Fisiologia, Anatomia e Histologia da Glândula tireoide Anatomia: Dois lobos lateralizados, direito e esquerdo (direito maior), unidos
pelo istmo de parênquima glandular. Ambos os lobos estão cobertos por músculo esterno-hióide e esternotireóide. Apresenta também uma relação com o musculo esternocleidomastódeo e artéria carótida, que se situam lateralmente. Recebem invervação simpática e parassimpática. A irrigação se da pelas artérias tireóideas superiores e inferiores, que são ramos da carótida. A glândula se apoia na traqueia anterior na altura da cartilagem cricóide. Peso em torno de 15 a 25 g. Resumo: , localizada no pescoço anterior ao nível das vértebras C5 até T1, em frente à traqueia, e é imediatamente inferior à laringe (e à proeminência da cartilagem tireoide). Ela está recoberta por músculos do pescoço e pelas suas fascias. Histologia: 1. O folículo (estrutura esferoidais) é a unidade funcional da glândula
tireóide, onde ocorre a biossíntese, armazenamento, e secreção de HT. O folículo é formado por uma camada única de células foliculares ou tireócitos. A glândula tireóide é formada por 3 milhões de folículos, sendo que 30 a 40 folículos formam lobos. O limite entre estes lobos são formados por tecido conjuntivo, fibras reticulares, capilares sanguíneos, e vasos linfáticos. A membrana basal faz o limite dos folículos com os capilares, e a membrana apical com as microvilosidades. A junção das células células foliculares foliculares ainda ainda possui junções de de conexões do tipo gap, filamentos de queratina, e actina. Interiormente estas células são bastante desenvolvidas com um complexo de golgi desenvolvido para realizar síntese de proteínas necessárias para síntese do HT. O acumulo de colóide no lúmem é responsável por garantir níveis adequados de HT mesmo quando não ocorre suprimento de iodo adequado. 2. Além destas células foliculares ainda temos as células C ou parafoliculares, que são células de tamanho tamanho maior, claras, claras, que participam da homeostase homeostase do cálcio cálcio secretando calcitonina em resposta ao aumento da calcemia. Fisiologia: A maior parte dos tecidos têm receptores para os hormônios
tireoidianos e, desta forma, a tireóide é uma glândula capaz de interferir no metabolismo das células de quase todos os órgãos. mecanismo de formação hormonal: O folículo tireoidiano é constituído pelas
células principais ou foliculares e pela célula C ou parafoliculares. A tireoglobulina é uma glicoproteína produzida para armazenar T3 e T4 dentro do folículo e a célula C secreta calcitonina, que não é hormônio tireoidiano, embora seja produzida pela tireóide. A ingestão diária de iodo varia entre 70 e 200 microgramas. O iodo é absorvido sob a forma salina, mas deve estar sob a forma iônica para formar iodo. Ele é absorvido no duodeno e vai ao sangue. As células foliculares captam iodeto e então, dentro da célula, ele sofre a ação da enzima peroxidase e transforma-se em iodo (Íon). A partir de então se associa a tirosina (que tem forma de anel benzênico) e forma a 3–monoiodotirosina monoiodotirosina (MIT). Quando mais uma molécula de iodo se liga, agora no carbono 5, temos a 3,5-
diiodotirosina (DIT). MIT e DIT interagem e formam os hormônios tireoidianos da seguinte forma: • MIT + DIT → T3 (triiodotirosina) • DIT + DIT → T4
T3 e T4 são armazenados no folículo sob a forma de tireoglobulina. Na membrana apical da célula há microvilosidades que captam tireoglobulina por endocitose e a colocam para dentro das célula folicular. A partir de então, fundese o endossoma com o lisossoma e este libera T3 e T4. No sangue, T3 e T4 são transportados por TBG (globulina que se liga à tiroxina) e por TBPA (pré-albumina que se liga à tiroxina). O transportador se liga prefencialmente à T4 e o T3 circula, principalmente, livre. A facilidade maior de ligação com receptor ocorre com T3 pois ele está livre no plasma. T4 deve antes, se desligar do transportador e depois ligar-se ao receptor (tal processo é mais difícil). A conversão periférica de T4 em T3 ocorre principalmente nos rins por ação da enzima 5’ monodesiodase, mas t ambém pode ocorrer no fígado, através 3’ monodesiodase, formando T3 reverso cuja função biológica é desconhecida.
Obs: monoiodotirosina (MIT) e diiodotirosina ( DIT) Regulação da secreção do hormônio : A regulação da secreção hormonal se faz
por feedback negativo de alça longa por T3 e T4 sobre a adenohipófise e o hipotálamo. Quando a concentração destes hormônios estão elevados inibe-se a produção de TRH pelo hipotálamo e de TSH pela adenohipófise, levando a célula folicular da tireóide a reduzir tanto a captação de iodo como a liberação de vesículas de tireoglobulina. Com isso ocorre uma diminuição da produção de secreção de T3 e de T4. Se o indivíduo não ingere alimentos ricos em iodo o TSH aumenta a captação de iodo mas não há formação de T3 e T4 suficiente, não havendo feed-back negativo, provocando permanente estímulo da glândula. Isto leva ao bócio endêmico, que é hipertrofia da glândula tireóide. Outro mecanismo que estimula a secreção do hormônio, agora através do estímulo da secreção de TRH pelo hipotálamo, é a noradrenalina e colesterolemia. Ações dos hormônios da tireóide As principais funções desses hormônios são: • aumento do consumo de oxigênio e, portanto, da taxa metabólica • aumento da excreção de colesterol, causando a diminuição da colesterolemia • aumento da absorção de glicose com potencialização da ação da insulina • aumento da força de contração do coração e da freqüência cardíaca, gerando
aumento do volume sistólico, e aumento do peristaltismo • manutenção do steady-state protéico, pois o aumento de T3 leva ao predomínio
do catabolismo nos músculos e nos ossos
• estímulo da lipólise e da secreção de GH.