Revista 777
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lança
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Thelema
brasileira
Editorial A revista 777 tem como norteador o verbo Comunicar. Comunicar. Seja por meio de publicações originais de artigos de brasileiros da Astrum Argentum, em suas diversas linhagens, tanto para os nossos pares quanto para interessados e curiosos; comunicar com o mundo o que acontece no Brasil, pois percebemos que uma revista torna o trabalho do luminismo Cient!"co mais observ#vel aos olhos da $ist%ria; comunicar o que tem de interessante sendo escrito no mundo, artigos que julgamos pertinentes, ou uma traduç&o 'eita com carinho e por pessoas que tamb(m entendem a necessidade do publishing. ) primeiro n*mero da +evista 'oi importante para entendermos esse cen#rio, compreender com quem 'alamos ao mesmo tempo estimularmos es timularmos nossa comunidade. acredito que o entusiasmo inicial tenha sido pago com louvor. louvor. Ap%s o primeiro sopro de vida, começa o momento de ajustar a casa. -emos trs grandes blocos de escritores/ os integrantes mais antigos tra0endo id(ias vindas de suas e1perincias na 2ornada, os novos tra0endo o1ignio 3 discuss&o e alguns autores que, mesmo n&o sendo parte da 4raternidade, 4raternidade, tem uma relaç&o t&o an#loga 3 nossa com os assuntos que estudamos. 5esta ediç&o tivemos mais autores que nos mandaram te1tos, traduções e artes. spero que assim a revista cumpra seu papel de ser uma e1positora de pensamentos dos integrantes da Santa )rdem, que mantenha um espaço seguro para a 'ala e que estimule tanto o iniciante como o mais antigo a e1por considerações, colocações e ideias. S% assim uma Arte pautada pelo luminismo Cient!"co pode se manter viva, aberta e atual. spero que vocs gostem dos te1tos aqui e1postos, e saibam que a equipe estar# abertos para discuss&o e recepç&o de novos autores. Texto: Frater AlHudhud Editores: H418, AlHudhud, Amaranthus, I156
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Editorial A revista 777 tem como norteador o verbo Comunicar. Comunicar. Seja por meio de publicações originais de artigos de brasileiros da Astrum Argentum, em suas diversas linhagens, tanto para os nossos pares quanto para interessados e curiosos; comunicar com o mundo o que acontece no Brasil, pois percebemos que uma revista torna o trabalho do luminismo Cient!"co mais observ#vel aos olhos da $ist%ria; comunicar o que tem de interessante sendo escrito no mundo, artigos que julgamos pertinentes, ou uma traduç&o 'eita com carinho e por pessoas que tamb(m entendem a necessidade do publishing. ) primeiro n*mero da +evista 'oi importante para entendermos esse cen#rio, compreender com quem 'alamos ao mesmo tempo estimularmos es timularmos nossa comunidade. acredito que o entusiasmo inicial tenha sido pago com louvor. louvor. Ap%s o primeiro sopro de vida, começa o momento de ajustar a casa. -emos trs grandes blocos de escritores/ os integrantes mais antigos tra0endo id(ias vindas de suas e1perincias na 2ornada, os novos tra0endo o1ignio 3 discuss&o e alguns autores que, mesmo n&o sendo parte da 4raternidade, 4raternidade, tem uma relaç&o t&o an#loga 3 nossa com os assuntos que estudamos. 5esta ediç&o tivemos mais autores que nos mandaram te1tos, traduções e artes. spero que assim a revista cumpra seu papel de ser uma e1positora de pensamentos dos integrantes da Santa )rdem, que mantenha um espaço seguro para a 'ala e que estimule tanto o iniciante como o mais antigo a e1por considerações, colocações e ideias. S% assim uma Arte pautada pelo luminismo Cient!"co pode se manter viva, aberta e atual. spero que vocs gostem dos te1tos aqui e1postos, e saibam que a equipe estar# abertos para discuss&o e recepç&o de novos autores. Texto: Frater AlHudhud Editores: H418, AlHudhud, Amaranthus, I156
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Apresentação da Edição de erão
)l# amigas e amigos vem chegando o ver&o8 j# diria a poetisa l# dos idos anos oitenta, mas n&o h# saudades maiores para serem ditas nem escritas. Ao se apro apro1imar 1imar do Solst!c Solst!cio io de 9er&o nossos nossos coraçõ corações es -helem -helemita itass se enchem enchem de alegria para mais uma ediç&o da +evista 777, parece brincadeira mas, em t&o pouco tempo a mais nova e atual revista sobre -helema contempor:nea do Brasil atingiu muitas mentes e corações em sua primeira ediç&o. Al(m de nossos tradicionais escritores, pensadores, e "l%so'os, somaramse mais vo0es e mais penas, que vertem em tintas agora digitais, pedaços de suas percepções e devaneios ora em <9= ora em 5)=. 5)=. 5ossa +evista ( uma iniciativa multilinhagens da Santa )rdem A.A. o que demonstra a maturidade e o alinhamento necess#rio aos ideais do 5ovo Aeon. >m admirador do nosso trabalho espontaneamente nos elogiou/ +evista 777 a ponta de lança da -helema Brasileira? gostei e vamos usar@ 5o mais, aproveitem o ver&o que ( e1celente pro +esh ao ar livre@ por 'alar nisso/ ?e manh& escureço e dia tardo e tarde anoiteço e noite ardo? 5a verdade s% precisava de um prete1to e mais conte1to para citar 9inicius de oraes depois de iniciar com arina
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!ndi"e Thelema#i"$ / Ararita FFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFF GH
cos de uma niciante Ieminiana FFFFFFFFFFFFFFFFFFFF. JH ) andarilho e a andorinha FFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFF. J7 Kali FFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFF JL Thelema %ontempor&nea/ 2# deu sua bicada hoje M .FFFFFFFF.FF JN
+eali0ando uma leitura de tarQ com cartas de corte FFFFFFFFFFFF EJ evotion FFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFF EO >ma 5ova
ma vis&o pessoal FFFFFFFFFFFFFFFFFFFFF EL A #rvore FFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFF...F. OH nvocaç&o a & FFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFF O7 +esposta thelemita ao proselitismo cristista FFFFFFFFFFFFFFF.. OL ) coraç&o da thelema FFFFFFFFFFFFFFFF...FFFFFFFF..... HJ
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Thelema#i"$: Tue retornou ao >m, e al(m do >m, at( a vis&o do
-u, Iaroto Sa'ado, tu abriste o olho de $%rus ao )lho Cego que chora@8
$# trs assuntos que me chamam a atenç&o na magia/ a poesia m#gica, o gesto m#gico e a imagem m#gica. A poesia m#gica, a linguagem das emoções e dos sentimentos, ( usada na escrita dos livros sagrados ou de Classe A da Sant!ssima 4raternidade e muita gente questiona o motivo de certos ensinamentos n&o serem passados de 'orma mais clara, direta e objetiva ou seja, em receitas de bolo.
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>ma das aplicações mais antigas relativas 3 palavra A+A+-A remonta aos judeus de rovença, em torno do ano J6GG, (poca considerada de ouro para os mesmos UOV. $# suposições de que antigos sigilos encontrados nos livros de Cornelius Agrippa tenham surgido nos c!rculos cabal!sticos dessa regi&o. ssa Cabala predominantemente oral se 'undiu com tradições do sul da 4rança, dos pirineus, norte da t#lia e mesmo com os mouros e ib(ricos, gerando uma in"nidade de linhagens de Cabala e agia posteriormente. A+A+-A era conhecida nos c!rculos cabal!sticos de rovença como a palavra representativa dos 'undamentos do c(u, enquanto A$9W representava os 'undamentos da terra sendo A$9W criada a partir de W$9$ e A$W$, segundo o ardes armonim de JHOL, cap!tulo 6J, vers!culo E. oise Cordovero a"rma ainda que A$9W houi , ( o nome verdadeiro8 de deusD. A+A+-A ( um modo de di0er que, independente do nome que se chame as divindades, 'orças, elas s&o uma s%. ) he1agrama ( o s!mbolo m#1imo da operaç&o com os sete planetas sob regulamento das Sephiroth ou n*meros, e tamb(m est# relacionado 3 palavra A+A+-A. ) seu uso m#gico em rituais necrom:nticos e cerimQnias j# em torno de JHGG ( descrito, principalmente em encantamentos e sigilos UHV, e Agrippa, em seu e )cculta hilosophiae m e1emplo de sua aplicaç&o ( nas conhecidas , ou thephiloth lamat0iath beth 0og , orações para se encontrar parceiros8, onde A+A+-A ( o nome visuali0ado ou pensando em determinadas partes da oraç&o. A+A+-A tem na maioria dessas orações populares um e'eito semelhante ao Am(m.
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4igura J A -orre, 3s ve0es considerada a carta mais violenta do-arot destruiç&o s*bita.
Agrippa atribui A+A+-A ao mundo arquet!pico, ou mais pr%1imo de At0iluth , enquanto no mundo intelig!vel A+A+-A seria e1pressa pelos anjos, "sicamente pelos lanetas e assim como os elementos, cada 'orça planet#ria teria ainda seus seres elementais8, como por e1emplo 9ppupa para Saturno e Adamas para arte. le estende as relações de A+A+-A a partes do corpo, aos mundos in'ernais e ainda metais e cores UYV, as quais pegaremos aqui como e1emplo o planeta8 Sol. 5o mundo intelig!vel, Sol teria como arcanjo +aphael. Seus elementais seriam/ )lor, 9itulmarin, m dos elementais relacionados a Saturno ( chamado de 9ppupa , que aparece em poemas medievais e tratados de necromancia p%s Agrippa, e se re'ere nada mais do que a uma ave semelhante ao >rubuD que se alimenta de 'e0es de outros animais, muitas ve0es chamado de >ppupa , pelos gregos. )nZchinos , tomado do grego tamb(m, se re'eria ao Qni1. Assim os nomes de antigos elementais8 s&o na realidade as mesmas correlações de animais, cores, plantas, emoções, ideias 'eitas atualmente com os planetas, por(m com palavras do grego antigo ou em latim, ou ainda numa l!ngua antiga da qual a palavra 'osse proveniente. ra comum entre os autores medievais dar nomes 3s diversas 'orças da nature0a, assim o 'ogo teria por consequncia, nomes para sua 7
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capacidade de aquecer e outro nome para sua capacidade de queimar. As cincias, notadamente '!sica e qu!mica, pegaram da alquimia essa mania de denominar diversas propriedades de um determinado ente. ) 'ato de manter de 'orma mais "el poss!vel os nomes de 'orças, anjos, demQnios talve0 demonstre que os autores dessa (poca achassem relevante a ideia original atribu!da ao ser. Assim, apesar de bru1a ser designada, num per!odo do
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em consideraç&o a uni&o do entagrama com o $e1agrama, o H com o Y. A import:ncia, no entanto, recai sobre o J6 nesse mesmo
4igura 6 ) he1agrama que, al(m de representar a unidade dos opostos, representa os sete planetas sob poder das Sephiroth. Cada ponta e o centro s&o associados a um planeta, Sephirah e letra da chave A+A+-A.
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cont(m ideias opostas. niverso e que o real e irreal s&o dois lados de uma mesma moeda. 4ica claro que os vers!culos de E a N se relacionam, respectivamente 3s Sephiroth. ) Cap!tulo J apresenta as Sephiroth em seus aspectos positivos8 e o Cap!tulo 6 apresenta os aspectos opostos. ) m(todo pr#tico de
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da realidade. ) plano astral Wesod poderia ser, por conseguinte, a entrada no mundo das es'eras e da unidade. eus velho e jovial no te1to indicam basicamente o in!cio e o "m, a juventude e a velhice, 2*piter e arte. $# na Cabala uma pr#tica de criaç&o de golems, onde as palavras iniciais determinam como ( a cabeça do ser8, e as outras letras determinam o 'ormato de suas partes do corpo. ssa tradiç&o ( usada para representaç&o dos anjos e arcanjos, e atrav(s de ma das aplicações mais simples ( de harmoni0aç&o com as 'orças planet#rias, onde 'a0emos o ritual de invocaç&o do planeta pela manh& durante os sete dias da semana considerando sua atribuiç&o tradicional, começando pelo domingo, dia do sol. )utra 'orma de trabalho ( com assunç&o 'ormas deus, onde se busca um contato !ntimo com uma 'orça planet#ria e deuses relacionados/ podese 'a0er um ritual para um planeta, e assumir sua 'orma diariamente. A estrela seten#ria pode ser usada para conquista de virtudes relacionadas aos planetas ou JJ
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detrimento dos v!cios relacionados, ou o simples banimento e invocaç&o do planeta. A virtude relacionada 3 lua ( a humildade, e o v!cio ( a preguiça. Se quisermos mais humildade, podemos invocar mais a lua e durante o traçado da lua, desenhar uma lua crescente, para que mostremos a intenç&o de que as caracter!sticas positivas da lua se mani'estem. ara a preguiça, o banimento pode ser reali0ado, utili0ando a lua minguante ao centro para representar que se deseja banir as caracter!sticas negativas do planeta. >ma invocaç&o de Sol e arte tamb(m podem complementar esse banimento da preguiça associada 3 lua. ara os outros planetas essa relaç&o n&o ( poss!vel, o que torna a operaç&o com a lua um trabalho muito interessante pelas suas 'ases. ) s!mbolo do planeta deve ser 'eito pre'erencialmente de 'orma a ocupar o espaço inteiro do centro do he1agrama. ara invocaç&o espec!"ca de planetas, diversos modos podem ser e1perimentados/ invocaç&o do planeta no quadrante de seu elemento dominante vide relações elementais no ritual menor do he1agramaD, invocaç&o do planeta em todos os quadrantes mais comumD, invocaç&o do planeta na direç&o de seu 0od!aco no c!rculo ou mesmo a direç&o real atual do planeta. )s quatro rituais podem ou n&o ser usados em conjunto. ) ritual maior do he1agrama pode ser usado so0inho em casos de trabalhos direto com eles. as geralmente uma limpe0a ( 'eita com o ritual menor do pentagrama principalmente se o trabalho anterior 'or relacionado aos elementosD e uma preparaç&o com o ritual menor do he1agrama, notadamente se trabalhamos com 0od!aco j# que esse ritual trabalha com as 'orças elementais na roda do 0od!aco. A+A+-A, como comentei, ( tamb(m usado no +itual da strela Sa"ra, que marca a uni&o do Adepto com seu anjo guardi&o. m cada ponto cardeal, 'a0endo o he1agrama da terra, se ditam 'rases de uni&o entre os elementos como sendo um deus s%. A relaç&o entre o ago e o SAI ( ent&o citado em polaridades 'eminina e masculina, o que d# a entender que o ritual apresenta uma caracter!stica se1ual polari0ada. 5o entanto, apesar dessa caracter!stica, o ritual parece mais de consagraç&o j# que o e1ecutor do ritual pode se assumir como sendo o sujeito seja "lia ou mater ou pater ou "liusD e consagrar8 um outro sob strela Sa"ra pode ser uma viagem, mas a presença da dualidade me 'a0 pensar nisso, na constante presença de dois entes no ritual. Assim como o strela +ubi ( um ritual unicamente de banimento, o strela Sa"ra ( um ritual de invocaç&o, evoluç&o dos rituais do he1agrama. A Kabbalah Sepher Wet0irah, ou
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Aqui, podemos ver que o 'ato de o Sa"ra strela apresentar &e, ai, 4ilho, 4ilha tem muito mais motivaç&o astrol%gica do que apenas se1ual de ser. relevante notar que #ries e escorpi&o s&o regidos por arte, enquanto touro e libra por vnus. ) traçado dos he1agramas ( igual para todos os quadrantes com o traçado da linha hori0ontal, como usado no ritual menor do pentagrama , se alterando somente a 'rase principal que dita a uni&o das constelações. e certo modo, temos no strela Sa"ra o -etragrammaton, W$9$, e unimos/ W\$, $\9, )H, $\W. arquei em negrito a 'ase 9\$ pois ( a uni&o do 4ilius et 4ilia, que acontece n&o por acaso no )este, a estaç&o da completude, do "nal, do outono, da colheita. Ao 'echar o c!rculo, ele ir# ao centro deste. A+A+-A ( aqui vibrada trs ve0es, uma com o sinal da +osa\Cru0 a marca da besta, que pode ser con'erido ainda nesta ediç&oD, uma ve0 com o sinal de Set -riun'ante, que ( uma posiç&o de total aç&o, e uma ve0 com o sinal de ulier ou BaphometD, a posiç&o de passividade. Set aparece no ritual como a 'orma escondida de $%rus. Set al(m de ser o deus eg!pcio, aparece tamb(m no [ohar como sendo um nome de sucesso8, j# que ( composto em hebraico pelas letras Shin e -hav, as duas letras "nais do al'abeto. ) aparecimento de Set ou n&o ( o resultado de sucesso ou n&o da invocaç&o. 5esse momento, a comunh&o ( 'eita/ segundo o ritual o sacramento ( bebido e comunicado, partilhado entre o ago e eus. ) te1to do ritual termina com uma declaraç&o do sucesso da operaç&o de A+A+-A. Cabe notar que $%rus, na mitologia eg!pcia UJGVUJJV, uma ve0 embriagado 'oi sedu0ido por Set para seus aposentos, onde Set penetrou $%rus. sse mito e1plicaria a relaç&o ago SAI como sendo uma relaç&o de uni&o homosse1ual, sob A+A+-A. Ser# que, assim como na mitologia, Set domina $%rus durante sua embriague0M Aos que gostam de u'ologia, talve0 'aça sentido crer que o SAI pudesse ser de uma raça alien!gena buscando contato com a raça humana para depois do adeptado domin#la atrav(s da destruiç&o e da aniquilaç&o de aath. u vejo
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Frater Amaranthus
UJV Selig, Iott'ried. Compendia vocum $ebraico+abbinicarum . Biblioteca stadual da Baviera, J7LG. U6V Bu1tor', 2ohann. e abbreviaturis hebraicis liber novus copiosus . >niversidade Complutense de adri, JYJE. UEV AnQnimo. niversidade de ichigan, JL7J. ULV niversitZ ress, 6GGJ. UJJV 5ajovits, Simson +. gZpt, -runP o' the -ree, 9ol. / A odern SurveZ o' an Ancient
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E"os de uma Ini"iante *eminiana Antes de tudo, vejo a necessidade de esclarecer que 'alo apenas de mim. -helema apareceu em minha vida por meio do
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ois eu percebi que se penso igual e pergunto de menos sobre o sistema, se eu concateno com as mesmas id(ias, ent&o eu vibro no 5ovo Aeon. >m simples questionamento derivado de insights, e de repente j# pertenço ao 9elho Aeon. mediatamente condenada e, claramente sem mais o direito de ir e vir. +ecusome a vestir outra couraça que me restrinja, ou me prender a ordens cuja 'orma de pensar devo coadunar e assim chamar isso de rracionalidade que brota da 9ontade sicD, qualquer coisa em contr#rio, ( 'ruto de um ego megaloman!aco. Ser# atoa que minha veia em -helema se originou com ottaM risosD Sei que essas minhas palavras desagradar# a muitos, mas anseio que sirva de alerta para os mais incautos sobre uma ortodo1ia que surge sob a (gide do 5ovo Aeon. -helema me ensinou a ser livre, livre para buscar descobrir qual ( a nature0a do meu ser. nt&o con'esso n&o ter preconceito algum seja com Aeon de )s!ris, Aeon de $%rus ou de aat. roclamo, como uma criança conquistadora e vingadora que caminha sobre esta -erra, que vibro no Aeon do mpirismo, que busco pelas minhas pr%prias e1perincias em qualquer sistema, seja nas alturas e tamb(m nas pro'unde0as, sem distinç&o ou diversidade. as antes de tudo pela >ni&o. .S./ >m salve ao meu nstrutor da A.f.A.f., e1emplo vivo do que seja a pr#tica do u ei, aquele que ensina sem palavras. J6 de de0embro de 6GJ7
roduç&o/ +oror AEAE. -rilha sonora/ CitZ o' +oma, Assassins Creed, -he Best o' 2esper KZd ireç&o:
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- andarilho e a andorinha u n&o te vi/ as ouvi tuas asas tocarem as asas do vento. +olinha do tempo sob tnue raio de sol/ 9oa, voa, andorinha, que prenuncia a tempestade. 9oa bem alto@ orque mesmo com p(s no ch&o Tuero mais dessa loucura de te amar essa demncia que ( beber taças e taças o vinho 'orte que corre de teus l#bios. mbriague0 a0ul que coroa o meu ent&o. 5&o me importo com cabelos soltos/ Canto no mau tempo@ Sem :nsia do que h# de ser o amanh&. mesmo que escondas o sol ante meus olhos porque chove e est# nublado/ >m dia o verei. 9oa, voa, andorinha/ Tue esta -erra seja toda -ua essa altura tua, inha. Amaranthus
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.ali
4an age/ https/___.'acebooP.com5atashaAnita5o1
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Thelema %ontempor&nea: /0 deu sua (i"ada hoe2 st# l#, todos viram, nem preciso contar, todo mundo torceu o nari0 para o cap!tulo de
Bom, %bvio que eu n&o escrevo esse te1to s% para thelemitas e sim para qualquer um interessado, simpati0ante ou at( inimigo de -helema. sse verso al(m de marcial, violento, pict%rico, nevr#lgico e enigm#tico guarda em si um paradigma muito importante para poder vivenciar a "loso"a de -helema/ o apogeu da
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original, ou at( quem abraçou as crenças que havia abjurado. ) personagem principal deste cap!tulo ( justamente a contraparte do ente silente, ( o ativo, marcial que vai estabelecer seu reino, um reino usurpado, um governante que 'ar# de tudo para n&o perder seu reinado. as onde ser# que ele reinar#M Se o riel ou tamb(m >IIS, k, , w. ode ser visto tamb(m um $e1agrama di#'ano numa leve coloraç&o a0ulada onde culmina o simbolismo da Irande )bra Y/H e a palavra und(cupla, vemos tamb(m uma mulher na parte de bai1o da carta representando 9nus ou xsis ou a 'orça 'eminina j# de acordo com o novo Aeon, visto que ela est# armada, iluminada e militante sugiro a leitura do coment#rio de
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-erra a 9ista@8 Ser#M Agora veja como ( comple1a a mudança do paradigma individual; ( me1er num ninho de vespeiro, todas as bases sociais, educacionais e religiosas cont(m sen&o a totalidade de ideias crist&s ou crististas e, querendo ou n&o, isso est# arraigado em n%s@ osso di0er por e1perincia pr%pria; n&o tive muito acesso 3 religi&o cat%lica na in':ncia, n&o tenho primeira comunh&o, minha 'am!lia ( tradicionalmente umbandista, nada de >mbanda branca ou esot(rica era traçado com 5agQ, quase um Candombl(, ou melhor/ umbandonbl(8, coisa de gerações. Ainda assim, vejo em mim processos claramente 'E+T'ITI-+, sejam de vis&o do mundo ou de outros aspectos emocionais, algo que pode at( n&o ser meu conscientemente, mas em algum 'undo de ba* est# l#/ verdadeiras amarras que di"cultam processos de percepç&o e de reali0aç&o@ Ao meu ver a mudança de paradigmas ( um aumento de nossas 'aculdades de percepç&o; no 'undo, se perceber ( a chave de todo processo de autodescobrimento como tamb(m a chave de alPuth mas isso ( outro assuntoD; a quase totalidade da humanidade vive nas conchas de qliphot, aos trancos e solavancos do ?dei1a a vida me levar? por isso o trabalho ( de pequenas bicadas. )utro detalhe interessante, ou at( divagaç&o minha, (/ ?Com minha cabeça de 4alc&o eu bico os olhos de 2esus en3uanto ele se pendura na Cru0.? +elembrando nossas aulas de an#lise gramatical ?enquanto? ( uma conjunç&o de circunst:ncia temporal, e o mais legal ( que o sentido em ingls tamb(m ( esse ?as he hangs in the cross?. Inosticamente 'alando sabemos que 2esus enquanto Chrestos gn%stico dos c%dices como istis Sophia e tantos outros, n&o ( o que 'oi pendurado numa cru0 e muito menos o s!mbolo de submiss&o e restriç&o que o 'antasma da cru0 representa; no livro citado acima h# a passagem/ ?is que vim tra0er 'ogo 3 -erra ...D gni 5atura +enovatur ntegra? sse Chrestos em nada se parece com o bom pastor de t&o tementes ovelhas e sim parece claramente, a seu tempo e com a devida proporç&o, com o Senhor do 4ogo no
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em vossa menteM E6T7- 8A++A+TE+ 9- E:H- A- 6-- AE-6, Agora, consideremos o que ocorreu convosco. A "m de assumirdes esta concepç&o mental do Sol sempre'ulgente, que "0esteM 9%s vos identi"castes com o Sol. 9%s sa!stes da conscincia deste planeta, e por um instante vos considerastes como ntes Solares. nt&o, para que voltar atr#sM?
Assim trans'ormando esses dois par#gra'os em pr#tica temos o ma nova lei e uma nova palavra 'oram tra0idas como uma nova 'ebre dos c(us, jorraram da 'o0 da l!ngua do pro'eta e da tinta de sua pena. ) Aeon est# pronunciado sobre o silncio@ a '%rmula da palavra und(cupla AbrahadabraD na lei de -helema consagra a blas'mia contra todos os deuses@ ) senhor do Aeon, aquele que carrega o esplendor da blas'mia em seu pr%prio nome n&o ( um jui0, cada um que se julgar#. Ao meditarmos sobres as cores do Atu == ) AeonD vamos ver que ?o escarlate Xamejante, o carmesim brilhante e o vermelho ardente s&o en'ati0ados pelo verde passivo? -emos a! a vis&o tamb(m da criança coroada e conquistadora, n&o h# pecados, n&o h# salvaç&o , h# somente
?-u (s o -eu r%prio Caminho. or isto est# escrito/ Conhecereis a 9erdade, e a 9erdade vos 'ar# livres. ste mundo n&o ( um antro de demQnios e1piando seus pecados; este mundo ( um dossel de euses que dormem, e dormindo, sonham.?
di'!cil prever como e quando ser# o crescimento dessa criança, quando seus ideais juvenis se tornar&o uma realidade para todos n%s. Cro_leZ disse ?...que o mundo est# entrando em um per!odo de quinhentos anos de obscuridade e provaç&o, que ir# preparar a humanidade para uma era de
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i(erdade ; o direito de a#ir "on
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do seu pr%prio ser, elas devem preenchlo com sua bondade secreta. estas quat qu atro ro s& s&o/ o/ ma s% Coisa, cujo nome 'oi chamado de 5enhuma Coisa....Dortanto, pela 9ida, v%s vos tornais eternos e incorrupt!veis, Xamejando como s%is, autocriados e autossustentados, cada um o *nico centro do >niverso. nt&o pela nidade. ...D4inalmente, pela niverso ( ilimitada, e sois livres para reali0ar o vosso pra0er como quiserdes, observando que a diversidade do ser ( tamb(m in"nita.8
or meio meio da -hel -helem ema a tive tive a conc concep epç& ç&o o de que, que, ante antess de cons constr trui uir, r, tran trans' s'or orma mar, r, cond conden enar ar ou dest destru ruir ir qual qualqu quer er coisa coisa,, ( preci preciso so trab trabal alha harr na descoberta de quem realmente se (R o que n%s somos, o mundo (@ Atrav(s do estudo e compreens&o da -helema, vi que ela ( a
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-helema ( liberdade e, liberdade, de'ende o direito humano de ser quem se ( e de ter liberdade para procurar o que se (D, logo, o homem n&o pode ser um escravo principalmente de outro homem ou deusD, o homem tm o direito de viver por sua pr%pria lei. Autoconhecimento ( o começo da sabedoria. Tue cada qual pense como quiser sobre o >niverso, mas que nenhum tente impor aquele ensamento sobre outrem por qualquer Ameaça de uniç&o neste undo ou em qualquer outro undo.8 Aleister Cro_leZ,
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A(ra Had A(ra >?@1B
Abro te a porta A minha e a tua Como se abrisse portas ao coraç&o ) meu e o teu Abro te o portal A entrada da Iruta a interna verdade a minha e da tua Bem vinda a esse sconderijo que abriga. Ao poema que desnuda. Tue ilustra ocultando 1plica escondendo )u que mostra velando Iritam me m!stico i0em me c!nico 9ejo me s!smico esmorona o templo mplodido reXe1o meu Sussurro a ti inominado ateu H418
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Thelema "om 'esponsa(ilidade: 1@ "onsideraçCes so(re Dal$uth )l# queridos irm&os, irm&s, amigos e amigas, NE. $# alguns dias um correspondente, tendo lido um artigo meu, me perguntou/ T94 voc dissemina que o homem comum n&o vive em alPhut, mas em Tliphot, por(m em Kaballah, seja nos ramos que pesquisei, isso ( 'alado. or que voc, ent&o, continua a"rmando que o homem comum vive em TliphotM Boa pergunta, n&oM as, vamos l#. ) meu correspondente 'ala de escolas de Kaballah8 e nisso ele tem ra0&o. 5em todas as escolas de Kaballah admitem que estejamos no mundo de Tliphot, tomando uma abordagem mais amena, considerando o undo Tliphotico um mundo demon!aco8, com o qual ( melhor o homem n&o ter contato ou melhor, evitar. 9ia de regra, este mundo espelhado8, tamb(m chamado de undo das Conchas, ( a essncia, por e1emplo, do conte*do de
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autopreservaç&o, alimento, ego!smos, se1o eventual, dormir e lutar por uma posiç&o. nada que qualquer animal irracional n&o 'aça. H Alguns contestam/ mas se aliado a tudo isso h# a poesia, a arte, a m*sica, um animal irracional n&o 'a0 isso. Sim, ( verdade. as, mesmo pensante e 'a0endo algumas coisas 'ant#sticas animais adestrados demonstram issoD, o que importa ( a conscincia e a conscincia aqui 'alada ( a de estar em um mundo desordenado, Xagrantemente constrangedor e adaptarse a isso sem contestar. Tuo 9adisM ara onde vaisMD. otta e1empli"cou para uclZdes que Tliphot pode ser comparado a uma sala escura. Sem en1ergar batemos nos obst#culos e com o tempo nos acostumamos. AS C)5-5>A)S CI)S. Y Cabe ao robacionista da A.z. A.z., reconhecer sua condiç&o de habitante do mundo das Tliphots e es'orçarse para sair desta situaç&o por isso sua tare'a inicial ( descobrir a verdadeira nature0a dos poderes do pr%prio ser8 e isto (, n&o s% uma aspiraç&o8, como uma percepç&o8. 7 5a Iolden a_n temos uma dica/ o 5e%"to equivalente ao Irau de robacionista da A. A. D no ritual ( convocado a sair das trevas e ir para a
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corpo. 5&o se engane o 5e%"to. le ser# testado em sua ousadia/ ssa ( a 'amosa )rd#lia de 5ephesh. as isso ( assunto para outra ediç&o. 4orte abraço NE.NENE IF 16 abadiahetheruygmail.com
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'ealiando uma leitura de tarG "om "artas de "orte $# m(todos variados para utili0aç&o do tarot, desde ritual!stica, viagem astral, e o mais utili0ado, o divinat%rio. sse te1to 'oi baseado na revista n -he Continuum volume 7, escrito pela Soror eral, com a qual tive diversos insights sobre leituras de tarot que agora irei compartilhar, ent&o quem quiser praticar ( s% pegar o seu -$ B))K )4 -$)-$. )s or#culos podem ser atribu!dos aos O elementos, ou seja, e1iste para cada or#culo um elemento correspondente, Soror eral a"rma que o tarot ( mais adequado para questões materiais e aconselha a utili0aç&o do Ching para perguntas espirituais, talve0 por ser mais "los%"co e amplo em signi"cado. )s arcanos menores, sendo e"ca0es para consultas sobre assuntos materiais s&o geralmente atribu!dos ao elemento terra . or(m, os arcanos maiores possibilitam perguntas de tem#tica espiritual . 5o começo de minha pr#tica com o tarot, internali0ava as cartas reali0ando o seguinte processo/ rimeiro, eu meditava sobre a carta, contemplando seus desenhos e tomava nota dos diversos pensamentos e diversas associações que surgiam em minha mente, e as cores que mais chamavam a minha atenç&o. Anotava tamb(m seu signi"cado presente no livro acompanhante do decPD, al(m de suas atribuições simb%licas e astrol%gicas. 9isuali0ar o diagrama da #rvore da vida, tamb(m servir# de au1ilio para interpretaç&o, sabendo que cada es'era começando de cima para bai1o possui at( o n*mero JG, que ( o mesmo numeral que e1iste nos arcanos menores e os caminhos s&o relacionados aos arcanos maiores, podese encontrar mais detalhes no livro Cabala !stica. recomend#vel que adquira cartas de baralho comum para anotar o signi"cado diretamente nas cartas, a n&o ser que pre"ra escrever diretamente no tarot caso queira descartaloD, essa pr#tica de escrever nas cartas ( mais apropriada para os arcanos menores, pois estes s&o mais numerosos. m nossas leituras, podemos utili0ar o conceito de Signi"cador que serve para representar o consulente. ara isso, iremos utili0ar as cartas da corte, relacionando o consulente com a carta que possua os aspectos '!sicos ou de personalidade mais pr%1imos deste e1./ se a consulente 'or uma mulher madura, de cabelos claros e com temperamento col(rico, a carta +ainha de aus poderia ser o signi"cadorD. oder# tamb(m veri"car o signi"cador atrav(s da sua data de nascimento, voc pode seguir con'orme consta no livro de -hoth/
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J6 de março a JG de abril
+ainha de aus
JJ de abril a JJ de maio
rincesa de iscos
J6 de maio a JJ de junho
Cavaleiro de spadas
J6 de junho a J6 de julho
+ainha de Copas
JE de julho a JE de agosto
rincesa de aus
JO de agosto a JE de setembro
+ei de iscos
JO de setembro a JE de outubro
+ainha de spadas
JO de outubro a J6 de novembro
rincesa de discos
JE de novembro a J6 de de0embro
+ei de aus
JE de de0embro a JG de janeiro
+ainha de iscos
JJ de janeiro a N de 'evereiro
rincesa de spadas
JG de 'evereiro a JJ de março
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Como alternativa ao uso do Signi"cador, simplesmente utili0e uma carta testemunha ( uma carta que, ap%s embaralhar o decP, ( retirada e serve para representar o consulenteD. Cada elemento ( relacionado com nossas situações do dia a dia. ara elucidar sobre os elementos irei demonstralos con'orme as letras hebraicas, tratase do nome divino Wod, $e, 9au, $e. Wod R 'ogo, paus, rei, ideali0aç&o, $e R #gua, copas, rainha, sentimentos 9au R Ar, espadas, cavaleiro, pensamentos $e R terra, discos ourosD, princesa, praticidade >ma leitura de tarot n&o dei1a de ser um ritual, ent&o tenha em m&os as armas m#gicas, n&o precisa ser algo muito elaborado, voc pode utili0arse de um l#pis como uma varinha que representar# o 'ogo, um vaso ou um copo para #gua, um abridor de cartas para representar o ar e um c!rculo achatado de madeira ou moedas para representar a terra. nt&o invoque o au1!lio do Alt!ssimo com estas palavras/ nvoco a ti, A ) para que envies $ + >, o grande Anjo que preside 3s operações desta Sabedoria Secreta para que ele pouse sua m&o invisivelmente sobre estas consagradas cartas da arte, que por meio disso possamos obter conhecimento verdadeiro de coisas ocultas, para a gl%ria de teu 5ome ine'#vel. Am(m. { -he booP o' -hothD antenha a mente calma e desvencilhada das situações cotidianas e 'oque na pergunta que est# sendo 'eita. Com a sua m&o esquerda retire as cartas, ap%s embaralhar, j# deve ter uma ideia de qual carta ( o Signi"cador. Seguindo a E6
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tiragem do Wod$e9au$e, embaralhe as cartas e separe em quatro montes, cada monte representar# um elemento e condu0ir# a leitura con'orme 'or perguntado; ap%s separar, procure o signi"cador em cada monte, quando encontrar, na mesma ordem que tiverem as cartas, inicie a leitura com o leque de cartas aberto ou em 'erradura. Com as cartas viradas para cima inicie a contagem con'orme aparecem as cartas. 5o caso de Cavaleiros, +ainhas e r!ncipes, conte O. 5o caso de rincesas, conte 7. 5o caso de Ases, conte JJ. 5o caso de cartas menores, conte de acordo com o n*mero. 5o caso de trun'os, conte E quando se tratar de trun'os dos elementos; N quando se tratar de trun'os planet#rios; J6 quando se tratar de trun'os 0odiacais. 9eja o jogo como um todo, perceba se tem repetições de cartas do mesmo elemento, n*mero e outras compatibilidades, se possui outros membros da corte e em que direç&o est&o olhando, veri"que tamb(m a pro1imidade das cartas do mesmo naipe, o que pode indicar, durante o processo da leitura, que algumas cartas ter&o mais inXuncia sobre as outras, e1emplo/ se h# duas cartas de 'ogo envolvendo uma carta de #gua, talve0 esta carta esteja com sua inXuncia comprometida. ara que a leitura seja mais completa e minuciosa, note para qual direç&o as cartas est&o olhando/ esse detalhe pode representar uma pessoa ou evento que estar# chegando eou uma situaç&o a"rmativa, e no sentido oposto, a partida do evento ou da pessoa em quest&o. sse tipo de leitura demanda muito tempo e concentraç&o por ter muitas cartas, ent&o escolha um per!odo que tenha disponibilidade para reali0#la. +oror Adler
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mbora a palavra
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poderia ser e 'a0er o que quiser. nquanto livro santo, o ma evoluç&o hist%rica para um novo momento em que "nalmente a 'elicidade per'eita pode ser alcançada por aqueles que entenderem seu credo. as talve0 sejam apenas aparncias. )u anseios de um pro'eta que ao interpretar seus escritos tenha tido olhos demasiado positivistas para ver que o novo passo anunciado tra0ia em si seus pr%prios conXitos. Ali#s, a nova liberdade ( uma liberdade que s% e1iste no conXito. Se antes a restriç&o bali0ava as garantias do conv!vio social, hoje vemos estas garantias se dissolvendo e novas 'ormas de mediaç&o tomarem seu lugar. Cabe a n%s, "lhos do n"nito spaço e n"nitas strelas, encontrarmos os novos meios. -alve0, a nova liberdade que se descortina dependa menos de acordos velados e mais de di#logos abertos. enos de regras gerais e mais das particularidades de cada caso. enos de morais absolutas e mais da ra0&o em sua e1press&o mais humana que n&o est# em sobrepujar a nature0a, mas em criar caminhos onde n&o h# passagem. Sim, este ( o tempo da Criança Coroada e Conquistadora e nosso livro santo tra0 em seu terceiro cap!tulo uma declaraç&o de guerra. as talve0 tamb(m seja tempo de pensarmos a guerra. e pensarmos tudo que tomamos como certo. ois ( prov#vel que, mesmo a e1pectativa de uma era de
Frater Ad Astra >
Bibliogra"a/ C+)<W, A.
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i(er 'e#uli L ma isão pessoal 4a0e o que tu queres h# de ser tudo da lei. sse breve ensaio visa apresentar, como dito, uma vis&o pessoal sobre o ritual +eguli, visto que salvo distorções deliberadas das correspondncias simb%licas, n&o h# uma *nica 'orma correta de e1ecutar um ritual da Santa )rdem e sim interpretações di'erentes, j# que via de regra, n&o h# um coment#rio de mestre -herion escrito sobre os mesmos. 5&o somente com o +eguli, mas essa ausncia de coment#rio se repete no +ubi strela, Sa"ra strela, e a issa da 4ni1, obviamente de 'orma propositada. $# aqui, portanto, minha vis&o sobre os prop%sitos e sobre como e1ecutar esse ritual, tendo me baseado em minha e1perincia, em coment#rios de autores c(lebres sobre esse e outros rituais, e tendo visto a e1ecuç&o do mesmo por di'erentes pessoas, jamais tendo encontrado uma que 'osse cem por cento igual 3 outra, digase de passagem. as ela disse/ os ord#lios eu n&o escrevo/ os rituais ser&o metade conhecidos e metade escondidos/ a
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1 A %ru Templ0ria ou - +elo nd;"uplo
$# que se 'a0er uma certa an#lise no s!mbolo 'ormado durante essa parte do ritual que ( a bem semelhante a Cru0 de Sal(m, assinatura do Ir&oestre dos Cavaleiros -empl#rios, a mesma usada por Baphomet = Aleister Cro_leZD, e ar0ival = arcelo +amos ottaD, em suas respectivas encarnações da )rdo -empli )rientis. Semelhante, por(m n&o a mesma, utili0ada na m&o esquerda pelo hiero'ante no tarQ de +ideraite. )s on0e n%s, ou pontos da cru0 'ormada, possuem uma relaç&o simult:nea com a rvore da 9ida, e tamb(m com o sistema de chaPras, de 'orma impl!cita. J. Tue ele desenhe um c!rculo em volta da sua cabeça e1clamando 5>-@ 6. Tue ele trace o ed&o verticalmente para bai1o, toque no muladhara chaPra e1clamando $A-@ E. Tue ele, retraçando a linha, toque no centro do peito e1clamando +A$))+K$>-@ 8
S&o aqui representadas os trs principais conceitos thelemitas, 5>it se relacionando com Kether e o Sahasrara, $Ait se relacionando com o alPuth e o uladhara. +a$oorKhuit no meio, sendo a Criança de $A e 5> assumindo a posiç&o do Anahata. J. Tue ele toque o Centro da sua -esta, sua boca e laringe e1clamando AA[@ 6. Tue ele trace o seu olegar da direita pra esquerda pelo rosto na altura das narinas.8
5o centro da testa est# o Ajna, e na laringe o 9ishudha, a hori0ontal na altura das narinas aath, ao lado de Binah e ChoPmah. E. Tue ele toque o Centro do eito e o le1o Solar e1clamando -$+)5@ O. Tue ele trace o olegar da esquerda pra direita atrav(s do peito na altura do esterno.8
5o centro do peito est# o Anahata, e no ple1o solar o anipura. ntre os dois ( traçado uma hori0ontal representando ao mesmo tempo Ieburah, -ipharet e Chesed. H. Tue ele toque os caPras svadhisthana e muladhara e1clamando BABA<)5@ Y. Tue ele trace o olegar da direita pra esquerda atrav(s do abdQmen na altura dos quadris.8
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or "m, aqui "ca e1pl!cita tal analogia, onde se toca o Svadhistana e o uladhara , mas agora a linha traçada na altura dos quadris, e dos %rg&os se1uais apro1imadamente, pegando as regiões equivalentes a $od,Wesod e 5et0ach . ) que talve0 passe despercebido ( que ao mesmo tempo uladhara e Sahasrara s&o representados no corpo, mas ( sugerido que est&o ligados tamb(m 'ora dele, o primeiro 3 terra, e o segundo ao mais alto, ou numa linguagem mais thelemita, a sua estrela, como em planos que se cru0am. ssa associaç&o est# tamb(m presente no e1erc!cio do pilar do meio, e em outras 'ormas de Kundalini Woga , por e1emplo no livro .undalini Tantra, de S_ami Saras_ati SatZasangananda . elo mesmo autor ( dito que temos outros chaPras in'eriores e que o muladhara seria o mais alto destes, que seria o sistema de chaPras dos animais composto tamb(m por atala, vitala, sutala, talatala, rasatala, mahatala e patala , e estariam locali0ados nas pernas com os nadis Xuindo para o uladhara. >ma associaç&o microc%smica com o plano das qliphoth talve0 caiba aqui. Acima do Sahasrara, pela mesma vis&o, haveria outros chaPras representando a conscincia divina, ou estelar. escon"o ( que nesse s!mbolo und(cuplo, e nesse encantamento, reside uma das chaves do casamento simb%lico entre os sistemas do ocidente e do oriente reali0ada por mestre -herion. ? alaras de poder
S&o vibradas cinco palavras de poder que, segundo o te1to do ritual, atrav(s delas as energias do Aeon de $%rus trabalham a 9ontade do magista no mundo. uito j# 'oi discutido sobre as palavras -helema e gape, em v#rios trabalhos de estre -herion.
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I5 h# aqui novamente uma ~'%rmula regenerada por -herion, ao acrescentar o I5 ao pranava . 5esse caso a palavra soma JGG, e o su"1o I5, com as duas *ltimas letras 'ormando uma e1tens&o sonora ao , soma NE. A>I5 guarda em si as trs ordens dentro da Santa )rdem, e a cone1&o entre essas e1pressa na '%rmula. D ( o homem da terra, o en'orcado, que tem sua e1press&o da )rdem da Aurora ourada. ou 9, ( o $iero'ante, o Sagrado Anjo Iuardi&o representando assim a )rdem da +osa +ubra e da Cru0 ourada e o grau de amante. 4icando o A por representar o remita, e a invis!vel ordem da strela de rata. o I5 M ) * e representam a ligaç&o e a passagem entre estas ordens. 5 representando a orte, que ( a passagem para a segunda ordem, enquanto I o caminho de Iimel, que ( inspiraç&o vinda da terceira ordem. 9oltando a an#lise gem#trica dentro da CJJ ( interessante notar que A>I5 leva o valor de YO, o mesmo de Agape nesta ci'ra. A>I5 \ AIA ] J6L. 5o cap!tulo , +a $oor Khuit, que por acaso tem o mesmo valor J6GD de )5 na ci'ra, di0 que o'erecer# uma m#quina de guerra _arengine D, o somat%rio de _arengine8 ( J6L, que alias tamb(m ( o mesmo de mulher escarlate Scarlet oman D. J - enta#rama Aerso e A erdadeira
escendo, mergulhando minhas asas, eu cheguei 3s habitações de escuro esplendor. <#, naquele abismo in'orme, 'ui eu 'eito um comungante dos Dist;rios Aersos . u so'ri o abraço mortal da Cobra e do Bode; eu prestei a homenagem in'ernal 3 vergonha de Khem.8
i(er O II4N5D
Cro_leZ se descreve como o maior poeta de sua (poca, e ( peculiar ent&o a escolha da palavra averso8 averseD ou inv(s da palavra inverso8 para descrever os pentagramas no te1to do ritual. <.. uquette percebe isso no coment#rio 'eito em seu livro -he agicP o' -helema8, sem no entanto, o'erecer uma perspectiva di'erente, apenas apontando o 'ato. nquanto as palavras averso e inverso guardam um signi"cado similar, podendo ser sinQnimos em determinados casos, a palavra inverso 'requentemente designa o contr#rio, OJ
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enquanto averso pode 3s ve0es signi"car aquilo que tem 'unç&o oposta8 ou aquilo que 'oi a'astado8. interessante notar que a 9ontade ( 'requentemente representada como besta, solar, masculinapositivaativa, le&o cuja constelaç&o tem +eguli como estrela al'aD, enquanto a alma ( 'emininanegativapassiva, lunar, representada pela mulher escarlate em thelema. Sendo assim, no conte1to desse ritual o pentagrama averso ( a verdadeira representaç&o do homem como deus encarnado, o esp!rito imerso na dualidade dos planos da 'orma, a ponta de cabeça para bai1o, aquilo que 'oi a'astado. ) ritual visa assim materiali0ar as 'orças aeQnicas em seu casamento, $adit e 5uit, -herion e Babalon, e torn#las mani'estas na vida quotidiana, com o aterramento dessas 'orças. Assim o pentagrama averso 'ala sobre 5)=, e usa esses sinais, e n&o os de <9=. uTuette ainda cita em seu livro que srael +egardie sugeriu para ele que Cro_leZ queria apenas chocar os membros da Iolden a_n com essa escolha, e que seria bom e1ecutar o ritual com a estrela da 'orma correta8. essoalmente eu acho cQmico o quanto +egardie tem certa obsess&o em consertar8 os rituais do -herion, deliberadamente invertendo ou pervertendo as novas perspectivas sugeridas por estre -herion para '%rmulas mais tradicionais, bem semelhantes 3s osirianas habituais, ou limpas8 dos arqu(tipos comumente associados a cosmovis&o thelemita. Sendo assim, eu pre"ro me a'astar das visões desses autores, indo numa direç&o di'erente. ode ser observado que esse ritual ( orientado de um ponto de vista di'erente, uma nova perspectiva, a solar. Sendo assim, do ponto de vista do sol, mesmo em sentido literal, o pentagrama est# em sua posiç&o habitual. as indo al(m do literal, n&o seria esse pentagrama averso aquele com as pontas superiores apontando ChoPmah e Binah, enquanto a ponta in'erior aponta para -ipharethM ) casamento da 9ontade e Alma representado nesse ritual de 5)=, visto da casa do sol. $# na capa do agicP nd(cuplo com o c!rculo superior no interior da strela de Babalon, o corpo sobreposto ao $e1agrama >nicursal, 'ormando um pentagrama averso em vermelho e laranja ao combinar os dois s!mbolos. A rosa no $e1agrama >nicursal coincide com Anahatta-iphareth no Selo >nd(cuplo. A chave desse ritual ( um pentagrama e um he1agrama unidos, AB+A$AAB+A@ A ponta in'erior desse pentagrama averso aponta o centro de outro pentagrama averso, este *ltimo contido dentro de um pant#culo, simboli0ando um aterramento. stranho que possa ser, esse lamen, para mim, parece sinteti0ar simbolicamente esse ritual da marca da besta. ois ainda em liber 9iarum 9iae, ao caminho de $eh, ligando -ipheret e ChoPmah, est# associado o presente ritual como a 'ormulaç&o da strela 4lamejante8.
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ara aqueles ainda n&o convencidos sobre a necess#ria mudança de perspectiva sugerida no ritual, vale lembrar que esse ( um ritual thelemita do pentagrama em contraste com o ritual menor do pentagrama da 'orma usualmente conhecida. As '%rmulas por tr#s dos rituais 'oram purgadas e reajustadas, sendo assim n&o se pode ter uma nova perspectiva 'a0endo tudo da 'orma como sempre 'oi 'eito. 4 A "analiação, - .ha(s e a .aa(a
4eito o selo, pronunciadas as palavras, e traçadas os pentagramas com suas correspondncias, agora ( 'eito um s!mbolo de v%rtice, n&o com as m&os, mas com o pr%prio corpo em torno de seu ei1o. Seja no ritual do v%rtice da magia do caos, ou na aplicaç&o de um reiPi, toda ve0 que eu vi um movimento de v%rtice era na direç&o de unir e canali0ar energias. Agora um movimento de v%rtice com o pr%prio corpo ( como apontar uma seta para o interior do pr%prio universo, este que 'oi de"nido ao percorrer o c!rculo anteriormente, e este que "0este os s!mbolos de 5)= em cada quadrante que agora percorre rodopiando em seu pr%prio ei1o. ronto@ Agora est# no centro do universo. 4aça o s!mbolo da conjunç&o solar e lunar, pois voc casou as 'orças da 9ontade e da Alma. 9ibre Ai_ass@ Soque a -erra@ xsis triun'ante com sua Criança@ 9ibre -helema@ Se restava alguma d*vida do prop%sito deste ritualF m seguida, ( 'eita a construç&o da Kaaba com a palavra m#gicPa
Seria o ponto central dos thelemitas algum amontoado de pedras em ru!nas nas terras altas da sc%cia M Sem querer o'ender aos irm&os mais
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ortodo1os com meu questionamento, mas para mim isso n&o 'a0 o menor sentido na perspectiva do novo aeon, ou numa "loso"a t&o centrada no indiv!duo. 5 - Pm das palaras
) "m das palavras ( a alavra Abrahadabra.8 >A III:5B Ap%s repetir a primeira parte do ritual, a palavra que encerra o ritual ( AB+A$AAB+A. Com on0e letras que encerram o pentagrama, que pode ser 'ormado com os cinco as, e o he1agrama com as seis letras restantes. m cinco como o $%rus marcial, e em seis como +#. +ea"rmando a uni&o do micro com o macrocosmos, a recompensa de +a$oorKhuit, que ( a '%rmula do aeon atrav(s da qual se reali0ar# a Irande )bra. Amor ( a lei. Amor sob 9ontade. -e1to/ I156 lustraç&o/ atasha Anita ox
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A 0rore ?-udo que h#/ do nada ( chegado -anto de conhecimento quanto de nome privado 6 a partir do G, de um gr#"co linear -u (s8 R apenas ponto de partida para bradar. Arrancado e murcho, tornouse trs, 'orma criando, l# um caminho triangular aXorando, +espirando pro'undamente, qual o mar >m ponto de partida para e compassar. istinç&o passada, uma 'orma, uma marcaç&o, er'eito anterior, um quatro, uma torç&o, Com a 'orça de uma serpente isto viaja no caminho 4orça da C%lera, o H ( o seu destino. Sabendo e 9endo at( onde chegou, ncontra uma m lugar a partir do qual vem e ensinar. e'ronte a 5un, l!quido vertido/ >m brilho suave e verde ) coraç&o 'oi vencido. Avanço do intelecto, com o 7 vm os conXitos, >m equil!brio procurado nos C(us t&o AXitos, Sobre o destino dos amores, do trov&o o espectro, 2# havia l# o L, e reina o intelecto. • medida que os ramos se estendem ao longo da rvore, >m ponto de partida para e analisar. Ainda semi consciente, toda a gravidade pu1a, Criando um plano onde a insanidade pulsa as dentro da
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ia ent&o/ C# uma #rvore, ) lugar donde u e concebi. .arel D"%oQ -raduç&o/ Al$udhudD
A 9eusa e#ra N Eu"lQdes a"erda de Almeida
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Ino"ação a ã nvocaç&o a & a lu0 ine'#vel e brilhante uma 'orma vem/ >m bode esbelto de branca l&. Seus cascos prateados criando 'a!scas sobre as ondas, o rel:mpago relu0indo em seus chi'res, diante do c(u libertador. As ondas quebram na beira da praia/ -u (s um poderoso rei8 e longe, sabendo todas as suas d#divas, tra0 ainda o 5ascimento do Sol a -udo que vive. -udo. • Xoresta, aos brejos, 3s montanhas ele corre@ Aos rochedos e ainda al(m alcança@ l# habitou, no trigo da plantaç&o e no :mago do meu coraç&o. >m in!cio e1uberante de primavera, o pra0er de Xorir cantamos 5a bruma turva e esbranquiçada, eu sinto que começamos@ Como se sussurrasse durante um sonho, um nome/ an. Seu nome ( & e eu te entrego a ele. le ser# constante durante todo o ano, at( que chamado e renovado8 nt&o aqui estou com uma chama diante de e, um sino nas m&os, e convoco o Irande eus &, o & bata o sino H ve0esD @ -rago vinho e mel, e a promessa do meu sempre crescente amor. ele vai per'urando e empurrando e semeando. u invoco a -i, o &, u te invoco de volta ao mundo, o & & & toque o sino H ve0esD & do meu coraç&o e de todos os lugares selvagens, eu preencho tua taça e te cubro de beijos, para que escutes@ inhas montanhas, circun'erncias, bosques e minha m&o, meu ouvido e vontade est&o Sob teu comando, para que eu -e sirva, para que eu -e ame. o & & o &@ .arel D"%oQ -raduç&o/ Al$udhudD
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'esposta Thelemita ao proselitismo "ristista 5)-A/ Como mestre do )asis Bla0ing Star da )-), eu recebo um Xu1o regular de emails de partes interessadas. •s ve0es, recebemos mensagens de crist&os que tentam converternos em sua religi&o escrava, como nossa
• rm& Sarah I e todos aqueles na Childrens ercZ 4oundation, 4a0e o que tu queres ser# toda a
5ossa religi&o n&o ( necessariamente sobre a conjuraç&o de esp!ritos, astrologia, 'eitiçaria, de Zoga ou coisas do gnero. 5ossa religi&o e1ige que voc encontre a sua 9erdadeira 9ontade e a 'aça. ssas coisas n&o s&o condenadas por eus elas s&o, pelo menos, usadas por seus l!deres como o rei Salom&o. uitos rabinos tm ensinado v#rias 'ormas de meditaç&o e o que ( oraç&o, sen&o a meditaç&o dirigida alimentada pelo Amor divino gapeDM Esta reli#ião ensina 3ue o"R pode ser seu pr=prio 9eus, e o"R pode usar a ma#ia para atin#ir poderes espe"iais, mas de onde o"R a"ha 3ue esses poderes estão indo2 %ertamente não ; 9eus, por3ue o"R não est0 lhe pedindo Toda a teoria de Fae o 3ue Tu 3ueres se opCe ei 9iina dada a n=s por %risto, 3ue ; Fae a ontade do aiU
ste ( um equ!voco comum, irm&. -oda a teoria de 4a0e o que -u queres8 ( a respeito de cumprir a niverso, a 9ontade de eus enquanto se move dentro do corpo e da mente do indiv!duo. -oda a "loso"a de -helema ( constru!da sobre a verdade de encontrar eus dentro de si mesmo, assim como eister cPhart, o m!stico crist&o/ ?) olho atrav(s do qual eu vejo eus ( o mesmo olho pelo qual eus me v; eu olho e olho de eus s&o um olho, um ver, um saber ... ? 5a verdade, di0emos que o amor ( a lei, o amor sob vontade8. sto signi"ca que o m(todo da 9ontade ( sempre o do Amor. sabemos que eus ( Amor? J 2o&o O/ LD. 5&o ( isto um cumprimento do Senhor como ele 'alou entre os homens/ OL
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ele, respondendo, disse/ Amar#s o Senhor teu eus com todo o teu coraç&o, com toda a tua alma, com todas as tuas 'orças e com todo o teu entendimento; teu pr%1imo como a ti mesmo.
ara n%s, nosso Satan8 ( restriç&o. )s ideais dogm#ticos do $omem que surgiram s&o contr#rios 3 A ei ; para Todos, p 15B %ertamente isso soa totalmente errado para o"RY
-alve0 ele 'osse um pouco pitoresco 3s ve0es, at( mesmo tolo e brutal, embora sempre um piadista... A di'erença ( que n&o pretendemos imitar Aleister Cro_leZ. 5&o seguimos a vontade de Aleister Cro_leZ. Seguimos a nossa 9ontade ivina. A 9ontade ivina como ( encontrada dentro de seu pr%prio Coraç&o. 5&o 'oi dito/ ) reino de eus n&o vem com observaç&o; nem dir&o/ is aqui@ )u, lo l#@ ois, eis que o reino de eus est# dentro de v%s.8
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di'erença entre le e 5%s, e que Sua 9ontade trabalha pela 5ossa, atrav(s do Amor sob 9ontade. ) Senhor vos abençoe. ) Senhor ilumine suas mentes, con'orte seus corações e sustente seus corpos. ) S5$)+ vos leve 3 reali0aç&o de vossas verdadeiras 9ontade, a Irande )bra, o Summum Bonum, a 9erdadeira Sabedoria e a 4elicidade er'eita. Amor ( a lei, amor sob vontade. 4raternalmente, Frater IA-1J1 Sacerdote de cclesia Inostica Catholica estre dos )#sis Bla0ing Star ).-.). ___.iaoJEJ.com Tradução: H418
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- "oração da Thelema @ -odo evento ( a uni&o da mQnada de algu(m com uma das e1perincias poss!veis a ela. -odo homem e toda mulher ( uma estrela8 isto (, um agregado de tais e1perincias, constantemente mudando a cada novo evento, que a'eta ele ou ela consciente ou inconscientemente. Cada um de n%s tem um universo pr%prio, mas ( o mesmo universo para cada um de n%s assim que ele inclui todas as e1perincias poss!veis. sso implica a e1tens&o da conscincia para incluir todas as outras conscincias. R Introdução do %roWleQ ao iro da ei
-helema ( 'requentemente entendida apenas em termos da soberania do indiv!duo, e dos direitos inalien#veis que dela provm. sso, ( claro, ( per'eitamente v#lido, e leva a valiosos insights. um ponto de partida inevit#vel. 5o entanto, "car apenas nessa interpretaç&o ( ignorar a rique0a de nuances e resson:ncias mais sutis. Curiosamente, h# uma grande resistncia as tentativas de alargar o entendimento geral de -helema. sso (, sem d*vida, um reXe1o da tendncia inata de se agarrar a uma cara identidade R e em termos mais pessoais, buscar re'*gio no gueto da individualidade. -helema ( uma chave universal, e tem uma aplicaç&o muito mais ampla do que seus con"namentos ao c!rculo oculto pode sugeri. sse ensaio 'oca quase estritamente da ideia de 9erdadeira 9ontade, a essncia dessa est# contida mais r do que em Ser. Seu s!mbolo ( o anPh, a cru0 ansata, o s!mbolo eg!pcio do ir8. Atrav(s da e1perincia, n%s participamos no Sacramento de Ser no seu aspecto din:mico como r. sso ( maZa, lila, a ilus&o da mani'estaç&o. uma eça ivina que Ser apresenta, para poder apreciar a si mesmo. m *ltima an#lise, a mani'estaç&o tem um "m em si mesma, e em essncia pura alegria, total abandono, vontade absoluta. 1istncia ( no 'undo ausente de prop%sito. Aqui reside a inocncia de $arp%crates, o Beb no )vo A0ul, $oorpaarPraat. ani'estaç&o ( Criança gerada pela eterna, incessante, interaç&o ou acoplamento de 5uit e $adit, e a mais alta consecuç&o ( recuperar a conscincia dessa identidade. at(ria ( energia. A intrincada, interligada, e1t#tica ondulaç&o e rodopio da energia d# origem a ilus&o da 'orma. sse processo ( sempre din:mico, sempre trans'ormativo. 5%s estamos eternamente chegando, incarnando um novo evento a cada instante. A 'orma aparece, Xoresce, decai e dissolve. A energia que n'orma ou ncarna ( todavia eterna, e cria, de novo, novas 'ormas, novos padrões. A ampulheta da e1istncia ( virada, de novo e novamente. A menos que despertemos para esse eterno passatempo, a essncia da magicP ou maZa, HJ
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ent&o nunca veremos al(m da seduç&o da 'orma. espertar, no entanto, ( ainda participar nessa peça, mas participar conscientemente. 5%s sur'amos nas ondulações do tecido, sabendo seu lugar no todo. as v%s, ` meu povo, levantate e acorda @8. sse ensaio busca traçar o "o dourado do 1tase atrav(s de v#rios n!veis R do Ser ao 5&oSer, do ois ao [ero. ssas nuances mais sutis de -helema podem ser iluminadas pelas re'erncias a v#rias ideias do misticismo oriental. m *ltima an#lise, no entanto, a rique0a de -helema transcende mesmo estas tradições, e pode ser vista como a sua recess&o ocidental. or "m, por meio de um apndice, uma passagem de Cro_leZ ( citada. sso 'oi tirado do +itual da arca da Besta8, e ( ane1ada para demonstrar que a interpretaç&o de -helema aqui apresentada est# em pleno acordo com seus principais proponentes nos tempos modernos. I
A palavra da
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super"cialidade e 'alta de percepç&o ao con'undir querer e precisar, e interpretam 4a0e o que tu queres8 como 4aça o que quiser8. les assim perdem a ra0&o de uma 'orma que surpreende em sua suprema banalidade. 9ontade ( vista como uma pro'unda, 'undamental 'orça diretora que meros caprichos e 'antasias, que s&o simples e transit%rias ondas ou perturbações na super'!cie da piscina. m termos de -helema, a 9erdadeira 9ontade ( implicitamente din:mica e vem do centro do indiv!duo.
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comportamento apropriado8. sto 'oi caracteri0ado por 5ie0tsche e outros como instinto de rebanho8, que pode ser natural para vacas ou ovelhas, mas que di"cilmente se encai1a na mais e1altada ideia thelmica de homem r(gio8 ou mulher r(gia8. A relaç&o entre a consciente, continuada vontade e a 9erdadeira 9ontade pode ser melhor concebida pela imagem do sol num dia nublado, lutando para encontrar um caminho atrav(s da densa nuvem.
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para a verdadeira identidade e viver nossa vida completamente. 5o momento -helema ( elitista, mas apenas no sentido que poucos est&o ouvindo sua mensagem e menos ainda entendendo. )s escravos servir&o8 mas apenas enquanto ele se mantiver contente em permanecer preso a servid&o, e em ignor:ncia de sua esplendorosa identidade r(gia. -helema ( uma chama radiante, uma potente convocaç&o, e pode ser vista como o pr%1imo passo para a humanidade. Cro_leZ supQs que com a transmiss&o de
HH
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-helema ( a chave para a trans'ormaç&o da conscincia, tanto individual quanto de esp(cie. Sua real bele0a, no entanto, reside em sua universalidade, sua aplicabilidade em todos os n!veis. -omada como e1ot(rica, ela reivindica a soberania do indiv!duo, e nos e1orta a todos nos tornamos um mais como reis, mestres de nossos pr%prios destinos, triun'antes do Aeon da Criança Coroada e Conquistadora. 5um n!vel mais sutil e esot(rico no entanto, ela ( tamb(m uma chave para transcender a individualidade R pois em n!veis mais pro'undos o indiv!duo se une ao coletivo, o -odo. Aqui deve ser lembrado o princ!pio de duas verdades8 do Budismo. 5&o h# d*vida de que a chave para a promulgaç&o de -helema como princ!pio reside em e1por sua aplicaç&o para a soberania do indiv!duo, nossa identidade como gloriosa estrela no espaço, rego0ijante em sua %rbita. ssa estrela surge como o gnio criativo, e ( direito nato de todo o indiv!duo, desde que ele saiba disso, para partilhar dessa brilhante nature0a estelar. agicP ( um sistema de iniciaç&o, onde os v(us s&o dissolvidos e o eus )culto ( liberado para seguir seu caminho desimpedido, de 'a0er sua 9ontade, como apenas um deus pode. arado1almente, contudo, quando adentramos mais 'undo no n*cleo do nosso ser, n%s descobrimos que n&o h# indiv!duo ou coletivo, nem dentro ou 'ora, nem e1ot(rico ou esot(rico. -helema ( o ponto de partida para essa jornada, iniciando como a apoteose da individualidade, como tamb(m sua dissoluç&o. II
u sou a chama que arde em cada coraç&o de homem, e o n*cleo de cada estrela. u sou 9ida, e o doador de 9ida, ainda assim o conhecimento de mim ( o conhecimento da morte.8 A II:6 5%s vimos que a vontade consciente R mais comumente e1perimentada como um eco de Choron0on, o empurr&o de uma multiplicidade de vontades diversas, caprichos, impulsos e desejos R ( de algum modo a re'raç&o da pro'unda 9erdadeira 9ontade, se bem que distorcida, en'raquecida, atro"ada. m verdade, a 9erdadeira 9ontade se mani'esta em n!veis distintos, Xoresce das pro'unde0as secretas do ser, a semente oculta. Assim podemos conceber o indiv!duo como algo como uma cebola, camada sobre camada, v(u sobre v(u. -al imagem sugere um n*cleo. 5o n*cleo da estrela est# $adit, o assento e o ponto de apoio da 9erdadeira 9ontade. A cosmologia de
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que apenas pode perceber ou se tornar consciente de si mesmo pela uni&o com as possibilidades de e1perincia. ) n*cleo da estrela ( essencialmente desconhecido e incognosc!vel, porque para possuir qualquer tipo de mani'estaç&o ou conscincia ele precisa j# ser parte do Corpo de 5uit. 5%s n&o podemos nunca retornar a 'onte, mas devemos sempre seguir, sempre, sempre em jornada adiante. 5uit, $adit, e sua conjunç&o e criança +a$oorKhuit, s&o princ!pios abstratos vestidos em s!mbolos mais concretos. les s&o assim revestidos para que sejam mais intelig!veis a n%s. A mente racional entende pela e1press&o, percebendo de modo dualista. 5esse n!vel racional, o melhor que pode ser 'eito ( e1pressar as coisas de maneira simb%lica. A esperança ( que a intuiç&o possa trabalhar nas ardilosas, sugestivas, percepções 'uga0es que a contemplaç&o de tais imagens proporciona. m verdade, esses s!mbolos s&o de certa 'orma intercambi#veis, e retem sua utilidade apenas enquanto n&o s&o analisados por muito tempo ou muito pro'undamente. les 'alam com a intuiç&o, sonho e imaginaç&o, e n&o R em nada al(m de um n!vel super"cial R com a l%gica e a ra0&o. les s&o melhores aproveitados quando penetram na conscincia, dessa 'orma evitando as intercepções de ra0&o. ente, corpo e esp!rito s&o 'requentemente vistos como coisas separadas, divisões r!gidas, entidades isoladas. Comumente, ( como se o esp!rito vestisse sua mente e seu corpo como se 'ossem um terno, eventualmente voando para trocar seus trapos velhos por novos. ssa concepç&o, que vem do dualismo R a "loso"a de oposto que s&o irreconcili#veis R tornase question#vel sobre um e1ame mais pr%1imo, e rapidamente se decompõe. or e1emplo, mesmo o mais cabeça dura dos dualistas iria, admitir o princ!pio do psicossomatismo, ou a interaç&o entre o mental o '!sico. 5esse conte1to, estados mental e emocional como estresse, ansiedade e da! por diante podem se mani'estar como doenças '!sicas. >m e1emplo %bvio seria a *lcera estomacal produ0ida pelo estresse. 5&o surpreendentemente, o princ!pio tamb(m opera na direç&o oposta, com estados '!sicos a'etando o equil!brio emocional ou mental. >m res'riado, por e1emplo, parece drenar nossas energias, e pode nos dei1ar muito sens!veis. e tudo isso pode parecer, que h# ao menos um grau m!nimo de inXuncia mutua, com o plano mental e '!sico a'etando um ao outro, interpenetrando e interagindo. ensado sobre isso, algu(m pode se perguntar onde o mental termina e o '!sico começa e viceversa. 5!veis de humor, para dar outro e1emplo, parecem ter uma correlaç&o bioqu!mica; atividade hormonal tem um e'eito pro'undo na conscincia. Tuanto mais esses pontos s&o levados em conta, mais arbitr#ria se torna a linha entre mente e corpo, entre mental e '!sico, entre esp!rito e mat(ria. As pr#ticas do hatha Zoga, por e1emplo, quando devida e assiduamente e1ecutadas, parece levar a uma maior conscincia do sagrado R a unidade corpomente, uma noç&o de continuidade da conscincia em ve0 de multiplicidade de partes. arece que temos, na verdade, um continuum, no qual impomos divisões e classi"cações conceituais e arbitr#rias, como mente, corpo, H7
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alma, etc. ssencialmente h# um combinado, e n&o tem import:ncia alguma se vemos a mente como algo mais s%lido, ou o que seja. A estrela ( portanto, essencialmente coesa, um continuum; e o n*cleo de cada estrela ( $adit, o assento da 9erdadeira 9ontade, a 'orça motora ou impulso din:mico. ssencialmente, tudo o que somos ( uma e1press&o, desenvolvimento, materiali0aç&o ou concreti0aç&o dessa essncia, esta 9erdadeira 9ontade, essa chama que arde no n*cleo de cara estrela8. -al como o cogumelo ( o 'ruto carnoso mais denso R uma intrincada, malha ou e1press&o do mic(lio R de 'orma semelhante ( cada indiv!duo a e1press&o, 'ruti"caç&o e Xorescimento da 9erdadeira 9ontade, a chama que arde no centro de cada estrela, o n*cleo do ser. A partir de tais considerações, ( evidente que a 9erdadeira 9ontade n&o ( meramente algum tipo de desejo pro'undo a espreita nas pro'unde0as do indiv!duo, esperando ser descoberto e tra0ido a conscincia por rituais apropriados e meditações. Ao inv(s disso o caso ( que o indiv!duo ( uma e1press&o da 9erdadeira 9ontade R e n!veis, como vimos, s&o classi"cações arbitr#rias. A 9erdadeira 9ontade, portanto, n&o ( algo que o indiv!duo possui, como um tesouro enterrado. la ( em verdade a semente e essncia do indiv!duo, a 'onte da qual ele emana. A vontade consciente ( ent&o um reXe1o, re'raç&o ou distorç&o da 9erdadeira 9ontade, n&o importa qu&o obscura. $adit ( uma essencial e mais pro'unda identidade. -udo o que temos, e tudo o que somos, Xoresce desse n*cleo. Como indiv!duos, como entidades mani'estas nesse universo concreto8, somos projeções, densamente cobertas, brilhando desse diamante interior, essa semente secreta. Seja tu $adit, meu centro secreto, meu coraç&o minha l!ngua8. sso ( um entendimento mais pro'undo de -helema; e ( importante entender isso, pois muitas pessoas parecem interpretar thelema num senso meramente comparativo e super"cial/ descobrir o correto c%digo de conduta no que pode ser erroneamente descrito como 1terior, e seguilo ine1oravelmente, sem desvios. sso ( verdade num n!vel particular, mas n&o entra pro'undamente na quest&o visceral R que (, obviamente, de onde os laços e espirais cintilantes e glamorosos de maZa Xorescem. ois em verdade somos uma e1press&o de nosso n*cleo, nossa 9erdadeira 9ontade; n%s somos o seu ve!culo, e assim n&o podemos 'a0er qualquer outra coisa que n&o nossa 9erdadeira 9ontade. 5%s estamos NE milhões de quilQmetros de Sir eter endragon, que no i#rio de um 'an#tico por drogas8 de Cro_leZ se d# conta de que sua 9erdadeira 9ontade era ser um engenheiro aeron#utico. ainda talve0 n&o t&o longe, porque por mais e1altado que nosso conceito de 9erdadeira 9ontade possa ter se tornado, ainda deve encontrar uma reali0aç&o adequada e merecedora no 1terior, ou a 'rustraç&o ser# nosso prmio. $# aqui um parado1o. Se tudo o que temos e tudo o que somos, s&o e1pressões de nossa 9erdadeira 9ontade, ent&o porque algu(m se incomodaria em passar pelo sangue, suor e l#grimas na tentativa de atingir o Conhecimento e HL
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Conversaç&o do Sagrado Anjo Iuardi&o, quando na verdade n&o est# conversando com esse e sim o sendo em essncia M A importante distinç&o reside, no entanto, na percepç&o ou despertar para esta identidade. $# um paralelo aqui com tradições Budismo Chan, onde ( en'ati0ado que a chave para tudo ( simplesmente despertar para a realidade, e perceber ou se lembrar de quem se (. >m dos mais 'amosos Poans do [en, a mais 'amosa degeneraç&o japonesa do Chan, ( sobre relembrar sua 'ace antes do nascimento, sua verdadeira 'ace. ) sonhador acorda, e percebe que esteve o tempo todo sonhando. A conscincia esteve restrita, obscurecida, enlameada, mas n&o mais. Agora ela arde em gloriosa intensidade, seu brilho natural. m verdade, n&o h# nada al(m de conscincia. -udo o que e1iste, ( mani'estaç&o da conscincia, e1atamente como o cogumelo ( uma mani'estaç&o mais densa do mic(lio. A 9erdadeira 9ontade, ent&o, n&o ( uma coisa est#tica enterrada dentro de n%s, e de alguma 'orma aparte. la ( din:mica. la n&o ( Ser, mas r, e pode ser representada pelo anPh, cru0 ansata, o s!mbolo eg!pcio para ir. strelas, por "m, n&o est&o penduradas est#ticas no espaço, mas est&o num estado de aceleraç&o, de dinamismo, de movimento. A de"niç&o cro_leZiana de magia como sendo energia tendendo a mudança ( relevante aqui, tra0endo a mente a ideia de movimento, ou uma sucess&o de estados, de perp(tua trans'ormaç&o. A essncia da conscincia estelar, que h# no n*cleo de cada estrela, ( uma cont!nua e1plos&o de energia, sempre mutante, sempre din:mica. ) universo inteiro est# num perp(tuo, din:mico estado de subida e descida, nascimento e morte, de eterna e in"nita trans'ormaç&o, de criaç&o e destruiç&o. 5%s como indiv!duos temos uma tendncia de pensar em n%s mesmo como n&o estando sujeitos a essa mudança, mas em verdade somos parte desse turbilh&o como tudo mais. Como energia tendendo a mudança, n%s somos uma nova encarnaç&o a cada instante. Como magistas devemos receber bem essa corrente mutante, essa eterna trans'ormaç&o, em ve0 de nos agarrarmos a uma persona ilus%ria R que no "m das contas, ( apenas uma m#scara. A bolha ( uma e1press&o transit%ria do Xu1o, uma 'orma que surge no meio do turbilh&o, v%rtice e rodopio, e que e1perimenta uma 'uga0 e caprichosa e1istncia antes de sua trans'ormaç&o, sua reencarnaç&o em outra 'orma espont:nea. 5%s somos e1pressões e1ternas de uma 'orça motri0 interna, bolhas no Xu1o, restrições transientes de conscincia. ois eu estou divida por amor, pela chance da uni&o8. A aparente divis&o do ser tem suas ra!0es num mais pro'undo e interno Ser; e que ( uma aparncia Xorescendo do r, um padr&o de energia tendendo a mudança. A chave para acordar do senho da conscincia restrita ( identi"caç&o com esse Xu1o, que Xoresce to n*cleo de cada estrela, e portanto de $adit. a aplicaç&o dessa chave consiste em ver mani'estaç&o 'enomenol%gica como a sombra transiente que (, e buscar penetrar em seu n*cleo, na essncia da conscincia estelar. nt&o n%s cavamos mais, e mais pro'undamente, na esperança de emergir na lu0 do dia. HN
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III
u sou a secreta Serpente enroscada a ponto de saltar/ em meu enroscar h# alegria. Se eu ergo minha cabeça, eu e minha 5uit somos um. Se eu pendo minha cabeça, e ejaculo veneno, ent&o ( arrebatamento da terra, e eu e a terra somos um.8 A II:?6B m um n!vel individual -helema est# preocupado em alcançar este centro secreto, essa 9erdadeira 9ontade, que est# no n*cleo de cada estrela. >ma ve0 que essas pro'unde0as tenham sido encurraladas e reintegradas em uma conscincia plena, a estrela pode resplandecer em toda a sua intensidade natural, e proceder 3 Xor, para se cumprir, preencher. Como um sistema de reali0aç&o m!stica e m#gica, -helema d# grande n'ase 3 consecuç&o do Conhecimento e Conversaç&o com o Sagrado Anjo Iuardi&o. 1iste uma certa con'us&o quanto ao que se entende tanto pelo termo SAI8 quanto pela nature0a dos 'rutos que esse conhecimento e conversaç&o8 geram. sto (, em parte, uma consequncia do 'ato do pr%prio Cro_leZ ter dado relatos contradit%rios sobre o que a e1perincia signi"ca e de onde ela surge. minha crença que o despojar se do jarg&o, no entanto, implica em penetrar no n*cleo da estrela, com todo o ser operando em conscincia reintegrada ou restauradaD de sua 9erdadeira 5ature0a e estino. 1istem, e1ternamente, algumas di"culdades com essa interpretaç&o. $# algumas passagens em seus escritos onde Cro_leZ retrata o SAI como um aspecto mais pro'undo, mais essencial e mais real do :mago da nature0a da estrelada. sso soa um pouco no :mbito daquele vener#vel termo oculto u Superior8, e1ceto pelo 'ato de que o primeiro n&o carrega os mesmos aspectos morais. 5o entanto, n%s tamb(m podemos encontrar outras passagens onde ele a"rma que o Anjo ( uma entidade independente R total e completamente distinta do indiv!duo em si, a quem este Anjo 'ora designado para e1ecutar algum tipo de papel de assistncia benevolente. m agicP ithout -ears , que 'oi uma de suas *ltimas obras, Cro_leZ chegou a se re'erir 3 noç&o de que o Anjo seria um aspecto mais pro'undo do indiv!duo, como uma heresia conden#vel8. evese salientar, no entanto, que se quisermos levar suas *ltimas visões como sendo necessariamente mais corretas, a ideia de um anjo separado8 do individuo n&o se senta 'acilmente com as rami"cações mais pro'undas de -helema, nem com a meta'!sica R tanto m!stica quanto m#gica R que ele continuou a e1plorar. Aprendemos com -he Con'essions que ele considerou sua miss&o na vida ensinar o Conhecimento e Conversaç&o com o SAI, cujo ele en1ergou como sendo o r%1imo asso para a $umanidade. >ma ve0 que, realmente, pegar as coisas para 'a0er ( muitas ve0es pre'er!vel para se ambientar e mastigar as sutile0as e nuances meta'!sicas, suponhamos que Cro_leZ estivesse tentando ser YG
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pragm#tico. stava colocando o assunto no palco sob linguagem simples e prontamente compreens!vel, cheia de considerações de alto n!vel, e dei1ando as implicações mais pro'undas para se resolver depois. m um n!vel mais pro'undo, isso tudo pode ser 'eito, porque nada e1iste 'ora da conscincia. 5as passagens mais relevantes de seus escritos, o SAI ( identi"cado com o Sel'An&o, o Sel'Silencioso Ser Silencioso, u SilenciosoD, o Beb no )vo, $arp%crates, $adit. $oorpaarKraat ou $arp%crates, o 8Beb no ovo A0ul8, n&o ( meramente o eus do Silncio num senso convencional. le representa o u Superior, o Sagrado Anjo Iuardi&o. A Cone1&o ( como o simbolismo do An&o da itologia. le cont(m tudo em Si mesmo, mas ( imani'esto.8 as a essoa equena8 do misticismo hindu, o An&o insano, no entanto, astuto de muitas lendas de muitas terras, ( tamb(m este mesmo sp!rito Santo, ou nte Silente de um homem, ou o seu Sagrado Anjo Iuardi&o.8 ) Sel'An&o ( o Ser Silencioso u SilenciosoD dentro, $adit, que normalmente permanece velado em seu santu#rio escondido R ) eus )culto. Cro_leZ tamb(m o identi"cou com o que chamou de Conscincia 4#lica ou +acial/ a 'orça subjacente 3 mani'estaç&o, cujo representante ou viceregente ( o 'alo R o transmissor da 'orça vital, a energia vital e animadora. ssa identi"caç&o com a Conscincia 4#lica proporciona uma pista vital para a intuiç&o, a"nal o impulso se1ual parece surgir 'requentemente de pro'undidades obscuras dentro do indiv!duo, em alguns casos parece ter uma vontade pr%pria. sso n&o ( para assertar um elo simples entre a corrente se1ual e a 9erdadeira 9ontade. m ve0 disso, o se1o ( o *ltimo v(u, a m#scara de"nitiva, o "o vital no padr&o. 5&o ( por acaso que 5uit e $adit, e seu "lho ou conjunç&o +a$oorKhuit, est&o vestidos de simbolismo se1ual R pois a semente vital est# no 'undo da corrente se1ual. A criatividade em todos os n!veis, em todos os planos, est# ine1tricavelmente ligada ao se1o. a autoridade de condicionamento e1terno sempre tentou cercar o uso da corrente se1ual com tabus e repressões, vendo a domesticaç&o como o melhor aproveitamento desta poderosa 'orça, de 'orma a torn#la 'erramenta *til na escravi0aç&o dos indiv!duos. sta Conscincia 4#lica R que est# subjacente 3 corrente se1ual, e di0emos ser um instinto mais pro'undo, mais primitivo R ( a 'orça b#sica da vida, o instinto da vida, a 'orça vital e aquilo que ( o n*cleo do -odas as estrelas. Tuanto menos em sintonia com os instintos uma pessoa est#, mais essa 'orça ( e1perimentada como uma energia alien!gena, an#rquica, ameaçadora e vulc:nica. 5esses momentos, ela ( sentida como se 'ossem violentos aumentos ou juncos de uma YJ
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'orça irresist!vel, vagamente percebida como emergindo de dentro8. >m dos
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cheio de perigo para os incautos. agicP, ent&o, deriva em termos etimol%gicos da mesma rai0 que aZa, o jogo de ilus&o ou mani'estaç&o, e signi"ca a manipulaç&o desse aZa, ou lus&o. e todas as ilusões, nenhuma delas ( mais potente ou glamurosa do que aquelas que brilham e cintilam com o 'asc!nio escuro do se1o. ) mago que usa a Corrente )phidiana deve ser capa0 de desvencilhar a corrente se1ual da lu1*ria, que ( a embalagem bonita e com lacinho8 em que a corrente se1ual geralmente est# condicionada a Xuir a 'orça, portanto, pode ser canali0ada para outras direções. A essncia do ocultismo criativo est#, por causa de uma intenç&o consagrada, em canali0ar o Xu1o dessa 'orça em direções ou 'ormas espec!"cas e, portanto, manipular aZa, comissionar novas danças/ 'ormar novos padrões. ) perigo reside no 'ato de que, se qualquer mancha de lu1*ria permanecer, a Corrente )phidiana ir# inXar o objeto a proporções tais que o maldito mago cair# como uma presa na )bsess&o, nas m&os dos vampiros se1uais que ele involuntariamente criou. )bviamente a agia Se1ual n&o ( o *nico Caminho para o espertar e a
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veneno?. ) Amante combina essas abordagens no ?amor sob vontade?, usando as Xores da mani'estaç&o como um Sacramento, chegando 3 essncia deles e despertando para a identidade, para a autoreali0aç&o suprema. ste talve0 seja o Caminho Supremo, viver a vida ao m#1imo, tal qual um Sacramento, uma ança de 1istncia projetada e imaginada para seu pr%prio deleite. I
nt&o o sacerdote respondeu disse 3 +ainha do spaço, beijando suas am#veis sobrancelhas, e o orvalho de sua lu0 banhando o corpo dele inteiro em um doce per'ume de suor/ ` 5uit, cont!nua do C(u, que seja sempre assim; que os homens n&o 'alem de -i como >ma mas como 5enhuma, e que eles n&o 'alem de ti de modo algum, uma ve0 que tu (s cont!nua@8 >A I:?B 5%s vimos na seç&o precedente deste artigo que 9erdadeira 9ontade reside no n*cleo da estrela, e Xoresce do ponto $adit, sua semente secreta. 5a verdade, 9erdadeira 9ontade ( uma e1press&o desse bindu , um desdobramento do seu dinamismo. arado1almente como pode ser primeiramente visto, tudo o que temos, somos e 'a0emos ( uma e1press&o da 9erdadeira 9ontade, como a aranha que tece sua teia. 5esse caso, a teia ( obviamente a dança de maZa , o sonho da e1istncia. $# um outro parado1o, que ( a aparente diversidade de estrelas que dividem um n*cleo comum. A humanidade divide uma cama, e num n!vel progressivamente pro'undo de conscincia, o indiv!duo se 'unde numa conscincia de raça ou inconsciente coletivo. -al como o indiv!duo ( no 'undo uma e1press&o e Xorescimento da 9erdadeira 9ontade, assim a 9erdadeira 9ontade ( uma 'aceta ou e1press&o parcial de uma, mais pro'unda, vasta, 9ontade Coletiva ou C%smica, tal como Sirius ( o sol por tr#s do sol. sso ( delineado na 'rase do
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encontramos penetrando no mais pro'undo do Ser, ao inv(s daquilo que nos re'erir!amos como nosso pr%prio8 ser. 5o entanto, para discutir esse assunto devemos mantlo num plano de relativa simplicidade, e1presso nos termos compreens!veis na linguagem do dualismo. nt&o, n%s podemos di0er que a 9erdadeira 9ontade individual ( uma 'aceta da 9ontade C%smica, e assim desse ponto de vista a individualidade ( mais aparente do que real. sso 'a0, em si, levantar uma objeç&o a e1press&o e1ot(rica de -helema/ aquela da possibilidade de choque de 9erdadeiras 9ontades. ssa objeç&o 'oi mencionada para Cro_leZ R indubitavelmente n&o pela primeira ve0 R por C.+. Cammel, ent&o amigo de Cro_leZ e admirador de suas proe0as liter#rias, mas hostil as suas ideias m#gicas e m!sticas. Cro_leZ respondeu ao e'eito de que a soma das 9erdadeiras 9ontades individuais s&o a 9ontade C%smica, o Irande lano, eus; assim, conXito n&o ocorreria, todas as 9ontades 9erdadeiras se misturando, todas sendo 'acetas do adr&o ivino. Cammel nos conta, condescendentemente, que achou essa resposta engenhosa mas n&o convincente. Sem alguma apreciaç&o dos apontamentos meta'!sicos de -helema, sem algum press#gio intuitivo das sutile0as m#gicas e m!sticas, talve0 haja pouco encantamento. 5o entanto, uma ve0 que comecemos a entender que individualidade ( mais aparente do que real, as coisas começam a se acomodar em seu devido lugar. sso ( ecoado pelas palavras de 5uit no ma ve0 que voc tenha abolido a diversidade, 'a0 pouca di'erença em como voc chama o que sobra R isto (, assumindo que de 'ato algo sobra. As di'erenças doutrin#rias entre advaita e sunZavada podem ser seguramente descartadas para o prop%sito deste artigo. nesse conte1to que podemos nos remeter mais uma ve0 a imagem da cebola, com suas muitas camadas, n!veis e cascas. uma boa imagem para -helema e para a viagem ao n*cleo da corrente NE, porque quanto mais camadas YH
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n%s removermos, mais pro'undamente penetramos no n*cleo. 5o n*cleo queima a corrente NE em toda sua gl%ria 'ero0, e ela cria a lila , a dança de maZa , para seu pr%prio deleite. ssa ilus&o ou maZa , aparte da qual n&o h# nada, que Xoresce do nada, e que essencialmente ( nada, n&o tem prop%sito. puro deleite, pura alegria; e toda gama de e1istncia, que ( aparente pra0eres e dores, triste0as e alegrias, convertese nisso. essa randomicidade, nessa e1istncia despropositada, que muita gente tem di"culdade de aceitar. essa ( a ra0&o pela qual tanta gente no )cidente 'alha em concordar com, e portanto rejeitam, os insights dessa corrente representada por tradições tais como, Chan , e sunZavada . esmo um grande pensador como instein, cujas descobertas deram in!cio a '!sica qu:ntica, n&o podia encarar a nature0a randQmica da e1istncia que sua teoria parece ine1oravelmente implicar. le declarou que se recusava a acreditar que eus jogava dados com o universo. m uma an#lise "nal instein, como todas as outras pessoas, provou estar preso pelos seus pr%prios preconceitos. A busca pelo prop%sito ou pelo signi"cado ( a pedra na qual todas as "loso"as ou tradições precisam 'undirse en"m, a menos que eles levantem um prop%sito como um ato de '(. Ainda assim a quest&o em si, quando e1aminada, ( um tanto quanto estranha. orque deveria haver um prop%sito para a e1istncia a"nal M 5um n!vel individual, talve0 a busca por prop%sito traia a inabilidade de aproveitar o aqui e agora, de partilhar do divino sacramento da e1istncia. A meta'!sica $indu constr%i o a ideia de vastas (poca no tempo, esticando por bilhões de anos, e, por "m, se resolvendo em um ia e uma 5oite de Brahma , o eterno e sucessivo surgir e dissolver da mani'estaç&o. Contra esse pano de 'undo, ideias de per'eiç&o, evoluç&o da conscincia individual, e assim por diante, começam a parecer engraçadas. Se n%s como indiv!duos n&o estamos 'eli0es com a direç&o R ou a aparente direç&o R que nossas vidas est&o tomando, ent&o somos n%s que temos que injetar prop%sito na nossa e1istncia, se ( isso que parece 'altar. sso deve ser reconhecido, no entanto, como um ato de pragmatismo que (. 5&o h# base para colocar isso numa escala c%smica. 4!sica num n!vel subatQmico tende a adicionar peso a uma "gura tal como a que pintamos nas nossas considerações sobre -helema at( ent&o. 5&o pinta e1atamente o mesmo retrato, e nem isso deveria ser esperado. 5o entanto, proporciona uma base para intuiç&o para apro1imarmos do santu#rio por um :ngulo di'erente e ainda assim chegar, rego0ijante, ao santu#rio interno. sse territ%rio 'oi bem e1plorado por 4ritjo' Capra em seu livro ~) -ao da 4!sica, e n&o nos ( apropriado entrar em sua apresentaç&o aqui em pro'undidade. m s!ntese, mat(ria ( composta de #tomos, e os #tomos por sua ve0 compostos de part!culas subatQmicas de diversos tipos. )s '!sicos tentam, sempre tentaram e, sem d*vida, sempre esperar&o descobrir uma unidade indivis!vel de mat(ria, independente da escala. n'eli0mente para esta ambiç&o, eles ainda tm que descobrir algo que n&o, sobre e1ame mais pro'undo, quebre em suas part!culas constituintes menores. Baseado nas tendncias passadas e presente, n&o h# YY
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nenhuma perspectiva de algo que n&o seja assim constitu!do. ) derradeiro bloco prim#rio de mat(ria provase notavelmente esquivo, e provavelmente n&o e1iste, por mais parado1al que isso pareça. 5%s pegamos a mat(ria, e nada encontramos ali @ m ve0 disso, h# uma in"nita regress&o de arranjos, uma eterna sucess&o de cai1as dentro de cai1as. 4!sica qu:ntica sugere uma dr#stica alteraç&o na vis&o de mundo )cidental, evocando ecos de uma 'rase reverberante do niverso; nada resta.8. mbora, as part!culas que tm rebolado diante de nossos estupe'atos olhares mostrem caracter!sticas curiosas R pelo menos, curiosas em termos da noç&o aceita de realidade. A mesma part!cula se comporta como onda de energia e como part!cula '!sica, e parece ser os dois simultaneamente. sso n%s d# uma imagem bastante bonita, a da mat(ria sendo composta de ondas de energia entrelaçadas, num n!vel subatQmico. 5uma escala maior isso 'orma padrões, e esses padrões s&o maZa , a dança da ilus&o, ou a e1istncia como conhecemos R ou pensamos conhecer. 5%s estamos agora em posiç&o de 'a0er um maravilhoso salto de intuiç&o, e identi"car essa energia R ondas as quais constituem a mat(ria R com a Corrente NE, o emaranhado espiral eterno e peça da 9erdadeira 9ontade. sso encai1a bem com a mitologia $indu, mani'estaç&o brotando diretamente da dança amorosa de +adha e Krishna. sso ( espelhado no
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dessa maleabilidade da mat(ria ou maZa , a nature0a da qual ( ilus&o, da qual o magista se aproveita em suas manipulações. -helema nos leva no coraç&o da ilus&o, nos dei1ando dar uma olhadela na nature0a da realidade, e nos permitindo ent&o nos dar conta de nossa identidade com essa encenaç&o.
) er'eito e o er'eito s&o um er'eito e n&o dois; n&o, s&o nenhum@ 5ada ( uma chave secreta dessa lei. Sessenta e um os 2udeus a chamam; eu a chamo oito, oitenta, quatrocentos de0oito. as eles tm a metade/ una por tua arte para que tudo desapareça.8 A I:45N4D 5o coraç&o de -helema, como o coraç&o da mat(ria R pois os dois n&o s&o di'erentes R h# um va0io ou nada. ssa nada ( tamb(m pleno, porque ( desse nada que a completa pan%plia da mani'estaç&o prov(m. arado1almente, o va0io cont(m a semente do todo, secretando a mani'estaç&o ou lila do seu centro secreto. sso nos d# a '%rmula do coraç&o de -helema, o G]6. Tuanto mais avançamos em -helema mais parado1ais as coisas tendem a se tornar, e esses parado1os se aglutinam sobre o parado1o primeiro dessa '%rmula. le tamb(m ( as ve0es e1presso como 5)=, 6JG. e 'orma simples, aparente diversidade ( simboli0ada como dois, Xorescendo e sendo equivalente a 0ero. ssencialmente n&o h# di'erença entre o dois e o 0ero ou nada. 6JG ( um subsequente re"namento, mostrando a reduç&o de dois a um, e ent&o a 0ero; no entanto, como mencionado na introduç&o desta seç&o do artigo, reduç&o ao um ( mais um pseudoest#gio do que qualquer coisa. A '%rmula ( as ve0es e1pressa como \JD\JD ] G, onde \J e J representam o dual, polaridade, os dois polos de aparente diversidade, os princ!pios masculino e 'eminino. sso tamb(m e1pressa uma outra noç&o de equil!brio, o va0io ou 0ero incluindo em si mesmo o Ser e o 5&oSer. na '%rmula do G]6 que a '!sica qu:ntica e thelema convergem. sto n&o ( de todo surpreendente, porque ( a energia do NE ou -helema que abriga tudo, que em seu n*cleo, ( em toda parte o centro8. 5o mundo da mani'estaç&o, polaridade ( um conceito chave, o mecanismo atrav(s do qual a mani'estaç&o emerge. At( onde podemos alcançar, mani'estaç&o ( sempre polari0ada ou balanceada. Tualquer mani'estaç&o emergindo do va0io no coraç&o da e1istncia ent&o, s% pode ser em termos de balanço ou polari0aç&o R da! a e1press&o G ] \iD \ ) [ero, nada ou va0io n&o ( meramente a negaç&o da mat(ria ou algo, mas tamb(m cont(m o oposto ou n&omani'estaç&o. sso (, ( claro, similar a chamada upla 5egativa do Shen$ui. Tuietude na mat(ria ou mani'estaç&o ( apenas aparente, como se 'osse algo distante. 5um n!vel subatomico, como vimos, part!culas s&o pacotes de energia, num estado de velocidades equilibradas. ani'estaç&o ( sempre YL
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din:mica, sempre num estado de ida8, e nunca est#tica. stabilidade ( sempre produ0ida por um equil!brio din:mico de 'orças ou energia; em verdade, tudo est# num estado de Xu1o e Xu!do. 5ovamente, isso ilustra a de"niç&o do Cro_leZ de magicP como energia tendendo a mudança, tal como o insight de que magia n&o ( Ser, mas r. A corrente NE ( sempre din:mica, sempre se renovando, sempre cambiando entre criaç&o e dissoluç&o. +evertendo para uma analogia anterior, s&o as "nas redes do mic(lio do qual o corpo carnoso ou cogumelo ( revestido, sucessivamente 'ruti"cando e morrendo. A mat(ria emerge, Xoresce, decai em dissoluç&o, e ent&o emerge novamente em outra 'orma. 1istem ondas de energia vestidas, em perp(tua danças e1t#tica, de alegria, de acasalamento, girando e rodopiando. >m dos te1tos t:ntricos tradu0idos por oodro‚e tem o t!tulo de -ndas de Zenção. esse t!tulo sugere a dança de maZa. in*til procurar prop%sito ou sentido nessa perp(tua lila, essa dança sucessiva de criaç&o e destruiç&o. m *ltima an#lise ( auto amor ou stase, pois eu estou dividida pela chance de uni&o8. >ma ve0 que estivermos sintoni0ados com essa corrente, n%s tamb(m podemos ter esse sentimento, que ( o mais alto deleite. ani'estaç&o Xoresce do 0ero, e retorna ao 0ero. sso acontece n&o durante incont#veis aeons R pois tempo ( uma ilus&o como a mat(ria R mas a cada instante. >m s!mbolo comum para o in"nito ( ƒ, o que guarda um senso de movimento perp(tuo, da revoluç&o da mani'estaç&o, um din:mico e polari0ado equil!brio. 5%s estamos assim, sempre encarnando novamente nesse espet#culo de deleite, nessa jornada e1t#tica atrav(s do oceano de benç&o. 5%s estamos num cont!nuo estado de mudança, de trans'ormaç&o, da magia no sacramento da e1istncia. A vida n&o precisa de outro selo ou sanç&o que n&o este. -amb(m ) Santo veio a mim, e eu contemplei um belo cisne Xutuando no a0ul. ntre suas asas eu sentei, e os „ons iam passando. nt&o o cisne voou e mergulhou e planou, ainda assim prosseguimos sem destino. >m garotinho louco que montava comigo se dirigiu ao cisne, e 'alou/ Tuem (s tu que Xutuas, e voas, e mergulhas e planas no va0ioM 9ede, estes muitos „ons se passaram; de onde tu viesteM ara onde vaisM rindo eu o repreendi, di0endo/ e nenhum lugar@ ara nenhum lugar@ stando o cisne silencioso, ele respondeu/ nt&o, se n&o h# um destino, por que esta eterna viagemM eu repousei a minha cabeça contra a Cabeça do Cisne, e ri, di0endo/ 5&o h# pra0er ine'#vel neste voo sem destinoM 5&o haveria 'adiga e impacincia para aquele que alcançasse algum destinoM o cisne estava sempre silencioso. YN
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Ah@ as n%s Xutuamos no Abismo in"nito. ra0er@ ra0er@ Cisne branco, que tu sempre me leves entre as tuas asas@ 8 O II:1N?5 D
+eali0ando nossa jornada e1t#tica no coraç&o da mat(ria, n%s chegamos ao seu centro, o va0io. importante, no entanto, que esse va0io n&o seja visto como mais real8 que a mani'estaç&o; ou ainda que a mat(ria n&o seja de alguma 'orma diminu!da de import:ncia pela consideraç&o daquilo que e1iste por tr#s dela. sso seria uma blas'mia, uma negaç&o da nature0a sacramental da e1istncia, uma 'orma menos sutil de dualismo, e uma desastrosa e absurda incompreens&o da situaç&o. ois 0ero ( igual a dois, e dois ( igual a 0ero. les s&o idnticos, absolutamente idnticos, e assim ambos aspectos e complementares de igual import:ncia. Se isso n&o "car claro, ent&o podemos contemplar o demQnio manique!sta despontando sedutoramente a dist:ncia. Aqui h# um princ!pio bem simples R esse de n&o con'undir os planos. >ma ilustraç&o b#sica ser# su"ciente. 5uit di0/ Tue n&o haja di'erença 'eita por v%s entre uma coisa qualquer outra coisa; pois da! vem so'rimento8. >ma consideraç&o simples do advaita sugere que, de 'ato, todas as di'erenças s&o imposições num continuum. e tudo isso, se eu escolher preparar uma in'us&o de um a 1!cara quente de cicuta, ao inv(s do meu usual ovaltine, ent&o minha 'alha em perceber a di'erença entre as duas bebidas levaria a destruiç&o do meu presente ve!culo de mani'estaç&o. e um certo ponto de vista, ( claro, pode ser dito que isso n&o 'aria muita di'erença/ u como entidade aparente s% possuo uma e1istncia transiente de qualquer 'orma, um insubstancial espectro na n(voa da manh&. ma ve0 que vejo as montanhas como montanhas e vales como vales. nt&o eu almejei a iluminaç&o; e montanhas n&o s&o mais montanhas, e vales n&o s&o mais vales. >ma ve0 despertos, n%s continuamos a representar nossos pap(is; mas n&o estamos mais absorvidos no drama, perdidos no personagem; pois estamos despertos, e sabemos que se trata apenas de um sonho. ssa ( a mais alta alquimia. importante alcançar esse ponto, caso contr#rio uma grosseira con'us&o tomar# lugar, e o sacramento ser# negado em sua nature0a.
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n&o 'a0 sentido ao intelecto. ode, no entanto, ser intu!do R e apreendido por um instante, 'uga0mente, por alguma parte de nosso ser que ( al(m de tudo meu8. >ma ve0 que acordamos, n%s n&o permanecemos nessa percepç&o da nossa identidade subjacente. m ve0 disso, n%s volitamos para dentro e para 'ora dessa reali0aç&o, essa percepç&o R ou ainda, assim parecemos para os nossos sentidos terrenos. sso n&o pode ser agarrado, pois ( um esp!rito livre, escolhendo ir e vir quando lhe conv(m. 5%s n&o vivemos R somos vividos.
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