E conomia I nternacional – Teori a e E xperiência Brasileira Ren ato Baumann, O taviano C anuto e Re inaldo G onçalv es
R io de Janeiro: E ditora C ampus, 2004 O livro “ Economia Internaciona l- Teoria e Experiê ncia Bra sileira” é o resultado da experiência de três re noma dos professore s — Renato Ba umann, O taviano C anuto e Rei naldo G onçalv es – q ue por muitos anos minis tra ram a disc iplina de Economi a Inte rnacional. A obra traz não somente o corolário tradicional exigido nos corriqueiros cursos de Economia Internacional — capítulos que discorrem sobre as principais teorias de comércio internacional, a es trutura do Balanço de Paga mentos, os regi mes cambia is, e tc. —, como ta mbém abo rda uma série de outros temas inere ntes à á rea. Assun tos q ue at é entã o ha viam sido trat ados basicamente em textos acadêmicos encontra m-se condensados em uma única o bra com dis-
dendo srci nar- se ta nto na seio da firma q uanto fora d esta, ou a inda na seara inte rnacional. Os níveis de proteção também têm uma repercussão direta no fluxo de comércio internacional. Depende ndo do grau e do “ tipo de prote ção” — qua ntitativo, valor ou qua litat ivo — , as nações podem se s entir compel ida s à pro dução de determinados bens e serviços. A partir dess a disc ussão acerca do s fat ores determinantes do fluxo de comércio internacional, os próximos cinc o ca pítul os (Capítulo 5 a o 9) são dedicado s a q uestões re laciona da s aos efe itos do cre scime nto econômico na performa nce econômica externa das nações, assim como ao papel da integraçã o regiona l em seus divers os níveis. O capítulo 7 a presenta , dentro de uma pers-
cussões extremamente atuais e correlacionadas à economia bra sil eira, t ais como a integraçã o regional, os efeitos do crescimento econômico no comércio internacional, a teoria do investimento inte rnacional e a globa lização . Co mo mostram os a utore s, “ O elemento
pectiva histórica, a srce m dos principais organismos i nternaciona is de re gulação do comérc io internacional, G ATT e O M C , e a sua a tua ção recente em casos considerados controversos na OM C, como, por exe mpl o, o caso dos produtos têxteis asiát icos e a definiç ão dos subsídios agríbásico de análise da Economia I nternacional é colas na Europa. Após essa incursão histórica, os um determinado espaço geográfico e suas rela- autores dedicam um capítulo exclusivo à evoluções com o resto do mundo.” (p.1) A proposta é ção do comércio inte rnaciona l do pa ís e princi aprese nta r ao leitor uma a nálise da s transações pais pontos da polític a exte rna no s últimos vinte entre agent es econômico s residentes dentro d e um anos, assim como sua relação com os organismos espaço geográfico e suas cont rapa rtes não-re siinternacionais, G ATT e OM C . O proce sso d e dentes no mesmo espaço, tendo como pano de ab ertura come rcial ocorrido na décad a de 90 e a fundo a economia bra sileira. O entendi mento das evolução das tarifas de importação são discutirelações econômicas internacionais brasileiras se do s avid a mente, inclusive a rece nte experiê ncia inse re numa perspe ctiva histórica cuja a ná lise é de integração regiona l – Brasil e América La tina . basta nte acurada e relacionada a cada tem a do Segue então uma análise do fluxo internalivro. cional de capita is (Ca pítulo 9 ao 12) propriamenOs primeiros capítulos discorrem sobre o te dito. As discussões perpassam a importância objeto da Economia Internacional e as principais destes no equilíbrio das contas externas do país teorias de c omérci o internacional capita neada s e os efeitos perversos de ce ná rios vo lát eis em ecopor Adam Smi th e Ricardo, com a teori a d as vannomias dependentes de recursos internacionais ta gens comparativas. como a nossa. A gl oba lização f inancei ra e proApós expos ição didá tica a cerca do s fato res dutiva é disc utida com ba stant e proprie da de, bem q ue levam à ocorrênc ia d o comérci o entre as nacomo o s efeitos no fluxo de capita is brasile iro em ções à luz da teoria clássica de comércio internaexperiê ncia recente. cional, dois capítulos são dedicados à discussão A análise e discussão de uma série de tópido s efeitos da s economia s de e scala e dos níveis de proteção no fluxo de comércio entre nações. As economias de escala estão associadas à existência de re to rnos não -consta ntes de escala , po-
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cos apresentados anteriormente estão fundamenta da s teoric amente e m uma con cisa exposição sobre a estrutura de Balanço de Pagamentos e principais modelos de macroeconomia aberta,
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com destaque para os modelos Mundell-Fleming e IS-LM com B P (ver capítulos 13 e 14). A interpretação dos efeitos dos diversos regimes cambiais no Balanço de Pagamentos, a problemática do cont ágio e a cris e de vol at ilida de tamb ém são discutidas nos ca pítulos 15 e 16. Por fim, nos capítulos 17 a 19 do livro-texto é apres entad a uma expos ição detalhada da origem dos sis temas monetá rios internacionais, d esde o Padrão-Ouro até a experiência recente de unificação monetária européia. Nestes capítulos, os autores fazem uma retrospectiva histórica dos princi pais problemas e dificuldad es encontra dos no â mbito internaciona l no que diz re speito à unific ação e adoção de um padrão úni co mone tário inte rnacional. O capítulo 19 mostra com exclu-
ba stante at ual e pe rtine nte para o momento vivido pelo país e por outras economias semelhantes à nossa. A leitura da refe rida o bra é re comendada não somente para alunos de cursos de graduação e de pós-grad uaçã o em Economia, conforme mencionado no início do texto, ma s sobretudo a profissionais do mercado de trab alho q ue lidam constantemente com questões relativas a finanças internacionais e à dinâmica do comércio exterior e suas relações como um t odo . Na verdad e, tra ta -se de uma ob ra compl eta e de qualidade, totalmente alinhada e correlacionada ao caso da economia bra sileira, composta ainda por uma se leta bibli ografia, a q ue o lei tor pode te r aces so ao f inal de c ada capítul o da obra.
sividade a rel ação do Bra sil com o Pa drão-Ouro e quais as expe ctativas em torno da unifi cação da moeda na Europa e seus possí veis efeitos na s tra nsações comerciais com o Bra sil. Ta l discuss ã o é
Doutora em Economia de Empr esas, FG V-EAESP.
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Paula Passanezi
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