Joseph Campbell O herói de mil faces Tradução Adail Ubirajara Sobral
Sumário Prólogo: O moomi!o "# $i!o $i!o e soho soho %# Trag&dia Trag&dia e com&d com&dia ia '# O herói herói e o deus deus (# O Ce!r Ce!roo do $ud $udoo Par!e ): A a*e!ura do herói CAP+TU,O ": A PA-T).A "# O chamado chamado da a*e! a*e!ura ura %# A recusa recusa do chama chamado do '# O au/0lio au/0lio sobrea!u sobrea!ural ral (# A passagem passagem pelo pelo primeiro primeiro limiar limiar 1# O *e!re *e!re da bale baleia ia CAP+TU,O )): A )2)C)A34O "# O camiho camiho de pro*as pro*as %# O eco!ro eco!ro com a deusa deusa
'# A mulher mulher como como !e!ação !e!ação (# A si!oia si!oia com o pai pai 1# A 1# A apo!eose 5# A b6ç b6ção ão 7l!i 7l!ima ma CAP+TU,O ))): O -8TO-2O "# A recusa recusa do re!or re!oroo %# A fuga fuga mág mágica ica '# O resga!e resga!e com au/0lio au/0lio e/!er e/!eroo (# A passagem passagem pelo pelo limiar limiar do re!oro re!oro 1# Sehor Sehor dos dois mudo mudoss 5# ,iberdade ,iberdade para *i*er *i*er CAP+TU,O )9: As CA98S Par!e )): O ciclo cosmog;ico CAP+TU,O ): 8$A2A3<8S "# .a psicolo psicologia gia = me!af0 me!af0sica sica %# O giro giro ui*e ui*ersa rsall '# A par!ir par!ir do *a>io *a>io?espa ?espaço ço (# .e!ro .e!ro do espaç espaço?*id o?*idaa 1# A !rasforma !rasformação ção do Uo em m7l!iplo m7l!iplo 5# is!órias is!órias folclórica folclóricass sobre a criação criação CAP+TU,O )): A 9)-@8$ ?$48 "# $ãe?U $ãe?Ui*e i*erso rso %# $a!ri> $a!ri> do des!i des!io o '# 9e!re 9e!re da da -edeç -edeção ão (# is!órias is!órias folclóricas folclóricas sobre sobre a *irgem?mã *irgem?mãee CAP+TU,O ))): T-A2SO-$A3<8S .O 8-B) "# O herói primord primordial ial e o herói herói humao humao %# A ifcia ifcia do herói herói humao humao '# O herói herói como como guerre guerreiro iro (# O herói herói como como ama!e ama!e 1# O herói como como imperad imperador or e !irao !irao 5# O herói como como rede! rede!or or do mudo mudo D# O herói herói como como sa!o sa!o E# A par!id par!idaa do heró heróii CAP+TU,O )9: .)SSO,U3<8S "# im do micr microco ocosmo smo %# im do macr macroco ocosmo smo 8p0logo: $i!o e sociedade "# As mil mil forma formass %# A fução do do mi!oF do cul!o cul!o e da medi!ação medi!ação '# O heró heróii hoje hoje
Prefácio GAs *erdades co!idas as dou!rias religiosas sãoF afial de co!asF !ão deformadas e sis!ema!icame!e disfarçadasGF escre*e Sigmud reudF GHue a massa da humaidade ão pode ide!ificá?las como *erdade# O caso & semelha!e ao Hue aco!ece Huado co!amos a uma criaça Hue os rec&m?ascidos são !ra>idos pela cegoha# 2es!e casoF !amb&m es!amos di>edo a *erdade a!ra*&s de um e/pressão simbólicaF pois sabemos o Hue essa grade a*e sigifica# $as a criaça ão sabe# 8scu!a apeas a par!e deformada do Hue di>emos e se!e Hue foi egaadaI e sabemos com Hue freH6cia sua descofiaça em relação aos adul!os e sua rebeldia !6m realme!e começo essa impressão# Co*ecemo?os Co*ecemo?os de Hue & melhor e*i!ar esses disfarces simbólicos da *erdade aHuilo Hue co!amos =s criaçasF e ão pri*á?las de um cohecime!o cohecime!o do *erdadeiro es!ado de coisas adeHuado a seu 0*el i!elec!ual#GK Sigmund Freud, The fu!ure of a illusio (tradução de James Strachey e outros), Standard Edition, XXI, The Hogarth Press, ondres, !"#!, $$% &&'&% (rigina*+ !"-%) L
O propósi!o des!e li*ro & des*elar algumas *erdades Hue os são aprese!adas sob o disfarce das figuras religiosas e mi!ológicasF media!e a reuião de uma mul!iplicidade de e/emplos ão mui!o dif0ceisF permi!ido Hue o se!ido a!igo se !ore pa!e!e por si mesmo# Os *elhos mes!res sabiam do Hue fala*am# Uma *e> Hue !ehamos reapredido sua liguagem simbólicaF bas!a apeas o !ale!o de um orgai>ador de a!ologias para permi!ir Hue o seu esiame!o seja ou*ido# $as & precisoF a!es de !udoF apreder a gramá!ica dos s0mbolos eF como como cha* cha*ee para para esse esse mis! mis!&r &rio ioFF ão ão coh coheç eçoo um is! is!ru rume me! !oo mode moder roo Hue Hue supe supere re a psicaálise# Sem permi!ir?lhe ocupar a posição de 7l!ima pala*ra a respei!o do assu!oF podemosF ão obs!a!eF facul!ar?lhe a posição de abordagem poss0*elF O segudo passo seráF por!a!oF reuir uma ampla gama de mi!os e co!os folclóricos de !odos os ca!os do mudoF dei/ado Hue os s0mbolos falem por si mesmos# Os paralelos serão percebidos de imedia!o e dese*ol*erão uma ampla e impressioa!eme!e cos!a!e afirmação das *erdades básicas Hue !6m ser*ido de parme!ros para o homemF ao logo dos mil6ios de sua *ida o plae!a# Tal*e> se faça a objeção de HueF ao re*elar as correspod6ciasF dei/ei de cosiderar as difereças e/is!e!es e!re as *árias !radiçMes orie!ais e ocide!aisF moderasF a!igas e primi!i*as# A mesma objeção poderia ser aplicadaF co!udoF a !odo !e/!o didá!ico ou Huadro de aa!omiaF os Huais as *ariaçMes fisiológicas decorre!es da raça ão são le*adas em co!a o i!eresse da compreesão geral básica do f0sico humao# áF sem d7*idaF difereças e!re as i7meras religiMes e mi!ologias da humaidadeF mas es!e li*ro !ra!a das semelhaçasI uma *e> compreedidas as semelhaçasF descobriremos Hue as difereças são mui!o meos amplas do Hue se supMe popularme!e Kbem como poli!icame!eL# A esperaça Hue acale!o . a de Hue um esclarecime!o reali>ado em !ermos de comparação possa co!ribuir para a causaF !al*e> ão !ão perdidaF das forças Hue a!uamF o mudo de hojeF em fa*or da uificaçãoF ão em ome de algum imp&rio pol0!ico ou eclesiás!icoF mas com o obje!i*o de promo*er a m7!ua compreesão e!re os seres humaos# Como os di>em os 9edas: GA *erdade & uma sóF mas os sábios falam dela sob mui!os omesG# Pela ajuda Hue me foi pres!ada a !arefa de dar ao ma!erial pesHuisado uma forma leg0*elF gos!aria de agradecer ao sr# erN $or!o -obisoF cujo coselho me foi de grade *alia as fases iicial e fial da preparação des!e li*roI =s sehoras Pe!er @eigerF $argare! ig e ele $c$as!erF Hue !rabalharam com os mauscri!os i7meras *e>es e ofereceram *aliosas suges!MesI e a miha esposaF Hue !rabalhou comigo do pric0pio ao fimF ou*idoF ledo e re*isado#
J.C. Nova York 10 de junho de 1948
Prólogo O moomi!o !% /ito e sonho uer escu!emosF com desi!eressado delei!eF a arega Ksemelha!e a um sohoL de algum fei!iceiro de olhos a*ermelhados do CogoF ou leiamosF com ele*o cul!i*adoF su!is !raduçMes dos soe!os do m0s!ico ,ao?!seI Huer decifremos o dif0cil se!ido de um argume!o de Sa!o Tomás de AHuioF Huer aida percebamosF um relaceF o brilha!e se!ido de um bi>arro co!o de fadas esHuimóF & sempre com a mesma his!ória Q Hue muda de forma e ão obs!a!e & prodigiosame!e cos!a!e Q Hue os deparamosF aliada a uma desafiadora e persis!e!e suges!ão de Hue res!a mui!o mais por ser e/perime!ado do Hue será poss0*el saber ou co!ar# 8m !odo o mudo habi!adoF em !odas as &pocas e sob !odas as circus!ciasF os mi!os humaos !6m florescidoI da mesma formaF esses mi!os !6m sido a *i*a ispiração de !odos os demais produ!os poss0*eis das a!i*idades do corpo e da me!e humaos# 2ão seria demais cosiderar o mi!o a aber!ura secre!a a!ra*&s da Hual as ie/aur0*eis eergias do cosmos pee!ram as maifes!açMes cul!urais humaas# As religiMesF filosofiasF ar!esF formas sociais do homem primi!i*o e his!óricoF descober!as fudame!ais da ci6cia e da !ecologia e os próprios sohos Hue os po*oam po*oam o soo surgem surgem do c0rculo básico básico e mágico do mi!o# O prod0gio reside o fa!o de a eficácia carac!er0s!icaF o se!ido de !ocar e ispirar profudos ce!ros cria!i*osF es!ar maifes!a o mais despre!esioso co!o de fadas arrado para fa>er a criaça dormir Q da mesma forma como o sabor do oceao se maifes!a uma go!a ou !odo o mis!&rio da *ida um o*o de pulga# Pois os s0mbolos da mi!ologia ão são fabricadosI ão podem ser ordeadosF i*e!ados ou permae!eme!e suprimidos# 8sses s0mbolos são produçMes espo!eas da psiHue e cada um deles !ra> em siF i!ac!oF o poder criador de sua fo!e# ual o segredo segredo dessa *isão i!emporalR i!emporalR .e Hue camada camada profuda profuda *em elaR Por Hue & a mi!ologiaF em !odos os lugaresF a mesmaF sob a *ariedade dos cos!umesR 8 o Hue esia essa *isãoR A!ualme!eF mui!as ci6cias co!ribuem para a aálise desse eigma# Os arHueólogos pesHuisam as ru0as do )raHueF )raHueF de oaF de Cre!a e de uca!á# Os e!ólogos e!ólogos Hues!ioam os Os!ias do rio ObF os oobies de erado Pó# Uma geração de orie!alis!as os des*elou rece!eme!e os sagrados escri!os do Orie!eF assim como as fo!es pr&?hebraicas das ossas Sagradas 8scri!uras# 8F ao mesmo !empoF ou!ro grupo umeroso de pesHuisadoresF dado co!iuidade a pesHuisas iiciadas iiciadas o s&culo passado o campo da psicologia do folcloreF !em procurado es!abelecer es!abelecer as bases psicológicas da liguagemF do mi!oF da religiãoF do dese*ol*ime!o dese*ol*ime!o ar!0s!ico e dos códigos morais# Toda*iaF o Hue mais os chama a a!eção são as re*elaçMes maifes!as a cl0ica de doe!e doe !ess me!a me!ais# is# Os ousado ousadoss e *erdad *erdadeir eiram ame! e!ee marca marca!e !ess escri!o escri!oss da psica psicaá álise lise são idispesá*eis ao es!udioso da mi!ologia# )sso ocorre porHueF como Huer Hue ecaremos as i!erpre!açMes de!alhadasF de!alhadasF e por *e>es co!radi!óriasF de casos e problemas espec0ficosF reudF
Jug e seus seguidores demos!raram irrefu!a*elme!e Hue a lógicaF os heróis e os fei!os do mi!o ma!i*eram?se *i*os a!& a &poca modera# 2a aus6cia de uma efe!i*a mi!ologia geralF cada um de ós !em seu próprio pa!eão do soho Q pri*adoF ão recohecidoF rudime!ar eF ão obs!a!eF secre!ame!e *igoroso# A 7l!ima ecaração de VdipoF a co!iuidade do romace e!re a ela e a eraF i!errompidas es!a !arde a esHuia da (% !h S!ree! com if!h A*eueF esperam Hue o semáforo mude# GSoheiGF escre*eu um jo*em americao ao au!or de uma colua de joralF GHue es!a*a mudado as !elhas do !e!o de miha casa# .e repe!eF ou*i a *o> do meu pai o soloF chamado por mim# 9irei?me abrup!ame!e para *6?lo melhorF eF Huado o fi>F o mar!elo escapou?me das mãosF escorregou pelo !elhado e desapareceu a e/!remidade# Ou*i um eorme barulhoF semelha!e = Hueda de um corpo# GTerri*elme!e assus!adoF desci pela escada a!& o solo# ,á es!a*a meu paiF mor!oF com sague espalhado por !oda a cabeça# iHuei com o coração em pedaços e comecei a chamar miha mãeF em meio aos soluços# 8la saiu de casa e colocou os braços em !oro de mim# W2ão se preocupeF filhoF foi um acide!eWF disse ela# WSei Hue *oc6 !omará co!a de mimF mesmo Hue ele se *á#W 8Hua!o ela me beija*aF acordei# GSou o filho mais *elho e !eho *i!e e !r6s aos de idade# 8s!ou separado de miha mulher há um aoI por alguma ra>ãoF ão os demos bem# Amo profudame!e meus pais e jamais !i*e problemas com papaiF embora ele !eha isis!ido em Hue eu *ol!asse a *i*er com miha mulherF mesmo Hue eu ão pudesse ser feli> com ela# 8 jamais o serei#G " O marido fracassado re*elaF aHuiF com uma ioc6cia *erdadeirame!e prodigiosaF HueF em lugar de dirigir suas eergias espiri!uais para o amor e para os problemas do casame!oF permaeciaF os recessos secre!os de sua imagiaçãoF a si!uação dramá!icaF os dias de hoje ridiculame!e aacr;icaF do seu primeiro e 7ico e*ol*ime!o emocioalF a si!uação do !rigulo !ragic;mico da ifcia: o filho co!ra o pai pelo amor da mãe# Ao Hue pareceF as mais mais perm perma ae e!e !ess disp dispos osiç içMe Mess da psiH psiHue ue huma humaa a são são aHue aHuela lass gera gerada dass pelo pelo fa!o fa!o de permaecermosF permaecermosF o mbi!o do reio aimalF a esp&cie Hue fica mais !empo ju!o ao seio ma!ero# Os seres humaos ascem cedo demaisI Huado o fa>emF es!ão iacabados e aida ão es!ão preparados para o mudo# 8m coseH6ciaF !oda a defesa Hue !6m co!ra um ui*erso de perigos & a mãeF sob cuja pro!eção ocorre um prologame!o do per0odo i!ra? u!erio%# .a0 decorre o fa!o de a criaça depede!e e sua mãe formaremF ao logo de meses após a ca!ás!rofe do ascime!oF uma uidade dualF ão apeas do po!o de *is!a f0sicoF como !amb&m o plao psicológico '# Toda aus6cia prologada da mãe pro*oca !esão a criaça e coseHe!es impulsos agressi*osI da mesma maeiraF Huado se *6 obrigada a co!rolar a criaçaF a mãe desper!a ela respos!as agressi*as# Por!a!oF o primeiro obje!o da hos!ilidade da criaça & id6!ico ao primeiro obje!o do seu amorI seu primeiro ideal KHue da0 por dia!e se ma!&m como base icoscie!e de !odas as images de b6çãoF *erdadeF bele>a e perfeiçãoL & a uidade dual e!re a $adoa e o ambio (# O desafor!uado pai & a primeira i!rusão radical de ou!ra ordem de realidade a bea!i!ude dessa reafirmação !errea da e/cel6cia da si!uação o i!erior do 7!eroI assim sedoF o pai & *i*eciado primariame!e como um iimigo# Para ele & !rasferida a carga de agressão origialme!e *iculada = mãe GmáG ou ause!e# Permaece com a mãe Kormalme!eL o desejo *iculado = mãe GboaGF ou prese!eF u!ridora e pro!e!ora# 8ssa fa!0dica dis!ribuição ifa!il de impulsos de mor!e (thanatos+ (thanatos+ destrudo) destrudo) e amor (ero (eros+ s+ *i0i *i0ido do)) cos!i!ui o fudame!o do agora celebrado comple/o de VdipoF Hue Sigmud reudF há us ciHe!a aosF apo!ou como a grade causa do fracasso do adul!o o se!ido de compor!ar?se como ser racioal# Como disse o dr# reud: GO rei VdipoF Hue assassiou o paiF ,aioF e desposou a mãeF Jocas!aF os mos!raF !ão?some!eF a reali>ação dos ossos próprios desejos ifa!is# Toda*iaF mais afor!uados do Hue eleF fomos bem?sucedidosF a medida em Hue ão os !oramos psicoeuró!icosF ao des*icular ossos impulsos se/uais
das ossas Xrespec!i*asY mães e ao esHuecer osso ci7me com relação aos ossos Xrespec!i*osY paisG1# OuF como ele mesmo afirma: GToda desordem pa!ológica da *ida se/ual pode ser cosideradaF cosideradaF com propriedadeF uma iibição do dese*ol*ime!oG dese*ol*ime!oG 5# Gua!os homes em sohos ão *iram a si mesmos .ormido com a própria mãeI mas bem mais fácil V a *ida daHuele Hue dessas coisas ão cogi!a#G D A lame lame! !á* á*el el si!u si!uaç ação ão da espo esposa sa cujo cujo marid maridoo !em !em se! se!im ime e!o !oss HueF HueF em luga lugarr de amadurecerF permaecem aprisioados ao romace da ifcia pode ser a*aliada a par!ir do apare!e absurdo prese!e em ou!ro soho moderoI eF esse po!oF começamos a se!irF a realid realidade adeFF Hue es!amos es!amos pee! pee!ra rado do o dom0i dom0ioo do mi!o mi!o a!igo a!igoFF mas mas com uma curio curiosa sa re*ira*ol!a# GSoheiGF escre*eu uma mulher per!urbadaF GHue um grade ca*alo braco me seguia para ode Huer Hue eu me dirigisse# Ti*e medo dele e o espa!ei# Olhei para !rás para *er se ele aida me seguia e ele parecia !er?se !orado um homem# .isse?lhe para ir ao barbeiro rapar a criaF o Hue ele fe># uado saiuF !iha apar6cia de homemF mas sua face e membros iferiores eram de ca*alo# Co!iuou a me seguir# Apro/imou?se mais de mim e acordei# GSou uma mulher casada de !ri!a e cico aos e !eho dois filhos# 8s!ou casada há ca!or>e aos e !eho cer!e>a de Hue meu marido me & fiel#G E O icos icoscie cie!e !e e* e*ia ia !oda !oda esp&c esp&cie ie de fa!as fa!asias iasFF seres seres es!ra es!rahos hosFF !error !errores es e image images s ilusórias = me!e Q seja por meio dos sohosF em plea lu> do dia ou os es!ados de dem6 dem6c cia iaII pois pois o rei reioo huma humao o abar abarca caFF por por bai/ bai/oo do solo solo da peHu peHue eaa habi habi!a !açã çãoF oF compara!i compara!i*ame *ame!e !e corriHueir corriHueiraF aF Hue deo deomiam miamos os cosci6 cosci6ciaF ciaF isuspei! isuspei!adas adas ca*eras ca*eras de Alad Aladim im## 2e 2ela lass há ão ão ape apeas as um !eso !esour uroF oF mas mas !amb !amb&m &m peri perigo goso soss g6i g6ios os:: as forç forças as psicológicas ico*eie!es ico*eie!es ou obje!o de ossa resis!6ciaF Hue ão pesamos em i!egrar Q ou ão ão os os a!re a!re*e *emo moss a fa>6 fa>6?lo ?lo Q = oss ossaa *ida *ida## 8 essa essass forç forças as pode podem m perm perma aec ecer er isuspei!adas ouF por ou!ro ladoF alguma pala*ra casualF o odor de uma paisagemF o sabor de uma /0cara de chá ou algo Hue *emos de relace pode !ocar uma mola mágicaF e eis Hue perigosos mesageiros começam a aparecer o c&rebro# 8sses mesageiros são perigosos porHue ameaçam as bases seguras sobre as Huais cos!ru0mos osso próprio ser ou fam0lia# $as eles sãoF da mesma formaF diabolicame!e fascia!esF pois !ra>em cosigo cha*es Hue abrem por!as para !odo o dom0io da a*e!uraF a um só !empo desejada e !emidaF da descober!a do eu# .es!ruição do mudo Hue cos!ru0mos e o Hual *i*emosF assim como ossa própria des!ruição de!ro deleI masF em seguidaF uma mara*ilhosa recos!ruçãoF de uma *ida mais seguraF l0mpidaF ampla e comple!ame!e humaa Q eis o eca!oF a promessa e o !error desses per!urbadores *isi!a!es o!urosF *idos do reio mi!ológico Hue carregamos de!ro de ós# A psicaáliseF a modera ci6cia da i!erpre!ação dos sohosF os esiou a ficar a!e!os com relação a essas images isubs!aciais# Tamb&m os esiou a forma de dei/á?las a!uar# Permi!e?se Hue as perigosas crises do au!odese*ol*ime!o se deserolem sob o olhar pro!e!or de um e/perie!e iiciado a a!ure>a e a liguagem dos :sohosF Hue desempeha a fução e o papel de um a!igo mis!agogoF ou guia dos esp0ri!osF o curadeiro iiciador dos primi!i*os sa!uários flores!ais das pro*as e da iiciação# O m&dico & o modero mes!re do reio do mi!oF o guardião da sabedoria a respei!o de !odos os camihos secre!os e fórmulas f órmulas poderosas# Seu papel eHui*ale precisame!e ao do 9elho SábioF preseça cos!a!e os mi!os e co!os de fadasF cujas pala*ras ajudam o herói as pro*as e !errores da fa!ás!ica a*e!ura# V ele Hue aparece e idica a brilha!e espada mágica Hue ma!ará o dragão?!errorI ele co!a sobre a oi*a Hue espera e sobre o cas!elo dos mil !esourosF aplica o bálsamo cura!i*o as feridas Huase
fa!ais eF por fimF le*a o coHuis!ador de *ol!a ao mudo da *ida ormal após a grade a*e!ura a oi!e eca!ada# eca!ada#
Figura !% Si*enos e m1nades uado passamosF !edo essa imagem em me!eF = cosideração dos umerosos ri!uais es!rahos das !ribos primi!i*as e das grades ci*ili>açMes do passadoF cujo rela!o chega a!& ósF !ora?se claro Hue o propósi!o e o efei!o real desses ri!uais cosis!ia em le*ar as pessoas a cru>arem dif0ceis limiares de !rasformação Hue reHuerem uma mudaça dos padrMesF ão apeas da *ida coscie!eF como da icoscie!e# Os chamados ri!os Xou ri!uaisY de passagemF Hue ocupam um lugar !ão proemie!e a *ida de uma sociedade primi!i*a Kcerim;ias de asci ascime me!o !oFF de a!ribu a!ribuiçã içãoo de omeF omeF de pub puberd erdade adeFF casame casame!o !oFF mor!e mor!eFF e!c#LF e!c#LF !6m como como carac!er0s!ica a prá!ica de e/erc0cios formais de rompime!o ormalme!e bas!a!e rigorososF por meio dos Huais a me!e & afas!ada de maeira radical das a!i!udesF *0culos e padrMes de *ida !0picos do es!ágio Hue ficou para !rás Z# Segue?se a esses e/erc0cios um i!er*alo de isolame!o mais ou meos prologadoF dura!e o Hual são reali>ados ri!uais des!iados a aprese!arF ao a*e!ureiro da *idaF as formas e se!ime!os apropriados = sua o*a codiçãoF de maeira HueF Huado fialme!e !i*er chegado o mome!o do seu re!oro ao mudo ormalF o iiciado es!eja !ão bem como se !i*esse reascido "[# O mais i!eressa!e reside o fa!o de um grade 7mero de pro*as e images ri!uais correspoder =s pro*as e images Hue cos!umam maifes!ar?se ós sohos o mome!o em Hue o pacie!e Hue se subme!eu = psicaálise começa a abadoar suas fi/açMes ifa!is e a progredir a direção do fu!uro# 8!re os abor0gies da Aus!ráliaF por e/emploF uma das pricipais carac!er0s!icas da pro*a de iiciação Kpor meio da Hual o jo*emF a puberdadeF & afas!ado da mãe e i!rodu>ido a sociedade e os cos!umes secre!os dos homesL & o ri!ual da circucisão# Guado um garo!iho da !ribo $urgi es!á pres!es a ser circucidadoF di>em? lhe os pais e aciãos: WO @rade Pai Cobra se!e o cheiro do seu prep7cioI ele o es!á chama chamado doW#W# Os garo!o garo!oss acred acredi!a i!am m ser ser essa essa afirma afirmação ção li!era li!eralme lme!e !e *erdad *erdadeir eiraa e ficam ficam e/!remame e/!remame!e !e assus!ados# assus!ados# 8m geralF geralF buscam ref7gio ju!o = mãeF mãeF = a*ó ou a algum algum pare!e pare!e fa*ori!o do se/o femiioF pois sabem Hue os homes es!ão orgai>ados a fim de le*á?los a
passar para o seu ladoF ode a grade cobra es!á *ociferado# As mulheres lame!am?se cerimoialme!e pelos garo!osI essa ação *isa a e*i!ar Hue a grade cobra os egula#G "" Obser*emos agora a co!rapar!ida do icoscie!e# GUm dos meus pacie!esGF escre*e o dr# C# @# JugF Gsohou Hue uma cobra surgiu de uma ca*era e o picou a região gei!al# 8sse soho ocorreu o mome!o em Hue o pacie!e es!a*a co*ecido da *erdade da aálise e começa*a a liber!ar?se das amarras do seu comple/o ma!ero#G "% A fução primária da mi!ologia e dos ri!os sempre foi a de forecer os s0mbolos Hue le*am o esp0ri!o humao a a*açarF opodo?se =Huelas ou!ras fa!asias humaas cos!a!es Hue !edem a le*á?lo para !rás# Com efei!oF pode ser Hue a icid6cia !ão grade de euroses em osso meio decorra do decl0ioF e!re ósF desse au/0lio espiri!ual efe!i*o# $a!emo?os ligados =s images ão e/orci>adas da ossa ifciaF ra>ão pela Hual ão os icliamos a fa>er as passages ecessárias da ossa *ida adul!a# 2os 8s!ados UidosF há a!& um $athos de 6fase i*er!ida: o al*o ão & e*elhecerF mas permaecer jo*emI ão & amadurecer e afas!ar? se de $amãeF mas apegar?se a ela# Assim sedoF eHua!o os maridos se ma!6m uma a!i!ude de adoração dia!e dos seus !emplos da ifcia Q coformado?se em ser os ad*ogadosF comercia!es ou g6ios Hue seu pais Hueriam Hue fossem QF suas esposasF mesmo após ca!or>e aos de casame!o e dois belos filhos crescidosF aida es!ão em busca do amor Q Hue só pode chegar a!& elas a par!ir dos ce!aurosF sileosF sá!iros e ou!ros 0cubos cocupisce!es da horda de PãF seja da forma re*elada o segudo dos sohos ci!ados ou por meio dos !emplos populares da deusa *e&rea cober!os de bauilha sob a maHuiagemF dos 7l!imos heróis da !ela# O psicaalis!a de*e aparecerF e!ãoF para cofirmar a sabedoria a*açada dos mais a!igos esiame!os dos curadeiros?daçarios com suas máscaras e dos fei!iceiros?dou!ores?circucidadoresI em coseH6cia dissoF descobrimosF como ocorreu o soho da picada da cobraF Hue o simbolismo peree da iiciação & produ>ido espo!aeame!e pelo próprio pacie!e o mome!o de sua emacipação# Ao Hue pareceF há essas images iicia!órias algo HueF de !ão eces sário para a psiHueF se ão for forecido a par!ir do e/!eriorF a!ra*&s do mi!o e do ri!ualF !erá de ser auciado ou!ra *e>F por meio do sohoF a par!ir do i!erior Q do co!rárioF os sas eergias seriam forçadas a permaecer aprisioadas um Huar!o de briHuedosF baal e há mui!o fora de modaF o fudo do mar# Sigmud reud efa!i>a em seus escri!os as passages e dificuldades da primeira me!ade do ciclo de *ida humao aHuelas *i*eciadas a ifcia e a adolesc6ciaF Hua do o osso sol se apro/ima do >6i!e# C# @# JugF por sua *e>F efa!i>ou as crises da seguda me!ade HuadoF para e*oluirF essa esfera brilha!e de*e subme!er?se a descer e desaparecerF fialme!eF o 7!ero o!uro do !7mulo# Os s0mbolos ormais dos ossos desejos e !emores !rasformam? seF esse e!ardecer da *idaF em seus opos!osI poisF esse po!oF já ão & a *idaF mas a mor!eF Hue cos!i!ui o desafio# Por!a!oF ão & dif0cil dei/ar o 7!eroI a dificuldade reside em dei/ar o falo Q a ão serF & *erdadeF Hue o amargor da *ida já !eha !omado posse do coraçãoF si!uação a Hual a mor!e a!rai como a promessa de b6ção Hue era a!es represe!ada pelo eca!ame!o amoroso# Percorremos um c0rculo comple!oF do !7mulo do 7!ero ao 7!ero do !7mulo: uma amb0gua e eigmá!ica icursão um mudo de ma!&ria sólida pres!es a se diluir para ósF !al como ocorre com a subs!cia do soho# 8F rememorado aHuilo Hue prome!ia ser ossa a*e!ura Q 0mparF impre*is0*el e perigosa QF !udo o Hue eco!ramosF o fimF & a s&rie de me!amorfoses padroi>adas pelas Huais homes e mulheresF em !odas as par!es do mudoF em !odos os s&culos de Hue !emos o!0cia e sob !odas as apar6cias assumidas pela ci*ili>açMesF !6m passado# Co!a?seF por e/emploF a his!ória do grade $iosF rei da ilha?imp&rio de Cre!a o per0odo de sua supremacia comercial: di>?se Hue ele co!ra!ou o celebrado ar!is!a?ar!esão .&dalo para coceber e cos!ruir um labiri!oF o Hual escoderia algo de Hue o palácio !iha *ergoha eF ao mesmo !empoF medo# Pois ha*ia um mos!ro a propriedade Hue a raihaF Pas0faeF ha*ia dado = lu># .i>?se Hue $iosF o reiF ada*a =s *ol!as com impor!a!es guerras
des!iadas a pro!eger as ro!as comerciaisI eHua!o isso ocorriaF Pas0 fae ha*ia sido sedu>ida por um !ouro mag0ficoF braco como a e*eF ascido do mar# 2a *erdadeF o Hue ocorrera ão era pior do Hue aHuilo Hue a própria mãe de $iosF 8uropaF ha*ia permi!ido Hue ocorresse a!eriorme!e: fora le*ada para Cre!a por um !ouro# O !ouro era \eusF e o ho rado filho resul!a!e da sagrada uião era o próprio $ios a &poca respei!ado e alegreme!e ser*ido em !oda par!e# Como poderia Pas0faeF essas circus!ciasF !er sabido Hue o fru!o de sua idiscrição seria um mos!ro Q uma criaça de corpo humaoF mas do!ada de cabeça e de cauda de !ouroR A sociedade codeara amplame!e a raihaI mas o rei ão descohecia sua parcela de culpa# O !ouro em Hues!ão ha*ia sido e*iado pelo deus Pos6idoF há mui!o !empoF Huado $ios lu!a*a com os irmãos pelo !roo# $ios ha*ia afirmado Hue o !roo era seuF por direi!o di*ioF e ha*ia pedido ao deus Hue e*iasse um !ouro do marF como um sialI ele ha*ia selado suas oraçMes com a promessa de sacrificar o aimal imedia!ame!eF como uma ofereda e s0mbolo de submissão ao deus# O !ouro aparecera e $ios !omara posse do !rooI mas Huado percebeu a majes!ade da bes!a Hue ha*ia sido e*iada e pesou Hue poderia ser mui!o *a!ajoso possuir um !al esp&cimeF ele decidiu arriscar?se a uma !roca comercial Q com a HualF ele supuhaF o deus ão se icomodaria mui!o# Tedo oferecido ao al!ar de Pos6ido o melhor !ouro braco Hue possu0aF $ios ju!ou o !ouro e*iado Xpelo deusY ao seu rebaho# O imp&rio cre!ese ha*ia alcaçado grade prosperidade sob o go*ero ses0*el desse celebrado admiis!rador de jus!iça e modelo de *ir!ude p7blica# A capi!alF CossoF !orara?se o lu/uoso e elega!e ce!ro da pricipal po!6cia comercial do mudo ci*ili>ado# As fro!as de Cre!a iam a !odas as ilhas e por!os do $edi!erreoI os produ!os cre!eses eram al!ame!e *alori>ados a abil;ia e o 8gi!o# Os a!re*idos a*0o>ihos a!& ul!rapassaram as Coluas de &rculesF !edo ido para o mar aber!oF a*egado pela cos!a a direção or!eF a fim de recolher o ouro da )rlada e o es!aho de Cor]all "'F assim como a direção sulF ao logo da sali6cia do SeegalF !edo alcaçado a remo!a !erra iorubaa e os dis!a!es ce!ros de com&rcio de marfimF ouro e escra*os "(# $asF i!erame!eF a raiha ha*ia sido le*ada por Pos6ido a apai/oar?se loucame!e pelo !ouro# 8 ela ha*ia coseguido Hue o ar!is!a?ar!esão co!ra!ado pelo maridoF o icompará*el .&daloF cos!ru0sse uma *aca de madeira em Hue a raiha e!rou asiosame!eI e assim o !ouro foi egaado# 8la deu = lu> seu mos!roF Hue mais !ardeF passou a ser um perigo# 8!ão .&dalo foi chamado ou!ra *e>F des!a fei!a pelo reiF a fim de cos!ruir um impressioa!e labiri!oF com passages ocul!asF para escoder a coisa# A i*eção foi !ão egehosaF Hue o próprio .&daloF ao !ermiá?laF só eco!rou o camiho para a sa0da a duras peas# A0 foi is!alado o $io!auroI da0 por dia!eF ele passou a ser alime!ado com grupos de rapa>es e moçasF le*ados como um !ribu!o pelas açMes coHuis!adas o mbi!o do dom0io de Cre!a"1# AssimF de acordo com essa a!iga ledaF a falha primária ão foi a da raihaF mas a do reiI e ele realme!e ão a poderia codearF pois sabia o Hue ele próprio ha*ia fei!o: co*er!era um e*e!o p7blico em pro*ei!o próprio Huado !odo o se!ido de sua i*es!idura como rei implica*a Hue ele dei/asse de ser pessoa#pri*ada# O re!oro do !ouro de*eria !er simboli>ado sua submissão absolu!a e impessoal =s fuçMes do cargo# O fa!o de ele !er ma!ido o !ouro em seu poderF por ou!ro ladoF represe!a*a um impulso de au!o? egradecime!o egoc6!rico# 8 assim o reiF Gpela graça de .eusGF !orou?se o perigoso !irao @acho Q aHuele Hue rei*idica !udo para si# Assim como os ri!uais de passagem !radicioais cos!uma*am esiar ao idi*0duo Hue morresse para o passado e reascesse para o fu!uroF as grades cerim;ias de posse o pri*a*am do seu cará!er de pessoa comum e o *es!iam com o ma!o de sua *ocação# 8sse era o idealF fosse o homem um ar!esão ou um rei# Come!edo o sacril&gio de recusar o ri!ualF !oda*iaF o idi*0duo dei/a*a de fa>er par!eF como uidadeF da uidade mais ampla formada pela comuidade como um !odoI eF assimF o Uo !orou?se
mui!osF passado esses 7l!imos a lu!ar e!re si Q cada um por si QF !orado?se go*erá*eisF !ão?some!eF pelo recurso da força# A figura do mos!ro?!irao & familiar =s mi!ologiasF !radiçMes folclóricasF ledas e a!& pesadelos do mudoI e suas carac!er0s!icasF em !odas as maifes!açMesF são essecialme!e as mesmas# 8le & o acumulador do beef0cio geral# V o mos!ro á*ido pelos *ora>es direi!os do Gmeu e para mimG# A ru0a Hue a!rai para si & descri!a a mi!ologia e os co!os de fadas como geerali>adaF alcaçado !odo o seu dom0io# 8sse dom0io pode ão ir al&m de sua casaF de sua própria psiHue !or!urada ou das *idas Hue ele des!rói com o !oHue de sua ami>ade ou assis!6ciaF mas !amb&m pode a!igir !oda a sua ci*ili>ação# O ego iflado do !irao & uma maldição para ele mesmo e para o seu mudo Q pouco impor!a Hua!o seus egócios pareçam prosperar# Au!o?a!errori>adoI domiado pelo medoI aler!a co!ra !udoF para efre!ar e comba!er as agressMes do seu ambie!e Q Hue sãoF primariame!eF refle/os dos ico!rolá*eis impulsos de aHuisição Hue se eco!ram em seu próprio 0!imo QF o giga!e da ideped6cia au!ocoHuis!ada & o mesageiro do desas!re do mudoF mui!o emboraF em sua me!eF ele possa es!ar co*ecido de ser mo*ido por i!eçMes humaas# Ode Huer Hue poha a mãoF há um gri!o KHueF se ão se ele*a do e/!eriorF *em Q mais !erri*elme!e Q de cada coraçãoL: um gri!o em fa*or do herói rede!orF o por!ador da espada flameja!eF cujos golpesF cujo !oHue e cuja e/is!6cia liber!arão a !erra# 2Here one can neither stand nor *ie nor sit There is not e3en si*ence in the mountains 4ut dry steri*e thunder 5ithout rain There is not e3en so*itude in the mountains 4ut red su**en 6aces sneer and snar* From doors o6 mudcrac7ed houses%2 ^ A8ui não $odemos 6icar de $., nem deitados ou sentados 9 :em mesmo si*1ncio h; nas montanhas 9 /as tro3
O herói & o homem da submissão au!ocoHuis!ada# $as submissão a Hu6R 8is precisame!e o eigma Hue hoje !emos de colocar dia!e de ós mesmos# 8is o eigma cuja soluçãoF em !oda par!eF cos!i!ui a *ir!ude primária e a façaha his!órica do herói# Como o idica o professor Arold J# ToNbeeF em seu es!udo de seis *olumes a respei!o das leis Hue presidem a ascesão e desi!egração das ci*ili>açMes "DF o cisma o esp0ri!oF bem como o cisma o orgaismo socialF ão serão resol*idos por meio de um esHuema de re!oro aos bos !empos passados Karca0smoLF por meio de programas Hue gara!am produ>ir um fu!uro proje!ado de a!ure>a ideal Kfu!urismoLF ou mesmo por meio do mais realis!a e bem cocebido !rabalho de re?uião dos eleme!os Hue se eco!ram em processo de de!erioração# Apeas o ascime!o pode coHuis!ar a mor!e Q ascime!o ão da coisa a!igaF mas de algo o*o# .e!ro do esp0ri!o e do orgaismo social de*e ha*er Q se pre!edemos ob!er uma loga sobre*i*6cia Q uma co!0ua Grecorr6cia de ascime!oG ($a*ingenesia) des!iada a aular as recorr6cias ii!errup!as da mor!e# Pois o !rabalho da 26mesis Q caso ão os regeeremos Q se reali>a por i!erm&dio das próprias *i!órias Hue ob!emos: a maldição irrompe da casca de ossa própria *ir!ude# Por!a!oF a pa>F assim como a guerraF a mudaça e a perma6ciaF são armadilhas# uado chega o dia em Hue seremos *ecidos pela mor!eF ela *emI ada podemos fa>erF e/ce!o acei!ar a crucifi/ão Q e a coseHe!e ressurreição QF ou o comple!o desmembrame!o Q e o coseHe!e reascime!o# TeseuF o herói Hue ma!ou o $io!auroF *eio para Cre!a do e/!eriorF como um s0mbolo e age!e da ci*ili>ação grega em ascesão# 8le foi a coisa o*a e *i*a Hue surgiu# $as !amb&m
& poss0*el buscar e eco!rar a regeeração o i!erior dos próprios muros do imp&rio do !irao# O professor ToNbee u!ili>a os !ermos GseparaçãoG e G!rasfiguraçãoG para descre*er a crise por i!erm&dio da Hual & a!igida a dimesão espiri!ual mais ele*ada Hue possibili!a a re!omada do !rabalho da criação# O primeiro passoF a separação ou afas!ame!oF cosis!e uma radical !rasfer6cia da 6fase do mudo e/!ero para o mudo i!eroF do macrocosmo para o microcosmoF uma re!iradaF do desespero da !erra de*as!adaF para a pa> do reio sempi!ero Hue es!á de!ro de ós# $as esse reioF como os esia a psicaáliseF & precisame!e o icoscie!e ifa!il# 8s!e & o reio o Hual pee!ramos dura!e o soo# Carregamo?lo de!ro de ós e!erame!e# Todos os ogros e au/iliares secre!os de ossa ifcia habi!am eleF lá reside !oda a mágica da ifcia# 8F o Hue & mais impor!a!eF !odas as po!ecialidades *i!ais Hue jamais coseguimos le*ar = reali>ação adul!aF aHuelas ou!ras par!es de ós mesmosF a0 es!ãoI pois essas seme!es douradas ão parecem# Se pelo meos uma 0fima parcela dessa !o!alidade perdida pudesse ser !ra>ida = lu> do diaF e/perime!ar0amos uma mara*ilhosa e/pasão dos ossos poderesF uma *i*ida reo*ação da *ida# A!igir0amos a es!a!ura de um arraha?c&u# Al&m dissoF se pud&ssemos recuperar algo esHuecidoF ão apeas por ós mesmosF mas por !oda a geração ou por !oda a ci*ili>ação a Hue per!ecemosF poder0amos *ir a ser *erdadeirame!e por!adores da boa o*aF heróis cul!urais do osso !empo Q persoages do mome!o his!órico local e mudial# 2uma pala*ra: a primeira !arefa do herói cosis!e em re!irar?se da cea mudaa dos efei!os secudários e iiciar uma jorada pelas regiMes causais da psiHueF ode residem efe!i*ame!e as dificuldadesF para !orá?las clarasF erradicá?las em fa*or de si mesmo Kis!o &F comba!er os dem;ios ifa!is de sua cul!ura localL e pee!rar o dom0io da e/peri6cia e da assimilaçãoF dire!as e sem dis!orçMesF daHuilo Hue C# @# Jug deomiou Gimages arHue!0picasG "E# 8sse & o processo cohecido a filosofia hidu e budis!a com 3i3e7a, GdiscrimiaçãoG Xe!re o *erdadeiro e o falsoY# Os arHu&!ipos a serem descober!os e assimilados são precisame!e aHueles Hue ispiraramF os aais da cul!ura humaaF as images básicas dos ri!uaisF da mi!ologia e das *isMes# 8sses Gseres e!eros do sohoG "Z ão de*em ser cofudidos com as figuras simbólicasF modificadas idi*idualme!eF Hue surgem um pesadelo ou a isaidade me!al do idi*0duo aida a!orme!ado# O soho & o mi!o persoali>ado e o mi!o & o soho despersoali>adoI o mi!o e o soho simboli>amF da mesma maeira geralF a dimica da psiHue# $asF os sohosF as formas são des!orcidas pelos problemas par!iculares do sohadorF ao passo HueF os mi!osF os problemas e soluçMes aprese!ados são *álidos dire!ame!e para !oda a humaidade# O heróiF por cosegui!eF & o homem ou mulher Hue coseguiu *ecer suas limi!açMes his!óricas pessoais e locais e alcaçou formas ormalme!e *álidasF humaas# As *isMesF id&ias e ispiraçMes dessas pessoas *6m dire!ame!e das fo!es primárias da *ida e do pesame!o humaos# 8is por Hue falam com eloH6ciaF ão da sociedade e da psiHue a!uaisF em es!ado de desi!egraçãoF mas da fo!e iesgo!á*el por i!erm&dio da Hual a sociedade reasce# O herói morreu como homem moderoI masF como homem e!ero Q aperfeiçoadoF ão espec0fico e ui*ersal QF reasceu# Sua seguda e solee !arefa e façaha &F por cosegui!e Kcomo o declara ToNbee e como o idicam !odas as mi!ologias da humaidadeLF re!orar ao osso meioF !rasfiguradoF e esiar a lição de *ida reo*ada Hue apredeu %[# G8u camiha*a so>iha pela par!e mais a!iga de uma grade cidadeF a!ra*&s de ruas poeire!as e malcuidadasF com peHueas casas miserá*eisGF escre*e uma mulher dos ossos diasF descre*edo um dos seus sohos# G2ão sabia ode me eco!ra*aF mas gos!ei de e/plorar o ambie!e# 8scolhi uma rua e/!remame!e poeire!a Hue le*a*a ao Hue de*eria !er sido um esgo!o a c&u aber!o# Passei por e!re fileiras de barracos e descobri um peHueo rioF Hue corria e!re mim e um !erreo ele*ado e firme ode ha*ia uma rua pa*ime!ada# 8ra um rio boi!o e perfei!ame!e l0mpidoF Hue flu0a sobre a grama# 8u podia *er a grama se mo*edo
sob a água# 2ão ha*ia como cru>ar o rioF e eu fui a uma peHuea casa pedir um bo!e# Um homem Hue lá se eco!ra*a disse Hue realme!e poderia me ajudar a cru>á?lo# 8le pegou uma peHuea cai/a de madeiraF Hue colocou = margem do rioF e eu percebi imedia!ame!e HueF com essa cai/aF podia passar facilme!e para o ou!ro lado# 8u sabia Hue !odo o perigo acabara e Hueria recompesá?lo geerosame!e# GAo refle!ir a respei!o desse sohoF !i*e uma icofud0*el sesação de Hue ão precisa*a ir aode foraF podedo !er preferido dar um agradá*el passeio por ruas pa*ime!adas# 8u ha*ia ido ao miserá*el e elameado local porHue preferia a a*e!ura eF !edo começadoF de*eria prosseguir# # # uado peso em Huão persis!e!eme!e segui em fre!e o sohoF parece?me Hue eu !iha cohecime!o da e/is!6cia de alguma coisa boa adia!eF !al como aHuele gracioso rio cheio de grama e a es!rada ele*adaF segura e pa*ime!ada al&m dele# Pesado o soho esses !ermosF ele me parece eHui*aler a uma de!ermiação de ascer Q ou melhorF de ascer de o*o Q um cer!o se!ido espiri!ual# Tal*e> algus de ós sejam forçados a passar por escuros e !raiçoeiros camihos a!es de eco!rar o rio da pa> ou a ele*ada es!rada a Hue o esp0ri!o se dirige#G %" A sohadora & uma celebrada ca!ora de ópera eF !al com !odos os Hue preferiram seguirF ão as es!radas gerais !raçadas de forma seguraF = lu> do diaF mas a a*e!ura do chamado especial e Huase iaud0*el Hue *em aos ou*idos Hue se eco!ram aber!os !a!o para o e/!erior como para o i!eriorF !e*e de descobrir seu próprio camihoF passado por dificuldades Hue ão cos!umam ser eco!radasF Ga!ra*&s de ruas poeire!as e malcuidadasGI ela coheceu a oi!e sombria do esp0ri!oF Ga sel*a escuraF ao meio da jorada da *idaGF de .a!eF e as amarguras das profude>as do ifero: GPor mim se e!ra o reio das doresF Por mim se chega ao padecer e!eroF Por mim se *ai = Codeada @e!eG %%# V o!á*el HueF o soho em Hues!ãoF o esboço básico da fórmula mi!ológica ui*ersal da a*e!ura do herói seja reprodu>ido de modo de!alhado# 8sses mo!i*os al!ame!e sigifica!i*os dos perigosF obs!áculos e da boa sor!e do camihoF sob uma ce!ea de formasF & o Hue eco!raremos as págias a seguir# O cru>ame!o Q primeiro do esgo!o a c&u aber!o %' eF depoisF do rio perfei!ame!e l0mpido Hue flu0a sobre a grama %( QF o aparecime!o de um *olu!ário para dar au/0lio o mome!o cr0!ico %1 e o !erreo ele*ado e firme al&m da corre!e fial Ko Para0so Terres!reF a Terra al&m do JordãoL %5: eis os sempi!eros !emas recorre!es da cação mara*ilhosa da ele*ada a*e!ura do esp0ri!o# 8 !odos os Hue se a!re*eram a ou*ir e a seguir o chamado secre!o coheceram os perigos da arriscada e soli!ária camihada: GA lmia afiada de uma a*alhaF dif0cil de a!ra*essarF 8is uma dif0cil !rilha Q declaram os poe!as_G%D A sohadora co!aF a !ra*essia da águaF com o beef0cio de uma peHuea cai/a de madeiraF Hue assume o lugarF o soho em Hues!ãoF do esHuife ou po!eF mais comus# Tra!a? se de um s0mbolo de seus próprios !ale!o e *ir!udeF especiaisF por meio dos Huais ela foi codu>ida pelas águas do mudo# A sohadora ão os rela!ou suas associaçMesF de modo Hue ão sabemos Hue co!e7dos especiais a cai/a !eria re*eladoI mas ela & cer!ame!e uma *ariedade da cai/a de Padora Q essa di*ia dádi*a dos deuses = bela mulherF preechida com as seme!es de !odos os problemas e b6çãos da e/is!6ciaF mas Hue !amb&m co!a com a *ir!ude Hue sus!e!aF a esperaça# A!ra*&s dessa dádi*aF a sohadora passa para o ou!ro lado# 8F por meio de um milagre semelha!eF o mesmo farão aHueles cujo !rabalho & a dif0cil e perigosa !arefa da au!odescober!a e do au!odese*ol*ime!o Q os Hue são le*ados a cru>ar o oceao da *ida#
A grade massa de homes e mulheres dá prefer6cia ao camiho meos ei*ado de a*e!uras das ro!ias !ribais e c0*icas compara!i*ame!e icoscie!es# $as esses peregrios !amb&m são sal*os Q em *ir!ude dos au/0lios simbólicos herdados da sociedadeF os ri!uais de passagemF os sacrame!os geradores de graçaF dados = humaidade a!iga pelos rede!ores e ma!idos ao logo dos mil6ios# Apeas =Hueles Hue ão cohecem em um chamado i!eroF em uma dou!ria e/!eraF cabe *erdadeirame!e um des!io desesperadorI falo da maioria de ósF hojeF esse labiri!o fora e de!ro do coração# Ai de ós_ Ode es!á a guiaF essa afe!uosa *irgemF AriadeF para os forecer a pala*ra simples Hue os dará coragem para efre!ar o $io!auro eF depoisF os meios para eco!rarmos osso camiho para a liberdadeF Huado o mos!ro !i*er sido eco!rado e mor!oR AriadeF filha do rei $iosF apai/oou?se pelo belo Teseu o mome!o em Hue o *iu dei/ar o barco Hue le*ara o ifeli>: grupo de rapa>es e moças a!eieses para o $io!auro# 8la coseguiu falar com ele e declarou Hue lhe foreceria um meio para ajudá?lo a sair do labiri!oF desde Hue ele prome!esse le*á?la de Cre!a e casar?se com ela# A promessa foi fei!a# Ariade procurou e!ão a ajuda do habilidoso .&daloF cuja egehosidade ha*ia cos!ru0do o labiri!o e ha*ia permi!ido Hue sua mãe desse = lu> o seu habi!a!e# .&dalo lhe deu simplesme!e um rolo de fio de lihoF Hue o herói *isi!a!e de*eria preder = e!rada e ir deserolado = medida Hue e!rasse o labiri!o# 2a *erdadeF precisamos de mui!o pouco_ $asF se ão !i*ermos esse poucoF a a*e!ura o labiri!o ão os dará esperaça# 8sse pouco es!á ao alcace da mão# V mui!o curioso Hue o próprio cie!is!aF HueF a ser*iço do rei pecadorF foi o c&rebro criador do horror represe!ado pelo labiri!oF possa ser*irF com a mesma pro!idãoF aos propósi!os de liberdade# $as o herói?coração de*e es!ar dispo0*el# .ura!e s&culosF .&dalo represe!ou o !ipo do ar!is!a?cie!is!a: aHuele fe;meo humaoF curiosame!e desi!eressado e Huase diabólicoF Hue es!á al&m das fro!eiras ormais do julgame!o socialF dedicado = moral da sua ar!eF e ão = moral do seu !empo# 8le & o herói do camiho do pesame!o Q de bom coraçãoF do!ado de coragem e cheio de f& o fa!o de Hue a *erdadeF !al como ele a coheceF os liber!ará#
Figura % /inotauroma8uia
8 assim podemos os *ol!ar para eleF !al como o fe> Ariade# A ma!&ria?prima para o seu fio de liho foi colhida os campos da imagiação humaa# S&culos de agricul!uraF d&cadas de dilige!e seleção e o !rabalho de umerosos coraçMes e mãos e!raram a colhei!aF a separação e a fiação desse fio resis!e!e# Al&m dissoF em seHuer !eremos Hue correr os riscos da a*e!ura so>ihosI pois os heróis de !odos os !empos os precederamI o labiri!o & !o!alme!e cohecido# Temos apeas Hue seguir o fio da !rilha do herói# 8 ali ode pesá*amos eco!rar uma abomiaçãoF eco!raremos uma di*idadeI ode pesá*amos ma!ar algu&mF ma!aremos a ós mesmosI ode pesá*amos *iajar para o e/!eriorF a!igiremos o ce!ro da ossa própria e/is!6ciaI e ode pesá*amos es!ar so>ihosF es!aremos com o mudo i!eiro#
% Trag.dia e com.dia GTodas as fam0lias feli>es se parecem e!re siI as ifeli>es são ifeli>es cada uma = sua maeira#G Com essas fa!0dicas pala*rasF o code ,ie* Tols!ói iiciou o romace do desmembrame!o espiri!ual de sua modera hero0aF Aa `ar6ia# 2as se!e d&cadas Hue se passaram desde Hue essa esposaF mãe e mulher cegame!e apai/oada se a!irouF em sua desgraçaF sob as rodas de um !rem Q !ermiado assimF com um ges!o Hue simboli>a*a o Hue já ha*ia aco!ecido ao seu esp0ri!oF sua !rag&dia de desorie!ação QF um !umul!uoso e i!ermiá*el di!irambo de romacesF repor!ages e gri!os ão regis!rados de ag7s!ia *em sedo cos!ru0do em lou*or ao !ouro?dem;io do labiri!o: o aspec!o irasc0*elF des!ruidor e elouHuecedor do mesmo deus HueF Huado beigoF cos!i!ui o pric0pio *i*0ficador do mudo# O romace moderoF !al como a !rag&dia gregaF celebra o mis!&rio do desmembrame!oF Hue se cofigura como *ida o !empo# O fial feli> & despre>adoF com jus!a ra>ãoF como uma falsa represe!açãoI pois o mudo Q !al como o cohecemos e o !emos ecarado Q produ> apeas um fial: mor!eF desi!egraçãoF desmembrame!o e crucifi/ão do osso coração com a passagem das formas Hue amamos# GA piedade & o se!ime!o Hue !oma co!a da me!e a preseça de !udo o Hue & gra*e e cos!a!e os sofrime!os humaos e Hue a ue ao sofredor humao# O !error & o se!ime!o Hue !oma co!a da me!e a preseça de !udo o Hue & gra*e e cos!a!e os sofrime!os humaos e Hue a ue = causa secre!a#G %E Como afirmou @ilber! $urraN em seu prefácio = !radução da Po.tica de Aris!ó!elesF fei!a por )gram N]a!er %ZF a 7atharsis !rágica Kis!o &F a GpurificaçãoG ou GpurgaçãoG das emoçMes do espec!ador da !rag&dia a!ra*&s da e/peri6cia de piedade e !errorL correspode a uma 7atharsis ri!ual a!erior KGuma purificação da comuidade das co!amiaçMes e *eeos do ao a!eriorF do *elho co!ágio do pecado e da mor!eGLF Hue era a fução do fes!i*al e da represe!ação de mis!&rios do !ouro?deus desmembradoF .ioiso# A me!e medi!a!i*a es!á uidaF a represe!ação de mis!&riosF ão com o corpo cuja mor!e & aprese!adaF mas com o pric0pio de *ida co!0ua Hue por algum !empo o habi!ou e HueF dura!e esse !empoF foi a realidade re*es!ida a apar6cia Ka um só !empoF sofredor e causa secre!aLF o subs!ra!o em Hue o osso eu se dissol*e Huado a G!rag&dia Hue desfigura a face do homemG '[ despedaçaF esmaga e dissol*e ossa capa mor!al# GApareceiF apareceiF HualHuer Hue seja *ossa forma ou omeF B Touro da $o!ahaF Serpe!e das Cem CabeçasF ,eão da Chama Abrasadora_ B .eusF eraF $is!&rioF 9ide_G '" 8ssa mor!e = lógica e aos compromissos emocioais do fuga> mome!o em Hue es!amos o mudo do espaço e do !empoF esse recohecime!o e essa mudaça da ossa 6fase para a *ida ui*ersal Hue palpi!a e celebra sua *i!ória o próprio beijo da ossa aiHuilaçãoF esse
amor 6ati KGamor ao des!ioGLF Hue & ie*i!a*elme!e a mor!eF cos!i!ui a e/peri6cia da ar!e !rágicaI a0 reside o pra>er Hue ela !ra>F seu 6/!ase rede!or: G$eu !empo passouF o ser*oF eu )iciado de J7pi!er )deuI Ode os \agreus da meia?oi!e erramF eu erroI 8u supor!ei seu gri!o !empes!uosoI reHe!ei seus fes!is rubros e sagre!osI Segurei a chama da mo!aha da @rade $ãeI 8u sou ,iber!o e chamado por ome Um aco dos Poderosos Sacerdo!esG '%# A li!era!ura modera se dedicaF em larga medidaF = obser*ação corajosa e a!e!a das images ejoa!i*ame!e fragme!adas Hue abudam dia!e de ósF ao osso redor e em osso i!erior# Ode o impulso a!ural de Huei/a co!ra o holocaus!o foi suprimido Q de *ociferar culpas ou de auciar paac&ias QF a magi!ude de uma ar!e !rágica mais po!e!e Kpara ósL Hue a grega eco!ra sua reali>ação: a realis!aF 0!ima e *ariadame!e i!eressa!e !rag&dia da democraciaF em Hue o deus & *is!o crucificado as ca!ás!rofesF ão apeas das grades casasF mas de !oda casa comumF de !oda face lacerada e flagelada# 8 ão há ilusão a respei!o do c&uF da fu!ura felicidade e da compesação capa> de ali*iar o amargo poder supremoF mas apeas a mais egra escuridãoF o *a>io da ão reali>açãoF para receber e de*orar as *idas Hue foram a!iradas fora do 7!ero some!e para fracassarem# Comparadas a issoF ossas peHueias his!órias de reali>ação se afiguram digas de pea# Cohecemos bem demais o amargor do fracassoF da perdaF da desilusão e da ão?reali>ação ir;ica Hue corre a!& mesmo as *eias daHueles Hue o mudo i*eja_ .a0 por Hue ão es!amos dispos!os a a!ribuir = com&dia o al!o pos!o da !rag&dia# A com&dia como sá!ira & acei!á*el# Como bricadeiraF & um agradá*el para0so de fuga# $as o co!o de fadas do Ge foram feli>es para sempreG ão pode ser le*ado a s&rioI ele per!ece = Terra do 2uca da ifciaF Hue se eco!ra pro!egida das realidades Hue se !orarão !erri*elme!e cohecidas de!ro em pouco# .a mesma formaF o mi!o da e!eridade celes!e per!ece aos *elhosF Hue dei/aram a *ida para !rás e cujo coração de*e ser preparado para a 7l!ima passagem da jorada Hue le*a = oi!e# O sóbrio e modero julgame!o ocide!al !em como base uma !o!al fal!a de compreesão das realidades descri!as o co!o de fadasF o mi!o e as di*ias com&dias de redeção# 8ssas formasF o mudo a!igoF eram cosideradas de a!ure>a mais ele*ada Hue a !rag&diaF maifes!açMes de uma *erdade mais profudaF de percepção mais dif0cilF de es!ru!ura mais sólida e de re*elação mais comple!a# O fial feli> do co!o de fadasF do mi!o e da di*ia com&dia do esp0ri!o de*e ser lidoF ão como uma co!radiçãoF mas como !rasced6cia da !rag&dia ui*ersal do homem# O mudo obje!i*o permaece o Hue eraI masF graças a uma mudaça de 6fase Hue se processa o i!erior do sujei!oF & ecarado como se !i*esse sofrido uma !rasformação# Ode a!es lu!a*am a *ida e a mor!eF agora se maifes!a o ser duradouro Q !ão idifere!e aos acasos do !empo como a água fer*e!e um po!e o & para com o des!io de uma bolhaF ou como o cosmos com relação ao aparecime!o e desaparecime!o de uma galá/ia# A !rag&dia & a des!ruição das formas e do osso apego =s formasI a com&diaF a alegria ie/aur0*elF sel*agem e descuidadaF da *ida i*ec0*el# 8m coseH6ciaF !rag&dia e com&dia são !ermos de um 7ico !ema e de uma 7ica e/peri6cia mi!ológicosF Hue as icluem e Hue são por elas limi!ados: a Hueda e a ascesão (7athodos e anodos), Hue ju!as cos!i!uem a !o!alidade da re*elação Hue & a *idaF e Hue o idi*0duo de*e cohecer e amar se deseja ser purgado (7atharsis = $urgat>rio) do co!ágio do pecado Kdesobedi6cia = *o!ade di*iaL e da mor!e Kide!ificação com a forma mor!alL# GTudo es!á em mudaçaI ada morre# O esp0ri!o *agueiaF ora es!á aHuiF ora aliF e ocupa o recipie!e Hue lhe agradar# # # Pois o Hue e/is!iu já ão &F e o Hue ão e/is!iu começou a serI e assim !odo ciclo de mo*ime!o se reiicia#G '' GApeas os corposF em Hue habi!a o e!eroF imperec0*elF icomprees0*el 8uF perecem#G '(
V próprio da mi!ologiaF assim como do co!o de fadasF re*elar os perigos e !&cicas espec0ficos do sombrio camiho i!erior Hue le*a da !rag&dia = com&dia# Por cosegui!eF os icide!es são fa!ás!icos e GirreaisG: represe!am !riufos de a!ure>a psicológica e ão de a!ure>a f0sica# $esmo Huado a leda se refere a uma persoagem his!órica realF as realidades da *i!ória são represe!adasF ão em figuraçMes da *ida realF mas em figuraçMes o0ricas# Pois a Hues!ão ão es!á o fa!o de !al e !al coisa !er sido reali>ada a !erra# A Hues!ão & HueF a!es de ela poder ser fei!a a !erraF uma ou!ra coisaF mais impor!a!e e essecialF !e*e de passar pelo labiri!o Hue !odos cohecemos e *isi!ar ossos sohos# Por *e>esF a passagem do herói mi!ológico pode ser por cima da !erraI fudame!alme!eF & uma passagem para de!ro Q para as camadas profudas em Hue são superadas obscuras resis!6cias e ode forças esHuecidasF há mui!o perdidasF são re*i!ali>adasF a fim de Hue se !orem dispo0*eis para a !arefa de !rasfiguração do mudo# Cumprida essa e!apaF a *ida já ão sofre sem esperaça sob o peso das !err0*eis mu!ilaçMes do desas!re absolu!oF esmagada pelo !empoF !err0*el ao logo do espaçoI masF com o seu horror aida *is0*el e seus gri!os afli!os aida !umul!uadosF ela se !ora pee!rada por um amor Hue a !udo abarca e a !udo sus!em e por um cohecime!o do seu próprio poder ão coHuis!ado# Uma parcela do lume Hue arde i*isi*elme!e os abismos de sua ma!erialidade ormalme!e opaca irrompeF com um dis!7rbio cresce!e# AssimF as horrorosas mu!ilaçMes são *is!asF !ão?some!eF como sombras de uma e!eridade imae!e e imperec0*elI o !empo se rede = glóriaF e o mudo ca!a com o prodigioso e agelical Q mas !al*e>F o fial das co!asF moó!oo Q ca!o da sereia das esferas# Tal como as fam0lias feli>esF os mi!os e os mudos redimidos se parecem e!re si#
?% her>i e o deus O percurso padrão da a*e!ura mi!ológica do herói & uma magificação da fórmula represe!ada os ri!uais de passagem: se$aração'iniciação'retorno Q Hue podem ser cosiderados a uidade uclear do moomi!o '1# @m her>i 3indo do mundo cotidiano se a3entura numa região de $rodgios so0renaturaisB a*i encontra 6a0u*osas Q 6orças e o0t.m uma 3it>ria decisi3aB o her>i retorna de sua misteriosa a3entura com o $oder de traCer 0ene6cios aos seus seme*hantes% Prome!eu foi aos c&usF roubou o fogo dos deuses e *ol!ou = !erra# Jasão a*egou por e!re as rochas em colisão para chegar a um mar de prod0giosF e*i!ou o dragão Hue guarda*a o 9elocio de Ouro e re!orou com o 9elocio e com o poder de recuperar o !rooF Hue lhe per!ecia por direi!oF de um usurpador# 8&ias desceu ao mudo iferiorF cru>ou o horredo rio dos mor!osF a!irou um bocado de comida embebida em uma subs!cia calma!e ao cão de guarda de !r6s cabeçasF C&rberoF e fialme!e co*ersou com a sombra do seu falecido pai# Tudo lhe foi re*elado: o des!io dos esp0ri!os e o de -omaF Hue ele es!a*a por descobrir: GeF com essa sabedoriaF ele poderia e*i!ar ou efre!ar !odas as pro*açMesG '5# -e!orouF passado pelo por!ão de marfimF ao seu !rabalho o mudo# Uma majes!osa represe!ação das dificuldades e*ol*idas a !arefa do heróiF assim como da sublime impor!cia Hue ela assume Huado compreedida profudame!e e reali>ada com soleidadeF & aprese!ada a leda !radicioal da @rade ,u!a do uda# O jo*em pr0cipe @au!ama SaNamui escapou secre!ame!e do palácio de seu pai o pricipesco ca*alo `a!aaF passou miraculosame!e pela por!a guarecidaF ca*algou oi!e ade!ro guiado pela !ochas de Hua!ro *e>es sesse!a mil di*idades K.e*asLF cru>ou sem problemas um majes!oso rio de mil ce!o e *i!e e oi!o c7bi!os K Antiga medida de com$rimento e8ui3a*ente a cerca de cin8Denta centmetros% (:%
do T%)L
de largura e e!ãoF com um 7ico golpe de espadaF cor!ou suas próprias mechas reais Q com issoF o cabelo res!a!eF de dois dedos de comprime!oF se icliou para a direi!a e ficou re!e = sua cabeça# 9es!ido roupas de mogeF *i*eu como um medigo pelo mudo eF o decorrer desses aos em Hue *agou apare!eme!e sem des!ioF alcaçou e !rascedeu os oi!o es!ágios da medi!ação# -e!irou?se para um eremi!&rioF aplicou seus poderes dura!e mais seis aosF = grade lu!aF le*ou a aus!eridade ao e/!remo e caiu um es!ado de mor!e apare!eF mas !ermiou por recuperar?se# 8 e!ão re!orou = *ida meos rigorosa do camiha!e asc&!ico# 2um cer!o diaF ele se se!ou sob uma ár*oreF co!emplado a face *ol!ada para o les!eF e a ár*ore se ilumiou com a lu> Hue irradia*a# Uma jo*e>iha chamada Suja!a foi a!& ele e lhe deu arro> uma !igela de ouroI Huado ele a!irou a !igela *a>ia um rioF es!a ficou flu!uado sobre as águas# 8sse foi o sial de Hue o mome!o do seu !riufo es!a*a pró/imo# 8le se le*a!ou e seguiu por uma es!rada demarcada pelos deusesF Hue !iha mil ce!o e *i!e e oi!o c7bi!os de largura# As cobrasF os pássaros e as di*idades das flores!as e campos lhe fi>eram homeagem com flores e perfumes celes!iaisF ca!aram coros di*iosF e os de> mil mudos se echeram de perfumesF guirladasF harmoias e gri!os de aclamaçãoI pois ele es!a*a a camiho da grade r*ore da )lumiaçãoF a r*ore oF debai/o da Hual iria redimir o ui*erso# 8le se colocouF com firme de!ermiaçãoF sob a r*ore oF o Po!o )mó*elF e imedia!ame!e foi abordado por `ama?$araF o deus do amor e da mor!e# O perigoso deus surgiu mo!ado um elefa!eF por!ado armas em suas mil mãos# 8s!a*a cercado pelo seu e/&rci!oF Hue se es!edia a do>e l&guas dia!e deleF do>e para a direi!aF do>e para a esHuerda eF a re!aguardaF a!& os cofis do mudoI !iha o*e l&guas de al!ura# As di*idades pro!e!oras do ui*erso fugiramF mas o u!uro uda permaeceu imó*el sob a ár*ore# 8 o deus i*es!iu *iole!ame!e co!ra eleF !e!ado Huebrar?lhe a coce!ração# uracMesF rochasF relmpagos e chamasF armas fumega!esF de gumes afiadosF car*Mes em brasaF ci>as Hue!esF lama fer*e!eF areias escalda!es e a escuridão absolu!a Q !udo isso foi jogado pelo A!agois!a co!ra o Sal*adorF mas foi !rasformado em flores e uge!os celes!iais pelo poder das de> perfeiçMes de @au!ama# $araF e!ãoF e*iou suas irmãsF .esejoF .issipação e ,u/7riaF cercadas por *olup!uosos ser*osF mas a me!e do @rade Ser ão se dis!raiu# Por fimF o deus co!es!ou seu direi!o de se!ar?se o Po!o )mó*elF arremessou rai*osame!e seu afiad0ssimo disco e ordeou ao seu eorme e/&rci!o Hue a!irasse pedras sobre o u!uro uda# $as es!e 7l!imo apeas mo*eu a mão para !ocar o solo com as po!as dos dedos e pediu = deusa Terra Hue desse !es!emuho do seu direi!o de se!ar?se o local em Hue es!a*a# 8la o fe> com uma ce!eaF um milharF uma ce!ea de milhar de bramidosF de modo Hue o elefa!e do A!agois!a ficasse de joelhos em obedi6cia ao u!uro uda# O e/&rci!o foi imedia!ame!e dispersadoF e os deuses de !odos os mudos espalharam guirladas# Tedo ob!ido essa *i!ória prelimiar a!es do p;r?do?solF o coHuis!ador ob!e*eF a primeira *ig0lia o!uraF o cohecime!o de suas e/is!6cias precede!esI a seguda *ig0liaF coheceu o di*io olho da *isão oiscie!eI eF a 7l!imaF a compreesão da cadeia de causalidade# 8/perime!ou a perfei!a ilumiação a al*orada 'D# .epois dissoF @au!ama Q agora o udaF o )lumiado Q permaeceu dura!e se!e dias imó*elF em 6/!aseI dura!e se!e diasF ma!e*e?se afas!ado e obser*ou o po!o o Hual ha*ia recebido a ilumiaçãoI dura!e se!e diasF ficou e!re o local de se!ar?se e o local de es!ar de p&I dura!e se!e diasF residiu um pa*ilhão forecido pelos deuses e re*isou !oda a dou!ria da causalidade e da liber!açãoI dura!e se!e diasF ficou se!ado sob a ár*ore em Hue a jo*em Suja!a lhe ha*ia dado o arro> uma !igela de ouroF e ali medi!ou sobre a dou!ria da doçura do 2ir*aaI passou para ou!ra á ár*oreF e uma grade !empes!ade rugiu dura!e se!e diasF mas o -ei das Serpe!es saiu das ra0>es e pro!egeu uda com seu amplo capeloI por fimF o uda ficou se!ado dura!e se!e dias sob uma Huar!a ár*oreF saboreado aida a doçura da
liber!ação# .epoisF du*idou Hue sua mesagem pudesse ser comuicada e pesou em re!er a sabedoria Hue ob!i*era só para siI mas o deus rahma desceu do >6i!e para implorar?lhe Hue se !orasse mes!re dos deuses e dos homes# AssimF o uda foi co*ecido a proclamar o Camiho'E# 8 re!orou =s cidades dos homesF ode camihou e!re os cidadãos do mudoF dis!ribuido o beef0cio ies!imá*el do cohecime!o do Camiho 'Z# O A!igo Tes!ame!o regis!ra uma façaha compará*el a leda de $ois&sF HueF o !erceiro m6s de sua par!ida de )sraelF em *iagem para a !erra do 8gi!oF chegou com seu po*o ao deser!o do SiaiI ali o po*o de )srael armou suas !edas ju!o = mo!aha# 8 $ois&s foi a!& a preseça de .eusF e o Sehor falou com ele da mo!ahaF deu?lhe as Tábuas da ,ei e lhe ordeou Hue re!orasse com elas para ju!o do po*o de )sraelF o po*o do Sehor ([# A leda judaica afirma HueF o decorrer do dia da re*elaçãoF di*ersos es!rodos *idos do mo!e Siai se fi>eram ou*ir# G-elmpagosF acompahados do som cada *e> mais al!o de !rompasF pro*oca*am o po*o um medo e um !remor irresis!0*eis# .eus icliou os c&usF mo*eu a !erra e fe> !remer os limi!es do mudoF de modo Hue as profude>as se abalaram e os c&us se assus!aram# Seu espledor passou pelos Hua!ro por!ais de fogoF !erremo!oF !empes!ade e grai>o# Os reis da !erra es!remeceram em seus palácios# A própria !erra pesou Hue a ressurreição dos mor!os es!a*a pres!es a ocorrer e achou Hue ha*ia chegado o mome!o de respoder pelo sague dos assassiadosF Hue ha*ia absor*idoF e pelos corpos das *0!imas de homic0dioF Hue ha*ia ecober!o# A !erra só se acalmou Huado ou*iu as primeiras pala*ras do .ecálogo# GOs c&us se abriram e o mo!e SiaiF liber!o da !erraF se ele*ou o arF de modo Hue o seu !opo a!igiu os c&usF eHua!o uma espessa u*em lhe cobria os flacosF e !ocou os p&s do .i*io Troo# Acompahado .eusF de um ladoF surgiram *i!e e dois mil ajos com as coroas dos le*i!asF a 7ica !ribo Hue permaeceu fiel a .eusF eHua!o as demais adoraram o e>erro de Ouro# .o ou!ro lado de .eusF ha*ia sesse!a mir0adesF !r6s mil Huihe!os e ciHe!a ajosF cada um deles por!ado uma coroa de fogo para cada um dos israeli!as# .o !erceiro lado de .eusF ha*ia o dobro desse 7meroF eHua!o o Huar!o lado eram simplesme!e iumerá*eis# Pois .eus ão surgiu de uma 7ica direçãoF mas de !odas as direçMes ao mesmo !empoF o HueF !oda*iaF ão e*i!a*a Sua glória de ocupar !odos os ca!os dos c&us e da !erra# Apesar dessas hos!es iumerá*eisF ão ha*ia uma aglomeração o mo!e SiaiF ehuma mul!idãoI ha*ia espaço para !odos#G (" Como *amos *erF de!ro em bre*eF Huer se aprese!e os !ermos das *as!as imagesF Huase abismaisF do Orie!eF as *igorosas arra!i*as dos gregos ou as ledas majes!osas da 0bliaF a a*e!ura do herói cos!uma seguir o padrão da uidade uclear acima descri!a: um afas!ame!o do mudoF uma pee!ração em alguma fo!e de poder e um re!oro Hue eriHuece a *ida# Todo o Orie!e foi abeçoado pela dádi*a Hue @au!ama uda !rou/e cosigo Q seu mara*ilhoso esiame!o da oa ,ei QF !al como o Ocide!e o foi pelo .ecálogo de $ois&s# Os gregos a!ribu0ram o fogoF o primeiro apoio de !oda cul!ura humaaF = façahaF Hue !rascedeu o mudoF do seu Prome!euF e os romaos a!ribu0ram a fudação da sua cidadeF supor!e do mudoF a 8&iasF reali>ada após sua par!ida da decade!e Tróia e de sua *isi!a ao l7gubre mudo iferior dos mor!os# 8m !odos os lugaresF pouco impor!ado a esfera do i!eresse KreligiosoF pol0!ico ou pessoalLF os a!os *erdadeirame!e criadores são represe!ados como a!os gerados por alguma esp&cie de mor!e para o mudoI e aHuilo Hue aco!ece o i!er*alo dura!e o Hual o herói dei/a de e/is!ir Q ecessário para Hue ele *ol!e reascidoF gradioso e pleo de poder criador Q !amb&m recebe da humaidade um rela!o uime# Assim sedoF !emos apeas Hue seguir uma mul!idão de figuras heróicasF ao logo dos es!ágios clássicos da a*e!ura ui*ersalF para *er ou!ra *e> o Hue sempre foi re*elado# )sso os au/iliará a compreederF ão apeas o sigificado dessas images para a *ida co!emporeaF mas !amb&m a uidade do esp0ri!o humao em !ermos de aspiraçMesF poderesF *icissi!udes e sabedoria#
As págias segui!es aprese!arãoF sob a forma de uma a*e!ura compos!aF as his!órias de algus dos por!adores simbólicos do des!io de Todos# O primeiro grade es!ágioF o da se$aração ou $artida, cos!i!uirá a Par!e )F Cap0!ulo )F com cico subseçMes: "L GO chamado da a*e!uraGF ou os id0cios da *ocação do heróiI %L GA recusa do chamadoGF ou a !emeridade de se fugir do .eusI 'L GO au/0lio sobrea!uralGF a assis!6cia isuspei!ada Hue *em ao eco!ro daHuele Hue le*a a efei!o sua a*e!ura adeHuadaI (L GA passagem pelo primeiro limiarGI e 1L GO *e!re da baleiaGF ou a passagem para o reio da oi!e# O es!ágio das $ro3as e 3it>rias da iniciação será aprese!ado o Cap0!ulo ))F em seis subseçMes: "L GO camiho de pro*asGF ou o aspec!o perigoso dos deusesI %L GO eco!ro com a deusaG (/agna /ater), ou a b6ção da ifcia recuperadaI 'L GA mulher como !e!açãoGF a reali>ação e agoia do des!io de VdipoI (L GA si!oia com o paiGI 1L GA apo!eoseGI e 5L GA b6ção 7l!imaG# retorno e reintegração sociedade, Hue & idispesá*el = co!0ua circulação da eergia espiri!ual o mudo e HueF do po!o de *is!a da comuidadeF & a jus!ifica!i*a do logo afas!ame!oF pode se afigurar ao próprio herói como o reHuisi!o mais dif0cil# Pois se ele coseguiu alcaçarF !al como o udaF o profudo repouso da ilumiação comple!aF há perigo de Hue a bem?a*e!uraça de sua e/peri6cia aiHuile !oda lembraçaF i!eresse ou esperaça ligados aos sofrime!os do mudoI do co!rárioF o problema de !orar cohecido o camiho da ilumiação ju!o a pessoas e*ol*idas com problemas eco;micos pode parecer mui!o dif0cil de resol*er# Por ou!ro ladoF se o heróiF em lugar de subme!er?se a !odos os !es!es da iiciaçãoF !i*er simplesme!eF !al como Prome!euF alcaçado seu al*o Kpela *iol6ciaF pelo egeho ou pela sor!eL e le*ado a graça ob!ida para o mudo Hue ele desejouF e!ão os poderes Hue deseHuilibrou podem reagir !ão *iole!ame!e Hue ele será des!ru0do !a!o a par!ir de de!ro como de fora Q crucificadoF !al como Prome!euF o rochedo do próprio icoscie!e *iolado# OuF se o heróiF em !erceiro lugarF fi>er um *olu!ário e seguro re!oroF poderá deparar?se com uma !al icompreesão e descosideração por par!e daHueles a Huem foi au/iliar Hue sua carreira e!rará em colapso# O !erceiro dos cap0!ulos segui!es cocluirá a discussão dessas perspec!i*as sob seis sub!0!ulos: "L GA recusa do re!oroGF ou o mudo egadoI %L GA fuga mágicaGF ou a fuga de Prome!euI 'L GO resga!e com ajuda e/!eraGI (L GA passagem pelo limiar do re!oroGF ou o re!oro ao mudo co!idiaoI 1L GSehor dos dois mudosGI e 5L G,iberdade para *i*erGF a a!ure>a e fução da b6ção 7l!ima (%# O herói compos!o do moomi!o & uma persoagem do!ada de dos e/cepcioais# reHe!eme!e horado pela sociedade de Hue fa> par!eF !amb&m cos!uma ão receber recohecime!o ou ser obje!o de desd&m# 8le eou o mudo em Hue se eco!ra sofrem de uma defici6cia simbólica# 2os co!os de fadasF essa defici6cia pode ser !ão isigifica!e como a fal!a de um cer!o ael de ouroF ao passo HueF a *isão apocal0p!icaF a *ida f0sica e espiri!ual de !oda a !erra pode ser represe!ada em ru0as ou a po!o de se arruiar# Tipicame!eF o herói do co!o de fadas ob!&m um !riufo microcósmicoF dom&s!icoF e o herói do mi!oF um !riufo macrocósmicoF his!órico?ui*ersais# 8Hua!o o primeiro Q o filho mais o*o ou despre>ado Hue se !rasforma em sehor de poderes e/!raordiários Q *ece os opressores pessoaisF es!e 7l!imo !ra> de sua a*e!ura os meios de regeeração de sua sociedade como um !odo# Os heróis !ribais ou locaisF !ais como o imperador uag?!iF $ois&s ou o as!eca Te>ca!lipocaF comprome!em as b6çãos Hue ob!6m com um 7ico po*oI os heróis ui*ersais Q $aom&F JesusF @au!ama uda Q !ra>em uma mesagem para o mudo i!eiro# Seja o herói rid0culo ou sublimeF grego ou bárbaroF ge!io ou judeuF sua jorada sofre poucas *ariaçMes o plao essecial# Os co!os populares represe!am a ação heróica do po!o de *is!a f0sicoI as religiMes mais ele*adas a aprese!am do po!o de *is!a moral# 2ão obs!a!eF serão eco!radas *ariaçMes surpreede!eme!e peHueas a morfologia da a*e!uraF os pap&is e*ol*idosF as *i!órias ob!idas# Caso um ou ou!ro dos eleme!os básicos do padrão arHue!0pico seja omi!ido de um co!o de fadasF uma ledaF um ri!ual ou um mi!o
par!icularesF & pro*á*el Hue es!ejaF de uma ou de ou!ra maeiraF impl0ci!o Q e a própria omissão pode di>er mui!o sobre a his!ória e a pa!ologia do e/emploF como o *eremos# A Par!e ))F GO ciclo cosmog;0coGF aprese!a a grade *isão da criação e da des!ruição do mudoF Hue & cocedida como re*elação ao herói bem?sucedido# O Cap0!ulo )F G8maaçMesGF !ra!a do surgime!o das formas do ui*erso a par!ir do *a>io# O Cap0!ulo ))F GA *irgem?mãeGF & uma re*isão dos pap&is rede!ores e criadores do poder femiioF primeirame!e em escala cósmicaF como $ãe do Ui*ersoF eF depoisF o plao humaoF como $ãe do erói# O Cap0!ulo )))F GTrasformaçMes do heróiGF !raça o curso da his!ória legedária da raça humaa ao logo dos seus es!ágios !0picosF com o herói aparecedo em cea sob *árias formasF de acordo com as di*ersas ecessidades da raça# 2o Cap0!ulo )9F G.issoluçMesGF & !ra!ado o fim pre*is!oF primeirame!e do herói e depois do mudo maifes!o# O ciclo cosmog;ico & aprese!ado com surpreede!e cosis!6cia os escri!os sagrados de !odos os co!ie!es (' e dá = a*e!ura do herói uma o*a e i!eressa!e coo!ação Q pois agora parece Hue a perigosa jorada ão foi um !rabalho de ob!eçãoF mas de reob!eçãoF ão de descober!aF mas de redescober!a# Os poderes di*iosF procurados e perigosame!e ob!idosF segudo os . re*eladoF sempre es!i*eram prese!es o coração do herói# 8le & Go filho do reiG Hue *eio para saber Huem & eF assimF passou a e/erci!ar o poder Hue lhe cabe Q Gfilho de .eusGF Hue apredeu a saber o Hua!o esse !0!ulo sigifica# A par!ir desse po!o de *is!aF o herói simboli>a aHuela di*ia imagem rede!ora e criadoraF Hue se eco!ra escodida de!ro de !odos ós e apeas espera ser cohecida e !rasformada em *ida# GPois o Uo Hue se !orou mui!os permaece o Uo idi*is0*elF mas cada par!e & !o!alme!e de Cris!oGF lemos os escri!os de São SimãoF o jo*em KZ(Z?"[%% d#CL# G9i?o em miha casaGF prossegue o sa!o# G8!re !odas aHuelas coisas co!idiaasF 8le apareceu iesperadame!e e se uiu e se fudiu comigo de forma idescri!0*elI e 8le sal!ou sobre mim sem Hue ada se i!erpusesse e!re ósF !al como o fogo sobre o ferro e a lu> sobre o *idro# 8 8le me fe> como fogo e como lu># 8 eu me !orei aHuilo Hue *ira a!es e Hue co!emplara de loge# 2ão sei como co!ar?*os esse milagre# # # Sou homem pela a!ure>a e .eus pela graça de .eus#G(( Uma *isão compará*el & descri!a o G8*agelho de 8*aGF apócrifo# GiHuei ao lado de uma ele*ada mo!aha e *i um giga!e e um aãoI e ou*i algo como a *o> do !ro*ãoF e me apro/imei para ou*irI e 8le falou comigo e disse: Sou *ós e *ós sois 8uI e ode Huer Hue possais es!ar a0 es!arei# 8s!ou em !odos os lugares e sempre Hue o desejardes $e e? co!rareisI eF $e eco!radoF eco!rar?9os?eis#G (1 Os dois Q o herói e seu deus 7l!imoF aHuele Hue busca e aHuele Hue & eco!rado Q são e!edidosF por cosegui!eF como a par!e e/!era e i!era de um 7ico mis!&rio au!o? refle!idoF mis!&rio id6!ico ao do mudo maifes!o# A grade façaha do herói supremo & alcaçar o cohecime!o dessa uidade a mul!iplicidade eF em seguidaF !orá?la cohecida#
&% entro do /undo O efei!o da a*e!ura bem?sucedida do herói & a aber!ura e a liberação do flu/o de *ida o corpo do mudo# O milagre desse flu/o pode ser represe!adoF em !ermos f0sicosF como a circulação da subs!cia alime!arI em !ermos dimicosF como um jorro de eergiaI eF espiri!ualme!eF como maifes!ação da graça# 8ssas *ariedades de images al!eram?se e!re si com facilidadeF represe!ado !r6s graus de codesação de uma mesma força *i!al# Uma colhei!a abuda!e & o sial da graça de .eusI a graça de .eus & o alime!o do esp0ri!oI o respladece!e raio & o precursor da chu*a fer!ili>a!e eF ao mesmo !empoF maifes!ação da eergia liberada por .eus# @raçaF subs!cia alime!arF eergia: esses eleme!os se precipi!am sobre o mudo *i*o eF sempre Hue falhamF a *ida se decompMe em mor!e#
As !orre!es se precipi!am a par!ir de uma fo!e i*is0*el# Seu po!o de e!rada & o ce!ro do c0rculo simbólico do ui*ersoF o Po!o )mó*el da leda do uda (5F em !oro do HualF pode?se di>erF o mudo gira# Sob esse po!oF eco!ra?se a cabeça Q supor!e da !erra Q da serpe!e cósmicaF o dragãoF Hue simboli>a as águas do abismo Q a eergia e a subs!cia di*iasF criadoras de *idaF do demiurgoF o aspec!o gerador do mudo do ser imor!al (D# A ár*ore da *idaF is!o &F o próprio ui*ersoF cresce esse po!o# 8s!á erai>ada a escuridão e sus!e!ada por elaI o pássaro dourado do sol es!á empoleirado em sua copaI uma fo!eF poço ie/aur0*elF borbulha a seus p&s# Pode?se u!ili>ar !amb&m a figura de uma mo!aha cósmicaF com a cidade dos deusesF !al como um l0rio de lu>F o seu !opoI em suas depressMesF es!ão as cidades
Gra3ura I Q domador de monstros dos dem;iosF ilumiadas por pedras preciosas# Podemos usarF da mesma maeiraF a figura de um homem cósmico ou mulher cósmica Kpor e/emploF o próprio uda ou a deusa hidu daça!e `ali K @m dos nomes da es$osa de Xi3a, o deus da dança% (:% do T%) LL se!ada ou de p& esse po!o ou mesmo presa = ár*ore K!isF JesusF o!aLI pois o heróiF como ecaração de .eusF & ele mesmo o ce!ro do mudoF o po!o umbilical a!ra*&s do Hual as eergias da e!eridade irrompem o plao !emporal# Por!a!oF o Ce!ro do $udo & o s0mbolo da co!0ua criação: o mis!&rio da mau!eção do mudo a!ra*&s do co!0uo milagre de *i*ificação Hue bro!a o i!erior de !odas as coisas#
Gra3ura II Q unicornio cati3o (França) 8!re os Pa]ees do or!e do `asas e do sul do 2e?brasa K8UALF o sacerdo!eF dura!e a cerim;ia do aoF !raça um c0rculo com o dedo# GO c0rculo represe!a um ihoGF disseF segudo & rela!adoF um desses sacerdo!esF Ge & !raçado com o dedo porHue a águia cos!rói seu iho com as garras# 8mbora es!ejamos imi!ado a a*e ao fa>er seu ihoF há ou!ro sigificado e*ol*ido essa açãoI pesamos em Tira]a fa>edo o mudo para Hue as pessoas *i*am# Se se for ao !opo de um mo!e ele*ado e se olhar em *ol!aF *er?se?á o c&u !ocado a !erra em !odos os ladosI de!ro desse c0rculoF *i*em as pessoas# ,ogoF os c0rculos Hue fi>emos ão são apeas ihosI mas !amb&m represe!am o c0rculo Hue Tira]a?a!ius fe> como local de morada de !odos os po*os# Os c0rculos !amb&m represe!am o grupo de pare!escoF o clã e a !ribo#G(E A c7pula do c&u se apóia os Hua!ro ca!os da !erraF por *e>es sus!e!adas por Hua!ro reis cariá!idesF aMesF giga!esF elefa!es ou !ar!arugas# .a0 decorre a !radicioal impor!cia a!ribu0da ao problema ma!emá!ico da Huadra!ura do c0rculo: ele co!&m o segredo da !rasformação das formas celes!es em formas !erres!res# A lareira a casaF o al!ar o !emploF são o ei/o da ro!a da !erraF o 7!ero da $ãe Ui*ersalF cujo fogo & o fogo da *ida# 8 a aber!ura o !opo da chami& Q ou a coroaF piáculo ou clarabóia da c7pula Q & o ei/o ou po!o m&dio do c&u: a por!a do solF a!ra*&s da Hual os esp0ri!os *ol!am do plao !emporal para a
e!eridadeF !al como o aroma das oferedasF Hueimadas o fogo da *ida e ele*adasF o ei/o da fumaça Hue se e*olaF do cubo ou ce!ro da roda !erres!re para o cubo da roda celes!ial (Z# Assim preechidoF o sol & a !igela do alime!o de .eusF um cálice ie/aur0*elF abuda!e em subs!cia do sacrif0cioF cuja care &F a *erdadeF alime!oF e cujo sague & bebida 1[# 8le &F ao mesmo !empoF aHuele Hue u!re a humaidade# O raio solar Hue aHuece a !erra simboli>a a comuicação de eergia di*ia ao 7!ero do mudo Q e &F mais uma *e>F o ei/o Hue ue e fa> girar as duas rodas# A circulação de eergia pela por!a do sol & co!0ua# .eus desce e o homem sobe a!ra*&s dela# G8u sou a por!a# Se algu&m e!rar por mimF será sal*o: e ele e!raráF e sairáF e achará pas!ages#G 1" GO Hue come a miha careF e bebe o meu sagueF esse habi!a em mimF e eu ele#G 1% Para uma cul!ura aida u!rida a mi!ologiaF a paisagemF assim como cada fase da e/is!6cia humaaF gaham *ida a!ra*&s da suges!ão simbólica# As ele*açMes e depressMes co!am com seus pro!e!ores sobrea!urais e se eco!ram associadas a episódios popularme!e cohecidos da his!ória local da criação do mudo# Al&m dissoF háF aHui e aliF sa!uários especiais# uer o herói ali !eha ascido ou sido !or!uradoF ou por ali !eha *ol!ado ao *a>ioF o local & assialado e sa!ificado# 2ele & erigido um !emplo para represe!ar e ispirar o milagre da perfei!a co*erg6ciaI pois esse & o local da irrupção a abudcia# 2ele algu&m descobriu a e!eridade# O s0!io pode ser*irF por cosegui!eF como supor!e da medi!ação fru!0fera# 8m geralF esses !emplos são proje!ados para simular as Hua!ro direçMes do hori>o!e do mudoI o sa!uário ou al!arF colocado o ce!roF simboli>a o Po!o )e/!igu0*el# AHuele Hue pee!ra o comple/o do !emplo e se ecamiha para o sa!uário imi!a a façaha do herói# Seu obje!i*o & repe!ir o padrão ui*ersalF como forma de e*ocarF de!ro de si mesmoF a lembraça da forma de co*erg6cia e reo*ação da *ida# As cidades a!igas são cos!ru0das como !emplosF !edo as por!as *ol!adas para as Hua!ro direçMesF e aprese!am o ce!ro o sa!uário pricipal do seu di*io fudador# Os cidadãos *i*em e !rabalham de!ro dos limi!es desse s0mbolo# 8F esse mesmo esp0ri!oF os dom0ios das religiMes acioais e mudiais es!ão coce!rados em !oro do ei/o de alguma cidade? mãe: o cris!iaismo ocide!al em !oro de -omaI o islamismo em !oro de $eca# A re*er6cia coju!aF fei!a !r6s *e>es ao diaF da comuidade maome!aa em !odo o mudoF com cada um de seus membros apo!adoF como os raios de uma roda do !amaho do mudoF para a Caaba co*erge!eF cos!rói um *as!o e *i*ido s0mbolo da GsubmissãoG (is*am), de cada um e de !odosF = *o!ade de Alá# GPois & 8leGF lemos o CorãoF GHue lhes mos!rará a *erdade de !udo o Hue *oc6s fa>em#G 1' OuF mais uma *e>F um grade !emplo pode ser es!abelecido em HualHuer lugar# PoisF afial de co!asF o Todo es!á em !odos os lugares e HualHuer lugar pode !orar?se a sede do poder# ualHuer folha de grama pode assumirF o mi!oF a figura do sal*adorF assim como pode codu>ir o camiha!e Hue aspira ao sanctum sanctorum do seu próprio coração# O Ce!ro do $udoF por!a!oF & ub0Huo# 8F sedo ele a fo!e de !oda a e/is!6ciaF ele & gerada a plei!ude do bem e do mal do mudo# A fei7ra e a bele>aF o pecado e a *ir!udeF o pra>er e a dorF são igualme!e produção sua# GAos olhos de .eusF !udo . ormal e bom e jus!oGF declara erácli!oI Gmas os homes cosideram algumas coisas cer!as e ou!ras erradas#G1( 8is por Hue as images adoradas os !emplos do mudo de modo algum são sempre belasF beigas ou mesmo ecessariame!e *ir!uosas# Tal como a di*idade do ,i*ro de JóF elas ul!rapassam em mui!o a escala dos *alores humaos# 8F da mesma formaF a mi!ologia ão !em como seu maior herói o homem merame!e *ir!uoso# A *ir!ude ão & seão o prel7dio pedagógico da percepção culmia!eF Hue ul!rapassa !odos os pares de opos!os# A *ir!ude subjuga o ego *ol!ado para si mesmo e !ora poss0*el a co*erg6cia !raspessoalI masF Huado esse es!ado . ob!idoF o Hue ocorre com a dor ou com o pra>erF com o *0cio ou com a *ir!udeF do osso próprio ego ou de HualHuer ou!roR A!ra*&s de !udoF a força
!rascede!e Q Hue *i*e em !udoF Hue em !udo & prodigiosaF Hue em !udo & *aliosa Q da ossa profuda obedi6cia & e!ão percebida# PoisF como declarou erácli!o: GOs difere!es são reuidosF e das difereças resul!a a mais bela harmoiaF e !odas as coisas se maifes!am pela oposiçãoG 11# OuF o*ame!eF como os di> o poe!a lae: 2The roaring o6 *ions, the ho5*ing o6 5o*3es, the raging o6 the stormy sea, and the destructi3e s5ord, are $ortions o6 eternity too great 6or the eye o6 man2# % ^ 2 rugir dos *eedeiro !rabalhado e resol*eu fa>er uma bricadeira com eles# Pegou um chap&u *ermelho de um ladoF braco do ou!roF *erde a fre!e e pre!o a!rás Kessas são as cores das Hua!ro aces do $udoI is!o &F 8/u & uma persoificação do Po!o Ce!ralF ais mundi ou Ce!ro do $udoLI assimF Huado os dois fa>edeiros amigos *ol!aram para casa e um deles disse: W9oc6 *iu o *elho Hue passou hoje de chap&u bracoRWF o ou!ro replicou: WOraF mas o chap&u era *ermelhoW# O primeiro re!orHuiu: W2ada dissoF era bracoW# W$as era *ermelhoWF isis!iu o amigoF Weu o *i com meus próprios olhos#W WemF *oc6 de*e es!ar cegoWF declarou o primeiro# W9oc6 de*e es!ar b6badoWF afirmou o ou!ro# 8 assim a discussão co!iuou e os dois chegaram =s *ias de fa!o# uado começaram a se ferirF foram le*ados pelos *i>ihos para serem julgados# 8/u es!a*a e!re a mul!idão a hora do julgame!o eF Huado o jui> já ão sabia o Hue fa>erF o *elho !rapaceiro se re*elouF disse o Hue fi>era e mos!rou o chap&u# W8les só podiam mesmo brigarWF disse ele# W8u Hueria Hue isso aco!ecesse# Criar cofusão & o Hue eu mais gos!o#W G1D Ali ode o moralis!a se echeria de idigação e o poe!a !rágicoF de piedade e horrorF a mi!ologia !rasforma !oda a *ida uma *as!a e horreda i3ina com.dia% Seu riso ol0mpico de forma alguma & escapis!aF e sim duroI !em a dure>a da própria *ida Q a HualF podemos di>erF & a dure>a de .eusF o Criador# A mi!ologiaF esse se!idoF le*a a a!i!ude !rágica a parecer um !a!o his!&rica e o mero julgame!o moralF de *isão limi!ada# $as essa dure>a & eHuilibrada pela gara!ia de Hue !udo aHuilo Hue *emos ão passa do refle/o de um poder Hue resis!eF iacess0*el = dor# AssimF os co!os sãoF a um só !empoF sem piedade e sem horrorF cheios do go>o de um aoima!o !rascede!eF Hue se obser*a a si mesmo o i!erior de !odos os egos *ol!ados para si mesmos e dedicados aos cofli!osF egos Hue ascem e morrem o plao !emporal# :otas ao Pr>*ogo !%*ement Kood, .reams: !heir meaig ad prac!ical applica!ioF :o3a Lor7, Green0erg, Pu0*isher, !"?!, $% !&% 2 materia* onrico contido neste *i3ro2, a6irma o autor ($% 3iii), 2. retirado $rimaria mente dos mais de mi* sonhos 8ue me 6oram su0metidos an;*ise toda semana, 3incu*ados minha co*una di;ria distri0uda $e*os Mornais do $as% Esse materia* 6oi com$*ementado $or sonhos 8ue ana*isei em minha $r;tica $ri3ada%2 Em contraste com a maioria dos sonhos a$resentados nas o0ras'$adrão a res$eito do assunto, os sonhos $resentes nessa introdução $o$u*ar a Freud 31m de $essoas 8ue não estão se su0metendo a an;*ise% E*es são nota3e*mente ing1nuos% % G.Ca N>heim, The origi ad fuc!io o6 cul!ure K2er*ous ad $e!al .isease $oographsF n%O #"), :o3a Lor7, !"&?, $$% !-'% ?% % T% 4ur*ingham, 2ie Ein6Dh*ung des *ein7indes im die /utter2, )magoF XXI, $% &"B citado $or G.Ca N>heim, arF crime ad !he co*ea! KJoural o6 Cliicai PsNchopa!hologNF $oograph SeriesF n%O !), /ontice**o, :o3a Lor7, !"&, $% !%
&% N>heim, arF crime ad !he co*ea!F $% ?% %Freud, The i!erpre!a!io of dreams (traduCido $or James Strachey), Standard Edition, IQB ondres, The Hogarth Press, !"?, $% #% (rigina*+ !"RR%) #% Three essaNs o !he !heorN of se/uali!NF III+ 2The trans6ormations o6 the $u0erty2 (traduCido $or James Strachey), Standard Edition, QIIB ondres, The Hogarth Press, !"?, $% R% (rigina*+ !"R%) -% S>6oc*es, Vdipo reiF "!'"?% A$ontou'se 8ue o $ai tam0.m $ode ser e$erimentado como $rotetor, e a mãe, $ortanto, como tentação% Este . o caminho 8ue *e3a de di$o a Ham*et+ 2hU meu eusU Poderia 6icar con6inado numa casca de noC e, mesmo assim, considerar'me'ia rei do es$aço in6inito, não 6ossem os maus sonhos 8ue tenho2% Kamle!F segundo ato, cena II)% 2Todos os neur>ticos2, escre3e o dr% Freud, 2são di$o ou Ham*et%2 :o 8ue se re6ere 6i*ha (8ue . um caso um $ouco mais com$*icado), a $assagem seguinte ser3ir; aos $ro$>sitos da $resente e$osição sum;ria+ 2Sonhei a noite $assada 8ue meu $ai a$unha*ou minha mãe no coração% E*a morreu% Eu sa0ia 8ue ningu.m o acusa3a $e*o 8ue tinha 6eito, a$esar de eu estar chorando amargamente% sonho $areceu mudar, e e*e e eu $arecamos estar indo 3iaMar Muntos e eu esta3a muito 6e*iC2% Eis o sonho de uma Mo3em so*teira de 3inte e 8uatro anos (Kood, op# ci!#F $% !?R)% % Kood, op# ci!#F $$% "'"?% "% Em cerimVnias de nascimento e de morte, os e6eitos signi6icati3os são, na 3erdade, os 8ue com$heim, The e!eral oes of !he dreamF :o3a Lor7, Internationa* @n3ersities Press, !"&, $% !-% !% % G% Jung, SNmbols of !rasforma!io (traduCido $or N% F% % Hu**), o**ected Kor7s, 3o*% B :o3a Lor7 e ondres, %2 ed%, !"#-, $ar% % (rigina*+ !"!!'!, adluge ud SNmbole der ,ibidoLF traduCido $or 4eatrice /% Hin7*e so0 o ttu*o de PsNchologN of !he ucosciousF !"!#% Ne3isado $or Jung em !"% !?% Haro*d Pea7e e Her0ert John F*eure, The ]aN of !he sea e $ercha! *e!urers i ro>eF La*e @ni3ersity Press, !"" e !"?!% !&% eo Fro0enius, .as ubea!e AfriaF /uni8ue, s7ar 4ec7, !"?, $$% !R'!!% !% 3dio, $e!amorfosesF QIII, !? ss%B IX, -?# ss% !#% T% S% E*iot, The ]as!e ladF :o3a Lor7, Harcourt, 4race and om$anyB ondres, Fa0er and Fa0er, !", ?&R'?&% !-% Arno*d J% Toyn0ee, A s!udN of his!orNF 6ord @ni3ersity Press, !"?&, 3o*% QI, $$% !#"' !-% !% 2Formas ou imagens de natureCa co*eti3a 8ue se mani6estam $raticamente em todo o mundo como constituintes dos mitos e, ao mesmo tem$o, como $rodutos aut>ctones e indi3iduais de origem inconsciente%2 (% G% Jung, PsNchologN ad !he religioF o**ected Kor7s, 3o*% !!B :o3a Lor7 e ondres, !", $ar% %) Escrito origina*mente em ing*1s, !"?-% (Qer tam0.m PsNchologN !NpesF inde%) omo o assina*a o dr% Jung KPsNchologN ad religioF $ar% "), a teoria dos ar8u.ti$os não ., de modo a*gum, in3enção sua% om$are :ietCsche+ 2Em nosso sono, assim como em nossos sonhos, $assamos $or todo o $ensamento da humanidade 8ue 3eio antes de n>s% Wuero diCer, da mesma 6orma como raciocina em seus sonhos, o homem raciocinou, em estado des$erto, h; mi*hares de anos%%% sonho nos 6aC retroceder a estados anteriores da cu*tura humana e nos 6ornece um meio de me*hor com$reend1'*a%2 (Friedrich :ietCsche, umaa all !oo humaF 3o*% I, !?B citado $or Jung, PsNchologN ad religioF $ar;gra6o ", nota !-%)
om$are a teoria das 2id.ias e*ementares2 de natureCa .tnica, de Ado*6 4astian% Essas id.ias, em seu car;ter $s8uico $rimordia* (corres$ondentes aos logoi sperma!ioi $a*a3ras seminaisY dos est>icos), de3em ser consideradas 2as id.ias germinais de car;ter es$iritua* (ou $s8uico), a $artir das 8uais toda a estrutura socia* 6oi desen3o*3ida organicamente2 e, como tais, $odem ser3ir de 0ase $es8uisa induti3a K8!ische 8leme!argedaa i der ,ehre *o $echeF 4er*im, !", 3o*% I, $% i)% om$are tam0.m FranC 4oas+ 2esde a a0rangente discussão de KaitC em torno da 8uestão da unidade da es$.cie humana, não $ode ha3er dZ3idas de 8ue, no essencia*, as caractersticas mentais do homem são as mesmas em todo G mundo2% KThe mid of primi!i*e maF p# !R& CopNrigh!F !"!!, da The /acmi**an om$anyB usado com a $ermissão desta%) 24astian 3iu'se *e3ado a 6a*ar da aterradora monotonia das id.ias 6undamentais da humanidade em todo o g*o0o2 Kibid#F $% !)% 2ertos $adr$ria teoria das 2id.ias e*ementares2 e o conceito est>ico de logoi sperma!ioi# A tradição das 26ormas su0Meti3amente conhecidas2 (s[nscrito+ a!arjeNarpaL ., na 3erdade, coe'tensi3a tradição do mito, e constitui a cha3e $ara a com$reensão e uso de imagens mito*>gicas Q 8ue a$arecerão de 6orma a0undante nos ca$tu*os a seguir% !"% Trata'se da tradução, 6eita $or G.Ca N>heim, de um termo Aranda austra*iano, al!jiraga mi!jiaF termo se re6ere aos ancestrais mticos 8ue 3agaram so0re a terra no tem$o chamado al!jiraga aalaF 2ancestra* era2% A $a*a3ra al!jira signi6ica+ (a) um sonhoB (0) ancestra*, seres 8ue a$arecem nos sonhosB e (c) uma hist>ria (N>heim, The e!eral oe of !he dreamF $$% !R'!!) R% e3e'se a$ontar contra o $ro6essor Toyn0ee, toda3ia, o 6ato de e*e ter detur$ado seriamente o cen;rio mito*>gico ao anunciar o cristianismo como a Znica re*igião em 8ue se 6aC $resente o ensinamento dessa segunda tare6a% Todas as re*igi
ocorre com todas as mito*ogias e tradiçricas de todos os *ugares% $ro6essor Toyn0ee chega sua detur$ação graças a uma inter$retação tri3ia* e incorreta das id.ias orientais de :ir3ana, 4uda e 4odhisat3a, seguida do contraste desses ideais Q so0 a 6orma errVnea como os inter$retou Q com uma re*eitura 0astante so6isticada da id.ia cristã de idade de eus% Eis o 8ue o induCiu ao erro de su$or 8ue a sa*3ação da atua* situação mundia* de3e residir num retorno aos 0raços da IgreMa at>*ica Nomana% !% Frederic7 Pierce, .reams ad persoali!N KCopNrigh! !"?!, da % A$$*eton and o%, editores), $$% !R'!R"% % Pa*a3ras inscritas na Porta do In6erno+ GPer me si *a delia ci!a dole!eF Per me si *a ellWe!ero doloreF Per me si *a !ra )a Perdu!a @e!eG# ante, 2In6erno2, III, !'?% A tradução . de har*es E*iot :orton, The di*ie comedN of .a!e AlighieriF 4oston e :o3a Lor7, Houghton /i66*in om$any, !"RB essa e as demais citaçrio2, XXQIII, '?R Kop# ci!#F 3o*% II, $% !&)+ 2@m ri0eiro### a des*iCar $ara a es8uerda, a6agando com d.0eis ondas a er3a de0ruçada s suas margens% Tão $ura eu 3ia essa *in6a 8ue, com$aradas, as mais *m$idas ;guas do mundo $areceriam tur3as2% %O Qirg*io de ante% #%2A8ue*es 8ue antigamente cantaram a Idade do uro e o seu 6e*iC estado, situando no Parnaso *ugar tão 6e*iC, certamente $ressentiam esse *ugar em seus sonhos+ a8ui est; a 6onte da inoc1ncia da humanidadeB a8ui h; $rima3era eterna, e eternos 6rutos, eis o n.ctar de 8ue nos 6a*am os $oetas%2 (2Purgat>rio2, XXQIII, !?"'!&&B op# ci!# 3o*% II, $% !"%) -%`a!ha UpaishadF ?'!&% (/inhas citaçte*es, Ar!e po&!icaF tradução de Ingram 4y5ater, com $re6;cio de Gi*0ert /urray, 6ord @ni3ersity Press, !"R, $$% !&'!#% 30. No0inson Je66ers, -oa S!allioF :o3a Lor7, Horace i3eright, !", $% R% 31. Eur$ides, acchaeF !R!- (tradução de Gi*0ert /urray)% ?, Eur$ides, The Cre!asF 6rag% &-, apud Por6rio, .e abs!ie!iaF )9F "ZF tradução de Gi*0ert /urray% QeMa'se a discussão desses 3ersos 6eita $or Jae Harrison em Prolegomea !o a s!udN of @ree reli?gloF ' edição, am0ridge @ni3ersity Press, !", $$% &-'RR% ??, 3dio, $e!amorfosesF XQ, !#'!#-B !&'! (tradução de Fran7 Justus /i**er), oe0 *assica* i0rary% ?&% haga*ad?gi!aF +! (tradução de S5ami :i7hi*ananda) :o3a Lor7, !"&&% ?% termo 2monomito2 1 de James Joyce, iegas ]aeF :o3a Lor7, Qi7ing Press, Inc%, !"?", $% !% ?#% Qirg*io, 8eidaF QI, "% ?-% Trata'se do mais im$ortante momento da mito*ogia orienta*, uma contra$arte da ruci6ião do cidente% 4uda so0 a \r3ore da I*uminação (a \r3ore 4o) e risto na Sagrada ruC (a \r3ore da Nedenção) são 6iguras an;*ogas 8ue incor$oram um moti3o ar8uet$ico do
Sa*3ador do /undo e da \r3ore do /undo, cuMa origem 3em da antigDidade imemoria*% /uitas outras 3ariantes do tema serão encontradas entre os e$is>dios a seguir% Ponto Im>3e* e o /onte a*3;rio são imagens do entro do /undo ou Eio do /undo (3eMa'se $% &R, ifraL# O a$e*o Terra como testemunha . re$resentado, na arte 0udista tradiciona*, $or imagens do 4uda, na $ostura c*;ssica de 4uda, com a mão direita re$ousando so0re o Moe*ho direito e com os dedos tocando *igeiramente o so*o% ?% Isso signi6ica 8ue a$enas o camiho da I*uminação, e não a ondição de 4uda, I*uminação, $ode ser comunicado% Essa doutrina da incomunica0i*idade da Qerdade, 8ue est; a*.m dos nomes e das 6ormas, . 0;sica $ara as grandes tradiçteses demonstr;3eis raciona*mente, 6undadas em 6atos o0ser3;3eis, o ritua*, a mito*ogia e a meta6sica são a$enas guias $ara a 3ia de uma i*uminação transcendente, cuMo Z*timo trecho de3e ser $ercorrido indi3idua*mente, na $r>$ria e$eri1ncia si*enciosa de cada um% Eis $or8ue uma das $a*a3ras s[nscritas $ara s;0io . muiF 2o si*encioso2% SãNam0 (um dos ttu*os de Gautama 4uda) signi6ica 2o si*encioso ou s;0io KmuiL do c*ã Sa7ya2% Em0ora o 4uda seMa 6undador de uma re*igião mundia* am$*amente ensinada, o nZc*eo Z*timo de sua doutrina $ermanece ocu*to, necessariamente, no si*1ncio% ?"% Am$*amente resumido de Ja!aaF Introdução, i, '- (tradução de Henry *ar7e Karren, uddhism i !rasla!iosF ar*ard Orie!al SeriesF n%O ?), am0ridge, /assachusetts, Har3ard @ni3ersity Press, !"#, $$% #'-, e do ,ali!a*is!ara con6orme a 3ersão de Ananda % oomaras5amy, uddha ad !he gospel of buddhismF :o3a Lor7, G% P% Putnam]s Sons, !"!#, $$% &'?% &R% /odoF !"+?'% &!% ouis GinC0erg, The legeds of !he Je]sF Fi*ad.*6ia, The Je5ish Pu0*ication Society o6 America, !"!!, 3o*% III, $$% "R'"&% &% Essa a3entura circu*ar do her>i a$arece so0 uma 6orma negati3a nas hist>rias di*u3ianas, em 8ue o her>i não 3ai ao encontro da 6orça, mas a 6orça se e*e3a contra o her>i, retornando em seguida% As hist>rias di*u3ianas eistem nos 8uatro cantos da terra% E*as são $arte integrante do mito ar8uet$ico da hist>ria do mundo e $ertencem, $or conseguinte, Parte II desta discussão+ 2 cic*o cosmogVnico2% her>i di*u3iano . um sm0o*o da 3ita*idade germina* do homem 8ue so0re3i3e at. mesmo aos $iores surtos da cat;stro6e e do $ecado% &?% Este *i3ro não se $reocu$a com a discussão hist>rica dessa circunst[ncia% Essa tare6a est; reser3ada $ara um tra0a*ho em $re$aração% Este *i3ro 6aC um estudo com$arati3o, e não um estudo gen.tico% Seu $ro$>sito . demonstrar a eist1ncia de $ara*e*os essenciais entre os $r>$rios mitos, assim como entre as inter$retaçs ter e*e o0tido sua i*uminação% QeMa'se supraF $% ??% &% A*ice % F*etcher, The ao: a Pa]ee ceremoNF T]e!N?secod Aual -epor!F 4ureau o6 American Ethno*ogy, $arte , Kashington, !"R&, $$% &?'&&% 2:a criação do mundo2, disse um a*to sacerdote Pa5enee a srta% F*etcher, e$*icando as di3indades honradas na cerimVnia, 2determinou'se 8ue hou3esse $oderes menores% Tira5a' atius, o $oder oni$otente, não $oderia a$roimar'se do homem, nem ser 3isto ou sentido $or
e*eB $or isso, $ermitiu'se a eist1ncia de $oderes menores% A e*es ca0eria a mediação entre o homem e Tira5a%2 K)bid#F $% -%) &"% QeMa'se Ananda % oomaras5amy, 2Symho*ism o6 the dome2, The )dia is!orical uar!erlNF 3o*% XIQ, n%^ ! (março, !"?)% R% João, #+% !% João, !R+"% % João, #+-% ?% orão, +!R% &% Her;c*ito, 6ragmento !R% % Her;c*ito, 6ragmento % #% Ki**iam 4*a7e, The marriage of ea*e ad ellF 2Pro3er0s o6 He**2% -% eo Fro0enius, Ud Afria sprach#### 4er*im, Qita, eutsches Qer*agshaus, !"!, $$% &?'&% om$are o e$is>dio im$ressionantemente simi*ar contado so0re din (Kotan) na Prose 8ddaF 2S7;*ds7a' $arm*2 I KClássicos 8scadia*osF 3o*% Q% :o3a Lor7, !"", $% "#)% om$are tam0.m a ordem de Jeo3;, em _odo ?+-+ 2ada homem cinMa sua es$ada cinta+ $assai, e tornai a $assar, atra3essando o cam$o duma $orta outraB e cada um mate seu irmão, seu amigo e o 8ue *he 6or mais chegado2%
Par!e ) A a*e!ura do herói Cap0!ulo ) A par!ida !% chamado da a3entura G8ra uma *e>F Huado o desejo aida era capa> de le*ar a alguma coisaF um rei cujas filhas eram belas# $as sua filha mais jo*em era !ão bela Hue o próprio solF Hue já ha*ia *is!o !a!as coisasF simplesme!e se mara*ilha*a cada *e> Hue lhe baha*a o ros!o# OraF ha*ia as pro/imidades do cas!elo desse rei uma imesa flores!a egraI essa flores!aF sob uma *elha !0liaF ha*ia uma fo!e# uado o dia es!a*a bem Hue!eF a filha do rei ia = flores!a e fica*a se!ada = beira da fria fo!e# 8F para passar o !empoF ela !oma*a de uma bola douradaF a!ira*a? a para cima e pega*a?a o*ame!e# 8ssa era a bricadeira fa*ori!a da pricesiha# G8is Hue um dia aco!eceu de a bola dourada da pricesa ão cair a mão>iha es!edidaF passar por elaF !ocar o chão e rolar dire!ame!e para de!ro da água# A pricesa seguiu a bola com os olhosF mas es!a desapareceuI e a fo!e era !ão profudaF mas !ão profudaF Hue ão era poss0*el *er?lhe o fudo# 8 a pricesiha começou a chorarF seu choro !orou?se cada *e> mais al!o e ela ão eco!ra*a cosolo# 8Hua!o se lame!a*a dessa formaF eis Hue ou*iu algu&m Hue a ela se dirigia: Wue es!á ha*edoF pricesaR 8s!ais chorado !a!o Hue a!& uma pedra se!iria pea de *ósW# 8la olhou em *ol!a para *er de ode *iha a *o> e deparou com um sapo cuja gorda e feia cabeça es!a*a para fora da água# WOh_ & *oc6F *elho $orador da guaWF disse ela# W8s!ou chorado por causa da miha bola douradaF Hue caiu a fo!e#W WAcalmai?*osF ão choreisWF respodeu o sapo# WCer!ame!e posso ajudar?*os# $as o Hue me dareis se eu recuperar *osso briHuedoRW WO Hue *oc6 HuiserF caro sapoWF disse elaI Wmihas roupasF mihas p&rolas e jóias e a!& a coroa de ouro Hue uso#W O sapo replicou: W9ossas roupasF *ossas p&rolas e jóias e *ossa coroa de ouro eu ão HueroI mas se cuidardes de mim e me fi>erdes *ossa compahia e parceiro de folguedosF se me dei/ardes se!ar?me ao *osso lado = *ossa peHuea mesaF comer do *osso peHueo pra!o de ouroF beber de *ossa peHuea /0caraF dormir em *ossa peHuea camaI se me prome!erdes issoF mergulharei já e !rarei *ossa bola douradaW# W8s!á cer!oWF disse elaF Wprome!o o Hue *oc6 HuiserF desde Hue *oc6 me !raga a bola de *ol!a#W $as ela pesou: WComo !agarela esse simples sapo_ A0 es!á ele a águaF com sua própria esp&cieF e jamais poderá ser compahia para um ser humaoW# GAssim Hue ob!e*e a promessa da pricesihaF o sapo *irou a cabeçaF mergulhou eF pouco depoisF *ol!ouI !ra>ia a bola a boca e a!irou?a a grama# A pricesa ficou radia!e Huado *iu seu briHuedo Huerido# 8la o pegou e se afas!ou# W8speraiF esperaiWF disse o sapoF Wle*ai?me co*oscoI ão posso correr como *ós#W $as de Hue adia!ouF embora coa/asse a!rás dela o mais al!o Hue podiaR 8la ão lhe deu a m0ima a!eçãoF dirigiu?se apressadame!e para o palácio e logo ha*ia se esHuecido comple!ame!e do pobre sapo Q Hue de*e !er pulado de *ol!a para a sua fo!e#GW 8is um e/emplo de um dos modos pelos Huais a a*e!ura pode começar# Um erro Q apare!eme!e um mero acaso Q re*ela um mudo isuspei!oF e o idi*0duo e!ra uma relação com forças Hue ão são pleame!e compreedidas# Como reud demos!rou %F os erros ão são um mero acasoI sãoF a!esF resul!ado de desejos e cofli!os reprimidos# São odulaçMes a superf0cie da *idaF produ>idas por asce!es iesperadas# 8 essas asce!es podem ser mui!o profudas Q !ão profudas Hua!o a própria alma# O erro pode eHui*aler ao
a!o iicial de um des!io# 8 assimF ao Hue pareceF o co!o de fadas descri!oF o desaparecime!o da bola & o primeiro id0cio de Hue algo sucederá = pricesaF sedo o sapo o segudoF e a promessa ão cumpridaF o !erceiro# Como maifes!ação prelimiar dos poderes Hue es!ão e!rado em jogoF o sapoF Hue surgiu como por milagreF pode ser cosiderado o Garau!oGI a crise do seu aparecime!o & o Gchamado da a*e!uraG# A mesagem do arau!o pode ser *i*erF como ocorre o e/emplo em Hues!ãoF ouF um mome!o pos!erior da biografiaF morrer# 8le pode auciar o chamado para algum grade empreedime!o his!óricoF assim como pode marcar a al*orada da ilumiação religiosa# Coforme o e!ede o m0s!icoF ele marca aHuilo a Hue se deu o ome de Go desper!ar do euG '# 2o caso da pricesa do co!o de fadasF sigificou apeas o surgime!o da adolesc6cia# $asF peHueo ou gradeF e pouco impor!ado o es!ágio ou grau da *idaF o chamado sempre descerra as cor!ias de um mis!&rio de !rasfiguração Q um ri!ualF ou mome!o de passagem espiri!ual HueF Huado comple!oF eHui*ale a uma mor!e seguida de um ascime!o# O hori>o!e familiar da *ida foi ul!rapassadoI os *elhos cocei!osF ideais e padrMes emocioaisF já ão são adeHuadosI es!á pró/imo o mome!o da passagem por um limiar# São !0picas das circus!cias do chamado a flores!a egraF a grade ár*oreF a fo!e murmura!e e a repuga!e e subes!imada apar6cia do por!ador da força do des!io# -ecohecemos esse segme!o os s0mbolos do Ce!ro do $udo# O sapo ou o peHueo dragão são a co!rapar!e ifa!il da serpe!e do mudo iferiorF cuja cabeça sus!e!a a !erra e Hue represe!a os poderes demi7rgicos e geradores de *ida do abismo# 8le *em com a bola dourada do solF !edo as egras e profudas águas acabado de le*á?la para bai/oI esse mome!oF lembramo?os do grade .ragão Chi6s do Orie!eF Hue !ra> o sol asce!e as mad0bulasF ou do sapoF em cuja cabeça corre o belo jo*em imor!alF a siag Q Hue !ra> uma ces!a os p6ssegos da imor!alidade# reud sugeriu Hue !odos os mome!os de asiedade reprodu>em os dolorosos se!ime!os da primeira separação da mãe Q a fal!a de f;legoF a coges!ãoF e!cF da crise do ascime!o (# )*ersame!eF !odos os mome!os de separação e de o*o ascime!o produ>em asiedade# Seja a filha do reiF pres!es a ser re!irada da felicidade de sua uidade dual es!abelecida com o -ei PapaiF ou 8*aF a filha de .eusF pro!a a dei/ar o id0lio do Para0soF ou aida o e/!remame!e coce!rado u!uro udaF irrompedo pelos 7l!imos hori>o!es do mudo criadoF as mesmas images arHue!0picas são a!i*adasF simboli>ado o perigoF o res!abelecime!o das cer!e>asF as pro*asF a passagem e a es!raha sa!idade dos mis!&rios do ascime!o# O repuga!e e rejei!ado sapo ou dragão do co!o de fadas !ra> a bola do sol a bocaI pois o sapoF a serpe!eF o rejei!adoF & o represe!a!e daHuela profuda camada icoscie!e KG!ão profuda Hue ão & poss0*el *er?lhe o fudoGL em Hue são guardados !odos os fa!oresF leis e eleme!os da e/is!6cia rejei!adosF ão admi!idosF ão recohecidosF descohecidos ou subdese*ol*idos# 8ssas são as p&rolas dos palácios submarios das fábulasF cheios de g6iosF !ri!Mes e guardiães das águasI as jóias Hue ilumiam as cidades demo0acas do mudo i!eriorI as seme!es de fogo do oceao de imor!alidadeF Hue supor!a a !erra e a cerca como uma cobraI as es!relas do firmame!o da oi!e imor!al# São elas as pepi!as de ouro do !esouro do dragãoI as maçãs guardadas pelas esp&ridesI os filame!os do 9elocio de Ouro# O arau!o ou age!e Hue aucia a a*e!uraF por cosegui!eF cos!uma ser sombrioF repuga!e ou a!errori>adorF cosiderado mal&fico pelo mudoI eF o e!a!oF se prosseguirmosF o camiho a!ra*&s dos muros do diaF Hue le*am = oi!e em Hue brilham as jóiasF os será aber!o# O arau!o pode ser um aimal Kcomo o co!o de fadasLF represe!a!e da fecudidade is!i!i*a reprimida Hue es!á de!ro de ós# Pode ser igualme!e uma figura mis!eriosa cober!a por um *&u Q o descohecido# Co!a?seF por e/emploF a his!ória do rei Ar!urF Hue se preparou com mui!os ca*aleiros para a caça# GTão logo chegou = flores!aF o rei *iu um grade cer*o# Caçarei esse cer*oF disse
o rei Ar!urF eF a!o co!0uoF esporeou o ca*alo com !al f7riaF e ca*algou com !al *elocidadeF Hue pra!icame!e coseguiuF pela forçaF alcaçar o cer*oI o rei perseguira o cer*o por !a!o !empo Hue seu ca*alo perdeu o f;lego e foi ao chãoF mor!oI e e!ão um criado lhe preparou ou!ro ca*alo# 8 o rei *iu o cer*o escodido e seu ca*aloF mor!oI ele chegou a uma fo!e e ali se p;s em profuda refle/ão# 8F ali se!adoF o rei pesou !er ou*ido um ru0do de cãesF de !r6s de>eas de cães# 8F com issoF o rei *iu apro/imar?se de si o aimal mais es!raho Hue já *ira ou de Hue já lhe ha*iam faladoI e o aimal foi ao poço e bebeu# .e sua barriga *iha o ru0do de !ri!a parelhas de cães la!ido ao mesmo !empo em perseguição = caçaI masF dura!e o !empo em Hue bebeuF ão fe> ehum barulho# Tedo bebidoF o aimal se foiF com um grade ru0doF Hue mui!o admirou o rei#G 1 Temos !amb&m o caso Q de uma par!e bem dis!i!a do mudo Q de uma garo!a Arapaho das pla0cies or!e?americaas# 8la *iu um porco?espiho pró/imo de um choupo# Te!ou a!igir o aimalF mas es!e correu para !rás da ár*ore e começou a subir# A garo!a o perseguiuF a fim de pegá?loF mas ele co!iuou fora do seu alcace# G8s!á bem_GF disse elaF G*ou subir para pegar o porco?espihoF pois Huero aHueles espihosF eF se for precisoF subirei a!& a par!e mais al!a da ár*ore#G O porco?espiho chegou ao !opo da ár*oreF masF Huado a meia se apro/imou e es!a*a pres!es a pegá?loF o choupo subi!ame!e se alogou e o porco?espiho co!iuou a subir# Olhado para bai/oF a meia *iu seus amigos chamado por ela e pedido?lhe Hue descesseI mas elaF sob a iflu6cia do porco?espihoF e !emerosa da grade dis!cia Hue a separa*a do soloF co!iuou a subir a ár*oreF a!& !orar?seF para aHueles Hue a olha*am de bai/oF um po!iho# 8F ju!o com o porco?espihoF ela chegou ao c&u 5#
Figura ? Q sris, so0 a 6orma de um touro, trans$orta seu adorador $ara o mundo in6erior% .ois sohos serão suficie!es para ilus!rar o surgime!o espo!eo da figura do arau!o a psiHue Hue es!á pro!a para a !rasformação# O primeiro deles & o de um jo*em Hue busca o camiho para uma o*a orie!ação o mudo: G8s!ou uma pradaria *erdeja!e em Hue *ários careiros es!ão pas!ado# V a W!erra dos careirosW# 2a !erra dos careirosF uma descohecidaF de p&F apo!a o camihoG D#
O segudo soho & de uma jo*emF cuja compaheira morrera rece!eme!eF *0!ima de uma cosuçãoI a sohadora !eme es!ar acome!ida da mesma doeça: G8u es!a*a um floresce!e jardimI o sol es!a*a pres!es a se p;rF com ci!ilaçMes *ermelhas como sague# 8!ãoF surgiu dia!e de mim um obre ca*aleiro egroF Hue me falouF uma *o> mui!o s&riaF profuda e assus!adora: W9ireis comigoRW Sem esperar respos!aF pegou?me a mão e me le*ouGE# $i!o ou sohoF há essas a*e!uras uma a!mosfera de irresis!0*el fasc0io em !oro da figura Hue aparece subi!ame!e como guiaF marcado um o*o per0odoF um o*o es!ágioF da biografia# O eleme!o Hue !em de ser ecaradoF e HueF de alguma formaF & profudame!e familiar ao icoscie!e Q apesar de descohecidoF surpreede!e e a!& assus!ador para a persoalidade coscie!e QF se dá a cohecerI e aHuilo Hue a!es !iha se!ido pode !orar?se es!rahame!e sem *alorF !al como ocorreu com o mudo da filha do reiF Huado do s7bi!o desaparecime!o da bola dourada a fo!e# .a0 por dia!eF mesmo Hue o herói re!oreF por algum !empoF =s suas ocupaçMes corriHueirasF & poss0*el Hue es!as se lhe afigurem sem propósi!o# 8F e!ãoF uma s&rie de idicaçMes de força cresce!e se !orará *is0*elF a!& Hue Q !al como a leda dos ua!ro SiaisF co!ada a seguirF Hue & o e/emplo mais celebrado do chamado da a*e!ura a li!era!ura mudial Q a co*ocação já ão possa ser recusada# O jo*em pr0cipe @au!ama SaNamuiF o u!uro udaF ha*ia sido pro!egido por seu pai de !odo o cohecime!o sobre o e*elhecime!oF a doeçaF a mor!e ou a *ida moás!icaF para Hue ão fosse le*ado a pesar em reuciar = *ida comumI pois ha*ia sido profe!i>adoF Huado do ascime!o do pr0cipeF Hue ele seria imperador do mudo ou uda# O rei Q pre!ededo fa*orecer a *ocação real Q deu a seu filho !r6s palácios e Huare!a mil daçarias para ma!er?lhe a me!e ligada ao mudo# $as essas pro*id6cias só ser*iram para a!ecipar o ie*i!á*elI pois o pr0cipeF aida mui!o jo*emF se casou dos pra>eres caraisF ficado pro!o para a ou!ra e/peri6cia# 2o mome!o cer!oF os arau!os adeHuados au!oma!icame!e apareceram: GCer!o diaF o u!uro uda resol*eu ir ao parHue e pediu ao criado Hue lhe preparasse a carruagem# O homem lhe preparou umaF su!uosa e elega!eF e !edo?a adorado ricame!eF a!relou a ela Hua!ro ca*alos da raça Sidha*aF bracos como as p&!alas do ló!us bracoF e auciou ao u!uro uda Hue es!a*a !udo pro!o# 8 es!e e!rou a carruagemF Hue era como um palácio dos deusesF e seguiu para o parHue# G WChegou o !empo da ilumiação do pr0cipe Siddhar!aWF pesaram os deusesI Wde*emos dar?lhe um sialWI e eles !rasformaram um dos seus um *elho decr&pi!oF desde!adoF grisalhoF de corpo alHuebradoF Hue se apoia*a uma begala e !remiaF e o mos!raram ao u!uro udaF mas de maeira Hue apeas es!e e o codu!or da carruagem o *issem# G8 e!ão o u!uro uda disse ao codu!or: W$eu amigoF por fa*orF Huem & esse homemR $esmo seus cabelos são difere!es dos cabelos de ou!ros homesW# 8F Huado ou*iu a respos!aF disse: WAmaldiçoada ju*e!udeF pois !odos os Hue ascem de*em e*elhecerW# 8F com o coração agi!adoF re!orou ao palácio# G WPor Hue meu filho *ol!ou !ão cedoRWF pergu!ou o rei# G WSehorF ele *iu um aciãoWF foi a respos!aI WeF como *iu um aciãoF es!á para re!irar?se do mudo#W G W9oc6s Huerem me le*ar = mor!eF di>edo?me essas coisasR Preparem imedia!ame!e algus espe!áculos para aprese!ar ao meu filho# Se coseguirmos lhe dar pra>erF ele cessará de pesar em re!irar?se do mudo#W 8 o rei colocou guardas adicioais em !oro do palácioF alcaçado meia l&gua em cada direção# G8m ou!ro diaF Huado es!a*a ido para o parHueF o u!uro uda *iu um efermo Q criado pelos deuses# 8F !edo pergu!ado ou!ra *e>F re!orouF com o coração agi!adoF para o palácio#
G8 o rei fe> a mesma pergu!a e deu a mesma ordemI eF mais uma *e>F es!edeu a guardaF colocado?a por !r6s Huar!os de l&gua em !oro do palácio# G8 aida um ou!ro diaF Huado es!a*a ido para o parHueF o u!uro uda *iu um mor!oF Hue os deuses !iham criadoI eF !edo pergu!ado mais uma *e>F ele re!orouF com o coração agi!adoF ao palácio# G8 o rei o*ame!e fe> a mesma pergu!a e deu as mesmas ordes eF mais uma *e>F es!edeu a guarda do palácioF des!a fei!a por uma l&gua# G8 um ou!ro dia aidaF Huado es!a*a ido para o parHueF o u!uro uda *iu um mogeF *es!ido de forma cuidadosa e dece!eF fei!o pelos deusesI e ele pergu!ou ao codu!or: WPor fa*orF Huem & esse homemRW WSehorF & um homem Hue se re!irou do mudo#W 8 o codu!or prosseguiuF mos!rado os m&ri!os do afas!ame!o do mudo# A id&ia de re!irar?se do mudo era mui!o agradá*el aos olhos do u!uro uda#G Z 8sse primeiro es!ágio da jorada mi!ológica Q Hue deomiamos aHui Go chamado da a*e!uraG Q sigifica Hue o des!io co*ocou o herói e !rasferiu?lhe o ce!ro de gra*idade do seio da sociedade para uma região descohecida# 8ssa fa!0dica região dos !esouros e dos perigos pode ser represe!ada sob *árias formas: como uma !erra dis!a!eF uma flores!aF um reio sub!erreoF a par!e iferior das odasF a par!e superior do c&uF uma ilha secre!aF o !opo de uma ele*ada mo!aha ou um profudo es!ado o0rico# $as sempre & um lugar habi!ado por seres es!rahame!e fluidos e polimorfosF !orme!os iimagiá*eisF façahas sobre? humaas e del0cias imposs0*eis# O herói pode agir por *o!ade própria a reali>ação da a*e!uraF como fe> Teseu ao chegar = cidade do seu paiF A!easF e ou*ir a horr0*el his!ória do $io!auroI da mesma formaF pode ser le*ado ou e*iado para loge por algum age!e beigo ou maligoF como ocorreu com UlissesF le*ado $edi!erreo afora pelos *e!os de um deus efurecidoF Pos6ido# A a*e!ura pode começar como um mero erroF como ocorreu com a a*e!ura da pricesa do co!o de fadasI igualme!eF o herói pode es!ar simplesme!e camihado a esmoF Huado algum fe;meo passageiro a!rai seu olhar erra!e e le*a o herói para loge dos camihos comus do homem# Os e/emplos podem ser mul!iplicadosF ad in6initum, *idos de !odos os ca!os do plae!a "[#
% A recusa do chamado Com freH6ciaF a *ida realF e com ão meos freH6ciaF os mi!os e co!os popularesF eco!ramos o !ris!e caso do chamado Hue ão ob!&m respos!aI pois sempre & poss0*el des*iar a a!eção para ou!ros i!eresses# A recusa = co*ocação co*er!e a a*e!ura em sua co!rapar!e ega!i*a# Aprisioado pelo !&dioF pelo !rabalho duro ou pela Gcul!uraGF o sujei!o perde o poder da ação afirma!i*a do!ada de sigificado e se !rasforma uma *0!ima a ser sal*a# Seu mudo floresce!e !ora?se um deser!o cheio de pedras e sua *ida dá uma impressão de fal!a de se!ido Q mesmo HueF !al como o rei $iosF ele possaF a!ra*&s de um esforço !iricoF cos!ruir um reomado imp&rio# ualHuer Hue sejaF a casa por ele cos!ru0da será uma casa da mor!eI um labiri!o de paredes ciclópicas cos!ru0do para escoder dele o seu $io!auro# Tudo o Hue ele pode fa>er & criar o*os problemas para si próprio e aguardar a gradual apro/imação de sua desi!egração# GPois eu *os chamei e *ós ão Huises!es ou*ir?me# # # Pois eu !amb&m me rirei a *ossa mor!eI e >ombarei de *ós Huado *ossos !emores se reali>aremI Huado *os assal!ar a calamidade repe!ia e a mor!e *os colher como um !emporalI Huado *ier sobre *ós a !ribulação e a ag7s!ia#G GA a*ersão dos simples os ma!ará e a prosperidade dos isesa!os os des!ruirá#G G Time Jesum transeuntem et non re3ertentem+ GTemei a passagem de JesusF pois ele ão re!oraG"%# Os mi!os e co!os de fadas de !odo o mudo dei/am claro Hue a recusa & essecialme!e uma recusa a reuciar =Huilo Hue a pessoa cosidera i!eresse próprio# O fu!uro ão & ecarado em !ermos de uma s&rie icessa!e de mor!es e ascime!osF e sim em !ermos da
ob!eção e pro!eção do a!ual sis!ema de ideaisF *ir!udesF obje!i*os e *a!ages# O rei $ios ma!e*e cosigo o !ouro di*ioF Huado o sacrif0cio !eria sigificado submissão = *o!ade do deus de sua sociedadeI ele preferiu aHuilo Hue cosidera*a ser a própria *a!agem eco;mica# 8F assimF ele fracassou a assução do papel Hue lhe cabia a *ida Q e *imos os efei!os calami!osos desse fracasso# A própria di*idade !orou?se seu !errorI poisF e*ide!eme!eF se cada um for o seu próprio deusF e!ão o próprio .eusF Sua *o!adeF o poder Hue des!ruiria o sis!ema egoc6!rico de cada umF se !rasformará um mos!ro# 2I 6*ed Him, do5n the nights and do5n the daysB I 6*ed Him, do5n the arches o6 the yearsB I 6*ed Him, do5n the *a0yrinthine 5ays 6 my o5n mindB and in the mist o6 tears I hid 6rom Him, and under running *aughter%2 Ui 2Fugi d]E*e, noite e diaB 9 Fugi d]E*e, ano a$>s anoB 9 Fugi d]E*e, $e*os caminhos *a0irnticos 9 a minha $r>$ria menteB e, em meio s *;grimas, 9 Escondi'me d]E*e, e so0 as torrentes de riso%2 (:% do T%) Somos perseguidosF dia e oi!eF pelo di*io ser Hue & a imagem do eu *i*o prese!e o labiri!o fechado da ossa própria psiHue desorie!ada# Os camihos para as por!as se perderamI ão há sa0da# Podemos apeas os apegarF como Sa!ãF furiosame!eF a ós mesmos e ficar o iferoI ou e!ão os sol!arF e !ermiar por ser aiHuiladosF buscado .eus# 2Ah, 6ondest, 0*indest, 5ea7est, I am He Khom thou see7estU Thou dra3est *o3e 6rom thee, 5ho dra3est /e%2 !& 2Ah, > mais to*o, insensato e 6raco dos homens, 9 Sou A8ue*e a Wuem $rocurasU 9 E$u*sas o amor de ti, 8ue e$u*sas a mim%2 (:% do T%) A mesma *o> mis!eriosa e dilacera!e seria ou*ida o chamado do deus grego Apoio = ifa em fugaF .afeF filha do rio PeeuF Huado a perseguia a pla0cie# GB ifaF ó filha de PeeuF ficai_GF disse?lhe a di*idade Q !al como o sapo para a pricesa do co!o de fadasI G8u Hue *os persigo ão sou iimigo# 2ão sabeis de Huem fugis e por isso fugis# Correi mais de*agarF eu *os imploroF e i!errompei *ossa fuga# 8u !amb&m *os seguirei mais de*agar# Ou melhorF parai e pergu!ai Huem *os ama#G G8le !eria di!o maisGF di> a his!óriaF Gmas a ifa seguiu amedro!ada seu camiho e o dei/ou sem !ermiar eF mesmo a fugaF era bela# O *e!o lhe despiu os membrosF as brisas agi!aram?lhe as *es!es e os cabelos# Sua bele>a foi realçada pela fuga# $as a perseguição es!a*a por chegar ao fimF pois o jo*em deus já ão perderia seu !empo com pala*ras eF mo*ido pelo amorF correu a !oda a *elocidade# Como um cão de caça Hue *6 uma lebre em campo aber!o e Hue persegue a presa com a rapide> de um raioF eHua!o a lebre busca seguraça Q eleF pres!es a apro/imar?se delaF cr6 já !6?la alcaçado e já lhe !oca os calcahares com o fociho es!edidoI elaF sem saber se foi ou ão pegaF escapa por pouco =s afiadas presasF dei/ado para !rás suas mad0bulas QF assim correram o deus e a ifaF ele mo*ido pela esperaçaF e elaF pelo medo# $as ele corria mais rapidame!eF le*ado pelas asas do amorF sem lhe dar !empo para descasarF debruçado?se sobre os ombros em fuga e cheirado?lhe os cabelos Hue lhe ca0am pela uca# As forças da ifa se esgo!aramF e es!aF pálida de medo e comple!ame!e e/aus!a pelo esforço de sua desabalada carreiraF *edo as águas do pai as pro/imidadesF e/clamou: WB paiF ajudai?me_ Se há em *ossas águas di*idadeF !rasformai e des!ru0 essa bele>a Hue me dá esse eca!o e/cessi*oW# Tão logo implorouF eis Hue um irresis!0*el e!orpecime!o !omou?lhe co!a dos membros e ela se *iu e*ol*ida por uma fia casca# Seu cabelo foi !rasformado em folhasF seus braçosF em ramos# Os p&sF agora mui!o rápidosF !rasformaram?se em profudas ra0>es e a cabeçaF em copa de ár*ore# -es!ou apeas sua respladece!e bele>a#G )1 8isF com efei!oF um fial doloroso e sem recompesas# ApoioF o solF sehor do !empo e do amadurecime!oF ão co!iuou sua assus!adora perseguiçãoI em lugar dissoF apeas !orou o loureiro sua ár*ore fa*ori!a eF iroicame!eF recomedou o uso de suas folhas para a
fei!ura das coroas de *i!ória# A moça se refugiou a imagem do pai e ali eco!rou pro!eção Q !al como o marido fracassadoF impedido pelo seu soho de amor ma!ero de *i*er em uião com a mulher "5# A li!era!ura psicaal0!ica aprese!a abuda!es e/emplos dessas fi/açMes desesperadas# 8ssas fi/açMes represe!am uma impo!6cia em abadoar o ego ifa!ilF com sua esfera de relacioame!os e ideais emocioais# 8s!amos aprisioados pelos muros da ifciaI o pai e a mãe são guardiães das *ias de acessoF e a a!emori>ada almaF !emedo alguma puição "DF ão cosegue passar pela por!a e alcaçar o ascime!o o mudo e/!erior# O dr# Jug rela!ou um soho Hue se assemelha mui!o es!rei!ame!e = imagem do mi!o de .afe# O sohador & o mesmo jo*em Hue es!e*e (su$ra, p# 5(L a !erra dos careiros Q is!o &F a !erra da deped6cia# Uma *o> de!ro dele di>: GPrimeiro de*o afas!ar?me do paiGI eF algumas oi!es depois: GUma cobra !raça um c0rculo em !oro do sohador e ele permaece como uma ár*oreF preso = !erraG "E# Tra!a?se de uma imagem do c0rculo mágico !raçado pelo poder do dragão em !oro da persoalidade do pai obje!o da fi/ação "Z# ruhildaF da mesma formaF !e*e sua *irgidade pro!egidaF aprisioada em sua codição de filha dura!e aosF pelo c0rculo de fogo do superpaiF o!a# 8la dormiuF alijada do !empoF a!& a chegada de Siegfried# riar -ose Ka ela AdormecidaL foi pos!a para dormir por uma bru/a má Kuma imagem icoscie!e de mãe máL# 8 ão apeas elaF mas !odo o seu mudoF adormeceuI masF por fimF Gapós mui!os e mui!os aosGF um pr0cipe a desper!ou# GO rei e a raiha Ka imagem coscie!e dos pais bosLF Hue acaba*am de chegar e e!ra*am o *es!0buloF adormeceramF eF com elesF !odo o reio# Os ca*alos dormiam os es!ábulosF os cãesF os caisF os pombosF o !elhadoF as moscasF as paredes# O fogo Hue ardia a lareira aume!ou e se e/!iguiu e o assado parou de e/alar# 8 o co>iheiroF Hue es!a*a pres!es a pu/ar as orelhas do au/iliar porHue es!e ha*ia se esHuecido de algoF dei/ou?o ir e adormeceu# 8 o *e!o parou e ehuma folha se me/ia as ár*ores# 8F em !oro do palácioF começou a crescer um espiheiroF Hue a cada ao aume!a*a e Hue !ermiou por cobrir !odo o reio# 8le se ele*ou acima do cas!eloF de modo Hue ada mais se *iaF em mesmo o ca!a?*e!o o !elhado#G %[ Uma cidade persaF cer!a *e>F foi Gemparedada a pedraG Q o rei e a raihaF os soldadosF os habi!a!esF !odos Q porHue seu po*o recusou o chamado de Alá %"# A esposa de ,o! !orou? se uma es!á!ua de sal porHue olhou para !rás Huado era re!irada da cidade por Jeo*á %%# á aida a his!ória do Judeu 8rra!eF codeado a permaecer a !erra a!& o .ia do Ju0>oF por !er di!oF Huado Cris!o passa*a por ele carregado a cru>F em meio =s pessoas Hue se pos!a*am ao logo do camiho: G$ais rápido_ Um pouco mais rápido_G O Sal*adorF ão recohecido e isul!adoF *irou?se e lhe disse: G9ouF mas esperarás por mim a!& Hue eu re!oreG %'# Algumas das *0!imas se ma!6m efei!içadas para sempre Kpelo meos a!& ode chega osso cohecime!oLF mas ou!ras es!ão des!iadas a ser sal*as# ruhilda foi preser*ada para o seu herói e riar -ose foi sal*a por um pr0cipe# .a mesma formaF o jo*em !rasformado em ár*ore mais !arde sohou com a mulher descohecida Hue idica*a o camihoF como um mis!erioso guia de camihos descohecidos %(# 2em !odos os Hue hesi!am se perdem# A psiHue reser*a mui!os segredosF Hue só são re*elados Huado ecessário# 8 assimF =s *e>esF o cas!igo Hue se segue a uma recusa obs!iada ao chamado mos!ra ser a ocasião da pro*idecial re*elação de algum pric0pio isuspei!ado de liberação# A i!ro*ersão *olu!áriaF a realidadeF & uma das marcas clássicas do g6io criador e pode ser empregada deliberadame!e# 8la impulsioa as eergias ps0Huicas para as camadas profudas e a!i*a o co!ie!e perdido das images icoscie!es ifa!is e arHue!0picas# O resul!adoF com efei!oF pode ser uma desi!egração mais ou meos comple!a da cosci6cia KeuroseF psicose: o des!io de .afe efei!içadaLI masF por ou!ro ladoF se a persoalidade for capa> de absor*er e i!egrar as o*as forçasF e/perime!ará um grau Huase sobre?humao de au!ocosci6cia e de au!oco!role superiores# Tra!a?se de um pric0pio básico das disciplias idiaas da ioga# Tamb&m foi o camiho de mui!os esp0ri!os cria!i*os do Ocide!e %1# 8la ão
pode ser descri!aF a *erdadeF como respos!a a ehum chamado espec0fico# Tra!a?se a!es de uma deliberada e e/!raordiária de!ermiação de só dar a mais profudaF ele*ada e rica respos!a = e/ig6ciaF aida descohecidaF de algum *a>io i!erior e/pec!a!eI uma esp&cie de recusa !o!alF ou rejeição dos !ermos de *ida oferecidos# Como resul!adoF algum poder de !rasformação le*a o problema a um plao de o*as magi!udesF ode ele & s7bi!a e fialme!e resol*ido# á um aspec!o do problema do herói Hue es!á ilus!rado a prodigiosa a*e!ura das 2oi!es rabesF a do pr0cipe `amar al?\ama e da pricesa udur# O jo*em e belo pr0cipeF filho 7ico do rei Shahrima da P&rsiaF recusou persis!e!eme!e as repe!idas suges!MesF pedidosF e/ig6cias eF fialme!eF ijuçMes do pai para Hue seguisse o camiho ormal e desposasse uma mulher# .a primeira *e> Hue o assu!o lhe foi aprese!adoF o rapa> respodeu: GPaiF saiba Hue ão desejo casar?me e Hue meu esp0ri!o ão se iclia para as mulheresI pois sobre seus ar!if0cios e perf0dias li mui!os li*ros e ou*i mui!as co*ersas e sei mesmo o Hue disse o poe!a: G WOraF se de mulher me pergu!amF replico: Q 8m seus egócios sou um sábio raro_ uado a cabeça do homem se !ora ci>e!a e seu diheiro acabaF 2ehuma afeição se ob!&m delasW# G8 ou!ro disse: G W-ebelai?*os co!ra as mulheres e assim ser*ireis mais a AláI O jo*em Hue e!regar as r&deas =s mulheres de*e abadoar a esperaça de ele*ar?se# 8las o impedirão de buscar coisas ele*adasF ó 8/celsoF 8 o pri*arão de mil aos de es!udo da ci6cia e da sabedoriaW#G 8F !edo !ermiado seus *ersosF prosseguiu: GPaiF o casame!o . algo com Hue jamais cose!ireiI ãoF mesmo Hue eu beba do cálice da mor!eG# uado ou*iu essas pala*ras do filhoF o sul!ão Shahrima *iu a própria *is!a !ur*ar?se e se echeu de !ris!e>aI o e!a!oF graças ao grade amor Hue !iha pelo filhoF desis!iu de di>er?lhe Huais eram seus desejosF ão se mos!rou irado e cercou?o de cuidados# Um ao depoisF o pai *ol!ou a !ocar a Hues!ãoF mas o jo*em persis!iu a recusaF ci!ado mais *ersos dos poe!as# O rei cosul!ou o *i>ir e o miis!ro lhe deu o segui!e coselho: GB reiF esperai ou!ro ao eF se *os for peoso !ra!ar com ele da Hues!ão do casame!oF ão lhe faleis em par!icularF mas dirigi?*os a ele um mome!o de cerim;ia p7blicaF Huado !odos os emires e *i>ires es!i*erem em *ossa preseça com !odo o e/&rci!o# 8F Huado !odos es!i*erem reuidosF madai chamar *osso filhoF `amar al?\amaI Huado ele chegarF falai?lhe da Hues!ão da casame!o dia!e dos *i>ires e persoalidades impor!a!esF oficiais do 8s!ado e capi!ãesI pois ele cer!ame!e se se!irá e*ergohado e cos!ragido pela preseça deles e ão se a!re*erá a opor?se = *ossa *o!adeG# Toda*iaF Huado chegou o mome!o e o rei Shahrima deu a ordem dia!e da assembl&iaF o pr0cipe balaçou a cabeça por algum !empoI e!ão le*a!ou?a a direção do pai eF mo*ido pela loucura da ju*e!ude e pela igorcia da ifciaF replicou: GJuro Hue jamais me casareiI ãoF mesmo Hue eu beba do cálice da mor!e_ ua!o a *ósF !edes grade idade e peHuea sabedoriaI pois ão me Hues!ioas!esF por duas *e>esF a!es des!a ocasiãoF sobre o assu!o do casame!oF !edo eu recusado o cose!ime!oR SimF cer!ame!e o fi>es!es# 2ão sois capa> de go*erar em mesmo um rebaho de careiros_G Assim di>edoF `amar al? \ama re!irou as mãos das cos!as e arregaçou as magas dia!e do paiF !omado de f7riaI al&m dissoF disse mui!as coisas ao seu sehorF sem saber o Hue fa>iaF !al a per!urbação do seu esp0ri!o# O rei ficou cofuso e e*ergohadoF pois isso ocorria a preseça dos seus digi!ários e chefes de armasF reuidos uma grade ocasião fes!i*a e cerimoiosa do 8s!adoI masF imedia!ame!eF imbu0do da majes!ade do cargoF o rei replicou ao filhoF fa>edo?o !remer# 8 e!ão chamou os guardas Hue se eco!ra*am dia!e dele e ordeou: GPredam?o_G V eles se apro/imaramF puseram?lhe as mãos em cimaF prededo?oF e o le*aram aos p&s do seu sehorF Hue lhes ordeou Hue lhe ma!i*essem os co!o*elos para !rás eF essa posiçãoF o fi>essem
ficar dia!e de sua preseça# 8 o pr0cipe bai/ou a cabeçaF !emeroso e apreesi*oF com a !es!a e a face molhadas e go!eja!es de suorI a *ergoha e a cofusão o per!urba*am profudame!e# 8 o seu pai o recrimiouF dirigiu?lhe improp&riosF e e/clamou: GAmaldiçoado sejasF filho do adul!&rio e u!ridor da abomiação_ Como ousas respoder?me dessa forma dia!e dos meus capi!ães e soldadosR Pois se a!& agora ão recebes !e ehum cas!igo_ Acaso ão sabes Hue o Hue fi>es!e seria a desgraça de HualHuer s7di!o meuRG 8 o rei ordeou aos seus mamelucos Hue o amarrassem e o aprisioassem uma das masmorras da cidadela# 8 os mamelucos codu>iram o pr0cipe e o prederam uma *elha !orreF a Hual ha*ia um gas!o salão em cujo ce!ro se eco!ra*a uma fo!e em ru0asF eF !edo?o *arrido e limpado o !elhadoF colocaram um ca!re eF eleF um colchãoF um cober!or e um !ra*esseiro# 8 ali colocaram um grade lume e um cadeeiro de ceraF pois o local era escuroF mesmo dura!e o dia# Por fimF os mamelucos le*aram `amar al?\a?ma para o c;modoF dei/ado um euuco = por!a# .epois de !udo issoF o pr0cipe a!irou?se sobre o ca!reF amargurado e com um peso o coraçãoF culpado?se a si mesmo e arrepededo?se de sua codu!a ijuriosa para com o pai# 8Hua!o issoF o dis!a!e imp&rio da ChiaF a filha do rei @haNurF Sehor das )lhas e dos $ares e dos Se!e PaláciosF passa*a por e/peri6cia semelha!e# uado sua bele>a se !orara cohecida e seu ome e fama correram os pa0ses pró/imosF !odos os reis se dirigiram ao seu pai e a pediram em casame!o# 8le a cosul!ara sobre o assu!oF mas ela demos!rara desgos!o a!& com a pala*ra Gcasame!oG: GO meu paiGF respodera elaF Gão pre!edo casar? meI ãoF de forma algumaI pois sou uma sehora soberaa e uma raiha suseraa Hue reia sobre homesF e ão desejo um homem Hue reie sobre mimG# 8F Hua!o mais ela recusa*a pre!ede!esF !a!o mais aume!a*a a asiedade delesF e !oda a reale>a das ilhas i!eras da Chia lhe e*ia*a prese!es e raridadesF assim como car!as Hue a pediam em casame!o# 8 o rei a pressioou repe!idas *e>esF acoselhado?a sobre a Hues!ão# $as ela sempre op;s uma obs!iada resis!6cia = id&ia e !ermiou por *ol!ar?se para eleF iradaF e/clamado: GB meu paiF se me falardes ou!ra *e> de ma!rim;ioF irei para o Huar!oF !omarei de uma espada eF fi/ado?lhe o cabo o soloF *ol!arei sua po!a para o meu *e!re e a pressioareiF a!& Hue me a!ra*esse e me ma!eG# OraF Huado ou*iu essas pala*rasF o rei *iu !ur*ar?se sua *is!aF e seu coração se echeu de um doloroso fogoF como se es!i*esse em chamasF pois !emeu Hue ela se ma!asseI e ficou perple/o com sua a!i!ude dia!e dos reis seus pre!ede!es# 8 disse?lhe: GSe es!á de!ermiada a ão !e casares e se ão mudas de opiiãoF abs!&m?!e de sair e de e!rarG# 8 ele a colocou uma casa e a predeu um Huar!oF colocado de> aciãs a guardá?laF e a proibiu de ir aos Se!e Palácios# Al&m dissoF fe> saber Hue es!a*a desco!e!e com a filha e e*iou car!as a !odos os reisF comuicado?lhes Hue ela ha*ia sido a!igida pela loucura !ra>ida pelos 6ios%5# Tedo o herói e a hero0a seguido o camiho ega!i*oF e !edo eles e!re si o co!ie!e asiá!icoF será ecessário um milagre para cosumar a uião desse par e!erame!e predes!iado# A!& ode pode um !al poder chegar para Huebrar o eca!o Hue ega a *ida e acabar com a ira dos dois pais per!ece!es ao ui*erso da ifciaR A respos!a a essa pergu!a seria a mesma em !odas as mi!ologias do mudo# PoisF como es!á iscri!o !ão freHe!eme!e as sagradas págias do Corão: GV poderoso o !rabalho de sal*ação de AláG# A 7ica Hues!ão reside o mecaismo de operação do milagre# 8 esse & um segredo Hue só será des*elado os es!ágios segui!es dessas 2oi!es rabes#
'# au*io so0renatura* Para aHueles Hue ão recusaram o chamadoF o primeiro eco!ro da jorada do herói se dá com uma figura pro!e!ora KHueF com freH6ciaF & uma aciã ou um aciãoLF Hue forece ao a*e!ureiro amule!os Hue o pro!ejam co!ra as forças !i!icas com Hue ele es!á pres!es a deparar?se#
Uma !ribo do les!e africaoF os achagas de TagaicaF por e/emploF co!a a his!ória de um homem mui!o pobreF chamado `Na>imbaF HueF em desesperoF se p;s a buscar a !erra em Hue asce o sol# Após !er *iajado logame!eF aba!ido pelo casaçoF o homem ficou simplesme!e paradoF olhado sem esperaças em direção ao local Hue busca*a# .e repe!eF percebeu Hue algu&m se apro/ima*a por !rás dele# 9ol!ou?se e *iu uma peHuea mulher decr&pi!a# 8la se apro/imou e Huis saber o Hue ele fa>ia# uado ele lhe disseF ela o e*ol*eu em suas *es!es eF afas!ado?se *elo>me!e da !erraF !raspor!ou?o ao >6i!eF ode o sol descasa ao meio?dia# 8 e!ãoF uma grade bulhaF um grade grupo de homes *eio do les!e para aHuele lugar# 2o meio deles ha*ia um ilus!re chefe HueF Huado o homem chegouF aba!eu um boi e se!ou?se para comemorar com seus compaheiros# A aciã pediu a ajuda do chefe para `Na>imba# O chefe o abeçoou e o madou para casa# .i>?se Hue `Na>imba *i*eu em prosperidade desde e!ão%D# 8!re os 0dios americaos do sudoes!eF a persoagem fa*ori!a Hue desempeha esse papel beigo & a $ulher?Araha Q uma peHuea sehoraF com apar6cia de a*óF Hue *i*e debai/o da !erra# Os .euses @6meos da @uerra dos 2a*ajosF Huado se dirigiam para a casa do seu paiF o SolF pouco depois de par!irem de sua casaF seguido uma !rilha sagradaF cru>aram com essa prodigiosa peHuea figura: GOs garo!os seguiam rapidame!e pela !rilha sagrada eF pouco depois de o sol se le*a!arF per!o de .silao!ilF *iram fumaça se ele*ado da !erra# 8les se dirigiram para o local de ode a fumaça se ele*a*a e *iram Hue ela *iha da chami& de uma cmara sub!errea# Uma escadaF eegrecida pela fumaçaF se proje!a*a da chami Olhado para a cmaraF *iram uma aciãF a $ulher?ArahaF Hue os mirou e disse: Wem?*idasF criaças# 8!rem# uem são *oc6s e de ode *ieramF camihado ju!asRW 8les ão respoderamF mas desceram a escada# uado alcaçaram o soloF ela mais uma *e> lhes falouF pergu!ado: WPara ode *ão *oc6sF camihado ju!osRW WPara ehum lugar em par!icularWF eles respoderamF Wchegamos aHui porHue ão !0hamos ou!ro lugar para ir#W 8la fe> a pergu!a Hua!ro *e>es e sempre ob!e*e uma respos!a semelha!e# 8 e!ão disse: WSerá Hue *oc6s es!ão procurado seu paiRW WSimWF respoderam elesF Wse pelo meos soub&ssemos ode ele mora#W WAh_WF disse a mulherF W& um camiho logo e perigoso o Hue le*a = casa de seu paiF o Sol# á mui!os mos!ros Hue habi!am ele e & poss0*el HueF Huado *oc6s chegarem láF o pai de *oc6s possa ão gos!ar de *6?los e os pua por !erem ido lá# 9oc6s !6m Hue passar por Hua!ro locais perigosos Q as rochas Hue esmagam o *iaja!eF os jucos Hue o fa>em em pedaçosF os cac!os Hue o re!alham e as areias escalda!es Hue o recobrem# $as eu lhes darei algo Hue *ecerá os seus iimigos e lhes preser*ará a *ida#W 8la lhes deu um amule!o chamado Wpea dos deuses alie0geasWF Hue cosis!ia em um arco com duas peas *i*as K!iradas de uma águia *i*aLF e ou!raF para preser*ar a e/is!6cia deles# 8la !amb&m lhes esiou uma fórmula mágicaF HueF se repe!ida dia!e dos iimigosF *eceria sua ira: Wai/em os p&s com póle# ai/em as mãos com póle# ai/em a cabeça com póle# 8!ão seus p&s são póleI suas mãos são póleI seu corpo & póleI sua me!e & póleI sua *o> & póle# A !rilha & bela# iHuem paradosW#G%E A aciã sol0ci!a e fada?madriha & um !raço familiar das ledas e dos co!os de fadas europeusI as ledas dos sa!os cris!ãosF o papel cos!uma ser desempehado pela 9irgemF HueF pela sua i!ercessãoF pode ob!er a misericórdia do Pai# A $ulher?ArahaF com sua redeF pode co!rolar os mo*ime!os do Sol# O herói Hue es!i*er sob a pro!eção da $ãe Cósmica ada sofrerá# O fio de Ariade !rou/e Teseu de *ol!aF com seguraçaF da a*e!ura do labiri!o# V es!e o poder orie!ador Hue permeia a obra de .a!eF represe!ado as figuras femiias de ea!ri> e da 9irgemI ele aparece o Fausto de @oe!heF sucessi*ame!eF como @re!cheF elea de Tróia e a 9irgem# GVs a fo!e *i*a da esperaçaGF lou*a .a!eF ao fial de sua passagem segura pelos perigos dos Tr6s $udos: GSehoraF &s !ão gradeF !ão poderosaF Hue pedir graças ao c&uF sem !eu au/0lioF & o mesmo Hue desejar *oar sem dispor de asas# Tua beigidade ão socorre uicame!e a Huem oraF pedidoI mas a!esF *e>es sem co!aF
a!ecipa o pedido e a prece# 8m !i misericórdiaF piedadeF muific6cia es!ão somadas a !a!a bodade Hua!o possa e/is!irF ju!aF em !odas as cria!urasG %Z# 8ssa figura represe!a o poder beigo e pro!e!or do des!io# A fa!asia & uma gara!ia Q uma promessa de Hue a pa> do Para0soF cohecida pela primeira *e> o i!erior do 7!ero ma!eroF ão se perderáF de Hue ela supor!a o prese!e e es!á o fu!uro e o passado K& !a!o ;mega Hua!o alfaL e de HueF embora a oipo!6cia possa parecer ameaçada pela passagem de limiares e pelos desper!ares da *idaF o poder pro!e!or es!áF para !odo o sempreF prese!e ao sa!uário do coraçãoF e a!& imae!e aos eleme!os ão familiares do mudoF ou apeas por !rás deles# as!a saber e cofiarF e os guardiães i!emporais surgirão# Tedo respodido ao seu próprio chamadoF e prosseguido corajosame!e coforme se deserolam as coseH6ciasF o herói eco!ra !odas as forças do icoscie!e do seu lado# $ãe 2a!ure>aF ela própriaF dá apoio = prodigiosa !arefa# 8F Huado a ação do herói coicide com a ação para a Hual sua própria sociedade es!á pro!aF ele parece seguir o grade ri!mo do processo his!órico# GSe!i? meGF disse 2apoleão o i0cio de sua campaha russaF Gle*ado a direção de um obje!i*o Hue eu descohecia# Assim Hue o alcaçasseF assim Hue eu me !orasse desecessárioF bas!aria um á!omo para me derro!ar# A!& e!ãoF ehuma força da humaidade poderia agir co!ra mim#G '[ 2ão & !ão icomum Hue o ajuda!e sobrea!ural assuma a forma masculia# 2os co!os de fadasF pode se !ra!ar de algum ser Hue habi!e a flores!aF algum mágicoF eremi!aF pas!or ou ferreiroF Hue aparece para forecer os amule!os e o coselho de Hue o herói precisará# As mi!ologias mais ele*adas dese*ol*em o papel a grade figura do guiaF do mes!reF do barHueiroF do codu!or de almas para o al&m# 2o mi!o clássicoF esse guia & ermes?$erc7rioI o mi!o eg0pcioF cos!uma ser To! Ko deus em forma de 0bisF o deus em forma de babu0oLI eF a mi!ologia cris!ãF o 8sp0ri!o Sa!o '"# @oe!he aprese!a o guia masculioF o Fausto, como $efis!ófeles Q e ão & icomum Hue o aspec!o perigoso da figura GmercurialG seja efa!i>adoI pois ele & o codu!or do esp0ri!o ioce!e para os reios da pro*ação# 2a *isão de .a!eF o papel & desempehado por 9irg0lioF Hue o passa para ea!ri> o limiar do Para0so# Pro!e!or e perigosoF ma!eral e pa!eralF a um só !empoF esse pric0pio sobrea!ural do age!e de pro!eção e orie!ação re7e em si !odas as ambigidades do icoscie!e Q e por isso sigifica o apoio dado = ossa persoalidade coscie!e por par!e des!e sis!ema mais amplo eF ao mesmo !empoF o cará!er iescru!á*el do guia Hue seguimosF o Hue represe!a um perigo para !odos os ossos fis racioais '%# O herói ao Hual esse !ipo de au/iliar aparece &F !ipicame!eF o herói Hue a!edeu ao chamado# O chamado foiF a *erdadeF o primeiro a7cio do aparecime!o desse sacerdo!e iicia!ório# $as mesmo =Hueles Hue edureceram seu coraçãoF o guardião pode aparecerI poisF como *imos: GV poderoso o !rabalho de sal*ação de AláG# 8 assim aco!eceuF como se por acasoF de ha*erF a *elha e deser!a !orre ode `amar al? \amaF o pr0cipe persaF es!a*a dormidoF uma *elha fo!e romaa ''F habi!ada por uma JiiNah descede!e de )blisF o $aldi!o# 8ssa JiiNahF chamada $aNmuahF era irmã de Al? .imirN!F um reomado rei dos Ji '(# 8 eHua!o `amar al?\ama co!iua*a a dormir a!& a primeira *ig0lia o!uraF $aNmuah saiu da fo!e romaaF buscado obser*ar o firmame!oF pesado em ou*ir em segredo a co*ersa dos ajosI masF Huado chegou = boca da fo!e e *iu um lume brilhado a !orreF o Hue ão era cos!umeiroF ficou admiradaI e!ão apro/imou? seF abriu a por!a e *iu Hue ali ha*ia um ca!reF o Hual es!a*a uma forma humaaF com um cadeeiro de cera aceso per!o da cabeça e o lume aos p&s# 8la ecolheu as asasF parou per!o da cama eF ao afas!ar a cober!aF descobriu a face de `amar al?\ama# icou imó*elF dura!e !oda uma horaF cheia de simpa!ia e de eca!ame!o# GAbeçoado seja AláGF e/clamou $aNmuahF Huado se recuperouF Go mais al!o Criador_GF pois ela era um dos Ji *erdadeirame!e cre!es#
Gra3ura III Q A mãe dos deuses (:ig.ria)
Gra3ura IQ Q A di3indade em traMe de guerra (4a*i) 8 ela prome!eu a si mesma Hue ão faria mal a `amar al?\ama e ficou preocupada com a possibilidade de eleF dei!ado aHuele lugar deser!oF ser mor!o por um dos pare!es delaF os $áridas'1# )cliado?se sobre o pr0cipeF ela o beijou a região e!re os olhos e em seguida cobriu?lhe ou!ra *e> a faceI depois dissoF abriu as asas e ele*ou?se o arF *oado a!& se apro/imar do mais bai/o dos c&us# OraF Huis o acaso ou o des!io Hue a )fri!ah $aNmuah subi!ame!e ou*isseF as pro/imidadesF o ruidoso som do ba!er de asas# .irigido?se pelo somF descobriu Hue ele era produ>ido por um )fri! chamado .ahash# 8 ela desceu sobre ele como uma águiaF e eleF Huado a *iu e descobriu ser ela $aNmuahF irmã do rei dos JiF a!emori>ou?seF ficou com os m7sculos !r6mulos e lhe implorou Hue o poupasse# $as ela o obrigou a di>er de ode *iha =Huela hora da oi!e# 8le disse Hue re!ora*a das )lhas do $ar )!eriorF a ChiaF dos dom0ios do rei @haNurF Sehor das )lhas e dos $ares e dos Se!e Palácios# G,áGF disse eleF G*i a filha do reiF a mais bela mulher já criada por Alá#G 8 passou a elogiar com e!usiasmo a pricesa udur# GSeu ari>GF disse eleF Gse assemelha ao gume de
uma lmia polidaI as faces são como *iho !i!o ou a6moas cor de sagueI os lábios !ra>em o brilho do coral e da coraliaI o mel de sua boca & mais doce Hue o *iho e*elhecidoI seu sabor e/!iguiria o mais for!e fogo do ifero# Sua l0gua & mo*ida pelo mais al!o grau do esp0ri!o e pela respos!a pro!a e egehosaI o colo & sedução para !odos os Hue o *ejam Kglória Huele Hue o cos!ruiu e lhe deu acabame!o_LI eF ju!osF há !amb&m dois sua*es e redodos a!ebraçosI como disse dela o poe!a Al?alaha: W8la !em pulsos HueF se as pulseiras ão co!i*essemF Sairiam de suas magas em chu*a de pra!aW#G A celebração da bele>a da pricesa prosseguiuF e Huado !ermiou de ou*ir !udo aHuiloF $aNmuah ficou em sil6cioF assombrada# .ahash co!iuouF descre*edo o poderoso reiF pai da pricesaF e seus paláciosF e co!ou !amb&m a his!ória da recusa de sua filha em casar? se# G8 euGF disse eleF Gó miha sehoraF *ou *6?la !odas as oi!es e me alime!o com a *isão de seu ros!o e a beijo e!re os olhosI eF de*ido ao amor Hue !eho por elaF ão lhe faço ehum mal#G 8le Hueria Hue $aNmuah fosse com ele a!& a Chia e *isse a bele>aF o eca!oF a es!a!ura e a perfeição das proporçMes da pricesa# G8 depois dissoF se HuiseresGF disse eleF Gcas!iga?me ou escra*i>a?meI pois cabe a !i codear ou perdoar#G $aNmuah ficou idigada por *er Hue algu&m !iha coragem de e/al!ar HualHuer ou!ra cria!ura do mudoF depois de ela !er *is!o `amar al?\ama# G$e!ira_ me!ira_GF ela e/clamou# 8la >ombou de .ahash e lhe deu !apihas o ros!o# G2a *erdadeF *i es!a oi!e um jo*emGF disse elaF Ga HuemF se *issesF mesmo em sohoF ficarias paralisado de admiraçãoF e a sali*a escorreria de !ua boca#G 8 ela co!ou sua his!ória# .ahash e/pressou sua descreça de Hue algu&m pudesse ser mais belo Hue a pricesa udurF e $aNmuah ordeou Hue ele descesse com ela e obser*asse# GOuço e obedeçoGF disse .ahash# 8 eles desceram e foram ao salão# $aNmuah fe> .ahash pos!ar?se ao lado da camaF es!edeu a mão e afas!ou o cober!or de seda do ros!o de `amar al?\amaI o ros!o dele respladeceuF relu>iuF !remelu>iu e irradiou?se como o sol asce!e# 8la o obser*ou por um mome!o e e!ão *ol!ou?se durame!e para .ahash e disse: GOlhaF ó maldi!oF e ão sejas o mais despre>0*el dos loucosI sou uma do>elaF eF o e!a!oF ele se apossou de repe!e do meu coraçãoG# G$iha sehoraF por AláF es!ás cober!a de ra>ãoGF declarou .ahashI Gmas há uma ou!ra coisa a ser cosideradaF is!o &F Hue a mulher & difere!e do homem# Pelo poder de AláF esse !eu amado &F de!re !odas as coisas criadasF o Hue mais se apro/ima da miha amada em bele>aF eca!oF graça e perfeiçãoI e & como se os dois !i*essem sido fei!os um mesmo molde#G Ou*ido essas pala*rasF $aNmuah *iu sua *is!a !ur*ar?se e desferiu !amaho golpe a cabeça de .ahashF com a asaF Hue Huase lhe acabou com a *ida# G8u !e cojuroGF ordeouF Gpela lu> da gloriosa graça do meu amorF *ai imedia!ame!eF ó maldi!oF e !ra>e aHui essa moça Hue amas !ão fer*orosa e !olame!eF e re!ora imedia!ame!eF para Hue os possamos colocar lado a lado e obser*á?los eHua!o dormemI e assim *eremos Hual . o melhor e mais boi!o dos dois#G 8F desse modoF graças a algo Hue ocorria uma região de cuja e/is!6cia `amar al?\ama es!a*a i!eirame!e icoscie!eF em sua a!i!ude de recusar a *idaF seu des!io começou a cumprir?seF sem a cooperação de sua *o!ade coscie!e ?# %
&% A $assagem $e*o $rimeiro *imiar Tedo as persoificaçMes do seu des!io a ajudá?lo e a guiá?loF o herói segue em sua a*e!ura a!& chegar ao Gguardião do limiarGF a por!a Hue le*a = área da força ampliada# 8sses defesores guardam o mudo as Hua!ro direçMes Q assim como em cima e embai/o QF marcado os limi!es da esfera ou hori>o!e de *ida prese!e do herói# Al&m desses limi!esF es!ão as !re*asF o descohecido e o perigoF da mesma forma comoF al&m do olhar pa!eralF há perigo para a criaça eF al&m da pro!eção da sociedadeF perigo para o membro da !ribo# A pessoa comum es!á mais do Hue co!e!eF !em a!& orgulhoF em permaecer o i!erior dos limi!es idicadosF e a creça popular lhe dá !odas as ra>Mes para !emer !a!o o primeiro passo a direção do ie/plorado# AssimF os mariheiros dos grades a*ios de ColomboF ampliado o hori>o!e a me!e medie*al Q a*egadoF como pesa*amF para o oceao sem limi!es do ser imor!al Hue cerca o cosmosF !al como uma i!ermiá*el serpe!e mi!ológica Hue morde a própria cauda'D QF !i*eram de ser guiados e co!roladosF como se fossem criaçasF porHue !emiam os le*ia!ãsF as sereiasF lagar!os e ou!ros mos!ros das profude>as de Hue fala*am as fábulas# As mi!ologias folclóricas po*oam com *elhacas e perigosas preseças !odos os locais deser!os fora das *ias ormais da cidade# Por e/emploF os o!e!o!es descre*em um ogro Hue de *e> em Huado era eco!rado e!re os arbus!os e duas# Seus olhos es!ão a sola dos p&sF de maeira HueF para saber o Hue es!á aco!ecedoF ele !em Hue ajoelhar?se sobre as mãos e joelhos e le*a!ar um p 8F assimF o olho mira para !rásI Huado isso ão ocorreF fica olhado co!iuame!e o c&u# 8sse mos!ro & um caçador de homesF a Huem fa> em pedaços com de!es cru&isF logos como dedos# .i>?se Hue a cria!ura caça em bado 'E# Ou!ra aparição ho!e!o!eF o airuriF camiha pulado mo!es de arbus!osF em lugar de circudá?los 'Z# Uma perigosa figuraF de uma só peraF um só braço e um só lado Q o meio?homem QF i*is0*el se obser*ado de ladoF & eco!rada em mui!os lugares da Terra# 2a frica ce!ralF di>?se Hue esse meio?homem di> para a pessoa Hue o eco!rar: GJá Hue *oc6 me eco!rouF *amos brigarG# Se perderF implora: G2ão me ma!e# 8u lhe mos!rarei mui!os rem&diosGI eF assimF a pessoa de sor!e se !ora um proficie!e m&dico# $asF se o meio?homem Kchamado chiru5i, Gcoisa mis!eriosaGL *ecerF sua *0!ima morre ([# As regiMes do descohecido Kdeser!oF sel*aF fudo do marF !erra es!rahaF e!c#L são campos li*res para a projeção de co!e7dos icoscie!es# A *i0ido ices!uosa e o destrudo pa!ricidaF por cosegui!eF se refle!em co!ra o idi*0duo e sua sociedade sob formas Hue sugerem ameaças de *iol6cia e fa!asias de delei!e perigoso Q ão apeas de ogrosF mas !amb&m de sereias de bele>a mis!eriosame!e os!álgica e sedu!ora# Os campoeses russos cohecemF por e/emploF as Gmulheres sel*agesG da flores!aF Hue habi!am as ca*eras das mo!ahasF ode ma!6m casas como seres humaos# São mulheres boi!asF de belos ros!osF bem?!alhadosF abuda!es cachos de cabelo e corpos peludos# 8las pMem os seios sobre os ombros Huado correm e Huado alime!am os filhos# 9i*em em grupos# Com uge!os preparados com ra0>es sil*es!resF podem u!ar?se e !orar?se i*is0*eis# @os!am de daçar ou fa>er cócegasF a!& le*ar = mor!e as pessoas Hue adam so>ihas pela flores!a# 8 !odos os Hue por acaso se apro/imarem de suas fes!as daça!es i*is0*eis morrem# Por ou!ro ladoF Huado algu&m lhes dá comidaF elas ajudam a colhei!aF fiamF cuidam de criaças e limpam a casaI eF se uma garo!a fi>er fios para Hue elas fiemF dar?lhe?ão folhas Hue *iram ouro# @os!am de se casar com humaosF mui!as já se casaram com jo*es campoesesF eF pelo Hue se di>F são e/cele!es esposas# $asF como !odas as oi*as sobrea!uraisF o mome!o em Hue o marido fa> a m0ima ofesa =s suas oçMes e/!ra*aga!es do compor!ame!o cojugai adeHuadoF elas desaparecem sem dei/ar *es!0gios ("# Um ou!ro e/emploF Hue ilus!ra a associação libidiosa do perigoso ogro maligo com o pric0pio da seduçãoF & .ieducha 9odiaoiF o GA*; da guaG russo# 8le & um hábil me!amorfoF eF pelo Hue se di>F afoga as pessoas Hue adam = meia?oi!e ou ao meio?dia# Casa
com as garo!as afogadas e deserdadas# Tem um !ale!o especial para lisojear mulheres ifeli>es e fa>6?las cair em suas armadilhas# @os!a de daçar em oi!es de lua cheia# Sempre Hue uma de suas esposas es!á para dar = lu>F *ai para a cidade em busca de uma par!eira# $as pode ser recohecido recohecido pela água Hue piga piga das e/!remidades e/!remidades de suas *es!es# *es!es# V cal*oF barrigudo e bochechudoF e usa roupas *erdes e um al!o bo& de jucoI pode aparecer !amb&m como um jo*em a!rae!e ou como alguma persoagem bem cohecida da comuidade# 8sse $es!re da gua ão !em poder em ou!ros ou!ros eleme!osF eleme!osF masF o seu & supremo# supremo# abi!a o fudo dos riosF riachos e lagoasF preferido ficar pró/imo de um moiho# .ura!e o diaF fica escodidoF escodidoF sob a forma de uma *elha !ru!a ou salmãoF masF = oi!eF *em = superf0cieF espadaado e pa!eado como um pei/eF para codu>ir seu gadoF seus careiros e ca*alos subaHuá!icos para fora da águaF para pas!arF ou e!ão para empoleirar?se a roda do moiho e pe!ear calmame!e os logos cabelos e a barba *erdes# 2a prima*eraF Huado sai de sua loga hiberaçãoF Huebra o gelo ao lado dos riosF empilhado grades blocos# .i*er!e?se des!ruido rodas de moiho# $asF Huado es!á de bom humorF dirige seus cardumes para as redes dos pescadores ou a*isa sobre iudaçMes Hue se apro/imam# Paga regiame!eF em ouro e pra!aF a par!eira Hue o acom acompa pah har ar## Suas Suas bela belass filh filhas asFF al!a al!asF sF páli pálida dass e de ar lg lgui uido doFF com com *es! *es!es es *erd *erdes es !raspare!esF !or!uram e a!orme!am o afogado# @os!am de se empoleirar em ár*oresF ode ca!am belas caçMes (%# O deus PãF da ArcádiaF & o mais cohecido e/emplo clássico da preseça perigosa Hue habi!a pouco al&m da >oa pro!egida das fro!eiras da cidade# Sil*ao e auo foram suas co!rapar!es la!ias ('# 8le foi o i*e!or da flau!a dos pas!oresF Hue !oca*am para as ifas daçaremI os sá!iros eram seus compaheiros masculios ((# A emoção Hue ele is!ila*a os seres humaos Hue acide!alme!e se a*e!urassem em seus dom0ios era o GpicoGF um medo s7bi!o e sem ra>ão apare!e# Assim sedoF HualHuer coisa isigifica!e Q a Huebra de um galhoF a Hueda de uma folha Q echia a me!e de um perigo imagiárioF e a *0!imaF o fre&!ico esforço para escapar do seu próprio icoscie!e agi!adoF morria de !error# $as Pã era bom para com aHueles Hue o cul!uassemF dado?lhes as b6çãos da di*ia higiee da a!ure>a: beef0cios para os fa>edeirosF criadores e pescadores Hue lhe dedicassem seus primeiros fru!os e sa7de para !odos aHueles aHueles Hue se apro/imassem de forma forma adeHuada dos seus sa!uários de cura# .a mesma formaF cocedia sabedoriaI a sabedoria de faloF o Ce!ro do $udoF podia ser dis!ribu0da a seu cri!&rio# Pois a passagem do limiar & o primeiro passo a sagrada área da fo!e ui*ersal# 2a ,ica;ia ha*ia um oráculoF dirigido pela ifa Vra!oF a Huem Pã ispira*aF !al como Apoio ispira*a as pi!oisas em .elfos# 8 Plu!arco eumera os 6/!ases dos ri!uais orgiás!icos de Pã ao lado do 6/!ase de CibeleF do freesi baca!e de .ioisoF do freesi po&!ico ispirado pelas $usasF do freesi guerreiro do deus Ares K$ar!eL eF acima de !udoF do freesi f reesi do amorF como e/emplos daHuele di*io Ge!usiasmoG Hue supera a ra>ão e libera as forças da escuridão des!ru!i*o?cria!i*a# GSo GSohe heiG iGFF afirm afirmou ou um ca*a ca*alh lhei eiro ro casa casado doFF de meia meia?id ?idad adeF eF GHue GHue Huer Hueria ia ir para para um mara*ilhoso jardim# $asF dia!e deleF ha*ia um *igia Hue ão me permi!ia a e!rada# 9i Hue miha amigaF ráulei 8lsaF es!a*a do lado de de!roI ela Hueria me alcaçar com a mão por e!re o por!ão# $as o *igia e*i!ou Hue isso aco!ecesseF pegou?me pelo braço e me le*ou para casa# WCompreedaF Q de uma *e> por !odas_WF disse ele# W9oc6 sabe Hue ão de*e fa>6?lo#W G (S 8is um soho Hue re*ela o se!ido do primeiro aspec!o do guardião do limiarF o aspec!o de pro!eção# V melhor ão desafiar o *igia dos limi!es es!abelecidos# 8F o e!a!oF some!e ul!rapassado esses limi!esF pro*ocado o ou!ro aspec!oF des!ru!i*oF dessa mesma forçaF o idi*0duo passaF em *ida ou a mor!eF para uma o*a região da e/peri6cia# 2a l0gua dos pigmeus das ilhas AdamãoF a pala*ra o7o'Mumu KGsohadorGF GaHuele Hue fala de sohosGL desiga aHueles idi*0duosF grademe!e !emidos e respei!adosF Hue se dis!iguem dos seus semelha!es graças = posse de !ale!os de cuho sobrea!uralF cuja aHuisição só se dá media!e o eco!ro com os esp0ri!os Q dire!ame!eF a flores!aF assim como por meio de
sohos e/!raordiários e/!raordiários e do processo de mor!e e re!oro (5# A a*e!ura &F sempre e em !odos os lugaresF uma passagem pelo *&u Hue separa o cohecido do descohecidoI as forças Hue *igiam o limiar são perigosas e lidar com elas e*ol*e riscosI eF o e!a!oF !odos os Hue !eham compe!6cia e coragem *erão o perigo desaparecer# 2as ilhas asF das 2o*as &bridas &bridas K$ela&siaLF se aco!ecer aco!ecer deF *ol!ado da pesca as rochasF per!o do p;r?do?solF um jo*em por acaso eco!rar Guma garo!a com a cabeça adorada por floresF Hue lhe fará aceos da ecos!a do pehasco para o Hual seu camiho o codu>F *erá ela a semelhaça com alguma garo!a de sua aldeia ou de alguma ou!ra das *i>iha *i>ihaçasI çasI ele hesi!aráF hesi!aráF de p&F e pesará Hue ela de*e ser uma mae&!B olhará com maior a!eção e obser*ará Hue seus co!o*elos e joelhos *iram?se para o lado co!rárioI isso re*elará a *erdadeira a!ure>a da moçaF e ele fugirá# Se o jo*em puder golpear a sedu!ora com uma folha de draceaF ela *ol!ará = sua *erdadeira formaF e uma cobra desli>aráG# $as essas mesmas cobrasF as mae, Hue !a!o !emor desper!amF !oram?seF segudo se acredi!aF familiares daHueles Hue com elas ma!i*erem relaçMes se/uais (E# 8sses dem;ios Q a um só !empo perigosos e dis!ribuidores de poder mágico Q de*em ser eco!rados por !odo herói Hue arriscar um 7ico passo fora dos muros da !radição#
Figura & Q & Q @*isses e as sereias .uas *i*idas his!órias orie!ais serão suficie!es para esclarecer as ambigidades dessa surpreede!e passagemF assim como para demos!rar HueF embora os !errores surjam a!es de uma geu0a pro!idão psicológicaF o a*e!ureiro por demais a!re*idoF Hue *á al&m dos seus limi!esF poderá ser impiedosame!e impiedosame!e des!ru0do# A primeira & a his!ória de um l0der de cara*aa de e?aresF Hue isis!iu em codu>ir sua e/pedição de Huihe!as carroçasF Hue !raspor!a*a uma rica cargaF por uma iferalregião !órrida# Ad*er!ido para os perigos do lugarF ele !omara a precaução de icluir a cara*aa carroças carregadas de eormes barris de águaF de modo HueF racioalme!e cosideradaF a perspec!i*a Hue ele assumiraF de percorrer ão mais de Hua!roce!os Huil;me!ros de deser!oF era mui!o boa# $as Huado o mercador se eco!ra*a o meio da !ra*essiaF o ogro Hue habi habi!a !a*a *a aHue aHuele le dese deser! r!oo pes pesou ou:: G9 G9ou ou fa>e fa>err esse essess home homes s joga jogare rem m fora fora a água água Hue Hue !rou/eramG# Criou uma carruagem diga da maior admiraçãoF pu/ada por boi>ihos de raça puraF bem bracosF com as rodas sujas de lamaF e seguiu pela es!radaF es!radaF a direção opos!a = Hue a cara*aa seguia# sua fre!e e a re!aguardaF seguiam os dem;ios Hue forma*am o s&Hui!o do ogroF com a cabeça e *es!es molhadas F adoradas por guirladas de e7faresF a>uis e bracosF !ra>edo as mãos buHu6s de flores de ló!us *ermelhas e bracasI o s&Hui!o masca*a as has!es fibrosas dos e7faresF go!ejado água e lama# 8 Huado a cara*aa e o s&Hui!o demo0aco se afas!aram para Hue cada um dos grupos pudesse passarF passarF o ogro saudou o l0der de modo amigá*el# GPara ode *aisRGF pergu!ou eleF educadame!e# Ao Hue o l0der da cara*aa respodeu: G2ósF sehorF es!amos *ido de eares# $as *oc6s *6m cober!os de
e7fares a>uis e bracosF com flores de ló!us *ermelhas e bracas as mãosF mascado as has!es fibrosas dos e7faresF cober!os de lamaF com a água a lhes escorrer do corpo# 8s!á cho*edo o camiho de ode es!ão *idoR 8s!ão os lagos !o!alme!e cober!os de e7fares a>uis e bracos e de flores de ló!us *ermelhas e bracasRG O ogro respodeu: G9oc6s es!ão *edo aHuela liha *erde?escura de ár*oresR Al&m daHuele po!oF !oda a flores!a & uma massa de águaI cho*e !odo o !empoI os *ales es!ão iudadosI háF em !oda par!eF lagos !o!alme!e cober!os de flores de ló!us *ermelhas e bracasG# 8 e!ãoF eHua!o as carroças passa*am umas ao lado das ou!rasF ele pergu!ou: Gue le*ais essa carruagem Q e em Hue recipie!esR A 7l!ima delas ada pesadame!eI Hue le*ais elaRG G,e*amos águaGF respodeu respodeu o l0der# GAgis!e com sabedoriaF com efei!oF ao !ra>er água de !ão logeI masF passado aHuele po!oF ão há por Hue se icomodar# .es!rói os barrisF joga fora a águaF *iaja com facilidade#G O ogro seguiu seu camiho eF Huado se *iu fora de alcaceF re!orou = sua cidade de ogros# OraF o !olo l0der da cara*aaF igeuame!eF igeuame!eF seguiu o coselho do ogroF des!ruiu os barris e seguiu adia!e com as carroças# $as ão ha*iaF = fre!eF em sombra de água# Por fal!a de água para beberF os homes começaram a ficar fa!igados# 9iajaram a!& o sol se p;r e e!ão desa!relaram os bois das carroçasF colocaram essas 7l!imas em c0rculo e a!aram os bois =s rodas# 2ão ha*ia água para os aimais em papa ou arro> co>ido para os homes# 8s!esF efraHuecidosF dei!aram?se por ali e ca0ram o soo# meia?oi!eF os ogros *ieram de sua cidadeF ma!aram !odos os bois e homesF de*oraram sua careF dei/ado apeas os ossosF eF fei!o issoF par!iram# Os ossos das mãos dos homes e boisF assim como os das demais par!es do corpoF ficaram espalhados em !odas as direçMes: os Hua!ro po!os cardeais e as Hua!ro direçMes i!ermediáriasI Huihe!as carroças ali ficaram reple!as como uca (Z# A seguda his!ória !em um es!ilo difere!e# Tra!a?se da his!ória de um jo*em pr0cipeF Hue Hue acab acabar araa de comp comple le!a !arr os es!u es!udo doss mili mili!a !are resF sF sob sob a orie orie! !aç ação ão de um prof profes esso sorr mudialme!e reomado# Tedo recebidoF como s0mbolo de dis!içãoF o !0!ulo de Pr0cipe Cico ArmasF ele !omou as cico armas Hue o seu professor lhe deuF fe> uma re*er6cia eF armado com elasF dirigiu?se para a es!rada Hue le*a*a para a cidade ode mora*a seu paiF o rei# 2o camihoF ele se deparou com uma flores!a# 2a e!rada des!a flores!aF as pessoas o ad*er!iram: GSehor pr0cipeF ão e!reis es!a flores!aGF disseram elasI G*i*e ela um ogroF chamado Cabelo PegajosoI ele ma!a !odo homem Hue *6G# $as o pr0cipe es!a*a cofia!e e sem !emor como um leão adul!o# 8!rou a flores!a assim mesmo# uado chegou ao coração delaF o ogro apareceu# O ogro ha*ia crescido a!& ficar com a al!ura de uma palmeiraI criara para si mesmo uma cabeça grade como um pa*ilhãoF com um piáculo em forma de sioF olhos grades como uma !igela de esmolerF duas presas grades como como bulbos ou bo!Mes giga!esI !iha um bico de falcãoI a barriga es!a*a cober!a de machasI e as mãos e os p&s eram *erde?escuros# GPara ode *aisRGF pergu!ou ele# GAl!o_ Vs miha presa_G O Pr0cipe Cico Armas respodeu sem medoF mas com grade cofiaça as ar!es e of0cios Hue ha*ia apredido# GOgroGF disse eleF Geu sabia o Hue me espera*a Huado e!rei a flores!a# V melhor !eres cuidado a!es de me a!acarI pois com uma flecha e*eeada perfurarei !ua pele e !e farei cair um á!imo_G á!imo_G Tedo ameaçado dessa forma o ogroF o jo*em pr0cipe armou o arco com uma flecha embebida em *eeo mor!al e disparou# A flecha se predeu aos cabelos do ogro# 8 o pr0cipe a!irouF uma após ou!raF ciHe!a flechas# O ogro afas!ou !odas as flechasF fa>edo?as cair aos seus p&sF e se apro/imou do jo*em pr0cipe# O Pr0cipe Cico Armas ameaçou o ogro mais uma *e> eF !omado a espadaF desferiu um golpe magis!ral# A espadaF de Huase um me!ro de comprime!oF ficou presa os cabelos do ogro# 8 e!ão o pr0cipe o golpeou com uma laçaF Hue !amb&m lhe grudou os cabelos#
Percebedo Hue a laça ha*ia ficado presaF o pr0cipe o a!igiu com uma maçaF Hue ficou igualme!e grudada# uado *iu a maça presa ao ogroF ele disse: G$es!re ogroF jamais ou*is!e falar de mim a!es# Sou o Pr0cipe Cico Armas# uado e!rei es!a flores!a Hue ifes!asF ão dei impor!cia a armas como arcos e ou!ras do mesmo !ipoI cofiei apeas em mim mesmo# Agora *ou derro!ar?!e e redu>ir?!e a pó_G Tedo e/plici!ado sua de!ermiaçãoF com essas pala*rasF o pr0cipe pr0cipe a!igiu o ogro com a mão mão direi!aF ao mesmo !empo !empo em Hue da*a um um gri!o# Sua mão se predeu aos cabelos do ogro e o pr0cipe o a!igiu com a mão esHuerda# 8s!a !amb&m ficou presa# e> o mesmo com o p& direi!oF ob!edo igual resul!ado# Por fimF isso aco!eceu !amb&m com o p& esHuerdo# 8!ão pesou: G9ou derro!á?lo com a cabeça e o redu>irei a pó_G 8 golpeou o ogro com a cabeçaF Hue !amb&m ficou presa os cabelos des!e 1[# O Pr0cipe Pr0cipe Cico ArmasF Hue ca0ra cico cico *e>es *e>es em armadilhasF armadilhasF e es!a*a es!a*a bem preso preso por cico lugaresF eco!rou?se suspeso do corpo do ogro# $asF apesar de !udoF ão !iha medoF em es!a*a assus!ado# O ogro pesou: G8is um leão humaoF um homem de obre berço Q ão & um simples homem_ PoisF embora !eha sido aprisioado por um ogro como euF ele ão demos!ra !remer ou es!remecer_ Por !odo o !empo em Hue !eho assolado es!a es!radaF jamais *i um 7ico homem Hue lhe chegasse aos p&s_ Por Hue eleF *alha?me o sehorF ão !em medoRG Sem se a!re*er a com6?loF o ogro pergu!ou: G$eu jo*emF por Hue ão !es medoR Por Hue ão es!ás !errificado pelo !emor da mor!eRG GOgroF por Hue eu de*eria !er medoR PoisF a *idaF a mor!e & absolu!ame!e cer!a# Al&m do maisF !eho em miha barriga uma arma: um relmpago# Se me comeresF ão serás capa> de digerir essa arma# 8la fará !eu i!erior em !iras e fragme!os e !e ma!ará# 2esse casoF morreremos os dois# 8is por Hue ão !eho medo_G O Pr0cipe Cico ArmasF como o lei!or já de*e !er percebidoF es!a*a se referido = Arma do Cohecime!oF Cohecime!oF Hue se eco!ra*a de!ro dele# 2a *erdadeF esse jo*em herói ão era seão o u!uro udaF uma ecaração a!erior 1"# GO Hue esse jo*em di> & *erdadeGF pesou o ogroF !errificado pelo !emor da mor!e# G$eu es!;mago ão seria capa> de digerir em um pedaço da care desse leão humaoF aida Hue fosse do !amaho de um grão de feijão# 9ou dei/á?lo ir_G 8 liber!ou o Pr0cipe Cico Armas# O u!uro uda pregou a .ou!ria ao ogroF domiou?oF f6?lo abegado e e!ão o !rasformou um esp0ri!o ecarregado de receber oferedas a flores!a# Tedo admoes!ado o ogro a agir com cau!elaF o jo*em dei/ou a flores!a eF a sa0daF co!ou sua his!ória aos homes e seguiu seu camiho 1%# Como s0mbolo do mudo ao Hual os cico se!idos os predemF prisão de Hue ão os podemos fur!ar pelas açMes dos órgãos f0sicosF Cabelo Pegajoso só foi subjugado Huado o u!u u!uro ro u uda daFF ão ão mais mais pro! pro!eg egid idoo pela pelass cic cicoo arma armass do seu seu ome ome e apar apar6 6ci ciaa f0si f0sica ca mome!eosF recorreu = arma ão omeadaF i*is0*el: o di*io relmpago do cohecime!o do pric0pio !rascede!eF Hue es!á al&m do reio feom6ico dos omes e formas# 2esse mome!oF a si!uação mudou# 8le já ão es!a*a presoF mas liber!oF pois aHuele Hue ele lembrou ser es!á sempre li*re# A força do mos!ro da feomealidade se dispersou e ele se !orou abegado# Assim ele assumiu um cará!er di*io Q um esp0ri!o ecarregado de receber oferedasF !al como ocorre com o próprio mudo Huado ecaradoF ão como o fialF como um mero ome e forma daHuilo Hue !rascedeF eF o e!a!oF & imae!e a !odos os omes e formas# O G$uro do Para0soGF Hue ocul!a .eus das *is!as humaasF & descri!o por 2icolau de Cusa como cos!i!u0do pela Gcoicid6cia dos opos!osGF sedo seu por!ão guardado pelo Gmais al!o esp0ri!o da ra>ãoF Hue impede a passagem eHua!o ão for superadoG 1'# Os pares de opos!os Kser e ão?serF *ida e mor!eF bele>a e fei7raF bem e malF e !odas as ou!ras polaridades Hue ligam as faculdades faculdades = esperaça e ao !emor !emor e Hue *iculam os órgãos de ação a !arefas de defesa e aHuisiçãoL são as rochas em colisão KSimpl&gadesLF Hue esmagam os
*iaja!esF mas pelas Huais os heróis sempre passam# Tra!a?se de um mo!i*o cohecido em !odo o mudo# Os gregos o associa*am com duas ilhas rochosas do mar 8u/ioF Hue se choca*am e!re siF mo*idas pelos *e!osI mas JasãoF o ArgosF passou e!re elas eF desde e!ãoF elas ficaram separadas 1(# Os eróis @6meos da leda a*ajo foram ad*er!idos para o mesmo obs!áculo pela $ulher?ArahaI !oda*iaF pro!egidos pelo póleF s0mbolo da !rilhaF assim como por peas de águia re!iradas de um pássaro *i*oF coseguiram passar 11# Tal como a fumaça em ele*ação de uma oferedaF Hue a!ra*essa a por!a do solF assim *ai o heróiF liber!ado do egoF pelas paredes do mudo Q ele dei/a o ego preso a Cabelo Pegajoso e segue adia!e#
% 3entre da 0a*eia A id&ia de Hue a passagem do limiar mágico & uma passagem para uma esfera de reascime!o & simboli>ada a imagem mudial do 7!eroF ou *e!re da baleia# O heróiF em lugar de coHuis!ar ou aplacar a força do limiarF & jogado o descohecidoF dado a impressão de Hue morreu# 2/ishe':ahma, ing o6 Fishes, In 0is 5rath he darted u$5ard, F*ashing *ea$ed into the sunshine, $ened his great Ma5s and s5a**o5ed 4oth canoe and Hia5atha%2 # ^ 2/ishe':ahma, Nei dos Peies, 9 Em sua ira emergiu, 4ri*hando, sa*tou *uC do so*, 9 A0riu a grande 0oca e engo*iu 9 A canoa e Hia5atha%2 (:% do T%) Os esHuimós do es!rei!o de erig co!am Hue o herói !rapaceiro Cor*o es!a*a cer!o dia se!adoF secado suas roupas uma praiaF Huado obser*ou uma baleia adado pesadame!e per!o da praia# 8le disse: G.a pró/ima *e>F HueridaF *eha *oadoF abra a boca e feche os olhosG# 8 e!ão ele *es!iu rapidame!e as roupas de cor*oF colocou a máscara de cor*oF ju!ou us gra*e!os para fogueira sob o braço e *oou para a água# A baleia se ele*ou# e> o Hue lhe ha*ia sido di!o# Cor*o pee!rou as mad0bulas aber!as e foi dire!ame!e garga!a abai/o# A surpresa baleia fechou a boca e mergulhouI Cor*o ficou em seu i!erior e olhou em *ol!a 1D# Os \ulus co!am a his!ória de duas criaças e sua mãeF Hue foram egolidas por um elefa!e# uado a mulher chegou ao es!;mago do aimalF G*iu grades flores!asF e eormes rios e mui!as !erras al!asI de um ladoF ha*ia mui!as rochasI e mui!as pessoas Hue !iham cos!ru0do sua cidade aliI e mui!os cães e mui!o gadoI !udo aliF de!ro do elefa!e 1S# O herói irlad6sF i $acCoolF foi egolido por um mos!ro de forma idefiidaF do !ipo cohecido o mudo c&l!ico por $eist% A peHuea garo!a alemãF Chapeu>iho 9ermelhoF foi egolida por um lobo# O fa*ori!o poli&sioF $auiF foi egolido por sua !a!ara*óF ie?ui? !e?po# 8 !odo o pa!eão gregoF e/ceção fei!a a \eusF foi egolido pelo seu paiF Croo# O herói grego &raclesF fa>edo uma pausa em TróiaF o seu camiho para casaF por!ado o ci!urão da raiha das ama>oasF soube Hue a cidade es!a*a sedo assolada por um mos!ro Hue fora e*iado co!ra ela pelo deus do marF Pos6ido# A fera *iha = !oa e de*ora*a as pessoas Hue passa*am pela praia# A bela es0oeF filha do reiF acabara de ser presa pelo pai =s rochas mar0!imasF como sacrif0cio propicia!órioF e o grade herói *isi!a!e cocordou em sal*á?la em !roca de uma recompesa# O mos!roF um cer!o mome!oF apareceu a superf0cie da água e abriu a bocarra# &racles mergulhou por sua garga!aF e arrebe!ou?lhe a barriga e o dei/ou mor!o# 8sse mo!i*o popular efa!i>a a lição de Hue a passagem do limiar cos!i!ui uma forma de au!o?aiHuilação# Sua semelhaça com a a*e!ura das Simpl&gades & ób*ia# $asF es!e casoF em lugar de passar para foraF para al&m dos limi!es do mudo *is0*elF o herói *ai para de!roF para ascer de o*o# O desaparecime!o correspode = e!rada do fiel o !emplo Q ode ele será re*i*ificado pela lembraça de Huem e do Hue &F is!o &F pó e ci>asF e/ce!o se for imor!al# O i!erior do !emploF ou *e!re da baleiaF e a !erra celes!eF Hue se eco!ra al&mF acima e abai/o dos limi!es do mudoF são uma só e mesma coisa# 8is por Hue as pro/imidades e e!radas dos !emplos são flaHueadas e defedidas por colossais gárgulas: dragMesF leMesF ma!adores de dem;ios com as espadas desembaihadasF aMes racorosos e !ouros alados#
8les são guardiães do limiarF a Huem cabe afas!ar !odos os Hue forem icapa>es de eco!rar os sil6cios mais ele*ados do i!erior do !emplo# São ecaraçMes prelimiares do aspec!o perigoso da preseça e correspodem aos ogros mi!ológicos Hue marcam os limi!es do mudo co*ecioalF ou =s fileiras de de!es da baleia# )lus!ram o fa!o de o de*o!oF o mome!o de e!rar um !emploF passar por uma me!amorfose# Sua a!ure>a secular permaece lá foraI ele a dei/a de ladoF como a cobra dei/a a pele# Uma *e> o i!erior do !emploF pode?se di>er Hue ele morreu para a !emporalidade e re!orou ao !ero do $udoF Ce!ro do $udoF Para0so Terres!re# O simples fa!o de !odos poderem passar fisicame!e pelos guardiães do !emplo ão i*alida sua impor!ciaI pois se o i!ruso for icapa> de compreeder o sa!uárioF e!ão permaeceu efe!i*ame!e do lado de fora# Todos os Hue são icapa>es de compreeder um deus *6em?o como um dem;io eF assimF se pro!egem de sua apro/imação# Por!a!oF alegoricame!eF a e!rada um !emplo e o mergulho do herói pelas mad0bulas da baleia são a*e!uras id6!icasI as duas deo!amF em liguagem figuradaF o a!o de coce!ração e de reo*ação da *ida# G2ehuma cria!uraGF escre*e Aada Coomaras]amNF Gpode a!igir um grau mais al!o da a!ure>a sem cessar de e/is!ir#G 1Z 2a *erdadeF o corpo f0sico do herói pode ser cor!adoF desmembrado e !er suas par!es espalhadas pela !erra ou pelos mares Q !al como ocorre o mi!o eg0pcio do sal*ador Os0ris: ele foi jogado um sarcófago e a!irado ao 2ilo pelo irmão Se!5[F eF Huado ressurgiu dos mor!osF o irmão o ma!ou ou!ra *e>F re!alhou?lhe o corpo em ca!or>e pedaços e os espalhou pela !erra# Os eróis @6meos dos 2a*ajos !i*eram de passarF ão apeas pelas rochas em colisãoF mas !amb&m pelos jucos Hue fa>em o *iaja!e em pedaçosF pelos cac!os Hue o re!alham e pelas areias escalda!es Hue o recobrem# O herói cujo apego ao ego já foi aiHuilado *ai e *ol!a pelos hori>o!es do mudoF e!ra o dragãoF assim como sai deleF !ão pro!ame!e como um rei circula por !odos os c;modos do palácio# A0 reside seu poder de sal*arI pois sua passagem e re!oro demos!ram HueF em !odos os co!rários da feomealidadeF permaece o )criado?)mperec0*el e ão há ada a !emer# 8 assim & HueF em !odo o mudoF os homes cuja fução !em sido !orar *is0*el a !erra o mis!&rio criador de *idaF pro*eie!e da mor!e do dragãoF reali>aram sobre os próprios corpos o grade a!o simbólicoF fragme!ado a careF !al como o corpo de Os0risF pela reo*ação do mudo# 2a r0giaF por e/emploF em hora do sal*ador crucificado e ressusci!adoF !isF um piheiro era cor!ado o *ig&simo segudo dia de março e le*ado para o sa!uário da mãe? deusa Cibele# ,áF ele era eroladoF como um cadá*erF com badages de algodãoF e decorado com maços de *iole!a# Coloca*a?se a ef0gie de um homem jo*em o meio da base# 2o dia segui!eF era reali>ado um lame!o cerimoial e soa*am as !rompas# O *ig&simo Huar!o dia de março era cohecido como o .ia do Sague: o al!o sacerdo!e e/!ra0a sague dos próprios braços e o aprese!a*a como oferedaI o clero meos ele*ado se empeha*a uma daça de der*i/esF ao som de !amboresF come!asF flau!as e c0mbalosF a!& HueF !omados pelo 6/!aseF perfura*am?se com facas para espargir o al!ar e a colua com o próprio sagueI e os o*içosF imi!ado o deus cuja mor!e e ressurreição celebra*amF cas!ra*am?se e desfaleciam 5"# 8F o mesmo esp0ri!oF o rei da pro*0cia sul?africaa de uilacareF ao comple!ar o d&cimo segudo ao de reiadoF um dia de fes!a soleeF !iha cos!ru0do para si um palaHueF cheio de repos!eiros de seda# Após !er?se bahado ri!ualme!e um !aHueF com grades cerim;ias e ao som de m7sicaF ia ao !emploF ode adora*a a di*idade# 8m seguidaF subia o palaHue eF dia!e do po*oF !oma*a facas bem afiadas e começa*a a cor!ar o próprio ari> eF depoisF as orelhasF os lábios e !odos os membrosF e o má/imo de care Hue pudesse cor!ar# 8le a!ira*a os pedaços = sua *ol!a a!& Hue !i*esse perdido !a!o sague Hue se se!isse pró/imo de desmaiarF mome!o em Hue cor!a*a sumariame!e a garga!a 5%# Q Parte I%
:otas ao a$tu*o I !% @rimmsW fairN !alesF n%O !, 2The Frog ing2% % The psNchopa!hologN of e*erNdaN lifeF Standard Edn%, QI (rigina*+ !"R!)% ?% Ere*yn @nderhi**, $Ns!icismF a s!udN i !he a!ure ad de*elopme! of maWs spiri!ual cosciousessF :o3a Lor7, E% P% utton and o,, !"!!, $arte II, 2The mystic 5ay2, ca$tu*o II, 2The a5a7ening o6 the se*6%2 &%Sigmund Freud, )!roduc!orN lec!ures o psNcho?aalNsis (tradução de James Strachey), Standard Edition, XQI, ondres, The Hogarth Press, !"#?, $$% ?"#'"- (rigina*+ !"!#'!-)% %/a*ory, ,a mor! dWAr!hurF I, i% A $erseguição do cer3o e a 3isão da 26era 8ue *ate como cães de caça em $erseguição2 marcam o incio dos mist.rios associados 4usca do Santo Graa*% #%George A% orsey e A*6red % roe0er, Tradi!ios of !he ArapahoF Fie*d o*um0ia /useum, Pu0*ication !, A!hropological SeriesF 3o*% Q, hicago, !"R?, $% ?RR% Ne$roduCido em Stith Thom$son, Tales of !he 2or!h America )d0asF am0ridge, /assachusetts, !"", $% !% -% % G% Jung, PsNchologN ad alchemNF o**ected Kor7s, 3o*% !, :o3a Lor7 e ondres, !"?, $ar;gra6os -! e -? (rigina*+ !"?)% % Ki*he*m Ste7e*, .ie Sprache des TraumesF Kies0aden, Qer*ag 3on J% F% 4ergmann, !"!!, $% ?% dr% Ste7e* chama a atenção $ara a re*ação eistente entre as cinti*aç
&%Kerner `irus, Ahas*erusF der 8]ige JudeF Sto66 Q und /ot3gestchic0te der deutschen iteratur, #, 4er*im e ei$Cig, !"?R, $% !% %SupraF $% % #%QeMa'se tto Nan7, Ar! ad ar!is!F tradução de har*es Francis At7inson (:o3a Lor7, A*6red A% no$6, Inc%, !"&?, $$% &R'&!)+ 2Se com$ararmos o neur>tico com o ti$o $roduti3o, . e3idente 8ue o $rimeiro so6re de um contro*e ecessi3o de sua 3ida im$u*si3a%%% E*es se distinguem 6undamenta*mente do ti$o m.dio, 8ue se aceita a si mesmo ta* como ., graças tend1ncia de eercer sua $r>$ria 3ontade na re6ormu*ação de si mesmo% H;, toda3ia, a seguinte di6erença entre e*es+ o neur>tico, em sua re6ormu*ação 3o*unt;ria do ego, não 3ai a*.m do tra0a*ho destruti3o $re*iminar e, $or conseguinte, 1 inca$aC de retirar todo o $rocesso criati3o de sua $r>$ria $essoa e de trans6eri'*o $ara uma a0stração ideo*>gica% artista $roduti3o tam0.m começa% % % com essa re'criação de si mesmo, cuMo resu*tado . um ego ideo*ogicamente construdoB mas no seu casoY, esse ego tem condiç$ria $essoa $ara as re$resentaçgicas dessa mesma $essoa, tornando'o, $or conseguinte, o0Meti3o% e3e'se admitir 8ue esse $rocesso est;, em certa medida, *imitado ao interior do $r>$rio indi3duo Q e não a$enas no 8ue concerne aos seus as$ectos construti3os como tam0.m no 8ue se re6ere aos seus as$ectos destruti3os% Isso e$*ica $or 8ue raramente . gerado um tra0a*ho $roduti3o na aus1ncia de crises m>r0idas de car;ter ]neur>tico]2% -%Nesumido de 4urton, op# ci!#F 3o*% III, $$% !?'% %4runo Gutmann, 9olsbuch der adschaggaF ei$Cig, !"!&, $% !&&% "%Kashington /atthe5s, 2a*aho legeds (/emoirs o6 the American Fo*7*ore Society, 3o*% Q, :o3a Lor7, !"-, $% !R")% $>*en . um sm0o*o de energia es$iritua* entre os ndios americanos do sudoeste% E*e . usado $ro6usamente em todos os cerimoniais, tanto $ara a6astar o ma*, como $ara marcar a tri*ha sim0>*ica da 3ida% (Nara uma discussão do sim0o*ismo :a3aMo da a3entura do her>i, 3eMa'se Je66 ing, /aud a7es e Jose$h am$0e**, here !he !]o care !o !heir fa!herF a 2a*aho ]ar cerimoialF 4o**ingen Series I, %#G ed%, Princeton @ni3ersity Press, !"#", $$% ??' &"%) "%ante, 2Paraso2, XXXIII, !'! (tradução de har*es E*iot :orton), op# ci!#F 3o*% III, $% B citado com a $ermissão da Houghton /i66*in om$any, editores% ?R%QeMa'se s5a*d S$eng*er, The declie of !he es!F tradução de har*es Francis At7inson, :o3a Lor7, A*6red A% no$6, Inc%, !"#', 3o*% I, $% !&&% 2Su$ondo2, acrescenta S$eng*er, 28ue o $r>$rio :a$o*eão, como ]$essoa em$rica], hou3esse 6racassado em /arengo, então a8ui*o 8ue e*e sigifica*a teria sido atua*iCado so0 outra 6orma%2 her>i, 8ue nesse sentido e nessa medida se tornou des$ersona*iCado, encarna, no decorrer do $erodo de sua ação c.*e0re, o dinamismo do $rocesso cu*tura*B 2entre e*e mesmo, como 6ato, e os outros 6atos, h; uma harmonia de ritmo meta6sico2 Kibid#F $% !&)% Isso corres$onde id.ia 8ue Thomas ar*y*e 6aC do her>i'rei como Ablema o homem ca$aCY KO heroesF hero?]orship ad !he heroic i is!orNF Pa*estra QI)% ?!%urante os tem$os he*1nicos, 6oi rea*iCado um am;*gama entre Hermes e Tot na 6igura de Hermes Trismegisto, 2Hermes Tr1s QeCes Grande2, considerado $atrono e mestre de todas as artes, es$ecia*mente da a*8uimia% A retorta 2hermeticamente2 6echada, na 8ua* eram co*ocados os metais msticos, era considerada um reino $arte Q uma região es$ecia* de 6orças aumentadas, com$ar;3e* ao reino mito*>gicoB ne*a, os metais $assa3am $or estranhas metamor6oses e transmutaç
$arte III, 2Ne*igious ideas in a*chemy2%) rigina*+ !"?#% Para a retorta, 3eMa'se o $ar;gra6o ??% Para Hermes Trismegisto, 3eMa'se $ar;gra6o !-? e ndice, s# *# ?% sonho a seguir d; um 3i3ido eem$*o da 6usão de o$ostos no inconsciente+ 2Sonhei 8ue ha3ia ido a uma rua de $rostituição e me dirigira a uma das garotas% Wuando entrei, e*a se trans6ormou num homem 8ue MaCia, meio 3estido, num so6;% E*e disse+ ]:ão te incomoda (8ue eu agora seMa um homem)b] homem $arecia 3e*ho e tinha coste*etas grisa*has% E*e me *em0ra3a um certo che6e da guarda 6*oresta* 8ue ha3ia sido um 0om amigo de meu $ai2% Ki*he*m Ste7e*, .ie Sprache des TraumesF $$% -R'-!% 2Todos os sonhos2, o0ser3a o dr% Ste7e*, 2t1m uma tend1ncia 0isseua*% nde a 0is seua*idade não $ode ser $erce0ida, encontra'se ocu*ta no conteZdo onrico *atente2 Kibid#F $% -!)% ??%A 6onte sim0o*iCa o inconsciente% om$are'se com a 6onte do conto de 6adas do sa$o e da $rincesa, supraF $$% &"'R% ?&%om$are'se com o sa$o do conto de 6adas% :a Ar;0ia $r.'maometana, os Yinn (singu*ar+ m# JinniB f# Jinniyah ) eram 6antasmas'demVnios dos desertos e *ocais se*3agens% Pe*udos e dis6ormes, ou com 6orma de animais, a3estruCes ou ser$entes, mostra3am'se muito $erigosos diante de $essoas des$rotegidas% $ro6eta /aom1 admitiu a eist1ncia desses es$ritos 0;r0aros (orão, ?-+!) e os incor$orou ao sistema maometano, 8ue reconhece tr1s inte*ig1ncias criadas so0 A*;+ AnMos, com$ostos de *uCB Jinn, com$ostos de 6ogo suti*B e o Homem, com$osto $e*o $> da terra% s Jinn maometanos t1m o $oder de assumir a 6orma 8ue 8uiserem, desde 8ue res$eitando sua ess1ncia de 6ogo e 6umaça, e, assim, $odem tornar' se 3is3eis aos mortais% H; tr1s ordens de Jinn+ 3oadores, caminhadores e mergu*hadores% Su$
indianas, Mainas, Ma$onesas, Mudaicas, muçu*manas, $ersas, romanas, es*a3as, teutVnicas e ti0etanas QF . uma ece*ente introdução ao assunto% &% )bid#F $% #"% om$are'se com ore*ei% A discussão, 6eita $or /ansi77a, dos es$ritos da 6*oresta, do cam$o e da ;gua (es*a3os) tem como 0ase a a0rangente o0ra de Hanus /;cha*, 2áres slo*as&ho bájeslo*iF Praga, !"!% H; uma 3ersão condensada em ing*1s da o0ra, do mesmo autor, Sla*ic mN!hologN (The /ytho*ogy o6 A*i Naces, 3o*% III, 4oston, !"!)% &?% :a .$oca a*eandrina, Pã 6oi identi6icado com a di3indade eg$cia iti6[*ica /in, 8ue era, entre outras coisas, guardiã das estradas desertas% &&% om$are'se com ioniso, a grande contra$arte tr;cia de Pa% &% Ki*he*m Ste7e*, or!schri!!e ud Techi der Traumdeu!ugF Qiena'ei$Cig'4erna, Qer*ag 6D /ediCin, Keidmann und ie%, !"?, $%?-% 3igia, de acordo com o dr% Ste7e*, sim0o*iCa 2a consci1ncia, ou, se se $re6erir, o agregado de toda a mora*idade e de todas as restriçria do garoto de $iche do 6o*c*ore $o$u*ar% (QeMa'se Aur.*io /% Es$inosa, 2:otes on the origin and history o6 the Tar'4a0y story2, Joural of America olloreF &?, !"?R, $$% !"'R"B 2A ne5 c*assi6ication o6 the 6undamenta* e*ements o6 the Tar'4a0y story on the 0asis o6 t5o hundred and sity' se3en 3ersions2, ibid#F #, !"&?, $$% ?!'?-B e Ananda% % oomaras5amy, 2A note on the stic76ast moti62, ibid#F -, !"&&, $$% !'!?!%) !% re*[m$ago K*ajraL . um dos $rinci$ais sm0o*os da iconogra6ia 0udistaB e*e re$resenta a 6orça es$iritua* da ondição de 4uda (i*uminação indestrut3e*), 8ue destr>i as rea*idades i*us>rias do mundo% A0so*uto, ou Adi 4uda, . re$resentado nas imagens do Ti0ete como QaMra'hara (em ti0etano+ .orje?ChagLF 2Portador da Seta Adamantina2% :as 6iguras de deuses 8ue chegaram at. n>s da /eso$ot[mia Antiga (Sum.ria e Arc;dia, 4a0i*Vnia e Assria), o re*[m$ago, com a mesma 6orma do *ajraF 1 um e*emento cons$cuo (3eMa'se Gra3ura XXI)B e*e 6oi herdado $or `eus dessas 6iguras% Tam0.m sa0emos 8ue, entre $o3os $rimiti3os, os guerreiros $odem 6a*ar de suas armas como re*[m$agos% Sicu! i coelo e! i !erra Assim na terra como no c.uY+ o guerreiro iniciado . um agente da 3ontade di3inaB seu treinamento inc*ui tanto ha0i*idades manuais, como es$irituais% A m;gica (a 6orça so0renatura* do re*[m$ago), assim como a 6orça 6sica e as su0st[ncias 8umicas 3enenosas, dão'*he energia *eta* aos go*$es% @m mestre consumado não necessita de nenhuma arma 6sicaB 0asta o $oder de sua $a*a3ra m;gica% A $ar;0o*a do Prnci$e inco Armas i*ustra esse tema% /as tam0.m ensina 8ue 8uem con6ia em Q ou se 3ang*oria de Q sua natureCa meramente 6sica e em$rica M; est; derrotado% 2Temos a8ui a 6igura de um her>i2, escre3e o dr% oomaras5amy, 28ue $ode ser en3o*3ido nas ma*has de uma e$eri1ncia est.tica Q sendo os 2cinco $ontos2 e8ui3a*entes aos cinco sentidos QF mas
8ue . ca$aC, graças a uma su$erioridade mora* intrnseca, de *i0ertar'se a si mesmo, e at. de *i0ertar outras $essoas%2 KJoural of America olloreF -, !"&&, $% !"%) % Ja!aaF +!% -'-% Ada$tado, de 6orma *igeiramente resumida, da tradução de Eugene Katson 4u*ingame, op# ci!#F $$% &!'&&% Ne$roduCido com a $ermissão de La*e @ni3ersity Press, editores% ?% :ico*au de usa, .e *isioe .eiF ", !!B citado $or Ananda % oomaras5amy, 2ne and on*y transmigrant2 KSuppleme! !o !he Joural of !he America Orie!al Socie!NF a0ri*' Munho, !"&&), $% % %3dio, $e!amorfosesF QII, #B XQ, ??% #%Supra# $% -R% -%ong6e**o5, The sog of ia]a!haF 9)))# As a3enturas atri0udas $or ong6e**o5 ao che6e iro8u1s Hia5atha $ertencem, na 3erdade, ao her>i cu*tura* a*gon8uim /ana0oCho% Hia5atha 6oi uma $ersonagem hist>rica rea* do s.cu*o XQI% QeMa'se nota ! $% ?R% %eo Fro0enius, .as \ei!al!er des Soego!!esF 4er*im, !"R&, $% % "%Henry a**a5ay, 2urserN !ales ad !radi!ios of !he \ulusF ondres, !#", $% ??!% #R%Ananda % oomaras5amy, 2A7imcanna+ se*6'naughting2 K2e] )dia A!iHuarNF 3o*% III, 4om0aim, !"&R), $% #, nota !&, citando e discutindo Tom;s de A8uino, Suma !heologicaF I, #?, ?% #!% sarc>6ago ou caião . uma a*ternati3a $ara o 3entre da 0a*eia% om$are'se /ois.s em meio aos ar0ustos% #%Sir James G% TraCer, The @olde ough (edição em 3o*ume Znico), $$% ?&-'?&"% CopNrigh! !", The /acmi**an om$any, usado com sua $ermissão% #?%uarte 4ar0osa, A descrip!io of !he coas!s of 8as! frica ad $alabar i !he begiig of !he si/!ee!h ce!urN (Ha7*uyt Society, ondres, !##), $% !-B citado $or TraCer, op# ci!#F $$% -&'-% Ne$roduCido com a $ermissão de The /acmi**an om$any, editores% Este . o sacri6cio 8ue o rei /inos se recusou a 6aCer ao reter o touro de Posseidon% omo TraCer demonstrou, o regicdio ritua* 6oi uma tradição gera* do mundo antigo% 2:o su* da ndia2, escre3e e*e, 2o reinado e a 3ida do rei termina3am com a re3o*ução do $*aneta JZ$iter em torno do So*% :a Gr.cia, $or outro *ado, o destino do rei $arece ter de$endido de uma a3a*iação ao 6ina* de cada $erodo de oito anos%%% Sem correr o risco de uma conc*usão $reci$itada, $odemos a6irmar 8ue o tri0uto de sete moços e sete 3irgens, 8ue os atenienses eram o0rigados a en3iar a /inos a cada oito anos, tinha a*guma coneão com a reno3ação do $oder do rei $or outro cic*o octona*%2 K)bid#F $% R%) sacri6cio do touro, eigido do rei /inos, im$*ica3a seu $r>$rio sacri6cio, segundo o $adrão da tradição herdada, ao 6ina* do seu $erodo de oito anos de reinado% /as e*e $arece ter o6erecido, cm 3eC disso, o su0stituto das 3irgens e dos Mo3ens atenienses% Essa ta*3eC seMa a raCão de o di3ino /inos ter'se trans6ormado no monstro /inotauroB o rei auto'ani8ui*ado no tirano GanchoB e o estado hier;tico, tio 8ua* cada homem desem$enha seu $a$e*, no im$.rio comercia*, no 8ua* cada um trata de si% Essas $r;ticas de su0stituição $arecem ter'se genera*iCado $or todo o mundo antigo, $erto do 6ina* do grande $erodo dos $rimeiros estados hier;ticos, no decorrer do terceiro e segundo mi*1nios antes de risto% Cap0!ulo )) A iiciação
!% caminho de $ro3as Tedo cru>ado o limiarF o herói camiha por uma paisagem o0rica po*oada por formas curiosame!e fluidas e amb0guasF a Hual de*e sobre*i*er a uma sucessão de pro*as# 8ssa & a fase fa*ori!a do mi!o?a*e!ura# 8la produ>iu uma li!era!ura mudial plea de !es!es e pro*açMes miraculosos# O herói & au/iliadoF de forma ecober!aF pelo coselhoF pelos amule!os e pelos age!es secre!os do au/iliar sobrea!ural Hue ha*ia eco!rado a!es de pee!rar essa região# OuF !al*e>F ele aHui descubraF pela primeira *e>F Hue e/is!e um poder beigoF em !oda par!eF Hue o sus!e!a em sua passagem sobre?humaa# Um dos mais cohecidos e eca!adores e/emplos do mo!i*o das G!arefas dif0ceisG & o da procura do ama!e perdidoF CupidoF por par!e de PsiHueW# AHuiF os pap&is pricipais se i*er!em: ao i*&s de o amado !e!ar coHuis!ar sua oi*aF cabe a es!a fa>6?loI eF em *e> de um pai cruel Hue sub!rai a filha ao ama!eF há uma mãe ciume!aF 96usF Hue ocul!a o filhoF CupidoF da oi*a# uado PsiHue apelou a 96usF a deusa !omou?a *iole!ame!e pelos cabelos e a!irou?lhe a cabeça ao soloI em seguidaF mis!urou uma grade Hua!idade de !rigoF ce*adaF paiçoF seme!es de papoulaF er*ilhaF le!ilha e feijMesF formado com eles uma pilhaF e ordeou = moça Hue os separasse a!es de a oi!e cair# PsiHue foi au/iliada por um ba!alhão de formigas# 96us lhe disseF em seguidaF Hue colhesse o 9elocio de Ouro de uma cer!a esp&cie de careiro sel*agemF de chifres afiados e mordida *eeosaF Hue habi!a*a um *ale iacess0*el uma perigosa flores!a# $as um juco *erde lhe esiou a colher os fios de lã Hue os careiros dei/a*am = sua passagem# 8!ão a deusa e/igiu um c!aro de água de uma fo!e eregela!eF si!uada o !opo de uma al!0ssima mo!aha guardada por dragMes Hue jamais dormiam# Uma águia se apro/imou e reali>ou por PsiHue a prodigiosa !arefa# oi?lhe ordeadoF por fimF Hue !rou/esseF do abismo do mudo iferiorF uma cai/a cheia de bele>a sobrea!ural# $as uma al!a !orre lhe disse como descer ao mudo iferiorF deu?lhe moedas para Xpagar o óbulo aY Caro!e e um bolo para C&rberoF e ice!i*ou?a a seguir# A *iagem de PsiHue ao mudo iferior & apeas uma das i7meras a*e!uras desse !ipoF empreedidas pelos heróis dos co!os de fadas e dos mi!os# .e!re as mais perigosasF es!ão as dos /amãs dos po*os da e/!remidade or!e do mudo KlapMesF siberiaosF esHuimós e cer!as !ribos id0geas americaasLF Huado se pMem a buscar as almas perdidas ou rap!adas dos doe!es# O /amã dos siberiaos *es!e?se para a a*e!ura com um !raje mágicoF Hue represe!a uma a*e ou reaF o pric0pio?sombra do próprio /amãF a forma de sua alma# Seu !ambor & seu aimal Q sua águiaF rea ou ca*aloI di>?se Hue ele *oa ou corre ele# O cajado Hue ele carrega & ou!ro dos seus adju!órios# 8 ele & assis!ido por grade 7mero de familiares i*is0*eis# Um dos primeiros *iaja!es a es!ar e!re os lapMes dei/ou uma *i*ida descrição do e/!raordiário desempeho de um desses es!rahos emissários e*iados ao reio dos mor!os %# Como o al&m & um lugar de oi!e e!eraF a cerim;ia do /amã de*e ser reali>ada após a chegada da oi!e# Os amigos e *i>ihos re7em?se a sombria e parcame!e ilumiada cabaa do pacie!e e seguem com a!eção as ges!iculaçMes do mágico# Primeirame!eF ele co*oca os esp0ri!os au/iliaresI es!es chegamF i*is0*eis a !odosF meos a ele# .uas mulheres em *es!es cerimoiaisF mas sem ci!os e com um capu> de lihoF um homem sem capu> em ci!o e uma adolesce!e o assis!em# O /amã descobre a cabeçaF afrou/a o ci!o e os cadarçosF cobre a face com as mãos e passa a fa>er uma *ariedade de c0rculos# Subi!ame!eF com ges!os mui!o *iole!osF gri!a: GApro!ar a rea_ Pro!o para par!ir_G ,e*a!ado um machadihoF começa a golpear os próprios joelhos com eleF girado?o a direção das !r6s mulheres# -e!ira brasas arde!es do fogoF com as próprias mãos# Circula !r6s *e>es em !oro de cada uma das mulheres eF por fimF caiF Gcomo um homem mor!oG# .ura!e !odo o !empoF igu&m pode !ocá?lo# AgoraF Huado repousaF em !raseF de*e ser obser*ado com !a!a a!eção Hue em seHuer uma mosca de*e pousar sobre seu corpo# Seu esp0ri!o par!iu e ele agora se eco!ra dia!e das sagradas mo!ahas ode habi!am os deuses# As mulheres Hue o assis!em
cochicham e!re siF !e!ado adi*ihar em Hue par!e do al&m ele se eco!rará agora '# Se mecioarem a mo!aha corre!aF o /amã mo*erá uma mão ou um p $ui!o !empo depoisF ele começa a re!orar# Com *o> bai/a e fracaF eucia as pala*ras Hue ou*iu o mudo iferiorF e as mulheres passam a ca!ar# O /amã pouco a pouco desper!aF declarado !a!o a causa da efermidadeF como o !ipo de sacrif0cio a ser fei!o# 8m seguidaF aucia o !empo Hue le*ará para Hue o pacie!e fiHue curado# G8m sua laboriosa joradaGF regis!ra ou!ro obser*adorF Go /amã de*e eco!rar e *ecer cer!o 7mero de difere!es obs!áculos ($uda7), Hue em sempre são superados com facilidade# .epois de !er percorrido desas flores!as e maciças cadeias de mo!ahasF as Huais por *e>es eco!ra os ossos de ou!ros /amãs e de suas mo!ariasF mor!os ao logo do camihoF alcaça uma aber!ura a !erra# Começam agora os es!ágios mais dif0ceis da a*e!uraF Huado as profude>as do mudo iferior e suas o!á*eis maifes!açMes se abrem dia!e dele# # # .epois de apa>iguar os *igias do reio dos mor!os e de passar por umerosos perigosF chega eleF afialF ao Sehor do $udo )feriorF o próprio 8rli# 8 es!e se a!ira sobre eleF com gri!os horr0*eisI mas se o /amã for habilidoso o suficie!eF pode fa>er o mos!ro re!roceder com promessas de lu/uosas oferedas# 8sse mome!o do diálogo com 8rli & o ápice da cerim;ia# O /amã e!ra em 6/!ase#G ( G8m !oda !ribo primi!i*aGF escre*e o dr# @&>a -óheimF Geco!ramos o curadeiro o ce!ro da sociedade e & fácil demos!rar Hue ele & euró!ico ou psicó!icoF ouF pelo meosF Hue sua ar!e !em como fudame!o o mesmo mecaismo prese!e = eurose ou = psicose# Os grupos humaos são iflueciados pelos seus ideais grupaisF sedo Hue es!es sempre se baseiam uma si!uação ifa!il#G 1 GA si!uação ifa!il & modificada ou i*er!ida pelo processo de amadurecime!o e o*ame!e modificadaF pelo ecessário ajus!ame!o = realidadeI eF o e!a!oF ali es!áF forecedo os *0culos libidiais i*is0*eisF sem os Huais ehum grupo humao poderia e/is!ir#G 5 O curadeiroF por cosegui!eF apeas !ora *is0*eis e p7blicos os sis!emas de fa!asia simbólica prese!es a psiHue de !odo membro da sociedade# G8les são os l0deres desse jogo ifa!il e os ilumiados codu!ores da asiedade comum# Comba!em os dem;iosF de maeira Hue os ou!ros possam perseguir a presaF e em geralF lu!ar co!ra a realidade#GD 8 assim & Hue se algu&m Q em HualHuer sociedade Q assumir por si mesmo a !arefa de fa>er a perigosa jorada a escuridãoF por meio da descidaF i!ecioal ou i*olu!áriaF aos !or!uosos camihos do seu próprio labiri!o espiri!ualF logo se *erá uma paisagem de figuras simbólicas Kpodedo HualHuer delas de*orá?loLF o Hue ão & meos mara*ilhoso Hue o sel*agem mudo siberiao do $uda7 e das mo!ahas sagradas# 2o *ocabulário dos m0s!icosF esse & o segudo es!ágio do CamihoF o es!ágio da Gpurificação do euGF em Hue os se!idos são Gpurificados e !orados humildesG e as eergias e i!eressesF Gcoce!rados em coisas !rascede!aisGEI ouF um *ocabulário mais modero: !ra!a?se do processo de dissoluçãoF !rasced6cia ou !rasmu!ação das images ifa!is do osso passado pessoal# 8m ossos sohosF os perigosF gárgulasF pro*açMesF au/iliares secre!os e guias aida são eco!rados = oi!eI e podemos *er refle!idosF em suas formasF ão apeas !odo o Huadro da ossa prese!e si!uaçãoF como !amb&m a idicação daHuilo Hue de*emos fa>er para ser sal*os# GiHuei dia!e de uma ca*era escuraF desejado ade!rá?laGF sohou um pacie!e o i0cio da aáliseI Ge !remi ao pesar Hue poderia ão ser capa> de eco!rar o camiho de *ol!a#GZ G9i bes!a após bes!aGF & o regis!ro de 8mauel S]edeborg em seu cadero de sohosF rela!i*o = oi!e de "Z?%[ de ou!ubro de "D((F Ge elas abriram suas asasF e eram dragMes# 8u *oa*a sobre elasF mas uma delas me sus!e!a*a#G "[ 8 o drama!urgo riedrich ebbel regis!rouF um s&culo depois K"' de abril de "E((L: G8m meu sohoF eu era le*adoF com grade forçaF mar ade!roI ha*ia ali !err0*eis abismosF com rochasF aHui e aliF ode era poss0*el segurarG""# Tem0s!ocles sohou Hue uma cobra se erodilhou em !oro do seu corpoF achegou?se ao seu pescoço eF Huado lhe !ocou a faceF !orou?se uma águiaF Hue o pegou em
suas garras eF carregado?o para cimaF le*ou?o a uma grade dis!cia e o deposi!ou sob o es!adar!e dourado de um arau!oF Hue apareceu de repe!eI a águia fe> isso com !a!o cuidadoF Hue ele se se!iu imedia!ame!e ali*iado do seu grade !emor e asiedade "%# As dificuldades psicológicas espec0ficas do sohador com freH6cia são re*eladas com simplicidade e força !oca!es: G8u !iha de escalar uma mo!aha# a*ia !odo !ipo de obs!áculos o camiho# 8u !iha ora de pular um fossoF ora de !raspor uma cerca eF por fimF pararF por !er perdido o f;legoG# 8is o soho de um gago "'# G8s!aHuei dia!e de um lago Hue me pareceu comple!ame!e parado# .e repe!eF irrompeu XeleY uma !empes!adeF e al!as odas se ele*aramF de modo Hue !odo o meu ros!o foi molhadoG# 8is o soho de uma moça Hue !emia o erubescime!o Keri!rofobiaL e cuja faceF Huado ela cora*aF fica*a molhada de suor )(# G8u es!a*a seguido uma garo!aF Hue camiha*a = miha fre!eF uma rua escura# 8u a *ia apeas por !rás e lhe admira*a a bela figura# Um poderoso desejo se apossou de mim e passei a correr a!rás dela# .e repe!eF uma *igaF como Hue a!irada por uma molaF surgiu em plea rua e bloHueou o camiho# .esper!ei com o coração disparadoG# O pacie!e era homosse/ualI a *iga a!ra*essadaF um s0mbolo fálico "1# G8!rei um carroF mas ão sabia dirigir# Um homemF se!ado ao meu ladoF me da*a as is!ruçMes# 8fimF as coisas iam corredo mui!o bem e chegamos a uma praçaF ode ha*ia algumas mulheres paradas# A mãe de miha oi*a me recebeu com grade alegria#G O homem era impo!e!eF mas ha*ia eco!radoF o psicaalis!aF um is!ru!or "5# GUma pedra Huebrou meu pára?brisa# 8u agora es!a*a e/pos!a = !empes!ade e = chu*a# Ca0ram?me lágrimas dos olhos# Poderia eu chegar ao meu des!io esse carroRG A sohadora era uma jo*em Hue ha*ia perdido a *irgidade e ão coseguia se recuperar da e/peri6cia # G9i a me!ade de um ca*alo o solo# 8le co!a*a com uma 7ica asa e !e!a*a le*a!ar?seF mas ão o coseguia#G O pacie!e era um poe!aF Hue !iha de gahar o pão de cada dia !rabalhado como joralis!a "E# Gui mordido por uma criaça#G O sohador sofria de ifa!ilismo psicosse/ual "Z# G8s!ou preso com meu irmão um c;modo escuro# 8le !ra> uma grade faca as mãos# Teho medo dele# .igo?lhe: W9oc6 *ai me dei/ar louco e me le*ar para o hosp0cioW# 8le sorri com um malicioso pra>erF replicado: W9oc6 sempre *ai ficar preso a mim# Uma corre!e es!á amarrada em !oro de ós doisW# Olhei para as peras e *iF pela primeira *e>F a espessa corre!e de ferro Hue me predia ao meu irmão#G O irmãoF come!a o dr# S!eelF era a doeça do pacie!e %[# G8s!ou passado por uma es!rei!a po!eGF soha uma garo!a de de>esseis aos# G.e repe!eF ela se Huebra sob meus p&s e caio a água# Um policial mergulha para me procurar e me !ra> de *ol!aF em seus for!es braçosF para a margem# .e repe!eF !eho a impressão de Hue sou um corpo mor!o# O policial !amb&m me parece mui!o pálidoF como um cadá*er#G %" GO sohador es!á absolu!ame!e abadoado e so>iho o mais fudo de uma adega# As paredes do c;modo em Hue es!á *ão se es!rei!ado progressi*ame!eF de modo Hue ele ão pode mo*er?se#G Acham?se combiadosF es!a imagemF as id&ias de 7!ero ma!eroF prisãoF cela e !7mulo %%# GSoho Hue !eho de passar por i!ermiá*eis corredores# 8!ãoF fico uma peHuea sala Hue se assemelha = sala de baho dos baheiros p7blicos# Obrigam?me a dei/ar a sala e !eho de passar ou!ra *e> por um ambie!e sujo e escorregadio a!& chegar a uma peHuea por!a egradada# Si!o?me como um rec&m?ascido e peso: W)sso sigifica um reascime!o espiri!ual para mimF a!ra*&s da aáliseW#G%' 2ão pode ha*er d7*ida: os perigos psicológicos pelos Huais passaram geraçMes a!erioresF com a orie!ação oferecida pelos s0mbolos e e/erc0cios espiri!uais de sua heraça mi!ológica e religiosaF ósF hoje Kdesde Hue ão sejamos cre!es ouF se cre!esF desde Hue ossas creças
herdadas fracassem em represe!ar os reais problemas da *ida co!emporeaLF de*emos efre!ar so>ihos ouF a melhor das hipó!esesF com uma orie!ação e/perime!alF impro*isada e poucas *e>es mui!o efe!i*a# 8is osso problemaF a Hualidade de idi*0duos moderosF GesclarecidosGF Hue foram pri*ados da e/is!6cia de !odos os deuses e dem;ios por meio da racioali>ação %(# 2ão obs!a!eF aida podemos *erF a mul!iplicidade de mi!os e ledas Hue chegaram a!& ós ou Hue !6m sido regis!rados os cofis da !erraF o esboço de algus eleme!os do osso des!io aida humao# Para ou*ir e apro*ei!arF por&mF de*emos subme!er?osF de cer!o modoF = purgação e = e!rega# 8 a0 !emos par!e do osso problema: como fa>6?lo e/a!ame!eR GOu pesais Hue e!rar0eis o Jardim da em?A*e!uraça sem passardes pelas pro*açMes por Hue passaram aHueles Hue *ieram a!es de *ósRG %1 O mais a!igo rela!o regis!rado da passagem pelos por!ais da me!amorfose & o mi!o sumeriao da descida da deusa )aa ao mudo iferior# G.o Wgrade acimaWF ela dirigiu sua me!e para o Wgrade abai/oWF A deusaF do Wgrade acimaWF dirigiu sua me!e para o Wgrade abai/oWF )aaF do Wgrade acimaWF dirigiu sua me!e para o Wgrade abai/oW# $iha sehora dei/ou o c&uF dei/ou a !erraF Ao mudo iferior ela desceuF )aa dei/ou o c&uF dei/ou a !erraF Ao mudo iferior ela desceu# .ei/ou dom0ios de sehoresF dei/ou dom0ios de XsehorasF Ao mudo iferior ela desceu#G 8la se adorou com *es!ime!as e jóias de raiha# Se!e di*ias se!eças predeu ao ci!o# 8s!a*a pro!a para e!rar a G!erra sem re!oroGF o mudo iferior da mor!e e das !re*asF go*erado por sua iimiga e irmãF a deusa 8resh0gal# Temedo Hue sua irmã pudesse ma!á?laF )aa is!ruiu 2ishuburF sua mesageiraF a dirigir?se ao c&u e aprese!ar um clamor por jus!iça o grade pleário dos deusesF caso ela ão re!orasse de!ro de !r6s dias# )aa desceu# Apro/imou?se do !emplo de lápis?la>7li e eco!rou?seF o por!ãoF com o por!eiro?chefeF Hue lhe pergu!ou Huem era e por Hue para ali se dirigira# GSou a raiha do c&uF do lugar ode o sol se le*a!aGF replicou ela# GSe sois a raiha do c&uGF disse eleF Gdo local ode o sol se le*a!aF por HueF di>ei?meF por fa*orF *ies!es = !erra sem re!oroR Como *osso coração *os codu>iu ao camiho de ode o *iaja!e ão re!oraRG )aa declarou Hue ha*ia ido para lá a fim de acompahar as cerim;ias f7ebres do marido de sua irmãF o sehor @ugalaaI dia!e dissoF 2e!iF o por!eiroF pediu?lhe Hue aguardasse a!& Hue falasse com 8reshigal# 2e!i recebeu is!ruçMes de abrir os se!e por!Mes = raiha do c&uF mas !amb&m de seguir o cos!ume e remo*erF em cada por!alF uma par!e de suas *es!es# G pura )aaF di> ele: W9ideF )aaF e!raiW# Ao passar pelo primeiro por!ãoF A shugurra, a Wcoroa da campiaW de sua cabeçaF foi remo*ida# WO HueF por fa*orF sigifica issoRW W8/!raordiariame!eF ó )aaF foram as se!eças do mudo iferior cumpridasF B )aaF ão discu!i os ri!os do mudo iferior#W Ao passar pelo segudo por!ãoF O bas!ão de lápis?la>7li foi remo*ido#
WO HueF por fa*orF sigifica issoRW W8/!raordiariame!eF ó )aaF foram as se!eças do mudo iferior cumpridasF B )aaF ão discu!i os ri!os do mudo iferior#W Ao passar pelo !erceiro por!ãoF As peHueas pedras de lápis?la>7li do seu pescoço foram remo*idas# WO HueF por fa*orF & issoRW W8/!raordiariame!eF ó )aaF foram as se!eças do mudo iferior cumpridasF < )aaF ão discu!i os ri!os do mudo iferior#W Ao passar pelo Huar!o por!ãoF As relu>e!es pedras do seu colo foram remo*idas# WO HueF por fa*orF sigifica issoRW W8/!raordiariame!eF ó )aaF foram as se!eças do mudo iferior cumpridasF B )aaF ão discu!i os ri!os do mudo iferior#W Ao e!rar o Hui!o por!ãoF O ael de ouro de sua mão foi remo*ido# WO HueF por fa*orF sigifica issoRW W8/!raordiariame!eF ó )aaF foram as se!eças do mudo iferior cumpridasF < )aaF ão discu!i os ri!os do mudo iferior#W Ao e!rar o se/!o por!ãoF O pei!oral Hue lhe pro!egia o pei!o foi remo*ido# WO HueF por fa*orF sigifica issoRW W8/!raordiariame!eF ó )aaF foram as se!eças do mudo iferior cumpridasF B )aaF ão discu!i os ri!os do mudo iferior#W Ao passar pelo s&!imo por!ãoF Todos os adoros de sehora do seu corpo foram remo*idos# WO HueF por fa*orF sigifica issoRW W8/!raordiariame!eF ó )aaF foram as se!eças do mudo iferior cumpridasF ó )aaF ão discu!i os ri!os do mudo iferior#W G .esudaF ela foi codu>ida ao !rooF ode se cur*ou# Os se!e ju0>es do mudo iferiorF os AuáHuiF se!ados dia!e do !roo de 8resh0galF dirigiram os olhos para )aa Q os olhos da mor!e# GA uma pala*ra delesF a pala*ra Hue !or!ura o esp0ri!oF A pobre mulher !rasformou?se em cadá*erF Sedo o cadá*er pedurado um pos!e#G %5 )aa e 8reshigalF as duas irmãsF lu> e !re*as respec!i*ame!eF represe!amF ju!as Q os !ermos da a!iga simbologia QF a mesma deusa di*idida em dois aspec!osI seu cofro!o resume !odo o se!ido do dif0cil camiho de pro*as# O heróiF deus ou deusaF homem ou mulherF a figura de um mi!o ou o sohador um sohoF descobre e assimila seu opos!o Kseu próprio eu isuspei!adoLF Huer egolido?oF Huer sedo egolido por ele# Uma a umaF as resis!6cias *ão sedo Huebradas# 8le de*e dei/ar de lado o orgulhoF a *ir!udeF a bele>a e a
*ida e icliar?se ou subme!er?se aos des0gios do absolu!ame!e i!olerá*el# 8!ãoF descobre Hue ele e seu opos!o sãoF ão de esp&cies difere!esF mas de uma mesma care %D# A pro*ação & um aprofudame!o do problema do primeiro limiar e a Hues!ão aida es!á em jogo: pode o ego e!regar?se = mor!eR Pois mui!as cabeças !6m essa idra circuda!eI cor!ada uma delasF duas ou!ras se formam Q e/ce!o se for aplicadoF ao co!o mu!iladoF o cau!eri>ador apropriado# A par!ida origial para a !erra das pro*as represe!ouF !ão?some!eF o i0cio da !rilhaF loga e *erdadeirame!e perigosaF das coHuis!as da iiciação e dos mome!os de ilumiação# Cumpre agora ma!ar dragMes e ul!rapassar surpreede!es barreiras Q repe!idas *e>es# 8Hua!o issoF ha*erá uma mul!iplicidade de *i!órias prelimiaresF 6/!ases Hue ão se podem re!er e relaces mome!eos da !erra das mara*ilhas# %# O encontro com a deusa A a*e!ura 7l!imaF Huado !odas as barreiras e ogros foram *ecidosF cos!uma ser represe!ada como um casame!o m0sico (hier>gamos) da alma?herói !riufa!e com a -aiha?.eusa do $udo# Tra!a?se da crise o adirF o >6i!e ou o ca!o mais e/!remo da TerraF o po!o ce!ral do cosmoF o !aberáculo do !empo ou as !re*as da cmara mais profuda do coração# 2o oes!e da )rladaF fala?se aida do Pr0cipe da )lha Soli!ária e da Sehora do Tubber Ti!Ne# .esejado curar a raiha de 8riF o heróico jo*em !omou a si a !arefa de ob!er !r6s *asos da água do Tubber Ti!NeF o flameja!e poço eca!ado# Seguido o coselho de uma !ia sobrea!uralF a Huem eco!rara pelo camihoF e ca*algado um mara*ilhosoF sujoF magro e desgrehado ca*aliho Hue ela lhe deraF ele cru>ou o rio de fogo e escapou ao !oHue de um bosHue de ár*ores *eeosas# O ca*aloF com a *elocidade do *e!oF passou pelo fial do cas!elo de Tubber Ti!NeI o pr0cipe pulou do lombo do aimal para uma jaela aber!a e chegou ao i!erior do cas!eloF são e sal*o# GO lugarF de eorme e/!esãoF es!a*a !omado por giga!es e mos!ros da !erra e do marF adormecidos Q grades baleiasF logas eguias escorregadiasF ursos e ou!ras bes!as de !odas as formas e esp&cies# O pr0cipe passou por elas e sobre elas a!& chegar a uma eorme escadaria# Subido por elaF e!rou um Huar!oF ode eco!rou a mais bela mulher Hue já *iraF adormecida sobre um di*a# W2ada !erei para di>er?!eWF pesou eleF e foi para o pró/imo Huar!oI eF assimF ele abriu do>e Huar!os# 8m cada um delesF ha*ia uma mulher mais bela Hue a a!erior# $asF Huado chegou ao d&cimo !erceiro Huar!o e abriu a por!aF seus olhos foram ofuscados pelo brilho do ouro# 8le es!acouF a!& Hue a *isão lhe *ol!asseF e em seguida e!rou# 2o grade Huar!o brilha!eF ha*ia um di*a de ouroF asse!ado sobre rodas de ouro# Suas rodas gira*am co!iuame!eI o di*a gira*a sem pararF oi!e e dia# 2eleF ja>ia a Sehora do Tubber Ti!NeI eF embora suas do>e aias fossem belasF igu&m o diria se as *isse ju!o dela# Aos p&s do di*aF es!a*a o próprio Tubber Ti!Ne Q o poço de fogo# a*ia uma !ampa de ouro sobre o poço e es!a gira*a co!iuame!eF ao mesmo !empo Hue o di*a da raiha# G W.ou a miha pala*raWF disse o pr0cipeF Wde Hue aHui ficarei por um pouco#W 8 ele se alçou ao di*a e ali ficou dura!e seis dias e seis oi!es#G %E A Sehora da Casa do Soo & uma figura familiar os co!os de fada e os mi!os# Já os referimos a elaF sob as formas de ruhilda e da peHuea r0ar -ose %Z# 8la & o modelo dos modelos de perfeiçãoF a respos!a a !odos os desejosF de ode pro*6m as b6çãos da busca !errea ou di*ia de !odo herói# V a mãeF a irmãF a ama!eF a oi*a# Tudo o Hue o mudo possui de sedu!orF !udo o Hue ele for promessa de go>oF cos!i!ui id0cio de sua e/is!6cia !a!o as profude>as do sooF Hua!o as cidades e flores!as do mudo# Pois ela & a ecaração da promessa de perfeiçãoI a gara!ia cocedida = alma de HueF ao fial do e/0lio um mudo de iadeHuaçMes orgai>adasF a b6ção a!es cohecida *ol!ará a s6?loI a cofor!adoraF u!ridora e GboaG mãe Q jo*em e bela Q Hue ou!rora cohecemosF e a!&
pro*amosF o passado mais remo!o# O !empo a fe> afas!ar?se eF o e!a!oF ela aida habi!aF como Huem dorme a i!emporalidadeF o lei!o do mar i!emporal# Toda*iaF a imagem recordada ão & de !odo beigaI pois !amb&m a mãe GmáG Q "L a mãe ause!e e ialcaçá*elF co!ra Huem são dirigidas fa!asias agressi*as e de Huem se !eme uma co!ra?agressãoI %L a mãe repressoraF ameaçadora e pui!i*aI 'L a mãe Hue ma!&m ju!o a si o filho em crescime!o Hue deseja seguir seu próprio camihoI eF por fimF (L a mãe desejadaF mas proibida Kcomple/o de VdipoLF cuja preseça . um es!0mulo ao desejo perigoso Kcomple/o de cas!raçãoL Q persis!e a !erra ocul!a do !erri!ório das lembraças ifa!is do adul!o e e/ibeF por *e>esF a força maior# 8la se eco!ra a rai> de figuras de grades deusas ialcaçá*eisF como a cas!a e !err0*el .iaa Q cuja ação de le*ar o jo*em a!le!a Ac!&o = ru0a absolu!a ilus!ra a carga de !emor co!ida esses s0mbolos do desejo bloHueado do corpo e da me!e# Sucedeu a Ac!&o *er a poderosa deusa ao meio?dia Q aHuele fa!0dico mome!o em Hue o sol chega ao auge de sua jo*em e *igorosa ascesãoF firma?se e começa sua poderosa Hueda para a mor!e# Ac!&o ha*ia dei/ado os compaheiros a fim de repousarF ju!o com seus fero>es cãesF após uma mahã de casa!i*os jogosI sem des!io cer!oF *aga*a ele ao l&uF des*iado?se dos bosHues de caça Hue lhe eram familiaresF e/plorado as flores!as *i>ihas# .escobriu um *aleF mui!o espessoF pleo de cipres!es e piheiros# CuriosoF pee!rou a ma!a opule!a# a*ia ali uma gru!aF bahada por
Gra3ura Q Q Secmet, a deusa (Egito)%
Gra3ura QI Q /edusa (Noma antiga) uma sua*e e odula!e fo!eF cuja corre!e amplia*a?se um poço circudado pela grama# 8sse recesso sombreado era o ref7gio de .iaaF e ela se eco!ra*aF aHuele mome!oF bahado?se e!re suas ifas comple!ame!e desudas# 8la ha*ia !irado a laça de caçaF e alja*aF o arcoF assim como as sadálias e roupas# Uma das ifas desudas lhe ha*ia !raçado o cabeloI ou!ras a baha*am com a ajuda de eormes c!aros# uado o rapa> chegou ao agradá*el s0!ioF ou*iu?se um clamor de gri!os femiios e !odos os corpos se aglomeraram em !oro de sua sehoraF !e!ado ocul!á?la aos seus olhos profaos# $as os ombros e a cabeça dela ficaram descober!os# O jo*em a ha*ia *is!o e co!iuou a olhá?la# 8la buscou o arcoF mas es!e se acha*a fora de alcaceF de modo Hue elaF *elo>F !omou do Hue es!a*a = mãoF is!o ., da águaF e a a!irou o ros!o de Ac!&o# GAgora es!ás li*re para di>erF se pudoresGF e/clamou elaF furiosaF GHue *is!es a deusa desuda_G Surgiram?lhe chifres a cabeça# O pescoço cresceu e se alogouF as po!as das orelhas se afiaram# Os braços !oraram?se perasI as mãos e p&sF pa!as# Tomado de !errorF ele saiu =s carreirasF surpreso por poder se mo*er !ão rapidame!e# $as Huado parou para !omar f;lego e águaF e *iu o próprio sembla!e um claro poçoF re!rocedeuF cos!erado# Um !err0*el des!io se aba!eu sobre Ac!&o# Seus próprios cãesF percebedo o cheiro do grade cer*oF se apro/imaramF la!idoF a!ra*&s da flores!a# Por um mome!oF ele se!iu pra>er em ou*i?los e parouI masF logoF assus!adoF correu# A ma!ilha o seguiuF gahado cada *e> mais !erreo# uado os cães se apro/imaram dos seus calcaharesF com o primeiro delesF *elo>F os !oro>elosF ele !e!ou gri!ar?lhes os omesF mas o som Hue lhe saiu da garga!a ão era humao# Os cães o a!acaram# 8le caiuF e seus próprios compaheiros de caçadaF ecorajado os cãesF chegaram a !empo de dar o cou$'de'gr[ce% .iaaF miraculosame!e cie!e da fuga e da mor!eF agora es!a*a saciada '[# A figura mi!ológica da $ãe Ui*ersal impu!a ao cosmo os a!ribu!os femiios da primeiraF preseça u!ridora e pro!e!ora# A fa!asia &F primariame!eF espo!eaI pois há uma es!rei!a e e*ide!e correspod6cia e!re a a!i!ude da criaciha com relação = mãe e a do adul!o com relação ao mudo ma!erial circuda!e '"# $as !amb&m !em ha*idoF em umerosas !radiçMes religiosasF uma u!ili>ação pedagógicaF coscie!eme!e co!roladaF dessa imagem arHue!0picaF para fis de purgaçãoF es!abili>ação e iiciação da me!e a a!ure>a do mudo *is0*el#
2os li*ros do Ta!ra da 0dia medie*al e moderaF o local ode habi!a a deusa & deomiado /ani'd3i$a, G)lha das JóiasG '%# Seu di*a e !roo ali se eco!ramF um bosHue de ár*ores Hue a!edem a desejos# As praias da ilha !6m areias de ouro# São bahadas pelas águas calmas do oceao do &c!ar da imor!alidade# A deusa & *ermelha como o fogo da *idaI a !erraF o sis!ema solarF as galá/ias do icomesurá*el espaço Q !udo isso cresce o seu 7!ero# Pois ela & a criadora do mudoF sempre mãe e sempre *irgem# 8la abrage o abrage!eF u!re o u!rie!e e & a *ida de !udo o Hue *i*e# 8la & !amb&m a mor!e de !udo o Hue morre# Todas as e!apas da e/is!6cia são reali>adas sob sua iflu6ciaF do ascime!o Q passado pela adolesc6ciaF ma!uridade e *elhice Q = mor!e# 8la & o 7!ero e o !7mulo: a porca Hue come seus próprios lei!Mes# Assim sedoF ela ue o GbomG e o GmauGF e/ibido as duas formas Hue a mãe rememorada assumeF em !ermos pessoais e ui*ersais# 8spera?se Hue o de*o!o co!emple as duas com a mesma eHuaimidade# A!ra*&s desse e/erc0cioF seu esp0ri!o & purgado de !oda se!ime!alidade e resse!ime!oF ifa!is e iadeHuadosF e sua me!e & aber!a = preseça iescru!á*elF Hue e/is!e ão primariame!e como GboaG ou GmáG com relação = sua ifa!il co*ei6cia humaaF seu bem?es!ar e sua afliçãoF mas sim como lei e imagem da a!ure>a do ser# O grade m0s!ico hidu do s&culo passadoF -amarisha K"E'5?"EE5LF foi sacerdo!e de um !emplo rec&m?erigido = $ãe Cósmica em .ashies]arF sub7rbio de Calcu!á# A imagem do !emplo e/ibia a di*idadeF a um só !empoF em seus dois aspec!osF o !err0*el e o beigo# Os Hua!ro braços e/ibiam os s0mbolos do seu poder ui*ersal: a mão esHuerda superior brade um sabre sujo de sague e a iferior segura pelos cabelos uma cabeça humaa decapi!adaI a mão direi!a superior es!á ele*adaF fa>edo o ges!o de Gão !emaG e a iferior se es!edeF como a coceder dádi*as# Como colarF usa uma guirlada de cabeças humaasI o saio!e & uma fileira de braços humaosI a comprida l0gua es!á para foraF a fim de lamber sague# 8la & o Poder CósmicoF a !o!alidade do ui*ersoF a harmoi>ação de !odos os pares de opos!osF Hue combia prodigiosame!e o !error da des!ruição absolu!a e a seguraça idifere!e eF o e!a!oF ma!era# Tal como a mudaçaF o rio do !empoF a fluide> da *idaF a deusa criaF preser*a e des!rói a um só !empo# Seu ome & `aliF a 2egraI seu !0!ulo: a Po!e sobre o Oceao da 8/is!6cia ''# 2uma mahã calmaF -amarisha percebeu Hue uma bela mulher sa0a do @ages e se apro/ima*a do bosHue em Hue ele medi!a*a# 2o!ou Hue ela es!a*a pres!es a dar = lu># 2um á!imoF o beb6 asceu e ela cuidou dele !erame!e# Toda*iaF o mome!o segui!eF ela assumiu um aspec!o horredoF p;s o beb6 em suas agora !err0*eis mad0bulas e o esmagou e mas!igou# 8golido?oF re!orou ao @agesF ode desapareceu '(# Apeas g6iosF capa>es das maiores percepçMesF podem supor!ar a plea re*elação do cará!er sublime da deusa# re!e a homes de meor e/pressãoF ela redu> seu fulgor e se permi!e aparecer sob formas compa!0*eis com os poderes pouco dese*ol*idos deles# A co!emplação da deusa em sua plei!ude pode ser um !err0*el acide!e para !odos os espiri!ualme!e despreparadosI & o Hue !es!emuha a ifeli> his!ória do lu/urioso jo*em Ac!&o# 8le ão era sa!oF mas um a!le!a despreparado para a re*elação da forma Hue de*e ser co!emplada sem as uaces de se!ime!os humaos ormais Kis!o &F ifa!isL do desejoF da surpresa e do medo# A mulher represe!aF a liguagem pic!órica da mi!ologiaF a !o!alidade do Hue pode ser cohecido# O herói & aHuele Hue aprede# medida Hue ele progrideF a le!a iiciação Hue & a *idaF a forma da deusa passaF aos seus olhosF por uma s&rie de !rasfiguraçMes: ela jamais pode ser maior Hue eleF embora sempre seja capa> de prome!er mais do Hue ele já & capa> de compreeder# 8la o a!rai e guia e lhe pede Hue rompa os grilhMes Hue o predem# 8 se ele puder alcaçar?lhe a impor!ciaF os doisF o sujei!o do cohecime!o e o seu obje!oF serão liber!ados de !odas as limi!açMes# A mulher & o guia para o sublime auge da a*e!ura sesual# 9is!a por olhos iferioresF & redu>ida a codiçMes iferioresI pelo olho mau da igorciaF &
codeada = baalidade e = fei7ra# $as & redimida pelos olhos da compreesão# O herói Hue puder cosiderá?la !al como ela &F sem comoção ide*idaF mas com a ge!ile>a e a seguraça Hue ela reHuerF !ra> em si o po!ecial do reiF do deus ecaradoF do seu mudo criado# Co!a?seF por e/emploF a his!ória dosG cico filhos do rei irlad6s 8ochaid: fala?se de comoF !edo ido caçarF um cer!o diaF *iram?se eles perdidosF afas!ados de !udo e de !odos# Sede!osF puseram?seF um por umF a buscar água# ergus foi o primeiro: G8 ele eco!ra um poçoF ju!o ao Hual há uma *elha mulherF de se!iela# Tem a *elha a segui!e apar6cia: mais egras Hue o car*ão eram !odas as suas ju!as e par!esF da cabeça aos p&sI compará*el ao rabo de um ca*alo sel*agem era a dura massa ci>e!a Hue ocupa*a a par!e superior da cabeçaI com o golpe de uma presa es*erdeada Hue dali sa0aF ecur*ada a!& !ocar?lhe a orelhaF ela podia cor!ar o *erdeja!e galho de um car*alho em plea pujaçaI !iha olhos escurecidos e esfumaçadosI ari> !or!oF com amplas ariasI barriga pi!algada e ecarHuilhadaF acome!ida de !odo !ipo de doeçasI caelas horri*elme!e deformadasF guarecidas de maciços !oro>elos e de p&s Hue pareciam grades pásI !iha odosos joelhos e uhas cor de chumbo# Com efei!oF !odos os !raços da megera eram desagradá*eis# WV aHuiF ão &RWF disse o rapa>I WJus!ame!eWF respodeu ela# W8s!ás guardado o poçoRWF pergu!ou eleI e ela disse: WSimW# WPermi!es Hue eu le*e um pouco de águaRW WClaroWF cose!iu elaF Wmas !erei de receber de !i um beijo a face#W W2ada dissoWF disse ele# W8!ão ão !e darei água#W W.ou?!e miha pala*raWF ele prosseguiuF WHueF a!es de dar?!e um beijoF possa eu morrer de sede_W 8 o jo*em par!iu para o local ode es!a*am seus irmãos e lhes disse Hue ão ha*ia coseguido águaG# OliollF ria e iachraF Hue foram buscar água em seguidaF um após ou!roF !amb&m chegaram ao mesmo poço# Todos pediram = *elha Hue lhes desse águaF mas lhe egaram o beijo# Por fimF chegou a *e> de 2iallF Hue chegou ao mesmo poço# GW.ei/a?me !omar águaF mulher_WF e/clamou# WPor cer!oWF disse elaF We !u me darás um beijo#W 8le respodeu: WAl&m do beijoF dou?!e !amb&m um abraço_W 8 ele se iclia para abraçá?la e lhe dá um beijo# ei!o issoF ele a olha e eis Hue ão ha*ia o mudo uma jo*em mais graciosaF de apar6cia mais bela Hue a dela: semelha!e = 7l!ima e*e a cairF espalhada em *alasF era cada uma de suas par!esF do !opo da cabeça = sola dos p&sI a!ebraços roliços e majes!ososF dedos logos e delgadosF peras bem?!oreadas de cor agradá*elI duas sadálias de um belo bro>e se i!erpuham e!re os lisos e sua*es p&s e a !erraI ha*ia sobre ela uma ampla ma!a da melhor lãF puro carmesimF eF sobre suas *es!esF um broche de pra!a bracaI !iha ela bracos de!es peroladosF grades olhos magifice!esF a boca rubra como a sor*a# Wá aHuiF mulherF uma galá/ia de eca!osWF disse o jo*em rapa># WV de fa!o *erdade#W W8 Huem &sRWF prosseguiu# WSou a -egra -ealWF respodeu elaF e disse: G W-ei de Tara_ Sou a -egra -eal# # #W G W9ai agoraWF disse elaF Wpara !er com !eus irmãos e le*a água co!igoI dora*a!eF de !i e dos !eus filhos para sempre o reio e o poder supremo serão# # # 8 !al como me *is!e a!es feiaF embru!ecidaF repuga!e Q eF o fialF bela QF assim & a regra real: poisF sem ba!alhasF sem implacá*el cofli!oF ela ão pode ser gahaI masF o fialF aHuele XHue gahaY & rei de !udo de a!rae!e e belo Hue resul!e#W G '1 V assim a regra realR Assim . a própria *ida# A deusa guardiã do poço iesgo!á*el Q seja ela descober!a !al como ergusF Ac!&o ou o Pr0cipe da )lha Soli!ária a descobriram Q reHuer Hue o herói seja do!ado daHuilo Hue os !ro*adores e mees!r&is deomia*am Gcoração ge!ilG# 8la ão pode ser compreedida e apropriadame!e ser*ida pelo desejo aimal de um Ac!&oF em pela repulsa isole!e de um ergusF mas apeas pela ge!ile>a: A3ar. KGsimpa!ia ge!ilGLF eis o seu ome a poesia cor!esã do Japão dos s&culos ?))# G2o i!erior do coração ge!ilF habi!a o AmorF ual pássaro a *erde sombra do bosHue# A!es do coração ge!ilF o esHuema da a!ure>aF
O Amor ão e/is!iaF em o coração ge!il a!es Xdo Amor# Pois com o solF ao mesmo !empoF Assim surgiu a lu> imedia!ame!eI em ocorreu Seu ascime!o a!es de ascer o sol# 8 o Amor !e*e seu efei!o a ge!ile>a .o *erdadeiro euI !al comoF 2o fogo bradoF o e/cesso de calor#G $ O eco!ro com a deusa KHue es!á ecarada em !oda mulherL & o !es!e fial do !ale!o de Hue o herói & do!ado para ob!er a b6ção do amor Kcaridade: amor MaZ), Hue . a própria *idaF apro*ei!ada como o i*ólucro da e!eridade# 8 Huado o a*e!ureiroF esse co!e/!oF &F ão um jo*emF mas uma jo*emF & ela HuemF por suas HualidadesF sua bele>a ou desejo arde!eF se mos!ra apropriada para !orar?se cosor!e de um imor!al# 8!ãoF o celes!e marido desce a!& ela e a codu> ao seu lei!o Huer ela HueiraF Huer ão# 8 se ela o !i*er e*i!adoF as *edas lhes cairão dos olhosI se o !i*er procuradoF seu desejo será aplacado# A garo!a Arapaho Hue seguiu o porco?espiho pela ár*ore Hue se aloga*a foi a!ra0da pelo c0rculo do po*o do c&u# Ali ela se !orou esposa de um jo*em celes!e# 8leF sob a forma de um porco?espiho a!ra!i*oF a ha*ia codu>ido = sua casa sobrea!ural# A filha do rei da his!ória ifa!ilF um dia depois da a*e!ura do poçoF ou*iu !rombe!as a por!a do cas!elo: o sapo ha*ia chegado para cobrar sua promessa# 8F embora ela se mos!rasse sobremaeira desgos!osaF ele a acompahou a!& a cadeira = mesaF compar!ilhou da comida o peHueo pra!o e a peHuea /0cara de ouro e a!& isis!iu em dormir com ela a peHuea cama de seda# 2um acesso de rai*aF ela o !irou do chão e o laçou = parede# uado caiuF ele já ão era sapoF mas o filho de um reiF de ge!is e belos olhos# 8 ficamos sabedo Hue eles se casaram e foram le*adosF uma bela carruagemF para o reio Hue espera*a o jo*emF ode se !oraram rei e raiha#
Figura #% sis, so0 a 6orma de 6a*cão, une'se a sris no mundo in6erior% OuF uma *e> mais: Huado PsiHue !ermiou !odas as suas dif0ceis !arefasF o próprio J7pi!er lhe deu uma dose do eli/ir da imor!alidadeI assimF ela se eco!raF hoje e sempreF uida a CupidoF seu bem?amadoF o para0so da forma perfei!a#
As igrejas Or!odo/a @rega e Ca!ólica -omaa celebram o mesmo mis!&rio a es!a da Assução: GA 9irgem $aria & le*ada ao Huar!o upcial do c&uF ode o -ei dos -eis es!á asse!ado em seu !roo radia!eG# GB prude!0ssima 9irgemF para ode fos!esF lumiosa como a mahãR Toda bela e doce sois *ósF ó filha do SiãoF formosa como a luaF brilha!e como o sol#G 'D ?% A mu*her como tentação O casame!o m0s!ico com a raiha?deusa do mudo represe!a o dom0io !o!al da *ida por par!e do heróiI pois a mulher & *ida e o heróiF seu cohecedor e mes!re# 8 os !es!es por Hue passou o heróiF prelimiares de sua e/peri6cia e façaha 7l!imasF simboli>aram as crises de percepção por meio das Huais sua cosci6cia foi amplificada e capaci!ada a efre!ar a plea posse da mãe?des!ruidoraF de sua oi*a ie*i!á*el# Com issoF ele apredeu Hue ele e seu pai são um só: ele es!á o lugar do pai# Assim e/pressoF em !ermos !ão e/!remosF o problema pode parecer dis!a!e dos assu!os das cria!uras humaas comus# 2ão obs!a!eF !odo fracasso em lidar com uma si!uação da *ida de*e !radu>ir?seF o fialF como res!rição = cosci6cia# As guerras e as e/plosMes emocioais são palia!i*os da igorciaI os arrepedime!osF ilumiaçMes Hue *6m !arde demais# Todo o se!ido do mi!o oiprese!e da passagem do herói reside o fa!o de ser*ir essa passagem como padrão geral para homes e mulheresF ode Huer Hue se eco!rem ao logo da escala# Assim sedoF o mi!o & formulado os mais amplos !ermos# Cabe ao idi*0duoF !ão? some!eF descobrir sua própria posição com refer6cia a essa fórmula humaa geral e e!ão dei/ar Hue ela o ajude a ul!rapassar as barreiras Hue lhe res!rigem os mo*ime!os# uem são e ode se eco!ram os ogrosR São refle/os dos eigmas ão resol*idos de sua própria humaidade# O Hue são seus ideaisR São os si!omas do modo como ele percebe a *ida# 2o cosul!ório do psicaalis!a moderoF os es!ágios da a*e!ura do herói aida *6m a lume os sohos e aluciaçMes dos pacie!es# Camada após camada de fal!a de au!ocoheci? me!o & pee!radaF e/ercedo o aalis!a o papel de au/iliarF de sacerdo!e iicia!ório# 8F sempreF passados os primeiros percalços da joradaF a a*e!ura se dese*ol*eF seguido uma !rilha de !re*asF horrorF desgos!o e !emores fa!asmagóricos# O po!o e*rálgico da curiosa dificuldade reside o fa!o de Hue as ossas cocepçMes coscie!es a respei!o do Hue a *ida de*e ser rarame!e correspodem =Huilo Hue a *ida de fa!o 8m geral os recusamos a admi!ir Hue e/is!aF de!ro de ós ou dos ossos amigosF de forma pleaF a impulsioadoraF au!opro!e!oraF malcheirosaF car0*ora e *olup!uosa febre Hue cos!i!ui a própria a!ure>a da c&lula orgica# 8m *e> dissoF cos!umamos perfumarF la*ar e rei!erpre!arF imagiadoF eHua!o issoF Hue as moscas e !odos os cabelos Hue es!ão a sopa são erros de alguma desagradá*el ou!ra pessoa# $as Huado de s7bi!o percebemosF ou somos obrigados a obser*arF Hue !udo Hua!o pesamos e fa>emos & !emperado ecessariame!e pelo odor da careF e!ão e/perime!amosF ão raroF um mome!o de repugcia: a *idaF os a!os da *idaF os órgãos da *idaF a mulher em par!icularF como o grade s0mbolo da *idaF !oram?se i!olerá*eis = icompara*elme!e pura alma# GOF that this too too so*id 6*esh 5ou*d me*t, Tha5 and reso*3e itse*6 into a de5U r that the E3er*asting had not 6i]d His canon ]gainst se*6's*aughterU GodU GodU2 ^ Assim e/clama o por!a?*o> desse mome!oF amle!: 2Ho5 5eary, sta*e, 6*at, and un$ro6ita0*e
Seem to me a*i the uses o6 this 5or*dU Fie on]tU ah 6ieU ]tis an un5eeded garden, That gro5s to seedB things ran7 and gross in nature Possess it mere*y% That it shou*d come to thisU2 ? O ioce!e delei!e de VdipoF em sua primeira posse da raihaF !ora?se agoia de esp0ri!o Huado ele descobre Huem a mulher Tal como amle!F ele se eco!ra acossado pela imagem moral do pai# 8F !al como aHueleF dei/a os agradá*eis co!oros do mudo para buscarF as !re*asF um reio mais ele*ado Hue o da mãe lu/uriosa e icorrig0*elF afe!ada pelo ices!o e pelo adul!&rio# AHuele Hue busca a *ida al&m da *ida de*e labu!ar por ul!rapassar a mãeF superar as !e!açMes do seu chamado e laçar?se ao &!er imaculado Hue se acha al&m# ^ 2hU se esta s>*ida, inteiramente s>*ida carne $udesse derreter'se, 9 E3a$orar'se ou disso*3er'se num or3a*hoU I u se o Eterno não ti3esse 6iado I Suas *eis contra o suicdioU eusU f eusU2 (:% do T%) ^^ 2Wuão a0Metos, gastos, 3ão e inZteis 9 /e $arecem todos os usos deste mundoU 9 $r>0rio $ara o mundoU AhU Wuão a0MetosU um Mardim 8ue não 6oi *im$o 9 Tudo cresce 3ontadeB coisas de natureCa amarga e grosseira, 9 Somente e*as, o ha0itam% Wue se haMa chegado a issoU2 (:% do T%) GPois um .eus o chamou Q chamou?o *e>es sem co!aF .e mui!os lugares a um só !empo: WBF VdipoF TuF VdipoF por Hue os re!ardamosR á !empo demais &s esperadoI *em_W G 'Z Ode essa repugcia de Vdipo?amle! se ma!&m a acossar a almaF ali o mudoF o corpo eF acima de !udoF a mulher !oram?se s0mbolosF ão mais de *i!óriaF mas de derro!a# 2esse mome!oF um sis!ema &!ico moás!ico?puri!aoF Hue ega o mudoF !rasfigura !odas as images do mi!o# O herói ão pode mais permaecer ioce!e dia!e da deusa da careI pois ela se !orou a raiha do pecado# G8Hua!o se apegar de alguma forma a esse corpo = feição de cadá*erGF escre*e o moge hidu ShaaracharNaF Go homem & impuro e sofre com seus iimigosF !al como sofre o ascime!oF a efermidade e a mor!eI mas Huado se cocebe a si mesmo como XserY puroF como a ess6cia do .eus e do )mó*elF ele se liber!a# # # -ejei!a com eergia essa limi!ação de um corpo ier!e e corrup!o por a!ure>a# 8sHuece?o# Pois o Hue foi *omi!ado Kcomo de*es *omi!ar !eu corpoL só pode causar desgos!o Huado re!ora = me!e#G ([ 8is um po!o de *is!a Hue a *ida e os escri!os dos sa!os !oraram familiares ao Ocide!e# Guado São Pedro obser*ou Hue sua filhaF Pe!roilhaF era mui!o boi!aF ob!e*e de .eus o fa*or de ser ela !omada por uma febre# OraF es!ado um dia com ele seus disc0pulosF eis Hue Ti!o lhe disse: WTu podes curar !odas as mol&s!iasI por Hue ão ages de modo a le*ar Pe!roilha a erguer?se a camaRW 8 Pedro replicou: WPorHue es!ou sa!isfei!o com a codição em Hue se eco!raW# )sso de forma alguma sigifica*a ão !er ele o poder de curá?laI !a!o HueF imedia!ame!eF disse?lhe ele: W,e*a!a?!eF Pe!roilhaF e !e apressa a os ser*irW# A garo!aF curadaF le*a!ou?se e os ser*iu# $asF !edo ela !ermiadoF disse?lhe o pai: WPe!roilhaF re!ora a !ua cama_W 8la re!orou e imedia!ame!e foi !omada ou!ra *e> pela febre# $ais !ardeF Huado começou a e/ibir perfeição em seu amor a .eusF o pai lhe res!aurou a perfei!a sa7de# G2aHuele mome!oF um obre ca*alheiro chamado laccusF e/!asiado pela sua bele>aF *eio pedir?lhe a mão em casame!o# 8la replicou: WSe desejas desposar?meF e*ia um grupo de jo*es para me codu>ir = !ua casa_W $asF Huado o grupo chegouF Pe!roilha imedia!ame!e se p;s a jejuar e a orar# Tedo recebido a comuhãoF *ol!ou a ficar a cama eF !r6s dias depoisF e!regou a alma a .eus#G ("
Guado criaçaF São erardo de Clair*au/ sofria dores de cabeça# Um diaF recebeu a *isi!a de uma jo*emF Hue lhe foi ali*iar os sofrime!os com caçMes# $as a criaçaF idigadaF e/pulsou?a do Huar!o# 8 .eus a recompesou pelo seu fer*orI pois Hue se le*a!ou imedia!ame!e da camaF curada# GOraF percebedo o a!igo iimigo do homem Hue o peHueo erardo !iha !al disposição f&rreaF p;s?se a criar armadilhas = cas!idade da criaça# Toda*iaF Huado elaF por ar!es do dem;ioF *iu?se a obser*ar com cer!a isis!6cia uma sehoraF subi!ame!e corou *iole!ame!e e mergulhou as águas geladas de um poçoF ode ficou a!& se eregelar comple!ame!e# 8m ou!ra ocasiãoF eHua!o dormiaF eis Hue uma jo*emF desudaF i!rome!eu? se em sua cama# erardoF ao perceb6?laF ma!e*e?se em sil6cio a par!e da cama em Hue ja>ia eF *ol!ado?se para o lado co!rário ao da jo*emF *ol!ou a dormir# Tedo?o pro*ocado e afagado por algum !empoF *iu?se a ifeli> cria!ura presa de !al *ergohaF embora isso fosse raro elaF Hue se le*a!ou e fugiuF !omada do mais comple!o horror para cosigo mesmaF e de admiração para com o jo*em# GAida ou!ra *e>F Huado erardoF ju!ame!e com algus amigosF ha*ia acei!ado a hospi!alidade da resid6cia de uma sehora de possesF eis Hue es!aF obser*ado?lhe a bele>aF *iu?se domiada pelo desejo de dormir com ele# 2essa oi!eF le*a!ou?se de sua cama e colocou?se ao lado do hóspede# $as es!eF !ão logo *iu Hue algu&m a ele se achega*aF passou a gri!ar: W,adrão_ ,adrão_W )media!ame!e depois dissoF a mulher desapareceuF !oda a casa a!rás de siF la!eras as mãosF !odos = procura do malfei!or# $asF como ão eco!rassemF !odos *ol!aram ao lei!o e ao sooF e/ce!o a mulherF HueF icapa> de fechar os olhosF mais uma *e> se le*a!ou e se p;s a cama do hóspede# erardo *ol!ou a gri!ar: W,adrão_W 8 ou!ra *e> hou*e alarmas e buscas_ .epois dissoF aida uma *e> subme!eu?se a mulher ao rep7dioF e !udo se deu da mesma formaI por fimF ela desis!iu do seu maldi!o proje!oF Huer por !emorF ou por se!ir?se desecorajada# 2a es!radaF o dia segui!eF pergu!aram?lhe os compaheiros por Hue !i*era ele !a!os sohos com ladrMesF ao Hue erardo replicou: WTi*e de fa!o Hue repelir os a!aHues de um ladrãoI pois miha afi!riã !e!ou roubar?me um !esouro HueF !i*esse eu perdidoF jamais seria capa> de recuperarW# GTodos esses e*e!os deram a erardo a co*icção de Hue era sobremaeira perigoso *i*er a compahia da serpe!e# 8 ele plaejou afas!ar?se do mudo e e!rar a ordem moás!ica de Cis!er#G (% Toda*iaF em mesmo os muros moás!icos ou as remo!as parages do deser!o podem pro!eger co!ra a preseça da mulherI pois eHua!o a care do eremi!a se ma!i*er uida aos seus ossos e eHua!o sua pulsação for i!esaF as images da *ida es!arão aler!aF pro!as a e/plodir como !empes!adeF em sua me!e# Sa!o A!;ioF Huado pra!ica*a sua *ida de aus!eridade a Tebaida eg0pciaF *iu?se per!urbado por *olup!uosas aluciaçMes perpe!radas por dem;ios do se/o femiioF Hue se *iram a!ra0dos pela sua mag&!ica solici!ude# ApariçMes dessa ordemF Hue e/ibem Huadris irresis!0*eis e seios palpi!a!es = espera do !oHueF são cohecidas em !odos os eremi!&rios da his!ória# 2AhU 0e* ermiteU 0e* ermiteU% % % Si tu $osais ton doigt sur mon .$au*e, ce serait comme une train1e de 6eu dans tes 3eines% ha $ossession de Ia moindre $*ace de mon cor$s t]em$*ira d]une $ie $*us 3.h.mente 8ue Ia con8u1te d]un em$ire% A3ance tes *'3res% % %2 2 ? 8scre*e o eo?igl6s Co!!o $a!her: GO .eser!o Hue percorremos em ossa jorada para a Terra Prome!ida eco!ra?se ei*ado de 0geas serpe!es *oadoras# $asF bedi!o seja .eusF ehuma delas a!& agora os chegou !ão pró/imo a po!o de os cofudir profudame!e_ Todo o osso camiho para o C&u se acha coalhado de Tocas de e
ados de Sal!eadoresF dispos!os a empes!ar !odos aHueles cuja faces se acham *ol!adas para o SiãoG((#
^ 2AhU 0e*o eremitaU 0e*o eremitaU### Se $useres teu dedo so0re meu om0ro, ter;s a sensação de um rasti*ho de 6ogo nas 3eias% A $osse da menor $arte do meu cor$o te tornar; $*eno de um goCo 8ue em muito su$era a con8uista de um im$.rio% A3ança teus *;0ios###G (:% do T%)
&% A sintonia com o $ai GO Arco da )ra .i*ia se acha e!esado e a lechaF pro!a para o disparoF a CordaI e a Jus!iça apo!a a lecha para o *osso CoraçãoF e dispara o ArcoI e ão & seão a pura 9o!ade de .eusF e de um .eus rai*osoF sem ehuma Promessa ou ObrigaçãoF Hue impede o ArcoF por um $ome!oF de se embeber o *osso Sague# # #G Com essas pala*rasF Joa!ha 8d]ards ameaça*a os coraçMes de sua cogregação da 2o*a )gla!erraF ao re*elar?lhesF sem disfarcesF o aspec!o ogro do pai# 8le os fa>ia em fragalhosF com images da pro*ação mi!ológicaI pois embora proibisse a imagem esculpidaF o Puri!ao se permi!ia a *erbal# GA )raGF !ro*eja*a Joa!ha 8d]ardsF Ga )ra de .eus se assemelha =s grades guas ora represadasI elas aume!amF mais e maisF e se ele*amF cada *e> mais al!oF a!& alcaçar uma Sa0daI e Hua!o mais co!ida . a Corre!eF !a!o mais rápido e poderoso & seu CursoF uma *e> liberado# V *erdade Hue o Julgame!o co!ra *ossas Obras mal&ficas a!& agora ão foi reali>adoI os .il7*ios da 9igaça de .eus foram co!idosI mas *ossa CulpaF esse 8!re!empoF se a*oluma cos!a!eme!e e a cada .ia acumulais mais )raI as guas se ele*am de forma co!0ua e se !oram cada *e> mais PoderosasI e ada háF al&m da pura 9o!ade de .eusF Hue as co!ehaF pois ão desejam ser co!idas e fa>em esforços para romper a barragemI se .eus re!irasse sua $ão da Passagem da corre!eF es!a se abriria imedia!ame!e e as cru&is Torre!es da )mpiedade da )ra de .eus logo a*açariamF !omadas de f7ria icoceb0*elF e sobre *ós se aba!eriamF com Poder oipo!e!eI e mesmo Hue *ossa orça fosse .e> mil 9e>es superior ao Hue &F simF .e> mil 9e>es maior Hue a orça do mais *igorosoF do mais ifle/0*el .em;io do )feroF ada poder0eis fa>er para afas!á?las ou supor!á?las ###G Tedo ameaçado com o eleme!o águaF passa o pas!or Joa!ha a esgrimir a imagem do fogo# GO .eus Hue *os ma!&m acima da 8!rada do )feroF !al como ma!emos uma Araha ou ou!ro ise!o repuga!e acima do ogoF *os abomiaF e & !erri*elme!e pro*ocadoI a )ra Hue brade co!ra *ós Hueima como fogoI ele *os cosidera como sem *alorF digos apeas de ser de*orados pelo ogoI seus olhos !6m mui!a Pure>a para supor!ar?*os em sua 9isãoI aos seus olhosF sois .e> mil 9e>es mais abomiá*eis Hue a mais odiosa Serpe!e *eeosa o & aos *ossos# 9ós o ofedes!es ifii!ame!e mais do Hue um !eimoso -ebelde ofedeu a seu Pr0cipeI eF o e!a!oF apeas sua $ão *os impede a Hueda o ogo a HualHuer $ome!o# # # GBF Pecador_# # # 8s!ais preso por um !6ue ioF com as Chamas da .i*ia )raF flameja!esF ao seu redorF a HualHuer $ome!o pro!as a romper esse !6ue fio e a Hueimar? *os um á!imoI e ão podeis -ecorrer a ehum $ediadorI e ada pode agir de modo a sal*ar?*osF ada pode co!er as Chamas da .i*ia )raF ada Hue *os per!eçaF ada Hue jamais !ehais fei!oF ada Hue possais fa>erF para idu>ir .eus a *os poupar por um só $ome!o###G $as eis Hue chega a hora da imagem sal*adora do segudo ascime!o Q ão obs!a!eF apeas por um mome!o:
GPor cosegui!eF *ós Hue jamais passas!es por uma grade $udaça de CoraçãoF por meio da poderosa orça do 8sp0ri!o de .8USF aplicada sobre *ossas almasI !odos os Hue jamais asceram de o*o e ão foram !rasformados em o*as Cria!urasF em ele*adosF da mor!e o PecadoF a um 8s!ado de o*asF e a!& e!ão ão e/perime!adasF ,u> e 9ida Kpor mais Hue !ehais reformado *ossa 9ida em mui!os Aspec!osF Hue !ehais !ido *ossas .e*oçMes religiosasF Hue possais !er obser*ado uma orma de -eligião com *ossas am0liasF em *osso 0!imoF assim como a Casa de .eusF e por mais Hue a !ehais respei!adoLI es!aisF por cosegui!eF as $ãos de um .eus rai*osoI e some!e sua 9o!adeF e ada maisF *os preser*aF esse mome!oF de serdes !ragados pela e!era .es!ruiçãoG# (1 A Gpura 9o!ade de .eusG Hue pro!ege o pecador da flechaF da !orre!e e das chamasF & chamadaF o *ocabulário cris!ão !radicioalF Gmisericórdia di*iaGI a Gpoderosa orça do 8sp0ri!o de .8USGF por meio da Hual o coração & !rasformadoF & a GgraçaG de .eus# 2a maioria das mi!ologiasF as images da misericórdia e da graça aprese!am?se !ão *i*idas Hua!o as da jus!iça e da iraF ma!edo?seF por!a!oF o eHuil0brioI e o coraçãoF em *e> de e!regue = des!ruiçãoF & pro!egido# G2ão !emais_GF di> o ges!o da mão de i*aF Huado ele daçaF dia!e dos de*o!osF a daça da des!ruição ui*ersal (5# G2ão !emaisF pois !udo es!á as mãos de .eus# Todas as formas Hue ascem e feecem Q das Huais *osso corpo ão & seão uma Q são as chamas dos meus membros Hue daçam# Coheceis?$e em !udo Q e a Hue de*er0eis !emerRG A magia do sacrame!o K!orado efe!i*o por meio da Pai/ão de Jesus Cris!o ou pela *ir!ude das medi!açMes do udaLF o poder pro!e!or dos amule!os e !alismãs primi!i*os e os au/iliares sobrea!urais dos mi!os e co!os de fada cofiguram?se como a gara!ia para a humaidade de Hue a flechaF as !orre!es e as chamas ão são !ão bru!as Hua!o parecem# Pois o aspec!o ogro do pai & um refle/o do próprio ego da *0!ima Q deri*ado da mara*ilhosa lembraça da pro!eção ma!era Hue foi dei/ada para !rásF mas só depois de !er sido proje!adaF bem como do fa!o de a idola!ria fi/adora daHuela ie/is!6cia pedagógica cos!i!uir por si própria a fal!aF o se!ido de pecadoF Hue os ma!&m paralisados e Hue impede a alma po!ecialme!e adul!a de alcaçar uma *isão mais eHuilibrada e realis!a do pai eF em coseH6ciaF do mudo# A si!oia cosis!eF essecialme!eF em le*ar a efei!o o abadoo do problemá!ico mos!ro au!ogerado Q o dragão Hue se cosidera .eus Ko superegoL(D e o dragão Hue se cosidera o Pecado Ko id reprimidoL# $as essa ação reHuer o abadoo do apego ao próprio egoF e a0 reside a dificuldade# .e*emos !er f& em Hue o pai & misericordiosoI assimF de*emos cofiar essa misericórdia# Com issoF o ce!ro da creça & afas!ado da !ea> aper!ada e escamosa do deus a!orme!adorF e os ogros ameaçadores desaparecem# V essa a pro*ação a par!ir da Hual o herói de*e deri*ar esperaça e gara!ia da figura masculia do au/iliarF por i!erm&dio de cuja magia Kamule!os de póle ou poder de i!ercessãoL ele & pro!egido ao logo de !odas as assus!adoras e/peri6cias da iiciaçãoF fragili>adora do egoF do pai# PoisF se for imposs0*el cofiar a !err0*el face do paiF ossa f& de*e coce!rar?se em algum ou!ro lugar K$ulher?ArahaF $ãe AbeçoadaLI eF com essa cofiaça ecessária ao apoioF supor!amos a crise Q apeas para descobrirF o fial de !udoF Hue o pai e a mãe se refle!em um ao ou!ro e sãoF em ess6ciaF a mesma coisa# uado os @uerreiros @6meos dos 2a*ajosF !edo dei/ado a $ulher?Araha com seu coselho e seus !alismãs pro!e!oresF !ermiaram sua perigosa jorada pelas rochas Hue esmagamF os jucos Hue re!alham e os cac!os Hue fa>em em pedaçosF assim como pelas areias escalda!esF chegaram fialme!e = casa do SolF seu pai# A por!a es!a*a guardada por dois ursos# 8s!es se le*a!aram e rosaramI mas as pala*ras Hue a $ulher?Araha ha*ia esiado aos garo!os le*aram?os a *ol!ar a dormir# .epois dos ursosF os garo!os se *iram ameaçados por um par de serpe!esI depoisF por *e!os e !empes!ade: os guardiães do 7l!imo limiar (E# Todos se acalmaram pro!ame!eF !oda*iaF com as pala*ras da oração#
ei!a de !urHuesaF a casa do Sol era grade e HuadradaF e fica*a um cais bahado por poderosas águas# Os garo!os e!raram e perceberam uma mulher se!ada o lado oes!eF dois belos jo*es o lado sul e duas belas mulheres o lado or!e# As jo*es se le*a!aram sem di>er uma pala*raF e*ol*eram os rec&m?chegados em Hua!ro cober!as celes!es e os colocaram uma cocha# Os garo!os ficaram Huie!os# 2esse mome!oF uma casca*elF depedurada a por!aF fe> soar Hua!ro *e>es seu chocalhoF e uma das jo*es disse: G2osso pai es!á chegadoG# O de!e!or do sol ade!rou a casaF re!irou?o de suas cos!as e o depedurou um cabide si!uado a parede do lado oes!e da salaF ode ele se balaçou e fe> barulho por algum !empo: GTiaF !iaF !iaF !iaG# O pai se *ol!ou para a mulher mais *elha eF iradoF pergu!ou: Guem eram aHueles Hue e!raram aHui hojeRG $as a mulher ada respodeu# Os jo*es e as jo*es se e!reolharam# O de!e!or do sol pergu!ou por Hua!ro *e>esF cheio de iraF a!& Hue a mulherF por fimF lhe disse: GSeria mui!o bom Hue ão falasses demais# .ois jo*es e!raram aHui hojeF em busca do pai# .isses!e?me Hue ão fa>es *isi!as Huado sais daHui e Hue ão eco!ras!e ou!ra mulher al&m de mim# Por!a!oF de Huem são esses filhosRG 8la apo!ou para o paco!e a cochaF e as criaças sorriram sigifica!i*ame!e umas para as ou!ras# O de!e!or do sol !omou do paco!e a cochaF deserolou as Hua!ro capas Kcom a lu> da madrugadaF do c&u a>ulF da dourada lu> do aoi!ecer e da escuridãoLF e os garo!os ca0ram# )mpiedosame!eF ele os a!irou sobre algumas grades e afiadas laças de cocha braca Hue se acha*am o les!e# Os garo!os seguraram firmeme!e suas peas de *ida e ão foram a!igidos# O homem os a!irouF da mesma formaF sobre laças de !urHuesa Hue se acha*am o sulF de halio!eF o oes!eF e de rocha egraF o or!e (Z# Os garo!os ma!iham sempre as peas de *ida firmeme!e seguras e escaparam !odas as *e>es# G8u gos!aria Hue fosse realme!e *erdadeGF disse o SolF GHue fossem meus filhos#G O !err0*el pai !e!ou e!ão sufocar os garo!os a!& a mor!eF colocado?os um poço cheio de *apor superaHuecido# $as os *e!os os au/iliaramF forecedo?lhes um re!iro seguro de!ro do poçoF em Hue eles se escoderam# GSimF esses são meus filhosGF disse o SolF Huado emergiram Q mas isso ão passa*a de burlaF pois ele aida plaeja*a !ra0?los# A pro*a fial cosis!ia em fumar um cachimbo cheio de *eeo# Uma lagar!a cheia de espihos os aler!ou e lhes deu algo para p;r a boca# 8les fumaram o cachimbo sem problemasF passado?o um para o ou!roF a!& o fim# 8les a!& disseram Hue seu sabor era doce# O Sol ficou orgulhosoF mos!rou?se !o!alme!e sa!isfei!o# GemF meus filhosGF pergu!ouF GHue Huerem de mimR Por Hue me procuramRG Os @uerreiros @6meos ha*iam gahado a cofiaça do SolF seu pai 1[# A ecessidade de um grade cuidado por par!e do paiF Hue só admi!e em sua casa os Hue se !i*erem subme!ido i!egralme!e aos !es!esF & ilus!rada pela ifeli> a*e!ura do garo!o ae!o!eF descri!a o famoso co!o grego# ilho de uma *irgem da 8!iópia e es!imulado pelos compaheiros de folguedos a descobrir Huem era seu paiF ele cru>ou a P&rsia e a +dia para eco!rar o palácio do Sol Q pois sua mãe lhe ha*ia di!o Hue seu pai era eboF o deus Hue codu>ia a carruagem solar# GO palácio do Sol es!a*a si!uado o al!o de impoe!es coluasF lumiosas e e*ol!as em bro>e e ouro respladece!esF Hue brilha*am como fogo# Um majes!oso mármore coroa*a os espigMes colocados o al!oI as por!as duplas irradia*am pra!a esmerilhada# 8 o !rabalho reali>ado eles era mais boi!o Hue os ma!eriais#G 8scalado a !rilha 0gremeF ae!o!e chegou ao cume# 8 descobriu ebo se!ado um !roo de esmeraldasF cercado pelas oras e 8s!açMesF e pelo .iaF $6sF Ao e S&culo# O a!re*ido jo*em !e*e de parar o limiarF pois seus olhos mor!ais eram icapa>es de supor!ar a lu>I mas o pai lhe falouF com ge!ile>aF do ou!ro lado da e!rada# GO Hue o !ra> aHuiRGF pergu!ou?lhe o pai# G O Hue buscasF ó ae!o!eF filho Hue ehum pai precisa egarRG
O rapa> respodeuF com respei!o: GB meu pai Kse me cocedeis o direi!o de usar esse omeL_ ebo_ ,u> do mudo i!eiro_ Cocedei?me uma pro*aF meu paiF por meio da Hual !odos me coheçam como *osso *erdadeiro filhoG# O grade deus dei/ou de lado sua respladece!e coroa e pediu?lhe Hue se apro/imasse# Tomou?o os braços e lhe prome!euF selado a promessa com um jurame!o de compromissoF Hue !oda pro*a desejada pelo rapa> lhe seria cocedida# ae!o!e deseja*a a carruagem do pai e o direi!o de codu>ir os ca*alos alados por um dia# GTal pedidoGF disse o paiF Gmos!ra Hue miha promessa foi precipi!ada#G ebo afas!ou ligeirame!e o garo!o de si e !e!ou dissuadi?lo dessa e/ig6cia# G8m !ua igorciaGF disse eleF Gpedes mais do Hue pode ser cocedidoF mesmo aos deuses# Cada um dos deuses pode agir como bem e!eder eF o e!a!oF ehum delesF e/ce!o euF !em o poder de assumir um lugar a miha carruagem de fogoI ãoF em mesmo \eus#G ebo argume!a*a# ae!o!e mos!ra*a?se ifle/0*el# )capa> de Huebrar o jurame!oF o pai !e!ou gahar !odo o !empo Hue p;deF mas o fial *iu?se obrigado a codu>ir o !eimoso filho = prodigiosa carruagemF com ei/o e laça de ouroF rodas de aros dourados e um coju!o de raios de pra!a# O jugo era cober!o de crisóli!as e jóias# As oras já es!a*am re!irado dos es!upedos es!ábulos os Hua!ro ca*alosF Hue e/ala*am fogo pelas arias e eram alime!ados com ambrosia# oram?lhe colocadas as es!repi!osas r&deasI os grades aimais se agi!a*amF presos aos freios# ebo cobriu o ros!o de ae!o!e com um uge!oF para pro!eg6?lo co!ra as chamasF e p;s?lhe a cabeça a coroa radia!e# GSe pelo meos obedeceres =s ad*er!6cias do !eu paiGF acoselhou a di*idadeF Gão usarás o chico!e e ma!erás as r&deas firmeme!e seguras Os ca*alos já correm o suficie!e so>ihos# 8 ão sigas a es!rada Hue le*a dire!ame!e =s cico regiMes do c&uF *iradoF a ecru>ilhadaF = esHuerdaF e *erás clarame!e as marcas da miha# Al&m dissoF para Hue o c&u e a !erra sejam igualme!e aHuecidosF !oma cuidado para ão ires al!o ou bai/o demaisI pois se fores al!o demaisF Hueimarás os c&us eF se fores bai/o demaisF icediarás a !erra# 2o meio es!á o melhor camiho# G$asF apressa?!e_ 8Hua!o faloF a or*alhada oi!e alcaçou seu ápice do lado ocide!al# Somos co*ocados# OlhaF a madrugada irrompe# -apa>F Hue a or!ua !e ajude e codu>a melhor do Hue podes guiar?!e a !i mesmo# TomaF segura as r&deas#G T&!isF a deusa do marF ha*ia sol!ado os freiosF e os ca*alosF um sola*acoF dispararam abrup!ame!eF !respassado as u*es com as pa!asF fededo o ar com as asasF *ecedo em *elocidade !odos os *e!os Hue se ele*a*am o mesmo Huadra!e orie!al# )media!ame!e Q a carruagem es!a*a mui!o le*eF sem o peso cos!umeiro QF o carro começou a jogar como um a*io sem leme sobre as odas# O codu!orF !omado de picoF esHueceu as r&deas e em seHuer *ia o camiho = sua fre!e# Subido desco!roladame!eF os ca*alos a!igiram as al!uras do c&u e se apro/imaram das mais remo!as cos!elaçMes# A Ursa $aior e a Ursa $eor foram chamuscadas# A Serpe!eF Hue ja>ia erodilhada em !oro das es!relas polaresF foi aHuecida eF com o calorF !orou?se perigosame!e furiosa# O Cocheiro se afas!ouF =s *ol!as com sua parelha# 8scorpião a!acou com a cauda# A carruagemF !edo percorrido por algum !empo regiMes descohecidasW do espaçoF chocado?se co!ra as es!relasF disparou loucame!e para bai/oF a direção das u*es Hue ficam ligeirame!e acima do soloI e a ,ua obser*ouF di*er!idaF os ca*alos do seu irmão corredo abai/o dos seus# As u*es e*aporaram?se# A !erra icediou?se# $o!ahas ficaram icadesce!esI cidades pereceram com seus murosI açMes foram redu>idas a ci>as# oi essa a &poca em Hue os po*os da 8!iópia ficaram egrosI pois o sague foi le*ado = superf0cie dos seus corpos pelo calor# A ,0bia !orou?se um deser!o# O 2iloF a!errori>adoF refugiou?se os cofis da !erra e escodeu a cabeçaF e aida se eco!ra escodido#
A $ãe?TerraF limpado suas sobracelhas chamuscadas com a mãoF asfi/iada com a fumaça Hue!eF ele*ou o *o>eirão e chamou J7pi!erF o pai de !odas as coisasF para sal*ar o mudo# GObser*a_GF e/clamou ela# GOs c&us es!ão chamuscados de pólo a pólo# @rade J7pi!erF se o mar perecerF e a !erraF e !odos os dom0ios do c&uF *ol!aremos ao caos do começo_ Age_ Age pela seguraça do osso ui*erso_ Sal*a das chamas o Hue aida res!a_G J7pi!erF o Pai Todo?PoderosoF co*ocou urge!eme!e os deuses para !es!emuharem HueF se ão se !omasse uma decisão imedia!aF !udo es!aria perdido# .epois dissoF apressou?se para chegar ao >6i!eF !omou de um raio a mão direi!aF e o a!irouF = al!ura da própria orelha# O carro foi despedaçadoI os ca*alosF horrori>adosF dispararamI ae!o!eF com os cabelos em chamasF caiu como es!rela cade!e# 8 o rio Pó recebeu sua carcaça carboi>ada# As 2áiades daHuela !erra deposi!aram seu corpo um !7mulo e ele gra*aram o segui!e epi!áfio: GAHui ja> ae!o!e: a carruagem de ebo ele correuI 8F se mui!o fracassouF mui!o mais se a!re*euG1"# 8sse co!o sobre a idulg6cia pa!eral ilus!ra a a!iga id&ia de HueF Huado as resposabilidades da *ida são assumidas pela pessoa iiciada de maeira imprópriaF sobre*&m o caos# uado a criaça ul!rapassa o ele*o co!idiao do seio da mãe e se *ol!a para o mudo da ação adul!a especiali>adaF passaF em !ermos espiri!uaisF = esfera do paiF Hue se !oraF para seu filhoF o s0mbolo da fu!ura !arefa eF para sua filhaF o s0mbolo do fu!uro marido# Sabedo ou ão dissoF e seja Hual for sua posição a sociedadeF o pai & o sacerdo!e iiciador por meio do Hual o jo*em ser fa> sua passagem para o mudo mais amplo# 8 da mesma maeira comoF a!eriorme!eF a mãe represe!ou o GbemG e o GmalGF assim !amb&m o pai assume o papelF mas com uma complicação Q há um o*o eleme!o de ri*alidade o Huadro: o filho fica co!ra o paiF o !oca!e ao dom0io do mudoF e a filha co!ra a mãeF o Hue se refere ao $a$e* de mudo domiado# A id&ia !radicioal de iiciação combia uma i!rodução do cadida!o as !&cicasF obrigaçMes e prerroga!i*as de sua *ocação com um radical reajus!ame!o de sua relação emocioal com as images pare!ais# O mis!agogo Kpai ou pai subs!i!u!oL de*e e!regar os s0mbolos do of0cio !ão?some!e ao filho Hue !i*er sido efe!i*ame!e purgado de !odas as ca!e/es ifa!is impróprias Q a um filho Hue ão se *eja impossibili!ado para o jus!o e impessoal e/erc0cio dos poderes pelos mo!i*os icoscie!es KouF !al*e>F a!& mesmo coscie!es e racioali>adosL do au!o?egradecime!oF da prefer6cia pessoal ou do resse!ime!o# 8m !ermos ideaisF o filho i*es!ido do of0cio afas!a?se de sua mera codição humaa e represe!a uma força cósmica impessoal# 8le & aHuele Hue asceu duas *e>es: !orou?seF ele mesmoF o pai# 8m coseH6ciaF agora & compe!e!e para represe!arF por sua *e>F o papel do iiciadorF do guiaF da por!a do sol pela Hual de*emos passarF das ilusMes ifa!is do GbemG e do GmalGF para uma e/peri6cia da majes!ade da lei cósmicaF purgada da esperaça e do !emorF e em pa> a compreesão da re*elação do ser# GSoheiGF declarou um garo!ihoF GHue fui cap!urado por balas de cahão sicY% 8las começaram a pular e a gri!ar# iHuei surpreso ao me *er em miha própria sala de es!ar# a*ia um fogo e um caldeirão sobre eleF cheio de água fer*e!e# A!iraram?me o caldeirão eF de *e> em HuadoF o co>iheiro me efia*a um garfo para *er se eu já es!a*a co>ido# 2um cer!o mome!oF ele me re!irou do caldeirão e me deu ao chefeF Hue es!a*a pres!es a me comerF Huado acordei#G 1% GSohei Hue es!a*a se!ado = mesa com a miha mulherGF co!a um ci*ili>ado ca*alheiro# G2o curso da refeiçãoF alcacei e peguei osso segudo filhoF um beb6F e passei a colocá?loF de maeira bas!a!e a!uralF uma !igela de sopa *erdeF cheia de água Hue!e ou algum ou!ro l0Huido Hue!e Q pois ele saiu dela !o!alme!e co>idoF como um 6ricass.e de frago#
GColoHuei a care sobre uma !ábua de cor!ar pãoF Hue se eco!ra*a sobre a mesaF e a cor!ei com a miha faca# uado a ha*0amos comido comple!ame!eF res!ado apeas uma peHuea par!e semelha!e a uma moela de galihaF le*a!ei os olhosF preocupadoF para miha esposa e pergu!ei: W9oc6 !em cer!e>a de Hue Hueria Hue eu fi>esse issoR 9oc6 Hueria almoçá? loRW G8la respodeuF com um cer!o ar de cesura a!ural: W.epois de ele es!ar !ão bem co>idoF ada mais ha*ia a fa>erW# 8u es!a*a para comer o 7l!imo pedaço Huado acordei#G 1' 8sse pesadelo arHue!0pico do pai ogro & a!uali>ado as pro*as da iiciação primi!i*a# Os meios da !ribo aus!raliaa dos $urgisF como *imosF de i0cio são assus!ados e e*iadosF =s carreirasF =s respec!i*as mães# O @rade Pai Cobra es!á chamado seus prep7cios 1(# )sso coloca as mulheres o papel de pro!e!oras# V soprado um prodigioso chifreF chamado urluggurF cosiderado o chamado do @rade Pai CobraF Hue emergiu de sua !oca# uado os homes *6m buscar os garo!osF as mulheres !omam de laças e figemF ão apeas lu!arF como !amb&m lame!ar e chorarF pois os meios serão le*ados e GcomidosG# A area !riagular ode daçam os homes & o corpo do @rade Pai Cobra# Ali são mos!radas aos garo!osF dura!e mui!as oi!esF umerosas daças Hue simboli>am os *ários aces!rais !o!esF e lhes são esiados os mi!os Hue e/plicam a a!ual ordem do mudo# Al&m dissoF os garo!os são e*iados uma loga jorada de *isi!a a clãs *i>ihos e dis!a!esF Hue imi!a as camihadas mi!ológicas dos aces!rais fálicos 11# .essa maeiraF Gde!roG do @rade Pai CobraF os garo!os são i!rodu>idos um i!eressa!e o*o mudo obje!i*o Hue lhes compesa a perda da mãeI e o falo masculioF em *e> do seio femiioF !ora?se o po!o ce!ral (ais mundi) da imagiação# A is!rução culmia!e da loga s&rie de ri!os cosis!e a liberação do próprio p6is? herói do garo!o da pro!eção do prep7cioF reali>ada por meio do assus!ador e doloroso a!aHue do circucidador 15# 8!re os Aru!asF por e/emploF o som de berra!es se fa> ou*ir de !odos os lados Huado chega o mome!o dessa rup!ura decisi*a com o passado# V oi!e eF a bru/ulea!e lu> do fogoF de repe!e aparecem o circucidador e seu assis!e!e# O soar dos berra!es & a *o> do grade dem;io da cerim;ia e o par de operadores & a sua aparição# Com a barba efiada a bocaF represe!ação da rai*aF as peras amplame!e separadas uma da ou!ra e os braços es!edidos para a fre!eF os dois homes ficam i!eirame!e imó*eisF o operador a fre!eF ma!edoF em sua mão direi!aF a peHuea faca resis!e!e com a Hual de*e ser reali>ada a operaçãoF e seu assis!e!e logo a!rásF de modo Hue os dois corpos es!ejam em co!a!o# 8m seguidaF um homem se apro/ima do fogoF com um escudo sobre a cabeça eF ao mesmo !empoF es!alado o polegar e o idicador de cada mão# Os berra!es fa>em um barulho esurdecedorF Hue pode ser ou*ido por !odas as mulheres e criaças o seu dis!a!e campo# O homem com o escudo a cabeça se ajoelha um só joelho dia!e do operadorF por um bre*e mome!oI imedia!ame!e depoisF um dos garo!os & le*a!ado do solo por algus !iosF Hue o carregam com os p&s = fre!e e o colocam sobre o escudoF ao mesmo !empo em Hue & e!oado um c!icoF de forma esurdecedoraF e um !om de *o> profudo e al!oF por !odos os homes# A operação & reali>ada de forma perfei!aF as figuras assus!adoras se re!iram imedia!ame!e da área ilumiada e o garo!oF um es!ado de rela!i*o !orporF & esperado e recebe as cogra!ulaçMes dos homesF a cujo status acabou de asceder# G9oc6 se saiu bemGF di>em elesF G*oc6 ão chorou#G 1D As mi!ologias a!i*as aus!raliaas esiam Hue os primeiros ri!uais de iiciação foram reali>ados de !al maeiraF Hue !odos os homes jo*es foram mor!os 1E# .emos!ra?seF por!a!oF Hue o ri!ual &F e!re ou!ras coisasF uma e/pressão drama!i>ada da agressão edipiaa da geração mais *elhaI a circucisãoF uma cas!ração mi!igada 1Z# $as os ri!os !amb&m dão co!a do impulso caibalesco e pa!ricida do grupo mais jo*emF de machos em crescime!oF re*eladoF ao mesmo !empoF o aspec!o beigo doador do pai arHue!0picoI isso porHueF o decorrer do logo per0odo de is!rução simbólicaF há um cer!o mome!o em Hue os iiciados
são obrigados a se alime!ar apeas do sague rec&m?re!irado dos homes mais *elhos# GOs a!i*osGF di>em?osF Gse i!eressam par!icularme!e pelo ri!o cris!ão da comuhão eF !edo ou*ido falar dele a!ra*&s de missioáriosF comparam?o aos ri!uais de iges!ão de sague Hue eles próprios reali>am#G 5[ G oi!eF chegam os homesF Hue assumem seus lugares de acordo com a hierarHuia !ribalF es!ado o garo!o dei!ado sobre o colo do pai# 8le ão pode fa>er ehum mo*ime!oF ou morrerá# O pai *eda?lhe os olhos com as próprias mãosF pois acredi!a?se HueF se o garo!o !es!emuhar os procedime!os reali>ados a seguirF seu $ai e sua mãe morrerão% O *aso de madeira ou de casca de ár*ore & colocado per!o de um dos irmãos da mãe do garo!oF o HualF !edo aper!ado ligeirame!e o próprio braçoF fa> um cor!e em sua par!e superior com um is!rume!o cor!a!e de osso e ma!&m o braço ele*ado sobre o *aso a!& a cole!a de uma Hua!idade suficie!e de sague# O pró/imo homem !amb&m fa> um cor!e o braço e assim por dia!eF a!& echer o *aso# 8s!e pode ficar cheio mais ou meos a!& a me!ade# O garo!o !oma um grade gole de sague# Se seu es!;mago se rebelarF o pai lhe segura a garga!a para e*i!ar a ejeção do sague já HueF se isso ocorrerF o $ai, a mãe e todos os irmãos e irmãs morrerão% O res!o do sague & despejado sobre ele# GA par!ir desse mome!oF por *e>es dura!e !oda uma luaF o garo!o se alime!a e/clusi*ame!e de sague humaoF como o de!ermiou ammigaF o aces!ral m0!ico### s *e>esF o sague seca o *aso e o guardião o cor!a em pedaços com seu is!rume!oI o garo!o come os pedaçosF começado pelas secçMes das e/!remidades# As secçMes de*em ser regularesF para Hue o garo!o ão morra#G 5" V freHe!e Hue os homes Hue deram o sague desmaiem e fiHuem em es!ado de coma dura!e uma hora ou mais em coseH6cia da e/aus!ão 5%# GA!eriorme!eGF escre*e um obser*adorF Gesse sague Kbebido cerimoialme!e pelos o*içosL era ob!ido de um homemF mor!o com esse propósi!oF sedo comidas !amb&m porçMes do seu corpo#G 5' G2esse casoGF come!a o dr# -óheimF Gchegamos !ão pró/imos de uma represe!ação ri!ual do assassia!o e de*oração do pai primai Hua!o podemos chegar#G 5( 2ão pode ha*er d7*idas de HueF por meos ilumiados Hue os desudos sel*ages aus!raliaos possam os parecerF suas cerim;ias simbólicas represe!am uma sobre*i*6ciaF os !empos moderosF de um sis!ema icri*elme!e a!igo de orie!ação espiri!ualF cujas amplas e*id6cias se achamF ão apeas em !odas as !erras e ilhas locali>adas o oceao )dicoF como !amb&m e!re os remaesce!es dos ce!ros arcaicos daHuilo Hue !emos !ed6cia a cosiderar como ossa própria esp&cie mui!o especial de ci*ili>ação 51# O grau de cohecime!o alcaçado pelos a!igos & algo dif0cil de se julgar a par!ir dos rela!os publicados por ossos obser*adores ocide!ais# $as podemos perceber Q a par!ir de uma comparação e!re as figuras do ri!ual aus!raliao e as figuras Hue os são familiaresF *idas de cul!uras mais ele*adas Q Hue os grades !emasF os arHu&!ipos i!emporaisF assim como sua ação sobre as almasF permaecem os mesmos# G9emF ó .i!iramboF 8!rai esse meu 7!ero masculio#G 55 8ssa e/clamação de \eusF o Por!ador do -aioF fei!a dia!e da criaçaF seu filhoF .ioisoF soa como o *eitmoti6 dos mis!&rios gregos do segudo ascime!o iicia!ório# G8 *o>es de !ouro passam a soar de algum po!oF a par!ir das images i*is0*eis e a!errori>a!esI eF de um !amborF asce uma imagemF como se fosse de um !ro*ão sub!erreoF do ar carregado de apreesão#G5D A própria pala*ra Gdi!iramboGF como ep0!e!o do .ioiso mor!o e ressusci!adoF era e!edida pelos gregos como sigificado GaHuele da dupla por!aGF aHuele Hue sobre*i*eu ao espa!oso milagre do segudo ascime!o# 8 sabemos Hue as composiçMes corais Kdi!irambosLF assim como os sombrios ri!os sagre!os Hue celebra*am o deus Q associados = reo*ação da *ege!açãoF da luaF do sol e da almaI reali>ados a es!ação da ressurreição do
deus do ao QF represe!am o i0cio ri!ual da !rag&dia á!ica# 8sses mi!os e ri!os abudaram por !odo o mudo a!igo: a mor!e e ressurreição de Tammu>F de Ad;isF de $i!raF de 90rbioF de !is e de Os0risF assim como suas *árias represe!açMes aimais Kbodes e careirosF !ourosF porcosF ca*alosF pei/es e pássarosL são cohecidas de !odo es!udioso de religião comparadaI os populares folguedos cara*alescosF !ais como as fes!as de Pe!ecos!esF São JorgeF Joh arleNcor Xpersoificação do licor de milhoY e `os!ruboosF da Chegada do )*eroF da Par!ida do 9erão e da $or!e da @arriça do 2a!alF deram co!iuidade = !radiçãoF sob a forma de represe!açMes !ra*essasF em ossos caledários co!emporeos 5EI al&m dissoF por meio da igreja cris!ã Ka mi!ologia da ueda e da -edeçãoF da Crucificação e da -essurreiçãoF do Gsegudo ascime!oG do ba!ismoF da marca iicia!ória o ros!o Huado da Cofirmação XCrismaYF da deglu!ição simbólica da Care e da iges!ão simbólica do SagueLF de forma solee eF por *e>esF de modo efe!i*oF somos uidos =s images imor!ais da força iicia!óriaF a!ra*&s da operação sacrame!ai a Hual o homemF desde o i0cio dos seus dias a TerraF afas!ou os !errores de sua feomealidade e ascedeu = *isão !rasfiguradora do ser imor!al# GPorHueF se o sague de !ouros e de bodesF e a ci>a de uma o*ilhaF espar>ida sobre o impuroF o sa!ificaF purificado seu corpoF Hua!o mais o sague de Cris!oF HueF pelo 8sp0ri!o e!eroF se ofereceu a si mesmo imaculado a .eusF purificará *ossa cosci6cia das obras mor!asF para ser*irdes ao .eus *i*o#G 5Z á um co!o dos asumb]asF do les!e da fricaF a respei!o de um homem a Huem apareceu o pai mor!oF codu>ido o gado para a $or!eF Hue o le*ou a uma !rilha Hue e!ra*a a !erraF como uma *as!a !oca# 8les chegaram a uma e/!esa área ode se eco!ra*am algumas pessoas# O pai escodeu o filho e foi dormir# O @rade ChefeF a $or!eF apareceu a mahã segui!e# Um de seus lados era beloI o ou!roF co!udoF era podreF e despredia *ermes# Seus assis!e!es apaha*am os *ermes# Os assis!e!es limparam as feridasI Huado !ermiaramF a $or!e disse: GAHuele Hue asceu hojeF se comerciarF será roubado# A mulher Hue cocebe hoje morrerá com a criaça cocebida# O homem Hue cul!i*a hojeF sua la*oura pereceu# AHuele Hue *ai = flores!a foi comido pelo leãoG# AssimF a $or!e prouciou a maldição ui*ersal e foi descasar# $asF a mahã segui!eF Huado apareceuF seus assis!e!es la*aram e perfumaram o lado beloF massageado? o com óleo# uado !ermiaramF a $or!e prouciou a b6ção: GAHuele Hue asce hojeF Hue possa !orar?se rico# Possa a mulher Hue cocebe hoje dar = lu> um filho Hue chegará a uma idade a*açada# AHuele Hue asce hojeF Hue *á ao mercadoF faça bos egóciosF egocie com os cegos# O homem Hue *ai e!rar a sel*aF Hue possa fa>er boa caçaI Hue descubra a!& elefa!es# Pois hoje proucio a b6çãoG# .isseF e!ãoF o pai ao filho: GSe !i*esses chegado hojeF mui!as coisas !e passariam a per!ecer# $as agora ficou claro Hue a pobre>a !e coube# melhor Hue já !ehas ido amahãG# 8 o filho re!orou = casa D[# O Sol do $udo )feriorF o Sehor dos $or!osF & o ou!ro lado do mesmo rei radia!e Hue rege e dá o diaI pois: Guem !e sus!em do c&u e da !erraR 8 Huem & Hue cria *ida a par!ir da mor!eF e mor!e a par!ir da *idaR Huem rege e regula !odas as coisasRG D" ,embremo?os do co!o achaga do homem mui!o pobreF `Na>imbaF Hue foi !raspor!adoF por uma aciãF para o >6i!eF ode o sol descasa = oi!e D%I aliF o @rade Chefe lhe cocedeu a prosperidade# ,embremo?os !amb&m do deus !rapaceiroF 8/uF descri!o um co!o da ou!ra cos!a da fricaD': sua maior alegria era espalhar a cofusão# 8ssas são cocepçMes difere!es da mesma Pro*id6cia a!emori>adora# 2ela es!ão co!idasF e dela procedemF as co!radiçMes: o bem e o malF a *ida e a mor!eF a dor e o go>oF a prosperidade e a pri*ação# Tal como a pessoa da por!a do solF a Pro*id6cia & a fo!e de !odos os pares de opos!os# GCom 8le es!ão as cha*es do )*is0*el# # # 2o fialF para ele re!orarásI e 8le e!ão mos!rará a *erdade de !udo o Hue fe>#G D(
Gra3ura Qi* Q 6eiticeiro, $intura da ca3erna do Pa*eo*tico (Pireneus 6ranceses)%
Gra3ura QI@ Pai @ni3ersa*, Qiracocha, chorando (Argentina)% O mis!&rio do pai apare!eme!e au!oco!radi!ório & *i*ame!e arrado a figura de uma grade di*idade do Peru pr&?his!óricoF chamado 9iracocha# Sua !iara & o solI ele !ra> um raio em cada mãoI e dos seus olhos descemF sob a forma de lágrimasF as chu*as Hue refrescam a *ida dos *ales do mudo# 9iracocha & o .eus Ui*ersalF o criador de !odas as coisasI eF o e!a!oF as ledas Hue arram suas apariçMes a !erraF ele & mos!rado a perambularF como um *agabudoF usado !rapos e sedo ul!rajado# ,embramo?os do 8*agelho de $aria e Jos& as casas de el&m D1F e da his!ória clássica do aparecime!o de J7pi!er e $erc7rioF como medigosF a casa de áucis e il&mo D5# ,embramo?os !amb&m do 8/u ão recohecido# 8is um !ema eco!rado com freH6cia a mi!ologiaI seu se!ido & cap!ado as pala*ras do Corão: GPara ode Huer Hue os *ol!emosF há a Preseça de AláG DD# G8mbora es!eja ocul!o em !odas as coisasGF di>em os hidusF Go 8sp0ri!o ão se mos!raI o e!a!oF & *is!o por *ide!es refiados de me!es superiores e aprimoradas#G DE G-acha o cajadoGF di> um aforismo gós!icoF Ge ali es!á Jesus#G 9iracochaF por cosegui!eF ao maifes!ar dessa forma sua ubiHidadeF par!icipa do cará!er dos mais ele*ados deuses ui*ersais# AdemaisF sua s0!ese e!re o deus?sol e o deus? !ro*ão & familiar# Cohecemo?la a!ra*&s da mi!ologia hebraica de Jeo*áF o Hual as
carac!er0s!icas de dois deuses se acham uidas KJeo*áF um deus?!ro*ãoF e 8lF um deus solarLI ela & e*ide!e a persoificação 2a*ajo dos @uerreiros @6meosI & pa!e!e o cará!er de \eusF assim como o raio e o halo prese!es em cer!as formas do uda# O sigificado dessa s0!ese &: a graça Hue cai sobre o ui*erso a!ra*&s da por!a do sol & igual = eergia do raio Hue aiHuila e &F ele mesmoF ides!ru!0*elI a lu> des!ruidora da delusãoF do )mperec0*elF & a mesma lu> Hue cria# OuF mais uma *e>F em !ermos de uma polaridade secudária da a!ure>a: o fogo Hue arde o brilho do sol !amb&m arde a !empes!ade fer!ili>adoraI a eergia subjace!e ao par eleme!ar de opos!osF o fogo e a águaF & uma só e a mesma coisa# $as o aspec!o mais e/!raordiárioF e profudame!e !oca!eF de 9iracochaF essa obreme!e cocebida *ersão peruaa do .eus Ui*ersalF reside o de!alhe Hue lhe per!ece de modo peculiarF suas lágrimas# As águas *i*as são as lágrimas de deus# 2esse po!oF a percepção desale!adora do mudo Hue !e*e o moge Q GToda a *ida & !ris!eG Q & combiada com a afirmação criadora do mudoF fei!a pelo pai: Gue a *ida se faça_G Tedo plea cosci6cia da ag7s!ia de *ida das cria!uras Hue se acham em suas mãosF com perfei!o cohecime!o das dolorosas afliçMes ico!rolá*eis das doresF dos fogos Hue di*idem o c&rebro do ui*erso delusórioF au!ode*as!adorF lu/urioso e rai*oso de sua criaçãoF essa di*idade cocorda com a !arefa de forecer *ida = *ida# -e!irar as águas semiais eHui*aleria a aiHuilar o mudo Hue cohecemosI o e!a!oF dar?lhes *a>ão seria criá?lo# Pois a ess6cia do !empo & o flu/oF a dissolução do mome!aeame!e e/is!e!eI e a ess6cia da *ida & o !empo# 8m sua misericórdiaF em seu amor pelas formas !emporaisF esse demi7rgico homem dos homes !ra> cosolo ao mar de sofrime!osI masF !edo plea cosci6cia do Hue fa>F as águas semiais da *ida Hue ele dá são as lágrimas Hue !ra> os olhos# O parado/o da criaçãoF do surgir das formas !emporais a par!ir da e!eridadeF & o segredo germial do pai# 8le jamais pode ser efe!i*ame!e e/plicado# 8m coseH6ciaF há em !odo sis!ema !eológico um po!o umbilicalF um calcahar?de?aHuiles Hue o dedo da mãe?*ida !ocou e ode a possibilidade do perfei!o cohecime!o foi comprome!ida# O problema do herói cosis!e em pee!rar em si mesmo KeF por cosegui!eF pee!rar o seu mudoL precisame!e a!ra*&s desse po!oF em abalar e aiHuilar esse ó essecial de sua limi!ada e/is!6cia# O problema do herói Hue *ai ao eco!ro do pai cosis!e em abrir sua alma al&m do !errorF um grau Hue o !ore pro!o a compreeder de Hue forma as repuga!es e isaas !rag&dias desse *as!o e implacá*el cosmo são comple!ame!e *alidadas a majes!ade do Ser# O herói !rascede a *idaF com sua macha egra peculiar eF por um mome!oF ascede a um *islumbre da fo!e# 8le co!empla a face do pai e compreede# 8F assimF os dois e!ram em si!oia# 2a his!ória b0blica de JóF o Sehor ão !e!a jus!ificarF em !ermos humaos ou em HuaisHuer ou!rosF a má paga Hue coube ao seu ser*oF Ghomem simples e re!oF !eme!e a .eusF Hue e*i!a*a o malG# 2em foi por pecados por eles mesmos come!idos Hue os ser*os de Jó foram mor!os pelas !ropas cald&ias e seus filhos e filhasF esmagados pelo !e!o Hue desabou# uado seus amigos chegam para cosolá?loF declararamF com a f& pia a jus!iça de .eusF Hue Jó de*eria !er fei!o algum mal para merecer !ão dolorosa aflição# $as o hoes!o e corajoso sofredorF desejoso de cohecer o Hue se ocul!a o hori>o!eF isis!e Hue agiu bemI dia!e dissoF o cosoladorF 8li7F o acusa de blasfemarF di>edo Hue ele es!a*a cosiderado?se mais jus!o Hue .eus# uado o próprio Sehor respode a Jó a par!ir do *eda*alF ão fa> ehuma !e!a!i*a de defeder sua obra em !ermos &!icosI 8le apeas egradece Sua preseçaF ordeado a Jó Hue faça o mesmo a !erraF uma emulação humaa do camiho dos c&us: GCige agora os !eus ris como *arãoI eu !e pergu!arei a !iF e !u me respoderás# Por*e!ura !amb&m farás !u *ão o meu julgame!oR Por*e!ura me codearásF para !e jus!i? ficaresR Tes um braço como .eusR Ou podes !ro*ejar com *o> como a suaR Ora?!eF poisF de
e/cel6cia e al!e>aI e *es!e?!e de majes!ade e glória# .errama os furores de !ua ira: e a!e!a para !odo o soberboF e aba!e?o# Olha para !odo o soberboF e humilha?oI e a!ropela os 0mpios o seu lugar# 8scode?os ju!ame!e o póI a!a?lhes os ros!os em ocul!o# 8!ão !amb&m eu de !i cofessarei Hue a !ua própria mão pode sal*ar?!eG DZ# 2ão há e/plicação ou meção ao d7bio pac!o fei!o com Sa!ãF descri!o o cap0!ulo " do ,i*ro de JóI apeas uma demos!raçãoF de !ro*Mes e raiosF do fa!o dos fa!osF a saberF Hue o homem ão pode a*aliar a *o!ade de .eusF Hue deri*a de um ce!ro Hue se acha al&m do ui*erso das ca!egorias humaas# As ca!egoriasF com efei!oF são !o!alme!e abaladas pelo Todo?Poderoso do ,i*ro de JóF e assim se ma!6m a!& o fim# 2ão obs!a!eF para o próprio JóF a re*elação parece !er dado um se!ido Hue lhe sa!isfe> = alma# 8le foi um herói HueF graças = sua coragem a foralha implacá*elF sua idispoibilidade para subme!er?se e acei!ar uma cocepção popular do cará!er do Al!0ssimoF mos!rou?se capa> de efre!ar uma re*elação maior do Hue aHuela Hue sa!isfa>ia aos seus amigos# 2ão podemos i!erpre!ar?lhe as pala*rasF proferidas o 7l!imo cap0!uloF como pala*ras de um homem simplesme!e i!imidado# SãoF a!esF pala*ras de algu&m Hue 3iu algo Hue ul!rapassa !udo o Hue já ha*ia sido dito = guisa de e/plicação: GCom o ou*ir dos meus ou*idos ou*i falar de !i: mas agora meus olhos !e *6em# Por isso me abomioF e me arrepedo o pó e a ci>aG E[# Os pios cosoladores são humilhadosI Jó & recompesado com uma o*a casaF o*os ser*os e o*os filhos e filhas# G8 depois dis!oF *i*eu Jó ce!o e Huare!a aosI e *iu a seus filhosF e aos filhos dos seus filhosF a!& a Huar!a geração# 8!ão morreu JóF *elho e far!o de dias#G E" Para o filho Hue cresceu o suficie!e para cohecer o paiF as agoias da pro*ação são pro!ame!e supor!adasI o mudo já ão & um *ale de lágrimasF mas uma maifes!açãoF perp&!ua e geradora de b6çãosF da Preseça# 8m co!ras!e com a ira do .eus rai*oso cohecido por Joa!ha 8d]ards e suas o*elhasF a carihosa le!ra de um hio dos miserá*eis gue!os de imigra!es do les!e europeuF do mesmo s&culoF di>: GF sehor do Ui*ersoF Ca!arei um hio a Ti# Ode podes ser eco!radoF 8 ode ão podes ser eco!radoR Por ode passo Q ali es!ás# Ode fico Q aliF !amb&mF es!ás# TuF TuF some!e Tu# Tudo *ai bem Q graças a Ti# Tudo *ai mal Q ah_F !amb&m graças a Ti# os!eF !es sido e serás# -eias!eF reias e reiarás# Teu & o C&uI !ua & a Terra# i>es!e as al!as regiMesF 8 fi>es!e as bai/as regiMes# Para ode Huer Hue me *ol!eF TuF ó TuF a0 es!ás#G E% % A a$oteose Um dos mais poderosos e amados odisa!*as do budismo $ahaiaa do Tibe!eF da Chia e do Japão & o Por!ador do ,ó!usF A*aloi!esh*araF Go Sehor Hue Olha para ai/o com PiedadeGF assim chamado porHue olha com compai/ão para !odas as cria!uras ses0*eis Hue sofrem os males da e/is!6cia E'# Para ele & dirigida a oração milhMes de *e>es repe!ida das
rodas de oração e dos gogos dos !emplos do Tibe!e: m mani $adme hum, Ga jóia es!á o ló!usG# Para ele !al*e> sejam dirigidas mais oraçMes por miu!o do Hue a HualHuer di*idade cohecida pelo homemI pois HuadoF em sua 7l!ima *ida a !erra como ser humaoF ele abalou por si mesmo o 7l!imo limiar Kmome!o o Hual a ele se abriu a i!emporalidade do *a>ioF Hue se acha al&m dos eigmas?mirages do cosmo omeado e limi!adoL e deu uma pausaF fe> o *o!o de HueF a!es de pee!rar o *a>ioF le*aria !odas as cria!urasF sem e/ceçãoF = ilumiaçãoI e desde e!ão !em permeado !oda a !e/!ura da e/is!6cia com a graça di*ia de sua preseça au/iliadoraF de modo Hue a mais isigifica!e oração Hue lhe for dirigidaF em !odo o *as!o imp&rio do udaF & graciosame!e ou*ida# Sob formas difere!esF ele a!ra*essa os de> mil mudos e aparece a hora da ecessidade e da oração# 8le se re*elaF sob forma humaaF com dois braços eF sob formas supra?humaasF com Hua!roF seisF do>e ou milF !ra>edoF uma de suas mãos esHuerdasF o ló!us do mudo# Tal como o próprio udaF esse ser di*io & um padrão da codição di*ia Hue o herói humao a!ige Huado ul!rapassa os 7l!imos !errores da igorcia# Guado o e*ol!ório da cosci6cia !i*er sido aiHuiladoF ele se !ora li*re de !odo !emorF al&m do alcace da mudaça#G E( 8is o po!ecial liberador Hue se eco!ra de!ro de !odos ósF e Hue !odos podem alcaçar Q a!ra*&s do hero0smoI poisF como lemos: GTodas as coisas são coisas do udaG E1I ou aida Ke es!a & ou!ra maeira de fa>er a mesma afirmaçãoL: GTodos os seres são despro*idos de euG# O mudo & fei!o e ilumiado pelo odisa!*a KGaHuele cujo ser & ilumiaçãoGLF mas ão o re!&mI pelo co!rárioF & ele Huem re!&m o mudoF o ló!us# A dor e o pra>er ão o ecerramI ele os ecerra Q e uma profuda !raHilidade# 8 como ele & aHuilo Hue !odos podem serF sua preseçaF imagemF o simples proferir do seu omeF ajudam# G8le *es!e uma grialda de oi!o mil raiosF a Hual & *is!oF pleame!e refle!idoF em es!ado de perfei!a bele>a# A cor do seu corpo & p7rpura?ouro# As palmas das mãos !6m a cor mis!a de Huihe!os ló!usF ao passo Hue cada po!a de dedo !ra> oi!e!a e Hua!ro mil marcas de sie!e e cada marca oi!e!a e Hua!ro mil coresI cada cor !em oi!e!a e Hua!ro mil raios sua*es e meigos Hue brilham sobre !udo o Hue e/is!e# Com essas mãos de jóia ele a!rai e abraça !odos os seres# O halo Hue lhe cerca a cabeça co!&m Huihe!os udasF miraculosame!e !rasformadosF cada um deles assis!ido por Huihe!os odisa!*asF assis!idosF por sua *e>F por um sem?7mero de deuses# 8 Huado ele pMe os p&s o soloF as flores de diama!es e jóiasF Hue se acham espalhadasF cobrem !odas as coisas em !odas as direçMes# A cor de sua face & dourada# 8Hua!oF em sua impoe!e coroa de gemasF há um uda de Hua!roce!os Huil;me!ros de al!ura#G E5 2a Chia e o JapãoF esse sublimeme!e amoroso odisa!*a . represe!ado !a!o sob a forma masculia como sob forma femiia# `]aF iF a ChiaI `]aoF o Japão Q a $adoa do 8/!remo Orie!e QF eis precisame!e essa obser*adora bee*ole!e do mudo# 8la & eco!rada em !odo !emplo budis!a da par!e mais remo!a do 8/!remo Orie!eF 8la & abeçoadaF da mesma formaF para o simplório e para o sábioI poisF impl0ci!a em seu *o!oF reside uma profuda i!uiçãoF rede!ora do mudoF sus!e!áculo do mudo# A pausa o limiar do 2ir*aaF a resolução de adiar a!& o fim do !empo KHue uca !em fimL a imersão o poço imper!urbá*el da e!eridadeF represe!a uma percepção de Hue a dis!ição e!re a e!eridade e o !empo ão passa de apar6cia Q !edo sido elaboradaF = forçaF pela me!e racioalF mas dissol*ida pelo cohecime!o perfei!o da me!e Hue !rascedeu os pares de opos!os# 8sse cohecime!o recohece Hue o !empo e a e!eridade cofiguram?se como dois aspec!os da mesma e/peri6cia !o!alF dois plaos do mesmo iefá*el ão?dualI is!o &F a jóia da e!eridade es!á o ló!us do ascime!o e da mor!e: om mani $adme hum% O primeiro prod0gio a ser percebido aHui & o cará!er adrógio do odisa!*a: o A*aloi!esh*ara masculio e a `]a i femiia# Os deuses macho e f6mea ão são i? comus o ui*erso do mi!o# 8les sempre se eco!ram imersos um cer!o mis!&rioI pois codu>em a me!e para al&m da e/peri6cia obje!i*aF para um dom0io simbólico Hue dei/a
para !rás a dualidade# A]ao]iloaF pricipal deus dos \uisF o criador e co!ie!e de !udoF por *e>es & referido como eleF mas &F a realidadeF ele?ela# O @rade Origial das arra!i*as chiesasF a mulher sagrada TWai uaF combia*a em sua pessoa o yang masculio e o yin femiioED# Os esiame!os cabal0s!icos dos judeus medie*aisF assim como os escri!os cris!ãos gós!icos do s&culo ))F represe!am a Pala*ra ei!a Care como um adrógioF Hue cos!i!u0aF a *erdadeF a codição de Adão Huado de sua criaçãoF a!es de o aspec!o femiioF 8*aF ser re!irado e !omar ou!ra forma# 8!re os gregosF ão apeas ermafrodi!o Kfilho de ermes e Afrodi!eL EEF mas !amb&m 8rosF o deus do amor Ko primeiro deusF segudo Pla!ãoL EZF !ihamF ao mesmo !empoF os dois se/os# G8 criou .eus o homem = sua imagemF = imagem de .eus o criouI macho e f6mea os criou#GZ[ Pode surgir a Hues!ão da imagem de .eusI mas a respos!a já es!á dada o !e/!o e & bem clara# Guado o Sa!0ssimoF edi!o seja 8leF criou o primeiro homemF f6?lo adrógio#GZ" 8ssa remoção do femiio sob ou!ra forma simboli>a o i0cio da Hueda da perfeição a dualidadeI e foi seguida a!uralme!e da descober!a da dualidade e!re o bem e o malF do e/0lio do jardim ode .eus camiha a !erra eF da0 por dia!eF da cos!rução do muro do Para0soF cos!i!u0do pela Gcoicid6cia dos opos!osG Z%F por meio da Hual o omem Kagora homem e mulherL & pri*adoF ão só da *isãoF mas a!& mesmo da lembraça da imagem de .eus# 8is a *ersão b0blica de um mi!o cohecido em mui!as !erras# 8le represe!a uma das formas básicas de simboli>ação do mis!&rio da criação: a !rasmissão da e!eridade ao !empoF a !rasformação do um o dois e depois o mui!osF assim como a geração de o*a *ida por meio da recombiação dos dois# 8ssa imagem se eco!ra o i0cio do ciclo cosmog;ico "i eF com igual propriedadeF a coclusão da !arefa do heróiI o mome!o em Hue o muro do Para0so & desfei!oF a forma di*ia & eco!rada e lembrada e a sabedoriaF recuperada Z(# Tir&siasF o *ide!e cegoF era macho e f6mea: seus olhos es!a*am fechados para as formas imperfei!as do mudo da lu> dos pares de opos!osI *iuF o e!a!oF em sua escuridão i!eriorF o des!io de Vdipo Z1# i*a aparece uidoF um 7ico corpoF com Sha!iF sua esposa Q eleF o lado direi!oI elaF o esHuerdo QF a maifes!ação cohecida como ArdhaarishaF GO Sehor $eio?$ulherGZ5# As images aces!rais de de!ermiadas !ribos africaas e mela&sias mos!ramF um 7ico serF os seios da mãe e a barba e o p6is do pai ZD# 8F a Aus!ráliaF cerca de um ao depois da pro*ação da circucisãoF o cadida!o = plea codição de homem passa por uma seguda operação ri!ual Q a da subicisão Kum sulco aber!o a par!e iferior do p6isF des!iado a formar uma feda permae!e a ure!raL# A aber!ura recebe o ome de G7!ero do p6isG# V uma *agia masculia simbólica# 8m *ir!ude da cerim;iaF o herói !orou?se mais do Hue ho?
Gra3ura IX Q X3a, Senhor da ança >smica (su* da ndia)% O sague para a pi!ura cerimoial e para a colagem de p6los de pássaro braco ao corpo & !irado pelos pais aus!raliaos dos sulcos de subicisão# 8les reabrem as *elhas feridas e o dei/am fluirG# 8le simboli>aF ao mesmo !empoF o sague mes!rual da *agia e o s6mem do machoF assim como a uriaF a água e o lei!e masculio# O flu/o mos!ra Hue os *elhos !6m a fo!e da *ida e a u!rição de!ro de si mesmas "[[I is!o &F mos!ra Hue eles e a ie/aur0*el fo!e do mudo são uma só e mesma coisa "["# O chamado do @rade Pai Cobra era alarma!e para o meioI a mãe era a pro!eção# $as *eio o pai# 8le era o guia e iiciador para osos mis!&rios do descohecido# 2a Hualidade de
is!ruso origial o para0so da criaça com a mãeF o pai & o iimigo arHue!0picoI eis por HueF ao logo da *idaF !odos os iimigos simboli>am Kpara o icoscie!eL o pai# GTudo o Hue & mor!o !ora?se o pai#G "[% .a0 *em a *eeraçãoF em comuidades de caçadores de cabeças Ka 2o*a @ui&F por e/emploL das cabeças !ra>idas para casa depois de e/pediçMes de *igaça "['# .a0 *emF igualme!eF a irresis!0*el compulsão de fa>er guerras: o impulso de des!ruir o pai !rasforma?se co!iuame!e em *iol6cia p7blica# Os *elhos homes da comuidade ou da raça imedia!as se pro!egem dos filhos em crescime!o por meio da magia psicológica de suas cerim;ias !o!6micas# 8les represe!am o pai?ogro e e!ão re*elam?se igualme!e a mãe u!ridora# 8s!abelece?seF dessa maeiraF um o*o para0so# $as es!e ão iclui as !ribosF ou raçasF iimigas !radicioaisF co!ra a Hual a agressão aida & sis!ema!icame!e proje!ada# Todo o co!e7do pai?mãe GbomG & guardado em casaF sedo o co!e7do GmauG proje!ado para fora e em !oro da casa: GPois Huem & esse filis!eu ão circucidado para desafiar o .eus *i*oRG "[( G8 ão fraHuejai em perseguir o iimigo: se sofremos pro*açMesF !amb&m eles sofrem pro*açMes semelha!esI mas !emos a esperaça Hue *em de AláF ao passo Hue eles ão !6m esperaça#G "[1 Os cul!os !o!6micosF !ribaisF raciais e agressi*ame!e messiicos aprese!amF !ão? some!eF soluçMes parciais do problema psicológico da sujeição do ódio pelo amorI a iiciação Hue forecem & parcial# 2elesF o ego ão & aiHuiladoI pelo co!rárioF & ampliadoI em lugar de pesar apeas em siF o idi*0duo !ora?se dedicado = sua sociedade como um !odo# O res!o do mudoF eHua!o isso Kis!o &F a maioria absolu!a da humaidadeLF & dei/ado de fora da esfera de sua simpa!ia e pro!eçãoF pois es!á fora da esfera de pro!eção do seu deus# 8 a0 ocorreF e!ãoF o dramá!ico di*órcio dos dois pric0piosF o do amor e o do ódioF Hue as págias da his!ória regis!ram de forma !ão rica# 8m *e> de abradar seu próprio coraçãoF o faá!ico !e!a abradar o mudo# As leis da Cidade de .eus são aplicadas some!e ao seu próprio grupo K!riboF igrejaF açãoF classe e !udo o maisLF ao passo Hue o fogo de uma perp&!ua guerra sa!a & a*i*ado Kcom boa cosci6cia eF de fa!oF com um se!ido de ser*iço piedosoL co!ra !odos os po*os ão?circucidadosF bárbarosF pagãosF Ga!i*osG ou ou!ros Hue *eham a ocupar a posição de *i>ihos "[5% O mudo se acha reple!o de grupos iimigos em fução dessa a!i!ude: adoradores de !o!esF badeiras e par!idos# $esmo as chamadas açMes cris!ãs Q HueF segudo se supMeF seguem um -ede!or Gdo $udoG Q são mais bem cohecidasF a his!óriaF pela sua barbaridade coloialF e pelas lu!as i!erasF do Hue por alguma demos!ração prá!ica de amor icodicioalF si;imo da coHuis!a efe!i*a do egoF do mudo do ego e do deus !ribal do egoF Hue foi esiada pelo seu professado Sehor supremo: G.igoF a *ós Hue ou *is: Amai *ossos iimigosF fa>ei bem aos Hue *os odeiam# edi>ei os Hue *os maldi>em e orai pelos Hue *os caluiam# Ao Hue ferir uma faceF oferecei?lhe !amb&m a ou!raI eF ao Hue *os hou*er !irado a capaF em a !7ica recuseis# 8 dai a HualHuer um Hue *os pedirI e ao Hue !omar o Hue & *ossoF ão lhe !oreis a pedir# 8 como *ós Huereis Hue os homes *os façamF da mesma maeira lhes fa>ei *ós !amb&m# 8F se amardes aos Hue *os amaF Hue recompesa ob!ereisR Tamb&m os pecadores amam aos Hue os amam# 8 se fi>erdes bem aos Hue *os fa>em bemF Hue recompesa ob!ereisR Tamb&m os pecadores fa>em o mesmo# 8 se empres!ardes =Hueles de Huem esperais receberF Hue recompesa ob!ereisR Tamb&m os pecadores empres!am aos pecadoresF para receber ou!ro !a!o# Amai pois aos *ossos iimigosF e fa>ei bemF e empres!aiF sem ada esperardesI e será grade *ossa recompesa e sereis filhos do Al!0ssimo: pois Hue 8le & beigo a!& para com os igra!os e maus# Sede pois misericordiososF como !amb&m *osso Pai & misericordiosoG "[D# Uma *e> Hue os liber!emos dos precocei!os da ossa própria *ersão pro*iciaame!e limi!adaF de cará!er eclesiás!icoF !ribal ou acioalF dos arHu&!ipos do mudoF !ora?se poss0*el compreeder Hue a suprema iiciação ão & dos pais ma!erais locaisF Hue proje!am a agressão os *i>ihos para gara!ir sua própria defesa# A boa o*aF Hue o -ede!or do $udo
!ra> e Hue !a!os se rejubilaram por ou*irF pela Hual se empeharam em orarF mas Hue relu!aramF apare!eme!eF em demos!rarF afirma Hue .eus & amorF Hue 8le &F e de*e serF amadoF e Hue !odosF sem e/ceçãoF são filhos seus !R% As Hues!Mes compara!i*ame!e !ri*iaisF !ais como os de!alhes adicioais do credoF as !&cicas de adoração e os ar!if0cios de orgai>ação episcopal Kas Huais !a!o absor*eram o i!eresse dos !eólogos ocide!aisF Hue !ermiaramF os dias de hojeF por ser discu!idas seriame!e como as pricipais Hues!Mes religiosasL"[ZF ão passam de egaos peda!esF e/ce!o se forem coser*adas como aspec!os secudários do esiame!o fudame!al# 2a *erdadeF ode ão são ma!idas essa codiçãoF !6m um efei!o regressi*o: redu>em a imagem do paiF mais uma *e>F =s dimesMes do !o!em# 8F issoF com efei!oF !em ocorrido por !odo o mudo cris!ão# Podemos pesar Hue fomos chamados a decidirF ou a saberF Huem de!re ós o Pai prefereF Huado o esiame!o & mui!o meos presuçoso: G2ão julgueis para ão serdes julgadosG ")[# A cru> do Sal*ador do $udoF apesar do compor!ame!o dos seus sacerdo!esF & um s0mbolo *as!ame!e mais democrá!ico Hue a badeira local """# A compreesão das implicaçMes 7l!imas Q e cr0!icas Q das pala*ras e s0mbolos de redeção do mudo da !radição cris!ã foi de !al modo de!urpadaF ao logo dos !umul!uosos s&culos Hue os separam da declaração de guerra Q fei!a por Sa!o Agos!iho Q da hitas ei co!ra a i3itas ia0o*i, Hue o pesador modero desejoso de saber o sigificado de uma religião mudial Kis!o &F de uma dou!ria do amor ui*ersalL de*e *ol!ar?se para a ou!ra grade Ke mui!o mais a!igaL comuhão ui*ersal: a comuhão do udaF a Hual a pricipal pala*ra & a pa> Q pa> para !odos os seres m% Os segui!es *ersos !ibe!aosF por e/emploF de dois hios do poe!a?sa!o $ilarepaF foram compos!os mais ou meos a &poca em Hue o papa Urbao )) prega*a a Primeira Cru>ada: G2o seio da Cidade da )lusão dos Seis Plaos do $udoF O pricipal fa!or & o pecado e a igorcia ascidos das más obrasI AliF o ser seguido di!a as prefer6cias e a*ersMesF 8 jamais chega o mome!o de cohecer a )gualdade: 8*i!aiF ó filho meuF as prefer6cias e a*ersMes ""'# Se reali>ardes o 9a>io de Todas as CoisasF a Compai/ão surgirá em *ossos coraçMesI Se abadoardes !odas as difereciaçMes e!re *ós mesmos e os ou!rosF sereis digos de ser*ir aos ou!rosI 8 HuadoF o ser*iço dos ou!rosF eco!rardes sucessoF a mim eco!rareisI 8F me eco!radoF alcaçareis a Codição de uda#G ""( A pa> es!á o coração de !odos porHue A*aloi!esh*a?ra?`]aoF o poderoso odisa!*aF o Amor )limi!adoF icluiF obser*a e mora de!ro de !odo ser ses0*el Ksem e/ceçãoL# A perfeição das delicadas asas de um ise!oF Huebradas a passagem do !empoF ele a obser*a Q e ele mesmo &F a um só !empoF sua perfeição e sua desi!egração# A peree agoia o homemF presa de uma delusão au!o!or!ura!eF emarahado uma !eia formada pelo seu próprio del0rio !6ue e frus!radoF eF o e!a!oF !ra>edo de!ro de si mesmoF ão descober!oF absolu!ame!e ão u!ili>adoF o segredo da liberação: is!o ele !amb&m obser*a Q e SereosF acima do homemF os ajosI abai/o deleF os dem;ios e os mor!os ifeli>es: !odos são a!ra0dos para o odisa!*aF pelos raios de suas mãos de jóias# Os ce!ros limi!ados e aprisioados da cosci6ciaF iumerá*eisF em !odos os plaos da e/is!6cia Ke ão apeas es!e ui*ersoF limi!ado pela 9ia?,ác!eaF mas al&mF os cofis do espaçoLF galá/ia após galá/iaF mudo após mudo de ui*ersosF Hue *6m a e/is!ir a par!ir do poço i!emporal do *a>ioF irrompedo em *ida eF !al como uma bolhaF ali perecedoI *e>es sem co!aI *idas em abudciaI !odo o sofrime!oI cada um *iculado ao !6ue e es!rei!o c0rculo de si mesmo Q açoi!adoF ma!adoF odiado e desejado a pa> al&m da *i!ória: sãoF !odos elesF as criaçasF as figuras deme!es do !rasi!órioF embora ie/aur0*elF *as!o mudo o0rico do Todo? Obser*adorF cuja ess6cia & a ess6cia do 8s*a>iame!o: Go Sehor Hue Olha para ai/o com PiedadeG# $as o ome sigificaF igualme!eF GO Sehor Hue & 9is!o o )!imo ")1# Somos !odos refle/os da imagem do odisa!*a# O sofredor Hue há de!ro de ós & esse di*io ser# SomosF
os e esse pai pro!e!orF um# 8is a percepção rede!ora# 8sse pai p ro!e!or & !odo homem Hue eco!ramos# 8F dessa maeiraF de*emos saber HueF embora esse igora!eF limi!adoF au!odefesi*o e sofredor corpo possa cosiderar?se ameaçado por algum ou!ro Q o iimigo QF es!e 7l!imo !amb&m & .eus# O ogro os HuebraF mas o heróiF o cadida!o cer!oF passa pela iiciação Gcomo um homemGI e obser*emF ele era o pai: ós W8le e 8le em ós ")5# A Huerida e pro!e!ora mãe do osso corpo ão os pode defeder do @rade Pai Serpe!eI o corpo mor!al e !ag0*el Hue ela os deu foi e*iado para seu poder ameaçador# $as a mor!e ão foi o fim# 2o*a *idaF o*o ascime!oF o*o cohecime!o da e/is!6cia Kde maeira Hue ão habi!emos apeas es!e f0sicoF mas em !odos os corposF !odos os f0sicos do mudoF !al como o odisa!*a Q eis o Hue os foi cocedido# 8sse pai era ele mesmo o 7!eroF a mãeF de um segudo ascime!o ""D# 8sse & o se!ido da imagem do deus bisse/ual# 8le & o mis!&rio do !ema da iiciação# Somos !irados da mãeF !rasformados em fragme!os e assimilados ao corpo aiHuilador do mudo do ogro de Hue !odas as formas e !odos os seres preciosos são apeas o curso de um baHue!eI mas e!ãoF miraculosame!eF somos mais do Hue &ramos# Se o .eus & um arHu&!ipo !ribalF racialF acioal ou sec!árioF somos os guerreiros de sua causaI mas se ele & o próprio sehor do ui*ersoF e!ão somos cohecedores para os Huais todos os homes são irmãos# 8F em ambos os casosF as images e id&ias pare!ais da ifciaF do GbemG e do GmalGF foram superadas# Já ão desejamosF em !ememosI somosF a!esF o obje!o do desejo e do !emor# Todos os deusesF odisa!*as e udas foram subsumidos em ósF !al como o halo do poderoso por!ador do ló!us do mudo# Assim sedo: G9ideF e re!oremos ao Sehor: pois ele despedaçouF e os curaráI fe> a ferida e a pesará# .epois de dois diasF os re*i*erá: o !erceiro diaF os ressusci!ará e *i*eremos dia!e dele# CoheçamosF se prosseguirmos o cohecime!o do Sehor: como a al*a será sua sa0daI e ele es!ará o meio de ós como a chu*aF como a chu*a ser;dia Hue rega a !erraG""E# 8is o se!ido do primeiro prod0gio do odisa!*a: o cará!er adrógio da preseça# A par!ir da0F as duas a*e!uras mi!ológicas apare!eme!e opos!as e!re si se re7em: o 8co!ro com a .eusa e a Si!oia com o Pai# PoisF a primeiraF o iiciado aprede Hue macho e f6mea são Kas pala*ras do 4rihadaranya7a @$anishad) Gduas me!ades de uma er*ilha par!idaG ""ZI ao passo HueF a segudaF descobre Hue o Pai a!ecede = di*isão dos se/os: o proome G8leG era um modo de di>erF o mi!o da iliaçãoF uma liha orie!adora a ser apagada# 8F em ambos os casosF descobre?se Kou melhorF recorda?seL Hue o próprio herói & aHuele Hue o herói *eio eco!rar# O segudo prod0gio a ser obser*ado o mi!o do odisa!*a & o aiHuilame!o da dis!ição e!re a *ida e a liber!ação da *ida Q simboli>ada Kcomo o!amosL a re7cia do odisa!*a ao 2ir*aa# 2ir*aa sigificaF em resumoF Ga 8/!ição do ogo Tr0plice do .esejoF da os!ilidade e da )lusãoG "%[# Como se recordará o lei!or: a leda da Te!ação sob a r*ore o (su$ra, pp# '"?'%LF o a!agois!a do u!uro uda foi `ama?$araF li!eralme!e G.esejo? os!ilidadeG ou GAmor e $or!eGF o mágico da )lusão# 8le era uma persoificação do ogo Tr0plice e das dificuldades do 7l!imo !es!eF um 7l!imo guardião do limiarF a ser ul!rapassado pelo herói ui*ersal em sua suprema a*e!ura em busca do 2ir*aa# Tedo domiado de!ro de si mesmoF a!& o po!o cr0!icoF os 7l!imos resHu0cios do ogo Tr0pliceF Hue & a força mo!ri> do ui*ersoF o Sal*ador co!emplouF refle!idas como um espelho colocado em !oro de siF as 7l!imas fa!asias proje!adas de sua *o!ade f0sica primi!i*a de *i*er como ou!ros seres humaos Q a *o!ade de *i*er de acordo com os mo!i*os comus do desejo e da hos!ilidadeF um ambie!e delusório de causasF fis e meios feom6icos# 8le foi assal!ado pela 7l!ima f7ria da care despre>ada# 8 foi esse o mome!o de Hue !udo depedeuI poisF a par!ir de uma ce!elhaF pode irromper ou!ra *e> !oda a coflagração#
8ssa leda grademe!e celebrada forece um e/cele!e e/emplo da es!rei!a relação ma!ida o Orie!e e!re mi!oF psicologia e me!af0sica# As *i*idas persoificaçMes preparam o i!elec!o para a dou!ria da i!erdeped6cia dos mudos i!ero e e/!ero# O lei!or percebeuF sem d7*idaF uma cer!a semelhaça e!re essa a!iga dou!ria mi!ológica da dimica da psiHue e os esiame!os da modera escola freudiaa# Segudo es!a 7l!imaF o is!i!o de *ida (eros ou *i0ido, correspode!e ao ama, GdesejoG budis!aL e o is!i!o de mor!e (thanatos ou destrudo, id6!ico = /ara budis!aF Ghos!ilidade ou mor!eGL são os dois impulsos Hue ão só mo*em o idi*0duo a par!ir de de!roF mas aimam igualme!eF para eleF o mudo circuda!e"%"# AdemaisF as delusMes icoscie!eme!e fudame!adas de ode emergem desejos e hos!ilidades sãoF em ambos os sis!emasF dissipadas por meio da aálise psicológica Kem sscri!oF 3i3e7a) e da ilumiação Kem sscri!oF 3idya)% 2o e!a!oF o al*o dos dois esiame!os Q o !radicioal e o modero Q ão & e/a!ame!e o mesmo# A psicaálise & uma !&cica para curar idi*0duos Hue sofrem e/cessi*ame!e com os desejos e hos!ilidades icoscie!eme!e mal dirigidos Hue se acham agregados em !oro de suas !eias pri*adas de !errores irreais e a!raçMes ambi*ale!esI o pacie!e liber!ado desses desejos e hos!ilidades descobre ser capa> de par!iciparF com rela!i*a sa!isfaçãoF de !emores e hos!ilidades mais realis!asF de prá!icas eró!icas e religiosasF egóciosF guerrasF passa!empos e !arefas dom&s!icas oferecidos pela sua cul!ura par!icular# $as para aHueles Hue empreederamF deliberadame!eF a dif0cil e perigosa jorada para al&m dos limi!es da cidadeF esses i!eresses !amb&m de*em ser cosiderados como baseados o erro# Por cosegui!eF o obje!i*o do esiame!o religioso ão cosis!e em curar o idi*0duo por meio da de*olução = ilusão geralF mas afas!á?loF de uma *e>F de !odas as delusMesI e issoF ão apeas por meio do reajus!ame!o do desejo (eros) e da hos!ilidade (thanatos) Q Hue apeas geraria um o*o co!e/!o delusório QF mas por meio da etinção dos impulsos em suas próprias ra0>esF os !ermos do m&!odo do celebrado 2obre Camiho Bc!uplo Xou uar!a 2obre 9erdadeY do budismo: GCreça Corre!aF )!eçMes Corre!asF Pala*ra Corre!aF AçMes Corre!asF $eio de 9ida Corre!oF 8sforço Corre!oF Pesame!o Corre!oF Corre!a CompreesãoG# Com a Ge/!irpação fial da ilusãoF do desejo e da hos!ilidadeG K2ir*aaLF a me!e sabe Hue ão & aHuilo Hue pesa ser: o pesame!o flui# A me!e permaece em seu *erdadeiro es!ado# 8 a0 pode ela habi!ar a!& Hue o corpo desapareça: G8s!relasF escuridãoF lmpadaF fa!asmaF or*alhoF bolhaF Um sohoF um relmpagoF e uma u*em: Assim de*emos olhar !udo o Hue foi fei!oG m% O odisa!*aF !oda*iaF ão abadoa a *ida# 9ol!ado os olhos da esfera i!era da *erdade Hue !rascede o pesame!o KHue só pode ser descri!a como G*a>ioGF já Hue ul!rapassa a pala*raL para obser*ar mais uma *e> o mudo feom6icoF ele percebeF fora de siF o mesmo oceao de e/is!6cia Hue eco!rou o seu 0!imo# GA forma & o *a>ioF o *a>io & de fa!o forma# O *a>io ão difere da formaF a forma ão difere do *a>io# O Hue for forma & !amb&m o *a>ioI o Hue for *a>ioF & !amb&m a forma# 8 o mesmo se aplica = percepçãoF ao omeF = cocepção e ao cohecime!o#G "%' Tedo ul!rapassado as delusMes do seu a!igo ego au!o?afirma!i*oF au!o defesi*o e *ol!ado para si mesmoF ele coheceF de!ro e foraF a mesma !raHilidade# oraF ele obser*a o aspec!o *isual do mag0fico *a>io Hue !rascede o pesame!oF ode se eco!ram suas próprias e/peri6cias do egoF da formaF das percepçMesF da pala*raF das cocepçMes e do cohecime!o# 8 ele fica cheio de compai/ão pelos seres au!o?a!errori>ados Hue *i*em o !emor de seus próprios pesadelos# 8le se ele*aF re!ora ao seu meio e habi!a e!re eles como um ce!ro despro*ido de egoF por meio do Hual o pric0pio do *a>io & maifes!o em sua própria simplicidade# 8 esse & seu grade Ga!o compassi*oGI poisF por meio deleF & re*elada a *erdadeF segudo a HualF a compreesão daHuele em Huem o ogo Tr0plice do .esejoF da os!ilidade e da )lusão se e/!iguiuF esse mudo 1 2ir*aa#
GOdas de dádi*asG fluem desse ser para a liber!ação de !odos ós# G2ossa *ida es!e mudo & uma a!i*idade do próprio 2ir*aaF ão e/is!ido a m0ima difereça e!re es!e e aHuela#G m 8 por isso podemos di>er HueF afial de co!asF o modero al*o !erap6u!ico de uma cura Hue produ>a o re!oro = *ida & a!igido por meio da a!iga disciplia religiosaI apeas o c0rculo percorrido por odisa!*a & abrage!eI e a par!ida do mudo & cosideradaF ão como uma falhaF mas como o primeiro passo a obre !rilha em cujo !recho derradeiro se alcaçará a ilumiação com relação ao profudo *a>io do circui!o ui*ersal# 8sse ideal !amb&m & bas!a!e cohecido do hidu0smo: aHuele Hue se liber!ou em *ida (Mt3an mu7ta), despro*ido de desejosF compassi*o e sábioF Gcom o coração coce!rado pela iogaF *6 !odas as coisas sob a mesma lu>F obser*a?se a si mesmo em !odos os seres e obser*a !odos os seres em si mesmo# Como Huer Hue le*e a *idaF *i*e em .eusG "%1# Co!a?se a his!ória de um erudi!o cofuciao Hue suplicou ao *ig&simo oi!a*o pa!riarca budis!aF odhidharmaF GHue pacificasse sua almaG# odhidharma re!rucou: GAprese!e?a e eu a pacificareiG# O cofuciao replicou: G8is o meu problemaI ão cosigo eco!rá?laG# odhidharma disse: GSeu desejo foi a!edidoG# O cofuciao e!edeu e par!iu em pa> "%5# AHueles Hue sabemF ão apeas Hue o 8!ero *i*e elesF mas Hue eles mesmosF e !odas as coisasF são *erdadeirame!e o 8!eroF habi!am os bosHues de ár*ores Hue a!edem aos desejosF bebem o licor da imor!alidade e ou*emF em !odos os lugaresF a m7sica sileciosa da harmoia ui*ersal# 8sses são os imor!ais# As pi!uras !ao0s!as de paisagesF fei!as a Chia e o JapãoF descre*em de modo supremo o cará!er celes!ial dessa codição !erres!re# Os Hua!ro aimais bee*ole!esF a f6i/F o uicórioF a !ar!aruga e o dragãoF habi!am e!re os jardis de salgueirosF os bambus e as amei/eirasF assim como em meio = eblia das mo!ahas sagradasF per!o das horadas esferas# Os sábiosF de corpos ecarHuilhadosF mas de esp0ri!o e!erame!e jo*emF medi!am e!re essas al!urasF ca*algam aimais curiososF simbólicosF ao logo de parages imor!aisF ou pales!ramF deliciadosF dia!e de /0caras de cháF sobre a flau!a de ,a TsWai?ho# A soberaa do para0so !erres!re dos imor!ais chieses Gra3ura XII% 4odisat3a (Ti0ete) & a deusa?fada si ag $uF a G$ãe de Ouro da Tar!arugaG# 8la habi!a um palácio si!uado a mo!aha `Wu?luF cercada por aromá!icas floresF mo!es de jóias e um muro de jardim
Gra3ura XI% 4odisat3a hina
fei!o de ouro "%D# 8la & formada pela pura Hui!ess6cia do ar do oes!e# Seus co*idados = periódica es!a dos P6ssegos Kcelebrada Huado os p6ssegos amadurecemF uma *e> a cada seis mil aosL são ser*idos pelas graciosas filhas da $ãe de OuroF em caramachMes e pa*ilhMes erigidos per!o do ,ago das @emas# As águas fluem ali de uma o!á*el fo!e# Tu!ao de f6i/F f0gado de dragão e ou!ros pra!os são saboreadosF os p6ssegos e o *iho !ra>em a imor!alidade# Ou*e?se m7sica Hue flui de is!rume!os i*is0*eisF assim como caçMes Hue *6m de lábios imor!aisI e as daças das daçarias *is0*eis são maifes!açMes do go>o da e!eridade o !empo "%E# As cerim;ias do chá do Japão são reali>adas de acordo com a cocepção do para0so !erres!re !ao0s!a# A sala de cháF chamada Gdomic0lio da fa!asiaGF & uma es!ru!ura ef6mera cos!ru0da para co!er um mome!o de i!uição po&!ica# Tamb&m chamada Gdomic0lio da lacuaGF & despro*ida de orame!ação# Co!&m !emporariame!e um 7ico Huadro ou arrajo de flores# A casa de chá & chamada Gdomic0lio do ão?sim&!ricoG: o ão?sim&!rico sugere mo*ime!oI o proposi!adame!e iacabado dei/a um *ácuo em Hue a imagiação do obser*ador pode mergulhar# A afi!riã se apro/imaF pela !rilha do jardimF e de*e icliar?se a humilde e!rada# a> uma re*er6cia dia!e do arrajo de flores e do grupo de ca!ores e !oma seu lugar o chão# O mais simples obje!oF cuja forma & deri*ada da simplicidade co!rolada da casa de cháF se des!aca em sua mis!eriosa bele>aF o sil6cio ma!edo o segredo da e/is!6cia !emporal# Cada co*idado pode comple!ar a e/peri6cia com relação a si mesmo# Os par!icipa!esF por!a!oF co!emplam o ui*erso em miia!ura e !oram?se coscie!es do seu pare!esco ocul!o com os imor!ais# Os grades mes!res do chá preocupa*am?se em !rasformar o di*io prod0gio uma e/peri6ciaI e!ãoF a iflu6cia da casa de chá era le*ada para casa pelos pra!ica!es eF daliF para !oda a ação"%Z# .ura!e o logo e pac0fico per0odo Touga]a K"5['?"E5ELF a!es da chegada do comodoro PerrNF em "E1(F a !e/!ura da *ida japoesa !orou?se !ão imbu0da de uma formali>ação sigifica!i*aF Hue a e/is!6cia do m0imo de!alhe era uma e/pressão coscie!e da e!eridadeF sedo a própria paisagem um sa!uário# .a mesma formaF por !odo o Orie!eF por !odo o mudo a!igo e as Am&ricas pr&?colombiaasF a sociedade e a a!ure>a represe!a*amF para a me!eF o ie/prim0*el# GAs pla!asF as rochasF o fogo e a água es!ão *i*os# 8les os obser*am e *6em ossas ecessidades# 8les *6em Huado ada !emos para os pro!egerGF declarou um *elho co!ador de his!órias apacheF Ge & es!e o mome!o em Hue se re*elam a si mesmos e se dirigem a ós#G "'k 8is o Hue o budis!a deomia Gsermão do iaimadoG# Um cer!o asce!a hiduF Hue repousa*a =s marges do sagrado @agesF colocou seu p& sobre um s0mbolo de i*a Kum Qingam, uma combiação de falo e *ul*aF Hue simboli>a a uião e!re o .eus e sua 8sposaL# Um sacerdo!e Hue passa*a obser*ou o homem Hue assim repousa*a e o admoes!ou: GComo ousas profaar esse s0mbolo de .eus ao colocar o p& sobre eleRGF pergu!ou?lhe# O asce!a replicou: G$eu bom sehorF si!o mui!oI mas poderia o sehorF por ge!ile>aF !irar o meu p& e colocá?lo um lugar em Hue ão es!eja o *ingam sagradoRG O sacerdo!e pegou os calcahares do asce!a e os le*a!ou para a direi!aF mas Huado os colocou ou!ra *e> sobre o soloF surgiu um falo da !erra e os p&s ficaram como es!a*am# 8le os mo*eu ou!ra *e>I ou!ro falo os recebeu# GAh_ 8!edi_GF disse o sacerdo!eF humilhadoI fe> re*er6cia ao sa!o Hue repousa*a e seguiu seu camiho# O !erceiro prod0gio do mi!o de odisa!*a cosis!e o fa!o de o primeiro prod0gio Ka saberF a forma bisse/ualL ser simbólico do segudo Ka ide!idade e!re a e!eridade e o !empoL# PoisF a liguagem das images di*iasF o mudo do !empo & o grade 7!ero ma!ero# A *ida Hue e/is!e em seu i!eriorF gerada pelo paiF & compos!a pela escuridão da mãe e pela lu> do pai "'"# 2ela somos cocebidos e *i*emos apar!ados do paiI mas Huado passamos do 7!ero do !empo para a mor!e KHue & osso ascime!o para a e!eridadeLF somos e!regues =s suas mãos# O
sábio percebeF mesmo de!ro desse 7!eroF Hue *eio do pai e a ele es!á re!oradoF ao passo Hue o mui!o sábio sabe Hue ele e ela sãoF em !ermos de subs!ciaF um só# 8is o se!ido das images !ibe!aas da uião e!re os udas e odisa!*as e seus próprios aspec!os femiiosF Hue se afiguraram !ão idece!es aos olhos de !a!os cr0!icos cris!ãos# .e acordo com uma das formas !radicioais de ecarar esses supor!es da medi!açãoF a forma femiia Kem !ibe!ao: yum) de*e ser obser*ada como o !empoI a forma masculia (ya0), como a e!eridade# A uião dos dois produ> o mudoF em Hue !odas as coisas sãoF a um só !empoF !emporais e e!erasF criadas = imagem desse deus macho?f6mea au!ocoscie!e# O iiciadoF por meio da medi!açãoF & le*ado = recordação dessa orma das formas (ya0'yum) de!ro de si mesmo# OuF por ou!ro ladoF a figura masculia pode ser cosiderada como o pric0pio iiciadorF o m&!odoI esse casoF a figura femiia deo!a o po!o a Hue a iiciação le*a# $as esse po!o & o 2ir*aa Ka e!eridadeL# 8 assim & Hue !a!o o masculio como o femiio de*em ser ecaradosF al!era!i*ame!eF ora como o !empoF ora como a e!eridade# )sso Huer di>er Hue os dois são o mesmoF cada um & os dois e a forma dual (ya0'yum) ão passa de efei!o da ilusão Q a HualF !oda*iaF ão difere da ilumiação "'%# 8is uma suprema euciação do grade parado/o por meio do Hual o muro dos pares de opos!os & abalado e o cadida!o admi!ido = *isão do .eusF o HualF ao criar o homem = sua própria imagemF o criou homem e mulher# 2a mão direi!a do homem há um relmpago Hue cos!i!ui uma co!rapar!e dele mesmoI ao passo Hue em sua mão esHuerda ele !ra> um sioF s0mbolo da deusa# O relmpago & !a!o o m&!odo como a e!eridadeF ao passo Hue o sio & a Gme!e ilumiadaGI a o!a Hue o sio !oca & o belo som da e!eridadeF ou*ido pela me!e pura por !oda a criação eF por cosegui!eF de!ro dela mesma "''# V esseF precisame!eF o sio !ocado a missa cris!ã o mome!o em Hue .eusF por meio do poder das pala*ras da cosagraçãoF desce ao pão e ao *iho# 8 a lei!ura cris!ã do sigificado !amb&m & a mesma: Et Qer0um caro 6actum est !?& , is!o &F Ga Jóia es!á o ,ó!usG: m mani $adme hum !?% #% A 01nção Z*tima O Pr0cipe da )lha Soli!ária passou seis oi!es e seis dias o di*a de ouro com a -aiha do Tubber Ti!NeF Hue ele ja>iaF es!ado o di*a mo!ado sobre rodas de ouro Hue gira*am co!iuame!e Q o di*a Hue gira*a e gira*aF sem pararF oi!e e diaI a s&!ima mahãF ele disse: G8s!á a hora de eu dei/ar es!e lugarG# AssimF desceu e echeu as !r6s garrafas com a água do poço flameja!e# a*iaF o Huar!o de ouroF uma mesa de ouro eF sobre a mesaF uma pera de careiro e um pedaço de pãoI e mesmo Hue !odos os homes de 8ri comessem dura!e um ao = mesaF o careiro e o pão seriam os mesmosF !a!o a!es como depois de eles comerem# GO Pr0cipe !omou asse!oF comeu sua par!e do pão e da pera de careiro e os dei/ou !al como os ha*ia eco!rado# 8!ãoF le*a!ou?seF !omou das !r6s garrafasF p;?las em sua bolsa e es!a*a pres!es a dei/ar o Huar!o Huado disse a si mesmo: WSeria uma pea ir embora sem dei/ar ada Hue permi!a = raiha saber Huem es!e*e aHui eHua!o ela dormiaW# Por issoF escre*eu uma car!aF di>edo Hue o filho do -ei de 8ri e da -aiha da )lha Soli!ária ha*ia passado seis oi!es e seis dias o Huar!o de ouro de Tubber Ti!NeF ha*ia re!irado !r6s garrafas de água do poço flameja!e e comido = mesa de ouro# Tedo colocado sua car!a sobre o lei!o da raihaF ele par!iuF passou pela jaela aber!aF sal!ou sobre o lombo do peHueo ca*alo magro e mal!ra!ado e passou ileso pelas ár*ores e pelo rio#G "'5 A facilidade com Hue a a*e!ura & reali>ada aHui sigifica Hue o herói & um homem superiorF um rei a!o# 8ssa facilidade dis!igue umerosos co!os de fadasF bem como !odas as ledas das façahas de deuses ecarados# Ode o herói comum !eria um !es!e dia!e de siF o elei!o ão eco!ra ehum empecilho e ão come!e erros# O poço & o Ce!ro do $udoI sua água flameja!eF a ess6cia ides!ru!0*el da e/is!6ciaI o lei!o Hue gira co!iuame!eF por seu !uroF & o 8i/o do $udo# O cas!elo adormecido & o abismo l!imo em Hue submerge a
cosci6cia descede!e o sohoF ode a *ida idi*idual es!á a po!o de dissol*er?se em eergia idifereciada# A dissolução seria a mor!eI o e!a!oF !amb&m o seria a fal!a do fogo# O mo!i*o Kderi*ado de uma fa!asia ifa!ilL do pra!o iesgo!á*elF Hue simboli>a os perpe!uou poderes da criação da *ida e da cos!rução da formaF par!e da fo!e ui*ersalF & uma co!rapar!e dos co!os de fada para a imagem mi!ológica do baHue!e di*ioF abas!ecido pela corucópiaF A reuião dos dois grades s0mbolosQ o eco!ro com a deusa e o roubo do fogo Q re*elaF com simplicidade e clare>aF a codição dos poderes a!ropomórficos o reio do mi!o# 8sses eleme!os ão são fis em si mesmosF mas guardiãesF ecaraçMes ou doadoresF do licorF [[ lei!eF do alime!oF do fogo e da graça da *ida ides!ru!0*el# 8ssas images podem ser i!erpre!adasF de pro!oF como primariame!eF embora !al*e> ão em 7l!ima aáliseF psicológicasI pois & poss0*el obser*arF as primeiras fases do dese*ol*ime!o ifa!ilF si!omas de uma Gmi!ologiaG em formaçãoF rela!i*a a um es!ado si!uado al&m das *icissi!udes do !empo# 8sses si!omas aparecem como reaçMes =s fa!asias des!ruidoras do corpo Q e como defesas espo!eas co!ra elas QF Hue assal!am a criaça Huado ela & pri*ada do seio da mãe "'D# GA criaça reage com uma e/plosão !emperame!alF e a fa!asia Hue se segue cosis!e em !irar !udo do corpo da mãe# # # A criaçaF e!ãoF se!e medo de re!aliação por !er esses impulsosF is!o &F !eme Hue !udo seja re!irado do seu próprio i!erior#G "'E Asiedades com relação = i!egridade do próprio corpoF fa!asias de res!i!uiçãoF uma e/ig6cia sileciosa e profuda de ides!ru!ibilidade e pro!eção co!ra as forças Gmal&ficasG i!eras e e/!erasF passam a dirigir a psiHue em formaçãoI e permaecem como fa!ores de!ermia!es das a!i*idades de *idaF esforços espiri!uaisF creças religiosas e prá!icas ri!uais do adul!o euró!ico e mesmo ormal# Por e/emploF a profissão de curadeiroF esse 7cleo de !odas as sociedades primi!i*asF Gorigia?se# # # a par!ir das fa!asias ifa!is de des!ruição do corpoF por meio de uma s&rie de mecaismos de defesaG )'Z# 2a Aus!ráliaF há uma cocepção básica segudo a Hual os esp0ri!os remo*eram os i!es!ios do curadeiro e colocaramF em seu lu/arF sei/osF cris!ais de Huar!>oF uma cer!a Hua!idade de corda eF por *e>esF uma peHuea cobra do!ada de poderes "(k# GA primeira fórmula & ab?reação em fa!asia: W$eu i!erior já foi des!ru0doWF seguida por uma formação de reação: W$eu i!erior ão & algo corrup!0*el e cheio de fe>esF mas icorrup!0*elF cheio de cris!ais de Huar!>oW# A seguda & uma projeção: W2ão sou eu Huem !e!a pee!rar o corpoF mas fei!iceiros de fora Hue laçam subs!cias pro*ocadoras de doeças as pessoasW# A !erceira fórmula & a res!i!uição: W2ão es!ou !e!ado des!ruir o i!erior das pessoasI es!ou curadoW# Ao mesmo !empoF co!udoF o eleme!o origial de fa!asia dos *aliosos eleme!os corporais !omados da mãe re!ora a !&cica de cura: sugarF !omarF arreba!ar algo do pacie!e#G "(" Ou!ra imagem de ides!ru!ibilidade & represe!ada pela id&ia folclórica do GduploG espiri!ual Q uma alma e/!era ão afligida pelas perdas e ferime!os do corpo prese!eF mas Hue e/is!eF em seguraçaF em algum lugar remo!o "(%# G$iha mor!eGF disse um cer!o ogroF Ges!á mui!o loge daHui e & dif0cil de eco!rarF o *as!o oceao# 2esse mar há uma ilhaI a ilhaF cresce um car*alho *erde eF debai/o desse car*alhoF há uma arca e a arca há um peHueo ces!oF ode há uma lebreF e a lebre há um pa!o e o pa!o um o*o: aHuele Hue eco!ra o o*o e o Huebra ma!a?me ao mesmo !empo#G "(' Compare?se com o soho de uma modera mulher de egócios bem?sucedida: GX8u ha*ia aufragadoY e es!a*a uma ilha deser!a# Ali ha*ia !amb&m um sacerdo!e ca!ólico# 8le es!a*a fa>edo alguma coisa parecida com a colocação de !ábuas e!re as ilhas para Hue as pessoas pudessem passar# Passamos para ou!ra ilha e ali pergu!amos a uma mulher ode eu ha*ia ido parar# 8la respodeu Hue eu es!a*a mergulhado com algus mergulhadores# 8!ão fui a algum po!o do i!erior da ilha ode ha*ia uma massa boi!a de águaF cheia de gemas e jóiasF es!ado o ou!ro WeuW mergulhado ali um !raje de mergulho# Parei olhado para bai/o e obser*ado a mim mesmaG "((# á um belo co!o hidu a respei!o da filha de um rei Hue só se casaria com o homem Hue eco!rasse
e desper!asse seu duploF a Terra do ,ó!us do SolF o fudo do mar "( O aus!raliao iiciadoF após seu casame!oF & codu>ido pelo a*; a uma ca*era secre!a e ali lhe & mos!rada um peHuea placa de madeira com iscriçMes alegóricas: G)s!oGF di>?lhe o a*;F G& seu corpoI is!o e *oc6 são a mesma coisa# 2ão o le*e para ou!ro lugarF sob pea de se!ir dorG "(5# Os maiHueus e cris!ãos gós!icos dos primeiros s&culos depois de Cris!o esia*am HueF Huado a alma do bedi!o chega ao c&uF & recebida por sa!os e ajos Hue !ra>em sua G*es!e de lu>GF Hue foi preser*ada para ela# A suprema b6ção desejada para o Corpo )des!ru!0*el & a resid6cia o Para0so do ,ei!e Hue Jamais al!a: G-ego>ijai?*os com Jerusal&mF e alegrai?*os com elaF *ós !odos os Hue a amais: echei?*os de alegria por elaF !odos os Hue por ela pra!eas!es: para Hue mameis e *os far!eis com os seios de suas cosolaçMesI para Hue sugueis e *os delei!eis com a abudacia de sua glória# PorHue assim di> o Sehor: 8is Hue es!ederei sobre ela a pa> como um rio# # # e!ão mamareisF o colo *os !rarão e sobre os joelhos *os afagarão "(D# Alime!o da alma e do corpoF cosolo do coraçãoF eis a dádi*a daHuele Hue GTudo CuraGF o seio ie/aur0*el# O $o!e Olimpo se ele*a aos c&usI deuses e heróis baHue!eiam?se ali com ambrosia KnF ãoI ($ot>sB mor!alL# 2o *es!0bulo da mo!aha de o!aF Hua!roce!os e !ri!a e dois mil heróis cosomem a care irredu!0*el de SachrimirF [ 9arrão CósmicoF acompahada do lei!e Hue jorra dos liberes da cabra eidru: ela se alime!a das folhas de 9ggdrasilF o rei/o do $udo# .e!ro das fa!ás!icas colias de 8riF o imor!al Tua!ha .e .aaa cosome os porcos au!o?regeeradores de $aaaF bebedo copiosame!e da cer*eja de @uibe# 2a P&rsia X)rãYF os deuses do jardim da mo!aha do $o!e ara ere>ai!i bebem o haoma imor!alF des!ilado da r*ore @aoereaF a ár*ore da *ida# Os deuses japoeses bebem saHueF os poli&siosF a3eB os deuses as!ecas bebem o sague de homes e *irges# 8 os redimidos de Jeo*áF reuidos em seu jardim suspesoF ser*em?se da ie/aur0*el e deliciosa care dos mos!ros eemo!eF ,e*ia!ã e \i>F eHua!o bebem os licores dos Hua!ro rios doces do para0so"(E#
Figura -% sis d; $ão e ;gua a*ma V e*ide!e Hue as fa!asias ifa!is Hue !odos aida acale!amos o icoscie!e surgem co!iuame!e os mi!osF co!os de fadas e os esiame!os da )grejaF como s0mbolos do ser ides!ru!0*el# )sso os ajudaF pois a me!e se!e?se em casa com as images e parece lembrar? se de algo já cohecido# $as essa circus!cia !amb&m se cofigura como obs!ruçãoF já Hue os se!ime!os !ermiam por se ma!er os s0mbolos e resis!em apai/oadame!e a !odo esforço de ir al&m deles# O prodigioso golfo Hue separa essas abeçoadas mul!idMes do ui*erso ifa!ilF Hue echem o mudo de piedadeF do *erdadeirame!e li*reF !ora?se aber!o a liha em Hue os s0mbolos cedem passagem e são !rascedidos# GB *ósGF escre*e .a!eF dei/ado o Para0so Terres!reF Gó *ós Hue em frágil barcaF desejosos de aprederF Hue a!& aHui ha*eis seguido o meu lehoF Hue e!re ca!os *ai sigradoF *ol*ei aos por!os de Hue ha*eis par!idoI ão pee!reis o mar aber!oI pois se de mim *os desgarrardesF em meio dele es!areis perdidos# As águas Hue ora *ou sigrado jamais foram percorridas# $ier*a me ispira e Apoio me guia e o*e $usas me idicam o -umo#G "(Z 8is a liha Hue o pesame!o ão
ul!rapassaF liha al&m da Hual !odo se!ime!o es!á *erdadeirame!e mor!o: !al como a 7l!ima parada de uma es!rada de ferro de mo!ahaF da Hual os alpiis!as se afas!amF mas = Hual re!oramF para co*ersar com aHueles Hue gos!am do ar da mo!ahaF mas ão Huerem correr o risco das al!uras# O esiame!o iefá*el da bea!i!ude Hue se acha al&m da imagiação chega a!& ósF ecessariame!eF e*ol!o em figuras Hue os recordam a bea!i!ude imagiada da ifciaI da0 a decepcioa!e carac!er0s!ica ifa!il dos co!os# .a0F igualme!eF a iadeHuação de !oda lei!ura de cuho e/clusi*ame!e psicológico "1k# A sofis!icação do humor da imag&!ica ifa!ilF Huado modulada uma habilidosa *ersão mi!ológica da dou!ria me!af0sicaF emerge de maeira magifice!e um dos mais bem cohecidos de!re os grades mi!os do mudo orie!al: o rela!o hidu da ba!alha primordial e!re os !i!ãs e os deuses pelo eli/ir da imor!alidade# Um a!igo ser da !erraF `ashNa?paF o Gomem?Tar!arugaGF ha*ia desposado !re>e filhas de um pa!riarca demi7rgico aida mais a!igoF .ashaF o GSehor da 9ir!udeG# .uas dessas filhasF de ome .i!i e Adi!iF deram = lu>F respec!i*ame!eF os !i!ãs e os deuses# Toda*iaF uma i!ermiá*el sucessão de ba!alhas familiaresF mui!os dos filhos de `ashNapa foram morredo# 2um cer!o mome!oF o al!o sacerdo!e dos !i!ãsF ob!e*eF por meio de grade aus!eridade e medi!açMesF o fa*or de i*aF Sehor do Ui*erso# i*a lhe cocedeu o poder de re*i*er os mor!os# )sso deu aos !i!ãs uma *a!agem Hue os deusesF a pró/ima ba!alha !ra*adaF logo perceberam# 8les se re!iraramF cofusosF para se cosul!arem mu!uame!e e dirigiram?se =s al!as di*idades rahma e 9ish"!!% oram acoselhados a firmar com seus irmãos?iimigos uma !r&gua !emporáriaF dura!e a Hual os !i!ãs de*eriam ser idu>idos a ajudá?los a ba!er o Oceao ,ác!eo da *ida imor!al para ob!er sua ma!eiga Q Amri!a (a, ãoI mrita, mor!alLF o G&c!ar da imor!alidadeG# Orgulhosos pelo co*i!eF Hue cosideraram uma admissão de sua superioridadeF os !i!ãs ficaram deliciados por par!iciparI e assim começou a memorá*el a*e!ura coopera!i*aF o i0cio das Hua!ro idades do ciclo do mudo# O $o!e $adara foi escolhido como a colher de ba!er# 9asuiF o -ei das Serpe!esF cocordou em ser a corda de ba!erF des!iada a mo*ime!ar a colher# O próprio 9ishuF sob a forma de uma !ar!arugaF mergulhou do Oceao ,ác!eoF para sus!e!arF com suas cos!asF a base da mo!aha# Os deuses seguraram uma das e/!remidades da serpe!eF Hue ha*ia sido erolada em !oro da mo!ahaF e os !i!ãs !omaram da ou!ra# 8 o grupo ba!eu o oceao dura!e mil aosF A primeira coisa a surgir a superf0cie do mar foi uma fumaça egra e *eeosaF chamada `alau!aF G9&r!ice 2egroGF a saberF a mais al!a coce!ração do poder de mor!e# Gebam?meGF disse `alau!aI e a operação ão p;de prosseguir a!& Hue se eco!rasse algu&m capa> de sor*6?la# i*aF Hue se se!a*a alheio e dis!a!eF foi apro/imado# .e forma magifice!eF rela/ou de sua posição de profuda medi!ação i!era e seguiu para o local em Hue era ba!ido o Oceao ,ác!eo# Tomado a mis!ura da mor!e uma /0caraF egoliu?a de um golpe eF graças ao seu poder de iogueF ma!e*e?a a garga!a# Sua garga!a ficou a>ulF ra>ão por Hue 0*a & chamado GPescoço A>ulGF 2ilaa!ha# Tedo prosseguido o processo de ba!erF começaram a surgirF das iesgo!á*eis profude>asF formas preciosas de poder coce!rado# Apareceram Apsaras KifasLI ,ashmiF a deusa da for!uaI o ca*alo braco como lei!e cohecido por Uchchaihshra*as KG-elicho Al!oGLI a p&rola de gemasF `aus!ubhaI e ou!ros obje!osF em 7mero de !re>e# O 7l!imo a aparecer foi o habilidoso m&dico dos deusesF .ha*a!ariF !ra>edo as mãos a luaF a /0cara do &c!ar da *ida# 2esse mome!oF começou uma grade ba!alha pela posse da *aliosa beberagem# Um dos !i!ãsF -ahuF coseguiu roubar um poucoF mas foi decapi!ado a!es de o licor passar por sua garga!aI seu corpo feeceuF mas a cabeça permaeceu imor!al# 8 hoje sua cabeça procura a luaF e!erame!eF por !odo o c&uF !e!ado alcaçá?la ou!ra *e># uado o cosegueF a /0cara passa facilme!e por sua boca e *ol!a a sair pela garga!aI eis por Hue !emos eclipses da lua#
$as 9ishuF preocupado com a possibilidade de os deuses perderem a *a!agemF !rasformou?se uma lida daçaria# 8 eHua!o os !i!ãsF Hue eram dados = lu/7riaF fica*am efei!içados pelo eca!o da garo!aF es!a se apossou da /0cara?lua de Amr0!aF !roçou deles com ela por um mome!o e a passou para os deuses# 9ishu !rasformou?se imedia!ame!e um poderoso heróiF ju!ou?se aos deuses co!ra os !i!ãs e ajudou a rechaçar o iimigo para as escarpadas e sombrias garga!as do mudo iferior# Os deuses agora se alime!am e!erame!e de Amri!aF em seus belos palácios si!uados o cume da mo!aha do ce!ro do mudoF o $o!e Sumeru "1%# O humor & a pedra de !oHue do *erdadeirame!e mi!ológicoF em oposição ao modo mais li!eral e se!ime!al do !eológico# Os deusesF !omados como 0coesF ão são fis em si mesmos# Seus a!ra!i*os mi!os !raspor!am a me!e e o esp0ri!oF ão acima, mas atra3.s delesF para o prodigioso *a>ioI dessa perspec!i*aF os mais pesadame!e carregados dogmas !eológicos afiguram?seF !ão?some!eF como ar!if0cios pedagógicos des!iados a afas!ar o i!elec!o meos saga> do amo!oado cocre!o de fa!os e e*e!os e a le*á?lo a uma >oa rela!i*ame!e rarefei!aF odeF como b6ção fialF !oda e/is!6cia Q celes!eF !erres!re ou iferal Q pode fialme!e ser *is!a uma !rasmu!ação Hue lhe dá maior semelhaça com um soho ifa!il de b6ção e !emorF um mero soho ligeirame!e passageiro e recorre!e# G.e um cer!o po!o de *is!aF !odas essas di*idades e/is!emGF disse rece!eme!e um lama !ibe!aoF respodedo = pergu!a de um compreesi*o *isi!a!e ocide!alF Gde ou!roF ão são reais#G "1' 8sse & o esiame!o or!odo/o dos a!igos Ta!ras Q GTodas essas di*idades *isuali>adas ão são seão s0mbolos Hue represe!am as *árias coisas Hue ocorrem a TrilhaG "1( QF assim como uma dou!ria das escolas psicaal0!icas co!emporeas "11# 8 essa mesma percepção de ordem me!af0sica parece ser sugerida os *ersos fiais de .a!eF os Huais o *iaja!e ilumiado fialme!e & capa> de ele*ar os corajosos olhos para al&m da *isão bea!0fica do PaiF do ilho e do 8sp0ri!o Sa!oF alcaçado a ,u> 8!era "15# Os deuses e deusas de*em ser e!edidosF em coseH6ciaF como ecaraçMes e guardiães do eli/ir do Ser )mperec0*elF mas ão sãoF em si mesmosF o Ul!imo em seu es!ado essecial# AssimF o herói buscaF por meio do seu i!ercurso com elesF ão propriame!e a elesF mas a sua graçaF is!o &F o poder de sua subs!cia sus!e!adora# 8ssa miraculosa eergia? subs!ciaF e só elaF & o )mperec0*elI os omes e formas das di*idades HueF em !odos os lugaresF a ecaram dis!ribuem e represe!amF *6m e *ão# 8ssa & a eergia miraculosa dos relmpagos de \eusF de Jeo*á e do Supremo udaF a fer!ilidade da chu*a de 9iracochaF a *ir!ude auciada pelo sio !ocado a missa o mome!o da cosagração "1DF assim como a lu> da ilumiação 7l!ima do sa!o e do sábio# Seus guardiães só ousam liberá?la para aHueles Hue *erdadeirame!e mos!raram ser digos dela# $as os deuses podem ser e/cessi*ame!e rigorosos e cau!elosos# 2esse casoF o herói de*e se apossar do seu !esouro por meio de ar!if0cios# 8sse foi o problema de Prome!eu# Sob essa formaF mesmo os mais ele*ados deuses aparecem como maligos ogros Hue ocul!am a *idaF e o herói Hue os egaaF ma!a ou aplaca & horado como o sal*ador do mudo# $aui da Poli&sia se op;s a $ahu?iaF o guardião do fogoF para !irar dele o seu !esouro e !raspor!á?lo de *ol!a para a humaidade# $aui se dirigiu dire!ame!e ao giga!e $ahu?ia e lhe disse: GAfas!a os arbus!os desse !erreo plao para Hue possamos !er uma co!eda uma a!i!ude de amigá*el ri*alidadeG# $auiF de*e?se di>erF era um grade herói e um mes!re do ar!if0cio# GQ ue esp&cie de pro*a de coragem e habilidade !eremosR Q pergu!ou $ahu?ia# GQ A pro*a de a!irar loge o ad*ersário Q replicou $aui# G$ahu?ia cocordouI e $aui pergu!ou: GQ uem começaR GQ 8u Q respodeu $ahu?ia#
G$aui cocordou e $ahu?ia o pegou e o jogou para cimaI $au0 subiu bas!a!e e caiu jus!ame!e as mãos de $ahu?iaI es!e o jogou para cima ou!ra *e>F ca!ado: WJogarF jogar Q para cima *oc6 *ai_W G$aui foi para cima e $ahu?ia ca!ou esse eca!o: G WPara cima *oc6 *aiF para o primeiro 0*elF Para cima *oc6 *aiF para o segudo 0*elF Para cima *oc6 *aiF para o !erceiro 0*elF Para cima *oc6 *aiF para o Huar!o 0*elF Para cima *oc6 *aiF para o Hui!o 0*elF Para cima *oc6 *aiF para o se/!o 0*elF Para cima *oc6 *aiF para o s&!imo 0*elF Para cima *oc6 *aiF para o oi!a*o 0*elF Para cima *oc6 *aiF para o oo 0*elF Para cima *oc6 *aiF para o d&cimo 0*el_W G$aui girou e girou o ar e começou a cair ou!ra *e>I e caiu bem ao lado de $ahu?iaI e $aui lhe disse: GQ Só *oc6 es!á se di*er!ido_ GQ 8F a *erdadeF por Hue ãoR Q e/clamou $ahu?ia# Q 9oc6 acha Hue pode fa>er uma baleia *oar pelos aresR GQ Posso !e!ar Q respodeu $aui# G8 $aui pegou $ahu?ia e o jogou para cimaF ca!ado: WJogarF jogar Q para cima *oc6 *ai_W G$ahu?ia *oou para cima e $aui e!ão ca!ou esse eca!o: G WPara cima *oc6 *aiF para o primeiro 0*elF Para cima *oc6 *aiF para o segudo 0*elF Para cima *oc6 *aiF para o !erceiro 0*elF Para cima *oc6 *aiF para o Huar!o 0*elF Para cima *oc6 *aiF para o Hui!o 0*elF Para cima *oc6 *aiF para o se/!o 0*elF Para cima *oc6 *aiF para o s&!imo 0*elF Para cima *oc6 *aiF para o oi!a*o 0*elF Para cima *oc6 *aiF para o oo 0*elF Para cima *oc6 *ai Q para cima e para cimaF o ar_W G$ahu?ia girou e girou o ar e começou a cairI eF Huado es!a*a pres!es a chegar ao soloF $aui proferiu as segui!es pala*ras mágicas: W8sse homem ali em cima Q Hue ele caia de cabeça_W G$ahu?ia caiuI seu pescoço foi comple!ame!e afudado e $ahu?ia morreu#G )media!ame!eF o herói $aui pegou a cabeça do giga!e $ahu?ia e a cor!ouF passado a ser o possuidor do !esouro da chamaF Hue doou ao mudo "1E# O mais impor!a!e co!o da busca do eli/ir a !radição mesopo!micaF pr&?b0blicaF & o de @ilgam&sF um ledário rei da cidade sumeriaa de 8rechF Hue se p;s = busca do agrião da imor!alidadeF a pla!a G2uca 8*elhecerG# .epois de passar são e sal*o pelos leMes Hue guardam o sop& das mo!ahas e pelos homes?escorpiMes Hue *igiam as mo!ahas Hue sus!e!am o c&uF ele alcaçouF em meio =s mo!ahasF um paradis0aco jardimF reple!o de floresF fru!os e pedras preciosas# ProsseguidoF chegou ao mar Hue circuda o mudo# 2uma ca*era por !rás das águasF *i*ia uma maifes!ação da deusa )s!arF Siduri?Sabi!uI e essa mulherF comple!ame!e e*ol!a em *&usF fechou?lhe as por!as# $as Huado ele lhe co!ou sua his!óriaF ela o admi!iu = sua preseça e o acoselhou a ão dar co!iuidade = buscaF sugerido Hue ele apredesse e se co!e!asse com os pra>eres mor!ais da *ida: G@ilgam&sF por Hue segues esse camihoR A *ida Hue buscasF jamais eco!rarás#
Figura % A con8uista do monstro+ a3i e Go*iasB as a6*ição e alegreI e*erga *es!es boi!asF perfuma !eus cabelosF baha !eu corpo# Obser*a o peHueo Hue !e pega as mãos# .ei/a !ua esposa feli>F acochegada ao !eu pei!oG "1Z# $asF como @ilgam&s isis!isseF Siduri?Sabi!u dei/ou?o passar e o ad*er!iu dos perigos Hue ei*a*am o camiho# A mulher o is!ruiu a procurar o barHueiro UrsaapiF a Huem @ilgam&s eco!rou cor!ado madeira a flores!aF guardado por um grupo de assis!e!es# @ilgam&s rechaçou esses assis!e!es Kchamados GaHueles Hue se rego>ijam em *i*erGF Ghomes de pedraGLF e o barHueiro cose!iu em le*á?lo a!ra*&s das águas da mor!e# 8ra uma *iagem Hue le*a*a um m6s e meio# O passageiro foi ad*er!ido para ão !ocar as águas# OraF a dis!a!e !erra de Hue se apro/ima*am era a resid6cia de U!apish!imF o herói do dil7*io primordial "5kF Hue ali *i*iaF com a esposaF a pa> imor!al# .e logeF U!apish!im percebeu um peHueo barco Hue se apro/ima*aF so>ihoF pelas i!ermiá*eis águas e imagiouF de si para si:
GPor Hue os Whomes de pedraW do barco foram rechaçadosF 8 algu&m Hue ão es!á a meu ser*iço *iaja o barcoR AHuele Hue *em: ão & ele um homemRG Ao chegarF @ilgam&s !e*e de ou*ir a loga reci!açao da his!ória do dil7*io pelo pa!riarca# .epoisF U!apish!im pediu ao *isi!a!e Hue dormisse e es!e dormiu dura!e seis dias# U!apish!im pediu = esposa Hue fi>esse se!e pães e os colocasse = cabeceira de @ilgam&sF eHua!o es!e dormia ao lado do barco# 8 U!apish!im !ocou em @ilgam&s e es!e acordouI o afi!rião ordeou ao barHueiro Hue o le*asse a bahar?se um cer!o poço e Hue lhe desse *es!es limpas# 8m seguidaF U!apish!im re*elou a @ilgam&s o segredo da pla!a# G@ilgam&sF re*elar?!e?ei um segredo e !e darei is!ruçMes: 8ssa pla!a & como os arbus!os espihosos do campoI seu espihoF !al como o da rosaF !e ferirá as mãos# $as se sua mão alcaçar essa pla!aF *ol!ar ás = !ua !erra a!al#G A pla!a crescia o fudo do mar cósmico# Ursaapi codu>iu o herói ou!ra *e> pelas águas# @ilgam&s a!ou pedras aos p&s e mergulhou"5"F 8le desceuF ido al&m de !odos os limi!es da resis!6ciaF eHua!o o barHueiro espera*a o barco# Ao chegar ao fudo do mar sem fudoF o mergulhador apahou a pla!aF embora es!a lhe mu!ilasse a mãoF desa!ou as pedras e começou a emergir# uado chegou = superf0cie e o barHueiro o recolheu o barcoF ele auciouF em !om !riufa!e: GUrsaapiF essa & a pla!a# # # Por meio da Hual o omem pode a!igir o pleo *igor# 8u a le*arei para 8rechF cidade das peas de careiro# # # Seu ome &: W2a *elhiceF o omem *ol!a a ser jo*emW# Comerei dela e re!orarei = codição da ju*e!udeG# 8les co!iuaram a sigrar o mar# uado apor!aramF @ilgam&s se bahou um frio poço e dei!ou?se para repousar# $asF eHua!o ele dormiaF uma serpe!e farejou o mara*ilhoso perfume da pla!aF apro/imou?se e a carregou cosigo# Comedo?aF a serpe!e ob!e*e imedia!ame!e o poder de re!irar a própria pele eF assimF recuperou a ju*e!ude# $as @ilgam&sF Huado acordouF se!ou?se e chorouF Ge suas lágrimas desceram pelas paredes do ari>G "5%# A!& hojeF a possibilidade da imor!alidade f0sica eca!a o coração do homem# A peça u!ópica de erard Sha]F 4ac7 to /ethuse*ah, produ>ida em "Z%"F co*er!eu o !ema uma modera parábola sócio?biológica# ua!roce!os aos a!esF o mais li!eral Jua Poce de ,eó descobriu a lórida Huado procura*a a !erra de imiiF ode espera*a eco!rar a fo!e da ju*e!ude# Al&m dissoF mui!os s&culos a!esF o filósofo chi6s `o?hug passou os 7l!imos aos de uma loga *ida preparado p0lulas de imor!alidade# GTome !r6s Huilos de ciabre geu0oGF escre*eu `o?hugF Ge um Huilo de mel braco# $is!ure# .ei/e a mis!ura secar ao sol# Tos!e?a o fogo a!& Hue seja poss0*el dar?lhe a forma de p0lulas# Tome de> p0lulas do !amaho de uma seme!e de chamo !oda mahã# .e!ro de um aoF os cabelos bracos *ol!arão a ser egrosF os de!es ca0dos reascerão e o corpo ficará lus!roso e *içoso# Se um *elho !omar o rem&dio por um logo per0odo de !empoF !orar?se?á jo*em# AHuele Hue o !omar cos!a!eme!e go>ará da *ida e!era e ão morrerá#G "5' Um amigo foi um dia *isi!ar o soli!ário e/perime!ador e filósofoF mas !udo o Hue eco!rou foram as roupas *a>ias de `o? hug# O *elho homem se ha*ia idoI ha*ia passado para o reio dos imor!ais "5(# A busca da imor!alidade 6sica procede de uma icompreesão do esiame!o !radicioal# O problema básico &F
Gra3ura XIII% ramo da 3ida imorta* (Assria)
Gra3ura XIQ% 4odisat3a (am0oMa) a realidadeF aume!ar a pupilaF para Hue o cor$o, com a persoalidade Hue o acompahaF ão obs!rua a *isão# AssimF a imor!alidade & e/perime!ada como um fa!o prese!e: G8s!á aHui_ 8s!á aHui_G"51 GTodas as coisas se eco!ram em processoF ascededo e re!orado# As pla!as !oram? se bo!MesF mas apeas para *ol!arem = rai># -e!orar = rai> & como buscar a !raHilidade# uscar a !raHilidade & como camihar ao eco!ro do des!io# Camihar ao eco!ro do des!io & como a e!eridade# Cohecer a e!eridade & ilumiar?seI ão recohecer a e!eridade produ> a desordem e o mal# GO cohecime!o da e!eridade os !ora magimosI a magaimidade le*a = ampliação da *isãoI a *isão ampla !ra> a obre>aI a obre>a & como o c&u# GO celes!e & como o Tao# O Tao & e!ero# 2ão !emei o desaparecime!o do corpo#G "55 Os japoeses !6m um pro*&rbio: Guado os homes Foram aos deuses pedido riHue>aF es!es apeas riemG# A b6ção cocedida ao fiel sempre segue a própria es!a!ura des!eF assim como a a!ure>a do desejo Hue o domia: a b6ção & !ão?some!e um s0mbolo da eergia da *ida adap!ado =s e/ig6cias de um caso espec0fico# A iroiaF & *erdadeF reside o fa!o de HueF embora o herói Hue ob!e*e o fa*or do deus possa pedir a b6ção da perfei!a ilumiaçãoF &
comum *6?lo pedir mais aos de *idaF armas com as Huais possa ma!ar seu pró/imo ou sa7de para os filhos# Os gregos co!am a his!ória do rei $idasF Hue !e*e a sor!e de ob!er de aco HualHuer dádi*a Hue desejasse# 8le pediu Hue !udo aHuilo Hue !ocasse fosse !rasformado em ouro# uado seguia seu camihoF ele !ocouF = guisa de e/peri6ciaF um ramo de car*alhoF Hue se !rasformou imedia!ame!e em ouroI ele !omou de uma pedraF Hue !amb&m *irou ouroI uma maçã era uma pepi!a de ouro em suas mãos# 8m 6/!aseF ele ordeou Hue se preparasse uma mag0fica fes!a para celebrar o milagre# $asF Huado se se!ou e p;s os dedos sobre o assadoF es!e !rasmu!ou?seI ao co!a!o dos seus lábiosF o *iho !ora*a?se ouro l0Huido# 8 Huado sua filhihaF a Huem ama*a sobre !odas as coisas a !erraF *eio cosolá?lo em sua mis&riaF foi !rasformadaF o mome!o em Hue o abraçouF uma bela es!á!ua de ouro# A agoia da ul!rapassagem das limi!açMes pessoais & a agoia do crescime!o espiri!ual# A ar!eF a li!era!uraF o mi!oF o cul!oF a filosofia e as disciplias asc&!icas são is!rume!os des!iados a au/iliar o idi*0duo a ul!rapassar os hori>o!es Hue o limi!am e a alcaçar esferas de percepção em permae!e crescime!o# 8Hua!o ele cru>a limiar após limiarF e coHuis!a dragão após dragãoF aume!a a es!a!ura da di*idade Hue ele co*ocaF em seu desejo mais e/al!adoF a!& subsumir !odo o cosmo# Por fimF a me!e Huebra a esfera limi!adora do cosmo e alca alcaç çaa uma uma perc percep epçã çãoo Hue Hue !ras !rasce ced dee !oda !odass as e/pe e/peri ri6 6ci cias as da form formaa Q !odo !odoss os simbolismosF !odas as di*idades: a percepção do *a>io ielu!á*el# Assim & HueF Huado .a!e !ermiou a 7l!ima e!apa de sua jorada espiri!ualF e chegou dia!e da *isão simbólica 7l!ima do .eus TrioF a Abóbada Celes!ialF ele !e*e mais uma ilumiação a e/perime!arF uma ilumiação Hue ul!rapassa*a a!& mesmo as formas do PaiF do ilho e do 8sp0ri!o Sa!o# GerardoGF escre*e eleF Gacea*a?meF com um sorrisoF para Hue eu le*a!asse os olhosI mas eu já me eco!ra*aF por miha própria iicia!i*aF esse a!oI pois miha *is!aF depuradaF pee!ra*a cada *e> mais os raios da ,u> Al!0ssimaF Hue por si mesma e/is!eF *erdadeira# A par!ir daHuele is!a!eF miha *isão era superior =s possibilidades de descrição da *o> humaa e ao poder de rememoraçãoF !al a magi!ude do Hue me era mos!rado#G"5D GAliF em o olhoF olhoF em a falaF em a me!eF me!eF alcaça: alcaça: ão O coh cohecem ecemosF osF em pode podemos mos sabe saberr como como esi esiá á?,o ?,o## V )sso )sso dife difere re! !ee de !odo !odo o coh cohec ecid idoF oF e es!á es!á al&m al&m do próp própri rioo "5E descohecido#G 8is a mais al!a e 7l!ima crucificaçãoF ão apeas do heróiF como !amb&m do seu deus# AHuiF !a!o o Pai como o ilho são aiHuilados Q como persoalidades?máscaras colocadas o iomeado# Pois assim como os produ!os irreais de um soho deri*am da eergia *i!al do sohadorF represe!ado apeas fluidas di*isMes e comple/idades de uma 7ica forçaF assim !amb&m !odas as formas de !odos os mudosF Huer !erres!res ou di*iosF refle!em a forma ui*ersal de um 7ico mis!&rio iescru!á*el: a força Hue cos!rói o á!omo e co!rola a órbi!a das es!relas# 8ssa fo!e de *ida cos!i!ui o 7cleo do idi*0duoF e es!e a eco!rará de!ro de si mesmo Q se puder re!irar as camadas Hue a recobrem# A di*idade paga germica Odi Ko!aL deu um olho para perscru!ar o *&u da lu> e ob!er o cohecime!o dessas ifii!as !re*asF e depois passouF em !roca delaF pela pai/ão de uma crucificação: G,embro?me de Hue fiHuei pregado a uma ár*ore Xassal!ada pelo *e!oF Ali fiHuei por o*e oi!es i!eirasI Com a laça fui feridoF e fui oferecido a OdiF eu mesmo a mim mesmo# 2a ár*ore de Hue igu&m jamais pode cohecer As ra0>es Hue por bai/o a sus!emG "5Z# A *i!ória do uda sob a r*ore o & o e/emplo orie!al clássico dessa façaha# Com a espada da me!eF ele rompeu a bolha do ui*erso Q e es!e se !rasformou em ada# Todo o mudo da e/peri6cia a!uralF assim como os co!ie!esF c&us e iferos da creça religiosa
!radicioalF e/plodiram Q ju!ame!e com os deuses e dem;ios Hue os habi!a*am# $as o milagre dos milagres residiu o fa!o de HueF embora !udo e/plodisseF !udo foiF ão obs!a!eF reo*ado pela própria e/plosãoF re*i*ificado e !orado glorioso com o fulgor do *erdadeiro ser# 2a realidadeF os deuses dos c&us redimidos ele*aram suas *o>es uma harmoiosa aclamação do homem?heróiF Hue ha*ia pee!rado o Hue se acha al&m delesF o *a>io Hue cos!i!ui sua *ida e fo!e: G$as!ros e es!adar!es erigidos a e/!remidade les!e do mudo fi>eram suas flmulas alcaçar a e/!remidade oes!e do mudoI da mesma formaF os Hue foram erigidos a e/!remidade oes!e alcaçaram a e/!remidade les!eI os erigidos a e/!remidade or!e alcaçaram a e/!remidade sul e os des!a alcaçaram os daHuelaI e os erigidos ao 0*el da !erra se es!ederam a!& alcaçar o mudo de rahmaF assim como os do mudo de rahma alcaçara alcaçaram m o 0*el da !erra# !erra# Pelos de> mil mudosF mudosF as ár*ores ár*ores floridas bro!aramI bro!aramI as ár*ores fru!0feras se icliaram sob o peso dos seus fru!osI ló!us de !roco cresceram os !rocos das ár*oresF ló!us de ramo os ramos das ár*oresF ló!us de parreira as parreirasF ló!us pede!es bro!aram o c&u e ló!us de has!e emergiram por e!re as rochas rochas e bro!aram em grupos de se!e# O sis!ema dos de> mil mudos era como um buHu6 de flores rodopiado o arF ou como um grosso !ape!e de floresI os espaços i!ermudaos dos iferos de oi!o mil l&guas de larguraF Hue em mesmo a lu> dos se!e sóis ha*ia coseguido a!& e!ão ilumiarF foram iudados de lu>I os oceaos de oi!e!a e Hua!ro mil l&guas de profudidade !oraram?se doces ao paladarI os rios i!erromperam seu cursoI os cegos de asceça adHuiriram *isãoI os surdos de asceça adHuiriram audiçãoI os aleijados de asceça adHuiriram o uso dos membrosI e os grilhMes e algemas dos ca!i*os se Huebraram e ca0ramG "D[# Parte I :otas ao a$tu*o II !%A$u*eio, O aso de ouro (edição /odem i0rary, $$% !?!'!&!)% %nud 1em, esr0*else o*er imares ,apperF o$enhague, !-#-, $$% &-'&-% Para uma tradução tradução ing*esa, 3eMa'se John Pin7erton, Pin7erton, A geeral collec!io of !he bes! ad mos! i!eres!ig *oNages ad !ra*eis i ali par!s of !he ]orldF ondres, !R, 3o*% I, $$% $$% &--'&-% ?%As ?% As mu*heres $odem não conseguir conseguir *oca*iCar *oca*iCar o amã no a*.m, circunst[nci circunst[nciaa na 8ua* seu es$rito es$rito $ode 6racassar em retornar ao cor$o% A*ternati3ame A*ternati3amente, nte, o es$rito es$rito errante de um amã inimigo $ode engaM;'*o numa 0ata*ha ou 6aC1'*o $erder o rumo% iCem ter ha3ido muitos amãs 8ue não conseguiram retornar% (E% J% Sessen, Afhadlig om de 2orse iers og ,appers edese -eligioF $% -eligioF $% ?!% Essa o0ra acha'se acha'se inc*uda no 3o*ume de 1em, op# ci!#F como a$1ndice com $aginação inde$endente%) &%@no %@no Har3a, .ie .ie reli religi giMs Mse e 9o 9ors rs!e !ell llu ugg der der al!a al!ais isch che e 9M 9Ml ler er (Fo*7* (Fo*7*ore ore Fe**o5 Fe**o5ss ommun ommunica icatio tions, ns, n%2 ! !), ), He*sin He*sin8ue 8ue,, !"? !"?, , $$% '"B '"B segue segue G% :% Potani Potanin, n, Oceri se*ero?>apodoN se*ero?>apodoN $ogoliiF São Peters0urgo, !!, 3o*% IQ, $$% #&'#% %G.Ca %G.Ca N>heim, The orig origi i ad fuc fuc!i !ioo of cul!u ul!ure re (:er3 (:er3ou ouss and and /ent /enta* a* isea isease se /onogra$hs, n%2 #"), #"), $$% ?'?"% #% )bid#F $% )bid#F $% ?% -% )bid#F $% )bid#F $% !% %@nderhi**, op# cit., parte II, ca$tu*o III% om$are'se su$ra, $% "#, nota nota ?% "%Ki*he "% Ki*he*m *m Ste7e*, or!schri!!e ud Techi der Traumdeu!ugF Traumdeu!ugF $% !&% !R% S]ed S]ede ebo borg rgss .rMm .rMmma marF rF !-!--&, &, 2Jemte 2Jemte and andra ra han hanss antec7n antec7ning ingar ar e6ter e6ter origin origina*' a*' hands7ri6ter medde*ade a6 G% E% *emming2, Estoco*mo, !", citado em IgnaC JeCo5er, .as uch der TráumeF 4er*im, TráumeF 4er*im, Ernst No5oh*t Qer*ag, !", !", $% "-% coment;rio coment;rio 6eito $e*o $r>$rio $r>$rio S5eden0org S5eden0org 6oi+ 2rag
!% P*utarco, Tem0s!oclesF #B JeCo5er, op# ci!#F $% ci!#F $% !% !?% Ste7e*, or!schri!!eF $% or!schri!!eF $% !R% !&% )bid#F $% )bid#F $% !?% !% )bid#F $% )bid#F $% &% !#% )bid#F $% )bid#F $% R% !-% )bid#F $% )bid#F $% !#% !% )bid#F $% )bid#F $% &% !"% )bid#F $% )bid#F $% !"% R% )bid#F $% )bid#F $% !% !% Ste7e*, .ie Sprache des TraumesF $% TraumesF $% RR% 2:atura*mente2, escre3e o dr% Ste7e*, 2 ]estar morto(a)] morto(a)] signi6ica, signi6ica, a8ui, ]estar 3i3o(a)]% 3i3o(a)]% E*a $assa a 3i3er e o guarda ]3i3e] com e*a% E*es morrem Muntos% Isso *ança uma c*ara *uC so0re a 6antasia $o$u*ar do du$*o suicdio%2 e3e'se o0ser3ar, igua*mente, 8ue esse sonho inc*ui a 0em conhecida imagem mito*>gica uni3ersa* da $onte $onte de es$ad es$adaa (o 6io da na3a* na3a*ha ha,, supr supraF aF $% "), 8ue a$arece no romance em 8ue ance*ote resgata a rainha Guine3ere do caste*o do rei /orte (3eMa'se Heinrich `immer, The ig ad !he corpseF editado $or Jose$h am$0e**, :o3a Lor7, s.rie 4o**ingen, !"&, $$% !-!'-B 3eMa'se tam0.m % % oomaras5a'my, 2The $eri*ous 0ridge o6 5e*6are2, ar*ard Joural of Asia!ic S!udiesF % % Ste7e*, .ie SpracheF $% SpracheF $% -% ?% )bid#F $% )bid#F $% #% &% &% 2 $ro $ro0* 0*em emaa não não . no3o no3o2, 2, escr escre3 e3ee o dr% dr% % G% G% Jung Jung,, 2$oi 2$oiss em toda todass as .$o .$oca cass 8ue 8ue nos nos $recederam acredita3a'se em deuses, de uma ou de outra 6orma% A$enas um em$o0recimento sem $recedentes do sim0o*ismo nos $oderia dar condiçs, o es$aço c>smico dos materia*istas, e o di3ino em$reo, uma grata *em0rança de coisas 8ue um dia eistiram% /as ]o coração $a*$ita] $a*$ita] e uma in8uietação se insta*a nas raCes do nosso nosso ser%2 2Archety$es and the co**ecti3e unconscious2, ed% cit%, $ar;gra6o R% % orão, +!&% #% S% :% :% ramer, Sumeria Sumeria mN!hologN mN!hologNFF American Phi*oso$hica* Society /emoirs, 3o*% XXI, Fi*ad.*6ia, !"&&, $$% #'"?% A mito*ogia da Sum.ria . es$ecia*mente im$ortante $ara n>s ocidentais, tendo em 3ista ter sido e*a a 6onte das tradiç
mãe em nosso monotesmo monotesmo Mudaico'cristã Mudaico'cristãoY oY $roduCiu, $roduCiu, em 3irtude 3irtude dessa associação, associação, uma tend1ncia a adotar uma atitude de descon6iança, des$reCo, desgosto ou hosti*idade com re*ação re*ação ao cor$o humano, humano, Terra e a todo o uni3erso uni3erso materia*, com uma corres$onden corres$ondente te tend1ncia a ea*tar e a acentuar ecessi3amente os e*ementos de cunho es$iritua*, seMa no homem ou no es8uema gera* das coisas% Parece muito $ro3;3e* 8ue grande $arte das tend1ncias de car;ter idea*ista mais $ronunciado no cam$o da 6i*oso6ia $ossa de3er muito de sua atração, em muitas mentes, a uma su0*imação dessa reação contra a mãe, ao $asso 8ue as 6ormas mais dogm;ticas e estreitas de materia*ismo ta*3eC $ossam re$resentar, $or sua 3eC, um retorno dos sentimentos re$rimidos origina*mente 3incu*ados mãe%2 K)bid#F $% K)bid#F $% !&, nota %) ?%s escritos sagrados (Shastras) do hindusmo estão di3ididos em 8uatro c*asses+ !) Shruti, considerados como re3e*ação di3ina diretaB inc*ui os 8uatro Qedas (antigos *i3ros de sa*mos) e a*guns @$aniades (antigos *i3ros de 6i*oso6ia)B ) Smriti, 8ue inc*ui os ensina ensinamen mentos tos tradic tradicion ionais ais dos dos s;0ios s;0ios ortodo ortodoos os,, instru instruçgicas mito*>gicas e .$ic .$icas as hind hindus us $or $or ece ece*1 *1nc ncia iaBB trat tratam am do conh conhec ecim imen ento to teo* teo*>g >gic ico, o, astr astron onVm Vmic ico, o, cosmogVnic cosmogVnicoo e 6sicoB 6sicoB e &) Tantra, tetos 8ue descre3em t.cnicas t.cnicas e rituais rituais de adoração adoração de di3indades, assim como do [tingimento [tingimento da 6orça su$ernorma*% Entre os Tantras, h; um gru$o gru$o $articu*armente im$ortante de escrituras (chamadas Agamas), as 8uais, segundo se su$ias tem como 0ase Sir John Koodro66e, Koodro66e, Sha!i ad Sha!aF ondres e /adras, !"", $% ?" e em Heinrich `immer, $N!hs ad sNmbols i )dia ar! ad 4o**ingen, !" !",, $$% !"-'!!% !"-'!!% Para ci*ili>a!ioF ed% $or Jose$h am$0e**, :o3a Lor7, s.rie 4o**ingen, uma i*ustração da i*ha mstica, 3eMa'se `immer, 6igura ##% ??%Th ??%Thee gosp gospel el of Sri Sri -ama -amar ris ish haF aF trad traduç ução ão $ara $ara o ing* ing*1s 1s e intr introd oduç ução ão de S5 S5am amii :i7hi*ananda, :o3a Lor7, Lor7, !"&, $% Z# ?&%)bid#F ?&%)bid#F $$% $$% !'% ?%Standish H% R]Grady, Sil*a @adelica @adelicaFF ondres, Ki**iams and :orgate, !", 3o*% II, $$% ?-R'?-% Podem ser encontradas 3ers
&% otton /ather, oders of !he i*isible ]orldF 4oston, !#"?, $% #?% % Jonathan Ed5ards, Siers i !he hads of a agrN @odF 4oston, !-&% Q Gra3ura IX% sim0o*ismo dessa e*o8Dente imagem 6oi 0em e$*icado $or Ananda % oomaras5amy, The dace of Si*aF :o3a Lor7, !"!-, $$% #'##, e $or Heinrich `immer, $N!hs ad sNmbolsF op# ci!#F $$% !!'!-% Em resumo+ a mão direita estendida traC o tam0or, cuMa 0atida . o $assar do tem$o, sendo o tem$o o $rimeiro $rinc$io da criaçãoB a mão es8uerda estendida $orta a chama, 8ue . a chama da destruição do mundo criadoB a segunda mão direita . mantida no gesto 2:ão temas2, ao $asso 8ue a segunda mão direita, 8ue a$onta $ara o $. es8uerdo *e3antado, mant.m'se numa $osição 8ue sim0o*iCa o 2e*e6ante2 (o e*e6ante . 2a8ue*e 8ue a0re o caminho $e*a se*3a do mundo2, isto ., o guia di3ino)B o $. direito est; $*antado so0re as costas de um anão, o demVnio 2:ão'Sa0er2, 8ue signi6ica a $assagem das a*mas de eus $ara a mat.riaB mas o es8uerdo est; *e3antado, mostrando a *i0ertação da a*ma+ o es8uerdo . o $. $ara o 8ua* a 2mão'e*e6ante2 a$onta e d; a raCão $ara a garantia e$ressa em 2:ão temas2% A ca0eça do eus . e8ui*i0rada, serena e im>3e*, em meio ao dinamismo da criação e da destruição, sim0o*iCado $e*os 0raços osci*antes e $e*o ritmo do ca*canhar direito, 8ue . 0atido *entatamente% Isso signi6ica 8ue, no centro, tudo . im>3e*% 0rinco da ore*ha direita de Xi3a . de homemB o da es8uerda, de mu*her Q $ois o eus inc*ui e u*tra$assa os $ares de o$ostos% A e$ressão 6acia* de Xi3a não 1 de tristeCa nem de a*egria, mas o rosto do /o3edor Imo3ido, 8ue se acha a*.m e, no entanto, dentro dos $raCeres e dores do mundo% As mechas desordenadamente distri0udas re$resentam os ca0e*os h; muito não cuidados do *ogue Indiano, ora 3oando na dança da 3idaB $ois a $resença conhecida nas a*egrias e tristeCas da 3ida, assim como a8ue*a encontrada $or meio da meditação $ro6unda, são a$enas as$ectos do mesmo Ser'onsci1ncia'41nção uni3ersa* e não'dua*% Xi3a traC ser$entes 3i3as como 0race*etes, $u*seiras, an.is de tornoCe*o e co*ar 0ram[nico% co*ar 0ram[nico 1 um co*ar de a*godão usado $e*os mem0ros das tr1s castas su$eriores (os chamados nascidos de no3o) da ndia% E*e 1 co*ocado em torno da ca0eça e do 0raço direito, de modo 8ue re$ousa so0re o 0raço es8uerdo e cruCa o cor$o (o $eito e as costas) na direção do 8uadri* direito% Isso sim0o*iCa o segundo nascimento dos nascidos de no3o, re$resentando o $r>$rio co*ar o *imiar ou $orta do so*, de modo 8ue os nascidos de no3o 3i3em, a um s> tem$o, na tem$ora*idade e na eternidade%Y Isso signi6ica 8ue Xi3a 1 em0e*eCado $e*o Poder da Ser$ente Q a misteriosa Energia riati3a de eus, 8ue . a causa materia* e 6orma* de sua $r>$ria automani6estação no uni3erso Q com todos os seus seres e como o uni3erso% Pode ha3er, nos ca0e*os de Xi3a, um cr[nio, sm0o*o da morte, o ornamento da testa do Senhor da estruição, assim como uma *ua crescente, sm0o*o do nascimento e do crescimento, 8ue constituem suas demais d;di3as concedidas ao mundo% H; em seus ca0e*os, a*.m disso, uma 6*or de datura maçã es$inhosaY com cuMa $*anta . $re$arado um intoicante (com$are'se com o 3inho de ioniso e da missa)% @ma $e8uena imagem da deusa Ganges est; ocu*ta em suas mechasB $ois e*e . a8ue*e 8ue rece0e em sua ca0eça o im$acto da descida da di3ina Ganges do c.u, $ermitindo 8ue as ;guas doadoras de 3ida e de sa*3ação 6*uam sua3emente $ara a terra, a 6im de e6etuarem a reanimação 6sica e es$iritua* da humanidade% A $ostura de dança do eus $ode ser 3isua*iCada como a s*a0a sim0>*ica AU$F gjf ou g$, 8ue . o e8ui3a*ente 3er0a* dos 8uatro estados de consci1ncia e dos seus cam$os de e$eri1ncia% (A+ consci1ncia 3gi*B @+ consci1ncia onricaB /+ sono sem sonhos% si*1ncio em torno da s*a0a sagrada . o Imani6esto Transcendente% Qara uma discussão dessa s*a0a, c6% ifraF $$% #!'#, e nota !#, $% #%) Assim sendo, o eus se encontra tanto dentro como 6ora do adorador% Essa 6igura i*ustra a 6unção e o 3a*or de um do*o e mostra $or 8ue não h; necessidade de *ongos serm$rio ritmo% Ademais, assim como o deus usa $u*seiras e an.is de tornoCe*o, assim tam0.m o 6aC o de3otoB e esses e*ementos signi6icam a8ui*o 8ue o deus
signi6ica% São 6eitos de ouro, em 3eC de ser$entes, sim0o*iCando o ouro (o meta* 8ue não so6re corrosão) a imorta*idade, isto ., a imorta*idade . a misteriosa energia criadora de eus, 8ue . a 0e*eCa do cor$o% /uitos outros deta*hes da 3ida e dos costumes *ocais são igua*mente du$*icados, inter$retados e, $ortanto, 3a*idados nos deta*hes dos do*os antro$om>r6icos% essa maneira, todos os as$ectos da 3ida tornam'se su$ortes da meditação% Qi3e'se em meio a um sermão si*encioso o tem$o inteiro% XSN (Muntamente) !oos (tensão) ia estar em tensão comY% esdo0rado, em ing*1s, como a! oe me!F e8ui3a*ente a 2ação ou estado de tornar'se um, de 6ormar unidade (com a*guma coisa)2% (:% do T%) &-%u 2interego2 (3eMa'se supraF $% "", nota &)% &%om$arem'se os numerosos $ort*icas, 8ue re$resentam as 8uatro direç$rio Pai, sim0o*iCa o entro% s Her>is G1meos são testados com re6er1ncia aos sm0o*os das 8uatro direça!ioF :o3a Lor7 e ondres, Har$er and 4rothers, !"?-, $$% #R'% #%2 $ai isto ., o circuncidadorY . a8ue*e 8ue separa a criança da mãe2, escre3e o dr% N>heim, 2Netira'se do garoto, na rea*idade, a mãe% %% A g*ande, dentro do $re$Zcio, . a criança dentro da mãe%2 (G.Ca N>heim, The e!eral oesF $$% -'-?%) interessante o0ser3ar a $erman1ncia, at. os nossos dias, do ritua* da circuncisão nos cu*tos he0raico e maometano, nos 8uais o e*emento 6eminino 6oi escru$u*osamente $urgado da mito*ogia o6icia*, estritamente monoteista% 2eus não $erdoa o $ecado de reunir outros deuses a E*e2, *emos no orão% 2s Pagãos, a0andonando A*;, in3ocam di3indades 6emininas%2 (orão, &+!!#, !!-%) -%Sir 4a*d5in S$encer e F% J% Gi**en, The Aru!aF ondres, /acmi**anand o%, !"-, 3o*% I, $$% R!'R?% %N>heim, op# ci!#F $$% &" ss% "%)bid#F $% -% #R%)bid#F $% -, citando N% e % 4erndt, 2A $re*iminary re$ort o6 6ie*d 5or7 in the o*dea region, Kestern South Austr;*ia2, OceaiaF 00 (!"&), $% ??% #!%N>heim, The e!eral oesF $$% -', citando % 4ates, The passig of !he AborigiesF !"?", $$% &!'&?% #%N>heim, op# ci!#F $% ?!% #?%N% H% /athe5s, 2The Ka**oonggura ceremony2, ueeslad @eographical JouralF :% S%, XQ (!""'!"RR), $% ]-RB citado $or N>heim, The e!eral oesF $% ?% #&%:o caso registrado, dois dos garotos *e3antaram os o*hos 8uando não se es$era3a 8ue o 6iCessem% 2Então, os 3e*hos a3ançaram, cada um de*es com uma 6aca de $edra na mão% ançando'se so0re os dois garotos, a0rira'*hes as 3eias% sangue Morrou e os outros homens e*e3aram um grito de morte% s garotos tom0aram% s 3e*hos ]irreeus (curandeiros), mergu*hando suas 6acas de $edra no sangue, tocaram com e*as os *;0ios de todos os
$resentes%% % s cor$os das 3timas do 4oorah 6oram coCidos% ada homem 8ue ha3ia $artici$ado de cinco 4oorahs comeu um $edaço da carneB a ningu.m mais isso 6oi $ermitido%2 (% ang*oh Par7er, The 8uahlaNi !ribeF !"R, $$% -'-?B citado em N>heim, The e!eral oesF $% ?%) #% Para uma sur$reendente re3e*ação da so0re3i31ncia, na /e*an.sia contem$or[nea, de um sistema sim0>*ico essencia*mente id1ntico ao do 2com$*eo *a0irntico2 eg$cio' 0a0i*Vnico e iroiano'cretense do segundo mi*1nio a% , c6% John ayard, S!oe me oi $aleulaF ondres, hatto and Kindus, !"&% K F% J% inght, no seu Cumaeaga!esF 6ord, !"?#, discutiu a e3idente re*ação entre a 2Mornada da a*ma ao mundo in6erior2, dos ma*e7u*a, com a descida c*;ssica de En.ias e do 0a0i*Vnico Gi*gam.s% K% J% Perry, The Childre of !he SuF E% P% utton and o%, !"?, Mu*ga3a $oder reconhecer e3id1ncias dessa continuidade do Egito Sum.ria, $assando $e*a ;rea da ceania e a*cançando a Am.rica do :orte% /uitos estudiosos assina*aram a estreita corres$ond1ncia entre os deta*hes dos rituais de iniciação gregos c*;ssicos e autra*ianos $rimiti3os, $rinci$a*mente Jane Harrison, ThemisF a s!udN of !he social origis of @ree religioF %2 ed% re3isada, am0ridge @ni3ersity Press, !"-% Ainda restam dZ3idas em torno dos meios e das eras $e*os 8uais se disseminaram os $adrgicos das 3;rias ci3i*iCaç*ogos re$resentam desen3o*3imentos aut>ctones% São, antes, ada$taç, &R+-'!&% R% )bid#F &+'#% !% )bid#F &+!#'!-% % eon Stein, 2Hassidic music2, The Chicago Je]ish órumF 3o*% II, n%O ! (outono, !"&?), $% !#% ?% 0udismo Hinaiana (8ue so0re3i3e no ei*ão, em 4irm[nia e na Tai*[ndia) re3erencia 4uda como um her>i humano, um santo e s;0io em grau su$remo% 0udismo
/ahaiana, (o 0udismo do norte), $or sua 3eC, considera o I*uminado como um sa*3ador do mundo, como uma encarnação do $rinc$io uni3ersa* da i*uminação% @m 4odisat3a . uma $ersonagem 8ue atingiu o $onto do 0udado+ segundo a conce$ção Hinaiana, um ade$to 8ue se tornar; um 4uda numa reencarnação su0se8DenteB de acordo com a conce$ção /ahaiana (como o demonstrarão os $r>imos $ar;gra6os), uma es$.cie de sa*3ador do mundo, 8ue re$resenta, em es$ecia*, o $rinc$io uni3ersa* da com$aião% A $a*a3ra bodhisa!!*a (do s[nscrito) signi6ica 2a8ue*e cuMo ser ou ess1ncia . a i*uminação2% 0udismo /ahaiana desen3o*3eu um $anteão de muitos 4odisat3as e 4udas $assados e 6uturos% Todos e*es ei0em as 6orças mani6estas do transcendenteB a$enas um Znico, o Adi' 4uddha (4uda Primai) (com$are'se a nota !, $% !RR, supraLF 8ue 1 a mais e*e3ada 6onte conce0i3e* e o *imite Z*timo de todo ser, 3i3e imerso no 3aCio do não'ser, ta* como uma 0o*a $rodigiosa% &% Proja?Parami!a?+ridaNa?Su!raI Sacred 4oo7s o6 the East, 3o*% XIX, $arte II, $% !&B 3er tam0.m $% !&% % 9ajracchedia (2The iamond utter2), !-B ibid#F $% !?&% #% Ami!aNur?.hNaa Su!raF !"B ibid#F $$% !'!?% -% agF o $rinc$io c*aro ati3o e mascu*ino, e NiF o $rinc$io escuro, $assi3o e 6eminino, su0MaCem e constituem, em sua interação, todo o mundo das 6ormas (2as deC mi* coisas2)% E*es 31m do Tao e, conMuntamente, 6ormam o Tao+ a 6onte e *ei da eist1ncia% 2Tao2 signi6ica 2estrada2 ou 2caminho2% Tao . o caminho ou curso da natureCa, do destino, da ordem c>smicaB o A0so*uto mani6esto% Tao ., $ortanto, 23erdade2, 2conduta reta2% ag e NiF Muntos, como o Tao, são re$resentados $e*o sm0o*o+ j % Tao su0MaC ao cosmo% Tao ha0ita toda a criação% tr %2Para os homens sou HermesB $ara as mu*heres, a$areço como A6rodite+ trago os em0*emas de am0os os meus $ais%2 KA!hologia @raeca ad fidem códicesF 3o*% II%) 2@ma $arte de*e . do seu $ai, tudo o mais 3em de sua mãe%2 (/artia*, 8pigramsF &, !-&B oe0 i0rary, 3o*% II, $% R!%) re*ato o3idiano de Herma6rodito est; nas $e!amorfosesF IQ, ss% /uitas imagens c*;ssicas de Herma6rodito chegaram at. n>s% QeMa'se Hugh Ham$ton Loung, @ei!al abormali!iesF hermaphrodi!ismF ad rela!ed adreal diseasesF 4a*timore, Ki**iams and Ki*7ins, !"?-, ca$tu*o I 2Herma$hroditism in *iterature and art2% "%Sim$>sio% "R%G1nesis, !+-% "!%$idrashF coment;rio so0re o G1nesis, Na00ah +!% "%SupraF $% "% "?%)fraF $$% -'R% "&%om$are'se James Joyce+ 2:a economia do c.u% % % M; não h; casamentos, homem g*ori6icado, sendo um anMo andr>gino es$osa de si mesma%2 KUlNssesF edição /odem i0rary, $% !R%) "%S>6oc*es, Vdipo rei# QeMa'se tam0.m 3dio, $e!amorfosesF III, ?& ss%, !! e !#% Para outros eem$*os do herma6rodita como sacerdote, deus ou 3idente, 3eMa'se Her>doto, &, #(edição Na5*inson, 3o*% III, $$% '&-)B Teo6rasto, Carac!eresF !#, !R'!!B e k% Pin7erton, 9oNage ad !ra*eisF ca$tu*o , $% &-B 2A ne5 account o6 the EastIndies2, de A*eander Hami*ton% itados $or Loung, op# ci!#F $$% e "% "#%QeMa'se `immer, $N!hs ad sNmbolsF 6igura -R% "-%QeMa'se a gra3ura X% "%QeMa'se 4% S$encer e F% J% Gi**en, 2a!i*e !ribes of Ce!ral Aus!ráliaF ondres, !"", $% #?B N>heim, The e!eral oesF $$% !#&'!#% A su0incisão $roduC arti6icia*mente uma hi$os$adia 8ue se asseme*ha a$resentada $or uma certa c*asse de herma6roditas% (QeMa'se o retrato do herma6rodita /arie Ang1, i Loung, op# ci!#F $% R%) ""%N>heim, The e!eral oes of !he dreamF $% "&%
!RR% )bid#F $$% !'!"% !R!% om$are'se a seguinte 3isão do 4odisat3a arma7ara+ 2Saiu de sua 0oca um cheiro doce e mais 8ue ce*este de s[nda*o% e todos os 6ios dos seus ca0e*os se e*e3ou o odor de *>tus e e*e era agrad;3e* $ara todos, gracioso e 0e*o, dotado da inteireCa da mais $er6eita cor 0ri*hante% Assim como seu cor$o se acha3a adornado $or todos os 0ons sinais e marcas, saam'*he dos 6ios dos ca0e*os e das $a*mas das mãos todo ti$o de ornamento $recioso, so0 a 6orma de todas as es$.cies de 6*ores, incenso, 6ragr[ncias, guir*andas, ungDentos, som0rinhas, 0andeiras e estandartes, assim como so0 a 6orma de todo ti$o de mZsica instrumenta*% 4a mesma 6orma, surgiu, a $artir das $a*mas de suas mãos, todo ti$o de carne e 0e0ida, a*imentos consistentes e tenros e gu*oseimas, assim como todo ti$o de di3ertimento e $raCer2% KThe ,arger Suha*a!i?9NuhaF !RB Sacred 4oo7s o6 the East, 3o*% XIX, $arte II, $$% #'-%) !R% N>heim, arF crimeF ad !he co*ea!F $% -% !R?% )bid#F $$% &'#% !R&% Samue* I, !-+#% !R% orão, &+!R&% !R#% 2 >dio Mamais . 3encido $e*o >dio% >dio s> se etingue com o amorB esta . uma *ei eterna%2 (o .hammapada aminho da eiY 0udista, !+B 2Sacred 0oo7s o6 the East2, 3o*% X, $arte I, $% B tradução de /a /D**er%) Pu0*icado no 4rasi* $e*a Editora Pensamento%Y !R-% ucas, #+-'?#% om$are'se a seguinte carta cristã+ 2:o Ano de :osso Senhor de !# Ao res$eit;3e* e amado, sr% John Higginson+ H; agora no mar um na3io chamado elcomeF 8ue tem a 0ordo cem ou mais her.ticos e ma*ignos chamados Wua7ers, tendo K% Penn, o $rinci$a* $ati6e, sua 6rente% genera* ourt, diante disso, deu sagradas ordens ao mestre /a*achi Huscott, do 0rigue PorpoiseF $ara interce$tar o dito elcome o mais $r>imo $oss3e* do ca0o de od e 6aCer cati3o o dito Penn e sua tri$u*ação ama*diçoada, de modo 8ue o Senhor $ossa ser g*ori6icado, e não se torne o0Meto de mo6a, no so*o desse no3o $ais, com o ma*dito cu*to dessas $essoas, /uito se $ode o0ter $or meio da 3enda de todo o *ote a 4ar0ados, onde escra3os a*cançam 0ons $reços em rum e açZcar% Assim, não s> 6aCemos um grande 0em ao Senhor, ao $unir os in8uos, como tam0.m 0ene6iciamos Seu /inist.rio e seu $o3o% Seu no ntimo de risto, COTTO2 $AT8-#G (Ne$roduCida $e*o $ro6essor No0ert Phi**i$s, America go*erme! ad i!s problemsF Houghton /i66*in om$any, !"&!, e $e*o dr% ar* /enninger, ,o*e agais! ha!eF Harcourt, 4race and om$any, !"&, $% !!%) !R% /ateus, +?-'&RB /arcos, !+'?&B ucas, !R+'?-% onta'se tam0.m 8ue Jesus instruiu seus a$>sto*os a 2ensinar a todas as naç*icos $or 3eCes $ossam ser *e3ados a conci*iar, em 0ases am$*as, suas di6erenças te>ricas, sem$re 8ue começam a descre3er as normas e regu*amentos $or meio dos 8uais a 3ida eterna de3e ser a*cançada, essas di6erenças assumem um car;ter irreconci*i;3e*% 2At. chegar a esse $onto, o $rograma . im$ec;3e*2, escre3e o dr% /enninger% 2/as se ningu.m sou 0er ao certo 8uais são as normas e regu*amentos, a coisa toda se tornaa0surda%2 A r.$*ica a isso, com e6eito, . a 8ue d; Nama7rishna+ 2eus 6eC di6erentes re*igi$rio
eus% :a 3erdade, $ode'se a*cançar eus se se seguir 8ua*8uer das sendas com uma de3oção 8ue 3enha do mais $ro6undo do coração%%% Podemos comer um 0o*o com co0ertura numa ou noutra $osição% Seu doce sa0or sem$re 3ai ser o mesmo2 KThe gospel of Sri -amarishaF :o3a Lor7, !"&!, $% "%) Qer, da Editora Pensamento, 8*agelho de -amarishaF de S5ami A0hedo'nando%Y !!R% /ateus, -+!% !!!% 2omo hordas de sa*teadores 8ue es$reitam a*gu.m, assim . a com$anhia dos sacerdotes 8ue matam no caminho aos 8ue 3ão de S8uem%%% om sua ma*cia, agradam ao rei, e com suas mentiras, aos $rnci$es%2 (s.ias, #+"B -+?%) !!% :ão menciono o Is*ã $or8ue a*i a doutrina tam0.m . $regada em termos de guerra santa e, $ortanto, o0scurecida% $or certo 3er dade 8ue, *ã como c;, muitos com$reenderam 8ue o cam$o de 0ata*ha rea* não . de cun0o geogr;6ico, mas $sico*>gico (com$are'se Numi, $a!ha]iF %+ 2 8ue . ]deca$itar]b errotar a a*ma carna* na guerra santa2)B não o0stante, a e$ressão $o$u*ar e ortodoa das doutrinas maometana e cristã tem sido tão 6eroC, 8ue cum$re 6aCer uma *eitura 0astante so6isticada $ara discernir, em am0as as missria 0iogr;6ica de JetsDn'/i*are$a, segundo o re*ato em ing*1s do *ama aCi a5a'Samdu$, editado $or K% L% E3ans'KentC, Tibe!Ws grea! Nogi $ilarepaF 6ord @ni3ersity Press, !", $% % X$ilarepa Q is!ória de um Nogi !ibe!aoF Editora Pensamento%Y !!&% )bid#F $% -?% 2QaCio de Todas as oisas2 (s[nscrito, sunyata, 23;cuo2) re6ere'se, de um *ado, natureCa i*us>ria do mundo 6enom1nico e, de outro, im$ro$riedade 8ue en3o*3e a atri0uição, ao Im$erec3e*, das 8ua*idades 8ue $odemos conhecer a $artir da nossa e$eri1ncia no mundo 6enom1nico% 2:a e*este Nadi[ncia do QaCio, :ão h; som0ra de coisa ou conceito, /as E*e $ermeia todos os o0Metos do conhecimentoB 0edi1ncia ao QaCio Imut;3e*%2 (2Hymn o6 /i*are$a in $raise o6 his teacher2, ibid#F $% !?-%) !!% A*aloi!a (s[nscrito) l 2o*har $ara 0aio2, mas tam0.m 23isto2B is*ara 2Senhor2B da, $ortanto, 2o Senhor 8ue *ha $ara 4aio com PiedadeY e 2o Senhor 8ue . Qisto no ntimoY2 Ka e icom0inam'se em e em s[nscrito, da sendo gerado A*aloi!es*araL# QeMa'se K% L% E3ans'KentC, Tibe!a Noga ad secre! doc!rieF 6ord @ni3ersity Press, !"?, $% ??, nota % !!#% Essa mesma id.ia . e$ressa com 6re8D1ncia nos @$aniadesB $or eem$*o+ 2Este eu d;'se a si mesmo 8ue*e euB a8ue*e eu d;'se a si mesmo a este eu% Assim sendo, ganham um ao outro% :esta 6orma, e*e ganha o a*.mB na8ue*a, e$erimenta este mundo2% KAi!areNa AraNaaF %?%-%) E*a tam0.m 1 conhecida dos msticos do Is*ã+ 2Por trinta anos o eus transcendente 6oi meu es$e*hoB agora, eu sou meu3$r>$rio es$e*hoB isto ., a8ui*o 8ue 6ui M; não sou, o eus transcendente . seu $r>$rio es$e*ho% igo 8ue sou meu $r>$rio es$e*hoB $ois . eus 8ue 6a*a com a minha *ngua e eu desa$areci2% (4ayaCid, con6orme citação em The legacN of )slamF T% K% Arno*d e A% Gui**aume, eds%, 6ord Press, !"?!, $% !#%) !!-% 2Sa da 4ayaCid'eidade como uma co0ra de sua $e*e% Então o*hei% Qi 8ue amante, amado e amor são um s>, $ois no mundo da unidade tudo $ode ser um%2 (4ayaCid, loc# ci!#L !!% s.ias, #+!'?% !!"% rihadaraNaa UpaishadF !%&%?% 6% ifraF $% -% !R% 2 3er0o ir*a (s[nscrito) signi6ica, *itera*mente, ]a$agar], não transiti3amente, mas no sentido de ]o 6ogo a$agou]%%% Pri3ado de com0ust3e*, o 6ogo da 3ida 1 ]$aci6icado], isto .,
etintoB 8uando a mente . contro*ada, a*cança a ]$aC do :ir3ana], ]des$iração em eus]%%% Por meio da interru$ção da a*imentação do nosso 6ogo, a*cançamos a $aC, 8ua* se descre3e 0em, em outra tradição, ao a6irmar'se 8ue e*a ]u*tra$assa a com$reensão]%2 (Ananda % oomaras5amy, iduism ad buddhismF :o3a Lor7, The Phi*oso$hica* .0rary, s9d, $% #?%) A $a*a3ra 2des$iração2 . uma contração deri3ada de uma *atiniCação *itera* do termo s[nscrito ir*aa Xde ($ara 6ora) spirare (res$irar, ea*ar)YB ir 26ora, $ara 6ora, 6ora de, sair de, a6astar'se, a6astar'se de2 e *aa 2so$rar2B ir*aa 2so$rado $ara 6ora, a$agado, etinto2% !!% Sigmund Freud, eNod !he pleasure pricipie (tradução de James Strachey, ed% Standard, XQIII, ondres, The Hogarth Press, !")% QeMa'se tam0.m ar* /enninger, ,o*e agais! ha!eF $% #% !% 9ajracchediaF ?B Sacred 4oo7s o6 the East, op# ci!#F $% !&&% !?% !?' menor Praja?Parami!a?ridaNa Su!raI ibid#F $% !?% !&% :agarMuna, $ahNamia Shas!ra# 2A8ui*o 8ue . imorta* e a8ui*o 8ue . morta* se acham harmoniosamente com0inados, $ois não são um, nem são distintos%2 (Ash3ag'hosha%) 2Essa conce$ção2, escre3e o dr% oomaras5amy, citando esses tetos, 2. e$ressa de 6orma dram;tica no a6orismo+ as l&sas so bodhiF !as samsaras !a! ir*aamF ]A8ui*o 8ue . $ecado tam0.m 1 Sa0edoriaB o reino do Tornar'se tam0.m . :ir3ana]%2 (Ananda % oomaras5amy, uddha ad !he gospel of buddhismF :o3a Lor7, G% P% Putnams Sons, !"!#, $% &%) "%1# haga*ad?gi!aF #+", ?!% Isso re$resenta a $er6eita rea*iCação da8ui*o 8ue a srta% E3e*yn @n'derhi** denominou 2o a*3o do aminho /sticoB a Qerdadeira Qida @niti3aB o estado de i3ina FecundidadeB a ei6icação2 Kop# ci!#F pas?simL# A srta% @nderhi**, entretanto, ta* como o $ro6essor Toyn0ee KsupraF $% , nota R), comete o erro comum de su$or 8ue esse idea* . $ecu*iar ao cristianismo% 2 Musti6icado a6irmar2, escre3e o $ro6essor Sa*mony, 28ue o Mu*gamento ocidenta* 3em sendo 6a*si6icado, at. o $resente momento, $e*a necessidade de auto' a6irmação%2 (A*6red Sa*mony, 2ie Nassen6rage in der Indien6orschung2, So>ialis!ische $o? a!shef!eF , 4er*im, !"#, $% ?&%) !#% oomaras5amy, iduism ad buddhismF $% -&% !% Trata'se do muro do Paraso, 3eMa'se supraF $$% "R e !&-% Agora nos encontramos na $arte interior% Hsi Kang /u . o as$ecto 6eminino do Senhor 8ue caminha no Jardim, 8ue criou o homem sua $r>$ria imagem, homem e mu*her (G1nesis, !+-)% !"% 6% E% T% % Kerner, A dic!ioarN of Chiese mN!hologNF Xangai, !"?, $% !#?% !?R% QeMa'se 7a7ura a7uCo, The boo of !eaF :o3a Lor7, !"R#% QeMam'se tam0.m, aisetC Teitaro SuCu7i, 8ssaNs i >e buddhismF !"-, e a6cadio Hearn, JapaF :o3a Lor7, !"R&% !?!% /orris Ed5ard $*er, $N!hs ad !ales of !he Jicarilla Apache )dias (/em>rias da Sociedade Americana de Fo*c*ore, 3o*% XXXI, !"?, $% !!R)% !?% om$are'se supraF $% !#, nota -% !??% Em termos com$arati3os, a deusa hindu a*i KsupraF $% !!#) . mostrada de $., diante da $osição $rostrada do deus Xi3a, seu es$oso% E*a 0rande a es$ada da morte, isto ., a disci$*ina es$iritua*% A ca0eça humana 8ue se acha sangrando diC ao de3oto 8ue a8ue*e 8ue $erder sua 3ida $or amor a e*a a encontrar;% s gestos de 2não tema2 e de 2concessão de d;di3as2 ensinam 8ue e*a $rotege suas crianças, 8ue os $ares de o$ostos da agonia uni3ersa* não são o 8ue $arecem e 8ue, $ara 8uem se acha concentrado na eternidade, a 6antasmagoria dos 20ens2 e 2ma*es2 tem$orais não $assam de re6*eo da mente Q $ois a $r>$ria deusa, em0ora a$arentemente $ise o deus, ., na 3erdade, seu 0endito sonho% A0aio da deusa da I*ha das J>ias (3eMa'se supraF $% !!), são re$resentados dois as$ectos do deus+ um de*es, 3o*tado $ara cima, em união com e*a, 1 o as$ecto criador, 8ue goCa da
$resença no mundoB mas o outro, 3irado $ara o outro *ado, . o deus abscodi!usF a di3ina ess1ncia em si e $ara si, 8ue se acha a*.m dos e3entos e da mudança, inati3o, 3aCio, adormecido, 8ue u*tra$assa, at. mesmo, o $rodgio do mist.rio herma6rodita% (QeMa'se `immer, $N!hs ad sNmbolsF $$% !R'!&%) !??% om$are'se o tam0or da criação nas mãos do Qi3a ançante Hindu, supraF $% !?, nota % !?&% 2E o Qer0o se 6eC carne2B 3erso do Ange*us, 8ue ce*e0ra a conce$ção de Jesus no
Tao Su$remo 4uda 4odisat3a 3entre de /aria% !?% :este ca$tu*o, 6oram e8uacionados os $ares+ om$are'se o `aushi!ai UpaishadeF !+&, descrição do her>i 8ue a*cançou o mundo de 4rahma+ 2Assim como a8ue*e 8ue dirige uma carroça o*ha $ara as duas rodas da carroça, assim tam0.m e*e o*ha $ara 0aio, dia e noiteB $ortanto, o*ha as 0oas e as m;s aç$rio eus 3ai2% !?#% urtin, op# ci!#F $$ !R#'!R-% !?-% QeMa /e*anie *ein, The PsNchoaalNsis of childreF The Internationa* P sycho' Ana*ytica* i0rary, n%2 -, !"?-% !?% N>heim, arF crimeF ad !he co*ea!F $$% !?-'!?% !?"% N>heim, The origi ad fuc!io of cul!u!eF $% R% !&R% )bid#F $$% &'R% !&!% )bid#F $% R% om$are'se a indestruti0i*idade do amã si0eriano KsupraF $$% !R?'!R&), 8ue tira 0rasas do 6ogo com as $r>$rias mãos e go*$eia as $ernas com um machado% !&% QeMa'se a discussão de FraCer a res$eito da a*ma eterna, op# ci!#F $$% ##-'#"!% !&?% )bid#F $% #-!% !&&% Pierce, .reams ad persoali!NF % A$$*eton and o%, $% "% !&% 2The descent o6 the sun2, in F% K% 4ain, A digi! of !he $ooF :o3a Lor7, G% P% Putnam]s Sons, !"!R, $$% !?'?% !% N>heim, The e!era_ oesF $% ?-% ta*ismã . o chamado !juruga (ou churigaL do ancestra* totem do Mo3em% Mo3em rece0eu outro !juruga na .$oca de sua circuncisão, 8ue re$resenta3a seu ancestra* totem materna*% Ainda mais cedo, .$oca do seu nascimento, 6oi co*ocado um !juruga $rotetor em seu 0erço% 0errante . uma 3ariedade de !juruga# GO !jurugaGF escre3e o dr% N>heim, 2. um du$*o materia*, e certos seres so0renaturais, mais intimamente 3incu*ados com o !jurugaF na crença da Austr;*ia entra*, são du$*os in3is3eis dos nati3os%% % Ta* como o !jurugaF esses seresY so0renaturais são chamados o arpua mbora (outro cor$o) dos seres humanos reais a 8uem $rotegem%2 K)bid#F $% "%) !&-% Isaas, ##+!R'!
!&% GinC0erg, op# ci!#F 3o*% I, $$% R, #'?R% QeMam as etensas notas a res$eito do 0an8uete messi[nico em GinC0erg, 3o*% Q, $$% &?'% !&"% ante, 2Paraso2, II, !'"% Tradução de :orton, op# ci!#F 3o*% III, $% !RB citado com $ermissão de Houghton /i66*in om$any, editores% QeMa'se A di*ia com&diaF $u0*icado $e*a u*tri%Y !R% :a *iteratura $sicana*tica $u0*icada, as 6ontes onricas dos sm0o*os, assim como seus signi6icados *atentes $ara o inconsciente e os e6eitos de sua o$eração na $si8ue, são ana*isadosB mas $ermanece sem consideração o 6ato adiciona* de 8ue grandes mestres usaram esses e*ementos, conscientemente, como met;6oras% A su$osição t;cita . de 8ue os grandes mestres do $assado eram neur>ticos (eceção 6eita, . 3er dade, a a*guns gregos e romanos) 8ue con6undiram suas 6antasias, não su0metidas crtica, com re3e*aç% :o atua* mito, o e*iir da 3ida . o0tido atra3.s de sua o$eração conMunta% !% -amaNaaF I, &B $ahabhara!aF I, !B $a!sNa PuraaF &"'! e muitos outros tetos% QeMa'se `immer, $N!hs ad sNmbolsF $$% !R ss% !?% /arco Pa**is, Peas ad lamasF &%2 ed%, ondres, assei and o%, !", $% ?&% !&% Shri?Chara?Sambhara Ta!raF traduCido do ti0etano $e*o *ama aCi a5a'Sandu$, editado $or Sir John Koodro66e ($seudVnimo+ Arthur A3a*on), 3o*% QII de Tantric Tets, ondres, !"!", $% &!% 2Se surgirem dZ3idas 8uanto ao car;ter di3ino dessas di3indades 3isua*iCadas2, continua o teto, 2de3emos diCer+ ]Essa eusa . a$enas a *em0rança do cor$o] e *em0rar 8ue as i3indades constituem a Senda%2 K,oc# ci!#L So0re o Tantra, c6% supraF $% !, nota ? e $$% !#!'!# (0udismo t[ntricV)% !% om$are'se, $or eem$*o, % G% Jung, 2Archety$es o6 the co**ecti3e unconscious2 (origina* de !"?&B o**ected Kor7s, 3o*% ", $arte iB :o3a Lor7 e ondres, !"")% 2Ta*3eC haMa muitos2, escre3e o dr% Y% % F*Dge*, 28ue ainda ret1m a noção de um Pai'eus 8uase'antro$om>r6ico como rea*idade etra'menta*, mesmo 8ue a origem $uramente menta* de um ta* eus tenha se tornado e3idente%2 KThe psNchoaalN!ic s!udN of !he familNF $% ?#%) !#% 2Paraso2, XXXIII, ss% !-% QeMa'se supraF $% !#% !% k% F% Stimson, The legeds of $aui ad TahaiF 4o*etim do /useu 4ernice P% 4isho$, n%2 !-, Hono*u*u, !"?&, $$% !"'!% !"% Essa $assagem, 8ue 6a*ta na edição assria $adrão da *enda, a$arece num teto 0a0i*Vnico 6ragment;rio 0em anterior (3eMa'se 4runo /eissner, 2Ein a*t0a0y*onishes Fragment des Gi*gamose$os2, $i!!eiluge der 9orderasia!ische @esellschaf!F QII, 4er*im, !"R, $% ")% ostuma'se o0ser3ar 8ue o conse*ho da si0i*a . hedonista, mas de3e' se assina*ar, igua*mente, 8ue a $assagem re$resenta o teste iniciat>rio, e não a 6i*oso6ia mora* dos antigos 0a0i*Vnios% Ta* como na ndia, s.cu*os mais tarde, na 8ua* um estudante 8ue se a$roima do mestre $ara $edir o segredo da 3ida imorta* $rimeiramente de3e ou3ir uma descrição dos $raCeres da 3ida morta* (3er, $or eem$*o, `a!ha UpaishadeF !+ !, ?')% Somente se $ersistir . o estudante admitido na $r>ima iniciação% !#R% Prot>ti$o 0a0i*Vnico do :o. 00*ico%
!#!% Em0ora ti3esse sido ad3ertido $ara não tocar essas mesmas ;guas no incio da Mornada, o her>i agora $ode entrar ne*as im$unemente% Trata'se de uma indicação do $oder o0tido $or meio de sua 3isita aos 3e*hos Senhor e Senhora da I*ha Eterna% @tna$ishtim':o., o her>i do di*Z3io, . uma 6igura ar8uet$ica do $aiB sua i*ha, o entro do /undo, . uma $re6iguração das I*has dos 4em'A3enturados eistentes na cu*tura greco'romana% !#% Essa 3ersão tem como 0ase P% Jensen, AssNrisch?abNloische $N!he ud 8peF ei*inschri6ti*iche 4i0*ote7, QI, I, 4er*im, !"RR, $$% !!#'-?% s 3ersos citados estão nas $;ginas ?, ! e !'?% A 3ersão de Jensen . uma tradução *inha a *inha do $rinci$a* teto eistente, uma 3ersão assria da 0i0*ioteca do rei Assur0an$a* (##'## a%)% Fragmentos da 3ersão 0a0i*Vnica, muito mais antiga (3eMa'se supraF $$% !-!'!-?), e de um origina* sumeriano ainda mais antigo (terceiro mi*1nio a%) tam0.m 6oram desco0ertos e deci6rados% !#?% o'hung (tam0.m conhecido como Pao Pu'tsu), 2ei PWieF ca$tu*o QII (tradução citada de 0ed Simon Johnson, A s!udN of Chiese alchemNF Xangai, !", $% #?)% o'hung desen3o*3eu 3;rias outras interessantes receitas, uma de*as destinada a $roduCuir um cor$o 2$a*$itante e 3o*u$tuoso2B e, outra, a ca$acidade de andar so0re a ;gua% Para uma discussão da $osição de o'hung na 6i*oso6ia chinesa, 3eMa'se A*6red For7e, 2o'hung, der Phi'*oso$h und A*chimist2, Archi* fr @eschich!e der PhilosophieF XI, !', 4er*im, !"?, $$% !!'!#% !#&% Her0ert A% Gi*es, A Chiese biographical dic!ioarNF ondres e Xangai, !", $% ?-% !#% A6orismo t[ntrico% !##% ao'tse, Tao Teh `igF !# (tradução de 5ight Goddard, ,ao! >uWs Tao ad u eiF :o3a Lor7, !"!", $% !)% om$are'se nota, $% !#, nota -, supra# QeMa'se O li*ro do camiho perfei!oF e Os mes!res do TaoF Editora Pensamento%Y !#-% 2Paraso2, XXXIII, &"'- (tradução de :orton, op# ci!#F 3o*% III, $$% ?'&, citado com $ermissão da Houghton /i66*in om$any, editores)% !#% `ea UpaishadeF !+? (tradução de S5ami Shar3anandaB Sri N[ma7rishna /ath, /i*a$ore, /adras, !"?)% !#"% Poe!ic 8ddaF 2Ho3amo*2, !?" (tradução de Henry Adams 4e**o5sB The American' Scandina3ian Foundation, :o3a Lor7, !"?)% !-R% Ja!aaF Introdução, i, - (re$roduCido com $ermissão dos editores de Henry *ar7e Karren, uddhism i !rasla!ios (Har3ard rienta* Series, ?), am0ridge% Har3ard @ni3ersity Press, !"#, $$% '?)% Cap0!ulo ))) O re!oro !% A recusa do retorno Termiada a busca do heróiF por meio da pee!ração da fo!eF ou por i!erm&dio da graça de alguma persoificação masculia ou femiiaF humaa ou aimalF o a*e!ureiro de*e aida re!orar com o seu !rof&u !rasmu!ador da *ida# O c0rculo comple!oF a orma do moomi!oF reHuer Hue o herói iicie agora o !rabalho de !ra>er os s0mbolos da sabedoriaF o 9elocio de OuroF ou a pricesa adormecidaF de *ol!a ao reio humaoF ode a b6ção alcaçada pode ser*ir = reo*ação da comuidadeF da açãoF do plae!a ou dos de> mil mudos# $as essa resposabilidade !em sido obje!o de freHe!e recusa# $esmo o udaF após seu !riufoF du*idou da possibilidade de comuicar a mesagem de sua reali>ação# Al&m dissoF co!a?se Hue hou*e sa!os Hue faleceram Huado es!a*am o 6/!ase celes!e# São igualme!e umerosos os heróis HueF segudo co!am as fábulasF fi/aram resid6cia e!era a bedi!a ilha da sempre jo*em .eusa do Ser )mor!al#
Co!a?se a como*e!e his!ória de um a!igo rei?guerreiro hidu chamado $uchuuda# 8le ha*ia ascido do lado esHuerdo do paiF !edo es!e egolido por egao uma poção de fer!ilidade Hue os 2rahmis ha*iam preparado para sua esposa "I eF ma!edo?se o promissor simbolismo desse milagreF a mara*ilha gerada sem mãeF fru!o do 7!ero masculioF cresceu para !orar?se um rei !ão impor!a!e e!re os reis HueF Huado os deusesF um cer!o mome!oF es!a*am sofredo derro!as em sua perp&!ua ba!alha com os dem;iosF pediram?lhe ajuda# 8le lhes deu assis!6cia uma grade *i!ória e elesF em sua di*ia gra!idãoF gara!iram?lhe a reali>ação do seu maior desejo# $as Hue poderia um !al reiF ele mesmo Huase oipo!e!eF desejarR ue dádi*a das dádi*as poderia ser cocebida por um !al mes!re e!re os homesR O rei $uchuudaF di> a his!óriaF es!a*a mui!o casado após a ba!alha: !udo o Hue pediu foi a gara!ia de um soo sem fim e de Hue !oda pessoa Hue *iesse a acordá?lo fosse !rasformada em ci>as pelo primeiro olhar Hue ele dirigisse# A dádi*a foi cocedida# 2a cmara de uma ca*eraF o mais profudo das e!rahas da mo!ahaF o rei $uchuuda e!regou?se ao soo e ali descasouF ao logo das eras# )di*0duosF pessoasF ci*ili>açMesF idades surgiram do *a>io e a ele re!oraramF eHua!o o *elho reiF em seu es!ado de graça subcoscie!eF ali permaeceu# )!emporal como o icoscie!e freudiaoF por bai/o do dramá!ico !empo mudaoF par!e da ossa e/peri6cia flu!ua!e do egoF esse *elho homem da mo!ahaF embriagado por um profudo sooF *i*eu por mui!o !empo# Seu desper!ar chegou Q mas com uma *irada surpreede!eF Hue laça uma o*a lu> sobre !odo o problema do circui!o do heróiF assim como sobre o mis!&rio e*ol*ido o fa!o de a mais al!a b6ção coceb0*elF para um poderoso reiF !er sido a dádi*a do soo# 9ishuF o Sehor do $udoF ecarara?se a pessoa de um belo jo*em chamado `rishaF o HualF !edo sal*o a 0dia de uma !irica raça de dem;iosF assumira o !roo# 8 esse jo*em *iha go*erado em u!ópica pa> a!& Hue uma horda de bárbaros de repe!e i*adiu a par!e oroes!e do pa0s# `rishaF o reiF laçou?se co!ra os bárbarosF masF fa>edo jus = sua origem di*iaF *eceu?os com mui!a facilidadeF u!ili>ado um jocoso ar!if0cio# .esarmado e efei!ado com ló!usF ele saiu de sua for!ale>aF pro*ocou o rei iimigo para Hue es!e o perseguisse e o pegasse e se escodeu uma ca*era# 8Hua!o o bárbaro o perseguiaF ele deu com algu&m dormido a cmara# GAh_GF pesou ele# G8!ão ele me a!raiu a!& aHui e agora fige ser um iofesi*o dormihoco#G 8le chu!ou a figura Hue dormia o solo dia!e dele e es!a se agi!ou# 8ra o rei $uchuuda# A figura le*a!ou?se e os olhos Hue ha*iam es!ado fechados dura!e i7meros ciclos de criaçãoF e his!ória do mudo e de dissoluçãoF abriram?se le!ame!e para a lu># Ao primeiro olharF fulmiaram o rei iimigoF Hue se !rasformou uma !ocha em chamas e foi redu>ido imedia!ame!e a um mo!iho de ci>as fumega!es# $uchuuda *irou?seF e o segudo olhar a!igiu o belo e efei!ado jo*emF a Huem o *elho rei desper!ado logo recoheceuF pela sua radiciaF como uma ecaração de .eus# 8 $uchuuda ajoelhou?se dia!e do seu Sal*adorF dirigido?lhe a segui!e oração: Q Sehor meu .eus_ uado *i*i e labu!ei como homemF *i*i e labu!ei Q esforçado? me de forma icasá*elI ao logo de mui!as *idasF ascime!o após ascime!oF empehei? me e sofriF sem jamais cohecer pausa ou repouso# Tomei o sofrime!o por pra>er# As mirages Hue aparecem o deser!o cofudi com águas recofor!a!es# Alcacei del0cias e ob!i*e desgraças# Poder real e posses !erreasF riHue>a e poderF amigos e filhosF esposa e seguidoresF !udo o Hue eca!a os se!idos: Huis !udo issoF pois julga*a Hue me !raria bea!i!ude# Toda*iaF o mome!o em Hue !udo era meuF sua a!ure>a mudouF !orado?se um fogo abrasador# G8!ão eco!rei um lugar a compahia dos deuses e eles me receberam como compaheiro# $as odeF aida assimF o !&rmioR Ode o descasoR As cria!uras desse
mudoF icluido os deusesF são !odasF egaadasF Sehor .eusF pelos !eus jocosos ar!if0ciosI eis por Hue eles co!iuam em sua f7!il sucessão de ascime!oF agoia de *idaF *elhice e mor!e# 8!re *idasF eles efre!am o sehor dos mor!os e !6m de supor!ar iferos de !odo !ipo de dor impiedosame!e ifligida# 8 !udo isso *em de !i_ GSehor meu .eusF iludido pelos !eus jocosos ar!if0ciosF !amb&m eu fui uma *0!ima do mudoF *agado um labiri!o de errosF aprisioado as malhas da cosci6cia do ego# .ora*a!eF por!a!oF refugio?me em !ua Preseça Q !uF o ilimi!adoF o adorá*el QF desejadoF !ão?some!eF liber!ar?me disso !udo#G uado $uchuuda saiu da ca*eraF *iu Hue os homesF desde Hue ele par!iraF ha*iam sofrido uma redução de es!a!ura# 8ra um giga!e e!re eles# 8 assim se afas!ou ou!ra *e> de sua compahiaF refugiado?se as mais al!as mo!ahasF ode se dedicou =s prá!icas asc&!icas Hue por fim o ha*eriam de liber!ar de sua 7l!ima prisão =s formas do ser %# $uchuudaF em ou!ras pala*rasF em lugar de re!orarF decidiu *i*er em re!iro um degrau aida mais loge do mudo# 8 Huem diria Hue sua decisão ão !e*e ehuma ra>ão de serR % A 6uga m;gica Se o herói ob!i*erF em seu !riufoF a b6ção da deusa ou do deus e for e/plici!ame!e ecarregado de re!orar ao mudo com algum eli/ir des!iado = res!auração da sociedadeF o es!ágio fial de sua a*e!ura será apoiado por !odos os poderes do seu pa!roo sobrea!ural# Por ou!ro ladoF se o !rof&u !i*er sido ob!ido com a oposição do seu guardiãoF ou se o desejo do herói o se!ido de re!orar para o mudo ão !i*er agradado aos deuses ou dem;iosF o 7l!imo es!ágio do ciclo mi!ológico será uma *i*aF e com freH6cia c;micaF perseguição# 8ssa fuga pode ser complicada por prod0gios de obs!rução e e*asão mágicas# Os galeses falamF por e/emploF de um heróiF @]io achF Hue foi parar a Terra sob as Odas# 8m !ermos espec0ficosF ele se acha*a o fudo do lago alaF em $erioe!hshireF a par!e or!e do Pa0s de @ales# 8 o fudo desse lago *i*ia um a!igo giga!eF TegidF o Cal*oF e sua esposaF Carid]e# 8s!a 7l!imaF um dos aspec!os Hue assumiaF era a padroeira da seme!e e das la*ouras f&r!eis eF ou!roF deusa da poesia e das le!ras# 8ra proprie!ária de um imeso caldeirão e deseja*a preparar ele uma poção de ci6cia e ispiração# Com a ajuda de li*ros ecrom!icosF ela produ>iu uma mis!ura egra Hue p;s o fogo para ferme!ar dura!e um aoF ao fial do Hual !r6s go!as abeçoadas da graça da ispiração poderiam ser ob!idas# 8 ela p;s osso heróiF @]io achF a me/er o caldeirãoF e um cego chamado $orda para ma!er o fogo aceso por bai/o deleF Ge ela os ecarregou de ão dei/ar a fer*ura cessar pelo espaço de um ao e um dia# 8 ela mesmaF de acordo com os li*ros dos as!r;omosF e em horas plae!áriasF colhia diariame!e !odas as er*as eca!adas# Um diaF per!o do fial do per0odo de um aoF eHua!o Carid]e es!a*a escolhedo pla!as e fa>edo eca!ame!osF eis Hue !r6s go!as do l0Huido eca!ado sa0ram do caldeirãoF caido o dedo de @]io ach# Como as go!as fossem mui!o Hue!esF ele p;s o p& a boca eF o mome!o em Hue p;s aHuelas go!as prodigiosas a bocaF pre*iu !udo o Hue es!a*a por ocorrer e percebeu Hue seu pricipal cuidado de*eria ser guardar?se co!ra os desejos de Carid]eF pois *as!a era a habilidade des!a# 8 eleF !omado de grade !emorF dirigiu?se para a sua própria !erra# 8 o caldeirão par!iu? se em doisF pois !odo o l0Huido ele co!idoF e/ce!o as !r6s go!as eca!adasF era *eeosoF de modo Hue os ca*alos de @]Nddo @arahir foram e*eeados pela água da corre!e para ode o l0Huido do caldeirão fluiu e a coflu6cia dessa corre!e passou a chamar?se o 9eeo dos Ca*alos de @]NddoF a par!ir de e!ão# G8is Hue re!ora Carid]e e *6 !odo o !rabalho do ao i!eiro perdido# 8 ela !omou de uma acha de leha e ba!eu a cabeça do cego a!& Hue um de seus olhos lhe sal!ou do ros!o# 8 ele disse: W8rradame!eF !u me desfiguras!eF pois sou ioce!e# Tua perda ão foi causada por mimW# W.i>es a *erdadeWF disse Carid]eF Wfoi @]io ach Huem me roubou#W
G8 ela se p;s a!rás des!eF corredo# 8 ele a *iu e !rasformou?se uma lebre e fugiu# $as ela se !rasformou em galgo e o perseguiu# 8le correu para um rio e !orou?se pei/e# 8 elaF sob a forma de lo!ra f6meaF o perseguiu sob a águaF a!& Hue ele se *iu forçado a !rasformar? se um pássaro# 8laF como águiaF o seguiu e ão lhe deu descaso o ar# 8 Huado es!a*a pres!es a alcaçá?loF e ele !emia pela própria *idaF eis Hue ele a*is!ou um mo!e de !rigo peeirado o solo de um celeiro e mergulhou o !rigoF !rasformado?se um dos grãos# 8 ela se !rasformou uma ecrespada galiha egraF ciscou o !rigoF eco!rou?o e o egoliu# 8F di> a his!óriaF ela o le*ou cosigo dura!e o*e meses eF Huado ele saiuF ela ão coseguiu eco!rar coragem para ma!á?loF !al a sua bele>a# AssimF ela o e*ol*eu uma bolsa de couro e o colocou o marF e!regado?o = misericórdia di*iaF o *ig&simo oo dia de abril#G ' A fuga & um episódio fa*ori!o do co!o folclóricoF o Hual & dese*ol*ida sob mui!as formas *i*idas# Os uria!s de )ru!s KSib&riaLF por e/emploF declaram Hue $orgo?`araF seu primeiro /amãF era !ão compe!e!e Hue podia !ra>er almas do reio dos mor!os# Por issoF o Sehor dos $or!os Huei/ou?se ao 8le*ado .eus do C&uF Hue decidiu subme!er o /amã a um !es!e# 8le se apossou da alma de um cer!o homem e e!rou uma garrafaF cobrido a boca com o polegar# O homem ficou doe!e e seus pare!es procuraram $orgo?`ara# O /amã procurou em !odos os lugares pela alma perdida# e> buscas a flores!aF as águasF as garga!as das mo!ahasF a !erra dos mor!os e por fim subiuF Gse!ado em seu !amborGF ao mudo superiorF ode mais uma *e> *iu?se obrigado a fa>er logas buscas# 8le !ermiou por perceber Hue o 8le*ado .eus do C&u ma!iha uma garrafa cober!a com o polegar eF aalisado a circus!ciaF o!ou Hue a alma Hue *iera procurar se eco!ra*a a garrafa# O de!ermiado /amã !rasformou?se em *espa# Apro/imou?se de .eus e deu?lhe !al ferroada a !es!aF Hue o dedo des!e escapou da boca da garrafa e permi!iu a fuga da alma ca!i*a# uado .eus deu por siF *iu o /amã $orgo?`araF se!ado o !amborF *ol!ado = !erra com a alma recuperada# 2esse casoF co!udoF a fuga ão foi i!eirame!e bem?sucedida# Terri*elme!e iradoF .eus imedia!ame!e redu>iu para sempre o poder do /amãF di*idido?lhe o !ambor em dois# 8 es!a & a ra>ão por Hue os !ambores dos /amãsF Hue origialme!e Kcoforme essa his!ória do uria!L co!iham dois courosF a par!ir daHuele dia passaram a co!er apeas um (# Uma *ariedade popular da fuga mágica & aHuela a Hual são dei/ados obje!os o camiho para falarem pelo fugi!i*o e re!ardarem a perseguição# Os $aoris da 2o*a \eldia co!am a his!ória de um pescador Hue um diaF ao chegar em casaF descobriu Hue sua mulher ha*ia egolido os dois filhos# 8la ja>ia o soloF gemedo# 8le lhe pergu!ou o Hue se passa*a e ela declarou es!ar doe!e# 8le Huis saber ode os dois garo!os es!a*am e ela lhe disse Hue eles ha*iam par!ido# $as ele sabia Hue ela me!ia# A!ra*&s de sua magiaF ele a fe> regurgi!á?los: eles sa0ram *i*os e i!eiros# 8 o homem passou a !emer a esposa e decidiu escapar?lhe o mais cedo poss0*elF le*ado os dois garo!os# uado a ogresa foi buscar águaF o homemF com sua mágicaF le*ou a água a se redu>ir e recuar dia!e delaF de modo Hue ela !i*esse de camihar bas!a!e# 8F a!ra*&s de ges!osF ele is!ruiu as cabaasF os grupos de ár*ores Hue cresciam per!o da cidadeF o li/o e o !emplo do !opo da mo!aha para respoder por ele Huado sua esposa re!orasse e o chamasse# .irigiu? se com os garo!os para a caoa e par!iu mar afora# A mulher re!orou eF ão eco!rado igu&mF começou a chamar# PrimeiroF o mo!e de li/o respodeu# 8la se dirigiu para aHuela direção e chamou ou!ra *e># As casas respoderamF as ár*ores em seguida# Um após o ou!roF os *ários obje!os da *i>ihaça lhe respoderamF e ela corriaF cada *e> mais furiosaF em !odas as direçMes# Casou e começou a arHuejar e chorarF e por fim percebeu o Hue lhe ha*iam fei!o# Correu para o !emplo e obser*ou o marF ode a caoa já era um po!o o hori>o!e 1# Ou!ra *ariedade bem cohecida de fuga mágica & aHuela em Hue um 7mero de obje!os re!ardadores são espalhados o camiho pelo heróiF em sua desesperada fuga# GUm casal de irmão>ihos brica*a per!o de uma fo!e eF eHua!o brica*amF os irmãos ca0ram a fo!e#
a*ia ela uma bru/a da águaF e essa bru/a da água disse: WAgora os peguei_ 9oc6s !rabalharão de sol a sol para mim_W 8 ela os le*ou cosigo# 8la deu = garo!iha um eroscado rolo de liho sujo para fiar e a fe> echer de água um *aso sem fudoI o garo!o !iha de derrubar uma ár*ore com um machado cegoI e !udo o Hue !iham para comer eram bolo!as de farihaF duras como pedra# Os garo!os ficaram !ão irri!ados HueF um cer!o domigoF Huado a bru/a foi = igrejaF escaparam# Saido da igrejaF a bru/a descobriu Hue seus pássaros ha*iam fugido e saiu em sua perseguiçãoF dado poderosos sal!os# G$as as criaças a espioa*am de logeF e a garo!iha dei/ou para !rás uma mecha de cabeloF Hue se !rasformou uma eorme mo!aha de cabelosF com milhares e milhares de fiosF Hue a bru/a !e*e grade dificuldade para escalarI ão obs!a!eF ela coseguiu passar# Tão logo as criaças a *iramF o garo!iho dei/ou um pe!e a!rás de siF Hue imedia!ame!e se !rasformou uma grade mo!aha de pe!es com mil *e>es mil espihosI mas a bru/a coseguiu li*rar?se disso e logo prosseguiu# A garo!iha a!irou um espelhoF Hue se !orou uma mo!aha de espelhos !ão lisaF Hue a bru/a ão coseguiu passar# 8la pesou: G9ol!arei para casaF pegarei o machado e par!irei a mo!aha de espelho em duasW# $as Huado ela *ol!ou e demoliu os espelhosF as criaças há mui!o se acha*am fora do seu alcace e a bru/a da água !e*e de e!ocar?se ou!ra *e> em sua fo!e#G 5 2ão & sem dificuldades Hue se desafiam as forças do abismo# 2o Orie!eF ace!ua?se *igorosame!e o perigo do empeho as prá!icas psicologicame!e per!urbadoras da ioga sem uma super*isão compe!e!e# As medi!açMes do pos!ula!e de*em ser ajus!adas ao progresso Hue for alcaçadoF de modo Hue a imagiação possa ser defedidaF a cada passoF por de3atas Ke!idades *isuali>adas e adeHuadasLF a!& o mome!o em Hue o esp0ri!o es!i*er preparado para dar um passo adia!e# O dr# Jug obser*ouF sabiame!e: GA fução icompara*elme!e 7!il do s0mbolo dogmá!ico Xcosis!e o fa!o de eleY pro!eger a pessoa da e/peri6cia dire!a de .eusF já Hue ela ão e/pMe a si mesma de modo prejudicial# $as se# # # a pessoa dei/ar a casa e a fam0liaF *i*er mui!o !empo isoladame!e e obser*ar de modo e/cessi*o o espelho egroF e!ão o formidá*el e*e!o do eco!ro pode dei!á?la por !erra# 2o e!a!oF mesmo assim o s0mbolo !radicioalF Hue *em a florescer em sua plei!ude ao logo dos s&culosF pode operar como corre!e de cura e des*iar a fa!al icursão do
Figura " A Q G>rgona $erseguindo Perseu, 8ue 6oge com a ca0eça de /edusa%
deus *i*o os espaços !orados ocos da 0grejaG D# Os obje!os mágicos dei/ados o camiho pelo herói !omado de pico Q i!erpre!açMesF pric0piosF s0mbolosF racioali>açMes e !odas as coisas de cuho pro!e!or Q re!ardam e absor*em a força do Cão do C&u perseguidorF permi!ido Hue o a*e!ureiro re!ore para um local seguro eF !al*e>F !ra>edo uma b6ção# $as o esforço reHuerido em sempre & peHueo# Uma das mais choca!es fugas obs!aculi>adas . a do herói grego Jasão# 8le !omou a si a !arefa de ob!er o 9elocio de Ouro# A bordo do mag0fico Argos, com uma grade !ripulação de guerreirosF ele a*egou a direção do mar 2egro eF embora fosse re!ardado por mui!os perigos fabulososF !ermiou por chegarF mui!as milhas al&m do ósforoF = cidade e ao palácio do rei 8e!es# A!rás do palácio es!a*a o bosHue com a ár*ore do dragãoF guardião da recompesa# OraF eis Hue a filha do reiF $ed&iaF co!raiu uma a*assaladora pai/ão pelo ilus!re *isi!a!e es!rageiroF eF Huado seu pai imp;s uma !arefa imposs0*el como o preço a ser pago para ob!er o 9elocio de OuroF ela criou eca!os Hue lhe permi!iram !er sucesso# A !arefa cosis!ia em arar um cer!o campoF empregado !ouros de háli!o flameja!e e pa!as agudasF semear o campo com de!es de dragão e ma!ar os homes armados Hue imedia!ame!e apareceriam# $as com o corpo e a armadura impregados com o eca!ame!o de $ed&iaF Jasão domiou os !ourosI eF HuadoF das seme!es de dragãoF saiu um e/&rci!oF ele lhe a!irou uma pedra Hue o di*idiu em dois gruposF os Huais se des!ru0ram mu!uame!e a!& o 7l!imo homem#
Figura " 4 Q Perseu 6ugindo com a ca0eça de /edusa na 0o*sa
A jo*em eamorada codu>iu Jasão ao car*alho de ode pedia o 9elocio# O dragão guardião se dis!iguia pela cris!aF pela l0gua !ripar!ida e pelas mad0bulas e/!remame!e prouciadas# $as o casalF com a ajuda do suco de uma poderosa er*aF p;s o formidá*el mos!ro para dormir# Assim Jasão apossou?se do pr6mioF $ed&ia fugiu com ele e o Argos foi laçado ao mar# $as o rei logo se p;s em sua perseguição# 8 $ed&iaF ao perceber Hue es!a*am pres!es a ser alcaçadosF persuadiu Jasão a ma!ar ApNr!osF seu irmão mais jo*emF a Huem ela ha*ia le*ado cosigoF e a a!irar os pedaços do seu corpo desmembrado o mar# )sso forçou o rei 8e!esF seu paiF a pararF recuperar os fragme!os e apor!ar para dar?lhes um e!erro dece!e# 8Hua!o issoF o Argos correu com a ajuda do *e!o e saiu do alcace do rei E# 2o Negistros de mat.rias antigas japo6sF apareceu ou!ro impressioa!e co!oF mas com uma implicação bem difere!e: !ra!a?se da his!ória da descida ao mudo iferior do pai prime*o de !odosF )>aagiF com o fi!o de recuperarF da Terra do -io AmareloF sua irmã?esposa mor!aF )>aami# 8la o eco!rou = por!a do mudo iferior e ele lhe disse: GAl!e>aF miha amada irmã mais o*a_ As !erras Hue eu e *ós fi>emos aida ão se acham pro!asI assim sedoF *ol!ai_G 8la replicou: G,ame!o de fa!o Hue ão !ehais *ido a!es_ Comi da comida da Terra do -io Amarelo# 2ão obs!a!eF como es!ou des*aecida pela hora da e!radaF aHuiF de 9ossa Al!e>aF meu amado irmão mais *elhoF desejo re!orar# Al&m dissoF discu!irei a Hues!ão em par!icular com as di*idades do -io Amarelo# Tede cuidado e ão olheis para mim_G 8la se re!irou para o i!erior do palácioI mas como ela se demorasse demais aliF ele ão p;de esperar# -e!irou um dos de!es da e/!remidade do pe!e de sua augus!a !raça esHuerdaF eF acededo?o como uma peHuea !ochaF ade!rou o palácio e olhou# 9iu *ermes surgido e )>aami apodrecedo# Assus!ado com a *isãoF )>aagi re!rocedeu# )>aami disse: GCobris!es?me de *ergohaG# )>aami madou a $ulher eia do mudo iferior persegui?lo# )>aagiF em plea fugaF re!irou o ora!o egro da cabeça e o a!irou ao chão# )s!a!aeame!eF ele se !rasformou em u*as eF eHua!o sua perseguidora parou para com6?lasF seguiu com rapide> o seu camiho# $as ela re!omou a perseguição e apro/imou?se dele# 8le !omou do pe!e cheio de i7meros de!es bem pró/imos us dos ou!ros da sua !raça direi!a e o a!irou ao chãoF !edo se !rasformadoF de imedia!oF em bro!os de bambuI )>aagiF eHua!o sua perseguidora os colhia e comiaF fugiu# 8!ão a irmã mais o*a e*iou em sua perseguição as oi!o di*idades do !ro*ãoF acompahadas de mil e Huihe!os guerreiros do -io Amarelo# Seu irmãoF re!irado o sabre de capacidade decuplicada Hue augus!ame!e por!a*a e bradido?o =s suas cos!asF fugiu# $as os guerreiros aida o perseguiam# Alcaçado a fro!eira e!re o mudo dos *i*os e a Terra do -io AmareloF ele !omou !r6s p6ssegos Hue ali cresciamF esperou eF Huado o e/&rci!o se laçou co!ra eleF a!irou?os# Os p6ssegos do mudo dos *i*os a!igiram os guerreiros da Terra do -io AmareloF Hue recuaram e fugiram# Sua Al!e>a )>aamiF por fimF *eio pessoalme!e# Tomou de uma pedra Hue some!e mil homes poderiam le*a!ar e com ela bloHueou?lhe a passagem# 8F com a rocha e!re elesF ficaram um dia!e do ou!roF !rocado
ameaças# )>aami disse: G$eu amado irmão mais *elhoF Al!e>a_ Se agirdes assimF de*erei causar a mor!e de mil membros de *osso po*o em *osso reioF a cada diaG# )>aagi respodeu: G$iha amada irmã mais o*aF Al!e>a_ Se o fi>erdesF farei HueF a cada diaF mil e uma mulheres d6em = lu>G Z# Tedo ido um passo al&m da esfera criadora do pai de !odosF )>aagiF e pee!rado o campo da dissoluçãoF )>aami buscara pro!eger seu irmão?marido# uado ele *iu mais do Hue poderia supor!arF perdeu a ioc6cia em relação = mor!eI masF com sua augus!a *o!ade de *i*erF ergueuF como uma poderosa pedraF aHuele *&u pro!e!or Hue !odos ós ma!emosF desde e!ãoF e!re ossos olhos e o !7mulo# O mi!o grego do Orfeu e 8ur0diceF assim como ce!eas de co!os aálogos em !odo o mudoF sugeremF !al como essa a!iga leda do 8/!remo Orie!eF Hue e/is!e a possibilidade de o ama!e re!orar com sua amada perdida do !err0*el limiarF apesar do fracasso regis!rado# V sempre alguma peHuea falhaF algum si!omaF le*e mas cr0!icoF da fragilidade humaaF a causa da impossibilidade de um relacioame!o fraco e!re os dois mudosI dessa maeiraF Huase somos !e!ados a acredi!ar HueF se o peHueo acide!e per!urbador pudesse !er sido e*i!adoF !udo correria bem# 8!re!a!oF as *ersMes poli&siasF as Huais o casal em geral escapaF assim como o drama sa!0rico grego A*ceste, em Hue !amb&m há um re!oro feli>F o efei!o ão reafirma issoF re*es!ido?seF !ão?some!eF de um cará!er sobre?humao# Os mi!os do fracasso os !ocam com a !rag&dia da *idaF mas os do sucesso o fa>emF !ão?some!eF com seu próprio cará!er de icredibilidade# 2o e!a!oF se o moomi!o de*e cumprir sua promessaF ão & o fracasso humaoF em o sucesso sobre?humaoF mas o sucesso humaoF o Hue os de*e ser mos!rado# 8is o problema da crise do limiar do re!oro# CosideraremosF iicialme!eF os s0mbolos sobre?humaosF passado em seguida para a e/ploração do esiame!o prá!ico Hue o homem his!órico da0 pode re!irar#
?% resgate com au*io eterno O herói pode ser resga!ado de sua a*e!ura sobrea!ural por meio da assis!6cia e/!era# )s!o &F o mudo !em de ir ao seu eco!ro e recuperá?lo# Pois a b6ção do domic0lio profudo ão & abadoada com facilidade em fa*or da au!o?dispersao do es!ado *0gil# GuemF !edo dei/ado o mudoGF lemosF Gdesejaria re!orarR uem assim es!i*esseF *; ficaria#G "[ 8F o e!a!oF eHua!o se es!i*er *i*oF a *ida chamará# A sociedadeF Hue !em ci7me daHueles Hue dela se afas!amF *irá ba!er = sua por!a# Se o herói Q !al como $uchuuda Q ão es!i*er dispos!o a re!orarF aHuele Hue o per!urbar sofrerá um pa*oroso choHueI masF por ou!ro ladoF se aHuele Hue foi chamado apeas es!i*er sedo re!ardado Q aprisioado pela bea!i!ude do es!ado de e/is!6cia perfei!a KHue se assemelha = mor!eL QF & efe!uado um e*ide!e resga!eF e o a*e!ureiro re!ora# uado Cor*o dos 8sHuimós pee!rouF com suas !ochasF o *e!re da baleiaF *iu?se a e!rada de uma bela salaF em cuja e/!remidade mais dis!a!e brilha*a uma lmpada# 8le se surpreedeu por *erF se!ada aliF uma boi!a jo*em# A sala era seca e limpaI a espiha da baleia sus!e!a*a o !e!o e as cos!elas forma*am as paredes# .e um !ubo Hue se es!edia ao logo da espiha dorsalF piga*a le!ame!e o óleo Hue alime!a*a a lmpada# uado Cor*o e!rou a salaF a mulher le*a!ou os olhos e e/clamou: GComo *oc6 chegou aHuiR 9oc6 & o primeiro homem Hue e!ra es!e lugarG# Cor*o lhe co!ou o Hue ha*ia fei!o e ela lhe disse Hue se se!asse do lado opos!o da sala# 8ssa mulher era a alma (inua) da baleia# 8la p;s comida dia!e do *isi!a!eF deu?lhe fru!os e óleo e lhe co!ouF esse meio !empoF como ha*ia coseguido os fru!os o ao a!erior# Cor*o permaeceu por Hua!ro dias como hóspede da inua, o *e!re da baleiaF e dura!e !odo o !empo em Hue ali permaeceu ficou imagiado Hue !ipo de !ubo poderia ser aHuele Hue se es!edia pelo !e!o# Toda *e> Hue a mulher dei/a*a a salaF ela o proibia de !ocá?lo# $asF cer!a *e>F Huado ela saiu de o*oF ele foi a!& a lmpadaF es!edeu as garras e pegou uma grade go!a do óleoF Hue p;s a l0gua# A go!a era !ão doce Hue ele repe!iu a operação e passou a !omar go!a após go!aF com a mesma rapide> com Hue ca0am# Toda*iaF eis Hue sua gacia achou essa rapide> mui!o pouca e ele se apro/imouF re!irou um pedaço do !ubo e o comeu# $al ha*ia fei!o issoF eis Hue uma grade golfada de óleo *a>ou a salaF apagou a lmpada e a própria cmara passou a mo*ime!ar?se *iole!ame!e de um lado para o ou!ro# 8sse mo*ime!o durou Hua!ro dias# Cor*o es!a*a pra!icame!e mor!o de fadigaF por causa do !err0*el ru0do Hue e/plodia ao seu redor dura!e !odo o !empo# $asF subi!ame!eF !udo se acalmou e a sala ficou paradaI pois Cor*o ha*ia rompido uma das ar!&rias do coração e a baleia morrera# A inua jamais re!orou# O corpo da baleia imergiu# $as agora Cor*o es!a*a preso# 8Hua!o imagia*a o Hue fariaF percebeu Hue dois homes co*ersa*amF mo!ados as cos!as do aimalF e Hue ha*iam decidido chamar !odas as pessoas do lugarejo para ajudá?los com a baleia# 8les logo coseguiram fa>er um furo a par!e superior do grade corpo ""# uado o furo es!a*a suficie!eme!e amploF e !odas as pessoas ha*iam ido embora com pedaços de careF Hue le*ariam para a !erra firmeF Cor*o saiu sem ser percebido# $as !ão logo ha*ia chegado ao soloF ele percebeu Hue ha*ia esHuecido seus gra*e!os ali de!ro# Tirou o casaco e a máscaraF e as pessoas logo *iram um pegueo homem egroF e*ol!o uma rid0cula pele de aimalF se apro/imar# 8las o obser*aram com curiosidade# O homem se ofereceu para ajudarF arregaçou as magas e p;s?se a !rabalhar#
Pouco depoisF uma das pessoas Hue !rabalha*am o i!erior da baleia gri!ou: G9ejam o Hue achei_ Tochas o *e!re da baleia_G Cor*o disse: G$eu .eusF isso & ruim_ $iha irmã cer!a fei!a me disse HueF Huado são eco!rados gra*e!os de!ro de uma baleia Hue as pessoas abriramF mui!as dessas pessoas *ão morrer_ Acho melhor fugir_G 8le bai/ou as magas e correu# As pessoas se apressaram a seguir?lhe o e/emplo# 8!ãoF apeas Cor*oF Hue acabou por *ol!arF !e*eF dura!e algum !empoF !udo para si n% Um dos mais impor!a!es e deliciosos mi!os da !radição /i!o0s!a do Japão Q já a!igo Huado iclu0doF o s&culo 9))) d# CF o Negistros de mat.rias antigas Q fala da re!irada da bela deusa do solF Ama!erasuF de sua celes!e resid6cia a pedra dura!e o primeiro per0odo cr0!ico do mudo# Tra!a?se de um e/emplo o Hual aHuele Hue & resga!ado relu!a# O deus da !empes!adeF Susao]oF irmão de Ama?!erasuF es!a*a agido de forma imperdoa*elme!e errada# 8 embora ela !i*esse fei!o as mais di*ersas !e!a!i*as de corrigi?lo e embora !i*esse es!edido o perdão bem al&m dos limi!esF ele co!iua*a a des!ruir seus campos de arro> e a poluir?lhe as is!i!uiçMes# Como isul!o fialF ele fe> um furo o !opo da sala de !ecer e fe> passar por ele um Gceles!e ca*alo malhado cujas cos!as ha*iam sido por ele esfoladasGF ca*alo cuja *isão le*ou as amas da deusaF Hue se acha*am ocupadas a preparação das augus!as *es!es das di*idadesF a ficarem alarmadas a po!o de morrerem de medo#
Figura !R% A ressurreição de siris
Ama!erasuF a!errori>ada com a *isãoF re!irou?se para uma ca*era celes!eF fechou a por!a a!rás de si e ali ficou# Tra!a*a?se de uma coisa !err0*elI pois o desaparecime!o permae!e do sul !eria implicado o fim do ui*erso Q o fimF a!es mesmo de o mudo !er começado a e/is!ir# Com o seu desaparecime!oF !odas as pla0cies ele*adas do c&uF assim como a !erra ce!ral de pla0cies de bambuF !oraram?se escuras# Os esp0ri!os maus promo*eram desordes em !odo o mudoF sobre*ieram i7meras afliçMes e as *o>es das mir0ades de di*idades eram como moscas *oado em !oro da Hui!a lua# Por issoF os oi!o milhMes de deuses reali>aram uma di*ia assembl&ia o lei!o de um !raHilo rio do c&u e pediram a um dos seus paresF a di*idade chamada )!rodu!or do Pesame!oF Hue cocebesse um plao# 8m coseH6cia de sua cosul!aF foram produ>idas mui!as medidas de di*ia eficáciaF e!re elas um espelhoF uma espada e uma *es!ime!aF Hue ser*iriam de oferedas# Uma ár*ore foi pla!ada e decorada com jóiasI foram le*ados galos capa>es de ca!ar e!erame!eI acederam?se fogueiras e foram reci!adas grades li!urgias# O espelhoF de mais de dois me!ros de comprime!oF foi colocado os ramos i!ermediários da ár*ore# 8 uma alegre e ruidosa daça foi reali>ada por uma jo*em deusa chamada U>ume# Os oi!o milhMes de di*idades es!a*am !ão co!e!es Hue seu riso echeu o ar e a pla0cie do c&u superior !remeu# A deusa do solF em sua ca*eraF ou*iu o barulho e ficou i!rigada# 8la es!a*a curiosaF Hueria saber o Hue se passa*a# Abrido ligeirame!e a por!a da di*ia resid6cia rochosaF ela falouF aida em seu i!erior: GPesei HueF graças ao meu afas!ame!oF a pla0cie celes!e ficaria =s escurasF assim como a !erra ce!ral das pla0cies de bambu: como e!ão U>ume fa> fes!as e os oi!o milhMes de deuses riemRG 8 U>ume disse: G-ejubilamo?os e os alegramos porHue há uma di*idade mais ilus!re Hue 9ossa Al!e>aG# uado U>ume assim fala*aF duas das di*idades pu/aram o espelho e o mos!raram respei!osame!e = deusa do solF Ama!erasuI dia!e dissoF elaF cada *e> mais surpresaF passou pouco a pouco pela por!a e obser*ou# Um poderoso deus !omou?lhe a augus!a mão e a codu>iu para foraI ou!ro passou uma corda de palha Kchamada shimena5a) por !rás delaF de um para o ou!ro lado da e!radaF e lhe disse: G2ão de*eis recuar mais do Hue isso_G .a0 por dia!eF !a!o a pla0cie do al!o c&u
como a !erra ce!ral de pla0cies de bambu !6m lu> u% O sol agora pode recolher?seF por algum !empoF !oda oi!e Q !al como o fa> a própria *idaF um re*igora!e sooI masF graças = augus!a shimena5a, ele & impedido de desaparecer de modo permae!e# O mo!i*o do sol como deusaF e ão como deusF & uma rara e preciosa remiisc6cia de um co!e/!o mi!ológico arcaicoF Hue já foiF apare!eme!eF difuso# A grade di*idade ma!eral do sul da Arábia & o sol femiioF Tla!# O !ermo alemão correspode!e a sol (die Sonne) & femiio# 8m !oda a Sib&riaF assim como a Am&rica do 2or!eF sobre*i*emF aHui e aliF his!órias sobre um sol femiio# 8 o co!o de fadas de Chapeu>iho 9ermelhoF Hue foi de*orada por um lobo mas resga!ada da barriga des!e pelo caçadorF podemos !er um eco remo!o da mesma a*e!ura de Ama!erasu# Permaecem !raços em mui!as !errasF mas apeas o Japão eco!ramos a mi!ologiaF grade o passadoF aida efe!i*a a ci*ili>açãoI pois a $iado & uma descede!e dire!a do e!o de Ama!erasu eF como aces!ral da casa realF & horada como uma das supremas di*idades da !radição acioal do /i!o0smo "(# Pode ser percebidoF em suas a*e!urasF um se!ime!o do mudo Hue difere das mi!ologiasF hoje mais bem cohecidasF do deus solar: uma cer!a !erura para com o admirá*el dom da lu>F uma ge!il gra!idão pelas coisas !oradas *is0*eis Q algo Hue de*e !er dis!iguidoF um diaF a disposição religiosa de mui!os po*os# -ecohecemos o espelhoF a espada e a ár*ore# O espelhoF Hue refle!e a deusa e Hue a fa> sair do augus!o repouso de sua di*ia ão?maifes!açãoF simboli>a o mudoF o campo da imagem refle!ida# 2eleF a di*idade se compra> em olhar sua própria glóriaF e esse pra>er &F em si mesmoF a idução ao a!o da maifes!ação ou GcriaçãoG# A espada & a co!rapar!e do relmpago# A ár*ore & o 8i/o do $udo em seu aspec!o de a!edime!o de desejosF de fru!ificação Q o mesmo aspec!o e/ibido os lares cris!ãos por ocasião do sols!0cio de i*eroF mome!o do ascime!o ou re!oro do solF um jubiloso cos!ume herdado do pagaismo germicoF Hue deu ao alemão modero a pala*ra femiia Sonne% A daça de U>ume e a balb7rdia dos deuses per!ecem ao cara*al: o mudo *irado de cabeça para bai/o pelo afas!ame!o da di*idade supremaF mas jubiloso pela reo*ação *idoura# 8 a shimena5a, a augus!a corda de palha es!edida por !rás da deusa Huado ela reapareceuF simboli>a a graça do milagre do re!oro da lu># 8ssa shimena5a . um dos mais cosp0cuosF impor!a!es e sileciosame!e eloHe!es s0mbolos !radicioais da religião folclórica do Japão# 8s!edida acima dos fro!isp0cios dos !emplosF fes!ejada pelas ruas Huado do fes!i*al de Ao?2o*oF ela deo!a a reo*ação do mudo o limiar do re!oro# Se a cru> cris!ã & o s0mbolo mais re*elador da passagem mi!ológica para o abismo da mor!eF a shimena5a . o id0cio mais simples da ressurreição# As duas represe!am o mis!&rio da fro!eira e!re os mudos Q a ie/is!e!e liha e/is!e!e# Ama!erasu & a irmã orie!al da grade )aaF a suprema deusa das a!igas !ábulas de carac!eres cueiformes da Sum&riaF cuja descida ao mudo iferior já acompahamos# )aaF )sharF As!ar!F Afrodi!eF 96us: eis os omes Hue lhe foram a!ribu0dos os sucessi*os per0odos cul!urais do dese*ol*ime!o ocide!al Q associadosF ão com o SolF mas com o plae!a Hue !ra> o seu ome eF ao mesmo !empoF com a ,uaF os c&us e a !erra f&r!il# 2o 8gi!oF ela se !orou a deusa da 8s!rela Ca0culaF S0riusF cujo reaparecime!o aual o c&u aucia*a a es!ação de eche!eF fru!ificadora da !erraF do rio 2ilo# )aaF como lembramosF desceu dos c&us para a região iferal de sua irmã?opos!oF a -aiha da $or!eF 8reshigal# 8 dei/ou a!rás de si sua mesageiraF 2ishuburF com is!ruçMes para sal*á?la caso ela ão re!orasse# 8la foi le*adaF desudaF dia!e dos se!e ju0>esI eles focali>aram seus olhos sobre elaF !rasformado?a um cadá*erF e o cadá*er Q como *imos Q foi ficado um pos!e# GPassaram?se !r6s dias e !r6s oi!es "1F 2ishuburF mesageira de )aaF Sua mesageira de pala*ras fa*orá*eisF Sua por!adora de pala*ras de apoioF 8cheu o c&u com Huei/as pelo seu desaparecime!oF Pediu por ela dia!e do sa!uário da assembl&iaF uscou em desespero ob!er ajuda a casa dos deuses# # # Como medigaF *es!iu?se por ela de forma bem simplesF Para o 8urF a casa de 8lilF so>iha se dirigiu#G 8is o i0cio do resga!e da deusa# )lus!ra o caso de algu&m Hue cohecia !ão bem a força da >oa em Hue es!a*a e!radoF Hue !omou a precaução de pro*ideciar seu próprio desper!ar# 2ishubur foi primeiro = casa do deus 8lilI mas es!e lhe disse HueF !edo )aa ido do grade mudo superior para o grade mudo iferiorF as se!eças do mudo iferior de*eriam ele pre*alecer# 8m seguidaF 2ishubur foi = casa do deus 2aaI mas o deus disse Hue ela ha*ia ido do grade mudo superior para o grade mudo iferior e HueF o mudo mais bai/oF as se!eças do mudo mais bai/o de*eriam pre*alecer# 2ishubur dirigiu?se ao deus 8iI e o deus 8i cocebeu um plao )5# 8le formou duas cria!uras asse/uadas e lhes cofiou o Galime!o da *idaG e a Gágua da *idaGF dado?lhes is!ruçMes para se dirigirem ao mudo iferior e espargirem esse alime!o e essa água o cadá*er suspeso de )aaF por sesse!a *e>es#
GSobre o cadá*er erguido sobre o pos!eF eles dirigiram o medo dos raios do fogoF Por sesse!a *e>es o alime!o da *idaF por sesse!a *e>es a água da *idaF eles o espargiramF )aa desper!ou# )aa sobe do mudo iferiorF Os AuáHuis fogemF 8 !odos do mudo iferior Hue possam !er descido pacificame!e para o mudo iferiorI uado )aa sobe do mudo iferiorF 8m *erdadeF os mor!os se apressam = sua fre!e# )aa sobe do mudo iferiorF Os peHueos dem;iosF como jucosF Os grades dem;iosF como barras po!iagudasF Camiham ao seu lado# uem camiha = sua fre!eF !ra> um bas!ão as mãosF uem camiha ao seu ladoF !ra> uma arma o Huadril# AHueles Hue a precedemF AHueles Hue precedem )aaF São seres Hue ão cohecem alime!oF Hue ão cohecem águaF ue ão comem da fariha de !rigo espargidaF ue ão bebem do *iho bebidoF ue !iram a esposa do lado do homemF ue !iram a criaça do seio da mãe Hue o u!re#G Cercada por essa fa!asmagórica e horreda mul!idãoF )aa *agou pela !erra da Sum&riaF de cidade em cidade G# 8sses !r6s e/emplos de áreas cul!urais amplame!e separadas e!re si Q Cor*oF Ama!erasu e )aa Q ilus!ram bem o au/0lio e/!ero# 8les mos!ramF os es!ágios fiais da a*e!uraF a co!iuidade da operação da força sobrea!ural au/iliar Hue !em acompahado o elei!o em !odo o curso de suas pro*as# Tedo sua cosci6cia sucumbidoF o icoscie!eF ão obs!a!eF produ> seus próprios eHuil0briosF e eis Hue o herói reasce para o mudo de ode *eio# 8m lugar de sal*ar seu egoF !al como ocorre o padrão da fuga mágicaF ele o perde eF o e!a!oF por meio da graçaF recebe?o de *ol!a# )sso os le*a = crise fial do percursoF para a Hual !oda a miraculosa e/cursão ão passou de prel7dio Q !ra!a?se da parado/al e supremame!e dif0cil passagem do herói pelo limiar do re!oroF Hue o le*a do reio m0s!ico = !erra co!idiaa# Seja resga!ado com ajuda e/!eraF orie!ado por forças i!eras ou carihosame!e codu>ido pelas di*idades orie!adorasF o herói !em de pee!rar ou!ra *e>F !ra>edo a b6ção ob!idaF a a!mosfera há mui!o esHuecida a Hual os homesF Hue ão passam de fraçMesF imagiam ser comple!os# 8le !em de efre!ar a sociedade com seu eli/irF Hue ameaça o ego e redime a *idaF e receber o choHue do re!oroF Hue *ai de Huei/as ra>oá*eis e duros resse!ime!os = a!i!ude de pessoas boas Hue dificilme!e o compreedem#
&% A $assagem $e*o *imiar do retorno Os dois mudosF di*io e humaoF só podem ser descri!os como dis!i!os e!re si Q difere!es como a *ida e a mor!eF o dia e a oi!e# As a*e!uras do herói se passam fora da !erra ossa cohecidaF a região das !re*asI ali ele comple!a sua joradaF ou apeas se perde para ósF aprisioado ou em perigoI e seu re!oro & descri!o como uma *ol!a do al&m# 2ão obs!a!e Q e !emos dia!e de ós uma grade cha*e da compreesão do mi!o e do s0mbolo QF os dois reios sãoF a realidadeF um só e 7ico reio# O reio dos deuses . uma dimesão esHuecida do mudo Hue cohecemos# 8 a e/ploração dessa dimesãoF *olu!ária ou relu!a!eF resume !odo o se!ido da façaha do herói# Os *alores e dis!içMes Hue parecem impor!a!es a *ida ormal desaparecem com a !errifica!e assimilação do eu aHuilo Hue a!es ão passa*a de al!eridade# Tal como as his!órias das ogresas caibaisF o !emor dessa perda da idi*iduação pessoal pode cofigurar?seF para as almas ão HualificadasF como !odo o ;us da e/peri6cia !rascede!al# $as a alma do herói a*aça com ousadia Q e descobre as bru/as co*er!idas em deusas e os dragMes em guardiães dos deuses# Toda*iaF sempre de*e res!arF do po!o de *is!a da cosci6cia *0gil ormalF uma cer!a icosis!6cia eigmá!ica e!re a sabedoria !ra>ida das profude>as e a prud6cia Hue cos!uma ser efica> o mudo da lu># .a0 decorre o di*órcio comum e!re o opor!uismo e a *ir!udeF e a resul!a!e degeeresc6cia da e/is!6cia humaa# O mar!0rio & para os sa!osF mas as pessoas comus !6m suas is!i!uiçMesF Hue ão podem dei/ar Hue cresçam como l0rios o campoI Pedro co!iua a sacar da espadaF !al como o jardimF para defeder o criador e ma!eedor do
mudo"E# A b6ção !ra>ida das profude>as !rascede!es !ora?se racioali>adaF rapidame!eF em ão? e/is!6ciaF e aume!a em mui!o a ecessidade de ou!ro herói para reo*ar a pala*ra
Figurei !!% ressurgimento do her>i+ Sansão com as $ortas do tem$*oB risto ressuscitadoB Yonas%
Como esiar de o*oF co!udoF o Hue ha*ia sido esiado corre!ame!e e apredido de modo err;eo um milhão de *e>esF ao logo dos mil6ios da masa loucura da humaidadeR 8is a 7l!ima e dif0cil !arefa do herói# Como re!radu>irF a le*e liguagem do mudoF os prouciame!os das !re*asF Hue desafiam a falaR Como represe!arF uma superf0cie bidimesioalF ou uma imagem !ridimesioalF um se!ido mul!idimesioalR Como e/pressarF em !ermos de GsimG e GãoGF re*elaçMes Hue codu>em = fal!a de se!ido !oda !e!a!i*a de defiir pares de opos!osR Como comuicarF a pessoas Hue isis!em a e*id6cia e/clusi*a dos próprios se!idosF a mesagem do *a>io gerador de !odas as coisasR $ui!os fracassos compro*am as dificuldades prese!es esse limiar Hue afirma a *ida O primeiro problema do herói Hue re!ora cosis!e em acei!ar como realF depois de !er passado por uma e/peri6cia da *isão de comple!e>aF Hue !ra> sa!isfação = almaF as alegrias e !ris!e>as passageirasF as baalidades e ruidosas obsceidades da *ida# Por Hue *ol!ar a um mudo dessesR Por Hue !e!ar !orar plaus0*elF ou mesmo i!eressa!eF a homes e mulheres cosumidos pela pai/ãoF a e/peri6cia da bem?a*e!uraça !rascede!alR Assim como sohos Hue se afiguraram impor!a!es = oi!e podem parecerF = lu> do diaF meras !olicesF assim !amb&m o poe!a e o profe!a podem descobrir?se bacado os idio!as dia!e de um j7ri de sóbrios olhos# O mais fácil & e!regar a comuidade i!eira ao dem;io e par!ir ou!ra *e> para a celes!e habi!ação rochosaF fechar a por!a e ali se dei/ar ficar# $as se algum obs!e!ra espiri!ual !i*erF esse e!re!empoF es!edido a shimena5a em !oro do ref7gioF e!ão o !rabalho de represe!ar a e!eridade o plao !emporalF e de perceberF es!eF a e!eridadeF ão pode ser e*i!ado# A his!ória de -ip *a ile & um e/emplo da si!uação delicada do herói Hue re!ora# -ip passou para o reio a*e!uroso sem !er cosci6cia dissoF !al como o fa>emosF !oda oi!eF Huado *amos dormir# 2o soo profudoF declaram os hidusF o eu se acha um es!ado de uidade e de bem?a*e!uraçaI assim sedoF o soo profudo & chamado es!ado cogi!i*o "Z# $as embora sejamos re*igorados e reeergi>ados por essas *isi!as
o!uras =s !re*as?fo!eF ossa *ida ão & reformada por elasI re!oramosF !al como -ipF sem ada para mos!rar dessa e/peri6ciaF al&m das barbas# G8le procurou sua armaF mas eco!rouF em lugar da limpa e bem?lubr0ficada espigardaF um *elho mosHue!e Hue ja>ia ao seu ladoF com o cao eferrujadoF o fecho ca0do e a coroha des!ru0da# ## uado se le*a!ou para camiharF *iu?se com as peras bambasF Hueredo *ol!ar = sua eergia usual# # # uado se apro/ima*a da cidadeF eco!rou algus homesF mas ehum cohecidoI isso o dei/ou um !a!o surpresoF pois julga*a?se bem relacioado com !odas as pessoas do lugar# Suas *es!es !amb&m eram difere!es daHuelas com as Huais ele se acos!umara# Todos o olharam com a mesma e/pressão de surpresaF eF sempre Hue fi/a*am os olhos sobre eleF i*aria*elme!e alisa*am o Huei/o# A repe!ição cos!a!e do ges!o idu>iu -ipF i*olu!ariame!eF a imi!á?losF o Hue o le*ou a descobrirF para seu espa!oF Hue agora !iha uma barba de !ri!a ce!0me!ros# # # Começou a acredi!ar Hue ele e o mudo ao seu redor só podiam es!ar efei!içados# # # GO surgime!o de -ipF com sua loga barba grisalhaF a espigarda eferrujadaF as roupas ul!rapassadas e o ba!alhão de mulheres e criaças Hue se aco!o*elaram os seus calcaharesF logo a!raiu a a!eção dos pol0!icos Hue se acha*am a !a*era# 8les o cercaramF olhado?o dos p&s = cabeçaF com grade curiosidade# O orador se apro/imou dele eF afas!ado?o um pouco dos demaisF pergu!ou?lhe de Hue lado ele es!a*a# -ip o ecarouF com a es!upefação gra*ada os olhos# Ou!ro sujei!oF peHueio mas a!i*oF !omou?lhe o braço eF le*a!ado?se as po!as dos p&sF pergu!ou?lheF ju!o = orelhaF se ele era um federalis!a XrepublicaoY ou um democra!a# -ip !amb&m ão e!edeu ada do Hue lhe pergu!a*a o sujei!iho# 8is Hue um *elho ca*alheiroF com ar de sabedoria e presuçãoF Hue !ra>ia a cabeça um chap&u de abas po!iagudasF abriu camiho e!re a mul!idãoF afas!ado as pessoas com os ombros coforme a*aça*aF e pla!ou?se dia!e de 9a ile Q com uma das mãos os Huadris e a ou!ra apoiada a begalaI com os pee!ra!es olhos e o aguloso chap&u !omado co!a daHuela pobre almaI Q pergu!ou?lheF em !om aus!eroF o Hue o ha*ia le*ado =s eleiçMes com uma arma os ombros e uma mul!idão os calcahares e se ele pre!edia promo*er desordes o *ilarejo# W.e forma algumaF meus sehoresWF e/clamou -ipF um !a!o desaimado# WSou um pobre e pac0fico homemF ascido aHuiF um leal ser*o do rei# .eus o sal*e_W G8is Hue se ele*ou dos circus!a!es um clamor: WUm coser*adorF um coser*ador_ Um espião_ Um refugiado_ 8/pulsem?o_ ora com ele_W Com grade dificuldadeF o presuçoso ca*alheiro com o chap&u de abas po!iagudas coseguiu res!abelecer a ordem#G %[ Pior do Hue o des!io de -ip & o rela!o do Hue ocorreu com o herói irlad6s Oisi Huado do seu re!oroF após uma loga jorada com a filha do -ei da Terra da Ju*e!ude# Oisi se sa0ra melhor Hue o pobre -ip# 8le ha*ia descido coscie!eme!e KacordadoL ao reio do icoscie!e Ksoo profudoL e ha*ia icorporado os *alores da e/peri6cia sublimiar em sua persoalidade *0gil# Ocorrera uma !rasmu!ação# Precisame!e em fução dessa circus!cia al!ame!e desejá*elF foram maiores os perigos Hue e*ol*eram seu re!oro# Como !oda a sua persoalidade ha*ia sido compa!ibili>ada com as forças e formas da i!emporalidadeF !udo ele era refu!ado e a!igido pelo impac!o das formas e forças do !empo# OisiF filho de i $acCoolF um dia caça*a com seus compaheiros as flores!as de 8riF Huado a filha do -ei da Terra da Ju*e!ude se apro/imou dele# Os homes de Oisi se ha*iam adia!ado com a caça do diaF dei/ado seu mes!re so>iho com os !r6s cães# 8 o mis!erioso ser lhe ha*ia aparecido um belo corpo de mulherF mas com cabeça de porco# 8la declarou Hue sua cabeça se eco!ra*a assim graças a um fei!iço de um druidaF Hue prome!era Hue isso cessaria !ão logo Oisi a desposasse# GemF se & es!e o es!ado em Hue *os eco!raisGF disse eleF Ge se casar comigo *os liber!ar do fei!içoF ão *os dei/arei com a cabeça de porco por mais !empo#G Sem delogasF a cabeça de porco desapareceu e o casal se dirigiu para Tir a ?OgF a Terra da Ju*e!ude# Oisi morou aliF como reiF dura!e mui!os aos feli>es# $as um dia *ol!ou?se para sua oi*a sobrea!ural e declarou: GQ oje eu gos!aria de es!ar em 8ri para *er meu pai e seus compaheiros# GQ Se o fi>erdes Q disse?lhe a esposa QF e puserdes os p&s a !erra de 8riF jamais re!orareis para mim e *os !omareis um *elho cego# ua!o !empo julgais !er?se passado desde Hue aHui chegas!esR GQ Cerca de !r6s aos Q disse Oisi# GQ São passados !re>e!os aos Q disse ela Q desde Hue aHui chegas!es comigo# Se isis!irdes em ir a 8riF dar?*os?ei esse ca*alo bracoI mas se dele apeardes ou se pisardes o solo de 8ri com *ossos p&sF o ca*alo *ol!ará imedia!ame!e e ficareis ode ele *os dei/arF como um pobre *elho# GQ 2ão !emaisF eu *ol!arei Q disse Oisi# Q 2ão !eho eu boa ra>ão para re!orarR .e*o *er meu pai e meu filho e meus amigos de 8r0 mais uma *e>I de*o pelo meos olhá?los por um mome!o# G8la lhe preparou o ca*alo e disse: GQ 8s!e ca*alo *os codu>irá Huado o desejardes# GOisi ca*algou sem parar a!& chegar ao solo de 8riI e ele seguiu a!& alcaçar `oc Pa!ricF em $us!erF ode *iu um homem cuidado de *acas# 2o campo ode as *acas pas!a*amF ha*ia uma grade pedra cha!a# GQ Poderias *ir aHui Q disse Oisi ao criador Q e afas!ar essa pedraR GQ 2a *erdadeF ão Q disse o criador QF pois ão a posso le*a!arF em com *i!e homes como eu#
GOisi dirigiu?se a!& a pedra eF icliado?se para alcaçá?laF pegou?a com uma das mãos e a afas!ou# .ebai/o da pedra es!a*a o grade chifre dos feiaos (0ora0u), eroladoF como uma cocha marihaI e a regra de!ermia*a HueF Huado HualHuer feiao de 8ri !ocasse o 0ora0u, os ou!ros para ali acorreriam de ode Huer Hue se eco!rassem o pa0s aHuele mome!o %"# GQ Podes me passar esse chifreR Q pediu Oisi ao criador# GQ 2ão Q disse es!e QF em eu em mui!os come eu podem le*a!á?lo do solo# G8!ão Oisi apro/imou?se do chifre eF icliado?seF !omou?o as mãosI masF de !ão asioso por !ocá?loF ele se esHueceu de !udo e !ermiouF ao mo*ime!ar?seF por ecos!ar um dos p&s o solo# 2o miu!o segui!eF o ca*alo desapareceu e Oisi ficou sobre o soloF *elho e cego#G %% A correspod6cia de um ao o Para0so com cem aos a e/is!6cia !errea . um mo!i*o mi!ológico bem cohecido# A duração de cem aos sigifica a !o!alidade# Os !re>e!os e sesse!a graus da circufer6cia !6m o mesmo sigificadoI ra>ão por Hue os Puraas hidus represe!am um ao dos deuses como eHui*ale!e a !re>e!os e sesse!a aos dos homes# .o po!o de *is!a dos ol0mpicosF era após era da his!ória !errea !rascorreF de modo HueF ode os homes *6em apeas a mudaça e a mor!eF os bem?a*e!urados co!emplam a forma imu!á*elF o mudo sem fim# $as o problema reside em ma!er esse po!o de *is!a dia!e de uma dor ou pra>er !erreos imedia!os# O sabor dos fru!os do cohecime!o !emporal afas!a a coce!ração do esp0ri!o do ce!ro da era para a crise perif&rica do mome!o# O eHuil0brio da perfeição & perdidoF o esp0ri!o fraHueja e o herói cai# A id&ia do ca*alo isola!eF Hue e*i!a o co!a!o dire!o do herói com a !erra eF o e!a!oF permi!e?lhe camihar e!re os po*os do mudoF & um *i*ido e/emplo da precaução Hue cos!uma ser !omada pelos por!adores da força superormal# $o!e>umaF imperador do $&/icoF jamais colocou os p&s a !erraI sempre foi carregado os ombros de obres eF ode Huer Hue descesseF era?lhe es!edido aos p&s um rico !ape!eF por ode camiha*a# .e!ro do seu palácioF o rei da P&rsia camiha*a sobre !ape!es ode igu&m mais puha os p&sI fora do palácioF jamais foi *is!o a camiharF mas apeas de carruagem ou a ca*alo# A!igame!eF em os reisF em a mãe do reiF em as raihas de Ugada camiha*am fora dos espaçosos ambie!es em Hue residiam# uado sa0amF eram carregados pelos homes do clã do 7faloF Hue acompaha*am em grade 7mero !odas essas persoages reais uma jorada e se re*e>a*am para carregá?las# O rei se!a*a?se sobre o pescoço do carregadorF com uma pera sobre cada ombro e com os p&s sob os braços daHuele# uado o carregador real casa*aF coloca*a o rei sobre os ombros de ou!ro homem sem permi!ir Hue os p&s reais !ocassem o solo %'# Sir James @eorge ra>er e/plicaF da forma resumida a seguirF o fa!o deF em !odos os ca!os da TerraF a di*ia persoagem ão poder !ocar o solo com os p&s: GAo Hue pareceF a sa!idadeF a *ir!ude mágicaF o !abu ou como Huer Hue se chame essa mis!eriosa Hualidade Hue se supMe e/is!ir as pessoas sagradas ou i!erdi!asF & cocebida pelo filósofo primi!i*o como uma subs!cia f0sica ou fluidoF com Hue o homem sagrado & carregadoF !al como a garrafa de ,eNde & carregada de ele!ricidadeI eF e/a!ame!e como a ele!ricidade co!ida a garrafa pode ser descarregada por meio do co!a!o com um bom codu!orF assim !amb&m a sa!idade ou *ir!ude mágica co!ida o homem pode ser descarregada e dreada por meio do co!a!o com a !erraF a Hual ser*eF essa !eoriaF de e/cele!e codu!or do fluido mágico# .a0 porHueF para preser*ar a carga da perdaF a persoagem sagrada ou i!erdi!a de*e ser cuidadosame!e impedida de !ocar o soloI em !ermos de ele!ricidadeF ela de*e ser isoladaF para Hue ão seja es*a>iada da subs!cia ou fluido preciosos com HueF a Hualidade de redomaF se acha preechida a!& a borda# 8F em mui!os casosF o isolame!o da pessoa i!erdi!a & recomedadoF ao Hue pareceF como uma precauçãoF ão apeas em seu próprio beef0cioF como em beef0cio dos ou!rosI pois sedo a *ir!ude da sa!idadeF por assim di>erF um poderoso e/plosi*oF Hue pode ser de!oado pelo mais le*e !oHueF & ecessárioF o i!eresse da seguraça de !odosF ma!6?la de!ro de es!rei!os limi!esF para impedi?la deF ao sair daliF ser de!oadaF pro*ocar uma e/plosão e des!ruir !udo o Hue es!i*er em co!a!o com elaG %(# áF sem d7*idaF uma jus!ifica!i*a psicológica para !omar essa precaução# O igl6s Hue se *es!e para ja!ar as flores!as da 2ig&ria *6 se!ido aHuilo Hue fa># O jo*em ar!is!a de su0ças o *es!0bulo do -i!> !erá pra>er em e/plicar sua idiossicrasia# A grade separa o homem do p7blico# Uma freira do s&culo usa um hábi!o da )dade $&dia# A esposa & mais ou meos isolada pela aliaça Hue !ra> o dedo# Os co!os de # Somerse! $augham descre*em as me!amorfoses Hue sobre*6m aos por!adores da carga do homem braco Hue egligeciarem o !abu do smo7ing% $ui!as caçMes folclóricas dão !es!emuho dos perigos e*ol*idos o sio Huebrado# 8 os mi!os Q por e/emploF aHueles Hue O*0dio reuiu em seu grade comp6dioF /etamor6oses Q co!am repe!idas *e>es as choca!es !rasformaçMes Hue sobre*6m Huado o isolame!o e!re um ce!ro de força al!ame!e coce!rada e o campo de força iferior do mudo circuda!e & subi!ame!e re!irado sem as de*idas precauçMes# Segudo o coju!o de co!os eca!ados dos cel!as e germicosF um gomo ou elfo Hue for surpreedido do lado de fora pelo ascer do sol será !rasformado imedia!ame!e uma *ara ou pedra#
O herói Hue re!oraF para comple!ar sua a*e!uraF de*e sobre*i*er ao impac!o# -ip *a ile jamais soube o Hue e/perime!araI seu re!oro foi uma bricadeira# Oisi sabiaF mas perdeu a coce!ração e por isso fracassou# `amar al?\ama !e*e melhor des!io# 8le e/perime!ou desper!o a bem?a*e!uraça do soo profudo e re!orou = lu> do diaF após sua icr0*el a*e!uraF com um !alismã !ão eloHe!eF Hue foi capa> de ma!er a au!ocofiaça dia!e de !odas as desilusMes coformadoras# 8Hua!o ele dormia em sua !orreF os dois JiF .ahash e $aNmuahF !raspor!aramF da dis!a!e ChiaF a filha do Sehor das )lhas e dos $ares e dos Se!e Palácios# Seu ome era pricesa udur# 8 eles colocaram a jo*em para dormir ao lado do pr0cipe persaF a mesma cama# Os Ji descobriram o ros!o do casal e perceberam serem eles iguais a g6meos# GPor AláGF declarou .ahash# G$iha sehoraF miha amada & mais boi!a#G $as $aNmuahF o esp0ri!o femiioF Hue ama*a `amar al?\amaF replicou: G.e forma algumaF meu amado o &G# 8 eles discu!iramF a!acado e co!ra?a!acadoF a!& Hue .ahash sugeriu Hue buscassem um jui> imparcial# $aNmuah esca*ou a !erra com suas pa!as e dali saiu um )fri! cego de um olhoF corcudaF de pele es!ragadaF cujos olhos sa0am das órbi!as e lhe desciam pela faceI a cabeçaF ha*ia se!e chifresI Hua!ro !racas lhe a!igiam os calcaharesI as mãos eram como forcados e as perasF como pos!esI as uhas eram como garras de leão e os p&sF como pa!as de um aso sel*agem# O mos!ro beijou respei!osame!e o solo dia!e de $aNmuah e pergu!ou?lhe o Hue ela deseja*a# )s!ru0do de Hue seria o jui> Xda bele>aY dos dois jo*es Hue ali ja>iamF cada Hual com um dos braços em *ol!a do pescoço do ou!roF ele os obser*ou dura!e logo !empoF mara*ilhado?se com a sua bele>aF *ol!ou?se para $aNmuah e deu o *eredic!o: GPor AláF se desejardes a *erdadeGF disse eleF Gos dois são de igual bele>a# 2ão posso escolher e!re elesF !edo em *is!a serem um homem e uma mulher# $as !eho ou!ra id&iaF Hue cosis!e em desper!ar um de cada *e>F sem Hue disso o ou!ro !eha cohecime!oF e aHuele Hue se mos!rar mais eamorado será cosiderado iferior em bele>a#G ou*e acordo# .ahash !rasformou?se em pulga e picou o pescoço de `amar al?\ama# .esper!adoF o jo*em passou a mão sobre o local da picadaF coçado?o por causa do ardorF eF eHua!o fa>ia issoF *irou?se ligeirame!e para o lado# 9iuF dei!ado ao seu ladoF algo cujo háli!o era mais doce Hue o alm0scar e cuja pele era mais macia Hue o creme# $ara*ilhadoF le*a!ou?se# Obser*ou mais a!e!ame!e o Hue ha*ia ao seu lado e percebeu Hue era uma jo*em igual a uma p&rola ou sol brilha!eF !al como uma abóbada impoe!eF *iha de logeF pro!egida por uma bem cos!ru0da embalagem# `amar al?\ama !e!ou desper!á?laF mas .ahash a ha*ia colocado em profud0ssimo soo# O jo*em balaçou? lhe o corpo# GBF amada mihaF desper!a e fi!a?meGF disse ele# $as ela seHuer se me/eu# `amar al?\ama imagiou Hue udur fosse a mulher a Huem seu pai deseja*a ui?lo e se!iu grade asiedade# $as !emia Hue seu sehor se achasse ocul!o em algum lugar da salaF ma!edo?o sob obser*açãoF e se co!rolouF co!e!ado?se em re!irar?lhe o ael?sie!e do delicado dedo e em colocá?lo em seu próprio dedo# 8!ãoF o )fri! o fe> *ol!ar ao soo#
Gra3ura XQI% A deusa eoa >smica, segurando o So* (ndia setentriona*)%
em di*ersa da de `amar al?\ama foi a a!i!ude de udur# 8la ão pesa*a em !emia Hue hou*esse ali algum obser*ador# Al&m dissoF $aNmuahF Hue a ha*ia acordadoF agira com mal0cia femiia e a picara um local bem delicado da peraF Hue ardeu dolorosame!e# A belaF obre e gloriosa udurF descobrido sua co!rapar!e masculia ao seu ladoF percebedo Hue ele já lhe ha*ia !omado o aelF *edo?se icapa> Huer de acordá?lo ou de imagiar o Hue ele lhe fi>eraF e !omada de pai/ãoF assal!ada pelas emoçMes i!esas Hue se apossa*am do seu corpoF perdeu comple!ame!e o co!role e a!igiu o auge de uma desesperada pai/ão# GA lu/7ria dela se apossouF pois o desejo das mulheres & bem mais poderoso Hue o desejo dos homesF e ela se!iu? se e*ergohada com sua própria ousadia# 8 ela lhe !irou o ael?sie!e do dedo e o p;s em seu próprio dedoF subs!i!uido o ael Hue ele lhe ha*ia !omadoF e p;s?se a beijar?lhe os lábios e as mãos e ão hou*e par!e dele Hue ão beijasseI depois dissoF ela o acomodou ao pei!o e o abraçou eF podo uma das mãos em *ol!a do pescoço e a ou!ra sob as a/ilasF aihou?se ju!o a ele e adormeceu ao seu lado#G Assim sedoF .ahash perdeu a demada# udur foi de*ol*ida = Chia# 2a mahã segui!eF Huado acordaramF os dois jo*es !iham !oda a sia a separá?losI *ol!aram?se de um lado para ou!roF mas ão eco!raram igu&m# 8les chamaram os respec!i*os criadosF espacaram e ma!aram mui!a ge!e e ficaram i!eirame!e possessos# `amar al?\ama foi !omado de um for!e !orporI seu paiF o reiF se!ou?se = cabeceira do seu lei!oF chorado e lame!ado?se por eleF e jamais se afas!ou daliF oi!e e dia# $as a pricesa udur precisou ser amarradaI com uma corre!e de ferro em !oro do pescoçoF !e*e de ser presa a uma das jaelas do palácio %1# O eco!ro e a separaçãoF apesar de !odo o e/agero Hue aHui os e*ol*eF são !0picos dos sofrime!os do amor# Pois Huado um coração isis!e em seguir o seu des!ioF resis!ido =s recomedaçMes geerali>adas para
Hue se abradeF a agoia & gradeF assim como o & o perigo# Toda*iaF !erão sido pos!as em mo*ime!o forças Hue es!ão al&m da capacidade de recohecime!o dos se!idos# SeH6cias de e*e!os dos Hua!ro ca!os do mudo gradualme!e se re7emF e milagres de coicid6cia le*am a cabo o ie*i!á*el# O ael !alismico resul!a!e do eco!ro da alma com sua me!adeF o local da reuiãoF represe!a o fa!o de o coração es!ar coscie!e daHuilo Hue escapou a -ip *a ileI represe!aF igualme!eF uma co*icção da me!e *0gil de Hue a realidade do profudo ão & desme!ida pelo co!idiao# Tra!a?se de um id0cio da ecessidade do herói de reuir seus dois mudos# O res!o da loga his!ória de `amar al?\ama & um rela!o da le!aF por&m prodigiosaF operação de um des!io Hue foi co*ocado a *i*er# 2em !odos !6m um des!io: apeas o herói Hue es!edeu a mão para !ocá?lo e coseguiu re!orar Q !ra>edo o ael#
% Senhor dos dois mundos A liberdade de ir e *ir pela liha Hue di*ide os mudosF de passar da perspec!i*a da aparição o !empo para a perspec!i*a do profudo causai e *ice?*ersa Q Hue ão co!amia os pric0pios de uma com os da ou!ra eF o e!a!oF permi!e = me!e o cohecime!o de uma delas em *ir!ude do cohecime!o da ou!ra Q & o !ale!o do mes!re# O .açario CósmicoF declara 2ie!>scheF ão se ma!&m pesadame!e o mesmo lugarI masF com alegria e le*e>aF gira e muda de posição# V poss0*el falar apeas de um po!o por *e>F mas isso ão i*alida o Hue se percebe os demais# Os mi!os ão cos!umam aprese!ar uma 7ica imagem !odo o mis!&rio do li*re !rsi!o# uado o aprese!amF o mome!o & um precioso s0mboloF cheio de impor!ciaF a ser !ra!ado como um !esouro e co!emplado# Um desses mome!os foi a Trasfiguração de Cris!o: GTomou Jesus cosigo a PedroF e a TiagoF e a JoãoF seu irmãoF e os le*ou em par!icular a um al!o mo!e e ali !rasfigurou?seF dia!e deles: e o seu ros!o respladeceu como o sol e suas *es!es se !oraram bracas como a lu># 8 eis Hue lhes apareceram $ois&s e 8liasF falado com ele# 8 PedroF !omado a pala*raF disse a Jesus: SehorF bom & es!armos aHuiI se HuiseresF façamos aHui !r6s !aberáculosI um para !iF um para $ois&s e um para 8lias%5# 8 es!ado ele aida a falarF eis Hue uma u*em lumiosa os cobriu: e dela saiu uma *o> Hue di>ia: 8s!e & o meu amado ilhoF em Huem me compra>oI escu!ai?o# 8 os disc0pulosF ou*ido issoF ca0ram sobre seu ros!o e !i*eram grade !emor# 8 Jesus apro/imou?se e os !ocouF di>edo: ,e*a!ai?*os e ão !emais# 8 erguedo eles os olhosF igu&m *iram seão uicame!e a Jesus# 8 descedo eles do mo!eF Jesus lhes ordeou: A igu&m co!eis a *isãoF a!& Hue o ilho do homem seja ressusci!ado dos mor!osG %D# 8is !odo o mi!o um mome!o: JesusF o guiaF o camihoF a *isão e o compaheiro do re!oro# Os disc0pulos são os iiciadosF aida ão domiam o mis!&rioF mas são i!rodu>idos a e/peri6cia !o!al do parado/o dos dois mudos em um# Pedro foi !omado de !al !emorF Hue balbuciou %E# A care dissol*era?se dia!e dos seus olhos para re*elar a Pala*ra# 8les ca0ram sobre seu ros!o eF Huado se ergueramF a por!a !orara a se fechar# .e*e?se obser*ar Hue esse mome!o e!ero !em um alcace mui!o mais amplo Hue a reali>ação rom!ica do próprio des!io idi*idual por par!e de `amar al?\ama# AHui !emosF ão apeas uma majes!osa passagemF de ida e de *ol!aF pelo limiar do mudoF mas a reali>ação de uma pee!ração mais profudaF mui!o mais Hue profudaF das profude>as# O des!io idi*idual ão & o mo!i*o e o !ema dessa *isãoI pois a re*elação foi fei!a dia!e de !r6s !es!emuhasF e ão de uma 7ica: ão pode ela ser sa!isfa!oriame!e elucidada em meros !ermos psicológicos# Com efei!oF uma !al elucidação de*e ser descar!ada# Podemos du*idar da ocorr6cia fac!ual dessa cea# $as isso ão os ajudará mui!oI pois es!aremos *ol!adosF esse mome!oF para problemas de simbolismoF e ão de his!oricidade# 2ão os impor!a mui!o se -ip *a ileF `amar al?\ama ou Jesus Cris!o realme!e e/is!iram# Suas hist>rias cos!i!uem osso obje!o: e essas his!órias se acham !ão amplame!e difudidas pelo mudo Q *iculadas a *ários heróis de *árias !erras Q Hue a Hues!ão de saber se esse ou aHuele por!ador local do !ema ui*ersal pode ou ão !er sido um homem realF his!óricoF & secudária# A 6fase o eleme!o his!órico pro*ocará cofusãoI apeas ser*irá para obscurecer a mesagem Hue o Huadro re*ela# ual &F e!ãoF o po!o essecial da imagem da !rasfiguraçãoR 8is o Hue de*emos pergu!ar# $as para Hue a possamos !ra!ar em !ermos ui*ersaisF em *e> de par!ir de sec!arismosF de*emos re*er mais um e/emploF igualme!e celebradoF do e*e!o arHue!0pico em pau!a# O !recho a seguir & re!irado da GCação do SehorG hiduF o 4haga3ad'gita "% O SehorF o belo jo*em `rishaF & uma ecaração de 9ishuF o .eus Ui*ersalI o pr0cipe Arjua & seu disc0pulo e amigo# .isse Arjua: GB SehorF se julgas Hue sou capa> de co!emplar?TeF ó mes!re dos mes!resF re*ela?me Teu Ser )mu!á*elG# .isse o Sehor: GCo!empla?meF Um sóF em ce!eas e milhares de formas Q difere!es e *ariad0ssimasF m7l!iplas e di*ias# Obser*a os deuses e ajosI obser*a os mui!os prod0gios Hue igu&m a!& hoje *iu# Obser*a aHui hoje !odo o ui*ersoF o aimado e o iaimadoF e !udo mais Hue desejares *erF resumido o
meu corpo# Q $as ão podes *er?me com !eus olhos ma!eriais# Para issoF cocedo?!e a *isão espiri!ualI co!emplaF agoraF miha gloriosa orça $0s!icaG# Tedo di!o issoF o grade Sehor da ioga re*elou a Arjua sua suprema forma como 9ishuF Sehor do Ui*erso: com mui!as faces e olhosF e/ibido mui!as *isMes prodigiosasF efei!ado por mui!os ora!os celes!iaisF bradido mui!as di*ias armasI usado guirladas e *es!es celes!iaisF u!ado com di*ias fragrciasF !odo mara*ilhosoF respladece!eF ilimi!ado e com faces por !odos os lados# Se a radicia de mil sóis se coce!rasse um 7ico brilho e surgisse o c&uF assim seria o espledor do Todo?Poderoso# AliF a pessoa do .eus dos deusesF Arjua co!emplou !odo o ui*ersoF com suas m7l!iplas di*isMesF !odas reuidas uma só forma# 8!ãoF arreba!ado e com os cabelos arrepiadosF Arjua fe> uma re*er6ciaF icliado?se dia!e do SehorF ju!ou as mãos em pos!ura de oração e dirigiu?se ao Al!0ssimo: G8m Teu corpoF ó .eusF co!emplo !odos os deuses e !odas as hos!es de seres Q o Sehor rahmaF se!ado a posição de ló!usF !odos os pa!riarcas e serpe!es celes!iais# Co!emplo?Te com mir0ades de braços e *e!resF mir0ades de faces e olhosI co!emplo?Te o ser ifii!oF mas ão Te *ejo o fimF o meio ou o pric0pio# B Sehor do Ui*ersoF ó orma Ui*ersal_ Co!emplo?Te irradiadoF de !odos os ladosF *i*a lu>F com a coroaF o ce!ro e o discoF !ão for!eme!e como o fogo arde!e e o sol ofusca!eI co!emplo?Te o brilhoF Hue ul!rapassa !odas as medidas e Hue mal posso co!emplar# Vs a o!e Suprema do Ui*ersoI &s o imor!al @uardião da ,ei 8!eraI &sF creio euF o Ser PrimaiG# 8ssa *isão se maifes!ou aos olhos de Arjua um campo de ba!alhaF pouco a!es de soar o primeiro clarim co*ocado para o comba!e# Tedo o .eus como codu!or do carroF o grade pr0cipe o ha*ia le*ado para o ce!ro do campo de ba!alhaF e!re os dois po*os pro!os a iiciá?la# Os e/&rci!os do pr0cipe se acha*am reuidos co!ra os de um primo usurpadorI mas e!ão ele *iuF as fileiras do iimigoF i7meros homes a Huem cohecia e ama*a# As forças lhe fal!aram# GAi de ósGF disse ele ao di*io codu!orF GHue es!amos pro!os a come!er um grade pecadoF pro!os a ma!ar ossos próprios pare!es para sa!isfa>er o desejo de dom0io de um reio_ 8u preferiria esperar Hue os filhos de .hri!arash!raF de armas a mãoF me dessem o golpe mor!alF desarmado e sem resis!ir# 2ão lu!arei#G $as o deus o ecorajouF re*elado?lhe a sabedoria do SehorF re*elado? lhe depois a segui!e *isão Q Hue o pr0cipe co!emplouF !omado de es!upor: ão apeas seu amigo se ha*ia !rasformado a persoificação *i*a da o!e do Ui*ersoF como os heróis dos dois e/&rci!os es!a*am sedo le*ados pelo *e!o para as i7meras e !err0*eis bocas da di*idade# Arjua e/clamouF !omado de horror: Guado *ejo Tua forma abrasadoraF Hue !oca o c&u e e/ibe milhares de cores respladece!esF Huado Te *ejo com a boca aber!a e com Teus grades olhos flameja!esF o mais profudo da miha alma !remeF !omado pelo !emorF e ão eco!ro coragem ou pa>F ó 9ishu_ uado Te co!emplo as bocas espalhado o !error com suas presasF como o fogo do TempoF Hue a !udo cosomeF perco os se!idos e ão eco!ro sossego# S6 misericordiosoF Sehor dos .eusesF $orada do Ui*erso_ Todos esses filhos de .hri!arash!raF ju!ame!e com a mul!idão de moarcas e rishmaF .roa e `araF assim como os geerais do osso e/&rci!oF e!ram precipi!adame!e em Tuas crispadas e !err0*eis bocas Q Hue mal cosigo co!emplar# AlgusF *ejo !ri!urados pelos Teus de!esF com a cabeça !rasformada em pó# Como as !orre!es de mui!os rios dirigido?se ao oceaoF assim !amb&m os heróis do mudo mor!al precipi!am?se em Tuas arde!es bocas impiedosas# Como moscasF *oado = lu> da *ela para em seu fogo perecerF assim !amb&m essas cria!uras rapidame!e se precipi!am em Tuas bocas para eco!rar o próprio fim# Cerras Teus lábiosF de*orado !odos os mudosF de !odos os ladosF com Tuas bocas arde!es# Teus raios de lu> pee!ram !odo o mudo com sua lu> e o des!roemF ó 9ishu_ .i>e?me Huem VsF Hue !ão !err0*el aspec!o !es# Pera!e Ti me pros!roF ó .eus Supremo_ Tem piedade# .esejo cohecer?TeF a TiF Hue &s o Ser PrimaiI eis Hue ão compreedo Teus des0giosG# .isse o Sehor: G8u sou o TempoF des!ruidor do mudoF ora empehado a des!ruição desses homes aHui# $esmo sem !ua par!icipaçãoF !odos esses guerreiros Hue aHui se aliham em fileiras opos!as ão *i*erão# Por!a!oF le*a!a?!e e ob!&m glóriaI coHuis!a !eus iimigos e ob!&m um opule!o reio# Por $imF e por igu&m maisF foram eles mor!osI sejas is!rume!o meuF ó Arjua# $a!a .roa e rishma e JaNadra!ha e `araF e !odos os ou!ros grades guerreirosF Hue já se acham mor!os por $im# 2ão es!remeças de medo# ,u!a e serás o *ecedor#G Tedo ou*ido essas pala*ras de `rishaF Arjua es!remeceuF ju!ou as mãos em adoração e lhe fe> uma re*er6cia# Pros!eradoF ele saudou `risha e a ele se dirigiuF com *o> !r6mula: G### Vs o deus supremoF o CriadorI &s o Sus!e!áculo supremo do ui*ersoI &s o Saber e o Hue de*e ser sabidoI &s o Al*o Ul!imo# 8s!ás em !odo ca!o do mudoF &s orma Suprema_ Vs o 9e!o e a $or!eF o ogo e a ,uaF o Sehor da gua# Vs a Origem e o Sehor dos Sehores# 8u !e sa7do_# # # -ejubilo?me por !er *is!o o Hue jamais o foraI mas meu esp0ri!o aida es!á !omado pelo !emor# $os!ra?me Tua ou!ra forma# $isericórdiaF Sehor dos .eusesF $orada do Ui*erso# uero *er?Te sob ou!ra formaF com !ua coroaF ce!ro e disco as mãos# Assume ou!ra *e> !ua forma de Hua!ro braçosF ó Sehor dos mil braços e de ifii!as formasG# .isse o Sehor: GPor $eu poder co!emplas !eF por miha orça $0s!icaF ó ArjuaF miha suprema formaF respladece!eF ui*ersalF ifii!a e prime*aF Hue fos!e o 7ico a co!emplar# # # 2ão !emasF ão !e dei/es aba!erF por !eres *is!o essa miha orça !errifica!e# ,iber!o do medo e com alegria o coraçãoF co!empla?$e a ou!ra formaG#
Tedo dirigido a Arjua essas pala*rasF `risha assumiu ou!ra *e> sua forma bodosa e !raHili>ou o a!emori>ado Pada*a '[# O disc0pulo foi abeçoado pela *isão Hue !rascede o alcace do des!io humao ormalF eHui*ale!e a um *islumbre da a!ure>a essecial do cosmo# 2ão seu des!io pessoalF mas o da humaidadeF da *ida como um !odoF do á!omo e de !odos os sis!emas solaresF foi pos!o dia!e dos seus olhosI e em !ermos pass0*eis de apreesão humaaF is!o &F em !ermos de uma *isão a!ropomórfica: o omem Cósmico# Uma iiciação id6!ica poderia !er sido efe!uada por meio de uma imagem igualme!e *álida do Ca*alo CósmicoF da guia CósmicaF da r*ore Cósmica ou do ,ou*a?a?.eus Cósmico '"# AdemaisF a re*elação regis!rada a GCação do SehorG foi fei!a em !ermos adeHuados = cas!a e = raça de Arjua: o omem Cósmico Hue ele co!emplou era um aris!ocra!aF !al como ele próprioF e hidu# .e modo correspode!eF o omem Cósmico maifes!ou?seF a Pales!iaF como um judeuI a Alemaha a!igaF como alemãoI e!re os asu!osF como egroI o JapãoF como japo6s# A raça e a es!a!ura da imagem Hue simboli>a o Ui*ersal imae!e e !rascede!e !6m alcace his!óricoF e ão sem!icoI o mesmo ocorre com o se/o: a $ulher CósmicaF Hue aparece a icoografia dos jaiis!as '%F & um s0mbolo !ão eloHe!e Hua!o o omem Cósmico# Os s0mbolos são meros 3ecu*os de comuicaçãoI ão de*em ser cofudidos com o !ermo fialF o $onto essencia* a Hue se referem# Pouco impor!a o poder de a!ração Hue !ra>em cosigo ou a impressão Hue podem causarI os s0mbolos permaecem como meros meios co*eie!esF adap!ados =s ecessidades de compreesão# Por essa ra>ãoF a persoalidade ou as persoalidades de .eus Q represe!adas em !ermos !rii!áriosF dualis!as ou ui!áriosF poli!e0s!asF moo!e0s!as ou heo!e0s!asF de forma pic!orial ou *erbalF como fa!o docume!ado ou *isão apocal0p!ica Q & algo Hue igu&m de*e !e!ar ler ou i!erpre!ar como a forma 7l!ima# O problema do !eólogo cosis!e em ma!er seu s0mbolo !rasl7cidoF para Hue es!e ão esboce a própria lu> HueF segudo se supMeF & por ele e/pressa# GPois some!e cohecemos *erdadeirame!e a .eusGF escre*e São Tomás de AHuioF GHuado acredi!amos Hue 8le se acha al&m de !udo o Hue o homem possi*elme!e seja capa> de pesar de .eus#G '' 8F o ena @$anishad, esse mesmo esp0ri!o: GSaber & ão saberI ão saber & saberG '(# A cofusão e!re o *e0culo e o po!o pricipal de refer6cia pode le*ar ao desperd0cioF ão apeas da !i!a sem *alorF como do *alioso sague# O pró/imo po!o a obser*ar & Hue a !rasfiguração de Jesus foi !es!emuhada por de*o!os Hue ha*iam e/!iguido sua *o!ade pessoalF homes Hue há mui!o ha*iam liHuidado a G*idaGF o Gfado pessoalGF o Gdes!ioGF por meio da comple!a au!o?abegação o $es!re# G2em pelos 9edasF em pelos mar!0rios *olu!áriosF em pela dis!ribuição de esmolas ou pelos sacrif0ciosF sou co!emplado a forma em Hue $e co!emplas!eGF declarou `rishaF após *ol!ar = forma familiarI Gapeas pela de*oção a $im eu posso ser cohecidoF pleame!e percebido e pee!rado sob essa forma# uem !udo fa> em $eu ome e $e recohece como o Supremo Al*oF Huem $e & de*o!ado e ão odeia a igu&m Q esse chegará a $imG '1# Uma fórmula correspode!e de Jesus o afirma de modo mais suci!o: GPorHue aHuele Hue Huiser sal*ar a sua *idaF perd6?la?áF e Huem perder a *ida por amor de mim achá?la?áG 'B# O se!ido & bem claroI & o se!ido de !oda prá!ica religiosa# O idi*0duoF por meio de prologadas disciplias espiri!uaisF reucia comple!ame!e aos *0culos com suas limi!açMes e idiossicrasiasF esperaças e !emores pessoaisF já ão resis!e = au!o?aiHuilaçãoF Hue cos!i!ui o pr&?reHuisi!o do reascime!o a percepção da *erdadeF e assim fica pro!oF por fimF para a grade si!oia# Suas ambiçMes pessoais es!ão dissol*idasF ra>ão por Hue ele já ão !e!a *i*erF mas simplesme!e rela/a dia!e de !udo o Hue *eha a se passar eleI ele se !oraF por assim di>erF um a;imo# A ,ei *i*e ele com seu próprio cose!ime!o irres!ri!o# $ui!as são as figurasF par!icularme!e os co!e/!os sociais e mi!ológicos do Orie!eF Hue represe!am esse es!ado 7l!imo de preseça a;ima# Os sábios dos re!iros de eremi!as e os medigos *aga!esF Hue desempeham um papel cosp0cuo a *ida e as ledas do Orie!eI o mi!oF figuras como o Judeu 8rra!e Kdespre>adoF descohecidoF masF ão obs!a!eF por!ador de uma p&rola de grade *alorF Hue !ra> o bolsoLI o medigo mal!rapilhoF perseguido pelos cãesI os miraculosos bardos medica!es cuja m7sica os !oca o coraçãoI ou o deus mascaradoF o!aF 9iracochaF 8/u Q eis algus e/emplos# GPor *e>esF um boboF por *e>es um sábioF por *e>es com espledor magifice!eI por *e>es *aga!eF por *e>es imó*el como um pi!ão Xserpe!e mi!ológicaYF por *e>es e/ibido uma e/pressão beigaI por *e>es horadoF por *e>es isul!adoF por *e>es descohecido Q assim *i*e o homem Hue e!edeuF sempre feli>F em suprema bea!i!ude# Assim como um a!or & um homemF Huer poha ou dei/e de lado as *es!es de sua persoagemF assim !amb&m & o perfei!o cohecedor do )mperec0*el sempre )mperec0*el Q só isso#G 'D
#% i0erdade $ara 3i3er ual &F e!ãoF o sigificado de Hue se re*es!em a passagem e o re!oro miraculososR O campo de ba!alha simboli>a o campo da *idaF o Hual !oda cria!ura *i*e da mor!e de ou!ra# Uma percepção da ie*i!á*el culpa Hue o *i*er e*ol*e pode dei/ar o coração !ão amargurado HueF !al como amle! ou ArjuaF podemos os recusar a prosseguir# Por ou!ro ladoF !al como a maioriaF podemos i*e!ar uma falsa au!o?imagemF
em 7l!ima aálise ijus!ificá*elF Hue os ele*e a um fe;meo e/cepcioal o mudo e = codição de um ser ise!o de culpa Q ao co!rário dos ou!ros seres QF Hue se acha jus!ificadoF em seu ie*i!á*el pecarF pelo fa!o de represe!ar o bem# Um !al farisa0smo le*a = icompreesãoF ão apeas de si mesmoF como !amb&m da a!ure>a do homem e do cosmo# O al*o do mi!o cosis!e em dissipar a ecessidade dessa igorcia dia!e da *ida por i!erm&dio de uma recociliação e!re cosci6cia idi*idual e *o!ade ui*ersal# 8 essa recociliação & reali>ada a!ra*&s da percepção da *erdadeira relação e/is!e!e e!re os passageiros fe;meos do !empo e a *ida imperec0*el Hue *i*e e morre em !odas as coisas# GComo uma pessoa despe as roupas usadas e as !roca por o*asF assim !amb&m o 8u Hue habi!a o corpo despe os corpos usados e os !roca por o*os# )mpee!rá*elF icombus!0*elF isol7*elF iabalá*elF esse 8u ão & permeadoF cosumido pelo fogoF dissol*ido pela águaF abalado pelo *e!o# 8!eroF mu!á*elF imó*elF !odo pee!ra!eF o 8u & para sempre ial!erá*el#G 'E O homemF o mudo da açãoF ão ma!&m o *0culo Hue o si!ua o ce!ro do pric0pio da e!eridade se se mos!rar asioso por colher a recompesa de suas façahasI mas se dei/á?lasF e aos seus fru!osF aos p&s do .eus 9i*oF & por eles liberadoF !al como o &F pelo sacrif0cioF das amarras do mar da mor!e# Ga>e sem apegos o Hue !es a fa>er# # # a>e !udo em $eu omeF coce!rado !odos os pesame!os o 8uI liber!o da cobiça e do ego0smoF lu!a Q sem Hue a aflição !e per!urbe#G 'Z Poderoso pelo seu saberF calmo e liber!o a açãoF co*ecido de Hue de suas mãos fluirá a graça de 9iracochaF o herói cofigura?se como *e0culo coscie!e da !err0*el e mara*ilhosa ,eiF seja o seu !rabalho o de açougueiroF jóHuei ou rei# @]io achF aHuele HueF !edo pro*ado !r6s go!as do caldeirão e*eeado da ispiraçãoF foi egolido pela bru/a Carid]eF reasceu como criaçaF foi jogado ao mar e eco!radoF o dia segui!eF uma rede de pesca de um jo*em sem sor!e e profudame!e desapo!adoF 8lphiF filho do rico proprie!ário @]NddoF cujos ca*alos ha*iam sido mor!os pela iudação causada pela e/plosão do caldeirão e*eeado# uado !omaram da bolsa de couro e a abriramF os homes deram com um garo!iho e disseram a 8lphi: GCo!empla uma !es!a radia!e (ta*iesin)U2 G8le se chamará TaliesiGF disse 8lphi# 8le !omou o garo!o os braços eF lame!ado sua má sor!eF colocou?o !ris!eme!e a garupa# e> esHuipar sua*eme!e o ca*alo Hue a!es !ro!a*aF e le*ou o garo!o com a mesma delicade>a Hue o faria a mais sua*e cadeira do mudo# 8 o garo!oF esse mome!oF reci!ou em *o> al!a um poema de cosolo e lou*or a 8lphiF pre*edo para ele horas e glórias: G@e!il 8lphiF dei/a de lado !eus lame!os_ ue igu&m se lame!e da par!e Hue lhe coube# O desespero ehuma *a!agem produ># 8is Hue os homes ão percebem aHuilo Hue os sus!e!a# # # PeHueo e fraco como souF 2a espuma!e praia ode *em dar o oceaoF uado a aflição *ier !e a!igirF A !i ser*irei mui!o mais do Hue fariam !re>e!os mil salmMes###G uado 8lphi re!orou ao cas!elo do paiF @]Nddo lhe pergu!ou se a pesca !iha sido boaF e 8lphi respodeu Hue ha*ia fisgado algo mais *alioso Hue pei/es# G8 o Hue foiRGF disse @]Nddo# GUm bardoGF disse? lhe 8lphi# 8 @]Nddo replicou: GPor .eusF Hue pro*ei!o !irarásRG 8 o próprio ifa!e respodeuF di>edo: G8le lhe !rará mais pro*ei!o do Hue a pesca a!& agora !e !rou/eG# @]Nddo pergu!ou: GPodes falarF !ão peHueo &sRG 8 lhe respodeu o garo!iho: G$elhor falo eu Hue me Hues!ioas !uG# G.ei/a?me ou*ir o Hue podes di>erGF is!ou?o @]Nddo# 8 Taliesi ca!ou uma cação filosófica# 8is Hue um dia o rei reuiu a cor!eF e Taliesi colocou?se a um ca!o isolado# G8 assimF Huado os bardos e arau!os chegaram para celebrar a geerosidade e proclamar o poder do reiF e sua forçaF TaliesiF o mome!o em Hue passa*am pelo ca!o ode ele se acha*aF olhou?os e fe> WPruuuF pruuuWF com o dedo os lábios# 2ehum deles se deu co!a de sua preseça eHua!o prosseguiaI e co!iuaram a adar a!& se acharem dia!e do reiF a Huem fi>eram re*er6ciasF como se espera*a Hue fi>essemF sem di>er uma 7ica pala*raF mas es!ederam os lábiosF dia!e do reiF fa>edo care!as e WPruuuF pruuuWF com os dedos os lábiosF !al como ha*iam *is!o o garo!o fa>er# )sso le*ou o rei a se admirar e a pesar cosigo mesmo Hue eles de*iam es!ar embriagados por mui!as bebidas# 8 ele ordeou a um dos lordesF Hue ser*ia ao !rooF Hue se dirigisse a eles e lhes pedisse Hue se co!i*essemF cosiderado?se o lugar ode se eco!ra*amF e Hue lhes dissesse o Hue de*eriam fa>er# 8 o lorde o fe> com pra>er# $as eles prosseguiram com a descabida irre*er6cia# V o rei os ad*er!iu pela seguda e pela !erceira *e>F desejado Hue dei/assem o salão# Por fimF o rei ordeou Hue um dos seus ca*alheiros golpeasse o chefe do grupoF chamado eii 9arddI e o ca*alheiro !omou de uma *ara e lhe deu um golpe a cabeçaF le*ado?o a cair a cadeira# 8m seguidaF ele se ergueu e caiu de joelhos dia!e do rei e pediu?lhe a graça para demos!rar Hue sua fal!a ão decorrera da igorciaF em de embriague>F mas da iflu6cia de algum esp0ri!o Hue se acha*a o salãoF .epois dissoF eii falou os segui!es !ermos: Woorá*el reiF saiba 9ossa @raça Hue
ão & pelo poder da bebidaF ou pelo e/cesso de bebidaF Hue os achamos es!7pidosF sem poder falarF como homes embriagadosF mas por causa da iflu6cia de um esp0ri!o Hue se eco!ra o ca!oF al&mF sob a forma de uma criaçaW# .ia!e dissoF o rei pediu ao ca*alheiro Hue fosse buscar o garo!oI e o ca*alheiro foi a!& a colua ode es!a*a Taliesi e o codu>iu = preseça do reiF Hue lhe pergu!ou Huem era e de ode ha*ia surgido# 8 Taliesi respodeu ao rei em *ersos: G WComo impor!a!e bardo pricipalF sir*o a 8lphi 8 meu pa0s origial & a região das es!relas de *erãoI )do e eii me chamaram $erddiF $ais !arde !odo rei me chamará Taliesi# 8u es!a*a com meu Sehor a mais al!a esferaF uado da Hueda de ,7cifer as profude>as do ifero# Por!ei um es!adar!e = fre!e de Ale/adreI Coheço o ome das es!relas de or!e a sulI 8s!i*e a galá/ia ode se eco!ra o !roo do .ispesadorI 8u es!a*a em Caaã Huado foi mor!o AbsalãoI ,e*ei o .i*io 8sp0ri!o ao 0*el do *ale do ebroI 8s!i*e a cor!e de .o a!es de @]dio ascer# )s!ru0 8li e 8oHueI ui do!ado de# asas pelo g6io do espl6dido bas!ão episcopalI ui loHua> a!es de receber o dom da falaI 8s!a*a prese!e ao local da crucifi/ão do misericordioso ilho de .eusI Tr6s per0odos passei as masmorras de AriarodI ui o pricipal mes!re das obras da !orre de 2imrodI Sou um prod0gio cuja origem ão & sabida# 8s!i*e a siaF a arcaF com 2o&F 9i a des!ruição de Sodoma e @omorraI 8u es!a*a a 0dia Huado -oma foi erigidaF 8is Hue agora *eho para as -u0as de Tróia# 8u es!i*e com meu Sehor a majedoura do burroI Apoiei $ois&s a passagem por e!re as águas do JordãoI Pri*ei o firmame!o da compahia de $aria $adaleaI A musa ob!i*e o caldeirão de Carid]eI ui bardo harpis!a de ,leo de ,ochli# 8s!i*e a Colia racaF a cor!e de CN*elNF Por um ao e um diaF a!ado ao !rocoF domiado por cadeiasF Passei fome por amor ao ilho da 9irgemF ui criado a !erra da .i*idadeF 8is Hue fui mes!re de !odas as i!elig6ciasF Sou capa> de is!ruir a !odo o ui*erso# icarei a face da !erra a!& o dia do ju0>oI 8 ão se sabe se meu corpo & care ou pei/e# .epois de !udoF por o*e meses fiHuei 2o *e!re da bru/a Carid]eI Origialme!eF fui o peHueo @]ioF 8F com o !empoF Taliesi me !orei#W G8 Huado o rei e os obres de sua cor!e !ermiaram de ou*ir a caçãoF ficaram de*eras admiradosF pois jamais ha*iam ou*ido algo igual da boca de um garo!o !ão peHueo Hua!o aHuele#G ([ A par!e mais ampla da cação do bardo & de*o!ada ao )mperec0*elF Hue *i*e eleI apeas uma bre*e es!rofe & dedicada aos de!alhes de sua biografia pessoal# AHueles Hue ou*em são orie!ados para o )mperec0*el Hue há em si mesmos e iformados apeas icide!alme!e# 8mbora ele !i*esse !emido a !err0*el bru/aF fora egolido e reascera# Tedo morrido para seu ego pessoalF eis Hue ascera ou!ra *e>F es!abelecido o 8u# O herói & o pa!roo das coisas Hue se es!ão !oradoF e ão das coisas Hue se !oraramF pois ele .% GA!es de Abraão e/is!irF 8U SOU#G 8le ão cofude a apare!e imu!abilidade o !empo com a perma6cia do SerF em !em !emor do mome!o segui!e Kou da Gou!ra coisaGLF como algo capa> de des!ruir o permae!e com sua mudaça# G2ada re!&m sua própria formaI a 2a!ure>aF a maior reo*adoraF cos!a!eme!e cria formas de formas# Cer!ame!e ada há Hue pereça em !odo o ui*ersoI há apeas *ariação e reo*ação de forma#G (" Assim se permi!e Hue o mome!o segui!e *eha a ocorrer# uado o Pr0cipe da 8!eridade beijou a Pricesa do $udoF es!a ão ofereceu resis!6cia# G8la abriu os olhosF desper!ou e o olhou com ami>ade# Ju!osF desceram as escadasF e o reiF a raiha e !oda a cor!e acordaram e !odos se e!reolharamF com es!upefação# 8 os ca*alos da cor!e le*a!aram?se e se sacudiramI os cães de caça sal!aram e abaaram a caudaI os pombos do !e!o re!iraram as cabecihas de bai/o das asasF olharam = sua *ol!a e *oaram pelo campoI as moscas Hue se acha*am a parede *ol!aram a adarI o fogo se rea*i*ou a co>ihaF aume!ou e fe> o ja!arI o assado *ol!ou a dourarI a co>iheira deu um pe!eleco o ou*ido do ajuda!e Hue o fe> cambalearI e a ama !ermiou de deplumar a galiha#G (% Q Parte I :otas ao a$tu*o III !% Esse deta*he . uma raciona*iCação do renascimento a $artir do $ai herma6rodita iniciador% % 9ishu PuraaF ?B haga*a!a PuraaF !R+!B ari*ashaF !!&% citado acima tem como 0ase a tradução de Heinrich `immer, $aNaF der idische $N!hosF Stutgart e 4er*im, !"?#, $$% "'""% om$are'se com rishna, como /;gico do /undo, e com o Eu a6ricano ($$% &' &", supraL# om$are'se igua*mente com /aui, o tra$aceiro $o*in.sio% ?% 2Ta*iesin2, traduCido $or ady har*otte Guest, in The $abiogio (E3eryman]s i0rary, n%O "-, $$% #?'#&)% Ta*iesin, he6e dos 4ardos do este, $ode ter sido uma $ersonagem hist>rica rea* do s.cu*o QI d% , contem$or[neo do che6e 8ue se tornou o rei Artur do 6uturo romance% A *enda e os $oemas do 0ardo so0re3i3em num manuscrito do s.cu*o XIII, 2The 0oo7 o6 Ta*iesin2, 8ue . um dos 2Four ancient 0oo7s o6 Ka*es2% @m mabi?og (ga*.s) . um a$rendiC de 0ardo% termo mabiogiF 2instrução Mu3eni*2, denota o materia*
tradiciona* (mitos, *endas, $oemas, etc%) ensinado a um mabiogF 8ue tinha a o0rigação de decor;'*o% $abi?ogioF $*ura* de mabiogiF 6oi o nome dado $or ady har*otte Guest sua tradução (!?'&") de onCe romances dos 2Ancient 0oo7s2% A tradição ga*esa, escocesa e ir*andesa dos 0ardos descende de um 6undo mtico ce*ta e $agão, muito antigo e a0undante% Esse 6undo mtico 6oi modi6icado e re3i3ido $e*os mission;rios e 3iaMantes cristãos (a $artir do s.cu*o XQ), 8ue registraram as 3e*has hist>rias e *utaram tenaCmente $ara integr;'*as 40*ia% :o decorrer do s.cu*o X, um 0ri*hante $erodo de $rodução de romances, 8ue se concentrou $rinci$a*mente na Ir*anda, con3erteu a herança em im$ortante 6orça contem$or[nea% 4ardos ce*tas 6oram s cortes da Euro$a cristãB temas ce*tas 6oram retomados $e*os 3ates escandina3os% Grande $arte da tradição imagin;ria da Euro$a, assim como as 0ases da tradição arturiana, remetem a esse $rimeiro grande $erodo criati3o do romance ocidenta*% (QeMa'se Gertrude Schoe$$er*e, Tris!a ad )sol!F a s!udN of !he sources of !he romaceF ondres e Fran76urt'so0re'o'/eno, !"!?%) &% Har3a, op# ci!#F $$% &?'&&B citação de 2Per3yi 0uryats7ii saman /orgon'ara2, )s*es!Nia 9os!oco?Sibersago O!dela -ussago @eograficesago Bbsces!*aF XI, '!, Ir7uts7, !R, $$% - ss% % John Khite, The acie! his!orN of !he $aoriF his mN!hologN ad !radi!iosF Ke**ington, !#'", 3o*% II, $$% !#-'!-!% #% Grimm, n%O -"% -% % G% Jung, The i!egra!io of !he persoali!NF :o3a Lor7, !"?", $% "% % QeMa'se A$o*Vnio de Nodes, Os argoau!asI a 6uga . contada no i3ro IQ% "% `o?ji?iF Necords o6 Ancient /atters (-! d% ), ada$tado da tradução de % H% ham0er*ain, Trasac!ios of !he Asia!ic socie!N of JapaF 3o*% X, Su$*emento, Lo7ohama, !, $$% &'% !R% JaimuiNa Upaishad rahmaaF ?%%% !!% Em muitos mitos do her>i no 3entre da 0a*eia, este . resgatado $or $;ssaros, 8ue a0rem com 0icadas a $arte *atera* de sua $risão%Qro0enius, .as \ei!al!er des Soego!!esF $$% '-% !% `o?ji?0F segundo ham0er*ain, op# ci!#F $$% '"% !?% Xinto, 2 aminho dos euses2, . a tradição nati3a dos Ma$oneses, 8ue se distingue da tradição im$ortada, 4itsudo ou 2aminho do 4uda2% Trata'se de uma 6orma de de3oção aos guardiães da 3ida e dos costumes (es$ritos *ocais, 6orças ancestrais, her>is, o rei di3ino, os $arentes 3i3os de cada $essoa e os 6i*hos 3i3os de cada $essoa), 8ue se di6erenciam das 6orças 8ue *i0ertam da roda das eist1ncias (4odisat3as e 4udas)% A 6orma de cu*to . $rimariamente a $reser3ação e o cu*ti3o da $ureCa de coração+ 2 8ue . a a0*uçãob , não a$enas $uri6icar o cor$o com ;gua sagrada, mas seguir o aminho da Netidão e da /ora*2 (Tomo0e'no'Latsuda, Shi!o?Shode?`ujuL# 2Agradam i3indade a 3irtude e a sinceridade, e não 8uais 8uer o6erendas materiais%2 KShi!o?@obusho#L Amaterasu, ancestra* da asa Nea*, . a $rinci$a* di3indade do imenso $anteão 6o*c*>rico, em0ora e*a mesma não $asse da mais e*e3ada mani6estação do eus @ni3ersa*, não 3isto e transcendente e, não o0stante, imanente+ 2As itocentas /irades de eus não são senão di6erentes mani6estaç$rio Eu interno como i3indade, 0uscando cu*ti3ar a di3ina 3irtude em sua $r>$ria $essoa $or meio da $ureCa internaB dessa maneira, 6orma uma unidade com a i3indade2 (IchiMo'aneyoshi, 2ihoshoi?SasoL# omo a i3indade . imanente a todas as coisas, estas, dos reci$ientes e caçaro*as da coCinha /i7ado, de3em ser consideradas di3inas+ eis a ess1ncia do Xinto, 2 aminho dos euses2% Sendo a /i7ado a mais a*ta $osição, rece0e e*a a maior re3er1nciaB mas essa re3er1ncia não . di6erente da8ue*a concedida a todas as demais coisas% 2A i3indade ins$iradora de re3er1ncia mani6esta'se a Si mesma at. numa sim$*es 6o*ha de ;r3ore ou de grama2 (@ra0e'no ane7uni)% A 6unção da re3er1ncia no Xinto . honrar a i3indade 8ue est; em todas as coisasB a da $ureCa, sustentar Sua mani6estação em cada $essoa Q seguindo o augusto mode*o do di3ino autocu*to de Amaterasu% 2om o eus não 3isto 8ue 31 todas as coisas secretas no si*1ncio, o coração do homem comunga sinceramente a $artir da terra em0aio2 (de um $oema do im$erador /eiMi)% Q Todas as citaç8uio, /aruCen om'$any td%, !"?B 3eMa'se igua*mente a6cadio Hearn, JapaF a i!er?pre!a!ioF :o3a Lor7, Gr os se t and un*a$, !"R&% !% om$are'se o credo cristão+ 2esceu aos In6ernosB no terceiro dia ressurgiu dos mortos% %%2 !#% En*i* . o deus sumeriano do arB :ana, o deus da *uaB En7i, o deus da ;gua e da sa0edoria% :a .$oca da com$osição do nosso documento (terceiro mi*1nio a% ), En*i* e ra a $rinci$a* di3indade do $anteão sumeriano% Faci*mente irrit;3e*, era 8uem en3ia3a o i*Z3io% :ana era um de seus 6i*hos% :os mitos, o deus 0enigno, En7i, a$arece ti$icamente no $a$e* de aui*iar% o $atrono e conse*heiro, tanto de Gi*gam1s, como do her>i do di*Z3io, Atarhasis'@tna$ishtim':o.% moti3o de En7i *ersus En*i* mani6esta'se na mito*ogia c*;ssica na $end1ncia entre Pos1idon e `eus (:etuno *ersus JZ$iter)% !-% ramer, op# ci!#F $$% -, "% A conc*usão do $oema, $recioso documento das 6ontes dos mitos e sm0o*os de nossa ci3i*iCação, $erdeu'se $ara sem$re% !% /ateus, #+!B /arcos, !&+&-B João, !+!R% !"% $aduNa UpaishadF % R% Kashington Ir3ing, The se!ch booF 2Ni$ 3an Kin7*e2% !% s 6enianos 6oram os homens de Finn /acoo*, todos gigantes% isin, 6i*ho de Finn /acoo*, 6oi um de*es% /as h; muito seu tem$o ha3ia $assado e os ha0itantes da terra M; não eram os grandes de outrora% Essas *endas de gigantes arcaicos são comuns s tradiçricas de todos os *ugaresB 3eMa'se, $or eem$*o, o mito recontado anteriormente ($$% !"'!"-), o conto do rei /uchu7unda% om$ar;3e* . a $ro*ongada 3ida dos $atriarcas he0reus+ Adão 3i3eu no3ecentos e trinta anosB Set, no3ecentos e doCeB En>s, no3ecentos e cinco, etc, etc% (G1nesis, )% % urtin, op# ci!#F $$% ??'???% ?% Netirado de Sir James G% FraCer, The golde boughF edição de 3o*ume Znico, $$% "?'"&% o$yright, !", The /acmi**an om$any% @sado com sua $ermissão% &% )bid#F $$% "&'"% itado com $ermissão de The /acmi**an om$any, editores% % Ada$tado de 4urton, op# ci!#F III, $% ?!'#% #% 2Pois não sa0ia o 8ue diCiamB $or8ue esta3am assom0rados%2 (/arcos, "+#%) -% /ateus, !-+!'"% % @m certo e*emento de a*3io cVmico $ode ser sentido no $roMeto imediato de Pedro (anunciado en8uanto a 3isão se encontra3a diante dos seus o*hos), o de con3erter o ine6;3e* numa 6undação de $edra% A$enas seis dias antes, Jesus *he ha3ia dito+ 2Tu .s Pedro, e so0re esta $edra edi6icarei a minha igreMa2 e, $ouco de$ois, 2não com$reendes as coisas 8ue são de eus, mas s> as 8ue são dos homens2 (/ateus, !#+!, ?)% "% $rinci$a* teto da moderna re*igiosidade de3ociona* hindu+ um di;*ogo .tico de deCoito ca$tu*os 8ue est; no i3ro QI do $ahabhara!aF a contra$arte indiana da U0ada# ?R% haga*ad?gi!aF !!B !+&'B +"% Nretirado da tradução de S5amy :i7hi*ananda, :o3a Lor7, !"&&% ?!% 2m% A ca0eça do ca3a*o sacri6icai . a madrugadaB seu o*ho, o so*B sua 6orça 3ita*, o arB sua 0oca a0erta, o 6ogo chamado Qaish3ana' raB e o cor$o do ca3a*o sacri6icai . o ano% *om0o . o c.uB o 3entre, o 6irmamentoB a $ata, a terraB os *ados, os 8uatro $ontos cardeaisB as coste*as, as direç
estre*asB e a carne, as nu3ens% a*imento semi'digerido 1 a areiaB os 3asos sangDneos, os riosB o 6gado e o 0aço, as montanhasB os $1*os, as er3as e ;r3ores% A $arte dianteira . o so* nascente, e a retaguarda, o so* $oente% 0oceMo . o re*[m$agoB o 0a*ançar do cor$o, o tro3ãoB o urinar . a chu3a e o re*incho, a 3oC%2 KrihadaraNaa UpaishadF !%!%!B traduCido $or S5ami /adha3ananda, /aia3ati, !"?&%) the archety$e 4ody o6 *i6e a 0ea7ed carni3orous desire Se*6'u$he*d on storm'0road 5ings+ 0ut the eyes Kere s$outs o6 0*oodB the eyes 5ere gashed outB dar7 0*ood Nan 6rom ruinous eye'$its to the hoo7 o6 the 0ea7 And rained on the 5aste s$aces o6 em$ty hea3en% Let the great i6e continuedB yet he great i6e Kas 0eauti6u*, and she dran7 her de6eat, and de3oured Her 6amine 6or 6ood%2 2% % % o ar8u.ti$oIor$o da 3ida+ $ontudo deseMo carn3oroIAuto'mantido em asas am$*as 8ua* tem$estade+ mas os o*hos9Eram Morros de sangueB os o*hos eram $roMetados $ara 6oraB negro sangue corria das arruinadas >r0itas at. a cur3atura do 0ico9E cho3eu nos es$aços arrasados do c.u 3aCio%9E, no entanto, a grande Qida $rosseguiuB no entanto, a grande Qida9Era 0e*a, e a0sor3eu sua derrota, e de3orou9 Sua 6ome de a*imento%2Y (No0inson Je66ers, Ca]dorF $% !!#% CopNrigh! !", No0inson Je66ers% Ne$roduCido com a $ermissão da Nandom House, Inc%) A \r3ore >smica 1 uma 0em conhecida 6igura mito*>gica (3eMa'se Lggdrasi*, o Freio do /undo, dos Eddas)% *ou3a'a'deus desem$enha um im$ortante $a$e* na mito*ogia dos 0os8umanos do su* da \6rica% (QeMa'se tam0.m a gra3ura XQI%) ?% Mainismo . uma re*igião hindu heterodoa (isto ., 8ue reMeita a autoridade dos Qedas), 8ue ei0e, em sua iconogra6ia, a*gumas caractersticas etraordinariamente arcaicas% (QeMa'se $$% e ss% ifra#L ??% Summa co!ra ge!ilesF F #, $ar;gra6o ?% ?&% `ea UpaishadF +?% ?% haga*ad?gi!aF !!+?'% ?#% /ateus, !#+% ?-% Shan7aracharya, 9i*eachudamaiF & e % ?% haga*ad?gi!aF +'&% ?"% )bid#F ?+!" e ?+?R% &R% 2Ta*iesin2, op# ci!#F $$% #&'-&% &!% 3dio, $e!amorfosesF XQ, '% &% Grimm, n%2 RB conc*usão%
Cap0!ulo )9
As cha*es
A a*e!ura do herói pode ser resumida o segui!e diagrama:
Passagem pelo limiar a!alha com o irmão a!alha com o dragão .esmembrame!o Crucifi/ão Abdução Jorada o mar da escuridão Jorada o reio do mara*ilhoso 9e!re da baleia
her>i mito*>gico, saindo de sua ca0ana ou caste*o cotidianos, . atrado, *e3ado ou se dirige 3o*untariamente $ara o *imiar da a3entura% A*i, encontra uma $resença som0ria 8ue guarda a $assagem% her>i $ode derrotar essa 6orça, assim como $ode 6aCer um acordo com e*a, e $enetrar com 3ida no reino das tre3as (0ata*ha com o irmão, 0ata*ha com o dragãoB o6erenda, encantamento)B $ode, da mesma maneira, ser morto $e*o o$onente e descer morto (desmem0ramento, cruci6ião)% A*.m do *imiar, então, o her>i inicia uma Mornada $or um mundo de 6orças desconhecidas e, não o0stante, estranhamente ntimas, a*gumas das 8uais o ameaçam 6ortemente ($ro3as), ao $asso 8ue outras *he o6erecem uma aMuda m;gica (aui*iares)% Wuando chega ao nadir da Mornada mito*>gica, o her>i $assa $e*a su$rema $ro3ação e o0t.m sua recom$ensa% Seu triun6o $ode ser re$resentado $e*a união seua* com a deusa'mãe (casamento sagrado), $e*o reconhecimento $or $arte do $ai'criador (sintonia com o $ai), $e*a sua $r>$ria di3iniCaçao (a$oteose) ou, mais uma 3eC Q se as 6orças se ti3erem mantido hostis a e*e ?Q , $e*o rou0o, $or $arte do her>i, da 01nção 8ue e*e 6oi 0uscar (ra$to da noi3a, rou0o do 6ogo)B intrinsecamente, trata'se de uma e$ansão da consci1ncia e, $or conseguinte, do ser (i*uminação, trans6iguração, *i0ertação)% tra0a*ho 6ina* . o do retorno% Se as 6orças a0ençoaram o her>i, e*e agora retorna so0 sua $roteção (emiss;rio)B se não 6or esse o caso, e*e em$reende uma 6uga e . $erseguido (6uga de trans6ormação, 6uga de o0st;cu*os)% :o *imiar de retorno, as 6orças transcendentais de3em 6icar $ara tr;sB o her>i reemerge do reino do terror (retorno, ressurreição)% A 01nção 8ue e*e traC consigo restaura o mundo (e*iir)% As mudaças Hue permeiam a escala simples do moo?mi!o desafiam a descrição# $ui!os co!os isolam e ampliam grademe!e um ou dois eleme!os !0picos do ciclo comple!o Ko mo!i*o do !es!eF o mo!i*o da fugaF a abdução da oi*aLI ou!ros ecadeiam um cer!o 7mero de ciclos idepede!es e os !rasformam uma s&rie simples K!al como ocorreu a diss.ia)% .ifere!es persoages ou episódios podem ser fudidos KasLF assim como um eleme!o simples pode redu?plicar?se e reaparecer sob mui!as formas difere!es# As lihas gerais dos mi!os e co!os es!ão sujei!as a daos ou ao obscurecime!o# As carac!er0s!icas arcaicas em geral são elimiadas ou reprimidas# Os eleme!os impor!ados são re*isados para se adeHuarem = paisagemF aos cos!umes ou = creça locais eF o processoF sempre saem prejudicados# Al&m dissoF o sem?7mero de reco!ages de uma his!ória !radicioalF . ie*i!á*el a ocorr6cia de dis!orçMes acide!ais ou i!ecioais# Para dar co!a de eleme!os Hue se !oraramF por es!a ou aHuela ra>ãoF sem se!idoF são i*e!adas i!erpre!açMes secudáriasF mui!as *e>es com uma habilidade cosiderá*el ^# 2a his!ória esHuimó de Cor*o o *e!re da baleiaF o mo!i*o dos gra*e!os para a fogueira sofreu um deslocame!o e uma subseHe!e racioali>ação# O arHu&!ipo do herói o *e!re da baleia & amplame!e cohecido# A pricipal façaha do a*e!ureiro cos!uma ser a fei!ura de uma fogueira com os gra*e!os o i!erior do mos!roF produ>ido assim a mor!e da baleia e a própria liber!ação# a>er uma fogueira dessa forma simboli>a o a!o se/ual# Os dois gra*e!os Q recep!áculo e has!e Q são cohecidosF respec!i*ame!eF como f6mea e machoI a chama & a o*a *ida gerada# O herói Hue fa> fogo a baleia & uma *aria!e do casame!o sagrado# $as em ossa his!ória esHuimóF essa imagem de fa>er fogo foi subme!ida a uma modificação# O pric0pio femiio foi persoificado pela bela garo!a Hue Cor*o eco!rou a grade sala e/is!e!e o i!erior do aimalI ao mesmo !empoF a cojução macho?f6mea foi simboli>ada separadame!eF pelo flu/o de óleo do !ubo a!& a lmpada acesa# O fa!o de Cor*o pro*ar desse óleo represe!ou sua par!icipação o a!o# O ca!aclismo resul!a!e represe!ou a crise !0pica do adirF o !&rmio da *elha era e o i0cio da o*a# A emerg6cia de Cor*o simboli>ouF em coseH6ciaF o milagre do reascime!o# Assim sedoF os gra*e!os !oraram?se sup&rfluosF le*ado = criação de um i!elige!e e di*er!ido ep0logo para lhes dar uma fução a !rama# Tedo dei/ado os gra*e!os o *e!re da baleiaF Cor*o fa> as pessoas se afas!aremF assus!adasF e apro*ei!a so>iho a fes!a da gordura# 8sse ep0logo cos!i!ui um e/cele!e e/emplo de elaboração secudária# 8le desempeha um papel o cará!er !rapaceiro do heróiF mas ão se cofigura como eleme!o básico da his!ória# 2os es!ágios pos!eriores de mui!as mi!ologiasF as ima?ges?cha*e se ocul!am como agulhas um palheiro de aedo!as secudárias e de racioali>açMesI pois Huado a ci*ili>ação passa de um po!o de *is!a mi!ológico para um po!o de *is!a secularF as *elhas images já ão são se!idas ou mui!o apro*adas# 2a @r&cia hel6ica e a -oma imperialF os deuses a!igos foram redu>idos a meros pa!roos c0*icosF masco!es dom&s!icos ou prefer6cias li!erárias# Temas herdados ão compreedidosF !ais como o do $io!auro Q o aspec!o ega!i*oF sombrio e !err0*el da *elha represe!ação eg0pcio?cre!ese do deus do sol ecarado e rei di*io QF foram racioali>ados e rei!erpre!ados para ser*irem a fis co!emporeos# O mo!e Olimpo !orou?se uma -0*ieraF plea de escdalos e egocia!as escabrososF !orado?se as mães?deusas ifas his!&ricas# Os mi!os eram lidos como romaces super?humaos# 2a ChiaF compara*elme!eF ode a força humais!a e morali>adora do cofucioismo coseguiu es*a>iar ra>oa*elme!e as *elhas formas m0!icas de sua grade>a prime*aF a mi!ologia oficial hoje ão passa de um amo!oado de aedo!as a respei!o dos filhos e filhas dos fucioários pro*iciais Q
os HuaisF por ser*irem = comuidadeF de uma ou de ou!ra formaF foram ele*adosF pela gra!idão daHueles a Huem beeficiaramF = digidade de deuses locais# 8 o modero cris!iaismo progressis!aF o Cris!o Q ecaração do ,ogos e -ede!or do $udo Q !orou?seF essecialme!eF persoagem his!óricaF um iofesi*o sábio do campoF do passado semi?orie!alF Hue pregou uma dou!ria beiga do Gfa>ei aos ou!ros o Hue Huereis Hue façam a *ósG eF ão obs!a!eF foi e/ecu!ado como crimioso# Sua mor!e . i!erpre!ada como uma espl6dida lição de i!egridade e firme>a# Sempre Hue & obje!o de uma i!erpre!ação Hue a ecara como biografiaF his!ória ou ci6ciaF a poesia prese!e o mi!o feece# As *i*idas images es!iolam?se em fa!os remo!os de um !empo ou c&u dis!a!es# AdemaisF jamais há dificuldades em demos!rar Hue a mi!ologiaF !omada como his!ória ou ci6ciaF & um absurdo# uado uma ci*ili>ação passa a i!erpre!ar sua mi!ologia desse modoF a *ida lhe fogeF os !emplos !rasformam? se em museu e o *0culo e!re as duas perspec!i*as & dissol*ido# Uma !al praga cer!ame!e se aba!eu sobre a 0blia e sobre grade par!e do cul!o cris!ão# Para le*ar essas images a recuperar a *idaF de*emos procurarF ão aplicaçMes i!eressa!es a !emas moderosF mas id0cios Hue os !ragam a lu> do passado ispirado# uado esses id0cios ilumiadores são eco!radosF *as!as áreas de icoografia semimor!a *ol!am a re*elar seu sempi!ero se!ido humao# 2o Sábado Sa!o Xou de AleluiaY da )greja Ca!ólicaF por e/emploF o sacerdo!eF depois de abeçoar o fogo o*o' e o c0rio pascal e de proceder = lei!ura das profeciasF e*erga parame!os solees de cor p7rpura eF precedido da cru> processioalF do !ur0bulo e do c0rio be!oF dirige?se = pia ba!ismalF ju!ame!e com seus miis!ros e com !odos os cl&rigos prese!esF ao mesmo !empo em Hue & e!oado o segui!e c!ico: GComo suspira o cer*o pelos *eios dWáguaF assim miha alma suspira por 9ósF ó .eus_ uado irei *er a face de .eusR .ia e oi!e foram as lágrimas o meu alime!oF eHua!o me di>iamF !odos os dias: Ode es!á o !eu .eusRG KSalmo ,)F %?(I .ouaN#L Ao chegar ao limiar do ba!is!&rioF o sacerdo!e fa> uma pausa para oferecer uma oraçãoI em seguidaF e!ra e abeçoa a água da pia ba!ismal: GA fim de HueF !edo cocebido a sa!ificaçãoF es!a di*ia fo!e faça sair do seu seio pur0ssimo uma raça celes!eF regeerada em cria!uras o*asF e Hue a graçaF como uma mãeF d6 a mesma *ida de filhos a !odos aHueles Hue o se/o dis!igue segudo o corpo e a idadeF segudo o !empoG# O sacerdo!e !oca a água e re>a para Hue ela seja liber!ada da mal0cia de Sa!aásF fa> o sial?da?cru> acima da águaF re!ira um pouco do l0Huido e a!ira uma cer!a Hua!idade as Hua!ro direçMesI em seguidaF sopra !r6s *e>es sobre a águaF formado uma cru>F mergulha o c0rio pascal e profere: Gue a *ir!ude do 8sp0ri!o Sa!o desça sobre !oda a água des!a fo!eG# 8le re!ira o c0rioF mergulha?o ou!ra *e>F le*ado?o a uma maior profudidadeF e repe!eF um !om mais ele*adoF as pala*ras: Gue a *ir!ude do 8sp0ri!o Sa!o desça sobre !oda a água des!a fo!eG# -e!ira mais uma *e> o c0rio eF pela !erceira *e>F o mergulha a piaF le*ado?o a alcaçar o fudoF di>edoF um !om aida mais al!o: Gue a *ir!ude do 8sp0ri!o Sa!o desça sobre !oda a água des!a fo!eG# 8F soprado !r6s *e>es sobre a águaF prossegue: G8 !ore fecuda !oda a subs!cia des!a águaF dado o poder de regeerarG# 8le re!ira o c0rio da água eF depois de fei!as algumas oraçMes coclusi*asF os padres assis!e!es espargem as pessoas com a água be!a (# A águaF femiiaF espiri!ualme!e fecudada pelo fogoF masculioF do 8sp0ri!o Sa!o & a co!rapar!e cris!ã da água da !rasformaçãoF comum a !odos os sis!emas de images mi!ológicas# 8sse ri!o & uma *aria!e do casame!o sagradoF Hue se cofigura como o mome!o?fo!e gerador e regeera?dor do mudo e do homemF o Hue & precisame!e o mis!&rio simboli>ado pelo liga hidu# 8!rar essa fo!e eHui*ale a mergulhar o reio mi!ológicoI romper?lhe a superf0cie sigifica cru>ar o limiar Hue le*a ao mar de escuridão# Simbolicame!eF a criaça fa> essa jorada Huado a água lhe & espargida a !es!aI seu guia e seus au/iliares são o sacerdo!e e os padrihos# Seu al*o & uma *isi!a aos pais do seu 8u 8!eroF o 8sp0ri!o de .eus e o Seio da @raça 1# .epois dissoF & de*ol*ida aos seus pais do corpo f0sico# Poucos *islumbram o se!ido do ri!o do ba!ismoF Hue cos!i!uiu ossa iiciação a )greja# 2ão obs!a!eF esse se!ido aparece clarame!e as pala*ras de Jesus: G8m *erdadeF em *erdade *os digoF aHuele Hue ão ascer de o*o ão poderá *er o reio de .eusG# 2icodemos lhe disse: GComo pode um homem ascerF sedo *elhoR Por*e!ura pode !orar a e!rar o *e!re de sua mãeF e ascerRG Jesus respodeu: G8m *erdadeF em *erdade *os digoF aHuele Hue ão ascer da água e do esp0ri!o ão poderá e!rar o reio de .eusG 5# A i!erpre!ação popular do ba!ismo & de Hue ele Gre!ira a mácula do pecado origialGF recaido a 6fase a!es sobre a id&ia de purificação do Hue sobre a do reascime!o# Tra!a?se de uma i!erpre!ação secudária# OuF Huado & lembrada a imagem !radicioal do ascime!oF ada & di!o a respei!o do casame!o a!ecede!e# Os s0mbolos mi!ológicosF e!re!a!oF de*em ser seguidos em !odas as suas implicaçMes a!es de abrirem as por!as Hue le*am a !odo o sis!ema de correspod6cia por meio do Hual represe!amF em !ermos de aalogiaF a milear a*e!ura da alma#
Q Parte I :otas ao a$tu*o IQ !% Para uma discussão dessa 8uestão, 3eMa'se meu oment;rio na edição dos @rimmWs fairN !ales da Pantheon 4oo7s (:o3a Lor7, !"&&),$$% '#%
% Essa 3isão do retorno de Jasão ($resente num 3aso da o*eção Etrusca do Qaticano) i*ustra uma re*eitura da *enda 8ue não se acha re$resentada em nenhum documento *iter;rio% QeMa'se o coment;rio no ndice das I*ustraç*ico i;rio, na ru0rica 2S;0ado Santo2 ou 2S;0ado de A*e*uiaY% trecho citado . um resumo 6eito a $artir da tradução ing*esa de dom Gas$ar e6e03re, S4, $u0*icado nos Estados @nidos $e*a E% /% ohmann o%, de Saint Pau*, /innesota% % :a ndia, o $oder Ksha!iL de um deus . $ersoni6icado so0 uma 6orma 6eminina, como sua consorteB no ritua* a8ui descrito, a graça . sim0o*iCada de modo seme*hante% #% João, ?+?'%
Par!e ))
O ciclo cosmog;ico Cap0!ulo ) 8maaçMes
!% a $sico*ogia meta6sica O i!elec!ual modero ão eco!ra dificuldades em admi!ir Hue o simbolismo da mi!ologia se re*es!e de um sigificado psicológico# 8s!á fora de d7*idasF especialme!e depois do !rabalho dos psicaalis!asF Hue !a!o os mi!os compar!ilham da a!ure>a dos sohosF Hua!o os sohos são si!omá!icos da dimica da psiHue# Sigmud reudF Carl @# JugF ilhelm S!eelF O!!o -aF `arl AbrahamF @&>a -óheim e mui!os ou!ros dese*ol*eramF as 7l!imas d&cadasF um modero corpoF *as!ame!e docume!adoF de i!erpre!açMes de sohos e mi!osI eF embora !eham dese*ol*ido !rabalhos Hue aprese!am amplas di*erg6cias e!re siF esses dou!ores se uem um grade mo*ime!o modero por meio de um cosiderá*el coju!o de pric0pios comus# Com a descober!a de Hue os padrMes e a lógica do co!o de fadas e do mi!o correspodem aos do sohoF fei!a por elesF as Huimeras há mui!o desacredi!adas do homem arcaico *ol!aramF de modo dramá!icoF ao plao pricipal da cosci6cia modera# 2os !ermos dessa cocepçãoF há ra>Mes para crer HueF a!ra*&s dos co!os mara*ilhosos Q cuja pre!esão & descre*er a *ida dos heróis ledáriosF os poderes das di*idades da a!ure>aF os esp0ri!os dos mor!os e os aces!rais !o!6micos do grupo QF & dada uma e/pressão simbólica aos desejosF !emores e !esMes icoscie!es Hue se acham subjace!es aos padrMes coscie!es do compor!ame!o humao# 8m ou!ras pala*rasF a mi!ologia & psicologia cofudida com biografiaF his!ória e cosmologia# O psicólogo modero !em codiçMes de re!radu>i?la em suas deo!açMes próprias eF desse modoF recuperar para o mudo co!emporeo um rico e eloHe!e docume!o das camadas mais profudas do ca?
Gra3ura XQII% A 6onte da 3ida (F*andres)
rá!er humao# AHui são e/ibidosF !al como um fluoroscópioF as re*elaçMes dos processos ocul!os do eigma Homo sa$iens Q ocide!al e orie!alF primi!i*o e ci*ili>adoF co!emporeo e remo!o# Todo o espe!áculo se
deserola dia!e dos ossos olhos# Cumpre apeas l6?loF es!udar?lhe os padrMes cos!a!esF aalisar?lhe as
*ariaçMes eF com issoF chegar a
Gra3ura XQIII% rei ua e seu $o3o (su* da Nod.sia)
uma compreesão das profudas forças Hue deram forma ao des!io humaoF forças essas Hue de*em co!iuar a de!ermiar !a!o ossa *ida pri*adaF como ossa *ida p7blica# $as se pre!edemos perceber o pleo *alor dos eleme!osF de*emos o!ar Hue os mi!os ão são pass0*eis de uma comparação e/a!a com os sohos# As figuras dos mi!os dos sohos !6m as mesmas fo!es de origem Q os poços icoscie!es da fa!asia QF assim como a mesma gramá!icaI co!udoF os mi!os ão são produ!os espo!eos do soo# Pelo co!rárioF seus padrMes são coscie!eme!e co!rolados# 8 sua fução cohecida cosis!e em ser*ir como poderosa liguagem pic!orial para fis de comuicação da sabedoria !radicioal# )sso já se aplicaF iclusi*eF =s chamadas mi!ologias folclóricas primi!i*as# O /amã susce!0*el ao !rase e o sacerdo!e?a!0lope iiciado ão carecem de sofis!icação em seu cohecime!o do mudoF em são iábeis a u!ili>ação dos pric0pios da comuicação por meio da aalogia# As me!áforas pelas Huais *i*em e por meio das Huais operam foram obje!o de loga medi!açãoF de pesHuisas e de discussão ao logo de s&culos Q ou mesmo mil6iosI al&m dissoF ser*iram a sociedades i!eiras como as pricipais bases do pesame!o e da *ida# Os padrMes cul!urais foram moldados a elas# Os jo*es foram educadosF e os aciães se !oraram sábiosF por i!erm&dio do es!udoF da e/peri6cia e da compreesão de suas efe!i*as formas iicia!órias# Pois essas me!áforas a realidade !ocam e pMem em jogo as eergias *i!ais de !oda a psiHue humaa# 8las ser*em de *0culo e!re o icoscie!e e os campos da ação prá!ica Q e ão de modo irracioalF = feição de uma projeção euró!icaF mas de maeira !al a permi!ir uma compreesão maduraF poderada e prá!ica do mudo dos fa!osF ecessária = repe!içãoF Hue es!á subme!ida a um ifle/0*el co!roleF do Hue se passa os dom0ios do desejo e do medo ifa!is# 8 se isso & *erdade Huado aplicado =s mi!ologias folclóricas compara!i*ame!e simples Kos sis!emas de mi!os e ri!uais por meio dos Huais as !ribos primi!i*as
dedicadas = caça e = pesca se sus!e!am a si mesmasLF Hue di>er de me!áforas cósmicas magifice!es como as refle!idas os grades &picos hom&ricosF a i3ina com.dia, de .a!eF o @6esis e os !emplos i!emporais do Orie!eR A!& as 7l!imas d&cadasF esses eram os sus!e!áculos de !oda a *ida humaa e a ispiração da filosofiaF da poesia e das ar!es em geral# Ode os s0mbolos herdados receberam o !oHue de um ,ao?!s&F de um udaF de um \oroas!roF de um Cris!o ou de um $aom& Q empregadosF por um mes!re cosumado do esp0ri!oF como *e0culo da mais profuda is!rução moral e me!af0sica QF es!amosF e*ide!eme!eF a preseça de uma imesa cosci6ciaF e ão dia!e de !re*as# Por cosegui!eF para perceber o pleo *alor de Hue se re*es!em de figuras mi!ológicas Hue chegaram a!& ósF fa>?se ecessário compreeder Hue elas ão sãoF !ão?some!eF si!omas do icoscie!e Kcomo o são efe!i*ame!e !odos os pesame!os e a!os humaosLF mas !amb&m declaraçMes co!roladas e i!ecioais de de!ermiados pric0pios de cuho espiri!ualF Hue permaeceram cos!a!es ao logo do curso da his!ória humaaF como a forma e a es!ru!ura e*rálgica da própria psiHue humaa# 8m !ermos suci!os: a dou!ria ui*ersal esia Hue !odas as es!ru!uras *is0*eis do mudo Q !odas as coisas e seres Q são o efei!o de uma força ub0Hua de Hue emergemF força essa Hue os sus!e!a e preeche o decorrer do per0odo de sua maifes!ação e para a Hual eles de*em re!orar Huado de sua dissolução 7l!ima# Tra!a?se da força Hue a ci6cia cohece como eergiaF os mela&sios como mana, os 0dios siou/ como 5a7onda, os hidus como sha7ti e os cris!ãos como o poder de .eus# Sua maifes!ação a psiHue & deomiadaF a psicaáliseF *i0ido]% 8 sua maifes!ação o cosmo cos!i!ui a es!ru!ura e o flu/o do próprio ui*erso# A apreesão da 6onte desse subs!ra!o do serF idifereciado eF ão obs!a!eF par!iculari>ado os Hua!ro ca!os do mudoF & frus!rada pelos próprios órgãos por meio dos Huais de*e ser reali>ada# As formas de sesibilidade e as ca!egorias do pesame!o humao %F elas mesmas maifes!açMes dessa força 'F limi!am a me!e um grau !ão cosiderá*elF Hue ormalme!e & imposs0*elF ão apeas *erF como !amb&m coceberF al&m do coloridoF fluidoF ifii!ame!e *arie?gado e deslumbra!e espe!áculo feom6ico# A fução do ri!ual e do mi!o cosis!e em possibili!ar eF por cosegui!eF em facili!arF o sal!o Q por aalogia# ormas e cocei!os Hue a me!e e seus se!idos podem compreeder são aprese!ados e orgai>ados de um modo capa> de sugerir uma *erdade ou uma aber!ura Hue se eco!ram mais al&m# Tedo sido criadas as codiçMes para a medi!açãoF o idi*0duo & dei/ado cosigo mesmoF so>iho# O mi!o ão & seão o pe7l!imo 0*elI o 0*el 7l!imo & a aber!ura Q o *a>ioF ou serF Hue se acha al&m das ca!egorias ( QF a Hual a me!e de*e mergulhar so>iha e ser dissol*ida# Por!a!oF .eus e os deuses são apeas meios co*eie!es Q eles mesmos compar!ilham da a!ure>a do mudo de omes e formasF embora sejam eloHe!es refer6cias do iefá*el a HueF em 7l!ima aáliseF le*am# São meros s0mbolos des!iados a desper!ar e p;r a me!e em mo*ime!oF bem como a chamá?la a ir ao seu eco!ro 1# O c&uF o iferoF a era mi!ológicaF o OlimpoF bem como as ou!ras moradas dos deusesF são i!erpre!adosF pela psicaáliseF como s0mbolos do icoscie!e# A cha*e dos moderos sis!emas de i!erpre!ação eco!ra?se a eHuação: reio me!af0sico icoscie!e# .e modo correspode!eF a cha*e Hue abre a por!a do camiho i*erso & essa mesma eHuaçãoF com as formas i*er!idas: icoscie!e = reio me!af0sico# Como di> Jesus: WWPorHue eis Hue o reio de .eus es!á de!ro de *ósG 5# Com efei!oF o se!ido de Hue se re*es!e a imagem b0blica da ueda & precisame!e a passagem da supracosci6cia para o es!ado de icosci6c0a# A cos!rição da cosci6ciaF = Hual de*emos o fa!o de ão *ermos a fo!e da força ui*ersal masF !ão?some!eF as formas feom6icas Hue ela refle!eF !rasforma a supracosci6cia em icosci6c0a eF o mesmo is!a!eF precisame!e ao fa>6?loF cria o mudo# A redeção cosis!e em re!orar = supracosci6cia eF por i!erm&dio desse re!oroF a dissolução do mudo# A0 !emos o grade !emaF bem como a fórmulaF do ciclo cosmog;icoF a imagem m0!ica do processo de maifes!ação do mudo e do subseHe!e re!oro = codição imaifes!a# .o mesmo modoF o ascime!oF a *ida e a mor!e do idi*0duo podem ser cosiderados como uma descida = icosci6c0aF seguida de um re!oro# O herói & aHuele HueF embora aida se eco!re *i*oF cohece e represe!a os apelos da supracosci6cia Q Hue &F ao logo da criaçãoF mais ou meos icoscie!e# A a*e!ura do herói marca o mome!o em Hue es!eF embora aida es!eja *i*oF descobriu e abriu o camiho da lu>F para al&m dos sombrios limi!es da ossa mor!e em *ida# Assim & Hue os s0mbolos cósmicos são aprese!ados um esp0ri!o de sublime parado/oF Hue pMe o pesame!o em pol*orosa# O reio de .eus es!á de!ro de ós eF ão obs!a!eF !amb&m es!á fora de ósI .eusF !oda*iaF ão & seão um meio co*eie!e de desper!ar a pricesa adormecidaF a alma# A *ida & o seu sooI a mor!eF o desper!ar# O heróiF aHuele Hue desper!a a própria almaF ão & mais do Hue o meio co*eie!e de sua própria dissolução# .eusF aHuele Hue desper!a a almaF &F esse se!idoF sua própria mor!e imedia!a# Pro*a*elme!e o s0mbolo mais eloHe!e poss0*el desse mis!&rio seja o do deus crucificadoF o deus oferecido Gele mesmo a si mesmoG D# 8!edido uma das direçMesF o se!ido & a passagem do herói feom6ico para a supracosci6cia: o corpoF com os cico se!idos Q semelha!e ao do Pr0cipe Cico Armas grudado a Cabelo Pegajoso QF fica pededo da cru> do cohecime!o da *ida e da mor!eF pregado em cico lugares Kas duas mãosF os dois p&s e a cabeça com uma coroa de espihosL E# $as & igualme!e *erdadeiro Hue .eus desceu *olu!ariame!e e colocou sobre si mesmo a carga de sua agoia feom6ica# .eus assume a *ida de homemF Hue liber!a o .eus Hue se acha em seu i!erior o po!o m&dio do cru>ame!o das has!es da mesma Gcoicid6cia de opos!osG ZF a mesma por!a do sol pela Hual .eus desce e o omem sobe Q .eus e o omem se alime!am mu!uame!e "[#
O es!udioso modero cer!ame!e pode e/amiar esses s0mbolos como lhe aprou*erF Huer como si!oma da igorcia do ou!roF ou como algo Hue lhe assiala a própria igorciaI Huer em !ermos de uma redução da me!af0sica = psicologiaF ou em se!ido i*erso# A forma !radicioal cosis!ia em medi!ar sobre os s0mbolos em ambos os se!idos# .e HualHuer maeiraF os s0mbolos são me!áforas re*eladoras do des!io do homemF bem como de sua esperaçaF f& e obscuro mis!&rio#
% giro uni3ersa* .o mesmo modo Hue a cosci6cia do idi*0duo permaece um mar de escuridãoF ao Hual desce em soo profudo e do Hual desper!a mis!eriosame!eF assim !amb&m o ui*ersoF as images do mi!oF & precipi!adoF e permaece uma i!emporalidade a Hual *ol!a a dissol*er?se# 8 assim como a sa7de me!al e f0sica do idi*0duo depede de um flu/o orgai>ado de forças *i!aisF *ido das sombras do icoscie!e para o campo do co!idiao *0gilF assim & HueF o mi!oF a co!iuidade da ordem cósmica só & gara!ida por um flu/o co!rolado da força emaada pela fo!e# Os deuses são persoificaçMes simbólicas das leis Hue go*eram esse flu/o# 8les *6m = e/is!6cia com a madrugada e se dissol*em com o crep7sculo# 2ão são e!eros o mesmo se!ido em Hue & e!era a oi!e# Some!e a par!ir da duração mais res!ri!a da e/is!6cia humaa parece durar o giro de uma era cosmog;ica# O ciclo cosmog;ico cos!uma ser represe!ado como algo Hue se repe!e a si mesmoF um mudo sem fim# 2o decorrer de cada um dos seus logos girosF *ai sedo iclu0doF ormalme!eF um 7mero meor de dissoluçMesF da mesma forma como o ciclo soo?desper!ar se deserola ao logo de uma *ida# Segudo uma *ersão as!ecaF os Hua!ro eleme!os Q águaF !erraF fogo e ar Q !ermiamF um de cada *e>F um dado per0odo do mudo: a era das águas !ermiou o dil7*ioF a da !erra com um !erremo!oF a do ar com um furacãoF es!ado a prese!e era des!iada a !ermiar graças = ação das chamas ""# .e acordo com a dou!ria es!óica da coflagração c0clicaF !odas as almas co*ergem para a alma do mudo ou fogo primai# uado essa dissolução ui*ersal !i*er sido coclu0daF !erá i0cio a formação de um o*o ui*erso Ka reno3atio de C0ceroL e !odas as coisas se repe!irão Q !odas as di*idades e !odas as pessoas QF e/ercedo ou!ra *e> seu papel precede!e# S6eca fe> uma descrição dessa des!ruição em sua G.e cosola!ioe ad $areiamG e parece !er alime!ado a esperaça de *ol!ar a *i*er o ciclo *idouro n% Uma *isão magifice!e desse giro cosmog;ico & aprese!ada a mi!ologia dos jaiis!as# O mais rece!e profe!a e sal*ador dessa sei!a idiaa !ão remo!a foi $aha*iraF co!emporeo de uda Ks&culo 9) a#CL# Seus pais já eram seguidores de um sal*ador?profe!a jaiis!a mais a!igoF Parsh*aa!haF Hue & represe!ado com serpe!es Hue lhe saem dos ombrosF e Hue !eria florescido e!re ED% e DD% a#C# S&culos a!es de Parsh*aa!haF *i*eu e morreu o sal*ador jaiis!a 2emia!haF a Huem foi a!ribu0da a codição de primo da adorada ecaração hiduF `risha# 8F a!es deleF hou*e e/a!ame!e *i!e e um ou!rosF !odos remo!ado a -ishabhaa!haF cuja e/is!6cia ocorreu uma &poca a!erior do mudoF a Hual os homes e mulheres asciam sempre aos paresF !iham !r6s Huil;me!ros de al!ura e *i*iam por ico!á*eis aos# -ishabhaa!ha is!ruiu os po*os as se!e!a e duas ci6cias Kescri!aF ari!m&!icaF lei!ura de presságiosF e!c#LF as sesse!a e Hua!ro !arefas das mulheres KculiáriaF cos!uraF e!c#L e as cem ar!es KcermicaF !ecelagemF pi!uraF !rabalhos com me!alF barbeariaF e!c#L# Al&m dissoF i!rodu>iu a pol0!ica e!re eles e es!abeleceu um reio# A!es desse mome!oF essas io*açMes !eriam sido sup&rfluasF já Hue os po*os do per0odo precede!e Q Hue !iham seis Huil;me!ros de al!ura e ce!o e *i!e e oi!o cos!elasF e go>a*am de uma *ida de dois per0odos de ico!á*eis aos Q !iham !odas as ecessidades supridas por de> Gár*ores reali>adoras de desejoG (7a*$a 3ri7sha), de fru!os sua*esF folhas em forma de paelas e po!esF folhas Hue ca!a*am sua*eme!e e produ>iam lu> = oi!eF folhas Hue delei!a*am a *is!a e o olfa!oF alime!o perfei!o = *isão e ao gos!oF folhas capa>es de ser*ir de jóias e uma casca Hue se !rasforma*a em belas *es!ime!as# Uma das ár*ores se assemelha*a a um palácio de *ários adares ode se podia *i*erI ou!ra gera*a uma sua*e radiciaF semelha!e = de mui!as lmpadas# A !erra era doce como aç7carI o oceaoF delicioso como *iho# 8F mais uma *e>F a!es dessa era feli>F hou*e uma era aida mais feli> Q precisame!e duas *e>es mais feli> Q Huado os homes e mulheres !iham do>e Huil;me!ros de al!ura e eram do!ados de du>e!as e ciHe!a e seis cos!elas# uado esse po*o superla!i*o morreuF passou dire!ame!e para o mudo dos deusesF sem jamais !er ou*ido falar de religiãoF uma *e> Hue sua *ir!ude a!ural era !ão perfei!a Hua!o sua bele>a# Os jaiis!as cocebem o !empo como um giro sem fim# O !empo & represe!ado pic!orialme!e como uma roda de do>e raiosF ou idadesF classificados em dois coju!os de seis# O primeiro coju!o & deomiado s&rie Gdescede!eG (a3asar$in) e começa com a era dos casais giga!es superla!i*os# 8sse per0odo paradis0aco !em uma duração de de> milhMes de de> milhMes de cem milhMes de cem milhMes de per0odos de ico!á*eis aosF cededo lugar para o per0odo apeas semi?abeçoado em Hue os homes e mulheres !6m apeas seis Huil;me!ros de al!ura# 2o !erceiro per0odo Q o per0odo de -ishabhaa!haF o primeiro dos *i!e e Hua!ro sal*adores QF a
felicidade & combiada com um pouco de !ris!e>a e a *ir!udeF com um pouco de *0cio# 2a coclusão desse per0odoF os homes e mulheres já ão ascem aos pares para *i*er ju!os como marido e mulher# 2o decorrer do Huar!o per0odoF a gradual de!erioração do mudo e dos seus habi!a!es segueF ie/orá*elF seu curso# A duração da *ida e a es!a!ura do homem *ão sedo le!ame!e redu>idas# 9i!e e !r6s sal*adores do mudo ascemI cada um deles reafirma a dou!ria e!era dos jaiis!as em !ermos apropriados =s codiçMes do seu próprio !empo# Passados !r6s aos e oi!o meses e meio da mor!e do 7l!imo sal*ador e profe!aF $aha*iraF esse per0odo chega ao fim# 2ossa própria eraF a Hui!a da s&rie descede!eF !e*e i0cio em 1%% a#C# e durará *i!e e um mil aos# 2ehum sal*ador jaiis!a ascerá o decorrer desse per0odo e a religião e!era dos jaiis!as sofrerá um gradual desaparecime!o# Tra!a?se de um per0odo de malef0cio ão mi!igado e de i!esificação cresce!e# Os seres humaos mais al!os !6m apeas se!e c7bi!os ^ e a duração mais prologada da *ida ão ul!rapassa ce!o e *i!e e cico aos# As pessoas co!am com meras de>esseis cos!elas# São ego0s!asF ijus!asF *iole!asF l7br0casF orgulhosas e a*aras# $as a se/!a idade da s&rie descede!eF o es!ado do homem e do seu mudo será aida pior# A *ida mais loga ão passará de *i!e aosI um c7bi!o será a maior es!a!ura e oi!o cos!elasF o parco Huihão# Os dias serão Hue!esF as oi!esF friasF a doeça !omará co!a do mudo e a cas!idade desaparecerá# Tempes!ades *arrerão a Terra eF Hua!o mais se apro/imar o fial do per0odoF !a!o mais i!esas serão# 2o fialF !oda a *idaF !a!o humaa como aimalF assim como !odas as seme!es serão forçadas a buscar abrigo o @agesF em miserá*eis ca*eras e o mar# A s&rie descede!e !erá fimF e a s&rie Gascede!eG (utsar$im) se iiciaráF Huado a !empes!ade e a desolação a!igirem o limi!e do supor!á*el# AssimF cho*erá dura!e se!e dias e se!e difere!es !ipos de chu*a cairãoI o solo será refrescado e as seme!es começarão a bro!ar# As horr0*eis cria!uras aãs da !erra árida e amarga sairão de suas ca*eras eF de forma bas!a!e gradualF se perceberá uma peHuea melhoria da moralF da sa7deF da bele>a e da es!a!uraF a!& Hue essas cria!uras passem a *i*er um mudo como o Hue hoje cohecemos# 8!ãoF ascerá um sal*adorF chamado Padmaa!haF Hue auciará ou!ra *e> a religião e!era dos jaiis!asI a es!a!ura da humaidade se apro/imará o*ame!e do superla!i*o e a bele>a do ser humao superará o espledor do sol# Por fimF a !erra ficará sua*e e as águas se !orarão *ihoF as ár*ores Hue a!edem aos desejos gerarão sua abudcia de del0cias para uma abeçoada população de g6meos perfei!ame!e casadosI e a felicidade dessa comuidade *ol!ará a dobrar e a rodaF ao logo de de> milhMes de de> milhMes de cem milhMes de cem milhMes de per0odos de ico!á*eis aosF se apro/imará do po!o ode se iicia a re*olução descede!eF Hue mais uma *e> le*ará = e/!ição da religião e!era e ao aume!o gradual do fragor de di*ersMes doe!iasF de guerras e de *e!os pes!ile!os "'# ^ Antiga medida de com$rimento e8ui3a*ente a cin8Denta centmetros% (:% do T%)
8ssa roda do !empo de do>e raiosF em permae!e re*oluçãoF dos jaiis!as & a co!rapar!e do ciclo de Hua!ro idades dos hidus: a primeira idade & um logo per0odo de b6ção perfei!aF de bele>a e perfeiçãoF Hue !em a duração de Hua!ro mil e oi!oce!os aos di*ios "(I a segudaF com um pouco meos de *ir!udeF com a duração de !r6s mil e seisce!os aos di*iosI a !erceiraF com a *ir!ude e o *0cio uma combiação iguali!áriaF dura dois mil e Hua!roce!os aos di*iosI e a 7l!imaF a ossaF com o mal em cos!a!e crescime!oF es!ede?se por mil e du>e!os aos di*iosF ou Hua!roce!os e !ri!a e dois mil aosF segudo o cálculo humao# $asF ao !&rmio do prese!e per0odoF em *e> de se iiciar imedia!ame!e uma melhoria Kcomo ocorre o ciclo descri!o pelos jaiis!asLF a!es de !udo as coisas serão aiHuiladas por um ca!aclismo de fogo e de dil7*ioF redu>ido?se ao es!ado primordial do oceao i!emporal origial e assim permaecedo por um per0odo igual ao da duração !o!al das Hua!ro idades# .epois dissoF iiciar?se?ão ou!ra *e> as grades idades do mudo# 8!ede?se Hue uma cocepção básica da filosofia orie!al & !radu>ida sob essa forma pic!orial# A!ualme!eF & imposs0*el di>er se o mi!o cofigura*a?se origialme!e como ilus!ração da fórmula filosófica ou se es!a cos!i!u0a uma des!ilação Hue !iha o mi!o como po!o de par!ida# Por cer!o o mi!o remo!a a eras perdidas o !empoF mas o mesmo ocorre com a filosofia# uem poderá saber Hue pesame!os po*oa*am a me!e dos *elhos sábios Hue o dese*ol*eramF guardaram e !rasmi!iramR Com mui!a freH6ciaF dura!e a aálise e pee!ração dos segredos do s0mbolo arcaicoF apeas podemos se!ir Hue ossa oção geralme!e acei!a de his!ória da filosofia se acha fudame!ada uma suposição falsa em !odos os seus !ermos Q a oção segudo a Hual o pesame!o abs!ra!o e me!af0sico se iicia Huado surge pela primeira *e> os ossos regis!ros e/is!e!es# A fórmula filosófica ilus!rada pelo ciclo cosmog;ico refere?se = circulação da cosci6cia pelos !r6s plaos do ser# O primeiro plao & o da e/peri6cia desper!a: a cogição dos fa!os bru!os e crus de um ui*erso e/!eriorF ilumiado pela lu> do sol e comum a !odos# O segudo & o da e/peri6cia di*ia: a cogição das formas fluidas e su!is de um mudo i!erior pri*adoF au!o?ilumiado e Hue forma uma 7ica subs!cia com o sohador# O !erceiroF por sua *e>F & o do soo profudo: um soo ão po*oado por sohosF profudame!e recompesador# 2o primeiro plaoF eco!ramos as e/peri6cias is!ru!i*as da *idaI o segudoF ocorre a diges!ão dessas e/peri6ciasF Hue são assimiladas pelas forças i!eriores do sohadorI já o !erceiro plao do serF !udo &
apro*ei!ado e cohecido de modo icoscie!eF o Gespaço e/is!e!e o i!erior do coraçãoGF a sala do co!rolador i!eroF a fo!e e o fim de !udo "1# O ciclo cosmog;ico de*e ser e!edido como a passagem da cosci6cia ui*ersalF da profuda %oa adormecida do imaifes!oF para a plea lu> do co!idiao desper!oF por i!erm&dio do sohoF ocorredoF em seguidaF o re!oro q a!ra*&s do sohoF para as !re*as i!emporais# Tal como aco!ece a e/peri6cia real de !odo ser *i*oFW assim !amb&m & a figura gradiosa do cosmo *i*o: o abismo do sooF as eergias são recompos!asI a labu!a diáriaF são e/auridasI a *ida do ui*erso se esgo!a e de*e ser reo*ada#
O ciclo cosmog;ico pulsaF !orado?se maifes!oF e re!ora ao es!ado imaifes!oF em meio ao sil6cio do descohecido# Os hidus represe!am esse mis!&rio por meio da s0laba sagrada AU$# AHuiF o som A represe!a a cosci6cia desper!aI o som UF a cosci6cia o0ricaI e o som $F o soo profudo# O sil6cio em !oro da s0laba & o descohecidoF chamado simplesme!e de Go uar!oG "5# A s0laba em si represe!a .eus como criador? preser*ador?des!ruidorF mas o sil6cio represe!a o .eus 8!eroF absolu!ame!e afas!ado de !odas as idas e *idas da roda# GV i*is0*elF i!ag0*elF icoceb0*elF impercep!0*elF iimagiá*elF idescri!0*el# V a ess6cia do au!ocohecime!oF comum a !odos os es!ados de cosci6cia# Todos os fe;meos a0 cessam# V pa>F b6çãoF ão dualidade#G "D Os mi!os permaecem ecessariame!e o i!erior do cicloF mas o represe!am como es!ado cercado e permeado pelo sil6cio# O mi!o & a re*elação de uma plei!ude de sil6cio o i!erior e em !oro de !odo á!omo de e/is!6ciaI & algo Hue dirige a me!e e o coraçãoF por meio de figuraçMes cuja forma *em do plao profudoF para aHuele mis!&rio 7l!imo Hue preeche e cerca !odas as e/is!6cias# $esmo o mais c;mico e apare!eme!e fr0*olo de seus mome!osF a mi!ologia dirige a me!e para esse imaifes!oF Hue se acha precisame!e al&m do olho# GO Acião dos AciãesF o .escohecido dos .escohecidosF !em uma forma eF o e!a!oF ão !em formaGF lemos um !e/!o cabal0s!ico hebraico da )dade $&dia# G8le !em uma forma a Hual & preser*ado o ui*erso eF o e!a!oF ão !em formaF pois ão pode ser apreedido#G "E 8sse Acião dos Aciães & represe!ado como uma face de perfil: sempre de perfilF pois o lado Hue se acha ocul!o jamais pode ser cohecido# A isso se dá o ome de Ga @rade aceGF $acroprosoposI dos fios de sua barba braca procede o mudo i!eiro# G8ssa barbaF a *erdade de !odas as *erdadesF começa a região das orelhas e dá a *ol!a a faceF passado pela boca do SupremoI e a barba desce e sobeF cobrido as bochechasF cosiderados locais de copiosa fragrciaI & adorada de braco: e desce o eHuil0brio do poder co!rolado e forece uma cober!a mesmo Huado o pei!o# V a barba do adoroF *erdadeira e perfei!aF da Hual fluem !re>e fo!esF Hue dissemiam o mais precioso bálsamo do espledor# 8s!as são dispos!as de !re>e difere!es formas ## 8 cer!as disposiçMes se eco!ram o ui*ersoF de acordo com essas !re>e disposiçMesF Hue depedem da *eerá*el barbaF e são aber!as os !re>e por!Mes das misericórdias#G "Z A barba braca de $acroprosopos desce para ou!ra cabeçaF Ga PeHuea aceGF $icroprosoposF represe!ada de fre!e e com barba egra# 8 eHua!o o olho da @rade ace ão !em pálpebra e jamais se fechaF os olhos da PeHuea ace abrem?se e fecham?se de acordo com o le!o ri!mo do des!io ui*ersal# 8is o i0cio e o fim do giro cosmog;ico# A PeHuea ace & chamada .8USI a @rade aceF 8U sou# $acroprosopos & o )criado 2ão?CriadorI $icroprosoposF o )criado Criador: respec!i*ame!eF o sil6cio e a s0laba AU$I o imaifes!o e a preseça imae!e o giro cosmog;ico#
?% A $artir do 3aCio'es$aço
.eclara São Tomás de AHuio: G-eser*a?se o ome de sábio apeas =Huele cuja cosideração & o fim do ui*ersoF fim esse Hue . !amb&m o i0cio do ui*ersoG %[# 8is o pric0pio básico de !oda mi!ologia: o i0cio o fim# Os mi!os da criação são permeados por um se!ido de predes!iação Hue rei*idica ao 0mperec0*el !odas as formas criadasF cujo primeiro aparecime!o !e*e esse mesmo imperec0*el como fo!e# As formas a*açam poderosame!eF mas & ie*i!á*el Hue eco!rem seu apogeuF decad6cia e re!oro# A mi!ologiaF esse se!idoF !em uma *isão !rágica# $asF !omada o se!ido de algo Hue si!ua osso serF ão as formas des!ru!0*eisF mas o imperec0*el a par!ir do Hual elas imedia!ame!e promaamF a mi!ologia se re*es!e de um cará!er emie!eme!e ão?!rágico%"# .e fa!oF sempre Hue pre*alece a disposição mi!ológicaF a !rag&dia & imposs0*el# Pre*alece a!es uma Hualidade da ordem do soho# AdemaisF o *erdadeiro ser ão es!á as formasF mas o sohador# Tal como o sohoF as images *ariam do sublime ao rid0culo# 2ão & permi!ida = me!e a perma6cia de suas a*aliaçMes ormaisI a me!e . isul!ada de modo co!0uo e afas!ada da seguraça Hue lhe permi!e di>er Hue agoraF fialme!eF e!edeu# A mi!ologia & derro!ada Huado a me!e se ma!&m apegadaF de forma soleeF =s suas images fa*ori!as ou !radicioaisF defededo?as como se fossem elas mesmas a mesagem Hue comuicam# 8ssas images de*em ser cosideradas como meras sombras emaadas do plao Hue se acha al&m do pee!rá*elF o dom0io Hue os olhosF a falaF a me!e ou mesmo a piedade ão alcaçam# Tal como ocorre o sohoF as !ri*ial0dades do mi!o são i!esame!e sigifica!i*as# A primeira fase do ciclo cosmog;ico descre*e a irrupção da ão?forma em formaF como ocorre o segui!e c!ico da criação dos $aoris da 2o*a \eldia:
Te ore KO 9a>ioL Te ore'tua'tahi KO Primeiro 9a>ioL Te ore'tua'rua KO Segudo 9a>ioL Te ore'nui KO 9as!o 9a>ioL Te ore'roa KO Ampl0ssimo 9a>ioL Te ore'$ara KO $urcho 9a>ioL Te ore'5hi5hia KO .esagradá*el 9a>ioL Te ore'ra5e KO .elicioso 9a>ioL
Gra3ura XIX% A mãe dos deuses (/.ico)
Gra3ura XX% Tangaroa, $roduCindo deuses e homens (i*ha Nurutu)%
Te ore'te'tamaua KO 9a>io ,ogo ,imi!adoL Te Po KA 2oi!eL Te Po'te7i KA 2oi!e SuspesaL Te Po'terea KA 2oi!e lu!ua!eL Te Po'5ha5ha KA 2oi!e Plage!eL Hine'ma7e'moe KA ilha do Soo Per!urbadoL Te Ata KA $adrugadaL Te Au'tu'roa KO .ia .uradouroL Te Ao'marama KO rilha!e .iaL Khai'tua K8spaçoL
2o espaço foram dese*ol*idas duas e/is!6cias sem forma:
$au KUmidade XmachoYL $ahora?ui?a?ragi K@rade 8/pasão do C&u Xf6meaYL# .elas surgiram: -agi?po!ii KOs C&us XmachoYL Papa KTerra Xf6meaYL# -agi?po!ii e Papa foram os pais dos deuses %%# A par!ir do *a>io Hue se eco!ra al&m de !odos os *a>iosF dese*ol*em?se as emaaçMes HueF semelha!es a pla!as e mis!eriosasF sus!e!am o mudo# O d&cimo eleme!o da s&rie acima & a oi!eI o d&cimo oi!a*oF o espaço ou &!erF a moldura do mudo *is0*elI o d&cimo oo & a polaridade masculio?femiioF e o *ig&simoF o ui*erso Hue *emos# Uma !al s&rie sugere a profudidade al&m da profudidade do mis!&rio do ser# Os 0*eis correspodem =s profude>as a!igidas pelo herói em sua a*e!ura de pee!ração do mudoI eles eumeram os es!ra!os espiri!uais cohecidos pela me!e i!ro*er!ida a medi!ação# -eprese!am o fa!o de a oi!e escura da alma ão !er fim %'# A cabala hebraica represe!a o processo de criação como uma s&rie de emaaçMes produ>idas pelo 8U SOU da @rade ace# A primeira delas & a própria cabeçaF de perfilF de ode surgem Go*e espl6didas lu>esG# As emaaçMes !amb&m são represe!adas como os ramos de uma ár*ore cósmicaF Hue se acha de cabeça para bai/oF com suas ra0>es ficadas a Gal!ura iescru!á*elG# O mudo Hue *emos & a imagem re*ersa dessa ár*ore# .e acordo com os filósofos idiaos samhNaF do oi!a*o s&culo a!es de Cris!oF o *a>io se codesa o eleme!o &!er ou espaço# A par!ir dessa codesaçãoF o ar & precipi!ado# .es!e *em o fogoF do fogoF a água eF da águaF o eleme!o !erra# .ese*ol*e?seF ju!ame!e com cada eleme!oF uma fução de se!ido capa> de perceb6? lo: audiçãoF !a!oF *isãoF paladar e olfa!oF respec!i*ame!e %(# Um curioso mi!o chi6s persoifica esses eleme!os Hue emaam como cico *eerá*eis sábiosF Hue surgem de uma bola de caosF suspesa o *a>io: GA!es de o c&u e a !erra se separaremF !udo era uma grade bola de &*oaF chamada caos# 2aHuela &pocaF os esp0ri!os dos cico eleme!os !omaram forma e dese*ol*eram?se em cico aces!rais# O primeiro chama*a? se Aces!ral AmareloF mes!re da !erra# O segudoF chamado Aces!ral 9ermelhoF era o mes!re do fogo# O !erceiro era o Aces!ral 2egroF mes!re da água# O Huar!o era chamado Pr0cipe $adeiraF mes!re da madeira# O Hui!oF a $ãe $e!alF era a mes!ra dos me!ais %1# GOraF eis Hue esses cico aces!rais colocaram em mo*ime!o o esp0ri!o primordial do Hual ha*iam surgidoF de modo Hue a água e a !erra desceramF os c&us se ele*aram e a !erra mergulhou as profude>as# 8 a água formou rios e lagosF e apareceram as mo!ahas e pla0cies# Os c&us se e/padiram e a !erra di*idiu?seI e surgiram o SolF a ,uaF as es!relasF a areiaF as u*esF a chu*a e o or*alho# O Aces!ral Amarelo colocou em adame!o o mais puro poder da !erraF ao Hual se adicioaram as operaçMes do fogo e da água# 8 e!ão surgiram a grama e as ár*oresF os pássaros e aimaisF bem com as geraçMes de cobras e ise!osF de pei/es e de !ar!arugas# O Pr0cipe $adeira e a $ãe $e!al ju!aram a lu> e as !re*as e assim criaram a raça humaaF como homem e mulher# 8 assim surgiuF gradualme!eF o mudo# # # G %5
&% entro do es$aço'3ida O primeiro efei!o das emaaçMes cosmog;icas & a formação do es!ágio de espaço do mudoI o segudo & a produção da *ida de!ro da es!ru!ura assim formada: a *ida polari>ada para a au!o?reproduçãoF sob a forma dual do macho e da f6mea# V poss0*el represe!ar !odo o processo em !ermos se/uaisF como gra*ide> e ascime!o# 8ssa id&ia & admira*elme!e !radu>ida em ou!ra geealogia me!af0sica dos $aoris: G.a cocepçãoF o aume!oI .o aume!oF o pesarI .o pesarF a lembraçaI .a lembraçaF a cosci6ciaI .a cosci6ciaF o desejo# O mudo !orou?se fecudoI 8le es!edeu o fraco brilhoI @erou a oi!e: A grade oi!eF a loga oi!eF A oi!e mais cerradaF a oi!e mais profudaF A oi!e espessaF des!iada a ser se!idaF A oi!e des!iada a ser !ocadaF A oi!e des!iada a ão ser *is!aF A oi!e Hue !ermia em mor!e#
.o adaF a criaçãoI .o adaF o aume!oI .o adaF a abudciaF O poder de aume!oF O sopro *i*o# 8le es!edeu o espaço *a>ioF e produ>iu a a!mosfera Hue se eco!ra acima de ós# A a!mosfera Hue flu!ua acima da !erraF O grade firmame!oF Hue se acha acima de ósF es!edeu o começo do al*orecer# 8 a lua surgiuI A a!mosferaF Hue se eco!ra acima de ósF es!edeu o c&u respladece!e# 8 da0 surgiu o solI A lua e o sol foram colocados lá em cimaF como os pricipais olhos do c&u: 8 os C&us se !oraram lu>: o começo do al*orecerF o começo do diaF O meio?dia: a i!esa lu> do diaF *ida do c&u# O c&uF Hue se acha acima de ósF gerou a]aii e produ>iu !erraG %D# Por *ol!a da me!ade do s&culo )F PaioreF um grade chefe da ilha poli&sia de AaaF fe> um deseho do i0cio da criação# O primeiro de!alhe dessa ilus!ração era um peHueo c0rculo Hue !ra>ia em seu i!erior dois eleme!osF Te TumuF GA udaçãoG KmachoLF e Te PapaF GA -ocha do 8s!ra!oG Kf6meaL %E# GO ui*ersoGF disse PaioreF Gera como um o*oF Hue co!iha Te Tumu e Te Papa# 8le acabou por e/plodir e produ>iu !r6s camadas superpos!as Q uma camada colocada embai/oF sus!e!ado as ou!ras# 2a camada mais bai/a ficaram Te Tumu e Te PapaF Hue criaram o homemF os aimais e as pla!as# GO primeiro homem foi $a!a!aF produ>ido sem braçosI ele morreu pouco depois de ascer# O segudo homem foi Ai!uF Hue !iha um braço mas ão !iha perasI ele morreu como seu irmão mais *elho# Por fimF asceu o !erceiro homemF oa!ea KC&u?8spaçoLF perfei!ame!e formado# .epois deleF *eio uma mulher chamada oa!u Kecudidade da
Figura !?% Wuadro da criação tuamotuana% Abai/o: o o3o c>smico% Acima: o $o3o a$arece e d; 6orma ao uni3erso%
TerraL# 8la se !orou esposa de oa!ea e deles descede a raça humaa# Guado a mais bai/a camada da !erra foi a!igida pela criaçãoF as pessoas fi>eram uma aber!ura o meio da camada superiorF para Hue !amb&m pudessem alcaçá?laF e ali se es!abeleceramF le*ado cosigo pla!as e aimais da camada de bai/o# 8 ele*aram a !erceira camada Kpara Hue ela formasse um !e!o para a segudaL### e !ermiaram por se es!abelecer es!a 7l!ima !amb&mF de modo Hue os seres humaos passaram a !er !r6s moradas# Acima da !erraF es!a*am os c&usF !amb&m superpos!osF Hue alcaça*am a par!e iferiorF sus!e!ados pelos seus respec!i*os hori>o!esF algus dos Huais se uiam aos hori>o!es da !erraI e as pessoas co!iuaram a !rabalharF e/padido um c&u acima de ou!roF da mesma maeiraF a!& Hue !udo ficasse em ordem#G %Z
A par!e pricipal da ilus!ração de Paiore Xfigura "'Y mos!ra as pessoas e/padido o mudoF mo!adas umas os ombros das ou!rasF com o fi!o de ele*ar os c&us# 2o es!ra!o mais bai/o desse mudoF es!ão os dois eleme!os origiaisF Te Tumu e Te Papa# sua esHuerdaF es!ão as pla!as e aimais Hue geraram# AcimaF = direi!aF es!ão o primeiro homemF deformadoF e o primeiro casal de formação bem?sucedida# 2o c&u superiorF há uma fogueira circudada por Hua!ro figurasF Huadro Hue represe!a um e*e!o remo!o da his!ória do mudo: GA criação do ui*erso mal ha*ia chegado ao fimF Huado TagaroaF Hue se delicia*a em fa>er o malF a!eou fogo ao c&u mais ele*adoF buscado com isso des!ruir !odas as coisas# $asF feli>me!eF Tama!uaF Oru e -uauu *iram o fogo se e/padido e logo subiram da !erra e e/!iguiram as chamasG '[# A imagem do o*o cósmico & cohecida por mui!as mi!ologiasI ela es!á prese!e as mi!ologias órfica gregaF eg0pciaF filadesaF budis!a e japoesa# G2o i0cioF esse mudo era apeas ao?serGF lemos uma obra sagrada dos hidus# G8le era e/is!e!e# 8le se dese*ol*eu# Torou?se um o*o# O o*o chocou dura!e um ao# 8 se par!iu# Uma das me!ades da casca !orou?se pra!aF a ou!ra !orou?se ouro# O Hue era pra!a & a !erra# O Hue era ouro & o c&u# O Hue era a membraa e/!era são as mo!ahas# O Hue era a membraa i!era são as u*es e a &*oa# O Hue eram *eias são os rios# O Hue era o fluido co!ido o i!erior & o oceao# OraF o Hue asceu da0 & o sol al&m#G '" A casca do o*o cósmico & a es!ru!ura espacial do mudoF eHua!o a força?seme!e f&r!il i!era !ipifica o ie/aur0*el diamismo de *ida da a!ure>a# GO espaço & ilimi!ado pela forma Hue reigressa e ão pela grade e/!esão# A8ui*o 8ue . . uma casca Hue flu!ua a ifii!ude da8ui*o 8ue nao .%2 A suci!a formulação de um f0sico moderoF Hue ilus!ra o Huadro do mudoF !al como ele o *iu em "Z%E '%F e/pressa o se!ido e/a!o do o*o cósmico mi!ológico# Al&m dissoF a e*olução da *idaF descri!a pela modera ci6cia biológicaF & o !ema dos primeiros es!ágios do ciclo cosmog;ico# Por fimF a des!ruição do mudoF Hue segudo afirmam os f0sicos de*e *ir com a e/aus!ão do osso sol e com a Hueda 7l!ima de !odo o cosmo ''F se eco!ra pre*is!aF sob a forma de presságioF a feda dei/ada pelo fogo em Tagaroa: os efei!os de des!ruição do mudo do criador?des!ruidor aume!arão gradualme!e a!& HueF por fimF o segudo curso do ciclo cosmog;icoF !udo *ol!ará a se dissol*er o mar de b6ção# 2ão raro o o*o cósmico se par!e para re*elarF surgido do seu i!eriorF uma espa!osa figura de forma humaa# Tra!a?se da persoificação a!ropomórfica do poder de geraçãoF o Todo?Poderoso 9i*oF como o deomia a Cabala# GTodo?Poderoso TaWaroaF cuja maldição & mor!eF criador do mudo#G 8is o Hue os chega do Tai!iF ou!ra ilha dos mares do sul '(# G8le era so>iho# 2ão !e*e paiF e seHuer mãe# TaWaroa apeas *i*ia o *a>io# 2ão ha*ia !erraF em c&uF em mar# A !erra era ebulosa: ão ha*ia fudação# 8!ão TaWaroa disse: GB espaço para a !erraF ó espaço para o c&uF $udo i7!il Hue se acha abai/o em es!ado ebulosoF ue co!iua e co!iua de !empos imemoriaisF $udo i7!il Hue se acha abai/oF es!ede?!e_G GA face de TaWaroa apareceu o e/!erior# A casca de TaWaroa caiu e !orou?se !erra# TaWaroa olhou: a !erra surgiraF o mar surgira e o c&u surgira# TaWaroa *i*eu como deusF co!emplado seu !rabalho#G '1 Um mi!o eg0pcio re*ela o demiurgo criado o mudo por meio da mas!urbação '5# Um mi!o hidu mos!ra?o uma posição de medi!ação iogueF es!ado as formas de sua *isão i!era emaado dele Kpara seu próprio assombroL e formado fileiras ao seu redorF como um pa!eão de deuses brilha!es 'D# 8F ou!ro rela!o da 0diaF o pai de !odas as coisas & represe!adoF primeirame!eF di*idido?se em macho e f6mea eF em seguidaF procriado !odas as cria!uras segudo a esp&cie: G2o i0cioF es!e ui*erso era apeas o 8uF sob forma humaa# 8le olhou em *ol!a e ada *iuF seão a si mesmo# 8!ãoF o i0cioF ele e/clamou: W8u sou eleW# .a0 *eio o ome 8u# 8is por HueF mesmo hojeF Huado algu&m os chamaF di>emosF em primeiro lugar: WSou euWF e só e!ão auciamos o ou!ro ome Hue !emos# G8le !e*e medo# 8is por Hue as pessoas !emem ficar so>ihas# 8le pesou: W$as de Hue !eho medoR 2ão há ada al&m de mimW# .epois dissoF o medo se dissipou# # # G8le se se!iu ifeli># 8is por Hue as pessoas ão ficam feli>es Huado se eco!ram so>ihas# 8le Hueria compahia# 8 ficou do !amaho de uma mulher e um homemF abraçados# 8le di*idiu o corpoF Hue era ele mesmoF em duas par!es# .essa di*isão surgiram marido e mulher# # # AssimF esse corpo humao Ka!erior = uião cojugaiL se assemelha =s me!ades de uma p6ra par!ida# # # 8le se uiu a ela e dessa uião asceram os homes# G8la especulou: WComo pode ele uir?se a mim depois de me !er produ>ido a par!ir de si mesmoR emF & melhor eu me escoderW# 8 ela se !rasformou em *acaI mas ele se !rasformou em !ouro e se uiu a ela e dessa uião asceu o gado# 8la se !rasformou em &guaF e eleF um garahãoI ela se !orou jume!aF e eleF asoI dessa uiãoF asceram os eHios# 8la se !rasformou em cabraF e eleF em bodeI ela em o*elhaF ele em careiroI dessa uião asceram os o*ios# 8 assim ele proje!ou !udo o Hue e/is!e aos paresF a!& chegar =s formigas# G8 ele e!edeu: W8m *erdadeF sou eu mesmo a criaçãoF *is!o Hue proje!ei !odas as coisas do mudoW# Por issoF ele foi chamado Criação# # #G 'E O subs!ra!o duradouro do idi*0duo e do progei!or do ui*erso & um 7ico e mesmo subs!ra!oF coforme essas mi!ologiasI eis por Hue o demiurgo & chamado esse mi!o 8u# O m0s!ico orie!al descobre essa preseça duradoura e em profudo repousoF o es!ado adrógio origialF Huado mergulhaF por meio da medi!açãoF em seu próprio i!erior:
GAHuele o Hual o c&uF a !erra e a a!mosfera oram moldadosF e a me!eF ju!ame!e com !odos os sopros de *idaF Apeas ele cohece como a 7ica Alma# .escar!a Ou!ras Pala*ras# 8le & a po!e para a imor!alidadeG'Z# Por cosegui!eF parece HueF embora arrem e*e!os do passado mais remo!oF esses mi!os da criação falamF ao mesmo !empoF da origem prese!e do idi*0duo# GToda alma e esp0ri!oGF lemos o `ohar hebraicoF Ga!es de chegar a es!e mudoF cosis!e em um macho e uma f6mea uidos um 7ico ser# uado desce es!a !erraF suas duas par!es se separam e aimam dois corpos difere!es# 2a &poca do casame!oF o Sa!0ssimoF bedi!o seja 8leF aHuele Hue cohece !odas as almas e esp0ri!osF ue?os ou!ra *e>F !al como eram a!esF e eles *ol!am a compor um 7ico corpo e almaF formado?o como se fossem as par!es direi!a e esHuerda de um 7ico idi*0duo# # # 8ssa uiãoF !oda*iaF & iflueciada pelas obras do homem e pela forma como ele se codu># Se o homem for puro e sua codu!aF agradá*el aos olhos de .eusF sua uião ocorrerá com a par!e f6mea de sua alma Hue o compuha a!es do ascime!o#G ([ 8s!e !e/!o cabal0s!0co & um come!ário de uma passagem do @6esisF a Hual Adão dá origem a 8*a# Uma cocepção semelha!e aparece o Sim$>sio de Pla!ão# Segudo es!e mis!icismo do amor se/ualF a e/peri6cia 7l!ima do amor & a percepção de HueF subjace!e = ilusão da duplicidadeF há ide!idade: GCada um & os doisG# 8ssa percepção pode ser e/padida uma descober!a de HueF por !rás das m7l!iplas idi*idualidades de !odo o ui*erso circuda!e Q humaoF aimalF *ege!al e a!& mieral QF habi!a a ide!idadeI a par!ir dissoF a e/peri6cia amorosa assume um cará!er cósmicoF e o amadoF Hue primeiro abriu os olhos a essa *isãoF & magificadoF cofigurado?se como o espelho da criação# O homem ou mulher Hue cohece essa e/peri6cia & !omado por aHuilo Hue Schopehauer deomiou Ga ci6cia da bele>a em !oda par!eG# 8leela Gdesce e sobe e!re esses mudosF igerido o Hue desejaF assumido as formas Hue desejaGF e se se!aF e!oado a cação da uidade ui*ersalF Hue se iicia com: GB mara*ilha_ B mara*ilha_ B mara*ilha_G ("
% A trans6ormação do @no mZ*ti$*o O deserolar do giro cosmog;ico precipi!a o Uo em mui!os# 2esse po!oF uma grade criseF um dilemaF di*ide o mudo criado em dois plaos apare!eme!e co!radi!órios do ser# 2o Huadro de PaioreF as pessoas emergem das !re*as iferiores e se pMem imedia!ame!e a labu!ar com o fi!o de ele*ar o c&u (%# 8las são re*eladas mo*edo?se com rela!i*a ideped6cia# 8las formam coselhosF decidemF plaejamI !omam a si a !arefa de orgai>ar o mudo# 8F o e!a!oF sabemos HueF os bas!idoresF o )s!igador 2ão?)s!igado a!uaF !al como algu&m Hue maeja marioe!es# 2a mi!ologiaF !oda *e> Hue o )s!igador 2ão?)s!igadoF o Todo?Poderoso 9i*oF assume o ce!ro das a!eçMesF há uma miraculosa espo!aeidade o plao da moldagem do ui*erso# Os eleme!os se codesam e e!ram em jogo por si mesmos ou = m0ima pala*ra proferida pelo CriadorI as parcelas do o*o cósmico Hue se es!ilhaçam ocupam os lugares Hue lhes cabem sem ajuda e/!era# $as Huado a perspec!i*a mudaF coce!rado?se os seres *i*osF Huado o paorama do espaço e da a!ure>a & ecarado do po!o de *is!a das persoages a Huem foi ordeado Hue o habi!assemF uma s7bi!a !rasformação supla!a a cea cósmica# 2esse po!oF as formas do mudo já ão parecem mo*ime!ar?se de acordo com os padrMes de algo harmoiosoF cresce!e e *i*oI elas se ma!6m recalci!ra!es ouF a melhor das hipó!esesF ier!es# Os adereços do palco ui*ersal precisam ser ajus!ados e a!& mesmo forçados a !omar forma# A !erra produ> espihos e cardosI o homem come o pão com o suor do seu ros!o# CoseHe!eme!eF !emos dia!e de ós duas formas do mi!o# Segudo uma dessas formasF as forças demi7rgicas ma!6m?se em operação por si própriasI de acordo com a ou!raF elas param de a!uar e a!& se colocam a si mesmas co!ra o progresso do giro cosmog;ico# As dificuldades represe!adas essa 7l!ima modalidade de mi!o se iiciam já dura!e o logo per0odo de !re*as do abraço origialF produ!or de cria!urasF dos pais cósmicos# .ei/emos Hue os $aoris os i!rodu>am esse !ema !err0*el: -agi Ko C&uL ficou !ão pró/imo do *e!re de Papa K$ãe?TerraLF Hue as criaças ão podiam liber!ar?se do 7!ero# G8las es!a*am em codição is!á*elF flu!uado = deri*a o mudo de !re*asF !edo a segui!e apar6cia: algumas ras!eja*am# # # algumas es!a*am ere!asF com os braços le*a!ados # # # algumas fica*am dei!adas de lado# # # ou!ras de cos!asF algumas !iham o corpo icliado para a fre!eF ou!rasF a cabeça !o!alme!e icliada para bai/oF algumas !iham peras *ol!adas para cima# # # algumas es!a*am ajoelhadas## ou!ras procura*am orie!ar?se as !re*as# # # Todas elas se eco!ra*am compreedidas o abraço de -agi e Papa# # # GPor fimF os seres gerados pelo C&u e pela TerraF esgo!ados pelas co!0uas !re*asF reuiram?se e disseram: WAgora *amos de!ermiar o Hue de*emos fa>er com -agi e PapaI se & melhor ma!á?los ou separá?los um do ou!ro# 8 Tu?ma!auegaF o filho mais implacá*el do C&u e da TerraF disse: W$ui!o !emF ma!emo?losW# G8 Tae?mahu!aF pai das flores!as e de !odas as coisas Hue elas habi!am ou são cos!ru0das a par!ir das ár*oresF disse: W2ãoF ada disso# V melhor separá?los um do ou!ro e dei/ar Hue o c&u se es!eda bem acima de
ós e Hue a !erra fiHue aos ossos p&s# ue o c&u se !ore um es!raho para ósF mas Hue a !erra permaeça pró/ima de ósF como ossa mãe u!ridoraW#G 9ários dos irmãos deuses !e!aramF em *ãoF separar o c&u da !erra# Por fimF o próprio Tae?mahu!aF pai das flores!as e de !odas as coisas Hue elas habi!am ou são cos!ru0das a par!ir das ár*oresF assumiu o papel de reali>ador do !i!ico proje!o# GCom a cabeça firmeme!e pla!ada em sua mãeF a !erraF e os p&s ele*ados e apoiados co!ra seu paiF o c&uF ele força suas cos!as e membrosF um esforço sobre?humao# 8is Hue -agi e Papa são separadosI com gri!os e gemidos de sofrime!oF eles e/clamam: G WCom Hue e!ão ma!ais *ossos pais dessa formaR Por Hue come!eis !ão efado crimeF ma!ado?osF le*ado *ossos pais a se separarem um do ou!roRW $as Tae?mahu!a ão páraF ão dá a!eção aos seus gri!os e gemidosI para logeF para bem loge de siF ele empurra o c&u# # # G (' A forma grega dessa his!ória & co!ada por es0odo em seu rela!o da separação de Urao KPai?C&uL e @&ia K$ãe?TerraL# Segudo essa *aria!eF o !i!ã Croo cas!rou o pai com uma foice e o afas!ou do camihoF a!irado?o para cima((# 2a icoografia eg0pciaF a posição do casal cósmico & i*er!ida: o c&u & a mãeI o pai & a *i!alidade da !erra(1I mas o padrão do mi!o se ma!&m: os dois foram separados um do ou!ro por um dos filhosF o deus do arF Shu# 8ssa mesma imagem chega a!& ós a par!ir de a!igos !e/!os cueiformes dos sumeriaosF Hue da!am do !erceiro e Huar!o mil6ios a!es de Cris!o# 2o pric0pioF ha*ia o oceao prime*oI o oceao prime*o gerou a mo!aha cósmicaF formada pelo c&u e pela !erraF uidos um ao ou!roI A Ko Pai?C&uL e `i Ka $ãe?TerraL geraram 8lil Ko .eus do ArLF Hue em seguida separou A de `i e uiu?se ele mesmo = sua mãe para produ>ir a humaidade(5#
Figura !&% A se$aração entre o c.u e a terra
$asF embora pareçam *iole!asF essas açMes dos filhos desesperados ada sãoF comparadas com a !o!al des!ruição do poder pare!al Hue descobrimos os regis!ros do Eddas islad6s e as Tábuas da Criação babil;icas# O isul!o fialF aHuiF & represe!ado pela carac!eri>ação da preseça demi7rgica do abismo como Gmal&ficaGF Ggeradora de !re*asG e GobsceaG# Os brilha!es jo*es guerreiros?filhosF desdehado a fo!e geradoraF a persoagem do es!ado?seme!e do soo profudoF ma!am?a sumariame!eF cor!am?a e a despedaçamF em !irasF pregado?a = es!ru!ura do mudo# 8sse & o padrão da *i!ória de !odas as açMes pos!eriores de ma!ar o dragãoF os primórdios de uma milear his!ória das façahas do herói# Segudo um co!o do Eddas, depois de o G*ora> sor*e?douroG (D !er dado origemF o or!eF a um ee*oado mudo frio eF o sulF a uma região de fogoF e depois de o calor do sul !er a!uado sobre os rios de gelo Hue se acumula*am o or!eF uma peçoha efer*esce!e começou a e/udar# Surgiu disso uma garoaF Hue se cogelouF !orado?se geada# A e*e resul!a!e derre!eu?se e passou a go!ejarI a *ida surgiu desse go!ejarF !edo a forma de uma figura hori>o!alF hermafrodi!aF giga!esca e ier!e chamada mir# O giga!e dormiu eF ao dormirF !raspirouI um dos seus p&s gerou com o ou!ro um filhoF ao mesmo !empo em HueF sob sua mão esHuerdaF germiaram um homem e uma mulher# A e*e co!iuou a derre!er?se e a go!ejar e dela se codesou a *acaF Audumla# .os seus 7beres flu0ram Hua!ro ja!os de lei!eF Hue mir !omou para alime!ar?se# $as a *acaF como alime!oF usou os blocos de geloF Hue eram salgados# 2a oi!e do primeiro dia em Hue ela lambeu os blocos de geloF des!es sa0ram cabelos de homemI o segudo diaF uma cabeça humaaI o !erceiro surgiu o homem i!eiroF cujo ome era uri# 8 uri !e*e um filho Ka mãe ão & cohecidaL chamado orrF Hue desposou uma das filhas giga!es das cria!uras Hue ha*iam bro!ado de mir# 8s!a deu = lu> a !ridade OdiF 9ili e 9eF Hue ma!aram o adormecido mir e lhe cor!aram o corpo em grades pedaços# GA par!ir da care de mirF a !erra foi formadaF 8 do seu suorF o marI -ochedos dos seus ossosI dos cabelosF ár*oresI 8 do seu crio o c&u# 8!ãoF dos seus ossosF os jo*iais deuses fi>eram $idgard Xa !erraY para os filhos dos homesI 8F do seu c&rebroF as rebeldes 2u*es foram criadas#G(E
2a *ersão babil;icaF o herói & $arduHueF o deus do solI a *0!ima & Tiama! Q um ser !errifica!eF semelha!e a um dragãoF assis!ido por legiMes de dem;ios QF persoificação femiia do próprio abismo origial: o caos como a mãe dos deusesF mas agora como ameaça ao mudo# Por!ado um arcoF um !ride!eF uma cla*a e uma redeF e co!ado com a pro!eção de *e!aias *iole!asF o deus subiu a carruagem# Os Hua!ro ca*alosF !reiados para a!ropelarF espuma*amF rai*osos# G### $as Tiama! ão se e!regouF Com lábios Hue ão falha*amF proferiu pala*ras de Xre*ol!a# # # 8 o sehor le*a!ou o relmpagoF sua poderosa armaF 8 co!ra Tiama!F !omada de f7riaF dirigiu es!as pala*ras: WToras!e?!e gradeF e/al!as!e?!e a !i mesma as al!urasF 8 !eu coração !e dei/ou pro!a para lu!ar# # # 8 co!ra os deusesF meus paisF preparas!e !eu amaldiçoado plao# ue !eu e/&rci!o se prepareF Hue !uas armas sejam Xbradidas_ ,e*a!a?!e_ Tu e euF lu!emos_W Ou*ido essas pala*rasF Tiama! icou possessaF perdedo a ra>ão# Tiama! proferiu !err0*eis e assus!adores gri!osF 8s!remeceu e abalou suas próprias bases# 8la reci!ou um eca!o e prouciou uma maldição# 8 os deuses da ba!alha pediram suas armas# 8 a*açaram Tiama! e $arduHueF o coselheiro dos deusesI Para a lu!a foram elesF para a lu!a se apro/imaram um do ou!ro# O sehor es!edeu a rede e a pegouF 8 o *e!o mauF Hue se acha*a a!rás deleF dei/ou Hue lhe a!igisse a face# Os !err0*eis *e!os lhe echeram o *e!reF 8 a coragem lhe foi !iradaF e sua boca ficou !o!alme!e aber!a# 8le !omou do !ride!e e lhe perfurou o *e!reF 8le lhe re!irou as e!rahasI seccioou?lhe o coração# 8le a domiou e lhe !irou a *idaI 8le lhe derribou o corpo e se colocou sobre ele#G Tedo subjugado o Hue res!a*a do e/&rci!o demo0aco de Tiama!F o deus babil;ico re!orou = mãe do mudo: G8 o sehor se p;s de p& sobre as e!rahas de Tiama!F 8F com sua implacá*el cla*aF esmagou?lhe o crio# 8le lhe cor!ou os caais sag0eosF 8 fe> o *e!o or!e lhe le*ar o sague para lugares secre!os# # # 8 o sehor ali ficouF obser*ado?lhe o corpo mor!oF # # # e cocebeu um as!ucioso plao# 8le a di*idiu em duas me!adesF como a um pei/eI Um dos lados ele colocou como capa do c&u# Colocou uma !ra*e e ali dei/ou um *igiaF 8 disse Hue ão dei/assem suas águas flu0rem# 8le passou pelos c&usF e/plorou as regiMes ali e/is!e!esF 8F as Profude>asF es!abeleceu a morada de X2udimmud# 8 o Sehor a*aliou a es!ru!ura das Profude>as# # #G (Z .essa maeira heróicaF $arduHue is!alou um piso para represar as águas de cima e um !e!o para fa>er o mesmo com as de bai/o# 8F o mudo e!re essas barreirasF criou o homem# Os mi!os uca se casam de ilus!rar o fa!o de o cofli!o o mudo criado ão ser o Hue parece# Tiama!F embora mor!a e desmembradaF ão foi desfei!a# Se a ba!alha !i*esse sido *is!a sob ou!ro guloF o mos!ro Caos !eria sido *is!o abalado seus próprios fudame!os *olu!ariame!e e seus fragme!os se mo*eriam para ocupar seus respec!i*os lugares# $arduHueF bem como !oda a geração de di*idadesF ão passa*a de par!0culas da subs!cia de Tiama!# .o po!o de *is!a dessas formas criadasF !udo parecia !er sido reali>ado por um poderoso braçoF em meio ao perigo e = dor# $asF a par!ir do ce!ro da preseça Hue emaa*aF a care foi gerada *olu!ariame!e e a mão Hue a re!alhou ão passa*aF em 7l!ima aáliseF de um age!e da *o!ade da própria *0!ima# AHui reside o parado/o básico do mi!o: o parado/o do foco dual# .a mesma maeira como & poss0*el di>erF Huado do i0cio do ciclo cosmog;ico: G.eus ão es!á e*ol*idoGF eF simul!aeame!e: G.eus & o criador? preser*ador?des!ruidorGF assim !amb&mF esse mome!o cr0!icoF o Hual o Uo se !rasforma em mui!osF o des!io Gse cumpreGF masF ao mesmo !empoF G& produ>idoG# A par!ir da perspec!i*a da fo!eF o mudo se cofigura como uma majes!osa harmoia de formas Hue *6m a serF e/plodem e se dissol*em# $as aHuilo Hue as passageiras cria!uras e/perime!am & uma !err0*el cacofoia de clamores de ba!alha e de dor# Os mi!os ão egam essa agoia Ka crucifi/ãoLI eles re*elam ha*erF o seu i!eriorF por !rás dela e ao seu redorF a pa> essecial Ka rosa celes!eL 1[# A mudaça de perspec!i*a Q do repouso da Causa ce!ral para a !urbul6cia dos efei!os perif&ricos Q & represe!ada pela ueda de Adão e 8*a o Jardim do Vde# 8les comeram do fru!o proibido Ge os seus olhos
foram aber!osG 1"# A b6ção do Para0so lhes foi !irada e eles co!emplaram o campo da criação a par!ir do lado opos!o de um *&u !rasformador# .a0 por dia!eF ha*eriam de e/perime!ar o ie*i!á*el como o de dif0cil ob!eção#
#% Hist>rias 6o*c*>ricas so0re a criação A simplicidade das his!órias da origem das mi!ologias folclóricas subdese*ol*idas es!á em prouciado co!ras!e com os mi!os profudame!e suges!i*os do ciclo cosmog;ico 1%# 2aHuelasF ão & pa!e!e a preseça de HualHuer !e!a!i*a duradoura de escoder os mis!&rios por !rás do *&u do espaço# .o muro braco da i!emporalidadeF irrompe e fa> sua e!rada uma sombria figura do criador para moldar o mudo das formas# Seu dia !em uma duraçãoF fluide> e força ambie!e !0picas do soho# A !erra aida ão ficou sólidaI res!a mui!o a fa>er para !orá?la habi!á*el para o po*o fu!uro# O 9elho omem es!a*a perambuladoF declaram os P&s?2egros de $o!aa K8UALI ele cria*a pessoas e orgai>a*a as coisas# G8le *eio do sulF dirigido?se ao or!eF criado aimais e pássaros pelo camiho# e>F em primeiro lugarF as mo!ahasF pradariasF a madeira e a *ege!ação rala# 8 prosseguiuF *iajado para o or!eF fa>edo as coisas eHua!o camiha*aF colocado rios aHui e aliF e Huedas?dWágua os riosF colocado !i!a *ermelha o soloF aHui e ali Q criado o mudo !al como hoje o *emos# 8le fe> o -io de ,ei!e Ko Te!oL e o cru>ouI !edo se se!ido casadoF escalou uma colia e dei!ou?se para repousar# 8Hua!o se ma!iha dei!ado de cos!asF es!edido o soloF com os braços es!icadosF ele se marcou a si mesmo com pedras Q marcou a forma do seu corpoF sua cabeçaF perasF braçosF !udo# oje podemos *er as pedras aHuele local# .epois de descasarF seguiu a direção do or!eF !ropeçou um mo!0culo e caiu de joelhos# 8 e!ão disse: WVs uma coisa ruim para se !ropeçarWI e ele*ou dois grades mo!es o localF deomiado?os JoelhosF ome Hue os!e!am a!& hoje# Seguiu seu camiho para o or!e e cos!ruiuF com algumas pedras Hue le*ouF as Colias da @rama Sua*e# # # GUm diaF o 9elho omem decidiu Hue faria uma mulher e uma criaçaI eF assimF os formou Q a mulher e a criaçaF seu filho Q de argila# Tedo moldado a argila com formas humaasF disse?lhes ele: W.e*eis ser pessoasWI ele cobriu a argila eF dei/ado?a aliF prosseguiu# 2a mahã segui!eF ao *ol!ar ao local e re!irar o Hue a cobriaF percebeu Hue as formas em argila ha*iam sofrido uma ligeira al!eração# 2a seguda mahãF a mudaça ha*ia aume!ado eF a !erceiraF aume!ara aida mais# 2a Huar!a mahãF ele foi ao localF descobriu as imagesF obser*ou?as e lhes ordeou Hue le*a!assem e camihassemI e elas assim o fi>eram# oram a!& o rio com seu Au!orF e ele lhes disse Hue seu ome era :a]$i, 9elho omem# Guado se eco!ra*am =s marges do rioF a mulher lhe disse: WComo & issoR 9i*eremos sempreF ão ha*erá fimRW 8le disse: W2uca pesei isso# Teremos de decidir# Pegarei essa lasca de b7falo e a a!irarei o rio# Se ela flu!uarF as pessoas *ol!arão a *i*er ou!ra *e> Hua!ro dias após morreremI ficarão mor!as por apeas Hua!ro diasF $as se ela afudarF sua *ida !erá fimW# 8le a!irou a lasca o rio e ela flu!uou# A mulher se *ol!ouF !omou de uma pedra e disse: W2ãoF a!irarei es!a pedra o rioI se ela flu!uarF seremos e!erosF mas se afudarF as pessoas de*erão morrerF de modo Hue sempre se!irão !ris!e>a pelas ou!rasW# A mulher a!irou a pedra a água e es!a afudou# WPois bemWF disse o 9elho omemF W*oc6 escolheu# A *ida delas !erá fim#W G 1'
Figura !% num mode*a o 6i*ho do 6ara> na argi*a, en8uanto Tot determina seu tem$o de 3ida%
A orgai>ação do mudoF a criação do homem e a decisão sobre a mor!e são !emas !0picos dos co!os do criador primi!i*o# V dif0cil saber a seriedade com Hue se acredi!a essas his!órias ou o se!ido Hue lhes & a!ribu0do# A forma arra!i*a mi!ológica ão & !a!o de refer6cia dire!a Hua!o de refer6cia obl0Hua: & como se o 9elho omem !i*esse fei!o isso e aHuilo# $ui!os co!os Hue aparecem as coleçMes sob a deomiação Ghis!órias da origemG cer!ame!e foram ecarados mais como co!os de fadas populares do Hue como li*ros da g6ese# 8ssa mi!ologi>ação !ra*essa & comum a !odas as ci*ili>açMesF ele*adas ou ão# Os membros mais simples da população podem ecarar as images resul!a!es com uma seriedade ide*idaF mas es!asF em suas lihas geraisF ão podem ser cosideradas represe!ação da dou!ria ou do Gmi!oG local# Os $aorisF por e/emploF Hue os legaram algumas das mais sofis!icadas cosmogoiasF !6m a his!ória de um o*o pos!o por uma a*e o mar prime*oI o o*o e/plodiu e dele sa0ram um homemF uma mulherF um garo!oF uma garo!aF um porcoF um cachorro e uma caoa# Todos esses seres embarcaram a caoa e a*egaram a!& a 2o*a \eldia 1(# Tra!a?se clarame!e de uma descrição burlesca do o*o cósmico# Por ou!ro ladoF os `amcha!as declaramF ao Hue parece com !oda a seriedadeF Hue .eus primeiro habi!ou os c&us e depois desceu = !erra# uado *iaja*aF com seus sapa!os de e*eF o solo o*o cedeu sob o seu peso como gelo fio e Huebradiço# A !erraF desde e!ãoF ficou irregular 11# OuF mais uma *e>F de acordo com os uirgui>es da sia ce!ralF Huado as duas pessoas primordiaisF Hue cria*am um grade !ouroF ficaram mui!o !empo sem sor*er água e es!a*am pra!icame!e mor!as de sedeF o aimal coseguiu água ao abrir o solo com seus grades chifres# 8is a forma pela Hual foram fei!os os lagos do pa0s dos uirgui>es15# V mui!o freHe!e o aparecime!o de uma figura de palhaçoF Hue se ma!&m em co!0ua oposição ao bem? i!ecioado criadorF os mi!os e os co!os folclóricosF sedo essa figura resposá*el pelos males e dificuldades da e/is!6cia des!e lado do *&u# Os mela&sios a 2o*a re!aha Xou 2o*a PomeriaY falam de um ser obscuroF Go primeiro a e/is!irGF Hue desehou duas figuras masculias a !erraF furou a própria pele e espargiu os desehos com seu próprio sague# Tomou de duas grades folhas e cobriu as figurasF !edo es!as se !oradoF pouco depoisF dois homes# Seus omes eram To `abiaa e To `ar*u*u# To `abiaa saiu so>ihoF !repou um coHueiro Hue e/ibia peHueos cocos amarelosF !irou dois delesF aida *erdesF e os a!irou ao soloI os cocos se Huebraram e se !oraram duas belas mulheres# To `ar*u*u admirou as mulheres e pergu!ou como seu irmão as ha*ia fei!o surgir# GSuba um coHueiroGF disse To `abiaaF Gpegue dois cocos *erdes e os a!ire ao chão#G $as To `ar*u*u a!irou os cocos com a po!a para bai/o e as mulheres Hue deles sa0ram !iham ari>es feios 1D# Um diaF To `abiaa e!alhou um a!um a madeira e o fe> adar o oceaoF para Hue ele se !orasse um pei/e *i*o dali por dia!e# 8sse a!um !rou/e os mali*arãs para a beira do mar e To `abiaa simplesme!e os pegou a praia# To `ar*u*u admirou o a!um e Huis fa>er umI Huado lhe foi esiadoF ele fe>F em *e> de um
a!umF um !ubarão# 8sse !ubarão comeu os mali*arãs em *e> de le*á?los para a praia# To `ar*u*uF chorosoF dirigiu?se ao irmão e disse: G8u Hueria ão !er fei!o esse pei/eI a 7ica coisa Hue ele fa> & comer !odos os ou!rosG# Gue !ipo de pei/e ele &RGF pergu!ou?lhe o irmão# GemGF respodeu eleF Gfi> um !ubarão#G O irmão replicou: G9oc6 & decididame!e um fracassadoG# GAgoraF graças a *oc6F ossos descede!es mor!ais sofrerão# 8sse pei/e Hue *oc6 fe> *ai comer !odos os ou!rosF assim como as pessoas#G 1E Por !rás dessa !oliceF & poss0*el *er Hue uma causa Ko ser obscuro Hue feriu a si mesmoL geraF de!ro do mudoF efei!os duais Q o bem e o mal# A his!ória ão & !ão ig6ua Hua!o parece 1Z# AdemaisF a pree/is!6cia me!af0sica do arHu&!ipo pla!;ico do !ubarão es!á impl0ci!a a curiosa lógica do diálogo fial# 8s!a & a cocepção iere!e a !odo mi!o# Ou!ro !ema ui*ersal & a colocação do a!agois!aF o represe!a!e do malF o papel de palhaço# Os dem;ios Q !a!o os *igorosos cabeças?duras Hua!o os a!ilados e esclarecidos embus!eiros Q sempre são palhaços# 8mbora possam !riufar o mudo espaço?!emporalF eles e suas obras simplesme!e desaparecem Huado a perspec!i*a passa para o plao !rascede!al# 8les são aHueles Hue !omam a sombra pela subs!cia: simboli>am as ie*i!á*eis imperfeiçMes do reio das sombrasI eF eHua!o os eco!rarmos desse ladoF o *&u ão poderá ser afas!ado dos ossos olhos# Segudo os !ár!aros egros da Sib&riaF Huado o demiurgo Pajaa fe> os primeiros seres humaosF descobriu ser icapa> de produ>ir um esp0ri!o doador de *ida para eles# AssimF !e*e de ir ao c&u e produ>ir almas a par!ir de udaiF o .eus Al!0ssimoF dei/adoF eHua!o issoF um cão sem p6los para guardar as figuras Hue ha*ia maufa!urado# O diaboF 8rliF apareceu Huado ele se eco!ra*a afas!ado dali# 8 8rli disse ao cão: G2ão !es p6los# .ar?!e?ei esse p6lo dourado se puseres em mihas mãos essas pessoas sem almaG# A propos!a agradou ao cãoF e ele deu as pessoas Hue guarda*a ao !e!ador# 8rli os sujou com sali*aF mas fugiu Huado *iu .eus se apro/imado para dar?lhes *ida# .eus *iu o Hue ele ha*ia fei!o e *irou os corpos humaos de fora para de!ro# 8is por Hue !emos sali*a e impure>a os i!es!ios 5[# As mi!ologias folclóricas !omam a his!ória da criação apeas o po!o em Hue as emaaçMes !rascede!ais irrompem em formas espaciais# 2ão obs!a!eF em sua a*aliação da circus!cia humaaF ão diferem em ehum po!o essecial das grades mi!ologias# As persoages simbólicas Hue comparecem a essas his!órias correspodem em impor!cia Q e ão raro em carac!er0s!icas e façahas Q =s persoages das icoografias mais sofis!icadasF e o mudo mara*ilhoso em Hue se mo*em & precisame!e o mudo das grades re*elaçMes: o mudo e a &poca Hue se eco!ram e!re o soo profudo e a cosci6cia desper!aF a >oa em Hue o Uo se !ora o m7l!iplo e os mui!os se recociliam com o Uo# Q Parte II :otas ao a$itu*o I !% 6% % G% Jung, 2n $sychic energy2 (origina* de !", o**ected Kor7s, 3o*% ), intitu*ado, no $rimeiro es0oço, 2The theory o6 *i0ido2% % QeMa'se ant, Cr0!ica da ra>ão pura# ?% S[nscrito+ maNã?sa!i# &% A*.m das categorias e, $ortanto, não de6inido $or 8ua*8uer dos $a res de o$ostos conhecidos como 23aCio2 e 2ser2% Esses termos con6i guram'se, tão'somente, como $istas da transcend1ncia% % Esse reconhecimento da natureCa secund;ria da $ersona*idade de toda di3indade cu*tuada . caracterstico da maioria das tradiç$rias di3indades antro$omor6as% resu*tado tem sido, de um *ado, um o0scurecimento gera* dos sm0o*os e, de outro, um 6anatismo, 3o*tado $ara os deuses, sem $recedentes na hist>ria da re*igião% Para uma discussão da $oss3e* origem dessa a0erração, 3eMa'se Sigmund Freud, $oses ad moo!heism (tradução de James Strachey, ed% Standard, XXIII, !"#&)% (rigina* de !"?"%) #% ucas, !-+!% -% SupraF $$% !-'!-"% % SupraF $$% "'"R% "% SupraF $% "R% !R% SupraF $$% '&-% !!% Fernando de A*3a It*i*ochit*, is!oria de )a ació chichimeca (!#R), ca$tu*o ! ($u0*icado em ord ings0orough, A!iHui!ies of $&/icoF ondres, !?R'&, 3o*% IX, $% RB tam0.m $u0*icado $or A*6redo ha3ero, Obras his!óricas de Al*a )/!lil/ochi!lF /.ico, !"!' ", 3o*% II, $$% !')% !% Hast.ngs, 8cNclopaedia of rel0gio ad e!hicsF 3o*% Q, $% ?-% !?% QeMa'se sra% Sinc*air Ste3enson, The hear! of JaiismF 6ord @ni3ersity Press, !"!, $$% -'-% !&% @m ano di3ino e8Di3a*e a treCentos e sessenta anos humanos% 6% supraF $% !% !% QeMa'se $aduNa UpaishadF ?'#% !#% $aduNa UpaishadF '!% omo em s[nscrito o a e o u 6undem'se, 6ormando oF a s*a0a sagrada 1 $ronunciada e escrita 2om2% QeMam'se as oraçu!aF \oharF iii, a% om$are'se supraF $% !!% \ohar K>oharF 2*uC2, 2es$*endor2) . uma co*eção de escritos he0raicos esot.ricos, 8ue 3ieram a *ume $or 3o*ta de !?R graças a um erudito Mudeu es$anho*, /ois.s de e>n% A6irma'se 8ue esse materia* 6oi retirado de originais secretos, 8ue remontam a Simeon 0en Lohai, ra0ino da Ga*i*.ia do s.cu*o II d% % Ameaçado de morte $e*os romanos, Simeon escondeu'se $or doCe anos numa grutaB deC s.cu*os mais tarde, seus escritos 6oram encontrados a*i, con6igur ando'se como a 6onte dos *i3ros do \ohar#
s ensinamentos de Simeon 6oram retirados, segundo se su$$rio eus a um gru$o es$ecia* de anMos do Paraso% e$ois 8ue o Homem 6oi e$u*so do Paraso, a*guns desses anMos transmitiram as *iç
phNsical ]orldF $% ?% CopN righ! !", de The /acmi**an om$anyB usado com $ermissão dos editores% 34. 2A entro$ia sem$re aumenta%2 (Qer no3amente Eddington, $$% #? ss%) 35. Ta]aroa (dia*eto taitiano) . Tangaroa% QeMa'se gra3ura XX% 36. enneth P% Emory, 2The Tahitian account o6 creation 0y /ar.2, Joural of !he PolNesia Socie!NF 3o*% &-, n%O (Munho de !"?), $$% ?'&% 37. E% A% Ka**is 4udge, The gods of !he 8gNp!iasF ondres, !"R&, 3o*% I, $$% '"% 38. `alia PuraaF I (tradução de Heinr7h `immer, The ig ad !he corpseF s.rie 4o**ingen, XI, Pantheon 4oo7s, !"&, $$% ?" ss%)% 39. rihadaraNaa UpaishadF !%&%!'% Tradução de S5ami /adha3ananda, /aia3ati, !"?&% om$are'se com o moti3o 6o*c*>rico tradiciona* da 6uga de trans6ormação, supraF $$% !"-'!"% QeMa'se tam0.m CNpriaF , onde :1mesis 2não gosta de se a$aionar $or seu $ai, `eus2 e 6oge de*e, assumindo 6ormas de $eies e de animais (citado $or Ananda oomaras5amy, Spiri!ual po]er ad !emporal au!hori!N i !he )dia !heorN of go*erme!F Sociedade Americano'rienta*, !"&, $% ?#!)% 40. $udaa UpaishadF %%% 41. \oharF i, "! 0% itado $or % G% Gins0urg, The `abbalahF i!s doc!riesF de*elopme!F ad li!era!ureF ondres, !"R, $% !!#% 42. Tai!!iriNa UpaishadF ?%!R%% 43. As mito*ogias do sudoeste americano descre3em essa emerg1ncia com ri8ueCa de deta*hes, ta* como o 6aCem as hist>rias da criação dos 0er0eres a0y* da Arg.*ia% QeMa'se /orris Ed5ard $*er, $N!hs ad !ales of !he Jicarilla Apache idias (/em>rias da Sociedade Americana de Fo*c*ore, n%O ?!, !"?)B e eo Fro0enius e oug*as % Fo, Africa @6esisF :o3a Lor7, !"-, $$% &"'R% 44. George Grey, PolNesia mN!hologN ad acie! !radi!ioal his!orN of !he 2e] \ealad raceF as furished bN !heir pries!s ad chiefsF ondres, !, $$% !'?% 45. TheogoiaF !!# ss% :a 3isão grega, a mãe não . re*utanteB e*a mesma 6ornece a foice. 46. om$are'se a $o*aridade maori de /ahora'nui'a'rangi e /a7i, $% -!, supra# 47. S% :% ramer, op# ci!#F $$% &R'&!% 48. @iugagapF o 3aCio, o a0ismo de caos a 8ue tudo retorna no 6ina* do cic*o (re$Zscu*o dos euses) e do 8ua* todas as coisas surgem outra 3eC, de$ois de uma idade intem$ora* de reincu0ação% 49. Prose 8ddaF 2Gy*6aginning2, IQ'QIII (a $artir da tradução de Arthur Gi*christ 4rodeur, Fundação Americano'Escandina3a, :o3a Lor7, !"!#B citado com a $ermissão dos editores)% QeMa'se tam0.m Poe!ic 8ddaF 2Qo*us$a2% Poe!ic 8dda . uma co*eção de trinta e 8uatro $oemas escandina3os antigos 8ue tratam dos deuses e her>is $agãos germ[nicos% s $oemas 6oram com$ostos $or a*guns cantores e $oetas (esca*dos) de 3;rias $artes do mundo *iig (um, $e*o menos, na Groen*[ndia) no decorrer do $erodo "RR'!RR d%% Ao 8ue $arece, a co*eção 6oi com$*etada na Is*[ndia% Prose 8dda . um manua* $ara Mo3ens $oetas, escrito na Is*[ndia $e*o $oeta'mestre e che6e cristão Snorri Stur*uson (!!-'!&!)% Esse manua* resume os mitos $agãos germ[nicos e 6aC uma re3isão das regras da ret>rica esc*dica% A mito*ogia documentada nesses tetos re3e*a um estrato anterior, cam$on1s (associado com o deus do tro3ão, Tor), um estrato $osterior, aristocr;tico (de Kotan'din), e um terceiro estrato, um com$*eo distinti3amente 6;*ico (:M*icas% &"% 2The e$ic o6 creation2, cha$a IQ, *inhas ?'!&?, ada$tado da tradução de % K% ing, abNloia religio ad mN!hologNF ondres e :o3a Lor7, egan Pau*, Trenche, TrD0ner and o%, !"", $$% -'-% R% QeMa'se ante, 2Paraso2, XXX'XXXII% Trata'se da rosa a0erta humanidade $e*a cruC% !% G1nesis, ?+-% % Pode'se esta0e*ecer uma distinção am$*a entre as mito*ogias dos $o3os 3erdadeiramente $rimiti3os (dedicados $esca, caça, co*eta de tu0.rcu*os e de 0agas) e os $o3os de ci3i*iCaçricas2% O termo . ade8uado $ara os $ro$>sitos deste estudo com$arati3o e*ementar das 6ormas uni3ersais, em0ora certamente não sir3a a uma an;*ise estritamente hist>rica% ?% George 4ird Grine**, lacfoo! lodge !alesF :o3a Lor7, har*es Scri0ner]s Sons, !", !"!#, $$% !?-'!?%
&% J% S% Po*ac7, $aers ad cus!oms of !he 2e] \ealadersF ondres, !&R, 3o*% I, $% !-% onsiderar esse conto como mito cosmo gVnico seria tão inZti* 8uanto i*ustrar a doutrina da Trindade com um $ar;gra6o do conto in6anti* 2/arien7ind2 A Pe8uena /ariaY (Grimm, n%O ?%) % Har3a, op# ci!#F $% !R", citando S% raseninni7o3, Opisaie \emli `amca!iF São Peters0urgo, !!", 3o*% II, $% !R!% #% Har3a, op# ci!#F citando Potanin, op# ci!#F 3o*% II, $% !?% -% P% k% /eier, $N!he ud 8r>ãluge der `s!ebe]oher der @a>elle?albisel K2eu?PommerLF Anthro$os 4i0*iote7, 4and I, He6t !, /onast.rio em Qest6;*ia, !"R", $$% !'!#% % )bid#F $$% "'#!% "% 2 uni3erso não atua com$*etamente como se esti3esse su0metido a su$er3isão e contro*e $essoais e6icientes% Wuando ouço a*guns hinos, sermtese mais raCo;3e* de uma tri0o do *este da \6rica% ]E*es diCem], re*ata um o0ser3ador, ]8ue em0ora seMa 0om e deseMe o 0em $ara todos, eus in6e*iCmente conta com um irmão semidotado 8ue sem$re inter6ere na8ui*o 8ue e*e 6aC%] Isso certamente traC a*guma seme*hança com os 6atos% irmão semidotado de eus $ode e$*icar a*gumas das ma*.6icas e insanas trag.dias 8ue a id.ia de um indi3duo oni$otente, dotado de uma 0ondade i*imitada com re*ação a todas as a*mas, com toda certeCa não e$*ica%2 (Harry Emerson Fosdic7, As ) see religioF :o3a Lor7, Har$er and 4rothers, editor, !"?, $$% ?'&%) #R% Har3a, op# ci!#F $$% !!&'!!% itando K% Nad*o66, Probe der 9olsli!era!ur der !rische S!amme Sd?SiberiesF São Peters0urgo, !##'-R, 3o*% I, $% % i0erto das associaç
Cap0!ulo )) A *irgem mãe !% /ae'@ni3erso O esp0ri!o gerador do mudo do pai !ora?se o m7l!iplo da e/peri6cia !errea por i!erm&dio de um meio !raspor!ador Q a mãe do mudo# Tra!a?se de uma persoificação do eleme!o primai mecioado o segudo *ers0culo do @6esisF ode lemos Hue Go 8sp0ri!o de .eus se mo*ia sobre a 6ace das ;guas2% 2o mi!o hiduF !ra!a?se da figura femiia por meio da Hual o 8u gerou !odas as cria!uras# 8!edida de modo mais abs!ra!oF a mãe do ui*erso & a es!ru!ura Hue fi/a os limi!es do mudo: GespaçoF !empo e causalidadeG Q a casca do o*o cósmico# .e maeira aida mais abs!ra!aF & o a!ra!i*o Hue le*ou o Absolu!o Au!ogerado ao a!o da criação# 2as mi!ologias Hue efa!i>am o aspec!o ma!eralF e ão o pa!eralF do criadorF essa mulher origial ocupa o ce!ro do palco do mudoF o pric0pioF desempehado os pap&is a!ribu0dos em ou!ros lugares ao homem# 8 & *irgemF pois seu c;juge & o .escohecido )*is0*el# Uma es!raha represe!ação dessa figura se eco!ra a mi!ologia filadesa# 2o -uo ) da a*e3a*a! , co!a?se a forma pela Hual a filha *irgem do ar desceu das masMes celes!es para o mar prime*oF em cujas águas e!eras flu!uou dura!e s&culos# G8F em f7riaF uma !orme!a se ele*aF 9ida do les!eF mag0fica !empes!adeF O marF espumado sem co!roleF Suas odas a!igido al!ura cresce!e# oi a *irgem le*ada pela !orme!aF As grades odas a do>ela carregaramF Pela superf0cie a>ulada do oceaoF?
Figura !#% :ut (o c.u) cria o so*B os raios deste $roMetam'se so0re Hator, no horiConte (amor e 3ida)%
2a cris!a de *agalhMes espuma!esF A!& Hue o *e!oF rugido ao seu redorF 8 o mar pla!assem a *ida em seu *e!re#G % Por se!e s&culosF a $ãe?gua flu!uou com a criaça o *e!re sem poder dar = lu># 8la re>ou a UoF o mais ele*ado deusF e es!e e*iou uma cir>e!a ^ para fa>er um iho em seus joelhos# Os o*os da cir>e!a ca0ram dos joelhos e se HuebraramI seus fragme!os formaram a !erraF o c&uF o solF a lua e as u*es# 8 a $ãe?guaF aida flu!uadoF começou por sua *e> o !rabalho de ormadora do $udo# ^ irCeta ou cerceia, a3e $a*m$ede menor 8ue o $ato% (:% do T%)
GTedo o oo ao ficado para !rásF 8 es!ado o d&cimo *erão a passar 'F Acima do marF sua cabeça ela ele*ouF 8 sua !es!a !amb&m foi erguida acima da superf0cieF 8 eis Hue ela começou a CriaçãoF 8 ela o ui*erso ordeouF Sobre a superf0cie do mar aber!oF Sobre as águas Hue a *is!a ão alcaça# 2o local para ode apo!a*am suas mãosF Ali se formaram os salie!es promo!óriosI 2o local ode seus p&s repousaramF Ali se formaram as gru!as dos pei/esI uado ela se mo*eu por bai/o das águasF Ali se formaram as profude>as do oceaoI uado a direção da !erra ela se *ol!ouF Ali se es!ederam as plaas praiasI Ode seus p&s a !erra alcaçaramF ormaram?se reca!os para a deso*a dos salmMesI Ode sua fro!e a !erra !ocouF le*eme!eF Cur*as ba0as foram formadas# 8 para bem loge da !erra ela flu!uouF 8 o mar aber!o fe> sua moradaF 8 criou rochas o oceaoF Assim como recifes Hue os olhos ão percebemF Ode as embarcaçMes mui!as *e>es se arrebe!amF 8 ode chega ao fim a *ida dos a*egadores#G ( $as o beb6 permaeceu em seu corpoF dese*ol*edo?se a!& alcaçar uma meia?idade se!ime!al: G8 ão ascia 9áiámMieI 2ão ascia o bardo imor!al# 9áiámMieF idoso e imper!urbá*elF 2o *e!re de sua mãe se ma!e*e Por mais !ri!a logos *erMesF 8 ao logo de !ri!a i*erosF 8!erame!eF as águas plácidasF Acima dos espuma!es *agalhMes# 8is Hue ele poderou e refle!iu Sobre sua sobre*i*6cia 2um !ão obscuro local de descasoF 2uma morada !ão peHueiaF ue ão lhe era dado *er o luarF 2em co!emplar a lu> do sol#
8is Hue ele proferiu as pala*ras segui!esF 8/pressado dessa maeira o Hue lhe ia a me!e: WAjudai?me ,uaF liber!ai?me SolF 8 dai?me um coselhoF ó Ursa $aiorF Pelo por!al Hue ão coheçoF Pela passagem jamais u!ili>adaF .o peHueo iho Hue me acolheF .e !ão e/0gua moradaF Para a !erra codu>i o *agabudoF Para o amplo arF codu>i?meF Para Hue eu possa co!emplar a lua o c&u 8 o espledor da lu> do solI 9er as es!relas da Ursa $aior acima de mimF 8 as es!relas brilha!es o c&uW# uado a lua ão lhe cocedeu liberdadeF 8 o sol ão o resga!ouF .e !ris!e>a a e/is!6cia se !orou pleaF 8 sua *ida resumiu?se a pesada carga# 8 assim ele abriu o por!alF Com seus dedosF Hue soma*am Hua!roF -apidame!e abriu a ossuda passagemF Com os dedos do p& esHuerdoF Com os joelhos al&m da passagem# .e po!a?cabeça a água caidoF As mãos a repelir as odasF Assim ficou o homem o oceaoF 8 o herói sobre os *agalhMesG 1# A!es de 9ãiãmMie Q herói já ao ascer Q poder alcaçar a praiaF coube?lhe aida a pro*a de um segudo 7!ero ma!eroF o 7!ero do oceao cósmico eleme!ar# Agora despro!egidoF foi ele forçado a subme!er?se = iiciação das forças essecialme!e iumaas da a!ure>a# 2o 0*el das águas e dos *e!osF !e*e ele Hue e/perime!ar ou!ra *e> aHuilo Hue !ão bem cohecia# G2o marF por cico aos *i*euF Cico aos esperouF esperou !amb&m mais umF 8 esperou por se!e aosF por oi!o aos esperouF 2a superf0cie do oceaoF A!& chegar a um promo!ório sem omeF 2o e/!remo de um pa0s es!&rilF sem ár*ores# 2a !erra seus joelhos ficouF 8 os braços se apoiouF ,e*a!ado?se para *er os raios luaresF @o>ar da agradá*el lu> do solF 9er a Ursa $aior o firmame!oF 8 as brilha!es es!relas por !odo o c&u# Assim o *elho 9áiámMieF 8leF o mees!rel para sempre famosoF 2asceu da di*ia CriadoraF .e )ma!arF sua mãeF asceu#G 5
%# /atriC do destino A deusa ui*ersal se maifes!a dia!e dos homes sob uma mul!iplicidade de aspec!osI pois são m7l!iplos os efei!os da criaçãoF bem como comple/os e mu!uame!e co!radi!óriosF Huado e/perime!ados do po!o de *is!a do mudo criado# A mãe da *ida &F ao mesmo !empoF mãe da mor!eI ela se mascara como a horreda deusa da fome e da efermidade# A mi!ologia as!ral sumeriao?babil;ica ide!ifica*a os aspec!os da f6mea cósmica com as fases do plae!a 96us# Como es!rela ma!u!iaF era a *irgemI como es!rela *esper!iaF a mere!ri>I eF Huado se e/!iguiaF sob o calor do solF era a bru/a do ifero# Ode Huer Hue se es!edesse a iflu6cia mesopo!micaF as carac!er0s!icas a!ribu0das = deusa eram !ocadas pela lu> dessa es!rela flu!ua!e# Um mi!o do sudoes!e da fricaF recolhido ju!o = !ribo ahug]e $aoi do sul da -od&siaF e/ibe os aspec!os da mãe?96us em coordeação com os primeiros es!ágios do ciclo cosmog;ico# AHuiF o homem origial & a luaI a es!rela ma!u!iaF sua primeira esposaI a es!rela *esper!iaF a seguda# .a mesma forma como 9áiámMie emergiu do 7!ero por seus próprios esforçosF assim !amb&m esse homem?lua emerge das águas abissais# 8le e suas esposas serão os pais das cria!uras da !erra# A his!ória & co!ada os segui!es !ermos: G$aori K.eusL fe> o primeiro homem e lhe deu o ome de $]ue!si KluaL# 8le colocou esse homem o fudo de um .si*oa KlagoL e lhe deu um chifre ngona cheio de óleo de ngona- % $]ue!si *i*ia o .si*oa# $]ue!si disse a $aori: Wuero ir para a !erraW# .isse?lhe $aori: G9oc6 *ai se arrepederW# $]ue!si disse: W$esmo assim Huero ir para a !erraW# 8 $aori disse: W8!ão *á para a !erraW# $]ue!si saiu do .si*oa e foi para a !erra# A !erra era fria e *a>ia# 2ão ha*ia gramaF arbus!os em ár*ores# 2ão ha*ia aimais# $]ue!si chorou e disse a $aori: WComo *ou *i*er aHuiRW $aori respodeu: W8u o a*isei# 9oc6 iiciou uma jorada o fim da Hual morrerá# Toda*iaF dar?)he?ei um semelha!eW# $aori deu a $]ue!si uma do>ela chamada $assassiF es!rela ma!u!ia# $aori disse: W$assassi será sua esposa por dois aosW# $aori deu a $assassi algo para fa>er fogo# oi!eF $]ue!si e!rou uma ca*era com $assassi# $assassi lhe disse: WAjude?me# aremos uma fogueira# Ju!aremos chimandra Kgra*e!osL e *oc6 pode mo*ime!ar o rusi7a Kpar!e mó*el do acededorLW# $assassi ju!ou gra*e!os# $]ue!si mo*ime!ou o rusi7a% uado a fogueira foi acesaF $]ue!si dei!ou?se de um lado e $assassi do ou!ro# O fogo ardia e!re eles# $]ue!si pesou cosigo mesmo: WPor Hue $aori me deu essa do>elaR ue de*o fa>er com essa do>elaF $assassiRW
oi!eF $]ue!si pegou seu chifre ngona% 8le u!ou seu idicador com uma go!a de óleo# $]ue!si disse: ]:dini chaam0u7a mhiri ne mhirir K9ou pular a fogueiraLW E# $]ue!si pulou a fogueira# $]ue!si apro/imou?se da do>elaF $assassi# $]ue!si !ocou o corpo de $assassi com o uge!o do seu dedo# .epois dissoF *ol!ou ao lei!o e dormiu# uado acordouF a mahã segui!eF $]ue!si olhou para $assassi# $]ue!si *iu Hue o corpo de $assassi es!a*a i!umescido# uado o dia raiouF $assassi começou a dar = lu># $assassi pariu grama# $assassi pariu arbus!os# $assassi pariu ár*ores# $assassi ão parou de parir a!& Hue a !erra ficasse cober!a de gramaF arbus!os e ár*ores# As ár*ores cresceram# Cresceram a!& Hue as copas alcaçassem o c&u# uado as copas das ár*ores alcaçaram o c&uF começou a cho*er# $]ue!si e $assassi *i*iam cercados de abudcia# Tiham fru!os e cereais# $]ue!si cos!ruiu uma casa# $]ue!si fe> uma pá de ferro# $]ue!si fe> co*as e pla!ou# $assassi !eceu redes e apahou pei/esF $assassi !rou/e madeira e água# $assassi fe> comida# Assim $]ue!si e $assassi *i*eram por dois aos# Passados os dois aosF $aori disse a $]ue!si: WChegou a horaW# $aori !irou $assassi da !erra e a le*ou para o .si*oa# $]ue!si esbra*ejou# 8le esbra*ejou e chorouF di>edo a $aori: WO Hue farei sem $assassiR uem *ai pegar água e madeira para mimR uem *ai co>ihar para mimRW Por oi!o logos dias $]ue!si se lame!ou# Por oi!o logos dias $]ue!si se lame!ou# 8!ãoF $aori lhe disse: W8u a*isei Hue *oc6 es!á camihado a direção da mor!e# $as *ou lhe dar ou!ra mulher# .ar?lhe?ei $orogoF a es!rela *esper!ia# $orogo ficará com *oc6 por dois aos# .epoisF *irei buscá?laW# 8 $aori deu $orogo a $]ue!si# $orogo procurou $]ue!si a cabaa# oi!eF $]ue!si Huis dei!ar?se o seu lado da fogueira# $orogo disse: W2ão se dei!e a0I dei!e?se ao meu ladoW# $]ue!si dei!ou?se ao lado de $orogo# $]ue!si !omou o chifre ngona e p;s um pouco do uge!o o idicador# $as $orogo lhe disse: W2ão faça isso# 8u ão sou igual a $assassi# Agora u!e seus Huadris com o óleo# U!e meus Huadris com o óleoW# $]ue!si fe> o Hue ela di>ia# $orogo disse: WAgora copule comigoW# $]ue!si copulou com $orogo# $]ue!si foi dormir# uase de mahãF $]ue!si acordou# uado olhou para $orogoF *iu Hue seu corpo es!a*a i!umescido# uado o dia clareouF $orogo começou a dar = lu># 2o primeiro diaF deu = lu> galihasF careiros e bodes# 2a seguda oi!eF $]ue!si dormiu com $orogo ou!ra *e># 2a mahã segui!eF ela pariu a!0lopes e gado# 2a !erceira oi!eF $]ue!si *ol!ou a dormir com $orogo# 2a mahã segui!eF $orogo pariu garo!os eF em seguidaF garo!as# As criaças Hue asceram de mahã es!a*am crescidas ao cair a oi!e# 2a Huar!a oi!eF $]ue!si Hueria dormir com $orogo ou!ra *e># $as caiu um raioF e $aori disse: W.ei/e es!ar# 9oc6 es!á camihado rapidame!e para a mor!eW# $]ue!si se assus!ou# O raio foi?se embora# .epois da par!ida do raioF $orogo disse a $]ue!si: WCos!rua uma por!a e use?a para fechar a e!rada da cabaa# AssimF $aori ão poderá *er o Hue fa>emos# 8 *oc6 poderá dormir comigoW# $]ue!si fe> uma por!a# Com elaF fechou a e!rada da cabaa# 8 dormiu com $orogo# $]ue!si adormeceu# Per!o do amahecerF $]ue!si acordou# 8le *iu Hue o corpo de $orogo es!a*a i!umescido# uado o dia raiouF $orogo começou a parir# Pariu leMesF leopardosF cobras e escorpiMes# $aori *iu e disse a $]ue!si: W8u lhe a*iseiW# 2a Hui!a oi!eF $]ue!si desejou dormir com $orogo de o*o# $as es!a lhe disse: W9ejaF suas filhas es!ão crescidas# Copule com elasW# $]ue!si olhou para as filhas# 9iu Hue eram belas e Hue es!a*am crescidas# 8 ele dormiu com elas# 8las geraram filhos# Os filhos Hue asceram pela mahã es!a*am crescidos = oi!e# 8 assim $]ue!si !orou?se o $ambo KreiL de um grade po*o# $as $orogo dormiu com a cobra# $orogo já ão deu = lu># 8la passou a *i*er com a cobra# Um dia $]ue!si re!orou a $orogo e Huis dormir com ela# $orogo disse: W2ada dissoW# $]ue!si disse: W$as eu HueroW# 8le se dei!ou com $orogo# Sob o lei!o de $orogoF dormia a cobra# A cobra mordeu $]ue!siF Hue adoeceu# .epois Hue a cobra mordeu $]ue!siF es!e adoeceu# 2o dia segui!eF ão cho*eu# As pla!as ficaram secas# Os rios e lagos secaram# Os filhos de $]ue!si pergu!aram: Wue podemos fa>erRW As criaças de $]ue!si disseram: WCosul!aremos o ha7ata Kdado sagradoLW# As criaças cosul!aram o ha7ata% .isse o ha7ata+ W$]ue!siF o $amboF es!á efermo e defihado# .e*ol*am $]ue!si ao .si*oaW# AssimF os filhos de $]ue!si es!ragularam $]ue!si e o e!erraram# 8les e!erraram $orogo ju!ame!e com $]ue!si# 8 escolheram ou!ro homem para $ambo# $orogo !amb&m ha*ia *i*ido dois aos a \imbábue de $]ue!si#GZ 8s!á claro Hue cada um dos es!ágios da criação represe!a uma &poca do dese*ol*ime!o do mudo# O padrão da sucessão de e*e!o fora pre*iame!e cohecidoF Huase como algo já obser*adoI isso & idicado pela ad*er!6cia do Al!0ssimo# $as o omem?,uaF o Todo?Poderoso 9i*oF ão !erá egada a reali>ação do seu des!io# A co*ersa Hue ocorreu o fudo do lago & um diálogo e!re a e!eridade e o !empoF o GColóHuio do Ser 9i*e!eG: GSer ou ão serG# O desejo ico!rolá*el !ermia por ser reali>ado: o mo*ime!o se iicia# As esposas e filhas do omem?,ua são as persoificaçMes e as precip0!adoras do seu des!io# Com a e*olução de sua *o!ade criadora do mudoF as *ir!udes e carac!er0s!icas da deusa?mãe foram me!amorfoseadas#
.epois do ascime!o a par!ir do 7!ero eleme!arF as duas primeiras esposas eram pr&?humaasF sobre?humaas# $as coforme o giro cosmog;ico seguiu seu curso e o mome!o em crescime!o passou das formas primordiais para as formas humao?his!óricasF as sehoras dos ascime!os cósmicos se recolheram e o campo ficou e!regue =s mulheres dos homes# .essa formaF o *elho sehor demi7rgico !orou?seF o seio de sua comuidadeF um aacroismo me!af0sico# uado ele se casou do merame!e humao e asiou mais uma *e> pela esposa de sua abudciaF o mudo adoeceuF por um mome!oF sob o empu/o de sua reaçãoF mas em seguida liber!ou?se e se emacipou# A iicia!i*a passou para a comuidade de filhos# As figuras pare!aisF simbólicas e for!eme!e o0ricasF *ol!aram ao abismo origial# Apeas o homem permaeceu a !erra abas!ecida# O ciclo se mo*ime!ou#
?% Qentre da redenção O problemaF a par!ir de agoraF & o mudo da *ida humaa# Orie!ado pelo julgame!o prá!ico dos reis e pela is!rução dos sacerdo!es dos dados da di*ia re*elação "[F o campo da cosci6cia se co!rai de maeira !alF Hue as grades lihas da com&dia humaa se perdem em meio ao emarahado de propósi!os e!recru>ados# A perspec!i*a do homem !ora?se limi!adaF compreededo apeas as superf0cies Hue refle!em lu>F as superf0cies !ag0*eis da e/is!6cia# A *isão do profudo & impedida# Perde?se de *is!a a forma sigifica!i*a da agoia humaa# A sociedade & le*ada ao erro e ao desas!re# O PeHueo 8go usurpou o pos!o de jui> do 8u# Tra!a?seF o mi!oF de um !ema perp&!uo eF as *o>es dos profe!asF de um clamor familiar# As pessoas aseiam por alguma persoalidade HueF um mudo de corpos e almas dis!orcidosF represe!e ou!ra *e> as lihas da imagem ecarada# 8s!amos familiari>ados com o mi!o per!ece!e = ossa própria !radição# 8sse !ema ocorre em !oda par!eF sob uma *ariedade de formas# uado a figura de erodes Ko s0mbolo e/!remo do ego desgo*erado e isis!e!eL le*a a humaidade ao adir da degradação espiri!ualF as forças ocul!as do ciclo começam a mo*er?se por si mesmas# 2u mu cidade>iha remo!aF asce a do>ela Hue se ma!erá imaculada dos erros comus de sua geração: uma miia!uraF o meio dos homesF da mulher cósmica Hue desposou o *e!o# Seu *e!reF *a>io como o abismo primordialF chama para siF graças = sua própria dispoibilidadeF o poder origial Hue fer!ili>ou o *a>io# G8is HueF um cer!o diaF eHua!o $aria se eco!ra*a per!o da fo!eF a fim de echer seu c!aroF o ajo do Sehor lhe apareceuF e disse: edi!a sejasF $ariaF pois em !eu *e!re preparas!e a morada do Sehor# Co!emplaF a lu> *irá do c&u e habi!ará em !i eF por !eu i!erm&dioF brilhará sobre !odas as coisasW#G u 8ssa mesma his!ória & co!ada em !oda par!eI e aprese!aF em seus pricipais co!orosF !amaha uiformidadeF Hue os primeiros missioários cris!ãos foram obrigados a pesar Hue o próprio dem;io de*ia es!ar espalhado galhofas sobre seu esiame!o aode Huer Hue fossem# rei Pedro Simó rela!aF em seu :oticias historia*es de Ias con8uistas de terra 6irme en Ias ndias cidenta*es KCuecaF "5%DLF Hue depois de iiciado o !rabalho e!re os po*os de Tuja e de SogamosoF a Col;mbiaF Am&rica do SulF Go dem;io Hue habi!a o local começou a esiar dou!rias co!rárias# 8F e!re ou!ras coisasF buscou desacredi!ar o esiame!o do padre a respei!o da 8caraçãoF declarado Hue o mome!o de sua ocorr6cia aida ão ha*ia chegadoF mas HueF o mome!o opor!uoF o Sol a faria ocorrerF ao !orar?se care o *e!re de uma *irgem da *ila de @uache!aF le*ado?a a coceberF graças aos raios do solF eHua!o ela se ma!i*esse *irgem# 8ssas iformaçMes foram proclamadas por !oda a região# 8 foi assim Hue o chefe da *ila ci!ada !iha duas filhas *irgesF cada Hual desejosa de Hue o milagre fosse reali>ado em siF 8 es!as passaram a sair da resid6cia e dos jardis do paiF !odas as mahãsF os albores da madrugadaI eF subido uma das umerosas colias em !oro da *ilaF a direção do local ode asce o solF dispuham?se de !al forma Hue os primeiros raios do sol pudessem icidir li*reme!e sobre elas# )sso ocorreu por *ários dias e foi gara!ido ao dem;ioF com a di*ia permissão Kcujos julgame!os se acham al&m da compreesãoLF Hue as coisas se passassem coforme plaejaraF e de !al forma Hue uma das filhas foi fecudadaF coforme declarouF pelo sol# 2o*e meses depoisF eis Hue ela deu = lu> uma grade e *aliosa hacuata, Hue em sua l0gua & uma esmeralda# A mulher !omou des!a esmeraldaF e*ol*eu?a em algodãoF colocou?a ju!o aos seios e a0 a dei/ou por algus dias# Passados esses diasF a esmeralda !rasformou?se em cria!ura *i*a: !udo por ação do dem;io# A criaça recebeu o ome de @orachacho e foi criada a casa do chefeF seu a*;F a!& Hue alcaçou *i!e e Hua!ro aos de idadeG# 8 ele seguiuF uma !riufa!e procissãoF para a capi!al da açãoF sedo celebradoF em !odas as pro*0ciasF como o Gilho do SolG n% A mi!ologia hidu fala da do>ela Par*a!iF filha do rei da mo!ahaF imalaNaF Hue se refugiou as al!as colias para pra!icar aus!eridades sobremaeira se*eras# Um !irao?!i!ãF cohecido por TaraaF ha*ia usurpado o dom0io do mudo eF de acordo com a profeciaF apeas um filho do Al!0ssimo .eus i*a poderia derrubá?lo# i*aF !oda*iaF era o deus padrão da ioga Q dis!a!eF isoladoF *ol!ado para de!roF em a!i!ude de medi!ação# 8ra imposs0*el mo*ime!á?lo a fim de le*á?lo a gerar um filho# Par*a!i es!a*a de!ermiada a modificar a si!uação do mudo por meio da assução de uma a!i!ude de medi!ação semelha!e = de i*a# .is!a!eF so>ihaF mergulhada a própria almaF ela !amb&m se p;s despida sob
o sol abrasadorF aume!ado cada *e> mais o calor ao fa>er Hua!ro fogueiras adicioaisF uma em cada ca!o do mudo# O belo corpo *iu?se redu>ido a uma frágil es!ru!ura ósseaF e a pele !orou?se ressecada como couro e mui!o dura# Os cabelos perderam o brilho e se emaraharam# Os sua*es olhos perderam o *iço# Um diaF um jo*em rahmi chegou ao local e pergu!ou por Hue algu&m do!ado de !a!a bele>a poderia es!ar se des!ruido com !al !or!ura# G$eu desejoGF replicou elaF G& i*aF o Obje!o $ais 8le*ado# i*a & um deus soli!árioF mergulhado em iabalá*el coce!ração# Por isso pra!ico essas aus!eridadesF pois desejo !irá?lo do seu es!ado de eHuil0brio e le*á?lo a se uir a mim#G Gi*aGF disse o jo*emF G& um deus da des!ruição# i*a & o AiHuilador do $udo# O delei!e de i*a & medi!ar os cemi!&riosF em meio aos res!os de cadá*eresI ali ele co!empla a ro!a da mor!eF o Hue agrada ao seu coração de*as!ador# As guirdas de i*a !6m serpe!es *i*as# i*a &F al&m dissoF pobreF e igu&m sabe ada sobre o seu ascime!o#G A *irgem disse: G8le es!á al&m da compreesão de algu&m como !u# PobreF simF mas fo!e de riHue>aI !err0*elF simF mas fo!e de graçaI com guirdas de serpe!es ou de jóiasF ele pode colocar e !irar o Hue bem lhe aprou*er# Como poderia !er ascidoF se & o criador do icriado_ i*a & o meu amorG# Ou*ido issoF o jo*em dei/ou de lado seu disfarce Q era o próprio i*a "'#
&% Hist>rias 6o*c*>ricas so0re as 3irgens'mães O uda desceu do c&u e pee!rou o *e!re de sua mãe sob a forma de um elefa!e cor de lei!e# A Coa!licue as!ecaF GAHuela cujo $a!o & de pele de CobraGF foi abordada por um deus sob a forma de uma bola de peas# Os cap0!ulos das /etamor6oses de O*0dio es!ão reple!os de ifas perseguidas por deuses sob os mais di*ersos disfarces# J7pi!er como !ouroF ciseF chu*a de ouro# Toda folha acide!alme!e igeridaF !oda o> ou mesmo um haus!o de ar pode ser suficie!e para fer!ili>ar um *e!re preparado# O poder procriador es!á em !oda par!e# 8F segudo o capricho ou de!ermiação do des!ioF pode ser cocebido !a!o um herói?sal*adorF como um dem;io des!ruidor do mudo Q jamais podemos saber# As images da *irgem?mãe são abuda!es os co!os populares e mi!os# as!a um e/emplo: um es!raho co!o folclórico origiário de TogaF per!ece!e a um peHueo ciclo de his!órias arradas a respei!o do Ghomem boi!oGF Siilau# 8sse co!o aprese!a um i!eresse especialF ão em fução de seu cará!er e/!remame!e absurdoF mas por auciar de modo claroF sob uma forma burlesca icoscie!eF cada um dos mo!i*os pricipais da *ida !0pica do herói: o ascime!o a par!ir de uma *irgemF a busca do paiF a pro*açãoF a si!oia com o paiF a assução da pa!eridade e a coroação da *irgem?mãe eF por fimF o !riufo celes!e dos *erdadeiros filhosF ao mesmo !empo em Hue os embus!eiros são Hueimados *i*os# G8ra uma *e> um homem e sua esposaF Hue se eco!ra*a grá*ida# uado chegou o mome!o de dar = lu>F ela chamou o maridoF pedido?lhe Hue a le*a!asse para Hue pudesse dar = lu># $as ela pariu um mariscoF e o maridoF iradoF jogou?a o chão# 8laF co!udoF pediu?lhe Hue apahasse o marisco e o dei/asse a baheira de Siilau# 8is Hue Siilau foi !omar baho e colocou uma casca de cocoF com a Hual se baha*aF a água# O marisco se mo*ime!ouF sugou a casca de coco e egra*idou# GUm diaF a mulherF mãe do mariscoF percebeu Hue es!e *iha rolado em sua direção# 8la pergu!ouF rai*osame!eF por Hue ele ha*ia aparecidoF mas ele lhe disse Hue ão era hora de rai*a e lhe pediu Hue coseguisse um lugar ode lhe fosse poss0*el dar = lu># oi colocada uma cor!ia um cer!o lugar e o marisco deu = lu> um eorme e saudá*el garo!o# 8 o marisco *ol!ou = sua baheiraF dei/ado o beb6 aos cuidados da mulherF !edo o meio recebido o ome de a!ai?ido?por?bai/o?sadália?madeira# O !empo passou e eis Hue o marisco *ol!ou a egra*idar e logo *eio rolado para casa para dar = lu># Tudo se repe!iu eF mais uma *e>F o marisco pariu um saudá*el garo!oF chamado $Nr!le?g6?meo?por?acaso?o?fa!ai# 8le !amb&m foi dei/ado com a mulher e o marido para receber os cuidados ecessários# Guado os dois garo!os ficaram adul!osF a mulher ou*iu di>er Hue Siilau ia dar uma fes!a e decidiu Hue seus dois e!os es!ariam prese!es# 8 ela chamou os jo*es e lhes pediu Hue se preparassemF acresce!ado Hue o homem a cuja fes!a eles iriam era seu pai# uado eles chegaram ao local da fes!aF !odas as pessoas dirigiram os olhos para eles# 2ão hou*e uma mulher Hue ão !i*esse ma!ido seu olhar fi/ado eles# 8Hua!o camiha*amF um grupo de mulheres pediu?lhes Hue se apro/imassemF mas os dois jo*es recusaram e seguiram seu camihoF a!& Hue chegaram ao local em Hue se bebia o 7a3a% Ser*iram?lhes 7a3a, G$as SiilauF irado por eles !erem per!urbado a fes!aF ordeou Hue !rou/essem duas !igelas# 8 pediu Hue um dos seus homes pegasse um dos garo!os e o re!alhasse# 8 a faca de bambu foi afiada para cor!á?loF mas Huado sua po!a foi ecos!ada o corpo do garo!oF a faca apeas res*alou em sua pele e ele e/clamou: G WA faca & colocada e escorregaF 9oc6s apeas se se!am e os olhamF Pesado se somos ou ão iguais a *oc6sW#
G8!ãoF Siilau pergu!ou o Hue o garo!o ha*ia di!o e foram?lhe repe!idos os *ersos# 8 ele ordeou Hue os dois rapa>es fossem !ra>idos = sua preseça e lhes pergu!ou Huem era o pai deles# 8les replicaram Hue o seu pai era ele mesmo# .epois de beijar os filhos rec&m?eco!radosF ele lhes disse Hue fossem e lhe !rou/essem sua mãe# 8 eles foram = baheira e pegaram o mariscoF le*ado?o = a*ó# 8s!a abriu o marisco e dele saiu uma bela mulherF chamada ia?em?casa?o?rio# G8 eles se puseram a camihoF re!orado = casa de Siilau# Cada um dos jo*es *es!ia uma es!eira frajada do !ipo cohecido como tau6ohuaB mas sua mãe *es!ia uma das es!eiras bem acabadas chamadas tuoua% Os dois filhos iam = fre!eF seguidos por ia# uado chegaram = preseça de
&% Hist>rias 6o*c*>ricas so0re as 3irgens'mães O uda desceu do c&u e pee!rou o *e!re de sua mãe sob a forma de um elefa!e cor de lei!e# A Coa!licue as!ecaF GAHuela cujo $a!o & de pele de CobraGF foi abordada por um deus sob a forma de uma bola de peas# Os cap0!ulos das /etamor6oses de O*0dio es!ão reple!os de ifas perseguidas por deuses sob os mais di*ersos disfarces# J7pi!er como !ouroF ciseF chu*a de ouro# Toda folha acide!alme!e igeridaF !oda o> ou mesmo um haus!o de ar pode ser suficie!e para fer!ili>ar um *e!re preparado# O poder procriador es!á em !oda par!e# 8F segudo o capricho ou de!ermiação do des!ioF pode ser cocebido !a!o um herói?sal*adorF como um dem;io des!ruidor do mudo Q jamais podemos saber# As images da *irgem?mãe são abuda!es os co!os populares e mi!os# as!a um e/emplo: um es!raho co!o folclórico origiário de TogaF per!ece!e a um peHueo ciclo de his!órias arradas a respei!o do Ghomem boi!oGF Siilau# 8sse co!o aprese!a um i!eresse especialF ão em fução de seu cará!er e/!remame!e absurdoF mas por auciar de modo claroF sob uma forma burlesca icoscie!eF cada um dos mo!i*os pricipais da *ida !0pica do herói: o ascime!o a par!ir de uma *irgemF a busca do paiF a pro*açãoF a si!oia com o paiF a assução da pa!eridade e a coroação da *irgem?mãe eF por fimF o !riufo celes!e dos *erdadeiros filhosF ao mesmo !empo em Hue os embus!eiros são Hueimados *i*os# G8ra uma *e> um homem e sua esposaF Hue se eco!ra*a grá*ida# uado chegou o mome!o de dar = lu>F ela chamou o maridoF pedido?lhe Hue a le*a!asse para Hue pudesse dar = lu># $as ela pariu um mariscoF e o maridoF iradoF jogou?a o chão# 8laF co!udoF pediu?lhe Hue apahasse o marisco e o dei/asse a baheira de Siilau# 8is Hue Siilau foi !omar baho e colocou uma casca de cocoF com a Hual se baha*aF a água# O marisco se mo*ime!ouF sugou a casca de coco e egra*idou# GUm diaF a mulherF mãe do mariscoF percebeu Hue es!e *iha rolado em sua direção# 8la pergu!ouF rai*osame!eF por Hue ele ha*ia aparecidoF mas ele lhe disse Hue ão era hora de rai*a e lhe pediu Hue coseguisse um lugar ode lhe fosse poss0*el dar = lu># oi colocada uma cor!ia um cer!o lugar e o marisco deu = lu> um eorme e saudá*el garo!o# 8 o marisco *ol!ou = sua baheiraF dei/ado o beb6 aos cuidados da mulherF !edo o meio recebido o ome de a!ai?ido?por?bai/o?sadália?madeira# O !empo passou e eis Hue o marisco *ol!ou a egra*idar e logo *eio rolado para casa para dar = lu># Tudo se repe!iu eF mais uma *e>F o marisco pariu um saudá*el garo!oF chamado $Nr!le?g6meo?por?acaso?o?fa!ai# 8le !amb&m foi dei/ado com a mulher e o marido para receber os cuidados ecessários# Guado os dois garo!os ficaram adul!osF a mulher ou*iu di>er Hue Siilau ia dar uma fes!a e decidiu Hue seus dois e!os es!ariam prese!es# 8 ela chamou os jo*es e lhes pediu Hue se preparassemF acresce!ado Hue o homem a cuja fes!a eles iriam era seu pai# uado eles chegaram ao local da fes!aF !odas as pessoas dirigiram os olhos para eles# 2ão hou*e uma mulher Hue ão !i*esse ma!ido seu olhar fi/ado eles# 8Hua!o camiha*amF um grupo de mulheres pediu?lhes Hue se apro/imassemF mas os dois jo*es recusaram e seguiram seu camihoF a!& Hue chegaram ao local em Hue se bebia o 7a3a% Ser*iram?lhes 7a3a% G$as SiilauF irado por eles !erem per!urbado a fes!aF ordeou Hue !rou/essem duas !igelas# 8 pediu Hue um dos seus homes pegasse um dos garo!os e o re!alhasse# 8 a faca de bambu foi afiada para cor!á?loF mas Huado sua po!a foi ecos!ada o corpo do garo!oF a faca apeas res*alou em sua pele e ele e/clamou: G WA faca & colocada e escorregaF 9oc6s apeas se se!am e os olhamF Pesado se somos ou ão iguais a *oc6sW# G8!ãoF Siilau pergu!ou o Hue o garo!o ha*ia di!o e foram?lhe repe!idos os *ersos# 8 ele ordeou Hue os dois rapa>es fossem !ra>idos = sua preseça e lhes pergu!ou Huem era o pai deles# 8les replicaram Hue o seu pai era ele mesmo# .epois de beijar os filhos rec&m?eco!radosF ele lhes disse Hue fossem e lhe !rou/essem sua mãe# 8 eles foram = baheira e pegaram o mariscoF le*ado?o = a*ó# 8s!a abriu o marisco e dele saiu uma bela mulherF chamada ia?em?casa?o?rio# G8 eles se puseram a camihoF re!orado = casa de Siilau# Cada um dos jo*es *es!ia uma es!eira frajada do !ipo cohecido como tau6ohuaB mas sua mãe *es!ia uma das es!eiras bem acabadas chamadas tuoua% Os dois filhos iam = fre!eF seguidos por ia# uado chegaram = preseça de SiilauF eco!raram?o se!ado com as esposas# Os jo*es se se!aram as peras de Siilau e iaF ao seu lado# 8 Siilau pediu aos de seu
po*o Hue preparassem um fogareiro e o aHuecessem bemI e eles pegaram suas esposasF bem como os filhos des!asF os ma!aram e comeramI mas Siilau casou?se com ia?em?casa?o?rio#G "(
:otas ao a$tu*o II Q Parte II !% Em sua atua* 6orma, o `ale*ala (2A Terra de Her>is2) . uma o0ra de E*ias >nnrot (!R'!&), um m.dico rura* e estudioso de 6i*o*ogia 6in*andesa% Tendo reunido um consider;3e* cor$o de $oesia 6o*c*>rica em torno dos her>is *egend;rios, Q;inãmVinen, I*marinen, emmin' 7ainen e u**er3o, e*e organiCou as hist>rias numa se8D1ncia *>gica e *hes uni6ormiCou os 3ersos (!?, !&")% A o0ra a*cança cerca de 3inte e tr1s mi* 3ersos% @ma tradução a*emã do `ale*ala de >nnrot chegou ao conhecimento de Henry Kads5orth ong6e**o5, 8ue com$Vs, a $artir de*a, o $*ano da o0ra da Sog of ia]a!haF esco*hendo a mesmo o metro seguido% A 3ersão a8ui a$resentada 6oi retirada da tradução de K% F% ir0y, E3eryman]s i0rary, nZmeros "'#R% % I, !-'!?#% ?% Isto ., no d.cimo 3erão de$ois da 8ue0ra dos o3os da cirCeta% &% I, #?'R% % I, -'?% #% I, ?"'?&&% -% Esse chi6re, 0em como o >*eo, desem$enham um $a$e* cons$cuo nos re*atos de cunho 6o*c*>rico do su* da Nod.sia% chi6re goa . um instrumento de $rodução de $rodgios, dotado do $oder de criar 6ogo e *uC, e im$regnar os 3i3os e ressuscitar os mortos% % Essa 6rase . re$etida muitas 3eCes, num tom me*odram;tico e cerimonioso% :% dos T#J "% eo Fro0enius e oug*as % Fo, Africa @6esisF :o3a Lor7, !"?-, $$% !'R% om$are'se com a gra3ura XQIII% `im0;0ue signi6ica, a$roimadamente, 2a corte rea*2% As enormes runas $r.'hist>ricas $erto de Fort Qictori; são chamadas 2a Grande `im0;0ue2B outras runas de $edra, disseminadas $e*o su* da Nod.sia, são chamadas 2Pe8uena `im0;0ue2% :ota de Fro0enius e Fo%Y !R% haa!a dos 6i*hos de /5uetsi, supraF $% ?R#% !!% E3ange*ho do Pseudo'/ateus, ca$tu*o i% !% ings0orough, op# ci!#F 3o*% QIII, $$% #?'#&% !?% a*idasa, `umarasambha*am (2 nascimento do eus da Guerra, umara2)% H; uma tradução ing*esa de N% Gri66ith, %2 edição, ondres, TrD0ner and om$any, !"-% !&% E% E% Q% o**ocot, Tales ad poems of TogaF erice P# ishop $useu ulle!iF n%O , Hono*u*u, !", $$% ?'??
Cap0!ulo )))
TrasformaçMes do herói
!% her>i $rimordia* e o her>i humano PassamosF a!& o mome!oF por dois es!ágios: em primeiro lugarF passamos das emaaçMes imedia!as do Criador )criado para as persoagesF fluidas e ão obs!a!e i!em?poraisF da idade mi!ológicaI em segudoF passamos desses Criadores Criados para a esfera da his!ória humaa# As emaaçMes se codesaramI o campo da cosci6cia sofreu uma cos!rição# Ode a!es eram *is0*eis corpos causaisF ora e!ram em focoF a peHuea pupila !eimosa do olho humaoF seus efei!os secudários# O ciclo cosmog;ico de*e prosseguir agoraF por cosegui!eF ão pela ação dos deusesF Hue se !oraram *is0*eisF mas pela dos heróisF de cará!er mais ou meos humaoF por meio dos Huais & cumprido o des!io do mudo# Chegamos ao po!o o Hual os mi!os da criação passam a ceder lugar = leda Q !al como o ,i*ro do @6esisF depois da e/pulsão do Para0so# A me!af0sica & subs!i!u0da pela pr&?his!óriaF Hue & *aga e idis!i!a a pric0pioF mas aos poucos e/ibe precisão de de!alhes# Os heróis !oram?se cada *e> meos fabulososF a!& HueF os es!ágios fiais das *árias !radiçMes locaisF a leda se abre = lu> comum co!idiaa o !empo regis!rado# $]ue!siF o omem?,uaF *iu?se apar!adoF !al como uma cora perdidaI a comuidade dos seus filhos liber!ou?se e pee!rou o mudo co!idiao da cosci6cia desper!a# $as somos iformados de Hue e/is!iam e!re eles filhos dire!os do pai ora submarioF os HuaisF !al como as criaças da sua primeira uiãoF ha*iam percorrido o !empo Hue separa a ifcia da idade adul!a um 7ico dia# 8sses por!adores especiais da força cósmica cos!i!u0am uma aris!ocracia espiri!ual e social# Preechidos por uma dupla carga de eergia cria!i*aF eles mesmos se cofigura*am como fo!es de re*elação# 8ssas figuras surgem o es!ágio iicial de !odo passado legedário# São os heróis cul!uraisF fudadores da cidade#
As cr;icas chiesas regis!ram HueF Huado a !erra se solidificou e as pessoas se is!alaram as !erras ribeirihasF u siF o )mperador Celes!e K%Z''?%E'E a#CLF go*era*a e!re elas# 8le esiou =s suas !ribos a pesca com redeF a caça e a criação de aimais dom&s!icosF di*idiu as pessoas em clãs e is!i!uiu o ma!rim;io# A par!ir de uma placa sobrea!ural Hue lhe fora cofiada por um mos!ro em forma de ca*aloF cheio de escamasF Hue habi!a*a as águas do rio $egF ele dedu>iu os Oi!o .iagramasF Hue permaecemF a!& os ossos diasF como s0mbolos fudame!ais do pesame!o chi6s !radicioal# 8le ascera de uma cocepção miraculosaF depois de uma ges!ação de do>e aosI seu corpo !iha a forma de serpe!eF braços humaos e cabeça de boi _# She 2ugF seu sucessorF o )mperador Terres!re K%E'E?%5ZE a#CLF !iha dois me!ros e sesse!a de al!uraF corpo humao e cabeça de !ouro# 8le fora cocebido miraculosa?me!e graças = iflu6cia de um dragão# A embaraçada mãe ha*ia e/pos!o sua criaça o sop& de uma mo!ahaF mas as bes!as sel*ages a pro!egeram e u!riramF e a mãeF ao saber dissoF a le*ou para casa# She 2ug descobriuF um 7ico diaF se!e!a pla!as *eeosas e seus respec!i*os a!0do!os: por meio de uma cober!ura de *idroF colocada a par!e e/!erior do es!;magoF ele p;de obser*ar a diges!ão de !odas as er*as# A par!ir dissoF comp;s uma farmacop&ia Hue & usada aida hoje# 8le i*e!ou o arado e um sis!ema de !roca de besI & adorado pelos campoeses da Chia como o Gpr0cipe dos cereaisG# Com a idade de ce!o e sesse!a e oi!o aosF ju!ou?se aos imor!ais %# 8sses reis serpe!es e mio!auros falam de um !empo passado o Hual o imperador era por!ador de um poder especialF criador e sus!e!ador do mudoF Hue & mui!o maior Hue o poder prese!e a psiHue humaa ormal# 2aHuela &poca foi reali>ado o pesado !rabalho de !i!ãsF o amplo es!abelecime!o das bases de ossa ci*ili>ação humaa# $asF com o progresso do cicloF *eio um per0odo o Hual o !rabalho a ser fei!o já ão era pro!o?humao ou sobre?humaoI !ra!a*a?se de um !rabalho Hue cabia especificame!e ao homem Q co!role das pai/MesF e/ploração das ar!esF elaboração das is!i!uiçMes eco;micas e cul!urais do 8s!ado# 2esse po!oF ão se reHuer a ecaração de Touros?,uaF em a Sabedoria da Serpe!e dos Oi!o .iagramas do .es!io# O Hue se fa> ecessárioF esse mome!oF & um esp0ri!o humao perfei!oF aler!a a !odas as ecessidades e esperaças do coração# 2esse se!idoF o ciclo cosmog;ico produ> um imperador com forma humaaF Hue ser*iráF por !odas as geraçMes *idourasF como modelo do rei?homem# uag?TiF o )mperador Amarelo K%5ZD?%1ZD a#CLF foi o !erceiro dos Tr6s Augus!os# Sua mãeF cocubia do pr0cipe da pro*0cia de Chao?!ieF o cocebeu depois de !er co!empladoF cer!a oi!eF uma !remelu>e!e lu> dourada Hue se acha*a em !oro da cos!elação da Ursa $aior# A criaça falou aos se!e!a dias de *ida eF aos o>e aosF sucedeu o rei# Seu dom dis!i!i*o era o poder de sohar: dormidoF era capa> de *isi!ar as mais remo!as regiMesF e pri*ar com imor!ais do reio sobrea!ural# Pouco depois de sua ele*ação ao !rooF uag?Ti e!rou um es!ado o0rico o Hual ficou por !r6s mesesF !empo o decorrer do Hual apredeu a co!rolar o coração# .epois de um segudo soho de duração compará*elF *ol!ou do!ado do poder de esiar =s pessoas# 8le as is!ruiu a co!rolarem as forças da a!ure>a em seu próprio coração# 8sse homem prodigioso go*erou a Chia por cem aos eF dura!e o seu reiadoF as pessoas go>aram de uma *erdadeira idade do ouro# 8le reuiu seis grades miis!ros em !oro de siF com a ajuda dos Huais comp;s um caledárioF criou os cálculos ma!emá!icos e esiou a fei!ura de u!es0lios de madeiraF cermica e me!alF a cos!rução de barcos e carruagesF o uso do diheiro e a cos!rução de is!rume!os musicais de bambu# 8le desigou locais p7blicos para o cul!o a .eus# )s!i!uiu as obrigaçMes e leis da propriedade pri*ada# A raiha descobriu a ar!e de !ecer a seda# 8le pla!ou cem *ariedades de grãosF *ege!ais e ár*oresI fa*oreceu o dese*ol*ime!o de a*esF Huadr7pedesF r&p!eis e ise!osI esiou o uso da águaF do fogoF da madeira e da !erraI e fe> um Huadro dos mo*ime!os das mar&s# A!es de sua mor!eF ao ce!o e o>e aosF a f6i/ e o uicório apareceram os jardis do imp&rioF para compro*ar a perfeição do seu reio '#
% A in6[ncia do her>i humano O primeiro herói da cul!uraF de corpo de cobra e cabeça de !ouroF !rou/e cosigoF ao ascerF o poder cria!i*o espo!eo do mudo a!ural# 8is o sigificado de sua forma# O herói humaoF por ou!ro ladoF de*e GdescerG para res!abelecer a coe/ão com o ifra?humao# A0 resideF como *imosF o se!ido da a*e!ura do herói#
Gra3ura XXII% Mo3em deus do trigo (Honduras)
$as aHueles Hue fa>em as ledas rarame!e se co!e!am em cosiderar os grades heróis do mudo como meros seres humaos Hue romperam os hori>o!es Hue limi!a*am seus semelha!esF e re!oraram com b6çãos Hue homes com igual f& e coragem poderiam !er eco!rado# Pelo co!rárioF sempre hou*e uma !ed6cia o se!ido de do!ar o herói de poderes e/!raordiários desde o mome!o em Hue asceu ou mesmo desde o mome!o em Hue foi cocebido# Toda a *ida do herói & aprese!ada como uma gradiosa sucessão de prod0giosF da Hual a grade a*e!ura ce!ral & o po!o culmia!e# )sso es!á de acordo com a cocepção segudo a Hual a codição de herói & algo a Hue se es!á predes!iadoF e ão algo simplesme!e alcaçadoF e*ol*edo o problema cocere!e = relação e!re biografia e cará!er# JesusF por e/emploF pode ser cosiderado um homem HueF pela prá!ica de aus!eridades e da medi!açãoF alcaçou a sabedoriaI ouF por ou!ro ladoF podemos acredi!ar Hue um deus desceuF e a!ribuiu a si mesmo a represe!ação de uma carreira humaa# A primeira forma de *6?lo poderia le*ar algu&m a imi!ar li!eralme!e o $es!reF com o fi!o de alcaçarF da mesma maeira como ele alcaçouF a e/peri6cia !rascede!e rede!ora# $as a seguda afirma Hue o herói & a!es um s0mbolo des!iado = co!emplação do Hue um e/emplo a ser li!eralme!e seguido# O ser di*io cofigura?se como re*elação do 8u oipo!e!eF Hue habi!a em !odos ós# Assim sedoF a co!emplação da *ida de*e ser empreedida como uma medi!ação a respei!o do osso próprio cará!er di*ioF e ão como um prel7dio = imi!ação precisaI a lição ão & Gaça isso e seja bomGF mas GCoheça isso e seja .eusG (# 2a Par!e )F GA a*e!ura do heróiGF cosideramos a façaha rede!ora a par!ir do primeiro po!o de *is!aF Hue pode ser cosiderado o po!o de *is!a psicológico# AgoraF de*emos descre*6?la a par!ir do segudoF o Hual essa a*e!ura !rasforma?se em s0mbolo do mesmo mis!&rio me!af0sico cuja redescober!a e re*elação cos!i!u0ram a própria façaha do herói# 2es!e cap0!uloF por!a!oF cosideraremosF em primeiro lugarF a ifcia miraculosaF por meio da Hual & demos!rado o fa!o de uma maifes!ação especial do pric0pio di*io imae!e !er?se !orado care o mudo eF em seguidaF em sucessãoF os *ários pap&is por meio dos Huais o herói pode
represe!arF em sua *idaF o !rabalho de reali>ação do des!io# 8sses pap&is *ariam em !ermos de magi!udeF de acordo com as ecessidades da &poca# 8/pressa os !ermos já aprese!adosF a primeira !arefa do herói cosis!e em passar pela e/peri6cia coscie!e dos es!ágios a!ecede!es do ciclo cosmog;icoF em percorrerF re!roa!i*ame!eF as &pocas de emaação# Sua seguda !arefa &F e!ãoF re!orar do abismo para o plao da *ida co!emporeaF para ser*ir a Hualidade de !rasformador humao do!ado de po!eciais demi7rgicos# uag?Ti possu0a o poder de sohar: essa era sua ro!a de descida e re!oro# 9aiámMi?eF graças ao segudo ascime!o ou ascime!o a águaF foi laçado ou!ra *e> uma e/peri6cia do eleme!ar# 2o co!o !oga da esposa?mariscoF a re!irada começou com o ascime!o da mãeI os irmãos heróis surgem de um *e!re ifra?humao# As façahas do heróiF a seguda par!e do seu ciclo pessoalF serão proporcioais = profudidade Hue alcaçou a primeira# Os filhos do marisco *ieram do 0*el aimalI sua bele>a f0sica era superla!i*a# 9aiámMie reasceu das águas e *e!os eleme!aresI seu dom cosis!ia em ici!ar ou subjugarF com caçMes de bardoF os eleme!os da a!ure>a e do corpo humao# uag?Ti habi!ou o reio do esp0ri!oI ele esiou a harmoia do coração# O uda coseguiu ul!rapassar a!& mesmo a >oa dos deuses cria!i*os e *ol!ou do *a>ioI ele auciou a sal*ação Xdos seresY do giro cosmog;ico# Se as façahas de uma figura his!órica real proclamam?o heróiF os cos!ru!ores de sua leda i*e!arão para ela a*e!uras apropriadas as profude>as# 8s!as serão aprese!adas como joradas a reios miraculosos e de*erão ser i!erpre!adas como s0mbolosF de um ladoF de descidas o mar de escuridão da psiHue eF de ou!roF de dom0ios ou aspec!os do des!io do homem Hue se !oraram maifes!os a *ida dessas figuras# O rei Sargão de Acad Kc# %11[ a#C#L asceu de uma mulher de classe iferior# Seu pai era descohecido# Colocado = deri*a uma ces!a de juco as águas do 8ufra!esF foi eco!rado por AiF o agricul!orF a Huem passou a ser*ir de jardieiroF depois de crescido# A deusa )s!ar fa*oreceu o jo*em# 8 assim ele !ermiou por !orar?se rei e imperadorF ob!edo a repu!ação de deus *i*o# Chadragup!a Ks&culo )9 a#CLF fudador da dias!ia hidu $aurNaF foi abadoado um po!e de barro a e!rada de um es!ábulo# Um pas!or o descobriu e resol*eu criá?lo# Cer!o diaF di*er!ido?se com seus compaheiros com um jogo de Sua $ajes!ade o -ei a Cadeira do Julgame!oF o peHueo Chadragup!a ordeou Hue o pior dos ofesores !i*esse as mãos e p&s cor!adosI e!ãoF a uma pala*ra suaF os membros ampu!ados imedia!ame!e re!oraram ao lugar# Um pr0cipe Hue passa*aF *edo o miraculoso jogoF comprou a criaça por mil harsha$anas e em casa descobriuF obser*ado id0cios f0sicosF Hue ele era um $aurNa# O papa @regórioF o @rade K1([P?5[( d#CLF foi gerado por g6meos obres HueF por is!igação do dem;ioF come!eram ices!o# Sua mãe pei!e!e p;?lo o marF um peHueo esHuife# 8le foi eco!rado e criado por pescadores eF aos seis aosF foi e*iado a um mos!eiro para receber educação eclesiás!ica# $as ele deseja*a seguir a *ida de guerreiro# Tedo !omado um barcoF foi le*ado miraculosame!e ao pa0s de seus paisF ode ob!e*e a mão da raiha Q Hue descobriu ser sua mãe# Após a descober!a desse segudo ices!oF @regório permaeceu em pei!6cia dura!e de>esse!e aosF preso por corre!es a uma rocha em pleo oceao# As cha*es das cadeias foram a!iradas as águas# Co!udoF foram descober!asF passado esse per0odoF a barriga de um pei/eF e*e!o Hue foi ecarado como sial da Pro*id6cia: o pei!e!e foi codu>ido a -omaF eF o mome!o adeHuadoF escolhido papa1# Carlos $ago KD(%?E"(L foi perseguidoF Huado criaçaF pelos irmãos mais *elhosF !edo de fugir para a 8spaha sarracea# AliF sob o ome de $aie!F pres!ou o!á*eis ser*iços ao rei# Co*er!eu a filha do rei = f& cris!ã e combiou com elaF secre!ame!eF Hue se casariam# Tedo reali>ado ou!ras façahasF o jo*em real re!orou = raçaF ode derrubou seus a!igos perseguidores e assumiuF em !riufoF o !roo# -eiou por cem aosF cercado por um c0rculo de do>e pares# Segudo co!am !odos os rela!osF sua barba e seus cabelos eram mui!o logos e bracos 5# Um diaF se!ado sob a ár*ore do julgame!oF fe> jus!iça a uma serpe!eF e o r&p!ilF para mos!rar?lhe sua gra!idãoF p;s?lhe um eca!o Hue o le*ou a se e*ol*er um caso amoroso com uma mulher Hue já ha*ia morrido# 8sse amule!o caiu um poço em Ai/F ra>ão por Hue Ai/ !orou?se a resid6cia fa*ori!a do imperador# .epois de !ra*ar logas guerras co!ra os sarraceosF sa/MesF esla*os e escadia*osF o imperador i!emporal morreuI mas ele apeas dormeF pro!o a le*a!ar?se Huado seu pa0s dele ecessi!a# 2o fial da )dade $&diaF le*a!ou?se uma *e> do reio dos mor!os para par!icipar de uma cru>ada D# Cada uma dessas biografias e/ibe o !emaF racioali>ado sob *árias formasF do e/0lio a ifcia e do re!oro# Tra!a?se de uma carac!er0s!ica proemie!e de !oda ledaF co!o folclórico e mi!o# 2ormalme!eF & fei!o um esforço para dar?lhe alguma apar6cia de plausibilidade f0sica# Toda*iaF Huado o herói em Hues!ão & um grade pa!riarcaF magoF profe!a ou ecaraçãoF permi!e?se o dese*ol*ime!o de prod0gios al&m de !odos os limi!es# A popular leda hebraica do ascime!o do pa!riarca Abraão oferece o e/emplo de um e/0lio ifa!il fracame!e sobrea!ural# O ad*e!o do seu ascime!o foi lido por 2imrod as es!relasF Gpois esse 0mpio rei era um habilidoso as!rólogo e a ele se maifes!ou Hue um homem asceria em sua &pocaF le*a!ar?se?ia co!ra ele e demos!rariaF de maeira !riufalF a i*erdade de sua religião# Tomado de pa*or pelo des!io Hue as es!relas !iham pre*is!oF ele co*ocou seus pr0cipes e go*era!es e lhes pediu Hue o acoselhassem a esse respei!o# 8les respoderamF di>edo: W2osso coselho uime & Hue de*eis cos!ruir uma grade casaF colocar um
guarda em sua e!rada e auciarF em !odo o reioF Hue !odas as mulheres grá*idas de*erão ir para essa casaF ju!o com suas par!eirasF de*edo ficar ali com as mulheres a!& o par!o# uado se comple!arem os dias de uma mulher dar = lu> e a criaça ascerF a parreira de*erá ma!á?laF caso seja um garo!o# $as se a criaça for uma garo!aF ela de*erá ficar *i*aF e a mãe receberá prese!es e cus!osas *es!esF e um arau!o de*erá proclamar: G8is o Hue merece a mulher Hue gerar uma filha_GW# GO rei gos!ou do coselho e fe> proclamar em !odo o reio uma co*ocação de !odos os arHui!e!osF Hue de*eriam cos!ruir para ele uma grade casaF com sesse!a *aras de al!ura e oi!o de largura# Cos!ru0da a casaF o rei fe> uma seguda proclamaçãoF co*ocado !odas as mulheres grá*idas a se dirigirem ao localF ode de*eriam ficar a!& o par!o# oram idicados ser*idores para codu>ir as mulheres para a casa e foram colocados guardasF em seu i!erior e ao redor delaF com ordes de e*i!ar Hue as mulheres escapassem# Al&m dissoF o rei e*iou par!eiras para a casaF com ordes de ma!ar os filhos homes o seio das mães# $asF caso uma mulher desse = lu> uma garo!aF Hue lhe dessem bisso XlihoYF seda e *es!es bordadasF e a le*assem para fora da casa de de!eçãoF em meio a grades homeages# AssimF foram assassiadas ão meos de se!e!a mil criaças# 8!ão os ajos foram = preseça de .eus e disseram: W2ão obser*ais o Hue ele fa>F o pecador e blasfemoF 2imrodF filho de CaaãF Hue assassia !a!os beb6s ioce!es Hue ehum mal fi>eramRW .eus respodeuF di>edo: Wedi!os ajosF sei e *ejoF pois ão es!ou soole!o em durmo# Co!emplo e coheço as coisas secre!as e as coisas re*eladas e !es!emuhareis o Hue farei a esse pecador e blasfemoF pois eis Hue *ol!arei $iha mão co!ra ele para cas!igá?loW# G$ais ou meos essa &pocaF Terah desposou a mãe de AbraãoF e es!a ficou grá*ida# # # uado seu !empo se apro/imouF ela dei/ou a cidadeF !omada pelo !errorF e dirigiu?se ao deser!oF camihado = beira de um *aleF a!& chegar a uma gru!a# 8la pee!rou esse ref7gio eF o dia segui!eF foi !omada pelas dores do par!o e deu = lu> um garo!o# Toda a gru!a foi preechida pela lu> Hue emaa*a do sembla!e do meioF semelha!e ao espledoroso brilho do solF e a mãe se rejubilou de forma ie/ced0*el# O beb6 Hue dela ascera era osso pai Abraão# # GSua mãe se lame!ouF di>edo ao filho: WAi de mimF Hue !e dei = lu> a &poca em Hue 2imrod & rei# Por !ua causaF se!e!a mil garo!os foram mor!osF e es!ou mui!o !emerosa por !iF com medo de Hue ele *eha a saber de !ua e/is!6cia e !e assassie# V melhor Hue pereças aHui es!a gru!a a!es Hue meus olhos !e co!emplem mor!o o meu seioW# 8la !omou da *es!e Hue e*erga*a e com ela e*ol*eu o garo!o# 8 o abadoou a gru!aF di>edo: WO Sehor es!eja co!igoF e ão !e fal!e em abadoeW# G8 assim Abraão foi abadoado a gru!aF sem amaF e começou a chorar# .eus e*iou @abriel para lhe dar lei!eF e o ajo fe> jorrar o l0Huido do dedo m0imo da mão direi!a da criaçaF e es!a o sugou a!& comple!ar de> aos de idade# 8 ela le*a!ou?se e camihou o i!erior da gru!aI dei/ado?aF camihou pela margem do *ale# uado o sol caiu e as es!relas surgiramF o meio disse: W8is os deuses_W $as *eio a al*orada e as es!relas já ão eram *is0*eisF e ele disse: W2ão lhes pres!arei !ribu!oF pois ão são os deusesW# 8 o sol se le*a!ou e ele disse: W8sse & meu deusF a ele lou*areiW# $as o sol se p;s e ele disse: W8le ão & um deusW# Co!emplado a luaF disse ser ela seu deusF a Huem ele pres!aria di*ias homeages# $as a lua foi obscurecida e ele e/clamou: W8la !amb&m ão & deus_ á Algu&m Hue os pMe a !odos em mo*ime!oW#G E Os p&s?egros de $o!aa falam de um jo*em ma!ador de mos!rosF `u!?o?NisF Hue foi descober!o por seus pais de criação Huado o *elho casal colocou um pouco de sague de b7falo para fer*er uma gamela# G)media!ame!eF *eio da gamela o ru0do de choro de criaçaF como se es!i*esse sedo feridaF Hueimada ou escaldada# O casal olhou para o recipie!e e *iu ele um garo!ihoF Hue logo re!iraram da água# icaram mui!o surpresos# # # 8is HueF o Huar!o diaF a criaça falouF di>edo: WPredam?me sucessi*ame!e a essas es!acas de !eda eF Huado eu !i*er sido preso = 7l!ima delas e !i*er desfei!o o laçoF !erei ficado adul!oW# A *elha mulher fe> o Hue ele pedia eF a cada *e> Hue o amarra*a a uma es!acaF podia *6?lo crescerF e Huado eles o prederam = 7l!ima es!acaF ele se !orou homem#G Z Os co!os folclóricos cos!umam apoiar ou supla!ar esse !ema do e/0lio com o !ema do despre>ado ou deficie!e: o filho ou filha mais o*os discrimiadosF oKaL órfãoKãLF o e!eadoF o pa!iho feio ou a criaça de grau iferior# Uma jo*em PuebloF Hue au/ilia*a a mãe a amassar argila para fa>er obje!os de cermicaF se!iuF ao pisar a argilaF um salpico de lama em sua peraF mas ão lhe deu a!eção# G.ias depoisF a garo!a se!iu Hue algo se mo*ia em seu *e!reF mas de forma alguma pesou Hue iria !er um beb6# 8la ada disse = mãe# $as a coisa foi crescedo cada *e> mais# Cer!a mahãF a garo!a ficou mui!o doe!e# !ardeF deu = lu># 8 sua mãe descobriu Kpela primeira *e>L Hue sua filha ia !er um beb6# A mãe ficou irri!ad0ssima com issoI masF depois de *6?loF o!ou Hue es!e ão era como um beb6F mas algo arredodadoF com duas coisas Hue se proje!a*am para fora Q era um peHueo jarro# WOde *oc6 coseguiu issoRWF disse a mãe# A garo!a apeas chora*a# 2essa horaF seu pai chegou# W2ão se icomodeF fico mui!o feli> por ela !er !ido um beb6WF disse ele# W$as ão & um beb6WF disse?lhe a mãe# 8 o pai foi olhar e *iu Hue era um peHueo jarro de água# 8le gos!ou mui!o do peHueo jarro# W8le se mo*eWF disse ele# 8 o jarro crescia rapidame!e# 9i!e dias depoisF es!a*a bem grade# 8le fica*a a compahia das criaças e fala*a# WA*;F le*e?me para foraF para Hue eu possa *er o mudoWF di>ia ele# AssimF !oda mahã o a*; o le*a*a para foraF e ele olha*a as criaçasF Hue gos!aram mui!o dele e descobriram Hue ele era um garo!oF o garo!o Jarro de gua# 8las o descobriram pelo Hue ele di>ia#G "[
8m suma: a criaça do des!io !em de efre!ar um logo per0odo de obscuridade# Tra!a?se de uma &poca de perigoF de impedime!o ou desgraça e/!remos# 8la & jogada para de!roF em suas próprias profude>asF ou para foraF o descohecidoI de ambas as formasF ela !oca as !re*as ie/ploradas# 8 essa & uma >oa de preseças isuspei!adasF beigas e maligas: aparecem um ajoF um aimal sol0ci!oF um pescadorF um caçadorF uma aciã ou um campo6s# Criado a escola aimal ouF como SiegfriedF debai/o da !erraF e!re os gomos Hue u!rem as ra0>es da ár*ore da *idaF bem com so>iho em algum peHueo c;modo Kessa his!ória já foi co!ada de mil formasLF o jo*em apredi> do mudo aprede a lição das forças?seme!eF Hue residem precisame!e al&m da esfera do mesurá*el e do omeado# Os mi!os cocordam com o fa!o de ser ecessária uma capacidade e/!raordiária para efre!ar e sobre*i*er a essa e/peri6cia# São abuda!es as aedo!as sobre ifcias marcadas pela forçaF pela i!elig6cia e pela sabedoria precoces# &racles es!ragulou uma serpe!e Hue fora e*iada ao seu berço pela deusa era# $aui da Poli&sia laçou e re!ardou o sol Q para dar = sua mãe o !empo ecessário ao co>ime!o dos alime!os# AbraãoF como *imosF alcaçou o cohecime!o do ico .eus# Jesus cofudiu os sábios# O beb6 uda ha*ia sido dei/adoF cer!o diaF sob a sombra de uma ár*oreI suas amas perceberam Hue a sombra ão se mo*eu por !oda a !arde e Hue a criaça se!a*a?se de modo fi/oF um !rase iogue# As façahas do amado sal*ador hiduF `rishaF reali>adas o decorrer do seu e/0lio e!re os criadores de @oula e ridabaF cos!i!uem um *i*ido ciclo# Um cer!o gomoF chamado Pu!aaF surgiuF sob a forma de uma bela mulherF mas !ra>edo *eeo os seios# 8la pee!rou a casa de asodaF mãe de criação do beb6F e se fe> amiga des!eF !omado?o o colo para fa>6?lo mamar# $as `risha sugou com !al eergiaF Hue lhe !irou a *idaI a mulher caiu mor!aF reassumido sua espa!osa e horreda forma# uado o cadá*er do ifame foi cremadoF co!udoF e/alou uma doce fragrciaF pois o di*io ifa!e ha*ia cocedido a sal*ação = demo0aca cria!ura ao beber?lhe o lei!e# `risha foi um garo!iho !ra*esso# 8le gos!a*a de fa>er sumir os po!es de lei!e coalhadoF Huado as moças Hue cuida*am do lei!e adormeciam# Sempre procura*a alcaçar as coisas Hue es!a*am fora do alcaceF as pra!eleiras mais al!asF pra com6?las ou derramá?las# As garo!as o chama*am ,adrão de $a!eiga e se Huei/a*am a asodaI mas ele sempre coseguia i*e!ar alguma his!ória# Uma !ardeF Huado brica*a o Hui!alF sua mãe de criação foi iformada de Hue ele es!a*a comedo argila# 8la chegou lá um á!imoF mas ele ha*ia la*ado os lábios e egou Hue soubesse alguma coisa a esse respei!o# 8la lhe abriu a boca para olharF mas Huado o fe> co!emplou !odo o ui*ersoF os Tr6s $udos# 8la pesou: GComo sou !ola por imagiar Hue o meu filho pode ser o Sehor dos Tr6s $udosG# 8!ãoF !udo lhe foi ocul!ado ou!ra *e> e ela esHueceu imedia!ame!e esse mome!o# 8la acariciou o meio e o le*ou para casa# Os criadores de aimais cos!uma*am cul!uar o deus )draF a co!rapar!e hidu de \eusF rei do c&u e sehor da chu*a# Um diaF depois Hue eles !iham fei!o suas oferedasF `rishaF já rapa>F disse: G)dra ão & di*idade supremaF embora seja rei do c&uI ele !eme os !i!ãs# Al&m dissoF a chu*a e a prosperidade Hue pedis depedem do solF Hue drea as águas e as dei/a cair ou!ra *e># ue pode )dra fa>erR Tudo o Hue aco!ece & de!ermiado pelas leis da a!ure>a e do esp0ri!oG# 8 ele chamou a a!eção das pessoas para as flores!asF cursos de água e colias pró/imosF especialme!e para o mo!e @o*ardhaF di>edo Hue eles mereciam mais sua adoração Hue o remo!o mes!re do ar# 8 elas ofereceram floresF fru!os e guloseimas = mo!aha# O próprio `risha assumiu uma seguda forma: !omou a forma de um deus da mo!aha e recebeu as oferedas das pessoasF ao mesmo !empo em Hue ma!iha e!re elas sua forma origialF cul!uado o deus da mo!aha# O deus recebeu as oferedas e as comeu F )dra se efureceu e ordeou ao rei das u*es Hue fi>esse cho*er sobre as pessoas a!& Hue !udo ficasse arrasado# Um grupo de u*es !empes!uosas caiu sobre o local e começou a pro*ocar um dil7*ioI parecia Hue o fim do mudo !iha chegado# $as `risha echeu o mo!e @o*ardha com sua eergia ie/aur0*elF ele*ou?o com o dedo m0imo e disse =s pessoas Hue se refugiassem sob ele# A chu*a chocou?se com a mo!ahaF foi aHuecida e e*aporou# A !orre!e caiu por se!e diasF mas em uma go!a !ocou a comuidade de *aHueiros# 8!ão o deus percebeu Hue o seu opoe!e de*ia ser uma ecaração do Ser Primai# uado `rishaF o dia segui!eF saiu para pas!orear as *acasF e/!raido m7sica de sua flau!aF o -ei do C&u desceuF com o seu grade elefa!e bracoF Aira*a!aF icliou?se dia!e dos p&s do sorride!e rapa> e demos!rou?lhe sua submissão n% A coclusão do ciclo da ifcia & o re!oro ou recohecime!o do heróiI & o mome!o em Hue es!eF depois do logo per0odo de obscuridadeF !em re*elado seu *erdadeiro cará!er# 8sse e*e!o pode precipi!ar uma cosiderá*el criseF pois eHui*ale = emerg6cia de forças a!& e!ão e/clu0das da *ida humaa# Os padrMes a!eriores !oram?se fragme!os ou se dissol*emI o desas!re se os aprese!a aos olhos# 2ão obs!a!eF passado um mome!o de apare!e massacreF o *alor cria!i*o do o*o fa!or se maifes!a e ó mudo e!ra em forma ou!ra *e>F uma isuspei!ada glória# 8sse !ema da crucificação?ressurreição pode ser ilus!rado Huer pelo corpo do próprio herói ou pelos seus efei!os sobre seu mudo# A primeira al!era!i*a & a Hue eco!ramos a his!ória do jarro de água dos Pueblos# GOs homes iam caçar coelhos e o garo!o Jarro de gua Hueria acompahá?los# WA*;F *oc6 me poderia colocar o sop& do plaal!o escarpadoR uero caçar coelhos#W WPobre e!oF *oc6 ão pode caçar coelhosI *oc6 ão !em peras em braços#W W,e*e?me assim mesmo# Vs mui!o *elho e ada podes fa>er#W Sua mãe chora*a porHue o
filho ão !iha perasF braços ou olhos# $as eles cos!uma*am alime!á?loF podo?lhe alime!os a boca do jarro# AssimF a mahã segui!eF o a*; o le*ou = par!e sul da pla0cieF e ele rolou por aliF ao a*is!ar rapidame!e uma !rilha de coelhosF Hue seguiu# ,ogo o coelho saiu da !oca e ele passou a persegui?lo# Jus!ame!e o local em Hue começou a caçadaF ha*ia uma pedraF a Hual ele se ba!eu e HuebrouF dele saido um garo!o# 8s!a*a mui!o co!e!e por !er a pele par!ida e por saber Hue era uma garo!oF um garo!ão# Usa*a colares de co!as em !oro do pescoço e bricos de !urHuesaF assim como um ma!o de daçaF mocassis e uma blusa de pele#G Tedo caçado *ários coelhosF ele re!orou e os prese!eou ao a*;F Hue o le*ou !riufalme!e para casa )'# As eergias cósmicas Hue ardem o i!erior do e&rgico guerreiro irlad6s Cuchulai Q pricipal herói do Ciclo de Uls!er medie*alF o chamado GCiclo dos Ca*aleiros do -amo 9ermelhoG "( Q e/plodiam subi!ame!eF como uma erupçãoF Hue !a!o o assoberba*a como esmaga*a !udo ao seu redor# uado !iha Hua!ro aos Q di> a his!ória Q ele resol*eu !es!ar o Gba!alhão de garo!osG de seu !ioF o rei CochobarF os próprios espor!es Hue pra!ica*am# ,e*ado seu bas!ão de arremessoF ele seguiu para a cor!eF a cidade de 8maiaF eF sem ob!er permissãoF ju!ou?se aos garo!os Q G!r6s *e>es ciHe!a em 7meroF Hue pra!ica*am arremessos o campo *erde e fa>iam e/erc0cios marciaisF !edo o filho de CochobarF ollamaiF a chefiaG# Todos os prese!es ao campo se laçaram sobre eleF Hue usou os puhosF os a!ebraçosF as palmas das mãos e o peHueo escudo e aparou !odos os bas!MesF bolas e laças Hue lhe foram laçadosF simul!aeame!eF de !odas as direçMes# 8!ãoF pela primeira *e> em sua *idaF ele foi !omado pelo freesi da ba!alha Kuma bi>arra !rasformação carac!er0s!ica Hue mais !arde seria cohecida como seu Gparo/ismoG ou Gdis!orçãoGL eF a!es Hue algu&m !i*esse a mais remo!a id&ia do Hue se seguiriaF ele !iha derrubado ciHe!a dos melhores# Cico ou!ros membros do ba!alhão foram corredo falar com o reiF Hue es!a*a jogado /adre> com ergusF o 8loHe!e# Cochobar le*a!ou?se e i!erferiu a cofusão# $as Cuchulai ão bai/ou a mão a!& Hue !odos os jo*es !i*essem sido colocados sob a pro!eção e gara!ia do rei "1# O primeiro dia após o recebime!o das armas foi a ocasião em Hue Cuchulai maifes!ou?se !o!alme!e# 8m seu desempeho ão ha*ia o sereo co!role em aHuela iroia galhofeira das façahas do `risha hidu# 8m *e> dissoF a abudcia do poder de Cuchulai mos!ra*a?se a ele mesmoF assim como a !odosF pela primeira *e># 8la irrompeu das profude>as do seu ser e era preciso lidar com elaF pro!a e rapidame!e# O e*e!o ocorreu ou!ra *e> a cor!e do rei CochobarF o dia em Hue Ca!hbadF o .ruidaF declarou em profecia Hue HualHuer aspira!e Hue recebesse armas e armadura aHuele dia G*eria seu ome !rasceder o de !odos os jo*es da )rlada: sua *idaF co!udoF seria bas!a!e cur!aG# Cuchulai logo pediu eHuipame!os de lu!a# .e>esse!e coju!os de armas Hue lhe foram dadas ele des!ruiu com sua forçaF a!& Hue Cochobar lhe deu seus próprios ape!rechos# 8m seguidaF ele redu>iu as carruages a fragme!os# Apeas a carruagem do rei era for!e o bas!a!e para supor!ar seu !es!e# Cuchulai ordeou ao codu!or da carruagem do rei Hue o le*asse para al&m do G9au de 9igiaGI Huado chegaram a uma for!ale>a remo!aF o aluar!e dos ilhos de 2ech!aF ele degolou seus defesores# Colocou as cabeças as par!es la!erais da carruagem# 2a es!rada por ode *ol!ouF ele pulou o solo e Gpela ifa!igá*el corrida e graças = *elocidadeG cap!urou dois *eados do maior !amaho# Com duas pedrasF derrubou em pleo *;o duas d7>ias de cises# 8F com correias e ou!ros ma!eriaisF amarrou !udoF as bes!as e os pássarosF = carruagem# ,e*archaF a Profe!isaF co!emplou alarmada o cor!ejoF Huado es!e se apro/ima*a da cidade e do cas!elo de 8maia# GA carruagem es!á decorada com as cabeças sagre!as dos seus iimigosGF declarou elaF Gbelos pássaros bracos !ra> ele a carruagem como compahia e *eados sel*ages i!eirosF iermes e a!ados = carruagem#G GCoheço esse lu!ador da carruagemGF disse o reiF G& o peHueo garo!oF filho de miha irmãF Hue es!e dia começou suas marchas# 8le cer!ame!e machou a mão de sagueI se sua f7ria ão for aplacada de imedia!oF !odos os jo*es de 8maia perecerão em suas mãos#G Com bas!a!e rapide>F era preciso coceber uma forma de fa>er arrefecer o seu imoF o Hue se coseguiu# Ce!o e ciHe!a mulheres do cas!eloF !edo = fre!e ScadlachF sua l0derF Gdespiram?se comple!ame!e eF sem HualHuer sub!erf7gioF marcharam ao seu eco!roG# O jo*em guerreiroF !al*e> embaraçado ou es!upefa!o dia!e de !oda aHuela e/ibição de femiilidadeF des*iou os olhosF mome!o em Hue foi domiado pelos homes e a!irado um barril de água fria# As !ábuas e arcos do barril se par!iram# Um segudo barril fer*eu# O !erceiro apeas ficou bem Hue!e# 8 assim Cuchulai foi subjugadoF e a cidadeF sal*a "5# GTra!a*a?se igualme!e de um belo rapa>: Cuchulai !iha se!e dedos em cada p&I eF em cada mãoF o mesmo 7mero de dedosI seus olhos eram brilha!esF com se!e pupilas cada umF Hue respladeciam como se!e pedras preciosas# 8m cada faceF !iha Hua!ro *errugas: uma a>ulF uma carmesimF uma *erde e uma amarela# 8!re as orelhas !iha ciHe!a logos cachos !raçadosF de cor amarelo?claraF semelha!es = cera amarela das abelhasF ou como uma pepi!a de ouro amareloF brilhado sob o sol for!e# Tra>ia em seu pei!o uma ma!a *erdeF com fi*elas de pra!aF assim como uma malha de fios de ouro#G "D $as Huado foi !irado do seu paro/ismo ou dis!orçãoF G!orou?se um ser feioF disformeF fora do comum e a!& e!ão descohecidoG# 8m !odo o seu corpoF do !opo da cabeça = sola dos p&sF sua care e !odos os membrosF ju!asF e/!remidades e ar!iculaçMes passaram a !remer# Os p&sF peras e joelhos se *iraram e ficaram =s suas cos!as# Os !edMes da !es!a passaram para a par!e pos!erior do pescoçoF ode formaram calombos maiores Hue a cabeça de um garo!iho de um m6s de idade# GUm
dos olhos pee!rou?lhe !ão profudame!e a cabeça Hue & de du*idar Hue uma garça sel*agem o !i*esse alcaçadoF o occip0cio para ode foiF de forma a !ra>6?lo de *ol!a = superf0cie do ros!oI o ou!ro olho sofreu o co!rárioF !orado?se subi!ame!e pro!ubera!eF e se ma!e*eF por si mesmoF o ros!o# Sua boca ficou horrorosame!e re!orcidaF alcaçado as orelhas# # # fa0scas flameja!es eram e/pelidas dela# As al!as ba!idas do coração Hue de!ro dele pulsa*a eram como o ui*o do mas!im cumprido sua fução ou de um leão pres!es a a!acar ursos# 8!re as e!&reas u*es Hue se formaram sobre sua cabeçaF eram *is0*eis os *irule!os ja!os e fa0scas de rubro fogo Hue o aplacar de sua ira ico!rolá*el ha*ia criado em !oro dele# Seus cabelos !oraram?se emarahados sobre sua cabeça# # # como se uma macieira em plea floração !i*esse sido sacudidaF mas suas maçãsF em lugar de ca0remF ficassem presasF uma em cada fioF aos cabelos eriçados de Huem sacudiu a macieiraF !omado de rai*a# Seu Gparo/ismo de heróiG proje!ou?se para fora da !es!a e mos!rou?se mais logoF assim como mais afiado Hue a pedra de amolar de um e/cele!e homem de armas# X8F por fim:Y mais al!oF mais afiadoF mais r0gido e logo Hue o mas!ro do grade a*io era o ja!o perpedicular de sague pardo HueF a par!ir do po!o ce!ral de sua cabeçaF jorrou para fora e se espalhou pelos Hua!ro po!os cardeaisI com issoF formou?se uma escura &*oa mágica semelha!e = cor!ia cor de fumaça Hue pro!ege os apose!os reais Huado um reiF ao cair de uma oi!e de i*eroF dela se apro/ima#G "S
?% her>i como guerreiro O local de ascime!o do heróiF ou a !erra remo!a de e/0lio de ode ele re!ora para reali>ar suas !arefas de adul!o e!re os homesF & o po!o ce!ral ou ce!ro do mudo# .a mesma forma como *6m odulaçMes de uma fo!e sub!erreaF assim !amb&m as formas do ui*erso se e/padem em c0rculos a par!ir dessa fo!e# GAcima das amplas e imó*eis profude>asF abai/o das o*e esferas e dos se!e 0*eis do c&uF o po!o ce!ralF o Ce!ro do $udoF o lugar mais calmo da !erraF ode a lu> ão m0gua e o sol ão se pMeF ode reia o e!ero *erão e o galo ca!a sem pararF ali o Jo*em raco alcaçou a cosci6cia#G Assim começa um mi!o heróico dos au!i da Sib&ria# O Jo*em raco pusera?se a camiho para descobrir ode es!a*a e Hual o aspec!o do local ode *i*ia# A les!e do lugar ode ele se eco!ra*aF es!edia?se um amplo e deser!o campoF o meio do Hual se ele*a*a uma impressioa!e coliaF ha*edoF o cume da coliaF uma ár*ore giga!esca# A resia dessa ár*ore era !raspare!e e de doce odorF sua casca jamais seca*a ou se Huebra*aF a sei*a era relu>e!e como pra!aF as e/ubera!es folhas jamais perdiam o *içoF e os ame!os se assemelha*am a um aglomerado de /0caras i*er!idas# A copa dessa ár*ore se ele*a*a a!& os se!e pisos do c&u e ser*ia de pos!o de parada ao .eus Al!0ssimoF rN?ai?!ojoF eHua!o suas ra0>es alcaça*am os abismos sub!erreosF ode forma*am os pilares das moradas das cria!uras m0!icasF per!ece!es =Huela >oa# A ár*oreF por i!erm&dio de sua folhagemF ma!iha co*ersaçMes com os seres celes!es# uado o Jo*em raco *ol!ou a face para o sulF percebeuF em meio = *erde pla0cie gramadaF o calmo ,ago de ,ei!e Hue ehum *e!o jamais ecrespaI eF em !oro das marges do lagoF p!aos de coalhada# Ao or!eF ha*ia uma sombria flores!a com ár*ores Hue farfalha*am dia e oi!eI ali se mo*ia !odo !ipo de aimal# Al!as mo!ahas se ele*a*am al&m dela e pareciam es!ar e*ergado bo&s de pele de coelho bracoI elas se apoia*am o c&uF pro!egedo esse local i!ermediário do *e!o or!e# Uma moi!a de arbus!os es!edia?se para o oes!eF ha*edo al&m dela uma flores!a de al!os abe!osI por !rás da flores!aF surgiam algus escarpados picos soli!ários# 8ssa eraF por!a!oF a apar6cia do mudo em Hue o Jo*em raco co!empla*a a lu> do dia# Toda*iaF casado de ficar so>ihoF ele dirigiu pala*ras = giga!esca ár*ore da *ida# Goorá*el e 8/celsa SehoraF $ãe da miha r*ore e da miha $oradaGF orou eleI G!udo o Hue e/is!e forma pares e propaga descede!esF mas eu sou só# 8is Hue desejo *iajar e buscar uma esposa da miha própria esp&cieF desejo medir forças com miha própria esp&cieF Huero cohecer homes Q *i*er de acordo com os modos dos homes# 2ão me egueis essa graçaF imploro humildeme!e# Cur*o a cabeça e dobro os joelhos#G As folhas da ár*ore puseram?se a murmurar e uma fia chu*aF braca como o lei!eF caiu delas sobre o Jo*em raco# Podia?se se!ir uma Hue!e rajada de *e!o# A ár*ore começou a suspirar e de suas ra0>es emergiu uma figura femiia a!& a ci!ura: uma mulher de meia?idadeF de olhar se*eroF cabelos ao *e!o e !orso desudo# A deusa ofereceu seu lei!e ao jo*emF Hue sugou um abuda!e seio e se!iuF !edo !omado do lei!eF Hue sua força se ha*ia ce!uplicado# Ao mesmo !empoF a deusa lhe prome!eu !oda a felicidade do mudo e o abeçoou de maeira !al Hue a águaF o fogoF o ferro ou HualHuer ou!ra coisa jamais lhe pro*ocassem dao "Z# .o po!o umbilicalF o herói par!e para reali>ar seu des!io# Suas façahas adul!as fa>em jorrar força cria!i*a sobre o mudo# GCa!ou o idoso 9áiámMieI Os lagos se ecresparamF a !erra es!remeceuF Tremeram as mo!ahas de cobreF As poderosas rochas ressoaram#
8 as mo!ahas racharamI 2o caisF as pedras foram abaladas#G %[
Figura !- Q Petrog*i6o $a*eo*tico (Arg.*ia)
A es!rofe do herói?bardo ressoa com a mágica da pala*ra poderosaI da mesma maeiraF a lmia da a*alha do herói?guerreiro brilha i!esame!e com a eergia da o!e criadora: dia!e delaF caem as fudaçMes do Obsole!o# Pois o herói mi!ológico ão & pa!roo das coisas Hue se !oraramF mas das coisas em processo de !orar?seI o dragão a ser mor!o por ele & precisame!e o mos!ro da si!uação *ige!e: @achoF aHuele Hue ma!&m o passado# .a obscuridadeF emerge o heróiF mas o iimigo & poderoso e cosp0cuo a sede do poderI & iimigoF dragãoF !iraoF porHue fa> re*er!er em seu próprio beef0cio a au!oridade Hue sua posição lhe cofere# 8le ão & @acho por coser*ar o $assado, mas por conser3ar% O !irao . soberboF e ai reside seu !ris!e fado# 8le & soberbo porHue pesa ser sua a força de Hue dispMeI assim sedoF e/erce o papel de palhaçoF daHuele Hue cofude sombra e subs!ciaI seu des!io cosis!e em ser egaado# O herói mi!ológicoF ressurgido das !re*as Hue cos!i!uem a fo!e das formas *is0*eisF !ra> o cohecime!o do segredo do !ris!e des!io do !irao# Com um ges!oF simples como pressioar um bo!ãoF ele aiHuila essa impressioa!e cofiguração# A façaha do herói & um cos!a!e abalar das cris!ali>açMes do mome!o# O ciclo se dese*ol*e: a mi!ologia efoca o po!o de aume!o# A !rasformação e a fluide>F e ão o poder !eimosoF carac!eri>am o .eus *i*o# A grade figura do mome!o e/is!eF !ão?some!eF para ser derrubadaF cor!ada em pedaços e espalhada pelos Hua!ro ca!os do mudo# 8m sumaF o ogro?!irao & o pa!roo do fa!o prodigiosoI o herói pa!rocia a *ida cria!i*a# O per0odo em Hue o heróiF uma forma humana, habi!a o mudo só se iicia depois Hue as *ilas e cidades se e/padem pela !erra# $ui!os mos!rosF remaesce!es das &pocas prime*asF aida habi!am as regiMes Hue es!ão al&m eF por meio da mal0cia ou do desesperoF laçam?se co!ra a comuidade humaa# Cumpre !irá?los do camiho# AdemaisF os !iraos da esp&cie humaaF Hue usurpam para si mesmos os bes dos seus *i>ihosF começam a surgirF pro*ocado a mis&ria dissemiada# V preciso suprimi?los# As façahas eleme!ares do herói cosis!em em limpar o !erreo %"# `u!?o?NisF ou G@aro!o Coágulo Sag0eoGF !edo sido re!irado do *aso e alcaçado a idade adul!a um 7ico diaF ma!ou o saguiole!o gero dos seus pais de criação e laçou?se co!ra os ogros do campo# 8le e/!ermiou uma !ribo de ursos cru&isF poupado apeas uma f6mea Hue es!a*a para !orar?se mãe# G8la implorou !ão ecarecidame!e pela sua *idaF Hue ele a poupou# Se ele ão o !i*esse fei!oF ão ha*eria ursos o mudo#G 8m seguidaF acabou com uma !ribo de cobrasF mas poupou ou!ra *e> uma delasF GHue es!a*a para !orar?se mãeG# .epois dissoF passou deliberada?me!e por uma !rilha Hue lhe disseram ser perigosa# G8Hua!o camiha*aF um grade *eda*al o a!igiuF !ermiado por le*á?lo para a boca de um grade pei/e# Tra!a*a?se de um pei/e sugadorF e a *e!aia era sua ação de sugar# uado chegou ao es!;mago do pei/eF *iu mui!as pessoas# @rade par!e delas es!a*a mor!aF mas ou!ras aida *i*iam# 8le disse =s pessoas: WemF de*e ha*er um coração em algum lugar daHui# Teremos uma daçaW# 8 ele pi!ou sua face de bracoF !raçado c0rculos egros em !oro dos olhos e da bocaF prededo uma grade faca de pedra = cabeçaF de modo Hue a sua po!a se proje!asse para cima# oram !ra>idos !amb&m algus chocalhos fei!os de pa!as# 8 as pessoas começaram a daçar# Por algum !empoF Coágulo Sag0eo se ma!e*e se!adoF fa>edo mo*ime!os semelha!es ao ba!er de asas com as mãos e ca!ado caçMes# .epoisF le*a!ou?se e daçouF pulado para cima e para bai/oF a!& Hue a faca Hue ha*ia em sua cabeça a!igisse o coração# 8 ele re!irou o coração# .epoisF fe> um cor!e e!re as cos!elas do pei/e e liber!ou as pessoas# GCoágulo Sag0eo disse Hue de*ia par!ir mais uma *e># A!es de ele sairF as pessoas o aler!aramF di>edo HueF pouco depois de par!irF *eria uma mulher Hue sempre desafia*a as pessoas para comba!erF mas Hue ão de*eria lhe dirigir a pala*ra# 8le ão se icomodou com o Hue as pessoas disseram eF depois de camihar um
poucoF *iu uma mulher Hue lhe pediu para apro/imar?se# W2ãoWF disse Coágulo Sag0eoF Wes!ou com pressa#W Toda*iaF da Huar!a *e> Hue a mulher o co*idouF ele disse: W8s!á bemF mas *oc6 de*e esperar um poucoF pois es!ou fa!igado# .esejo repousar# .epois de repousarF me apro/imarei e lu!aremosW# OraF eHua!o repousa*aF ele *iu *árias facas imesas Hue se proje!a*am para fora da !erra Huase ocul!a por palha# 8 ele compreedeu Hue a mulher ma!a*a as pessoas com Huem lu!a*a ao a!irá?las sobre as facas# .epois de repousarF ele foi ao seu eco!ro# A mulher lhe disse Hue ficasse o local ode ele ha*ia *is!o as facasI mas ele disse: W2ãoF aida ão es!ou pro!o# 9amos bricar um pouco a!es de começarW# 8 ele começou a bricar com a mulherF mas logo a domiou e a a!irou sobre as facasF cor!ado?a em dois# GCoágulo Sag0eo seguiu *iagem eF pouco depoisF chegou a um acampame!o o Hual ha*ia algumas mulheres idosas# 8s!as lhe disseram Hue pouco adia!e ele eco!raria uma mulher Hue !iha um balaçoF mas Hue ehuma forma de*eria se balaçar com ela# Pouco depoisF ele chegou a um lugar em Hue ha*ia um balaço ju!o = margem de um *elo> curso de água# Uma mulher se balaça*a ele# 8le a obser*ou por um mome!o e percebeu Hue ela ma!a*a as pessoas ao jogá?las com o balaço para cimaF dei/ado?as cair o curso de água# Tedo descober!o issoF ele se apro/imou da mulher# W9oc6 !em um balaço aHuiI dei/e?me *6?la se balaçadoWF disse ele# W2ãoWF disse a mulherF WHuero *er *oc6 se balaçado#W W8s!á bemWF disse Coágulo Sag0eoF Wmas *oc6 se balaça primeiro#W W8s!á cer!oWF disse a mulherF W*ou me balaçar# Obser*e?me# 8!ão eu o *erei a balaçar?se#W 8 a mulher balaçou sobre o curso de água# uado ela o fe>F ele percebeu como !udo se passa*a# 8 disse para a mulher: W9á se balaçado ou!ra *e> eHua!o me preparoWI mas Huado a mulher se balaçouF ele cor!ou a corda e a fe> cair a água# )sso aco!eceu em Cu! a Cree X-iacho do aco Cor!adoY#G %% 8s!amos familiari>ados com essas façahas graças a JacF o $a!ador de @iga!esF aos co!os ifa!is e aos rela!os clássicos dos !rabalhos de heróis como &racles e Teseu# 8las !amb&m são abuda!es as ledas dos sa!os cris!ãosF !al como o eca!ador co!o frac6s de Sa!a $ar!a: G2aHuela &pocaF ha*iaF os bacos do -ódaoF uma flores!a si!uada e!re A*igo e ArlesF um dragãoF meio aimalF meio pei/eF maior Hue um !ouroF mais comprido Hue um ca*aloF do!ado de de!es afiados como chifresF e com grades asas dos lados do corpoI e esse mos!ro ma!a*a !odos os *iaja!es e afuda*a !odas as embarcaçMes# 8le ha*ia chegado ao localF pelo marF *ido da @alácia# Seus pais eram o ,e*ia!ã Q mos!ro em forma de serpe!e Hue mora*a o mar Q e o Oagro Q !err0*el bes!a da @aláciaF Hue Hueima com fogo !udo o Hue !oca# 8is Hue Sa!a $ar!aF a!ededo aos desesperados apelos das pessoasF colocou?se co!ra o dragão# Tedo?o eco!rado a flores!aF Huado de*ora*a um homemF ela espargiu água be!a sobre ele e lhe mos!rou um crucifi/o# O mos!roF *ecido de imedia!oF apro/imou?se como um cordeiroF da sa!aF Hue passou seu ci!o em !oro do pescoço da bes!a e o codu>iu para o lugarejo pró/imo# AliF a população o ma!ou com pedras e paus# 8 como o dragão !iha sido cohecido pelas pessoas sob o ome de TarasHueF a cidade>iha !omou o ome de TarascoF como recordação# A!& e!ãoF seu ome era 2erlucF Hue sigifica ,ago 2egroF por causa das sombrias flores!as Hue bordeja*am o lagoG %'#
Figura !% rei Ten (Egito, $rimeira dinastia, c% ?RR a%%) esmaga a ca0eça de um $risioneiro de guerra%
Os reis?guerreiros da A!igidade ecara*am seu !rabalho = feição de ma!adores de mos!ros# 2a realidadeF essa fórmula do herói brilha!e Hue se laça co!ra o dragão foi o grade pre!e/!o para a au!ojus!ificação de !odas as cru>adas# 2umerosas iscriçMes memoriais foram compos!as com a complac6cia gradiosa prese!e = segui!e
arra!i*aF regis!rada em carac!eres cueiformesF rela!i*a a Sargão de AcadF des!ruidor das a!igas cidades dos sum&riosF dos Huais seu próprio po*o ha*ia deri*ado sua ci*ili>ação: GSargãoF rei de AcadF *ice?rege!e da deusa )s!arF rei de `ishF $ashishu& do deus AuF -ei da TerraF grade isha77u do deus 8lil: = cidade de Uru esmagou e aos seus muros des!ruiu# Com o po*o de Uru lu!ou e o *eceu e em cadeias o codu>iu pelos por!Mes de 8lil# SargãoF rei de AcadF lu!ou com o homem de Ur e o *eceuI = sua cidade ele esmagou e aos seus muros des!ruiu# A 8?2imar ele esmagou e aos seus muros des!ruiuF e a !odo o seu !erri!órioF de ,agash ao marF ele esmagou# Suas armas la*ou o mar# # #G
&% her>i como amante A hegemoia !irada ao iimigoF a liberdade gaha da mal0cia do mos!roF a eergia *i!al liber!a das garras do !irao @acho são simboli>adas como uma mulher# 8la & a do>ela prese!e =s i7meras mor!es de dragMesF a oi*a rap!ada do pai ciume!oF a *irgem resga!ada do ama!e ão?sagrado# V a Gou!ra me!adeG do próprio herói Q pois Gcada um & os doisG: se a es!a!ura do herói for de moarca do mudoF ela & o mudoI se ele & um guerreiroF ela & a fama# 8la & a imagem do seu des!ioF Hue ele de*e liber!ar da prisão das circus!cias res!ri!i*as# $as Huado ele igora o seu des!ioF ou se dei/a iludir por falsas cosideraçMesF ão há esforço de sua par!e capa> de superar os obs!áculos %5# O jo*em mag0fico Cuchulai pro*ocouF a cor!e do seu !ioF o rei CochobarF a asiedade dos barMesF !emerosos pela *ir!ude de suas respec!i*as esposas# 8les sugeriram Hue lhe coseguissem uma esposa# $esageiros do rei dirigiram?se a !odas as pro*0cias da )rladaF mas ão eco!raram igu&m Hue lhe agradasse# 8 o próprio Cuchulai procurou uma do>ela sua cohecida em ,ugloch!a ,ogaF Gos Jardis de ,ughG# 8 ele a eco!rou o Hui!alF com suas irmãs de criação ao seu redorF esiado?lhes cos!ura e delicados bordados# 8mer ele*ou sua adorá*el face e recoheceu Cuchu?laiF a Huem disse: Gue es!ejas a sal*o de !odos os perigos_G uado o pai da garo!aF orgallF o As!u!oF foi iformado de Hue o casal se ha*ia eco!radoF is!ou Cuchulai a apreder habilidades de ba!alha com .oallF o AguerridoF em AlbaF supodo Hue ele jamais re!oraria# 8 .oall lhe deu uma ou!ra !arefaF a saberF fa>er uma jorada imposs0*el ao eco!ro de uma cer!a guerreiraF Sca!hachF a fim de compeli?la a dar?lhe is!rução em suas ar!es de *alor sobrea!ural# A jorada heróica de Cuchulai e/ibeF com uma simplicidade e uma clare>a e/!raordiáriasF !odos os eleme!os da reali>ação clássica da missão imposs0*el# O camiho iclu0a uma pla0cie maldi!a: a me!ade mais dis!a!e delaF os p&s dos homes se prediamI a ou!ra me!adeF a grama se ele*a*a e os a!igia com as po!as de suas lmias# $as apareceu a Cuchulai um jo*em bodosoF Hue lhe deu uma roda e uma maçã# Para passar pela primeira par!e da pla0cieF a roda iria rolado = sua fre!eI a seguda par!eF a maçã o precederia# Cuchulai de*eriaF !ão?some!eF seguir?lhes a !6ue liha?guiaF sem pisar em ehum dos seus ladosF e assim chegaria ao es!rei!o e perigoso *ale Hue ha*ia al&m da pla0cie# Sca!hach ha*ia is!alado sua resid6cia uma ilhaF = Hual só se chega*a por uma perigosa po!e: suas e/!remidades eram bai/as e sua par!e i!ermediáriaF al!aI e sempre Hue algu&m pisa*a uma das e/!remidadesF a ou!ra se ele*a*a e o derruba*a# Cuchulai foi derrubado !r6s *e>es# 8 eis Hue ocorreu sua dis!orção e eleF ju!ado suas forçasF pulou a cabeça da po!e e deu o pulo do salmãoF de modo a cair o meio da po!eI e a ou!ra cabeça da po!e aida ão se ha*ia le*a!ado comple!ame!e Huado ele a alcaçou e sal!ou para loge delaF chegado ao solo da ilha# A guerreiraF Sca!hachF !iha uma filha Q como o mos!ro ão raro !em Q e essa garo!iha jamais ha*ia co!emplado algo Hue se apro/imasse da bele>a do jo*em Hue caiu do ar a for!ale>a de sua mãe# uado ela ou*iu dele Hual o proje!o Hue o mo*iaF disse?lhe Hual a melhor forma de abordagem para persuadir sua mãe a esiar?lhe os segredos de *alor sobrea!ural# 8le de*eria irF u!ili>ado seu pulo do salmãoF ao grade !ei/o ode Sca!hach is!ru0a seus filhosF colocar?lhe a espada e!re os seios e fa>er o pedido# CuchulaiF seguido essas is!ruçMesF coseguiu da guerreira?fei!iceira o cohecime!o de seus ar!if0ciosF o cose!ime!o para casar com a filha dela sem pagar do!eF o cohecime!o do seu próprio fu!uro e o i!ercurso se/ual com a própria guerreira# 8le ali permaeceu dura!e um aoF o decorrer do Hual efre!ouF um acirrado comba!eF AifeF a Ama>oaF em Huem gerou um filho# Por fimF !edo ma!ado uma bru/a Hue dispu!ara com ele a passagem por uma es!rei!a !rilha um pehascoF ele se p;s a camiho para re!orar = )rlada# .epois de mais uma a*e!ura de lu!a e amorF Cuchulai re!orouF mas aida eco!rou orgallF o As!u!oF co!ra si# .es!a fei!aF ele simplesme!e le*ou a filhaF e com ela se casou a cor!e do rei# A própria a*e!ura lhe dera a capacidade de *ecer !oda oposição# O 7ico aborrecime!o foi o fa!o de o !io CochobarF o reiF !er e/ercido sobre a oi*aF a!es de ela passar oficialme!e para o oi*o %DF sua prerroga!i*a real# O mo!i*o da !arefa dif0cil como reHuisi!o para o lei!o upcial !em es!ado prese!e as façahas do herói em !odas as &pocas e em !odas as par!es do mudo# 2as his!órias Hue seguem esse padrãoF o pai Kou mãeL
desempeha o papel de @achoI a solução ar!ificiosa da !arefa por par!e do herói eHui*ale = mor!e do dragão# Os !es!es propos!os aprese!am uma dificuldade desmesurada# 8les parecem represe!ar uma recusa absolu!aF por par!e do pai KmãeL ogroF o se!ido de dei/ar Hue a *ida siga seu camihoI ão obs!a!eF Huado aparece um cadida!o adeHuadoF ão há !arefa desse mudo Hue es!eja al&m de sua capacidade# Au/iliares impre*is0*eis e milagres de !empo e de espaço co!ribuem para o seu proje!oI o próprio des!io Ka do>elaL dá uma mão e re*ela um po!o fraco o sis!ema pare!al# As barreirasF grilhMesF eca!os e empecilhos de !odos os !ipos se dissol*em dia!e da preseça de au!oridade do herói# O olho do *ecedor predes!iado percebe de imedia!o a feda de !odas as for!ale>as das circus!cias e seu golpe pode !orá?la ampla# A mais eloHe!e carac!er0s!ica dessa colorida a*e!ura de CuchulaiF carac!er0s!ica es!a Hue mais codu> ao profudoF & a da !rilha peculiar e i*is0*el Hue se abriu ao herói graças = roda e = maçã rola!es# .e*emos e!ed6?la como s0mbolo do milagre do des!ioF assim como uma is!rução sobre ele# .ia!e de um homem Hue ão se dei/a des*iar por se!ime!os pro*ocados pelas superf0cies daHuilo Hue *6F mas respode corajosame!e = dimica de sua própria a!ure>a Q um homem HueF como o descre*e 2ie!>scheF . Guma roda Hue gira por si mesmaG QF as dificuldades se dissol*em e a es!rada impre*is0*el *ai sedo formada = medida Hue ele camiha#
1 her>i como im$erador e tirano O herói de ação & o age!e do cicloI ele dá co!iuidadeF o mome!o *i*oF ao impulso Hue primeiro colocou o mudo em mo*ime!o# Como ossos olhos se acham fechados ao parado/o do duplo focoF cosideramos a façaha como !edo sido reali>ada em meio ao perigo e = dor lacia!eF ao passo HueF da ou!ra perspec!i*aF ela & Q !al como ocorre a mor!e arHue!0pica do dragãoF em Hue $arduHue ma!ou Tiama! QF !ão? some!eF um esforço de reali>ação do ie*i!á*el# O herói supremoF !oda*iaF ão & aHuele Hue apeas dá co!iuidade = dimica do giro cosmog;icoF mas aHuele Hue abre os olhos ou!ra *e> Q de maeira HueF ao logo de !odas as idas e *idasF del0cias e agoias do paorama mudialF a Preseça seja *is!a o*ame!e# )sso reHuer uma sabedoria mais profuda Hue o ou!ro caso e resul!aF ão um padrão de açãoF mas um padrão de represe!ação sigifica!i*a# O s0mbolo do primeiro & a espadaI o do segudoF o ce!ro do dom0io ou o li*ro da lei# A a*e!ura carac!er0s!ica do herói de ação & a ob!eção da oi*a Q sedo a oi*a ide!ificada com a *ida# A do herói supremo & a ida ao eco!ro do pai Q sedo o pai ide!ificado com o descohecido i*is0*el# As a*e!uras do segudo !ipo se eHuadram dire!ame!e os padrMes da icoografia religiosa# $esmo um simples co!o folclóricoF há uma s7bi!a ressocia de profudidade o dia em Hue o filho da *irgem pergu!a = mãe: Guem & meu paiRG A Hues!ão reme!e ao problema do homem e do i*is0*el# A isso se seguemF ie*i!a*elme!eF os mo!i*os m0!icos familiares da si!oia com o pai# O herói PuebloF o garo!o Jarro de guaF fe> essa pergu!a = mãe: G Wuem & meu paiRWF disse ele# W2ão seiWF disse ela# 8le repe!iu: Wuem & meu paiRWF mas ela apeas se p;s a chorarF sem respoder# WOde & a casa de meu paiRWF ele pergu!ou# 8la ão sabia# WAmahã *ou procurar meu pai#W W9oc6 ão pode eco!rar seu paiWF disse ela# W8u uca !i*e relaçMes com igu&m e por isso ão há lugar ode *oc6 possa procurar seu pai#W $as ele replicou: WTeho um paiI sei ode ele *i*e e *ou *6?loW# A mãe ão Hueria Hue ele fosseF mas ele o deseja*a# AssimF a mahã segui!eF bem cedoF ela lhe preparou um almoçoF e ele se dirigiu para o sudes!eF ode a fo!e era chamada aiNu Po]idiF Po!a Ca*alo da Pla0cie# 8le es!a*a pró/imo dessa fo!e e *iu algu&m camihado per!o dela# Acercou?se da pessoa# 8ra um homem# 8s!e pergu!ou ao garo!o: WPara ode *oc6 *aiRW W9ou *er meu paiWF respodeu ele# Wuem & seu paiRWF disse o homem# WemF meu pai *i*e es!a fo!e#W W9oc6 jamais *ai eco!rar seu pai#W WemF eu Huero e!rar a fo!eF ele *i*e de!ro dela#W Wuem & o seu paiRWF repe!iu o homem# WemF acho Hue *oc6 & meu paiWF disse o garo!o# WComo *oc6 sabe Hue sou seu paiRWF disse o homem# WOraF eu sei Hue *oc6 & meu pai_W 8 o homem apeas olhou para eleF pre!ededo assus!á? lo# O garo!o co!iuou a di>er: W9oc6 & meu paiW# Pouco depoisF o homem disse: W8s!á cer!oF sou seu pai# Sa0 da fo!e para eco!rá?loWI e p;s o braço os ombros do garo!o# O pai es!a*a feli> porHue seu garo!o ha*ia ido eco!rá?lo e o le*ou para de!ro da fo!e#G %E uado o al*o do herói & a descober!a do pai descohecidoF o simbolismo básico permaece sedo o dos !es!es e do camiho au!o?re*elador# 2o e/emplo acimaF o !es!e se redu> =s pergu!as persis!e!es e ao olhar assus!ador# 2o co!o a!erior da esposa?mariscoF os filhos foram !es!ados com a faca de bambu# 9imosF em ossa re*isão da a*e!ura do heróiF Hue graus a se*eridade do pai pode a!igir# Para a cogregação de Joa!ha 8d]ardsF ele se !rasformou um *erdadeiro ogro# O herói abeçoado pelo pai re!ora para represe!á?lo e!re os homes# Como mes!re K$ois&sL ou como imperador Kuag?TiLF sua pala*ra & lei# Como se acha agora coce!rado a fo!eF ele !ora *is0*eis o repouso e a harmoia do po!o ce!ral# 8le & um refle/o do 8i/o do $udoF do Hual se espalham os c0rculos coc6!ricos Q a $o!aha do $udoF a r*ore do $udo QF & o perfei!o refle/o microscópico do macrocosmo# .e sua preseça emaam b6çãosI sua pala*ra & o sopro da *ida#
$as pode ha*er uma de!erioração do cará!er do represe!a!e do pai# Uma crise desse !ipo & descri!a a leda persa >oroas!riaa do )mperador da )dade de OuroF Jemshid: GTodos os olhares se *ol!aram para o !rooF e ão se ou*ia Xem se *ia a 2igu&m seão JemshidI ele e só ele era o -eiF 8 absor*ia !odos os pesame!osI e o cul!o 8 a adoração desse homem mor!alF !odos 8sHueceram a adoração ao grade Criador# 8F com soberbaF ele aos seus obres falouF )!o/icado pelo ruidoso aplauso Hue recebia: W2ão !eho igualF a mim de*e a !erra Toda a sua ci6ciaI jamais e/is!iu Um soberao como eu: beefice!e 8 gloriosoF eu e/pulso da populosa !erra .oeças e ecessidades# A alegria e o repouso do lar Procedem de mimI !udo o Hue & bom e gradioso 8spera meu comadoI a *o> ui*ersal .eclara o espledor do meu go*eroI Al&m de !udo o Hue o coração humao cocebeuF Sou o 7ico moarca des!e mudoW# Q Tão logo lhe sa0ram !ais pala*ras dos lábiosF +mpias pala*rasF isul!os ao ele*ado c&uF 8is Hue sua grade>a !errea se acabou Q e !odas as l0guas ormaram um clamoroso e for!e coro# A &poca de Jemshid Torou?se sombraF !odo o seu espledor *irou !re*as# ue disse o $oralis!aR Wuado fos!es reiF Teus ser*os *os obedeciamI mas aHuele HueF Tomado de soberbaF desdeha do cul!o ao seu .eusF Tra> desolação = sua casa e aos seus#W Q 8 Huado *iu a isol6cia do seu po*oF 8le *iu Hue a ira dos c&us ha*ia sido pro*ocadaF 8 o !error !omou co!a do seu serG %Z# Ao des*icular as b6çãos com Hue seu reio foi co!emplado de sua fo!e !rascede!eF o imperador des!rói a *isão es!ereo!ipada Hue lhe cabe sus!er# 8le dei/a de ser o mediador e!re dois mudos# A perspec!i*a do homem se es!rei!aF icluido apeas o !ermo humao da eHuaçãoF e a e/peri6cia da força sublime fracassa de imedia!o# A id&ia ma!eedora da comuidade se perde# A força & !udo o Hue a ma!&m# O imperador !ora?se o ogro !irao Kerodes?2imrodLF o usurpador de Huem o mudo ora & sal*o#
#% her>i como redentor do mundo .e*em?se dis!iguir dois graus de iiciação a masão do pai# .o primeiroF o filho re!ora como emissárioI do segudoF co!udoF re!ora com o cohecime!o de Hue Go pai e eu somos umG# Os heróis dessa seguda ilumiaçãoF de a!ure>a mais ele*adaF são os rede!ores do mudoF as chamadas ecaraçMesF o se!ido mais ele*ado do !ermo# Seus respec!i*os mudos alcaçam proporçMes cósmicas# Suas pala*ras !ra>em cosigo uma au!oridade Hue ul!rapassa !udo o Hue foi prouciado pelos heróis do ce!ro e do li*ro# GTodos *oc6sF olhem para mim# 2ão olhem para ou!ro lugarGF disse o herói dos Apaches JicarillaF $a!ador? de?)imigos# GOuçam o Hue digo# O mudo & !ão amplo Hua!o meu corpo# O mudo & !ão amplo Hua!o miha pala*ra# 8 o mudo & !ão amplo Hua!o mihas oraçMes# O c&u !em a mesma ampli!ude das mihas pala*ras e oraçMes# As es!açMes !6m a mesma ampli!ude do meu corpoF das mihas pala*ras e da miha oração# O mesmo ocorre com aR águasI meu corpoF mihas pala*rasF miha oração são maiores Hue as águas# Guem acredi!a em mimF Huem ou*e o Hue digoF !erá loga *ida# uem ão ou*eF Huem pesa de forma maligaF !erá *ida cur!a# G2ão pesem Hue es!ou o les!eF o sulF o oes!e ou o or!e# A !erra & meu corpo# 8s!ou lá# 8s!ou em !oda par!e# 2ão pesem Hue fico apeas sob a !erra ou acima do c&uF ou apeas as es!açMes ou do ou!ro lado das águas# Tudo isso & meu corpo# V *erdade: o mudo iferiorF o c&uF as es!açMes e as águas são o meu corpo# 8s!ou em !oda par!e# GJá dei a *oc6s aHuilo Hue me será oferecido# 9oc6s !6m dois !ipos de cachimbo e o !abaco da mo!aha#G '[ O !rabalho da ecaração cosis!e em refu!arF pela sua preseçaF as pre!esMes do !irao?ogro# 8s!e 7l!imo ecobriu a fo!e da graça com a sombra de sua persoalidade limi!adaI a ecaraçãoF profudame!e li*re desse !ipo de cosci6cia do egoF & uma maifes!ação dire!a da lei# 2uma escala gradiosaF ela represe!a a *ida do herói Q reali>a as !arefas do heróiF ma!a o mos!ro QF mas fá?lo apeas com a liberdade de um !rabalho cuja reali>ação des!ia?seF !ão?some!eF a !orar e*ide!e aos olhos aHuilo Hue !eria sido reali>ado igualme!e bem com um mero pesame!o# `asF o cruel !io de `rishaF usurpador do !roo do próprio pai a cidade de $a!uraF um dia ou*iu uma *o> Hue lhe di>ia: G2asceu !eu iimigoI !ua mor!e & cer!aG# `risha e seu irmão mais *elhoF alaramaF ha*iam sido re!iradosF pelos criadoresF do *e!re de sua mãeF a fim de serem pro!egidos dessa co!rapar!e idiaa de 2imrod# 8 ele e*iou dem;ios em seu ecalço Q Pu!aaF o dem;io do lei!e e*eeadoF foi o primeiro QF mas ada disso adia!ou# uado seus recursos falharamF `as dedicou?se a a!rair os jo*es para a cidade# oi e*iado um mesageiro aos criadores para co*idá?los a !omar par!e um sacrif0cio e um grade !oreio# O co*i!e foi acei!o# Com os irmãos em seu meioF os criadores foram e acamparam fora dos muros da cidade# `risha e alaramaF seu irmãoF foram *er os prod0gios da cidade# a*ia amplos jardisF palácios e reca!os# 8les eco!raram um masca!e e lhe pediram algumas roupas boi!asI Huado es!e sorriu e se recusou a a!eder?lhes o desejoF eles !omaram as roupas = força e se efei!aram# 8is Hue uma corcuda pediu a `risha Hue lhe dei/asse passar pas!a de sdalo em seu corpo# 8le foi a!& elaF colocou os p&s os dela eF com dois dedos
pos!os sob o seu Huei/oF le*a!ou?a e a fe> ficar ere!a e bem# 8 ele disse: Guado eu !i*er ma!ado `asF *ol!arei e ficarei com *oc6sG# Os irmãos se dirigiram ao es!ádio *a>io# Ali ha*ia sido colocado o arco do deus i*aF com o cor!e de !r6s coHueirosF grade e pesado# `risha foi a!& o arco e o empurrouI o arco se Huebrou fa>edo um eorme barulho# `as ou*iu o som em seu palácio e ficou es!upefa!o# O !irao e*iou !ropas para ma!ar os irmãos a cidade# $as os rapa>es ma!aram os soldados e re!oraram ao acampame!o# .isseram aos criadores Hue ha*iam fei!o um i!eressa!e passeioF ja!aram e foram dormir# 2aHuela oi!eF `as !e*e sohos ruis# uado desper!ouF ordeou Hue se preparasse o es!ádio para o !oreio e Hue se fi>essem soar as !rombe!as para co*ocar as pessoas# `risha e alarama chegaramF disfarçados de mágicosF seguidos dos criadoresF seus amigos# uado passaram pelo por!ãoF apareceu um furioso elefa!e pro!o para esmagá?losF com a força de de> mil elefa!es comus# O codu!or o dirigiu dire!ame!e para cima de `risha# alarama deu?lhe um !al golpe com o puhoF Hue o elefa!e parou e *ol!ou# O codu!or o dirigiu ou!ra *e> co!ra os irmãosF mas es!es o derrubaramF ma!ado?o# Os jo*es foram a!& o campo# Todos *iram o Hue sua própria a!ure>a lhes ha*ia re*elado: os lu!adores pesaram Hue `risha fosse lu!adorI as mulheres o cosideraram um !esouro de bele>aI os deuses o recoheceram como seu sehor e `as pesou Hue ele era $ar aF a própria $or!e# .epois de derribar !odos os lu!adores Hue ha*iam sido e*iados co!ra eleF !ermiado pelo mais for!eF ele pulou para o !roo realF pegou o !irao pelos cabelos e o ma!ou# Os homesF os deuses e os sa!os se deliciaramF mas as esposas do rei surgiram para pra!eá?lo# `rishaF *edo?lhes o sofrime!oF cofor!ou?as com sua sabedoria primai: G$ãeGF disse eleF Gão *os lame!eis# A igu&m & dado *i*er e ão morrer# )magiar Hue possu0mos alguma coisa & icorrer em erroI igu&m & paiF mãe ou filho# á apeas o mo*ime!o co!0uo do ascime!o e da mor!eG '"# As ledas do rede!or descre*em o per0odo de desolação como produ!o de uma falha moral por par!e do homem KAdão o Para0soF Jemshid o !rooL# 2ão obs!a!eF do po!o de *is!a do ciclo cosmog;icoF uma al!ercia regular e!re a codu!a re!a e a codu!a err;ea & carac!er0s!ica do espe!áculo do !empo# Tal como a his!ória do ui*ersoF assim !amb&m a his!ória das açMes: a emaação le*a = dissoluçãoF a ju*e!ude = *elhiceF o ascime!o = mor!eF a *i!alidade criadora da forma ao peso mor!o da i&rcia# A *ida se maifes!a precipi!ado formasF e depois feeceF dei/ado refugos a!rás de si# A idade de ouroF reio do imperador humaoF se al!era o pulsar de cada mome!o da *idaF com a !erra arrasadaF reio do !irao# O deus criador !ora?seF o fialF des!ruidor# .esse po!o de *is!aF o !irao?ogro ão & meos represe!a!e do pai do Hue o precede!e imperador do mudoF cuja posição ele usurpouF ou do Hue o herói brilha!e Ko filhoL Hue *ai supla!á?lo# 8le represe!a a es!abilidadeF da mesma maeira Hue o herói & o por!ador da mudaça# 8 como !odo mome!o do !empo Huebra os grilhMes do mome!o precede!eF assim & Hue esse dragãoF @achoF & carac!eri>ado como represe!a!e da geração imedia!ame!e a!erior = do sal*ador do mudo# 8/presso de forma dire!a: o !rabalho do herói cosis!e em ma!ar o aspec!o obs!iado do pai KdragãoF criador de !es!esF rei?ogroL e liber!arF do baime!o promo*ido por esse aspec!oF as eergias *i!ais Hue alime!arão o ui*erso# G)sso pode ser fei!oF !ão?some!eF de acordo ou co!ra a *o!ade do PaiI ele Xo PaiY pode Wpreferir a mor!e em beef0cio dos seus filhosWF assim como & poss0*el Hue os .euses lhe impoham a pai/ãoF !orado?o sua *0!ima sacrificai# 2ão se !ra!a de dou!rias co!radi!óriasF mas de formas di*ersas de co!ar uma só e mesma his!óriaI a realidadeF $a!ador e .ragãoF sacrificador e *0!imaF formam uma só me!e os bas!idoresF ode ão há polaridade de co!ráriosF mas são iimigos mor!ais o palcoF ode & e/ibida a guerra sempi!era e!re .euses e Ti!ãs# .e HualHuer maeiraF o .ragão?Pai permaece como Pleroma Xplei!udeYF ão mais dimiu0do pelo Hue e/pira do Hue aume!ado pelo Hue recupera# 8le & $or!eF do Hual depede a ossa *idaI e a pergu!a W$or!e & um ou mui!osRWF recebe como respos!a: WV um porHue es!á láF mas mui!os porHue es!á aHuiF em cada um dos seus filhosW#G'% O herói de o!em !ora?se o !irao de amahãF a ão ser Hue se crucifiHue a si mesmo hoje# .o po!o de *is!a do prese!eF há uma !al implacabilidade esse a7cio do fu!uroF Hue es!e parece iilis!a# As pala*ras Hue `rishaF o sal*ador do mudoF dirigiu =s *i7*as de `as !6m um sobre !om ameaçadorI & precisame!e o Hue es!á prese!e =s pala*ras de Jesus: G8u ão *im para !ra>er a pa>F mas a espada# Pois eis Hue *im para colocar o homem co!ra o paiF a filha co!ra a mãe e a ora co!ra a sogra# 8 o iimigo do homem será um do seu meio# AHuele Hue amar mais o pai ou a mãe do Hue a mim ão & digo de mim: e aHuele Hue amar mais o filho ou a filha do Hue a mim ão & digo de mimG ''# Para pro!eger Huem ão se acha preparadoF a mi!ologia ocul!a essas re*elaçMes defii!i*as sob disfarces semi?obscurecedoresF ao mesmo !empo em Hue isis!e a forma de is!rução gradual# A figura do sal*ador Hue elimia o pai !irao e assume ele mesmo o !roo es!á K!al como VdipoL pisado o !7mulo do pai# Para sua*i>ar o cruel pa!ric0dioF a leda represe!a o pai como algum !io cruel ou 2imrod usurpador# 2ão obs!a!eF o fa!o semi?ocul!o permaece# Uma *e> Hue o *islumbremosF !odo o espe!áculo se deserola dia!e dos ossos olhos: o filho ma!a o paiF mas filho e pai são um só# As figuras eigmá!icas dissol*em?se ou!ra *e> o caos primordial# 8is a sabedoria Hue reside o fial Ke o recomeçoL do mudo#
D# her>i como santo A!es de passarmos ao 7l!imo episódio da *idaF res!a aida um !ipo de herói a ser mecioado: o sa!o ou asce!aF aHuele Hue reucia ao mudo# GCom a me!e plea de pura compreesãoF sedo perse*era!e o dom0io do euF !edo abadoado !oda aliaça com o som e com !odos os obje!osI e es!ado li*re do amor e do ódioI habi!ado um local soli!árioF seguido uma die!a frugalF !edo co!rolado a falaF o corpo e a me!eF sempre egajado a medi!ação e a coce!ração e cul!i*ado a liberdade com relação =s pai/MesI baido de si mesmo o ego0smo e a resis!6ciaF o orgulho e o desejoF o racor e o se!ime!o de posseF de coração !raHilo e li*re do ego Q ele se !ora digo de !orar?se um só com o imperec0*el#G '( O padrão & semelha!e ao da ida ao paiF mas des!a *e> o filho se dirige ao aspec!o imaifes!oF ão ao maifes!o: ele dá o passo a Hue o odisa!*a reuciouF o passo do Hual ão há re!oro# O al*oF aHuiF ão & o parado/o da perspec!i*a dualF mas a e/ig6cia 7l!ima do ão?*is!o# O ego & des!ru0do# Tal como uma folha mor!a a brisaF o corpo co!iua a se mo*ime!ar sobre a !erraF mas a alma já se dissol*eu o oceao da bem? a*e!uraça# Tomás de AHuioF como resul!ado da e/peri6cia m0s!ica por Hue passou Huado celebra*a a missa em 2ápolesF dep;s a pea e a !i!a a es!a!e e dei/ou os 7l!imos cap0!ulos de sua Summa theo*ogica para serem !ermiados por ou!ras mãos# G$eus dias de escre*erGF disse eleF Gse acabaramI pois me foram re*eladas coisas Hue me mos!raram ser !udo aHuilo Hue escre*i e esiei pouco impor!a!e para mimF ra>ão porHue espero em .eus HueF assim como meus escri!os chegaram ao fimF possa chegar de!ro em bre*e o fim da miha *ida#G Pouco depois dissoF aos Huare!a e o*e aosF ele faleceu# 8s!ado al&m da *idaF esses heróis !amb&m se acham al&m do mi!o# 8les já ão !ra!am do mi!oF da mesma forma Hue o mi!o ão pode !ra!ar deles de modo adeHuado# Suas ledas são reaprese!adasF mas os piedosos se!ime!os e liçMes das biografias são ecessariame!e imprópriosF pouco melhores Hue baali>açMes# 8les ul!rapassaram o reio das formasF o Hual desce a ecaração e o Hual permaece o odisa!i*aF o reio do perfil mani6esto da @rade ace# Uma *e> descober!o o perfil ocu*to, o mi!o & a pe7l!imaF e o sil6cio a 7l!imaF pala*ra# O mome!o do esp0ri!o passa para o ocul!o e res!a apeas o sil6cio# O rei Vdipo *eio a saber Hue a mulher a Huem ha*ia desposado era sua mãe e Hue o homem a Huem ha*ia assassiado era seu paiI ele !irou os próprios olhos das órbi!as e *agou em pei!6cia pela !erra# Os freudiaos declaram Hue cada um de ós ma!a o pai e desposa a mãe !odo o !empo Q mas de forma icoscie!e: as formas simbólicas idire!as de fa>6?loF assim como as racioali>açMes da coseHe!e a!i!ude compulsi*aF cos!i!uem ossa *ida idi*idual e ossa ci*ili>ação comum# Se os se!ime!os !i*essem a opor!uidade de se !orar coscie!es da real impor!cia das açMes e pesame!os do mudoF cohecer0amos o Hue Vdipo coheceu: a care se os afigurariaF de s7bi!oF um oceao de au!o*iolação# 8is o se!ido da leda do papa @regórioF o @radeF Hue asceu do ices!o e *i*eu em ices!o# orrori>adoF ele foi para um rochedo em pleo mar e ali *i*eu por Huase !oda a *ida# 8is Hue a ár*ore se !orou cru>: o Jo*em racoF Hue suga lei!eF !orou?se o Crucificado Hue igere b0lis# A corrupção fer*ilha ode a!es ha*ia o florescer da prima*era# 2o e!a!oF al&m desse limiar da cru> Q pois a cru> ão & um po!o de chegadaF mas um camiho Ka por!a do solL Q es!á a bem?a*e!uraça em .eus# G8is Hue ele me p;s a sua marcaF e ão há amor Hue eu possa preferir ao .ele# GO i*ero passouI a pomba ca!aI as *ihas e/plodem em floração# GCom Seu próprio aelF meu Sehor Jesus Cris!o me desposou e me coroou com a coroa de Sua oi*a# GO !raje com o Hual o Sehor me *es!iu & um !raje de espledorF e!relaçado de ouroF e o colar com o Hual ele me adorou ão !em preço#G '1
% A $artida do her>i O 7l!imo a!o da biografia do herói & a mor!e ou par!ida# AHui & resumido !odo o se!ido da *ida# .esecessário di>erF o herói ão seria herói se a mor!e lhe susci!asse algum !errorI a primeira codição do hero0smo & a recociliação com o !7mulo#
Gra3ura XXIII% A carruagem da *ua (am0oMa)
Gra3ura XXIQ% utono (A*asca)
G8Hua!o descasa*a sob um car*alho de $amreF Abraão percebeu um clarão e um sua*e odor eF olhado em !oro de siF *iu Hue a $or!e para ele se dirigiaF com grade glória e ele>a# 8 a $or!e disse a Abraão: W2ão peseisF ó AbraãoF Hue essa bele>a seja mihaF em Hue assim me aprese!o a !odos os homes# 2ão# $as Huado algu&m !em uma codu!a re!a como *ósF eis Hue !omo de uma coroa e *ou a eleI mas se ele for um pecadorF aprese!o?me sob um aspec!o sobremaeira corrompidoF !ra>edo a cabeça uma coroa fei!a pelos pecados Hue come!eu e o faço !remerF !omado de grade !errorF o Hue o fa> desfalecerW# 8 Abraão lhe disse: W8 sois *ósF a *erdadeF aHuele a Huem chamam $or!eRW 8 ele respodeuF di>edo: WSou o amargo omeW# $as Abraão lhe disse: W2ão *ou co*oscoW# 8 Abraão disse = $or!e: W$os!rai?me *ossa corrupçãoW# 8 a $or!e re*elou sua corrupçãoF mos!rado duas cabeçasF uma com ros!o de serpe!e e ou!ra sob a forma de espada# Todos os ser*os de AbraãoF co!emplado a implacá*el carraca da $or!eF morreramF mas Abraão orou ao Sehor e o Sehor os ressusci!ou# Como as apar6cias da $or!e ão eram capa>es de pro*ocar a par!ida da alma de AbraãoF .eus remo*eu a alma a Abraão como em um soho e o arcajo $iguel a codu>iu ao c&u# Após grades lou*ores e glórias ao Sehor por par!e dos ajos Hue codu>iram a alma de AbraãoF e depois de Abraão icliar? se em re*er6ciaF a *o> de .eus se ele*ou e disse: W,e*ai $eu amigo Abraão ao Para0soF ode se eco!ram os !aberáculos dos jus!os e a morada dos $eus sa!os )saac e Jacó em seu magoF ode ão há problemasF em !ris!e>aF em pra!oF mas pa> e j7bilo e *ida sem fimW#G '5 Compare?se essa passagem com o segui!e soho: G8u es!a*a uma po!eF ode eco!rei um *ioliis!a cego# Todos a!ira*am moedas em seu chap&u# Apro/imei?me e percebi Hue o m7sico ão era cego# 8le !iha es!rabismo e me olha*aF com um olhar !or!uosoF de soslaio# .e repe!eF ha*ia uma peHuea sehora idosa se!ada = beira de uma es!rada# 8s!a*a escuro e eu !iha medo# WPara ode *ai es!a es!radaRWF pesei comigo mesmo# Um jo*em campo6s apareceu e me !omou pela mão# W9oc6 Huer ir para casaRWF disse eleF We !omar caf&RW W,argue?me_ 9oc6 es!á me segurado com mui!a força_WF e/clameiF e desper!eiG 'D# O heróiF Hue em *ida represe!a*a a perspec!i*a dualF aida &F depois de sua mor!eF uma imagem?s0!ese: !al como Carlos $agoF ele apeas dorme e se le*a!ará a hora Hue o des!io o de!ermiarF ou es!á e!re ós sob ou!ra forma# Os as!ecas falam da serpe!e de plumasF ue!>alcoa!lF moarca da a!iga cidade de Tolla a idade de ouro de sua prosperidade# 8la esiou as ar!esF criou o caledário e doou o milho# 8la e seu po*o foram *ecidosF o
fial de sua &pocaF pela magia mais poderosa de uma raça i*asoraF os as!ecas# Te>ca!lipocaF o herói?guerreiro do po*o mais jo*em e de sua &pocaF i*adiu a cidade de TollaI e a serpe!e de plumasF rei da idade de ouroF Hueimou seus apose!os a!rás de siF des!ruiu seus !esouros as mo!ahasF !rasformou seus cacaueiros em arbus!osF ordeou Hue os pássaros mul!icoloridosF seus ser*idoresF *oassem = sua fre!e e par!iuF !omado de grade pesar# 8 chegou a uma cidade chamada uauh!i!láF ode ha*ia uma ár*oreF mui!o al!a e frodosaI e ele se acercou dessa ár*oreF se!ado?se = sua sombraF e olhou um espelho Hue lhe fora le*ado# G8s!ou *elhoGF disse eleI e o local passou a chamar?se Ga 9elha uauh!iláG# .escasado ou!ra *e> ao logo do camihoF e olhado para !rásF a direção de TollaF ele chorouF e suas lágrimas pee!raram uma rocha# 8le dei/ou o local a marca de sua passagem e a impressão da palma da mão# $ais adia!eF eco!rou um grupo de ecroma!esF Hue o desafiouF proibido?o de seguir eHua!o ele ão re*elasse o segredo do !rabalho com a pra!aF a madeira e as peasF bem como a ar!e da pi!ura# uado ele cru>ou as mo!ahasF !odos os seus au/iliaresF aMes e corcudasF morreram de frio# 2ou!ro lugarF ele eco!rou seu a!agois!aF Te>ca!lipocaF Hue o derro!ou um jogo de bola# 8m ou!ro lugar aidaF ele apo!ou sua flecha para uma grade ár*ore $>chot*B sua flecha !amb&m era uma ár*ore $>chot*B assimF Huado a flecha a!ra*essou a ou!ra ár*oreF formou com ela uma cru># 8 ele seguiu adia!eF dei/ado mui!as marcas e omes de locais a!rás de siF a!& alcaçar o marF de ode par!iuF uma balsa formada por serpe!es# 2ão se sabe como ele chegou ao seu des!ioF TrapállaF seu lar origial 'E# OuF de acordo com ou!ra !radiçãoF ao chegar = beira do marF ele se imolou uma pira fueráriaF e pássaros mul!i?coloridos ele*aram?se das ci>as do seu corpo# Sua alma !orou?se a 8s!rela da $ahã 'Z# O herói á*ido por *ida pode resis!ir = mor!eF e adiar seu des!io por um cer!o per0odo de !empo# Afirma?se Hue CuchulaiF adormecidoF ou*iu um gri!o G!ão !err0*el e pa*orosoF Hue caiu da camaF ido de eco!ro ao soloF como um sacoF a ala les!e da casaG# 8le saiu =s pressasF desarmadoF seguido por 8merF sua esposaF Hue le*a*a suas armas e *es!es# 8 ele eco!rou uma carruagem codu>ida por um ca*alo ala>ão Hue só !iha uma peraF com a laça Hue cru>a*a seu corpo e proje!a*a?se a al!ura da !es!a# .e!ro da carruagem ha*ia uma mulherF de sobracelhas *ermelhasF e*ol*ida uma ma!ilha carmesim# Um homem eorme camiha*a ao ladoF !amb&m com um capo!e carmesimF !ra>edo um bas!ão de a*eleira em forma de forHuilha e codu>ido uma *aca# Cuchulai disse Hue a *aca era suaF a mulher o co!es!ou e ele pergu!ou por Hue elaF e ão o home>arrãoF fala*a# 8la lhe disse Hue o homem era Uar?gae!h?sceo ,ua?chair?sceo# GCom efei!oGF disse CuchulaiF Ga e/!esão do !eu ome & impressioa!e_G GA mulher a Huem falasGF disse o home>arrãoF Gchama?se aebor beg?beoil cuimdiuir fol! sceub?gairi! eceo ua!h#G G9oc6s es!ão me fa>edo de boboGF disse CuchulaiI ele pulou a carruagemF p;s os dois p&s os ombros da mulher e apro/imou sua laça da risca dos seus cabelos# G2ão uses !uas afiadas armas em mim_GF disse ela# G.i>e?me seu *erdadeiro omeGF disse?lhe Cuchulai# G8!ão afas!a?!e de mimGF disse ela# GSou uma sa!iris!a e !rago essa *aca como recompesa por um poema#G G8!ão ouçamos !eu poemaGF disse Cuchulai# GAfas!a?!e apeas um pouco maisGF disse a mulherI Gficar agi!ado miha cabeça ão *ai me iflueciar#G Cuchulai afas!ou?seF ficado e!re as duas rodas da carruagem# A mulher ca!ou para ele uma cação de desafio e isul!o# 8le se preparou para sal!ar ou!ra *e>F masF um á!imoF ca*aloF mulherF carruagemF homem e *aca desapareceram eF o ramo de uma ár*oreF surgiu um pássaro pre!o# GVs uma perigosa mulher eca!adora_GF disse Cuchulai ao pássaro pre!oI pois eis Hue ele ha*ia percebido Hue se !ra!a*a da deusa da ba!alhaF adb ou $orriga# GSe eu !i*esse sabido Hue eras !uF ão os !er0amos separado dessa maeira#G GO Hue fi>es!eGF replicou o pássaroF G!rar?!e?á má sor!e#G G2ão me podes ferirGF disse Cuchulai# GCer!ame!e possoGF disse a mulher# G8s!ou guardado !eu lei!o de mor!e e assim es!arei dora*a!e#G 8 a fei!iceira lhe disse Hue es!a*a le*ado a *aca da colia eca!ada de Cruacha para ser cober!a pelo !ouro do home>arrãoF Hue era CuailgeI e HueF Huado o be>erro !i*esse um aoF Cuchulai morreria# 8la mesma se laçaria co!ra ele Huado es!i*esse e*ol*ido um cer!o *auF em dispu!a com um homem G!ão for!eF *i!oriosoF des!roF !err0*elF icasá*elF obreF bra*o e gradeG Hua!o ele mesmo# GTorar?me?ei uma eguiaWF disse elaF Ge laçar?!e?ei os p&s o *au#G Cuchulai !rocou ameaças com elaF Hue desapareceu a !erra# $asF o ao segui!eF Huado da icursão pre*is!a o *auF ele a derro!ou e !ermiou por morrer ou!ro dia ([ Um curiosoF e !al*e> galhofeiroF eco do simbolismo da sal*ação um mudo al&m soa fracame!e a passagem fial do co!o folclórico $ue0*o do garo!o Jarro de gua# G$ui!as pessoasF mulheres e garo!asF *i*iam o i!erior da fo!e# Todas elas correram em sua direção e o abraçaramF pois es!a*am feli>es porHue sua criaça chegara = sua casa# Assim o garo!o eco!rou o pai e as !ias# emF o garo!o passou ali uma oi!e e o dia segui!e *ol!ou para casa e disse = mãe Hue ha*ia eco!rado o pai# 8 sua mãe adoeceu e morreu# 8 o garo!o pesou: W2ão !em se!ido em *i*er com es!as pessoasW# 8 ele as dei/ou e foi para a fo!e# 8 ali es!a*a sua mãe# 8ssa foi a forma pela Hual ele e a mãe foram *i*er com o pai# Seu pai era A*aiNoWpiWi Kcobra?dWágua *ermelhaL# 8le disse Hue ão podia *i*er com eles em SiNa!Wi# 8is a ra>ão pela Hual ele fi>era a mãe do garo!o adoecerF para Hue ela morresse e W*iesse *i*er comigo aHuiWF disse seu pai# 8ssa foi a forma pela Hual o garo!o e a mãe foram *i*er a fo!e#G ("
8s!a his!óriaF !al como a da esposa?mariscoF repe!eF po!o por po!oF a arra!i*a m0!ica# As duas his!órias são eca!adoras em sua apare!e ioc6cia com relação ao poder de Hue são i*es!idas# 2o e/!remo opos!o es!á si!uado o rela!o da mor!e do uda: bem?humoradoF como !odos os grades mi!osF mas coscie!e a!& o 7l!imo grau# GO AbeçoadoF acompahado por uma grade cogregação de sacerdo!esF apro/imou?se do baco mais dis!a!e do rio iraa*a!iF da cidade de `usiara e de um bosHue de !amargueiras idiaasF Upa*a!!aa dos $allasI e !edo?se apro/imadoF dirigiu?se ao *eerá*el Aada: G WAadaF !ede a bodade de es!eder um lei!oF com a cabeceira *ol!ada para o or!eF e!re duas !amargueiras# 8s!ou afli!oF AadaF e desejo dei!ar?me#W G WSimF re*eredo sehorWF disse o *eerá*el Aada ao AbeçoadoF asse!idoF e es!edeu o lei!o com a cabeceira para o or!eF e!re duas !amargueiras# 8 o Abeçoado dei!ou?se sobre o lado direi!oF = feição de um leão eF colocado um p& sobre o ou!roF ma!e*e?se pesa!i*o e coscie!e# G8is Hue as duas !amargueiras ficaram pleas de floresF embora ão fosse a es!ação das floresI e as flores se dis!ribu0ram sobre o corpo do Ta!haga!aF e se espalharam e cho*eram em lou*or a ele (%# .a mesma formaF eis Hue caiu pó de sdalo do c&uF e esse pó se dis!ribuiu pelo corpo do Ta!haga!a e se espalhou e cho*eu em seu lou*or# 8 soou m7sica em lou*or ao Ta!haga!a e se ou*iram coros celes!esF ca!ado em lou*or a ele#G .ura!e as co*ersas Hue e!ão ocorreramF eHua!o o Ta!haga!a ja>ia de lado como um leãoF um grade sacerdo!eF o *eerá*el Upa*aaF ficou = sua fre!eF abaado?o# O Abeçoado logo lhe disse para afas!ar?seI esse mome!oF o au/iliar do AbeçoadoF AadaF reclamou ao Abeçoado: G-e*eredo SehorGF disse eleF Gdi>ei?meF rogo?*osF por Hue o Abeçoado foi se*ero com o *eerá*el Upa*aaF di>edo: WAfas!a?!eF ó sacerdo!eI ão fiHues = miha fre!eWRG O Abeçoado respodeu: GAadaF Huase !odas as di*idades de de> mudos reuiram?se para co!emplar o Ta!haga!a# 2uma e/!esão de do>e l&guas em !oro da cidade de `usiara e o bosHue de !amargueiras Upa*a!!aa dos $allasF ão há um só po!o de soloF grade o suficie!e para se es!eder a po!a de um fio de cabeloF Hue ão es!eja ocupado por poderosas di*idades# 8 essas di*idadesF AadaF es!ão iradasF di>edo: W9iemos de loge para co!emplar o Ta!haga!aF pois poucas *e>esF e em raras ocasiMesF um Ta!haga!aF um sa!o e uda SupremoF surge o mudoI e agoraF es!a oi!eF a 7l!ima *ig0liaF o Ta!haga!a e!rará o 2ir*aaI mas esse eorme sacerdo!e colocou?se dia!e do AbeçoadoF ocul!ado?oF e ão podemos *er o Ta!haga!aF embora se apro/imem seus 7l!imos mome!osW# Assim &F AadaF Hue es!as di*idades es!ão iradasG# Gue fa>emF -e*eredo SehorF as di*idades Hue o Abeçoado percebeRG GAlgumas das di*idadesF AadaF es!ão o arF com a me!e plea de coisas !erreasF e dei/am os cabelos se eriçarem e choram al!oF e es!edem os braços e choram al!oF e caem de cabeça o solo e rolam para aHui e para aliF di>edo: W,ogoF logo e!rará o Abeçoado o 2ir*aaI logoF logoF a ,u> do $udo sairá das *is!as de !odos_W Algumas delasF AadaF es!ão a !erraF com a me!e plea de coisas !erreasF e dei/am os cabelos se eriçarem e choram al!oF e es!edem os braços e choram al!oF e caem de cabeça o solo e rolam para aHui e para aliF di>edo: W,ogoF logoF o Abeçoado e!rará o 2ir*aaI logoF logoF o eli> e!rará o 2ir*aaI logoF logoF a ,u> do $udo sairá das *is!as de !odos# $as as di*idades Hue se acham li*res das pai/MesF pesa!i*as e coscie!esF supor!am !udo de modo e*ide!eF di>edo: WTrasi!órias são !odas as coisas# Como & poss0*el Hue !udo o Hue asceuF !udo o Hue *eio a ser e & orgai>ado e perec0*elF ão de*a perecerR 8ssa codição ão & poss0*elW#G As 7l!imas co*ersas prosseguiram por mais algum !empo eF o decorrer delasF o Abeçoado cosolou seus sacerdo!es# .epoisF dirigiu?se a eles: G8 agoraF ó sacerdo!esF eu *os dei/oI !odos os cos!i!ui!es do ser são !rasi!óriosI !rabalhai *ossa sal*ação com dilig6cia#G 8 foram essas as 7l!imas pala*ras do Ta!haga!a# G8m seguidaF e!rou o Abeçoado o primeiro !raseI eF saido do primeiro !raseF e!rou o segudoI eF saido do segudo !raseF e!rou o !erceiroI saido do !erceiro !raseF e!rou o Huar!oI eF ele*ado?se do Huar!o !raseF pee!rou o reio da ifiidade do espaçoI ele*ado?se do reio da ifiidade do espaçoF e!rou o reio da ifiidade de cosci6cia eF saido do reio da ifiidade de cosci6ciaF e!rou o reio do adaI eF saido do reio do adaF pee!rou o reio ode ão há percepção em ão?percepçãoI saido do reio ode ão há percepção em ão?percepçãoF alcaçou a suspesão da percepção e da sesação# G8m seguidaF o *eerá*el Aada dirigiu ao *eerá*el Auruddha as segui!es pala*ras: G W-e*eredo AuruddhaF o Abeçoado e!rou o 2ir*aaW# G W2ãoF irmão AadaF o Abeçoado aida ão e!rou o 2ir*aaI ele chegou = suspesão da percepção e da sesação#W G8 o AbeçoadoF ele*ado?se da suspesão de sua percepção e sesaçãoF pee!rou o reio em Hue ão há percepção em ão?percepçãoI eF ele*ado?se do reio em Hue ão há percepção em ão?percepçãoF e!rou o reio do adaI ele*ado?se do reio do adaF alcaçou o reio da ifiidade de cosci6ciaI eF saido do reio da ifiidade de cosci6ciaF pee!rou o reio da ifiidade de espaçoI saido do reio da ifiidade de espaçoF e!rou o Huar!o !raseI saido do Huar!o !raseF subiu ao !erceiroI eF ele*ado?se do !erceiro !raseF chegou ao
segudoI eF ele*ado?se do segudo !rase F alcaçou o primeiroI ele*ado?se do primeiro !raseF e!rou o segudoI ele*ado?se do segudo !raseF alcaçou o !erceiroI ele*ado?se do !erceiroF alcaçou o Huar!o !rase eF ele*ado?se do Huar!o !raseF o Abeçoado e!rou imedia!ame!e o 2ir*aa#G (' :otas ao a$tu*o III !% Gi*es, op# ci!#F $$% ??'?&B Ne3% M% /acGo5an, The imperial his!orN of ChiaF Xangai, !"R#, $$% &'B Friedric0 Hirth, The acie! his!orN of ChiaF o*um0ia @ni3ersity Press, !"R, $$% '"% % Gi*es, op# ci!#F $% ##B /acGo5an, op# ci!#F $$% '#B Hirth, op# ci!#F $$% !R'!% ?% Gi*es, op# ci!#F $% ??B /acGo5an, op# ci!#F $$% #'B douard ha3annes, ,es m&moires his!oriHues de Se?ma TsWieF Paris, !"'!"R, 3o*% I%, $$% '?#% QeMa'se tam0.m John % Ferguson, Chiese mi!hologNF The /itho*ogy o6 A*i Naces, 3o*% QIII, 4oston, !", $$% -' "' ?!% &% Esta 6>rmu*a, com e6eito, não . $recisamente a do ensinamento cristão comum, no 8ua*, em0ora seMa re*atado 8ue Jesus dec*arou 8ue 2o reino de eus est; dentro de 3>s2, as igreMas asse3eram 8ue, como o homem . criado a$enas 2 imagem2 de eus, a distinção entre a a*ma e seu criador 1 a0so*uta Q o 8ue mant.m, como $onto Z*timo de sua sa0edoria, a distinção dua*ista entre a 2a*ma eterna2 do homem e a di3indade% A transcend1ncia deste $ar de o$ostos não 1 encoraMada (de 6ato, . reMeitada como 2$antesmo2 e $or 3eCes 6oi recom$ensada com o $oste)B não o0stante, as oraçria da atitude cristã $ode ser resumida, em *inhas gerais, da seguinte 6orma+ !) $erodo de seguimento *itera* do mestre, Jesus, mediante a renZncia ao mundo, ta* como e*e 6eC (cristianismo $rimiti3o)B ) $erodo de meditação so0re o risto ruci6icado como di3indade $resente no ntimo, ao mesmo tem$o em 8ue a 3ida na terra era dedicada ao ser3iço desse deus (cristianismo $rimordia* e medie3a*)B ?) uma reMeição da maioria dos instrumentos de a$oio meditação, ao mesmo tem$o, contudo, em 8ue a 3ida na terra continua3a a ser dedicada ao ser3iço, ou o 3i3ente encarado como 3ecu*o, desse deus 8ue M; não era 3isua*iCado (cristianismo $rotestante)B &) tentati3a de inter$retação de Jesus como mode*o de ser humano, mas sem aceitação de seu asce'tismo (cristianismo *i0era*)% om$are'se supraF $% !#, nota ?% % Essas tr1s *endas constam do ece*ente estudo $sico*>gico do dr% tto Nan7, The mN!h of !he bir!h of !he hero (:er3ous and /enta* isease /onogra$h), :o3a Lor7, !"!R% @ma 3ariante da terceira hist>ria est; contida na @es!a romaorumF conto XXXI% #% :a 3erdade, ar*os /agno não tinha 0ar0a e era careca% -% s cic*os de ar*os /agno são eausti3amente discutidos $or Jose$h 4.dier em ,es legedes &piHuesF ?%2 ed%, Paris, !"#% "% ouis GinsC0erg, The legeds of !he Je]sF Fi*ad.*6ia, The Je5ish Pu0*ication Society o6 America, !"!!, 3o*% III, $$% "R'"&%George 4ird Grinne*, lacfoo! lodge !alesF :o3a Lor7, har*es Scri0ner]s Sons, !"!#, $$% ?!'?% !R% E*sie *e5s Parsons, Te]a !alesF /em>rias da Sociedade Americana de 6o*c*ore, XIX, !"#, $% !"?% !!% sentido desse conse*ho, 8ue $ode $arecer estranho ao *eitor ocidenta*, a6irma 8ue o aminho da e3oção Kbha!i mãrgaL de3e começar $e*as coisas conhecidas e amadas $e*o de3oto, e não $or conce$çgico, 8ue descre3e as migraçricos $ara a i*ha, suas 0ata*has e, em es$ecia*, as 6açanhas da raça de deuses conhecida como Tuatha e anaan, 2rianças da Grande /ãe, ana2B ) s Anais dos /i*esianos, ou crVnicas semi'hist>ricas da Z*tima raça a chegar, os 6i*hos de /i*.sius, 6undadores das dinastias ce*tas 8ue so0re3i3eram at. a chegada dos ang*o'normandos, so0 o reinado de Henri8ue II, no s.cu*o XIIB ?) ic*o de @*ster dos a3a*heiros do Namo Qerme*ho, 8ue trata $rimariamente das 6açanhas de uchu*ainn na corte do seu tio oncho0ar+ esse cic*o in6*uenciou am$*amente o desen3o*3imento da tradição arturiana no Pas de Ga*es, na 4retanha e na Ing*aterra Q a corte de oncho0ar ser3indo de mode*o do rei Artur e as 6açanhas de uchu*ainn s do so0rinho do rei Artur, Sir Ga5ain (Ga5ain 6oi her>i origina* de muitas a3enturas mais tarde atri0udas a ance*ot, Perci3a* e Ga*ahad)B &) ic*o dos Fenianos (Fianna)+ os Fenianos 6oram um gru$o de guerreiros her>icos comandados $or Finn /acoo* (c6% nota !, $% ?" supraLI o mais im$ortante conto desse cic*o . o do tri[ngu*o amoroso 6ormado $or Finn, sua noi3a Grianni e seu so0rinho iarmaid, de 8ue nos chegaram muitos e$is>dios no ce*e0rado conto de Tristão e Iso*daB ) endas dos Santos Ir*andeses% 2$o3o $e8ueno2 da tradição $o$u*ar de contos de 6adas da Ir*anda cristã . uma redução das $rimeiras di3indades $agas, as Tuatha de anaan% !% 2Tan 0> uai*igne2 (a $artir da 3ersão do oo of ,eis!erF # a'0, editado $or Kh% Sto7es e E% Kindisch, )rische !e/!eF Etramand Cu Serie I 0is, ei$Cig, !"R, $$% !R#'!!-B tradução ing*esa em E*eanor Hu**, The Cuchulli saga i )rish li!era!ureF ondres, !", $$% !?' !?#% !#% oo of ,eis!erF #&4'#-4, Sto7es e Kindisch, op# ci!#F $$% !?R'!#"B Hu**, op# ci!#F $$% !&'!&% !-% Etrado de E*eanor Hu**, op# ci!#F $% !&B traduCido do oo of ,eis!erF #A, Sto7es e Kindisch, op# ci!#F $$% !#'!-!% !% Hu**, op# ci!#F $$% !-&'!-#B do oo of ,eis!erF --, Sto7es e Kindisch, op# ci!#F $$% ?#'?--% om$are'se a trans6iguração de rishna, supraF $$% #'" e gra3ura IQB 3er tam0.m gra3uras II e XII% !"% @no Ho*m0erg (@no Har3a), .er aum des ,ebesF Anna*es Academiae Scientiarum Fennicae, ser% 4%, tomo XQI, n%2 ?, He*sin8ue, !"?, $$% -'"B etrado de :% Gorocho3, 2Lryn @o*an2 KT>*es!ia 9os!oco?Sibersago O!dela )# -ussago @eograficesago Obsces!*aF XQ), $$% &? ss% R% `ale*alaF III, "'?RR% !% /antenho a8ui a distinção entre o her>i'titã semi'anima* $rime3o (6undador da cidade, doador da cu*tura) e o ti$o $osterior, $*enamente humano% (QeMa'se $$% ?R#'?!!, supra#L As 6açanhas deste Z*timo costumam inc*uir a morte do $rimeiro, os Piti humano, assim como um dos her>is anteriores $ode ser humaniCado e trans6erido $ara uma .$oca $osteriorB mas essas contaminaçrmu*a gera*% % *ar7 Kiss*er e % % u3a**, $i!hologN of !he blacfee! idiasF Anthro$o*ogica* Pa$ers do /useu Americano de Hist>ria :atura*, 3o*% II, $arte IB :o3a Lor7, !"R", $$% '-% itado $or Thom$son, op# ci!#F $$% !!!'!!?%
?% Jaco0us de Qoragine, op# ci!#F ci*F 2Santa /arta, Qirgem2% &% @ma das c*asses de sacerdotes encarregados da $re$aração e a$*icação de ungDentos sagrados% % Sumo sacerdote, 8ue go3erna como 3ice'regente do deus% #% @m di3ertido e instruti3o eem$*o do 6racasso a0Meto de um grande her>i encontra'se no `ale*alaF Nunos IQ'QIII, onde Qinãm>inem 6racassa em sua corte, $rimeiramente de Aino e, mais tarde, da 2Mo3em de PohMo*a2% A hist>ria 1 $or demais *onga $ara este conteto% -% The ]ooig of 8merF resumido da tradução de uno /eyer, i E Hu**, op# ci!#F $$% -'&% % Parsons, op# ci!#F $% !"&% "% Firdausi, Shah 2amehF tradução de James At7inson, ondres e :o3a Lor7, !#, $% -% A mito*ogia $ersa tem suas raCes num sistema indo'euro$eu comum 8ue 6oi *e3ado das este$es do Arai e do ;s$io $ara a ndia e o Irã, assim como $ara a Euro$a% As $rinci$ais di3indades dos $rimeiros escritos sagradas (A3esta) dos $ersas corres$ondem de 6orma 0astante estreita s dos $rimeiros tetos indianos (QedasB 3er nota ?, $% !, supraL# /as os dois ramos 3iram'se su0metidos, em seus res$ecti3os $ases, a di6erentes in6*u1ncias, su0metendo'se a tradição 3.dica, $ouco a $ouco, s in6*u1ncias dra3dicas indianas e a $ersa, s in6*u1ncias sumeriano'0a0i*Vnicas% J; no $rimeiro mi*1nio antes de risto, a crença $ersa 6oi reorganiCada $e*o $ro6eta `aratustra (`oroastro), nos termos de um dua*ismo estrito dos $rinc$ios do 0em e do ma*, da *uC e das tre3as, dos anMos e dos demVnios% Essa crise a6etou $ro6undamente, não s> as crenças $ersas, como tam0.m as crenças he0raicas dominadas e, $ortanto (s.cu*os mais tarde), o cristianismo% E*a re$resenta um radica* a6astamento da inter$retação mito*>gica mais comum do 0em e do ma* como e6eitos $ro3enientes de uma Znica 6onte do ser, 8ue conci*ia e transcende toda $o*aridade% A P.rsia 6oi in3adida $e*os seguidores de /aom., em #& d%% s não con3ersos 6oram $assados ao 6io da es$ada% @m $e8ueno gru$o remanescente 0uscou re6Zgio na ndia, onde so0re3i3em at. os nossos dias como os $arses (2$ersas2) de 4om0aim% Passado um $erodo de 8uase tr1s s.cu*os, contudo, ocorreu uma 2restauração2 *iter;ria $ersa'maometana% s grandes nomes são+ Firdausi ("&R'!RRb), rnar hayyam (P'!!?b), :iCami (!!&R'!R?), Ja*a* ad'in Numi (!R-'!-?), Saadi (!!&b'!"!), Ha6iC (P'!?"b) e Jami (!&!&'!&")% Shah 2ameh (2$ico de Neis2) de Firdausi . uma recontagem, em 3ersos sim$*es e dec*aradamente narrati3os, da hist>ria da P.rsia antiga, remontando con8uista maometana% ?R% $*er, op# ci!#F $$% !??'!?&% ?!% Ada$tado de :i3erdita e oomaras5amy, op# ci!FF $$% ?#'?-% ?% oomaras5amy, iduism ad buddhismF $$% #'-% ??% /ateus, !R+?&'?-% ?&% haga*ad?gi!aF !+!'?% ?% Ant6onas das 6reiras, $ro6eridas 8uando de sua consagração como :oi3as de ristoB retirado de -oma po!ificai# Ne$roduCido em The soul afireF $$% "'"% ?#% GinC0erg, op# ci!#F 3o*% I, $$% ?R'?R#% Ne$roduCido com a $ermissão da Je5ish Pu0*ication Society o6 America% ?-% Ki*he*m Ste7e*, .ie Sprache des TraumesF sonho n%O &!% A morte a$arece a8ui, como o0ser3a o dr% Ste7e*, em 8uatro sm0o*os+ o Qe*ho Qio*inista, o Estr;0ico, a /u*her Idosa e o Jo3em am$on1s (o cam $on1s . o semeador e cei6ador)% ?% 4ernardino de SahagZn, is!oria geeral de )as cosas de 2ue*a 8spafiaF /.ico, !", *i3% III, ca$% ii'i3 (condensados)% A o0ra 6oi reeditada $or Pedro No0redo, /.ico, !"?, 3o*% I, $$% -'% ?"% Thomas A% Joyce, $e/ica archaelogNF ondres, !"!&, $% % &R% 2Tan 0> Negama2, editado $or Sto7es e Kindisch, )rische !e/!eF C5eite Seria, He6t% , ei$Cig, !-, $$% &!'&% A $assagem 6oi condensada a $artir de Hu**, op# ci!#F $$% !R?'!R-% &!% Parsons, op# ci!#F $$% !"&'!"% &% Ta!hãga!a: 2a8ue*e 8ue chegou ou se encontra Kga!aL num ta* estado ou condição K!a!haLI isto ., um I*uminado, um 4uda% &?% Ne$roduCido com a $ermissão dos editores de Henry *ar7e Karren, uddhism i !rasla!iosF Har3ard rienta* Series, ?, am0ridge, /assachusetts, Har3ard @ni3ersity Press, !"#, $$% "'!!R% om$arem'se os est;gios da emanação c>smica, supraF $% #&%
Cap0!ulo )9 .issoluçMes
!% Fim do microcosmo
O poderoso heróiF do!ado de poderes e/!raordiários Q capa> de le*a!ar o mo!e @o*ardham com um dedo e de preecher?se a si mesmo com a !err0*el glória do ui*erso QF & cada um de ós: ão o eu f0sicoF Hue podemos *er o espelhoF mas o rei Hue se eco!ra em osso 0!imo# `risha declara: GSou o 8uF Hue reside o coração de !odas as cria!uras# Sou o pric0pioF o meio e o fim de !odos os seresG "# 8is precisame!e o se!ido das oraçMes pelos mor!osF o mome!o da dissolução pessoal: Hue o idi*0duo agora re!ore ao seu pr0s!io cohecime!o da di*idade criadora de *ida HueF dura!e a sua *idaF es!e*e refle!ida o mago do seu coração# Guado efraHuece Q Huer efraHueça em fução da *elhice ou da efermidade QF a pessoa se liber!a desses liames !al como uma magaF um figo ou uma baga se liber!a do ramo Hue a re!&mI e ela se apressaF coforme seu igresso e local de origemF para *ol!ar = *ida# Assim como obresF policiaisF codu!ores de carruages e dirige!es de cidades esperam com comidaF bebida e apose!os por um rei Hue chegaF e/clamado: W8le chegou_ 8le chegou_WF assim !amb&m o esperam !odas as coisas Hue !6m esse cohecime!oF e/clamado: WAHui es!á o )mperec0*el_ AHui es!á o imperec0*el_WG % 8ssa id&ia ressoa já os Te/!os das Tumbas do a!igo 8gi!oF ode o mor!o ca!a a si mesmo como algu&m Hue formou uma uidade com .eus: GSou !oF eu Hue es!a*a so>ihoI Sou -& em sua primeira maifes!ação# Sou o @rade .eusF au!ogeradorF ue deu forma aos seus omesF sehor dos deusesF .e Huem ehum de!re os deuses chega per!o# ui o o!emF coheço o amahã# O campo de ba!alha dos deuses surgiu Huado falei# Sei o ome desse @rade .eus Hue a0 es!á# W,ou*or a -&W & o meu ome# Sou a grade 6i/ Hue es!á em eliópolisG '# $asF !al como ocorreu a mor!e do udaF o poder de fa>er o percurso regressi*o por i!eiroF ao logo das &pocas de emaaçãoF depede do cará!er do homem Huado *i*o# O mi!o fala de uma perigosa jorada da almaF com obs!áculos a serem !raspos!os# Os esHuimós da @roeldia eumeram um caldeirão fer*e!eF um osso p&l*icoF uma grade lmpada abrasadoraF guardiães?mos!ros e duas rochas Hue se chocam uma co!ra a ou!ra e *ol!am a separar?se (# 8sses eleme!os são carac!er0s!icas?padrão o folclore e a leda heróica de !odo o mudo# .iscu!imo?los acimaF os cap0!ulos dedicados = GA*e!ura do heróiG# 8ssas carac!er0s!icas receberam seu dese*ol*ime!o mais elaborado e sigifica!i*o a mi!ologia da 7l!ima jorada da alma# Uma oração as!eca a ser proferida o lei!o de mor!e ad*er!e aHuele Hue par!iu dos perigos Hue eco!rará o camiho de *ol!a para o pai esHuele!o dos mor!osF T>o!&?mocF GAHuele Hue Tem os Cabelos Ca0dosG: GCara criaça_ Passas!e e sobre*i*es!e aos labores des!a *ida# OraF hou*e por bem osso Sehor le*ar?!e daHui# Pois ão go>amos des!e mudo para sempreF mas apeas por um bre*e per0odoI ossa *ida eHui*ale ao a!o de os aHuecermos ao sol# 8 o Sehor os cocedeu a graça de os cohecermos mu!uame!e e de co*ersarmos us com os ou!ros es!a e/is!6ciaI mas agoraF esse mome!oF o deus chamado $ic!la!ecu!liF ou Acula?huáca!lF ou aida T>o!&mocF e a deusa cohecida por $ic!e?cac0hua!l !e !raspor!aram para loge# os!e le*ado = fre!e do Seu !rooI pois !odos de*emos ir a ele: esse lugar se des!ia a !odos ós e & *as!o# G2ão de*emos !er de !i HualHuer lembraça# abi!arás o local mais escuroF ode ão há lu> em jaela# 2ão re?!orarásF em par!irás da0I da mesma formaF ão pesarás a Hues!ão do re!oroF em com ela !e preocuparás# 8s!arás apar!ado de ós para sempre# Pobres e órfãos dei/as!e !eus filhos e e!osI ão de*es saber como eles !ermiarão seus diasF XemY a forma como passarão pelos labores da *ida# ua!o a ósF bre*e iremos !er co!igoF a0 ode de*es es!ar#G Os aciãos e ecarregados as!ecas prepara*am o corpo para o fueral eF depois de e*ol*6?lo da maeira apropriadaF !oma*am de um pouco de água e a despeja*am sobre sua cabeçaF di>edo ao falecido: G8is o Hue apro*ei!as!e Huado *i*ias o mudoG# 8 !oma*am de um peHueo c!aro de água e lhe fa>iam prese!eF di>edo: G8is algo para a joradaGI eles puham o c!aro as dobras de sua mor!alha# 8*ol*iam o falecido em seus cober!oresF prededo?o for!eme!eF e coloca*am dia!e deleF um de cada *e>F cer!os pap&is Hue ha*iam sido preparados: G9ejaF com is!o poderás passar pelas mo!ahas Hue esmagamG# GCom is!o pássaras pela es!rada ode a serpe!e esprei!a#G G)s!o sa!isfará o peHueo lagar!o *erdeF ochi!óal#G G8 obser*aF com is!o percorreras os oi!o deser!os de frio eregela!e#G G8is o meio pelo Hual cru>arás as oi!o peHueas colias#G G8is o recurso por meio do Hual sobre*i*erás ao *e!o das facas obsidiaas#G O falecido de*eria le*ar um peHueo cão cosigoF de p6los a*ermelhados e brilha!es# 8m !oro de seu pescoçoF era colocado um sua*e colar de algodãoI eles o ma!a*am e crema*am ju!ame!e com o cadá*er# O falecido usaria esse peHueo aimal para adar Huado passasse pelo rio do mudo iferior# 8F Hua!ro aos depois da passagemF chegaria com ele dia!e do deusF a Huem prese!earia com seus pap&is e doa!i*os# ei!o issoF seria admi!idoF ju!o com seu fiel compaheiroF ao G2oo AbismoG 1#
Os chieses falam da passagem por uma Po!e 8ca!ada sob a orie!ação da $oça de Jade e do Jo*em de Ouro# Os hidus descre*em um al!0ssimo firmame!o de c&us e um mudo iferior cheio de 0*eis de ifero# A almaF após a mor!eF gra*i!a para o 0*el apropriado = sua desidade rela!i*aF para digerir e assimilar !odo o se!ido de sua *ida pregressa# Apredida a liçãoF ela re!ora ao mudoF a fim de preparar?se para o pró/imo grau de e/peri6cia# .essa maeiraF percorre gradualme!e !odos os 0*eis de *alor *i!al a!& ul!rapassar os limi!es do o*o cósmico# AI i3ina com.dia, de .a!eF & uma e/aus!i*a re*isão desses es!ágios: o G)feroG represe!a a codição miserá*el do esp0ri!o aprisioado aos orgulhos e açMes da careI o GPurga!órioGF o processo de !rasmu!ação da e/peri6cia caral em e/peri6cia espiri!ualI e o GPara0soGF os graus de reali>ação espiri!ual# Uma profuda e pa*orosa *isão da jorada es!á prese!e em O *i3ro eg$cio dos mortos% O homem ou a mulher mor!os são ide!ificados com Os0ris eF com efei!oF chamados de Os0ris# Os !e/!os se iiciam com o lou*or a -& e a Os0risF passado em seguida para os mis!&rios do afrou/ame!o das a!aduras do esp0ri!o o mudo iferior# 2o cap0!ulo G.e como dar uma boca a Os0ris 2#G 5F eco!ramos a segui!e frase: G,e*a!o?me para fora do o*o a !erra escodidaG# Tra!a?se do a7cio da id&ia de mor!e como reascime!o# 8!ãoF o cap0!ulo G.e como abrir a boca de Os0ris 2#GF o esp0ri!o Hue desper!a ora: GPossa o deus P!á abrir miha bocaF e o deus da miha cidade afrou/ar as a!adurasF as a!aduras Hue es!ão sobre miha bocaG# 2os cap0!ulos G.e como fa>er um homem possuir memória o mudo iferiorG e G.e como dar um coração ao falecido o mudo iferiorGF o processo de reascime!o a*aça dois es!ágios# Começam em seguida os cap0!ulos rela!i*os aos perigos Hue o *iaja!e soli!ário de*e efre!ar e *ecer em sua jorada para o !roo do !err0*el jui># *i3ro eg$cio dos mortos era Hueimado ju!ame!e com a m7miaF para ser*ir de guia aos perigos do dif0cil camihoF e eram reci!ados cap0!ulos a &poca do fueral# 2um cer!o es!ágio da preparação da m7miaF o coração do falecido era aber!o e ele era colocado um escarabeu de basal!oF ecra*ado um egas!e de ouroF simboli>ado o solF eHua!o se reci!a*a a oração: G$eu coraçãoF miha mãeI meu coraçãoF miha mãeI meu coração de !rasformaçMesG# Tra!a?se de uma prescrição co!ida o cap0!ulo G.e como ão dei/ar Hue o coração de um homem lhe seja arreba!ado o mudo iferiorG# 8m seguidaF lemosF o cap0!ulo G.e como fa>er re!roceder o crocodilo Hue *em buscar as pala*ras mágicasG: G-e!rocedeF Crocodilo Hue assis!es o oes!e# # # -e!rocedeF Crocodilo Hue assis!es o sul# # # -e!rocedeF Crocodilo Hue assis!es o or!e### As coisas criadas es!ão o oco da miha mãoF e as Hue aida ão asceramF o meu corpo# 8s!ou *es!ido e !o!alme!e pro*ido das !uas pala*ras mágicasF ó -&F as Huais se eco!ram o c&u acima de mim e a !erra debai/o de mim###G O cap0!ulo G.e como rechaçar serpe!esG & o segui!eF *idoF depoisF o cap0!ulo G.e como afas!ar Apshai!G# A alma e/clamaF dia!e des!e 7l!imo dem;io: G8s!raha?!e de mimF ó !u cujos lábios corroemG# 2o cap0!ulo G.e como fa>er recuar as duas deusas $er!iGF a alma declara seu propósi!o e se pro!ege a si mesma ao afirmar ser filha do pai: G # # # rilho a par!ir do barco SectetB sou oroF filho de Os0risF e *im *er meu pai Os0risG#
Figura !"% sris, MuiC dos mortos
Os cap0!ulos G.e como *i*er de ar o mudo iferiorG e G.e como fa>er recuar a serpe!e -erec o mudo iferiorG le*am o herói a a*açar aida mais em seu camihoF a!& Hue chega a grade proclamação do cap0!ulo G.e como acabar as ma!aças le*adas a cabo em Su!e?eeGI G$eu cabelo & o cabelo de 2u# $eu ros!o . o ros!o do .isco# $eus olhos são os olhos de á!or# $eus ou*idos são os ou*idos de Apua!# $eu ari> & o ari> de ue!i?cas# $eus lábios são os lábios de Apu# $eus de!es são os de!es de SerHue!# $eu pescoço & o pescoço da di*ia deusa )sis# $ihas mãos são as mãos de a?eb?Ta!u# $eus a!ebraços são os a!e?braços de 2ei!F Sehora de Sais# $iha espiha dorsal & a espiha dorsal de Su!i# $eu falo & o falo de Os0ris# $eus ris são os ris de uer?aha# $eu pei!o & o pei!o do Poderoso o Terror# # # 2ão há membro do meu corpo Hue ão seja membro de algum .eus# O deus To! pro!ege?me o corpo de !odo em !odoF e sou -& !odos os dias# 2ão serei arras!ado para !rás pelos braços e igu&m segurará com *iol6cia mihas mãos# # #G
Figura R% A ser$ente .ti no mundo in6erior, consumindo com 6ogo um inimigo de sris%
Tal como ocorre a imagem budis!a bas!a!e pos!erior do odisa!*aF em cuja aur&ola há cico ce!eas de udas !rasformadosF cada um deles assis!ido por cico ce!eas de odisa!*asF Hue são ser*idosF por sua *e>F por um 7mero idefi0*el de deusesF aHui a alma alcaça a plei!ude de sua es!a!ura e do seu poder media!e a assimilação das di*idades pre*iame!e cosideradas dis!i!as dela e e/!eras a ela# 8ssas di*idades são projeçMes do seu próprio serI e a almaF Huado re!ora = sua real codiçãoF as reassume# 2o cap0!ulo G.e como respirar o ar e !er dom0io sobre a água do mudo iferiorGF a alma proclama?se a si mesma guardiã do o*o cósmico: GSal*eF ó sic;moro da deusa 2u!_ .á?me um pouco da água e do ar Hue moram em !i# Abraço o !roo Hue es!á em ermópolis e *elo e guardo o o*o do @rade Palrador# 8le cresceF eu cresçoI ele *i*eF eu *i*oI ele aspira o arF eu aspiro o arF eu o Os0ris 2#F em !riufoG# Seguem?se os cap0!ulos G.e como ão dei/ar a alma de um homem ser?lhe arreba!ada o mudo iferiorG e G.e como beber água e ão ser Hueimado o mudo iferiorGF chegado?se por fim ao grade po!o culmia!e Q o cap0!ulo G.e como sair = lu> o mudo iferiorGF o Hual a alma e o ser ui*ersal re*elam?se um só: GSou o!emF hoje e amahã e !eho o poder de ascer pela seguda *e>I sou a di*ia Alma ocul!a Hue criou os deuses e dá repas!os celes!iais aos cidadãos do $udo )ferior de Ame!e! e do C&u# Sou o leme do les!eF possuidor de dois ros!os di*ios em Hue se *6em os seus raios# Sou o Sehor dos mudos le*a!adosI o Sehor Hue sai da escuridão e cujas formas de e/is!6cia são da casa em cujo i!erior se acham os mor!os# Sal*eF ó dois falcMes Hue es!ais empoleirados em *ossos s0!ios de descasoF Hue ou*is as coisas di!as por eleF Hue guiais o esHuife para o local escodidoF Hue dirigis ao lado de -&F e Hue o seguis ao local mais ele*ado do sa!uário as al!uras celes!iais_ Sal*eF Sehor do Sa!uário Hue se eco!ra o meio da !erra# 8le & euF e eu sou eleF P!á cobriu de cris!al o seu c&u###G
Figura !% s du$*os de Ani e de sua es$osa tomando ;gua no outro mundo
.a0 por dia!eF a alma pode perambular pelo ui*erso como lhe aprou*erF como o demos!ram os cap0!ulos G.e como erguer os p&s e sair sobre a !erraGF G.e como *iajar para eliópolis e ali receber um !rooGF G.o homem Hue se !rasforma o Hue lhe apra>GF G.e como e!rar a Casa @radeG e G.e como e!rar = preseça dos .i*ios Pr0cipes Soberaos de Os0risW# Os cap0!ulos da chamada Cofissão 2ega!i*a declaram a pure>a moral do homem Hue foi redimido: G2ão come!i iiHidade# # # ão roubei com *iol6cia# # # ão pra!iHuei *iol6cia co!ra homem algum # # # ão roubei# # # ão ma!ei homem em mulher###G O li*ro !ermia com oraçMes de lou*or aos deusesF ha*edo aida cap0!ulos do !ipo G.e como !er e/is!6cia per!o de -&GF G.e como fa>er um homem *ol!ar para *er a sua casa a !erraGF G.e com !orar perfei!a a alma imor!alG e G.e como e!rar o barco de -&GD#
% Fim do macrocosmo .a mesma forma como o idi*0duo de*e dissol*er?seF assim !amb&m de*e aco!ecer ao ui*erso: Guado se percebe Hue passado um lapso de cem mil aosF cumpre reo*ar o cicloF os deuses chamados o7a 0yuhas, habi!a!es de um c&u de pra>er sesualF perambulam pelo mudoF com os cabelos ca0dos e *oado ao *e!oF chorado e e/ugado as lágrimas Hue *er!em com as próprias mãos e com as roupas rubras e em grade desordem# 8 eles e!ão auciam: G WSehoresF passado o lapso de cem mil aosF eis Hue o ciclo de*e ser reo*adoI es!e mudo será des!ru0doI da mesma maeiraF o poderoso oceao secaráI e essa ampla !erra e SumeruF o moarca das mo!ahasF serão Hueimados e des!ru0dos Q a!& o mudo de rahma se es!ederá a des!ruição do mudo# Por cosegui!eF sehoresF cul!i*ai a ami>adeI cul!i*ai a compai/ãoF o j7bilo e a idifereçaI cuidai de *ossas mãesI cuidai de *ossos paisI e horai *ossos aciãos e!re *osso po*oW# G.á?se a isso o ome de .is!7rbio C0clico#G E A *ersão maia do fim do mudo & represe!ada por uma ilus!ração Hue recobre a 7l!ima págia do Códe/ .res?deZ# 8sse a!igo mauscri!o regis!ra os ciclos dos plae!as e da0 deri*am cálculos a respei!o de *as!os ciclos cósmicos# Os 7meros?serpe!es Kassim chamados graças ao aparecime!o de um s0mbolo de serpe!e ju!o a siLF Hue aparecem per!o do fial do !e/!oF represe!am per0odos mudiais de apro/imadame!e !ri!a e Hua!ro mil aos Q do>e milhMes e meio de dias QF Hue são regis!rados repe!idas *e>es# G2esses per0odos Huase icoceb0*eisF !odas as uidades meores podem ser cosideradas como alcaçado um !ermo mais ou meos e/a!o# ue impor!am us poucos aos Hue se des*iem para aHui ou para ali essa *ir!ual e!eridadeR Por fimF a 7l!ima págia do mauscri!oF & descri!a a .es!ruição do $udoF para a Hual os 7meros mais ele*ados prepararam o camiho# AHui *emos a serpe!e da chu*aF es!ededo?se pelo c&uF produ>ido !orre!es de água# @rades corre!es de água saem do Sol e da ,ua# A *elha deusaF de presas de !igre e aspec!o medohoF a pa!roesse mal&*ola das iudaçMes e dos aguaceirosF e!ora a !igela das águas celes!iais# Os ossos cru>adosF !err0*el s0mbolo da mor!eF lhe adoram as *es!es e uma serpe!e colea!e coroa?lhe a cabeça# Abai/oF com uma laça apo!ada para bai/oF s0mbolo da des!ruição ui*ersalF o deus egro esprei!aF com um mocho praguejado em sua pa*orosa cabeça# 2a realidadeF aHui se acha re!ra!adoF de forma *i*idaF o ca!aclismo fial Hue egolfa !udo#G"[ Uma das mais for!es represe!açMes se eco!ra o Poe6ic Edda dos a!igos 3i7ings% Odi Ko!aLF o chefe dos deusesF Huis saber Hual o des!io Hue ele e seu pa!eão !eriamF e a G$ulher SábiaGF persoificação da própria $ãe do $udoF o .es!io ar!iculadoF fá?lo ou*ir "": G)rmãos comba!erão e!re si e se ma!arãoF 8 os filhos de irmãs macularão o pare!escoI .if0cil será a *ida a !erraF !omada por for!e corrupçãoI Tempo do machadoF !empo da espadaF de escudos Xpar!idosF Tempo do *e!oF !empo do loboF a!es de o mudo XdesabarI 8 os homes ão mais se pouparão us aos ou!rosG# 2a !erra dos giga!esF Jo!uheimF um belo galo *ermelhoF ca!aráI em 9alhallaF o galo Pe!e de OuroI o )feroF um pássaro cor de ferrugem# O cão @armF a ca*era da ecos!aF e!rada o mudo dos mor!osF abrirá suas imesas presas e rosará# A !erra !remerá# Os pehascos e ár*ores *irão abai/oF o mar !omará co!a da !erra# Os grilhMes de !odos os mos!ros aprisioados o i0cio serão par!idos: eris?,obo se liber!ará e a*açaráF com a presa iferiorF co!ra a !erra eF com a superiorF co!ra o c&u KGele mais alcaçaria se mais espaço hou*esseGLI o fogo sairá dos seus olhos e arias# A serpe!e Hue e*ol*e o mudoF do oceao cósmicoF se le*a!aráF com giga!esca f7riaF e a*açaráF ju!ame!e com o loboF co!ra a !erraF soprado *eeoF co!amiado !odo o ar e !oda a água# 2aglfar Ko a*io fei!o com uhas de homes mor!osL !erá suas amarras sol!as e !raspor!ará !odos os giga!es# Ou!ro a*io a*egará com os habi!a!es do ifero# 8 o po*o do fogo a*açará a par!ir do sul# uado o *igia dos deuses !ocar seu agudo chifreF os filhos guerreiros de Odi serão chamados para a ba!alha fial# .e !odos os ca!os do mudoF os deusesF giga!esF dem;iosF aMes e elfos se dirigirão ao campo de ba!alha# O rei/o do $udoF ggdrasilF !remerá e ada ficará li*re do !emorF o c&u ou a !erra#
Odi se laçará co!ra o loboF Tor co!ra a serpe!e# Tir co!ra o cão Q o pior mos!ro Q e reNr co!ra Sur!F o homem da chama# Tor ma!ará a serpe!eF afas!ar?se?á de> passos do po!o em Hue o fi>er eF por causa do *eeo sopradoF cairá mor!o a !erra# Odi será egolido pelo loboI depois dissoF 9idarrF apoiado um dos p&s sobre a mad0bula iferior do loboF lhe arracará a superior e lhe des!ruirá a garga!a# ,oi ma!ará eimdallr e será mor!o por ele# Sur! colocará fogo a !erra e Hueimará !odo o mudo# GO sol fica egroF a !erra afuda o marF As Hue!es es!relas são a!iradas c&u abai/oI or!es se !oram o *apor e a chama Hue u!re a *idaF A!& Hue o fogo se ele*e ao próprio c&u# 8is Hue @arm ui*a dia!e de @ipahellirF Os grilhMes se Huebram e o lobo se liber!aI $ui!o sei eu e mais posso *er# .o des!io dos deusesF os poderosos a lu!a#G G8 es!ado Jesus asse!ado o mo!e das Oli*eirasF apro/imaram?se dele seus disc0pulosF pergu!ado?lhe: .i>e?osF Huado sucederão essas coisasR 8 Hue sial ha*erá de !ua *idaF e da cosumação do mudoR G8F respodedoF disse?lhes Jesus: 9edeF ão *os egae algu&m# PorHue *irão mui!os em meu omeF di>edo: 8u sou Cris!oF e a mui!os egaarão# a*eis pois de ou*ir sobre guerras e rumores de guerra: olhaiF ão *os !urbeis: pois impor!a Hue assim aco!eçaF mas aida ão & o fim# PorHue se le*a!ará ação co!ra açãoF e reio co!ra reioF e ha*erá pes!il6ciaF fomes e !erremo!os em di*ersos lugares# 8 !odas essas coisas são pric0pios de dores# 8!ão *os e!regarão = !ribulaçãoF e *os ma!arão: e sereis aborrecidos por !odas as ge!es por causa do meu ome# 8 mui!os e!ão serão escadali>adosF e se e!regarão de par!e a par!e# 8 le*a!ar?se?ão mui!os falsos profe!asF e egaarão a mui!os# 8 porHua!o mul!iplicar?se?á a iiHidadeF a caridade de mui!os se resfriará# $as o Hue perse*erar a!& o fimF esse será sal*o# 8 será pregado esse 8*agelho do reio por !odo o mudoF em !es!emuho a !odas as ge!esI e e!ão chegará o fim# Guado *ós pois *irdes Hue a abomiação da desolaçãoF Hue foi predi!a pelo profe!a .aielF ma!ede?*os o lugar sa!o Ko Hue l6 e!eda:L 8!ão os Hue se acham a Jud&ia fujam para os mo!es: e o Hue se acha o !elhado ão desça le*ado coisa alguma de sua casa: e o Hue se acha o campo ão *ol!e a !omar sua !7ica# $as ai das Hue es!i*erem pejadas e das Hue criarem aHueles dias_ -ogai pois Hue ão seja a *ossa fuga o i*eroF ou em dia de sábado: PorHue será e!ão a aflição !ão grade HueF desde Hue há mudo a!& agoraF ão hou*e em ha*erá ou!ra semelha!e# 8 se ão se abre*iassem aHueles diasF ão se sal*aria pessoa alguma: por&m abre*iar? se?ão aHueles diasF em a!eção aos escolhidos# G8!ãoF se algu&m *os disser: OlhaiF aHui es!á o Cris!oF ou ei?lo acolá_F ão lhes deis cr&di!o# PorHue se le*a!arão mui!os falsos cris!os e falsos profe!as: Hue farão grades prod0gios e mara*ilhas !aisF HueF se fora poss0*elF a!& os escolhidos se egaariam# 9ede Hue eu *o?lo ad*er!i a!es# Se pois *os disserem: 8i?lo láF es!á o deser!oF ão saiais# 8i?lo cá mais re!irado da casaF ão lhes deis cr&di!o# PorHue do modo Hue um relmpago sai do orie!e e se mos!ra a!& o ocide!e: assim há de ser !amb&m a *ida do ilho do homem# 8m HualHuer lugar Hue es!i*er o corpoF a0 se hão de ju!ar !amb&m as águias# 8 logo depois da aflição daHueles diasF escurecer?se?á o solF e a lua ão dará a sua claridadeF e as es!relas cairão do c&u e as *ir!udes dos c&us se como*erão: e e!ão aparecerá o sial do ilho do homem o c&u: e e!ão !odos os po*os da !erra chorarãoF e *erão ao ilho do homemF Hue *irá sobre as u*es do c&u com grade poderF e majes!ade# 8 e*iará os seus ajos com !rombe!asF e aju!arão os escolhidos a par!ir dos Hua!ro *e!osF do mais remo!ado do c&u a!& as e/!remidades dele# # # $as daHuele diaF em daHuela horaF igu&m sabeF em os ajos do c&uF seão só o Pai#G F%
Q Parte II :otas ao a$tu*o IQ !% haga*ad?gi!aF !R+R% % rihadaraNaa UpaishadF &?%?#'?-% ?% James Henry 4reasted, .e*elopme! of religio ad !hough! i 8gNp!F :o3a Lor7, har*es Scri0ner]s Sons, !"!, $% -% Ne$roduCido com $ermissão dos editores% om$are'se o $oema de Ta*iesin, $$% ?&'?, supra# &% FranC 4oas, -aceF laguageF ad cul!ureF :o3a Lor7, !"&R, $% !&% QeMa'se supraF $$% !R'!R&% % SahagZn, op# ci!#F *i3% !, A$1ndice, ca$tu*o iB editado $or No0redo, 3o*% I, $$% &'#% ães 0rancos e $retos não $odem nadar no rio, $ois o cão 0ranco diria+ 2Eu me *a3eiU2 e o $reto diria+ 2Eu me suMeiU2 A$enas os cães de um 3erme*ho 0ri*hante $odem $assar $e*o cais dos mortos% #% : = o nome do 6a*ecido% Por eem$*o+ stris Ani, sris Au6an7h% -% 4aseado na tradução de E% A% K% 4udge+ The oo of !he .eadF !he papNrus of AiF scribe ad !reasurer of !he !emples of 8gNp!F abou! #C# "(1[F :o3a Lor7, !"!?% % Ne$roduCido com $ermissão da Har3ard @ni3ersity Press, de Henry *ar7e Karren, uddhism i !rasla!iosF $$% ?'?"% "% Sy*3anus G% /or*ey, A i!roduc!io !o !he s!udN of !he $aNa hieroglNphics (4o*etim - do 4ureau o6 American Ethno*ogy), Kashington, !"!, estam$a ? (diante da $;gina ?)% !R% )bid#F $% ?%
!!% re*ato a$resentado a seguir tem como 0ase o Poe!ic 8ddaF 2Qo*us$a2, & ss% (os 3ersos são citados da tradução de 4e**o5s, op# ci!#F $$% !"'R, &) e o Prose 8ddaF 2Gy*6aginning2, I (tradução de 4rodeur, op# ci!#F $$% --'!)% om a $ermissão da Fundação Americano' Escandina3a, editores% !% /ateus, &+?'?#%
EPIG /IT E SIEAE !% As mi* 6ormas 2ão há um sis!ema defii!i*o de i!erpre!ação dos mi!os e jamais ha*erá algo parecido com isso# A mi!ologia & semelha!e ao deus Pro!euF Go acião do marF de pala*ra ifal0*elG# O deus G!e!ará escaparF assumido !odas as formasF as dos seres Hue ras!ejam o soloF as dos seres da água e do fogo de implacá*el chamaG"# O *iaja!e da *ida Hue desejar receber o esiame!o de Pro!eu de*e Gsegurá?lo firmeme!e e aper!á?lo mais e maisG eF com o !empoF ele aparecerá em sua forma própria# $as esse de!ermiado deus jamais re*elaF mesmo ao mais habilidoso formulador de pergu!asF !odo o co!e7do de sua sabedoria# 8le replicaráF !ão? some!eF = pergu!a Hue lhe for fei!a e aHuilo Hue ele *ier a re*elar será gradioso ou !ri*ialF a depeder da pergu!a fei!a# Guado o sol alcaça o meio do firmame!oF esse is!a!e sai das odas o acião do marF de pala*ra ifal0*elF = fre!e do sopro do \&firo *em eleF cober!o pela escura madria do mar# 8 Huado saiF *ai ele dei!ar?se para dormir a coca*idade das ca*eras# 8 ao seu redor dormem as focasF filhas da bela deusa marihaF sa0das das ci>e!as águas do marI e acre & o odor Hue e/alamF *ido dos abismos profudos do salgado mar#GW O rei?guerreiro grego $eelauF Hue foi guiado por uma sol0ci!a filha desse *elho pai?mar sobre a locali>ação do co*il sel*agem e is!ru0do por ela a respei!o do procedime!o capa> de ob!er a respos!a do deusF só deseja*a pergu!ar o segredo de suas próprias dificuldades e o paradeiro dos seus amigos# 8 o deus ão se fe> de rogado# A mi!ologia !em sido i!erpre!ada pelo i!elec!o modero como um primi!i*o e desas!rado esforço para e/plicar o mudo da a!ure>a Kra>erLI como um produ!o da fa!asia po&!ica das &pocas pr&?his!óricasF mal compreedido pelas sucessi*as geraçMes K$llerLI como um reposi!ório de is!ruçMes alegóricasF des!iadas a adap!ar o idi*0duo ao seu grupo K.urheimLI como soho grupaiF si!omá!ico dos impulsos arHue!0picos e/is!e!es o i!erior das camadas profudas da psiHue humaa KJugLI como *e0culo !radicioal das mais profudas percepçMes me!af0sicas do homem KCoomaras]amNLI e como a -e*elação de .eus aos Seus filhos Ka )grejaL# A mi!ologia & !udo isso# Os *ários julgame!os são de!ermiados pelo po!o de *is!a dos ju0>es# PoisF a mi!ologiaF Huado subme!ida a um escru!0io Hue cosidere ão o Hue &F mas o modo como fucioaF o modo pelo Hual ser*iu = humaidade o passado e pode ser*ir hojeF re*ela?se !ão ses0*el Hua!o a própria *ida =s obsessMes e e/ig6cias do idi*0duoF da raça e da &poca#
% A 6unção do mito, do cu*to e da meditação
8m sua forma?*idaF o idi*0duo & ecessariame!e mera fração e dis!orção da imagem !o!al do homem# 8le & limi!adoF Huer como homem ou como mulherI a cada per0odo de sua *idaF ele & ou!ra *e> limi!ado a codição de criaçaF jo*emF adul!o maduro ou aciãoI ademaisF o papel Hue desempeha a *idaF & ecessariame!e especiali>ado como ar!esãoF comercia!eF ser*o ou ladrãoF sacerdo!eF l0derF esposaF freira ou pros!i!u!aI ele ão pode ser !udo# Por cosegui!eF a !o!alidade Q a plei!ude do homem Q ão se acha o membro separadoF mas o corpo da sociedade como um !odoI o idi*0duo pode serF !ão?some!eF um órgão# .o seu grupo ele deri*ou suas !&cicas de *idaF a l0gua por meio da Hual pesaF as id&ias por meio das Huais prosperaI do passado da sociedade procedem os gees Hue lhe formam o corpo# Se se a!re*er a apar!ar?seF por meio de açMes ou em !ermos de pesame!o e se!ime!oF ele apeas romperá o *0culo com as fo!es de sua e/is!6cia# As cerim;ias !ribais de ascime!oF iiciaçãoF casame!oF fueralF is!alaçãoF e!c#F ser*em para !radu>ir as crises e açMes da *ida do idi*0duo em formas clássicas e impessoais# 8las mos!ram o idi*0duo a si mesmoF ão como essa ou aHuela persoalidadeF mas como o guerreiroF a oi*aF a *i7*aF o sacerdo!eF o chefeI ao mesmo !empoF reaprese!amF dia!e dos demais membros da comuidadeF a *elha lição dos es!ágios arHue!0picos# Todos par!icipam do cerimoial de acordo com sua posição e fução# A sociedade i!eira se !ora *is0*el a si mesma como uidade *i*a imperec0*el# As geraçMes de idi*0duos passamF como c&lulas a;imas um corpo *i*oI mas a forma ma!eedora e i!emporal permaece# Por um alargame!o da *isãoF des!iado a fa>6?la abarcar esse superidi*0duoF cada pessoa se descobre aperfeiçoadaF eriHuecidaF apoiada e magificada# Seu papelF embora ie/pressi*oF & *is!o como algo i!r0seco = bela imagem?fes!i*al do homem Q a imagem po!ecial eF o e!a!oF ecessariame!e iibidaF Hue se eco!ra de!ro de cada pessoa# s obrigaçMes sociais dão co!iuidade = lição da e/is!6cia?fes!i*al o plao da e/is!6cia co!idiaa ormalF e o idi*0duo aida & *alidado# )*ersame!eF a idifereçaF a re*ol!a Q ou o e/0lio Q Huebram os coec!ores *i!ali>a!es# .o po!o de *is!a da uidade socialF o idi*0duo Hue se apar!ou & um mero adaF um refugoF ao passo Hue o homem ou a mulher Hue possa di>er hoes!ame!e Hue desempehou o papel Q de sacerdo!eF pros!i!u!aF raiha ou escra*o Q . alguma coisaF o pleo se!ido do *erbo ser% Os ri!os de iiciação e is!alaçãoF por!a!oF esiam a lição da uicidade essecial e!re idi*0duo e grupoI os fes!i*ais sa>oais abrem um hori>o!e de mais amplo alcace# Como o idi*0duo & um órgão da sociedadeF assim !amb&m a !ribo ou cidade Q da mesma maeira Hue !oda a humaidade Q & apeas uma fase do poderoso orgaismo do cosmo# Cos!uma?se descre*er os fes!i*ais sa>oais dos chamados po*os a!i*os como esforços de co!role da a!ure>a# Tra!a?se de uma represe!ação err;ea# á mui!o de desejo de co!rolar em cada uma das açMes do homemF par!icularme!e as cerim;ias mágicas =s Huais & a!ribu0do o poder de pro*ocar chu*aF curar doeças ou co!er a iudaçãoI ão obs!a!eF o mo!i*o domia!e em !odas as cerim;ias de real se!ido religioso Kem oposição =s da magia egraL & o da submissão aos aspec!os ie*i!á*eis do des!io Q eF os fes!i*ais sa>oaisF esse mo!i*o & par!icularme!e maifes!o# Aida ão foram fei!os regis!ros de ehum ri!o !ribal Hue !e!e e*i!ar a chegada do i*eroI pelo co!rárioF !odos os ri!os preparam a comuidade para supor!arF ju!ame!e com o res!o da a!ure>aF a es!ação de !err0*el frio# 8F Huado chega a prima*eraF os ri!os ão !6m como al*o compelir a a!ure>a a produ>ir de imedia!o milhoF feijão e abóboras para a comuidade improdu!i*aI ada disso: os ri!os ici!am !odo o po*o ao !rabalho da es!ação da a!ure>a# O prodigioso ciclo do aoF com suas iclem6cias e per0odos de go>oF & celebrado e delieadoF bem como represe!adoF como algo Hue prossegue o giro da *ida do grupo humao# $ui!as ou!ras simboli>açMes dessa co!iuidade po*oam o mudo da comuidade is!ru0da por meio da mi!ologia# Por e/emploF os clãs das !ribos caçadoras americaas com freH6cia se cosidera*am a si mesmos como descede!es de aces!rais meio aimaisF meio humaos# 8sses aces!rais foram paisF ão só dos membros humaos do clãF como !amb&m das esp&cies aimais Hue dão ome ao clãI desse modoF os membros humaos do clã do cas!or eram primos sag0eos do cas!orF pro!e!ores da esp&cie e pro!egidos pela sabedoria aimal do po*o da flores!a# Para dar ou!ro e/emplo: a hogan, ou cabaa de barro dos 2a*ajos do 2o*o $&/ico e do Ari>oaF & cos!ru0da os !ermos do plao da imagem a*ajo do cosmo# A e!rada es!á *ol!ada para o les!e# Os oi!o lados represe!am as Hua!ro direçMes e os po!os i!ermediários# Cada !ra*essa e cada Niga correspodem a um eleme!o da grade hogan da !erra e do c&u !odo?abarcadores# 8 como a alma do próprio homem & cosiderada como id6!ica em forma ao ui*ersoF a cabaa de barro & uma represe!ação da harmoia básica e!re o homem e o mudoF assim como uma forma de lembrar do camiho?*ida ocul!o da perfeição# $as há ou!ro camiho Q diame!ralme!e opos!o ao das obrigaçMes sociais e do cul!o popular# .o po!o de *is!a do camiho das obrigaçMesF !odos os Hue se eco!ram e/ilados da comuidade são um >ero = esHuerda# .o ou!ro po!o de *is!aF !oda*iaF esse e/0lio & o primeiro passo da busca# Cada pessoa !ra> de!ro de si mesma o !odoI por cosegui!eF & poss0*el procurá?lo e descobri?lo o próprio 0!imo# As difereciaçMes em !ermos de se/oF idade e ocupação ão são esseciais ao osso cará!erI ão passam de !rajes Hue u!ili>amos por algum !empo o palco do mudo# A imagem do homem Hue se acha o i!erior ão de*e ser cofudida com as *es!es Hue o e*ol*em# Pesamos em ós mesmos como americaosF filhos do s&culo F ocide!aisF cris!ãos ci*ili>ados# Somos *ir!uosos ou pecadores# 2o e!a!oF essas desigaçMes ão os di>em o Hue & ser um homemI
ser*em !ão?some!e para deo!ar os acide!es da geografiaF da da!a de ascime!o e da reda# ual & o osso 7cleoR ual o cará!er básico do osso serR O asce!ismo dos sa!os medie*ais e dos iogues da 0diaF as iiciaçMes os mis!&rios hele0s!icosF as a!igas filosofias do Orie!e e do Ocide!e são !&cicas para le*ar a cosci6cia idi*idual a re!irar a 6fase das *es!es# As medi!açMes prelimiares do aspira!e afas!am?lhe a me!e e os se!ime!os dos acide!es da *idaF le*ado?o ao po!o essecial# G2ão sou is!oF em aHuiloGF ele medi!aF Gão sou miha mãeF em meu filho Hue acabou de morrerI em meu corpoF Hue es!á efermo ou *elhoI em meu braçoF meus olhosF miha cabeçaI em a soma de !odas essas coisas# 2ão sou meu se!ime!oF em miha me!eF em meu poder de i!uição#G Por meio dessas medi!açMesF ele & le*ado =s suas próprias camadas profudas e !ermia por alcaçar imperscru!á*eis percepçMes# 2ão há Huem possa re!orar desses e/erc0cios e le*ar a s&rio o fa!o de ser o sr# ulao de TalF de !al cidadeF 8s!ados Uidos# Q A sociedade e as obrigaçMes ficam de lado# O sr# ulao de TalF !edo descober!o seu próprio po!ecialF *ol!a?se para de!ro de si e se dis!acia# 8sse & o es!ágio de 2arciso co!emplado a fo!e e do uda se!ado em co!emplação sob a ár*oreF mas ão & o al*o 7l!imoI !ra!a?se de um passo ecessárioF mas ão do fim# O al*o ão cosis!e em 3er, mas em reali>ar aHuilo Hue se ., a ess6ciaI e assim ficamos li*res para *agarF como essa ess6ciaF pelo mudo# Al&m dissoF o mudo !amb&m & fei!o dessa ess6cia# A ess6cia de cada um de ós e do mudo & a mesma# Assim sedoF a separaçãoF o afas!ame!o já ão são ecessários# Aode Huer Hue *á e o Hue Huer Hue possa fa>erF o herói sempre se acha a preseça de sua própria ess6cia Q pois ele !em o olho aprimorado para *er# 2ão há separação# Por!a!oF assim como o camiho da par!icipação social pode le*arF o fialF a uma percepção do Todo o idi*0duoF assim !amb&m o e/0lio le*a o herói a eco!rar o 8u em !udo# 9ol!ada para esse po!o odalF a Hues!ão do ego0smo ou do al!ru0smo desaparece# O idi*0duo se perdeu a lei e reasceu a ide!idade com !odo o se!ido do ui*erso# Para 8leF por 8leF o mudo foi fei!o# GB $aom&GF disse .eusF Gse ão e/is!issesF eu ão !eria criado o c&u#G
?% her>i hoMe Tudo isso aida se eco!raF a realidadeF loge da cocepção co!emporeaI pois o ideal democrá!ico do idi*0duo au!ode!ermiadoF a i*eção da máHuia mo*ida por um mo!or e o dese*ol*ime!o do m&!odo cie!0fico de pesHuisa !rasformaram a !al po!o a *ida humaaF Hue o ui*erso i!emporal de s0mbolosF há mui!o herdadoF e!rou em colapso# 2as fa!0dicas pala*ras de \ara!us!raF de 2ie!>scheF Hue foram o arau!o de uma &pocaF Gmor!os es!ão !odos os deusesG '# Cohecemos o co!oI ele foi co!ado de mil maeiras# Tra!a?se do ciclo do herói da &poca moderaF a prodigiosa his!ória da chegada da humaidade = idade adul!a# O fasc0io do passadoF o ca!i*eiro da !radição foram abalados com firmes e cer!eiros golpes# A !eia o0rica do mi!o ruiuI a me!e se abriu = plea cosci6cia desper!aI e o homem modero emergiu da igorcia a!igaF !al como uma borbole!a do seu casuloF ou !al como o solF de madrugadaF do 7!ero da mãe oi!e# 2ão se !ra!a apeas da ie/is!6cia de locais os Huais os deuses possam se ocul!ar do !elescópio e do microscópio perscru!a!esI já ão há sociedades do !ipo a Hue os deuses um dia ser*iram de supor!e# A uidade social ão & um por!ador de co!e7do religiosoF mas uma orgai>ação eco;mico?pol0!0ca# Seus ideais ão são os da pa!omima hierá!ica Q Hue !ora *is0*eisF a !erraF as formas do c&u QF mas sim os ideais do 8s!ado secularF uma dura e icasá*el compe!ição por supremacia ma!erial e por recursos# Já ão e/is!emF e/ce!o em áreas aida ão e/ploradasF sociedades isoladasF limi!adas em !ermos o0ricos o mbi!o de um hori>o!e mi!ologicame!e carregado# 8F o i!erior das próprias sociedades progressis!asF !odos os 7l!imos *es!0gios da a!iga heraça humaa do ri!ualF da moralidade e da ar!e se eco!ram em pleo decl0io# O problema da humaidade hojeF por!a!oF & precisame!e o opos!o daHuele Hue !i*eram os homes dos per0odos compara!i*ame!e es!á*eis das grades mi!ologias coordea!esF hoje cohecidas como i*erdades# 2aHueles per0odosF !odo o se!ido residia o grupoF as grades formas a;imasF e ão ha*ia ehum se!ido o idi*0duo com a capacidade de se e/pressarI hoje ão há ehum se!ido o grupo Q ehum se!ido o mudo: !udo es!á o idi*0duo# $asF hojeF o se!ido & !o!alme!e icoscie!e# 2ão se sabe o al*o para o Hual se camiha# 2ão se sabe o Hue mo*e as pessoas# Todas as lihas de comuicação e!re as >oas coscie!e e icoscie!e da psiHue humaa foram cor!adas e fomos di*ididos em dois# A !arefa do heróiF a ser empreedida hojeF ão & a mesma do s&culo de @alileu# Ode e!ão ha*ia !re*asF hoje há lu>I mas . igualme!e *erdadeiro HueF ode ha*ia lu>F hoje há !re*as# A modera !arefa do herói de*e cofigurar?se como uma busca des!iada a !ra>er ou!ra *e> = lu> a A!l!ida perdida da alma coordeada# 8*ide!eme!eF esse !rabalho ão pode ser reali>ado egado?se ou descar!ado?se aHuilo Hue !em sido alcaçado pela re*olução moderaI pois o problema ão & seão o de !orar o mudo modero espiri!ualme!e sigifica!i*o Q ou Keuciado esse mesmo pric0pio de forma i*ersaL o de possibili!ar Hue homes e mulheres alcacem a plea ma!uridade humaa por i!erm&dio das codiçMes da *ida co!emporea# 2a *erdadeF essas codiçMes sãoF elas mesmasF aHuilo Hue !orou as a!igas fórmulas iefica>esF ilusórias e mesmo periciosas# 2os ossos diasF a comuidade & o plae!a e ão a ação com seus limi!esI eis por Hue os padrMes da agressão proje!adaF Hue a!es ser*iam para coordear o grupo *ol!ado para si mesmoF hoje podem apeas di*idi?lo em facçMes# A id&ia de açãoF com a badeira ser*ido de !o!emF ser*e hoje de eleme!o egradecedor do ego
ifa!ilF e ão de eleme!o aiHuilador da si!uação ifa!il# Seus ri!uais?paródias do campo de e/erc0cios pres!am?se aos fis de @achoF o !irao?dragãoF e ão ao .eus o Hual o au!o?i!eresse & aiHuilado# 8 os umerosos sa!os desse a!icul!o Q a saberF os pa!rio!as cujas fo!ografias ub0HuasF drapeadas de es!adar!esF ser*em de 0coes oficiais Q são precisame!e os guardiães do limiar local Kosso dem;io Cabelo PegajosoLF Hue se cofigura como o primeiro problema Hue o herói de*e superar# .a mesma maeiraF ão podem as grades religiMes do mudoF !al como são e!edidas em ossos diasF a!eder a essa e/ig6cia# Pois es!as !oraram?se associadas com as causas das facçMesF como is!rume!os de propagada e de au!ocogra!ulação# K$esmo o budismo ul!imame!e sofreu essa degradaçãoF como reação =s liçMes do Ocide!e#L O !riufo ui*ersal do 8s!ado secular laçou !odas as orgai>açMes religiosas uma posição !ão clarame!e secudária eF em 7l!ima aáliseF !ão iefica> HueF os dias de hojeF pa!omima religiosa dificilme!e & mais do Hue um e/erc0cio sa!arrão para as mahãs de domigoF eHua!o a &!ica dos egócios e o pa!rio!ismo regem os demais dias da semaa# O mudo Hue fucioa ão reHuer essa sa!idade de facariaI pelo co!rárioF fa>?se ecessária uma !rasmu!ação de !oda a ordem socialF de maeira HueF por meio de !odo a!o e de!alhe da *ida secularF a imagem *i!ali>a!e do deus?homem ui*ersal Q aHuele HueF em *erdadeF & imae!e e efica> em cada um de ós Q possa ser !ra>idaF de alguma formaF ao cohecime!o da cosci6cia# 8 ão es!amos dia!e de um !rabalho Hue a cosci6cia possa reali>ar por si mesma# A cosci6cia !em !a!a codição para i*e!arF ou mesmo predi>erF um s0mbolo efe!i*oF Hua!o !em para pre*er ou co!rolar o soho des!a oi!e# Todo o !rabalho *em sedo fei!o em ou!ro 0*elF passado pelo Hue es!á fadado a ser um processo logo e bas!a!e assus!adorF ão apeas as camadas profudas de cada psiHue *i*a o mudo moderoF mas !amb&m os !i!icos campos de ba!alha os Huais se co*er!euF ul!imame!eF !odo o plae!a# 8s!amos assis!ido = !err0*el colisão das Simpl&gadesF pelas Huais a alma de*e passar Q sem se ide!ificar com ehum dos lados# $as há algo Hue podemos saber: = medida Hue *ão se !orado *is0*eisF os o*os s0mbolos ão serão id6!icos as *árias par!es do globoI as circus!cias da *ida localF da raça e da !radição de*em serF !odas elasF compos!as de maeira efe!i*a# Por cosegui!eF & ecessário Hue os homes e!edam Q e sejam capa>es de *er Q HueF por meio dos *ários s0mbolosF & re*elada a mesma redeção# GA *erdade & uma sóGF di>em os 9edasF Gmas sábios falam dela sob mui!os omes#G Uma 7ica cação & e!oada por !odas as di*ersas *o>es do coral humao# Assim sedoF & sup&rflua a propagada geral em fa*or de uma ou ou!ra solução local Q ouF mais pro*a*elme!eF uma ameaça# O camiho para os !orarmos humaos cosis!e em apreder a recohecer os co!oros de .eus das prodigiosas modulaçMes da face do homem# Com esse recohecime!oF chegamos ao id0cio fial a respei!o de Hual de*e ser a orie!ação espec0fica da modera !arefa do herói e descobrimos a real causa da desi!egração de !odas as ossas fórmulas religiosas herdadas# O ce!ro de gra*idadeF is!o &F o ce!ro do reio do mis!&rio e do perigoF sofreu um deslocame!o defii!i*o# Para os po*os primi!i*osF caçadores dos mais remo!os mil6ios da his!ória humaaF em Hue o !igre de de!es de sabreF o mamu!e e as preseças meos impor!a!es do reio aimal cos!i!u0am as maifes!açMes primárias do difere!e Q a fo!e do perigo eF ao mesmo !empoF do sus!e!o QF o grade problema humao cosis!ia em !orar?se psicologicame!e *iculado = !arefa de compar!ilhar as sel*as com esses aimais# Ocorreu uma ide!ificação icoscie!eF Hue !ermiou por assumir forma coscie!e as figurasF meio humaas e meio aimaisF dos aces!rais?!o!es mi!ológicos# Os aimais !oraram?se !u!ores da humaidade# Por meio de a!os de imi!ação li!eral Q !ais como os Hue hoje ocorrem o parHue ifa!il Kou o hosp0cioL QF foi reali>ada uma aiHuilação efe!i*a do ego humao e a sociedade alcaçou uma orgai>ação coesa# .a mesma formaF as !ribos Hue !iham como base de sus!e!o os alime!os *ege!aisF !oraram?se *iculadas = pla!aI os ri!uais *i!ais do pla!io e da colhei!a foram ide!ificados como os da procriaçãoF do ascime!o e do progresso em direção = ma!uridade dos seres humaos# Toda*iaF !a!o o mudo *ege!al como o mudo aimal !ermiaram por *er?se subme!idos ao co!role da sociedade# A par!ir dissoF o grade campo dos prod0gios is!ru!i*os se deslocou Q para os c&us Q e a humaidade represe!ou a grade pa!omima do sagrado rei?luaF do sagrado rei?solF do 8s!ado hierá!ico e plae!ário e dos fes!i*ais simbólicos das esferas de regulagem do mudo# 8m ossos diasF esses mis!&rios perderam sua forçaI seus s0mbolos já ão i!eressam = ossa psiHue# A oção de uma lei cósmicaF a Hue !oda a e/is!6cia ser*e e = Hual o próprio homem de*e cur*ar?seF passou desde e!ão pelos es!ágios m0s!icos prelimiares represe!ados a a!iga as!rologiaF e hoje & simplesme!e acei!aF em !ermos mecicosF como fa!o cosumado# A descida das ci6cias ocide!ais do c&u para a !erra Kda as!roomia do s&culo 9)) = biologia do )LF bem como sua coce!raçãoF os dias de hojeF por fimF o homem Ka a!ropologia e a psicologia do s&culo LF marcam o camiho de uma prodigiosa !rasfer6cia do po!o focai do milagre humao# 2ão o mudo aimalF o mudo *ege!alF em o milagre das esferasI o mis!&rio crucial &F em ossos diasF o próprio homem# O homem cofigura?se como aHuela preseça es!raha com a Hual de*em as forças do ego0smo chegar a um acordoF preseça por meio da Hual o ego de*e ser crucificado e ressusci!ado e = cuja imagem a sociedade de*e ser reformada# O homem e!edidoF e!re!a!oF ão como G8uGF mas sim como GTuG: pois ehum dos ideais e is!i!uiçMes !emporais de HualHuer !riboF raçaF co!ie!eF classe social ou s&culoF sejam Huais foremF pode cofigurar?se como a medida da mara*ilhosa e/is!6cia di*iaF ie/aur0*el e mul!ifáriaF Hue cos!i!uiF em !odos ósF a *ida#
O herói moderoF o idi*0duo modero Hue !em a coragem de a!eder ao chamado e empreeder a busca da morada dessa preseçaF com a Hual !odo o osso des!io de*e ser si!oi>adoF ão pode Q eF a *erdadeF ão de*e Q esperar Hue sua comuidade rejei!e a degradação gerada pelo orgulhoF pelo medoF pela a*are>a racioali>ada e pela icompreesão sa!ificada# G9i*eGF di> 2ie!>scheF Gcomo se o dia !i*esse chegado#G 2ão & a sociedade Hue de*e orie!ar e sal*ar o herói cria!i*oI de*e ocorrer precisame!e o co!rário# .essa maeiraF !odos compar!ilhamos da suprema pro*ação Q !odos carregamos a cru> do rede!or QF ão os mome!os brilha!es das grades *i!órias da !riboF mas os sil6cios do osso próprio desespero#
:otas ao E$*ogo !% Odiss&iaF IQ, &!-'&!, tradução de S% H% 4utcher e Andre5 ang, ondres, !-"% % )bid#F IQ, &RR'&R#% ?% :ietCsche, Thus spae \ara!hus!raF !%%?%
)lus!raçMes co!idas o !e/!o "# Si*enos e /1nades% -e!irada de uma fora com desehos em egroF c# (1[?1[[ a#CF descober!a um !7mulo de @elaF Sic0lia# (/onumenti antichi, publicados pela -eale Accademia dei ,iceiF *ol# 9))F "Z[DF es!ampa 9))#L %# /inotauroma8uia% .e um *aso grego a!igoF de boca largaF com desehos em *ermelhoF s&culo 9 a#C# 2a ilus!raçãoF Teseu ma!a o $io!auro com uma espada cur!aI !ra!a?se da *ersão comum em pi!uras de *aso# 2os rela!os escri!osF o herói usa apeas as mãos# (o**ection des 3ases grecs de /% *e omte de atn0erg, orgai>ada e publicada por Ale/adre de )a ordeF ParisF "E"'F es!ampa #L '# siris, so0 a 6orma de um touro, trans$orta seu adorador $ara o mundo in6erior% .e um mausol&u eg0pcio guardado o $useu ri!ico# K8# A# allis udgeF siris and the Egy$tian resurrection, ,odresF Philip ,ee arerI 2o*a orF @# P# Pu!amWs SosF "Z""F *ol# )F p# "'#L (# @*isses e as Sereias% .e um recipie!e gregoF para perfumeF com desehos policromadosF s&culo 9 a#CF a!ualme!e o $useu Ce!ral de A!easF @r&cia# K8ug&ie SellersF GThree A!!ic ,eN!hoi from 8re!riaGI Journa* o6 He**enic Studies, *ol# )))F "EZ%F es!ampa )#L 1# A Mornada no mar da escuridão+ Jos. no $oçoB risto no tZmu*oB Jonas e a 0a*eia% Págia re!irada da 4i0*ia $au$erum, do s&culo 9F edição alemãF "(D"# $os!ra prefiguraçMesF co!idas o A!igo Tes!ame!oF da his!ória de Jesus# Compare com as figuras E e ""# K8dição da eimar @esellschaf! der ibliophileF "Z[5#L 5# sis, so0 a 6orma de 6a*cão, une'se a sris no mundo in6erior% Tra!a?se do mome!o da cocepção de oroF Hue desempeharia um papel sobremaeira impor!a!e a ressurreição de seu pai# KCompare com a figura "[#L -e!irado de uma s&rie de bai/os?rele*osF gra*ados as paredes do !emplo de Os0risF em .ederaF Hue ilus!ram os mis!&rios reali>ados aualme!e aHuela cidade em lou*or ao deus# K8# A# allis udgeF siris and the Egy$tian resurrection, ,odresF Philip ,ee arerI 2o*a orF @# P# Pu!amWs SosF "Z""F *ol# ))F p# %E#L D# sis d; $ão e ;gua a*ma% K8# A# allis udgeF siris and the Egy$tian resurrection, ,odresF Philip ,ee arerI 2o*a orF @# P# Pu!amWs SosF "Z""F *ol# ))F p# "'(#L E# A con8uista do monstro+ a3i e Go*iasB As a6*içrgona $erseguindo Perseu, 8ue 6oge com a ca0eça de /edusa% PerseuF armado com uma cimi!arra Hue lhe foi dada por ermesF apro/imou?se das !r6s @órgoasF eHua!o es!as dormiamF cor!ou a cabeça de $edusaF guardou?a a bolsa e fugiu as asas de suas sadálias mágicas# 2as *ersMes li!eráriasF o herói par!e sem ser percebidoF graças a um gorro Hue lhe da*a i*isibilidadeI *emo?loF aHuiF co!udoF perseguido por uma das @órgoas sobre*i*e!es# .e uma fora com desehos em *ermelhoF s&culo 9 a#CF da coleção do A!iHuário de $uiHue# KAdolf ur!]áglerF riedrich auser e `arl -eichholdF Griechische Qasenma*erei, $uiHueF # rucmaF "Z[(?"Z'%F es!ampa "'(#L Z# Perseu 6ugindo com a ca0eça de /edusa na 0o*sa% 8s!a figura e a precede!e aparecem em lados opos!os da mesma fora# O efei!o do arrajo & curioso e *i*ido# K9eja?se ur!]áglerF auser e -eichholdF o$% cit%, s&rie )))F !e/!oF p# DDF fig# 'Z#L "[# A ressurreição de sris% O deus sai do o*oI +sis Ko falcão da figura 5L o pro!ege com as asas# oro Ko filho cocebido o Casame!o Sagrado da figura 5L segura o AcF ou amule!o da *idaF dia!e da face do pai# .e um bai/o?rele*o de ile# K8# A# allis udgeF siris and the Egy$tian resurrection, ,odresF Philip ,ee arerI 2o*a orF @# P# Pu!amWs SosF "Z""F *ol# ))F p# 1E#L ""# ressurgimento do her>i+ Sansão com as $ortas do tem$*oB risto ressuscitadoB Jonas% K$esma fo!e da figura 1#L "%# retorno de Jasão% Tra!a?se de uma cocepção da a*e!ura de Jasão ão represe!ada a !radição li!erária# GO pi!or do *aso parece !er?se lembradoF de alguma forma es!raha e fa!asmagóricaF de Hue o ma!ador do dragão & descede!e do próprio dragão# 8le reasce das mad0bulas des!e#G KJae arrisoF Themis, a study o6 the socia* origins o6 Gree7 re*igion, Cambridge Ui*ersi!N PressF %#a ed#F "Z%DF p# ('1L# O 9elocio de Ouro pede da ár*ore# A!eaF padroeira dos heróisF aguarda com sua coruja# Obser*e?se a @órgoa em sua Vgide Kcompare com a gra*ura ))L# .e um *aso da Coleção 8!rusca do 9a!icao# )lus!ração reprodu>ida a par!ir de uma fo!o de .# AdersoF -oma#
"'# Wuadro da criação taumotuana% Abai/o: O o3o c>smico% Acima: $o3o a$arece e d; 6orma ao uni3erso% K`ee!h P# 8morNF GThe Taumo!ua crea!io char!s bN PaioreGF Journa* o6 the Po*ynesian Society, *ol# (EF #k "F p# '#L "(# A se$aração entre o c.u e a terra% Uma figura comum as !umbas e papiros eg0pcios# O deus Shu?ea separa 2u! Ko c&uL de Seb Ka !erraL# Tra!a?se do mome!o da criação do mudo# K# $a/ $llerF Egy$tian mytho*ogy, The mN!hologN of ali racesF *ol# ))F os!oF $arshall Joes CompaNF "Z"EF p# ((#L "1# num mode*a o 6i*ho do 6ara> na argi*a, en8uanto Tot determina seu tem$o de 3ida% .e um papiro do per0odo p!olomaico# K8# A# allis udgeF The gods o6 the Egy$tians, ,odresF $e!hue ad Co#F "Z[(F *ol# ))F p# "["#L "5# :ut (o c.u) cria o so*B s raios deste $roMetam'se so0re Hator no horiConte (amor e 3ida)% A esfera Hue se eco!ra a boca da deusa represe!a o sol de madrugadaF pres!es a ser !ragado e a ascer de o*o# K8# A# allis udgeFT0e gods o6 t0e Egy$tians, ,odresF $e!hue ad Co#F "Z[(F *ol# )F p# "["#L "D# Petrog*i6o $a*eo*tico (Arg.*ia)% .e um s0!io pr&?his!órico as pro/imidades de Tiou!# O aimal com forma de ga!oF Hue se eco!ra e!re o caçador e a a*es!ru>F !al*e> seja alguma *ariedade de pa!era de caça !reiadaI a bes!a com chifresF Hue o caçador dei/a com a sua mãeF & um aimal domes!icadoF pas!ado# K,eo robeius e ugo ObermaierF H;dschra /;7tu0a, $uiHueF `# ollffF "Z%1F *ol# ))F es!ampa DE#L "E# O rei Ten (Egito, $rimeira dinastia, c% ?RR a%%) esma ga a ca0eça de um $risioneiro de guerra% .e uma placa de marfim eco!rada em Abido# G)media!ame!e a!rás do ca!i*oF há um s0mbolo ecimado pela figura de um chacalF Hue represe!a um deusF A7bis ou Apua!F o Hue dei/a claro !ra!ar?se de um sacrif0cio a um deusF fei!o pelo rei#G K8# A# allis udgeF siris and t0e Egy$tian resurrection, ,odresF Philip ,ee arerI 2o*a orF @# P# Pu!amWs SosF "Z""F *ol# )F p# "ZDI !recho: p# %[D#L "Z# sris, MuiC dos mortos% A!rás do deus es!ão as deusas +sis e 2&f!is# .ia!e dele há uma flor de ló!us ou l0rioF sus!e!ado seus e!osF os Hua!ro filhos de oro# Abai/o Kou ao ladoL deleF há um lago de águas sagradasF a fo!e di*ia do 2ilo a !erra Kcuja origem 7l!ima es!á o c&uL# O deus seguraF a mão esHuerdaF o magual ou lá!egoI a direi!aF !ra> o cajado# A corija acima es!á orame!ada por uma fileira de oi!o uraei Xserpe!es di*iasY sagradasF cada uma das Huais sus!e!a um disco# 8/!ra0do do Papiro de uefer# K8# A# allis udgeF siris and t0e Egy$tian resurrection, ,odresF Philip ,ee arerF 2o*a orF @# P# Pu!amWs SosF "Z""F *ol# )F p# %[#L %[# A ser$ente .ti no mundo in6erior, consumindo com 6ogo um inimigo de sris% Os braços da *0!ima são presos =s cos!as# Se!e deuses presidem o e*e!o# .e!alhe de uma cea Hue represe!a uma área do mudo iferior a!ra*essada pelo arco Solar a oi!a*a hora da oi!e# .o chamado G,i*ro dos Por!Mes do TemploG# K8# A# allis udgeF T0e gods o6 the Egy$tians, ,odresF $e!hue ad Co#F "Z[(F *ol# )F p# "Z'#L %"# s du$*os de Ani e de sua es$osa tomando ;gua no outro mundo% 8/!ra0do do Papiro de Ai# K8# A# allis udgeF siris and the Egy$tian resurrection, ,odresF Philip ,ee arerI 2o*a orF @# P# Pu!amWs SosF "Z""F *ol# ))F p# "'[#
-elação de gra*uras )# domador de monstros (Sum.ria)% $osaico gra*ado em cocha K!al*e> seja o orame!o de uma harpaLF re!irado de um !7mulo real de UrF c# '%[[ a#C# A figura ce!ral &F pro*a*elme!eF @ilgam&s KCor!esia do $useu Ui*ersi!árioF ilad&lfia#L ))# unic>rnio cati3o (França)% .e!alhe da !apeçaria A caça ao unic>rnio, !ecidaF pro*a*elme!eF para racisco ) da raçaF c# "1"( d#C# KCor!esia do $useu $e!ropoli!ao de Ar!eF 2o*a or#L )))# A mãe dos deuses (:ig.ria)% OduduaF com o ifa!e OgumF deus da guerra e do fogoF os joelhos# O cão & cosagrado a Ogum# Um obser*adorF de es!a!ura humaaF !oca o !ambor# Pi!ura em madeira# ,agosF 2ig&ria# Tribo 8gba?)oruba# K$useu orimaF ,odresF fo!o de $ichael 8# SadlerF Arts o6 Kest \6rica, )s!i!u!o )!eracioal de ,0gua e Cul!ura AfricaasF O/ford PressF umphreN $ilfordF "Z'1#L )9# A di3indade em traMe de guerra (4a*i)% O Sehor `risha em sua maifes!ação !errifica!e# KCompare in6ra, pp# %'"? %'(#L 8s!á!ua em madeira policromada# Ko!o de C# $# PleN!eF Indonesian art, aia $ar!ius 2ijhoffF "Z["#L 9# Secmet, a deusa (Egito)% 8s!á!ua em diori!o# Per0odo imperial# `ara# KCor!esia do $useu $e!ropoli!ao de Ar!eF 2o*a or#L
9)# /edusa (Noma antiga)% $ármoreF al!o?rele*oI do Palácio -odaiiF de -oma# .a!a icer!a# KColeção da @lip!o!eca de $uiHue# o!o de # ru e # rucmaF en7mã*er griechischer und r>mischer Scu*$tur, 9erlagsas!al! fr `us! ud issechaf!F $uiHueF "EEE?"Z'%#L VII.
O 6eiticeiro ($intura de ca3erna do Pa*eo*itico% Pi'reneus 6ranceses)% O mais remo!o deseho cohecido de um curadeiroF c# "[[[[ a#C# 8!alhe em pedraF com re*es!ime!o em !i!a pre!aF com D(FZ' ce!0me!ros de al!uraF Hue domia uma s&rie de *árias ce!eas de e!alhes murais de aimaisI a ca*era Auriaciao?$adaleiaa cohecida como Trois rresF ArigeF raça# K-eprodu>ido a par!ir de uma fo!o de seu descobridorF code &goue#L
VIII. O $ai uni3ersa*, Qiracocha, chorando
(Argentina)% Placa eco!rada em AdalgaláF Ca!amarcaF oroes!e da Arge!iaF ide!ificada pro*isoriame!e como a di*idade pr&?icaica 9iracocha# A cabeça & ecimada pelo disco solar pro*ido de raiosI as mãos seguram relmpagos e !ro*MesI dos olhos caem lágrimas# As cria!uras pos!adas os ombros !al*e> sejam )maNmaa e TacapuF seus dois filhos e mesageirosF sob forma aimal# Ko!o de Proceedings o6 the Internationa* ongress o6 Americanists, *ol# XII, ParisF "Z[%#L
IX. Xi3a,
senhor da dança c>smica (su* da ndia)% 9eja a discussãoF in6ra, p# "E'F o!a (5# ro>e# S&culos ?)) d#C# K$useu de $adras# o!o de Augus!e -odiF Aada Coomaras]amNF 8# # a*ell e 9ic? tor @oloubeuF Scu*$tures i3dites de Qinde, Ars Asiá!ica )))F ru/elas e ParisF @# *a Oes! e! Cie#F "Z%"#L
# Ancestra* andr>gino (Sudão)% 8scul!ura em madeira da região de adiagaraF Sudão frac6s# KColeção de ,aura ardeF 2o*a or# o!o de aler 8*asF cor!esia do $useu de Ar!e $oderaF 2o*a or#L )# 4odisat3a (hina)% `]a i# $adeira pi!ada# ial da dias!ia Sug KZ5[?"%DZ d#CL# KCor!esia do $useu $e!ropoli!ao de Ar!eF 2o*a or#L ))# 4odisat3a (Ti0ete)% O odisa!*a cohecido como Ushlshasi!ã!apa!raF cercado por udas e odisa!?*asF com ce!o e de>esse!e cabeçasF Hue simboli>am sua iflu6cia sobre as *árias esferas da e/is!6cia# A mão esHuerda segura a Cober!ura do $udo (ais mundi)B a direi!aF a -oda da ,ei# Abai/o dos umerosos p&s abeçoados do odisa!*aF eco!ram?se as pessoas do mudo Hue fi>eram oraçMes para ob!er a )lumiaçãoI já abai/o dos p&s dos !r6s poderes GfuriososGF a par!e iferior do HuadroF ja>em as pessoas aida !or!uradas pela lu/7riaF pelo resse!ime!o e pela ilusão# O sol e a luaF os ca!os superioresF simboli>am o milagre do casame!oF ou ide!idadeF e!re a e!eridade e o !empoF e!re o 2ir*aa e o mudo K*eja?se p# "1( e ss#L Os lamasF a par!e ce!ral superiorF represe!am a liha or!odo/a dos mes!res !ibe!aos da dou!ria simboli>ada esse es!adar!e religioso# KCor!esia do $useu Americao de is!ória 2a!uralF 2o*a or#L )))# O ramo da 3ida imorta* (Assria)% Ser alado oferecedo um ramo de romãs# Paiel de parede em ala?bas!ro do palácio de Assurba0pal )) KEE1?E5[ a#CLF rei da Ass0riaF em Cala Ka modera 20i*eL# KCor!esia do $useu $e!ropoli!ao de Ar!eF 2o*a or#L )9# 4odisat3a (am0oMa)% ragme!o das ru0as de Aguecor# S&culo )) d#C# A figura de uda Hue coroa a cabeça do odisa*a & um dos s0mbolos carac!er0s!icos des!e Kcomparar gra*uras ) e ))I es!a 7l!imaF a figura do uda eco!ra?se acima da pirmide de cabeçasL# K$useu @uime!F Paris# o!o de Ang7or, ed# TelF ParisF "Z'1#L 9# retorno (Noma antiga)% -ele*o em mármore eco!rado em "EDD um fragme!o de !erreo Hue per!ecia = 9illa ,udo*isi# Tal*e> seja produ!o do ar!esaa!o grego primi!i*o# K$useu delle TermeF -oma# o!o de Anti7e en7m*er, edi!ado pelo `aiserlich .eu!sche Archeologische )s!i!u!F erlimF @eorg -eimerF *ol# ))F "Z[E#L 9)# A deusa'*eoa c>smica, segurando o so* (norte da ndia)% .e um mauscri!o de págia 7icaF do s&culo 9)) ou 9)))F eco!rado em 2o*a .eli# KCor!esia da The Pierpoi! $orga ,ibrarNF 2o*a or#L 9))# A 6onte da 3ida (F*andres)% Paiel ce!ral de um !r0p!ico de Jea ellegambe Kde .ouaiLF c# "1%[# A figura femiia da direi!aF com o peHueo galeão a cabeçaF & a 8speraçaI a figura correspode!eF = esHuerdaF o Amor# KCor!esia do Palais des eau/?Ar!sF ,ille#L 9)))# O rei ua e seu $o3o (su* da Nod.sia)% Pi!ura em rocha pr&?his!óricaF a .iaa 9o] armF dis!ri!o de -usapiF sul da -od&siaF !al*e> associada = leda de $]ue!siF o omem?,ua (in6ra, pp# %Z1?%ZEL# A mão direi!a le*a!ada da grade figura recliada segura um chifre# .a!ado pro*isoriame!e pelo descobridorF ,eo robeiusF de c# "1[[ a#C# KCor!esia do robeius?)s!i!u!F rafur! sobre o $eo#L )# A mãe dos deuses (/.ico)% )/ciuaF dado = lu> uma di*idade# 8s!a!ue!a de pedra semipreciosa Kes?capoli!aF "ZF[1 ce!0me!ros de al!uraL# Ko!o de amNF cor!esia do $useu Americao de is!ória 2a!uralF 2o*a or#L # Tangaroa, $roduCindo deuses e homens (i*ha Nu'rutu)% 8!alhe poli&sio em pedra do @rupo Tubuai KAus!ralL de ilhas do sul do Pac0fico# KCor!esia do $useu ri!ico#L )# monstro aos e o deus'so* (Assria)% Paiel de parede em alabas!ro do palácio de Assurba0pal )) KEE1?E5[ a#CLF rei da Ass0riaF em Cala Ka modera 20i*eL# O deus !al*e> seja a di*idade acioalF AssurF o papel Hue a!es cabia a