o. Esa dobl epersonal i dad, adem ásdecaracteri zaraci ert os estados patol ógi cos, se puede i nduci r medi ante el em pl eo del hi pnoti smo. General ment e esas “personali dades al ternantes” , espontáneas o i nduci das, obedecen a unaf ragm ent aci óndel aconci enci a; al aem ergenci a de l os conteni dos del i nconsci ente personal produci dos po r l a t r a s l a c i ó n de l f o c o de l a c o nc i e nc i a ( Fr e ud) o a
i nventado nada que no sea verdad en este mundo o e n l o s o t r o s y n o po dí a duda r d e l o q ue ha bí a vi s t o t a n pe r f e c t a me nt e . Una i de a t e r r i b l e me a s al t ó : “ e l 8 hom bre es doble” , me dij e.
Pe r o Ge r a r do e r a do bl e , no c ua ndo é l l o de s e aba , c o mo l o s ant i g uo s i ni c i ado s , s i no c ua ndo l o q ue r í a e s a f ue r z a mi s t e r i o s a que s e di s o c i a ba e s po nt á ne ame nt e e n s u i nt e r i o r y l e pr o duc í a e uf o r i a s me mo r a bl e s o pe no s as a ng us t i as. Deacuerdoconl asant i guascr eenci asani mi st as,
la personicación de procesos mentales inestables (los
q ue e l o c ul t i s mo mo de r no e n pa r t e r e i v i n di c a , e l ho mb r e
7. I b í de m , p. 12 5.
8. I bí de m , p. 50. 116
117
posee una contraparte uídica, “cuerpo astral” o “doble”, que s e i nt e r pe ne t r a r í a t o t a l me nt e e n e l c ue r po f í s i c o , de ma ne r a t a l q ue , s i pudi é s e mo s v er l o c ua ndo s e s e par a de l organi smo durant e el est ado de ensueño,nosparecerí a s e me j a nt e a n o s ot r o s . Es e “ d o bl e ” ( po s i b l e i nt e r me di a r i o i nv i s i b l e e n e l p r o c e s o de e x t r a s e ns o r i a l de c a pt a c i ó n) , al que modernos parapsi cól ogos ( H. Carri ngton, Hornel l Ha r t ) i nt e nt an i nc o r p or a r e n e l c o nt e x t o d e l a c i e nc i a, c omo pr oye c c i ón deunamodal i dadenergéti canof í si ca ( campo o energí a ps i ) ; s e mant e ndr í a uni do al c ue r po de l
sujeto por un vínculo uídico de igual naturaleza: el fa bul oso c or dón de pl at a.
Identicado con el principio vital y reconocido por
todosl ospuebl osarcai cos, el “dobl e”f uel l am ado ka po r l o s eg i p c i o s y c ar r o s ut i l po r l o s pi t a gó r i c o s , que l oc onsi deraron desti nadoal l evar el al madespuésde l a mue r t e . La p o s i b i l i dad de d i s o c i ar l o d el c ue r po f í s i c o me di ant e un ac t o v ol unt a r i o , f ue uno de l o s s e c r e t o s may or e s de l o s ant i g uo s s ac e r do t e s y f o r mó par t e de l o s “ g r ande s mi s t e r i o s ” . Lo s i ni c i ado s s e hac í a n ac r e e do r e s dee se nombre cuando por medi o de una ri guros a prepar a c i ó n ps i c o f í s i c a l o gr a ban de s pr e nde r l o de l c ue r po y pr o ye c t a r l o c o ns c i e nt e me nt e más al l á de l o s l í mi t e s de l espaci o ydel ti em po. Gerardo, que gust abal l am arsea s í mi s mo “ i ni c i ado ” , “ ve s t al ” , e “ hi j o de f ue go ” , anhe l ó , yno sabem os hast aqué punt o f ue rec ompensado, esa preparaci ón, gradual det odoel s er haci al ascum bres v er t i g i n os as d el e s pí r i t u , d es de do nde e s po s i bl e c o l o c a r s e e n r e l ac i ó n c o ns c i e nt e c o n l as po t e nc i as de l uni verso. La i ni c i ac i ón de s pi e r t a l o s s e nt i do s do r mi do s de l al ma. Es l a “ mue r t e ” y l a “ r e s ur r e c c i ó n” . El s e r s e pu-
rica tr ansf ormando su psi qui s. Se i l umi na y a c c ede al Conoci mi ent o perf ect o, encuentr ael “al f abeto mági co” ,
r e i nt e gr a a l a é po ca como decía Gerardo, y nalmente se
Desde el momento enqueme i nvadi ó l as egur i da d de e s t a r s o me t i do a l a s p r ue ba s d e l a i ni c i a ci ón sagrada, unaf uerzai nvenci ble se apoderó de mi e s pí r i t u . Me c o ns i de r ab a un hé r o e v i v i e nt e ba j o l a mi r a da de l o s d i o s e s ; t o do e n l a n at u r al e z a t o mabanuevos aspect os, y voces sagradass alí an de l a pl ant a , de l ár bo l , de l o s ani mal e s , de l o s más hu9 mi l des i nsect os, para avi sarm e y darme ali ento .
de Como enl as ant i guas pr ue bas El e us i s , e n q ue l o s sacerdotes preparabanel t empl edel os f ut uros deposi t a r i o s de l a c i e nc i a s o me t i é ndo l o s a pe l i g r os í s i mas pr ue bas, Gerardo ganó su derechoa conocer l asvoces de l a i nt u i c i ó n y d e l a mús i c a d e l a l ma . Su pr e di s p os i c i ó n o r g áni c a par a t r a ns i t a r l a s mi s t e r i o s as s e ndas de l “ mundo
intermedio” parece conrmarlo. ¿Sería Gerardo un dota- do par aps í qui c o ? ¿El dobl e que l o atorment abaguardar í a r e l ac i ó n c o n e s e e nt e no c o nc e bi bl e c o mo f í s i c o , de no mi nado energí a ps i ?
Es t o s i nt e r r o ga nt e s no s a c e r c a n a o t r o a s pe c t o de l a v i d a mí s t i c a d e l aut o r de Le s Chi mèr e s . El hom bre que c r e a , q ue s ue ña o q ue a l c a nz a e s t a do s de c o nc i e nc i a má s sut i l es, i nt uyequel am ent e, t rascendi endoel razonami ent oyl ossent i dosordi nari os, puedeenf rent arsea una r e al i dad de í ndo l e de s c ono c i da. Es a e xpe r i e nc i a vi t a l s e l o gr a me r c e d a pr o g r e s i o ne s i nt r a ps í q ui c a s q ue s upe r a ndo di v er s o s ni v el e s a c c e de n má s a l l á de l a s a pa r i e nc i a s y d e l as f o r ma s , a un pl a no e n q ue s e e x t i ng ue n e l espaci o y el t i empo. En el hombre vi ve i nmanent ement e l a po s i b i l i dad de r e al i z ar e s a apr e he ns i ó n de l o abs o l u t o , q ue b r ot a a nt e l as g r ande s c o nmo c i o ne s de l e s pí r i t u , e n l aexal t aci ónc readoraoenl apl eni t uddel amor. Part i e ndo d e e s a v i v enc i a f unda me nt a l , e l o c ul t i s mo r ac i o -
nalizó el contacto del hombre con la innitud de la visión
at e mpo r al , ant e r i o r a “ l a c a í d a” . 9. I bí de m , p. 93. 118
119
del mundo que post ul aun uni verso vi vi ent e donde t odo
l i a no s e n e l t e r r e no de l o c ul t i s mo . “ Má s q ue un i ni c i a do
s e c o r r e s p onde po r s ut i l e s y mi s t e r i o s o s l a zo s . Ge r a r do ,
est rechament e uni do a una doct ri na –escri ben Amadou y
identicado con la naturaleza, sintió de esa manera la
Kant ers– Nerval es en el ocul t i smo un apasi onado aut o-
eter naomni presenci adel aExi st enci aUna. “ Di os est á
di dac t a . I nqui e t o po r t o do s l o s mi s t e r i o s , é l ha e ns ay ado
e n t o das par t e s ” , l e c o nt e s t ó una v ez s u he r mano mí s t i c o .
v er e n t o das l a f u e nt e s de l a t r a di c i ó n, e n l a s f ue nt e s
“ Él e s t á e n t i y e n t o do s . Te e sc uc ha y ac o ns e j a ; e r es t ú y
11 pi t a gó r i c a s y ne o pl at ó ni c as , al qui mi s t a s y c abal i s t a s ” .
yo que pensam os y soñam os j unt os, que j am ás nos hemos abandonado y somos et ernos” .
Uni ndi ci odesuvi ncul aci óncon Soc i e dade s Se c r e - t as pa r ec e c o ns t i t u i r l o s u c o no c i mi e nt o de l Tr ai t é de l a
Par a é l t o d as l as r e l i g i o n es po s e í a n f r a gme nt o s de l a
Ré i nt é gr at i on, de Ma r t í ne z de Pas q ua l l y , que po r a que l l a
ve r dad pr i mi t i v a, y a l as i mág ene s y s i g no s de l c ul t o , l o s
época ci rcul aba en manuscr i t o y sol am ent e ent re grupos
consi deraba“ sí mbol os de apoyo”, dest i nados asost ener
marti ni st as. Las M e mor abi l i a deEm manue l Swede n-
v i v e nc i a s e s e nc i a l e s r e al i z ada s po r h omb r e s e s pi r i t u al -
b or g , f ue una de s us l e c t u r as f a vo r i t a s y p o r s us s ue ño s
ment esuperi ores . Deahí suacept aci óndel osc redos
t ransi t arona menudol as sombras deJaco bBoehm e y
má s d i v er s o s . Ci e r t a v ez q ue di s c ur r í a e n c a s a de Ví c t o r
Par a c e l s o . Sus l i b r o s , “ mo nt ó n de s o r de na do de l a c i e nc i a
Hugo , al gui e n l e di j o : “ ¡ Pe r o, Ge r ar do , us t e d no t i e ne ni n-
de t o do s l o s t i e m po s , hi s t o r i a , vi aj e s , r e l i gi o ne s , c ábal a y
guna r e l i g i ó n! ¿ Yo , no t e ng o r e l i g i ó n? Te ng o di e c i s i e t e …
as t r o l o gí a, di g no s de i mpr e s i o nar l o s mane s de Pi c o de l l a
10 por l o menos” .
Mi randol a y de Ni col ás de Cusa”, acent uaron en Gerardo
M ag o y c a bal i s t a , pa ga no y c r i s t i a no , t r az a do r de ho -
esanat ural propensi ón ai nt erpretar el mundo desdeel
rósc opos yf abri cant edet al i smanes, Gerardopudoha-
punto de vista de la losofía esotérica. “La convicción que
be r s e do t a do de po de r e s par aps í qui c o s , s i hubi e s e l o gr ado
me habí a f ormado de l a exi st enci a del mundo exteri or –
di r i g i r e s a f ac ul t a d mi s t e r i o s a que s e mani f e s t a ba al al -
e s c r i b i ó – c o i nc i dí a de ma s i a do b i e n c o n mi s l e c t u r as , de
c anz ar s u ps i que c i e r t o ni v el de i nt e r nal i z ac i ó n. Empe r o ,
mo do que no po dí a duda r de l a s r e v el a c i o ne s de l pas a do ” .
má gi c o s r e l a t o s , c o nj ur a ba e s pí r i t u s p or me di o d e r i t o s
val han comprobado el inujo, en muchos casos ostensi -
e xt r a ño s que e n o t r a é po c a l e hubi e s e n v al i do l a ho gue -
b l e , de t r a t ado s f a mo s o s de a l q ui mi a y o c ul t i s mo . Es s e -
r a , o s i g ui e ndo l a di r e c c i ó n d e una e s t r e l l a po r o s c ur a s
g ur o que ha l e í do l o s c uat r o t o mo s de Edi pus Egi pt i ac us ,
c a l l e j a s , t e r mi nab a c o n l o s b r az o s a bi e r t o s e s pe r a ndo e l
de Ki r c h er ; l a Bi bl i ot hè que Or i e nt al e , ded` Herbel ot de
su fracaso lo arrastró a peligrosos desbordes. Inuido por
Lo s úl t i mo s e s t u di o s s o br e l a o br a de Ge r a r do de Ne r -
moment o en que su al ma, separándose del cuerpo, f uese
Mo l a i nv i l l e y e l Tr ai t é s ur l a vi e de l ` homm e e t l ` homme
apenetr arenel ast rol ej anoatr aí domagnéti cament e.
pos t hume, de Desvi nes de Val gay. Asi mi smo, ha t omado
Su r e l a c i ó n c o n l a s do c t r i na s e s o t é r i c a s e s t a n e v i de n-
num er oso s apunt es del Di c t i onnai r e M yt hoHe r mét i que
t e , que no s e de s c ar t a l a po s i b i l i dad de que hubi e s e s i do
y Le s Tabl e s Egypt i e nne s e t Gr e c que s , de Dom Per net y;
r e al me nt e un “ i ni c i ado ” . Ge ne r al me nt e e s t e i nt e r r o ga nt e
de M onde Pr i mi t i f , deCourt deGebeli n yde Re l i gi ons
s e c o ns i de r a r e s ue l t o e n f o r ma ne ga t i v a, pe r o , de t o do s
de l ` Ant i qui t é , tr aducci óndel a Symbol i que , deCreu-
modos, evi denci ael avance de l os conoci mi ent os nerva11. R. Amadouy R. Kant ers , Ant hol ogi e Li t t é r ai r e de l ’ Oc c ul t i s me , 10. Ci t a do po r Ar v ede Ba r i ne , o b. c i t . , p. 2 42 . 120
Par í s , 19 50 , p. 2 42. 121
z e r . Co t e j a ndo t e x t o s , Je an Ri c he r ha s e ña l a do no t a bl e s
cuerdos que más concretamente pueden haberlo inuido.
c o i nc i de nc i as , e s pe c i al me nt e e nt r e l a de s c r i pc i ó n de l c o -
Engeneral Le s Chi mèr e s r espondenensutot al i dadal
mi enzodel asi ni ci aci ones egi pci asquehace Nerval en
mi smosi st ema; sonproduct osdel ensueñonerval i ano
l o s c a pí t ul o s La pl at e f or me y Le s é pr e uve s des u Voya-
do nde l a s r e f e r e nc i a s má gi c a s da n e l t o q ue de mi s t e r i o s a
12 ge e n Or i e nt y l a o br a Se t hos , del abate Terrason. Por
s ug es t i ó n. Ent r e e l l as , Ve r s Do r é s y El De s di c hado , ha n
su parte Georges Le Breton arma, como veremos más
s i do o b j e t o d e pr o l i j o s c o me nt a r i o s . Ve r s Do r é s , c omo su
ade l a nt e , q ue e l s o ne t o Ve r s Do r é s , l e ha s i do i ns pi r ado
nombre y el epígrafe lo indican, se relaciona con la lo -
po r e l r el at o Le s Do uz e s ur pr i s e s de Pyt hagor e , de De l i s l e
s o f í a de Pi t á g or a s , e l pr o f undo c o n oc e do r d e l a a nt i g ua
de S al e s . To do e s e b ag aj e d e c o no c i mi e nt o s c a ba l í s t i c o s
c i e nc i a de l o s s a c e r do t e s , c uy os v e r s o s de l mi s mo no mb r e
esot éri cos –enc ol aboraci ónconHenri Del aageredact ó
13 c o ns t i t u ye n, de a c ue r do c o n El i pha s Le v i , l as l e ye s pr e-
el al manaquec abal í st i co para1850–ot orgó aGerardo
l i mi nar e s de l a i ni c i ac i ó n mág i c a . No de be o l v i d ar s e que ,
la posesión de una fuente inagotable de guras y sím -
e n e l e spí r i t u de l o s ade pt o s , e l or o e s pi r i t ual e s e l gr an
bo l o s , l a q ue f us i o na da c o n s us í nt i ma s e x pe r i e nc i a s d e
a r c ano , l a l uz c o nde ns a da, y q ue a l o s s a gr a do s núme r o s
i nt r o v er t i do di e r o n po r r e s ul t a do l as pág i nas s i bi l i nas de
de l acábal al os denomi nan números de oro. Est arel a-
Aur e l i a y l o s he r mé t i c o s s o ne t o s de s us Chi mèr e s .
c i ó n s e hac e e xt e ns i va a l o s ve r s os pi t a gó r i c o s y s e vi nc u-
Le s Chi mèr e s r e úne n t o d o s s u s mat e r i a l e s po é t i c o s , y
no han hallado mejor denición que la que él mismo les
da, e n e l pr e f a ci o de Le s Fi l l e s du Fe u, di r i gi da a Al e j a n-
l a , a s i mi s mo , c o n El As no de Or o, e l e ni g m át i c o l i br o de Apul e yo . El t e ma f unda me nt a l de l s o ne t o e s l a pr e s e nc i a de l a v i d a uni v er s al :
dr o Dum as . ¿ Cómo? ¡ Todo e s s e ns i bl e ! ( Pi t ágor as ) Y, pue s t o q ue us t e d ha t e ni do l a i mpr ude nc i a de ci tar uno de l os sonetos compuestos en ese estado de ensueño s upe r nat ur al i s t a, c o mo d i r í a n l o s a l e manes, será necesari o que l os oi ga todos… No son
¡ Pe ns ador , hombr e l i br e ! No s ól o pi e ns as t ú e n un mundo l i br e e n que e s t al l a l a vi da e n c ada c os a.
másoscurosquel ametaf í si cadeHegel oquel as
Tu l i be r t ad di s pone de t us múl t i pl e s f ue r z as ,
memor abl e s de Swedenborg, y perderí an su encan-
pe r o de t us c ons e j os e s t á aus e nt e l a t i e r r a.
t o a l s er e xpl i c ado s, s i l a c o sa f u es e po si bl e ; c o nc édame a l me no s e l mé r i t o de l a e xpr e s i ó n; l a úl t i ma
Un e s pí r i t u que obr a r e s pi r a e n t odo br ut o,
l ocuraquemer est ará, s eráprobabl ement el ade
cada or es un alma que se abre silenciosa,
c r e e r me po e t a: t o c a r á a l a c r í t i c a c ur a r me .
un mi s t e r i o de amor e n e l met al de s c ans a, “ ¡ t odo e s s e ns i bl e ! ” . Y t odo, s obr e t i , pode r os o.
No obst ant e el ri esgo aque al udeGerardo, veremos a l a l uz de l o s más r e c i e nt e s e s t udi o s , al g uno s de l o s r e -
Te me e n l os mur os c i e gos e l oj o que t e e s pí a: A l a mi s ma mat e r i a s e hal l a l i gado e l ve r bo… ¡ No pe r mi t as que s i r va par a al gún us o i mpí o!
1 2. J e an Ri c h er , “ S our c es i nc o nnue s d e Gé r ar d d e Ne r va l ” , en Ca- hi e r s d’ He r mè s , Nº 1 , Pa r í s , 1 94 7, p. 12 1. 122
1 3. El i pha s L év i , Hi s t or i a de l a magi a, Bue no s Ai r e s , 1 94 4, p. 6 4. 123
Pue s e n e l s e r os c ur o pue de oc ul t ar s e un Di os ,
HugoyNoval i s; el dePasquall yy Saint M arti n; el de
y c ual oj o nac i e nt e por s u pár pado pr e s o
Schl egel ySchel l i ng. Perol os alemanes nohabían he-
un e s pí r i t u pur o s e agi t a e n e l gui j ar r o…
El ho mb r e s e ha l l a i nme r s o e n un o c é a no de v i da i nt e l i g ent e . To do s e ag i t a y p i e ns a : M e ns agi t at mol e m. Una e s e nc i a c o mún s e r e v e l a t r a s l a mul t i pl i c i d ad a pa r e nt e . El uni verso es un organi smo ani mado, un Todoi nt enci ona l l i g ado p o r l a s a na l o g í a s . Un a ni ma l v i v o – c o mo d i c e J ámb l i c o – c uy as pa r t e s , c ua l q ui e r a s e a s u s e pa r ac i ó n, s e ha l l a n u ni da s e nt r e s í d e mo do c o n ve ni e nt e . Es t a c e r t i -
dumbre común a los “lósofos de la naturaleza” y a los “fí s i c o s r o má nt i c o s ” , e s l a q ue Ge r a r do ha bí a e x pe r i me nt a d o e n s u p r o pi a c o nc i e nc i a . El ho mb r e p ue de r e e nc o nt r a r l a Uni dadperdi da porque él es un mi c r oc os mos queposee s ut i l i z adas t o d as l as pa r t e s de l uni v er s o y s u a l ma e s una po r c i ó n de l al ma di vi na. Si l a “ c a í d a” l o c o nde nó a l a vi da s e par a da, l a t r a ns f o r mac i ó n y e l ac c e s o al e s t a do i nt e mpo ral del apsi que l o conduci rán al Supremo Conoci mi ent o
(gnosis) y a la identicación con la Causa Primera. Por
e s o , a l v i v enc i ar e s a i nt u i c i ó n p r i mo r di a l y ac c e de r a l a Uni dadpri mi t i vaque i n i l l o t e mpor e s e o f r e c í a e s po nt á ne a a l a me nt e de l ho mbr e ar c a i c o , e l po e t a s e l i b er a d e l t i e mpo y p or b r e ve s mo me nt o s o bt i e ne l a a pr e he ns i ó n de l uni v e r s o a ni ma do y l a c e r t e z a d e ha l l a r s e c o ne c t a do c o n t o do s l o s s er e s y l as c o sas . “ No es dudoso que l agrandeza deNerval –expres a Rol and de Rénevil l e– consi st a preci sam ente en el hecho
choot ra cosa que repensar unapri mi t i va W e s e ns s c ha- aung ( “ i nt ui ci ónes enci al ” ) . Ham man, Herder, Baader yt ant os ot ros seguí anunaconstant edepensam i ent o subyacent e, c omúnaBoehm eya Paracel so, aLul i o, Fl am el , Vi l anova yBacon, ys i emprer et roc edi endoen l a c r ono l o gí a, a Pl o t i no y l o s ne opl at ó ni c o s; a l o s gnó st i -
cos, a los lósofos presocráticos y de ahí al oriente fabul osodeHermes Tri smegist o, de Zoroast ro, l os Upani shads y el Ri g-Veda. La i nt ui ci ón permanecí a i dént i ca a despecho de l amul t i pl i ci dad de sus máscaras. EI ocul ti smo, según Cornel i o Agri p pa, es unahi dra de Lerna. “ Lasangre que ani mat odasl asc abezases l ami sma.
Son innumerables los lósofos que tornaron a la fuente
ori gi nal del conoci mi ent o… Ent odosel l ossehal l al a do c t r i na t r a di c i o nal de l uni v er s o Uno , r e gi do po r l a l e y 15 de l as correspondenci as”.
Gerardo haexpresadocomo ni ngunoe saes t ét i ca de l asanal ogí asquemást ardepostul aráBaudel ai re, esa i de nt i da d de e s e nc i a e nt r e l a c o nc i e nc i a d e l ho mb r e y l a conci enci a del cosmos, experi ment ando el uni verso como una s e nt i da pr e s e nc i a . El l enguaj e de mi s compañeros tenía gi ros mi st eri ososqueyocomprendíaperf ect am ent e, yl os o bj e t o s s i n f o r m a ni v i d a s e s o me t í an a l o s c ál c ul o s
de mi espíritu: combinaciones de guijarros, de gu -
de que r e vi vi ó , po r s u pr o pi a c ue nt a , l o s mi t o s e n que s e
r a s a ng ul ar e s , de he ndi dur a s y ab er t u r as , de ho j a s
14 i ns pi r ó , y l o gr ó dar l e s una nue va vi da, s u pr o pi a vi da” .
r e c or t a das , de c o l o r e s , o l o r e s y s o ni do s , v eí a s ur g i r
Gerardovi ví al aTradi ci ónys eubi cac onsci ent emen-
con armoní as hasta ent onces desconoci das.
te ent re sus heral dos. El ocul t i smo que i mpregnabasu par t i c ul ar c o s mo vi s i ó n f ue de l a mi s ma í ndo l e que e l de
¿Cóm o –m e decí a– he podi do exis ti r tanto ti em-
po fuera de la naturaleza y sin identicarme con
e l l a? To do v i v e, t o do s e ag i t a , t o do s e c o r r es po nde ;
14. Ci t ado por Robert Amadou, L’ oc c ul t i s me . Es qui s s e d’ un monde vi vant , Par í s , 1950, p. 81.
15 . I b í d em, p. 8 9. 124
125
l os rayos magnét i cos emanados demí mi smo o de
otros, atraviesan sin obstáculo la cadena innita
de l as c o s as c r e adas : e s una r e d que c ub r e e l mundoy cuyoshi l osse comuni canc onl ospl anetasy l a s e s t r e l l a s . Ca ut i v o e n l a t i e r r a e n e s t e mo me nt o converso conel c orazóndel osast ros quet oman 16 part e en mi s penas y en mi s alegrí as.
Aquí se identican el ocultista
po et a . La i nt ui yel
ci óndel asanalogí as, l avol untadanti i ntel ectual i sta de captar l a tot al i dad de l as cosasacerca l os cam i nos yambos marc han uni dos haci ae l re encuentr o deun modo pri mi ti vo de conoci mi ento que se revel a más all á de l as o po s i c i o ne s . Lo e s e nc i al de e s t a r e l ac i ó n r a di ca en el hecho de que, tant o l apoesí aconsi deradacomo experi enci acognosci ti va, c om ol atradi ci ónesotéri ca, que ha c o nt r i bui do a e s c l a r e c er no po c as o br as de ar t e , coi nci denenel pl anoasc endente dondepugnanpor penetrarel mi steri odel anaturalezayel senti dode l a creaci ón. Experi mentada o presenti da, esa aprehensi ón del uni verso ani mado y consci ente, ha col mado de s e c r et a al e gr í a a l o s gr ande s p o et a s de t o do s l o s t i e mpos. El surreali smo l a consi dera como un medi o seguro de r e c o nc i l i ac i ó n c o n e l c o s mo s . Su e s t é t i c a pr e di c a e l retornoal si mul taneí smoy el rechazodet odadist i nci ónentr eobj etoysuj eto. M ásal l ádesus“ j uegos”, perm anece vi gent e suapet enci adeuni daduni versal y su af án por penetrar en l o paranorm al y suprarreal . Br e t o n ha e s c r i t o que e l s e nt i do de l s ur r e al i s mo t i e nde hac i a l a r e c upe r ac i ó n t o t a l de nue s t r a f ue r z a ps í qui c a, medi ante el descenso vert i ginoso en nuestro i nteri or y
e n e l paí s de l que no s e r e t o r na. Su av ent ur a, de ac ue r doc onRaymond, es un casol í mi t eenel c orazóndel 17 ám bi t o f rancés.
En s us e s t udi o s s o br e l o s Ve r s Do r é s , Georges Le Bre-
arma haber hallado la fuente inmediata de la
t on18
i ns pi r a c i ó n de Ge r ar do , e n e l r e l at o de De l i s l e d e Sal e s ,
que gura al nal del
Le s Do uz e s ur pr i s e s de Pyt hagor e ,
t omo segundo, en l aedi ci ón en sei s vol úmenes de De l a phi l os ophi e de l a nat ur e , publ i cada en 1777. La pri mera pág i na de l r e l at o s e i l us t r a c o n un g r abado que r e pr e s e nt a a Pi t á g or a s e s c r i b i e ndo s o br e una r o c a f r e nt e a l ma r . De baj o s e hal l a l a l e ye nda: “ Quo i t o ut e s t s e ns i bl e ? ” , que c o i nc i de c o n e l e pí gr af e de l a ve r si ó n o r i g i nal de Ve r s Do - r é s , en L` Ar t i s t e : “ Eh q uo i , t o u t e s t s e ns i b l e ! ” Má s a de -
lante, Delisle narra las meditaciones del lósofo y su
s o r pr e s a a nt e l a s pa l a br a s q ue l e d i r i g e n l o s a ni mal e s , l as pl ant a s y l as r o c as . El l e ng uaj e que e m pl e a y c i e r t o s v er s o s de Ge r ar d o o f r e c e n no t a bl e s c o i nc i de nc i a s , po r l o q ue Le Br e t o n c o nc l uy e e xpr e s a ndo que , de un r e l a t o me di o c r e , Ne r v al ha e xt r a í d o un s o ne t o q ue po r s u l e ng uaj e
de oráculo y su inuencia sobre Baudelaire y Hugo, fun da e n e l do mi ni o po é t i c o , un pi t a g or i s mo mo de r no .
M ás di s c ut i bl e e s e l e s t udi o que Le Br e t o n de di c a a l sonet o El De s di c hado , una de l as pi e z as más di f undi das deGerardo. El crí t i co supone quel acl ave de Le s Chi - mèr e s y especi almente de El De s di c hado, obedece a un dobl eori gen: el si mbol i smodel aal qui mi ayel si mbol i s mo de l Tar o t , c o no c i do s po r Ne r val a t r a v és de l Di c - t i onnai r e M yt hoHe r mét i que , de Pernety y del volum en octavode M onde Pr i mi t i f , deCourt de Gebel i n, donde
l a i l umi naci ón si stemáti cade l osl ugares ocul tos. Si n embargo, nadi e como Gerardo “ que se adel ant ó desde si em pre aBret on” , se hai nt ernado con t ant aaudaci a
17. M arc el Raymond, De Baude l ai r e al s ur r e al i s mo , Mé x i c o , 1 9 60 , p. 13 . 1 8. Ge o r ge s Le Br e t o n, “ Le Py t ha go r i s me d e Ne r v al e t l a s o ur c e de s « Ve r s d o r é s » ” , e n La Tour Sai nt Jac que s , Nº 1 314 , Par í s , 1 958 , p.
16. Ge r ar do de Ne r val , o b. c i t . , p. 93 . 126
79. 127
se encuentra el grabado de las 22 guras del Tarot y
Et j’ai deux fois vainqueur traversé l’Achéron:
sedemuestr al aperf ect aanal ogí aexi st ent eentr el os
M odul ant t our à t our s ur l a l yr e d’ Or phé e
s í mbo l o s de l a a nt i g üe da d. Si b i e n, e n l o s t r e s pr i me r o s versos, puedeadmi ti rse l arel aci ónc onr espect oal as
guras del Tarot, la pretensión de que todo el soneto
f uesec oncebi docomounaexi t osaoperaci óndeal qui -
mia, resulta injusticada.
Recor dem os que el Tarot , l l am ado t am bi én “ l i bro de Tho t ” , c o mpe ndi a y o c u l t a ba j o s í mb ol o s y a l e g o r í a s l o s
temas fundamentales de la losofía y la cosmogonía herméti ca. Su ori gen es sumam ent e mi st eri oso y f ue i nt ro-
ducido en Europa por los bohemios a nes del siglo XIV.
Concr et am ent e se t rat adeun extr año j uegode nai pes
cuyas veintidós guras mayores y cincuenta y seis meno r e s , r e pr e s e nt a n i de as uni v er s a l e s y a bs o l ut a s . Lo s di o -
Le s s oupi r s de l a Sai nt e e t l e s c r i s de l a Fé e .
Ensayem os una t raducc i ón: Yo s oy e l t e ne br os o, e l vi udo, e l de s di c hado, pr í nc i pe de Aqui t ani a, de l a t or r e abat i da: mi s ol a e s t r e l l a ha mue r t o, y mi l aúd c ons t e l ado va mos t r ando e l s ol ne gr o de l a Me l anc ol í a. En l a noc he mor t uor i a, t ú que has s i do un c on- s ue l o, vué l ve me e l Paus i l i po y e l vi e j o mar de I t al i a,
la or que tanto anhela mi corazón herido, y e l ár bol donde s e une n e l pámpano y l a r os a.
s es s o n l e t r as ; l as l e t r as , i de as ; l as i de as , núme r os y l o s
números signos perfectos. Tres de esos jeroglícos, para
¿ Soy Amor o s oy Fe bo? . . . ¿ Byr on o Lus i gnan?
ser más exact os, l os números XV ( Ti f ón o e l Di abl o ) , XVI
M i f r e nt e aún e s t á r o j a de l be s o de l a
( La t or r e f ul mi nada ) yXVII ( La Es t r e l l a r ut i l ant e ) , s e corr esponden demaneraespeci al conl os t res pri meros v er s o s de El De s di c hado.
r e i na. s i r e na… He soñado en la gruta que alberga a la Y dos ve c e s t r i unf ant e nave gué e l Aque r ont e ,
Je suis le Ténébreux, - le Veuf, - l’Inconsolé, Le Pr i nc e d’ Aqui t ai ne à l a Tour abol i e : M a s e ul e Ét oi l e e s t mor t e , e t mon l ut h c ons t e l l é Por t e l e Sol e i l noi r de l a Mé l anc ol i e .
modul ando a i nt e r val os , e n l a l i r a de Or f e o, l as voc e s de l a s ant a y l os gr i t os de l hada.
El núme r o XV de l a c l a ví c ul a d e l Tar o t r e pr e s e nt a a l 19 t enebrosoemperador de l anoche: el demoni o. Dragó n
Dans l a nui t du Tombe au, Toi qui m’ as c ons ol é ,
e n l a s t e o go ní a s a nt i g uas , Ar i má n de l o s pe r s a s y Ti f ó n
Re nds moi l e Paus i l i ppe e t l a mer d’ I t al i e ,
de l o s e gi pc i o s , e nc a r na r í a más t a r d e a l Ba ho me t de l o s
La eur qui plaisait tant à mon coeur désolé
Templarios y al macho cabrío del Sabbat. La gura co-
Et l a t r e i l l e où l e Pampr e à l a Ros e s ’ al l i e .
rr espondi ent e al número XVI muest ra unat orr e f ul mi -
Sui s j e Amour ou Phoe bus ? . . . Lus i gnan ou Bi - r on?
nadapor el r ayo, desdedondes epreci pi t andos personaj es, que se supone represent en a Nemrod y a su f al so
M on f r ont e s t r ouge e nc or du bai s e r de l a Re i ne ; J’ ai r ê vé dans l a Gr ot t e où nage l a Si r è ne . . . 1 9. Ge o rg e s Le Br e t o n, Le Cl é de s Chi mèr e s : l ` Al c hi mi e ; l ` Al c hi mi e dans Aur é l i a , do s a r t í c ul o s e n Fo nt a i n e, Nº 4 44 5. 128
129
profeta. En cuanto al jeroglíco XVII, denominado
La
de l as l e ye s de l a vi da e n e l hombr e y l a nat ur al e z a y
Es t r e l l a, l o c o ns t i t u ye una muj e r que s i mb ol i z a s i mul t á -
l a r e c ons t r uc c i ón de l pr oc e s o medi ant e e l c ual e s t a vi da,
ne ame nt e a l a Ve r dad, a l a Sa bi dur í a y a l a Na t ur a l e z a.
adul t e r ada aquí abaj o por l a c aí da de Adán, pue de r e c o-
Po r s o br e s u c abe z a br i l l a e l s e pt e nar i o e s t r e l l ado , al r e -
br ar s u pur e z a pe r di da, s u pl e ni t ud y s us pr e r r ogat i vas
de do r de l a e s t r e l l a de Ve nus . Es e vi de nt e que al i ni c i ar
pr i mor di al e s .
el poem a, Gerardo ha combi nado consci ent ement e est os s í mb ol o s , as o c i á ndo l o s a s u s p r o pi o s s e n t i mi e nt o s . “ S i n
un conocimiento preciso en ese dominio –arma Richer–, no habría podido atribuir, en cada caso, un signicado 20 e spi r i t ual c o r r ec t o ” .
LaAl qui mi amí st i caf ueent onces l aci enci adel a t r a ns f o r mac i ó n e s pi r i t u al , e l c a mi no ha c i a e l s upe r ho mb r e, hac i a e l “ h o mb r e de s pi e r t o ” , “ c ur a do ” de l a p er c e p ci óntr i di mensi onal . ParaesaAl qui mi averdadera, el hombrec onst i t uyól amat er i ami smadel aObra, que
I ns i s t i e ndo e n e l s i mbo l i s mo de l a al qui mi a, Le Br e t o n s upo ne que e l pe r s o naj e que di c e “ y o ” e n e l pr i me r v er s o ,
es el Plutón alquímico, que representa a la tierra losó-
podí ac onsumarse si gui endo l as f órmul as perf ect as cont e ni das e n l a f a bul o s a Tabul a Smar agdi na. Est et exto
de origen incierto, del que Eliphas Lévi arma que con -
c a o c ul t a baj o e l c o l o r ne gr o . Po r nue s t r a p ar t e , c o ns i de -
densat odal amagi aenunasol apági na, s eat ri buyea
ram os a l a pri mera cuart et a rel aci onada excl usi vament e
He r mes Tr i s megi s t o ( e l Thot de l os e gi p ci os ) ; el “ t r es v ec -
con el Tarot. Nerval, identicado con el ídolo tenebroso,
es grande” , encarnaci ón de l a Suprem a Sabi durí a y cus-
l am ent anopoder al canzar l averdad repres ent adapor
t o d i o y t r a s mi s o r de l a Tr a di c i ó n. En l a s t r e c e pr o po s i -
La Es t r e l l a y p r e di c e me di ant e e l “ s o l ne gr o ” , e l t é r mi no
c i o ne s g r abadas s o br e l a “ t abl a de e s me r al da” e l i ni c i ado
de s u v i d a. El c uar t o v er s o e s pr e c i s o r e f e r i r l o a un pá-
hal l aba l a do c t r i na de l a uni dad de l c o s mo s y l as l e ye s de
r r a f o d e Aur e l i a, e n e l q ue Ge r a r do , o bs e s i o na do p o r e l
l a anal o gí a e nt r e t o das l as par t e s de l a Cr e ac i ó n.
s ui c i di o , r e l at a una v i s i ó n e x t r a ña: “ Cr e í q ue nue s t r o s
días estaban cumplidos y que tocábamos el n del mundo
Pe r o v ol v amo s a l po e ma de Ge r a r do . Si b i e n e n e l v as o s e l l ado d e l ade pt o , l a me z c l a s e c r e t a o c ompos t muere y
anunc i ado e n e l Apo c a l i ps i s de Sa n J ua n. Cr e í v er un s ol
resucita, puricándose en metamorfosis sucesivas para
ne gr o e n e l c i e l o de s i e r t o …”
cul mi narenl aPi edra, nocr eemos que El De s di c hado
Los ant i guos al qui mi st as, apesar de que se expresa-
re pres enteexact am enteel m i smoproc eso regenerat i -
r o n e n me t á f o r as , f ábul as y al e go r í as , c o i nc i di e r o n s i e m-
v o, r e f e r i do a l e s pí r i t u de l p o et a . Le Br e t o n i ns i s t e e n
pre en di versos pri nci pi os f undament al es: unadoct ri na
l a s a l e go r í a s r e l at i v as al na c i mi e nt o de l a Pi e dr a , c o mo
losofía s ec r et a, l a
pr o duc t o d e l i nc e s t o c o me t i do e nt r e e l s o l y l a l una. El
hermética; una pr ác t i c a, l a t r a s mut a -
c i ó n de l o s me t al e s e n o r o ( c r i s ope a ) o en pl a t a ( ar gi r ope a)
s o l r e p r e s e nt a a l a z uf r e , p r i nc i pi o ma s c ul i na y l a l una
me di a nt e e l de s c ub r i mi e nt o de l a Pi e dr a Fi l o s o f a l o g r an
a l me r c ur i o , p r o nc i pi o f e me ni no . De a l l í , c o n c l uy e, q ue
ag ent e mág i c o ; y una mí s t i c a , e l Ar s M agna o Ar t e Re gi a,
el Paus i l i po e s l a p i e dr a r o j a o az uf r e y q ue e l mar , en
la que de acuerdo con la denición de Savoret –uno de
sus i nt érpretes modernos–consi st í aen el c onoc i mi e nt o
e l l e ng uaj e de l o s a l q ui mi s t a s , p odr í a s e r e l me r c ur i o . En e l o c t a v o v er s o e nc ue nt r a q ue l a u ni ó n, e n e s t e c a s o de l pámpano y l a r os a, que t am bi én podrí an represe nt arsepor M arte yVenus, r especti vament e, dal ugar al
20. JeanRi cher, “ Compl éments auTarot deNerval ” , en La Tour Sai nt Jac que s , Nº 131 4, Par í s , 1958, p. 12. 130
nacimiento de la piedra losofal: AmoroFebo. 131
Est ai nt erpret aci ónesevi dent ement ef orzada. Ge-
seaunaref erenci aal ast emporadasquedebi ópasar
rardo no hapret endi doens u poem al ograr unaoper -
e n l a c l í ni c a de l do c t o r Bl anc he o , e n t o do c a s o, a c ual -
aci ón alquí mi ca; sól o se hal i mi tado aenmascarar sus
qui eradesuspenosascr i si sespi ri t ual es. Porúl ti mo,
dram áti casvi venci asconsí mbol oshermét i cos . Como
l a pr e s e nc i a de Or f e o a c ent ú a e l c a r ác t e r e s o t é r i c o d e l
21 di ce Ri cher, ac t ú an a l l í l o s g r ande s s ue ño s ar q ue t í pi -
po e m a. El po e t a g r i e g o e s uno de l o s hé r o es de l a f ábul a
c o s que no s o n par t i c ul a r es de Ge r ar do , s i no que s e hal -
quel i gaal am agi aherméti caconl asi ni ci aci onesde
l an l i gados a un f ondo muy anti guo y común a t odos l os
Grec i a.
hombres. Al gunos se remont ana l asi mágenes del os
La bús que da de l v el l o c i no de o r o , e s l a bús que da de l a
Arcanosdel Tarot: I si s, LaM uert e, LaEst rel l a, et c. ,
l uz apr o pi ada a l o s us o s de l ho m br e ; e l gr a n ag ent e mág i -
j unt o a e l l o s apa r ec e n l o s s ue ño s i ndi v i d ual e s , más pe r -
c o , l a “ l uz as t r a l ” . Co mo Or f e o, Ge r ar do t r a t ó de po s ee r l a
s o nal e s , nac i do s de s us s e nt i mi e nt o s y de s e os . Lo pr ue -
y di r i g i r l a , e xpl o r a ndo l a no c he y de s c e ndi e ndo a b uc e a r
banl osdost erc et osenl osquevol vem osaencont rar
l as t i ni e bl as de l “ y o ” . Ve r dade r o “ l adr ó n de f ue go ” , e n e l
s í mbo l o s c o no c i do s que s e apl i c a n f ác i l me nt e a s u pr o pi o
sent i do ri mbaudi ano, peregri no de l aGnosi s, construyó
c a r s e c o n Lus i g na n, c a bal l e r o de l s i g l o XI e namo r ado de
t o s de e s a r e al i dad i nv i s i bl e , que e s c apa a l a pe r c e pc i ó n
Be r t a, l a j o ve n I s i s g al a, r e i n a d e l as i ni c i ac i o ne s que ,
condic i onada, pero sehal l asi empre present ey abi ert a
baj o l af ormadesi rena, t om aba, el nom bredeMel usi -
ant enosot ros . Nadamej or quesi nt et i zars uambi ci ón
sistema poético. En el primero, Gerardo parece identi-
su poesía con la esperanza de reejar en ella fragmen -
na, l a c a nt o r a o r e ve l ado r a de ar mo ní as . En l a l e ye nda,
pr o me t e i c a c o n a que l l a s l í ne as e n l a s q ue Hug o , “ q ue ha
Lusi gnan, atormentado por l os cel os, perdió el am or de
vi s t o b i e n e n l o s úl t i mo s v o l ú me ne s ” , s e ña l a l a o bs e s i ó n
M el usi naal quebrar suj urament o ys orpre nderl adu-
del buscador de innito, “supremo sabio”, que ansía el re-
rant e unadesusmetamorf osi s, l o cual const i tuye una
t o r n o al pa r aí s o y pe r mane c e j unt o a l a bi s mo c o n e l no s -
al us i ó n a l as i ni c i ac i o ne s s a c r í l e gas y a l a pr o f anac i ó n
t á l g i c o de s eo de hui r de l t i e m po y e s t abl e c e r pr o f u ndas y
de l os mi st eri os de l amagi ay del am or. El versoduo-
arm óni cas corr espondenci as con el uni verso que habi t a:
dé c i mo , i g ual que l o s d o s r e s t a nt e s q ue c i e r r an e l s o ne t o , s e e xpl i c a f ác i l me nt e . El Aque r ont e e s e l r í o de c o r r i e nt e r á pi da e i r r e s i s t i bl e q ue t o do l o a r r as t r a y q ue c o r r e e n s e nt i do o pue s t o al Phl e ge t o n, un r í o de f ue go . Ambo s , j unt o al Co c yt o , que e s e l r i o de l o s do l o r e s y l o s gemi dos, el Leteo, cuyasaguassi mbol i zanel ol vi doy aunqui nto queserpenteasi ete vecesentr el osot ros,
guran en la descripción alegórica que los hierofantes griegos hacían del inerno. Gerardo ha navegado dos
v ec e s s us ag uas f r í as y ne gr a s . No e s i mpo s i bl e q ue e s t o
Se o bs t i na e n e s e a b i s mo a t r ay ent e , e n e s e s o ndeode l o i ne xpl o r ado , e n e s e de s i nt e r é s p or l a t i e r r a y p or l a v i d a, e n e s a e nt r a da e n l o p r o hi b i d o , eneseesf uerzoporpal parl oi mpalpabl e, enesa mi r ada s o br e l o i nv i s i bl e ; a é l vi e ne , a é l vue l v e , a é l s e a s o m a, s o br e é l s e i nc l i na; da e n é l un pa s o, l ue go d os , y a s í pe ne t r a e n l o i mpe ne t r a bl e , y a s í avanzaen l asextensionessi n f ronter asdel ame-
ditación innita.
22
2 1. J ea n Ri c he r , “ Gé r a r d de Ne r v al ” , e n Poé t e s d’ auj our d‘ hui , Par í s , 195 0, p. 98 .
22. Ci t a do p or Bé gui n, o b. c i t . , p. 451. 132
133
SEGUNDA PARTE
Descenso al cosmos interior
La pue r t a e s e s t r e c ha y angos t o e l c a- mi no que c onduc e a l a vi da, y poc os s on l os que l o e nc ue nt r an. M ateo 7: 14
CAPÍTULO VI
Baude l ai r e y l as doc t r i nas e s ot é r i c a s
Lat radi ci ónhermét i ca. El hombrearroj adoenel mundo. Ba ud e l a i r e e nt r e Di o s y S a t á n. En b us c a d e l a u ni d ad p e r d i d a . Las v i s i t a c i o ne s d e l a g r ac i a . El uni v er s o d e l a s anal o gí as . ¿ Qué e s un p oe t a , s i no un t r a duc t o r , un d es c i f r a do r ? . La i ma gi na c i ó n na da e n pl e no s i mb ol i s mo . Co no c e r a c ua l q ui e r pr e c i o
Las cosas se han expresado siempre por una anal ogí a r e c í pr oc a, de s de e l dí a e n que Di os hi z o al mundo c omo una t o- t al i dad c ompl e j a e i ndi vi s i bl e . Baudel ai re, L’ ar t r omant i que La Nat ur al e z a, i nc l ui do e l Uni ve r s o, e s una, y s u or i ge n sól o pue de s e r l a e t e r - na Uni dad. Es un vas t o or gani s mo e n e l c ual l as c os as nat ur al e s s e ar moni z an y s i m pat i z an r e c í pr oc ament e . Par a c e l s o , Phi l os ophi a ad At he ni e n- s e s
A nes del siglo XVIII y principios del siglo XIX ,laidea del uni verso concebi docomo unauni dadesen c i al , c uy as par t e s , no o bs t a nt e l a s d i f e r e nc i a s , e s t á n í nt i ma me nt e l i g adas e nt r e s í y c o ns t i t u ye n un t o d o ar mo ni o s o , e s po s t ul a da p o r h o mb r e s n o t a bl e s q ue , p ar t i e ndo de i nt ui c i o ne s pr i mo r di al e s , r e e nc ue nt r an l o s t e ma s de l a t r adi c i ó n o c ul t i s t a . Ade má s de Swe de nbo r g , e l v i s i o na r i o s ue c o que pr o f e s a l a c o nc e pc i ó n o r g áni c a de l c o s mo s y e l abo r a l a t e o r í a
de las correspondencias que inuirá la obra de Nerval y Baudelaire, una sucesión de lósofos herméticos difunde
l a doc t r i na s e c r e t a y l a t o r na ac c e s i b l e a nume r os o s e s c r i 139
t o r e s y p oe t a s . Ro l l and de Ré ne vi l l e s e ñal a e s t a c i r c uns -
tancia al analizar la inuencia de Martínez de Pasqually,
Swe de nb or g y Wr o ns ki , s o b r e muc ho s d e a que l l o s q ue , p or l a ma gi a d e l Ve r b o , s e pr o p oní a n r e i nt e g r a r a l ho mb r e a 1 s u c o ndi c i ó n p r i mo r d i a l .
mal di ci ón acompañaal af acul t ad cr eadora del hombr e , no po dí a me no s que e s t abl e c e r c i e r t a c l as e de ví ncul os con el rom anti ci smo f rancés.
pregura el método
El me ns a j e de l as c i e nc i as oc ul t as
de conoci mi ent o que el aboran muchos poetas, basándose
En l í ne as g ene r a l e s , t a nt o M ar t í ne z de Pas q ua l l y , s u di scí pul oCl audedeSai nt M arti n, el erudit oFabred’
e n s us pr o pi a s e x pe r i e nc i a s y e n l a “ e ns e ña nz a” de g r upo s e s ot é r i c o s que r e i v i ndi c an l a he r e nc i a de l mi s t i c i s mo
Ol i v et y o t r o s o c ul t i s t a s c o mo El i phas Lé vi , Co ur t de Ge -
medieval y el naturalismo teosóco italiano. Para ellos,
be l i n, Do m Pe r ne t y , De l i s l e de Sal e s y e l abat e Te r r as o n,
el mundo f í si co no es más que un sí mbol o del mundo es-
resum en el hermeti smo medi eval , l al i t eratura cabal í s-
pi ri t ual . Nerval , Hugo, Baudel ai re, yBal zacrenuevan
t i c a , l a s t r a di c i o ne s e g i pc i a s e i ndi a s y e l p e ns a mi e nt o
l a t r a di c i ó n he r mé t i c a d e l o s po e t a s f r a nc e s e s de l Re na -
al e j a ndr i no . Sus do c ume nt o s e s e nc i al e s s o n e l Se f e r Ye s i -
c i mi e nt o y pr o pa gan l a mí s t i c a r o mánt i c a e n e l nac i e nt e
r ah, e l Zohar , e l apo c al í pt i c o Li br o de Enoc , l o s Es c r i t os
si mbol i smo. Aur e l i a, j unt o a c i e r t o s po e ma s de Hug o, Le s
de He r mes Tr i s megi s t o e n l a v er s i ó n de Lo ui s Me na r d, y
Fl e ur s du M al y Une Sai s on e n Enf e r , c o ns t i t u ye n l o s
el Tar ot . Aunq ue a l g uno s de e l l o s s o n t e x t o s a pó c r i f o s y
más al t o s e xpo ne nt e s po é t i c o s de Fr anc i a e n e l s i g l o XI X.
t o s ” , a l ma r ge n de s u s o s c ur i da de s i r r i t a nt e s , e r r o r e s y
sesi onadoporl abúsquedadeunapri mi t i vai nocenci a,
al do c t o r Gé r a r d Enc a us s e – “ p unt o s de v i s t a o r i g i na l e s ,
suprema. Revel a sus abi smos y muest ra su esenci a. M ez-
i nt ui c i o ne s at r e vi da s , i ng eni o s o s pa r al e l o s y hal l az g os
c l a l a vi gi l i a y e l s ue ño , l a v o l upt uo s i dad y e l h as t í o , l a
en general sospechosos, la obra de estos “lósofos maldi prejuicios, ofrece –como arma Maeterlinck, reriéndose 2 c ur i o s os ” .
De c i di do a o bt e n er nue vo s e s t a do s de c o nc i e nc i a y o b-
el poeta se arroja al cielo o al inerno en una búsqueda
be l l e z a mal di t a y l a i mpo t e nc i a; l a no s t al g i a de l Par aí s o
LaCábala y el cri st i ani smo consti tuyen l asf uentes
Pe r di do y el anhel o de ser más que humano.
de l a enseñanza teóri ca de M artí nez de Pasqual l y. Sus di scí pul os consi deran al hom bre como un ser l i mi t ado ymi serabl eporhaber pret endi doi gual araDi oser i gi éndose en demi urgo. Est e dram a no cesa y se renueva en el espír i t u humano. El hom bre debe i ntentar l a reconci l i aciónconDi osparal ocual, l aordenmarti ni staof receasusadeptos l aprácti cadeci ertasoperaci onesmági cas, quehacenposi bl el aobtenci ónde un bi e n e s pi r i t ual i ne f a bl e y mi s t e r i o s o. Es t a do c t r i na,
cuyo principal acto de fe consiste en armar que una
1 . Ve á se Ro l I a nd de Ré ne v i l l e , “ S ci e nc e s ma ud i t e s e t p o èt e s ma udi t s ” , e n Cahi e r s d’ He r mès , I , Par i s , 1947. p. 153. 2 . Ma ur i c i o Ma et e r l i nc k , El gr an s e c r e t o , Bue no s Ai r e s, 1 94 6, p . 1 68 . 140
To do o c ur r e e n e l l o s c o mo s i , e s t a ndo e n l a po e s í a e l l ug ar de l a r upt u r a, de l de r r umb e y t a mb i é n del remordimi ento, del anostal gi adel oque f ue ant e s , l a p oe s í a f ue r a e n e l ho m br e l a c i c a t r i z ma l c e r r a da d e l pe c ado o r i g i n al . Lo q ue e n o t r o t i e m po hab í a s i do o f r e c i do l i b r eme nt e , l o q ue s e e nc o nt r a baenestadodel i bert ad, dei nmedi aci ón, sól ose obti enehoydemaneramedi ata, c onel sudor de nue s t r a f r e nt e y g r a c i as a un ac t o o bs t i nado , l ab o3 r i o s o, c o t i di ano .
3 . Be nj a mí n Fo nd ane , “ El p o et a y el e s q ui z o f r é ni c o . L a c o nc i e nc i a v e rg o nz o sa d e l p o et a ( I I ) ” , e n Sur , N° 3 8, Bue no s Ai r e s, no v i e mb r e, 19 37 , p. 5 2. 141
La poesí a se convi ert e en aluci nante avent ura meta-
anal i zandoconi mpl acabl ecr uel dadsusdebi l i dadesy
f í s i c a, e n i ns t r ume nt o vál i do par a e xpl o r ar l a i nt e r i o r i -
condic i onam i ent os. Nosot ros segui remosl ashuel l asde
dad de l s e r . Ne r val e s bo z a l a par t i da mo r t a l . Hug o de s -
l a i nas i bl e Se hns uc ht románt i ca que se vi sl umbra en su
c i e nde e n l a “ e s pi r al ve r t i gi no s a de l yo ” a l o s pr o f undo s
vi da y en suobr a y por un moment o asomaremos a ese
subsuel os de l apsi queparadi alogarc on l os espect ros
abi smo de múl t i pl es t ensi ones que anhel an secr etamen-
del sueño. Dec adai nmersi ón en ese caos i nt emporal ,
t e l a uni da d.
reaparece enri queci dodei mágenes ysí mbol os. Ens u
Baudel ai re es el hom bre arroj ado en el mundo. Des-
espí ri tuse conf unden yagi t an rest os deant i guascos-
de su naci mi ent o est ámal di to y condenado por haber
mogoní as. Impregnado de l a gnosi s cabali st a y obsedi do
pret endi dousurparl ospoderesc readoresdel Verbo.
porl osgrandesmi tos, sei nter naen“ esaori l l adel a
So br e l a t i e r r a, o par a s e r más e xac t o s , e n e l ni ve l o r -
muert e” que es el sueño. Com o Nerval , consi dera que el
di nari odeconci enci a, l assal i dasestáncl ausuradas.
sueño debe ser capt urado, pero el poetaque l o i ntente
Su i de a de l a r e de nc i ó n de l pe c ado s e apar t a de l a c o n-
s e e x po ne a t o d os l o s p e l i g r os . “ Es pr e c i s o q ue e l s o ña-
c e pc i ó n o r t o do xa par a s i t uar s e e n e l ni v el i mpr e c i s o de
do r s e a má s f ue r t e que e l s ue ño ” , par a s o b r ev i v i r a l o s
un oscuro pi t agori smo. Baudel air e busca una desdibu-
g r av es s i ni e s t r o s que l o ac e c ha n e n l as pr o f undi dade s .
j adatr ascendenci ahaci al auni dadpri mordi al . Para
Después de Hugo, es Baudelaire quien insiste en ar -
el l o em pl ea t écni cas diversas yanunci aa Ri mbaud y
mar esai nt ui ci ón f undam ent al del mundo, que l asdoc-
al surreali smo al pretender experi mentar por l a poesí a
t ri nast radi ci onal eshanpret endi dor aci onal i zarenun
el estado i ntemporal de l a conci enci a yel conoci mi en-
c o nj unt o de s i s t e mas . Par a é l , “ l a v er dade r a c i v i l i z ac i ó n
t o absol ut o. Ent ret ant o, en el ni vel i mpermanent e de
no e s t á e n e l g as ni e n e l v apo r , s i no e n l a d i s mi nuc i ó n
l a pe r c e pc i ó n s e ns i bl e , s i g ue l as r e gl as de l j ue go , pe r o
de las huellas del pecado original”. Esta armación nos
i nt r o d uc e e n e l uni v er s o r e l i g i o s o de l po et a , do nde s e hal l an l as c l ave s de s u o br a y de s u ac t i t ud f r e nt e al mundo .
ac e nt úa s u di s t i nc i ó n, s e t o r na di f e r e nt e , ent regándose
al inujo del mal, desvalorizando la realidad cotidiana y sufriendo o ngiendo que sufre, detrás de la sonrisa
Lar el i gi osi dad baudel ai reanaes unadi mensi ón i mpreci sadondes emuevenc ont radi ct ori asi mpul si ones yse
confunden las losofías interdictas y los dogmas cristia nos con sentimientos personales coloreados por la cción y l a mi s e r i a . Pe ne t r a r e s e mundo , de l i b er a da me nt e a l t e -
Ba ud e la i r e a un mí s t i c o c a tó l i c o . Po r e l c o n t r a r i o Pa ul Ar no l d , Le Di e u de Baude l ai r e , Pa r í s , 1 94 7 y Le Cos mos de Baude l ai r e . Cahi e r s d‘ He r mès , I , Pa r í s , 1 94 7, i nt e n t a s i t u ar l o de nt r o d e un p i t a go r i s mo
radopor un part i cul ar dandi smo, has i dounaempresa
p r oc l i v e a l a pa l i ng e ne s i a . S obr e e l mi s t i c i s mo ba ud el a r i a no pue -
apa s i o na nt e . M úl t i pl e s e xe ge t a s ha n v i s t o un Ba ude l a i r e
d e n c o ns u lt a r se La Mys t i que de Baude l ai r e , Pa r í s , 1 945 , d e J e an
satánico o católico místico o inuenciado por el esoteris4
mo. Sartr e hat razado un def ormado ret rato del poet a,
Pom mi er y Le Mys t i c i s me de Baude l ai r e , d e R. Hub e rt . Ent r e l o s má s r e c i e nt e s e s t u di o s , me r e c e n c i t a r s e Connai s s anc e de Baude l ai - r e , Pa r í s , 1 95 1, d e He nr i Pe yr e ; Baude l ai r e . Es s ai s ur l ’ i ns pi r at i on e t l a c r é at i on poé t i que s , Pa r í s , 19 53 , de J e an Pr é vo s t ; Char l e s Bau- de l ai r e , s a vi e e t s on oe uvr e . No t e s i né di t e s de Baude l ai r e , Le t t r e s
4 . La re l i g i o s i d ad de l p oet a h a s i d o ob j e t o d e var i a do s e s t u di o s :
á Poul e t Mal as s i s , Pa r í s , 1 953 , d e Cha r l e s As s el i ne a u; Pr opos s ur
St ani sl asFum et ( No t r e Baude l ai r e , Pa r i s , Pl o n) yJeanM ass i n
Baude l ai r e , r as s e mbl é s e t annot é s par Cl aude Pi c hoi s , Pa r í s , 1 95 7,
en Baude l ai r e e nt r e Di e u e t Sat an , Pa r í s , 1 94 6, ha n r e co n o c i d o e n
de J . Cr é pe t , e t c é t e r a.
142
143
del dandy hipersensible, que gusta polarizar en su gura mal di t a e l “ a sc o y e l ho r r or uni ve r sal e s” . Heahí , agrandesr asgos, el cuadrosobreel quese
Deest ospl anosenquepuedeexpresarse el s ent i mi ent orel i gi oso, Baudel ai rehaelegi dodesdeel comi enzo el mi st i ci smo “hecho para l os al qui mi st asdel
g es t a n l as a c t i t u de s d el p o et a. Su d e ve ni r no t r a s c i e n-
pensami ento” . En M on c oe ur mi s à nu s e l e e e s t a r e -
deel es quemaperose val ori zaconsugeni odeart i st a
vel adora conf esi ón: “Desdemi i nf anci a, tendenci as al
y s e e nr i q ue c e c o n s u pe r ma ne nt e e l e c c i ó n de l do l o r . El
mi sti ci smo. Mi s conversaci ones con Di os”, y en Jour n-
esoter i smo que i mpregna sus i deas deri va de una part i -
aux intimes: “Panteí smo. Yo soy Todo; Todo es Yo”. Si n
cul ar manera deaprehensi ón del mundoy se apoyaen
embargo, el mi st i ci smobaudel ai reanonoconduce al
l a s do c t r i nas e i nt ui c i o ne s mí s t i c a s d e c i e r t o s pe ns a do -
pant eí smoespi nosi st a, si noque, at ravés del roman-
res de neta liación tradicional. Lejos de la ortodoxia, busca mentores entre los “lósofos malditos” y se remite
t i ci smo, c oi nci deconl ateosof í adeBoehmeque, i mpregnada de el em entos ocul ti stas, muestra una doctr i -
const ant ement e ael l os at ravés de su obra. Rol l andde
na rel i gi osa según l a cual el uni verso y el hom bre son
Ré ne vi l l e i ns i s t e e n que no e s po s i b l e d ev el ar l o s s e c r e -
sí mbol os deDi os. Esta concepci ón seasi enta sobre el
t o s de l a o b r a b aude l ai r e a na s i n r e f e r i r s e a Pas q ua l l y y
pri nci pi oocult i st adel asanal ogí as. El macrocosmos
Swe de nb or g . El pr i me r o po r s us i de as s o br e l a f a t a l i da d
cor res pondeal mi cr oco smos acausadel aVol untad
del dest i no del hombrey el segundo por su doct ri nade
innita y la Intención eterna que coordinan los ele -
l as corr espondenci as. Laadm i raci ón que Baudel ai re l es
mentos del os di sti ntos pl anos. Tal com ol a Tradi ci ón
prof esas e exti endet am bi én al matemáti co W ronski , a
l o de s c r i b e , Di o s e s l a e xpl i c ac i ó n s upr e m a de l Uni v er -
Lav at e r , a Fo ur i e r y a Jo s eph de M ai s t r e , c uy o c a t o l i c i s -
so, el principio a que se reere toda la intencionalidad
mo i l umi ni s t a pl e no de r e s o na nc i as e s o t é r i c a s “ a l i me nt a
que ani maal cos mos yal hombre. “ Las cos as–esc ri -
al po e t a de f o r ma s a mb i e nt a l e s par a s u e s pe c ul ac i ó n s o -
be Baudel ai re en L` ar t r omant i que – se han expresado
br e nat u r al ” .
si em preporunaanal ogí arecí proca, desdeel dí aen
En M on c oe ur mi s à nu e s c r i be : “ Exi s t e una r e l i g i ó n
que Di os hi zo al mundo como una tot al i dad compl ej a e
uni versal hechaparal osal qui mi st asdel pensam i ent o,
i ndi visi bl e”. A despecho de su pretendi do dual i smo, el
unarel i gi ónquesedesprendedel hombre, consi dera-
pensam i ento del poeta t i ende deci di dam ent e a l a Uni -
do c o mo un r e c ue r do di v i n o ” . Es t a r e l i g i ó n u ni v er s a l e n
dad. La totalidad es compleja porque reeja la creación
e l s e nt i do p r í s t i no , r e l i g i ó n a b i e r t a , mí s t i c a pur a me nt e
po r e m anac i o ne s s uc e s i v as y e s i ndi v i s i bl e po r e l e nc a-
espiritual, desembarazada de elementos losócos o so-
denam i ento i ni nterr umpi do de l os di sti ntos pl anos. El
c i a l e s , e s t a bl e c e a nt e t o d o una r e l a c i ó n de l ho mb r e c o n
bi enyel mal , Di osy Satán, s onc onsubstanci al esal
Di o s . Fr e nt e a e l l a , l a ma gi a e s una p r ác t i c a o c ul t i s t a
hom bre. Para Baudel air e, Satán no es una f uerza exte-
di r i g i da a r e a l i z ac i o ne s t e mpo r a l e s , pe r o e nt r e amba s s e
ri or, es una energí a abst ract ae i nmanent e que puede
mue ve e l v a s t o i mpe r i o d e l a r e g i ó n s o c i a l i z ada , l o q ue
par al i z ar l a v ol unt a d y r e duc i r s u “ e l e c c i ó n” . “ El c e r e -
Be r gs o n de no mi na “ r e l i g i ó n c e r r ada” , e s de c i r , l a r e l i g i ó n
bro bi en conf ormado –escri be el poeta– l l evaen sí dos
adaptada a la sociedad, que se vivica con los aportes
de l mi s t i c i s mo y ut i l i z a e n s us r i t o s e l e me nt o s mág i c o s
innitos: el cielo y el inerno; y en toda imagen de uno de esos innitos, reconoce inmediatamente la mi tad de
atenuados.
sí mi smo” . El hom brebaudel ai reano, c omol oqui ere 144
145
5 Sart re, esl ai nt erf erenci adedosmovi mi entos cen-
t i e mpo y l a mul t i pl i c i dad. “ Me hab éi s e c ha do –di r á a s us
tr í f ugos yopuestos, del oscual esunose di ri ge hacia
padres– me habéi s arroj ado de est e t odo perf ect o donde
arri ba y otro hacia abaj o. Estos movi mi entos a l os que
me perdí a, me habéi s condenado a l a exi st enci a separa-
l l am a tr ascendenci ay tr asdescendenci a, uti l i zando l a
da… En adel ant e, cuandoquerái s atr aerme yanos erá
termi nol ogí a de Jean W ahl , no son otros que l as cél e-
po s i bl e , pue s he a dq ui r i do c o nc i e nc i a d e mí e n o po s i c i ó n
brespostul aci ones si mul t áneas: unahaci aDi os, otr a
y c o nt r a t o do s ” .
haci aSatán” . Lapri meraes l aespi ri t ual i dad quese
El “ p ec a do ” de l a e xi s t e nc i a s e par a da, e l de s t i e r r o e n
concret aen un deseo de “ subir de grado”, l asegunda
e l t i e m po , l a i l us i ó n de l a v i d a o r di nar i a; t o do s e de r i v a
esl a “al egrí ade descender”. Baudel ai re ha el egi dol a
de esapérdi da que i n i l l o t e mpor e suf ri ó l a humani dad
ascesi s i nvert i da queporl osc ami nosdel vért i go, del
pri mi t i va. Semej ant e al comi enzo del t i empo, cuando l a
tedio ydel orgul l o puede tam bi én l l egar aexperi men-
Uni da d Abs o l ut a s e t o r n ó c o ns c i e nt e y s e de s do bl ó e n o b-
tar “la punta acerada del innito”.
Paul Arnol d, que adj udi ca aBaudel ai re unac oncepci ónpal i ngenési cabasándoseenl af al t adeunai dea
j e t o y s u j e t o de s u pr o pi o c o no c i mi e nt o , pa r a da r p as o a l a Vo l unt a d c r e a do r a de l a mul t i pl i c i da d, e l ho mb r e t a m-
bién perdió su visión indivisa y, connado a su yo senso -
c o nc r e t a de l p o et a s o b r e l a r e de nc i ó n, i nt e r p r e t a l a hi -
r i al vi ve e l t r á gi c o de st i no d el s e gr e gado . El pr i nc i pi um
pe r l uc i de z e n e l mal , c o mo l a po s i c i ó n e s pi r i t u al e l e gi da
i ndi vi duat i oni s e s e l f at al he chi z o que l e c i e rr a e l ac c es o
pa r a e vi t a r l a c o r r u pc i ó n de l a l ma q ue t i e nde a a l i a r s e
al innito. Vive entre sombras, ciego y enfermo, adorme -
6 mási nt ensam ent ea l amateri a. Est at esi s, que puede
c i do y e nv ue l t o e n l a f a nt a s ma go r í a de l Ve l o de l a Ma ya .
apoyarse anal i zandoal gunos poem asde l as Fl e ur s , ha
To do s u d ol o r , s u s uf r i mi e nt o y s u i nc o he r e nc i a pr o v i e -
si do desest i mada por Crépet que sospechas i mpl ement e
nen de l aengañosai l usi ón. El hombre debel i mpi ar l as
una inuencia de Nerval. Lo innegable es que a través
pue r t a s de l a pe r c e pc i ó n, c o mo qui e r e Bl ake , “ d es pe r t a r ” ,
de muchos poemas –rec uér dese l a I nvi t at i on au voyage
l i berarse deesadegradaci ónt emporal ; debe“ curarse” ,
de l o s Pe t i t s poè mes e n pr os e – Ba ude l a i r e c ul mi na e l pr o -
b us c a ndo l o pe r ma ne nt e e n l o f ug az , l o Uno e n l o múl t i -
c e s o de s u hi pe r l uc i de z y c o nv i e r t e s u po s t u l a c i ó n hac i a
pl e . “ Co ndúc eme de l o i r r eal a l o r eal , de l as t i ni e bl as a l a
Sat án, e s de c i r ha c i a l o múl t i pl e , e n i mpul s o ha c i a Di o s
l uz , de l a mue r t e a l a i nmo r t a l i dad” di c e e l Br i hadar an-
o la Unidad primigenia. Aora entonces la necesidad de
yaka Upani s had; y como l os ant i guos brahmanes, Bau-
“ s a l i r de l t i e m po ” , d e s upe r ar e l n i v e l o r di nar i o d e c o n-
de l ai r e i nt e nt a r e c o br ar s u pr o pi a uni dad, par a v i v e nc i ar
c i e nc i a, que é l t r a duc e p o r i r “ a c ual qui e r p ar t e , c o n t a l
l aUni dad eter na. Pero Baudel ai re no es un mí st i co en
de que s e a f ue r a de e s t e mundo ” . Es l a i ns at i s f ac c i ó n po r
s e nt i do e s t r i c t o . Su e s t é t i c a, e s c r i be Bé gui n, “ e s i ns e pa-
e l e xi l i o , l a no s t a l g i a de l Par a í s o Pe r di do q ue y a v i mo s
r a bl e de s u de s t i no e s pi r i t u al y de s u a ve nt u r a humana ” .
en el romant i ci smo. Baudel ai re reproduce en su propi a
Sus modos de acceso est án í nt i mam ent e l i gados a su más
vi da el proceso cosmogóni co de l adegradaci ónhaci ael
pur o l i r i s mo . Baude l a i r e e s ant e t o do un po e t a g eni al , “ e l
un verdadero Dios”, como lo calicará
r e y de l os poe t as ,
más t arde Ri mbaud. 5 . J ea nPa ul Sa r t r e , Baude l ai r e , Bue no s Ai r e s , 1 94 9, p. 2 8. 6 . Cf . Pa ul Ar no l d, Le c os mos de Baude l ai r e , en Cahi e r s d’ He r mès , I , Par í s , 1947, p. 148. 146
En e s e s e nt i do c o ns i de r a al pr i nc i pi o de l a po e sí a c o mo l a a s pi r a c i ó n huma na h ac i a u na Be l l e z a s upe r i o r ; be l l e 147
z a que par a e l po e t a s e c o nf unde c o n l a i ma ge n de l Edé n
un est ado de i nmersi ón en el present e perf ect o; momen-
pr i mo r di a l .
t os en que el yot ransf ormados es i t úaen unaposi ci ón
i mper s o na l e i nt e mpo r a l , má s a l l á d e l as c a t e g or í as de l Es t e admi r abl e , e s t e i nmó vi l i ns t i nt o de l o Be l l o – es c r i b i ó e n L‘ ar t r omant i que – e s e l q ue n os ha c e consi derar al aTi erra ys us espect ácul os como un resum en, como unac orr espondenci adel Ci el o. La sed i nsaci abl edet odol oqueest ámásal l áyque l avi dar evel a, es l apruebamásvi vadenuestr a i nmo r t al i dad. Po r l a po es í a y a t r a vé s de l a po es í a, poryat ravésdel am úsi ca, el al maentr evél os espl endores si tuados detr ás de l a tum ba; y cuando un poema exqui si to hace asom ar l as l ágri mas a l os oj os, esasl ágri masnosonl aprueba de un exceso de goce, son más bien el t esti moni o de una mel anc o l í a i r r i t a da, de una po s t ul ac i ó n de l o s ne r vi o s , de una nat u r al e z a e xi l i ada e n l o i mpe r f e c t o y que q ui si era apoderarse i nmedi atam ente en esta ti erra de un paraí so revel ado.
mun do r e l at i v o. Ba ude l ai r e l o s c o ns i de r ó c o mo l a “ c i ma de s u vi da e s pi r i t ual ” . El hom bre f avoreci dopore sabi enavent uranza, desgraci a damente raraypasaj era, s esi ente a l a vez más arti sta y más j oven, más nobl e, para deci rl oenunasol apal abra. Perol omássi ngul ar de e s e e s t ado e xc e pc i o nal de l e s pí r i t u y de l o s senti dos que si n exageraci ón puedo l l am ar paradi sí acoen com paraci ón con l aspesadast i ni ebl as del aexist enci acomún ycot i di ana, esquenoha si docreadoporningunacausavisi bleyf ácil de
denir… Nos sentimos forzados de reconocer que
est amaravi l l a, estaespeci edeprodi gi o, suel e pr o duc i r s e c o mo s i f ue r a e l e f e c t o de una p o t e nc i a superi orei nvisi ble, exteri oral hombredespués de un perí odo en que éste hubiese abusado de sus
Sac udi do p or l as más v i o l e nt a s c r i s i s e s p i r i t u al e s , i n-
facultades físicas… Preero considerar esta con -
t u ye e l M al ( l a e x i s t e nc i a s e pa r ada) ; a br a z a e l pe c ado ( l a
dic i ón anormal del espír i tu, como unaverdadera
vol unt ad deacceder al aUni dadpor cual qui er medi o) y
graci a, como un espej o mági co en que el hombre
t i e nde a l Di o s d e s c o no c i do , a e s e “ Gr a n Se r ” ( e l pr i nc i pi o
está l l am ado a verse con rasgos hermosos, una es-
i nm anent e t r a s c e nde nt e de t o das l as c o s as ) . Su c l a r a y y pr o f unda c o n c e pc i ó n r e l i g i o s a y me t a f í s i c a d e l mundo s e e nc a r na e n l a r a í z de l a po e s í a , a l a q ue e r i g e e n i ns t r ume nt o d e c o no c i mi e nt o de “ t o do l o q ue e s t á má s a l l á y e s r e ve l a do po r l a v i d a” . Es t a as pi r a c i ó n e s pi r i t u al s e r e al i z a e n Baude l ai r e po r l as vi s i t ac i one s e s po nt á ne as de l a g r a c i a , po r l a s vi s i t a- c i one s f o r z ada s p o r e l ha s c hi c h y p o r l a “ ma gi a s ug es t i v a” de l as c o r r e s p onde nc i a s . Co mo l o s mí s t i c o s r o má nt i c o s , Baude l a i r e e x pe r i me nt a e s o s “ mi nut o s f e l i c e s ” , e s o s “ est ados de sal ud poéti ca”, que Hof f man denomi naba sus “ moment os cós mi cos ” . Son i nst ant es en que l os marcos t empoespaci al es se derrum ban y l a conci enci a adqui ere 148
pe c i e de e xal t a c i ó n ang él i c a.
Pero ese est ado que Baudel ai re descr i been Les par a-
dis articiels,
es “ raro ypasaj ero” . Desaparece dej ando
al experi ment ador con un oscurodeseodeperpetuarl o, de obtener nuevament e ese mi nut o de reconci l i aci ón, de e s c apar a l a c o nc i e nc i a o r di nar i a par a al c anz ar e l e s t a do e dé ni c o . So br e vi e ne p ue s l a r e be l i ó n y e l i nt e nt o de f o r z ar l o s a c c e s o s . En e s e s e nt i do , Ba ude l ai r e a bando na l a pasi vi dad románt i ca y preanunci a l a avent ura que Ri mbaudl l evaráhast asus úl t i masc onsec uenci as. Él t am b i é n pe r t e ne c e a l a r a z a de Ca í n y e n b us c a d e l pa r aí s o e nt r e v i s t o s e l anz ar á al f ondo de l abi s mo.
149
Raz a de Caí n, ¡ s ube al c i e l o
saBaudel ai re, ys u i magi naci ón exacerbadar ecrea el
y ar r oj a a Di os s obr e l a t i e r r a!
uni versodel a Do c t r i na Se c r e t a, el c osm osvi vo del a
Inuído por el “poder sagrado del opio”, la leyenda de Po e , Ba ude l a i r e ha q ue r i do a t i s b ar un i ns t a nt e e l pa r aí -
so, mediante la experiencia articial. Se abre entonces
t r a di c i ó n o c ul t i s t a , que po s t ul a r e l a c i o ne s i nt r í ns e c as , esenci al es y permanentes entr e todos y cada uno de l os o bj e t o s que l o i nt e g r an. El mundo e s úni c o y v i v i e nt e , pe r o e s a no c i ó n de uni -
l a p os i bi l i dad d e u t i l i z ar l a v í a d es c e nde nt e de l o s a l u-
dad no signica el desconocimiento de la multiplicidad
c i nó ge no s . Si n e mb ar g o , a p e s ar de s u s v i s i t a s a l “ c l ub
del osobj etos. Paraconci l i arl avari edad yl a uni dad
de l o s c o me do r e s de has c hi c h” f unda do po r Ga ut i e r , pue -
f undamental , el ocul ti smo apel aa l as analogí as, rel a-
de armarse que su frecuentación de las drogas fue una
br e v e y c i r c u ns t a nc i a l c o nc e s i ó n a un a t r a c t i v o mi t o r o mánt i co. En Les
paradis articiels, Baudel ai re compara
la ascesis y arma que el tóxico, a pesar de excitar al
ci ones cuali tati vas que operan “el mi l agro de unas ol a c o s a” uni e ndo l o s e l e me nt o s de l o s di s t i nt o s r e i no s . “ Lo que e s t á ar r i ba e s c o mo l o que e s t á abaj o ” ( s upe r i us e s t s i c ut quod i nf e r us ) di c e l a Tabl a de Es mer al da, l o vi s i -
má xi mo l a i ma gi na c i ó n, no l a l l e va a s o br e pa s ar l o s pr i -
ble es el reejo de lo invisible, el macrocosmos repro -
me r o s t r a mo s de l a s e nda q ue c o nduc e hac i a e l c e nt r o . El
duce el mi cr ocosmoss. Swedenborg l e habí a enseñado
veneno es un sucedáneo engañoso, dis pensa un “ paraí so
que e l c i e l o e s un hombr e de muc ho val or ; yque todo:
comprado” , y a l os que se ent regan a su magi a bast arda
f orm a, movi mi ento, guari smos, col ores, perf umes, tan-
l e s mue s t r a “ una f al s a d i c ha y u na f a l s a l uz ” . En t a nt o que “ n os o t r o s – di c e Baude l a i r e , i nc l uy éndo s e –, po e t a s y
lósofos, hemos regenerado nuestra alma con el trabajo c o nt i nuo y c o n l a c o nt e mpl a c i ó n” .
Est aco nt empl aci ón–queel haschi chanarqui zay
to en lo “espiritual” como en lo “natural”, es signicati vo, recí proco, c onvergente y“ correspondi ente” . El hombre se cor res ponde con el mundoy puede conocer conoci éndose. El poetai ntuyeporl aanalogí al auni dad espi ri tual del mundo yest abl ecer el aciones entr e
degrada– puede l ograrse medi ant e una magi a poéti ca
l as cosas creando un método de conoci mi ent o si mból i -
basada en l as correspondenci as. Baudel ai re esel pri -
co que es tam bién el del ocul ti smo. La poesía es “una
mero en t ransi t ar ese cam i no que segui rán más t arde
c o s a y t o das l as c o s as ” , po r e s o e l po et a “ c o mpr e nde l a
Ri mbaudy l os surreal i st as y paral el am ent e, pero con otrasapetenci as, M al l arm éy Val éry. “Todol ovi si ble adhi e r e a l o i nvi s i bl e , t o do l o q ue p ue de s e r o í do a l o quenopuedeserl o, t odol osensi bleal osuprasensi -
nat ur al e z a me j o r que e l s abi o ” y pue de l l e gar a c o no c e r el pl andel uni verso: La nat ur e e s t un t e mpl e où de s vi vant s pi l i e r s …
bl e”, habíaescri to Novali s. El poeta, c uandose hall a
Nat ur al e z a e s t e mpl o donde vi vos pi l ar e s
po s eí do po r “ e s e e s t ado e xc e pc i o nal de l e s pí r i t u” , i nt u-
de j an s al i r a ve c e s t al c ual pal abr a os c ur a;
ye que e l uni v er s o e s un doc ument o c i f r ado, un “bosque de sí mbol os” de l agran Uni dad, en que todos l os obj etos “se responden” por i mponderables l azos vi tal es que s ó l o de s c ubr e l a i nt ui c i ó n. “ To do e l uni ve r s o vi s i bl e no es más que un depósi t o dei mágenes y si gnos” expre150
e nt r e bos que s de s í mbol os va e l hombr e a l a ve n- t ur a, que l o c ont e mpl an c on mi r adas f ami l i ar e s . Como e c os pr ol ongados , de s de l e j os f undi dos e n una t e ne br os a y pr of unda uni dad, 151
vas t a c omo l a noc he y c ual l a c l ar i dad
parece i l umi narse con un del ai re –escri be Raymond–7
s e r e s ponde n pe r f umes , c ol or e s y s oni dos .
rayo de l a hoguera del más rem oto mi sti ci smo. Di rí ase
( Baudelai re , Cor r e s ponde nc i as , ver si ón de E. A. A. )
que par a é l s e t r a t a de r e no var l a ant i gua al i anz a” . Si n em bargo, el Baudel ai re estet i ci sta manti ene un di f í ci l
Ba ude l a i r e pe ne t r a e nt o n c e s e n e l más a l l á e s pi r i t u al yest abl ece cont acto con el mundo Uno de l asc ausas al r e c r e ar e n s u c o nc i e nc i a un o r de n i ne f a bl e c o ns t r ui do c o n
imágenes y símbolos signicantes, que luego pretenderá
t ransmut ar en poesí a. “ ¿Qué es un poet a–se pregunt a– s i no un t r a duc t o r , un de s c i f r a do r ? ” . El poeta“ corr esponde” al or eal enl oprof undode s u i nt e r i o r i d ad. De al l í , de e s e s ubs ue l o e s enc i al e i mprescri pti ble donde superviven l as i mágenes, l os mi tos y l o s s í mbo l o s de l as t e o l o gí as ar c ai c as , pr o vi e ne n l as f orm as oscuras que substi tuyen a l a percepci ón sensori al y estructuran f ragmentos de l a real i dad pl enos de
relaciones signicativas. El idioma de los signos y de
l as anal o gí as e s e l i di o m a de l e s pí r i t u c o m ún a l a par t e yal t odo. Baudel ai re hai nt ui doqueel mundof í si co no es más que una sec ci ónde ot ro mundo muchí si mo másvast oyc ompl ej oqueparanosot ros permanece i nvisi bl e. Esposi bleentoncesobtenerotrasperspect i vas , t o r nar a l a ps i que di f e r e nt e y c o me nz ar a pe r c i bi r analogí asi nsospechadas. Las cosas separadas, si n conexi ones aparent es, asumen de pronto agrupaci ones
distintas y se maniestan en categorías enteramente
nuevas. La poesí a, que nada ve ai sl adam ent e, obti ene el mi l agro decomprendery representar ( aunque con
instrumentos imperfectos) el signicado y la función
de l as cosas ocul tas. El poeta debe ser necesari amente vi dent ey mago; debever l oquel os dem ásnoveny de be po s ee r e l po de r de hac e r que l o s o t r o s v ean l o que
equi l i bri oentr el ainspi raci ónpurayl ael aboraci ón vol unt ari a. Lo mi smo hará Ri mbaud, aunque f uert ement e acuci ado por l as f ormas nuevas. La i mpur e z a de l a i ns pi r ac i ón pr i mer a, como l a denomi naFondane, se perf ecci onaporel t rabaj odel propi o po e t a q ue , mo v i d o p o r un de s as o s i e go q ue l o ha c e r e t o r nar sobre sus pasos como un remordi mi ent o, corr i ges u t e x t o e n un e s t a do de s e gunda i ns pi r ac i ón. No e s l a a us e nc i a l ó gi c a ni e l l i mo pr o f u ndo que de j a e l i nc o ns c i e nt e al r e t i r ar s e , l o q ue l e c h oc a y o f e nde ; s i no e s o s r e s i duo s de l l e ng uaj e , e s o s r e s a bi o s pr o s a i c o s y di s c ur s i v os q ue proyect a el aut omati smo. Baudel ai re –escri be Fondane– “ se encarni zaen su poemacomo si el poemaesc ri t o no f ue s e s i no una v ul g ar y ma l a c o pi a d e un o r i g i n al pe r di do ” ; e l po e t a v e p r i me r o l a c hi s p a q ue h a de p r o duc i r y l ue go “ p ondr á l as pal abr as unas f r e nt e a o t r a s , l as f r o t a -
rá, las juntará al azar, hasta que al n la corriente pase 8 a t r a vé s de e l l as ” .
Es a pr e t e ns i ó n de o b t e ne r po r l a po es í a l a v i s i ó n pr i mordi al y l a“ verdaderavi da”, queBaudel ai re comi enzaa t ornar en exi genci ay que Ri mbaudbusc aráentr e e s t a l l i do s de c ó l e r a , s e hal l a l i mi t a da po r e l l e ng ua j e . Fo r mul a r l o i ne f a bl e , c o muni c a r l o e s e nc i a l , l o i nc o muni c a bl e , l o i nt r ans mi s i b l e , e s una i mpo s i bi l i da d q ue l a po e sí a s ubs t i t u ye c o n be l l as e i nqui e t a nt e s me t á f o r as . El po e t a pue de s e r v i de nt e , mí s t i c o o ma go ; pue de s e r po e t a con su cuerpo, con su sangre, con su i magi naci ón, pero c ua ndo pr e t e n de c o muni c a r s u “ e xal t a c i ó n a ng él i c a ” de s -
por sí mi smos no pueden perci bi r. “ El rost ro de Bau7 . Ma r ce l Ra y mo n d, De Baude l ai r e al s ur r e al i s mo , Mé x i c o , 1 96 0, p. 2 1.
8 152
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c i e nde al ni v el c o nv enc i o nal de l as pal abr as y e l me ns aj e
Tener imaginación, escribe Mircea Eliade –calicado
s e t r ans f o r ma e n l a s i má ge ne s y l o s s í mb ol o s de l po e ma :
como pocos para avanzar en el conoci mi ent o de l os sí m-
“ t r a duc i r ” una i ma ge n e n t é r mi no s c o nc r e t o s e s e s t e r i l i -
bolos –esverel mundoensut otal i dad, porquel ami -
zarl aen cuant o ai nst rum ent ode conoci mi ent o. Por su
s i ó n y e l po de r de l as i mág ene s e s hac e r ve r t odo cuant o
no s e ago t a c o n una r e f e r e nc i a a l o c o nc r e t o , c a da una e s
t a mo de l o s e j e mpl a r e s – l a s i má ge ne s – l o s r e pr o duc e , l o s
estructura, las imágenes son polivalentes. Su signicado un haz de signicación; por eso, el poeta recurre a ellas
permanece ref ract ari o al concepto. Lai magi naci ón i mi - a c t ual i z a. De a hí pr o c e de e l q ue l a d es g r ac i a y l a r ui na
para aprehender de al gún modo l a rea l i dad c o nt r a di c t o -
del hombreque “ carece de i magi naci ón” seael hal l arse
r i a, i mpo s i bl e de expres ar en t érmi nos depensami ent o
s e gr e gado de l a r e al i dad pr o f u nda de l a vi da y de s u pr o -
di s c ur s i vo .
10 pi a al ma.
Las i mágenes const i t uyen una aproxi maci ón ef ect i va
La p ar t e pr o f und a de l s e r q ue o r i g i na e l pe ns a mi e nt o
a e s a v i s i ó n de l mundo q ue de s de e l i nc o ns c i e nt e s e pr o -
s i mbó l i c o , e s a z o na a hi s t ó r i c a y s upr a r r ac i o na l q ue s e s i -
yecta reproduci endo el macrocosmos. El hombre posee en
t úa e n e l mi s t e r i o , al l e nde e l pe ns ami e nt o di s c ur s i v o, l l e -
sí mi smo l asf uent es del pensam i ent o si mbóli co. En l as
vael r ecuerdode unasi t uaci ónparadi sí acadel hombre
zonas oscuras de su psi que permanecen vast os depósi t os
pr i mo r d i a l ; de una e x i s t e nc i a má s r i c a , má s c o mpl e t a ; d e
arcai cospobladosdesí mbol osyhi erof aní asol vi dadas;
una “ i no c e nc i a f a bul o s a ” e n l a q ue e l mundo s e p e r c i b í a
“ l a i magi nac i ón na da e n p l e no s i mb ol i s mo ” y a p e s ar de
indiviso, con sus múltiples signicados. Era la Edad de
su desacral i zaci ón permanent e, el hombre vi ve envuel t o
Or o , ant e r i o r a l a “ c aí da” , l a é po c a de l “ Pa r aí s o Pe r di do ”
e n i má ge ne s a nt i g ua s y mi t o s de gr a dado s . El po e t a e s e l
f ue r a de l t i e m po y de l a hi s t o r i a, que habr í a de de gr adar s e
predestinado para despertar ese caudal signicativo.
c o n l a l i mi t a c i ó n, c o n l a a ut o c o ns c i e nc i a de l “ y o” s e ns o r i a l , c o n e l c o nd i c i o na mi e nt o h i s t ó r i c o , c o n e l “ mo me nt o
El po e t a e s s obe r anament e i nt e l i ge nt e ; e s l a i ntel i genci aporexcel enci a, yl ai magi naci ónesl a
más cientíca de las facultades porque sólo ella
comprende l a anal ogí a uni ve r s al , o l o q ue una r e l i g i ó n mí s t i c a ( e l s we de nb or g i s mo ) l l a m a l a c o r r e s pondenci a… El hombre razonabl e no ha t eni do que e s pe r ar a q ue v i n i e s e Fo ur i e r a l a t i e r r a pa r a c o mprenderquel anatural ezaesun ve r bo, unaal egorí a, unmol de, unvaci ado, si queréi s. Nosotros s ab emo s t o d o e s t o , y n o l o s ab emo s po r Fo ur i e r ; l o 9
sabemos por nosotros mi smos, l os poetas.
par c e l ado ” . Lo s mí s t i c o s y l o s po et a s, l o s “ i ni c i ado s” e n l as t r adi c i o ne s s e c r e t a s y l o s s a nt o s , b us c a n e s e mundo e s pi -
ritual innitamente más rico que determina la condición de l ho mb r e pe r f e c t o .
Baude l a i r e , e l g r an pe r s e gui do r de s ue ño s , s i e m pr e a l a bús que da de l o abs o l ut o , f ue uno de aque l l o s s e r es c as t i gados en su grandezapor haber pretendi do c onoc e r l a v er d ad a c ua l q ui e r pr e c i o . Re c o r de mo s a quí l as pal a br a s
que el propio poeta escribió reriéndose a Poe, otro de
l o s c or t e s anos os c ur os de l as c i e nc i as oc ul t as , encadenado a l a l e y f at a l que l l e va a l a de gr adac i ó n a c i e r t a c l as e pa r t i c ul a r de ho mbr e : “ Vo s o t r o s , l o s que ha bé i s bus c a do
9 . Cha r l e s Ba ud e la i r e , Le t t r e á Tous s e ne t , en Mer c ur e de Fr anc e ,
ar di e nt e me nt e de s c ubr i r l as l e ye s de v ue s t r o s e r , que ha-
1 90 8, p. 8 3. Es t e t e x t o ha s i do c i t a do p or Andr é Br e t o n , Ar c ane 17, Parí s, 1947, p. 221; ypor Robert Amadou, L’ oc c ul t i s me . Es qui s s e d’ un monde vi vant , Par í s , 1950, p. 91. 154
10 . Cf . Mi r c e a El i a de , I máge ne s y Sí mbol os , Ma dr i d , 1 95 6, p. 2 0. 155
béis aspirado al innito y cuyos sentimientos reprimidos ha n de bi do bus c a r un e s pant o s o al i v i o e n e l v i n o y e n e l l i be r t i naj e , r o gad po r é l . Aho r a, s u s e r c o r po r al , ya pur i -
CAPÍTULO VI I
Ri m baud y l a rebel i ón f undam ent al
cado, nada por en medio de los seres cuya existencia él
e nt r e ví a. Ro gad po r é l , que ve y que s abe , y é l i nt e r c e de r á po r v os o t r o s ” .
Lacól erae nl asangre. Dest err adoenel Tiempo. Tom arel c i e l o p or a s a l t o . La l uc ha po r e l “ e s t a do d e a l e r t a ” . El g r a n mal di t o ye l supremo sabi o. Ri mbaudy Gurdj i ef f . Pugnando po r l a s upe r c o nc i e nc i a. El t e mo r de l o numi no s o. La r e vo l u c i ó n per manent e.
¡ Si s i e mpr e hubi e s e e s t ado de s pi e r t o, yo bogar í a e n pl e na s abi dur í a! Ri mbaud ¿ Cómode s pe r t ar ? ¿ Cómol i br ar nos
de ese estado de sueño? Estas pregun - t as s on l as más vi t al e s y l as de mayor t r as c e nde n c i a que pue da f or mul ar s e un hombr e . Pe r o, ant e s de hac é r s e l as , de - be r á c onve nc e r s e de l he c ho mi s mo de s u
sueño. Gur dj i e f f , t r a ns c r i pt o po r P. D. Ous pensky en Fragmentos
de una enseñan - z a de s c onoc i da
“ La mayor parte de nuest ro cuerpo, de nuest ra humani dad mi sma, duerme aún un sueño prof undo”. “ Cuando soñamos que soñamos es que ya nos vam os acerc ando al de s pe r t a r ” . Es t o s f r agment os de Noval i s i l umi nan el anhel o ri mbaudi ano de de s pe r t ar de l o s s e nt i do s , de l o gr ar l a hi pe r l uc i de z e n un mi nut o de vi gi l i a, para poder dar c i ma a l a pr o me t e i c a a ve nt u r a de l “ l a dr ó n de f ue go ” . La“ nost al gi a”del romant i ci smoreapareceenest e a do l e s c e nt e i r a c undo que ha br á de r e b el ar s e c o nt r a t o d o y c o nt r a t o do s . Su i t i ne r ar i o al uc i nant e s e hal l a j al o nado 156
157
de rebel i ones sucesi vas. Ri mbaud encarnal ai nt ol eran-
2 e n pr i me r t é r mi no , e s pr e c i s o v eng ar s e ” . Es c r i be “ M or t
c i a me t af í s i c a: e s e l i ndi gnado , e l i nt r a ns i ge nt e f e r oz , e l
à Di e u! ” s o br e l o s b anc o s d e l as pl az as públ i c a s y e n s u
ser que nos despreci a por demasi ado humanos, por nues-
l e t a ní a de n eg ac i o ne s c a be n l a aut o r i dad, l a I g l e s i a y e l
t rasaceptaci onesyc ondi ci onam i ent os. Suj uvent udes
orden.
un desaf í o, un atreverse al oi mposi bl e, unabúsqueda,
Como Nerval y Baudelaire, maniesta en forma emo -
c o n t é c ni c a s p r e c ar i a s e i mpe r f e c t a s , d e l o a bs o l ut o , d e
c i o nal y c o nf us a l a i de a s o c i al i s t a de una c o m uni dad f r a-
l a “ v er d ade r a v i da” . Ta mb i é n e s i mpo t e nc i a , f r us t r a c i ó n
t e r n al . Ai s l a do p o r l a me di o c r i da d b ur g ue s a, s e r e f ug i a
y f r ac a so . De s pué s de l s i l e nc i o , t é r mi no de l a o pc i ó n que
e n una po s i c i ó n ant i s o c i al y c o ns t r uy e s u uni v er s o pr i v a-
l e pe r mi t i ó s o br e vi v i r , s e ar r o j ó e n una vo r ág i ne i nc o he -
do e n l as a nt í po da s d e l a v ul g ar i da d. Su pr i me r a r e b e l -
rent equel of uedevorando, mi ent rashuí avenci dopor
dí a que s i mbo l i z a un e s f u er z o i ndi v i d ual i s t a e i no r gáni c o
l a “ r ug o s a r e a l i da d” c o t i di ana. Si n e mb ar g o , s u de r r o t a
po r r e f o r m ar e l mundo , l e di c t a e st a s f r as e s t e r r i bl e s, r e -
pr e v i s i bl e –e n c ua nt o po e t a – c o nt i e ne l a i nne ga bl e g r an-
cogi das por Ernest Del ahaye:
dezadeaquel que, arri esgándol ot odo, emprendeuna parti da que excede en mucho sus posi bi l i dades. Ri mbaud
Haydest rucc i onesnecesari as. . . Hayárbol es
l i br ó c o n i r r e p r i mi bl e v i o l e nc i a e s e “ c o mba t e e s p i r i t u al
v i e j o s q ue e s pr e c i s o c o r t a r , ha y l ug ar e s de s o m br a
t a n b r ut a l c o mo l a b at a l l a d e l o s ho mb r e s ” . Fue una l uc ha de s i g ual , de r i t mo v er t i g i n o s o, s o s t e ni da c o n a r ma s i mpropi as; unal uchaque, aunquedej óuns al dopoéti c o i nv al o r abl e , no de be r í a s o s t e ne r s e e n e l t e r r e no d e l a po e sí a. Es e f ue e l e r r o r de Ri mbaud; e r r o r e n e l que r e i nc i di ó más t a r de e l s ur r e al i s mo , a pe s ar de l a e xpe r i e nc i a ne ga t i v a de s us f r us t r a do s pr e c ur s o r e s .
La aventura “Rimbaud” es ejemplar y dene de una
vezparasi emprel osl í mi t esdel apoesí a. Supri mera
secul ar cuya am abl e cost umbre perdem os. Est a soci edad mi sma: pasarem os por el l al ashachas, l os a zado ne s , l o s r o di l l o s ni v el a do r e s . To do v al l e s e r á c o l ma do , t o d a c o l i na r e b aj a da , l o s c a mi no s t o r t uo s o s s e v ol v erán rect os yl asasperezasser án apl anada s. Se a r r as a r án l a s f o r t unas y s e ab at i r á n l o s orgul l os i ndivi duales. Un hom breyanopodrádec i r : “ Yo s o y má s f ue r t e , más r i c o ” . Se r e e m pl a zar á l a envidi a am arga y l a admi raci ón estúpi da por l a 3 a pa c i b l e c o nc o r di a, e l t r a b aj o de t o d os pa r a t o d os .
r e be l i ó n – e nt r e l o s 1 6 y 1 8 a ño s – e s l a de l a existencia r abi os a, l a c ól e r a e n l a s angr e . Es e l voyou, comol ove 1 Su a l z a mi e nt o ab ar c a a s pe c t o s e xt e r i o r e s , e s Fondane.
una i ns ur r e c c i ó n c o nt r a l a s o c i e da d c o ndi c i o na da, c o nt r a
Est arebel i ónmost rarábi enpront oel aspect omás t rági codesudramai nt eri or. Coni ni gual abl etal ent o
Rimbaud ha poetizado sus vivencias, ha transgurado
l o s p r i v i l e gi o s y l a de s i g ual dad. Su o di o s e t o r na ag r es i -
e n e s t r o f a s l l ame ant e s s u i nc o nt e n i b l e f ur o r v i ndi c a t i v o
vo , i mpl o r a l as “ d es t r u c c i o ne s n ec e s ar i as ” y l o s “ r o di l l o s
y s u bv er s i vo ; pe r o c o mo a t o do aut é nt i c o po e t a, l o i r á i n-
ni v el ado r e s” ; s e b ur l a de l as i di o t a s al e gr í as bur g ue s as ,
vadi endounadi f usa“ nost al gi a” pri mi t i va, unamí st i ca
pr a c t i c a e l mal , i ns ul t a y c l ama c o n ac e nt o s o bs c e no s y s e encanal l a en l a abyecci ón. Lo ani ma un oscuro deseo de venganza. “ Consi dera a cada ser como al gui en de qui en,
2. Ja c que s Ri v i è r e , Ri mbaud , Bue no s Ai r e s , 1 94 4, p. 2 1. 3. Véase Art hur Ri mbaud, Oe uvr e s Compl è t e s , t e x t o e s t ab l e c i do y a no t ad o p or Ro l l a nd de Ré ne v i l l e y Jul e s Mo uq ue t , Pa r í s , 1 94 6, p .
1. Benj am í n Fondane, Ri mbaud l e Voyou , Pa r í s , 1 93 3. 158
XXI I . 159
i mpul si ónporret ornar aunest adodepurezasal vaj e,
Pe r o Ri mbaud, que bus c a mo r i r a l a c o nc i e nc i a ps i c o l ó -
l i br e de i nhi bi c i o ne s . Es a i nt u i c i ó n f undame nt a l c o i nc i de
g i c a par a nac e r a l a c o nc i e nc i a c ó s mi c a , no s i g ue e l c ami -
c i a pe r di da t r a s l a c r i s i s de l a ado l e s c e nc i a. En ade l ant e
no de la iniciación gradual y reexiva. Su terapéutica es anárquica y amarga. Marcha sobre “el lo de la navaja”,
Ri mbauds umará a sur ebel dí a una post ul aci ón met af í -
e n s e nt i do de s c e nde nt e . Su me t a e s l a de l o s mí s t i c o s y
s i c a . Su pur e z a t r a di c i o na l s e f unde c o n s u o r g ul l o , c o n
l o s yo gui s , l a de l o s i ni c i a do s e n l as t r adi c i one s s e c r e t as y
sut endenci aal ai sl am i ent o, s udeseodepl eni t udysu
l a de l o s di s c í pul o s de l Ze n. No t i e ne mae st r o s y l a po es í a
anhe l o de s e r di f e r e nt e , de hal l ar l as s e ndas de l r e t o r no a
s ó l o l e o f r e c e v i s l umb r e s f ug ac e s d e l “ e s t ado o t r o ” . Si n
consuorgul l odecreadory conel dram adesui nf an-
l o s o r í g ene s . Re e nc o nt r a r l a e t e r ni da d, he ahí una me t a
embargo, su decisión se arma. Como Gurdjieff, podría
am bi ci osapara un poeta provi nci ano de di eci ocho años.
habe r e xc l amado : “ Mi c a mi no e s e l de s ar r o l l o de l as po s i -
Si n embargo, Ri mbaud t i ene pl ena conci enci a de su em-
b i l i da de s o c ul t a s de l ho mbr e . Es un c a mi no c o nt r a l a na -
presa.
t u r al e z a y c o nt r a Di o s ” . La e x pe r i e nc i a p o ét i c a , uni da a
Par a r e t o r nar a l a “ f abul o sa i no c enc i a” , al i l l ud t e mpus
s u di s po s i c i ó n nat u r al par a a c c e de r a o t r o s ni v el e s de l a
mí t i c o , Ri mb aud c ue nt a c o n un a r ma f a l i b l e : l a e xpe r i e n-
me nt e , l e c r e an l a i l us i ó n de que f o r z ando l a po e sí a ( Ne r -
c i a p oé t i c a . En l as s o c i e dade s ar c a i c a s , hub i e s e s i do u n
v al ha bí a p r e t e ndi do f o r z ar e l s ue ño ) , y e nc a r ni z ándo s e
mani pul ador del o sagrado, un shamán especi al i st aen
e n l o s e xc e so s y e n e l de s ar r e gl o de t o do s l o s s e nt i do s , l o -
l as t é c ni c a s de l é xt a s i s , e nt r e g ado a s u ambi c i ó n de “ a s -
graría ampliar el oricio penosamente abierto en el muro
c e nde r al c i e l o ” par a abo l i r l a c o ndi c i ó n humana y r e i nt e -
del aconci enci aordi nari a. Pero Ri mbaudesi mpaci en-
g r ar s e a l a s i t u ac i ó n pa r adi s í ac a de l ho mb r e pr i mo r di a l ,
t e y brut al . Si por moment os asoma en sus poem as una
r e s t a bl e c i e ndo l a c o m uni c a bi l i dad e nt r e e l Ci e l o y l a Ti e -
pr e s e nc i a pe r t u r ba do r a , y e l a ve nt u r e r o d e l o f ant á s t i c o
rra. Su experi enci at am bi én puede homol ogarse con l as
i nt eri or–converti doenuna“operafabul osa”–penetr a
mí s t i c as i ndi as y l as t é c ni c a s budi s t a s de l “ r e t o r no hac i a
en l o desconoci do, bi en pront o ret orna para permanecer
at r á s ” q ue a l r e mo nt ar e l Ti e m po “ a c o nt r ape l o ” a c c e de n
ape gado a l a t i e r r a, pr e s o d e s us pas i o ne s y s u o r gul l o .
al e t e r no pr e s e nt e at e mpo r al , ant e r i o r a l a “ c a í da” . To do s s o n ac t o s de t r a s c e nde nc i a, de r upt ur a de ni v el ,
Suacti tudes l adel “pecador”, t al com ol oconci be Art hur M achen, el ol vi dadoaut or de The Gr e at Go d
me di a nt e l o s c ual e s e l ho mb r e s upe r a l a c o ndi c i ó n huma -
Pan. Para M achen, adepto al a orden herméti ca de l a
na “ p or ar r i ba” , s e r e i nt e g r a a l a l i be r t a d y s e l i be r a de
Go l de n Dawn, el pecadoes unapasi ónposi ti vay so-
l o s l í mi t e s de l “ y o ” me r c e d a un e s f u er z o “ e s pi r i t ual ” que
l i dar i a de l e s pí r i t u. A s u j ui c i o , e nt r e l o s ac t o s c o n-
deter mi naunamut aci óno nt ol ógi ca. El hombre “ enf er-
si deradospecam i nososocul pabl es(el asesi nato, el
mo”, desterrado en el Tiempo, desciende a los inernos,
r o bo , e l adul t e r i o ) y e l Pe c ado c o n mayús c ul a, e xi s t e l a
“ mue r e” y “ r e s uc i t a ” . Dur ant e e l é xt a si s e s abo l i do e l uni -
mi smar el aci ón que ent re el al f abeto yl apoesí amás
ve r s o s e ns o r i al y e l mí s t i c o e me r ge s i mi l ar a l o s d i o s e s .
geni al . El hom bre vul gar, “ normal ” , no será j am ás un
Se h al l a “ c u r ado ” de l do l o r y l a ang us t i a e xi s t e nc i al . En
sant o, perot am pocounpecador. “ Los grandes, t ant o
e s e s e nt i do l o s y og ui s s o n t e r a pe ut a s de l a l ma y Buda e s
s o n l o s en el bi en como en el mal –escri beMachen–
4
“ el reydel os médi cos” . Tam bi énel poeta, c omoquerí a No va l i s , e s un “ mé di c o t r a s c e nde nt a l ” . 160
4 . Ci t a do p or Lo ui s Pauwe l s y J a c que s Be r gi e r , El r e t or no de l os 161
queabandonanl ascopi asi mperf ect asyse dir i gena
burgueses. Su acti t ud permanent e consi st e en escapar a
l osori ginal esperf ectos… Lac i enci adel pecadoserí a
los condicionamientos y a la subordinación que signica
querer tomarel ci el opor asal t o, penetr ardemanera
hal l arseat rapadoenl amáqui nasoci al . Ese comport a-
pr o hi bi da e n o t r a e s f e r a más al t a . Es t o e xpl i c a que s e a
mi e nt o , q ue f o r ma p ar t e de s u a s c e s i s , l e p e r mi t i r á d ar
tan raro. En real i dad, pocos hom bres desean penetr ar
e l “ s a l t o po r l as c o s a s i na udi t a s e i nnume r a bl e s ” . Co mo
e n o t r as e s f e r as , s e an al t a s o baj as , y de mane r a aut o -
arma Krishnamurti, sólo la mente que está en absoluto
r i z ada o pr o hi bi da. Hay po c os s ant o s y l o s ( ve r dade r o s)
descontent oesl aquepuededar el sal t ohaci al area-
pecadores son todaví a más raros” .
l i dad, nol ament er espetabl e, rodeada de unavall ade
Ri mb aud a par e c e e nt o n c es r e v es t i do c o n l o s a t r i b ut o s
del pecador de Machen. Su ambición maniesta es “to -
c r e e nc i as . Comi enzaentonces por desval ori zar el uni verso ordi -
mar e l c i e l o po r as al t o ” ut i l i z ando l as s e ndas pr o hi bi das .
nari oquecaptanl oss ent i dosensutr abaj oprevi opor
Los que han vi st o en Ri mbaudsól o un poeta, un deca-
aproxi marse aese ni vel absol ut o de l ament e donde no
de nt e , un v i c i o s o o un ar t i s t a bo he mi o , s e han e qui v oc ado
r i g en l o s o pue s t o s . Un ni v el s upr a ét i c o , a t emporal e i m-
t o t a l me nt e . Sus a be r r a c i o ne s y s u s po s t u r as ar b i t r a r i a s
pe ns a bl e e n e l q ue l a p er s o na l i dad o r di nar i a, e l “ yo ” d e
o be de c e n a un s i s t e ma me di t a do y pue s t o e n pr á c t i c a c o n
l a experi enci a sensomotr i z desapa r e c e , par a dar pas o a l
i nc r e í bl e de c i s i ó n. Es e l ho m br e dur o , i mpl ac abl e , “ e l s i n
“ hombre nuevo”, capaz de cono c e r l a r e al i dad y pr e s c i n-
corazón de Ri mbaud” . “ La ausenci a de sent i mi ent os –es-
di r de l as no c i o ne s r e l at i vas .
de Joyce– e s e l c o nt r a cribe Jung reriéndose al Ulises 5
6 León Pi erre Qui nt , en un l i bro sobre Proust , e s c r i be
g ol pe a l a s e nt i me nt a l i dad i ns a na” . “ El ho mb r e de be s e r
lo siguiente reriéndose al ser profundo del artista: “La
val i e nt e , s i n pi e dad, dur o . Lo más dur o e s l o más no bl e ” ,
co nci enci ahumanaest áre cubi er t a, segúnl ai magen
excl am a Ni etzs che. “ La causa de mi superi ori dad es que
b er g s o ni a na , s i n duda c a r a a Pr o us t , de una e s p e s a c o s -
no t e n go c o r a z ón” , e s c r i b e Ri mb aud.
Rimbaud odia al “hombre de la supercie”, a los superuos y vacíos, a los idiotas autosucientes que pretenden
tra en la que se han solidicado nuestros hábitos, los
sent i mi ent os al os que est am os acostum brados. Es ahí , enes acort ezadel aconci enci a, endondeencont ramos
saberl o t odo yque no son másque vani dosos pr oye c t os .
por nuest ro t rabaj oynuest rasc onversaci onesdecada
Ex pe r i me nt a ná us e as po r l o s i mpr e s c i ndi b l e s , po r l o s s a -
dí a, mecani smos yamont ados, senti mi ent os ya hechos.
t i s f e c ho s ; e m bi s t e c o nt r a l a s e gur i dad y l a r e s pe t a bi l i dad
Pero bajo esa capa supercial está en nosotros la parte
y de s pr e c i a a l o s f unc i o nar i o s y a l o s e s c ri t o r e s que “ j un-
má s r i c a , e s e nc i a l de n ue s t r o y o, que n o i nt e r v i e ne c a s i
t a n una par t e de l f r ut o de l c e r e br o ” y ac umul an “ l o s pr o -
nunca en l a acti vi dad cot i di ana… Gri t am os, reí mos, aún
duct osdesusi nt el i genci asmi ser abl esprocl am ándose
de r r a ma mo s l á gr i mas r e a l e s , pe r o s i n q ue nue s t r a pe r s o -
aut o r e s ” . Sus i r r e d uc t i bl e s e ne mi g os s o n e l c o nf o r mi s mo ,
nal i dad prof unda ent re en escena” .
los lugares comunes, el ocialismo y los mitos pequeño-
Ri mbaudha pract i cado desdeel comi enzo esa ascesi s de l “ e s t a do a l e r t a ” , q ue h abr á d e p e r me ab i l i z ar s u p s i q ue y t o r nar l a r e c e pt i v a pa r a r e c i bi r l o de s c o no c i do . En
Br uj os ( Le Mat i n de s Magi c i e ns ) , Ba r ce l o na , 1 96 1, p. 25 3 y s s . 5 . C. G. J ung , Ul i s e s , en Re al i dad de l Al ma , Bue no s Ai r e s , 1 94 0, p . 1 18 .
6 . Le ó n Pi e r r e Qui nt , Mar c e l Pr ous t , Bue no s Ai r e s , 19 44, p. 24 7 y s s . 162
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l apri meraet apades u l ucha por romper el espesovel o
na”. Desgraci adam ent e no hay en nuest ro i dioma verbos
queenm ascaraal areal i dad, el poet acombat ec ont ra
i mpersonal es que puedan apl i carse a l os actos humanos.
l oshábi t osyl asreacci onesaut omáti casquel aheren-
Debemos pues conti nuar di ci endo que el hombre pi ensa,
c i a , l a e d uc a c i ó n y l a s o c i e da d h an d e po s i t a do s o b r e l a
am a, l ee, es cri be, detes t a, emprendeguerras, c ombat e,
supercie de su “yo”. Adviene entonces la experiencia
de l v i d e nt e . Ri mba ud c r e e po s e e r l a c l a ve y s e di s po ne a
8 e t c . En r e al i dad t o do e s o s uc e de ” .
Nodebeconf undi rse ent onces l aconci enci aconl as
“ d ev el ar t o do s l o s mi s t e r i o s : mi s t e r i o s r e l i g i o s o s o nat u -
f uerzas psi col ógic as. El hom bre ti ene que comenzar por
r a l e s , mue r t e , nac i mi e nt o , po r v eni r , pas a do , c o s mo go ní a,
darse cuenta de l o que posee y de l o que puede poseer.
l a nada”. En sus f am osas cart as a Georges Iz am bard y a
Debeadqui ri r real ment el os poderesquese atr i buye.
7 Paul Démeny, del 13 y 15 de mayo de 1871, nos ha dado
Parael l oes preci soquedesarrol l eunanuevac apaci -
una l e c c i ó n de l i t e r at ur a nue va y ha c o nde s c e ndi do a r e -
dad, set orne di f e r e nt e , de s pi e r t e del s ueñomedi ant e
v el a r no s pa r t e de s u s i s t e ma .
unaprof undarevol uci ónpsi col ó gi ca. Ri mbaudl oha comprendi do: “El pri mer estu di o del hom bre que qui ere
Ahorasoycr apul osol omásposibl e. ¿ Porqué?
ser poetaes supropi oc ono c i mi e nt o e nt e r o ” . Es l ó gi c o
Qui e r o s e r po e t a, y t r a ba j o pa r a v ol v er me v i d e nt e :
ent onces que comi ence por negar supersonal i dad. “ Yo
usted no comprenderá del todo y yono sabrí ac asi e xpl i c a r l e . Se t r a t a d e l l e ga r a l o d es c o no c i do p o r e l de s ar r e g l o de t o d os l o s s e n t i do s . Lo s s u f r i mi e nt o s s o n e no r me s , pe r o e s pr e c i s o s e r f ue r t e , hab er naci dopoeta, yyomehereconoci dopoeta. Noes e s a t o da mi f al t a . Es f al s o d ec i r : Yo pi e ns o . Se d ebe r í a de c i r : Se me pi e ns a. Perdónpor el j uegode pal abras.
e s o t r o ” , e xc l ama. “ Si e l c o br e s e de s pi e r t a c l ar í n no e s po r s u c ul pa. Me e s e vi de nt e e s t o : as i s t o a l a e c l o s i ó n de mi pe ns ami e nt o : l o mi r o , l o e s c uc ho : do y un g ol pe e n e l ar c o de l v i o l í n: l a s i nf o ní a s e mue ve e n l a s pr o f undi dade s o s ube de un s al t o a l a e s c ena” . Hast a aquí Ri mbaud ha si do el poeta, el medi um que hace esc uchar l o que t r ae de al l á abaj o, l a “ Pi t i a e xal t a9 da ” , c o mo di c e Ro ps . No s habl a de l i nc o ns c i e nt e de s de s u
Aq uí Ri mb aud s e ade l a nt a a l a pr o s a s o br e e l po r veni r de l a poesí a que envi ará dos días después a Démeny. El poeta s abe queel hombreensuni vel ment al ordi nari o e s un aut ó ma t a q ue i g no r a s us l í mi t e s y s u s p o s i b i l i da des. Es una máqui na movi da por inuencias exteriores y
“ e s t ado o t r o ” . Si n e mb ar g o , e n l a mi s ma c a r t a , e l po e t a a gr e g a a l s e r vi de nt e e l hac e r s e vi de nt e . No e xi s t e e n e l l o c o nt r a di c c i ó n al g una, a pe s ar de l a o pi ni ó n de al g uno s de s us c r í t i c o s . Lo e s p o nt á ne o , e s de c i r s u c a pa c i dad nat u r a l par a d e s pe r s o na l i z ar s e e n un é xt a s i s pa s i v o , de be r á
por choques exteriores. El hombre no se conoce. El hombre nadapuedehacer , esc ri beOuspenskyal azagade Gur d j i e f f . “ To do l o q ue c r e e hac e r , e n r e a l i da d s uc e de .
8. Pedro D. Ouspensky, Ps i c ol ogí a de l a pos i bl e e vol uc i ón de l hom-
Eso ocurre exact am ent ec omo“ l l ueve”, “ ni eva” o “ t rue-
br e , Bue no s Ai r e s , 1 95 2, p . 1 6. 9 . Cf . Da ni e l Ro ps , Ri mbaud, Bue no s Ai r e s , 1 95 4, p. 1 00 . Pa r a pr o f und i z a r c i e r t o s a s pe c t o s d el o c ul t i s mo de Ri m baud, véase Jacques Gengoux, La Symbol i que de Ri mbaud, Pa r í s , 1 94 7, y “ Le g r an Oe u-
7 . Cf . J ea n Ma r i e Ca r ré , Car t as de l a vi da l i t e r ar i a de J. A. Ri m-
vre de Ri mbaud”, en Le s Ca h i e r s d’ He r mè s , I , Pa r í s , 1 94 7. Ta mb i é n
baud , Bue no s Ai r e s , 1 94 5, pp . 4 35 4.
Ro l l a nd d e Ré ne vi l l e , Ri mbaud l e Voyant , Pa r í s , 1 92 9.
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e nc a uz ar s e de t a l mo do q ue l e pe r mi t a c o nt r o l a r s u e xpe -
He abandonadodes dehace más deunañol a v i d a o r di nar i a po r l o que us t e d s a be . Enc e r r a do s i n
r i e nc i a. Ri mbaud t i e ne s u pr o pi a t é c ni c a de ac c e s o :
cesar en esta incalicable comarca de Ardennes,
no f recuent ando a ni ngún hombre, rec ogi do en un
El poeta se hacevi dente por un l argo, i nmenso
tr abaj oi nf am e, i nepto, obsti nado, mi ster i oso; no
y r a zo nado de s ar r e g l o de t o d os l o s s e nt i do s . To da s
r e s po ndi e ndo s i no po r e l s i l e nc i o a l as pr e gunt a s , a
l asf ormasdeamor, desufr i mi ento, del ocura; él
l o s a pó s t r o f e s g r o s er os y mal vados, most rándome
busca por sí mi smo, agota en sí todosl os venenos parano guardardeel l oss i nol asqui ntaesenci as. Inef abl etor t uraparalaqueset i enenecesi dad
di g no e n mi po s i c i ó n e xt r a l e ga l .
det odal af e, det odal af uerzasobrehumana, en
Ri mbaudha mant eni do en secr et o l as caracter í st i cas
l a que é l l l e ga a s e r e nt r e t o d os e l g r a n e nf e r mo ,
de e s e t r abaj o obs t i nado q ue a br í a d e pe r mi t i r l e de s pe r -
el grancr i mi nal, el granmaldi to. ¡ Yel supremo
t ar e n e l al ma uni ve r s al . Ha comprendi do que su espí ri t u
s ab i o ! Pue s t o q ue l l e ga a l o d e s c o no c i do y , c ua ndo
due r me y q ue de be t r ab aj ar s o br e s í mi s mo pa r a a c c e de r
e nl o que c i do , t e r mi na po r pe r de r l a i nt e l i g enc i a d e s us vi s i o ne s, ¡ é l l as ha vi s t o !
Suambi ci ónes s emej ant eal adel HombreDi os soñado por Noval i s. Lamí st i ca se t ransf ormaráenma g i a y e l v i d e nt e t r a t a r á de a dq ui r i r po de r e s s o br e na t ur a l e s e inventar
nuevas ores, nuevos astros, nuevas carnes,
nue vos i di omas . Susoberbi aal canzaent onces el nivel cul mi nant e. En su Cr i men Amor i s , Ve r l ai ne l o ha r e pr e s e nt a do e xc l amando : “ Yo s e r é a que l q ue s e r á Di o s ” . El de mi ur g o d e s p l a z a a l p o e t a . La a ve nt ur a e s p i r i t ua l ha s upe r a do e n muc ho l a s f r o nt e r a s de l a l i t e r a t u r a y Ri mb aud pa r t e e n b us c a de l Gr aal , e l c o no c i mi e nt o pe r f e c t o , e l v as o s a gr a do , c o n e l a r di e nt e a nhe l o de g us t a r “ e l b r e ba j e de l a i nmo r t a l i da d” . En un s e nt i do a m pl i o , s us a pe t e nc i a s s o n l as de l g no s t i c i s mo que ant e p one e l c o no c i mi e nt o a l a f e y pr e t e n de r e t o r na r a l a f ue nt e pr i me r a de s ar r o l l a ndo ha s t a l a i l umi na c i ó n l a s f a c ul t a de s o c u l t a s d el ho mb r e . Pa r a e l l o , Ri mb aud q ue da l i b r ado a s u s pr o pi a s f ue r z a s . Ca r e c e de g uí a s e i ni c i a do r e s , e s un “ he r é t i c o ” s i n f e q ue a bo mi na de l o s pant anos oc c i de nt al e s y a ño r a e l pe ns a mi e nt o de l a s abi dur í a de Or i e nt e , l a pat r i a pr i mi t i va. Su si st ema de mí s t i c a i nv er t i da e s t á e r i z ado de pe l i g r os y pue de c o nduc i r l o al bo r de de l abi s mo .
a l a vi gi l i a. “ Despi ért ate t ú que duermes, y l e vá nt a t e de l o s mue r t o s ” , di c e Pabl o ( e f . 5: 14) . El ho m br e q ue a s pi r a aunar egeneraci ón hade el e v ar s e s o br e s u c o ndi c i ó n o r di na r i a . Mi e nt r a s no l o g r e e va di r s e de s u pr o pi o de s e o
será un ser incompleto, inacabado, vivirá identicándo-
s e , pr e s o d e l as pas i o ne s y d e l o s hábi t o s de l a me nt e . El mundoser ás ól o unac onf usai magen sensori a. Es prec i s o t e ne r c o nc i e nc i a de q ue , a pe s ar de q ue s e v i v e v o l cado haci a af uera en unmundo cuyas causas permanec e n o c ul t a s , e xi s t e e n e l ho mb r e una c a t e g o r í a s upe r i o r quepuedepermi t i rl eungr adonuevodeco mprensi ón. Laesenci adel oesot éri coes queel hom brepuedepasar porunat ransf ormaci óny al canzar unnuevoni vel des í mi smo. En Une Sai s on e n Enf e r , Ri mbaudes cr i be e s t as l í ne as r e ve l ado r as : “ Si e s t uv i e s e s i e m pr e de s pi e r t o , apart i r de est e moment o, al canzarí am os pront o l averdadque probabl ement e nos rodeac on susángel es que l l o r a n” . Si n e mb ar g o , e l mant e ne r s e de s pi e r t o c o ns t i t u yó unaempresa superi or as us f uerzas. M edi ant e est e t rab aj o e n s í mi s mo ( “ é l b us c a s u a l ma, l a i ns pe c c i o na , l a t i e nt a , l a c o mpr e nde ” ) , hab í a l o gr a do de s pe r t a r . Su a l ma e ra r i c a , más que nadi e , pe r o t e ní a que c ul t i v ar l a; de bí a ser consci ent e de sí mi smo en unapermanent e vi gi l i a y dej ar de moverse y razonar sumi do en el sueño.
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Gurdj i ef f , dueño de un método esenci al mente prácti -
pero arma que sin la dirección de un hombredespierto
c o de l a “ c o nqui s t a de l y o” , ha e xpue s t o e s t a s i de as c o n
que guí e e l de sar r o l l o de l as f ac ul t a de s de l a me nt e , s e r á
e s pe c i a l c l ar i dad. Par a é l e xi s t e n c uat r o e s t ado s de c o n-
di f í c i l a c c e de r a l t e r c e r e s t a do d e c o nc i e nc i a . Me di a nt e
ci enci a. El hom bre vi ves ol am ente en l os dos pri meros:
l a aut oobservaci ón perma ne nt e s e adqui e r e l a c e r t e z a de
el sueño yl a vi gi l i a or di nar i a. Losest adoss uperi ores
El que “ yo e s o t r o ” . “ o t r o e s e l v er dade r o é l , el verdadero
de aut oc onc i e nc i a y c onc i e nc i a obj e t i va, l e s o n i nac c e -
‘ y o’ , aque l que apar e c e e n l a v i d a s ó l o dur a nt e i ns t a nt e s
si bl es. El est adodesueñoes pasi voyabsol ut am ent e
muy breves y que puede convertirse en algo rme y per -
subj eti vo; pero cuando el hom bredespi ert ay creyendo
12 ma ne nt e de s pué s de un l a r go pe r í o do de t r a ba j o ” . Al al -
que ha tomado el gobi erno de su personali dad comi enza
c anz ar l a c o nc i e nc i a de s í , e s po s i bl e o bt e ne r v i s l umbr e s
aact uar, perm anece aún i nmerso en el sueño ys u ac10 ti vi dad es obvi am ent e pel i grosa. Com o di ce Gurdj i ef f ,
del úl t i moest adoal queGurdj i ef f denomi naest adode
En este grado de conciencia scali-
c onc i e nc i a obj e t i va.
el hom bre de l avi gi l i aor di nari aes unamera máqui na
zadora, el hombret ransf ormado, “ renaci do” , aprehende
y todo l e sucede. No puede contr ol ar su i magi naci ón ni
l a uni da d; l a p s i q ue p r o gr e s a hac i a e l f o c o o r i g i n ar i o y
detener el uir de su pensamiento; se halla entregado
a l c a nz a un e j e de po l a r i z ac i ó n i nt e mpo r al e i mpe r s o na l .
al de s po t i s mo de s us “ y o ” s uc e s i v os y o be de c e “ d o r mi do ”
Qui enal canzaeseni vel , ese est adonat ural de Sahaj a
al a i mperati va compul si ón de sus senti mi ent os y em o-
Samadhi , c o mo l o l l aman l o s mí s t i c o s i ndi o s , r e al i z a e l
ci ones.
máxi mo de sus posi bi l i dades. Si apl i cam os este esquem ade i deas al aexperi enci a
Es posi ble pensardurante mi l años; es posi ble e sc r i b i r b i b li otecas complet as, c rearmontonesde teorí asy hacerl o todosum i do en el másprof undo de l oss ueñosy si n posi bil i dad algunadedespertar. Antesbi en, todosestosl i brosytodasestas t e o r í a s , e s c r i t a s y c o nc e bi das e n e l s ue ño , s ó l o s e r 11 vi rán para aumentar el sueño de otr as personas.
Es na t ur a l , e nt o n c e s , q ue e l pr i me r anhe l o de l ho mbr e que ha r e c o no c i do l a r e al i dad de e s e e s t a do de s ue ño , e s t é dete rmi nadoporl anec esi daddedesper t ar. Gurd j i ef f s e ñal a q ue e l c o mi e nz o d e l t r a baj o p ar a l o gr a r l a a ut o c o nc i e nc i a de be i ni c i ar s e c o n l a r e c or dac i ón de s í mi s mo,
de Ri mbaud, veremos que el poeta ha pugnado i nf ructuosamente haci a l a obtenci ón de una superconci enci a, de un “ e s t ado de al e r t a” . Par a e l l o par t i ó de s u c o n di c i ó n
de poeta y avanzó dicultosamente merced a una pre-
di s po s i c i ó n ps i c o l ó g i c a y a l as t é c ni c as de l de s ar r e gl o de todos l os sent i dos. Com prendi ó que l ahiperl uci dez podrí asobreveni r como consecuenci ade ci ert as acti t udes pr e c i s a s , de c i e r t o s s i s t e m as as c é t i c o s , y que l a r e al i dad de esa c onc i e nc i a c ós mi c a s e s i t u aba más al l á de po s t ul ac i o ne s s ag r adas o pr o f anas . Par a de c i r l o c o n l a t e r mi no l o gí a de Gur dj i e f f , Ri mbaud f r e c ue nt ó e l t e r c e r e s t a do de c o nc i e nc i a ( aut oc onc i e nc i a ) , y t uv o e n l o s más dur o s moment os de su ascesi s vi sl umbres f ugaces del est ado
Pero como arma Gurdjieff, un
de c onc i e nc i a obj e t i va.
hombre sol odi f í ci l ment e podrá mant enerse de s pi e r t o, 1 0. Vé as e G. Gur d j i e f f , Todo y t odas l as c os as , Re l at os de Be l c e bú a
aun cuando se tor ture y reali ce denodados esf uerzos.
s u ni e t o , Bue no s Ai r e s , 195 7, Te r c e r a Par t e , p. 2 84 . y s s .
Fragmentos 1 1. Ci t a do p o r Pe d ro D. Ous p ens k y,
de una enseñanza
de s c onoc i da. En bus c a de l o mi l agr os o , Mé x i c o , 1 95 2, p. 1 83 . 168
1 2. I b í de m, p . 1 86 . 169
Adem ás, Art hur Ri mbaud no poseí a una j ust a noci ón
de c o nc i e nc i a do nde s e hal l e n abo l i das l as no c i o ne s de l
de l o s ni ve l e s e n l o s que s e de s ar r o l l a l a e xpe r i e nc i a t r a s-
espaci oyel t i em poc ont ri buyeadesdibuj aryqui tar
cendent e.
s e nt i do a l as pal abr as f o r j adas e n l a dur ac i ó n y l a e x-
Enl am arc hahaci ael Centr o, sedi st i nguendi -
t ensi ón. Esl ógi coentonces queel poetabusqueuna
versos grados ymati ces deri vados del ai nt ensi dad y
l engua ent eram ent e nueva, f undada en l a experi enci a
duraci ón del procesoy de l acapaci dadorgáni capara
13 mi smadel o i nco ndi ci onado. Ese esf uerzo sobrehu-
real i zarl o. La uni dad de l a experi enci a i ncondi ci onada
mano por jar lo inexpresable le permite la obtención
no pue de s e r c o nt r o v er t i da, pe r o l o s di f e r e nt e s ni ve l e s
de nuevas f orm as poéti cas. poes í a s e e nr i que c e, pe r o Su
i nt rapsí qui cas. Exi st e unaprogres i ón que denomi na-
no transmite sino muy parcialmente su deseo manies to. El poema en sí, no es un conjuro mágico suciente
rem os“poéti ca”, porest arref eri daal osprocesosde
para devel ar todos l os mi s t e r i o s . Y e s t o e s l o que Ri m-
que presenta deri van de l a cali dad de l as progresi ones
l a creaci ón artí sti ca; otraprogresi ón quel l am aremos
baud comprende al n. Además, el vidente que posee
parapsí qui cayquei nvol ucral asvari aci onesvi si ona-
l ai nt ui ci óndi rect adel osobrehumanoexperi ment a,
ria o mediúmnica y nalmente la progresión intrapsí-
e n l o s l í mi t e s de l ni v el par aps í qui c o , e l s o br e c og i mi e n-
qui c a mul t i di r e c c i o nal , e s d ec i r , l a i l umi nac i ó n de l o s
to yespanto caract erí sti cos que produce l o numi nos o.
procesospsí qui cosconsci entesei nconsci entes, del a
14 Est e neol ogi smo propuest o por Rodol f o Ot t o, desi gna
t o t a l i dad ps í qui c a.
l aem oci ónarraci onal queperci beel hom breant el o
Ri mb aud ha s upe r a do e l ni v el po é t i c o , ha l uc ha do c o n
sobrenatural o l o di vino. Despoj ado de todo conteni do
l o s e s pe c t r o s y l as l ar vas de l ni ve l vi s i o nar i o y e n al guno s
ét i c o, l o numi nos o es l a esenci a mi sma del senti mi ento
i nst ant es ha al canzado a pos e e r l a ve r dad e n un al ma y
r e l i gi o so ; l a r e ac c i ó n s ubj e t i va pr o duc i da po r al go o bj e -
un c ue r po.
ti vo. Ri mbaud, col ocado ante el mys t e r i um t r e mendum –com o l o l l am aba Boehme– por obra de una ascesi s i n-
¡ Oh, pur e z a! ¡ Pur e za!
.
Es t e mi nut o de vi gi l i a me ha mos t r ado l a vi s i ón de l a pur e z a ¡ Por e l e s pí r i t u s e va a Di os !
vert i day anárqui ca, se pi erde en ese vací o de espanto y d e t e r r o r que pr o duc e l o numi nos o.
¡ De s gar r ador i nf or t uni o!
Enm edi odesupasi ónl uci f er i na, Ri mbaud, que parecehall arset anl ej osdel al i teratura, am bi ci ona
Aproximaciones 1 3. Cf . Edua r do A. Az c uy ,
a la poética de Rimbaud,
est udi o prel i mi nar aArt hur Ri mbaud, Poe mas y l os De s i e r t os de l
most rar esa“ segunda real i dad”; recr ear por medi o de
Amor , v e rs i ó n c a st e l l a na de Ed ua r do A. Az c uy, E. Go nz á le z Tr i l l o
l apoesí aesec ont i nent edesconoci dodel ament e. Se
y L. Or t i z Be he t y , Bue no s Ai r e s , 1 95 8, p . 2 9 y s s . Ex i s t e n d i v e r s as
pl ant ea entonces el probl em adel l enguaj e. Consci ente de que “l as i nvenci ones de l o desconoci do recl aman f orm as nuevas”, Ri mbaud “i nventa el col or de l as voca-
les”, escribe noches, silencios, ja vértigos. No hay que
ol vidar que su capaci dad para f recuentar otros ni vel es
t r a duc c i o ne s d e l a ob r a de Ri mb aud que me r ec e n se ñ al a r se : J . Ar t hur Ri mbaud , I l umi nac i one s y Ot r os Poe mas , e s t u di o y v e r s i ó n de Al f r e do Te r za g a, t e r ce r a ed i c i ó n, Có r do ba , 1 96 0; Ar t hur Ri mb aud , Obr a poé t i c a , v e r s i ó n , c r o no l o g í a y n o t a s d e E. M. S. Da ne r o , Bue no s Ai r e s , 1 95 9. 1 4. Vé a se Ro d ol f o Ot t o , Lo Sant o, l o r ac i onal y l o i r r ac i onal e n l a i de a de Di os , M adri d, 1965.
170
171
Mi sal udsevi oam enazada. El t error l l egaba.
Ens us oj os azul es ardel al l am adel desconten t o . El es
Caí adormi d ovari osdí asy, unavezl evant ado,
l a r e vo l uc i ó n; é l e s e l ho m br e pe l i g r os o p ar a l a s o c i e dad
conti nuaba con l os sueños más tr i st es. Est aba ma-
i nme r s a e n e l s ue ño , y t a m bi é n e s é l e l que c o no c e l a Sa-
duro para l amuerte; por un cam i no l l eno de pey
b i d ur í a I nf e r nal de a que l pr o v er b i o q ue Bl a ke l e ye r a e n
ligros, mi debilidad me conducía hacia los connes
su Vi si ón M emorabl e:
de l mundo y de l a Ci me r i a , pat r i a de l as s o m br a s y de l o s t o r be l l i no s .
El r ug i d o d e l o s l e one s , e l aul l i do de l o s l o bo s ,
Adv i e n ee nt o nc e s el s i l e nc i o , e l mi s t e r i o s o s i l e nc i o r i mb audi a no . Si l e nc i o a nt e l a i mpo s i bi l i da d de e xpr e s a r 1os“ encant am i ent osreuni dosensucerebro”. Si l enci o
l a c ó l e r a de l ma r t e mpe s t uo s o y l a e s pa da de s t r uc tor a, son porci ones de eterni daddem asiado grande s pa r a e l o j o de l ho mb r e.
ant e e l t e mo r de l a l o c ur a, s i l e nc i o i mpo t e nt e , s i l e nc i o y o r gul l o , s i l e nc i o y de s pr e c i o . Ll am é al os verdugos para morder, en mi agoní a, l a c ul at a d e s us f us i l e s. ¡ No! ¡ No! Ahora me rebelo contr a l a muert e. Enel úl t i momoment oat acaréa derechae i zqui erda.
La e xpe r i e nc i a me t a f í s i c a y l a l i t e r a t ur a s e c o nv i e r t en e n un l a s t r e de s pr e c i a bl e . La s a r r o j a l e j o s y r e c o mi e nz a su mar c ha que r e l l ándos e c on l as apar i e nc i as de l mun- do, hac i a o t r o as pe c t o de l o de s c o no c i do . Jav a, Chi pr e , e l M ar Ro j o , Abi s i ni a, l o v en pas ar c o mo una sombra venci da . “ He c r e í do a dq ui r i r po de r e s s o br e na t ur a l e s . ¡ Y a ho r a t engo que ent errar mi i magi naci ón y mi s recuerdos! [ …] ¡ Yo que me he dic ho mago o ángel , que me he di spensado de t o da mo r al , v ue l v o a l a t i e r r a c o n un de be r que bus c ar y l a r e al i da d r ug os a que a br a z ar ! ¡ Ca m pe s i no ! ” . Ahora Ri mbauddej ades oñar, depl anear, decr ear. En adel ant ees sól oun hombrej oven, depi el os cureci -
da por soles de fuego, que traca con armas, comercia
y
expl oraregi onesdesconoci dasporel hom brebl anco. A veces parece moverse por i nt ereses mezqui nos. Si n embargo, aunque no poseemást écni cas para reencontr ar el Paraí so, surevol uci óni nconcl usapermane c e en é l . 172
173
CAPÍTULO VI I I
Ri l ke: el di ál ogo c on l o i nvi s i bl e
D1 &%B$-2 -& B)$1%7$)&1*($8 +, E$,2) $1B& ,2 >F% &GB)$H28 I&&,$A2)$) ,$ *21*&7*(J1 >?B(*2K%(>AJ,(*$8 D1$ E2L >(%B&)(2%$ &1 &, *$%B(,,2 -& M0(128 N2 O$A(&)B2P *2>2 %&Q01-$ )&$,(-$-8 OR)%&P -&, 1(E&, 2)-(1$)(28 +, E$,2) $1B& ,$ >0&)B&8 +, OS1Q&,P -& ,$% &,&Q?
%$ Cuant o más s e e l e vay s e e ns an- c hae l pe ns ami e nt o humano , menos c ompr e ns i b l e s apar e c e nl anadayl a mue r t e . Todol oque mue r e c ae e nl a vi da; y t odo l o que nac e t i e ne l a mi s ma e dad de l o que mue r e . M aeter l i nck , La mue r t e Lamue r t e e s e l l ado de l avi da que no e s t á vue l t o hac i a no s o t r o s , ni i l umi na d o po r no s o t r o s . . . no hay ni un más ac á ni un más al l á, s i no l a gr an uni dad e n c uy o do mi ni o s e e n- c ue nt r anl o s s e r e s que no s s o br e pa- s an, l o s “ ánge l e s ” . Ri l ke , Car t a a Wi t ol d Von Hul e wi c z de l 1 3 de novi e mbr e de 1925
Comounacasagrandeest ál anoche, /l aangust i adel asmanosl aceradas/ arranca puert as a l os muros; / vi enen pa- sos después, i nt ermi nabl es/ y haci a af uera ni nguna puert a se abre. / Y así , Di os mí o, es cada no c he; / si empre hay al gunos des- vel ados/ que van y van y no t e encuent ran. 175
Es t o s v er s o s d e Ri l ke , de l Li bro de l a Peregri naci ón, r e-
Aunque sí mbol os degradados de una vi venci a cósmi ca,
vel an su esf uerzo permanent e por asedi ar l af uent e i n-
Las El e gí as de Dui no y Los Sone t os a Or f e o s o n e l v i v o
t emporal del Sermedi ant el aexperi enci apoét i ca. Su
t e s t i mo ni o de s u a ve nt u r a me t a f í s i c a . El po e t a “ de s pi e r -
obra, vi vi daenf unci óndeuni ndecl i nabl esenti mi ent o
t o ” av anz ó s i n pa us a hac i a e l l ugar donde muer e el hom-
de c aut i v i d ad, de aus e nc i a y de b ús q ue da de Di o s , f ue un
bre mecáni co y nace el nuevo hombre al que l os Evange-
l argoproceso de muert e y resurrec ci ón, un puent e para
l i o s c o mpa r an a una s e mi l l a c a pa z de c r e c i mi e nt o . ·
s upe r a r l a p l ur a l i da d de l a s f o r ma s y de s pe r t ar a un ni -
Ri l ke adv i r t i ó que l as pas i o ne s pas an a e no r me di s t a n-
v el d e c o nc i e nc i a c ua l i t a t i v ame nt e di s t i nt a . Pa r a é l , e l
c i a de nue s t r a v i da pr o f unda . “ No e s e n e l umbr a l de l a s
“ e s t a do po é t i c o ” f ue a nt e t o d o c o nt e mpl a c i ó n y v i d e nc i a;
pasi ones –habí aesc ri t o M aeterl i nck– donde se encuen-
un e s t a do de t r ans pa r enc i a a pt o pa r a i nt u i r l o i nv i s i bl e
t r a n l as l e ye s pur a s de nue s t r o s e r . Ll e ga un mo me nt o e n
y r e ve l a r e s e c e nt r o abs o l u t o s i t u ado más al l á de l a f r o n-
que l os f enómenos de l ac onci en c i a ha bi t u al , q ue po dr í a
t era del dual i smo. Convenci do de que exi st e un “ mundo
l l amar s e l a c o nc i e nc i a pe r s o nal o l a c o nc i e nc i a de l as r e -
ab i e r t o ” , u na r e al i dad d i s t i nt a d e l a que r e v e l a l a p e r -
l aci ones de pri mer grado no nos aprovechan ni l l egan a
c e pc i ó n o r di na r i a , s e i mpus o l a a r dua t a r e a de de s pe r t a r
1 Má s al l á de e s o s ni v el e s ha bi t u al e s , e l nuest ravi da” .
del oss ent i dos al t ernandodent rodesí l ascausasque
po e t a f ue h ac i a de nt r o de s í , e n un i t i ne r ar i o i nt r o s pe c -
engendran l a vi si ón f ragm ent ada. Como l os románt i cos,
t i vopl eno de hal l azgos desl umbrant es. En Car t as a un
admi t í aque l a“ vi da oscura” se encuent ra en i ncesant e
j ove n poe t a, e s c r i b i ó a s u a mi g o Ka ppus :
comuni caci ón con esa ot r a r e al i dad má s v as t a, a nt e r i o r ysuperi oral avi dai ndivi dual . ParaRi l ke, el hombre
Debem os aceptar nuest ra vi da t an ampl i amen-
esel desgarr adoperegri nodeunmundovi si bl eyot ro
t e como seaposi ble. Todo, aun l o i ns ó l i t o de be s e r
i nv i s i bl e . El pr i me r o c o no c i do po r l o s s e nt i do s , e l s e gundo a c c es i bl e po r l a i nt ui c i ó n y l a v i s i ó n e s pi r i t ual . Uno t ri di mensi onal ydi sconti nuo, otr om ul t i dimensi onal y
continuo, sólo perlado a través del lenguaje de los sím-
bo l o s . El ho mbr e q ue a c ept a úni c a me nt e e l mundo f í s i c o , –pe ns a ba e l po e t a – s e de s pl a za c o mo i nme r s o e n e l s ue ño y no s upe r a un c o no c i mi e nt o l i t e r a l . Se hal l a hi pno t i z ado po r e l mundo de l as f o r m as , r e ac c i o na a l o s e s t í mul o s c o n r e s pue s t a s e s t e r e o t i pa da s y pi e ns a q ue s u s e r e s l a s uma deesamul t i t uddeact i t udesmecáni cas. Si nembargo,
po s i bl e e n e l l a . En e l f o ndo , e l úni c o v al o r q ue s e no s e xi g e e s s e r ani mo s o a nt e l o extr año, promás digi osoe i nexpl i cabl equepuedeacaecernos. Que l os hombres hayansi dopusi l áni mes enese sen-
tido ha hecho innito daño a la vida; los sucesos
denomi nados‘ f enómenos’ , l atot ali daddel l l am ado “ mundo d e l o s e s p í r i t u s ’ , l a mue r t e , t o d as e s as
cosas que nos son anes han sido tan reprimidas,
tanal ej adasdel avi dapor unr echazoc oti diano, que l os senti dos con que podrí am os aprehenderl as
se han atroado.
2
de t r á s de e s a ni e bl a d e g e s t o s r e pe t i do s y p al ab r as c o nvenci onal esexi st eungradodeverdadqueRi l kec onoc i ó p or s u s v i v e nc i a s r e l i g i o s as , p o r s u c a pa c i da d p ar a experi ment ar l o i ncondic i onado; ese “ moment o f uera del
1 . Ma ur i c i o Ma et e r l i nc k , i nt r o d uc c i ó n a No v al i s , Los Fr agme nt os y
t i e mpo ’ q ue pe r mi t e l a v i s i ó n uni t a r i a d el c o s mo s , e l ac -
l os Di s c í pul os e n Sai s , Bue no s Ai r e s , 1 94 8, p p. 1 71 8.
c e so al “ y o” s e c r e t o mi s t e r i o s o. y
2 . Ra i n er Ma r í a Ri l ke , Car t as a un j ove n poe t a , Bue no s Ai r e s, 1 95 3,
176
VI I I , p. 57. 177
En o t r a s de l as c ar t a s , Ri l ke i ns i s t e e n e l t e ma de l a s o l e dad. “ Us t e d di c e que l o s q ue e s t á n c e r c a e s t á n l e j o s
5 a l a c i e nc i a de a l g ún r e c i é n s al i do d e l a mue r t e ” . Como
e l l o s Ri l ke par t i c i pó de l a i nt ui c i ó n pr i mo r di al de l mundo
omi enzaahacers el aam pl i t ud en t ornos uyo. yahorac
que aora a la conciencia cuando –al cesar el principium
Al égresedesuc recer enel c ual nopuedec i ert a ment e
i ndi vi duat i oni s – s e a c t ual i z an l a s e s t r u c t ur a s a r c ai c a s
l l evar anadi ec onsi goyseabuenoc onl osquequedan
de l apsi que yse al canzaaaprehender l aUni dadvi va
at r á s ” . Es a al us i ó n a l a s o l e da d, e nf a t i z ada y e xal t ada
y cambi ant e que subyace det rás de l apercepci ón parc e-
e n l a s e xt a de l as c ar t a s a Kappus , “ i r hac i as í , y d ur an-
l ada. Deahí s uc ert ezadequet odosnuest ros órganos
t ehorasno encontrar anadi e” ; “ est arensol edad como
s o n l o s c ó mpl i c e s de un s e r s upe r i o r y q ue “ l o s ho mb r e s
l oest abaunodeni ño” , r evel asuf recuen t aci óndeesa
de aquí y de ahora no est am os i nmovi l i zados en el mun-
z o na mi s t e r i o s a y ai s l ada do nde s e ac l ar a e l s e nt i do de l a
do de l t i e mpo , s i no q ue de s bo r da mo s s i n c e s a r h ac i a l o s
vi da y d e l a mue r t e . Al l í e l po e t a t r a baj ó s o b r e l as e mo -
ho mbr e s de a nt año , ha c i a nue s t r o o r i g en y ha c i a l o s q ue
ciones negativas, las identicaciones, los “yo” sucesivos
que pr e t e nde n a l t e r na r s e e n e l c o mando de l a pe r s o na l i -
v i e n en de t r á s de no s o t r o s ” . El uni v er s o i nt e r c o ne c t a do , l as c o r r e s po nde nc i as i nv i -
dad y sobre los estados de autocompasión y justicación
s i bl e s q ue u ne n l o s e l e me nt o s de l o s d i s t i nt o s r e i no s , l a
de sí . Comprendi ó el sent i do queexi st e por enci madel
v i s i ó n t o t a l i z ant e de l c o s mo s , s e hi z o c ar ne e n e l po e t a e
signicado corriente de la vida y ascendió por grados ha-
i mpregnó su obra de al i ent o t rascendent e. Laal qui mi a
c i a s u s e r c o ns c i e nt e di s p ue s t o a r e a l i z ar a que l l a t a r e a
de l v er b o o b r ó e l mi l ag r o d e l a a nul a c i ó n de l o s c o nt r a -
sagradaque M ari t ai n concebí apara el poet a: “ Concl ui r
r i o s . La e x pe r i e nc i a s e t r ans m ut ó en sangre des u san-
e n s í mi s mo l a o b r a de l a c r e ac i ó n, c o l a bo r ar e n di v i n o s
gre, en gesto ymi radaanóni m os i mposi bl es des eparar
e qui l i br i o s , de s pl az a r mi s t e r i o s y e s t ar c o nna t ur a l i z ado
de s u s e r . “ Só l o e nt o nc e s –admi t e e l po et a – pue de ac o nt e -
3 c o n l as po t e nc i as s e c r e t as que ac t ú an e n e l uni v er s o ” .
c e r que e n una ho r a muy s i ng ul ar s e al c e de l as pr o f u ndi -
Co mo t o do v er dade r o po e t a, Ri l ke i nt e g r a e s a c o r r i e nt e de pensam i ent o que reel abora–at ravésdel asépocas–
dade s y s e e xpr e s e, l a pr i me r a pal abr a de un v er s o ” . Esahorasi ngul arc obróe xtr emagravedadparaRi -
l aconcepci ónm í t i cosi mból i cadel m undo. Comodi ce
l kecuandoen1911, f rente al mar conturbado por una
Amadou, “ unaest ruct urament al ori gi nari asupervi ve
t orment ai nmi nent e, esc uchóenl ater razadel cast i l l o
4 i nc o ns c i e nt e e n e l s e no de l a l ma c o l e c t i va” . En ese sen-
de Dui no , e n I s t r i a, una v oz mi s t e r i o s a que l e di c t a ba e l
t i do l a c o s mo vi s i ó n y l o s é x t a si s r i l ke ano s s e r e l ac i o nan
ve r so i ni c i al de l a pr i me r a El e gí a:
c o n l a r e al i z ac i ó n me t a f í s i c a de Ec khar t , c o n l a t e o s o f í a deBoehme, l asvi si onest ransf í si casdeSwedenborg, y
¿ Qui é n s i yo gr i t ar a, podr í a e s c uc har me
l ac ont empl aci ón creadora de Ruysbroeck el Adm i rable,
e nt r e l a j e r ar quí a de l os ánge l e s ?
místico amenco que vivió a principios del siglo XIV y
ques egúnMaeter l i nck“ uní al ai gnoranci adeunni ño
Exaltado ante ese inefable símbolo de lo innito, Rilke v i v i ó un e s t a do de esa t ransparenci a que como di af aní a,
3 . Cf . J ac q ue s Ma r i t a i n , Fr ont e r as de l a poe s í a , Bue no s Ai r e s, 1 94 5. 4. Robert Amadou, L’ Oc c ul t i s me . Es qui s s e d’ un monde vi vant , Par í s ,
5 . Ma ur i c i o Ma e te r l i nc k , El t e s or o de l os humi l de s , Buenos Ai res ,
195 0, p. 72 .
19 43 , c a pí t u l o VI , p. 6 3. 178
179
di c e Te i l har d de Char di n po s i b i l i t a l a c a p t a c i ó n de l a o m-
c a nz ó c o n una v e l o c i dad c r e c i e nt e y u n l i g er o de s -
ni pr e s e nc i a d i v i n a y l i be r a a l e s pí r i t u d e s u ma t r i z ma -
6 l i zam i ent o.
t e r i a l par a pr o y ec t a r l o ha c i a e l c e nt r o d e c o n ve r g enc i a c ó s mi c a. Aque l l o f ue e l pr i nc i pi o su obra más l ograda, de
No o bs t a nt e , e l po e t a i nt uy ó que e s a c o ns unc i ó n no e r a
l ar ecompensade unal arga espera, yel cant o, después
denitiva, que una parcela
de un pr o l o ng ado s i l e nc i o , br o t ó c o n f ue r z a i nc o nt e ni bl e .
po dí a s o br e po ne r s e a l a di s g r e ga c i ó n y pr o y ec t a r s e hac i a
Si n e mb ar g o , l a g ue r r a a br i ó un di l a t a do pa r é nt e s i s y
eodel aper sonal i dad onúcl
“ l o abi e r t o ” . En l as úl t i mas e l e gí as , Ri l ke e l a bo r ó l o s s i g-
Ri l kepudo t ermi nar sus El e gí as once años después. En
nos positivos de su conicto existencial y se acercó a la
l adéci mayúl t i mase si nt i óarr ebat adopor unvért i go
del r omant i ci smoal emán. Loi nvi si bl e, W el t anschauung
si n det ermi naci ón ni cual i dades. Por moment os al canzó
l a di me ns i ó n de l Áng el , apa r e c e c o mo e l ot r o r e i no u ot r o
l a no c he o s c ur a d e l o s s e nt i do s y d e l i nt e l e c t o . Supe r ó e l
l ugar . Un hábi t at al quees posi bl eacc eder cuando “ se
j ue go de l o s c o m pl e me nt a r i o s y as c e ndi ó al punt o o r i g i nal
arrancanpuert asa l os muros ” , c uandose rec omponen
do nde nac e n l as t i ni e bl as y l a l uz y s e r e a l i z a l a pe r pe -
l o s ví nc ul o s e nt r e l a c r i a t ur a y “ l o abi e rt o ” ; e s de ci r c uan-
t u a f o r ma c i ó n de l e s pa c i o y e l t i e m po . Ant e s u mi r a da e l
do e l p o e t a po r u na t r ans f o r ma c i ó n c ua l i t a t i v a h al l a e l
mundo a dq ui r i ó s u c ua l i dad de “ l ug ar a bi e r t o ” , de á mb i -
s e nde r o pr e c i s o que une a l o s do s r e i no s . Po r e s a t r a ve s í a
t o l i br e pl e no de c o exi s t e nc i as . “ Fue e n po c os dí as –e s cr i -
r e l i g ant e l o e xi s t e nc i al s e t o r na t r a s c e nde nt e , l a apar e n-
bi ó–; hubounat orment ai ndescr i pti bl e, un huracán en
te seguridad de la nitud y de la muerte, se revierte en
el espíritu, todo lo que en mí es bra o tejido se quebró,
l a c e r t e z a de l a me t a mo r f o s i s . La s b ar r e r a s s e ns o r i a l e s
c o me r ni pe ns a r l o ; s ó l o Di o s s a be qui é n me a l i me nt ó ” .
r e s po ns a bl e s de l a v i s i ó n di s c o nt i nua y t abi c ada s e a ba -
En es a exaltación
angélica, como l aquerí aBaudel ai -
t e n f r e nt e al s e nt i mi e nt o de l a pe r dur ac i ó n e n l a uni dad.
r e , e l p o et a c u l mi nó s u l ar g o di ál o go c o n l o i nv i s i b l e y
La pr o f u nda r e l i g i o s i dad de l po et a s e t o r nó ní t i da y
av anz ó a t i e nt a s ha c i a e l c o no c i mi e nt o . La s e ns a c i ó n de
f ul gurante cuando “l a progresi va tr ansf orm aci ón de su
“ p er de r s e” , de “ n o s e nt i r s e c o ns i g o” , r e ve l ada a t r a vé s de
visi ón”, comodi ce Gabri el M arcel , l oenf rentó con “l o
c a r t a s y po e ma s , c o br ó i nt e ns i da d e n l a s El e gí as . Ri l ke
abi e r t o ” , l o q ue e s t á más al l á de l l í mi t e de l as c r i at u-
e xpe r i me nt ó e l s e nt i mi e nt o no ha bi t u al de q ue s u pe r s o -
ras. Esa s e gunda r e al i dad apar e c i ó c o mo “ e l o t r o l ado
na l i dad s e d i s g r e gab a, y e s a v i v enc i a de e na j e nac i ó n l o
de lo nito, el estado al que un ser accede cuando cum -
i mpul só a un permanent e y dol oroso esf uerzo para recu-
7 pl e el movi mi ento que l o conduce f uera de sí ”. Al l í , en
pe r a r s u i de nt i da d. En Los Cuade r nos de M al t e Laur i ds
esadi mensi ón i nvi si bl e se rec ompone el hombre di s-
Br i gge , e s e “ i r s e” de l ni ve l o r di nar i o s e mani f e s t ó po r l a
gregado y se comparte el espaci o del Ángel .
pé r di da de l ma r c o t e mpo r al . El “ mo me nt o f ue r a de l t i e mpo ” f ue par a e l po e t a un mo do de s i t uar s e e n l a r e al i dad,
La v i d a y l a mue r t e s e pr e s e nt a n a l po e t a c o mo un úni c o proceso, una uni dad que compart i mos con l os que se han
de t e nde r s e hac i a l o g r ande y “ a bi e r t o ” . Tuve l a sensaci ón de que el t i em po, súbit am ente, estaba f uera de l a habi taci ón. Est ábam os como en unat ram pa. Pero en segui da el ti empo nos al-
6 . Cf . Ra i n er Ma r í a Ri l ke , Los c uade r nos de Mal t e Laur i ds Br i gge , Bue no s Ai r e s, 1 95 7. 7 . Vé as e Ga br i e l Ma r c e l , “ Ri l ke t e s t i g o de l o e s p i r i t u al ” , en Pr ol e -
gómenos par a una me t af í s i c a de l a e s pe r anz a , Bue no s Ai r e s, 1 95 4. 180
181
i do y l o s q ue s e r án. “ Qui e n t i e ne mi e do a l a mue r t e – habí a
t o d a v ez q ue e n s u t r á ns i t o t e r r e s t r e e l ho mb r e e s s ó l o
di c ho Hö l de r l i n– no a m a l a v i d a uni v er s a l ” . No val i s ha bl ó
un t ransf ormador, cuyami si ón consi st e en grabarse i n-
de l a mue r t e c o mo l a e ma nc i pa c i ó n de di o s e n e l ho mb r e ,
t ensament el ovi si bl equel or odeademanerat al que
y ambo s a s er t o s s o n c o nve r t i bl e s . Ri l ke , s e ns i bl e s ó l o a l o
suesenci at omear enaceri nvi si bl e. ¿ Trans f o r ma r ? Sí ,
e s e nc i al , po s t ul ó t a mbi é n e l v al o r ant e l a mue r t e . “ En l a s
– i n s i s t e e l p oe t a – p or q ue t al e s n ue s t r o de be r : “ i mpr i -
El e g í a s , – es c r i b i ó e n s u r e c o r d ad a c a r t a a Vo n Hul e wi c z –
mi r e s t a t i e r r a pr o vi s o r i a y c a duc a e n no s ot r o s , t a n pr o -
la armación de la vida y de la muerte se revelan como
f o r mando una s o l a . Admi t i r l a una s i n l a o t r a e s una l i mi -
tación que termina por excluir todo lo innito”.
8
El hombre
f unda, t an dol orosam ent e, t an apasi onadam ent e, que su e s enc i a r e s uc i t e e n no s ot r o s “ i nv i s i bl e ” . So mo s l as abe j as de l o i nv i s i bl e . Li b amo s l o c a me nt e l a mi e l d e l o v i s i b l e
havi vi doyvi veapegadoac osas i nt rascendent es. Com-
paraacum ul arl aenl acol menadel oi nvi si bl e”. Est as
pl i c a do e n pe que ño s pr o b l e ma s , a l i ne a do e n una s o c i e da d
i de as r i l ke ana s q ue f ue r o n de s ar r o l l a das e n l a c a r t a a n-
que es el reejo de su estado se sueño, huye de la muerte,
t e s c i t a da , c ul mi na n c o n l a a pr o x i ma c i ó n a l a e ni g m át i c a
l e v ue l v e l a e s p al da y o s c u r ec e e s a i de a i nqui e t a nt e e n l o
gura del “Ángel”, una entidad de esencia superior, un
má s p r o f undo de s u c o nc i e nc i a . Tr a t a de i g no r a r l a h as t a
s upr e mo i ni c i ado , e s pe c i e de s e mi di o s o i nt e r me di ar i o c e -
e l mo me nt o de c i s i vo e n que e l l a l o s o r pr e nde y l o par al i z a.
l e s t e que h a t r a s c e ndi do l o s mi s t e r i o s d e l a v i d a y d e l a
Entonces con el temor reejado en el rostro, el hombre que
muert e y que se mueve con esa ser ena maj est ad que l e
e n un al a r de de s o be r bi a h abí a i nt e nt a do de s as i r s e de l o s
conere el hecho de transitar en lo invisible y reconocer
l a z os q ue l o v i nc u l a b an a l To do , no pue de r e c o no c e r a l a
e n e l l o a l a r e al i dad e n g r ado s upe r l at i v o.
f ue r z a q ue l o a r r e ba t a . La v i e j a i de a de q ue e n me di o de
la vida estamos rodeados por la muerte, se maniesta en
una n ue v a i nt e r p r e t a c i ó n, l a v i da n o e s t á r o d ea da p o r l a
El ánge l de l as El e gí as e s e s a c r i at ur a e n l a c ual l a t r a ns f o r ma c i ó n de l o v i s i bl e e n l o i nv i s i bl e , que
mue r t e s i no que l a c o nt i e ne …
nosot ros vam os rea l i zando, aparece yac umpli da.
La mue r t e e s gr ande ,
do s l o s pal ac i o s de a nt a ño s o n “ e x i s t e nt e s ” , po r que
nos ot r os s omos s uyos c on l abi os s onr i e nt e s , s i nos c r e e mos e n medi o de l a vi da e l l a s e at r e ve a l l or ar de nt r o de nos ot r os .
Lasabi durí a–pi ensaRi l ke–consi st eenhaberf recuent ado al amuert e, en aprobarl ay vi vi rl aconamor,
Par a e l áng el de l as El e gí as , t o das l as t o r r es y t o desde hacemucho ti em po son i nvis i bles, yl ast orresyl ospuentes denuestr aexi st enci aquetodaví asubsi st en son ya i nvi si bles para él , aunque paranosotr osdurenaúnensumater i al i dad. El áng el de l as El e gí as e s e s e s e r q ue g ar ant i z a e l r e conoci mi ento en l o Invi si ble de un grado superi or de l a r e al i dad. Po r e l l o e s “ t e r r i b l e ” par a no s ot r o s , 9 s us pe ndi do s aún e n l o v i s i bl e .
8 . Ca r t a e nv i a da po r Ri l ke a Wi t o l d Vo n Hul e vi c z e l 1 3 d e no v i e mb r e de 19 25 . Vé as e e l t e x t o c o m pl e t o e n Ri l ke , El e gí as de Dui no. Sone t os a Or f e o , v e rs i ó n d e J o s é V. Ál v ar e z, e st ud i os d e Al f r e do Te r za g a, Cór d ob a, 1 95 7, pp . 1 59 1 63 .
9. I b í d em, p. 12 6. 183
CAPÍTULO I X
Surreal i smo y revol uci ón i nt eri or
N$ $%*&%(% %0))&$,(%B$8 TJ,2 &% A&,,2 ,2 >$)$E(,,2%28 T0))&$,(%>2 : existencialismo. Los “juegos” no han terminado. El verdadero fn
-&, U2>A)&8 N$% B#*1(*$% -& $**&%28 'F% $,,F -& ,$ )&,(Q(J18 +, ,FB(Q2 -& '$,-2)2)8 T$-& : &, )&%*$B& -& ,$ $0B&1B(*(-$-8 N2% A0%*$-2)&% -& infnito. Hacia el “hombre despierto”
Todo induce a creer que existe cierto punt o de l e s pí r i t u e n e l c ual l a vi da y l a mue r t e , l o r e al y l o i magi nar i o, l o pas a- do y l o f ut ur o, l o c omuni c abl e y l o i nc o- muni c abl e , l o al t o y l o baj o de j an de s e r pe r c i bi dos c ont r adi c t or i ament e . Ahor a bi e n, s e r í a vano bus c ar l e a l a ac t i vi dad s ur r e al i s t a ot r o móvi l que l a e s pe r anz a de de t e r mi nar di c ho punt o. Bret on ,
Segundo Maniesto
LaGr anObr ae s l ac onqui s t ade l punt oc e nt r al donde r e s i de l af ue r z a e qui l i br ada. Los hombr e s que l l e gan a e s e punt o c e nt r al s on l os ve r dade r os
adeptos, son los amigos y los condentes de l os pr í nc i pe s de l c i e l o; l a nat ur al e z a l e s obe de c e por que qui e r e n l o que qui e r e l a l e y que hac e mar c har a l a nat ur al e z a. El i phas Levi , Hi s t or i a de l a M agi a Hombres naci dos del ac ri si s, compromet i dos en una búsquedasobrehumana, l ossurreal i st asrevi vi eronl a co nce pci ónmági cadel cos mos, agot aronrápi damente s us i mpe r f e c t a s t é c n i c a s de a c c e s o a l o i nc o ndi c i o nado y 185
pe r s e gui do s p or l a f r us t r a c i ó n y e l de t e r i o r o pr o gr e s i v o,
les, los surrealistas enfrentan al mundo ocial con inau -
s e e x t r a vi a r on e n h et e r o d o xi a s pr e v i s i b l e s . Uno s i ns i s -
di t a v i o l e nc i a y f ur o r i c o no c l as t a . Pr ac t i c an l a r e b el i ó n
t i e r o n e n l a g r a n a v ent u r a d e r e no va c i ó n e s t e t i c i s t a , y
abs o l ut a , e s t á n c o nt r a t o do , o c a si t o do , n i e g an l as e v i -
o t r o s , ant e e l l l amado de l mar x i s mo , s ó l o c o ns i de r ar o n l a
denci as y co mo Ri mbaud s e que r e l l an c on l as apar i e nc i as
r e vue l t a de l ar t e c o nt r a e l o r de n s o c i al i mpe r ant e .
de l mundo. So n po e t as y e s c r i t o r e s que han par t i do hac i a
Amba s “ d e s vi ac i o ne s ” pe r di e r o n s u v i g e nc i a y ho y pe r -
l a l i be r t a d. Odi an al ar t e , pe r o l o r e al i z an e n nue vo s n i -
t e ne c e n a l a hi s t o r i a de l ar t e o a l a de l o s s ue ño s i r r e a-
v el e s . Pr e t e n de n ut i l i z ar a l a po e s í a a br i e ndo d e l i be r a -
l i z ado s . El s ur r e al i s mo l i t e r a r i o f ue f ul g ur ant e y po s i t i -
da me nt e l a s c o mpue r t a s de l i nc o ns c i e nt e y s e e nt r e gan a
vo, el s urreal i smopol í t i co f uequi méri co ymuypront o
l o s s ue ño s y a l a e s c r i t u r a aut o mát i c a.
mo s t r ó s us l i mi t a c i o ne s i ns a l v a bl e s . Pe r o t a nt o uno c o mo
No b us c a n l a b e l l e z a. No b us c a n c a mb i o s e n “ e l o r de n
o t r o f ue r o n s i g no s e x t e r i o r e s de un pe ns a mi e nt o t r a s c e n-
f í s i c o ” , ni c o ns t r u ye n f ó r mul as a r t í s t i c as . So n “ e s pe c i a-
de nt e , l a c o r t e z a –aho r a c aduc a , e xpue s t a a l a c r í t i c a y a
l i s t as e n r e be l i ó n” . El l o s mi s mo s s e ha l l a n e n e s t a do de
l as “ def unci ones” prematuras– que guardaba el verdade-
r e v ol uc i ó n y s u a c t i v i da d f unda me nt a l c o ns i s t e e n e l a bo -
ro sent i do de una memorabl e pero equí voca i nsurr ecci ón
r ar t é c ni c a s par a l i be r ar al ho m br e de l as t r a bas mo r al e s
de l e s pí r i t u . Po r e s o , l o s c a mi no s c o he r e nt e s no e s t a ba n
y de l a pe s ada c ar g a de l o s c o ndi c i o nami e nt o s . El s ur r e a-
e n e l a r t e ni e n l a l uc ha p o l í t i c a . Cua ndo l o s c o mpo ne n-
lismo se autodene como una “vibración”, como un “grito
t esdoct ri nari os comenzaronadesi nt egrarse, s ól ounos
del espí ri t u que se vuel vesobre sí mi smo” . Su modo de
po c o s d i s i de nt e s e nt r e v i e r o n l a c l av e. Fr e nt e a l o s h er e -
ac c i ó n e s una as c es i s , una par t i c ul ar as c e si s c o l e c t i va po r
jes y a Breton, que mantenía una solitaria delidad a
medi o de l ac ual un grupo de “ i ni ci ados” pretende nada
l o s pr i nc i pi o s , s ur g i e r o n j ó ve ne s c o mo Le c o mt e y Dauma l
menosquet ras cenderl acondi ci ónhum ana. Eseyno
que j ugar o n s u vi da al mar ge n de l a l i t e r at ur a y l a po l í t i -
o t r o , e s
c a e n una e mpr e s a de t r a ns f o r ma c i ó n e s pi r i t u al , e r i z ada
e nc i ma de l o s s e nt i do s ” , c o mo pe dí a No val i s ; l o gr ar l a l i -
de pe l i g r o s . Es a me t a e s e nc i a l , os c ur e c i da po r e l “ a r t e
be r ac i ó n i nt e r i o r po r me di o de l a de s t r uc c i ó n s uc e s i v a de
s ur r e al i s t a ” o po r l a r e vo l uc i ó n l i t e r a r i a , e s l a q ue p er manec e vi gente. El s ur r e a l i s mo , c o mo a c t i t ud de r e be l i ó n c o n-
su verdadero signicado. “Colocar al hombre por
l o s h ábi t o s , l as ac t i t ude s c r i s t a l i z adas y l as r e pe t i c i o ne s.
Acceder nalmente a una conciencia de la totalidad y a una pe r f e c t a e s po nt a ne i da d c r e a do r a. En o t r a s pa l a br a s ,
hombre en t r a l o s c o ndi c i o nami e nt o s que c e r c a nal
s ur r e a l i s mo e qui v al e a u n e s t a do de c o nc i e nc i a e n r e b e-
sui nt eri or yexteri or, yc omoi mpul soparasuperarel
l i ó n, que i nt e nt a pe ne t r a r e l v el o de l a M ay a y c o no c e r l o
e n l a v a s t a e mpr e s a i ndi v i d ua l y c o l e c t i v a, q ue e n t o d as
innito y, bajo ciertos aspectos, conforma una moderna secta de tipo gnóstico. Como arma Michel Carrouges,
l asépocas pugnapor hal l arel s endero quec onduce al
naci ó deunai nmensadeses peraci ónante el e st adoen
c o no c i mi e nt o me t a f í s i c o , e s de c i r , a l a c o mpr e ns i ó n y a
que el hombre haquedado reduci do sobre l at i erra y de
l aexperi enci ai nmedi atadel aReal i dad úl t i ma, que es
1 una esperanza si n l í mi t es en l a met am orf osi s humana.
ni v el o r di na r i o de c o nc i e nc i a y t r a s c e nde r , s e i ns c r i b e
f unda me nt o y c a us a de l uni v er s o y pr i nc i pi o y s e nt i do de l a vi da humana. Uni do s f r e nt e a l a hi po c r e s í a de l as e s t r uc t u r as s o c i a186
Andr é Br e t on e t l e s donné e s f onda- 1. Cf . Mi chel Carrouges, ment al e s du s ur r é al i s me , Pa r í s , 1 95 0. 187
Al r e c o r d ar s u punt o de pa r t i da Br e t o n ha c o m par a -
na y lo injusticable de ese accionar carente de sentido.
do al s ur r e a l i s mo c o n un c a m pa me nt o de j ó ve ne s q ue ,
Apr e s a do po r e l t e mo r s e e s f ue r z a e n o l v i d ar , s e pr o po ne
e n t o r no de l f ue go , d i s c ut e n l o s de t a l l e s de l a má s
r e s pue s t a s y a c ude a l o s r a z ona mi e nt o s , pe r o e s e s e nt i -
am bi c i o s a de l as e xpe di c i o ne s : f o r z ar l o s l í mi t e s de l
mi e nt o o bs e s i o na nt e y a s e ha i ns t al a do e n é l y c o mi e nz a
m undo “ r e a l ” c o n e l s o l o i ns t r um e nt o de l a po e s í a. Po r
a c r e c e r l a c o nt i ng enc i a.
e s o, e n me di o de l as bur l as y l o s de s af í o s , de l o s at a que s múl t i pl e s a l o s s i s t e ma s y a l o s t a búe s q ue c o ndi c i o na n al ho m br e , de l o s e s c ándal o s y de l as de s t r uc c i o ne s ne c e s ar i as , e xi s t e e n e l l o s una pr o f u nda no s t al g i a me t a f í s i c a que e s l a que o t o r g a s e nt i do t r as c e nde nt e a e s a r e be l i ó n desesperada. La g r an a s c e s i s s ur r e a l i s t a c o mi e nz a c o n una t o ma de conci enci adel o absurdodel mundo, de l agrat ui dad de l aexi st enci a. Lavi das el espresent acomounai nconsi st ent e sucesi ón de moment os carent es de sent i do. Hay una a ns i e da d f r e nt e a l a mue r t e y a l a na da . Es e v ér t i g o mórbi do, esa náus e a e n e l s e nt i do s a r t r e a no e s s o l a me nt e un punt o de pa r t i da . Pe r o a l c o nt r ar i o d e Sa r t r e q ue v e e n l a t e mpo r a l i da d de l a e xi s t e nc i a una di me ns i ó n f a t a l , e i nc apaz de s upe r ar l a, s e i ns t a l a e n e s a g r at ui dad y ac e pt a c o n ho r r o r e l j ue go de e j e r c e r una r e s po ns abi l i dad condi ci onada, el surreal i smoent i endequeesat erri bl e experi enci adel aangust i ayl adesesperaci ón noes un
n en sí mismo, sino el indispensable prolegómeno para e l nac i mi e nt o de un hombr e nue vo.
El exi st enci al i smohal l evadoal máxi moesal uci dez e xac e r b ada d el ho mb r e f r e nt e a l o i l us o r i o de l a t e mpo -
ralidad. Su losofía es la del hombre único que pretende
s e r r e s po ns a bl e de s u v i d a y de s u mue r t e . La de l ho mbr e s i n Di o s c u ya e xi s t e nc i a pr e c e de a l a e s enc i a; l a de l s e r que s e c o ns t r u ye a s í mi s mo s o br e l a bas e de una i nt r a ns f e r i b l e r e s po ns a bi l i dad y de una c o mpl e t a l i b er t a d. Pe r o e l p r e c i o d e e s a l i b er t ad r e s p o ns a bl e no e s o t r o q ue l a ang us t i a . De p r o nt o , a l de t e ne r s u ac t i v i s mo i ns e ns a t o ,
Lo e s e nc i al e s l a c o nt i ng enc i a – di c e S ar t r e Ro -
quentin–, quiero decir que por denición la existen -
c i a no e s l a ne c es i dad. Ex i s t i r e s e s t a r a hí s i mpl e me nt e : l o s e xi s t e nt e s a pa r ec e n, s e de j a n e nc o nt r a r pe r o j amás s e l o s pue de de duc i r . . . t o do e s g r at ui t o , este j ardí n, esta ci udad, yomi smo. Cuando uno l o
entiende el corazón se sobresalta y todo ota.
2
Ante esa revel aci ón el surreal i smol uchapordescubr i r l as e s t r uc t u r as pr i mi t i v as de l a me nt e , s e nut r e de
pensamiento mágico y de losofías orientales e in tuye
que s i n e s a pr o f unda ag oní a no po dr á l o gr a r s e l a mue r t e r i t ual yel r enaci mi ent oaunapersonal i dadt ransf ormada. Laspri meras et apasdes u ascesi s consi st en en en-
frentar los mecanismos que tornan inauténtico y cticio
e l de ve ni r de l ho m br e . Se at a c a al ar t e , a l a mo r al , a l a soci edad. Se escarnece l amedi ocri dad, se repudi an l as cost umbres, l ossi st em ascri st ali zados, l ascompl acenc i as f ác i l e s y l as e s t é r i l e s r ut i nas q ue ani qui l anenel espí ri t u l ai magen real del uni verso. Se abren brechas hac i a l a r e al i dad, l a l i be r ac i ó n de l ho m bre comi enza con l a destr ucci ón de l as normas y l a desesperada búsqueda de a ut e nt i c i da d. “ Las l e ye s , l as mo r al e s , l as e s t é t i c a s , s e h i c i e r o n par a c o ns e gui r e l r e s pe t o a l a s c o s as f r á gi l e s ; l o que e s f r ági l de be s e r de s t r ui do ” e xc l ama Ar ag on. La f asci nante consi gna ri mbaudi ana de “ tr ansf ormar l a v i d a” di nami z a l a ac c i ó n. Se e s c upe s o br e l o c o nv eni e n-
su carrera vana tras lo convencional y superuo, el hom br e e xpe r i me nt a e l v ac í o , l a i mpo s t ur a de l a v i d a c o t i di a188
2 . J ea nPa ul . Sa r t r e , La Náus e a , Bue no s Ai r e s , 1 94 7, p . 1 61 . 189
te, l oút i l yl opráct i co. Al avi daem pobreci dayme-
r a z a d e Ab el q ue t i e ne n “ e l c i e l o p ar a s í y t a mb i é n l o s
di ocre, gangrenadaporrepeti ci onesf ati gosas, l acon-
5 gendarmes ” .
mueven l os encant am i ent os, hechi cer í asy maravi l l as,
“ Laverdadera vi daest áausent e” habí adi cho Ri m-
desti nadas a desval ori zar l a i magen rel ati va del mundo
baud, yel surreal i smo no pueder esi gnarse aperma-
que r e ve l an l o s s e nt i do s c o ndi c i o nado s . “ Lo mar a vi l l o s o
necerenl apel í cul aexteri or. Frente al asevi denci as
e s s i e mpr e be l l o y s ól o e s be l l o l o mar avi l l o so ” , di c e Br e -
pretende de s pe r t ar al oscoc hi nosdesus“ pequeños
tonmi ent rasr enueva sus pupi l asconespectácul os i n-
santuari os pi ntados”. ¡ Qué f arsa! di ráSart re ante es-
s ól i t o s y vi l i pe ndi a al t r abaj o y a l as e st r e c has c i s t e r nas
t o s f ar i s e os .
de l pe ns a mi e nt o l ó gi c o do nde “ l o s r a yo s e s pi r i t u al e s s e pudren como paj a”.
Salen de las ocinas, después de la jornada de
Lo s s u r r e al i s t a s r e c o r r e n e l pa í s i g no r a do , e x al t a n a
t r a ba j o , mi r a n l a s c o s as y l a s p l a zo l e t a s c o n a i r e
das y al aban a l o s as e si no s y a l o s s ac r í l e go s c o ns c i e nt e s .
s a c i uda d b ur g ue s a. . . Ci e n v ec e s po r dí a t i e ne n l a
los desposeídos, a los marginados, justican a los parric i-
Aragones arrest adoporrobarobj etos sagradosenl as i gl esi asdeM oi senayy Bombon. Sef recuent anl oss órdi dos burdel es en busca de l acr uda natural i dad de l as ram eras y en un i nt ent o por conm over l os ci mi ent os del 3
mundos e procura l a cr et i ni zaci ón mi sma. Repudi an l a i nj us t i c i a s o c i al , l a o pr e s i ó n de una par t e de l a humani dad po r l a o t r a , s e c u i d an de e x al t a r a e s e “ l i be r al i s mo ” al i e na do q ue a l p l a nt e a r e l p r o bl e ma de l a l i b er t a d i nt rí nsecadel hom bre, s i nt ener enc uent asul i mi t aci ón ps i c o l ó gi c a y l a mal a o r gani z ac i ó n de l as e s t r uc t u r as s o c i al e s , hac e c o ns c i e nt e o i nc o ns c i e nt e me nt e e l j ue go a l o s
reaccionarios y a los falsicadores.
4
La v i o l e nc i a s e e j e r c e c o nt r a a que l l o s c uy o e s pí r i t u
vive en la supercie de las cosas, contra los que transitan sin pasar por la náusea y consideran justicada su exis tencia con articiales rutinas, con rangos arbitrarios, con prejuicios y suciencias ilusorias. Son los fariseos, los cochinos sartreanos, los justicados, los justos de la
sati sf echo, piensan quees su ci udad, unahermopruebadequet odos ehace mecáni camente, que
el mundo obedece a leyes jas e inmutables. Los
cuerposab andonados enel vací oc aent odosal a mi s ma v el o c i dad, e l j ar d í n públ i c o s e c i e r r a t o d os l o s dí as , a l as 16 e n i nvi e rno , a l as 18 e n v er a no , e l pl o mo s e f unde a 33 5 g r ado s , e l úl t i mo t r a nv í a s al e 6 de l a yunt a mi e nt o a l as 2 3 y 5 .
A e s os i ne xi s t e nt e s que s e e xi l i an de l as c o s as y av anzan penosament e envuel t os en t oda cl ase de compromi sos, aesos i ndi spensabl esquehanhui dodel “ t e r r o r d e l a h i s t o r i a” r e f u gi ándo s e e n l as e s c a t o l o g í as , Sar t r e l o s i nc i t a a una t o ma e x i s t e n c i a l que l o s ub i c a r á de p r o nt o f r e nt e a l a ac e pt a c i ó n de l o abs ur do y d e l a nada. Pe r o e l e xi s t e n c i a l i s mo s a r t r e ano n o i r á má s a l l á , s i no q ue h abrádeabandonarl osenunaabsol ut al i bertadi ncondi ci onada, dondenoexi st e nadani queda ni ngunar azón par a e xi s t i r . “ So y l i br e: s ol o y l i br e. Pe ro e s t a l i be rt ad s e pa r e c e un po c o a l a mue r t e ” .
Hi s t or i a de l Sur r e al i s mo , Cf . M auri ce Nadeau, Buenos 3. Ai r e s , 19 48 , p. 9 3.
5 . J e an Ano ui l h, Medé e , c i t a do p o r Re né Ma r i l l Al b èr e s , Je an Paul
4 . Vé as e Tr i s t á n Tz a r a, Le Sur r é al i s me e t l ’ apr è s gue r r e , Pa r í s , 1947,
Sar t r e , Bue no s Ai r e s , 1 95 3, p . 5 2.
no t a 6 .
6 . J ea nPa ul Sa r t r e , La Náus e a , Bue no s Ai r e s , 1 94 7, p . 1 91 . 190
191
Si n e mbar g o , e s t o s s e r e s a r r o j a do s e n e l mundo , de s e s -
c a de l a hi s t o r i a y s e ar r o j a e n un r e mo l i no de ag i t ac i ó n
pe r a do s y c o nf us o s , s o n p ar a Sa r t r e c a pa c e s d e di s c r i mi -
y ocupaciones articiales; el surrealismo vive en la histo-
nar y e l e gi r , ac l ar a ndo l o s o bj e t o s e xt e r i o r e s me di ant e e l
r i a , pe r o i mpug na s u r e al i da d. Fr e nt e a l a v i d a i na ut é n -
e j e r c i c i o de una l i be r t ad ne c es ar i a. Es t a e s l a s o l uc i ó n de l
t i c a , l uc ha po r t r a s c e nde r a l ho mb r e, po r t r a ns f o r ma r l o
e xi s t e nc i a l i s mo , s o l uc i ó n t o t a l me nt e e xt e r i o r , de r i v ada de
en un ser nuevo, substanci al ment e dis t i nt o. Su t oma de
una losofía antropológica que niega o ignora la existencia
c o nc i e nc i a de l o abs ur do no s e pi e r de f r e nt e a l a nada de
de t o do l o q ue n o e s t é d ent r o de l r e i n o de l a r e l a t i v i d ad y
l amuert e, si no que perci beosc urament e que l os j ue gos
l a c o nt i nge nc i a. En e l v ac í o do nde s e de bat e n l o s s e r es s ar -
no han t ermi nado, que aún t odopuedesal vars e. Ti ene
treanos las puertas están denitivamente cerradas. Todo
l a s e ns a c i ó n de q ue e l mundo r e a l e s c a pa a l a pe r c e pc i ó n
e s t á f ue r a , f ue r a de l mundo , f ue r a d e l pa s ad o; e l ho mb r e
o r di nar i a y que l a i mag en i l us o r i a apr i s i o nada po r l a l i -
no p os e e o t r a c o s a que l a l i be r t ad de s u e xi l i o . La t o r t ur a
mi t a c i ó n s e ns o r i a l y p or e l t i e m po , l e o c u l t a l a s s e nda s
de v i v i r e n e l t i e mp o, e n l a hi s t o r i c i d ad, d e p e r ma ne c e r
mi l agro s as de l Par a í s o Pe r di do .
af e r r ado a l no y o y a l a i ndi v i d ual i dad i l us o r i a , l e d i c t an
El e x i s t e nc i a l i s t a s e c o ns i de r a p s i c o l ó gi c a me nt e a c a-
a Sartre la angustiosa reexión del hombre condenado a
b ado y s ume r g i d o e n l a c o nf us i ó n de s us s e nt i do s , y pr e -
l a “ c aí da” .
t ende hac e r s e , o ptando por unaper m anent eact i vi dad; s e c o ns i de r a c o nde nado a e l e gi r s i n g uí as ni v al o r e s , f un-
Extendi ó sus manos y l as pasó l entamente sobre l a pi e dr a de l a ba l a us t r a da ; e r a r ug os a; r e s que br a -
jada, una esponja petricada todavía caliente bajo
e l s o l de l a s i e s t a. Es t a ba al l í , e no r me , mac i z a, e nc e r r a ndo e n s í e l s i l e nc i o a pl a s t ado ; l a s t i ni e bl a s c om pr i mi das que s o n e l i nt e r i o r de l as c o s as . Es t a ba al l í : una pl e n i tud. Hubiera queri do adheri rse a e s a pi e dr a, f undi r s e a e l l a, l l e nar s e de s u o pac i dad, de s u r e po s o. Pe r o l a pi e dr a no po dí a pr e s t ar l e ni n7
gún socorro, estaba f uera para si em pre.
cai mpotenci apor t rasc enderl a Ahí , enesadramáti condi ci ón humana, en ese nauf ragi o en l at empora l i da d y e n l a hi s t o r i a , s e ag r av a l a a ng us t i a d e l a e xi s t e nc i a separada. El exi st enci al i smoacept al acondi ci ónhumanat al c o mo par e c e s e r , s e o bl i ga a c r e er e n l a r e al i dad o nt o l ó gi -
dá ndo s e a s í mi s mo y f r a c as a ndo de c o nt i nuo t r a s un i nút i l c o mpr o mi s o q ue l o c o nduc e a l o ab s ur d o y a l a na da ; s e e mpe ña e n e j e r c e r s u “ l i be r t a d” pa r a no v e r “ s u o b s c e na e i nút i l e xi s t e nc i a” . En t a nt o , e l s ur r e al i s t a al c anz a l a c e r t e z a de q ue e s po s i b l e a c c e de r a l o i nc o ndi c i o na do i bertad. Laangust i aque provení ade y a l averdaderal descubri rse devorado por el t i empo yproyecta do a una muert es egura, s et ransf ormaenl aconvi cc i óndeque est emundo perecederoe i l usori oes sól oun aspect ode l at otal i dad. Sobrevi ene ent onces unasegunda t omade c o nc i e nc i a. Los surreal i st as, cont i nuadores de l a acti tud románti ca, prof esan unavi si ón del mundo de cl ara procedenci aori ent al. Parael l os, comoparael pensam i ento de l a I ndi a, e l mundo f í s i c o aunque t ang i b l e y has t a c i e r t o punt o r e al , e s u n pr o duc t o d e l a i l us i ó n c ó s mi c a , de l aM aya, const rui dopor l at em poral i dad. Laoposi ci ón
nito y lo conocido.
s f e r a de l o sól ocorr espondeal ae
Por esoaspi ranac aptar l asuperreal i dad, accedi endo 7 . J eanPa ul Sa r tr e , El Apl az ami e nt o( Le Sur s i s ) , BuenosAi res, 1950. 192
a c i e r t o punt o de l e s pí r i t u d onde l o s o pue s t o s de j an de 193
ser perci bidosc ontr adi ct ori am ente, “ unpunto f osf oro-
no-yo, nuestra propia Maya, nos identica con un mundo
so dondet odal areal i dad se recupera, pero cam biada,
de e f e c t o s c uy as c a us a s e s t án e n o t r o ni v el de l o r e al y
8 t ransf ormada”.
no s ma nt i e ne e nc a de nado s a l a i l us i ó n.
Comprenden ent onces que “ yoes ot ro” yque l aver-
Sei mponeentonces, ademásdel aacc i ónagresi va,
dade r a l i be r t a d no i mpl i c a l a e l e c c i ó n, pue s e n e l e s t ado
acent uarl abúsquedaen el i nt eri or del hombre. El su-
o r di na r i o d e c o n c i e nc i a , h ab l a r d e l i b er t ad e s s ó l o una
rreal i smoseconvi ert eenuncentrodeexperi enci asy
i nút i l e vas i ó n. La l i be r t a d t a l c o mo l a e nt i e nde n e l hi s -
pr a c t i c a un e s c e pt i c i s mo c o ns t r u c t i v o, t e ñi do de e s pe r an-
t o r i c i s mo y e l e xi s t e nc i al i s mo , e s u na l i be r t a d e n e s t ado
z a e n l a p o s i b l e e vo l uc i ó n de l y o. Co ns i de r a i ndi s pe ns a -
deconf usi ón, presadecondi ci onam i ent osmúl t i pl es, y
b l e e nc o nt r a r e l a c c e s o a un g r ado s upe r i o r de c o mpr e n-
a l a po s t r e e s l a ne gac i ó n de l a l i be r t a d. Ant e s que e l e -
s i ó n y s e c o l o c a e n e l t e r r e no de l a ps i c o l o gí a e s ot é r i c a al
g i r pe r de r s e e n l a Ma ya , de s ga r r ado s po r l a pr e c a r i e da d
conveni r que el hombre puede t ransf ormarse y al canzar
e s e nc i a l , e s ne c e s ar i o de s e m ba r az a r s e de l o s c o ndi c i o na -
un nue vo ni v el de s í mi s mo . Si l a de s t r uc c i ó n de l as r e pe -
mi e nt o s , a c l a r ar e l e s t a do de c o nf us i ó n y t r a ns f o r ma r s e
t i c i o ne s y l as r e ac c i o ne s habi t u al e s habí a s i do e l c o mi e n-
psi col ógi cament e medi ant e una verdadera revol uci ón i n-
z o d e l a a s c e s i s , e n a de l ant e , h abr á q ue v i v i r c o ns c i e n-
t eri or. “ Tomar conci enci adeque uno est ácondi ci onado
t e me nt e y t o r nar r e c e pt i v o e l e s pí r i t u p ar a p os i bi l i t a r e l
no t i e ne s e nt i do má s que c ua ndo e l ho mb r e s e v ue l v e ha -
nuevo naci mi ent o. El hombre posee una meta i nt eri or y
9 c i a l o i nc o ndi c i o nado y bus c a l a l i be r ac i ó n” .
e s pr e c i s o i r hac i a e l l a, hac i a e l Ho m br e de l Re i no . Co mo
Los exi st enci al i st asnosuperanl apri merat omade c o nc i e nc i a , p r ac t i c a n un ni hi l i s mo s i n s a l i da y s e i ns -
Art aud, habráque experi ment ar “ esaespeci e de di smi nuc i ó n c o ns t a nt e de l ni v el no r m al de l a r e al i dad” ; s e nt i r
t a l a n e n l a hi s t o r i a y e n l a i r r e a l i da d d e l a e xi s t e nc i a
que el universo posee nuevo signicado, que el conoci -
ang us t i a do s ant e l a mue r t e de s u pe r s o nal i da d i l us o r i a .
mi e nt o s e ns o r i o de l mundo e xt e r i o r no e s e l úni c o po s i b l e
Los surreal i st ast am bi én descubren en l at emporal i dad
y q ue t r a s l a r e al i dad c o t i di ana e xi s t e un o r de n s upe r i o r
“ l a di me ns i ó n de l a e xi s t e nc i a” pe r o , c o mo l o s pe ns ado r e s
de r e al i da d, una s upe r r e a l i da d que e xpl i c a a e s t e mundo
orientales, no aceptan ese destino como denitivo, sino
i mpe r f e c t o de o pue s t o s y c o nt r adi c c i o ne s .
quei nt ent ancontéc ni caspropi asanul arosuperarl a
Co n un c o r r e c t o punt o de par t i da; habí an l l e gado a l as
condi ci ónhumana. Si gui endoe l pensam i ento t r adi c i o-
f r o nt e r a s de l Pa r aí s o Pe r di do , pe r o par a i nt e r n ar s e má s
nal c o ns i de r an q ue l o
a l l á de l c o no c i mi e nt o s e ns i b l e e n bus c a de una nue va c a -
universal e innito es el verdadero n del hombre. El budismo, el vedanta, el yoga y el zen
aport an su sabi durí a mi l e nar i a a muc ho s de l o s r e b el de s
l i dad de l a c o nc i e nc i a, e r a pr e c i s o un i nt e l i ge nt e y di r i gi do t r a baj o i nt e r i o r , una p r o f u nda r e v o l uc i ó n me nt a l . La
La marcha haci a l a l i bert ad comi enza renunci ando al
ascesis surrealista se mostró insuciente para llegar al n de la aventura, sus técnicas no poseían el rigor reque-
ape go po r e s t e pe que ño uni v er s o s e ns o r i a l . La me nt e de l
r i do y l as má gi c a s l i nt e r n as que d e bí a n i l umi na r l a s u-
que s e a pr e s t a n a c r e a r un hombr e nue vo.
pe r r e a l i da d s e r e v el a r o n i mpe r f e c t a s y g as t ada s . El s urreal i smo se most raba i mpot ent e por superar l a pri mera 8 . Ant o ni n Ar t a ud , El pe s ane r vi os , Bue no s Ai r e s , 1 95 9, p . 2 0 .
r upt ur a c o n l o r ac i o nal y l o s e ns i bl e .
9 . Vé as e Mi r c e a El i a de , “ S i mb ol i s mo r e l i g i o s o y v al o r a c i ó n d e l a a n-
Mitos, g us t i a ” , en
sueños y misterios, Buenos Ai r e s , 1 96 1, p. 5 7. y s s . 194
195
Paraadel ant arenl aví adel verdaderomi st i -
das, habl an i nconsci ent ement e como abogadosen
c i s mo , c r i s t i ano o no , l e s f al t ó f ue r z a, e s d ec i r una
plena ti erra. Robert Desnos se duerme a voluntad,
f e cualqui era, unac onti nui dad de i ntenci ón… Po-
e n e l c af é , e n me di o de l r ui do , de l as v oc e s , a pl e na
drí areprocharseal amayorí adel ossurreali st as
l uz , r e c i b i e ndo e m puj o ne s , no t i e ne más que c e r r a r
el haberse rezagadoent ransacci ones, burl ándose
l o s o j o s y habl a.
del arte si n atreverse ar omper con él más que en pal a br a s , s i n c o ns e gui r l i br a r s e de s u s r e c ue r do s , de sus cost umbres, de su mala conci enci adel i te10 ratos.
De acuerdo con Ri mbaud anhel an hacer sent i r y pal par s us i nv enc i o ne s . “ Si l o que t r a e de al l á abaj o t i e ne f orm a, él daf orm a; si esi nf orme, él dal oi nf orme”. Ya en el primer
Sus pr e t e ndi das l l av es mae s t r a s pa r a ac c e de r a l o s ni -
maniest o, e st e “ di c t a do d el e spí r i t u”
se dene como un esfuerzo por expresar el funciona -
v el e s i nt e mpo r al e s de l a p s i q ue s o n l o s s ue ño s , l a s a l uc i -
mi ento real de l amente. Breton i ntenta atravesar l os
nac i o ne s y l a e s c r i t u r a a ut o mát i c a . La po e s í a s e c o nv i e r t e
abi smos que conducen al cosmos suprarreal , t endi endo
e n un mé t o do ps i c o anal í t i c o de l a bús q ue da y s e t o r n a pe r -
“ un hi l o conduct or ent re l os mundosdemasi ado di so-
ceptible la inuencia de Freud. Para Breton, el automa-
c i ado s d e l a v i g i l i a y e l s ue ño , de l a r e al i dad e xt e r i o r
t i s mo e s un pr i me r i nt e nt o , de s t i na do a l o gr a r l a r e vi s i ó n
e i nt e r i o r ” . Co nc i l i ar l o s ni ve l e s ant a gó ni c o s de l s ue ño
g e ne r a l de l o s mo do s de c o no c i mi e nt o . Lo s s ue ño s q ue s e
y l a vi gi l i a, c o nve r t i r a l o s s ue ño s e n ac c i ó n, i nt e gr ar -
e vade n de l a he r r umbr o s a t r ama de l a l ó gi c a , y no e l pe n-
l os en el mundo prof ano para que l anueva vi si ón sea
s a mi e nt o d i s c ur s i vo , c o ns t i t uy en l a v í a po r l a que as pi r an
suprarreal yabsol uta, esl amás cara del as am bi ci o-
a aprehen de r l a i mag en r e al de l uni v er s o . Al t r a ns c r i bi r -
ne s s ur r e al i s t a s . Par a Br e t o n l a vi g i l i a y e l s ue ño s o n
l o s , l o s po et a s s ur r e al i s t a s s e pr o po ne n ampl i ar l o s l í mi t e s
r unmi l a“ vasos comuni cant es” c apacesdeproduci
de s u c o nc i e nc i a, c r e ando nue vas c o nc e pc i o ne s y l i berando
gro f usi onándose en unas í nt esi s suprem a. Por eso
al pensami ent o del asacos t umbradasc ate g o r í a s d e p er -
se encam i naa l ac onqui st adeesa mí st i ca vi venci a
c e pc i ó n e n e l e s p ac i o y e l t i e mpo . Ac t úa n c o n l a s e c r e t a
“casi cierto de no lograrla pero con la suciente in-
e s pe r a nz a de c a pt a r f r a gme nt o s d el uni v e r s o r e a l y s upe -
di f erenci a haci a su m uert e como para especul ar un
r ar l as ant i no mi as de “ l a vi gi l i a y e l s ue ño , l o o bj e t i vo y l o
po c o c o n e l pl ac e r de t a l po s i c i ó n” . No val i s , c uy os
s ubj e t i v o, l a pe r c epc i ó n y l a r e pr e s ent a c i ó n, e l pas ado y e l
Fr agme nt o s reel aboranycondensanbaj oel bri l l o
f ut ur o , e i nc l us i ve l a vi da y l a mue r t e” .
r o m ánt i c o l as t e s i s de una t r a di c i ó n pr i mo r di al , ha-
una Es ent onces cuando
ola de sueños
s e a bat e s o br e
l o s s ur r e al i s t as .
bía escrito reriéndose a la fusión futura de esos estadoscont radi ct ori os: “ Ll egaráundí aenqueel ho m br e no c e s ar á de v el ar y do r mi r a l a v ez ” .
So n s i e t e u o c ho que no v i v e n má s q ue pa r a e s o s i ns t a nt e s de o l v i do , e n l o s c ual e s , l as l uc e s a pag a-
Baj o e l s i g no d el s u r r eal i s mo , l o s p oe t a s s e c o nv i e r t e n de nue vo e n “ l adr o ne s de f ue go ” , e n i ns pi r a do r es y pr o f e t a s , e n l e gi s l ado r es de l o de s c ono c i d o y en vi dent es. Sus guí asy precursor es se descubren
10. M arc el Raym ond, De Baude l ai r e al s ur r e al i s mo , Mé x ic o , 1 96 0, p. 2 54 . 196
co ncr et am ente enel primer
manifest ode1924.
“Leed a Rai m undo Lul i o, y Fl am el , no l eái s a Sant o 197
l eái s a Vi gny y Lam arti ne; l eed a Ri m baud, a Huys-
conguran un poema sacrílego y magníco. El surrealismo lo exaltó por su
m ans , a Jar r y, no l e ái s a Cl aude l , Mi s t r a l ni Pe guy” ,
est adoder echazot otal y por l aatmósf erat enebrosa
pi denl ossurreal i st asm i entr asexalt anaSwi f t , a
ysangri ent adesu obra que deacuerdoconl ai nt er-
Sade , a Ne r val , a Hug o, a Bo r e l , a Be r t r a nd, a Po e,
pret aci ónher mét i ca deArpadM ezei y M arc el Jean,
Tom ás de Aqui no; l eed a Arni n, Rabbl e, Nerval , no
11 t adoras i mágenes. Los Cant os
aBaudel ai re, aMal l arm é, aLaut réam ont . Las l i s-
representan las seis operaciones de la piedra loso -
tas son extensasy heterogéneas: en el l as alt ernan
f al , “l aGran Obra Satáni ca”. Si n em bargo, ya pesar
escritores, poetas, lósofos, santos, místicos ocul-
de Breton que explica su dualismo agrante, situan-
ti st asyrevol uci onari os. Todosof recensi ngul ares
dol auni dadducass i anaenuns upremos enti dodel
coi nci denci as y todos en algunamedi da, apesar de
humor, Laut reámont es para nosot ros másequí voco
poseer acti t udes m ental es y t emperam ent al es di ver-
que los descalicados Baudelaire y Rimbaud. Su fe -
l a sas, part i ci pan de l as suprem as apetenci as de Phi -
rozrequi si tori a, neutr ali zadaenpart eporel f am oso
l os ophi a pe r e nni s , eserei nodesabi durí aespi ri tual
Pr e f ac i o, no tr asci ende del abomi nado pl ano l i terari o.
quenochocac onl arel i gi ónni l areem pl azaporque
Laut réamont es un exi mi o poeta. Su sensi bi l i dadpe-
e n c i e r t o s e nt i do e s t á f ue r a de l a e s f e r a r e l i gi o s a. Es e
cul i ar pl asm a una obra técnic am ente surreali sta, pero
r e i n o i nal c anz abl e p or l a r e duc c i ó n o l a l ó gi c a, al que
sól o aport aun maravi l l oso i ncendi o, l apri merat om a
l a rel i gión sól o puede expresar por medi o de analogí as
dec onci enci ahaci al aaventuramort al . Es unl áti go
ét i cas ys i mból i cas; ese M áxi mo Fact or Común, cuya
tenebroso yperverso que restal l asobreel f orm ul i smo
me t af í s i c a r e c o no c e un abs o l u t o e s pi r i t ual , i ne f a bl e e n
y l a real i dadburguesa de su ti em po. M ás que surrea-
t érmi nos depensam i ent o di scursi vo , pe r o s us c e pt i bl e
l i sta, Isi doro Ducasse se nos presenta apri si onado por
de ser di rec t am ent e experi ment a do y adv er t i do p or e l
una náusea exi stenci al . Ti ene conci enci a de l o absurdo
ser humano “ en l a part e más honda y más centr al de
yesa mi smaconci enci a creal arebeli ón, el paroxismo
su al ma” .
y l a v i o l e nc i a. Su g r i t o de pr o t e s t a , que s e apo ya e n s í
Aunque más adel ant e Bret onr ec usa as us mentores, especi al ment e aRi mbaud, Baudel air e y Poe ( “es -
mi smo para sust raerse al vací o, no se encuentr a“ det rás del mi edo” si no “ del ante de l aam enaza” . Gaston
cupamos al pasar sobre Edgar Poe”) , pret extando que
Bachel ard, que consi dera al os Cant os unaverdadera
en tr ance de rebel i ón el surreali smo no necesi ta ante-
f e nomenol ogí a de l a agr e s i ón, otor gaaesegri t odu-
pasados, no todosson arroj ados por l aborda; al gunos
cassi ano, henchi dodepotenci apri mi ti va, l ac l ari dad
permanecen en el santor al surreal i st ay dos en espe-
de un c ogi t o sonoro y energéti co. Se equi vocan qui enes
ci al , Laut ré am ont y Sade nunca suf ri ránmenguae n
ven en l os Cant os s ó l o una mal di c i ó n t e at r a l , di r á r e -
s u pr e st i gi o .
sin duda una gura única en la lite-
El pri mero es
f ut ando i mpl í ci t am ent e a Cam us que, en L‘ Homm e r e - vol t é , l o s c o ns i de r a “ t r i v i a l i dade s l abo r i o s as ” . Hay que
ratura. Devi da brevey mi st eri osa( 24añosos curos) sus Chant s de M al dor or muestra l a ecl osi ón de un espí ri tu satáni co que bl asf em a y canta en un maravi l l o-
so lenguaje poblado de apocalípticas guras y arreba198
11. Véase Conde deLautréamont, Obr as c ompl e t as . Los Cant os de Mol dor or , poe s í as , c ar t as , v e r s i ó n c a s t e l l a na , i nt r o d uc c i ó n y n o t as de Al d o Pe l l e gr i ni , Bue no s Ai r e s , 1 96 4. 199
ascender a l o humano para t ener l os gri t os dom i nan-
Racionalista y sensual, aliado a las evidencias, las “re-
tes, expresaBachel ard. “Son un uni verso especi al, un
s i s t e n c i a s ” l o e x ac e r b an, y e s e n eg ado a nhe l o d e f us i ó n
uni verso acti vo, un uni verso gri tado. En eseuni verso
di r i g i d o a l o c o nc r e t o , l o abi s ma e n l a e xi s t e nc i a s e par a -
12 l a e ne r gí a e s una e s t é t i c a” .
da . I mpo t e nt e de t o da t r as c e nde nc i a , e l e xc l ui do e x al t a
En cuanto a Sade, más allá de su perl infernal y
l as upremací adel mal y acomet e contr aDi os busc ando
del cl i maaberrant e ymonst ruoso que caracter i zaasus
una verdad i nmanent e en el mundo de l os sent i dos. Por
obras, hasi doi nt erpretadoen su dimensi ón verdadera
eso, sushéroesmarti ri zan, asesi nany dest ruyenal os
por quienes desaando prejuicios siguieron aquellas pa-
s e r e s huma no s , c o nduc i e ndo a l o s o bj e t o s de l de s e o a l a
l a br a s de Swi nbur ne : “ Ac e r c a o s y o i r é i s pa l p i t a r e n e s t a
dest rucci ón y a l a muert e en unas uprem a apetenci a de
c a r r o ña c e na go s a y s a ng r i e nt a l a s a r t e r i a s de l al ma uni -
uni dad.
v er s a l ” . Re hab i l i t a do e n Al e ma ni a po r e l do c t o r Due hr e n
No obst ant e l a admi raci ón que l e di spensan, ni Lau-
yenFranci apor Apol l i nai re yMauri ci o Hei ne, hasi do
tr eámont ni Sade represent an cabalment e el sent i do es-
reci ent ement econsagradoporl osesc ri t osdePaul han,
c a t o l ó gi c o de l a av ent u r a s ur r e al i s t a . Duc a s se e s e l i n-
Kl o s s o ws ki , Ba t a i l l e , Bl a n chot y Si mone de Beauvoi r. De
consci ent e desbordado, Sade, l a destr ucci ón enumerada
ellos emerge la gura de Sade despojad a de estúpidas le-
ye ndas . Su o r i g i nal i dad no e s t r i ba ni e n s us v i c i o s , ni e n
hasta el agotami ento en su l enguaj e que, como expresa Bat a i l l e a p r o pó s i t o de l o s Ci e nt o ve i nt e dí as de Sodo-
su losofía ni en los crueles renamientos sexuales que
ma , es “ el l enguaj edeun uni versol ent o, quedegrada
“ h an di l ui do s u no mb r e e n pe s ado s v oc a bl o s ” .
g ot a a g ot a , que t o r t ur a y que de s t r uy e l a t o t a l i dad de
Cercado por l anobl ezadecadent e que condenasul i -
14 l o s s e r e s po r é l e ng endr a do s ” . Ant e e l vac í o e xi s t e nc i al
bertad cl andest i nays u desordenadoer oti smo, Sade se
arman los límites sensuales y se entregan al desorden
rebel aeintentael resc atedesupropi aaut ent i ci dad.
t o t al de l o s s e nt i do s s i n pe ns ar e n ambi c i o ne s t r as c e n-
En esa empresa a cont rapel o eri geen el ecci ón moral su
dent es ni en t ransf ormaci ones esenci al es. No pret enden
anómal o dest i no yel abora un si st emapara rei vi ndic ar,
un uni versosuprarreal, si no que t rastornan el que l es
me di a nt e una s upr e ma de c i s i ó n i ndi v i d ua l , s u e x i s t e nc i a
fuera impuesto, reejándolo de manera irrisoria. Am-
desgarr adaporvi ol ent asi mpul si onesaberrant es. “ Su
bo s c o nc i t a n e l f e r vo r s ur r e al i s t a po r s u e s t ado de i ns u-
grandeza –escri be Si mone de Beauvoi r– surge de su t en-
rrecc i ónpermanente, pors uc ul t odel aprovocaci ón y
t a t i v a po r c a pt a r de s de s u s i ng ul ar i da d l a e s e nc i a mi s ma
po r l a i nus i t a da v i o l e nc i a que ut i l i z an par a e s c a r ne c e r
13 de l a condi ci ón humana”.
l asc onvenci ones respet abl es de unasoci edad i nt rí nse-
El uni v e r s o de Sa de e s un c o s mo s c e r r a do , e xi s t e n c i a l y o pr e s i v o. Lo s o bj e t o s s o n f o r m as i mpe ne t r a bl e s y ho s t i l es que exasperan sus deseos de posesi ón y producen en
su sensibilidad un frenesí de modicación y destrucción.
cament e i naut ént i ca. Si n e mb ar g o , e s a r e b el i ó n s e ns ua l y pe s i mi s t a no s upe r a e l p unt o d e p ar t i d a. El s ur r e a l i s mo ha p r e t e nd i d o muc h o
más y la imparidad de su empresa se reeja con singular
c o h er e n c i a e n Gé r a r d d e Ne r v a l y Ar t hur Ri mbaud. El l os ha n v i v i do l a s s u pr e ma s t e ns i o ne s de l e s pí r i t u y ha n pr e 1 2. Ga s to n Ba c he l a r d, Laut r é amont , Par í s , 1 95 6, c a pí t ul o 5 , p. 1 15 . 13. Si monede Beauvi or, El mar qué s de Sade , Bue no s Ai r e s, 1 95 6. p. 138.
1 4. Ge o r g es Ba t a i l l e , La l i t e r at ur a y e l mal , Ma dr i d , 1 95 9, p . 9 3. 200
201
a f r us t r a c i ó n d e l a av ent u r a me guradoelesplendoryl
v ac í o de l a e xi s t e nc i a . Ri g aud a l o s v ei nt i nue v e c e d i ó a l
t a f í s i c a, que l l e vada a s usúl t i mo s e x t r e mo s no t e ní a , pa r a
v ér t i g o i mpa c i e nt e de l s ui c i di o . “ Ci e r r o he r mé t i c a me nt e l a
l o s p o et a s e n c uant o t a l e s , o t r a a l t e r nat i v a que e l s ui c i di o
ve nt a na y a br o l a l l ave d el gas ; o l v i do e nc e nde r e l f ó s f o r o ” ,
o e l s i l e nc i o . Ri mbaud, e l pr e c ur s o r r e c us ado po r “ n o habe r
habí a e s c r i t o Cr e ve l , e l más bue n moz o de l o s s ur r e al i s t as ,
he c h o i mp os i b l e s c i e r t a s i nt e r p r e t a c i o ne s d e s ho nr o s a s d e
a nt i c i p ánd os e c o n s e nt i d o p r e mo ni t o r i o a l mo me nt o e n q ue
s u p e ns a mi e nt o , a l e s t i l o Cl a ude l ” , s e r á s i e mpr e l a c l a ve
él también aceptara esa solución “justa y denitiva”. Deses-
de e s a a v e nt ur a me t a f í s i c a . Ri mb aud , “ e l q ue s u f r e y s e
pe r ado y do l i e nt e , Ant o ni n Ar t a ud s e guí a l as hue l l as de Ge -
ha s u bl e v ad o” d e s c i e nd e ha s t a e l e x t r e mo d e l a a ng us t i a
r a r d o y s e i nt e r n ab a e n un c o s mo s d e s o mb r a s . “ Yo pue do
humanaenunase ri e der ebel i ones suce s i v as . La a s c e s i s
d ec i r v e r da de r a me nt e q ue no e s t o y e n e l mund o y e s t o no
s ur r e al i s t a , c o n s u vi o l e nt o r e c haz o de l as no r m as y s us t é c -
e s una me r a ac t i t u d e s pi r i t u al ” , e s c r i be e n c a r t a a Jac q ue s
ni c a s de a c c e s o b as a da s e n e l a ut o ma t i s mo y e l e ns ue ño , s e
Ri v i è r e . Pa r a Ar t a ud, e l s ur r e a l i s mo f ue una nue v a e s pe c i e
t o r na me no r ant e e l apo c al í pt i c o f ur o r y e l o r gul l o s at á ni c o
de ma gi a , un c a mi no pe l i g r o s o q ue pue de c o nduc i r a l c o no -
“ d e a que l q ue s e r á Di o s ” . De a que l q ue e n me di o de l de s a-
cimiento de lo universal e innito. Su aventura espiritual
s a r r e gl o y l a anar quí a de l o s s e nt i do s , c o n e l al ma mons t r uo
anár q ui c a y s al v aj e , s o br e pas a l o s l í mi t e s y l o abi s ma e n e l
y a go t a nd o e n s í mi s mo t o do s l o s v e ne no s , “ ha v i s t o ” l as
v ac í o d e l a l o c ur a . Pe r o ha y o t r o s q ue s e a c e r c an c o n má s
c o s as i nnume r abl e s e i naudi t as y hal anzadosudesaf í o
s e gur i dad al e s t r e c ho s e nde r o d e l a l i be r ac i ó n. Gi l be r t Le -
y s u a na t e ma a nt e s d e p r e c i p i t a r s e a l a r ugos a r e al i dad
c o mt e y Re né Da uma l , p r o mo t o r e s d el s ur r e a l i s mo d i s i d e n-
f ul mi na do p o r e l r a yo d e l c i e l o . “ No o s e n s e ño n ad a n ue -
t e de Le Gr and Je u, r e c o r r e n un i t i ne r ar i o al uc i nant e . Po r
v o – es c r i b e Fo nda ne – a l de c i r o s q ue é l f ue e l pr i me r po e t a
di s t i nt o s c a mi no s a va nz a n ha c i a e l i nt e r i o r de s í mi s mo s ,
s ur r e a l i s t a ; y t a m po c o he de s o r p r e nde r o s a l de c i r q ue f ue
ha c i a e l í nt i mo o c é a no a b i s a l , q ue i l umi na do p e r mi t i r á l a
e l úl t i mo . Es a “ e x pe r i e nc i a” e mpi e z a c o n é l y a c aba c o n é l ;
v i s i ó n ang él i c a d e l a t o t al i dad y l o s t r a ns f o r mar á e n e s e n-
de s pué s d e é l y a no e s una e xpe r i e nc i a po é t i c a , o s i pr e f e -
c i a, t o r nándo l o s hombr e s de s pi e r t os .
r í s , no e s más que una e xpe r i e nc i a po ét i c a, una e xpe r i e nc i a
Se gún l a do c t r i na me t a f í s i c a ( no e n s e nt i do de e s pe c u-
15 t e ó r i c a ” . Co mo Ne r v al , e l a ut o r de Sai s o n e n Enf e r f ue un
l ac i ó n ni de t e or í a de l o s pr i nc i pi o s úl t i mo s, s i no d el c o -
a ut é nt i c o p r e c ur s o r y a s u mo do c o mp l e t ó l a e x pe r i e nc i a ,
de noci mi ent o
s ur r e a l i s mo , a de má s de l o s t e ó r i c o s y l o s e s t e t i c i s t a s q ue
si óndel aIdent i daddel Yot rascendent al , f undament o
no l o gr a r o n s upe r a r e l pl a no di s c ur s i v o, r e s c a t a t a mb i é n a
suprai ndi vi dual del aconci enci aenqueexis t entodas
pero no fue el único ni el último como arma Fondane. El
lo que está más allá de lo individual, nito y temporal) el n verdadero del hombre es la compren -
un grupo dehombres desesperados que l uchan contr a l as
sus experiencias, y lo innito, es decir, comprensión de
e vi de nc i as , h as t a e l l í mi t e de s us p os i bi l i dade s . EI pr e c i o
l ai dent i dadent re At manyBrahm a, paraexpresar l o
de e s a as c e si s i mpe r f e c t a f ue l a l o c ur a y e l s ui c i di o . Vac hé a
c o n l o s t é r mi no s i ndi o s . Co mo o b j e t o de s u pr o pi o c o no -
los veintrés años armó su voluntad de substraerse al gran
c i mi e nt o , e l ho mbr e e s e l e g o, c o mo s uj e t o c o g no s c e nt e o
Atman es idéntico con lo innito o Brahma. La esencia de
l a c o mpr e ns i ó n c o ns i s t e e n v i v e nc i a r e s t e de s c ubr i mi e n15. Benj amí nFondane, El poe t a y e l e s qui z of r é ni c o. La c onc i e nc i a
t o . Co no c i e ndo s u pr o pi a e t e r ni dad e s e nc i a l e l ho mb r e e s
ve r gonz os a de l poe t a ( I I ) , e n Sur , N° 3 8, Bue no s Ai r e s, no v i e mb r e,
c apaz de e nt r e g ar s e a l a v i d a, s e r l i br e s i n r e s t r i c c i o ne s
193 7, p. 55 . 202
203
ni t emor, pues esaexperi enci asuprem a, i ndescr i pti bl e pe r o abs o l u t ame nt e s i mpl e , e n l a que l a c o nc i e nc i a s e r e pl i e g a a s u o r i g en, s e r í a e n s uma una i nt u i c i ó n t r a s c e n-
CAPÍTULO X
La t ent aci ón l uci f eri na de René Daum al
de nt e de l o i nt e mpo r a l , una v er d ade r a e xpe r i e nc i a de i nmo r t a l i da d q ue a br i r í a a nt e e l s uj e t o un uni v er s o nue vo , muy di s t i nt o de l mundo c r e a do po r l a v i s i ó n s e ns o mo t r i z . Si Lecomt e y Daumal cum pl i eron su anhel o no l o sabr e mo s nunc a . Le j o s de l a l i t e r a t u r a c o mpr o me t i e r o n s us
Larebel i ónl i t erari a. Transf ormarel mundoocam bi arl a v i d a. El uni v e rs o má gi c o d e Ous p ens k y. Gue r ra Sa nt a c o nt r a l ai l usi ón. Daumal yPauwel spart enconGurj i ef f . Unaví a
que une la Tierra con el Cielo. Sobre el “lo de la navaja”.
vi das en una empre sa más que humana. Ambos muri e-
Tr a ns f o r ma c i ó n y r e n ac i mi e nt o . El “ c a s t i l l o d e l d r ag ó n e n e l
r o n j ó ve ne s , a l a e d ad d e t r e i nt a y s e i s a ño s , uno d es -
f o ndo de l ma r . La s do s r e v ol uc i o ne s
t r ui do p o r l a d r o ga q ue l e a y udó “ a s o po r t a r e l s upl i c i o me nt a l , que e l i g i ó c o n pl e na v ol unt a d” ; o t r o , di s c í pul o de Gur dj i e f f , s obr e l l e vó l o s d ol o r es f í s i c o s, mo r al e s y e spi r i t ual es deunai ni ci aci óndest ructor aqueprometí aconduc i r l o al e st a do de l hombr e de s pi e r t o, due ño de l a vi s i ó n i ndi vi sa. Susúl t i mosañossontes t i gosdeun c ombat e e s pi r i t ual q ue l o a c e r c a a l a s f r o nt e r a s de l a mue r t e . A esa empresa l uci f eri na, él mi smo l a denomi nó La Gue r r e Sai nt e , l a l ucha con t r a l a i l us i ó n, c o nt r a l o s “ y o ” s uc e si a vo s e i naut é nt i c o s , c o nt r a l a pe r c e pc i ó n c o ndi c i o nada yl f al sedaddel dual i smo. Daumal , extenuado por unadi sc i pl i na a go bi ado r a , l l e g a a l a s p ue r t a s de l “ Co no c i mi e nt o ” y t al v ez a c c e de a e s a “ s o l e dad c e nt r a l ” , a e s e “ v as t o s i l e nc i o a c o r az a do de g r i t o s de g ue r r a ” do nde mo r a e l Yo t r a s c e nde nt a l , a c ab ado y e xt á t i c o . Pueda yo dí ai nst alarme en esaci udadel a– un habí aesc ri to–. Sobrel asmural l as, que me desgarre hastal oshuesos, paraqueel t umul to del os 16 f a nt a s mas i l us o r i o s no pe ne t r e e n l a c á m ar a r e al .
En e s e vas t o s i l e nc i o ac or az ado de gr i -
tos de guerra, oculto del exterior por el hui di z o e s pe j i s mo de l t i e mpo, e l Et e r no Ve n c e dor oye l a voz de ot r os s i l e nc i os … Pe r oyoe s t oys e par adode é l por e s t os e j é r c i t os de , f ant as mas que de bo ani qui - l ar … Rene Daum al , La Gue r r e Sai nt e El hombr e s e ni e gaa r e c onoc e r que pue de y de be t r ans f or mar s e e n al go e n- t e r ament e di f e r e nt e . Sól oe l de s ar r ol l o i nt e r i or , e l de s pe r t ar de una nue va c ua- l i dad de l a c onc i e nc i a, l e dar á c or r e c t a c ompr e ns i ón de s í mi s mo y l e pe r mi t i r á or gani z ar s u vi da s obr e l a t i e r r a. El f u- t ur o pe r t e ne c e no al hombr e , s i no al s u- pe r hombr e , que ha nac i do ya y vi ve e nt r e nos ot r os . Ouspe nsky, Te r t i um Or ganum René Daumal es el poeta de l a avent ura t rascenden t e, de l a bús q ue da e nr i q ue c e do r a , de l a as p i r a c i ó n de c i s i v a
Gurdjieff, 1 6. L oui s Pa uwe l s ,
el hombre más extraño de este siglo ,
Bue no s Ai r e s , 1 95 5, p. 4 92 . 204
y pr o me t e i c a . Su r e vo l uc i ó n ps i c o l ó gi c a s e ñal a uno de l o s cami nos más arduos y eri zadosdepel i grosquepueda 205
t r a ns i t a r e l ho mb r e , e n b us c a de l a t r a ns ns f o r ma ma c i ó n de s u
En l a é p o c a de l a p r i me r a po s g ue ue r r a , c ua ndo nd l o s j ó ve -
s e r i nt e r i o r . Su v i d a br e ve ( 19081944) , s e hal l a s i g nada na
ne s s e e n f r e n t an a l d e s c o nc i e r t o y a l a c r i s i s , Da Da u u m al ,
por una preocupaci ón f undam ent al : superar el m undo de
s e di e nt o d e r e no va c i o ne s , s i e nt e l a a t r a c c i ó n i r r e s i s t i -
l a pe r c e pc i ó n c o ndi c i o nada, par a a c c e de r al ni v el de c o n-
bl edel grupoi conocl asta, quedel asceni zasdeDa Dadá,
c i e nc i a i m pe ns abl e , a l a f ue nt e i nt e mpo mp r al de l s e r , a e s e
acaba de f orj arel m ovi mi ent os urreal i st a. Por pri m era
Centro absoluto situado más allá del ujo del devenir y
vez, desdeel roma mant i ci smo mo germa m ano, un m ovi mi ent o l i -
de l a i m pe r ma ma ne nc i a d e l a s c o s a s , q ue ue s e o c u l t a b aj o e l
t e r a r i o ac ude a l a po e sí a y al e ns ue ño par a t r a s c e nde r l a
mi t o de l Par aí s o pe r di do .
condic i ón hum anay, buceando en l os oscuros pasadiz os
Como m o Noval i s, consi deraque l at areas uprema m ade l a
de l a l ma ma , l uc ha p o r a br i r una pue r t a e n e l mur o hac i a e l
cult uraconsi st eenapoderarsedel “ yo”t rascendent al .
conoci mi ent o supremo mo. Si n emb m bargo, su adhesi ón al su-
Par a e l l o , e l po et a de be r á s us t r ae r se a l a e xpe r i e nc i a s en-
r r e al i s mo mo e s s ó l o r e l a t i va. Si bi e n s e p l i e ga a l a r e be l i ó n
s o mo t r i z me di a nt nt e un he r o i c o t r ab aj o de de s po j o , t o r n ar
l i t e r a r i a , c o m pr e nde c l a r am e nt e s us l i mi t a c i o ne s i ns a l -
a la psique permeable y receptiva y avanzar unicando
v ab l e s . M uy p r o nt o s e l o a c us a d e e xc e s i v o mi s t i c i s mo mo y
l aaparent epl ural i daddel c osmo m osenunai nt roversi ón
ent onces, con sus am i gosVai l ant , Lecomt mt e yRénevi l l e,
i nc e s a nt e . Ent o nc e s , má má s al l á de l c a ut i v er i o s e ns i b l e y
f unda e n 1 92 8 l a r e v i s t a Le Gr and Je u, y de di c a s us ma -
de l a f r o nt e r a d el dual i s mo mo , po dr á r e a l i z ar l a c o nc i e nc i a
y or e s e s f u er z o s a pr o f u ndi z ar l o s e s t udi o s o r i e nt a l e s .
uni t a r i a y “ d e s pe r t a r ” al g r an s at or i que l a degradaci ón t emp m poespaci al no al canza j am ás a pert urbar. Su t é c ni c a de a c c e s o c o ns i s t e e n e l e var e l p o t e nc i al
Cuando s o br e vi e ne l a c r i s i s s u r r eal i s t a , y l a r e be l i ó n
literaria se transere de la condición humana a la con di c i ó n s o c i al , uno s pr o c l am an que l a r e vo l u c i ó n de be pr i -
de l as f ue r z as c o nt r a r i as . De l a i nda gac i ó n s i s t e mát má i c a
m erame m ent e l i berar al homb m bre del as “ t rabas m ate r i al e s
a l a desesperada reduc ucci ón del pensam i ent o di scursi vo,
e xt e r i o r e s ” ; o t r o s , e n c a mb mb i o , o t o r g an c a pi t a l p r i o r i da d
Daum al , c omo m oel adept ozeni st a, r omp m pel asl i gadur uras
a l a l i be r ac i ó n i nt e r i o r , t r a t ando de c o nc i l i ar e l i de al de
que ue condi ci onan n asupsi que ue ydestruye l os m arcos del
M arx y el de Ri m baud. Ant e est a al t erna t i va l o s j ó ve ne s
Ya Y ang y el Yi Y i n e n una dur a as c e s i s de i m pr e vi s i bl e s c o n-
de Le Gr and Je u radi cal i zan el pensam i ent o ri m baudia-
secuenci as.
no y a pe l a ndo nd a p e l i g r o s as ps i c o t é c n i c a s s e l a nz nz an a l a
Desde m uyj oven n cami mi nat ras l aspi st asdel a vac ui -
b ús ús q ue da de l c o no c i mi e nt o a bs o l ut o . Se t r a t a de c a m bi a r
dad r e s pl ande c i e nt e . La po es í a, l a mí s t i c a y e l o c ul t i s mo mo
l a v i d a, y a l a z ag a de l o s g r ande s mí s t i c o s , pi e ns an que
l o a c e r c an a l a c e r t i dum b r e d e l “ s a be r e s c o ndi do ” c o n e l
l a t r ans f or mac i ón de l mundo sobr evendrá co m o co nse-
que ha s o ñado de s de s u a do l e s c e nc i a . La s uy a e s una r e -
c ue nc i a de l a r e vo l u c i ó n i nt e r i o r . Cuando c ada uno al t e r e
v ol uc i ó n pe r m ane ma nt e q ue ue s ó l o s e e xt i ng ue a l c o nt a c t o c o n
f und ndam ental m ente dent ro de sí l as causas que engen-
ese“ heroi coc onqui st ador denues t ras verdadesf unda-
t e en el m undo externo l os camb m bi os m asi vos que recl am a
me nt a l e s y mi s t e r i o s as ” , e s e au da z e s c a l a do r de l a má gi -
l a s o c i e dad pr o g r e s i s t a. Po r e s o a ba ndo nd na n n l a s e duc c i ó n
c a mo nt a ña que une a l a Ti e r r a c o n e l Ci e l o , r e c o r r e t o do
de l a me me r a r e f o r ma ma o d e l f ác i l r e pudi o , pa r a i nt e r n ar s e
un c i c l o de r e vo l uc i o ne s , de sde l a r e be l i ó n l i t e r ar i a has t a
po r l a s e nda di f í c i l de l c o no c i mi e nt o pr o pi o y l a s i s t e m ámá
l a r e vo l uc i ó n ps i c o l ó gi c a.
t i c a i ndag ac i ó n de l yo.
la muerte prematura. Pero antes del n, o del principio,
206
dran el conicto y la miseria, se producirán gradualmen-
207
La we l t ans c hauung romá mánt i cadecl araproc edenci a o r i e nt a l que i m pr e gna a l a do c t r i na s ur r e al i s t a , s e ag udi za en Daum al . Como m o ant es en Noval i s, surge l a vol unt ad
de transgurar la vida, hicetnunc, y a c c e de r a l o r e al
doct ri nas naci das de unai nt ui ci ón pri m ordi al del m undo , ha n n s i do e l ab or a da s p o r e x c e l e nt e s r a c i o na l i s t a s . El
ocultismo losóco descubre un universo yuxtapuesto al
de l a c i e nc i a, e n e l que l a c a us us al i dad e s s ubs t i t ui da po r
col ocandoal hom breporenci m adel oss ent i dos. De be -
l aanal ogí aydonde sus l eyes, presc i ndi endo del m arco
mos s e r más que hombr e s , habí a e s c r i t o No val i s mi e nt r a s
t emp m poespaci al se expresan en t érmi mi nos de corr esponden-
pug na ba p o r o bt e ne r “ s upe r i o r e s e s t a do s de c o nc i e nc i a ” ,
c i a s s i mb ól i c a s o d e c ampos de s i nc r oni c i dad, según l a
ant i ci pándose al superhom bre ni etzs cheano y a l a m ecá-
t ermi mi nol ogí a j ungui ana.
ni c a de l as m ut a c i o ne s e nt r e v i s t a e n l as t e s i s hö r bi g er i anas.
Pedro Ouspensky( 18781947) , m ovi éndose dent ro de e s a pa r t i c ul a r c o s mo mo vi s i ó n, e l a bo r a me di ant e una “ l ó gi c a
Est aam bi ci óndesme mesurada, t ení a, noobst ant e, l í -
1 af e c t i v a” l as pr o po s i c i o ne s c o he r e nt e s de l o m ar a vi l l o s o.
mi t es ci ert os. Transmu m ut arl apoesí aen un conj uro m á-
Apoyándose en l as geom etr í as no eucl i di anas de Gauss,
g i c o pa r a c ambi ar l a vi da, habí al l evado aRi m baudde
Ri ema m ann yLobachevski , en l asexperi enci asmí mí st i cas y
l a d es e s pe r ac i ó n a l s i l e nc i o y t r ans f or mar e l mundo en
e n l a s i nt u i c i o ne s d e o t r o s e x pl o r ado r e s d el h i p e r e s pa -
pl az o s pe r e nt nt o r i o s , r e que r í a una f ue r z a po l í t i c a c a paz de
ci o como mo Hi nt on y Bucke, consi dera que para acceder al
r e a l i z ar una r e v o l u c i ó n pr o f unda e n l a s e s t r uc t u r as s o -
ni v el de c onc i e nc i a obj e t i va, l o e s enc i al c o ns i s t e e n al t e -
c i o e c o nó mi mi c a s . Po r e s o , e n e l mo mo me nt o de l a c r i s i s , l a s
r a r e l s e nt i do o r di na r i o de l t i e m po ; e s e t i e m po q ue ue pa s a
s a l i das c o he r e nt e s s e o f r e c e n a l ma ma r ge n d e l a l i t e r a t u -
i ne xo r abl e , e l Fugi t I r r e par abi l e Te mpus v i r g i l i ano . El El
me nt e uni do s po r una di a l é c t i c a e xa l t a da. Lo s i m pa c i e n-
e l c a r ác t e r de di me ns i ó n s upe r i o r de l e s pa c i o . El t i e m po mp
t e s ma r c ha n n a l ma r xi s mo mo , o t r o s pe r s i s t e n e n c o nc i l i a r l o
s e r í a e nt o nc e s o t r a di r e c c i ó n i g ua l me me nt e r e a l a l a s t r e s
e s pi r i t u al y l o s o c i a l e n una c o r r e l a c i ó n s upe r a da . Lo s
que capt an nuest ros sent i dos, condenados aperci bi r en
m enos, Daum al ent re el l os, comp mprome met en su vi da y esbo-
e l “ a ho r a ” . El m undo , l as c o s a s y no s o t r o s mi s mo mo s , t e n -
z an l a par t i da mo r t a l baj o l a v i g i l anc i a de Gur Gu dj i e f f , e n
drí am osunaextensi ónenesadi m ensi óni nvi si bl eyal
una de l a s s o c i e dade s i ni c i á t i c a s má s e xt r a or d i n ar i as de
experi m ent arl a m edi ant e el éxtasi s prof undo, sobrevenn-
nuest ro t i emp m po.
dr í a una t r a ns f o r m ac i ó n r adi c al e n l a c o nc i e nc i a. El s al t o
ra. El surrealismo disuelve sus componentes compo nentes dicultosa-
Laconsi gnaf áust i ca, quehabí asi dot am bi énl adel
naturalismo teosóco italiano con Ficino y Pico y en ge -
lósofo ruso enfrenta el problema otorgando al tiempo
de lo nito a lo innito, de la parte al Todo, se produciría
cuando el homb m bre que vi ve t ocando esa di m ensi ón en un
neral deci ert osgruposdel Re Renaci mi ent o, cobraenel
punt o ( e l aho r a) y al que e l pas ado y e l f ut ur o l e r e sul t a n
pensami mi ent o deDa Daum al si ngul ar vi genci a. “ Por eso m e
i nas i bl e s , ac i e r t a a “ v e r ” e n e s a c uar t a di me ns i ó n. Po dr í a
ent regué al ama magi a”, es t am bi én su consi gna. Di scí pu-
ent onces cont emp m pl ar el Ti e mpo e n s í , v er e n o t r o s l ug a-
l ot ardí odeAgri ppa, deParacel so, deVanHe Hel m ont y
r e s de l t i e m po , v i v e nc i a r e s e e s t a do do nde s e da n t o d as
Fl udd, Da um a um l s o l i c i t a a l a ma gi a l a s c l a ve s de l c o no c i mi e nt o y s e e nt r e g a a l a f é r r e a di s c i pl i na de un mi s t e r i o s o c r e d o me t a f í s i c o . Pe r o e l o c ul t i s mo mo y a no e s Ma r t í ne z
1950, e s 1 . Vé a se Pe d ro D. Ous p ens k y, Te r t i um Or ganum m , , M éxi co ,
dePa Pasqual l yni Swedenborg, ni W ronski ; ahora, esas
pe c i a l me me nt e , l as pp. 2 45 2 59 , y Un nue vo mode l o de l Uni ve r s o ,
208
Mé xi c o , 1 95 0, c a pí t u l o s I I y XXI . 209
l a s po s i bi l i da de s de apr e he ns i ó n, do nde existen todosl o s
Ho mb r e ” , o f r e c e una ps i c o t é c n i c a e s o t é r i c a q ue ue c o mi mi e nz a
punt os del m undo.
c o n e l anál i s i s de l “ y o” y e l do mi ni o de l as f unc i o ne s ne u-
Est os concept os quer ecuerdan el r e gr e s s us ad or i gi -
roveget ati vas. Su uenseñanzaal t ernal ost ema m asbási cos
ne m, provocado por m agos y sham anes, se hal l an condi -
de l a Tr adi c i ón Se c r e t a c o n ant i g uas do c t r i nas de l As i a
cionados para cualquier vericación objetiva, por la ob-
Ce nt r a l y s u apl i c ac i ó n de nt r o de l m ar c o de una di s c i pl i -
t enci ón de un ni vel dif erent e de conci enci a. Ouspens nsky
na ag ob i a do r a , t i e nde a l a i m pl ac a bl e di s o l u c i ó n de l “ y o ”
propone al homb m bre l a avent ura no e uc l i di ana de bosque-
m edi ant e ej erci ci os m ent al es y danzas presum i bl eme m ent e
j arunanuevagnoseol ogí a, f rec uent andome m ent al m ent e
de r v i c he s , q ue ue pr o pi c i a n n una s i ng ul a r a t o mi z ac i ó n ps i c o -
el espaci o m ul t i di m ensi onal con el arma m adeuna“ l ógi ca
l ó gi c a.
di s t i nt a” , el Te r t i umOr ganum. Pa r a e l l o s e r í a p r e c i s o de s e c ha r l as l e ye s de i de nt i da d y c o nt r adi c c i ó n, s upe r a r
Daum al c oi nci dec onGu Gurdj i ef f enque uel os“ yo”s ucesi vos que conf orma man nuest ra personal i dadc onvenci onal
l a dua l i da d de l pe ns a mi e nt o o r di nar i o , l o gr a r l a a m pl i a -
deben sacricarse a n de que aparezca lentamente, de -
c i ó n d e l a c o nc i e nc i a y r e mo nt a r a t i e nt as a p ar t i r d e l
t r á s de e s as f ug ac e s i m po s t ur a s, e l v er dade r o “ y o” , r a di -
v ac í o y l a o s c ur i dad de l é x t as i s , l a v í a s upe r hum a na na q ue ue
c al me nt e di s t i nt o . Es pr e c i s o l uc har c o nt r a e s as apar i e n-
conduce al m undo UNO de l a s c a us a s . Da um a um l pr e s t a s u
c i a s , pue s e n me di o de l c o mb mb at e e s pi r i t u al s e v a c r e a ndo
adhe s i ó n r a c i o nal y a f e c t i v a a e s t o s f r agment os de una
l a s ub s t a nc nc i a d el a ut ut é n t i c o “ y o” . Ri m ba ud ud l o i nt u yó a s í
enseñanza desconocida, desconocida, pe r o no s e c o nt e nt a c o n e l l o . An-
cuandodeci di óbuscar su“ yo” verdaderoenotr aparte
he l a una pr a xi s , una ps i c o t é c n i c a s e g ur ur a q ue ue e l i mi na ndo nd
queenl asordi nari asma m ani f est aci onesdel apersonal i -
l o s o pue s t o s y r e duc i e ndo l as apar i e nc i as m úl t i pl e s e l e ve
dad. Yo e s ot r o
s u c o nc i e nc i a al ni v el de c oi nc i de nt i a oppos i t or um, e n n e l
Ke at s , e l apas i o nado v i s i o nar i o , e s c r i bi ó al g una un v ez ade -
ej e mi smo mo del Ser.
l a nt á ndo s e a Gur d j i e f f : “ Ll a ma d a l m undo e l v al l e do nde
Mi ent ras Gi l bert Lecomt mt e ardeenunaasc esi s anárqui c a y s e o bs t i na e n a l c a nz ar l o a bs o l ut o de s t r u yé ndo s e , ha c i é ndo s e v i de nt e por un l ar go, i nmens o y r az onado
armó el autor de la Lettreduvoyant armó y
se f abri can l asal m asy comp mprenderéi s ent onces su prof undo s e nt i do ” . El cr eador de Le c ont r e c i e l ( 1936) y La Gr ande Be u-
de s ar r e gl o de t odos l os s e nt i dos . Mi ent ras agota t odas l as
t o do de l ve r i e ( 1 938 ) pr e t e nde e x pl i c a r p o r l a po e s í a e l
f or mas de amor , de s uf r i mi e nt o y de l oc ur a, como mo querí a
homb m breyc omi mi enzaporabandonarse al aesc ri t ura
Rimbaud, y no desdeña frecuentar los “paraísos articia-
l i be r ar e l s ub c o ns c i e nt e , a ut ut o má t i c a e n un e s f ue r z o po r
l e s ” , p ar a l l e gar a s e r e l gr an e nf e r mo, e l gr an mal di t o,
pero con la secreta nalidad de poner en evidencia esa
y e l s upr e mo s abi o; Da Daum al el i geenoposi ci óna l aví a
cor ri ent e engañadora que f orma ma“ l at ramp m pai ncoheren-
“ h úm e da ” de Le c o mt e , l a v í a “ s e c a” de l c o no c i mi e nt o pr o -
t edenuest ravi dac omú m ún” ypoderani qui l arl aparai r
g r e s i v o q ue c o nduc e a l a a ni q ui ui l a c i ó n de t o do s l o s p e n-
descubriendo los perles reales del “yo” superconsciente.
sam i ent os, e mo c i o ne s y d e s e os , e s d e c i r , de t o do l o q ue
“ El poeta –escri beDa Daum al –nos haráasi st i r al abat a-
c o nf o r ma ma una pe r s o na l i da d que e s ne c e s ar i o de s t r u i r po r
l l a q ue ue l i br a c o nt r a l a i l us i ó n, ha bl a r á d e s í mi mi s mo mo , de
inauténtica inautén tica y superua. Daumal conoce entonces a Geor -
s us t o r me me nt o s , de j a r á ha bl a r a s us pa s i o n es , s us m aní a s ,
g es I v ano vi t c h Gur d j i e f f , e l e ni g má t i c o ma go c a uc a s i a no no
suss ent i dos, paracomb mbat i rl osme mej or, paravencerl osy
que, ensu“ Insti t ut oparael De Desarrol l oArmo moni osodel
encerr arl os en el sepul ul cro de unapal abra m edi da”. Si n
210
211
embargo, esatéc ni caqueagot óel surreal i smo, noes
Pr o f undi z ar l a a ve nt u r a q ue s e ña l a n e s t a s pr o po s i c i o -
El suciente para calmar su ardiente necesidaddeser.
nes signicó para Daumal avanzar por una vía sobrehu -
poeta debe cal l ar hast at ant o no consume en sí mi smo
manadesdel acual “ l asc omuni caci ones conel mundo
e s a t r a ns f o r ma c i ó n ne c e s ar i a q ue l e pe r mi t i r á no mb r ar a
corren el riesgo de cortarse denitivamente”. Pauwels,
l as c o s as c r e ándo l as , c o nv oc ándo l as a l a e xi s t e nc i a r e al .
que se i nt er nó acompañando a Daumal enl as t rampas
Mi e nt r a s no e xi s t a e n é l e l po et a r e s po ns abl e , s ó l o l e s e r á
mo r t a l e s de l a Ens e ña nz a Gur d j i e f f , ha r e s umi do e n b r e -
pe r mi t i do habl ar par a i nc i t a r a l a de s t r uc c i ó n de s u i de n-
v es pa l a br a s e l s e nt i do d e l a “ a mb i c i ó n l uc i f e r i na” , q ue
t i dad i l us or i a.
los guiaba por una vía dudosa a los connes del silencio y de l a mue r t e .
Habl aréparac onvocar meal aGuerr aSant a. Ha bl a r é pa r a de nunc i ar a l o s t r a i do r e s q ue he a l i -
Eso, era, pues, l oquequerí am osl l egaraser:
mentado. Habl aré para que mi s pal abras produz-
poetas r e s pons abl e s , quehans obrepasadol ai ns-
can vergüenzaa mi s acci ones, hasta que l l egue el
pi r a c i ó n e n pr o ve c ho d e l c o no c i mi e nt o , l i br e s y n o
dí a e n q ue una pa z ac o r az ada de t r u eno r e i ne e n l a
c a nt o r e s , s i no c r e ador e s . Querí am os ser Di os que
cámara del Et erno Vencedor.
habl a. Querí am os pasar haci a aquel l ado en que el Verbo se hace carne. Habí am os part i doc on Gurd-
El ar t i s t a s ubj e t i v o no c r e a, s e h al l a s o me t i do a l c a os de l o s pe ns ami e nt o s que l o g obi e r nan y r e al i z a s u o br a de ac ue r do c o n l a s i mpo s i c i o ne s de l o s “ y o ” s uc e s i v os . Vi v e enl ahi pnosi s desuspasi ones, desusgust osy des us hábi t os. Como dic e Gurdj i ef f , l a humani dad mecáni ca no pue de t e ne r s i no u n ar t e s ubj e t i v o. El ar t e o bj e t i v o, po r e l c o nt r a r i o , e s e s e nc i a l me nt e c r e a do r y r e qui e r e un a r t i s t a c ons c i e nt e , de s pi e r t o, q ue po r l o me no s ha ya l o gr a do vi s l umbr ar e l ni v el de c o nc i e nc i a o bj e t i v a. En una col ecci ón de notas y ensayos de Daumal aparec i da después desumuert e ( Chaque f oi s que l ‘ aube par aî t , N. R. F. , Parí s, 1953) , el poetacoment aci nco proposi ci ones deRol l and deRénevi l l e, ques i ntet i zan el pensam i ento í nti mo de esos buscadores de absol ut o
que experimentan la radical insuciencia de su exis -
t enci apersonal : a) Lapoesí aesuni nst rum ent ode conoci mi ento; b) El verdadero conoci mi ento es experi mental ; c) El verdadero conoci mi ento es i denti dad del s uj e t o y e l o bj e t o ; d) El ve r dade r o c o no c i mi e nt o e s e l de l o absol uto; e) La producci ón de un poem a es anál oga a l a génesi s de un mundo. 212
j i e f f e n bus c a de l c o no c i mi e nt o , de l a l i be r t ad y d e l a uni ón. Nuestr a poe s í a no p o dí a s e r s i no e s e l e nguaj e superi or queal expresar este conoci mi ento, e s t a l i b er t a d, e s t a u ni ó n r e c r e a l a s c o s as y t o do s
los movimientos de la vida humana en su signi cado paradi sí aco.
He ahí s i nt e t i z ada l a apas i o nant e y t r á gi c a “ t e nt a c i ó n l uc i f e r i na” . Pe r o l a v í a d e a c c e s o e l e gi da, e l “ c uar t o c ami no” preconi zadoporGurdj i ef f paraobtener unni vel s upe r i o r de c o nc i e nc i a y s er i dé nt i c o a l o abs o l ut o , s i bi en s e i ns pi r a ba e n l í ne as g ene r al e s e n l o s p r i nc i pi o s d e l a mí st i ca ori ent al , especi al ment e búdic a–que Daumal ya c o no c í a–, po s eí a c o n r e s pe c t o a o t r a s t é c ni c as de as c e s i s , mati ces propi os deext remadadureza. Avanzar a“ con-
trapelo” de la naturaleza, sacricar las creencias más íntimas, hachar los sentimientos, no identicarse, no ad he r i r s e , de s pr e nde r s e d e l o s g us t o s , de l o s s u f r i mi e nt o s , de l as pe que ña s a l e gr í a s , abdi c ar l a f al s a pe r s onal i dad. En s uma , no e xi s t i r ha s t a q ue “ r e nac i do ” s e pudi e s e v ol v er a e xpe r i me nt a r l a v i d a e n r e l ac i ó n a l o r e a l , al “ y o ” 213
verdadero. Daumal acepta est a experi enci a sobrehuma-
i magen de un axis mundi que i n i l l o t e mpor e po s i b i l i t a ba
na y s e s o me t e a e s e t r a ba j o pl e no de r i g i de z y f r i a l d ad
l a c o m uni c a c i ó n c o n e l c i e l o . Es l a Mo nt a ña Có s mi c a , e l
que preconi zal aEnseñanzaGurdj i ef f , con un ent usi as-
Ár b ol s i t u ado e n e l c e nt r o de l mundo , e l Pi l ar c e nt r a l que
mo que , s e gún Ré ne vi l l e , ado pt ó e n e l c o mi e nz o c a s i una
s os t i e ne l o s ni ve l e s c ó smi c o s. De s de al l í l as r e l a c i o ne s c o n
f ormadei nt ol eranci a. Formul aduros j ui ci ossobrel as
lo divino no ofrecían dicultades y el hombre primordial,
as c e s i s de Le c o mt e y pr o f e t i z a s ude r r o t a . Pe r o , c o mo e x-
e n e s t a do de b ea t i t u d, po dí a g o z ar de pl e na e s po nt a ne i -
presa Pi erre Mi net, el ent rañabl e am i go de am bos desde
dad creadora. Si n embargo, una rupt ura cósmi ca o f al t a
l os t i empos de Daumal no es sól o uno de Le Gr and Jeu,
r i t u al ( l a c a í d a) l o s s e pa r ó v i o l e nt a me nt e i nt e r r umpi e n-
1os hombres superi ores que vi vi eronúl t i mam ent s i no e,
do esas i t uaci ón paradi sí aca yarr astr ando al hombre a
el t ránsf uga de una avent ura mucho más enri quecedora,
su actual condic i ón humana. Desde ent onces, muy pocos
mucho más humana que aquel l a de l a que el M ont Ana-
e l e gi do s o bt i e ne n me di a nt e l as pr á c t i c a s d e l é xt a s i s , un
2 l ogue es e l r e l at o i nac a bado .
La e ns e ña nz a Gur d j i e f f ha s i do e na l t e c i da y e xe c r a da. Mi net consi dera que se t rataba de una búsqueda adecua-
est ado ment al que l es permi t e –aunque por breve t i empo – r e i nt e g r a r s e a l o s c o mi e nz o s y r e c u pe r a r e l Pa r aí s o Pe r di do . Pa r a e l l o de be n a c t ua r de s de un “ c e nt r o ” do nde
da par a de vo l v er a l a v i d a s u pr o f u nda ut i l i dad y o t o r gar
lo sagrado se manieste, un espacio consagrado ritual-
una l uci dez extremada, pero que desdeñaba su bell eza y
me nt e , de s de e l q ue s e a po s i b l e l a r upt u r a de ni v el q ue
su cal or, comenzando por negar que el hombre l i berado
c ar a c t e r i z a e l r e t o r no al Gr an Ti e m po Mí t i c o .
a sí mi smo f uese al go más que una máqui na i ncoheren-
La am bi ci ón de Da uma l e s l a de r e i nt e g r a r s e a e s a s i -
t e pr e s a d e l a s s o l i c i t a c i o ne s e xt e r n as . Er a “ u na s o mb r a
t uaci ónpri mordi al . Comol os sham anes, i nt ent aregre-
g l a c i a l v ol c a da s o br e l a e s pe r anz a y e l de s e o , una t u m ba
s ar hac i a at r á s , a l a “ p l e ni t ud i ni c i al ” , r e t r o c e di e ndo e n
par a t o do s aque l l o s que c o ns i de r an que l a v i d a e s s i nó ni -
el t i empohast al aperf ecci óndel osc omi enzos. Suex-
mo de amor ” .
peri enci amí st i ca equi val e auna mue r t e r i t ual ypuede
El l i t e r a t o que a ún p e r vi v e j unt o al me t a f í s i c o e x pe -
ho mo l o g ar s e a l a as c e ns i ó n al c i e l o que pr a c t i c an l o s s ha-
ri ment al va narrandoensu M ont Anal ogue ( NRF, Pa-
ma ne s e n e l ár b o l c e r e mo ni a l y a l o s s i e t e pa s os de Buda
3 r í s , 1952) –com pl etament e i nspi rado en l a enseñanza de
q ue l o l l e va n a l a c i ma de l mundo c ó s mi c o .
av ent u r a i nt e r i o r , e nc ub r i é ndo l a c o n me t á f o r as y s í mb o-
pl i cadeunai magenarc ai cayc onst i t uyeunavari ant e
l o s .
de l s i mb ol i s mo de a s c e ns i ó n. Es e l mo nt e s a gr a do de l a s
Gurdjieff, según arma Pauwels– las alternativas de su
El M onte Anál ogo e s una ví a que une l a Ti e r r a c on e l
El M ont e Anál ogo que Daumal nos presenta es l a ré-
mi t ol ogí as, el Mont eMeru, del os hi ndúes; el Sumeru,
Ci e l o y s u c ar ac t e r í s t i c a e se nc i al c o ns i s t e e n s u i nac c e si -
de l o s p ue bl o s ur a l o al t a i c o s ; e l Z i n na l o de l o s b udi s t a s
bi l i dad po r l o s me di o s huma no s o r di na r i o s . Es l a mí t i c a
l a os i a no s ; l a r o c a Ba t uRi b n, de l o s s e ma ng s de Ma l a c a . Tam bi én puede homol ogars e al z i qqur at c o ns i de r ado po r El i ade como una verdadera mont aña cós mi ca. Sus si et e
Gurdjieff, 2 . Cf . Lo ui s Pa uwe l s ,
el hombre más extraño de este siglo
pi s o s r e pr e s e nt a ban l o s s i e t e c i e l o s pl ane t a r i o s y al s u -
( Mons i e ur Gur dj i e f f ) , Bue no s Ai r e s , 1 95 5, p. 4 88 y s s .
b i r l o s e l s a c e r do t e l l e ga ba a l a c i ma de l uni v er s o . Es t a
3. René Daumal , El Mont e Anál ogo , t r a duc c i ó n d e Al i c i a Re na r d,
c o nc e pc i ó n s o s t i e ne a s i mi s mo e l s e nt i do s e c r e t o de 1 t e m-
M undonuevo, Buenos Ai res , 1961. 214
215
construido como una montaña arti -
pl o de Bar abudur ,
El ac t o par adó j i c o de l a “ s al i da de l t i e m po ” , s i e m pr e s e
c i al . “ As c ende r a é l e qui val í a a un vi aj e e xt á t i c o al c e nt r o
f ormul a a t ravés de si mbol i smos de t rascenden c i a e s p a-
de l mundo ; a l a l c a nz ar l a t e r r a z a s upe r i o r , e l pe r e gr i no
c i al o c o s mo l ó gi c a. Subi r al Ci e l o , c o ns t i t uy e una e m pr e -
r e al i z aba una r upt u r a de ni v el , t r a s c e ndí a e l e s pac i o pr o -
s a r i e s go s a, ac c e de r a “ o t r o mundo ” , e s u n pas o d i f í c i l , y
4 f ano y penet raba en una pur a r e gi ón ” .
q ue de be r á i nt e n t a r s e po r l a “ pue r t a e s t r e c h a” , c o mo s e -
Daumal ut i l i zaest ai magendee1evaci ónapl i cada uni versal ment e por t odas l a s mí s t i c a s c ua ndo t r at a n de e xpr e s a r l a i de a de t r a s c e nde nc i a . La s i mb ol o gí a r e v i s t e una part i cul ar ri queza y denunci a un arcai co comport a-
miento de la psique, cuyo signicado se esclarece en los mi t o s y r i t o s de i ni c i ac i ó n.
Eliade arma que la e qui val e nc i a vi da mí s t i c a=r e t or no
ñala el Evangelio, o andando sobre “el lo de la navaja”, para emplear l a i magen del Kat ha Upani s had.
Pero vol vamos al poeta. Daumal ha experi ment ado l as s e ve r as t é c ni c a s i mpue s t as po r Gur dj i e f f y s e hal l a l i s t o para l a avent ura que supone di st anci arse de un mundo de i gnoranci a de do l o r que s e de s ar r o l l a e n e l t i e m po , y y dar e l pas o d ec i s i v o de l a “ mue r t e a l a v i d a” , de l “ s ue ño
al Par aí s o, e s un “ dat o” humano uni ve r s al de ant i güe -
a la vigilia” de “lo irreal a lo real”. Como dice Jung, re-
dad i nc ont e s t abl e .
r i é ndo s e al Zar at us t r a de Ni etzs che, “ Un hombre nuevo,
ent onces, abol i r l ac ondi ci ón humanaprof ana, provocar
un hombre compl et am ent e t ransf ormado est á por apare-
una r u pt u r a de ni v el e n l a c o n c i e nc i a y r e c o br a r l a c o n -
cer en escena; uno que har oto el caparazón del hombre
di ci ón divi na, accediendo aun nuevomodo de ser. Para
ant i guoy quenosól omi rahaci aun nuevoci el oy una
expresarl o con ot ros sí mbol os comu ne s , e s t e pr o c e s o d e
5 nue va t i e r r a s i no que l o s ha c r e ado ” .
Unir la Tierra con el Cielo signica,
i ni c i ac i ón s e ho mo l o g a c o n e l s e g undo na c i mi e nt o ; e l de s -
El M onte Anál ogoexi st e en al gún l ugar del pl ane-
censo al inerno (la muerte), y la ascensión al Cielo (la
ta ysu pi edebeest arsi em pre al alc ance del os seres
r e s ur r e c c i ó n) .
humanos tal com o l a natural eza l os ha hecho, pues “l a
En l a pe r s pe c t i v a de l Ti e m po Có s mi c o , l a e xi s t e nc i a e s
pue r t a hac i a l o i nvi s i bl e de be s er vi s i bl e ” . El po et a de -
i l us o r i a e i r r e al . El ho m br e ar c a i c o i nt u ye u n t i e m po c í -
ci de escal arlo yc on un grupo de i ni c i ados , par t e a l as
c l i c o , e n e l c ual , e l mundo s e c r e a, pe r m ane c e y s e de s t r u-
ant í podasbaj o el mando del extraño Padre Sogol, es-
ye peri ódi cament e. Vi st o de esa manera, nuest ro mundo
peci e de Gurdj i ef f Ouspensky, que ha compro bado ra-
hi s t ó r i c o e s s ó l o un i ns t ant e , una i l u s i ó n f ug az , y e l ho m-
ci onal ment e l aexi st enci adel mont e yal que Daumal
br e que r e c o no c e e s a pr e c ar i a s i t uac i ó n y bus c a l i be r ar s e
señal ac om o “ nuest ro mayor en l asc osas del amon-
de l as apar i e nc i as , o bi e n s e al e j a de l mundo y s e r e f ug i a
t aña”. Fi nal ment e l os avent ureros f uerzan l aentrada
e n l a s t é c ni c a s d e l é xt a s i s pug nando po r e nt r a r e n c o n-
de ese mundo ocul to, al que l a curvatura de su espaci o
t a c t o c o n l a r e al i da d a bs o l ut a , i na c c e s i bl e a l o s d emá s
protegedel acuri osi dadyl acodic i a, c omo una got a
medi os de conoci mi ent o; o bi en permanece en l aacci ón,
de mer c ur i o e s i mpe ne t r abl e par a e l de do que i nt e nt a
pero renunciando al fruto de la misma, sin identicarse
y ni af e r r ar s e a l a i r r e a l i da d de l a s f o r ma s que na c e n s e
t oc ar s u c e nt r o. La ascensi ón esdi f í ci l , peroDaumal , l uego de al canzar un ref ugio, retornaal anteri or para
desvanecen en el t i empo. 5 . C. G. J ung , p r ól o g o a Da i s e t z Te i t a ro Suz uk i , I nt r oduc c i ón al bu- 4 . Mi r c e a El i a de , I máge ne s y s í mbol os , M adr i d , 19 56 , p. 46 . 216
di s mo z e n, Bue no s Ai r e s, 1 96 0. 217
“enseñar nuestros pri meros conoci mi entos a otros bus-
mental y emoc i onal mente dor mi do a nt e e l s e nt i do f un-
cadores” . Acadaavancel esi gueunret roceso, pues
da me nt a l de l a e xi s t e nc i a .
es i nel udi bl epreparar al os quehabrán deoc uparel
M úl t i pl es condi ci onam i ent os l o mant i enen en un es-
l ugar que se abandona. De pront o, l amuert e pl anea
t a do de l e t a r go . La hi s t o r i a, l a c u l t ur a , l o s f ac t o r e s s o -
sobre el buscador y una f rase del V capí tulo queda de-
ci oeconómi cos, sonotrastant as“ al i enaci ones” quese
nitivamente trunca. Las últimas palabras se tornan
s uma n a s u s i ns t i nt o s , s us c o mpl e j o s o s us g l ándul a s de
s i mbó l i c as . El gr an s i l e nc i o l o pe ne t ra mi ent ras avan-
secr eci óni nt erna. Si n embargo, t ant oenOri ent ec omo
za deci di do sobre “l ast i errasmove di z as ” , y a c as o s e a
e n Oc c i de nt e , l as mí s t i c a s apo r t a n ps i c o t é c ni c as di v er s as
ent onces cuando René Daumal compl et a su avent ura y
de s t i nadas a l o gr ar l a “ l i be r ac i ó n” ( M oks ha) . El hombre
s e i ns t al a e n l a c ámar a r e al , e n e s e vas t o s i l e nc i o amu-
que s e a pl i que a l a de s t r uc c i ó n s i s t e mát i c a de l as f al s as
rall adodegri tos deguerra, del quel oseparabanl os
identicaciones podrá repetir con el Buda, “esto no es yo”
i l us o r i o s f ant a s m as de l a c apt a c i ó n s e ns o r i a l . Su l uc ha
( na me s o at t a ) ; e s de c i r , po dr á r e i nt e gr ar s e a l a r e al i dad
permanente, su Guer ra Sant a6 contr al as apari enci as
i nt emporal ( akal i ko) y a c c e de r a un ni v el de c o nc i e nc i a
y l amul ti pl i ci dad, su am bi c i ó n l uc i f e r i n a po r t r a s c en-
t ranspersonal ( s hahaj a) que l e pe r mi t a v er c o n o j o s nue -
de r l o s o pue s t o s y l as l i mi t a c i o ne s , po r “ de s pe r t a r d el
vosy actuar al margen de l os engranaj es, con perf ect a
s ue ño ” , c o mo pe dí a Gur dj i e f f , par a l i be r ar s e de l t i e m po
espont anei dad cr eadora.
yc onocer, hundi éndose en l ac orri ent e de l avi daque
Hay una vida supercial que mira hacia afuera y se
i mpregnael c osmosenlazadoporl asanal ogí as, hi zo
nut r e de l a apar i e nc i a de l as c o s as y hay o t r a vi da i nt e -
de Daumal uno de l os más l úci dos i nt egrant es de esa
ri or generalment e vaga e i mpreci sa que presi ente den-
vanguardi ade hombres, al os que Pauwel s consi dera
tr o de sí mi smaun ni vel superi or de reali dad. Cuando
conr azón, como l os úni cos verdaderam ent e “ compro-
predomi nal avi si ón extravert i da, el hom brenoes más
meti dos” en l a avent ura del mundo actual .
queel f ar i s e o capaz úni camente deun ent endi mi ent o
El ho m br e de be t r a ns f o r m ar s e , de l o c o nt r a r i o l a r e vo -
continuidad modicada de
l i t e r al . Un s e r e n e s t ado de s o po r , que e l o g i a , que t e me ,
l uc i ó n y e l pr o gr e s o s e r án l a
que pr e s ume y que s ó l o ac t ú a po r l a s at i s f ac c i ó n de l mé -
comprender un e s t a do de c o nf us i ó n y de c a o s . De be q ue l a
ri to o l a alabanza. Cuando el hom bre perci be cl aramen-
evolución interior es posible y que existe un signicado más allá y por encima del signicado corriente de la vida. “Aquel que comprende tiene alas”, arma el Pañca Umsa
te l arel ati vi daddel egoyacentúasuvi si óni nter na, e s s us c e pt i bl e de c r e c e r y e vo l uc i o nar has t a o bt e ne r un renaci mi ent o que l o t ransf orme en un hombre di f eren-
Br ahmana ( I V, 1, 13) . Tal c o mo par e c e s e r , e l ho m br e e s
t e, de s pi e r t o, dueño de un nuevo ni vel de pensam i ent o,
un product o i nacabado, uns er i ncompl eto ques ehal l a
senti mi ent o y comprensi ón. Ese estado paradi sí aco–al quel os Evangel i os deno mi nan el Re i no de l os Ci e l os – no esunl ugar exteri or, es unaposi bil i dadpreci sade
6. La Gue r r e Sai nt e . Texto i nédi t o deRenéDaumal , publ i cadoen j uni o d e 1 946 po r l a r e v i s t a Font ai ne . De acuer d o c o n l a o p i n i ó n d e Pa uwe l s , q ue no p ud o t r a ns c r i b i r l o e n s u l i b r o, de bi do a l a p r ohi b i c i ó n de l o s “ g r upo s ” Gur dj i e f f , di c ho t e x t o c o ns t i t u yó e l “ Le vá nt a t e y a nda ” d e l o s i nt e l e c t u al e s q ue f r e c ue nt a b an l a Ens e ña nz a . 218
de s ar r o l l o í nt i mo , un e s t a do r e al que s e e nc ue nt r a e n e l hom bre mi smo. Como l o i ndi can l as más prof undas enseñanzas rel at i vas a l a ps i c o l o gí a, s i bi e n e l ho m br e s e hal l a e nt r e 219
do s ni ve l e s d e s er , e nt r e l a “ t i e r r a” y e l “ c i e l o ” , pue de
t r a r e n l a “ s a l a pur púr e a de l a c i udad de j ade ” o e n e l
acc eder a su met a suprema por medi o de un segundo
“ c a st i l l o de l dr a gón en el f ondo del mar”, para expre-
naci mi ent o. “ El que no naci ere de nuevo, no podrá ver
sarlo con l as i má genes que empl eael Hui Mi ng Ki ng
el Rei nodeDi os”, di ceCri sto ( Juan3: 3). Laconcep-
para determi nar ese “l ugar germi nal ” que se ocul ta en
ci ónc ent ral deestasdoct ri nasesl adequeel hom-
el sí mbol o mandáli co de l a Fl or de Oro.
brepuedeal canzares eni vel s uperi or medi ant euna verdaderarevol uci ónment al . Unesf uerzoc ont i nuo,
Pero esat ransf ormaci ón quec omi enzaconel conoci mi e nt o de s í , no e s e n e l f ut u r o ni de pe nde de l t i e m po , ni
uncambi ot otal del asreacci oneshabi t ual es, del as
tampoco se experimentará como nal del ciclo terrestre
propi as t enden ci as, de l os modos comunes de aprehen-
de exi st enci a. Lo que pert enece al t i empo no puede ex-
si ón, un mover se hac i a ade nt r o, haci al os si gnos más
peri ment ar l o i nt emporal . Lat ransf ormaci ón no se pro-
prof undos y su t i l e s . De j ar de s e r un ho m br e de l o s s e n-
duci rá en un ci er t o momento que i ma gi nam os adel ant e,
ti dos, unhom brel i ter al , unhombredel a“t i erra” y
e n e l f ut ur o ; p o r e l c o nt r a r i o , l o r e al c ar e nt e de t i e m po
l uc har c o nt r a e l “ f ar i s e o” , que, i ncapaz de capt ar nada
está siempre al alcance del hombre. Como arma Kris -
i nt eri orment e, sól opi ensaent érmi nosdel ogroyse
hnam urt i , l averdadsól opuedeser ahora, dei nst ant e
com pl ace en l as apari enci as yel apl auso, cerrandoel
e n i ns t a nt e , y s ó l o e l ho mb r e d e s e s pe r ado pue de hal l ar -
acceso del Rei no. Cuando Cri sto f usti gó a l os f ar i s e os
l a, pue s e s e no ne c e si t a t é c ni c a s par a s e r r e vo l uc i o nar i o ;
que do r mí an baj o e l po de r de t o s s e nt i do s , s e r e f e r í a a
s i no que po r s í mi s mo e s l a r e vo l uc i ó n, e s t á e n e s t ado de
aquel l os hombres i mbui dos en l os asunt os del mundo
r e vo l u c i ó n.
que mar c han e nc e gue c i do s po r l a po s i c i ó n, e l po de r y e l
Ci ert oposi t i vi smohabl arádesueñosutópi cos yan-
di nero. Esos hombres real ment e mue r t os s o n l o s r i c os
t i hi st óri cos, deevasi onesdel t i empoydef órmul asde
e n e s pí r i t u, aquel l os queyaposeens uc onsuel o, que
“ c o mpe ns a c i ó n” . Si n e mb ar g o , l e j o s de ne ga r l a r e al i da d,
no entr arán en el rei no pues se consi deran superi ores
l o s ho m br e s que bus c an e l “ e s t a do de al e r t a ” , l a hi pe r l u-
y s at i s f e c ho s c o n s us po s es i o ne s mat e r i al e s y s o c i a l e s .
c i de z , y l uc han po r e l “ d e s pe r t a r ” , s o n l o s que ma r c ha n
En cam bi o, l os pobr e s e n e s pí r i t u se hall an abiert os a
“ e n e l s e nt i do de l po r ve ni r y d an s ó l i dam ente l a mano a
de l as bases espi ri tual es ymoral es, a unat ransmuta-
gos que preparan el adveni mi ent o de un mundo si n me-
ci ón que puedec onduci rl os al despert ardeuna“ sur-
di da c o mún, c o n e l mundo de pe s ada t r ans i c i ó n e n e l q ue
perconci enci a”. Sonl osquesehal l anvací os, l osdes-
7 vi vi mos aún por una hora”.
una modicación substancial, a una remoción radical
contentos, l osdesesperados, l os quehan dej adoatr ás
los lósofos, a los físicos, a los matemáticos y a losbiólo-
Lat ransf ormaci ónpsi col ógi caes l arevol uci ónesen-
l a vani dad yel am or propi o, l os que ven l o f also como
cial. El hombre que ansía esa transformación modica
f al so y l o verdadero com o verdadero y l ogran asimi smo
de he c ho l a r e a l i da d q ue l o c i r c u nda y s u i ns a t i s f ac c i ó n
perci bir l averdad quepuedeesconderseen l of al soy
r a di c a l s upe r a e l r e f o r mi s mo c o r t i c a l y p ar c e l ado d e l o s
l a f alsedad en aquel l o que se consi dera verdadero. De
q ue po s t u l a n e xc l us i v ame nt e l a r e v ol uc i ó n e xt e r i o r . Am-
e l l o s s e r á e l “ r e i n o de l o s c i e l o s ” , e l “ p al ac i o c e r r ado
b as r e v ol uc i o ne s s o n a quí y a ho r a y e n de t e r mi na do s a s -
Fi l al e t e s , o l a “ c á m ar a de l r e y” , s e gún l a e x presi ón de real ” de que habl ara René Daumal . El l os podrán pene220
7 . Lo ui s Pa uwe l s , ob. c i t . , p. 4 95 . 221
