Quando a Vida nos Machuca Compreendendo Compreendendo o lugar de Deus em sua dor
Philip Yancey Digitalizado por Carlos Honório Reeditado por SusanaCap
www.semeadores.net
Nossos e-books são disponibilizad disponibilizados os gratuitamente, com a única finalidade de oferecer leitura edificante a todos aqueles que não tem condições econômicas para comprar. Se oc! " financeiramente priilegiado, priilegiado, então utilize nosso acero apenas para aaliação, e, se gostar, abençoe autores, editoras e lirarias, adquirindo os liros. Semeadores da #alara e-books eang"licos
Quando a Vida nos Machuca Compreendendo Compreendendo o lugar de Deus em sua dor
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Copyright © 1999 por Philip Yaney Pu!liado pela "ultnomah Pu!lishers #$% &est 'dams '(e.) P.*. +o, 1-#$) Sisters) *regon) 9--9 Copyright © #$$/ pela 0ditora nited Press P ress 23tulo do original em ingl4s5 &hen li6e hurts 2radu78o5 uiz :raz8o :ilho Re(is8o5 ;osemar de Souza Pinto edi78o !rasileira5 #$$/
$uando o coração se me amargou e as entran%as se me comoeram, eu estaa embrutecido e ignorante& era como um irracional ' tua presença. (odaia, estou sempre contigo, tu me seguras pela min%a mão direita. (u me guias com o teu consel%o e depois me recebes na gl)ria. $uem mais ten%o eu no c"u* Não outro em quem eu me compraza na terra. +inda que a min%a carne e o meu coração desfaleçam, eus " a fortaleza do meu coração e a min%a %erança para sempre.
Um convite à esperança tr!s d"cadas escreendo, / conersei com muitas pessoas 0timas da dor. +lgumas delas, como um piloto adolescente cu/o aião ficou sem combust0el e caiu em um mil%aral, eram diretamente responseis por seu pr)prio sofrimento. 1utras, como uma /oem que morreu de leucemia, seis meses ap)s seu casamento, foram aparentemente escol%idas de forma aleat)ria, sem nen%um aiso pr"io. 2ntretanto, todas, sem e3ceção, tin%am profundas e inquietantes dúidas sobre eus por causa da dor pela qual passaram. + dor coloca ' proa nossas conicções mais elementares sobre eus. 4 oui, repetidas ezes, cinco perguntas ense/adas pela dor5 eus " suficientemente competente* 2le ", de fato, tão poderoso* 2le " /usto* #or qu! 2le parece não se importar com a dor* 1nde est eus quando mais preciso dele* 6on%eço bem essas perguntas por / t!-las feito a mim mesmo, em momentos de sofrimento. 6aso oc! ainda não ten%a colocado diante de si as mesas questões, " proel que algum dia isso en%a a acontecer, em momento de grande sofrimento ou dor. Se oc! est passando por intensas aflições, f0sicas ou emocionais, este pequeno liro " para oc!. Nesses tempos tão indese/ados de busca e desespero, eus anseia por nos oferecer algo de alor inestimel, algo que nunca pedimos. 6ada pergunta pode ser um conite ' esperança, a porta para os seus generosos dons diinos.
Na tua presença, Sen%or, estão os meus dese/os todos, e a min%a ansiedade não te " oculta. 7ate-me e3citado o coração, faltam-me as forças, e a luz dos meus ol%os, essa mesma / não est contigo. Salmo 89.:-;<
SEÇÃO UM QUANDO
VOCÊ SE PERGUNTA POR QUE DEUS CROU A DOR
#asseie por um /ardim durante a primaera ou obsere a nee cair sobre uma paisagem montan%osa, e, por um instante, oc! ter a impressão de que tudo parece /usto no mundo. + criação reflete a generosidade de eus assim como uma pintura reflete a generosidade do artista. 1 mundo est repleto de belezas, conen%amos. =as, obserando mais detidamente este adorel mundo, oc! começa a er dor e sofrimento por toda parte. 1s animais deoram uns aos outros em um cruel ciclo de sobrei!ncia, onde prealece a lei do comer ou ser comido. (odo ser %umano passa por profundos sofrimentos pessoais. +lguns se destroem mutuamente. (udo o que tem ida enfrenta frustrações, acidentes ou doenças - e, por fim, a morte. + >pintura> de eus l%e parece fal%a& 's ezes, at" arruinada. 6onfesso que c%eguei a er a dor como um grande erro diino, num mundo que, por outro lado, se mostra impressionante. #or qu! teria eus permitido que sua criação ficasse desordenada e a dor passasse a e3istir no mundo* Se não %ouesse in/ustiças e sofrimentos, seria muito mais fcil para n)s respeitarmos a eus e acreditar nele. #or qu! não poderia ter 2le criado todas as belezas deste mundo dei3ando de fora a dor* escobri a resposta para essas perguntas em um lugar inusitado. #ara min%a surpresa, descobri que, na erdade, e3iste um mundo onde não % dor - entre as paredes de
um leprosrio. 1s leprosos, %o/e c%amados de %ansenianos, não sentem dor f0sica. #or"m, " /ustamente a0 que est a trag"dia de sua condição. + medida que a doença se alastra, as terminações nerosas que emitem os sinais de dor silenciam. #raticamente toda a deformidade f0sica ocorre porque a 0tima da lepra não consegue sentir dor. 6erta ez, con%eci um portador de lepra que %aia perdido todos os dedos do p" direito por insistir em usar sapatos apertados, menores do que os que ele precisaa usar. 6on%eço outro que c%egou quase a perder o polegar por causa de uma ferida que se desenoleu em decorr!ncia da força com que ele seguraa o cabo de um esfregão. =uitos pacientes naquele %ospital ficaram cegos em irtude de a lepra ter silenciado as c"lulas da dor, cu/a função era alert-los no momento em que piscassem. =eus encontros com 0timas da lepra seriram para me mostrar que, em mil e um aspectos, grandes e pequenos, a dor nos " útil a cada dia. 2nquanto formos saudeis, as c"lulas da dor nos alertarão sobre quando deemos trocar de sapatos, sobre quando deemos segurar com menos força o cabo de um esfregão ou de um ancin%o, ou quando precisamos piscar. 2nfim, a dor nos permite lear uma ida lire e atia. 2m um liro escrito anteriormente, Where Is God When It Hurts, descreo algumas das noteis caracter0sticas da corrente da dor no corpo %umano. Não posso reproduzi-las todas aqui, mas ale a pena mencionar algumas5 - Sem os sinais da dor, a maioria dos esportes seria demasiadamente arriscada. - Sem a dor, não %aeria se3o, uma ez que o prazer se3ual " transmitido principalmente pelas c"lulas da dor. - Sem a dor, a arte e a cultura seriam muito limitadas. =usicistas, dançarinos, pintores e escultores, todos dependem da sensibilidade do corpo ' dor e ' pressão. ?m guitarrista, por e3emplo, precisa sentir e3atamente a
posição de seus dedos nas cordas e a pressão e3ercida sobre elas. Sem a dor, nossas idas estariam correndo constantes perigos fatais. Não receber0amos, por e3emplo, o aiso da ocorr!ncia de um ap!ndice supurado, de um enfarto ou de um tumor cerebral. - 2m suma, a dor " essencial ' preseração da ida normal neste planeta. Não se trata de uma inoação inentada por eus no último instante da criação s) para tornar infeliz a ida das pessoas. Nem se constitui ela num grande erro do 6riador. o/e e/o no incr0el rede de mil%ões de sensores da dor e3istentes por todo o corpo %umano, precisamente adaptados ' nossa necessidade de proteção, um e3emplo da compet!ncia de eus, e não de sua incompet!ncia.
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eus meu, clamo de dia, e não me respondes. Salmo @@.@
SEÇÃO DOS QUANDO
VOCÊ DUVDA DO PODER DE DEUS!
A claro que a dor f0sica " apenas a camada e3terna daquilo que c%amamos de sofrimento. + morte, as doenças, os terremotos, os tornados - tudo suscita duros questionamentos sobre o enolimento de eus na terra. #ode ser que, originalmente, 2le ten%a criado a dor como um meio de adert!ncia eficaz para n)s. =as ao que dizer do mundo %o/e* Ser que eus pode se sentir satisfeito com toda a insensatez dos males da %umanidade, com as catstrofes naturais e as fatais doenças infantis* #or qu! 2le não atua com toda a sua compet!ncia e põe fim a algumas das piores formas de sofrimento* 2le tem poderes suficientes para isso* 2le tem capacidade para reorganizar o unierso de modo a aliiar nosso sofrimento* 6erta ez, um famoso fil)sofo e3pressou o problema da dor da seguinte maneira5 >1u eus " todo-poderoso, ou " todo-generoso. 2le não pode ser as duas coisas e permitir a dor e o sofrimento>. 2ssa lin%a de pensamento geralmente lea ' conclusão de que eus " bondoso, de que 2le nos ama e detesta nos er sofrer& mas, infelizmente, suas mãos estão atadas. 2le simplesmente não tem poder suficiente para solucionar os problemas deste mundo. =as não " isso que a 70blia ensina. no +ntigo (estamento um liro sobre um %omem que, sem merecer, sofria uma grande dor - 4). No caso de 4), eus tee uma plataforma perfeita para discutir sua falta de poder, se " que esse era, na erdade, o problema. 6ertamente, 4) teria recebido de bom grado as seguintes palaras de eus5 >4), lamento profundamente o que est
acontecendo. 2spero que oc! entenda que eu nada tie a er com a maneira como as coisas ocorreram. Bostaria de poder a/ud-lo, 4), mas realmente não ten%o como>. eus não disse nada disso. Calando a um %omem ferido e completamente desmoralizado, 2le enalteceu toda a sua sabedoria e o seu poder D4) 89-E;F.
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>6inge, pois, os lombos, %omem>, começou eus. >#ois eu te perguntarei, e tu me fars saber.> 2ntão, eus se pôs a e3plorar o cosmo. >1nde estaas tu, quando eu lançaa os fundamentos da terra* ize-mo, se tens entendimento. $uem l%e pôs as medidas, se " que o sabes*>
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#asso a passo, eus conduziu 4) pelo processo da criação5 o pro/eto do planeta (erra, a escaação de canais para depositar os mares, a colocação do sistema solar em moimento, a criação da estrutura cristalina dos flocos de nee. 2m seguida, 2le se oltou para o reino animal, ressaltando, com orgul%o, o bode montes, o boi selagem, o aestruz, o caalo e o falcão. 1 escritor Crederick 7uec%ner sintetizou as comparações que figuram no liro de 4) da seguinte maneira >GeusH diz que tentar e3planar os tipos de coisas que 4) quer e3plicar seria como tentar e3plicar 2instein comparando-o a uma cabeça de bagre... eus não reela seu grande plano. 2le se reela a si mesmo.> 1utras partes da 70blia me conencem de que talez de!ssemos er o problema da dor como uma questão de ocasião, e não de poder. (emos muitos ind0cios da insatisfação de eus com o estado em que este mundo se encontra. 6ertamente, sua insatisfação em !-lo " tão grande quanto o nosso desagrado em assistir ' sua decad!ncia. 2 2le plane/a, um dia, tomar alguma atitude em relação a essa situação. (oda a ida dos profetas e de 4esus e todo o Noo (estamento são permeados pela esperança de que c%egar o grande dia em que serão criados um noo c"u e uma noa terra com a finalidade de substituir o antigo c"u e a antiga terra. 1 ap)stolo #aulo e3pressou a questão da seguinte maneira5 >#orque para mim ten%o por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a gl)ria a ser reelada em n)s. + ardente e3pectatia da criação aguarda a reelação dos fil%os de eus... #orque sabemos que toda a criação, a um s) tempo, geme e suporta angústias at" agora> DIomanos 9.;9-;:-@@F.
Js ezes, iendo nessa criação que >geme e suporta angústias>, não podemos dei3ar de nos sentir como o pobre e el%o 4), que procuraa aliiar sua dor, esfregando com cacos de argila as c%agas que l%e cobriam o corpo, e se perguntaa por que eus, permitia que ele sofresse. 6omo 4), podemos confiar em eus, mesmo quando todas as eid!ncias parecem estar contra n)s. #odemos acreditar que 2le controla o unierso e promete que, um dia, e3istir um mundo muito mel%or, um mundo onde não %aer dores, males ou angústias.
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+t" quando, S2N1I 2squecer-te-s de mim para sempre* +t" quando ocultars de mim o rosto* Salmo ;8.;
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SEÇÃO TRÊS QUANDO DEUS
PARECE N"USTO!
>#or qu! eu*>, perguntamos quase instintiamente ao enfrentar uma grande trag"dia. Ke/a com atenção as seguintes perguntas, e oc! poder detectar um traço comum entre elas. aia dois mil carros trafegado abai3o de c%ua na estrada. #or qu! /ustamente o meu foi derrapar e se c%ocar contra uma ponte* 2ntre todas as crianças que freqLentam a escola, por qu! /ustamente o meu fil%o foi baleado por um louco* ?m tipo raro de cMncer ataca apenas uma em cada cem pessoas. #or qu! /ustamente o meu pai tem de estar entre as 0timas* 6ada questionador pressupõe que, de alguma forma, eus se/a o responsel, o causador direto da dor. Se, de fato, 2le " todo-competente e todo-poderoso, isso não significa que 2le controla cada aspecto da ida* (eria eus escol%ido, pessoalmente, o carro que deeria derrapar na auto-estrada* (eria 2le direcionado o pistoleiro para a sua 0tima* (eria 2le escol%ido, de maneira aleat)ria, uma 0tima do cMncer, a partir, por e3emplo, de uma lista telefônica*
#oucas pessoas conseguem eitar esse tipo de pensamento, quando a dor as atinge. mediatamente, começamos a fazer um e3ame de consci!ncia, na tentatia de encontrar algum pecado pelo qual eus possa nos estar punindo. O quê Deus está me dize por meio da dor? 2, se nada encontramos de definido, começamos a questionar a /ustiça de eus. #or qu! estou sofrendo mais do que o meu izin%o que " um 0mpio* +o entreistar pessoas que se encontram em meio a sofrimentos, constatei que elas se atormentam a si mesmas com perguntas como essas. 2nquanto se contorcem na cama, se questionam sobre eus. 2mbora bem-intencionados, geralmente os cristãos fazem com que as 0timas da dor se sintam ainda em pior estado. 2les c%egam aos leitos %ospitalares leando presentes de culpa - >Koc! dee ter feito algo para merecer isso> - e frustração - >Koc! não dee estar orando o suficiente.>
*** >Ser absolutamente obrigado a amar a eus, no meio do deserto, " como ser obrigado a estar bem quando se est doente, a cantar de alegria quando se est morrendo de sede, a correr quando se tem as pernas quebradas. (odaia, esse " o primeiro e grande mandamento. =esmo no meio do deserto e especialmente no meio do deserto deemos am-lo.> Crederick 7uec%ner
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=ais uma ez, a única maneira de colocar ' proa as suas dúidas em relação a eus " procurar sol!-las ' luz da 70blia. 1 que encontramos l* Ser que eus, em algum momento, usa a dor como punição* Sim, usa. + 70blia registra muitos e3emplos, especialmente de castigos impostos ' nação de srael do +ntigo (estamento. =as note bem5 em todos os casos, a punição seguiu-se a repetidas adert!ncias contra o comportamento que leou algu"m a merec!-la. 1s liros prof"ticos do +ntigo (estamento, com centenas de pginas, fazem uma en"rgica e eloqLente adert!ncia ao poo de srael para que se afastasse do pecado antes do /u0zo final. #ense no pai ou na mãe que castiga seu fil%o pequeno. e pouco aleria a correção feita intempestiamente por esse pai ou por essa mãe, se não %ouesse, de sua parte, qualquer e3plicação diante daquele fil%o. 2ssa ttica produziria uma criança neur)tica, desobediente. #ara ser eficaz, o castigo dee ter clara relação com o comportamento. + nação de srael sabia por que estaa sendo punida& os profetas %aiam adertido o poo /udeu de forma pungente e detal%ada. 1 fara) do 2gito sabia e3atamente por que as dez pragas se desencadearam contra a sua terra5 eus as %aia predito, mostrando-l%e a razão por que elas ocorreriam e como uma mudança nos sentimentos e atitude daquele goernante poderia eit-las. 1s e3emplos b0blicos do sofrimento como forma de punição, portanto, tendem a seguir um padrão. + dor em depois de muita adert!ncia. epois de adertido, ningu"m fique por a0 se perguntando5 >#or qu!*> +s pessoas sabem muito bem por que estão sofrendo. =as ser que esse padrão nos faz lembrar aquilo que acontece ' maioria de n)s %o/e* Iecebemos alguma reelação direta de eus nos adertindo sobre alguma catstrofe iminente* 1 sofrimento pessoal em acompan%ado de clara e3plicação da parte do Sen%or* Se
não con%ecemos a razão do sofrimento, deemos questionar se as dores por que passa a maior das pessoas um acidente a"reo, um caso de cMncer na fam0lia, uma fatalidade no trMnsito - são realmente castigos de eus* Crancamente, creio que, a menos que eus se reele especialmente de outra forma, seria mel%or recorrermos a outros e3emplos b0blicos de pessoas que enfrentaram o sofrimento. + 70blia cont"m algumas %ist)rias de pessoas que sofreram, mas para quem o sofrimento não era, absolutamente, punição diina.
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>Não acredito que o sofrimento, puro e simples, ensine. Se o sofrimento por si s) ensinasse, o mundo inteiro seria sbio, uma ez que todos sofrem. +o sofrimento deem-se acrescentar o profundo pesar, a compreensão, a paci!ncia, o amor, a receptiidade e a disposição para permanecer ulnerel ao pr)prio sofrimento.> +nne =orroO Pindberg
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4esus ressaltou essa questão em duas passagens diferentes do Noo (estamento. 6erta ez, seus disc0pulos apontaram para um cego e perguntaram quem %aia pecado a ponto de produzir taman%o sofrimento - o cego ou seus pais. 4esus respondeu que nem o cego nem seus pais %aia pecado D4oão :.;-QF. 2m outra ocasião, 4esus comentou sobre dois acontecimentos recentes de sua "poca5 a queda de uma torre, proocando a morte de ;9 pessoas, e a matança de alguns fi"is no interior do templo, determinada pelo goerno. +queles que morreram com a queda da torre, disse 2le, não eram mais culpados do que qualquer outra pessoa DPucas ;8.;-QF. 2les nada %aiam feito para merecer aquela dor. 23istem e3ceções, " claro. 2m alguns casos, a dor esta nitidamente relacionada aos erros de comportamento5 as 0timas de doenças se3ualmente transmiss0eis e as pessoas atingidas por enfermidades relacionadas ao fumo e ao lcool não precisam perder seu tempo tentando descobrir a >mensagem> de sua dor. 2ntretanto, a maior parte de n)s, na maioria das ez, não est sendo punida por eus. +o contrrio, o nosso sofrimento segue um padrão de dores inesperadas e ine3pliceis, como aquelas ienciadas por 4) e pelas 0timas das catstrofes descritas por 4esus.
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4usto " o S2N1I em todos os seus camin%os, benigno em todas as suas obras. Salmo ;EQ.;R
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6ontaste os meus passos quando sofri perseguições& recol%este as min%as lgrimas no teu odre& não estão elas inscritas no teu liro* Salmo Q.9
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SEÇÃO QUATRO QUANDO
VOCÊ SE PERGUNTA SE DEUS SE MPORTA
+ última grande dúida que surge em meio ' dor " sutilmente diferente. (rata-se de uma dúida de natureza pessoal. #or qu! eus não demonstra maior interesse por n)s nos momentos de necessidade* Se 2le se preocupa com a min%a dor, por qu! não me faz er isso* ?m grande autor cristão, 6. S. PeOis, escreeu um liro clssico sobre a dor, intitulado The Problem of Pain Nesse liro, ele responde, de forma conincente, a muitas das dúidas com que os cristãos se deparam diante do sofrimento. 6entenas de mil%ares de pessoas encontraram consolo no liro de PeOis. =as anos depois de PeOis ter escrito o liro, sua esposa contraiu cMncer. 2le a iu consumir-se, aos poucos, em um leito de %ospital, acabando por morrer. +p)s sua morte, ele escreeu outro liro sobre a dor, esse de carter muito pessoal e emocional. 2 nesse liro, ! Grief Obser"ed, 6. S. PeOis diz o seguinte5 >2nquanto isso, onde est eus* 2ste " um dos sintomas mais perturbadores. $uando oc! est feliz, tão feliz a ponto de não ter a sensação de precisar dele, ao recorrer a 2le com louor, oc! " recebido de braços abertos. =as recorra a 2le em um momento de desespero, quando todos os demais tipos de a/uda se mostram inúteis, e o que oc! encontra* ?ma porta se bate no seu rosto, e oc! oue o som da tranca que a fec%a por dentro. epois, segue-se o sil!ncio. Koc! pode tratar de ir embora.>
6. S. PeOis não questionou a e3ist!ncia de eus, mas, sim, o amor diino. 2m nen%um outro momento, eus pareceu mais distante ou desinteressado. Ser que eus tin%a amor para dar* Se o tin%a, então onde 2le estaa nesse momento de tanta dor* Nem todos t!m a sensação de abandono descrita por 6. S. PeOis. +lguns cristãos e3pressam que eus se l%es reelou de forma particularmente real em seus momentos de dor. 2le " capaz de proporcionar um misterioso conforto que nos a/uda a suportar a dor por que estamos passando. =as nem sempre " assim. Js ezes, eus parece silenciar totalmente. 2 a0* Ser que 2le s) se importa com as pessoas que, de alguma forma, sentem o seu conforto* 4 conersei suficientemente com pessoas que estaam sofrendo e pude perceber que as e3peri!ncia diferem. Não posso generalizar a maneira como algu"m sente, indiidualmente, a pro3imidade ou a distMncia de eus. #or"m, e3istem duas e3pressões de preocupação diina aplicadas a todos n)s, em qualquer ocasião. ?ma " a resposta de 4esus ' dor. + outra enole todo aquele que se diz cristão. =esmo os cristãos mais fi"is podem, assim como 6. S. PeOis, questionar a preocupação pessoal de eus. Nessa ocasião, as orações parecem palaras lançadas ao ento. #oucas pessoas recebem a milagrosa aparição de um eus misericordioso que en%a a amenizar suas dúidas. =as, pelo menos, podemos ter uma isão real de como eus, de fato, se sente em relação ' dor. >2ra desprezado e o mais re/eitado entre os %omens& %omem de dores e que sabe o que " padecer.> sa0as Q8.8
4esus passou grande parte de sua ida ente pessoas sofredoras, e suas respostas a essas pessoas demonstram como 2le se sente em relação ' dor. $uando Pzaro, o amigo de 4esus morreu, 2le c%orou. =uitas ezes - e todas as ezes em que a sua interfer!ncia e atuação eram requeridas - 2le curou a dor. 6omo eus se sente em relação ' dor* 1l%e para 4esus. 2le respondia 'queles que sofriam com tristeza e pesar. 2m seguida, com poder sobrenatural, 2le estendia a mão e eliminaa as causas da dor. Não acredito que os disc0pulos de 4esus se atormentassem com perguntas como esta5 >Ser que eus se importa>* 2les tin%am proas cabais da preocupação de eus todos os dias. 2les simplesmente ol%aam para o rosto de 4esus e o iam desempen%ar a missão de eu na terra. 2m 4esus, encontramos o fato %ist)rico de como eus respondia ' dor na terra. 2le e3pressa o lado 0ntimo e pessoal da resposta de eus ao sofrimento %umano. (odas as nossas dúidas em relação a eus e sobre o sofrimento deem, na realidade, ser filtradas pelo que sabemos sobre 4esus. 4esus não s) respondeu ' dor com compai3ão, como, surpreendentemente, o pr)prio eus e3perimentou a dor. 1 mesmo eus que, diante de 4), se >/actou> de seu poder demonstrado na criação do mundo optou por se su/eitar a esse mundo e a todas as suas leis naturais, inclusie ' dor. 1utra escritora cristã, orot%T SaTers, disse o seguinte5 $ualquer que ten%a sido a razão pela qual eus optou por fazer o %omem como ele " - limitado, sofredor e su/eito a dores e ' morte -, tee a %onestidade e a coragem de l%e oferecer as suas pr)prias soluções para as limitações %umanas. $ualquer que se/a o /ogo de que est participando com a sua criação, qualquer que se/a a maneira como se relaciona com o %omem, eus segue as suas pr)prias regras e age de maneira clara e /usta, 2le nada e3ige do %omem que não ten%a e3igido de si mesmo.
2le pr)prio passou por toda sorte de e3peri!ncias %umanas, desde as mais banais tributações da ida familiar e restrições impostas pela ida profissional e a falta de din%eiro at" os piores %orrores da dor, da %umil%ação, da derrota, do desespero e da morte. $uando %omem, 2le agia como %omem, 2le nasceu pobre, morreu miserel e ac%ou que, realmente, seus esforços e sofrimentos tieram alor. >#orque eus amou ao mundo de tal maneira>, diz o "ers#$ulo mais $onhe$ido da %#blia, >que deu o seu Cil%o unig!nito, para que todo o que nele cr! não pereça, mas ten%a a ida eterna> D4oão 8.;F. 1 fato de 4esus ter indo ' terra, sofrido e morrido não e3clui a dor de nossas idas. Nem nos garante que nos sentiremos sempre confortados. =as isso não demonstra que eus se ten%a sentado ao acaso, assistindo-nos sofrer sozin%os. 2le se /untou a n)s e, durante a sua passagem pela terra, suportou uma dor muito maior do que qualquer grande dor que a maioria de n)s pode suportar. 6om isso, 2le conquistou uma it)ria capaz de tornar poss0el a e3ist!ncia de um mundo futuro sem dor.
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+ palara >compai3ão> pro"m de duas palaras latinas que significam >sofrer com>. 4esus demonstrou compai3ão no sentido mais profundo, ao descer oluntariamente ' terra para e3perimentar a dor. 2le sofreu conosco e por n)s.
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=ostra as marail%as da tua bondade, ) Salador dos que ' tua destra buscam refúgio... Buarda-me como a menina dos ol%os, esconde-me ' sombra das tuas asas. Salmo ;R.R-9
SEÇÃO CNCO QUANDO
VOCÊ PRECSA SENTR O AMOR DE DEUS!
=as 4esus, o nosso Salador sofredor e ="dico, não ficou na terra. o/e, não podemos at" 4erusal"m, alugar um carro e agendar com 2le uma isita particular. 6omo podemos, %o/e, sentir o amor de eus de forma concreta* (emos o 2sp0rito Santo, " claro, um s0mbolo real da presença de eus em n)s. 2 temos a promessa do futuro, quando eus criar o mundo perfeito, e quando nos encontraremos face a face com 2le. =as, como ier ainda o momento presente* 1 que pode nos tranqLilizar e nos mostrar, de maneira f0sica e is0el, o amor de eus na terra* A a0 que entra em cena a gre/a, a comunidade que inclui todos os erdadeiros seguidores de eus na terra. + 70blia usa a e3pressão >o corpo de 6risto>, que e3pressa aquilo que deemos realmente significar. 1s cristãos deem refletir a imagem de 6risto - suas palaras, seu toque, seu cuidado - especialmente para aqueles que t!m necessidade de a/uda. S) e3iste uma boa maneira de compreender como o corpo de 6risto pode prestar assist!ncia a uma pessoa que sofre5 !-lo em ação. 2u / ten%o testemun%ado e e3perimentado isso em min%a pr)pria ida. 2 / ten%o isto a sua atuação na ida dos outros tamb"m. ei3e-me contar-l%e a %ist)ria de =art%a, uma pessoa que conieu com uma grande dor e grandes dúidas. =art%a era uma atraente mul%er de @ anos, quando a con%eci. =as sua ida mudou para sempre no dia em que ela tomou con%ecimento de que %aia contra0do +PS, ou
>mal de Pou Be%rig>. 1 +PS destr)i o controle do sistema neroso. #rimeiro, a doença ataca os moimentos oluntrios, como o controle sobre os braços e as pernas, depois as mãos e os p"s, progredindo at" finalmente afetar a respiração, sucumbe rapidamente & outras ezes, não. =art%a parecia perfeitamente normal quando me falou pela primeira ez sobre sua doença. #or"m, um m!s depois, ela estaa numa cadeira de rodas. Coi demitida de seu emprego na biblioteca de uma uniersidade. #assado mais um m!s, seu braço direito perdeu os moimentos. Pogo, seu outro braço seguiu o mesmo camin%o, e ela mal conseguia mane/ar os controles da noa cadeira de rodas el"trica. 6omecei a isitar =art%a no %ospital de reabilitação. 2u a leaa para pequenos passeios em sua cadeira de rodas e em meu carro. (omei con%ecimento da graidade e da impiedade de seu sofrimento. 2la necessitaa de a/uda para cada moimento5 para se estir, para acomodar a cabeça no traesseiro, para fazer sua %igiene. $uando ela c%oraa, algu"m tin%a de en3ugar suas lgrimas e segurar um lenço de papel em seu nariz. Seu corpo estaa completamente rebelado contra a sua ontade e não obedecia a qualquer de seus comandos. 6onersamos breemente sobre a morte e a f" cristão. 6onfesso sinceramente que, para =art%a, as grandes esperanças cristãs da ida eterna, da cura fundamental e da ressurreição pareciam azias, frgeis e inconsistentes como a fumaça quando usadas como bandeira para algu"m em dificuldade. 2la não queria asas de an/o, mas um braço que ca0sse coordenadamente para o lado, uma boca que não babasse e pulmões que não l%e faltassem. 6onfesso que a eternidade, mesmo pensando na eternidade onde não %aer dor, parecia ter uma estran%a irreleMncia para o sofrimento por que =art%a estaa passando. 2la pensaa em eus, " claro& mas mal conseguia !-lo com amor. 2la resistia a qualquer forma de conersão em seu leito de
morte, insistindo que s) recorreria a eus por amor, e não por medo. 2 de que maneira ela poderia amar um eus que l%e permitia sofrer tanto* No m!s de outubro, mais ou menos, ficou claro que o +PS completaria rapidamente o seu terr0el ciclo de ida de =art%a. 2la / tin%a grande dificuldade para respirar. #or causa da dificuldade na c%egada do o3ig!nio ao c"rebro, geralmente adormecia no meio de uma conersa. Js ezes, durante a noite, ela acordaa em pMnico, com a sensação de sufocamento, e não conseguia pedir socorro. 1 último pedido de =art%a foi para sair do %ospital e passar, pelo menos, duas semanas em seu apartamento, em 6%icago, para que tiesse a oportunidade de c%amar os amigos, um a um, a fim de se despedir e encarar sua morte. =as essas duas semanas em seu apartamento apresentaam um problema5 como poderia ela receber, durante @E %oras do dia, a assist!ncia de que necessitaa para permanecer ia, somente se ela estiesse em um quarto de %ospital, e não em casa. +ssim sendo, um grupo de oluntrias cristãs se ofereceu para prestar a assist!ncia pessoal gratuita e generosa de que =art%a necessitaa. 2las adotaram =art%a como um alo de ida e proidenciaram tudo o que era necessrio para satisfazer seus últimos dese/os. ezesseis mul%eres reestruturaram suas idas em função de =art%a, e, ap)s se diidirem em equipes de trabal%o e proidenciarem seriços de bab para seus pr)prios fil%os, elas mudaram-se para o apartamento de =art%a. Caziam compan%ia a =art%a, ouiam seus del0rios e quei3as, daam-l%e ban%o, a/udaam-na a se sentar, mudaam-na de posição, passaam a noite inteira acordadas com ela, oraam por ela e l%e demonstraam o seu amor. 2las se colocaram ' sua disposição, oferecendo-l%e um lugar e dando sentido ao seu sofrimento. #ara =art%a, aquelas mul%eres passaram a ser o corpo de 6risto e l%e mostraram claramente o que " a esperança
cristã. #or fim, endo o amor de eus encarnado em seu corpo, em sua gre/a, e assistindo ' demonstração de amor por parte das pessoas ' sua olta - embora, para ela, eus parecesse impiedoso e at" mesmo cruel -, =art%a eio ' presença desse eus em 6risto e se entregou, erdadeiramente, 'quele que morreu para sal-la. 2la não foi ' presença de eus com medo& =art%a %aia finalmente, encontrado o amor diino. Nos rostos daquelas mul%eres cristãs, ela acabou conseguindo ler o amor de eus. urante cerimônia muito emocionante, realizada em 2anston, =art%a, mesmo tão debilitada, deu seu testemun%o de conersão e foi batizada. Não se turbe o osso coração& credes em eus, crede tamb"m em mim. Na casa de meu #ai % muitas moradas. Se assim não fora, eu o-lo teria dito #ois ou preparar-os lugar, 2, quando eu for e os preparar lugar, oltarei e os receberei para mim mesmo para que, onde eu estou, este/ais )s tamb"m. 4oão ;@.;-8 Na "spera do ia de +ção de Braças, =art%a morreu. Seu corpo, enrugado, deformado e atrofiado, era uma sombra pat"tica de sua antiga beleza. $uando aquele corpo finalmente cessou sua atiidade, =art%a se foi. o/e, =art%a ie em um outro corpo, de forma itoriosa. 2la ie, graças ' it)ria de 6risto sobre a dor, sobre o pecado, sobre o sofrimento e sobre a morte. 2 =art%a descobriu essa it)ria porque o corpo de 6risto - a sua gre/a - fez com que ela pudesse con%ec!-la de maneira
clara e definida. #or meio de seu sofrimento, ela pôde con%ecer erdadeiramente o Sen%or. No amor e na compai3ão dos cristãos ' sua olta, ela iu e recebeu o amor de eus. 2, assim, as suas dúidas em relação a 2le foram gradatiamente se dirimindo. 1 ap)stolo #aulo deia ter em mente algo semel%ante a essa e3peri!ncia quando escreeu as seguintes palaras5 >#orque, assim como os sofrimentos de 6risto se manifestam em grande medida a nosso faor, assim tamb"m a nossa consolação transborda por meio de 6risto.> @ 6or0ntios ;.Q +s mel%ores repostas para as questões leantadas quando a ida nos mac%uca são encontradas no corpo de 6risto, a gre/a. #restando assist!ncia 'queles que sofrem, permitimos que a consolação de 6risto transborde por nosso interm"dio. 6om isso, reelamos ao mundo o que eus realmente ".