EDAFOLOGIA Ant An t oni on i o Carl Car l os Saraiv Sar aiva a da d a Costa, Cos ta, Ph.D.
Maringá 2008
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INTRODUÇÃO CAPÍTULO 1. SOL OS E O MEIO MEIO AMBIENTE CAPÍTULO 2. PERFIL DO SOLO CAPÍTULO 3. FATORES EXTERNOS DE FORMAÇÃO DOS SOLOS. CAPÍTUL O 4. PROCESSOS PROCESSOS INTERNOS INTERNOS DE FORMAÇÃO DOS SOLOS. CAPÍTULO 5. ORIGEM, NATUREZA NATUREZA E CLASSI CLA SSIFICAÇÃO FICAÇÃO DO MATERIAL DE ORIGEM DOS SOLOS CAPÍTULO 6. INTEMPERISMO. CAPÍTULO 6. EVOLUÇÃO GEOLÓGICA DA SUPERFÍCIE SUPERFÍCIE DA TERRA – BA CIA DO RIO PARANÁ CAPÍTULO 7. COLÓIDES DO SOLO. NATUREZA E IMPORTÂNCIA IMPORTÂNCIA PARA PA RA O SOLO SOL O CAPÍTULO 8. ATRIBUTOS FÍSICOS, QUÍMICOS E MINERALÓGICOS DOS COLÓIDES MINERAIS E ORGÂNICOS CAPÍTULO 9. ATRIBUTOS FÍSICOS, QUÍMICOS E HÍDRICOS DOS SOLOS
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INTRODUÇÃO CAPÍTULO 1. SOL OS E O MEIO MEIO AMBIENTE CAPÍTULO 2. PERFIL DO SOLO CAPÍTULO 3. FATORES EXTERNOS DE FORMAÇÃO DOS SOLOS. CAPÍTUL O 4. PROCESSOS PROCESSOS INTERNOS INTERNOS DE FORMAÇÃO DOS SOLOS. CAPÍTULO 5. ORIGEM, NATUREZA NATUREZA E CLASSI CLA SSIFICAÇÃO FICAÇÃO DO MATERIAL DE ORIGEM DOS SOLOS CAPÍTULO 6. INTEMPERISMO. CAPÍTULO 6. EVOLUÇÃO GEOLÓGICA DA SUPERFÍCIE SUPERFÍCIE DA TERRA – BA CIA DO RIO PARANÁ CAPÍTULO 7. COLÓIDES DO SOLO. NATUREZA E IMPORTÂNCIA IMPORTÂNCIA PARA PA RA O SOLO SOL O CAPÍTULO 8. ATRIBUTOS FÍSICOS, QUÍMICOS E MINERALÓGICOS DOS COLÓIDES MINERAIS E ORGÂNICOS CAPÍTULO 9. ATRIBUTOS FÍSICOS, QUÍMICOS E HÍDRICOS DOS SOLOS
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INTRODUÇÀO
Solos são seres vivos que recobrem a superfície da Terra e servem como meio para o crescimento de uma miríade de seres vivos. Estes corpos fundidos tridimensionalmente são sistemas termodinâmicos abertos onde matéria e energia entraM, são armazenados e podem sair conforme as necessidades dos componentes bióticos e abióticos abióticos que os compõem compõem.. O estudo destes corpos naturais é matéria de diferentes ciências e muito do conhecimento obtido possui relação direta com a finalidade de seu uso. Por exemplo, geólogos, engenheiros de minas, engenheiros civis reconhecem o solo como o manto intemperizado que recobre a superfície da Terra que dificulta seu acesso às rochas, minérios e a susten s ustentação tação de suas pontes, pontes, edifícios, edifícios , respecti respectivam vament ente. e. Para ao engenheiro agrônomo, florestal, zootecnista o solo é o local de produção de grãos, fibras, espécies florestais e alimento para o gado, respectivamente. Nos cursos regulares para a formação destes profissionais disciplinas em solos são fundamentais para a sustentabilidade do meio ambiente. Para estes profissionais os cursos básicos oferecidos (geologia, mineralogia, química inorgânica, química orgânica, física experimental, microbiologia, botânica, etc.) são necessários para a melhor compreensão dos cursos específicos em solos. Cursos básicos em solos são denominados de Edafologia ou Pedologia. Ambos possuem etimologia associada à Ciência do Solo, pois ambos prefixos gregos Edaphos e Pedon têm o mesmo significado, isto é: solos, enquanto o sufixo Logos significa conhecimento. No entanto, a Edafologia é uma ciência que estuda o solo como meio e substrato para o desenvolvimento vegetal, enquanto a Pedologia é a ciência que estuda os solos segundo sua origem, morfologia, gênese e classificação. A Edafologia não pode prescindir dos conhecimentos gerados pelos pedólogos e vice-versa. Ainda o profissional da Edafologia utilizará conceitos da Pedologia associados também àqueles fornecidos por cursos complementares como Fertilidade do Solo, Nutrição Mineral e Adubação das Culturas, Física do Solo, Conservação e Manejo do Solo, etc. , para maximizar a produção agrícola sem afetar a sustentabilidade dos componentes do meio ambiente. Nas grandes empresas de produção agrícola, profissionais como os Pedólogos são contratados para o mapeamento das unidades de solos presentes na paisagem, identificação de fatores limitantes para edafólogos possam, a partir deste 3
conhecimento, definir a melhor forma de utilização dos solos em relação às espécies vegetais, adubação, controle da erosão, práticas de manejo etc. Os solos sustentam a humanidade desde os primórdios e continuarão a fazê-lo por séculos à frente. Cultivos alternativos, sem solo, como a hidroponia ou a produção de alimentos a partir de materiais orgânicos alternativos irão crescer em produção, mas não o suficiente para suprir em calorias, proteínas e vitaminas uma população crescente. No entanto, este crescimento populacional também resulta na produção crescente de resíduos sólidos, líquidos e gasosos que são potencialmente poluentes de solos e águas, afetando a sustentabilidade destes componentes do meio ambiente. Existe, portanto, grande preocupação na melhoria das condições de cultivo e na redução destes resíduos que chegam ao solo e às águas superficiais e subterrâneas. Este livro é o resultado de 10 anos como professor de Edafologia no Departamennto de Agronomia da Universidade estadual de Maringá. Este livro refletirá não só nossa preocupação com conceitos teóricos envolvidos com esta disciplina mas também atividades práticas que foram efetuadas com solos do Estado do Paraná, outros estados e outros países que forneceram subsídios práticos para os conceitos aqui apresentado. Contribuíram para este trabalho os alunos de graduação e pósgraduação em Agronomia desta universidade e de outras; colegas e profissionais de institutos de pesquisa, universidades, do Brasil e do exterior, a quem sou muito grato. Agradecimentos especiais aos meus primeiros professores Dr. Paulo Leonel Libardi (ESALQ-USP), Dr. J osé Luiz Ioriatti Demattê (ESALQ-USP) e Dr. J erry M. Bigham (OSU-EUA). Ainda ao Dr Udo Schwertmann (UTM-Alemanha) e Dr. Garrison Sposito (UC Berkeley-EUA) que não tive a felicidade de conhecer pessoalmente, mas influenciaram minha vida profissional com seu trabalho nas áreas de mineralogia dos óxidos de ferro e química de solos, respectivamente.
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CAPÍTULO 1. SOLOS E O MEIO AMBIENTE. 1.1 O que é so lo?
Esta questão, aparentemente simples, encerra uma séria discussão sobre a sustentabilidade do homem sobre a superfície da Terra. Para respondê-la é possível reconhecer que existem locais que não possuem solos, como por exemplo, os desertos áridos e a superfície lunar. Outros locais menos reconhecidos como solos, podem ser definidos como tais, como por exemplo, mantos de rochas recobertos por liquens em zonas frias e o fundo do oceano onde existe desenvolvimento vegetal. O solo é um ser vivo. Este ser possui um ciclo de vida que se inicia na presença da atividade biológica promovendo a decomposição de materiais inorgânicos (rochas, minerais, etc.) e orgânicos (restos de plantas, animais, etc.) que com o tempo vai se aprofundando sofrendo a ação de agentes externos (clima, relevo, rede de drenagem, tempo, mudanças na atividade biológica, material de origem) e internos que promovem a adição, perda, translocação e transformação dos materiais decompostos, formando um substrato com novos materiais sintetizados para o desenvolvimento das plantas e outros seres vivos e capaz de fornecer a estes: água, nutrientes, calor, sustentação aos vegetais e ar. Portanto o solo possui um ciclo de vida que se inicia com a chegada da atividade biológica promovendo a decomposição dos materiais inorgânicos e orgânicos, evoluindo para uma fase juvenil com a formação de camadas mais ou menos homogêneas denominadas de horizontes do solo, que podem se aprofundar ainda mais atingindo a maturidade morfológica do solo, que eventualmente, com o passar do tempo e da ação dos agentes internos, tornar o solo senil e se por razões diversas, a sua atividade desaparece ou é impedida de continuar ocupado os espaços entre as partículas, pode ocorrer a morte do solo. Exemplos já consagrados da morte de solos, no Brasil, podem ser encontrados no deserto em expansão na região de Alegrete no Rio Grande do Sul, a microrregião do J alapão, no Estado do Tocantins, e áreas em expansão na Bacia do Rio São Francisco, onde ocorre intenso processo de desertificação devido a ação antrópica. A avaliação da idade de um solo pode ser feita de diferentes formas utilizando diversos parâmetros como, por exemplo: teor de argila, atividade biológica, 5
diferenciação dos horizontes, profundidade do solum, capacidade de troca catiônica, acidez, saturação por bases, índices Ki e Kr, mineralogia da fração areia, silte ou argila, ponto de carga zero, área superficial específica, distribuição de cargas, etc. Utilizando o critério atividade biológica poderíamos representar as diferentes fases na vida de um solo como na Figura 1. Entre o nascimento e a morte, a escala de tempo é muito variável, podendo ser de dias a milhares ou milhões de anos. Uma das competências do agrônomo é justamente reconhecer as limitações de uso de um solo que possam determinando sua deterioração ou sua limitação de uso e, através de técnicas disponíveis recuperar o solo, e criar condições para a maximização da produção vegetal. Lembre-se que o solo deve fornecer: água, ar, nutrientes, calor e sustentação e que o equilíbrio entre estas funções no seu máximo nível, determinaram grande parte o sucesso agrícola e a sustentabilidade dos componentes do sistema. A simples maximização de um, dois, três ou mesmo quatro destas funções não garantirá a máxima produção, pois a quinta função limitará a produção máxima. 1.2 Composi ção das Fases do Solo
O solo é composto por três Fases: Sólida, Líquida e a Gasosa. A distribuição destas fases não é constante entre os diferentes solos encontrados no planeta. Uma distribuição ideal destas fases seria: 50% fase sólida, 25% fase líquida e 25% o ar do solo. No entanto, há solos que apresentam retenção de água inferior a 10% (Arenossolos), enquanto outros podem apresentar mais de 60% de retenção de água (Organossolos), ainda outros podem apresentar porosidade preenchida por ar superior a 50% (alguns Latossolo muito argilosos). 1.3 Fase Sólida do Solo
A fase sólida é composta por material inorgânico produzido pela decomposição biológica e pelo intemperismo físico de minerais e rochas e por material orgânico resultado da decomposição biológica de restos de animais e vegetais. A maioria dos solos a fração inorgânica supera, em proporção, a fração orgânica, por isso a maioria dos solos possui predominantemente uma constituição mineral. A fração orgânica se diferencia da fração inorgânica por duas características principais: composição química e estrutura do material sólido. O material orgânico é constituído basicamente pelos átomos: C, H, O (>20%), N, P e S que formam um material amorfo denominado de 6
Húmus. J á o material inorgânico possui em sua constituição predominância de Si, Al, Fe, O (>90%), Ca, Mg, K, Ti, Mn e P, formando minerais onde predomina uma estrutura cristalina definida e facilmente reconhecida utilizando-se técnicas espectroscópicas como a difração de raios-X.. Estes elementos estão distribuídos em minerais primários, constituintes de rochas magmáticas e metamórficas como: micas, olivinas, piroxênios, anfibólios, feldspatos, magnetita, etc., ou minerais secundários sintetizados no processo de intemperismo, como: hematita, maghemita, caulinita, gibbsita, etc. 1.4 Fase Líquida. A Solução do Solo
A Fase Líquida compreende uma solução onde estão dissolvidos íons e moléculas. A absorção da maior parte dos nutrientes pelos vegetais ocorre pelas raízes que imersas no solo, absorvem os íons em solução e eventualmente moléculas, para satisfazer suas necessidades fisiológicas. Dentre os mais de 100 elementos químicos presentes na solução do solo, menos de 2 dezenas são essências ao desenvolvimento das plantas. Isto é, existe um conjunto de elementos químicos que se não forem absorvidos na quantidade e na proporção requerida impedem a planta de completar seu ciclo fisiológico: germinar crescer reproduzir produzir sementes viáveis. Três destes elementos são abundantes na atmosfera (O na forma de O2, C na forma de CO2, e H na forma de H20), enquanto os demais devem ser retirados, na maior parte, da solução do solo. Estes elementos iônicos podem ser absorvidos na forma de cátions (Ca2+, Mg2+, K +,Cu2+, Fe3+, Mn2+, Zn2+, NH4+) ou na forma de ânions (NO 3-, PO 43-, SO 42-, Cl1-, BO33-, MoO43-, etc. 1.5 Fase Gasosa. O Ar do Sol o
O Ar do Solo possui em sua constituição a mesma composição qualitativa dos gases presentes na atmosfera. Isto é: N2, O2, CO2, CH4, SOx, NOx, He, Ne, Ar, N 2O, etc. No solo, no entanto, como a taxas de transferência do ar para a atmosfera podem ser muito variáveis e dependentes de vários fatores como vento, precipitação, densidade do solo, textura, calor, etc, e na presença de intensa atividade biológica aeróbica, as concentrações de O2 e de CO2 podem variar muito. É comum os teores de O2 serem inferiores a 20%, atingindo valores até de 10%, onde grande parte da atividade biológica, praticamente cessa. Em contrapartida as concentrações de CO 2, 7
podem duplicar, decuplicar e atingir valores acima de 1% que terão efeitos importantes sobre a composição da solução do solo e na disponibilidade de outros nutrientes. As inter-relações entre estas fases associadas a atividade biológica formada pelas plantas e demais organismos vivos forma um sistema único em que matéria e energia flui abertamente formando um continuo: solo água planta atmosfera. Compreender estas relações e buscar maximizá-las sem deteriorar as condições ambientais, preservando, para as gerações futuras, nossos recursos naturais é, na verdade, uma grande tarefa em que a Edafologia e os Edafologistas têm papel dos mais importantes.
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CAPÍTULO 2. O PERFIL DO SOLO
Soils must be classified and studied according to their profiles Vladimir V. Dokuchaev (1883)
O perfil do solo é a unidade fundamental de estudo do pedólogo. Pôr Perfil do Solo pode-se definir como sendo a seqüência vertical dos diferentes horizontes da superfície do solo até o material de origem. Do material de origem até o perfil do solo uma seqüência de eventos acontece. A rocha mãe é primeiramente atacada pelos fatores de formação do solo (clima, organismos vivos, relevo, material de origens e tempo) e no processo de intemperismo, minerais são decompostos, substâncias são perdidas, outras são formadas e uma nova composição mineralógica subsiste diferente do material original. Além dos fatores de formação, processos internos de adição, perda, translocação e transformação acarretam a formação de camadas diferenciadas em cor, textura, estrutura, consistência, etc denominadas de horizontes do solo. Estas características diferenciadoras variam entre os diferentes tipos de solos e dentro da mesma classe, certas variações são permitidas.
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O perfil do solo à campo demonstra suas características numa única direção: a vertical. A Sociedade Brasileira de Ciência do Solo apresenta o Manual de Descrição e Coleta de Solo no Campo. Esta publicação é um guia para campo definindo a descrição das principais características morfológicas dos horizontes, o registro, redação das descrições e a coleta de amostras de solos, etc. A descrição morfológica do perfil do solo, nada mais do que a caracterização das unidades anatômicas fundamentais. As informações obtidas fornecem subsídios não só para sua gênese bem como seu uso e manejo. As observações representam o estado do perfil do solo e as suas circunvizinhanças examinadas por um (grupo) indivíduo (s) em um dia e hora. A visão estática do perfil do solo não evidencia que este possui uma dinâmica, isto se altera em função do tempo. O solo na paisagem está sempre sofrendo alterações nas suas características químicas, físicas, mineralógicas e biológicas. A velocidade com que estas transformações ocorrem pode varia muito. As mais rápidas como a decomposição da matéria orgânica ocorre no período de anos enquanto vários séculos podem transcorrer para a formação de horizontes diagnósticos. Do ponto de vista físico, o solo pode ser caracterizado como um agente transformador de energia. As transformações de energia podem ocorrer via aquecimento e resfriamento, dissolução 10
e precipitação, molhamento e secamento, evapo-transpiração, erosão superficial, lixiviação, intemperismo, adição de materiais, etc. Há, portanto entrada e saída de matéria e energia dentro do sistema solo envolvendo componentes da geologia, biologia, hidrologia e do clima. clima. O conceito conceito de perfil perfil do solo inclui a porção superficial da crosta terrestre, exposta verticalmente que inclui todas as camadas e/ou horizontes que forçam alterados pelos diferentes fatores e processos de formação do solo.
O perfil do solo pode ser observado num barranco de estrada, numa trincheira recém aberta, ou em outros locais que apresentem os horizontes do solo. Quando trabalhamos em uma trincheira onde não estão presentes todos os horizontes diagnósticos no temos o perfil do solo, pôr definição temos o SOLUM . O SOLUM pode ser definido como o solo geneticamente formado pelas forças de formação de solo. O limite inferior do SOLUM é a presença, em profundidade, do sistema radicular de plantas perenes. A diferença entre solo e material geológico é a presença no solo de raízes vivas de plantas e depósitos de materiais minerais e orgânicos, originados da atividade atividade biológica. O perfil do solo descrito num barranco de estrada constitui um perfil do solo. 11
Lateralmente este perfil está ligado a outros, formando assim o corpo do solo. Um corpo de solo individual é ligado lateralmente pôr outros corpos de solos ou pôr material não solo. O corpo do solo possui, portanto além das características verticais do perfil, possui também características laterais. Corpos de solo podem ser diferenciados, pôr exemplo, através da profundidade do seu SOLUM. Temos Temos que que o pe perfil do solo solo é defin efinid ido o pela elas suas suas car caracter cteríst ístiicas cas ve verticai icais, s, se se acrescentarmos as laterais teremos o corpo são solo, agora se considerarmos as três dimensões teremos o menor volume que pode ser reconhecido como um solo individual, isto é, o PEDON . Portanto, o PEDON tem três dimensões, o limite inferior é interface entre o que é solo (presença de raízes vivas) e o que é não solo, lateralmente possui dimensões suficientes que permitam o estudo da natureza dos horizontes presentes, pois os horizontes podem ter espessura variável ou ser mesmo descontínuos. A área do pedon deve variar de 1 a 10 metros quadrados, dependendo da variabilidade dos horizontes.
Cada pedon deve incluir o limite de variabilidade dos horizontes que ocorrem nesta área. A presença de vários pedons constitui um POLIPEDON. O polipedon se constitui da ligação entre volumes básicos do solo, isto é nos pedons e as unidades 12
taxonômicas. Assim quando mapeamos numa propriedade a presença de um Latossolo Vermelho, nada mais estamos fazendo que afirmar que lá existe vários polipedons de Latossolo Vermelho contínuo na paisagem. Se considerarmos que a área mínima para um pedon seja de um 1 metro quadrado (quando todos os horizontes são contínuos e uniformes em espessura), para um polipedon esta será de 2 metros quadrados (dois pedons contínuos). 2.1 NOTAÇÃO E DEFINIÇÃO DE HORIZONTES E CAMADAS DO PERFIL DO SOLO
O perfil do solo constitui a unidade fundamental da pedologia. É no perfil que estão distribuídos os diferentes horizontes, isto é, camadas que apresentam características morfológicas como cor, textura, estrutura, porosidade, cerosidade, consistência, cimentação, módulo, concreções minerais, eflorescências, etc. Com a evolução da pedologia as diferentes camadas e/ou horizontes passaram a ser definidas e a receber uma notação específica. De forma geral cada horizonte é definido pôr uma seqüência de números e letras. As letras maiúsculas são a notação utilizada para indicar os horizontes diagnósticos do perfil do solo. Ex.: Horizonte A, Horizonte B, Horizonte C. As letras minúsculas são sufixos aplicados aos símbolos de horizontes e camadas e designam características específicas como presença de material laterítico, gleização, presença de carbonatos, cimentação, aração etc. Ex.: Ap (Horizonte A que foi arado) De acordo com as características de cada horizonte, este pode ser subdividido, expressando uma seqüência em profundidade dentro do próprio horizonte ou camada. A notação desta subdivisão é feita através de algarismos romanos minúsculos colocados após todas as letras usada para designar o horizonte Ex.: O Horizonte Bnítico de um Nitossolo Vermelho pode ser subdividido em: Bt1, Bt2 e Bt3. A notação numérica é feita em seqüência crescente a partir do topo do horizonte e/ou camada devendo ser reiniciada toda vez que houver mudança de horizonte e/ou camada Além do horizonte B-nítico, do exemplo anterior, o Nitossolo Vermelho possui um outro horizonte (C) subjacente também subdividido. A notação será então: Bt1, Bt2, Bt3, C1, C2. Exceção é feita quando na presença dos horizontes A e H onde após o sufixo p a numeração não é reiniciada. Ex.: Hd p1, Hd p2, Hd3 ou Ag p1, Ag p2 e Ag3. 13
Quando mais de um material de origem foi intemperizado na formação do perfil do solo determinando a existência de uma descontinuidade de material originário há a variação entre os horizontes nas suas características mineralógicas e na sua textura. No caso de descontinuidade litológica, números arábicos são colocados como prefixos que precede as letras maiúsculas, notação dos horizontes ou camadas. No caso de solo derivado de um único material de origem, não é utilizado o prefixo numérico, de outra forma a presença de diferentes materiais de origem a notação é como segue. O material superposto, o número 1, omite-se a colocação do prefixo, a partir deste outros materiais subjacentes são designados 2, 3, 4, etc na seqüência vertical que compõe o perfil do solo. Ex.: Um solo aluvial composto pôr diferentes materiais depositados poderia ser designado como: A, 2C 3C1, 3C2 e 4C. Numa camada R o prefixo numérico só é utilizado se a rocha subjacente não for o material de origem do solo superposto Ex.: Uma Nitossolo Vermelho com horizonte C derivado do basalto tendo como camada R um arenito, teríamos então: Ap, AB, Bt, C (Basalto), 2R (Arenito). Os horizontes orgânicos (H e O) de alguns solos minerais, os horizontes orgânicos (H e O) com espessura menor que 40 cm são medidos em sentido decrescente. Ex.: um Latossolo Húmico de floresta seria então: Oo 16-8 cm, Od 8-0 cm, A 0-l8 cm, A/B 18-35 cm e Bw 35- 190 cm. 2.2. DEFINIÇÃO DOS HORIZONTES E CAMADAS
A maioria dos manuais e dos livros publicados em Ciências do Solo no Brasil possui a notação e designação antiga de horizontes e camadas que foi publicada pelo Serviço Nacional de Levantamento e Conservação do Solo da Embrapa em 1962 e utilizada até 1986. Nesta nomenclatura eram reconhecidos os seguintes horizontes: O, A, B e CR com as seguintes subdivisões: O1, O2, A1, A2, A3, B1, B2, B3, C1, C2 e R. A moderna nomenclatura de designação e notação dos horizontes (SNLCS/Embrapa,1988) reconhece os seguintes horizontes ou camadas: O,A, E, B, C e R sendo que internacionalmente (Soil Taxonomy,1975) são ainda reconhecidos os horizontes H e F, com as seguintes subdivisões: Oo, Ood, Od, Odo, H, A, A/O, A/H, E, AB, EB, A/B, E/B, AC, A/C, B, BA ou BE, B/A, B/E, B, BC B/C B/R, F, C CB, C/B, C/R, R e B/C/R. Uma comparação das simbologias utilizadas até 1986 e depois é apresentada no quadro 1 e quadro 2. Como podemos observar nestes quadros há uma certa correspondência entre os diferentes horizontes, não sendo muito complicado para 14
o estudante ou técnico entender a descrição morfológica de um perfil na notação nova ou mesmo adaptá-la às novas designações. Este fato é particularmente importante se soubermos que a maioria dos Levantamentos e Mapeamentos dos Solos são Brasil forçam executados antes de 1986. As definições dos horizontes diagnósticos são descritos pormenorizadamente na publicação do SNLCS/Embrapa (1988). As definições dos horizontes ou camadas são derivadas de publicações da FAO (1974), Soil Survey Manual (Estados Unidos, 1981) e de combinações destes dois. Para o horizonte F foi utilizado os trabalhos de Smith et al. (1977) e Daniels et al. (1978). São conhecidos oito horizontes ou camadas definidos como O, H, A, E, B,C, F e R onde A, E e B são sempre horizontes, O, H, C e F dependendo de sua evolução genética podem ser definidos como horizontes ou camada e R é sempre uma camada. Horizonte A
É de constituição mineral, superficial, podendo ser subjacente a horizonte ou camada O e H. Apresenta coloração escura devido à matéria orgânica decomposto que está intimamente associada aos constituintes minerais. Apresenta atividade biológica que facilita a decomposição da matéria orgânica fresca. Caracteriza-se pôr ser um horizonte de perda (exportação) de constituintes minerais ou sua decomposição que translocam no perfil do solo acumulando em profundidade.
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Horizont e E (Álbico )
É de constituição mineral, anteriormente designado de A2, apresenta como característica principal a perda de argila silicatada, óxidos de ferro e alumínio ou matéria orgânica. A perda destes materiais que pode ser individual ou juntamente determina uma concentração de areia e silte e o clareamento (álbico) do horizonte. A areia e o silte são constituídos pôr minerais resistentes como quartzo, corindon, ilmenita. Apresenta menor teor de argila e de matéria orgânica que o horizonte A sobrejacente ou O e que o horizonte B subjacente. Horizonte B
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É de constituição mineral, de máxima expressão dos processos pedogenéticos de formação do solo como iluviação de argilas diagênese de minerais silicatadas e produção de óxidos (principalmente de ferro e alumínio) determinando o desenvolvimento de características morfológicas peculiares como, cor, estrutura, consistência, cerosidade, módulos, concreções, etc. É um horizonte subjacente, formado sob um A, E, H ou O na superfície devido ação truncamento do perfil. É o horizonte utilizado como característica diferenciadora a nível elevado no Sistema de Classificação de Solos do Brasil.
Horizont e ou Camada Camada C
É de constituição mineral de material inconsolidado sob o solum, pouco alterado pelos processos internos de formação com características ainda próximas do material de origem.
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Horizont e ou Camada F
É de material mineral consolidado rico em ferro e/ou alumínio e pobre em matéria orgânica. Tem origem no acúmulo de ferro e/ou alumínio segregado devido a ciclos sucessivos de umedecimentos/secamento que leva a formação de um material variegado (avermelhado ou amarelado) que na fase mais mole é denominado de plintita mas que pôr secamento, endurece irreversivelmente denominando-se petroplintita. Ainda pode ser formado a partir de outras formas de concentração de ferro e/ou alumínio que não a plintita. Camada R
É constituída de material mineral consolidado, de tal forma que quando úmido não pode ser cortado com uma pá. Constitui o substrato rochoso contínuo, podendo apresentar fendas ocasionais. Pode não ser o material de origem do solo desde que o horizonte C sobrejacente possua possua características de textu textura ra e mineralógicas diferentes. diferentes. Horizont e ou Camada Camada O
É formado a partir do acúmulo do material orgânico, pouco ou não decomposto, em condições de drenagem livre, mas muito úmido, podendo ocasionalmente estar saturado pôr água. Pode apresentar matéria mineral desde que o teor de carbono deve ser de tal forma que: C 8 +0,067 x argila (%) Geralmente ocorre na superfície, mas pode ocorrer enterrado pôr solo suprajacente. 18
Horizont e ou Camada Camada H
É de constituição orgânica, à semelhança do horizonte ou camada O que se acumula num local de drenagem impedida ou de prolongada estagnação de água. Pode conter camadas de material orgânico em diferentes fases de composição, material fibroso (peat). Ocorre em condições palustres associados a solos orgânicos e/ou hidromórficos.
Horizontes Transicionais: AO, AH, AB, EB, BA, BE, BC e CB
São horizontes que apresentam características comuns aos dois horizontes principais indicando coexistência de propriedades, não havendo a possibilidade de separação das partes. A sua notação é feita com as letras denominativas dos horizontes fundidos de tal forma que a primeira letra indica a predominância das características deste horizonte horizonte em relação ação outro. outro.
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Horizontes Intermediários: A/B, A/C, E/B, B/C B/C/R
Segundo a definição da Embrapa são horizontes mesclados que podem ser transicionais ou não nos quais porções de um horizonte principal (a primeira letra) são envolvidas pôr material de outro horizonte principal, (segunda letra) sendo distinguíveis as partes pertinentes a cada horizonte. 2.3. Definição e Notação das Característic as dos Horizontes e Camadas do Solo
Os diferentes horizontes ou camadas apresentam características morfológicas específicas, facilmente reconhecíveis que não denominados pôr letras minúsculas, após a denominação (letras maiúsculas) do horizonte ou camadas. À semelhança da notação destas características sofreu alteração na nomenclatura com a publicação do SNLCS/Embrapa (1988), em relação ao utilizado anteriormente a 1986. As definições destas características são derivadas do Soil Survey Manual (Estados Unidos, 1962, 1975 e 1981), Daniels et al. (1978), FAO (1974), Canada Departament of Agriculture (1978), Whiteside (1959). No quadro 3 estão as notações utilizadas pelo SNLCS (1962) e o novo proposto em 1986. Segue abaixo um resumo das definições destas características específicas dos Horizontes e Camadas (SNLCS/Embrapa, 1988) a- Propriedade ândicas
Designa a presença de material amorfo de natureza mineral, de origem vulcânica. Este material determina que o horizonte possua valores de densidade inferiores a 1 g.cm-3, alta capacidade de fixação de fósforo e teor de alumínio extraível em ácido oxálico superior a 2%. b- Horizonte enterrado
Designa horizontes diagnósticos cujas características pedogenéticas principais podem ser identificados, formadas antes do horizonte(s) ser(em) enterrado(s). ‘ –Segundo Horizonte
Símbolo que qualifica o segundo horizonte repetido na mesma seqüência. “ – Terceiro Horizonte
Símbolo que qualifica o terceiro horizonte repetido na mesma seqüência c-Nódulos e Concreções Minerais
Designa a acumulação significativa de nódulos ou concreções cimentados pôr material outro que não seja sílica. Há principalmente o acumulo de ferro, alumínio, manganês ou titânio (Petroplintita).
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d-Material orgânico acentuadamente decomposto
Designa a acumulação de matéria orgânica em avançado grau de decomposição, de difícil reconhecimento da estrutura das plantas acumuladas. e-Matéria orgânica recobri ndo ext ernamente os agregados
Designa o recobrimento externo dos agregados do solo pôr matéria orgânica não associada à sesquióxidos de ferro. f-Plintita
Designa a presença de concentração localizada de minerais secundários de ferro e/ou alumínio, pobre em matéria orgânica, misturada com argila e quartzo de coloração avermelhada ou amarelada de consistência firme a muito firme quando úmido, dura a muito dura quando seco. g- Gley
Designa o desenvolvimento de cores cinzentas, azuladas, esverdeadas ou mosqueadas devido a` redução do ferro. h- Matéria Orgânica iluvial
Designa a acumulação em sub superfície de matéria orgânica, complexos orgânicossesquióxidos amorfos dispersos (dominado pôr alumínio em baixas concentrações) podendo recobrir partículas de areias e silte ou individualmente. i- Horizonte B-incipiente
Designa a presença de horizonte B onde houve pouca composição do material de origem, não havendo muita formação de argila secundária, cor ou estrutura diferenciada do material de origem. No caso de materiais areno-quartzosos há desenvolvimento de cor. j- Tiomo rfismo
Designa a presença de material mineral ou orgânica de origem palustre, rico em sulfetos. k- Presença de Carbonatos
Designa a presença de carbonatos alcalinos terrosos (principalmente de cálcio), remanescente do material de origem. _
k- Presença de Carbonato d e Cálcio Secundário
Designa horizonte de enriquecimento com carbonato de cálcio secundário, contendo, simultaneamente 15%(pôr peso) ou mais de carbonato de cálcio e no 5% (pôr peso) a mais que o horizonte ou camada subjacente. m- Fort e Cimentação
Designa a presença de cimentação pedogenética extraordinária e irreversível em mais de 90% do horizonte. n- Acum ulação de Sódio Tro cável
Designa o acúmulo de sódio trocável em termos de : 100 Na/CTC maior ou igual a 8%. 21
o- Material Orgânico Pouco ou n ão Decomposto
Designa a presença de material orgânico onde é possível identificar a estrutura dos tecidos vegetais. p- Aração ou outras Pedo tu rbações
Designa o revolvimento do solo pôr aração, pastoreio ou outras pedoturbações. q- Sílica Acumu lada
Designa o acúmulo de sílica secundária (na forma de opala ou outras formas de sílica) no horizonte. r- Rocha Pouco Alt erada ou Saprolit o
Designa a presença de material mineral intemperizado, preservando muitas características do material de origem, podendo ser cortado com uma pá. s- Presença de Matéria Orgânica e Sesquióx ido s Iluvial
Designa a acumulação de matéria orgânica e sesquióxidos amorfos dispersos que determinam cores com croma e valor maiores que 3. t- Presença de Arg ila Iluvial
Designa o acúmulo de argila subsuperficial que pode ser translocada pôr iluviação como formada in situ. u- Presença de Acumulações Antropogênicas
Designa a adição e acúmulo de material orgânico, material mineral como ossos, cerâmica pôr períodos relativamente longos. v- Características Vérticas
Designa a presença de minerais de argila com pronunciada expansão e contração, alteração de volume dependendo do teor de umidade resultando em superfície de fricção (slikensides), numa estrutura em blocos ou prismática, cuneiforme e paralelepipedal. w- Presença de Intenso Intemp erismo
Designa a formação de material mineral em estágio avançado de intemperismo, não havendo expressiva acumulação de argila (CTC <13 cmolc.kg-1 de argila), com ou sem acúmulo de sesquióxidos de ferro e alumínio. x- Cim ent ação Aparen te
Designa a presença de material pseudo cimentado, sendo sua rigidez reversível sobre umedecimento com água. y- Acúmu lo de CaSO4 . 2H 2O
Designa o acúmulo de sulfato de cálcio. z- Acúmulo de Sais mais Solúveis qu e o CaSO4 . 2H 2O
Designa o acúmulo de sais mais solúveis em água fria que o sulfato de cálcio. 22
Os sufixos designativos de características específicas não são utilizados em todos os horizontes ou camadas, mas podem ser utilizados em vários. Assim temos para cada horizonte. O =d, o H = d, j, n, o, p, u, z_ A =a, b, c e, f, g, k, k, n, p, u, z E =b, c g, x _ B =a, b, c e, f, g, j, k, k, m, n, q, v, x, y, z, h, i, s, t, w _ C = a, c f, g, j, k, k, m, n, q, v, x, y, z, r F =b 2.4 Transição entr e os Horizon tes ou Camadas
A transição entre os diferentes horizontes ou camadas do perfil do solo refere-se a nitidez de separação entre os mesmos. Os tipos de transição podem ser: Transição Abrupta:
Designa a faixa de separação entre os horizontes que são menores que 2,5 cm. Transição Clara:
Designa a faixa de separação entre os horizontes que varia de 2,5 à 7,5 cm. Transição Difusa:
Designa a faixa de separação entre os horizontes que são maiores que 12,5 cm. Esta faixa de separação pode apresentar diferentes formas. Forma horizontal ou plana:
A faixa de separação é paralela à superfície do solo. Forma ondulada:
A faixa de separação é sinuosa, em relação a um plano horizontal. Forma Irregular
A faixa de separação apresenta desníveis mais profundos que largos em relação a um plano horizontal. Forma descontínua:
A faixa de separação entre os horizontes não é contínua. Partes de um horizonte penetram e são penetradas pôr outros horizontes.
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Quadro 2.1. Análise comparada da simbologia designativa dos horizontes antigo (SNLCS,1962) e a atual (SNLCS, 1986) SNLCS (1962) O O1 O2 -A --A1 A2 A3 AB -A&B AC A/C B B1 -B &A B2 B3 ---C C1 --R --
SNLCS (1986) O Oo,Ood Od,Odo H A A/O A/H A E AB ou EB -A/B E/B AC A/C B BA ou BE B/A B/E B BC B/C B/R F C CB C/B C/R R B/C/R
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Quadro 2..2. Características diferenciadoras de horizontes e camadas segundo a simbologia antiga definido pelo SNLCS (1962) e a atual definido pelo SNLCS (1986). SNLCS (1962) -b cm --pl g h ---ca m --p si -ir t ---x cs sa
SNLCS (1986) a-Propriedades ândicas b-Horizonte enterrado c-Nódulos e concreções minerais d-Material orgânico decomposto e-Matéria orgânica recobrindo agregados f-plintita g-glei h-matéria orgânica iluvial i-horizonte B-incipiente j-tiomorfismo k-presença de carbonatos k-carbonato de cálcio secundário m-forte cimentação n-sódio trocável o-material orgânico semi-decomposto p-aração ou outras pedoturbações q-sílica acumulada r-rocha pouco alterada s-material orgânica e sesquióxidos iluvial t-argila iluvial u-acumulações antropogênicas v-características verticais w-intenso intemperismo x-cimentação aparente y-acúmulodeCaSO4.2H2O z-sais mais solúveis que CaSO4.2H2O
Quadro 2.3. Diagrama mostrando a seqüência de horizontes no sistema anterior (SNLCS, l962) e no atual (SNLCS, l986) O S O L U M (1962)
A B
O1 O2 A1 A2 A3 B1 B2 B3 C1 C2 R
Oo Od A E AB BA B BC CB C R
Odo ou ou
EB BE
(B/C) (C/B) B/C/R
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(A/B ou E/B) (B/A ou B/E)
S O L U M (1986)
CAPÍTULO 3. FATORES EXTERNOS DE FORMAÇÃO DO SOLO
Nas suas várias viagens de identificação e classificação dos solos russos, Vladimir V. Dokuchaev observou que alguns fatores favoreciam o desenvolvimento de certas propriedades específicas como cor e espessura do horizonte superficial ou a estrutura e características do material intemperizado próximo a rocha. Os componentes do meio que determinavam estas diferenças na morfologia dos solos são conhecidos como FATORES EXTERNOS de formação do solo. São conhecidos cinco fatores externos: Clima (C), Atividade Biológica (AB), Relevo (Re) associado a rede de drenagem, Rocha (Ro) e o Tempo (T). Os cinco fatores externos de formação apresentam diferenças significativas em termos da intensidade de atuação na formação dos solos. Enquanto alguns estão fatores diretamente associados à formação dos diferentes, outros terão uma atuação mais passiva. Isto é, fatores de formação como o clima e a atividade biológica são componentes ativos na formação das diferentes classes de solos. De outra forma, a Rocha, o Relevo e o Tempo, receberão a ação daqueles são fatores passivos na formação do solo. Uma forma matemática de expressar as relações entre estes fatores e sua responsabilidade na formação do solo (S) seria: S =S(C*AB*Re*Ro*T) ... (3.1) Embora seja uma expressão matemática onde seria possível, teoricamente, o isolamento dos fatores para que um único fosse estudado, isto, na realidade, é muito difícil de ocorrer, já que os cinco ocorrem simultaneamente e interdependentemente. Isto é, separar a ação do clima da atividade biológica é tarefa de difícil execução, visto que os componentes do clima como precipitação e temperatura, praticamente, determinarão a intensidade da atividade biológica. Além disso, o tempo cronológico de formação do solo é dependente da atividade biológica, visto que o tempo inicial de formação do solo, seu nascimento, está relacionado as primeiras interações da rocha mãe com os organismos presentes. De outra forma para que seja possível avaliar a intensidade de ação específica dos fatores externos na formação das diferentes classes de solos, modelos mais simplificados podem ser utilizados. 26
3.1. OS FATORES ATIVOS DE FORMAÇÃO O Clima
O clima é o conjunto de manifestações atmosféricas que influem diretamente sobre determinada região, dando-lhe características peculiares quanto a precipitação, temperatura, evapotranspiração, ventos, pressão, etc. Destes parâmetros os mais importantes para a formação dos solos são a precipitação (P) e temperatura (T). A evapotranspiração (Etp), outro parâmetro climático importante, é o resultado da ação combinada da precipitação e temperatura sobre a demanda por água da atmosférica e da atividade biológica. Climosseqüência de Solos
Climosseqüências são seqüências de solos formados quando todos os fatores de formação de solos são constantes exceto as condições climáticas. Climosseqüências de solos necessariamente envolvem grandes distâncias, tanto verticais (altitudes) como horizontais (latitudes) em regiões relativamente homogêneas quanto a geologia, vegetação, classes de relevo e tempo de formação do solo. A fixação destes fatores é muito difícil visto que a vegetação de determinada área tente a se alterar segundo as características climáticas. Strathov (1967) observou que uma das principais alterações promovidas por solos desenvolvidas em ambientes climáticos muito diferentes (Figura 3.1) são o desenvolvimento da profundidade do solo e dos componentes nas diferentes frações finas dos solos. Quanto maior o excedente hídrico disponível (P-Etp) maior é a profundidade dos solos e maior é a concentrações dos elementos químicos menos solúveis no perfil como os óxidos e hidróxidos de Ferro e Alumínio. Solos jovens se desenvolvem em ambientes secos ou frios onde a atividade biológica e o intemperismo são pouco intensos desenvolvendo solos ricos em minerais silicatados.
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Figura 3.1. Diagrama de Strathov (1967) mostrando o desenvolvimento dos perfis de solos em diferentes ambientes climáticos. O sistema de Koeppen de classificação dos tipos climáticos brasileiros (Figura 3.2) mostra que o pais apresenta, na maior parte, climas úmidos com temperaturas amenas ou quentes.
Figura 3.2. Classificação de Koeppen dos tipos climáticos brasileiros.
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A classificação de Koeppen estuda separadamente os elementos do clima. Ela baseia-se, predominantemente, na temperatura, na precipitação e na distribuição dos valores destes dois elementos do clima durante as estações do ano. Os símbolos da classificação de Koeppen mostram que a 1ª letra – maiúscula, representa a característica geral do clima de uma região ( A – clima quente e úmido; B – clima árido ou semi-árido; C – clima mesotérmico (subtropical e temperado)). A 2ª letra – minúscula, representa as particularidades do regime de chuva ( f – sempre úmido; m – monçônico e predominantemente úmido; s – chuvas de inverno; s’ - chuvas do outono e inverno; w – chuvas de verão; w’ - chuvas de verão e outono). A 3ª letra minúscula, representa a temperatura característica de um região ( h – quente; a – verões quentes; b – verões brandos). Na região amazônica predomina os tipos climáticos Af, Am (úmidos, nenhuma estação fria ou seca) e Aw (úmido, nenhuma estação fria e estação seca distinta). No semi-árido nordestino predomina o clima Bsh que é definido como quente. No cerrado predomina o clima Aw. Na região sudeste predomina os tipos climáticos Cwb (úmido, com invernos amenos a frios e secos e verões chuvosos), Cwa (úmido, com invernos amenos a frios e secos e verões quentes e chuvosos) e Af . Na região Sul predomina os tipos climáticos Cfa e Cfb. Além da influência direta sobre o desenvolvimento da profundidade dos solos e da atividade biológica a ação das chuvas pode dificultar o desenvolvimento dos solos, em profundidade, devido a sua capacidade de produzir a movimentação de partículas pela superfície do solo. Esta capacidade de produzir erosão, denominada de erosividade da chuva (Figura 3.3), varia com as características intrínsecas da chuva em determinada área como a quantidade e a intensidade da chuva, tamanho das gotas, etc.
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Figura 3.3. Mapa de erosividade das chuvas no estado do Paraná. Valores médios anuais (MJ mm ha-1h-1 ano-1) no período de 1`972-1989 (Rufino et al., 1993) A A ti vid ade B ioló gi ca
A atividade biológica tem função fundamental na formação de várias classes de solos, seja por promover a formação de horizontes específicos como o horizonte H, nos Organossolos, como por promover a completa desorganização dos horizontes pela pedoturbação, como o horizonte Bw (B-latossólico) dos Latossolos. A ação promovida pela atividade biológica é complexa e dependente dos tipos biológicos em ação. O desenvolvimento de plantas com diferentes sistemas radiculares ou de produção de biomassa pode incorporar em superfície ou subsuperfície quantidades variadas de materiais orgânicos que alimentarão organismos de diferentes tamanhos, desde microorganismos como fungos e bactérias, mesoorganismos como minhocas e besouros até macroorganismos como tatus, cobras, etc. Espécies gramíneas de vegetais como aqueles presentes em pastagens naturais como o pampa gaúcho ou culturas agrícolas como o milho e a cana de açúcar incorporam grandes quantidades de material orgânico ao solo, tanto em superfície 30
como em subsuperfície e podem promover o desenvolvimento de horizontes A escuros, profundos e mais ricos em matéria orgânica do que solos onde a atividade das plantas são arbustos raquíticos e retorcidos como em áreas de cerrado ou em áreas agrícolas onde culturas da família das leguminosas são cultivadas como o feijão e a soja. Biosseqüência de Solos
Biosseqüências são seqüência de solos formados onde todos os fatores externos são invariáveis, exceto a atividade biológica. Como a atividade biológica de determinada região é função de outros fatores externos, como o clima, é difícil isolar este fator de formação. Seqüências de solos formadas pelo desenvolvimento diferencial de gramíneas e vegetação de florestas subtropicais, determinam a formação de horizontes E-álbico nas florestas e horizonte A mais espessos e ricos em matéria orgânica nos solos desenvolvidos sob vegetação de gramíneas. Outros importantes componentes biológicos na formação de solos são os meso e macroorganismos. Estes animais promovem verdadeira retrabalhamento dos materiais dos solos acarretando translocações de diferentes tipos de materiais em vários pontos do solo. Assim formigas transportam em profundidade resíduos orgânicos que serão utilizados como fonte de alimento após decomposição fúngica. De outra forma cupins deslocam imensas massas de materiais localizadas em horizontes subsuperficiais para a superfície dos solos onde são acumulados formando suas residências. Besouros, minhocas e outros animais promovem intensa movimentação de materiais dos solos o que, no caso dos Latossolos, promove intensa homogeneização do perfil, desfazendo a organização dos horizontes devido a ação de outros processos pedogenéticos. Além destes tatus, cobras, aves fazem seus ninhos e residências no interior dos solos, provocando os deslocamentos de materiais orgânicos e inorgânicos. Quando estes animais deixam de habitar seus espaços, os mesmos tendem a ser preenchidos por partículas da superfície do solo, geralmente mais ricas em matéria orgânica, bases, etc., enriquecendo o solo em profundidade.
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3.2. OS FATORES PASSIVOS DE FORMAÇÃO O Relevo
O Relevo é a forma que a superfície de determinada paisagem possui após ter sido esculpida pelos fatores climáticos e suas interações coma geologia do terreno. Áreas onde o excedente hídrico é pequeno ou há pouca movimentação de materiais via precipitação ou ventos, tendem, a formar relevos mais planos. Áreas de intensa precipitação, com pouca atividade biológica protegendo a superfície do solo, apresentam intenso esculpimento da sua superfície determinando a presença de diferentes formas. De forma geral podemos subdividir uma paisagem da sua parte mais alta até a parte mais baixa em cinco regiões: Topo, Ombro, Aba (costas), Sopé e Planos Aluviais ou Coluviais (Figura 3. 4).
Figura 3.4. Definição das cinco regiões de morfologia homogênea formadas no relevo. Segundo a Sociedade Brasileira de Ciência de Solo (SBCS) em seu Manual de Descrição e Coleta de Amostras de Solo no Campo, existem seis classes de relevo segundo a sua declividade e elevações médias (Figura 3.5): Plano (d<3%), Suave Ondulado (3 d<8%, elevações médias de 50-100m), Ondulado (8 d<20%), Forte ondulado (20 d<45%, elevações médias de 100 a 200m), Montanhoso (45 d<75%) e Escarpado (d ≥ 75%).
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Figura 3.5. Classes de relevo segundo a SBCS. 1= Plano, 2=Suave Ondulado, 3 = Ondulado, 4 =Forte Ondulado, 5 = Montanhoso e 6 =Escarpado. Toposseqüência de Solos
Toposseqüências são seqüências de solos que se desenvolvem numa mesma superfície geomorfológica mantendo-se todos os fatores de formação externos fixos, exceto a posição no relevo. Toposseqüências de solos são comuns em regiões onde o material de origem é homogêneo e se distribui em áreas extensas. Neste caso a formação de diferentes classes de solos estarão associados a processo pedogenéticos específicos devido a movimentação lateral e em profundidade de materiais em suspensão e em solução que podem promover o envelhecimento ou rejuvenescimento dos solos, intemperismo ou formação de minerais in situ e o desenvolvimento de horizontes pedogenéticos específicos. Na metade a oeste no Estado do Paraná ocorrem duas grandes formações de rochas: o Arenito Caiuá e o Derrame de Basalto. Estas duas formações geológicas desenvolvem toposseqüências de solos muito específicas. Os solos derivados do 33
Arenito possuem textura variável de areia a textura média com valores de teor de argila de até 30-35% no horizonte B, em alguns Argissolos. J á os solos derivados do basalto possuem textura argilosa a muito argilosa dependendo do grau de evolução dos solos (Figura 3.6). No estado do Paraná, as toposseqüências de Tamarana e Cruzmaltina não apresentam na parte mais alta do relevo plano, mas fortemente ondulado, evidenciando intenso processo erosivo que remove, em superfície, materiais particulados e em solução que foram depositados nos solos nas posições inferiores da paisagem. No caso das toposseqüências de Campo Mourão e Faxinal o relevo regional é plano a suave ondulado onde se desenvolve áreas imensas de Latossolos que são substituídos, nas parte baixas do relevo por Neossolos. A hipótese básica para o desenvolvimento dos solos em toposseqüências pode ser visualizada utilizando-se da teoria de Beinroth et al. (1974) para a evolução da paisagem (Figura 3.7) e de Moniz e Buol. (1982) para o desenvolvimento dos solos no relevo (Figura 3.8). Segundo Beinroth et al. (1974) os solos nas regiões tropicais estão localizados em regiões que já sofreram vários processos de intemperismo e constituem depósitos antigos resultado do retrabalhamento destes materiais em diferentes condições climáticas. Áreas imensas onde estes materiais foram acumulados formam a atual localização dos Latossolos. Estes materiais depositados num clima mais seco tiveram seu relevo posteriormente dissecado, num clima mais úmido, pela nova rede de drenagem formada. A cada novo processo de esculpimento, materiais mais recentes foram sendo expostos e consequentemente formando solos mais jovens (Argissolos, Nitossolos, Cambissolos, Neossolos). Este hipótese é reforçada pela idéia da movimentação de materiais em solução via Fluxo Basal e Lateral (Moniz e Buol, 1982) que propiciaram condições físico-químicas para a diagênese de novos minerais silicatados, nas partes mais baixas do relevo. Estes minerais associadosa processos de secamento / molhamento do solum promoveriam o aumento da densidade do solo, diminuição da porosidade total e a formação de uma estrutura mais desenvolvida, em blocos ou prismática, comuns nos horizontes B dos Argissolos, Nitossolos e Cambissolos.
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Figura 3.6. Toposseqüências de solos derivados do basalto em vários municípios do estado do Paraná (Costa, 1996).
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Figura 3.7. Ilustração da formação de uma toposseqüências de Latossolos – Argissolos – Nitossolos – Cambissolos de uma superfície antiga onde predominava Latossolos através da dissecação da paisagem no Hawai. A. Superfície não dissecada. B. Superfície moderadamente dissecada. C. Superfície fortemente dissecada (adaptado de Beinroth et al., 1974).
Figura 3.8. Fluxo basal e fluxo lateral de materiais em solução dentro do solo (Moniz e Buol, 1982) 36
A Ro cha Mãe
A Rocha Mãe é o material mineral (solos minerais) ou orgânico (solos orgânicos) que sofrem a ação dos fatores biológicos e climáticos responsáveis pela sua decomposição e intemperização. Os materiais orgânicos acumulados superficialmente, em condições aeróbias, pouco ou não decompostos, formarão o horizonte O geralmente presente em solos descritos em condições de vegetação natural. A simples incorporação destes resíduos, devido ao preparo do solo, faz com este horizonte desapareça, enriquecendo em matéria orgânica o horizonte subjacente, geralmente o horizonte Ap . Os materiais orgânicos acumulados em condições anaeróbias são utilizados como fonte de energia por microorganismos anaeróbios ou aeróbios facultativos que decompõem parcialmente os materiais orgânicos, num processo pedogenético conhecido como paludização, promovendo a formação do horizonte H, comum nos Organossolos. As rochas apresentam em sua constituição uma combinação, em quaisquer combinações, de matéria amorfa (Ex.: sílica), orgânica (Ex.: fósseis) e mineral (Ex.: feldspatos). Estes materiais sofrendo o processo ativo da decomposição biológica associado aos processos de intemperismo químico e físico, promoverão a formação de compostos em solução que poderão ser eventualmente removidos do sistema, via lixiviação, ou serem material básico para a diagênese de novos minerais. Neste processo de desintegração, decomposição e síntese, os novos materiais formados tendem a apresentar menor solubilidade e consequentemente maior estabilidade no ambiente do solo. Entre as várias características das rochas que podem influenciar a formação do solo estão sua composição química (Tabela 1) e mineralógica (Figura 3.9). Rochas ricas em minerais escuros (máficos) como aqueles presentes em rochas básicas (basalto) e ultrabásicas (dunito) tendem a desenvolver, em ambientes de drenagem livre e quente, solos vermelhos, de textura geralmente argilosa, e ricos em nutrientes. Rochas ricas em minerais claros (félsicos) como aqueles presentes em rochas ácidas (granitos) ou ricas em quartzo (arenitos, quartzitos) tendem a desenvolver, em ambientes de drenagem livre e quente, solos claros, arenosos e pobres na maioria dos nutrientes, com exceção do potássio, elemento constituinte dos minerais feldspatos como o ortoclase. 37
Tabela 1. Composição química total de algumas rochas Elementos SiO 2 TiO 2 Al 2 O3 Fe2 O3 FeO MgO CaO Na2 O K 2O H 2O P 2O 5 CO2 SO3 C MnO Total
Folhelho
Arenito
Calcário
Rochas Sedimentares 58,10 78,33 5,19 0,65 0,25 0,06 15,40 4,77 0,81 4,02 1,07 0,54 2,45 0,30 n,d, 2,44 1,16 7,89 3,11 5,50 42,57 1,30 0,45 0,05 3,24 1,31 0,33 5,00 1,63 0,77 0,17 0,08 0,04 2,63 5,03 41,54 0,64 0,07 0,05 0,80 n,d, n,d, n,d, n,d, n,d, 99,95
99,95
99,84
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Basalto
Granito
Rochas Magmáticas 50,70 68,5 3,19 0,4 12,30 14,2 15,10 2,1 n.d. 1,4 4,18 1,9 7,83 3,2 2,53 3,6 1,71 4,2 1,70 0,9 0,46 0,2 n.d. n.d n.d. n.d. n.d. n.d. 0,20 n.d. 99,9
100,6
Figura 3.9. Distribuição percentual volumétrica das espécies minerais nas principais rochas magmáticas. Minerais como os piroxênios, olivina, anfibólios e plagioclásios, comuns em rochas magmáticas básicas e ultrabásicas, apresentam em sua constituição elementos químicos como Cálcio, Magnésio, Ferro, Sódio e Silício, além de vários microelementos, vários destes nutrientes essenciais às plantas (Cobre, Manganês, Zinco, Boro). Litosseqüência de Solos
Litosseqüências são seqüências de solos formados a partir dos mesmos fatores externos exceto a rocha mãe. Rochas magmáticas e metamórficas se distribuem, geralmente em extensas áreas onde os processos pedogenéticos (Figuras 3.7 e 3.8) são mais importantes do que a rocha mãe, na formação dos diferentes solos na paisagem. Solos com características intermediárias entre as rochas ocorrem somente nos locais de contato entre as rochas e, na maioria dos casos, o material de origem final também possui características intermediárias entre as rochas devido ao retrabalhamento natural dos materiais de origem na época de deposição do magma ou da ação dos agentes de metamorfismo. Rochas sedimentares, devido aos diferentes processos de deposição podem se apresentar em espessuras relativamente pequenas, como ocorrem na região próxima ao Município de Ortigueira, ou vários metros de espessura como o Arenito Caiuá nas regiões Norte e Noroeste do estado do Paraná, respectivamente. Nas áreas de contato entre o Basalto e o Arenito é possível observar Litosseqüência de solos (Figura 3.10). Neste caso o terço superior da encosta é ocupado por Latossolos e Argissolos, de textura superficial média a arenosa (inclusive com horizonte E-álbico) derivados do Arenito. Na parte inferior do relevo são encontrados solos de textura média-argilosa a muito argilosa provenientes do intemperismo do material residual formado pelo resultado do retrabalhamento do Arenito e do Basalto. Nesta posição do relevo são encontrados Nitossolos e eventualmente Latossolos, dependendo da declividade do local.
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Figura 3.10. Esquema da distribuição de solos numa Litosseqüência comum na região Noroeste do Estado do Paraná. O Tempo
O Tempo é o fator externo de formação mais passivo. Sua ação não adiciona, retira, transforma ou transloca materiais no perfil. O tempo cronológico de formação inicia no momento em que a atividade biológica se instala no sistema iniciando o processo de decomposição biológica dos materiais de origem do solo. O tempo de formação de determinando solo deve ser correlacionado com a formação dos seus horizontes. O tempo necessário para que os horizontes O e H apresentem uma condição de pleno desenvolvimento, isto é em equilíbrio dinâmico (“steady-state”) onde as suas características químicas, físicas e morfológicas são invariáveis com o tempo (Figura 3.11), varia de dezenas a centenas de anos. J á os horizontes diagnósticos de subsuperfície (horizontes B) devido a complexidade de processos que influem na sua formação possuem um tempo de equilíbrio de milhares a milhões de anos (Figura 3.12). As idades de formação de diferentes horizontes de solos (Buol et al., 1989) mostram que estas podem variar de 0,1 a 38,0 anos para a formação de um centímetro do horizonte superficial de diferentes solos a 750 anos para a formação de um centímetro do solum de um Oxissolo na África. O tempo total para a formação destes horizontes variou de 35 a 3000 anos, para os horizontes superficiais, à 75.000 anos para a formação do solum do Oxissolo na África.
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Figura 3.11. Escala relativa do tempo necessária formação de diferentes horizontes de um solo.
Figura 3.12. Tempo necessário para a formação dos horizontes A, B-incipiente (Bi), Btextural (Bt) e B-latossólico (Bw).
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Cronosseqüência de Solos
Cronosseqüências são seqüências de solos que se desenvolvem na paisagem onde todos os fatores externos são constantes exceto o tempo de formação dos solos. Estudos desta natureza têm como objetivo avaliar a idade de formação dos solos.
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CAPÍTULO 4. PROCESSOS INTERNOS DE FORMAÇÃO DO SOLO
A formação do perfil do solo e sua diferenciação em horizontes diagnósticos são resultado da ação conjunta dos diversos fatores de formação e a ação específica dos processos internos de formação. Os fatores externos podem ser mais facilmente visualizados e entendidos observando-se a distribuição dos solos na superfície da litosfera, já a atuação dos processos internos requer uma descrição mais minuciosa das propriedades morfológicas, físicas, químicas e mineralógicas nos horizontes do solo. Enquanto os fatores externos atuam no material de origem propiciando condições para o desenvolvimento do perfil do solo, serão os processos internos que diferenciarão estes horizontes. A separação de fatores externos e processos internos de formação do solo é uma proposta recente na literatura pedológica. Foi Roy Simonson (Figura 4.1) que primeiramente evidenciou que os solos apresentavam características morfológicas diferenciadoras devido às diferenças na intensidade de atuação dos processos internos de formação. Estes processos podem propiciar a organização ou a desorganização dos horizontes, movimentando materiais, ions em solução, etc. que resultam nas características diferenciadoras do perfil . Didaticamente Simonson separou os processos internos de formação em quatro grupos: Adições, Perdas, Translocações e Transformações. Cada um destes processos ocorre na formação de qualquer perfil de solo, o que varia é a intensidade com que alguns deles atuam que determinarão as diferenças nos perfis de solos. Assim solos tropicais como o Latossolo e o Nitossolo Vermelho possuem várias características comuns. No entanto, no Nitossolo Vermelho pode ser evidenciada observando-se que as translocações de material coloidal da superfície se acumulam em profundidade desenvolvem uma estrutura tipo blocos, de grau moderado à muito forte com revestimento destes colóides nas zonas de fraturas dos agregados desenvolvendo cerosidade (lessivagem).
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Figura 4.1. Roy Simonson e a representação esquemática dos quatros processos internos de formação dos solos. Podemos definir os processos pedogenéticos como alterações de caráter físico, químico, biológico e mineralógico que ocorrem nos diferentes profundidades do perfil do solo resultando em modificações nos componentes das fases sólida, orgânica, líquida e gasosa com conseqüente formação / retardamento do desenvolvimento de horizontes diagnósticos apresentando características diferenciadoras específicas. Didaticamente separa-se os processo internos de formação em quatro grandes grupamentos: ADIÇÕES, REMOÇÕES OU PERDAS, TRANSLOCAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES. 4.1. PROCESSOS INTERNOS DE ADIÇÃO
Considera-se que está ocorrendo adição de material ao solo quando este é depositado em qualquer posição do perfil (superfície ou em profundidade), vindo de uma fonte externa. Materiais orgânicos ou inorgânicos adicionados pelos diferentes veículos de transporte são aqui considerados. Dentre os principais veículos de transporte de material para o solo estão: a água (materiais dispersos em solução na água da chuva, rios), o ar (partículas), a vegetação (restos vegetais a superfície e profundidade), a movimentação vertical e lateral de material (sais, colóides), a aceleração da gravidade (material coluvionar), a atividade 44
geológica (movimentação de geleiras, atividade vulcânica, terremotos, deslizes, etc.) e o homem (adubações, calagem, matéria orgânica). Os diferentes materiais adicionados ao solo podem organizar ou desorganizar o perfil de solo, levando à formação de horizontes diagnósticos específicos (Tabela 4.1). 4.2. REMOÇÕES OU PERDAS
As remoções ou perdas são os processos de formação contrários às adições. Considera-se que estão ocorrendo perdas quando quaisquer materiais ou componentes do solo deixam o perfil do solo. Como visto na tabela 1, os mesmos agentes de transporte que atuam na adição de materiais ao solo também atuam no processo de remoção, i. é, atividade biológica, água, vento, geleiras, rios, mares, gravidade, erosão, só que geralmente provocando a desorganização do perfil do solo ou truncamento (perda de parte do perfil). Dos agentes de transporte, em regiões tropicais úmidas a água é o principal agente, em tropicais secas o vento, em regiões frias a neve (água no estado sólido), enquanto que regiões próximas a rios, mares estes se tornam os principais agentes de remoção (deposição em outro local) de materiais. A forma mais comum de remoção de materiais e ions solúveis são através do movimento acelerado de água na superfície do solo. A erosão hídrica é um processo geológico acentuadamente acelerado quando do mau manejo do solo em atividades agrícolas (preparo do solo), presença de estradas, onde a velocidade de infiltração é inferior ao excedente hídrico pluvial. Dependendo das características da chuva, solo e do meio ambiente a quantidade de água que se move na superfície do solo pode transportar grandes quantidades de material particulado (solo, sementes, fertilizantes, etc.) e solúveis provocando a remoção inicial dos primeiros centímetros do solo (erosão laminar), mas que podem se aprofundar, formando galerias, sulcos e no extremo, a formação de voçorocas. As remoções dos materiais do solo que provocam a degradação do solo com a conseqüente queda na produtividade podem ser observados pela diminuição da espessura do horizonte A, quando comparamos áreas agrícolas com reservas de matas adjacentes. Tabela 4.1. Materiais mais comuns adicionados ao solo e suas alterações morfológicas
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Material
Matéria orgânica Ácido carbônico e nítrico Materiais eólicos
Agentes de Transporte Vegetação, Homem
Chuva Vento, Ar
Material erodido
Chuva
Material erodido
Aceleração da Gravidade
Materiais movimentados lateralmente Materiais aluviais
Difusão, Fluxo Basal, Fluxo Lateral Rios, Mares
Característica Adicionada Ao Sol o Cor, Capacidade de troca catiônica, Agregação Lixiviação de bases
Horizonte Diferenciado
Enriquecimento do horizonte superficial Remoção de materiais do solo (superfície e subsuperfície) Remoção de materiais das partes altas do relevo e deposição nas áreas baixas
Horizonte A
Acréscimo/ decréscimo de partículas, ions em solução Adição dos materiais e sais em dispersão e dissolvidos
Horizonte A, H, O Qualquer horizonte
Remoção do horizonte A. Impede o desenvolvimento do solo em profundidade Remoção do horizonte A. Resulta na estratificação do perfil. Impede o desenvolvimento dos horizontes subsuperficiais. Enriquecimento/ empobrecimento do solo
Incremento do horizonte A. Produz perfis estratificados. Impede a diferenciação dos horizontes em profundidade Materiais Geleiras Adição dos materiais e Incremento do horizonte A, depositados pelo sais em dispersão e Impede a diferenciação dos gelo dissolvidos horizontes em profundidade Atividades Lavas vulcânicas Adição dos materiais Desaparecimento da matéria vulcânicas contidos na lava orgânica superficial. Formação vulcânica de um novo horizonte A. Impede a diferenciação dos horizontes em profundidade Fertilizantes, Homem Adição de sais solúveis Modificação do ambiente corretivos e partículas químico do solo Sais Homem, Ascensão Adição pôr ascensão Formação de Horizonte Salino de água Lençol de sais solúveis e freático partículas
Além das perdas do solo e produtividade das culturas a erosão hídrica acarreta outros custos importantes para a economia do país, devido ao assoreamento de rios, barragens, represas, queda na qualidade da água potável, contaminação de cursos de água e aumento nos custos da produção agrícola. Em regiões de precipitação pluvial o excedente de precipitação determina as principais perdas de material. A distribuição pluvial e a evapotranspiração determinam o excedente hídrico que pode provocar a remoção superficial (erosão hídrica) e subsuperficial de partículas em suspensão (Lessivagem) e sais em solução (Lixiviação). 46
A remoção pelo excedente hídrico envolve principalmente os ions em solução (Ca2+, Mg2+, K +, Na+, Cl-, NO3-, F -, HCO3-) e partículas dispersas na água ou que se movem devido ao turbilhonamento provocado pela velocidade da água se movimentado nos poros do solo. Em condições redutoras, onde o excesso de água presente no solo determina condições de falta de oxigênio, elementos químicos geralmente imóveis ou de baixa solubilidade são utilizados como receptores finais da cadeia respiratória de microorganismos tornando-se reduzidos. Dentre estes elementos Fe3+ e Mn4+ passam para formas reduzidas, Fe2+e Mn2+, que são de alta solubilidade e facilmente removíveis pelo excedente hídrico, percolando pelo solo. No caso da lixiviação de elementos químicos, as perdas somente são identificadas quando estes estiverem foram do alcance do sistema radicular das culturas. Perdas pôr lixiviação ocorrem, portanto, somente quando estes alcançam profundidades superiores ao solum, que na maioria dos casos, em regiões tropicais está nos dois primeiros metros de solo. Um dos agentes de remoção de materiais do solo não discutidos anteriormente é o fogo. A prática de se queimar os restos vegetais ou mesmo a floresta para a implantação da atividade agrícola é milenar. Em regiões tropicais a queima dos restos vegetais provoca uma melhoria transitória no ambiente químico da superfície do solo, com a elevação do pH, devido à ação de corretivo do solo provocada pelas cinzas. Esse tipo de prática, proibida pôr lei no estado do Paraná, ainda é muito comum em regiões de agricultura de subsistência ou nômade (shifting cultivation) onde não há acesso a adubos ou corretivos do solo. No entanto, este efêmero efeito possui seu lado negativo que é a perda de imensas quantidades de carbono orgânico e diminuição da flora e fauna do solo devido à evolução do carbono orgânico na forma de CO 2 e à morte dos microorganismos, principalmente nos primeiros centímetros do solo. A perda desta matéria orgânica reduz drasticamente a fertilidade de solos tropicais pôr diminuir os sítios de retenção de cátions e ânions. Ambientalistas estão preocupados com este fato, alertando para o efeito do aumento do CO 2 na atmosfera, incrementaria o efeito estufa na terra podendo ser a causa do aquecimento do planeta e acarretar o desdobramento de uma série de catástrofes devido ao degelo das capas polares, aumento do câncer de pele, modificações climáticas, comportamento de animais, etc. Outra forma muito comum de perda de materiais em áreas agrícolas é aquela associada à exportação de nutrientes devido à colheita. Quantidades variáveis de 47
nutrientes são removidas através das colheitas. As perdas maiores ocorrem com aqueles nutrientes que são removidos diretamente da solução do solo ou através do intemperismo de rochas e minerais. Destes, os mais importantes são os macronutrientes primários: nitrogênio, fósforo e potássio; secundários: cálcio, magnésio, enxofre e em menor proporção os micronutrientes essenciais (boro, cloro, cobre, cobalto, ferro, molibdênio, manganês, zinco). Como a capacidade de fornecimento destes nutrientes pelo solo não é infinita e as culturas têm sido selecionadas geneticamente para produzir o máximo em condições ótimas de nutrientes e água, há a necessidade de se repor as quantidades exportadas via adubos orgânicos ou minerais para a manutenção da produtividade. Aqui se aplica também a Lei do Mínimo de J ulius von Liebig. A depauperação do solo com a exportação dos nutrientes faz com que apareçam concentrações limitantes de elementos nutrientes essenciais às plantas que podem impedir as plantas de completar seu ciclo biológico. Em áreas agrícolas onde o processo erosivo superficial é intenso, a exportação das culturas pode ser considerada fator secundário na remoção dos nutrientes do solo. Agricultores que investem quantidades apreciáveis de dinheiro na escolha das melhores sementes, adubos, corretivos, irrigação, tratos culturais, controle de pragas e doenças, geralmente “vêem” seu lucro escorrerem de suas mãos ao comprovarem que em suas áreas há a ocorrência de erosão hídrica. Uma constatação deste fato, no estado do Paraná, é a cor da água do rio Paraná e das Cataratas do Iguaçu no período da safra (setembro à março) onde uma grande parte de sedimentos da superfície dos melhores solos do noroeste do estado do Paraná e a leste do Mato Grosso do Sul vão ter seu destino final em Buenos Aires. Perdas de materiais da superfície do solo resultam principalmente na remoção de camadas importantes dos horizontes superficiais do solo. O horizonte A quando removido perde não somente a matéria mineral mas também matéria orgânica, adubos, corretivos, sementes, etc. que aumentam os custos de produção agrícola. Quando o horizonte A é completamente erodido, a sua remoção provoca o truncamento do perfil do solo, i.é, o aprofundamento do perfil com a exposição de materiais minerais subjacentes, geralmente pobres em matéria orgânica, de estrutura diferente que com manejo apropriado, ao longo dos anos, podem novamente recuperar as características básicas do horizonte superficial original. 48
Em condições de solos rasos, como na região sul do estado do Paraná, é comum ouvir os agricultores falarem que as pedras estão crescendo na superfície do solo, ou ver manchas do horizonte C (geralmente de cores variadas) aparecerem nos locais de maior erosão hídrica. Mesmo em áreas relativamente planas, como na região sudoeste do estado do Paraná, onde o preparo do solo com máquinas pesadas e a compactação subsuperficial do solo provocaram ao longo dos anos uma erosão hídrica intensa, pode-se observar o cultivo do solo no horizonte B. No caso de solos com horizonte B-textural, que apresentam densidade do solo superior ao superficial e uma estrutura mais desenvolvida em blocos dura, sua exposição na camada de aradura tem sido considerado como compactação pelos agricultores. Nestas condições tem sido observado que técnicas de manejo como a subsolagem é, muitas vezes, ineficaz na recuperação da porosidade original do horizonte A removido. Nestes casos somente o acúmulo contínuo de matéria orgânica e controle total da erosão hídrica serão capazes de restaurar condições propícias para o crescimento radicular com o desenvolvimento de uma estrutura granular. 4.3. TRANSLOCAÇÃO, TRANSPORTE OU REDISTRIBUIÇÃO
Os processos de transporte, translocação ou redistribuição teoricamente ocorrem em porções do solum sem que ocorram transformações dos materiais movimentados. Esses processos podem provocar a organização de horizontes específicos do solo (B-textural, B-espódico) ou provocar a completa mistura dos horizontes (pedoturbação). O principal agente de transporte de material no solo é a água. Esta pode transportar de diferentes formas ions em solução e partículas. Os sais em solução podem ascender no perfil do solo, como ocorre em regiões semi-áridas, acumulando sal na superfície do solo (formação do horizonte sálico), ou transportar carbonato de cálcio em pequenas profundidades, podem se acumular e formar o Horizonte Cálcico.
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As partículas transportadas verticalmente no perfil do solo pôr turbulência da água que se move, ou estarem dispersas neste líquido podem se movimentar a profundidades consideráveis do perfil (1-2m), depositando-se nos espaços porosas, superfícies de agregados, etc. No caso específicos dos solos desenvolvidos a partir de rochas vulcânicas básicas, este movimento acrescenta quantidades apreciáveis de argila fina (diâmetro<0,2 m) que podem se orientar na superfície destes agregados, dando um aspecto espelhado aos mesmos, resultando na formação de cerosidade no solo (Figura 4.2). Além de partículas coloidais em suspensão, óxidos de ferro e matéria orgânica também podem mover em profundidade com água da chuva.
Figura.4.2. Argiluviação de materiais, processo pedogenético específico, necessário a formação do horizonte B-textural e B-nítico. Quando o material é removido com grande intensidade superficialmente no solum, acarreta o clareamento das partículas mais grosseiras (quartzo), a concentração de sílica e o acúmulo deste material ou mais escuro (matéria orgânica coloidal) ou cores próximas ao vermelho (óxidos de ferro) que formam um Horizonte Espódico comum nas áreas próximas à região praieira do estado do Paraná, onde há Espodossolos. Nesta região os rios que atingem o mar apresentam uma coloração escura, demonstrando a contribuição do material orgânico dissolvido e óxidos de ferro dos solos que os circundam para os rios. 50
Outros agentes de transporte de materiais importantes são os vegetais e os organismos vivos. As raízes dos vegetais transportam maciças quantidades de nutrientes e água das camadas subsuperficias do solo para a parte aérea das plantas, remanejando nutrientes que serão depositados na superfície do solo com a morte destes. Os sistemas radiculares, então quando mortos, deixam um vazio no solo que eventualmente pode ser preenchido pôr materiais vindo da superfície, promovendo assim uma mistura dos horizontes do solo. A deposição dos materiais orgânica na superfície favorece a formação dos horizontes O e A, enquanto que o material que se deposita em profundidade devido ao espaço deixado pelas raízes das plantas desorganiza os horizontes subsuperficiais. Os outros seres vivos que ocupam o solo provocam efeitos semelhantes. Cupins trazem materiais dos horizontes subsuperficias para a superfície do solo; formigas podem executar o contrário, transportando material orgânico em profundidade para suas “panelas“, roedores, artrópodes, insetos, tatus e outros animais que fazem do solo sua residência de alguma forma provocam alterações na sua composição, transportando materiais de um ponto a outro no perfil”. 4.4.TRANSFORMAÇÕES
As transformações representam todos os processo físicos, químicos, biológicos e mineralógicos que alteram a composição dos quatro componentes básicos do solo: solução do solo, ar, minerais e matéria orgânica dentro do perfil do solo. Os principais agentes que produzem transformações nos componentes do solo são a água, e a atividade biológica. Estes de forma interativa são considerados como os agentes principais no processo de decomposição da rocha e a formação do perfil do solo. As transformações de ordem física que ocorrem entre o material de origem e o solo podem ser facilmente observadas ao avaliarmos a rocha basalto e o solo Latossolo Vermelho férrico (LVf) formado a partir do seu intemperismo. Mudanças de cor, textura, dureza, porosidade, densidade, etc demonstram que várias alterações ocorreram entre os dois extremos. Comparações deste tipo feitas entre uma rocha sedimentar como o arenito e alguns de solos derivados mostrariam menor evidências destas alterações. O solo é o produto final de decomposição de sua rocha mãe resultado principalmente da ação dos fatores do clima e da atividade biológica. 51
FIGURA 4.3. Transformações da matéria orgânica e da matéria mineral que ocorrem no horizonte E necessárias à formação do horizonte Espódico (Bsh, Bs) dos Espodossolos 4.4. TRANSFORMAÇÕES PELA ÁGUA
Primeiramente a água é o solvente universal. Todos os corpos na superfície da terra estão em contato com a água. Seja na forma líquida (chuva, neblina, orvalho), sólida (gelo) ou vapor, água está presente em praticamente todos os ambientes. Regiões desérticas, onde as médias de precipitação anual são inferior à 200mm, a umidade relativa dentro do solo, raramente é inferior a 80%. Inicialmente a água, em contato com a superfície mineral ou orgânica, é adsorvida pôr hidratação. Certos minerais tem alta afinidade pôr água e a simples hidratação já provoca alterações em suas características. Minerais como o gesso, halita, carnalita, silvita possuem alta afinidade pôr água e podem se liquefazer em condições de umidade relativa alta. A anidrita pôr hidratação transforma-se em gesso. CaSO4 +2H2O CaSO4 . 2H2O ... (4.1)
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A atividade biológica transforma os componentes do solo em componentes celulares para sua sobrevivência e reprodução. Na decomposição dos restos vegetais e animais há a formação de CO 2 e água no processo de respiração. Formigas, cupins transferem grandes quantidades de matéria orgânica no perfil do solo onde é decomposta pôr fungos e servem de alimento à seus pares. A ação da água e dos ácidos orgânicos formados na decomposição da matéria orgânica na superfície do solo é no sentido de reagir com minerais e transportar ions em profundidade pôr dissolução ou quelação de ferro, manganês e outros metais liberados. Estes materiais podem, em subsuperfície, recobrir agregados dando cores variadas conforme os compostos acumulados. Na região litorânea do Estado do Paraná, a intensa remoção de ferro e matéria orgânica dos horizontes superficiais de solos formados a partir de rochas metamórficas arenosas acarretou a formação de Espodossolos, também arenosos, mas que no horizonte subsuperficial (B-espódico) são escuros devido ao acúmulo de ferro e matéria orgânica coloidal dissolvida. Devido a grande porosidade da rocha mãe (quartzitos) e dos solos formados, determina que grande parte do material exportado dos horizontes superficiais (Horizonte E) alcança o lençol freático, geralmente próximo à superfície, e os rios, tornando-os escuros, aparentemente poluídos. A atividade principal da água, em regiões de clima tropical, é ajudar no transporte do oxigênio em profundidade, facilitando a hidratação e subsequente oxidação de metais presentes na forma reduzida nos minerais primários das rochas. FeSiO4 +H20 Fe2+ +H4SiO4 ... (4.2) Fe2+ +O2 Fe3+ ... (4.3) Fe3+ +O2 Fe2O3 ... (4.4) De acordo com as condições de pH e concentração de água se movendo no perfil do solo, cátions são liberados dos minerais primários e lixiviados do perfil do solo. A sílica liberada forma ácido salícico (H 4SiO4) que em pHs acima de 5 possem solubilidade crescente podendo também ser removido do perfil (dessilicatização) determinando o acúmulo de ferro (ferritização) e alumínio (alitização) ou ambos (ferralitização). Quando o conjunto destes processos pedogenéticos ocorrerem simultaneamente em determinada região, e independente do material de origem, o 53
resultado final (Latossolização) é a formação de perfis de solos profundos, extremamente permeáveis, altamente lixiviados, muito pobres em termos de cátions presentes na solução do solo, pH’s geralmente ácidos, elevada saturação por alumínio, características comuns nos latossolos tropicias. Se condições de anaerobiose eventualmente ocorrerem e intensa lixiviação prosseguir, o ferro pode ser também removido devido a sua redução, quelação por ácidos orgânicos ou lentamente lixiviado determinando o acúmulo final do alumínio, que formam os conhecidos depósitos de bauxita nas regiões úmidas do globo (temperadas à tropicais). A oxidação, redução, hidrólise e a formação de ácido carboxílico promovem a decomposição do material mineral e orgânico e como resultado final a liberalização de ions em solução (mineralização) que em condições específicas poderão sintetizar novos minerais e o húmus do solo, produtos que são mais estáveis nas nova condições ambientais. Minerais primários formados à altas temperaturas e pressões, com alto conteúdo de sílica e bases, geralmente são os primeiros a serem decompostos pela ação da água e atividade biológica. Seus produtos finais são ions em solução e uma nova assembléia de minerais, agora secundários, mais estáveis às novas condições de temperatura, pressão e ambiente químico (pH, concentração e tipo de elementos químicos, pe, etc.). Em condições de baixa concentração de O2 e na presença da atividade biológica há o acúmulo de grande massa de material orgânico que não pode ser decomposto totalmente, podendo formar camadas orgânicas (Horizonte H) de grande espessura. A retirada do excesso de água, via drenagem por exemplo, acarreta uma decomposição mais acelerada deste material orgânico (amadurecimento). Se houver a retirada total da água, por tempo prolongado e em locias de alta temperatura, há grandes possibilidades desta camada orgânica pegar fogo naturalmente, podendo provocar grandes desastres ecológicos, principlamente, se estiver próxima à nucleos urbanos devido à produção de gases tóxicos e fumaça liberados no processo de decomposição dos restos vegetais. 4.5. PROCESSOS PEDOGENÉTICOS ESPECÍFICOS
Os quatro processos básicos de formação de solos incluem as Adições, Perdas e Remoções, Translocações e Transformações. Como afirmado anteriormente estes 54
compreendem processos complexos que literalmente não podem ser isolados. Como impedir que as adições de materiais orgânicos acumulados em condições anaeróbicas não sejam transformadas pela atividade biológica? Como separar os processos que promovem a decomposição de minerais primários, perda de sílica (Dessilicatização h) e bases do solo (Lixiviação) e a acumulação de Ferro (Ferritização) e alumínio (Alitização) na região tropical? De outra forma os processos pedogenéticos específicos que os compõem podem ser definidos (Tabela 2).
Figura 4.4. Distribuição dos Ferrassolos (Latossolos) Latossolos no mapa de solos da FAO/UNESCO onde predomina o processo de latossolização. Dos processos pedogenéticos específicos apresentados na Tabela 2, alguns são relevantes na região tropical: Decomposição, Mineralização, Erosão, Lessivagem, Gleização, Enriquecimento, DesSilicatização, Ferritização, Alitização, Pedoturbação, Lixiviação e Síntese. Dentre os processo internos complexos de formação dos solos são importantes a Podzolização e a Latossolização responsáveis pela formação dos principais solos tropicais como os Nitossolos, Latossolos, Argissolos, etc. Tabela 4.3. Descrição sumária dos processos internos de formação dos solo
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Processo
Enriquecimento Cumulização “Littering” Melanização Paludização Lixiviação Erosão Superficial
Descrição Sumária ADIÇÃO DE MATERIAL
Adição de material para certa porção do solum Adição de materiais via eólica, hidrologia e pelo homem na superfície do solo. Processo de acumulação de matéria orgânica e húmus na superfície do solo numa profundidade inferior à 30cm. Escurecimento de minerais claros (ex. Quartzo) inconsolidados pôr matéria orgânica como no horizonte A1 (associado a translocação) Processo de acumulação de grandes quantidades de matéria orgânica (>30cm), geralmente em condições anaeróbias (associado a transformação). PERDAS DE MATERIAL Remoção de íons em solução para fora do solum Remoção de material da superfície do solo
Foto. A esquerda acúmulo de material orgânico na superfície do solo ou “Littering” em área de cultivo de floresta. A direita perda de solo por erosão hídrica em área de pastagem (Fotos obtidas na internet).
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Continuação tabela 4.3. Processo
Eluviação Iluviação (Argiluviação) Decalcificação Calcificação Salinização Desalinização Alcalinização (solonização) Dealcalinização (solodização) Lessivagem
Descri ção Sumária TRANSLOCAÇÃO DE MATERIAL
Movimento de material para certa região do perfil do solo (Ex. Formação do Horizonte E) Movimento de material para certa região do perfil do solo (Ex. Formação do Horizonte B-textural, B-espódico) Processos de remoção de CaCO3 de algum ponto do solum Processos de acumulação de CaCO3 em algum ponto do solum Processos de acumulação de sais solúveis (sulfato, cloretos, Ca2+, Mg2+, K +, Na+) em algum ponto do solum Processos de remoção de sais solúveis de horizontes sálicos Processo de acúmulo de sais de sódio no complexo de troca do solo Processo de remoção (lixiviação) de sais de sódio e outros ions
Processo de migração mecânica de partículas do Horizonte superficial (A) para o subsuperficial (B) Leucinização Clareamento de horizontes do solo pela remoção de materiais orgânicos escuros devido à transformação destes ou através de sua simples remoção. Pedoturbação Processo físico e/ou biológico de remanejo de materiais no solum, provocando sua homogeneização. (associado a transformação) Dessilicatização Processo de migração química de sílica para fora do solum provocando o acúmulo de ferro (ferritização), alumínio (alitização) ou ambos (ferralitização) com a formação ou não de laterita, plintita ou concreções. (associado a transformação). Gleização Processo de redução do ferro em condições anaeróbias no solum com a produção de cores azul, verde e cinza com ou sem matizes amarelos, marrons e pretos devido às concreções de ferro e manganês. (associado a transformação) Braunificação, Processo de liberação do ferro de minerais primários e a dispersão (formação) de Rubificação, partículas de minerais secundários de ferro devido à sua oxidação / hidratação Ferruginação progressiva dando à porções do solo cores brunas (Braunificação), avermelhadas (Rubificação) e vermelhas (Ferruginação). (associado a transformação)
FOTOS. A esquerda pedoturbação associada a movinetação de solo por cupins, ao centro clacificação de um Chernossolo norte-americano, e a direita Salinização de um solo canadense (fotos obtidas da internet). Continuação tabela 4.3.
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Processo
Ressilicatização Decomposição Síntese Amadurecimento Mineralização Endurecimento Amolecimento
Descriç ão Sumária TRANSFORMAÇÕES DE MATERIAL
Processo de formação de caulinita a partir da gibbsita na presença de excesso de sílica (H4SiO4) em solução ou ainda a formação de esmectitas a partir da caulinita na presença de excesso de sílica e pH alto. Processo de decomposição de materiais minerais e orgânicos Processo de formação de novas partículas minerais e orgânicas Processo de alteração química, física e biológica da matéria orgânica acumulada em condições anaeróbias após a remoção do excesso de água. Processo de liberação de ions (cátions e ânions, minerais e orgânicos) devido à decomposição da matéria orgânica. Processo de acúmulo de massa pôr unidade de volume do solo pôr colapso, compactação e preenchimento de poros com partículas coloidais, carbonatos, sílica e outros materiais. Processo de aumento de volume pôr unidade de massa devido a atividade de animais, raízes, o homem, congelamento, descongelamento ou outro processo físico e pela remoção de material pôr lixiviação.
Fotos. Restos vegetais na superfície de solos aerados (foto a esquerda) se decompõe diferentes de solos inundados como em várzeas (foto a direita), originando diferentes horizontes superficiais nos solos
Continuação tabela 4.3.
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Processo
Latossolização Podzolização
Descriç ão Sumária PROCESSOS COMPLEXOS DE FORMAÇÃO DO SOLO
Processo pedogenético complexo onde ocorre intensa remoção de bases do solo (lixiviação), com sílica solúvel (dessilicatização), acúmulo de ferro (ferritização), alumínio (alitização) e sua homogenização (pedoturbação) no perfil do solo Processo de migração química de alumínio, ferro, matéria orgânica (isoladamente ou acompanhados) resultando na concentração de sílica (silicatização) no horizonte eluviado (Associado a formação do B-espódico). (associado a transformação)
Fotos. Enquanto o processo pedogenético de podzolização geralmente produz perfis de solos altamente organizados com cores bem definidas separando os horizontes e ou camadas (foto a esquerda), os perfis de formados a partir da latossolização são homogêneos, profundos com pouca diferenciação entre horizontes.
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CAPÍTULO 5. ORIGEM, NATUREZA E CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAL DE ORIGEM DOS SOLOS
5.1. O MATERIAL DE ORIGEM DOS SOLOS O material de origem dos solos é constituído primordialmente de rochas. A grande maioria das rochas na crosta terrestre tem predominância de material mineral em relação a materiais orgânicos. Rochas são agregados naturais que apresentam em sua constituição, em qualquer proporção, material cristalino (quartzo), material amorfo (sílica amorfa) e material orgânico (fósseis). Rochas totalmente cristalinas incluem o granito, diabásio, gabro, etc. Rocha totalmente constituída de material amorfo inclui a obsidiana. Rocha totalmente formada por material orgânico inclui a turfa. A Terra possui um diâmetro de mais de 6000 km e embora o homem já tenha conhecimentos sobre a petrologia da superfície lunar ainda é incapaz de penetrar em seu próprio planeta em profundidades superiores a alguns quilômetros. As rochas de interesse para o ambiente onde os seres vivos se desenvolvem estão concentradas na camada mais externa, denominada de crosta terrestre (ou litopsfera), que possui uma espessura de cerca de 30 a 50 km (Figura 1).
Figura 5.1. Composição do interior da crosta terrestre. As condições físicas e químicas da superfície da crosta são alteradas 60
rapidamente, em profundidade. Há, em profundidade, um aumento da pressão e temperatura que pode provocar alterações na composição dos minerais e na estrutura das rochas. A história da evolução das rochas no planeta Terra é uma história recente. Embora haja certa discussão sobre o tempo de existência do planeta, dados mostram que este pode ter de 4,5 a 5 bilhões de anos. O universo teria idade média de 13 bilhões de anos. Apesar de sua idade, a maioria das rochas que recobrem a crosta terrestre são muito mais jovens. As rochas sedimentares que recobrem cerca de 75% da superfície dos continentes foram depositadas e ou consolidadas provavelemente no último um milhão de anos. Da mesma forma que os seres vivos, as rochas possuem um ciclo de vida. Este ciclo ocorre na crosta terrestre e envolve tanto a formação, intemperização e reabsorção destas pela crosta terrestre. O ciclo das rochas inicia-se com o derramamento das lavas vulcânicas. O resfriamento e a cristalização do magma dão origem às rochas magmáticas ou rochas ígneas. Estas rochas são conhecidas como a “mãe” de todas as outras rochas (Figura 5.2). O processo de intemperismo (químico e físico) associado à decomposição biológica promovem a desagregação e decomposição dos minerais primários e, dependendo das condições climáticas, formarão os solos, que são considerados sedimentos não consolidados. Este material pode ser eventualmente transportado, depositado em outro local e ser consolidado dando origem às rochas sedimentares. Tanto as rochas magmáticas como as sedimentares podem sofrer a ação de agentes externos (temperatura e pressão) e originar rochas metamórficas. As diferentes rochas formadas, sofrendo processos de intemperismo, originarão solos que herdarão características das rochas, como os minerais mais resistentes, ou formarão solos ou sedimentos com uma mineralogia muito diferente do material de partida. Rochas, sedimentos e solos podem ser reabsorvidos para o interior da crosta terrestre (Anatese) vindo a constituir novo magma, reiniciando o ciclo..
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Figura 5.2. Esquema do ciclo das rochas que ocorre na superfície da crosta terrestre.
5.2 ROCHAS MAGMÁTICAS
As rochas magmáticas são formadas a partir do resfriamento do magma. O magma é um líquido viscoso que possui materiais sólidos e gases dissolvidos. A constituição do magma está associada a um pequeno número de elementos químicos que representam mais de 90% do total. Excetuando-se o oxigênio, que é o principal elemento aniônico constituinte do magma, três outros elementos (Silício, Alumínio e Ferro) podem ser definidos como aqueles que se apresentam em maiores concentrações e irão formar óxidos e minerais silicatados, principais constituintes de rochas e solos. A formação dos minerais constituintes das rochas magmáticas intrusivas segue uma seqüência pré-determinada conhecida como Seqüência de Cristalização de Bowen. O magma ao se resfriar, dependendo de sua constituição, irá consumir os cátions dissolvidos mais o alumínio e a sílica, para formar os minerais primários. No início os cátions consumidos são os de Cálcio, Magnésio e Ferro, em seguida os de Sódio e Potássio e quando estes estão completamente consumidos a sílica 62
remanescente irá formar diferentes minerais como calcedônia, cristobalita, ágata e finalmente quartzo. A seqüência de cristalização de Bowen é formada pela série de minerais da série descontínua (Olivina, Piroxênios, Anfibólios, Micas) e da série contínua dos plagioclásios que inicialmente são formados ricos em Cálcio (Anortita), que vai sendo substituído isomorficamente por sódio.
Foto. N.L. Bowen (1887-1956) era geólogo estudioso da evolução de rochas magmáticas Na série dos plagioclásios a seqüência de formação é: Anortita -> Bytownita -> Labradorita ->Andesina ->Oligoclasita -> Albita. No final do processo de cristalização são formados feldspatos potássicos (Ex. Ortoclásio), Muscovita e finalmente quartzo (Figura 5.3). A constituição do magma em termos de acidez, isto é percentagem de SiO2, determinará a formação de diferentes tipos de minerais. Nas rochas básicas (SiO2 < 45%) estão presentes em minerais ricos em nutrientes (cálcio, magnésio, ferro, etc.) como as Olivinas, Piroxênios P lagiocásios e Anfibólios (Figura 5.4). J á as rochas magmáticas ácidas (SiO2 > 62%) são constituídas basicamente por Si, Al e K, associados a minerais como quartzo, micas e ortoclase. Além do grau de acidez das rochas magmáticas, outra característica importante é o jazimento, isto é, o local onde o magma foi depositado e resfriado, resultando na 63
formação de diferentes tipos de rochas com diferentes tipos de minerais embora de mesma constituição química.
Figura 5.3. Seqüência de Bowen de cristalização dos minerais primários formados em rochas magmáticas intrusivas.
Figura 5.4. Representações gráficas dos minerais constituintes De rochas magmáticas. Rochas formadas no interior da crosta (Intrusivas) apresentam tempo muito maior de resfriamento do que aquelas que são resfriadas em posições intermediárias (Hypabissais) e na superfície da crosta terrestre (efusivas). Basalto, Dolerito e Gabro 64
são rochas magmáticas básicas provenientes de um magma com a mesma constituição química só que consolidados em diferentes profundidades da crosta terrestre. A consolidação das rochas magmáticas pode ocorrer em diferentes formas segundo a orientação das rochas encaixantes. Se a consolidação ocorre na superfície da crosta terrestre temos um derrame. Se a consolidação ocorre paralelamente a superfície da crosta temos um Sill e se de forma inclinada temos um Dique. Câmaras magmáticas consolidadas no interior da crosta formam Batólitos (Figura 5.5.). 5.2 Rochas Sedimentares
As rochas sedimentares são rochas porosas, formadas a partir de rochas préexistentes. Estas rochas sofreram processos de intemperismo vindo a formar sedimentos (material dedrítico) que podem ser transportados, depositados e litificados (diagênese), consolidando a rocha. As rochas formadas são geralmente estratificadas e constituidas por minerais secundários ou primários que resistiram ao processo de intemperismo, podendo ainda apresentar fósseis em quantidades variadas. Os agentes de transporte podem ser a água, nas sua diferentes formas (chuva, rio, lago, maré, oceano, geleira, orvalho, etc.), vento, aceleração da gravidade, atividade vulcânica, etc.(Figura 5.6.) O material transportado pela água dentro de um rio é distribuído dentro deste, segundo o tamanho de suas partículas. As partículas maiores, como a areia, tendem a se acumular em profundidade. J á partículas menores como o silte e a argila, tendem a se distribuir mais igualmente pela coluna de água. Terminado o processo de deposição dos materiais sólidos, pode permanecer em solução ions (cátions e ânions) que poderão atuar como material cimentante das partículas ou vir a se precipitar no processo de secamente da massa de água formando as rochas sedimentares de precipitação. Os principais ions em solução são sais de cloreto (Cl -), sulfato (SO42-), carbonato (CO32-), sílica (H4SiO4), ferro (Fe3+) e alumínio (Al3+) que, portanto, se constituem nos principais agentes cimentantes das partículas nas rochas sedimentares dedríticas.
65
figura 5.5. Esquema representativo das diferentes formas associadas à consolidação do magma de rochas efusivas na superfície da crosta terrestre.
Figura 5.6. Distribuição diferenciada de partículas em suspensão em um leito de rio associado aos seus diferentes tamanhos. As rochas sedimentares como os arenitos, os calcários, os folhelhos e os solos possuem como material cimentante sílica (SiO 2), carbonato de cálcio e magnésio 66
((Ca,Mg)2CO3), ferro (Fe2O3) e Alumínio (Al2O3). Existem quaisquer combinações de areia cimentadas por CaCO3 e de areia com ferro (Fe2O3) e alumínio (Al2O3). No entanto a concentração de calcário nas rochas ferruginosas e ricas em alumínio é muito baixa. O mesmo se aplica a concentração de ferro e alumínio nos calcários. Essas diferenças na composição química destas rochas sedimentares é devido às diferenças de solubilidade entre os carbonatos, a sílica e os óxidos de ferro e alumínio. A sílica tendo solubilidade intermediária entre os dois agentes cimentantes combina-se em quaisquer proporções com estes (Figura 5.7.)
Figura 5.7. Rochas sedimentares formadas a partir da consolidação na presença de sílica, óxidos de Fe, Al , Ca e Mg. A constituição das rochas sedimentares dependerá da constituição das partículas e do material cimentante utilizado na sua litificação. Arenitos possuem predominantemente sílica em sua constiuição; folhelhos sílica e alumínio enquanto os calcários possuem carbonatos de cálcio e magnésio (Tabela 5.1) Tabela 5.1. Composição química média das rochas sedimentares (%). Composição SiO 2 Al 2O 3 Fe2 O3 / FeO CaO MgO
Arenito
Folhelho
Calcário
78,3 4,8 1,4 5,5 1,2
58,1 15,4 6,5 3,1 2,4
5,2 0,8 0,6 42,6 7,9
67
5.3 ROCHAS METAMÓRFICAS
As rochas metamórficas são formadas a partir de rochas pré-existentes que sofreram processos de metamorfose devido a ação de fortes pressões (metamoprfismo de contato) e/ou temperaturas (metassomatismo). A ação da pressão e da temperatura provoca alterações nas características físicas e químicas das rochas, transformando-as em rochas mais compactas e com uma assembléia de minerais que são formados e que estão em equilíbrio com as novas condições ambientais. Quanto maiores forem as temperaturas e/ou pressões aplicadas maiores serão as transformações que sofrerão as rochas. Pressões aplicadas em rochas duras como as magmáticas promovem a reorientação de minerais mais duros orientando-os segundo planos perpendiculares à força aplicada (Figura 5.8). Temperaturas inferiores a 600oC e pressões de até 10.000 kg cm-2 (Letras A, B e C) promovem alterações na composição mineralógica das rochas encaixantes. Por exemplo (Figura 5.9): A Dolomita +Quartzo =Diopsídio +CO 2(g) B Ortoclásio +Albita = Sanidina Temperaturas superiores a 700oC determinariam a formação de outros minerais como (Figura 5.9): C Pirofilita +Corindon = Silimanita +Cordierita + Faialita DAlmandina =Hercynita +Corindon + H 2O(g) E Moscovita =Sanidina +Corindon + H2O F Flogopita = Forsterita + Leucita + KAlSiO 4+H2O(g) As alterações provocadas pelas pressões sobre as rochas resultam, em alguns casos, na alteração de sua morfologia, estrutura e mesmo composição química. No caso das rochas metamórficas esta estrutura definida por planos de alinhamento dos minerais que se formaram ao longo de um plano, dá-se o nome de xistosidade (Figura 5.10). No caso da pressão aplicada ser igual em todas as direções, o que se observa é a deformação dos minerais menos duros (micas, carbonatos, etc.), às vezes triturados, devido a necessidade de se adaptar aos minerais mais duros, como o quartzo. Esta estrutura associada a estas rochas metamórficas é denominada de Granoblática ou Granular. Rochas que apresentam uma combinação da estrutura 68
xistosa com a estrutura granular formam um novo tipo estrutural denominado de Gnaissica. Estes tipos de estrutura (Xistosa, Granoblástica, Gnaissica) não definem as rochas metamórficas e sim que estas rochas sofreram metamorfismo.
Figura 5.8. Foto de rocha metamórfica demonstrando o dobramento da rocha sedimentar precursora devido a elevadas pressões.
Figura 5.9. Efeito da pressão e temperatura na formação de novas espécies minerais em rochas metamórficas. 69
Rochas metamórficas típicas como os micaxistos, mármores e ganisses apresentam estes tipos de estrutura independente de sua composição química e ou mineralógica. A observação da dobradura de rochas sedimentares num corte de estrada é a forma mais fácil de se observar que a rocha previamente existente no local, sofreu o processo de metamorfismo devido a ação de pressões elevadas (Figura 5.11). Este tipo de formação metamórfica pode ocorrer a partir das rochas sedimentares, que geralmente ocorrem de forma estratificada no fundo de vales, rios, mares, etc. Estes materiais inconsolidados podem, por pressão e ou litificação, endurecer e formar as rochas sedimentares. Subsequente movimentos de placas tectônicas podem provocar pressões enormes sobre os depósitos comprimindo-os e desta forma provocando o metamorfismo. Este metamorfismo pode, por exemplo transformar: Arenitos Quartzitos Siltitos e Folhelhos Ardósia Calcário Mármore. Imensos depósitos de turfa e diferentes materiais orgânicos soterrados por diferentes rochas sedimentares sofrem, com o peso destas, enorme pressão, que reduz seu volume e favorece condições, para a formação de carvão mineral. Outro sobrecarga de pressão sobre o carvão pode provocar novo metamorfismo e transformar o carvão em gravito, rocha metamórfica de onde é extraído a grafite que compõe lápis e lapizeiras(Figura 5.12). Processos mais intensos de metamorfismo podem provocar a formação de uma rocha metamórfica denominada de Kimberlito onde é possível ser encontrado diamantes.
70
Sito de niotita garnets
Figura 5.10. Tipos de estruturas típicas encontradas em Rochas Metamórficas.
Figura 5.11. Representação do dobramento pelo estresse aplicado em rochas sedimentares formando cadeias de montanhas de rochas metamórficas.
71
Figura 5.12. Metamorfismo de depótos de turfeiras recobertas por material dedrítico que devido à elevada pressão formam rochas metamórficas ricas em grafito.
Outra forma de metamorfismo ocorre através do fluxo de calor e ou íons em solução de uma rocha, geralmente magmática, para outra. Neste processo os minerais da rocha encaixante ao receberem o fluxo de calor e ou materiais em solução tornamse instáveis e são transformados em novos minerais. Este processo de metamorfismo é tanto mais intenso quanto mais próximo da fonte de calor e ou material estiver a rocha encaixante. Além disso, as variações na intensidade de metamorfismo irão depender das características da fonte de calor como temperatura e volume desta (Figura 5.13). Os minerais próximos à zona de contato entre a rocha encaixante e a rocha magmática sofrem intenso metamorfismo que podem transformá-los em minerais primários. Próximo à fonte de calor o metamorfismo é intenso e diminui em intensidade ao se afastar da zona de transferência de calor e ou material. Esta difusão de calor e material cria zonas (aureolas) de metamorfismo de intensidade cada vez menor.
72
Figura 5.13. Batólito de rochas magmáticas encaixado em um conjunto de rochas sedimentares promovendo metamorfismo de contato.
73
74
ANEXO 1.
DESCRI ÇÃO MORFOLÓGICA, ATRIBUTOS FÍSICOS, QUÍMICOS, MINERAL ÓGICOS E DA SOLUÇÃO DE SOLOS DA REGI ÃO SUL DO BRASIL
75
PERFIL: 01
DATA: 07/10/1999
CLASSIFICAÇÃO ANTERIOR: PLINTOSSOLO ÁLICO fragipânico A moderado textura média comcascalho CL ASSIFI CAÇÃO ATUAL: PLINTOSSOLO HÁPLICO Distrófico típico LOCALIZAÇÃO: Município de Camaquã – RS. Na BR 116, sentido Porto Alegre-Pelotas, barranco do lado esquerdo, passando 9,2 km da primeira entrada de Camaquã SITUAÇÃO NA PAISAGEM: posição de planície emtopo de terraço comdeclive inferior a 3% ALTITUDE: 60 metros L ITOLOGIA E FORMAÇÃO GEOL ÓGICA: sedimentos arenosos do Grupo Patos, Quaternário MATERI AL ORIGINÁRIO: produtos de alteração dos sedimentos acima referidos RELEVO LOCAL: plano RELEVO REGIONAL: plano e suave ondulado EROSÃO: não aparente DRENAGEM: imperfeitamente drenado VEGETAÇÃO PRIMÁRI A: campo subtropical USO ATUAL : pastagemno local e do outro lado da estrada há lavoura desoja. DESCRITO E COL ETADO: Américo Pereira de Carvalho, Gustavo Ribas Curcio, J aime Antônio de Almeida, Márcio Rossi, Maurício Rizzato Coelho OBSERVAÇÕES: - perfil descrito sob intensa chuva; - as plintitas com pontos pretos centrais efervescemcom água oxigenada, indicando a presença de manganês; - embora atualmente não sejam admitidos cromas maiores que 2, para valores superiores a 4 (pág 53), pelo SBCS, ainda assim o horizonte E recebeu o sufixo g, devido a identificação de caráter glei pela equipe de descrição do perfil; - no final de agosto, a 1,70 m de profundidade vertia água; - sugere-se no quarto nível a criação daclassefragipânico; - veios de argila inferiores a 1 cmde diâmetro no Cg e C; - nódulos manganíferos centimétricos de forma irregular a partir do Egf, com concentração em 90 – 120cm e abaixo de 120cmausentes. 1. 2. DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA A1 A2 AE EA Egf Egfm Cg C
0 – 20cm; bruno-acinzentado-escuro (10YR 4/2); franco-arenoso; fraca amoderadamédia e pequena blocos subangulares com presença degrão simples; ligeiramente duro, muito friável, ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso; transição clara e plana. - 37cm; bruno a bruno-escuro (10Y R 4/3); franco-arenoso; fraca a moderada pequena e média blocos subangulares; ligeiramente duro, friável, plástico e ligeiramente pegajoso; transição clara e plana. - 53cm; bruno-amarelado (10YR 5/4); franco-arenoso; fraca a moderada média e grande blocos subangulares; ligeiramente duro, friável, plástico e ligeiramente pegajoso; transição clara e plana. - 65cm; bruno-amarelado claro (10YR 6/4); franco-arenoso; fraca a moderada grande e muito grande blocos subangulares; duro, friável/firme, plástico e pegajoso; transição abrupta e ondulada (60-70 cm). -100cm; bruno-claro-acinzentado (10YR 6/3); franco-arenoso; fraca muito grande e grande blocos subangulares e maciça empontos isolados; dura, firme, plástico e pegajoso; transição abrupta eondulada. - 100 –120cm; ...; franco-arenoso; maciço; dura, extremamente firme, plástico e pegajoso; transição quebrada em forma de bolsões. -100–190+cm; bruno-claro-acinzentado (10YR 6/3); franco-argilo-arenoso; maciço; extremamente firme; abrupta e quebrada. - 100– 190+cm, ...; franco-argilo-arenoso; maciço; extremamente firme.
Raízes: A1 – muitas fasciculadas finas/médias; A2 – muitas/comuns fasciculadas finas; AE – comuns/poucas finas; EA – poucas finas; Egf – raras; Egfm– raras; Cg – raras; C – raras.
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Análises Físicas e Químicas Perfil: P.1 Amostra de laboratório: 00.0303/0310 Fraçõesdaamostratotal (g/kg)
Horizonte
Símbolo
A1 A2 AE EA Egf Egfm Cg C
Profundidade cm
0-20 -37 -53 -65 -100 100–120 100-190 100-190
Calhaus 2 0 mm
Cascalho 20-2 mm
0 0 0 0 66 33 0 0
0 0 23 61 132 95 27 27
Argila
Composiçãogranulomé tricadaterrafina (dispersãocomNaOH /calgon) (g/kg)
Terrafina 2 mm
Areia grossa 2-0,20 mm
Areia fina 0,20-0,05 mm
Silte 0,05-0,002 mm
500 472 482 465 399 413 345 360
153 173 165 157 187 166 112 131
246 254 252 277 313 321 239 243
Graude floculação (g/100g)
ispersa
Argila 0 ,002 mm
%Silte %Argila
Densidade Mg/m3 Solo
Porosidade cm3/100cm3
Partícula
m água (g/kg)
40 81 81 80 80 80 264 0
Complexosortivo(cmolc/kg) Horizonte
pH(1:2,5) 2+
+
A1 A2 AE EA Egf Egfm Cg C
4,0 4,2 4,3 4,5 4,7 5,2 5,0 5,2
3,7 3,9 3,9 3,9 4,0 4,0 3,6 3,8
Horizonte
C
N
(orgânico) g/kg
(g/kg)
SiO2
Al2O3
Fe2O3
TiO2
A1
8,2
0,8
40
23
9
5,6
A2
4,4
0,5
33
21
7
4,5
AE
3,7
0,4
36
25
9
5,2
EA
2,6
0,4
36
26
8
5,4
Egf
1,5
0,3
29
21
8
5,8
Egfm
0,9
0,3
34
23
10
5,3
Cg
1,7
0,3
100
87
21
5,9
C
1,2
0,2
93
79
36
5,7
Horizonte
100 Na+ T (%) 1 1 1 1 1 1 1 1
Mg
+
KCl 1N
< < < < < < < <
Ca
2+
Água
A1 A2 AE EA Egf Egfm Cg C
100Al3+ S+Al3+ (%)
V
0,8 0,3 0,3 0,3 0,3 0,8 0,6 2,3 0,4 1,6
K
Na
0,18 0,08 0,06 0,06 0,05 0,04 0,07 0,04
0,02 0,02 0,02 0,03 0,02 0,01 0,08 0,06
Al
H
1,1 1,3 1,4 1,4 1,1 0,8 3,2 1,9 P2O5
+
T
(%)
3,3 2,5 2,4 2,1 1,4 1,3 2,5 2,3
AtaqueporH2SO4(1:1) - NaOH(0,8%) (g/kg)
C/N
Pastasaturada C.E.do extrato mS/cm 25°C
SB
3+
MnO
210 130 100 80 70 20 40 70 SiO2/ Al2O3
SiO2/ R2O3
(Ki)
(Kr)
Saissolúveis(extrato1:5) cmolc/kgdeTF Na+ HCO3-
Al2O3/ Fe2O3
Ca2+
Mg2+
K +
CO32-
Fe2O3 livre
Equivalentede CaCO3
(g/kg)
(g/kg)
Constanteshídricas
Água %
P Assimilável (mg/kg)
Cl -
SO42-
Umidade 0,033MPa
(g/100g) Umidade 1,5Mpa
Águadisponível Máxima
PERFIL: 02
DATA: 08/10/1999
CLASSIFICAÇÃO ANTERIOR: PLANOSSOLO EUTRÓFICO epidistrófico Ta A moderado textura média/argilosa CL ASSIFI CAÇÃO ATUAL: PLANOSSOLO HIDROMÓRFICO Eutrófico solódico LOCALIZAÇÃO: na BR 116, do lado esquerdo da rodovia (afastado em torno de 50 metros), sentido Pelotas-Porto Alegre, a 18,5 km dabarragem de Santa Bárbara no município de Pelotas SITUAÇÃO NA PAISAGEM: planície com2% de declive local ALTITUDE: 50 metros L ITOLOGIA E FORMAÇÃO GEOL ÓGICA: sedimentos areno-argilosos do Grupo Patos, Quaternário MATERI AL ORIGINÁRIO: produtos de alteração dos sedimentos acima referidos comcobertura de material retrabalhado RELEVO LOCAL: plano RELEVO REGIONAL: plano e suave ondulado EROSÃO: não aparente DRENAGEM: mal drenado VEGETAÇÃO PRIMÁRI A: campo subtropical USO ATUAL : pasto eeucalipto por rebrota DESCRITO E COLETADO: Gustavo Ribas Curcio, Américo Pereira de Carvalho, Jaime Antônio de Almeida, Márcio Rossi, Maurício Rizzato Coelho OBSERVAÇÕES: - perfil descrito em dia de chuva; - há dúvidas se hácerosidade, pois o solo encontra-se muito molhado; - presença de superfície de compressão no horizonte Btg; - foi discutido se o horizonte A2 não poderia ser chamado de AE; Em retorno no dia 6/01/2000, verificou-se emperfil extremamente seco: - presença de cerosidade moderadapouca/comum no Btgf; - forte expressão de estrutura prismática composta de blocos; - foi discutido se o horizonte A2 poderia ser designado por AE; - horizonte Ap encontrava-se extremamente compactado. Descrição Morfológica
Ap A2 E1 E2
Btgf
Btg
0– 15cm; bruno-acinzentado muito escuro (10YR 3/2), bruno-acinzentado (10YR 5/2, seco); franco-arenoso; moderada média e pequena blocos subangulares; dura, friável, ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso; transição clara e plana. – 26cm; bruno-acinzentado-escuro (10YR 4/2), bruno-acinzentado a cinzento-brunado-claro (10YR 5,5/2, seco); franco-arenoso; fraca a moderada pequena e média blocos subangulares; ligeiramente dura, friável, plástico e ligeiramente pegajoso; transição clara e plana. – 37cm; bruno-acinzentado (10YR 5/2), cinzento-brunado-claro a cinza-claro (10YR 6,5/2, seco); franco-arenoso; fraca média e pequena blocos subangulares; dura, friável, ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso; transição clara e plana. – 51cm; bruno (10YR 5/3) com mosqueados proeminente comum pequenos bruno-amarelado e cinza muito escuro (10YR 5/6 e 3/1), cinza-claro (10YR 7/2); franco-arenoso; moderada grande e média blocos subangulares; muito dura, friável a firme, plástico e pegajoso; transição abrupta e plana. – 72cm; cinza (10YR 5/1) com mosqueados bruno-amarelado (10YR 5/4) e plintita brunoamarelado (10YR 5/6), bruno-acinzentado (10YR 5/2, seco); franco-argilo-arenoso; forte grande e média prismática composta de moderada/forte grande e média blocos angulares e subangulares; extremamente dura, firme, muito plástico e pegajoso; transição clara e plana. – 112cm+; cinza-brunado-claro (10YR 6/2) com mosqueados proeminentes comuns pequenos e médios bruno-amarelado (10YR 5/4 e 5/6), bruno muito claro acinzentado (10YR 7/3, seco); franco-argilo-arenoso; forte grande prismática composta de moderada a forte grande blocos angulares; extremamente dura, muito firme, muito plástico e pegajoso.
Raízes: Ap – muitas fasciculadas finas; A2 – muitas fasciculadas finas; E1 – comuns finas; E2 – comuns finas; Btgf – poucas; Btg– raras. Poros: Ap – comuns muito pequenos; A2 – comuns pequenos a muito pequenos; E1 – muitos/comuns pequenos a muito pequenos; E2 – muitos poros pequenos a muito pequenos; Btgf - poucos pequenos; Btg – poucos pequenos.
78
Análises Físicas e Químicas Perfil: P.2 Amostra de laboratório: : 00.0311/0316
Símbolo
Ap A2 E1 E2 Btgf Btg
Composiçãogranulométricada terrafina (dispersãocomNaOH /calgon) (g/kg)
Fraçõesdaamostratotal (g/kg)
Horizonte
Profundidade cm
Calhaus 2 0 mm
0-15 -26 -37 -51 -72 -112
Cascalho 20-2 mm
0 0 0 0 0 0
Terrafina 2 mm
5 10 21 13 15 12
Areia grossa 2-0,20 mm
Areia fina 0,20-0,05 mm
285 313 328 291 193 197
356 365 342 336 214 259
Silte 0,05-0,002 mm
Argila Argila 0 ,002 mm
Graude floculação (g/100g)
ispersa
%Silte %Argila
Densidade Mg/m3 Solo
Partícula
Porosidade cm3/100cm3
m água (g/kg)
101 104 101 121 378 311
81 83 80 101 336 290
Complexosortivo(cmolc/kg) Horizonte
pH(1:2,5) Água
KCl 1N
Ap A2 E1 E2 Btgf Btg
4,5 4,6 4,7 5,0 5,4 5,7
3,7 3,8 3,9 3,8 3,7 4,0
Horizonte
C
N
(orgânico) g/kg
(g/kg)
11,4 5,9 3,3 2,9 3,9 1,8
1,0 0,5 0,4 0,3 0,4 0,3
Ap A2 E1 E2 Btgf Btg
100Al3+ S+Al3+ (%)
V 2+
Ca
2+
Mg
0,5
0,8 0,9 0,7 0,3 1,0 2,5 4,5 4,5 5,0
+
K
Na
0,14 0,10 0,10 0,13 0,24 0,11
3+
SB
Al
1,5 1,0 0,8 1,5 7,8 10,3
1,3 1,4 1,2 1,7 4,1 0,6
H
SiO2
Al2O3
Fe2O3
TiO2
46 38 31 47 145 123
19 17 17 30 109 82
7 7 8 12 38 32
2,7 3,0 2,8 2,9 5,0 4,8
P2O5
+
T
(%)
7,2 5,2 4,3 5,3 14,4 12,7
AtaqueporH2SO4(1:1) - NaOH(0,8%) (g/kg)
C/N
11 12 8 10 10 6
+
MnO
P Assimilável (mg/kg)
100 60 50 40 40 10
SiO2/ Al2O3
SiO2/ R2O3
(Ki)
(Kr)
Al2O3/ Fe2O3
Fe2O3 livre
Equivalentede CaCO3
(g/kg)
(g/kg)
*Ki e Kr influenciados pela textura do solo Horizonte
Ap A2 E1 E2 Btgf Btg
100Na+ T (%)
<1 <1 <1 1 4 6
Pastasaturada C.E.do extrato Água mS/cm % 25°C
0,12
90
Ca2+
Mg2+
K +
0,01
Saissolúveis(extrato1:5) molc/kgdeTF c Na+ HCO3-
0,30
79
CO32-
Cl -
SO42-
Constanteshídricas (g/100g) Umidade Umidade Águadisponível 0,033MPa 1,5Mpa Máxima
PERFIL: 03 DATA:08/10/1999 CLASSIFICAÇÃO ANTERIOR: PODZÓLICO BRUNO-ACINZENTADO EUTRÓFICO epidistrófico Tb A proeminente textura média/argilosa CL ASSIFI CAÇÃO ATUAL: LOCALIZAÇÃO: a 23,5 kmdo acesso para Canguçú em direção à Pelotas, pela BR-471 SITUAÇÃO NA PAISAGEM: terço médio com12% de declive ALTITUDE:160 m L ITOLOGIA E FORMAÇÃO GEOL ÓGICA: migmatitos do Sub-grupo Cambaí, Grupo Porongos, Pré-Cambriano MATERI AL ORIGINÁRIO: produtos de alteração dos migmatitos acima referidos RELEVO LOCAL: ondulado RELEVO REGIONAL: ondulado eforte ondulado EROSÃO: não aparente DRENAGEM: moderadamente drenado VEGETAÇÃO PRIMÁRI A: floresta subtropical USO ATUAL : milho na época da descrição DESCRITO E COLETADO: Américo Pereira de Carvalho, Jaime Antônio de Almeida, Márcio Rossi, Maurício Rizzato Coelho, Gustavo Ribas Curcio OBSERVAÇÕES: - perfil descrito commuita chuva; Em retorno no dia 07/01/2000, verificou-se emperfil extremamente seco: - recobrimento de5 a6 cmno horizonte Ap, não reconhecido na descrição inicial devido a chuva. - RT=1,60 Atividade de argila=26,44 Descrição Morfológica Ap BA B BC C1 C2 Cr
0 – 32cm; preto (10YR 2/1); franco; fraca grande e média blocos subangulares que se desfaz em moderada pequena e média granular; friável, muito plástico e muito pegajoso; transição clara e plana. – 58cm; cinzento muito escuro (10YR 3/1); franco-argilo-arenoso; moderada grande e média blocos subangulares; firme a friável, muito plástico e muito pegajoso; transição clara e plana. – 73cm; cinzento muito escuro a bruno-acinzentado muito escuro (10YR 3/1,5); franco-argiloso; forte grande blocos subangulares; cerosidade moderada comum/pouca; firme; muito plástico e muito pegajoso; transição clara e plana. – 87cm; cor variegada constituída de cinzento muito escuro (10YR 3/1), bruno-amarelado (10YR5/4) e bruno a brunoescuro (7,5Y R 4/4); argila/ forte a moderada grande emédia blocos subangulares; transição clara eplana. – 100cm; cor variegada constituída de cinzento-escuro (10YR 4/1), bruno-amarelado (10YR5/6) e vermelho-amarelado (5Y R4/6); argila; moderada grande e média blocos subangulares; firme, muito plástico e pegajoso a muito pegajoso; transição gradual e plana. – 125cm; cor variegada constituída de cinzento-escuro (10YR 4/1), bruno-escuro a bruno (10Y R 4/3) e vermelhoamarelado (10YR 4/6); franco-argiloso; moderada grande e média blocos subangulares; firme, muito plástico e pegajoso a muito pegajoso; transição clara eplana. – 125cm+; cor variegada constituída de bruno-acinzentado (10YR 5/2), bruno-amarelado (10YR5/6) e cinzento-escuro (10YR 4/1).
Raízes: Ap – muitas fasciculadas finas e médias; BA – muitas/comuns finas e médias; B – comuns finas; BC – poucas/raras finas; C1 e C2 raras finas. Poros: Ap – muitos poros muito pequenos e pequenos, comuns médios e raros grandes; BA – comuns pequenos e muito pequenos, poucos médios; B – comuns pequenos e muito pequenos; BC – comuns pequenos e muito pequenos; C1 raros pequenos e muito pequenos; C2 – raros pequenos e muito pequenos.
80
Análises Físicas e Químicas Perfil: P.3 Amostra de laboratório: 00.0317/0322
Símbolo
Ap BA B BC C1 C2
Composiçãogranulométricada terrafina (dispersãocomNaOH /calgon) (g/kg)
Fraçõesdaamostratotal (g/kg)
Horizonte
Profundidade cm
Calhaus 2 0 mm
Cascalho 20-2 mm
Terrafina 2 mm
8 0 15 36 90 60
992 1000 985 964 910 940
0-32 -58 -73 -87 -100 -125
Areia grossa 2-0,20 mm
pH(1:2,5)
Argila
Areia fina 0,20-0,05 mm
Silte 0,05-0,002 mm
Argila 0 ,002 mm
203 172 158 147 129 176
285 218 202 222 228 211
246 372 416 440 438 351
Graude floculação (g/100g)
ispersa
164 331 374 42 376 310
KCl 1N
Ap BA B BC C1 C2
5,0 5,4 5,3 5,3 5,3 5,4
4,2 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0
Horizonte
C
N
(orgânico) g/kg
(g/kg)
Ap BA B BC C1 C2
1,5 0,7 0,6 0,6 0,5 0,3
<1 <1 1 1 1 1
Porosidade cm3/100cm3
Complexosortivo(cmolc/kg)
Água
100Na+ T (%)
Partícula
1,16 0,59 0,49 0,50 0,52 0,60
100Al3+ S+Al3+ (%)
V
Ap BA B BC C1 C2
Solo
m água (g/kg)
Horizonte
Horizonte
%Silte %Argila
Densidade Mg/m3
2+
Ca
2+
+
Mg
K
Na
SB
1,8 2,4 2,6 3,3 3,4 3,0
0,30 0,10 0,11 0,08 0,09 0,08
0,08 0,08 0,11 0,15 0,16 0,14
6,2 5,9 5,7 6,4 6,7 5,7
Pastasaturada C.E.do extrato Água mS/cm % 25°C
Al
3+
H
SiO2
Al2O3
Fe2O3
TiO2
101 138 154 173 173 142
71 116 134 154 151 119
26 37 44 52 51 45
5,1 6,1 6,4 6,5 6,7 6,1
K +
Saissolúveis(extrato1:5) c molc/kgdeTF Na+ HCO3-
Ca2+
Mg2+
+
7,0 4,9 4,0 3,9 3,4 3,0
AtaqueporH2SO4(1:1) - NaOH(0,8%) (g/kg)
C/N
11 12 12 8 9 11
+
P2O5
MnO
CO32-
T
(%)
13,7 11,9 11,0 11,5 11,5 9,9
120 30 30 40 60 50
SiO2/ Al2O3
SiO2/ R2O3
(Ki)
(Kr)
Cl -
P Assimilável (mg/kg)
SO42-
Al2O3/ Fe2O3
Fe2O3 livre
Equivalentede CaCO3
(g/kg)
(g/kg)
Constanteshídricas (g/100g) Umidade Umidade Águadisponível 0,033MPa 1,5Mpa Máxima
PERFIL: 04
DATA: 08/10/1999
CLASSIFICAÇÃO ANTERIOR : PODZÓLICO VERMELHO-AMARELO DISTRÓFICO epieutrófico Tb A proeminente
textura média/argilosa CL ASSIFI CAÇÃO ATUAL: ARGISSOLO AMARELO Distrófico típico LOCALIZAÇÃO: emfrente a Polícia Rodoviária de Pinheiro Machado SITUAÇÃO NA PAISAGEM: terço superior com 6% de declive ALTITUDE: 480m L ITOLOGIA E FORMAÇÃO GEOL ÓGICA: migmatitos do Sub-grupo Cambaí, Grupo Porongos, Pré-Cambriano MATERI AL ORIGINÁRIO: produtos de alteração dos migmatitos acima referidos RELEVO LOCAL: suave ondulado RELEVO REGIONAL: ondulado aforte ondulado EROSÃO: não aparente DRENAGEM: bem a moderadamente drenado VEGETAÇÃO PRIMÁRI A: floresta subtropical arbustiva USO ATUAL : pastagem DESCRITO E COLETADO: Márcio Rossi, Jaime Antônio de Almeida, Maurício Rizzato Coelho, Gustavo Ribas Curcio, Américo Pereira de Carvalho OBSERVAÇÕES: - presença de cascalho fino a partir do BA; - intensa atividade biológica ao longo do perfil; - quando da coleta de anéis volumétricos, emperíodo de seca, este solo apresentou-se extremamente duro; - RT=2,32 - este solo é completamente diferente dos ARGISSOLOS AMARELOS da Formação Barreiras, gerando, portanto, a necessidade de diferenciá-los. É opinião do grupo que não pode ser chamado deamarelo. Descrição Morfológica Ap A2 BAx Btx1 Btx2
BC Cr
0 – 20cm; bruno-acinzentado muito escuro (10Y R 3/2); franco-arenoso; fraca a moderada muito pequena e pequena blocos subangulares que se desfaz em fraca muito pequena granular e grão simples; ligeiramente duro, friável, plástico e ligeiramente pegajoso; transição clara eplana. - 44cm; bruno muito escuro (10YR 2/2); franco-argilo-arenoso; moderada pequena e média blocos subangulares e moderada pequena e muito pequena granular; duro/ligeiramente duro, friável a firme, plástico e pegajoso; transição clara e plana. - 58cm; bruno-escuro (10YR 3/3); franco-argilo-arenoso; moderada pequena e média blocos subangulares; extremamente duro, firme, plástico e pegajoso; transição clara e plana. - 75cm; bruno-escuro/bruno (7,5Y R4/4); argila; moderada a forte pequena e média blocos subangulares; cerosidade pouca efraca; extremamente duro, firme, muito plástico e pegajoso; transição clara e plana. - 95cm; bruno-avermelhado (6YR 4/3,5); argila; moderada a forte pequena média blocos subangulares; cerosidade pouca e fraca; extremamente duro, firme, muito plástico e muito pegajoso; transição clarae plana. -125cm; vermelho-amarelado (5YR 5/8); franco-argilo-arenoso com cascalho; moderada pequena e média blocos subangulares; firme a friável, plástico e pegajoso; transição clara e ondulada (17-43). - 125cm+; cor variegadaconstituída de vermelho-amarelado(5YR 5/8), vermelho (3YR 5/8), amarelo-avermelhado (5YR 7/6); franco-arenoso; maciça; ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso.
Raízes: Ap – muitas fasciculadas finas, comuns médias; A2 – poucas médias emuitas/comuns finas; BAx – poucas finas; Btx1, Btx2 e BC – raras finas. Poros: Ap – muitos poros muito pequenos e pequenos, comuns médios; A2 – comuns pequenos e muito pequenos, poucos médios; BAx – comuns pequenos e muito pequenos; Btx1 – poucos pequenos; Btx2 – poucos pequenos; BC – comuns pequenos e muitos muito pequenos.
82
Análises Físicas e Químicas Perfil: P.4 Amostra de laboratório: 00.0323/0329 Solo:
Símbolo
Ap A2 Bax Btx1 Btx2 BC Cr
Composiçãogranulométricada terrafina (dispersãocomNaOH /calgon) (g/kg)
Fraçõesdaamostratotal (g/kg)
Horizonte
Profundidade cm
Calhaus 2 0 mm
0-20 -44 -58 -75 -95 -112 -138
Cascalho 20-2 mm
Terrafina 2 mm
0 0 0 0 0 0 0
Areia grossa 2-0,20 mm
1000 1000 978 973 1000 987 990
Areia fina 0,20-0,05 mm
Silte 0,05-0,002 mm
Argila 0 ,002 mm
Graude floculação (g/100g)
ispersa
221 227 211 188 195 209 191
122 204 287 436 415 245 122
Solo
Água
KCl 1N
Ca2+
Mg2+
Ap A2 BAx Btx1 Btx2 BC Cr
5,3 4,7 4,9 5,0 5,1 5,2 5,5
4,7 3,9 3,9 3,8 3,8 3,9 3,9
2,6 0,8 1,1 1,6 1,4 1,0 0,8
1,3 0,6 0,8 1,4 1,3 1,2 1,4
Horizonte
C
N
(orgânico) g/kg
(g/kg)
13,5 9,2 7,8 6,9 5,0 2,6 1,2
Horizonte
100Na+ T (%)
<1 <1 <1 <1 <1 1 2
Porosidade cm3/100cm3
Complexosortivo(cmolc/kg) 100Al3+ S+Al3+ (%)
V
Ap A2 BAx Btx1 Btx2 BC Cr
Partícula
17 30 14 14 15 58 100
Horizonte
Ap A2 BAx Btx1 Btx2 BC Cr
%Silte %Argila
Densidade Mg/m3
m água (g/kg)
442 408 381 276 276 405 502
pH(1:2,5)
Argila
K +
SiO2
Pastasaturada C.E.do extrato Água mS/cm % 25°C
SB
Al3+
H+
0,03 0,03 0,05 0,07 0,08 0,09 0,10
4,4 1,5 2,1 3,2 2,9 2,4 2,4
0,1 1,6 2,5 3,3 2,7 1,7 1,4
3,9 4,9 4,6 4,3 3,3 2,8 1,4
AtaqueporH2SO4(1:1) - NaOH(0,8%) (g/kg)
C/N
10 10 11 9 8 6 4
Na+
Al2O3
58 88 118 171 182 136 104
2+
Ca
2+
Mg
Fe2O3
TiO2
21 21 28 38 34 26 21
3,6 4,1 4,3 4,8 4,2 3,2 1,9
+
K
P2O5
Saissolúveis(extrato1:5) c molc/kgdeTF Na+ HCO3-
MnO
CO32-
T
(%)
P Assimilável (mg/kg)
50 10 20 10 10 40 40 SiO2/ Al2O3
SiO2/ R2O3
(Ki)
(Kr)
2,59 2,45 2,09 1,99 1,96 2,08 2,18
1,94 2,03 1,76 1,71 1,72 1,80 1,88
Cl
-
SO42-
Al2O3/ Fe2O3
Fe2O3 livre
Equivalentede CaCO3
(g/kg)
(g/kg)
2,84 4,56 5,38 6,03 7,30 6,70 6,06 Constanteshídricas (g/100g) Umidade Umidade Águadisponível 0,033MPa 1,5Mpa Máxima
PERFIL: 05 DATA: 09/10/1999 CLASSIFICAÇÃO ANTERIOR: BRUNIZÉM vértico textura média/argilosa. CL ASSIFI CAÇÃO ATUAL: CHERNOSSOLO EBÂNICO Órticovértico LOCALIZAÇÃO: a 46,5km do arco (Portal) da entrada de Bagé, sentido Bagé-Aceguá, lado esquerdo, a 80 metros da estrada em cabeceira de drenagem SITUAÇÃO NA PAISAGEM: terço superior, com 16% dedeclive ALTITUDE: 230 metros L ITOLOGIA E FORMAÇÃO GEOL ÓGICA: folhelhos sílticos do Grupo PassaDois, Permiano MATERI AL ORIGINÁRIO: produtos de alteração dos folhelhos supra mencionados RELEVO LOCAL: ondulado RELEVO REGIONAL: ondulado eforte ondulado EROSÃO: forte emcabeceira de drenagem DRENAGEM: imperfeitamente drenado VEGETAÇÃO PRIMÁRI A: campo subtropical USO ATUAL : trigo DESCRITO E COL ETADO: J aime Antônio de Almeida, Maurício Rizzato Coelho, Gustavo Ribas Curcio, A mérico Pereira de Carvalho e Márcio Rossi. OBSERVAÇÕES: - perfil descrito com muita umidade, umdia após vários dias de chuva; superfícies de compressão no Bx e Bvx; atividade biológica no Ap, A2e Bx; estrutura cuneiforme no Bx e Bvx; presença de organs no B’x, BCv1 eBCv2 nas superfícies de fraqueza; concreções nodulares no B’x e BCv1; - o horizonte B foi considerado como nítico, todavia devido afalta desimbologia apropriadasugere-se a criação do mesmo; Em retorno em janeiro de 2000, observou-se: estrutura forte grande prismática constituída por blocos com cerosidade forte comumno Bvx ; o tamanho dos prismas do Bvx é superior ao do Bx. Descrição Morfológica
Ap A2 Bx
Bvx
B’x BCv1
BCv2
0 – 10cm; cinzento muito escuro (10YR 3/1) e cinzento-escuro (10YR 4/1, seco); franco-argilo-arenoso; moderada média e grande blocos subangulares; ligeiramente duro, friável a firme, plástico a muito plástico e pegajoso; transição clara e plana. – 25cm; cinzento muito escuro (10YR 3/1) e cinzento-escuro (10YR 4/1, seco); franco-argilo-arenoso; moderada grande e média blocos subangulares; muito duro, firme, plástico a muito plástico e pegajoso; transição clara e plana. – 48cm; preto (2,5Y 2,5/1) e cinza-escuro a cinza (2,5Y 4,5/1, seco); franco-argiloso; forte grande blocos angulares e subangulares que se desfaz em pequena média blocos angulares e subangulares; cerosidade forte e abundante; extremamente duro, firme a muito firme, muito plástico e muito pegajoso; transição gradual e plana. – 65cm; preto (2,5Y 2,5/1, úmido e seco); argila; forte grande blocos angulares e subangulares que se desfaz em pequena média blocos angulares e subangulares; slickensides comuns; cerosidade forte e abundante; extremamente duro, firme a muito firme, muito plástico e muito pegajoso; transição clara e plana. – 88cm; bruno-acinzentado muito escuro (10YR 3/2); franco-argiloso; moderada grande blocos subangulares e angulares; poucos slickensides; cerosidade forte comum; extremamente duro, firme a muito firme, muito plástico e muito pegajoso; transição clara e plana. – 108cm; bruno-acinzentado muito escuro (10YR 3/2), mosqueado pouco pequeno e difuso cinzento muito escuro (10YR 3/1) e pouco pequeno proeminente bruno-forte (7,5YR 5/8); argila-arenosa; moderada grande blocos subangulares e angulares; slickensides comuns; firme, muito plástico e muito pegajoso; transição gradual e plana. – 135cm+; bruno-acinzentado muito escuro (10YR 3/2), mosqueado pouco pequeno e difuso cinzento muito escuro (10YR 3/1) e comum médio proeminente bruno-forte (7,5 YR 5/8); franco-argiloso; moderada grande blocos subangulares; slickensides comuns; firme, muito plástico e muito pegajoso.
Raízes: Ap – muitas fasciculadas finas, comuns médias; A2 e Bx – comuns fasciculadas finas e comuns/poucas médias; Bvx poucas finas; B’x, BCv1 e BCv2 – raras finas. Poros: Ap e A2 – muitos poros pequenos e comuns médios; Bx – comuns médios e poucos pequenos; Bvx e B’x – muitos pequenos e poucos médios; BCv1 e BCv2 – comuns médios e pequenos.
84
Análises Físicas e Químicas Perfil: P.5 Amostra de laboratório: 00.0330/0336
Símbolo
Ap A2 Bx Bvx B’x BCv1 BCv2
Composiçãogranulométricada terrafina (dispersãocomNaOH /calgon) (g/kg)
Fraçõesdaamostratotal (g/kg)
Horizonte
Profundidade cm
Calhaus 2 0 mm
Cascalho 20-2 mm
0-10 -25 -48 -65 -88 -108 -135
Terrafina 2 mm
Areia grossa 2-0,20 mm
Areia fina 0,20-0,05 mm
21 23 12 10 10 12 10
475 458 369 351 388 451 423
1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000
pH(1:2,5)
Silte 0,05-0,002 mm
Argila Argila 0 ,002 mm
Graude floculação (g/100g)
ispersa
248 268 355 400 357 375 292
KCl 1N
Ap A2 Bx Bvx B’x BCv1 BCv2
5,7 6,0 6,2 6,7 7,3 7,8 8,0
4,9 4,9 4,8 5,1 5,5 6,1 6,5
Horizonte
C
N
(orgânico) g/kg
(g/kg)
Ap A2 Bx Bvx B’x BCv1 BCv2
Porosidade cm3/100cm3
Complexosortivo(cmolc/kg)
Água
2,0 1,6 0,9 0,9 0,6 0,5 0,5
100Na+ T (%)
Partícula
207 248 355 337 357 313 271
V
Ap A2 Bx Bvx B’x BCv1 BCv2
Solo
m água (g/kg)
Horizonte
Horizonte
%Silte %Argila
Densidade Mg/m3
2+
Mg
K
11,2 11,8 14,7 17,2 15,6 14,0 14,9
2,7 2,8 3,4 4,2 3,9 3,2 3,2
0,29 0,20 0,21 0,26 0,23 0,21 0,21
Ca
2+
+
Pastasaturada C.E.do extrato Água mS/cm % 25°C
Na
3+
SB
Al
14,4 15,0 18,5 22,0 20,2 17,8 18,8
0 0 0 0 0 0 0
H
SiO2
Al2O3
Fe2O3
TiO2
83 85 128 156 150 136 130
46 52 82 105 100 86 82
25 26 32 37 33 31 31
4,1 3,9 4,4 4,7 4,2 4,2 4,2
K +
Saissolúveis(extrato1:5) molc/kgdeTF c Na+ HCO3-
Ca2+
Mg2+
P2O5
<1 <1 <1 1 2 2 2
85
+
T
(%)
19,0 19,5 22,1 24,6 21,8 17,8 18,8
AtaqueporH2SO4(1:1) - NaOH(0,8%) (g/kg)
C/N
11 11 12 10 10 9 9
+
100Al3+ S+Al3+ (%)
MnO
CO32-
60 90 50 40 50 10 10
SiO2/ Al2O3
SiO2/ R2O3
(Ki)
(Kr)
Cl -
P Assimilável (mg/kg)
SO42-
Al2O3/ Fe2O3
Fe2O3 livre
Equivalentede CaCO3
(g/kg)
(g/kg)
Constanteshídricas (g/100g) Umidade Umidade Águadisponível 0,033MPa 1,5Mpa Máxima
PERFIL: 06 DATA: 09/10/1999 CLASSIFICAÇÃO ANTERIOR: PLANOSSOLO EUTRÓFICO Ta vértico A proeminente textura média/argilosa CL ASSIFI CAÇÃO ATUAL: PLANOSSOLO HIDROMÓRFICO Eutrófico solódico LOCALIZAÇÃO: a 15,3 kmdo portal da entradadeBagé, no sentido Bagé-A ceguá SITUAÇÃO NA PAISAGEM: terço superior com 1% de declive ALTITUDE: 230 metros L ITOLOGIA E FORMAÇÃO GEOL ÓGICA: folhelhos da Formação Irati, Grupo Passa Dois, Permiano MATERIAL ORIGINÁRIO: cobertura superficial de material retrabalhado sobre produtos de alteração dos folhelhos supra citados RELEVO LOCAL: plano RELEVO REGIONAL: suave ondulado EROSÃO: não aparente DRENAGEM: imperfeitamente drenado VEGETAÇÃO PRIMÁRI A: campo subtropical USO ATUAL : pastagem DESCRITO E COLETADO: Maurício Rizzato Coelho, Gustavo Ribas Curcio, Américo Pereira de Carvalho, Márcio Rossi e Jaime Antônio de Almeida. OBSERVAÇÕES: - perfil apresentava-se com excesso de umidade no momento da descrição; - presença de CaCO3 no Btgx2e Btgx3; - presença de cascalhos com diâmetro inferior a 1,5 cm emtodo o perfil, em alguns casos seixosos; - presença de seixos de quartzos de forma descontínua entre o Ap e o Btgx1; - presença de organs emtodos os horizontes subsuperficiais; - atividade biológica em todo o perfil; - variegamento de cor no Btgx1 atribuído tanto a restrições de drenagemquanto a relictos de matéria orgânica; - “línguas” de material escuro (10YR 4/1) comlargura entre 1 e 2cm, que se extendemdo Btgx1 ao Btgx3; - presença de línguas”de textura arenosa do Btgx2 ao Cr; Em retorno emjaneiro de 2000, observou-se em condições de seca: - não foi confirmada a presença de “slickensides” no horizonte Btgx1; - presença de duas fendas com 2cm de largura no Btgx1 e Btgx2, sendo uma com 22cm de comprimento e a outra com 15cm, ambas vão se estreitando até o fimdo perfil; - devido a presença de slickensides em quantidade pouca, cogitou-se classificar o perfil como “vértico” no quarto nível, porémdevido a sua inexistência, foi enquadrado como “típico”. Descrição Morfológica Ap 0 – 27cm; cinzento muito escuro (10YR 3/1) e bruno-acinzentado (10YR 5/2, seco); franco-arenoso; fracapequenablocos angulares quese desfaz em fracapequenae muito pequena granular; ligeiramente duro, friável, ligeiramente plástico a plástico e ligeiramente pegajoso; transição abrupta eplana Btgx1 - 47cm; cinzento-escuro (10YR 4/1) mosqueado comummédio proeminente bruno-amarelado (10YR 5/6) e bruno-acinzentado-escuro (10YR 4/2, seco); franco-argiloso; moderada/forte prismática composta de forte grande e média blocos angulares esubangulares; extremamente duro, muito firme, muito plástico e muito pegajoso; poucos slickensides; transição clara e plana. Btgx2 – 64cm; cinzento/cinzento-escuro (10YR 4,5/1) e cinza-brunado-claro a cinza-claro (10YR 6,5/2,seco); francoargilo-arenoso; moderada a fraca grande blocos subangulares;extremamente duro, muito firme, muito plástico e muito argiloso; transição clara e plana. Btgx3 –94cm; bruno-acinzentado/bruno-oliváceo-claro (2,5Y 5/3); franco-argiloso; moderada a fraca grande blocos subangulares; presença de slickensides e superfícies de compressão; extremamente duro, muito firme, muito plástico e muito pegajoso; transição clarae plana. Cr – 122cm+; amarelo-pálido (2,5Y 6,5/3); franco-argilo-arenoso. Raízes: Ap – muitas fasciculadas finas, comuns médias; Btgx1 – comuns finas; Btgx2 - poucas finas e poucas médias; Btgx3 poucas finas. Poros: Ap – muitos pequenos e muito pequenos, comuns médios; Btgx1 – comuns grandes e pequenos, poucos médios; Btgx2 – poucos médios e pequenos; Btgx3 - poucos médios e pequenos.
86
Análises Físicas e Químicas Perfil: P.6 Amostra de laboratório: 00.0337/0341 Horizonte
Composiçãogranulométrica da Densidade Mg/m3 terra fina Argila Graude (dispersãocomNaOH / floculaç %Silte Porosidad calgon) ã o % e ispersa (g/kg) (g/100g Argila cm3/100c
Fraçõesdaamostratotal (g/kg)
Símbol Profundid Calha Cascalh Terra Areia Areia o ade us o fina gross fina cm 2 0 2 a 0,202 2 0 m m 2 0,05 mm mm 0,20 mm mm A Btgx1 Btgx2 Btgx3 Cr
0-27 -47 -64 -94 -122 +
0 0 0 0 0
973 975 978 990 1000
274 206 231 166 21
pH(1:2,5) Horizon te
313 210 235 290 258
101 357 270 315 232
Sol Partíc o ula
KCl 1N
A Btgx1 Btgx2 Btgx3 Cr
4,6 6,0 7,0 7,9 7,9
4,0 4,3 5,3 6,2 5,8
Horizon te
C
N
Complexosortivo (cmolc/kg) Ca 2+ Mg 2+
3,0 13,4 12,2 16,2 19,5
C /N
(orgânic (g/kg) o) g/kg A Btgx1 Btgx2 Btgx3 Cr
10,3 6,1 3,7 1,9 1,3
Horizon te
100 Na+ T (%)
<1 3 4 6 7
1,5 3,3 3,0 4,0 4,4
K + Na + 0,19 0,20 0,15 0,15 0,15
SB
0,05 0,59 0,73 1,25 1,84
Al 3+
H+
0,4 0,2 0 0 0
3,6 2,9 1,0 0 0
AtaqueporH2SO4(1:1) - NaOH(0,8%) (g/kg) SiO2 Al2O Fe2O TiO2
9 8 9 6 6
43 147 108 128 139
3
3
17 86 57 70 72
8 29 22 24 30
P2O5
MnO
100 100
0,01 0,01
T
P 100Al3+ 3+ S+Al Assimiláv (%) el (mg/kg)
(%)
110 20 60 30 20
SiO2/ Al2O3
SiO2/ R2O3
(Ki)
(Kr)
Al2O3/ Fe2O3
Fe2O3 Equivalen livre tede CaCO3 (g/kg) (g/kg)
2,5 4,0 3,4 3,8 4,5
Pastasaturada Saissolúveis(extrato1:5) C.E. c molc/kgdeTF do extrat Água Ca2+ Mg2+ K + Na+ HCO3- CO32 o % mS/c m 25°C
0,40 0,17
m3
81 294 270 294 126
V Água
A Btgx1 Btgx2 Btgx3 Cr
)
Silte Argil 0,05a m 0,002 mm 0,002 água mm (g/kg)
0,07 0,09
Constanteshídricas (g/100g) Cl
-
SO42- Umida Umida Água de de disponível 0,033 1,5 máxima MPa Mpa
PERFIL: 07 DATA: 10/10/1999 CLASSIFICAÇÃO ANTERIOR: PODZÓLICO BRUNO-ACINZENTADO EUTRÓFICO/ PODZÓLICO VERMELHOAMARELO EUTRÓFICO Ta A moderado textura média/argilosa CL ASSIFI CAÇÃO ATUAL: LUVI SSOLO HIPOCRÔMICO Órtico típico LOCALIZAÇÃO: a 1,9 km dasaída de Bagé no sentido de Pinheiro Machado, barranco do lado esquerdo SITUAÇÃO NA PAISAGEM: topo de elevação com 5% de declive ALTITUDE: 290m L ITOLOGIA E FORMAÇÃO GEOL ÓGICA: migmatitos do Sub-Grupo Cambaí, Grupo Porongos, Pré-Cambriano MATERI AL ORIGINÁRIO: produtos de alteração das rochas acima mencionadas RELEVO LOCAL: suave ondulado RELEVO REGIONAL: ondulado e suave ondulado EROSÃO: não aparente DRENAGEM: bem drenado VEGETAÇÃO PRIMÁRI A: campo subtropical USO ATUAL : pastagem DESCRITO E COLET ADO: Gustavo Ribas Curcio, Américo Pereira de Carvalho, Márcio Rossi, J aime Antônio de Almeida e Maurício Rizzato Coelho. OBSERVAÇÕES: - perfil descrito com muita umidade emdia desol; - RT=2,56 - presença de linhas de calhaus ecascalhos no BA; - presença de fragmentos de quartzo angulosos de diferentes tamanhos, sendo milimétricos no Bt e BC; - grande parte dos cascalhos podemser cortados com a faca; - atividade biológica do A ao Bt; - presença de organs no Cr, com brilho matizado; - a iluviação de matéria orgânica no Cr, ocorreu pelas linhas de fraqueza da rocha. Descrição Morfológica
Ap
0 – 24cm; bruno-acinzentado muito escuro (10YR 3/2) e bruno (10YR 5/3, seco); franco- arenoso; moderada média e
pequena blocos subangulares quese desfaz emmoderada pequena granular; ligeiramente duro, friável, ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso; transição clara e ondulada (22-26cm). BA Bt
BC Cr
– 31cm; bruno-escuro (7,5YR 3/2) e bruno-amarelado (10YR 5/4, seco); franco-argilo-arenoso; moderada média pequena blocos subangulares; duro, friável a firme, plástico e pegajoso; transição clara e ondulada (410cm). – 50cm; cor variegada constituída de bruno/bruno-escuro (7,5YR 4/3) e vermelho-escuro (10R 3/4), brunoavermelhado a bruno (6YR 4/4, seco); argila; moderada a forte média e pequena blocos subangulares e angulares; cerosidade moderada comum em pontos localizados; duro, firme a friável, muito plástico e pegajoso; transição clara e ondulada (15-23). –72cm; cor variegada constituída de bruno-amarelado (10YR 5/4 e 5/6) e vermelho (10R 4/6), bruno-forte (7,5YR 5/6, seco); argila; moderada afraca grande blocos subangulares; firme, plástico e pegajoso; transição clara e irregular (9-34). – 77cm; bruno-escuro (7,5YR 4/4); franco; firme (9-44).
Raízes: Ap – muitas fasciculadas finas e médias; BA – muitas a comuns finas e médias; Bt – comuns/poucas finas e poucas médias; BC - poucasfinas e médias; Cr – poucasa raras finas. Poros: Ap – muitos pequenos e muito pequenos, comuns médios; BA – muitos muito pequenos e pequenos, comuns médios e poucos grandes; Bt – comuns pequenos e muito pequenos, poucos médios; BC – comuns pequenos.
88
Análises Físicas e Químicas Perfil: P.7 Amostra de laboratório: 00.0342/0346
Símbolo
A BA Bt BC Cr
Composiçãogranulométricada terrafina (dispersãocomNaOH /calgon) (g/kg)
Fraçõesdaamostratotal (g/kg)
Horizonte
Profundidade cm
Calhaus 2 0 mm
0-24 -31 -50 -72 -77
Cascalho 20-2 mm
Terrafina 2 mm
0 107 0 0 0
Areia grossa 2-0,20 mm
Areia fina 0,20-0,05 mm
Silte 0,05-0,002 mm
212 148 77 96 176
243 215 227 239 310
967 733 930 955 825
pH(1:2,5)
Argila Argila 0 ,002 mm
Graude floculação (g/100g)
ispersa
Solo
Partícula
Porosidade cm3/100cm3
m água (g/kg)
163 268 511 472 254
102 185 426 343 233
Complexosortivo(cmolc/kg)
Horizonte
V 2+
Ca
2+
+
Mg
+
Água
KCl 1N
A BA Bt BC Cr
5,2 5,3 5,3 5,5 6,1
4,3 4,0 3,9 4,0 4,1
Horizonte
C
N
(orgânico) g/kg
(g/kg)
SiO2
Al2O3
Fe2O3
TiO2
A BA Bt BC Cr
15,0 9,7 11,4 7,8 3,8
1,2 1,0 1,5 1,0 0,5
68 125 216 236 199
44 84 170 183 141
23 34 59 73 77
5,7 6,4 7,6 10,4 12,1
Horizonte
100Na+ T (%)
2+
2+
+
A BA Bt BC Cr
%Silte %Argila
Densidade Mg/m3
3,5 3,4 6,4 9,3 12,7
K
Na
SB
Al
0,27 0,12 0,13 0,13 0,11
0,07 0,06 0,09 0,17 0,25
5,7 5,7 11,4 15,6 20,9
0,2 0,8 2,1 1,4 0,5
H
Ca
Mg
K
P2O5
Saissolúveis(extrato1:5) c molc/kgdeTF Na+ HCO3-
<1 <1 <1 <1 1
89
+
T
(%)
4,3 3,7 5,1 4,1 2,7
AtaqueporH2SO4(1:1) - NaOH(0,8%) (g/kg)
C/N
Pastasaturada C.E.do Extrato Água mS/cm % 25°C
3+
100Al3+ S+Al3+ (%)
MnO
CO32-
P Assimilável (mg/kg)
60 20 10 20 20 SiO2/ Al2O3
SiO2/ R2O3
(Ki)
(Kr)
Cl
-
SO42-
Al2O3/ Fe2O3
Fe2O3 livre
Equivalentede CaCO3
(g/kg)
(g/kg)
Constanteshídricas (g/100g) Umidade Umidade Águadisponível 0,033MPa 1,5Mpa Máxima
PERFIL: 08 DATA: 10/10/1999 CLASSIFICAÇÃO ANTERIOR: PODZÓLICO BRUNO-ACINZENTADO EUTRÓFICO Ta carbonático A moderado textura média/argilosa CL ASSIFI CAÇÃO ATUAL: LUVISSOLO HIPOCRÔMICO Carbonático típico LOCALIZAÇÃO: a 12,4 km do arco (Portal) de entrada de Bagé emdireção à Aceguá, barranco do lado esquerdo, a 10 metros da estrada SITUAÇÃO NA PAISAGEM: topo da paisagem ALTITUDE: 250 metros L ITOLOGIA E FORMAÇÃO GEOL ÓGICA: folhelhos da Formação Irati, Grupo Passa Dois, Permiano MATERI AL ORIGINÁRIO: produtos de alteração darocha acima mencionada RELEVO LOCAL: suave ondulado RELEVO REGIONAL: suave ondulado e ondulado EROSÃO: não aparente DRENAGEM: imperfeitamente drenado VEGETAÇÃO PRIMÁRI A: campo subtropical USO ATUAL : pastagem DESCRITO E COLETADO: Américo Pereira de Carvalho, Márcio Rossi, J aime Antônio de Almeida, Maurício Rizzato Coelho e Gustavo Ribas Curcio. OBSERVAÇÕES: - perfil encontrava-se bastante úmido; - horizonte A parcialmente decapitado no local de descrição do perfil, sendo por este motivo coletado dentro da pastagem a 25 metros de distância, para efetuarem-se as análises; - atividade biológica até o horizonte Cr; - cascalhos angulosos de quartzo no Bt, Btx e Btgx; - fragmentos de CaCo3 emabundância, com diâmetro de 0,5 a 1,0cmno C k. Descrição Morfológica Ap Bt Btx Btgx Ck Cr Ck C’r
0 – 9cm; cinza muito escuro (10YR 3/1), cinzento-brunado-claro (10YR 6/2, seco); franco; ...; friável a firme, ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso; transição abrupta eplana; – 22cm; preto a cinza muito escuro (10YR 2,5/1); franco-argiloso cascalhento; moderada média grande blocos subangulares; cerosidade moderada comum; muito duro, firme, muito plástico e muito pegajoso; transição clara e plana. – 39cm; preto a cinza muito escuro (10Y R 2,5/1); franco-argiloso com cascalho; moderada a forte grande e muito grande blocos subangulares; cerosidade moderada a comum; extremamente duro, muito firme, muito plástico e muito pegajoso; raras superfícies de compressão; transição clara eplana. – 55cm; cinzento-escuro (10YR 4/1); franco-argiloso com cascalho; fraca a moderada grande e muito grande blocos subangulares com aspecto maciço coeso; extremamente duro, muito firme, muito plástico e muito pegajoso; rarassuperfícies de compressão; transição abrupta eondulada (14-19cm). – 90cm; cor variegada oliva-claro-acinzentado (5Y 6/3) e vermelho (2,5Y R 5/6) e amarelo-claro-acinzentado (5YR 7/3); franco-argiloso muito cascalhento; maciça; firme, muito plástico e muito pegajoso; transição abrupta e ondulada (25-45cm). – 110cm; bruno-avermelhado (2,5YR 4/4); franco-siltoso; material de origem bastante fragmentado com xistosidade bem evidente. – 114cm; franco-argilo-siltoso muito cascalhento; – 120cm+
Raízes: Ap – muitas fasciculadas médias e finas; Bt – comuns finas, poucas médias; Btx – poucas finas e médias; Btgx – poucas/raras finas; Cr, C ke C’r – raras finas. Poros: Bt e Btx – poucos muitos pequenos e pequenos; Btgx – raros muito pequenos e pequenos.
90
Análises Físicas e Químicas Perfil: P.8 Amostra de laboratório: 00.0347/0353 Fraçõesdaamostratotal (g/kg)
Horizonte
Símbolo
A Bt Btx Btgx Ck Cr Ck
Profundidade cm
Calhaus 2 0 mm
0-9 -22 -39 -58 -80 -110 -114
Cascalho 20-2 mm
0 0 0 0 0 0 0
Composiçãogranulométricada terrafina (dispersãocomNaOH /calgon) (g/kg)
Terrafina 2 mm
Areia grossa 2-0,20 mm
Areia fina 0,20-0,05 mm
Silte 0,05-0,002 mm
197 145 119 129 101 167 89
418 393 369 342 408 528 498
7 29 8 11 89 0 53
pH(1:2,5)
Argila Argila 0 ,002 mm
Graude floculação (g/100g)
ispersa
164 294 383 407 360 215 275
Partícula
Porosidade cm3/100cm3
123 252 342 407 296 107 esgotad a
Complexosortivo(cmolc/kg) V 2+
Ca
2+
+
+
Água
KCl 1N
A Bt Btx Btgx C k Cr Ck
5,1 6,0 6,3 7,2 8,5 8,5 8,5
4,3 4,6 4,7 5,6 7,1 7,0 7,2
Horizonte
C
N
(orgânico) g/kg
(g/kg)
SiO2
Al2O3
Fe2O3
TiO2
A Bt Btx Btgx C k Cr Ck
14,6 9,4 7,7 5,7 1,7 1,6 1,5
1,5 0,8 0,8 0,5 0,3 0,2 0,2
69 122 152 175 135 169 165
32 70 89 94 66 87 69
15 25 30 33 28 43 22
3,4 4,1 4,4 4,8 4,2 5,4 3,3
Horizonte
100Na+ T (%)
K +
Saissolúveis(extrato1:5) c molc/kgdeTF Na+ HCO3-
<1 <1 <1 1 <1 <1 1
Solo
m água (g/kg)
Horizonte
A Bt Btx Btgx C k Cr Ck
%Silte %Argila
Densidade Mg/m3
Mg
K
Na
SB
1,6 3,0 4,2 5,0 4,5 6,2 4,3
0,14 0,18 0,21 0,21 0,11 0,23 0,13
0,06 0,16 0,24 0,34 0,29 0,37 0,40
8,4 18,9 24,6 31,3 30,3 43,1 29,0
H
Ca2+
Mg2+
+
T
4,4 3,4 2,6 1,1 0 0 0
AtaqueporH2SO4(1:1) - NaOH(0,8%) (g/kg)
C/N
Pastasaturada C.E.do extrato Água mS/cm % 25°C
Al
3+
P2O5
MnO
(%)
100Al3+ S+Al3+ (%)
12,9 22,4 27,2 32,4 30,3 43,1 29,0
P Assimilável (mg/kg)
50 30 20 50 60 189 10
SiO2/ Al2O3
SiO2/ R2O3
(Ki)
(Kr)
Al2O3/ Fe2O3
Fe2O3 livre
Equivalentede CaCO3
(g/kg)
(g/kg)
81 30 434
CO32-
Cl -
SO42-
Constanteshídricas (g/100g) Umidade Umidade Águadisponível 0,033MPa 1,5Mpa Máxima
PERFIL: 09 DATA: 10/10/1999 CLASSIFICAÇÃO ANTERIOR: SOLO LITÓLICO EUTRÓFICO Ta A chernozêmico textura média CL ASSIFI CAÇÃO ATUAL: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico léptico LOCALIZAÇÃO: 100 metros antes do km 529 da rodovia BR-153, sentido Bagé - Caçapava e 7,4 km antes do rio Camaquã, barranco do lado direito, a 30 metros do abrigo para o ônibus SITUAÇÃO NA PAISAGEM: terço médio de encosta ALTITUDE: 190 metros L ITOLOGIA E FORMAÇÃO GEOL ÓGICA: rochas do Grupo Camaquã, Cambro-Ordoviciano MATERI AL ORIGINÁRIO: material retrabalhado das rochas acima citadas RELEVO LOCAL: ondulado RELEVO REGIONAL: forte ondulado EROSÃO: não aparente DRENAGEM: bem drenado VEGETAÇÃO PRIMÁRI A: floresta subtropical USO ATUAL : pousio DESCRITO E COLETADO: Márcio Rossi, Jaime Antônio de Almeida, Maurício Rizzato Coelho, Gustavo Ribas Curcio, Américo Pereira de Carvalho. Descrição Morfológica Ap AC ACr
0 – 28cm; bruno-escuro (7,5YR 3/2); franco cascalhento; moderada grande e média blocos subangulares que se desfaz emmoderada a forte pequena e muito pequena granular; ..., friável, plástico e pegajoso; transição clara e plana. – 59cm; cinzento muito escuro (5Y R 3/1); franco-argiloso muito cascalhento; moderada grande e média blocos subangulares que se desfaz em moderada a forte pequena e muito pequena granular; ..., friável; transição clara e ondulada (28-34cm). – 72cm+
Raízes: Ap eAC – muitas fasciculadas médias efinas; ACr – comuns finas. Poros: Ap - muitos pequenos e muito pequenos, comuns médios e grandes; AC – comuns pequenos e muitos muito pequenos.
Análises Físicas e Químicas
Perfil: P.9 Amostra de laboratório: 00.0354/0356
Símbolo
A AC Cr
Composiçãogranulométricada terrafina (dispersãocomNaOH /calgon) (g/kg)
Fraçõesdaamostratotal (g/kg)
Horizonte
Profundidade cm
Calhaus 0 2 mm
Cascalho 20-2 mm
0-28 -59 -72
Terrafina 2 Mm
64 32 72
936 926 928
Areia grossa 2-0,20 mm
Areia fina 0,20-0,05 mm
Silte 0,05-0,002 mm
96 165 107
234 148 72
444 461 636
pH(1:2,5)
Argila Argila ,002 0 mm
Graude floculação (g/100g)
ispersa
Partícula
Porosidade cm3/100cm3
164 185 esgotad a
Complexosortivo(cmolc/kg) V
Água
KCl 1N
A AC Cr
5,8 5,7 6,4
4,7 4,4 4,5
Horizonte
C
N
(orgânico) g/kg
(g/kg)
A AC Cr
16,9 14,7 4,8
1,5 1,4 0,6
Horizonte
100Na+ T (%)
<1 <1 1
Solo
m água (g/kg)
Horizonte
A AC Cr
%Silte %Argila
Densidade Mg/m3
2+
Ca
2+
+
Pastasaturada C.E.do extrato Água mS/cm % 25°C
3+
Mg
K
Na
SB
Al
1,4 2,1 4,8
0,15 0,10 0,12
0,14 0,15 0,17
9,5 9,5 14,3
0 0,3 0,1
H
SiO2
Al2O3
Fe2O3
TiO2
114 129 178
68 81 108
43 52 57
4,0 4,1 3,9
K +
Saissolúveis(extrato1:5) c molc/kgdeTF Na+ HCO3-
Ca2+
Mg2+
P2O5
+
T
(%)
7,4 6,8 1,9
AtaqueporH2SO4(1:1) - NaOH(0,8%) (g/kg)
C/N
11 10 8
+
100Al3+ S+Al3+ (%)
MnO
CO32-
P Assimilável (mg/kg)
210 80 40 SiO2/ Al2O3
SiO2/ R2O3
(Ki)
(Kr)
2,85 2,71 2,80
2,04 1,92 2,10
Cl -
SO42-
Al2O3/ Fe2O3
Fe2O3 livre
Equivalentede CaCO3
(g/kg)
(g/kg)
2,48 2,45 2,97 Constanteshídricas (g/100g) Umidade Umidade Águadisponível 0,033MPa 1,5Mpa Máxima
PERFIL: 11 DATA: 11/10/1999 CLASSIFICAÇÃO ANTERIOR: PODZÓLICO BRUNO-ACINZENTADO EUTRÓFICO Ta A moderado textura média/argilosa CL ASSIFI CAÇÃO ATUAL: LUVISSOLO HIPOCRÔMICO Órtico alumínico LOCALIZAÇÃO: a 8,7 km após o trevo de Formigueiro, São Sepé e Santa Maria, no sentido Caçapava do Sul – Santa Maria, lado esquerdo deestradavicinal, a 20 metros da BR 392 SITUAÇÃO NA PAISAGEM: perfil embeira de estrada, terço superior de encosta ALTITUDE: 180 metros L ITOLOGIA E FORMAÇÃO GEOL ÓGICA: siltitos areno-argilosos da Formação Palermo, Grupo Tubarão, Permiano MATERI AL ORIGINÁRIO: produtos de alteração dos siltitos supra mencionados RELEVO LOCAL: suave ondulado RELEVO REGIONAL: suave ondulado e plano EROSÃO: não aparente DRENAGEM: imperfeitamente drenado VEGETAÇÃO PRIMÁRI A: USO ATUAL : soja DESCRITO E COLETADO: Maurício Rizzato Coelho, Gustavo Ribas Curcio, Américo Pereira de Carvalho, Márcio Rossi e Jaime Antônio de Almeida OBSERVAÇÕES: - perfil descrito extremamente úmido, em dia de sol; - presença de policromia a partir do Btgx1; - intensaatividade biológica no Ap e A2 e empontos localizados no Btx, Btgx1 e Btgx2; - concentração de manganês nas superfícies de fraqueza do Cr. Descrição Morfológica
Ap
0 – 16cm; bruno-acinzentado muito escuro (10YR 3/2), bruno-acinzentado-escuro (10YR 4/2, seco); franco-arenosa; moderada a fraca grande e média blocos subangulares que se desfaz em fraca pequena e muito pequena granular e grãos simples; ligeiramente dura, friável, plástica e ligeiramente pegajosa a pegajosa; transição clara e plana. A2 – 41cm; bruno-acinzentado muito escuro (10YR 3/2), bruno a bruno-acinzentado (10YR 5/2, seco); franca; fraca grande blocos subangulares que se desfaz em fraca pequena blocos subangulares e fraca pequena granular; muito dura, friável, plástica e ligeiramente pegajosa apegajosa; transição abrupta e plana. Btx –63cm; bruno-acinzentado muito escuro (10YR 3/2, úmido e seco); franco-argilosa; forte grande prismática composta de moderada grande apequena blocos subangulares e angulares; cerosidade moderada comum; extremamente dura, firme, plástica a muito plástica e muito pegajosa; transição clara e ondulada (9-22cm). Btgx1
Btgx2
C Cr
–73cm; cinzento-escuro (10YR 4/1) mosqueado pouco pequeno proeminente bruno-amarelado- escuro (10YR 4/6) e vemelho-amarelado (5YR 5/8), bruno-acinzentado (10Y R 5/2, seco); argila; forte grande prismática composta de moderada a fraca grande e média blocos subangulares; extremamente dura, firme; plástica e pegajosa; transição clara eondulada (10-20cm). – 104cm; cinzento-brunado-claro (10YR 6/2), mosqueado pouco pequeno e difuso bruno-amarelado-escuro (10YR 4/6) e comum pequeno e proeminente vermelho-amarelado (5YR 5/8); argila; forte grande prismática composta de fraca grande blocos subangulares com aspecto maciça; extremamente dura, firme, plástica e ligeiramente pegajosa apegajosa, superfícies de compressão poucas elocalizadas; transição clara e plana. – 114cm; cinzento-claro (10YR 7/2) mosqueado comum pequeno e distinto bruno-amarelado-escuro (10YR 4/6) e pouco pequeno e proeminente vermelho-amarelado (5YR 5/8); franco-argilosa. – 120cm+; franco-argilo-siltosa.
Raízes:
Ap – muitas fasciculadas finas, poucas grossas; A2 – comuns finas; Btx, Btgx1 eBtgx2– poucas finas.
Poros:
Ap e A2– muitos pequenos e muito pequenos, comuns médios e grandes; Btx – comuns pequenos e poucos muito pequenos; Btgx1 e Btgx2 – poucos pequenos e muito pequenos.
Análises Físicas e Químicas Perfil: P.11 Amostra de laboratório: 00.0364/0370
Símbolo
Ap A2 Btx Btgx1 Btgx2 C Cr
Composiçãogranulométricada terrafina (dispersãocomNaOH/calgon) (g/kg)
Fraçõesdaamostratotal (g/kg)
Horizon te
Profundidade cm
Calhaus 2 0 mm
0-16 -41 -63 -73 -104 -114 -120
Cascalho 20-2 mm
0 0 0 0 0 0 0
Terrafina 2 mm
Areia grossa 2-0,20 mm
0 0 0 0 0 0 0
Areia fina 0,20-0,05 mm
Silte 0,05-0,002 mm
Argila 0 ,002 mm
Graude floculação (g/100g)
ispersa
331 301 238 283 322 412 558
163 204 373 460 459 381 295
Solo
Partícula
Porosidade cm3/100cm3
122 184 331 397 397 360 295
Complexosortivo(cmolc/kg)
Horizonte
V Ca2+
Mg2+
K +
1,8 1,4 3,8 5,3 4,9 5,9 3,1
0,15 0,12 0,22 0,26 0,29 0,25 0,24
Na+
SB
Al 3+
H+
7,2 6,4 9,9 13,7 21,0 41,1 38,6
1,0 2,4 6,1 7,2 5,3 2,5 0,5
4,2 3,8 5,7 5,2 3,5 2,9 3,0
Água
KCl 1N
Ap A2 Btx Btgx1 Btgx2 C Cr
4,5 4,8 5,0 5,3 5,5 5,8 6,0
3,8 3,7 3,7 3,7 3,7 3,8 4,2
Horizonte
C
N
(orgânico) g/kg
(g/kg)
SiO2
Al2O3
Fe2O3
Ap A2 Btx Btgx1 Btgx2 C Cr
11,3 6,8 8,6 7,1 4,4 3,1 2,0
1,2 0,7 1,0 0,7 0,6 0,5 0,3
66 68 128 166 142 177 156
30 45 89 113 109 109 97
16 16 29 35 34 34 46
2,7 2,8 3,6 3,9 4,1 3,9 4,3
Horizonte
100Na+ T (%)
K +
Saissolúveis(extrato1:5) molc/kgdeTF c Na+ HCO3-
Ap A2 Btx Btgx1 Btgx2 C Cr
%Silte %Argila
Densidade Mg/m3
m água (g/kg)
136 122 103 69 33 40 10
pH(1:2,5)
Argila
5,2 4,8 5,8 8,0 15,5 34,5 34,6
AtaqueporH2SO4(1:1) - NaOH(0,8%) (g/kg)
C/N
Pastasaturada C.E.do extrato Água mS/cm % 25°C
Ca2+
Mg2+
TiO2
P2O5
<1 <1 1 <1 <1 <1 <1
95
MnO
CO32-
T
(%)
100Al3+ S+Al3+ (%)
P Assimilável (mg/kg)
9 2 4 3 4 4 2 SiO2/ Al2O3
SiO2/ R2O3
(Ki)
(Kr)
Cl -
SO42-
Al2O3/ Fe2O3
Umidade 0,033MPa
Fe2O3 livre
Equivalentede CaCO3
(g/kg)
(g/kg)
Constanteshídricas (g/100g) Umidade Águadisponível 1,5Mpa Máxima
PERFIL: 13 DATA: 12.10.1999 CL ASSIFICAÇÃO ANTERI OR: LATOSSOLO ROXO DISTRÓFICO epieutrófico A chernozêmico textura muito argilosa CLASSIFICAÇÃO ATUAL: LATOSSOLO VERMELHO Distroférrico típico LOCALIZAÇÃO: a 900 metros do trevo Ibirubá- XV deNovembro - Fortaleza dos Vales - Cruz Alta, sentido Ibirubá - Selback, lado direito, corte de estrada com4 metros de altura. SIT UAÇÃO NA PAISAGEM: topo ALTITUDE: 450 metros L ITOLOGIA E FORMAÇÃO GEOLÓGICA: rochas basálticas do Grupo São Bento, J uro-Cretáceo MATERI AL ORIGINÁRIO: produtos de alteração das rochas acimamencionadas RELEVO LOCAL : suaveondulado RELEVO REGIONAL: suave ondulado e ondulado EROSÃO: não aparente DRENAGEM: acentuadamente drenado VEGETAÇÃO PRIMÁRI A: floresta USO ATUAL : mata secundária (capoeirão) DESCRIT O E C OLETADO: Márcio Rossi, J aime Antônio de Almeida, Maurício Rizzato Coelho, Gustavo Ribas Curcio e Américo Pereira de Carvalho. OBSERVAÇÕES: - perfil coletado sob chuva; - atividade biológica (formigas e cupins) da superfície até o BA; - topo do horizonteB mais estruturado (característica dos Latossolos subtropicais); - emcorte de estrada comperfil seco verificou-se grande fendilhamento e estrutura prismática com 100cm de comprimento e 30cm de largura. Descrição Morfológ ica
A1 A2 AB BA Bw1 Bw2 Bw3
– 26cm; vermelho-escuro-acinzentado (10R 3/2); muito argilosa; fraca a moderada grande e média blocos subangulares que se desfaz em forte pequena e muito pequena granular; ..., muito friável a friável, plástica e pegajosa; transição gradual e plana. – 54cm; vermelho-escuro-acinzentado (10R 3/2); muito argilosa; fraca a moderada grande e média blocos subangulares que se desfaz em forte pequena e muito pequena granular; ..., friável, plástica e pegajosa; transição clara e plana. – 71cm; vermelho-escuro-acinzentado (10R 3/3); muito argilosa; moderada grande e média blocos subangulares que se desfaz emforte muito pequena e pequenagranular; ..., friável a firme, muito plástica e muito pegajosa, transição clara e plana. – 100cm; vermelho-escuro-acinzentado (10R 3/4); muito argilosa; moderada grande e média blocos subangulares que se desfaz emforte pequenae muito pequenagranular; ..., firme, plástica e pegajosa, transição difusae plana. – 138cm; vermelho-escuro-acinzentado (10R 3/4); muito argilosa; moderadaa fraca grande e média blocos subangulares que se desfaz em forte muito pequena e pequena granular; ..., firme a friável, plástica e pegajosa; transição difusa e plana. – 188cm; vermelho-escuro-acinzentado (10R 3/4); muito argilosa; fraca a moderada média e grandeblocos subangulares que se desfaz em fraca muito pequena e pequena granular; ..., firme a friável, plástica e pegajosa; transição difusa e plana. - 290cm; vermelho-escuro-acinzentado (10R 3/4); muito argilosa; fraca média grande blocos subangulares quese desfaz em forte muito pequena e pequena granular; ..., friável, plástica e pegajosa.
RAÍZES:
A1 e A2 – muitas fasciculadas finas, poucas grossas e comuns médias; AB – comuns finas e poucas médias; BA e Bw1 – comuns finas e médias; Bw2 – poucas finas e médias; Bw3– raras.
POROS:
A1 e A2 – muitos pequenos e muito pequenos, poucos grandes e médios; AB e BA – comuns pequenos e muito pequenos; Bw1 e Bw2– muitos/comuns pequenos emuito pequenos.
96
Análises Físicas e Químicas Perfil: P.13 Amostra de laboratório: 00.0377/0383
Símbolo
A1 A2 AB BA Bw1 Bw2 Bw3
Composiçãogranulométricada terrafina (dispersãocomNaOH/calgon) (g/kg)
Fraçõesdaamostratotal (g/kg)
Horizon te
Profundidade cm
Calhaus 2 0 mm
0-26 -54 -71 -100 -138 -188 -290
Cascalho 20-2 mm
0 0 0 0 0 0 0
Terrafina 2 mm
Areia grossa 2-0,20 mm
Areia fina 0,20-0,05 mm
Silte 0,05-0,002 mm
78 64 59 31 31 35 41
137 107 96 60 51 68 78
212 252 209 127 135 115 100
1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000
Argila Argila 0 ,002 mm
Graude floculação (g/100g)
ispersa
%Silte %Argila
Densidade Mg/m3 Solo
Partícula
Porosidade cm3/100cm3
m água (g/kg)
368 412 369 21 0 0 0
Complexosortivo(cmolc/kg) Horizonte
K +
Na+
SB
Al 3+
H+
T
(%)
1,2 0,9 1,2 1,4 1,7 1,5 1,0
0,09 0,04 0,02 0,03 0,04 0,03 0,03
0,04 0,02 0,02 0,03 0,03 0,03 0,02
7,2 2,5 3,7 4,9 4,1 3,1 1,9
0,4 2,1 1,1 0,5 0,6 0,5 0,5
6,9 6,8 5,5 4,9 4,9 4,2 3,7
14,5 11,4 10,3 10,3 9,6 7,8 6,1
50 22 36 48 43 40 31
5 46 23 9 13 14 21
V
Água
KCl 1N
A1 A2 AB BA Bw1 Bw2 Bw3
4,9 4,4 4,8 5,1 5,1 5,1 5,3
4,3 3,8 4,0 4,2 4,2 4,3 4,3
Horizonte
C
N
(orgânico) g/kg
(g/kg)
A1 A2 AB BA Bw1 Bw2 Bw3
19,0 13,2 9,5 8,3 6,9 4,5 3,4
Horizonte
100Na+ T (%)
A1 A2 AB BA Bw1 Bw2 Bw3
Mg2+
100Al3+ S+Al3+ (%)
pH(1:2,5) Ca2+
5,9 1,5 2,5 3,4 2,3 1,5 0,9
AtaqueporH2SO4(1:1) - NaOH(0,8%) (g/kg)
C/N
9 9 12 10 10 9 8
Pastasaturada C.E.do extrato Água mS/cm % 25°C
SiO2
Al2O3
Fe2O3
TiO2
176 155 171 217 209 196 207
173 166 183 216 220 201 203
187 205 199 173 169 180 197
50,9 51,1 48,9 32,8 31,1 39,2 39,5
Ca2+
Mg2+
K +
P2O5
Saissolúveis(extrato1:5) molc/kgdeTF c Na+ HCO3-
<1 <1 <1 <1 <1 <1 <1
97
MnO
CO32-
SiO2/ Al2O3
SiO2/ R2O3
(Ki)
(Kr)
Cl -
SO42-
Al2O3/ Fe2O3
Umidade 0,033MPa
P Assimilável (mg/kg)
4 1 3 5 4 6 5
Fe2O3 livre
Equivalentede CaCO3
(g/kg)
(g/kg)
Constanteshídricas (g/100g) Umidade Águadisponível 1,5Mpa máxima
PERFIL:15 DATA: 13.10.1999 CL ASSIFICAÇÃO ANTERI OR: LATOSSOLO BRUNO ÁLICO epidistrófico A proeminente textura muito argilosa CLASSIFICAÇÃO ATUAL: LATOSSOLO BRUNO Distrófico típico LOCALIZAÇÃO: cerca de 5 km de Vacaria naestrada para Bom Jesus, 550 metros além da entrada para a Unidade do Centro de Uva e Vinho da Embrapa, barranco do lado direito SIT UAÇÃO NA PAISAGEM: terço superior de encosta com 5% de declive ALTITUDE: 1000 m L ITOLOGIA E FORMAÇÃO GEOLÓGICA: rochas basálticas do Grupo São Bento, J uro-Cretáceo MATERI AL ORIGINÁRIO: produtos de alteração das rochas acimamencionadas RELEVO LOCAL : suaveondulado RELEVO REGIONAL: suave ondulado e ondulado EROSÃO: não aparente DRENAGEM: bema acentuadamente drenado VEGETAÇÃO PRIMÁRI A: campo subtropical USO ATUAL : pastagem DESCRIT O E COLETADO: Gustavo Ribas Curcio, Américo Pereira deCarvalho, Márcio Rossi, J aime Antônio de Almeida e Maurício Rizzato Coelho. OBSERVAÇÕES: - perfil descrito emcondições úmidase emdia nublado; - atividade biológica até o horizonte Bw 1; Em retorno, janeiro de 2000, com perfil seco, observou-se: - perfil extremamente fendilhado, com até 3cmde largura entre os prismas; - prismascom até80cm decomprimento. Descrição Morfológica A1 A2 AB BA Bw1 Bw2 Bw3 Bw4
– 26cm; bruno-escuro (8,5YR 3/3), bruno a bruno-escuro (8,5Y R 4/2, seco); muito argilosa; moderada grande a pequena blocos subangulares que se desfaz em moderada a forte pequena e muito pequena granular; ligeiramente dura, friável a firme, plástica e pegajosa; transição gradual e plana. – 44cm; bruno-escuro (8,5Y R 3/3,5), bruno a bruno-escuro (8,5YR 4/2, seco); muito argilosa; moderada pequena e média blocos subangulares que se desfaz em moderadaa forte pequena e muito pequena granular; dura, friável, plástica epegajosa; transição clara e plana. – 65cm; bruno a bruno-escuro (8,5Y R 4/3, úmido e seco); muito argilosa; moderada grande blocos subangulares que se desfaz emmoderadaa forte pequena e muito pequenagranular; dura, friável, plástica e pegajosa; transição clara e plana. – 80cm; bruno a bruno-escuro (7,5YR 4/4); muito argilosa; fraca a moderadagrandes blocos subangulares quese desfaz em moderada pequena e muito pequena granular; muito dura, friável a firme, plástica e pegajosa; transição clara e plana. – 100cm; bruno-forte (7,5Y R 4/6); muito argilosa; fracagrande blocos subangulares quese desfaz emmoderadapequena e muito pequena granular; muito dura, friável, ligeiramente plástica e pegajosa; transição difusae plana. – 130cm; bruno-avermelhado (6,0YR 4/4); muito argilosa; fracagrande blocos subangulares quese desfaz em moderada pequena emuito pequena granular; muito dura, friável, ligeiramente plástica eligeiramente pegajosa a pegajosa; transição difusa e plana. – 177cm; vermelho-amarelado (5YR 4/6); muito argilosa; fraca grande blocos subangulares que se desfaz emmoderada muito pequena e pequena granular; muito dura, friável a firme, ligeiramente plástica e pegajosa; transição difusa e plana. – 220cm+; bruno-forte (7,5Y R 4/6); muito argilosa; fraca grande blocos subangulares que se desfaz em moderada pequena e muito pequena granular; muito dura, friável a firme, ligeiramente plástica epegajosa.
RAÍZES:
A1 – muitas fasciculadas finas e médias; A2 – muitas a comuns fasciculadas finas; AB – comuns finas; BA, Bw1 e Bw2 – poucas finas; Bw3 e Bw4– raras finas.
POROS:
A1 e A2 – muitos muito pequenos e pequenos, comuns médios; AB – muitos muito pequenos e pequenos, comuns médios, poucos grandes; BA – muitos muito pequenos e pequenos, poucos médios e grandes; Bw1 – muitos muito pequenos e pequenos, comuns médios; Bw2 – muitos muito pequenos e pequenos, comuns médios, poucos grandes; Bw3 e Bw4– comuns pequenos e muito pequenos, poucos médios.
98
Análises Físicas e Químicas Perfil: P.15 Amostra de laboratório: 00.0391/0398
Símbolo
A1 A2 AB BA Bw1 Bw2 Bw3 Bw4
Composiçãogranulométricada terrafina (dispersãocomNaOH/calgon) (g/kg)
Fraçõesdaamostratotal (g/kg)
Horizon te
Profundidade cm
Calhaus 2 0 mm
0-26 -44 -65 -80 -100 -130 -177 -220
Cascalho 20-2 mm
0 0 0 0 0 0 0 0
Terrafina 2 mm
Areia grossa 2-0,20 mm
Areia fina 0,20-0,05 mm
25 31 21 17 21 21 25 21
35 21 19 12 14 19 21 21
0 0 0 0 0 0 0 0
Silte 0,05-0,002 mm
Argila Argila 0 ,002 mm
Graude floculação (g/100g)
ispersa
%Silte %Argila
Densidade Mg/m3 Solo
Partícula
Porosidade cm3/100cm3
m água (g/kg)
666 707 791 812 810 812 812 811
229 478 583 520 0 0 0 0
Complexosortivo(cmolc/kg) Horizonte
pH(1:2,5)
V 2+
+
KCl 1N
A1 A2 AB BA Bw1 Bw2 Bw3 Bw4
4,5 4,4 4,5 4,7 4,8 5,1 5,3 5,3
4,0 3,9 3,9 3,9 4,0 4,1 4,2 4,3
Horizonte
C
N
(orgânico) g/kg
(g/kg)
SiO2
Al2O3
Fe2O3
TiO2
A1 A2 AB BA Bw1 Bw2 Bw3 Bw4
24,0 24,2 18,9 14,4 10,7 7,1 4,3 3,4
2,1 1,8 1,7 1,2 0,7 0,6 0,5 0,5
155 160 187 191 198 202 195 192
198 198 209 211 220 213 213 211
176 176 178 181 189 189 194 192
22,4 25,7 25,8 28,9 18,2 30,6 29,7 32,5
Horizonte
100Na+ T (%)
2,9 0,9 0,5 0, 0, 0, 0, 0,
Mg
+
Água
A1 A2 AB BA Bw1 Bw2 Bw3 Bw4
Ca
2+
2,2 1,1 0,6 8 7 6 4 3
Na
0,15 0,07 0,04 0,04 0,04 0,03 0,03 0,02
0,10 0,04 0,02 0,04 0,02 0,02 0,02 0,01
SB
Al
H
2,0 3,6 4,3 3,8 3,2 1,9 1,1 0,9
Ca2+
Mg2+
K +
P2O5
Saissolúveis(extrato1:5) molc/kgdeTF c Na+ HCO3-
<1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1
99
+
T
(%)
9,6 11,5 8,7 7,6 6,2 4,7 4,7 4,6
AtaqueporH2SO4(1:1) - NaOH(0,8%) (g/kg)
C/N
Pastasaturada C.E.do extrato Água mS/cm % 25°C
K
3+
100Al3+ S+Al3+ (%)
MnO
CO32-
P Assimilável (mg/kg)
3 2 1 3 2 1 1 1
SiO2/ Al2O3
SiO2/ R2O3
(Ki)
(Kr)
Cl -
SO42-
Al2O3/ Fe2O3
Umidade 0,033MPa
Fe2O3 livre
Equivalentede CaCO3
(g/kg)
(g/kg)
Constanteshídricas (g/100g) Umidade Águadisponível 1,5Mpa Máxima
PERFIL: 16 DATA: 13.10.1999 CL ASSIFICAÇÃO ANTERI OR: CAMBISSOLO HÚMICO ÁLICO Tb textura muito argilosa CLASSIFICAÇÃO ATUAL: CAMBISSOLO HÁPLICO Alumínicotípico LOCALIZAÇÃO: cerca de 5 km do rio Pelotas, pela BR-116, indo de Vacaria para Lages SIT UAÇÃO NA PAISAGEM: terço médio de encosta com43% de declive ALTITUDE: 960 m L ITOLOGIA E FORMAÇÃO GEOLÓGICA: rochas basálticasácidas (riodacito) do Grupo São Bento, J uro-Cretáceo MATERI AL ORIGINÁRIO: produtos de alteração das rochas acimamencionadas PEDREGOSIDADE: fasepedregosa I; ROCHOSIDADE: ligeiramente rochosa RELEVO LOCAL : forte ondulado RELEVO REGIONAL: forte ondulado EROSÃO: não aparente DRENAGEM: moderadamentedrenado VEGETAÇÃO PRIMÁRI A: campo subtropical USO ATUAL : pastagem DESCRIT O E COLETADO: Maurício Rizzato Coelho, Gustavo Ribas Curcio, Américo Pereira de Carvalho, Márcio Rossi e Jaime Antônio de Almeida. OBSERVAÇÕES: - perfil descrito um dia após as chuvas; - horizonte BC visivelmentemais úmido queo Bi, com alguma restrição dedrenagem; - BC comindicativos morfológicos (mosqueados e estrutura) de restrição dedrenagem; - a posição ea morfologia do perfil sugereforte coluviamento em sua gênese; - grandequantidadede calcedônia no Bi e BC; - nódulos de manganês no Bi e BC; - pequenos geodos recobertos de manganês ecristais de quartzo; - fragmentos de quartzo maiores no BC do queno Bi; - a estrutura, consistência e porosidade do horizonte AB não foram avaliadas devido a grande quantidade de cascalhos e calhaus; - topo do Bi com peds recobertos por organs emabundância; - atividadedeargila semcorreçãopara carbono: 25,5 cmol c/kg. Descrição Morfológica A – 31cm; cinzento muito escuro/preto (10YR 2,5/1); argila; fraca a moderada grande e média que se desfaz em moderada muito pequena e pequena granular; ligeiramente dura, firme, ligeiramente plástica e ligeiramente pegajosa; transição abrupta e plana. AB – 45cm; bruno-escuro (7,5Y R 3/2); muito argilosa cascalhenta; ligeiramente dura/dura, firme; transição abrupta e plana. Bi – 82cm; bruno a bruno-escuro (7,5YR 4/4); muito argilosa; fracaa moderadagrande e média blocos subangulares; muito dura, firmea friável, plástica a muito plástica e pegajosa a muito pegajosa; transição clara e plana. BC – 120cm+; bruno-forte (7,5YR 4/6) mosqueado proeminente cinzento-brunado-claro (10YR 6/2); muito argilosa; fraca com aspecto maciça; muito dura, firme a friável, ligeiramente plástica e ligeiramente pegajosa a pegajosa. RAÍZES:
A – muitas fasciculadas finas; AB – poucas finas; Bi – raras finas.
POROS: A eBi – comuns pequenos emuito pequenos, poucos médios; BC – comuns muito pequenos e poucos médios.
100
Análises Físicas e Químicas Perfil: P.16 Amostra de laboratório: 00.0399/0402
Símbolo
A AB Bi BC
Composiçãogranulométricada terrafina (dispersãocomNaOH/calgon) (g/kg)
Fraçõesdaamostratotal (g/kg)
Horizon te
Profundidade cm
Calhaus 2 0 mm
0-31 -45 -82 -120 +
0 236 0 0
Cascalho 20-2 mm
Terrafina 2 mm
Areia grossa 2-0,20 mm
Areia fina 0,20-0,05 mm
Silte 0,05-0,002 mm
81 142 17 23
58 33 13 17
341 221 254 327
0 484 16 32
pH(1:2,5)
Argila Argila 0 ,002 mm
Graude floculação (g/100g)
ispersa
Solo
Partícula
Porosidade cm3/100cm3
m água (g/kg)
520 604 716 633
68 27 88 93
Complexosortivo(cmolc/kg)
Horizonte
V Água
KCl 1N
A AB Bi BC
4,6 4,7 5,0 5,3
3,8 3,9 3,9 3,9
Horizonte
C
N
(orgânico) g/kg
(g/kg)
A AB Bi BC
39,3 20,5 7,3 3,3
2,2 1,0 0,6 0,3
Horizonte
100Na+ T (%)
A AB Bi BC
%Silte %Argila
Densidade Mg/m3
2+
Ca
2+
Mg
0,8 9 0,8 1,2
Pastasaturada C.E.do extrato Água mS/cm % 25°C
+
3+
K
Na
SB
Al
0,23 0,07 0,10 0,08
0,02 0,03 0,04 0,05
1,8 1,0 1,1 1,4
5,9 6,6 14,2 14,6
H
SiO2
Al2O3
Fe2O3
TiO2
173 190 257 253
177 197 231 244
98 135 123 128
15,6 15,8 18,9 20,0
Ca2+
Mg2+
K +
P2O5
Saissolúveis(extrato1:5) molc/kgdeTF c Na+ HCO3-
<1 <1 <1 <1
101
+
T
(%)
12,8 8,2 3,0 5,2
AtaqueporH2SO4(1:1) - NaOH(0,8%) (g/kg)
C/N
18 20 12 11
+
100Al3+ S+Al3+ (%)
MnO
CO32-
P Assimilável (mg/kg)
3 2 2 1
SiO2/ Al2O3
SiO2/ R2O3
(Ki)
(Kr)
Cl -
SO42-
Al2O3/ Fe2O3
Umidade 0,033MPa
Fe2O3 livre
Equivalentede CaCO3
(g/kg)
(g/kg)
Constanteshídricas (g/100g) Umidade Águadisponível 1,5Mpa máxima
PERFIL: 17 DATA: 14.10.1999 CL ASSIFICAÇÃO ANTERI OR: TERRA BRUNA ESTRUTURADA ÁLICA A proeminente texturamuito argilosa CLASSIFICAÇÃO ATUAL: NITOSSOLO HÁPLICO Distrófico típico LOCALIZAÇÃO: a 3,1 km do trevo da BR-116/282, próximo de Lages, no sentido Lages-Vacaria. Entrar 250 metros em estrada vicinal à direita SIT UAÇÃO NA PAISAGEM: terço superior com 10% de declive ALTITUDE: 880 m L ITOLOGIA E FORMAÇÃO GEOLÓGICA: rochas basálticas, Grupo São Bento, J uro-Cretáceo MATERI AL ORIGINÁRIO: produtos de retrabalhamento dasrochas acimamencionadas RELEVO LOCAL : ondulado RELEVO REGIONAL: forte ondulado e ondulado EROSÃO: emsulcos DRENAGEM: bemamoderadamentedrenado VEGETAÇÃO PRIMÁRI A: campo subtropical com Araucaria angustifolia USO ATUAL : pastagem DESCRIT O E COLETADO: Jaime Antônio de Almeida, Maurício Rizzato Coelho, Gustavo Ribas Curcio, Américo Pereira de Carvalho e Márcio Rossi. OBSERVAÇÕES: - perfil bastante úmido no momento da descrição; - perfil com formação bemevidente de ombreira; - não houve consenso quanto a designação de A2, para uns seria AB; - intensa atividade biológica até o BA, com presença de galerias; - presença deorgans no AB eBA; - linhade cascalhos angulosos no BA, pequenos e muito pequenos, constituídos de fragmentos de basalto e quartzo; - presença de alguns grãos simples no A1; - barranco bastante fendilhado, porémsema formação deestrutura emforma deprisma; Em retorno, janeiro de 2000, com perfil seco, observou-se: - estrutura moderadamédia e grande prismática no BA; - estrutura moderada grande e média prismática no Bt1 e Bt2. Descrição Morfológica A1 A2 AB BA Bt1 Bt2 BC
RAÍZES:
0 – 13cm; bruno a bruno-escuro (10YR 4/3); argila; moderada a fraca média e pequena blocos subangulares que se desfaz em moderada pequena e muito pequena granular; dura, friável a firme, plástica e pegajosa a muito pegajosa; transição clara e plana. – 31cm; bruno a bruno-escuro (10Y R 4/3,5); argila; moderadamédia grandes blocos subangulares; dura, firme, plástica e pegajosa a muito pegajosa; transição clara eplana. – 52cm; bruno-amarelado-escuro (10YR 4/4); muito argilosa; moderada pequena e média blocos subangulares; muito dura, firme, plástica epegajosa amuito pegajosa; transição gradual e plana. – 82cm; bruno-amarelado-escuro (10YR 4/5); muito argilosa; moderada a forte média grande e pequena blocos subangulares; cerosidade moderada e pouca; muito dura, firme, plástica e pegajosa a muito pegajosa; transição gradual e plana. – 118cm; bruno-forte (7,5Y R 4/5); muito argilosa; moderada a forte grande a pequena blocos subangulares; cerosidade moderadae pouca; muito dura, firme, plástica epegajosa amuito pegajosa; transição gradual e plana. – 145cm; bruno-forte (7,5Y R 4/5); muito argilosa; moderada a forte grande e pequena blocos subangulares; cerosidade moderadae pouca; muito dura, firme, plástica epegajosa amuito pegajosa; transição gradual e plana. – 180cm+; cor variegada constituída de bruno-forte (7,5YR 4/6) e bruno a bruno-forte (7,5YR 5/5), bruno-amarelado a bruno-amarelado-escuro (10YR 4,5/6); muito argilosa; moderada grande e média blocos subangulares e angulares; muito dura, firme, ligeiramente plástica eligeiramente pegajosa a pegajosa. A1– muitas fasciculadas finas, comuns médias; A2 – comuns finas, poucas médias; AB – comuns finas e médias; BA e Bt1 – comuns finas; Bt2 e BC – raras.
POROS: A1– muitos muito pequenos e pequenos, comuns médios; A2 – comuns médios pequenos e muito pequenos, poucos grandes; AB – comuns muito pequenos pequenos médios e grandes; BA – comuns pequenos médios e grandes; Bt1 e Bt2 – comuns a poucos médios e pequenos, raros grandes; BC – poucos médios, comuns pequenos.
102
Análises Físicas e Químicas Perfil: P.17 Amostra de laboratório: 00.0403/0409 Fraçõesdaamostratotal (g/kg)
Horizon te
Símbolo
A1 A2 AB BA Bt1 Bt2 BC
Profundidade cm
Calhaus 2 0 mm
0-13 -31 -52 -82 -118 -145 -180
Cascalho 20-2 mm
0 0 0 0 0 0 0
Composiçãogranulométricada terrafina (dispersãocomNaOH/calgon) (g/kg)
Terrafina 2 mm
Areia grossa 2-0,20 mm
Areia fina 0,20-0,05 mm
Silte 0,05-0,002 mm
116 120 108 111 89 89 85
109 105 114 111 99 95 91
280 218 157 158 151 174 162
0 0 0 0 0 0 0
Argila Argila 0 ,002 mm
Graude floculação (g/100g)
ispersa
%Silte %Argila
Densidade Mg/m3 Solo
Partícula
Porosidade cm3/100cm3
m água (g/kg)
351 103 476 475 0 0 0
Complexosortivo(cmolc/kg) Horizonte
pH(1:2,5)
V Ca2+
Mg2+
K +
Na+
2,0 0,6
0,27 0,07 0,04 0,02 0,02 0,02 0,02
0,04 0,02 0,03 0,02 0,01 0,02 0,02
Água
KCl 1N
A1 A2 AB BA Bt1 Bt2 BC
5,0 4,8 4,6 4,7 5,0 5,1 5,0
4,1 4,0 4,0 3,9 4,1 4,1 4,1
Horizonte
C
N
(orgânico) g/kg
(g/kg)
SiO2
Al2O3
Fe2O3
TiO2
A1 A2 AB BA Bt1 Bt2 BC
26,6 18,3 14,4 11,0 6,2 5,1 4,9
1,9 1,5 1,1 0,8 0,6 0,6 0,5
151 141 146 158 172 161 160
166 176 180 179 191 199 195
140 150 152 161 155 159 155
34,0 35,3 34,8 35,3 29,6 25,8 30,4
Horizonte
100Na+ T (%)
A1 A2 AB BA Bt1 Bt2 BC
2,0 0,4 0,6 0,4 0,4 0,3 0,4
Al 3+
H+
1,2 2,5 2,7 2,7 1,8 1,5 1,5
9,0 7,4 6,2 5,7 4,0 5,0 4,8
AtaqueporH2SO4(1:1) - NaOH(0,8%) (g/kg)
C/N
Pastasaturada C.E.do extrato Água mS/cm % 25°C
SB
Ca2+
Mg2+
K +
P2O5
Saissolúveis(extrato1:5) molc/kgdeTF c Na+ HCO3-
<1 <1 <1 <1 <1 <1 <1
103
MnO
CO32-
T
(%)
100Al3+ S+Al3+ (%)
P Assimilável (mg/kg)
2 1 2 2 1 3 3 SiO2/ Al2O3
SiO2/ R2O3
(Ki)
(Kr)
Cl -
SO42-
Al2O3/ Fe2O3
Umidade 0,033MPa
Fe2O3 livre
Equivalentede CaCO3
(g/kg)
(g/kg)
Constanteshídricas (g/100g) Umidade Águadisponível 1,5Mpa máxima
PERFIL: 19 DATA: 15.10.1999 CL ASSIFICAÇÃO ANTERI OR: LATOSSOLO V ERMELHO-ESCURO A proeminente textura argilosa CLASSIFICAÇÃO ATUAL: LATOSSOLO VERMELHO Ácrico típico LOCALIZAÇÃO: a 22,9 Km do trevo daBR-116, naestradapara Canoinhas, lado direito da mesma, sentido Mafra - Canoinhas. SIT UAÇÃO NA PAISAGEM: terço superior com 3 % de declive; ALTITUDE: 840 m L ITOLOGIA E FORMAÇÃO GEOLÓGICA: folhelhos síltico-argilosos da Formação Rio Bonito, Grupo Guatá, Super Grupo Tubarão, Permiano MATERI AL ORIGINÁRIO: produtos de alteração das rochas acimamencionadas RELEVO LOCAL : suaveondulado RELEVO REGIONAL: suave ondulado e ondulado EROSÃO: não aparente DRENAGEM: acentuadamente drenado VEGETAÇÃO PRIMÁRI A: floresta subtropical com Araucaria angustifolia USO ATUAL : floresta secundária DESCRITO E COLETADO: Américo Pereira de Carvalho, Márcio Rossi, Jaime Antônio de Almeida, Maurício Rizzato Coelho e Gustavo Ribas Cúrcio. OBSERVAÇÕES: - perfil descrito com dia nublado; - depósito de 15 cmsobre o horizonte Ap; - intensa atividade biológica no Ap, AB e BA, diminuindo em profundidade; - máximo defriabilidade nos horizontes BA e Bw1, perceptível pelo toque da faca; - Bw2, Bw3e Bw4 compontos mais adensados atribuídos à ação deretroescavadeira; - quando se determinou aconsistência molhada no Ap, AB e BA, percebeu-se grânulos de maior resistência e mais argilosos e a partir do Bw1 esses grânulos aumentamconsideravelmente detamanho. Descrição Morfológica Ap
AB BA
Bw1 Bw2 Bw3 Bw4 RAÍZES:
0 – 47cm; bruno-avermelhado a bruno-avermelhado-escuro (3,5Y R 3/3), bruno-avermelhado a bruno-avermelhadoescuro (5YR 3,5/3, seco); argila; fraca a moderada grandea pequena blocos subangulares quese desfaz em forte muito pequena pequena granular; friável, ligeiramente plástica e ligeiramente pegajosa; transição gradual e plana. – 71cm; bruno-avermelhado-escuro (3,5YR 3/4), bruno-avermelhado-escuro (4 YR 3/4, seco); argila; fraca grande blocos subangulares que se desfaz em forte muito pequena e pequena granular; muito friável a friável, ligeiramente plástica e ligeiramente pegajosa; transição gradual e plana. – 90cm; vermelho-escuro a bruno-avermelhado-escuro/vermelho-amarelado (3,5Y R 3,5/5), vermelhoamarelado/vermelho-escuro a bruno-avermelhado-escuro (4YR 3,5/5); argila; fraca grande blocos subangulares que se desfaz emforte muito pequenae pequena granular, muito friável, ligeiramente plástica e ligeiramente pegajosa; transição difusae plana. – 116cm; vermelho a vermelho-escuro (1,5Y R 3,5/6); argila; fraca grande blocos subangulares que se desfaz em forte muito pequena e pequena granular; muito friável, ligeiramente plástica e ligeiramente pegajosa; transição difusa e plana. – 154cm; vermelho a vermelho-escuro (10R 3,5/6); argila; fraca grande blocos subangulares que se desfaz em forte muito pequena e pequena granular; friável, ligeiramente plástica eligeiramente pegajosa; transição difusa e plana. - 211cm; vermelho a vermelho-escuro (10R 3,5/6); argila; fraca grande blocos subangulares que se desfaz em forte muito pequena e pequena granular; friável, ligeiramente plástica e ligeiramente pegajosa; transição difusa e plana. – 240cm+; vermelho-escuro (2,5 YR 3/6); argila; fraca grande blocos subangulares que se desfaz em forte muito pequena epequena granular; friável, ligeiramente plástica eligeiramentepegajosa. Ap – comuns finas, poucas médias e grossas; AB – comuns finas; BA – comuns finas, poucas médias e grossas; Bw1e Bw2 – poucas finas e médias; Bw3 – poucas finas; Bw4 – raras finas.
POROS: Ap e BA – muitos pequenos e muito pequenos, comuns médios; AB, Bw1, Bw2, Bw3 e Bw4 – muitos pequenos e muito pequenos, comuns médios e poucos grandes.
104
Análises Físicas e Químicas Perfil: P.19 Amostra de laboratório: 00.0416/0422
Símbolo
Ap AB BA Bw1 Bw2 Bw3 Bw4
Composiçãogranulométricada terrafina (dispersãocomNaOH/calgon) (g/kg)
Fraçõesdaamostratotal (g/kg)
Horizon te
Profundidade cm
Calhaus 0 2 mm
0-47 -71 -90 -116 -154 -211 -240 +
Cascalho 20-2 mm
Terrafina 2 mm
0 0 0 0 0 0 0
Areia grossa 2-0,20 mm
Areia fina 0,20-0,05 mm
Silte 0,05-0,002 mm
209 211 188 207 202 215 208
146 125 162 127 125 115 121
1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000
Argila Argila ,002 0 mm
Graude floculação (g/100g)
ispersa
%Silte %Argila
Densidade Mg/m3 Solo
Partícula
Porosidade cm3/100cm3
m água (g/kg)
538 579 580 600 599 594 597
69 61 75 100 100 100 100
Complexosortivo(cmolc/kg) Horizonte
pH(1:2,5) Água
V
KCl 1N
2+
2+
Ca
Mg
0,9 0,4 0,5 0,3 0,3 0,3 0,3
+
K
Na
0,06 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02
0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02
Ap AB BA Bw1 Bw2 Bw3 Bw4
4,4 4,8 5,0 5,1 5,5 5,2 5,1
Horizonte
C
N
(orgânico) g/kg
(g/kg)
SiO2
Al2O3
Fe2O3
Ap AB BA Bw1 Bw2 Bw3 Bw4
22,5 14,7 12,3 9,7 5,0 2,6 1,5
1,9 0,9 0,7 0,6 0,4 0,2 0,2
85 98 92 87 91 108 134
198 209 216 212 214 221 219
82 87 94 96 93 92 82
Horizonte
100Na+ T (%)
Ap AB BA Bw1 Bw2 Bw3 Bw4
4,0 4,1 4,2 4,5 5,3 4,9 4,2
+
Al
H
2,0 1,4 0,9 0,4 0 0 0,8
Ca2+
Mg2+
K +
TiO2
P2O5
+
T
(%)
10,4 8,8 8,5 6,6 3,4 3,2 3,4
AtaqueporH2SO4(1:1) - NaOH(0,8%) (g/kg)
C/N
Pastasaturada C.E.do extrato Água mS/cm % 25°C
SB
3+
100Al3+ S+Al3+ (%)
MnO
P Assimilável (mg/kg)
1 1 1 1 1 1 1
SiO2/ Al2O3
SiO2/ R2O3
(Ki)
(Kr)
Al2O3/ Fe2O3
Fe2O3 livre
Equivalentede CaCO3
(g/kg)
(g/kg)
9,7 10,2 11,5 11,5 11,6 11,4 11,1 Saissolúveis(extrato1:5) c molc/kgdeTF Na+ HCO3-
<1 <1 <1 <1 <1 <1 <1
105
CO32-
Cl -
SO42-
Umidade 0,033MPa
Constanteshídricas (g/100g) Umidade Águadisponível 1,5Mpa máxima
PERFI L : 21 DATA: 22.05.2000 CL ASSIFICAÇÃO ANTERI OR: SOLO LITÓLICO ÁLICO Ta A proeminente textura média contato lítico CLASSIFICAÇÃO ATUAL: NEOSSOLO LITÓLICO Distrófico típico LOCALIZAÇÃO: Serra da Baitaca SIT UAÇÃO NA PAISAGEM: terço superior com 62% de declive ALTITUDE: 1360 m L ITOLOGIA E FORMAÇÃO GEOLÓGICA: granitos alcalinos e subalcalinos do Proterozóico/Paleozóico MATERI AL ORIGINÁRIO: produto de alteração do granito RELEVO LOCAL : montanhoso RELEVO REGIONAL: montanhoso EROSÃO: não aparente DRENAGEM: bemdrenado VEGETAÇÃO PRIMÁRI A: floresta subtropical altomontana pluvi-nebular USO ATUAL : floresta nativa DESCRIT O E COLETADO: Gustavo Ribas Curcio e Itamar Antonio Bognola OBSERVAÇÕES: - perfil coletado em dia com alta nebulosidade; - a camada orgânica assente sobre o horizonte proeminente, morfologicamente é composta de duas fases: subcamada de 1 cm constituída principalmente por folhas, nos primeiros estágios de decomposição, onde identifica-se com facilidade a sua origem; subcamada de 12 cm, composta por material já humificado. Esta proporção de espessura entre as camadas, onde prevalece material humificado, é extremamente comum neste tipo deambiente; - verifica-se uma distribuição abrupta das raízes entre acamadaH e o horizonte A, este último praticamente semraízes; - grande quantidade de“sapinhos” de 1 a 2 cm detamanho, de cor alaranjada, no horizonte orgânico. Descrição Morfológica H A R RAÍZES:
0 – 13cm; bruno-acinzentado muito escuro/ bruno muito escuro (10YR 2,5/2); orgânica; grumosa pequena e muito pequena; extremamente poroso, com espaços vazios macroscópicos centimétricos irregulares na sua forma e tamanho; ligeiramente plástica eligeiramente pegajosa; transição abrupta eplana. – 25cm; preto (10YR2/1); franca; moderada pequena blocos e moderada pequena granular; ligeiramente dura, friável, ligeiramente plástica e ligeiramente pegajosa; transição abruta plana. – 25cm+ H – muitas finas e médias, comuns grossas; A – raras.
106
Análises Físicas e Químicas Perfil: P.21 Amostra de laboratório: 00.0791/0792
Símbolo
Composiçãogranulométricada terrafina (dispersãocomNaOH/calgon) (g/kg)
Fraçõesdaamostratotal (g/kg)
Horizon te
Profundidade cm
Calhaus 2 0 mm
Cascalho 20-2 mm
Terrafina 2 mm
Areia grossa 2-0,20 mm
Areia fina 0,20-0,05 mm
Silte 0,05-0,002 mm
Argila 0 ,002 mm
Graude floculação (g/100g)
ispersa
0-13
0
1000
41
1
834
A
-25
0
1000
259
96
462
esgotad a 143
Solo
Partícula
Porosidade cm3/100cm3
22
Complexosortivo(cmolc/kg)
Horizonte
V Ca2+
Água
KCl 1N
H A
4,3 3,7
3,0 3,0
Horizonte
C
N
(orgânico) g/kg
(g/kg)
H A
375,6 37,3
19,1 1,8
Horizonte
100Na+ T (%)
Pastasaturada C.E.do extrato Água mS/cm % 25°C
H A
%Silte %Argila
Densidade Mg/m3
m água (g/kg)
H
pH(1:2,5)
Argila
3,6
Mg2+
K +
Na+
8,0
2,28 0,07
0,34 0,04
0,3
SB
Al 3+
H+
3,3 6,6
80,4 14,9
AtaqueporH2SO4(1:1) - NaOH(0,8%) (g/kg)
C/N SiO2
Ca2+
Al2O3
Mg2+
Fe2O3
K +
TiO2
P2O5
Saissolúveis(extrato1:5) c molc/kgdeTF Na+ HCO3-
<1 <1
107
MnO
CO32-
T
(%)
100Al3+ S+Al3+ (%)
P Assimilável (mg/kg)
56 3
SiO2/ Al2O3
SiO2/ R2O3
(Ki)
(Kr)
Cl -
SO42-
Al2O3/ Fe2O3
Umidade 0,033MPa
Fe2O3 livre
Equivalentede CaCO3
(g/kg)
(g/kg)
Constanteshídricas (g/100g) Umidade Águadisponível 1,5Mpa Máxima
PERFIL: 22 DATA: 22.05.2000 CL ASSIFICAÇÃO ANTERI OR: SOLO ORGÂNICO não hidromórfico sáprico raso fase relevo montanhoso contato lítico CLASSIFICAÇÃO ATUAL: NEOSSOLO LITÓLICO Hístico típico LOCALIZAÇÃO: Serra da Baitaca SIT UAÇÃO NA PAISAGEM: terço superior com 67% dedeclive ALTITUDE: 1330 m L ITOLOGIA E FORMAÇÃO GEOLÓGICA: granitos alcalinos e subalcalinos do Proterozóico/Paleozóico – Suite GraníticaCornubianítica Brasiliana. MATERI AL ORIGINÁRIO: resíduos predominantemente vegetais da vegetação dominante RELEVO LOCAL : montanhoso RELEVO REGIONAL: montanhoso EROSÃO: não aparente DRENAGEM: bemdrenado VEGETAÇÃO PRIMÁRI A: floresta subtropical altomontana USO ATUAL : floresta nativa DESCRIT O E COLETADO: Itamar Antonio Bognola e Gustavo Ribas Curcio. OBSERVAÇÕES: - perfil coletado em dia com alta nebulosidade; - o horizonte hístico é composto por duas fases: subhorizonte de 3 cmcomposta principalmente por folhas, nos primeiros estágios dedecomposição emusgos; sub-horizonte de 17 cm, composto por material já humificado. A proporção de espessura entre os horizontes, onde prevalece material humificado, é o predominante neste tipo de ambiente, ou seja: a morfologia do material orgânico é sáprica; - o simples caminhamento para coletadesteperfil e do perfil 21, proporcionou danos consideráveis neste ambiente, como por exemplo o afloramento da rocha; - grande quantidade de“sapinhos” de 1 a 2 cm detamanho, de cor alaranjada, nos horizontes orgânicos. Descrição Morfológica H R
0 – 20cm; bruno-acinzentado muito escuro (10Y R 2/2); orgânica; grumosa pequena e muito pequena; extremamente poroso, com espaços vazios irregulares na sua forma etamanho; ligeiramente plástica eligeiramente pegajosa; transição abrupta e plana. – 20cm+
RAÍZES:
H – muitas finas e médias, comuns grossas.
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