2
3
Aos amigos amigos que me amam e me tratam tra tam com paciência: paci ência: Antônio, Cláudio, Juan, Juan, Maciel, Marcos, Nilton e Rodrigo.
4
Nu saí do ventr v entree de minha mãe, nu voltarei. O Senhor deu, o Senhor tirou: bendito seja o nome do Senhor! (Jó 1,21)
5
Sumário
1. O segredo de tudo está na paciência 2. Paciência 3. Somos Somos argila a rgila 4. Começo, meio e fim 5. Há um tempo para cada coisa 6. Surpr eenda eenda o inimigo 7. Esperar com paciência 8. O amor amor é paciente 9. Oração Oração conclusiva
6
arde da noite, meu telefone tocou; assustado e meio dormindo, corri para atender. Do outro lado da linha, uma amiga me disse: “Luís, por favor, meu marido teve uma piora piora no seu quadro de saúde e o médico médico pediu pediu para eu chamar os parentes e amig amigos. Como meu esposo tinha uma estima muito grande por você, gostaria que estivesse aqui, como amigo e também como padre, pois, momentos antes, pediu os sacramentos”. Fiquei desnorteado, me perguntando como aquilo poderia ter acontecido. Ele estava tão bem. Com toda pressa, me dirigi ao hospital. O clima era de tristeza absoluta. Eu, trêmulo diante dele – aparentemente em coma –, desabei a chorar enquanto ministrava a unção dos enfermos. Enquanto ungia suas mãos, ele delicadamente segurou a minha, entreabriu os olhos com serenidade e falou: “O segredo de tudo está na paciência”. E novamente fechou os olhos. Horas depois recebi a notícia de que ele havia falecido.
T
7
1. O segredo de tudo está na paciência
O Senhor é o meu rochedo, minha fortaleza e meu libertador. Meu Deus é a minha mi nha rocha, onde encontro o meu refúgio, meu escudo, força de minha salvação e minha ci dadela. dadela.
(Sl 17,3) credito que as últimas palavras de um homem sejam um testamento. Neste caso, a vida do meu amigo se resumiu nessa virtude, nesse segredo. Assumi essa frase como regra de vida, embora reconheça que não é fácil ter paciênci paciência, a, talvez porque não saibamos saibamos o real signi signifi ficado cado de ser paciente. paciente. Anos depois, fui percebendo que a mesma dificuldade que eu tinha muitas pessoas também manifestavam, sobretudo por intermédio do sacramento da reconciliação e nas direções espirituais. espirituais. Uma das frases mais comuns nos confessionários é a seguinte: “Padre, eu não tenho paciênci paciência”. a”. Diante dessa realidade, resolvi escrever este livro na tentativa de ajudar a todos aqueles que aspiram a essa virtude, sabendo, mais que tudo, que paciência é dom, mas também é exercício.
A
8
2. Paciência Paciência
Mas quem espera no Senhor, sua misericórdia mi sericórdia o envolve.
(Sl 31,10b) palavra palavra paciênci a vem do latim patienti a; seu significado está associado a uma série de circunstâncias relacionadas ao sofrimento. Os dicionários a definem assim: Ação de sofrer; experiência; sofrimento. Coragem para suportar; resignação; constância; firmeza. Submissão. A longa experiência da desgraça… A resignação em sofrer. Um uso comum para essa palavra está mais relacionado à calma, à serenidade. A aplicação do termo nesse sentido refere-se simplesmente a “respire fundo, vai passer…”. Isso seria reduzir a compreensão de tal virtude. Para outros, a paciência está longe de ser algo bom, pois a entendem como uma atitude passiva diante da realidade. No mundo em que vivemos, em que somos formados para ser os protagoni protagonistas stas de nossa históri históriaa pessoal, falar em submissão parece antiquado. antiquado. Diante disso, nos perguntamos: “A paciência está em desuso?”. Para um melhor entendimento dessa virtude, seria necessário buscarmos novamente uma explicação no dicionário. A palavra paciência aparece intimamente ligada a outro termo, como sinônimos: tolerância, também do latim tolerare, no sentido de sustentar, suportar – aqui significa o grau de aceitação diante de um elemento contrário a uma regra, seja ela moral, cultural, civil ou física. Assim, poderíamos definir paciência como a força ou a coragem de suportar uma situação que não é desejada por nós. Alguns talvez perguntem: “Por que suportar? Não seria mais digno lutar para se reverter a situação?”. Claro que sim. Desejar paciência não é se omitir nem se debruçar na falta de esperança, no pessimismo. Sabemos, porém, que a vida não é um livro em branco, na qual, no despertar de cada dia, programamos nosso itinerário hora por hora e tudo, no calar da noite, se terá encerrado como pensávamos. A vida não está sob nosso controle. Talvez, quando somos mais jovens, os problemas que enfrentamos não sejam tão vitais a ponto de questionarmos nossa existência: “Se não tive sucesso assim, eu tentarei de outro jeito”; “Eu tenho todo o tempo do mundo”…, etc. Temos até a ideia de que o tempo passa pela nossa vida e não ao contrário. Acreditamos ser divinos, ou até deuses. Lamentavelmente essa fase passa, e a vida nos vai mostrando que não podemos tudo
A
9
nem somos super-heróis de histórias em quadrinhos. Chega um dia em que amadurecemos e percebemos que somos finitos.
Meu filho, diante da cruz não desvie os olhos, não perca tempo tentando negar os cravos, a coroa de espinhos… É tudo real! Se não abraçar a cruz, cruz, não poderá seguir-me. A vida não é fantasia. No sofrer, sofrer, suporte! suporte! Não durará durará muito. muito. Passará!
10
3. Somos argila
Como um pai tem piedade de seus filhos, assim o Senhor tem compaixão dos que o temem, porque porque ele sabe de que é que somos fei tos e não se esquece de que somos pó.
(Sl 102,13.14) os primeiros parágrafos do livro do Gênesis, Deus, de forma poética, colhe de seu jardim jardim um punhado de barro, argil argila, amassa am assa e molda a seu critéri critério. o. O barro, por si, é barro, mas aquele pouco de terra molhada nas mãos de Deus tornase obra de arte. O Criador, então, sopra sobre o boneco sem vida, e o hálito de Deus penetra nos poros da argil argila moldada. moldada. Agora, a vida vida de Deus é vida vida no ser humano. Somos sua imagem e semelhança, mas não somos ele; somos obra, não o artista. O sopro de Deus em nós nos torna livres. Aparentemente não dependemos mais dele, foi cortado o cordão umbilical. Começa nossa história física, material. A maior tentação nessa passagem pela terra é acreditarmos que nós somos o respiro, o hálito, a alma…, mas não somos. O hálito de Deus em nós voltará um dia para ele, e seremos nele por toda a eternidade. Apesar de parecermos independentes, todos nós, cedo ou tarde, recordaremos que também somos barro, frágeis, sensíveis, nos quebramos com muita facilidade. Em muitas circunstâncias, conseguimos nos refazer. Nosso corpo vai se ajustando, tomamos um remédio, dormimos um pouco mais, fazemos fisioterapia… e tudo se ajeita. À medida que o tempo passa, os trincados, os desgastes da argila não podem mais ser consertados. Lidaremos, então, com as limitações. Temos até mesmo de ter consciência de que enfrentaremos perdas irreparáveis. Eu não falo somente do envelhecer, mas de tudo aquilo que está fora do nosso alcance, de tudo o que não podemos remediar, embora queiramos.
O Pai sabe que somos somos barro, bar ro, frágeis, somos pó… Por isso, nos trata com compaixão. 11
Nós, porém, porém, queremos esquecer que somos argila; por isso, iss o, não não toleramos toleramos as limitações.
12
4. Começo, meio e fim
Vede o lavrador: ele aguarda o precioso fruto da terra e tem paciênci paci ência a até receber a chuva do outono e a da primavera.
(Tg 5,7b) e observarmos os romances, as novelas, os filmes, a realidade, nossa vida… enfim, tudo o que nos cerca, perceberemos que a história tem um ciclo do qual não se pode fugir. Tudo tem um começo, nada se inicia do acaso, sempre há uma origem. Depois do início há um agora que depende de um passado e caminha rumo a um futuro. Uma história pode durar segundos, anos ou décadas, mas sempre terá um começo, um meio e um fim. Podemos fazer um teste: pensemos em algo que nos tenha acontecido. Existiu um princípi princípioo que poderá ter sido sido o mais mais variado possível. Sua orig origem talvez tenha estado em uma decisão pessoal ou foi uma imposição externa, ou ainda uma debilidade natural, como é o caso de uma enfermidade. Quando a história já caminha diante de nós, nunca, por mais que desejemos, conseguiremos encobrir essa realidade e fingir que nada aconteceu. Terá um desenvolvimento, mesmo que tentemos negá-lo. A história não para simplesmente porque não queremos que ela exista, ela seguirá seu curso… Chegará a um ápice, como o escalar de uma montanha, mas enfrentará também um declínio. Quase tudo na vida é feito de escolhas. Seguindo nossos critérios, que podem ser virtuosos ou não, e movidos por um leque de motivações, selecionamos a direção, o caminho… A responsabilidade é nossa, pessoal; mesmo que seja uma situação imposta, podemos, no transcorrer dessa história, história, escolher escolher o que fazer, como nos portar. Aprendemos a escolher desde cedo: escolhemos se vamos chupar o dedo ou a chupeta, se gostamos mais de doce ou de salgado, se o amarelo é mais bonito que o azul. Não podemos, no transcurso da linha do tempo, buscar responsáveis responsáveis por essa ou por aquela situação, pois no meio da história ainda há tempo de mudar: o fim ainda não foi escrito, o martelo do juiz ainda não decretou a sentença… É comum encontrarmos pessoas que, diante de uma dor ou sofrimento, sentam sobre uma pedra pelo caminho e, recordando o passado, buscam encontrar responsáveis por aquela situação: a culpa foi do pai, da mãe, do marido, da esposa, do filho. Enquanto o ciclo ainda não terminou, os culpados por permanecermos em determinada situação
S
13
somos nós, somente nós. Vitimar-se é assumir a responsabilidade de culpado, de fraco, de medíocre… Os medíocres não vivem, vivem, não fazem históri história, a, somente sobrevivem. Desistir pode parecer a solução mais fácil, mas não podemos nos iludir pensando que, ao desistir de algo, o problema será resolvido. Em determinados casos, a desistência ou o desabafo comum do ser humano – “eu não aguento mais” – pode gerar outro problema mais grave, mais difícil de ser resolvido. Suportar, como sinônimo de paciência, é a sabedoria dos fortes… Suportar não é se entregar, se dar por vencido, e sim uma atitude interna de esperança inquebrantável que nos mantém centrados não na dor ou no sofrimento, mas na capacidade que temos de nos reinventar. Mudar a história, necessariamente, não é encontrar no final da jornada um arco-íris, um desfecho cinematográfico e feliz. Sabemos, por experiência, que nem tudo termina com sucesso e glórias. Porém, quando a paciência é a regra de vida, a ansiedade é menor e com isso as frustrações também. Não podemos nos enganar imagi imaginando nando que a terra é nosso lar eterno. A fé nos garante a certeza da ressurreição; porém, é imprescindível passar pela morte, divorciar-se dos apegos acumulados ao longo dos anos. Não sabemos como será nossa passagem, passagem, mas não há como neg negar: ar: nossa hora chegará, não serão nossas preocupações que nos brindarão com dias ou anos a mais aqui na terra. Pelo contrário, uma boa dose de serenidade e paciência pode garantir, no pior momento da vida, a sustentação de nosso espírito que não busca na revolta a calmaria da tempestade. Aquele que está se afogando, na tentativa de sobreviver, acaba pelo desespero se afundando mais. Pior, é capaz de até afogar as pessoas que estão à sua volta tentando salvá-lo. Ter paciência não é desistir, mas centrar-se – de corpo, alma, espírito e coração – na busca de solução.
Senhor, nas histórias de minha vida, dai-me o Espírito no prim pri meiro passo até o deserto… Nas horas horas de tentação, tentação, dai-me a sabedoria que provém da Palavra. Pala vra. Dai-me Dai-me paciência pac iência nas situ s ituações ações 14
que estão além de minhas forças. E dai-me na chegada o reconhecimento no louvor: tudo é vosso Senhor!
15
5. Há um tempo para cada coisa
Setenta anos é o total de nossa vida, os mais fortes chegam aos oitenta. A maior mai or parte deles, sofrimento e vaidade, vai dade, porque porque o tempo passa depressa depressa e desaparecemos.
(Sl 89,10)
O
livro do Eclesiastes inicia o capítulo terceiro afirmando que para tudo há um tempo, para cada coisa coisa há um momento debaixo debaixo dos céus…
tempo para nascer, nascer, e tempo para morrer; tempo para plantar, e tempo para arrancar o que foi plantado; tempo para matar, e tempo para sarar; tempo para demolir, e tempo para construir; tempo para chorar, chorar, e tempo para rir; tempo para gemer, e tempo para dançar; tempo para atirar pedras, e tempo para ajuntá-las; tempo para dar abraços, e tempo para apartar-se. Tempo para procurar, procurar, e tempo para perder; tempo para guardar, e tempo para jogar fora; tempo para rasgar, e tempo para costurar; tempo para calar, e tempo para falar; 16
tempo para amar, e tempo para odiar; tempo para a guerra, e tempo para a paz. O autor deste livro, inspiradamente, diz que o ciclo do tempo se dá na terra, debaixo do céu. Na eternidade não teremos de nos preocupar com relógios. No aqui e agora agora da nossa exi existência stência temos de aprender com a pedagog pedagogiia da vida, vida, reconhecer que a instabilidade tem força sobre nós. Somos muito frios em determinadas circunstâncias; em outras, somos um vulcão em erupção; porém, quase sempre, não somos nem quentes nem frios, passamos por determinadas situações sem nos envolver. No entanto, quando algo realmente nos afeta, amamos ou odiamos; construímos ou destruímos; calamos ou gritamos. Há um tempo para cada coisa, porém, há também uma motivação motivação para cada c ada atitude. Exigimos que os outros, o mundo em geral, respeitem nosso ritmo, nosso tempo, pois sabemos até onde vão nossos limites. Na maiori maioriaa das vezes, nossa falta falta de paciênci paciênciaa está em não consegui conseguirmos rmos suportar o outro, respeitar respeitar seu ritmo. ritmo. Existem algumas pessoas que são pesadas, irritantes, inconsequentes, tiram nosso sossego. Paciência implica, neste caso, compreender e aceitar o tempo do outro. Quando buscamos entender as pessoas que nos cercam, sua forma f orma de agir agir e de pensar, iniciamos iniciamos nesse momento um desejo sincero de olhar o outro com misericórdia… exercitar-se em compreender as fragilidades alheias é o primeiro passo rumo à tolerância, à paciência e, consequentemente, à compaixão. compaixão. Há um tempo propício para cada circunstância. Cabe a nós decidirmos quanto tempo o desespero, o ódio, o desejo de vingança, a falta de paciência durarão em nossa vida. Às vezes nos justificamos – estou no meu tempo de atirar pedras –, mas esse tempo não passa nunca, pois não queremos que ele passe, é mais fácil e cômodo atirar pedras na vidraça do vizinho. É nossa a responsabilidade de dominarmos ou frearmos nossos impulsos. Não nascemos para ser escravos dessa ou daquela situação. situação. Se algo nos amarrar e nos deixar sem ação ou sem movimento interno, então, será sinal de que falta o Espírito Santo.
Senhor, que eu seja paciente na hora do sofrimento. Quee a revolta Qu 17
não invada meu ser… Mesmo no tempo da dor, que eu não me perca. Fazei que no centro de minha alma reine vossa voz de Pastor, afagando meu espírito.
18
6. Surpreenda o inimigo
Eu, porém, vos digo: di go: não resistais ao mau.
(Mt 5,39a) iante de um perigo iminente, de algo inevitável que tenhamos de enfrentar, nossa maior tentação é negar a tempestade diante de nós. Imaginamos que com isso os trovões, a escuridão pela falta do sol, o vento que balança nossa casa serão menores. ada disso. Existem situações nas quais seremos obrigados a atravessar, não por castigo, nem por imposição de Deus, mas devido à nossa humanidade. Entraremos, sim, em furacões, às vezes sozinhos ou acompanhados, mas a resposta final, diante da realidade, é nossa. Somos adultos, não podemos esperar que outros respondam por nós, carreguem a cruz em nosso lugar. Podemos receber ajuda, orientação, mas as decisões devem ser pessoais. pessoais. Lembro-me de uma passagem bíblica no evangelho de João na qual são narrados os primeiros primeiros passos de Jesus com a cruz:
D
Ele próprio própri o carregava a sua cruz para fora da ci dade, em direção ao lugar chamado Calvário, em hebraico Gólgota. (Jo 19,17b)
Diante do sofrimento, a atitude de Jesus é de dignidade. Carregar a própria cruz significa assumir o controle interno da situação, é saber que somos mais, muito mais do que as tempestades com as quais somos obrigados a conviver. Isso não quer dizer que Jesus não estava sofrendo. Estava e muito. Mas, ao assumir a cruz, ele não materializou, mas espiritualizou o caminho do Calvário. Deixou a força do Espírito reger aquele momento. Quando tivermos de enfrentar os sofrimentos, as doenças, as injúrias, as calúnias não poderemos confiar confiar somente em nossas forças, mas deix deixar Deus lutar em nós, como o Mestre. A mão do Pai nos assistirá, então não seremos humilhados, mas venceremos o inimigo, seja ele qual ou quem for. Jesus vivenciou essa realidade porque era sábio; ele mesmo, catequizando seus discípulos, orientava a combater o inimigo com paciência: 19
Se alguém te ferir a face direita, oferece-lhe oferece-lhe também a outra. Se alguém te citar em justiça para tirar-te ti rar-te a túni ca, cede-lhe também a capa. Se alguém vem obrigar-te a andar mil passos com ele, anda dois mil. (Mateus 5,39b-41)
Pela nossa formação, pela cultura do mundo, aprendemos e desejamos que aquele que nos ofendeu deve também padecer o mesmo que padecemos. Mesmo professando os ideais de Cristo, queremos na maior parte das vezes a vingança. Porém, a sensação de justiça que podemos ter diante da imagem do inimigo penalizado penalizado é insufi insufici ciente ente para produzir produzir paz interior. interior. Surpreendemos o inimigo quando nossa reação não é aquela que ele esperava. Ele age com violência ou maldade na expectativa de que nossa resposta seja na mesma medida. Quando conseguimos olhar nos olhos daquele que nos fere e não reagimos como ele esperava, mas com amor, imitamos a Cristo na cruz que rezou por seus inimigos: Pai, erdoa-lhes; porque não sabem o que fazem (Lc 23,34). Isso não é fácil, pois em geral agimos por instinto. A virtude da paciência é a chave para vivermos com sabedoria. Se quiserem que você caminhe um quilômetro, caminhe dois; deixe o inimigo desanimar. desanimar. Suporte, tolere, tolere, ele ficará ficará desnorteado, você não: Se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer ;se tiver sede, dá-lhe de beber. Procedendo assim, amontoarás carvões em brasa sobre a sua cabeça (Pr 25,21s). (Rm 12,20)
Comeram meu trigo, de fome eu não morri, plantei arroz. Beberam meu vinho, de sede eu não morri, cavei um poço. Rasgaram meu linho, nu eu não morri, enfeitei-me de trapos. 20
O desgosto do inimigo é ver que o outro outro ainda vive, que reaproveitou reaprovei tou o que sobrou de si, levantou a vida e é feliz, feli z, mesmo sem trigo, sem vinho, sem linho.
21
7. Esperar com paciência
Se fordes ultrajados pelo nome de Cristo, bemaventurado sois vós, porque porque o Espíri to de glóri a, o Espírito de Deus, repousa sobre vós.
(1Pd 4,14) o início do segundo capítulo do livro do Eclesiástico temos uma breve, porém profunda descrição da virtude virtude da paciência paciência – é um belo poema. De forma simples e sem pretensões exegéticas, pois essa não é minha formação, apresento um comentário espiritual para cada um dos seis versículos.
1. Meu filho, fi lho, se entrares entrares para o serviço de Deus, permanece firme fi rme na justi ça e no temor, e prepara a tua alma para a provação.
O livro do Eclesiástico provavelmente foi escrito por volta do ano 200 a.C. O autor, embasado nos mandamentos da lei judaica, exortava o povo a viver os diversos aspectos da existência na fidelidade a Deus. Mesmo tendo sido escrito muito antes de Jesus, esse poema sintetiza com maestria tanto a vida do Mestre como seu ensinamento. Não nos enganemos: servir servir a Deus não é uma aventura ou um agradável passeio passeio pelo pelo bosque, não é uma caminhada caminhada na praia praia ao entardecer nem garantia arantia de tranquil tranquilidade até o final da vida… É ser tentado como foi Jesus no início de sua vida pública após receber o batismo. batismo. É preciso preparar a alma para a provação. Muitos desistem, não suportam, outros se iludem, acreditando que a fantasia que vivem é o Evangelho pregado por Cristo. Mas, se não há confronto, não há questionamento, então é difícil acreditar que esse seguidor entregou sua vida a um Deus que derramou seu sangue em uma cruz por ele. O mundo nos prova constantemente, e uma pergunta deve brotar: “Vivemos mais em conformidade com o mundo ou com a Palavra de Deus?”. O Evangelho também desinstala. A partir do momento em que a Palavra não desperta mais em nós um profundo desejo de mudança, seja pessoal, seja comunitariamente falando, então a novidade do cristianismo envelheceu em nossas entranhas. Não vale mais a pena professar a fé em Jesus. Ser provado não é fraqueza; pelo contrário, é a chance que temos de demonstrar 22
nossa adesão ao Reino. Lutar na provação já é louvor a Deus, independentemente de sairmos vencedores ou não. O Criador nos conhece…
2. Humilha teu coração, espera com paci ência, dá ouvidos ouvi dos e acolhe as palavras de sabedoria; não te perturbes no tempo da i nfelici dade.
Aquele que serve a Deus e reconhece seu poder sabe que não somos protagonistas da história. Somos membros de um corpo; por mais importante que seja nossa função, nosso trabalho, não somos o centro. Quando há esse reconhecimento de que Cristo é o eixo central de tudo, então a humildade de coração é consequência. Porém, quando essa verdade não está clara, vivemos o perigo do estrelismo, do status… do desejo que antecedeu o pecado original: sermos mais do que verdadeiramente somos, até nos imaginarmos sentados no trono de Deus. Quem tem o coração humilhado na entrega a Deus, que vela por nossas vidas, espera com paciência, pois sabe que o Pai trabalha a seu favor. Nossos desesperos, fadig fadigas, estresses, noites noites sem dormir dormir são fruto da nossa pouca confiança na providência de Deus. A natureza humana está tão evoluída que chegamos a crer que podemos tudo. Doce ilusão. Na busca da autossufici autossuficiênci ência, a, quase não temos tempo de ouvir ouvir, falta-nos falta-nos paciênci paciênciaa para sentar e esperar que o outro nos fale das riquezas que habitam em seu coração. Em vez de nos encontrar com os outros, queremos e precisamos correr, como se o universo dependesse de nosso trabalho. Nessa falta de tempo, quem mais sofre são os que talvez mais pudessem nos ensinar: os anciãos e as crianças. Para os que “produzem”, parar cinco minutos para conversar com quem talvez não “produza” é estar diante da própria limitação. Na correria, correria, só damos ouvidos ouvidos a quem nos interessa e não colhemos colhemos as palavras palavras de sabedoria que pulsam à nossa volta. Os que aprendem a colher sabedoria sabem – por experiência própria ou por observar os sinais de Deus na vida dos outros – que a nossa curta passagem pela terra não é só realização, felicidade… Volto ao tema da argila: somos barro, quebramos facilmente. Quando nossa vida está entregue nas mãos de Deus, então temos mais possibilidades de lermos nossa linha histórica partindo não dos nossos anseios, mas de dentro de um plano plano maior: o projeto de Deus para cada um de nós. Assim, não nos perturbaremos no tempo da infelicidade, mas teremos a esperança de que um dia sucede o outro, recordaremos que já passamos por situações parecidas ou piores, piores, e em Deus fomos mais que vencedores… Tudo há de passar!
3. Sofre as demoras de Deus; Dedica-te a Deus, espera com paci ência, a fim fi m de que, no derradeiro derradei ro momento, tua vida se enriqueça.
23
Na hora do desespero, da desolação, desolação, é comum nos sentirmos sentirmos órfãos de Deus, como se ele tivesse se escondido no momento em que mais precisávamos. Nos tormentos que enfrentamos, geralmente nos envolve um vazio existencial profundo. Deus parece calarse quando mais necessitamos de sua voz. Jó, uma figura clássica no Antigo Testamento, é considerado um exemplo de paciênci paciência. a. Enfrenta o abandono completo, completo, a privação privação dos bens materiais, materiais, a perda dos filhos, a saúde… Porém, a pior dor era o vazio interior. Deus se manifesta a Jó revelando que nem tudo podemos compreender, entender na hora certa. Diante do mistério cabe ao ser humano a confiança, a paciência e a esperança. A mesma desolação sentiu Cristo pregado na cruz: Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste? (Mc 15,34b). O sentimento de abandono divino é natural nos momentos incertos da vida, porém nos fica a lição tanto de Jó quanto de Cristo, mesmo no aparente silêncio de Deus. Não deixemos de confiar. É justamente isso que diz esse terceiro versículo de Eclesiástico: Sofre as demoras de Deus…
Dedicar-se a Deus é ser fiel, é recordar-se constantemente do bem que ele realiza e realizou em nossa vida… Nas horas em que Deus parecer distante, essa lembrança nos bastará. Porém, muitas vezes, Deus não deixa de falar, de se comunicar, de enviar sinais. Nós é que focamos nossos ouvidos, olhos e coração no problema, como se aquela cruz fosse toda a nossa vida e nos esquecemos de todo o resto, até mesmo de dar atenção ao Pai. Espera com paci ência…
Os que confiam em Deus jamais serão confundidos. Mesmo que passemos pelo vale tenebroso da morte, não há por que temer, o Senhor estará sempre nos conduzindo ( cf . Sl 22). No derradeiro momento, nossa vida vida será enriqueci enriquecida. da.
4. Aceita Acei ta tudo o que te acontecer : na dor, permanece firme; na humilhação, tem paciência.
Essa primeira parte do versículo quarto pode parecer uma contradição, já que dificilmente conseguiremos convencer alguém de nosso tempo a aceitar tudo o que lhe acontece. De fato, essa passagem bíblica, fora de contexto, pode parecer um elogio à passivi passividade dade diante da realidade. realidade. Geralmente somos por demais insatisfeitos com tudo o que nos acontece. Parece que nada está bom, tudo poderia ter sido melhor. Construímos nossa vida em torno de príncipes príncipes e princesas princesas dos contos de fadas e somos sempre o personagem personagem princi principal pal.. Mais Mais sonhamos do que vivemos… A insatisfação pode gerar um desejo profundo de mudança – e isso é louvável –, mas é bom levarmos em consideração consideração que insatisfação nsatisfação gera insatisfação. E, em um coração insatisfeito, a felicidade e a paz não penetram. Aceitar tudo o que nos acontece é saber que já aconteceu, já passou, não nos cabe questionar se poderia poderia ter sido melhor desse jeito jeito ou daquele, o tempo não volta. 24
Insatisfação pelo que passou é cruz por demais pesada para toda a vida. Temos de aceitar o passado e escrever agora uma nova página de nossa vida. Existem dores que enfrentaremos cedo ou tarde. Podem ser físicas, emocionais ou morais: o desespero de ser traído, um amor não retribuído, a perda de um ente querido. Não estamos isentos de sofrer. sofrer. Falta a cada um de nós uma preparação para quando a dor chegar. Dor, hoje, é tabu. Não gostamos de falar sobre ela, tentamos a todo custo privar privar nossos filh filhos os de enfrentar uma ‘dorzinha’ ‘dorzinha’ que seja, mas ning ninguém uém na vida vida conseguirá viver dentro de um casulo. Mesmo se vivesse, a dor ali moraria, porque também existe carne naquele que se esconde, há sentimento… Na dor permaneça firme, firme, não esmoreça, não se entregue, entregue, não se faça de vítima, vítima, dê testemunho de sua fé. Na hora da humilhação, seja paciente.
5. Pois é pelo fogo que se experimentam ex perimentam o ouro e a prata, e os homens agradáveis a Deus, pelo caminho da humilhação. humi lhação.
Não aprendemos as grandes lições da vida vida sentados nos bancos da universi universidade. dade. Elas Elas nos chegam dando a cara a tapa, caindo e levantando, passando pelas piores crises… São os momentos mais difíceis da vida que normalmente tendem a nos tornar pessoas melhores, mais humanas, solidárias. Vale lembrar o testemunho de tantas pessoas que, ao enfrentarem um forte trauma, convertem sua vida por completo, deixam de ser meramente egoístas e se dedicam ao bem-estar alhei alheio. o. Quando passamos pelas pelas tempestades da vida vida e consegui conseguimos mos nos manter em pé, saímos pessoas melhores. Não há a alegria do nascimento sem a dor do parto. Cristo Cristo já dizia: dizia: é preciso que o grão de trig trigo morra para viver viver e dar frutos. É pelo pelo fogo, o temido fogo, que conseguimos as mais belas joias de ouro e prata. Uma pessoa agradável a Deus é alguém que reconhece o lugar de Deus, sabe que ele nos governa, que não é um acessório, mas a razão de existirmos. Seremos agradáveis a Deus, quando conseguirmos dizer como João Batista: Importa que ele cresça e que eu diminua (Jo 3,30). Esse é o verdadeiro caminho da humilhação.
6. Põe tua confi ança em Deus e ele te salvará; ori enta bem o teu caminho cami nho e espera nele. Conserva o temor a ele até na velhice.
Colocamos nossa confiança em alguém que conhecemos de verdade. A regra de convivência nos ensina que temos de comer ‘um quilo de sal’ com uma pessoa antes de confiarmos nela; mesmo a conhecendo, ainda correremos o risco de nos decepcionarmos. Relações humanas são estabelecidas entre humanos, por isso são frágeis. É impossível colocarmos nossa confiança em Deus sem antes conhecê-lo e termos feito experiência dele, não digo superficial, mas profunda, existencial. Se não tivermos intimidade com Deus, por intermédio da oração, da leitura atenta da Palavra, não poderemos jamais jamais nos entregar entregar a ele. Deus não pode ser nosso coleg colega, a, com o qual nos 25
encontramos uma vez ou outra em ocasiões sociais. Se assim for, ele será um ilustre desconhecido. Deus não está nas prateleiras das farmácias nos esperando, quando temos esse ou aquele problema. Nunca confiaremos em um Deus que encaramos como um supermercado – ele não é mercadoria. Nosso caminho deve estar orientado orientado para ele, ele, somente assim assim confiaremos confiaremos e sentiremos em nós a salvação que provém de seu amor infinito. Aquele que contraiu matrimônio com o Senhor e se deixa conduzir por ele não se divorciará nunca desse Amor.
26
8. O amor é paciente
Aquele que não ama não conhece a Deus, porque porque Deus é amor.
(1Jo 4,8) aulo apóstolo, na Primeira Carta aos Coríntios, no capítulo treze, traça a identidade do amor; em algumas traduções aparece a palavra caridade em vez de amor, ambas as expressões são dignas de uma meditação:
P
O amor é paciente, O amor é bondoso. Não tem i nveja. O amor não é orgulhoso. Não é arrogante. Nem escandaloso. Não busca os seus próprios i nteresses, nteresses, não se irrita , não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, i njustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera , tudo suporta. (1Cor 13,4-7)
Quando nosso amor é real não é possessivo nem é troca de carências. Quando não é uma mera compensação afetiva, nem doentio, então será sempre paciente, pois quem ama crê no outro, espera e suporta. Às vezes podemos ‘estourar’, mas nosso coração deve pulsar pelo irmão, por mais que por um instante tenhamos agido com falta de paciência. A prova de que amamos é que somos capazes de perdoar e tentamos recomeçar. O desafio é o proposto por Jesus: amar sempre, até mesmo os inimigos. A paciência é fruto do amor. É dom, mas é também tarefa constante e diária de não nos deixarmos vencer pelo mais fácil, excluir da nossa vida aqueles que são mais difíceis na convivência.
27
28
9. Oração conclusiva
Dai-me paciência, Senhor! Diante do inevi i nevitável, tável, dai-me paciência, Senhor. Para suportar o desconheci do e o não compreendido , que eu jamais perca a esperança em vós. Que eu reconheça, Senhor, que o meu tempo não é como o vosso tempo, que a vossa graça será derramada em mi m mediante vossa providência que rege minha vida. Realizai em mim mi m o vosso querer querer no momento que bem entenderdes. Sou vosso! Nos sofrimentos, que eu sai ba suportá-los com paci ência. Dai-me força para lutar contra aquilo que é possível mudar e coragem para aceitar o que está fora do meu alcance. Nas pequenas discussões di scussões do coti diano, que eu saiba amar, desculpar e tolerar as diferenças. Na certeza de estar em vossas mãos , que nada me perturbe, e que eu viva sempre em vossa paz!
29
© 2009 by Editora Ave-Maria. All rights reserved. Rua Martim Francisco, 636 – 01226-000 – São Paulo, SP – Brasil Tel.: (11) 3823-1060 • Fax: (11) 3660-7959 Televendas: 0800 7730 456
[email protected] •
[email protected] www.avemaria.com.br
ISBN: 978-85-276-1375-0 Edição digital: julho 2012
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Erlin, Luis Dai-me paciência, Senhor! / Luis Erlin. São Paulo: Editora Ave-Maria, 2012. 600kb; epub ISBN: ISBN: 978-85-276-1375-0 978-85-276-1375- 0 1. Meditação 2. Paciência - Aspectos Religiosos - Cristianismo 3. Perseverança (Teologia) 4. Vida Cristã I. Título. Título. 09-08282
CDD-234.13
Índice para catálogo sistemático: 30
1. P aciência: Cristianismo: Cristianismo:
234.13 234. 13
Diretor Geral : Marcos Antônio Mendes, CMF Diretor Editorial : Luís Erlin Gomes Gordo, CMF Gerente Editorial: J. Augusto Nascimento Revisão: Adelino Coelho e Vera Quintanilha Diagramação: Carlos Eduardo P. de Sousa Arquivo ePub produzido pela Simplíssimo Livros
31
32
Bíblia Sagrada Ave-Maria Edição Claretiana - Editora Ave-Maria 9788527613842 1696 páginas
Compre agora e leia A Bíblia mais querida do Brasil agora também está disponível em eBook. Com o texto tradicional da Bíblia Sagrada Ave-Maria, no formato digital com índice de busca por capítulos e versículos, você poderá ler e manusear as Sagradas Escrituras de um modo mais confortável e agradável. Além disso, a Bíblia Ave-Maria traz as orações diárias do cristão, visão geral do novo catecismo, mapas, leituras litúrgicas e índice doutrinal. Traduzida dos originais hebraico, grego e aramaico pelos monges beneditinos de Maredsous (Bélgica), a Bíblia Ave-Maria foi editada pela primeira vez em 1959 pelos missionários do Imaculado Coração de Maria, sendo a primeira Bíblia católica publicada no Brasil. Com sua linguagem acessível, conquistou os lares brasileiros e, até hoje, é a Bíblia mais popular e querida entre os católicos, com mais de 200 edições. Compre agora e leia
33
34
3 meses com São José CMF, Padre Luís Erlin 9788527616003 112 páginas
Compre agora e leia Após o grande sucesso do livro 9 meses com Maria, Pe. Luís Erlin apresenta sua continuação: 3 meses com São José, uma obra que nos convida a mergulhar na vida e espiritualidade de José, homem revestido pela simplicidade, de espírito dedicado e coração puro, que acolheu a vontade de Deus no seio de sua família, a Sagrada Família, colaborando com o Pai em seu maravilhoso projeto de salvação da humanidade. Nesta obra, você seguirá os passos de José, fiel esposo de Maria e pai adotivo de Jesus. Serão três meses de profunda oração guiada pelo coração castíssimo de São José. Os relatos de suas angústias, alegrias e esperanças se tornarão um guia espiritual, que o levará a percorrer o mesmo me smo caminho outrora pisado pisado por este que é considerado pela pela Igreja como modelo de santidade a ser seguido. Que a Palavra de Deus e a vida de São José possam iluminar seus passos e abençoar a sua família. Compre agora e leia
35
36
Bíblia de Estudos Ave-Maria Editora Ave-Maria, Edição Claretiana 9788527616256 2160 páginas
Compre agora e leia Preparada por uma renomada equipe de biblistas, a edição de estudos da Bíblia AveMaria em eBook traz notas explicativas aprofundadas, atualizadas e de grande rigor exegético, além de referências bíblicas paralelas e um abundante índice doutrinal. Apresenta também introduções para cada livro bíblico, que contextualizam informações relativas a autores, estrutura, mensagem teológica e data. Com linguagem clara e acessível, a Bíblia de estudos constitui um verdadeiro curso bíblico para leigos e para os estudiosos da Sagrada Escritura. No formato digital, conta com índice de busca por capítulos e versículos, fazendo com que você possa ler e manusear as Sagradas Escrituras de um modo mais fácil, confortável e agradável. O texto bíblico da edição de estudos da Bíblia Ave-Maria foi traduzido dos originais hebraico, grego e aramaico pelos monges beneditinos de Maredsous (Bélgica). Com sua linguagem acessível, conquistou os lares brasileiros e é hoje uma das bíblias mais populares e queridas entre os brasileiros. Compre agora e leia
37
38
Por que e como rezar a Liturgia das Horas? Clayton, Helber Helber 9788527616195 104 páginas
Compre agora e leia Este livro é destinado a todos os que têm descoberto, nos últimos tempos, a beleza da Oração da Igreja. Não é um tratado sobre a Liturgia das Horas, mas, antes de tudo, apresenta-se como querigma, um humilde anúncio de um menino a quem sua mãe mostrou uma pérola preciosíssima e que, logo que viu, quis correr para contar aos seus irmãos sobre o tesouro que tinham em casa. É destinado, também, a mostrar a importância da Liturgia das Horas para todos, principalmente para os leigos, cada vez mais interessados em se unir mais intimamente à Igreja e em viver mais intensamente o mistério salvífico, celebrado ao longo do ciclo litúrgico, que a Liturgia das Horas proporciona. proporciona. A obra procura responder a uma das mais frequentes perguntas feitas feitas pelos internautas que encontram no site liturgiadashoras.org o Ofício Divino, que, apesar de ser a oração oficial da Igreja, passados mais de dois milênios, continua sendo um ilustre desconhecido para grande parte dos católicos. Compre agora e leia
39
40
mulher que tocou em Jesus Erlin, Luís 9788527616157 120 páginas
Compre agora e leia Do mesmo autor do best-seller "9 meses com Maria", o livro "A mulher que tocou em Jesus - Em Deus não existem acasos, existe providência" é uma obra de ficção em prosa, baseada na passagem bíblica bíblica do evangel evangelho ho de Marcos, o qual relata relata a históri históriaa da mulher que por doze anos padecia de um fluxo de sangue e que, ao tocar na orla do manto de Jesus, foi curada. Com o intuito de aproximar essa mulher "misteriosa" à nossa vida, apresentando uma mulher que nos aponte o caminho de uma vida em Cristo, Pe. Luís Erlin nos narra a história em primeira pessoa, para que os leitores consigam "sentir" as dores dessa mulher, dores essas que se parecem com dores de tantas mulheres e homens que adoecem no corpo ou nos afetos. O romance nos levará a muitas reflexões e nos mostrará o olhar misericordioso de Deus, que não hesita em curar, em acolher, em amar a quem quer que seja. Compre agora e leia
41
Índice Dedicação Citação Sumário Introdução 1. O segredo de tudo está na paciência 2. Paciência 3. Somos argila 4. Começo, meio e fim 5. Há um tempo para cada coisa 6. Surpreenda o inimigo 7. Esperar com paciência 8. O amor é paciente 9. Oração conclusiva Copyright
42
4 5 6 7 8 9 11 13 16 19 22 27 29 30