NÁ ÁUTICA INFANTE D. HENRIQUE ÁUTICA ESCOLA SUPERIOR N
CURSOS DE ENGENHARIA
DISCIPLINA DE TECNOLOGIA TECNOLOGIA MARITIMA CAPITULO II CARACTERÍSTICAS DOS NAVIOS
1 TEXTOS DE APOIO 20089
Elaborados por Felizardo Alves
DEFINIÇÕES São várias as definições encontradas nos compêndios e usualmente utilizadas para definir os veículos concebidos para se deslocarem no meio líquido, impulsionados por outrem ou pelos seus próprios meios, como seguidamente se explicita.
Barco É uma embarcação embarcação de madeira madeira ou de outro material de pequenas dimensões, sem sem coberta (aberto), impulsionado a remos ou a motor, com capacidade para transportar pessoas e mercadorias.
Navio: É uma embarcação embarcação com com coberta (fechado) que, que, pelo seu tamanho, tamanho, solidez e força é adequado adequado a navegações navegações ou empresas marítimas de importância. Navio ou embarcação: embarcação: pode definir-se definir-se como sendo sendo um veículo veículo utilizado tanto para para transportar passageiros como mercadorias por via fluvial ou marítima, dependendo naturalmente das suas características. «Navio» uma embarcação que opere no meio aquático, incluindo as embarcações de sustentação dinâmica, veículos de sustentação por ar, submersíveis e estruturas flutuantes;
Como veremos mais adiante, as características dos navios variam de acordo com a utilização a que se destinam, o que implica que que tenham de ser dotados com estruturas, estruturas, formas e equipamentos apropriados para poderem poderem cumprir os seus seus objectivos objectivos de uma forma segura segura e eficiente.
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CLASSIFICAÇÃO DOS NAVIOS MERCANTES Em relação à natureza do transporte que efectuam, efectuam, classificam-se classificam-se em: em: NAVIOS DE PASSAGEIROS - Divers Diversos os tipos tipos Carga geral geral e espec específic íficaa NAVIOS DE CARGA - Carga NAVIOS MISTOS - Carga Carga e passag passageiros eiros
Os navios mercantes mercantes de carga designam-se designam-se em relação relação ao modo como é acondicionada a carga que podem transportar, da seguinte forma: CARGUEIROS – CARGUEIROS – Carga Carga geral geral solta, unitiz unitizada ada e carga carga frigorífica frigorífica Carga contentoriz contentorizada ada PORTA-CONTENTORES – PORTA-CONTENTORES – Carga PORTA-CONTENTORES FLUTUANTES – Conte Contento ntores res flutua flutuante ntes, s, que que carre carrega gam m em em fundeadouros, fundeadouros, dispensam por isso os cais de atracação Roll-On Roll-On Roll-Of Roll-Offf – Carga rolante: veículos veículos ligeiros e pesados pesados com motor, que entram entram e saem do navio pelos seus próprios meios pelas rampas e portas situadas a vante, a ré, ou nos bordos sólida: carvão, minério, grãos de de cereais, cimento, etc. GRANELEIROS – GRANELEIROS – Carga a granel sólida: PETROLEIROS – PETROLEIROS – Carga a granel granel líquida: crude crude e seus derivados NAVIOS DE CARGAS COMBINADAS – Carga Carga sólida sólida e líquida: líquida: carvã carvão, o, minério, minério, produt produtos os petrolíferos, etc. líquida: vinho, água, óleos óleos alimentares, alimentares, NAVIOS TANQUES OU CISTERNAS – CISTERNAS – Carga a granel líquida: etc.. QUÍMICOS – QUÍMICOS – Carga a granel granel líquida: ácido ácido sulfúrico, acetona, acetona, etc. GASES LIQUEFEITOS – LIQUEFEITOS – Carga a granel granel liquefeita: gás natural, butano, butano, propano e metano metano
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Existem vários outros tipos de navios que prestam diversos serviços especializados, tais como: NAVIOS BALIZADORES NAVIOS DRAGAS NAVIOS LANÇA CABO-SUBMAR C ABO-SUBMARINO INO NAVIOS QUEBRA-GELOS NAVIOS REBOCADORES: Fluviais Portuários Costeiros Alto-mar e salvamento NAVIOS NAVIOS DE COMBATE COMBATE À POLUIÇÃO POLUIÇÃO NAVIOS DE PROSPECÇÃO PETROLÍFERA NAVIOS DE PROSPECÇÃO SÍSMICA NAVIOS ESCOLA DA MARINHA MERCANTE
Em relação ao raio raio de acção correspondente correspondente à área onde operam, dividem-se dividem-se da seguinte forma: NAVIOS DE LONGO CURSO – Operam Operam sem limite limite de zona zona não
Operam entre portos portos de de um território território ou em zonas zonas NAVIOS DE CABOTAGEM – Operam oceânicas NAVIOS DE NAVEGAÇÃO COSTEIRA – Oper Operam am à vist vistaa de ter terra ra ou ou dent dentro ro de de determinados limites próximos da costa Operam nos portos, portos, rios, rios, l NAVIOS OU EMBARCAÇÕES DE TRÁFEGO LOCAL – LOCAL – Operam lagos, lagoas, estreitos ou de um modo geral na área de jurisdição de uma Capitania ou Delegação Marítima
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QUALIDADES NÁUTICAS DOS NAVIOS capacid idade ade de flutua flutuaçã çãoo do do nav navio. io. Depen Depende de da FLUTUABILIDADE – capac impermeabilidade do casco, do volume e divisão interna em compartimentos estanques. capacidad dadee de regres regressa sarr à posiçã posiçãoo de equil equilíbr íbrio io quan quando do dela dela ESTABILIDADE – capaci afastado pela acção de forças externas. Depende da forma do casco e do posicionamento posicionamento dos centros de gravidade e de impulsão. ROBUSTEZ – capacid capacidade ade de resistir resistir às forças forças a que que está está sujeito. sujeito. Depende Depende dos componentes estruturais, dos materiais utilizados utilizados e da qualidade qualidade da construção. construção. MOBILIDADE – MOBILIDADE – capacidade capacidade de navegar navegar pelos seus meios capacidade de manobrar (governar) (governar) pelos pelos seus meios num MANOBRABILIDADE MANOBRABILIDADE – capacidade determinado espaço TRANQUILIDADE – TRANQUILIDADE – capacidade para para garantir o conforto conforto das pessoas pessoas e a segurança segurança destas e das cargas transportadas, limitando os balanços excessivos (qualidades oscilatórias). HABITABILIDADE – capacidad capacidadee de alojar alojar em em boas boas condiç condições ões as pessoas pessoas embarcadas. CONFORTABILIDADE habitabilidade. habitabilidade.
– está relacionada co com a tranquilidade e
com a
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POSICIONAMENTO NO INTERIOR DO NAVIO
POSICIONAMENTO NO EXTERIOR DO NAVIO
SOTAVENTO – lado abrigado abrigado do vento vento BARLAVENTO – lado de onde onde sopra sopra o vento vento 7
PLANOS PRINCIPAIS DE REFERÊNCIA DO NAVIO
PLANO BASE – BASE – plano horizontal correspondente correspondente à linha de água de traçado mais baixo perpendicul cular ar ao anterior anterior e divide divide o navio navio em duas PLANO LONGITUDINAL OU DIAMETRAL – DIAMETRAL – é perpendi partes simétricas PLANO TRANSVERSAL – TRANSVERSAL – é perpendic perpendicular ular aos dois anteriores anteriores
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PLANO DE FLUTUAÇÃO ou das LINHAS DE ÁGUA – ÁGUA – é o plano plano definido definido pela superfíci superfíciee da água onde o navio flutua PLANO HORIZONTAL – é paralelo paralelo ao plano plano de flutuaç flutuação. ão. As linhas linhas de de água água (LA) (LA) são são definidas pelas intersecções de diversos planos horizontais auxiliares com o casco
LINHAS DE REFERÊNCIA DO NAVIO LINHA DE BASE – linha de de referência referência do do plano geométr geométrico ico do navio, navio, defini definida da pela pela intercepção do plano diametral com o plano base do navio LINHA DE FLUTUAÇÃO – linha obtida obtida pela pela intercepç intercepção ão do plano plano de flutuação flutuação com com a superfície exterior do casco pela intercepção intercepção do plano de de flutuação com a LINHA DE ÁGUA CARREGADA CARREGADA – definida pela superfície exterior do casco casco quando o navio está com a carga máxima
PERPENDICULARES DE REFERÊNCIA perpendic ndicular ular à linha linha base, base, que passa passa pelo pelo ponto ponto de PERPENDICULAR PERPENDICULAR A VANTE – VANTE – recta perpe intercepção do plano da linha de água carregada com a linha da roda de proa PERPENDICULAR A RÉ – RÉ – recta recta perp perpend endicu icular lar à linha linha base base que que passa passa pela pela face face de de ré do cadaste do leme ou quando quando este não não existe, pelo eixo da da madre do leme
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DIMENSÕES DOS NAVIOS COMPRIMENTOS DO NAVIO - L Tal como acontece com outros parâmetros dimensionais do navio, podemos considerar diversos tipos de comprimentos, porém os mais referidos são os representados representados na figura.
COMPRIMENTO TOTAL OU FORA A FORA – FORA – distância medida horizontalmente entre as partes mais salientes da proa e da popa do navio (não se consideram os equipamentos e dispositivos desmontáveis, desmontáveis, como é o caso das balaustradas, balaustradas, portas do leme, etc.) etc.) COMPRIMENTO DE REGISTO OU DE SINAL – distância distância medida medida sobre sobre o convés convés,, pavimento pavimento principal ou pavimento superior, entre a face anterior da roda de proa e a face posterior do cadaste ou do painel da popa.
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COMPRIMENTO ENTRE PERPENDICULARES – é o maio maiorr dos dos comp compri rime ment ntos os def defin inid idos os da da seguinte forma: C1=96% do comprimento total da embarcação medido sobre uma linha de água traçada a 85% do pontal mínimo de construção, ou C2= comprimento sobre aquela linha de água, entre a face de vante da roda de proa e o eixo da madre do leme
LARGURAS DO NAVIO A largura dos navios navios designa-se designa-se por BOCA (B) fig. devido ao facto de durante muitos anos anos a maior parte dos cascos cascos que se construíram serem abertos, constituindo constituindo como que uma boca escancarada. O termo passou assim a designar a largura de qualquer navio ou embarcação. Assim podem considerar-se: considerar-se: BOCA NA FLUTUAÇÃO – FLUTUAÇÃO – distância medida entre entre as normais ao plano plano de flutuação flutuação que passam passam pelos pontos de intercepção deste com a secção mestra BOCA MÁXIMA ou BOCA DE SINAL – SINAL – distância medida medida entre as normais ao plano plano de flutuação flutuação que passam passam pelos pontos exteriores exteriores de maior largura do navio da secção mestra BOCA NA OSSADA – distância medida medida entre as normais às faces externas das balizas, que que passam pelos pontos de maior largura da secção mestra, excluindo a espessura do forro exterior
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ALTURAS DO NAVIO casco, a No navio há que sempre considerar considerar três tipos diferentes de de altura a saber: a altura do casco, altura das superstruturas e a altu altura ra dos dos mast mastro ross. Porém, a grande definição de altura refere-se sempre ao ao casco, a qual qual é designada de PONTAL PONTAL (D) – (D) – distância distância medida medida no plano plano diametral diametral a meio comprimento comprimento do navio navio entre a linha recta do vau do pavimento principal e a linha recta da face superior da quilha. PONTAL DE SINAL – é a distân distânci ciaa medid medidaa no plano plano diam diametr etral al entre entre a face face inte interio riorr do pavimento superior até ao tecto do duplo duplo fundo fundo ou à parte superior da caverna, se se não houver houver duplo fundo, diminuída de 65 mm no caso de haver cobro de qualquer espessura. espessura.
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DIMENSÕES DE SINAL São as dimensões que identificam o navio no registo de propriedade, na capitania, etc., a seguir indicadas: Comprimento de registo ou de sinal Boca de sinal Pontal Pontal de sina sinall Existem ainda outras dimensões características do navio tais como: medida entre a linha de de construção e o plano plano de flutuação. IMERSÃO – IMERSÃO – distância vertical medida CENTRO DE CARENA – CARENA – centro de gravidade gravidade do volume volume da carena carena ISOCARENAS – ISOCARENAS – carenas carenas de igual igual volume, volume, corresp corresponde ondentes ntes a um mesmo mesmo flutuador flutuador a diferente diferentess inclinações CALADO DO NAVIO (d) – distância vertical medida entre o ponto mais baixo baixo da quilha (superfície (superfície vante, a ré e a meio navio, através das inferior) e o plano de flutuação. Pode ser medido a vante, marcações existentes no costado para esse efeito
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CAIMENTOS DO NAVIO São as inclinações inclinações a que o navio navio está sujeito na direcção direcção longitudinal. O caimento caimento do navio obtém-se através da diferença de calados AV e AR.
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LINHAS DE BORDO LIVRE E DE CARGA DO NAVIO A linha de Bordo Bordo Livre é definida pela intercepção intercepção do pavimento pavimento de convés com o costado costado do navio. Serve de referência referência para a traçagem traçagem das várias linhas de carga do navio, navio, as quais têm em devida consideração as zonas geográficas em que o navio navega, as épocas do ano e a densidade densidade do meio líquido.
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TONELAGENS DO NAVIO A capacidade dos navios navios é definida através da tonelagem tonelagem de arqueação, cuja unidade de medida Moorson, a qual corresponde no sistema inglês a 100 é a tonelada de Arqueação ou tonelada Moorson, pés cúbicos e no sistema métrico a 2, 832 m3. TONELAGEM DE ARQUEAÇÃO BRUTA – represen representa ta o volume volume interior interior de todos os os espaços espaços fechados do navio, com algumas excepções definidas nos Processos de Arqueação, medido em Toneladas de Arqueação ou Toneladas Moorson. representa ta o volume que que se obtém em Tonelad Toneladas as TONELAGEM DE ARQUEAÇÃO LÍQUIDA – LÍQUIDA – represen de Arqueação, deduzindo deduzindo à Tonelagem Bruta, determinados determinados espaços que que não são destinados destinados ao transporte de mercadorias e passageiros, tais como a casa da máquina e das caldeiras, os alojamentos da tripulação, casas do leme, navegação, TSF, paióis de serviço, casas sanitárias, etc..
DESLOCAMENTOS DO NAVIO DESLOCAMENTO LEVE – LEVE – é expresso expresso em em Toneladas Toneladas Métrica Métricass e correspond correspondee ao peso do navio navio equipado e pronto para as suas viagens. Obtém-se adicionando os pesos de todos os elementos da sua estrutura, bem como de todos os equipamentos, aparelhagem aparelhagem de navegação, navegação, mobiliário, Leve. etc., de forma a determinar o valor do Peso do Navio Leve. DESLOCAMENTO TOTAL – TOTAL – também também é expresso expresso em tonela toneladas das métric métricas as e correspo corresponde nde ao valor valor embarcados , o que do Deslocamento Leve do navio acrescido da carga e passageiros embarcados, pressupõe um valor variável limitado pela linha de carga máxima estabelecida pela Sociedade Classificadora. TABELA DE DESLOCAMENTOS – é forn fornec ecid idaa pel peloo con const stru rutor tor do navi navioo e indi indica ca os deslocamentos deslocamentos correspondentes correspondentes aos calados.
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PORTES DO NAVIO PORTE BRUTO – é expresso expresso em em Toneladas Toneladas Métrica Métricass e represen representa ta o peso peso de tudo quanto quanto se se pode carregar a bordo bordo de um navio até atingir o nível da linha de carga máxima, isto é, o peso das mercadorias, dos passageiros, dos tripulantes, da água, dos víveres, dos apetrechos e dos combustíveis os quais representam pesos fixos no projecto de construção do navio, porém variáveis segundo as condições de carga. PORTE LÍQUIDO OU PORTE ÚTIL – ÚTIL – é expresso expresso em em Toneladas Toneladas Métricas Métricas e represe representa nta apenas apenas o peso máximo da carga e dos passageiros. CAPACIDADE DE CARGA DO NAVIO – NAVIO – pode considerar-se considerar-se o máximo máximo Porte Útil disponível disponível para para um dado deslocamento deslocamento do navio, o qual poderá poderá não ser utilizado na totalidade totalidade para o transporte de uma determinada espécie de carga se a capacidade dos porões não comportar o volume necessário para acomodar a carga. Nesta conformidade, conformidade, a capacidade capacidade de carga carga do navio navio mais não é do que o volume volume total dos espaços cobertos do mesmo, tais como porões, tanques e paióis disponíveis para acomodar no seu interior o máximo de carga possível. Este volume total, é normalmente expresso expresso para a generalidade generalidade dos navios em em m3 ou pés cúbicos podendo também no caso particular dos navios tanques ser expresso em barris (barril <> 158,98396 litros).
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A figura seguinte, mostra a distribuição dos tanques de carga e de lastro de um VLCC (Very Large Crude Carrier)
UNIDADES DE TONELAGEM DOS NAVIOS TONELAGEM DE DESLOCAMENTO – DESLOCAMENTO – corresponde ao ao peso do volume volume de água deslocada deslocada pela carena carena do navio navio e tanto tanto pode pode ser express expressaa em tonelad toneladas as métricas métricas (1 (1 ton <> 1000 kg) kg) como em toneladas inglesas (1 Long Tons<> 1016 1016 kg) TONELAGEM DE PORTE – PORTE – corresponde ao ao peso da carga carga embarcada no navio e tanto pode ser ser expressa em toneladas métricas, como em toneladas inglesas. Quando de um modo geral geral se refere apenas que um navio tem tem 50 000 toneladas, tal deve deve ser interpretado como o valor do seu Porte Bruto (Gro (Gross ss DW).
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ESTRUTURA GERAL DOS NAVIOS DE AÇO Nomenclatura FORRO – FORRO – face exterior exterior do do costado costado AMURADA – AMURADA – face interior interior do do costado costado CONVÉS – CONVÉS – pavimento resistente resistente mais próximo da borda borda que fecha a parte parte superior do casco e se prolonga por toda a extensão do navio. BORDA FALSA – FALSA – prolongamento do costado costado acima do convés. convés. situada abaixo da linha de de flutuação CARENA, QUERENA ou OBRAS VIVAS – VIVAS – parte do casco, situada (parte imersa), responsável pela impulsão sofrida pelo navio. OBRAS MORTAS – parte dos dos casco casco situada situada acima acima da linha de de flutuação, flutuação, incluind incluindoo as superstruturas (parte emersa). OSSADA – OSSADA – estrutura estrutura resistente resistente do casco casco do navio longitudinal que que fecha interiormente interiormente a ossada contribuindo contribuindo para aumentar aumentar a QUILHA – peça longitudinal resistência longitudinal do casco VAUS – cantoneiras transversais VAUS – transversais que que ligam os dois ramos de cada baliza baliza da ossada ossada RODA DE PROA – PROA – peça que fecha a ossada na zona zona da proa do navio navio ossada na zona da popa do navio, onde estão inseridos inseridos o leme e o CADASTE – CADASTE – peça que fecha a ossada hélice ANTEPARAS – divisórias divisórias transve transversais rsais ou longitu longitudina dinais, is, estanques estanques ou ou não, que dividem dividem interiormente o navio ANTEPARAS DE COLISÃO – COLISÃO – divisórias transversais transversais estanques para a impedir o alagamento alagamento de algumas zonas do navio em caso de ocorrer um rombo
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Nomenclatura do casco
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ESTRUTURA DA ZONA INTERMÉDIA DO CASCO
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ESTRUTURA DA PROA
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ESTRUTURA DA POPA
LINHA DE VEIOS E HÉLICE
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SUPERSTRUTURAS E CASARIO
SUPERSTRUTURAS – são as construções construções acima do convés convés que se estendem estendem a toda ou ou apenas a parte da largura do navio. São construídas de modo a impedir a penetração da água. superstruturas que se estendem a toda a largura do navio, de que são CASTELOS – são superstruturas exemplos o castelo da proa, o castelo central e o castelo da popa. CASOTAS ou RUFOS – RUFOS – são superstr superstrutura uturass que se estendem estendem apenas apenas a parte parte da largura largura do navio navio e que servem para cobrir as casas de máquinas. m áquinas. Em geral são estreitas, longas e baixas.
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COMPARTIMENTAÇÃO COMPARTIMENTAÇÃO DOS NAVIOS Durante a construção, os navios são divididos interiormente em vários compartimentos, em função do tipo de transporte que terão de efectuar. Assim, Assim, a sua compartiment compartimentação ação interior interior será será diversa, diversa, consoante consoante se trate de um navio navio de transporte de passageiros, carga geral, geral, frigorífica, contentorizada, contentorizada, carga a granel sólida ou líquida, carga mista, veículos, etc.. COMPARTIMENTAÇÃO COMPARTIMENTAÇÃO COMUM Porém independentemente independentemente da especificidade especificidade de cada navio, há compartimentos de que todos dispõem, tais como: Ponte de comando Casa do leme Casa de máquinas Paiol da amarra Paiol de mantimentos Câmaras frigorificas mantimentos Paiol de máquinas Paiol de convés Alojamentos da tripulação Cozinhas, Copas e messes Lavandarias Escadas e corredores de acesso Tanques de água doce e de lastro Tanques de combustível, óleo lubrificante, resíduos, etc. 26
COMPARTIMENTAÇÃO COMPARTIMENTAÇÃO ESPECÍFICA DOS NAVIOS DE CARGA
Navios de Carga Geral São construídos para o transporte de carga geral, solta e unitizada. Normalmente os porões são divididos horizontalmente, de modo a formar várias cobertas onde são acomodados as mercadorias a transportar, tais como: Sacaria de amendoim, cimento, farinha, açúcar, cereais Engradados, caixotes, caixas, carga unitizada Bobines de papel, ferro, etc. Fardos de algodão, etc.
Navios Frigoríficos São construídos para transportar carga frigorífica, constituída por frutas, carne, peixe, camarões, etc.. Os seus porões são divididos de forma semelhante aos navios de carga geral, porém são dotados de sistemas de ventilação e de refrigeração da carga adequados. Hoje em dia dia uma boa boa parte da carga frigorífica é transportada em outros tipos de navios acondicionada acondicionada em contentores contentores frigoríficos, dotados dotados de um sistema de refrigeração refrigeração alimentado alimentado pela corrente eléctrica fornecida através da instalação eléctrica do navio.
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Navios Porta-Contentores São utilizados exclusivamente para transportar contentores acomodados em espaços celulares e no convés. convés. Os de maiores maiores dimensõe dimensõess podem podem transportar transportar até 13 000 TEUs a uma velocidade velocidade de cruzeiro de 18 a 23 nós. Os contentores transportados transportados pelos navios podem podem ser movimentados movimentados com o equipamento equipamento de de bordo ou dos portos. Os equipamentos de movimentação do navio podem ser guindastes ou pórticos. Os equipamentos de movimentação utilizados nos terminais são normalmente os pórticos de cais assentes sobre carris e os pórticos de parque montados sobre uma plataforma auto motorizada que se desloca desloca sobre pneumáticos. pneumáticos. A capacidade capacidade de carga e descarga descarga destes equipam equipamentos entos é bastante bastante elevada. elevada. Os sistemas sistemas de movimentação de contentores contentores são conhecidos conhecidos por Lift-on Lift-off (Lo-Lo), e como veremos já de seguida, seguida, são bastante bastante diferentes do do sistema de carga e descarga descarga rolante dos navios navios Roll-on Roll-on Roll-off. Roll-off. As demais demais características características associadas à operação do sistema sistema Lift-on/Lift-off Lift-on/Lift-off são: - Fluxo regular e considerável considerável de contentores; - Métodos integrados de movimentação movimentação de carga para a carga contentores com equipamento moderno;
e descarga dos
- Transferência do navio navio para o transporte ferroviário ferroviário ou rodoviário realizada no terminal, normalmente de forma indirecta, devido ao elevado número de contentores movimentados; - Terminais dotados com capacidade capacidade de armazenagem armazenagem suficiente localizada a alguma distância da faixa do cais, de modo a evitar o congestionamento congestionamento nessa área. A utilização eficiente do contentor também depende de uma estrutura terrestre orientada para a manipulação e escoamento do mesmo.
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Navios Navios Roll-o Roll-on n Roll-of Roll-offf (Ro (Ro-Ro -Ro)) São concebidos concebidos especialmente especialmente para o transporte de veículos, camiões, camiões, atrelados, etc. Dispõem de rampas na proa, popa ou nos bordos, por onde a carga se desloca sobre rodas para entrar e sair da embarcação. Internamente possuem rampas e elevadores que interligam os vários pavimentos onde a carga é acomodada. Também podem transportar veículos sobre rodas carregados com contentores.
Navios Navios Roll-onRollRoll-onRoll-off/Liftoff/Lift-on on Lift-off (Ro-Ro/Lo-Lo (Ro-Ro/Lo-Lo)) Podem transportar carga rolante nos pavimentos e contentores no convés, onde são colocados ou retirados, por içamento a partir do cais. Este sistema foi concebido concebido de modo modo a que o equipamento equipamento utilizado para descarregar descarregar o navio permita a transferência da carga directamente da área do terminal para a rede rodoviária ou ferroviária, a fim de conseguir obter uma grande flexibilidade quanto aos tipos, tamanhos e pesos da carga a ser transportada.
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Navios Graneleiros Transportam apenas granéis sólidos. Os seus porões, além de não possuírem divisões, têm cantos arredondados, arredondados, a fim de facilitar a carga e descarga. A maioria destes navios opera no “ tramping” isto é, as suas viagens são irregulares. Dado que transportam mercadorias de baixo valor, devem ter baixo custo operacional. A sua velocidade velocidade de cruzeiro é baixa, normalmente normalmente inferior a 15 15 nós. Os principais principais tipos de de graneleir graneleiros os são: são: General Purpose –
com 25.000 25.000 e 50.000 50.000 TDW, TDW, diferem entre entre si, bastante bastante em em relação ao calado, comprimento, largura, tonelagem, número e tamanho das escotilhas e porões, equipamentos, etc.
A sua construção construção é relativamente simples, simples, mas têm uma apreciável flexibilidade operacional que lhes permite transportarem indistintamente: indistintamente: grãos, carvão, minério minério e produtos siderúrgicos. siderúrgicos. Handy-sized
– com 25.000 25.000 - 50.00 50.0000 TDW, TDW, as suas suas princ principa ipais is cara caracte cterís rístic ticas as Suez, bem como operar nos permitem-lhes navegar nos canais do Panamá e do Suez, principais terminais de granéis. São bastante eficientes no que concerne aos encargos com o combustível. Handy-max -
com 35.000 35.000 - 50.000 50.000 TDW, TDW, surgiram surgiram no no final final da década década de de 1950. 1950. No No início destinavam-se ao transporte especializado de minérios mas, gradativamente, também passaram a ser usados no transporte de outros granéis. Panamax –
com 50.000 e 75.000 TDW, TDW, foram construídos para para atravessar o canal do Panamá, e por isso com restrições nas dimensões da boca e do calado. Também são utilizados em outras rotas do tráfego internacional.
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Navios Tanque São utilizados exclusivamente para o transporte de granéis líquidos. Incluem os petroleiros. Possuem equipamento equipamento para bombear a carga. carga. Com o encerramento do Canal de Suez Suez o seu porte aumentou, de de modo a reduzir reduzir o custo operacional operacional decorrente decorrente do aumento da da distância de Very Larg Large e Cr Crud ude e Carr Carrie ier r , com porte superior a 150.000 viagem, dando origem aos VLCC - Very TDW e aos ULCC - Ultra Large Large Crude Carrier Carrier com porte superior a 300.000 TDW. TDW. Com a reabertura do Canal de Suez e a descoberta de petróleo no Mar do Norte e no Golfo do México, as distâncias do transporte do crude encurtaram, o que tornou a utilização destes navios antieconómica. Actualmente, a tendência tendência é para utilização utilização de navios petroleiros petroleiros mais económicos e mais ágeis 60.000-100.000 TDW e 100.000 100.000 a 150.00 150.0000 TDW. TDW. Os superpetroleiros de até 500.000 TDW, TDW, de 60.000-100.000 70, ou têm sido abatidos para sucata ou utilizados como grande novidade no início da década de 70, armazéns flutuantes. Navios Multipurpose Operam em linhas regulares onde onde é necessário transportar transportar diversos tipos de carga tais como: Neo-granéis (toros de de madeira, madeira, aço, aço, tubos etc.) e contentores; contentores; Granéis líquidos em adição a outros tipos de carga como granéis sólidos e contentores. Tudo será função do tráfego que que atendem. A recessão recessão do comércio mundial, mundial, no início da década de 80, contribuiu para o desenvolvimento deste tipo de navios, impondo aos transportadores a necessidade de obterem crescente flexibilidade no intercâmbio marítimo, o que os obrigou a transportar em simultâneo vários tipos de cargas a granel granel e contentorizada. contentorizada.
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NAVIOS COMBINADOS Mínero-Pet Mínero-Petroleir roleiros os (Ore-Oil) (Ore-Oil) São adequados tanto para o transporte de minério como de petróleo. Alguns possuem tanques e porões separados; outros possuem tanques que após o transporte do petróleo, podem ser lavados e utilizados como porões, acomodando o minério a granel. Graneleiro Graneleiros-pet s-petroleir roleiros os (Ore-Bulk-Oil (Ore-Bulk-Oil)) São apropriados para transportar alternadamente produtos petrolíferos e mercadorias a granel, como cereais.
EQUIPAMENTOS COMUNS AOS VÁRIOS TIPOS DE NAVIOS Para que os navios possam desempenhar adequadamente as suas funções, têm de ser dotados com vários equipamentos e sistemas que variam em função do tipo do transporte que efectuam, sendo muitos deles comuns, dos quais se salientam: Aparelho propulsor e respectivos sistemas auxiliares Aparelho de governo Aparelhos de manobra e amarração Aparelhos e sistemas de carga e descarga Sistemas de navegação e de comunicações Aparelhos de registo de dados de viagem Sistemas de ventilação e refrigeração Sistemas de gás inerte Sistemas de controlo da poluição Sistemas de detecção e extinção de incêndios Sistemas de tratamento de esgotos Sistemas de incineração de resíduos Embarcações Embarcações e balsas salva vidas
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