Escrita e R edação Módulo I
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SUMÁRIO 1
INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO ................................................................ ................................ ................................................................ ................................................................ .......................................... .......... 1
2
TIPOS DE LINGUAGEM................................................................ ................................ ................................................................ .......................................................... .......................... 4 2.1. LINGUAGEM LINGUAGEM ORAL ................................................................ ................................ ................................................................ ............................................................... ............................... 5 2.2. LINGUAGEM LINGUAGEM ESCRITA........................... ESCRITA........................................................... ................................................................ ............................................................... ............................... 6 2.3. LINGUAGEM DENOTATIVA DENOTATIVA ....................................................................................... ...................................................... .......................................................... ......................... 7 2.4. LINGUAGEM CONOTATIVA CONOTATIVA ............................................................ .................................................... ................................. ................... 7 2.5. COMO ESCOLHER ESCOLHER AS PALAVRAS PALAVRAS............................................................. ............................. ................................................................. ......................................... ........ 8
3
TEMA E TÍTULO ...................................................................................................................................... 8 3.1. PRINCIPAIS DIFERENÇAS DIFERENÇAS ENTRE TEMA E TÍTULO ................................................................... ................................... .................................... .... 9 3.2. ENTENDIMENTO ENTENDIMENTO E DELIMITAÇÃO DO TEMA .............................................................. ............................. .................................................... ................... 9 3.3. DESENVOLVENDO DESENVOLVENDO UMA TEMÁTICA TEMÁTICA............................................................. ............................ ................................................................. .................................. 12
4
OS MOMENTOS MOMENTOS DA PRODUÇÃO TEXTUAL.............................................................. ............................. ........................................................ ....................... 13 4.1. INSPIRAÇÃO INSPIRAÇÃO ................................................................. ................................ ................................................................. ................................................................ ........................................ ........ 13 4.2. TRANSPIRAÇÃO TRANSPIRAÇÃO................................................................ ................................ ................................................................ ................................................................. ..................................... 14
5
AS PARTES DE UMA REDAÇÃO................................................................. ................................. ................................................................ ........................................ ........ 14 5.1. INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO ............................................................... ............................... ................................................................. ................................................................. ....................................... ....... 14 5.2. DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO ................................................................. ................................. .................................................................. ......................................................... ....................... 15 5.3. CONCLUSÃO CONCLUSÃO ................................................................. ................................ ................................................................. ................................................................ ........................................ ........ 16
6
TIPOS DE REDAÇÃO................................................................ ................................ ................................................................ ............................................................. ............................. 17 6.1. NARRAÇÃO.............................................................. .............................. ................................................................. ................................................................. ............................................ ............ 17 6.2. DESCRIÇÃO DESCRIÇÃO............................................................. ............................. ................................................................. ................................................................. ............................................ ............ 18 6.3. DISSERTAÇÃO DISSERTAÇÃO.............................................................. .............................. ................................................................. ................................................................. ....................................... ....... 19 6.4. CARTAS CARTAS ............................................................. ............................. ................................................................. ................................................................. .................................................. .................. 21 6.5. OFÍCIOS.............................................................. .............................. ................................................................. ................................................................. .................................................. .................. 22 6.6. RELATÓRIOS RELATÓRIOS ............................................................... ............................... ................................................................. ................................................................. ....................................... ....... 23 6.7. ATAS............................................................. ............................. ................................................................ ................................................................. ........................................................ ....................... 24 6.8. RESUMOS RESUMOS ................................................................ ................................ ................................................................ ................................................................ ............................................. ............. 25 6.9. POESIAS POESIAS ............................................................. ............................. ................................................................. ................................................................. .................................................. .................. 27 6.10 AUTORIZAÇÃO ................................................................................................................................... 28 6.11. DECLARAÇÃO DECLARAÇÃO ................................................................. ................................. ................................................................. ................................................................. .................................... 29
7
REDAÇÃO EMPRESARIAL EMPRESARIAL E REDAÇÃO PARA PROCESSOS SELETIVOS .................................. 30 7.1. REDAÇÃO EMPRESARIAL EMPRESARIAL .............................................................................. .............................................. ................................................................. ..................................... 30 7.2. E-MAIL EMPRESARIAL EMPRESARIAL............................................................... ............................... ................................................................. ........................................................ ....................... 32 7.3. REDAÇÃO REDAÇÃO PARA PROCESSOS PROCESSOS SELETIVOS .............................................................. ............................. ........................................................ ....................... 32
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CONCLUSÃO CONCLUSÃO DO MÓDULO I.................................................................. I................................. ................................................................. ............................................. ............. 33
SUMÁRIO 1
INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO ................................................................ ................................ ................................................................ ................................................................ .......................................... .......... 1
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TIPOS DE LINGUAGEM................................................................ ................................ ................................................................ .......................................................... .......................... 4 2.1. LINGUAGEM LINGUAGEM ORAL ................................................................ ................................ ................................................................ ............................................................... ............................... 5 2.2. LINGUAGEM LINGUAGEM ESCRITA........................... ESCRITA........................................................... ................................................................ ............................................................... ............................... 6 2.3. LINGUAGEM DENOTATIVA DENOTATIVA ....................................................................................... ...................................................... .......................................................... ......................... 7 2.4. LINGUAGEM CONOTATIVA CONOTATIVA ............................................................ .................................................... ................................. ................... 7 2.5. COMO ESCOLHER ESCOLHER AS PALAVRAS PALAVRAS............................................................. ............................. ................................................................. ......................................... ........ 8
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TEMA E TÍTULO ...................................................................................................................................... 8 3.1. PRINCIPAIS DIFERENÇAS DIFERENÇAS ENTRE TEMA E TÍTULO ................................................................... ................................... .................................... .... 9 3.2. ENTENDIMENTO ENTENDIMENTO E DELIMITAÇÃO DO TEMA .............................................................. ............................. .................................................... ................... 9 3.3. DESENVOLVENDO DESENVOLVENDO UMA TEMÁTICA TEMÁTICA............................................................. ............................ ................................................................. .................................. 12
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OS MOMENTOS MOMENTOS DA PRODUÇÃO TEXTUAL.............................................................. ............................. ........................................................ ....................... 13 4.1. INSPIRAÇÃO INSPIRAÇÃO ................................................................. ................................ ................................................................. ................................................................ ........................................ ........ 13 4.2. TRANSPIRAÇÃO TRANSPIRAÇÃO................................................................ ................................ ................................................................ ................................................................. ..................................... 14
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AS PARTES DE UMA REDAÇÃO................................................................. ................................. ................................................................ ........................................ ........ 14 5.1. INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO ............................................................... ............................... ................................................................. ................................................................. ....................................... ....... 14 5.2. DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO ................................................................. ................................. .................................................................. ......................................................... ....................... 15 5.3. CONCLUSÃO CONCLUSÃO ................................................................. ................................ ................................................................. ................................................................ ........................................ ........ 16
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TIPOS DE REDAÇÃO................................................................ ................................ ................................................................ ............................................................. ............................. 17 6.1. NARRAÇÃO.............................................................. .............................. ................................................................. ................................................................. ............................................ ............ 17 6.2. DESCRIÇÃO DESCRIÇÃO............................................................. ............................. ................................................................. ................................................................. ............................................ ............ 18 6.3. DISSERTAÇÃO DISSERTAÇÃO.............................................................. .............................. ................................................................. ................................................................. ....................................... ....... 19 6.4. CARTAS CARTAS ............................................................. ............................. ................................................................. ................................................................. .................................................. .................. 21 6.5. OFÍCIOS.............................................................. .............................. ................................................................. ................................................................. .................................................. .................. 22 6.6. RELATÓRIOS RELATÓRIOS ............................................................... ............................... ................................................................. ................................................................. ....................................... ....... 23 6.7. ATAS............................................................. ............................. ................................................................ ................................................................. ........................................................ ....................... 24 6.8. RESUMOS RESUMOS ................................................................ ................................ ................................................................ ................................................................ ............................................. ............. 25 6.9. POESIAS POESIAS ............................................................. ............................. ................................................................. ................................................................. .................................................. .................. 27 6.10 AUTORIZAÇÃO ................................................................................................................................... 28 6.11. DECLARAÇÃO DECLARAÇÃO ................................................................. ................................. ................................................................. ................................................................. .................................... 29
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REDAÇÃO EMPRESARIAL EMPRESARIAL E REDAÇÃO PARA PROCESSOS SELETIVOS .................................. 30 7.1. REDAÇÃO EMPRESARIAL EMPRESARIAL .............................................................................. .............................................. ................................................................. ..................................... 30 7.2. E-MAIL EMPRESARIAL EMPRESARIAL............................................................... ............................... ................................................................. ........................................................ ....................... 32 7.3. REDAÇÃO REDAÇÃO PARA PROCESSOS PROCESSOS SELETIVOS .............................................................. ............................. ........................................................ ....................... 32
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CONCLUSÃO CONCLUSÃO DO MÓDULO I.................................................................. I................................. ................................................................. ............................................. ............. 33
Prezado(a) Aluno(a),
Redação. Ao longo das exposições são Seja bem vindo ao Curso de Escrita e Redação. apresentadas algumas propostas para redações. Se desejar, você pode enviar esses exercícios sugeridos e mais duas redações de tema livre para que eu, professor, faça a correção. O envio não é obrigatório, porém, sinta-se livre para fazê-lo caso queira receber a correção e meus comentários. Desejo um bom estudo! estudo! Atenciosamente,
Prof. Redação.
1 INTRODUÇÃO O maior pesadelo da grande maioria das pessoas quando vai prestar processos seletivos como vestibulares e concursos públicos ou até mesmo participar de seleções para empregos, é a Redação. O pensamento de ter pouco tempo para escrever um texto de cerca de 30 linhas sobre um assunto que só será divulgado no momento da prova, causa insônia em diversos candidatos em todo o país. Se livrar deste estigma de "não saber como construir um texto" é uma tarefa que requer dedicação, mas que pode ser imensamente gratificante, em especial se o objetivo é o de conseguir uma boa colocação no mercado de trabalho ou uma vaga na universidade. Este curso tem exatamente a intenção de dar fim ao momento de angústia da redação, seja durante a escrita de um texto convencional, uma carta, ou prova de vestibular. Espera-se que os conhecimentos aqui repassados possam ser utilizados também em outros momentos e com outros fins, afinal a necessidade de saber escrever não é apenas de pessoas que passam por processos seletivos, mas de todo profissional. Quando falamos em redigir é fundamental que se tenha a capacidade de organizar ideias sobre algo. Precisamos partir de três requisitos básicos: conhecer o assunto, ter poder crítico sobre ele e dominar a linguagem. Todos nós conhecemos pelo menos uma pessoa que adora falar sobre qualquer assunto, temas que vão desde a primeira vez que o homem pousou na lua até as complexas técnicas de como fraudar uma votação secreta no Senado. Nenhum assunto é demais para ela. Se é difícil escutar um indivíduo deste, imagina ler o que ele tem a escrever. É necessário saber do que se está falando e ter certo domínio sobre o tema abordado. 1
Suponhamos que um texto/redação tenha como tema “As mudanças climáticas no planeta”. Ora, o que se pode escrever sobre este assunto? Muita coisa. Mas se não estamos
acompanhando o noticiário, vai ser difícil escrever uma única linha. Quando arriscamos falar sobre um assunto que não dominamos, corremos o risco de cometer um dos mais frequentes enganos de candidatos de processos seletivos: "o encher linguiça". Em outras palavras, escrever, escrever e escrever sem dizer absolutamente nada. Não é necessário formular uma tese, até porque você não terá tempo para isso, mas é importante deixar claro que tem uma opinião. Ninguém sabe qual será o tema da redação em um processo seletivo. Sendo assim, a melhor coisa a fazer é começar, desde já, a ler. Nunca devemos nos limitar a um só assunto, deve-se ler de tudo. Revistas e jornais (na íntegra e não apenas a seção dos artistas), livros de ficção e também os que obtiveram grande repercussão na mídia, ou seja, praticamente tudo o que for divulgado e de qualidade, deve ser lido. Que tal assumir o compromisso de ler ao menos uma revista por semana? Ou talvez um livro a cada dois meses? Os benefícios que esta prática pode lhe trazer são enormes. Ler não é nenhum bicho de sete cabeças, mas se você pensa o contrário, mate o bicho e comece a ler o quanto antes. Além de conhecimento a leitura ensina a escrever. Sem que você conheça as regras de redação, seus textos vão se modificando naturalmente.
Isso
acontece
porque no processo de leitura ganha-se o que chamamos de vocabulário. Pergunte a qualquer bom jornalista quantos livros ele lê por ano. Você entenderá porque o mesmo tem uma facilidade de se expressar que é acima da média. Se alguém lhe perguntasse qual a sua opinião sobre as mudanças climáticas, você teria algo a dizer? Começar a ter um poder crítico sobre o mundo que lhe cerca é outra consequência natural de quem tem o hábito da leitura.
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Você diria que conhece o Brasil? Você sabe por quais problemas os sertanejos passam? Como realmente vive a população do norte do país? Porque o índice de violência é tão grande na região sudeste? Porque o sul conseguiu se desenvolver mais rápido que o restante do país? Conhecer os porquês do Brasil não é apenas uma questão de patriotismo, mas sim de sensatez até mesmo para tecer críticas sobre o local onde você vive. No que diz respeito a uma redação de vestibular ou de qualquer outro processo seletivo, conhecer o Brasil é a melhor forma de encarar as 30 linhas de espaço que você terá. Novamente é aí onde a leitura regular se revela fundamental. É importante conhecer as notícias de todas as regiões do Brasil, não apenas da sua cidade ou estado. Jornais e Revistas são grandes fontes para saber o que se passa no mundo. Não se limite a conhecer apenas o seu bairro, leia e se informe sobre questões como as razões das guerras, as crises econômicas, os problemas ambientais e muitos outros, ou seja, de agora em diante reconheça o mundo como sua casa. Nem precisa comprar os impressos, leia pela internet. Acesse os principais jornais da sua cidade, veja como cada um pensa sobre o mesmo assunto. Compare e pense a respeito. Você vai descobrir como o mesmo assunto pode ser escrito de formas e com sentidos diferentes. Vá em frente e se informe! Não perca tempo! "Qualquer um de nós, senhor de um assunto, é, em princípio, capaz de escrever sobre ele. Não há um jeito especial para a redação, ao contrário do que muita gente pensa. Há apenas uma falta de preparação
inicial,
que
o
esforço
e
a
prática
vencem”.
(J. Matoso Câmara Jr.)
Ter senso crítico é ser capaz de discordar com coerência de alguma opinião, utilizando argumentos sensatos. É também um fator de grande importância no momento de redigir uma redação, pois lhe dá a leveza de texto típica de quem conhece várias opiniões sobre o assunto que está sendo tratado, mas tem uma opinião pessoal formada. Dominar a linguagem é também uma das boas consequências do hábito de leitura. Se você não perdeu a conta, já são quatro as vantagens que conseguimos com as leituras constantes: conhecimento, aprender a escrever, formular senso crítico e agora dominar a linguagem.
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Os mudos têm uma linguagem própria, a dos sinais. Se alguém domina esta linguagem pode se comunicar com qualquer outra pessoa que também a domine. O mesmo vale para uma redação. As palavras são códigos que se dominados, podem passar a mensagem que você quiser, da forma que você quiser e para quem você quiser. Nada o limitará. As palavras são desafiadoras considerando as muitas formas de escrever, mas, principalmente, o seu significado. O ato de escrever, de denominar a língua e a linguagem para alguns é fácil e agradável, entretanto, para outros pode representar dificuldades e sacrifícios. Quem escreve deve ter consciência de que ao escrever, combina suas impressões, pensamentos críticos e vivência pessoal e saber que por meio do aprimoramento da linguagem será possível expressar de forma plena o seu pensamento. É importante perceber que a redação, tal como ela deve ser, é consequência de um processo contínuo de aprendizagem.
CAPÍTULO 2
2 TIPOS DE LINGUAGEM Existem diversos tipos de linguagem. Aqui vamos nos concentrar em saber um pouco mais quais são as diferenças existentes entre a forma como falamos e a forma como devemos escrever e, ainda, aprender sobre as linguagens conotativa e denotativa. Talvez a melhor forma de começar o aprendizado sobre como escrever uma redação com clareza e objetividade (maiores qualidades de qualquer texto), seja descobrir quais são as grandes diferenças entre a linguagem escrita e a linguagem falada. Isso auxilia a diferenciarmos o vocabulário adequado para se escrever uma dissertação de um vocabulário que deve ser usado apenas em discursos específicos ou conversas informais.
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2.1. LINGUAGEM ORAL A linguagem oral é aquela que usamos para falar no nosso cotidiano. Quando não estamos em um ambiente que exige muita seriedade ou um comportamento mais formal como locais de trabalho, por exemplo, também não nos preocupamos tanto com a forma que estamos utilizando para falar e nos comunicar. Quando estamos com pessoas como nossos familiares ou amigos, usamos uma linguagem coloquial,
ou
seja,
uma
linguagem
despreocupada com normas gramaticais ou vocabulários refinados. São momentos que nos permitem fazer uso de falas como gírias, por exemplo. Quando falamos temos algumas vantagens a mais do que quando escrevemos. Um orador aumenta ou diminuiu o tom da voz como lhe convém para chamar atenção em determinado trecho de seu discurso. Ele possui, ainda, a vantagem de estar frente a frente com o receptor de sua mensagem, chamando atenção para o discurso por meio dos gestos e do olhar. A vantagem de estar presente no momento de se passar uma mensagem é tão relevante que é comum ouvirmos e/ou falarmos, em nosso dia a dia, a sentença: "preciso falar pessoalmente com você" quando se trata de um assunto sério. Sendo assim, a linguagem oral não exige que tenhamos grandes preocupações com as regras gramaticais e com o entendimento do receptor, uma vez que, no caso de dúvidas ou mal entendidos, este pode se manifestar já que se encontra frente a frente com o orador, ao contrário do que ocorre na linguagem escrita como veremos a seguir.
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2.2. LINGUAGEM ESCRITA Este é o tipo de linguagem que vamos aprender a utilizar ao longo deste curso. Ao contrário da linguagem falada, a escrita exige de nós maior comprometimento com as palavras e com a norma culta da língua. Sempre que escrevemos o fazemos com determinada finalidade e, para alcançar os objetivos desejados precisamos saber como utilizar da melhor forma as normas cultas da gramática brasileira. Aqui não podemos fazer uso de gírias e demais elementos que podem compor a linguagem coloquial. Os sons e até mesmo as flexões da linguagem falada têm que ser substituídos na redação de um texto. Isso não quer dizer que todo texto precisa ser cheio de palavras e frases complicadas para ser bom, pelo contrário, ele deve ser leve. No entanto, temos que evitar determinados erros como gírias, por exemplo, que lhe dão certa informalidade. Além disso, veremos no decorrer do curso que uma boa redação tem que ser enxuta, ou seja, usar poucas palavras e expressões, para que tenha qualidade na comunicação. Ao contrário da linguagem oral, não temos na escrita a vantagem de estar em contato com a pessoa com quem se fala. Os leitores podem ser os mais diversos possíveis. Sendo assim, um texto escrito precisa ser de fácil compreensão permitindo que as pessoas, independente de suas diferenças, sejam capazes de captar a mensagem que se pretendia transmitir. A dificuldade da redação seria, então, a de substituir, com precisão, todas as vantagens típicas da linguagem falada por outras que permitam a comunicação por escrito. Mas apesar do que possa parecer, escrever, independente de ser uma dissertação escolar, uma carta comercial ou um texto jornalístico, não é algo inalcançável para ninguém. No entanto, requer dedicação para a compreensão das regras típicas da linguagem escrita.
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2.3. LINGUAGEM DENOTATIVA Para lembrarmos o que é uma linguagem denotativa, podemos comparála à linguagem do dicionário. Nesta forma de linguagem as palavras sempre aparecem com seu sentido exato, sem dar margem para interpretações, ou seja, em seu sentido real.
Para identificarmos um texto
denotativo, devemos analisar se o sentido das palavras e das construções frasais está em seu sentido literal. EXEMPLO: Colhi uma flor no jardim.
2.4. LINGUAGEM CONOTATIVA Ao contrário da anterior, na linguagem conotativa as palavras podem adquirir diferentes sentidos, o que varia de acordo com o contexto em que elas estão inseridas. A conotação é uma linguagem que trabalha com sentidos figurados e é muito
utilizada
por
profissionais
como
publicitários na construção de propagandas. Ela não é muito bem vinda em dissertações, já que essa estrutura de texto pede algo de maior formalidade e exatidão. EXEMPLO: Sua filha é mesmo uma flor!
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2.5. COMO ESCOLHER AS PALAVRAS A imprecisão das palavras é um dos erros mais comuns que se verifica nos textos. Não podemos nos basear apenas pelo hábito do uso no dia a dia da palavra para justificar seu uso no texto. Considerando o que vimos até aqui a respeito das linguagens escrita e falada, denotativa e conotativa, sabemos que uma mesma palavra pode ser usada para designar mais de um elemento e, sabemos também, que nem todas as palavras e linguagens devem ser utilizadas a todo momento e em qualquer contexto. Sendo assim, para escolher as palavras adequadas na hora de construir um texto devemos considerar o seu contexto, a sua finalidade e o seu caráter. Deve-se verificar se o texto é descritivo, narrativo, dissertativo ou de outro gênero, como veremos mais adiante.
CAPÍTULO 3 3 TEMA E TÍTULO
Muitas pessoas confundem essas duas palavras na hora de escrever um texto. Quando nos é pedido para escrever um texto a respeito de determinado assunto, muitas vezes, colocamos no lugar do título o tema sobre o qual nos foi pedido escrever. A seguir vamos diferenciar “tema” e “título” para melhor lidarmos com esta questão.
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3.1. PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE TEMA E TÍTULO Tema é o assunto sobre o qual se irá escrever, ou seja, a ideia que será desenvolvida ao longo de sua composição. Título, por outro lado, é o nome que se dá ao texto no qual será abordado determinado tema ou assunto. O Tema nos é dado quando devemos construir um texto e o Título deve partir de nós, tem que ser uma criação pessoal de acordo com o assunto abordado. Pode-se usar de criatividade na construção de um título, o que conta pontos na correção de uma redação. Para finalizar, cabe ainda dizer que o Título é dependente do Tema, já que ele não pode ser criado anteriormente. Em algumas situações (quando o tema é curto, por exemplo), é possível usar o Tema como Título, porém essa atitude não será bem vista, pois pode implicar em falta de criatividade. EXEMPLO TEMA O aquecimento global na terra tem prejudicado a vida humana e acabado com a existência de muitas espécies. TÍTULOS POSSÍVEIS - O aumento da temperatura e os prejuízos para o homem. - A ação humana e o fim de muitas vidas animais e vegetais. Como pode ser visto, outras características que podem distinguir Tema e Título é o fato de que o primeiro tende a ser mais longo que o segundo e a fazer uso de verbos, enquanto o segundo tende a ser curto e pontual e não ter verbos em sua construção.
3.2. ENTENDIMENTO E DELIMITAÇÃO DO TEMA A primeira etapa de uma redação consiste em compreender plenamente o tema. Nos antigos processos seletivos, ele era proposto de forma direta. Por exemplo, a faculdade de direito da Universidade de São Paulo, certa vez, pediu que os vestibulandos escrevessem sobre a "Cortina de Ferro". Nesse caso, o vestibulando deveria dissertar sobre os países do leste europeu então dominado pela ex-União Soviética. Sem dúvida, questões propostas de maneira explícita facilitavam o entendimento do tema. 9
As provas, hoje, já não apresentam os temas dessa maneira. São dados textos que, de alguma forma, interligam-se e o candidato deve, em primeiro lugar, descobrir essas relações. Em linguagem simples, você deve "perceber" o conteúdo do tema. Você deve adequar-se ao tema não fugindo da proposta dada, afinal tal erro conta como ponto negativo. Para compreendermos como delimitar um tema vamos imaginar uma cena surreal. Um extraterrestre lhe aborda um dia e lhe pede para falar sobre o nosso planeta. Você teria duas formas de abordar o tema: cronologicamente ou por fatos. O importante mesmo é que você teria que encontrar uma forma de delimitar o tema. É claro que se você for um engenheiro, será muito mais fácil dissertar baseado nas grandes obras da engenharia mundial. Se você for um pintor, a história terá uma abordagem com as grandes obras primas e seus autores. Enfim, seria uma delimitação natural do assunto, baseada em seus conhecimentos prévios. Concorda? No caso de uma redação, a questão é outra. Os temas serão dados para você no momento da prova o que dificulta a delimitação do assunto. EXEMPLO TEMA: O preconceito ainda está presente na sociedade brasileira. Esse é um tema amplo e você precisa delimitá-lo para que sua redação não se torne um monte de informações desconexas. Não adianta você querer abordar todos os tópicos que o tema permite, afinal existem teses de doutorado sobre o assunto. É preciso então começar a escolher do que você poderá tratar. E não invente moda. Não esqueça de falar sobre o que você sabe e só. Se você não conhece realmente como é o preconceito na Polônia, por exemplo, não o cite. Limite-se aos seus conhecimentos. Como já dissemos anteriormente, "deve-se escrever sobre o que se sabe". Há vários tipos de preconceito (racial, religioso, sexual, cultural, os que envolvem o poder aquisitivo, entre outros), mas você não precisa escrever o que pensa ou o que já leu sobre todos eles. Você precisa citá-los, mostrar que você sabe o que é preconceito e que sabe que existem vários tipos. Só então você escolherá um ou dois deles para tomar como exemplo e embasar seu texto.
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O que citamos neste último exemplo não é simplesmente um macete, é, principalmente, uma forma de organizar as ideias. É algo que você pode usar no seu dia a dia. Se alguém lhe pergunta "como foi o show?", você não vai descrevê-lo parte por parte. Você cita quais foram as melhores partes. Isso é algo natural e, em uma redação, essencial. Podemos chamar isto de “poder de síntese”.
Uma outra boa forma de organizar suas ideias é saber colocá-las no papel, é escrever rapidamente os tópicos que você abordará no texto. Não precisa ser muita coisa, mas algo que lhe permita dar um direcionamento ao tema, assim você também não corre o risco de fugir do assunto e cair no velho erro de “encher lingüiça”. Precisamos sempre estar em busca de um objetivo. Ao delimitarmos o assunto esse objetivo deve estar claro e evidente. Um exemplo de como organizar ideias sobre a temática do preconceito seria colocando-as em tópicos, como podemos ver a seguir:
Existem vários tipos de preconceito
Dependendo do país, alguns se destacam mais do que os outros
No Brasil ele está mais ligado à questão financeira e racial Para diminuir o preconceito são necessárias ações como diminuir as diferenças existentes na sociedade, melhorar a educação e criar programas que ensinem a igualdade entre as pessoas. Mas veja bem. O esquema serve para guiá-lo e não para limitá-lo. Se surgirem mais
ideias durante o texto, ainda dentro do tema proposto, não há nada de mal em utilizá-las.
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3.3. DESENVOLVENDO UMA TEMÁTICA Para desenvolvermos um tema podemos começar seguindo os passos abaixo listados: A. Interrogar o tema B. Responder com uma opinião formada C. Apresentar um argumento básico D. Apresentar argumentos auxiliares e complementares E. Apresentar fatos como exemplos F. Concluir Para compreendermos mais facilmente os passos acima colocados, vamos pegar como exemplo a seguinte proposta temática: “Nenhum homem é uma ilha”.
Primeiro, precisamos entender o termo “ilha” que, naturalmente, está em sentido figurado, significando solidão, isolamento.
Transforme o tema em uma pergunta: Nenhum homem é uma ilha?
Procure responder a essa pergunta, de um modo simples e claro, concordando ou discordando (ou, ainda, concordando parcialmente e discordando parcialmente). Essa resposta é o seu ponto de vista.
Pergunte a você mesmo, o porquê de sua resposta, uma causa, um motivo, uma razão para justificar sua posição. Aí estará o seu argumento principal.
Agora, procure descobrir outros motivos que ajudem a defender o seu ponto de vista, a fundamentar sua posição. Estes serão argumentos auxiliares.
Em seguida, procure algum fato que sirva de exemplo para reforçar a sua posição. Este fato-exemplo pode vir de sua memória visual, das coisas que você ouviu, do que você leu. Pode ser um fato da vida política, econômica ou social ou pode ainda ser um fato histórico. Ele precisa ser bastante expressivo e coerente com o seu ponto de vista. O fato-exemplo geralmente dá força e clareza à nossa argumentação, além de esclarecer a nossa opinião e fortalecer os nossos argumentos. Além disso, personaliza o nosso texto, diferenciando-o. 12
Procure agrupar estes elementos num texto e considere esta atividade como
um rascunho de sua redação. Por enquanto, você pode agrupá-los na sequência que foi sugerida. Para o desenvolvimento de uma temática precisamos também aprender a importância de um texto com começo, meio e fim e como desenvolver cada uma dessas partes, o que será visto posteriormente. PROPOSTA DE EXERCÍCIO 1 Vamos começar a escrever? Redija um texto de 10 a 15 linhas sobre a qualidade dos programas de televisão aos domingos. Comece desde já a organizar suas ideias. Pense no que você acha sobre o assunto antes. Vamos ver como se faz isso com mais detalhes ao longo do curso. CAPÍTULO 4
4 OS MOMENTOS DA PRODUÇÃO TEXTUAL Antes de começar a escrever efetivamente um texto, existem momentos que são de extrema importância para o resultado final, como você pode ver a seguir.
4.1. INSPIRAÇÃO Este momento corresponde ao processo criativo do autor. Quanto você escreve um texto, independente de que tipo ele seja, precisa de criatividade para ter ideias suficientes para a sua constituição. Anote, sem muitos critérios, tudo o que vem à sua mente para que nenhuma ideia seja perdida ou esquecida. Neste momento específico, não existem regras a ser seguidas. Apenas deixe a imaginação fluir. Com certeza tudo o que você já viu, ouviu ou pensou sobre o assunto em questão será lembrado. 13
4.2. TRANSPIRAÇÃO Aqui você deve organizar as ideias que surgiram, já que nem todas elas terão espaço para aparecer no seu texto. Selecione as que melhor se encaixam com a temática considerando a qualidade da sua argumentação, a melhor ordem para serem colocadas e pense em como essas ideias serão trabalhadas. A fase posterior diz respeito a colocar em prática a arte da escrita, o que veremos com mais cuidado adiante.
CAPÍTULO 5
5 AS PARTES DE UMA REDAÇÃO Como vimos acima, para ser bem escrito, um texto deve ter desenvolvimento coerente, o que implica sua composição em começo, meio e fim ou introdução, desenvolvimento e conclusão, ou seja, deve ter uma estrutura.
5.1. INTRODUÇÃO É sempre a parte mais difícil de se escrever, exatamente por ser a primeira. No entanto, quando uma introdução está bem escrita, o restante do texto flui com uma naturalidade surpreendente. Porém, quando você trava no meio do texto é porque sua introdução está equivocada. Mas por que isso acontece? A resposta é simples. O desenvolvimento de uma dissertação é todo baseado na sua introdução. Se nela o assunto não estiver explícito, se estiver demasiadamente detalhado ou muito limitado, você não tem muito para onde correr depois. Uma introdução deve consistir em um parágrafo de aproximadamente 4 ou 5 linhas e deve apenas iniciar o assunto a ser tratado indicando na medida do possível o rumo que o texto seguirá.
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O primeiro parágrafo sempre corresponde à introdução da sua redação. Ele deve apresentar o assunto que será tratado no texto, ou seja, deve conter elementos básicos que apenas iniciem a temática e passe a ideia principal do texto, como você pode ver no exemplo a seguir. EXEMPLO Um dos problemas que mais tem preocupado a população em âmbito mundial é a degradação ambiental. A intensa exploração de recursos naturais aliada à poluição de todos os tipos e ao contexto social, tornou crítica a relação entre homem e meio ambiente e pede soluções urgentes. Para ver mais exemplos, leia em jornais as introduções das matérias. Perceba como há uma clareza no texto, sempre baseado no primeiro parágrafo. Não é um segredo, é uma técnica de texto para jornal. Resume-se o assunto no primeiro parágrafo e desenvolve-se depois. No entanto, a introdução jornalística possui certas peculiaridades, como começar sempre pelo fato mais importante. Não é o caso de uma redação que tem outros objetivos além de o de informar. Observe essas peculiaridades. PROPOSTA DE EXERCÍCIO 2 Escreva três introduções sobre os seguintes temas: - A criação de ídolos pela mídia - O conteúdo das novelas - A internet como meio de aprendizado.
5.2. DESENVOLVIMENTO Esta é a maior parte de sua redação e corresponde ao momento central, localizado entre o começo e o fim. Ao desenvolver um assunto, tenha em mente o que você falará sobre ele. E a melhor maneira de selecionar isto é saber sobre o que você acha que pode falar. Seria ótimo dominar todos os assuntos, mas não sendo possível limite-se a escrever sobre o que você conhece para não escrever errado.
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O desenvolvimento de um texto também tem que ser coerente com a introdução e a conclusão. Nele serão expostos os seus argumentos. Tais argumentos devem apresentar lados positivos e negativos sobre a temática tratada, criando uma discussão acerca do assunto. Após colocar os dois lados da questão, defenda sua opinião (nunca use para tanto a primeira pessoa) através de argumentos coerentes e capazes de convencer o leitor. Este é o momento de aprofundar as questões colocadas na introdução, bem como colocar seus argumentos e novos elementos que porventura possam surgir. O ideal numa redação é a construção de 2 a 3 parágrafos para construir o desenvolvimento. EXEMPLO: Essa situação foi gerada pela forma como temos vivido e nos desenvolvido. O desenvolvimento desde o início da revolução industrial foi pautado por uma grande exploração dos recursos naturais pela produção industrial cada vez maior e intensa. Além de esgotar os recursos, que não têm tempo suficiente para se recuperar, contaminamos o meio com o lixo que produzimos também de maneira intensa. Além disso, este modelo de desenvolvimento também peca quanto aos seus benefícios. Embora toda a produção humana seja em prol de um conforto e uma qualidade de vida maiores, não é o que temos alcançado. Ao contrário do que se pensa, essas atitudes vem apenas esgotando os recursos dos quais somos dependentes, acabando com a saúde e denegrindo a imagem humana. Treine, pegue algum texto de um assunto interessante para você e o desenvolva. Utilize a introdução que já está lá, para que você tenha como ser guiado. Faça isso várias vezes, afinal você está treinando.
5.3. CONCLUSÃO A conclusão sempre será o parágrafo final do seu texto e corresponde à possibilidade de conferir “amarração” à redação. Deve-se finalizar o assunto tratado
retomando de forma breve o que foi anteriormente discutido e, principalmente, oferecer uma solução para o problema colocado pela temática dada. Não cometa o erro de iniciar outro assunto ou tópico nesse momento, pois ele ficará vago e pouco desenvolvido. Continue sendo objetivo, coerente e conciso. 16
A conclusão consiste no momento de fechamento do seu texto. Você deve concluir o assunto de forma coerente ligando os aspectos que foram tratados e sem iniciar um novo tópico. EXEMPLO: Assim sendo, este modelo de desenvolvimento demanda uma solução de caráter urgente que pense a produção humana em sua totalidade analisando desde a exploração de recursos, passando pela transformação em produtos até o seu destino final e que considere, principalmente, os aspectos humanitários buscando eliminar o desenvolvimento desigual.
PROPOSTA DE EXERCÍCIO 3 Pense em algum problema brasileiro, encontre soluções para ele e depois escreva. O objetivo deste exercício é praticar como escrever a conclusão de um texto. Escreva apenas a conclusão e deixe a introdução e o desenvolvimento na sua cabeça.
CAPÍTULO 6
6 TIPOS DE REDAÇÃO A seguir veremos os tipos de redações existentes e que são possíveis de serem pedidos em provas de processos seletivos ou, em outros casos, utilizados diariamente.
6.1. NARRAÇÃO É uma explanação detalhada sobre um acontecimento, ou sobre uma série de fatos, ou seja, narrar é contar algo. Existem várias formas de narrativas: contos, crônicas, parábolas, entre outros. 17
A narração engloba seis pontos principais:
O fato
Os personagens envolvidos no fato
Como o fato se deu
Quando o fato se deu
Porque o fato se deu
As consequências do fato.
Esses seis pontos são exatamente o que envolve a narrativa jornalística. Aliás, que envolve o primeiro parágrafo das matérias de jornais, chamado de lead . São sempre as mesmas perguntas: o que, onde, como, por que e quando. As consequências geralmente estão expostas no restante da matéria. EXEMPLO: Uma menina saiu de casa para ir até a escola em que estudava desde a primeira série. Todos os dias ela pegava um ônibus que a deixava em frente a sua escola. Mas, naquele dia, quando desceu do ônibus, havia acontecido um acidente com um amigo seu. O garoto tinha sido atropelado.
6.2. DESCRIÇÃO É muito comum as pessoas confundirem este tipo de redação com a narração, mas elas tem diferenças fundamentais que as caracterizam. A descrição também conta com certos detalhes de um acontecimento, porém ela preocupa-se mais com a caracterização de pessoas, objetos e lugares. No entanto é mais do que uma simples fotografia. Os grandes textos descritivos dão uma visão nova daquilo que se vê todos os dias. Os poetas costumam produzir grandes descrições.
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EXEMPLO: A menina saiu de casa para ir à escola. Ela tinha dez anos de idade e estava na quarta série. Todos os dias prendia seus cabelos negros e longos com elásticos coloridos. Sua pele era clara e seus olhos grandes e castanhos. Adorava ir para a escola, que era um ambiente muito agradável. Lá a luminosidade dava ânimo para se cumprir as atividades do cotidiano. Havia um grande número de salas e todas elas eram muito bem organizadas e espaçosas.
6.3. DISSERTAÇÃO As dissertações tem sido o tipo de redação mais pedido em processos seletivos como vestibulares e concursos públicos. Este gênero permite que se desenvolva um tema sobre os mais variados aspectos. Ela é baseada principalmente em uma análise e sempre expõem ideias, motivo principal pelo qual tem sido utilizada de forma intensa por processos seletivos, afinal, que melhor maneira de saber se você domina um assunto da atualidade do que lhe colocando para escrever sobre ele? No desenvolvimento da dissertação é necessário que você tenha raciocínio lógico. Eis a importância de você já estar informado sobre os aspectos que pode abordar sobre determinados assuntos. Nunca esqueça que o tempo é curto e dificilmente você terá o luxo de parar para pensar em diversos aspectos de um mesmo tema. O seu raciocínio pode ser de dois tipos: indutivo ou dedutivo. RACIOCÍNIO INDUTIVO: é quando se utiliza experiências e observações para se chegar a um princípio. EXEMPLO: Pessoas idosas que praticam exercícios físicos vivem mais e melhor. (experiência) 93% dos idosos que praticam exercício físico tem 90% menos chances de um enfarte.(experiência) Os exercícios físicos proporcionam uma vida melhor e com menos chance de infarto.( princípio) RACIOCÍNIO DEDUTIVO: quando você parte de uma norma para um fato específico.
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EXEMPLO: Para passar no vestibular é necessário estudar muito. (norma) Luciana passou no vestibular. Luciana estudou muito e passou no vestibular. ( fato específico). Esse tipo de redação exige que se tenha opinião. Seja coerente ao transmitir o seu ponto de vista e nunca use expressões como “na minha opinião”, “creio que”, “eu acho”, “acredito piamente”,
entre outras. Essas expressões certamente darão um aspecto negativo
ao seu texto. Vamos considerar como terminantemente proibido usar a primeira pessoa (eu) nas dissertações. A menos que seja pedido, o uso do “eu” só vai prejudicar sua redação. Você precisa se lembrar de aspectos que deixam a estética de seu texto infinitamente melhor, como:
Dê um espaço de margem para os inícios dos parágrafos.
Uma dissertação tem no mínimo três parágrafos.
Não destaque frases que você acha mais importantes. Isto é uma redação e não um trabalho escolar.
Nunca esqueça do título. Este é um erro muito comum que pode fazer com que muitos candidatos passem na sua frente.
Nunca comece seu texto com a mesma frase do título. O tempo deve ser um só. Se você começou a escrever no passado, não mude para o presente no caminho, a não ser que isto seja imprescindível.
A melhor estrutura para se utilizar na construção de um texto dissertativo é a seguinte: INTRODUÇÃO + DESENVOLVIMENTO (ARGUMENTAÇÃO) + CONCLUSÃO. PROPOSTA DE EXERCÍCIO 4 Faça uma dissertação. Escolha um tema de sua cidade. Pode ser qualquer um que você ache interessante. Mas escreva como se fosse em uma prova: procure fazer em pouco tempo e inserir um bom conteúdo. 20
6.4. CARTAS Este também pode ser um gênero de redação pedido. Embora não percebamos, as cartas, muitas vezes, estão presentes em nosso dia a dia. Quando escrevemos um e-mail para um amigo, por exemplo, contando sobre algum acontecimento, estamos redigindo uma carta. Ela também é muito usada em locais de trabalho, contendo características mais formais para atender às necessidades que se tem, para fazer pedidos burocráticos. Independente de qual seja a função, a carta deve seguir uma estrutura. Sempre coloque no lado esquerdo superior o nome da pessoa a quem ela se destina (destinatário) seguido de vírgula. Após escrever seu texto finalize-o colocando seu nome ou assinatura e, abaixo, o local de origem e a data. Veja o exemplo a seguir:
Prezado Diretor, Gostaria de solicitar melhoras no local de trabalho para que minha função possa ser exercida com maior eficiência. No momento, preciso de consertos em meu computador, pois seu desempenho tem prejudicado o andamento dos processos administrativos. Atenciosamente, João da Silva. São Paulo, 12 de junho de 2009.
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6.5. OFÍCIOS Ofício é o meio de comunicação utilizado entre dirigentes de órgãos e entidades, titulares de unidades, autoridades e secretarias em geral. Podem ser endereçados também a particulares e se caracterizam não só por obedecer a determinada estrutura, mas, também, pelo formato do papel (formato ofício).
Estrutura 1. designação do órgão, dentro de sua respectiva ordem hierárquica; 2. denominação do ato - OFÍCIO; 3. numeração/ano, sigla do órgão emissor, local e data na mesma direção do número; 4. vocativo - Senhor e o cargo do destinatário, seguido de vírgula; 5. texto - exposição do assunto; 6. fecho - Atenciosamente, seguido de vírgula; 7. assinatura; 8. nome; 9. cargo; 10. destinatário - tratamento, nome, cargo, instituição e cidade/ estado. Observações 1. Se o ofício tiver mais de uma folha, numerar as subsequentes com algarismos arábicos, no canto superior direito, a partir do número dois. 2. O destinatário deve figurar sempre no canto inferior esquerdo da primeira página.
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6.6. RELATÓRIOS Relatório é o documento em que se relata ao superior imediato a execução de trabalhos concernentes a determinados serviços ou a um período relativo ao exercício de cargo, função ou desempenho de atribuições.
Estrutura 1. designação do órgão, dentro de sua respectiva ordem hierárquica; 2. denominação do ato - RELATÓRIO; 3. numeração/ano - sigla do órgão emissor, local e data na mesma direção do número; 4. assunto; 5. vocativo - Senhor e o cargo do destinatário, seguido de vírgula; 6. texto - é a exposição do assunto e consta de: 6.1. apresentação - refere-se à finalidade do documento; 6.2. desenvolvimento - explanação dos fatos, de forma sequencial; 6.3. conclusão - resultado lógico das informações apresentadas; 7. fechamento; 8. assinatura; 9. nome; 10. cargo; 11. destinatário - tratamento, nome, cargo, instituição e cidade/ estado. Observações 1. Se o relatório tiver mais de uma folha, numerar as folhas subsequentes com algarismos arábicos (comuns). 2. Há várias modalidades de relatório: roteiro, parcial, anual, eventual, de inquérito, de prestação de contas ou contábil, de gestão e administrativo. 23
3. O destinatário deve figurar no canto inferior esquerdo da primeira página, quando não for encaminhado por um documento.
6.7. ATAS Ata é o documento que registra, com o máximo de fidelidade, o que se passou em uma reunião, sessão pública ou privada, congresso, encontro, convenção, assembleias e outros eventos, para comprovação, inclusive legal, das discussões e resoluções havidas.
Observações 1. A redação obedece sempre às mesmas normas, quer se trate de instituições oficiais ou entidades particulares. Escreve-se seguidamente, sem rasuras e sem entrelinhas, evitando-se os parágrafos ou espaços em branco. 2. A linguagem utilizada na redação é bastante sumária e quase sem oportunidade de inovações, exatamente por sua característica de simples resumo de fatos. Também, em decorrência disso, os verbos são empregados sempre no tempo passado e, tanto quanto possível, devem ser evitados os adjetivos. 3. A redação deve ser fiel aos fatos ocorridos, sem que o relator emita opinião sobre eles. 4. Sintetiza clara e precisamente as ocorrências verificadas. 5. Registra-se, quando for o caso, na ata do dia, as retificações feitas à anterior. 6. O texto é manuscrito, digitado, ou se preenche um formulário existente, como é usual em estabelecimentos de ensino, por exemplo. 7. Para os erros constatados no momento da redação, consoante o tipo de ata, emprega-se a partícula retificativa "digo". 8. Se forem notados erros após a redação, há o recurso da expressão "em tempo". 24
9. Os números fundamentais, datas e valores, de preferência, são escritos por extenso.
6.8. RESUMOS O resumo tem por objetivo apresentar com fidelidade ideias ou fatos essenciais contidos num texto. Sua elaboração é bastante complexa, já que envolve habilidades como leitura competente, análise detalhada das idéias do autor, discriminação e hierarquização dessas idéias e redação clara e objetiva do texto final. Em contrapartida, dominar a técnica de fazer resumos é de grande utilidade para qualquer atividade intelectual que envolva seleção e apresentação de fatos, processos, ideias, etc. O resumo pode se apresentar de várias formas, conforme o objetivo a que se destina. No sentido estrito, padrão, deve reproduzir as opiniões do autor do texto original. A ordem como essas são apresentadas e as articulações lógicas do texto, não devem emitir comentários ou juízos de valor. Dito de outro modo, trata-se de reduzir o texto a uma fração da extensão original, mantendo sua estrutura e seus pontos essenciais. Quando não há a exigência de um resumo formal, o texto pode igualmente ser sintetizado de forma mais livre, com variantes na estrutura. Uma maneira é iniciar com uma frase do tipo: "No texto ....., de ......, publicado em......., o autor apresenta/ discute/ analisa/ critica/ questiona ....... tal tema, posicionando-se .....". Esta forma tem a vantagem de dar ao leitor uma visão prévia e geral, orientando, assim, a compreensão de que segue. Este tipo de síntese pode, se for pertinente, vir acompanhada de comentários e julgamentos sobre a posição do autor do texto e até sobre o tema desenvolvido. Em qualquer tipo de resumo, entretanto, dois cuidados são indispensáveis: buscar a essência do texto e manter-se fiel às idéias do autor. Copiar partes do texto e fazer uma "colagem", sob a alegação de buscar fidelidade às idéias do autor não é permitido, pois o resumo deve ser o resultado de um processo de "filtragem", uma (re)elaboração de quem resume. Se for conveniente utilizar algo a mais do que o original (para reforçar algum ponto de vista, por exemplo), esses devem ser breves. Uma sequência de passos eficiente para fazer um bom resumo é a seguinte:
Ler atentamente o texto a ser resumido, assinalando nele as ideias que forem parecendo significativas à primeira leitura; 25
Identificar o gênero a que pertence o texto (uma narrativa, um texto opinativo, uma receita, um discurso político, um relato cômico, um diálogo, etc.).
Identificar a idéia principal (algumas vezes essa identificação demanda seleções sucessivas, como nos concursos de beleza...);
Identificar a organização - articulações e movimento - do texto (o modo como as ideias secundárias se ligam logicamente à principal);
Identificar as ideias secundárias e agrupá-las em subconjuntos (por exemplo: segundo sua ligação com a principal, quando houver diferentes níveis de importância; segundo pontos em comum, quando se perceberem subtemas);
Identificar os principais recursos utilizados (exemplos, comparações e outras vozes que ajudam a entender o texto, mas que não devem constar no resumo formal, apenas no livre, quando necessário);
Esquematizar o resultado desse processamento;
Redigir o texto.
Evidentemente, alguns resumos são mais fáceis de fazer do que outros, dependendo especialmente da organização e da extensão do texto original. Assim, um texto não muito longo e cuja estrutura seja perceptível à primeira leitura, apresentará poucas dificuldades a quem resume. De todo modo, quem domina a técnica - e esse domínio só se adquire na prática - não encontrará obstáculos na tarefa de resumir, qualquer que seja o tipo de texto. Resumos são, igualmente, ferramentas úteis ao estudo e à memorização de textos escritos. Além disso, textos falados também são passíveis de resumir. Anotações de ideias significativas ouvidas no decorrer de uma palestra, por exemplo, podem vir a constituir uma versão resumida de um texto oral.
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6.9. POESIAS As poesias constituem um gênero literário que, na grande maioria das vezes, expressa algo subjetivo. O poeta, ao produzir uma obra, normalmente fundamenta-se em seus sentimentos e, na intenção de expressar os mesmos para outras pessoas, escolhe uma forma que seja a ideal. As poesias são escritas em versos, podem ter rimas e podem se apresentar com estruturas diferentes. EXEMPLO Meu Sonho Parei as águas do meu sonho Para teu rosto se mirar. Mas só a sombra dos meus olhos Ficou por cima, a procurar... Os pássaros da madrugada Não tem coragem de cantar, Vendo o meu sonho interminável E a esperança do meu olhar. Procurei-te em vão pela terra Perto do céu, por sobre o mar. Se não chegas nem pelo sonho, Porque insisto em te imaginar? Quando vierem fechar meus olhos, Talvez não se deixem fechar. Talvez pensem que o tempo volta E que vens, se o tempo voltar. Cecília Meireles 27
6.10 AUTORIZAÇÃO Por mais que não pereça, autorizações são utilizadas em muitos momentos do cotidiano. Podem exercer funções mais complexas como a permissão que um che fe concede a um funcionário permitindo a ele determinado ato que influencia no processo de trabalho dentro de uma empresa ou, ainda, pode ter uma função mais simples, como a autorização que um pai dá ao filho menor de idade para que ele possa fazer algo como sair mais cedo da escola. De qualquer forma, as autorizações também devem seguir algumas regras para que pareçam realmente algo sério e tenham valor podendo alcançar o objetivo a que foram destinadas. Para tanto, uma autorização deve ter: o nome do destinatário; o texto; o que o autor está autorizando; o nome do autor seguido de sua assinatura, local, data e identidade. EXEMPLO AUTORIZAÇÃO
À Diretora da Escola Municipal João Antônio Neto, Eu, Paulo Menezes, pai do aluno Rafael Menezes da 4ª série do ensino fundamental, autorizo meu filho a sair da escola na presente data uma hora antes do horário normal por motivos familiares. Desde já agradeço, Paulo Menezes RG. 25.896.752-8 São Paulo, 15 de fevereiro de 2010.
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6.11. DECLARAÇÃO Uma declaração tem como objetivo afirmar algo que seja necessário para determinado fim. Ela se parece com uma autorização no que diz respeito à estrutura. Uma declaração também deve conter: nome do destinatário; informação que está sendo declarada, dados do autor; assinatura; data e local. EXEMPLO DECLARAÇÃO
Eu, Paulo Menezes, portador do RG. 25.896.752-8 e do CPF 986.725.745.65, residente e domiciliado na Av. Cândido do Portinari, 758 na cidade de São Paulo, na qualidade de diretor da Escola Paulista de Idiomas, declaro para os devidos fins que Bruno Ferreira, portador do RG. 45.945.256-3 e do CPF 365.742.684-89, é aluno regularmente matriculado na Escola de Idiomas Paulista, localizada na Rua Conde Marachás, 457 na cidade de São Paulo e frequenta as aulas regularmente. Atenciosamente, Paulo Menezes, São Paulo, 22 de fevereiro de 2010.
PROPOSTA DE EXERCÍCIO 5
Para não perder o hábito, vamos redigir um texto de 10 a 15 linhas sobre o seguinte tema: "Os erros que não cometerei com meus filhos”. Tente começar fazendo uma listagem de tópicos antes de escrever, assim, estaremos treinando a sua capacidade de organização. Escolha um gênero de texto que achar pertinente ou preferir para esta temática. 29
CAPÍTULO 7
7 REDAÇÃO EMPRESARIAL E REDAÇÃO PARA PROCESSOS SELETIVOS Como já citamos anteriormente, na hora de escrever um texto é sempre necessário analisar o contexto em que ele será redigido, bem como suas funcionalidades e propósitos. Textos utilizados para fins específicos terão suas características peculiares buscando sempre atender a função a que se destina. Neste capítulo vamos falar um pouco a respeito de textos escritos em ambientes de empresas e, portanto, voltados para fins ligados ao trabalho e textos escritos em provas de processos seletivos, voltados, portanto, para noções mais gerais da escrita.
7.1. REDAÇÃO EMPRESARIAL Uma redação redigida no interior de uma empresa certamente tem objetivos definidos e um assunto específico. Ela normalmente carece de um vocabulário que também seja específico e atenda às necessidades da empresa. Uma empresa voltada para a administração usará termos dessa área, um local de trabalho ligado ao ramo da saúde, dependerá de palavras específicas deste meio e assim por diante. No entanto, apesar das peculiaridades de cada uma, todas as redações devem continuar seguindo passos e características fundamentais de todo texto como a uniformidade, a objetividade, a coerência e a coesão. Como obter uniformidade: Quando se fala em correspondência na empresa (principalmente nas grandes), falase automaticamente em uma quantidade gigantesca de papel, em uma enorme massa de informações a serem produzidas diariamente, em uma diversidade respeitável de destinatários: órgãos públicos, empresas coligadas, prestadoras de serviços, revendas e público interno. Isso naturalmente ainda envolve peculiaridades regionais, formações 30
profissionais distintas, níveis de escolaridade os mais diversos possíveis, afora o sempre decantado estilo pessoal. Não há, portanto, outro caminho que não o da busca da uniformidade, sem a qual os textos produzidos se transformam em verdadeira “Torre de Babel”. Como então obtê-la?
Uniformidade quanto à seleção do vocabulário Os textos gerados na Empresa devem permitir uma única interpretação. Portanto, a palavra a ser utilizada deve:
Ser de uso comum ao conjunto de usuários do idioma;
Ser simples, o menos rebuscada possível;
Ser capaz de informar com o máximo de precisão e objetividade.
Sendo assim, faz-se necessário que se evite os seguintes atos: Neologismos (inventar palavras) - A linguagem oral, por sua natureza dinâmica, incorpora automaticamente todo tipo de transformações por que passa a sociedade. Já a linguagem escrita tem um compromisso de preservar hábitos culturais que permitam que os usuários se comuniquem por intermédio de um único idioma. É natural, portanto, que a linguagem escrita incorpore as inovações e transformações de forma mais lenta, de modo a impedir que a comunicação entre os falantes fique prejudicada. O Neologismo deve ser substituído por palavra dicionarizada ou de uso consagrado. Clichês e lugares comuns - Uma redação empresarial não deve incorporar coloquialismos cuja repetição transformou algumas expressões em frases feitas, caricaturais e provincianas.
Os clichês só contribuem para tornar o texto pesado, vicioso e,
consequentemente, pouco expressivo. Nem por isso, as redações empresariais devem ser construídas com vocabulário de difícil acesso ou entendimento. Como já dito, todo texto tem que ser claro e objetivo.
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7.2. E-MAIL EMPRESARIAL Assim
como
na
redação,
um
e-mail
empresarial também deve seguir algumas regras. A maioria das pessoas está habituada com a linguagem informal utilizada na internet e, na hora de escrever em e-mail ligado ao trabalho que executa, acaba por pecar em alguns aspectos usando uma linguagem inadequada para o ambiente de trabalho. Embora não pareça, escrever um e-mail também pode exigir cuidados. Ao escrever um e-mail relacionado ao seu trabalho, fique atento a sua linguagem; não utilize abreviações, gírias ou recursos da internet como emotions; procure finalizar seu texto com uma saudação (Atenciosamente/Cordialmente); coloque o seu nome e o setor em que trabalha na empresa.
7.3. REDAÇÃO PARA PROCESSOS SELETIVOS Já
nos
processos
seletivos,
vamos
continuar utilizando a norma culta da língua portuguesa, porém com vocabulários mais gerais e menos específicos. Os assuntos abordados por vestibulares e concursos públicos costumam estar na mídia e, sempre colocados através de uma linguagem que seja mais universal para que todos os tipos de leitores possam compreendêlos. Num processo seletivo, também temos que partir do princípio de que não conhecemos o nosso leitor e, portanto, torna-se necessidade escrever um texto acessível aos mais diversos públicos. Sendo assim, o segredo é seguir as regras básicas expostas até o momento, ou seja, ser claro, objetivo, conciso, coerente e coeso.
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