CENTRO EDUCACIONAL DE JOÃO MONLEVADE - CEJM CRIADO PELA LEI MUNICIPAL 287 DE 18 DE DEZEMBRO DE 1971 JOÃO MONLEVADE – MINAS GERAIS
AVALIAÇÃO INTERMEDIÁRIA DE PORTUGUÊS NOME: No: PROFESSOR : BIMESTRE : VALOR : DATA: __/__/2009 1º 7,0 CONTEÚDO : Interpretação de texto
TURMA: NOTA:
Leia o conto criado pela imaginação popular e recontado por Ricardo Azevedo. Observe a forma como a maldade humana é apresentada e as consequências para aqueles que cedem à tentação de segui-la.
Três moços malvados (versão de um conto popular)
Eram três moços malvados. Gostavam de entrar no mato e caçar tudo quanto é bicho. Levavam espingarda de chumbo grosso, espingarda de cartucho e até revólver de dois canos. Ficavam o dia inteiro dando tiro. Matavam arara, papagaio, tucano. Bem-te-vi, sanhaço, tiziu, caga-sebo, pintassilgo, joão-de-barro, andorinha, rolinha, sofrê, sabiá, sem-fim e currupião. Matavam macuco, caburê, curiango, coruja, mutum-de-penacho, pica-pau, saíra, garça, quero-quero, socó, jaburu, irerê e pato-do-mato. E também bicho grande que nem tamanduá, tatu, gambá, bicho preguiça, veado, curió, capivara, cotia, paca, preá, anta, macaco, quati, tartaruga e cachorro-do-mato. Os três bandidos caçavam por caçar. Matavam por divertimento. Gostavam de ver quem tinha melhor pontaria, quem acertava num tiro só, quem destruía mais. Um dia, durante a caçada, escutaram uma voz grossa gritando no fundo do mato: — Olha o laço! Os três estranharam. E a voz grossa: — Olha o laço! Os moços acharam graça. Um deles disse: — Vamos procurar o tal do laço pra gente olhar? Os três acharam ótima ideia. E assim os malvados foram-se embrenhando na mata. Andaram que andaram que andaram cada vez mais fundo, cada vez mais longe de tudo. A floresta foi ficando escura e cheia de sombras. Os moços acabaram indo parar numa clareira. Debaixo de um imenso pé de jatobá encontraram três sacos cheios de dinheiro. Festejaram dando tiros para o alto. — A gente agora tá podre de rico! E logo fizeram uma combinação. Enquanto um deles ia até a cidade comprar vinho para comemorar, os outros dois ficariam na clareira tomando conta do tesouro. Um dos moços partiu e os outros dois ficaram. Um dos que ficaram, olhando aquele dinheirão, começou a fazer contas e pensou: — Vou acabar com meu colega. Quando o outro voltar dou cabo dele também. Assim o dinheiro fica todinho pra mim.
E o malvado não pensou duas vezes. Sacou a arma, atirou no companheiro, matou-o e enterrou o corpo ali mesmo. Depois, acendeu um cigarro e ficou esperando sentado debaixo do jatobá. Acontece que o moço que foi à cidade comprar vinho teve uma ideia parecida: — Levo o vinho cheio de veneno. Assim os dois bebem, morrem e eu fico com o dinheiro todo. E fez isso mesmo. Comprou um garrafão de vinho tinto, encheu de veneno de rato e voltou para dentro do mato. Quando chegou à clareira, levou um tiro e morreu na hora. O último moço, o bandido que sobrou, sentou numa pedra para descansar. Olhando os três sacos de dinheiro, esfregou as mãos de felicidade. — Agora sim! disse ele. — Fiquei rico. Não vou trabalhar nunca mais. Vou passar o resto da vida comprando coisas, casas, roupas, carros, joias, fazendas... Dizendo isso, arrancou a rolha do garrafão de vinho e bebeu quase tudo de um gole só. Foi engolir o vinho e cair duro no chão. Assim, o laço do diabo terminou de apertar seu nó. Ricardo Azevedo. Armazém do folclore. p. 25-26.
Questão 1 – O texto que você leu é uma narração, ou seja, apresenta personagens praticando ações em determinado tempo e espaço. a) Quais são os personagens desse texto? ( ) Três amigos malvados e o diabo. ( ) Três amigos malvados. ( ) o diabo. b) Qual é a principal característica desses personagens?
( ) Os três amigos são bons; o diabo, tentador. ( ) Os três amigos são espertos; o diabo, bonzinho. ( ) Os três amigos são malvados; o diabo, ardiloso, esperto. c) Logo no primeiro parágrafo é descrita a ação que os três amigos gostavam de praticar. Que ação é essa? Os três amigos gostavam de caçar.
d) O espaço é o local em que as ações acontecem. Em qual espaço ocorrem as principais ações desse conto? Numa floresta. .
e) A narração se desenvolve no tempo. Pode-se dizer que as ações desse conto tiveram a duração de: ( X) um dia. ( ) um mês. ( ) um ano.
Questão 2 – Segundo o texto, os três moços eram malvados porque
( ) caçavam apenas por divertimento. ( ) caçavam para se alimentar. ( ) caçavam para ajudar os pobres.
Questão 3 – Além da maldade, podemos perceber outra característica dos três moços. Nós podemos dizer que eles são
( ) aventureiros.
( ) gananciosos.
( ) prestativos.
Questão 4 – Releia outro trecho: Um dia, durante a caçada, escutaram uma voz grossa gritando no fundo do mato: — Olha o laço! Os três estranharam. E a voz grossa: — Olha o laço! Os moços acharam graça. Um deles disse: — Vamos procurar o tal do laço pra gente olhar? a) De quem era a voz que os três moços ouviram? Do diabo .
b) O que o dono da voz pretendia?
( ) Atrair os três moços para dentro da mata, onde havia armado uma cilada. ( ) Ajudar os três moços na caça. ( ) Festejar a chegada dos três moços na floresta. Questão 5 – Várias histórias populares têm a intenção de transmitir valores morais. Qual é a moral desse conto?
( ) A maldade compensa quem a pratica. ( ) A maldade deve ser punida. ( ) O bem sempre vence o mal.