COMPLEMENTOS DE MATEMTICA. NOTAS DE CURSO. I 0 semestre 2007.
Aula Aula 8. O teore teorema ma dos residu residuos os e apli aplica ca¸ ¸c˜ coes o ˜es ao clculo clculo de integ integrai raiss reais. reais. (10 horas) horas)
O teorema dos residuos um instrumento muito muito til para avaliar algumas algumas integrais definidas de funes de varivel real. Um primeiro tipo de integrais so I. Integrais racional-trigonomtricos. Sejam R(x, y ) uma funo racional nas variveis x e y; o problema de calcular
2π
R(cost, cost, sent sent)dt,
0
pode ser resolv resolvido ido com auxili auxilioo do teorem teoremaa dos residu residuos, os, obser observ vando ando que, que, pelas pelas frmulas de Euler, it
z = e = sent + icos icost, t,
cost cost =
z + z −1
2
,
sent =
z
− z−1 . 2i
Asim, pela definio de integral de linnha,
2π
R(cost, cost, sent sent)dt =
R(
z + z −1 z ,
2
|z|=1
0
− z−1 ) dz , 2i
iz
onde o circulo z = 1 percorrido percorrido no sentido sentido trigonomtr trigonomtrico, ico, uma vz.
||
Exemplo. Calcule a seguinte integral:
0
2π
dt , (a + bcost)2
a > b > 0.
Soluo: Com as substities como acima, obtemos
0
2π
4 dt = 2 2 (a + bcost) ib
zdz
|z|=1 z2 + 2ba z + 1)2
=
f (z )dz.
|z|=1
Como a funo f (z ) = (z + az z+1) tm como pontos singulares (polos de ordem 2) as b raizes (mltiplas de ordem 2) do denominador 2
z1 =
2
2
√a2 − b2 − a b
z2 =
,
√a2 − b2 + a b
, Typeset by AMS -T -TEX
1
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
2
e como apenas z1 < 1 (em quanto z2 > 1, ) temos, pela frmula de calculo de um residuo num polo de ordem 2,
| |
| |
d Res(f, z1 ) = dz (z +
z
√a −b 2
2
b
+a 2 )
|z=z
1
b2 a = . 4(a2 b2 )3/2
−
Pelo teorema dos residuos,
0
2π
dt b2 a 4 2πa = 2 = πi . (a + bcost)2 ib2 4(a2 b2 )3/2 (a2 b2 )3/2
−
−
Exercicio 1. Calcule as seguintes integrais: i)
2π
1 + kcost
0
ii)
1
π
sen2n tdt
0
(Sugesto: seja I = etc.)
iii)
2π
0
2π cos5 cos5t 2+sent dt 0 2+sent
e J =
iv)
√12−π k2 ).
(R : π
(2n)! ). (2n n!)2
cos5t dt. 2 + sent
2π sen5 sen5t 2+sent dt; 0 2+sent
2π
0
(R :
dt
1 2 + sen5t
estime I + iJ =
2π e5it 2+sent dt 0 2+sent
dt.
(Sugesto: faa a substituio z = e5it .) II Integrais imprprias de funes racionais Sejam P n (x) e Qm (x) dois polinmios com coeficientes reais, tais que Qm (x) = 0, P n (x) irredutivel ivel.. O nosso propsito propsito calcular calcular x R, e tal que a frao Qm (x) seja irredut
∀ ∈
∞ P (x) +
−∞
n
Qm (x)
dx.
Para isso, precisamos de um resultado auxiliar. Lema de Jordan (I) Seja f uma funo continua no exterior de um disco de raio R0 , situado no semiplano superior, tal que lim
|z|→+∞
|z||f (z)| = 0 .
Seja γ R : z = Reit , 0 < t < π, o semicirculo centrado em zero e de raio r. Ento
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
3
Prova. A prova prova padro padro e encontr encontra-se a-se no livro. Detalhes Detalhes na sala de aula. Um classe de funes que verificam esta condio so as funes racionais (quociente de polinmios), tais que a diferncia entre o grau do numerador e do denominador seja maior igual que 2. Exemplo. Calcule, utilizando o teorema dos residuos
∞ +
I n =
1 dx n −∞ (1 + x2 )n
≥ 1.
Compare com a soluo ”elementar.” 1 Soluo. Seja a funo f (z ) = (1+z (1+z )n . Os pontos singulares so z0 = i e z1 = (polos de ordem n.) Seja ΓR = [ R, R] γ R , onde γ R : z = Rit , 0 < t < π. Pelo teorema dos residuos, 2
ΓR
∪
1 1 dz = 2 πiRes[ , i]. n 2 (1 + z ) (1 + z 2 )n
Explicitando o primeiro membro,
ΓR
−i
+R 1 1 = dz dx + (1 + z 2 )n −R (1 + x2 )n
γR
1 dz. (1 + z 2 )n
Como limR→∞ z f (z ) = 0 , pelo Lema de Jordan I, temos que
| ||
|
γR
Aps passar ao limite (R
∞
1 dz (1 + z 2 )n
→ 0,
R
→ 0.
→ 0) nos dois membros, obtemos
+
1 1 dx πiRes , i). = 2 ( 2 )n 2 )n (1 + (1 + x z −∞
Falta calcular o residuo de usames a frmula
1 (1+z (1+z 2 )n ,
Res(f, z0 ) = limz→i
= limz→i Assim,
1 (n
−
no ponto z0 = i, (polo de ordem n.) Para isso, 1 (n
−
(z i)n dn−1 [ ]= 1)! dz n−1 (z i)(z + i)
−
−
−2n+1 (2n 1)! dn−1 − n n−1 (2i) [(z + i) ] = ( 1) . 1)! dzn−1 [(n 1)!]2
−
−
−
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
4
Em particular, para n = 1, obtemos
∞ +
1 dx = π, −∞ (1 + x2 )
como o leitor pode verifcar sem dificuldade, mediante clculos elementares. II (bis) Integrais Integrais imprprios imprprios de funes com polos no eixo real. real. O teorema dos semi-residuos. A fim de integrar funes que tm polos simplis sobre a curva de integrao, precisamos fazer uma observao preliminria muito til. Lemma. Seja f uma funo analtica na coroa 0 < z z0 < r, que tm no ponto z0 um polo simplis. simplis. Sejam Sejam α0 , α1 [0, 2π] ngulos dados e seja γ r : z = reit , t [α0 , α1 ] uma arco de circulo centrado em z0 , de raio r e de ngulo ao centro α1 α0 . Ento: limr→∞ f (z )dz = i[α1 α0 ]Res(f, z0 ).
| − |
∈
−
∈
−
γr
Prova. Seja f (z ) =
b1
(z
− z0 ) + a0 + a1(z − z0) + ...,
0< z
| − z0 | < r,
o desenvolvemento em srie de Laurent da funo f em torno de z0 . Integrando esta relao, obtemos,
f (z )dz =
γr
b1
γr
(z
− z0) dz +
(a0 + a1 (z
γr
− z0) + ...)dz.
Parametrizando a curva γ r , obtemos:
f (z )dz =
γr
α1
α0
b1 rieit dt = i(α1 it re
− α0). − πib1 +
ϕ(z )dz ;
γr
como a funo ϕ(z ) = a0 + a1 (z z0 ) + ... analtica (soma de uma srie de potncias positivas de (z z0 )) e como o comprimento do arco de circulo γ r r(α1 α0 ), ( ) 0, r 0, portanto γr ϕ z dz
→
−
−
→
limr→0
γr
f (z )dz = ( α1
−
− α0)Res(f, x0).
Seja agora f uma funo analtica no semiplano superior, com exeo de um numero finito de singularidades e tal que que f tenha um polo simplis, digamos, x0 , no eixo real e que verifica as hipoteses do Lema I de Jordan. Ento, para calcular
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
5
podemos escolher como caminho de integrao a fronteira da regio Ωr,R,x = (x, y), x2 + y 2
{
0
≤ R2 ,
(x
− x0)2 + y2 ≥ r2
y>0 ,
}
percorrida no sentido positivo. Se a funo f verifca as hipteses do Lema I de Jordan, ento limR→∞ f (z )dz = 0. ΓR
Resumindo, se f verifca as hipteses do Lema de Jordan I, ento
∞
+
V.P.
f (x)dx = 2πi[
−∞
Imz k >0
Res(f, zk )] + πiRes(f, x0).
(o sinal deve-se ao sentido de percurso do semicirculo!) A frmula se generaliza com facilidade se f tm no eixo real um nmero finito de polos simplis.
−
∞ sen x
Exemplo. Calcule
+
2
x2
0
dx.
Soluo. Pela frmula de duplicao, sen2 x =
1
− cos2x = Re[ 1 − e2ix ]. 2
2
Seja ento a funo f (z ) =
− e2iz ,
1
2z 2
analtica em C 0 , onde onde tm um polo simplis. simplis. Pelo Pelo teorema teorema de Cauc Cauchy hy para para a funo f e a curva fechada Γ r,R, que o bordo bordo do conjun conjunto to
−{ }
Ωr,R = z = ρeit , 0 < ρ < R, positivamente positivamente orientado Como
{
Γr ,R f (z )dz
0
}
= 0.
| z ||1 − e2iz | = 0, lim|z|→∞ 2|z |2
pelo Lema I de Jordan, resulta que
limR→∞
f (z )dz = 0.
γR
Por outro lado, pelo Lema, limr→0
f (z )dz =
−πiRes(
1
− e2iz , 0) = −πi(−2i) = −π,
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
6
Explicitando as integrais ao longo dos segmentos [ R, 0eR r , obtemos
→
∞ sen x
→∞
+
− −r] e [r,
2
x2
0
dx =
π
2
R] e fazendo
.
∞ +
n (x) III. Integrais de tipo −∞ eimx QP m (x) dx.
Mais interessantes (talvz) do que as integrais improprios de funes racionis (as quais, lembramos, podem ser calculadas decompondo em ”fraes simplis”), so as integrais contendo exponencias. Para resolve-los, precisaremos de uma nova estimativa. Lema de Jordan (II) Seja f uma funo continua no exterior do disco de raio R0 , situado no semiplano superior que verifica a condio lim |z|→∞ f (z ) = 0. Seja γ R : z = Reit , 0 < t < π. Ento limR→∞
|
|
f (z )eiλz dz = 0.
γR
Prova. Padro. Padro. Veja, por exemplo,o exemplo,o livro de Churc Churchill. hill. Detalhes Detalhes na sala de aula. Exemplo. Calcule I =
Soluo. Seja J =
∞ cos ax 0
x2 + b2
0
x2 + b2
∞ senax
ento estimamos I + iJ =
∞ 0
dx.
dx;
eiaz dx. z 2 + b2
Para isso, consideramos o circuito Γ R como acima, aplicamos o teorema dos residuos (para um R bastante grande), passamos ao limite e pagamos a parte real. Como a 1 funo z + b verifica as hiptesis do Lema de Jordan (II), 2
2
∞ cos ax 0
ia(ib) ib) eiaz eia( πe−ab ]= dx = Re[2πiRes( 2 , ib)] = Re[2πi . x2 + b2 z + b2 2ib 2b
Integrais imprprios imprprios de funes periodicas na varivel varivel y . I V ∗ . Integrais Se a funo f periodica em
i.e. se f (
iy)
f (
i(
T )) ento essa poder
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
7
∞ f (x)dx. Nesse caso, podemos usar como caminho de integrao a fronteira de +
−∞
um retngulo de base [ r, r] e cuja altura, b escolhida de modo que no retngulo [ r, r]X [0 [0, b] a funo f tenha apenas uma singularidade e tal que f (x + ib) seja proporcional com f (x). Se, alm disso, as integrais sobre os lados verticais tendem para zero, quando r , ento
−
−
→∞
∞
f (x)dx =
2πi es(f, a)
R
−∞
C
,
onde a a singularidade de f e C uma constante. Ilustraremos esta situao a seguir. Exemplo. Mostre que
∞ +
−∞
eax π dx = , x 1+e senaπ
a
az
∈ R.
e z Soluo. Seja a funo f (z ) = 1+e 1, tm, no semiplano 1+ez . Como a equao e = superior infinitas solues zk = iπ + 2kπi, k 0, e como a exponencial complexa tm periodo 2 πi, escolhemos como caminho de integrao a curva Γ r , a fronteira do retngulo delimitado pelas retas x = r, x = r, y = 0, y = 2π. Pelo teorema dos residuos,
−
≥
−
eaz dz = 2πi es(f,iπ) = 1 + ez
R Γ Sobre o segmento horizontal y = 0, x ∈ [−r, r
x,, a integral vira
r
−r
−
r
−r
r ], percorrido no sentido crescente de
eax dx. 1 + ex
Sobre o segmento horizontal y = 2π, x esquerda, a integral vira
−2πieπai .
+2πi)) ea(x+2πi dx = +2πi 1 + ex+2πi
∈ [−r, 2aπi
−e
r ], percorrido da direita para a
Por outro lado, ao longo do segmento vertical z =
r
−r
eax dx. 1 + ex
−r + iy, y ∈ [0,
2π ], tm-se
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
8
∞ +
=
−∞
eax dx 1 + ex
Por fim, 1
2aπi
−e
− e2aπi +∞ 2πi
−∞
∞ +
−∞
eax dx = 1 + ex
eax dx = 1 + ex
−2πieπai .
−eaπi
o que nos leva a concluso. Observao∗ . No podemos deixar de notar, (para a alegria dos leitores familiarizados com as funes beta e gamma de Euler, que esta integral, pela substitio u = ex torna-se exatamente a funo B (a, 1 a) e como, pelas relaes conhecidas entre as funes B e Γ de Euler: Γ( p)Γ(q ) B ( p,q) = , Γ( p + q )
−
e pela propriedade da funo Γ : Γ( p)Γ(1 Γ(a Γ(a)Γ(1 a) Γ(1)
− =
π senaπ .
− p)
=
π senpπ ,
obtemos B (a, 1
− a)
=
V . Integrais de funes multi-valentes.
Quando queremos calcular integrais imprprios reais de funes multivalentes com o auxilio do teorema dos residuos, (por exemplo integrais de funes que contem Logz ), precisamos primeiro fazer um corte no plano, que torne a respetiva multifuno univalente e que permita ao mesmo tempo a integrao ao longo de circuitos que contenham os segmentos (ou as semiretas) do eixo real envolvidas no enunciado da integral. Occorem, basicamente dois casos:
Caso 1. Se a funo multi-valente f (z ) tm um nico ponto de ramificao finito, +∞ digamo digamos, s, a origem origem (como (como no caso de Logz) e precis precisamo amoss calcul calcular ar 0 f (z )dz, fazemos o corte ao longo do eixo positivo dos x e escolhemos como caminho de integrao a fronteira da regio Ωr,R = z = ρeit , r < ρ < R, 0 < t < 2π .
{
}
(a coroa circular centrada em zero, de raio interno r e de raio externo R menos a dos x),
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
9
Caso 2∗ . Se a multi-funo tm dois pontos de ramificao reais finitos, ento podemos fazer o corte ao longo do segmento que une os dois pontos e considerar como caminho de integrao a fronteira da regio obtida tirando do disco de raio R centrado na origem, o segmento de corte, junto com dois circulos pequenos, centrados nos pontos de ramificao. Etc. Exemplo 2∗ . Mostre que
1
dx 2 3
−1 (1 + x) (1 − x)
Soluo. A funo f (z ) =
1 1 (1+z (1+z ) (1 z ) 3 2 3
z1 =
−
1 3
=
√2π3 .
tm dois pontos de ramificao finitos z0 = 1 e
−1. Seja C R o circulo centrado em zero e de raio R, γ 1,r o circulo centrado em −1 e de raio r e γ −1,r , o circulo centrado em 1 e de raio r. Seja o circuito ΓR,r que a fronteira do conjunto Ω R,r = {|z | < R}−{|z + 1| < r}−{|z1 | < r} − [−1 + r, 1 − r] (o disco de raio R menos dois discos de raio r, centrados em 1 e −1 menos o segmento real [−1 + r, 1 − r]), positivamente orientado. Como a funo f analitica nesta regio,
temos:
f (z )dz = 0 .
∂ ΩR
Esta integral integral uma soma de integrais integrais uma sobre 3 circulos e duas integrais integrais sobre segmento segmentoss horizon horizontais. tais. As integrais integrais sobre os ciruclos ciruclos de raio r tendem para zero, quando r 0. Para avaliar as integrais sobre os segmentos, precisamos escolher o ramo da funo e levar em conta a variao do argumento de z 1 e z + 1 ao longo longo da trajetria, em fim, a integral sobre o circulo grande tende para 2 πiRes(F, ). Consideremos o ramo da multifuno f , cuja restio ao intervalo [ 1, 1] coincida 1 com a funo valor real f (x) = . Para isso escrevamos
→
−
−
2
∞
1
(1+x (1+x) 3 (1 x) 3
(z + 1)2/3 (z
−
iϕ/3 iθ/3 − 1)1/3 = ρ2/3 r1/3e2iϕ/3 eiθ/3 K,
quando ϕ = 0 e θ = π (ou seja, quando estamos na parte de cima do segmento [ 1 + r, 1 r],) obtemos
−
−
(z + 1)2/3 (z donde
iπ/3 − 1)1/3 = ( x + 1)2/3(1 − x)1/3ei0eiπ/3 K 1 = (x + 1)2/3 (1 − x)1/3 ,
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
10
donde deduzimos que Res(f (z ),infty ) = I =
∞
Exemplo 3. Calcule
0
−1 e 2π . 3
log x dx. x2 + 1
2
logz) Soluo. Seja a funo f (z ) = (logz) z +1 e o caminho de integrao, a curva Γ r, R , que o bordo da regio Ωr,R = z = ρeit , r < ρ < R, 0 < t < 2π , 2
{
}
positivamente orientado. (A curva Γ r,R a reunio do segmento [ r, R], com o circulo de raio R centrado em zero, percorrido no sentido trigonomtrico, com o segmento [ R, r] e com o circulo de raio r, centrado em zero, percorrido no sentido horrio ). Pelo teorema dos residuos,
− −
γr,R
(logz )2 (logz )2 (logz )2 1 iπ 3iπ 2 ) )] = 2π 3 . dz = 2 πi[Res[ 2 , i]+Res[ 2 , i]] = 2πi[ (( )2 ( 2 2i 2 2 z +1 z +1 z +1
−
Por outro lado, a integral do primeiro membro se decompe em
γr,R
(logz )2 dz = z2 + 1
r
R
(logx)2 dx + x2 + 1
γR
(logz )2 dz z2 + 1
−
r
R
(log (x2πi)2 dx, x2 + 1
onde na explicitao da ltima integral, levamos em conta a variao do argumento de z, aps percorrer o circulo γ R . Portanto,
γr,R
=
(logz )2 dz = z2 + 1
γR
γR
(logz )2 dz + z2 + 1
Assim, deduzimos que:
(logz )2 dz + z2 + 1
r
R
R
r
(logx)2 dx x2 + 1
−
(logx)2 dx x2 + 1
r
R
−
r
R
(logx + 2πi)2 dx = x2 + 1
(logx)2 + 4πilogx x2 + 1
− 4π2 dx.
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
11
Por fim, obtemos
∞
log x dx = 0 . x2 + 1
∞
log x dx. (x2 + 1)2
0
Exemplo 4*. Calcule
0
Sugesto: considere a funo (logz )2 f (z ) = 2 , (z + 1)2 que univ univale alent ntee e analtic analtica a em C (0, y), y < 0 (corte ao longo do semi-eixo negativo dos y.) Escolhemos como caminho de integrao, o bordo da regio
−{
Ωr,R =
}
{ z = ρeit, r < ρ < R,
0
}
(o segmento [r, R], seguido pelo semi-circulo de raio R centrado em zero, percorrido no sentido trigonomtrico, pelo segmento [ R, r] e pelo semi-circulo de raio r, centrado em zero, percorrido no sentido horrio ), usamos o teorema dos residuos e faamos r 0, R . Pelo Lema de Jordan I,
→
→∞
γR
em quanto
|
γr
(logz )2 dz = (z 2 + 1)2
| |
0π
(logz )2 dz (z 2 + 1)2
−
−
→ 0,
R
(log (reit ))2 reitdt = (r2 e2it + 1)2
| |
→ ∞,
0π
(log 2 r + 2itlogr t2 ) reitdt (r2 e2it + 1)2
−
|≤
|log2r| + 2|logr| + t2) rdt| → 0, R → ∞, r2 − 1)2 0 onde na ltima estimativa, usamos o fato que lim → 0 log r = 0 para todo p > 0 ≤|
π
p
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
12
tm dois pontos de ramificao: i e i; ento para torna-la analtica e univalente, precisamos fazer um corte ao longo do segmento que une os dois pontos; o problema que depois disso impossivel impossivel integrar integrar ao longo de circuitos ”bons” que contenham contenham o intrevalo (0, )..... A idea nova nova de considerar considerar uma funo auxiliar, auxiliar, que tenha apenas um nico ponto Log(z +i) de ramificao; por exemplo, a funo F (z ) = Log( a qual analtica analtica e univalen univalente te no z +1 plano complexo menos o semi-eixo negativo dos y, que se origina em i (ess (essee o corte de ramo!). Aplicamos ento o teorema dos residuos para esta funo e para o bordo do semidisco ΩR = z = ρeit , 0 < ρ < R, 0 < t < π
−
∞
2
−
{
}
que consiste do segmento [0 , R] seguido pelo arco de circulo γ R , e pelo segmento log(2ii) [ R, 0]. No (nico) polo i, o residuo da funo F log(2 2i . Ento, pelo teorema dos residuos, Log(z + i) π dz π log i = ( 2 + ). z2 + 1 2 ΓR
−
Pelo Lemma I de Jordan a integral sobre o semicirculo γ R tende para zero (porqu?). Explicitando a integral e passando ao limite R , obtemos:
limR→0
→∞
log (z + i) dz = z2 + 1
∞ log(x + i) +
x2 + 1
∞ log(−x + i) +
dx +
x2 + 1
∞ log(x + i)(−x + i) ∞ log(−x − 1) = dx = dx = x +1 x +1 ∞ log( + 1) ∞ 1 γR
0
+
0
+
2
0
+
2
2
0
2
+
dx =
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
13
posto que a integral acima seja convergente. Como operador, notamos com (f )( p) = F ( p). A transformada de Laplace prova-se muito til na reslouo de problemas de equaes diferenciais ordinrias e com derivadas parciais. Supon Suponham hamos os que o nosso nosso leitor leitor esteja esteja famili familiari arizad zadoo com a definio definio e as propropriedades bsicas da transformada de Laplace e seu uso em problemas de equaes diferencia diferenciais. is. Um dos problem problemas as mais imporan imporantes, tes, deste ponto ponto de vista de achar achar condies e que garantam que −1 ( (f )) = f.
L
L
L L
Ns apenas apresenteremos um mtodo para achar uma frmula de inverso, utlilizando residuos: residuos: mais precisament precisamente, e, conhecend conhecendoo uma funo F ( p), (que verifica certas restries), queremos determinar a funo f (t) tal que (f )( p) = F ( p), ou seja queremos determinar (se existe) a transformada de Laplace inversa de F, −1 (F )(t) = f (t).
L
Lema 1. Seja F uma funo analtica em C 0. Ento c+i∞ 1 etz F (z )dz = 2πi c−i∞
L
−{z0 , z1,...,zn} tal que lim|z|→+∞|F (z)| =
Res(e n
tz
F (z ), zk ),
k=0
para todo c > 0 tal que ezk < c, k = 0, 1, ...n ...n.. Prova. E s aplicar o teorema dos residuos para a funo etz F (z) e o circuito ΓR formado por um arco de circulo centrado em 0 e de raio R junto com uma sua corda vertical, de abscissa c para R suficientemente grande tal que todas as singularidades de F estejam neste conjunto e fazer R ; pelo Lema I de Jordan a concluso imediata.
R
→∞
Teorema eorema * (a frmula frmula de inve inverso rso comple complexa xa para para a transf transform ormada ada de Laplace). Seja f uma funo com variao limitada (por exemplo, uma funo que tm
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
The world's largest digital library
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
14
Soluo: Sejam z0 , z1 , ...z ...zm os zeros de Q; claramente esses so polos simplis para a funo F (z ) e se c > max Re(zk ), k = 0, m , ento pela frmula de Bromwich,
L−1 F (z)( p) = 1
2πi
{
}
∞
Res(e F (z )dz = m
c+i
zt
e
c i
−∞
e F (z ), z ) = m
zt
0
k
0
zk t
P (zk ) . Q (zk )
Esta frmula, que se pode deduzir tambm a partir das propriedades da transformao de Laplace, Laplace, a frmula frmula de Heaviside Heaviside.. Exemplo 2. Ache a transformada de Laplace inversa,
L−1 (F ), da funo
se−s F (s) = 2 . s +1
Soluo. Visto que as singularidades de F so os pontos i e i, o semiplano x > 0 ser a regio de convergncia para F (s) = (f )(s), a transformada de Laplace de f. A frmula de inverso d: 1 f (t) = 2πi
−
L
c+i
c i
∞ se−s est
−∞
1 = ds 2πi s2 + 1
c+i
c i
∞ ses(t−1)
−∞
s2 + 1
ds,
onde c > 0 pode ser escolhido de modo arbitrrio. Distinguimos dois casos: Caso I: se t < 1, ento s(t−1) limRe( Re(s)→+∞ e
→ 0.
Escolhendo como caminho de integrao a reta vertical que passa por c, percorrida de baixo para cima, seguida por um semi-circulo de raio R centrado centrado em zero situado situado