Escrevendo contra a cultura 1 (1991) Lila Abu-Lughod
coletânea ea que Writing Culture Culture, a coletân
fronteira entre eu e outro, permitem)nos
marc marcou ou uma uma nova nova form formaa prin princi cipa pall de
refletir sobre a nature-a convencional e
crít crític icaa às prem premis issa sass da antr antrop opol olog ogia ia
efei efeito toss
cult cultur ural al,, exlu exluiu iu mais mais ou meno menoss dois dois
fundamentalmente reconsiderar o valor do
grupos críticos cujas situações habilmente
conceito de cultura do qual ela depende&
expõem e desafiam a mais básica destas
'u argumentarei que cultura! opera no
premissas: feministas e halfies! " pessoas
disc discur urso so antr antrop opol ol+g +gic icoo
cuja cuja iden identi tida dade de naci nacion onal al ou cult cultur ural al #
separações que invevitavelmente carregam
mista, em virtude de migraç$o, educaç$o
um sens sensoo de hier hierar arqu quia ia&& 0ort 0ortan anto to,, os
estr estran ange geir ira, a, ou asce ascend nd%n %nci cia& a& 'm sua sua
antrop antrop+lo +logos gos deveri deveriam am agora agora perseg perseguir uir,,
intr introd oduç uç$o $o,, (lif (liffo ford rd desc descul ulpa pa)se )se pela pela
sem esperanças exageradas sobre o poder
aus%ncia aus%ncia de feminismo* feminismo* nenhuma menç$o menç$o
de seus textos para mudar o mundo, uma
aos halfies ou aos antrop+logos indígenas
vari varied edad adee de estrat estrat#g #gia iass para para escrev escrever er
a quem quem eles eles est$o est$o relacio relacionad nados& os& alvealve-
contra a cultura& 0ara aqueles interessados
eles n$o sejam suficientemente numerosos
em estra estrat# t#gi gias as text textua uais, is, eu expl explor oroo as
ou auto auto)d )den enom omin inad ados os como como grup grupo& o& .
vantagens do que chamo etnografias do
importância destes dois grupos ja- n$o em
part partic icul ular! ar! como como instr instrum umen ento toss de um
qualquer reivindicaç$o moral e superior,
humanismo tático&
ou em uma vantagem que eles devem ter ao fa-er antropologia, mas nos dilemas específ específico icoss que eles eles enfren enfrentam tam,, dilema dilemass
políti lítico coss
dest destaa
disti istinnç$o ç$o,
para para
e
refo reforç rçar ar
Nós e Outros
.
noç$o
de
cultura
que revelam cruamente os problemas com
1particularme 1particularmente nte porque porque ela funciona funciona para
a presunç$o da antropologia cultural de
distinguir culturas!2, a depeito de uma
uma distinç$o fundamental entre o eu e o
longa utilidade, utilidade, pode agora ter)se tornado tornado
outro&
algo contra o que os antrop+logos /est /estee ensa ensaio io eu expl explor oroo como como
feministas feministas e halfies, pela forma como suas prát prátic icas as
antr antrop op+l +log ogic icas as
inqu inquie ieta tam m
a
gostar gostariam iam de trabal trabalhar har em suas suas teoria teorias, s, suas práticas etnográficas, e suas escritas etnográficas& 3m modo 4til para começar a compreender o porqu%, # considerar o
ítulo em parte intradu-ível& /o original Writing against culture, refer%ncia a Writing culture 156782 de (lifford e 9arcus& 1
que os elementos compartilhados da
1567=, @782, tamb#m constituem seus
antropologia feminista e halfie esclarece
eus! em relaç$o com um outro, mas n$o
sobre a distinç$o entre eu e outro, central
veem este outro sob ataque! 1567=, @762&
ao paradigma da antropologia& 9ariln ;trathern 1567<, 567=2 levanta algumas das questões a respeito do feminismo em ensaios que tanto (lifford como >abino? citam em Writing Culture. . tese dela # a de que a relaç$o entre antropologia e feminismo # difícil& 'ssa tese a condu- a tentar compreender por que a escola feminista, no +dio de sua ret+rica de radicalismo, falhou em fundamentalmente alterar a antropologia, e por que o feminismo ganhou ainda menos que a antropologia do que o contrário&
0ara esclarecer a relaç$o entre euCoutro, ;trathern leva)nos ao coraç$o do problema& .inda que ela recue da problemática formativo
no
do
poder
1tido
feminismo2,
como
em
sua
descriç$o estranhamente pouco crítica da antropologia&
Duando
ela
define
a
antropologia como a disciplina que continua a conhecer a si mesma como o estudo do comportamento social nos termos de sistemas e representações coletivas! 1567=, @752, ela subscreve a distinç$o euCoutro& .o caracteri-ar a
. dificuldade, ela argumenta,
relaç$o entre o eu antropol+gico e o outro
prov#m do fato de que apesar do interesse
como n$o)antagonística, ela ignora seu
comum
práticas
aspecto mais fundamental& B objetivo
acad%micas de feministas e antrop+logos
confessado da antropologia deve ser o
s$o estruturadas diferentemente no modo
estudo do homem EsicF!, mas ela # uma
como organi-am o conhecimento e traçam
disciplina ancorada na divis$o construída
fronteiras! 1;trathern, 567=, @762 e
historicamente entre o Bcidente e o n$o)
especialmente na na nature-a da relação
Bcidente& em sido e continua a ser
dos investigadores com os sujeitos de suas
primariamente o estudo dos outros n$o)
disciplinas! 1567=, @7A2& .cad%micos
Bcidentais pelos eus Bcidentais, mesmo
feministas, unidos por sua oposiç$o
se em seus novos pretextos ela procure
comum aos homens ou ao patriarcado,
explicitamente dar vo- ao Butro ou a
produ-em um discurso composto de
apresentar um diálogo entre o eu e o outro,
nas
diferenças, as
muitas vo-es* eles descobrem o eu ora
textualmente,
ora
atrav#s
da
tornando)se consciente da opress$o do
explicaç$o do encontro reali-ado no
Butro! 1567=, @762& .ntrop+logos, cujo
trabalho de campo 1como nos trabalhos de
objetivo # dar sentido às diferenças!
(rapan-ano 567G, Humont 56=7, H?er
567@, >abino? 56==, >iesman 56==,
afeta
edlocI 567J e ler 56782& ' o
1Bcidentais ou n$o)Bcidentais2& . segunda
relacionamento entre o Bcidente e o n$o)
# um entendimento implícito de que os
Bcidente, ao menos desde o nascimento
antrop+logos estudam os n$o)Bcidentais*
da antropologia, tem sido constituída pela
halfies que estudam a si mesmos ou
dominaç$o do Bcidente& Ksto sugere que a
comunidades n$o)Bcidentais s$o ainda
dificuldade que ;trathern sente na relaç$o
mais
entre feminismo e antropologia deve
antrop+logos,
melhor ser entendida como o resultado de
estudam .mericanos&
processos
diametralmente opostos de
construç$o do eu atrav#s da oposiç$o a outros " processos que prov%m de diferentes lados da repartiç$o de poder&
os
antrop+logos
facilmente
indígenas
reconhecidos
que
como
.mericanos
que
'mbora a antropologia continue a ser praticada como o estudo por um n$o problemati-ado e n$o destacado eu Bcidental para descobrir outros! lá fora,
. força duradoura do que 9ors
a teoria feminista, uma prática acad%mica
15677, =G2 tem chamado a hegemonia da
que tamb#m transita em eus e outros, veio
distintiva
na
em sua relativamente pequena hist+ria a
antropologia # traída pela defensividade
perceber o perigo de tratar eus e outros
de
como
tradiç$o
exceções
do
parciais&
outro!
.ntrop+logos
dados&
M
instrutivo
para
o
condu-indo trabalho de campo nos
desenvolvimento de uma crítica da
'stados 3nidos ou na 'uropa perguntam)
antropologia considerar a trajet+ria que
se se eles n$o embaçaram as fronteiras
tem levado, em duas d#cadas, ao que
disciplinares entre a antropologia e outros
alguns podem chamar de crise na teoria
campos como a sociologia ou hist+ria&3m
feminista, e outros, de desenvolvimento
modo de manter suas identidades como
do p+s)feminismo&
antrop+logos
# fa-er com que as
comunidades que eles estudam pareçam outras!& 'studar comunidades #tnicas e os fracos tamb#m assegura isso& .ssim como concentrar)se na cultura!, por ra-ões que eu discutirei mais tarde& Lá duas questões aqui& 3ma # a convicç$o de que n$o se pode ser objetivo sobre a pr+pria sociedade em particular, algo que
. partir de ;imone de Neauvoir, tem sido aceito que, ao menos no Bcidente moderno, as mulheres t%m sido o outro aos eus dos homens& B feminismo tem sido um movimento devotado a ajudar as mulheres a tornarem)se eus e sujeitos, ao inv#s de objetos e outros dos egos dos homens& . crise na teoria feminista 1relacionada a uma crise no movimento
das mulheres2 tenta tornar aquelas que t%m
um eu atrav#s da oposiç$o com um outro
sido constituídas como outras em eus " sempre envolve a viol%ncia de reprimir ou ou, para usar a metáfora popular, deixar as
ignorar outras formas de diferença& .s
mulheres falarem ", foi o problema da
te+ricas feministas t%m sido forçadas a
diferença!&
0or quem as feministas explorar as implicações para a formaç$o
falavamO B movimento das mulheres, as
de identidade, e as possibilidades para a
objeções das l#sbicas, mulheres .fro)
aç$o política dos modos em que o g%nero
.mericanas, e outras mulheres de cor!
como sistema de diferença # cru-ado por
cujas experi%ncias como mulheres foram
outros sistemas de diferença, inclusive, no
diferentes daquelas das mulheres brancas,
mundo capitalista moderno, por raça e
de classe m#dia, heterossexuais, e levaram
classe&
a problemati-ar a identidade dos seus eus como mulheres& rabalhos sobre mulheres entre culturas tamb#m deixou claro que masculino e feminino n$o t%m, como n+s di-emos, os
mesmos significados em
outras culturas, nem as vidas das mulheres do erceiro 9undo se parecem com as vidas das mulheres do Bcidente& (omo diLarding 15678, @A82, o problema # que uma ve- que PmulherP # desconstruído em PmulheresP, e Pg%neroP # reconhecido por n$o ter referentes fixos, o feminismo ele mesmo dissolve)se como uma teoria que pode refletir a vo- de um interlocutor naturali-ado ou essenciali-ado!&
Bnde isso deixa a antrop+loga feministaO
;trathern
1567=,
@782
caracteri-a)a como experimentando uma tens$o " tomada entre estruturas&&& confrontada com duas maneiras diferentes de se relacionar com as1os2 sujeitos de sua disciplina!& B mais interessante aspecto da situaç$o das feministas, no entanto, # o que ela compartilha com o halfie: uma habilidade
bloqueada
para
assumir
confortavelmente o eu da antropologia& 0ara
ambos,
embora
de
maneiras
diferentes, o eu está dividido, pego no cru-amento de sistemas de diferença& 'u estou
menos
preocupada
com
as
He sua experi%ncia com esta crise
consequ%ncias existenciais desta divis$o
com o eu e com o outro, a teoria feminista
1isso foi eloquentemente explorado em
pode oferecer dois lembretes 4teis à
eoutro lugar EQoseph 5677, Rondo 5678,
antropologia& 0rimeiro, o eu # sempre uma
/araan 5676F2 que com a percepç$o que
construç$o, nunca uma entidade natural ou
esta divis$o gera sobre tr%s questões
descoberta,
esta
cruciais: posicionalidade, p4blico, e o
apar%ncia& ;egundo, o processo de criar
poder inerente nas distinções de eu e
mesmo
que
tenha
outro& B que acontece quando o outro!
fácil
que o antrop+logo está estudando #
compartilhado
simultaneamente construído como, ao
indígenas& 'ssas preocupações sugerem
menos parcialmente, um euO
que o antrop+logo ainda # definido como
.ntrop+logos feministas e halfies n$o podem facilmente evitar a quest$o da posicionalidade& 'ncontrar)se numa base de mudança deixa claro que cada vis$o # uma vis$o de algum lugar, e cada ato de fala
uma
.ntrop+logos
fala
de
culturais
algum
lugar&
nunca
foram
inteiramente convencidos da ideologia da ci%ncia, e t%m há muito questionado o valor, a possibilidade e definiç$o de objetividade& 9as eles ainda parecem relutantes para examinar as implicações da presente situaç$o de seu conhecimento& Huas
objeções
comuns
desli-e
na com
subjetividade, os
antrop+logos
um ser que deve manter)se afastado do Butro, mesmo quando ele ou ela procura explicitamente 9esmo
superar o intervalo&
Nourdieu
156==,
5)@2,
que
analisou perceptivamente os efeitos que esta postura de distanciamento tem nas 1in2compreensões dos antrop+logos da vida social, falha irremediavelmente em sua opini$o& B ponto +bvio que ele perde de vista # que o eu distante nunca meramente mant#m)se do lado de fora& 'le ou ela encontram)se em uma relaç$o definida com o Butro de seu estudo, n$o apenas como um Bcidental, mas como um
e
franc%s na .rg#lia durante a guerra de
entrelaçadas ao trabalho dos antrop+logos
independ%ncia,
feministas ou nativos e semi)nativos,
9arrocos durante o conflito árabe)
ambas relacionadas à parcialidade, traem a
israelense em 568=, ou uma mulher
persist%ncia dos ideais de objetividade& .
inglesa na Tndia p+s)colonial& B que n+s
primeira tem a ver com a parcialidade
chamamos lado de fora! # uma posiç$o
1como vi#s ou posiç$o2 do observador& .
dentro de um complexo político)hist+rico
segunda tem a ver com a parcial
maior& /$o menos que o halfie, o wholie #
1incompleta2
nature-a
da
um
americano
no
descriç$o uma posiç$o específica em face à
apresentada& Halfies s$o mais associados ao primeiro problema, feministas ao segundo& B problema de estudar a pr+pria sociedade # alegadamente o problema de tomar suficiente distância& S medida que para os halfies, o Butro # de certo modo o eu, este # o dito perigo da identificaç$o, e
comunidade sendo estudada& Bs
debates
em
torno
das
antrop+logas feministas sugerem uma segunda fonte de inquietaç$o quanto à posicionalidade& 9esmo quando elas se apresentam como estudiosas de g%nero,
antrop+logas feministas s$o rejeitadas
chamado o efeito Rushdie " os efeitos de
visto que apresentam apenas um retrato
viver em uma era global quando os
parcial das sociedades que estudam, sujeitos de seus estudos começam a ler porque assumidamente estudam apenas
seus trabalhos, e os governos dos países
mulheres&
a
trabalham para proibir passaportes e negar
sociedade, a forma sem designaç$o& B
vistos " antrop+logos feministas e halfies
estudo das mulheres # a forma com
lutam de maneira pungente, com m4ltipas
designaç$o, t$o prontamente seccionada,
responsabilidades& 'm ve- de ter um
como nota ;trathern 1567<2& .inda que se
p4blico
poderia facilmente argumentar que a
antrop+logos,
maior parte dos estudos t%m sido
escrevem para antrop+logos e feministas,
igualmente parciais& 'studos como os de
dois grupos cujas relações com os sujeitos
Ueiner 156=82 sobre os trobriandeses de
s$o
9alino?sIi, ou os de Nell 1567J2 sobre os
responsabilidade
bem estudados aborígenes australianos
maneiras diferentes& .l#m disso, círculos
indicam,
sobre
feministas incluindo as feministas n$o)
homens& Ksso n$o os torna menos valiosos*
ocidentais, geralmente das sociedades em
meramente nos lembra que devemos
que os antrop+logos feministas estudaram,
constantemente
que os chamam para responder de novas
.ntrop+logos
eles
foram
prestar
estudam
estudos
atenç$o
à
posicionalidade do eu antropol+gico e suas representações dos outros& Qames (lifford
156782,
entre
outros,
tem
convincentemente argumentado que as representações etnográficas s$o sempre verdades parciais!& B que # necessário # um reconhecimento de que elas s$o tamb#m verdades posicionadas& B eu dividido cria para os dois
principal,
como
antrop+logos
singulares
e
que de
outros feministas
considera
etn+grafos
a de
maneiras& Bs dilemas dos halfies s$o ainda mais extremos& (omo antrop+logos, eles escrevem
para
majoritariamente
outros
antrop+logos,
Bcidentais&
amb#m
identificando)se com comunidades de fora do Bcidente, ou subculturas nele, eles s$o chamados para responder como membros educados
destas
comunidades&
9ais
grupos aqui em quest$o um segundo
importante, n$o apenas porque eles se
problema que # iluminador para a
posisiconam eles pr+prios tendo como
antropologia em geral: m4ltiplos p4blicos&
refer%ncia as duas comunidades, mas
'mbora todos os antrop+logos est$o
porque quando eles apresentam o Butro
começando a sentir o que pode ser
eles est$o apresentando a si pr+prios, eles
falam
sobre
com
uma
complexa
progresso na academia para expor o modo
consci%ncia, investimento e acolhimento&
como
anto os antrop+logos feministas quanto
brancos! 1para usar um atalho a uma
os halfies s$o forçados a confrontar
posiç$o
diretamente a política e a #tica de suas
historicamente constituída2 transforma)se
representações& /$o há soluções fáceis
em ser dito atrav#s deles& ' se torna um
para seus dilemas&
signo e instrumento de seu poder&
.
terceira
quest$o
que
ser
estudado de
pelos
sujeito
homens
complexa
e
os
/a antropologia, a despeito de uma
antrop+logos feministas e halfies, ao
longa hist+ria de oposiç$o auto)consciente
contrário dos antrop+logos que trabalham
ao racismo, de um desenvolvimento velo-
em sociedades Bcidentais 1outro grupo
da literatura auto)crítica 1por exemplo,
para quem eu e outro de certam forma
.sad 56=J, (lifford, 567J, Vabian 567J,
est$o enredados2, forçam)nos a confrontar
Lmes
# a ambiguidade da manutenç$o da ideia
experimentações
de que as relações entre eu e outro s$o
etnográficas para aliviar o desconforto
inocentes de poder& Hevido ao sexismo e à
com o poder do antrop+logo sobre o
discriminaç$o #tnica e racial, que eles sujeito
5686,
Ruper
56772,
com
antropol+gico,
e
t#cnicas
as
questões
podem ter experimentando " como
fundamentais da dominaç$o continuam a
indivíduos de ascend%ncia mista, como
ser evitadas& 9esmo tentativas para
mulheres ou como estrangeiros " ser outro
retratar informantes como consultores, e
para um eu dominante, seja na vida
para deixar o outro falar! 1edlocI 567=2
cotidiana
na
em textos dial+gicos ou polívocos "
Knglaterra, na Vrança, ou na academia
descoloni-ações a nível textual ", deixam
Bcidental& 'sta n$o # simplesmente uma
intacta a configuraç$o básica do poder
experi%ncia
de
global na qual a antropologia, estando
desigualdade& 9eu argumento, no entanto,
conectada a outras instituições do mundo,
# estrutural, n$o empírico& 9ulheres,
baseia)se& 0ara perceber a estranhe-a
negros, e os in4meros n$o)Bcidentais t%m
desse empreendimento, tudo o que #
sido historicamente constituídos como
preciso # considerar um caso análogo&
outros nos principais sistemas políticos de
Dual seria a nossa reaç$o se acad%micos
diferença dos quais o mundo desigual do
do sexo masculino declarassem seu desejo
capitalismo
de deixar as mulheres falarem! em seus
nos
de
tem
'stados
3nidos,
diferença,
dependido&
mas
'studos
feministas e negros fi-erem suficiente textos, enquanto continuassem a dominar
todo o conhecimento sobre eles atrav#s do
esclarecer, explicar, e compreender a
controle da escrita e outras práticas
diferença cultural, a antropologia tamb#m
acad%micas, sustentado em suas posições
ajuda a construí)la, produ-i)la e mant%)la&
uma organi-aç$o particular da vida
B discurso antropol+gico confere à
política, social e econWmicaO
diferença cultural 1e a separaç$o entre
Hevido a seus eus divididos, antrop+logos feministas e halfies viajam
grupos e seres humanos que ela implica2 o ar de auto)evidente&
com dificuldade entre falar por! e falar
. respeito disso, o conceito de
de!& ;ua situaç$o permite)nos ver mais
cultura
opera
de
modo
bastante
claramente que a divis$o de práticas, seja
semelhante ao seu predecessor " raça ",
naturali-ando as diferenças, como no
mesmo que na forma assumida no s#culo
g%nero ou na raça, ou simplesmente
XX tenha algumas vantagens políticas
elaborando)as, como irei argumentar sobre
importantes& .o contrário de raça, e ao
o que fa- o conceito de cultura, s$o
contrário tamb#m da noç$o de cultura do
m#todos fundamentais para executar a
s#culo XKX como sinWnimo de civili-aç$o
desigualdade&
1em contraste à barbárie2, o conceito atual permite as m4ltiplas diferenças, ao inv#s
Cultura e Diferena
de binárias& Ksso imediatamente assinala a
B conceito de cultura # o termo
fácil propens$o à hierarquia: a mudança
oculto em tudo o que acabou de ser dito
para cultura! 1com c min4sculo com a
sobre a antropologia& . maioria dos
possibilidade de um s no final!, como di-
antrop+logos americanos acredita ou age
(lifford
como se cultura!, notoriamente resistente
relativi-ante& . mais importante das
à definiç$o e ambígua de referente, fosse
vantagens da cultura, contudo, # que ela
contudo
da
remove a diferença do domínio do natural
investigaç$o antropol+gica& .l#m disso,
e do inato& 9esmo que concebida como
poderíamos tamb#m argumentar que
um
cultura # importante à antropologia porque
costumes,
a distinç$o antropol+gica entre eu e outro
receitas, instruções, ou programas 1para
ja- sobre ela& (ultura # a ferramenta
listar a variaç$o de definições fornecida
essencial para fa-er o outro& (omo um
por
discurso profissional que se elabora sobre
aprendida e pode mudar&
o
verdadeiro
objeto
o significado da cultura, a fim de
E5677F2
conjunto
Yeert-
tem
de
tradições,
um
efeito
comportamentos, regras,
planos,
E56=J: AAF2, cultura
#
.pesar de suas intenções anti)
no sistema formador foi depreciado como
essencialistas, no entanto, o conceito de
outro& 3m apelo gandhiano à maior
cultura mant#m algumas das tend%ncias
espiritualidade da Tndia hindu, comparado
para congelar a diferença, possuídas por
ao materialismo e viol%ncia do Bcidente, e
conceitos como o de raça& Ksso # mais fácil
um apelo islâmico à f# maior em Heus,
de ver se n+s consideramos um campo em
comparado à imoralidade e corrupç$o do
que houve uma mudança de um para o
Bcidente, ambos aceitam os termos
outro& B Brientalismo como discurso
essencialistas
das
construções
acad%mico 1entre outras coisas2 #, de Brientalistas& 'nquanto os transformam acordo com ;aid 156=7: @2, um estilo de
em algo completamente errWneo, eles
pensamento
preservam o rígido senso de diferença
baseado
na
distinç$o
ontol+gica e epistemol+gica feita entre Po
baseado na cultura&
BrienteP e 1na maior parte das ve-es2 Po BcidenteP!& B que ele mostra # que ao identificar a geografia, raça e cultura de um e outro, o Brientalismo fixa diferenças entre as pessoas do Beste! e as pessoas do Zeste!, de maneira t$o rígida que elas podem at# ser consideradas inatas& /o s#culo XX, a diferença cultural, n$o a raça, tem sido o sujeito básico da escola Brientalista, dedicada agora a interpretar o fenWmeno
cultural!
1principalmente
religi$o e linguagem2, ao qual diferenças básicas no desenvolvimento, performance econWmica, governo, caráter, e assim por diante, s$o atribuídas&
3m paralelo pode ser feito com o feminismo& M um pressuposto básico do feminismo que n$o se nasce mulher, torna)se mulher!& em sido importante para a maioria das feministas alocar as diferenças de sexo na cultura, n$o na biologia ou na nature-a& 'nquanto isso tem inspirado algumas te+ricas feministas a tratar os efeitos sociais e íntimos do g%nero como um sistema de diferenças, para
muitas
explorações
outras
tem
sobre
e
levado
a
estrat#gias
construídas na noç$o de uma cultura das mulheres& Veminismo cultural 1cf& 'chols 567A2 assume muitas formas, mas tem
.lguns movimentos anti)coloniais
muitas das qualidades do Brientalismo
e lutas contemporâneas t%m trabalhado
reverso já discutido& 0ara feministas
para o que poderia ser rotulado como
franceses como Krigara 1567
Brientalismo reverso,
(ixous
em que as
1567J2,
e
Rristeva
156752,
tentativas de reverter a relaç$o de poder
masculino e feminino, se n$o na verdade
procedem procurando valori-ar o eu, que
macho e f%mea, respresentam modos de
ser essencialmente diferentes& Veministas
'ssa valori-aç$o pelas feministas
anglo)americanos tomam um outro rumo&
culturais, como Brientalistas reversos, das
.lguns tentam descrever! as diferenças
qualidades previamente depreciadas por
culturais entre homens e mulheres " eles, pode ser provisoriamente 4til para Yilligan 1567@2 e seus seguidores 1e& g&,
forjar um senso de unidade, e travar lutas
NelenI et al& 56782 que elaboram a noç$o
de empoderamento& .inda porque ela
de uma vo- diferente! s$o exemplos
deixa intacto o divisor que estruturou as
populares& Butros tentam explicar! as
experi%ncias de criaç$o do eu e opress$o
diferenças,
teoria
na qual ela se cria, ela perpetua algumas
psicanalítica socialmente informada 1e&g&,
tend%ncias perigosas& 0rimeiro, feministas
(hodoro? 56=72, uma teoria marxista dos
culturais deixam passar as conexões entre
efeitos da divis$o do trabalho e do papel
aqueles de cada lado do divisor, e os
das
mulheres na reproduç$o social
modos nos quais eles definem um ao
1LartsocI 567<2, uma análise da prática
outro& ;egundo, eles deixam passar
materna 1>uddicI 567G2, ou mesmo uma
diferenças em cada categoria construída
teoria da exploraç$o sexual 19acRinnon
pelas práticas divisoras, diferenças como
567@2& . maior parte da teori-aç$o e
aquelas de classe, raça, e sexualidade
prática feminista procura construir ou
1para repetir a litania feminista das
reformar a vida social alinhada a essa
problematicamente categorias abstratas2,
cultura das mulheres!& Louve propostas
mas tamb#m origem #tnica, experi%ncia
para uma unversidade das mulheres 1>ich
pessoal, idade, modo de subsist%ncia,
56=62, uma ci%ncia
uma
sa4de, meio de vida 1urbano ou rural2, e
metodologia feminista na ci%ncia e nas
experi%ncia hist+rica& erceiro, e talve-
ci%ncias sociais 19eis 567J* >einhar-
mais importante, eles ignoram os modos
567J* ;mith 567=* ;tanle e Uise 567J*
nos
ver Larding 567= para uma crítica
construídas historicamente e mudaram
sensível2,
uma
com o tempo& anto o feminismo cultural
espiritualidade e ecologia feministas&
como os movimentos revivalistas tendem
'ssas propostas quase sempre constr+em)
a confiar nas noções de autenticidade e
se sobre valores associados às mulheres
retorno
no Bcidente " um senso de cuidado e
representadas
conex$o, criaç$o materna, imediatismo da
(omo se mostra +bvio nos casos mais
experi%ncia, envolvimento com o corp+reo
extremos, esses lances apagam a hist+ria&
1versus o abstrato2, e por aí em diante&
Knvocações do deus de (reta em alguns
seja
e
por
at#
uma
feminista,
mesmo
quais
aos
as
experi%ncias
valores
positivos,
pelo outro
foram
n$o
dominante&
círculos feminista)culturais, de um modo
que tanto a disciplina da antropologia
mais s#rio e complexo, a poderosa
baseada no trabalho de campo, ao
invocaç$o da comunidade do s#culo X[KK
constituir sua autoridade, constr+i e
do
reconstr+i outros culturais coerentes e
0rofeta
em
alguns
movimentos
islâmicos s$o bons exemplos&
interpreta os eus! 1(lifford 5677b: 55@2,
B ponto # que a noç$o de cultura de que os dois tipos de movimento se utili-am n$o parece garantir uma fuga da tend%ncia para o essencialismo& 0oderia ser argumentado que antrop+logos usam cultura! de maneira mais sofisticada e consistente, e que seu compromisso com ela como uma ferramenta analítica # mais s+lido& /o entanto, mesmo muitos deles est$o agora preocupados com o modos pelos quais ela tende a congelar as diferenças&
.ppadurai
156772,
por
exemplo, em seu argumento persuasivo de
como a etnografia # uma forma de coleç$o de cultura 1como a coleç$o de arte2 na qual diversas experi%ncias e fatos s$o selecionados, reunidos, isolados de suas circunstâncias temporais originárias, e atribuem)se a eles valor duradouro em um novo arranjo! 1(lifford 5677: @J52& 9etáforas orgânicas sobre inteire-a e o holismo metodol+gico que caracteri-am a antropologia,
ambos
privilegiam
a
coer%ncia, que por sua ve- contribui para a percepç$o
das
comunidades
como
enredadas e discretas&
que os nativos! s$o uma fabricaç$o da
(ertamente discriç$o n$o tem de
imaginaç$o antropol+gica, demonstra a
implicar
cumplicidade do conceito antropol+gico
antropologia do s#culo XX tem sido a sua
de
promoç$o do relativismo cultural sobre a
cultura
em
encarceramento!
um dos
contínuo
povos
n$o)
valor*
avaliaç$o
e
o
o
distintivo
julgamento&
;e
da
a
Bcidentais no tempo e no espaço& /egadas
antropologia tem sempre, em certa
as mesmas capacidades de movimento,
medida, sido uma forma de 1auto)2 crítica
viagem e interaç$o geográfica que os
cultural 19arcus e Vischer, 56782, isso
ocidentais tomam como dadas, as culturas
tamb#m foi um aspecto da recusa à
estudadas pelos antrop+logos tenderam a
hierarqui-aç$o da diferença& .inda que
ter a hist+ria tamb#m negada&
nenhuma posiç$o seria possível sem a
Butros, 1566Gb2,
incluindo
argumentaram
eu
mesma
que
teorias
culturais tamb#m tendem a enfati-ar exageradamente a coer%ncia& (lifford nota
diferença& [aleria a pena pensar sobre as implicações
dos
altos
riscos
da
antropologia ao sustentar e perpetuar a crença
na
exist%ncia
de
culturas
identificadas como discretas, diferentes, e
promissoras& 'mbora elas de maneira
separadas da nosso pr+pria& M a diferença
nenhuma esgotem as possibilidades, os
sempre contrabandeada em hierarquiaO
tipos de projeto que irei descrever "
'm Orientalismo, ;aid 156=7: @72 argumenta a favor da eliminaç$o do Briente! e do Bcidente! completamente& 'le n$o quer di-er que devamos apagar todas as diferenças, mas o reconhecimento de mais delas, e dos modos complexos pelas quais elas se atravessam& 9ais importante, a análise dele sobre um campo procura mostrar como e quando certas diferenças, neste caso de lugares e pessoas que
lhes
s$o
inerentes,
tornam)se
implicadas na dominaç$o de um pelo outro& Heveriam os antrop+logos tratar com suspeita similar cultura! e culturas! como os termos chave em um discurso no qual a alteridade e a diferença vieram a ter, como aponta ;aid 15676: @5J2, qualidades talismânicas!O
aos antrop+logos sensíveis aos problemas de posicionalidade e responsabilidade, e interessados
em
fa-er
da
prática
antropol+gica algo que n$o meramente fortaleça as desigualdades globais& 'u concluirei, contudo, considerando as limitações
de
qualquer
reforma
antropol+gica& Discurso e prática
. discuss$o te+rica, porque # um dos modos atrav#s dos quais antrop+logos se envolvem uns com os outros, oferece um meio importante para a contestaç$o da cultura!& 0arece)me que as discusssões e remanejamentos correntes sobre dois termos cada ve- mais populares " discurso e prática " sinali-am um movimento de
!r"s #odos de escrever contra a
distanciamento da cultura& 'mbora haja sempre o perigo de que tais termos
cultura
;e cultura!, obscurecida pela coer%ncia, perenidade, e discriç$o, # a principal ferramenta antropol+gica para fa-er o outro!, e a diferença, como feministas e halfies revelam, tende a ser uma relaç$o de poder, ent$o talveantrop+logos
te+rico, substantivo e textual " fa- sentido
devessem
considerar
venham a ser usados simplesmente como sinWnimos
para cultura, eles foram
destinados a nos permitir analisar a vida social sem presumir a hierarquia l+gica que o conceito de cultura tem de carregar& .
prática
antropologia,
com
#
associada, Nourdieu
na
156==*
estrat#gias para escrever contra a cultura&
tamb#m ver Brtner 567A2, cuja abordagem
'u
te+rica # construída sobre os problemas de
discutirei
tr%s
que
considero
contradiç$o,
incompreens$o,
comunidade e o antrop+logo trabalhando
desconhecimento, estrat#gias de favor,
lá e escrevendo sobre, para n$o mencionar
interesses, e improvisações, sobre os mais
o mundo ao qual ele ou ela pertencem e
estáticos e homogenei-adores dispositivos
que permitem que ele ou ela estejam
culturais desgastados de regras, modelos e
naquele lugar particular estudando aquele
textos& B discurso 1cujos usos eu discuto
grupo& Ksso # mais um projeto político que
em Z& .bu)Zughod 5676 e .bu)Zughod e
existencial,
Zut- 566G2, tem fontes e significados mais
reflexivos que nos ensinaram a focar no
diversos
sua
encontro do trabalho de campo como um
derivaç$o foucaultiana, como se relaciona
local para a construç$o dos fatos!
às noções de formações discursivas,
etnográficos t%m nos alertado a uma
aparatos, e tecnologias, quer recusar a
dimens$o importante da conex$o&Butros
distinç$o entre ideias e práticas ou texto e
tipos significativos de conex$o t%m
mundo, que o conceito de cultura muito
recebido menos atenç$o& 0ratt 15678: A@2
prontamente encoraja& 'm seu sentido
nota uma mistificaç$o regular na escrita
mais sociolinguístico, atrai atenç$o dos
etnográfica sobre a grande pauta da
usos sociais pelos indivíduos das fontes
expans$o europeia na qual o etn+grafo,
verbais& 'm qualquer caso, permite a
desatento às suas pr+prias atitudes a ela, #
possibilidade de reconhecimento em um
apanhado, e isso determina a pr+pria
grupo social o jogo das m4ltiplas,
relaç$o potencial do etn+grafo com o
mutantes e concorrentes afirmações e seus
grupo sob estudo!& /+s precisamos fa-er
efeitos práticos& anto a prática como o
perguntas sobre os processos hist+ricos
discurso s$o 4teis porque eles trabalham
pelos quais veio passar que seres como
contra a assunç$o de enredamento, para
n+s poderiam se envolver nessa esp#cie de
n$o mencionar o idealismo 1.sad 567J2,
trabalho, nesse lugar particular, e sobre
do conceito de cultura&
quem nos precedeu e ainda mesmo está lá
em antropologia&
'm
hoje
Conexes
embora
conosco
missionários,
os
antrop+logos
1turistas,
consultores
viajantes, de
auxílio
Butra estrat#gia para escrever financeiro, trabalhadores do corpo civil de contra a cultura # reorientar os problemas
pa-2& /+s precisamos nos perguntar a que
ou temas a que antrop+logos se dirigem&
esse desejo de saber! sobre o Butro está
3m foco importante deveria ser as
conectado no mundo&
variadas
conexões
e
interconexões,
hist+ricas e contemporâneas, entre uma
'ssas perguntas n$o podem ser
particulares& odos esses projetos, que se
feitas em geral* elas tem de ser feitas relacionam a uma mudança no olhar para sobre e respondidas atrav#s de situações,
incluir o fenWmeno da conex$o, expõem as
configurações e hist+rias específicas&
inadequações do conceito de cultura e a
.inda que elas n$o se dirijam diretamente
esquive- das entidades designadas pelo
ao lugar do etn+grafo, e ainda que elas se
termo culturas& 'mbora possa haver uma
envolvam a uma supersistemati-aç$o que
tend%ncia no novo trabalho em meramente
ameaça a apagar as interações locais,
ampliar o objeto, mudando de cultura para
estudos como os de Uolf 1567@2 sobre a
naç$o como locus, idealmente dar)se)ia
longa
atenç$o
hist+ria
da
interaç$o
entre
para
os
agrupamentos
em
sociedades Bcidentais particulares, e
mudança, identidades e interações no
comunidades do agora chamado erceiro
interior e entre essas fronteiras tamb#m&
9undo, representam meios importantes de
;e um dia houve um tempo em que os
responder a essas questões& .ssim como
antrop+logos poderiam considerar sem
os estudos de 9int- 1567<2 que traçam os
muita viol%ncia pelo menos algumas
processos complexos de transformaç$o e
comunidades como unidades isoladas,
exploraç$o nos quais, na 'uropa e outras
certamente a nature-a das interações
partes do mundo, o aç4car estava
globais no presente torna isso impossível&
envolvido& . virada antropol+gica para a hist+ria, traçando conexões entre o presente e o passado de comunidades particulares,
#
tamb#m
um
/em todos os projetos sobre precisam
.ntrop+logos
est$o
ser
hist+ricos&
cada
ve- mais
preocupados com as conexões nacionais e transnacionais
entre
formas culturais,
seres
mídia,
humanos, t#cnicas e
mercadorias& 'les estudam a articulaç$o do capitalismo mundial e da política internacional, com as situações de seres humanos
vivendo
em
. terceira estrat#gia para escrever contra a cultura depende da aceitaç$o à compreens$o
desenvolvimento importante&
conexões
!tnografias do particular
comunidades
de
Yeert-
sobre
a
antropologia, que tem sido construída sobre todos que levam a textualidade a s#rio nesse momento experimental! 19arcus e Vischer 56782& Yeert- 156=<, 56772 argumentou que uma das coisas principais que os antrop+logos fa-em # escrever, e o que eles escrevem # ficç$o 1o que n$o quer di-er que sejam fictícias2& (ertamente a prática da escrita etnográfica tem recebido uma imoderada quantidade de atenç$o por aqueles envolvidos em
Writing Culture e um n4mero crescente de
'u n$o me preocuparei com a s#rie
outros que n$o estavam envolvidos& 9uita
de questões frequentemente levantada
da hostilidade direcionada ao projeto deles
sobre a generali-aç$o& 0or exemplo,
prov#m da suspeita de que em suas
constantemente tem sido apontado que o
inclinações
literárias,
modo generali-ador do discurso científico
prontamente
ruíram
eles
da
social facilita a abstraç$o e a reificaç$o& .
etnografia em sua po#tica& .inda que
soci+loga feminista Horoth ;mith 1567=:
tenham tra-ido uma quest$o que n$o possa
5JG2 põe o problema vividamente em sua
ser ignorada& /a medida em que os
crítica do discurso sociol+gico por nada
antrop+logos
menos que:
est$o
a
muito
no
política
neg+cio
de
representar os outros atrav#s de sua escrita
a complexa organi-aç$o de atividades de
etnográfica, ent$o claramente o grau com
indivíduos reais e suas relações reais s$o inseridas
que as pessoas nas comunidades em que
no discurso atrav#s de conceitos como classe,
eles estudam aparecem como outros!
moderni-aç$o, organi-aç$o formal& 3m domínio
deve tamb#m ser parcialmente uma funç$o
de objetos constituídos teoricamente # criado,
de como os antrop+logos escrevem sobre eles& Lá maneiras de escrever sobre vidas de modo a constituir outros menos outrosO
libertando o domínio discursivo do solo das vidas e trabalho de indivíduos reais e liberando a investigaç$o sociol+gica para roçar em um campo de entidades conceituais&
'u argumentaria que uma poderosa
Butros críticos fixaram)se em diferentes
ferramenta para perturbar o conceito de
falhas& . antropologia interpretativa, por
cultura e subverter o processo de
exemplo, em sua crítica da busca por leis
outreri-aç$o! que ele envolve # escrever
gerais em uma ci%ncia social positivista,
etnografias do particular!& Yenerali-aç$o,
nota uma inobservância da centralidade do
o modo característico do estilo de escrita
significado à experi%ncia humana& .inda
das ci%ncias sociais, n$o pode mais ser
que os resultados tenham sido subsituir a
considerado
generali-aç$o
como
descriç$o
neutra
1Voucault 56=7* ;aid 56=7* ;mith 567=2& Lá dois efeitos infeli-es em antropologia dos quais vale a pena se afastar& 'u irei explorá)los antes de apresentar alguns exemplos de meu pr+prio trabalho, o que se poderia esperar reali-ar atrav#s das etnografias do particular&
dos
significados
pela
generali-aç$o dos comportamentos& 'u tamb#m quero deixar claro o que o argumento da particularidade n$o #: n$o deve ser confundido com argumentos que privilegiam processos micro sobre os macro& 'tnometod+logos E\F e outros estudantes da vida cotidiana buscam
meios
de
generali-ar
sobre
gerenciais, e # portanto parte do aparelho
microinterações, enquanto di-)se que os
dominante desta sociedade!& 'ssa crítica
historiadores traçam as particularidades
se aplica tamb#m à antropologia com a
dos macroprocessos& 3ma preocupaç$o
sua perspectiva inter ao inv#s
com as especificidades das vidas dos
intrasocial, e sua origem na coloni-aç$o e
indivíduos
uma
exploraç$o dos n$o)europeus, em ve- da
desconsideraç$o a respeito de forças e
gest$o dos grupos sociais internos como
dinâmicas que n$o se assentam a nível
trabalhadores,
local& 0elo contrário, os efeitos de
afrodescendentes, pobres ou prisioneiros&
n$o
implica
processos extra)locais e a longo pra-o apenas se manifestam localmente e especificamente, produ-idos nas ações de indivíduos
vivendo
suas
vidas
particulares, inscritos em seus corpos e suas palavras& B que estou defendendo # uma forma de escrita que possa melhor transmitir isso& Lá
0or
de
mulheres,
outro
lado,
mesmo
se
negarmos o julgamento sobre qu$o intimamente as ci%ncias sociais podem estar
associadas
aos
aparatos
de
dominaç$o, devemos reconhecer como todos os discursos profissionais por nature-a impõem hierarquia& B enorme v$o ente os discursos profissionais e
dois
motivos
para
os
autori-ados
de
generali-aç$o,
e
a
antrop+logos serem cautelosos com a
linguagem cotidiana 1nossa pr+pria e dos
generali-aç$o& B primeiro # que, como
outros2
parte de um discurso profissional sobre
fundamental entre o antrop+logo e as
objetividade! e t#cnica, # inevitável uma
pessoas sobre quem ele escreve, a qual
linguagem de poder& 0or um lado, # a
facilita
linguagem
antropol+gicos como
daqueles
que
parece
permanecer apartada e do lado de fora daquilo sobre o que se põem a descrever& /ovamente, a crítica de ;mith ao discurso sociol+gico # relevante& 'la tem defendido que esse modo, aparentemente apartado, de reflex$o sobre a vida social está na verdade locali-ado: ele representa a perspectiva
daqueles
envolvidos
em
estruturas profissionais, administrativas, e
estabelece
a
uma
construç$o
separaç$o
dos
objetos
simultaneamente
diferente e inferior& .ssim,
a
hierarquia
que
os
antrop+logos podem tra-er aproximando a linguagem
da
vida
cotidiana
e
a
linguagem do texto, # reservada a esse modo de fa-er o outro& B problema # que, como uma reflex$o sobre a situaç$o das antrop+logas feministas sugere, pode haver riscos profissionais para etn+grafos
que desejam perseguir essa estrat#gia& 'u
4til porque o objetivo era persuadir
defendi em outro lugar 1566G2 que a
colegas de que uma antropologia levando
observaç$o refrescantemente sensível de
em conta o g%nero n$o era apenas uma
>abino? sobre a política da escrita
boa antropologia, mas uma antropologia
etnográfica " que se encontra mais perto
melhor&
de casa, na academia, que no mundo colonial e neo colonial " ajuda)nos a entender
algumas
coisas
sobre
a
antropologia feminista e a sua dificuldade, que mesmo algu#m como (lifford trai em seu ensaio introdut+rio a Writing Culture& ;ua desculpa para excluir os antrop+logos feministas foi que eles n$o inovaram textualmente& ;e consentirmos como a d4bia distinç$o que ele presume entre inovaç$o textual e transformações de conte4do e teoria, podemos admitir que antrop+logos
feminsitas
contribuíram
pouco à nova onda de experimentaç$o da forma& /o entanto, um momento de reflex$o nos proveria pistas sobre o porqu%& ;em mesmo perguntar as questões básicas sobre indivíduos, instituições, patrões, e posses, podemos virar)nos à política do pr+prio projeto feminista& Hedicado a garantir que as vidas das mulheres
sejam
representadas
em
descrições das sociedades, experi%ncias das mulheres, e o pr+prio g%nero, teori-aram levando em conta como as sociedades
funcionam*
acad%micos
feministas se interessaram pelo velho senso político de representaç$o&
B
conservadorismo da forma pode ter sido
.
segunda
press$o
sobre
a
antropologia feminista # a necessidade de declarar profissionalismo& .o contrário do que escreve (lifford 15678: @52, as mulheres
produ-ido
t"m
formas
inconvencionais de escrita!& 'le apenas as ignora,
negligenciando
alguns
antrop+logos profissionais como No?en 1Nohannon2 156
Vernea, &isa 1567<2 de 9arjorie ;hostaI, 'he spirit of the drum 1567=2 de 'dith
urner, e 'he house of lim 156872 de 9argaret
Uolf&
trabalhos
a
Hirecionando
p4blicos
seus
ligeiramente
diferentes àqueles a que se dirigem as
etnografias
padrões,
eles
tamb#m
em um momento especial para os
seguiram convenções diferentes: eles s$o
antrop+logos, porque contribuem para a
mais abertos sobre sua posicionalidade,
ficç$o dos essencialmente diferentes e
menos assertivos sobre sua autoridade
discretos outros, que podem ser separados
científica, e mais focados nos indivíduos
de algum tipo de eu igualmente essencial&
particulares&
/a medida em que a diferença #, como argumentei, hierárquica, e afirmações de
E\F
separaç$o
B segundo problema com a generali-aç$o
deriva
n$o
de
sua
homogeneidade, coer%ncia e perenidade que ela tende a produ-ir& Duando se generali-a a partir de experi%ncias e conversas com um n4mero específico de pessoas em uma comunidade, tende)se a achatar as diferenças entre eles e a homogenei-á)los& . apar%ncia de aus%ncia de diferenciaç$o interna torna mais fácil a concepç$o de um grupo de seres humanos como discreto, entidade enredada, como os /4er!, os Nalineses!, os .?lad P.li NedouinP!, que fa-em isto e aquilo, e acreditam assim e assado& B esforço para produ-ir descrições etnográficas gerais das crenças e ações dos seres humanos tende a suavi-ar as contradições, conflitos e interesses, e d4vidas e argumentos, para n$o mencionar a mudança de motivações e circunstâncias& . eliminaç$o de tempo e conflitos torna o que está dentro da fronteira criado pela homogenei-aç$o em algo essencial e fixo& 'stes efeitos se d$o
forma
de
negar
a
responsabilidade, a generali-aç$o ela mesma deve ser tratada com suspeita&
participaç$o nos discursos de autoridade do profissionalismo, mas dos efeitos de
uma
0or essas ra-ões, eu proponho que experimentemos
com
as
narrativas
etnográficas do particular a longa tradiç$o da escrita baseada no trabalho de campo& .o
contar
hist+rias
de
indivíduos
particulares no tempo e espaço, essas etnografias compartilhariam elementos com a tradiç$o das mulheres! discutida acima&
'u
esperaria
que
elas
complementassem ao inv#s de recolocar uma gama de outros tipos de projetos antropol+gicos, de discussões te+ricas à exploraç$o
de
novos
t+picos
na
antropologia& E\F .ntrop+logos generali-am
sobre
comumente as
comunidades
di-endo que elas se caracteri-am por certas instituições, regras, ou maneiras de fa-er as coisas& 0or exemplo, n+s podemos e, frequentemente di-emos os Nongo) Nongo s$o polígamos!& (ontudo, pode)se
recusar a generali-ar desta maneira, os
seres
humanos sobre
contestam
perguntando ao contrário como um
interpretações
o
que
está
determinado conjunto de indivíduos " por
acontecendo, criam estrat#gias, sofrem, e
exemplo, um homem e suas tr%s esposas
vivem suas vidas& 'm um sentido isso n$o
numa comunidade beduína no 'gito " # t$o novo& Nourdieu 156==2, por exemplo, vive a instituiç$o! que chamamos de
teori-a a prática social de modo similar&
poligamia& 'nfati-ando a particularidade
9as a diferença aqui seria que se está à
desse casamento e construindo uma figura
procura de meios textuais de representar
dele atrav#s das discussões dos membros,
como
suas recordações, desentendimentos, e
simplesmente fa-er afirmações te+ricas
ações, geraríamos várias questões te+ricas&
que isso acontece&
0rimeiro, recusar a generali-ar
isso
acontece,
.trav#s
ao
inv#s
de
do foco íntimo nos
destacaria a qualidade construída dessa
indivíduos particulares e nas suas relações
tipicidade t$o regularmente produ-ida em
ef%meras, seria necessário subverter as
resultados
conotações mais problemáticas de cultura:
científico)sociais
convencionais& ;egundo, demonstrar as circunstâncias reais e, as hist+rias em detalhe dos indivíduos e suas relações sugeriria que as especificidades, sempre presentes 1como sabemos atrav#s de nossas experi%ncias íntimas2, s$o tamb#m sempre
cruciais
experi%ncia& argumentos
à
erceiro, das
constituiç$o
da
reconstruir
os
pessoas
sobre,
justificativas para, e interpretações sobre o que eles e outros est$o fa-endo explicaria como a vida social procede& Hemonstraria que a despeito dos termos de seus discursos poderem estar definidos 1e, como em qualquer sociedade, inclusas uma
s#rie
contradit+rios
de e
discursos
às
frequentemente
ve-es em
mudança hist+rica2, dentro desses limites,
homogeneidade, coer%ncia e perenidade&