Transformadores para instrumentos
Definições • São dispositivos empregados para compatibilizar as faixas de atuação dos instrumentos, de medição, controle e fornecer a devida proteção dos mesmos. • Funções: – Ampliação e redução da FM (escala de medição) – Proteção – Isolamento Isolamento – permitir a atuação com ní n ível de tensão diferente do circuito com o dispositivo; – Compatibilidade de grandezas de acordo com o principio de funcionamento do dispositivo.
Principio de funcionamento • Transformadores Transformadores de instrumentos;
– Transformador de instrumento de potencial (TP) – Transformador de instrumento de corrente (TC)
• Transforma Transformadores dores eletrônico eletrônicos: s:
– Circuitos eletrônicos – Amplificadores operacionais e instrumentação – Condicionadores de sinais
• Dispositivos Dispositivos eletrônicos eletrônicos – Eletrônica analógica – Eletrônica digital – Conversores A/D e D/A
• Transformadores eletrônicos Magnéticos Magn éticos – Efeitos eletro eletro-magnéticos -magnéticos – Efeito Hall – outros
TC
TC tipo Barra
TC tipo Janela
TC tipo Enrolado
TC
TC tipo Bucha
TC tipo núcleo dividido
TC
TC de vários enrolamentos primários.
TC de vários enrolamento secundários.
TC tipo com vários enrolamentos secundários TC tipo derivaç ão secundário.
Correntes nominais • As correntes nominais primárias e as relações devem ser compatí veis com a corrente de carga do circuito primário. As correntes nominais primárias podem ser de 5 A a 8000 A e a corrente secundária via de regra é 5 A, podendo em alguns casos ser de valor 1 A, 500mA, 300mA e 100 mA ou menos, dependendo do emprego do TC. A NBR6856 adota as seguintes simbologias para definir as relações de corrente. • Sinal de dois pontos(:) deve ser usado para exprimir relaç ões nominais como, por exemplo: 300:1; • O hífen(-) deve ser usado para separar correntes nominais de enrolamentos diferentes, como por exemplo 300-5A, 300-300-5A(dois enrolamentos primários) e 300-5-5(dois enrolamentos secund ários); • O sinal x deve ser usado para separar correntes primárias nominais, ou ainda relações nominais duplas, por exemplo 300x600-5A, correntes primárias nominais, cujos enrolamentos podem ser ligados em série ou paralelo; • A barra (/) deve ser usada para separar correntes primárias nominais ou relações nominais obtidas por meio de derivações, efetuadas tanto nos enrolamentos primários como nos secundários, como por exemplo 300/400-5A, ou 300-5/5
Polaridade • Os transformadores de corrente destinados ao serviço de medição de energia, relés de potência, f asímetros, etc. são identificados nos terminais de ligação primário e secundário por letras que indicam a polaridade para a qual foram construídos e que pode ser positiva ou negativa. São empregados as letras com seus índices, P1, P2, e S1, S2. Diz-se que um transformador de corrente tem polaridade subtrativa, por exemplo, quando a onda de corrente, num determinado instante, percorre o circuito primário de P1 para P2 e a onda de corrente correspondente no secund ário assume a trajetór ia de S1 para S2. Caso contrário, diz-se que o TC tem polaridade aditiva. A maioria dos transformadores de corrente tem polaridad e subtrativa, sendo inclusive indicada pela NBR6856. Somente sob encomenda são fabricados transformadores de corrente com polaridade aditiva.
Valores percentuais do FCR para TC classe de exatidão 0,3.
Valores percentuais do FCR para TC classe de exatidão 0,6.
Classe de exatidão • De acordo com os instrumentos a serem ligados aos terminais secundários do TC, devem ser as seguintes as classes de exatidão deste equipamento: • Para ajuste e calibra ção dos instrumentos de medidas de laboratórios: 0,1; • alimentação de medidores de demanda e consumo ativo e reativo para fins de faturamento, 0,3; • alimentação de medidores para fins de acompanhamento de custos industriais, 0,6; • alimentação de amperímetros indicadores, registradores gráficos, relés de impedância, relés diferenciais, relés de distância, relés direcionais, 1,2; • alimentação de relés de ação direta, por exemplo, aplicado em disjuntores primários de subestações de consumidores, 3,0.
Exercício • Especificar um TC para medição de energia elétrica para faturamento a um consumidor energizado em 69 kV, cuja corrente na linha chegará em 80 A. no primeiro ano de operação, podendo atingir cerca de 160 A, no segundo ano. Os instrumentos el étricos que serão empregados, abaixo indicados, ficarão a 25 m do TC e se rão ligados ao secundário deste através de fio de cobre 2,5 mm 2. O medidor de kWh com indicador de demanda máxima tipo mecânico, com consumo de 1,4 W, e 0,8 VAr. O medidor de kVArh, específico para energia reativa, sem indicador de demanda máxima, com consumo de 1,4 W, e 0,8 VAr. O condutores conduzindo 5 A, apresentam um consumo de 6,6 W. • Especificar um TC para medição de energia elétrica e controle, sem finalidade de faturamento, sabendo que a tensão entre fases do circuito é de 13,8 kV e que a corrente na linha chegará no máximo a 80 A. Os instrumentos elétricos que serão empregados são: Medidor de kWh com indicador de demanda máxima, consumo 1,4 W, e 0,8 VAr; medidor de kWh, sem indicador de demanda máxima, acoplado a um autotransformador de defasamento, utilizado para medir kVArh, consumo 1,4 W, e 0,8 VAr; wattímetro consumo 0,7 W, e 2,0 VAr; Varmetro, consumo 0,7 W, e 2,0 VAr; amperímetro, consumo 1,5 W, e 0,7 VAr; e um fasímetro 2,5 W e 2,0 VAr. Os instrumentos estão instalados a uma distância média de 25 m do TC, com condutor de 2,5 mm 2.
TP
Transformador de potencial com invólucro em óleo.
TP - indutivo
• Os transformadores de potencial indutivos são construídos segundo três grupos: • Grupo 1 - são aqueles projetados para ligação entre fases. São basicamente os do tipo utilizados nos sistemas de até 34,5 kV. Os transformadores enquadrados neste grupo devem suportar continuamente 10% de sobrecarga; • Grupo 2 - são aqueles projetados para ligação entre fase e neutro de sistema diretamente aterrados, isto é: onde Rz é a resistência de seqüência zero do sistema; e Xp é a reatância de seqü ência positiva do sistema. • Grupo 3 - são aqueles projetados para ligação entre fase e neutro de sistemas onde não se garanta a eficácia do aterramento.
TP tipo indutivo, do grupo 2 e grupo 3.
TP tipo indutivo, do grupo 2 e grupo 3.
TP - Capacitivo • Os transformadores capacitivos basicamente com a utilização de dois conjuntos de capacitores que servem para fornecer um divisor de tensão e permitir a comunicação através do sistema carrier . São construídos normalmente para tensões iguais ou superiores a 138 kV
Esquema elétrico básico do transformador, onde se vê que o primário constituído por um conjunto C1 e C2 de elementos capacitivos em série. É ligado entre fase e terra, havendo uma derivação intermediária B, correspondente a uma tensão V da ordem de 5 kV a 15 kV, para alimenta r o enrolame nto primário de um TP tipo indução intermediário, o qual fornecerá a tensão V2 aos instrumentos de medição e dispositivos de proteção ali instalados.
Relação entre o ângulo de fase γ e o fator de correção de relação para os T P de acordo com a classe de exatidão.
Notação adotada pela NBR6855 • Sinal de dois pontos(:) deve ser usado para representar relações nominais como por exemplo 120:1; • o hífen (-) deve ser usado para separar relações nominais de enrolamentos diferentes, como por exemplo 13.800 -115 volts; • sinal (x) deve ser usado para separar tensões primárias nominais e relações nominais de enrolamentos destinados a serem ligados em série ou paralelo, como por exemplo 6900x13800-115 volts; • a barra(/) deve ser usada para separar tensões primárias nominais e relações nominais obtidas por meio de derivações, seja no enrolamento primário seja no enrolamento secundário, 13800 115 3
− 115 /
3
• como por exemplo , que corresponde a um TP do grupo 2 ou 3, com um enrolamento primário e um enrolamento secundário com derivação.
Especificação condições de instalação • queda de tensão no circuito de não deve ultrapassar a 5%, em regime intermitente; • carga a ser computada para o dimensionamento do transformador de potencial deve levar em consideração a potência das lâmpadas de sinalização, a carga consumida continuamente pelas bobinas e a sua potência de operação; • no cálculo da carga total deve-se levar em consideração tanto as cargas ativas como as cargas reativas das bobinas em regime contínuo e em regime de operação. Dados que, normalmente, estão fornecidos pelos fabricantes destes elementos.
Exercício • Especificar um transformador de potencial a que serão ligados três contatores Siemens do tipo 3TB46, dois do tipo 3TB52 e cinco lâmpadas de sinalização de 1,5 W cada. O TP será ligado entre fases de um sistema de 380 volts, obtendo-se no secundário 220 volts, para alimentação da carga. Os contatores 3TB52 operam simultaneamente. O transformador de potencial deve ser dimensionado para que satisfaça simultaneamente as condições de carga permanente e de curta duração que correspondem às cinco lâmpadas li gadas, os três contatores 3TB46 em regime permanente e mais dois contatores 3TB52, em regime de curta duração. DADOS: Potência consumida pelo contator 3TB46 - em regime de curta duraç ão; 124 VA; 59,0 W; 183 VAr e FP = 0,32; em carga permanente: 21 VA, 7,14 W, 19,7 VAr e FP = 0,34, 3TB52 - em regime de curta duração: 730 VA, 277,4 W, 675,2 VAr., FP = 0,38; em carga permanente: 56 VA, 13.44 W, 54,3 VAr., e FP = 0,24.
Considerações sobre os transformadores de corrente e de potencial •
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Os TP´s e TC´s servem também como elementos de isolamento entre os instrumentos ligados no secundário e o circuito de alta tensão, reduzindo assim o perigo para ooperador e tornando desnecessário uma isolação especial para tais instrumento s. Assim, é que há TC´s de 5-5 A, mas com nível de isolamento para alta tensão; Um mesmo instrumento elétrico, utilizado com T C´s ou TP´s de diferentes relaç ões nominais, podem servir para um ca mpo muito largo de medições gra ças à padronização dos valores secundários deles, 5A para os T C´s e 115 volts para os TP´ s. Deve-se ter o cuidado de ligar à terra o secundário e o núcleo dos TC´s e TP´s por medida de segurança. Além disso, os TC´s para alta tensão são construí dos normalmente com camadas de material condutor envolvendo o enrolamento primário para uniformização da distribuição dos potenciais. Estas camadas são ligadas entre si e também a um terminal externo, o qual deve ser ligado ao terra. Os TC´s e TP´s têm todos os terminais primários e secundários providos de marcas indeléveis. Estas marcas permitem ao instalador a r ápida identificação dos terminais de mesma polaridade. O instalador somente precisa se preocupar com a polaridade no momento em que for ligar ao secundário dos TC´s ou TP´s os instrumentos el étricos que têm bobinas providas de polaridades relativa, tais como wattímetros, medidores de energia elétrica, fasímetros, etc.. A entrada das bobinas destes instrumentos deve ser ligada ao terminal secundário do TC ou TP que corresponde ao terminal primário que foi utilizado como entrada. É aconselhável, antes de instalar os TC´s e TP´ s verificar pelo menos a "relação de transformação nominal" e a polaridade. O núcleo dos TP´s e T C´s é feito de chapas de ferro silício. Para os de melhor qualidade, emprega-se ferro silício de grãos orientados, laminado a frio, conseguindo-se bons resultados quanto à permeabilidade magn ética e menores perdas. Os TC´s especiais, os que serão utilizados como padrão por exemplo, para os quais se exige excelente classe de exatidão, tem o núcleo feito de chapas de ligas especiais de ferro ní quel. Estas ligas têm alta permeabilidade magnética e perdas reduzidas, mas o seu custo é bem maior.
Dados de especificação • Destinação: medição, proteção ou automação; • Uso: interior, exterior, conjunto de manobra; • Carga instalada (especificação dos instrumentos e dispositivos) (Potência nominal) – Não empregar como fonte de carga auxiliar
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Classe de exatidão (finalidade) Classe de tensão (nível de isolamento) Números de enrolamentos secundários ou derivações Relação de transformação Valor nominal das correntes e tensões (primárias e secundárias) Grupo de ligação (TP) Fator térmico Tensão aplicada (Suport áveis e impulso) Tipo de encapsulamento (epóxi, imerso, seco)
Transformador eletrônico
Usando transistor bipolar
Exemplo e transformador eletrônico : Usando FET
Exemplo e transformador eletrônico :
Divisores de tensão
Divisor indutivo
Transformador cc de corrente
outros
• Amplificador inversor; • Amplificador não inversor; • Amplificador diferencial; • Amplificador de instrumentação; • Amplificador isolador; • Amplificador choper; • Conversores de tensão corrente; • Conversores corrente tensão; • Retificadores de pico; • Conversores RMS; • Conversores RMS para CC.
Conversores
• Em instrumentação é necessário realizar diversos tipos de conversões para compatibilizar sinais analógicos ou para extrair informaç ões embutidas nestes sinais ou para formatar um sinal de uma forma adequada para transmissão de sinais • Conversor Tensão/Corrente
• Conversor AC/DC
Conversor RMS
• Conversor Tensão/Freqüência
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Conversor freqü ência/Tensão
• Linearização
Faturamento de energia • Tipos de Consumidores • Os consumidores de energia elétrica são classificados pelo nível de tensão em que são atendidos, sendo divididos em dois grandes grupos: • Consumidores do Grupo A; • Consumidores do Grupo B.
Grupo B • Tarifa monônia • Importe de energia: • I = C.TC • Onde: I – importe • C – Consumo em um período de 27 a 33 dias em kWh. • TC – Tarifa de consumo, em R$/Mwh • Observação: incide ICMS + taxa de Iluminação pública
Grupo A
• Tarifa Binômia • Dois segmentos tarifários: • Segmento de Demanda – A energia integrada em um período de 15 minutos, adota-se o maior valor durante o período de faturamento. • Segmento de Consumo – O consumo integrado no período de faturamento em kWh. • Tarifa convencional • I = C.Tc + DF.TD – onde: • DF – demanda faturável. E TD tarifa de demanda. • DF = Demanda contratada se a demanda medida for inferior à demanda contratada. Ou • DF = O maior valor de demanda registrada nos últimos 11 meses anteriores, se maior que a demanda contratada.
Grupo A – Tarifa Horo-sazonal • Dois segmentos horo-sazonais. • Horário de ponta – 3 h consecutivas compreendida entre 17 h às 22 h. • Horário fora de ponta, demais horas do dia exceto domingos, feriados nacionais e sábados. • Dois segmentos temporais. • Período seco – de abril a setembro e • Período úmido – outubro a março
Tarifa Verde • • • • • • • •
I = DF.TD + CP.TCp + CFP.TCFP + (DU.T U)+}* CP – consumo no horário de ponta; CFP – Consumo no horário fora de ponta; DU – Demanda de ultrapassagem T CP – tarifa de consumo no horário de ponta; T CFP – tarifa de consumo no horário fora de ponta; T U – tarifa de ultrapassagem DF = Demanda contratada, se a demanda medida for menor que a demanda contratada; • DF = Demanda medida se igual a kDcontratada onde k < 1,20 para V < 13,8kV, k < 1,10 para V <69 kV e k <1,05 para V >138 kV, caso extrapole o limite de tolerância, DF = Demanda contratada mais uma adicional por ultrapassagem de demanda DU;1 • 1DU = Dmedida – Demanda contratada. • * Tarifas diferenciadas no período seco e úmido
Tarifa azul • I = CP.TCp + CFP.TCFP + DFP.TDP + DFFP.TDFP + DUP.TUP + DUFP.TUFP • DFP – demanda faturável no horário de ponta; • TDP – tarifa de demanda no horário de ponta; • DFFP – demanda faturável no horário fora de ponta; • TDFP – tarifa de demanda no horário fora de ponta; • DUP – demanda de ultrapassagem na ponta; • TUP – tarifa de ultrapassagem na ponta; • DUFP – demanda de ultrapassagem fora de ponta; • TUFP – tarifa de ultrapassagem fora de ponta.
Tarifação de energia reativa • FER(p) = valor do faturamento, por posto horário “p”, correspondente ao consumo de energia reativa excedente à quantidade permitida pelo fator de potência de referência “fr”, no período de faturamento; • CAt = consumo de energia ativa medida em cada intervalo de 1 (uma) hora “t”, durante o período de faturamento; • fr = fator de potência de referência igual a 0,92; • ft = fator de potência da unidade consumidora, calculado em cada intervalo “t” de 1 (uma) hora, durante o período de faturamento; • TCA(p) = tarifa de energia ativa, aplicável ao fornecimento em cada posto horário “p”;
• FDR(p) = valor do faturamento, por posto hor ário “p”, correspondente à demanda de potência reativa excedente à quantidade permitida pelo fator de potência de referência “fr” no período de faturamento; • DAt = demanda medida no intervalo de integralização de 1 (uma) hora “t”, durante o período de faturamento; • DF(p) = demanda faturá vel em cada posto horário “p” no período de faturamento; • TDA(p) = tarifa de demanda de potência ativa aplicável ao fornecimento em cada posto horário “p”; • MAX = função que identifica o valor máximo da fórmula, dentro dos parênteses correspondentes, em cada posto hor ário “p”; • Nas fórmulas FER(p) e FDR(p) serão considerados: • a) durante o período de 6 horas consecutivas, compreendido, a critério da concessionária, entre 23h e 30min e 06h e 30min, apenas os fatores de potência “ft” inferiores a 0,92 capacitivo, verificados em cada intervalo de 1 (uma) hora “t”; e • b) durante o período diário complementar ao definido na alínea anterior, apenas os fatores de potência “ft” inferiores a 0,92 indutivo, verificados em cada intervalo de 1 (uma) hora “t”.