AMOR DE OUTROS MUNDOS Viajando Por Planetas e Dimensões
AMOR DE OUTROS MUNDOS Viajando Por Planetas e Dimensões
ANTHONIO MAGALHÃES PATRÍCIA KHANDRIK
AMOR DE OUTROS MUNDOS Viajando Por Planetas e Dimensões 1ª Edição – 2013
Este livro foi registrado no Ministério da Cultura – Fundação Biblioteca Nacional sob o registro: 39-003843_1 /6. Esta obra pode ser distribuída gratuitamente, desde que não haja alterações de seu conteúdo e os créditos do autor e fonte de origem sejam citados. A violação ou reprodução para fins comerciais não autorizada do mesmo, constitui crime previsto na Constituição (“aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar”. Artigo 5° da Constituição).
Copyright © 2013 by Anthonio Magalhães 4
Ilustrações: Milca Severo Organização: Thaís Vidal
www.loucosestelaresassumidos.com.br
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Em meu coração eu apreendi uma princesinha que veio de outro mundo. Ela, com seu Amor, a mim confortou apenas com a sua presença. Este mesmo coração recebeu um outro, que também não é deste mundo. Parceira, Irmã, Amiga e Amante. O que eu precisava, e sem que ela soubesse o que era mais necessário, ela me deu em abundância: Paz, Carinho e muito Amor. Clara e Thaís, meus Amores, o que eu recebi de vocês eu transmiti em Alegria e Carinho para escrever este livrinho. Anthonio Magalhães 6
Eu aproveito para também agradecer a cada Semente Estelar que, juntos, demos o passo seguinte. Hoje, como L.E.A. – Loucos Estelares Assumidos, estamos iniciando uma nova etapa. Aproveito a oportunidade para manifestar a minha Alegria e gratidão à Milca Severo por sua carinhosa atenção e disponibilidade em aceitar compor as ilustrações desta pequena obra de Amor. À Patrícia Khandrik pelos primeiros passos. Em Alegria, Graça e Gratidão, eu agradeço a todos os membros L.E.A. que vibraram alinhados a este trabalho. Anthonio Magalhães 7
Sumário
CAPÍTULO 1 – UMA VISITA INESPERADA .............................. 12 CAPÍTULO 2 – A RAINHA IS-IS................................................... 29 CAPÍTULO 3 – O AMOR ............................................................... 42 CAPÍTULO 4 – A IMENSA LUZ AZUL DE AMOR..................... 48 CAPÍTULO 5 – OS FELÍDEOS ......................................................52 CAPÍTULO 6 – O PLANETA ALTAIR .......................................... 60 CAPÍTULO 7 – O RETORNO E AS PRÓXIMAS VIAGENS ....... 74
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Prefácios Para as Crianças: Este pequeno livrinho te convida a viajar com os amiguinhos de outras estrelas. Prepare-se para descobrir muitas coisas bem diferentes de tudo na Terra, principalmente a forma de relacionamento entre os Irmãos das Estrelas. Você pode escolher viajar como se fosse a Luna ou, se quiser, o Lucas ou como apenas um leitor que faz parte desta maravilhosa aventura. Este livrinho é apenas o primeiro de muitas histórias que serão vividas neste Universo aos cuidados da Rainha IS-IS. Embarquem conosco e vamos juntos para as estrelas que estão todas no Coração de cada um.
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Para os adultos: Uma vez eu li um livro que era destinado ao público infantil. O mesmo me foi indicado por uma querida amiga. À época, eu me descobria como uma Semente Estelar, alguns também chamam de Semente das Estrelas, mas não importa. Como toda Semente, eu sentia saudades de casa, do meu planeta de origem. Descobrir-me como Semente não me fez melhor ou pior. Mas antes, eu me achava diferente por não funcionar nos padrões que as pessoas da Terra achavam "normal". Mas aos poucos, com os meus "re-acessos", eu pude me lembrar que a única diferença naquele momento entre mim e todos aqui na Terra, era somente a minha Lucidez sobre a minha origem, pois todos, sem exceção, são originalmente de outras estrelas. E assim como eu, todos que aqui neste planeta nascem, tornam-se originários, também, do jovem planeta Terra. Eu nasci de pai e mãe biológicos brasileiros e cheguei a este mundo numa cidade Maravilhosa por sua natureza e pela alegria de seus nativos: Rio de Janeiro. Ser originalmente de outro planeta, não me faz dar a menor importância sobre a minha raça de origem. O que importa hoje é o meu Coração, meu Centro, minha Essência. A mim foi dada a oportunidade de dividir através de um livrinho infantil, o que um Coração alcança quando o mesmo passa a "apreender" tudo efetivamente. Eu não sou, como dizem vulgarmente os poucos esclarecidos, um ET ou extraterrestre, eu sou apenas um Irmão 10
das Estrelas que não tem a menor diferença ou distância entre os nossos Corações. Assim como convidei às crianças, eu convido você a viajar conosco, seja na pele de um dos meninos, ou se você quiser, como um leitor participante e membro das nossas aventuras. Inclusive as futuras que virão nos próximos volumes. Apreenda esta leitura, divirta-se e encontre a sua origem. Pois eu garanto, se não for nesta história, nas próximas viagens pode ser que você relembre de qual estrela você veio. Não precisa apertar os cintos, basta abrir o seu Coração.
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CAPÍTULO 1 – UMA VISITA INESPERADA No interior de Minas Gerais, numa pequena cidade histórica, vive uma pequena família composta por uma mãe e um casal de gêmeos. As crianças têm 10 anos de idade e são filhos estudiosos e obedientes. É época de férias escolares e os gêmeos aproveitam para brincar todos os dias. Luna e Lucas estão brincando no quintal de sua casa quando, de repente, uma súbita tempestade vai se formando com raios e trovões. Eles ficam com medo, mas algo os impede de ir para dentro, pois as nuvens têm um formato estranho e suas cores são de um azul prateado bem reluzente. Sua mãe os chama e eles ficam parados observando a estranha tempestade. Mas mesmo assim, encantados, Lucas e Luna não conseguem responder à sua mãe. Suzana, a mãe, os chama novamente. Ela vai até a janela e grita: — Luna
e Lucas venham para dentro, vocês estão me
ouvindo? — Já vamos mamãe. — respondeu Lucas.
Neste momento, Lucas chama Luna e ambos entram em casa. — Onde vocês estavam que não me ouviram chamar? — Mas mamãe, nós só estávamos brincando. —
Não estávamos fazendo nada de mais mamãe. — também justificou Lucas. 12
E então, Lucas olha para Luna com negação. — Hum...
quero ver a bagunça que vocês deixaram lá
fora. — Não mamãe, tudo ficou guardado.
E Luna interfere: —
Ah, mamãe, vimos umas nuvens estranhas e engraçadas... — Ah é? Como eram essas nuvens? — Elas
tinham um formato oval e soltavam raios azuis prateados, elas tinham muita luz. E Lucas complementa: — Mamãe,
a Luna está falando bobagem... tudo isso que ela falou parece um conto de fadas. — completa Lucas com uma grande gargalhada. — Está
bem, mas com nuvens azuis e prateadas? Essas crianças estão sempre imaginando coisas. Agora vocês vão tomar banho, jantar e depois dormir. E chega de nuvens coloridas e contos de fadas por hoje. — Mas é verdade mamãe, a gente viu. — insiste Luna — A
gente não viu nada, a Luna está imaginando coisas. — implicou Lucas com risadinhas para a sua irmã. — Está
bem, com nuvem colorida, raio azul ou não, vocês vão tomar banho agora e depois do jantar vocês irão para a cama. 13
Após o banho, Luna e Lucas ficam olhando pela janela e pensando na tal nuvem. — Por
que você não disse a verdade para a mamãe? — perguntou Luna a seu irmão. — Eu
hein! Pra quê? Ela nunca iria acreditar na gente. É melhor deixar a coisa assim mesmo. — Lucas, você teve medo? — Medo eu? Claro que não. — Vou fingir que acredito em você Lucas. — Luna, vamos parar de blá blá blá e
dormir logo.
— Está bem, boa noite Lucas.
Luna não consegue tirar da cabeça o que viu e fica rolando na cama de um lado para o outro. E, na cama ao lado, Lucas dormiu bem rápido. Um barulho estranho veio do quintal. Algo parecia se movimentar de um jeito esquisito. Poucas horas se passaram e, depois de tanto rolar na cama, Luna conseguiu dormir. Mas como ela tem o sono leve, minutos mais tarde acordou assustada com o barulho vindo do quintal e chamou seu irmão. — Lucas, acorde, rápido!
Lucas custou a acordar. — Ahhh, que foi hein? Deixa eu dormir...
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Luna, vendo seu irmão ainda muito sonolento, levantou e saiu da cama sem fazer barulho. — Está bem, Lucas, já que você não quer ir, então eu vou
olhar o que está acontecendo lá fora no quintal. Lucas olhou para a irmã, virou para o outro lado e dormiu novamente. Luna continuou e saiu do quarto em silêncio. Em seguida, Luna foi ao quintal e viu que seus brinquedos estavam todos arrumados como eles deixaram, e não viu nada de mais. — Mas
que estranho, eu tinha deixado tudo arrumado, mas as coisas não estavam neste canto. E que barulho estranho foi esse? Ai, ai, ai o que será? Eu tenho que acordar a mamãe. Mas neste momento mais um barulho soou vindo de um dos cantos do quintal. Luna se assustou, mas corajosa que é, foi até lá olhar. Chegando mais perto, ela viu uma caixa azul prateada. A caixa tinha um tom azul brilhante e se balançava muito. Luna, curiosa, foi chegando mais perto e quando tocou a caixa levou um susto, pois a caixa parecia estar viva. Mesmo assim, ela tentou abrir a caixa que de repente parou de se mover e o brilho se apagou. — Que
coisa estranha, não me lembro de ter uma caixa assim entre meus brinquedos, que estranho! Será que é algum jogo novo do Lucas e ele não me disse nada? Ah, vou abrir pra ver o que tem aí.
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Lá no quarto, Lucas ainda meio sonolento, mas com os olhos abertos, se virou para o lado e não viu a irmã em sua cama. Lucas a chamou: — Luna, cadê você?
Imediatamente Lucas deu um salto da cama, acendeu a luz e confirmou que sua irmã não estava no quarto. Assustado, ele pensou em ir falar com a mãe, mas, com medo de preocupála, não o fez. Depois de procurar Luna por toda a casa, Lucas foi até o quintal e chamou bem baixinho pela irmã. — Lu,
cadê você? Não é hora de brincar de escondeesconde, a mamãe não vai gostar disso. — Shhhhhhh, estou aqui, venha cá.
Lucas se aproximou. — Lucas, esta caixa é sua? — Que caixa Luna? O que você está fazendo aí? Era para
você estar na cama, e não brincando aqui. A mamãe pode não gostar. — Lucas fala bem baixinho para que a mãe não os escute. — Lucas,
eu não sabia que você tinha comprado um
novo jogo. — Um novo jogo? Eu
não sei do que você está falando.
— Este aqui Lucas, ele se
move e tem uma luz brilhante. 16
— Chega
Luna, vamos dormir, eu não comprei jogo nenhum. Pare de inventar histórias e volte logo pra cama. — Não
Lucas, eu não estou inventando. Esta caixa se mexe e brilha sim. — Vamos mana, deixa isso pra lá.
Luna ficou desapontada, pois ela queria que o irmão visse que aquela caixa tinha algo de diferente. Em seguida, Lucas a puxou pelo braço e quando os dois começaram a se afastar, a caixa voltou a brilhar e a se mexer. Luna percebeu, parou, se soltou do irmão e saiu correndo em direção à caixa que agora estava brilhante. Lucas, meio sem saber o que fazer, acompanhou a irmã. — Você viu Lucas? Agora você acredita em mim?
E Lucas, ainda meio sonolento, não viu a caixa se mexer. — Ahhh
tá bom vai, amanhã a gente olha isso. Luna, eu
quero dormir. — Não, Lucas, tem que ser
agora, vamos abri-la?
— O
quê? Você está doida? E se for algo que exploda? Eu não mexo nela. — Está bem, Lucas, então eu
abro.
— Vamos, Luna,
deixa isso aí, vai ver que alguém jogou essa caixa em nosso quintal porque não prestava mais. — Então vai você, Lucas, eu fico
aqui até descobrir o que
tem dentro dela. 17
Lucas ficou pensativo, mas mesmo com muito sono resolveu ficar, pois ele sabia que a sua irmã era muito teimosa. — Está
bem, Luna, então abra essa caixa com muito cuidado. Mas você me promete que depois vamos dormir? — Tá bom, Lucas, eu prometo.
Naquele momento, com muito cuidado e bem devagar, Luna e Lucas começaram a abrir a caixa. A princípio eles não conseguiram. Olharam bem a caixa e perceberam que não era uma simples caixa. Ela parecia complicada. Na caixa, em sua parte exterior, havia muitas escritas estranhas que pareciam hieróglifos. Mas depois de tanto mexer, aquilo parecia um quebra-cabeças. Luna insistiu e fez força para abrir uma pequena fenda na parte superior da caixa. — Força, mana, abre logo essa caixa.
Depois de tentar de várias maneiras e fazer muita força, Luna estava cansada e já pensava em desistir. Mas de repente a caixa começou a se abrir e dela saiu um som: fuiiiimmmmmmmmmmmmmmm. E pernas pra que te quero, foi o maior corre-corre e quase foi quebrado o recorde mundial dos 100 metros rasos. Escondidos no banheiro, Lucas e Luna tremiam de medo daquela linda caixinha. — A caixa tá viva. — disse Lucas bastante assustado. — Você
ouviu, Lucas, que barulho esquisito, parecia um
pum do vovô. 18
— Ainda
bem que a mamãe não acordou, então o que
faremos? — Ora,
ora, vamos lá ver! Precisamos saber o que é. — disse Luna cheia de curiosidade. — Então vai você na frente que eu vou atrás. — Lucas, eu acho que eu vi um fantasma. — Ai, ai, ai,
um fantasma onde?
— Aqui
do meu lado com essa cara branca de assustado. — disse Luna quase chorando de tanto rir de Lucas. — Poxa, Luna, assim você me mata de susto, mas mesmo
assim vai você na frente. E assim, a corajosa Luna foi à frente e o perna-bamba Lucas acompanhava logo atrás dela. Eles saíram do banheiro em direção à caixa passo a passo, pois aquele silêncio era necessário para não acordar a mãe deles. — Pronto,
e agora, o que vamos fazer? — disse Luna
bem baixinho. — Luna, pensando bem me deu um sono... —
Fica aí seu medroso, eu vou tentar abri-la bem devagar, pois ela se fechou de novo. E com todo cuidado Luna tocou na parte superior da caixa e de novo... fuiiiimmmmmmmmmmmmmmm. E pernas pra que te quero novamente, pois enquanto ela corria e ao olhar pra trás, Luna teve vontade de dizer: “Socorro, tem um fantasma correndo atrás de mim”.
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Mas ela sabia que era seu irmão pálido e assustado. E tudo isso já era uma grande diversão para a menina. E, de novo, o banheiro estava ocupado pelos gêmeos esbaforidos. — Lucas,
nem pense em acordar a mamãe, nós vamos
voltar lá. — Você
tem certeza, mana? Pode ter um bicho dentro
daquela caixa. — Não
importa, vamos voltar lá agora, mas eu tenho uma ideia: Que tal nós nos aproximarmos e conversarmos com a caixa? Se tiver algo dentro dela, pode ser que nos responda. — Ai que sono... — disse Lucas fingindo que tinha sono. — Trate
de abrir seus olhos e venha comigo. — falou Luna a seu irmão com muita determinação. Mais uma vez os gêmeos se voltaram em direção à caixa, e caminharam com as pontinhas dos pés. E Luna, agora mais determinada, disse: — Eu não sei por que, mas pensei numa frase para ver se
essa caixa abre ou responde. E Luna disse em voz bem baixa: — “Caixa caixinha danada, que solta pum e cheira a nada, será que você vai continuar encalacrada?” — Luna, você é doida?
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— Calma, medroso, quando eu tocar a caixa e ela soltar o pum, vamos continuar aqui para ver o que acontece. — disse
Luna bastante determinada. Naquele momento, Luna mais uma vez tocou a parte de cima da caixa e... fuiiimmmmmmmmmmmmmmm. A caixa se abriu lentamente e de dentro saiu uma luz azul prateada que brilhava muito, ofuscando seus olhos. Eles caíram para trás tomando outro susto, pois dentro da caixa havia uma outra caixa ainda menor. Eles imediatamente tentaram abrir, mas também era muito difícil. Depois de várias tentativas, a outra caixa menor se abriu lentamente. E para a surpresa deles, tinha uma outra caixa menor ainda. Sem entender o que estava acontecendo, eles tentaram abrir a terceira caixa, a menor. Depois de muito tentarem e nada conseguirem, minutos depois a caixa menor também se abriu. Os gêmeos ficaram atentos e dentro dela tinha um livro bem pequeno que brilhava muito. O livro era menor que a palma da mão de uma criança. Eles se entreolharam ainda sem entender tudo aquilo, mas ao mesmo tempo achando o livro engraçado e bonitinho, pois nunca tinham visto uma coisa igual. Eles se aproximaram, pegaram e abriram o pequenino livro. E já na primeira página viram a figura de um lindo golfinho. 21
Ele era diferente dos que eles já tinham visto em filmes e desenhos na TV. Era um golfinho azul-prateado que parecia se mover dentro do pequenino livro. Assustados e, ao mesmo tempo, encantados com aquilo, sem querer, eles ativaram um botão minúsculo na contracapa do livrinho, e de repente saltou um lindo golfinho do tamanho deles e muito diferente de tudo o que eles conheciam neste planeta. — Lucas, o que é isso? Eu nunca vi nada igual. — Ai,
ai, ai, deve ser um desses livros modernos que usam tecnologia avançada, igual nesses filmes de ficção. — Lucas disse com um sorriso amarelo. — Ah
é? Depois você diz que eu fico criando contos de fadas. Olha só, quer dizer que agora lançaram um livro com essa tal tecnologia avançada? Mas como a gente nunca ouviu falar disso? — Eu
não sei, mas deve ser algo assim mesmo. Quem sabe nós não somos os primeiros a ver isso? — disse Lucas ainda receoso. O golfinho azul-prateado se mexeu e começou a falar uma língua desconhecida.
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— Olha isso Lucas, ele fala também! Que legal! — Ele fala um língua estranha, nunca ouvi essa língua. — Então vamos tentar falar com ele? — Vamos sim, mas acho
difícil, pois a gente não entende
o que ele fala. — Oi, Golfinho, quem é
você e como veio parar aqui? —
perguntou Luna toda radiante. — Ora,
ora, isso está ficando doido demais. Vai ver mandaram ele pra cá por engano ou para fazer testes. — disse o desconfiado Lucas. — Nada
disso, Lucas, você não está vendo que ele não é
desse mundo? 23
— Então
de onde ele é? Luna, você insiste nos seus contos de fadas, isso deve ter alguma explicação tecnológica. — Fica quieto, parece que ele vai falar. —
Olá, onde estou? Quem são vocês? — falou o
golfinho. — Só
faltava essa, um golfinho falando a minha língua e a minha irmã sonhando acordada! — Eu
sou Luna e esse é meu irmão Lucas, nós somos gêmeos e você está em nossa casa. — O quê? Onde? Eu não sei se deu certo o que eu fiz. — Eu
também não sei, mas alguma coisa me diz que você tem uma ligação com a tempestade que aconteceu hoje, mais cedo. — Tempestade?
Ah! Estou começando a entender. Eu sou um golfinho cientista e estava testando projetos de viagens por este universo local. — O
quê? Você falou em projetos no universo local, mas como? E você também disse que é um golfinho cientista, mas isso é possível? E como você consegue falar a nossa língua? — disparou Lucas com um monte de perguntas. — Sim,
projetos. Eu fiz uma programação e vim parar aqui, mas por enquanto eu não posso dizer o motivo. Eu sei falar quase todas as línguas deste universo local. Mas ainda há raças de novos planetas dos quais as línguas eu não aprendi ainda. 24
— Raças e planetas
novos, do que você está falando? De onde você veio? Que confusão. — disse Luna cheia de curiosidades. — Calma,
meninos, eu vou explicar tudo. Vocês estão
prontos? Os gêmeos responderam ao mesmo tempo: — Sim! — Projetos, golfinho
falante e cientista? Ah não! Eu acho que estou sonhando. Luna, me belisca! — Lucas, deixa ele falar! — Em
primeiro lugar, eu quero agradecer a vocês dois, porque se não fosse vocês, tudo poderia ter dado errado. — Você não
sabe o quanto eu corri quando eu escutava o pum da caixa. Mas tudo bem, continue falando. — falou Lucas com aquele sorrisinho amarelo. — Sim,
então vou falar. Eu venho do Planeta Sírius B, um planeta que, segundo os cálculos dos seus cientistas, encontra-se a apenas oito anos-luz de distância da Terra. Eu me chamo Delfi, eu sou de raça delfinoide. Eu sou um jovem cientista e trabalho com vários projetos universais ligados à Rainha do meu planeta. Alguns a chamam de mãe aqui no seu planeta. Eu realizo muitos experimentos que para vocês são mágicos, mas para as pessoas do meu planeta, tudo isso é normal. Eu vou descrever como é o meu planeta... — Sim, nos conte tudo, queremos sabe ir até lá. — falou a radiante Luna.
saber tudo ou quem 25
— Irmã,
você ficou doida de vez? A mamãe iria colocar a gente de castigo. Eu não quero nem pensar se ela descobre o que estamos fazendo agora. — Vamos
lá, o planeta Sírius B pertence a um sistema trinário, embora os seus cientistas digam que o nosso sistema seja binário. Os seus cientistas não sabem, mas Sírius A, que fica ao lado de Sírius B, é o sol central desta galáxia que vocês chamam Via Láctea. Em Sírius B, nós, de raça delfinoide, não somos limitados a viver na água. Nós vivemos também sobre a terra e quando eu falo sobre, eu digo na superfície do meu planeta. Há também outras raças em Sírius B e, entre muitas, algumas vivem sob a terra, ou seja, na parte interior do planeta. A minha raça hoje, além de viver muito bem na água e na terra, nós também podemos voar na atmosfera do nosso planeta. Lá, no planeta Sírius, é muito diferente de tudo que vocês conhecem na Terra. Nós somos felizes por termos uma rainha. Esta rainha nada tem a ver com as rainhas que existem na Terra e também não é de conto de fadas como as crianças gostam. Ela se chama IS-IS e com muita harmonia e paz, ela governa o nosso planeta e todo este universo local. — Isso
existe mesmo? Eu gosto muito de astronomia e sei que não existe vida em outros planetas. Também sei que aqui na Terra mandaram uma nave para Marte e só encontraram poeira até agora. — falou o desacreditado Lucas. — Não
liga pra ele, Delfi, continue, estou adorando e quero conhecer seu planeta e IS-IS. Isto já é meu sonho.
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— Não
será só um sonho, isso é real e poderá ser vivido. Em Sírius B nós não temos guerras, não temos doenças, não temos pobreza e não temos qualquer tipo de problema. — Não
creio nisso, como é possível tudo ser paz, sem doenças ou miséria? É difícil acreditar, inclusive é muito difícil eu acreditar que estou falando com um golfinho, ainda mais sendo cientista. Eu hein! Devo estar ficando doido. Luna, se a nossa mãe souber dessa história, ela vai nos internar num hospício. — Vai nada Lucas, não vamos falar sobre isso com
ela.
Delfi ficou tranquilo, pois sentiu que poderia contar com eles. — Amigos,
a história da Terra é longa e difícil. Nós de Sírius B, sabemos de tudo o que aconteceu aqui. Já havia muito tempo que queríamos ter um contato melhor com vocês, mas os seres da raça humana, que é a sua, são muito desconfiados, têm medo do que é desconhecido e não acreditam em nada, nem neles mesmos. — Sim,
mas vocês não podem interferir de alguma forma para melhorar tudo, nos ajudar a não termos mais problemas na Terra? O nosso planeta está com sérios problemas de aquecimento, eu vejo minha mãe reclamando disso, não entendo muito, mas parece que é uma preocupação de todos os adultos. Aliás, os adultos só falam em problemas. — Eu
sei disso e sei como as pessoas deste planeta funcionam. Mas essa história eu deixo para IS-IS contar a 27
vocês. Vocês querem viajar comigo para conhecê-la e também conhecer Sírius B? — Mas é claro que eu quero. — Luna saltou de alegria. — O
que é isso, Luna? Nem pensar, e a nossa mãe? Ela iria ficar muito preocupada. Não podemos ir, e, além disso, deve ser muito longe e iríamos demorar muito para chegar lá. Você lembra que o Delfi disse que a distância é de oito anosluz? — Nada disso,
nós não iríamos demorar quase nada num percurso de ida à Sírius B, são apenas alguns segundos do seu tempo terrestre. O tempo de lá não é o mesmo daqui da Terra, fiquem tranquilos. A mamãe de vocês estará num sono profundo, e quando ela acordar, vocês já estarão de volta.
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CAPÍTULO 2 – A RAINHA IS-IS Eu quero que vocês saibam que lá há vários seres vivendo em mundos diferentes, e que eles são de várias raças e dimensões, e não são apenas humanos. — São
aqueles homenzinhos verdes com três cabeças e essas coisas? Se for isso, eu não quero ir. — questionou Lucas disfarçando o seu medo. — Eles
devem ser lindos e fofos como o Delfi. — sorriu
Luna. — Muitos
são iguais a mim e muitos não. Os seres com várias cabeças existem em mundos muito distantes do meu, mas lá não podemos ir, pois não temos a autorização deles. — Bem,
eu só vou se for como você falou como é o seu planeta, caso contrário, eu tenho medo. — Não
tenha medo, Lucas, pois em Sírius B o Amor é tudo, está em tudo, é o que todos somos. E da mesma maneira são os planetas que são irmãos. — Tudo isso me parece muito difícil, mas me para entender. — disse Lucas já aceitando a viagem.
esforçarei
— Nós vamos agora Delfi? — Luna perguntou saltitante. — Sim,
podemos ir, mas primeiro me comunicarei com minha embarcação de Luz para ela se plasmar nesta dimensão. Só assim poderemos ir.
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— Como
você fará isso? Ah, me lembrei de um filme que tinha uma coisa bem parecida, vamos ver se é igual. — imaginou Luna o que seria plasmar. — Teletransporte.
Eu acho que já vi isso num desenho. Mas acho incrível isso no nosso planeta, eu nunca poderia imaginar que fosse uma realidade. — Lucas disse maravilhado com tudo aquilo. — Não,
Lucas, você vai ver algo muito diferente e nada tem a ver com teletransporte. — afirmou Delfi. Delfi fechou os olhos por três segundos e a embarcação de Luz se plasmou logo acima da casa dos gêmeos. Ela era linda e era pura Luz, não era uma luz projetada, a embarcação era toda de Luz. Os meninos ficaram atônitos com a embarcação de Luz e não acreditavam no que estavam vendo. No início, Lucas se mostrou resistente, enquanto Luna ficou eufórica com aquela linda visão. Primeiramente, Delfi embarcou Luna. Lucas, ainda pensativo, teve um misto de medo e alegria, mas para não deixar Luna sozinha, ele resolveu vencer o medo e aceitou ser embarcado. Já no interior da embarcação de Luz, eles ficaram encantados e quase não acreditavam que tudo aquilo estava acontecendo. Lucas se beliscava o tempo todo para ver se ele não estava sonhando. Delfi mostrou os comandos da embarcação de Luz, mas explicou que aquilo tudo era comandado através do seu Coração. Era uma tecnologia jamais vista nos filmes de ficção mais criativos da Terra. A embarcação de Luz tinha muitos painéis com inscrições 30
estranhas, luzes, pirâmides, pedras e cores exóticas nunca vistas pelos gêmeos. — Por
favor, não mexam em nada. Acomodem-se nos assentos e fiquem à vontade. Vocês querem algo para comer? — Eu quero sim. — falou a gulosa Luna. — Eu
também, mas eu não sei como é a comida de seu
planeta. Delfi não respondeu, e como num passe de mágica, frutas diferentes de várias cores surgiram numa mesa flutuante quase invisível. — Uau, mas como isso? — perguntou Luna.
você é rápido Delfi! Como você fez
— Materialização multidimensional. É muito simples, na
verdade o sistema desta embarcação trouxe os alimentos da minha dimensão de origem para a dimensão de vocês. A dimensão de vocês chama-se terceira dimensão dissociada (3DD). Em outra ocasião conversaremos bastante sobre isso. — Caramba!
Que gostoso! Essa fruta não tem na Terra. — disse Lucas de boca cheia. — As
cores são lindas e os sabores deliciosos, adorei. Quando eu voltar eu gostaria de levar algumas. — falou a gulosa, de novo. — Sim,
vocês poderão levar. Agora nós decolaremos e voaremos até uma das entradas no interior do seu planeta. Eu vou explicar a vocês de uma maneira bem simples. Se não estivéssemos com esta embarcação de Luz, nós poderíamos 31
adentrar ao interior do seu planeta através de alguns pontos espalhados por toda a Terra. Alguns desses pontos são cavernas profundas que nos permitem chegar a pé ao interior do planeta conhecido como intraterra. Mas já que estamos embarcados e o nosso destino é o meu planeta, então nós teremos que usar uma passagem destinada às pequenas embarcações. Nós estamos nos dirigindo para o interior do planeta porque há um grande portal multidimensional. As viagens através das embarcações de Luz não são percorridas no espaço-tempo, o que vocês chamam uma distância anos-luz. Ou seja, os seus cientistas diriam que para chegar ao meu planeta levaria oito anos se vocês viajassem na velocidade da luz. Ao entrarmos no portal multidimensional nós levaremos apenas alguns segundos do seu tempo terrestre para chegarmos a Sírius B.
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Então, como o país de vocês faz parte do hemisfério sul, nós nos dirigiremos para a entrada oceânica do polo sul. Para conseguirmos entrar, sobrevoaremos e depois mergulharemos no mar da Antártica para adentrarmos uma imensa caverna submarina que nos levará imediatamente ao oceano do interior do seu planeta. Em seguida imergiremos e voaremos no máximo dois segundos até adentrarmos o portal multidimensional. — O
quê? Mas vai ser tão rápido assim? — disse Lucas desconfiando da rapidez e facilidade. — Nós
temos tecnologias para grandes deslocamentos em segundos do seu tempo terrestre. Eu peço a vocês para fecharem os olhos e contarem até três, bem devagar. Pronto, podem abrir os olhos e olhem para aquele painel logo ali acima. Nós já estamos sobrevoando o interior do seu planeta. — Caramba,
Luna! Tudo é muito parecido com a parte de fora, as florestas e os rios, é tudo igual. — Olha
ali adiante, mano, parece uma pequena aldeia, mas daqui de cima não dá pra ver direito como são as pessoas. — Meninos, no interior do seu planeta há muitas cidades,
mas não são cidades como vocês imaginam. Elas não são grandes e povoadas por muitas pessoas como vocês têm por toda a superfície da Terra. Como na superfície do seu planeta, no interior dele há muitos animais livres, mas também há muitas raças que vocês nunca viram. Há também muitas cidades e várias raças de seres inteligentes. Alguns são muito diferentes e não têm o que vocês 33
chamam de corpos físicos. Há também algumas cidades com seres da minha raça. Nós somos os responsáveis e cuidamos de uma coisa chamada Núcleo Cristalino do Planeta Terra. Sobre isso, eu vou deixar a Rainha IS-IS falar para vocês. Agora, mais uma vez eu peço para vocês fecharem os olhos e contarem até três. Um, dois e três, pronto! Vocês já podem abrir os olhos. — Uau, nós já chegamos? — Sim, Luna, sejam bem-vindos ao planeta Sírius B.
Ao descerem da embarcação de Luz, os gêmeos viram um céu espetacular nunca visto antes. Eles ficaram deslumbrados com tanta beleza ao redor, a ponto de mal conseguirem falar. — Meninos,
vocês estão vendo este céu? Ele é um azul bem diferente do azul do céu de vocês. O céu de vocês é iluminado por um sol de raios amarelos, o nosso sol se chama Sírius A. É uma estrela azul e isso justifica esse tom do céu. Esse tom azul também justifica a cor da minha pele, assim como os seres de raça humana que temos em Sírius B. Estes seres nada têm a ver com os humanos da Terra. Eles são fisicamente muito parecidos com vocês, as diferenças são pequenos detalhes, mas há num primeiro olhar a diferença da cor da pele. A pele deles é um azul-prateado. Eles, como todas as raças, são muito bonitos, aliás, aqui no meu planeta não há o que vocês chamam de feio ou bonito. Como também não há o certo ou o errado, o maior ou o menor, o melhor ou o pior, ou seja, todas as comparações e diferenças que são comuns em seu planeta. Eu quero dar uma dica a vocês: — quase tudo em meu 34
planeta é muito diferente do seu. Então, enquanto vocês humanos têm o hábito de ficarem comparando as coisas, pois desta maneira vocês perdem muito tempo com análises e o seu cérebro impede que vocês descubram o “novo”. Nós quando
chegamos num novo planeta, nós apenas vamos observando e apreendemos tudo. O que significa “apreender”? Significa
observar e nada falar, nada comparar, nada analisar, nada questionar, nada julgar e nada descartar. Se vocês funcionarem assim, vocês não perderão nada. A verdadeira inteligência é desenvolvida desta maneira. Experimentem e no final da nossa viagem nós falaremos mais sobre isso. Depois dos gêmeos concordarem em experimentar “apreender” tudo, Delfi os conduziu em direção à sua rainha. — Meninos,
a primeira coisa que quero fazer com vocês é levá-los para conhecer IS-IS, a nossa rainha. Mas quando falo “rainha”, mais uma vez eu digo: — o seu significado nada tem a ver com as rainhas da Terra. Aqui o sentido de rainha é o mesmo que mãe, mas também nada tem a ver com o sentido de uma mãe da Terra, aqui é muito mais. Nós não nos comportamos como súditos, que é um povo comandado ou governado por uma rainha como na Terra. Ela é, acima de tudo: AMOR. Este AMOR eu não vou falar agora, só falaremos sobre ele depois que vocês encontrarem IS-IS e sentirem o que vocês não terão palavras para definir. Porque, na Terra, este sentimento não é comum. Eu afirmo: muito raro. — Eu
estou muito curiosa e também muito encantada com tudo isso que você está nos ensinando. 35
— O
castelo da sua rainha deve ser enorme e muito
luxuoso. — Você está enganado, Lucas, aqui não existe isso e não
precisamos de pompa e ostentações. O AMOR também não precisa disso, aliás, ele não precisa de nada. — Mas então onde ela mora? — Em
todo lugar, Luna, com todas as pessoas, em todas as dimensões, inclusive no seu planeta. — Delfi, é difícil de entender isso. — Luna, lembre-se: apenas apreenda. — Mana,
eu estou começando a achar isso divertido, porque quando tentamos entender, nós fazemos comparações com as coisas do nosso mundo e isso fica cada vez mais complicado. — É
verdade, Lucas, aquele que tenta entender acaba se limitando, e aquele que apreende começa a se expandir. — Ora,
ora, vocês estão mais rápidos do que eu podia imaginar. Mas sabe por que isso se dá mais rápido com as crianças? Porque vocês ainda não estão cheios das crenças e conceitos do planeta T erra. E quando eu falo “crenças”, eu não me refiro às coisas religiosas ou espirituais, eu falo do que vocês creem. Se você crê que você é forte, isso é uma crença. Se você crê que você é inteligente, isso é uma crença. Então, as crianças até os 14 anos ainda não têm o que em seu planeta é chamado de personalidade, pois é a personalidade que se desenvolve através das crenças. Em outra ocasião falaremos mais sobre isso. 36
—
Em meu planeta costumam dizer que ter personalidade é uma virtude, uma coisa muito boa. — disse Luna para Delfi. — Luna, a mamãe diz que eu tenho uma personalidade teimosa. — disse Lucas dando uma boa gargalhada. —
Meninos, não importa o tipo da personalidade, qualquer uma é constituída de crenças. E toda crença é uma inversão, mas como eu já falei, por enquanto falaremos e faremos o que é mais importante. Quando eu disse que IS-IS pode estar em todo lugar, eu quis dizer que ela é um ser multidimensional. Um ser multidimensional pode estar em vários lugares ao mesmo tempo. Mas muito melhor do que isso, é eles poderem falar conosco de dentro do nosso coração. Vocês imaginam o que é isso? — E como você falou para apreender, eu vou ficar quieto
apreendendo. —
Muito bem, Lucas, é assim que se constitui uma Inteligência Eterna. — Eu só consigo dizer que estou encantada com tudo isso. E que “apreender” é algo tão simples e não sei por que
ninguém funciona assim na Terra. — Meninos,
já estamos chegando, esta caminhada foi rápida, mas o seu motivo foi somente para termos essa conversa. Onde quer que estivéssemos e chamássemos por ISIS, através do nosso coração, ela viria num piscar de olhos. Isso é para aqueles que têm necessidade de ver. Em meu caso eu 37
apenas pensaria nela e sua voz falaria no meu coração. Mas como vocês ainda funcionam através da necessidade de ver, nós a chamaremos. —
Mas aqui é apenas um bosque e estamos numa pequena clareira, ela virá assim mesmo? — lamentou Lucas. — Vamos lá, meninos, fechem seus olhos, tentem pensar
através dos seus corações e repitam o nome dela: IS-IS. — Olá, Luna e Lucas, eu estava aguardando vocês. — Caramba! — gritaram os gêmeos ao mesmo tempo. — Eu
sou IS-IS e já lhes esperava. O que tudo isso poderia parecer como um acaso desde a chegada do Delfi na casa de vocês, tenham certeza, tudo foi cuidadosamente planejado. Agora vou lhes falar algumas coisas e vocês podem perguntar o que quiserem em seguida. Atentos e muito à vontade, eles responderam juntos: — Nós estamos amando “apreender”. — Meninos,
é com muita alegria que lhes recebo em Sírius B. Vocês querem ouvir um pouco da história do seu planeta? — Sim, sim,
queremos.
— Como
vocês sabem, há os céus e as estrelas, e na Terra vocês chamam o universo. Mas são vários universos. Neste universo que o planeta Terra faz parte, é o mesmo universo deste planeta que nós estamos agora, ou seja, hoje nós habitamos o mesmo universo. Há seres muito antigos que 38
trabalham e ajudam na expansão dos universos, e entre estes seres há um grupo de seres muito mais antigos que organiza e acompanha os desenvolvimentos. Então, entre estes seres muito mais antigos que são em número de 24, ficou decidido que neste universo que estamos, seria de minha responsabilidade a organização, desenvolvimento e expansão. Eu recebi esta responsabilidade por muitos motivos, mas há um motivo que é muito importante e só pouquíssimas pessoas do seu planeta sabem disso. Por muito tempo, eu viajei por vários universos e planetas estudando o que no seu planeta não tem um nome definido. Eu estudei muito, trabalhei muito para aprender a criar raças e seus corpos físicos. São os corpos de muitos seres de vários planetas do nosso universo, inclusive o do seu planeta, a raça humana. Há mais de 20 milhões de anos, este grupo de 24 seres muito antigos, me entregou a missão de semear vidas em vários planetas deste universo. E entre muitos planetas, o planeta Terra estava escalado para receber a raça humana. Mas saibam que antes da raça humana ter sido semeada por lá, nós de raça delfinoide, junto com outras raças, preparamos a Terra com muita antecedência para, quando a raça humana fosse semeada, já tivesse as vegetações, as florestas, os rios, os mares e as diferentes variantes da natureza. Saibam que para formar um mundo de vidas num planeta, só é possível com a união de quatro elementos primordiais: o ar, a água, a terra e o fogo. E cada um desses elementos foi desenvolvido no seu planeta por uma raça que trabalha e o tem como elemento primordial no planeta de origem de cada raça que o representa. Por exemplo: A raça do 39
amiguinho Delfi, a delfinoide, esta é a raça que desenvolve os rios, os mares e tudo relacionado à água. A raça dos cárians, esta é uma das raças do elemento ar. Os cárians são parecidos com os pássaros na visão dos humanos da Terra. Em seu planeta, antes de eu levar as matrizes humanas, eu levei o que chamamos de matrizes cristalinas. As matrizes cristalinas são os elos da nossa ligação e nossa origem. Pois mesmo que hoje vocês estejam na forma humana, e eu esteja na forma delfinoide ou qualquer forma ou não-forma que estejamos, nós pertencemos à mesma origem. Mas acostumemse a pensar que somos da mesma Fonte. A Fonte, a força, a energia que me permite animar e usar este corpo que uso, é a mesma que lhes permite energizar e viver neste corpo humano. Eu sou a criadora das raças e corpos deste universo que estamos, por isso alguns me chamam de rainha ou mãe, mas não importa, porque antes de tudo nós somos irmãos da mesma origem, da mesma Fonte. Não se preocupem se vocês podem esquecer todas estas informações, isso não tem o menor problema. O que importa é que elas, neste momento, foram colocadas em seus corações e isso servirá enquanto vocês estiverem neste corpo humano. Em breve, teremos mais uma oportunidade de estarmos juntos. Aproveitem o seu passeio com o Delfi, divirtam-se e sejam a Alegria que vocês são em essência. Eu amo vocês. — E nós
apreendemos. — os gêmeos disseram juntos. 40
Neste momento uma Luz tão forte emanou do coração de IS-IS, que os gêmeos não aguentaram manter seus olhos abertos. Ao abrirem dois ou três segundos depois, eles perceberam que IS-IS já tinha partido.
41
CAPÍTULO 3 – O AMOR Completamente encantados com tudo aquilo, eles disseram a Delfi que gostariam de fazer muitas perguntas sobre tudo que IS-IS lhes falou. — Meninos,
eu não posso lhes dar explicações sobre tudo que vocês ouviram de IS-IS. Vocês devem se lembrar que vocês disseram a ela: — “nós apreendemos.” E apreender é não ter necessidade de perguntas, pois as respostas vêm sempre na hora certa. — É
verdade, eu quero apreender cada vez mais e me tornar uma menina de Inteligência Eterna. — Eu
ainda acho difícil, mas eu não desisto. — afirmou Lucas bastante empolgado. — E então, meninos, vamos continuar a nossa jornada? — Sim,
sim, para onde nós iremos agora? — mais uma vez os gêmeos falaram juntos. — Para dentro de seus corações. É
só por poucos minutos para falarmos do que vocês ainda estão sentindo desde quando IS-IS surgiu, e ainda não conseguiram entender. Esta sensação de alegria, esta sensação de conforto, esta sensação que vocês querem que nunca mais acabe, chama-se o AMOR que IS-IS emanou a vocês. — Delfi,
eu ia te perguntar como você sabe que estamos sentindo isso, mas eu me lembrei que só devo apreender.
42
— Eu
não sei explicar e nem quero entender, eu só sei que quero sentir isso para sempre. — falou Lucas com voz bastante carinhosa. — Meninos, neste caso, eu vou falar e isto não significa que estamos interferindo em seus processos de “apreendizado”.
O que vocês sentem eu também sinto, a diferença é que vocês não estão habituados a isso. Os seres como IS-IS alcançaram uma dimensão de coração que basta nós pensarmos neles para sentirmos o que não queremos mais parar de sentir. Isso se chama AMOR. Não é o que é chamado de amor no planeta Terra. Aquele amor é um sentimento de paixão e possessividade. O verdadeiro AMOR é igual em todos os sentidos para todos. Ele jamais quer alguém, exerce poder ou apego sobre o outro. Ele jamais é associado a algum objeto como vocês dizem que amam isso ou aquilo. Ele jamais faz diferenças entre os seres. O AMOR verdadeiro independe de laços familiares, laços íntimos, laços de amizade, laços de qualquer forma de relacionamento. As pessoas na Terra não amam uns aos outros como eles dizem, aquilo nunca foi amor. Quando nós vivemos o AMOR verdadeiro, não existe mais o que vocês chamam de distância ou diferença. Isso simplesmente não é possível, pois o AMOR faz com que tudo e todos, sem exceção, vivam eternamente em seus corações. O AMOR é a força mais importante para todas as formas de vida. De agora em diante, vocês sentirão tudo isso sobre o AMOR, porque vocês são AMOR e sentiram o verdadeiro AMOR. Mas não se esqueçam que todos, mesmo no seu planeta, pois eles não vivem o verdadeiro AMOR, mas mesmo assim, todos eles são AMOR. Inclusive aqueles que vocês 43
chamam de “maus”. Aqueles que por uma fase da sua vida são vistos por vocês como “maus”, eles, em essência, têm o mesmo
AMOR que todos, não há diferença. E isso vocês vão descobrindo se continuarem apreendendo. — Delfi,
eu levei um susto quando você falou que os maus também são AMOR. Mas eu estou gostando de apreender e vou aguardar que isso fique cada vez mais claro. — Lucas,
continue assim, mas saiba que ninguém é mau em essência. Tenha certeza. — E o
que faremos agora, Delfi?
— Luna,
eu quero mostrar a vocês um pouco mais sobre os seres que vivem aqui em Sírius B. Vamos continuar caminhando e logo, logo chegaremos no que vocês chamam de oceano. Mas lembrem-se: apreender é também não fazer as comparações com o que vocês conhecem da Terra. Pois todos aqueles que fazem comparações, ficam cada vez mais confusos quando estão diante de algo que é novo. — Eu já ia perguntar se neste oceano tem peixes e ondas. — sorriu Luna. — Luna,
se você apreender, você aprenderá tudo sem qualquer dúvida. — Eu
acho que já estamos chegando, pois daqui já estou vendo uns reflexos de cor alaranjada. — É isso mesmo, Lucas. Chegamos. O nosso céu tem um
tom de azul bem mais forte que o azul da Terra. O fundo do nosso oceano que não contém pedras, areias e corais como na Terra, é composto por muitos outros elementos, mas temos um 44
em maior abundância como o seu oceano tem a areia. Esta maior abundância aqui é composta por cristais. E de acordo com o Ar, os raios do nosso sol (elemento Fogo), a posição do nosso planeta (elemento Terra) e a movimentação das Águas, faz com que a cor do mar esteja sempre variando. Hoje ele está neste tom laranja, mas há dias que ele fica vermelho, amarelo, lilás e diversas outras cores que não existem no planeta Terra. E tudo isso acontece devido à grande quantidade de cristais no fundo dos nossos oceanos. Eles fazem apenas refletir as combinações e variações dos 4 Elementos. — Delfi, eu nunca mais quero acordar deste sonho. — Luna,
vem cá pra eu te dar um beliscão. — brincou
Lucas. —
Meninos, vamos entrar na embarcação de Luz e percorrer umas surpresas que eu tenho para vocês. — Mas,
Delfi, antes de embarcarmos me diga o que é isto que estou pisando? — Lucas, você
está pisando numa combinação de rochas e cristais que vocês podem entender como areia de praia. Embora seja completamente diferente das areias da Terra. Mas vamos lembrar que apreender é bem melhor, pois toda vez que usamos uma coisa conhecida para identificar uma coisa desconhecida, isto promove comparações e a partir daí começam as dúvidas e perguntas que sempre atrapalham o momento da descoberta do novo. A sensação que vocês dizem sentir quando estão encantados é bem melhor do que a sensação de dúvidas que promovem o que vocês chamam de medo. O medo te faz desconfiar e se afastar das coisas mais 45
doces e mais belas, justamente porque ele surge através das dúvidas e perguntas. — E
quanto mais encantada, cada vez mais eu sinto o valor do que é apreender. — suspirou Luna. — Meninos, vamos embarcar! — Mana, essa embarcação não dá vontade de sair dela. — Sim, Lucas, eu me sinto
segura e muito confortável.
— Meninos,
nós agora vamos sobrevoar baixo e bem devagar uma pequena vila de humanos de Sírius B. — Uau, olha lá mana, eles são — Sim,
muito parecidos conosco.
Lucas, e veja como brilha suavemente a pele
deles. — Meninos,
eles estão ouvindo tudo o que vocês estão dizendo. Em Sírius B basta pensar para o outro ouvir. —
Você ouviu isso, Lucas? Então se eles estão nos ouvindo, eu digo: — Olá humanos de Sírius B, vocês são lindos. Neste momento um grupo de humanos acenou em direção à embarcação para a alegria dos gêmeos. Mais adiante outros humanos também acenavam e mandaram um recado através de Delfi: — Meninos, eu estou recebendo através do meu Coração,
as boas-vindas a vocês. Eles estão dizendo que estão felizes por receberem a visita dos irmãos da Terra. 46
— Ai
que lindo tudo isso. Delfi, por favor, agradeça-os por mim e meu irmão Lucas.
47
CAPÍTULO 4 – A IMENSA LUZ AZUL DE AMOR —
Subindoooooo! Agora vou mostrar a vocês uma surpresa. É por isso que estamos subindo bastante. Pronto! Vamos ficar aguardando nesta altura. Como vocês podem ver, Sírius B está abaixo de nós. Olhem lá, vejam aquela enorme Luz Azul percorrendo a órbita de Sírius B. — Delfi, que Luz linda, parece um cometa, não é Lucas? — Não
sei, mana, eu só sei que é lindo demais, grande demais e está me fazendo sentir a mesma coisa que senti quando IS-IS chegou. — É
isso mesmo, mano, é gostoso, é aconchegante, dá uma moleza tão boa que nunca mais quero parar de sentir. — Meninos,
vocês esqueceram do AMOR? Vocês estão sentindo o AMOR emanado pelo que a Luna disse ser um cometa. Mas não é um cometa. É realmente uma imensa Luz Azul. Aquilo que vocês viram e sentiram, é um ser multidimensional numa forma de vida diferente. Ele é um ser que não precisa de um corpo físico. Ele é a Luz, uma Luz que fala, que se movimenta, que é inteligente e desenvolve muitos trabalhos em nosso universo. No planeta Terra, como IS-IS, ele é conhecido por pouquíssimas pessoas. E da mesma forma que IS-IS está em todos os lugares, ouve a todos quando falam ou pensam nela, com ele não é diferente. Ele na maioria das vezes está em Sírius B, mas ele visita muitos outros planetas deste universo, inclusive a Terra. — Mas,
Delfi, eu estou confusa em saber que uma Luz gigante pode falar e é inteligente. 48
— Querida
Luna, você ficou confusa porque parou de apreender, pois se não temos as respostas agora, com os acontecimentos seguintes elas surgem e tudo fica claro. Agora, se você insistir em querer entender comparando com os seus conhecimentos da Terra, você ficará cada vez mais confusa e permanecerá sem respostas. Observe o silêncio e a tranquilidade do Lucas, veja como ele contempla a beleza da grande Luz Azul e sente o AMOR emanado que entra pelo seu coração. — É
verdade, Delfi, quando eu comecei a duvidar, a ter questionamentos, eu parei de sentir o AMOR. — É
exatamente o que ocorre quando vocês param de apreender. O coração fecha e vocês perdem tudo o que se apresenta, tanto para ver quanto para sentir. —
Mana, eu me sinto tão bem em funcionar assim apreendendo, que nunca mais voltarei a ser como antes. — Meninos,
este ser multidimensional de imensa Luz Azul tem um nome muito comum na Terra. Ele chama-se: Miguel. Em Sírius B, Miguel irradia AMOR o tempo todo. E alguns planetas que ainda não são considerados planetas irmãos, como a Terra, por exemplo, Miguel, quando passa por lá e muitos pensam que é apenas um cometa, o seu AMOR irradiado promove desconstruções. Não são desconstruções num sentido de destruições, são desconstruções das crenças daquele amor que existe na Terra. Em planetas que não são irmãos ainda, os mesmos são definidos como "dissociados", ou melhor, afastados do AMOR. E o mesmo AMOR que você sente e não quer parar de sentir, é o AMOR emanado por 49
Miguel quando passa pela Terra. Mas os humanos não estão acostumados, não percebem e nada sentem. Mas tenham certeza que esta emanação ajuda toda a humanidade e promove muitas melhorias. — Então
quando passar um cometa na Terra é Miguel irradiando o seu AMOR? —
Nem sempre Luna, há cometas de verdade como vocês conhecem. Mas há seres que passam irradiando o seu AMOR e nem sempre é Miguel. Mas lembre-se que quando você avistar uma gigante Luz Azul bem parecida com um cometa, você saberá que é Miguel, pois vocês já sentiram a sua irradiação de AMOR e saberão que é ele. Foi por isso que eu os trouxe até aqui. Não foi só para ver, mas muito mais, foi para sentir o AMOR de Miguel. — Lucas, você está com cara de embriagado. — Sim,
Luna, no início é assim mesmo que vocês ficam quando sentem emanações de AMOR. — Mana, eu me sinto leve a
ponto de voar.
–
Meninos, vocês podem voar em Sírius B ou em qualquer planeta irmão, ou seja, não dissociado. — Como
é que é? — gritaram juntos, os gêmeos em
gargalhadas. — Calma,
agora vamos nos deslocar até o planeta Sírius C, logo ali adiante há um portal dimensional que nos levará até lá e lá estará uma pessoa que já está nos aguardando.
50
— Sírius C? — Sim, Luna, lembre-se que Sírius é um sistema trinário,
ou seja, de três estrelas. — É
verdade, lembrei-me que você nos explicou quando disse de onde veio. — É
tão pertinho que já chegamos. Daqui de cima nós podemos ver que em Sírius C não há cidades ou o que vocês chamam de casas ou abrigos. Aqui há várias raças, e também seres multidimensionais que não precisam de um corpo físico. Mas há uma raça em mais evidência e é a raça da pessoa que nos espera. Eu vou diminuir a nossa altitude para que vocês possam ver melhor estes seres. Delfi manobrou a embarcação de Luz e eles desceram um pouco mais para uma melhor visualização. 51
CAPÍTULO 5 – OS FELÍDEOS —
Mana, olha lá, me belisca, me belisca, eu estou sonhando que vejo gatos, leões, onças e panteras, mas todos eles andam em pé, não usam as quatro patas no chão. — É mesmo, Lucas, eles são grandes, são maiores que os
adultos humanos da Terra. — Isso
mesmo, meninos, essa é a raça Felídea, eles andam eretos como os humanos da Terra e medem entre três e quatro metros de altura. Eles não são como os animais que vocês citaram, mas são bastante parecidos com alguns animais felinos da Terra. Entre eles há algumas variações, é por isso que vocês citaram alguns felinos terrestres. —
Lucas, eu desconfio que o Delfi nos trouxe para conhecer uma pessoa da raça felídea. — É verdade, Delfi? — Sim,
meninos, há uma pessoa que está a nossa espera e ela é uma jovem felídea. Ela e seus familiares mais próximos são felídeos bem parecidos com os felinos leões da Terra. — Mas,
Delfi, como faremos para encontrá-la, já que você disse que neste planeta não há casas nem abrigos? — Muito
bem, Lucas, você está bastante atento a todos os detalhes. Mas faltou um, e ele foi muito importante e vocês já puderam presenciar. Será que a Luna se lembra? — Ahhh me desculpe, Delfi, eu não estou lembrando.
52
— Então
vamos fazer novamente o que fizemos com ISIS. Fechem os olhos e através dos seus Corações chamem pelo nome: Feli. Este é o nome dela. Ok, todos juntos: um, dois e três... — Mi...
miii...miiiiiii... miiiiaaauuuuuuuuuuuu
— Luna, como ela é linda! — Lucas, você está babando! — Meninos, esta é a
Feli. Uma felídea feliz.
— Miauuuuu, queridos amiguinhos da Terra, sejam bem-
vindos a Sírius C. — Lucas,
meu irmão, pode fechar a boca, você parece
hipnotizado. — Eu nunca vi nada igual. Feli,
você é muito bonita.
— Meninos,
ela entende o encanto de vocês, mas aqui não há as comparações entre feios e bonitos. Aqui todos são o que são, e ninguém é mais feio ou mais bonito. Nem certo, nem errado, nem melhor, nem pior. Não há as diferenças que só existem em mundos dissociados como a Terra. — Delfi,
os planetas irmãos são o quê, já que a Terra é
dissociada? — Muito
boa a sua pergunta, Luna. Os planetas irmãos
são Unificados. — E
ser dissociado é melhor ou pior? — perguntou
Lucas. 53
— Se
vocês continuassem apreendendo, em breve vocês saberiam a resposta. Mas não vamos dar atenção se isso é melhor ou pior, mesmo que vocês achem agora que um mundo dissociado seja pior. Mas se existem guerras, violência, miséria, fome, lutas sociais, racismo, doenças, pragas, ricos e pobres, e todas as diferenças entre os seres, é porque aquele mundo é dissociado. — Então
a situação da Terra não é boa, você concorda,
mana? — Mesmo
apreendendo já dá para perceber a diferença, mesmo não querendo usar mais esta palavra. — afirmou Luna. — Mas,
meninos, eu tenho outra forma mais agradável de saber se um mundo é Unificado ou dissociado. Alguma vez vocês já sentiram a emanação chamada AMOR na Terra? — perguntou Delfi. — Nunca. — Os gêmeos responderam juntos. — E em Sírius B e Sírius C? — Sim, o tempo todo que estávamos em Sírius B e agora em Sírius C. — respondeu Luna. — Então, meninos, num
mundo Unificado o AMOR está no ar e em toda parte, sobretudo, nos corações dos seres que ali vivem. E é a emanação espontânea (é como respirar, que é um ato comum a todos os humanos da Terra) que toca todos os corações, inclusive, daqueles que vêm de mundos dissociados e ainda não emanam o AMOR que são. — Viu
só, mana? É por isso que você diz que eu fico com cara de embriagado. — gargalhou Lucas. 54
—
Feli, você está observando como eles estão apreendendo rápido? — Sim, Delfi, e
quando chegar a hora de explicarmos por que você foi ao planeta Terra e os trouxe até aqui e nos outros lugares, eu acho que nem será necessário muito esforço. — É verdade,
Feli, esses dois são muito rápidos e se continuarem assim, antes de nossa despedida, eles nos dirão o que significa o nosso encontro. — Lucas, não finja que não está ouvindo tudo isso. — Eu?
Não... eu estou apreendendo. — gargalhou Lucas,
feliz da vida. — Feli, eu posso te
fazer uma pergunta?
— Sim, Luna. — Eu
vejo algumas pessoas (felídeos) passarem e eles caminham juntos, mas não falam, nem emitem sons. — Luna,
nos planetas unificados não precisamos falar, basta falarmos através do nosso Coração para que o outro ouça, ou melhor, ele passa a saber, mas essa comunicação não se dá pela cabeça. A nossa comunicação não depende de conversas, perguntas e opiniões. Basta um pensar no outro e tudo acontece da melhor maneira. Mas antes que você me pergunte... — Já sei,
Feli, você leu o meu pensamento.
— Luna,
não é ler o seu pensamento, mas você pensou e o seu pensamento veio a mim. Aqui eu uso palavras e sons somente para me comunicar com vocês. Os seres que vivem 55
em planetas unificados não precisam falar ou se comunicar como vocês estão acostumados. — Feli, você consegue ler os meus pensamentos? — Lucas,
como eu já disse à sua irmã, não é assim que acontece. O que você pensar e se for relacionado a mim eu saberei. Mas lembre-se que eu posso dizer-lhe coisas sem emitir qualquer som. Basta eu falar através do meu Coração, que você saberá. —
Sim, eu ouvirei tudo que você me disser em pensamento. — Não,
Lucas, não é bem assim. Você não vai ouvir ou saber através dos seus pensamentos na cabeça. Não é nada disso. Os seres Unificados, se eles vivem em planetas Unificados, eles também são Unificados. Então, estes seres não usam o que na Terra vocês chamam de telepatia. Quando eu penso algo sobre você, esta informação entra pelo seu Coração e não pela cabeça. E qu ando eu usei a palavra “penso”, eu usei para que você entendesse, pois na verdade eu não penso, eu emito através do meu Coração. Não tem nada a ver com usar a mente ou comunicação mental. Em mundos Unificados nós amamos de Coração para Coração. — Feli, muito obrigado do meu Coração Coração. — falou o encantado e babão, Lucas.
para o seu
— Miaaaauuuuuuu!!! — Luna,
pelas explicações da Feli ao Lucas, você já percebeu que já podemos nos comunicar de Coração a Coração, pois mesmo se você ou o Lucas ainda não 56
desenvolveram esta forma de comunicação, quando vocês se relacionam com um ser Unificado, esta comunicação torna-se possível. — Obaaaaa!!! — gritaram os gêmeos em euforia. —
Delfi, você vai ter que explicar a eles porque continuaremos com as palavras e voz. — Ok, Feli, eu explico. Vocês se lembram de onde eu saí
quando nos encontramos pela primeira vez? — Sim,
foi de um livro que a Luna encontrou na terceira
caixa. — Muito
bem, Lucas, eu saí de um livro. E vocês acham que aquele livrinho serve para quê? — Bem,
livros servem para contar histórias. — afirmou Lucas todo sorridente. — Luna,
quem você acha que está lendo essa história? Diga a eles, Feli. — pediu Delfi. — São
crianças e adultos lendo estas linhas agora. É claro que ainda precisamos falar, usar palavras e voz, mas como vocês, eles também estão apreendendo. E quem apreende não vai demorar a se comunicar de Coração para Coração. — Mana, você
entendeu? Nós somos personagens de um
livro, que legal! — Mas, Delfi, Feli e Lucas, tudo isso parece tão real. — Mas
tudo é real, Luna. O seu irmão é real, a Feli é real, eu sou um golfinho que fala e sou real, IS-IS é real, Miguel é real e Auro também é real. 57
— Auro? — juntos os
gêmeos perguntaram.
— Sim,
o nome do nosso próximo amigo é Auro. Ele é do Planeta Altair, outro planeta irmão, ou seja, Unificado. — Então quer dizer que nós vamos ao planeta Altair? —
Sim, Luna, nós viemos buscar a Feli para nos acompanhar. — O Auro também é um felídeo? — Não,
Lucas, o Auro é um cárian. Você se lembra quando IS-IS citou a raça dele como exemplo? Naquele momento ela falava da raça dos Cárians. Na Terra vocês diriam que é um ser com cabeça de pássaro, com um corpo parecido com o humano, porém com asas. — Mas,
Delfi, você disse que a Feli vai nos acompanhar e eu acho que vai ficar apertado na embarcação de Luz. — Não,
Luna, uma embarcação de Luz plasmada não tem um tamanho específico. Ela pode transportar centenas ou até milhares de seres fisicamente até maiores que vocês. Entendam que se eu colocar mais cem pessoas dentro dela, todos ficarão confortáveis. Mas a aparência exterior será sempre que a lotação está no limite. Ou seja, ela sempre se ajusta na parte exterior. E na parte interior somos nós que decidimos o espaço mais confortável. — Uau,
isso é que é tecnologia moderna. — disse Lucas
admirado. — Vamos embarcar, meninos?
58
— Estamos prontos, Delfi, acomodados. — disse Feli.
todos estão confortavelmente
— Feli,
por favor, ative o portal multidimensional mais próximo aqui em Sírius C que nos levará a Altair, na dimensão de Auro. A partir de agora, você está no comando desta embarcação de Luz. — Sim, comandante Delfi, lá vamos nós...
59
CAPÍTULO 6 – O PLANETA ALTAIR E agora com Feli no comando da embarcação de Luz, ficou à sua escolha as opções de deslocamentos até ao planeta Altair. Feli os informou que eles teriam que acessar um portal que os levassem diretamente à 11ª dimensão, a dimensão de Auro. Mas, antes dos gêmeos começarem com as perguntas, ela explicou que na superfície da Terra, a dimensão é a 3ª dissociada, e que não existe dissociação além da 3ª dimensão. Então, na Terra foi preciso eles acessarem o intraterra que é 5ª dimensão para adentrar ao portal multidimensional que os levou para Sírius B na 7ª dimensão. Mas é importante saber que num planeta Unificado, há todas as dimensões e todas são acessíveis. E no caso de Sírius B, o encontro foi combinado na dimensão atual de Delfi. IS-IS por exemplo, atualmente vive na 18ª dimensão, mas por ser multidimensional, ela pode acessar todas, inclusive várias dimensões diferentes ao mesmo tempo. Esta disponibilidade de portais multidimensionais, só é possível em planetas Unificados ou, como no caso da Terra, os portais só existem no intraterra por ser 5ª dimensão. Os planetas dissociados (isolados) só conseguem acessar a dimensão intermediária imediata, que no caso da Terra é a 4ª dimensão. Os humanos da Terra, por viverem numa dimensão dissociada (isolada), eles pouco sabem sobre as dimensões e milhões de formas de vidas fora da Terra. Por exemplo: em cada 10 humanos, oito não acreditam em vidas em outros planetas. Em cada 10 humanos, 10 não sabem sobre as dimensões. 60
—
Meninos, pisquem os olhos quando entrarmos no portal... três, dois, um, pisquem. — Pisquei, Feli! — disse Luna entusiasmada. — Meninos, sejam bem-vindos
ao planeta Altair!
Maravilhados com a visão do céu de Altair, os gêmeos não sabiam para onde olhavam com tantas cores e belezas indescritíveis. O céu de Altair é multicolorido e tem cores jamais vistas pelas crianças na Terra. Delfi se antecipou e disse aos gêmeos: – Meninos,
lembrem-se de continuar apreendendo, pois não é possível explicar usando palavras, tudo isso que vocês estão vendo. Os humanos não têm referências parecidas para que eu possa usá-las para explicar-lhes. Então, contemplem o novo que se apresenta a vocês. Vivam o encanto e apreendam tudo. —
Delfi, o que você acha de aterrissarmos numa... numa... numa... —
Eu entendo, Feli, não há palavras na Terra para definirmos uma... uma... uma... (gargalhadas) —
Meninos, nós vamos descer a embarcação de Luz numa "coisa" que não existe na Terra e por isso estamos chamando de "coisa", pois não há nada que possamos comparar para lhes explicar. Mais uma vez apreendam. — disse cuidadosamente Delfi, em atenção aos gêmeos. — Meninos,
chegamos, vamos sair da embarcação de Luz, pois a Feli já saiu e nos aguarda. 61
— Lucas, você está sentindo o mesmo que eu? — Sim,
mana, a "coisa" é macia, dá vontade de ficar pulando em cima dela. Delfi olhou para Feli e os dois combinaram de apenas observar os gêmeos empolgados com a "coisa". — Mana,
essa "coisa" é tão macia que dá para pular como numa cama elástica. Vamos experimentar? — Sim, Lucas, quem tenta primeiro, eu ou você? — Eu
vou primeiro, mana, eu vou dar um salto e quando eu cair tocando a "coisa" eu espero que ela me jogue para cima. Já esperando que isso acontecesse, Feli e Delfi já tinham combinado com Auro a sua chegada de uma maneira divertida. — Então vai agora Lucas, um, dois, três e já!
Lucas deu um salto e quando tocou a "coisa" foi impulsionado a centenas de metros de altura. Naquele momento o sorriso de Luna foi trocado por um grande susto quando viu seu irmãozinho ser lançado para o céu. Luna observou o seu irmão subir, subir, subir, subir até que ficou fora de seu alcance visual. Impressionada ela gritou para Feli e Delfi: —
Delfi, Feli, por favor, ajudem o Lucas, ele desapareceu no céu. Delfi sorria e Luna não entendia. — Calma, Luna, se o Delfi está sorrindo é porque não há
perigo, aliás, perigo só existe em planetas dissociados. 62
— Luna,
eu vou refrescar a sua memória já que a Feli tocou no assunto de planetas dissociados. Você se lembra quando eu disse que em planetas Unificados é possível qualquer um voar? — Sim, Delfi, me lembrei agora. — Então,
aqui é possível voar, o Lucas está voando, só que ele ainda não sabe. Mas confie, tem alguém cuidando disso agora. E neste momento Lucas continuava subindo, subindo e subindo. Mas ao longe ele viu um pontinho azul vindo em sua direção. E enquanto ainda subia, o que se aproximava já parecia ter asas e eram azuis. Lucas estava de olhos bem arregalados e ainda continuava subindo. E neste processo de continuar subindo e a aproximação de alguém com lindas asas azuis, Lucas pôde perceber que era um ser com cabeça de águia e corpo parecido com o seu. Este ser chegou bem próximo, mas acompanhava Lucas em sua subida nos céus multicoloridos de Altair. Com os olhos arregalados, Lucas ouviu em seu Coração: — Olá,
Lucas, eu sou Auro, seja bem-vindo ao planeta
Altair. —
Socooooooooooorroooooooo, me ajuda, eu quero desceeeeeerrrr. — Então pare de subir, Lucas. — O quê? Parar? — Sim, simplesmente pare.
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— Me explica, me ensina, eu não paro de subiiiirrrrr... — Através do seu coração diga “pare”. — Ufa! — Viu como foi fácil? Eu sei
que você se chama Lucas.
— Uauuuuuuuuuuu, eu estou parado no ar! — Lucas, aqui você pode voar. — Mas quem tem asas é você... — Sim,
as minhas asas tem funções específicas, mas mesmo sem asas você pode se deslocar através dos seus impulsos físicos, aliados aos comandos através do seu coração. Experimente se deslocar. —
Então eu posso subir mais, ir para a direita ou esquerda e também descer? — Sim, Lucas, tudo isso e muito mais. — Oooooooooooobaaaaaaa, isso
é maravilhoso!
— Vamos
combinar uma brincadeira? A sua irmã está com o pescoço duro de tanto olhar pra cima esperando você cair. — Sim, Auro, vamos sim! — Nós
vamos descer a toda velocidade e dar um rasante próximo a eles, mas voando juntos. — Sim, Auro, adorei essa brincadeira, vamos lá! — Então eu digo um, dois e três... lá vamos nós!
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Luna ainda olhando para o alto viu dois pontinhos descendo a toda velocidade e alarmou Delfi e Feli. Ambos riam muito e estavam felizes por Lucas aderir à brincadeira. Luna, ainda sem saber, olhava assustada a aproximação de dois corpos em alta velocidade. Enquanto desciam, Auro de Coração a Coração combinou com Lucas para darem-se as mãos e gritarem muito enquanto desciam. E ao dar o rasante, que juntos gritassem o nome de Luna. Animados com a visão divertida da aproximação da nova dupla, Feli e Delfi sorriam para Luna que nada entendia. — Que
droga, é muito ruim não conseguir rir quando nada se entende. Mas eu só sei que parece que eles vão cair em nossas cabeças e... —
Lunaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa! — gritaram dando um sensacional rasante sobre a cabeça de Luna. — Delfi,
Feli, eu não acredito, mas um dos dois era o Lucas voando numa super velocidade. velocidade. — Isso
mesmo, Luna, e aquele com o Lucas é o Auro. Nós combinamos esta brincadeira brincadeira e tudo deu certo. E não só o Lucas, você também pode voar num planeta Unificado. —
Luna, Feli, vejam, lá vem Lucas e Auro fazendo acrobacias acrobacias aéreas. Ai — Ai
se minha mãe visse o Lucas voando, acho que ela cairia durinha de susto. A nova dupla voadora se aproximou e aterrissou suavemente. Lucas encantado, sentindo-se um super menino, não parava de sorrir. Auro se apresentou a Luna e todos 65
sorriam pelo conforto que sentiam do AMOR de Corações a Corações. Delfi lembrou a todos que Auro os conduziria, para que os gêmeos pudessem conhecer o rei Aurobelo. Mas eles lembraram aos gêmeos que em Altair era exatamente como em Sírius B com o conceito de rainha, ou seja, não era como na Terra. O rei era como um pai, como um irmão de coração, e não como um governante ou ser superior. Aliás, em todos os planetas Unificados Unificados é assim também. também. Delfi já sabia, mas para que os meninos ficassem informados, ele pediu a Auro que dissesse onde seria o encontro com o rei Aurobelo. Auro concordou e disse que seria no alto do que na Terra chamariam de montanha, mas muito, muito alta. Os gêmeos se entreolharam e ficaram inquietos, por talvez não conseguirem ter forças para uma longa caminhada de subida. Neste momento, Delfi, Auro e Feli começaram começaram a gargalhar e Auro disse aos gêmeos: — E E quem disse que vocês vão caminhar? —
Lucas, agora eu me lembrei que podemos ir de embarcação de Luz. — disse disse Luna. E mais uma vez Auro falou: —
Não, nada de embarcação de Luz. Lucas, você esqueceu esqueceu que pode voar? Os gêmeos saltaram de tanta alegria, agora eles lembraram lembraram que voar é o que eles mais desejam.
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E assim, não só Auro e os gêmeos, mas também Feli e Delfi, todos deram um grande salto e levantaram voo seguindo Auro em direção a graaannnde montanha. Ao chegarem bem no pico da montanha, eles pousaram numa "coisa" igualzinha àquela que Lucas pulou e voou. E lá, na "coisa" do pico da montanha, sentaram-se: Auro, Feli, Delfi, Luna e Lucas. Os cinco deram-se as mãos, fecharam os olhos e, através dos seus corações, pensaram no rei Aurobelo... Logo, no segundo seguinte, Delfi falou para todos abrirem seus olhos. Uau, Lucas, eu nem sei — Uau,
o que dizer...
Olá, — Olá,
rei Aurobelo, eu trouxe meus amigos conforme combinamos combinamos com IS-IS e o senhor. 67
— Sim,
Delfi, tudo está como deve ser. Olá, meninos gêmeos, sejam bem-vindos ao planeta Unificado Altair. Os gêmeos completamente encantados com tamanha beleza, tanto do céu multicolorido, como aquela lindíssima, do que eles chamariam de montanha, mas, acima de tudo, o encanto da imagem física do rei Aurobelo. A predominância de sua cor era um tom de azul que jamais fora visto pelos gêmeos. Assim como IS-IS, o rei Aurobelo irradiava muita Luz, mas não era uma Luz que ofuscava os olhos humanos, era uma Luz que confortava não só os olhos, mas todo o corpo e transmitia uma sensação de Paz e Alegria jamais sentida enquanto viveram na Terra. Todos estavam sendo acarinhados pelo AMOR irradiado pelo rei Aurobelo, e sentaram-se para ouvi-lo: — Olá,
Lucas, Luna, Feli, Delfi e Auro. Eu agradeço por suas presenças e atenção às minhas palavras. Eu sou o rei Aurobelo, um rei de Paz, Simplicidade e Humildade. Aos queridos gêmeos, como já lhes foi dito, eu não sou um rei como os reis da Terra. Eu sou apenas um irmão de toda a Eternidade. Assim como IS-IS já lhes falou um pouco, eu também lhes direi algumas coisas para que vocês possam, aos poucos, apreender. Assim como IS-IS com suas missões e responsabilidades, a mim também foram dadas algumas, mas uma delas, e eu diria a mais importante, tem uma grande relação com o planeta Terra por sua dissociação, seu isolamento dos planetas irmãos. 68
E por mais que tenhamos ajudas, tecnologias e a união dos planetas unificados e irmãos trabalhando em conjunto, nada seria possível sem a ajuda de vocês, queridos gêmeos. E vou além, pois precisamos muito da ajuda de cada um que lê este e os demais livrinhos que em breve chegarão à Terra. Eu ouvi, através do coração de IS-IS, tudo aquilo que ela lhes falou, mas há um ponto muito importante que eu quero comentar agora, quando ela lhes falou dos quatro elementos primordiais para constituir um mundo ou planeta. E isto é independentemente da dimensão. Ela falou do ar, da água, do fogo e da terra. E eu acrescento ao que ela falou sobre as raças que representam e trabalham com cada um destes elementos. E observem que aqui temos o Delfi, que sua raça Delfinoide representa e trabalha com as águas. Temos a Feli de raça Felídea que representa e trabalha com o elemento fogo. Temos o Auro que é da raça Cárian que representa e trabalha com o elemento ar. E agora temos vocês, queridos gêmeos, de raça Humana e que ainda não trabalham, mas já representam o elemento terra. E, neste caso, não há qualquer associação ao nome do planeta que também é Terra. Aqui estamos falando do elemento representativo e de trabalho da raça Humana. Este mesmo trabalho que vocês estão sendo convidados a participar, ele já ocorreu em todos os planetas do seu sistema solar. Mas para que todo este sistema possa se tornar livre e seus planetas irmãos Unificados, o planeta Terra tem que ser liberado de seu isolamento. Todo um imenso trabalho já foi feito por uns seres conhecidos como Sementes Estelares. As Sementes junto a 69
seres como eu, IS-IS e alguns outros, trabalharam muito como um agricultor quando prepara a terra para deixá-la pronta para a semeadura. Então, este trabalho foi intenso e hoje está pronto para vocês e aqueles que nos leem, se quiserem participar, começarem a plantar os grãos. E o que significa plantar os grãos no planeta Terra? Significa apenas ser o que você É, em AMOR e Paz, através do seu Coração aos demais Corações. E mais nada além de ser o que você realmente É. E basta somente ser o que você realmente É e apreender tudo, pois quando você sente e vive o quanto é bom viver apreendendo, nunca mais você volta a ser como antes. E entre as crianças, isso é muito mais fácil, pois elas ainda estão despidas de conceitos e preocupações que só na Terra existem. E todos estes problemas não levam a nada. Os seres que eu chamei de Sementes Estelares, que muito trabalharam para preparar o planeta Terra, antes do convite a vocês, eles são de vários planetas irmãos que em breve vocês conhecerão como estão conhecendo o planeta Altair. A grande maioria é originalmente do sistema de Sírius, e entre os sirianos, há humanos de origem delfinoide, felídea, canídea e muitas outras que são de dimensões elevadas e não precisam mais de corpos físicos que são associados a alguma raça elementar. Mas na Terra, também temos Sementes Estelares de Vega da Lyra, Altair, Andrômeda e outros planetas, sistemas e dimensões. O trabalho que vocês e os leitores estão sendo convidados, é um trabalho de semeadura e construção do novo. Mas eu peço licença ao autor desta história, e vou usar uma frase que saiu do Coração dele quando ele irradiou para os 70
u Corações de muitas Sementes: " Eu vim tr azer o meu Cé nesta Terra."
É isso que ele fez junto a mais de 5.000 Sementes Estelares espalhadas por todo planeta Terra. Ele, além de trabalhar na Terra construindo junto conosco e com vocês que nos leem, ele faz um sério trabalho de desconstrução para os adultos. E como Miguel faz, esta desconstrução nada tem a ver com demolições ou tragédias, este é um trabalho de muito AMOR, nada além, de AMOR. Para que vocês, queridos gêmeos e queridos leitores, possam entender melhor o que significa ser uma Semente Estelar, eu vou lhes falar de maneira muito breve: Não existe morte como vocês chamam no planeta Terra. Um ser, e não importa a sua dimensão de origem, ele pode escolher "nascer" num planeta qualquer e num corpo de uma raça qualquer. É claro, toda escolha tem seus motivos. E, no caso das Sementes Estelares, que estão na Terra, elas se voluntariaram para fazer o trabalho de preparação para o que vocês poderão iniciar a partir de agora. Eles nasceram em algum país do planeta Terra e tiveram pais biológicos como qualquer um que nasce naquele planeta. Eles tiveram a educação de acordo com o país que nasceram, e cresceram como um humano comum, que na verdade eles também são, mesmo eles tendo outra origem estelar. Muitos estudaram bastante, trabalharam, constituíram família e viveram normalmente. Até que num determinado período de sua vida, cada um foi chamado a despertar e desenvolver-se, "re-acessando" o que cada um É em origem, e começaram a trabalhar duramente para chegarmos a este ponto, para que 71
vocês, queridos gêmeos e leitores, possam entrar em ação semeando e sendo o AMOR que vocês são de toda Eternidade. E nada mais além de você ser o que você É: AMOR. Hoje, alguns daqueles que trabalharam duramente como Sementes Estelares, hoje são chamados de L.E.A. - Loucos Estelares Assumidos. E de loucos eles nada têm, eles são apenas brincalhões com uma definição que remete a muita Alegria. São eles, em conjunto, que estão trabalhando muito para que possamos transmitir o nosso convite a todos os leitores desta série com os gêmeos e os amiguinhos de outros planetas. Vários volumes serão escritos e além de muito aprendizado APREENDENDO, haverá também muita diversão, curiosidades, orientações, Alegria e, acima de tudo, muito AMOR de Corações para Corações. Queridos gêmeos e queridos leitores, o convite está feito e espero encontrá-los muitas vezes para as nossas adoráveis conversas. Recebam o meu AMOR, recebam a minha irradiação Azul e recebam o meu agradecimento por sua atenção. Eu amo todos vocês. Até breve! E neste momento, o rei Aurobelo aumentou a intensidade de sua Luz e começou a se afastar lentamente até desaparecer fisicamente. Os gêmeos ficaram maravilhados com o AMOR do rei Aurobelo. Delfi, Feli e Auro pareciam não querer fazer mais nada e continuar sentadinhos de olhos fechados. 72
Luna chorava de Alegria e abraçava seu irmão com um novo AMOR que ela estava habituando-se a sentir. Todos, os gêmeos, Auro, Delfi e Feli ainda permaneceram por alguns instantes em Silêncio e verdadeira Paz. Momentos mais tarde, Delfi teve que fazer a parte mais dura desta história: — Meninos,
nós temos que voltar à Terra. Em alguns minutos da contagem do tempo terrestre, o dia começará a amanhecer e temos que colocá-los em suas camas, para que vocês ainda possam descansar por um tempo que será suficiente para vocês acordarem bem e descansados.
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CAPÍTULO 7 – O RETORNO E AS PRÓXIMAS VIAGENS Este foi um momento muito difícil para os gêmeos, a sensação de despedida e que aquilo nunca mais aconteceria foi cortada por Feli: — Lucas,
Luna, isto não é um sonho. Queridos leitores, isto não é uma historinha inventada. O convite de IS-IS e do rei Aurobelo são bem reais. O nosso trabalho em conjunto está apenas começando, pois em breve vocês poderão ler as visitas que faremos ao planeta Vega da Lyra para conhecer o Comandante Aiva. Neste planeta também conheceremos um amiguinho chamado Velgan. Além de outros planetas, nós os levaremos a dimensões que independem de mundos e planetas como no exemplo de Siriéti, um guia Azul de Sírius que vive na 24ª dimensão. Há também a 33ª dimensão com a Civilização dos Triângulos e muitas outras dimensões e planetas. Nós viajaremos juntos em muitas histórias futuras para, juntos, ajudarmos cada um a "reacessar" o AMOR que ele É de toda a Eternidade. — Obrigado
por tanto carinho, Feli, eu e Lucas jamais vamos esquecer o seu AMOR. — Vamos, mana, o Delfi
está falando aqui dentro do meu peito para entrarmos na embarcação de Luz. Agora, se acomodando na embarcação de Luz, Luna, Lucas, Feli, Delfi e agora Auro, todos estão animados com os próximos encontros. Os gêmeos não precisaram aceitar formalmente o convite para participar do trabalho na Terra. Os 74
seus corações disseram “sim” sem a necessidade de usar
palavras. Agora, e você que está nos lendo? Você aceita? Se você quer continuar conosco, leia atentamente as instruções no final deste livrinho. Delfi lhes explicou que o tempo da Terra não é o mesmo em outras dimensões, aliás, só os planetas dissociados são reféns do tempo contado. Desta vez, Auro assumiu o comando da embarcação de Luz para os conduzir a um portal multidimensional que os levasse à 5ª dimensão intraterrestre do planeta Terra. Este deslocamento levou apenas cinco segundos do tempo terrestre. Agora sobrevoando o intraterra em direção ao oceano sul, Delfi assumiu o comando para mergulharem com a embarcação de Luz no local exato da passagem para a superfície oceânica da Terra. Lucas estava encantado com a velocidade de retorno e perguntou a Delfi se os humanos da superfície da Terra poderiam avistar a embarcação de Luz que os levava. Delfi respondeu que sim, mas desde que ele acionasse o comando de visualização exterior, caso contrário, eles seguiriam até ao país e casa das crianças de maneira invisível, devido ao sistema de átomos sirianos que predominam na composição da embarcação de Luz. Lucas pediu a Delfi se na próxima viagem ele poderia comandar a embarcação de Luz. Delfi disse que sim, mas que ele não tivesse pressa porque tudo acontece no seu devido tempo. Pronto, chegaram. O dia começava a amanhecer. Delfi pediu a todos que se dessem as mãos e acionou um dispositivo 75
no painel da embarcação de Luz. Todos sumiram e ainda de mãos dadas apareceram no quarto dos meninos. Antes que Luna dissesse alguma coisa, Feli estendeu sua mão e a colocou no coração de Luna: — Minha
irmã querida, isso não é uma despedida, nós estamos começando um grande trabalho de AMOR neste planeta. Entenda assim, isso é uma Alegria. — Lucas,
você é um grande menino e nós somos muito felizes em contar com vocês para o trabalho na Terra. Vamos continuar sorrindo e nos divertindo, não fique triste. — Delfi abraçou Lucas enxugando suas lágrimas. — Meninos,
neste momento eu transmito o AMOR, a Paz e a Alegria de IS-IS e do rei Aurobelo. É o que eles me pedem neste momento, pois apesar de eu usar as palavras, eu sei que vocês estão sentindo-os em seus corações. – falou Delfi com o seu AMOR que não era deste mundo. —
Feli, coloque Luna na cama dela, e Auro faça o mesmo com Lucas. — Meninos,
com a ponta da minha nadadeira eu vou tocar a testa de cada um de vocês e desenharei em cada testa um coração imaginário. Este procedimento fará vocês dormirem imediatamente e mesmo que vocês sejam acordados em poucos minutos, vocês acordarão com a sensação de terem dormido uma longa e agradável noite. — Mas,
Delfi, então pode ser que eu não me lembre de nada do que vivemos? 76
—
Não, Luna, vocês até podem acordar com esta impressão, mas vocês terão muitas confirmações da realidade que vivemos. — Mana,
se o que falarmos um para o outro for igual, é porque é tudo verdadeiro. — Meninos,
me digam o que IS-IS acabou de lhes dizer
em seus Corações? —
Continuem apreendendo, crianças! — disseram os gêmeos juntos com carinhas de saudade. — Queridos,
nós amamos vocês e nunca mais ficaremos separados, vocês estão em nossos corações eternamente. — falou Delfi com todo seu AMOR. Neste momento, Delfi se aproximou da cama de Lucas e desenhou suavemente um coração em sua testa. Lucas dormiu imediatamente com um leve sorriso no rosto de quem estava tendo um lindo e maravilhoso sonho. Em seguida, ele se dirigiu à Luna e lhe deu um carinhoso abraço. — Minha
querida, tenha certeza que não vamos demorar, não deixe de apreender, nós precisamos muito de vocês, das crianças que estão nos lendo, dos pais que leem este livro para elas, e também dos muitos adultos que não sabem porque eles estão lendo um livrinho infantil. Mas não tem problema, nós sabemos o porquê, e um dia, muito em breve, eles também saberão. Delfi desenhou o coração imaginário na testa de Luna e a princesinha imediatamente dormiu. 77
Os gêmeos já dormiam e Delfi, Feli e Auro deram-se as mãos e em coração se disseram: — Lá vamos nós!
E eles voltaram à embarcação de Luz e Delfi conduziu cada um ao seu planeta de origem. Queridos leitores, as Sementes Estelares prepararam e tornaram o solo deste planeta, agora, bastante fértil. Os grãos semeados se chamam AMOR. A água que regaremos estes grãos se chama AMOR. O fogo e a Luz que irão aquecer os grãos, se chamam AMOR. O ar que permitirá os grãos germinarem, também se chama AMOR. Mas tudo isso depende do elemento terra, que é cada um de vocês que nos leem. Sejam, por favor, o AMOR que vocês são de toda Eternidade nesta Terra. Nós contamos com vocês e as instruções chegarão nas próximas viagens que faremos juntos. Hoje nós somos Sementes Estelares L.E.A. - Loucos Estelares Assumidos, nós continuaremos trabalhando para trazer o nosso Céu nesta Terra, mas agora precisamos de cada um que nos lê. Não importa a sua idade. O que importa é do meu Coração para o seu Coração. Dos nossos Corações para os Corações de todos. Sejamos o AMOR que somos de toda a Eternidade. Até breve!
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