Os 16 Pontos para a Auto Realização do ser humano Ananda Marga A Ananda Marga é uma organização socioespiritual, fundada em 1955, na Índia, sob a coo coorde rdenaç nação ão e a orient orientaç ação ão espiri espiritua tuall de Shrii Shrii Shrii Shrii Án Ánand andam amúrt úrtii (1921(1921-199 1990), 0), afetuosamente chamado de Bábá. Ananda Marga, em sânscrito, significa “Caminho da Bem-aventurança” (Ananda quer dizer ‘Bem-aventurança’; e Marga, ‘Caminho’). Seu propósito é ensinar técnicas de ioga e tantra 1, prestar serviço às populações carentes e estabelecer as bases necessárias para o surgimento de uma sociedade verdadeiramente humana. Ananda Marga propagou-se por todo o mundo, estabelecendo escolas, creches. Equipes de socorro etc., com intuito de colocar em prática o seu lema: “Auto-realização e serviço à humanidade.” humanidade.” A Ananda Marga tem vários departamentos, departamentos, conforme abaixo: AMPS (sigla de “Ananda Marga Pracaraka Samgha”, que significa “Sociedade para a Propagação Propagação do caminho caminho da bem-aventurança”) bem-aventurança”) é o departamento departamento central; 2 ERAWS (Departamento de Educação, Auxílio e Bem-estar) estabelece escolas, creches e etc.; AMURT (Equipe de Auxílio Universal da Ananda Marga) organiza serviço às populações carentes carentes e às vítimas vítimas de calamidades calamidades naturais e humanas; humanas; RU (Renascença Universal) estimula a participação de intelectuais em projetos benevolentes e éticos; RAWA (Associação para o Renascimento de Artistas e Escritores) desenvolve as artes voltadas para a elevação do ser humano e organiza cooperativas entre atores, escritores, músicos etc., com o intuito de libertá-los da opressão econômica; - e vários outros departamentos. departamentos. O propósito desses departamentos não é somente atender as necessidades psíquicas e físicas dos seres humanos ou questionar os defeitos da sociedade, mas sim oferecer um modelo viável e prático de uma sociedade espiritual e dinâmica. A motivação para essa jornada surge da prática espiritual e se desenvolve na medida em que a pessoa conhece a ideologia. A meditação desperta a intuição, proporcionando autoconhecimento autoconhecimento e compreensão compreensão universal. Mas como conseguir isso? Para alcançar tal meta, devemos desenvolver o controle mental e outras técnicas, de acordo com um sistema. Shrii Shrii Ánandamúrti disse que a paz é o resultado da luta e que a luta é a essência da vida. A primeira luta é a luta interna. As pessoas devem direcionar suas mentes para a meta espiritual, para o verdadeiro “EU” interior, e superar quaisquer obstác obstáculo uloss e abstr abstraçõ ações es mentai mentaiss que surjam surjam no camin caminho. ho. Isto Isto reque requerr discip disciplin linaa e moralidade. A essência do tantra é a luta contra a ignorância. Tantra é uma ideologia, um sistema de vida. Seu objetivo não é propagar propostas e rituais vazios, mas sim oferecer uma concepção clara da verdadeira meta da vida e um método prático através do qual se possa alcança-la. alcança-la. A maior ênfase do tantra consiste em ajustar a teoria á prática. A ioga e a meditação são práticas para o indivíduo desenvolver suas potencialidades físicas, mentais e espirituais. Ananda Marga não é um movimento espiritual comum. O •
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Há várias linhas de tantra. A Ananda Marga prega o tantra sistematizad sistematizado o por Shiva há cerca de 7 mil anos, cujo objetivo principal é a elevação espiritual.
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ERAWS, AMURT, RAWA etc. são siglas dos nomes originais dos departamentos, em inglês.
propósito da Ananda Marga Marga é desenvolver desenvolver o indivíduo e a coletividade, coletividade, considerando os fatores físico, mental e espiritual.
PREFÁCIO O verdad verdadeir eiroo senti sentido do do termo termo “huma “humanid nidad ade” e” consi consiste ste no desenv desenvolv olvime imento nto qualitativo do indivíduo (o microcosmo) até o estágio de união com o Ser Cósmico. A estrutura humana é constituída de um complexo sistema de emoções, sentimentos, ambições, aspirações, impulsos instintivos e tendências animalescas. Nossa natureza puramente humana nos estimula à busca do Estado Divino, mas nossa natureza animal nos conduz à animalidade. Esta natureza animal acarreta degeneração e, às vezes, torna as pessoas uma ameaça à sociedade. Alguns episódios bárbaros da história humana compro comprova vam m isso. isso. Natura Naturalme lmente nte,, tais tais pessoa pessoass não interr interromp ompera eram m o progre progresso sso da humanidade, visto que foram rejeitadas pelo poderoso e dinâmico fluxo da sociedade. Contudo, por curtos período, elas causaram sofrimento e devastação. devastação. Portanto, deve haver um esforço constante dos seres humanos para seguirem em direção ao Ser Cósmico, para que suas qualidades humanas alcancem, progressivamente, progressivamente, o Estado Divino. Com esse intuito foram publicados Os Dezesseis Pontos – um sistema que se destina à elevação do ser humano e à sublimação dos impulsos instintivos. Essa é a tarefa fundamental de cada ser humano. A observância estrit estritaa dessa dessass orient orientaç ações ões,, a ideaç ideação ão psico psicoesp espiri iritua tuall em Iïía Iïía (Ponto (Ponto 10: Guru) Guru) e a concentração meditativa em Ádarsha (Ponto11: ideologia) levam à sublimação e à purificação do ser ser humano, tornando tornando o corpo e a mente mente puros. Esses Esses pon pontos tos foram foram elabor elaborad ados os e divulg divulgado adoss por Shrii Shrii Shrii Shrii Ána Ánanda ndamúr múrtij tiji, i, Preceptor Cósmico da presente era. Os ensinamentos e as orientações de um Preceptor nos libertam das tendências mentais mesquinhas que levam às divisões sociais, como a segreg segregaç ação ão social social,, a adesã adesãoo a religi religiões ões region regionais ais ou comuni comunitári tárias as,, o nacio nacional nalism ismoo explorador, o racismo, o machismo, etc. Os dezesseis pontos são a síntese de Seus ensinamentos. Acarya Raghunath
INTRODUÇÃO “Os 16 Pontos” são práticas saudáveis para o corpo e a mente. Nosso corpo possui um complexo sistema de glândulas que interferem na saúde física e mental. Essas glându glândulas las produz produzem em hormôn hormônios ios respon responsáv sáveis eis por vários vários sentim sentimen entos tos,, tais tais como como a ansiedade, o medo, a esperança, a raiva, a compaixão etc. Quando a bioquímica essas glândulas fica desordenada, o corpo adoece e a mente entra em estado de desequilíbrio. Portanto, os 16 pontos foram elaborados para equilibrar as glândulas endócrinas e proporcionar um corpo corpo saudável e uma mente tranqüila. tranqüila. Os primeiro pontos (do 1 ao 4) regulam os três cakras inferiores (ver glossário), onde atuam os instintos básicos, como fome, desejo sexual, medo etc. Os quatro pontos seguintes seguintes (do 5 ao 8) têm uma ação mais ampla, ampla, com o intuito intuito de preparar preparar o corpo e a ment mentee para para as prát prátic icas as espi espiri ritu tuai ais, s, e os oito oito últi último moss pont pontos os trat tratam am de aspe aspect ctos os psicoespirituais e sociais que direcionam direcionam a mente do indivíduo para a meta meta espiritual. Essas Essas práticas não constituem constituem um mero ritual, ritual, mas sim uma ciência ciência do corpo e da mente, baseada na observação prática e intuitiva. Ciência esta que pode ser seguida por qualquer pessoa. Está comprovado que os 16 pontos evitam doenças e nos tornam mais saudá saudávei veis. s. Na socied sociedad adee atual, atual, muitas muitas pessoa pessoass têm doe doença nçass física físicas, s, psíqu psíquica icass e
espirituais, devido a conceitos errôneos e práticas nocivas. O leitor está convidado a praticá-los no seu dia-a-dia e comprovar comprovar seus efeitos benéficos. benéficos. “Para seguir adiante em busca do bem-estar humano, precisamos nos desenvolver em todos os aspectos da vida. Todas as sementes do bem-estar, em todas as esferas – física, mental, moral, social e espiritual –, estão estabelecidas nos dezesseis pontos. Portanto, pratiquem estritamente os dezesseis pontos .” Shrii Shrii Ánandamúrti Ánanda Purnima, 1976 A maioria das explicações contidas neste livro foi extraída dos ensinamentos de Shrii Shrii Ánandamúrti. Grande parte das orientações foi usada livremente, ou seja, sem citação. Especificamente, foram consultados Caryácarya, Partes 1 e 2; Idea and Ideology; Subhashita Samgraha, Partes 1 e 4; Um guia para a conduta humana, Ananda Marga: Social and Spiritual Practices; e Sixteen points: Our Fundamental Duties (de Ac. Shraddhananda Avt.). Avt.) . Para Para maio maiore ress info inform rmaç açõe õess e deta detalh lhes es,, recomendamos a leitura desses e de outros livros de Shrii Shrii Ánandamúrti. Para entender os termos em sânscrito, o leitor encontrará um glossário no final. Na elaboração elaboração desde livro, houve houve grande empenho empenho em utilizar alguns alguns conhecimentos conhecimentos médicos e científicos, para uma apresentação racional dos dezesseis pontos. Mas, como nossa compreensão científica desses pontos está em constante evolução, saberemos ainda mais sobre eles no futuro. Assim, esta obra não deve ser considerada como a “última palavra” sobre essas práticas. Da mesma forma que muitos livros anteriores foram foram úteis úteis para para a con conclu clusão são desde desde trabal trabalho, ho, no futuro futuro,, estes estes ensin ensiname amento ntoss serão serão aprimorados em novas edições. Trechos da Introdução do livro “16 Points: Our Fundamental Duties”, de Ac. Shraddhananda Shraddhananda Avadhuta, que foi a primeira obra sobre esse tema: “No início de 1971, Bábá explicou minuciosamente o uso de água (Primeiro Ponto), o qual foi publicado em vários boletins de notícia. Logo depois Bába foi preso sob acusações falsas, e ficou detido por sete anos. Certa vez, Ac. Keshavanan Keshavananda da Avt. e eu visitamos Bábá na prisão de Patna, Índia. Nessa visita, Bábá deu esclarecimentos adicionais sobre o “use de água” e desejou que fizéssemos o mesmo com relação aos outros pontos. Eu tentei muito, porém sem sucesso, explicar todos os pontos. Em março de 1976, eu também estava encarcerado e isolado. is olado. Repentinamente, veio a idéia de escrever “Os 16 Pontos”, de acordo com o desejo de Bábá. Cada ponto foi analisado cuidadosamente. Durante a elaboração dos textos, percebi claramente a voz de Bábá internamente, inter namente, enquanto eu, apenas como um instrumento, transcrevia Suas palavras para o papel. Um famo famoso so médi médico co cert certaa vez vez fez fez come coment ntár ário ioss sarc sarcás ásti tico coss sobr sobree gran grande dess espiritualistas e profetas. Ele disse que muitos mestres costumam pregar sobre os problemas espirituais e sociais, mas se calam no que diz respeito à saúde física, ainda que isto tenha a ver com sua própria sobrevivência. Bábá, obviamente, não lhe deu nenhuma chance de crítica.”
PONTO 1: USO DE ÁGUA Para que a mente mantenha-se estável e tranqüila, é fundamental preservarmos o equilíbrio hormonal do corpo humano, evitando o excesso de calor interno – uma das principais causas de distúrbios glandulares. Por isso, cada um dos oitos primeiros pontos tem alguma relação com o controle do calor interno. Em todas as atividades do dia-a-dia (como comer, defecar, urinar, pensar, exercitarse etc.), o organismo produz calor, tornando as glândulas superativadas. Para controlar esse calor, recomenda-se o uso de água fria. Segundo a ioga, no corpo há centros de controle, denominados cakras (pronuncia-se ‘tchácras’), que têm glândulas conectadas a eles. Os três cakras inferiores (múládhára, svádhisthána e manipura) estão mais relacionados com as funções instintivas, como comer, sentir medo, fazer sexo, etc., sendo extremamente recomendado o resfriamento desses cakras, para controlas essas tendências básicas. O calor da urina aquece as glândulas sexuais. Por isso, após urinar, devemos despejar água fria sobre o órgão sexual, para resfriá-lo e, ao mesmo tempo, permitir a contração e o esvaziamento completo da bexiga. Para uma eliminação completa dos resíduos da urina, faz-se necessário jogar água uma segunda vez. Esta prática, além de higiênica, evita algumas doenças, tais como cálculo nos rins, cistite e outras mais. Também podemos usar água após defecar, ao invés de recorrer ao papel higiênico, pois este método, além de não limpar totalmente, causa irritação. Na limpeza com água, deve-se usar a mão esquerda, enquanto se preserva a mão direita. A lavagem das mãos é feita da seguinte forma: primeiro, ensaboa-se bastante a mão direita, e depois esfregamse as mãos, ou seja, não se toca o sabonete com a mão esquerda. Quando nos acostumamos ao resfriamento, a eventual falta de água pode causar tremendo mal-estar psíquico. Por isso, para prevenir esse desconforto durante viagens, ou ocasiões inesperadas, é recomendado o porte de um pequeno vaso plástico com água, denominado shaoca manjusa.
PONTO 2: PELE Por razões higiênicas, recomenda-se aos homens a circuncisão (remoção do excesso de pele do pênis). Se a pessoa preferir não operar, ela poderá manter o prepúcio repuxado, com o auxílio da lungota (ver Ponto 4: Roupas de Baixo), tendo o cuidado de manter a pele devidamente limpa. Depois de algumas semanas, o prepúcio de manterá recolhido naturalmente. Entretanto, o mais aconselhado é a operação logo após o nascimento. Esta prática evita o acúmulo de secreções, a proliferação de bactérias e algumas doenças provocadas pelo excesso de umidade e calor nessa parte do corpo. Além disso, a pele excedente sensibiliza o órgão sexual masculino, provocando estímulo sexual, o qual dificulta a concentração e a meditação. É aí que o uso da lungota se torna muito útil. A pele teve função protetora em tempos remotos, quando não se usavam roupas internas. Mas, com a evolução dos hábitos higiênicos, ela perdeu essa função. Atualmente, em muitos países, a circuncisão é uma prática comum; inclusive nos Estados Unidos, onde essa operação é feita normalmente em recém-nascidos, por ser considerada higienicamente benéfica por médicos.
PONTO 3: PÊLOS Os pêlos das exilas, das pernas e do púbis não devem ser raspados. Eles nascem nessas áreas para proporcionar equilíbrio de calor ao corpo e conserva-lo saudável. Por exemplo, a manutenção dos pêlos das exilas evita males da tireóide. É aconselhável que os homens mantenham a barba, pois os pêlos dão vigor. Mas, se for necessário a pessoa manter-se barbeada, por razões profissionais etc., isto não implica em risco à saúde. Ao tomar banho diariamente, devemos ensaboar o corpo e os pêlos. Os cabelos também devem ser lavados e penteados diariamente, para estimular a secreção dos óleos naturais do corpo. Aconselha-se ainda o uso de óleo de coco 3 (ou de qualquer outro produto, como a amêndoa) para manter os cabelos saudáveis e prevenir a caspa.
PONTO 4: ROUPAS DE BAIXO As glândulas externas do corpo humano devem ser devidamente protegidas. Isto se refere, especificamente, ao órgão sexual, nos homens, e aos seios, nas mulheres. A proteção adequada do órgão sexual masculino é conseguida com o uso da lungota – roupa interna especial – que mantém o órgão na posição correta. A lungota é especialmente indicada para a prática de ásanas, tândava (ver Ponto 16) e meditação, pois protege e evita estímulos sexuais. Além disso, esse tipo de roupa previne a hérnia e a hidrocele (acúmulo de água nos testículos), sendo recomendado seu uso para as pessoas com mais de 14 anos. As mulheres também devem usar roupas de baixo. O sutiã protege os seios, e a calcinha garante a higiene sexual. Ambos são necessários para as ásanas. As roupas de baixo são importantes para controlar os estímulos sexuais. Mas devemos aqui enfatizar o sentido da palavra “controle”, pois a meta dos praticantes espirituais não é reprimir os instintos nem os desejos, mas sim canaliza-los. A repressão aos instintos pode levar a sérios distúrbios mentais. A ioga é indicada para pessoas solteiras e casadas. Mas, que a pessoa seja casada ou não, desejos sexuais repentinos causam sérios distúrbios, tanto ao corpo quanto à mente, tornando-se um obstáculo à vida espiritual. O indivíduo deve der um mestre, e não um escravo, de seus instintos. Na verdade, são os instintos que estimulam a pessoa a agir. Quando esses estímulos são direcionados para a meta espiritual, através de um controle psíquico e físico, a pessoa consegue superar, com firmeza, as limitações do corpo físico. As roupas íntimas devem ser lavadas e trocadas após o banho diariamente, pois isso tem um efeito psíquico muito bom, fazendo com que a pessoa se sinta plenamente limpa após o banho.
PONTO 5: MEIO BANHO (Vyapaka Shaoca) “Mantenha seu corpo limpe e tratado como um templo.” Shrii Shrii Ánandamúrti Foi explicado anteriormente (Ponto 1: Uso de Água) que todas as ações produzem calor e que isto, indiretamente, afeta a mente. Assim, antes das atividades que requerem 3
O uso excessivo de óleo de coco pode ocasionar a queda de cabelo. Às pessoas que têm essa tendência, recomenda-se o uso moderado desse óleo ou sua substituição por outros óleos indicados por especialistas.
concentração ou tranqüilidade – como meditar, comer, dormir etc. –, é aconselhável resfriar o corpo com um meio-banho. Esse método consiste em resfriar as partes com vasos estreitos, como as mãos e os pés, para que o sangue refrescado se espalhe rapidamente por todo o corpo. O meio-banho é feito da seguinte forma: molha-se a região do órgão sexual, do umbigo para baixo; molham-se as pernas, do joelho para baixo, e os braços, do cotovelo para baixo; enche-se a boca com água, e joga-se, com a mão, água nos olhos abertos, por pelo menos 12 vezes, cuspindo a água em seguida; faz-se a limpeza nasal da seguinte forma: enche-se uma mão (ou as duas) com água, encostando-a abaixo do nariz, com a cabeça abaixada. Depois, levanta-se a cabeça, deixando a água escorrer suavemente pelas narinas, até que ela saia pela boca. (Atenção: deve-se evitar assoar o nariz em seguida, pois a água pode se espalhar na região do ouvido, causando desconforto. Os novos praticantes podem usar pouca água, até se acostumar); coloca-se o dedo médio da mão direita no fundo da garganta, para expelir o muco acumulado (é recomendável lavar bem as mãos antes); molha-se atrás das orelhas e do pescoço e, por fim, a face. Tudo isso é para ser feito com água fria. Os habitantes de regiões muito frias (abaixo de zero grau) podem usar água morna, mas nunca com temperatura superior à do corpo. Depois que essa prática se torna habitual, ela não leva mais que 2 ou 3 minutos. A água espargida nos olhos é bastante saudável, pois ela evita alguns problemas de vista causados pelo calor, como a catarata. Essa prática também baixa a tensão ocular e alivia dores de cabeça. A limpeza do duto nasal é da garganta é outra prática excelente. Várias partículas de pó acumulam-se nos pêlos e dos dutos nasais no decorrer do dia. Essa prática remove a sujeira e o muco, melhorando o olfato e a respiração e prevenindo, até certo ponto, resfriados e inflamações de garganta. As partes localizadas por detrás da orelha e do pescoço acumulam muito calor. Por isso, quando molhamos essa área, sentimos uma sensação bem refrescante. Os benefícios da água foram confirmados em pesquisas médicas. Descobriu-se que os mergulhadores profissionais, por permaneceram muito tempo debaixo d’água, têm taxa metabólica baixa. Os médicos experimentaram esse fenômeno, denominado “reflexo do mergulho”, em pacientes cardíacos. Eles notaram que, quando eles ficavam com o rosto submerso em água fria, seus batimentos cardíacos caíam bastante. Após o meio-banho, esse efeito também ocorre, ou seja, o metabolismo cai, e, com isso, o organismo fica em condição apropriada para a meditação. Assim, devido aos seus efeitos bastante benéficos, o meio-banho é aconselhado para antes da meditação, das refeições (para acalmar o corpo e ajudar na digestão), das ásanas e de dormir. Porém, se após a meditação, a pessoa tiver que comer, fazer ásanas ou dormir, não será necessário outro meio-banho. Mas, pelos menos antes de comer, deve-se lavar as mãos e, se possível, os pés, pois neles há mais de 70 mil terminações nervosas. O meio-banho também é benéfico para as atividades que exigem concentração, como assistir a uma aula, ler um livro, ou qualquer outra atividade psíquica ou psicoespiritual. Se fizermos meio-banho e meditarmos um pouco antes de dormir, teremos sempre um sono tranqüilo. Uma última orientação sobre o meio-banho: é importante secar bem a região púbica e os pés, especialmente os dedos, pois essas áreas ficam normalmente cobertas e acumulam calor e umidade. Nos pés, às vezes, se desenvolvem fungos. Para evitar a irritação da pele e a proliferação de fungos, pode-se usar óleo de coco ou outro similar. • • •
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PONTO 6: BANHO A limpeza do corpo é muito importante na vida espiritual. Para ter um corpo limpo e saudável, é fundamental o banho pelo menos uma vez ao dia. Os melhores horários para o banho são os seguintes: 1) ao nascer do sol (desde os 45 minutos antes até os 45 depois), 2) ao meio-dia e 3) ao pôr-do-sol, pois nesses períodos predomina a força sutil (sattvaguná). Embora outros horários possam ser usados, esses são os melhores. O banho não é recomendável à meia-noite (no preíodo entre 45 minutos antes e depois). Nesse horário, a Terra não recebe nenhum reflexo dos raios solares, uma vez que o sol está posicionado extamente do seu lado oposto. Portanto, o banho nesse horário é arriscado para a saúde porque o sol, que é a essência da vida, está totalmente ausente, propiciando o desenvolvimento de fungos e bactérias. O banho com água fria é o mais indicado, para dar disposição física e mental, evitar refriados e baixar a tava metabólica, conforme foi explicado no ponto anterior. A limpeza nasal e a água nos olhos (ver Ponto 5: Meio-banho) são práticas que podem ser feitas durante o banho, pois esse é o momento mais apropriado para essas prática. As mulheres em fase menstrual, os habitantes de regiões rias e as pessoas doentes podem tomar banho com água morna – com a temperatura inferior à do corpo, ou seja, com água levemente aquecida. A água quente causa desequilíbrio glandular e sensação de fraqueza após o banho. O banho em pé aumenta o fluxo sanguíneo nos órgãos sexuais, provocando, ás vezes, hidrocele, uma doença comum em homens de idade avançada, ou cólica mentrual. Por isso, ao tomar banho, a pessoa deve estar agachada ou sentada. Nessa posição, a circulação do sangue diminui nas pernas e aumenta no resto do corpo, aquecendo-o. Com isso, o banho frio torna-se mais aceitável. Se a água é derramada diretamente sobre o peito no início do banho, pode-se causar forte impacto sobre o coração. Muitos médicos aconselham pacientes cardíacos a evitarem esse procedimento. O método para tomar banho é o seguinte: a pessoa fica agachada, ou sentada, então derrama água no abdômen e nas costas, na altura do umbigo, e em seguida no topo da cabeça, deixando-a escorrer pela espinha dorsal. Esse procedimento resfria os centros de calor do corpo, preparando-o para o banho. Antes de um banho de mar, piscina etc., também é recomendável molhar o corpo dessa forma. É muito benéfico ficar ao sol com o corpo molhado, por um minuto ou mais. Esse procedimento evita doenças de pele, pois os raios ultravioletas refratados através das gotas d’água sintetizam a vitamina D, que revitaliza a pele. Por isso, ao final do banho, com o corpo ainda molhado, devemos prestar uma homenagem aos nossos antepassados, os quais, com suas descobertas e invenções, tornaram mais amena a luta pela sobrevivência. Nessa ocasião, recitamos um mantra e fazemos um mudrá (gesto), que expressa o significado do mantra. Esta homenagem é conhecida como pitr yagina. O mantra seguinte deve ser recitado três vezes, enquanto se olha indiretamente para uma fonte de luz (uma lâmpada ou o sol). O mudrá é feito da seguinte forma: 1. com as mãos juntas, toque o ponto no centro das sobrancelhas. 2. abaixe as mãos e toque o centro do peito. 3. contorne as mãos e as aponte para o tórax. 4. estenda as mãos, com as palmas para cima. 5. abaixe-as um pouco. 6. abaixe mais, como se a oferenda escorresse das mãos. 7. eleve os braços ao alto, com a palma das mãos para frente.
8.
abaixe-os
rapidamente.
O significado do mantra foi explicado por Bábá nos seguintes discursos: “Agora, vocês sabem que há um mantra (snána mantra), que deve ser recitado após o banho, juntamente com um mudrá:
Vocês precisam conhecer seu significado. É muito semelhante a madhuvidya. Através dele, a pessoa sente que Brahma está presente em todas as tarefas do dia-adia. A primeira parte é: Pitr purusebyo namah. Agora, você vive nesse mundo; mas, antes, muitos seres humanos estiveram aqui, ou seja, os ancestrais do homem moderno. Milhões de pessoas vieram antes de nós. Eu faço namaskar (presto respeitosa saudação) aos ancestrais da humanidade. Ósi devebhyo namah . Através do tempo, muitas invenções foram criadas por pessoas elevadas, conhecidas como rïis. Os inventores da penicilina, do avião, do automóvel, da televisão – eles são rïis. Aqueles que inventaram a carroça também foram rïís em tempos remotos. Tantos rïis vieram... e se foram; personalidades brilhantes em suas épocas. Eles podem ser ou não reconhecidos nesta segunda metade do século XX, mas em suas épocas eles foram personalidades brilhantes. Ósi devebhyo namah: Eu também faço namaskar àqueles rïis que foram autores de várias invenções. A coletânea se suas invenções é a civilização moderna. Brahmarpanam. Agora estou oeferecendo alguma coisa a Brahma. Mas o que é que eu estou oferecendo? Minha reverencia, meu respeito, minha cordialidade, meu amor... oferecer é uma ação, e esse processo de oferenda é o quê? É Brahma. Também sentimos que Brahma é o ato de oferecer. Vocês compreendem? Sentimos que o pensamento em Brahma está nessa parte também. Portanto, a oferenda é Brahma, porque pensamos em Brahma quando nos referimos a ela. Brahma havir . E o objeto oferecido também é Brahma. Brahma gnaó. A pessoa a quem estou oferecendo também é Brahma. Brahma havir significa que eu estou oferecendo a ação. O ato de oferecer é Brahma e o objeto da oferenda também. Suponha que eu esteja oferecendo esta vareta, então, esta oferenda é Brahma. Brahma hutam. A pessoa que está oferecendo também é Brahma. O pensamento em Brahma também se refere a ela. O ato de oferecer, a oferenda, aquele que recebe e aquele que oferece, todos são Brahma. Brahmaeva tena gantavyam. A pessoa que faz a oferenda, sua meta e seu destino são Brahma, ou seja, Brahma é a meta do ser que oferece. E quando o ser que oferece se unirá a Brahma, tornar-se-á um com Brahma? O ser que oferece está aqui nesse mundo para fazer o trabalho de Brahma, e depois de concluí-lo, tornar-se-à um com Brahma. Brahmakarma samádhiná. Quando a pessoa partirá? Após concluir o trabalho que lhe foi designado pro Brahma. Dizemos que a vida humana é um fluxo ideológico. O fluxo ideológico representa a humanidade, a vida humana. Onde não há fluxo ideológico impera a vida animal. Mas o que deve o homem fazer? Deve ele fazer somente práticas espirituais, somente sádhaná? Para manter seu corpo, ele tem que se alimentar, se vestir, cuidar da saúde e da educação... tantas coisas, tantos deveres cotidianos. Quando está envolvido nas tarefas do dia-a-dia, naturalmente ele se desliga dos deveres espirituais. Por isso, madhuvidya significa que o indivíduo, ao fazer as tarefas rotineiras, deve oferecer a Brahma, ou Narayana, a execução da tarefa. Assim, ele não desperdiçará tempo, pois, sentindo a espiritualidade no trabalho, estará realizando a prática espiritual. Vocês compreendem?” Shrii Shrii Ánandamúrti
PONTO 7: ALIMENTAÇÃO De acordo com a ciência espiritual, a mente tem cinco camadas ( ver Glossário: k’osa) e mais uma camada externa - que é conhecida como annamaya kos’a, ou seja, o corpo físico. Essa camada é constituída alimento que ingerimos. Por isso, faz sentido afirmarmos: “Somos aquilo que comemos”. Os alimentos podem tanto ajudar como prejudicar o desenvolvimento mental e espiritual. A bioquímica dos alimentos interfere na bioquímica de nossos corpos, influenciando o sistema glandular, o sistema nervoso e o cérebro – que são os responsáveis pelas tendências mentais, ou instintos (vrttis). Quando esses instintos não são controlados, a mente fica perturbada. Assim, para mantermos a calma e o equilíbrio mental, os alimentos ingeridos devem ser dos tipos que não causam excitação glandular. Na ioga, os alimentos estão classificados em três categorias principais. Sáttvika (sutis ou puros) são os alimentos saudáveis tanto para a mente como para o corpo. Nesta categoria se incluem todas as espécies de cereais, castanhas e frutas, temperos suaves, sal, açúcar, mel, chá de ervas, a maioria das verduras, dos legumes e das leguminosas, leite e produtos lácteos 4. Os alimentos sáttvikos são imprescindíveis para as pessoas que fazem ásanas. Rájasika (mutatórios ou ativos) são alimentos que afetam mais a mente e prejudicam menos o corpo, dependendo da quantidade ingerida. Nesta categoria se enquadram os seguintes produtos: rabanete, café, chá mate, chá preto, guaraná, refrigerantes carbonatados e chocolate “preto”, ou seja, produtos que contém cafeína ou substâncias estimulantes. Támasika5 (estáticos ou inertes) são os alimentos nocivos ao corpo e à mente. Aqui estão incluídos: carnes, produtos animais (inclusive a gelatina), peixe, ovos, cogumelos, cebola, alho, queijos que adquirem fungos no processamento, fumo, álcool, as sobras de alimentos cozidos e mal-conservados 6 , folha de mostarda, lêvedos, drogas alucinógenas e outras que alteram o estado normal do organismo. Obviamente, a ingestão em demasia de qualquer alimento sáttviko ou rájasiko, pode ter um efeito támasiko. Na presente sociedade, encontramos várias dietas, todas elas com diferentes teorias. A diferença da dieta iogue é que ela veio de práticas e experiências feitas pro vários anos, para depois surgir a teoria. Primeiro, a meditação e as ásanas foram praticadas e, em seguida, as experiências com os alimentos comprovaram quais são os mais benéficos, ou não, para as práticas espirituais. Muitos praticantes espirituais novos não alteram seus hábitos alimentares logo de início, mas somente após algum tempo, quando sentem os efeitos nocivos da carne. Entretanto, o mais aconselhável é a pessoa comer somente os alimentos sáttvikos a partir do momento em que se iniciar nas práticas espirituais. Já está bastante comprovado que a carne não faz bem à saúde. O corpo humano tem bioquímica ácida por natureza, devido às secreções das glândulas. O exemplo mais evidente é o ácido úrico – um subproduto do processo digestivo, que normalmente é eliminado pela urina. O corpo de um animal, da mesma forma que o 4
Queijos preparados com coalho (subproduto do estômago de bezerros) ou que adquirem fungos durante sua maturação e, ainda, pães, bolos e biscoitos feitos com ovos ou gordura animal não são sáttvikas. 5 Sáttvika, Rájasika, Támasika são termos em sânscrito, no plural e Sáttvik, Rájasik, Támasik , correspondem à forma no singular. 6 É recomendável evitar comer no jantar os legumes cozidos para o almoço, pois estes alimentos, após um certo tempo, perdem suas propriedade nutritivas e se tornam támasiko. Nem sempre a conservação em geladeira evita esse processo, sendo, portanto, o mais recomendável comer os legumes recém-cozidos. Embora o congelamento não seja támasiko, seu uso diário não é recomendado, pois, nesse processo, o alimento perde a maioria do prana.
corpo humano, também contém ácido úrico. Então, ao ingerir carne, o homem consome essa substância em grande proporção. Como o organismo humano não tem condições de eliminá-lo pro completo, esse ácido acumula-se lentamente nas articulações e no sistema circulatório. As conseqüências são desde o enrijecimento das juntas até o aparecimento de doenças mais graves, como o reumatismo, a artrite, a dispepsia, a constipação, a paralisia, a úlcera, os cálculos renais, os distúrbios renais, as doenças cardíacas, a pressão alta, a asma, os distúrbios menstruais. Além disso, a concentração e a cristalização do ácido úrico afeta o sistema nervoso, acarretando nervosismo, depressão, temperamento agressivo e ansiedade. Por isso, devemos ser muito cautelosos com os alimentos ingeridos. A comparação da fisiologia dos seres humanos com a dos animais nos mostra diversos fatores que comprovam nossa qualificação como seres vegetarianos (leia o livro O que há de errado em comer carne – publicações Ananda Marga). O intestino dos seres humanos é tão extenso quanto dos animais herbívoros e frugívoros e totalmente diferente do intestino dos animais carnívoros, que é curto. Como a carne e o peixe entram em decomposição rapidamente, o intestino curto dos animais carnívoros é apropriado para a eliminação rápida das toxinas da carne. Entretanto, este não é o caso dos seres humanos, cujo intestino é ajustado para a digestão de frutas e legumes. Ao serem sacrificados, os animais sentem medo, produzindo grande quantidade de adrenalina e outras secreções, que, por serem ácidas, causam malefícios ao corpo e à mente. As proteínas necessárias ao corpo humano são facilmente encontradas nos alimentos sáttvikos – tais como os produtos lácteos, os grãos, os legumes, as castanhas e as frutas secas. Na realidade, o leite e a soja, por si só, bastam para nutrir o corpo das proteínas necessárias. E com relação ás vitaminas e aos sais minerais, não há melhor fonte natural do que os vegetais e as frutas. “Tanto quanto possível, devemos optar por alimentos provenientes de seres que tenham a consciência menos desenvolvida. Isto significa que se os vegetais estiverem disponíveis, os animais devem ser poupados. Além disso, em qualquer caso, antes de matar um animal, quer ele tenha consciência desenvolvida ou não, deve-se considerar se seria possível viver com um corpo saudável sem eliminar tal vida.” Shrii Shrii Ánandamúrti Extraído de Um guia para a conduta humana Por isso, pergunta-se: “Se você ama os animais, por que com ê-los?”. Os ovos são prejudiciais à saúde pelo mesmo motivo que a carne. A natureza bioquímica do ovo é muito similar à da carne, ainda que aquele esteja em estágio menos desenvolvido. É um alimento que causa tensão ao corpo e dificulta a meditação. Além disso, o ovo tem muito colesterol, cujos efeitos nocivos sobre o coração e a arteriosclerose são bastante conhecidos. Os alimentos támasikos alteram o sistema glandular, ativando as tendências ( vrtiis) mais baixas, tais como o medo, a raiva, o ódio, o desejo sexual etc. com isso, a mente fica mais agitada, tornando-se difícil o controle mental. A cebola e o alho causam aquecimento e estímulo às glândulas das partes inferiores. Tanto um como o outro são extremamente ácidos, inclusive mais do que a carne. Algumas pessoas que ingerem alho e cebola em demasia exalam o odor desses produtos, pois os poros da pele eliminam pequenas quantidades não absorvidas pelo organismo. É comum encontrarmos artigos que defendem o alho e cebola como alimentos altamente benéficos. Do ponto de vista meramente físico essa afirmação faz sentido, por que, na
verdade, quando esses alimentos são rejeitados pelo organismo, eles fazem uma espécie de limpeza sangüínea. Mas nós devemos nos preocupar principalmente com o efeito dos alimentos sobre a mente. O alho e a cebola ativam as partes inferiores do manipura cakra (umbigo) para baixo – , causando desconforto mental. A melhor forma de comprovar esse efeito é através da experiência de passar um ano, ou até menos, sem comer tais alimentos e prova-los ao final. A pessoa notará que diferença significativa eles causam no estado mental. Os cogumelos, por serem fungos (parasitas), vivem de matéria morta e decomposta e, quando ingeridos, absorvem energia do corpo, ao invés de nutri-lo. Drogas, álcool e fumo são altamente prejudiciais ao corpo e á mente. Tudo que altera nosso estado mental por meios artificiais resulta em enfraquecimento da vontade e diminui a capacidade intelectual, o que torna o autocontrole quase impossível. Devemos também estar atentos aos alimentos embalados, pois muitos deles possuem aditivos e conservantes prejudiciais à saúde. Geralmente, fala-se somente das propriedades nutritivas dos alimentos. Entretanto, tão importante, ou talvez até mais importante, são as vibrações psíquicas e espirituais passadas aos alimentos durante o seu preparo. Se a comida for preparada por uma pessoa enraivecida, ou com pensamentos negativos e de mau humor, a vibração dessa pessoa passará para o alimento. Porém, se a comida foi feita por alguém espiritualizado, esse alimento se tornará mais benéfico à mente. Enquanto estiver cozinhando ou comendo, procure se manter com a mente tranqüila. Tente sempre comer junto de outras pessoas e procure conservar uma atmosfera agradável durante as refeições. É aconselhável comer de forma frugal, ou seja, alimentar-se no máximo quatro vezes ao dia e servir à mesa apenas quatro “pratos” diferentes, em casa refeição.
PONTO 8: JEJUM (UPAVÁSA) É importante fazer jejum, por um dia inteiro, pelo menos duas vezes ao mês. O jejum prolongado não é aconselhável, pois ele cria tensão e ansiedade, e isto costuma levar as pessoas a cometerem erros na hora de interrompê-lo. As melhores técnicas para a purificação mental e espiritual são o jejum regular, os alimentos saudáveis e as práticas espirituais, sem recorrer a extremos. O jejum nos garante resultados muito benéficos. Ele permite um descanso regular, e necessário, aos órgãos digestivos e ao organismo em geral, aumenta a autodeterminação, pois exercitamos bastante o controle mental nessa prática. Além disso, ele cura diversos males físicos, principalmente os distúrbios estomacais e intestinais. Observando o ciclo lunar, constatou-se que alguns dias são mais apropriados para o jejum. Esses dias correspondem às fases da lua nova e da lua cheia. Nesses período, a lua está mais próxima da Terra (por causa de sua órbita elíptica), aumentando sua força gravitacional sobre o nosso planeta. Esse fenômeno aumenta o fluxo das marés, assim como afeta os fluidos de nossos corpos, pois estes são constituídos de cerca de setenta por cento de líquidos. Portanto, os quatro dias mais indicados para o jejum são os seguintes: a lua nova (amávasya); a lua cheia (púrnima); o décimo primeiro dia depois da lua nova (ekádashi); e o décimo primeiro dia depois da lua cheia (ekádashi). Aqueles que jejuam apenas duas vezes por mês devem fazê-los nos dias ekádashi. Quando for impraticável o jejum nesses dias, será viável escolher um dia antes ou depois.
Normalmente, nesse período, por influencia da lua, a circulação dos líquidos do organismo (suco gástrico, enzimas etc.) sofre uma alteração, causando distúrbios orgânicos que afetam a mente. Foi constatado que nos dias de lua cheia há maior incidência de problemas mentais (inclusive pesadelos) e um aumento considerável no atendimento em clínicas psiquiátricas. Tais conseqüências são evitadas com o jejum completo (sem água), pois o vazio formado no aparelho digestivo evita que os sucos gástricos entram na corrente sanguínea. Outro benefício extraordinário do jejum é o controle da produção excessiva de líquido seminal. Os alimentos passam pela seguinte cadeia de processamento: sangue, gordura, carne, osso, medula óssea e linfa. Esta última substância, a linfa, tem importância fundamental para o vigor físico e intelectual. Entre suas funções, destacamse: a nutrição do cérebro e a produção de líquidos seminais. Com o jejum, o organismo não só evita o excesso de sêmen como ainda aproveita essa substância para fortalecer o organismo e, principalmente, o cérebro. O jejum ajuda tanto o homem como a mulher a terem controle sexual. Por isso, recomenda-se que as pessoas solteiras façam jejum também nos dias de lua cheia (púrnima) e lua nova (amávasya), além dos dias ekádashi. Normalmente, o organismo expele o excesso de sêmen quatro vezes por mês. Para evitar esse excesso e suas conseqüências, como os desejos sexuais perturbadores, as pessoas solterias devem jejuar quatro vezes por mês. É necessário observar o calendário lunar para saber os dias corretos de ekádashi. O calendário solar não é tão preciso na definição desses dias quanto o calendário lunar. Para obter os dias corretos, contate uma sede da Ananda Marga. As mulheres grávidas, ou em fase de amamentação, as crianças (até o início da adolescência) e as pessoas doentes não precisam fazer jejum. Em caso de certas doenças (como o diabetes), o jejum deve ser controlado por médico, ou proibido, se for o caso. Caso a pessoa tenha bloquio mental ou físico contra o jejum, ela poderá vencer lentamente essa barreira, fazendo dieta de frutas nesses dias, até se sentir à vontade com o jejum completo. O jejum completo consiste em não ingerir nada desde o nascer do sol de um dia até o nasceu do sol do outro dia. Entretanto, a prática usual, para aumentar os benefícios do jejum, é evitar alimentos após o jantar do dia anterior, o qual deve ser leve, pois nesse sai a influecia da lua já é forte, fazendo com que qualquer alimentação pesada causa desconforto durante o sono. A determinação é fundamental para o sucesso do jejum. E para conseguir isso, há um recurso efetico: conectar-se com Deus e pedir que Ele o ajude nessa prática. Além disso, até que se esteja devidamente seguro e acostumado, é com não falar para todos quando se estiver fazendo jejum, pois isso pode enfraquecer a firmeza de propósito. Também é importante quebrar o jejum de forma correta. Antes de comer qualquer alimento, é recomendável beber um copo de água com sumo de até meio limão 7, adicionando mais ou menos uma colher de chá de sal, para ativar suas propriedades e quebrar a acidez. Esse processo neutraliza a acidez dos sucos gástricos liberados durante o jejum. Grande quantidade desses ácidos é produzida no jejum, sendo expelida pela urina, razão pela qual ela adquire uma tonalidade escura nesses dias. Após beber esse líquido, deve-se esperar alguns minutos e comer uma banana. Os primeiros pedaços da banana não devem ser mastigados, mas apenas comprimidos contra o céu da boca e engolidos, sem tocas os dentes, para evitar contato com a ptialina (saliva). Esses pedaços iniciais da banana absorvem as toxinas acumuladas no intestino. A banana madura é melhor, pois seus amidos já foram convertidos em açúcar, o que facilita a digestão. Este segundo processo reativa o estômago e o intestino suavemente. Depois disso, os alimentos mais apropriados são o iogurte, as frutas e outros de fácil 7
Para uma completa limpeza do intestino, pode-se tomar até 5 copos d’água com limão.
digestão, e os menos indicados são cereais, queijos, leite, raízes etc., podendo, entretanto, ser comidos em pouca quantidade. Ao iogurte ácido ou concentrado, adiciona-se um pouco de sal e água, para quebrar sua acidez e facilitar sua assimilação. Após o jejum, é recomendável comer menos do que o normal, pois o estômago teve uma redução temporária de tamanho. Se essas sugestões foram seguidas, a pessoa sentirá uma leveza após o jejum. Algumas pessoas podem temer a perda de energia, por ficarem um dia inteiro sem comida. Mas isto é apenas psicológico, porque normalmente leva mais ou menos um dia para que o alimento seja digerido e seus nutrientes sejam assimilados elo organismo. Depois que as pessoas se habituam ao jejum, na verdade, elas sentem maior leveza nesse dia. Upavása é a palavra usada, em sânscrito, para designar o jejum. Upavása significa manter a mente próxima do Senhor. Assim, durante o jejum, é recomendável evitar pensamentos negativos e dedicar mais tempo às atividades espirituais.
PONTO 9: SÁDHANÁ (Práticas Espirituais) A palavra sádhaná é composta da raiz “ sádh”, em sânscrito, que significa “completar”. Portanto, sádhaná é o esforço através do qual o ser humano se torna plenamente realizado. Quando a pessoa compreender que seu objetivo na vida é a realização espiritual, o esforço consciente para alcançar esse objetivo chama-se sádhaná. A maioria das pessoas busca os prazeres mundanos e se esquece de que, no recanto mais profundo da mente, está o desejo mais precioso: o tesouro da espiritualidade. Normalmente, devido à ansiedade e ao medo, somente usamos uma pequena fração do potencial infinito de conhecimento e energia latente em nossa mente. O conhecimento e a energia infinitos nada mais são que a própria Consciência Suprema, que permeia casa entidade deste universo. Entretanto, nós raramente estamos cientes dessa Entidade.
“ O Ser Supremo existe em todos os seres, da mesma forma que o óleo é encontrado nas sementes de gergelim. Mas você não poderá perceber se procur á-Lo superficialmente. Você não compreenderá que Ele permeia cada núcleo imperceptível de moléculas e átomos. Triture as sementes de gergelim que o óleo surgirá. Faça sádhána – revolvendo sua mente com a meditação – que Ele florescerá dentro de você” Shrii Shrii Ánandamúrtiji Um aspirante entra no reino da sádhaná quando recebe, individualmente, seu método de meditação. A iniciação é um dos eventos mais importantes na vida de um aspirante espiritual, pois nessa ocasião a técnica individual de meditação é ensinada e, mais importante ainda, é quando o potencial espiritual é despertado ela primeira vez. Na ciência do tantra se diz que, quando o discípulo está preparado, o Mestre, ou Guru, aparece. Quando a pessoa desenvolve um desejo intenso pelo despertar espiritual, não há nenhuma coincidência quando um professor surge para lhe dar a orientação. A meditação é ensinada por um(a) ácárya(á)- professor(a) espiritual que ensina pelo exemplo – treinado(a) com as técnicas do Guru. Mesmo que o Guru não esteja fisicamente presente, são Seus ensinamentos e Seu poder espiritual, por meio do mantra, que conduzem o discípulo ao despertar espiritual. A iniciação é o começo – o momento em que são fornecidos os requisitos para a jornada espiritual. Daí em diante, o aspirante deve seguir o caminho com determinação e confiança na força interna. É fundamental meditar duas vezes ao dia, invariavelmente.
Isto também significa que todas as lições (de sádhaná) devem ser feitas ao menos duas vezes ao dia. Ácáryas(ás) e trabalhadores locais (LFTs) devem fazer todas as lições quatro vezes ao dia. É recomendável fazer a sádhaná e as ásanas sempre numa mesma manta (preferencialmente de lã), reservada para esse fim, para que as vibrações espirituais e as secreções glandulares sutis sejam preservadas. Sahaja Yoga é o nome das seis lições que compõem o sistema completo de sádhaná, ou meditação. Essas diferentes lições devem ser aprendidas de um(a) ácárya(á). É importante não praticar sádhaná baseado em livros porque o ISTA mantra, para ter efeito, deve estar em harmonia com os samskaras e o ritmo mental do praticante. Sádhaná inclui diversos outros aspectos de nossas práticas espirituais: 1. Madhuvidyá (Segunda lição de meditação da Ananda Marga, também chamada de "Guru mantra") deve ser feito antes de cada ação, no dia-a-dia, como acordar, tomar banho, meditar, comer, entrar num veículo, sair de casa, trabalhar, retornar, dormir etc. A lembrança do Guru mantra antes ele dormir alerta a mente para a repetição do ISTA mantra durante o sono – um processo dirigido pela mente subconsciente, que continua atuante. Ele também é importante para evitar pensamentos negativos no decorrer do dia e nos proteger de influências negativas. Nós devemos repetir o Guru mantra somente uma vez antes de cada ação, e em seguida recitar o ISTA mantra. Mas não devemos usar o Guru mantra com a intenção de obter um resultado esperado de nossas ações, pois este não é o propósito desse mantra. 2. Sarvátmaka Shaoca – A limpeza em todos os aspectos. A vestimenta, o ambiente, a cama e o próprio corpo devem ser mantidos cuidadosamente limpos. Este item também diz respeito à pureza mental, à organização pessoal, ao decoro na conduta social e à prontidão para emergências (como a manutenção de estoques de alimentos etc. na jágrit). 3. Tapah – Serviço desinteressado. Há quatro tipos básicos de serviço recomendados por Bábá. Tanto quanto possível, devemos nos esforçar para fazer os quatro serviços todos os dias. a. Bhuta Yajina – Servir à criação, ou seja, aos animais e às plantas, fornecendo-Ihes proteção, alimento, água etc. Também devemos cuidar do mundo inanimado, uma vez que ele é a expressão da Consciência Suprema. É agradável servir às plantas e aos animais todos os dias. b. Pitr Yajina – Prestar serviço aos antepassados. Esta prática é feita diariamente com o mantra do banho (ver Ponto 6). c. Nr Yajina – Servir à humanidade. Este tipo de serviço é subdividido em quatro categorias, de acordo com as quatro tendências mentais básicas (varnas) dos seres humanos. Nós devemos tentar fazer, a cada dia, pelo menos uma delas. (i) Shudrocita Sevá – Servir aos outros com o esforço físico. (ii) Vaeshyocita Sevá – Servir financeiramente, fazendo doações às entidades filantrópicas ou distribuindo alimento etc. a pessoas carentes. (iii) Ksattriyocita Sevá – Servir com coragem, defendendo os direitos e a vida dos outros. (iv) Viprocita Sevá – Servir com o intelecto. Aqui se inclui o ensino de meditação e outras práticas espirituais.
(v) Paincasevá – Significa cinco tipos de serviço. Nós devemos sempre fazer o serviço mais emergente para cada ocasião. Todo ánanda márgui deve participar do paincasevá feito regularmente em cada unidade. Estes são os tipos de serviço: 1) Distribuição gratuita de alimento. 2) Venda de produtos alimentícios baratos. 3) Distribuição de roupa. 4) Distribuição de remédios. 5) Distribuição de livros e material escolar. (O kiirtan cantando antes da distribuição de alimento o transforma em prasad – alimento do Senhor. Também é benéfico fazê-lo antes das refeições individuais.) Ainda que todo serviço seja valioso, viprocita seva tem resultado mais efetivo do que os outros, cujos efeitos são temporários. Por isso, é importante usar o bom senso e o discernimento para todo serviço, visando obter a máxima eficácia. d. Adbyátma Yajina – Serviço espiritual. Este é um serviço puramente interno – para o Ser Supremo –, o qual fazemos com a meditação regular e a ideação espiritual. 4. Svádhyáya – Ler e se esforçar para compreender as escrituras espirituais. Devemos ler uma página, pelo menos, do Ánanda Sutram ou do Subhasita Samgráha, diariamente. O melhor método de svádhyayá consiste na leitura em voz alta; pois, com a utilização da voz e da audição, conseguimos nos concentrar mais no texto. Nos livros de Bábá, temos a oportunidade de entender nossa meta, conseguir diferentes informações espirituais e compreender nossas próprias experiências. 5. Ásanas (Posturas de Ioga): As ásanas não são meramente exercícios físicos, mas sim um sistema científico desenvolvido para regular as glândulas e garantir um estado permanente de equilíbrio mental. Os antigos iogues, analisando a postura dos animais, perceberam que alguns deles tinham qualidades desenvolvidas por determinadas glândulas. Eles, então, adaptaram essas posturas para o bem-estar dos seres humanos. Por exemplo, baseados na extraordinária capacidade do pavão de digerir alimentos duros, os iogues desenvolveram a Postura do Pavão, que tem efeitos benéficos nos órgãos digestivos. Em outras, como as Posturas da Cobra, do Coelho, da Tartaruga, do Peixe etc., foram constataos diferentes efeitos no corpo e na mente. Assim, com a prática regular das ásanas – que devem ser prescritas por um (a) ácárya( á) –, o indivíduo fortalece os sistemas circulatório, digestivo e nervoso, melhora o tônus da pele e dos músculos e regula as secreções glandulares e hormonais possibilitando um estado de equilíbrio mental e emocional. Além disso, a prática das ásanas proporciona à pessoa uma sensação relaxante. Muitos livros sobre ásanas podem ser encontrados, mas ao lidar com eles, deve-se ter bastante cautela. Da mesma forma que é recomendado a uma pessoa doente procurar um médico, também, para a prática das ásanas, deve-se consultar pessoalmente um(a) ácárya( á) – professor(a) espiritual – da Ananda Marga, o qual é treinado(a) na ciência das ásana para orientar cada pessoa individualmente. Existem mais de 40 mil ásanas, que têm diferentes efeitos no organismo. Porém, na Ananda Marga apenas as 42 ásanas (do Caryácarya, Parte 3) mais importantes são ensinadas, ou seja, aquelas que têm efeito físico-psico-espiritual. As ásanas são fundamentais para a meditação. A vida se desenvolve com base no princípio do paralelismo psicofísico. Isto significa que deve existir harmonia entre os estados físico e mental. A meditação torna a mente mais sutil. Se esse processo não for acompanhado de uma mudança física correspondente, através do controle da alimentação ("Ponto 7: Alimentação" e "Ponto 8: Jejum") e da prática regular de ásanas, poderão surgir obstáculos à meditação. Nos casos em que for impossível a prática de ásanas, a técnica
de meditação ensinada se ajustará às circunstâncias. As ásanas ensinadas por seu(sua) ácárya(á) devem ser feitas duas vezes ao dia, de manhã e de noite, geralmente após a meditação, a menos que haja instrução diferente do(a) ácárya(á). 6. Pásha e Ripus - Existem oito páshas, ou grilhões, que nós desenvolvemos nas relações sociais, quais sejam: (1) vergonha, (2) medo, (3) dúvida, (4) ódio, (5) orgulho, (6) hipocrisia, (7) vaidade e (8) falso prestígio. Também há seis ripus, ou inimigos internos, quais sejam: (1) paixão por coisas materiais, (2) raiva, (3) ganância, (4) egoísmo, (5) obsessão, e (6i) ciúme. A prática regular dos princípios de Yama e Niyama (ver Ponto 12) controla os páshas, e a sádhaná regular controla os ripus. 7. Kiirtan – Antes da sádhaá, devemos fazer kiirtan por dez minutos, pelo menos. Se a sádhaná durar apenas meia hora ou menos, podemos gastar três quartos desse tempo em kiirtan (ver Ponto 16). 8. Páincajanya – O horário das 5 horas da manhã é o mais adequado para a elevação espiritual. Ele é chamado de “Brahma Múhúrtta” (horário divino), ou "prátah sandhya" (horário do alvorecer). A vibração espiritual e sutil desse horário tem um grande efeito tranqüilizador em todas as camadas da mente. É o melhor momento para as práticas espirituais. É neste horário que, desde os tempos remotos, os iogues costumam fazer meditação. Assim, às 5 horas, todos os dias, devemos cantar cinco minutos de Prabhát Samgiit e quinze mminutos de kiirtan, e fazer dez minutos de sádhaná. 9. Guru Sakásha – Guru Sakásha significa literalmente estar próximo ao Guru, sob Sua proteção e Seu amor benevolente. Guru Sakásha estabelece a proteção do Guru. Essa proteção transforma o "fio da navalha" do caminho espiritual em uma trilha cheia de rosas e tão larga quanto o universo. Quando recordamos o Guru, recebemos uma onda de paz e contentamento infinitos bem como a força necessária para cumprirmos a missão que Ele nos confiou. Da mesma forma que um homem perdido no deserto sente indescritível felicidade ao provar apenas uma gota d’água, também a lembrança da forma abençoada de Bábá, mesmo que seja por uma fração de segundo, preenche cada célula com bem-aventurança imensurável. Ao levantarmor de manhã, imediatamente após acordar, e antes de fazer qualquer outra coisa, devemos vê-Lo na postura de Bharabhaya Mudra, em nosso Guru Cakra, numa flor de lótus imaginária. Então, devemos nos dirigir a Ele amorosamente como em Dhyána. Essa prática nos dá força para enfrentar todos os obstáculos, possibilitando-nos manter a mente em Iishvara Praòidhán. Quando somos atraídos por objetos externos, ou nossa concentração se perde com lembranças do mundo material, nós percebemos como é difícil conter a mente, mesmo que já tenhamos praticado sádhaná por muitos anos. O espírito de Guru Sakásha é visualizar Bábá sempre que a mente se desviar da senda espiritual. Esse é o verdadeiro sentido de sádhaná. “ A vida humana é muito curta. Portato, o mais sábio é obter tão rápido quanto possível todas as lições de sádhaná.” Shrii Shrii Ánandamúrti
PONTO 10: ISTA (Guru) “Ter firme fé em Ista e não comprometer Sua santidade” Quando queremos realizar qualquer coisa na vida necessitamos estabelecer uma meta. A maioria de nossas metas consiste de objetivos materiais, ou coisas limitadas;
portanto, a energia despendida para alcança-las não proporciona resultado permanente. Somente a meta espiritual nos dá retorno permanente, pois nesse caso a meta é infinita: a Consciência Suprema (Entidade Infinita). “Suponha que você esteja, à noite, numa floresta escura e enxergue uma luz ao longe. Se você caminhar em sua direção, o que ocorrerá? Quando mais você se aproximar da luz, menos será a escuridão; e finalmente quando você alcança-la, não mais haverá escuridão à sua volta. Da mesma forma, para vencer a obscuridade de avidyá (força de extroversão, ou da ignorância espiritual), devemos ter Brahma como meta. Essa luta denomina-se madyatmácára, ou ‘caminho do meio’. A Ananda Marga prega esse ‘caminho do meio’, pelo seguinte motivo: se você não tiver uma meta, como poderá lutar continuamente contra a escuridão (ou ignorância espiritual)? Seria seguro sair tateando em plena escuridão? Não seriam tempo e esforço perdidos, simplesmente por não haver uma meta? Não seria extremamente arriscado?” Shrii Shrii Ánandamúrti Subhasita Samgraha, Parte 3 Uma vez que não é possível descrever a natureza do Ser Supremo, nós nos perguntamos: “Como iremos, então, conhece-la?” essa não é uma meta comum, mas sim uma meta pessoal, à qual o aspirante espiritual está intimamente ligao: é um relacionamento de amor. Portanto, mesmo que a Consciência Suprema seja nossa verdadeira Ista (meta), é por meio do Guru que alcançamos a Meta Divina. Dessa forma, o Guru não é uma personalidade. Ele é como um espelho que refleta nosso verdadeiro Eu interior e desconhecido. Quando Sua forma torna-se a meta, é mais fácil alcança-la com nossas mentes limitadas. Se tentarmos descrever nossa meta espiritual, usaremos qualidades exclusivamente humanas, como o amor, a compaixão, etc. Assim, aquele Ser que personifica essas qualidades é conhecido como Guru. Isto significa que o aspirante espiritual tem um relacionamento pessoal com o Guru, e o Guru, para ele, representa a meta final na vida, sua ligação com o Infinito. Como esse relacionamento é de suma importância no caminho espiritual, devemos cultiva-lo com todo o carinho. Algumas pessoas podem tentar caluniar o Guru, com o intuito de abalar a fé do devoto, seja por motivos egoístas, seja por medo da força moral que Ele representa. Mas o Guru só pode ser conhecido internamente. Este é o propósito de “Não comprometer Sua santidade”. O aspirante não deve aceitar que qualquer dúvida surja em sua mente, pois, para si, o Guru e a Consciência Suprema são a mesma entidade. Isto não significa que a pessoa deva ter fé cega. Esse relacionamento surge apenas do sentimento de devoção, o qual leva tempo para se desenvolver. Muitas pessoas se perguntam: “Quem é o Guru?”. Mas a mente deve estar sempre aberta, porque certamente o Guru se revelará. A dúvida sem fundamento, portanto, é irracional. Ela significa o bloqueio da mente para o conhecimento e a compreensão. Isto é muito perigoso, pois uma pequena dúvida sobre o Guru tirará toda a força e a determinação para as práticas espirituais e poderá levar a pessoa a abandonar o caminho espiritual. Assim, você nunca deve aceitar palavras ofensivas de quem quer que seja em relação ao Guru. Entretanto, não é qualquer um que pode ser Guru. No mundo atual há muitos falsos “gurus” que exploram os outros. Devemos ser cautelosos com eles e julgar o guru por seus ensinamentos. Bábá disse: “Se você quer me conhecer, conheça minha ideologia.” O Guru deve ser um exemplo do que Ele ensina. Ao adotar Suas práticas e Seus ensinamentos, aceitamos Sua vida como um modelo.
“Brahmaeva gururekah na parah” Explicação: “Apenas Brahma é o Guru. Apenas Ele guia os indivíduos ao caminho da liberação por meio de diferentes receptáculos ou corpos. Ninguém, exceto Brahma, ajusta-se ao significado real da palavra Guru.” (Shrii Shrii Ánandamúrti, em Ánanda Sútram). Brahma na forma de Guru nos ensina o processo de meditação que nos levará á liberação. No Guru, Brahma está plenamente manifestado. A palavra Guru é composta de duas raízes “Gu” e “ru”, que querem dizer “Aquele que liberta da ignorância”. Há um pequeno teste através do qual você pode descobrir se está sendo coerente com sua Ista. Você deve sempre sentir que, onde quer que você esteja, em qualquer situação que você se encontre e seja lá o que estiver fazendo, o Guru o está observando. Pergunte-se antes de fazer qualquer coisa: “Será que o Guru quer que eu faça isto?” Se a resposta interna foi “não” e ainda sim você fizer aquilo, então, significa que você não está seguindo sua Ista. Seguir dharma – a característica inerente a todos os seres humanos – é seguir Ista. Jato dharma tato Ista Jato Ista tato jayah
Onde há dharma, há Ista Onde há Ista, há vitória.
Shrii Shrii Ánandamúrti
PONTO 11: ÁDARSHA (Ideologia) "Ter firme fé em ádarsha e não comprometer sua santidade”. Ádarsha significa ideologia espiritual. Não significa as teorias ou os princípios materialistas que hoje em dia as pessoas usam com esse nome. Muito pelo contrário, o dia-a-dia de cada ser humano e toda a história da humanidade nada mais são do que um fluxo ideológico. É um movimento do estado denso para o estado mais elevado, do materialismo para a espiritualidade. Na Ananda Marga, a essência da Ideologia está sintetizada na frase: Átma moksa artham jagat hitayaca, "Auto-realização e serviço à humanidade". Para o seu próprio desenvolvimento, o indivíduo deve fazer as práticas espirituais, seguir o código de ética, Yama e Niyama, e as normas de conduta (ver Ponto 12). Mas para o benefício da sociedade, ele deve usar seus conhecimentos em prol dos outros. Esse sacrifício e esse serviço surgem a partir do sentimento de unidade cósmica conseguido com as práticas espirituais. Toda a criação tem uma causa única. Tudo evoluiu a partir da Consciência Pura – Estado de Bem-aventurança Pura e Não-qualificada. No atual estágio da criação, a tendência de todo ser deste universo é buscar a união com o Estado Puro, novamente. Esta é a idéia espiritual – a base da ideologia correta. Humanidade é o nome coletivo dos seres mais evoluídos deste universo físico, porque é apenas por meio da forma humana que a mente pode atingir a liberação total, o propósito final de nossa existência. Para fazer qualquer coisa neste mundo, necessitamos de um sistema e de velocidade. Nossa velocidade é a inspiração obtida do amor e da devoção à ISTA, e nosso sistema é a Ideologia. Devemos lembrar que a velocidade sem um sistema é perigosa e que um sistema sem velocidade é inútil. Por isso, somente a devoção ou apenas o desejo de ser generoso e moralista não são suficientes. Ambos serão necessários, se quisermos progredir apropriadamente no caminho espiritual. Precisamos de coragem moral e determinação para seguir ádarsha. De acordo com nosso interesse, nós nos
empenhamos por diferentes objetivos. Em muitos desses, no entanto, a espiritualidade é ignorada ou desconsiderada e, por isso, não há progresso. Quando temos uma concepção psíquica correta da Ideologia e sabemos como materializá-la, podemos canalizar nossa energia numa direção coerente. A força necessária para seguir essa Ideologia pode ser obtida por meio do serviço desinteressado à humanidade. A coragem moral depende da habilidade do indivíduo em transcender seu pequeno eu, seu ego, e entregá-Io ao Eu Cósmico, à sua ISTA. É a força da devoção por ISTA que possibilita a pessoa vencer quaisquer obstáculos que surjam no caminho. Aquele que tem a coragem de seguir a Ideologia não se importa com o resultado. Quer ele seja criticado ou elogiado, tudo será igual, pois o amor a ISTA o estará guiando sempre, Se a qualquer momento o sentimento por ISTA se desvanecer, a Ideologia perderá sua força. No mundo atual, há bastante sofrimento e confusões, principalmente devido à ausência de uma Ideologia universal comum, que abranja todos os aspectos da vida. Não apenas isto, mas também é necessária a presença de pessoas espiritualizadas para ensinarem essa Ideologia à humanidade, através de seu exemplo. Tais personalidades de mente espiritualizada são chamadas sadvipras. Elas não estão condicionadas a nenhum sentimento mesquinho (‘ismos') e dedicam suas vidas ao serviço desinteressado à humanidade. A diferença entre o Guru e um sadvipra é que o Guru é o criador dos sadvipras. É o propósito do tantra, da Ideologia e das práticas da Ananda Marga criar tais pessoas para ajudarem a estabelecer uma nova sociedade espiritual. O pratik – símbolo da Ananda Marga – é a representação visual de ádarsha. Ele é composto das seguintes partes: - Dois triângulos sobrepostos: um com o vértice para cima, significando Karma Yoga, ou serviço desinteressado; e o outro com o vértice para baixo, simbolizando Jináná Yoga, ou conhecimento espiritual ou a sádhaná. - O sol nascente simboliza o progresso e o despertar de uma Era auspiciosa de grande refulgência espiritual. - A suástica, um símbolo tântrico de 7 mil anos, significa vitória espiritual. A linha vertical da cruz simboliza a Consciência Suprema (Parama Purusa); e a linha horizontal, a Energia Suprema (Prakrti). As linhas adicionais indicam o movimento anti-horário, que é o movimeno de retomo ao núcleo, ou seja, à liberação do indivíduo.
PONTO 12: NORMAS DE CONDUTA "Ter firme fé nas Normas de Conduta e não comprometer santidade". O caminho do tantra consiste no esforço para superar o estado de animalidade, objetivando alcançar a espiritualidade. Consta nos Upanishads (escrituras da Índia antiga) que o ser humano é comparável a uma carruagem, que leva Átman, ou Alma, como passageiro. Átman, (Alma) testemunha tudo o que ocorre na vida do indivíduo. O condutor é comparado à nossa capacidade de discernimento (ego ou intelecto fundamental). Compete ao condutor decidir o caminho. Os cavalos representam os dez órgãos motores e sensoriais, que por sua vez são impulsionados pelos instintos, levando a carruagem (o indivíduo) a uma busca desvairada por objetivos do mundo material. Para controlar os cavalos (os órgãos), o condutor (ego) precisa de uma rédea forte (a mente). Somente se forem dadas coordenadas exatas a esses órgãos sensoriais e motores por uma mente disciplinada, e com elevado grau discernimento, haverá condições de a carruagem (o corpo) conduzir o passageiro em segurança à sua meta. Essa meta é despertar a Kula Kundalini, adormecida no Muladhara Cakra e estimular o seu
movimento em direção ao Sahashara Cakra - a sede de Parama Átman (Alma Suprema), onde se alcança o estado sublime de bem aventurança no caminho espiritual. No caminho espiritual, não devemos ser indulgentes conosco. Necessitamos da força da consciência para sobrepujar a força material, por isso, a mente e o corpo devem estar sob controle. Com esse objetivo, foram desenvolvidas regras (Normas de Conduta) para disciplinar a mente. A carruagem (nosso corpo) terá que se manter em movimento enquanto estivermos vivos. Não queremos que esses cavalos (os órgãos) parem de andar. O propósito das Normas de Conduta não é suprimir as ações; mas, pelo contrário, dirigir a energia de forma positiva, para que o corpo, a mente e os órgãos nos auxiliem no desenvolvimento espiritual, e não se tornem um obstáculo. Algumas orientações adicionais sobre as normas de conduta estão no "Ponto 16", no item "Conduta". “Não comprometer sua santidade” significa que devemos compreender as normas de conduta e fazer um esforço sincero para segui-las. A sinceridade e a firmeza nesses pontos surgem à medida que se consegue compreender sua importância. A pessoa pode ser ridicularizada ou insultada por seguir estritamente as normas de conduta, mas ela não deve interromper seu esforço. As Normas de Conduta são um escudo contra a degeneração psíquica e constituem uma necessidade vital para o progresso no caminho espiritual. Yama e Nyama são compostos de dez princípios:
YAMA: Ahimsa: Não ferir ou magoar, intencionalmente, qualquer ser, por pensamento, palavra ou ação. Satya: Manter-se no espírito da verdade, tendo em vista o bem-estar do próximo. Asteya: Não se apossar, física ou mentalmente, de objetos alheios; nem, por omissão, privar outros do que lhes é devido. Brahmacarya: Manter a ideação em Brahma (Cosnciência Suprema). Considerar tudo ao seu redor como expressão de Brahma. (ver Madhuvidya, no Ponto 9). Aparigraha: Não acumular bens desnecessários; não ser indulgente consigo próprio. NIYAMA: Shaoca: Limpeza do corpo e da mente. A limpeza da mente consegue-se fazendo serviço ao próximo, expressando amabilidade aos seres vivos e esforçando-se para manter a mente no fluxo espiritual. Santosa: Manter o equilíbrio e o contentamento mental em quaisquer circunstâncias. Tapah: Praticar penitência, por meio do serviço à humanidade, visando atingir a meta espiritual. Svádhyáya: Desenvolver a prática da leitura espiritual, procurando compreender claramente o significado dos ensinamentos. Iishvara Pranidhana: Fazer da realização espiritual a meta suprema da vida e esforçar-se sinceramente para alcança-la através das práticas espirituais. (Para uma descrição detalhada de Yama e Niyama, leia o livro Um guia para a conduta humana, de Shrii Shrii Ánandamúrti). Os 15 Shiilas são instruções para formar o caráter do indivíduo: 1. Perdão: Quando alguém comete um erro e este afeta apenas uma outra pessoa, o mais correto é perdoá-la, tentando-se sempre mostrar o caminho correto. Mas quando se tratar de erros que afetem vida coletiva, nós não temos o direito de perdoar, a menos que a pessoa se corrija.
2. Magnanimidade mental: A magnanimidade mental toma a pessoa altruísta, ou seja, faz com que ela pense mais no bem-estar do próximo do que em si própria. 3. Controle constante do comportamento e do temperamento: Nossa conduta e ações, de modo geral, devem ser mantidas sob controle. Se perdermos o controle mental, permitindo que os órgãos motores e sensitivos busquem desenfreadamente diferentes objetivos externos, causaremos não só a nossa infelicidade como a de outras pessoas. 4. Estar disposto a sacrificar tudo na vida individual pela Ideologia: A vida é um fluxo ideológico em direção à espiritualidade. O conceito comum de ideologia é o de um conjunto de idéias elaboradas para guiar as massas. Mas não é essa a ideologia que devemos seguir. Somente a espiritualidade interna é a Ideologia (Dharma) do aspirante espiritual. Quando uma pessoa se integra à Ideologia, ela fortalece sua mente e consegue superar os obstáculos encontrados no caminho espiritual. (ver Ponto 11: Ádarsha). 5. Autocontrole total: Enquanto estivermos vivos estaremos praticando ações. Nossas ações não devem ser reprimidas, mas sim controladas. Por exemplo, os excessos alimentares podem ser controlados comendo-se só nos horários regulares e ingerindo apenas a quantidade suficiente ao organismo. Isto desenvolve a força de vontade e a disciplina espiritual. Este ponto refere-se ao controle interno e externo de todos os nossos instintos e tendências mentais. 6. Comportamento suave e sorridente: Mesmo quando tivermos que enfrentar dificuldade em nosso dia-a-dia, devemos adotar uma postura suave e sorridente. Isto não significa uma mera representação superficial, mas sim um esforço sincero. A mente toma a forma do pensamento, portanto, quando a mente fica absorvida por um problema, isso agrava o estado da pessoa. Se, ao contrário, ela se mantiver sorridente e feliz, os problemas gradualmente desaparecerão. Isto tem também um efeito sobre o ambiente: uma pessoa com o espírito alegre inspira alegria nos outros. 7. Coragem moral: Ter o desejo de fazer alguma coisa benéfica neste mundo não é o suficiente. A coragem moral é necessária para termos força em nossas ações e, assim, vencermos todos os obstáculos. A coragem moral provém da Ideologia espiritual e do sentimento de devoção e entrega à nossa ISTA (ponto 10). 8. Dar o exemplo antes de exigir certa conduta dos outros: Freqüentemente, temos tendência a exigir dos outros o cumprimento de obrigações ou recomendações que nem nós mesmos seguimos. Por exemplo, um pai ou um professor com o hábito de fumar não tem força moral para pedir ao filho ou aos alunos que não fumem. Apenas quando nossa conduta é correta, temos o direito e a autoridade moral de aconselhar os outros a fazerem o mesmo. Há uma estória que ilustra bem este ponto: Um dia, uma senhora levou o filho a Shrii Ramakrsna, e pediu-lhe que dissesse a ele para não comer muito açúcar. Ramakrsna recomendou que ela voltasse com o menino após três dias. No dia marcado, ela retornou com a criança; então, Ramakrsna, com muito amor e bondade, disse ao menino que nao comesse muito açúcar. A mãe agradeceu-lhe, mas ficou curiosa para saber porque eles tiveram que esperar três dias por um simples conselho. Shrii Ramakrsna respondeu que três dias atrás ele também comia muito açúcar. Se tivesse aconselhado o menino anquele dia, suas palavras não teriam força moral. 9. Evitar condenações, críticas ou maldições e todos os tipos de grupismo: É muito fácil criticar, mas não é tão simples dar sugestões para solucionar um problema. “Não tente se estabelecer condenando os outros. Os defeitos de outras pessoas não podem constituir suas virtudes”. (Caryácarya, Parte 2). É melhor encarar as situações com uma atitude racional e a mente aberta. 10. Seguir estritamente os princípios de Yama e Niyama.(Já explicado).
11. Reconhecer, de imediato, qualquer erro cometido por descuido, inadvertida ou inconscientemente, e pedir punição: Este é um ponto importante na psicologia da ioga. A natureza da mente é fazer tudo de forma habitual. O que fazemos uma vez pode facilmente ser repetido. Assim, para que nossas ações facilitem o caminho espiritual, devemos cultivar bons hábitos. Esta não é uma tarefa fácil, porque o ego não admite ser controlado, manipulando a mente para manter-se livre. Uma prática importante para evitar os maus hábitos é estar atento a qualquer erro inconsciente. Com isso, desenvolvemos força de vontade e purificamos a mente. Ao mesmo tempo, não devemos desenvolver complexo de culpa por erros cometidos. Os erros do passado devem ser esquecidos, do contrário, eles se constituirão em obstáculo à vida espiritual. É preferível cultivar bons hábitos a culpar-se por erros passados. Quando a pessoa faz algum serviço para a humanidade, ela cria uma reação mental positiva e se livra do sentimento de culpa. Um márgui poderá pedir a um(a) ácárya (á) um castigo (serviço ou jejum), se isso for necessário. 12. Evitar ódio, raiva e vaidade, mesmo com relação às pessoas de natureza inimiga.· Uma pessoa de 'natureza inimiga' é aquela cujas ações e crenças são opostas à Ideologia espiritual. Na vida social, devemos lidar com essas pessoas de maneira racional e descomprometida. Mas na vida pessoal, elas devem ser tratadas com amor e compaixão. De quem você gosta ou não gosta nesta vida é sua preocupação pessoal, mas você não deve odiar nenhum ser vivo. Pelo contrário, você deve se comportar de forma que os outros se inspirem em você para seguir o caminho da virtude. 13. Evitar conversas desnecessárias: Se uma pessoa fala pouco, o valor de suas palavras torna-se maior. As conversas inúteis sao simplesmente um desperdício de energia. 14. Obediência ao código estrutural de disciplina: Para termos disciplina, devemos seguir um sistema. Sem uma estrutura, é impossível saber se estamos progredindo ou não. Portanto, devemos fazer esforços para seguir o código de disciplina estabelecido. 15. Ter senso de responsabilidade: “Nós podemos ignorar nossos direitos mas não devemos esquecer nossas responsabilidades. Esquecer nossas responsabilidades implicará na humilhação da raça humana”. (Shrii Shrii Ánandamúrti, maio de 1976). Ter responsabilidade é ter a capacidade de atender aos anseios da sociedade em geral.
REGRAS SOCIAIS: 1) Dizer obrigado(a) quando lhe fizerem um favor ou serviço. 2) Responder prontamente ao namaskar dos outros. 3) Usar o seguinte mudrá para receber ou oferecer algo: estende-se a mão direita, enquanto toca-se o cotovelo direito com a mão esquerda. (Este é um gesto de humildade. Muitas vezes, as pessoas oferecem algo de forma displicente e deselegante. Esse gesto, ou mudrá, nos ajuda a lembrar de madhuvidya, ou seja. que a oferenda é Brahma.) 4) Levantar-se quando uma pessoa idosa e respeitável se aproximar. (Este gesto demonstra respeito à pessoa.) 5) Ao bocejar, é recomendável tapar a boca com uma das mãos e fazer estalido com os dedos da outra mão. (Isto evita: que as pessoas próximas sejam envolvidas pela incômoda e contagiante sensação de bocejar.) 6)Usar palavras respeitosas quando estiver falando de pessoas ausentes. 7) Ao espirrar, devemos cobrir a boca e o nariz com um lenço ou com a mão. 8) Lavar as mãos após a limpeza nasal. Se você espirrar ou tossir quando estiver servindo uma refeição, também deverá lavar imediatamente as mãos.
9)Após evacuar ou urinar, devemos lavar as mãos da seguinte forma: primeiro, ensaboamos bem a mão direita e em seguida esfregamos bastante as duas mãos, mas sem tcar o sabonete com a mão esquerda. (Ponto 1: Uso de água). 10)Pedir licença antes de interromper a conversa dos outros 11)Evitar comentários particulares (ou sobre a organização) em ônibus, trens etc. 12)Evitar o uso de pertences alheios. (Principalmente, os objetos pessoais, como ronpa, artigos de toalete, toalha etc., por razões higiênicas. 13)Evitar o manuseio de pertences alheios sem que o dono consinta previamente. 14)Expressar-se delicadamente, ou seja, evitar insultos e palavras ásperas. Se necessário, diga o que você quer de forma indireta. 15)Não se envolver em críticas às falhas ou aos defeitos dos outros. (Isto se refere às críticas negativas. As críticas construtivas, feitas com amor, são sempre bem-vindas. As pessoas que ciritcam outros, constantemente, fazem isso para encobrir suas próprias falhas). “Antes de criticar outra pessoa, veja primeiro se você não tem o mesmo defeito que ela.” (Caryácarya, parte 2). 16)Quando quiser participar de encontros ou reuniões formais, apresente um pedido prévio, remeta um cartão ou, pelo menos, solicite verbalmente. 17)Não ler a correspondência ou os documentos particulares. 18)Em uma conversa, permita que a outra pessoa se expresse. 19)Demonstre ao seu interlocutor que você o está ouvindo atentamente, fazendo leve som com a vez, de vez em quando. 20)Durante um diálogo, não desvie os olhos em outra direção. 21)Não se sentar em postura zamindary, balançando as pernas de forma tola. (Postura zamindary – dos senhores feudais – é aquela em que a pessoa expressa ar de superioridade ou arrogância). 22)Quando falar com alguém que esteja escrevendo, não leia seu texto. 23)Não colocar o dedo na boca nem roer as unhas. 24)Se não entender o que lhe for comunicado, diga humildemente: “Desculpe! Pode repetir, por favor”. 25)Dizer obrigado(a) quando lhe perguntarem sobre seu estado de saúde emocional. 26)Dizer “bom dia”, “boa tarde” e “boa noite”, de acordo com a hora do dia. 27)Evitar fazer visitas ou telefonar após as 21 horas. 28)Antes de dar uma notícia desagradável, diga: “Sinto muito”. 29)Lavar as mãos e os pés antes das refeições (Ponto 5: Meio-banho). 30)Não ingerir mel sem diluí-lo em líquido. (O mel em demasia causa estímulo ao corpo e à mente, por ser um alimento concentrado. Quando ele é diluído ou ingerido moderadamente, a pessoa se delicia, mas não sente desconforto físico, nem mental.) 31)Quando conversar com as pessoas que estejam comendo, não permaneça em pé. 32)Não espirrar ou tossir à mesa. 33)Não oferecer alimentos com a mão esquerda. (Isto também se faz por razões higiênicas, como já foi explicado no Ponto 1: Uso de água, e no item 3 acima.) 34)Não tomar banho em beber água em pé. (Este ponto previne a hidrocele, nos homens, e as cólicas menstruais – ver explicação no Ponto 6: Banho.) 35)Não urinar em pé. (isto deve ser seguido pela mesma razão do item 34, acima.) 36)Quando a narina esquerda (ida nadii) estiver ativa, devemos dar preferência aos alimentos líquidos e comer alimentos sólidos somente quando a narina direita ( piungala nadii) estiver predominante (ver glossário com a eplicação dos nadiis). 37)Aproveite a ocasião em que a ida nadii estiver predominante para fazer sádhaná. (O fluxo mental está mais sutil.)
38)Ao oferecer água para alguém, devemos tocar o copo somente na parte inferior. (dessa forma, a parte usda para beber será preservada. Esta também é uma prática higiênica.) 39)Antes de servir água, primeiro lave o copo (caso ele já não esteja lavado). 40)Quando transpirar muito durante as refeições, enxugue o suor com um lenço.
PONTO 13: COMANDO SUPREMO “Ter firme fé no Comando Supremo e não comprometer sua santidade”. COMANDO SUPREMO “Aqueles que realizam sádhaná duas vezes por dia regularmente, o pensamento de Parama Puruïa certamente surgirá em suas mentes no momento da morte. Sua liberação está completamente garantida. Portanto, cada ánanda márgui terá que realizar sádhaná duas vezes ao dia, invariavelmente. Em verdade, este é o comando do Senhor. Sem Yama e Niyama, sádhaná é uma impossibilidade. Por isso, o comando do Senhor é também seguir Yama e Niyama. A desobediência a este comando não é senão lançar-se nas torturas de uma vida animal, por milhões e anos. Para que ninguém venha a sofrer tais tormentos, para que todos possam estar capacitados a gozar da eterna bem-aventurança, sob a amorosa poteção do Senhor, é um deveer inelutável de cada ánanda márgui esforçar-se para levar todos ao caminho da bem-aventurança. Em verdade, é um parte essencial da sádhaná guiar outros ao caminho da retidão”. Shrii Shrii Ánandamúrti O Comando Supremo é, em resumo, a essência da Ananda marga. Há três pontos básicos: 1. Meditar duas vezes ao dia. 2. Seguir Yama e Niyama – princípios morais do yoga. 3. Conduzir outros ao caminho espiritual.
“Aqueles que realizam sádhaná duas vezes ao dia regularmente...” Meditar duas vezes ao dia é o mínimo necessário para conseguir progresso na vida espiritual. Uma mente que não se esforça pode ser comparada a uma pessoa que todo dis empilha tijolos com a intenção de construir uma casa. Ao voltar, no dia seguinte, ela vê que os tijolos caíram, tendo que recoloca-los no lugar. Isto pode continuar por um longo tempo sem que nenhum progresso seja obtido em relação ao resultado esperado. A menos que realizemos sádhaná duas vezes ao dia, não conseguiremos estabelecer nossa mente em uma ieação espiritual durante o dia e noite. “(...) o pensamento de Parama Puruïa certamente surgirá em sua mente no momento da morte.” Parama Puruïa é a Consciência Suprema – a meta da nossa vida espiritual. Na ioga se diz: Yá drshi bhá vamá siddhir bhavati tadrshii (“A mente toma a forma de seu objeto”). Assim, se quisermos imergir nossa mente no Infinito, teremos que fazer disso nosso apego na vida. Se você tiver um desejo intenso por coisas materiais, você pensará nisso no seu último momento. Mas se seu apego foi a Entidade Suprema, esse pensamento surgirá no momento da morte. Os últimos momentos da vida determinam o impulso e a direção futura da mente.
“Sua liberação está completamente garantida”. Para estabelecer o paralelismo psicofísico, a mente sempre deve se ajustar a um corpo físico dequado para epressar suas potencialidades. Poré, se no momento final da vida, a pessoa pensar na Entidade Suprema, é certo que ela conseguirá liberação e se unirá a Parama Puruïa – a meta final da vida humana. “Em verdade, este é o Comando do Senhor.” “Senhor” aqui significa Parama Puruïa – Entidade testemunhadora que controla toda a criação. Isto significa que este Comando é a própria natureza do universo, é a essência báscia da vida humama. Nós viemos a este mundo para alcançar a meta espiritual: o dharma espiritual da humanidade – o bhagavad dharma. Assim, uma pesoa que não fizer as práticas espirituais não estará realizando o seu dharma. Isto significa que ela poderá ser considerada inferior aos animais, pois estes seguem seu dharma. Eles agem rigorosamente de acordo com seu potencial, uma vez que não têm a capacidade de fazer práticas espirituais. Se quisermos ser dignos da designação se “seres humanos”, devemos desenvolver nosso otencial humano principal. “Sem Yama e Niyama, sádhaná é uma impossibilidade.” Yama e Niyama são os princípios morais da ioga que nos ensinam como de senvolver o desapego e a espiritualidade. Enquanto a mente estiver na busca de diferentes objetos deste mundo, ela não poderá se dedicar à meta espiritual. Yama e Niyama são princípios que rehulam a troca de energia neste universo. Seguindo esses princípios, nos conduziremos num fluxo de energia, ao invés de irmos contra ele. Os princípios de Yama e Niyama estão explicados no Ponto 12. “A desobediência a este Comando...” Essa frase nos mostra a real importância da filosofia. Isto signiica que, se não seguirmos nosso dharma, teremos uma vida com característica meramente animal. Como foi dito antes, os pensamentos surgidos no momento da morte ciram o momentum (potencialidade de reações acumuladas) que determina as possibilidades para a próxima vida. Enquanto a pesoa não alcançar a liberação, ela deve reencarnar inúmeras vezes, e a cada vez ela assumirá uma estrutura adequada para expressar as tendências registradas no final da última vida, que poderá inclusive ser a de um animal, vegetal ou mineral. Essas tendências são as reações (ou sámskaras) de ações anteriores que têm que ser expressadas em um corpo físico. Se seguirmos as orientações do Comando Supremo, nossa libertação será certamente conseguida. Isto significa que a mente se libertará do ciclo de vida e morte, de milhões de anos. Devemos notar que a forma humana é a mais rara desde planeta e do universo inteiro. Nós passamos por muitas vidas para conseguir um corpo humano pronto para a realização espiritual. Assim, não devemos desperdiçar tempo nem perder esta oportunidade. “Para que ninguém venha a sofrer tais tormentos...” Importar-se apenas com o próprio desenvolvimento espiritual, enquanto o resto da humanindade está sofrendo, é uma demonstração de egoísmo. No passado, os iogues constumavam ir às cavernas e às florestas em busca de um ambiente puro para o seu desenvolvimento espiritual. Mas esse passado é muito remoto. A presente sociedade está realmente precisando de ajuda. Aqueles que lutam pelo verdadeiro desenvolvimento espiritual devem fazer algum esforço para que toda a humanidade se desenvolva coletivamente.
Essa é uma parte vital das práticas espirituais, poisnosso desenvolvimento espiritual está interligado ao de toda a humanidade. Na medida em que convidamos os outros e tentamos inspirá-los a seguir o caminho espiritual, recebemos um fluxo de energia cóscima, que nos ajuda no progresso espiritual. É recomendado qe o Comando Supremo seja memorizado e repetido coletivamente depois do dharmacakra (meditação coletiva). É bom sempre lembrar essas iportantes palavras, pois é nossa responsabilidade individual e coletiva segui-las. PONTO 14: DHARMACAKRA (Meditação coletiva) A meditação coletiva semanal é muito importante. Essa é uma ótima oportunidade de ter satsaunga, cuja importância Bábá tanto enfatizou. “Sat” signifca Imutável, absoluto, e “saunga” quer dizer companhia. Satsaunga, portanto, significa companhia da Entidade Absoluta, o Senhor. Há um outro significado para essa palavra, que é “companhia de pessoas boas”. O primeiro é cahamado satsaunga interno e o segundo, satsaunga externo. Mesmo uma jóia necessita ser polida, porque, se ficar abandonada, ela acumulará partículos de pó. Em essência, satsaunga são as companhias que levam você para mais próximo da Meta Suprema. Qualquer outra companhia que não proporcione isso não é satsaunga e, por isso, não merece ser cultivada. Sádhaná não é uma prática apenas individual, mas coletiva também. Não é o suficiente desenvolvermos a espiritualizada individualmente. As vibrações espirituais são sinérgicas, e isto significa que o todo é maior que a soma das partes. Se apenas fizermos párticas isoladas, não poderemos criar um ambiente social adequado às práticas espirituais. Dharma é a natureza mais profunda de nossa existência: a luta pelo desenvlvinemtno e pela realizção espiritual. Cakra significa “centro de energia” ou “ponto que controla várias energias”. Portanto, dharmacakra é a essência da vida espiritual, a essência da sociedade espiritual, ou seja, um meio através do qual podemos coordenar nossos esforços, para estabelecer uma sociedade humana saudável. Para muitos novos praticantes do caminho espiritual, a meditação é uma experiência difícil. Mas com o apoio daqueles que alcançaram algum progresso nesse caminho, a jornada torna-se mais fácil. Assim, é enfaticamente recomendadoa todos os ánanda márgui que participem do dharmacakra, ao menos uma vez por semana. Se uma pessoa não puder participar do dharmacakra semanal, por razões importantes e inevitáveis, ela poderá ir ao local de sua realização e meditar, nomesmo dia, em horário diferente, pois isto também é benéfico. Do contrário, como é recomendado no Caryácarya, Parte I, a pessoa deverá se privar de uma refeição principal, dado-a a alguém necessitado, pois isto a ajudará a manter a mente no fluxo espiritual e servirá como lembrete sobre a importâcia do dharmacakra. O mais recomendável é que todos os participantes do dharmacakra sejam iniciados na meditação da Ananda Marga, para criar um forte fluxo durante a meditação coletiva. Entretanto, com a permissão do encarregado da jágrti ou do secretário da Unidade, pessoas simpatizantes, e não iniciadas, poderão ser convidadas a participar do dharmacakra. A acomodação na sala deve ser de maneira sistemática, devendo todos se posiconar em filas – as mulheres de um lado e os homens do outro. Isso cria fluxos harmônicos, que auxiliam na meditação. Os dharmacakras são sempre precedidos de kiirtan (cântico com o mantra “Bábá Nam Kevalam”, “Ponto 16 - Kiirtan”) e de uma canção do Rgveda (escrituras da Índia antiga), que cria uma vibração espiritual coletiva (ver Samgacchadvam, no apêndice 2). Sempre que possível, antes do kiirtan serão cantadas coletivamente, ou individualmente, canções denominadas Prabhát Sam’giita, compostas por Bábá.
Depois da meditação, o Guru Pujá (Apêndice 2) e o Comando Supremo são recitados. Um(a) ácárya(á) ou um márgui sênior falará algum tema espiritual, ou as pessoas compartilharão suas experiências recentes com Bábá. E finalmente serão dadas as informações sobre trabalhos, retiros etc.
PONTO 15: JURAMENTOS Ao receber o processo de meditação da Ananda Marga (a primeira lição), a pessoa faz três juramentos. Eles são muito iportantes e devem ser lembrados e repetidos, mentalmente, ao acordar todos os dias. Também devemos fazer um esfrço sincero para colocá-los em prática. Se as palavras desses juramentos forem esquecidas, a pessoa poderá consultar seu (sua) ácárya(á).
PONTO 16: C.S.D.R. (Normas de Conduta, Seminário, Dever, Kiirtan) NORMAS DE CONDUTA: As normas de conduta incluem: os 16 pontos, Yama e Niyama, os 15 Shiilas, "Um Ponto Local" e o código social contido no Caryácarya, Partes 1, 2 e 3. Yama e Niyama e os 15 Shiilas já foram vistos no Ponto 12: Código de Conduta. "Um Ponto Local" é "Ter firme fé em ISTA, ádarsha, nas Normas de Conduta e no Comando Supremo, e não comprometer sua santidade”. O livro Caryácarya, Partes 1, 2 e 3, trata de diferentes pontos para o desenvolvimento físico, mental e espiritual. Peça na jágrit local da Ananda Marga uma orientação sobre esses pontos. Este ponto difere do Ponto 12 por estar relacionado, especificamente, com os detalhes das normas de conduta e seu cumprimento. Ainda que seja difícil seguir todas as normas perfeitamente, deve-se ao menos fazer um grande esforço. Uma boa ajuda é memorizar as normas de conduta para que se possa saber o que fazer. Isso é especialmente importante no caso dos 15 Shiilas, os quais servem como lembretes práticos para, no dia-a-dia, evitarmos que a mente se torne relapsa e degradada. Há uma planilha com os 16 Pontos que nos possibilita avaliar se estamos obtendo progresso nas práticas. Ela é útil para nos lembrar diariamente, da necessidade de sermos estritos com a disciplina espiritual. A cada mês, as planilhas devem ser entregues ao(à) ácárya(á) local, que irá orientálo nas práticas espirituais. As normas de conduta são essenciais para o progresso das práticas espirituais, e, em muitos casos, as lições mais avançadas de meditação não serão dadas a menos que se esteja fazendo esforço sincero para segui-las. A observ ncia das normas de conduta nos toma um exemplo tanto para os márguis como para as demais pessoas na sociedade. Devemos considerar que é nossa conduta que faz com que as pessoas sejam atraídas para o caminho espiritual e inspiradas a segui-lo com sinceridade e firmeza. "A vida do indivíduo se tornará automatizada se ele permanecer oprimido pelo sentimento de que deve seguir tais normas, fazer tal serviço (yajina) , levantar-se dessa maneira e se sentar daquela maneira e assim por diante. A felicidade desaparecerá aí. Por essa razão, tal ritualismo não pode ser confundido com a verdadeira ação ( karma ).
Servir aos outros através do próprio sacrifício chama-se penitência. Na ausência de amor, os serviços prestados e a penitência sofrida apenas por exibição são inúteis. (...) O verdadeiro amor e a Meta Suprema não estão ao alcance da visão. Brahma não pode ser alcançado através de qualquer ação exibicionista. Nos pensa mentos ritualísticos, o néctar da felicidade não está presente. A bem-aventuran a divina só é alcançada por aqueles que baseiam sua sádhaná no amor". Shrii Shrii Ánandamúrti Subhasita Samgraha, Parte 1
SEMINÁRIO: O progresso espiritual e a propagação da ideologia espiritual são conseguidos quando se obtém uma compreensão clara da filosofia espiritual e social da Ananda Marga. A participaração em retiro é a melhor maneira de conhecer a Ideologia, tanto na teroia como na prática. Mas há outras formas de aprendizado, como as aulas de filosofia na jágrti e os debates (Tattva Sabha, ou "Encontro Espiitual”). Além de estudar filosofia social e espiritual, devemos aprimorar o conhecimento de nossa língua materna e do idioma inglês, para facilitar a comunicação e melhorar a maneira de nos expressarmos. DEVER: É necessária a propagação da Ideologia espiritual para formarmos uma comunidade espiritual de indivíduos que estejam inspirados numa meta em comum. Assim, diante desse objetivo, é importante que cada pessoa assuma uma responsabilidade ou dever, de acordo com sua capacidade e conforme os planos do(a) ácárya(á) local, do comitê e do bhukti pradhan (líder local). Isto fortalecerá a comunidade espiritual e inspirará o desenvolvimento espiritual de cada um. KIIRTAN: Kiirtan significa "cantar o nome do Senhor". Nesta prática louvamos ao Senhor através de um cântico espiritual e uma dança, chamada lalit . No kiirtan, usamos o mantra "Bábá Nam Kevalam", que é universal – ou seja, pode ser usado por todos – e tem forte vibração. ‘Bábá’ significa "Aquele Ser mais querido, mais próximo". Ele absorve toda nossa existência com Seu amor. Essa é uma relação de amor infinito, pois Ele representa a Consciência Suprema Infinita, que atrai tudo para Si. 'Nam' significa 'Nome' ou 'Vibração', e 'Kevalam' quer dizer ‘Somente ou Tudo. Portanto, o significado completo do mantra é “Tudo é expressão do Ser Supremo”. A repetição do mantra Bábá Nam Kevalam antes da meditação auxilia a mente a se estabelecer num estado espiritual, purificando-a de pensamentos mundanos e permitindo que a meditação seja iniciada num estado mental sutil. Ao mesmo tempo, fazemos uma dança simples, chamada lalita marmika, que envolve todo o corpo e a mente no fluxo do kiirtan. A dança é iniciada com um namaskar (ver glossário), erguendo-se em seguida os braços acima da cabeça com as palmas voltadas para cima, num gesto que lembre pétalas de flores abertas. O ritmo é muito simples: toca-se a ponta do dedão do pé direito detrás do pé esquerdo, enquanto se dobra ligeiramente o joelho esquerdo. Depois, invertem-se as pernas, no mesmo movimento, e assim por diante. O gesto de dobrar os joelhos flexibiliza as articulações, facilitando a postura da meditação. O kiirtan também ajuda a diminuir o ego (sentimento de "Sou eu quem realiza a ação") e desenvolve a devoção. Devemos fazer kiirtan todos os dias. Mesmo sozinhos, se cantarmos e dançarmos kiirtan por alguns minutos antes da meditação, sentiremos uma sensação agradável. É importante que a sádhaná seja realizada imediatamente appos o kiirtan, para que as vibrações espirituais sejam canalizadas para um fluxo positivo; pois, do contrário, essas ondas se dirigirão ao mundo material.
TÂNDAVA Tândava é uma dança que toma a mente forte e dinâmica. Esse termo é derivado da raiz tandu, em sânscrito, que significa 'saltar'. O Senhor Shiva criou essa dança e sistematizou a ciência do tantra há cerca de 7 mil anos. O tândava, que é conhecido como a "dança de Shiva", desenvolve a coragem. Na mitologia indiana, Shiva é o Senhor da Destruição. Porém, na filosofia espiritual, Ele representa a Consciência Su prema, ou seja, a força que mostra o caminho espiritual ao aspirante, dissipando a ignorância e permitindo-lhe a auto-realização. A dança de Shiva cria uma força moral e positiva, capaz de destruir as forças negativas e imorais, internas e externas. Essa dança simboliza a luta entre a vida e a morte. Com a mão direita o dançarino sustenta um símbolo da vida, da salvação, do discernimento, que pode ser uma faca, uma espada, um cajado, um trishula (tridente) ou um pintáka (pequeno tambor de dois lados), representando o talento artístico. Com a mão esquerda, ele sustenta um símbolo da morte, que pode ser uma tocha de fogo, uma cobra ou uma caveira. Na falta desses símbolos, o dançarino manterá sua ideação. Os braços devem ficar bem abertos e retos , paralelos ao chão. Quando a pessoa estiver de calças, ela deverá dobrá-las até o joelho, se necessário. Além disso, para a prática do tândava, é importante o uso da lungota, para evitar danos ao órgão masculino. O tândava coletivo é orientado por uma pessoa. O orientador deve dar os comandos com muito vigor e energia, de forma ritmada. ORIENTADOR Preparar! 1, 2, 3 ... Saltar!
DANÇARINOS Ficar na ponta dos pés, de braços abertos e retos. Saltar, econstando os joelhos no peito, e pisar agachado, com os pés abertos, em “v”.
Tá! Tá! Din! Tá!
Em “Din”, repetir o salto e pisar normalmente.
Tá! Tá! Din! Tá!
Em “Din”, elevar a perna direita dobrada até a altura do umbigo, ou mais alto. Em “ Tá”, pisar com o pé direito normalmente.
Tá! Tá! ...
Repetir o movimento, com a perna esquerda.
Obs: O som “ Tá” significa pisar com o calcanhar e “ Din”, pisar com a ponta dos pés. Na seqüência, os dançarinos pisam somente com a ponta dos pés. O orientador dá a seqüência, cantando firme "Bábá ... Nam // Ke...valam ", num só ritmo, até que todos fiquem exaustos. Os espectacores também podem cantar "Bábá Nam Kevalam". E para marcar o ritmo, pode-se usar um tambor, ou bater palmas. Ao ser dado o comando "Parar!", todos interrompem a dança e permanecem na ponta dos pés, com os pés juntos. Para encerrar, o guia comanda "Posição Final"; então, os dançarinos pulam, levando os joelhos contra o peito, e, ao descer, pisam normalmente, como no início. Enquanto se descansa, pode-se fazer kiirtan por alguns minutos. A dança tândava pode ser feita em qualquer horário, mas o mais indicado é antes (ou depois) das ásanas, diariamente, tanto de manhã como à noite.
O tândava não é recomendado para as mulheres, pois ele estimula a secreção de hormônios masculinos e seus movimentos bruscos constituem um risco aos órgãos femininos, podendo até romper ligamentos do útero.
KAOSHIKI Kaoshiki é uma dança para os homens e para as mulheres. Ela produz um efeito psicoespiritual, que eleva a mente. No que diz respeito ao aspecto físico, ela é indicada especialmente para as mulheres. Bábá disse que a prática regular dessa dança pode proporcionar 22 benefícios para a pessoa, quais sejam: 1) Ativa as glândulas e os membros. 2) Proporciona maior longevidade. 3) Facilita o parto. 4) Flexibiliza a coluna. 5) Cura artrite nos quadris, na coluna etc. 6) Cura gota. 7) Torna a mente forte e ágil. 8) Cura problemas menstruais. 9) Regula as secreções hormonais. 10)Cura problemas de bexiga e uretra. 11)Fortalece os membros. 12)Dá brilho à pele. 13)Elimina rugas. 14)Elimina a letargia. 15)Cura insônia. 16)Cura histeria. 17)Acaba com o medo. 18)Remove os sentimentos de solidão. 19)Melhora a expressão corporal e desenvolve a autoconfiança. 20)Cura dores de coluna, hemorróidas, hérnia, hidrocele (nos homens), fraqueza dos nervos. 21)Cura problemas de rins, vesícula e fígado, distúrbios gástricos, dispepsia, acidez, diarréia, sífilis, gonorréia, obesidade, perda peso. 22)Proporciona vigor para trabalhar até os 75 ou 80 anos de idade. A dança kaoshiki é feita da seguinte forma: 1) Os braços são estendidos acima da cabeça, com as mãos juntas. Durante toda a dança, os braços permanecem retos, tocando as orelhas. 2) As pernas fazem movimentos semelhantes aos da dança Lalita (Ponto 16). Porém, nesta dança há uma diferença: os pés devem tocar o chão com a base dos dedos e não com suas pontas. Começa-se com o pé direito, inclinando-se o corpo para a direita em três tempos ritmados: "Bábpa ... Nam ... Bábá ... ". Os movimentos da parte su perior do corpo não devem ser fluidos, mas sim abruptos. 3) Ao retomar, marque dois tempos: “Ke-e-e ... valam ...”. 4) Siga esse mesmo procedimento para o lado esquerdo. 5) Mantendo o corpo ereto, abaixe os braços, are a altura do peito, marcando um tempo: "Bábá ... ". 6) Incline o corpo e toque o pé direito, marcando outro tempo, "Nam ... ", enquanto a perna esquerda vai para trás. 7) Retorne os braços para cima (como na posição inicial), em um tempo: "Bábá ...". 8) Incline o corpo para trás, sempre com os braços retos, marcando dois tempos: "Bábá ... Nam ... ", 9) Bábá .... Retome à posição original, mantendo o corpo ereto.
10)Bata vigorosamente com os pés no chão. Primeiro com o direito e depois com o esquerdo, em dois tempos: “Ke... valam.” Repita esses movimentos desde o início.
CONCLUSÃO Esses são "Os 16 Pontos". À primeira vista, eles podem parecer muitas práticas, mas o praticante não deve se impressionar e sim fixá-las como uma meta, esforçando-se para se aprimorar diariamente. O que foi explicado aqui é uma ciência espiritual do corpo e da mente. Quanto mais ela puder ser seguida, mais isto ajudará no desenvolvimento
físico, mental e espiritual. Para maiores informações, você poderá contatar qualquer ácárya(á) ou ánanda márgui nas sedes da Ananda Marga. Também, é recomendada a leitura de livros de Shrii Shrii Ánandamúrti. Há uma lista deles na última página.
SUMÁRIO DOS 16 PONTOS PONTO 1: USO DE ÁGUA Usar água para lavar-se depois de urinar e defecar. Também, deve-se carregar uma shaoca manjusa (garrafinha de água) para esse propósito. • •
PONTO 2: PELE •
Fazer circuncisão, ou limpar diariamente o
prepúcio e mantê-lo repuxado. PONTO 3: PÊLOS •
Não remover os pêlos das axilas e de outras partes
do corpo. •
Usar sabonete e óleo diariamente.
PONTO 4: ROUPAS DE BAIXO Os homens devem usar lungota. As mulheres devem usar sutiã e calcinha. As roupas de baixo devem ser lavadas diariamente. • • •
PONTO 5: MEIO-BANHO (Vyápaka Shaoca) Fazer meio-banho antes da meditação, das ásanas, das refeições e de dormir. •
PONTO 6: BANHO • • • •
Tomar banho, pelo menos, uma vez ao dia. A água para o banho deve estar fria. Seguir o sistema para iniciar o banho. Recitar o mantra do banho, fazendo o respectivo
mudrá, antes de secar. PONTO 7: ALIMENTAÇÃO Comer alimentos sáttvika. •
PONTO 8: JEJUM (Upavása) Jejuar sem água, no mínimo duas vezes por mês no 11º dia após a lua cheia e no 11º dia após a lua nova (dias ekádashi). Para as pessoas casadas, o jejum é opcional na lua cheia e na lua nova (púmima e amávasya). •
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PONTO 9: SÁDHANÁ (Práticas Espirituais)
MEDITAÇÃO: Todas as lições de meditação devem ser feitas ao menos duas vezes ao dia. MADHUVIDYA: Repetir Guru Mantra (Segunda Lição) e manter ideação espiritual antes de qualquer ação, trabalho ou dever. SARVATMAKA SHAOCA: Cuidar da limpeza do corpo, da mente, da vestimenta, da cama, do ambiente; e seguir as Normas Sociais. TAPAH: Serviço. a) Bhuta Yajina: Alimentar os animais e dar água às plantas diariamente. b) Pitr Yajina: Prestar homenagem aos ancestrais através da lembrança e da reverência. c) Nri Yajina - Servir à humanidade. 1) Shúdrocita Seva: Trabalho fisico. 2) Ks'attryiocita Seva: Proteger a vida e o direito à propriedade, com o uso da força e da coragem. 3) Viprocita Seva: Guiar outros ao caminho espiritual. 4) Vaeshyocita Seva: Dar comida, roupa, dinhero etc. às pessoas necessitadas. 5) Paincasevá: Significa cinco tipos de serviços (distribuição de alimentos, roupas, remédios, livros e material escolar; venda de alimentos baratos). d) Adhyatma Yajina: Serviço ao Senhor – fazer práticas espirituais com sinceridade e devoção. SVÁDHYÁYA: Ler e compreender a literatura espiritual (livros de Shrii Shrii Ánandamúrti). ÁSANAS: Devem ser feitas duas vezes por dia, conforme instrução do(a) ácárya(á). PÁSHA E RIPUS: Devemos controlar os oito páshas, ou gilhóes: (1) vergonha, (2) medo, (3) dúvida, (4) ódio, (5) orgulho da descendência, (6) orgulho da cultura, (7) sentimento de egoísmo e (8) hipocrisia, calúnia; e os seis ripus (grilhões internos): (1) desejo por coisas materiais; (2) raiva, (3) gula, (4) apego, (5) orgulho, e (6) inveja. PÁINCAJANYA: O horário das 5 horas da manhã é o mais adequado para a elevação espiritual. GURUSAKÁSHA: Ao levantarmos de manhã, imediatamente após acordar e antes de fazer qualquer outra coisa, devemos vê-Lo em nosso Guru Cakra, sentado como em Dhyána (6" lição). •
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PONTO 10: IST Á (Guru) "Ter firme fé em Istá (meta espiritual representada pelo Guru) e não comprometer Sua santidade". •
PONTO 11: ÁDARSHA (Ideologia) "Ter firme fé em Ádarsha (Ideologia) e não comprometer sua santidade". •
PONTO 12: NORMAS DE CONDUTA "Ter firme fé nas Normas de Conduta e não comprometer sua santidade". •
PONTO 13: COMANDO SUPREMO "Ter firme fé no Comando Supremo e não comprometer sua santidade". •
PONTO 14: DHARMACAKRA (meditação coletiva) Participar de dharmacakra pelo menos uma vez por semana. •
PONTO 15: JURAMENTO Repetir, todos os dias, mentalmente, os juramentos feitos por ocasião da iniciação, e segui-los estritamente. •
PONTO 16: C.S.D.K. Conduta: Seguir as normas de conduta, memorizálas e prencher as planilhas dos 16 Pontos. Seminário: Aumentar o conhecimento da filosofia social e espiritual e também estudar inglês e sua língua materna. Dever: Todos devem ter algum dever dentro da comunidade espiritual, de acordo com as recomendações do(a) ácárya(á) ou de pessoa responsável. Kiirtan: a) Lalit: Dançar kiirtan todo dia, especialmente, antes da meditação. b) Tândava: Dança especial para os homens, diariamente. c) Kaoshiki: Dança psicoespiritual. •
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APÊNDICE 1: PLANILHA PLANILHA DE 16 PONTOS (ver "Ponto 16: 'Normas de Conduta"') Uma planilha foi elaborada para nos ajudar no controle dos 16 Pontos. Para preencher a planilha, marque "V" quando o ponto estiver sendo seguido adequadamente e "X" se ele não estiver sendo seguido. Para alguns pontos é possível colocar 'T', que significa "estar tentando". O "T" representa que, mesmo quando o ponto não é seguido, esforços sinceros são feitos. O propósito da planilha não é criar uma rotina vazia, mas sim tornar a pessoa conscientemente de que está, ou não, seguindo os pontos, e que deve considerar como fazê-lo. Isso é chamado autoanálise. Também, estão incluídos na planilha: Yama e Niyama, 15 Shiilas, "Um Ponto Local", Código Social do Caryácarya Partes 1, 2 e 3, e Satripu e Astapasha (tendências mentais que devemos controlar). Quando forem cometidos erros, devemos incluir uma explicação na parte reservada para "observações". As planilhas podem ser obtidas em qualquer sede da Ananda Marga. No "Ponto 7: Alimentação", o item referente ao número de pratos servidos deve ser preenchido apenas por trabalhadores (WT's e LFTs) da Ananda Marga. No "Ponto 9: Sádhaná", WT's e LFTs devem meditar quatro vezes ao dia; e os márguis, duas vezes ao dia. Uma anotação pode indicar o momento apropriado em que é feita a.meditação. Aqueles que têm lições mais elevadas de meditação devem indicar quais lições eles fizeram a cada vez.
APÊNDICE 2: MANTRAS KIIRTAN Bábá Nam Kevalam Thdo É Expressão do Amor Supremo (ou da Consciência Suprema) SAMGACCHADVAM (Canção que inicia a meditação coletiva) Samgacchadvam Movamo-nos unidos, Samvadhadhvam Irradiemos um só pensamento, Samvomanamsi janatám E conheçamos nossas mentes juntos. Devábhagam Yathápurve Compartilhemos as riquezas, como os sábios antigos, para que todos desfrutem do universo. Samjánáná upásate Que nossas aspirações estejam integradas. Samánii va akúti Que nossos corações se tomem inseparáveis. Samáná Hrdayánivah Que nossas mentes formem uma mente única, Samánamastu vo mano Para que convivamos em harmonia e Yathávah susahásati Alcancemos a união com o Supremo.
NITYAM SHUDHAM (Mantra para encerrar a meditação) Nityam Shudham Nirábhásam Nirákarám Nirainjanan Nityabodham Cidanandam Gurubrahma Namámyaham
Oh Ser Eterno, Puro e lndescritível, Sem forma e sem defeito, A Consciência Bem-aventurada e Onisciente, Guru Brahma, eu Vos saúdo.
GURU PUJÁ (Oferenda, ou entrega, ao Guru) Ákhanda Mandalá Karam Vyaptam Yena Carácararn
Oh Ser Infinito, Que expressa o Ser Supremo e
Tat Padam Darshitam Yena Tasmae Shrii Gurave Namah
Permeia os mundos animado e inanimado; Eu saúdo o amável Guru.
Ajinána Timirán Dhasya Jiranainjana Shalá Kayá Caksurunmiilitám Yena Tasmae Shrii Gurave Namah
Oh Ser que, com a essência do saber, Ilumina o caminho daquele que não vê Devido à ignorância ou à obscuridade; Eu saúdo o amável Guru.
Gurur Brahmá Gurur Visnú Gurur Devo Maheshvarah Gurureva Parama Brahma Tasmae Shrii Gurave Namah
Oh Guru Criador, Guru preservador, Guru destruidor (Shiva)8, Guru que é o Supremo Brahma; Eu saúdo o amável Guru.
Tava Dravyam Jagad Guru Tubhyameva Samarpaye
Todas as riquezas do universo pertencem a Ti; e Eu as devolvo a Ti.
GUIA DE PRONÚNCIA DO SÂNSCRITO VOGAIS A Á
I ii
U Ú (LR)
E AE (LRR)
R RR
O AO
AM
33 CONSOANTES SEM VOZ não asp Aspirada KA Varga KA KHA CA Varga CA CHA TA Varga TA THA TA Varga TA THA PA Varga PA PHA Semivogais YA RA Sibilantes SHA ÏA Aspiradas HÁ JINA=guia
COM VOZ SONANTE não asp. Asp. Nasal GA GHA UNA JÁ JHA INA DA DHA NA DA DHA NA BA BHA MA LA VA SA KSA=Ka
á como em fato; a como em âmbar; e como em setor; m como em ambas; c como ch; s como sh; jina como guia; y no início de uma palavra é pronunciado como j; y no meio de uma palavra é pronunciado como i. v no meio de uma palavra é pronunciado como um w; ks é pronunciado como um K áspero. 8
Aquele que tem o poder de remover todas as barreiras físicas, mentais e espirituais.
AH
GLOSSÁRIO (Muitos termos em sânscrito foram mantidos, devido ao tantra ter sido ensinado originalmente nesse idioma, bem como pelo fato de não haver equivalentes exatos em português). ÁCÁRYA: da palavra ácar que significa sistema. Nesse sentido, significa sistema de prática espiritual. Ácárya é o professor espiritual que está qualificado para dar instrução e orientação nas práticas espirituais. Literalmente, quer dizer aquele que ensina através do exemplo e da conduta pessoal. ÁNANDA: Bem-aventurança, fluxo de felicidade infinito, totalmente diferente da felicidade relativa e temporária do mundo material. ÁNANDA e BRAHMA (Entidade Suprema): são sinônimos, pois é apenas a entidade Infinita que pode dar felicidade Infinita. ÁSANA: Postura de ioga ou, literalmente, postura cômoda. Ainda que muitas ásanas sejam difíceis de fazer, no início, depois de algumas práticas, elas podem ser realizadas confortavelmente. Na meditação, o ponto de concentração é também chamado ásana para a mente, pois é ali que a mente pode permanecer por um período mais longo de tempo. ÁTMAN: Consciência ou alma. Todos os seres vivos têm um átman, aquilo que é a verdadeira identidade. Átman é a Entidade Testemunhadora da mente individual. O nome coletivo de todos os átmans é Paramátman ou Parama Puruïa (Consciência Cósmica). É a entidade testemunhadora da Mente Cósmica e do Universo inteiro. BÁBÁ: da palavra em sânscrito bapra, que significa 'querido' ou 'amado'. O significado comum é pai ou Senhor. Para os seres vivos, o Senhor é Bábá e, para o Senhor, os seres vivos são Bábá. BHAGAVAD DHARMA: Bhagavad significa Senhor e dharma natureza ou qualidade inata. Bhagavad Dhanna é a qualidade inata dos seres humanos de lutar pela perfeição, para unir-se à Consciência Suprema. Refere-se especificamente às práticas espirituais. Há três aspectos de Bhagavad Dhanna: vistara, que significa expansão mental; Rasa, que significa fluxo universal ou desejo do Senhor; e seva, que significa serviço desinteressado. BHARABHAYA MUDRÁ: Postura em que Bábá costumava se sentar para dar Sua benção nos encontros de DMC (Dharma Mahacakra). Sentado com pernas cruzadas, com a palma das mãos abertas, Ele estendia a mão esquerda sobre o colo e levantava a direita até a altura do peito. BUDDHI: poder de discriminação ou consciência, que é capaz de dirigir a mente para a meta espiritual. BHUTA: Entidade criada. Isto se refere aos cinco bhutas, ou elementos fundamentais, que formam este universo: fatores etéreo, aéreo, luminoso, líquido e sólido. BRAHMA: Entidade Suprema, que é a composição da Consciência e da Energia (Puruïa e Prakrti). BRAHMACARYA: Brahma e Car (mover-se com um propósito). Significa que o propósito de todos os nossos movimentos e ações na vida é experimentar Brahma em suas diferentes formas e utilizá-las apropiadamente: (veja madhuvidya). CAKRA: 1. Círculo ou ciclo. 2. Centro psíquico ou ponto de controle. Dentro do corpo há sete cakras. 1) MULÁDHARA - base da coluna vertebral 2) SVÁDHISTHANA - Ponto médio entre o Muládhara e o Manipura.
3) 4) 5) 6) 7)
MANIPURA - plexo solar ou ponto do umbigo ANÁHATA - centro do peito VISHUDDHA - meio da garganta ÁJINA - entre as sobrancelhas SAHASRARA - topo da cabeça Esses são os pontos de controle de todas as energias físicas, psíquicas e espirituais, e todas as tendências mentais, ou vrttis. Esses cakras têm uma parte importante nas práticas espirituais. DHARMA: tendência inata ou natureza, por exemplo, o dharma ou a natureza do fogo é queimar. O dharma dos animais é comer, dormir, ter medo, reproduzir, etc. O dharma espiritual dos seres humanos é conhecido como Bhagavad Dharma, que é a procura pela felicidade infinita. GURU: Literalmente significa aquele que conduz o discípulo da escuridão para a luz. Um Guru é aquele Ser que tem o poder de atrair uma pessoa para o caminho espiritual. Apenas Ele pode levar um aspirante à meta final. IDA NADII: Um dos dois nervos sutis que correm ao longo da coluna vertebral. Tem o seu ponto final na narina esquerda e controla as tendências psíquicas e espirituais mais sutis. É importante que esta narina esteja ativa quando fazemos meditação ou ásanas. IOGA: União ou unificação. Ioga significa imergir a mente individual na Mente Cósmica. Esse é o verdadeiro estado da ioga, ou realização divina. Usualmente, ioga se refere às práticas usadas para atingir essa união. IOGUE: Aquele que alcançou ioga (união) ou aquele que está fazendo esforços para alcançá-la. JÁGRTI: Um lugar de desenvolvimento espiritual. Jágrti é um dos edifícios que servem de centro da Ananda Marga. Ao contrário dos ashrams de yoga que são isolados e fora da sociedade, as jágrtis da Ananda Marga são centros para a comunidade espiritual. A meditação coletiva semanal (Dharmacakra) realiza-se na jágrti. KARMA: O karma, ou ação, ocorre quando as tendências psíquicas ou impressões armazenadas (samskaras) na mente são expressadas. No verdadeiro sentido, karma é o mesmo que yajina. KARMAPHALA: Karma (ação) e phala (fruto). Experimentar o fruto das próprias ações significa adquirir "potencialidade de novos karmas" (samskaras), portanto nos é ensinado em yoga, que temos o direito de agir mas não o de nos preocuparmos com o fruto de nossas ações. KOS'A: Nível da mente – a mente tem cinco kos'a(s) excetuando-se annamayakos'a, que é o envoltório externo ou corpo físico. São as seguintes: kamamaya kos'a, a mente densa, que lida com o desejo e a ação; manomaya kos'a, mente sutil que lida com ati'tidades mentais tais como, memória e intelecto; atimanas kos’a, mente supramental que lida com a intuição e as primeiras expressões dos sanskaras; vijanamaya kos'a, mente subliminar, que lida com o verdadeiro conhecimento, renúncia e a apreciação das artes refinadas; hiranamaya kos' a, mente superconsciente, que lida com a devoção e a aspiração pelo Supremo. KULÁ KUNDALINII: Literalmente, significa serpente enrolada em espiral. No sentido filosófico, é a força latente da espiritualidade presente em todos os seres vivos. Nos seres humanos, diz-se que ela descansa no muládhara cakra, na base da coluna vertebral. As práticas do tantra sádhaná são feitas para despemrr a kulá kunda1inii e para permitir que ela suba paulatinamente pela coluna vertebral até imergir na sede da consciência, no sahasrara cakra, no topo da cabeça A isto se chama realização espiritual.
KÏATTRIYA: Guerreiros ou pessoas que utilizam a força física e a bravura para lutar pela sociedade. (ver Varna). LUNGOTA: Roupa de baixo especial para os homens, que garante proteção ao órgão sexual e ajuda a pessoa a se manter com a mente calma e sob controle. MADHUVIDYA: Madhu significa doce como o mel; e vidya, conhecimento. Madhuvidya é o conhecimento que torna a mente doce como o mel. É o conhecimento de Brahma. Quando a pessoa age com o sentimento de madhuvidya, ela está seguindo brahmacarya. Madhuvidya é também o nome da segunda lição espiritual da Ananda Marga. MANTRA: Man (mente) e tra (liberar), ou seja, aquilo que libera a mente. O seu significado, ou idéia, tem a capacidade de expandir a mente. Um mantra é uma palavra à qual foi dado um poder espiritual pelo Mahakaula (aquele que pode elevar conscientemente sua própria força espiritual, ou Kulá Kundalinii, até a Auto-realização, como também a de outras pessoas). Um mantra geralmente tem duas sílabas, para ser entoado conforme o ritmo da mente (isto se refere especificamente aos mantras usados na meditação). MÁRGUI: A pessoa que aprendeu o processo da meditação da Ananda Marga através de um(a) ácárya(á) e que o pratica regularmente. MUDRA: Postura normalmente feita com as mãos, que tem efeito psíquico ou psicoespiritual. NADII: Literalmente, quer dizer rio ou nervo. Aqui, significa os dois nervos que percorrem a coluna vertebral, cruzando um com o outro cinco vezes, nos cinco cakras mais baixos. Ambos começam na base coluna vertebral, terminando um deles na narina direita e o outro na esquerda (ver ida nadii e piungala nadii). NAMASKAR: Cumprimento espiritual que significa: "Eu saúdo a divindade que está em ti com toda a força de minha mente e todo amor e cordialidade de meu coração". Isto também inclui um mudrá usado no cumprimento. Ambas as mãos são colocadas juntas com as palmas se tocando e os dedos juntos. Tocar a ponta dos polegares no ponto central entre as sobrancelhas (ponto de controle da mente) e depois no ponto central do peito (ponto de controle do coração). O gesto do namaskar é feito antes e depois das práticas espirituais (meditação, kiirtan e tândava) como uma saudação à Consciência Suprema, e como cumprimento a todas pessoas, quando se encontram e se despedem. NÁRÁYÁNA: Nome do Senhor. A meta da devoção e do serviço. NR (pronunciase "nri" ): Seres humanos. PARAMA PURUÏA: Parama (Grande ou Suprema) e Puruïa (consciência), isto é, Consciência Cósmica ou entidade testemunhadora das mentes individuais e da mente coletiva, sendo também a força controladora do universo. No tantra se diz que todos os seres são diferentes formas de Puruïa, ou encarnações do Supremo. Quando um determinado ser está absolutamente auto-realizado, este ser é chamado Mahapurusa (Maha significa grande), ou Taraka Brahma. Entretanto, Parama Puruïa é o verdadeiro Guru. PIUNGALA NADII: Um dos dois nervos que percorrem a coluna vertebral. Ele tem seu ponto final na narina direita e controla as energias mundanas e as ações físicas. A narina direita deve estar ativa quando vamos comer, especialmente alimentos sólidos, pois esse nervo psíquico canaliza mais energia para o corpo físico, o que ajuda na digestão. (ver nadii). PRAKRTI: Energia Cósmica ou força qualificada. Ela é composta de três guòas ou princípios qualificadores: sátivika (sutil), rájasika (mutatório) e tamásika (estático). As qualidades de todas as coisas neste universo são determinadas pelas várias combinações dessas três guòas nos seus vários graus.
PRATISAINCARA: É o fluxo sintético de Brahma, o movimento do denso para o sutil, abrangendo a manifestação da vida e a união da Consciência individual com a Consciência Suprema. PURUÏA: Consciência. Prakrti é a força qualificadora; Puruïa, a substância que é qualificada. Toda a criação não é senão a manifestação das diferentes formas de Puruïa, qualificadas por Prakrti. RÁJASIKA: Força mutatória, um dos três atributos (guòas) de Prakrti. ÓSI: Sábio benevolente ou inventor. Os escritores dos grandes épicos da Índia foram chamados de Ósis. SAINCARA: O fluxo analítico de Brahma. O movimento do ser unitário para o Ser Cósmico, do sutil para o denso, abrangendo a manifestação da Mente Cósmica e o universo inanimado. SÁDHANÁ: Da palavra siddh ou esforço. Sádhaná significa as práticas espirituais ou o esforço que o indivíduo faz para alcançar a meta espiritual. Especificamente, o termo sádhaná significa a prática da meditação, mas em geral se refere a alguma coisa no lado prático da vida espiritual, que nada mais é do que a luta incessante para controlar as forças negativas de Prakrti e para liberar-se de suas limitações. Uma pessoa que pratica sádháná é chamada sádhaka. SHIILA: Código de boa conduta, constituindo-se um escudo contra a degeneração psíquica. SAMSKARA: Reações em forma potencial. Qualquer ação, física ou. mental, corresponde a uma reação que será experimentada um dia, nesta vida ou numa vida seguinte. A reação fica registrada em camadas sutis da mente, (atmanas ko'as), permanecendo em forma potencial até ser expressada. SADVIPRAS: Personalidades espirituais que trabalham em bases firmes e planejadas, a fim de conseguirem mudanças progressivas para a elevação humana, nas esferas físicas, mental e espiritual. São pessoas fisicamente fortes, mentalmente desenvolvidas e espiritualmente elevadas, que aderiram estritamente aos princípios de Yama e Niyama. Os sadvipras agregam as qualidades das quatro varnas. SAHASRARA: (ver CAKRA). SATSAUNGA: Companhia espiritual (ver ponto 14: DHARMACAKRA). SÁTTVIKA: Qualidade sutil do princípio puro (sartva guòas ). Um dos três atributos de Prakrti. SEVA: Serviço desinteressado. Isto significa dar alguma coisa com benevolência, amor e compaixão, sem esperar nada em troca. SHUDRA: Pessoa cuja única capacidade é fazer trabalho físico e desfrutar do mundo material (ver VARNA). SHUDROCITA SEVA: Serviço realizado com orientação mental de um shudra, quer dizer trabalho físico. SNÁNA: Banho. TÁMASlKA: Um dos três atributos de Prakrti, que significa força estática. TANTRA: Tan (crueza) e Tra (liberar), isto é, liberar a mente das forças inferiores. Aquilo que ajuda a sobrepujar as limitações de Prakrti é chamado tantra. Ciência espiritual desenvolvida há 7 mil anos. TARAKA BRAHMA: O ponto médio ou a ponte entre a Consciência Qualificada e a Consciência Não-qualificada (Pura). Aquele cuja Consciência está estabelecida nesse estado é chamado Taraka Brahma. Taraka Brahma surge para restabelecer dharma quando a sociedade se degenera no materialismo e na imoralidade. VAESHYA: Pessoa que tem a capacidade de controlar a produção e manipular os recursos materiais, com o objetivo de acumular e desenvolver a riqueza. São mercadores, negociantes, banqueiros, industriais, fazendeiros, e outras pessoas de várias
atividades e profissões. Os vaeshyas também têm, como os vipras, capacidade intelectual, mas ele é principalmente dirigida para a manipulação das coisas do mundo material, para o seu próprio benefício. VARNA: Literalmente, significa cor. Aqui, é a cor mental ou a qualidade da mente. Na sociedade humana as pessoas podem ser classificadas em quatro tipos de varnas, de acordo com suas tendências mentais. Shudra (trabalhador), Kïattriya (guerreiro), Vipra (intelectual) e Vaeshya (mercador/capitalista). Todos os atributos mentais são as várias combinações dessas quatro qualidades. Isto não tem nada a ver com capacidade física, condição social ou antecedentes familiares, refere-se tão-somente às tendências psíquicas. Aqueles que têm uma tendência mental podem mudá-la conscientemente através do esforço e da força de vontade. As pessoas espiritualizadas que têm as qualidades das quatro vamas são chamadas sadvipras. VIPRA: São as pessoas que têm capacidade intelectual. VIPROCITA SEVA: Serviço feito por um vipra, visando ao desenvolvimento intelectual dos outros. VRTTIS: Tendências mentais ou instintivas, associadas as várias glândulas do corpo. Há 50 vrttis no corpo. YAJINA (pronuncia-se 'iáguia'): Significa ação ou oferenda. Quando uma pessoa executa yajina, ela se oferece ao Senhor, que está manifestado na humanidade sofredora e em todos os seres.
Os seguintes livros de Shrii Shrii Ánandamúrti foram as principais fontes de consulta: Filosofia Elementar da Ananda Marga Idéia e Ideologia Subhásita Samgraha Um Guia para a Conduta HumanaAbhimata ("Opinião")Ánanda SutramCaryácarya, Partes I e II Ánanda Vanii Samgraha Problems of the DayTo the PatriotThe Human Society, Partes 1 e 2. OUTRAS PUBLICAÇÕES DE ANANDA MARGA - O AMOR DE BÁBÁ PELA AMÉRICA DO SUL. - DEMOCRACIA ECONÔMICA. - O QUE HÁ DE ERRADO EM COMER CARNE? - TANTRA A CIÊNCIA ETERNA. - O SEGREDO DA MENTE. - IOGA PARA A SAÚDE. - INTRODUÇÃO À ANANDA MARGA. - UM GUIA PARA A CONDUTA HUMANA. - RECEITAS VEGETARIANAS. - CARYÁ CARYÁ PARTE I, II E III - PSICOLOGIA DO IOGA. - IDÉIA E IDEOLOGIA. - BIOPSICOLOGlA. - FILOSOFIA DE ANANDA MARGA.
PARA QUALQUER INFORMAÇÃO PROCURE OS CENTROS DE ANANDA MARGA: Porto Alegre: (Oxx51) 333-5719 São Paulo: (Oxx11) 204-7954 Rio de Janeiro: (Oxx21) 255-5549 Brasília: (Oxx61) 585-5714 Belo Horizonte: (Oxx31) 444-7136 Unidade Mestre - Porto Alegre: (Oxx51) 485-7586 Comunidade Ananda Kirtana - Bermiro Bragan.·IG Parque Ecológico Visão Futuro - Porongaba/SP: (Oxx15) 257-1243.