CURSO DE ERVAS MEDICINAIS E RITUALISTICAS HISTÓRIA DAS ERVAS As ervas têm sido usadas para curar o corpo desde os tempos pré-históricos, e o estudo das ervas medicinais data de mais de cinco mil anos, na época dos antigos sumerianos. Os remédios de ervas são um sustentáculo na medicina tradicional chinesa, e o livro de ervas mais antigo de que se tem conhecimento é o chinês Pen-ts'ao, escrito pelo imperador Shen-nung (3737 - 2697 a.C.). Estão registrados nesse livro mais de 300 preparados com ervas medicinais. Os antigos egípcios também usaram remédios de ervas, e, de acordo com um registro antigo chamado Papiro Ebers, houve perto de 2.000 doutores em ervas praticando sua arte no Egito por volta do ano 2.000 a.C. Foram encontrados livros sobre ervas dos antigos gregos, que estudaram suas qualidades medicinais e registraram muitas observações. Segundo o filósofo grego, botânico e autor Teofrasto, mais de 300 ervas medicinais cresciam no jardim de Aristóteles. No primeiro século da era cristã, o primeiro tratado europeu sobre as propriedades e uso medicinal das ervas foi compilado por Dioscórides, médico grego. A cura pelas ervas foi rito importante em várias religiões pré-cristãs. Referências que se repetem aparecem até nos Antigo e Novo Testamentos da Bíblia, independente do fato de a igreja cristã primitiva ter preferido a cura pela fé à prática formal for mal da medicina, a qual tentou proibir. As tribos indígenas da América do Norte utilizavam ervas tanto para curar como para a prática da magia e descobriram utilidade para quase todas as plantas nativas. Seu conhecimento inestimável da e inúmeros medicamentos botânicos foi passado para os colonizadores brancos europeus nos Estados Unidos e no Canadá. No ano de 1526, o anônimo Grete Herball foi o primeiro livro sobre ervas e rvas publicado em língua inglesa. Em 1597, surgiu um dos mais famosos livros dessa era. Foi chamado de Gerard's Herball e era um trabalho de John Gerard, cirurgião e farmacêutico inglês do rei James I. Em 1640, surgiu o livro Theatrum Botanicum, de John Parkinson, seguido de outro, sobre as influências astrológicas nas ervas, de Nicholas Culpepper. À medida que a química e outras ciências médicas rapidamente se desenvolveram, nos séculos 18 e 19, a medicina das ervas perdeu popularidade nos Estados Unidos e na Europa, cedendo lugar às drogas químicas ativas e à prática da quimioterapia. Atualmente, nos Estados Unidos, testemunha-se o ressurgimento do interesse popular pelas ervas e pelos produtos derivados, e algumas pessoas (incluindo wiccanianos, os seguidores da Nova Era e os que se voltam para a natureza) estão começando a se afastar dos medicamentos artificialmente preparados da sociedade moderna para p ara buscar os métodos mais naturais e antigos da cura. As ervas são naturais. Muitas podem ajudar a prevenir e a curar doenças. E, para muitas doenças, a cura da Mãe Natureza pode ser muito melhor do que as pílulas sintéticas de sabor desagradável produzidas pelo homem e que proporcionam alívio temporário dos sintomas, mas não erradicam a causa da doença. Nota: muitas doenças atuais precisam dos métodos atuais de tratamento. No caso de condições emocionais ou físicas crônicas ou sérias, recomenda-se algum tratamento médico profissional a ser imediatamente procurado.
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Muitos Wiccanianos apreciam plantar seus próprios jardins de ervas; entretanto, a maioria das ervas medicinais (e mágicas) pode ser obtida também em lojas de produtos naturais, florais,
Muitos Wiccanianos apreciam plantar seus próprios jardins de ervas; entretanto, a maioria das ervas medicinais (e mágicas) pode ser obtida também em lojas de produtos naturais, florais, supermercados e até nas florestas ao longo das estradas, se você conhecer o que está procurando. Cuidado: muitas ervas são venenosas e podem causar doenças brandas ou graves e, em alguns casos, até a morte. Você nunca deverá tentar colher ervas selvagens para uso medicinal, a menos que seja especialista ou esteja acompanhado de um herbalista experimentado e treinado. Alecrim (Rosmarinus officinalis) Planeta: Sol Elemento: Fogo Usado em encantamentos de proteção, para ajudar nos estudos. Lavar as mãos com uma infusão de alecrim substitui um banho de purificação. Beba um chá de alecrim antes de fazer um exame ou uma entrevista para ter a mente alerta. O chá de alecrim é ótimo para trazer o ânimo de volta. Está ligado a fidelidade, amor, lembranças felizes. O cheiro de alecrim mantém a pessoa alegre,é um símbolo de amizade. Açafrão (Crocus sativus) Planeta: Sol Elemento: Fogo Usado em rituais de prosperidade e cura. Alho (Allium sativum) Planeta: Marte Elemento: Fogo Erva extremamente protetora. Pode ser pendurado em casa para proteger. Também utilizado para fazer exorcismos. Os antigos gregos colocavam o bulbo do alho em um monte de pedras em um cruzamento como uma oferenda à Hécate. Amendôas (Prunus amygdalus[doce] Amygdalus communis[amarga]) Antigamente as amêndoas era conhecidas por prevenir a intoxicação, no tempo medieval as amêndoas eram adiconadas as refeições por esse mesmo propósito. Além disso a amêndoa é consumida para dar inteligência. Angélica (Angelica archanegelica) Planeta: Sol Elmento: Fogo A raiz dessa erva guardada em um saquinho de tecido azul, funciona como um poderoso talismã protetor. A raiz também pode ser colocada em um saquinho de tecido branco ou azul, e pendurado na janela para proteger a casa e as pessoas pess oas que moram nela de todo o mal. Anis (Pimpinela anisum) Planeta: Júpiter Elemento: Ar Usado para proteção. Um travesseiro feito com anis proporciona um sono tranqüilo e sem pesadelos. É considerado um ótimo protetor contra olho gordo. Avelã (Corylus spp.) Planeta: Sol 2
Elemento: Ar A madeira é apropriada para fazer qualquer tipo de bastão. Um ótimo encantamento para lhe trazer
Elemento: Ar A madeira é apropriada para fazer qualquer tipo de bastão. Um ótimo encantamento para lhe trazer sorte consiste em fazer uma cruz solar amarrando 2 galhos juntos com um cordão vermelho ou dourado. Bálsamo de Gilead (Populus candicans) Planeta: Saturno O botão pode ser usado para curar um coração partido. Também é usado em feitiços de amor e proteção. Basílico (Ocimum basilicum) Planeta: Marte Elemento: Fogo Usado em rituais de riqueza e prosperidade. Pode ser carregada no bolso para atrair dinheiro. Há tempos atrás acreditava-se que a mulher acabaria com a infidelidade do marido salpicando basil no corpo dele. Baunilha (Vanilla aromatica ou Vanilla planifolia) Planeta: Júpiter Elemento: Fogo Usado me encantamentos de amor, e o óleo de baunilha tem função afrodisíaca Benjoim (Styrax benzoin) Planeta: Sol Elemento: Ar Usado como incenso para purificação. Camomila (Anthemis noblis) Planeta: Sol Elemento: Água Usado em encantamentos e em rituais de prosperidades. Estimula o sono. O chá acalma e tranqüiliza, pode ser muito útil quando você precisar fazer um ritual e estiver sentindo raiva ou agonia. Lavar o rosto e as mãos com camomila atrai amor. Canela (Cinnamonum zeylanicum) Planeta: Sol Elemento: Fogo Usado como incenso para cura, clarividência, vibrações espirituais. Conhecida como um poderoso afrodisíaco. Usado em feitiços de prosperidade. Muito usada também em feitiços de amor. Carvalho (Quercus alba) Planeta: Sol Elemento: Fogo Árvore sagrada em muitas culturas. Queimar folhas de carvalho purifica. A madeira é usada para fazer bastões de todos os tipos. O fruto de carvalho pode pod e ser usado para fazer encantamentos en cantamentos de fertilidade, preservar a juventude, evitar doenças. O homem pode usar o fruto de carvalho car valho para aumentar seu poder sexual.
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Cebola (Allium cepa) Planeta: Marte
Cebola (Allium cepa) Planeta: Marte Elemento: Fogo Usado para proteger e curar. Cipestre (Cupressus spp.) Planeta: Saturno Elemento: Terra A fumaça do cipestre pode ser usada para consagrar instrumentos mágicos. Coentro (Coriandrum sativum) Planeta: Marte Elemento: Fogo Usado em feitiços de amor. Cominho (Carum carvi) Planeta: Mercúrio Elemento: Ar Usado em encantamentos de amor para atrair a pessoa amada. Cravo (Dianthus caryophyllus) Planeta: Sol Elemento: Fogo Na época da inquisição as bruxas carregavam car regavam o cravo consigo para prevenir-se p revenir-se da captura ou enforcamento. Gera energia no ritual quando usado como incenso. Dill (Anethum graveolens) Planeta: Mercúrio Elemento: Fogo Usado em feitiços de amor. Pendurado em quarto de crianças para protegê-las. Em tempos antigos o dill era usado para se proteger contra bruxarias. Espinheiro (Crataegus oxyacantha) Planeta: Marte Elemento: Fogo Usado em "saquinhos" de proteção. Na antiga Grécia e Roma, era associado a felicidade no casamento. Pode ser queimado como incenso quando você precisar de energia e dinamismo em sua vida, e quando precisar refletir sobre sua vida. Eucalipto (Eucalyptus globulus) Planeta: Lua Elemento: Ar Usado em rituais de cura, e em feitiços de todos os tipos. Pode ser utilixado para cura colocando as folhas em volta de uma vela azul e em seguinda queimá-la. Também pode ser pendurada em volta do pescoço para curar resfriados resf riados e dores de garganta. Freixo (Fraxinus excelsior) Planeta: Sol Elemento: Água 4
Usado para fazer vassouras, e bastões de cura. As folhas deixadas embaixo do travesseiro induz a sonhos psíquicos. A folha pode ser trazida no bolso pra atrair boa fortuna.
Usado para fazer vassouras, e bastões de cura. As folhas deixadas embaixo do travesseiro induz a sonhos psíquicos. A folha pode ser trazida no bolso pra atrair boa fortuna. Gardênia (Gardenia spp.) Planeta: Lua Elemento: Água Use as flores para atrais amor. Girassol (Helianthus annus) Planeta: Sol Elemento: Fogo Traz bênçãos do Sol em qualquer jardim no qual ele cresce. Hera (Hedera spp.) Planeta: Saturno Elemento: Água Guarda e protege a casa, de quem possui essa planta. Hortelã (Mentha piperata) Planeta: Vênus Elemento: Ar Usado em encantamentos de cura, tomar banho com hortelã também é ótimo para curar, e também pode ser usado como incenso. Iris (Iris florentina ou Iris germanica) Planeta: Vênus Elemento: Água Usado em feitiços de amor, banhos e incensos. Jasmin (Jasminum officinale ou Jasminum odoratissimum) Planeta: Júpiter Elemento: Terra. Usado em feitiços de amor. Junípero (Juniperus communis) Planeta: Sol Elemento: Fogo O ramo de junípero é usado para evitar acidentes. O grão seco tem a propriedade de atrair amor. Essa planta protege a casa contra roubo. Laranja (Citrus sinesis) Planeta: Sol Elemento: Água A casca seca de laranja é usada em feitiços de amor e fertilidade, e como incenso solar. É um símbolo tradicionalmente chinês de sorte e prosperidade. Lavanda (Lavendula vera ou Lavendula officinale) Planeta: Mercúrio Elemento: Ar 5
Usado em banhos ou como incenso para purificação. Jogar lavanda no fogo no Solstício de Verão é um tributo aos Deuses e também nos dá visão e inspiração. Usado também em banhos para curar, e para
Usado em banhos ou como incenso para purificação. Jogar lavanda no fogo no Solstício de Verão é um tributo aos Deuses e também nos dá visão e inspiração. Usado também em banhos para curar, e para atrair homem. O perfume da Lavanda induz ao sono. Excelente para dar claridade e coerência em trabalhos mágicos e concentrar a visualização. Louro (Lauris noblis) Planeta: Sol Elemento: Fogo Na Antiga Grécia as folhas de louro eram usadas para fazer coroas para par a os vitoriosos no atletismo ou nos concursos de poesia. As folhas podem ser queimadas ou mastigadas para induzir visões. Usado como amuleto para evitar as negatividades. As folhas deixadas embaixo do travesseiro induz a sonhos proféticos. Pode ser usado em rituais de proteção p roteção e purificação. Manter um pé de louro em casa protege todos os que moram nela de doenças. Mandrágora (Mandragora officinarum) Planeta: Mercúrio Elemento: Terra Uma erva muito poderosa para proteger o Lar. A raiz pode ser usada para curar a impotência masculina. Pra carregar a mandrágora com seu poder pessoal, deixe-a em sua cama durante 3 dias durante a lua cheia. Usada para dar coragem. Manjerona (Origanum majorana) Planeta: Mercúrio Elemento: Ar. Usado em feitiços de amor. Coloque um pedaço dessa erva em todos os cômodos da casa para ter proteção. Margarida (Bellis perennis) As margaridas estão associadas as celebrações da primavera e do verão: decorar a casa na noite do verão, traz felicidade para o lar e atrai as fadas. Maçã (Pyrus malus) Planeta: Vênus Elemento: Água Muito usada em feitiços de amor há milhares de anos. O suco da maçã pode substituir o vinho, quando for realizar um feitiço ou algum ritual. A madeira da macieira pode ser usada para fazer bastões, e utilizá-lo para realizar feitiços de amor. Meimendro (Hyoscyamus niger) Planeta: Saturno Elemento: Água Venenoso! Usado para atrair o amor de uma mulher. Também usado em adivinhação salpicando meimendro na água (srying). Mirra (Commiphoria myrrha) Planeta: Sol Elemento: Água 6
Usado como incenso protetor e purificador. Também pode ser usado para consagrar instrumentos mágicos.
Usado como incenso protetor e purificador. Também pode ser usado para consagrar instrumentos mágicos. Murta (Myrica cerifera) Planeta: Vênus Elemento: Água Sagrado para Vênus, é usado em feitiços de amor e de todos os tipos. Ter murta em casa atrai sorte. Use as folhas de murta pra atrair amor, e a madeira para preservar a juventude. Use a madeira para fazer encantamentos. Noz (Juglans regia) Planeta: Sol Elemento: Fogo Use a noz em encantamentos para promover a fertilidade e fortalecer o coração. Noz-moscada (Myristica fragrans) Planeta: Júpiter Elemento: Ar Usado para reforçar a clarividência e prevenir reumatismo. Sonhar com noz-moscada significa mudanças na vida do sonhador. Olíbano(Boswellia carterii) Planeta: Sol Elemento: Fogo Seu perfume é muito poderoso para ajudar em meditações. Use como incenso para proteger. Oliva (Olea europaea) Sagrado para Atenas. É um símbolo de paz e prosperidade. Patchouli (Pogostemon cablin ou Pogostemon patchouli) Planeta: Sol Elemento: Terra Erva afrodisíaca, também atrai amor. Pimenta (Capsicum spp.) Planeta: Marte Elemento: Fogo Usado em feitiços de proteção Rosa (Rosa spp.) Planeta: Vênus Elemento: Água Beba um chá de rosas parar ter sonhos divinatórios, ou para melhorar a beleza. Usados como incenso ou em encantamentos, para dormir, atrair amor e curar. Sonhar com rosas significa, sucesso no amor, fortuna Sabugueiro(Sambucus canadensis) Planeta: Vênus 7
Elemento: Ar Os galhos podem ser usados para fazer varinhas mágicas.
Elemento: Ar Os galhos podem ser usados para fazer varinhas mágicas. Salgueiro (Salis alba) Planeta: Lua Elemento: Terra Os bastões feitos com a madeira do salgueiro têm a propriedade de cura. O salgueiro traz bênçãos da Lua para aqueles que o tem em sua propriedade. O salgueiro pode ser usado para fazer a vassoura mágica. Tanto as folhas quanto a madeira Salsa (Carum petroselinum) Planeta: Mercúrio Elemento: Ar Na antiga Grécia e Roma era um símbolo de morte, e era usada usad a nas coroas de flores em túmulos. Era Er a sagrado para Perséfone e usado em ritos funerários. Sálvia (Salvia officinalis) Planeta: Júpiter Elemento: Terra Usado em encantamentos de cura e prosperidade. Promove a longevidade e saúde. Samambaia Planeta: Saturno Elemento: Terra É uma planta extremamente poderosa para a proteção da casa. Sândalo (Santalum album) Planeta: Lua Elemento: Ar Usado como incenso para purificar, curar e proteger. Sangue de Dragão (Daemonorops draco ou Dracaena draco) Planeta: Marte Elemento: Fogo Usado em feitiços de amor e proteção. Um pedaço colocado debaixo da cama ajuda a curar a impotência. Carregue um pedaço com você para sempre ter sorte. Pode ser dissolvido e usado no banho para uma poderosa purificação. O sangue de dragão dr agão também é usado para fazer tinta mágica. Tília (Tilia europaea) Planeta: Júpiter Associado ao amor conjugal e a longevidade. Tomilho (Thymus vulgaris) Planeta: Vênus Elemento: Ar Usado como incenso purificador, banhos mágicos de limpeza. Pode ser inalado para refrescar e renovar energia. Use para se defender contra negatividade. Traz inspiração e coragem. Trevo (Trifolium spp.) Planeta: Mercúrio 8
Associada a Deusa Tríplice. Usado em rituais de beleza e juventude. O trevo de quatro folhas, pode ser usado para ver fadas, curar doenças, e em feitiços de boa sorte. Sonhar com trevo significa fortuna
Associada a Deusa Tríplice. Usado em rituais de beleza e juventude. O trevo de quatro folhas, pode ser usado para ver fadas, curar doenças, e em feitiços de boa sorte. Sonhar com trevo significa fortuna principalmente para pessoas jovens. Urtiga (Urtica dioica) Planeta: Marte Elemento: Fogo Encha um pote com urtiga para mandar má vibrações e maldições de volta para quem te mandou. Usado em feitiços de proteção. Usado para dar coragem. Foi considerado como antídoto contra vários venenos. Valeriana (Valeriana officinalis) Planeta: Mercúrio Elemento: Água Esta erva é usada em feitiços de amor, e em banhos de purificação. Também pode ser usada como calmante Violeta (Viola tricolour) Planeta: Vênus Elemento: Ar Misture com lavanda para um poderoso encantamento de amor. A compressa feita com violeta ajuda a curar a dor de cabeça . Sonhar com violetas significa mudanças para melhor. Violetas absorvem feitiços do mal. A fragrância acalma e limpa a mente. Visco (Viscum album) Planeta: Sol Elemento: Ar Usado com um amuleto protetor. O visco era muito estimado pelos druidas, que o usavam para se proteger do mal. PLANTAS POPULARES A relação dos homens com as plantas vai além da necessidade de sobrevivência ou do simples gosto pela beleza. Na verdade, há uma troca constante de energias entre os homens e as plantas, no próprio processo de respiração, onde trocamos gás carbônico com oxigênio. Ao longo do tempo, as plantas foram sendo pesquisadas por xamãs, pajés, magos, bruxos, feiticeiros, curadores,benzedeiras, aprendizes, curiosos e cientistas de toda sorte,buscando encontrar em cada uma delas a utilidade mágica ou natural que permitia curar e aplacar os males. Esse conhecimento popularizou-se e foi se ampliando ao longo do tempo, resultando num vasto repertório de receitas, capazes de combater toda sorte de enfermidades. É o que pretendemos explorar. GLOSSÁRIO No decorrer do manuseio de receitas de preparo p reparo de chás naturais em geral, ger al, diversos termos são citados e é importante que o leitor se familiarize com eles, recorrendo a este glossário sempre que necessitar.
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Ácidos graxos: classe de substância que inclui as gorduras. Aclimatado: vegetal originário de outro país, adaptado a um novo clima, sem prejuízo em seu
Ácidos graxos: classe de substância que inclui as gorduras. Aclimatado: vegetal originário de outro país, adaptado a um novo clima, sem prejuízo em seu desenvolvimento. Adstringente: que diminui ou impede a secreção ou absorção; queproduz estreitamento, redução, constrição. Substância que combate moléstias inflamatórias da boca, garganta, intestinos e órgãos genitais. Afrodisíaco: excitante dos apetites sexuais; estimulante sexual. Alcalóide: substância encontrada nos vegetais, de propriedades básicas e de interesse medicinal. Amenorréia: ausência de menstruação. Analgésico: que acalma ou impede a dor. Anemia: deficiência de hemácias e hemoglobinas no sangue. Anestésico: que abranda ou tolhe a sensibilidade Antelmínticos: que combatem os áscaris lumbricóides, as populares lombrigas. Antibacteriano: agente que combate as bactérias. Antídoto: que neutraliza a ação de venenos. Antiemético: que previne os vômitos. Antiescrufuloso -. que combate os tumores dos gânglios provenientes da tuberculose. Antiespasmódico: contra os espasmos; que evita ou alivia os espasmos Anti-helmíntico: vermífugo Antiinflamatório: substância contra as inflamações. Antimicrobiano: exterminador de bactérias ou micróbios. Antineurótico: calmante e reconstituinte do sistema nervoso. Antipirético: cura ou previne febre. Anti-séptico: age contra as infecções e como desinfetante. Aperiente: estimulante do apetite. Aperitivo: que estimula o apetite Arteriosclerose: endurecimento das artérias sangüíneas. Asséptico: esterilizado para impedir infecções. Ateromatose: depósito de material gorduroso nas artérias. Béquico: medicamento para combater as tosses. Bronquite: inflamação dos brônquios. Cardialgia: dor aguda no coração. Cardiotônico: tônico para o coração. Carminativo: que provoca a expulsão dos gases; que combate osgases do estômago e dos intestinos. Catártico: purgante pouco violento, laxativo. Cáustico: substância corrosiva, que queima. Cefaléia: dor de cabeça. Clorose: anemia peculiar à mulher, assim chamada pelo tom amarelo esverdeado que imprime à pele Codiforme: que tem o formato de coração. Colagogo: que favorece e provoca a expulsão da bílis; estimulante da bílis. Colapso: súbita debilidade e desmoronamento das forças. Colutório: líquido medicamentoso para as mucosas bucais. Dartro: herpes. Debilidade: fraqueza. 10
Depressão: abatimento moral ou físico, letargia. Depurativo: que libera o organismo e o sangue de substâncias tóxicas
Depressão: abatimento moral ou físico, letargia. Depurativo: que libera o organismo e o sangue de substâncias tóxicas Desobstruente: combate obstruções do fígado e intestinos. Detersivo: que serve para limpar feridas e chagas; purificador. Diaforético: que provoca e favorece a sudorese; que provoca o suor. Difteria: doença infecto-contagiosa aguda, bacteriana. Dismenorréia: menstruação difícil e irregular Dispepsia: má digestão; dificuldade de digerir. Dispnéia: dificuldade em respirar. Diurese: secreção de urina, natural ou provocada. Diurético: que provoca a secreção abundante de urina. Eczema: doença da pele, com avermelhamento e prurido Edulcorante: corretivo de sabor que edulcora ou adoça; adoçante. Emenagogo: que provoca a menstruação. Emético: que provoca vômitos e alívio nas anomalias estomacais provocadas por intoxicações. Emoliente: que atua nos casos de inflamações, úlceras e contusões. Energético: que estimula as energias. Enterite: inflamação do intestino. Enurese: incontinência urinária. Escorbuto: doença provocada pela carência de vitamina C. Esgotamento: exaustão. Espasmo: contração muscular súbita e involuntária. Estaca: parte retirada de uma planta para formar vegetativamenteuma nova planta. Estimulante: excitante da função dos órgãos que ativa a circulaçãosangüínea, normatizam e vitalizam os órgãos. Estomacal: que alivia anormalidades e mal-estar do estômago. Estomáquico: que é benéfico ao estômago. Eupéptica: que facilita a digestão. Expectorante: que provoca e facilita a expulsão do catarro Febrífugo: que combate a elevação da temperatura corporal;antifebril, antipirético, que cura ou previne a febre. Flatulência: acúmulo de gases no intestino. Flavonóide: substância encontrada nos vegetais, relacionadas comas flores e frutos. Gastroenterite: inflamação do estômago e intestinos. Glicosídeos: substâncias naturais que, por decomposição, fornecemmoléculas de açúcares. Hemicrania: dor de cabeça limitada a uma só região, utilizada parador de cabeça em geral. Hemoptise: sangue expelido pela boca, proveniente dos pulmões edos brônquios. Hemorragia: perda excessiva de sangue. Hemorróidas: varizes nas veias do reto e do ânus. Hemostático: que evita a hemorragia; auxilia na coagulação sangüínea. Hidropisia: acúmulo anormal de líquido seroso em tecidos ou em cavidades do corpo. Hipertensão: elevação da pressão. Hipertensor: medicamento para elevar a pressão arterial. Hipnótica: que facilita e provoca o sono. 11
Icterícia: afecção caracterizada por amarelidão anormal dos tegumentos, provocada pelo derrame da bílis nos tecidos do corpo e no sangue.
Icterícia: afecção caracterizada por amarelidão anormal dos tegumentos, provocada pelo derrame da bílis nos tecidos do corpo e no sangue. Impigem: designação imprecisa comum a várias dermatoses. Inapetência: perda ou falta de apetite. Incontinência: emissão involuntária de substâncias cuja excreção está sujeita à vontade, como a urina. Inflorescência: conjunto de flores de uma planta. Insônia: dificuldade para dormir. Lanceolado: com a forma de lança. Laxativo: purgante brando; que auxilia nas evacuações. Leucorréia: secreção vaginal ou uterina, conhecida também como flores brancas. Litíase biliar: cálculos nas vias biliares. Menorragia: perda uterina de sangue, que ocorre a intervalos regulares, como na menstruação. Meteorismo: gases estomacais e intestinais que provocam inchaços e dores. Metrorragia: hemorragia uterina. Mucilagem: substância gomosa encontrada nos vegetais. Nevralgia: neuralgia, dor paroxística, que se estende ao longo lon go do trajeto de um ou mais nervos. Paludismo: o mesmo que malária. Panarício: inflamação das partes moles que circundam a falange,normalmente purulenta. Parasiticida: que destrói parasitas. Peitoral: que cura as doenças do aparelho respiratório. Resina: substância viscosa dos vegetais. Resolutivo: que resolve um mal. Reumatismo: dores nos músculos, articulações e tendões. Revulsivo: que provoca um aumento do afluxo sangüíneo em uma determinada parte do corpo, com objetivo curativo Rizoma: tipo de caule semelhante ao do bambu e do gengibre. Sialagogo: medicamento que provoca ou excita a salivação. Sudorífero: que provoca suor. Sudorífico: que faz suar. Tanino: de substância vegetal, de propriedades adstringentes, usada inclusive no curtume de peles de animais. Tegumentos: que cobre o corpo; pele; invólucro de uma semente. Tônico: medicamento que excita a atividade orgânica; que dá ou repõe energias; revigorante Trombose: coagulação do sangue no aparelho circulatório. Tubérculo: tipo de caule ou raiz, que acumula substâncias nutritivas de reserva para a planta. Tumefação: inchação; intumescência. Vermífugo: que afugenta ou destrói os vermes; vermicida. Vulnerário: que cura feridas e chagas.
CUIDADOS NA COLHEITA DAS PLANTAS Conhecendo a planta e suas utilidades, qualquer um pode ter,em seu jardim ou horta, uma pequena farmácia natural, acessível a qualquer momento e em qualquer necessidade. Um pouco de cuidado e os tratos adequados fornecerão medicamentos da mais alta qualidade, sem os inconvenientes de efeitos colaterais indesejáveis. 12
Para que isso seja possível, no entanto, algumas regras devem ser seguidas. Além dos tratos culturais recomendados para cada tipo de planta, a colheita requer alguns cuidados especiais, mas nada que não
Para que isso seja possível, no entanto, algumas regras devem ser seguidas. Além dos tratos culturais recomendados para cada tipo de planta, a colheita requer alguns cuidados especiais, mas nada que não possa ser feito por qualquer pessoa interessada nos benefícios dessa fonte alternativa de saúde e bemestar. Colha a planta antes do sol esquentar, mas observando que estejam secas do sereno ou de uma chuva eventual. Não cultive nem aproveite plantas próximas de locais poluídos,junto a detritos, em beira de estradas ou contaminadas por ágrotóxicos. Se mora em prédio, no centro da cidade e cultiva suas plantas em vasos, cuide para par a que não sejam poluídas pela fumaça de escapamentos ou pela gordura de de sua cozinha. Examine bem as plantas e veja se têm boa aparência, livres de fungos ou doenças. Saiba que a planta toda -- raiz, madeira, casca, caule, folhas e flores -- pode ser aproveitada. Se busca o princípio ativo das raízes da planta, colha-a no outono, enquanto que o período do início da floração é o melhor para colheita e armazenamento do restante da planta. Seque as raízes ao sol e o resto da planta à sombra, em local ventilado. Guarde suas plantas separadas em sacos de papel ou vidros devidamente rotuladas, evitando o uso de embalagens plásticas de qualquer espécie. Colha e use apenas plantas que conhece, evitando confundi-las, principalmente porque muitas são semelhantes e podem ser tóxica sou produzir efeitos prejudiciais. Procure colher e secar o necessário para usar em três meses. Muito embora uma planta em boas condições possa ser conservada por até seis meses, o temo reduz seus princípios ativos. O PREPARO DA PLANTA O correto preparo da planta visa extrair dela todo o potencial de seu princípio ativo, evitando que qualidades sejam desperdiçada sou que o resultado final seja inócuo. Para isso, os cuidados essenciais começam pelo emprego de vasilhas adequadas, de referência com tampas. As mais recomendáveis para isso são as de aço inoxidável, esmalte, barro ou vidro refratário. Isso vale, inclusive,para colheres, coadores, filtros e demais utensílios. Jamais empregue aqueles feitos de alumínio ou de cobre. Ao realizar o cozimento das plantas, tenha sempre em mente que suas partes apresentam consistências diferentes. As raízes,talos, cascas e sementes requerem mais tempo para seu cozimento,enquanto que flores e folhas não devem ser levadas ao fogo, mas preparadas com água previamente fervida. É por isso que o conhecimento dos principais processos é importante. São eles: Decocção: coloque as plantas numa vasilha e acrescente água fria. Leve ao fogo por um período que pode variar de d e 5 a 30 minutos,dependendo da qualidade e das partes da planta utilizada. utiliza da. Flores,folhas e partes mais tenras não devem ser cozidas por mais do que10 minutos. Raízes, cascas e talos, picados bem miúdo, devem ficarno fogo por um u m período de 15 a 30 3 0 minutos. Após o cozimento, retire do fogo, mantenha a vasilha tampada durante alguns minutos,depois coe e use conforme recomendado. Infusão: derrame água fervendo sobre as ervas numa vasilha,tampe e deixe em repouso por 10 minutos, no caso de partes mais macias, e por 20 minutos, no caso de raízes e talos, picados em pedacinhos miúdos. Maceração: coloque as ervas de molho em água, aguardente de boa qualidade, vinho, álcool de cereais ou azeite, na temperatura normal. Flores e folhas devem ficar por um período de 10 a 12. As partes mais duras, raízes e talos, picadas, de 12 a 24 horas. É importante lembrar que, neste processo, os sais minerais 13
e vitaminas do vegetal são melhor aproveitados.
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e vitaminas do vegetal são melhor aproveitados.
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Tintura: use cachaça, vinho ou álcool de cereais na proporção de 20 a 75% em relação às ervas, conforme recomendado na receita. O uso e a dosagem devem ser obedecidas rigorosamente e variam conforme cada planta e seu princípio ativo. Tisana: coloque água numa panela e leve ao fogo. Quando estiver fervendo, acrescentar as ervas. Tampe, ferva por mais cinco minutos e retire do fogo. Deixe em repouso, depois coe e use conforme recomendado. SEGREDOS DO USO CORRETO Na infusão e na tisana, use de 25 a 30 gramas da planta p lanta para cada litro de água. Uma colher de d e sopa de erva verde pesa de 4 a 5gramas. Em um copo de 200ml, use uma colher bem cheia. Para as crianças a dosagem deve ser metade do recomendável para adultos. A tintura, sendo preparada à base de álcool, deve ser tomada em doses de 10 a 30 gotas em uma xícara de água, no máximo três vezes ao dia. Se a tintura for à base de vinho, tome um cálice três vezes ao dia. Não adoce o chá com açúcar. Use mel na menor me nor quantidade possível pos sível e, na falta dele, açúcar mascavo. Chás aperientes devem ser tomados de 30 a 40 minutos antes das principais refeições. Nos casos de perturbações do sistema digestivo, o preparado deve ser tomado logo após as refeições. Chás depurativos, calmantes, tônicos e gerais produzem melhores resultados quando tomados entre as refeições. Deixe o organismo acostumar-se ao chá, tomando-o mais fraco no primeiro dia e aumentando a dose nos dias sub sequentes. Após três semanas, é recomendável substituir a planta ou erva por uma outra, com as mesmas propriedades. Os chás, preparados corretamente, não produzem contra indicações, sendo, por isso, recomendados para serem tomados deforma defo rma preventiva e não somente nos casos de doença. Chás depurativos limpam o sangue e propiciam uma melhor saúde geral. Todo exagero no uso de medicamentos naturais, no entanto, devem ser evitados, pois tudo em excesso tende a ser prejudicial. Observe que as plantas verdes pesam mais do que as secas,numa proporção de 2x1 em média. Se a receita recomenda o uso de20 g de ervas secas, use o dobro disso no caso de plantas verdes. Não deixe chás prontos pron tos para serem usados us ados de um dias para o outro, porque por que podem fermentar e estragar. es tragar. O ideal é repara o necessário para cada dose ou, no máximo, para um dia. RECEITUÁRIO POPULAR Nada substitui o diagnóstico e o tratamento recomendado por um médico, de preferência especialista no problema a ser tratado. Sempre que possível, deve ser procurado para a solução definitiva dos problemas de saúde. Tratamentos auxiliares com plantas e ervas medicinais, no entanto, podem ser usados com bons resultados, provados pelo uso e pela tradição. Toda família tem seus segredos nesse campo. Por isso, há, na chamada medicina popular, inúmeras receitas para o preparo e o uso de plantas e ervas medicinais, variando ligeiramente conforme a região ou conforme a flora disponível. São receitas práticas que podem e devem ser mantidas a mão para uso imediato,já que usam ingredientes facilmente obtidos. Vejamos algumas delas. 14
AFONIA
E
ROUQUIDÃO
AFONIA E ROUQUIDÃO Bata no liqüidificador um tomate verde com um copo de água euma pitada de sal. Coe e faça um gargarejo imediatamente. Repita três vezes ao dia. AMÍDALAS INFLAMADAS E FARINGITE Pegue um copo de chá preto morno, adicione uma colher rasa de sopa de sal e faça gargarejos três vezes ao dia. ANEMIA Bater no liqüidificador ou passar na centrifuga folhas de couve,brócolis, repolho roxo, bertalha (para quem não conhece, é uma trepadeira, cultivada como hortaliça, de flores esverdeadas, e cujos frutos são bagas negras. A planta é toda suculenta, mole e rica em água, e utilizam-se utilizam-s e as pontas de ramo), agrião e tanchagem. Temperar com uma colher de melado. Tomar uma xícara, em jejum,por quarenta e cinco dias. APETITE Ferva 300 ml de água e coloque numa vasilha com 15 gramas de folha de limão, 20 gramas de raiz de aipo ralada, 15 gramas de tomilho e 50 gramas de folha de alcachofra. Cubra e deixe esfriar. Filtre e conserve na geladeira. Tome uma xícara uma hora antes das refeições. ARTERIOSCLEROSE A alcachofra é uma planta de origem européia, possui extrema importância em virtude de seu alto valor medicinal, aclimou-se muito bem no Brasil e pode ser encontrada com facilidade pois também são muito apreciadas na alimentação e por esta razão encontra-se largamente difundida no comércio. Separe três folhas de alcachofra se lave em água corrente, em seguida mergulhe em um copo de água fervente. Desligue o fogo, tampe a panela e deixe abafar por quinze minutos. Passado este tempo, coe e tome uma xícara três vezes ao dia. ARTRITE E REUMATISMO Pegue 100 ml de álcool a 60º e faça uma infusão com seis pimentas vermelhas. Deixe por dois dias. Coe e use o líquido para massagear suavemente as regiões afetadas. ARTROSE Pegue um caroço de abacate seco ao sol, rale-o e junte um litro de álcool com dez pastilhas pequenas de cânfora sintética,encontrada em farmácias. Deixe em repouso por três dias, coe e use em compressas no local afetado ASMA E COQUELUCHE No auxílio do tratamento da asma da coqueluche e também dos resfriados e das gripes, uma boa alternativa é a folha de cambará. Ferva dois copos de água, despejando-os sobre duas colheres de sopa de folhas picadas, deixando em infusão por cinco minutos. Coe e beba três xícaras deste chá ao dia. AZIA, GASTRITE E ÚLCERAS ESTOMACAIS Rale quatro batatas cruas em um ralador fino. Junte a massa obtida, coloque num pano de prato limpo e esprema. Tome uma xícara desse suco três vezes ao dia, trinta minutos antes das refeições ou sempre que sentir queimação AZIA, MAL-ESTAR, FÍGAGO, ESTÔMAGO E RIM Pegue algumas folhas de boldo frescas, lave-as e amasse-as numa xícara de chá. Coloque água fervente e beba, assim que esfriar o suficiente. 15
BOCA
INFECCIONADA
E
GARGANTA
BOCA INFECCIONADA E GARGANTA Pegue cinco folhas de feijão guandu e faça um chá. Espera mornar, depois use o líquido para fazer gargarejo. Repita três vezes ao dia, durante três dias. BRONQUITE Para a bronquite branda recomenda-se o uso da erva Mulungu, na dose de uma colher de sopa da erva fatiada para dois copos de água. Ferva por 10 minutos, tampe, coe e tome uma xícara três vezes ao dia. CASPA Lave dois tomates maduros, retire as sementes e bata no liqüidificador ou na centrífuga, juntamente com duas colheres de sopa de vinagre de vinho branco. Espalhe nos cabelos e deixe por vinte minutos, depois lave a cabeça normalmente. CIRCULAÇÃO Para ativar a circulação, numa folha de hortelã, pingue uma gota de vinagre e coma em jejum, pela manhã ao acordar, antes mesmo de escovar os dentes. CÓLICAS A erva índico atua muito bem no combate a cólicas, febres,afecções urinárias e excitação nervosa. Suas raízes são usadas contra a icterícia e a hepatite. Para o chá use uma colher de sopa das raízes fatiadas em dois copos de água, fervendo por 15 minutos.Coe e beba uma xícara três vezes ao dia. CÓLICAS MENSTRUAIS Em uma xícara de chá com água fervente, coloque uma colher de sobremesa das flores de calêndula. Abafe por dez minutos,depois coe. Tome esse chá duas vezes ao dia, nos dez dias que antecedem o período menstrual. CONJUNTIVITE Faça um cataplasma da polpa da maçã e coloque sobre as pálpebras por duas horas. Repita três vezes ao dia, até desaparecer. CORAÇÃO A arnica é uma das plantas mais bonitas da Europa e é conhecida mundialmente, não só pela beleza, mas também pelos vários efeitos curativos que pode apresentar quando sabiamente usada. Preparados com gotas de arnica são usados milenariamente como tônicos para o coração, mas devem ser consumidos seguindo se rigorosamente a prescrição recomendada, que não deve ultrapassar 1% de tintura para 200 ml de água. DORMÊNCIA NAS MÃOS E NOS PÉS Para diminuir dormência nas mãos e pés, dores e nevralgias,pode-se usar a erva papo-de-peru. Ferva dois copos de água,despejando sobre uma porção da erva, deixando em infusão por 10minutos. Coe e beba uma xícaras, três vezes ao dia. d ia. FARINGITE Retire as sementes de diversas romãs e deixe as cascas secarem ao sol. Após a secagem, faça chá das cascas secas, na proporção da casca de meia romã para um copo de água. Faça um gargarejo, deixando que o líquido permaneça o maior tempo possível na garganta. Repita cinco vezes ao dia. 16
FEBRE
FEBRE O salgueiro é uma planta nativa da Espanha, floresce naturalmente à beira de cursos d’água e é com freqüência cultivada por quem conhece seus poderes. Uma xícara de chá de salgueiro faz a febre baixar em pouco tempo. FERIDAS No tratamento de feridas em geral, amasse algumas alguma s folhas de alfavaca alfava ca e aplique sobre o local, cobrindo com uma gaze. Renovet rês vezes. FERIMENTOS O bálsamo-de-tolu, também conhecido como bálsamo americano ou bálsamo-índico, produz uma substância capaz de impedir, pela destruição dos micróbios, a proliferação dos mesmo sem caso de ferimentos. Quem não pode contar com um exemplar desta planta, deve adquirir a resina em farmácias especializadas. Mas para quem tiver oportunidade de colher a resina pessoalmente,faça incisões em forma de "V" no tronco da árvore, atingindo apenas a casca. No vértice do corte, ou seja na pontinha do ‘V", coloque um recipiente para colher o óleo-resina, que rapidamente se secará e adquirirá uma consistência puramente resinosa de cor castanho amarelada,sabor ácido e odor agradável. A pessoa ferida, ou quem a esteja socorrendo, deve aplicar a resina diretamente sobre o ferimento e deixar. Renove duas a três vezes ao dia. FÍGADO Para excitar a secreção da bílis, providencie três folhas de boldo, bem verdinhas e se possível colhidas na hora, lave-as em água corrente e coloque dentro de um copo de vidro. Com um pilão de madeira, esmague as folhas até obter um suco verde. Acrescente meio copo de água fresca e beba de uma vez. GARGANTA A madressilva dos jardins é muito usada para combater as inflamações da garganta e das vias respiratórias. Ferva um copo de água, despejando-o sobre uma colher de sopa de folhas fatiadas. Deixe em infusão por 5 minutos, coe e faça gargarejo três vezes ao dia. GARGANTA INFLAMADA Coloque água filtrada em dois copos americanos, até a metade de cada um. Em seguida, esprema o suco de um limão e, no segundo, coloque uma colher de chá de bicarbonato de sódio. Faça gargarejo com a água e limão e, imediatamente depois, com o água e bicarbonato. GASES As folhas de anis são ótimas para combater gases estomacais e até diarréias. Use duas colheres de sopa das folhas fatiadas para um copo de água. Deixe em infusão por 15 minutos, coe e beba uma xícara do chá três vezes ao dia. GASTRITE Coma no desjejum mamão, caqui, pinha ou melão, alternando um tipo de fruta a cada dia. Nos intervalos das refeições, tome uma xícara de suco de batata inglesa, pela manhã, e uma xícara de suco de couve à tarde. Antes de dormir, tome um chá de camomila. Não coma alimentos oleaginosos nem ácidos como: abacaxi, caju,tangerina, laranja, romã, ameixa, acerola, abacate, castanha, coco,azeitona, etc. Evite a todo custo carnes, pescados e frituras. 17
GOTA
GOTA Essa doença é uma forma hereditária de artrite que ocorre em geral em uma única articulação periférica. Prepare um infuso para uso imediato da seguinte s eguinte maneira. Coloque uma mão-cheia de raízes de açafrão em uma panela, devem estar previamente secas, e acrescente um copo de água potável, coloque para ferver durante dez minutos. Depois que ferver coe e tome quente se for inverno e fresco se for verão. Uma dose por dia é a medida ideal, faça todos os dias se desejar acelerar o processo de cura. GRAVIDEZ A artemísia, ou flor-de-são-jõao como é mais conhecida popularmente no Brasil, descende, segundo a lenda, diretamente da linhagem de uma Deusa protetora das mulheres grávidas. Esta ervaé muito comum também na Europa e embora apresente gosto amargo é bastante requisitada por pessoas instruídas na arte de curar e proporcionar conforto e bem estar físico através das plantas. Traz benefício à saúde da gestante e do bebê, principalmente nos primeiros meses de gravidez, pois age como anti espasmódico. Faça banhos de imersão em folhas de artemísia durante os seis primeiros meses de gravidez. Utilize a erva na proporção de uma folha para cada dois litros de água na temperatura ambiente. Sente-se na bacia com o preparado e não permaneça mais que um minuto, uma vez por semana. Se o tempo estiver frio, use água morna. GRIPE Previna ou combate a gripe com um poderoso tônico, reparado com uma xícara de leite, 5 dentes de alho e 5 folhas de sálvia. Ferva tudo e tome, ainda quente, uma xícara duas vezes ao dia. Uma receita alternativa é ferver um pé de alho macho, com cabeça e folhas, em um copo de leite. Tome quente, antes de dormir. De modo geral estas plantas e ervas são ótimas para a gripe:alho, ameixa, cambará, chapéu de couro, eucalipto, gengibre,margarida, calêndula do campo, três-marias, picão gigante ou espanta pulga e xaxim. Use uma colher de sopa de folhas ou flores picadas de uma ou de algumas destas ervas para cada copo de100ml de água. Ferva a água, despeje a planta e tampe por dez minutos. Coe e tome uma xícara três vezes ao dia. GRIPES E RESFRIADOS Pegue duas laranjas, lave-as bem, depois retire manualmente o suco em um copo. Leve ao pelo tempo necessário para aquecer,sem deixar ferver, no entanto. Tome quente sem nenhuma espécie de adoçante. Antes de ir dormir, corte um limão galego em cruz e coloque numa vasilha com um copo de água. Ferver por aproximadamente cinco minutos. Espere amornar e tome. HEMATOMAS Aplique um cataplasma de tomate maduro amassado no local,deixando por duas horas. Repita quantas vezes forem necessárias. HIGIENE BUCAL Pegue uma xícara de folhas de alfavaca, junte um copo de álcool de cereais e deixe em repouso por um dia. Coe e use uma colher de sopa em meio copo de água para fazer a higiene bucal pela manhã, antes de escovar os dentes. INSÔNIA Antes de ir para a cama, ferva um copo de água, depois junte uma folha de alface picada e a casca de uma maçã. Tampe e deixe em infusão por alguns minutos. Após amornar, adoce e beba. 18
LABIRINTITE
LABIRINTITE Pegue cinco folhas tenras de oliveira roxa e faça uma infusão com 300 ml de água fervente. Mantenha tampada até esfriar. Tome meia xícara de duas a três vezes ao dia, enquanto durar a crise LAXANTE A sene atua como laxante e ajuda a tirar as manchas do corpo,mas não deve ser tomada durante a gravidez. Para o preparo, pique três folhas da erva, junte dois copos de água fervente e deixe em infusão por 5 minutos. Coe e beba 1 xícara chá antes de se deitar e pela manhã, em jejum. O chá é também um importante auxiliar no emagrecimento, pelo seu princípio ativo. LIMPEZA E HIDRATAÇÃO DE PELE Numa vasilha de louça ou de vidro, coloque três colheres de sopa de mel e uma colher e meia de d e aveia em flocos. Misture até formar uma pasta homogênea. e passe no rosto, fazendo uma sua vefricção por três minutos. Lave com sabonete neutro. Repita uma vez por semana. LOMBRIGAS Além de outras utilidades, o chá de alho é uma boa opção para eliminar lombrigas. Ferva um copo de água com cinco dentes de alho por 20 minutos, numa vasilha tampada. Coe e beba 1 xícara do chá duas vezes ao dia. MÁ DIGESTÃO Problemas freqüentes de má digestão podem ser eliminados com o uso de um chá, incorporando algumas ervas medicinais. Recomenda-se que o tratamento seja feito por, pelo menos, 30 dias.Diariamente, ferva dois copos de água filtrada, despejando-os sobre3 folhas de louro, 6 de boldo, uma de eucalipto e uma de laranjeira,todas bem picadas. Deixe em infusão por 5 minutos. Coe e divida em três doses, tomando-as ao longo do dia, de preferência após as refeições. MENSTRUAÇÃO DOLOROSA A erva agoniada é recomendada ara aliviar a dor menstrual,além de ajudar no tratamento das inflamações do útero e ovário. O preparo é simples. Ferva dois copos de água e despeje sobre duas colheres de sopa da erva previamente picada. Mantenha abafado por15 minutos. Coe e tome de 4 a 5 xícaras do chá ao dia. NARIZ ENTUPIDO Faça inalações com folhas da manjerona, muito cultivada em hortas e jardins. É espécie aromática, usada como tônico e tempero culinário. Ferva um copo de água, coloque folhas picadas, faça um funil de papel ou use um inalador para aspirar o vapor, alternando as narinas. OLHOS A beladona, possui muitos efeitos curativos e seu princípio ativo age como conservador da boa vista na medida que previne doenças nos olhos. Esmague uma folha de beladona em um cálice de água fresca, deixe por alguns momentos, depois banhe os olhos com essa água. PIOLHOS Reúna os seguintes materiais: um maço de arruda, vinte folhas de melão de São Caetano, quinze folhas 19
de boldo, um sabonete ou meia barra de sabão de coco e um litro de água. Para preparar, ferva a água, raspe o sabonete ou o sabão e coloque na água, mexendo até derreter. Deixe esfriar. Enquanto isso, bata
de boldo, um sabonete ou meia barra de sabão de coco e um litro de água. Para preparar, ferva a água, raspe o sabonete ou o sabão e coloque na água, mexendo até derreter. Deixe esfriar. Enquanto isso, bata no liqüidificador as folhas de boldo, arruda e melão com um pouco de água fria. Coe osumo das ervas e misture-o à água de sabão. Acondicione o produto em frascos apropriados, rotulado-os. Para usar, molhe os cabelos com água e aplique um pouco de xampu. Esfregue bem até espumar. Deixe por 1 hora e depois enxágüe com água corrente.Repita durante oito dias. PULMÃO Maçã é ótima para o pulmão, pois contém altas taxas de um flavonóide com características antioxidantes, a quercetina, que protege o pulmão dos efeitos nocivos dos agentes poluentes e da fumaça do cigarro. Por isso recomenda-se comer uma maçã por dia.O mesmo princípio também é encontrado na cebola e no vinho tinto. PURGATIVO A raiz de manacá demonstrado ser muito eficiente para esses casos, além de ser diurética. Use uma colher de sopa da raiz fatiada para três copos de água. Ferva por 15 minutos. Deixe descansar por duas horas. Coe e beba 1 xícara do chá duas vezes ao dia. REUMATISMO O cipó pente-de-macaco é muito usado no tratamento do reumatismo. Pegue três colheres de sopa de casca picadinha e junte dois copos de água fervente. Deixe a vasilha tampada por 5 minutos,coe e tome 1 xícara do chá 3 vezes ao dia. RUGAS, MANCHAS, SARDAS Para ter a pele sempre saudável, nada como um tratamento completo. Comece incluindo em sua alimentação frutas e hortaliças que contenham vitamina A, como brócolis, abóbora, mamão, manga,pêssego, melão e outras. Sempre que comer mamão, reserve as casas e aplique a parte interne no rosto, deixando por uma hora.Lave com sabão neutro em seguida. SEIOS Durante a amamentação, as mamães devem proteger ou tratar seus seios, aplicando compressas de chá de folhas de alfavaca ou o produto da maceração de suas sementes. Aplicar no intervalo entre as mamadas. SOLITÁRIAS Deixe de molho cinqüenta gramas de semente de jerimum moídas durante doze horas. Misture com um ovo, mexa-se bem e tome em seguida em jejum. Repita dois dias seguidos. Não tome café da manhã. TOSSE E ROUQUIDÃO A erva de Jabuti é ótima para a tosse, infecções da garganta,além de ser diurética. Ferva dois copos de água, despejando sobre uma colher de sopa da erva fatiada. Deixar em infusão por 5minutos, coar e beber uma xícara do chá três vezes ao dia Leve ao fogo, em uma panela com 300 ml de água, os seguintes ingredientes: um limão cortado em cruz, três lascas de 20
canela, quatro cravos, seis dentes de alho, duas colheres de sopa de agrião picado, uma colher de chá de raspas de gengibre, uma colher de sopa de folhas secas de eucalipto e uma peça de rapadura.
canela, quatro cravos, seis dentes de alho, duas colheres de sopa de agrião picado, uma colher de chá de raspas de gengibre, uma colher de sopa de folhas secas de eucalipto e uma peça de rapadura. Quando levantar fervura, retire, coe numa peneira fina e acrescente uma xícara de mel. Engarrafe depois de esfriar. Adultos tomam duas colheres de sopa diariamente. Crianças a partir dos 10 anos tomam metade dessa dose. Mais novas devem tomar uma colher de chá diariamente.Uma alternativa pode ser esta. Numa vasilha apropriada, ferva um quilo de açúcar em um litro de água. Após isso, adicione dez frutos de caraguatá, uma planta do cerrado, e cinco folhas de guaco.Deixe ferver por um minuto. Após esfriar, coe e guarde num frasco de vidro em local fresco. Tome uma colher de sopa três vezes ao dia. ÚLCERA E GASTRITE Bata no liqüidificador uma folha grande de couve ou duas folhas pequenas, juntamente com um copo de leite. Coe e tome em jejum, pela manhã ao acordar. Repita por 30 dias. VERMINOSES Tomar uma colher de sopa de suco de hortelã fresco, em jejum, de três a sete dias, conforme a duração da crise. VISÃO Use duas colheres de cenoura fatiadas para dois copos de água. Ferva por 15 minutos, coe e beba uma xícara do chá três vezes ao dia.
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CONSTITUIÇÃO ESTÁTICA DA PLANTA Antes de traçar um esboço da fisiologia vegetal, convém anotar os princípios em ação que existem no reino que nos ocupa, de modo que nos seja possível conhecer com simplicidade seu complicado funcionamento. Se estudarmos os vegetais sob o ponto de vista de sua constituição, reconheceremos neles cinco princípios: 1.° — 1.° — Uma Uma matéria, formada por Água vegetativa. 2.° — 2.° — Uma Uma alma, formada por Ar sensitivo. 3.o — 3.o — Uma Uma forma, composta de Fogo concupiscível. 4.o — 4.o — Uma Uma matriz, ou Terra intelectiva. 5.° — 5.° — Uma Uma Essência universal e primitiva ou Misto memorável, formada pelos quatro elementos que determina as quatro fases do movimento: a fermentação, a putrefação, a formação e o crescimento. Se os estudamos sob o ponto de vista gerativo, encontraremos sete forças em ação: 1.a — 1.a — Uma Uma matéria ou paciente, formada de luzes e trevas, água caótica e vegetativa; eis aqui as Derses de Paracelso, exalação oculta da terra, em virtude da qual a planta cresce. 2.a — 2.a — Uma Uma forma, princípio ativo ou fogo. 3.a - Um vínculo entre os dois precedentes. 4.a — 4.a — Um Um movimento, resultado da ação da gente sobre o paciente. Este movimento, que se propaga pelos quatro elementos, determina as quatro fases anteriormente citadas a propósito do Misto memorável. Todo este trabalho, em sua maior parte preparatório e oculto, dá como resultados visíveis: 5.a — 5.a — A A alma do vegetal, ou semente corporificada, o clissus de Paracelso, poder específico e força vital. 6.a — 6.a — O O espírito ou Misto organizado, o leffas de Paracelso, ou corpo astral da planta. 7.a — 7.a — O O corpo da planta.
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Para se lograr uma ideia mais ampla possível destas duas classificações, será suficiente estudar as analogias que se depreendem do simbolismo na mitologia grega, que é assaz expressivo, e com o
Para se lograr uma ideia mais ampla possível destas duas classificações, será suficiente estudar as analogias que se depreendem do simbolismo na mitologia grega, que é assaz expressivo, e com o qual ofereceremos vasta matéria à meditação. RESUMO. — RESUMO. — Apresentamos este rápido bosquejo, servindo-nos intencionalmente de todas as nomenclaturas. Agora o continuaremos, preenchendo algumas poucas linhas dedicadas ao mesmo, empregando, porém, para elas a teoria budista naturalista ou jônica, conforme a seguir: O mundo pode ser considerado criado como resultado das interações de três forças distintas: a expansão, a luz ou doçura (o Abel de Moisés); a contração, obscuridade ou aspereza (Caim) e a rotação, angústia ou amargura (Set). Estas três forças encontrá-las-emos no reino vegetal. Consideremos o germe introduzido na terra. A doçura foge da obscuridade e da angústia que a perseguem; daí é que provém o crescimento da planta. pla nta. Com o calor do sol, a luta das três forças se torna mais encarniçada; a contração e a rotação se exaltam duplamente, provocando a expansão; daí a origem do córtice, dos nós raros e rugosos das árvores e plantas. Mas a expansão, tão logo os seus adversários cessam de atacar, não a deixam um momento livre, estende-se com avidez por todas as partes. Então quando saem os galhos, se inicia a cor verde dos brotos e a planta se abandona ab andona às forças fo rças vivificantes vivificant es do sol, que a levam até o capulho e a flor, que é a sua perfeição. Dos diversos órgãos a contração faz um todo homogêneo e a angústia as divide em partes, as quais cooperam conjuntamente já que, oriundas de baixo, vêem-se obrigadas a obedecer à força solar que chega até elas vinda de cima; desta maneira se forma o fruto que vai desenvolvendo-se até que a energia expansiva se esbanjou totalmente; momento em que o fruto está disposto a cair para dar expansão e nascimento a um novo circulus vital. O OD DA PLANTA. Desde o descobrimento de Rei-chenbach, tem-se como certo que na Natureza toda coisa desprende uma espécie de exalação invisível nas condições ordinárias, mas visível para os sensitivos. Esta radiação varia em cor, intensidade e qualidade. A parte extrema superior das plantas é sempre positiva e a parte baixa ou inferior, negativa, seja qual for o fragmento da planta apresentando o exame do sensitivo. Os frutos são positivos e os tubérculos, negativos. O lado da flor, de qualquer fruto, é positivo; o lado do pedúnculo é negativo. Estas observações foram utilizadas até à atualidade pelos sucessores do conde Mattei para as práticas da Eletro-Homeopatia, porém eu, particularmente, não posso chegar a crer que essa polarização seja de uma grande profundidade. profu ndidade. A ALMA DA PLANTA. Fomos buscar num livro, por certo muito notável, original de E. Boscowitz, os testemunhos de alguns sábios que atribuem à planta uma vida e uma sensibilidade parecidas às das pessoas. Sem aludir às doutrinas bramânicas, budistas, taoístas, egípcias, platônicas ou pitago-rianas — pitago-rianas — todas todas elas mais ou menos profundamente penetradas do espírito dos vegetais — vegetais — teremos teremos que lembrar que filósofos como Demócrito, Anaxágoras e Empédocles sustentaram dita tese. Em época mais recente, Percival quer 23
demonstrar que os movimentos das raízes são voluntários; Vrolik, Hedmig, Bonnet, Ludwig e F. Ed. Smith afirmam que a planta é suscetível dasensações diversas até o ponto de garantir que é capaz de
demonstrar que os movimentos das raízes são voluntários; Vrolik, Hedmig, Bonnet, Ludwig e F. Ed. Smith afirmam que a planta é suscetível dasensações diversas até o ponto de garantir que é capaz de conhecer a felicidade; Erasmo Darmin, em sua obra Jardim Botânico, diz que a planta tem alma; todas as obras de Von Martius procuram demonstrar o mesmo e, finalmente, Teodoro Fechner escreveu um livro intitulado Nanna oder Ueber das Seelenleber der Pflanzen, na qual se prova ou se quer provar tudo o que foi dito acima. Eis aqui os caracteres de analogia que as plantas apresentam com relação aos seres dotados de personalidade: Nelas a respiração se efetua por meio das traquéias de Malpighi, formadas de uma cinta celular enrolada em espiral e dotadas de contração e de expansão. O ar é indispensável para a sua vida (segundo as experiências de Calandrini, Duhamel e Papin) e exerce sobre a seiva uma ação análoga àquela exercida sobre nosso sangue (Bertholon). O lado inferior das folhas está cheio de pequenas bocas estomáticas, órgãos de dita respiração. (Experiências de Ingenhous, de Hales, de Teodoro De Saussure, de Mohl e Garreau.) Recebem o oxigênio do ar e dele se apropriam e exalam, em contrapartida, o ácido carbônico (Garreau e Hugo von Mohl, Sachs). Nutrem-se do carbono, que extraem do ácido carbônico e durante o dia exalam, por conseguinte, uma grande quantidade de oxigênio. Suas raízes servem-lhes de estômago bem como as folhas; a seiva é análoga ao quilo. A nutrição das plantas é uma função tão ativa, que Bradley calculou que uma azinheira, ao fim de cem anos, absorve 280 000 kg de alimentos. Se a circulação da seiva não é ainda um fato provado de maneira categórica, ao menos se sabe que as plantas têm a qualidade da transpiração, a qual se exerce com força extraordinária. Ademais, como é que explicamos os movimentos das plantas em busca da luz, do sol, dos elementos de nutrição, de um terreno propício à sua vida, que a cada passo observamos? Como explicamos sua potência amorosa, o calor, a eletricidade que desprendem no instante de sua fecundação? Donde vêm, finalmente, as propriedades maravilhosas da flor de ressurreição e da Roda de Jericó? O iniciado tem podido comprovar todos estes fenômenos e admirar uma vez mais a sabedoria de seus prodeces-sores bem como a penetrante intuição do povo que deu a cada árvore sua Hamadríada, a cada flor sua fada, e cada erva seu gênio. As observações científicas, das quais acabamos de fazer um ligeiro resumo, não nos ensinam, magnificamente e com toda clareza, os movimentos sombrios da alma dos elementos que se esforçam rumo à consciência? PLANTAS E ANIMAIS. Bonnet, de Genebra, homem de muito talento, consagra a décima parte da totalidade de suas obras à comparação paralelística das plantas e dos animais. Ele expressa da maneira seguinte o resultado de suas numerosas experiências comparativas: "A Natureza desce gradativamente do homem ao polvo, do polvo à sensitiva, da sensitita à túbera. As espécies superiores sempre apresentam alguma coisa do caráter das espécies inferiores e 24
estas, algo também das espécies inferiores. A matéria organizada recebeu um número quase infinito de modificações diversas e todas estão intimamente ligadas em graduação como as cores do prisma.
estas, algo também das espécies inferiores. A matéria organizada recebeu um número quase infinito de modificações diversas e todas estão intimamente ligadas em graduação como as cores do prisma. Marcamos pontos sobre as imagens, traçamos logo as linhas e a esta tarefa damos o nome de classificar e assinalar gêneros. Desta maneira não nos apercebemos mais do que dos tons dominantes, mas os matizes mais delicados escapam à nossa observação." "As plantas e os animais não são, portanto, outra coisa senão modificações da matéria organizada. Todos participam de uma mesma essência e o atributo distintivo nos é desconhecido." A planta vegeta, nutre-se, cresce e multiplica-se; mas os grãos vegetais são muito mais numerosos do que os ovos ou os óvulos fecundados nos animais, exceto das espécies inferiores. Pela mesma razão, um indivíduo produz muito mais renovos no primeiro reino do que embriões no segundo. Em uns o alimento é absorvido pelas superfícies porosas; noutros, por uma única boca; a absorção pelas raízes inferiores é incessante; nos animais desenvolvidos se produz por intervalos e por raízes inferiores (vasos quilíferos). Em sua maioria as plantas são hermafroditas. Finalmente, as plantas são imóveis, com exceção do movimento das folhas e de algumas flores em direção ao sol; os animais são móveis. CONCLUSÃO GERAL. Deste rápido estudo se deduz que o movimento geral da vida terrestre, no que se refere aos três citados reinos inferiores, aparece como o esforço gigantesco de um Poder organizado (a Natureza física) no sentido do livre arbítrio, passando da imobilidade característica do reino mineral, pela individualização (vegetais), até o movimento espontâneo (animais). É o que expressam de maneira clara os quatro esquemas seguintes, os quais permitem considerar cada reino como um meio em que os átomos se acham numa fase particular do movimento: primeiramente, em estado de repouso ou passivo, depois em estado de equilíbrio, mais tarde em estado de turbilhão e, finalmente, em estado de resolução. Os quinto, sexto e sétimo estados representam os reinos (para nós espirituais) superiores à evolução atual do gênero humano. MINERAIS (Terra) VEGETAIS (Água) ANIMAIS (Ar) HOMENS ( Fogo) isso, mais favorável do que funesta à procriação." CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS. - É sabido que um dos quatro elementos, além da quintessência, correspondem a cada um de nossos cinco sentidos; isto é, cada uma dessas cinco formas de movimento nos revela as qualidades dos objetos por meio da vibração de um de nossos centros nervosos ou sensitivos: A Terra corresponde ao olfato (cheiro). Água corresponde ao gosto (sabor). O Fogo corresponde à vista (forma). O Ar corresponde ao tato (volume). A Quintessência corresponde ao ouvido (espírito). Daí a origem de composição do quadro distributivo adiante:
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QUADRO I
Forma das
Volume das
QUADRO I
Perfume das Flores
Sabor dos
F rutos rutos
Suave
Cor Plantas ou Flores Açucarado
Forma das Plantas ou Flores
Volume das Plantas Ou Flores
Amarela
Ondulada
Pequeno
Esverdeada
Trepadeira
Encarnada
Retorcida
Caule pequeno Frutos grandes Médio
Plantas deTerra Nenhum
Ácido
Plantas de Água Penetrante
Picante
Desagradável
Azedo
Plantas do Fogo Azulada
Delgada
Muito alto
Plantas de Ar PROIBIÇÕES CANÔNICAS. É sabido que, segundo a medicina dos antigos, as condições astrológicas no momento da colheita das plantas influíam extraordinariamente sobre as virtudes das mesmas. Ditas práticas eram terminantemente proibidas pela Igreja. Nos cânones tirados dos livros penitenciais de Teodoro, arcebispo de Cantuária; do venerável Beda, de Raban, arcebispo de Mainz; de Haligarius, bispo de Cambrai, da coleção publicada por Luc d'Archery; daquela de Isaac, bispo de Langres; de Eybert, arcebispo de York; do XIX livro do "Decreto", de Buchard; da XV parte do "Decreto", de Ivo, bispo de Chartres — Chartres — deparamos deparamos com dados suficientes que demonstram a unanimidade de critério em condenar todos os que se fixaram em "sinais supersticiosos" para plantar árvores, etc, condenação que consistia em dois anos de penitência nas festas de preceito da Igreja; e para os que colhiam ervas medicinais, acrescentando ao ato da coleta palavras de encantamento, a penitência era de vinte vin te dias. J. F-. Bonhomme, visitador apostólico sob o pontificado de Gregório XIII, em seus "Decretos" (impressos em Vercail, 1 579), proíbe a coleta do feto ou do grão de feto e de outras diversas plantas, em determinado dia ou determinada noite; particularmente quando se tenha em pensamento que ditas plantas não podem ser colhidas em outro tempo, sob pena de se perderem suas virtudes e eficácia — eficácia — "Se houver alguém culpado de tais superstições — superstições — diz — diz — será será castigado severamente de acordo com parecer do ordinário do lugar." Inútil dizer que para o Iniciado, para o Mago, para o Adepto essa classe de proibições não têm nenhum valor, devido à sua pueril importância. Para o Místico, correspondem a uma realidade e ele as cumpre, seguindo, porém, sempre outras razões de ordem mais elevada do que as da simples obediência de um fiel católico. COLHEITA — COLHEITA — A A noite de vésperas de São João é muito boa para a colheita de toda sorte de plantas e ervas. Por P or outro lado, cada planta tem alguns dias especiais es peciais durante o ano em que sua força se acha mais exaltada; e também as horas da noite lhes são mais propícias e favoráveis. As plantas podem 26
ser colhidas depois de terem sido consagradas por meio de palavras e sinais cabalísticos apropriados à sua significação astral; arrancam-se imediatamente da terra ou cortam-se com uma faca especial,
ser colhidas depois de terem sido consagradas por meio de palavras e sinais cabalísticos apropriados à sua significação astral; arrancam-se imediatamente da terra ou cortam-se com uma faca especial, indicando o fim a que se destinam (2). As proibições da Igreja relativas a estas cerimonias têm sua razão de ser ou seus motivos fundados, que são muito secretos, conhecidos de muito pouca gente. A este respeito basta registrar que, do ponto de vista verdadeiramente místico e no plano da divindade, todo ato de magia é um ato de rebeldia e, por isso mesmo, será objeto de repressão por parte dos que proclamam sua abstenção. O TRATAMENTO HERMÉTICO DAS PLANTAS, uma vez colhidas, distingue-se totalmente da manipulação farmacêutica ordinária. Seu fim não consiste somente em dispor das qualidades físicas dos sucos das plantas, da maneira mais proveitosa, e sim em libertar a força viva, a essência, a alma, ou o bálsamo da planta — planta — conforme conforme diziam os antigos hermetistas. O bálsamo é o azeite essencial dos vegetais; não é nem o azeite vulgar, nem o sal, nem a terra, nem a água, e sim algo muito sutil, o veículo do corpo astral. E este bálsamo se obtém por meio do fogo e não pela fermentação (Boherave). Confiia-se a obra Clavículas de Salomão, escrita pelo Mago Bruno, na qual se acham as indicações pertinentes ao caso. Dito bálsamo é aquilo que Paracelso chama de um arcano, isto é, uma substância fixa, imortal e em certo modo incorpórea, que modifica, restaura e conserva os corpos; esta força se acha coberta de uma tintura que é obtida pela redução do vegetal de sua segunda matéria para a sua matéria primitiva ou, como diz Paracelso, do cagastrum ao aliastrum. Para dizer a verdade, o poder curativo de um vegetal reside em seu espírito; assim sendo, portanto, em seu estado natural, a atividade do seu s eu espírito é refreada e sua su a luz obscurecida pelo vestido da matéria: então é preciso destruir esses farrapos inúteis ou, quando menos, mudá-los por algo mais puro e mais fixo. E esta mudança ou transmutação se efetua por meio duma cocção durante a qual se acrescenta uma substância capaz de absorver toda sorte de impurezas. A escolha de dita substância deve ser ditada pela consideração de que o sabor de um vegetal indica a fome que o devora, isto é, o tipo ideal para o qual tende; será preciso observar, consequentemente, a cocção com um sal mineral da mesma força planetária. Obtêm-se três coisas por meio de dita cocção: um sal, uma primeira matéria e um mercúrio, isto é, uma água fixa. "Queimamos as plantas — plantas — diz diz Santo Tomás em seu opúsculo Lápide Filosófica — Filosófica — no no forno de calcinação e em seguida transformamos tudo isso em água, que destilamos e coagulamos, até convertêla numa pedra dotada de virtudes de maior ou menor amplitude, segundo as virtudes das plantas empregadas e sua diversidade." Existem três sais ou potências vegetais particularmente úteis à terapêutica, a saber: O primeiro é jupiteriano, de bom perfume e bom sabor; é produzido interiormente por uma força de expansão divina e, exteriormente, pelo Sol e por Vênus. Mas este sal não é suficientemente forte para curar por si só; é inimigo da vida peçonhenta produzida por certos fogos e determina a harmonia ou uma aproximação para a doçura. O sal de Marte é amargo, ígneo e adstringente. O sal de Mercúrio é dinâmico e determina as reações mais saudáveis. Júpiter e Vênus são os antídotos destes dois últimos. 27
A primeira matéria que se extrai, em seguida, dos vegetais é nutritiva; é quase sempre um azeite com o qual o temperamento do paciente recobra força e vigor.
A primeira matéria que se extrai, em seguida, dos vegetais é nutritiva; é quase sempre um azeite com o qual o temperamento do paciente recobra força e vigor. Finalmente, o mercúrio de vida é regenerador e vivificante; só pode ser extraído dos vegetais quase perfeitos, de doce sabor e influenciados pelo Sol, por Vênus e por Júpiter. Os vegetais de forte rudeza não atacam a raiz deste mercúrio; é por isso que não se desenvolvem senão em virtude dos quatro elementos, ao passo que este mercúrio chega até o corpo astral. Damos, abaixo, um sistema geral de preparação das plantas. O operador deverá modificá-lo segundo a qualidade elemental de cada uma delas. Uma vez colhida e cortada em pequenos pedaços, põe-se a planta para amolecer em água salgada e quente, um dia, em lugar escuro, depois de ter estado em infusão em álcool, ao sol, durante uma semana. Guardam-se, de lado, os resíduos sólidos, a água de amolecimento, etc. Preparam-se dois recipientes unidos pelo gargalo, envoltos em trapo preto e, depois de introduzidos os líquidos e os resíduos, põem-se a aquecer, com um calor constante de 39 a 40 graus, durante três semanas. Seja qual for a planta, se há de conseguir um licor bastante espesso, fixo e de cor avermelhada; tanto os gases como os líquidos e os sólidos obtidos por este processo possuem qualidades especiais maravilhosas. CURA. — Como regra geral, é melhor empregar os sais de Marte e de Mercúrio, por serem mais ativos, unindo-os por Vénus e Júpiter, de modo que encontrem meio de extinguir o fogo de sua cólera. Quando se tiver conseguido isto, a cura está realizada, isto é, a harmonia se restabeleceu; e será necessário somente um pouco de sol para pôr tudo em movimento. O médico deve saber que as boas plantas podem ser desvirtuadas por uma maneira má de olhar de Saturno e de Marte e que as plantas venenosas podem, frequentemente, se tornar benéficas graças ao Sol, a Júpiter e a Vênus. Nas curas se há de sempre ter em mente o semelhante pelo semelhante (similia similibus curantur), pois nunca se deve receitar uma planta de Vénus para uma doença de Saturno; pelo contrário, administre-se uma erva que, beneficiada pela ira de Marte, venha de Júpiter ou de Vénus; pois, quanto mais ardente for uma planta, melhores resultados dará para as curas, conquanto sua cólera tenha sido transformada em amor, de vez que a morte sobrevirá prontamente, se o veneno cair dentro da propriedade de Mercúrio. CONTRAVENENO. - Um dos contravenenos mais ativos contra os efeitos de certos vegetais é constituído pela seguinte composição: Numa mesma caçarola, põem-se a esquentar álcool e tártaro a uma temperatura suave porém constante. O tártaro destila uma espécie de azeite avermelhado, dotado de propriedades particulares. Este azeite é indicado como excelente contraveneno para o caso. Tomam-se quatro goles, a ligeiros intervalos. MAGIA Toda a magia do reino vegetal reside no conhecimento dos espíritos das plantas. A Antiguidade conheceu-os sob os nomes de dríadas, hamadríadas, silva nos, faunos; são os dusii de Santo Agostinho, as fadas da Idade Média, Doire Oigh dos gauleses, os Grove Maidens dos irlandeses. Paracelso dá o nome de silvestres aos habitantes dos bosques e o de ninfas, aos das plantas aquáticas. Estes seres pertencem à classe daqueles que o ocultismo classifica de elementais; são os habitantes do plano astral que aspiram a elevar-se até à condição humana; são dotados de uma espécie de inteligência instintiva e variam de forma ao mesmo tempo que o ser material ao qual estão ligados. São estes que os antigos Rosa-cruzes utilizavam em suas curas milagrosas, pois, a título de servidores obedeciam com toda naturalidade e precisão às ordens do homem espiritual. 28
Seu poder é tão grande sobre o plano material porque habitam no limite de dito plano e do plano astral; podem efetuar curas e visões surpreendentes, da mesma forma que os elementos do reino
Seu poder é tão grande sobre o plano material porque habitam no limite de dito plano e do plano astral; podem efetuar curas e visões surpreendentes, da mesma forma que os elementos do reino mineral produzem, quando são bem dirigidos, todos os fenômenos da alquimia, e os do reino animal, a maioria das manifestações do espírito. MAGIA RELIGIOSA. O simbolismo vegetal se acha extensamente exposto nos livros sagrados das antigas religiões; é-nos suficiente recordar a árvore da ciência do bem e do mal e a árvore vivificadora do Éden; símbolos dos dois sistemas que Adão podia ter seguido para cumprir sua missão no mundo; a árvore de Sephiroth da Cabala; o Aswatta ou figueira sagrada, símbolo do conhecimento supremo; o Haonna dos mazdeístas, pelo qual Zoroastro representou o método sanguíneo e o sistema nervoso do homem e do universo;o Zampoun do Tibete; o Iggradsil, o roble de Ferécides e dos antigos celtas. Todos estes símbolos, dados aos vegetais, possuem vários sentidos diferentes. A fim de não nos afastarmos demasiado de nosso objetivo, citaremos somente aquele que se refere ao desenvolvimento mental. Todas as lendas de caráter religioso nos representam os adeptos adquirindo a onisciência debaixo duma árvore; somente Cristo, que significa, entre outras coisas, a própria ciência, deixou de figurar sob dito simbolismo; na realidade, a razão disto é bastante duvidosa; tende para a própria definição da criatura ou, se preferirmos, à dupla utilidade e ao duplo uso que ela pode fazer de seu livre arbítrio. Assim, vemos que o simbolismo religioso completo necessita da expressão de duas árvores: a tradição cabalística ou egípcia indica-o, já que ela teve que ser coroada com a descida do Filho de Deus; as outras tradições, por constituírem herança de raças em vias de desagregação, não assinalam em suas fórmulas exteriores mais do que a Árvore da Ciência. Segundo as iniciações naturalistas, esta última outra coisa não é senão a imagem do homem interior; seu tronco representa a medula espinhal, seus galhos são os setenta e dois mil nervos conhecidos dos iogues hindus; além disso, tem sete flores, que são os sete centros do corpo astral; suas folhas são o duplo aparelho respiratório que os pulmões encerram; suas raízes, o pólo genital e as pernas; sua seiva é a epetricidade epet ricidade cósmica que corre pelos nervos ne rvos e que aparece deste d este o éter cerebral até a terra espermática. A palavra Ioga é sinônimo da palavra religião, em sânscrito; ambas significam o ponto que une o homem ao Universo e a Deus; seu processo é o mesmo que aquele pelo qual uma semente colhe, de um terreno informe e obscuro, as moléculas com as quais vai formar uma flor bela e aromática. Segundo o ideal de quem a pratica, a Ioga transforma as moléculas impuras do corpo físico em moléculas fixas e inalteráveis; as paixões baixas, em puro entusiasmo; a ignorância intelectual, em luz de verdade. Esta a razão por que os mestres da Ioga são representados debaixo duma árvore sagrada. MAGIA NATURAL. As diferentes tradições exo-téricas ensinam várias utilizações das forças vegetais ocultas. A planta pode ser empregada segundo sua s ua inteira individualização ou por uma de suas partes essenciais. ess enciais. Ao primeiro método se refere esta espécie de pacto muito em voga entre os indígenas da América Central, da Nova Guiné, da Nova Zelândia, da índia e da Alemanha, mediante o qual se relaciona o destino de um recém-nascido com tal ou qual árvore. Deste modo, entre estas duas criaturas se desenvolve uma espécie de união de vida, íntima e estreita; a criança se aproveita do vigor da árvore, mas, se esta recebe alguma ferida, aquela se ressente, sofre e acaba morrendo. ÁRVORES MÁGICAS. Não existe um único povo na índia que não tenha sua árvore árvo re mágica, a cujo gênio os indivíduos das classes baixas rendem um verdadeiro culto. Também as tradições helênicas diziam que cada selva tem seu gênio e cada árvore, sua ninfa. 29
Não é raro, tampouco, ver sobre as Níngiris, Nín giris, alguma grande árvore com figuras grotescas grafadas com traços de zarcão e azul, com três pedras grandes pintadas de vermelho colocadas na parte
Não é raro, tampouco, ver sobre as Níngiris, Nín giris, alguma grande árvore com figuras grotescas grafadas com traços de zarcão e azul, com três pedras grandes pintadas de vermelho colocadas na parte inferior do seu tronco. Estas árvores são lugares de sacrifício e de adoração; nelas se encontram frequentemente restos de animais e madeixas de cabelos oferecidos pelos doentes e pelos possessos. Os indígenas chamam de Maunispouranms esses espíritos guardiães de tais árvores; trata-se comumente de espíritos benéficos, mas que têm um poder mágico muito reduzido, pois se limitam a um só e determinado objeto. De vez em quando os indígenas consagram alguns de seus filhos a ditos génios, por um período de sete anos. Ao término deste prazo oferecem-lhe um grande sacrifício, deixando os cabelos da criatura suspensos na árvore. Essas árvores pertencem quase sempre à família dos Ilex; algumas vezes são dos chamados Cinname selvagens, achando-se também no mesmo caso as conhecidas sob o nome de Eugenia. FILTROS. — FILTROS. — Com Com o nome de filtros podemos designar toda sorte de poções, em cuja composição entram substâncias preparadas magicamente para a obtenção oculta de um determinado desejo. Os três reinos da Natureza proporcionam numerosos materiais para ditas preparações. Contudo, ocupar-nos-emos tão-somente das substâncias proporcionadas pelo reino vegetal. As pomadas, os electuários, unguentos, colírios ou poções mágicas procedem quase todas do domínio da magia negra. Seu número é muito grande e pode, ainda, ser aumentado por um mago inteligente. Vemos, assim, como os sacerdotes taoístas chineses, para todos os usos da medicina, da psicologia e da magia, empregam tão-somente treze trez e substâncias vegetais, animais e minerais; mas delas sabem tirar uma infinidade de combinações. Estas preparações podem ser empregadas sobre uma só ou sobre outras pessoas: todas atuam sobre o corpo astral e dele sobre um dos seus três focos: o instintivo, o passional e o mental. No primeiro caso, produzem a saúde, a doença doen ça e todos os fenômenos fisiológicos possíveis. poss íveis. No segundo lugar, produzem o amor, o ódio e as demais paixões. Em terceiro lugar, provocam fenômenos de sonambulismo, de clarividência, de clariaudiência, de psicometria e de outras ordens ainda mais extraordinárias. O folclore, as estórias de bruxarias, os relatos que todos têm tido oportunidade de ouvir a respeito de envenenamentos e assassinatos, à distância, de animais ou pessoas, encontram sua explicação na ação dessas substâncias mágicas atuando sobre o centro instintivo; e o mesmo se pode dizer com respeito aos filtros de amor; mas o emprego de plantas para provocar fenómenos psíquicos é menos conhecido. Essa arte se pratica ainda no Oriente, hoje em dia, na maioria dos conventos budistas, pelos taoístas chineses, pelos lamas tibetanos, pelos Tankris Ta nkris do Butã, pelos xamãs do Turquestão e determinadas confrarias dos derviches muçulmanos — muçulmanos — sem sem contar o emprego instintivo que dele fazem quase todas as tribos selvagens de diversos continentes. O haxixe e o ópio são duas das plantas mais conhecidas entre as substâncias vegetais com particularidades especiais para a ação mental. Porém, Por ém, no Ocidente ninguém tem conhecimento da manipulação de que são objeto, a não ser que tenham sido iniciados no próprio Extremo Oriente. Os relatos de Quincey ou de Baudelaire, sem empanar-lhes o mérito da arte e da sinceridade, não nos revelam nenhum segredo sobre as possibilidades de tais remédios. A única coisa que podemos observar sobre o particular é que o emprego dessas drogas não pode levar ao êxtase intelectual mais do que no caso em que o indivíduo soube previamente, sem excitação e pela única força de sua vontade, tornar-se tornar -se dono e senhor de suas forças mentais e sentir-se capaz c apaz de governar a associação das idéias; e na realidade não se trata de tarefa demasiado fácil. Se não fosse assim, se o acostumado ao haxixe o toma sem fixar previamente o entendimento, é certo que se lança à aventura, como que navegando num barco sem leme, num oceano muito mais terrível do que o mar das índias com seus ciclones e tempestades; e pode chegar ao porto da loucura ou — ou — o o que é pior — pior — pode pode não mais voltar. 30
PEQUENO DICIONÁRIO DE BOTÂNICA OCULTA
PEQUENO DICIONÁRIO DE BOTÂNICA OCULTA Neste brevíssimo dicionário de Botânica Oculta fizemos constar o nome de algumas plantas com sua denominação vulgar, acompanhada, porém, da científica, isto é, em latim, com a finalidade de evitar erros, pois é sabido que uma mesma planta costuma ser conhecida sob diferentes nomes. Com a denominação latina podem, por conseguinte, tanto na Espanha como na América e em qualquer ponto do globo, conhecer exatamente a planta que descrevemos, porquanto para isto é bastante que se consulte uma Botânica corrente. Anotamos também, neste pequeno dicionário, embora muito brevemente, os usos medicinais que a ciência oficial nos ensina e a seguir nos ocupamos de suas virtudes mágicas, segundo a ciência oculta. Por último, registramos, algumas vezes e a título de curiosidade, as crenças e práticas supersticiosas sobre as plantas que tão prodigamente nos oferece o amplo campo do folclore. Fizemos preceder a publicação deste dicionário de umas breves notas astrológicas para que o leigo no assunto saiba, em momento fixo, a hora conveniente em que se deve colher uma planta, quando se trata de utilizá-la em alguma operação mágica. Embora esta condição seja absolutamente, indispensável no citado caso, pode-se prescindir dela quando se trate de utilizar as plantas em Terapêutica. Todavia, cumpre-nos fazer constar que os médicos da Antiguidade prescreviam suas receitas, levando em consideração as influências planetárias. Mas, em princípios do século passado, havia médicos que não purgavam nem sangravam seus enfermos sem antes consultar a influência da lua e se o signo zodiacal não lhes era favorável. Relação dos autores consultados para a confecção do presente dicionário: Agrippa, Alberto Magno, Dioscórides e o Divino Paracelso. AGAVE (Anthalonium Levini): As folhas frescas deste cacto, mastigadas, produzem alucinações aterradoras; com as folhas secas, também mastigadas, obtêm-se visões alegres, de caráter erótico. Esta planta é muito procurada pelos índios do Texas e Novo México. O cacto, em todas as suas variedades, traz sorte, segundo a crença popular. Deve ser colhido na hora de Saturno. AGÁRICO (Viscum album). — Tão famosa na antiguidade, hoje em dia esta planta está relegada quase ao esquecimento. A ciência médica prescinde dela, e, no entanto, possui algumas qualidades terapêuticas bastante apreciáveis, pois é sabido que dá excelentes resultados em diversas doenças nervosas, como, por exemplo, nas convulsões e na epilepsia. Em ditas doenças se emprega o agárico na forma de decocto. Obtém-se, fervendo, durante quinze minutos, 5 gramas de material triturado, em meio litro d'água. Dose: uma chavenazinha cada quatro horas. Segundo Plínio, a infusão do agárico, tomado no final do período menstrual, facilita a concepção e combate a esterilidade, em muitos casos. ABRÓTONO (Abrotanum). - Planta parecida com o absíntio. É anti-helmíntica, estomacal e estimulante. Recomenda-se para provocar o fluxo menstrual e excelente para facilitar os partos. Botânica oculta: Quente e seco. Lua. Colhe-se em princípios de abril, sob o signo de Escorpião. ABSÍNTIO (Artemisa absinthyum). - É vermífugo e febrífugo. Produz insônias e alucinações terrificantes nas pessoas muito nervosas. Botânica oculta: Receptáculo do astral inferior. Suas flores, secas e queimadas, empregam-se como poderoso perfume nas evocações infernais. Planeta: Marte.Signo zodiacal: Capricórnio. 31
ACÁCIA (Acacia). — Árvore sagrada dos egípcios. Na fran-co-maçonaria simboliza a imortalidade da alma. No grau Rosa-Cruz e em diversos ritos maçônicos ensina-se que a Acácia lembra
ACÁCIA (Acacia). — Árvore sagrada dos egípcios. Na fran-co-maçonaria simboliza a imortalidade da alma. No grau Rosa-Cruz e em diversos ritos maçônicos ensina-se que a Acácia lembra que foi desta madeira a cruz em que morreu o Divino Mestre. Botânica oculta: O suco de dito fruto, colhido na hora planetária correspondente, é misturado nas tintas que servem para desenhar os talismãs sobre pergaminhos. Planeta: Mercúrio. AÇAFRÃO (Crocus sativus). — sativus). — Possui muitas propriedades curativas, mas seu emprego não pode ser recomendado a profanos profano s na arte de curar. Botânica oculta: Utiliza-se em feitiços e em perfumes mágicos. Colhe-se quando o Sol está em Leão ou em Peixes ou quando a Lua está em Câncer. ACANTO (Acanthus mollis). - Planta perene. Suas folhas cheias de suco mucilaginoso são aperitivas, emolientes e muito eficazes para curar toda sorte de queimaduras. Desconhecemos suas propriedades mágicas, se é que as tem. Planeta: Marte. ACÔNITO (Aconitum napellus). — napellus). — Os Os leigos no assunto não devem fazer uso desta planta em matéria medicinal, pois oferece graves perigos. Botânica oculta: É fria e seca. Emprega-se (misturada com arruda, açafrão e aloés) em fumigações para afastar os maus espíritos. É uma das doze plantas dos Rosa-Cruzes. Os gregos diziam que esta planta nascera da baba de Cérbero, quando Hércules o tirou dos infernos. Atribui-se-lhe a virtude de fazer renascer o pelo. Planeta .Saturno.Signo zodiacal: Capricórnio. AGNOCASTO (Agnus castus). — castus). — Paracelso Paracelso chamou esta planta de satânica e empregava seus grãos em infusão para curar "os ardores da carne". Suas propriedades afrodisíacas já eram conhecidas dos atenienses, os quais colocavam esta planta em seus leitos com a finalidade de conservar a continência. Planeta: Saturno. Signo zodiacal: Câncer. AGRIMÔNIA (Agrimonia eupatoria). — Fria e seca. É vermífuga; suas folhas são adstringentes; cura as anginas, as nefrites, os fluxos leucorréicos, a debilidade da bexiga. Em loção é muito boa contra as cataratas, as luxações, as feridas. É eficaz contra as picadas de cobras. Botânica oculta: Colocadas sobre a cabeça duma pessoa dormindo, as folhas desta planta privam-na de acordar. AIPO (Apio graveolens). — graveolens). — Os grãos desta planta são digestivos e muito eficazes contra as flatulêncías. Suas raízes são diuréticas e aperitivas. A infusão desta planta (200 gramas num litro de água) é um bom remédio para reduzir o leite das mães. Dose: uma xicarazinha de três em três horas. Botânica oculta: Planta sagrada entre os gregos; utilizava-se em muitas cerimonias fúnebres. Desconhecemos suas virtudes mágicas. ALCACHOFRA (Scolymus). — (Scolymus). — Um Um pouco afrodisíaca. A raiz ou o grão, se colhidos quando o Sol entra no quinto grau da constelação de Libra, curam os fluxos de sangue e as dores do ventre. A água do cotão interior é excelente para conservar os cabelos. Marte em Escorpião. ALHOS (Allium sativum). - Os egípcios prestavam grandes honras a estes bulbos; os gregos, contudo, proibiam a entrada no templo de quem tivesse comido alho. No que diz respeito aos efeitos medicamentosos, a ação destes bulbos tem sido apreciada em todas as épocas. São anti-helmín-ticos, 32
estimulantes, anti-reumáticos e expectorantes; corrigem a menstruação; são bons contra a hidropisia e o mal-de-pedra. Empregam-se também com êxito contra as bronquites. Aplicados diretamente, ou seja,
estimulantes, anti-reumáticos e expectorantes; corrigem a menstruação; são bons contra a hidropisia e o mal-de-pedra. Empregam-se também com êxito contra as bronquites. Aplicados diretamente, ou seja, sem a gaza que entra em contato com a pele, são um excelente calicida e servem igualmente para combater a sarna e a tinha. Recomenda-se o uso de alho no combate à raiva. Ao atacado de hidrofobia dá-se a quantidade de alhos que seu organismo puder tolerar, submetendo-o logo a um banho de vapor para provocar em seu organismo a maior abundância possível de suor. Paracelso informa ter curado por este processo muitos doentes atacados deste terrível mal. Botânica oculta: Para preservar-se de todo malefício, colhem-se sete alhos na hora de Saturno, enfiamse num barbantezinho de cânhamo e carregam-se pendurados no pescoço durante sete sábados e ficarse-á livre de feitiços por toda a vida. Para afastar os pássaros duma árvore, basta untar os galhos com um alho. Se a pessoa deseja alhos inodoros, é só plantá-los e colhê-los quando a lua não se acha sobre nosso horizonte. ALOÉS (Aloé socotrina). — socotrina). — Gênero Gênero de plantas liliáceas; de suas folhas se extrai um suco que se converte em massas quebradiças, de cor de alfarroba. Quando ministrado com acerto, produz excelentes efeitos. Como aperitivo, dosifi-cam-se entre cinco a dez centigramas. Como purgante, ministra-se uma dose entre dez centigramas a um grama e meio, segundo a idade de quem a tomar. Para as crianças, é sempre um mau purgante. Também as mulheres grávidas não devem torná-lo. Tomarão em dose de meio grama e repetidamente durante certo tempo, provoca a evacuação menstrual. As loções de suco de aloés com vinagre evitam a queda do cabelo. Botânica oculta: O aloés em pó, misturado com incenso, emprega-se como perfume para atrair as influências de Júpiter. ALFORVA (Trigonella foenum graecum). - Aplicada em cataplasmas, a farinha de suas sementes é remédio eficaz para resolver as inchações e inflamações. AMIEIRO (Betulo nigra). — nigra). — Esta Esta planta oferece a circunstância de que suas folhas se tornam brancas, quando a atmosfera se dispõe a chover. Assim sendo, constitui perfeito barômetro natural. n atural. Botânica oculta: O carvão desta madeira se emprega para traçar os círculos mágicos nas evocações diabólicas. ANGÉLICA (Archangelica officinalis). — officinalis). — Tem Tem o nome de Erva-do-Espírito-Santo. Sua raiz é tônica e estimulante; emprega-se com êxito contra a debilidade dos órgãos digestivos. Em geral, possui propriedades antiespasmódicas, carminativas e estomacais. est omacais. Botânica oculta: Boa para prevenir alucinações; contrária à fascinação; colocada no pescoço das crianças, defende-as contra toda sorte de embruxamento. Colhidas na hora de Saturno, as folhas são boas para curar a gota; a raiz, arrancada nas horas de Sol ou de Marte, sob o signo de Leão, cura a gangrena e as mordidas venenosas. Colhe-se em fins de agosto. Leão e Aquário. ANIS-VERDE (Pimpinella anisum). - Os frutos desta planta ativam o trabalho do estômago e dos intestinos; além disso, é diurético e atemperante. Usa-se em infusão, aquecendo-o até à ebulição 10 gramas de seus frutos em um litro de água. Tapar bem, deixar esfriar e coar. Para combater as cólicas das crianças de peito, a ama-de-!eite deve tomar uma xicarazinha de três em três horas. Em loções, melhora a vista; em infusão com vinho e açafrão, cura as oftalmias; em fragmentos amolecidos em água e introduzidos nas fossas nasais, cura as úlceras do nariz. 33
Botânica oculta: Desconhecemos-lhe propriedades mágicas. Suas propriedades curativas são mais eficazes se dita planta for colhida na hora de Mercúrio sob as constelações de Gêmeos ou Virgem.
Botânica oculta: Desconhecemos-lhe propriedades mágicas. Suas propriedades curativas são mais eficazes se dita planta for colhida na hora de Mercúrio sob as constelações de Gêmeos ou Virgem. ARISTOLÓQUIA (Aristolochia). - É pulmonar, diurética, emenagoga, detersiva e vulnerária. Favorece a expulsão das secundinas e cura os fluxos uterinos. Em loções com vinho cura a sarna e desseca toda espécie de chagas. Botânica oculta: O humo dos seus grãos acalma os epilépticos, os possessos e desata o nó da agulheira (designa-se assim o feitiço que impede o homem de realizar o ato sexual com determinada mulher). ARNICA (Arnica montana). — montana). — Recomenda-se para aliviar a cabeça nas tonturas transitórias. Dá excelentes resultados nos catarros pulmonares crônicos, sem febre, dos velhos e nas retenções de urina por paralisia da bexiga. É um remédio externo muito popular contra os golpes e quedas como resolutivo, mas a tintura deve ser diluída em água e não deve ser empregada pura. Em alguns casos, quando a contusão é forte e não há arranhaduras, pode ser empregada só ou então com muito pouca água. Botânica oculta: É uma das doze plantas dos antigos Rosa-Cruzes. Sol. ARTEMÍSIA (Artemisa vulgaris). — Desta planta, chamada também de erva-de-São-João, empregam-se as folhas, flores e raízes. É emenagoga, estimulante e tônica. Emprega-se com êxito contra a epilepsia. Fervida com vinho e tomada em pequenas doses, evita os abortos; muitíssimo indicada para provocar a menstruação. Botânica oculta: Era uma das doze plantas da antiga Rosa-Cruz. Colhida em dia de São João, se suspensa do tronco de um roble, no meio de um campo, este se torna fértil. Não podendo ser neste dia, pode ser colhida em qualquer sexta-feira sexta-f eira antes do nascer do sol. AVEIA COMUM (Avena sativa). — sativa). — Contra Contra os reumatismos. Cataplasmas quentes preparadas com vinho. Contra a hidropisia: 25 gramas de sementes reduzidas a pó; 250 gramas de água. Ferver pelo espaço de quinze minutos, deixar deix ar esfriar por um momento e coar com uma capucha de estamenha. estamenh a. Tomar quatro chávenas diárias, durante muito tempo. Além disso, é um excelente diurético, pois pode ser ministrado a doentes muito debilitados sem temor de extenuá-los. Contra as chagas pútridas: Cataplasma quente composta de 5 gramas de levedura de cerveja e 100 gramas de farinha de aveia. Para curar a sarna: deitar-se nu sobre um campo de aveia, esfregando-se a pele com um punhado de talos da mesma planta, molhados em água de fonte. Deixar secar, depois, a pele naturalmente debaixo duma árvore, que a sarna irá desaparecendo. Desconhecemos suas propriedades mágicas. Planeta: Sol e Lua. AVELEIRA (Hamamelis virginica). - Planta que o povo chama de Aveleira-da-Feiticeira. Tem muitas aplicações terapêuticas. Uma das propriedades mais notáveis da aveleira é a de ser antihemorroidal. Vejamos como se prepara a pomada para curar as hemorróidas: 100 gramas de manteiga sem sal. 10 gramas de tintura de Hamamelis. Ponha-se tudo junto homogeneamente num almofariz. Uso: três aplicações por dia. A tintura de Hamamelis se obtém da seguinte maneira: 100 gramas de álcool 90.°. 20 gramas de pedacinhos de aveleira (casca e folhas secas). Manter vinte dias em amolecimento, filtrar e envasilhar. AZEDINHA-DA-HORTA (Rumex acetosa). - É depurativa e refrescante. Cortada em pedacinhos e postos em vinagre forte branco, durante quarenta e oito horas, a raiz é um excelente 34
remédio contra as erupções da pele. Emprega-se em loções. O suco desta planta, recém-extraído, é empregado com êxito quando aplicado sobre as úlceras pútridas e gangrenosas, sendo necessário
remédio contra as erupções da pele. Emprega-se em loções. O suco desta planta, recém-extraído, é empregado com êxito quando aplicado sobre as úlceras pútridas e gangrenosas, sendo necessário recobri-las logo com algodão hidrófilo, que se prende com uma ligadura. AZINHEIRA (Quercus ruber). — ruber). — Em Em terapêutica, usa-se apenas a casca desta árvore ramosa. É adstringente. Emprega-se contra as diarréias serosas, hemorragias, leucorréias, hemoptises. Administrada em grandes doses, usa-se contra a tuberculose pulmonar. A melhor maneira de se usar este material é em decocto. Durante quinze minutos, ferver 25 gramas de casca em pedacinhos em meio litro d'água. Deixar esfriar e coar. Dose: quatro chávenas por dia, ou mais, se não se sentir uma imediata melhoria. BARDANA (Lappa maior). - Fria e seca. Atua sobre as doenças da pele, úlceras, gota e sífilis. Dá excelentes resultados nos cálculos de rins e na bexiga, como também nas cólicas hepáticas. Aplicadas em cozimento, as folhas constituem um notável remédio contra a tinha. Usa-se em infusão: 25 gramas num litro de água. Desconhecemos suas propriedades mágicas. BELADONA (Atropa belladona). - Fria e úmida. Esta planta é muito ativa e, como o acônito e o Meimendro, seu emprego deve ser dirigido por um médico. Botânica oculta: Tem propriedades muito semelhantes ao meimendro e é outra das várias plantas que entram na composição da pomada pomad a das bruxas. Suas folhas secas e trituradas e misturadas ao açafrão e cânfora constituem um perfume mágico para afugentar as larvas do astral. Saturno. Vênus. Escorpião. BETONICA (Betonica officinalis). - Ingerida, produz abundantes defecações. Exteriormente, aplica-se com êxito nas úlceras varicosas e nas chagas infetadas. Emprega-se em cozimento: 100 gramas num litro d'água. Botânica oculta: É indicada contra o embruxamento. BISTORTA (Poligonum bistorta). — bistorta). — Sua raiz é empregada como poderoso adstringente para combater as diarréias crônicas. Usa-se em garvarismos para curar as inflamações crônicas da boca e fortalecer as gengivas. Aplicada em loções, ajuda a cicatrizar todo tipo de chagas. É um grande tónico para combater a tuberculose tuberculos e incipiente, tomada com vinho (de 50 a 100 gramas). Desconhecemos suas virtudes mágicas. BRIÔNIA (Bryoniaalba). — (Bryoniaalba). — O povo batizou esta planta com os nomes de nabo-galante, nabodiabólico, morte-do-díabo e outros vários. Seu uso interno oferece vários perigos. Recomendamos seu emprego para combater a inchação da garganta, do peito, do ventre, das pernas, etc, na seguinte forma: 25 gramas de raiz de briônia; 200 gramas de azeite puro de oliveira. Ferver até que seu conteúdo tome uma cor preta. Aplicar, friccionando, sobre a parte doente e colocar atadura, em seguida. Botânica oculta: Emprega-se em determinadas cerimônias de magia negra. Columela atribui-lhe a virtude de afastar os raios. Para isto, é preciso colocar um raminho de briônia em cada um dos quatro pontos cardeais do edifício que se desejar preservar da faísca elétrica. Mercúrio. Mercúr io. BUGLOSSA (Anchusa itálica). — O suco das folhas desta planta é excelente para curar as palpitações do coração. Para isto misturam-se 30 gramas de suco com igual quantidade de açúcar, até formar uma espécie de xarope. Tomar ao deitar-se, durante alguns dias. As flores são muito recomendáveis nas bronquites leves e nos catarros ligeiros. A melhor maneira de administrar estas flores para ditas doenças é como segue: Em meio litro de água, ferver 10 gramas de flores e folhas 35
desta planta. Deixar esfriar e coar. Uso: Quatro ou seis chávenas divididas convenientemente durante o dia.
desta planta. Deixar esfriar e coar. Uso: Quatro ou seis chávenas divididas convenientemente durante o dia. CALDO-BRANCO (Verbascus thapsus). - Desta planta, empregam-se folhas e flores. Serve para combater a asma, os tenesmos de sangue e a tosse. Administra-se em infusão. Em meio litro d'água, ferver folhas e flores misturadas, em quantidade de 10 gramas. Dose: Uma chavenazinha cada hora. Em afecções crônicas e passados os acessos, quatro chavenazinhas por dia. Em alguns casos de sífilis, as folhas têm apresentado bom resultado e, em infusão de leite, servem também contra a tuberculose pulmonar. Exteriormente, aplicam-se frescas para curar as feridas. CAMÉLIA (Camelli). — Planta originária da China,*impor-tada para a Europa por um sábio jesuíta chamado Camelli, do qual tomou o nome que leva. Não possui aplicações terapêuticas. Botânica oculta: Convenientemente destilada, esta planta produz um azeite de um grande valor mágico, destinado à alimentação das lâmpadas empregadas em ritos teúrgicos, como as evocações angélicas. Seu uso é muito benéfico nas sessões espirituais, pois com ele se conseguiriam comunicações somente com espíritos muito elevados ou, pelo menos, com espíritos bondosos. CANA (Arundo donax). - Usa-se como depurativo suave e também para fazer passar o leite das amas-de-leite. Em meio litro de água, ferver durante vinte e cinco minutos 30 gramas de sua raiz reduzida a pó. Deixar esfriar e coar. Como depurativo, tomar quatro chávenas diárias. Como lactífugo, uma xicarazinha de três em três horas. CANELA (Cinnamomum zeylanicum). — zeylanicum). — A canela é a segunda casca duma árvore chamada caneleira que se cria no Ceilão e em outros países quentes. Emprega-se muito mais na arte culinária do que na terapêutica. E excelente para provocar as menstruações. Serve contra as indigestões, emoções fortes, síncopes, espasmos e outros acidentes análogos. Nestes casos se tomam umas colherzinhas desta casca em tintura, a qual se prepara como segue: 100 gramas de canela, reduzida a pedacinhos, que se deixam em amolecimento durante quinze dias em meio litro de álcool a 80P. Botânica oculta: Emprega-se nos perfumes mágicos do Sol e em certos filtros de amor, cujo uso o mago branco deve repelir. CÂNHAMO HINDU (Cannabis indica). - Planta originária do Oriente. É ativíssima. Não deve ser usada sem o concurso do médico, pois sem ele há o risco de envenenamento. Em tintura, recomenda-se contra os ataques de coqueluche, nas neuralgias e cefaléias. Aconselha-se como sedativo nos acessos provocados pelas úlceras estomacais. Pode ser usado como hipnótico, dado que suscita o sono. A tintura se prepara da seguinte maneira: 20 gramas de pontas de cânhamo. 100 gramas de álcool a 90.°. Deixar para amolecimento durante quinze dias e filtrar com papel. A dose médica é de cinco a vinte e cinco gotas por dia. Botânica oculta: O cânhamo hindu produz um extrato gorduroso, do qual se fabrica o famoso haxixe. Em uma ou duas ingestões, este produto proporciona êxtases místicos, diabólicos ou extremamente eróticos, segundo a moralidade ou mentalidade do indivíduo que o usa. Estes êxtases são quase desconhecidos do Ocidente; em compensação, determinadas seitas utilizam-no e aplicam sabiamente em1 suas cerimonias e ritos litúrgicos. Planeta: Saturno. CEBOLA (Allium cepa). — cepa). — Cebola Cebola branca ou cebola comum. Esta planta hortense é diurética, estimulante, vermífuga, expectorante e afrodisíaca. Administra-se contra a retenção da urina, contra as 36
lombrigas intestinais, o catarro pulmonar, a tosse bronquial e o escorbuto. Emprega-se o sumo recémextraído por pressão, misturado com xarope numa dose de 4 a 8 gramas. Para uso externo aplica-se
lombrigas intestinais, o catarro pulmonar, a tosse bronquial e o escorbuto. Emprega-se o sumo recémextraído por pressão, misturado com xarope numa dose de 4 a 8 gramas. Para uso externo aplica-se cozida ou crua. No primeiro caso, atua como emoliente e no segundo, como rubefaciente. Crua, usa-se contra as pneumonias, procedendo-se da seguinte maneira: Pôr a cebola cortada em cruz numa panela tampada e aquecer suavemente até que se desprenda uma pequena quantidade de água; em seguida, borrifar com essência de terebentina e aplicar sobre a parte doente. O sumo de cada cebola crua, aplicado em fricções sobre o couro cabeludo, detém a queda do cabelo. Contra a dor de ouvidos: cozer uma cebola ao rescaldo, colocá-la sobre um pedaço de pano com um pouco de manteiga fresca, sem sal, e aplicar tudo na orelha, num estado mais quente possível, durante uns minutos. CEBOLA-ALBARRÃ (Scilla marítima). - Muito conhecida do povo. Registramo-la unicamente com o fim de premunir nossos leitores para que não façam uso dela na medicina caseira, visto que oferece sérios perigos. Ignoramos suas propriedades ocultas. CELEDÔNIA (Chelinoum majus). - Usada interiormente, é muito perigosa, razão porque só damos a conhecer seu uso externo. O suco desta planta - que pode ser extraído malhando-se a sua raiz num almofariz, extirpa as verrugas. Contra a supressão das regras, aplica-se uma cataplasma de dita planta sobre a pélvis. Para isto se deve malhar uma planta inteira, de d e bom tamanho, até conseguir co nseguir um amassilho composto de talos frescos, folhas e raízes. Segundo um remédio popular, este sumo serve para aclarar a vista. Acautele-se contra o uso, u so, pois corre o risco de ficar cego ce go quem procurar utilizá-la. Botânica oculta: A raiz da celedônia, colocada sobre a cabeça de um doente, em estado febril, pô-lo-á a cantar se realmente tiver que morrer e, ao contrário, se continuar vivendo se porá a chorar amargamente. Sol, Sagitário. CENTÁUREA MENOR (Erythrae centaurium). - Seus talos e flores são um tônico amargo de primeira ordem na debilidade d ebilidade digestiva e falta f alta de apetite. Administra-se Administra-s e contra co ntra as febres intermitentes, flatulências e gota. A infusão se prepara com 5 gramas de flores em meio litro d'água. Esquenta-se até ferver e coa-se. Aplica-se externamente sobre as úlceras escrofulosas e sobre as feridas. CEVADA (Hordeum vulgare). — vulgare). — É É nutritiva, emoliente e refrescante em sumo grau. Usa-se em decocto. Prepara-se como segue: Em meio litro d'água ferver, durante vinte minutos, 20 gramas de cevada descascada e moída. Deixar esfriar e coar. A farinha de cevada é empregada em uso externo para confeccionar cataplasmas muito úteis para pa ra dissipar e atenuar os humores. Botânica oculta: As espigas desta planta (Yava em sânscri-to) eram oferecidas pelos brâmanes em sacrifícios aos deuses e aos sete príncipes espirituais. Planeta: Sol. CHICÓRIA (Chicorium Intibus). — Intibus). — Quente Quente e seca. É depurativa e laxante. Contra as digestões lentas: fervam-se 20 gramas de folhas novas de chicória num litro d'água; deixar esfriar lentamente e depois coar. Tomar uma xícara depois de cada refeição. Com seu uso prolongado curam-se as cólicas hepáticas. Botânica oculta: De joelhos diante desta planta, no dia de São João Batista, antes do nascer do sol, levantar-se pausadamente e pronunciando em voz baixa, por três vezes, a palavra sagrada Tetragrámmaton. Levar a planta para casa e mantê-la guardada bem envolta em panos brancos e limpos. Com isto se obtém um poderoso amuleto contra todas as ciladas diabólicas e contra toda espécie de sortilégios. Desta benfazeja influência participarão todos os que moram na casa onde está guardado dito amuleto. 37
CICUTA (Conium maculatum).
Planta sumamente venenosa, pelo que se deve evitar seu uso
CICUTA (Conium maculatum). — maculatum). — Planta Planta sumamente venenosa, pelo que se deve evitar seu uso interno sem indicação do médico. A cicuta pode ser facilmente confundida com o cerefolho e o perrexil. Para obviar funestas consequências, apontaremos as diferenças existentes entre as referidas plantas. A cicuta tem as folhas três vezes aladas; são folhinhas agudas, incindidas nos bordos. Seu cheiro é desagradável. O cerefolho tem as folhas semelhantes às da cicuta, porém são folhinhas curtas e largas. Seu cheiro lembra o do anis. O perrexil tem folhas inferiores duas vezes aladas; folhas largas, trioladas e em forma de cunha. Seu cheiro é muito pouco pronunciado. Para combater o envenenamento pela cicuta é preciso provocar o vomito e administrar, em seguida, os ácidos vegetais debilitados, tais como o suco de limão, o vinagre, etc. A cicuta não produz nenhum efeito tóxico nas cabras e carneiros, sendo venenosa para os coelhos, bois e cavalos. No homem provoca sede, dores de cabeça e do estômago, vertigens, delírios e, por último, esfriamento es friamento geral seguido da morte. Os frutos desta planta, que são menos ativos do que as folhas, utilizam-se para fabricar o anis. Aos condenados à pena máxima os gregos davam de beber uma beberagem feita à base de cicuta. A história lembra com co m isto a morte de Sócrates. Botânica oculta: O suco desta planta faz parte da pomada dos bruxos. Preparada com vinho, produz um sono letárgico nos pássaros. pássaros . CINOGLOSSA (Cinoglossum officinalis). — officinalis). — Conhecida Conhecida com o nome de língua-de-porco, desta planta se aproveitam as folhas e a casca da raiz. Tem propriedades calmantes, peitorais, narcóticas e antidiarréicas. Excelente para combater os catarros bronquiais. Administra-se em decocto. 250 gramas de água; 15 gramas de casca da raiz. Ferver durante vinte minutos. Dose: tomar cinco chavenazinhas por dia, bem quentes. As folhas se aplicam em cataplasmas sobre as inflamações epidérmicas e as queimaduras. Botânica oculta: Trazida consigo, a raiz desta planta nos reconcilia com nossos inimigos e atrai-nos a simpatia de nossos semelhantes (Porta). CIPRESTE (Cupressus sempervirens). — sempervirens). — O O fruto desta árvore resinosa consiste em pinhas ou galhas. Sua decocção conserva os cabelos em sua cor primitiva, pois evita as cãs até uma idade muito avançada. Botânica oculta: O cipreste é o símbolo da morte. Com sua ramagem se coroava a fronte de Plutão. A madeira desta árvore serve para a construção da mesa triangular que se emprega em determinados trabalhos de bruxaria, como na imprecação dos "responsórios às avessas" e outros da mesma natureza. Utiliza-se também a madeira para jogá-la ao fogo junto com ervas e drogas, em certas evocações aos elementais. COCA (Erythroxylum coca). - Conhecida pelo nome de Coca do Peru. Arbusto cujas folhas, de propriedades excitantes como o café e o chá, são muito apreciadas pelos índios para mastigá-las. Os antigos ou primitivos índios do Peru tinham este arbusto como sagrado, queimando-o nos altares erigidos ao Sol. Possui uma ação tonificante que se emprega para aumentar a força em neurastênicos e convalescentes. Mitiga a fome e a canseira. Tem sido preconizada também para reduzir a obesidade. Das folhas desta planta se extrai a cocaína. Botânica oculta: As ínjeções hipodérmicas de seu sal, a cocaína, podem constituir um verdadeiro pacto com os seres do Astral, segundo o sábio ocultista Estanislau de Guaita (Le Temple de Satan, pág. 346). Planetas: Saturno e Sol. COCLEÁRIA (Coclearia officinalis). — officinalis). — Suas Suas propriedades antiescorbúticas são conhecidas de há muito tempo. Recomenda-se também contra as afecções pulmonares, catarros bronquiais, catarros 38
da bexiga e nas flores brancas. Use-se em infusão: Pôr ao fogo meio litro d'água com 25 gramas de folhas desta planta e, assim que começar a ferver, tirar e deixar esfriar, mantendo-se o recipiente bem
da bexiga e nas flores brancas. Use-se em infusão: Pôr ao fogo meio litro d'água com 25 gramas de folhas desta planta e, assim que começar a ferver, tirar e deixar esfriar, mantendo-se o recipiente bem tampado; coar em seguida. Dose: quatro a seis chávenas por dia. Desconhecemos suas propriedades mágicas. COENTRO (Coriandrum sativum). - Chamada também coriandro, esta planta é usada para combater com êxito o histerismo, em todas as suas fases: as afecções gastrointestinais, a cefaléia e as quartas. Infusão: 200 gramas de frutos da planta num litro d'água. Quatro pequenas chávenas diárias, ou mais, segundo a intensidade do mal. Emprega-se-também para melhorar o sabor da cerveja. Botânica oculta: Com os frutos desta planta, reduzidos a pó e misturados com almíscar, açafrão e incenso, obtém-se um perfume de Vênus muito eficaz nas práticas de magia sexual. Os amuletos e talismãs amorosos devem ser defumados com este perfume (Agrippa). CONSÓLIDA (Symphytum officinalis). — officinalis). — Conhecida Conhecida sob diversos nomes: Grande Consolda, Consolda Maior, Orelha-de-burro, Orelha-de-vaca, Língua-de-vaca, Erva-das-cortadu-ras, Erva-docardeal, Sínfito Maior, Sínfito-de-cão, Consolda e Solda-com-Solda. Os antigos atribuíam-lhe a propriedade de consolidar as fraturas. Daí a origem dos nomes de Consolida e Consolda. Seu largo rizoma (1), que contém muito mucílago e, além disso é algo adstringente, usa-se no interior contra a hemoptise e a diarréia. Administra-se em infusão. Durante vinte e cinco minutos ferver, em meio litro d'água, 25 gramas de rizoma em pedacinhos. No exterior, em fomentações, para curar as queimaduras e as feridas. Em injeções uretrais e vaginais, para as doenças venéreas. Em emplastos e cataplasmas, para curar as deslocações, empregando o rizoma fresco e bem picado. Segundo Bramwell, favorece a formação de novos tecidos na úlcera do estômago. CORRIOLA (Calystegia sepium). — sepium). — Planta Planta encontradiça em quase toda a Espanha e cresce nos canaviais; é acre e tem uma resina semelhante à jalapina. Seu suco, muito leitoso, é purgante eficaz. Também suas folhas são purgantes, mas sua ação é menos ativa. A raiz desta planta é aconselhada para combater a paralisia incipiente. Botânica oculta: Se suas folhas forem aplicadas por um momento sobre uma chaga pisada e deixadas logo num lugar úmido, a cura da chaga se opera magneticamente. Uma infusão de suas folhas misturadas com vinho ou licor constitui um filtro de amor, isto é, tem a virtude de conservar a harmonia e o amor entre namorados. Trazendo-se junto a sua raiz, evitam-se as doenças das vistas, chegando até a serem curadas. Planetas: Júpiter e Sol. 1 - Rizoma:Talo horizontal e subterrâneo, como o do lírio comum. COUVE (Brassica oleracea). - Os antigos consideravam-na como um remédio universal. Hipócrates prescrevia-a cozida com mel para atacar toda espécie de cólicas. Durante a gravidez as mulheres atenienses comiam abundantes pratos de couves. O entusiasmo pela couve foi tamanho que se chegou a atribuir à urina das pessoas que se alimentavam de couves, a virtude extraordinária de curar as herpes, as fístulas e até o câncer. As dores lombares desaparecem com a aplicação de folhas cozidas, bem quentes. Se aplicadas sobre os peitos das amas-de-leite, fazem desaparecer os infartos mamários. Em cataplasma, dão muito bons resultados contra as dores reumáticas. Para isso, devem ser aplicadas bem quentes e renová-las cada duas horas, no mínimo. As sementes da couve são um excelente vermífugo. Câncer e Escorpião. A couve vermelha, chamada Lombarda, comida antes de um banquete, evita os mal-estares produzidos pelo vinho tomado em grande quantidade. Tem propriedades contra as flatulências, a bílis e a icterícia. Lua e Júpiter.
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CRAVINHOS (Eugenia cariphylla). — Conhecidos vulgarmente com o nome de Cravos-deEspeciaria. São originários das Molucas e de Caiena. Estes últimos são os melhores. Têm propriedades
CRAVINHOS (Eugenia cariphylla). — Conhecidos vulgarmente com o nome de Cravos-deEspeciaria. São originários das Molucas e de Caiena. Estes últimos são os melhores. Têm propriedades tônicas, estomacais, cordiais e estimulantes. Empregam-se em infusão e tintura. Infusão: Em meio litro d'água, ferver quatro gramas de cravinhos. Dose: Uma colher de três em três horas. Tintura: Em 100 gramas de álcool a 80° amolecer 20 gramas de cravinhos. Dose: de 3 a 8 gramas diárias, misturadas com água-de-flor-de-laran-jeira. No uso externo se recomenda a tintura em fricções para combater a paralisia e a fraqueza muscular. mus cular. Esta medicação med icação abaixa a temperatura durante du rante o estado normal. Acalma momentaneamente a dor de dentes, mas é um remédio nada recomendável Botânica oculta: Planta quente e seca. Colhe-se quando o Sol está em Peixes ou quando a Lua está em Câncer. A essência dos cravinhos se usa em vários trabalhos de magia negra. Associada ao fósforo, atrai as larvas, pois deles se nutrem consideravelmente. Se um hipnotizador, durante o seu trabalho, conserva na boca um cravo de especiaria, aumentará sobremodo sua força nêurica. A essência dos cravinhos se emprega em determinados trabalhos de magia sexual CULANTRILHO (Adianthum capillus). - Conhecido pelo nome de Culantrilho-do-poço. E um feto que cresce nas paredes dos poços e nas fendas de rochas úmidas. Emprega-se fresco, pois logo perde suas propriedades curativas. Facilita a expectoração e acalma as dores do peito. Favorece o aparecimento das regras. Usa-se em loções para tonificar o couro cabeludo, pois evita a queda dos cabelos. Botânica oculta: A coroa de Plutão era formada das folhas desta planta. Plutão era divindade mitológica que presidia e governava as regiões infernais. Seu nome grego é Hades. Planeta .Saturno. DAMIANA (Turner aphrodisiaca). — aphrodisiaca). — Planta Planta do Brasil, Califórnia e México, da qual se usam apenas as folhas. É diurética e afrodisíaca. Sua ação fundamental consiste em ser um bom tônico nervoso, cujo efeito é duradouro. Indicada na neurastenia, nas convalescenças lentas e na impotência. Um bom estimulante das funções cerebrais e excelente nos casos de dispepsia e na gastralgia, acompanhada de enxaqueca. Recomenda-se igualmente na albuminúria que se segue a uma escarlatina, nas afecções dos rins e da bexiga. Usa-se em infusão, em decocto e em tintura. Infusão: 10 gramas de material esfarelado num litro d'água. Decocto: 30 gramas de material num litro d'água. Dose: de 60 a 125 gramas por dia. Tintura: 20 gramas de material em 100 gramas de álcool de 90P. Deixar amolecer durante quinze dias. Dose: Quarenta gotas por dia, dissolvidas em vinho ou água aromatizada e açucarada. Ignoramos suas propriedades mágicas. DENTES-DE-LEÃO (Taraxacum dens leonis). - Planta vulgar e comum em nossos campos e prados; segrega s egrega abundante abund ante e amargo suco su co leitoso. Desta planta usam-se as folhas e a raiz. Seu decocto acalma a tosse e as irritações do peito; dá resultados muito bons contra os escarros de sangue; excelente febrífugo e sudorífico. Excita o curso da bílis e exerce uma ação favorável nos infartos do fígado e na icterícia. Provoca as contrações da vesícula biliar. Além disso, tem propriedades diuréticas e depurativas que a aconselham nas afecções crônicas. Decocto: Em meio litro d'água colocar 10 gramas de material esfarelado. DÍTAMO BRANCO (Dictamus a/bus). - Erva ramosa, com folhas semelhantes às do freixo, razão porque é vulgarmente conhecida pelo nome de freixinho. Balsâmico, sedativo, sempre verde. Estimula e favorece a digestão e regulariza o fluxo menstrual. Suas folhas, em compressas, são excelentes para as mulheres grávidas. Usa-se em decocto. Ferver 10 gramas do material em meio litro d'água. Deixar esfriar e coar. Botânica oculta: Uma coroa destas folhas colocada na cabeça duma pessoa magnetizada contribui, de maneira surpreendente, para o desenvolvimento da clarividência sonambúlica. A raiz do 40
dítamo branco, quando deixada secar e lançada ao fogo, produz um humo que favorece igualmente o trabalho do magnetizador e ajuda o indivíduo refratário. Sol e Câncer.
dítamo branco, quando deixada secar e lançada ao fogo, produz um humo que favorece igualmente o trabalho do magnetizador e ajuda o indivíduo refratário. Sol e Câncer. ÊNULA-CAMPANA (Inula Helenium). - Desta planta se aproveitam a rizona e raiz. Empregase contra os catarros bronquiais, retenções de urina, irregularidades do fluxo menstrual e na leucorréia, na falta de apetite e nas pneumonias para acalmar a tosse e favorecer a expectoração. Indicada na dispepsia atônica para estimular a mucosa do estômago. Excelente, também, contra a diarréia. Administra-se em decocto. No espaço de quinze minutos, ferver 3 gramas de rizoma em meio litro d'água e deixar esfriar. Dose: Quatro chavenazinhas diárias. O pó de rizoma é muito eficaz contra as doenças do baço. Tomar, em jejum, 9 gramas por dia, diluídos em vinho generoso. Aplica-se em loções contra as úlceras de mau cariz. Botânica oculta: Num grimório muito popular, Os Segredos do Pequeno Alberto, se lê o seguinte: "Na noite de São João, ao soar a meia-noite, colhe-se a erva chamada Ènula-campana, põe-se a secar e reduz-se a pó, acrescentando-se-lhe uma pequena quantidade de âmbar cinzento. Ponha-se tudo numa bolsinha de seda verde e leve-se junto do coração durante nove dias. Coloquem-se imediatamente estes pós em contato com a pele da pessoa que se ama (sem que ela perceba) e se despertará nela um amor irresistível para com quem fez o trabalho descrito". ERVA-DE-SANTA-MARIA (Tanacetum vulgare). - A infusão de pontas floridas corrige as irregularidades mensais. Dose diária: 8 gramas. ERVA-GATEIRA (Nepeth cataria). - Desta planta se empregam as pontas floridas para combater a fraqueza consuntiva, a languidez, o escorbuto, as neuralgias, as síncopes, a atonia digestiva e a menstruação anormal. É também anti-histérica. Usa-se em infusão. Em meio litro d'água fervem-se 10 gramas de pontas. Dose: Quatro calice-zinhos ao dia. Botânica oculta: Colhida sob um aspecto favorável e sabendo extrair o "arcano'', como indica Paracelso, constitui uma poção que tonifica o corpo de uma maneira prodigiosa e proporciona uma longa vida, isenta de doenças. Planeta: Mercúrio. ERVA — MOURA MOURA (Solanum nigrum). — Suas bagas são ligeiramente narcóticas, podendo produzir acidentes funestos f unestos devido ao seu uso u so intempestivo. intempe stivo. Por esta razão nos abste-mos abs te-mos de indicar o uso desta planta. Tem propriedades sedativas e emolientes. Botânica oculta: As bagas, misturadas com ramos de mirta, lançadas sobre brasas vivas, constituem um bom perfume mágico para afugentar as larvas do plano astral. Signo zodiacal: Libra. ESCABIOSA (Succina pratensis). - Nasce em terrenos úmidos e argilosos e dela se utilizam as folhas e as raízes. Suas propriedades suforíficas e depurativas tornaram esta planta popular no tratamento da pequena varíola, do sarampão, da escarlatina e das febres pútridas. Seu decocto é preparado da seguinte maneira: Durante vinte e cinco minutos ferver 30 gramas de folhas de escabiosa escabios a em meio litro d'água. Deixar esfriar e coar. Devido à sua propriedade adstringente, emprega-se em lavagens vaginais, para combater a leucorréia (flores brancas). Sendo, além disso, vulnerária, aplica-se exteriormente para lavar as úlceras. Desconhecemos suas propriedades ocultas. Fria e seca. Touro ou Libra, Mercúrio. As pontas, sob Áries, ESPINHEIRO CERVICAL (Rhamnus catharticus). - As bagas deste arbusto desprendem um cheiro muito desagradável e constituem um purgante enérgico. Utilizam-se como derivativos intestinais nos cardíacos e nos urêmicos. Provocam uma reação salutar na apoplexia e na congestão cerebral. 41
Usam-se contra as lombrigas com resultados muito bons. Tomam-se em jejum, de 15 a 20 bagas, segundo a idade do paciente.
Usam-se contra as lombrigas com resultados muito bons. Tomam-se em jejum, de 15 a 20 bagas, segundo a idade do paciente. Botânica oculta: Quente e seco. Planta consagrada a Saturno. Emblema da inveja. Foi utilizado para confeccionar a coroa de espinhos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Em certos ritos simboliza a virgindade, o pecado, a humilhação. Seus ramos, com seus frutos (bagas), colados às portas e janelas de uma casa, neutralizam os esforços dos bruxos e impedem a entrada dos maus espíritos. Signo zodiacal: Libra. ESTRAMÔNIO (Datura stramonium). - Cresce em lugares não cultivados, em terrenos arenosos e entre escombros. Suas folhas são amargas e exalam um cheiro nauseabundo. Administra-se em várias formas, mas, em se tratando duma planta perigosíssima, aconselhamos que só se empreguem suas folhas dessecadas para fumá-las em cigarros contra a asma, pois é um remédio que sempre alivia, deixando as diversas aplicações que tem à disposição do médico. Botânica oculta: Na Magia Negra se faz uso extraordinário desta solanácea. Por isso os franceses a chamam de "erva-do-diabo". Uma dose grande dela entra na composição da pomada dos bruxos, com a qual se untavam todo o corpo para assistir à festa sabática denominada Conciliábulo. Planeta: Saturno. FAIA (Fagus sylvatica). — Desta árvore se aproveita a casca. É aperitiva e antifebrífuga. Emprega-se em decocto numa dose de 30 gramas de casca seca ou 15 de fresca, com 200 gramas de água, administrando-a uma hora antes do acesso. Em dose maior, é purgante e vomitiva. Botânica oculta: O talo, reduzido a pó, serve de perfume para atrair as influências saturninas. Planetas: Júpiter e Saturno. FAVA (Faba vulgaris). — vulgaris). — A A decocção de favas é boa contra o mal-de-pedra. O emplasto feito com sua farinha resolve os tumores das partes sexuais. A farinha de favas é excelente contra as queimaduras de sol e os escaldamentos produzidos por água fervendo. Por isso se esfrega a parte doente durante dez ou mais minutos e logo se aplica uma compressa da própria farinha. Botânica oculta: Suas flores levam a marca dos infernos, segundo a escola de Pitágoras. As favas, colhidas em fins de outubro, estão sob os auspícios de Escorpião com Mercúrio. O fruto é de Saturno e da Lua. FETO MACHO (Polystichum fílix mas). Desta planta se emprega o rizoma, que é dulcíssimo, nauseabundo, algo adstringente. Tem sido apregoado como o melhor expulsor de tênia ou solitária; contudo, se sempre expulsa a tênia oriunda da carne de boi, algumas vezes falha em se tratando de tênia originária da carne de porco. A preparação mais usada é a tintura etérea concentrada, mas pode ser empregada também em pó embora seus resultados não sejam sempre tão eficazes. Por isso deverão ser tomadas em jejum, de uma só vez, 10 gramas de pó de feto macho diluído em 125 gramas de água. Transcorrida uma hora, toma-se um purgante. A dose para crianças é de 50 centigramas para cada ano de idade. Num tratado de medicina do século XVI lemos o seguinte: A raiz em pó é boa contra a solitária; cozida em vinho, abre as obstruções do baço, cura a melancolia, provoca as regras e evita a concepção. FIGUEIRA (Ficus carica). — carica). — Desta Desta árvore usam-se os frutos e a casca verde. Os figos secos são emolientes e peitorais. Curam os calos, bastando para isto ficar com um aberto durante dias. Aplicados 42
sobre os tumores da boca, abranda-os e resolve. A casca fresca detém as hemorragias nasais. Por isso é preciso cortá-la e a massa resultante se aplica ap lica nas fossas doentes.
sobre os tumores da boca, abranda-os e resolve. A casca fresca detém as hemorragias nasais. Por isso é preciso cortá-la e a massa resultante se aplica ap lica nas fossas doentes. Botânica oculta: Com as folhas desta árvore se coroava Saturno e entre os romanos era uma árvore sagrada. Os gregos a dedicaram a Mercúrio; os espartanos, a Baco. Na índia era consagrada a Vishnu. Um ramo de figueira colhido sob o aspecto planetário conveniente acalma a fúria dos touros. A sicomancia constituía uma adivinhação com as folhas da figueira. Escrevia-se a pergunta numa folha e, de acordo com o tempo que levava para secar, concluía-se o vaticínio. O fruto branco pertence a Júpiter e Vênus. O fruto negro, a Saturno. Signo zodiacal: Aquário. FUNCHO (Foeniculum vulgare). ~ Suas propriedades medicinais são muito parecidas às do anis; os frutos do funcho e as pontas exalam um cheiro agradável; são carminativos e muito úteis na atonia digestiva, acompanhada de histerismo e hipondria, e são indicados também para as cólicas nervosas das crianças. Estes frutos constituem um dos melhores medicamentos para aumentar a secreção do leite. As folhas se empregam tanto exterior como interiormente como resolutivos; a raiz se usa como diurética e sua casca, como aperitivo. Infusão: Em meio litro d'água, ferver 10 gramas de material. Tapar, deixar esfriar e coar. Dose: De quatro a cinco calicezinhos por dia. GATUNHA (Ononis campestris). — campestris). — Conhecida Conhecida com o nome de unhas-de-gato, em virtude dos espinhos desta erva, que arranham como as unhas do animal. É aperitiva e possui qualidades estomacais. Usam-se as raízes em decocto. Em meio litro d'água, ferver 15 gramas de material esfarelado. Botânica oculta: Colhida sob a conjunção de Marte e Júpiter, esta erva constitui um poderoso talismã contra os acidentes infelizes e também contra as ciladas de toda espécie, contra os ladrões, evita as rixas, etc. Planetas: Marte e Júpiter. GENCIANA (Gentiana lutea). — Emprega-se para combater o artritismo, a clorose, a debilidade do estômago, as escrófulas, as febres intermitentes, a gota e para expulsar as lombrigas intestinais. Usa-se em infusão, em tintura ou em vinho, segundo a doença que se tem que combater. Contra as febres intermitentes, a infusão é a seguinte: Em meio litro d'água, ferver três gramas de raiz esfarelada. Dose: Quatro xicarazinhas por dia. Contra o artritismo, a gota e as lombrigas, usa-se a tintura. Tintura: Durante vinte dias, deixar amolecer 20 gramas de raiz esfarelada em 100 gramas de álcool a 90 graus. Dose: de 3 a 9 gramas, em três vezes, com vinho generoso. Contra as escrófulas, a clorose e a debilidade do estômago, emprega-se o seguinte vinho: Durante uns dias, deixar amolecer 30 gramas de genciana esfarelada em 650 gramas de álcool a 90P; acrescentar, depois, um litro de um bom vinho generoso e ao término de quinze dias filtrar. Dose: Três calicezinhos por dia, antes das refeições principais. Botânica oculta: Quente e seca. A espécie que cresce nas montanhas era utilizada pelos antigos Rosa-Cruzes, em suas cerimonias. É dedicada a São Pedro. Planeta: Sol. Signo zodiacal: Leão. GIRASSOL (do grego: Hélios/Sol e írópo/girar). — Botânica oculta: Conforme seu nome indica, esta flor se vira para seguir o curso do sol. É consagrada a Apoio e constitui uma das doze plantas mágicas da antiga Fraternidade Rosa-Cruz. Se magnetizarmos uma sonâmbula e lhe entregarmos uma flor de girassol com uma boa parte do seu caule, a sonâmbula adquirirá uma extraordinária visão orgânica interna (metagnose) que lhe permitirá fazer revelações tão surpreendentes como verídicas. Além disso, possuirá uma faculdade especial para a interpretação dos sonhos (onirocrítica). Planeta:Sol. Signo zodiacal: Leão.
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HELÉBORO NEGRO (Helleborus niger). - Conhecido com os nomes de erva-de-Natal, ervado-infemo e rosa-do-fogo. É um purgante violento, sendo, além disso, vermífugo e emenagogo. Seu
HELÉBORO NEGRO (Helleborus niger). - Conhecido com os nomes de erva-de-Natal, ervado-infemo e rosa-do-fogo. É um purgante violento, sendo, além disso, vermífugo e emenagogo. Seu emprego terapêutico é perigoso, pelo que o leigo não deve fazer uso dele. Botânica oculta: O Heléboro negro é uma das plantas mais usadas pelos bruxos. Sua raiz, colhida na hora de Saturno, é lançada sobre brasas vivas, quando se evocam entidades infernais. Pendurado no pescoço duma criança, um pedaço de sua raiz preserva-a do feitiço chamado mauolhado. Se estiver com mau-olhado, o sortilégio desaparecerá de pronto (Agrippa). Além do heléboro negro existe o heléboro verde e o heléboro branco, cujas propriedades não julgamos oportuno nem útil detalhar. HISSOPO (Hyssopus officinalis). — officinalis). — Desta planta aromática, usam-se as folhas e as pontas. Devido às suas propriedades estomacais, é indicada para combater a debilidade digestiva e a gastralgia. Presta um grande serviço nas cólicas flatulen-tas. Por sua propriedade estimulante, usa-se para despertar o apetite. Visto que é anticatarral e expectorante, dá excelentes resultados nos catarros crônicos dos pulmões. Emprega-se em gargarejos para curar as anginas. Seu uso é muito conhecido na facilitação dos partos. Em loções se emprega para curar os golpes, as feridas, as contusões. Sua infusão se prepara da seguinte maneira: Em meio litro d'água ferver 8 gramas de folhas e pontas. Dose: Vários cálices por dia, pois seu uso não oferece perigo. Sol e Leão. INCENSO (Incensum). — Goma-resina que se extrai do luniperus thurifera e que chega da África em forma de lágrimas ou grãos de diversos tamanhos. No comércio é conhecido com o nome de incenso macho, aquele que emana diretamente da árvore. O que é extraído artificialmente leva o nome de incenso fêmea. O primeiro é o mais apreciado, chamado também olíbano. Em terapêutica se usa exteriormente, em pó, que se aplica sobre as úlceras malignas. Com ele se fazem também emplastos para corrigir os entorses e contra toda espécie de golpes. Emprega-se igualmente em defumações, dirigindo suas emanações para os membros afetados de reumatismo. As fumigações podem ser substituídas por panos de flanela bem perfumados e aplicados quentes. IPECACUANHA (Cephaelis ipecacuanha). — Desta planta se utiliza unicamente a raiz. Determina hipersecreção das glândulas do aparelho digestivo e provoca o vomito depois de molestas náuseas e abundante salivação, deixando em seguida uma depressão passageira. Administra-se como vomitivo em pó e a dose é de 1,50 gramas em papéis de 50 centigramas, tomando-os cada quarto de hora com água morna. É muito útil na indigestão gástrica e no princípio de um envenenamento. Fluidifica a expectoração na bronquite capilar e a pneumonia com acumulação de exsuda-ção. É um excelente remédio contra a disenteria aguda. "Decocto por curta ebulição e infusão consecutiva durante doze horas de 2 a 6 gramas de ipecacuanha em 300 gramas de água. O mesmo sedimento pode servir três dias seguidos. Toma-se o líquido em três vezes durante o dia" (Arnozán). Planetas: Lua e Sol. ÍRIDE (íris, Iride). — Iride). — Ignoramos Ignoramos se possui aplicações terapêuticas. Botânica oculta: Suas flores, como o arco-íris, simbolizam a paz. Colhidas na hora de Vênus, têm uma virtude muito notável. Se, durante o sono de um menino ou menina virgens, se coloca debaixo do travesseiro um raminho destas flores, terão sonhos proféticos, com uma certeza tal que suas indicações podem ser tomadas ao pé da letra. Vênus em Libra. JACINTO (Hyacinthus orientalis). — orientalis). — Não Não se usa em medicina. Contudo, num livro célebre de segredos, do século XVI, intitulado Secreti di Don Alessio Piamontesen, novamente stampati, lemos que "o suco da raiz do jacinto impede o desenvolvimento do sistema piloso e retarda a puberdade". Diz, ainda, que "a raiz, fervida, cura os turnores dos testículos". Para obter jacintos no inverno: De setembro 44
a novembro se enchem uma garrafa com água que deve ser do tamanho dos bulbos da planta. Dispõemse estes bulbos de tal modo que a coroa, ou seja o ponto por onde saem as raízes, toque o nível da água,
a novembro se enchem uma garrafa com água que deve ser do tamanho dos bulbos da planta. Dispõemse estes bulbos de tal modo que a coroa, ou seja o ponto por onde saem as raízes, toque o nível da água, a qual será renovada de vinte em vinte dias, jogando dentro um pouco de sal amoníaco a fim de que não se corrompa. Este cultivo proporciona um agradável entretenimento, pois os jacintos, ostentando a beleza de suas flores durante o inverno, quando não existem nos jardins, constituem uma agradável surpresa para quem ignora a maneira de obtê-los. O cultivo se reduz ao que foi dito e ao proporcionarlhes luz e ar de vez em quando. Planetas: Sol e Vênus. JUNÍPERO (Juniperus communis). — communis). — As bagas deste arbusto são excelentes diuréticos. Por isso são recomendáveis contra os cálculos renais e na hidropisia. Igualmente anti-catarrais e modificadoras das secreções no catarro da bexiga e na blenorragia. São de resultados eficazes no combate à asma e à bronquite e é muito conhecido seu uso contra os cálculos do fígado. Em doses muito elevadas, irrita as vias urinárias. Emprega-se em infusão. Em meio litro d'água ferver 10 gramas de bagas moídas. Dose: quatro chicarazi-nhas por dia. Com a essência do fruto se combate o reumatismo crônico. Estas bagas empregam-se também na fabricação do licor chamado "genebra", jogadas sobre brasas vivas, purificam pu rificam o quarto de um doente. Botânica oculta: Um ramo deste arbusto afugenta as cobras, pois traz consigo e de vários modos o signo exotérico da Trindade. Queimado com incenso, seu grão não só purifica o ambiente de miasmas como afasta as entidades maléficas do plano astral e cura os possessos. Planeta: Vênus. Signo zodiacal: Gêmeos. KOUSO (Brayera anthelmintica). - Esta árvore, chamada Kouso ou Kousa, cresce na Abissínia. Utilizam-se suas inflorescências femininas, dessecadas e pulverizadas. Estas flores são purgantes, mas sua propriedade mais notável é a de expulsar a tênia. A melhor maneira de empregá-la é pelo sistema de infusão, que se obtém do seguinte modo: Em 250 gramas de água, ferver 20 gramas de material reduzido a pó. Em seguida deixar amornar e toma-se toda a mistura. Se ao término duma hora o medicamento não produziu efeito, tomar-se-á um purgante. O óleo de rícino é o mais indicado. Botânica oculta: Árvore sagrada dos hindus. Indispensável em todos os atos da vida religiosa e ascética. Tem propriedades magnéticas poderosas e é um veículo universal. Secas e pulverizadas e lançadas sobre brasas vivas, suas flores desprendem emanações que ajudam eficazmente o desenvolvimento das forças psíquicas e facilitam enorme-mente o aperfeiçoamento mediúnico. Planeta: Sol. LÍRIO (Lilium Chrynostates). — Chrynostates). — Segundo a medicina antiga "o pólen desta flor é bom para curar as queimaduras. Sua água destilada(?) alivia as dores do parto e cura os males da vista. Fervidos com migalhas de pão, os bulbos fazem amadurar e supurar os abscessos em breve tempo. A mulher que comer dois pedacinhos da raiz desta planta soltará sem dor o feto morto que tenha em suas entranhas. A ponta da raiz, misturada com manteiga rançosa, cura c ura a lepra". Botânica oculta: O lírio é o símbolo da castidade. Gabriel leva-o em sua mensagem a Maria. Esta flor é a imagem da Criação universal, da Preformação, da Ação do Fogo Primitivo sobre a Mãe Água. Na Idade Média acreditava-se que o pólen desta flor, dissolvido num vaso de água ou vinho, fazia com que urinasse abundantemente a moça que o bebesse, se esta não fosse casta. Dependurada ao pescoço, a raiz reconcilia os amantes que tenham rompido suas relações. Deve ser colhida quando a Lua ou Vênus estejam sob Áries ou Libra. Com esta planta se fabrica um perfume mágico muito conveniente para queimar no recinto onde se realizam experiências teúrgicas ou se esperam manifestações astrais. Frio e seco. Júpiter, Vênus, Lua em Áries ou Touro. 45
LOTO (Lotus e do grego lotos). - Sob o ponto de vista religioso, tem o mesmo significado que o
LOTO (Lotus e do grego lotos). - Sob o ponto de vista religioso, tem o mesmo significado que o lírio. Bhodisat apresenta-o a Maya. Planta do Sol. H. P. Blavatsky, em seu Glossário Teosófico, escreve o seguinte: "Planta de qualidades sumamente ocultas, sagrada no Egito, na índia e em outras partes. Chamam-na o 'Filho do Universo que leva em seu seio a semelhança de sua Mãe' ". Tempos houve em que "o mundo era um loto (Padma) de ouro" — ouro" — diz diz a alegoria. Uma grande variedade destas plantas, desde o majestoso loto da índia até o loto dos pântanos (trevo de pé de ave) e o Dioscórides grego, é usada como alimento, em Creta e em outras ilhas. É uma espécie de Nymphoea, trazida da índia para o Egito, onde não era uma planta nativa. Os egípcios viram no loto um símbolo do renascimento do Sol e da Ressurreição. Por isso o colocam sobre a cabeça de Nowé Toum. Hórus é representado saindo do cálice desta flor. Signo planetário: Sol. Signo zodiacal: Leão. LOUREIRO-CEREJEIRA (Prunus laurus cerasus). - A terapêutica utiliza somente as folhas desta árvore. Seu princípio atívo é o ácido cianídrico, veneno fortíssimo, pelo que o leigo deve absterse do seu uso em matéria medicinal. Botânica oculta: O loreiro-cerejeira é um dos vegetais que mais se empregam nos trabalhos de feitiçaria. A título informativo, vejamos um dos muitos feitiços que os bruxos realizam para prejudicar uma pessoa. Tomam uma frigideira de pequeno tamanho, enchem-na até em cima com azeite de oliveira; na hora de Saturno colhem três raminhos de loureiro-cerejeira e os colocam sobre a superfície do líquido, formando uma cruz. Por fim pronunciam, com o coração inflado de ódio, a imprecação maldita e esperam com a convicção mais absoluta que os efeitos de seu crime não tardem manifestarse. E infelizmente é o que acontece. Planetas: Saturno e Lua. LOUREIRO-COMUM (Laurus nobilis). - A denominação latina de "Laurus nobilis" indica a diferença que existe entre este e o anterior. As propriedades do loureiro comum são carminativas, digestivas, estomacais e nervinas. Empregam-se as folhas em infusão. Ferver 10 gramas de folhas em meio litro de água e deixar esfriar. Dose: Quatro ou cinco cálices diários, distribuídos convenientemente. Esta infusão se emprega, também, em injeções vaginais contra a relaxação dos órgãos sexuais e em banhos por todo o corpo para combater a debilidade geral das crianças. De um livro antigo de medicina copiamos o seguinte: "As folhas frescas de loureiro, trituradas, são excelentes contra as mordidas de animais venenosos. O suco de suas folhas, tomado em doses de 3 ou 4 gotas, em água, provoca a menstruação, corrige os desarranjos do estômago, diminui a surdez, cura a dor de ouvidos e tira as manchas do rosto. LÚPULO (Humulus lupulus). — Esta planta tem propriedades amargas, sedativas e anafrodisíacas. Favorece a digestão nos casos de dispepsia e abranda as dores do câncer do estômago. É indicado contra a escrófula e o linfatismo. Remédio excelente no combate à insônia nervosa e às poluções noturnas. Além disso, muito útil na convalescença, no escorbuto, nos infartos do fígado e do baço, nos catarros e nas enxaquecas. Ministra-se em infusão na dose de 15 gramas por litro. Aplica-se externamente, em tintura, numa dose de 2 a 4 gramas, como calmante nas úlceras cancerosas. Em dose curta, o lúpulo aumenta o apetite. A raiz é um enérgico depurativo do sangue. Para combater o erotismo genital e curar a espermatorréia se prescreve o lupulino. É assim que se chama o pó que a planta contém em seus conos. Estes conos são colhidos em fins de agosto, submetidos a uma dessecação que não altera seu aroma nem seu sabor e empregam-se na fabricação da cerveja. Planetas: Saturno e Lua. MACELA (Anthemis nobilis). — nobilis). — Chamada Chamada macela-romana e também camomila. A parte que se utiliza são suas flores ou cabecinhas. Suas principais qualidades são tônicas, antiespasmódicas e antihistéricas. Empregam-se nos cortes de digestão e nas cólicas espasmódicas e ventosas. Acalma o 46
histerismo e a excitação das pessoas facilmente excitáveis. Infusão: Cabecinhas, 5 gramas, 500 gramas de água. Botânica oculta: Ligeiramente quente e úmida. Planeta: Sol. Signo do zodíaco: Libra.
histerismo e a excitação das pessoas facilmente excitáveis. Infusão: Cabecinhas, 5 gramas, 500 gramas de água. Botânica oculta: Ligeiramente quente e úmida. Planeta: Sol. Signo do zodíaco: Libra. MACIEIRA (Pyrus malus). — malus). — A A casca da raiz fresca da macieira, numa dose de 60 gramas para 200 gramas de água, corta os acessos da febre, principalmente se seu emprego for precedido de um ligeiro vômito seguido dum purgante. No exterior, se usa a polpa do fruto assado, em cataplasmas, para combater os molestos tercogos. Para isso, a maçã camoesa é a melhor. MANDRÁGORA (Panax quinquefolium). — Pouco usada em medicina; em compensação, desempenha um papel muito importante nas artes mágicas. Botânica oculta: Os hebreus conheciam esta planta sob o nome de Jabora. Faz parte da composição do unguento dos bruxos para assistir ao Conciliábulo. A raiz é um poderoso condensador das forças astrais. Os bruxos chineses empregam esta planta, que chamam de Gig-Seng, para provocar a loucura ou causar terríveis sofrimentos. Para isto devem colher a planta sob determinada influência astroló-gica e manipulá-la segundo um rito maléfico. Carregam-na também as mulheres à guisa de amuleto contra a esterilidade e outros fins diversos. São especialmente eficazes na Magia Negra. MARROIO-BRANCO (Marrubium vulgare). -Tem propriedades estimulantes e reconstituintes. Além disso, é laxante, diaforético e um bom tônico digestivo. Dá resultados muito bons nas afecções respiratórias, na tosse rebelde e na tuberculose. Aplica-se contra o histerismo, a clorose, as calentu-ras e para ajudar os partos. Seu uso prolongado combate a obesidade. Administra-se em infusão. Em meio litro d'água, ferver 10 gramas de material triturado; deixar esfriar e coar. O suco desta planta, aplicado em unturas, detém a queda dos cabelos. Botânica oculta: Colhe-se sob o signo zodiacal de Virgem. MEIMENDRO NEGRO (Hyosciamus niger). - Quente e seco. Tem muitos usos em medicina, mas só anotaremos uns poucos, por ser uma planta algo perigosa, razão porque somente os médicos devem usá-la. Vejamos um azeite excelente para a cura do reumatismo articular e das neuralgias: Pôr em banho-maria 25 gramas de folhas novas de meimen-dro negro num litro de um bom azeite de oliveira e deixar até que se evapore a água de vegetação do material. Aplicar sobre a parte doente, cobrindo-a com um lenço de lã, preso com uma ligadura. As sementes desta planta se usam em defumações para acalmar a dor de dentes e curar as frieiras. O cheiro do meimendro negro, respirado por algum tempo, produz um profundo entorpecimento. entorpe cimento. Botânica oculta: O humo de suas sementes colhidas e queimadas na hora de Saturno provoca rixas, discussões violentas. MELISSA (Melissa officinalis). — officinalis). — Conhecida Conhecida sob o nome de erva-cidreira. Emprega-se contra o histerismo e a hipocondria; nos estados espasmódicos, desfalecimentos, vertigens, enxaquecas e na atonia estomacal. Seu uso mais corrente se dá por infusão. Em meio litro d'água ferver cinco gramas da planta, esfarelada. Dose: Um cálice cada hora ou mais, segundo os casos. Emprega-se em loções para curar a fraqueza da vista; produz excelentes efeitos em chagas e feridas. Botânica oculta: As sibilas dos templos de Cumas, de Delfos, da Eritréia, da Líbia e de outros lugares se serviam, para despertar sua inspiração, de uma beberagem dinâmica na qual entrava a melissa em sua maior parte. Segundo uma antiga tradição, se pendurarmos um raminho inteiro no pescoço de um boi, o animal seguirá obedientemente por todas as partes onde tiver sido colocada. Planetas: Sol e Júpiter. MERCURIAL (Mercurialis annua). — Emprega-se a planta fresca. É laxante e, em grandes doses, purgativa. Além disso, bom diurético recomendado na hidropisia. Aconselha-se também nas lombrigas intestinais e nas hemorróidas incipientes. Detém a secreção do leite das lactantes. As pessoas 47
de estômago delicado deveriam abster-se do uso desta planta. Emprega-se o sumo: de 10 a 20 gramas. Dose: Como laxantes, de 5 a 10 gramas, pela manhã, em jejum. Para as demais afecções, de 3 a 4
de estômago delicado deveriam abster-se do uso desta planta. Emprega-se o sumo: de 10 a 20 gramas. Dose: Como laxantes, de 5 a 10 gramas, pela manhã, em jejum. Para as demais afecções, de 3 a 4 gramas diárias, diluídas em água açucarada e distribuídas em três tomadas. Em clisteres: 125 gramas de mercurial. Água fervendo, 1 000 gramas. Depois de repousar duas horas, acrescentar 1 000 gramas de mel branco. Botânica oculta: Fria e úmida. Seu suco, em decocção, facilita a concepção dum filho, se a mulher, durante cinco dias, empregou a planta macho; ou de uma filha, se utilizou planta fêmea. Planeta: Lua. Signo zodiacal: Virgem. MIL-FOLHAS (Achillea Millefolium). - A raiz tem um cheiro alcanforado; administra-se em infusão com 20 gramas por litro d'água, preparando-a no momento de ser ministrada, pois se altera com o contato com o ar. As folhas e flores são adstringentes; úteis nas hemorróidas, hemorragias uterinas e nas hemoptises. As folhas, em decocto, aplicam-se exteriormente para cicatrizar as feridas. Planetas: Sol e Lua. Signo zodiacal: Câncer. MIRRA (Myrrha Commyfora abissynica). — abissynica). — Em Em terapêutica, tem um campo muito reduzido. Usa-se geralmente em pó, que se aplica sobre as úlceras cancerosas e, em defumação, para desinfetar o quarto de um doente. Botânica oculta: Esta resina fragrante, diz a Mitologia, foi produzida pelas lágrimas da deusa Mirra, que se uniu incestuosamente com seu pai e concebeu o gentil Adônis. Segundo Van Helmot, a mirra diluída em álcool e tomada em determinadas doses, prolonga a vida e evita uma infinidade de doenças. Usa-se extraordinariamente a mirra em diversos trabalhos tanto teúrgicos como goéticos. A seguinte composição é a dum excelente perfume mágico, muito recomendável durante a execução de qualquer trabalho de alta magia: 150 gramas de mirra; 100 gramas.de estoraque; 100 gramas de benjoim; 100 gramas de incenso; 50 gramas de cascarilha. Queima-se sobre um pequeno vaso metálico, borrifando a composição com álcool de 90 graus. Planeta: Vênus. MORANGUEIRO (Fragaria vesca). - Planta que produz uma fruta doce e fragrante, de todos conhecida, o morango. Desta planta aproveitam-se em terapêutica os frutos e as raízes. O xarope de morango é empregado como refrescante e é indicado contra a icterícia e o mal-de-pedra. Para combater as disenterias, diarréias, hemorragias e gonorréias, que não apresentem caracteres graves, emprega-se um decocto de raízes desta planta. Em meio litro d'água, ferver 20 gramas de ditas raízes. Botânica oculta: Com as folhas do morangueiro fazem-se uns cinturões que preservam das picadas das cobras. Planeta: Júpiter. Signo zodiacal: zodiaca l: Peixes. MURTA (Myrtus communis). — communis). — Recomenda-se para cicatrizar contusões e chagas. Aplicada externamente, usa-se em pó ou decocto. Isto se verifica da seguinte maneira: Em meio litro de água, ferver 10 gramas de folhas e frutos de murta, durante quinze minutos. Aplicam-se sobre o mal compressas de algodão, bem ensopado no líquido. Os vapores de sua infusão, aspirados pela boca, curam a enxaqueca. Dessecado, pulverizado e confeitado com clara de ovo, o fruto detém os vômitos, quando colocado em forma de emplasto sobre o estômago. Botânica oculta: A murta foi consagrada a Vênus e aos deuses penates. É o emblema da compaixão. Os galhos, folhas e frutos desta planta, quando completamente secos, esfarelam-se e se misturam com ramos de cipreste, igualmente secos; queimam-se num braseiro e, ao produzir-se a chama, joga-se sobre uma pequena quantidade de incenso macho. Obtêm-se assim uns perfumes mágicos de grande valor para atrair as entidades do astral. Emprega-se a murta em diversos trabalhos de magia erótica. Fria e seca. Planeta: Vênus. Signo zodiacal: Touro. 48
MUSGO (Fucus purpureus). — purpureus). — Emprega-se Emprega-se contra as lombrigas das crianças. Administra-se em pó, na dose de 1 a 2 gramas, antes dos 3 anos; de 2 a 5 gramas, gr amas, depois dos cinco anos. Pode Pod e ser também
MUSGO (Fucus purpureus). — purpureus). — Emprega-se Emprega-se contra as lombrigas das crianças. Administra-se em pó, na dose de 1 a 2 gramas, antes dos 3 anos; de 2 a 5 gramas, gr amas, depois dos cinco anos. Pode Pod e ser também administrado em decocto em água ou leite, na dose de 5 a 15 gramas. Em decocção, detém a queda dos cabelos; reforça a dentadura e corta os fluxos de sangue. Planeta: Saturno. NABO (Brassica napus). — napus). — Cozido Cozido debaixo de cinzas e aplicado atrás das orelhas, acalma a dor de dentes. Para acalmar a coceira das frieiras, apliquem-se cataplasmas de nabo descascado e cozido. Contra o catarro, a bronquite e a tosse ferina, emprega-se a raiz em decocção. Com esta raiz condimenta-se uma sopa excelente para as pessoas que sofrem inflamação dos intestinos. Planeta: Lua. Signo zodiacal: Capricórnio. NARCISO (Narcissus pseudonarcissus). - Tem qualidades antiespasmódicas, adstringentes, eméticas e febrífugas. Emprega-se nas tosses nervosas e na coqueluche. Usado externamente, é um bom emenagogo. As flores dessecadas rapidamente conservam sua cor amarela; neste caso são Anti espasmódicas e narcóticas. Conta-se o caso duma senhora de Valenciennes que padecia de grandes convulsões e que, ao deixar em seu quarto um grande número de flores de narciso, conseguir passar várias noites consecutivas sem o menor incomodo; e no dia seguinte depois de ter retirado as flores, os ataques se repetiram. Segundo os antigos, a água destilada de sua raiz aumenta consideravelmente a secreção de esperma. Em loção, endurece os seios. Botânica oculta: Frio e seco. Os antigos dedicaram a flor do narciso às Fúrias e a Plutão. Quem o leva consigo atrai a amizade das virgens. Planeta: Vênus. Signo zodiacal: Touro e Leão. NOGUEIRA (Juglans (J uglans regia). — regia). — As As folhas frescas, em infusão, são um excelente remédio para combater as escrófulas e a icterícia. Obtém-se a infusão, fervendo-se 10 gramas de folhas em meio litro d'água. As injeções vaginais curam as flores brancas (leucorréia). Em loção, evita a queda dos cabelos. O cheiro das folhas atrai as pulgas. Planeta: Lua. Signo zodiacal: Sagitário. OLIVEIRA (Olea europea). — europea). — A A flor e o fruto (azeitona) acham-se somente nos talos que têm dois anos. Em terapêutica empregam-se as folhas e a casca. O azeite tem também diversas aplicações. A infusão de folhas e casca de oliveira é excelente para lavar toda espécie de chagas. Para expulsar as lombrigas intestinais se tomará uma chávena diária, em jejum. Obtém-se a infusão, fervendo-se 10 gramas de material esfarelado, em meio litro d'água. Passadas as primeiras fervuras, deixar esfriar e coar. O azeite puro de oliveira é um laxante excelente. Com ele se cura a prisão de ventre mais rebelde, tomando-se, em jejum, uma colher do azeite, durante algum tempo. Do mesmo modo, os que padecem de cólicas hepáticas e de nefrite encontram um acentuado alívio neste singelo remédio. Além disso, o azeite puro de oliveira, misturado com gema de ovo e aplicado em queimaduras, acalma prontamente a dor. Botânica oculta: Os antigos consagraram a oliveira à deusa Minerva. Um ramo de oliveira é o emblema da paz. O azeite é um condensador poderoso da luz; é de grande utilidade na medicina e se emprega em diversos trabalhos mágicos. Se for escrita a palavra ATHNA com tinta celeste (3) sobre uma folha de oliveira e se esta folha for atada à cabeça, desvanece-se toda espécie de inquietude, mau humor e idéias funestas. Planeta: Júpiter, Signo zodiacal: Peixes. TANCHAGEM (Plantago major). — major). — As folhas desta erva são adstringentes e de uso popular em gargarejos para curar as inflamações da boca e, em loção, as dos olhos. Além disso, atuam como um bom peitoral nos catarros dos brônquios. Aplicadas diretamente (bem trituradas), cicatrizam as úlceras e as feridas em geral. O decocto se prepara da seguinte maneira: Em meio litro d'água, durante vinte minutos se fervem 10 gramas de folhas trituradas. A raiz é boa contra enxaqueca. Tomada com 49
vinho, é um contraveneno do ópio. Reduzida a pó impalpável e misturada com vinho, a semente atalha a disenteria.
vinho, é um contraveneno do ópio. Reduzida a pó impalpável e misturada com vinho, a semente atalha a disenteria. Botânica oculta: Quente e algo úmido. A planta inteira, trazida junto, preserva de malefícios. Áries e Leão. Sol. Colhe-se quando o Sol e a Lua estão em Câncer ou então quando está em Peixes e a Lua em Câncer. URUPÈ (Polyporus officinalis). — officinalis). — Gênero Gênero de fungos que nascem no tronco de várias árvores. É vermífugo, peitoral e emenagogo. Além disso é purgante que produz cólicas muito violentas. Desconhecemos suas propriedades mágicas. É quente, entre seco e úmido. Planeta: Lua. 3 - A forma desta tintura se encontra no Enchiridion Leonis Papae, etc.
ERVAS MÁGICAS NEGÓCIOS benjoim, canela, cravos da índia, louro ADIVINHAÇÃO alecrim, anis estrelado, artemísia, canela, freixo, louro, noz-moscada, rosa, sândalo FERTILIDADE carvalho, girassol, mandrágora, noz, papoula, pinho, romã, rosa CURA alecrim, arruda, canela, cardo bento, cravo, eucalipto, freixo, hortelã, lavanda, maçã, mirra, narciso, rosa, sálvia, violeta AMOR alecrim, canela, cominho, coentro, jasmim, laranja, lavanda, limão, lírio, maçã, manjericão, verbena, violeta DINHEIRO amêndoa, artemísia, brionia, camomila, cravo, jasmim, madressilva, manjericão, menta, trigo PROTEÇÃO alecrim, angélica, arruda, boca de leão, artemísia, erva doce, freixo, louro, peônia, verbena, visgo PURIFICAÇÃO açafrão, alfazema, alecrim, anis, arruda, hortelã, lavanda, limão, louro, mirra, olíbano, sabugueiro, sândalo, sangue de dragão Como Usar as Ervas Mágicas Usar ervas mágicas é relativamente simples! Todas as ervas que são acima citadas não têm nenhuma contraindicação, por isso você pode utilizá-las em banhos mágicos. Outra forma de fazer uso das ervas mágicas é colocando-as em um saquinho feito com veludo preto. Este saquinho é um amuleto mágico, por isso sempre leve-o consigo. Secá-las e deixá-las penduradas em algum lugar de sua casa também é uma forma poderosa de atrair as forças mágicas destas ervas. Ervas relacionadas ao amor podem ser reduzidas à pó. Você poderá soprá-lo sobre a pessoa amada ou usá-lo quando quiser conquistar alguém. HERBOLÁRIA – HERBOLÁRIA – WICCA WICCA FEITIÇARIA MODERNA A ervas têm sido usadas para curar o corpo desde os tempos pré-históricos, e o estudo das ervas medicinais data de mais de cinco mil anos, na época dos antigos sumerianos. Os remédios de ervas são um sustentáculo na medicina tradicional chinesa, e o livro de ervas mais antigo de que se tem conhecimento é o chinês Pen-teüo, escrito pelo imperador Shen-nung (3737-2697 a.C.). Estão registrados nesse livro mais de 300 preparados com ervas medicinais. Os antigos egípcios também usaram remédios de ervas, e, de acordo com um registro antigo chamado Papiro Ebers, houve perto de 2.000 doutores em ervas praticando sua arte no Egito por volta do ano 2.000 a.C. Foram encontrados livros sobre ervas dos antigos gregos, que estudaram suas qualidades medicinais e registraram muitas observações. Segundo o filósofo grego, botânico e autor Teofrasto, mais de 300 ervas medicinais cresciam no jardim de Aristóteles. 50
No primeiro século s éculo da era cristã, o primeiro tratado europeu sobre as propriedades e uso u so medicinal das ervas foi compilado por Dioscórides, médico grego.
No primeiro século s éculo da era cristã, o primeiro tratado europeu sobre as propriedades e uso u so medicinal das ervas foi compilado por Dioscórides, médico grego. A cura pelas ervas foi rito importante em várias religiões pré-cristãs. Referências que se repetem aparecem até nos Antigo e Novo Testamentos da Bíblia, independente do fato de a igreja cristã primitiva ter preferido a cura pela fé à prática formal da medicina, a qual tentou proibir. As tribos indígenas da América do Norte utilizavam ervas tanto para curar como para a prática da magia e descobriram utilidade para quase todas as plantas nativas. Seu conhecimento inestimável de inúmeros medicamentos botânicos foi passado para os colonizadores brancos europeus nos Estados Unidos e no Canadá. As ervas são naturais. Muitas podem ajudar a prevenir e a curar doenças. E, para muitas doenças, a cura da Mãe Natureza pode ser muito melhor do que as pílulas sintéticas de sabor desagradável produzidas pelo homem e que proporcionam alívio temporário dos sintomas, mas não erradicam a causa da doença. NOTA: muitas doenças atuais precisam dos métodos atuais de tratamento. tr atamento. No caso de condições emocionais ou físicas crónicas ou sérias, recomenda-se algum tratamento médico profissional a ser imediatamente procurado.) Muitos Wiccanianos apreciam plantar seus próprios jardins de ervas; entretanto, a maioria das ervas medicinais (e mágicas) pode ser obtida também em lojas de produtos naturais, floras, supermercados e até nas florestas ao longo das estradas, se você conhecer o que está procurando. CUIDADO: muitas ervas são venenosas e podem causar doenças brandas ou graves e, em alguns casos, até a morte. Você nunca deverá tentar colher ervas selvagens para uso medicinal, a menos que seja especialista ou esteja acompanhado de um herbalista experimentado e treinado.
ERVAS RITUALÍSTICAS TRADICIONAIS DOS SABÁS SABÁ CANDLEMAS: angélica, manjericão, louro, benjoim, quelidônia, urze, mirra e todas as flores amarelas. SABÁ DO EQUINÓCIO DA PRIMAVERA: bolota, quelidônia, cin-co-folhas, crocus, narciso, comiso, lírio-da-páscoa, madressilva, íris, jasmim, rosa, morango, atanásia e violetas. SABÁ BELTANE: amêndoa, angélica, freixo, campainha, cin-co-folhas, margarida, olíbano, espinheiro, hera, lilás, malmequer, barba-de-bode, prímula, rosas, raiz saty-rion, aspérula e primaveras amarelas. SABÁ DO SOLSTÍCIO DE VERÃO: camomila, cinco-folhas, sabugueiro, funcho, cânhamo, espora, lavanda, feto masculino, artemísia, pinho, rosas, erva-de-são-joão, tomilho selvagem, glicínia e verbena. SABÁ LAMMAS: flores da acácia, aloé, talo de milho, ciclame, feno grego, olíbano, urze, malva-rosa, murta, folhas do carvalho, girassol e trigo. b enjoim, fetos, madressilva, malmequer, plantas de SABÁ DO EQUINÓCIO DO OUTONO: bolota, áster, benjoim, sumo leitoso, mirra, folhas do carvalho, flor do maracujá, pinho, rosas, salva, selo-de-salomão e cardo. SABÁ SAMHAIN: bolotas, giesta, maçãs, beladona, dictamo, fetos, linho, fumaria, urze, verbasco, folhas do carvalho, abóboras, sálvia e palha. SABÁ DO SOLSTÍCIO DE INVERNO: louro, fruto do loureiro, cardo santo, cedro, camomila, sempreviva, olíbano, azevinho, junípero, visco, musgo, carvalho, pinhas, alecrim e sálvia. PLANTIO DAS ERVAS LUNARES Um número cada vez maior de Bruxos está cultivando as suas próprias ervas, seja em fazenda, pequeno jardim nos fundos ou alguns vasos de flores na janela da cozinha, e os resultados r esultados são sempre favoráveis quando elas são plantadas em harmonia com a Mãe Natureza. 51
A fase da lua e o signo do zodíaco em que a lua se encontra quando a erva é plantada são extremamente importantes. A maioria das ervas deve ser plantada durante a lua nova ou na lua crescente e no signo de
A fase da lua e o signo do zodíaco em que a lua se encontra quando a erva é plantada são extremamente importantes. A maioria das ervas deve ser plantada durante a lua nova ou na lua crescente e no signo de Câncer, Peixes ou Escorpião. São exceções: Es corpião ou Sagitário. ALHO: plantar durante a lua cheia ou crescente no signo de Escorpião SALSA: plantar durante a lua nova no signo de Peixes, Câncer, Libra ou Escorpião. Peix es, Escorpião ou Câncer. SÁLVIA: plantar durante a lua cheia no signo de Peixes, VALERIANA: plantar durante a lua nova ou crescente no signo de Gémeos ou Virgem. Os compostos devem ser iniciados quando a lua minguante estiver nos signos de Aquário, Aries, Gémeos, Leão ou Virgem. A melhor época para fertilizar ou transplantar é quando a lua crescente está nos signos de Câncer, Peixes ou Escorpião. Consulte sempre um calendário lunar atualizado antes de plantar as ervas, e evite plantar no primeiro dia da lua nova ou no primeiro dia da lua crescente.
ERVAS QUE CURAM A lista que se segue dos males físicos comuns e as várias ervas usadas ao longo dos tempos para tratá-los é aqui incluída apenas para exemplificar o poder curador das ervas utilizadas pêlos Bruxos, xamas e curandeiros. Não pretende ser um guia completo do autotratamento com ervas (os métodos de tratamento não são descritos). Em caso de qualquer doença física ou emergência médica, você deverá buscar tratamento médico imediatamente.
ACNE: agrimônia, bardana, camomila, amor-de-hortelão, dente-de-leão, sabugueiro, noz-inglesa, feijão roxo, lavanda, frutos do visco, valeriana, morango-silvestre. ALCOOLISMO: angélica, cânhamo, pimenta-caiena, matricária, gengibre, selo-dourado, tomilho, maracujá, quássia, groselha-vermelha, jasmim-amarelo. ANEMIA: alfafa, alcachofra, bérberis, amora-preta, beca-bunja, pimpinela, cebolinha, confrey, dentedeleão, ênula, feno, grego-fumária, genciana, hera-rasteira, líquen-islandês, artemísia, malvaísco, milefólio, urtiga, quássia, erva-de-são-joão, espinafre, cálamo, tomilho, agrião. ARTEROSCLEROSE (ENDURECIMENTO DAS ARTÉRIAS): arnica, alcachofra, cerefólio, dedaleira, alho, espinheiro, visco, noz-moscada, azeitona, cebola, amor-perfeito, arruda, bolsa-de-pastor, agrião, ervade-feiticeira. ARTRITE: amieiro, alfafa, aloé, fruto do loureiro, groselha-preta, álamo-preto, fava-dos-pântanos, bardana, bo-tão-de-ouro, pimenta-caiena, morrião-dos-passari morr ião-dos-passari nhos, confrey, conf rey, casca de amora silvestre, filipêndula; violeta-de-jardim, alho, lúpulo, rábano silvestre, j uní-pero, kava-kava, perpétua, açafrão-do-campo, barbade bode, acônito, azevinho-do-monte, caruru-de-cacho, caru ru-de-cacho, briônia-vennelha, briônia-vennelh a, salva, sassafrás, repolho, repo lho, atanásia, tomilho, salgueiro, pírola, erva-de-feiticeira, absinto. ASMA BRÔNQUICA: amêndoa, anis, copo-de-leite, assaféti-da, erva-cidreira, betônica, erva-impigem, vervena-azul, eupatório, bardana, goma-da-califórnia, cânhamo, quelidônia, raiz de amora silvestre, tussilagem, confrey, cubeba, margarida, urtiga-de-anão, casca de sabugueiro, ênula, eucalipto, matricária, alho, hera-rasteira, amor-perfeito, marroio comum, rábano silvestre, hissopo, tabaco-indiano, estramônio, 52
alface, lobélia, ligústica, imperatória, erva-leitosa, verbasco, mirra, urtiga, chá-de-nova-jersey, salsa, peônia, cin-za-de-espinheiro, faia-preta, trevo a vermelho, pal-meira-serra, repolho, verónica, espicanardo, drósera,
alface, lobélia, ligústica, imperatória, erva-leitosa, verbasco, mirra, urtiga, chá-de-nova-jersey, salsa, peônia, cin-za-de-espinheiro, faia-preta, trevo a vermelho, pal-meira-serra, repolho, verónica, espicanardo, drósera, verbena, agrião, cereja-preta silvestre, manjerona silvestre, erva-santa.
BOLHAS DE CRIANÇAS: angélica, bérberis, calêndula, alho, espinheiro, rábano silvestre, alquemila, milefólio, visco, artemísia, cebola, sálvia, cardo-de-são-benedito, bolsa-de-pastor, nabo, agrião. BRONQUITE: angélica, anis, assafétida, cevada, uva-ursi-na, betônica, bago do mirtilo, álamo-preto, favados-pântanos, erva-impigem, borragem, botão-de-ouro, j ataria, aipo, morrião-dos-passarinhos, trevo, cravoda-índia, tussilagem, confrey, prímula, cubeba, dente-de-leão, ênula, eucalipto, funcho, matricária, violetade-jardim, alho, selo-dourado, hera-trepadei-ra, urze, cânhamo, marroio, castanha-da-índia, Uquenislandês, líquen-irlandês, estramônio, sanguinária, alquemila, lavanda, alcaçuz, lobélia, ligústica, pulmonária, malvaísco, serpão, azevinho-da-montanha, orelha-de-macaco, verbasco, chá-da-nova-jersey, cebola, raiz de lírio, amor-perfeito, pessegueiro, tancha-gem, pleuris, prímula, rabanete, trevo-vermelho, arruda, açafrão, sálvia, erva-de-são-joão, sândalo, se-gurelha, repolho, olmo, verónica, abeto-vermelho, drósera, mirra-doce, manjerona-doce, verbena, agrião, erva-santa. CÂIMBRAS: angélica, anis, bálsamo, beladona, betônica, sabugueiro-preto, pimpinela-branca, botãodeouro, calêndula, alcaravia, pimenta-caiena, quelidônia, camomila, coentro, prímula, casca de amora silvestre, margarida, endro, funcho, alho, meimendro, alquemi-la, lavanda, manjerona, imperatória, milefólio, agri-palma, hortelã-pimenta, rabanete, rosa, alecrim, arruda, segurelha, erva-prata, tonúlho, valeriana, mentaaquática, inhame-selvagem, pírola, aspérula, absinto. CÂIMBRAS MUSCULARES E ESPASMOS: arnica, óleo de eucalipto, hortelã-pimenta. CÂNCER: cevada, erva-impigem, quelidônia, amor-de-horte-Ião, labaça, caruru-de-cacho, trevovermelho, eufórbio. CASPA: piteira, camomila, hera-inglesa, feno-grego, figueira, malvaísco, oliveira, quássia, alecrim, salgueiro. CATARRO: cardo-santo, borragem, raiz de selo-dourado, língua-de-cão. CÓLICA: angélica, anis, assafétida, cravoila, gatária, camomila, gengibre, hortelã-pimenta, alecrim, arruda, raiz de unicórnio. CONDIÇÕES NERVOSAS: amendoeira, assafétida, bálsamo, betônia, borragem, gatária, aipo, camomila, espinheiro, meimendro, lúpulo, cachimbo-de-índio, jasmim, lírio-do-vale, agripalma, louro-da-montanha, chá-de-nova-jersey, oliveira, amor-perfeito, maracujá, hortelã-pimenta, pervinca, rainha-do-pântano, alecrim, arruda, sálvia, erva-de-são-joão, segurelha, scutellaric) repolho, abeto-vermelho, tomilho, vale-nana, verbena, inhame-bravo, hamamélis, aspérula, absinto. CONSTIPAÇÃO: piteira, amieiro, aloé, aspargo, manjericão, espadana-azul, eupatório, briônia, favadospânta- nos, bardana, evônimo-da-américa, nogueira-branca, mamona, quelidônia, centáurea, morrião-dos passarinhos, chicória, pepino, dente-de-leão, apócino, mer-cúrio-de-cão, olmo, matricária, figueira, linhaça, fumitória, selo-dourado, trepadeira de cerca, mar-roio-branco, hissopo, espora, alcaçuz, óleo de linhaça, magnólia, mandrágora, malvaísco, artemísia, amoreira, oliveira, caruru-de-cacho, prímula, linho purgante, rabanete, sabugueiro-vermelho, ruibarbo, sorveira-brava, sálvia, bolsa-de-pastor, erva-sabão, azeda, eufórbio, tamarindo, evônimo, nozes, labaça-da-água, freixo-branco, absinto. 53
CONTUSÕES: aloé, arnica, bálsamo-de-meca, erva-mora, vidoeiro, sabugueiro-preto, bardana,
CONTUSÕES: aloé, arnica, bálsamo-de-meca, erva-mora, vidoeiro, sabugueiro-preto, bardana, pimpinelabranca, calêndula, aipo, confrey, urtiga anã, feno-grego, figueira, linho, violeta-de-jardim, varadoura-da, erva-roberto, língua-de-cão, hissopo, louro, perpétua, liabélia, manjerona, malvaísco, artemísia, urtiga, quiabo, oliveira, poejo, prímula, faia-preta, erva-de-são-joão, selo-de-salomão, catinga-de-mula-ta, tomilho, salgueiro, pírola, avelã-de-feiticeira, absinto, erva-santa. DIABETES: alcachofra, bago domirtilo, centáurea, chicória, dente-de-leão, urtiga-anã, ênula, feno-grego, linho, arruda-de-bode.juníparo, alface, núlefólio, urtiga, cebola, rainha-do-pântano, palmito-serra, selodesalomão, gerânio-pintado, sumagre, framboesa-vermelha silvestre, pírola. DIARREIA: acácia, agrimônia, raiz de alume, amaranto, maçã, avenca, bérberis, manjericão, fruto do loureiro, erva-benta, betônica, bago do mirtilo, bistorta, erva- leitosa amarga, amieiro-preto, amora-preta, grose-lha-preta, nogueira-preta, calêndula, cânfora, cenoura, gatária, camomila, cinco-folhas, tussilagem, aquilégia, confrey, gerânio, labaça, filipêndula, alho, gengibre, vara-dourada, hera-trepadeira, erva-roberto, castanha-da-índia, menta, cauda-de-cavalo, língua-de-cão, hissope, líquen-islandês, árvore-de-judas, sanguinária, alquemila, perpétua, lisimáquia, pulmo-nária, garança, magnólia, barba-de-bode, agripalma, verbasco, amor-perfeito, hortelã-pimenta, pervinca, ficaria, tanchagem, romã (casca), alfena, rabanete, sabugueiro-vermelho, ruibarbo, sorveira-brava, salva, erva-de-sao-joão, segurelha, bolsa-de-pastor, ervaprata, olmo, sumagre, tormentilho, vervena, cravoila-aquática, árvore-de-cera, casca de carvalho-branco, casca de salgueiro, erva-de-feiticeira, hama-méiis, vulnerária. DIFTERIA: lobélia. DISENTERIA: cravoila, fruto do loureiro, amora-preta, er-va-impigem, gatária, confrey, funcho, alteia, erva-de-são-joão. DISTÚRBIOS ESTOMACAIS: camomila, goma, malmequer, menta, hortelã-pimenta, alecrim, olmo, azeda, vale-riana, milefólio. DISTÚRBIOS FEMININOS: bérberis, trílio, tasneirinha, selo-dourado, milefólio, poejo, trílio-púrpura, erva-de-san-tiago, arruda, bolsa-de-pastor, erva-estrela, bico-de-cegonha, catinga-de-mulata, núlefólio. DOENÇAS CARDÍACAS: acônito, angélica, arnica, aspargo, bálsamo, bérberis, betônica, bostorta, heléboro-preto, erva-impigem, borragem calêndula, cânfora, caiena, prímula, luva-da-raposa, espinheiro, alquemila, limão, lírio-do-vale, milefólio, visco, agripalma, artemísia, prímula, alecrim, arruda, açafrão, ervade-são-joão, bolsa-de-pastor, erva-prata, valeriana, evônimo, as-pérula, semente de absinto. DOR DE CABEÇA: angélica, anis, bálsamo, manjericão, betô-nica, vidoeiro, camomila, cânhamo, gafaria, centáurea, trevos, filipêndula, ferrugem, eufrásia (vermelha), funcho, matricária, gengibre, heratrepadeira, hena, lúpulo, hera, alquemila, lavanda, lírio-do-vale, alteia, barba-de-bode, visco, artemísia, poejo, hortelã pimen-ta, prünula, rosa, alecrim, arruda, sálvia, segurelha, bolsa-de-pastor, cardo, verbena, vervena, salgueiro-branco, pírola, aspérula, absinto, erva-santa. DOR DE DENTE: angélica, bálsamo, pimpinela-branca, camomila, trevo, canabrás, gridélia, lúpulo, lavanda, verbasco, mirra, poejo, pervinca, freixo-espinhento, rosa, sassafrás, segurelha, mirra-doce, manjerona-doce, catinga-de-mulata, milefólio.
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DOR DE GARGANTA: agrimônia, groselha-preta, estrela-bril-hante, bardana, confrey, gengibre, marroio branco, limão, ligústica, malva, mirra, raiz de lírio, rosa, sassafrás, segurelha, olmo, frângula, sumaque,
DOR DE GARGANTA: agrimônia, groselha-preta, estrela-bril-hante, bardana, confrey, gengibre, marroio branco, limão, ligústica, malva, mirra, raiz de lírio, rosa, sassafrás, segurelha, olmo, frângula, sumaque, verónica. DOR DEOUVIDO: louro, alcaravia, camomila, alho, verbasco, cebola, gengibre-silvestre, milefólio. DORES MENSTRUAIS: gatária, camomila, gengibre, agripal-ma, poejo, mirra-doce. DORES MUSCULARES E DORES: folhas de arbor vitae, pimen-ta-caiena, hortelã-pimenta. ECZEMA: babosa, folhas de alcachofra, folhas de amora-preta, erva-impigem, flores de giesta, bardana, botào-de-ouro, quelidônia (maior), chicória, dente-de-leão, ènula, amor-perfeito, marroio-branco, lavanda, malmequer, alteia, uva-da-montanha, urtiga, milefólio. ENVENENAMENTO POR HERA: plantas de goma, impatiens pailida, estramônio, artemísia, feto-doce, erva-santa. EPILEPSIA: alho, amor-perfeito, lobélia, malmequer, visco, artemísia, valeriana. ERUPÇÕES: lúpulo, tanchagem. FEBRE: acônito, angélica, maçã, cravoila, bálsamo-de-me-ca, bérberis, manjericão, vidoeiro, língua-de passarinho, groselha-preta, sabugueiro-preto, álamo-preto, abrunheiro, cardo-santo, eupatório, borragem, fava-dos-pântanos, pimpinela-branca, botão-de-ouro, ca-lêndula, carlina, gafaria, pimenta-caiena, cincofolhas, prímula, dente-de-leão, rabo-de-cào, comiso, fílipên-dula, flores de sabugueiro, hera-inglesa, carvalho-in-glês, eucalipto, eríngio-feno, grego, violeta-de-jardim, ginseng, arruda-de-bode, marroiobranco, hissopo, ca-chimbo-de-índio, artemísia, limão, perpétua, lobélia, ligústica, magnólia, mandrágora, malmequer, impe-ratória, barba-de-bode, milefólio, agripalma, azevin-ho-das-montanhas, oliveira, maracujá, poejo, ficaria, casca de romã, faia-preta, quássia, framboesa, sabu-gueiro-vermelho, sálvia, sândalo, salsaparrilha, sas-safrás, morango, sumagre, tormentilho, raiz de cobra-da-virgínia, evônimo, carvalho branco, casca de salgueiro, salgueiro , pírola, absinto, milefólio, erva-santa. FEBRE TIFÓIDE: sálvia, olmo. FERIMENTOS: aloé-vera, amaranto, arnica, betônia, erva-bicha, bistorta, amora-preta, botão-de-ouro, calêndula, carlina, amentilho, camomila, trevo, licopódio, confrey, prímula, ciclâmem, dente-de-leão, escrofulária, linho, genciana, vara-dourada, selo-dourado, menta, cavalinha, sempre-viva-dos-telhados, alquemila, lariço, limão, tuia, pulmonária, bálsamo-da-montan-ha, cebola, cacto pountia, amor-perfeito, papaia, tan-chagem, álamo, amieiro-espinhento, erva-de-são-joão, sanícula, olmo, selo-de-salomão, gomadoce, plátano, vervena, pinheiro-branco, lírio-branco- do-lago, mar-garida-silvestre, índigo-silvestre, salgueiro, hamamé-lis, vulnerária, erva-santa. GASTROENTERITE: cravoila, bálsamo, manjericão, palha (amarela), bago do mirtilo, bistorta, groselhapreta, cálamo-azul, flores de giesta, fava-dos-pântanos, cen táurea, camomila, trevos, tussilagem, ênula, eufrásia (vermelha), cinco-em-rama, alho, hissopo, sanguinária, artemísia, alquemila, alcaçuz, lisimáquia, alteia, milefólio, verbasco, hortelã-pimenta, tanchagem, salva, cardo-de-são-benedito, erva-desão-joão, segure-slha, erva-prata, cálamo, tomilho, menta-da-água, morango-silvestre, segurelha-de-inverno, erva-defeiticeira, azedinha. 55
erva-mour a, mostar-da-preta, fava-dos-pântanos, fava-do s-pântanos, bardana, aipo, GOTA: betônia, vidoeiro, dulcamara, erva-moura, camomila, confrey, fílipêndula, genciana, rábano silvestre, estramônio, kava-kava, açafrão-do-campo, barba-
erva-mour a, mostar-da-preta, fava-dos-pântanos, fava-do s-pântanos, bardana, aipo, GOTA: betônia, vidoeiro, dulcamara, erva-moura, camomila, confrey, fílipêndula, genciana, rábano silvestre, estramônio, kava-kava, açafrão-do-campo, barbade-bode, acônito, azevinho-das-montanhas, urtiga, poejo, faia-preta, erva-de-são-joão, salsaparrilha, sassafrás, verónica, catinga-de-mulata, agrião, mostarda-bran-ca, salgueiro, erva-de-feiticeira, erva-mate. cardo -santo, borragem, pimpinela-branca, pimpinela-branc a, nogueira-branca, GRIPE: bálsamo, vidoeiro, amora-preta, cardo-santo, calêndu-la, cinco-folhas, trevo, tussilagem, fílipêndula, sabugueiro, alquemila, lavanda, alteia, barba-debode, amor-perfeito, hortelã-pimenta, raiz de pulmo-nária, prímula, alecrim, sálvia, milefólio.
HAUTOSE (MAU HÁLITO): anis, maça, erva-benta, alcaravia, canela, trevos, endro, feno-grego, selodourado, tuia, ligústica, mirra, salsa, hortelã-pimenta, alecrim, sálvia. HEMORRÓIDAS: aloé, amaranto, fruto do loureiro, vidoeiro, bardana, pimpinela-branca, camomila, sabugueiro, selo-dourado, madressilva, castanha-da-índia, cava-linha, sempre-viva-dos-telhados, limão, pulmonária, milefólio, urtiga, cebola, tanchagem, ficaria, caruru-de-cacho, caruru-de-ca cho, álamo, selo-de-salomão, cerejapreta silvestre, hamamélis, labaça-amarela. HEPATITE: agrimônia, dente-de-leão, labaça, quelidônia-maior. HERPES: erva-impigem, calêndula. HIDROPISIA: alho, espinheiro, mandrágora. ICTERÍCIA: agrimônia, bardana, quelidônia, dente-de-leão, grama-da-praia, salsa, erva-de-são-joão. INDIGESTÃO: angélica, anis-bálsamo, mostarda-preta, car-do-santo, genciana-azul, fava-dos-pântanos, alcara-via, pimenta-caiena, camomila, confrey, coentro, maisena, cubeba, dente-de-leão, endro, eucalipto, funcho, matricária, alho, selo-dourado, grindélia, lúpulo, pimenta-de-eavalo, hissope, junípero, lavanda, tuia, ligústica, magnólia, milefólio, artemísia, noz-moscada, papaia, salsa, hortelã-pimenta, ruibarbo, alecrim, açafrão, salva, barba-de-bode, sândalo, saní-cula, segurelha, hortelã, mirra-doce, cálamo, valeriana, gengibresilvestre, segurelha-de-inverno, absinto, erva-boa. INFECÇÕES RENAIS: trevo, dente-de-leão, grama-da-praia, bastão dourado, quelidônia-maior, cavalinha, rfdz de salsa. INFLAMAÇÃO: arnica, borragem briônia, pimpinela-branca, camomila, morrião-dos-passarinhos, chicória, tussilagem, confrey, feno-grego, ginseng, selo-dourado, goma, trepadeira de cerca, lúpulo, lobélia, acônito, artemísia, verbasco, caruru-de-cacho, sândalo, salsa-parrilha, olmo, selo-de-salomão, catingademulata, salgueiro, pírola e hamamélis. INSÓNIA: cânhamo, gafaria, camomila, trevo, dente-de-leão, endro, urze, lúpulo, raiz-nervosa, maracujá, prí-mula, alecrim, scutellaria^ aspérula. INVEJA: camomila, gengibre, hortelã-pimenta. LACTAÇÃO: angélica, anis, manjericão, erva-leitosa amarga, borragem, pimpinela-branca, funcho, fraxinela, arruda-de-bode, lúpulo, líquen islandês, lavanda, salsa, framboesa-silvestre. LEPRA: olíbano, alho, mirra. 56
pr eta, centáurea, confrey, cubeba, feno-grego, seloLEUCORRÉIA: bálsamo, uva-ursina, bistorta, nogueira preta,
pr eta, centáurea, confrey, cubeba, feno-grego, seloLEUCORRÉIA: bálsamo, uva-ursina, bistorta, nogueira preta, dourado, marroio-hranco, junípero, kava-kava, alquemila, perpétua, magnólia, mil-folhas, mirra, tanchagem, erva-de-santiago, sálvia, erva-de-sao- João, olmo, su-maque, catinga-de-mulata, tormentilha, árvore-de-cera, pírola, absinto. espinheiro , lúpulo, al-quemila, raiz-da-vida, mil-folhas, visco, MENOPAUSA: bálsamo, erva-bicha, espinheiro, agripalma, artemísia, alecrim, arruda, bolsa-de-pastor, valeria-na, aspérula, absinto.
NÁUSEA: arnica, aspargo, bálsamo, bálsamo-de-meca, cevada, manjericão, cálamo, calêndula, alcaravia, camomila, trevo, gengibre, ginseng, selo-dourado, lúpulo, menta, lavanda, poejo, hortelã-pimenta, faiapreta, salva, segurelha, hortelã, valeriana, inhame-bravo, betônia, aspérula. NEVRALGIA: pimenta-da-jamaica, botão-de-ouro, cânhamo, camomila, prímula, meimendro, castanhadaín-dia, língua-de-cão, árvore da kola, lavanda, visco, acônito, laurel-da-montanha, rainha-do-pântano, scutellaria, selo-de-salomão, valeriana, inhame bravo, salgueiro, aspérula, absinto, erva-mate. OBESIDADE: maçã, bálsamo, centáurea, morrião-dos-pas-sarinhos, trevo, filipêndula, funcho, varadourada, hera-trepadeira, lúpulo, líquen islandês, barba-de-bode, sementes de urtiga, erva-de-são-joão, sassafrás, cocleária, agrião, salgueiro. PARALISIA: lavanda, acônito. PEDRAS NA VESÍCULA: amieiro, espinheiro, alcachofra, bér-beris, chicória, dente-de-leão, filipêndula, linho, árvore do linho, hissope, mandrágora, barba-de-bode, asclepidácea, salsa, vervena, salgueiro, aspérula. PLEURISIA: angélica, arruda, salva, olmo, verbena. PNEUMONIA: acônito. cer efólio, trevo, ferrugem, violeta-de-jardim, alho, PRESSÃO ALTA: bérberis, erva-impigem, eupatório, cerefólio, gengibre, espinheiro, visco, cebola, salsa, arruda, giesta-escoce sã, solidéu, bico-de-cegonha, catinga demulata, cere-ja-preta silvestre, labaça-amarela.
PROBLEMAS MASCULINOS: carlina, licopódio, sementes de melão, sementes de abóbora, óleo de açafroa, óleo de soja, sementes de girassol, germe de trigo. QUEIMADURAS: aloé, erva-moura, bardana, ealêndula, morrião-dos-passarinhos, amor-de-hortelã, tussilagem, confrey, pepino, gomífera, língua-de-cão, sem-pre-viva-dos-telhados, líquen-irlandês, alquemila, linhaça, oliveira, tanchagem, choupo, abóbora, faia-preta, semente de marmelo, sálvia, erva-desão- joão, olmo, espadana-doce, salgueiro, avelã-de-feiticeira. RESFRIADOS: angélica, bálsamo, betônica, bago do mirtilo, vidoeiro, sabugueiro, erva-impigem, vervenaazul, eupatório, nogueira-branca, gatária, camomila, tussilagem, comiso (casca), perpétua, matricária, figueira, galangel, alho, gengibre, ginseng, vara-dourada (cinza), hera-trepadeira, goma, marroio-branco, hissopo, erva-indiana, louro, limão, alcaçuz, lobélia, im-peratória, milefólio, poejo, hortelã-pimenta, raiz de pleuris, espinho do freixo, rosa, açafroa, sálvia, salsa-parrilha, cheiro-verde, palmeira-serra, saponária, es picanardo, valeriana, bistorta-da-Virgínia, bistorta-da- Virgínia, pinheiro-braneo, pírola, erva-defeiticeira, erv a-defeiticeira, absinto, mil-folhas, ervaerv asanta. 57
REUMATISMO: alfafa, pimenta-da-jamaica, aspargo, erva-bicha, erva-moura, vidoeiro-preto, sabugueiro preto, mostarda-preta, bistorta-preta, borragem, madeira-de-buxo, bardana, carlina, aquilégia, confrey,
REUMATISMO: alfafa, pimenta-da-jamaica, aspargo, erva-bicha, erva-moura, vidoeiro-preto, sabugueiro preto, mostarda-preta, bistorta-preta, borragem, madeira-de-buxo, bardana, carlina, aquilégia, confrey, coentro, prímula, dente-de-leão, filipêndula, bolota do sabugueiro, matricária, alho, urze, meimendro, menta, rábano silvestre, imperatória, junípero, louro, mag-nólia, açafrão-do-campo, acônito, urtiga, amor-perfei-to, caruru-de-cacho, álamo, quássia, alecrim, sorveira brava, arruda, salsaparrilha, sassafrás, scutellaria, repolho, cálamo, agrião, salgueiro, pírola, grama-de-feiticeira, absinto, erva santa, teixo. ROUQUIDÃO', amora-preta, groselha-preta, morrião-dos-passarinhos, tussilagem, confrey, alho, selodourado, líquen islandês, alcaçuz, lobélia, pulmonária, feto de avenca, alteia, chá-do-pântano, verbasco, quiabo, tanchagem, sorveira-brava, sálvia, repolho, olmo, ce-reja-preta silvestre. SANGRAMENTO NASAL: milefólio. selo-dourado , lobélia, malva, verbasco, chá-de-novajersey, chá-de-no vajersey, TONSILITE: betônia, bistorta, nogueira-preta, selo-dourado, hor-telã-pimenta, caruru-de-cacho, sorveira-brava, sálvia, olmo, catinga-de-mulata, pinheiro-branco, salgueiro, hamamélis, jasmini-amarelo.
TORCEDURA: confrey, lavanda, lobélia, manjerona, malmequer, alteia, catinga-de-mulata, acônito (arnica). TORPOR: lavanda, visco. TOSSE: acácia, agrimônia, amêndoa, angélica, anis, assa-fétida, bálsamo-de-meca, bago do mirtilo, trílio, erva-leitosa amarga, sabugueiro-preto, erva-impigem, borragem, quelidônia, tussilagem, confrey, sobreiro, casca de amora-silvestre, cubeba, ênula, hera-ingle-sa, prímula, linho, alho, ginseng, hera trepadeira, urze, marroio-branco, rábano-silvestre, língua-de-cão, hissopo, iïquen islandês, raiz-indiana, Uquen-irlandês, estramônio, artemísia, limão, alface, alcaçuz, lobélia, ligústica, pulmonária, avenca-cabelo-de-vênus, malvaísco, milefólio, verbasco, mirra, quiabo, cebola, raiz de lírio, amor-perfeito, tanchagem, erva-lepuris, faia-preta, rabanete, trevo-vermelho, alecrim, arruda, açafrão, sanícula, salsaparrilha, açafroa, repolho, olmo, espinacárdio, drósera, cardo, vervena (azul), cravoila-da-água, pinheiro-branco, ce-reja-preta silvestre, ervasanta, teixo. TUBERCULOSE: agave, betônia, trílio, morrião-dos-passa-rinhos, confrey, cubeba, eucalipto, fenogrego, linho, alho, hera-trepadeira, pulmonária, mil-folhas, verbasco, raiz de pleuris, sálvia, olmo, evônimo, agrião, árvore-de-cera, cereja-preta silvestre, erva-santa, teixo. TUMORES: hamamélis. ÚLCERA DE ESTÔMAGO: alfafa, alteia, angélica, amaranto, copo-de-leite, bálsamo, bálsamo-de-meca, bistorta, bardana, calêndula, morrião-dos-passarinhos, confrey, urtiga-anã, ênula, feno-grego, alho, linhadourada, lúpulo, líquen-islandês, sanguinária, alcaçuz, gnafálio, hibisco, urtiga, quiabo, poejo, tanchagem, sálvia, catinga-de-mulata, grama-de-feiticeira, azeda, absinto. VARÍOLA: gafaria, malmequer, açafrão. VEIAS VARICOSAS: bérberis, erva-benta, bistorta, urtiga cega, pimpinela-branca, calêndula, pimentacaiena, espinheiro, castanha-da-índia, malmequer, manjero-na, visco, casca de carvalho, sálvia, sassafrás, bolsa-de-pastor, catinga-de-mulata, árvore-de-cera, carva lho branco, hamamélis, azeda-silvestre. 58
VERTIGEM: bálsamo, betônia, gafaria, espinheiro, cachim bo-de-índio, lavanda, limão, visco, agripalma, hor telã-pimenta, rosa, arruda, sálvia, bolsa-de-pastor.
VERTIGEM: bálsamo, betônia, gafaria, espinheiro, cachim bo-de-índio, lavanda, limão, visco, agripalma, hor telã-pimenta, rosa, arruda, sálvia, bolsa-de-pastor. VERRUGAS: amieiro, espinheiro, calêndula, dente-de-leão, figueira, alho, quelidônia-maior, semprevivados- telhados, limão, mandrágora, erva-leitosa, verbasco, macho, drósera, sálvia-silvestre. VERMES: aloé, erva-santa, erva-impigem, fava-dos-pânta^ nos, cenoura, gatária, pimenta-caiena, ciclâmem, ênula, alho, arruda-de-bode, rábano-silvestre, sem pre-viva-dos-telhados, espora, limão, perpétua, arte mísia, amora, cebola, papaia, romã, semente de abóbora, quássia, tamarindo, catinga-demulata, es tragão, tomilho, carvalho-branco, ameixa-silvestre, semente de absinto, absinto, vulnerária. VESÍCULA BILIAR: agrimônia, alcachofra, bérberis, barda na, quelidônia, centáurea-menor, chicória, licopódio, margarida, dente-de-leão, ênula, fumaria, alho, genciana, hepática, lavanda, milefólio, artemísia, cebola, hortelã-pimenta, rabanete, alecrim, morriao-escar-late, erva-de-feiticeira, absinto, linho bravoamarelo. OS INSTRUMENTOS A magia herbal requer algumas ferramentas abençoadas, comparado a outros tipos de magia. Um conjunto de pilão e almofariz é necessário para moer as sementes e uma tigela grande de madeira ou cerâmica será necessária para encantar as ervas. Guarde um vidro grande ou um pote esmaltado (evite os metais) exclusivamente para preparar infusões ou poções . Alguns utensílios de costura (agulhas, alfinetes, tesouras, linha de algodão, dedais) podem ser úteis ao se fazer sachês e bonecos, e um bom estoque de várias cores de tecidos de algodão ou lã e fios também serão necessários. Velas e ervas, naturalmente, são necessidades, assim como um incensário (queimador de incenso), suportes para vela, blocos de carvão e jarros nos quais você possa armazenar suas ervas.
ENCANTANDO AS ERVAS Antes de realmente usar as ervas na magia, elas devem ser encantadas. Encantamento (em um contexto mágico) alinha as vibrações das plantas envolvidas com a sua necessidade mágica. Isto consequentemente é um processo que aumenta a eficácia das ervas. O encantamento pode ser realizado em apenas uma erva ou numa mistura de ervas, mas não deve ser realizado até momentos antes de a erva ser utilizada. Quando diversas ervas são necessárias para um encantamento elas podem ser encantadas juntas como uma mistura ou isoladamente conforme cada erva for sendo colocada na mistura. Um encantamento preliminar deve ser realizado se a erva for colhida em região aberta ou no jardim. Enquanto verdadeiramente o corte da erva para um encantamento específico for sendo feito, deve-se enfatizar a necessidade para qual será usada, como se o papel da planta fosse necessário para a concretização da mesma, exemplo: Estou colhendo você, Alecrim, erva do Sol para aumentar a minha concentração e meus poderes mentais. Assim começa o processo de encantamento, embora este seja apenas uma ação preliminar. O equipamento é simples: uma tigela de madeira ou cerâmica, dois suportes para vela, e um estoque de velas coloridas. 59
Coloque a tigela no centro do altar, os suportes para vela com as cores corretas em cada lado ( para as cores e seus s eus usos mágicos). As ervas a serem encantadas devem ser colocadas ao redor da tigela
Coloque a tigela no centro do altar, os suportes para vela com as cores corretas em cada lado ( para as cores e seus s eus usos mágicos). As ervas a serem encantadas devem ser colocadas ao redor da tigela em seus devidos recipientes. Acenda as velas e aquiete sua mente. Desligue o telefone e tranque a porta. Se desejar, escureça o ambiente da iluminação artificial. Encante as ervas (e realize toda magia) somente quando estiver sozinho e livre de interrupções. BONECOS Também conhecidos como Bonecos Vodus , Apesar de serem usados há mais de 4.000 anos. Apenas recentemente foram associados ao vodu. Embora sejam feitos de raízes, batatas, chumbo, cascas, papel e outros materiais, na magia herbal os bonecos geralmente são feitos de tecidos e ervas. O boneco é feito para representar a pessoa p essoa que será ajudada através da d a magia. Os bonecos são mais frequentemente utilizados para acelerar a cura e são moldados para atrair dinheiro, amor e todas as necessidades mágicas. Para obter melhores resultados não confeccione um boneco representando outra pessoa; pess oa; apenas a si mesmo. Os bonecos são fáceis de fazer: desenhe o contorno de uma figura humana (em torno de 21cm). Transfira este desenho para um pedaço de tecido duplo na cor apropriada. Corte de modo que você tenha dois pedaços iguais do tecido. Prenda com alfinetes e costure ao redor das bordas. Quando três quartos do boneco estiver costurado, recheie com as ervas encantadas apropriadas ao seu intento. Por exemplo, se preciso de ajuda na recuperação de um resfriado, vou rechear o boneco com folhas de eucalipto moídas. Sinta-se á vontade para compor seus próprios encantamentos quando trabalhar com as ervas; é perfeitamente correto e o encantamento pode ser sob s ob medida. Encantamento da Terra Coloque as ervas apropriadas em um saquinho e leve para um lugar aberto. Com suas mãos, cave um pequeno buraco na terra e despeje as ervas nele. Visualize fortemente sua necessidade. Cubra as ervas com a terra e deixe o local. Está feito. PROTEÇÃO Apesar do esmagador número de ervas utilizadas para este propósito é óbvio que a proteção é (e tem sido) de extrema preocupação para muitas pessoas. A maioria das ervas de proteção mencionadas neste livro é geral em seus efeitos; elas protegem seus portadores contra ataques físicos e psíquicos; ferimentos, acidentes, veneno, mordida de cobra, raios, espíritos ruins, mal olhado, etc. Em outras palavras, elas são ervas de proteção de modo geral. Naturalmente, elas não vão fazer você se sentir melhor se alguma coisa acontecer as ervas de proteção devem ser preventivas. Isto não significa que se usar uma raiz de proteção ou carregar um sachê você vai pela passar pela vida desimpedido de aborrecimentos. Entretanto, carregar algumas destas ervas certamente lhe ajudará a proteger-se de situações potencialmente prejudiciais. No mundo atual devemos nos proteger p roteger com todas as coisas que estiverem disponíveis. As ervas de proteção são um desses meios. Elas criam um tipo de campo de proteção ao redor da casa, posses ou de si mesmo. Quando carregadas elas também aumentam a eficácia das defesas naturais do seu corpo. 60
ERVAS PARA... ...MEDITAÇÃO: ênula, zimbro, bálsamo-de-tolu, ciperácea, sálvia esclaréia, giesta, glicínia, sândalo, cálamo-aromático, magnólia, mirra. ...A SORTE: canela, jasmim, lótus, jacinto, baunilha, cumaru, gerânio, noz-moscada, bergamota, cipreste. ...ATRAIR SUCESSO E PROMOÇÕES: azaléia, cravo-de-defunto, olíbano, hortelã-pimenta, erva-cidreira, hissopo ...O AMOR: ervilha-de-cheiro, lótus, jacinto, baunilha, bétula, camélia, coentro, lírio-florentino, rosa, cumarina, laranja-azeda. ...A CLARIVIDÊNCIA E ESTÍMULO DA MENTE: açafrão, capim-limão, louro, anis-estrelado, babosa, aipo, cânfora, ênula, zimbro, anisestrelado, estoraque, funcho, madressilva, cacto, cálamo-aromático, gengibre. ...SONHOS PROFÉTICOS: peônia, mimosa, amarílis, giesta. ...AFASTAR ENERGIAS NEGATIVAS: cânfora, comigo-ninguém-pode, guiné, arruda, alecrim, espada-de-são-jorge. ...MELHORAR AS FINANÇAS: camomila, olíbano, alfazema, ervacidreira, cedro, hissopo, cipreste, abóbora. ...AMIZADES: ervilha-de-cheiro, urze, citronela, erva-cidreira. ...CONTRA MAGIA NEGRA: alecrim, louro, jasmim, cenoura, violeta, hortelã-pimenta, verbena, assa-fétida, gerânio, manjericão, patchouli, hissopo, noz-moscada, bergamota. BANHOS DE ERVAS PARA... ...FELICIDADE - MISTURE: manjerona ,Cravo, alecrim, canela, 1/2 xícara de alcóol de cereais. ...PROTEÇÃO CONTRA PERIGOS - MISTURE: espada-de-são-jorge, guiné, arruda e hortelã. ...PROTEGER SEU AMOR - MISTURE: rosa branca, erva-cidreira, palma branca. NOME DA PLANTA E SUA FUNÇÃO ENERGÉTICA Alecrim - Ajuda a perdoar mágoas Alfazema - Aumenta a autoconfiança Anis-estrelado - Ajuda com os sentimentos e na liberação de emoções Arnica - Promove a concentração de pensamentos Artemísia - Estimula a ação e a manifestação das idéias Arruda - Limpa a aura das sujeiras astrais Babosa - Ajuda no desligamento mental Camomila - Ajuda a cultivar a paciência e a confiança Cânfora - Promove o desprendimento material Capuchinha - Promove o sentimento de integridade e equilíbrio Carqueja - Limpa o corpo das velhas emoções 61
Confrei - Estimula o sentimento de segurança pessoal Dente-de-leão - Traz coragem para enfrentar os obstáculos
Confrei - Estimula o sentimento de segurança pessoal Dente-de-leão - Traz coragem para enfrentar os obstáculos Erva-cidreira - Ajuda na tomada de decisões importantes da vida Guiné - Limpa o corpo de energias negativas Mil-folhas - Purifica o corpo de traumas e sentimentos negativos Sabugueiro - Ajuda na tomada de rápidas decisões Sálvia - Dá ânimo para colocar em movimento todas as energias do corpo Tanchagem - Estimula a iniciativa
OS MAIS CONHECIDOS MEIOS DE SE UTILIZAR AS PLANTAS MEDICINAIS SÃO: SUMOS Podem ser obtidos espremendo-se as folhas das ervas através de um tecido fino de algodão, batendo-as no liquificador ou amassando-as num pilão. São então coadas e diluídas em água e, caso necessário, adoçadas com mel. Para adultos, indica-se 5 gotas por colher de sopa de água. SALADAS As ervas também podem ser comidas cruas em forma de saladas ou preparadas junto com os alimentos, como temperos. Porém muito cuidado deve ser tomado quanto à qualidade e limpeza das ervas. Lave-as bem com água corrente e depois deixe-as de molho por algum tempo em água, sal marinho e vinagre. O dente-de-leão, língua-de-boi, língua-de-vaca, tanchagem, hortelã, salsa e mil-folhas estão dentre as inúmeras ervas boas para saladas. BANHOS Algumas plantas podem ser acrescidas à água morna da banheira, e o banho deve durar uns 20 minutos. CATAPLASMAS As ervas frescas podem ser aplicadas soltas diretamente sobre a pele ou sustentadas por uma gase. Podem também ser esmagadas até ficarem em forma de pasta, colocada entre dois panos finos ou gase, e aplicada sobre o local afetado.Podem ser usados para tratar nevralgias, dores de ouvido, asma, caimbras,etc. COMPRESSAS Embebe-se panos com uma decocção forte concentrada e aplica-se na região afetada. Os chás quentes têm efeito sedativo sobre inchaços, nevralgias, contusões, reumatismo, gota, etc. GARGAREJOS E INALAÇÕES Gargarejar algumas vezes ao dia chá preparado por decocção. Este tratamento atua sobre a cavidade bucal e garganta.Para fazer inalações, prepare um chá forte de ervas, retire-o do fogo, coloque um funil de papelão invertido sobre o recipiente, cubra a cabeça com um pano e respire o ar evaporado. As inalações são ótimas para tratamento de gripes,sinusites, resfriados, resf riados, pneumonia, etc. LAVAGENS Os chás podem também ser usados para lavagens intestinais, no caso de distúrbios digestivos, e vaginais, por exemplo no caso de corrimentos. TINTURAS 62
É a maceração das plantas a frio, em álcool de cereais a 60º ou a 70º.
É a maceração das plantas a frio, em álcool de cereais a 60º ou a 70º. UNGUENTOS Preparados misturando-se ervas com uma substância gordurosa como vaselina. CÁPSULAS, POMADAS, PASTILHAS E COMPRIMIDOS Preparadas por técnicas especiais incluindo esmagamento, prensagem, extração e outras. OBSERVAÇÕES: Nunca use um chá por mais de 24 horas depois de preparado, pois este entra em fermentação; e não use o mesmo tipo de chá por mais de 30 dias seguidos, porque seu organismo vai responder cada vez menos. Evite preparar as ervas em ação. Prefira recipientes de barro, louça ou esmalte.utensílios de metal, pois podem causar alterações no efeito e sabor sabo r do chá devido a oxigena BANHOS DE ERVAS Você chega em casa após um dia de trabalho estafante. Se não se cuidar bem, cansaço, somado à poluição, pode lhe trazer sérias conseqüências. conseqüên cias. Reserve-se o direito de relaxar e de cuidar de si mesma. Dê-se de presente banhos relaxantes, revigorantes, grandes auxiliares nos cuidados da sua beleza. Banhos de erva são um grande aliado, mas que sejam de pelo menos uma hora, para que você aproveite ao máximo seus efeitos benéficos. As ervas são encontradas em farmácias ou em casas de produtos naturais. Faça uma infusão com 3 colheres (sopa) da erva escolhida em 2 copos de água. Coe e acrescente a infusão à água do banho.
CAMOMILA - Os resultados desse banho você nota imediatamente, pois ele dá profunda sensação de repouso e faz uma limpeza completa em sua pele. Para aproveitá-lo ainda mais, umedeça dois chumaços de algodão na água do banho e coloque-os sobre os olhos; eles ficarão claros e brilhantes.
HORTELÃ - Perfeita para tonificar os músculos e renovar as energias. Além disso, a hortelã contribui para amaciar a pele e tem um excelente efeito desodorizante.
ORÉGANO - Você conhece mais como tempero, mas ele também é ótimo para banhos. Indicado para aliviar dores musculares e reumáticas.
AL A L F A ZE ZEM M A - O banho de alfazema tem uma grande vantagem, pois você já sai dele suavemente perfumada. Para hidratar o corpo, pingue na água do banho 5 ou 6gotas de óleo de amêndoa doce.
SÁL SÁ L VI A - Erva de efeito antiinflamatório , que ajuda a combater cravos e espinhas. O banho de sálvia é recomendado especialmente para quem tem pele oleosa.
FLOR FLOR DE LARANJEI RA - O banho com esta erva dá uma gostosa sensação de frescor e descanso. A flor de laranjeira é também adstringente e fecha os poros excessivamente dilatados.
ME M E L I SSA - Também conhecida como erva-cidreira, proporciona um banho
repousante e perfumado. Tomado antes de dormir, garante um sono tranqüilo. 63
BANHOS ENÉRGICOS
BANHOS ENÉRGICOS O poder dos banhos de ervas é repassado de geração em geração e não é à toa que sobrevive, até hoje, tão forte em nossa cultura Desde a antigüidade, o poder mágico de ervas e da água sempre foram passados de geração em geração. Em todas as civilizações a magia de banhos carregados de ervas, de cachoeira e de rios sempre trazia um certo conforto psicológico aos seus adeptos. Talvez, muitos nem acreditavam na energia das plantas e na sua sutil ligação com o Astral Superior, mas mesmo assim utilizavam banhos energéticos para curar determinadas doenças e mesmo afastar coisas ruins. O Brasil, considerado um celeiro da magia, tem nas raízes dos negros e de sua cultura os poderes energéticos de um bom banho de mar, cachoeira e de ervas. As religiões afro-brasileiras e as benzedeiras também confirmam banhos de ervas, flores e sal grosso como meio eficaz de afastar mau-olhado e descarregar emoções que perturbam mente e coração. Desde épocas remotas é conhecida a forma mágica das plantas e ervas medicinais. Daí os banhos serem considerados veículos de purificação do corpo e da mente. O de descarga é um descarregamento dos fluídos pesados de uma pessoa e deve ser tomado após o banho rotineiro, de preferência com sabão feito de forma artesanal e natural. O banho não deve ser jogado brutalmente pelo corpo e sim suavemente,com o pensamento voltado para coisas boas e sentimentos nobres, com respiração pausada e a mente tranqüila. Não se deve também deixar que outras pessoas coloquem a mão no seu banho, ou seja, que preparem para você. A cada ato no preparo ele vai ganhando vibrações e energias, que a pessoa pode direcionar de forma positiva para o objetivo quer almeja. Todos os banhos b anhos de descarga devem ser s er tomados do pescoço pra baixo. baixo . As folhas que caem dos banhos de ervas devem ser recolhidas e despachadas(jogadas) nos locais apropriados; em geral, vasos grandes de plantas, jardins, num rio ou mata, mas nunca no lixo e nem nas ruas. Para dar um ar mais científico, os usuários da fitoterapia também usam plantas nos banhos para dissolver fluidos desfavoráveis: flores, frutas, especiarias e raízes agem sobre o sistema nervoso, ajudando a equilibrar aspectos emocionais e espirituais. Antes de afirmar que todos estes ensinamentos seculares são apenas coincidências e mesmo que seus resultados são meramente processos de sugestão, vale a pena caprichar no preparo de um banho. A dica é relaxar, chamar os elementais, rezar qualquer oração que seja positiva e que mexa com suas emoções. Depois, é esperar os resultados. Veja as dicas: *No chuveiro, encha uma jarra com água quente, coloque um punhado de ervas,folhas ou pétalas, secas ou frescas, tampe e deixe descansar. No final do banho,despeje o líquido do pescoço para baixo, nas costas, na frente e nas laterais do corpo e, se possível, deixe secar naturalmente. *Na banheira, as plantas devem ser postas direto na água um punhado é o suficiente ou dentro de uma trouxinha de pano, para evitar a volatização. Se a intenção For relaxar, a imersão pode durar vinte minutos. Já para revigorar, permaneça imerso no máximo dez minutos. Exagerar no tempo pode deixar você derrubado.
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AS ERVAS LITURGICAS NA UMBANDA COM CONCEITOS HERMÉTICOS
AS ERVAS LITURGICAS NA UMBANDA COM CONCEITOS HERMÉTICOS Antes de iniciar os conceitos litúrgicos e medicinais das ervas, se faz interessante entender alguns conceitos sobre Hermetismo e sobre os quatro Elementos: Fogo, Água, Ar e Terra. Existem sete princípios Herméticos que nos dão a chave para refletirmos sobre diversos aspectos da criação, porem venho destacar alguns que em meu ponto de vista vem de encontro ao tema em questão. “ Os princípios da verdade são sete; aquele que os conhece perfeitamente , possui a chave Mágica com a qual todas as portas do templo podem ser abertas completamente.” – O Caibalion III - O Principio da vibração: “Nada esta parado; tudo se move; tudo vibra.” IV – IV – O O Princípio da polaridade: “Tudo é Duplo; tudo tem pólos; tudo tem seu oposto; o igual e o desigual são a mesma coisa; mesma coisa; os opostos são idênticos em natureza, mas diferentes em grau; os extremos se tocam; todos os paradoxos podem ser reconciliados.” V – O O Princípio de ritmo: “Tudo tem fluxo e refluxo; tudo tem suas marés ; tudo sobe e desce; tudo se manifesta por oscilações oscilações compensadas; a medida do movimento à direita é a medida do movimento à esquerda; o ritmo é a compensação.” Com esses três princípios em mente podemos começar a introdução em nosso estudo, pois essas são algumas das chaves para entendermos o mecanismo da utilização das ervas, de forma litúrgica e medicinal em nossa sagrada Umbanda e em todas as outras religiões que cultuam a natureza. A utilização das ervas na Umbanda tanto litúrgica quanto medicinal, existem preceitos a serem seguidos e respeitados. Existem processos que vão desde a colheita até a utilização propriamente dita a ser seguida que consistem em, horário de colheita, fase da lua, forma de extrair o principio vital, tipo de banho, etc... Vamos descrever cada etapa deste processo de forma racional e dentro dos princípios Herméticos. 1° ETAPA – ETAPA – COLHEITA COLHEITA
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Vemos o IV e o V princípios atuando neste esquema, logo se entendermos desta forma poderemos colher
Vemos o IV e o V princípios atuando neste esquema, logo se entendermos desta forma poderemos colher nossas ervas de acordo com nossas necessidades. Podemos utilizar as ervas para positivar, neutralizar ou negativar nossas energias de acordo com as fases da Lua. A utilização pode ser de duas formas: Homeopatia (do grego homoios, semelhante + pathos, doença) Método terapêutico cujo princípio está baseado na similia similibus curantur ("os semelhantes curam-se pelos semelhantes"). Christian Friedrich Samuel Hahnemann A colheita da erva deverá ser de acordo com a fase da Lua como sendo Positiva, Negativa ou Neutra. Lua Nova ( Neutra) - É o inicio do ciclo Lunar, a seiva se concentra no caule e nas raízes. Lua Crescente (Positiva) – (Positiva) – A luminosidade Lunar Lunar aumenta e sua face torna-se mais visível, a seiva flui em direção as Folhas. Lua Cheia (Positiva) - Sua face torna-se totalmente visível, a seiva tem maior penetração nas folhas.
Contraria contraris curantur. Contrários são curados por contrários. Princípio seguido por Galeno que estabeleceu as bases da alopatia. Existem outros métodos que falaremos nos tópicos correspondentes. Com isso vemos que podemos utilizar as duas possibilidades, semelhante com semelhante ou contrários, porem não podemos esquecer de respeitar os fundamentos litúrgicos que nos indicam quais e como utilizar determinadas ervas para banhos. Então vemos que para colher as folhas temos que levar em consideração o principio de vibração para saber qual energia será utilizada, o principio de polaridade para saber qual fase da Lua será colhida e por fim, o princípio de ritmo para saber em qual posição o Prana se encontra na planta.
Lua Minguante (negativa) - A cada dia a Lua fica menos visível, a seiva Flui novamente em direção Liturgia: ao caule e as raízes. Antes de colher, saudar Oxosse e Ossae, as folhas Devemos entender a seiva como semelhante ao deverão ser colhidas em números ímpares e sempre as Prana, pois ambos estão relacionados já que folhas que estão mais para o topo do ramo pois já estão sofrem a mesma influência Lunar. com um tamanho ideal, ”folhas adultas.” O horário deve ser de 06:00 às 18:00, nunca antes nem Vemos os princípios Herméticos nos dando as depois, pois as ervas devem ser colhidas sobre a chaves para entendermos melhor este processo. irradiação solar. Devemos colher as folhas preferencialmente nas fases positivas, porem temos que refletir sobre a colheita utilizando as chaves Herméticas. O que se entende por fase positiva nas folhas é na verdade negativa nas raízes, e por sua vez ,quando é negativa nas folhas é positiva nas raízes. 66
2° ETAPA EXTRAÇÃO DO ELIXIR
2° ETAPA – ETAPA – EXTRAÇÃO EXTRAÇÃO DO ELIXIR Existem varias formas de se utilizar as ervas dependendo do fim a que se destina, podemos utilizar as ervas tanto interna quanto externamente, podemos utilizar como banhos, chás, defumadores, extraindo óleos essenciais, etc. Porem a utilização deve ser sempre com muita responsabilidade e conhecimento, pois existem tipos de plantas que possuem componentes tóxicos e que podem levar a complicações orgânicas e até mesmo a morte. “ Seu poder não tem limites na Terra. Separarás a terra do fogo, o sutil do grosseiro. Docemente e com grande perícia...” - Tabua de esmeralda. Com isso temos que ter muito cuidado quando a utilização for interna, principalmente quando for em gestante, pois existem infinidades de ervas que são abortivas (emenagogas). Cuidados que se deve ter na hora de preparar medicamentos com plantas medicinais:
preparar o medicamento, medicamento, preferencialmente, preferencialmente, com plantas plantas colhidas a pouco pouco tempo; usar apenas plantas que sejam do seu conhecimento; na dúvida consulte alguém mais experiente; não pegar plantas perto de fossas, lixos, esgotos, locais tratados com agrotóxicos e na beira de estradas (porque a fumaça dos veículos pode conter substâncias tóxicas que ficam na planta); não utilizar plantas que estejam mofadas, velhas e com bichos; ter o cuidado de lavar bem a parte da planta a ser usada; no caso de preparar o chá com folhas secas, secá-las à sombra e em locais arejados, pois os raios solares podem eliminar parte das substâncias curativas; quando for utilizar raízes secas, picar em pequenos pedaços antes de secar; após a secagem, guardar em vidro escuros ou caixas bem fechadas, com o nome da planta; não guardar as plantas medicinais por muito tempo, porque elas podem perder a ação medicinal. evite tomar chá feito de um dia para outro; renove sempre a cada 24 horas.
Tomando esses cuidados poderemos utilizar de forma responsável as ervas sem termos efeitos indesejáveis. Seguiremos agora para a relação dos Orixás com suas respectivas r espectivas ervas de uso Litúrgicos e medicinais. ERVAS: Iremos relacionar as ervas dos seguintes Orixás: Oxalá, Ogum, Oxossi, Xangô, Omolu, Yemanjá, Nanã, Iansã e Oxum. OXALÁ Elemento – Elemento – Ar Ar Metal – Metal – Prata Prata Planeta – Planeta – Sol Sol Chakra – Chakra – Coronário Coronário Dia – Dia – Todos Todos Saúde – Saúde – Todo Todo o corpo Ervas: Tapete de Oxalá, Saião, Colônia, Manjericão Branco, Rosa Branca, Folha de algodoeiro,Sândalo, Malva, Patcholi, Alfazema, Folha do cravo, Neve branca, Folha de laranjeira. Em algumas casas (Poejo, Camomila, Chapéu de couro, Coentro, Gerânio branco, Arruda, Erva cireira, Alecrim do Mato, Hortelã, Folhas de Girasol, Agapasto branco, Aguapé, Alecrim da orta, Alecrim do Tabuleiro, Baunilha, Camélia, Carnaubeira, Cravo da Índia). 67
Boldo ou Falso boldo Nome Cientifico: Plectranthus Plectranthus barbatus Nomes populares: Falso boldo, Boldo nacional, Malva-Santa, Malva-Amarga, Boldo do Brasil, Boldo do reino, Alumã e Sete dores. Indicações: Afecções hepáticas (hepatite, cólicas, congestões, etc), afecções febris, afecções gástricas, dispepsias, flatulências, obstipação (fezes ressecadas), inapetência(falta de apetite), calculo biliares, debilidade orgânica, insônia, ressaca alcoólica. Saião Nome científico: Kalanchoe Kalanchoe brasiliensis Nomes populares: populares: Coirama, Folha-da-fortuna, Folha-da-fortuna, Folha da costa, costa, Folha grossa, grossa, Orelha de monge, Indicações: Afecções pulmonares, Aftas, Asma, Cálculos renais, Calos, Diabete, Doenças do pulmão, Erisipela, Frieiras, Picadas de insetos, Queimaduras, Tosse, Tuberculose, Tumores, Úlceras, Verrugas. Manjericão Nome científico: Ocimum Ocimum basilicum Nomes populares: populares: Manjericão, Alfavaca, Alfavaca, Alfavaca de jardim, Alfavaca doce. doce. Indicações: Infecções da pele pele e vias respiratórias, Rachaduras Rachaduras nos nos mamilos, Bronquite, Cólicas, Cólicas, febres, Flatulência, Insônia, Problemas digestivos, Emenagoga, Expectorante. Alpínia ou Colônia Nome científico: Alpínia Zerumbet Zerumbet Nomes Populares: Populares: Colônia, Falso-cardamomo, Falso-cardamomo, Heliconda, Heliconda, Jardineira, Alpínia. Alpínia. Indicações: Relaxante, anti-stress, anti-hipertensiva , artrite, asma, anti-catarral, anti-térmica, anti-ulcerogênica, anti-ulcerogênica, estomáquica, emenagoga. Algodoeiro Nome científico: Gossypium Gossypium Arboreum Nomes Populares: Populares: Algodão do Pantanal, Pantanal, Amaniú, Muginha. Muginha. Indicações: Aliviar queimaduras, Anemia, asma, cravos, curar feridas, disenteria, dor uterina, espinhas, fraquesa pulmonar, hemorragia pos parto, hemorragia uterina, herpes, infecção renal, provocar espasmos, contração uterina, regra abundante, reumatismo. Sândalo Nome científico: Santalum Santalum Álbum Sua madeira é utilizada para extração de óleos essenciais e para produção de incenso. Patchuli Nome científico: Pogostemon Pogostemon Patchouly Pellet Nomes Populares: Populares: Patchouli, Patcholi, Vetiver, Vetiver, Oriza. Indicações: Afrodisíaco, anti-bacteriana, antidepressivo, anti-séptica, anti-acne, anti-fungica, Antiinflamatória, desodorante, emoliente, citostática, condicionante, descongestionante, fixadora, higienizante, recondicionadora, rejuvenescedora, rejuvenescedora, revitalizante, Tonica. Alfazema Nome científico: Lavandula Spica Spica L. Nomes Populares: Populares: Lavanda Indicações: Anti-espasmódico, anti-séptico, cardiotónico, cicatrizante, colagogo, diurético, estimulante, insecticida, sudorífico. Acne, bronquite, leucorreia, nervosismo, reumatismo, tosse, vertigens. Folhas de laranjeira Nome científico: Citrus Aurantium Sinensis Sinensis 68
Nome popular: Laranjeira Laranjeira Indicações: Anti-espasmódico (vômitos, espasmos, palpitações, tosses nervosas), calmante, indigestões. Arruda Nome científico: Ruta Graveolens Nome popular: Arruda Indicações: Anafrodisiaco (masculino), excitante (feminino), aumentar a resistência dos vasos sanguinios, evitando rupturas (varizes), restabelece o fluxo menstrual, vermes, repelente, dor de cabeça, calmante, ansiedade, amenagoga. Vemos neste Orixá que por seu elemento ser o Ar, Ar , temos maior incidência de ação nas vias aéreas como expectorantes, expectorantes, fraqueza Pulmonar, tosse entre outras. Vemos também como Humor sanguíneo atuando em afecções diversas, fluxo menstrual, entre outras. Porem é sabido que o Orixá maior é Oxalá, com isso sua ação é em todo o corpo o que também é observado em suas ervas que alem das vias aéreas e no humor sanguíneo atua em todo o corpo. OXOSSI Elemento – Elemento – Terra Terra Metal- Bronze Planeta – Planeta – Chakra – Chakra – Esplênico Esplênico Dia – Dia – Quinta Quinta feira Saúde – Saúde – Aparelho Aparelho Respiratório Ervas: Alecrim, Guiné, Vence demanda, Abre caminho, Peregum(verde), Taioba, Espinheira Santa, Jurema, Jureminha, Mangueira, Desata nó, Erva de Oxossi, Erva Jurema, Alfavaca, Eucalipto. Alecrim Nome científico: Rosmarinus officinalis L Nome popular: Alecrim Indicações: Asma, astenia, celulite, colesterol, convalescença, depressão, entorse, enxaqueca, memória, pele, rugas, sono, torcicolo. Guiné Nome científico: Petiveria Petiveria Tetranda gomez gomez Nome popular: Guiné, Guiné, erva de pipi, tipi, tipi-verdadeiro. tipi-verdadeiro. Indicações: Afecções da cabeça, da vista, memória, reumatismo, paralisia, nervosismo, analgésico (em uso externo) em compressas. O pó da raiz ameniza a dor de dente, gargarejo para a garganta. Taioba Nome científico: Arum Esculentum Nome popular: Taioba Indicações: Atua como suplemento em dietas, fonte de Ferro, Potássio, Cálcio e Manganês. Espinheira Santa Nome científico: Maytenus Maytenus Ilicifolia Nome popular: Espinheira Espinheira Santa Indicações: Ulceras, azia, má digestão, gastrite, ressaca alcoólica, cicatrizante, anti-séptico, tonificante. Jurema 69
Nome científico: Mimosa Hostilis ( Jurema Preta ), Pithecollobium ( Jurema branca ), Mimosa Verucosa ( Jurema de oeiras ). Nome popular: Jurema Jurema A Jurema é da família das leguminosas comum no nordeste Brasileiro, possui propriedades psicoativas e Alucinógenas. É utilizada no Catimbo. Jureminha Nome científico: Desmanthus Desmanthus Virgatus L A Jureminha é uma espécie de leguminosa de ampla ocorrência no Brasil, podendo constituir por seu caráter de resistência a seca em uma alternativa para alimentação dos rebanhos na região nordeste. Mangueira Nome científico: Mangifera Mangifera Indica L Nome popular: Mangueira Indicações: Anemia, asma, diarréia, digestão, dispepsia respiratórias, sarna, verminoses, estomatite, febre, gengivite, tuberculose. Alfavaca Nome científico: Ocimum Ocimum Basilicum Nome popular: Remédio de Vaqueiro, Vaqueiro, manjericão de folha larga. Indicações: Má digestão, vômitos, náuseas, flatulência, problemas intestinais, rins, febre, falta de leite materno, halitose, queda de cabelo, dor de garganta, feridas, aplicar também sobre o bico do peito afetado. Eucalipto Nome científico: Eucalyptus Eucalyptus globulus Nome popular: Eucalipto Indicações: Asma, asma cardíaca, afecções catarrais, adenites (inflamação de uma glândula ou linfonodo), bronquite, coqueluche, coqueluche, coriza, cistite, catarro da bexiga, disenteria, diabetes, febres, rinite, r inite, afecções das vias respiratórias, sinusite. Vemos neste Orixá que por seu elemento ser Terra, sua ação é em todo o corpo, cabeça, pulmão e ventre. Vemos também como Humor Bile Negra ou Nervoso, atuando como calmante, psicoativas, perda de memória, alucinógenas, etc.. XANGÔ Elemento – Elemento – Fogo Fogo Metal- Estanho Planeta – Planeta – Júpiter Chakra – Chakra – Cardíaco Cardíaco Dia – Dia – Quarta Quarta feira Saúde – Saúde – Fígado, Fígado, Vesícula Ervas Erva de São João, Erva de Santa Maria, Beti Cheiroso, Nega Mina, Elevante, Cordão de Frade, Jarrinha, Erva de Bicho, Erva Tostão, Caruru, Para Raio, Umbaúba (em algumas casas Xequelê). Erva de São João Nome científico: Ageratum Ageratum conyzoides conyzoides L Nome popular: Mentrasto, Catinga de bode, Matruco. Matruco. 70
Indicações: Tõnico, espasmos, aperiente, antidesintérico, anti-reumático (uso externo), antidiarréico, febrífuga, antiinflamatório, carminativa, resfriados, cólicas menstruais e tensão pré-menstrual. Erva de Santa Maria Nome científico: Chenopodium Chenopodium Ambrosioides Ambrosioides L Nome popular: Erva de Santa Maria Maria Indicações: Angina, Asma, Aumenta a transpiração, bronquite, catarro, circulação, estomago, fungos de solo, hemorroida, pulga, piolho, relaxar espasmos. Cordão de Frade Nome científico: Leonotis Leonotis nepetaefolia Nome popular: Cordão de São Francisco Indicações: Bronquite, asma, infecções pulmonares, artrite, gota, ácido úrico, gases, dores abdominais, nevralgia. Jarrinha Nome científico: Aristolochia Aristolochia cymbifera Nome popular: Capa-homens, cassaú, cassayú, cassayú, cassa-yú, cassa-yú, cipó-das-matas, cipó-das-matas, cipó-mil-homens. Indicações: Afecções das vias urinárias, afecções nervosas, amenorréia, asma, ataques nervosos, cicatrização de feridas, convulsão histérica, convulsões epiléticas, diarréias rebeldes, enxaquecas, estimula a menstruação, histeria, nevralgia, sedativo nas histerias, ulceras, varizes. Erva de Bicho Nome científico: Polygonum persicaria persicaria var Nome popular: Pimenta Pimenta d`água, pimenta pimenta do brejo, etc. Indicações: Afecções urinárias, amenorréia, congestão cerebral (Afluência anormal do sangue aos vasos do cérebro causado por emoções muito fortes e violentas), delírio psíquico de velhos, diarréia, eczemas, erisipela, estancar hemorragias, coagulação do sangue, febres, fragilidade capilar, memória. Erva Tostão Nome científico: Boerhavia Boerhavia Diffusa L Nome popular: Agarra Agarra pinto, amarra pinto, pinto, batata de porco. porco. Indicações: Afecções hepáticas, albuminúria, anúria, baço, beri-beri, calculo biliar, cistite, congestão hepática, dispepsia, distúrbio estomacal, edema, engorgitamento do baço( Acumulação de líquido), líquido) , febre biliosa, fígado, hemoptise, hepatite, icterícia, nefrite, nervosismo, vesícula biliar, retenção de urina, uretrite, vias urinarias. Caruru Nome científico: Amaranthus Amaranthus Viridis L Nome popular: Amaranto, Amaranto, Bredo, Caruru Caruru manso. Indicações: Corrimento vaginal, desnutrição infantil, doença venérea, afecção do fígado, febre, aleitamento. Embaúba Nome científico: Cecropia Cecropia Peltata L Nome popular: Ambaúba, Ambaúba, Umbaúba Umbaúba Indicações: Afecções da pele, afecções das vias respiratórias (asma, bronquite, tosse, coqueluche), alergia, bronquite crônica, crônica, mal de Parkinson, Parkinson, normalizar a pressão pressão arterial, ulcera, ulcera, verrugas. Vemos neste Orixá que por seu elemento ser Fogo, sua ação é na parte p arte superior do corpo, cabeça. Vemos também como Humor Bile Amarela ou Colérico, atuando como inibidor de ataques histéricos, nevralgias, febre biliosa, calculo biliar, entre outros. 71
OGUM Elemento – Elemento – Ar Ar Metal- Ferro Planeta – Planeta – Marte Chakra – Chakra – Umbilical Umbilical Dia – Dia – terça-feira terça-feira Saúde – Saúde – Coração, Coração, Glândulas endócrinas Ervas: Peregum (verde), São Gonçalinho, Quitoco, Mariô, Lança Ogum, Coroa de Ogum, Nutamba, Alfavaquinha, Bredo, Cipó Chumbo, Aroeira, Pata de Vaca, Carqueja, Losna, Comigo ninguém pode, Folhas de Romã, Flecha de Ogum, Cinco folhas, Macaé, Folhas de Jurubeba, Canela de Macaco, Erva Grossa, Parietária. Quitoco Nome cientifico: Pluchea Pluchea Sagittalis Nome popular: Madecravo, Madecravo, Lucera Lucera Indicações: Brônquios, catarro, distúrbios estomacal, doença da matriz, gota, indigestão, disenteria, tosse. Cipó Chumbo Nome cientifico: Cuscuta Cuscuta Racemosa Racemosa Mart Nome popular: Ano-Peipa, Ano-Peipa, awó-pupa, awó-pupa, fios de ovo, aletria. aletria. Indicações: Chá do Caule: Angina, icterícia, úlceras, disfunções gástricas, vesícula biliar, constipação, edemas, hemorragias bronco pulmonares, afecções da garganta e das vias respiratórias, bronquites, tosses com expectoração sanguínea, catarros e rouquidão, cólicas hepáticas, diarréia sanguínea, abscessos internos, hemoptises, congestões pulmonares, icterícias, angina, amigdalite. Compressas com emplastos do caule: Furúnculos e feridas. Decocção: Decocção: Gargarejo, úlceras e feridas. Erva Grossa Nas tosses e bronquites, também também usada para dissolver cálculos renais. Parietária Nome cientifico: Parietaria Parietaria Officinalis Nome popular: Alfavaca da cobra, tiritana, ervas das muralhas, saxifragia, erva de vidro, erva fura paredes, parte parte pedras, erva dos dos muros. Indicações: Emolientes, calmante, diurética, renite, cálculos renais, distúrbios do aparelho urinário, furúnculos, feridas, queimaduras, catarro, tosse, afecções pulmonares, fissuras dos seios e do ânus, problemas das artérias e coração, coração, febre inflamatória. Aroeira Nome cientifico: Schinus Schinus Molle L Nome popular: Aroeira Aroeira pimenteira, aroeira vermelha, aroeira mansa. mansa. Indicações: Azia, gastrite, cistite, uretrite, diarréia, blenorragia, tosse, bronquite, reumatismo, íngua, dor de dente, gota. Pata de Vaca Nome cientifico: Bauhinia Bauhinia Forficata Link Link Nome popular: Arvore Arvore orquídea, bauínia, bauínia, capa-bode, casco de vaca. vaca. Indicações: Afecções renais e urinarias, calmante (estados nervosos), catarro, colesterol, constipação intestinal, diarréia, diabete, gripe, prisão de ventre, parasitoses intestinais, regularizar a glicemia sanguínea, urina solta, rins. 72
Contra indicação: Pode potencializar drogas antidiabeticas ,hipoglicemia. Vemos neste Orixá que por seu elemento ser Ar, sua ação é nas vias aéreas, pulmões. Vemos também como Humor Sangüíneo, atuando nas hemorragias, tosses com expectoração sangüínea, diarréia sangüínea, inflamações,entre outros. OMOLU/OBALUAIE Elemento – Elemento – Terra Terra Metal- Chumbo Planeta – Planeta – Saturno Chakra – Chakra – Básico Básico Dia – Dia – segunda-feira segunda-feira Saúde – Saúde – Todo Todo o corpo Ervas Canela de velho, Erva de bicho, Erva de passarinho, Barba de milho, Barba de velho, Cinco chagas, Fortuna, Hera, Cuféia, Sete sangrias, erva de passarinho, Canela de velho, Quitoco, Zínia, Guiné. Erva de bicho Nome cientifico: Polygonum Polygonum Punctatum F. F. Lott Nome popular: Capetiçoba, Capetiçoba, Cataria, Cataria, Pimenta do brejo, Pimenta Pimenta D`água. Indicações: Artrite, Erisipela, Hemorróidas, Inflamação, Ulcera, Vermicida. Erva de passarinho Nome cientifico: Struthanthus Struthanthus Flexicaulis Nome popular: Erva Erva de passarinho,(Erva passarinho,(Erva de passarinho passarinho é uma erva erva hospedeira). Indicações: Bronquite, Pneumonia, Pleurisias, Hemoptises, dores no peito, pontadas e outras afecções respiratórias, Doenças no útero, hemorragias. Cabelo de milho Nome cientifico: Zea Mays L Nome popular: Barba Barba de milho, Indicações: Albuminúria, Blenorragia, Calculo renal e na Bexiga, Cistite, distúrbios cardíacos, febre, retenção urinária, inchaço nas pernas, inflamações na bexiga, Nefrite. Barba de Velho Nome cientifico: Tillandsia Tillandsia Usneoides L. L. Nome popular: Barba Barba de pau, Samambaia, Samambaia, Barba de Macaco. Indicações: Dores, inflamações no reto, engorgitamento do fígado, Hérnias, Ulcera varicosa, Varizes. Cinco Chagas Nome cientifico: Tropaeolum Tropaeolum Majus L Nome popular: Capuchinha, Capuchinha, Agrião Agrião do México, Chagas Chagas das flores grandes. grandes. Indicações: acne, Adrenomieloneuropatia, afecções da pele, afecções pulmonares, Caspa, desinfectante das vias urinarias, eczema, Escorbuto, Escrofulose, Falta de apetite, fortalecedor do couro cabeludo, impurezas no sangue, infecções bacterianas e fungais, infecções genito-urinárias e respiratórias, insônia, pele envelhecida, envelhecida, pele e cabelos enfraquecidos, prevenir a queda de cabelos, problemas digestivos, psoríase, retenção retenção de líquidos, Tosse. Tosse. Vemos neste Orixá que por seu elemento ser Terra, sua ação é em todo o corpo. No humor Bile Negra ou Melancólico, só foi identificado ação na planta Cinco Chagas (adrenomielenoneuropatia). 73
YEMANJÁ Elemento – Elemento – Água Água Metal- Prata Planeta – Planeta – Lua Chakra – Chakra – Frontal Frontal Dia – Dia – Sábado Sábado Saúde – Saúde – Psiquismo, Psiquismo, Sistema nervoso Ervas: Colônia, Pata de vaca, Embaúba, Abebê, Jarrinha, Golfo, Rama de Leite, Aguapé, Lagrima de Nossa Senhora, Acará da praia, Flor de Laranjeira, Guabiroba, Jasmim, Jasmim de cabo, Jequitibá, Malva Branca, Marianinha, Trapoeraba Azul, Musgo Marinho, Nenúfar, Rosa Branca, Folha de Leite. Aguapé Nome cientifico: Eichornia Eichornia Crassipes Nome popular: Aguapé Aguapé da Flor Roxa, Roxa, Camelote, Dama Dama do lago. Indicações: Febre, Hepatite, Excitação nervosa, Furúnculos, Abscessos, Rins. Guabiroba Nome cientifico: Campomanesia Campomanesia Xanthocarpa Xanthocarpa O. Berg. Berg. Nome popular: Guabirobeira, Guabirobeira, Gabirova, Gabirova, Gavirova. Indicações: Cistite, Uretrite, Diarréia, Disenteria. Malva Branca Nome cientifico: Althaea Althaea Officinalis L Nome popular: Malvasco, Malvasco, Malva da da Índia, Malvões, Malva Branca. Indicações: Tosse seca, Gripe, Bronquite, irritação da mucosa do tubo digestivo, estomatite, Faringite, ulcera Gastroduodenal, Síndrome do Cólon irritável, Ostipação ou Diarréia, Queimaduras, Abcessos, Furúnculos e outros processos inflamatórios cutâneos. Trapoeraba Azul Nome cientifico: Dichorisandra Dichorisandra thyrsiflora Nome popular: Marianinha, Marianinha, Capim-gomoso, Capim-gomoso, Grama terra. Indicações: Afecções das vias urinárias, Hidropisia, Reumatismo, Bronquite, Asmática, Amigdalite, Faringite,Afecções Faringite,Afecções Hepáticas e esplênicas, desobstruente, anti-hemorroidária. Vemos neste Orixá que por seu elemento ser Água, sua ação é no baixo ventre, tais como: síndrome do cólon irritável, cistite, uretrite. Vemos também como Humor Linfático, atuando nas desobstruções da mucosa, abcessos. OXUM Elemento – Elemento – Água Água Metal- Ouro Planeta – Planeta – Vênus Vênus (Lua) Chakra – Chakra – Umbilical Umbilical (Frontal) Dia – Dia – Sábado Sábado Saúde – Saúde – Órgãos Órgãos reprodutores r eprodutores Femininos, Coração. Ervas: Colônia, Macaça, Oriri, Santa Luzia, Oripepê, Pingo D`água, Agrião, Dinheiro em Penca, Manjericão Branco, Calêndula, Narciso, Vassourinha. 74
Não servem para banho – banho – Erva Erva cidreira, Gengibre, Camomila, Arnica, Trevo Azedo ou Grande, Chuva de Ouro, Manjericona, Erva de Santa Maria. Erva de Santa Luzia Nome cientifico: Euphorbia Euphorbia Hirta L Nome popular: Erva Erva Andorinha Indicações: Asma, Bronquite, Catarro, Disenteria Amébica,Espasmos, Febre do feno, Queimadura, Tosse nervosa, Verruga. Agrião Nome cientifico: Nasturtium Nasturtium Officinale Nome popular: Agrião Agrião das fontes, Agrião do rio. Indicações: Afecções respiratórias, Amenorréia, Bócio, Desnutrição, Atonia muscular, Anorexia, inflamações, Afecções da pele e cabelos. Calêndula Nome cientifico: Calêndula Calêndula Officinalis L. Nome popular: Calêndula Calêndula Indicações: Pele, Estômago, Órgão urogenital, Antiinflamatório, Cicatrizante. Vassourinha Nome cientifico: Sida Rhombifolia L. Nome popular: Malva Malva Preta, Vassoura Vassoura de relógio,Relógio. relógio,Relógio. Indicações: Catarro, Cólica Menstrual, Febre, Hemorroida, Pedra nos Rins, Tosse. Erva Cidreira Nome cientifico: Lippia Lippia Alba Nome popular: Alecrim, Alecrim, Alecrim do Campo, Campo, Alecrim do Mato, Câmara. Câmara. Indicações: Afecções da pele e das mucosas, Afecções Hepáticas, Catarro, Cólicas (dor de barriga), Colite, dores musculares, dores reumáticas, enfermidades Venéreas, Espasmos, Estômago, Estomatite, Flatulência, Fluxo Vaginal, gases, indigestão, insônia, Laringite, náuseas, recuperação pós-parto, resfriado, sistema nervoso. Gengibre Nome cientifico: Zingiber Zingiber Officinale Nome popular: Gengibre Gengibre Indicações: Aerofagia, Amigdalite, Anorexia, Asma Brônquica, Beribéri, Catarros Crônicos, Ciática, Colesterol, Cólicas do estômago e intestino, Cólera Morbus, Dispepsia, dores musculares, Edemas Árticos e reumáticos, enjôo, Fígado, Flatulência, Halitose, Higienização da boca, Impotência Sexual, Impurezas da pele, inflamação na garganta, má digestão, Menorragia, Meteorismo, Náusea, enjôo de gravidez. Camomila Nome cientifico: Chamomilla Chamomilla Recutita L Nome popular: Camomila Camomila Alemã, Camomila. Indicações: Afecções da pele (Fistulas), Afecções nervosas, Afta, Assaduras, Cistite, Cólicas em geral. Diarréia em infantil, doença do Útero e do Ovário, embaraço gástrico, enjôo, Estomatite, Enxaquecas, Feridas, Gengivite, Gota, indigestão, inflamações oftálmicas, insônia, inapetência, ulceras. Vemos neste Orixá que por seu elemento ser Água, sua ação é no baixo ventre com maior incidência nos órgãos genitais femininos, tais como: Doença do Útero e do Ovário, Cólica Menstrual, Fluxo Vaginal. Vemos também como Humor Linfático, atuando nas desobstruções da mucosa, Catarro,abcessos. 75
NANÃ Elemento – Elemento – Água Água Metal- Latão/ Níquel Planeta – Planeta – Lua / Mercúrio Chakra – Chakra – Frontal Frontal Dia – Dia – Sábado Sábado Saúde – Saúde – Dor Dor de Cabeça e problemas no intestino. Ervas: Manjericão Roxo, Colônia, Ipê Roxo, Folha da Quaresma, Erva de Passarinho, Dama da Noite, Canela de Velho, Salsa da Praia, Manacá, Assa Peixe, Cipreste, Erva Macaé, Dália Vermelho escuro, Folha de Berinjela, Folha de Limoeiro, Tradescância. Manjericão Roxo Nome cientifico: Ocimum Pupuraceus Pupuraceus Nome popular: Manjericão Manjericão Roxo Mesmas características do manjericão. Ipê Roxo Nome cientifico: Tabebuia Tabebuia Impetiginosa Impetiginosa Nome popular: Ipê Indicações: Alergia, anemia, diabete, diarréia, câncer, candidíasis, catarro da ureta, c olite, coceira, ovário, estimulante do sistema imunológico, feridas, fígado, fungo, garganta, inflamação artrítica, leucemia, lupus, mal de parkson, malária, osteomielite, problema respiratório, queimaduras, úlceras, útero. Erva de Passarinho Nome cientifico: Struthanthus Struthanthus Flexicaulis Nome popular: Erva Erva de Passarinho Passarinho Indicações: Afecções respiratórias, bronquite, doenças do útero, dor no peito, hemoptise, hemorragia, pleurisia, pneumonia. pneumonia. Dama da Noite Nome cientifico: Cestrum Cestrum nocturnum Nome popular: Dama Dama da Noite Uso: Fragrância, ornamental, cigarros, cachimbos, chás, friccionado na pele. Indicações: Bronquite Salsa da Praia Nome cientifico: Plumbago Plumbago Iittoralis Nome popular: Carrapicho Carrapicho da praia, Salsa da praia. Indicações: Flatulência, cólicas do estomago, intestino, afecções do peito, tosse, reumatismo articular e muscular nas palpitações, vertigens, erisipelas, icterícia, anúria. Assa Peixe Nome cientifico: Vernonia Vernonia Ferruginea Less Less Nome popular: Mata-campo, Mata-campo, assa peixe. Indicações: Asma, banho nas afecções do útero, bronquite, cálculos renais, contusão, hemorróidas, pontadas no peito e gotas, tosse tosse rebelde. Cipreste Nome cientifico: Cupressus Cupressus Sempervirens Sempervirens L Nome popular: Cipreste 76
Indicações: Ansiedade, asma, atonia, muscular, bronquite, disenteria, edema, espasmo, febre, fraqueza, gripe, hemorragia, hérnia, insônia, má circulação, menopausa, pés cansados, próstata, reumatismo, sistema circulatório, sistema reprodutivo, tensão pré-menstrual, pr é-menstrual, tosse, varizes, vesícula. Erva Macaé Nome cientifico: Leonurus Leonurus Sibiricus Nome popular: Erva Erva Macaé Indicações: Relaxante, calmante, potencia, menstruação e nódoas negras. Vemos neste Orixá que por seu elemento ser Água, sua ação é no baixo ventre, tais como: doenças no útero, menopausa, sistema reprodutivo, tensão pré-menstrual, entre outras. Como Humor Linfático, não foi observada ação relevante no sistema linfático. IANSÃ Elemento – Elemento – Fogo(Ar) Fogo(Ar) Metal- Cobre Planeta – Planeta – Marte Chakra – Chakra – Frontal, Frontal, Cardíaco Dia – Dia – quarta-feira quarta-feira Saúde – Saúde – ****** ****** Ervas Cana do Brejo, Erva Prata, Espada de Iansã, Folha de Louro, Erva de Santa Bárbara, Folha de Fogo, Colônia, Mitanlea, Folha da Canela, Peregum Amarelo, Catinga de Mulata, Perietária, Para Raio, Cordão de Frade, Gerânio cor de rosa ou vermelho, Açucena, Folha de Rosa Branca. Cana do Brejo Nome cientifico: Costus Costus Spicatus Nome popular: Cana Cana de macaco, macaco, cana do brejo brejo Indicações: Sudorífera, diurética, inflamações nos rins, arteriosclerose, amenorréia (ausência da menstruação), Problemas na bexiga e nos rins, blenorragia, cálculo renal, distúrbio menstrual, dor reumática, dores, dificuldade de urinar, inchaço, inflamações na horta, leucorréia, nefrite, uretrite. Louro Nome cientifico: Laurus Laurus nobilis Nome popular: Louro Louro Indicações: Alivia cólicas menstruais, afecções da pele e ouvido, cansaço, hemorróidas, reumatismo, contusão. Erva de Santa Bárbara Nome cientifico: Barbarea Barbarea Vulgaris Arcuata Arcuata Nome popular: Erva Erva de Santa Bárbara Bárbara Indicações: Vulneraria (cicatrizante de feridas). Catinga de Mulata Nome cientifico: Tanacetum Tanacetum Vulgare L Nome popular: Anatásia, Anatásia, erva contra contra vermes, tanarida, tanarida, catinga de mulata. mulata. Indicações: Aerofagia, afecções nervosas, clarear manchas na pele, contusão, dismenorréia (cólica menstrual), Bronquite, dores articulares, dores musculares, dor de dente, dores reumáticas, eliminar furúnculos, abortiva, entorse, feridas, flatulência, gota, histeria, infecções na pele, inflamações, menstruação, parasitoses, perturbações perturbações gástricas, gástricas, picadas de de inseto, repelir insetos. insetos. 77
Planta tóxica e perigosa, gestantes lactantes e crianças é proibido o uso. Cordão de Frade Nome cientifico: Leonotis Leonotis nepetaefolia Nome popular: Cordão Cordão de São Francisco, Francisco, Cordão de de Frade. Indicações: Bronquite, asma, infecções pulmonares, limpa pulmão e reduz o catarro, artrite, gota, ácido úrico, cistite, nevralgia. Gerânio Nome cientifico: Pelargonium Pelargonium Graveolens Graveolens L Nome popular: Gerânio Gerânio Indicações: Cicatrizante,uso externo. Açucena Nome cientifico: Lilium Candidum Candidum L Nome popular Cajado Cajado de São José, José, cebola cecem, cecem, copo de leite, açucena. açucena. Indicações: Contusão, dor de ouvido, espasmo, mancha cutânea, queimaduras, úlcera. Nesta Orixá, existe uma união união entre os elementos elementos Ar, Fogo e Água, pois foi observado observado ação medicinal medicinal em todos os três elementos.
BANHOS RITUALÍSTICOS Exatamente isso! Se voce descarregou violentamente, precisará de algo subseqüentemente subseqüentemente para ajudá-lo a repor imediatamente a energia retirada. Aí entram principalmente as ervas, a água utilizada, (se de cachoeira, de vertente, de tempestade, de mina, de poço, etc.). HÁ VÁRIOS TIPOS DE "BANHOS". Como aquele por infusão, onde as ervas são ligeiramente aferventadas em água (em minha raiz recomendado para não iniciados - como um tratamento prescrito numa consulta (com entidade ou Zelador(a) à um não iniciado). Há o amaci, que é aquele onde as ervas ou seus derivados são combinados de três (o que considero uma boa variedade), até sete tipos de ervas, mas todas criteriosamente de acordo com o Nkise/Orixá da pessoa e sua coroa. No amaci as ervas colhidas são maceradas (espremidas por atrito, mas nunca torcidas - como aprendi e faço). Essa mistura não é aferventada. O sumo das ervas usado ao natural como uma essência misturada à água. É tomado frio (na temperatura ambiente, aliás como qualquer banho deveria ser aplicado) e se não foi previamente coado coado (o que é raro fazer em minha raiz), raiz), os seus restos restos são colhidos e depositados num local determinado (não recomendo nunca jogar no lixo). Há também os banhos de Abô mais utilizados no Candomblé, que além de ervas, poderá conter o sangue proveniente dos sacrifícios e outros materiais que os(as) amigos (as) Candomblecistas Candomblecistas poderiam falar, sem expor seus fundamentos mais secretos. Além da variedade de banhos compostos, há os banhos só de águas. Como é bom um banho de cachoeira, de chuva, de mar...
BANHO DE ERVAS Todos nós temos ao redor do nosso corpo físico um campo eletromagnético, composto por corpos sutis, que se denomina aura. 78
As auras das pessoas e dos lugares funcionam como antenas que recebem e enviam mensagens entre si, que são decodificadas através da nossa intuição. Quando passamos por situações estranhas, energias desequilibradas se agregam à nossa aura e permanecem lá por muito tempo provocando provocando doenças. doenças. Quando tomamos um Banho de Ervas limpamos a nossa aura fazendo com que ela volte a funcionar normalmente e harmonizando os nossos chakras que são túneis por onde entram as energias no nosso corpo físico. Cada planta tem características próprias que interagem com as nossas energias provocando as mudanças necessárias. necessárias. As ervas podem limpar, energizar, melhorar nossa auto-estima, tirar nosso cansaço, etc... Para fazer o banho, devemos olhar a relação de ervas e propriedades que segue abaixo e escolher aquelas que se adequadam à nossa situação. Depois, pegue um punhado de cada erva e faça um chá com elas. Coe numa jarra e após tomar um banho normal, jogue o chá do ombro pra baixo. As ervas podem ser misturadas e o resultado será melhor se usado número ímpar de ervas.
O Sal grosso pode ser usado como banho de limpeza mas é preciso que se tome um banho de ervas logo após. BANHOS ESPECÍFICOS: Descarrego: quando nos sentimos muito irritados ou extremamente desanimados - 3 galhos de arruda - 3 galhos de guiné - 3 galhos de alecrim - 1 espada de São Jorge - 1 folha de comigo-ninguém-pode - fumo de corda - palha de alho Abre Caminho: quando queremos mudar alguma coisa na nossa vida - 7 folhas de loro - 7 galhos de manjericão - 7 sementes de girassol Tirar Mágoas: quando não conseguimos nos livrar de uma tristeza - 1 maçã cortada em 8 partes - 1 colher de açúcar Fraqueza :quando nos sentimos sem forças - 3 folhas de cenoura - 3 galhos de arruda - 3 rosas vermelhas Densidades Acumuladas: Acumuladas: quando sentimos dor nas costas - folhas de pêssego ou limão - guiné - palha de alho Aumentar a Auto-Estima - calêndula - anis estrelados - manjericão 79
Prosperidade - alpiste - folha de louro - manjericão
BANHOS DA FELICIDADE Esses banhos vão te ajudar a ter mais felicidade, mas lembre - se faça sempre esses banhos com carinho, mente serena, corpo tranquilo, sem stres. · Junte em 3 litros de água morna 7 pétalas de rosas vermelhas bem perfumadas, 7 rosas brancas, 3 galhos de manjericão, 3 de alecrim, 3 gotas do seu perfume preferido. Coe tudo, e tome um banho com essa água e se seque naturalmente. · Junte um punhado de açúcar, 5 pétalas de rosas brancas secas e uma palma de são Jorge em 3 litros de água já fervida, deixe esfriar e depois de coar, junte algumas gotas de seu perfume preferido e um punhado de sal grosso, joque do pescoço pra baixo. · Coloque um pouco de alecrim, arruda, malva rosa, malva branca, manjericão, vassourinha e manjerona, pique em pedaços bem pequenos lave tudo em água corrente e coloque em 3 litros de água fervida, abafe tudo, quando estiver morno coe e após tomar seu banho habitual jogue no seu corpo e acenda uma vela branca oferecendo oferecendo ao seu anjo anjo de guarda. guarda.
Dicas Importantes 1 - Os banhos devem ser acompanhados de preces pessoais espontâneas e sinceras. Peça. Converse com Deus e com seus protetores espirituais. Os resultados são fantásticos. Se desejar, acenda uma vela branca para o seu anjo da guarda. 2 - As flores e ervas frescas fr escas não devem ser fervidas. O valor energético das mesmas mesmas se perderá. 3 - Caso não consiga flores e ervas frescas, você pode usá-las secas. Neste caso, poderá colocá-las em água fervente e abafá-las. Evite fervê-las. 4 - Se estiver sentindo frio, acrescente ao banho, já preparado, uma quantidade de água mineral quente. 5 - Os resíduos dos banhos devem ser devolvidos à natureza. Coloque os resíduos num jardim ou no mar. Não se joga no lixo flores e ervas utilizadas utili zadas em banhos energéticos, energéticos, pois, se forem devolvidas à natureza, servirão como adubo. 6 - Na verdade não existe mal algum em jogar uma mistura de sal grosso e água na cabeça. cabeça. Afinal de contas, nós não tiramos a cabeça para entrar no mar, onde há maior concentração de sal que nos banhos de limpeza energética. energética. O que causa desconforto e cansaço é manter o sal no corpo por muito tempo. Por isso, três horas após um banho com sal grosso, banhe-se apenas com água, caso use o banho da cabeça aos pés. 7 - Banhos preparados com ervas como arruda, comigo-ninguém-pode, espada-de-são-jorge e pára-raios não devem tocar a cabeça. Podem causar cansaço, letargia, dores e insônia. Evite-as. BANHOS ESOTERICOS Em todas as tradições místico-esotéricas, os banhos são indicados como poderosos auxiliares nos processos de cura e equilíbrio equilíbrio de energia do nosso nosso corpo. O banho feito com lírios brancos e rosas brancas, por exemplo, acalma e restaura a paz espiritual. Banhos com mel ajudaram adoçar o temperamento e com camomila propiciam bons sonhos. Para o cansaço e a tensão do dia, faça um escalda-pés com melissa e se sentirá relaxado.
Banho espiritual: Em uma jarra de vidro limpa misture: 1 xícara de água do mar ou de água morna mineral. 1 colher de sopa de sal grosso. 80
1 xícara de vinagre de maçã. Coloque essa mistura na banheira com água pela metade e banhe-se por 5 minutos com um mínimo de três imersões completas. Reze para a libertação de qualquer energia negativa a seu redor ou para se libertar de qualquer influência negativa ou preocupação que possa sentir.
Banho da prosperidade Misture: 1 xícara de chá de canela moída em 4 xícaras de chá de salsa. Divida a mistura em 5 partes iguais. Tome 5 banhos nos 5 primeiros dias da semana. Se tiver banheira, fique em imersão na água por 8 min, pedindo melhora financeira. Mas não não exija nada, confie na sabedoria sabedoria e generosidade generosidade do universo. universo. Durante o banho, afunde 5 vezes. Enxugue-se normalmente e boa sorte. Água do banho do Amor Misture dentro de um pires feito de barro Água da fonte, descansada sob a primeira fase da Lua crescente e da Lua cheia. Uma porção de alfazema, alecrim e rosas vermelhas. Use sempre depois do banho ou durante, se possível junto com a pessoa amada, é uma água muito poderosa e pode usar numa poção, receita receita ou no que sua sua intuição lhe desejar! desejar! Água após o banho 2 colheres sálvia trituradas 1 copo de álcool de cereais Deixe ficar por um mês e depois passe por uma peneira. Junte 5 gotas de alfazema. Use sempre após o banho. Colônia de Alecrim Misture em 1\2 litro de álcool de cereais 2 gotas de essência de alecrim 2 gotas de bergamota 2 de cidra 2 gotas de essência flor de laranjeira Deixe ficar pelo menos por 7 dias consecutivos, e coloque em um vidro. Use-o em momentos de bem estar, como em uma festa por exemplo.
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BANHOS PURIFICADORES PURIFICADORES Banhos purificantes ajudam a elevar o astral (ideal para ser feito no ano novo): Estudados pela aromaterapia, os banhos são uma técnica milenar e - dizem - podem atrair bons fluídos e purificar. Por isso, i sso, que tal começar o ano novo em alto astral, livre dos "encostos"? "Na aromaterapia os banhos em geral demoram uma hora e são verdadeiros rituais", diz o psicoterapeuta psicoterapeuta corporal Marco Spivack. Estes banhos são à base de óleos essenciais e, segundo Spivack, servem para relaxar, energizar, emagrecer e refrescar, entre outras coisas. Podem ser realizados em clínicas especializadas, balneários e até em casa. "Há banhos para quem quer se preparar para as festas de final do ano", frisa o terapeuta corporal Zheca Catão. Spivack sugere o que ele chama de Banho Ritual de Purificação, com óleos de alecrim, canela, mirra, olíbano e sal grosso. O banho é realizado num ofurô individual, de madeira, com óleos essenciais. O local é iluminado por velas e na água são jogadas pétalas de rosas. Antes de começar o banho, a pessoa toma uma ducha, depois entra no ofurô e permanece lá por 20minutos. "No Japão a temperatura da água do ofurô é elevadíssima, a 43 graus, mas isso é contra indicado para cardíacos e hipertensos. Por isso, no Brasil a faixa de temperatura é entre os 28 e 32 graus, o que não oferece contra-indicações", frisa. A pessoa sai do o furô e deita-se numa espreguiçadeira. "Este banho é um ritual de desapego, uma associação de purificação, para receber o ano novo de braços abertos. Na espreguiçadeira, a temperatura do corpo vai se equilibrando e a pele vai metabolizando os óleos. O alecrim afasta as energias negativas e é estimulante; a canela, segundo o Feng Shui, costuma atrair dinheiro e é afrodisíaca; o olíbano é equilibrante; e o sal grosso é relaxante, purificante e afasta energias negativas", explica. Você pode realizar este banho em sua casa, de preferência numa banheira. Zheca Catão explica que quem quer ficar animado durante as festas pode preparar um banho com óleo de alecrim e cítricos. Já para aqueles que querem cuidar do lado espiritual, diz, o banho mais indicado é o com óleo de olíbano. "Um ótimo banho para elevar o astral é feito com uma mistura dos óleos de gerânio e laranja, ele equilibra a oleosidade da pele, e proporciona sensação de bem-estar", destaca. Para preparar os banhos em casa, Catão ensina que primeiro deve-se encher a banheira, depois adicionar os óleos essenciais misturados ao leite. "Como o óleo não se mistura com água, o certo é recorrer a um emoliente, no caso o leite", explica. Coloca-se dois dedos de leite num copo com no máximo dez gotas de óleo no total. Se for adicionar dois óleos, por exemplo, o terapeuta recomenda colocar cinco gotas de cada. Coloca-se a mistura na água e o banho está pronto. No caso do chuveiro, o jeito é preparar preparar o mesmo banho, só que em um balde grande, grande, obedecendo obedecendo a receita do banho na banheira. Só que há uma diferença: o banho de balde deve ser feito depois do banho normal e na posição vertical, literalmente vertendo o líquido sobre a cabeça ou somente nos ombros - como preferir
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AS ERVAS NA UMBANDA E NO CANDOMBLÉ BANHOS Em qualquer época, nos Centros e Terreiros de Umbanda, os banhos tem sido de grande importância na fase de iniciação espiritual; por isso, torna-se necessário o conhecimento do uso das ervas, raízes, cascas, frutos e plantas naturais. PEQUENO HISTÓRICO SOBRE O USO DOS BANHOS O banho é a renovação do corpo e da alma, pois quando o corpo se sente bem e se acha refeito do cansaço, a alma fica também apta a vibrar harmoniosamente. Os antigos hebreus já usavam as abluções, que não deixavam de ser banhos sagrados. Moisés, o grande legislador hebreu, impôs o uso do banho aos seus seguidores. O batismo nas águas ministrado por São João Batista, no Rio Jordão, era um banho sagrado. O batismo nas águas é o primeiro banho purificador do ser humano nos dias de hoje, pois as crianças são batizadas ainda pequenas. Os banhos sempre foram um potente integrante do sentimento religioso, haja vista os povos da Índia milenar serem levados a banhar-se nas águas do rio sagrado, o Ganges, cumprindo assim parte de um ritual que, para eles, é indispensável e sagrado. Há em toda a época antiga um Rio Sagrado, no qual os povos iam se banhar para purificar-se física ou mentalmente. Na África, a água é tida como de grande poder de força e de magia. Vemos até hoje nos candomblés as Águas de Oxalá. Águas nos potes e tigelas, além de mirongas com água e axé. E quem nunca viu ou ouviu falar em lavar com água-de-cheiro as ESCADARIAS DO SENHOR DO BONFIM, em Salvador na Bahia? Para nossos índios, hoje os Caboclos da Umbanda, o banho de Rio era alegria, prazer, lazer, satisfação e descarga. O rio Paraíba é um rio sagrado para os Tupinambás. Nele os índios faziam seus rituais secretos. TIPOS DE BANHOS Basicamente existem dois tipos de banho, de Descarga/Limpeza e de Energização/Fixação Banhos de Descarga É o mais conhecido, e como o próprio nome diz, o Banho de Descarga (ou descarrego) serve para descarregar e limpar o corpo astral, eliminando a precipitação de fluídos negativos (inveja, ódio, olho grande, irritação, nervosismo, etc). Suprime os males físicos externamente, adquiridos de outrem ou de locais onde estiverem os médiuns. Este banho pode ser utilizado por qualquer pessoa, desde que seguindo as recomendações das Entidades/Guias Entidades/Guias Espirituais ou do seu Pai ou Mãe de Santo. Estes banhos servem para livrar o indivíduo de cargas energéticas negativas. Conforme vivemos, vamos passando por vários ambientes, trocamos impressões com todo o tipo de indivíduo e como estamos num planeta atrasado em evolução espiritual, a predominância do mal e de energias negativas são abundantes. Todos estes pensamentos, ações, vão criando larvas astrais, miasmas e etc., que vão se aderindo à aura das pessoas. Por mais que nos vigiemos, ora ou outra caímos com o nosso nível vibratório vi bratório e imediatamente estamos entrando nesta faixa vibratória. BANHO DE DESCARGA COM ERVAS: Quando feito com ervas, as mesmas devem ser colhidas por pessoas capacitadas para tal, em horas e condições exigidas, entretanto, podem ser usadas também as adquiridas no comércio (frescas), desde que quem vá usá-las, as conheça. Banhos com essências também devem ser utilizados com cuidado, pois contêm muita vibração, somente administrados por pessoas capacitadas. 83
O banho de descarga mais usado é feito com ervas positivas, variando de acordo com os fluídos negativos acumulados que uma pessoa está carregando, e de acordo com os orixás que a pessoa traz em sua cabeça. O banho de descarga com ervas deve ser tomado após o banho rotineiro, de preferência com sabão da costa, sabão neutro ou sabão de coco. Um banho de descarga não deve ser jogado brutalmente pelo corpo e sim suavemente, com o pensamento voltado para as falanges que vibram naquelas ervas ali contidas. Ao tomarmos o banho de descarrego podemos também entoar um ponto cantado, chamando os guias que vibram com aquelas ervas ali maceradas. Ao terminarmos o banho de descarga, devemos recolher as ervas e "despachá-las" em algum local de vibração da natureza como, por exemplo, num Rio (rio abaixo), no mar, numa mata, etc.; Ou até mesmo em água corrente. Hoje em dia há banhos de descarga que são comprados prontos, mas não são recomendados, pois muitos não são preparados com o rigor ri gor que deveriam ser. Pois para preparar um banho, devemos colher as ervas certas, caso contrário, não há efeito positivo e/ou completo. Após um Banho de Descarga, é aconselhável, que se tome algum Banho de Energização, com ervas de Oxalá, ou com as ervas do Orixá do médium. BANHO DE SAL GROSSO: Este é o banho mais comumente utilizado, devido à sua simplicidade e eficiência. O sal grosso é excelente condutor elétrico e “absorve” muito bem os átomos eletricamente carregados carregados de carga negativa, que chamamos de íons. Como, em tudo há a sua contraparte etérica, a função do sal é também tirar energias negativas aderidas na aura de uma pessoa. Então este banho é eficiente neste aspecto, já que a água em união como o sal, “lava” toda a aura. O preparo deste banho é bem simples, basta, após um banho normal, banhar-se de uma mistura de um punhado de sal grosso, em água morna ou fria. fri a. Este banho é feito do pescoço para baixo, não lavando os dois chacras superiores (coronário e frontal). Após o banho, manter-se molhado por alguns minutos (uns 3 minutos) e enxugar-se sem esfregar a toalha sobre o corpo, apenas secando o excesso de umidade. O melhor é não se enxugar, mas vai de cada um. Algumas pessoas, neste banho, pisam sobre carvão vegetal ou mineral, já que eles absorverão a carga negativa. Este banho é apenas o banho introdutório para outros banhos ritualísticos, isto é, depois do banho de descarrego, faz-se necessário tomar um banho de energização, já que além das energias negativas, também descarregaram-se as energias positivas, ficando a pessoa desenergizada. Este banho, não deve ser realizado de maneira intensiva (todos os dias ou uma vez por semana, por exemplo), pois ele realmente tira a energia da aura, deixando-o muito vulnerável. vulnerável. Existem pessoas que usam a água do mar, no lugar da água e sal grosso. BANHOS DE ENERGIZAÇÃO São recomendados para ativar e afinizar as forças dos Orixás, Protetores de Cabeça e do Anjo da Guarda. Seus principais efeitos são ativar e revitalizar as funções psíquicas, para uma melhor incorporação; melhorar a sintonia com as entidades. Este banho reativa os centros energéticos e refaz o teor positivo da aura. É um banho que devemos usar quando vamos trabalhar normalmente nas sessões. Também, podemos usá-lo regularmente, independente independente de trabalharmos ou não como médiuns.
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AMACI É o banho mais conhecido pelas pessoas que começam a freqüentar os Centros de Umbanda e que somente deve ser indicados por uma Entidade Espiritual ou pelo Guia Chefe do Terreiro, Pai/Mãe-deSanto, Zelador(a) do Terreiro, Babalaô ou Chefe de Culto. É o banho que derramado da cabeça aos pés, pois é preparado preparado de acordo com com o Orixá do médium. médium. Normalmente quando o filho esta em duvida de quem seja seu Pai ou Mãe de Cabeça, usa-se um Amaci de Oxalá, o qual rege a cabeça de todos nós, pois todos somos filhos de Oxalá. O banho de ervas (amaci) age como um neutralizador de correntes negativas, e como um energizador, dando a pessoa força suficiente, para que ela possa sair do estado em que se encontra. PREPARAÇÃO DOS BANHOS: Os banhos de ervas devem ser preparados por pessoas especializadas dentro dos terreiros ou por você mesmo(a), com a orientação de seu Zelador de Santo (Pai de Santo). Nos candomblés quem colhe as ervas é o Mão-de-Ofã, ou Olossain, que antes de entrar na mata saúda Ossãe (orixá das ervas e folhas) e oferece-lhe um cachimbo de barro, mel, aguardente e moedas. Esse sacerdote que se dedica às folhas, nos cultos de Nação, é o Babalossaim, e ele usa seus dotes a cura, para a preparação preparação de amacis amacis e feitura de Santo Santo no candomblé. candomblé. Na Umbanda, Umbanda, os Pais e Mães Mães de Santo tem o conhecimento conhecimento do uso das ervas e no preparo preparo delas. Acenda uma vela branca e ofereça ao seu anjo de guarda. Ponha água (de preferência mineral) dentro da bacia juntamente com a erva, e macere-a até extrair o sumo. Deixe descansar a mistura, dependendo da "dureza", por algumas horas (flores, brotos e folhas), até por dias (caules, cipós e raízes). Durante este processo, é importante que o filho de fé, ou cante algum ponto correspondente, correspondente, ou ao menos esteja concentrado e vibrando positivamente. Retire o excesso das folhas da bacia; tome seu banho de asseio normal; depois o de descarrego, se indicado;e, depois tome o banho com o amaci, lavando bem a cabeça, a nuca, o frontal e os demais chacras, (o banho deverá permanecer no corpo), vista uma roupa branca. Procure se recolher por uns trinta (30) minutos, mentalizando seu orixá. Em todos os banhos, onde se usam as ervas, devemos nos preocupar com alguns detalhes : Ao adentrar numa mata para colher ervas ou mesmo num jardim, saudamos sempre Ossaim que é responsável pelas folhas; Antes de colhermos as ervas, toquemos levemente a terra, para que descarreguemos nossas mãos de qualquer carga negativa, que é levada para o solo; metálicas para colher, dê preferência preferência em usar as próprias mãos, já que Não utilizar ferramentas metálicas o metal faz com que diminua o poder energético das ervas;
Normalmente usamos folhas, flores, frutos, pequenos caules, cascas, cascas, sementes e raízes para os banhos, embora embora dificilmente usemos usemos as raízes de de uma planta, pois pois estaríamos matando-a; matando-a; Colocar as ervas colhidas em sacos plásticos, já que são elementos isolantes, pois até chegarmos em casa, estaremos passando por vários ambientes; Lavar as ervas em água limpa e corrente; Os banhos ritualísticos devem ser feitos com ervas frescas, isto é, não se demorar muito para usá-las, pois o Prana contido nelas, vai se dispersando e perde-se o efeito do banho; A quantidade de ervas, que irão compor o banho, são 1 ou 3 ou 5 ou 7 ervas diferentes e afins com o tipo de banho. Não usar aqueles banhos preparados e vendidos em casas de artigos religiosos, já que normalmente as ervas já estão secas, não se sabe a procedência nem a qualidade das ervas, nem se sabe em que lua foi colhida, além de não ter serventia alguma, é apenas sugestivo o efeito. 85
Banhos feitos com água quente devem ser feitos por meio da abafação e não fervimento da água e ervas, isto é, esquenta-se a água, até quase ferver, apague o fogo, deposite as ervas e abafe com uma tampa, mantenha esta imersão por uns 10 minutos antes de usar. Os banhos não devem ser feitos nas horas abertas do dia (06 horas, 12 horas ou meio-dia, 18 horas e 24 horas ou meia-noite), meia- noite), pois as horas abertas são horas “livres” onde todo o tipo de energia “corre”. Só realizamos banhos nestas horas, normalmente os de scarregos com ervas, quando uma entidade prescrever (normalmente um Exú). Não se enxugar, esfregando a toalha no corpo, apenas, retire o excesso de umidade, já que o esfregar cria cargas elétricas (estática) que podem anular parte ou todo o banho. Após o banho, é importante saber desfazer-se dos restos das ervas. Retiramos os restos das ervas que ficaram sobre o nosso corpo, juntamos com o que ficou no chão. E despachamos em algum local de vibração da natureza como, por exemplo, num Rio (rio abaixo), no mar, numa mata, etc.; Ou até mesmo em água corrente.
OUTROS BANHOS: Além destes banhos preparados, podemos contar com outros tipos de banhos, que podem ter algum efeito, dependendo da maneira que os encaremos. BANHOS NATURAIS: Não são apenas os banhos preparados que são usados para descarga/energização, descarga/energização, os banhos naturais são excelentes. Por exemplo: os banhos de cachoeira, de mar, de água de Mina, de chuva (axé de Nanã), de rio, etc. etc. São banhos que realizamos em locais de vibração da natureza, onde as energias são abundantes. Neste caso, não precisamos nos preocupar preocupar em não molhar os chacras superiores superiores (coronal e frontal). Claro que devemos para isto buscar locais livres da poluição. Dentre eles podemos destacar: BANHOS DE CHUVA: O banho de chuva é uma lavagem do corpo associada à Nanã; uma limpeza de grande força, uma homenagem a este grande orixá. BANHOS DE MAR: Ótimos para descarrego e para energização, principalmente sob a vibração de Yemanjá. Podemos ir molhando os chacras à medida que vamos adentrando no mar, pedindo licença para o povo do mar e para Mamãe Yemanjá. No final, podemos dar um bom mergulho de cabeça, imaginando que estamos deixando todas as impurezas espirituais e recarregando os corpos de sutis energias. Ideal se realizado em mar com ondas e sob o sol. BANHOS DE CACHOEIRA: Com a mesma função do banho de mar, só que executado em águas doces. A queda d’água provoca um excelente “choque” em nosso corpo, restituindo as energias, ao mesmo tempo que limpamos toda a nossa alma. Saudemos, Saudem os, pois Mamãe Oxum e todo povo d’água. Ideal se tomado em cachoeiras localizadas próximas de matas e sob o sol. CUIDADOS 86
Nenhum banho deve ser jogado j ogado sobre a cabeça, exceto os de ervas ou essências de d e Oxalá ou dos Orixás que compõe a Tríade da Coroa do médium. Os demais banhos devem ser tomados sempre do pescoço até os pés (Exceto sob determinação específica de um guia, e mesmo neste caso devemos confirmar se entendemos corretamente o solicitado). Há banhos para todos os Orixás e Entidades e sempre que tiver dúvida consulte-os ou consulte um dos dirigentes da casa sobre o banho a ser tomado. Muitos banhos têm dia e hora para tomar, portanto, consulte um dos dirigentes da casa se tiver dúvidas.
AS ERVAS NA UMBANDA “Sem folha não tem sonho Sem folha não tem vida Sem folha não tem nada Quem é você e o que faz por aqui
E u guar g uard do a luz das das estr estr elas A alma de cada folha...” - Salve as Folhas (Gerônimo / Ildásio Tavares) Na liturgia e nos rituais ri tuais de Umbanda, vemos o uso de ervas seja na n a forma de amacís, imantações, banhos de descarga, etc. Isso porque as ervas detém grande quantidade de energia vital, no elemento vegetal, que através de suas combinações podem produzir determinado efeito positivo ou negativo, como tudo que é energia no Universo. As ervas possuem forte poder para atuarem em nossa aura, em nosso campo energético, fato este já conhecido pelos indígenas, e demais povos ancestrais que já as utilizavam para diversos fins. Como já dito, através do uso de sua energia as ervas podem ser classificadas quanto aos seus efeitos, sejam positivos, negativos ou neutros. Diante desse conhecimento, a Umbanda utiliza-se desse elemento para desenvolver desenvolver seus rituais, seus seus descarregos, descarregos, curas ou fortalecimentos, tudo comandado comandado pelas pelas entidades espirituais que determinam o uso apropriado do elemento vegetal conforme o caso. Uma das formas de utilização das ervas na Umbanda, são na forma de banho. Os banhos de descarrego são usados para eliminar vibrações negativas, limpando o perispírito de miasmas negativos, magia negativa ou mesmo da influência de obsessores. Os banhos de fixação, para adquirir vibrações positivas, vitalizando os chacras do médium de energia positiva para fortalecimento dos processos mediúnicos ou de ligação do espírito encarnado com seus guias e entidades atuantes. O uso destes banhos são de grande importância e depende do conhecimento e uso de ervas e raízes, nas suas diferentes qualidades e afinidades, que devem entrar na composição dos mesmos, não se podendo facilitar quanto a isso. Geralmente para banhos deve-se usar as ervas frescas, e este deve ser preparado dentro de um ritual, o qual consiste em:
1. Nunca ferver as folhas junto com a água. 2. As folhas devem ser maceradas ou quinadas e colocadas em vasilhas de louça, ágata ou potes de barro. bar ro. 3. Em alguns casos, quando não houver necessidade de água quente, as ervas devem ser quinadas diretamente sobre a água. 4. É conveniente usar sempre água de boa qualidade, como pôr exemplo: água de mina, de poço ou água mineral. 87
Ocorre uma diferenciação, também, na forma em que se deve tomar o banho. No de descarrego, deve-se molhar do pescoço para baixo, jamais a cabeça; já no banho de fixação, este deve ser tomado de corpo inteiro. Não se deve enxugar o corpo totalmente após os banhos indicados na Umbanda, para que haja maior captação ou eliminação da energia propiciada pelas ervas usadas no banho. Deve-se, após o banho, as ervas utilizadas serem jogadas, de preferência em lugares de água corrente, como rios ou mar. Há banhos para todos os Orixás e Entidades e muitos banhos têm dia e hora certos para tomar. As ervas são também usadas no ritual do amaci, Amaci é um banho de ervas que se faz no médium iniciante na Umbanda com as ervas específicas do Orixá de cabeça do médium, este banho é dado inclusive na cabeça do médium e tem a finalidade de limpar o campo astral e preparar o médium para entrar na corrente mediúnica, é uma preparação, uma espécie de primeira confirmação do médium na corrente mediúnica, é um vínculo energético do médium com o seu Orixá, com a casa e com o seu Babalorixá porque somente o Babá pode dar este banho e colocar a mão na cabeça do médium. A partir deste ponto o médium é um médium de Umbanda e está energeticamente energeticamente vinculado ao seu Orixá. Também visa propiciar ao médium maior contato com seus Orixás de Coroa, devendo o dirigente do templo colher as ervas de todos os Orixás, uma de cada pelo menos, e colocá-las quinadas dentro do preparo que será feito com as quatro águas (mar, cachoeira, chuva e fonte/mineral), com 3 (três) ( três) dias di as de antecedência antecedência do ritual do Amaci. Além do amaci conforme descrito anteriormente, ao qual o médium se submete ao entrar para um templo de umbanda, anualmente é feito este ritual com a finalidade de preparar o médium para receber as energias vibrantes do terreiro, além de oferecer ao filho de fé a limpeza de seu campo áurico, bem como confirmar as entidades trabalhadoras da coroa daquele médium. Abaixo estão relacionadas as ervas mais conhecidas e usadas na Umbanda para banhos e outras finalidades:
Xangô - Levante ou Elevante; Quebra-Pedra; Fortuna ; Erva Lírio; Pata de Vaca; Pára-Raio; Gervão Roxo; Manjericão Branco; Erva de Santa Maria; Malva Branca; Sucupira; Limoeiro; Café; Alecrim do Mato, entre outras. Ogum - Espada de São Jorge; Peregum Folhas Amarelas e Verdes; São Gonçalinho; Aroeira; VenceDemanda; Comigo-Ninguém-Pode; Romã; Jurubeba; Mangueira; Pinheiro; Goiabeira; Abacateiro; Canela, entre outras. Obaluaiê (Omulu) - Hera; Canela de Velho; Assa-Peixe; Erva-de-Passarinho; Erva-de-Passarinho; Levante ou Alevante; Jurubeba; Manjericão Roxo; Camomila; Babosa; Mamona Branca; Aroeira; Jamelão; Carnaúba, entre outras. Yemanjá - Manjericão; Colônia; Saião; Levante; Levante; Jasmim; Malva Rosa; Lágrimas de Nossa Senhora; Pata de Vaca; Parreira; Camomila ou Macela; Poeijo; Trevo; Violeta; Boldo; Alaga Marinha; Gerânio, entre outras. Oxossi - Alecrim do Campo; Peregun Verde; Mangueira; Chapéu de Coro; Abre Caminho; VenceDemandas; Jureminha; Erva Doce; Pitangueira; Romã; Sabugueiro; Malva Rosa; Levante; Capm Limão; Violeta, entre outras. Nanã - Erva Quaresma; Manjericão; Agoniada; Mostarda; Agrião; Bertalha; Espinafre; Hortênsia; Cedinho; Erva-Cidreira; Camomila; Beringela; Erva-Mate; Avenca; Jaqueira; Cavalinha, entre outras. Oxum - Jasmim; Erva -Cidreira; Colônia; Agoniada; Camomila; Lágrimas de Nossa Senhora; Erva Doce; 88
Lírio Amarelo; Mamão; Boldo; Vitória-Régia;Gengibre;Melancia;Agrião; Melão; Coentro; Celidônia, entre outras.
Yansã - Pára-Raio; Dormideira; Erva Santa Bárbara; Cana do Brejo; Erva Prata; Gervão Roxo; Anil.; Violeta; Losna; Arruda; Orquídea; Mal-me-quer; Alfazema; Anil; Cipó Azogue; Alfazema de Caboclo, entre outras. Ibeji - Amoreira; Anil; Alfazema; Abre-Caminhos; Parreira; Colônia; Erva-Cidreira; Pitangueira; Camomila; Erva Doce; Cajá; Morango; Capim Limão; Lírio; Benjoim; Tangerina; Fruta de Conde; Hortelão, entre outras. Exú - Vassourinha; Fumo; Babosa; Tiririca; Bananeira; Pinhão Roxo; Vence-Demandas; Vence-Demandas; Comigo Ninguém-Pode; Jurubeba; Jurubeba; Urtiga; Amendoeira; Amendoeira; Bambu, entre outras. Assim como as ervas são importantes para a liturgia e rituais da Umbanda, as frutas também o são, sendo escolhido o seu uso conforme o Orixá a quem se está oferecendo-as. Citamos com exemplo: Oxalá – Oxalá – polpa polpa de coco, pêssego branco, nozes, castanhas e amêndoas, melão branco espanhol (partilha com Oxum). Ogum – Ogum – marmelo, marmelo, laranja, limão. Xangô – Xangô – morango, morango, caqui, cacau, mamão, goiaba. Exu – Exu – amora, amora, manga, laranja azeda, caju, jaca, pomelo. Iansã – Iansã – maçã maçã vermelha, tangerina, laranja-bahia, uva rosa, pitanga, cereja. Oxóssi – butiá, butiá, nêspera (ameixa branca), coco, frutinhas de mato (abiu, bacaba, bacuri, murici, pequi, etc). Oxum – Oxum – pêssego pêssego amarelo, maçã verde, melão amarelo, damasco, nêspera, bergamota ponkan. Obaluaiê/Omulu – Obaluaiê/Omulu – maracujpá, maracujpá, uva preta, jabuticaba, figo preto, cereja preta. Iemanjá – Iemanjá – melancia, melancia, uvas brancas, uva Juliana, pêra.
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AS FOLHAS DOS ÒRIXÁS ORIN EWÈ ( Cantigas de Folhas ): A fi pa burúrú ( Nós usamos para matar complicações complicações ) Etiponlá wa fi pá burúrú ( Erva-tostão nós usamos para matar complicações complicações ) A fi pá burúrú ( Nós usamos para matar complicações complicações ) Etiponalá wa fi pá burúrú ( Erva-tostão nós usamos para matar complicações ) Ita ifá ifá owó, ita omo ( Pitangueira atrai dinheiro, pitangueira atrai filho ) Etiponlá wa fi pá burúrú ( Erva-tostão nós usamos para matar complicações complicações ) ABILZEIRO: - ÌRÓKÒ, OXUM ABRANDA FOGO: - ÈXÙ ABRE CAMINHO: - ÒGÚN e ÒXÓÓSÌ ACÁCIA FUREMA: - ÒXÓÒSÍ AGAPANTO: - ÒÒXÀÀLÀ, ÒÒXÀÀLÀ, NANÀ, OBALUWAIYE OBALUWAIYE AGRIÃO: - ÒGÚN AGONIADA: - OMOLU ÁGUA DE LEVANTE: LEVANTE: - XÀNGÓ, YEMONJA e ÒÒXÀÀLÀ ÒÒXÀÀLÀ AGUAPÉ: - YEMONJA E ÒXUN AKÓKÓ: - ÒSÓNYÌN e ÒÒXÀÀLÀ ALAMANDA: - OMOLÚ ALCAPARREIRA: - OXUMARÉ ALECRIM: - ÒXÓÒSÍ ALECRIM DO CAMPO: - ÒXÓÒSÍ e ÒSÓNYÌN ALFACE: - EGUN ALFAVACA: ÒXÓÒSÍ ALFAVAQUINHA: - ÒGÚN, ÒSÓNYÌN, ÒXÓÒSÍ, YEMONJA, OYA e ÒXUN ALFAVACA ROXA: - NÀNÁ, XÀNGÓ, OMOLÚ ALFAZEMA DE CABOCLO: OXÓSSI, OMOLÚ ALGODÃO: - ÒÒXÀÀLÀ ALTÉIA: - YEMONJA, OXUMARÉ ALUMÃ: - XÀNGÓ, OXUM,ÒGÙN, OBALUAIE AMENDOEIRA: - ÒSÓNYÌN e ÈXÙ AMENDOIM: - ÒSÓNYÌN AMOR DO CAMPO: - ÒXUN AMOREIRA: - ÈXÙ e ÈGÙN ANGELICÓ: - XÀNGÓ, OXUMARE ANGELIM: - ÈXÙ e NÀNÁ ARASSÁ DA PRAIA: - YEMONJA e YEMONJA ARASSA DE COROA: - OXÓSSI ARASSA DO CAMPO: - OXÓSSI ARIDAN: - ÒSÓNYÌN ARNICA: - ÒGÚN AROEIRA: - ÒSÓNYÌN e ÈXÙ AROEIRA BRANCA: - XÀNGÓ AROEIRA ROXA: - XÀNGÓ ARREBENTA CAVALO: - ÈXÙ ARROZINHO: - YEWÀ ARRUDA MIÚDA: - ÈXÙ e ÒXÓÒSÍ 90
ASSA-PEIXE: - ÈXÙ, OBÁ, NÀNÁ, ÒXUN, OMOLÚ AVENCA: - NÀNÁ AZEDINHA: - XÀNGÓ, OXUM AZEVINHO: - ÈXÙ AVINAGUEIRA: - ÈXÙ BABA DE BOI: - OBALÚWÀIYÉ BABOSA: - ÒXUN, OMOLÚ BANANEIRA: - OXUM BAMBU: - OYA, ÉGÚN BARBA DE VELHO: - ÌRÓKÒ BARBA DO DIABO: ÈXÙ BARDANA: - ÈXÙ BATATA DOCE: - ÒXÙMÀRÈ BAUNILHA-DE-NICURI: - ÒSÓNYÌN BEIJO VERMELHO: - XÀNGÓ BELADONA: - ÈXÙ BELDROEGA: - ÒGÚN, ÒXUN, ÒÒXÀÀLÀ , ÒSÖNYÌN , e ÈXÙ BELDROEGA VERMELHA: - OMOLÚ BEM-ME-QUER: - ÒXUN BETE CHEIROSO: - XÀNGÓ e ÒÒXÀÀLÀ BICO DE PAPAGAIO: - XÀNGÓ BOLDO: - ÒÒXÀÀLÀ BOMINA: - OMOLÚ e OYA BREDO SEM ESPINHO: - ÒGÚN, ÒXÓÒSÍ, XÀNGÓ,YEMONJA, OYA e NÀNÁ BRILHANTINA: - ÒXUN BRINCO DE PRINCESA: - ÈXÙ BROTO DE BEIJÃO: - NÀNÁ BUCHEIRA: - ÒSÓNYÌN CABELO DE MILHO: - OXÓSSI CACTUS ( todos ): ÈXÙ CAFÉ DO MATO: - OMOLÚ CAIÇARA: - ÒSÓÓSÍ CAJAZEIRA: - ÒGÚN CAJUEIRO: - ÌRÓKÒ e ÈXÙ CAMARÁ: - OXUM CAMÉLIA: - YEMONJA CAMOMILA: - OXUM CAMPARÁ VERMELHO: - XÀNGÓ CAMBOATÁ: - ÒGÚN CANA-DE-AÇUCAR: - ÈXÙ CANA DE MACACO: - ÈXÙ CANA DO BREJO: - YEWÀ, ÒGÚN, YEMONJA, NÀNÁ e ÒXÙMÀRÈ CANA FITA: - ÒXÓÒSÍ CANELA DE MACACO: - ÒGÚN, YEMONJA, OYA, ÒXUN e ÒSÓNYÌN CANELA DE VELHO: - OMOLÚ CANENA COIRANA: - OMOLÚ CANJERANA: - ÈXÙ CANSAÇÃO: - ÈXÙ e XÀNGÓ CAPEBA: - ÒXÓÒSÍ, XÀNGÓ, YEMONJA, ÒXUN, OYA e NÀNÁ 91
CAPIM LIMÃO: - ÒGÚN e OXÓSSI CAPIXABA: - ÒGÚN CAPIXINGUI: - OMOLÚ CASTANHA DO PARÁ: - XÀNGÓ CAROBINHA DO CAMPO: OMOLÚ CARQUEJA: - ÒXÓÒSÍ e ÒGÚN CARRAPATEIRA: - ÒSÓNÌYN CARRAPICHO: - ÈXÙ,OXOSI, LOGUEDE CASUARINA: - OYA CATINGUEIRA: - ÈXÙ CAVALINHA: - XÀNGÓ OXUMARÉ CEBOLA: - ÒXUN CEBOLA DO MATO: - OMOLÚ CEDRINHO: - NANÃ CELIDÔNIA: - ÒSÓNÌYN CHAPÉU DE COURO: - ÒGÚN CHOCALHO DE CHANGO: - XÀNGÓ CIPÓ CABOCLO: - OXÓSSI CIPÓ CRAVO: - OXÓSSI CIPÓ CHUMBO: - ÒGÚN, ÒSÓNYÌN, OXUM, OMOLÚ CIPRESTE: - NÀNÁN COLONIA: - ÌRÓKÒ, YEMONJA, ÒXUN e ÒÒXÀÀLÀ COMIGO-NINGUÉM-PODE: ÈXÙ CONDESSA: - YEMONJA COQUEIRO DE IRI: OXÓSSI COQUEIRO DE VENUS: - ÒXÙMÀRÈ CORDÃO DE FRADE: - ÒGÚN, OMOLÚ CORDÃO DE SÃO FRANCISCO: - OMOLÚ CORREDEIRA: - ÈXÙ CRISTA DE GALO: - XÀNGÓ, ÌRÓKÒ e ÒGÚN CRIZANTEMO: - OMOLÚCUNANÃ: - ÈXÙ DANDÁ DA COSTA: - ÒGÚN DANDÁ DO BREJO: - YEMONJA DENDEZEIRO: - ÒSÓNYÌN, ÒÒXÀÀLÀ DRAGOEIRO: - ÒGÚN ERITRINA: - XÀNGÓ ERVA CAPITÃO: - ÒXUN ERVA-CIDREIRA (MELISSA ): OXUM ERVA CURRALEIRA: - OXÓSSI ERVA GROSSA: - XÀNGÓ ERVA DE PASSARINHO: - OMOLÚ, ÒGÚN, ÒXÓÒSÍ, ÒXÙMÀRÈ, OYA , ÒSÓNÌYN e NÀNÁ ERVA DE SÃO JOÃO: - XÀNGÓ ERVA MOURA: - OMOLÚ ERVA PRATA: - XÀNGÓ, YEMONJA e ÒÒXÀÀLÀ ERVA PREÁ: - ÈXÙ ERVA DE SANTA LUZIA: - YEMONJA, ÒXUN ERVA-DE-SANTA MARIA: - OXUN ERVA TOSTÃO: - ÒGÚN, OYA, XÀNGÓ e ÒSÓNYÌN 92
ERVA VINTÉM: - ÒSÓNYÌN ESPADA DE SANTA BÁRBARA: - OYA ESPADA DE SÃO JORGE: - ÒGÚN ESPINHEIRA SANTA: - OMOLÚ ESPINHO CHEIROSO: - ÒSÓNYÌN EUCALIPTO: ÒGÚN EWEBI: - ÒÒXÀÀLÀ FEDEGOSO: - ÈXÙ e XÀNGÓ FIGUEIRA PRETA: - ÈXÙ FIXO: - ÒSÓNYÌN FOLHA DA COSTA: - YEMONJA, ÒXUN, ÈXÙ, NÀNÁ e XÀNGÓ FOLHA DA FEITICEIRA: - ÒXUN FOLHA DE BICHO: - ÒÒXÀÀLÀ, ÒGÚN, XÀNGÓ e YEMONJA FOLHA DA FORTUNA: - ÒXUN, ÒÒXÀÀLÀ, NÀNÁ, XÀNGO e ÈXÙ FOLHA DE FOGO: - OYA e XÀNGÓ FOLHA VINTÉM: - ÒXUN e ÒÒXÀÀLÀ FUMO: - ÒSÓNYÌN FUNCHO: OXALÁ GAMELEIRA BRANCA: - XÀNGÓ e ÌRÓKÒ GARRA DO DIABO: - ÈXU GERVÃO ROXO: - OMOLÚ GITÓ: - ÒSÓNÌYN GOIABEIRA: - ÒGÚNe OXÓSSI GRAVIOLA: - YEMONJA, OXUN, OXUMARE GROSELHA: - ÒXÓÒSÍ GRUMIXAMEIRA: - ÒGÙN GUABIRA: - ÒSÓNÌYN GUACO: - ÒÒXÀÀLÀ e OXÓSSI GUARABU: - ÒGÚN GUANDO: - OXUN GUARAREMA: - OMOLÚ GUAXIMA ROSA: - OXÓSSI GUINÉ: ÒGÚN, OYA e OXÓSSI HELICÔNIA: - ÒGÙN HISSOPO: - OXÓSSI HORTELÃ BRAVA: OMOLÚ HORTELÃ DA HORTA: - OYA INGAZEIRO: - ÒXÓÒSÍ,OXUMARÉ INHAME: - ÒÒXÀÀLÀ INHAME ACARÁ: - XÀNGÓ IPÊ AMARELO: - OXUN IRIRI: - ÌRÓKÒ IVITINGA: - ÈXÙ JABORANDI: - OYA e OYA JABOTICABEIRA: - ÒGÙN JACATIRÃO: - OXÓSSI JAMBO: - ÒXUN e ÒGÙN JAMELÃO: - ÈXÙ 93
JAQUEIRA: - ÌRÓKÒ e XÀNGÓ JASMIM: - YEMONJA JASMIM MANGA: - ÒXÓÒSÍ JARRINHA: - ÒXUN, NÀNÁ, YEMONJA, OYA e XÀNGÓ JATAI: - ÒGÙN JATOBÁ: - ÒGÚN JENIPAPO: - OMOLÚ JEQUIRITI: - ÒSÓNYÌN JITIRINA: - ÒÒZÀÀLÀ JUAZEIRO; - ÈXÙ JUCÁ: ÒGÚN JURUBEBA: - ÈXÙ, ÒSÓNYÌN e OXÓSSI LACRE: - IYA LÁGRIMA DE NOSSA SENHORA: - YEMONJA, ÒXÓÒSÍ, ÒSÓNÌYN LARANJEIRA DO MATO: - ÈXÙ LEITEIRA: - XÀNGÓ LIMÃO BRAVO: - ÒGÚN LÍNGUA DE GALINHA: - OYA, NÀNÁ e ÒSÓNYÌN LÍNGUA DE VACA: - ÒGÚN , ÒXÓÒSÍ, OXUMARÉ LOSNA: - ÒGÚN LOURO: - ÒÒXÀÀLÀ, OYA MACAÇA: - YEMONJA, ÒXUN e ÒÒXÀÀLÀ MACAÉ: - NÀNÁ MACONHA: - ÈXÙ MÃE BOA: - ÌRÓKÒ, YEMONJA, NÀNÁ, OXUM MALMEQUER: - ÒXUN, OYA, ÒGÚN e ÒSÓNYÌN MALVA BRANCA: - ÒXUN, YEMONJA e ÒÒXÀÀLÀ MALVA CHEIROSA: - XÀNGÓ MALVA DO CAMPO: - OXÓSSI MALVARISCO: OXÓSSI MALVA ROSA: - OYA MAMÃO BRAVO: - ÈXÙ MAMOEIRO: - ÒÒXÀÀLÀ MAMONA: - OMOLÚ , ÒSÓNYÌN e ÈXÙ MAMONA VERMELHA: - ÒSÓNYÌN MANACÁ: - NÀNÁ e ÒÒXÀÀLÀ MANGUEIRA: - ÒGÚN e ÈXÙ MANJERICÃO: - ÒXUN, XÀNGÓ e ÒÒXÀÀLÀ MANJERICONA: - OXUM MANJERONA: - OMOLÚ e ÒÒXÀÀLÀ MANJERIOBA: - ÈXÙ MARACUJÁ-CAIANO: - OYA MARAVILHA BONINA: - OYA MARIA MOLE: - ÈXÙ MARIA PRETA: - NÀNÁ MARIAZINHA: - ÒXÙMÀRÈ MARICOTINHA: - YEMONJA MATA CABRAS: - ÈXÙ MATA PASTO: - ÈXÙ 94
MELÃO DE SÃO CAETANO: - NÀNÁ, XÀNGÓ MELANCIA: - YEWÀ MELISSA: - ÒXUN MILAME: - ÒXUN e ÌRÓKÒ MILHO: - ÒXÓÒSÍ MOLOLÔ: - OMOLÚ MORANGUEIRO: - XÀNGÓ MULUNGU: - XÀNGÓ MURICI: - ÒXÓÒSÍ MUSGO: - OMOLÚ MUSGO DA PEDREIRA: - XÀNGO MUSGO MARINHO: - YEMONJA MUSSAMBE: - ÈXÙ MUTAMBA: - ÒXUN, OYA, ÒXÙMÀRÈ, NÀNÁ, ÒGÚN e XÀNGÓ NARCISO: - ÒSÓNÌYN NEGA MINA: - OYA, XÀNGÓ XÀNGÓ NICURIZEIRO: ÒXÓÒSÍ NOZ MOSCADA: - ÌRÓKÒ,XÀNGÓ ÌRÓKÒ,XÀNGÓ OBI: - ÒSÓNYÌN OGBO: - ÒSÓNYÌN OJUORO: - YEWÀ ORA-PRO-NOBIS: - ÈXÙ ORIPEPE: - ÒXUN ORIRI: - ÒXUN OXIBATA: - ÒXUN e YEMONJA PAINEIRA: - ÒÒXÀÀLÀ,OMOLÚ PALMEIRA AFRICANA: - ÈXÙ PAPO DE PERU: - YEMONJA PANACEIA: - XÀNGÓ PARA-RAIO: - XÀNGÓ e OYA PARIETÁRIA: - YEMONJA, OYA, ÒXUN, XÀNGO e ÒXÙMÀRÈ PARIPAROBA: - OXÓSSI PATA DE VACA: - YEMONJA PATIÓBA: - ÒSÓNYÌN PAU D'ALHO: - ÈXÙ PAU PEREIRA: - XÀNGÓ PAU ROSA: ÒGÚN PAU SANTO: - ÈXÙ PÉ DE PINTO: - ÒGÚN PENTE DE OXUMARÉ: - ÒXÙMÀRÈ PEREGUN: - ÒSÓNYÌN, ÒGÚN, OYA e ÒXÓÒSÍ PERPÉTUA: - ÈXÙ PESSEGUEIRO: - XÀNGÓ PICÃO DA PRAIA: - ÈXÙ PIMENTA DA COSTA: - ÈXÙ PIMENTA MALAGUETA: - ÈXÙ PINHÃO BRANCO: OYA e ÈXÙ PINHÃO ROXO: - OYA e ÈXÙ PITANGATUBA: - OXÓSSI 95
PITANGUEIRA: - ÒSÓNYÌN e ÒXÓÒSÍ PIRI-PIRI: - ÒGÚN PIXIRICA: - ÈXÙ POINCÉTIA: - ÒGÚN PORANGABA: - ÒGÚN QUARESMA: - NÀNÁ QUABRA-PEDRA: - ÒSÓNYÌN QUIABEIRO: - XÀNGÓ QUIOCO: - ÒXUN QUITOCO: - OMOLÚ QUIXAMBEIRA: - ÈXÙ e ÈGÙN RABUJO: - OMOLÚ RAMA DE LEITE: - ÒXUN, NÀNÁ, YEMONJA, OYA e ÒXÙMÀRÈ ROMANZEIRO: - XÀNGÓ SABUGUEIRO: - OMOLÚ SAIÃO: - ÌRÓKÒ e ÒXÓÒSÍ SALSA DA PRAIA: - YEMONJA SÁLVIA: - OXALÁ SAMAMBAIA: - NÀNÁ SANGUE DE DRAGÃO: ÒGÚN SANGOLOVO ( CANA DO BREJO ): YEWÀ e ÒÒXÀÀLÀ SANTA BARBARA: OYA SÃO GONÇALINHO: - ÒXÓÒSÍ e ÒGÚN SEMPRE VIVA: ÈXÙ SENSITIVA (DORMIDEIRA): - OYA, XÀNGÓ SETE SANGRIAS: - OMOLÚ SUSPIRO ROXO: - XÀNGÓ TAQUARAÇU: - XÀNG;O, ÈGÙN TAIOBA BRANCA: OYA, ÒXUN, NÀNÁ, ÒXÙMÀRÈ, YEMONJA,XÀNGÓ TAJUJÁ: - ÈXÙ TAMARINDEIRO: XÀNGÓ TAMIARANGA: - ÈXÙ TANCHAGEM: - ÒGÚN TAPETE DE OXALÁ: - ÒÒXÀÀLÀ TAPIXIRICA: - ÈXÙ TAYUYA: - ÈXÙ TINHORÃO ROXO: - ÈXÙ TINTUREIRA: - ÈXÙ TIRIRICA (DANDÁ-DA-COSTA): - ÈXÙ TRAVESCÂNIA ( BROTO DE FEIJÃO PRETO ): - NÀNÁ TROMBETA: - OYA UMBAÚBA: ÒGÚN, YEMONJA e XÀNGÓ UMBU: - OXALÁ URTIGA: - ÈXÙ URUCUN: XÀNGÓ VASSOURINHA DE RELÓGIO: - ÒXUN VELAME: - OMOLÚ VENCE DEMANDA: - ÒGÚN, XÀNGÓ e ÒÒXÀÀLÀ 96
UNHA DE VACA: - YEMONJA VIUVINHA: - Pertenca a todas Yabá. XIQUEXIQUE: - ÈXÙ e XÀNGÓ. OBSERVAÇÃO: As folhas de OXOSI podem ser usadas para OXUN e as de OBALUAIE para NANA e vice-versa.
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ERVAS SAGRADAS “Eró euè” Eró euè (segredo das folhas) ou ervas, são indispensáveis no conteúdo nas “Obrigações ritualísticas”aos Òrìsàs. A teoria da correspondência correspondência mística mostra-nos que cada planta representa r epresenta um Òrìsà, como várias delas representam vários Òrìsàs. Na vida ou existência existência das plantas plantas entram fatores diversos a mantê-las e, e, por está razão, razão, elas crescem crescem e se desenvolvem sob a égide da proteção divina; recebendo os fluídos positivos e benfazejos que emanam de “Olóòrun” (Deus), as ervas (folhas) armazenam substâncias relac ionadas com cada Òrìsà, e essas substâncias se denominam fluídos da energia astral. Como também posso citar o conceito dado por um amigo de S. Paulo, referente as ervas (Pai Paulo de Xangô) e que gostei muito, conforme a sua descrição: “As ervas de Òrìsàs se dividem em 3 partes primordiais, a saber:
EXEMPLO DE ERVAS SAGRADAS : Assim, cito algumas ervas mais u sadas e conhecidas nos rituais de “Obrigações” “Obrigações” e liturgia da “Linhagem Nagò e no NagòNagò -Vodun”, são: Alecrim = Pertencem à Òòsààlà e nas obrigações de caboclo a Òsóòsi Boldo = Tapete ou Alá de Òòsààlà. Algodão = Folhas pertencem ao Òòsààlà, bem como, as cachopas de algodão aplicado em sua obrigação, principalmente no seu assentamento. assentamento. Saião => Folha da Costa = Pertencem a Òsún e ao Òòsààlà. Insenso = Folhas, pertencem aos Ibeijes e ao Òòsààlà. Cardomomo Cardomomo => Colônia = É indispensável indispensável em qualquer “obrigação de cabeça”, seja qual for o Òrìsà, é de Òòsààlà. Manjericão = Miúdo, branco, pertence à Òòsààlà. Manjericão => Roxo = Pertencem à Xapanã, Sakpata e a Sòngó. Alevante = Erva ultraprivilegiada, entra obrigatoriamente em qualquer ritual de feitura e em outras obrigações para qualquer Òrìsà. Pertencem à Òòsààlà e Sòngó. Hortelã = É a principal erva de Òsónyìn e com essa erva “Ele”realiza um “eró”. Também pertencem à Sòngó e Òòsààlà. Girassol = Planta extraordinária, extraordinária, propriedades mágicas sua flor no “ Àse de Búzios” na Linhagem de Oyó de Pelotas, quando da apresentação, entrega do Àse, o mesmo, vai dentro da flor do girassol e a bandeja toda forrada com algodão e com as guias correspondente ao Àse , no Óbori de qualquer Òrìsà, banhos e suas sementes como defumação para prosperidade. É de Òrunmìlà / Yfá / Òòsààlà. Barba-de-pau = É um musgo de árvore, não se dispensa em qualquer tipo de obrigação. É de Òòsààlà velho, Xapanã, Sakpata (velhos). Inclusive na Linhagem de Oyó se utiliza de cama, tanto para Òòsààlà como também para Óbara Ajelu. Musgo de pedreira = É de Sòngó Ogodò => Òrìsà da justiça. Erva-de- bugre bugre = Tem a mesma mesma aplicação aplicação da “aroeira”, “aroeira”, nos trabalhos de limpezas pessoais pessoais e casas, casas, não se pode usar em em filhos de Sòngó e nem de Òòsààlà. Òòsààlà. Está erva pertence à Ògún, não não se admite faltar nas obrigações de cabeça aos filhos deste Òrìsà e banhos de descarrego. descarrego. Usa-se também em molhos dependurado dependurado em casa, lado externo, contra coisas negativas, trocando quando seca. Não se queima essa erva! Aroeira = Pertence à Ògún, se utiliza em limpezas li mpezas pessoais pessoais (menos em filhos de Sòngó e Òòsààlà) e domiciliares, se usando os galhos. O fruto é um eró (segredo) pertence ao Óbara Elégbá. Margarida = Pertence à Òsún, se usa na feitura de Óbori. Erva-Cidreira = Pertence à Òsún, se usa na feitura de Óbori. 98
Alfavaca = Pertence à Òòsààlà e Sòngó. Fumo = É denominada folha Santa, pelo fato de ter várias aplicações. Usa-se em defumação, banhos de descarrego. Pertence à Òsónyìn ( como roupa, vulto ou no seu assentamento quando for Otá) e de Xapanã. Erva-de-Santa Luzia = Pertence a Yemonja e Òòsààlà. Não se dispensa nos banhos e Óbori e àse de de búzios. Eucalipto = Pertence à Sòngó e Agonjú. A variedade fêmea aplica-se em banhos para eliminar maus fluídos. A variedade cheirosa é aplicada nos Óbori desses Òrìsàs. Musgo marinho = Pertence à Yemonjá, aplica-se em banhos. Algas marinho = Pertence à Yemonjá, assentamento, Óbori. E de Olóòkum. Figueira do mato = Pertence à Òsónyìn e Sakpata / Xapanã. Cipreste = Pertence à Nanã. Tem sua aplicação nos Óbori dos filhos de Òsún velhas; que atualmente assume a maternidade dos filhos de Nanã na Linhagem Nagò, No Nagò-Vodun, é feito aos filhos de Nanã. Erva-de-passarinho Erva-de-passarinho = Pertence à Ode / Òtin. Erva-prata = Pertence à Oya.. Carqueja = Pertence à Nanã e a Oya, como também à Xapanã. Manga (folhas) = Pertence à Obá e para alguns Ògúns. Orò = Planta de origem da Guiné, a qual, obteve o nome aqui no RS. d e “Oro”, entra em todas as obrigações de feitura e nos banhos para prosperidade. Trevo-de-quatro folhas = É de todos os Sòngós e Agonjú. Abóbora (folhas) = Pertencem à Oya e Obá. Na feitura de Óbori. Cana-do-brejo = Pertence à Obá. Salsa = Pertencem à Oya, Obá e Nanã. Pitangueira = Pertencem à Oya, Ode / Òtin. Catinga de mulata = Pertencem à Ode / Òtin. Quebra-pedra = Pertence à Sòngós e Agonjú. Pata-de-vaca = Pertencem à Oya e a Ògún. Mangerona = Pertence à Òsún e Ibeije. Moganga = Pertence à Òsónyìn e Oya. Fortuna = Pertencem `a todos os Òrìsàs. Feitura de Óbori. Alfazema = Pertence à Òsún. Café = Pertence à Xapanã / Sakpata. Gervão = Pertence Óbara e Xapanã / Sakpata. Funcho = Pertencem à Òsún e no assentamento assentamento de Óbara Ajelu. Picão = Pertence à Xapanã / Sakpata. Erva-de-bicho = Pertence à Xapanã / Sakpata. Guanxuma = Pertence à Xapanã / Sakpata. Abacateiro = Pertence à Òsónyìn. Alface = Pertence à Ode. E Yemonjá. Cipó ouro = Pertence à Òsún. Existe milhares de ervas e com certeza, todas tem sua aplicação e seu s eu Òrìsà.
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>> SABÃO DA COSTA << “OSE” Sabão de origem da Costa do golfo da Guiné, África. Send o que, na África tem o nome de “ose”, com a cor escuro, mole e perfumado, usado em “Rituais” tanto na África como no Brasil nos Cultos Afro Brasileira. Este sabão é muito importante, cuja composição original é conservada secreta, hoje, existe muito sabão falsificados, é uma pena, porque é um sabão muito usado nas ocasiões em que antecede a qualquer tipo de banho ritualístico, muito aconselhável à usa-lo sempre, ao menos duas vezes por semana, excluindo-se às sextas-feiras, sábados e domingos, sendo utilizado antes de dormir, para descarregar maus fluídos adquiridos durante o dia, obtendo um sono tranqüilo. De modo geral, o banho é feito desde os ombros até os pés, sem tocar na cabeça. Só se utiliza util iza para lavar a cabeça com sabão da Costa juntamente j untamente com sabã o de côco, quando desejamos aliviar a “mão”de alguém, que por ventura tenha colocado a mão na cabeça de uma pessoa. Quando terminar o banho, devemos ter junto uma vasilha com água com açúcar e largar nos quatros cantos do Box, evitar larvas negativas à outrem outr em . O sabão da Costa é utilizado na preparação inicial de okutás e utensílios de um “Ritual de Obrigação”, com a finalidade de eliminar todos os maus fluídos e larvas negativas, tornando os objetos virgens e purificados para receber o Àse (força do Òrìsà) à ser feito e assentado. A minha velha e saudosa amiga Mãe Joana de Xapanã, através de seu Òrìsà, me deixou algo muito importante com relação a aplicação do sabão da Costa. “Ele” me ensinou que antes de qualquer tipo de serviço e na falta de banho de quebra, devemos usar o sabão da Costa, e que também aplicar sua espuma e deixar por alguns minutos em exumes e feridas que custam a fechar, depois realizar um serviço, principalmente em feridas, tirando a espuma com água fervida ou sôro fisiológico, secando o local e colocando azeite de dendê (epô) morno, cobrindo o local com folhas de baga (mamoneiro) e amarrando as mesmas com fitas mimosa rosa e verde, repetindo o processo durante o dia quantas vezes for necessário, até completar 7 dias. É verdade, o sabão da Costa é bom, mas, aquele Òrìsà era maravilhoso ! Quem viu, nunca mais verá! E quem não viu, nunca verá! Uma Mãe ! E um “Xapanã”com tantos conhecimentos. Aí! Que saudades da minha “Velhinha Beijoqueira”!
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>> SIGNIFICADO DE CADA BANHO E COMO UTILIZAR << “Amáãsi – Omíeró – Omíeró – Omíesé” Omíesé” AMÁÃSI = (“amáã”= hábito, costume; “si”= pôr para dentro) = Líquido (ariorò) preparado com folhas sagradas, maceradas no pilão ou com as mão, depois adicionando a água da quartinha do qual, Òrìsà estamos preparando o amáãsi, deixando repousar e clareando com velas brancas junto com o “mace”= (bagaço) durante sete dias o “Peji”. Após, ter passado o tempo t empo de cura é coado e dividido em três partes: 1a) É destinado a banhar a cabeça do iniciado = amáãsi ni ori = ni= em, sobre; ori= cabeça. 2a) Para banhar o Otá e utensílios. 3a) Para banhar as patas e chifres dos animais a serem sacrificados, bem como, as patas das aves. aves. O grande segredo “Eró” está na composição do “amáãsi”. As folhas são as do “ Òrìsà, Oló Ilé ”(Òrìsà, dono da casa) + as do Òrìsà da pessoa iniciada + as de Òsónyìn (o deus das folhas). Este é o banho que chamamos de purificatório na cabeça do iniciante na “Religião Afro -Brasileira. Quero ressaltar que antes de realizar o amáãsi, o iniciado deverá fazer todos os banhos de limpeza corporal, como o banho de descarrego ou de àgbo, bem como, a limpeza com ave ou carne. Uma observação muito importante, “nunca devemos cozinhar as ervas do amáãsi”. As ervas (folhas) deverão ser colhidas ao clarear do dia, pedindo sempre licença ( agò) ao Òrìsà Òsónyìn; logo após, escolhidas e lavadas uma por uma, ao qual o Òrìsà serão empregadas; não existe amáãsi coletivo. A pessoa ou Feitor (a) que irá realizar este ritual, deverá antes fazer seu banho normal e colocar roupa branca, para depois serem maceradas as ervas no “Peji”. As mãos de quem faz o amáãsi devem ser bem lavadas e desinfetadas, desinfetadas, digo limpas. Atenção : O ritual de preparar o amáãsi para outrem é pôr já a mão na cabeça de outro. E para pôr a mão na cabeça de alguém é só o Feitor (a) e é preciso ter Àse e Fundamento, e muita licença. Porque, em caso de erro, irá repercutir no andamento da “Obrigação” e na vida religiosa da pessoa (iniciante). Cuidado e cautela, porque, o menor erro no amáãsi poderá produzir distúrbios mentais perigosíssimos, etc... Não errem para que depois não venham outras pessoas, mesmo de religião, dizer que você errou, ou outros, dizer que o africanismo é uma fábrica de loucos e de pessoas frustradas. Tem que se ter muita cautela e humildade, pois trata-se do primeiro ritual que a pessoa irá fazer na Religião, e a mesma, deposita muita fé e confiança no Feitor (a), pois o mesmo, deve respeitar o próximo, ou seja, a pessoa cura, etc... A cerimônia do ritual do amáãsi é colocado com uma jarra ou quartinha (exclusivamente para este afim) lentamente na cabeça do iniciante, e com a mão do Feitor (a) vai aplicando o amáãsi e solicitando tudo bom para o novo filho do Ilé e também chamando pelo Olóri Òrìsà da pessoa; a baixo da cabeça do iniciante, fica uma bacia, para que o preparado não caia no chão. Depois enrola-se enrola-se um pano branco na cabeça do iniciante ( uns chamam de “ojá”outros de “tussú” conforme a Linhagem), a partir deste momento, o iniciante, já pode ser considerado um filho de Òrìsà. O iniciante fica recolhido ao Ilé no prazo determinado pelo Feitor (a); depois o iniciado deve evitar por três dias ter relações sexuais, raios solares, sereno e chuva na cabeça. Após ter realizado este ritual, o primeiro passo a seguir é realizar o rito do “Oribibó”, está Obrigação, é solicitando à permissão ao Bàbá Òòsààlà e que, o mesmo, entregue a cabeça ao verdadeiro Olóri dão iniciante; este ritual tem que ter os ìgbins (chamado de boi de Òòsààlà) e pombos brancos. 101
E logo a seguir o ritual do “Óbori”, e assim por diante. Este é o processo e o ritual que realizo em meu Ilé, hoje, é muito difícil as pessoas se submeter a este ritual rígido, isto reflete, de se possuir nos novos adeptos para o Ilé. Só nesta atitude já é realizado a triagem dos novos adeptos ao Ilé. “OMÍERÓ”= (Omí = água; eró = segredo; água do segredo). Tem muitos chamam de “Mieró”= (Mi= neste sentido é mexer de leve; eró= segredo; mexer de leve o segredo).Deixo que vocês escolham e vejam qual é o mais correto! Existem várias maneiras de se realizar o “omíeró” e sua utilização. Sendo o seu ritual inicial igual ao do amáãsi. No preparo, existe as diferenças de um para o outro. “Omíeró”é o cozimento de folhas, após ter fervido a água é colocado as folhas e abafado na panela até esfriar, serve para banhos ou lavar a cabeça em casos especiais, bem como, lavar as residências ou estabelecimentos comerciais. A lavagem da cabeça com “omíeró”, não importa em compromissos de iniciação e pode e é, muitas vezes, aplicadas aos profanos por motivos de doenças ou outras causas. Omíeró, não é feito sempre de igual modo, dependendo do fim e da divindade invocada aquém aquém se pede ou se oferece o cerimonial. Passo à vocês, aqui um dos mais completos: Compõe- se de “manjericão, alevante, imbiri, parreira, amora, malva cheirosa, folhas de inhame e folhas de fortuna ou saião”. Depois de realizado a operação deve ser despachado em lugar determinado pelo Feitor (a). Uma prática muito utilizada é na lavagem de cabeça como limpeza da mesma, para tirar a mão de um Feitor (a) ou de mão de egungun, etc... Por isso, que chamamos d’água do segredo, já nestes casos as folhas à ser utilizadas são outras ! Esse tipo de ritual assemelha-se assemelha-se muito com o “amáãsi”, devido sua grande sua grande versatilidade de utilização mas, tem muita gente que confundem um com outro, cuidado! “OMÍÀSE” ou que muitos dizem OMÍESÉ = Omíàse quer dizer “água da força divina dos Òrìsàs. Muitos dizem: “Omíàse eró Bàbá Ilé”. É um certo tipo de “omíeró”, após de após de feito é adicionado as águas das quartinhas dos Òrìsàs ou pode ser de um só Òrìsà, conforme for o caso; também para banhos ou lavagens e purificação de okutás e utensílios de Òrìsàs. É tão empregado quanto o sabão da Costa, cuja sua composição é conservada secreta, tal como a do Ori epô (manteiga de Òòsààlà) os verdadeiros , até hoje, são importados da África. Os que existem por aí! São na sua maioria falsificados, inclusive na Bahia. Assim o “Omíàse, também é algo de muito secreto do Feitor (a), porqu e vária muito na sua composição de Òrìsà para Òrìsà; mesmo após o sacrifício de animais de quatro pés, na limpeza de seus Otás ou Etás e, após dar o ossé, epô para quem é do epô, mel para quem é do mel ou dar à determinados Òrìsàs que são do epô e mel. Porque, muitos Feitores não deixam o seu filho ver a levantação, porque, aí mora um dos segredos, mesmo, você levando-os para sua casa, você não saberá conduzí-los e tratá-los. trat á-los. Você não viu na primeira p rimeira Obrigação (corte e levantação) como foi realizado, com certeza, você irá dar com a cabeça nas pedras! Por que aí está o grande eró do Feitor (a), neste momento é criado o feitiço para o próprio filho, caso ele não tenha percebido, por isso eu digo: A curiosidade é uma virtude e não um defeito!? O Feitor (a) dá se quer o segredo (eró) de sua feitura, por isso, muita gente come pela mãos dos Feitores e patina na vida religiosa. Esse direito, o Feitor (a) tem, de fazer diferente à cada filho de Òrìsà, e assim é, em cada fase da Obrigação, porque, nem uma é igual a outra. Há! Você não viu, não observou, paciência, então solicite ao seu Feitor (a) o seu segredo!
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>> OS BANHOS DE DESCARGAS OU QUEBRA << Em qualquer “Ritual” na “Religião de origem Africana”, não é realizado nada sem primeiro fazer o banho de descarrego ou de quebra, seja qual for a necessidade, é o primeiro passo para conseguirmos nossos objetivos, quer seja em trabalhos ou na feitura de uma pessoa na Religião Africana. Antigamente, era normal se realizar em primeiro pri meiro lugar os banhos de descarrego ou de quebra à uma pessoa; hoje, nem todos fazem esse “Rito”, dizem que é perca de tempo, passam uns pacotes e deu ! A princípio, irei dar um exemplo da importância dos banhos de descarrego ou de quebra: Você é convidado para ir uma festa, primeiro você toma um banho normal de rotina, para depois vestir a roupa nova, certo! Você não coloca a roupa nova em corpo sujo, correto! Está aí ! Porque, na Religião Africana, em primeiro lugar se realiza os banhos de descarrego, primeiro se limpa, li mpa, para depois se realizar qualquer trabalho ou feitura. O banho de descarga mais usado é feito com ervas positivas, variando de acordo com os fluídos negativos que a pessoa está carregando e de acordo com o Òrìsà que a pessoa traz no seu “Ori” ( cabeça), ou seja, o seu “Olóri. O banho de descarga com ervas deve ser tomado após o banho de rotina e antes de dormir e, de preferência utilizar sabão da Costa antes, para a limpeza do corpo, após isso, então toma-se toma -se o banho de ervas, isto na vida normal e para qualquer realização ritualística. O banho não deve ser jogado brutalmente no corpo, devemos utilizar uma esponja nova e ir massageando massageando de cima dos ombros para baixo. De modo geral, o banho é feito do pescoço para baixo até os pés, sem tocar na cabeça. A finalidade dos banhos descarrego é: “O banho de ervas é a renovação do “corpo” e da “alma”, pois quando o corpo se sente bem e se acha refeito do cansaço,etc..., a alma fica também mais apta a vibrar harmoniosamente”. Exemplo: Moisés, o grande legislador hebreu, impôs o uso do banho de ervas aos seus seguidores. Na Índia, há o banho sagrado sagrado no “Ganges”. “Ganges”. Em Roma Augusta Augusta o banho de ervas era era um exercício alegre alegre e dedicado aos aos deuses, principalmente à “Dionisus e Baco”. Na África, a água é tida d e grande poder, força e de magia. Vemos até hoje as águas de Òòsààlà, no ritual. As águas das quartinhas e tigelas nos Pejís, além de outras magias com água.
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>> BANHO DE ÀGBO << “Abô” CONCEITO: Água das quartinhas dos Òrìsàs ou de um determinado Òrìsà, contendo ervas sagradas maceradas (Ariorò = líquido; Mace = resíduos das folhas) e de sangue de aves. Serve para banhos purificatórios tanto para “ààbò” (proteção) => (infusão de mistura de folhas para fins medicinais) e também como de descarrego. Apesar, de ser rito um de alto custo, mas com grande utilidade ritualística, às quais iremos citar algumas no decorrer deste. O resultado obtido na aplicação do “Àgbo”, são excelentes, até substituindo muitas vezes uma troca, etc... PREPARO DO ÀGBO: Este preparo consiste numa alquimia (mistura mágica) de “amáãsi” e com a finalidade do “omíeró”. O “àgbo”, inicialmente, é feito da mesma forma que o “amáãsi”; não esquecendo, esquecendo, que o “amáãsi” é um banho preparado preparado exclusivamente exclusivamente para a lavagem lavagem da cabeça cabeça , feitura do iniciante; já “omíeró” tem outras finalidades, seria um àgbo sem sangue de animais. Muito Muit o usado no ritual de limpezas de objetos, okutás para transformação transformação em otás ou etás, etás, considerados considerados sagrados e mágicos. O banho de descarrego; descarga ou de quebra, tem como finalidade livrar o individuo ( clientes antes de qualquer trabalho, pré-iniciantes pré-iniciantes de qualquer feitura na “Religião”, bem como, quando uma pessoa sai de uma casa e vai para outra casa de religião, tirar mão de Egungun, etc...) de fluídos negativos. Já o outro banho de “Àgbo” “Àgbo” para levantar levantar e atrair as boas boas vibrações magnéticas magnéticas almejadas almejadas , é composto com outros tipos de ervas sagradas e normalmente é realizado r ealizado com um casal de pombos brancos ou um casal de “atum => angolista”. O banho de àgbo é composto de “ervas sagradas” com grande poder mágico, são de várias qualidades tanto para se realizar a quebra como levantar uma pessoa de doenças, situações financeiras problemáticas, situações amorosas, etc... Devemos adicionar ao suco (Ariorò) pembas raladas de todas as cores menos a preta, depois realizar o sacrifício do animal ou ave (s) indicada pelos os Òrìsàs; após o corte, a ave irá para cozinha para ser preparada e seus seus esés ( inhálas inhálas ou inhélas) também.. No àgbo, deve-se deve-se ascender ascender velas de Óbara Óbara à Òòsààlà, em em volta da bacia bacia onde está depositado depositado o ariorò, para este ganhar ganhar forças e clareando clareando o mesmo, as velas devem devem ser todas de sete dias brancas, brancas, só quando quando queimarem totalmente é que o banho de àgbo poderá ser usado pelo necessitado. Este banho deve ser tomado em frente aos Òrìsàs e, em determinados casos da cabeça aos pés e, a pessoa que recebe o banho não pode se secar. Em outros casos, o banho deve ser realizado em um riacho de águas limpa, com a pessoa dentro d’água. Como diziam os “Negros Velhos” da Zona Sul do Estado -RS. O banho àgbo é como nem “tiro dado, jacu deitado” (ditado do Pampa Pamp a Gaúcho). É verdade, hoje, as pessoas já não sabem distinguir a diferença e a utilização utili zação dos banhos, e sua grande importância e influência que as ervas possui em nossa vida e no “Ritual Religioso”. É como diziam os “Velhos”: O amáãsi é o primeiro batismo! batism o! Òsónyìn, com o poder de suas ervas, antecede ao Óbara no “Ritual”. Mas, hoje, por muitos é ignorado, só interessa o lado financeiro! Talvés seja um dos grandes motivos, que não tenho mais do que 5 “filhos de Òrìsàs”, porque, no meu Ilé o “Ritual e Obrigações” sempre estão em primeiro lugar, e só realizo uma “Obrigação”dentro dos ritos antigos; o que, muitos não querem se sujeitar, ou seja, a pré-preparação para qualquer iniciação.
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>> DEFUMAÇÕES, PESSOAIS E DE AMBIENTES << CONCEITO: Entre vários conceitos existentes, me atrevo a dizer que as defumações vem desde os tempos mais remoto, ou seja, dos homens das cavernas, com a queima de ervas e na transformação de ambientes, devido, aos aromas das ervas. Como todas as religiões, seitas e dogmas, usa-se também desse veículo, ao qual damos o nome e vulgarmente dito pelo povo de “defumação” que tem uma atribuição de manter o equilíbrio no ambiente familiar ou de trabalho. As “defumações” realizam uma limpeza física e espiritu al de ambientes e de pessoas pode ser coletiva ou pessoal. Usamos Usamos um utensílio chamado chamado de “defumador”e, “defumador”e, no mesmo, colocamos colocamos as brasas de carvão vegetal, sendo que a função do carvão em brasa é de atrair as vibrações negativas, enquanto que as ervas irão atrair as vibrações positivas. É verdade, existem, para cada objetivo que se tem ao fazer-se uma defumação, diferentes tipos de ervas, que associadas, permitem energizar e harmonizar ambientes, bem como, pessoais, pois ao queimá-las, produzem aromas aromas agradáveis ou ou desagradáveis desagradáveis ao mundo físico físico invisível, e que põem em fuga algo perturbadores de de vibrações inferiores. inferiores. “DEFUMAÇÃO PESSOAL” = É = É a providência que se toma para atrair para si algo de positivo, utilizar as ervas correspondente ao seu Òrìsà ou de seu “signo”. Como realizar, peça à uma pessoa que prepare as brasas e ervas, ervas, enquanto a pessoa pessoa toma um banho com sabão sabão da Costa, Costa, depois de seco seco e completamente completamente despido, faz-se com o defumador a defumação, bem demorado, dentro do próprio banheiro e, depois coloque uma roupa limpa. A defumação será despachada na rua em um verde por outra pessoa. Defumações correspondente correspondente aos signos e suas ervas: Capricórnio – Capricórnio – Touro – Touro – Virgem Virgem = Ervas: Estoraque e benjoim. Peixes – Peixes – Câncer – Câncer – Escorpião Escorpião = Ervas : Benjoim; mirra e outras... Aquário – Aquário – Gêmeos – Gêmeos – Libra Libra = Ervas: Musgo de pedreira, manjericão. Áries – Áries – Leão – Leão – Sagitário Sagitário = Ervas: Gengibre ralado e seco, urucum (sementes). “DEFUMAÇÃO DE AMBIENTES” = Realizamos = Realizamos da seguinte maneira, feche todas as portas e janelas; coloque um copo com água na porta de d e entrada e junto uma vela branca acesa, sendo que, na porta de entrada a mesma fica semi-aberta; devemos passar com o defumador dos fundos para frente da casa ou do estabelecimento estabelecimento comercial e, em todas os locais que tiver torneiras devemos deixar correr um filete f ilete de água, ao sair pela porta da frente, apague as brasas com a água do copo e a vela que estava atrás da porta de entrada, despachando os resíduos na natureza ( no verde ou em água corrente), depois feche as torneiras que estavam abertas e abra as portas e janelas da casa ou do estabelecimento comercial. Defumações à ser realizadas em casas ou locais comerciais: “Benefício à mediunidade”: Malva cheirosa; gerânio. “Magia amorosa”: Flor de laranjeira; sempre viva; amor agarradinho. “Afugenta os maus espíritos”: Palha de alho; arruda; casca de cebola; losna; los na; guiné; pitangueira; manjericão; folhas de café. “Destruidor de larvas astrais”: Arruda; canela; cipó; guiné; ipê-amarelo; urtiga e manjericão; quebratudo; palha de alho. “Proteção e limpeza”: Alfazema; alecrim; cipó, fumo; Guiné; malva-cheirosa; malva -cheirosa; arruda; cipó-milhomens; pitangueira. “Para atrair boas amizades”: Malva-cheirosa; Malva -cheirosa; folhas de girassol e sementes e insenso. “Contra demandas”: Pitangueira; guiné; arruda. “Para magnetismo pessoal”: Cravo-da-índia; Cravo -da-índia; semente de girassol; alfazema. “Contra obessores e perseguição”: Folhas de bambu; guiné; arruda; cipó-milhomens. cipó -milhomens. “Para melhorar as finanças”: Pó de café; cana ca na de açúcar (palha); canela em pó; cravo da índia; louro; milho (palha); trigo (palha). 105
Para uma limpeza de ambiente contra a inveja, olho grande e, em casos de demandas, e que você tenha os nomes das pessoas, escrever em um papel de cor em cruz os nomes e envolto de algodão e o mesmo embebido em álcool. Proceder da seguinte maneira: Em cada peça da casa ou local à ser realizado, coloque uma bacia de metal com a bola de algodão com álcool, e ponha fogo, feche as portas e janelas, abrindo as torneiras onde corra um filete de água; na porta de entrada do local iremos colocar um copo com água e uma vela branca acesa e deixar a porta de entrada semi-aberta. Devemos iniciar dos fundos para frente da casa ou local que estamos realizando o trabalho; tr abalho; terminado, apague a vela na água e quebrando a mesma, jogue tudo em um verde ou em água corrente. Este tipo de trabalho t rabalho devemos realizar nas terças-feiras ou quartas-feiras ao entardecer.
BOA SORTE!!!
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AS ERVAS
E r vas vas de de E xu
Ame Amendo ndoeir a: Seus galhos são usados nos locais em que o homem exerce suas actividades lucrativas. Na medicina caseira, seus frutos são comestíveis, porém em grandes quantidades causam diarreia de sangue. Das sementes fabrica-se o óleo de amêndoas, muito usado para fazer sabonetes por ter efeitos emolientes, além de amaciar a pele.
Amo Amoreir reir a: Planta que armazena fluidos negativos e os solta ao entardecer; é usada
pelos sacerdotes no culto a Eguns. Na medicina caseira, é usada para debelar as inflamações da boca e garganta.
Ange Ang elim – amargoso amargoso: Muito usado em marcenaria, por tratar-se de madeira de lei.
Nos rituais, suas folhas e flores são utilizadas nos abô dos filhos de Nanã, e as cascas são utilizadas uti lizadas em banhos fortes com a finalidade de destruir os fluidos negativos que possa haver, realizando um excelente descarrego nos filhos de Exu. A medicina caseira indica o pó de suas sementes contra vermes. Mas cuidado! Deve ser usada em doses pequenas.
Ar oei ra: Nos terreiros de Candomblé este vegetal pertence a Exu e tem aplicação nas
obrigações de cabeça, nos sacudimentos, nos banhos fortes de descarrego e nas purificações de pedras. É usada como adstringente na medicina caseira, apressa a cura de feridas e úlceras, e resolve casos de inflamações do aparelho genital. Também é de grande eficácia nas lavagens genitais.
Ar reb rebenta nta Cav Cavalo: No uso ritualístico esta erva é empregada em banhos fortes do
pescoço para baixo, em hora aberta. É também usado em magias para atrair simpatia. Não é usada na medicina caseira.
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Arr A rr uda uda: Planta aromática usada nos rituais porque Exu a indica contra maus fluidos e
olho-grande. Suas folhas miúdas são aplicadas nos bori, banhos de limpeza li mpeza ou descarrego, o que é fácil de perceber, pois se o ambiente estiver realmente carregado a arruda morre. Ela é também usada como amuleto para proteger do mau-olhado. Seu uso restringe-se à Umbanda. Em seu uso caseiro é aplicada contra a verminose e reumatismos, além de seu sumo curar feridas.
Aveló Avelóss – F F i gueira gueir a-do-dia -do-diab bo: Seu uso se restringe a purificação das pedras do orixá
antes de serem levadas ao assentamento; é usada socada. A medicina caseira indica esta erva para combater úlceras e resolver tumores.
Az A zevinho: Muito utilizada na magia branca ou negra, ela é empregada nos pactos com
entidades. Não é usada na medicina popular.
Bardana: Aplicada nos banhos fortes, para livrar o sacerdote das ondas negativas e
eguns. O povo utiliza sua raiz cozida no tratamento de sarnas, tumores e doenças venéreas. venéreas.
B eladona ladona: Nas cerimónias litúrgicas só tem emprego nos sacudimentos domiciliares ou
de locais onde o homem exerça actividades lucrativas. Trabalhos feitos com os galhos desta planta também provocam grande poder de atracção. Pouco usada pelo povo devido ao alto princípio activo que nela existe. Este princípio dilata a pupila e diminui as secreções sudorais, sudorais, salivares, pancreáticas e lácteas.
Beldroega: Usada na purificação das pedras de Exu. O povo utiliza suas folhas,
socadas, para apressar cicatrizações de feridas.
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Brinco-de-princesa: É planta sagrada de Exu. Seu uso se restringe a banhos fortes para
proteger os filhos deste deste orixá. Não possui possui uso popular. popular.
Cabeça-de-nego: No ritual a rama é empregada nos banhos de limpeza e o bolbo nos banhos
fortes de descarrego. Esta batata combate reumatismo, menstruações difíceis, flores brancas e inflamações vaginais e uterinas.
Cajueiro: Suas folhas são utilizadas pelo axogun para o sacrifício ritual de animais quadrúpedes. quadrúpedes. Em seu uso caseiro, ele combate corrimentos e flores f lores brancas. Põe fim a diabetes. Cozinhar as cascas em um litro e meio de água por cinco minutos e depois fazer gargarejos põe fim ao mau hálito.
Cana-de-açúcar : Suas folhas secas e bagaços são usados em defumações para purificar o
ambiente antes dos trabalhos ritualísticos, pois essa defumação destrói eguns. Não possui uso na medicina caseira.
Cardo-santo: Essa planta afugenta os males, propicia o aparecimento do perdido e faz cair os
vermes do corpo dos animais. Na medicina caseira suas folhas são empregadas em oftalmias crónicas, enquanto as raízes e hastes são empregadas contra inflamações da bexiga.
Catingueira: É muito empregada nos banhos de descarrego. Seu sumo serve para fazer a
purificação das pedras. Entretanto, não deve fazer parte do axé de Exu onde se depositam pequenos pedaços dos axé das aves ou bichos de quatro patas. Na medicina caseira ela é indicada para menstruações menstruações difíceis.
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Cebola-cencém: Essa cebola é de Exu e nos rituais seu bolbo é usado para os
sacudimentos domiciliares. É empregada da seguinte maneira: corta-se a cebola em pedaços miúdos e, sob os cânticos de Exu, espalha-se pelos cantos dos cómodos e em baixo dos móveis; a seguir, entoe o canto de Ogum e despache para Exu. Este trabalho auxilia na descoberta de falsidades e objectos perdidos. O povo povo utiliza suas folhas folhas cozidas como como emoliente.
Cunanã: Seu uso restringe-se aos banhos de descarrego e limpeza. Substituiu em parte, os sacrifícios a Exu. A medicina caseira indica os galhos novos desta planta para curar úlceras.
E r va-p va-prr eá: Empregada nos banhos de limpeza descarrega sacudimentos pessoais e domiciliares.
O povo usa o chá desta erva como aromatizante e excitante. Banhos quentes deste chá melhoram as dores nas articulações, causadas pelo artritismo.
F achei chei r o-Pr -P r eto: Aplicada somente nos banhos fortes de limpeza e descarrego. Na medicina
caseira, ela é utilizada nas afecções renais e nas diarreias.
F edegoso Cr C r i sta-de sta-de-g -ga alo: Esta erva é utilizada em banhos fortes, de descarrego, pois
é eficaz na destruição de Eguns e causadores de enfermidades e doenças. Seus galhos envolvem os ebó de defesa. Com flores e sementes desta planta é feito um pó, o qual é aplicado sobre as pessoas e em locais; é denominado “o pó que faz bem”. Na medicina caseira actua com excelente regulador feminino. Além de agir com grande eficácia sobre erisipelas e males do fígado. É usada pelo povo, fazendo o chá com toda erva e bebendo a cada duas horas uma xícara.
F edeg degoso: Misturada a outras ervas pertencentes a Exu, o fedegoso realiza os sacudimentos
domiciliares. É de grande utilidade para limpar o solo onde foram riscados os pontos de Exu e locais de despacho pertencentes pertencentes ao deus da liberdade.
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Figo Benjamim: Erva usada na purificação de pedras ou ferramentas e na preparação
do fetiche de Exu. É empregada também em banhos fortes nas pessoas obsidianas. No uso popular, suas folhas são cozidas para tratar feridas rebeldes r ebeldes e debelar o reumatismo.
F i go do I nfer nfer no: Somente as folhas pertencentes a este vegetal são de Exu. Na
liturgia, ela é o ponto de concentração de Exu. Não possui uso na medicina popular.
F olha da F or tuna: É empregada em todas as obrigações de cabeça, em banhos de
limpeza ou descarrego e nos abôs de quaisquer filhos-de-santo. Na medicina caseira é consagrada por sua eficácia, curando cortes, acelerando a cura nas cicatrizações, contusões e escoriações, usando as folhas socadas sobre os ferimentos. O suco desta erva puro ou misturado ao leite, ameniza as consequências de tombos e quedas.
Juá J uá – Juazeiro Juazeiro: É usada para complementar banho forte e raramente está incluída nos
banhos de limpeza limpeza e descarrego. descarrego. Seus galhos são usados para para cobrir o ebó de defesa. A medicina caseira a indica nas doenças do peito, nos ferimentos e contusões, aplicando as cascas, por natureza, amargas.
Jure J urem ma Pre Pr eta: Tanto na Umbanda quanto no Candomblé, a Jurema Preta é usada nos
banhos de descarrego e nos ebó de defesa. O povo a indica no combate a úlceras e cancros, usando o chá das cascas.
Jurub J urubeeba: Utilizada em banhos preparatórios de filhos f ilhos recolhidos ao ariaxé. Na medicina
caseira, o chá de suas folhas e frutos propiciam um melhor funcionamento do baço e fígado. É poderoso desobstruíste e tónico, além de prevenir e debelar hepatites. Banho de assentos mornos com essa erva propiciam melhores melhores às articulações das pernas.
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Lanterna Chinesa: Utilizada em banhos fortes para descarregar os filhos atacados
por eguns. Suas flores enfeitam a casa de Exu. Popularmente, é usada como adstringente e a infusão das flores é indicada para inflamação dos olhos.
Laranjeira do Mato: Seu uso se restringe a banhos fortes, de limpeza e descarrego. Na
medicina caseira ela actua com grande eficácia sobre as cólicas abdominais e também menstruais.
Mamã Mamão B ravo ravo: Planta utilizada nos banhos de limpeza descarrega e nos banhos
fortes. Além de ser muito empregada nos ebó de defesa, sendo substituída de três em três dias, porque o orixá exige que a erva esteja sempre nova. O povo a utiliza para curar feridas.
Maminha Maminha de de Porca Porca: Somente seus galhos são usados no ritual e em sacudimentos
domiciliares. O povo a indica como restaurador orgânico e tonificador do organismo. Sua casca cozida tem grande eficácia sobre as mordeduras de cobra.
Mamo Mamona: Suas folhas servem como recipiente para arriar o ebó de Exu. Suas
sementes socadas vão servir para purificar o otá de Exu. Não tem uso na medicina popular.
Ma M angue Ceb Cebola: No ritual, a cebola é usada nos sacudimentos domiciliares. Corte a cebola em pedaços miúdos e, entoando em voz alta o canto de Exu, a espalhe pela casa, nos cantos e sob os móveis. Na medicina caseira, a cebola do mangue esmagada cura feridas rebeldes.
Mangue Mangueirir a: É aplicada nos banhos fortes e nas obrigações de ori, misturada com
aroeira, pinhão-roxo, cajueiro e vassourinha-de-relógio, do pescoço para baixo. Ao terminar, vista uma roupa limpa. As folhas servem para cobrir o terreiro em dias de abaçá. Na medicina caseira é indicada para debelar diarreias rebeldes e asma. O cozimento das folhas, em lavagens vaginais, põe fim ao corrimento. 112
Ma M anjeri njeri oba: Utilizada nos banhos fortes, nos descarregos, nas limpezas pessoais e
domiciliares e nos sacudimentos pessoais, sempre do pescoço para baixo. O povo a indica como regulador menstrual, beneficiando os órgãos genitais. Utiliza-se o chá em cozimento.
Ma M ari a M ole: Aplicada nos banhos banhos de limpeza e descarrego, descarrego, muito procurada para
sacudimentos domiciliares. domiciliares. O povo a indica em cozimento nas dispepsias e como excelente adstringente.
Mata Mata Ca C abras: Muito utilizado para afugentar eguns e destruir larvas astrais. As
pessoas que a usam não devem devem tocá-la sem cobrir as mãos com com pano ou papel, papel, para depois despachá-la despachá-la na encruzilhada. O povo indica o cozimento de suas folhas e caules para tirar dores dos pés e pernas, com banho morno.
Mata Mata Past Pasto o: Seus galhos são muito utilizados nos banhos de limpeza, li mpeza, descarrego, descarrego, nos
sacudimentos pessoais pessoais e domiciliares. O povo a indica contra febres malignas e incómodos digestivos.
Mus M ussa sam mbê de de Cinc Ci nco o Fo F olhas lhas: Obs.: Sejam eles de sete, cinco, ou três folhas, todos
possuem o mesmo efeito, tanto nos trabalhos rituais, quanto quanto na medicina caseira. Esta erva é utilizada por seus efeitos positivos e por serem bem aceitas por Exu no ritual de boas vindas. Na medicina caseira é excelente para curar feridas.
Ora-pro-nobis: É erva integrante do banho forte. Usada nos banhos de descarrego e
limpeza. É destruidora de eguns e larvas negativas, além de entrar nos assentamentos dos mensageiros Exus. No uso caseiro, suas folhas actuam como emolientes.
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Palmeira Africana: Suas folhas são aplicadas nos banhos de descarrego ou de limpeza. Não
possui uso na medicina caseira. caseira.
Pau-d’alho: Os galhos dessa erva são utilizados nos sacudimentos domiciliares e em
banhos fortes, feitos nas encruzilhadas, misturadas com aroeira, pinhão branco ou roxo. Na encruzilhada em que tomar o banho, arreie um mi-ami-ami, oferecido a Exu, de preferência em uma encruzilhada tranquila. Na medicina caseira ela é usada para exterminar abcessos e tumores. Usa-se socando bem as folhas e colocando-as sobre os tumores. O cozimento de suas folhas, em banhos quentes e demorados, é excelente para o reumatismo e hemorróidas.
Picão da Praia: Não possui uso ritualístico. A medicina caseira o indica como
diurético e de grande eficácia nos males da bexiga. Para isso utilize-o sob a forma de chá.
Pimenta Darda: Aplicada em banhos fortes e nos assentamentos de Exu. Na medicina caseira, suas sementes em infusão são anti-helmínticas, destruindo até ameba.
Pinhão Branco: Aplicada em banhos fortes misturadas com aroeira. Esta planta
possui o grande valor de quebrar encantos e em algumas ocasiões substitui o sacrifício de Exu. Suas sementes são usadas pelo povo como purgativo. O leite encontrado por dentro dos galhos é de grande eficácia colocado sobre a erisipela. Porém, deve-se Ter cuidado, pois esse leite contém uma terrível t errível nódoa que inutiliza as roupas.
Pinhão Coral: Erva integrante nos banhos fortes e usadas nos de limpeza e
descarrego e nos ebó de defesa. defesa. Na medicina caseira caseira o pinhão coral trata feridas rebeldes rebeldes e úlceras malignas.
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Pinhão Roxo: No ritual tem as mesmas aplicações descritas para o pinhão branco. É poderoso
nos banhos de limpeza e descarrego, descarrego, e também nos sacudimentos sacudimentos domiciliares, usando-se os galhos. Não possui uso na medicina popular. popular.
Pixirica – Tapixirica Tapixirica: No ritual faz parte do axé de Exu e Egun. Dela se faz um
excelente pó de mudança que propicia a solução de problemas. problemas. O pó feito de suas folhas é usado us ado na magia maléfica. Na medicina caseira ela é indicada para as palpitações do coração, para a melhoria do aparelho genital feminino e nas doenças das vias urinárias.
Quixambeira: É aplicada em banhos de descarrego e limpeza para a destruição de eguns
e ao pé desta planta são arriadas obrigações a Exu e a Egun. Na medicina caseira, com suas cascas em cozimento, actua como energético adstringente. Lavando as feridas, ela apressa a cicatrização.
Tajujá – Tayuya Tayuya: É usada em banhos fortes, de limpeza ou descarrego. A rama do
tajujá é utilizada para circundar o ebó de defesa. O povo a indica como forte purgativo.
Tamiaranga: É destinada aos banhos fortes, banhos de descarrego e limpeza. É usada nos ebó de defesa. O povo a indica para tratar úlceras e feridas malignas.
Tintureira: Utilizada nos banhos fortes, de limpeza ou descarrego. Bem próximo ao
seu tronco são arriadas as obrigações destinadas a Exu. O povo utiliza o cozimento de suas folhas como um energético desinflamatório.
Tiririca: Esta plantinha de escasso crescimento apresenta umas pequeninas batatas
aromáticas. Estas são levadas ao fogo e, em seguida, reduzida a pó, o qual funciona como pó de mudança no ritual. Serve para desocupar casas e, colocadas em baixo da língua, desodoriza o hálito e afasta eguns.
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Urtiga-branca: É empregada nos banhos fortes, nos de descarrego e limpeza e nos
ebó de defesa. Faz parte nos assentamentos. O povo a indica contra as hemorragias pulmonares e brônquicas.
Urtiga Vermelha: Participa em quase todas as preparações do ritual, pois entra nos
banhos fortes, de descarrego e limpeza. É axé dos assentamentos assentamentos de Exu e utilizada nos ebó de defesa. Esta planta socada e reduzida a pó, produz um pó benfazejo. O povo indica o cozimento das raízes e folhas em chá como diurético.
Vassourinha de Botão: Muito empregada nos sacudimentos pessoais e domiciliares. Não
possui uso na medicina popular. popular.
Vassourinha de Relógio: Ela somente participa nos sacudimentos domiciliares. Não possui
uso na medicina caseira.
Xiq Xi quexi uexiq que: Participa nos banhos fortes, de limpeza ou descarrego. São axé nos
assentamentos assentamentos de Exu e circundam os ebó de defesa. O povo indica esta erva para os males m ales dos rins.
E r vas vas de de E wá
Teteregun / Cana do Brejo : Planta utilizada em obrigações de cabeça, ebori e banhos dos filhos. Excelente diurético, ajuda a eliminar pedras na bexiga, sífilis e inflamações nos rins. Ainda combate a arteriosclerose. A raiz em pó serve de cataplasma para hérnias, inchaços e contusões.
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Ojuorô / Alface d’água / Erva-de-santa-luzia: Utilizada nas obrigações de ori e feitura de santo Tem uso medicinal como anti-sifilítica, antiasmática, anti disentérica, antiartrítica, antiherpética, anti-hemorroidária, anti diabética, desinflamatória de erisipela, diurético, emoliente, expectorante, maturativa.
Arrozinho / Barba-de-S Pedro : Aplicada nas obrigações de cabeça, nos abô de uso geral e nos banhos de purificação e limpeza dos filhos. Na medicina popular é indicada como amaciante da pele, anti-inflamatório, diurético, diurético, expectorante, expectorante, laxante, vomitiva. Golfo de flor (qualquer que seja a cor): Planta aplicada em obrigações de cabeça, ebori e banhos dos filhos. O povo indica suas raízes como adstringente e narcóticas, mas lavadas, debelam a disenteria e, as flores, as úlceras e leucorréia.
Maravilha: Utilizada nas obrigações de ori relativas a Oyá ebori, lavagem de contas e feitura de santo. Não entra nos abô a serem tomados por via oral. O povo a indica para eliminar leucorreia (corrimentos), hidropisia, males do fígado, afecções hepáticas e cólicas abdominais.
E r vas vas de de Ogum
Aço A çoita ita-ca -cavvalo – Ivitinga Ivitinga: Erva de extraordinários efeitos nas obrigações, nos banhos de
descarrego e sacudimentos pessoais ou domiciliares. Muito usada na medicina caseira para debelar diarreias ou disenterias, e usada também no reumatismo, r eumatismo, feridas e úlceras.
Açu A çuce cena na-raja -rajad da – Cebola-cencém Cebola-cencém: Sua aplicação nas obrigações é somente do bulbo. Esta
cebola somente é usada nos sacudimentos domiciliares. A medicina caseira utiliza as folhas como emoliente.
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Agri Ag riã ão: Excelente alimento. Sem uso ritualístico. Tem um enorme prestígio no
tratamento das doenças respiratórias. Usado como xarope põe fim às tosses e bronquites, é expectorante de acção ligeira.
Ar nica-e nica-erca rca lanc lanceeta: É empregada em qualquer obrigação de cabeça, nos abô de
purificação dos filhos do orixá Ogum. Excelente remédio na medicina caseira, tanto interna como externamente, usado nas contusões, tombos, cortes e lesões, para recomposição dos tecidos.
Ar oei ra: É aplicada nas obrigações de cabeça, e nos sacudimentos, nos banhos fortes de descarrego e nas purificações de pedras. Usada como adstringente na medicina caseira, apressa a cura de feridas e úlceras, e resolve casos de inflamações do aparelho genital.
Cabeluda-bacuica : Tem aplicações aplicações em vários actos ritualísticos, tais como ebori, simples ou completo, e é parte dos abô. Usado igualmente i gualmente nos banhos de purificação.
Cana-de-macaco : Usada nos abô de filhos, que estão recolhidos para feitura de santo. Esses
filhos tomam duas doses diárias. Meio copo sobre o almoço e meio sobre o jantar.
C ana-de na-de Br B r ej o – Ubacaia Ubacaia: Seu uso se restringe nos abô e também nos banhos de limpeza dos
filhos do orixá do ferro e das artes manuais. Na medicina caseira é usado para combater afecções renais com bastante sucesso. Combate a anuria, inflamações da uretra e na leucorréia. Seu princípio activo é o estrifno. Há bastante fama referente ao seu emprego anti-sifilítico.
Canjerana – Pau-santo Pau-santo: Em rituais é usada a casca, para constituir pó, que funcionará como
afugentador de eguns e para anular ondas negativas. Seu chá actua como antifebril, contra as diarreias e para debelar dispepsias. O cozimento cozimento das cascas cascas também é cicatrizador de feridas. feridas. 118
Carqueja: Sem uso ritualístico. A medicina caseira aponta esta erva como cura decisiva nos
males do estômago e do fígado. Também tem apresentado resultado positivo no tratamento da diabetes e no emagrecimento.
Crista-de-galo – Pluma-de-princípe Pluma-de-princípe: Não tem emprego nas obrigações do ritual. A
medicina caseira a indica para curar diarreias.
Dragoeiro – Sangue-de-dragão Sangue-de-dragão: Abrange aplicações nas obrigações de cabeça, abô geral e
banhos de purificação. Usa-se o suco como corante, corante, e toda a planta, pilada, como como adstringente. adstringente.
E r va-tost va-tostão ão: Aplicada apenas em banhos de descarrego, usando-se as folhas. A
medicina popular a utiliza contra os males do fígado, beneficiando o aparelho renal.
Grumixameira: Aplicado em quaisquer obrigações de cabeça, nos abô e nos banhos de
purificação dos filhos do orixá. A arte de curar usada pelo povo indica o cozimento das folhas em banhos aromáticos e na cura do reumatismo. r eumatismo. Banhos demorados eliminam a fadiga nas pernas.
Guarabu – Pau-roxo Pau-roxo: Aplicado em todas as obrigações de cabeça, nos abô e nos banhos de
purificação dos filhos de Ogum. Usa-se somente as folhas que são aromáticas. A medicina caseira indica o chá das folhas, pois este possui efeito balsâmico e fortificante.
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Helicônia: Utilizada nos banhos de limpeza e descarrego d escarrego e nos abô de ori, na feitura de santo
e nos banhos de purificação dos filhos do orixá Ogum. A medicina caseira a indica como debelador de reumatismo, aplicando-se o cozimento de todas a planta em banhos quentes. O resultado é positivo.
Ja J abutica uticab ba: Usada nos banhos de limpeza e descarrego, os banhos devem ser tomados pelo
menos quinzenalmente, quinzenalmente, para haurir forças para a luta indica o cozimento da entre casca na cura da asma e hemoptises.
Ja J ambo-am -amarelo relo: Usado em quaisquer as obrigações de cabeça e nos abô. São aplicadas
as folhas, nos banhos de purificação dos filhos do orixá do ferro. A medicina caseira usa como chá, para emagrecimento.
Ja J ambo-enc -enca arnad rnado: Aplicam-se as folhas nos abô, nas obrigações de cabeça e nos
banhos de limpeza dos filhos do orixá do ferro. Tem uso no ariaxé (banho lustral).
Ja J apecanga canga: Não tem aplicação nas obrigações de cabeça, nem nos abô relacionados com o orixá. A medicina caseira aconselha seu uso como depurativo do sangue, no reumatismo e moléstias de pele.
Ja J atobá – Jataí : Erva poderosa, porém sem aplicação nas cerimónias do ritual.
Somente é usada como remédio que se emprega aos filhos recolhidos para obrigações de longo prazo. Óptimo fortificante. Não possui uso na medicina popular.
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Juc J ucá á: Não tem emprego nas obrigações de ritual. No uso popular há um cozimento
demorado, das cascas e sementes, coando e reservando em uma garrafa, quando houver ferimentos, talhos e feridas.
Limão-bravo: Tem emprego nas obrigações de ori e nos abô e, ainda nos banhos de
limpeza dos filhos do orixá. O limão-bravo juntamente com o xarope de bromofórmio, beneficia brônquios e pulmões, pulmões, pondo fim às às tosses rebeldes rebeldes e crónicas. crónicas.
Losna: Emprega-se nos abô e nos banhos de descarrego ou limpeza dos filhos do orixá a
que pertence. É usada pela medicina caseira como poderoso vermífugo, mais particularmente usada na destruição das solitárias, usando-se o chá. É energético tónico e debela de febres.
Óleo-pardo: Planta utilizada apenas em banhos de descarrego. De muito prestígio na medicina caseira. Cozimento da raiz é indicado para curar úlceras e para matar vermes de animais.
Piri-piri : A única aplicação litúrgica é nos banhos de descarrego. É extraordinário anti-
hemorrágico. Para tanto, os caules secos e reduzidos a pó, depois de queimados, estancam estancam hemorragias. O mesmo pó, de mistura com água e açúcar extermina a disenteria.
Poincétia: Emprega-se em qualquer obrigação de ori, nos abô de uso externo, da
mesma sorte nos banhos de limpeza e purificação dos filhos do orixá. A medicina caseira só o aponta para exterminar dores nas pernas, usando em banhos.
Porangaba: Entra em quaisquer obrigações e, igualmente, nos abô. No tratamento
popular é usada usada como tônico e importante diurético.
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Sangue Sangue-d -dee-dr -dr agão gão: Tem aplicações de cabeça, nos banhos de descarrego e nos abô.
Não possui uso uso na medicina popular. popular.
São São-gonç -gonça alinho: É uma erva-santa, pelas múltiplas aplicações ritualísticas a que está
sujeita. Na medicina caseira usa-se como anti térmico e para combater febres malignas, em chá.
Tanchagem: Participa de todas as obrigações de cabeça, nos abô e nos banhos de
purificação de filhos recolhidos ao ariaxé. É axé para os o s assentamentos do orixá do ferro e das guerras. Muito aplicada no abô de ori. A medicina popular ou caseira afirma que a raiz e as folhas são tónicas, antifebris e adstringentes. Excelente na cura da angina e da cachumba.
Vassourinha-de-igreja: Entra nos sacudimentos de domicílio, de local onde o homem
exerce actividades profissionais. Não possui uso na medicina popular.
E r vas vas de Ox Oxó óssi
Acá A cácia cia-jur -jureema: Usada em banhos de limpeza, principalmente dos filhos de Oxóssi. É também
utilizada em defumações. A medicina popular a utiliza em banhos ou compressas sobre úlceras, cancros, fleimão e na erisipela.
Ale A lecrim crim de Cabo Caboclo clo: Erva de Oxalá, porém mais exigido nas obrigações de Oxóssi. Não possui
uso na medicina popular.
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Alfa A lfavvaca-d ca-do o-cam -campo: Emprega-se nas obrigações de cabeça, nos banhos de descarrego
e nos abô dos filhos do orixá a que pertence. A medicina caseira aplica esta planta para combater as doenças do aparelho respiratório, combate principalmente as tosses e o catarro dos brônquios; preparado como xarope é eficaz contra a coqueluche. Usada em chá ou cozimento das folhas.
Alfa A lfazzema-de -de-cab -caboclo clo: Conhecida popularmente como jureminha, a Alfazema é usada em
todas as obrigações de cabeça, nos banhos de limpeza ou abô e nas defumações pessoais ou de ambientes. A medicina caseira usa os pendões florais, contra as tosses e bronquites, aplicando o chá.
Araç A raçá á – Araçá-de-coroa Araçá-de-coroa: Suas folhas são aplicadas em quaisquer obrigações de cabeça, nos
abô e banhos de purificação. A medicina popular considera essa espécie como um energético adstringente. Cura desarranjos intestinais e põe fim às cólicas.
Araç A raçá á-da -da-praia -praia: Planta arbórea pertencente a Yemanjá e a Oxóssi. É empregada nas
obrigações de cabeça, nos abô e nos banhos de purificação dos filhos dos orixás a que pertence. No uso popular cura hemorragias, usando-se o cozimento. Do mesmo modo também é utilizado para fazer lavagens genitais.
Ar A r açá-d çá-do o-cam -campo: É utilizada em banhos de limpeza ou descarrego e em defumações de locais
de trabalho. A medicina popular emprega o chá contra a diarreia ou disenteria e como corretivo das vias urinárias.
Caapeba-pariparoba : Muito usada nas obrigações de cabeça e nos abô para as obrigações
dos filhos recolhidos. Folha de muito prestígio nos Candomblés Ketu, pois serve para tirar mão de zumbi. A medicina popular utiliza seu chá para debelar males do fígado, e o cozimento das raízes para extinguir as doenças do útero. Surte efeito diurético. 123
Cabelo-de-milho: Somente o pé do milho pertence a Oxóssi; as espigas de milho em
casa propicia despensa farta. Quando secar troque-a por outra verdinha. O cabelo-de-milho é muito usado pela medicina do povo como diurético diurético e dissolvente dissolvente dos cálculos cálculos renais. É usado em chá.
Capim-limão : Erva sagrada de uso constante nas defumações periódicas que se fazem
nos terreiros. Propicia a aproximação de espíritos protectores. A medicina caseira a aplica em vários casos: para resfriados, tosses, bronquites, também nas perturbações da digestão, facilitando o trabalho do estômago.
Cipó-caboclo: Muito utilizada em banhos de descarrego. O povo lhe dá grande
prestígio ao linfantismo, por meio de banhos. Usada do mesmo modo combate inflamações das pernas e dos testículos.
Cipó-camarão: Usada apenas em banhos de limpeza e defumações. O povo indica que, em cozimento é
de grande eficácia no trato das feridas e contusões.
Cipó-cravo: Não possui uso ritualístico. Na medicina caseira actua como debelador das
dispepsias e dificuldade de digestão. Usa-se o chá ao deitar. É pacificador dos nervos e propicia um sono tranquilo. A dose a ser usada é uma xícara das de café ao deitar.
Coco-de-iri : Sua aplicação se restringe aos banhos de descarrego, empregando-se as folhas. A medicina
caseira indica as suas raízes cozidas para por fim aos males do aparelho genital feminino. É usado em banhos semicúpios semicúpios e lavagens. lavagens.
Erva-curraleira: Aplicada em todas as obrigações de cabeça e nos abô dos filhos do orixá da caça. Na
medicina popular é aplicada como diurético e sudorífico, sendo muito prestigiada no tratamento da sífilis. Usa-se o cozimento das folhas.
Goiaba – Goiabeira Goiabeira: É utilizada em quaisquer obrigações de cabeça, nos abô e nos
banhos de purificação dos filhos de Oxóssi. A medicina caseira usa a goiabeira como adstringente. Cura cólicas e disenterias. Excelente nas diarreias infantis. 124
Groselha – Groselha-branca: Suas folhas e frutos são utilizados nos banhos de
limpeza e purificação. A medicina popular diz que se fabrica com o fruto um saboroso xarope que se aplica nas tosses rebeldes que ameaçam os brônquios.
Guaco cheiroso: Aplica-se nas obrigações de cabeça e em banhos de limpeza. Popularmente,
esta erva é conhecida como coração-de-Jesus. Medicinalmente, combate as tosses rebeldes e alivia bronquites agudas, usando-se o xarope. Como antiofídico (contra o veneno de cobra), usam-se as folhas socadas no local e, internamente, o chá forte.
G uaxi uaxim ma-cor -cor -de r osa: Usada em quaisquer obrigações de cabeça e nos abô dos filhos do
orixá da caça. É de costume usar galhos de guaxima em sacudimentos pessoais e domiciliares. Muito útil o banho das pontas. A medicina popular usa as flores contra a tosse; as folhas são emolientes; as pontas, sementes e frutos são antifebris.
Guiné-caboclo: Utilizado em todas as obrigações de cabeça, nos abô, para quaisquer
filhos, nos banhos de descarrego ou limpeza, etc. Indispensável na Umbanda e no Candomblé. O povo usa para debelar os males dos intestinos, beneficia o estômago na má digestão. Usa-se o chá.
I ncenso-de-cabo ncenso-de-caboclo clo – Capim-limão: Usada nas defumações de ambientes e nos
banhos de descarrego. O povo a utiliza util iza para exterminar resfriados, minorar as bronquites e, também, nas perturbações da digestão.
Ja J aborand randi: De grande aplicação nas várias obrigações. A medicina popular adoptou esta planta
como essencial na lavagem dos cabelos, tornando-os sedosos e brilhantes. Tem grande eficácia nas pleurisias, nas bronquites e febres que tragam erupções. erupções. Usa-se o chá internamente. internamente.
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Ja J acat cati rão: Pleno uso em quaisquer obrigações. O seu pé, e cepa são lugares
apropriados para arriar obrigações. Não possui uso na medicina caseira.
Jure J urem ma branca ranca: Aplicada em todas as obrigações de ori, em banhos de limpeza ou
descarrego e entra nos abô. É de grande importância nas defumações ambientais. A medicina caseira indica as cascas em banhos e lavagens como adstringente. Em chá tem efeito narcótico, corrigindo a insónia.
Ma M alva lva-do -do-cam -campo – Malvarisco Malvarisco: Seu uso se restringe aos banhos descarrego e limpeza. O
povo a indica como desinflamadora nas afecções da boca e garganta. É emoliente, propiciando vir a furo os tumores da gengiva. Usa-se em bochechos e gargarejos.
Piperegum-verde – I per egum gum-ver -ver de: Erva de extraordinários efeitos nas várias
obrigações do ritual. A medicina aponta-a como debeladora de reumatismo, usando-se banhos e compressas.
Piperegum-verde-e-amarelo : Tem o mesmo uso ritualístico prescrito para o
piperegum de Oxóssi. Na medicina popular popular é o mesmo que piperegum-verde.
Pitangatuba: Usado em quaisquer obrigações de ori, ebori, lavagem de contas e dar
de comer à cabeça. A farmácia do povo indica em chá, nos casos de febres e também para desobstruir os brônquios.
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E r vas vas de de Ossai Ossai m
Ame Amendo ndoim: Ossaim aprecia muito e adora saboreá-lo torrado, sem casca. O amendoim
fornece um bom óleo para luz e também para a cozinha. Suas sementes são estimulante e fortalecem as vistas e a pele, além de ser em excelente afrodisíaco. Nos rituais, é empregado cozido e utilizado em sacudimentos, sacudimentos, com excelentes resultados.
C elidô li dôni nia a ma mai or : É indicada pela medicina caseira como excelente medicamento nas
doenças dos olhos, usando a água do cozimento da planta para banhá-los. Seu chá também é de grande eficácia para banhar o rosto e dar fim às manchas e panos.
Coco de Dendê: É conhecido entre os Yorubás como Adin. Sua semente, desprovida da
polpa, fornece um óleo branco, sólido, sólido, e serve para para substituir a manteiga. manteiga. É a chamada manteiga de karité. Este coco é muito prestigiado pela medicina caseira, pois debela cefaléias, anginas, fraqueza dos órgãos visuais e cólicas abdominais.
E r va de Passa Passar i nho: É muito aplicada principalmente no abô do orixá, nas
obrigações renovadas anualmente e nos abô de babalossaim. Nas renovações, esta planta é a duodécima folha que completa o ato litúrgico renovatório. Na medicina popular, esta planta é empregada com sucesso absoluto, contra as moléstias uterinas, corrimentos e também para dar fim às úlceras. As folhas e flores são usadas em caso de diabetes, hemoptises e hemorragias diversas.
E r va de Santa L uzia: Muito usada nas obrigações de cabeças, ebori, lavagem de
contas, feitura de santo e tiragem de zumbi. De igual maneira, também se emprega nos abô, banhos de descarrego ou limpeza dos filhos dos orixás. A medicina popular a consagrou como um grande remédio, por ser de grande eficácia contra o vício da bebida. O cozimento de suas folhas é empregado contra doenças dos olhos e para desenvolver a vidência.
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Gitó – carrapeta: Sua utilização se restringe ao uso litúrgico e ritualístico. É
largamente empregada nos banhos de limpeza e purificação do orixá. Usada também em banhos de cabeça para desenvolver a vidência, audição e intuição. A medicina popular aplica-a na cura de moléstia dos olhos, porém em lavagens externas.
Guabira: Aplicada em todas as obrigações de cabeça, nos abô de uso geral e nos
banhos de purificação e limpeza l impeza dos filhos dos orixás. A medicina caseira a indica no sentido de pôr fim aos males dos olhos conjuntivites. Em banhos, favorecem aos que sofrem de reumatismo e devem ser feitos em banheiras ou bacias, sendo mais ou menos demorados.
Lágrima de Nossa Senhora: É usada nas obrigações de cabeça, nos abô e nos banhos de
descarrego ou limpeza. O povo a indica como excelente diurético, em chá. Os banhos debelam o reumatismo e reduzem as inchações. As folhas e as sementes são indicadas para banhar os olhos, propiciando bem-estar. A aplicação deve ser feita pela manhã, após ter deixado o banho ficar na noite anterior sob o sereno. Retire antes do sol nascer e aplique sobre os olhos.
Narciso dos Jardins : Entra nos trabalhos em razão de ser suporte para o fetiche de
Ossaim, para o assentamento. Não possui uso na medicina popular, pois é tida como planta venenosa.
E r vas vas de de X angô
Ale A levvante nte – Levante Levante: Usada em todas as obrigações de cabeça, nos abô e nos banhos de
limpeza de filhos de santo. Não possui uso na medicina popular.
Alfa A lfavvaca-roxa ca-roxa: Empregada em todas as obrigações de cabeça e nos abô dos filhos deste orixá.
Muito usada em banhos de limpeza ou descarrego. A medicina caseira usa seu chá em cozimento, para emagrecer. 128
Ange Ang elicó – Mil-homens Mil-homens: Tem grande aplicação na magia de amor, em banhos de mistura
com manacá (folhas e flores), para propiciar ligações amorosas, aproximando o sexo masculino. A medicina caseira aplica-o como estomacal, combatendo a dispepsia. As gestantes não a devem usar.
Aperta Aperta-r -ruã uão o: Os babalorixás a utilizam nas obrigações de cabeça; no caso dos filhos
do trovão é usada a nega-mina. Tem grande prestígio na medicina popular como adstringente. As senhoras a empregam em banhos semicúpios, de assento, e em lavagens vaginais para dar fim à leucorréia.
Azed Azedi nha – Trevo-azedo – Três-corações: É popularmente conhecida como três
corações, sem função ritualística. É empregada na medicina popular como combatente da disenteria, eliminador de gases e febrífugo.
Caferana-Alumã: São utilizadas nas aplicações de cabeça e nos abô. Usado na
medicina popular como: laxante, fazendo uma limpeza geral no estômago e intestinos, sem causar danos; é óptima combatente de febres palustres ou intermitentes; i ntermitentes; poderoso vermífugo e energético tónico.
Cavalinha – Mi M i lho-de lho-de-cobr -cobr a: Aplicada nas obrigações de cabeça, nos abô e como axé
nos assentamentos dos dois orixás. Não possui uso na medicina popular.
Eritrina – Mulu M ulungu ngu: Tem plena aplicação nas obrigações de cabeça e nos banhos de limpeza
dos filhos de Xangô. Na medicina caseira é aplicada como óptimo pacificador do sistema nervoso e, também, contra a bronquite.
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E r va-da va-das-l s-lav avad adeei r as – Melão-de-São-Caetano Melão-de-São-Caetano: Não possui utilização nas obrigações
do ritual. O uso popular o indica como sendo de grande eficácia no combate ao reumatismo. É vigoroso antifebril, debela ainda, doenças das senhoras, em banhos de assento.
E r va-de va-de-S -Sã ão-J oão: Utilizada nas obrigações de cabeça e nos banhos de descarrego. A
medicina caseira, indica-a como tónico para combater as disenterias. Aplicam-se no tratamento do reumatismo. Usa-se o chá em banhos.
Erva-grossa – Fum F umo-b o-brr avo avo: Empregada nas obrigações de cabeça, particularmente nos
ebori e como axé do orixá. A medicina caseira indica as raízes em cozimento, como antifebril, as mesmas em cataplasmas debelam tumores. As folhas agem como tónico combatendo o catarro dos brônquios e pulmões.
Mim Mi mo-de -de-vê -vênus – Amor-agarradinho: Aplica-se folhas, ramos e flores, em banhos de
purificação dos filhos de Oyá. Muito usada na magia amorosa, circundando um prato e metade para dentro do prato e metade para fora; regue a erva com mel de abelhas e arreie em uma moita de bambu. Não possui uso uso na medicina caseira. caseira.
Mo M or anguei nguei ro: Aplicação restrita, já que se torna difícil encontrá-la em qualquer lugar.
O povo a indica como remédio diurético, pondo fim aos males dos rins. É usada para curar disenterias e também recuperar pessoas que carecem de vitamina C no organismo.
Musgo-d Musgo-da a-pe -pedrei rei ra: Tem aplicação nos banhos de descarrego e nas defumações
pessoais, que que são feitas após após o banho. A defumação se destina a aproximar aproximar o paciente do bem.
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Nega-mina: Inteiramente aplicada nas obrigações de ori, e nos banhos de descarrego
ou limpeza e nos abô. O povo a aplica como debeladora dos males do fígado, das cólicas hepáticas e das nevralgias.
Noz-moscada: Seu uso ritualístico se limita a utilização do pó que, espalhado ao
ambiente, exerce actividade para melhoria das condições financeiras. É também usado como defumador. Este pó, usado nos braços e mãos ao sair à rua, atrai fluidos benéficos. Não possui uso na medicina popular.
Panacéia – Azougue-de-pobre: Entra nas obrigações de ori e nos banhos de
descarrego ou limpeza. O povo a aponta como poderoso diurético e de grande eficácia no combate à sífilis, usando-se o chá. É indicada também no tratamento das doenças de pele, e ainda debelar o reumatismo, em banhos.
Pau-de-colher – Leiteira Leiteira: Usada em banhos de purificação de mistura com outras espécies dos
mesmos orixás. A medicina caseira a recusa r ecusa por tóxica, porém pode perfeitamente ser usada externamente em banhos.
Pau-pereira: Não é aplicada nas obrigações de ori, mas é usada em banhos de descarrego ou
limpeza. O povo a aplica nas perturbações do estômago e põe fim a falta de apetite. É fortificante e combate febres intermitentes, e ainda tem fama de afrodisíaco.
Pessegueiro: É utilizado flores e folhas, em quaisquer obrigações de ori. Pois esta propicia
melhores condições mediúnicas, destruindo fluidos negativos e Eguns. O povo a indica em cozimento para debelar males males do estômago estômago e banhar os olhos, olhos, no caso caso de conjuntivite.
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Pixirica – Tap Tapi xiri xi rica ca: Aplica-se somente o uso das folhas, de forma benéfica. O povo
a indica nas palpitações do coração, na melhoria do aparelho genital feminino e nas doenças das vias urinárias.
Romã: Usada em banhos de limpeza dos filhos do orixá dos ventos. O povo emprega as cascas dos frutos no combate a vermes vermes intestinais e o mesmo cozimento em gargarejos gargarejos para debelar inflamações da garganta e da boca.
Sens Sensii ti va – Dormideira: Somente é utilizada em banhos de descarrego. O povo diz
possui extraordinários efeitos nas nas inflamações da boca e garganta. garganta. Utiliza-se o cozimento de toda a planta para gargarejos e bochechos. bochechos.
Taioba: Sem aplicação nas obrigações de cabeça. Porém muito utilizada na cozinha
sagrada de Xangô. Dela prepara-se um esparregado de erê (muito conhecido como caruru) esse alimento leva qualidades de verduras mas sempre tem a complementá-lo a taioba. O povo utiliza suas folhas em cozimento como emoliente; a raiz é poderoso mata-bicheiras dos animais e, além de matá-las, destrói as carnes podres, promovendo a cicatrização.
Taquaruçu – Bam B ambubu-am amar arelo elo – Ba B ambu-dour bu-doura ado: Os galhos finos, com folhas, servem para
realizar sacudimentos pessoais ou domiciliares. É empregado ainda para enfeitar o local onde se tem Egun assentado. Não possui uso na medicina popular.
Tiririca : Sem aplicação aplicação ritualística, a não ser as as batatas aromáticas, aromáticas, essas batatinhas batatinhas
que o povo apelidou de dandá-da-costa, levadas ao calor do fogo e depois reduzidas a pó que, misturado com outros, ou mesmo sozinho, funciona como pó de dança. Para desocupação de casas. Colocados em baixo da língua, língua, afasta eguns e desodoriza o hálito. Não possui possui uso na medicina medicina popular. 132
Umbaúba: Somente é usada nos ebori a espécie prateada. As outras espécies são
usadas nos sacudimentos domiciliares ou de trabalho. O povo a prestigia como excelente diurético. É aconselhado aconselhado não usar constantemente esta erva, pois o uso constante acelera as contracções do coração.
Urucu: Desta planta somente são utilizadas as sementes, que socadas e misturadas
com um pouquinho de água e pó de pemba branca, resulta numa pasta que se utiliza para pintar a Yawô. O povo indica as sementes verdes para os males do coração e para debelar hemorragias.
E r vas vas de de Oxum
Ab A bi u-ab u-abiei iei ro: Sem uso na liturgia, tem folhas curativas; a parte inferior destas,
colocadas nas feridas, ajudam a superar; se inverter a posição da folhas, a cura será apressada. A casca da árvore cozida tem efeito cicatrizante.
Agri Ag riã ão-do -do-Pará -Pará – J J amb ambuaçu: É usado nas obrigações de cabeça e nos abô, para
purificação de filhos; como axé nos assentamentos da deusa de água doce. A medicina caseira usa-o para combater tosses e corrigir escorbuto (carência de vitamina C). É, também, excitante.
Alfa Alf avaca-d ca-dee-cob -cobra: É usada em todas as obrigações de cabeça. No abô também é
usada, o filho dorme com a cabeça coberta. Antes das doze horas do dia seguinte o emplastro é retirado, e torna-se um banho de purificação. A medicina caseira a indica como combatente ao mau-hálito.
Arap A rapo oca-b ca-bran ranca ca: Suas folhas são utilizadas nas obrigações de cabeça e nos abô; no Candomblé são usadas em sacudimentos pessoais. As casacas desta servem para matar peixes. A medicina caseira utiliza as folhas como anti térmico, contra febres. Age também como excitante.
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Arni A rnica ca-m -mo onta ntana: na: Tem pouca aplicação na Umbanda e no Candomblé. Já na medicina popular;
e muito usada, após alguns dias de infusão no otin (cachaça). Age como cicatrizante, recompondo o tecido lesado nas escoriações.
Azed Azedi nha - Tre Tr evo-az -azedo – Três corações: É popularmente conhecida como três-
corações, sem função ritualística, é apenas empregada na medicina popular como: combatente da disenteria, eliminador de gases e febrífugo.
Bananeira: Muito empregada na culinária dos Orixás. Suas folhas forram o casco da
tartaruga, para arriar-se o ocaséo a Oxum. A medicina caseira prepara de sua seiva um xarope de grande eficácia nos males das vias respiratórias ou doenças do peito.
Brio-de-estudante – Bar B arba bass-de de-bar -barat atas: as: Desta erva apenas a raiz é utilizada. Ela
fornece um bom corante que é usado nas pinturas das yawo, de mistura com pemba raspada. A medicina popular utiliza o chá, chá, meia hora antes antes de dormir, para ter sono tranquilo.
Caferana-alumã: São utilizadas nas aplicações de cabeça e nos abô. Usado na
medicina popular como: laxante, fazendo uma limpeza geral no estômago e intestinos, sem causar danos; é óptima combatente; poderoso vermífugo e energético tónico.
Camará-cambará: Utilizada em quaisquer obrigações de cabeça, nos abô e nos
banhos de purificação. purificação. A medicina caseira caseira a emprega muito em xarope, xarope, contra a tosse e rouquidão rouquidão e ainda põe fim às afecções afecções catarrais.
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Camomila-marcela: Tem restrita aplicação nas obrigações litúrgicas. Entretanto, é
usada nos banhos de descarrego e nos abô. No uso popular é de grande finalidade em lavagens intestinais das crianças, contra cólicas e regularizadora das funções dos intestinos. O chá das flores é tónico e estimulante, combate as dispepsias e estimula o apetite.
Cana-fístila – Chuva-de-ouro Chuva-de-ouro: Aplicada nos abô e nas obrigações de cabeça, usada
também nos banhos de descarrego dos filhos de Oxum. Seu uso popular é contra os males dos rins, areias e ardores. O sumo das folhas misturado com clara de ovo e sal mata impigens.
Chamana-nove-horas – Manjericona Manjericona: Usada em obrigações de cabeça, nos abô e
nos banhos de purificação dos filhos de Oxum. O povo a utiliza utili za em disenterias.
Cipó-chumbo: Sem uso na liturgia, porém muito prestigiada na medicina popular, como
xarope debela tosses e bronquites; seu chá é muito eficaz no combate a diarreias sanguinolentas e à icterícia; seco e reduzido a pó, cicatriza feridas rebeldes.
Erva-cidreira – Melissa: Melissa: Sem uso na liturgia, sua aplicação se restringe ao âmbito da
medicina caseira, que a usa como excitante e anti-espasmódico, enérgico tônico do sistema nervoso. O chá feito das folhas adocicado ou puro combate as agitações nervosas, histerismos e insónia.
E r va-d va-dee-Sa -S anta nta-Ma -M ar i a: São empregadas em obrigações de cabeça e em banhos de
descarrego. Como remédio caseiro é utilizada para combater lombrigas (ascárides) das crianças, também é óptimo remédio para os brônquios.
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E r vilha-de vilha-de-Angola -A ngola – Gua G uand ndo o: É empregada em quaisquer obrigações. O povo usa as
pontas dos ramos ramos contra hemorragias hemorragias e as flores contra as moléstias moléstias dos brônquios e pulmões. pulmões.
F ava-pichur va-pichuri i : No ritual da Umbanda e do Candomblé, usa-se a fava reduzida a pó,
ou defumações que trazem bons fluidos e afugenta Eguns. O povo usa o pó na preparação de chá, que é eficaz nas dispepsias e diarreias.
F lamb lamboiant: Não é utilizado em obrigações de cabeça, sendo usado somente em
algumas casas, em banhos de purificação dos filhos dos orixás. Porém suas flores tem vasto uso, como ornamento, enfeite de obrigação ou de mesas em que estejam arriadas as obrigações. Sem uso na medicina comercial.
Gengibre-zingiber : São aplicados os rizomas, a raiz, que se adiciona ao aluá e a outras
bebidas. O povo a usa nos casos de hemorragia de senhoras e contra as perturbações do estômago, em chá.
Gigoga-amarela – Aguapê: Usado nos abô, nos bori e banhos de limpeza, pois
purifica a aura e afugenta ou anula Eguns. A medicina popular manda que as folhas sejam usadas como adstringente e, em gargarejos, fortalecem as cordas vocais.
I pê-am pê-amarelo arelo: Aplicada somente em defumações de ambientes. Na medicina popular é usada
em gargarejos, contra inflamações da boca, das amígdalas e estomatite. O que vai a cozimento são a casca e a entre casca.
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Lúca-Árvore-da-pureza: Seu pendão floral é usado plena e absolutamente, em
obrigações de ori dos filhos de Oxum. Não possui uso na medicina popular.
Ma M acaçá caçá: Aplicação litúrgica total, entra em todas as obrigações de ori nos abô e
purificação dos filhos dos orixás. O povo a usa para debelar tosses t osses e catarros brônquios; é usada ainda contra gases intestinais.
Mã M ãe-bo -boa: É erva sagrada de Oxum. Só é usada nas obrigações ritualísticas, que se restringe aos
banhos de limpeza. Muito usada pelo povo contra contra o reumatismo, em chá chá ou banho. banho.
Malm Malmequer uer – Calêndula Calêndula: É usada em todas as obrigações de ori e nos abô, e nos
banhos de purificação dos filhos de Oxum. As flores são excitantes, reguladoras do fluxo menstrual. As folhas são aplicadas em fricções ou fumigações para facilitar a regra feminina.
Ma M alme lmequer-do uer-do-ca -cam mpo: Não é aplicada nas obrigações do ritual. Na medicina popular tem
função cicatrizante de feridas e úlceras, colocando colocando o sumo de flores e folhas sobre a ferida.
Malm Malmequer uer -miúd -miúdo o: Aplicado em quaisquer obrigações de ori, nos abô e nos banhos
de limpeza dos filhos que se encontram recolhidos para feitura do santo. Como remédio caseiro, é cicatrizante e excitante.
Orriri-de-Oxum: Entra em todas as obrigações de ori, nos banhos de limpeza. O povo a indica como diurético e estimulador das funções hepáticas.
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Vassourinha-de-botão: Muito usado nos sacudimentos pessoais. Não possui qualquer uso
na medicina popular.
E r vas vas de de L ogun E dé Logun Edé, em sua passagem pela Terra, se apropriou das ervas de seus pais para por fim aos males terrenos; curou muitas pessoas e ainda cura até os dias de hoje aqueles que nele depositam sua fé. Além de todas as ervas de Oxum e Oxóssi que ele utiliza para curar, destaca-se, ainda, uma única de sua propriedade, hoje hoje de grande importância importância para a medicina caseira: o P i per per eg um V er de e A marelo.
Piperegum Verde e Amarelo: originária de Guiné, na África. Trata-se de uma erva
que possui extraordinário efeitos nas várias obrigações do ritual, possuindo grande eficácia nos sacudimentos pessoais e domiciliares e nos abô como afastamento de mão de cabeça no caso de pai e mãe de santo vivo, cercando as pernas da pessoa com folhas de piperegum ou amarradas ao tornozelo; feito isso, a cerimónia é iniciada. A medicina caseira aponta o piperegum como um dos melhores remédios para debelar o reumatismo, devendo devendo ser usado em banhos ou compressas.
E r vas vas de Omolu Omolu Ago A gonia niad da: Faz parte de todas as obrigações do deus das endemias e epidemias. Utilizada no ebori, nas
lavagens de contas e na iniciação. Esta erva purifica os filhos-de-santo, deixando-os livres de fluidos negativos. Na medicina popular, a mesma é usada para corrigir corri gir o fluxo menstrual e combate asma.
Ala A lam manda nda: Não é utilizada em obrigações, sendo empregada somente em banhos de descarrego. Na medicina caseira ela é usada para tratar doenças da pele: sarna (coceiras), eczema e furúnculos. Para usar é necessário que se cozinhe as folhas, e coloque chá de folhas sobre a doença.
Alfa A lfavvaca-r ca-ro oxa: Empregada em todas as obrigações de cabeça e nos abô dos filhos deste orixá. Muito usada em banhos de limpeza ou descarrego. A medicina caseira usa seu chá em cozimento, para emagrecer.
Alfa A lfazzema : Empregada em todas as obrigações de cabeça. É aplicada nas defumações de limpeza, usada também na magia amorosa em forma de perfume. A medicina popular dita grandes elogios a esta erva, pois ela é excelente excitante e anti-espasmódico. É usada, também, como reguladora da menstruação. Somente é aplicada como chá.
B abosa abosa: Muito usada em rituais de Umbanda, mais especificamente em defumações pessoais. Para que se faça a defumação, é necessário queimar suas folhas depois de secas. Isso leva um certo tempo, devido a gosma abundante que há na babosa. A defumação é feita após o banho de descarrego. Para a medicina caseira sua gosma é de grande eficácia nos abcessos ou tumores, t umores, além de muitas outras aplicações.
Arat A ratii cum cum-de -de-are -areii a – Malolô Malolô: Liturgicamente, os bantos a usam nos banhos de descarrego, em mistura de outra erva. A medicina caseira indica a polpa dos frutos para resolver tumores e o cozimento das folhas no tratamento do reumatismo. 138
Arr A rr ebenta nta cav cavalo: No uso ritualístico esta erva é empregada em banhos fortes do pescoço para baixo, em hora aberta. É também usado em magias para atrair simpatia. Não é usada na medicina caseira.
Ass A ssa a-pe -peixe ix e: Usada em banhos de limpeza e nos ebori. Na medicina popular ela é aplicada nas afecções do aparelho respiratório em forma de xarope.
Mus M usgo go: Aplicada em todas as obrigações de cabeça referentes a qualquer orixá. A medicina caseira aconselha a aplicação do suco no combate às hemorróidas (uso tópico).
Beldroega: Usada nas purificações das pedras de orixá e, principalmente as de Exu. O povo usa suas folhas socadas para apressar a cicatrização das feridas, colocando-as por cima.
Canena Coirana: Vegetal de excelente aplicação litúrgica, pois entra em todas as obrigações. O povo a tem como excelente estimulante do fígado.
Capixingui : Empregada em todas as obrigações de cabeça, nos abô, nos banhos de purificação e limpeza e, também nos sacudimentos. O povo afirma que o capixingui tem bons efeitos no reumatismo e no artritismo e nos sacudimentos. O povo afirma que o capixingui tem bons efeitos no reumatismo e no artritismo nos sacudimentos. O povo afirma que o capixingui tem bons efeitos no reumatismo e no artritismo nos sacudimentos. O povo afirma que o capixingui tem bons efeitos no reumatismo e no artritismo (reumatismo articular) utilizado em banhos, mais ou menos quentes, colocando-se nas juntas doloridas.
Cipó-chumbo: Sem uso na liturgia, porém muito prestigiada na medicina popular, como xarope debela tosses e bronquites; seu chá é muito eficaz no combate a diarreias sanguinolentas e à icterícia; seco e reduzido a pó, cicatriza feridas rebeldes.
Carobinha do Campo: Em alguns terreiros essa planta faz parte do ariaxé. A medicina caseira indica o chá de suas folhas para combate coceiras no corpo e, principalmente coceira nas partes genitais.
C ordã ordão o de F r ade ade: É aplicada somente em banhos de limpeza e descarrego dos filhos deste orixá. O povo
a indica para a cura da asma, histerismo e pacificador dos nervos. Também combate a insónia.
Cebola do mato: Sem uso ritualístico. A medicina caseira afirma que o cozimento de suas folhas apressa a cicatrização de feridas rebeldes.
Celidônia maior : Não possui uso ritualístico. É indicada pela medicina caseira como excelente medicamento nas doenças dos olhos, usando a água do cozimento da planta para banhá-los. Seu chá também é de grande eficácia para banhar o rosto e dar fim às manchas e panos branco.
Coentro: Muito aplicada como adubo ou condimento nas comidas do orixá, principalmente na carne e no peixe. Não é empregada empregada nas obrigações ritualísticas. A medicina medicina caseira indica esta erva como como reguladora das funções digestivas e eliminadora de gases intestinais.
Cotieira: Não sabemos ao certo se esta erva tem aplicação ritualística. Na medicina caseira ela é estritamente de uso veterinário. Muito aplicada em cães para purgar e purificar feridas.
Erva-Moura: Esta erva faz parte dos banhos de limpeza e purificação dos filhos do orixá. Seu uso
popular é como calmante, em doses de uma xícara das de café, duas a três vezes ao dia. Essa dose d ose não deve ser aumentada, de modo algum, pois em grande quantidade prejudica. As folhas tiradas do pé, depois de socadas, curam úlceras e feridas.
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E sto stor aque B r asile sil ei r o: Sua resina é colhida e reduzida a pó. Este pó, misturado com benjoim, é usado em defumações pessoais. Essa defumação destina-se a arrancar males. O povo aconselha o pó desta no tratamento das feridas rebeldes ou ulcerações, colocando o mesmo sobre as lesões.
Figo Benjamim: Erva muito usada na purificação de pedras ou ferramentas e na preparação do fetiche de
Exu. Empregada, também, em banhos fortes para pôr fim a padecimentos de pessoa que esteja sofrendo obsidiação ou obsessão. O povo aplica o cozimento das folhas para tratar feridas rebeldes, e banhos para curar o reumatismo.
H or telã telã br br ava: Empregada em obrigações de ori, nos abô e nos banhos de purificação dos filhos deste orixá. No uso caseiro é utilizada para combater o veneno de cobras, lacraus e escorpiões. É eficaz contra gases intestinais, dores de cabeça e como diurético. É perfeita curadora de coceiras rebeldes e tiro acertado nos catarros pulmonares, asma e tosse nervosa, rebelde.
Guararema: Em terreiros de Umbanda e Candomblé ela é aplicada em banhos fortes e nos descarregos.
Os galhos da erva são usados em sacudimentos domiciliares. Os banhos fortes a que nos referimos são aplicados em encruzilhadas – na encruzilhada em que se tomar o banho arria-se um mi-ami-ami, oferecido a Exu. E deve ser feito em uma encruzilhada tranquila. É um banho de efeitos surpreendentes. Na medicina caseira esta erva é utilizada para exterminar abcessos, tumores, socando-se bem as folhas e colocando-as sobre a tumorização. O cozimento das folhas é eficaz no tratamento do reumatismo. Em banhos quentes quentes e demorados, demorados, de igual sorte também cura hemorróidas. hemorróidas.
Je J enipa nipapo: As folhas servem para banhos de descarrego e limpeza. A medicina caseira aplica o cozimento das cascas no tratamento das úlceras, o caldo dos frutos f rutos é combatente de hidropisia.
Jurub J urubeeba: Somente usada em obrigações com objectivo de descarrego e limpeza. Suas folhas e frutos
permitem o bom funcionamento funcionamento do fígado e baço, garante a sabedoria popular. Debela e previne hepatite com ou sem edemas.
Ma M angue Ceb Cebola: É usado apenas em sacudimentos domiciliares, utilizando o fruto, a cebola. Procede-se assim: corta-se a cebola em pedaços miúdos e, cantando-se para Exu, espalha-se pela casa, nos recantos, e sob os móveis. O povo usa a cebola, fruto do mangue, esmagada sobre feridas rebeldes.
Ma M angue verme rmelho: Usa-se apenas as folhas, em banhos de descarrego. O povo a indica como excelente
adstringente que possui alto teor de tanino. Muito eficaz no tratamento das úlceras e feridas rebeldes, aplicando o cozimento das folhas em compressas ou banhando a parte lesada.
Ma M anjeri njeri cão cão-roxo: Empregado nas obrigações de ori dos filhos pertencentes ao orixá das endemias. Colhido e seco, sua folha previne contra raios e coriscos em dias de tempestades, usando o defumador. Também é usada como purificador de ambiente. Não possui uso na medicina popular.
Panacéia: Entra nas obrigações de ori e banhos de descarrego ou limpeza. O povo a aponta como poderoso diurético e de grande eficácia no combate à sífilis, usando-se o chá. É indicada também no tratamento das doenças de pele, darros, eczemas e ainda debela o reumatismo, quando usada em banhos.
P i cão cão da praia prai a: Apenas na Bahia ouvimos falar que esta planta pertence a Obaluaiê. Não conhecemos seu uso ritualístico. A medicina popular dá-lhe muito prestígio como diurético e eficaz nos males da bexiga. Usada como chá.
Piteira imperial : Seu uso se limita às defumações pessoais, que são feitas após o banho. A medicina popular utiliza as folhas verdes, em cozimento, para lavar feridas rebeldes, aproximando a cura ou cicatrização. 140
Quitoco: Usada em banhos de descarrego ou limpeza. Para a medicina popular esta erva resolve males do estômago, tumores e abcessos. Internamente é usado o chá, nos tumores aplica-se as folhas socadas. Muito utilizada nas doenças de senhoras.
Sab Sabugueir ugueir o: Não possui uso ritualístico. É decisiva no tratamento das doenças eruptivas: sarampo, catapora e escarlatina. O cozimento das flores é excelente para a brotação do sarampo.
Suma Sumar é: Não tem aplicação ritualística ou obrigações litúrgicas. Porém possui grande prestígio popular, devido ao seu valor curativo, promovendo com espantosa rapidez a abertura de tumores de qualquer natureza, pondo fim às inflamações. É empregado contra furúnculos, panarícios e erisipelas, regenerando o tecido atacado por inflamações de qualquer origem.
Trombeteira branca: Não possui nenhuma aplicação nas obrigações de cabeça. Apenas é usada nos
banhos de limpeza dos dos filhos do orixá da varíola. Seu Seu uso na medicina popular popular é pouco frequente. AplicaAplicase apenas nos casos de asma e bronquite.
Urtiga-mamão: Aplicada em banhos fortes, somente em casos de invasão de eguns. O banho emprega-se
do pescoço para baixo. Esse banho destrói larvas astrais e afasta influências perniciosas. O povo indica esta erva na cura de erisipela, usando um algodão embebido do leite da planta. O chá de suas folhas debela males dos rins.
V elame do campo campo: Vegetal utilizado em todas as obrigações principais: ebori, simples ou completo. Indispensável na feitura de santo e nos abô dos filhos do orixá. Na medicina caseira o velame é utilizado como anti-sifilítico e anti-reumático.
V elame lame ve ver dade dadeii r o: Possui plena aplicação em quaisquer obrigações de cabeça e nos abô. Usada também nos sacudimentos. A medicina do povo afirma ser superior a todos os depurativos existentes, além de energético curador das doenças da pele.
E r vas vas de de Ox Oxum uma ar é
Alc A lca apar reir reir a – Galeata: Galeata: Entra em várias obrigações do ritual, utilizando-se folhas e cascas verdes.
Muito prestigiada nos abô de preparação dos filhos para obrigação de cabeça e nos banhos de limpeza. A medicina caseira indica como diurética, usadas as cascas da raiz. Os frutos são comestíveis e deles se prepara uma geleia que é eficaz contra picadas de cobras ou insectos venenosos, em razão do princípio ativo: rutinã.
Alt A ltééia – Ma M alva-r lva-rii sco: Muito empregada nos banhos de descarrego e na purificação das pedras
dos orixás Nanã. Oxum, Oxumarê, Yansã e Yemanjá. Muito prestigiada nos bochechos e gargarejos, nas inflamações da boca e garganta.
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Ange Ang elicó – Mil-homens Mil-homens: Tem grande aplicação na magia de amor, em banhos de mistura
com manacá (folhas e flores), para propiciar ligações amorosas, aproximando o sexo masculino. A medicina caseira aplica-o como estomacal, combatendo a dispepsia. As gestantes não devem usar.
Arat A ratii cum cum-de -de-ar -ar eia – Ma M alolô lolô: Liturgicamente, os bantos a usam nos banhos de descarrego,
sem mistura de outra erva. A medicina caseira indica a polpa e os frutos para resolver tumores e cozimento das folhas no tratamento do reumatismo.
Cavalinha – Mi M i lho-de lho-de-cobr -cobr a: Aplicada nas obrigações de cabeça, nos abô e como axé nos assentamentos dos dois orixás. Não possui uso na medicina popular.
Graviola – Corosol Corosol: Tem plena aplicação nos abô dos orixás, nos banhos de abô e
nos de limpeza e descarrego. É indispensável aos filhos recolhidos para obrigações de cabeça beberem uma dose de suco pela manhã. O povo usa a graviola de diabetes, aplicando o chá.
I ngá-br ngá-br avo: “Não conhecemos aplicação ritualística. O povo a consagra como sério
adstringente e, por isso, indica o uso das casacas, em cozimento, na cura das úlceras e feridas rebeldes, banhando-as. banhando-as.
Língua-de-vaca – E r va-de va-de-sangue -sangue: Planta empregada nas obrigações principais, nos abô e nos
banhos de purificação dos filhos do orixá. É axé para assentamentos assentamentos do mesmo orixá. O uso caseiro é nas doenças de pele, nas sifilíticas e nos resfriados.
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E r vas vas de I ansã/ nsã/Oyá
Alfa A lface ce: É empregada nas obrigações de Egun, e em sacudimentos. O povo a indica para
os casos de insónia, usando as folhas ou o pendão floral. Além de chamar o sono, pacifica os nervos.
Alt A ltééia – Ma M alvar lvar i sco: Muito empregada nos banhos de descarrego e na purificação das pedras
dos orixás Nanã, Oxum, Oxumarê, Yansã Yemanjá. Muito prestigiada nos bochechos e gargarejos, nas inflamações da boca e garganta.
Angico A ngico-d -da a-folha -folha-m -miúd iúda a – Cambuí Cambuí : Só possui aplicação na medicina caseira a casca ou os
frutos em infusão no vinho do porto ou otin (cachaça), age como estimulador do apetite. Os frutos em infusão, também fornecem um licor saboroso, do mesmo modo combate a dispepsia.
B ambu ambu: É um poderoso defumador contra Kiumbas. O banho também é excelente contra
perseguidores. perseguidores. Na medicina popular é benéfico contra as doenças ou perturbações nervosas, nas disenterias, diarreias e males do estômago.
C ambuí ambuí amare arelo: Só é utilizado em banhos de descarrego. A medicina caseira indica
como indica como adstringente, e usa o chá nas diarreias ou disenterias.
Catinga-de-mulata – Co C or dão-de ão-de-F -F r ade – Co C or dão-de-S -de-Sã ão-F r ancisco nci sco: Seu uso ritualístico
se restringe aos banhos de limpeza e descarrego dos filhos de Oyá. O povo a indica para curar asma, histerismo e como pacificadora dos nervos.
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C ordão-d ordão-dee-F r ade ade ver ver dade adei r o: Essa planta é aplicada em banhos tonificantes da aura e
limpezas em geral. O povo afirma que hastes e folhas, em cozimento ou chá, combate a asma, melhora o funcionamento dos rins e beneficia no caso de reumatismo.
C r avo-da vo-da Í ndi ndi a – Cravo-de Cravo-de- Doce: Entra em quaisquer obrigações de cabeça e nos
abô. Participa dos banhos de purificação dos filhos dos orixás a que pertence. O povo indica suas folhas e cascas em banhos de assento para debelar a fadiga das pernas. Óptimo nos banhos aromáticos.
Dormideira sensitiva: Não conhecemos seu uso ritualístico. A medicina caseira indica
esta planta como emoliente, mais especificamente para bochechos e gargarejos, nas inflamações de boca. Indicada como hipnótico, pondo fim a insônia. É utilizado o cozimento de toda a planta.
Espirradeira – F F lor lor -de -de-Sã -S ão-J osé: Participa de todas as obrigações nos cultos afro-brasileiros.
Esta planta é utilizada nas obrigações de cabeça, nos abô e nos abô de ori. Pertence aos orixás Xangô e Yansã, porém há, ainda, um outro tipo branco que pertence a Oxalá. O povo indica o suco das folhas desta contra a sarna e pôr fim aos piolhos. Em uso externo.
E ucali ucalip pto-li to-lim mão: de grande aplicação nas obrigações de cabeça e nos banhos de descarrego
ou limpeza dos filhos de orixá. A medicina caseira indica-o nas febres e para suavizar dores. Usado em banhos de assento, é também também emoliente.
F lamb lamboiant : Não é utilizado em obrigações de cabeça, sendo usado somente em
algumas casas de banhos de purificação dos filhos dos orixás. Porém suas flores tem vasto uso, como ornamento, enfeite de obrigação ou de mesas em que estejam arriadas as obrigações. Sem uso na medicina popular. 144
Gengibre-zingiber : São aplicados os rizomas, a raiz, que se adiciona ao aluá e a outras
bebidas. O povo costuma dizer que é também ingrediente no amalá de Xangô. A medicina caseira a usa nos casos de hemorragia de senhoras e contra as perturbações p erturbações do estômago, em chá.
Gitó-carrapeta – bilr bilreei ro: É de hábito ritualístico empregá-la em banhos de limpeza e
purificação dos filhos do orixá a que se destina. O povo indica na cura de moléstia dos olhos. Não aconselhamos aconselhamos o uso interno.
H or telã-da telã-da-h -ho or ta – Horte H ortelã-ve lã-verr de: Muito usada na culinária sagrada. Entra nas obrigações
de cabeça alusivas a qualquer orixá. Participa do abô dos filhos-de-santo. A medicina caseira o aponta como eficiente debelador de tosses rebeldes; de bons efeitos nas bronquites é muito útil no tratamento da asma.
I nham nhame: Seu único emprego ritualístico é o uso das folhas grandes como toalha nas
obrigações de Exu. O inhame é tido ti do como depurativo do sangue na medicina caseira.
Je J enipa nipapo: As folhas servem para banhos de descarrego e limpeza. A medicina caseira aplica o
cozimento das cascas no tratamento das úlceras, o caldo dos frutos é combatente de hidropisia.
L ír io do do B rejo: São usados folhas e flores nas obrigações de ori, nos abô e nos banhos de
limpeza ou descarrego. O povo emprega o chá das raízes, rizomas, como estomacal e expectorante.
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Louro – Lo L oureiro ureir o: Planta que simboliza a vitória, por isso pertence a Oyá. Não tem
aplicação nas obrigações de cabeça, mas é usada nas defumações caseiras para atrair recursos financeiros. Suas folhas também são utilizadas para ornamentar a orla das travessas em que se coloca o acarajé para arriar em oferenda a Iansã.
Mã M ãe-bo -boa: Seu uso se restringe somente aos banhos de limpeza. Muito usada pelo povo contra o
reumatismo, em chá ou banho.
Ma M anjeri njericã cão o-ro -r oxo: Empregado nas obrigações de ori dos filhos pertencentes ao orixá do
trovão. Colhido e seco, previne contra raios e coriscos em dias de tempestades, usando o defumador. Não possui uso na medicina popular. popular.
Ma M aravilha ravilha bonina: Utilizada nas obrigações de ori relativas a Oyá ebori, lavagem de contas
e feitura de santo. Não entra nos abô a serem tomados por via oral. O povo a indica para eliminar leucorreia (corrimentos), hidropisia, males do fígado, afecções hepáticas e cólicas abdominais.
E r vas vas de de Obá Cabe salientar que Obá usa as mesmas ervas que Yansã.
E r vas vas de de N anã
Aga Ag apanto nto: É um vegetal pertencente a Oxalá, Nanã e a Obaluayê. O branco é de
Oxalá e o lilás é da deusa das chuvas e do orixá das endemias e das epidemias. É também aplicado como ornamento em pejis, e banhos dos filhos f ilhos destes orixás. Não possui uso na medicina popular.
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Alt A ltééia – Ma M alvar lvar i sco: Muito empregada nos banhos de descarrego e na purificação das pedras
dos orixá Nanã, Oxum, Oxumar6e, Yansã e Yemanjá. Muito prestigiada nos bochechos e gargarejos, nas inflamações da boca e garganta.
Ange Ang elim-a lim-am margo rg oso – Morcegueira: Pertence a Nanã e Exu. Muito usada em
carpintaria, por ser madeira de lei. Folhas e flores são utilizadas nos abô dos filhos de Nanã. As cascas dizem respeito a Exu; elas são aplicadas em banhos fortes de descarrego, com o propósito de destruir os fluidos negativos.
Ass A ssa a-pe -peixe ix e: Usada em banhos banhos de limpeza e nos ebori ebori dos filhos do orixá das chuvas. chuvas. Na
medicina popular ela é aplicada nas afecções do aparelho respiratório em forma de xarope. Utilizada como emostático.
Av A venca nca: Vegetal delicadíssimo e mimoso. Tem emprego nas obrigações de cabeça e nos abô embora ela mereça ser economizada em face de sua delicadeza para ornamento. A medicina popular indica as folhas para debelar catarros brônquios e tosses.
Cedrinho: Este vegetal possui muitas variedades, todas elas pertencentes a deusa das chuvas. Sua
aplicação é total na liturgia dos cultos afro-brasileiros. Empregado nas obrigações de cabeça, nos abô, banhos de corpo inteiro e nos de purificação. Excelente abô de ori, tonificador da aura. Em seu uso caseiro combate as disenterias, suas folhas em cozimento em banhos ou chá curam hérnias. É tónico em estados febris rebeldes.
Cipreste: Aplicada nas obrigações de cabeça e nos banhos de purificação e descarrego.
A medicina popular indica banhos desta erva para tratar feridas e o chá para curar úlceras.
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Gervão: Além de ser folha sagrada de Nanã, também é Xangô. Sem aplicação nas
obrigações rituais. A medicina caseira a indica no tratamento das doenças do fígado, levando suas folhas em cozimento adicionando juntamente raízes de erva-tostão. O chá do gervão também debela as doenças dos rins.
Ma M anacá nacá: Seu uso ritualístico se limita aos banhos de descarrego. Muito empregada na magia
amorosa. Nesse sentido, ela é usada em banhos misturada com girassol e mil-homens. O chá de suas raízes é utilizado pela medicina caseira para facilitar o fluxo menstrual.
Quaresma – Quaresmeira: Esta arboreta tem aplicação em todas as obrigações de cabeça, nos abô e nos banhos de limpeza e purificação dos filhos da deusa das chuvas. Durante o ritual toda a planta é aproveitada, excepto a raiz. A medicina caseira a indica nos males renais e da bexiga, em chá.
Quitoco: Usada em banhos de descarrego ou limpeza. Para a medicina popular esta erva
resolve males do estômago, tumores e abcessos. Internamente é usado o chá, nos tumores aplica-se as folhas socadas.
E r vas vas de de Y emanjá nj á Alc A lca aparr eira ir a – Galeata Galeata: Muito usada nos terreiros do Rio Grande do Sul. Entra nas mais variadas obrigações do ritual, sendo utilizadas para isso folhas e cascas. Também é muito prestigiada nos abô de preparação dos filhos, para obrigação de cabeça e nos banhos de limpeza. As cascas e raízes popularmente vem sendo usadas como diuréticos. Seus frutos são comestíveis e deles é preparada uma geléia eficaz contra picadas de cobras e insectos venenosos.
Alt A ltééia – Malvarisco Malvarisco: Muito empregada nos banhos de descarrego e na purificação das pedras dos orixás Nanã, Oxum, Oxumarê, Yansã e Yemanjá. Muito prestigiada nos bochechos e gargarejos, nas inflamações da boca e garganta.
Arac A racá á-da -da-praia -praia: Planta arbórea pertencente a Yemanjá e a Oxóssi. É empregada nas obrigações de cabeça, nos abô e nos banhos de purificação dos filhos dos orixás a que pertence. No uso popular cura hemorragias, usando-se o cozimento. Do mesmo modo também é utilizado para fazer f azer lavagens genitais.
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Arat A ratii cum cum-de -de-are -areii a – Malolô Malolô: Liturgicamente, os bantos a usam nos banhos de descarrego, sem mistura
de outra erva. A medicina caseira indica a polpa dos frutos para resolver tumores e o cozimento das folhas no tratamento do reumatismo.
Coco-de-iri : Sua aplicação se restringe aos banhos de descarrego, empregando-se as folhas. A medicina
caseira indica as suas raízes cozidas para por fim aos males do aparelho genital feminino. É usado em banhos semicúpios semicúpios e lavagens. lavagens.
E r va de Santa L uzi uzi a: Muito usada nas obrigações de cabeça, ebori, lavagem de contas, feitura de santo e
tiragem de zumbi. De igual maneira, também se emprega nos abô, banhos de descarrego ou limpeza dos filhos dos orixás. A medicina popular a consagrou como um grande remédio, por ser de grande eficácia contra o vício da bebida. O cozimento de suas folhas é empregado contra doenças dos olhos e para desenvolver a vidência.
F r uta-da uta-da-C -Co onde ndessa: Tem aplicação nas obrigações de cabeça, nos banhos de descarrego e nos abô. É de grande importância na medicina popular, pois suas raízes em decocto são um grande remédio para a epilepsia. Toma-se meio copo três vezes ao dia. Apesar A pesar da irreversibilidade da doença.
Graviola – Corosol Corosol: Tem plena aplicação nos abô dos orixás, nos banhos de abô e nos de limpeza e
descarrego. É indispensável aos filhos recolhidos para obrigações de cabeça beberem uma dose do suco pela manhã. O povo usa a graviola graviola nos casos casos de diabete, aplicando o chá. chá.
Guabiraba anis: Aplicada em todas as obrigações de cabeça, nos abô de uso geral e nos banhos de
purificação e limpeza dos filhos dos orixás. Utilizadas do mesmo modo nos abô de ori. A medicina popular a utiliza para pôr fim nas doenças dos olhos (conjuntivites). Banhos demorados favorecem aos sofredores de reumatismo.
Je J equitibá uitibá r osa: Sem uso ritualístico. Para a medicina caseira ele é um poderoso adstringente. Milagroso no tratamento das leucorreias (corrimento); o cozimento das cascas é eficaz nas hemorragias internas, cura angina e inflamações das amígdalas.
Ma M açã-d çã-dee-cob -cobra: Usada nas obrigações de cabeça, nos abô e nos banhos de descarrego e limpeza. Não possui uso na medicina popular. popular.
Mus M usgo go marinho ri nho: Esta planta vive submersa nas águas do mar. É planta que entra nas obrigações de ori e nos banhos de limpeza dos filhos de Yemanjá. Os musgos são utilizados pela medicina caseira nas perturbações das vias respiratórias. respiratórias.
Pata de vaca: empregada nos banhos de descarrego e nos abô, para limpeza dos filhos dos orixás a que
pertence. A pata de vaca, na medicina popular, é indicada para exterminar diabetes, e por essa razão, r azão, é tida como insulina vegetal. Também cura leucorreia em lavagens l avagens vaginais.
T r apoe apoerr aba aba azul azul – Ma M ar iani iani nha: Esta planta é aplicada em todas as obrigações de cabeça, nos abô e nos
banhos de limpeza e purificação. Também é axé integrante integrante dos assentamentos assentamentos do orixá orixá a que pertence. No uso popular a erva é utilizada contra os efeitos de picadas de cobras. É também diurética e age contra o reumatismo. Os filhos da deusa das águas salgadas banham-se periodicamente com esse tipo de vegetal.
Unha de vaca: Aplicada em banhos de descarrego dos filhos da deusa. Na medicina caseira é utilizado como adstringente. Aplicado em lavagens locais e banhos semicúpios para combater males ou doenças do aparelho genital feminino.
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E r vas vas de de Ox Oxa alá
Alecrim Alecrim de Cabo Caboclo clo: Erva de Oxalá, porém mais exigido nas obrigações de Oxóssi.
Não possui uso uso na medicina popular. popular.
Ale A lecrim crim de Tab Tabulei ulei ro: Erva empregada nas obrigações, nos abô e é um maravilhoso
afugentador de larvas astrais, razão pela qual deve-se usá-lo nos defumadores, quer das casas de culto. Não possui uso uso na medicina popular. popular.
Alecrim Alecrim do do Cam Campo: Seu uso se restringe a banhos de limpeza. É muito usado nas
defumações de terreiros de Umbanda. Em seu uso medicinal resolve o reumatismo, aplicado em banhos.
Angé A ngélica lica: Tem emprego ritualístico muito reduzido. Sua flor espanta influências malignas e
neutraliza a emissão de ondas negativas. É aplicado na magia do amor, propiciando ligações amorosas. A flor também é usada como ornamento e dá-se de presente na vibração do que quer. Não possui uso na medicina popular.
Araç A raçá á: As folhas são aplicadas em quaisquer obrigações de cabeça e nos abô. Usada de igual
sorte nos banhos de purificação. O povo indica esta espécie como um energético adstringente. Cura desarranjos intestinais e põe fim às cólicas. Usam-se folhas e cascas em cozimento.
Barba de Velho: Aplicadas em todas as obrigações de cabeça referentes a qualquer orixá. Usa-se também após as defumações pessoais feitas após o banho. A medicina caseira indica seu uso tópico no combate às hemorróidas.
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B aunilha uni lha ver ver dadei r a: Aplicada nas obrigações de cabeça e na tiragem de Zumbi. A medicina
popular indica esta erva no restabelecimento restabelecimento do fluxo menstrual. São usadas folhas e caule, em chá. debela as hipocondrias, as tristezas e é energético afrodisíaco. É preconizada para pôr fim à esterilidade.
C aliste li stem mo Fê F ênico ni co: É uma extraordinária mirtácea que entra em qualquer obrigação de cabeça, ebori, feitura de santo, lavagem de contas, tiragem de Zumbi ou tiragem da mão de cabeça. Medicinalmente é usada em doenças do aparelho respiratório, bronquites, asma e tosses rebeldes. Aplica-se o chá.
Camélia: Vegetal muito usado na magia amorosa. É captadora de fluidos positivos, a flor.
Usada, aproxima uso na medicina popular.
Camomila / Marcela: Sua aplicação é restrita nas obrigações ritualísticas. Usa-se,
entretanto, nos banhos de descarrego e nos abô.
Carnaúba: Só tem aplicação em abô feito da folha, que basta para cobrir a cabeça e, depois,
cobrir-se a cabeça durante doze horas, fugindo aos raios solares. É fortalecimento da aura e alimento da cabeça. A vela de cera cera de carnaúba é a melhor iluminação para o orixá.
C i nco F olhas lhas: Aplicada em todas as obrigações de cabeça, nos abô e nos banhos de
descarrego. A medicina caseira indica esta erva como eficaz depurativo do sangue.
Cipó-cravo: Não possui uso ritualístico. Na medicina caseira actua como debelador das
dispepsias e dificuldade de digestão. Usa-se o chá ao deitar. É pacificador dos nervos e propicia um sono tranquilo. A dose a ser usada é uma xícara das de café ao deitar.
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Colónia: Possui aplicação em todas as obrigações de cabeça. Indispensável nos abô e nos
banhos de limpeza de de filhos-de-santo. Aplicada, Aplicada, também, na tiragem de Zumbi, para o que que se usa o sumo. Como remédio caseiro põe fim aos males do estômago. Usado como chá (pendão ou cacho floral).
C r avo da Índ Í ndii a: Utilizada em qualquer obrigação de cabeça, nos abô e nos abô de
cabeça. De igual sorte, participa dos banhos de purificação dos filhos dos orixás a que pertence. O povo tem-no como óptimo nos banhos aromáticos, o cozimento de suas folhas e cascas debelam a fadiga das pernas em banhos banhos de assento. assento.
E r va de B i cho: Usada em banhos de purificação de filhos-de-santo, quaisquer que
sejam e que vão submeter-se a obrigações de santo ou feitura de santo. É positiva a limpeza que realiza e possante destruidora de fluidos negativos. O povo indica esta planta em cozimento (chá) a fim de curar afecções renais.
Espirradeira: Participa em todas as obrigações de cabeça, nos abô e nos abô de ori. A medicina
do povo indica o suco dessa planta, em uso externo, contra a sarna e para pôr fim aos piolhos.
E sto stor aque B r asile si leii r o: Sua resina é recolhida e reduzida a pó. Este pó, misturado com
benjoim, é usado em defumações pessoais. Essa defumação destina-se a arrancar males. O povo aconselha o pó desta no tratamento das feridas rebeldes ou ulcerações, colocando o mesmo sobre as lesões.
E ucali ucalip pto / C i dr a: Empregado em todas as obrigações de cabeça, em banhos de
descarrego ou limpeza de Zumbi. Na medicina caseira é usado nas afecções dos brônquios, em chá.
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E ucali ucalip pto / M urta ur ta: Empregado em todas as obrigações de cabeça, nos abô e nos banhos
de limpeza. A medicina caseira indica-o nas febres e para suavizar dores. Recomendado também nas doenças do aparelho respiratório.
F ava ava de T onca: A fava é usada nas cerimônias do ritual, o fruto é usado depois de ser
reduzido a pó. Este pó é aplicado em defumações ou simplesmente espalhado no ambiente. Anula fluidos negativos, afugenta maus espíritos e destrói larvas astrais. Propicia proteção de amigos espirituais. Não possui uso na medicina popular. popular.
F ava Pichu Pi churr i : No ritual de Umbanda e Candomblé usa-se o fruto, a fava, f ava, que reduz a
pó, o qual é aplicado espalhando-se no ambiente. Aplica-se, Aplica-se, igualmente, em defumações que atraem bons fluidos. É afugentador de eguns e dissolve ondas negativas, anulando larvas astrais.
F olha da F or tuna (é (é o mesmo que saião): saião ): É usada em todas as obrigações de cabeça, em
banhos de limpeza ou descarrego e nos abô de qualquer filho-de-santo. Na medicina popular é muito eficaz acelerando cicatrizações, contusões e escoriações, usando-se as folhas socadas sobre o ferimento.
Funcho: Empregada em todas as obrigações de cabeça, nos abô e em banhos de
limpeza. Usa-se, do mesmo modo, para tirar mão de Zumbi. O povo dá-lhe bastante prestígio como excitante e para as mulheres aumentarem a secreção de leite. Eficaz na liberação de gases intestinais, cólicas, diarreias, vómitos. É usado no tratamento dos males aqui referidos quando se trata de crianças.
Girassol: Tem aplicação no ritual. Usa-se nas obrigações de cabeça e nos abô e
banhos de descarrego. Tem grande prestígio nas defumações, defumações, em face de ser anuladora de eguns e destruidora de larvas astrais. Nas defumações usam-se as folhas e nos banhos colocam-se, também, as pétalas das flores, colhidas antes antes do sol. Não possui uso na medicina medicina popular. 153
Golfo de flor branca: Planta aplicada em obrigações de cabeça, ebori e banhos dos
filhos de Oxalá. O povo indica suas raízes como adstringente e narcóticas, mas lavadas, debelam a disenteria e, as flores, as úlceras e leucorreia.
Guaco cheiroso: Aplica-se nas obrigações de cabeça e em banhos de limpeza. Popularmente,
esta erva é conhecida como coração-de-Jesus. coração-de-Jesus. Medicinalmente, Medicinalmente, combate as tosses rebeldes rebeldes e alivia bronquites agudas, usando-se o xarope. Como antiofídico (contra o veneno de cobra), usam-se as folhas socadas no local e, internamente, o chá forte.
H or telã telã da da hor hor ta: conhecida como hortelã de tempero e, deste modo, muito usada na
culinária sagrada e na profana também. Entra nas obrigações de cabeça alusivas a qualquer orixá. Participa do abô dos filhos-de-santo. Popularmente é conhecido como eficiente debelador de tosses rebeldes; de bons efeitos nas bronquites é muito útil no tratamento da asma. É excitante e fortalecedor do estômago.
Ja J asmim smim do Cabo Cabo: Seu uso restringe-se ao adorno de pejis em jarra ladeando Oxalá. Não possui uso na medicina popular. popular.
Laranjeira: As flores são aplicadas nas obrigações de ori. São São também indicadas em
banhos. Para o povo, o chá chá desta erva é um excelente calmante.
L ír io do do B r ejo: Usam-se as folhas e flores nas obrigações de ori, nos abô e nos banhos de
limpeza ou descarrego. O povo emprega o chá das raízes como estomacal e expectorante.
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Ma M alva lva Cheir Cheir osa: Usada nas obrigações de cabeça, nos abô e banhos de purificação de
filhos-de-santo. O povo a indica para desinflamar as afecções da boca e garganta. É emoliente, propiciando vir a furo os tumores da gengiva. gengiva. Usa-se em em bochechos bochechos e gargarejos.
Ma M alva lva do Camp Campo: Seu uso se restringe aos banhos descarrego e limpeza. Em seu uso popular
possui o mesmo valor da malva cheirosa.
Mamo Mamona: na: Esta erva é muito utilizada como recipiente para se arriar ebó para Exu.
Não possui uso uso na medicina popular. popular.
Manje Manjerr icão icão Miúd Mi údo o: Usada na preparação de abô e nos banhos de purificação dos filhos a entrar em obrigações ou serem recolhidos. É considerado pela medicina caseira como excelente eliminador de gases.
Ma M anjeron njerona a: Entra em todas as obrigações de ori, em banhos de limpeza ou descarrego e
nos abô. A medicina popular aplica-a como correctiva de excessos de excitações sexuais, abrandando os apetites do sexo.
Mast Mastruço: Não possui aplicação em nenhuma cerimónia ritualística. Porém na
medicina caseira é extraordinário tratamento das afecções pulmonares, notadamente nas pleurisias secas ou com derrame. Desta erva é usado o sumo, simples ou misturado com leite. Quantas vezes o doente queira.
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Mil M il em Ra R ama: Não possui uso ritualístico. É adstringente e aromática. Indicada em
doenças do peito, hemorragias pulmonares e hemoptise.
N ar ciso do dos Ja J ar di ns: Esta erva é somente usada para o assentamento. A medicina caseira
o tem como planta venenosa.
Noz de Cola: Erva indispensável nos banhos dos filhos de Oxalá. Para o banho, ralase a semente, o obi, misturando-se com água de chuva. A medicina popular indica esta erva como tónico fortificante do coração. É alimento destacado em face de diminuir as perdas orgânicas, regulando o sistema nervoso.
Noz-moscada: Desta erva utiliza-se o pó em mistura com a canela também em pó. Isto
feito, espalha-se no ambiente caseiro ou em lugar onde se exerce atividade, para melhoria das condições financeiras. É também usado como defumador. Não possui uso na medicina popular.
Patchouli : Erva usada em todas as obrigações de ori, ebori, feitura de santo, lavagem de
contas e tiragem de Zumbi. É parte dos abô que se aplicam aos filhos-de-santo. A medicina popular indica i ndica o patchouli como possuidor de um princípio activo que é insecticida.
Poejo: Entra em todas as obrigações de ori de filhos-de-santo, quaisquer que sejam os orixás dos referidos filhos. fil hos. Popularmente, atenua os males do aparelho respiratório aconselhando o uso do cozimento das folhas e ramos. Muito eficaz nas perturbações da digestão, usando-se o chá.
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Rosa Branca: Participa de todas as obrigações de cabeça. Usa-se, inicialmente, na
lavagem do ori, ato preparatório para feitura. O povo consagrou-a como laxativo branco e aplicável no tratamento da leucorreia (corrimento) sob forma de lavagens e chá ao mesmo tempo. Como laxativo, é aplicado o chá.
Saião Saião: Entra em todas as obrigações de cabeça, quaisquer que sejam os filhos e os orixás. Utilizada também no sacrifício ritual. Medicinalmente, é utilizada para evitar a intolerância nas crianças. Dá-se misturado o sumo, com leite. Em qualquer contusão, socam-se as folhas f olhas e coloca-se sobre o machucado, protegido por algodão e gaze. Do pendão floral ou da flor prepara-se um excelente xarope que põe fim a tosses rebeldes e bronquites.
Sálv Sálvia ia: Suas folhas e flores são utilizadas nas obrigações de cabeça, nos abô e banhos de
limpeza dos filhos dos orixás a que pertence. Usada pelo povo como tónico adstringente. Emprega-se em casos de suores profundos, com grande efeito positivo, contra as aftas e feridas da boca. É grande aperiente (desdobradora do apetite).
Sangue Sangue de Crist Cri sto o: Emprega-se em ebori, lavagem lavagem de contas e feitura de santo, e usa-se nos abô dos filhos de Oxalá. É conhecido popularmente como adstringente e tônico geral. Usa-se o chá ou cozimento das folhas como contraveneno.
Umbu: Possui aplicação em todos os actos da liturgia afro-brasileira, ebori, abô, feitura de
santo e lavagens de cabeça e de contas. Bastante usada com resultados positivos nos abô de ori e nos banhos de purificação. O povo utiliza suas cascas em cozimento, para lavagens dos olhos e para pôr fim às moléstias da córnea.
E r vas vas de Oxaguia Oxagui an Cabe salientar que Oxaguian usa as mesmas ervas que Oxalá e Oxalufãn. BOA SORTE!!!
Yalorixá Dayse Freitas Aiepeamana 157