El hombre y lo divino es una obra escrita por María Zambrano, cuya primera edición data de 1955 y la definitiva (aumentada) de 1973. Se trata de una de las obras centrales de María Zambrano…Descripción completa
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El Divino Gobierno Del Reino Humano Ibn Arabi Libro del Maestro de Maestros Ibn Arabi, Sufí español andalusí cumbre de la espiritualidad, la filosofía y la psicología en la España musulma…Descripción completa
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Descripción: Encuentro Divino
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Texto sobre oração de Tim Keller. Muito BomDescrição completa
LAMPIÃO E MARIA BONITA NO REINO DIVINO Um musical brasileiro Annamaria Dias Letras e músicas de Gilda Vandenbrande Vandenbrande CENÁRIO O Reino eino Divi ivino é compo ompossto pelo pelo cé céu u e pelo pelo Infe Infern rno, o, separados entre si. A separação entre o céu e o Inferno deve ser visível pela platéia, porque, no decorrer da peça, ela vai deixar de existir à vista do p!lico. A "erra deve #ca carr a!ai a!aixo xo do Re Rein ino o Divi Divino no.. $a "er erra ra es estã tão% o% &a &asa sa de 'ilvin(a, em!aixo do céu. &asa de )ulin(o, em!aixo do Inferno. O Reino Divino e a "erra serão li*ados quando o !ando de +ampião sair do céu e do Inferno para vir em socorro de 'ilvin(a e )ulin(o. O céu e o Inferno serão li*ados no #nal da peça. $o #nal da peça tudo estar li*ado. Reino Divino e "erra.PERSONAGENS Contador Contador - o contador de histórias Mulé do Contador Contador - a cantadora Lampio Lampio - o Capitão do bando S!"!rino Man#ido Man#ido - Cangaceiro do bando de Lampião Maria Bonita Bonita - mulher de Lampião amiga a de Mari Maria a Boni Bonita ta mulh mulher er de $ Cr!u%a E#pirit!ira - amig Mansidão Su%ana Su%ana - irmã de Maria Bonita - irmão de Lampião &oo &oo Sil"in'a Sil"in'a - sobrinha de Maria Bonita !lha de "u#ana &uli &ulin' n'o o - sobrinho de Lampião !lho de $oão A ação se passa no Reino Divino e na "erra. +u/ do teatro se apa*a. 0oco no casal de contadore doress c(e*a e*ando ndo, enqu enquan anto to os outr outros os ator atores es form formam am um paine painell do clim clima a sertane1o nordestino no paico2sil(ueta. 3sica a!ertura% 43in(a "erra4.CONTADORES cantam-% % cantam-% % o sol castigando a minha terra "ecou toda a &gua da cacimba % o 'ento le'antou poeira !na Cegando dos meus olhos a menina(((
% a noite trou)e a lua curiosa Chorosa a 'iola acompanha'a a prece *eita pra nossa senhora "enhora das horas be bem m mais a+itas( $& 'i'i 'i'i tant tanto o es essa sa hist histór ória ia ,ue ,ue hoe hoe so sou u se seu u co cont ntad ador or(( (((( Cantando em 'ersos e prosa %)plicando o .ue passou((( $& /ui /ui rei cria criand ndo o ca cabr bras as $& co colh lhii muit muito o algo algodã dão o $& cheg chegue ueii pass passar ar boia boiada da 0or dent dentro ro de ribe ribeir irão ão Mas por obra do destino %u perdi tudo .ue tinha Com a seca morreu gado Minha cabras e as galinhas Mas agora .ue /a# tempo 1ra 1rago go no me meu u co cora ra2ã 2ão o o outr outro o lado lado dess dessa a 'ida 'ida ,ue ,ue 'i'i 'i'i no me meu u se sert rtão ão(( CONTADOR3 CONTADOR3 Ai como era bom dormir com as histórias .ue Mestre Vitalino conta'a( %le ura'a de p4-unto .ue 54-do-Barro .uando /abrica'a suas suas esc escult ulturas uras na sem semana ana "anta na hora hora do "enhor "enhor res ressus suscit cit& & as est&tuas .ue tinham /orma de gente acomessa'am a and& e a tussi botando pra /ora as m&goas6 Voc7s & 'iram est&tuas and& e tussi8 0ois eu 'i( Os contadores voltam a cantar.cantar.CONTADOR3 CONTADOR3 Mas de todas as histórias .ue ele conta'a a .ue mais me /asc /ascin ina' a'a a /ala /ala'a 'a de um ca cabra bra mach macho o co cora raos oso o destem destemido ido(( ,uer ,uer di#er((( 0ra uns sim pra outros não( 0ra mode uns((( %le /oi homem de muita 'alentia de muita decisão( 0ra mode outros((( 9ão passou de um grande bandidão( %ra tão r&pido no gatilho .ue a boca do ri+e .ue clarea'a a cada tiro .ue da'a !ca'a sempre acesa igual#inha sabe sa be o .u78 .u78 A um lamp lampiã ião6 o6 :;ea :;ea2ã 2ão o do elen elenco co .ue .ue sa saCapitão>( A Maria Bonita era a mulher dele( 9o bando de Lampião a Maria Bonita era >mul4>do Capitão( Di#em .ue ela era uma bonite#a uma 'erdadeira Guabiraba((( Reação da mulé do &ontador.CONTADOR3 CONTADOR3 %la era cheia de dengo((( Muito esperta e 'alente( :;ea2ão musical da mul4 do Contador enciumada(= CONTADOR3 CONTADOR3 %mbora todos soubessem .ue a >pei)eira> do Capitão tira'a .ual.uer >escama> de .uem se atre'esse chegar perto de Maria( Interfer5ncia musical da mulé do &ontador 2 risada.CONTADOR3 CONTADOR3 Co Com m eit eitin inho ho se sempr mpre e co cons nsegu eguia ia o .ue .ueria .ueria(( (((( :Aco :Acord rdes es /ortes - rea2ão da mul4 do Contador(= Contador(=
2 - Teatro da Juventude
% a noite trou)e a lua curiosa Chorosa a 'iola acompanha'a a prece *eita pra nossa senhora "enhora das horas be bem m mais a+itas( $& 'i'i 'i'i tant tanto o es essa sa hist histór ória ia ,ue ,ue hoe hoe so sou u se seu u co cont ntad ador or(( (((( Cantando em 'ersos e prosa %)plicando o .ue passou((( $& /ui /ui rei cria criand ndo o ca cabr bras as $& co colh lhii muit muito o algo algodã dão o $& cheg chegue ueii pass passar ar boia boiada da 0or dent dentro ro de ribe ribeir irão ão Mas por obra do destino %u perdi tudo .ue tinha Com a seca morreu gado Minha cabras e as galinhas Mas agora .ue /a# tempo 1ra 1rago go no me meu u co cora ra2ã 2ão o o outr outro o lado lado dess dessa a 'ida 'ida ,ue ,ue 'i'i 'i'i no me meu u se sert rtão ão(( CONTADOR3 CONTADOR3 Ai como era bom dormir com as histórias .ue Mestre Vitalino conta'a( %le ura'a de p4-unto .ue 54-do-Barro .uando /abrica'a suas suas esc escult ulturas uras na sem semana ana "anta na hora hora do "enhor "enhor res ressus suscit cit& & as est&tuas .ue tinham /orma de gente acomessa'am a and& e a tussi botando pra /ora as m&goas6 Voc7s & 'iram est&tuas and& e tussi8 0ois eu 'i( Os contadores voltam a cantar.cantar.CONTADOR3 CONTADOR3 Mas de todas as histórias .ue ele conta'a a .ue mais me /asc /ascin ina' a'a a /ala /ala'a 'a de um ca cabra bra mach macho o co cora raos oso o destem destemido ido(( ,uer ,uer di#er((( 0ra uns sim pra outros não( 0ra mode uns((( %le /oi homem de muita 'alentia de muita decisão( 0ra mode outros((( 9ão passou de um grande bandidão( %ra tão r&pido no gatilho .ue a boca do ri+e .ue clarea'a a cada tiro .ue da'a !ca'a sempre acesa igual#inha sabe sa be o .u78 .u78 A um lamp lampiã ião6 o6 :;ea :;ea2ã 2ão o do elen elenco co .ue .ue sa saCapitão>( A Maria Bonita era a mulher dele( 9o bando de Lampião a Maria Bonita era >mul4>do Capitão( Di#em .ue ela era uma bonite#a uma 'erdadeira Guabiraba((( Reação da mulé do &ontador.CONTADOR3 CONTADOR3 %la era cheia de dengo((( Muito esperta e 'alente( :;ea2ão musical da mul4 do Contador enciumada(= CONTADOR3 CONTADOR3 %mbora todos soubessem .ue a >pei)eira> do Capitão tira'a .ual.uer >escama> de .uem se atre'esse chegar perto de Maria( Interfer5ncia musical da mulé do &ontador 2 risada.CONTADOR3 CONTADOR3 Co Com m eit eitin inho ho se sempr mpre e co cons nsegu eguia ia o .ue .ueria .ueria(( (((( :Aco :Acord rdes es /ortes - rea2ão da mul4 do Contador(= Contador(=
2 - Teatro da Juventude
CONTADOR alto-% Lampião alto-% Lampião morreu e /oi pro ?n/erno6 :"om caracter
CONTADOR rindo-% ;... $um é !oa a situação de +ampião no Inferno não. 3ais vamos ver o que aconteceu com 3aria mul4 rendeira> ,u4 pra Maria Bonita(
Ai saudade saudade arde no peito Do tempo .ue eu caminha'a "entindo a terra e o 'ento Dos espinhos da caatinga ,ue eu /a#ia de al!nete 0ra mode dei)ar bonito As dobras do meu colete(( Ai saudade saudade imensa dor Do tempo .ue eu abra2a'a Com /or2a o meu amor( CRE()A canta=. 1u t& /alando de saudade ai bichinha Minha saudade 4 bem maior ,ue a tua dor Minha saudade 'em do /undo Vem do umbigoF sobe e desce Do >estambo> int4 sa< pelos ou'ido Ai ai ai .ue saudade tanta essa saudade ,ue me acochoa o cora2ão((( Ai ai ai .ue saudade Da.ueles remele)os Do amor de mansidão(
4 - Teatro da Juventude
Repetição do estri!il(o 2 as duas cantam no #nai 3aria di/% +ampião e &reu/a di/% 3ansidão. &omeça uma discussão que é cortada pelos contadores. +u/ apa*a no céu.CONTADOR3 Bom depois de de'idamente apresentado o c4u e o ?n/erno Maria Bonita Lampião e seus amigos Creu#a %spiriteira e "e'erino Mansidão((( A história 'ai continuar por si só com muita imagina2ão( Lampião tinha .uatro irmãs3 Virtuosa Ang4lica Mocinha e An&lia( % tinha tamb4m .uatro irmãos3 Antnio Li'inho %#e.uiel e $oão( $oão era pai de $ulinho .ue 4 sobrinho do Capitão Maria Bonita tinha uma sobrinha de nome "il'inha .ue era !lha de "u#ana sua mana( $ulinho e "il'inha se gosta'am um bocado mas a /amilia deles se da'a /eito Deus e o Diabo % le'a'a os dois num cortado :$ulinho e "il'inha se encontram no meio do palco(= &(LIN*O3 0u)a .ue saudade de 'oc7 "il'inha( *a# tanto tempo .ue a gente não se '7( SILVIN*A3 mesmo $ulinho( Minha mãe me proibiu de sair de casa pra mode e'itar /alatório( &(LIN*O3 Comigo /oi igual( 0ra mode e'itar amea2a( SILVIN*A3 Amea2a8 &(LIN*O3 ( Voc7 sabe .ue meu pai /oi o único irmão de Lampião .ue não .uis ser cangaceiro mas mesmo assim o pessoal não perdoa não e .uer 'er a cabe2a de meu pai ó 0a/ o *esto.- cortada tamb4m( SILVIN*A3 ,ue horror $ulinho6 &(LIN*O3 Mas chega de triste#a( Vem c& me d& um beio .ue a gente tem pouco tempo pra se 'er(:%les nem chegam a se beiar entram $oão e "u#ana - $oão sempre muito humilde e "u#ana muito orgulhosa(=
S()ANA3 "il'inha & pra casa menina6 &OÃO3 $ulinho 'em pra casa meu !lho6 &(LIN*O3 9ão 'ou não( SILVIN*A3 %u tamb4m não( S()ANA3 Como 4 .ue 'oc7 se atre'e a me desobedec78 %u & num disse .ue era pra 'oc7 num sa< de casa8 Ainda mais pra se encontr& com esse malandrinho de /amilia de cangacero .ue num presta( $& num chega o .ue a sua tia Maria Bonita passou e /e# a gente pass&8 "e seu pai esti'esse 'i'o 'oc7 ia 'er só6 &OÃO3 Desculpe dona "u#ana mais $ulinho num 4 de /amilia de cangacero não( "ó trabalhado do com4rcio e minha mul4 .ue Deus a tenha era
5 - Teatro da Juventude
de /amilia de la'rado .ue contra a seca muito lut( "omos gente trabalhadora .ue merece 'osso respeito( S()ANA3 9um me diria a pala'ra( ?magine minha !lha namorando um sobrinho de Lampião( Ai .ue 'e)ame6 &(LIN*O3 @lha a.ui dona "u#ana não admito .ue ningu4m /ale mal de meu tio não( %le era cangaceiro mas era um homem muito bom( S()ANA3 9um me diria a pala'ra 'oc7 tamb4m seu malandrinho6 &(LIN*O3 %ra bom sim senhora( "e não /osse sua irmã não teria se apai)onado e tamb4m não teria seguido ele esses anos todos( S()ANA3 Minha irmã /oi enganada( &(LIN*O3 *oi não( %la /oi 4 muito amada isso sim( &OÃO3 Cala a boca menino( 1u t& /alando demais((( S()ANA3 %u num .uero saber da con'ersa de 'oc7s( >uxa 'ilvin(a.Vamo & embora pra casa( ?ai saindo com ela.- Vai !car tranca&a dentro de casa e se insistir em '7 esse malandrinho 'ai le'ar uma so'a das boa( :"ai(= &(LIN*O alto pro1etando-% Malandrinho uma o'a6 &OÃO3 ,uieto menino .uieto( &(LIN*O3 ,uem ela pensa .ue 4 pra !car me chamando de malandrinho8 &OÃO3 %u & disse pra 'oc7 num se meter com essa gente $ulinho8 0ra .ue !car comprando briga8 &(LIN*O3 9ão t comprando briga não meu pai( %ssa mulher 4 .ue 4 uma casca grossa( %u gosto da "il'inha( A "il'inha gosta de mim( 0or .ue 4 .ue a gente não pode namorar8 &OÃO3 0ru.ue não e num me arrume con/usão( %ssa mul4 'ai acab& preudicando a gente( &(LIN*O3 0reudicando a gente por .u78 9ós não de'emos nada pra ela6 &OÃO3 "ei não( %ssa mul4((( &(LIN*O3 @ pai a gente não tem .ue 1er medo de nada não( "e nós não de'emos nada pra ningu4m por .ue 4 .ue temos sempre .ue !car pondo o rabo no meio das pernas8 &OÃO3 9um .uero /al& nisso menino( Vamo embora pra casa( *ic& a.ui na rua 4 perigoso( A 'olante pode t& solta por ai( &(LIN*O3 A policia não pode /a#er nada contra a gente( 9unca !#emos mal a ningu4m( &OÃO3 Vamo embora( 9um .uero /ala disso( &(LIN*O3 0or .ue pai8 :$oão não responde e sa<(= JULINHO saindo atrs dele. >ro1etando >or que pai@ +u/ na casa de 'ilvin(a.S()ANA3 0ru.u7 esse malandrinho num ser'e pra 'oc7( A /amilia dele num presta( 6 - Teatro da Juventude
SILVIN*A3 @ $ulinho 4 muito bom6 S()ANA3 Como 4 .ue pode s7 bom um sobrinho de Lampião8 SILVIN*A3 % o .ue 4 .ue tem isso a 'er mãe8 S()ANA3 Como o .ue 4 .ue tem isso8 %le 4 sobrinho de um bandido6 SILVIN*A3 Lampião não era bandido não( % a tia Maria Bonita /oi muito /eli# com ele( S()ANA3 9um /ala isso a.ui dentro de casa( Voc7 num sabe de nada menina( "ua tia morreu enganada por a.uele sem 'ergonha( %la era muito ing7nua e ele muito esperto( Arrasto a coitada de minha irmã pro sertão( %la /oi na ilusão( SILVIN*A3 *oi não mãe( %la gosta'a dele( Assim como eu gosto do $ulinho( S()ANA3 9um repita mais isso entendeu8 9um .uero ou'i mais /al& de Lampião e de minha irmã a.ui dentro( % 'oc7 est& proibida de '7 esse malandrinho( % se num me obedec7 te mando prum col4gio interno( 9um .uero mais discussão( Voc7 só 'ai sa< de casa com a minha permissão( 'ai.- :@s contadores dão a introdu2ão musical $ulinho entra mas não se relaciona com "il'inha - cada um est& no seu .uarto(= SILVIN*A canta-% %u sei o amor tem seu eito Gostoso de me aninhar % o meu cora2ão t& em chama .uerendo @ /ogo do teu olhar( &(LIN*O canta-% %u .ueria agora %n'ol'er 'oc7 9a rede dos teus cabelos morena Do meu bem .uerer SILVIN*A canta-% >;emele)o> ,uando eu te beio 0arece .ue 'o longe Atra'esso o in!nito Mais depressa .ue um /oguete ,uando eu te abra2o me enrolo me des/a2o 0ra cat& todos peda2o me dispara o cora2ão %u só .ueira ter a /or2a de Maria ,ue dei)ou tudo o .ue tinha 0or amor a Lampião( no chenhenhem no chororó no enrola rola ,ue se tem amor6
7 - Teatro da Juventude
:9a repeti2ão do >;emele)o>$ulinho e os cantadores tamb4m entram cantando e dan2ando at4 .ue os contadores na >umbigada> tiram os dois de cena(= CONTADOR% 'ilvin(a... M(L+ DO CONTADOR3 $ulinho((( :*oco nos contadores .ue preparam a 'olta do ?n/erno com sons - o Contador e)ecuta um som para prender Lampião(= LAMPIÃO% 3e solta : ca!ra da peste8 3ansidão desmaiado.LAMPIÃO3 Me solta diabo do ?n/erno senão te d uma cuspida de pimenta .ue 'ai ard7 teu rabo( 6feito de lu/ 2 &ontador fa/ uma *ar*al(ada de dia!o.LAMPIÃO3 Hi .ue eu d hem8 Hi .ue eu d( % essa pimenta 4 da.uelas .ue arde tudo(1u bem sabe( 0a/ que vai cuspir.- :%/eito de lu# e som( Lampião consegue se soltar - os contadores sorriem marotos .ue são(= LAMPIÃO3 Ah soltou ou num soltou8 "e tu num me soltasse ó cabra da peste do ?n/erno tu ia '7 só( 'e !en/e.- Me perdoe minha santa mãe#inha( A senhora me ensin a num cuspi nos outro( &on#d5ncia.- Mais eu num cuspi nesse cabra do ?n/erno não só ameacei pra d& um tranco nele( /uncionou h7 h7( :Lampião le'anta e 'ai pra mansidão .ue continua desmaiado com cara de medo(= LAMPIÃO3 Mais dai-me pacen2a meu 0adim Ci2o( @lha só esse gel4ia ai esparramado no chão( %sse Mansidão num ser'4 pra nada mesmo( *oi só ou'i os capeta e esse tinhoso desab de medo( 'acode 3ansidão.Le'anta dai cabra /ro)o( Le'anta6 :Mansidão acorda apa'orado e se esconde atr&s de Lampião(= MANSIDÃO3 9um bata em mim se capeta( 9um !# nada uro6 LAMPIÃO3 0&ra cum isso( "ee home ó )ente( 9em parece cangacero( MANSIDÃO3 @ capeta & /oi embora8 LAMPIÃO3 $&( %u to.uei ele da.ui( MANSIDÃO3 @ senhor meu Capitão8 % como 4 .ue conseguiu /a#7 isso sem arma na mão8 LAMPIÃO3 9o grito bichinho( 9o grito( " cabra macho( %sse rabudo num conta prosa comigo não( MANSIDÃO3 Certo( Certo meu Capitão( Ai .ue medão6 LAMPIÃO3 @lha a.ui ó peste( 9um a/ro)a não .ue eu ti largo a.ui so#inho( MANSIDÃO3 0elo amor de Deus meu Capitão( 9um /a# isso comigo( "e me dei)& a.ui so#inho com os capeta eu morro do cora2ão( LAMPIÃO3 %ntão see macho( MANSIDÃO3 %u seo eu seo meu Capitão Macho bom t& a.ui 8 - Teatro da Juventude
LAMPIÃO testando 3ansidão-% @lha o capeta6 :Mansidão se atira no chão apa'orando-se esconde atr&s de Lampião(= LAMPIÃO3 Mais tu 4 /ro)o mesmo hem8 1u 4 macho pó de arro# isso .ue tu 4( MANSIDÃO3 Ai num brinca assim comigo meu Capitão( Me deu at4 dor de barriga( Acho .ue t com coco#era outra 'e#( :Vai sair em dire2ão ao banheiro(= LAMPIÃO se*urando 3ansidão-% Vem c& tinhoso( Chega de se en!& no banheiro( ,uero tratar de um assunto com 'oc7( MANSIDÃO se se*ura-% Certo certo meu Capitão( 'e recompe.- Is suas ordens( LAMPIÃO3 @u'e bem( 9óis temos .ue arran& um eito de sair da.ui( 9esse ?n/erno eu num !co não(V pens& num plano e tu 'ai me aud& a pr em a2ão( MANSIDÃO3 "im senhor meu Capitão( LAMPIÃO3 Vamo mostr& pra esse cabra do ?n/erno se a.ui tem macho ou não( MANSIDÃO !em valente-% 0ode cont& comigo meu Capitão( $ão a*Bentando de medo.- Ai((( ,ue medão6 :"ai lu# do ?n/erno( %)plosão no C4u - entram Maria Bonita e Creu#a %spiriteira(= CRE()A3 Ai Mansidão era tão sens<'el( ome igual num tinha não( MARIA BONITA3 Lampião num pensa'a assim não( Acha'a Mansidão um /ro)o( CRE()A3 0or.ue ele tinha gosto pela sensibilidade só por isso( MARIA BONITA3 Lampião num tinha era medo de nada Coisa .ue Mansidão tinha de sobra( CRE()A3 9ão era medo .ue Mansidão tinha não( %le tinha era boa inten2ão num tinha apego J maldade( Coisa .ue sobra'a no nosso Capitão( MARIA BONITA3 tu t& chamando Lampião de home maldoso8 CRE()A3 Bon#inho 4 .ue ele num era não( MARIA BONITA3 Como tu te atre'e a /al& isso8 1u num pode sab7(1u ta'a l& pra '78 CRE()A3 9um ta'a não mais era o .ue toda gente di#ia MARIA BONITA #ca muito !rava-% ?sso era persegui2ão( De maneira inusta chama'am ele de ladrão( Lampião era de/ens dos menos /a'orecidos dos .ue num tinha condi2ão( 0erto de mim ele nunca /e# maldade não6 CRE()A a#na-% 1& certo dona Maria desculpe 9um t& mais a.ui .uem /al( MARIA BONITA3 Acho muito bom( CRE()A3 Mais então num chame mais o meu Mansidão de /ro)o( 9 - Teatro da Juventude
MARIA BONITA3 Combinado( Chega de discussão( CRE()A resmun*ando !aixo-% Mansidão era um home muito bom( MARIA BONITA3 @ .ue 4 .ue tu t& resmungando agora8 CRE()A3 1 /alando .ue Mansidão era home muito bom( MARIA BONITA3 %ra 48 %ntonces pru.ue 4 .ue ele num t& a.ui no c4u8 CRE()A3 ?sso eu num sei não( Agora((( %le num t& a.ui e muito menos nosso Capitão( MARIA BONITA3 Chega de pro'oca2ão( CRE()A3 9um t pro'ocando so#inha( A senhora .ue t& ati2ando a discussão( MARIA BONITA3 1& certo Creu#a 1u tem re#ão( .ue eu t muito ner'osa a.ui nessa solidão( CRE()A3 %u tamb4m t ner'osa dona Maria( Mais num usti!ca a gente perd7 a re#ão( MARIA BONITA3 $& disse .ue tu t& certa6 CRE()A3 "ou sua meihor amiga dona Maria( MARIA BONITA3 'erdade( 1u 4 minha t&bua de sal'a2ão( CRE()A3 %ntonces((( >ausa.- Agora a senhora sabe o .ue 4 .ue eu to achano8 ,ue a.ueles dois andaram mesmo /a#endo maldade pra mode num merec7 o c4u( MARIA BONITA3 1u acha8 CRE()A3 0ensano bem((( 0ru.ue 4 .ue só nóis duas tam a.ui8 MARIA BONITA3 de se pens&(Vai '7 4 pru.ue nóis sempre !#emo bondade e merecemo !c& neste santo lugar( CRE()A3 "anto lugar( % a senhora acha .ue a.ui t& bom de !c&8 Longe de Mansidão e do nosso Capitão8 MARIA BONITA3 num t& não( 9óis temos .ue /a#7 alguma coisa Creu#a( CRE()A3 @ .ue dona Maria8 MARIA BONITA3 9um sei( Mais .uando uma coisa num t& boa num lug& nóis temo .ue d& um eito de mud& pra mode melhor&( CRE()A3 "&bias pala'ras dona Maria( Mas .ue eito nós 'amos dar8 MARIA pensa um pouco-% Usa tua /aculdade6 CRE()A3 Minha /aculdade8 MARIA3 1u não 4 a Creu#a %spiriteira .ue tem a /aculdade de /alar com os esp
MARIA3 @s aninhos não disseram .ue este c4u era um c4u de liberdade8 ,ue cada um /a#ia as coisas segundo sua responsabilidade8 CRE()A3 'erdade( 1inha es.uecido dessa particularidade( %ta c4u bão( ; pra 1 min(a concentração8 :Creu#a come2a a se concentrar - som caracter
LAMPIÃO3 Mais tu 4 /ro)o mesmo( "o#inho num ' consegui não( MANSIDÃO3 %ntonce espera só um bocadinho pra mode eu res/re& o corpo desse calor do ?n/erno meu Capitão( LAMPIÃO pras duas no céu-% ,ue raio de lugar 4 esse .ue 'oc7s estão .ue a gente num pode ir at4 ai8 MARIA BONITA3 A.ui 4 o c4u( 9óis tamo no c4u( LAMPIÃO3 Mais o danado do c4u 4 ai do lado8 % eu .ue pensa'a .ue o c4u era l& em cima6 >ro 3ansidão 2 !aixin(o.- @u ser& .ue o ?n/erno 4 .ue num 4 l& embai)o8 MANSIDÃO3 9um sei( H Creu#inha((( @ c4u 4 mesmo ai do lado8 CRE()A3 meu /o!nho( % ai o .ue 48 MANSIDÃO disfarça-% A.ui8 Bão((( A.ui 4((( @ .ue 4 .ue 4 a.ui mesmo meu Capitão8 LAMPIÃO tam!ém disfarça-% Bão((( A.ui 4((( A.ui4((( CONTADOR que est acompan(ando tudo com sua 3ulé-% Aqui é o Inferno mesmo8 MANSIDÃO3 capeta dedo duro6 MARIA BONITA3 Ai 4 o ?n/erno8 ,uer di#er .ue 'oc7s dois /oram pro ?n/erno8 LAMPIÃO3 *oi mais uma inusti2a .ue !#eram comigo6 CRE()A3 %ntão a gente num 'ai pod7 i l& tamb4m6 1& 'endo dona Maria eu num disse8 "e eles /oram pro ?n/erno 4 pru.ue eles num eram tão bons .uanto a gente pensa'a( MANSIDÃO3 9um /ala assim Creu#inha( 9óis somo bão sim( 0ra l& de bão( MARIA BONITA3 % o .ue 4 .ue tu tem a me di#7 Lampião8 LAMPIÃO3 Mais por4m eu & num disse8 *oi mais uma inusti2a .ue cometero contra a minha pessoa6 CRE()A3 *oi não dona Maria( "e eles tão l& 4 pru.ue merecero( "e eles tão l& 4 pru.ue andaro /a#endo maldade( Vai '7 .ue tinham outras mul4( 9um 4 meu Capitão8 LAMPIÃO disfarçando-% Certamente .ue não( "omos cangacero de honra e retidão6 CRE()A3 nada dona Maria( %les andaram enganando a gente( 0or isso 4 .ue /oram par& l& no ?n/erno( MANSIDÃO3 0are com isso Creu#inha( 0are de matra.ue&( MARIA BONITA3 Ah entonces 4 isso8 9unca pensei .ue pudesse /a#7 essa des/a2ate# comigo Lampião( %u .ue con!a'a tanto em 'oc7((( LAMPIÃO3 9um /ala desse eito "antinha((( tudo mentira( MARIA BONITA3 1u num tem car&ter(1u num tem car&ter6 :Choraminga(= CRE()A3 "eus((( "eus cangacero de ara.ue( @lha l& dona Maria( @lhe bem pra eles( %les são cangacero de ara.ue mesmo( 9em as roupa 12 - Teatro da Juventude