RITMOS ÁRABES
Conteúdo O Que Que é Ritmo Ritmo? ? ---------------------- ------------------------------------- 03 Histórico dos Ritmos ------------------------ 05 Instrumentos Rítmicos --------------------- 09 Ritmo, Música e Dança --------------------- 10 Identificando os Ritmos -------------------- 13 Ritmo Ritmoss Binário Binárioss ---------- ------------------------------------------------ 15 Ritmos Quaternários ------------------------ 21 Ritmos de Seis Tempos -------------------- 35 Ritmos de Oito Tempos -------------------- 37 Ritmos de Dez Tempos -------------------- 40 Conclusões Finais ---------------------------- 41 Contato ------------------------------------------ 43 Referências ------------------------------------- 44
Conteúdo O Que Que é Ritmo Ritmo? ? ---------------------- ------------------------------------- 03 Histórico dos Ritmos ------------------------ 05 Instrumentos Rítmicos --------------------- 09 Ritmo, Música e Dança --------------------- 10 Identificando os Ritmos -------------------- 13 Ritmo Ritmoss Binário Binárioss ---------- ------------------------------------------------ 15 Ritmos Quaternários ------------------------ 21 Ritmos de Seis Tempos -------------------- 35 Ritmos de Oito Tempos -------------------- 37 Ritmos de Dez Tempos -------------------- 40 Conclusões Finais ---------------------------- 41 Contato ------------------------------------------ 43 Referências ------------------------------------- 44
O Que é Ritmo? O termo tem a sua origem no grego "Rhythmos". Caracteriza-se pela Sucessão regular dos dos tempos fortes e fracos em uma frase musical. Pode ser sinônimo de cadência em intervalos de tempo periódicos. Juntamente com a harmonia e a melodia, o ritmo é um dos componentes essenciais de uma música. Segundo Hossam Ranzy (grande músico egípcio), o ritmo é um som musical acentuado regularmente. Isto é, ele tem que se repetir r epetir para ser considerado um ritmo. Logo, um som percussivo, por mais organizado que esteja, não pode ser chamado de ritmo, se ele não for tocado mais de uma vez.
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Outras definições nos ajudam a entender o que vem a ser ritmo e como ele está presente nas músicas: Márcia Dib (professora, pesquisadora e bailarina paulista) argumenta que "os modos rítmicos organizam os sons percussivos de maneira a também criar ambientes sonoros, da mesma forma que acontece com os sons de modos melódicos". E a professora e bailarina carioca Samra Sanches simplifica, ao conceituar ritmo como sendo a base percussiva da música.
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Histórico dos Ritmos ORIGEM Márcia Dib no seu livro "Música Árabe Expressividade e Sutileza", nos explica que ritmo é vida. Ele está presente nas batidas do nosso coração e na fisiologia da nossa respiração. Ela cita o professor e compositor canadense R. Murray Schafer que argumenta que as batidas do coração sempre tiveram uma forte influência no tempo da música. Isto é, os tempos da música há muito eram determinados pelo pulso humano.
RITMO E COTIDIANO Os ritmos estão presentes também nas chamadas atividades humanas universais e nas atividades específicas e locais.
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Por atividades humana universais, entende-se: Andar; Correr; Pular; Balançar. E por atividades específicas e locais, podemos citar: Movimentos do trabalho (moer, bater, cortar, ralar); Movimentos do ambiente (mar, ar, carruagens).
Outro conceito interessante para compreender a origem dos sons e dos ritmos é o conceito de Paisagem Sonora proposto pelo professor e compositor canadense R. Murray Schafer em seu livro "A Afinação do Mundo".
Paisagem Sonora diz respeito à forma com elementos tais como o próprio homem, a natureza, as máquinas e os animais, influenciam a música por meio da escolha de dete rminados sons.
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Segundo Schaffer, os sons produzidos pelos mais variados instrumentos musicais não são aleatórios. Pelo contrário, estão fortemente contextualizados e em sintonia com tudo que está ao nosso redor.
“(...) os Sons que ouvimos nos levam a responder imediatamente, a reproduzi-los nos instrumentos que inventamos”. (SCHAFFER, 2011).
E esses sons não precisam ser ouvidos conscientemente para que sejam reproduzidos. A reprodução se dá a despeito deles mesmos, porque se tornam hábitos auditivos. Isto é, fazem parte da vida das pessoas de forma absolutamente natural.
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“O SOM ESPECÍFICO PREFERIDO POR UM DETERMINADO POVO SURGE DA SUA IDENTIDADE E É CONDICIONADO PELO SEU CONTEXTO”. (SCHAFFER, 2011)
Sendo assim, podemos observar sons com características diferentes em função de ambientes diferentes.
MÚSICA DO DESERTO Ambiente seco e aberto - As notas tendem a ser preferencialmente longas para que possam ser ouvidas. Em seguida, uma pausa para que a mensagem reverbere no ar e nos ouvintes. TRABALHO Canções mais ágeis e alegres para amenizar as tarefas geralmente árduas. E é bastante comum que reflitam o ritmo das atividades características de cada ofício. CANÇÕES RELIGIOSAS Geralmente geram sons introspectivos, que favoreçam a reflexão e a contemplação.
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Instrumentos Rítmicos Em geral, os ritmos são marcados pelos instrumentos de percussão ou instrumentos rítmicos. Existe uma grande variedade de instrumentos rítmicos árabes. Mas podemos citar aqui, os mais conhecidos, tais como: Bendir; Derbake; Riqq; Pandeiro; Table; Snuji ou Sagat, dentre outros.
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Ritmo, Música e Dança Acho importante lembrar aqui que, em se tratando de música árabe, nem sempre o gênero musical tem o mesmo nome da dança e o mesmo nome do seu ritmo. Isso sem contar que é muito comum existir mais de um ritmo numa mesma música árabe. Muitas bailarinas tendem a acreditar que o ritmo é tudo que elas precisam saber a respeito da música que escolheram pra dançar. Mas isso está muito longe de ser verdade. Eu explico. Muitas músicas ocidentais possuem um único ritmo. E esse ritmo também dá nome ao gênero musical e à sua respectiva dança. Bons exemplos disso é o samba, a salsa, o tango e a valsa. No entanto, o mesmo não se verifica em grande parte das músicas árabes. Elas possuem nomes diferentes dos seus ritmos e, não raro, existe mais de um ritmo para um mesmo gênero musical.
Said 10
Ritmo - Said Música - Said Dança - Said
E, por exemplo, embora o said seja o nome de uma dança folclórica árabe, cujo ritmo e gênero musical possuem o mesmo nome, existe uma particularidade muito importante a ser notada. Uma diferença crucial em relação aos ritmos musicais citados anteriormente. Ao contrário do samba, da salsa, do tango e da valsa, o said não é um ritmo exclusivo da dança said.
Samba Ritmo - Samba Música - Samba Dança - Samba
Salsa Ritmo - Salsa Música - Salsa Dança - Salsa
Título
Adicione um título
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Tango Ritmo - Tango Música - Tango Dança - Tango
Valsa
Título
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Ritmo - Valsa Música - Valsa Dança - Valsa
Identificando os Ritmos As notas mais comuns, obtidas nos instrumentos de percussão são o Dum, o Tak, o Ká e o Tá. Existem muitas outas, mas uma grande dica é identificar a nota grave do ritmo. Isto é, quantas vezes ela se repete e em que posição ela se apresenta. Ou em outras palavras, em quais tempos a nota DUM aparece.
DUM O Dum é a nota mais forte e é também chamada de nota grave.
Adicione um título
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TAKE, KÁ, TÁ, SAQ E OUTRAS NOTAS AGUDAS São notas mais fracas do que o Dum e podem ser obtidas de diversas formas, com diferentes toques, em diversos locais do derbake, por exemplo.
DICAS PARA ESTUDO As perguntas mais frequentes que eu recebo por parte das estudantes de Dança do Ventre são, sem dúvida alguma, relacionadas a como identificar os ritmos dentro de uma música árabe. Desta forma, eu preparei aqui, algumas dicas que eu espero, possa ajudar você que deseja se aprofundar mais no estudo dos ritmos árabes. O primeiro ponto é entender que você vai precisar de dedicação e disciplina nos seus estudos; Ouça muita música árabe. Você precisa treinar o seu ouvido a distinguir e reconhecer diferentes sons (tanto dos instrumentos melódicos, quanto dos instrumentos percussivos); Lembre-se do conceito de Hossam Ramzy a respeito de ritmo. Ou seja, um som percussivo para ser considerado um ritmo, precisa se repetir. Portanto, localize o som percussivo repetitivo; Ouça os ritmos separadamente. Isto é, treine seu ouvido para ser capaz de reconhecer os ritmos que pretende estudar; Não tente estudar todos os ritmos de uma só vez. Comece por uns 3 ou 4 para treinar o seu ouvido. Depois que conseguir assimilar os primeiros ritmos e identificá-los na música, todos dali pra frente ficarão mais fáceis de serem identificados; Conte, descubra, identifique a métrica de cada ritmo. Perceba seu começo e seu fim, quantos tempos o ritmo tem. Tudo isso é importante para compreender cada um deles; Localize as notas graves dos ritmos (os Duns). Na maioria das vezes o ritmo muda quando a posição do Dum muda. Isso não acontece em 100% dos casos. Mas para quem está aprendendo os ritmos mais básicos, mais comuns, pode ser um bom começo. Você vai precisar compreender os intervalos de cada nota, a natureza de cada ritmo, mas isso vem com o tempo de estudo; Faça um catálogo de todos os ritmos aprendidos. E vai atualizando periodicamente. Coloque neste catálogo, as músicas onde você pode encontrar cada ritmo. Enfim, anote qualquer referência que possa lhe ajudar numa pesquisa futura; Use Snujis para estudar e ajudar a fixar os ritmos. O Dum pode ser marcado tocando as duas mãos ao mesmo tempo ou tocando somente com a sua mão dominante. As notas agudas (T, K, Tk e outras) podem ser marcadas de forma alternada entre a mão direita e esquerda. Bom, agora que você está pronta para estudar, vamos ver alguns ritmos que podem ser encontrados nas músicas árabes.
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Ritmos Binários São chamados de binários, os ritmos que possuem 2 tempos e dentre eles, os mais comuns nas músicas árabes são:
Laff ou Malfuf (2/4) Laff, significa enrolado e Malfuf, embrulhado. Trata-se de um ritmo encontrado em muitas composições egípcias e libanesas. Tanto nas composições pop, folclóricas e também nas músicas clássicas. E, nesse último caso, é muito comum encontrar o Laff nas entradas e finalizações da música, oferecendo uma ótima oportunidade à bailarina, para se deslocar e aproveitar todo o espaço cênico, durante sua apresentação. A nota grave aparece no 1º tempo do ritmo e pode ser representado da seguinte forma:
1 D
15
+
2 TTk
Ayubi (2/4) Ritmo encontrado em muitos países, desde a Turquia, até o Egito. É geralmente linear, isto é, possui poucas modificações e comumente sugere deslocamentos. Está presente tanto em músicas clássicas, quanto em músicas folclóricas e também pode aparecer nos momentos de transição da música.
1 D
16
+
2 KD
+ K
Fallahi (2/4) O Fallahi é o Maksum (veremos mais a frente) tocando em 2 tempos e caracteriza-se por ser um ritmo muito rápido. Encontra-se presente em uma grande variedade de canções árabes, incluindo músicas clássicas, músicas Ghawazee, Fallahi e Taksim Baladi.
1 + Dtkt
17
2 + Dtkt
Soudi (2/4) Também chamado de Aadany, o Soudi é um ritmo tipico do Golfo Pérsico e está presente nas músicas daquela região. Pode ser encontrado também nos ditos trechos folclóricos da Rotina Clássica Oriental.
1 D
18
+ D
2 Tk
+
Karachi (2/4) É um ritmo originário do Paquistão e é muito tocado no norte da África. Karachi significa "rolar" e é um ótimo ritmo para deslocamentos com passos curtos, tendo em vista a sua velocidade. Muito presente nas entradas e finalizações das músicas clássicas. É possível observar uma troca de notas graves e agudas com o Ayubi, o que dá uma ideia de que o Karachi é o Ayubi ao contrário.
1 T
19
+ K
2 T
+ D
Fox, Foks ou Vox (2/4) Ao que tudo indica, o Fox é uma variação do ritmo ocidental Foxtrot introduzido na música árabe por Mahmad Abdel Wahab. É comumente encontrado nas músicas clássicas e sugere deslocamentos, tendo em vista a sua aceleração.
1 D
20
+
2 Tk
+
Ritmos Quaternários São assim chamados, os ritmos que possuem 4 tempos e, dentre muitos, destacam-se
Maksum (4/4) Maksum significa partido ao meio e pode ser encontrado em quase todos os gêneros musicais árabes mais conhecidos pelas bailarinas de Dança do Ventre. Ele está presente nas músicas mais populares, até as músicas clássicas, passando inclusive pelo folclore.
1 D
21
+
2 + Tkt
3 D
+
4 Tk
Masmoudi Saghir (4/4) Saghir significa pequeno e o ritmo leva este nome na sua versão menor, a versão de 4 tempos. Tratase também, de um ritmo muito popular e encontrado com muita frequência em diversos gêneros de músicas árabes. Podemos representá-lo da seguinte forma:
1 + DD
22
2 + Tkt
3 D
+
4 Tk
Said (4/4) Ritmo típico da região de El Said, sul do Egito, também conhecida como Alto Egito. Embora muito utilizado na Dança Folclórica Said e nas competições de Tahteeb, não é um ritmo exclusivo para essas atividades. Por se tratar de um ritmo também muito popular, o Said está presente em grande variedade de gêneros musicais árabes. O que significa dizer que é um ritmo que não se restringe nem mesmo ao Egito e podemos representá-lo da seguinte forma:
1 D
23
+
2 Tk
+
3 + DD
4 Tk
Bambi Said (4/4) É uma variação do Said na qual se verifica três DUNS no 3º tempo do ritmo.
1 D
+
2 Tk
+
3 + DDD
4 Tk
Said de 5 Duns (4/4) Mais uma variação do ritmo Said que, além de apresentar 3 DUNS no 3º tempo, recebe mais uma nota grave também no 2º tempo. Pode ser representado da seguinte forma:
1 D
+
2 D
+
3 + DDD
4 Tk
Obs.: Essas variações, não raro, podem ser encontradas em músicas folclóricas, em trechos alternados com o ritmo said tradicional.
24
Wahda (4/4) Wahda significa "um" em árabe e possui um único DUM na cabeça do ritmo. É um ritmo muito presente no Tarab e também pode ser utilizado como ritmo de base durante um taksim.
1 D
25
+
2 __
+
3 Tk
+
4 Tk
Bambi (4/4) Este ritmo possui três Duns iniciais, distribuídos entre o 1º tempo, o contratempo e o 2º tempo e pode ser representado da seguinte forma:
1 D
26
+ D
2 D
+
3 Tk
+
4 Tkk
Bolero ou Rumba Masri (4/4) No Bolero, vamos encontrar duas notas graves. Uma no 1º tempo e outra no 4º tempo. A partir da segunda repetição do ritmo, as duas notas se encontram e parece que o ritmo começa com dois Duns. Mas é porque eles praticamente se emendam.
1 D
27
+
2 T
+
3 T
+
4 D
Sombati (4/4) Trata-se de uma variação do Maksum e embora apresente as mesmas notas graves no 1º e no 3º tempos, a sonoridade do Sombati é bastante diferente e mais fluida. Pode ser entendido como uma outra forma de se interpretar o ritmo Maksum, na região de Sombati, situada no Delta do Nilo. Ritmo pode estar presente nas composições clássicas e Ghawazee.
1 D
28
+
2 + KTKT
3 D
+
4 + KKT KK
Conga Masri (4/4) É um ritmo extremamente simples, forte e bem marcado. É muito utilizado em composições da América do Sul pra Dança do Ventre. Supõem-se que é uma derivação do Maksum e oferece oportunidade para a bailarina fazer marcações criativas e impactantes durante sua apresentação.
1 D
29
+
2 T
+
3 D
+ T
4 _
Mugrabi (4/4) O termo significa "mouro, marroquino, o habitante do norte da África". E pelo seu significado, presumese que o ritmo tenha origem justamente no norte da África.
1 D (variação) TT D
30
+
2 TT TT
+
3 D TD
+
4 Tk Tk
Jerk ou Sherk (4/4) Ritmo moderno , supostamente de origem Núbia e que possui similaridade com o samba. Aparece em músicas pop e clássicas, sugerindo deslocamentos. Pode ser representado da seguinte forma:
1 D
31
+
2 + 3 + KKTK DDT
4 KTKTk
Hatcha (4/4) Ritmo extremamente lento e bem marcado. Por essas características, é bastante adequado para acompanhar um Taksim. Pode ser encontrado em músicas clássicas, dentre outros tipos de composições.
1 D
32
+
2 + 3 + T kT T KD
4 Tk
Jabalee (4/4) O termo significa "montanhês", região ao sul do Líbano. Trata-se de um ritmo muito utilizado nas canções pra Dabke.
1 DDD
33
+
2 Tk
+
3 D
+
4 Tk
Katakufti, Tabl ou Nawari (4/4) Ritmo típico utilizado no Dakbe e muitas vezes é confundido com o Said. No entanto, a diferença marcante é que a primeira nota grave do Katakufti surge no contratempo, depois do primeiro tempo do ritmo. Existem variações no 3º tempo, podendo ter uma, duas ou três notas graves. Nawari significa "cigano" e acredita-se que esse ritmo tem sua origem na Síria e no Líbano.
1 Tk Tk Tk
34
+ D D D
2 + Tk Tk Tk
3 + D DD DDD
4 Tk TK Tk
Ritmos de Seis Tempos Os ritmos de 6 tempos ou mais são chamados de ritmos compostos.
Darj, Darej ou Darj (6/4) Ritmo muito comum nas composições para Muwashahat e caracteriza-se por duas bases de valsa.
1 D
35
+
2 + Tk
3 + Tk
4 D
+
5 + Tk
6 ___
Sudassi (6/4) Ritmo popular de 6 tempos, muito utilizado nas músicas para Dabke, dança igualmente popular em todo Oriente Médio.
1 + 2 D T K T
36
+ T
3 D
+ Tk
4 T
+ T
5 + D _
6 T_
Ritmos de Oito Tempos Masmoudi Kebir (8/4) Kebir significa "grande" em árabe e é um ritmo bastante comum em vários gêneros musicais. E a versão alongada do Masmoudi Saghir, uma vez que é tocada em 8 tempos e não mais em 4. Pode ser encontrado em músicas pop, músicas clássicas, taksim baladi, muwashahat, dentre outras.
1 D
+
2 D
+
3 TK
+
4 T
+
5 D
+
6 T
+
7 K
+
8 T
Masmoud Kebir de 3 Duns (8/4) Variação do ritmo anterior, com 3 Duns iniciais. Ritmo comumente encontrado nas composições para Muwashahat e também em músicas clássicas, dentre outras.
1 D
37
+
2 D
+
3 D
+
4 T
+
5 D
+
6 T
+
7 K
+
8 T
Tchiftetelli (8/4) Ritmo presente na Grécia e na Turquia, também utilizado para se referir à Dança do Ventre como um todo. É muito utilizado como base rítmica para o Taksim.
1 D
+
2 K
+
3 T
+
4 K
+
5 T
+
6 D
+
7 + TK
8 T
Wahda Wo Noz (8/4) Significa "um e meio". O Wahda Wo Noz é a versão egípcia do Tchiftetelli, que sofre uma pequena variação. Ritmo lento, também muito utilizado como base do Taksim.
1 D
38
+
2 __
+
3 T
+
4 TK
+
5 D
+
6 D
+
7 TK
+
8 _
Zaff ou Zaffa (8/4) O termo pode ser traduzido "procissão" e o ritmo é muito utilizado em cortejos, principalmente de casamentos. O ritmo é lento, bem cadenciado e pode ser representado da seguinte forma.
1 D
39
+
2 + T K
3 T
+
4 T
+
5 D
+
6 T
+
7 T
+
8 _
Ritmo de Dez Tempos Samail El Taquil (10/4) O ritmo de 10 tempos mais conhecido nas composições árabes, pelas bailarinas de Dança do Ventre é o Samail El Taquil, comumente presente nas composições de Muwashahat. É um ritmo antigo, de origem turca e presente nas composições da velha aristocracia da Turquia. Ele também vai estar presentes nas composições do Norte da África (Região do Magrebe), Síria e Palestina.
1 D
+
40
2 _
+
3 T
+
4 k
+
5 _
+
6 + D
7 D
+
8 T
+
9 + _
10 T
Conclusões Finais Muitas bailarinas não consideram importante o estudo dos ritmos e eu respeito a opinião delas. Desde que não se trate de uma mera preguiça de estudar, cada um tem o seu caminho na dança e deve buscar pelos conhecimentos que julgue mais necessários para o seu aprendizado. No entanto, minha experiência é que estudar e saber identificar os ritmos árabes faz muita diferença principalmente no que diz respeito ao estudo do Folclore Árabe. No entanto, é importante não super valorizar o estudo de ritmos, acreditando que ele é o único elemento a ser identificado dentro da música árabe. Esqueça essa ideia. Ritmo é um dos importantes elementos da música. Se você deseja mesmo compreender as músicas árabes, faça do estudo de ritmos o começo de uma grande e maravilhosa jornada. Estude também o contexto histórico, social, cultural de cada composição. Estude a respeito de melodia e harmonia. Aprenda a identificar os sons de todos os instrumentos, tanto os melódicos, quanto os percussivos. Igualmente importante e, em alguns casos, fundamental, é saber sobre os autores, intérpretes e até mesmo a época em que a música foi composta. Ou seja, muito se tem a aprender sobre a música árabe, um dos nossos maiores instrumentos de dança. Entenda que ritmos são partes importantes de um todo. E as partes não se completam sozinhas. Por fim, saiba que até entre os músicos não existe consenso quando o assunto é ritmo árabe. Por isso, use os conhecimentos adquiridos aqui como uma das suas possibilidades de estudo, jamais a única. Espero sinceramente, que este material possa ser útil pra você. Um grande beijo e bons estudos!
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E para você que se interessa pelo estudo de músicas árabes ou está iniciando agora os seus estudos na Dança do Ventre, eu vou deixar aqui abaixo, uma relação de temas que eu postei no meu Blog. Isto é, sugestões de leituras que talvez possam acrescentar nos seus estudos. Para ler, basta clicar nos links abaixo dos títulos dos artigos.
MÚSICAS DE DANÇA DO VENTRE PARA INICIANTES. http://www.blognilzaleao.com.br/musicas-de-danca-do-ventre-para-iniciantes/ 6 PERGUNTAS QUE VOCÊ PRECISA RESPONDER PARA ENTENDER A DANÇA DO VENTRE DE UMA VEZ POR TODAS. http://www.blognilzaleao.com.br/6-perguntas-danca-do-ventre/ OS 10 ERROS MAIS COMUNS NA DANÇA DO VENTRE QUE VÃO FAZER VOCÊ PARECER UMA BAILARINA INICIANTE. http://www.blognilzaleao.com.br/erros-mais-comuns-na-danca-do-ventre/ DANÇA DO VENTRE - ENTREVISTA COM MÁRCIA DIB SOBRE TARAB. http://www.blognilzaleao.com.br/danca-do-ventre-entrevista-com-marcia-dib-sobre-tarab/
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Contatos Eu acredito que a dança é pra todos. E ninguém, por nenhuma, razão pode ser impedido de dançar. Encontrei no meio online e nas redes sociais, as alternativas perfeitas para levar a minha mensagem e os meus conhecimentos a quem quiser ter acesso a conteúdos de qualidade em Dança do Ventre e Folclore Árabe. Estou mais perto do que você imagina.
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