EQE-723 EQE -723 Integra Int egrac c¸ ˜ ao de Processos, TPQB, 2017-2
´ ANALISE CR´ITICA ITICA DO ARTIGO: ”Biodiesel production process from microalgae oil by waste heat recovery and process integration” ˜ Pedro Souza de Oliveira1 * Joao Resumo ˜ a realizar uma avaliac ˜ cr´ O trabalho desenvolvido se prop oe avalia c¸ ao cr´ıtica ıtica dos resultados encontrados no artigo ”Biodiesel production process from microalgae oil by waste heat recovery and process integration ” quanto a ˜ fornecida para o sistema de integra c¸ ao ˜ energetica ´ configurac configura c¸ ao a ser implmentado no processo examinado. ˜ empregam um procedimento de otimiza c¸ ao ˜ para o processo considerando as Os autores desta publicac publica c¸ ao ˜ que o consituem. Para tanto, desempenham a minimiza c¸ ao ˜ da taxa de exergia. Sua inten c¸ ao ˜ principais sec sec¸ oes ˜ t ecnico-econˆ ´ ˆ ˜ de calor residual a partir consiste em favorecer a viabilizac viabilizac¸ ao ecnico-econ omica do processo pela recuperac recupera c¸ ao das correntes de vapores nos destilados de tanques flash e e de colunas de fracionamento. Contudo, restringiram ˜ energetica ´ ` porc ˜ individuais do processo, o que impossibilita o desempenho de uma rotina a integrac integrac¸ ao as porc¸ oes ˜ que conduza a` soluc ˜ mais promissora. Uma estrat egia ´ ˜ compartimentalizada de otimizac otimizac¸ ao soluc¸ ao preliminar n ao ˜ de custos de capital e de utilidades, apontando o requisitode somente utilidade fria a temperatura indica reduc reduc¸ ao ambiente, menos onerosa do que utilidades quentes dadas por vapores a altas temperaturas. Palavras-chave ´ ico — Inte ˜ de Processos ˜ Energetica ´ Pinch Termico erm I ntegrac grac¸ ao Processo s — Integrac¸ ao 1
Tecnologia de Processos Processo s Qu´ımicos ımicos e Bioqu´ımicos, ımicos, Universidade U niversidade Federal do Rio Ri o de Janeiro, Janeir o, Rio de Janeiro, Janei ro, Brasil ˆ *Correio eletronico :
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1. In Intro trodu duc c¸ ˜ ao e Objetivos
´ Sum´ario Sum 1 Int I ntro rodu duc c¸ ˜ ao e Objetivos
1
2 Des D escr cric ic¸ ˜ ao do Processo
2
3 Metodologia
3
3.1 Tabela de Oportunidades . . . . . . . . . . . . . . . 3 ´ 3.2 Tecnologia Pinch Termico . .. .. .. .. .. .. . 3 Otimizac¸ ao ınimo de temperatura • Diagrama ˜ do diferencial m´ınimo de Cascata de Calor • Grande Curva Composta • Curvas Compostas • Rede de M´ınimo ınimo Consumo Co nsumo de Ut ilidades
´ 3.3 Metod etodos os Heur´ısticos ısti cos . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 ´ ´ ´ Metodo RPS 1 • M etodo RPS 2 • M etodo PD
˜ Economica ˆ 3.4 Avali Ava liac ac¸ ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 4
˜ Resultados e Discuss Discuss ˜ ao
5
4.1 Tabela de Oportunidades . . . . . . . . . . . . . . . 5 ´ 4.2 Tecnologia Pinch Termico . .. .. .. .. .. .. . 6 Otimizac¸ ao ınimo de temperatura • Diagrama ˜ do diferencial m´ınimo de Cascata de Calor • Grande Curva Composta • Curvas Compostas • Rede de M´ınimo ınimo Consumo Co nsumo de Ut ilidades
´ 4.3 Metodos Heur´ısticos Heur´ ısticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 ´ ´ ´ Metodo RPS 1 • M etodo RPS 2 • M etodo PD
˜ Economica ˆ 4.4 Avali Ava liac ac¸ ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 ˜ 5 Conclus Conclus ˜ ao e Suges Sugestt ˜ oes ˆ Referˆencias Refer
10 10
Com o presente trabalho, tem-se a finalidade de desenvolver uma avaliac avaliac¸ ao a˜ o cr´ cr´ıtica ıtica do estudo empreendido pelos autores do artigo selecionado, publicado no peri odico o´ dico Bioresource Technology da revista Elsevier e entitulado: ” Biodiesel production process from microalgae oil by waste heat recovery and process integration ”. Inicialmente, vaise apresentar o processo em considerac considerac¸ ao a˜ o e a estrat´ estrategia e´ gia de otimizac otimizac¸ ao a˜ o empregada no artigo. Subsequentemente, tratase da abordagem alternativa proposta, a qual se pauta na realizac realizac¸ ao a˜ o da integrac integrac¸ ao a˜ o energ´ energetica e´ tica da planta em an´ analise a´ lise pelas metodologias baseadas na aplica c¸ ao a˜ o da tecnologia Pinch e das regras heur´ heur´ısticas ısticas PD e RPS, considerando o cen´ cenario a´ rio de o total de correntes quentes e frias das distinatas sec sec¸ oes o˜ es do processo se encontrar dispon´ dispon´ıvel ıvel para troca t´ termica e´ rmica e, portanto, renunciando ao tratamento compartimentalizado originalmente originalmente utilizado. O processo examinado se destina a` produc produc¸ ao a˜ o de biodiesel por meio de uma rota alternativa tanto ` tanto `a convencional convencional `aque petroqu´ petroqu´ımica ımica quanto quanto ` aquela la que que usa usa ´oleo oleo vegetal vegetal virgem, virgem, partindo de ´ de ´oleo oleo de microalgas microalgas como mat eria-prima. e´ ria-prima. Mostra-se, Mostra-se, desta forma, em conson ancia aˆ ncia com os crescentes esforc esfor c¸ os associados ` sociados `a pesquisa e desenvolvimento de biocombust´ biocombust ´ıveis ıveis e de viabilizac viabilizac¸ ao a˜ o de sua fabricac fabricac¸ ao a˜ o em escalas cada vez maiores, de maneira a contribuir para que estes se tornem alternativas competitivas competitivas `as as fontes f ´ f osseis o´ sseis de energia, recur-
´ ANALISE CR´ITICA DO ARTIGO: ”Biodiesel production process from microalgae oil by waste heat recovery and process integration” — 2/10
sos finitos e de forte impacto negativo sobre o ambiente. Em relac¸a˜ o ao fator econ oˆ mico, a utilizac¸a˜ o de o´ leo de microalgas como material de partida em substituic¸a˜ o ao ´oleo vegetal virgem constitui uma estrat´egia potencial para reduc¸a˜ o de dispˆendios relacionados `a mat´eria-prima do processo, dado os elevados custos do u ´ ltimo. As principais vantagens de tal o´ leo advindo de microalgas em comparac¸a˜ o ao vegetal compreendem a alta eficiˆencia fotoss´ınt´etica das primeiras, expressiva produc¸a˜ o lip´ıdica, r´apido crescimento, n˜ao competic¸a˜ o com outras culturas e maior fixac¸a˜ o de di´oxido de carbono. No entanto, apesar dos pontos favor´aveis levantados, o referido material possui um conte´udo siginifcativo de a´ cidos graxos livres, o que o faz inapropriado, na aus eˆ ncia de um pr´e-processamento, para a via tradicional de obtenc¸a˜ o de biodiesel por cat´alise alcalina; este fato se deve a` s reac¸o˜ es de saponificac¸a˜ o decorrentes, conduzindo `a diminuic¸a˜ o de eficiˆencia catal´ıtica por comprometimento dos catalisadores e ampliac¸a˜ o da viscosidade da mistura, e sendo resultado l´ıquido dado por ´ portanto, requerido preju´ızo ao rendimento de biodiesel. E, uma etapa pr´evia de esterificac¸a˜ o dos ´acidos graxos sucedida pela transesterificac¸a˜ o propriamente dita. A rota por o´ leo microalgal ainda se exibe custosa frente `a tradicional por derivados de petr o´ leo como consequˆencia, tamb´em, dos gastos atrelados ao processo produtivo, fazendo sua possibilidade de realizac¸a˜ o dependente de aprimoramentos da fabrica c¸a˜ o.
2. Descric¸ ˜ ao do Processo Os autores da publicac¸a˜ o que se analisa otimizaram o processo de produc¸a˜ o de biodiesel a partir de ´oleo de microalga lanc¸ando m˜ao da abordagem de integrac¸a˜ o de processos no sentido de recuperac¸a˜ o de calor residual incorporado `as correntes envolvidas nas sec¸o˜ es de uso intensivo de energia, que s˜ao: esterficac¸a˜ o, transesterificac¸a˜ o e purificac¸o˜ es de biodiesel e glicerol. O processo em quest˜ao se inicia com a esterificac¸a˜ o da frac¸a˜ o do o´ leo de microalga alimentado correspondente a a´ cidos graxos livres, a qual e´ conduzida por cat´alise ´acida; assim, encaminham-se correntes de ´acido ´ sulf u´ rico, metanol (reciclo e make-up) e oleo a um reator (R-1), cujo efluente segue para um separador por extrac¸a˜ o l´ıquido-l´ıquido (S-1) onde se emprega como solvente glicerol (co-produto da transesterificac¸a˜ o) para recuperac¸a˜ o de metanol, sendo reciclado. A fase org aˆ nica composta majoritariamente pelos triglicer´ıdeos e biodiesel proveniente dos a´ cidos livres e´ dirigida para a etapa de transesterificac¸a˜ o, em cujo reator (R-2) se inserem tamb´em metanol e soda c´austica para promoc¸a˜ o de cat´alise b´asica; tal qual no passo anterior, faz-se a recuperac¸a˜ o de metanol para reaproveitamento. O produto cru obtido e´ , ent˜ao, levado a etapas de purificac¸a˜ o de ambas as fases que o comp˜oem ricas, cada uma, em biodiesel e glicerol, separadas em um extrator com a´ gua como solvente, utilizando-se colunas de destilac¸a˜ o e tambores flash para recolhimento de correntes purificadas de metanol, glicerol e biodiesel. Na figura 1, fornece-se o esquema representativo do processo.[4]
Figura 1. Processo Otimizado
A soluc¸a˜ o implementada pelos autores para integrac¸a˜ o energ´etica se fundamenta no aproveitamento do calor carreado pelas correntes de produto de topo das colunas de destilac¸a˜ o e/ou dos separadores flash para aquecimento das respectivas cargas, mitigando, em dada extens a˜ o, o emprego de utilidades para suprimento dos requisitos energ´eticos, o que, ent˜ao, contribui para ocorrˆencia de menores custos operacionais. Nas quatro principais porc¸o˜ es do processo otimizado de uso intensivo de energia, conforme identificadas pelos autores, tem-se, a priori das trocas t e´ rmicas por integrac¸a˜ o inicialmente mencionadas, a submiss˜ao a compressores dos fluxos de vapores destilados para eleva c¸a˜ o de ˜ e, consequentemente, temperaturas; tal etapa, suas pressoes mediante ao exposto no artigo, amplia a taxa de exergia (m´aximo trabalho u´ til) destes. Desta maneira, s˜ao conseguidas reduc¸o˜ es das cargas t e´ rmicas que devem ser providas por refervedores, condensadores e pr´e-aquecedores das cargas alimentadas aos equipamentos de destilac¸a˜ o em u´ nico ou m´ultiplos est´agios, dimuinuindo-se, portanto, o disp eˆ ndio de utilidades quentes e frias no processo.[4] Em particular, nas subsec¸o˜ es de recuperac¸a˜ o de ma˜ de esterificac¸a˜ o e de transesterificac¸a˜ o e tanol das sec¸oes purificac¸a˜ o, tanques flash responsabilizam-se pela operac¸a˜ o de separac¸a˜ o, sendo os gastos de energia limitados aos compressores, ao passo que, nas subsec¸o˜ es de purificac¸a˜ o de biodielsel e de glicerol, empregam-se colunas de destilac¸a˜ o fracionada, havendo demandas de energia para um refervedor, dois condensadores e um pr´e-aquecedor. Especificamente
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no tratamento para obten c¸a˜ o de glicerol, a implanta c¸a˜ o dos trocadores de integra c¸a˜ o elimina a necessidade de referevedor para a corrente de fundo do destilador. Isto n˜ao ´e o caso para a purificac¸a˜ o do biodiesel presente na fase org aˆ nica do efluente da reac¸a˜ o de transesterificac¸a˜ o, pois, dada a suscetibilidade `a degradac¸a˜ o t´ermica do produto de interesse, limita-se a extens˜ao da compress˜ao promovida da corrente de topo para evitar o alcance de temperaturas proibitivamente altas, o que se reflete em restric¸o˜ es `a implementac¸a˜ o do potencial de transferˆencia de calor que se conseguiria nos trocadores de integrac¸ a˜ o na ausˆencia destas.[4] Na tabela 2.1, encontram-se sumarizados os requisitos de energia nas unidades do processo otimizado, incluindo-se aqueles destinados a operac¸o˜ es que n˜ao sejam as de compress˜ao ou de permutac¸ a˜ o t e´ rmica.
Sec¸ ˜ ao - Unidade
Pot ˆencia gasta (kW) Esterificac¸ a˜ o - Pr´e-aquecedor 72 Esterificac¸ a˜ o - Reator 63 Esterificac¸ a˜ o - Compressor 13.9 Transesterificac¸ a˜ o - Reator 81 Transesterificac¸ a˜ o - Compressor 53.8 Purificac¸ a˜ o do Biodiesel - Refervedor 153 Purificac¸ a˜ o do Biodiesel - Compressor 25.4 Purificac¸ a˜ o do Glicerol - Pr´e -aquecedor 15 Purificac¸ a˜ o do Glicerol - Compressor 21.1 Total 498.1 Tabela 1. Requerimentos de energia para o processo otimizado
u´ nico exibindo configurac¸a˜ o de escoamento em contracorrente. Sucedem-se aplicac¸o˜ es de um algoritmo com o qual seleciona-se o par de correntes de cada trocador de calor e calcula-se a respectiva carga t´ermica, compondo-se a rede at´e esgotamento das possibilidades de integrac¸a˜ o energ´etica, quando recorre-se `as utilidades para fins de complementac¸a˜ o. Evidentemente, as duas classes de m´etodos mencionadas e que ser˜ao aplicadas no presente trabalho n˜ao encerram todo o conjunto de ferramentas existentes, sendo importante destacar os m´etodos que se pautam em programac¸a˜ o matem´atica para otimizac¸a˜ o, bem como os evolutivos, que, por meio de modificac¸oes ˜ nas redes obtidas heuristicamente, podem vir a gerar resultados de maior desempenho.[ 2]
3.1 Tabela de Oportunidades Uma vez esquematizado e descrito o processo a ser tratado, parte-se para a identificac¸a˜ o das correntes que necessitam de aquecimento e de resfriamento, designadas, respectivamente, de quentes e frias. As taxas de transferˆencia de calor ou cargas t´ermicas que devem ser estabelecidas para conduzir tais correntes de suas temperaturas de origem para as de destino (ou metas) podem ser tomadas como potenciais de oferta e demanda de energia t´ermica, de tal forma que apropriadas combinac¸o˜ es de fluxos quentes e frios em trocadores de calor definidos como sendo de integra c¸a˜ o permitem encurtac¸o˜ es dos custos de operac¸a˜ o em func¸a˜ o do menor emprego de utilidades para suprimento ou sorvimento das taxas t´ermicas. Ao se listarem as correntes quentes e frias explicitando suas temperaturas de partida e de chegada, vaz˜oes e capacidades calor´ıficas, resulta o que se denomina de tabela-problema ou tabela de oportunidades, a partir da qual inicia-se o desenolvimento dos diferentes algoritmos poss´ıveis para a elaborac¸a˜ o de redes de trocadores de calor.[1]
3.2 Tecnologia Pinch T´ermico A metodologia baseada na tecnologia Pinch aplicada `a s´ıntese de redes de trocadores de calor permite a determinac¸a˜ o 3. Metodologia de configurac¸o˜ es de sistema que conduzam `a minimizac¸a˜ o do uso de utilidades quentes e frias. Para tanto, mediante o Neste cap´ıtulo, abordar-se- a˜ o os procedimentos que deemprego de passos especificados, identificam-se as m´ınimas vem ser aplicados para a determinac¸a˜ o de redes de trocacargas t´ermicas a serem providas por utilidades, encontradores de calor alternativas `aquela fornecida na publicac¸a˜ o se o ponto de estrangulamento (ou de Pinch) do chamado avaliada segundo as metodologias estruturadas com base na diagrama de cascata de calor e, ent˜ao, empreende-se a tecnologia Pinch e em regras heur´ısticas. As distintas estrat´egias caracterizam-se por suas especificac¸o˜ es construc¸a˜ o da rede de trocadores considerando individualmente os subsistemas resultantes da definic¸a˜ o do Pinch de rotinas para a s´ıntese de redes de permutadores t e´ rmicos. t´ermico, valendo-se de um conjunto de regras para tal.[ 1] ˜ heur´ısticas para a De maneira comum, partem de condic¸oes definic¸a˜ o inicial do problema: troca t´ermica somente entre 3.2.1 Otimizac¸ ˜ ao do diferencial m´ınimo de temperatura uma corrente quente e outra fria, devendo-se ter a temeperatura de origem da primeira superior a da segunda; carga As diferenc¸as entre as temperaturas dos fluidos quente e t´ermica do trocador de calor limitada pela menor das cifrio nas extremidades do trocador de calor afeta a extens˜ao fras para as taxas t´ermicas correspondentes a demanda da da troca t´ermica entre as correntes segundo uma corresfria e oferta da quente; diferenc¸a de temperaturas nas expondˆencia inversa, isto ´e, quanto menor for, maior dever´a tremidades dos trocadores maiores ou iguais ao valor de ser a carga t´ermica do trocador que se considera. Por outro ∆T de approach; trocadores do tipo casco e tubo de passo lado, valores expressivamente reduzidos de ∆ T de approach
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acarretam a´ reas de transferˆencia de calor e, consequentemente, custos de capital proibitivamente elevados, inviabilizando o processo economica e, at e´ mesmo, tecnicamente. Em meio a tal cen´ario, tem-se um problema de otimizac¸a˜ o, constituindo-se como uma fundamental etapa a definic¸a˜ o apropriada da m´ınima diferenc¸a de temperatura. 3.2.2 Diagrama de Cascata de Calor Para a elaborac¸a˜ o do diagrama de cascata de calor, tratamse os dados disponibilizados na tabela de oportunidades em conformidade com os seguintes passos: •
•
•
Trac¸am-se dois eixos verticais paralelos para disposic¸a˜ o das temperaturas referentes a` s correntes quentes e frias separadamente em ordem descrescente de cima para baixo. Emparelham-se os pontos sobre cada eixo com os que resultam do acr´escimo (correntes frias) ou desconto (correntes quentes) do valor da variac¸a˜ o m´ınima de temperatura (∆T de approach) no outro eixo, o que leva a` definic¸a˜ o dos intervalos de troca t´ermica, cada um dos quais compreendido entre dois pares de temperaturas nos eixos. Identificam-se as correntes quentes e frias sobre a estrutura do diagrama constru´ıda por meio de representac¸o˜ es por setas que se estendem, para cada corrente, do valor de temperatura de orgiem para o de temperatura de destino. Calculam-se as cargas t´ermicas referentes a` oferta e a` demanda para cada intervalo de troca t´ermica, dadas, respectivamente, pelos somat o´ rios das taxas de transferˆencia de calor disponibilizado pelas correntes quentes e requisitado pelas correntes frias no intervalo considerado
N q,i
Qoferta,i =
∑ (mcp q,i
∗
∆T i )
(1)
j =1
N f ,i
Qdemanda ,i =
∑ (mcp f ,i
∗
∆T i )
(2)
j=1
em que Qoferta,i e Qdemanda,i denotam oferta e demanda t´ermicas para o i-´esimo intervalo, N q,i e N f ,i , os n u´ meros de correntes quentes e frias no intervalo tomado e ∆ T i a diferenc¸a de temperaturas correspondente. Avaliam-se, tamb´em, as cargas l´ıquidas, que definem-se como sendo res´ıduos R i para cada intervalo i quando O fertai > Demandai . •
Somam-se as cargas l´ıquidas negativas para fornecimento da taxa t´ermica a ser suprida por utilidade quente. Acrescentando esta ao primeiro intervalo, procede-se avanc¸ando ao longo do diagrama com a
adic¸a˜ o na carga l´ıquida de cada intervalo do res´ıduo daquele antecedente. Onde ocorre a anula c¸a˜ o da carga te´ rmica, tem-se o ponto de estranguamento ou Pinch. O calor remanescente ao final do diagrama corresponde `a carga a ser absorvida por utilidade fria. 3.2.3 Grande Curva Composta Plotar a grande curva composta (GCC) permite especificar os n´ıveis de utilidades demandados para a condu c¸a˜ o do processo submetido ao emprego de integrac¸a˜ o energ´etica, em que se identificam as condic¸o˜ es para as utilidades compat´ıveis com as distintas faixas de temperaturas e cargas t´ermicas envolvidas, evitando-se, desta forma, dispˆendios excessivos. Para tanto, a partir do diagrama de cascata de calor (ou de transbordo) elaborado, relacionam-se graficamente as temperaturas m´edias dos intervalos de troca t´ermica determinados, que se vinculam ao valor de ∆ T de approach considerado, com as respectivas cargas t´ermicas l´ıquidas (saldos ou d´eficits) acumuladas, isto e´ , somadas desde o primeiro intervalo at e´ o atual em cada ponto.[1] O gr´afico que ent˜ao resulta compreende o ponto de estrangulamento t´ermico, situado sobre o eixo das ordenadas (onde se da´ a anulac¸a˜ o da taxa de transfereˆ ncia l´ıquida acumulada), e as regi˜oes acima e abaixo deste, nas quais s˜ao realizadas as aplicac¸o˜ es de utildiades quentes e frias, respectivamente. Em ambas as porc¸o˜ es, tem-se a determinac¸a˜ o dos trechos de integrac¸a˜ o de energia como sendo aqueles definidos entre dois segmentos da GCC com inclinac¸o˜ es negatia e positiva no sentido de crescimento da carga t e´ rmica ´ importante ressaltar que, quanto no eixo das abscissas. E maior o desvio, seja ele positivo ou negativo, em rela c¸a˜ o `a temperatura ambiente, maior o custo para sortimento das utilidades. Sob tal contexto, ratifica-se a relevˆancia de se lanc¸ar m a˜ o de tal tipo de ferramenta, uma vez que fornece as extens˜oes de fato necess´arias das utilidades mais onerosas para o processo(vapores a altas temperaturas ou fluidos refrigerantes a reduzidas temperaturas). 3.2.4 Curvas Compostas As curvas compostas se tratam de representac¸o˜ es gr´aficas dos balanc¸os de energia t´ermica para as correntes quentes e frias. Geradas separadamente para as quentes e frias, tais curvas decorrem da plotagem em um diagrama de temperatura contra taxa t´ermica correspondente `a soma vetorial dos segmentos retil´ıneos ou vetores relativos `as correntes individuais, o que tamb´em equivale a relacionar as temperaturas m´edias dos intervalos do diagrama de cascata com oferta ou demanda de calor acumulada, a depender se est a˜ o sendo tratadas as correntes quentes ou frias. Em posse do gr a´ fico obtido, consegue-se identificar os requisitos m´ınimos de utilidades quentes e frias para o valor de diferencial m´ınimo de temperaturas tomado, bem como estimar a ´area m´ınima global de troca t´ermica ao se valer do conceito de transfer eˆ ncia de calor vertical. Esta determinac¸a˜ o se d´a particionando as curvas compostas em regio˜ es delimitadas a cada mudanc¸a de inclinac¸a˜ o em uma delas, o que se refere a` inclus˜ao ou
´ ANALISE CR´ITICA DO ARTIGO: ”Biodiesel production process from microalgae oil by waste heat recovery and process integration” — 5/10
exclus˜ao de uma ou mais correntes, e, ent a˜ o, calculando as a´ reas respectivas que, ao final, s a˜ o somadas.[1] 3.2.5 Rede de M´ınimo Consumo de Utilidades Para concepc¸a˜ o de uma rede de permutadores de calor que satisfac¸a as metas de consumo m´ınimo de utilidades determinadas com os passos anteriores, podem ser empregadas regras heur´ısticas atreladas ao m´etodo de s´ıntese pautado na tecnologia Pinch. Separadamente, constroi-se cada uma das sub-redes envolvendo as porc¸o˜ es das correntes quentes e frias situadas nas regi˜oes acima e abaixo do ponto de estrangulamento segundo um conjunto de crit e´ rios particular. Objetivando promover o uso exclusivo utilidades quentes na parte acima do Pinch e frias na sec¸a˜ o abaixo, segue-se que, na regi˜ao superior, deve haver um maior nu´ mero de correntes frias do que de quentes e se promover trocas das u´ ltimas com frias que possuam maior valor de produto m ∗ cp, e, na regi˜ao inferior, o cen´ario oposto ao descrito. Fixam-se as temperaturas de sa´ıda das quentes e de entrada das frias no Pinch na s´ıntese acima, e as temperaturas de entrada das quentes e sa´ıda das frias no Pinch na s´ıntese abaixo. Por fim, admite-se violac¸a˜ o a` s regras mencionadas quano se est´a afastado do ponto de Pinch como alternativa a` s eventuais soluc¸o˜ es de divis˜ao ou mistura de correntes para se forc¸ar a satisfac¸a˜ o, o que elevaria os custos associados a` movimentac¸a˜ o dos fluidos com bombeamento em func¸a˜ o de maiores perdas de carga que ocorreriam na presenc¸a de um alto numero ´ de divisores e misturadores de correntes.
3.3 M´etodos Heur´ısticos As abordagens heur´ısticas para obtenc¸a˜ o de redes de trocadores de calor definem crit´erios distintos para selec¸a˜ o dos pares de correntes a` medida que se estrutra o sistema de integrac¸a˜ o energ´etica nas aplicac¸o˜ es da rotina de s´ıntese. Em todos os casos, tem-se os seguintes passos conforme colocado em Perlingeiro(2005)[2]: •
Definic¸a˜ o do par de correntes quente e fria para troca t´ermica utilizando o crit e´ rio estabelecido para tal.
•
Ajuste das metas para as correntes selecionadas de maneira a se respeitar o diferencial m´ınimo de temperaturas nas extremidades do trocador considerado.
•
Calculam-se as cargas t´ermicas referentes `a oferta e a` demanda, determinando a taxa de transferˆencia do trocador como o m a´ ximo poss´ıvel, dado pelo m´ınimo entre os valores aferidos.
•
Ajusta-se a temperatura (de entrada ou sa´ıda) ou da corrente fria quando a demanda e´ menor que oferta ou da quente no caso oposto.
´ 3.3.1 Metodo RPS 1 A metodologia heur´ıstica de Rudd, Powers e Siirola (RPS) compreende dois cr´ıt´erios para escolha do par de correntes quente e fria. Em um deles, a cada iterac¸a˜ o, tomam-se as correntes com maior temperatura de origem, fixando-se
as metas para temperaturas de entrada de ambas, ou seja, s˜ao permitidos ajustes apenas nas temperaturas de sa ´ıda das correntes. 3.3.2 M´etodo RPS 2 No segundo crit´erio do m´etodo RPS, s˜ao selecionadas as correntes com menores temperaturas de origem. A fixac¸a˜ o de metas se d´a tal qual anteriomente descrito. 3.3.3 M´etodo PD Por sua vez, a metodologia heur´ıstica de Ponton e Donaldson corresponde ao crit e´ rio de selec¸a˜ o dado pelas maiores temperaturas de origem da corrente quente e de destino da corrente fria, sendo fixadas as metas para a admiss˜ao da quente e sa´ıda da fria. No caso de ser necess a´ rio ajuste da entrada da corrente fria para atendimento de ∆T de approach, faz-se o emprego de um aquecedor.
ˆ 3.4 Avaliac¸ ˜ ao Economica A an´alise econˆomica constitui a etapa subsequente a` s´ıntese dos sistemas de troca de energia, tendo como fim a comparac¸a˜ o das redes geradas para indicac¸a˜ o daquela que acarreta em menores custos. Em um tratamento preliminar, avaliam-se dois tipos de custos sob base anual: de capital, correspondendo aos gastos referentes ao investimento para instalac¸a˜ o das unidades de troca t´ermica, e de utilidades, associado ao suprimento de utilidades em aquecedores e resfriadores. No presente texto, ´e feita uma avaliac¸a˜ o econoˆ mica simplificada, n˜ao fornecendo resultados quantitativos acurados, pois s˜ao assumidos valores estimados e uniformes para os coeficientes globais de transfer eˆ ncia de calor para os tr eˆ s tipos de trocadores (integrac¸a˜ o, aquecimento e resfriamento), assim como para os custos unit a´ rios de utilidades quentes e frias.
4. Resultados e Discuss ˜ ao 4.1 Tabela de Oportunidades
´ ANALISE CR´ITICA DO ARTIGO: ”Biodiesel production process from microalgae oil by waste heat recovery and process integration” — 6/10
4.2 Tecnologia Pinch T´ermico 4.2.1 Otimizac¸ ˜ ao do diferencial m´ınimo de temperatura
10o C exibe-se razo´avel para a realizac¸a˜ o de uma avaliac¸a˜ o de car´ater preliminar.
Figura 2. dt minimo 4.2.2 Diagrama de Cascata de Calor
Uma vez que se atinge o m´ınimo de utilidades para valores de ∆ T de approach decrescentes a partir de cerca de 25o C, segue que a adoc¸a˜ o do valor comumente empregado
Figura 3. Diagrama de Cascata de Calor 4.2.3 Grande Curva Composta
´ ANALISE CR´ITICA DO ARTIGO: ”Biodiesel production process from microalgae oil by waste heat recovery and process integration” — 7/10 Figura 4. Grande Curva Composta
Analisando a grande curva composta trac¸ada, constatase a ocorrˆencia de extensas regi˜oes de integrac¸a˜ o, dadas pelas porc¸o˜ es das curvas com formato do s´ımbolo de ”maior que”. Ainda, identifica-se como limite superior para o n´ıvel de utilidade fria, em termos de temperatura que respeita o diferencial m´ınimo de temperatura de 10 o C, como sendo por volta de 250o C. Portanto, e´ assegurado que o emprego de a´ gua a temperatura ambiente mostra-se compat´ıvel para a
complementac¸a˜ o de troca t´ermica requisitada pelo processo. Selecionou-se ´agua l´ıquida indo de 30o C a 50o C como fluido de refrigerac¸ a˜ o. Uma vez que as redes encontradas com os m´etodos heur´ısticos podem vir a suscitar aquecimento complementar de correntes frias j´a submetidas a` s poss´ıveis integrac¸o˜ es, deve-se tamb´em definir o n´ıvel para utilidades quentes. Para fins de c´alculos, empregar-se-´a vapor saturado a 270 o C. 4.2.4 Curvas Compostas
Figura 5. Curvas Compostas
As curvas compostas exprimem de forma gr´afica os resultados j´a obtidos com o diagrama de cascata de calor, permitindo que se conclua por n a˜ o se demandar utilidade quente, mas sim apenas fria, o que se encontra expresso no fato de a parte inicial da curva composta fria n a˜ o estar
situada sob uma parcela correspondente da curva composta quente, sendo sua extens˜ao no eixo horizontal coincidente com o m´ınimo de utilidade fria determinado, aproximadamente 112kW . 4.2.5 Rede de M´ınimo Consumo de Utilidades
´ ANALISE CR´ITICA DO ARTIGO: ”Biodiesel production process from microalgae oil by waste heat recovery and process integration” — 8/10 Figura 6. Rede com M´ınimo Consumo de Utilidades
4.3 M´etodos Heur´ısticos 4.3.1 M´etodo RPS 1
Figura 7. RPS: QMTO x FMTO ´ 4.3.2 Metodo RPS 2
Figura 8. RPS: QmTO x FmTO
´ ANALISE CR´ITICA DO ARTIGO: ”Biodiesel production process from microalgae oil by waste heat recovery and process integration” — 9/10 ´ 4.3.3 Metodo PD Obteve-se uma rede indˆentica `aquela com consumo m´ınimo de utilidades.
ˆ 4.4 Avaliac¸ ˜ ao Economica
Figura 9. Relac¸a˜ o de Custos
´ importante ressaltar que as cifras resultantes da an a´ lise E econoˆ mica conduzida n˜ao dispo˜ em de acur´acia significativa em func¸a˜ o das diversas hip´oteses simplificadoras das quais se lanc¸ou m a˜ o, sendo as mais importantes: aproximac¸a˜ o do comportamento da temperatura das correntes quentes dadas por vapores, que sofrem condensac¸a˜ o nos trocadores al´em
de variac¸o˜ es t´ermicas sens´ıveis, por perfis lineares ao se determinar valores m´edios para os seus produtos m*cp com a divis˜ao da carga t´ermica pela variac¸a˜ o de temperatura; partic¸a˜ o da carga t´ermica no trocador HX-5 do processo otimizado entre as duas correntes quentes envolvidas com base na suposic¸a˜ o de raz˜ao entre valores de m*cp constante
´ ANALISE CR´ITICA DO ARTIGO: ”Biodiesel production process from microalgae oil by waste heat recovery and process integration” — 10/10
para press˜oes de operac¸a˜ o diferentes da que se encontram no processo, usando-se os valores de capacidade calor´ıfica a press˜ao atmosf e´ rica das esp´ecies presentes nas correntes envolvidas em Smith et. al. (2000)[3]; e tomada da carga t´ermica do pr´e-aquecedor na etapa de esterificac¸a˜ o, interpretado como sendo o trocador que integra o efluente do reator R-1 e a alimentac¸a˜ o de ´oleo de microalga, como coincidente com a taxa t´ermica provida por utilidade quente mencionada na publicac¸a˜ o original (72 kW). Os fatores que justificam o uso de tais recursos de simplificac¸a˜ o atrelam-se a` s premissas para as correntes e trocadores das metodologias de s´ıntese de redes de permutadores utilizadas neste trabalho e a` s limitac¸o˜ es de disponibilidade de dados a respeito das ˜ existentes no artigo em exame. correntes e condic¸ oes Como resultados gerais, tem-se, para as bases de custos unit´arios assumidas e demais aproximac¸o˜ es realizadas, menores custos de capital para as redes sintetizadas pelas vias heur´ısticas em compara c¸a˜ o `aquela otimizada no artigo avaliado. Faz-se tal observac¸ a˜ o mesmo negligenciando nos c´alculos uma unidade separada para representac¸a˜ o do pr´eaquecedor no passo de esterifica c¸a˜ o, j´a que n˜ao se encontra explicitamente colcada no fluxograma de partida. Frente `a u´ tlima considerac¸a˜ o, os custos de utilidades para o sistema otimizado exibem-se com menor valor em relac¸a˜ o aos demais gerados. No entanto, ao se supor que, no processo apresentado originalmente, a etapa de pr´e-aquecimento a qual se faz referˆencia inclui tanto a troca integrada quanto o suprimento de calor por utilidade de quente em valores iguais, de 72 kW, as redes heur´ısticas passam a possuir custos de utilidades inferiores. Mediante a tais inferˆencias e constatac¸o˜ es, ´e poss´ıvel afirmar que, por conduzirem o processo de otimiza c¸a˜ o segundo uma abordagem compartimentalizada, isto ´e, restringindose a integrac¸a˜ o de correntes a` s sec¸o˜ es do processo individuais, os autores obtiveram uma soluc¸a˜ o que n˜ao deve corresponder a de maior desempenho no sentido de gastos dispendidos. Com a estrat´egia preliminar aproximada empregada no presente trabalho desconsiderando limitac¸o˜ es a` s poss´ıveis trocas, j´a se conseguiu encontrar soluc¸o˜ es alternativas que reduzem ou eliminam a aplicac¸a˜ o de utilidades quentes e permitem o emprego de a´ gua a temperatura ambiente (mais baixo custo unit a´ rio, portanto) como utilidade fria, al´em de levarem a requisitos inferiores de a´ rea de transferˆencia de calor, diminuindo custo associados ao investimento nos equipamentos. Contudo, vale notar que est´a se fornecendo proposic¸o˜ es ao subsistema de integrac¸a˜ o energ´etica somente dentre todos os demais componentes do processo global, sendo importante que se proceda, subsequentemente, an´alises mais acuradas e de otimizac¸a˜ o global (ou pelo menos incluindo todos os subsistemas com suas respectivas restric¸ o ˜ es), tal qual a feita no artigo original.
5. Conclus ˜ ao e Sugest ˜ oes Apresentando como principal finalidade a aplicac¸a˜ o de abordagens alternativas para s´ıntese do sistema de integrac¸a˜ o
energ´etica para o processo considerado, otimizado no artigo ”Biodiesel production process from microalgae oil by waste heat recovery and process integration” , o presente trabalho forneceu relevantes apontamentos e infer eˆ ncias. Constatou-se que as estrat´egias heur´ısticas e a baseada na Tecnologia Pinch, fundamentadas no emprego de regras de car´ater heur´ıstico na rotina de gerac¸a˜ o de redes de trocadores de calor, ao considerarem as correntes quentes e frias independentemente de suas respectivas sec¸o˜ es de origem, conduziram `a indicac¸a˜ o de requerimentos totais (Tecnologia Pinch) ou majorit´arios (m´etodos RPS) de utilidades frias, de mais baixo custo unit´ario do que as quentes. Dessa forma, torna-se evidente que, em face `as restric¸o˜ es impostas pelos autores da publicac¸a˜ o analisada quanto `a combinac¸a˜ o de pares de correntes (compartimentalizada), limita-se o processo de otimizac¸a˜ o a um sub-conjunto que n a˜ o necessariamente contempla as possibilidades mais promissoras de redes de permutadores para recuperac¸ a˜ o de calor residual. Trabalhos futuros devem lanc¸ar m˜ao de estimativas de maiores acur´acias para as propriedades das correntes envolvidas no processo e dos parˆametros relativos a` avaliac¸a˜ o econˆomica. Ainda, com as redes obtidas heuristicamente e a de m´ınimo consumo de utilidades sendo tomadas como ˜ iniciais, proceder a busca por redes de maior desemsoluc¸oes penho por via evolutiva, em que se aplicam procedimentos algor´ıtmicos de divis˜ao e invers˜ao de correntes e de inclus˜ao e remoc¸a˜ o de trocadores, bem como pela otimizac¸a˜ o do processo por algoritmos de programac¸a˜ o matem´atica adequados.
Referˆencias [1]
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J. M. Smith, H. C. Van Ness, and M. M. Abbott. Introduc¸ao da engenharia qu ´ ımica. ˜ a` termodinamica ˆ LTC, 2000.
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C. Song, G. Chen, N. Ji, Q. Liu, Y. Kansha, and A. Tsutsumi. Biodiesel production process from microalgae oil by waste heat recovery and process integration. Bioresource technology, 193:192–199, 2015.