Voduns
VODUM DAN/BESSEN Aido Wedo(aidô Wedo(aidô uêdô) e Dambala são para o povo Jeje os maiores deuses. Aido Wedo Wedo é o arco-íris e Dambala a sua imagem refeida !as "guas oce#!icas. $ Da!gbé é a serpe!e sagrada %ue represe!a o espírio de &odum Da!. 'a rica esse &odum é co!*ecido como DA. Dada - +ermo pelo %ual o &odum Da! é louvado. A coroa de Da! é c*amada de ,oroa de Dada. Da! a!o pode ser um &odum masculi!o %ua!o pode ser um &odum emi!i!o porém para ra"-lo aê-lo ou asse!"-lo emos %ue cuidar sempre do casal. ,omo diem os a!igos /cobra !ão a!da soi!*a seu parceiro esa sempre por pero/. Dambala ambém é co!*ecida como Daida* (daídar) 0 A /,obra01ãe/. 2ssa &odum &odum !ão pode ser eia em mais de duas pessoas !um mesmo país. $s vel*os vodu!os co!am %ue ela é origi!"ria da 3alesi!a. 3alesi!a. 2m uma oura versão e!co!ramos Daida* como 4ili* a primeira mul*er de Adão. Adão. 'o 5rasil e!co!ramos cerca de 67 &odu!s Da!s !a rica e!co!ramos muio mais %ue isso. 2ssa amília é muio gra!de. Da! é um &odum muio e8ige!e em seus preceios muio orgul*oso e eimoso. 9ua!do raado correame!e correame!e d" udo aos seus :l*os e a casa de sa!o mas se raado de ma!eira errada ou se or es%uecido casiga severame!e. &odum &odum Da! é muio :el a casa e a mãe;pai de sa!o %ue o e. $s símbolos de Da! são< o arco-íris a serpe!e pi*o! o ra=e! ou dra=a pao=>e pao=>e o da*u! a ..a=ara. e o aso! (assôm). ?eu pri!cipal ai!sa (ai!s") de!ro de uma casa de ?a!o é de!omi!ado Da!-gbi %ue é o!de o arco-íris se e!co!ra com a erra (/pa!ela le!d"ria do esouro@/). Da! usa muios braj"s eios de bios. As aig*B (aigri) são impora!issimas em seus asseame!os e ai!sas. 3ara !Cs &odum Aido Wedo é o verdadeiro deus da vidê!cia é ele ju!o com &odum a %uem d" aos ba=o!os o poder do or"culo assim como deu a Ee>a e a 4egba. Aido Wedo Wedo e Dambala são %uem suse!am o mu!do e %ua!do eles se agiam provocam ca"sroes ca"sroes como os erremoos. erremoos. 2les aem pare da criaFão do mu!do pois vieram ajudar 'a!a 5ulu=u !essa area. 'os arcos-íris da lua e do sol ambém e!co!ramos &odu!s Da!. Ao se i!iciar um :l*o de Da! preceios são eios para %ue esse &odum ve!*a sempre em orma *uma!a e !u!ca em orma de serpe!e pois e!e!demos %ue !a orma *uma!a ele é me!os perigoso e e!e!de mel*or os *ome!s pode!do assim ae!der suas !ecessidades e suprí-las. 'a orma de serpe!e or!a-se muio perigoso. 1
De modo geral os :l*os de Da! são muio c*egado a doe!Fas pri!cipalme!e de ol*os. ?ão pessoas vaidosas ambiciosas /perigosas/ esperas e i!elige!es. ?ão muio dedicados ao sa!o e di:cilme!e saem da casa o!de oram eios. &esem bra!co em sua gra!de maioria. Algu!s usam cores verde bem clari!*o praeado ou ecido liso com o arco-íris esampado. esampado. ?eus :os de co!a variam de acordo com cada &odum !ão e8ise um modelo padrão. ?ua louvaFão pri!cipal é< A G*o bo boB H /?alve o rei cobra/ ( G*o H rei bo boB H Da!s serpe!es cobras). Abai8o ciarei algu!s &odu!s Da!s. Aido Wedo - (e!co!r (e!co!ramos amos v"rias v"rias orm ormas as de de escrev escrever er o !ome dele) - Deus Deus do Arco-íris Damb Dambal ala a
- es espo posa sa de Aid Aidoo-W Wedo edo sseu eu ref refe e8o !as !as "gu "guas as..
Da!Da!-I Io
- muio uio liga ligada da e por por ve vee es co co!u! u!dida dida co como $8al" 8al".. ,o!*ecida !o 5rasil como Da! !=C.
$ji=u
- masculi!o mora ju ju!o com Ee>a !a pare bra!ca do arco-í o-íris e rei!a !o arco-íris da lua ambém ju!o com Ee>a.
re=>e e=>e! !
- emi emi!i !i!a !a gua guarrdiã diã do do ar arco-ír co-íris is em vol vola a do do sol sol.. +am +ambé bém m co!*ecida como re=e!da.
5osa 5osala labe be - o%K o%Ke! e!o o em emi! i!i! i!a a ir irmã gêm gêmea ea de de 5osu 5osu= =o ir irmã de de Ee> Ee>a. a. 1uio alegre e aceira mora !as "guas doce. 1uio co!u!dida com $8um. ambém co!*ecida como &odum 5osa (bôss"). jB jB=u!
- em emi!i! i!i!a a mor mora !as e!se e!sead adas as.. 1ui 1uio o co co! !u! u!d dida ida co com m Ee>a. e>a.
5osu=o
- masculi!o o%ue!o gê gêmeo com 5osa
A=oo A=oo=>e =>e! ! - mascul masculi!o i!o co!side co!siderad rado o o pai de muios muios Da!s Da!s.. Aro!oo !ooB B - mas ascu culi li! !o mor mora !o !o rio rio.. &ocabul"rio ra=e! ou dra=a
- erram errame! e!a a pe%ue! pe%ue!a a %ue Da! ras ras !as !as mãos mãos
da*u!
- co!ju!o de L ambores bra!cos parame!ados com ra:a lil"s
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De modo geral os :l*os de Da! são muio c*egado a doe!Fas pri!cipalme!e de ol*os. ?ão pessoas vaidosas ambiciosas /perigosas/ esperas e i!elige!es. ?ão muio dedicados ao sa!o e di:cilme!e saem da casa o!de oram eios. &esem bra!co em sua gra!de maioria. Algu!s usam cores verde bem clari!*o praeado ou ecido liso com o arco-íris esampado. esampado. ?eus :os de co!a variam de acordo com cada &odum !ão e8ise um modelo padrão. ?ua louvaFão pri!cipal é< A G*o bo boB H /?alve o rei cobra/ ( G*o H rei bo boB H Da!s serpe!es cobras). Abai8o ciarei algu!s &odu!s Da!s. Aido Wedo - (e!co!r (e!co!ramos amos v"rias v"rias orm ormas as de de escrev escrever er o !ome dele) - Deus Deus do Arco-íris Damb Dambal ala a
- es espo posa sa de Aid Aidoo-W Wedo edo sseu eu ref refe e8o !as !as "gu "guas as..
Da!Da!-I Io
- muio uio liga ligada da e por por ve vee es co co!u! u!dida dida co como $8al" 8al".. ,o!*ecida !o 5rasil como Da! !=C.
$ji=u
- masculi!o mora ju ju!o com Ee>a !a pare bra!ca do arco-í o-íris e rei!a !o arco-íris da lua ambém ju!o com Ee>a.
re=>e e=>e! !
- emi emi!i !i!a !a gua guarrdiã diã do do ar arco-ír co-íris is em vol vola a do do sol sol.. +am +ambé bém m co!*ecida como re=e!da.
5osa 5osala labe be - o%K o%Ke! e!o o em emi! i!i! i!a a ir irmã gêm gêmea ea de de 5osu 5osu= =o ir irmã de de Ee> Ee>a. a. 1uio alegre e aceira mora !as "guas doce. 1uio co!u!dida com $8um. ambém co!*ecida como &odum 5osa (bôss"). jB jB=u!
- em emi!i! i!i!a a mor mora !as e!se e!sead adas as.. 1ui 1uio o co co! !u! u!d dida ida co com m Ee>a. e>a.
5osu=o
- masculi!o o%ue!o gê gêmeo com 5osa
A=oo A=oo=>e =>e! ! - mascul masculi!o i!o co!side co!siderad rado o o pai de muios muios Da!s Da!s.. Aro!oo !ooB B - mas ascu culi li! !o mor mora !o !o rio rio.. &ocabul"rio ra=e! ou dra=a
- erram errame! e!a a pe%ue! pe%ue!a a %ue Da! ras ras !as !as mãos mãos
da*u!
- co!ju!o de L ambores bra!cos parame!ados com ra:a lil"s
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a=ara
- arma %ue Da! ras !as mãos parece!do um pe%ue!a espada com eiio prCprio. prCprio.
aso! as o! (ass (assôm ôm))
- c*oc c*ocal al*o *o ei eio o com com uma uma cab cabaF aFa a e co com m as as ver vere ebr bras as de cobra
aigr aigrB B (ai (aigr gri) i)
- pedr edras %ue repr epres ese! e!a am m o e8 e8crem creme! e!o o de Da! Da! e são são dei8adas por ele !o c*ão M sua passagemN diem %ue elas valem peso de ouro. Om mio !os co!a %ue os e8creme!os e8creme!os de Da! ra!sormam ra!sormam os grãos de mil*o em bios.
A ORIGEM DE FA - O SISTEMA DAHOMEANO DE ADVINHAÇÃO Pbadu !asceu apCs os gêmeos Agbe e 'aee. 3ossui deesseis ol*os e é um deus a!drCgi!o. 1a>u desig!ou-o a viver !o alo de uma "rvore de palma !o $rum a :m de observar os rei!os do mar da erra e do céu. 1ais arde 1a>u l*e diria os deveres %ue deveria e8ecuar. Pbadu es" sempre !a "rvore. A !oie %ua!do dorme seus ol*os se ec*am e depois !ão pode abri-los soi!*o. 4egba oi e!carregado por 1a>u para escalar a "rvore "rvore de palma a cada ma!*ã para abrir os ol*os de seu irmão. 9ua!do 4egba escala a "rvore de palma pergu!a primeiro a Pbadu %ue ol*os deseja er abero se os der"s da re!e da direia ou da es%uerda. Ao ouvir a pergu!a Pabdu presa ae!Fão ao rei!o do mar da erra e do céuN !ão %uer alar por%ue ouros podem ouvir. 2m resposa a 4egba pQe seme!e da palma em sua mão. ?e colocar uma seme!e sig!i:ca %ue deseja abrir um de seus ol*os e se orem duas seme!es Pabdu deseja %ue dois de seus ol*os sejam aberos. 9ua!do 4egba abre seus ol*os ele mesmo ol*a bem de pero o %ue es" aco!ece!do !o mar e !a erra e promeeu a Pbadu a %uem !Cs ambém c*amamos de a %ue relaaria udo M ele i!clusive o %ue aco!ece !o domí!io de 1a>u o $rum. 2 dess ma!eira aco!eceu. Depois de um empo Pbadu comeFou a gerar cria!Fas. A primeira cria!Fa era 1i!o!a uma :l*a. A segu!da cria!Fa ambém era uma :l*a. +odas as ouras cria!Fas eram :l*os e oram c*amados de< Aovi Abi Du>o Iii Agba!=>e e Rose. Om dia Pabadu co!:de!ciou a 4egba %ue esava i!comodado por%ue 1a>u ai!da !ão i!*a l*e desig!ado seu rabal*o. $ !ico %ue co!*ecia a lí!gua de 1a>u era 4egba e ese promeeu a Pbadu %ue o e!si!aria. Algum empo apCs iso 4egba disse a 1a>u %ue *avia uma gra!de guerra !a erra !o mar e !o céu e %ue se Pbadu :casse ape!as ol*a!do do alo esses rês rei!os seriam logo desruídos. A "gua do mar !ão sabia seu lugar e a c*uva !ão soube cair. so esava aco!ece!do por%ue os do!os da%ueles rei!os !ão compree!diam compree!diam a lí!gua de 1a>u. 1a>u pergu!ou< /$ %ue deve ser eioS/. 4egba disse %ue o mel*or seria e!viar Pbadu M erra. 1as 1a>u respo!deu< /'ão dei8e Pbadu perma!ecer a%ui mas darei 3
a compree!são de mi!*a lí!gua M algu!s *ome!s !a erra dessa ma!eira os *ome!s saberão o uuro e como comporarem-se/. 1a>u ma!dou 4egba e!co!rar rês :l*os de Pabdu. A!es %ue essas cria!Fas de Pabdu ossem para a erra 1a>u e!regou as c*aves do uuro para Pabdu. Disse-l*e %ue a%uela era uma casa com deesseis poras e %ue cada uma correspo!dia aos ol*os de Pabdu. A "rvore de palma em %ue Pbadu desca!sou oi c*amada de a. Assim %ua!do Pbadu recebeu as c*aves 1a>u disse %ue 4egba era o /i!speor/ do mu!do e %ue desejava %ue Pbadu osse o i!ermedi"rio e!re os rês rei!os e ela mesma. 9ua!do os *ome!s desejarem saber o uuro a :m de guiarem suas aFQes deveriam pegar as seme!es e jog"-las aleaoriame!e e iso abriria os ol*os de Pbadu %ue correspo!de ao !mero de seme!es e a ordem em %ue caíram. 3or%ue as seme!es abririam o ol*o %ue correspo!desse a uma pora !a casa do uuro o desi!o para %uem ossem jogadas poderia ser viso. $ %ue cada casa do uuro co!i!*a oi e!si!ado Ms rês cria!Fas %ue oram e!viadas M erra. As cria!Fas escol*idas para ligarem a erra Pbadu e 4egba co!se%ue!eme!e a 1a>u oram Du>o Iii e Rose. +rou8eram seme!es da palma com elas mosra!do aos *ome!s como us"-las. 2!si!aram e disseram a cada *omem o %ue era seu se=poli (desi!o). Disseram %ue o se=poli é a alma %ue 1a>u deu a udo mas a!es de c*amar esa alma deve-se abrir os ol*os de Pbadu. T !ecess"rio saber o !mero de ol*os de Pbadu %ue esão aberos a!es de c*amar esa alma de modo %ue se um *omem souber o !mero de li!*as %ue o a seguiu para ele sabia seu se=poli. oi dio %ue !e!*um sa!u"rio era !ecess"rio para a adoraFão de se=poli por%ue o prCprio corpo *uma!o j" é seu sa!u"rio. 9ua!do os rês i!*am ermi!ado de e!si!ar aos *ome!s volaram ao céu. 1ais arde 1a>u e!viou odas as cria!Fas de Pbadu M erra. oram co!duidos por 4egba %ue os i!salou. 9ua!do volaram Rose recebeu o íulo de alu>o!o ambém co!*ecido como 5a=o!o! %ue %uer dier /possuidor dos segredos de a/ %ue Pbadu i!*a l*e dado. 1i!o!a or!ou-se uma deusa e reside !a casa das mul*eres o!de ela ece algodão em seu ei8o. Du>o recebeu o !ome de 5o=oda*o. Ueside !as casas de 3a (cria!Fas de Agbadu) e!%ua!o Iii e Du>o oram ajudar Rose %ue é alu>o!o aer seu rabal*o. Rose joga as seme!es da palma. 2le em some!e um pé e !o comeFo %ua!do raFava li!*as do desi!o as pessoas !ão acrediavam !ele. ?eu irmão Aovi o aarado oi e!carregado de aer com %ue as pessoas respeiassem o culo. Goje se o a disser algo e você !ão :er c*ama-se Aovi para pu!i-lo. 2!ão você deve respeiar o a. 3a e uma :gura pe%ue!a de argila de 4egba e colocou-a de um lado de sua casa Ag*a!!u=>e. Abi oi c*amado para dar a 1i!o!a a mesma u!Fão %ue Aovi em para o a. Abi é ci!as combusão. T isso %ue a com %ue as mul*eres respeiem 1i!o!a. 9ua!do uma mul*er coi!*a e 1i!o!a es" irriada com ela o ogo %ueima-a ou sua casa pega ogo. 2 é por esa raão %ue %ua!do !a cer#mica é aeado ogo es" se c*ama!do Abi por%ue as ci!as a combusão são abu!da!es. 3ouco a pouco as pessoas comeFaram a compree!der o /!ovo sisema/ e por%ue Aovi é muio severo o culo passou a ser respeiado. Assim o culo do a espal*ou-se em oda pare. 4
Om dia veio !a erra visiar o culo do a com Pbadu. ,omo era seu *"bio comparil*aram da mesma eseira para dormir. 1as arde da !oie leva!ou-se secreame!e e oi M 1i!o!a. 2!rea!o Pbadu acordou e descobriu %ue 4egba o i!*a e!ga!ado com sua prCpria :l*a. Discuiram e oram para o $rum levar o caso a 1a>u. 4egba !ão admiiu %ue i!*a dormido com 1i!o!a. 1a>u e!ão ma!dou %ue se despisse. 9ua!do esava ! 1a>u viu %ue seu pê!is esava ereo e disse< /&ocê me e!ga!ou e deiou-se com sua irmã. 3or ese moivo eu orde!o %ue seu pê!is ser" sempre ereo e você !ão poder" mais saciar-se/. 4egba mosrou i!diere!Fa a esa pu!iFão por%ue jogou com Pbadu a!es %ue 1a>u o repree!desse orde!a!do %ue seu pê!is :casse ereo para sempre assim j" sabia o %ue ia aco!ecer. T por esa raão %ue as da!Fas de 4egba são semel*a!es a ese aco!ecime!o e!a!do-se ver o %ue oda mul*er em !a mão.
Tohossou: Vodum Pro!or dos D!"#$!n!s F%s$#os ! M!n&$s 3or séculos em odo o mu!do as cria!Fas !ascidas em circu!s#!cias especiais eram moras pois eram segregadas e rouladas como seres de mau agouro diabos ou %ue perpeuavam a miséria e o sorime!o de suas amílias or!a!do-se assim um esôrvo para seus pais. 2les eram assassi!ados co!orme esabelecido pelo grupo para serem poupados de uma vida com ol*ares :8os e rejeiFQes sociais. 'ão *avia !e!*uma recompe!sa em sacri:car uma vida amiliar cuida!do dessas cria!Fas carregadas de circu!s#!cias ão especiais. 2sa siuaFão ambém esava prese!e !a culura da*omea!a aé %ue um &odum especial !omeou +o*ossou para e!carregar-se de mudar essa siuaFão. $s +o*ossous são co!gregados de a!epassados reais %ue surgiram dura!e o rei!ado do Uei A=aba o segu!do rei do Da*omeB (V7X-VYZ7). 2ram co!*ecidos como /as cria!Fas e o guardião dos rês rios/ um lugar o!de odos os a!epassados viviam e odos %ue morriam passavam a viver !ese sagrado rei!o suba%u"ico. 2se +o*ossou oi co!siderado muio poderoso e re%ue!eme!e era c*amado para baal*as %ua!do udo j" *avia al*ado pois era um ve!cedor cero com uma rajada de sua poderosa espada. $ +o*ossou é agrupado com o /'euse>e/ da*omea!o grupo da maioria dos mais a!igos a!epassados *oje co!*ecido como /4o=o/. A primeira cria!Fa !ascida com m" ormaFão ísica e a aer pare desse grupo oi Romado!u :l*o mais vel*o Acoici!acaba. Romado!u é %uem coma!da ese poderoso grupo de +ro>o (espírios a!cesrais) . 3ara ese grupo eram eios sacriícios e *o!ras especiais. !elime!e oi dura!e o rei!ado do rei Plele %ue deu-se a maior perseguiFão Ms amílias dessas cria!Fas. 2las eram sacri:cadas a:m de poupar o rei!ado e suas amílias. 5
$ mais sig!i:caivo é %ue esses a!epassados reais eram re%ue!eme!e ig!orados e !eglige!ciados pelos prCprios reis. 1uias e!aivas oram eias por esses a!epassados para arairem a ae!Fão dos reis em i!ce!iv"-los a dar-l*es as *ome!age!s como era a radiFão mas os reis se recusavam veeme!eme!e e!ão esses a!epassados se or!aram e!urecidos. Om dia irriados desceram !a core real !os corpos dos adulos :sicame!e mal ormados e comeFaram a desruiFão a devasaFão e a e8alarem um c*eiro ore e desagrad"vel e acima de udo muia co!usão e desespero desrui!do a core e vilas i!eiras. mediaame!e o rei c*amou os ba=o!o!s de a para veri:carem %ual era o problema e o %ue poderia ser eio para acalmar esses espírios poderosos e irriados. ApCs um co!sula cuidadosa +o*ossou comeFou a alar. Além de e8igirem %ue odos os reis erguessem um sa!u"rio ao &odum maior Romado!u para %ue eles l*es pagassem as devidas *ome!age!s e8igiram ambém %ue a repercussão da /ama/ %ue os ísica e me!alme!e abalados i!*am osse cessada. Declarou ai!da %ue da%uele mome!o em dia!e eles eram os seus guardiQes proeores. 3or limo propôs %ue a%ueles %ue !ascessem !a%uelas co!diFQes suas amílias deveriam erguer um pe%ue!o sa!u"rio em suas casas e os %ue assim :essem seriam recompe!sados e abe!Foados com prosperidades especiais. Goje !o 5e!i! e em +ogo as cria!Fas %ue !ascem com m" ormaFão ísica ou de:ciê!cias me!al êm uma cerimô!ia especial e em suas casas um pe%ue!o alar é co!segrado aos +o*ossous. Assim em ve de raerem desgraFas :!a!ceira e emocio!al Ms suas amílias raem be!Fãos. A%ueles %ue :cam i!capaciados devido a idade erime!os ou doe!Fas ambém :cam sob a proeFão dos +o*ossous.
Noh' A$(un)um&n *M+! !rr&, 'o culo dos &odu!s 'o*ê Ai=u!guma! é a base de udo %ue é u!dame!o. Acrediamos %ue some!e Ai=u!guma! pode suse!ar uma base sClida para apoiar e :rmar um emplo de &odu!s. +emos v"rios &odu!s %ue pere!cem ao pa!eão de Ai=u!guma! porém e8isem a%ueles cuja a area primordial é o culo a mesma. Depe!de!do do %ue se pree!de aer i!vocamos o &odum correspo!de!e. ,omo e8emplo podemos ciar< &odum Aiam - co!siderada a paro!a dos gra!des mercados. - [ cosume em odo 5e!i! %ua!do !asce uma cria!Fa levar a mesma ao mercado e l" aer os mle!mle! (ori=is) e oere!das M Aia! pois acrediam %ue esse riual dar" muio boa sore M vida da cria!Fa. 2sse procedime!o ambém se d" aos casais de !oivos. $s amiliares das duas pares ser re!em e vão ju!os com os !oivos ao mercado. 'os 6
dois casos a!o a cria!Fa %ua!o os !oivos raem para casa um pouco de erra e a coloca !o solo de suas casas para %ue a arura e a prosperidade aFam sempre pare de suas vidas. &odum Aiam em uma gra!de amília e cada um dos membros rei!a em uma pare da erra i!clusive o mu!do cô!ico (suberr#!eo) e abissal (suberr#!eo a%u"ico). &odum !oo - T um ?a=paa %ue !ão é eio !o $ri de !i!guém assim como Aia!. ?aber pla!ar cuidar elar esse &odum é /gara!ir a vida/ de!ro da casa de sa!o. !oo é respo!s"vel pela pureaFão das car!es e dos alime!os em geralN por essa raão emos %ue saber culu"-lo abai8o do solo para %ue essa aribuiFão dele sC ocorra em seu mu!do e !u!ca !o !osso. &odum Agué - Do!o de odos os segredos das ol*as ese &odum em um papel impora!íssimo de!ro do culo Ai=u!guma! pois é ele %uem a erilia e a alime!a com suas seme!es e magias. 2m uma casa de sa!o cabe a ele levar o /sabor/ de cada vodu!ci e o aprese!ar M Ai=u!guma! !a passagem de sua vida proa!a para a religiosa isso é !o seu re!ascime!o. &odum Puiogu - $ do!o da a=a (aca) e das gra!des guerras. ?eu papel é impora!íssimo !o culo de Ai=u!guma! é ele %uem d" M mesma o =u! (sa!gue) dos a!imais sacri:cados. Ju!o com &odum Eia! Puiogu gara!e %ue o =u! *uma!o !ão ser" derramado de!ro da%uela casa. 5aseados !essa pe%ue!a e8pla!aFão podemos e!e!der o por%uê de usarmos /poeiras/ /erras/ de deermi!ados lugares para aermos asse!ame!os de ?a!os e 4egbas. ,omo eu disse cada membro da amília de Aiam rege um local - eiralivre mercados aFougue ba!cos cemiérios esradas rios mar cac*oeira ec. 3ara !Cs :l*os do ,ulo &odum Aia! é a pri!cipal deusa da erra ela é a prCpria erra.
AS TOBOSSIS As +obossis são &odu!s i!a!is emi!i!as de e!ergia mais pura %ue os demais &odu!s. 3ere!ciam M !obrea arica!a do a!igo Da*ome aual 5e!i!. 2ram culuadas !a ,asa das 1i!as em ?.4ui;1ara!*ão aé a década de Z. As +obossis gosavam de bri!car como odas cria!Fas e alavam em dialeo arica!o diere!e dos &odu!s adulos o %ue di:culava muio e!e!dê-los. ?em co!ar %ue muias das palavras elas alavam pela meade. 2las vi!*am rês vees por a!o %ua!do i!*a esas gra!des %ue duravam v"rios dias. A c*ee das +obossis é 'oc*ê 'aé a gra!de mariarca da amília Davicea!cesral da amília real de Da*ome é co!siderada a mãe de +$D$? os &odu!s. As +obossis êm c#!icos prCpriosda!Favam !a sala gra!de ou !o %ui!al sem os ambores e como odas as cria!Fas adoravam ga!*ar prese!es e bri!carem com bo!ecas e pa!eli!*as. ,omiam comidas igual Ms !ossas ju!o com odos e i!*am o cosume de dar doces e comidas Ms pessoas. ?e!avam-se em eseiras. 3ela ma!*ã omavam ba!*o comiam e depois da!Favam. Posavam de da!Far !o %ui!al em vola do p" de gi!ja delas. 7
3or serem cria!Fas puras i!*am mais a:!idade com o corpo permii!do assim uma ligaFão mais direa %ue os &odu!s %ue são adulos. 'ão i!*am al*as !ão se irriavam. ?eu papel !o culo era sC /bri!cadeira/. 2ram espírios pereios e mais elevados. $s &odu!s podem er al*as as me!i!as !ão. 3assavam aé !ove dias i!corporadas em suas go!jaí diere!e dos &odu!s %ue dei8avam as :l*as muio ca!sadas. +i!*am um raame!o mel*or do %ue o dos &odu!s por serem mais delicadas porém os &odu!s são mais impora!es por erem mais obrigaFQes. 3odemos observar similaridade e!re as +obossis do 1i!a Jeje e os 2rês dos ,a!domblés da 5a*ia e dos \a!gôs de 3er!ambuco pelo comporame!o i!a!il. 'o e!a!o os 2rês aprese!am-se a!o com caracerísicas emi!i!as %ua!o masculi!as e as +obossis são e8clusivame!e emi!i!as de!gosas e mimadas. 2+OUA DA? +$5$??? $ processo de eiura das +obossis i!icia-se !ormalme!e com o &odum pri!cipal da ,asa apo!a!do um grupo de :l*as j" i!iciadas a!eriorme!e as vodu!cirrês para a eiura de +obossi. As vodu!cirrês passam por uma ase de i!iciaFão %ue em a duraFão de %ui!e dias !os %uais *" algumas esas. T uma eiura prCpria um !ovo rio de passagem !a graduaFão da i!iciada !o 1i!a Jeje. $ barco composo dessas vodu!cirrês é c*amado de 5arco das 'ovidades 5arco das 1e!i!as ou Uama. 2ssas vodu!cirrês or!am-se !ovic*es pro!as para receberem suas +obossis passa!do a serem c*amadas go!jaí. As +obossis sC são recebidas pelas vodu!cirrês go!jaí. $ limo barco %ue se em co!*ecime!o oi realiado em V]VL-V]V6. 'o processo de i!iciaFão as +obossis eram c*amadas de si!*ai!*as e some!e ao :m das eiuras é %ue davam seus !omes arica!os. +ambém eram por !omes arica!os %ue elas c*amavam as :l*as da ,asa. 2sses !omes eram escol*idos pelas +obossis ju!o com os &odu!s e esses !omes eram divulgados !o dia da /esa de dar o 'ome/. ,ada +obossi sC vi!*a em uma go!jaí e %ua!do esa morria elas !ão vi!*am mais sua missão ali se e!cerrava. Desde a more das limas go!jaí por vola dos a!os YZ as +obossis !ão vieram mais. As +obossis sC i!corporam em suas go!jaí apCs os &odu!s erem /subido/. 2las c*egavam alegres bae!do palmas e acorda!do a ,asa. 'o 3eji *" um lugar para as obrigaFQes das +obossis %ue é uma eiura muio :!a e especial. &2?+12'+A? 2 A32+U2,G$? DA? +$5$??? $s rajes e aperec*os das +obossis são muio elaborados. As +obossis vesiam-se com saias coloridas usavam pulseiras c*amadas dalsas eias com bios e coral pa!o-da-cosa colorido o agadome sobre os seios dei8a!do o colo e os ombros livres para o a*u!gelê uma ma!a de miFa!gas coloridas presa !o pescoFo objeo de gra!de valor e sig!i:cado. $ a*u!gelê ambém era c*amado de arraa de co!as gola das +obossis ou ma!a das +obossis se!do co!siderado um disi!ivo é!ico-culural do Jeje. 2le co!a a *isCria paricular da +obossi vi!culada ao &odum sua amília e a i!iciada go!jaí. As +obossis usavam ai!da v"rios ros"rios :os-de-co!as e o cocre colar de miFa!gas curo ju!o ao pescoFo como uma garga!il*a usado pelas +obossis e pelas go!jaí 8
dura!e o a!o de eiura cuja cores variam de acordo com seus &odu!s semel*a!e ao %uelê dos erreiros de ,a!domblé. 'o ,ar!aval as +obossis vesem-se com saias muio visosas aparece!do o agadome %ue e!volve o colo !u e os pés são calFados em sa!d"lias :!as. $s rajes das +obossis são muio elaborados de uma co!sruFão aresa!al %ue segue com rigor uma li!guagem crom"ica prCpria e do domí!io das +obossis. A 3AU+,3A^_$ DA? +$5$??? 'A? 2?+A? 9ua!do apareciam publicame!e as +obossis vi!*am cumprir ceras obrigaFQes desaca!do-se a esa do ,ar!aval. As +obossis vi!*am rês vees por a!o< - 'as esas de 'oc*ê 'aé - em ju!*o e !o :m do a!o - 'o ,ar!aval As gra!des esas duravam v"rios dias. $ ,ar!aval é uma comemoraFão da %ual paricipavam os membros do 5arracão e visia!es. 'o ,ar!aval elas :cavam desde a !oie do domi!go aé as V6 *s da %uara-eira de ci!as. 'a segu!da-eira algu!s &odu!s vi!*am visi"-las. 2ram recebidos pelas ouras :l*as da ,asa as vodu!cirrês. 2ra das +obossis a area de omarem co!a das ruas do arrambam obrigaFão ambém co!*ecida como ba!cada lembra a %uia!da dos erreiros de ,a!domblé. As ruas :cavam !o 3eji para serem disribuídas !a %uara-eira de ci!as. Dura!e o ,ar!aval as +obossis bri!cavam com pC e co!ee mas i!*am medo de bêbados e mascarados. 'a erFa-eira M arde da!Favam !a gra!de sala e !a %uara pela ma!*ã da!Favam em vola da cajuaeira. Disribuiam acarajé em ol*as de /cui!*a/ e depois despac*adas. Dura!e as gra!des esas de 'oc*ê 'aé elas vi!*am dura!e !ove dias e!re os dias de da!Fa !os i!ervalos de desca!so. icavam dura!e o dia ca!avam suas ca!igas prCprias da!Favam !a sala gra!de e !o %ui!al e bri!cavam com seus bri!%uedos. $ reco!*ecime!o de cada esa;obrigaFão es" !o vesu"rio e !os alime!os. $ alime!o é uma marca ide!i:cadora compQe a divi!dade seu papel suas caracerísicas !o co!e8o da ligaFão com os deuses e esabelece!do ai!da com o alime!o uma orma de comu!icaFão com os i!iciados visia!es e amigos do 5arracão.
S&(&. 3ara o povo Jeje ?a=pa" oi raido para o Da*omeB por Agaj" !o século \& vi!do da cidade de Dassa Roumé mais precisame!e da aldeia de 3i!gi!e &edji. +odos os &odu!s pere!ce!es ao pa!eão de ?a=pa" são da amília Dambir". 'esse pa!eão emos v"rios &odu!s. $ mais vel*o %ue se em !oícia é +oB A=ossu !o ra!se ele se ma!ém deiado !a aa! (eseira). Diem os mais vel*os %ue +oB A=ossu é o paro!o dos cie!isas ele d" M eles i!spiraFQes para a descobera das Crmulas m"gicas %ue curarão as doe!Fas e as peses. 2le é a prCpria /doe!Fa e cura/ como ambém um e8cele!e co!sel*eiro. +oB Ao!ce é um ouro &odum vel*o porém mais !ovo %ue +oB A=ossu. ?eu asse!ame!o :ca em local bem isolado do I>e se!do proibido oc"-lo. ?ome!e O1A pessoa desig!ada por ele mesmo pode raar desse asse!ame!o. T +oB Ao!ce %uem sempre a odas as *o!ras para seu irmão +oB A=ossu %ua!do ele es" em erra. 9
+oB Abrogevi é um &odum vel*o :l*o de +oB A=ossu %ue gosa de comer %uiabo com de!dê paFoca de gergelim e umar cac*imbo de barro. +oB Abrogevi gosa muio de 5adé e se or!ou muio amigo dele. oi com 5adé %ue apre!deu a comer e a gosar de %uiabo. ?ão a!os &odu!s desse pa!eão %ue seria praicame!e impossível descrever cada um a%ui. 2sses &odu!s são rigorosos !o %ue a!ge a moral e os bo!s cosumes. 'u!ca admiem al*as morais de!ro dos =>es e %uem a essa :scaliaFão para eles é 2>" :l*a de +oB Ao!ce. As cores de co!as e roupas usadas por esses &odu!s podem variar de acordo com o goso de cada um. +odos usam roupas eias de pal*a da cosa se!do umas mais curas e ouras mais compridas. ?a=pa" usa odas as cores e o esampado sempre com a prese!Fa das cores escuras. ?ímbolo oreme!e ligado a ?a=pa" a pal*a da cosa é a :bra da r":a obida de palmas !ovas e8raídas de uma palmeira cujo !ome cie!í:co é rap*ia vi!iera. 'o 5rasil recebe o !ome de Jupai. A palmeira é co!siderada a /eseira da +erra/. A pal*a da cosa e!do sua origem !a palmeira ga!*a o simbolismo u!iversal de asce!são de rege!erescê!cia e da cerea da imoralidade da alma e da ressurreiFão dos moros. Om símbolo da alma. Além de proeger a vul!erabilidade do i!iciado sua uiliaFão ambém é reservada aos deuses a!cesrais !uma rea:rmaFão de sua a!cesralidade eer!iaFão e ra!sce!dê!cia. $s ?a=pa"s podem raer !as mãos o 8a8ar" ou o basão a la!Fa o ille>o ou ai!da uma pe%ue!a espada. A maioria deles gosam de ma!er o roso cobero pela pal*a da cosa ouros gosam de mosrar o roso. +odos gosam muio de usar bios e c*aorôs (guios). $ bio simbolia a origem da ma!iesaFão o %ue é co!:rmado pela sua relaFão com as "guas e seu dese!volvime!o espiralCide a parir de um po!o ce!ral. ?imbolia as gra!des viage!s as gra!des evoluFQes i!eriores e e8eriores. T associado as divi!dades co!ia!as deuses do i!erior da erra. 3or e8e!são o bio simbolia o mu!do suberr#!eo e suas divi!dades. $ c*aorô (guio) em simbologia apro8imada a do si!o sobreudo pela percepFão do som. ?imbolia o ouvido e a%uilo %ue o ouvido percebe o som %ue é refe8o da vibraFão primordial. A repercussão do c*aorô é o som suil da revelaFão a repercussão do 3oder divi!o !a e8isê!cia. 1uias vees êm por objeivo aer perceber o som das leis a serem cumpridas. O!iversalme!e em um poder de e8orcismo e de puri:caFão aasa as i!fuê!cias malig!as ou pelo me!os advere da sua apro8imaFão. ?em dvida simbolia o apelo divi!o ao esudo da lei a obediê!cia M palavra divi!a sempre uma comu!icaFão e!re o céu e a erra e!do ambém o poder de e!rar em relaFão com o mu!do suberr#!eo. $ la=idib" :o de co!a de ?a=pa" é eio do c*ire do balo. +em o se!ido de emi!ê!cia de elevaFão símbolo de poder um emblema divi!o. 2le evoca o presígio da orFa vial da criaFão periCdica da vida i!esgo"vel da ecu!didade. Devemos lembrar %ue c*ire em *ebraico /%uerem/ %uer dier ao mesmo empo c*ire poder e orFa. $ la=idib" !ão sugere ape!as a poê!cia é a prCpria imagem do poder %ue ?a=pa" em sobre a vida e a more. 'a co!ju!Fão do la=idib" e do deus ?a=pa" descobrimos um processo de a!e8aFão da poê!cia da e8alaFão da orFa das %uaro direFQes do espaFo da ambivalê!cia. 2!co!ramos o la=idib" em duas cores< preo e bra!co. 2le ambém co!ém a bo!dade a calma a orFa a capacidade de rabal*o e de sacriício pací:ca do c*ire do balo de o!de origi!a-se. Usico pesado e selvagem o balo é ambém co!siderado divi!dade da more um sig!i:cado de ordem espiriual um a!imal sagrado. 10
'a rica o balo (assim como o boi) é co!siderado um a!imal sagrado oerecido em sacriício ligado a odos os rios de lavoura e ecu!daFão da erra. $ la=idib" é e!regue ao adepo some!e !a obrigaFão de see a!os. 3rese!Fa cera em udo ligado a ?a=pa" o duburu (pipoca) represe!aria as doe!Fas de pele erupivas cujo aspeco lembra os grãos se abri!do. Jogar o duburu assumi o valor e o aspeco de uma oere!da desrea e resisê!cia. $ ao de jogar se mosra sempre de modo co!scie!e ou i!co!scie!e como uma das ormas de di"logo do *omem com o i!visível. +em por alvo :rmar uma amosera sagrada e resabelecer a ordem *abiual das coisas é u!dame!alme!e um símbolo de lua co!ra a more co!ra os eleme!os *osis co!ra si mesmo. $s !arru!os para esses &odu!s devem sempre ser eios com o sol ore e cada um deles especi:ca o %ue %uerem comer. sso %uer dier %ue !ão e8ise uma !ica ma!eira de agrad"-los. 2les !ão gosam de barul*o de ogos de ariícios. Oma ve por a!o os I>es aem um ba!%uee para as Divi!dades do 3a!eão de ?a=pa" o!de devemos comer da!Far e ca!ar ju!o com os &odu!s. $s demais &odu!s do pa!eão da erra sempre são co!vidados a comparil*ar desse ba!%uee. $s jejes acrediam %ue com essa cerimô!ia oerecida a essas divi!dades odas as doe!Fas são despac*adas do cami!*o do I>e e de seus :l*os. 2sse ba!%uee é colocado de!ro do peji ou do %uaro o!de mora ?a=pa" e os demais &odu!s de seu pa!eão. +oda a comu!idade vêm saudar o Deus da varíola e seus desce!de!es comer e da!Far ju!o com eles e ali mesmo é servido o ba!%uee para odos os prese!es. ApCs essa cerimô!ia ?a=pa" e os demais &odu!s vesem suas roupas de esa e vão para a ?ala (barracão) comemorarem seu gra!de dia ju!o com a comu!idade %ue os aguardam. 9ua!do e!ram !a ?ala odos griam louvores M eles da!Fam e ca!am louva!do o Deus da varíola %ue ra a cura de odas as doe!Fas. ?uas da!Fas e c#!icos lembram sempre os doe!es as doe!Fas e a cura das mesmas. Algumas alam das luas %ue esses &odu!s e!re!aram com a rejeiFão das comu!idades com sua prese!Fa e ouras alam das viCrias %ue iveram sobre odas as comu!idades %ue a eles vieram pedir ajuda. $s ?a=pa"s rabal*am muio e êm um impora!íssimo papel !as eiuras de &odu!s. Do i!ício ao :m de uma a*ama (barco de Baô) eles auam com rigide e vigor ma!e!do o bom a!dame!o pri!cipalme!e dos bo!s cosumes morais e cobram /eio/ caso alguém comea alguma al*a. 2les são !a verdade as esemu!*as de uma eiura. ApCs a eiura se um :l*o !egar alguma coisa %ue e!*a sido eia eles são os primeiros a cobrarem desse vodu!ci a me!ira %ue ele es" die!do assim como ambém cobram a %uebra de segredos. +odas as ol*as reresca!es para erime!os pere!cem a esses &odu!s. &ale alerar %ue e8isem $ri8"s e !=ices ambém ligados a cura e doe!Fas porém !ão são os mesmos deuses %ue os &odu!s da amília Dambir" da !aFão Jeje. 1uias co!usQes são eias e e!co!ramos v"rias bibliogra:as relaa!do orige!s especi:caFQes e cosumes %ue !ada êm a ver com o &odum ?a=pa".
D!us!s d& R$u!0& *D&om!&nos ) 'a culura daomea!a e!co!ramos como Deuses da Ui%uea um casal de gêmeos %ue oram e!viados M erra por 1avu e 4issa para %ue ajudassem a *uma!idade. $s gêmeos Da Rodji e 'Bo*>e A!a!u oram os primeiros &odu!s a !ascerem e apCs c*egarem a erra deram origem a uma li!*agem de &odu!s ricos e guerreiros. 11
,abe a esses &odu!s guerreiros ajudarem a odas pessoas %ue recorrerem a Da Rodje e a 'Bo*>e A!a!u a c*egarem aé eles isso é caso algum cami!*o ou e!ergia do solicia!e esiver arapal*a!do o i!erc#mbio e!re ele e os Deuses da Ui%uea esses &odu!s mosram os ebCs %ue deverão ser eios para %ue ele alca!ce os Deuses gêmeos. 9ua!do c*egaram a +erra Da Rodji e 'Bo*>e A!a!u *abiaram o mar o!de ac*aram as maiores ri%ueas da +erra. 'Bo*>e A!a!u muio emi!i!a e!ca!ou-se com as co!c*as e os caramujos %ue e!co!rou e :cava e8asiada ao ouvir o som do mar de!ro dos caramujos. ?eu irmão ma!dou %ue rou8essem odos os caramujos e co!c*as para o pal"cio deles para agradar 'Bo*>e A!a!u. De a!o 'Bo*>e i!sisir para %ue Da Rodji ouvisse o som dos caramujos esse ae!deu seu apelo e ambém se e!ca!ou. Daí por dia!e os dois passavam odo o empo ouvi!do esse som e !ão mais presavam ae!Fão aos pedidos das pessoas. !comodados com essas aiude dos Deuses gêmeos seus desce!de!es resolveram co!sular um ba=o!o. $ ba=o!o co!sulou " e esse ma!dou %ue odos pegassem um caramujo para si e %ue %ua!do %uisessem alar com os Deuses da ri%uea alassem de!ro do casco do caramujo pois some!e assim Da Rodji e 'Bo*>e A!a!u os ouviriam. $s desce!de!es obedeceram a " e passaram a alar com os Deuses de!ro dos caramujos e algu!s deles comeFaram a colecio!ar caramujos por acrediarem %ue %ua!o mais caramujos ivessem mais poderiam co!versar com eles. 2sse procedime!o causou um pouco de co!usão !a vida dos Deuses da Ui%uea pois %ua!do as pessoas alavam com Da Rodji a irmã ambém ouvia e vice-versa. 2!ão eles esabeleceram o segui!e< /9ue cada um ivesse em seu poder dois caramujos. Om deveria :car deiado e !esse os pedidos M 'Bo*>e deveriam ser eios e o ouro caramujo deveria :car em pé e !esse os pedidos M Da Rodji deveriam ser eios/. Deram ambém a opFão de usarem os caramujos de uma ma!eira sC e se comu!icarem ape!as com um dos Deuses.
H!1$oso As i!ormaFQes mais a!igas %ue e!co!rei sobre os &odu!s do pa!eão do rovão daam do :!al do séc. \& e pri!cípio do séc \&. 'as aldeias lacusres !os arredores do aual Allada era culuado o &odum ?eo*ou! (espírio da lagu!a). 9ua!do ?eo*ou! c*egou a aldeia de Gevie (reviê) os !aivos o baiaram com o !ome de Gevioso ou GebBoso (!a mi!*a opi!ião Gevioso seria o mais correo viso a sua raduFão ser< *evi< !ome da cidade e oso ou so< raio H raio de Gevie). 2m Da*omeB ele recebeu o !ome de \evioso %ua!do c*egou raido por uma !aiva da aldeia de Gevie. 'a cidade de 1a*i era culuado o &odum Djiso (djisô) !a ribo Djéovi. 'esa mesma cidade ambém eram culuados os &odu!s< Pbame-so (bamé-sô) %ue udo i!dica ser o mesmo 5ade %ue co!*ecemos !o 5rasilN A=*ombe-so (acrombé sô)N A*oue-so (arouêsô) e Dja=aa-so (djaca"-sô). 12
&ale assi!alar %ue em oda a região do Da*omeB aual 5e!i! aé os dias de *oje odos esses &odu!s i!clusive o $ri8" ?*a!go são c*amados de ?$ (sô) %ue %uer dier raio. ?ogbo era e ai!da é para o povo daomea!os a gra!de deusa mãe de odos os &odu!s ?o e irmã de Gevioso. Ju!o com seu irmão lidera a amília. A parir do meado do séc. \& o culo desses &odu!s se espal*ou por odas as regiQes do Da*omeB. ,om essa e8pa!são !ovos &odu!s oram surgi!do. &ejamos algu!s deles< Ada!o*u! (ada!ôrrum) (seria o %ue co!*ecemos como ?oboada!S@) A*ua!ga! (arrua!gam) Ala!sa! (ala!sam) Iasu Iasu (cassu cassu) ?a*o (sarrô) Ade! (emi!i!a) Pb>esu (buêssu) A=ele (a%uêlé) 5esu (bêssu) $o (ôô) Iu!e (cu!ê) emi!i!a 'aee (!aêê) emi!i!a) 5eBo!gbo (beio!bC) (emi!i!a) Ave*e=ee (avere%uée) Da>*i (dauri) Gu!gbo (rumbC) ?alile (salilê) Agbe (abê) (emi!i!a) A*ua!gbe (arruambé) ,o!am os vodu!os e Gu!os %ue devido as ribos lior#!eas %ue presavam culo aos 8>ala-Bu! (deuses do mar) adoarem o culo a ?o Agbe e 'aee oram desig!adas a se esabelecerem !o mar ju!o ao gra!de &odum Gu! e %ue a parir daí o culo dos dois pa!eQes se u!diram !os culos. Ao !ível de 5rasil por udo %ue pude co!saar em mi!*as pes%uisas !ão vi muia diere!Fa e!re !osso culo e o dos arica!os. A maioria dos ?o %ue e8isem !o 5e!i! e8ise a%ui ambém. 'o 5rasil é comum as pessoas c*amarem odos os &odu!s do pa!eão do ogo de `?obo. &ejamos algu!s &odu!s e suas caracerísicas< Iasu Iasu (cassucassu) - Puerreiro %ue dee!de as aldeias e ou casas de sa!o o!de é culuado. $s i!imigos êm pavor de Iasu. Diem %ue %ua!do em lua ele cospe ogo sobre os i!imigos. 9ua!do em guerras Iasu coloca-se a re!e da aldeia e ou casa de sa!o e abre seus braFos cria!do assim um obs"culo %ue impede os i!imigos de aacar. A raduFão de seu !ome é barreira. ?ogbo (sobo) - &odum emi!i!a co!siderada a mãe de odos os ?o. a rovejar para alerar os *ome!s %ue os deuses julgadores e da jusiFa esão i!saiseios e %ue o rovejar é si!al do casigo %ue es" por vir.
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Dja=aa-so (djaca"sô) - 1uio ore. 2m sua ira arra!ca as "rvores e as joga sobre os i!imigos e aldeias. Dee!de seus :l*os mesmo %ue eles esejam errados sC !ão podem errar com ele. Gevioso (reviossô) - ?eus raios rasgam os céus acompa!*ados dos rovQes desrui!do cidades i!eiras e ulmi!a!do os i!imigos. Diem os Gu!os %ue é preciso oerecer sacriícios ao deus do rovão para aplacar sua ria. 2le odeia ladrQes e maleiores e os maa. 9ua!do esa saiseio Gevioso d" a c*uva e o calor %ue or!am éreis a erra e o *omem. A=*olo!gbe (acrolombé) - Aaca os i!imigos ou casiga o *omem e!via!do gra!io a os rios ra!sbordarem. T ele %uem co!rola a emperaura do mu!do. 9ua!do es" calmo e saiseio ajuda o *omem da!do-l*e bo!s movime!os :!a!ceiros. Aja=aa (ajaca") - $ gra!de guardião dos céus. ?ome!e ele possui as c*aves %ue permie a e!rada dos *ome!s !os céus. 9ua!o aborrecido e!via as c*uvas orre!ciais. Pb>esu (buêssu) - T uma das mais calmas é o murmrio dos rovQes !o *orio!e. A=ele (a%uêlé) - T %uem pu8a as "guas do mar para o céu e a ra!sorma em c*uva. Alasa! (alassam) - +alve o mais vel*o de odos. 2!si!ou ao *omem o culo de ?o. Pbade (badé) - Jovem guerreiro brigão implica!e muio barul*e!o. Adora beber e %ua!do o a arruma basa!e co!usão dei8a!do odos aordoados. Adora esco!der as coisa (pere!ces) e se divere em ver as pessoas procura!do. 'o rovão ouve-se sua vo gria!do para %ue os *ome!s co!serem o %ue es" errado. ?ua morada são os vulcQes. Adee! (adêêm) - T ela %uem a escurecer os céus e e!via os rel#mpagos %ue ulmi!am. ?ua mãe ?ogbo ral*a com ela die!do< - A*u!evi a!aba*a!la!@ (!ão mae as pessoas). Ade! (adêm) - &odum masculi!o do pa!eão do rovão %ue vese roupa bra!ca. D" as c*uvas :!as %ue a as "rvores rui:carem e em co!se%Kê!cia é guardião das "rvores ruíeras. T o mesmo &odum Adae! co!*ecido !o 5rasil. 2m um combae maa os i!imigos pelas cosas !ão a raiFão. +odo cuidado é pouco para lidar com esse &odum pois a primeira visa ele !ão demo!sra seus desagrados. A*ua!ga (arrua!ga) - &odum masculi!o muio vel*o e gra!de eiiceiro do pa!eão do rovão :l*o de ?a*o. 2m um salo ra!sorma0se em ogo para proeger seus adepos e %ueimar seus i!imigos depois disso desaparece !uma mori!ga. +udo %ue é seu é e!errado. Aua!ga (aua!g") - &odum masculi!o do pa!eão do rovão irmão de Ave*e=ee. Gabia as lagu!as mari!*a. ?uas "guas e!golem os ladrQes. ?ão muios os &odu!s desse pa!eão. $s ?o ou ?obos !ão gosam de maleiores e ladrQes de um modo geral eles se irriam e maam esses eleme!os. 14
A "gua da c*uva deposiada !os el*ados é um dos seus maiores be=o (becC (=isilas)). +ambém !ão gosam de eiiceiros e bru8os e se esses se meerem com seus proegidos 2le os ulmi!a. $s a=uuos (egu!s) !ão co!siuem um be=o para esses &odu!s mas eles ambém !ão gosam muios dos mesmo. 9ua!do é !ecess"ria a prese!Fa de um deles para aasar esses espírios se aem prese!e e com muia e!ergia os auge!am. ?ua pri!cipal da!Fa é o *u!dose (ru!dôssé (5rasil)) e o dogba*u! (dôbarrum ( rica)). 3ela descriFão dessa ulima acredio %ue seja o mesmo *u!dose %ue co!*ecemos !o 5rasil. ?osiovi (sôssiôvi) é !ome do c*ocal*o de ?o ou ?obo. ?o=pe (sopé) é o mac*ado de Gevioso eio com pedras de raio. $s ?os ou ?obos represe!am vida sade prosperidade e viCrias.
AVE2I DA 4igadas as empesades raios uracQes redemoi!*os ciclo!es uQes maremoos erupFQes vulc#!icas aos a!cesrais e a guerra odas as &odu!s guerreiras são co!*ecidas como Aveji da. Aé mesmo $Ba dos Boruba!os é assim de!omi!ada em erriCrio daomea!o. 2rro!eame!e !o 5rasil algumas pessoas eia de $Ba se i!iulam :l*as de &odum J. Digo erro!eame!e por%ue $Ba é um $ri8" Boruba!o e &odum J é um +o&odum do pa!eão de Aveji-da assim como J 1assa*u!do ambém. Aveji-da é o Deus;Deusa das empesades e dos ve!os. 3odemos e!co!rar as Aveji-da a!o !a amília DambirM %ua!o !a amília Geviosso. As Aveji-da da amília DambirM esão ligadas direame!e ao culos dos a=uuos se!do %ue cada uma em sua u!Fão. Algumas rei!am !a ro!eira do dje!u=om com o ai=u!gmã ouras !os e=c*omê ouras !o *ou ôa! e Cdôum. ouras em *uma*ua! ouras ju!o com 'aê 'a!a ouras ju!o aos =pame e /possuídos/ - essas /alve/ sejam as %ue mais rabal*am (opi!ião mi!*a) - ouras se e!carregam ju!o com 28u de levar os ebCs e pedidos eios pelo povo e!car!ado e dese!car!ados a %uem de direio e e!am raer as soluFQes para cada um - !ormalme!e co!seguem. 2!:m é uma i!:!idade de aribuiFQes %ue essas &odu!s êm odas sempre em prol da%ueles %ue pedem e precisam do au8ílio delas sejam e!car!ados ou dese!car!ados. +odas essas &odu!s são emidas e respeiadas por a=uus. 2las êm odos os poderes sobre o rei!o dos moros e ju!o com ?a=paa e 'ae 'a!a co!rolam a vida e a more. As Aveji-da da amília Geviosso esão mais ligadas aos e!ôme!os da !aurea como o uracão ciclo!e maremoos erupFQes vulc#!icas ec. o!de os egu!s recém dese!car!ados !esses e!ôme!o são e!cami!*ados imediaame!e por elas as 15
Puerreiras dos culos de a=uus pois Geviosso e demais ?obos !ão abrem suas poras para e=s dessa orma o rabal*o delas em %ue ser r"pido e e:cie!e para !ão co!rariar o gra!de Geviosso. ,o!am os vel*os &odu!os e 5a=o!os %ue a ria de Aveji-da e de Geviosso co!ra as *eresias *uma!as é %ue provocam esses e!ôme!o o!de muios sucumbem. 'essas ocasiQes é %ue devemos recorrer a &el*a &odum Puerreira %ue com sua sabedoria e magia sabe aplacar a ria dos deuses e acalma-los. 2ssa &el*a &odum Puerreira mora ju!o com as demais Eamis e odas as Aveji-da presam culo a mesma e omam seus co!sel*os e usam sua magia %ua!do precisam. 2la é um vel*a Aveji-da %ue se esco!de !as sombras e adora a !oie. $s p"ssaros são seu e!ca!o. Ju!o com gKe visia os =>es em sua ro!dam !our!a e se e!co!rar dema!das ela ai se deem !os para ajudar ou cobrar. A ria dessa &odum desrCi os i!imigos e ec*a um =>e. Di:cilme!e um =>e ec*ado por ela co!segue se reerguer. ?ome!e aravés de 5aba 2gum se co!segue c*egar a ela para aplacar sua ria. As Aveji-da são mul*eres muio vaidosas gosam do belo adoram a !aurea apreciam %ua!do suas :l*as imiam suas vaidades. ?ão odas muio vaidosas e auori"rias !ão gosam de receber ordem de !i!guém pri!cipalme!e dos *ome!s mas %ua!do aem suas vo!ades e capric*os or!am-se dCcies e cari!*osas. ?ão muio maer!ais perdoam com acilidade seus :l*os e os dee!de com oda a garra de guerreiras. Posam de dispuar com os &odu!s Puerreiros %uem lua mel*or e esses sempre acabam cede!do aos e!ca!os dessas mul*eres %ue os e!ca!am com sua magia e belea. As Aveji-da comem cabra ou cabrio gali!*a galo da!gola pombo e ouros bic*os. Posam de abara acarajé alapad" %uiabada i!*ame pei8e acarajés rec*eado com %uiabo - e8ise um i!:!idade de comidas para elas ?eus aperec*os são o erugim adaga espada de la!Fa cura com a po!a em orma de meia lua aca c*icoe c*ire de balo e de boi ogareiro de erro aba!o de pal*a aba!o co!eccio!ado em ecidos :!os ou pe!a (le%ue) aba!os co!eccio!ados em madeira bo!ecas(eic*e) maruo... Osam odas as cores em suas vesime!as. ?eus colares ou :os de co!a são das mais variadas cores e ormao. Posam de odos os meais se!do %ue o erro o cobre e a praa são seus preeridos. &ale ressalar %ue a co!ecFão de aperec*osvesime!as e :os de co!as são deermi!ados pelas prCprias &odu!s pora!o !ão e8ise uma /receia/ para esses ie!s. As $Bas eias de!ro do culo de &odu!s aderem odas as caracerísicas das !aivas porém recebem ambém o %ue l*es são de direio de!ro de suas orige!s. &ocabul"rio< dje!u=om - céu (orum) ai=u!gmã - erra (aiBe) e=c*omê - cemiério Cdôum -rio *ou - mar ôa! - lago lagoa a*ua! - guerra baal*a 16
*uma*ua! - campo de baal*a (guerra) =pame - doe!es e!ermos a=uus - a!cesrais egu!gum e=s - egu!s
NANÃ 'a!ã é co!sidera por odos os adepos do ,ulo &odum como a gra!de 1ãe O!iversal %ue criou o mu!do e deu vida aos &odu!s. T c*amada cari!*osame!e de vC 1isa! (missam). ?e!*ora da lama maéria primordial e ecu!da da %ual o *omem em especial oi irado. 1isura de "gua e erra a lama u!e o pri!cípio recepivo e maricial (a erra) ao pri!cípio di!#mico da muaFão e das ra!sormaFQes. ?ua ligaFão com a "gua e a lama associa 'a!ã M agriculura a erilidade e aos grãos (vide simbologia dos grãos e avas). 'a!ã em os mais variados !omes de acordo com o dialeo usado< 5ouclou 5uu=u! 5uru=u ec. 2m Da*omeB !a cidade de Domê o!de es" localiado seu pri!cipal emplo 2la é co!*ecida como 'a!ã 5uru=u (lê-se bulu=u). 'o 5rasil ambém e8isem variaFQes de !omes para 'a!ã< 5uru=u 'aê 'aié Eabai!*a 'aê A!abiocô ec. 'a!ã represe!a a dogbê (vida) e a do=u (more). 2la recebe em seu seio os g*edes (moros) e os prepara para o le=o (lêcô - reor!o re!ascime!o) 9ua!do uma mul*er !ão co!segue e!gravidar recorre a 'a!ã %ue e!si!a a /Crmula m"gica/ o remédio de ervas %ue deve omar os ebCs e oere!das %ue devem ser eios. ?e um doe!e recorre a 'a!ã imediaame!e obém o remédio curador. 'a rica %ua!do uma amília ou alguém obém um avor de 'a!ã :ca com o compromisso de oerecer um membro da amília ao culo de 'a!ã e esse apCs sua i!iciaFão receber" !a re!e de seu !ome a palavra 'a!ãN assim como a cria!Fa %ue !asce com a ajuda da Pra!de 1ãe ambém. +odos os sacerdoes e sacerdoisas de 'a!ã êm !a re!e de seus !omes a palavra 'a!ã. 'a!ã é a maior co!*ecedora do uso erapêuico das ervas. Algu!s de seus sacerdoes e sacerdoisas são preparados para serem cura!deiros. 2m P*a!a e8ise a ?ociedade dos Jou-Jou em Allada e Da*omeB a ?ociedade do 5o ec.. 'essas sociedades as pessoas escol*idas são preparadas para a pr"ica da medici!a aravés das ervas. 'a!ã di %ue além do uso erapêuico das ol*as e de algu!s produos a!imais as doe!Fas devem %ue ser raadas em sua origem espiriual para %ue a cura seja co!creiada. T lasim"vel %ue !o 5rasil essa pare do culo a 'a!ã !ão e!*a sido raida. 2m ouros países como 2sados O!idos ,a!ad" Jamaica e Gaii e!co!ramos essa pr"ica. $ ,ulo de i!iciaFão de uma :l*a ou :l*o de 'a!ã re%uer uma série de cuidados especiais a!o !a rica como !o 5rasil. 3ara mim esse é o mais diícil culo de &odum. 'a!ã 5uru=u !ão é eia !a cabeFa de !i!guém. 17
28isem v"rios &odu!s da li!*agem de 'a!ã 5uru=u %ue são eios !os i!iciados. +odos esses &odu!s seguem a radiFão de 'a!ã 5uru=u e são ão e8ige!es %ua!o 2la. 3ara i!iciar um processo de eiura de uma 'a!ã é e8igido a absi!ê!cia de se8o bebidas alcoolicas e ouros praeres car!ais pelo me!os dois meses a!es (!a rica são e8igidos L meses) de odos %ue irão paricipar do processo de re!ascime!o do i!iciado. 'esse período são eios v"rios ebCs !o i!iciado e algu!s poucos !os paricipa!es e !a casa de sa!o. A bogami (bôg#mi - me!sruaFão) é ouro be=o de 'a!ã. ?e dura!e o processo de i!iciaFão a vodu!si :car me!sruada deve ser aasada imediaame!e de 'a!ã e :car reclusa em um lugar especial ora do emplo aé %ue cesse esse período. 'a rica as mul*eres me!sruada são proibidas de e!rar !o +emplo de 'a!ã ou de paricipar de %ual%uer preceio seja de riuais ou simplesme!e aer uma comida de sa!o. 'a!ã di %ue a bogami é um sa!gue impuro e aco!sel*a as mul*eres !ão coi!*arem para seus maridos !esse período. 3or er muia ligaFão com egu!gum é !ecess"rio saber raar muio bem de 5u=u e!idade assise!e de 'a!ã e ?a=paa. 2m uma eiura !ão é permiido a sua prese!Fa mas ele deve :car aposo sua u!Fão ser" omar co!a de odos para %ue !e!*uma e8igê!cia da Pra!de 1ãe seja desobedecida pri!cipalme!e a absi!ê!cia de se8o. Assim como 5u=u 4egba Ag*amasa (agramass") devem ser raados correame!e para gara!ir a pa ra!%Kilidade e segura!Fa !os riuais e preceios. 2bCs e oere!das especí:cas devem ser eios para essas duas e!idades. $s a!cesrais dos &odu!s do i!iciado dos paricipa!es e da casa de sa!o !ão podem ser es%uecidos em *ipCese alguma@ A!es dura!e e depois da i!iciaFão de uma 'a!ã devemos aer muios ebCs oere!das e preceios. Oma 'a!ã bem eia é cami!*o de prosperidade e crescime!o para a casa de sa!o do i!iciado e dos paricipa!es. De acordo com a &odum 'a!ã %ue es" se!o eia ou culuada é %ue se deermi!a se comer" bic*os mac*o ou êmea. 28isem &odu!s dessa li!*agem %ue !ão comem bic*o de %uaro pés ouros preerem comer some!e o gbB. 'a!ã 5uru=u por e8emplo !ão gosa de muio =u! (sa!gue) &"rios e8os êm sido publicados cia!do o car!eiro como o bic*o oerecido a 'a!ã mas se observarmos as oos %ue acompa!*am esses e8o veremos %ue se raa de cabra e cabrios. $ sacriício de car!eiro é o maior be=o (=isila) de 'a!ã. 3ara essa &odum o car!eiro é um bic*o sagrado e !ão deve ser sacri:cado. $ !ão uso da aca e ouros meais !os !a*u!os e preceios de 'a!ã devem-se ao ao de 2la ser muio mais vel*a %ue esses meais. 3or seu car"er co!servador %ua!do o erro e ouros meais apareceram ela preeriu ma!er o %ue j" co!*ecia em seus rios. &ejamos abai8o algu!s dos &odu!s da li!*agem de 5uru=u. e algumas curiosidade ligadas a Pra!de 1ãe. 18
'a!ã De!su ou ape!as De!su 0 ?egu!do os o!s esse &odum é um deus a!drCgi!o e seria o lado mac*o ou marido de 5uru=u. T muio culuado !os riuais de 1ami Waa o!de é co!siderado o maior de odos os deuses os o!s o compara a $lo=u!. 1uios a!ropClogos êm aribuído erro!êame!e De!su a um deus *i!du devido seus eíc*es e asse!ame!os aprese!arem rês cabeFas. 2sse &odum é muio rico e aro. ,osuma prese!ear seus adepos com suas ri%ueas. 'ão é eio !a cabeFa de !i!guém. 'a!ã Asuo PBebi (assuô giêbi) 0 &odum masculi!o vel*o %ue *abia os rios. 1uio popular em P*a!a e ido como o proeor das cria!Fas arica!as %ue oram escraviadas. 2sse &odum pediu aos seus sacerdoes %ue o levasse para os países o!de os arica!os oram escraviados a:m de %ue pudesse resgaar suas cria!Fas. 2le j" oi asse!ado em emplos de A=o!edi !os 2sados O!idos e !o ,a!ad". 'a!ã 2si Iee>a (êssi %ueêu") 0 &odum emi!i!a muio vel*a culuada em P*a!a ,oo!ou e Allada. Diem os mais vel*os %ue essa &odum morreu de paro e %ue por isso a missão dela é proeger e raar as mul*eres gr"vidas assim como seus :l*os 'a!ã Adade Io: (adadê cô:) 0 &odum masculi!o em a u!Fão de proeger e dee!der odos os emplos de 'a!ã. T um &odum guerreiro ligado ao erro e ouros meais. ,uluado em P*a!a Allada ,oo!ou 3oro 'ovo ec. T o &odum da orFa e persevera!Fa. ?ua espada é usada pelos adepos de 'a!ã para presarem jurame!os de obediê!cia submissão e devoFão a Pra!de 1ãe. 'a!ã +ega*e (êgarê) 0 &odum emi!i!a jovem culuada em P*a!a. +em o poder de irar eiíFos das pessoas e lugares. +em gra!de co!*ecime!o !o uso erapêuicos e riualísicos das ervas. 1uio alegre e aceira gosa de da!Far e ca!ar mas :ca muio séria e aborrecida %ua!do e!co!ra maleiores e ladrQesN ela os maa. 'a!ã $bo I>esi (obC cuêssi) 0 &odum emi!i!a guerreira culuada !a região a!i em P*a!a. 3roege e ajuda os =u*aô (pobres) e os ao! (doe!es). Deesa %uem a ae (aê - bru8arias) ou %ual%uer mau a um ser *uma!o. 'a!ã +o!go ou 'a!ã Wa!go (o!gô;ua!gô) 0 &odum emi!i!a culuada em +ogo. Pra!de cura!deira raa das pessoas com ervas ebCs e gri-gris. T uma gra!de Aeo (aéC - eiiceira) e seu culo alve seja um dos mais comple8o. 2m seus !a*u!os os sacerdoes prosam-se !o c*ão ao lado dos bic*os moros e :!gem esarem moros ambém assim perma!ecem aé %ue Wa!go i!corpore em um deles e os ressuscie. +odos leva!am os bic*o são suspe!sos e preparados. 'a!ã +o!go da!Fa com muia alegria vesida em suas roupas co!eccio!adas com as peles dos bic*os sacri:cados para ela. ?eus adepos cosumam prese!ear Wa!go com muias jCias e!eies roupas e alismãs %ue a agradam. A!es de comeFar os !a*u!os para Wa!go corujas são aadas Ms "rvores. 'a!ã A=o!edi Abe!a 0 &odum emi!i!a jovem culuada em diversas pares da rica. ?eu pri!cipal emplo :ca em 4aer cidade de P*a!a. 9ua!do A=o!edi c*ega ela percorre a vila esco!de-se em arbusos e sobe em el*ados M procura de eiíFos eiiceiros e maleiores. Ae!de os moradores locais ae!do libaFQes e cura!do os doe!es. 2m P*a!a é co!siderada a Deusa da JusiFa ?eu corpo é cobero com um pC bra!co sagrado usa saia de pal*a seu roso é descobero !a cabeFa usa um orFo !o corpo muios braj"s e !as mãos r"s um ei8e de le!*a. 19
?ua da!Fa é selvagem e dese!volve-se de!ro de um %uadrado divi!o dividido em ouros %uadrados me!ores eio com riscos do mesmo pC %ue cobre seu corpo. 2sse co!ju!o de %uadrado ambém é usado por suas sacerdoisas dura!e as da!Fas. ?eu asse!ame!o :ca em um buraco de!ro da erra :ca!do some!e a ampa dese aparece!do. $s sacerdoe e adepos de A=o!edi carregam-!a !os ombros !uma espécie de des:le para %ue odos possam admirar e louvar a gra!de deusa da JusiFa. +erFa-eira é o dia co!sagrado a essa &odum. $ ,ulo de A=o!edi oi levado para algu!s países a pedido dos gover!a!es desses. 9uem levou o culo de A=o!edi para o !ovo mu!do oi a maior auoridade religiosa do culo 'a!ã $parebea A=ua $=omo*emma alecida em V]]X. 1moeea 0 Aldeia de pigmeus %ue vivem !as foresas de P*a!a. ormam uma sociedade secrea especialiada !o uso das ervas para diversos :!s. Dese!volveram a capacidade de curar %ual%uer doe!Fa ísica me!al e espiriual. +rabal*am com os espírios da !aurea e seu maior deus é 'a!ã. $s espírios da foresa deram aos 1moea o poder de ler a me!e dos *ome!s e dos a!imais. ?ão gra!des cura!deiros e poderosos eiiceiros. 5u=u 0 Assise!e de 'a!ã e ?a=paa %ue maa os doe!es i!ecados pela varíola. `+oma co!a e presa co!a do comporame!o moral das pessoas dura!e os culos de 'a!ã e ?a=paa. 4egba Ag*amasa 0 &odum 4egba masculi!o rei!a !os porais da more o!de reside 'a!ã 5uru=u. $dom 0 5olsa eia com pele de cabra !ão curida e!eiada com bios pe!as e sa!gue. 'essa bolsa são colocados os gris-gris ve!e!oso e !ão ve!e!oso %ue decidem uma %uesão de jusiFa. 9ua!do duas pessoas brigam pela mesma `coisa e recorrem a 'a!ã para saber %uem em raão sua sacerdoisa pede um galo a cada um dos %uei8osos %ua!do esses a!imais c*egam esses gris-gris são oerecido aos a!imais. $ galo %ue comer o ve!e!oso o do!o dele perde a causa. Além desses grigris ouros segredos de 'a!ã são guardados !a $dom. A $dom :ca sempre !os pés do asse!ame!o de 'a!ã !u!ca vai a pblico e !ão pode jamais ser ocada por *ome!s. Abu= (abu%uê) 0 De acordo com a culura o! oi a primeira mul*er a surgir. 3aro!a das mul*eres e dos jardi!s seu eíc*e é uma pe%ue!a serpe!e. (eria alguma coisa a ver com 'a!ãS@@) Asase (assassê) 0 Deusa da criaFão dos *ome!s e recepadora dos mesmos !a more. ,ulura As*a!i. (?eria a mesma 5uru=uS@) Aori (aôli) 0 &ara ou *ase simbClica de 'a!ã represe!a seus :l*os moros e os a!cesrais. +odos esses &odu!s usam muios =polis (%uipôlis - bios) e pal*a di:cilme!e cobrem seus rosos. alar ou escrever sobre 'a!ã é uma area das mais diíceis pois são a!as as *isCria a ser co!adas %ue some!e um livro poderia caber. +odos os adepos do ,ulo &odum devem presar muia reverê!cia a 'a!ã. 2m seus c#!icos e da!Fas devemos !os alegrar e !os se!irmos *o!rados em poder a%ui !o 20
5rasil paricipar dessa pare %ue !a rica é reservada some!e aos seus sacerdoes e sacerdoisas. A*o bo boB 'aê@@
Voduns d&s 3)u&s O#!4n$#&s
$ ocea!o abriga uma variedade ime!sa de e!idades de!re esas e!co!ramos muios &odu!s masculi!os e emi!i!as. 3ara alarmos sobre as 'aês (mães) %ue *abiam o ocea!o or!a-se !ecess"rio alarmos dos &odu!s masculi!os %ue moram com elas. 3ara os adepos do culo &odum o ocea!o é o gra!de Gu-'o! (ru-!om) co!siderado o maior de odos os &odu!s. 'aee (!aêê) e seu esposo &odum Gou (rou) são os deuses %ue rei!am esse u!iverso oce#!ico. 2!%ua!o 'aee :ca !as "guas calmas &odum Gou desbrava odas as regiQes e d" a cada &odum suas areas. 'aee (!aêê) - &odum emi!i!o do pa!eão do rovão %ue *abia as "guas calmas a!es da arrebe!aFão esposa de &odum Gou. Gou (rou) - &odum masculi!o do pa!eão do rovão casado com 'aeê pai de Ave*e=ei ri!dade muio culuada e *o!rada !os emplos do +rovão. ?ua morada são as voluas brama!es das o!das %ue arrebe!am !o lioral. ,ada &odum *abia uma região do ocea!o e êm uma u!Fão. Assim vamos e!co!rar< &odum 'ae (!aê) - &odum do pa!eão do rovão %ue *abia o mar. Adorado pelos pescadores e por odos %ue rabal*am !o mar. T o gra!de guardião %ue *abia em odo o ocea!o mar e praias. ?aBo (saíô) - &odum emi!i!a do pa!eão do rovão irmã de Av*e=ee. Gabia as o!das do mar %ue aem o !ível do ocea!o subir. ,o!siderada como uma sereia &odum +o=podu! (Cpôdum) - &odum emi!i!a deusa do rio. ?eu rescor ra claridade para as cabeFas e sua ra!%Kilidade ra a pa. ?ímbolo de belea emi!ilidade erilidade graFa e car"er. il*a de 'aee deusa do ocea!o irmã de Av*e=ee. oi e8pulsa do ocea!o por seus irmãos por seu car"er ore i!do e!ão morar !o rio. &odum +c*a*e (c*"rrê) - &odum emi!i!a do pa!eão do rovão irmã de Av*e=ee. Gabia o marul*ar das o!das das "guas oce#!icas. &odum Agboê (abôê) - &odum masculi!o do pa!eão do rovão :l*o de ?a*o. Uealia udo aravés de um alismã %ue preparou ju!o com seu pai. Da!Fa com muio vigor gira em or!o de si mesmo e ra!sorma0se !a "gua %ue é Gu o mar. Depois disso sai e pede a uma vodu!si %ue recol*a "gua do mar colo%ue em um po!e e a es%ue!e. $ resulado disso é o *uladje o sal. 21
&odum Ave*e=ee (avere%uée) - &odum masculi!o do pa!eão do rovãomuio agiado *abia a arrebe!aFão mari!*a. T %uem leva as me!sage!s de seu pai &odum Gou Ms divi!dades maríimas e aos *ome!s. ,osuma roubas as c*aves de sua mãe para da-las aos *ome!s. &odu!s gêmeos Dôsê e ?a*o (dôissê e ?arrô) - Dôse !asceu M !oie e ?a*o de ma!*ã. 2la em um ol*o em um lado da erra e ?a*o !o ouro lado. ,o!siderados os &odu!s %ue ol*am o mu!do. 3a!eão do rovão *abiam sobre o mar. &odum Eedome=>e (iêdômê%Kê) - &odum emi!i!a %ue a c*over. Gabia !a evaporaFão das "guas oce#!icas. Po*eji (gôrêji) - &odum jovem muio alegre e ala!e *abia o e!co!ro das "guas das lagoas com o mar. 2ssa mãe gosa muio de passear pelas lagoas e lagos misura!do-se com os paos d"gua em seu bailado e :ca muio aborrecida se algum caFador maa ou ere uma dessas aves. &ese roupas aul verde "gua praeado com rosa clari!*o ou aul. Posa de ador!os praeados pérolas e perumes suave. 3ere!ce ao pa!eão da erra. 9ua!do Poreji resolve passear em "guas oce#!icas os cavalos mari!*os %ue a adoram :cam ao seu dispor para ra!spor"-la e passear com ela. 2m seu asse!ame!o podemos colocar bo!ecas coloridas e ouros bri!%uedos de me!i!a. &odum Aboo - *abia as "guas doces prou!das %ue desembocam !o mar. T sempre co!u!dida a!o como $8um %ua!o como Eema!ja. Oma das &odu!s mais vel*a do pa!eão da erra. &ese bra!co bra!co com amarelo amarelo clari!*o suas co!as são amarelo p"lido. Posa de ador!os dourados e perume. 'ão gosa de muio barul*o pero dela. ica asci!ada com o barul*o dos bios em movime!o com as "guas e a desses seu or"culo. $s gêmeos Daodje (d"ôdjê) e 'Bo*ue>e A!a!u (!iôrruêuê a!a!) - *abiam !as ri%ueas deposiadas !o u!do do mar e são co!siderados os &odu!s da Ui%uea. 'ão são eios !a cabeFa de !i!guém. 2rulie (erliê) - &odum emi!i!o %ue *abia o rei!o abissal pere!ce ao pa!eão da erra. T co!siderada a mãe de Agué e $lo=>e. 2ssa &odum ambém é co!*ecida como 2rulie-Da!or poderosa co!*ecedora da ala magia. Diem os ba=o!os %ue ela se assemel*a a 'eu!o pois es" sempre e!a!do levar oda a *uma!idade para *abiar o ocea!o. 2la di %ue odos os *uma!os êm a capacidade dos a!íbios e %ue odos se origi!aram do u!do do mar. Algu!s acrediam %ue é um &odum a!drCgi!o. 2m mome!o de aogame!o devemos c*amar por &odum Abe (abê) e &odum ?aBo para %ue essas co!ve!Fam 2rulie %ue !osso lugar é !a erra. $ulisa (ouliss") - &odum masculi!o %ue *abia as "guas claras e rias do ocea!o. 2sse &odum é sempre muio co!u!dido com 4isa (liss") ou $8ala. &ese bra!co com deal*es praeado ou dourado. T um Puerreiro dos 1ares. 3a!eão da erra. Abe (abê) - &odum emi!i!a irmã de 5ade pa!eão do rovão. Gabia as "guas revolas do ocea!o. ?empre %ue aco!ece um !aur"gio é ela ju!o com &odum ?aBo %ue e!am salvar os !"uragos. ,o!siderada uma das mais vel*as mães do mar sempre subsiui 'aee %ua!do essa precisa se ause!ar do rei!o. 'oc*e Abe é co!siderada a palmaCria do mu!do cabe a ela mosrar as verdades e !ão dei8ar %ue essas sumam !as "guas diem os a!igos %ue o diado /A verdade sempre a!da sobre as "guas !u!ca au!da um dia ela aparecer" !a praia/ oi dio por Abe. Assim como 2rulie Abe é co!*ecedora de ala magia. &ese bra!co aul muio clari!*o. 22
28ise uma gra!de co!usão e!re o !ome desa &odum com as &odu!s Abe Gu!o (abé ru!ô) Abe Pelede (abé geledê) Abe Aee (abé aêê) %ue são &odu!s guerreiras dos raios empesades e ve!os. 'aê Airi - &odum das "guas doces %ue muio se assemel*a ao $ri8a $8um. 3a!eão da erra. 2ssa &odum é muio co!u!dida com a &odum Ai*i-+obosi (airiobossi) %ue *abia o alo mar e é a proeora de odas as embarcaFQes %ue !avegam !o ocea!o. Are=ee (are%uée) - é a mais jovem e mimada &odum do pa!eão do rovão *abia em odo o ocea!o. Ju!o com 'ae(!aê) desempe!*a o papel de 4egba guarda!do os mares. 3roege os pescadores e pu!e odos a%ueles %ue i!sulam os deuses e *abia!es do mar. 9ua!do vê uma embarcaFão piraa agia as "guas para %ue essa !aurague e apCs esse e!rega odo o esouro e!co!rado aos &odu!s da ri%uea e os moros M Abe Pelede (abé). Aoua!ga (aua!g") - &odum masculi!o do pa!eão do rovão irmão de Ave*e=ee. Gabia as lagu!as mari!*a. ?uas "guas e!golem os ladrQes. Agoe! (agôêm) - &odum :l*o de ?a*o rei!a !a areia bra!ca %ue cobre o c*ão das praias e ocea!os. Ag>e (agKê) - &odum emi!i!a do pa!eão da erra %ue *abia sobre as "guas oce#!icas. 1uio aeuosa es" sempre ae!a as !ecessidade alime!ares do *omem e os ajuda a prover sua mesa usa!do sua arma pri!cipal a dam (rede). ?ão a!os os &odu!s %ue *abiam as "guas oce#!icas %ue or!a-se impraic"vel descrever odos a%ui !esse espaFo. +emos em !osso culo uma li!da cerimô!ia de!omi!ada P$R' (goim) o!de aemos oere!das M odas as divi!dades %ue *abiam as "guas. T um mome!o muio sublime de uma e!ergia i!descriível. 9ua!do /griamos/ Ago=i-Ago=a (agô%uiagôc") podemos perceber a c*egada de cada um deles.
'ão poderia dei8ar de ciar o mio do mo!sro mari!*o 1o=ele-1be!be (mô%uêlêbêmbê) a!imal do ama!*o de um elea!e um pescoFo lo!go um !ico c*ire e uma e!orme calda e!volada %ue aaca as embarcaFQes. 1uio emido e respeiado em odo o Da*omeB aé os dias de *oje. 2 !a Gou !ule Be@ ( !" rou !lê iê@) (9ue os deuses do oce#!o abe!Foem vocês@)
To5oss$s/N&'s/M&m$ 6&& +obossis 'aês ou 1ami Waa são odas as &odu!s emi!i!as das ei!s jeFuFu jevivi e salobres. A%ui alaremos especi:came!e das belas 'aês das ei!s doces e salobres. 2m odas as amílias de &odu!s e!co!ramos 'aês se!do %ue a maioria delas são da amília Dambir" pa!eão da erra. 23
'o 5rasil co!ve!cio!ou-se c*amar $8um de!ro das casas Jeje de +obossi. +obossis são &odu!s emi!i!os i!a!is e como elas em muio a ver com as 'aês acredia-se %ue oi daí %ue o brasileiro passou a c*amar $8um de +obossi. ,omo a maioria dos adepos do ,a!domblé sabem $8um é um $ri8" da !aFão je8" muio culuada por odas as !aFQes i!clusive o Jeje mas emos %ue e!e!der %ue e8isem $8um e 'aês. 9ua!do de!ro da !aFão Jeje uma pessoa é eia de $8um diemos %ue ela é eia de $ri8" %ua!do a pessoa é eia de 'aê diemos %ue ela é eia de &odum. As 'aês vivem em ple!a *armo!ia com oda e %ual%uer e!idade %ue mora !as ei!s. 'esse *abia !ão e8ise separaFão de !aFQes. As 'aês ou 1ami Waas são mul*eres vaidosas e8ige!es caridosas algumas são guerreiras ouras caFadoras. Posam do bril*o das pedras e do ouro adoram se e!eiar com colares pe%ue!as co!c*as e caramujos pulseiras pe%ue!as pe!as coloridas. 'ormalme!e seus ador!os são eios por elas mesmas caso alguém %ueira aer para elas essas e8igem %ue seja eio e8aame!e como elas ariam. Algumas 'aês gosam de :car a beira dos Cdôum se!i!do e recebe!do a e!ergia do gu*ê das ai!F" do djCom da sum ec.. 2ssas são muio ala!es gosam de da!Far ca!ar caFar ju!o com $olu pescar ju!o com Ajau!si macerar ol*as ju!o com Agué comer amal" com ?obo Ave*e=ei e A*evessul ec. Posam de cami!*ar pelas maas praias e lagoas o!dem residem ouras 'aês. $uras 'aes preerem as prou!deas das ei!s o!de a pa rei!a com oda a ple!iude da !aurea essas !ão gosam de se e8por aos ol*os de curiosos e são de alar muio pouco. As 'aês %ue moram !as eim salobres são as mais guerreiras culuam os a!cesrais lidam com egu!s e a magia é seu ore. Diem os a!igos %ue é !as lagoas %ue se esco!dem os gra!des misérios da magia das 'aês pois ali se e!co!ram as duas e!ergias a das ei!s jeFuFu e a das ei!s jevivi. " sempre aco!sel*a seus ba=o!os a irem M lagoa co!versarem com as 'aês %ua!do e8ise a !ecessidade da magia ser usada. As 'aês usam roupas de v"rias cores se!do %ue algumas delas adoram o dourado daí co!eccio!ar-se roupas com ecido amarelo o %ue !ão es" oalme!e correo. As roupas das 'aês devem obedecer a uma série de e8igê!cias das mesmas. 3odemos aé aer uma roupa amarela ou dourada mas !u!ca podemos es%uecer os deal*es %ue virão compleme!ar a simbologia da roupa a ser usada. ?eus asse!ame!os podem ser eios em louFas em busos de madeira argila ou cô depe!de!do da &odum %ue se es" asse!a!do. ,omem< b caraio marreca =ô=ôlo u*ui caFas ec*é. Depe!de!do da 'aê ela ra !as mãos< euu (abebê) pe!a o" lira ec*é (de preerê!cia vivo) cobra espada ou adaga. 2m odos os esudos %ue :emos !a rica e!co!ramos a ?2U2A simbolia!do as 1ami Waa;'aês a!o das "gua doces %ua!o das "guas salgadas e salobre. T comum e!co!rarmos em %ual%uer esabelecime!o comercial e reside!cial a :gura de uma sereia culuada (podemos comparar com os sa!i!*os caClicos %ue os brasileiros culuam a%ui em pe%ue!os alares em seus esabelecime!os). 24
&ocabul"rio =ô=ôlo - gali!*a b - cabra ou cabrio cC - barro ec*é - p"ssaro u*ui - pei8e eim - "gua ai!F" - "rvores ol*as sum - lua djCom - ve!o Cdoum - rio caraio - gali!*a da a!gola gu*ê - sol jevivi - salgada jeFuFu - doce
E7U E AVUN 'o culo dos &odu!s 2=u é viso como um Deus acompa!*ado sempre de um avu!. 2ssa é uma das raQes %ue de!ro dos +emplos de &odu!s a e!rada desse a!imal é proibida. 3orém os sacerdoes reservam uma "rea ora dos emplos o!de esses a!imais são criados para %ue sejam os guardiQes das almas impedi!do-as de e!rarem !os +emplos além de e!cami!*"-las. $s &odu!os 5o=o!os A*ouga!s ?oCs &odu!sis e ouros acrediam %ue &odum 2>a sempre espreia o emido Deus 2=u para %ue esse !u!ca pegue !i!guém despreve!ido além de sempre e!ar desvi"-lo de seu cami!*o. $s vel*os &odu!os co!am-!os v"rias *isCrias para jusi:car a proibiFão de avu!s em +emplos &odu!s. &ejamos algumas delas< V - Om dia Ave*e=ei esava pesca!do e e!c*e!do um balaio com muios u*ui %ue levaria para sua aldeia para saciar a ome dos seus. Daí e!%ua!o ele esava disraído em sua pescaria os avu!s vieram e sem %ue ele os visse devoraram odos os u*ui. 9ua!do Ave*e=ei ermi!ou sua pescaria e volou-se para o balaio o e!co!rou vaio e ai!da pode avisar os avu!s se aasa!do com seus u*ui. Desse dia em dia!e Ave*e=ei proibiu a prese!Fa de avu!s em seus domí!ios ao esse %ue oi seguido por oda a sua amília %ue é a de Geviosso. 'os =>es de Jeje pri!cipalme!e a%ueles regidos por Geviosso ou mesmo \a!gô é proibido a prese!Fa de avu!s. Ave*e=ei di %ue em I>es %ue em avu!s !e!*um membro da amília Geviosso comparece. h - Om avu! roubou o ogo de Da! de Da! Wedo das divi!dades celeses ou do Pra!de-2spírio para raê-lo !a po!a de sua *usi e por isso os &odu!s êm pavor de avu!s. L - A repulsa ao avu! !os +emplos dos &odu!s é a i!erdiFão implac"vel sorida por esse a!imal pelos muFulma!os povo %ue muio i!fue!ciou a culura arica!a. 2les aem do avu! a imagem da%uilo %ue a criaFão compora de mais vil. $ avu! devorador de o=u é um a!imal impuro. 3or essa raão ambém acrediam %ue os deuses jamais e!ram em um +emplo o!de se e!co!ra um avu!. 'ão *" sem dvida miologia alguma %ue !ão e!*a associado o avu! M more aos i!er!os ao mu!do suberr#!eo aos impérios i!visíveis regidos pelas divi!dades co!ia!as ou selê!icas. 25
A primeira u!Fão míica do avu! u!iversalme!e aesada é a de guia do *omem !a !oie da i=u apCs er sido seu compa!*eiro !o dia da vida. &emos em muias culuras o avu! empresar seu roso a odos os gra!des guias de almas. +êm por missão aprisio!ar ou desruir os i!imigos da lu e guardar as 3oras dos locais sagrados rei!o dos o=us país de gelo e de revas. Algumas radiFQes c*egam a criar avu!s especialme!e desi!ados a acompa!*ar e a guiar os o=us !o Além. Aribui-se ambém ao avu! como i!ercessor e!re ese mu!do e o ouro aua!do como i!ermedi"rio %ua!do os vivos %uerem i!errogar os o=us e as divi!dades suberr#!eas do país dos o=us. 'a rica o avu! possui a dom da clarividê!cia e além de sua amiliaridade com i=u e com as orFas i!visíveis da !oie é co!siderado um gra!de eiiceiro. T um cosume arica!o em seus ba!%uees u!er"rios oerecerem aos avu!s a pare %ue caberia ao o=u apCs er pro!u!ciado esas palavras< /A *eaiBe *esCa i>o *o *ebo Tbe i e=e o=u sa i>o *o*o i bo/ /9ua!do vivias eras u mesmo %uem comia. 1as agora %ue es"s moro é ua alma %ue come@/ +ambém !a culura arica!a e!co!ramos eiiceiros com rajes eios de peles curidas de avu! o %ue mosra o poder divi!aCrio ouorgado a esse a!imal. 2m 3oro 'ovo 1aupoil !um de seus relaos co!a %ue um de seus i!orma!es co!:ou-l*e o segui!e< a :m de reorFar o poder de seu or"culo divi!aCrio ele o dei8aria e!errado dura!e algu!s dias de!ro da barriga de um avu! %ue imolara especialme!e com essa :!alidade. 2!:m seu co!*ecime!o do mu!do do Além bem como do mu!do em %ue vivem os seres *uma!os a do avu! se!*or e co!%uisador do ogo sempre ligado a i=u a clarividê!cia a eiiFaria e as orFas i!visíveis. &ocabul"rio< &odu!os - sacerdoes 5a=o!os - sacerdoe de " A*ouga! - sacerdoe eio de &odum ?oC - sacerdoisa eia de &odum vodu!sis - eios de &odu!s (Bao) Avu! - cão 2=u - Deus da 1ore =u - more Gusi - cauda O*ui - pei8e Da! Wedo - Deus do arco-íris arco-íris $=u - cad"ver moro
MA6U-8ISA 3ara alarmos em 1a>u-4isa (mau-lissa) emos %ue alar !a religião o! e vice-versa. 26
$s o!s reco!*ecem a e8isê!cia de um !ico Deus supremo e criador de odas as coisas a %uem eles c*amam de 1a>u. ?egu!do suas cre!Fas 1a>u e!viou os &odu!s M erra para au8ilia-lo a gover!ar o mu!do e dar assisê!cia aos seres *uma!os. 2mbora muios pes%uisadores (padres a!ropClogos sociClogos ec.) ve!*am usa!do a ermi!ologia `deus para de:!ir os &odu!s e ouras divi!dades arica!as o arica!o de um modo geral e em especial o povo o! co!sideram essas como divi!dades secu!d"rias e algumas como a!cesres. 3odemos observar %ue e8isem algumas divergê!cias !os relaos dos pes%uisadores sobre 1a>u-4isa mas odos co!cordam %ue esse Deus a pare do coidia!o dos o!s. 3ara %uem visia o 5e!i! é !aural ouvir a odo mome!o o !ome de 1a>u< Mawu we faz Vodum – “Mauu está entre nós”. Ku faz Mawu’zo – “Deus te pague, obrigado”. Mawu ni fon mi – “Durma com Deus” “Durmo com Deus” Mawu’fe we – “Deus nos ama. Mawu na bi – “Deus !ai a"udar” A!*o!B 5. 3ar=er escreveu %ue em sua visia ao 5e!i! observou %ue para o povo o! basa dier %ue `Deus criou udo ou `1a>u criou udo eles desco!*ecem odas essas *isorias %ue escrevem sobre 1a>u. A!*o!B descreve o segui!e rec*o de uma e!revisa< `Om *omem respo!deu %ua!do pergu!ei como Deus criou o mu!doN - 2u sC e!*o 6 a!os você deve pergu!ar a alguém mais vel*o %ue eu. ?obre essas a:rmaivas de A!*o!B discordo um pouco. A culura oral passada pelos =pa!li!ga!s %ue são os co!adores o:ciais das *isorias desse povo vem se!do escria por pro:ssio!ais respei"veis %ue se dedicam ao esudo da a!ropologia e sociologia da rica. Aé co!cordo %ue algu!s disorceram um pouco as *isorias !arradas mas e!co!ramos rabal*os sérios !essas "reas de pes%uisas pri!cipalme!e as eias pelos ra!ceses %ue oram os colo!iadores do a!igo Da*omeB. 3rovavelme!e as pessoas e!revisadas por A!*o!B !ão eram sacerdoes de &odum ou =pa!liga!s e por essa raão recebeu essas resposas. 'a miologia o! 'a!a 5uru=u (bulucu) com a ajuda da serpe!e sagrada oi %uem criou o mu!do da!do vida aos a!imais a fora e aos mi!erais. ApCs criar o mu!do 'a!a eve um casal de :l*os gêmeos a %uem baiou de 1a>u4isa e deu a eles a i!cumbê!cia de criar o *omem e povoar a +erra. ,om o !ascime!o desses :l*os 'a!a criou a dualidade %ue daria o e%uilíbrio ao mu!do e aos seres vive!es. 1a>u é o pri!cípio emi!i!o a erilidade a suavidade a compree!são a po!deraFão a reco!ciliaFão e o perdão. 27
4isa é o pri!cípio masculi!o o julgador a impaciê!cia a orFa cCsmica %ue casiga os *ome!s errados e os corrige a seriedade. 2le es" sempre ae!o para %ue as leis de 1a>u sejam cumpridas. 'a!a ve!do %ue 1a>u !ão co!seguia mudar o gê!io de 4isa e %ue esse !ão ae!dia 1a>u %ua!do essa e!ava po!derar a!es %ue ele casigasse os *ome!s resolveu separa-los e deu a 1a>u a supremacia !o gover!o da +erra. 2!viou 1a>u M lua para ser a lu %ue ilumi!aria a +erra !o período !our!o e suaviar os sorime!os dos seres e projear o é (amor) sobre o pla!ea. 2!viou 4isa ao sol para %ue esse pudesse ver com mais clarea os erros dos *ome!s e julgasse bem a!es de casiga-los. $rde!ou ambém %ue 4isa uma ve por a!o deveria a!dar !a +erra para co!viver com os *ome!s e co!*ecer de pero suas !ecessidades ajuda!do-os e corrigi!do-os. ,om essas a!da!Fas pela +erra 4isa dei8ou a%ui algu!s desce!de!es %ue se or!aram divi!iados. $s o!s diem %ue a parir dessa separaFão 1a>u e 4isa sC se e!co!ram %ua!do ocorre um eclipse e !essa ocasião 2les aem amor gera!do mais &odu!s para ajudar os *ome!s. A!es %ue essa separaFão se co!creiasse 1a>u e 4isa c*amaram seu :l*os e os e!viaram M +erra como os primeiros *abia!es e para %ue esses os ajudassem a gover!ar a +erra deram a cada um uma aribuiFão. 3or essa raão os o!s acrediam %ue odos os *ome!s são &odu!s se!do %ue sC volarão a sua co!diFão de divi!dades apCs a more ísica do corpo. Vodum #od"e e $o%e &nanu 'g(meos) – ri*uezas – +eriam *ue controar todas as ri*uezas da +erra e distribui-a aos %omens segundo seus merecimentos. oram %abitar no reino abissa 'fundo do mar) Voduns &gb( e $aete 'g(meas) – o amor, a água – +eriam *ue ensinar o amor aos %omens e a todos os seres !i!entes. oram %abitar nas águas. Vodum /a0pata – doen1as, a terra – +eria *ue e!ar as pestes e doen1as *ue corrigiri2o os %omens *ue se auto 3agea!am e ao mesmo tempo trou4e consigo as fórmuas para a cura de todas as doen1as, de!eria dá-as aos %omens. oi %abitar as profundezas da terra Voduns 5e!ioso e /obo – a "usti1a, o fogo – +eriam *ue fazer com *ue as eis de Mawu fossem cumpridas com "usti1a e cobrasse dos %omens seus erros. oram %abitar nos !uc6es. Vodum 7u – a guerra – +eria *ue combater todos *ue usassem o poder para matar e e4porar os mais fracos. De!eria utar ao ado dos guerreiros *ue esti!essem dentro das eis de Mawu e castigar os demais mesmo *ue para isso ti!esse *ue mata-os. Vodum D"ó – o ar, o !ento, a c%u!a – +eria *ue en!iar a todos os seres o &8 necessário 9 !ida e en!iar as c%u!as para fertiizar a +erra. icou %abitando o espa1o ceeste pró4imo a Mawu e :isa. ;ncontramos aguns autores escre!endo a paa!ra d"i como sendo o correto nome desse Vodum e ao mesmo tempo o 28
identi
s pássaros e demais animais
2mbora o povo o! cie some!e o !ome de 1a>u como o Deus ,riador eles êm co!*ecime!o da e8isê!cia de 4isa e o co!sideram o lado jusiceiro de 1a>u. 1a>u e 4isa são co!*ecidos por uma i!:!idade de !omes de acordo com o dialeo alado podemos e!co!rar< M&AB /egbo-Mawu Dada-/egbo &dimoua Mawuto Mawu +odzi Ma%ou, etc.
:C/& /ebo-:isa Dada-/egbo-:isa, etc.
'a rica e8isem rês gra!des emplos de 1a>u-4isa odos u!dados por Wa!jele %ue era sacerdoisa de 4isa esposa do rei e mãe do uuro rei +egbesu. ,era ocasião +egbesu :cou muio doe!e Wa!jele co!sulou " e aravés desse 4isa orde!ou %ue ela erguesse um emplo para ele em AbomeB e rou8esse seus asse!ame!os. Wa!jele ma!dou buscar o :l*o doe!e e oi para sua cidade !aal (Adja) buscar seus asse!ame!os. ApCs i!salar 4isa !o !ovo emplo em AbomeB +egbesu :cou curado. 4isa é associado ao sagama! (s"g"m#m - camaleão) e ao opodu! (Cpôdum crocodilo) Algum empo depois Wa!jele u!dou ouros emplos para 4isa um em P*a!a e ouro em $uida*. &ejamos agora algu!s &odu!s :l*os de 1a>u-4isa e ouros some!e de 4isa. ?ão esses os &odu!s culuados ou eios !os i!iciados. A pessoa eia de 4isa é c*amada i!icialme!e de agamavi e apCs seis meses de i!iciaFão passa a sere c*amada de a!agô!u. 1a>u !ão é eio !a cabeFa de !i!guém e !em recebe oere!das como os demais&odu!s. 29
4isa Agbaju (lissa ab#j) 0 :l*o de 4isa e 1a>u porador das me!sage!s dos pais. &ese bra!co. 4isa A=aum (lissa a=aum) 0 :l*o de 4isa porador das me!sage!s do pai. &ese bra!co. 4isa Aiu (lissa-aiu) - porador das me!sage!s de 1a>u aos *ome!s. &ese bra!co 4isa 1olu (lissa môl) 0 :l*o de 4isa e 1a>u %ue procura as coisas perdidas. &ese bra!co. 4isa Wee (lissa uêê) 0 :l*o de 4isa e 1a>u é um +o*ousu cobero de espi!*as (ac!es). 'ão é eio !a cabeFa de !i!guém. 4isa 4umeji (lissa lumeji) 0 :l*o de 4isa %ue vive abai8o da erra. &ese bra!co e usa muio meal. 4isa Pa!ma! (lissa gamam) 0il*o de 1a>u-4isa. &odum vel*o vese-se de bra!co. 4isa P>g> (lissa gKêgKê) 0 il*o de 4isa ão ge!ioso %ua!o o pai jovem e guerreiro. &ese bra!co com deal*es auis Ada=pa (aap") - &odum masculi!o da li!*agem de 4isa &odum do crocodilo. a!da lado a lado com ele a!o !a erra como !a "gua. ?eus adepos êm o corpo pi!ado com pC bra!co sagrado e usam !a cabeFa a imagem de um crocodilo esculpida em madeira clara de "rvore sagrada. &ese-se de bra!co assim como odos os paricipa!es do culo. A=au! (acaum) 0 Oma das :l*as mais vel*as de 1a>u-4isa. Puardiã do armaém e do esouro de sua mãe. &odum vel*a. ABu! (aíum) - $ura :l*a de 1a>u-4isa . Ju!o com sua irmã A=au! é guardiã dos armaé!s e esouros de sua mãe. &odum vel*a. Al":a (ala:a) - &odum masculi!o da li!*agem de 4isa. ?eu emplo é !a cidade de P!eede=ope. Aprecia muio o obi %ue é espeado em sua espada com a %ual ele combae os eiiFos de seus adepos puri:ca!do-os. $ cão é um a!imal muio impora!e para esse &odum. 2 a `alma do cão %ue ra!smie as me!sage!s de seus adepos %ua!do ulrapassam a ouro mu!do para desruir as orFas dos eiiFos. 'o riual de i!iciaFão de seus adepos um cac*orro apCs ser sacri:cado é e!errado !o emplo em pé para %ue seu espírio acompa!*e o i!iciado proege!do-o AgoBe (agôiê) - &odum dos co!sel*os. ?eu emplo é !a cidade de $uida* o!de e8ise uma esculura ou asse!ame!o desse &odum se!ado em cima de uma espécie de c"lice co!eccio!ado com barro vermel*o. 2!re o c"lice e a esculura e8ise um pa!o ambém vermel*o. ?ua garga!a é decorada com um colar eio de pedras i!gidas de escarlae e 6 cauris pe!durados. 'a cabeFa leva uma coroa de plumas vermel*as %ue represe!a a primavera da vida e!remeada de oio lagaros presos pelo rabo represe!a!do seu poder e sabedoria. 'o ce!ro da coroa !o po!o de!omi!ado `morra ergue-se uma *ase de meal em orma de sea o!de podemos observar uma pe%ue!a lua cresce!e e um lagaro ambos ambém de praa@ k re!e da imagem e8isem rês pe%ue!os poes o!de acredio %ue seus adepos deposiem prese!es como moedas em roca de bo!s co!sel*os. 'ão é eio !a cabeFa de !i!guém. Pe (gê) - il*o de 1a>u-4isa ese &odum é um dos deuses da lua. +ambém co!siderado a divi!dade dos camaleQes. ,o!a-se %ue oi Pe %uem e!viou esas criauras como ajuda!e para os seres *uma!os e8pa!direm a cre!Fa !os &odu!s. 30
&ese bra!co. 3Cs as e!aivas de eva!geliar os o!s com os dogmas do caolicismo muios o!s passaram a associar 1a>u-4isa-Pe com a sa!íssima ri!dade. Adja=pa (adj"p") 0 :l*a de 1a>u e 4isa. T a respo!s"vel pela "gua po"vel !ecess"ria aos seres *uma!os. &ese bra!co ABaba (ai ab") 0 :l*a de 1a>u e 4isa. T uma divi!dade do lar cuida dos alime!os dos seres *uma!os. T a :l*a mais jovem. &ese bra!co com pa!os auis lisrados ou esampados. $ulisa (ouliss") - &odum masculi!o %ue *abia as "guas claras e rias do ocea!o. 2sse &odum é sempre muio co!u!dido com 4isa (liss"). &ese bra!co com deal*es praeado ou dourado. T um Puerreiro dos 1ares. 3a!eão da erra. $rigi!"rio da cidade de 3oro 'ovo 4a=aBa (lacai") - &odum jovem da li!*agem de 4isa vese bra!co. Wele 0 &odum masculi!o vel*o. Deém as c*aves dos esouros e depCsios de 4isa. &ese bra!co com deal*es coloridos. Ala>e 0 &odum masculi!o vel*o. Ju!o com seu irmão Wele guarda as c*aves dos esouros e depCsios de 4isa. ”Bma %istoria sobre Vodum :isa :ume"iE Fonta 9 tradi12o ora *ue certa ocasi2o *uando o r=u de Da%ome tin%a *ue pagar tributos ao rei de >o como tamb=m en!iar um de seus <%os para traba%ar durante um ano em >oG sua esposa Aan"ee pegou um obi, mandou *ue todos se afastassem e "ogou o obi no c%2o in!ocando :issa :ume"i, nesse momento o c%2o se abriu e :ume"i surgiu das profundezas da terra. Aangee pediu a :ume"i *ue decidisse *ua dos <%os do rei de!eria ser en!iado a >o. > Vodum ordenou *ue +egbesu '<%o de Aan"ee) fosse en!iado. +egbesu se re!otou e disse *ue a m2e tin%a in!ocado um mau Vodum. Aangee c%amou a aten12o do <%o e disse-%e *ue cono, por ordem de :ume"i, Aan"ee deu a seu <%o um tebe 't(b( – pe*ueno pote) contendo água e mandou *ue +egbesu encostasse apenas a boca na borda do pote para saciar sua sede e *ue essa água duraria tr(s anos. Aangee deu tamb=m um aforge c%eio de obi e disse ao <%o *ue bastaria ee comer um pe*ueno peda1o para n2o sentir fome. +egbesu foi para >o e!ando consigo os presentes de :ume"i. > pr?ncipe foi coocado na a!oura e *uando tin%a *ue capinar, ee tira!a os in%ames e dei4a!a as er!as danin%as. > po!o de >o se espantou ao !er *ue +egbesu n2o sentia fome nem sede e *ue em momentos de fHria ee esfrega!a as m2os con!ersando com :isa :ume"i, como conse*I(ncia !in%a 9 seca. +emerosos com o g(nio e poderes mágicos de +egbesu reso!eram en!ia-o de !ota a Da%ome.”
'o 5rasil algumas pessoas diem %ue 1a>u é o `$8al" vel*o 0 $8alua! e %ue 4isa é o `$8al" !ovo 0 $8alaguia! . 2ssas a:rmaivas são errô!eas. 3rimeiro por%ue 1a>u é uma &odum mul*er e $8alua! é um $ri8" *omem 4isa é um &odum e $8alaguia! é um $ri8". ?e %uisermos aer uma semel*a!Fa e!re essas divi!dades eremos %ue dier %ue odos os $8al"s eios !o Jeje são 4isa. 31