É... A GENTE APRENDE A BOTAR 2 NO LUGAR DO 1
Como é mais fácil entender o mundo quando a gente vê a contradICÃo, contradICÃo, não?
entenderam porque o real é o racional e o racional é o real?
campregher | ferreira Uau, o Tyler Durden com o Hegel?
CIÊNCIA DA EXPERIÊNCIA DA CONSCIÊNCIA, ENTÃO É ISSO!
DIALETICOMIX campregher | ferreira
DIALETICOMIX 1ª edição: 2016 Criação, Texto e Roteiro: Gláucia Campregher Arte: Carlos Ferreira Roteiro: Rafael Martins da Costa Capa e Diagramação: Tiago Oliveira Baldasso
Esta obra está protegida por uma licença Creative Commons: Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual Atribuição-NãoComercial-Comp artilhaIgual 4.0 Internacional
Quero agradecer ao apoio recebido da minha universidade, a UFRGS, por ter me possibilit possibilitado ado o ambiente onde encontrei alunos dispostos a enfrent enfrentar ar pedreiras como a de ler Hegel por necessidade de militância existencial mais do que por dever de ofício; ao CNPQ, por ter me agraciado com uma bolsa pra desenvolver a ideia de colocar em desenho esse aprendizado; ao Tiago, que resolveu TODOS os problemas finais de diagramacão e outros; ao Luiz, a Mari e seus amigos Antonio, Bruno e Rodrigo que me fizeram um baita baita vídeo de divulgacão e a todos os que viabilizaram essa publicacão via Catarse; e, especialmente ao meu filho Caio, pelas críticas cr íticas e advertências, tanto quanto pela compreensão de que nossas discordâcias discordâc ias fazem parte parte do próprio tema em questão - a dialética.
O modo de pensar dialético nem bem foi inaugurado e já rendeu ao primeiro grego que assim pensava a alcunha: “Heráclito, o obscuro”. Dois mil anos depois, o filósofo alemão Georg Friedrich Hegel tentava costurar tudo o que os filósofos disseram antes dele, mostrando que ninguém havia errado ou acertado tão somente. Para Hegel, erro e acerto eram figuras de uma mesma e complicada moeda: a razão. Daí, pimba!, também foi chamado de obscuro. E havia até os que diziam que foi por causa da obscuridade de seus textos que eles pareceram, para os mais desavisados, bons. Pois bem, creio que na nossa época desenvolvemos um pouco mais de paciência para com os obscuros… Já não opomos obscuridade e luminosidade. Sabemos até que luz demais pode cegar, e que o discurso obscuro, muitas vezes, é o que melhor descreve o que o nosso mundo é. Mas dá pra tentar tentar dizer com clareza não ofuscante o que é essa tal tal de dialética? Penso que sim. E por isso me aventurei a tentar tentar explicar. explicar . Mas bem sabia que tentar colocar num linguajar simples o que é a dialética, não seria nada fácil. Por isso me veio à cabea as histórias em quadrinhos quadrinh os como uma boa maneira de me obrigar a fazer textos curtos e sem rodeios, e ainda dar ao leitor algo em que se apoiar além das palavras. Eu já tinha visto ao longo da vida o desenho sendo usado pra ajudar a populariz popularizar ar difíceis ideias e teorias, mas fiquei encantada encantada quando li Logicomix dos gregos Apostolis Doxiadis e Christos H. Pap apadimitriou adimitriou,, com um desenho apurado cheio chei o de cores e detalhes de Alecos Papada Papadatos tos e Annie Di Donna. Mas este livro como outros bons livros de divulgaCão filosófico-científica que eu conhecia, fazem mais uma história do seu objeto que o destrincham. Ou seja, tratase, em geral, de apresentar quem disse o que quando e com que impactos, imp actos, mas não de explorar explor ar as ideias, incluindo in cluindo o que as torna de difícil aceitaCão geral. Bem, eu não queria fazer isso: contar uma história da dialética mostrando seus principais desenvolvedores, contendores, e apenas tangenciar em fórmulas (como a famosa tríade: tese, antítese e síntese) o principal. Daí pensei que se eu usasse como personagens, não os grandes filósofos, mas estudantes iniciantes, eu poderia tocar nas grandes dificuldades que tornam o raciocínio dialético pouco acessível mesmo aos estudiosos. Seria plus se isso fizesse o livro palatável ainda que a algumas poucas almas dentro do binário
senso comum! O fa fato de que nas HQs se use ainda bastante diálogos, eu poderia ambientá-los ambi entá-los em situacões si tuacões concretas como pretexto para para discussões mais abstratas. Talvez assim, o leitor ficasse menos angustiado quando qua ndo não entendesse uma ou outra fala fala e continuasse se deixando ir no ritmo dos raciocínios, até até perceber em algum momento que, se não sabe a letra da música que está tocando, ainda ain da assim consegue cantarolar e seguir no baile. Definido! Meus personagens princip princi pais seriam simplesmente uma moca e um rapaz, e sequer teriam nomes, dado meu intuito de facilitar ao máximo a identificacão com o maior número de jovens estudantes, mas também com todos aqueles que se colocam na posicão de aprendizes. E se meteriam em situacões as mais triviais, como uma briga de casal em família, uma passeata de protesto, a discussão de um filme, ou o compartilhamento de uma aula. O que os tornaria especiais seria a paciência para com o ir fundo nas suas discussões, isso mesmo sabendo que, como dizia Adorno, “se a filosofia pudesse ser definida, ela seria um esforco de expressar aquilo do qual não se pode falar”. Livro findo, espero que o aproveitem. Não intitulei os capítulos, mas se tudo der certo, vocês vão perceber que eles tratam de alguns dos grandes quiprocós dentro do pensar dialético, quais sejam: Capítulo 1 - O que é o real? Capítulo 2 - O que é a contradicão? Capítulo 3 - O que é o método dialético? Capítulo 4 - O que é essa tal tal de dialética do Senhor e do Escravo? Escra vo? Capítulo 5 - O que é isso de negacão determinada? determinada? capítulo 6 - O que é a verdade no reino da dialética?
GLÁUCIA CAMPREGHER
Ra, não foi assim que tudo aconteceu, essa sua versão é muito viesada querida, eu sim expus os fatos!
9
10
11
12
13
antes
14
,
cultuam sábios e não
15
16
17
E
18
19
Mas não
E daí
20
21
as duas coisas,
, caraca!
22
uma
23
Que faz uma
Sim, mas é isso que nos dá também a possibilidade de não operarmos só com o que é lógico. Já descobrimos qual a lógica, a relação necessária. Nós criamos um jeito de processar mesmo quando não temos o programa mais adequado. Isso prova que nós não somos programados mas programadores, somos livres.
24
trabalho mesmo quando alguém não nos ama mais ou nós não amamos mais alguém.
25
26
Ele escreve cartas mecanicamente, pra gente que, sabe-se lá porque, não as escreve.
Não
não!
Ou seja, o que e como contamos, pra nós e pro outros.
27
E no meio de
28
29
30
31
32
33
34
dá
num café 35
Eu disse é que o capitalismo é que é contraditório
36
37
produzirmos coisas assim..., na
38
39
40
41
42
43
44
eu “to junto”!
45
Mais ou menos...
.
Daí
46
,
E meu, com informações que se contradizem não dá pra concluir nada que valha a pena! Formalmente o teu raciocínio tá bichado, sacou?
47
Leu, né? Mas esse
48
Entendo, sendo assim, os nomes, os conceitos, não são só coisas que a gente inventa, eles captam as coisas reais na nossa tentativa de captá-las.
Certo, e isso junta a gente com as coisas.
nem colocar em palavras. 49
50
51
aviso
“O mundo é uma grande bagunça!” 52
53
54
Nas ciências sociais essa preocupação é central no modo compreensivo de pensar o mundo, o modo do sociólogo de Max Weber ilustrado aqui.
Veem o circulo à direita? relações
Comportamentos Irracionais Irracionais
55
56
57
58
59
60
61
62
63
COMO
Anotem aí, vocês vão me produzir uma uma história em quadrinhos sobre a dialética do Senhor e do Escravo em Hegel.
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
negação do mundo!
74
75
76
77
78
79
quando
80
Ha! Ha! Ha!
Ha! Ha! Ha!
81
82
83
84
85
n o q u e é o
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
Bem, eu não explico nada, mas mas tem um cara, o Charles Taylor, que explica em não hegelianês o que o Hegel quer dizer.
99
100
101
102
Nossa... Não sei se quero dizer mais qualquer coisa, mas, ao mesmo tempo, tenho vontade de sair dançando, como se eu quisesse comemorar...
? 103
104
DIALETICOMIX 105