Pós Mágicos Grimório Hoodoo Os pós mágicos são fundamentais na pr ática Hoodoo, pois os pós conservam a energia vit al dos elementos por muito tempo todo o Axé dos elementos se matem vibrando nos pós, geralmente os pós são à base de ervas, raíes e minerais como !nxofre, Alumínio, ou Areia "agnética# !ventualmente encontra$se algum pó %ue conten&a 'urio animal, como pele de cobra, , terra de formigueiro, casca de ovo, casca de carangue(o, etc# )s vees alguns desses pós levam umas gotas de óleo mágico para aumentar o poder desse pó # Os mais famosos pós dentro do Hoodoo são o *Hot +oot +oot o-der. /ó de é 0uente1 0uente1 e o *Goofer 2ust. /oeira /oeira 3estificadora,Os pós, são espal&ados por cadeiras, sofás, sofás, roupas, bolsas /dentro1, carteiras e uma infinidade de ob(etos, com variados ob(etivos desde amarra4ão amorosa, con%uista de emprego e atra4ão de din&eiro, até a maldi4ão, como é o caso do *Goofer 2ust., %ue é um pó de amaldi4oar, adoecer e acabar lentamente com a pessoa magicamente# 5 um pó tão temido %ue após o seu uso o praticante é aconsel&ado a se purificar para evitar receber alguma *carga. # Outra forma de se usar os pós é misturá$los à pegada / +oot 6rac71 6rac71 do alvo, ou se(a, essa pegada na t erra ou areia é recol&ida com cuidado, com o auxilio de uma pe%uena pá ou col&er, e colocada em um recipiente de vidro onde o pó é adicionado e acredita$se ser tão efica %uanto se a pessoa tivesse andado sobre o pó# 2o mesmo modo para a terra ou poeira raspada da sola dos sapatos da pessoa, o %ue fa com %ue o praticante de Hoodoo se(a mui to cuidadoso com onde pisa e onde de ixa seus sapatos# Algumas receitas de pós utilizados no Hoodoo
Pó de boa Sorte 8tiliado para traer sorte ,atrair prosperidade ,amor ,amiades etc#, deve ser passado na carteira soprado dentro de casa ou trabal&o, soprado sobre foto se for para dar sorte a outra pessoa etc#
'anela
atc&ouli
9ouro
2eixar secar no sol triturar em um pilão com uma vela verde acesa numa %uinta$feira de lua crescente#
Pó de bênção 8sado para rituais de purifica4ão ,feitos de limpea espiritual para abertura de camin&os e %uebra de maldi4:es, soprar em casa ,fotos ,roupas etc#
9avanda
;asmim
<=ndalo
Areia magnética / areia de praia misturada com pó de imã1
"esmo processo acima faer numa
'Goofer Dust' 8sado para amaldi4oar inimigo, não pegar essa pó com as mãos, existem muitas vers:es para o Goofer 2ust essa é mais uma delas, usada em >e- Orleans entre muitas ,pois esse pó parece variar de região para região
6erra de cemitério
!nxofre
ele de cobra
Areia magnética
+ees de pombo seca
"isturas tudo em um pilão em uma %uarta$feira de lua minguante, e adicione 'urios específicos nessa ba se, como pó de ossos, inseto morto, pimenta preta, etc# não guarde em casa#
Hot Foot Powder
ara faer pessoa sumir, espal&ar na porta da casa dela, ou misturar esse pó com a pegada dela, faer com %ue a pessoa pise nesse pós#
imenta em pó
imenta vermel&a
imenta preta
!nxofre "isturar e reduir a pó tudo em um pilão numa
casa# Pó para atrair dinheiro
'edro
atc&ouli
Gengibre
9ouro
Pó para esquentar o sexo !sse pó deve ser feito somente por mul&eres para tornar o namorado mel&or na &ora do sexo ele deve ser espal&ado na cama, antes do sexo ou nas roupas íntimas do marido, para apimentar a rela4ão#
Ossos de peru
atc&ouli
'anela
'ravos da índia
6riturar os ossos do peru e esmagar tudo num pilão até se reduir a pó, faer numa
Pó de para fazer sumir uma pessoa
8sado para expulsar uma pessoa indese(ada
6erra de cemitério
6erra de encruil&ada
imenta preta
!nxofre
+aer numa
Pó para o dinheiro render
'amomila
9ouro
'anela
'edro
+aer numa 0uinta$feira de lua crescente misturar tudo num pilão mentaliando seu din&eiro em abund=ncia, com uma vela aul, acesa espal&e no seu din&eiro e sua carteira, extratos de banco etc#
ó de briga
ara causar briga em um local ou entre pessoas espal&ando em fotos ou nomes
imenta preta
imenta malagueta
imenta da costa
6erra de cemitério de um t@mulo vel&o
6erra de formigueiro
!nxofre
"isturar tudo em pilão em lua minguante de sábado, fora de casa sem deixar de forma alguma cair em voc? ou no c&ão de sua casa fa4a isso na rua se possível ou lugar deserto, pode ser (ogado no t el&ado do inimigo#
!ssa lista é um exemplo de alguns pós mais usados, e de grande efici?ncia, mas com o tempo o praticante será capa de criar seus próprios pós, com auxilio da experi?ncia e observa4ão, sabendo observar as %ualidades e propriedades ocultas das ervas voc? poderá criar seus próprios pós, afinal são uma parte poderosa da magia principalmente no Hooodoo#
Os óleos Grimório Hoodoo Os óleos constituem uma parte importante e possuem um papel de desta%ue no Hoodoo e na magia em geral, eles servem para auxiliar nos resultados ou se(a para potencialiar o s resultados, passando óleos em velas ,bonecos ,mo(os ,pregos, imagens ,etc# óleos são basi camente uma misture de ervas ,raíes, óleos essenciais, resinas, pedras ,terras, cristais etc#, somados a óleo de oliva ou de am?ndoas, para con(urar o axé dos elementos em um pote ou vidro, para %ue acontece uma al%uimi a dentro do recipiente, par a %ue o óleo se torne c&eio de poder# or exemplo se dese(o c&amar as energias do din&eiro e da prosperidade, posso numa %uinta$feira passar óleo de din&eir o em uma vela aul ou verde, faer ora4:es e mentalia4:es e assim aumentar a probabilidade no meu sucesso financeiro# 3asicamente no Hoodoo todos os feiti4os usam óleos para potencialiar o poder do feiti4o, esses óleos devem ser guardados em lugar seco onde não bata a lu solar, nos dias da semana apropriados e na lua apropriada# !eo para atrair sorte e prosperidade
leo de am?ndoas
+ol&as de &ortelã
B pimentas da ;amaica inteira
eda4os de canela
6riture as fol&as colo%ue dentro do vidro com BC ml de aeite e colo%ue a canela e as pimentas dentro dessa mi stura, espere uma semana e pronto para uso, faer um lua crescente de 0uinta$feira
!eo p"rpura 5 um óleo usado no Hoodoo para feitos d e amor usados para atrair um parceiro /a1 gaD,
Aeite
EF artes de lavanda
leo de ess?ncia de s=ndalo
leo de ess?ncia de lavanda
"isturar tudo em um pote de vidro com BC ml de aeite, faer em lua crescente ou c&eia#
!eo de banimento 8sado para banir pessoas ou sentimentos ruins de nossas vidas, espíritos maus etc#
Aeite
'idreira
'omin&o
Assa fétida
"isturar tudo no pote de vidro em sábado de lua min guante, esperar uma semana e usar#
!eo de #in$ança 8sado em feitos para punir inimigos
imenta vermel&a
!nxofre
6erra de cemitério
imenta preta
"isturar tudo no pote vidro faer em sábado de lua minguante
!eo de arte ne$ra 8sado em feiti4os para amaldi4oar inimigos
Aeite
6erra de covas vel&as
regos enferru(ados
+el de boi
"isturar tudo num pote vidro com BC ml de aeite, faer sábado e lua minguante
!eo de atração ara atrair din&eir o, amor, felicidade#
'amomila
9ouro
atc&ouli
'anela
Aeite
"isturar tudo no pote de vidro numa 0uinta$feira de lua c&eio
!eo de proteção
Aeite aben4oado numa igre(a
'amomila
'apim limão
"isturar tudo num pote vidro, numa
!eo de boa sorte ara atrair boa sorte para sua vida em todos os aspectos
Aeite
'anela
'ravo da índia
9ouro
'amomila
"isturar tudo num pote de viro numa 0uinta$feira de lua c&eia
!eo de !uxuria 8sado para atrair sexo e rela4:es sexuais
Aeite
atc&ouli
'anela
'ravos da índia
'asca de ma4a
"isturar tudo no pote numa
Fast %u&( )i! Ou óleo de sorte rápida é um dos óleos mais con&ecidos e mais usados dentro do Hoodoo, ele serve para %uest:es de amor ,din&eiro ,negócio ,claro boa sorte e fortuna# !xistem diversas fórmulas de como faer esse poderoso óleo ,umas mais simples outras bem complicados essa é uma das formas simples, porém não menos eficiente, alguns praticante do Hoodoo diem %ue é capa desse óleo faer efeito em B &oras se caso contrário a pessoa deve estar com dificuldades espirituais complicadas, %ue terão de ser resolvidas com uma série de feiti4os e ban&os#
leo de am?ndoas
EC gotas de óleo de canela
EC gostas de óleo baunil&a
8ma rai %ue se(a atribuída a boa sorte e din&eiro
eda4o de ouro ou prata /opcional1
+aer numa 0uinta$feira de lua c&eia misturando tudo num pote, mentaliando coisas boas e agite muito rápido por vees diendo sorte rápida
*an *an )i! 5 um óleo usado no Hoodoo, para diversos fins ,traer sorte, abrir camin&os, prote4ão etc, existem muitas fórmulas desse óleo pelos menos umas I ou , umas super# simples como usando apenas óleo de limão e aeite, outras %ue utiliam mais de de itens, irei ensinar a %ue em foi ensinado logo no come4o de meus estudos no Hoodoo e %ue funciona para mim, porém seria bom %ue o praticante pe s%uise e ve(a as variedades desse óleo#
Aeite
leo de limão
Gengibre
'apim limão
Jerbena
+aer numa %uinta$feira misturar todos os itens no pote, acender uma vela aul mentaliando sorte e boas energias, usar esse óleos em velas para feiti4os de a bertura de camin&os ou para alime ntar "o(os etc#
!sses foram alguns exemplos dos óleos usados no Hoodoo ,óleos de grande poder, para auxiliar no seu sucesso na prática da feiti4aria , lembrando %ue existem muitos tipos de óleos no Hoodoo e %ue muitas vees apesar de terem o mesmo nome e ob(etivo a forma de ser feito varia de pessoa para pessoa#
Boneco Vodu
2e imediato, a primeira coisa %ue muitos pensam ao se falar em Jodu e na%ueles bonecos cobertos de alfinetes#
!stes bonecos recebem o nome de feti&he, %ue significa feiti4o e seu ob(etivo é influenciar uma pessoa a dist=ncia, geralmente com inten4ão de aflingir algum dano mediante a interven4ão de um bo7or, feiticeiro vodu#
!xplicaremos todo o processo, segundo a tradi4ão Jodu#
Ingredientes
3arro
incel
>ove alfinetes
8ma por4ão de terra de cemitério
8m peda4o de pano com sangue da futura vítima
eda4os da un&a da futura vítima e um pouco de seu cabelo
'inco gal&in&os tipo palito de dentes, %ue devem ser retirados de uma árvore seca#
9in&a preta
8m peda4o de pano preto
'omece a montar o ritual a meia noite# 0uinta ou sexta +eira são os mel&ores dias#
"isture o barro com a terra de cemitério, amassando bem a té ficar &omog?nea a mistura# !m seguida monte as partes do boneco# +a4a a cabe4a, colo%ue o nari, fa4a duas argolin&as para os ol&os#
O corpo deve conter uma cavidade#
!spete os gal&in&os no corpo e no pesco4o, eles darão sustenta4ão as bra4os, pernas e a cabe4a# Observe na foto todo o con(unto de pe4as, incluindo a tampa da cavidade do abdKmen# >o caso de uma mul&er além do umbigo %ue pode ser feito com uma espetada do
gal&in&o, colo%ue as mamas# 'om o mesmo gali n&o fa4a risco, entre as pernas , repre sentando o órgão genital feminino# >o caso de um &omem, procure com o barro moldar um p?nis e os testículos, para fixa $los entre as pernas#
>a cavidade do abdKmen, introdua o peda4o de pano com sangue da futura vítima assim como peda4os de sua un&a e um pouco de seu cabelo#
8nta toda a borda da cavidade com água#
'olo%ue a tampa cuidadosamente, e modele com os dedos para fixar ao corpo# !m seguida fixe as partes cabe4a , bra4os e pernas nos gal&in&os do corpo#
O boneco (á está montado#
+a4a esta invoca4ão
;L"MG8A<, L+M >!GN!, O8A"$"!### L3O$9!95 AGO8!6ANNOPO, 2!8Q !A8Q, 3ANO> 'LA 2O "A9 , O6R>'LA 2O 'L"L65NLO, L>JO'O 2A" 3A9A, 2A" 3A9A, NOGO 08! O "!8 2! >!GN!# 08! O "!8 2! >!GN!#
O
!nrole a lin&a preta sete vees no pesco4o do boneco e d? sete nós#
!m seguida se concentre profundamente visualia ndo a pessoa e espete os alfi netes na parte do corpo %ue voc? %ueira# >o cora4ão, significa morte#
'ubra o boneco com o pano preto# 6ente enterrar o boneco perto da casa da futura vítima#
TTT 2ica, para conseguir por exemplo, um pouco de sangue da futura vítima, procura na lixeira do ban&eiro um absorvente usado, basta um pe%ueno peda4o su(o de sangue#
TTT 9ave bem as mãos com sabão depois de terminado o feiti4o, em seguida lave$as com sal grosso, ou sal de coin&a#
TTT o restante do material não utiliado deve ser descartado no lixo#
TTT
Princípios Gerais do Envultamento
por <&irlei "assapust
!m regra o verbo franc?s en#o+ter /do latim #u!tus, efígie, retrato1 se refere ao ato de usar figuras tridimensionais c&amadas dagDde /do grego para efígie ou boneca1 ou planas /desen&os ou fotografias1 %ue imitam a pe ssoa a suplicar, beneficiar, proteger ou manipular de forma %ue passe a nutrir l a4os afetivos com outrem ou deixe de compartil&a$los# 'omo bem obser vou Aleister 'ro-leD, *não é suficiente pretender %ue a imagem de cera se(a a pessoa %ue voc? %uer enfeiti4ar# 5 necessário estabelecer uma conexão real e ser capa disso. E# 2aí o uso generaliado de peda4os de roupa, cabelo, etc# >o livro !e Golden Boug! , o antropólogo ;# G# +raer enuncia o pri ncípio da mímica V % ue isto produ isto, ou %ue um efeito se a ssemel&a à sua causa V como um dos dois princíp ios do pensamento mágico# O outro c&amou de *a lei de contato ou contágio., segundo a %ual *coisas %ue alguma ve tiveram contato entre si continuam a agir umas sobre as outras a dist=ncia, mesmo depois de interrompido o contato físico.# ara +raer, fre%Uentemente os dois princípios se combinam e são c&amad os de "ágica de
6eoricamente tudo %ue for feito ao fetic&e deve refletir no ser vivo representado, sendo a eficácia constatada por acontecimentos simult=neos ou futuros %ue estabele4am a rela4ão de causa e efeito# or exemplo, certo re lato passado de boca em boca conta %ue, em
EWX, no Haiti, um (ovem foi surrado por um policial e resolveu vingar$se levando um retrato de seu agressor a um vel&o mágico# !ste realiou passes sobre o ob(eto e vaticinouY *O %ue voc? fier à foto acontecerá ao seu dono. B# 6r?mulo, o (ovem &aitiano furou o ol&o es%uerdo do retrato com a ponta de uma faca# >o mesmo dia e aparentemente na mesma &ora, o policial furou o próprio ol&o es%uerdo com uma pe4a de madeira pontuda#Z
A magia$negra é anti$social, oposta aos valores instituídos# ortanto, nada mais natural do %ue usa$la na inten4ão de destruir os representantes da ordem vigente# O poeta latino 0uinto Horácio laco /I$X a#'#1 teria escrito sobre os malefícios da mítica feiticeira "edeia, %ue picava com alfinetes pe%uenos bonecos de cera, para causar desgra4as às pessoas com eles identificadas# *Aliás, a morte de Germ=nico teria sido causada por este tipo de magia. I# "árcia 'ristina sustenta %ue o uso de bonecos nesta prática nasceu no !gito, a partir de uma deriva4ão do rito para criar figuras shabti descrita no *apiro de 6urim, decifrado e publicado em aris em EXX.# !sta fonte menciona uma conspira4ão contra um faraó na %ual *pretendia$se a morte do rei com a incinera4ão, pura e simples, de pe%uenin os bonecos de cera virgem, feitos à forma e semel&an4a de cada elemento da corte. # !m sua incursão na História, a mesma autora descobriu %ue, em EZZ, a mul&er do 2u%ue de Gloucester foi acusada de &aver colocado fogo lento perto de uma efígie do rei Henri%ue JL, para %ue este sofresse &orrível morte# !m face de sua posi4ão social, a mul&er escapou à pena capital, mas seus dois c@mplices, Noger 3rolingbro7e e um suposto feiticeiro, foram condenadosX# !m EWCC a figura do presidente "c[inleD, crivada de alfinetes, foi %ueimada nas escadas da embaixada norte$americana, em 9ondres#
eca contra o princípio do pecado %uem pretende dar bom uso à%uilo %ue deveria ser essencialmente mau\ >o tratado "e Enti #prirituali o médico$al%uimista aracelso assegura %ue *%uando a imagem de um ladrão for golpeada, este será for4ado a voltar ao lugar
onde roubou por mais longe %ue ten&a ido. W# Lnclusive, na antiga +ran4a, *se as autoridades não conseguiam encontrar um criminoso, executavam$no em efígie, declarando$o legalmente morto. EC# >o romance gráfico brasileiro A Vingan$a do Vodu% /Nio de ;aneiro, EWXC1 a personagem 9ia deixa$se desvirginar por um &omem, iludida por sua falsa promessa de casamento# Grávida e solitária, sofre aborto natural# +inalmente, %uando a negra *bruxa do p=ntano. l&e ensina a trabal&ar com dagDde a vitima torna$se algo, traendo desgra4a e morte a todos os seus inimigos EE# >outro romance gráfico, &eiti$o, o personagem 2r# "ago exorcia uma (ovem mul&er %ue se contorce em convuls:es e destrói o *centro de macumba. pertencente ao mago$negro [alu7, o %ual &avia realiado o *trabal&o. por encomenda de um &omem re(eitado# *O boneco da mo4a foi fei to e espetado por longos alfinetes. EF# 2essa forma, tanto na fic4ão %uanto na realidade, o envultamento destinado à tortura e morte foi fre%Uentemente citado como instrumento de vingan4a da%ueles %ue se sentem profundamente contrariados ou in(usti4ados pela malí cia &umana# or outro lado, o notório potencial benéfico da ]engen&aria reversa^ é praticamente descon&ecido e nunca foi muito explorado#
Lmagens também teriam sido utiliadas para provocar amor e um livro de magia c&amado Picatri' ensina como faer uma mul&er apaixonar$se por um &omemY
_+a$se a imagem de cada um deles com pó de pedra, misturado com goma e, depois, colocam$se as imagens, frente a frente, em um vaso com sete brotos` %ueima$se o vaso no forno, a seguir a cende$se o fogo na lareira e p:e$se um peda4o de gelo no fogo` %uando o gelo derrete, tira$se o vaso e a feiti4aria está completa# O fogo derretendo o gelo representaria o amor a%uecendo os cora4:es do &omem e da mul&er#_EB
nem devem ser vistas como ensaios de expressão artística. EZ# As cenas de ca4a abundante e gra@da, entre outros motivos, serviriam de EI *alegorias através das %uais o &omem buscava dominar a realidade, dela extraindo a%uilo %ue mais preavaY alimento fart o, fecundidade. #
'om o tempo formaram$se grandes relig i:es %ue aglutinaram as fun4:es de cura e ben4ão, incluindo o ofício do casamento, criando ritos próprios, mas deixando o monopólio das variantes negativamente valoradas /vingan4a, manipula4ão1 aos antigos feiticeiros# 2aí o debate teológico sobre se os elementos da eucaristia /&óstia e vin&o1 são realmente o corpo e o sangue de 'risto ou apenas uma representa4ão %ue obedece ao prin&,pio da imitação` se a cerimKnia %ue imita a @ltima 'eia representa$a ou só a comemora#
#o*re tra*al!os e +eiti$os no Brasil,
8m n@mero de feiti4os para o mal substitui um ser vivo /o &omem1 por outro com ob(etivo de simular sua morte# A famosa simpatia %ue manda escrever o nome da pessoa odiada num papel e costurá$lo dentro da boca de um sapo pode derivar do costume dos índios cari(ós %ue amarravam o sapo numa árvore invocando o mal a alguém para %ue o animal morresse, apodrecesse, e, conse%Uentemente, a pessoa tambémE#
_O ac&ado mais estran&o nessas pes%uisas ocorreu no vel&o cemitério, de cripta, no antigo 'onvento de <ão +rancisco, de Jila Jel&a de Alagoas, &o(e 2eodoro# O cemitério em desuso, com entrada de al4apão pela 'apela do
_As freiras %ue dirigem o educandário instalado no antigo convento franciscano de 2eodoro nada sabem informar por%ue é uma ocorr?ncia antes da presen4a delas# !m nossa interpreta4ão trata$se de prática de feiti4aria, com uma caligrafia id?ntica para várias inscri4:es, cu(os nomes não parecem ser de mortos, mas de indiciados do fetic&ismo# >ada mais podemos indicar sobre esses ac&ados, ignorados pelas pessoas locais, senão a evid?ncia das fotografias#_
>o vel&o 'emitério de ># <# do Nosário /EXI1, das ruínas de Lgua4u Jel&a, além da prática de macumba em torno do 'rueiro, %ue tem a4ão votiva e de apelo nas viscitudes dos crentes, &á os restos de um luxuoso e impotente (aigo de cerca de cinco metros de altura construído em base de alvenaria revestida de la(e de mármore, pedestal e nic&o em colunatas de mármore# róximo deste (aigo encontram$se os restos da base de uma capela$(aigo cu(a entrada foi fec&ada por parede de alvenaria e na %ual, posteriormente, se fe uma abertura de ZC Q IC cm# !xaminando o interior desta capela$(aigo, com o foco de uma lanterna, encontramos uma % uantidade espantosa de ob(etos de uso pessoal /roupas, cartas, retratos, vidros, ter4os, etc#1 e todas as paredes preenc&idas com nomes e datas de pessoas riscadas a carvão, grafite, tinta, e também a fumo de vela# Há uma certa semel&an4a entre esta observa4ão e a%uela outra de 2eodoro, de Alagoas# >ossa cautela está em diferenciar a prática ing?nua da macumba, em termos de a4ão votiva e de apelo, com esta
outra de caráter de feiti4aria demonológica capa de atingir a criminalidade do vandalismo, do sacrifício e do infanticídio %ue não é tão descon&ecido do próprio noticiário dos (ornais brasileiros#_ EX
!xiste um (ogo de empurra na cultura afro$brasileira para identificar os responsáveis pela prática ou apologia à viola4ão de sepulturas /ato tipificado no art# FEC do 'ódigo enal1, mas é de con&ecimento geral %ue a encruil&ada, a mata e o cemitério são locais privilegiados para os afiliados às lin&as de !xu# 5 por isso %ue os ritos %ue pedem para um morto levar consigo a vida de um desafeto aparecem em obras genéricas sobre ]macumba^Y /Para matar algu.m, egue um boneco de pano ou de cera e o batie em uma cac&oeira com o nome da pessoa a ser atingida# Já ao
cemitério, segure o boneco com a mão es%uer da e vá espetando alfinetes e agul&as virgens no boneco# A cada p arte do boneco %ue for espetada, deve$se dierY 'om este alfinete estou atingindo fulano na perna, na cabe4a e assim por diante# 2epois de espetar todas as partes do corpo, enfie uma agul&a no cora4ão do boneco e diga as mesmas palavras# A seguir, enterre o boneco aos pés de um defunto fresco e pe4a a este %ue o leve com ele#_ EW
Os ossos da atri 2aniella eres, assassinada em FX de deembro de EWWF, foram transferidos pela família para um lugar não revelado depois %ue foi constatada a v iola4ão de seu t@mulo, no 'emitério <ão ;oão 3ati sta, em 3otafogo# 2e acordo com a novelista Glória ere, mãe da vítima, o t @mulo foi aberto na semana do >atal, e, dentro dele, &avia flores do crueiro# Ao lado, foram encontrados dois bonecos amarrados e espetados com alfinetes# >a lápide, uma inscri4ão indicava o n@mero FXWW, a data do assassinado da atri# As pontas do par de sapatil&as %ue enfeita o t@mulo também foram serradas#FC /A (ulgar pelo par de bonecos, era provavelmente um feiti4o para separar um casal pelo assassinato da mul&er rival, a exemplo do fim trágico %ue teve a ocupante do t@mulo1# Ora, a prática da macumba nos cemitérios urbanos depende em grande parte da vigil=ncia e da eladoria#
>o cemitério <# ;oão 3atista busca$se, na mai oria das vees, áreas menos vigiadas de t@mulos vel&os, abandonados, e os próprios eladores pensam %ue os praticantes per noitam escondidos por%ue, somente de man&ã, é %ue se descobrem pelo c&eiro da cac&a4a ou o lume das velas as composi4:es de despac&os e servi4os# "as será %ue um praticante regular seria capa de %uebrar a regra para faer algo realmente grandioso 'reio %ue não#
>os terreiros de %uimbanda pode$se encomendar feiti4os ou desfae$los, mas ]macumbeiros^ não violam t@mulos# !statisticamente este tipo de coisa não acontece /da mesma forma %ue, estatisticamente, andar de avião é seguro1 por%ue &á miríades de fórmulas muito mais amenas %ue mandam despac&ar o ebó na superfície ou produir uma ]covin&a da 3arbie^ discreta, sem infringir a lei# *Obten&a uma amostra do cabelo da vítima, e colo%ue$a num pe%ueno caixão# !nterre$o num cemitério# !m tr? s dias a pessoa morrerá.#FE Jale lembrar %ue também criamos eou importamos fórmulas benéficas# 8m feiti4o mais poderoso, cu(o ob(etivo é o fe&hamento do &orpo, é geralmente usado como contra$feiti4o para a pretensa vítima de magia# 2iversos despac&os para cortar ol&o$grande exigem um par de pedras ol&o$de$ boi %ue podem ou não ser furados com pregos para %ue alguém ou toda a coletividade ao redor se torne incapa de enxergar pelos seus camin&os da inve(a# 8ma variante manda, entre outras providencias, colocar o nome do suspeito dentro de uma graviola e espetar %uarenta e dois palitos espal&ados pela fruta# >outra usa$se uma imagem e deve$se *espetar os alfinetes nos ol&os da boneca.# FF 8ma manipula4ão /7ibo$ngela1 de origem angolana manda extrair os ol&os de um peixe vermel&o cru, em cu(o interior é posto o nome da pessoa, escrito numa fita roxa# O corpo do peixe é despac&ado na praia en%uanto os ol&os são enterrados no lodo e rega dos com urina *c&amando por Aluvaiá "avunangu?. FB# 'omo nosso ob(etivo neste artigo é apenas a investiga4ão do método, despindo$o de seus adornos e contextos culturais, recomendo aos interessados %ue leiam os livros "o Vodu 0 Macum*a , de "árcia 'ristina /contém feiti4os para o mal, para o bem, para %uest:es de amor, etc1 e A "agia do Jodu, de "aria Helena +arelli /contém trabal&os dos praticantes de Jodu de >ova Orleans1#
1ma *oneca carregada de ódio pode matar2
9emos no tratado "e Enti #pirituali, de aracelso, %ue o espírito /ens spiritua!e1 é produido /fabri&at 1 pela vontade ou dese(o, sendo *tão forte %uanto o grau %ue a vontade ten&a alcan4ado. FZ# A a4ão do espírito p ode ser exercida de forma consciente ou inconsciente, pois ele possui um certo grau de independ?ncia e livre arbítri o# O mundo dos corpos difere do dos e spíritos no %ual *existem os dese(os, os ódios, as discórdias e toda uma série de sentimentos semel&antes %ue atuam e se manifestam sem o consentimento ou con&ecimento do corpo. FI# O espírito de cada corpo parece substancial, visível, tangível e sensível para outros espíritos com os %uais pode dialogar, utiliando *uma linguagem especial com a %ual conversam livremente, sem nen&uma rel a4ão com os discursos &umanos. F# "as o espírito gerado por nossas sensa4:es e medita4:es %uotidianas não deve ser confundido com a alma /anima1, a raão /mens1, nem com as *obras, efeitos ou conspira4:es. dos maus demKnios /&a&odoemones1F#'ontudo, como ele não é gerado pela raão nem pela fé, mas pela vontade por intermédio do livre ar bítrio, *todos os %ue vivem de acordo com a sua vontade vivem no espírito, assim como todos os %ue vivem de acordo com a raão o faem contra o espírito.# 0uando dois se buscam e se unem num amor ardente e aparentemente insólito, *seu afeto não nasce nem reside no corpo, mas provém dos espíritos de ambos os corpos, unidos por la4os e afinidades superiores, ou então por tremendos ódios recíprocos %ue também p odem mant?$los estran&amente unidos. FX# A luta acontece %uando, por uma vontade fixa, firme e intensa, dese(amos *um transtorno ou uma pena %ual%uer para um outro indivíduo. ou ainda *%uando dois espíritos lutam e se ferem reciprocamente sem a vontade ou o con&ecimento dos &omens, estimulados por sua inimiade m@tua ou pela influ?ncia de outras doen4as. FW#
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0uando os corpos se ferem numa luta nada acontece aos espíritos, *mas %uando os espír itos brigam entre si os corpos são afetados. BE# or isso aracelso define a entidade espiritual como uma pot?ncia perfeita %ue tem a finalidade de conservar seu próprio corpo e destruir o do inimigo ad &orpus uni#ersum #io!andum#BF 0uem possui con&ecimento da matéria e domina a técnica pode causar les:es espirituais até produir a morte da vítima ou transforma$la num escravo#
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0uando todo este trabal&o da vontade estiver consumado pelo espírito influenciador sobre o su(eito onde mora o espírito influenciado, ou em sua figura ou imagem, o segundo terá se tornado prisioneiro do primeiro, sendo obrigado a executar o %ue l&e se(a ordenado#_B V 0uando alguém modela uma figura parecida com a do &omem %ue se %uer castigar, ou a desen&a numa parede, golpeando$a com picadas ou pancadas, tudo isso acontece na realidade# A vontade do espírito transfere assim o sofrimento simbólico da figura para a pessoa real %ue ela repr esenta# or isso concluímos %ue os espíritos combatem entre si da mesma forma %ue os &omens#
Ao comentar a medicina simpática *%ue medicava membros de cera e operava sobre o sangue dado pelas c&agas para curar as próprias c&agas., !lip&as 9evi sugere %ue *a &omeopatia é uma reminisc?ncia das teorias de aracelso e uma volta às suas práticas sábias. B# Antes de abra4ar a teoria do retorno ou contra$ata%ue automático e eleva$la ao cubo na moderna ]lei tríplice^ é importante lembrar %ue séculos depois da publica4ão das obras de aracelso os condenados por envultamento ainda recebiam pena de morte pelo a casa de outra, diem %ue &avia pe%uenas bonecas de pano com enc&imento de p?los de bode, e esta feiticeira teria sido obrigada a admitir ter torturado uma vítima, mol&ando seu dedo com cuspe e acariciando uma das bonecas#BX
or isso devemos interpretar com reserva e complac?ncia as passagens onde o médico$al%uimista se expressa de forma fundamentadamente temerosa ou d@bia# 0uando aracelso escreve aos padres %ue o envultamento só atinge os *espíritos culpados., assegura %ue não pode acontecer *aos &omens (ustos e &onestos pelo simp les motivo de %ue seus espíritos se defendem e se protegem energicamente. e afirma %ue não se trata de obra dos cacodoemones, ele dese(a preservar sua própria vida#BW /6anto %ue o tratado "e Enti #pirituali foi publicado (unto ao "e Ente "ei %ue elogia longamente a doutrina católica e trata do castigo divino como causa de doen4as1#
Apesar da impossibilidade de expressar$se de forma mais clara e sincera sua tese do c&o%ue de retorno contém c&aves ocultas muito fáceis de compreender# O culposo lutador inconsciente ou doloso mago$negro %ue castiga seu da$(de ainda não é um vampiro# !le causa malefícios sem valorar a vitima como alimento até cair numa armadil&a do destino# A disputa espiritual é como uma partida de boxe onde o vencedor e o perdedor saem repletos de cicatries# >ão importa %uem está com a raão# Gan&ando ou perdendo, *a%uele %ue permanece impregnado de ódio. pode *atrair para si todo o ma l dese(ado aos outros. e contrair doen4as %ue não podem ser curadas por nen&um medicamento mundano#ZC !sses &ematomas incuráveis se acumulam a cada briga, enfra%uecendo o espírito agressor e produindo reflexos no corpo físico até %ue a morte se torna inevitável# >este caso é necessário t omar remédios específicos para os males *%ue correspondem ao espírito. ZE# !sse filtro proscrito, c&amado *nephesh habashar . ou *anima &arnis. ora velado sob a letra *". é o sangue repleto de vida /9evítico EYEF$EB1# 3eba$o e *o corpo será curado imediatamente.#ZF Principio da similitude mínima,
*0uer faer mal a alguém Jamos faer uma boneca feita de cera, massa ou c&umbo ou pano, vamos prepará$la e ela vai matar ou pre(udicar %uem a sen&ora %ueira., falou o dono de uma lo(a vodu no laa de Aemas, em >ova Orleans, à "aria Helena +arelli no início da década de WC# !ncantada pe los sa%uin&os de pó de amor, gotas de atra4ão, óleo do inferno, diabin&o na garrafa e pelo *negro belíssimo.
%ue os estava vendendo, a brasileira enc&e sua sacola de produtos exóticos e o interroga longamente sem revelar %ue ela própria é uma especialista no assunto# !le mostra bonecos feitos de pedra com goma, feios e retorcidos, *fala e está sério como um monge negro.Y
_+a$se uma imagem da pessoa %ue se %uer matar com pó de pedra misturado com goma, depois coloca$se a i magem (unto ao deus vodu %ue se adora, coloca$se a imagem dentro de um vaso e %ueima$se o vaso e o boneco no forno# 2epois retira$se o vaso (á c&amuscado e p:e$se um peda4o de gelo na inten4ão da pessoa# O gelo se derrete e a feiti4aria está completa### !la funciona mel&or %ue uma bola enfeiti4ada, mas se não for fei ta no preceito dá c&o%ue de retomo em %uem fa# 0uando o voduno espeta uma boneca com ódio ele está usando este sentimento para transferir para a pessoa o %ue %uer %ue aconte4a# A vítima só sente os efeitos do feiti4o %uando a imagem /boneca1 está carregada de ódi o e é deliberada e não ocasionalmente maltratada### 6rouxe c&uma4o de cabelo da vítima, peda4os de un&as_ZB
"aria não tin&a inimigos nem c&uma4o de cabelo de cobaias providenciais na bolsa# A falta destes ingredientes pKs fim à negocia4ão# !m sua concep4ão a boneca é um suporte de bruxarias dirigidas# A probabilidade de ?xito do malefício é diretamente proporcional à semel&an4a da representa4ão com seu modelo# A imagem deve necessariamente ser feita na inten4ão da vítima para %ue o alvo se(a certo, recebendo o mesmo nome e adicionando$se peda4os da roupa, un&as, cabelos, etc#, do suplicado em sua composi4ão# este momento *O bruxo vodu lan4a mil in(@rias contra a vítima.#ZI
Os ritos de carregar são meios de concentrar a f@ria do mago vodu, mas, mesmo assim, a imagem passa a contar com uma vitalidade demoníaca própria#
_Os necromantes da Ldade "édia, ansiosos de agradar por sacrilégios à%uele %ue consideravam como seu sen&or, misturavam esta cera com óleo batismal e cinas de &óstias %ueimadas# adres apóstatas sempre se encontravam para l&es dar os tesouros da Lgre (a# +ormavam com a cera maldita uma imagem tão parecida %uanto possível com a%uele %ue %ueriam enfeiti4ar` cobriam esta imagem com vestidos iguais ao dele, davam$l&e os sacramentos %ue ele tin&a recebido, depois pronunciavam sobre a cabe4a da imagem todas as maldi4:es %ue exprimiam o ódio do feiticeiro e cada dia infligiam a esta figura maldita torturas imaginárias, para atingir e atormentar, por simpatia, a%uele ou a%uela %ue a figura representava# O enfeiti4amento é mais infalível se a pessoa puder obter cabelos, sangue e, principalmente, um dente da pessoa enfeiti4ada# 5 o %ue deu lugar a este modo de falar proverbialY *6endes um dente contra mim.# ZX
O antídoto ideal é sugerido pelo mesmo autorY
_ara o enfeiti4amento pela figura de cera, é preciso faer uma figura mai s perfeita, pKr da própria pessoa tudo o %ue puder dar, pKr$l&e ao pesco4o os sete talismãs, colocá$la no meio de um grande pentáculo representando o pentagrama e esfregá$la levemente, todos os dias, com uma mistura de óleo e bálsamo, depois de ter pronunciado a con(ura4ão dos %uatro para desviar a influ?ncia dos espíritos elementares# >o fim de sete dias, será preciso %ueimar a imagem no fogo consagrado, e podereis ter certea de %ue a estatueta fabricada pelo enfeiti4ado perderá, no mesmo instante, toda a sua virtude#_ZW
8ma escultura perfeita, impecável, é o %ue todos dese(am se(a para ata%ue ou defesa# orém, sempre foi dificílimo encontrar feiticeiros com &abilidade artística suficiente para esculpir miniaturas &umanas de %ualidade# 2aí o estabelecimento oficioso de uma espécie de princípio da simi!itude m,nima# 5 por isso %ue encontramos a foto de uma *boneca de feiti4o. feita de pe nas, entran&as de animal e lin&a preta %ue certamente não se parece em nada com o suplicado ao %ual representa na página IX do livro "o Vodu 0 Macum*a # elo mesmo motivo os brasileiros podem usar um par de ol&os$de$boi para substituir ol&os &umanos ou rabiscar apenas os nomes dos suplicados na cripta do antigo 'onvento de <ão +rancisco e na capela$(aigo do vel&o 'emitério d e ># <# do Nosário# *egue um ovo podre e escreva nele o nome da pessoa nove vees., di uma fórmula para faer com %ue uma persona non $rata vá embora, *!screva, também, para onde %uer %ue ela vá# ) meia $noite atire o ovo contra a porta da casa da vítima.#IC
Envultamento mediante !ipnotismo,
2esde o séc# QLQ a fotografia tornou$se uma alternativa tecnológica para os %ue re(eitam a simi!itude m,nima, tendo como @nico Knus o abandono do modelo tridimensional em favor do retorno à técnica pré$&istórica da representa4ão de figuras planas# >este caso, convencionou$se %ue os instrumentos de suplício ideais são pregos ou alfinetes de ferro enferru(ado# /O sincretismo ou ag lutina4ão também incluiu a foto entre as amostras de un&a, cabelo, etc#, a serem introduidas no peito dos bonecos tridimensionais1# >o 3rasil o termo en#o+tement foi aportuguesado para en#u!tamento, aportando no Nio de ;aneiro (á sobrecarregado de vetos morais e de uma profunda carga de espiritismo europeu# 'om as experi?ncias sobre a exterioria4ão da sensibilidade nos estados profundos da &ipnose, levadas a cabo a partir de EXWE pelo 'oronel A# de Noc&as, a investiga4ão psí%uica passou a problematiar a possibi!idade &ient,fi&a do fenKmeno# ara proceder por ordem, vamos narrar a primeira experi?ncia compilada por apus, realiada no 9aboratório da 'aridade, tal como foi publicada nos (ornais diários do m?s de Agosto de EWCFY
_Noc&as tentou transportar a sensibilidade de um paciente para uma placa fotográfica# 'olocou uma primeira placa em contato com um su2et não adormecidoY a fotografia do paciente, obtida em seguida, não apresentou nen&uma rela4ão com ele# 8ma segunda, posta anteriormente em contato com um paciente adormecido, ligeiramente exterioriado, deu uma prova apenas sensível por rela4ão# 8ma terceira, enfim, %ue, antes de ser colocada no aparel&o fotográfico, &avia sido fortemente carregada com a sensibilidade do su2et adormecido, deu uma fotografia %ue re presentou os mais curiosos caracteres# 6oda ve %ue o operador tocava na imagem, o paciente fotografado o sentiaY or fim, tomou a%uele, um alfinete e arran&ou duas vees a película da placa no lugar da mão# >este momento, o paciente desmaiou, em completa contratura# 0uando voltou a si, pode$se ver sobre a mão dois estigmas vermel&os sobre a epiderme, correspondendo às duas arran&aduras da película fotográfica# Noc&as acabava de realiar tão completamente %uanto possível, oen#u!tamento dos antigos# / La Justice V F de agosto1#_ IE
Je(amos, agora, os pormenores dados pelo próprio 'oronel Noc&as na 34Initiation /vol# QJLL, n# F, de >ovembro de EXWF1# Os fatos %ue
se passaram em F de Agosto ocorreram com a mesma paciente na %ual pKde$se, algumas vees, determinar o fenKmeno de dermo$rafia /entumescimento da pele pela simples passagem de uma ponta romba1#IF
_A maioria dos pacientes, %uando se &ipereteiam seus ol&os por meio de certas manobras, v? escapar$se dos animais, vegetais, cristais e imãs, alguns clar:es %ue poderiam ter uma rela4ão direta com essas irradia4:es# +oi o %ue constatou pela primeira ve, &á cerca de cin%Uenta anos, por meio de numerosas exper i?ncias, um sábio %uímico austríaco, o barã o de Neic&enbac&# >o &omem, esses efl@vios saem dos ol&os, das narinas, das orel&as e da extremidade dos dedos, en%uanto %ue o resto do corpo é análogo a uma penugem luminosa# 0uando se exterioria a sensibilidade de um paciente, o *su(et. #idente v? este envoltório luminoso deixar a pele e situar$se no ar (ustamente nos pontos onde se pode verificar diretamente a sensibilidade do paciente por meio de contatos ou picadas#_
_'ontinuando as manobras %ue produem a exterioria4ão, vi, com o auxílio destes diversos processos, %ue se formavam sucessivamente uma série de camadas sensíveis muito delgadas, conc?ntricas, separadas por onas insensíveis, até vários metros do paciente# !stas camadas distam umas das outras cerca de I a centímetros e a primeira é separada da pele, %ue fica insensível, apenas a metade desta dist=ncia### _
_O %ue eu considero perfeitamente estabelecido é %ue os lí%uidos, em geral, não somente det?m o od , mas o dissolvem, isto é, %ue, faendo$se atravessar, por exemplo, um copo c&eio de água por uma das camadas sensíveis mai s próximas do corpo, produ$se uma sombra ódi&a, e as camadas seguintes desaparecem por detrás do copo até c&egarem a uma certa dist=ncia` além disto, a água do copo torna$se inteiramente sensível e emite mesmo, ao cabo de um certo tempo /provavelmente %uando ela está saturada1 vapores sensíveis %ue se elevam verticalmente sobre a superfície do lí%uido# !nfim, se se afasta o copo, a água %ue ele contém fica sensível até uma certa dist=ncia` além da %ual o la4o %ue a une ao corpo do paciente parece romper$se, depois de ir$se gradualmente enfra%uecendo#_
_Até este momento, o paciente percebe, sobre a parte de seu corpo mais próxima do lugar em %ue se ac&a a água carregada de sensibilidade, todos os to%ues %ue o ma gnetiador fa no lí%uido, se bem %ue a região do e spa4o para onde se transportou o vaso não conten&a, fora deste recipiente, mais nen&uma parte sensível#_
TTT
_A analogia %ue apresenta este fenKmeno, com as &istórias de pessoas %ue se faem morrer à dist=ncia, ferindo uma figura de cera modelada à sua imagem, é evidente# rocurei ver se a cera não gostaria, como a água, da propriedade de armaenar a sensibilidade e recon&eci %ue ela a possuía em alto grau, assim como outras subst=ncias gordurosas, viscosas ou aveludadas como o &o!d3&ream e o veludo de lã# 8ma estatueta confeccionada com cera de modelar e sensibiliada, sendo colocada alguns instantes em face e a uma pe%uena dist=ncia de um paciente, repr oduia neste as sensa4:es das picadas %ue eu faia na cera` ora no alto do corpo, se eu picava a figura na cabe4a, ora na parte inferior, se eu a picava nos pés# /0uer isto dier %ue a picada era sentida de maneira mais ou menos vaga nas regi:es %ue &aviam enviado mais diretamente seus ef!"#ios1# !ntretanto, c&eguei a localiar exatamente a sensa4ão, colocando, como os antigos feiticeiros, na cabe4a de min&a figurin&a, uma mec&a de cabel os cortada da nuca do paciente durante seu sono &ipnótico#_
_!sta foi a experi?ncia da %ual nosso colaborador na 0osmos foi testemun&a e mesmo autor` ele &avia transportado a estatueta assim preparada para trás das gavetas de uma escrivanin&a, onde não a podíamos ver, nem o paciente, nem eu# 2espertei "me# 9### %ue, sem deixar seu lugar, pKs$se a conversar com ele até o momento em %ue, voltando$se br uscamente e levando a mão à par te posterior da
cabe4a, perguntou, rindo, %uem l&e puxava pelos cabel os` era no momento preciso em %ue Q# t in&a, sem %ue eu visse, puxado pelos cabelos da estatueta#_
_Os efl@vios, parecendo refratar$se de maneira análoga à lu, %ue talve os arraste em sua pro(e4ão, pensei %ue si se a pro(etasse, com o auxílio de uma lente sobre uma camada viscosa, a imagem de uma pessoa suficientemente exterioriada, poderia c&egar$se a localiar exatamente as sensa4:es transmitidas da imagem à pessoa# 8ma placa carregada de gelatino$bromuro e um aparel&o fotográfico me permitiram realiar facilmente a experi?ncia %ue só teve ?xito completo %uando eu tive o cuidado de carregar a placa de sensibilidade do paciente antes de a colocar no apar el&o# "as, operando assim, obtive um retrato tal, % ue se o magnetiador tocava um ponto %ual%uer do rosto ou das mãos sobre a cama da de gelatino$bromuro, a paciente sentia a impressão no ponto exatamente corre spondente` e isto não só imediatamente depois da opera4ão, mas ainda tr?s dias depois, %uando o retrato foi fixado e colocado perto da paciente# !sta parecia nada ter sentido durante a opera4ão de fixagem, feita longe dela, e sentia igualmente bem pouco %uando se tocava, em lugar da camada de gelatino$bromuro, a c&apa de vidro %ue l&e servia de suporte# 0uerendo levar a experi?ncia o mais longe possível e aproveitando a presen4a ali de um médico, pi%uei violentamente, sem prevenir e por duas vees, com um alfinete, a imagem da mão direita de "me# 9###, %ue soltou um grito de dor e perdeu os sentidos por um instante# 0uando voltou a si, observamos sobre o dorso de sua mão duas raias vermel&as sub &ut4neas %ue ela não tin&a antes, e %ue correspondiam exatamente às duas arran&aduras %ue meu alfinete &avia feito sobre a camada gelatinosa#_IB
>uma nova experi?ncia com "me# 9 o coronel Noc&as descobriu %ue o clic&? era sensível apenas aos seus contatos, sendo %ue os do fotógrafo só eram sentidos %uando ele tocava o &omem %ue tocava o clic&?# !m W de outubro, tendo sido tirada uma prova sobre papel, *a paciente percebia sensa4:es gerais agradáveis ou desagradáveis. IZ# 2ois dias depois toda sensibilidade &avia desaparecido tanto no clic&? como na prova# 'onsta %ue o dr 9uDs repr oduiu o fenKmeno, tendo conseguido obter a transmissão de sensibilid ade a BI metros alguns instantes depois da *pose.# 2^ Arsac repetiu a experi? ncia da placa fotográfica sensibi liada e contestou a conclusão de Noc&as em artigo no (ornal Paris35ruxe!!es de EF de outubro e EXF# !m sua concep4ão *o %ue se tomou por fenKmeno de envultamento não foi mais %ue um fenKmeno de sugestão. II por%ue *na aus?ncia do &ipn otiador, podia$se, nove vees sobre de, picar o retrato, sem %ue a &ipnotiada sentisse dor alguma# >unca a paciente experimentou a menor dor, %uando o clic&? era picado por uma pessoa %ue ignorasse completamente o fim da experi?ncia.#I
!xiste, portanto, certa pol?mica sobre se a cera, a água, o gelatino$bromuro e outras subst=ncias seriam capaes de armaenar impress:es sensíveis e afetar cobaias &ipnotiadas ou se, ao contrário, é a mente do &ipnotiador %ue trabal&a, servindo o ob(eto como mero fetic&e %ue o auxilia a concentrar$se num ob(etivo /afetar a sensibilidade da cobaia1# "as isso não impediu a difusão e distor4ão da novidade e logo surgiu uma infinidade de adapta4:es do envultamento por fotografia# *Obten&a uma fotografia e uma mec&a do cabelo da vítima., di uma fórmula popular %ue ignora a &ipnose, *!nterre$os (untos, de prefer?ncia na lama ou em areia umedecida, onde os ob(etos se desintegrem rapidamente# 2a mesma forma, a vítima irá se desintegrando até a morte.#I
$$
CEh 'NO9!P, Aleister# "oonc&ild# LnY Homem5 Mito 6 Magia# <ão aulo, 6r?s, EWB, p Z# CFh +NAS!N, ;# G# 6&e Golden 3oug&# LnY Homem5 Mito 6 Magia# <ão aulo, 6r?s, EWB, p Z# CBh ANA9LSA2O< ON 3N8QANA# LnY Homem5 Mito 6 Magia, fascículo BB# <, 6r?s, EWB, p # CZh !m EWBW, teria c&egado mais uma receita, procedente de Lllinois, !stados 8nidosY *uma maneira segura de matar um &omem é
colocar sua imagem sob uma cantoneira do tel&ado da casa de %uem executa o feiti4o, durante tempo c&uvoso, e deixar %ue a água pingue sobre ela.# /Homem, "ito j "agia, p ZZ1# !m EWZ, perto de orfol7, foi encontrada uma boneca de %uine centímetros de comprimento, feita de massa de modelar e com uma lasca de espin&eiro perfurando$l&e o cora4ão# 'onforme a reda4ão de Homem, "ito j "agia, *o ob(etivo do feiti4o tanto poder ia ter sido o de matar a vítima, como o de sedui$la, ferindo seu cora4ão com amor.# "as, segundo "aria Helena +arelli, *diem os viin&os %ue a mul&er %ue ali morava morreu de ata%ue car díaco.# /A "agia do Jodu# Nio de ;aneiro, 9u de Jelas, EWWI, p BF1# CIh >!J!<, "árcia 'ristina A# "o Vodu 0 Macum*a # <ão aulo, 6ríade, EWWE, p IX# Ch O termo shabti deriva do egípcio antig o e significa *a%uele %ue responde.# A tumba de 6utanc=mon /EBB$EBFB a#'#1 contin&a ZEB figuras s&abit, sendo %ue destas BI são de operários, B de capataes, EF de inspetores e algumas do próprio rei# Acreditava$se %ue tais estatuetas substituíam o falecido e eram c&amadas para executar as tarefas árduas da vida a pós a morte em seu lugar# /'fY 6LNA2NL66L, +rancesco e 2! 98'A, Araldo# 6esouros do !gito# 6rd# "aria de 9ourdes Giannini# 3ela Jista, "anole, EWWX, p FE1# Ch >!J!<, "árcia 'ristina A# "o Vodu 0 Macum*a # <ão aulo, 6ríade, EWWE, p IX# CXh >!J!<, "árcia 'ristina A# "o Vodu 0 Macum*a7 <ão aulo, 6ríade, EWWE, p IX$IW# CWh ANA'!9!J!<, "árcia 'ristina A# "o Vodu 0 Macum*a # <ão aulo, 6ríade, EWWE, p IX# EEh 3!NG, 9uis /arte1 e 'A"!NA, ietro 9a# A Vingan$a do Vodu% LnY <