Professor cpad.com.br
L B
1º trimestre 2019
2358-8136
RUMO À TER RUMO TERRA RA PROMETIDA A Peregrinação do Povo de Deus no Deserto no Livro de Números
REVISTA�SE DO PODER DO ESPÍRIT ES PÍRITO O O pentecostalismo é uma força evangélica e cristã cujo papel é o resgate da Pessoa do Espírito Santo na condução da Igreja. O pentecostalismo lembrou ao cristianismo global que o Espírito Santo é apenas discreto, mas o seu trabalho é e deve ser visível e, também, glorifica e deve glorificar a pessoa de Cristo Jesus. Os pentecostais ensinaram que o Espírito Santo não é uma peça calada e meramente simbólica de Cristo. Ele veio para substituir de maneira factual a pessoa de Cristo nesta terra e na Igreja. O Espírito é aquele que aviva a Igreja e a capacita para o serviço na comunidade e pela comunidade e no mundo e pelo mundo. O Espírito Santo é o impulso e força missional da Igreja, pois a forma com dons para que estes sirvam no propósito de edificação e crescimento do Corpo de Cristo. E, acima de tudo, o Espírito Santo é aquele quem convence o “mundo do pecado, da justiça e do juízo” (João 16.8). O pentecostalismo lembrou em voz alta, literalmente, que Ele está aqui e não há substituto à altura para Cristo do que a pessoa divina do Espírito Santo, que é também o Espírito de Cristo. E uma igreja com uma pneumatologia forte é uma igreja com uma missão forte.
Seja a f di erença!
ONDE QUER QUE VOCÊ ESTEJA,
Deus deseja que os cristãos se relacionem bem uns com os outros. Na verdade, Ele é enfático sobre este ponto. Jesus foi claro ao dizer: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.” (João 13.35).
Você entendeu isto?
O mundo saberá se somos cristãos ou não pela forma como agimos em relação ao nosso próximo. Mas quem é o nosso próximo? Não é apenas o nosso irmão em Cristo, mas também nosso vizinho, nosso parente, nosso colega de trabalho. Enfm, nosso próximo é quem está… próximo! Quando você se torna um cristão, Deus espera que ao fazer parte da Igreja dEle. que você seja uma pessoa que una as outras pessoas, que se torne uma pessoa cuja presença faça a diferença em seu meio. Ser cristão vai muito além das tarefas na igreja; ser cristão crist ão é fazer o bem em palavras e atos em nosso bairro, onde estudamos, no nosso trabalho. Podemos não ter muitos recursos, mas sempre podemos ter um sorriso, um ombro amigo, uma palavra de sabedoria ou de oração por quem precisa. Onde quer que formos sejamos a diferença! “Se for possível, quanto estiver de vós, tende paz com todos os homens.” Romanos 18.18
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Comentarista: O LIVRO DE NÚMEROS � CAMINHANDO COM DEUS NO DESERTO DESERTO
3
OS PREPARATIVOS PARA A CONQUISTA
11
SANTIDADE � REQUISITO PARA A CONQUISTA
18
A PRESENÇA DE DEUS NO DESERTO
26
DECIDINDO O SEU FUTURO
33
O PECADO DA REBELIÃO
40
OS PERIGOS DO DESERTO
47
AS GUERRAS NO DESERTO
54
A PROTEÇÃO NO DESERTO
61
OS CUIDADOS E DEVERES DA NOVA GERAÇÃO
69
MOISÉS, UM LÍDER VITORIOSO
76
UM LÍDER FORMADO NO DESERTO
83
O DESERTO VAI PASSAR
90
Presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil Conselho Administrativo Administrativo Diretor Executivo Gerente de Publicações Consultoria Doutrinária e Teológica Teológica Gerente Financeiro Gerente de Produção Gerente Comercial Gerente da Rede de Lojas Chefe de Arte & Design Comentarista Redatora Diagramação e Capa Fotos
RIO DE JANEIRO CPAD M�����
T������������ Ligação gratuita Segunda a sexta: 8h às 18h - Sábado de 8h às 14h. L������� V������
Prezado (a) professor (a), Com a graça do Pai, estamos iniciando um ano novo e um novo trimestre. Juntos, Juntos, aprenderemos importantes e preciosas lições da Palavra de Deus e com certeza podemos dizer: “Ebenézer: Até aqui nos
ajudou o Senhor.” Não faltam motivos para louvarmos a Deus. Vamos iniciar o ano estudando a respeito do livro de Números que nos mostra a peregrinação dos hebreus pelo deserto. Por isso, Números também pode ser chamado de “No Deserto” ( bemidhar ,
palavra que aparece no primeiro versíversículo do livro). O autor é Moisés, assim como de todo o Pentateuco. Ele foi o líder escolhido pelo Senhor e preparado por Ele para conduzir seu povo rumo à Terra Prometida. O propósito do livro é mostrar
por que os hebreus não entraram na Terra Prometida assim que deixaram o Egito, mas tiveram de caminhar caminha r durante
quarenta anos. Esperamos que os temas abordados nas lições contribuam para o crescimento da sua fé, fé, pois precisamos de conança
para vencer os desertos deste mundo tenebroso até adentrarmos na Terra Terra Prometida, a Nova Jerusalém Jerusalé m que o Senhor já tem preparado para aqueles que permanecerem éis até o m.
Até o próximo trimestre. Os Editores.
Av. Brasil, 34.401 - Bangu CEP: 21852-002 - Rio de Janeiro/RJ
[email protected]
LIÇÃO
1
O LIVRO DE NÚMEROS � CAMINHANDO COM DEUS NO DESERTO DESERTO www.escola-ebd.com.br AGENDA DE LEITURA TEXTO DO DIA “Ora, tudo isso lhes sobreveio A voz voz do Senhor faz tremer como figuras, e estão escritas o deserto para aviso nosso, para quem já são chegados os Deus caminha com o povo fins dos séculos.” no deserto (1 Co 10.11) 10.11) Deus, no deserto, faz brotar água da rocha
SÍNTESE A peregrinação peregrinação dos hebreus pelo deserto, rumo à Canaã, por aproximada aproximadamente mente 40 anos, revela lições importantes para a igreja da atualidade.
O povo duvida de Deus no deserto Deus guia seu povo pelo deserto Cristo, o pão vivo que desceu no deserto JOVENS 3
OBJETIVOS • APRESENTAR um panorama geral do livro livro de Números;
• EXPLICAR a natureza das experiências vivenciadas pelo povo Israel na sua peregrinação pelo deserto; • MOSTRAR como Cristo aparece tipologicamente no livro de Números.
INTERAÇÃO O livro de Números nos mostra a caminhada do povo de Deus pelo deserto rumo à Terra Prometida. Seus alunos
terão a oportunidade de compreenderem a vontade do
Senhor para o seu povo, p ovo, enquanto analisam os percalços
dos hebreus pelo deserto. As vitórias, derrotas e lutas dos hebreus servem como exemplo para os cristãos da atualidade, pois estamos também caminhando rumo à Canaã Celestial. O comentarista do trimestre é o pastor Reynaldo Odilo Martins Soares. Ele é natural e reside no Rio Grande do
Norte - Natal. O pastor Reynaldo é juiz de direito, bacharel em Teologia e em Direito, especialista em Direito Processual Civil e Penal, mestre e doutorando em Direito pela Universidade do País País Vasco, Espanha. Tem diversas
obras editadas pela CPAD.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Estimado(a) professor (a), é um privilégio ser vocacionado e selecionado por Deus para ensinar as Sagradas Escri-
turas. Por isso, esforce-se, inspire-se, ore, jejue, estude (utilizando todas as ferramentas disponíveis, inclusive o livro da lição) — seja um instrumento de Deus para esta geração. Apesar do imenso desafio inerente a essa tarefa, somado às muitas atividades do dia d ia a dia, o Senhor não tem lhe deixado só, antes, tem levantado você v ocê como professor(a) da juventude. Dedique-se ao seu ministério e invista nele. O Mestre dos mestres é o maior interessado no êxito desta obra e Ele lhe ajudará. Caminhar com Deus pelo deserto desta vida é a experiência mais gratificante
de todas. Boa viagem!
TEXTO BÍBLICO 1 Coríntios 10.1-11 1
Ora, irmãos, não quero que ignoreis que
nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem; e todos passaram pelo mar,
COMENTÁRIO INTRODUÇÃO Com a ida da família de Jacó para o país mais rico da época, a fim de
2 e todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar,
escapar da fome, os hebreus prosperaram grandemente. A prosperidade
3 e todos comeram de um mesmo manjar espiritual,
do povo de Deus, no Egito, fez com que ele passasse a ser considerado uma ameaça social e política. Os hebreus tornaram-se escravos e sofreram muito debaixo do jugo
4 e beberam todos de uma mesma bebida
espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo. 5 Mas Deus não se agradou da maior parte deles, pelo que foram prostrados no deserto.
6 E essas coisas foram-nos foram-nos feitas feitas em gura, para que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram. 7 Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles; conforme está escrito: O
povo assentou-se a comer e a beber e levantou-se para folgar. 8 E não nos prostituamos, como alguns deles zeram e caíram num dia vinte e três mil.
9 E não tentemos a Cristo, como alguns deles também tentaram e pereceram pelas serpentes. 10 E não murmureis, como também alguns deles murmuraram e pereceram pelo destruidor. 11 Ora, tudo isso lhes sobreveio sobreveio como
figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os ns dos séculos.
de Faraó. Faraó. Mas Deus, por intermédio
de Moisés, libertou os israelitas da escravidão e, após a travessia do mar, guiou-os pelo deserto, rumo rum o à Terra Terra Prometida. Entretanto, primeiro, era necessário passarem pelo Sinai, para que recebessem a Lei, pois precisa-
vam de parâmetros civis, morais e espirituais para se estabelecerem como uma nação. Depois de caminharem pelo deserto por cerca de 40 anos, quando toda aquela geração adulta que houvera sido escravizada morreu, eles chegaram ao seu destino final. Diferentemente
de outros povos, os hebreus não sucumbiram diante de Faraó e das muitas aflições aflições do deserto. deserto. Deus queria preservá-los para si, pois havia
prometido que, deles, descenderia o Salvador do mundo.
deserto”,, expressão extraída do texto de deserto” 1. Números ou “no “ no deserto”. Ao tra-
Números 1.1 (“Falou mais o SENHOR a
duzir o Antigo Testamento para o grego
Moisés, no deserto”). A maioria dos fatos,
(tradução chamada Septuaginta), um grupo de setenta sábios denominou o
nele narrados, se desenvolveram “no deserto”. As duas titulações possuem
terceiro livro do Pentateuco de terceiro d e “Números”,, por conta dos dois recenseamentos ros” mencionados na obra. Na Bíblia hebraica,
justicativas justi cativas plausíveis plau síveis e, sob o prisma pri sma
entretanto, o livro tem como título “no
da didática, têm grande importância; por isso, ao longo das lições, ambas serão utilizadas.
JOVENS 5
2. Considerações preliminares. Al-
tomei-os pelos seus braços, mas não
guns eruditos defendem que o livro de Números poderia ser chamado de “peregrinação no deserto”, “livro das caminhadas”, “livro das murmurações”, “o livro do deserto”, dentre outros, por narrar a caminhada que Israel fez, sob
conheceram que eu os curava. Atraí-os Atraí-os
a liderança de Moisés (que o escreveu), por volta do ano 1440 a 1400 a.C., segun-
de Números traz, de um lado, a dureza de coração de um povo composto por ex-escravos escolhidos para se tornarem príncipes — os quais morreram no
do a maioria dos estudiosos. A palavra “deserto” aparece em Números quase 50 vezes, — a maior frequência nos escritos bíblicos. A Bíblia declara expressamente que a narrativa de Números traz lições objetivas para nós que vivemos “nos ns dos séculos”, conforme 1 Coríntios
10.11.. Assim, o jovem cristão, no dia a 10.11 dia, quando se deparar com um convite
à prostituição, idolatria, murmuração, rebelião, deve rapidamente se lembrar — como recomenda a Palavra profética — de uma geração que morreu “no deserto”, porque cedeu às inclinações carnais e aos apelos mundanos. O Senhor Deus, séculos depois, de maneira poética, usou Oseias para descrever,, com precisão, o que aconteceu: crever acon teceu: “Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei a meu lho. Mas, como os chamavam, assim se iam da sua face […]. Todavia, eu ensinei a andar a Efraim;
com cordas humanas, com cordas de amor; e fui para eles como os que tiram o jugo de sobre as suas queixadas; e lhes
dei mantimento” (Os (Os 11.1-4). 3. Relevância contemporânea. O livro
deserto — e, de outro, a longanimidade
e o amor de um Deus santo e justo que, diariamente, alimentava, cuidava, instruía, protegia e guiava pessoas que, mesmo assim, dia após dia, se tornavam
ainda mais obstinadas, desobedientes, rebeldes, incrédulas e ingratas. O livro narra também o surgimento de uma nova geração, a partir do segundo censo,
que seria introduzida em Canaã, sob o comando de Josué. O livro de Números não é um dos mais comentados da cristandade, porém possui inestimável valor histórico e espi-
ritual ao trazer a narrativa das minúcias da caminhada pelo deserto e, por isso, constitui-se em um verdadeiro tratado a respeito do relacionamento entre Deus
e o seu povo, de onde se pode extrair um riquíssimo tesouro teológico para a
atualidade!
Pense! A Bíblia declara expressamente que a narrativa de Números traz lições objetivas para nós que vivemos “nos fins dos séculos”.
6 JOVENS
Ponto Importante
1. Deserto, lugar de caminhada. Um
dos signicados de deserto é “terra ina bitada”; mas a Bíblia diz que Deus estabeleceu a Terra Terra para que fosse habitada
(Is 45.18). Portanto, o deserto não é um lugar de moradia, mas de caminhada, lugar de passagem, de transição. Deus mostrou aos hebreus que, ao conduzí-loss até Canaã, guiou-os por um conduzí-lo
grande e terrível deserto de serpentes ardentes, escorpiões e terra seca, em que não havia água (Dt (Dt 8.15). O 8.15). O objetivo do Senhor era humilhar e prová-los, para saber o que estava nos seus corações, e se guardariam os mandamentos ou não (Dt 8.2). Deus queria, dessa forma, que a caminhada do deserto nunca fosse esquecida pelos hebreus, pelo aprofundamento
do relacionamento com o Senhor. 2. Deserto, lugar de treinamento.
A caminhada pelo deserto sacudiu as estruturas morais e psicológicas dos hebreus, sendo que ali foi revelado o caráter deles, desnudadas as intolerâncias, exposta a espiritualidade. Jesus, também, antes de começar seu ministério, foi, pelo Espírito Santo, conduzido ao deserto para
Quando ia faltar água, ou comida, sempre havia uma provisão extraordinária. As roupas e os sapatos dos israelitas, milagrosamente, não se desgastavam, mesmo debaixo de um sol causticante.
nunca forem testados em condições de estresse, nunca serão conáveis, pois, em
regra, as longas travessias apresentam muitos perigos. 3. Deserto, lugar de milagres. Está escrito que Deus fez “prodígios “prodígios e sinais na terra do Egito, no mar Vermelho Vermelho e no deserto, por quarenta anos” (At 7.36). No 7.36). No período de maior provação da descen-
dência de Abraão, o amigo de Deus, existiram abundantes milagres. Quando ia faltar água, ou comida, sempre havia
uma provisão extraordinária. As roupas e os sapatos dos israelitas, milagrosamente, não se desgastavam, mesmo debaixo de um sol causticante (Dt ( Dt 8.4). O fato é que, ao longo de quase 40
ser experimentado. Ninguém está livre
anos de caminhada no deserto, d eserto, nenhum deles morreu de sede ou fome, ou cou sem roupa ou calçado. Disse Jesus: “Pois,
desse período de caminhada, no qual, à proporção que a escassez se manifesta,
que hoje existe e amanhã é lançada no
Deus treina seu povo. Atribui-se a William Shakespeare a seguinte frase: “Quando o mar está calmo, qualquer barco navega bem”. Parafraseando: “Sem problemas e pressões, qualquer pessoa reage com tran-
quilidade”, mas isso não traz nenhum mérito! As pessoas (como os barcos) foram feitas para abrirem caminhos
se Deus assim veste a erva do campo, forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pequena fé? Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos ou que beberemos ou com que nos vestiremos?” (Mt 6.30,31).
Pense!
nos mares tempestuosos da existência! Assim, se os indivíduos (como os barcos)
JOVENS 7
Ponto Importante
preferindo os “pratos da culinária do velho Egito, cheios de temperos que fazem mal”? Ainda assim, o Senhor, cheio de compaixão, continua batendo
à porta e dizendo: Eu quero cear com vocês (Ap 3.20).
1. A pedra que os seguia. A cons-
tatação mais confortante de toda a travessia de décadas pelo deserto é a de que Cristo estava ali, com o hebreus,
em todo o tempo. Jesus Cristo era a “pedra espiritual que os seguia” (1 Co 10.4).. A expressão bíblica demonstra 10.4) todo cuidado e carinho de Deus por seu povo. A vida neste mundo, portanto,
3. A serpente de bronze (Jo 3.14). Em João 3.14, Jesus declara que a serpente de bronze que foi levantada, por
Moisés, no deserto, era um tipo dEle. Esse objeto de metal era a alternativa de cura para todos aqueles que fossem mordidos pelas serpentes venenosas.
A desobediência do povo suscitou aquele juízo divino. Isso revela que o deserto é um lugar perigoso, mas se
misericórdia divina. Pois, Deus conhece a
o caminhante estiver sempre olhando para Cristo, não sofrerá dano irreversível, mortal, ainda que, ocasionalmente,
desobediência do seu povo, mas mesmo
sofra algum revés.
só prossegue pela abundante graça e
assim, continua a nos suportar suportar,, e nos acompanhar,, pacientemente, todos os acompanhar dias. É por causa dEle — Cristo Jesus — que não sucumbimos! “Glória, pois, a Ele, eternamente” (Rm (Rm 11.36). 2. O maná. Em João 6.48-51, Jesus se identificou como o maná que alimentou os israelitas no deserto pelo tempo da peregrinação. pe regrinação. Interessante que, a princípio, eles aceitaram aquela provisão provi são diária de comida, entretant entretanto, o, posteriormente, o povo não teve mais
Pense!
Ponto Importante
vontade de comê-la. Então, começaram
a chamar o maná de “pão tão vil” (Nm 21.5).). Mesmo com todo esse desprezo, 21.5 todas as manhãs, por quase 40 anos, continuou “chovendo” comida da parte de Deus. Quanta humildade e bondade
da parte do Senhor! Não é, porventura, o que acontece cotidianamente nos dias atuais? Muitas cotidianamente pessoas, inclusive cristãs, desprezam e ridicularizam a bendita Palavra de Deus, 8 JOVENS
É por causa dEle — Cristo Jesus — que não sucumbimos! “Glória, pois, a Ele, eternamente” (Rm 11.36).
SUBSÍDIO � “[…] todo material em Números — ritualístico, legal, narrativo e até mesmo as informações estatísticas — giram em torno do tema universal da santidade. Childs observa: ‘Apesar ‘Apesar da diversidade de assuntos e da complexa estrutura literária, o livro de Números mantém uma interpretação sacerdotal uni cada da vontade de Deus para o seu
povo, a qual é exposta em um nítido contraste entre o santo e o profano’. Sinto-me mais inclinado a aceitar a avaliação de Childs que a defendida
por aqueles que veem Números como uma coletânea aleatória de materiais […].
SUBSÍDIO � “Números 1 Moisés, tendo assim provido o que se
referia ref eria ao culto a Deus e ao governo do povo, voltou a sua atenção para o
que concernia à guerra, pois estava prevendo que a nação teria grandes lutas a sustentar, e começou por ordenar aos príncipes e aos chefes de tribos, exceto à de Levi, que zessem um recenseamento exato de todos os que estavam em condições de pegar em armas […]. Feito o recenseamento, constataram que 603.650 eram aptos. No lugar da tribo de Levi, Moisés pôs Manassés, lho de José, no número
dos príncipes das tribos e Efraim no
A primeira parte cobre a geração de
lugar de seu pai, José, segundo o que
israelitas que saiu do Egito, dos quais
vimos, pois Jacó pedira a José que
ninguém conseguiu chegar a Canaã (com exceção de Josué e Calebe). Pereceram no deserto por causa de sua incessante desobediência e
ele desse os dois lhos em adoção.
pecaminosidade. A outra parte cobre
espaços entre elas. Escolheram um
a geração que nasceu no deserto, segunda geração, os quais entrariam em Canaã sob a liderança de Josué e para quem Deuteronômio foi escrito. Assim, para Olson, Números fala sobre sob re
a morte do que é velho (1—25) e o nascimento do que é novo (26-36), com Deus tendo de começar novamente” (HAMILTON, Victor P. Manual do Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp. 350, 351).
O tabernáculo foi colocado no meio do acampamento, e três tribos postaram-se de cada lado, com grandes grande lugar para instalar o mercado,
onde seria vendida toda espécie de mercadoria. Os negociantes e os artíces foram estabelecidos em suas tendas e ocinas com tal ordem que parecia uma cidade. Os sacerdo sacerdotes tes e depois deles os levitas ocupavam os lugares mais próximos do tabernáculo. (JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus Hebreus:: De Abraão à Queda de Jerusalém. 9.ed.
Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 188).
JOVENS 9
ESTANTE DO PROFESSOR HAMILTON, Victor P. Manual do Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio . 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
ANOTAÇÕES
CONCLUSÃO O livro de Números retrata, de forma diversificada, os altos e baixos do relacionamento entre o povo de Israel e o Criador, durante a caminhada pelo deserto. Revela também as constantes advertências do Senhor a respeito da necessidade de santidade! san tidade! Podemos perceber que é perigoso viver
fora do padrão do Senhor, e que é uma bênção ter um coração alinhado ao dEle, como aconteceu com os crentes crentes Josué e Calebe.
HORA DA REVISÃO 1. O quarto livro do Pentateuco é denominado, na Bíblia hebraica, por qual nome?
De qual capítulo e versículo retiraram o título? “No deserto.” Números 1.4.
2. Cite outros três nomes que poderiam ter sido dados ao livro de Números. “Peregrinação no Deserto”, “Livro das Caminhadas” e “Livro das Murmurações”. 3. Conforme a lição, por que o deserto d eserto pode ser considerado um lugar de treinamento? treinamento? Porque a caminhada no deserto sacode as estruturas morais e psicológicas do indivíduo, sendo que ali é revelado o seu caráter, desnudadas as intolerâncias, e exposta a sua espiritualidade. 4. Cite três tipos de Cristo que são apresentados escrituristicamente durante os 40
anos de viagem de Israel pelo deserto, rumo à Canaã. A pedra “que os seguia”, o maná e a serpente de bronze.
5. Segundo a lição, como sintetizar a importância do livro de Números para a con-
temporaneidade? Constitui-se em um verdadeiro tratado sobre o relacionamento entre Deus e o seu povo, de onde se pode extrair um riquíssimo tesouro teológico para a atualidade.
LIÇÃO
2
OS PREPARATIVOS PARA A CONQUISTA www.escola-ebd.com.br
AGENDA DE LEITURA
TEXTO DO DIA “Os filhos de Israel assentarão as suas tendas, cada um debaixo da sua bandeira, segundo as insígnias da casa de seus pais; ao redor, defronte da tenda da congregação, assentarão as suas tendas.” (Nm 2.2)
O cristão deve se preparar para a batalha Deus não leva em conta os tempos da ignorância O cristão deve fazer tudo com decência e ordem
SÍNTESE O povo povo de Deus deve viver em unidade, santidade, e também deve conhecer sua força e preparar-se para os embates da vida; sabendo, especialmente, que a vitória vem do Senhor.
O cristão precisar reconhecer a quem pertence O cristão deve ter uma vida de serviço O cristão deve ter uma vida de santidade JOVENS 11
OBJETIVOS • APRESENTAR APRESENTAR o modelo social criado por Deus para os hebreus; • EXPLICAR como se deu o processo processo da formação da identidade nacional; • MOSTRAR o cuidado de Deus para com a vida espiritual
dos hebreus ainda no deserto.
INTERAÇÃO Professor(a),, é imprescindível que haja um bom relacioProfessor(a) rela cio-
namento entre os docentes de uma mesma classe, pois isso influencia diretamente no trabalho a ser realizado, como veremos nesta nest a lição. Assim, a interação interação com seu(s)
colega(s) docentes, logo no início do trimestre, será importantíssimo, a fim de ouvir e sugerir novas ideias, discutir o tema da revista, desenvolver estratégias e atividades para a classe. Invista tempo na construção de laços de amizades “em volta v olta da Arca da Aliança”, pois
trará um senso de propósito, unidade e pertencimento ainda mais forte. Com isso, será possível realizarem muito mais pela classe, uma vez que, ao planejar as atividades do trimestre e dividir as tarefas entre todos, ninguém ficará sobrecarregado e o trabalho será bem mais produtivo e dinâmico.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Caro(a) professor(a), é importante que você utilize recursos
didáticos em suas aulas, pois eles facilitam a aprendizagem. Por isso, procure apresentar gravuras a respeito
dos costumes daquele tempo, tanto em Israel como no Egito, local da formação cultural daqueles mais de dois milhões de ex-escravos. Também Também é interessante a exibição de pequenos vídeos extraídos da internet, intern et, tudo isso
para contextualizar, contextualizar, ainda mais, os alunos. Certamente será muito estimulante, para eles, compreenderem as circunstâncias históricas da lição. lição. Faça, com criatividade que Deus lhes concedeu, com que seus alunos passeem
entre as tendas do acampamento hebreu. Ore, peça a Deus estratégias para que cada lição alcance a mente e o coração dos seus alunos.
TEXTO BÍBLICO Números 1.1-4, 18,19, 52,53
1
Falou mais o SENHOR a Moisés, no
deserto do Sinai, na tenda da congregação, no primeiro dia do segundo
mês, no segundo ano da sua saída da terra do Egito, dizendo: 2 Tomai a soma de toda a congregaçã congregação o dos lhos de Israel, segundo as suas
gerações, segundo a casa de seus pais, conforme o número dos nomes de todo varão, cabeça por cabeça; 3 da idade de vinte anos para cima, todos os que saem à guerra em Israel, a estes contareis segundo os seus exércitos,
tu e Arão. 4 Estará convosco de cada tribo um um homem
que seja cabeça da casa de seus pais. 18 e ajuntaram toda toda a congregação congregação no pri-
meiro dia do segundo mês, e declararam a sua descendência segundo as suas famílias, segundo a casa de seus pais, pelo número dos nomes dos de vinte anos para cima, cabeça por cabeça; 19 como o SENHOR ordenara a Moisés,
assim os contou no deserto do Sinai. 52 E os lhos de Israel assentarão as suas
tendas, cada um no seu esquadrão e cada um junto à sua bandeira, segundo os seus exércitos. 53 Mas os levitas levitas assentarão as suas tendas tendas ao redor do tabernáculo do Testemunho,
para que não haja indignação sobre a congregação dos lhos de Israel; pelo
que os levitas terão o cuidado da guarda
COMENTÁRIO INTRODUÇÃO Os israelitas permaneceram no deserto do Sinai (após a história narrada em Êxodo), mas o lugar da manifestação de Deus tinha migrado do monte para a planície do deserto (Nm (Nm 3.14), onde 3.14), onde estava o tabernáculo (erguido um mês antes
- Êx 40.17; Nm 1.1). Nesse 1.1). Nesse cenário, Deus levantou líderes para guiar o
seu povo: Moisés, Arão (Nm ( Nm 1.1,3) e um líder de cada tribo de Israel (Nm 1.4). O 1.4). O Senhor mencionou-os nominalmente (Nm (Nm 1.5-15), decla-
rando, que eles seriam “príncipes das tribos de seus pais” (Nm 1.16).
Os hebreus tinham potencial para conquistar o território de Canaã, mas lhes faltou humildade, obediência e fé, para seguirem até o fim. Todos aqueles líderes, nomeados
por Deus, e seus companheiros, morreram no deserto. Começaram bem, mas terminaram mal. Por isso, os fatos narrados em Números devem ser cuidadosamente observados, pois trazem graves advertências para todos.
do tabernáculo do Testemunho. Testemunho.
Interessante que, mesmo com a pro1. Censo para a guerra. O livro de
messa de Deus “[…] a tua semente possuirá
Números começa com o Senhor determinando a contagem dos israelitas aptos para a guerra, expressão repetida várias vezes em Números 1. 1. O Senhor estava revelando, assim, que haveria guerras, pois os inimigos continuariam colocando obstáculos ao projeto de Deus, aliás, os israelitas já tinham lutado e vencido uma batalha contra os amalequitas (Êx (Êx 17.8-16).
a porta dos seus inimigos” (Gn (Gn 22.17), Israel
precisava conhecer sua força militar e preparar-se para os embates futuros; crendo que o Senhor daria força, estratégia,
e desenvoltura belicosa para guerrear e vencer os inimigos. Eles só não poderiam car inertes, pois a Terra Prometida seria conquistada com muito esforço. Deniti-
vamente, a vida dos servos de Deus nunca foi, nem nunca será fácil.
JOVENS 13
2. Censo sem discriminação. Observa-
-se que a iniciativa do censo foi de Deus e
Pense!
não de Moisés (Nm (Nm 1.1,2). O Senhor anelava
que eles se credenciassem, que assumissem a posição de guerreiros, anal não
eram mais escravos. Os que se sentissem aptos para o alistamento seriam agregados
Ponto Importante
ao exército de Israel. Deus usaria a todos
que se dispusessem a lutar. O censo não seria feito levando em consideração a posição econômica, a intelectualidade, a força física ou outros requisitos; o objetivo era conhecer o número de jovens, “da idade de vinte anos para cima, capazes de sair à guerra em Israel” (Nm (Nm 1.2,3). Ninguém 1.2,3). Ninguém apto seria
desprezado, demonstrando o princípio segundo o qual toda pessoa “nascida de novo” é um instrumento de Deus, pois
certamente recebeu algum talento do Senhor (Mt (Mt 25.14-30). 3. Senso organiza organizacional. cional. Depois de fazer
o censo, o Senhor ordenou como as tribos deveriam ser distribuídas no acampamento:
a Norte, Sul, Leste e Oeste do tabernáculo, quer quando estivessem acampados, quer quando estivessem em marcha (Nm (Nm 2.132). É impressionante como, ao longo das Escrituras Sagradas, Deus demonstrou ser
extremamente extremam ente detalhista e organizado. O improviso não faz parte do Reino de Deus.
1. Senso de pertencimento. Ao analisar
as determinações divinas, nos primeiros capítulos de Números, observa-se que Deus mostrou interesse com o senso de pertencimento social dos hebreus. Devido ao longo período em que viveram no Egito, esse censo foi eventualmente
fragmentado. Assim, Deus determinou que as pessoas acampassem “junto ao seu estandarte, segundo as insígnias da casa de seus pais” (Nm (Nm 2.2). O 2.2). O senso de pertencimento deveria nortear todos. A vida no acampamento deveria ser notoriamente comunitária, sem espaço para egocentrismos ou egoísmo, pois o Senhor já havia ordenado: “[…] amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor”
A descendência e o nome das famílias era importante para Deus, por isso foram contados nominalmente (Nm (Nm 1.18).
(Lv 19.18). Cada 19.18). Cada clã deveria funcionar no afã de fazer o bem aos seus integran-
A posição geográca das tribos também
santidade e constante adoração a Deus, tendo o tabernáculo ao centro. Nas festas, nos descansos, nas viagens, nas guerras, as tribos sempre deveriam estar juntas.
foi determinada por Deus, certamente observando o número de pessoas em cada família. Isso nos mostra que o Senhor Senho r tem
tes, mas também aos vizinhos, tudo em
cuidado pelo seu povo e por sua obra, nada acontecendo por acaso ou coincidência. Deus sempre tem o controle de tudo e
Anal, onde existe amor, existe milagre!
nenhum dos seus propósitos pode ser impedido (Jó (Jó 42.2).
2. Senso de serviço. O livro de Gênesis
14 JOVENS
Quando Deus preside um ajuntamento, essa regra é imutável.
mostra o homem perdendo a comunhão
com Deus; no livro do Êxodo, a humanidade reencontra o caminho da comunhão; em
levítica, não obstante tenham se rebelado
Levítico, o homem é ensinado a respeito da verdadeira verdadeira adoração e em Números, é
algumas oportunidades.
ensinado a servir. Um novo comportamento começava a surgir, representado na ex-
especicamente contra Moisés e Arão em
Pense!
pressão: “Assim zeram os lhos de Israel;
conforme tudo o que o Senhor ordenara a Moisés, assim o zeram” (Nm 1.54). Os filhos de Israel estavam acostu-
mados a servir por obrigação, debaixo do jugo egípcio, mas agora eles deveriam deveriam aprender a servir uns aos outros em
Ponto Importante
amor.. Especialmente os levitas, amor levitas, que não não
trabalhavam secularmente e deveriam ser mantidos pelas demais tribos, bem como, e sobretudo, em relação ao santuário do Senhor. Isso seria uma bênção, já que, por intermédio do serviço ao próximo, e a
1. A importânc importância ia dos levitas levitas.. Antes
de conquistar a Terra Prometida, Deus
Deus, as pessoas são aperfe aperfeiçoadas, içoadas, pois, à proporção que elas se doam, em amor, vão morrendo um pouco mais para seus egoísmos e vaidades, e são vivificadas para com Deus. Os hebreus precisavam
determinou um levantamento numérico
aprender a servir a Deus e ao próximo. 3. Senso de rev reverência erência sacerdotal sacerdotal..
serviço no tabernáculo e ao próximo, além
Deus escolheu a tribo de Levi como a sua propriedade particular, fazendo com que seus membros não trabalhassem, nem fossem à guerra, mas que cuidassem exclusivamente exclusiv amente da manutenção e das cele-
dos guerreiros, organizou o acampamento e mostrou como seriam os deslocamentos. Ele incutiu na mente do povo o senso de
pertencimento social e a necessidade do de criar um serviço de assistência aos levitas. Assim, em linhas gerais, a vida social e político-administrativa dos lhos de Israel
estava bem encaminhada formalmente, mas ainda precisavam ser estabelecidos alguns princípios religiosos. Para o ensino
brações do santuário. Isso, possivelmente,
e a função sacerdotal, o Senhor escolheu
foi um choque cultural para aquela nação de ex-escravos. Entretanto, em nenhum mo-
a tribo de Levi (Nm (Nm 3.11,12). Isso 3.11,12). Isso era de vital
mento do Pentateuco, registra-se qualquer tipo de incômodo contra esse “privilégio”
levítico. A distinção estabelecida por Deus foi plenamente admitida, conforme está escrito: “[…] conforme tudo o que o SENHOR
importância, pois os hebreus precisavam ser ensinados a respeito da Lei do Senhor, recentemente dada no Sinai, para que vivessem em serviço e santidade, pois só assim teriam uma jornada vitoriosa. 2. Vida espiritual no centro. Em Núme-
ordenara a Moisés acerca dos levitas, assim os lhos de Israel lhes zeram” (Nm 8.20). 8.20).
ros 2.2 Deus determinou que a “tenda da
Dessa forma, em regra, as demais tribos reverenciavam rever enciavam a função sacerdotal sacerdotal da tribo
do acampamento, quer o arraial estivesse em deslocamento, quer não, obviamente
congregação” congrega ção” casse localizada no meio
JOVENS 15
por ser aquele o lugar mais protegido e importante. O Senhor estava mostrando ao povo que a vida espiritual (representada pelo santuário móvel) constituía-se no
bem mais precioso daquela jornada, por isso deveria estar no centro.
SUBSÍDIO “Você já percebeu que tudo depende da visão? O saudoso reverendo Myles Munroe ensinava que ‘o maior dom
Eles deveriam ter levado aquela verdade a sério, pois nela residia toda a esperança
que Deus deu ao homem não foi o dom da vista, mas o dom da visão. A
de sucesso, enquanto nação, daqueles ex-escravos. Deus estava ensinando que
vista é uma função dos olhos, mas a visão é uma função do coração. Com a vista vemos o que é, mas com a
a vitória acha-se em permitir que o Senhor
ocupe o lugar mais nobre — o centro de
visão vemos o que poderia ser. Com
tudo. Estratégia, planejamento operacional, coragem, força e capacidade intelectual são
a vista enxergamos apenas o que está diante dos nossos olhos. Com a visão enxergamosalém enxer gamosalém do que nossos olhos físicos podem ver’. O apóstolo Paulo nos orienta a não viver por vista, mas sim por fé, ou seja, pela visão que nos é dada por Deus.
importantes, mas o segredo da prosperidade — para o crente — está em entregar a Deus o primeiro lugar na vida (Mt (Mt 6.33). 3. Vivendo para servir. Quando os lhos de Israel saíram do Egito não tinham regras a seguir, mas agora o Senhor ensinava um novo padrão doutrinário e cultural que eles deveriam adotar. Era o início, o nascedouro
da cosmovisão judaico-cristã. O Senhor estabeleceu muitas (e deta-
lhadas) regras para que, por elas, o povo desenvolvesse desenvo lvesse uma vida plena de santidade
e serviço. Não é por acaso que entre os capítulos 3 e 9 de Números, o Espírito Santo ensinou inúmeras condutas que envolviam tanto a celebração cultual como o dia a dia
do povo, — Deus estava deixando muito claro sobre a necessidade de os hebreus viverem no centro da sua vontade.
Pense!
Ponto Importante
16 JOVENS
Um líder sem visão é fadado ao fra-
casso. Onde não há visão o povo perece. É fantástico aprender do próprio Cristo a importância de se tornar um líder com visão. O primeiro prim eiro passo de um líder cristão que deseja ser um visionário, é uma entrega total ao Senhor. Somente uma vida de intimidade e total dependência de Deus podem consolidar os direcioname direcionamentos ntos certos para uma liderança ecaz. Se
o líder busca em Deus a sabedori sabedoriaa para construir seus projetos não há como as coisas saírem erradas” (LINS, Luaran. Chamados para Liderar : Um Guia Prático para Líderes de Adolescentes e Jovens. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.17).
ESTANTE DO PROFESSOR Dicionário Bíblico Wyclif Wyclife e. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
ANOTAÇÕES
CONCLUSÃO Como visto, os preparativos da viagem no deserto incluíam organização, estratégia, sentimento de unidade entre as tribos, mas, principalmente, o desenvolvimento de um profundo senso de compromisso do povo com Deus e a sua Palavra. O Senhor tinha chamado o seu filho do Egito e, por isso, estava ensinando-o a andar e dando-lhe mantimento, mas quanto mais o atraía, mas se ia de sua s ua face (Os 11.1-4).
HORA DA REVISÃO 1. Os fatos estudados nesta lição aconteceram em qual lugar?
No deserto do Sinai.
1.1 foi determinado por Deus quanto tempo 2. O censo mencionado em Números 1.1 foi após o término da construção do tabernáculo? Um mês. 3. Segundo a lição, a concordância do povo em relação ao sacerdócio levítico cou
demonstrada em qual texto bíblico? Números 8.20. 4. Segundo a lição, qual a importância dos levitas?
Os hebreus precisavam ser ensinados sobre a Lei do Senhor, por meio dos sacerdotes e levitas, para que o povo não morresse no deserto e pudesse entrar em Canaã. 5. Por que razão há leis ao longo do livro de Números? O Senhor estabeleceu muitas (e detalhadas) regras para que, por elas, o povo desenvolvesse desenvol vesse uma vida plena de santidade e serviço.
LIÇÃO
3
SANTIDADE � REQUISITO PARA A CONQUISTA AGENDA DE LEITURA
TEXTO DO DIA “E não profanareis o meu santo nome, para que eu seja santificado no meio dos filhos de Israel. Eu sou o SENHOR que vos santifico.” (Lv 22.32)
Santidade, um alvo a ser perseguido Santidade, um alvo do Espírito Santo em nós Santidade para não dar lugar às obras da carne
SÍNTESE A busca pela pela santidade é o requisito primordial para a preservação da salvação.
Santidade, uma virtude a ser aperfeiçoada Santidade, a vontade de Deus Santidade, a essência de Deus
18 JOVENS
OBJETIVOS • DISCORRE DISCORRER R a respeito da natureza das leis leis repetidas
pelo Senhor no deserto do Sinai;
• EXPLICA EXPLICAR R o teor da bênção sacerdotal, o valor espiritual espiritual
das ofertas e a grandeza da consagração levítica;
• DEMONSTRAR a importância da comunhão comunhão com com Deus
no deserto.
INTERAÇÃO Considerando que os encontros com seus alunos acontecem somente nos domingos, busque uma maior interação com eles durante toda a semana, por intermédio das redes sociais. A comunicação virtual pode ser bastante útil para
estimular o estudo prévio da lição, como por exemploconvidar os alunos faltosos para as aulas, parabenizar os aniversariantes aniversariantes,, etc. Use sua criatividade, conquiste seus alunos, pois muitos deles estão ávidos pelo estudo da Palavra de Deus. Ore e peça ao Senhor que lhe conceda estratégias para fortalecer o elo de amizade e comunhão com os alunos.
Peça também sabedoria para cuidar daqueles que por ventura desfaleceram pelo caminho e estão sem forças para prosseguirem.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Professor(a), para desenvolver o primeiro prim eiro tópico da lição, escreva no quadro a palavra “pureza”. Em seguida pergunte pergunt e aos alunos o que vem a mente m ente deles quando ouvem essa
palavra. À medida que forem falando vá relacionando as palavras no quadro. Em seguida procure relacionar as palavras citadas pelos alunos e o significado delas. Depois faça a seguinte seguinte indagação: “Qual é o antônimo de pureza?” Após reproduza o esquema abaixo ab aixo no quadro e explique o significado real da palavra e o seu antônimo. antôn imo. Em seguida peça que q ue leiam o Texto do Dia. Diga que Deus é santo e exige santidade dos seus filhos(as). Mostre que a falta de santidade impede a nossa comunhão, o nosso
relacionamento com Deus.
PUREZA SIGNIFICADO
ANTÔNIMO
Condição, estado ou qualidade do que é puro, límpido, límpido, não tem mistura ou impurezas.
Impureza, que não é ou não está limpo; coberto de sujeira.
TEXTO BÍBLICO Números 7.17.1-7 7
1 E esta é a lei da expiação expiação da culpa; culpa; coisa santíssima é. 2 No lugar onde degolam o holocausto holocausto,,
degolarão a oferta pela expiação da culpa, e o seu sangue se espargirá
sobre o altar em redor. 3 E dela se oferecerá toda a sua gordu gordu-
ra, a cauda e a gordura que cobre a fressura; 4 também ambos os rins e a gordura que
neles há, que está sobre as tripas; e o redenho sobre o fígado, com os rins, se tirará. 5 E o sacerdote o queimar queimaráá sobre o altar em oferta queimada ao SENHOR;
expiação da culpa é. 6 Todo varão entre os sacerdotes a comerá; no lugar santo se comerá; coisa
santíssima é. 7 Como a oferta pela expiação do peca-
do, assim será a oferta pela expiação da culpa; uma mesma lei haver haveráá para elas: será do sacerdote que houver feito propiciação com ela.
COMENTÁRIO INTRODUÇÃO Paulo disse que não se aborrecia em fazer as mesmas advertências, porque era segurança para os crentes (Fp (Fp 3.1). O 3.1). O Senhor,
igualmente, no deserto do Sinai, depois de algumas providências administrativas, também repetiu várias leis (Nm (Nm 1 e 2). Deus 2). Deus estava advertindo os filhos de Israel que, para chegarem à Canaã, era preciso
obedecerem à sua Palavra, o que propiciaria àquele povo o padrão de plenitude moral exigido pelo Senhor, conduzindo-os a um estado doutrinário e cultural marcado pela
pureza — viveriam em santidade. Deus, naquele momento, estava apontando fortemente para a santidade dos hebreus, virtude sobre a qual não havia nenhum referencial no Egito; porém, agora,
o Senhor expedira muitas determinações comportamenta comportamentais. is. Os filhos de Israel, assim, tinham um grande desafio pela frente — o maior — serem santos. Se eles vencessem esta guerra interior contra o pecado, a Terra Prometida seria conquistada gloriosamente.
1. Pureza social. O processo, ou caminho, para se chegar à santidade
chama-se santicação. É uma estrada interminável. Somente quando se chegar
ao Céu é que se alcançará a estatura de varão perfeito. Nesse sentido, os descendentes de Abraão tinham muito
o que aprender. 20 JOVENS
Em Número 5.1-10 o 5.1-10 o Senhor tratou
a respeito da pureza social. Deus, portanto, para proteger o seu povo,
determinou que os contaminados pela lepra, ou por fluxo corporal ou
pessoas querem servir a Deus de qualquer maneira. A mulher, de acordo com
o texto sagrado, também podia fazer voto de nazireado (Nm ( Nm 6.1,2).
por terem tocado num morto, fossem
Pense!
lançados fora do arraial; bem como tratou acerca da restituição de quem
Na Igreja de Cristo, a mulher tem importantes tarefas na expansão do Reino de Deus.
causasse prejuízo a outrem. O povo de
Deus tinha de ter pureza em todos os aspectos. Assim, os hebreus deveriam se livrar de “toda “to da a aparência do mal”,
de tudo o que fosse prejudicial ao espírito, à alma ou ao corpo. O cuidado de Deus era para que
Ponto Importante Homens e mulheres são iguais perante Deus.
houvesse uma normatização justa das
1.A bênção de Deus. O acampamen-
relações sociais. Dessa forma, os que
to estava em ordem e os israelitas en-
aparentavam algum tipo de “contamina-
contravam-se preparados para marchar. Nesse cenário, Deus relembrou algumas leis que versavam sobre a santidade do seu povo no aspecto social, relacional e espiritual (havia inúmeras outras leis,
ção” biológica deveriam ser apartados
do povo até que cassem puricados; e os que tivessem comportamento ina dequado, restituíssem devidamente aos prejudicados.. Não é demais lembrar de prejudicados que, como diz 1 Coríntios 10.6: “E essas
mas o Espírito Santo fez questão de repetir essas). Deus mostrara o caminho
coisas foram-nos feitas em gura [...]”.
da consagração.
2. Pureza nos relacionamentos. Em relacionamentos. Em Números 5.11-31 o Espírito do Senhor tra tou a respeito da pureza no casamento. Essa lei era muito valiosa para as famílias, pois evitava que as esposas sofressem
Num primeiro instante, “o SENHOR, que ama a prosperidade prosperidad e do seu servo”
injúrias ou difamações levianas. Na família de uma nação santa, os
de modo que o seu nome trouxesse proteção, presença e paz através das palavras proferidas pelos sacerdotes (Nm 6.24-26). Observa-se 6.24-26). Observa-se que, com a
cônjuges precisavam viver em paz, sem
acusações infundadas. Ainda que o
(Sl 35.27), ensinou 35.27), ensinou que os sacerdotes deveriam abençoar os lhos de Isra el da maneira mais ampla possível,
procedimento prescrito por Deus pareça procedimento rudimentar, era o único compatível em face da dureza de coração dos hebreus,
bênção sacerdotal, o Senhor vinculava seu nome, ou seja, seu s eu caráter, ao povo
conforme Jesus Jesus mencionou (Mt 19.8). 19.8). 3. Pureza espiritual. Em Números 6.1-21,, Deus estabeleceu o padrão da 6.1-21 pureza espiritual, para quem quisesse consagrar-se a Ele — o nazireado.
Na oração do “Pai Nosso”, Jesus fez o mesmo quando ensinou seus discípulos
Impressiona Impress iona como, nos dias atuais, as
de Israel.
a orarem dizendo: “[…] santicado seja o teu nome” (Mt ( Mt 6.9). Quando, tempos depois, Balaão, o falso profeta, tentou amaldiçoar o
JOVENS 21
povo de Israel, teve de pronunciar as seguintes palavras: “Não viu iniquidade
ção para falar com o SENHOR, então, ouvia a voz que lhe falava de cima do
em Israel, nem contemplou malda-
propiciatório, que está sobre a arca do
de em Jacó; o SENHOR, seu Deus, é
Testemunho entre os dois querubins; assim com ele falava” (Nm ( Nm 7.89). Ele 7.89). Ele é galardoador dos que o buscam (Hb 1 1. 1.6 6). A questão relevante a respeito das ofertas dos israelitas não era a quantidade somente, mas t ambém a voluntariedade e alegria com que eram trazidas. 3. Obediência no chamado. E m
com ele e nele, e entre eles se ouve
o alarido de um rei. Deus os tirou do Egito; as suas forças são como as do unicórnio. Pois contra Jacó não vale encantamento, nem adivinhação contra Israel; neste tempo se dirá de Jacó e de Israel: Que coisas Deus tem feito!” (Nm 23.21-23).. Somente uma coisa poderia 23.21-23)
trazer desgraça ao povo: o pecado.
Números 8 o Altíssimo demonstra que
Enquanto o Senhor não contemplasse iniquidade em Israel, o seu meu nome
o caminho da consagração do povo
estaria sobre os lhos de Israel, e Ele os abençoaria (Nm ( Nm 6.27).
consequentemente, a puricação dos consequentemente, levitas. Interessant Interessante e que, em primeiro lugar, o Senhor determina que Arão acenda as lâmpadas; uma vez o san -
2. A bem-aventurança do doar. Os 88 primeiros versículos de Números 7
informam uma longa lista de ofertas trazidas em doze cultos, mencionando o
dia em que cada um dos príncipes das tribos as deveria apresentar ap resentar.. Elas eram
iguais, mas Deus — que não esquece do trabalho das mãos dos seus servos — fez questão de especicar as con -
tribuições individualmente. O Senhor estava satisfeito com a voluntariedade do povo e, por isso, registrou tudo. Em
consequência, no versículo seguinte está escrito a respeito da aprovação de Deus, ao se mencionar que “quando Moisés entrava na tenda da congrega-
passa pela obediência ao chamado e,
tuário iluminado, o ritual de puricação dos levitas, por Moisés, Moisés , começaria. Tudo Tudo
no santuário deveria ser feito às claras,
sob a orientação de Deus. Concluída a ordem divina, “[...] vie ram os levitas, para exercerem o seu ministério na tenda da congregação, perante Arão e perante os seus lhos; como o SENHOR ordenara a Moisés acerca dos levitas, assim lhes zeram” (Nm 8.22). Os 8.22). Os levitas não podiam estar diante do povo pelas suas próprias justiça just iças, s, mas some somente nte após terem os pecados “cobertos” pelo sangue da
expiação de um animal, que apontava para o sacrifício perfeito de Cristo. Com isso, eles foram aceitos diante de Deus,
Somente uma coisa poderia trazer desgraça ao povo: o pecado.
e o povo foi abençoado.
Pense! Por que Deus estabeleceu tantas regras para receber a adoração do seu povo? Não poderia ser mais simples?
22 JOVENS
Ponto Importante A Queda deixou tudo complicado para o homem. A única forma de resolver o problema do pecado era Deus assumi-lo em nosso lugar através de Jesus Cristo.
Por que há pessoas que querem servir a Deus sem se submeterem à normas ou regras?
1. Tempo de comunhão. Os lhos
de Israel estavam no deserto do Sinai; o censo já havia sido feito, e o lugar de cada tribo no acampament acampamento o já havia sido
determinado. Então eles foram lembrados a respeito de algumas leis e Arão e os levitas foram consagrados. Agora, o
Todo-Poderoso deseja abençoá-los e cultivar a comunhão com eles. O capítulo 9 do livro de Números mostra uma nova etapa do relaciona-
mento do povo com Deus. Para marcar esse tempo, Deus ordena: “No dia catorze deste mês, pela tarde, a seu tempo determinado a celebrareis; segundo todos os seus estatutos e segundo todos os seus ritos, a celebrareis” cel ebrareis” (Nm (Nm 9.3). Serão 9.3). Serão
momentos de festa e alegria, mas as regras, os estatutos, também não pode riam ser esquecidos. Por que, então, há pessoas que querem servir a Deus sem se submeterem à normas ou regras? 2. Exigência divina. Em Números
9.6-13 , vemos que Deus ordenou a 9.6-13, celebração da Páscoa, porém alguns homens reconheceram reconheceram que não estavam preparados para tal celebração. O que fazer? Deus respondeu que não dispensaria a adoração deles, providen p rovidenciando, por isso, um dia alternativo para a comunhão, pois todos são importantes
diante do Pai. Impressionante como, por vezes,
alguns cristãos deixam de participar da Ceia do Senhor por qualquer outro compromisso. Deus levava a festa da
Páscoa (que Jesus celebrou como a ordenança da Ceia) tão a sério que, caso alguém faltasse sem justicativa plausível, deveria ser eliminado do povo. 3. Igualdade dos adoradores. Quando os hebreus saíram do Egito veio também
uma multidão de pessoas gentias com eles. Deus, nesse momento de comunhão no deserto, lembrou-se delas: “E, quando um estrangeiro peregrinar entre entre
vós e também celebrar a Páscoa ao Senhor,, segundo o estatuto da Páscoa Senhor e segundo o seu rito, assim a celebrará;
um mesmo estatuto haverá para vós, assim para o estrangeiro como para o
natural da terra” (Nm (Nm 9.14). Há 9.14). Há igualdade
entre os adoradores, adoradores, pois pois Deus não têm lhos prediletos. Aqueles que se achegam a Ele, independente de suas etnias, são recebidos alegremente pelo
Pai amoroso.
Pense! Por que o Senhor escolheu o deserto para ter comunhão com seu povo? Não teria sido melhor um lugar mais confortável confortável? ?
Ponto Importante Deus, às vezes, deseja que seus servos “reduzam a marcha” e sentem-se à mesa com Ele; neste caso, o deserto é o lugar ideal, porque lá tem poucas distrações.
JOVENS 23
SUBSÍDIO � “As ofertas dos príncipes (Nm ( Nm 7.1-9).
Aqui está a oferta dos príncipes das tribos para o serviço do Tabernáculo. Quando isto ocorreu: Não antes que o Tabernáculo tivesse sido completamente erigido. Quando todas as coisas já est estav avam am con concl cluíd uídas, as, no Tabe aberná rnácul culo, o,
e o arraial de Israel, que o rodeava, estava de acordo com as instruções recebidas, então eles, trouxeram seus
SUBSÍDIO � “Através de Abraão e sua semente, Deus formaria uma nação sagrada, pela qual sua glória seria manifestada em toda a terra. Ele deu a essa nação um conjunto de leis e normas únicas e gloriosas para viver; princípios ma ravilhosos de santidade e divindade
que seus lhos deveriam obedecer com todo coração, alma, mente, m ente, força,
presentes, aproximadamente no oitavo
pois eles amavam o autor. A glória de Deus seria revelada através das
dia do segundo mês. Observe que as
bênçãos que Ele conferiu ao seu povo
cerimônias necessárias sempre devem
obediente. Porém, a desobediência levaria à disciplina e o castigo […].
tomar o lugar das ofertas voluntárias: primeiramente, aquelas, e então, estas. Quem os oferecia: Os príncipes de Is-
Sabemos o que aconteceu. Israel preferiu desobedecer […].
rael, os cabeças da casa de seus seus pais, v. 2. Observe 2. Observe que aqueles que estão
A falta de santidade conduz à inuti -
acima de outros, outros, em poder poder e dignidade,
assim, e sempre será.
devem ir à frente deles, e esforçar-se para ir além deles, em tudo o que é bom. Quanto mais alguém é promovido, mais se espera dele, por causa da maior oportunidade que tem de servir a
Deus e à sua geração. Para que servem
a riqueza e a autoridade, se não para capacitar um homem a fazer o bem ao
mundo, em muito maior quantidade? O que foi oferecido: Seis carros cobertos,
cada um deles com um jugo de bois
que o puxava, v. 3. Sem 3. Sem dúvida, estes carros estavam em conformidade com os demais utensílios do Tabernáculo, Tabernáculo, e
seus acessórios, os melhores do seu gênero, como as carruagens que os grandes príncipes usam quando saem
em seus desfiles” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico: Bíblico: Antigo Testamento, Testamento, Gênesis a Deuteronômio. 1.ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2010, pp. 459,460). 24 JOVENS
lidade do Reino de Deus. D eus. Sempre foi
A santidade é para um cristão o que a segurança contra a água é para um navio. Mas o objetivo de um navio de guerra não é simplesmente manter a água fora do seu casco. Seu propósito é entrar na guerra, lutar e trabalhar
para conseguir a vitória. Não entrar na batalha torna o navio inútil à nação
que o construiu, e o cristão que não entra na guerra pelas almas dos ho-
mens torna a crença inútil. Ele deve se envolver na batalha para a qual o Pai o chamou” (DANIELS, Robert. Pureza Sexual. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD: 2011, pp. 41,42,47,50).
ESTANTE DO PROFESSOR HENRY,, Matthew. Comentário Bíblico: Antigo HENRY
Testamento, Gênesis a Deuteronômio. 1.ed. Rio Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
ANOTAÇÕES
CONCLUSÃO Deus criou mecanismos para que os hebreus entrassem pelo caminho da perfeição moral e da pureza, mas eles, ao contrário, amaram os deleites do Egito. Se a busca pela santidade tivesse se tornado a coisa mais m ais importante
para eles, o fim da história dos que atravessaram o mar Vermelho seria diferente. Com isso, é pertinente inquirir: “O que é mais vantajoso: viver em santidade ou em constante anelo pelos desejos carnais?”
HORA DA REVISÃO 1. Segundo a lição, qual era o maior desao dos hebreus? O maior desafo dos hebreus era ser um povo santo. liç ão, quais os três tipos de pureza que Deus De us exigia com urgência do povo? 2. Segundo a lição, Pureza social, relacional e espiritual. 3. Onde está escrito que “contra Jacó não vale encantamento”? Números 23.23.
4. Qual foi a primeira festa celebrada no deserto do Sinai? A Páscoa. justa causa? 5. Qual o castigo para quem faltasse à celebração da Páscoa sem existir uma justa Seria eliminado do povo.
LIÇÃO
4
A PRESENÇA DE DEUS NO DESERTO AGENDA DE LEITURA TEXTO DO DIA “Ou, quando a nuvem sobre o tabernáculo se detinha dois dias, ou um mês, ou um ano, ficando sobre ele, então, os filhos de Israel se alojavam e não partiam; e, alçando-se ela, partiam.” (Nm (Nm 9.22)
Na presença de Deus, somente os retos habitarão Presença de Deus, lugar de esconderijo Presença de Deus, lugar de alegria
SÍNTESE A presença de Deus no meio do povo era garantia de segurança, alegria e descanso. Pois, caminhar pelo deserto envolvia correr perigos dos mais diversos.
Sair da presença de Deus, uma grande tragédia A presença de Deus faz tremer a terra A presença de Deus traz descanso
26 JOVENS
OBJETIVOS • MOSTR MOSTRAR AR como Deus se manifestou ao povo no deserto,
e como os hebreus, a princípio, obedeceram voluntariamente o mover da nuvem e da coluna de fogo; • EXPLICAR como foi foi o início da caminhada no deserto deserto
e os primeiros pecados do povo; • COMPREENDER como Deus orientou a Moisés para que ele escolhesse setenta cooperadores.
INTERAÇÃO Professor(a), é imprescindível haver um bom relacionamento entre os docentes de uma mesma classe, pois isso influencia diretamente no trabalho a ser realizado.
Assim sendo, agende uma reunião com seu(s) colega(s), a fim de ouvir e sugerir novas ideias, discutir o tema do trimestre, desenvolver estratégias e atividades para a classe, etc. Faça desse um momento de interação e estreitamento de laços, independente de quantos professores existam na classe. Todos Todos devem trabalhar com um só propósito, o que só é possível se houver um bom
diálogo. Assim, realizarão muito mais pela classe, uma vez que, ao planejar as atividades do trimestre e dividir
as tarefas entre todos, ninguém ficará sobrecarregado e o trabalho será bem mais dinâmico.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Peça que os alunos relatem, de forma resumida, alguns
testemunhos de heróis e heroínas da fé. Homens e mulheres que viveram em santidade diante do Senhor e como a glória de Deus se manifestou em suas vidas. Reflita com os alunos a respeito do elo que existe entre santificação e a manifestação da presença de Deus, como
mencionado nos testemunhos. Conclua dizendo que, a santidade é o requisito principal para ser cheio(a) do Espírito Santo. Assim, os alunos compreenderão porque,
na narrativa de Números, a menção a leis e regras para a santificação de todos, antecederam o aparecimento da
nuvem da presença. Essa conversa deve abrir a discussão a respeito do tema da aula de hoje, que vai tratar a respeito da presença de Deus no deserto.
TEXTO BÍBLICO Números 9.15-22 15 E, no dia de levantar o tabernáculo, a nuvem cobriu o tabernáculo sobre a tenda do Testemunho; e, à tarde, estava sobre o tabernáculo como uma aparência de fogo até à manhã. 16 Assim era de contínuo: a nuvem o cobria, e, de noite, havia aparência de fogo. 17 Mas, sempre sempre que a nuvem se se alçava alçava sobre a tenda, os lhos de Israel após ela partiam; e, no lugar onde a nuvem parava, ali os lhos de Israel assentavam o seu arraial. 18 Segundo o dito do SENHOR, os lhos de Israel partiam e segundo o dito do SENHOR assentavam o arraial; todos os dias em que a nuvem parava sobre o tabernáculo, assentavam o arraial. 19 E, quando a nuvem se detinha muitos dias sobre o tabernáculo, então, os lhos de Israel tinham cuidado da guarda do SENHOR e não partiam.
20 E era que, quando a nuvem poucos dias estava sobre o tabernáculo, segundo o dito do SENHOR, se alojavam e, segundo o dito do SENHOR, partiam. 21 Porém era era que, quando quando a nuvem nuvem desde a tarde até à manhã cava ali e a nuvem se alçava pela manhã, então, partiam; quer de dia quer de noite, alçando-se a nuvem, partiam. 22 Ou, quando a nuvem sobre o tabernáculo tabernáculo se detinha dois dias, ou um mês, ou um ano, cando sobre ele, então, os lhos de Israel se alojavam e não partiam; e, alçando-se ela, partiam.
1. A presença contínua. Quando o povo levantou o tabernáculo, o qual foi feito conforme o modelo dado por Deus no monte Sinai, a nuvem da presença do Senhor surgiu gloriosamente (Nm (Nm 9.15). Os milhões de peregrinos que estavam ao redor do tabernáculo, nas suas respectivas tribos, entenderam perfeitamente que se tratava de uma manifestação divina. No m da tarde, quando o sol declideclinava e a temperatura começava a cair, 28 JOVENS
COMENTÁRIO INTRODUÇÃO Caminhando com Deus, pelo deserto, o povo estava aprendendo uma lição espiritual a cada dia. As diversas leis tinham o objetivo de mostrar mostrar que um Deus santo requeria um povo santo
(Lv 20.7). Entretanto, 20.7). Entretanto, as pessoas que saíram do Egito não tinham noção dessa exigência divina e foram conhecendo o caráter de Deus à proporção
que seguiam rumo à Canaã. Um ano depois da saída do Egito, os
hebreus estavam tendo uma nova revelação a respeito da presença de Deus. O Senhor estava com eles,
acompanhando-os numa coluna de fogo nas noites congelantes do deserto e, durante os dias, sob o sol escaldante de um dos lugares mais quentes do mundo, uma monumen-
tal nuvem trazia refrigério para milhões de pessoas. O Altíssimo, carinhosamente, fazia-os viver em uma temperatura agradabilíssima,
podendo eles, assim, desfrutarem de uma paisagem inigualável, de dia ou de noite. Com o movimento da nuvem ou coluna de fogo, Deus
indicava o momento de parar a caminhada e de prosseguir. outro milagre acontecia: a nuvem cava com uma aparência de fogo, permanecendo assim até pela manhã, quando, novamente, voltava a ser um refúgio contra o sol. Esse processo perdurou, continuamente, por quase 40 anos (Nm 9.16). O 9.16). O Senhor estava testemunhando a todo o povo: “E eis que estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei tornar a esta terra, porque te não deixarei, até que te haja feito o que te tenho dito” (Gn 28.15).
2. O mover imprevisível. O texto de Números 9.17-23 fala a respeito do mover imprevisível de Deus, representado nos deslocamentos da nuvem e da coluna de fogo. Impressionante como o Espírito
Santo, que inspirou os escritores bíblicos, fez questão de mencionar que, às vezes, o referencial da presença de Deus permanecia no mesmo lugar um ano ou, inexplicavelmente, menos de um dia. Interessante perceber, perceber, também, que não havia nenhum fenômeno natural perceptível que antecedesse os movimentos vertical (subida e descida sobre o tabernáculo) e
horizontal (mudança geográca) da nuvem
é um segredo, uma bússola, um mapa e um
caminho. Andar por ela é sinal de sabedoria, humildade, fé e sempre produz os resultados da verdadeira prosperidade na vida.
Pense! Vale a pena obedecer a Deus mesmo quando aquilo que Ele requer aparenta ser irracional ou ilógico?
Ponto Importante Fazer a vontade de Deus sempre é a melhor decisão para seu povo, sob quaisquer circunstâncias, pois o Senhor é o sumo bem e Ele jamais se equivoca.
ou da coluna de fogo. O Senhor, por sua soberania, de dia ou de noite, sem mandar qualquer aviso, simplesmente transferia o lugar da nuvem ou a coluna de fogo. Não havia, nem há, paradigmas para entender o
mover de Deus. Porventura, nos dias atuais, não é com a mesma imprevisibilidade e aparente ilogicidade eventual que Deus age? 3. A obediência voluntária. Deus estava treinando os israelitas para que eles, com alegria, aprendessem a obedecer ao Senhor.. Va nhor Vale le lembrar que, repetidamente, repetidamente, as
Escrituras dizem que eles eram rebeldes ou de “dura cerviz” (Dt (Dt 10.16; Jr 7.26; Mc 10.5; At 7.51). Assim, 7.51). Assim, por vezes, a nuvem passava
um longo período parada e, depois, numa sequência inesperada, era transferida de lugar rapidamente, mas o povo a seguia, como se vê: “Segundo o dito do SENHOR, se alojavam e, segundo o dito do SENHOR, partiam; da guarda do SENHOR tinham cuidado, segundo segundo o dito dito do SENHOR SENHOR pela mão de Moisés” (Nm (Nm 9.23). Os que servem a Deus devem aprender a obedecer voluntariamente voluntariamente ao Senhor Senhor,, de
todo coração, como Davi recomendou a
Salomão (1 (1 Cr 28.9), para que tenham vitória nas grandes lutas que travarem. A obediência
1. A ordem para marchar (10.11-13) (10.11-13).. Deus possui um aguçado senso de beleza e organização, entretanto esse traço de seu caráter justica-se não apenas pela estética e estratégia de suas determinações, mas sobretudo em face do grande amor pelo seu povo. O Senhor mandou fazer duas trombetas de prata, uma sosticada obra de arte (a prata era depurada no fogo, daí por que é símbolo da redenção na Bíblia), as quais serviam para conclamar o povo para se reunir e dar o sinal de partida do acampamento, tudo muito organizado. Entretanto, mais adiante, Deus disse que as trombetas também seriam tocadas quando os israelitas estivessem em didiculdades (o toque das trombetas era uma verdadeira oração) e nas festas religiosas (Nm 10.2, 9,10) 9,10).. Dessa forma, o início de toda caminhada era marcado, simbolicamente, por um momento de oração. O toque das trombetas movia o coração de Deus em favor do povo e o Senhor se lembrava da aliança rmada. A promessa de Deus, feita desde os dias do patriarca Abraão, seria cumprida, pois Deus é el.
JOVENS 29
2. Confança do líder abalada (10.29).
Em meio a tantas demonstrações eloeloquentes do cuidado de Deus, perceb percebe-se e-se uma falta de conança do líder Moisés, pois convidou Hobabe, seu cunhado, para guiar o povo nos caminhos do deserto (Nm 10.29-32). Ora, 10.29-32). Ora, a presença de Deus, Deu s, representada na nuvem e na coluna de fogo, sinalizava perfeitamente quando o povo deveria acampar e seguir viagem, e qual rota percorrer, percorrer, mas Moisés entendeu que seria bom ter alguém com experiência para
“ser seus olhos” e socorrê-los em tempo oportuno. Mas, o Senhor compreendeu a
fraqueza do líder e sequer o repreendeu. Moisés também precisava aprender a conar. Vê-se, porém, que em nenhum outro momento Hobabe é mencionado nas Escrituras, dando provas provas que o convite de Moisés foi estéril e inócuo. Deus é quem comanda e guia os passos do seu povo. 3. O pecado da murmuração (11.1-10) (11.1-10).. Na caminhada dos hebreus pelo deserto, o Senhor sempre esteve presente cuidando do seu povo, mas, como visto anteriormente é inevitável que as fraquezas dos líderes apareçam e, infelizmente, também, existam rebeliões. Em Números 11.1-10 diz-se que aconteceu murmuração no meio do povo por causa da comida (toda murmuração dirige-se, em primeiro plano, contra Deus) e o Senhor Sen hor levou em consideração as palavras proferidas a tal ponto que muitos israelitas morreram como castigo pela rebelião. Judas escreveu a respeito de alal guns indivíduos não recomendáveis que eram “murmuradores, queixosos da sua sorte, andando segundo as suas concupiscências, concupisc ências, e cuja boca diz coisas mui arrogantes, admirando as pessoas por causa do interesse” (Jd 16). Certamente 16). Certamente o que os israelitas zeram foi muito grave 30 JOVENS
diante do Senhor, pois a Bíblia diz que a maldição não vem sem causa (Pv (Pv 26.2). Importante que cada cristão aprenda a ser agradecido, de todo coração, e nunca despreze o “pão” que Deus dá.
Pense! Não teria Deus agido injustamente ao matar pessoas por apenas reclamarem do cardápio alimentar?
Ponto Importante Deus é a suma justiça. Ele jamais exacerba em seus juízos, por isso, a maldição não vem sem causa.
1. Carga pesada. Na caminhada com Deus, pelo deserto a cada dia os limites humanos são testados. O grande Moisés que, pouco tempo antes, tinha convidado Hobabe para ser “seus olhos” na peregri nação (tinha plano até para quando Deus falhasse na orientação), agora pensa em desistir do ministério. Ele concluiu: concluiu: “Eu sozinho não posso levar l evar a todo este povo, porque muito pesado é para mim. E, se assim fazes comigo, mata-me, eu to peço, se tenho achado graça aos teus olhos; e não me deixes ver o meu mal” (Nm ( Nm 11.14,15). A resposta que Deus ofereceu a Moisés ressoa como modelo ministerial pelos séculos. O líder é feito de “carne e osso” e, por isso, precisa de apoio e companhia. Sempre que Deus quis fazer algo signicativo, antes de tudo, montou uma equipe. Talvez Moisés, até aquele instante, acreditasse ser possível po ssível liderar sozinho, mas o Senhor permitiu que ele casse esgotado emocionalmente para aprender a depender mais dEle. Então, o Altíssimo designou setenta anciãos para auxiliar o seu servo.
2. Dividindo a carga. Deus, de maneira sábia, pediu que Moisés escolhesse setenta líderes para que o auxiliasse. A escolha seria de Moisés, porém eles seriam instrumentos do Senhor, para ajudar na condução da obra. Observa-se um segundo aspecto relevante relevante nessa história: os auxiliares precisavam ter o mesmo espírito de Moisés, pensar a mesma coisa, compartilhar do alinhamento do entendimento do líder, ação precípua precípua do Espírito Santo. Só assim a carga pesada das atribuições seria, de fato, compartilhada compartilhada.. Pouco tempo depois houve o episódio das codornizes, o primeiro teste dos 70 líderes (Nm (Nm 11.31-35). Deus 11.31-35). Deus é bom e el, pois, certamente, se Moisés estivesse sozinho nessa nova e grave situação ele teria sucumbido. 3. Insubmissão. Moisés, depois de ter a carga administrativa aliviada pelos setenta líderes chancelados por Deus, viu ruir os apoios mais importantes que tinha: o de Miriã e Arão, seus amados irmãos, os quais se insurgiram fortemente contra ele, mas “o SENHOR o ouviu” (Nm 12.2). Os 12.2). Os irmãos de Moisés foram repreendidos pelo Senhor, inclusive Miriã cou leprosa por causa dessa insubmissão ao líder. líder. Ferir o princípio da autoridade e submissão, desobedecendo a liderança, não é uma atitude sábia e prudente, ainda que existam ponderações de natureza administrativa consideráveis.
Pense! As ponderações de Miriã e Arão contra Moisés não deveriam, ao menos, terem sido discutidas por Deus na reunião feita com eles no santuário?
Ponto Importante
SUBSÍDIO “Os capítulos 9 e 10, em especial, centram-se na presença do Senhor no meio do seu povo. A primeira metade do capítulo 9 reconta a celebração da primeira Páscoa do deserto, (9.1-14), (9.1-14), celebração essa que, acima de tudo, lembra-lhes a presença do Senhor quando, de forma extraordinária, libertou-os do Egito. Na segunda metade do capítulo, Deus promete prover uma nuvem para guiar os viajantes e para lembrá-los de sua presença contínua […]. No início do capítulo 10, a nalidade de tocar as trombetas é para que Deus e o povo lembrem-se uns dos outros (10.9,10 10.9,10).). E nos versículos seguintes a nuvem move-se pela primeira vez. Portanto, a primeira parte de Números é um resumo da forma especial como Deus preparou seu povo ao instruí-lo sobre a pureza, ao conceder-lhes os sacerdotes sacerdotes e, acima de tudo, sua presença especial. O Senhor preparou o seu povo naquela época e o prepara hoje. Você já pensou nisso? Você Você já pensou na forma como Senhor o prepara? Talvez Talvez tudo isso lhe pareça uma informação religiosa casual, todavia, Deus teve o cuidado em fazê-lo à sua imagem. Você foi projetado com a capacidade capa cidade de compreender as palavras” (DEVER, Mark. A Mensagem do Antigo TestaTestamento. 1.ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2008, pp. 138,139).
O princípio da autoridade e submissão tem grande relevância para Deus, por isso, havendo rebelião, o Senhor sequer discute as argumenargumentações apresentadas.
JOVENS 31
ESTANTE DO PROFESSOR DEVER, Mark. A Mensagem do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, CPAD, 2008.
ANOTAÇÕES
CONCLUSÃO A maior consolação que os israelitas poderiam ter no deserto era a certeza da presença contínua de Deus com eles; e o Senhor demonstrou inequivo-
camente tal realidade, através da nuvem ou da coluna de fogo que nunca abandonaram o povo. Mesmo Mesm o diante dessa certeza, tanto os líderes quanto o povo cometeram erros, erros, os quais não ficaram ficaram impunes, servindo isso isso de
exemplo para a igreja hodierna.
HORA DA REVISÃO 1. Cite dois sinais que Deus realizou, os quais demonstravam a presença dEle entre o povo. A nuvem e a coluna de fogo. 2. Em quais momentos a nuvem e a coluna de fogo podiam ser vistas? Durante o dia a nuvem e à noite, a coluna de fogo. 3. De qual material foram feitas as duas trombetas que convocavam o povo? De prata batida. cun hado de Moisés que qu e foi convidado para ser o “guia do povo”? 4. Qual o nome do cunhado Hobabe. 5. Segundo a lição, por que os irmãos de Moisés foram repreendidos pelo Senhor? Eles foram repreendidos pelo Senhor porque foram insubmissos ao líder.
LIÇÃO
5
DECIDINDO O SEU FUTURO AGENDA DE LEITURA TEXTO DO DIA “Ao qual nossos pais não quiseram obedecer, antes o rejeitaram e, em seu coração, se tornaram ao Egito.” (At 7.39)
A fé é o firme fundamento do futuro A fé remove montanhas O justo viverá da fé
SÍNTESE Sempre haverá haverá dificuldades na vida daquele que caminha com Deus, mas nunca se deve perder a fé no cumprimento de suas promessas, porque Ele é sumamente fiel!
A fé nos faz crer contra a esperança A fé em Deus nos faz triunfar A necessidade de batalhar pela fé JOVENS 33
OBJETIVOS • EXPLICAR porque Deus enviou espias até Cananã; • MOSTRAR que a murmuração evidencia a falta falta de fé; • COMPR COMPREENDER EENDER que frutos amargos são colhidos em
decorrência da desobediência e falta de fé.
INTERAÇÃO Querido(a) professor(a), as lições desta revista possuem um elo que as interligam, pois tratam de temas sequenciais do livro de Números. De modo que será confuso para um aluno compreender a lição atual se ele não tiver conhecimento das anteriores. Se ficarem
muito calados durante a aula, procure mobilizá-los, estimulando-os a perguntarem, perguntarem , opinarem, etc. Sempre motive seus alunos para que não faltem à próxima aula e convidem os ausentes. ausen tes. Essas lições são importantís-
simas para o crescimento da fé em Deus, pois trazem valiosas orientações que se adequam perfeitamente ao
nosso dia a dia, pois retratam a angustiante trajetória do povo de Deus pelo deserto.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Na aula anterior foi abordado o tema da presença de Deus, fazendo assim uma ponte para essa lição cujo foco
é o futuro, pois não é razoável pensar em ser feliz no futuro, se no presente, não se caminhar com o Senhor. Faça as seguintes indagações aos alunos: “Como vocês veem o futuro?” “O que esperam dele?” “Como “Como encará-lo?”
Aguarde as respostas e ouça-os com atenção. Você se surpreenderá com a forma de pensar dos alunos e isso o ajudará a conhecê-los melhor. Em seguida, diga-lhes que, certamente, os filhos de Israel enfrentaram esses mesmos questionamentos acerca do futuro, mas não souberam equacioná-los e não tiveram fé!
TEXTO BÍBLICO Números 13.26-33 26 E caminharam, e vieram a Moisés, e a
COMENTÁRIO INTRODUÇÃO
Arão, e a toda a congregação dos lhos de Israel no deserto de Parã, a Cades, e, tornando, deram-lhes conta a eles e a toda a congregação; e mostraram-lhes
Israel já desfrutava de extraordinários milagres de Deus. Eram aque-
o fruto da terra.
resplandecente, e durante o dia, logo pela manhã, colhiam um pão
27 E contaram-lhe e disseram: Fomos à terra a que nos enviaste; e, verdadei ramente, mana leite e mel, e este é o fruto.
28 O povo, porém, que habita nessa terra é poderoso, e as cidades, fortes e mui grandes; e também ali vimos os lhos de Anaque. 29 Os amalequitas habitam na terra do Sul; e os heteus, e os jebuseus, e os amorreus habitam na montanha; e os
cananeus habitam ao pé do mar e pela ribeira do Jordão.
30 Então, Calebe fez calar o povo perante Moisés e disse: Subamos animosamente e possuamo-la em herança; porque,
certamente, prevaleceremos prevaleceremos contra ela. 31 Porém os homens que com ele subiram disseram: Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós.
32 E infamaram infamaram a terra, que tinham tinham espiado, perante os lhos de Israel, dizendo: A terra, pelo meio da qual passamos a espiar, é terra que consome os seus moradores; e todo o povo que vimos no meio dela são homens de grande estatura. 33 Também vimos ali gigantes, lhos de Anaque, descendentes dos gigantes; e éramos aos nossos olhos como gafanhotos e assim também éramos aos seus olhos. Números 14.1,2
1 Então, levantou-se toda a congregação, e alçaram a sua voz; e o povo chorou naquela mesma noite. 2 E todos todos os lhos de Israel murmuraram contra Moisés e contra Arão; e toda a congregação lhe disse: Ah! Se morrêramos na terra do Egito! Ou, ah! Se morrêramos neste deserto!
cidos nas noites frias do deserto, pelo calor de uma gigantesca coluna
maravilhoso que caía diariamente maravilhoso do céu — o maná. Quando o sol, naquela região árida, ia esquentando, os israelitas não eram incomodados, porque havia uma cortina térmica (a nuvem da presença de Deus) que
os protegia (Sl (Sl 121.5). A 121.5). A caminhada do povo de Deus, em qualquer época, sob quaisquer contingências, apresenta-se, sobretudo, sobretudo, como uma
jornadaa de jornad de fé. fé. Deus lhes dava mantimento, conforto e proteção, porém requeria deles (como requer da Igreja) uma atitude de fé. Eles precisavam enxergar o futuro através dos olhos do Altíssimo e deveriam acreditar que “aquilo que Deus diz é verdade”. Diante disso, o Senhor determinou que Moises enviasse espias à Terra
Prometida. Os israelitas seriam postos à prova! É deste ponto que, hoje, prossegue a saga do povo de Deus no deserto.
1. O m da jornada. Em Números 13, Deus acena para o m da caminhada. Es-
pias deveriam ser enviados para analisar o extraordinário presente de Deus — a Terra da Promissão. Doze homens, representando suas tribos, deveriam subir à Canaã (v. 17). As conquistas dadas pelo Senhor ao seu povo sempre são representadas por
“subidas”. É interessante o fato de que Deus
JOVENS 35
tenha se ocupado em fazer com que os lhos de Israel declarassem o desejo de
conquistar a promessa, por Ele anunciada. Eles precisavam somente dizer: Que linda e abençoada terra, meu Senhor.
enviados à Canaã, eles estavam vivendo vivendo na antessala da vitória. Possivelmente havia uma grande expectativa do povo
pelos desdobramentos desdobramentos sociais e políticos
Os espias eram representantes de
a partir daquela expedição missionária. Os espias passaram 40 dias transitando
todos que saíram do Egito. Eles tinham
na Terra Terra Prometida, observando o bservando tudo que
sobre si o compromisso de comunicar aos hebreus o que estava além do rio Jordão. A terra que mana leite e mel estava muito
tinha sido determ determinado inado por Moisés.
próxima e poucos instantes separavam os ex-escravos da maior conquista de
esplendidamente bom. Deus nunca se
suas vidas. O Senhor lhes daria mais que
um lugar para habitarem, sobretudo lhes outorgaria dignidade enquanto indivíduos
No m do período, trouxeram alguns frutos da Terra Prometida e tudo era
equivoca em nenhum de seus conceitos! Provavelmente os israelitas estavam com muita esperança ao perceberem os espias chegando com um gigantesco cacho de
e nação. A promessa feita, ainda, ao patriarca Abraão, o amigo de Deus, estava
uvas (além das romãs e gos). Mas, logo
plenamente em vigor, não obstante os séculos decorridos.
era alegre expectativa transformou-se num inacreditável tormento emocional.
2. O tempo da alegria. Deus alegria. Deus não
escolheu um tempo qualquer para essa visita in locu tão especial. Está escrito que era o tempo das “primícias das d as uvas” (Nm 13.20).). Um período que simbolizava tudo 13.20 de bom, o tempo de sublime alegria,
porque estava acontecendo uma colheita muito grande, de excelentes frutos. As pessoas de Canaã estavam tão felizes
que, possivelmente, nem desconavam
que os viajantes abriram a boca, o que
Pense! Por qual razão Deus quis que os espias fossem enviados à Canaã?
Ponto Importante O Senhor queria que o povo de Israel declarasse que confiava na sua fidelidade, acreditando que Ele cumpriria a palavra empenhada; afinal, “o justo viverá da fé”.
da verdadeira intenção daqueles doze
homens que atravessavam seu território. Aquele tempo de alegria em Canaã
1. A vista humana. Os humana. Os espias que
prenunciava uma vitória maiúscula para os prenunciava hebreus, recompensa recompensa das mãos do Senhor Senhor,, prometidaa há mais de quatro séculos. Moisés prometid pediu que eles olhassem tudo, analisassem
voltaram de Canaã dirigiram-se aos seus líderes e ao povo, levando consigo a prova da bênção de Deus: o fruto da terra. Então conrmaram que, de fato, da Terra Prometida manava leite e mel — a expressão não
minuciosamente e, por m, enfatizou: “[…] esforçai-vos e tomai do fruto da terra [...]”
(Nm 13.20). Essa seria a prova incontestável de que o Senhor falara a verdade quanto ao
tinha sido nenhum exagero de Deus e a prova disso era o fruto (Nm (Nm 13.26,27). Em 13.26,27). Em
seguida, porém, armaram armaram que as cidades
potencial agrícola daquela região. 3. A antessala da vitória. Quando vitória. Quando os
eram muito bem protegidas e os mora-
representantes dos lhos de Israel foram
(Nm 13.28,29). Um verdadeiro terror!
36 JOVENS
dores podiam ser considerados gigantes
O olhar humano dos representantes das dez tribos trouxe consequências terríveis para a história do povo de Deus.
o poder do desânimo disseminado pelos
Um desespero abateu-se imediatamente sobre os descendentes descendentes de Isaque. No dia
chorou naquela mesma noite (Nm (Nm 14.1). O 14.1). O projeto de Deus, dado e conrmado para
a dia da vida, inúmeros medos solapam a mente humana, como foi mencionado
várias gerações de crentes éis, estava, agora, fulminado no coração daqueles
pelo apóstolo Paulo (2 (2 Co 7.5), entretanto 7.5), entretanto
ex-escravos, por causa de uma única
isso não pode obstruir a visão daqueles
abordagem pessimista de um grupo de
cujos corações estão rmados em Deus (Sl 108.1). 2. A visão da fé. No fé. No meio dos doze
dez homens inéis.
espias incrédulos. Está escrito que toda a congregação
Pense!
espias havia dois homens de fé: Josué e Calebe. Eles não viviam segundo o que viam, mas eram guiados pela fé. Logo
Por que a reação dos israelitas às más notícias trazidas pelos espias incrédulos foi tão contundente?
quando os dez espias começaram a
Ponto Importante
desanimar o povo, Calebe levantou-se e proferiu palavras de fé e exortação. Ele compreendia, como Martin Luther King, que “mesmo as noites totalmente sem estrelas podem anunciar a aurora de
O povo de Israel tinha saído do Egito, mas o Egito não tinha saído deles. Por isso, as palavras de Deus soavam tão timidamente em seus corações!
uma grande realização”. Ele sabia que
que os homens passariam meses e anos
1. O povo volta ao Egito. O momento mais decisivo e alegre do povo transfor-
para realizar.
mou-se no pior de todos os pesadelos, pois
Josué e Calebe, com ímpeto, refutaram instantaneamente os outros companheiros de viagem, pois estes haviam dito que os
segundo Atos 7.39 eles 7.39 eles voltaram ao Egito
cananitas eram mais fortes do que eles e, que, por tal motivo, Israel não deveria
ao Senhor. Eles preferiram os ídolos egíp-
Deus poderia fazer, num movimento, movimento, o
conquistar a Terra Prometida (Nm (Nm 13.30). 3. O poder do desânimo. O desânimo. O discurso negativo dos dez espias adentrou o cora-
em seus corações. Anelaram a escravidão, o pecado, as festas pagãs, e abandonaram
cios e apostataram da fé. “E diziam uns aos outros: Levantemos um capitão e voltemos ao Egito” (Nm (Nm 14.4). Nesse momento, Moisés e Arão caíram de joelhos diante de todo o
ção dos hebreus a ponto de fazer com que
povo, ao passo que Josué e Calebe rasga-
esqueceu-se das promessas do Senhor. O povo, subitamente, esqueceu-se do
ram suas vestes e tentaram animar o povo
Deus que deu um lho a Abraão na sua velhice, através de uma mulher estéril. Esqueceram-se Esqueceram -se daquEle que trouxe as dez pragas ao Egito e os tirou com mão forte e braço estendido das garras de
Faraó. Nenhuma imagem, palavra, teoria, ou discurso seria mais eloquente do que
a confiar em Deus; porém, ao contrário, todos tencionaram apedrejá-los, o que só não aconteceu porque Deus manifestou a sua glória (Nm 14.5-10). Uma cena incrível! Como pessoas alcançadas pela bondade maravilhosa de Deus foram tão ingratas e
incrédulas? Não acontece isso, porventura, muitas vezes em nossos dias?
JOVENS 37
2. O povo é reprovado. Os reprovado. Os mais de seiscentos mil homens adultos daquela geração foram, então, reprovados pelo
“A fé encoraja nossas crenças e expec -
Senhor: não entrariam na Terra Terra Prometida.
tativas com conança. A fé pode nos
A promessa que repousava sobre eles
tornar destemidos. “Ter esperança é ouvir a melodia melodi a do futuro. f uturo. Ter Ter fé é dançar ao som dessa melodia”, declarou
passou para a geração seguinte. Eles não eram dignos de herdar a bênção divina, pois viram a glória do Senhor e os sinais realizados no Egito e no deserto, mas mesmo assim rejeitaram Deus por dez
vezes e não obedeceram à voz do Eterno. As pessoas que um dia participaram dos banquetes espirituais e se fizeram participantes participant es do Espírito Santo e, depois,
decidiram apostatar da fé, correm o risco de não serem mais admitidas por Deus. Esse risco não só é real, como também é impreterível (Hb (Hb 6.4-6). 3. Quarenta dias se tornam em quarenta anos. Deus demonstrou indignação pela falta de conança dos israelitas, por
isso Ele transformou 40 dias de desânimo e falta de fé em 40 anos de caminhada pelo deserto (Nm (Nm 14.33,34). Um 14.33,34). Um ensinamento que o povo de Israel jamais esqueceria.
Deus estava mostrando que a dúvida em relação à sua Palavra traria sérias
consequências. Nunca perca a fé, jamais murmure, olhe para o futuro com esperança e sempre creia no poder de Deus. Se o povo for obediente, a vitória será certa, mas se apostatar da fé, e voltar ao Egito, atrairá para si uma dor e vergonha que nunca serão esquecidas.
Pense! Por que Deus transformou 40 dias de desânimo em em 40 anos de deserto?
Ponto Importante Os hebreus tinham saído do Egito, mas o Egito não tinha saído deles. Por isso, as palavras de Deus soavam tão timidamente em seus corações! 38 JOVENS
SUBSÍDIO
Rubem Alves.
Como a fé realiza esta obra sobrenatural? Concedendo-nos uma perspectiva eterna. Pessoas de fé enxergam a vida de modo diferente. O otimismo cheio
de esperança acerca do futuro, quando reforçado pela fé, modera nossa an-
siedade acerca do presente. Olhamos para a vida com lentes maiores. Ver os problemas da vida com as grandes lentes do futuro ajuda a colocar em
perspectiva os aborrecimentos de hoje, problemas no carro, discussões na problemas família, voos atrasados. Muitas coisas que antes nos aborreciam agora po -
dem ser vistas como o que de fato são: irritações triviais, tempor temporárias. árias.
Mas a fé vai além de nos ajudar a lidar com meros aborrecimentos. Vemos o verdadeiro poder da fé com mais clareza nos momentos de dor. A fé transforma a esperança em uma cer-
teza de que o sofrimento fará sentido mesmo quando nossa perspectiva
terrena não vê sentido algum. Em outras palavras, quando a dor nos atinge até a alma e as prov provações ações nos dão um soco no estômago, a fé é responsável por manter viva a nossa esperança” (PARROTT,, Les. Você é Mais Forte do (PARROTT que Pensa. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD,
2014, p. 52).
ESTANTE DO PROFESSOR PARROTT,, Les. Você é Mais Forte do que Pensa . PARROTT 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.
ANOTAÇÕES
CONCLUSÃO A geração que saiu do Egito tinha, de fato, enormes dificuldades para con -
quistar os “gigantes” de Canaã; mas, quaisquer que fossem os obstáculos, Deus lhe introduziria, como prometido, naquela boa terra. Os hebreus só precisavam crer e obedecer, porém preferiram a rebeldia em seus corações. Por isso, morreram e foram enterrados em sepulturas no deserto. Poderia
ter sido diferente, pois “o justo viverá da fé”.
HORA DA REVISÃO 1.
Conforme a lição, ao determinar o envio de espias, o que Deus estava indicando?
Deus estava indicando o m da caminhada. 2. Segundo Números 13.20, em que momento Deus comissionou os espias? No tempo das primícias das uvas. 3. Identique pelo menos uma passagem bíblica que demonstre a fé e obediência de Calebe. Números 13.30. referência bíblica arma que os hebreus voltaram ao Egito em seus corações? 4. Qual referência Atos 7.39. 5. Qual a lição que Deus ensinou ao transformar 40 dias de desânimo dos espias em 40 anos de caminhada no deserto? Se o povo for obediente, a vitória será certa, mas se apostatar da fé, e voltar ao Egito, atrairá para si dor e vergonha que nunca serão esquecidas.
LIÇÃO
6
O PECADO DA REBELIÃO AGENDA DE LEITURA TEXTO DO DIA “Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do SENHOR, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei.” (1 (1 Sm 15.23)
SÍNTESE A rebelião rebelião à hierarquia (notadamente àquela firmada por Deus), instala o caos e faz os melhores projetos sucumbirem.
Advertência contra a rebelião A rebelião de Israel era conhecida A geração contumaz e rebelde O terrível castigo aos rebeldes O rebelde não tem um bom futuro O Senhor perdoa a rebelião
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OBJETIVOS • MOSTRAR que a caminhada pelo deserto evidenciou evidenciou o fato de que os hebreus que saíram do Egito eram de
dura cerviz;
• SABER que as rebeliões rebeliões que surgiram no meio da lide-
rança eram contagiantes, alcançando muitos do povo; • REFLETIR a respeito respeito da vontade de Deus.
INTERAÇÃO Estimado(a) professor(a), professor(a), todo intento para que venha lograr êxito, em regra, passou por um eficaz planejamento. Na educação cristã não é diferente. Não é necessário ser um pedagogo para fazer um planejamento, pois planejar nada mais é do que organizar a aula antes de ministrá-la. min istrá-la.
As lições de professor oferecem excelentes subsídios pedagógicos e didáticos, tudo que você precisa fazer é estudar com afinco, ler o livro de apoio à lição, e organizar
o roteiro de sua aula com antecedência, definindo um tempo para cada tópico da lição e atividades a serem desenvolvidas. Não é demais lembrar a recomendação bíblica: “Se é ensinar, haja dedicação ao ensino” (Rm (Rm 12.7). 12.7 ).
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA O tema da aula de hoje é de extrema relevância para a igreja da atualidade: rebelião. Muitos têm enveredado por esse caminho, com consequências co nsequências trágicas na vida. Para
iniciar a aula, faça a seguinte pergunta: “O cristão deve obedecer seu líder mesmo que não concorde com ele?” “Nesse caso, é correto levantar oposição?” Espere que os alunos respondam e registre todas as colocações. Após,
comece a analisar as respostas, junto com eles, com o cuidado de não causar constrangimento. Essa atividade
vai diagnosticar se os alunos entendem o que significa o princípio da autoridade e submissão.
TEXTO BÍBLICO Números 12.1-14 1
E falaram Miriã e Arão contra Moisés,
por causa da mulher cuxita, que tomara; porquanto tinha tomado a mulher cuxita. 2 E disseram: Porventura, falou o SENHOR somente por Moisés? Não falou também por nós? E o SENHOR o ouviu. 3 E era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra. 4 E logo logo o SENHOR disse a Moisés, Moisés, e a
Arão, e a Miriã: Miri ã: Vós Vós três saí à tenda da congregação. E saíram eles três. 5 Então, o SENHOR desceu na coluna
de nuvem e se pôs à porta da tenda; depois, chamou a Arão e a Miriã, e eles saíram ambos. 6 E disse: disse: Ouvi agora agora as minhas palavras; se entre vós houver profeta, eu, o SENHOR, em visão a ele me farei
conhecer ou em sonhos falarei com ele. 7 Não é assim com o meu meu servo Moisés, que é el em toda a minha casa. 8 Boca a boca falo com ele, ele, e de vista, vista,
e não por guras; pois, ele vê a seme s eme lhança do SENHOR; por que, pois, não tivestes temor de falar contra o meu servo, contra Moisés? 9 Assim, a ira do SENHOR contra eles se acendeu; e foi-se.
10 E a nuvem se desviou de sobre a tenda; e eis que Miriã era leprosa como
COMENTÁRIO INTRODUÇÃO Números capítulo 13 narra 13 narra a respei-
to da derrocada espiritual e social da geração de ex-escravos hebreus
que saiu do Egito, a qual preferiu, em seus corações, retornar à vida de escravidão debaixo do jugo de Faraó. Os israelitas demonstraram demon straram
o seu grave sentimento de insubmissão — fator decisivo para que não entrassem em Canaã. Todas as vezes que o povo de Deus se insurgiu contra a sua liderança espiritual, a qual era fiel ao Senhor, as consequências foram trágicas. O pecado da rebelião, disse Deus, é como o pecado da feitiçaria (1 Sm 15.23), 3), porque o rebelde (assim como o feiticeiro) busca alcançar o fim pretendido independentemente da vontade do Senhor; acha que os fins justifi just ifica cam m os me meio ioss e, po porr is isso so,, re real aliz izaa qualquer conduta para ter o que deseja. Após o pecado em Cades, os hebreus
desencadearam outras revoltas e o resultado, em todas elas, foi tristeza, morte e luto. Poderia ter sido diferen-
te, pois bastava somente obedecer!
a neve; e olhou Arão para Miriã, e eis que era leprosa.
11 Pelo que Arão disse a Moisés: Ah! Senhor meu! Ora, não ponhas sobre nós este pecado, que zemos loucamente e com que havemos pecado!
12 Ora, não seja ela como um morto, que, saindo do ventre de sua mãe, tenha metade da sua carne já consumida. 13 Clamou, pois, Moisés ao SENHOR,
dizendo: Ó Deus, rogo-te que a cures. 14 E disse o SENHOR a Moisés: Se seu
pai cuspira em seu rosto, não seria envergonhada sete dias? Esteja fechada sete dias fora do arraial; e, depois, a recolham.
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1. Inveja na família do líder. Um
caso emblemático, que retrata o espírito de oposição dos israelitas, aconteceu precisamente na família de Moisés (Nm 12.1-15). Arão 12.1-15). Arão e Miriã falaram contra Moisés, mas o Senhor o ouviu (Nm (Nm 12.1,2). A consequência é que Miriã ficou leprosa, como castigo de Deus. Logo após, “Arão disse a Moisés: Ah! Senhor meu! Ora, não ponhas sobre nós este pecado, que fizemos loucamente e com que havemos pecado!” (Nm (Nm 12.11).
Muitas pessoas têm ficado “leprosas” por que levantam oposições injustas
contra seus líderes, enquanto eles estão agindo no centro da vontade de Deus. Há uma verdade inexorável: quem desatende ao princípio da autoridade e submissão será quebrado por Deus. 2.Teimosia. Após receberem uma sentença forte de Deus, de que eles não entrariam na Terra Prometida por causa da desobediência, o Senhor determinou que voltassem ao deserto, pelo caminho do mar Vermelho (Dt 1.40). Os 1.40). Os hebreus, porém, com soberba, resolveram desafiar Moisés e o próprio Deus e partiram para a guerra. Foram fragorosamente derrotados (Nm (Nm 14.40-45). A motivação de toda a rebelião fica bastante patente aqui: Para os hebreus,
independente dos conselhos ou da vontade de Deus, o que importava era a opinião própria deles, o desejo vaidoso. E, como sempre acontece com os rebeldes, o fim não foi bom. Acerca disso Moisés escreveu, relembrando o momento em que os sobreviventes israelitas voltaram chorando após o massacre dos amorreus: “Tornando, pois, vós e chorando perante o SENHOR, o SENHOR não ouviu a vossa voz, nem vos escutou” (Dt 1.45). Triste 1.45). Triste desfecho para quem poderia ter sido vitorioso. 3. Murmuração. Os atos de rebeldia do povo continuaram acontecendo e, cada vez mais, morriam no deserto os desobedientes. Em Números 20.2-5 e 20.2-5 e
21.4,5 há o registro de duas outras histórias de insubmissão, as quais redundaram em danos e mortes. No primeiro episódio o povo murmurou tanto que o próprio Moisés perdeu o bom senso e feriu a rocha, quando a ordem divina era para falar à rocha; no segundo segundo caso, reclamaram do cuidado divino e desprezaram o maná
que caía do céu, oportunidade em que o Altíssimo fez com que fossem atacados por víboras ardentes, as quais picaram o povo, sendo grande a mortandade. A desonra com que alguns tratam seus líderes destoa daquilo que a Igreja aprendeu ao longo dos séculos. Eusébio
de Cesareia, por exemplo, diz que o mártir Policarpo, bispo de Esmirna, “sempre fora tratado com grande respeito”, a tal ponto que não tinha o costume de tirar os sapatos, “pois sempre tivera irmãos que, logo ao seu lado, disputavam entre si para servi-lo”.
Pense!
A forma como os crentes de Esmirna tratavam Policarpo Policarpo não era exagerada, quase uma idolatria?
Ponto Importante
A igreja em Esmirna tinha muito respeito por Policarpo, não bajulação ou idolatria. A conduta fiel daquela igreja fê-la não ser repreendida pelo Senhor ( Ap Ap 2.8-11).
1. Insubmissão e desrespeito. Havia
em Israel, no deserto, três homens muito inuentes: Corá, Datã e Abirão. Eles tinham uma grande liderança (Nm (Nm 16.2-4), mas 16.2-4), mas desprezavam a Palavra do Senhor que dizia: “Os juizes não amaldiçoarás e o príncipe
dentre o teu povo não maldirás” (Êx 22.28). É fato que todo rebelde, com frequência, critica a liderança, não só nas coisas importantes, mas inclusive nos pequenos acontecimentos, e isso deve ter acontecido com esse trio. Um dia, porém, resolveram dar vazão vazão a toda a indignação acumulada contra o líder Moisés. Eles queriam fazer
uma divisão no meio do povo povo e o resultado da rebelião foi: Eles foram exterminados
pelo Senhor (Nm (Nm 16.32-35).
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2. O memorial dos rebeldes. Números
por Deus são exclusivas dEle e estão
16. 40 relata uma determinação divina interessante: a construção de um memorial,
relacionadas com sua escolha soberana. Ana, por exemplo, poderia ter murmurado
no altar do Senhor, para que os lhos de Israel se lembrem da conduta de Corá e
contra o sacerdote Eli, tanto pela crítica
seus seguidores. Deus, além do justo juízo iningido aos rebeldes, deixou a advertência “para que nenhum estranho, que não for da semente de Arão, se chegue para acender incenso perante o SENHOR [...]” (Nm (Nm 16.40). Na verdade, verdade, ser da tribo de Levi era um privilégio concedido pelo Senhor, pois os levitas deveriam ser cuidados, por toda a vida, pelos demais israelitas (Dt (Dt 12.19). 12.19). Entretanto o ministério sacerdotal somente somente seria exercido exercido pelos descendente descendentess de Arão. Corá, como levita, achava que a medida era um equívoco de Moisés e, ainda com as muitas demonstrações do Senhor quanto a isso, não retroagiu em seu intento, e o
infundada, como pela desordem sacerdotal da época, mas tratou-o respeit respeitosamente osamente e foi abençoada (1 (1 Sm 1.13-20).
Pense!
É correto suscitar rebelião contra um homem de Deus, ainda que ele tenha realizado conduta “politicamente incorreta”?
Ponto Importante
Não havendo desobediência à Palavra Palav ra de Deus na conduta da autoridade, a submissão deve ser a mais ampla possível, sob pena de se cometer um pecado semelhante à feitiçaria (1Sm 15.23).
m foi trágico. O memorial serviria para
1. Deus frma a liderança. O Senhor,
que os lhos de Israel (e não apenas os
como forma de rmar a liderança sacerdotal de Arão, e de fazer cessar as contendas, determinou que “cada cabeça da casa de seus pais” deveria trazer uma vara até a tenda da congregação. A vara do homem a quem o Senhor havia escolhido oresceria” (Nm (Nm 17.5). É 17.5). É interessante como Deus disse que murmuravam contra Moisés e Arão, porém, na verdade, as palavras eram lançadas contra Ele próprio. O fato mais relevante é que Deus não suporta os que se dão à murmuração e, por isso, eles sofrerão danos; ademais, o Senhor recomenda que não haja murmuradores
levitas) não se esquecessem disso. 3. O castigo dos inconformados. É
impressionante como a rebelião, em regra, é extremamente contagiosa. Não obstante o castigo que aconteceu, no dia seguinte o povo quis destruir a liderança pelos danos que o Senhor causara. Diante disso, mais uma vez, Moisés e Arão foram buscar a Deus, intercedendo intercedendo pelos que estavam solidários aos que morreram. O Senhor matou outras 14.700 pessoas e só não foram mais porque Moisés e Arão apaziguaram a Justiça de Deus rapidamente. É inacreditável como há pessoas que, sem temor, quebram quebram o princípio da autoridade e submissão contra um homem de Deus, e ainda justicam que realizaram
algo “politicamente “politicamente correto”. correto”. Erram por não conhecerem as Escrituras. As regras que regem a liderança espiritual estabelecidas 44 JOVENS
no meio do povo (Fp (Fp 2.14; 1 Pe 2.1), 2.1), mas
adoradores com o coração transbordante de ações de graças (1 (1 Cr 29.13). 2. Deus honra o líder. Números 17.8 relata que a vara de Arão oresceu e a
dos outros permanceram mortas. O Senhor estava prestigiando prestigiando aquele que o
servia elmente. Anal, quem se entrega inteiramente nas mãos do Deus, o Senhor o colocará em lugares estratégicos, de honra. O grande problema é que, em inúmeras ocasiões, a pessoa, na verdade, está sendo preparada, moldada, para assumir responsabilidades maiores, porém não discerne o que está se passando e reage de maneira egoísta e imprudente, criando rebelião. Quem o Senhor escolhe, cedo ou tarde, será sumament s umamente e honrado, como aconteceu com Arão. 3. Deus protege o líder. Números 17.10 fala a respeito da ordem para se guardar a vara de Arão, que oresceu, dentro da
Arca da Aliança (Hb 9.4), para 9.4), para servir como sinal aos lhos rebeldes, para que não
morressem. O Senhor, com isso, estava protegendo o sacerdote Arão, de maneira que pudesse exercer seu ministério com toda a desenvoltura diante dos lhos de Israel, sem oposição. Os homens que conaram inteiramente inteiramente em Deus tinham uma característica interessante: “da fraqueza, tiraram forças” (Hb (Hb 11.34). Como 11.34). Como Jesus,
eles venceram. Arão deveria saber que a vida não seria fácil, mas Deus estava com ele, protegendo-o e projetando-lhe um futuro brilhante. Esse é o destino de quem serve a Deus elmente: ser mais que vencedor (Rm ( Rm 8.37), porque 8.37), porque Ele já
venceu o mundo (Jo (Jo 16.33).
Pense!
Se Deus firma, honra e protege os líderes que Ele nomeia, por que eles sofrem tanto?
Ponto Importante
O sofrimento faz parte da vida ministerial, pois para levar a preciosa semente, ao que parece, deve ser “andando e chorando”. Mas o bom é que, no fim, haverá muita alegria (Sl alegria (Sl 126.5,6) .
SUBSÍDIO “O Pecado de Miriã e Arão (Nm (Nm 12.115). Pelo que deduzimos, a murmuração
e a reclamação eram incontroláveis, pouco importando a severidade com que Deus as tratasse. Neste ponto, surgem nos escalões mais mais altos do acampamento,, em Miriã, a profetisa (Êx acampamento 15.20), e 15.20), e Arão, o sacerdote. A passagem é bastante clara em mostrar que foi Miriã quem iniciou a crítica e que Arão, como sempre, foi mero porta-voz. A crítica que zeram de Moisés era dupla: o desgosto por ele escolher uma esposa e a questão sobre por que Miriã e Arão não deveriam ser reconhecidos, ao lado de Moisés, como competentes para receber receber as mensagens de Deus. A primeira destas reclamações não tinham fundamento na transgressão moral ou legal, como seria caso tivesse Moisés se casado com uma cananeia (Dt 7.1-6). Pelo 7.1-6). Pelo visto, brotou do coração de uma irmã ciumenta quanto ao que era o segundo casamento de Moisés. A segunda reclamação tinha menos fundamento, existente somente na mente de Miriã e Arão. Miriã recebera certa posição de honra e respeito, destacando-se particularmente particularmente por sua liderança na canção da vitória logo após a travessia do Mar Vermelho. Vermelho. Arão fora designado como porta-voz de Moisés e, mais recentemente, se tornara o principal sacerdote dos israelitas. Não há que duvidar que Miriã e Arão ainda viam Moisés como o caçulinha e se ressentiam de sua posição de liderança com o povo e de seu favor com Deus” (Comentário Bíblico Beacon. 1.ed. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 347).
JOVENS 45
ESTANTE DO PROFESSOR MERRILL, Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento: O Reino de Sacerdote s que Deus Colocou entre as Nações. 6.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
ANOTAÇÕES
CONCLUSÃO Os ministérios de Moisés e de Arão foram foram marcados por muitas rebeliões,
mas o Senhor sempre os honrou e protegeu. Talvez em algum momento, momento , tenha surgido no seu coração algum sentimensen timen-
to de rebelião contra alguma autoridade espiritual constituída por Deus, como ocorreu com Corá, Datã e Abirão. Se isso aconteceu, arrependa-se, peça perdão a Deus e retorne à plena submissão a Cristo. Cristo.
HORA DA REVISÃO 1. Conforme 1. Conforme a lição, quais os benefícios do princípio da autoridade e submissão? O princípio da autoridade e submissão estabelece a ordem e cria condições para o crescimento, em todo e qualquer agrupamento humano. 2. Conforme a lição, quais os malefícios de agir em rebelião à autoridade constituída pelo Senhor? A rebelião à hierarquia (notadamente àquela frmada por Deus), instala o caos e faz os melhores projetos sucumbirem. 3. Qual conduta Moisés teve que o impediu de entrar na Terra Prometida? Feriu a rocha, quando deveria apenas ter falado a ela. 4. Cite os nomes dos três líderes que se levantaram contra Moisés e Arão. Corá, Datã e Abirão. 5. Qual sinal físico chancelou a autoridade sacerdotal de Arão? Sua vara oresceu.
LIÇÃO
7
OS PERIGOS DO DESERTO AGENDA DE LEITURA TEXTO DO DIA “O nosso socorro está em o nome do SENHOR, que fez o céu e a terra.” (Sl 124.8) 124.8)
SÍNTESE Em algum momento da nossa trajetória haverá desertos a serem transpostos; é preciso, ter muito cuidado para não sucumbirmos ante aos perigos que surgem nesses dias difíceis.
Encontrada por Deus no deserto Encontrando fontes termais no deserto Apascentando o rebanho no deserto Corações endurecidos no deserto Corações cobiçosos no deserto Deserto, lugar de tentação JOVENS 47
OBJETIVOS • DEMONSTRAR DEMON STRAR que nos períodos de provações (desertos), habitualmente surgem críticas indevidas, como aconteceu
com Moisés; • SABER que como aconteceu com Jesus, no deserto a obediência de cada um é testada; • RECONHECER que há instantes, na vida de um servo de Deus, que ocorrerão perdas pessoais irreparáveis, irreparáveis, as quais podem contribuir para o surgimento da solidão.
INTERAÇÃO Estimado(a) professor(a), a relação professor-aluno precisa
ser o mais amigável possível, de forma a desenvolver um forte vínculo afetivo e de confiança com aqueles que Deus lhe confiou para p ara ensinar e orientar orienta r. O contato pessoal que acontece semanalmente, aos domingos, não é suficiente para o estabelecimento de duradouros elos de amizade. Por isso, procure ter contato com os aluno s
fora do horário da Escola Dominical. Se os discentes
confiarem em você, receberão de bom grado o seu ensino, seguirão suas orientações e ouvirão seus conselhos. Por outro lado, a proximidade com eles proporcionará a você um melhor conhecimento conhe cimento a respeito de suas vidas,
e isso é algo que todo professor de Escola Dominical deve buscar com afinco.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Distinto(a) professor(a), para a aula de hoje convide, com antecedência, um membro de sua igreja que tenha passado
por uma grande dificuldade durante um longo tempo. Ele deve narrar parte dos sofrimentos suportados, de forma sucinta, mencionando as críticas que sofreu, as perdas materiais, a eventual solidão nesse período e os dramas emocionais [se perdeu (ou quase) a paciência, o equilíbrio ou mesmo a fé]. O objetivo é fazer uma conexão entre o testemunho e o tema da lição. Tenha cuidado com o tempo destinado a essa atividade, para evitar que se prolongue em demasia. Ao final, agradeça ao convidado pela presença e peça que ele ore pela turma. Encerre a atividade explicando que na lição de hoje terão a oportunidade de entender alguns aspectos
da experiência de caminhar no deserto com Deus.
TEXTO BÍBLICO Números 20.1-13
1 Chegando os lhos de Israel, toda a congregação, ao deserto de Zim, no mês primeiro, o povo cou em Cades; e Miriã morreu ali e ali foi sepultada. 2 E não havia água para a congregação; então, se congregaram contra Moisés e contra Arão. 3 E o povo contendeu com Moisés, e falaram, dizendo: Antes tivéssemos expirado quando expiraram nossos irmãos perante o SENHOR! 4 E por que trouxestes a congregação do SENHOR a este deserto, para que morramos ali, nós e os nossos animais? 5 E por que nos nos zestes zestes subir do Egito, Egito, para nos trazer a este lugar mau? Lugar não de semente, nem de gos, nem de vides, nem de romãs, nem de água para beber. 6 Então, Moisés e Arão se foram foram de diante diante da congregação, à porta da tenda da congregação e se lançaram sobre o seu rosto; e a glória do SENHOR lhes apareceu. 7 E o SENHOR falou a Moisés, dizendo: 8 Toma a vara e ajunta a congregação, tu e Arão, teu irmão, e falai à rocha perante os seus olhos, e dará a sua água; assim, assi m, lhes tirarás água da rocha e darás a beber à congregação e aos seus animais. 9 Então, Moisés tomou a vara de diante do SENHOR, como lhe tinha ordenado. 10 E Moisés e Arão reuniram reuniram a congregação congregação diante da rocha, e Moisés disse-lhes: Ouvi agora, rebeldes: porventura, tiraremos água desta rocha para vós? 11 Então, Moisés levantou a sua mão e feriu a rocha duas vezes com a sua vara, e saíram muitas águas; e bebeu a congregação e os seus animais. 12 E o SENHOR disse a Moisés Moisés e a Arão: Arão: Porquanto não me crestes a mim, para me santicar diante dos lhos de Israel, por isso não metereis esta congregação na terra que lhes tenho dado. 13 Estas são as águas de de Meribá, porque porque os lhos de Israel contenderam com o SENHOR; e o SENHOR se santicou neles.
COMENTÁRIO INTRODUÇÃO Números 20 narra 20 narra episódios que aconteceram no quadragésimo ano
da viagem do povo de Israel pelo deserto. Os fatos são sobremodo decisivos e menciona, por exemplo,
o falecimento de duas pessoas muito queridas de Moisés: seus irmãos Miriã e Arão. Trata Trata também
da rejeição e repulsa de um povo coirmão: Edom, que impediu Israel
de passar por seu território. O longo período de caminhada naquele ambiente inóspito certa-
mente propiciou a Moisés muita experiência, tornando-o apto para experiência, entender a natureza humana como poucos. Mesmo com todos os sinais miraculosos que aconteceram em
seu ministério, ele foi censurado por sua espiritualid espiritualidade, ade, moralidade e integridade enquanto ser humano. Diante de tudo que ele enfrentou, ainda teve que lidar com a dificuldade em achar amigos verdadeiros. Diante desse emaranhado
de emoções, ele, por um instante, fraquejou e perdeu a sua recompensa: entrar, juntamente com o seu povo, em Canaã. O deserto, sem dúvida, é um lugar perigoso.
1. Quanto à espiritualidade. Em Nú-
meros 16.3, Moisés foi acusado por Corá, Datã e Abirão de não possuir autoridade espiritual para conduzir o povo. Esse é um dos perigos do deserto. A mesma coisa aconteceu com Jesus, ao ser tentado por Satanás ao longo de 40 dias após seu batismo: o Inimigo colocou em questão se, de fato, Jesus Jesus era o Filho de Deus (Mt (Mt 4.1-11).
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Ora, Moisés, desde os primeiros sinais no Egito, tinha apresentado autoridade espiritual. Mas, no deserto, até ela foi contestada. A espiritualidade de cada cristão é testada fortemente fortemente no período em que caminha no meio da escassez, por isso é necessário manter uma constante comunhão com Deus. A comunhão é importante importante para que não venha desfalecer. O segredo de Moisés é que ele conhecia os caminhos do Senhor (Sl (Sl 103.7). 2. Quanto à moralidade. Depois de tantos anos sendo cuidados por Deus, os israelitas ainda conseguiam murmurar a respeito das decisões de Moisés e com isso desestimulavam o povo a herdar a Terra Prometida, que manava leite e mel. Eles questionavam a moralidade de Moisés, acusando-o de agir com irresponsabilidade. Os hebreus não estavam com os olhos voltados para as coisas espirituais, eternas, mas se xavam apenas nas transitórias, materiais. Era uma grande ingratidão. Nenhum israelita morreu de fome ou de sede enquanto atravessava o deserto, nem suas roupas envelheceram envelheceram ou seus sapatos estragaram (Dt (Dt 29.5). Os 29.5). Os que morreram e foram sepultados no deserto foi por causa da desobediência. Deus, porém, manteve sua delidade e sua palavra empenhada. 3. Quanto à sinceridade. Em Números 20.14-21 encont 20.14-21 encontramos ramos registrado registrado o pedido que Moisés fez aos edomitas, solicitando passagem. Mas eles não quiseram sequer dialogar. Duvidaram da honestidade, da boa fé de Moisés e, por isso, arregimentaram um grande exército para afugentar o povo. No deserto, a desconança sobre o líder se propaga, inclusive para além dos limites do povo de Deus; até os seus 50 JOVENS
vizinhos desconavam das reais intenções de Moisés. A honestidade, integridade, sinceridade e pureza de propósitos de um líder cristão apresen apresentam-se, tam-se, sem dúvida, como seu maior patrimônio. A índole de Moisés, nos 40 anos de caminhada, deveria ser suciente para que os edomitas conassem nele, entretanto, no deserto, as coisas acontecem sempre de maneira inesperada, pois num ambiente cheio de perigos espirituais, morais e físicos, as pessoas, em regra, desconam de tudo.
Pense! Se o deserto é um lugar de tantos t antos perigos, por que Deus habitualmente conduz seus filhos por esse ambiente?
Ponto Importante A experiência do deserto é insubstituível para quem anda com o Senhor, o qual sempre se revela de um modo especial nos momentos mais difíceis da vida.
1. Pode-se perder a paciência. Moisés
era considerado o homem mais manso da terra. Entretanto, no momento em que foi pressionado, sendo questionado sobre o porquê de, 40 anos antes, ter trazido Israel do Egito para sofrer no deserto (eles preferiam a morte), perdeu a paciência. Ao que tudo indica, o caminho do deserto traz consigo o perigo da desobediênci desobediência. a. E a desobediência acarreta prejuízos para todas as áreas da nossa vida. A história de fé e obediência de Moisés se desfez mediante um único ato de insubmissão e arrogância, por isso todo cuidado é pouco.
2. Pode-se perder o equilíbrio. Moi-
sés, em desobediência à Palavra do Senhor, feriu a rocha por duas vezes (Nm 20.11). O 20.11). O Senhor, porém, tinha determinado que Moisés falasse à rocha. A conduta imprudente dele, corroborada por Arão, desagradou muitíssimo ao Senhor Senhor.. Os lhos de Deus estão sujeitos, aqui ou acolá, a perder o equilíbrio emocional, como aconteceu com Moisés e Arão, e praticarem algo errado, embora não aparente ser um “grande” pecado. Esse triste episódio nos mostra que devemos vigiar para que não venhamos a transgredir contra o Senhor, principalmente no exercício exer cício de uma atividade eclesiástica, pois a presença de Deus exige de nós reverência, solenidade, santidade e um profundo senso de adoração. Moisés sabia disso tudo e, mesmo assim cometeu o desatino de desobedecer ao Senhor. 3. Pode-se perder a promessa. Não existe algo mais seguro na vida do que as promessas do Altíssimo. Ocorre que a maioria delas é condicional; ou seja, para a concretização carecem ca recem de que os beneciários permaneçam obedientes a Deus (Lv (Lv 26.3-12). 26.3-12). Esse era o caso da promessa a respeito da entrada em Canaã. Se o povo fosse rebelde, não entraria na boa terra. Moisés e Arão, porém, cometeram, aparentemente, um ato de pouca rebeldia, mas não para Deus. Por isso, ambos os irmãos perderam a promessa. Tal fato demonstra a existência de algumas situações que, às vezes, julgamos não terem muita importância, mas, na verdade, verd ade, para Deus, são extrema extremamente mente relevantes. Moisés perdeu a promessa só porque desobedeceu a Deus e feriu a rocha? Não! Foi muito muito mais. Ele usurpou, com o auxílio do sumo sacerdote Arão, o
lugar da adoração, atraindo para si a glória quanto ao milagre, a qual deve ser dada exclusivamente a Deus, “porque dele, por ele e para ele são todas as coisas”. coisas”.
Pense! Por que Deus puniu Moisés e Arão pelo incidente em Meribá, mas nada fez contra os que murmuravam?
Ponto Importante A conduta de quem recebe autoridade espiritual de Deus deve ser cuidadosa, pois “a quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito mais será pedido” (Lc (Lc 12.48 - NVI).
1. A morte de Miriã. A morte de Miriã
(Nm 20.1) foi 20.1) foi uma grande perda para Moisés, pois ele perdia uma das colunas de sustentação do seu ministério. Alguém já armou armou que “todo “todo líder é um solitário solitário..” No deserto, todavia, essa realidade é potencializada, como aconteceu com Moisés. A ausência de sua irmã, certamente, aumentou essa solidão. Miriã contribuiu para que o plano de Joquebede para salvar Moisés desse certo; ela profetizou e liderou o grupo de louvor que adorou a Deus após a travessia do mar Vermelho Vermelho (Êx 15.20,21). É verdade que Miriã, em dado momento da história, por castigo de Deus, cou leprosa por murmurar contra seu irmão caçula (Nm (Nm 12.16). Entretanto 12.16). Entretanto isso, não retirou o amor que Moisés nutria por ela. A morte de um ente querido é sempre difícil de ser superada. 2. A morte de Arão. Naquele mesmo ano, depois da morte de Miriã e da rejeição de Deus quanto a Moisés entrar em
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Canaã, mais um fato ruim surgiu: morreu o irmão e companheiro de Moisés, o sumo sacerdote sacerdot e de Israel há 40 anos: Arão. Arão foi usado por Deus como porta-voz de Moisés diante de Faraó (Êx 7.1,2).). Ele sustentou os braços de Moisés 7.1,2 na guerra (Êx (Êx 17.12); viu 17.12); viu a glória de Deus (Êx 24.1-10) e 24.1-10) e foi eleito por Deus como o patriarca de toda a linhagem sacerdotal (Êx 28). Seu 28). Seu pecado em Meribá antecipou sua morte, por isso, foi impedido de entrar na Terra Prometida (Nm ( Nm 20.12). 20.12). Depois de ser despido das vestes sacerdotais, o Senhor o recolheu, nos mostrando que todo ministério terreno é transitório. O povo pranteou por Arão durante um mês. 3. Moisés, um líder com poucos ami-
gos. A Bíblia não registra o fato de que
Moisés tivesse amigos. A pessoa que lhe era mais chegada, Josué, é citada como seu “servidor”. Moisés passou dois terços de sua vida no deserto, quer cuidando das ovelhas de Jetro, seu sogro, quer tentando conduzir os israelitas até o lugar dos seus sonhos, o que lhe possibilitou evitar as distrações naturais da vida, fazendo acender a necessidade de uma maior intimidade com Deus. Talvez o Senhor tenha requerido esse isolamento para Moisés, a m de que ele pudesse cultivar uma maior comunhão com Ele. Mas, certamente Moisés não se sentia solitário, pois ele podia contar com a presença do próprio Todo-Poderoso.
Pense! Será que todo “líder cristão é um solitário”?
Ponto Importante O líder que procura agradar a Deus sempre sofrerá oposição e terá de experimentar a solidão. 52 JOVENS
SUBSÍDIO “Depois de trinta e nove anos de tediosas peregrinações, ou melhor, tediosos descansos, no deserto, aproximando-se e afastando-se do Mar Vermelho, os exércitos de Israel agora, por m, se voltaram outra vez para Canaã, e não tinham chegado muito longe do lugar onde estavam quando, pela justa sentença da justiça divina, foram forçados a dar início às suas peregrinações. Até aqui, eles tinham sido conduzidos por uma espécie de labirinto, enquanto se fazia a execução dos rebeldes que eram condenados. Mas agora foram trazidos ao caminho correto outra vez: eles caram em Cades (v.1), não Cades-Barneia, que estava perto das fronteiras de Canaã, mas outra Cades, nas fronteiras de Edom, mais afastada da Terra Terra da Promessa, Promes sa, mas a caminho c aminho dela, a partir do Mar Vermelho, Vermelho, ao qual tinham sido forçados a voltar. O capitulo teve início com o funeral de Miriã e termina com o funeral de seu irmão, Arão. Quando a morte se abate sobre uma família, em alguns casos ela ataca em dobro. […] Moisés, cujas mãos tinham tin ham antes vestido Arão com suas vestes sacerdotais, agora o despe delas. […] Nós veremos veremos poucos motivos para nos orgulhar das nossas roupas, dos nossos ornamentos, ou sinais de honra, se considerarmos quão cedo a morte nos despirá de toda nossa glória” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico do Novo Testamento. 1. ed. Vol. 1. Rio de Janeiro:
CPAD,, 2010, pp. 512,515). CPAD
ESTANTE DO PROFESSOR Comentário Bíblico Beacon.
1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2015. 2015 .
ANOTAÇÕES
CONCLUSÃO Como pode tanta coisa ruim acontecer ao mesmo tempo? M oisés poderia
ter feito esse questionamento. Em Números Números 20, algumas das maiores tragédias aconteceram com Moisés: morrem Miriã e Arão, seus irmãos; os vizinhos edomitas (descendentes de Esaú) demonstram demonstram aversão aversão para com os hebreus e, por fim, Moisés é reprovado por Deus, o qual não lhe permite entrar na Terra Prometida. Os perigos do deserto são muitos. É preciso vigilância.
HORA DA REVISÃO 1. Segundo a lição, qual o povo que não acreditava na sinceridade de Moisés e por
isso lhe negou um pedido? Edom. 2. Qual referência bíblica menciona o pecado de Moisés e Arão, que os impediu de
entrar em Canaã? Números 20.10-12. 3. A rocha ferida por Moisés representa quem?
Cristo Jesus. 4. Quais os nomes dos irmãos de Moisés que faleceram no mesmo ano? Onde
encontrar refúgio diante da perda de um ente querido? Miriã e Arão. Encontramos refúgio em Jesus Cristo. 5. O que você tem a dizer a respeito da armação: “Todo “Todo líder cristão genuíno é uma
pessoa solitária?” Resposta pessoal.
LIÇÃO
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AS GUERRAS NO DESERTO AGENDA DE LEITURA TEXTO DO DIA “Ó Deus, nós ouvimos com os nossos ouvidos, e nossos pais nos têm contado os feitos que realizaste em seus dias, nos tempos da antiguidade.” (Sl 44.1) 44.1)
Guerreiros mortos no deserto Guerreiros refugiados no deserto Deus concede vitória na guerra
SÍNTESE Ainda que os inimigos sejam muitos, fortes e bem preparados para a guerra, se buscarmos a Deus em oração e lhe obedecermos, agindo com fé e coragem, eles serão derrotados.
Deus concede vitória sem ter que pelejar Não é dos fortes a batalha Guerras vencidas pela fé
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OBJETIVOS • MOST MOSTRAR RAR que as aflições do deserto são passageiras;
• REFLETIR a respeito da vida no deserto; • SABER que é Deus quem nos concede a vitória.
INTERAÇÃO Professor(a), a conexão entre os educadores e os alunos,
deve ser plenamente cultivada. Numa escola secular isso acontece mediante os encontros en contros diários e, assim, os laços de amizade têm mais m ais possibilidades possibilidades de florescerem. florescerem .
No caso da Escola Dominial, os professores devem agir proativamente para alcançar esse fim. Inúmeras estratégias podem e devem ser articuladas entre os docentes,
de maneira que a classe se transforme em um lugar de aprendizado e comunhão. Este, sem dúvida, é o mais expressivo desafio dos docentes. Você pode propor que todos se reúnam na residê residência ncia de um dos alunos, algum
dia da semana, quando debaterão os aspectos mais interessantes da lição da semana. Se possível, inclua um lanche nessa programação programação..
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Professor(a), inicie a aula lendo com os alunos Deuteronômio 3.11 3.11.. Fale a respito das medidas da cama de Ogue, rei de Basã, a qual era de ferro e media aproximadamente
4 metros de comprimento por um metro e oitenta de largura, segundo as medidas daquele tempo. Explique
que por essas dimensões, podemos afirmar que Ogue era bem mais alto que Golias. Ele foi um dos últimos reis da raça de gigantes. Depois, leia com a turma 1 Samuel Sam uel 17.4 e compare as medidas de Ogue com Golias. Golias tinha
quase três metros metros de altura. Depois peça aos aos alunos que com uma ou duas palavras, definam o sentimento que possivelmente invadiu o coração dos filhos de d e Israel
ao saberem que iriam guerrear contra homens com o tamanho de Ogue.
TEXTO BÍBLICO Números 21.31-35
31 Assim, Israel habitou na terra dos amorreus. amorreus. 32 Depois, mandou Moisés espiar a Jazer, Jazer, e tomaram as suas aldeias e daquela possessão lançaram os amorreus que estavam ali. 33 Então, viraram-se e subiram o caminho de Basã; e Ogue, rei de Basã, saiu contra eles, e todo o seu povo, à peleja em Edrei. 34 E disse o SENHOR SENHOR a Moisés: Moisés: Não o temas, temas, porque eu to tenho dado na tua mão, a ele, e a todo o seu povo, e a sua terra, e far-lhe-ás como zeste a Seom, rei dos amorreus, que habitava em Hesbom.
35 E de tal maneira o feriram, a ele, e a seus lhos, e a todo o seu povo, que nenhum deles escapou; e tomaram a sua terra em possessão.
COMENTÁRIO INTRODUÇÃO O capítulo 20 do 20 do livro de Números
começa com a morte de Miriã e termina com a morte de Arão, tendo o povo pranteado durante 30 dias. Agora, de forma súbita, o rei de Arade, com seu exército, ataca
os israelitas, alcançando vitória na batalha. Algo emocionalmente
devastador. Israel, então, buscou devastador. o Senho Senhorr e fez um voto, voto, ao que que o Altí Altíssimo ssimo atende atendeu u e deu-lhes deu-lhes a vitória. Em seguida, mais uma vez, faltou água pelo caminho e o po povo vo murmuro murmurou, u, tendo Deus Deus enviado serpentes que matavam as pessoas. Mas o Senhor, novamente, trouxe livramento e cura. Depois desse grave problema, surgiu uma
guerra inesperada: uma forte nação vizinha quis destruir Israel,
mas o Todo-Poderoso concedeu outro grande êxito ao seu povo. 56 JOVENS
1. Per Perdas das impre imprevisív visíveis. eis. Depois da morte de Miriã e Arão, o rei de Arade
entendeu que a intenção dos hebreus era de atacá-lo, pois eles seguiam pelo “caminho dos espias”, ou seja, estavam marchando para conquistar terras, o mesmo itinerário seguido quase quatro décadas antes. Para piorar a tristeza dos hebreus, alguns homens foram aprisionados. Isso nunca tinha acontecido antes. Perdas imprevisíveis, injustas agressões, nalgumas vezes, servem para tirar os lhos de Deus do imobilismo, da inércia e do comodismo. Aquele era o momento de se tomar uma nova atitude, de se buscar um novo começo com Deus. Eles teriam forças forças para isso? 2. Comp Compro romisso misso com com Deus. “Então, Israel fez um voto ao SENHOR, dizendo: Se totalmente entregares este povo na minha mão, destruirei totalmente as suas cidades” (Nm (Nm 21.2). Aquela 21.2). Aquela nova geração que entraria em Canaã, talvez pela primeira vez tenha dado um salto
de fé, resolveu conar con ar no Senhor. A partir
desse momento, momento, a desesperança, derrota e morte, tão patente em Números 20, desaparece completamente. Surge um novo compromisso com Deus. Eles não poupariam nenhuma das cidades desobedientes, por amor ao Senhor. Ainda que não haja informações a respeito do poder bélico do rei de Arade, o relevante é que Israel decide, desde aquele momento, conar no Senhor. Uma nova página na história daquela geração estava sendo escrita. Um capítulo no qual ainda seriam vistos erros horríveis, mas era um sinal de que o treinament t reinamento o do deserto já estava surtindo efeitos positivos. Davi disse: “Antes de ser aigido, andava errado; mas agora guardo a tua palavra” (Sl 119.67). 3. Ora Oração ção ate atendid ndida. a. “O SENHOR, pois, ouvira a voz de Israel e entregou os cananeus, que foram destruídos totalmente, eles e as suas cidades [...]” (Nm 21.3). 21.3). Enm, surge o primeiro feito na história daquela geração trazendo alegria e regozijo, satisfação pessoal, alegria íntima, íntima , pois Deus ouviu a voz de Israel. Qualquer vitória, naquelas circunstâncias, seria muito celebrada, haja vista ser um grande feito, pelo simbolismo, pela mudança de trajetória espiritual. O Senhor conhece bem o seu povo, e, certamente, caso Israel sofresse mais uma derrota naquele momento, consistiria em uma tragédia, com consequências emocionais inimagináveis. O povo (e sobretudo Moisés) não suportava mais tanta decepção.
1. Uma murmuração cultural. Poucos
dias antes, os israelitas tinham demons-
trado uma grande fé e receberam uma grande vitória, mas agora, diante da escassez de água, voltam a murmurar contra o Senhor e Moisés. Nesse ponto do livro de Números, quase toda a geração que saiu do Egito havia falecido, entretanto os hebreus mantêm os mesmos argumentos, o mesmo tom das murmurações de seus pais (Nm (Nm 21.5). Como repreensão, o Senhor enviou serpentes venenosas que matavam as pessoas e, mais uma vez, Israel procurou
ajuda de Deus. Em resposta, o Altíssimo determinou que Moisés confeccionasse uma serpente de bronze; em seguida a colocasse no alto de uma haste e aqueles que olhassem para ela seriam curados. Deus, em sua longanimidade, mais uma vez, deu um grande livramento ao seu povo. A nova geração estava aprendendo como andar com Deus no deserto. O mesmo desao se impõe aos cristãos, atualmente, em todo o mundo. 2. A difculdade recorrente. Depois da solução do problema com as serpentes, o povo saiu a peregrinar por inúmeros lugares e, quando chegaram em Beer, ao que tudo indica, o povo teve sede. Não há nada mais comum no deserto do que a escassez de água, diculdade essa que é potencializada se a necessidade é sentida por milhões de pessoas, como no caso de Israel. Entre uma guerra e outra, além da murmuração e consequente envio das serpentes por Deus, mais uma vez, falta água; só que, desta vez, as pessoas não resmungam. Sentem a aição, mas resolvem car caladas. Diante disso, o Senhor chamou Moisés e ensinou uma nova maneira para prov prover er o que faltava: mandou o povo car junto e, em vez de murmurar, cantar. O Altíssimo estava
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apontando o caminho para uma vida de provisão na sua presença. 3. O poder do louvor. Deus ofereceu uma extraordinária experiência de pro visão. Com as pessoas cantando juntas, em coro, Deus fez com que do poço seco brotasse água que dessedentou toda aquela multidão. O cântico era muito simples, e não possuía nenhum poder mágico, mas a fé do povo moveu o coração de Deus e o milagre aconteceu (Nm 21.17 2 1.17,18). ,18). O O poder de Deus atuou por intermédio do louvor, como aconteceu em inúmeros episódios da história do povo de Deus. A vida de cada cristão é permeada por pequenos milagres e livramentos, provisões, curas, diariamente. Anal “o justo viverá da fé’ e os milagres milag res acontecem de forma inesperada e de maneira perfeita em sua vida.
1. Seom, rei dos Amorreus. Números
21.21-32 narra a guerra contra Seom, rei dos amorreus. Foi uma batalha intensa e fora do comum, sempre mencionada em outros momentos, juntamente com o conito seguinte (contra Ogue, rei de Basã), não como um feito heroico do povo, mas como um grande milagre realizado pelo Senhor, porque esses povos eram mais fortes e preparados
As guerras enfrentadas pelos israelitas fizeram com que eles se tornassem mais confiantes no Senhor.
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do que Israel. As guerras enfrentadas pelos israelitas zeram com que eles se tornassem mais conantes no Senhor. 2. Ogue, rei de Basã. Com a mesma importância histórica nacional, encontra-
-se também a guerra contra Ogue, rei de Basã. Deuteronômio 3.4,5 diz que foram conquistadas 60 cidades que eram protegidas por altos muros, portas e ferrolhos, além de muitas outras sem muros. Deus disse a Moisés que não temesse nessa batalha (Nm 21.34), porque, 21.34), porque, de fato, Ogue era um gigante (Dt 3.11) mas, 3.11) mas, está escrito: “Operando eu, quem impedirá?” impe dirá?” (Is (Is 43.13). Números 20 trouxe histórias de infortúnios para Israel e também para Moisés, mas no capítulo seguinte o quadro é diferente. diferent e. O ambiente de triunfo e alegria, pelas proezas realizadas, tomou conta de todas as tribos de Israel, e ninguém falava noutro assunto, conforme relata Flávio Josefo. 3. Uma recompensa importante. As batalhas contra contra Seom e Ogue deixaram um legado, uma herança, um direito, para os israelitas. Eles agora tinham uma possessão, embora fosse aquém do rio Jordão. Toda Toda bênção bênç ão deve ser celebra da; se veio de Deus, enriquecerá e não acrescentará dores (Pv (Pv 10.22). Deus traz bênçãos em meio às provações e, não poucas vezes, também acontece o contrário: permite surgir uma prova no meio da bênção. Neste caso, o povo estava sendo provado há aproximadamente 40 anos e o Senhor, depois de permitir muitas dores e lágrimas, propiciou conquistas que levantaram o ânimo e a fé do povo. Bom lembrar, porém, que tudo começou a mudar quando os hebreus, em Beer, não murmuraram pela falta de água mas, juntos, debaixo da orientação de Moisés, cantaram ao Senhor (Nm (Nm 21.17,18).
SUBSÍDIO � “Embora os espias que Moisés tinha enviado 38 anos antes, tivessem passado e voltado a passar despercebidos, ainda assim a sua vinda e o seus afazeres, provavelmente, foram posteriormente de conhecimento dos cananeus, e os alarmaram, e os levaram a vigiar Israel e ter conhecimento de todos os seus movimentos. Agora, quando Israel pensava que estava dirigindo-se a Canaã, este Arade, pensando na sua política de manter a guerra a distância, lhes fez um ataque e lutou com eles. Mas cou provado que ele se intrometeu para seu próprio prejuízo. Se tivesse ficado quieto, o seu povo poderia ser o último de todos os cananeus destruídos, mas agora eles seriam os primeiros. […] Seus primeiros soldados prenderam alguns israelitas desgarrados e os levaram prisioneiros (v. 1). Isto, sem dúvida, o deixou cheio de orgulho, e ele começou a pensar que teria a honra de esmagar este formidável exército, salvando o seu país da destruição que tal exército ameaçava. Isto foi, um teste para a fé dos israelitas e simultaneamente uma repreensão a eles, por suas desconanças e descontentamento descontentamentos” s” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico do Novo Testamento: Testamento: Antigo Antigo TestaTestamento, Gênesis a Deuteronômio. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 516).
SUBSÍDIO � “Siom, o seu rei, estava entre os mortos, e, como os mais valentes haviam morrido na batalha, os vitoriosos não encontraram mais resistência. Assim foram os amorreus castigados pela sua imprudência no proceder e pela covardia no combate. Os he breus tornaram-se os senhores do país deles. Estavam as coisas nesse pé quando Ogue, rei de Galaade e Gaulanite, que vinha em socorro a Siom, seu amigo e aliado, soube que ele havia perdido a batalha. Como era muito ousado, não deixou de querer combater os israelitas e de se gabar da certeza de derrotá-los. Mas estes o desbarataram com todo o seu exército, e ele mesmo foi morto em combate. Era um gigante de enorme estatura, e o seu leito, que era de ferro e podia ser visto na cidade capital do seu reino, chamada Rabatha, tinha nove côvados de comprimento e quatro de largura. E Ogue não tinha menos coragem do que força.
Moisés, depois dessa vitória, atravessou o rio Jaboque, entrou no reino de Ogue e apoderou-se de todas as suas cidades, fazendo matar os habitantes mais ricos. Tão grande êxito não trouxe aos hebreus apenas vantagem momentânea, mas lhes abriu caminho para outras conquistas, pois tomaram sessenta cidades fortes e bem municiadas” (JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus . Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp. 206,207).
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ESTANTE DO PROFESSOR JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus. Hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
ANOTAÇÕES
CONCLUSÃO A caminhada com Deus será sempre cheia de aventuras, surpresas e sobressaltos. Nunca haverá haverá monotonia em nossa caminhada até o céu, pois, o Senhor deseja nos levar a um patamar sempre mais alto. Israel aprendeu essa importante lição durante sua longa temporada no deserto. Deus permite perm ite
em nossa caminhada guerras e conflitos com o propósito de nos moldar e nos preparar para adentrar adentrarmos mos na Terra Prometida, a Nova Jerusal Jerusalém. ém.
HORA DA REVISÃO 1. Quais as três guerras mencionadas em Números 21? Guerras contra o cananeu rei de Arade; Seom, rei dos amorreus e Ogue, rei de Basã. 2. Em quais lugares mencionados em Números 21 faltou faltou água para o povo beber? Nos arredores da terra de Edom e em Beer. 3. Qual a solução, a m de car vivo, para quem fosse picado por uma serpente no deserto? Olhar para a serpente de bronze levantada por Moisés. 4. Cite um personagem bíblico, mencionado em Números 21, que 21, que era gigante. Ogue, rei de Basã. 5. Aponte duas outras passagens bíblicas que tratam sobre a guerra contra Seom,
rei dos amorreus. Deuteronômio 2.34-37 e Juízes 11.19-26.
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LIÇÃO
A PROTEÇÃO NO DESERTO AGENDA DE LEITURA TEXTO DO DIA “Pois contra Jacó não vale encantamento, nem adivinhação contra Israel; neste tempo se dirá de Jacó e de Israel: Que coisas Deus tem feito!” (Nm 23.23) 23.23)
Os que querem ficar ricos caem em tentação A avareza é a raíz de todos os males Quem pensa estar em pé, tome cuidado
SÍNTESE O povo povo de Deus passou por aflições no deserto, mas o Todo-Poderoso jamais os deixou sozinhos. Eles puderam contar sempre com a ajuda do Senhor.
O maligno não toca no povo de Deus O pecado tem poder mortal O pecado sempre tem um custo JOVENS 61
OBJETIVOS • SABER que os inimigos do povo de Deus podem se levantar de qualquer lugar; • COMPREE COMPREENDER NDER que o Senhor é o escudo do seu povo e, por isso, o maligno não lhe toca; • EXPOR a força força destrutiva do pecado.
INTERAÇÃO Querido(a) professor(a), toda pessoa nascida de novo é um instrumento de Deus, por isso confie a seus discentes tarefas desafiadoras. Não se esqueça de que as pessoas trabalham com mais empenho, e de forma mais persistente, quando reconhecem a importância de sua contribuição individual. individual. Assim, diga-lhes que a aula seguinte será muito melhor se houver visitantes não evangélicos e, após, estimule-os a lançar o convite aos amigos e vizinhos não cristãos. Eles se sentirão importantes com tal tarefa. Ofereça uma premiação (ainda que simbólica), simbólica), que pode ser individual ou em grupo, para quem trouxer trouxer mais convidados para a aula. Você Você foi escolhido(a) escolhido( a) por Deus para fazer a diferença na vida dos seus alunos, por isso invista incansavelmente neles.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Professor(a), leia leia juntamente com seus alunos e comente o texto de 2 Pedro 2.15. Explique 2.15. Explique que o caminho de Balaão era mal, pois ele era o típico profeta profissional, mercenário, ansioso por obter lucro com o seu dom. Depois, leia Judas 1.11. Fale que o engano de Balaão foi o seu raciocínio, baseado numa moralidade desvirtuada, de que um Deus justo levaria em consideração o suborno recebido pelo profeta, a fim de cometer uma injustiça. Em seguida, leia Apocalipse 2.14 e 2.14 e explique que a doutrina de Balaão era maligna, maligna, pois seduziu os israelitas ao pecado, o mesmo que faz Satanás, e, com isso, garantiu que Israel se arruinaria.
TEXTO BÍBLICO Números 23.1-10, 19-21
1 Então, Balaão disse a Balaque: Edica-me aqui sete altares e prepara-me aqui sete bezerros e sete carneiros. 2 Fez, pois, Balaque como Balaão dissera; e Balaque e Balaão ofereceram ofereceram um bezerro e um carneiro sobre cada altar. 3 Então, Balaão disse a Balaque: Balaque: Fi ca-te ao pé do teu holocausto, e eu irei; porventura, o SENHOR me sairá ao encontro, e o que me mostrar te noticarei. Então, foi a um alto. 4 E, encontrando-se Deus com Balaão, lhe disse este: Preparei sete altares e ofereci um bezerro e um carneiro sobre cada altar. 5 Então, o SENHOR pôs a palavra na boca de Balaão e disse: Torna Torna para Balaque e fala assim. 6 E, tornando para ele, eis que estava ao pé do seu holocausto, ele e todos os príncipes dos moabitas. 7 Então, alçou a sua parábola e disse: De Arã me mandou trazer Balaque, rei dos moabitas, das montanhas do oriente, dizendo: Vem, amaldiçoa-me a Jacó; e vem, detesta a Israel. 8 Como amaldiçoarei o que Deus não amaldiçoa? E como detestarei, quan do o SENHOR não detesta? 9 Porque do cume das penhas o vejo e dos outeiros o contemplo: eis que este povo habitará só e entre as nações não será contado. 10 Quem contará o pó de Jacó e o número número da quarta parte de Israel? A minha alma morra da morte dos justos, e seja sej a o meu m como o seu. 19 Deus não é homem, para que minta; nem lho de homem, para que se arre penda; porventura, diria ele e não o fa ria? Ou falaria e não o conrmaria? 20 Eis que recebi mandado de abençoar; pois ele tem abençoado, e eu não o posso revogar. 21 Não viu iniquidade em Israel, nem contemplou maldade em Jacó; o SE NHOR, seu Deus, é com ele e nele, e entre eles se ouve o alarido de um rei.
COMENTÁRIO INTRODUÇÃO Números capítulo 21 mostra-nos 21 mostra-nos momentos de alegria e vitória para os hebreus. Deus lhes concedeu a vitória. A nova geração que nasceu no deserto (não tinha sido escrava no Egito) vivia, até então, seu melhor momento com Deus. As recentes conquistas contra o rei de Arade, Seom e Ogue, bem como o milagre acontecido em Beer (água brotar de um poço seco), eram provas cabais desse avanço espiritual. As notícias a respeito das vitórias esmagadorass sobre alguns reis, esmagadora espalharam-se rapidamente por todas as nações vizinhas, motivo pelo qual os moabitas ficaram bastante preocupados. Acreditavam que seriam os próximos. No afã de conseguir deter a marcha triunfal do povo hebreu, Balaque, rei dos moabitas, enviou mensageiros para contratarem um profeta que morava na Mesopotâmia, Balaão, a fim de amaldiçoar am aldiçoar o povo de Deus. É o que veremos na lição de hoje.
1. Inimigos que não conhecem a Deus. Toda vez que o povo de Deus
cresce e prospera, o mal se levanta para detê-lo. Foi exatamente o que aconteceu nesse momento da travessia dos hebreus pelo deserto. Balaque, rei dos moabitas, compreendeu que a força deles era espiritual, vinda de Deus, por isso tencionou derrotá-los na vida espiritual. Porventura não é isso que, com frequência, acontece em nosso
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cotidiano? O Inimigo sabe que Deus age em nosso favor, mas, mesmo assim, ele tenta arruinar nossas vidas e impedir a nossa caminhada até o céu. céu. 2. Inimigo que conhece a Deus. No afã de destruir Israel, Balaque busca (e consegue) apoio de alguém que conhe cia o Deus de Israel: o profeta Balaão. Ele aparece de forma misteriosa nas Escrituras (Nm (Nm 31.8; 2 Pe 2.15; Jd 2.15; Jd 11; 11; Ap 2.14).). Ele era, sem dúvida, muito afama 2.14 do, tanto que Balaque acreditava que suas palavras determinariam a bênção ou a maldição (Nm (Nm 22.6), por 22.6), por isso pagou caro para ele amaldiçoar Israel. O problema de Balaão era o seu caráter duvidoso. Ele teve a ousadia de orar perguntando a Deus se deveria aceitar suborno para amaldiçoar Israel. O Senhor lhe disse um não veemente ( Nm 22.12). No 22.12). No entanto, quando viu que o valor do seu “cachê” havia au mentado, Balaão foi perguntar a Deus novamente se poderia almaldiçoar os hebreus.
3. Os Inimigos espirituais. Os princi-
pais inimigos de Israel não eram seres espirituais. Balaque estava ciente de que a guerra vindoura (Nm ( Nm 22.3) seria travada, sobretudo, nas trincheiras da espiritualidade, por isso contratou um expert em assuntos espirituais para enganar o povo de Deus. Balaão, amando o prêmio da injus tiça, negociou o que tinha recebido de Deus. As “hostes espirituais da malda de” (Ef (Ef 6.12) dominaram 6.12) dominaram totalmente o coração dele, como aconteceu com o de Judas, por isso Jesus o chamou de lho da perdição (Jo ( Jo 17.12), pelas 17.12), pelas inúmeras chances que ele teve de acertar, mas errou em todas elas. Precisamos começar bem e, com Deus, terminar melhor, mas Balaão, ao contrário, deixou d eixou o Diabo encher seu coração.
Pense Será que Balaão teria argumentos para responder à pergunta: “De que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”
Ponto Importante Balaão perdeu-se na estrada da vida porque o seu coração era mau e ganancioso.
1. Deus se opõe a Balaão. Todos
aqueles que se levantarem contra o povo de Deus, mais cedo ou mais tarde, vão sofrer oposição da parte do Senhor, como aconteceu com Balaão. A jumenta que transportava o profeta viu o anjo do Senhor no caminho, e salvou-lhe a vida. Diante disso, Balaão ainda questionou ao anjo se deveria seguir naquele mesmo 64 JOVENS
destino. Quanta loucura e ganância! Que caráter mesquinho! A jumenta tinha mais “visão de Deus” do que o próprio Balaão. Sem dúvida, quando se está no caminho errado, o mais correto a fazer é dar meia volta e retornar ao centro da vontade de Deus. Balaão, entretanto, buscava buscava somente sua vontade, o aumento do seu patrimônio. Por isso o Senhor se opôs a ele. Na caminhada cristã, igualmente, o servo de Deus deve tomar cuidado para não lutar contra quem o Senhor abençoou! Isso é muito perigoso. 2. Deus constrange Balaão. Caminhar para um lugar longe da vontade Senhor só produz vergonha e dissabor. Foi isso que aconteceu com Balaão; desagradou a Deus e a Balaque, o qual não lhe prestou nenhuma homenagem, mesmo tendo empreendido uma viagem tão longa. Todas as tentativas de “convencer” o Senhor da indignidade de Israel foram inúteis, o que fazia com que o contratante dos “serviços proféticos” casse cada vez mais irado com Balaão. Atualmente, algumas pessoas também recorrem a alguns “profetas” para que lhes digam as palavras que querem ouvir. 3. Deus abençoa Israel. Foram três bênçãos proferidas por Balaão, além da última que tratou, inclusive, da vinda do Messias. Deus não ouviu Balaão e transformou a maldição em bênção (Dt ( Dt 23.5), pois 23.5), pois o Senhor amava o seu povo. Balaão teve de pronunciar as seguinte bênçãos: a) O crescimento de Israel (Nm (Nm 23.9,10); 23.9,10); b) A delidade das promessas de Deus (Nm 23.19,20);); c) A lealdade e a santidade 23.19,20 de Israel (Nm (Nm 23.21); 23.21); d) A força de Israel (Nm 23.22); e) 23.22); e) Nenhum encantamento contra Jacó os alcançaria (Nm ( Nm 23.23); f) 23.23); f) Prosperidade, riqueza e vitória contra os
Balaão, amando o prêmio da injustiça, negociou o que tinha recebido de Deus.
inimigos (Nm (Nm 24.5-9); g) 24.5-9); g) Deus enviaria o Messias o qual daria a vitória completa complet a ao povo (Nm (Nm 24.17-24). Todo o tempo em que Balaão tencio tenci onava amaldiçoar os hebreus, o Senhor os protegia e, certamente, nenhum deles sabia o que se passava nos arredores do acampamento. Isso acontece também conosco, pois todas as vezes em que o Inimigo vem para matar, roubar e destruir, Deus concede o livramento.
Pense! Se o coração de Balaão era corrompido, corromp ido, a ponto de aceitar a proposta de suborno de Balaque, por que Deus continuou falando com ele?
Ponto Importante Enquanto Deus frustrava a maldição de Balaão, mostrava a Israel sua proteção e anunciava sua soberania a Balaque. O Senhor precisava falar com alguém, e Balaão, ainda que desviado, era o único meio ideal.
1. O caminho de Balaão. Balaão tinha
o “coração exercitado na avareza”; essa era sua conduta, seu caminho (2 (2 Pe 2.14, 15). Era um “prossional da religião”, religião”, que
JOVENS 65
cobrava pelos prognósticos “proféticos”. “proféticos”. Balaão ensinou seu mau caminho aos hebreus e o prejuízo para o povo de Deus foi enorme. O Senhor convoca todos a experimentarem uma “mudança de mente”, do grego metánoia (Rm 12.2). Novos 12.2). Novos pensamentos que visem a glória de Deus, para que se compreenda toda a sua vontade. O caminho de Balaão continua, infelizmente, sendo palmilhado por muitos “prossionais da fé”, fé”, os quais intitulam o dom recebido de Deus como “ganha pão” e, com isso, cobram cachês astronômicos, comparan do-se às celebridades do mundo artístico. É importante ressaltar que dar uma oferta, compatível com a capacidade nanceira da igreja, a um cantor ou pregador, o qual teve gastos diversos para chegar até a igreja, não é um cachê, trata-se de um compromisso moral e espiritual de quem convida. Entretanto, exigir vultosas quantias em dinheiro para realizar atividades inerentes à fé, não parece ser adequado ao crente. 2. A doutrina doutrina de de Balaão. Balaão. Frustrado por não conseguir amaldiçoa amaldiçoarr o povo povo de Deus, Balaão ensinou “Balaque a lançar tropeços diante dos lhos de Israel para que comessem dos sacrifícios da idolatria e se prostituíssem” (Ap 2.14). Com 2.14). Com isso, as filhas dos moabitas conquistaram o coração de milhares de hebreus. O que os ferozes inimigos não conseguiram
com as armas, foi alcançado pela força destrutiva do pecado. Flávio Josefo diz que “para agradar àquelas moças, que se tornaram suas esposas, não temeram violar os mandamentos do verdadeiro Deus”. As Escrituras ensinam o antídoto para a doutrina de Balaão: Assentar no coração a rme convicção de, como Daniel (Dn 1.8),), oferecer o corpo em sacricio vivo, 1.8 santo e agradável a Deus, o nosso culto racional (Rm (Rm 12.1). 3. O castigo castigo mer merecido ecido.. O pecado, sugerido por Balaão, foi consumado por muitos hebreus, o que gerou a morte de 24 mil pessoas (Nm (Nm 25.9) e 25.9) e só cessou por causa de um ato de bravura e fé do sacerdote Fineias. A mortandade foi encerrada imediatamente, mas um grande estrago já tinha acontecido. A geração que fora cria da no deserto seguia os mesmos passos daquela que havia saído do Egito. O futuro, por isso, parecia sombrio para o povo. Deus advertiu, com veemência, a condicionalidade das suas promessas para Israel à total obediência (Lv (Lv 26.1439). Se houvesse rebeldia, os castigos seriam rigorosos. Este episódio demonstra cabalmente isso. É preciso seguir com Deus de modo cuidadoso, “em santo trato e piedade” (2 Pe 3.11), “porque 3.11), “porque a nossa salvação está, agora, mais perto de nós do que quando aceitamos a fé” (Rm (Rm 13.11).
Pense! É preciso seguir com Deus de modo cuidadoso, “em santo trato e piedade” (2 Pe 3.11), “porque 3.11), “porque a nossa salvação está, agora, mais perto de nós do que quando aceitamos a fé” (Rm (Rm 13.11).
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O que representou, de fato a apostasia de Israel no caso em que estudamos?
Ponto Importante Os critérios da justiça divina não podem ser aquilatados por seres limitados e imperfeitos, como os homens, que não conhecem a real e profunda natureza do pecado.
SUBSÍDIO � “Balaque, muito irritado por ver-se desiludido em suas esperanças, despediu Balaão sem lhe prestar homenagem alguma. alg uma. Tendo Tendo o profeta chegado próximo do Eufrates disse: ‘Não espereis que a raça dos israelitas pereça pelas armas, pela peste, pela carestia ou por qualquer outro acidente, pois Deus, que a tomou sob sua proteção, a preservará de todas as desgraças. Ainda que eles sofram algum desastre, levantar-se-ão com mais glória ainda, pois se tornarão mais sensatos pelo castigo. Mas se quereis triunfar sobre eles por algum tempo, dar-vos-ei o meio para tanto. Mandai ao seu acampamento as mais belas de vossas lhas, bem adornadas, e ordenai-lhes que de nada se esqueçam para suscitar amor aos mais jove jo vens ns e os ma mais is co coraj rajoso ososs den dentr tre e ele eles. s. É o único meio que tendes para fazer fa zer com que Deus se encha de cólera contra eles.’ […] Os mídianitas não titubearam em executar exec utar logo o conselho, isto é, enviar as suas lhas e instruí-las conforme ele lhes havia dito. Os moços, enamorados, aceitaram as condições: abandonaram a fé de seus pais, adoraram vários deuses, ofereceram-lhes sacrifícios seme lhantes aos dos mídianitas e comeram indiferentemente indiferentement e de todas as iguarias. iguari as. Para agradar àquelas moças, que se tornaram suas esposas, não temeram violar os mandamentos do verdadeiro Deus” (JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp. 210,211).
SUBSÍDIO � “Foram levados pelo engano do prêmio de Balaão. Como em 2 Pedro, Judas usa os pecados de Balaão como exemplo do que esses homens são. Balaão foi um falso profeta e um paradigma de falso mestre, o que mostra o modus operandi dos sonhadores contemporâneos e dos falsos profetas. A referência explícita ao ‘prêmio de Balaão’ aqui em Judas, e ao ‘prêmio da injustiça’ em Pedro 2.15 (também 2.15 (também em Ap 2.14) dá 2.14) dá uma ideia de atos motivados por ganância. O pecado de Balaão foi tão grave quanto o daqueles homens — o sincretismo. Isso é o que o torna tão sedutor, e por essa razão, se introduziram sem serem notados. A ostensiva heresia poderia ter sido imediatamente detectada. Mas estes homens pene traram secretamente na comunhão, e, de modo sedutor, espalharam o sincretismo licencioso ofer oferecendo ecendo um cristianismo que, na verdade, não é cristianismo. A referência a Balaão vem de Números 25, onde 25, onde induziu os lhos de Israel ao sincretismo (isto é, à união da adoração a Jeová com a adoração a Baal). A porta de entrada ao sincretismo foi a ‘imoralidade se xual’ entre os homens de Israel e as mulheres moabitas (Nm (Nm 25.1). 25.1). Desse modo, os falsos mestres, movidos pela ganância, inclinaram-se aos erros de Balaão, introduzindo uma negação moral do senhorio de Cristo, enquanto ainda mantinham uma aparente ortodoxia (Comentário Bíblico Pentecostal. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD,, 2004, p. 1813). CPAD
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ESTANTE DO PROFESSOR Comentário Bíblico Pentecostal.
2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
ANOTAÇÕES
CONCLUSÃO A experiência narrada em Números 25 deixou marcas profundas no povo hebreu, sendo tal fato relembrado posteriormente, durante séculos. Nunca devemos nos esquecer das consequências danosas do pecado. Os feitos de homens da estirpe de Balaão deveriam ficar fi car registrados “para exemplo aos que vivessem impiamente” (2 Pe 2.6). “A 2.6). “A noite é passada, e o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas e vistamo-nos das d as armas da luz” luz”(Rm (Rm 13.12).
HORA DA REVISÃO 1. Que rei moabita contratou Balaão para amaldiçoar Israel? Balaque. 2. Em que lugar residia Balaão? Mesopotâmia (Dt (Dt 23.4). 3. O que motivou Balaão a tentar amaldiçoar Israel? O prêmio da injustiça — dinheiro oferecido por Balaque. 4. Quais os textos do Novo Testamento Testamento que falam do caminho e da doutrina doutrina de Balaão? 2 Pedro 2.14,15 e 2.14,15 e Apocalipse 2.14. 5. Quantas pessoas morreram em face do castigo pelo pecado do povo? Foram 24 mil pessoas.
LIÇÃO
10 OS CUIDADOS E DEVERES DA NOVA GERAÇÃO TEXTO DO DIA “Dá ordem aos filhos de Israel e dize-lhes: Da minha oferta, do meu manjar para as minhas ofertas queimadas, do meu cheiro suave, tereis cuidado, para mas oferecer a seu tempo determinado.” (Nm (Nm 28.2)
AGENDA DE LEITURA Foi Deus quem q uem concedeu vitória a Israel Guardando a lei de Deus Amando a lei de Deus
SÍNTESE No deserto, Deus se relacionava intimamente com o seu povo povo e lhe lhe concedeu concedeu leis, que o ajudara a ter relacionamentos saudáveis, e a oportunidade de adorá-lo.
Cuidado redobrado Cuidando da doutrina Cuidando da família JOVENS 69
OBJETIVOS • MOSTRAR o propósito propósito do censo que foi ordenado pelo
Senhor; • EXPLICAR a importância das leis divinas divinas para os hebreus; • RECONHECER a importância da adoração.
INTERAÇÃO Estimado(a) professor(a), estamos no último mês do trimestre e, diante disso, é possível que alguns alunos tenham perdido a empolgação inicial e, por isso, faltaram
algumas aulas. Ante essa circunstância seja proativo e convoque os outros professores e alunos para que façam um jejum pelos discentes que estão afastados da Escola Dominical. Dominical. Se possível, planeje com a turma turma ou parte dela, uma visita a cada um dos faltosos. Essa estratégia, sem dúvida, vai melhorar significativamente a frequência de sua classe. O professor(a) comprometido(a)
com a obra para a qual foi vocacionado, jamais desiste de seus alunos!
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Para apresentar o terceiro tópico da lição, faça alguns esquetes. Lembrando que o objetivo dessa atividade é aumentar a participação dos alunos nas aulas. Divida a turma em dois grupos e peça que representem,
em cinco minutos, uma cena que simbolize a adoração no tabernáculo (apresentação de uma oferta). Escolha três jurados e ofereça um prêmio ao grupo vencedor, que poderá ser caixa de bombons. Parabenize a todos que
participaram. Ao final, conclua dizendo que a adoração era o cerne da vida comunitária hebraica.
TEXTO BÍBLICO Números 26.1,2,52-55,64,65 1
Aconteceu, pois, que, depois daquela praga, falou o SENHOR a Moisés e a Eleazar, lho de Arão, o sacerdote, dizendo:
2 Tomai a soma de toda a congregação dos lhos de Israel, da idade de vinte anos para cima, segundo as casas de seus pais, todo que, em Israel, vai para o exército. 52 E falou o SENHOR a Moisés, dizendo: 53 A estes se repartirá repartirá a terra em herança, segundo o número dos nomes. 54 Aos muitos, muitos, multiplicarás a sua sua herança; e, aos poucos, diminuirás a sua herança; a cada qual se dará a sua herança, segundo os que foram deles contados.
55 Todavia, a terra se repartirá por sortes; segundo os nomes das tribos de seus pais, a herdarão. 64 E entre estes nenhum houve dos que foram contados por Moisés e Arão, o sacerdote, quando contaram aos lhos de Israel no deserto do Sinai. 65 Porque o SENHOR dissera deles que certamente morreriam no deserto; e nenhum deles ficou, senão Calebe, lho de Jefoné, e Josué, lho de Num.
COMENTÁRIO INTRODUÇÃO Os capítulos 26 a 30 do livro de Números, seguem o mesmo padrão dos capítulos iniciais e o intervalo entre um evento e outro dista quase quatro décadas. As gerações são
diferentes: A primeira foi escrava no Egito e morreu no deserto, restando apenas Moisés, Josué e Calebe (Nm (Nm 26.64,65). A 26.64,65). A segunda geração era formada por pessoas com, no máximo, 59 anos de idade. Diante de um novo grupo de indivíduos, o Senhor ordenou que
fosse feito novamento um censo (Nm 26.1-51), relembrou 26.1-51), relembrou a lei e estabeleceu algumas leis civis (Nm 26.52-56;; 27.1-11; 30.1-16; 36.1-13 26.52-56 36.1-13).). O Senhor também falou a respeito da importância da adoração (Nm 28,29),), pois os novos hebreus pre28,29 cisavam conhecer sua identidade
e força (censo), suas responsabilidades civis e familiares (leis) e o dever de adorar ao Senhor em todo o tempo.
1. Um censo providencial. “Aconteceu, pois, que, depois daquela praga, falou o SENHOR a Moisés e a Eleazar, Eleaza r, lho de Arão, o sacerdote, dizendo: Tomai a soma de toda a congregação dos lhos de Israel, da idade de vinte anos para cima, segundo as casas de seus pais, todo que, em Israel, vai para o exército” (Nm 26.1,2). As 26.1,2). As provações do deserto consumiram os últimos ex-escravos hebreus que saíram do Egito e, agora, o povo deveria ser numerado novamen -
JOVENS 71
te pois, conforme Deus prometera, o caminho para Canaã estava liberado, mas ainda havia muitas terras a serem
o número dos nomes” (Nm (Nm 26.52,53). O 26.52,53). O Senhor poderia ter dado essas instruções após a conquista da Terra, mas preferiu
conquistadas. Deus estava “cansado” da ingratidão
animar e fortalecer o coração e a fé de todos previamente. Israel deveria espe -
e da rebelião dos hebreus. Por isso, Ele intentou ferir todo o povo, exterminando-os para fazer a partir de Moisés um novo povo (Nm (Nm 14.11,12). Mas Moisés,
rar, conar e descansar nas promessas de Deus. Sabemos que as pessoas só vão
como um líder amoroso e humilde, intercedeu em favor dos seus irmãos. Então, o Senhor ouviu e aceitou a súplica do seu servo. Deus ouve e responde as nossas súplicas, por isso nunca desista de clamar.
2. Um exército poderoso. Segundo Números 26.2, “todos 26.2, “todos os lhos de Israel”, maiores de 20 anos, deveriam ser conta bilizados em e m um novo novo censo. Deus estava tratando da nova geração do deserto. Eles precisavam aprender que, diante dos inimigos e das guerras vindouras, não deveriam se gloriar quanto ao número de guerreiros ou à força física dos jovens soldados. Precisavam Precisavam aprender a conar inteiramente no Deus que os tirou do Egito e que já havia prometido que eles possuiriam “a porta dos seus inimigos” (Gn 22.17). Quando Balaque tentou empreen der um “ataque espiritual” em desfavor de Israel, por intermédio do suborno ao profeta Balaão, o rei dos moabitas afirmou que Israel era um grande e poderoso povo. Deus fez dos hebreus um povo va lente, guerreiro. Ele também fez cair um pavor, um respeito, nas nações circunvizinhas em relação a Israel. 3. Um povo abençoado. Depois que foi concluído o recenseamento, “falou o SENHOR a Moisés, dizendo: A estes se repartirá a terra em herança, segundo 72 JOVENS
até onde a visão delas alcança. Assim, o Senhor estava internalizando naquela nova geração o sentimento de luta e conquista, mostrando, sobretudo, que eles eram mais que vencedores, pois havia a garantia, em Deus, de que tudo uiria bem; tanto que o Altíssimo instruiu em como dividir a herança da Terra Prometida.
Pense! O fato de Moisés ter “mudado a opinião” de Deus a respeito do extermínio dos hebreus incrédulos, demonstra que o Senhor não é imutável?
Ponto Importante Import ante Moisés não “mudou a opinião” de Deus acerca da morte dos hebreus incrédulos, mas apenas retardou o acontecimento; com isso, o próprio Moisés também t ambém não pôde entrar em Canaã.
1. Lei acerca da divisão da terra (Nm
26.52-65). O povo que fora criado no 26.52-65). deserto precisava de regras e normas. Era um povo santo, separado e não poderia viver segundo os costumes adquiridos no Egito e nem segundo os hábitos das nações vizinhas. Por isso, no livro de Números, vamos encontrar várias leis civis e normas de condutas. Por exemplo, em Números 26.52-65, o 26.52-65, o Senhor determina regras para a divisão
das terras que seriam conquistadas. O Altíssimo conhecia o seu povo, sabia da dureza de coração deles e que poderia haver brigas e discórdias na partilha das terras que haveriam de ser conquistadas.
2. Lei para proteger os relacionamentos (Nm (Nm 30.1-16). Deus 30.1-16). Deus estabeleceu leis acerca dos votos das mulheres e dos homens. O propósito do Senhor era evitar que os votos feitos viessem afetar os relacioamentos entre marido e mulher ou entre pai e lha. Sabemos que um povo forte e próspero é também o resultado de famílias fortes e unidas. Contudo, o objetivo não era apenas evitar os coni tos familiares, pois segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal “esse capítulo deixa claro que Deus requeria do seu povo o cumprimento das promessas feitas a Ele e ao próximo.” O Senhor desejava mostrar a seriedade de um voto ou promessa. 3. Lei a respeito da divisão da presa (Nm 31.25-47). O 31.25-47). O Senhor também estabeleceu critérios a respeito dos espólios de guerra. Eles Eles deveriam deveriam ser divididos em duas partes iguais, sendo que uma parte seria dada aos guerreiros que lutaram na batalha e a outra seria distribu distribuída ída entre os “que caram com a bagagem” (1 Sm 30.24,25).). Uma parte também deveria ser 30.24,25 entregue ao Senhor como uma oferta. Desta forma ninguém caria com tudo e nem ninguém caria sem nada.
Pense! Sendo Israel um povo santo, poderia aproveitar o ordenamento jurídico de outros outros povos?
Ponto Importante Deus sabia que as leis de outros povos eram injustas. Por isso, os hebreus deveriam ser um referencial para outras nações.
1. Uma vida bem cuidada. A partir do capítulo 21, o livro li vro de Números narra vários conitos bélicos vencidos pelos hebreus, os quais trouxeram muitas riquezas das cidades despojadas. Em várias ocasiões, naquela jornada j ornada extenuante, faltou água, mas nunca faltou o cuidado divino. Sempre houve milagres. Quer seja a rocha proporcionando água em abundância, como rios caudalosos, para dessedentar a necessidade de milhões de pessoas e animais, quer fazendo brotar água de um poço seco (em Beer), depois de, juntos, os israelitas cantarem um louvor a Deus, “falando” ao poço. O fornecimento milagroso milagroso de água e de maná ao longo da peregrinação demonstra de maneira inequívoca uma verdade que permeia todas as Escrituras: Deus provê as necessidades daqueles que o servem e o adoram em espírito e em verdade. 2. O dever de um povo agradecido. Em Números 28 e 28 e 29 29 o o Senhor revela que o seu povo não deveria descuidar da adoração. Então Ele mostra, mediante o estabelecimento estabelecime nto das ofertas, a primazia da adoração. Israel seria uma comunidade de adoradores, por isso deveriam aprender a serem agradecidos. A gratidão ao Senhor seria revelada mediante as ofertas. A especicação de algumas regras para o recebimento de ofertas, na presença do Senhor, demonstrava que os hebreus não poderiam fazer o que bem quisessem. As regras eram de Deus e isso deveria ser cumprido reverente mente sob pena de danos terríveis aos adoradores. Vivemos debaixo de uma nova aliança, mas tal aliança não admite admite permissividade. As mortes de Ananias e Sara servem como exemplo disso, a m de que se entenda o que pode acontecer
JOVENS 73
com alguém que desobedece, volun tariamente, dentro de uma ambiência litúrgica e cultural divina. 3. Um Deus que merece ser adorado. A vida deve ser como um culto contínuo de adoração; esse era e é o propósito do Deus de Israel. O cerne da existência e das atividades do povo de Deus. Não era por acaso que o tabernáculo encon trava-se no centro do acampamento e tudo se movia ao seu redor. Números 28 começa 28 começa com uma grave advertência de Deus:“Dá ordem aos lhos de Israel e dize-lhes: Da minha oferta, do meu manjar para as minhas ofertas queimadas, do meu cheiro suave, tereis cuidado, para mas oferecer a seu tem po determinado”. determinado”. Deus demonstrou o cumprimento da aliança com seu povo. Todavia, agora, o Senhor estava deixando claro que as falhas da jornada no deserto não deveriam se repetir e que a adoração dos hebreus, na Terra Prometida, deveria se transformar num estilo de vida.
Pense! A liturgia do culto ao Senhor pode ser compatível com os modismos sociais e culturais do nosso tempo?
Ponto Importante O culto a Deus deve ser solene e reverente, calçado na simplicidad simplicidade, e, santidade e obediência.
A gratidão ao Senhor seria revelada mediante as ofertas.
74 JOVENS
SUBSÍDIO “Imediatamente “Imediatamen te após um ato de apos tasia (capítulo (capítulo 25), 25), vem um censo mais detalhado, semelhante ao descrito no
capítulo 1. Esse censo inclui os des cendentes dos israelitas que saíram do Egito (v. (v. 4b) e 4b) e que eram da idade de vinte anos ou mais, a idade mínima míni ma para a inclusão no primeiro censo. A frase da NVI, ‘estes foram os israelitas que saíram do Egito’ não pode dizer respeito à primeira geração, pois os versículos 64,65 dizem 64,65 dizem expressamente que ninguém dessa geração, exceto Calebe e Josué, estavam entre eles. O propósito imediato desse levantamento é produzir dados estatísticos para a partilha da terra após a sua conquista (vv. (vv. 52-56). Isso, 52-56). Isso, por si só, já é um um fat fato o curios curioso, o, consi considera derandondo-se se a formidável oposição que tinham pela frente. A visão de Deus para o futuro era diferente feren te da visão dos espias. Os espias haviam dito: ‘Não somos capazes de tomar a terra’. Deus dizia: diz ia: ‘Tomarão ‘Tomarão a terra’. Com esse intuito, Israel inicia confiantemente suas preparações sem sentir que está se precipitando. A primeira geração estava fadada a perecer no deserto, por causa de seus pecados. Deus havia levantado um segunda geração para pôr os pés na terra prometida” (HAMILTON, Victor P. Manual do Pentateuco. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2016, pp. 405,407).
ESTANTE DO PROFESSOR BRAZIL, Tiago. Em Espírito e em Verdade: A Essência Essência da Adoração Adoração Cristã. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
ANOTAÇÕES
CONCLUSÃO A partir da morte dos últimos representes da antiga geração, um novo
grupo de israelitas, que conquistaria a terra dos cananeus, precisava entender alguns princípios acerca da vontade de Deus. Por isso, o Senhor determinou um novo censo, estabeleceu leis e fez um apelo incisivo sobre a necessidade de que Israel adorasse ao Senhor voluntariamente, de todo o coração. A conquista de Canaã exigiria muitos esforços dos israelitas.
HORA DA REVISÃO d a geração de ex-escravos que saiu 1. Qual referência bíblica demonstra que todos da do Egito morreram no deserto? Números 26.64,65. 26.64,65. 2. Quais os nomes das duas pessoas que saíram do Egito e entraram em Canaã? Josué e Calebe. 3. Cite dois tipos de assuntos versados nas leis mencionadas à segunda geração dos hebreus. Lei que trata de herança e de relacionamento familiar. 4. Qual a referência na qual Deus exige que a oferta seja prestada com cuidado, no tempo certo? Números 28.2. 28.2. 5. Segundo a lição, o propósito de Deus era que a vida dos hebreus fosse como um culto contínuo de adoração? Sim. Esse era o real propósito divino.
LIÇÃO
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MOISÉS, UM LÍDER MOISÉS, LÍDER VITORIOSO www.escola-ebd.com.br
AGENDA DE LEITURA TEXTO DO DIA “E nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, a quem o SENHOR conhecera face a face.” (Dt 34.10) 34.10)
Moisés, o estadista Moisés, o líder que guiou o povo de Deus Moisés, o poeta
SÍNTESE Os milagres milagres na vida de Moisés eram eventos naturais para Deus. Mas para ele e seu povo eram sobrenaturais.
Moisés, servo de Deus Moisés, o intercessor Moisés, o legislador
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OBJETIVOS • MOSTRAR a difícil jornada de Moisés enquanto líder líder
pelo deserto; • CONSCIENTIZAR de que Moisés era um homem à frente do seu povo; • REFLETIR a respeito da última batalha de Moisés.
INTERAÇÃO Prezado(a) professor(a), as deficiências estruturais de algumas classes de Escola Dominical não devem ser empecilhos para que se ofereça aos alunos um ensino bíblico de qualidade. Ame seus alunos e eles sentirão que são especiais. Quem ama os alunos procura propiciar um ambiente que seja o mais aconchegante possível, apesar das limitações. Uma simples decoração pode fazer uma enorme diferença. Lembre-se de que em alguns lugares (países onde os cristãos são perseguidos), as dificuldades
são ainda maiores, mas nem por isso a obra de Deus deixou de crescer e os alunos de serem edificados em Cristo. Não podemos nos esquecer de que a primeira reunião da Escola Dominical no Brasil aconteceu na cozinha do casal Kalley. Portanto, esteja certo de que Deus o ajudará a vencer quaisquer dificuldades. Não desista nunca e sempre dê o seu melhor melhor..
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Professor(a), você tem o hábito de realizar trabalhos em grupos com seus alunos? Essa ferramenta apresenta-se
bastante útil, pois propicia dinamismo no encontro com os discentes, promove a unidade, evita que sejam
ministradas aulas estritamente expositivas, proporcionando uma aprendizage aprendizagem m participativa, portanto, mais eficaz. Para tanto, é preciso que os grupos sejam formados aleatoriamente, buscando a interação entre os que têm menos afinidade. Assim, no início da aula, forme 3 ou 4 grupos heterogêneos, e dê-lhes tempo para que falem a respeito dos seguintes temas: (1)Moisés, (1)Moisés, o
libertador; (2) Moisés, o legislador; (3) Moisés, o historiador; (4) Moisés, o amigo de Deus. Se você v ocê conseguir contatar os alunos, formando os grupos, ao longo da semana, será um incentivo a m ais para que participem
ativamente da aula.
TEXTO BÍBLICO Números 27.12-17
12 Depois, disse o SENHOR a Moisés: Moisés: Sobe este monte Abarim e vê a terra que tenho dado aos lhos de Israel. 13 E, havendo-a visto, então, serás recolhido ao teu povo, assim como foi recolhido teu irmão Arão; 14 porquanto rebeldes fostes no deserto de Zim, na conten contenda da da congre congregação, gação, ao meu mandado de me santicard santicardes es nas águas diante dos seus olhos. (Estas são as águas de Meribá de Cades, no deserto de Zim.) 15 Então, falou Moisés ao SENHOR, dizendo: 16 O SENHOR, Deus dos espíritos de toda carne, ponha um homem sobre esta congregação, 17 que saia diante diante deles, e que entre diante deles, e que os faça sair, e que os faça entrar; para que a congregação do SENHOR não seja como ovelhas que não têm pastor.
COMENTÁRIO INTRODUÇÃO A vida de Moisés é um milagre em todos os sentidos. Nascido sob condições extremamente desfavoráveis, desfavoráveis, sem ter sequer o direito de viver, foi escondido escondido
por três meses por seus pais. Para salvar sua vida, sua mãe colocou-o dentro de um cesto betumado no rio Nilo (um rio cheio de crocodilos). Mas, a filha de Faraó o encontrou encontrou nas águas
do rio e o resgatou. Tirado das águas (daí provém seu nome), ele foi criado como filho da filha de Faraó. Quando adulto, não compreendeu o tempo de Deus para p ara a sua vida e de seu povo e acabou agindo com
precipitação e arrogância, tendo de fugir do Egito. A formação desse homem extraordinário, suas lutas, dilemas e conquistas, será o tema dessa lição. 78 JOVENS
1. Um homem com um ideal. Há
certas motivações que impulsionam as pessoas fortemente, fazendo-as conquistarem objetivos aparentemente inalcançáveis. Moisés, o libertador hebreu, guardava no coração e mente o desejo profundo de conduzir o seu povo até a Terra Prometida. Esse foi o seu ideal de vida. Aos 40 anos, decidiu por conta própria, retirar o seu povo da escravidão egípcia. Mas não deu certo e ele teve de amargar um ostracismo que durou 40 anos. Até que Deus, então, lhe apareceu e o chamou. Moisés precisava libertar o povo e conduzi-lo a uma terra que manava leite e mel. A partir de então, ele batalhou, usando toda a sua energia — por 40 anos — para que seu objetivo fosse alcançado. E você? Desiste facilmente de seus projetos de vida? 2. Um homem que também cometeu erros. Depois de quase 40 anos sofren-
do num deserto inóspito e conduzindo milhões de pessoas insubordinadas e de corações duros, Moisés cometeu um desatino. Deus o mandou falar à rocha, mas na sua ira ele a feriu por duas vezes (Nm (Nm 20.7-11). Certamente 20.7-11). Certamente este foi o maior erro de sua vida. O salmista, séculos depois, armou no Salmo 106.33:: “Porque irritaram o seu espírito, 106.33 de modo que falou imprudentemente imprudentemente com seus lábios”. Em determinadas ocasiões, os erros cometidos podem não trazer consequências tão graves, mas em noutros momentos, porém, os equívocos são inadmissíveis, inaceitáveis, principalmente no que tange às coisas que digam respeito à obra de Deus, o ministério. 3. Um homem que aceita parar. O sonho de adentrar na Terra Prometida termina para Moisés quando o Senhor lhe diz: “Pelo que verás a terra diante de ti, porém não entrarás nela, na terra que darei aos lhos de Israel” (Dt 32.52). Moisés ainda tentou argumentar com o Altíssimo, como zera outras vezes, mas o Senhor foi taxativo: “Basta; não me fales mais neste negócio” (Dt 3.26). Em momento algum vemos no texto bíblico, ainda que indire indiretamente, tamente, sinais demonstrando que Moisés tenha cado com raiva de Deus. Absolutamente! Ele foi um servo submisso e el ao Senhor até o m dos seus dias. Como servo, ele tinha consciência de que chegaria o seu momento de parar. Conhecer o tempo de começar e de terminar é uma virtude que somente os mais nobres e espirituais possuem. Jesus compreendia perfeitamente o tempo do Pai: “[…] sabendo Jesus que já era ch cheg egad adaa a su suaa ho hora ra de pa pass ssar ar
deste mundo para o Pai [...]” (Jo ( Jo 13.1). Como cristãos necessitamos conhecer o tempo de Deus em nossas vidas e ministério.
Pense!
Por que Deus foi tão rigoroso em punir Moisés por ferir a rocha?
Ponto Importante
Às vezes, nossos erros produzem consequências implacáveis em nossa vida pessoal, familiar e em nosso ministério, mas Deus não nos abandona. Ele deseja que nos arrependamos e deixemos o nosso erro.
1. Um homem de sucesso. Mas o
que é o sucesso para você? Será possuir riquezas, prestígio, fama? Certamente que não. Conta-se que, certa vez, uma atriz famosa disse a um repórter: “Se sou uma lenda como você diz, porque estou tão sozinha? Vou lhe dizer uma coisa: tudo bem ser uma lenda, desde que você tenha por perto, alguém que te ame”. Uma pessoa de sucesso é aquela que, apesar de seus pequenos recursos, obtém êxito em realizações pessoais e coletivas. Sucesso, então, é algo relativo, mas que sempre envolve amor e a conquista de desafios. Nesse sentido, Moisés pode ser considerado um homem de sucesso, pois ele viveu perto de pessoas que o amavam: Arão, Miriã, Josué, Calebe, entre outros. Moisés deixou a sua marca na história do seu povo. Conquistou o que era impossível aos olhos humanos e foi um sucesso como legislador, poeta, libertador, profeta e estadista.
JOVENS 79
2. Uma referência para sua geração.
Moisés também é um referencial na história do direito, pela entrega ao povo de um código legal muito avançado para sua época. Também é o maior profeta do Antigo Testamento. As suas realizações extraordinárias, seu caráter e sua fidelidade a Deus fazem dele o mais importante personagem do Antigo Testamento. 3. Um homem que cumpriu sua missão. Moisés cumpriu o projeto que
Deus tinha para sua vida. Alcançou um patamar de excelência, tendo seu nome incluído na galeria dos heróis da fé (Hb ( Hb 11.23-29). O 11.23-29). O deserto e as muitas adversidades não lhe impediram de cumprir com a missão que lhe foi outorgada pelo Senhor.
Pense!
Moisés cumpriu com a sua missão. O que você tem feito para que os propósitos de Deus se cumpram em sua vida?
Ponto Importante
Como Moisés, cumpra a missão que lhe foi confiada pelo Senhor, ainda que seja preciso atravessar o deserto. 1. A última missão. Foi Deus quem
falou com Moisés que a sua carreira e o seu tempo de vida nesta terra estavam chegando ao final (Nm ( Nm 27.12,13). Moisés 27.12,13). Moisés tinha maturidade emocional para ouvir o que o Senhor lhe havia revelado. Você teria essa mesma maturidade? Como reagiria? Moisés confiava no Deus a quem dedicou grande parte da sua vida. 2. Um erro fatal. A guerra contra os midianitas, a última de Moisés 80 JOVENS
( Nm 31. 1,2), não 1,2), não era aparentemente perigosa, pois do exército de Israel foram enviados apenas doze mil homens, um número irrisório. O exército de Israel pelejou contra os midianitas e o Senhor ordenou que todos os homens fossem mortos. Mas Israel decidiu poupar as mulheres midianitas, ao que se indignou Moisés e disse: “Deixastes viver todas as mulheres? Eis que estas foram as que, por conselho de Balaão, deram ocasião aos filhos de Israel de prevaricar contra o SENHOR, no negócio de Peor, pelo que houve aquela praga entre a congregação do SENHOR” (Nm (Nm 31.15,16). A santidade e a obediência de Moisés não foram observadas e imitadas pelo povo. Eles Eles não observaram observaram o exemplo do seu líder. 3. A purificação . O Senhor então determinou o cumprimento integral da sua palavra e ordenou que ficassem alojados durante sete dias fora do arraial a fim de serem purificados (Nm 31. 19). Deus, 19). Deus, mais uma vez, estava demonstrandoo ao seu povo a importância demonstrand da obediência e da santidade. Ainda hoje, o Senhor requer de cada crente a adoção de um alto padrão de devoção e o comprometimento com Ele, porque está escrito: “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver” (1 (1 Pe 1.15).
Pense!
Deus ainda continua a exigir santidade do seu povo?
Ponto Importante
Moisés também cometeu erros, mas ele cumpriu todo o propósito que Deus tinha para sua vida.
SUBSÍDIO � “MOISÉS, hb. Tirado. Libertador, estadista, historiador, poeta e legislador hebreu — o maior vulto do Antigo Testamento. Deus o usou para formar, de uma raça de escravos egípcios e sob as maiores diculdades, diculdades, uma nação poderosa que completamente alterou o curso da humanidade. A história de Moisés ocupa os livros de Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio — a sétima parte da Bíblia. Ele merece a fama de ter sido um dos maiores homens de todas as épocas. Apesar de ser criado em um foco de idolatria e cercado em toda a vida de adoração a ídolos, ele não se contaminou e edificou a nação de Israel na Rocha Firme e a ensinou a cultuar ao único Deus, Jeová. Qual outro homem cujas obras foram acompanhadas de tantas e tão estupendas estup endas maravilhas? Falava ‘boca a boca’ com Deus (Nm 12.8). “E nunca mais ma is se levantou em Israel profeta profe ta algum como Moisés, a quem o SENHOR conhecera face a face; nem semelhante em todos os sinais e maravilhas, que o SENHOR o enviou para fazer na terra do Egito, a Faraó, e a todos os seus servos, e a toda a sua terra; e em toda a mão forte e em todo o espanto grande que operou Moisés aos olhos de todo o Israel (Dt 34.10-12)” (BOYER, Orlando. Pequena Enciclopédia Bíblica. 36.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2016, pp. 364,365).
SUBSÍDIO � “Salmo 90.
A condição de Israel no deserto é tão preeminentemente explicada em cada versículo. Moisés era poderoso em palavras, assim como em obras e nós cremos que este salmo é um de seus poderosos discursos. Ele canta sobre a fragilidade do homem e a pouca duração da vida, comparadas aqui com a eternidade de Deus. Moisés era um homem idoso e muito vivido, mas a idade e a experiência lhe tinham ensinado que, entre as mudanças perpétuas que estão acontecendo no universo, uma coisa, pelo menos, permanece imutável, a fidelidade Daquele que ‘de eternidade a eternidade’, é Deus. O Salmo 90 pode ser citado como, talvez, a mais sublime das composições humanas — a mais profunda em sentimentos — a mais eminente em concepção concepção teológica teológica — a mais magnífica em suas comparações. Depois de sua saída do Egito, o seu tempo foi absolutamente desperdiçado, e não era digno de ser o assunto de uma história, mas somente de uma ‘conto ligeiro’; pois somente foi para passar o tempo, como contando histórias, históri as, que eles passaram aqueles anos no deserto; todo esse tempo eles estavam se consumindo, e outra geração estava surgindo” (SPURGEON, Charles. Os Tesouros de Davi. 1.ed. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp. 682,690,691,701).
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ESTANTE DO PROFESSOR BOYER, Orlando. Pequena Enciclopédia Bíblica. 36.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.
ANOTAÇÕES
CONCLUSÃO Moisés, servo fiel do Senhor, S enhor, tornou-se um líder vitorioso no deserto, não obstante as suas lutas. Aprendemos com ele que, em nossa trajetória, nem tudo ocorre como planejamos, mas Deus nunca perde pe rde o controle da nossa
história. Moisés concluiu sua trajetória de vida como um homem feliz, embora não tenha entrado na Terra Prometida.
HORA DA REVISÃO 1. Segundo a lição, qual era o ideal de vida de Moisés?
Entrar com o povo na Terra Prometida. 2. Moisés foi um sucesso em quais áreas?
Moisés foi um sucesso como legislador, poeta, libertador, profeta e estadista. 3. Qual a última missão de Moisés?
Derrotar completamente os midianitas. vitorioso. 4. Cite três características de um líder vitorioso. O líder vitorioso reconhece a justiça de Deus, estimula a santidade e conduz o povo ao arrependimento. 5. O que você considera mais marcante na trajetória de Moisés? Resposta pessoal.
LIÇÃO
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UM LÍDER FORMADO NO DESERTO www.escola-ebd.com.br
AGENDA DE LEITURA TEXTO DO DIA “Esforça-te e tem bom ânimo, porque tu farás a este povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria. Tão somente esforça-te e tem mui bom ânimo [...].” (Js 1.6,7)
O amor é a principal característica do líder cristão O líder cristão deve ser obediente a Deus As pessoas precisam ver e reconhecer que o Senhor é com o líder
SÍNTESE O deserto é uma escola de formação de líderes; por isso, não se deixe abater pelas lutas, provações edificuldades.
O líder deve servir a Deus e ao próximo com alegria O líder cristão não pode ser neófito O líder cristão precisa ser irrepreensível JOVENS 83
OBJETIVOS • MOSTRAR que a formação formação de Josué se deu no deserto, deserto,
ao lado de Moisés; • CONSIDERAR o fato de que Josué foi foi escolhido pelo Senhor; • COMPR COMPREENDER EENDER que Josué foi fortalecido por Moisés
e por Deus.
INTERAÇÃO Prezado(a) professor(a), no próximo próximo domingo domingo será o encerramento do trimestre, portanto programe-se. Desafie seus alunos, peça que tragam o maior número possível de parentes e amigos à Escola Dominical, independentemente da idade, salvos ou não. Os objetivos são: Congregar toda a família, apresentar a classe àqueles àque les
que não a conhece e trazer de volta os que andam ausentes. Cuide para que os parentes e visitantes sejam apresentadoss à igreja. Premie os alunos mais esforçados, apresentado
na medida do possível. Sugestões de brindes: caixas de bombons que possam ser compartilhadas por seu aluno com os familiares, fam iliares, amigos presentes e/ou livros da CP C PAD.
A Escola Dominical deve ser ser,, sempre, um momento de aprendizado e de celebração da unidade.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Estimado(a) professor(a), o foco da aula de hoje será Josué, o homem escolhido pelo Senhor para substituir o líder Moisés. Convide, previamente, três alunos para falarem de 3 a 5 minutos, a respeito de algumas peculiaridades desse servo de Deus extraordinário. Os tópicos a serem tratados pelos alunos a respeito de Josué são: A família dele; seu caráter e o serviço de Josué. Depois, entregue uma pequena lembrança para os que participaram da atividade.
TEXTO BÍBLICO Números 27.18-23
18 Então, disse o SENHOR SENHOR a Moisés: Toma para ti a Josué, lho de Num, homem em quem há o Espírito, e põe a tua mão sobre ele. 19 E apresenta-o perante Eleazar, o sacerdote, e perante toda a congregação, e dá-lhe mandamentos aos olhos deles, 20 e põe sobre ele da tua glória glória,, para que lhe obedeça toda a congregação dos lhos de Israel. 21 E se porá perante Eleazar, o sacerdote, o qual por ele consultará, segundo o juízo de Urim, perante o SENHOR; conforme o seu dito, sairão; e, conforme o seu dito, entrarão, ele, e todos os lhos de Israel com ele, e toda a congregação. 22 E fez fez Moisés como o SENHOR lhe ordenara; porque tomou a Josué e apresentou-o perante Eleazar, o sacerdote, e perante toda a congregação; 23 e sobre sobre ele pôs as as mãos mãos e lhe deu mandamentos, como o SENHOR ordenara pela mão de Moisés.
1. Cheio de confiança. Josué foi um
homem cheio do Espírito de Deus (Nm 27.18).. Ele é identicado não somente 27.18) por sua coragem e seus conhecimentos, mas por sua comunhão com o Senhor. Se nhor. A primeira referência que encontramos a respeito dele está em Êxodo 17.9. Moisés ordena que Josué escolha soldados e saia para pelejar contra os amalequitas. Josué não somente lutou, mas formou o exército. Alguns autores defendem a ideia de que ele foi treinado para a guerra ainda no Egito, razão pela qual assumiu o posto de general das tropas de Israel. A habilidade para a guerra deve ter sido levada em consideração na escolha de Josué para assumir o lugar de Moisés,
COMENTÁRIO INTRODUÇÃO O deserto é uma escola de formação de líderes onde muitos servos de Deus
foram treinados. O deserto prova a nossa fé, expõe os nossos limites, delineia a nossa confiança, quebra o nosso orgulho e revela o nosso nosso caráter. caráter. Não é por acaso que o próprio Jesus, no início do seu ministério, m inistério, foi foi levado pelo Espírito Santo para o deserto a
fim de ser tentado. Na lição de hoje, estudaremos a respeito de Josué, filho de Num, homem valente que foi formado na
escola do deserto, e que foi escolhido, pelo Senhor, para substituir Moisés e conduzir os hebreus até a Terra Prometida. JOVENS 85
entretanto, o seu caráter foi o fator preponderante para a escolha. A delidade e o temor a Deus são características indispensáveis dispensáv eis do líder cristão. Paulo disse que Jesus Cristo o teve por el e, por isso, colocou-o no ministério (1 Tm 1.12). 2. Que gostava de estar na presença
de Deus. Josué subiu o monte de Deus
juntamente juntamen te com Mois Moisés és (Êx 24.13). 24.13). Assim como Jesus queria que seus discípulos o acompanhassem em alguns momentos, Moisés também apreciava a companhia de Josué, nos instantes em que subia ao monte para falar com Deus. O sumo sacerdote tinha a obrigação de estar a sós com Deus, uma vez por ano no santo dos santos (Hb ( Hb 9.7). Porém 9.7). Porém Moisés, diferentemente dos demais sumos sacerdotes, sacerdot es, entrava no lugar santíssimo constantemente,, devido à sua comunhão constantemente com Deus. Todo líder cristão precisa amar e priorizar os seus momentos de oração em particular, sua comunhão com o Senhor. 3. Submisso a Deus e ao seu líder.
No deserto, ou a pessoa obedece e cona em Deus ou ela murmura contra Ele e a liderança, como aconteceu com a geração que saiu do Egito. Josué Josué submeteu-se à liderança que fora constituída por Deus e suportou com alegria, fé e gratidão às circunstâncias adversas que surgiram em sua caminhada. Josué sempre esteve ao lado de Moisés em várias ocasiões, nas guerras (Êx 17.9), nos 17.9), nos momentos de perplexidade (Nm 11.28) e 11.28) e nos desafios (Nm ( Nm 13.16). Isso faz diferença na vida do jovem que almeja o ministério da Palavra de Deus. Com isso, aprendemos que é preferível haver duas pessoas bem preparadas (Josué e Calebe), que caminham e sofrem com seus líderes, do que muitos sem 86 JOVENS
formação adequada, amantes apenas das “cebolas, pepinos e panelas de carne” do Egito.
Pense! Por que é preciso submeter-se aos líderes e aprender com eles, para só depois ser ordenado ao ministério?
Ponto Importante O líder cristão deve ter conhecimento teológico, mas somente após enfrentar, ao lado do seu pastor,, as agruras do deserto, espastor tará apto para ensinar a outros.
1. Escolhido pelo Senhor. Segundo
a Bíblia de Estudo Pentecostal, “o nome Josué signica o Senhor é salvação. A forma grega desse nome é Jesus (Mt 1.21).”.” Josué é um tipo de Jesus Cristo. 1.21) A escolha de Josué para substituir Moisés foi divina, não teve a inuência do homem, e foi anunciada anunciada pelo Senhor: Senhor: “Então, disse o SENHOR a Moisés: Moi sés: Toma Toma para ti a Josué, lho de Num, homem em quem há o Espírito, e põe a tua mão sobre ele” (Nm (Nm 27.18). Seu 27.18). Seu sucesso em conduzir o povo até a Terra Prometida deve-se a isso e não à sua força ou coragem. Certa vez, para que a vitória de Israel fosse completa, Josué orou e Deus fez o sol parar (Js (Js 10.12,13). Somente 10.12,13). Somente do “Senhor é a salvação”. 2. Encarava os desafos. Josué nunca fugiu de um desao, nunca se acovardou, mas sempre agiu com dignidade, anal “a vida é muito curta c urta para ser pequena”, pequena”, como bem dizia Benjamim Disraeli, escritor e político inglês do século séc ulo XIX. Sem titubear, Josué (e também Calebe) zeram um ardoroso discurso, inspirando
o povo a crer no Deus que fez a promessa da conquista de Canaã (Nm (Nm 14.6-9). Deus conta com pessoas corajosas (não atrevidas) e a intrepide intrepidezz de Josué, sem dúvida, foi uma das tônicas do seu ministério. ministério. Essa também deve ser uma característica marcante dos jovens cristãos atuais. 3. Um coração obediente. Números 32.12 arma que em meio a uma grande oposição, Josué, juntamente com Calebe, perseveraram em seguir ao Senhor. Eles agiram em total obediência, que é uma condição indispensável para um líder. Josué sabia que crendo e obedecendo à Palavra de Deus herdaria insondáveis bênçãos (Dt 28.1-14). Ele 28.1-14). Ele aprendeu a obedecer em um cenário de escassez, murmuração e conitos. Ora, obedecer quando tudo vai bem não é tão difícil, pois, como dizia Shakespeare, “em mar calmo todo barco navega bem”, mas, quando tudo parece perdido não é fácil, por isso a provação no deserto tem tanto valor para a formação ministerial.
Pense! O fato de Deus mandar Moisés apresentar Josué ao sacerdote e ao povo, como sendo seu substi tuto eventual, eventual, não enfraqueceria Moisés politicamen politicamente? te?
Ponto Importante Deus espera que lhe obedeçamos independente das circunstâncias, pois só Ele sabe o que é melhor para nós.
1. Deus pede que Moisés anime Josué (Dt (Dt 1.38; 3.28 3.28). ). O Senhor armou
que Josué tinha o Espírito e que ele havia sido escolhido para substituir Moisés. Depois, Deus mandou que qu e Josué fosse
apresentado ao sacerdote e ao povo para assumir a posição que fora de Moisés. Segundo Deuteronômio Segundo Deuteronômio 1.38 e 1.38 e 3.28, 3.28, Deus Deus ordenou que Moisés cuidasse de Josué animando-o e fortalecendo fortalecendo-o. -o. 2. Deus promete ir adiante de Josué (Dt 31. 8). O Senhor prometeu a Josué
que ele não estaria sozinho em sua caminhada até a Terra Prometida. O Senhor estaria com ele, portanto, que não temesse, nem se espantasse. Do que mais precisava Josué? Do que mais precisamos nós? Pois Jesus também prometeu que estaria conosco todos os dias (Mt 28.20). A conquista de “novos territórios” para para Deus é um desao para toda a Igreja (Mt (Mt 28.19,20). 28.19,20). Mas a garantia do nosso sucesso foi outorgada por Jesus (Mt (Mt 16.18). 16.18). 3. A nobreza de Josué. Ele era tão especial para o Senhor e para o seu povo que nunca foi contestado por ninguém, diferentemente diferent emente do que aconteceu com Moisés. Contudo, a verdadeira nobreza de Josué não lhe foi outorgada por suas extraordinárias realizações (ele conquistou mais de 30 nações), mas por sua humildade. Josué, por exemplo, ao escrever o livro que leva o seu nome, apresentaapresenta-se se como sendo, “lho de Num, servo de Moisés” (Js 1.1), e, 1.1), e, ao longo da narrativa, sempre chama Moisés de “servo do Senhor”. Quando, porém, Josué faleceu, alguém escreveu escrev eu as últimas linhas do livro, chamando-o, por m, de “servo do Senhor”. Não havia, portanto, nenhum sentimento de autoengrandecimento, vaidade, dominação política, no espírito de Josué. Seu ideal de vida era servir elmente a Deus, honrar ao seu líder Moisés bem como ao seu povo; por isso o Senhor Senh or o honrou de maneira tão distintiva.
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SUBSÍDIO � “Josué era lho de Num, da tribo de Efraim. Como tinha mais de 40 anos de idade quando deixou o Egito e parecia bem qualicado para assumir o comando das forças israelitas que lutaram contra os amalequitas em Redim (Êx (Êx 17.8-16), é 17.8-16), é possível que tivesse sido treinado pelo exército de faraó. Durante aquele ano, no Monte Sinai, Josué serviu como auxiliar direto de Moisés quando esse último recebeu as leis, e todas as vezes que ia à tenda onde encontrava e ouvia o Senhor (Êx (Êx 24.23; 24.23; 32.17 32.17;; 33.21) 33.21).. Mesmo depois de deixar o Sinai, Moisés considerava Josué como um ‘moço’ e achava necessário censurá-lo por proibir dois anciãos do acampamento de profetizar (Nm 11.27-29). Além dos possíveis poss íveis contatos que pode ter tido antes do Êxodo com Canaã e seus habitantes, que vinham comercializar com os egípcios, ou mesmo que pudesse ter viajado ao Egito em alguma campanha militar, Josué adquiriu experiência dessa terra por ser um dos 12 espias. Quando Moisés e seu sucessor se dirigiram à porta da tenda, Deus comissionou Josué de uma forma direta (Dt (Dt 32.14,15,23) 32.14,15,23).. Depois da morte de Moisés, o Senhor bondosamente repetiu essa ordem particularmente a Josué, aumentando as suas promessas com a nalidade de encorajá-lo na véspera da invasão de Canaã (Js Wyclife e. 1. 1.1-9)” 1.1-9 )” (Dicionário Bíblico Wyclif ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 1.095).
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SUBSÍDIO � “Em muitos aspectos, ‘Josué do Antigo Testamento’ pregura características característ icas do Jesus do Novo Testam estamento. ento. Não foi registrado nenhum mal contra ele. Ele estava livre de todo o desejo de autopromoção ou cobiça; não existe traço de egoísmo que manche a nobreza simples de seu caráter. Em todas as circunstâncias ele demostrou um desejo supremo: conhecer a vontade de Deus. Sua principal ambição era fazer a vontade divina. Josué foi um homem de coragem inabalável e perseverança invencível que mostrou profunda confiança diante das diculdades. Suas ações imediatas lhe deram vitórias. As outras pessoas lhe deram grande honra em função da desconsideração altruísta de seus próprios interesses pessoais. Ele nunca deixou de demonstrar uma profunda preocupação pelos interesses daqueles a quem liderava. Desse modo, na plenitude dos tempos, quando Deus precisava de um homem bem preparado, Ele escolheu Josué. O Senhor encontrou naquele homem alguém que ouviria suas instruções. Josué era alguém que cumpriria suas tarefas. Estas qualidades de caráter tão associadas à disposição de Josué são sempre aprovadas por Deus” ( Comentário Bíblico Beacon . 1.ed. Vol. 8. Rio de Janeiro: CPAD, CPAD, 2015, pp. 24,25). 24,25 ).
ESTANTE DO PROFESSOR GOWER, Ralph. Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos . 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2002. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
ANOTAÇÕES
CONCLUSÃO Josué é um exemplo exem plo para todo o crente, desde a sua formação como d iscípulo (servo) de Moisés, no deserto, até a sua ascensão ao posto mais alto da
nação. Ele demonstrou um grande senso de serviço e devoção ao Senhor mesmo em tempos difíceis, como a travessia pelo deserto.
HORA DA REVISÃO 1. Transcreva a referência em que Josué foi citado pela primeira vez na Bíblia. “Pelo que disse Moisés a Josué: Escolhe-nos homens, e sai, e peleja contra Amaleque; amanhã, eu estarei no cume do outeiro, e a vara de Deus estará na
minha mão” (Êx (Êx 17.9). 2. Quem, juntamente com Josué, trouxe um relatório de fé ao espiar Canaã? Calebe. 3. Qual era o costume de Josué segundo Êxodo 33.11? Ele nunca se apartava do meio da tenda. 27.18 o que diferenciava Josué dos demais líderes? 4. Segundo Número 27.18 o Homem em que há o Espírito (Nm 27.18). 5. Qual a característica de Josué que você considera a mais importante para um líder? Resposta pessoal.
13 LIÇÃO
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O DESERTO VAI PASSAR AGENDA DE LEITURA TEXTO DO DIA “Não to mandei eu? Esforça-te e tem bom ânimo; não pasmes, nem te espantes, porque o SENHOR, teu Deus, é contigo, por onde quer que andares.” (Js 1.9) 1.9)
Temor e sinceridade diante do Senhor Escolha a quem quer servir O Senhor é o nosso Deus
SÍNTESE A caminhada do povo de Deus pelo deserto deste mundo em breve terminará e estaremos para todo o sempre com o Senhor.
Deus é santo e zeloso Inclinai o coração ao Senhor A terra, a herança do Senhor
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OBJETIVOS • MOSTRAR o perigo de ficar no liminar da Terra Terra Prometida; Prometida; • COMPREENDER que que para receber os benefícios do Senhor é preciso ter fé; • CONSCIENTIZAR de que um dia nossa jornada jornada nesse mundo chegará ao fim.
INTERAÇÃO Chegamo s ao final do estudo do livro Chegamos livro de Números. Caminhamos pelo deserto, juntamente com o povo de Deus. O trimestre foi concluído, mas nosso trabalho docente docen te não. É hora de iniciar o planejamento do próximo trimestre. Esmere-se fazendo o melhor para Deus, investindo no estudo bíblico e na oração. Com isso, você continuará aprendendo a respeito de Deus. Certo professor em uma conferência de Escola Dominical disse o seguinte: “Quando eu aprendo, consigo ensinar; ensinando, aprendo de novo”.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Chegamos ao final fin al de mais trimestre. Com certeza a sua fé no Deus que guiou o seu povo pelo deserto à Terra Prometidas foi fortalecida mediante o estudo de cada lição. Conclua mostrando aos alunos que embora sejamos filhos(as) de Deus estamos sujeitos a enfrentar algumas crises em nossa caminhada, como os hebreus enfrentaram no deserto. Contudo, as crises não são para nos
destruir, castigar, castigar, desanimar desanim ar,, mas o Pai as permite para p ara
nos moldar, lapidar e para que possamos confiar mais nEle, em sua fidelidade. Incentive os alunos a verem os “desertos” como como oportunidades de crescimento espiritual, de transformação. O Deus que sustentou o povo no deserto durante os anos é o mesmo que vai sustentá-lo sustentá-lo e ajudá-lo a enfrentar as dificuldades da vida.
TEXTO BÍBLICO Números 32.31-33 31 E responderam os filhos de Gade e os filhos de Rúben, dizendo: O que o SENHOR falou a teus servos, isso faremos. 32 Nós passaremos, armados, perante o SENHOR à terra de Canaã e tere mos a possessão de nossa herança daquém do Jordão.
33 Assim, deu-lhes Moisés, aos filhos de Gade, e aos filhos de Rúben, e à meia tribo de Manassés, filho de José, o reino de Seom, rei dos amorreus, e
o reino de Ogue, rei de Basã: a terra com as suas cidades nos seus termos, as cidades do seu contorno. Números 33.50-56 50 E falou o SENHOR a Moisés, nas campinas dos moabitas, junto ao Jordão, de Jericó, dizendo: 51 Fala aos filhos de Israel e dize-lhes:
Quando houverdes passado o Jordão para a terra de Canaã,
52 lançareis fora fora todos todos os moradores da terra diante de vós e destruireis todas as suas figuras; também destruireis todas as suas imagens de fundição e desfareis todos os seus altos;
COMENTÁRIO INTRODUÇÃO Neste trimestre acompanhamos
a longa jornada do povo hebreu pelo deserto. Eles caminharam por aproximadamente 40 anos, num lugar onde as pessoas, em regra, não se arriscavam a fixar residência pelas condições extremamente desfavoráveis, um “grande e terrível deserto de serpentes ardentes, e de escorpiões, e de terra seca, em que não havia água” (Dt (Dt 8.15). A 8.15). A jornada estava chegando ao fim. A geração que atravessou o mar Vermelho a pé enxuto havia sido consumida durante a peregrinação, —— mais de seiscentos mil homens; entretanto, nenhum deles faleceu por falta do cuidado de Deus, morreram pela desobediência; tentaram a Deus e caíram no deserto (Hb 3.16,17).
53 e tomareis a terra em possessão e
nela habitareis; porquanto vos tenho dado esta terra, para possuí-la.
54 E por sortes herdareis herdareis a terra segun herança multiplicareis, e, aos poucos,
1. A antecipação da herança. Os lhos de Rúben, Gade, e metade da tribo de
a herança diminuireis; onde a sorte
Manassés eram afeitos afeitos à pecuária, donos
do as vossas famílias; aos muitos, a
sair a alguém, ali a terá; segun do as tribos de vossos pais, tomareis as heranças. 55 Mas, se não lançardes fora os moradores da terra de diante de vós, então, os que deixardes ficar deles vos serão por espinhos nos vossos olhos e por aguilhões nas vossas
costas e apertar-vos-ão na terra em que habitardes. 56 E será que farei farei a vós como pensei fazer-lhes a eles.
de muitos animais. Eles solicitaram a antecipação da sua herança a Moisés. Porém, essas tribos se pronticaram a
transpor o Jordão e ajudar a derrotar os exércitos cananitas (Js 4.12,13). 2. O perigo de ficar à margem de Canaã. Ao que tudo indica, os rubenitas, rube nitas, gaditas e os homens da meia tribo de
Manassés não perceberam o perigo que corriam em car, na verdade, no “limiar da herança”. O futuro revelaria o erro
daquela decisão, pois aqueles israelitas 92 JOVENS
— separados do restante das tribos pelo Jordão, e sem nenhuma defesa natural contra os inimigos — foram os primeiros a se tornarem idólatras e, vulneráveis, também os primeiros a serem levados cativos à Assíria (1 Cr 5.25,26).
Convém observar que aquelas duas tribos e meia tinham um sério problema: não anelavam entrar na Terra Prometida. Qualquer campina serviria para eles. 3. Recordando a viagem no deserto. Depois da purificação do exército exército de Israel (Nm (Nm 31. 13-24), e 13-24), e da resolução a respeito das terras a leste do Jordão, que ficaram com as tribos de Rúben, Gade e metade da tribo de Manassés (Nm 32), chegou 32), chegou a hora da despedida do grande líder. Moisés então faz um longo discurso. Ele discorre a respeito da história da travessia pelo deserto, começando com a saída do Egito (Nm
33). Esse capítulo possui uma peculiari33). dade: relembra o passado e, por isso, traz consigo uma forte carga de informações valiosas sobre como viver no presente. É necessário trazer a memória do povo as
Ponto Importante As duas tribos e meia desprezaram todo o esforço empreendido e, por isso, pagaram um alto preço anos depois.
1. Chegando ao fm da viagem. Os
hebreus xaram acampamento nas cam pinas dos moabitas, junto ao Jordão, na direção de Jericó (Nm (Nm 33.50). A 33.50). A cansativa viagem pelo deserto estava chegando ao m e esse era um momento de es-
pecial alegria. Há cerca de 38 anos eles estavam em Cades Barneia (Nm 13) e 13) e ali, tomados pelo desânimo e pela falta de fé, decidiram retornar ao Egito. Egito. O Deus que guiou os hebreus até a
Terra Prometida deseja dese ja nos guiar g uiar em nos sa trajetória por esse mundo tenobroso;
precisamos crer nisso, ter fé. Deus é bom e tem cuidado de nós; por isso isso podemos descansar o nosso coração, pois o Senhor nunca erra, nem se atrasa, ou permite
que a luta da vida seja mais dura do que possamos suportar. Tenha fé! fé!
experiências do passado, a m de que
2. A herança pela fé, uma visão. Em visão. Em
os mesmos erros não sejam praticados p raticados
Números 34.2, 34.2, Deus está falando a res-
novamente.
peito do futuro, no qual os israelitas herdariam, pela p ela fé, a Terra Terra Prometida. A vinda do tempo de Deus para aquela geração não tardaria. As profecias bíblicas, agora,
Por m, o Senhor (vv. (vv. 50-56) 50-56) adverte o povo a respeito das consequências para quem se tornar relapso em obedecê-lo. O amor do Altíssimo por seu povo, a cada novo parágrafo das Escrituras, mostra Deus como um Pai cuidadoso, que não quer que nenhum dos seus
lhos se perca, mas cheguem ao pleno conhecimento da verdade (1 (1 Tm 2.4).
Pense! Se era tão ruim ficar ao leste do Jordão, por que Moisés autorizou a antecipação da herança das duas tribos e meia?
teriam seu cabal cumprimento. O Senhor estava fornecendo uma
visão aos hebreus do que seria a herança deles. O propósito era encorajar o povo a seguir caminhando e conquistando as muitas cidades. Aos olhos dos israelitas não havia nenhuma possibilidade de
êxito nas batalhas, mas a visão espiritual fornecida a eles pelo Senhor tornou-se o combustível necessário para lançá-los à guerra.
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3. A herança pela fé, uma proteção. O
Moisés, as últimas leis penais (homicídio
Senhor, ao estabelecer os limites da herança dos hebreus, estava aguçando a fé do povo e os protegendo contra a cobiça.
culposo e doloso) e hereditárias (bastante avançadas para a época). Deus estabeleceu
O Eterno não desejava que a aquisição
de bens materiais fosse a for força ça motriz de Israel, — eles precisavam anelar, como
Abraão, a cidade que tem fundamentos (Hb 11.10). A 11.10). A herança oferecida oferecida pelo Senhor, Senh or, entretanto, deveria ser conquistada com força e coragem, pela fé (Js (Js 1.9).
Pense! Por que os hebreus deveriam lutar por uma herança que já lhes pertencia?
Ponto Importante O servo de Deus deve buscar a realização de seus projetos pessoais, mas desde que seja segundo a vontade divina.
1. A oferta oferta aos levitas. lev itas. Os dois últimos capítulos do livro de Números trazem as últimas recomendações de Moisés para o povo, pouco antes da entrada em Canaã. Segue-se, após, a repetição da lei em Deuteronômio e a morte de
Moisés, quando encerra-se a história da caminhada de 40 anos no deserto. Depois de determinar a divisão da
diversas leis devido a dureza do coração dos hebreus. Israel deveria reetir a glória do Senhor em seu ordenamento jurídico. As leis tinham um propósito maior:
apontavam, sobretudo, sobretudo, para a justiça que provém da cruz do Calvário. Eram justas, proféticas, e messiânicas. 3. Conquistando o impossível. Ao longo de 40 anos, Israel palmilhou por uma
estrada de muitas diculdades. Agora, às margens da Terra Prometida, receberia
as últimas instruções de Deus e, debaixo da sua bênção, entraria triunfantemente
em Canaã, para conquistar o que aparentemente era impossível. Isso poderia ter
acontecido há quase quatro décadas, mas, pela incredulidade da primeira geração de hebreus, a porta foi fechada. Agora, o caminho estava aberto e uma nova geração que cresceu no de serto, marcharia vitoriosa. O rio Jordão estava cheio, transbordando transbordando pelas suas ribanceiras, mas não haveria problema quanto a esse fato, pois Deus cumpriria brevemente sua promessa. A vida do crente é semelhante a do
povo de Deus no deserto. São muitas es tradas empoeiradas pelas quais devemos trilhar, tendo em vista o aprimoramento
dade de os levitas morarem em cidades
espiritual para, depois, tomarmos posse das bênçãos que estão preparadas para
próprias e da existência, também, de
aqueles que amam a Deus.
terra, o Senhor fez lembrar da necessi-
cidades de refúgio. Santidade e justiça são virtudes imprescindíveis para quem quer ser abençoado. Israel sabia que a bênção do Senhor decorreria da obediência ao
seu padrão ético e moral e, por isso, essas determinações foram atendidas. 2. Estabelecimento de leis justas. Por
m, o Senhor entregou, por intermédio intermédio de 94 JOVENS
Pense! Qual era o real propósito das muitas leis entregues aos hebreus?
Ponto Importante A dureza do coração dos hebreus fez com que Deus, por amor amor,, concedesse leis civis e cerimoniais.
SUBSÍDIO �
SUBSÍDIO �
“ Números 34.1-15. Aqui temos a
“Números 32. Nesse mesmo tempo,
denição da linha pela qual a terra de Canaã foi medida e limitada por
as tribos de Gade e de Rúben e a metade da de Manassés, que eram muito ricas em gado e em todas as
todos os lados. Havia uma concessão muito maior prometida a eles, a qual, no devido tempo, teriam possuído, se tivessem sido obedientes, chegando até o rio Eufrates (Dt (Dt 11.24). E 11.24). E até lá o domínio de Israel estendeu-se, nos tempos de Davi e de Salomão (2 Cr 9.26).). Mas o que aqui está descrito 9.26
é apenas Canaã, que era a parte das
espécies de bens, rogaram a Moisés que lhes desse o país dos amorreus, am orreus, conquistado algum tempo antes,
porque era muito rico em pastagens. Esse pedido fê-lo crer que o desejo
deles era evitar evitar,, sob esse pretex pretexto, to, o combate contra os cananeus. Assim, disse-lhe que era apenas por covardia
nove tribos e meia, pois as outras duas e meia tribos já tinham sido assentadas (vv. 14,15). 14,15).
que lhe faziam aquele pedido, para
Aqueles que estivessem dentro destas fronteiras, e somente a eles, os israelitas deveriam destruir. Até
Eles responderam que estavam tão
aqui a sua espada sanguinária devia ir, e não além. Deus não desejava que o seu povo aumentasse o seu desejo de possessões mundanas,
viver em tranquilidade numa terra conquistada pelas armas de todo povo.
longe da intenção de querer evitar o perigo quanto desejavam colocar, col ocar, por esse meio, as suas mulheres, os seus lhos e os seus bens em segurança,
para estar sempre prontos a seguir o
mas que soubesse quando tivesse o suciente, e casse satisfeito com isto.
exército aonde os quisessem levar. Moisés, satisfeito com a explicação, concedeu-lhes o que pediam, com
Os próprios israelitas não deveriam
a condição de que essas tribos mar-
estar sozinhos no meio da terra, mas
chariam com as outras contra os inimigos até que a guerra estivesse completamente terminada. Assim, eles tomaram posse daquele país e ali construíram cidades forticadas.
deveria deixar lugar para que seus vizinhos vivessem a seu lado. Deus
determinou os limites da nossa terra. Devemos, então, denir limites aos
nossos desejos, fazendo com que o nosso pensamento e a nossa vontade estejam de acordo com nossa condi -
Puseram nelas as suas mulheres, lhos
ção” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico do Novo Testamento. Testamento. 1.ed. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, pp. 554,555).
promessa” (JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus. Hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp. 214,215).
e bens, a m de estarem mais livres
para tomar as armas e cumprir a sua
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ESTANTE DO PROFESSOR CABRAL, Elienai. Josué: Um Líder que Fez a Diferença. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
ANOTAÇÕES
CONCLUSÃO O livro de Números, ao narrar a caminhada dos hebreus, por cerca de 40 anos, em uma região desértica, simboliza a vida de fé de cada cristão, em
todos os tempos. Cabe a cada crente se apropriar de cada fato narrado no
livro de Números e assim guardar as importantes lições que o ajudarão na jornada de fé até a Canaã Celestial.
HORA DA REVISÃO 1. Por que as tribos de Rúben, Gade e a meia tribo de Manassés resolveram antecipar a sua herança? Porque essas tribos eram afeitas à pecuária, pecuá ria, donos de muitos animais e as terras pareciam excelentes para a pecuária. 2. Segundo a lição, por que é necessário relembrar as experiências do passado? Faz-se necessário que a memória do povo esteja atenta para experiências do passado, a fm de que os mesmos erros não sejam praticados novamente. 3. Por que as leis foram dadas por Deus? Deus estabeleceu diversas leis devido a dureza do coração dos hebreus. Israel deveria reetir a glória do Senhor em seu ordenamento jurídico. 4. Segundo a lição, por que foi importante Deus mencionar os limites da Terra Prometida ? Foi importante para proteger os hebreus da cobiça. 5. O que você aprendeu de mais signicante a respeito do livro de Números? Resposta pessoal.
O QUE QUE FAZER FAZER QUANDO A FÉ SE ENCON ENCONTRA TRA COM A VIDA REAL NA UNIVE UNIVERSIDADE? RSIDADE? É possível um jovem entrar na universidade e prosperar na sua caminhada com Cristo? A resposta é um sim! O ensino superior não precisa ser uma batalha perdida. Com um pouco de ajuda, os estudantes cristãos poderão ver a universidade como um canal das bênçãos de Deus em vez de uma armadilha espiritual. Lembre-se a quem você pertence! Você pertence a Jesus Cristo. Que seu santo nome seja glorificado através de seus estudos e vida vi da profissional. “Filho meu, se aceitares as minhas palavras e esconderes contigo os meus mandamentos, para fazeres atento à sabedoria o teu ouvido, ouvi do, e para inclinares o teu coração ao entendimento, e, se clamares por entendimento, e por inteligência alçares a tua voz, se como a prata a buscares e como a tesouros escondidos a procurares, então, entenderás o temor do SENHOR e acharás o conhecimento de Deus.” Provérbios 2.1-5