Crendices de Crentes

Gary Kinnaman Dez falsas crenças que impedem que experimentemos a Graça de Deus

Crendices de Crentes © 2001, Editora Cultura Cristã. © 1999, Gary Kinnaman sob o título Dumb Things Smart Christiana Believe. Publicado original orig inalment mentee por Servant Minist ries, P. O. Box 86 8617 17,, 1143 Highl and Drive, Suite E, Ann Harbor, Michigan 48107, USA. Traduzido com per p er m is s ã o . Tod To d os os dire di reit itos os são sã o r e s e r v ad o s .

I edição-2001 3.000 exemplares a

Tradução

Sirley Strobel Revisão

Arlinda Madalena Torres Editoração

Ailton de Assis Dutra Capa

Publisian Propaganda

Publicação autorizada pelo Conselho Editorial: Cláudio Marra (Presidente), Alex Barbosa Barb osa Vieira, Aproniano Wilson de Macedo, Fernando Hamilton Costa, Mauro Meister, Ricardo Agreste e Sebastião Bueno Olinto.

6DITORA CUITURFI CRISTÃ Rua Miguel Teles Junior, 382/394 - Cambu ci 01540-040 01540-04 0 - São Paulo - SP - Brasil C.Postal 15.136 - São Paulo - SP - 01599-970 01599 -970 Fone (0**11) (0**11) 3207-7099 - Fax (0**11) 3209-125 320 9-1255 5 www.cep.org.br - [email protected]

Superintendente: Haveraldo Ferreira Vargas Editor: Cláudio Antônio Batista Marra

Dedicatória A Jeff Culver e esposa, que são meu genro e sua nova esposa, Shari (Kinnaman) Culver. Eles são particularmente gratos por esse livro po p o r t ê - l o s a j u d a d o a p a g a r as d e s p e s a s do seu casamento realizado em 9 de Janeiro de 1999.

Sumário Prefacio Introdução: Sábias razões para ler esse livro

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Capítulo 1 - Falsa crença 1: Deus é eterno, mas o que mais me preocupa é o que ele pensa de mim agora 23 Capítulo 2 - Falsa crença 2: Deus é implicante e facilmente irritável 37 Capítulo 3 - Falsa crença 3: Deus nos classifica por méritos (quanto melhores formos, maiores serão as bênçãos) 51 Capítulo 4 - Falsa crença 4: Deus é amor, portanto ele não dará importância ao que estou faze ndo 69 Capítulo 5 - Falsa crença 5: Deus quer que eu seja feliz, ele sempre me protegerá da dor e do sofrimento 89 Capítulo ó - Falsa crença 6: Se Deus me conduzir a alguma situação, tudo ocorrerá a contento... 105 Capítulo 7 - Falsa crença 7: Se eu orar bastante e trabalhar para isso, um dia meu problema será solucionado 115 Capítulo 8 - Falsa crença 8: Se algo de ruim me acontecer, é porque eu fiz alguma coisa errada . 135 Capítulo 9 - Falsa crença 9: Ser espiritual é tudo que importa, porque é somente isso que importa para Deus 149 Capítulo 10 - Falsa crença 10: Minha crença em Deus é mais importante do que a maneira como trato as pessoas 167 Capítulo } 1 A realidade não é o que você imagina: Quatro maneiras de mudar o que você crê definitivamente 183 Notas

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Prefácio

O que você vai aprender aqui tem o poder de libertá-lo. Trata-se sobretudo da redescoberta da graça de Deus. Pode também perturbá-lo, porque não é co mu m entre a c omu n ida de cristã pensarmos profundamente naquilo que acreditamos. Se o que digo não ofendê-lo, como digo poderia, embora essa não seja minha intenção. Alguma vezes meu estilo não é convencional e às vezes é provocativo. Alguns dizem que trazem visitantes à nossa igreja porque acham que sou engraçado. Pelo menos ten to, porque acho que assim ajuda as pessoas a entenderem me lhor quando ouvem as mesmas coisas ditas de forma clara e humorada. Para mim, o humor é um tipo de anestésico moral e emocional e prepara meus ouvintes para a cirurgia espiritual. Qual meu estilo de humor? Sou 80% pastor e 20% come diante. Brincando, minha esposa diz que seria 20/80, mas ho nestamente, após vinte e sete anos de casamento, ela acha que nem sempre sou engraçado.

Crendices de Crentes

N o sentido técnico, este livro não é terapêutico. N ã o sou p sic ólo go , portanto este não é somente mais u m b o m livro cristão sobre problemas pessoais nem um mapeamento das falsas crenças. Sou um pastor com desejo de alcançar pessoas que não vão à igreja, não gostam de igreja, estão enojadas de igreja, cansadas de igreja, e desiludidas com pessoas da igreja. Desejo também ensinar pessoas comprometidas com o Cris tianismo a olhar os fatos bíblicos de forma global, não somente à luz da Bíblia. Tenho visto muitos cristãos "sem deus" no sen tido de estarem completamente envolvidos com o mundo secu lar. Eles amam a Deus, mas da mesma forma que os outros, cristãos tem sido profundamente influenciados e influenciam outros com definições de Deus populares e sem base bíblica. Este livro tem o objetivo de desafiar muitos desses mitos comuns.

Algumas informações pessoais do escritor e de sua igreja Tenho sido ministro da igreja por tempo integral há mais de vinte e cinco anos, estando casado por pouco mais que isto. Minha esposa, Marilyn e eu temos três filhos, todos a serviço de Deus. Dois deles moram fora, são casados e trabalham em or ganizações cristãs. Nossa igreja, Word of Grace (Palavra da Graça), tem reu niões nos finais de semana com a participação de 4.000 pessoas desde sua inauguração em 1980. Por ano, mais ou menos mil pessoas fazem profissão de fé em nossos cultos e batizamos centenas delas todo ano. Temos várias congregações na cidade de Phoenix e arredores. 10

Prefácio

Agradecimentos especiais Alguns reconhecimentos devem ser feitos. Agradeço profundamente à liderança e diretoria da igreja Palavra da Graça que me deu oportunidade de escrever. Tenho dedicado tempo e considero esse livro um presente de nossa igreja para abençoar a comunidade cristã. Temos oramos por isso e para isso, para que todos que lerem esse livro sejam grandemente abençoados. Agradeço a Harold Christ, Bob Hittenberger, Chris Wolfard, Dean Hodges, Greg Dille, Larry Greenwald, Andy Jackson e Penny Jo Budd. Agradeço as pessoas de Servant/Vine, que publicaram qua tro de meus livros. Don Cooper e Bert Ghezzi, vocês tem sido muito positivos e de grande ajuda. E, Heidi, eu gosto muito de trabalhar com você. Você é amável e seus editoriais tem sido de grande ajuda. Finalmente, gostaria de expressar meus agradecimentos a John e Barry French e Mark e Lazette La Pierre da Conferência da Comunidade Agua Viva e Centro de Reabilitação de Cornville, Arizona, de onde escrevi a maior parte desse livro. Sua amizade e hospitalidade - e a beleza, quietude e clima espiritual especial desse lugar - fizeram-me sentir seguro e concentrado. GARY KlNNAMAN

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Introdução Sábios razões poro lor esse livro

"Crianças dizem as coisas mais incríveis." "Você não acredita nisso, acredita?" "Não precisa ser um gênio..." "O-i!"

"Dã!" Muitas vezes e de muitas maneiras nos damos conta que dize mos coisas realmente bobas. Na maioria das vezes fazemos isso sem pensar no que estamos dizendo. Quando realmente pensa mos ... como é embaraçoso! Nos sentimos tolos, não porque dissemos algo bobo, mas porque percebemos que naquele momento de tolice realmente acreditávamos no que estávamos dizendo.


Estou no Hawai. É sério. Neste exato mo m e nt o estou observando as montanhas, vistas da janela. O clima está perfeito como no paraíso. Brisa leve . Cé u azul. O Pacífico de um azul pro fun do em ol du ra do por coqueirais. Não, não sou um escritor rico. Fui enviado por Deus, pode acreditar. Alguém tem de fazê-lo. Estou apresentando um semi nário de uma semana na "Universidade das Nações" no campus do "Jovem com uma Missão", e trabalhando neste livro no meu tempo livre. Há amigos da minha igreja comigo e na noite passada fomos jantar no histórico hotel Kona Inn. "Cinco anos," disse-nos o garçom. Era o tempo que ele trabalhava lá. "1928", foi o ano da inauguração do Kona Inn. " N ã o , " ele nã o surfava ne m velej ava na rega ta. Após irritá-lo com várias perguntas tolas de turistas (nossa meta era fazer pelo menos 50 por dia), pedi a ele que nos dissesse qual tinha sido a pergunta mais tola que lhe tinham feito. Respondeu imediatamente: "O mar circunda toda a ilha?" "Você está brincando!", falamos juntos. A pergunta era tão absurda que não acreditávamos que alguém poderia ser tão tolo, mas ele assegurou que também não éramos tolos por acreditar nel e. Sim, alg uém tinha realmen te feito aque la pergunta. Claro que eu nunca tinha acreditado nem dito ou feito algo bobo. Bem, quase nunca. Pelo menos não até uma hora atrás quando virei à esquerda numa rua com uma grande placa dizendo "Proibido virar à esquerda". Alguém me acenou, mas pensei que estava simples mente sendo amigável. Não é engraçado como gritamos com o motorista do outro carro, como se nunca cometêssemos os mesmos erros? Nós nun ca ficamos confusos quando estamos numa parte desconhecida 14

Introdução

da cidade. Ou nunca dirigimos devagar. Ou nunca mudamos de faixa sem notar o carro fora da nossa área de visão. Nunca? Falta de visão. Todos a temos. E é isso que é intrigante quando falamos em acreditar em crendices. E quase impossível acreditar em nossa própria tolice até que seja tarde demais. E quando outros apontam nossa fa lha, nosso orgulho camufla nossa ignorância. O Apóstolo Paulo escreveu, "... reconhecemos que todos somos senhores do saber. O saber ensoberbece, mas o amor edifica. Se alguém julga saber alguma coisa, com efeito não aprendeu ainda como convém saber" (1 Co 8. 1, 2). Isso serve para esclarecer que o conhecimento verdadeiro está ligado ao conhecimento próprio e nos torna conscientes de que o que sabemos é somente uma fração do que poderia ser conhecido. O que desconhecemos excede em muito o que conhecemos.

Indecisões santos Descobrir o quanto nada sabemos pode ser muito humilhante, e aceitar nossas próprias limitações é também doloroso. Isso acontece tanto para cristãos quanto para não cristãos. Quando alguém desafia nossas crenças mais caras sobre Deus ou Jesus ou o Espírito Santo ou céu e inferno ou a igreja ou qualquer outra coisa, nós endurecemos em defesa própria. Mas isso abala os alicerces da nossa fé! Podemos duvidar de uma coisa ou duas, mas todos sabem que os cristãos nunca tem dúvidas. Certo? (Espere ... talvez esss seja uma das crendices dos crentes!) Para ser justo, algumas vezes os cristãos tem grande difi culdade em pensar pela fé porque há muita coisa em jogo. Seja no que for, é melhor que o que acreditamos seja o correto. Poderia ser questão de vida ou morte, céu e inferno. 15


Mas a dúvida e m busca da verdade é mui to diferente da dú vida que leva ao descrédito. Nã o é bom duvidar de Deus, mas é bom duvidar daquilo que você sem pre pens ou so bre Deus . Você realmente não precisa teme r em pensar duas vezes sobre Deu s. A verdadeira fé é a evidência do que nã o se vê (ver Hb 11.1), e para mim isso sugere algumas incertezas, algumas preocupações e até mes mo algumas dúvidas de vez em quand o. A dúvida é a pedra no sapato da fé. FREDRICK BUECHNER

Perplexidade no tolice

Tente esta pequena brincadeira - era um a das preferidas do meu pai. Leia em voz alta a sentença abaixo. Como você diz a palavra Parai (Vamos. N ã o seja mal-humorado. Brinque. Diga a palavra para para você mesmo - fale alto se puder. Se estiver com outras pessoas, fale: "Para.") Agora diga a palavra "Fala". Como você fala "Cala"? O que o carro faz quando o farol está verde? Você disse, "Pára"? Errado! Você não pára e m frente à luz verde - você segue! Se n ã o funcionou c o m você, tente c o m mai s algu ém. N o v e n t a e cinco por cento irá responder que pára e m frente à luz verde. E bobo, nã o é? N a realidade não, porque esse tipo de peg adi nha , tais como muitas outras brincadeiras e adivinhações levam e m c o n s i d e r a ç ã o o processo de programação existente e m nosso cérebro. Pedindo que pro nun cie algumas palavra s similar es, ele estabelece u m "programa" primitivo. Portanto, quando 16

Introdução

fazemos a última pergunta - "O qu e o carro faz quando o farol está verde?" - a primeira palavra que ve m à mente não é a cor reta. As pessoas tornam-se bobas sem querer. Entretanto, a lição é mais ampla: é fácil pensar tolices, e é difícil não pensar nelas, mesmo sabendo que são bobas. Nossas experiências de vida criam um a realidade por onde ju lg a m os e avaliamos tudo o que nos acontece. Interpreto a vida baseado na minha própria experiência, que nunca é muito objetiva. Tirando as oscadas

Você sabia que o t a m a n h o do aro de uma cesta oficial de bas quete é aproximadamente o dobro do diâmetro de uma bola oficial de basquete? E que você pode colocar duas bolas ofi ciais lado a lado dentro do aro e com um pequeno toque elas passarão por dentro do aro? Qual é! Isso não pode ser!

Muitas pessoas da minha igreja também se recusaram a acreditar no que eu disse. Quando compartilhei esse fato sim ples e trivial com minha congregação para ilustrar uma série de sermões intitulados "crendices de crentes", alguns deles quase não puderam se concentrar no resto de minha mensagem. Esta vam convencidos de que o aro da cesta de basquete era bem menor do que o que eu havia dito. Mesmo quando contei que quando eu jogav a basquete no colegial, nosso treinador pegou uma escada, duas bolas e mostrou como era fácil fazer uma cesta. Mesmo mediante o testemunho de um professor de edu cação física. Mesmo quando lhes mostrei u m a fotografia, alguém gritou: "Essas bolas de basquete são miniaturas!". Bem, todos nós sabemos que o aro da cesta de basquete tem 17


que ser menor qu e o diâmetro de duas bolas porque essa é a ma  neira como se parece quando se olha par a um objeto a três me tro s de altura do chão. Também sabemos que da forma como as coisas se pare cem para nós elas passam a ser a realidade. Minha perspectiva deve ser correta, certo? Foi incrível. Na tarde d o domingo as pessoas da minha igreja em diversos bairros e arredores da cidade estavam tirando suas escadas a fim de medir suas cestas de basquete instaladas e m suas garagens, apenas para descobrirem, corretamente, qu e seu pastor estava falando a verdade (Isso me fez pensar no que pensam a respeito das outras coisas que falo). Certamente este foi um exemplo brilhante (se é qu e posso dizer isso de mim mesmo) sobre o poder que normalmente encontramos na falta de fé e de quão difícil é para as pessoas mudarem suas crenças (Penso sobre isso, o que me faz sentir um pouco desanimado a respeito desse livro. B e m , acho que em algum lugar alguém irá lê-lo).

"O único fato comum em todos os mental mente perturba dos é a perda do senso comum, e o desenvolvimento de compensação do senso privado único é a razão." IMMANUEL KANT

"Saúde mental é o processo contínuo de dedicação à reali dade a qualquer custo ." M . SCOTT PECK

A mente em seu lugar próprio e em si mesma pode trans formar o céu num inferno e o inferno nu m céu. JOHN MILTON

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Introdução

Não posso crer que você realmente pensa isso! O casamento é feito de muitas coisas, mas certamente um bom casamento constitui-se de um esforço contínuo de entendi mento, aceitação e valorização do ponto de vista de cada um e das opiniões de seu cônjuge . Alguma vez você já olhou, ou fitou o seu cônjuge com fu riosa incredulidade? Como ele pode pensar isso! Como ela pode se sentir assim! Afinal, há alguém com cérebro aqui ... isso é idiotice ou o quê? Ou talvez, simplesmente sua perspectiva seja realmente idiota. Isso seria possível, mesmo que remotamente? Ei, eu até que sou bem esperto. Tenho três diplomas. Mas também acredito em algumas coisas realmente tolas. Pergunte a para minha esposa. Embora provavelmente eu não concorde com ela. Não sou psicólogo, sou um pastor. Mas tenho uma teoria a respeito da perfeição: você está mentalmente saudável se puder pensar a respeito do que pensa, mas está mentalmente doente se chega ao ponto de não conseguir pensar sobre o que pensa, ou seja, se você não tem capacidade de avaliar objetivamente o que pensa e sente sobre as coisas em que acredita. Então, todos nós temos problemas a esse respeito. Isso é epidêmico. Mas pelo menos um indicador de maturidade es piritual e emocional é a habilidade de fazermos u m a análise pessoal. Você não conc ord a? Bem , o que dizer das cria ncin has ? Sua realidade está em qualquer coisa em que estejam pensando ou sentindo no momento. O centro do universo delas é a sua única percepção. Se você é criança, pode até colocar u ma toalha so bre sua cabeça que ninguém irá vê-lo. 19


Sei que isso é difícil de encarar, mas como adultos conti nuamos nos escondendo dos outros e de nós mesmos. Claro, hoje somos muito mais sofisticados que antes. Quando foi a última vez que tentou se esconder de alguém jogan do u m a toa lha sobre sua cabeça? Que ridícu lo! Alé m disso, quant as vez es tentamos nos consolar imaginando que as pessoas não podem ver através de nós quando tentamos esconder algo particular mente idiota que fizemos? Ou pior, pen samo s que conseg uimos uma maneira engenhosa de enganar a Deus, também? E m um pequeno mas pode roso livro intitulado: The Inflated Self (O Ego Inflado) David My er s diz que a maioria de nós vive u m a mentira que não quer enfrentar. My ers e scre ve: "ca da vez mais pesquisas revelam que as pessoa s co stu mam atri buir c o m p o r ta m e n to s positivos a si m e s m a s e c o m p o r t a m e n  tos negativos a fatos externos, possibilitando-os de obterem crédito por suas boas ações e negando responsabilidade pelas más ações". O exemplo mais surpreendente vem de um a pesq uisa rea lizada com um a turma do terceiro ano de um a escola de segun do grau. E m habilidade de liderança, 7 0 % conseguiu um padrão acima da média, 2 % ficou abaixo da média. Num a posiçã o acima da média, 6 0 % classificou-se em habilidades atléticas, e apenas 6% abaixo da média. Em suas capacidades de relacio narem-se uns com outros, nenhum dos 829.000 alunos que se submeteram à pesquisa consideraram-se abaixo da média, ao passo que, 6 0 % avaliaram-se na média dos 10% e 2 5 % se viram entre 1%. Todos nós detestamos admitir, mas a dura realidade é que todos, independente de quã o inteligente ou quão espiritualmen te maduros sejamos, acreditamos em tolices. Mesmo quando outros tentam nos dizer a verdade, construímos sistemas elabo rados para nos opor, para esconder nossa ignorância. Ma s onde isso nos leva? 20

Introdução

Ignorância não é felicidade

A ironia é que as mesmas crenças errôneas que com esforço tentamos manter sob disfarce irão finalmente nos destruir. As coisas bobas em que acreditamos nos tornam miseráveis. Como psicólogo da conceituada Clínica Minirth-Meier o Dr. Chris Thurman escreveu um livro intitulado: The Lies We Believe: The # 1 Cause ofOur Unhappiness

(As Mentiras em

que Acreditamos: A Causa Número Um de Nos sa Infelicida de): " A maior parte de nossa infelicidade e d e nossa luta emo cional é resultado de mentiras que contamos a nós mesmos... até que identifiquemos nossas mentiras e as substituamos pela verdade, a saúde emocional se torna algo impossível de ser alcançada." Você ouviu isso ? Saúde emocional é algo impossível de ser alcançada!

O Dr. Thurman continua dizendo que nossa vida é como um toca-fitas, e que o que quer que estejamos tocando terá u m profundo efeito em nosso bem estar emocio nal. Se for verdade, isto é b om e saudável. Se for um a mentira, gera então u m efeito negativo em nó s. Ma s o que acontece se forem os dois? Se sua mente for uma mistura de mentiras e verdades em doses iguais, você terá altos e baixos emocionais com mais fre qüên cia. Ambos, mentiras e verdades querem controlar o seu toca-fitas e o que ganhar esse controle terá o direito de ditar as normas da sua vida. 2

Mentiras produzem probreza emocional. Verdades produzem saúde emocional. CHRIS THURMAN

Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. JOÃO 8.32

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Você Consegue Üdor com o Verdade? É verdade: a água circunda toda a ilha. Acredite. E verdade: o diâmetro do aro da cesta de basquete corresponde a duas bolas oficiais de basquete. Acredite. E verdade: o coração humano é enganoso sobre todas as coisas e sem possibilidade de cura. Ninguém consegue conhe cer totalmente a si próprio. Acredite. E verdade: muitas coisas nas quais você acredita sobre Deus e sobre si mesmo precisam ser revistas. Acredite. O caminho do insensato aos seus próprios olhos parece reto, mas o sábio dá ouvidos aos conselhos. PROVÉRBIOS

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12.15

Capítulo l

Deus é eterno, mos o que mais me preocupo e o que ele penso de mim agora

Pensavas que eu era teu igual. Mas eu te argüirei e porei tudo à tua vista. Salmo 50.21

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ãe, o que é aquilo no céu?" "É um avião, querido." "Um "vião"?" "Sim, um avião. Você já viu um antes. Lembra quando le vamos a vovó ao aeroporto e ela voou naquele avião grande?" "Ah." (pausa) "Mas como fizeram todas aquelas pessoas ficarem pequenininhas?"

Todos nós temos dificuldades de imaginar como Deus se parece. Também tenho. O maior problema, creio, é a tendência que temos de pensar que nosso Deus grandioso é bem parecido


conosco, pequenas criaturas. Ou pensar qu e ele e seu ilimitado universo cabem em nosso microcérebro. Ou que ele pensa da mesma forma que nós pens amos. Ao invés de pensarmos em nos tornarmos como Deus, trazemos Deus a nosso nível e fazemos co m que seja igual a nós. Até Deu s recla ma disso: "Pensavas qu e eu era teu igual." (SI 50.21).

O que sabemos sobre Deus? Por outro lado, alguns teólogos costumam dizer que Deus é "u m outro ser", comp letam ente des conhe cido, exceto naquilo que escolhe revelar sobre si mesmo. Podemos observar que Ezequiel, o profeta mais excêntrico de Israel, se esforça para descrever um Deus indescritível. Preste atenção no seu vocabulário vago, que escrevo em itálico para enfatizar: "Por cima do firmamento que estava sobre a sua cabeça, havia algo semelhante a u m trono, com o u ma safira; sobre es ta espécie de trono, estava sentada uma figura semelhante a um homem. Vi-a como metal brilhante, como fogo ao redor dela, desde os seus lombos e daí para ci ma; e desde os seus lombos e daí para baixo, vi-a como fogo e um resplendor ao redor dela. Como o aspecto do arco que aparece na nuvem em dia de chu va, assim era o resplender em redor. Esta era a aparência da glória do Senhor" (Ez 1.26-28). Observe que Ezequiel não viu o Senhor. N e m m e s m o a glória do Senhor. Na realidade, nem mesmo viu a aparência da glória do Senhor. Tudo o que Ezequiel podi a ver era "a aparência do que poderia ser a glória do Senhor". E quando viu, acrescen ta, "ca í co m o rosto em terra" (v. 28) . Ezequiel nem tenta ex pli car nada. Sua resposta é a adoração, não um tratado. Seja o que for que a linguagem humana possa m e falar sobre Deus, sempre fala de poucas preciosidade s. Nã o con sigo 24

Falsa

crença l

fazer muitas conjecturas. Se fizer, o que penso sobre Deus pode se tornar tolo. Tem sido o problema da humanidade desde o início, e Jó, o livro mais antigo da Bíblia é um exemplo. Eliú tinha acabado de encher os ouvidos de Jó com seu "conhecimento" de Deus (seis capítulos inteiros!). Ao final, Deus se can sa de ouvir e resol ve intervir: "Qu em é este que escur ece os meus desígnios com palavras sem conhecimento? Cinge, pois, os lombos como homem, pois eu te perguntarei, e tu me farás saber. "Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra? Dize-mo se tens entendimento. Quem lhe pôs as medi das, se é que os sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel? Sobre que estão fundadas as suas bases ou quem lhe assentou a pedra angular, quando as estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus? ... "Acaso, quem usa de censuras contenderá com o Todo poderoso? Quem assim argúi a Deus que responda" (Jó 38.1-7; 40.2). Pode imaginar a cena? Ambos com o rosto em terra, Eliú desejando que tivesse ficado em casa e não ali "ministrando" para Jó. No silêncio trovejante, Deus espera uma resposta. Co m a voz quase num sussurro, Jó responde: "Sou indigno; que te responderia eu? Ponho a mão na minha boca. Uma vez falei e não replicarei, aliás, duas vezes, porém não prosseguirei" (Jó 40.4, 5). Porém, há muito mais. E Deus não se satisfaz. Ele precisa chegar ao âmago da questão e dá a Jó uma visão do que ele é e de como se parece. Primeiro, Deus diz: "Cinge agora os lombos como homem; eu te perguntarei, e tu me responderás. Acaso anularás tu, de fato, o meu juízo? Ou me condenarás, para te justificares?" (Jó 40.7, 8) Então Jó responde: "Bem sei que tu podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado. Quem é aquele, como disseste, 25


que sem conhecimento encobre o conselho? Na verdade, falei do que não enten dia; coisas maravilh osas de mais para mim, coisas que eu não conhecia. Escuta-me, pois havias dito, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu me ensinarás. Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. Por isso, m e abomino e m e arrependo no pó e na cinza" (Jó 42.2-6). E encorajador saber que os pensamentos errôneos sobre Deus são tão antigos quant o Jó. As crendices dos crentes sobre Deus existem há milhões de anos. (Então, como Deus so pároco?

O que po de mos saber sobre Deu s é o qu e ele permite que saiba mos - através das Escrituras e pelo que revelou a nós através de seu Filho, Jesus Cristo. Pensar menos e imaginar mais é pura idolatria. Em seu clássico trabalho The Knowledge ofthe Holy (O Conhecimento da Santidade), A.W. Tozer escreveu: "O que nos vem à mente quando imaginamos Deus é o que há de mais importante sobre nós ... A história espiritual da humanidade demonstrará c om certeza que nenhuma religião será maior que a idéia de Deus. A adoração será pura ou com fundamento quando o adorador tiver pensamentos profundos ou não sobre Deus... "Os pensamentos errôneos sobre Deus não são somente as fontes de onde as águas poluídas da idolatria fluem; são, em si mesmos, idolatria. O idólatra simplesmente imagina coisas so bre Deus e age como se fosse verdade... Antes da Igreja Cristã se perder em divagações ... ela simplesm ente teve uma resposta errada à pergunta. "Como Deus se parece?" Portanto, como Deus se parece? Usand o a Bíblia, teólogos cristãos comumente respondem compilando u m a lista dos 1

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atributos de Deus, que descrevem como ele é. Alguns até acei tam uma definição de como ele se parece: De us é eterno, onip o tente (todo-poderoso), onipresente (tudo vê) e onisciente (tudo sabe). Isto é básico. Deus tudo sabe; ele é eterno. Nã o está restri to ao tempo e espaço que rege a vida humana. Não posso imaginar nenhum cristão que nã o concorde com este princípio. Mas me sm o assim, alguns, por motivos práti cos, pensam e agem de forma que sugere que pensam que Deus não é eterno ne m tudo sabe. E o que cremos sobre Deus neste caso pode ser a causa de muita dor e vergonha. Um exemplo disto é o sentimento de culpa que experimen tamos quando fazemos algo que juramos que nunc a faríamos novamente. E você imagina - não, não somente imagina, você se aterroriza - com o que Deus pensa de você agora, como se ele estivesse tão surpreso quanto você por ter feito o que fez. Como se Deus não soubesse o que iria acontecer!

Dous parado no tempo

Se for verdade que Deus está parado no tempo, se não soubesse o que irá acontecer na próxima semana e se espantasse quando descobrisse o que fizemos hoje, então nossa salvação teria que ser diária e dependente do tempo. Esta crença acaba co m a cer teza da salvação, porque diariamente teríamos que questionar se o que sabemos está estabelecido para sempre no coração de um Deus eterno.

Eis porque, de uma vez por todas, a Bíblia fala dessa ten são entre eternidade e tempo e como isso se aplica ao nosso caminhar com Deus: "Porque, com uma úni ca oferta, aperf ei çoou para sempre quantos estão sendo santificados" (Hb 10.14). A primeira parte do versículo diz que nossa salva ção é com pleta. De acordo com a perspectiva de Deus sobre a eternidade, 27


o trabalho foi completado. Através do sacrifício de Jesu s fomo s "aperfeiçoados para sempre." N a segunda parte, "quantos estão sendo santificados", fala do tempo da nossa salvação. Salvação é u m momento eterno e um processo de tempo - ambos de um a só vez . O problema é que costumamos pensar no p r o c e s s o do tempo muito mais do que na afirmação da eternidade. Pior, freqüentemente deixamos que os acontecimentos relativos ao tempo determinem o que pens amos sobre a eternidade, ao invé s de deixar Deus determinar como pensamos e sentimos sobre os acontecimentos. Quando começo a pens ar sob re isto, deix o de lado a vergo nha e confesso meus pecados abertamente a Deus, e lembro-me de que o Deus eterno nunca se choca c om coisas tolas e peca minosas que faço. Isto traz muita paz à minha alma atribulada. Com certeza, o que faço agor a pod e afetar o resto da minha vida, porque há consequências temporais e às vezes terríveis das minhas ações (ver Gl 6.7-9). Sei também que meu relacio namento eterno com Deus nã o se tornará um desastre por causa dos altos e baixos da minha vida. Promessas, promessas

Lembra-se do triste incidente entre Pedro e o galo? Horas antes do galo cantar, quando Jesus e seus discípulos estavam reuni dos no Cenáculo para a Última Ceia, ele avisou a Pedro, "Si mão, Simão [sempre que alguém te chama duas vezes, sabe qu e está e m apuros], ei s que Satanás vos reclamou para vos penei rar como trigo! Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus ir mãos" (Lc 2 2.31,32) . Cheio de confiança, Pedro respondeu, "Senhor, estou pronto a ir contigo, tanto para a prisão como para a morte" (v. 33). 28

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O que temos men cion ado aqui é a distorção com um da graça de Deus, a falsa idéia de que Deus realmente não ajuda os ne cessitados. Deus somente ajuda os que se ajudam. Por outro lado, Jesus prometeu a Pedro que sua fé não desfaleceria. Por quê? Por causa da promessa de Pedro e de seu esforço? Não! Jesus j á tinha antecipado o futuro de Pedro (lembre-se, nosso Deus eterno nunca se surpreende) e rogou espe cific ament e par a que a fé de Pedro não desfale cesse. Gra ça, soment e graça, n ada além da graça. Porém, Pedro respondeu: "Ainda que venhas a ser um tro peço para todos, nunca o serás para mi m" (Mt 26.33). Nun ca? Você nunca faria isso, Pedro? Você já fez um a promessa assim para Deus? Você irá mantêla de todo o seu coração e mente? E se não conseguir? O que então o Deus eterno irá pensar de você? E se conseg uir manter sua promessa, vai querer créditos por isto? Você irá fazer ju lga  mentos apressados sobre pessoas de seus relacionamento que não conseguiram manter a promessa? Você é melhor que elas? Pedro era melhor que todos os outros discípulos? Ach o que ele pensava que sim: "Ainda que venhas a ser um tropeço para todos, nunca o serás para mim." Se tudo tivess e aco ntec ido dessa forma, talvez ele ficasse orgulhoso de si mesmo. Ma s em poucas horas ele se sentiu realmente como u m estúpido. Fez exatamente o que prometeu que nunca faria. Estava lá. Fez aquilo. Você acha que Ped ro sentiu qu e sua fé tinha falhado? Acha que pensou, imagino o que Jesus pensa de mim agora! Lamúrias, lamúrias. E todas aquelas pessoas que ouvir am-no prague jar? Par e ceu-lhes qu e sua fé tinha falhado? Sem dúvida. Mas diga-me, no final a fé de Pedro falhou? Não ! Por quê? Porque foi para isso que Jesus rog ou. A graça de Deus susten tou Pedro, não seu esforço próprio. 29


O fruto do folho pessoal

Jesus não somente sabia e predisse a negação de Pedro, como também sugeriu que a falha humilhante de seu discípulo seria um ótimo exemplo para outros. "Quando te converteres", Jesus acrescentou, "fortaleça os teus irmãos" (Lc 22.32). Como será humanamente possível fortalecer e encorajar outros logo após ter agido de forma tão estúpida? Nã o é. Isto é, não é humanamente possível. Nã o é humanamente possível para você fazer muitas coisas, mas "os impossíveis dos homens são possíveis para De u s " (Lc 18.27). A lição profunda aqui é que o testemunho de Pedro não tem nada de humano. Quando você encoraja outros de acordo com sua vontade própria, está ensinando-os sobre lei e vontade própria, não sobre graça. E se eles falhassem, isso o engrande ceria e os humilharia. No seu livro Grace Walk (Andar na Graça), Steve McVey define isso como "um círculo vicioso, que passa de motivação para condenação e para rededicação." E você pensa que tudo depende de você. Claro, Deus está lá para ajudá-lo, mas você acredita que foi seu esforço que fez tudo. Mas quando você te m fé apesar de si mesmo, como Pedro, sua história pessoal não é sobre você. E sobre a ação de Deus em sua vida. Deus, somente Deus e nada além de Deus. Antes que o galo cantasse três vezes, Pedro poderia se vangloriar de como sua fé não falharia. "S erei fiel," a sse gu rou para Jesus, "mesmo que me matem". Depois que o galo cantou, Pedro somente poderia falar sobre Deus. Pedro falhou miseravelmente, mas no final sua fé não falhou po rq ue Jes us rogou po r ele. Mas, você se considera um bom cristão? Por que acha que sim? Você olha os outros por cima, porque não estão conse guindo viver de acordo com seus padrões? Acha realmente que 2

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está vivendo de acordo com os padrões de Deus? Você está, de acordo com meu amigo Dean Sherman, "fazendo tudo certo, na hora certa e pelas razões certas"? Ou se considera um grande fracasso? Como se sente sobre isso? O que o Deus eterno está pensando de você agora? Há alguma esperança?

O Princípio do Podro O principal problema de Pedro ilustra a principal essência da graça: Deus sempre irá se preocupar com você mais do que você talvez já se preocupou com ele, e nunca deixará que isso atrapalhe. Este é o tema de Paulo em Romanos 8, talvez o capítulo mais importante de toda a Bíblia. Realmente, toda a Escritura foi inspirada pelo Espírito Santo e é útil para a educação na justiça (ver 2Tm 3.16), mas o que a Bíblia fala sobre a graça deve ser nosso ponto de partida para entendermos todo o resto. Este é o ponto principal da carta aos Hebreus, que nos ensina que o Antigo Testamento da lei e do esforço humano pode somente ser compreendido à luz do "pacto melhor", do Novo Testamento da graça. Assim como Jesus rogou por Pedro, da mesma forma, "o Espírito... nos assiste em nossa fraqueza," escreve Paulo em Romanos 8.26. Deus não ajuda os que se ajudam. Ele ajuda os necessitados, porque "não sabemos como pedir, mas o Espírito intercede por nós... com gemidos inexprimíveis." Além disso, "segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos" (v. 27). E esta é a única razão pela qual podemos ter absoluta certeza "que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu p r o p ó s i to " (v. 28). 3

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A fé de Pedro não falhou, porque Jesus rogou por ele. Sua fé, mesmo que às vezes pareça estar escapando por suas mãos, não falhará também, porque o Espírito Santo estará ajudando na sua fraqueza. Então, tenho certeza que todas as coisas cooperam para o bem, mesmo que tenha falhado c o m o Pedro, porque Deus está determinado a completar seu propósito em nossa vida. Eis porque Paulo se abre dizendo: "Porquanto aos que de an temão conhec eu, també m os predestinou par a serem confor mes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre mui tos irmãos. E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que cha mou , a esses também justificou; e aos q ue justificou, a esses também glorificou" (v.29,30). Sem entrar no mérito da questão sobre o conhecimento e a predestinação, deixe-me dizer que as cinco palavras de poder deste texto - "conheceu", "predestinou", "chamou", "justifi cou", "glorificou" - estão no passado. Como cristão, apesar de não entender mistérios como o conhecimento e a predestinação, ao menos posso compreender o seguinte: de acordo com minha perspectiva limitada, tudo isto aconteceu no "passado eterno". Minha glorificação, porém, será num "futuro eterno". Se for verdade, por que Paulo colocou a palavra "glorificado" no passado? Porque do ponto de vista do Deus eterno, tudo já foi realizado. Se você for cristão, do ponto de vista de Deus, você já está glorificado. Deus não está sentado em seu trono torcendo as mãos e imaginando o que vai acontecer com você. Aquelas cinco "palavras de poder" são como os aros da roda. Quando Deus gira a roda do plano para sua vida, todos os aros giram juntos e ao mesmo tempo ("Tempo"? Aqui estou eu novamente, tentando explicar a eternidade à minha maneira). Paulo aponta para isto: Deus é eterno. Acredite e viva como se fosse verdade. Sua pequena falha momentânea não fará com

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que mude o propósito que tem para sua vida. Mas infelizmente, cada vez mais deixamos que os acontecimento momentâneos determinem como imaginamos o Deus eterno e seus eternos e imutáveis planos, determinando assim como pensamos e senti mos sobre esses acontecimentos.

Mente limitado, para Dous Acredito na Bíblia. Aceito como verdade o que diz em Roma nos 8. E você? Deseja que a Palavra de Deus desafie aquilo que acredita? Está disposto a acreditar mais no que Deus diz sobre si mesmo do que você acha que deveria dizer? Dig a- me : Deu s é etern o? Sim. Isso está escrito em Romanos 8? Sim. Isso traz grandes implicações na forma de entendermos a salvação eterna? Sim. Isso significa que posso vir a Jesus com minha alma enfraquecida e pesada e encontrar descanso? Sim. E difícil de entender? Não totalmente. E difícil de aceitar? Sim, pode ser. Muitos tropeçam nisso. Por quê? Porque estamos presos no tempo e perdidos no espaço. Temos pouca ou nenhuma capacidade de entender a eternidade, mesmo quando confessamos crer num Deus eterno. Portanto, podemos imaginar tudo isso? Não. Se não podemos imaginar, se isso não está de acordo com tudo o que pensamos, se não parece lógico, isso então não seria verdadeiro? Mil vezes, não! "Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou o seu pró prio Filho, antes, por nós todos o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? E Deus quem os justifica. 33


Quem os condenará? É Cristo quem morreu ou, antes, quem res suscitou, o qual está à direita de Deu s e tamb ém interced e po r n ós " (Rm8.31-34). Continua preocupado com o que Deus pensa de você? Mas o que Jesus está fazendo por você exatamente agora? Está in tercedendo por você. Exatamente agora quando está tentando imaginar o que tudo isso significa. Eis por que Paulo não se conteve: "Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Não, ...em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, ne m do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Rm 8.35-39). Você pode escolher. Escolher no que acredita. Não irá mudar Deus, mas certamente seu relacionamento com Deus e com outros. Deus não muda o que pensa de você, mesmo se estiver pensando erroneamente sobre ele. Mas se tem uma cren ça errada sobre Deus, certamente isso mudará como se sente a respeito dele. Essa é a razão do sub-título deste livro: "Dez Fal sas Crenças que Impedem que Experimentemos a Graça de Deus". Escolhi acreditar no que Paulo diz em Romanos 8. Es tou certo de que nada irá nos separar do amor de Deus em Cristo Jesus, que está em mim intercedendo por mim exata mente agora. Decidi deixar que o Deus eterno e seus propó sitos eternos determinem o que acredito e como me sinto diariamente.

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Deus Eterno-. Entre

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na minha vida frágil e forta leça cada dia da minha vida. Ajude-me a estar sempre dis posto a abrir minha mente para q u e m tu és e como ages. Peço que me ajudes a conhecê-lo, um mistério de cada vez. E en quanto vivo no presente, faça com que eu entenda que meu fu turo nunca será uma surpresa para ti. Amém.

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Capítulo 2

Tiltil

crznçtkZ:

Deus é implicante e facilmente irritável

"Guias cegos, que coais o mosquito e engolis o camelo!" Mateus 23.24

/ ) onv ers a em um a reu nião femini na de est udo bíbli co em C - ^ u m a segunda-feira de manhã numa igreja muito distante... "Você viu a roupa estranha que ela usou na igreja, do mingo?" "Vi. O que ela pensa? Daquele jeito, sussurrando ao mi crofone aquela música gravada, usando aquela calça vermelha maltrapilha! Parecia uma uva passa!" "Ela é a esposa do novo pastor... Talvez alguém devesse falar-lhe em particular." "Alguém devia dizer alguma coisa. O que Deus pode pen sar de sua casa transformando-se num circo?"


Isto pode chocar você, mas aqui vai: Deus não faz distin ção de pessoas. Ele não fica olha ndo por cima dos seus ombros esperando nos convencer sobre detalhes técnicos religiosos. A o contrário. Nosso Deus é "compassivo e cheio de graça, pacien te e grande e m misericórdia e em verdade" (SI 86.15). D e modo nenhum é implicante nem facilmente irritável! Você pode pensar que Deus se parece assim, porque mui tos cristãos talvez sejam implicantes e facilmente irritáveis. Nã o você, claro, e certamente nem eu. Somente todos os outros cristãos que con hecemos! Sem dúvida, Jesus sabia sobre isto quando usou a famosa parábola sobre o argueiro e a trave. "Porque vês tu o argueiro no olho de teu irmão, " disse Jesus, "por ém não reparas na trave que está no teu próprio?" (ver Mt 7.3-5) O mais incrível de tudo, claro, é a sábia compulsão que todo cristão tem sobre a verdade. Jesus, na verdade, é o cami nho, a verdade e a vida. E a igreja, como lembra Paulo, é "colu na e baluarte da verdade" (1 Tm 3.15). G hora do rolar a vo rd ado!

É verdade! Guerras surgiram firmadas nisto. Seguidores de Jesus morreram por isto. Movi men tos cristãos e muitas denomi nações tiveram seu fundamento nisto. Teólogos j á debateram sobre isto, e igrejas tem se dividido em duas ou três por causa disto. É verdade, e é melhor acreditar! Bem , ao menos é o que acho que seja verdade, e sei que o que creio seja verdade. N ã o m e entenda mal. Acredito realmente que uma defi nição cuidadosa da verdade nã o é somente importante; é essen cial. E quando o apóstolo Paulo nos impele a "falar a verdade," ele acrescenta com uma importante e peque na admoesta ção: "em amor" (ver Ef 4.15). Diga-me, então, será que a verdade necessita ser dosada? 38

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Como cristãos podemos realmente nos deter em "aspectos técnicos espirituais". Mais de uma vez já me peguei perguntando coisas como: "Me ensinaram a orar ao Pai em nome de Jesus e no poder do Espírito Santo. Se é assim, será que posso orar diretamente ao Espírito Santo?" Ente nde o que digo? Minu cio so! Simplesme nte, minha res posta tem sido, "Sim, tudo be m se você orar diretamente ao Espírito Sa nt o. " O que gostar ia de dizer, no enta nto, era: "Cl ar o que não! Se você orar ao Espírito Santo, Deus nunca ficará sabendo o que está acontecendo!" Não nos atrevemos a obstruir a verdade, mas podemos dosála. Ten ho cert eza que era o que Pau lo queria dizer em 1 Cor ínt ios 13.2: "Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios [imagine isto!] e toda a ciência [é verdade!] ... e não tiver amor, nada serei." 1

A Vordodo sobre o verdodo A verda de fala sobre os limites estab elecido s por De us , tais c om o "o que pode" e "o que não pode" e as conseqüências de sair desses limites. Mas aqui está o problema: os limites levam às regras, e para muitas pessoas as regras valem mais que as verdades em que são baseadas. Todo ano fazemos um evento social muito importante em nossa igreja no mês de fevereiro chamado o Banquete do Coração. É tão conhecido que hoje temos que alugar o salão do maior hotel de nossa cidade. Mas nem sempre foi assim. Costumá va mo s ter o jan tar em nosso salão de co mu nh ão ap erta do que acomodava mais ou menos trezentas pessoas. Alguns anos atrás, enquanto servíamos o jantar, fui infor mado por alguém da liderança que já tínhamos vendido todos os convites - uns 150 - e tínhamos uma lista de espera. Fiquei preocupado. "Temos espaço para 300 e temos convites somente para 150"? Qual era o problema?" Perguntei inocentemente. 39


"Só temos toalhas para 150 mesas", me disseram. Não acreditei! Reagi de forma indevida para um pastor. "Então comprem ou aluguem mais toalhas, droga!" (Na verdade não disse "droga", mas passou pela minha cabeça!). Pode parecer estranho para você por que alguém se preo cuparia com detalhes tão simples como toalhas de mesa. Mas, você também tem princípios, não? E limites? E regras? Você se lembra da última vez que discutiu com sua família? Será que seus melhores amigos concordariam que o motivo da discussão era tão importante ao ponto de atrapalhar sua amizade, ou mesmo seu casamento? E que tal as pessoas no trabalho? Na estrada? Quero dizer, vale a pena matar alguém por um erro de trânsito? Mas isso acontece. Algumas vezes podemos estar tão certos, que estamos errados. Tenho certeza de que Deus não está tão preocupado quanto seus filhos sobre quem está certo. Ele se preocupa muito mais com quem tem a atitude correta. E quando criamos nossos filhos, provavelmente pensamos da mesma forma. "Não me importa quem está certo, quem começou tudo, ou sobre o que estão brigando! Somente parem com isso!"

Dízimo do hortelã, do ondro o do cominho Uma das coisas terríveis que nós cristãos fazemos é usar Deus para justificar nossa insignificância. Foi o que fizeram alguns religiosos de fachada, chamados fariseus, nos tempos de Jesus. Fora do contexto, as leis sobre sacrifício relatadas em Levíticos pode m realmente fundamentar o que realmen te crem os sobre Deus. Nossa compreensão de Deus não deve ser formada somente com o que lemos nas leis do Antigo Testamento, mas também pelo que foi revelado a nós no Novo Testamento pelo seu Filho Jesus. Os escribas e fariseus foram pegos pelas leis e 40

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detalhes da religiosidade . Por outro lado, Jesus dem onst rou que há formas corretas e incorretas de fazer as coisas, mesmo se forem feitas em nome de Deus. "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas!", bra dou Jesu s, "porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas. Guias cegos! qu ec oa is o mosquito e engolis o camelo" (Mt 23.23, 24). Lacónicamente, eis o que aconteceu. Pode-se ser teologi camente correto e religiosamente compulsivo sobre obediência às regras - e se perder no resto. Creio no dízimo, 10% d o que ganho para o serviço de Deus . Tenho dado o dízimo desde criança, e tenho ensinado sobre isto numa série de sermões sobre Deus e dinheiro. Semp re estabeleço porcentagens dos dízimos da minha congregação. E como as pessoas dão o dízimo de exatos 10%, recebemos cheques com valores estranhos como 62.12 dólares ou 17.81 dólares - o tipo de valores exatos que você paga suas contas. Técnico! "Arredondem!" gritei (com um sorriso) num domingo de manhã. "Dêem ao depart amento financeiro da igreja um descan so. Se não pud er arre dond ar para cima, arredo nde para b aix o. Deus nã o vai tirar voc ê do emprego, ou deixar de abençoá-lo se lhe der dez centavos a menos no dízimo." Isto é novamen te somente uma questão de atitude. Co nhe ço cristãos que dão o dízimo no exato valor mas que deixariam a igreja se não gostassem do lugar que o recepcionista indicou para se sentarem. E falam de escrúpulos! Fumando camelos

O que você acha? Engolir camelos é pior que fumá-los? Uau, que será que ele quer dizer? 41


Claro, já foi provado que fumar é um vício muito perigoso. O aviso está em todos os pacotes de cigarro. Não fumo e não recomendo que ninguém o faça, mas observe que em vários lugares fumar é um ato religioso. Anos atrás, o pastor de uma pequena igreja me disse em particular - minutos antes do meu sermão - para comentar sobre o perigo do cigarro. Ele me disse que uma mulher que participava regularmente de sua igreja tinha o vício de fumar. Fumar prejudica a saúde? Sim, mas o "fast food" também, tanto quanto milhões de outras coisas que cristãos consomem sem nenhuma culpa. Este é um dos problemas de viver tecnica mente. O legalismo sempre tem falhas. Não se consegue escre ver leis o suficiente para abranger todas as formas possíveis e evitar estas falhas. Veja o Sabbath (Sábado), por exemplo. Jesus curou pessoas no sábado, e o fez para fazer crer que todas as leis da observân cia do Sábado da comunidade religiosa, muitas das quais não tinham base na lei de Deus, estavam atrapalhando o significado real do Sábado. Infelizmente, muitas pessoas que Jesus tentou alcançar nunca entenderam isso. (O que me faz sentir melhor sobre meu ministério. Se Jesus não pode alcançar a todos, talvez eu também não consiga o mesmo!) Mas para aqueles que estão prontos para boas notícias, que estão sempre abertos a coisas novas, o Cristianismo baseado na graça é totalmente libertador. Jesus disse assim: "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (Jo 8.32). E quando for mos livres pela verdade, verdadeiramente seremos livres!

Falando daquelas calças vermelhas apertadas... "Não se prenda às pessoas, desconsidere suas falhas, não criti que suas faltas - ao menos, claro, que queira ser tratado da me sm a forma. O espírito crítico funciona com o um bum era ngu e. 42

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É fácil observar a sujeira no rosto do seu próximo e não conside rar o sarcasmo mostrado em seu própr io. Você cons egui ria dizer, "Deixe-me lavar o seu rosto", quando o seu próprio está sujo? Vale a pena fazer toda uma análise mental nova ment e, fingindo uma santidade ao invés de viver sua vida. "Tira primeiro a trave de teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho do teu irmão" (Mt 7.1-5) . Pronto poro montor os leis

Não fique e m cima do muro! Se Deus o disse, é melhor acredi tar. Portanto, não me fale mais sobre isso, porque estou certo e você está errado. E Deus sempre toma o partido de quem está certo, ou do s qu e estão certos na maioria das vezes. Ou não? Muitas pessoas tiram conclusões erradas do tipo, se há a verdade absoluta, tudo na vida então se baseia no certo ou no errado, branco ou preto. Sem áreas cinzas. Porém, eu afirmo que a vida é cinza na maioria das vezes. Não sou a favor da teoria da relatividade moral. Porém, acredi to que vivemos num mundo muito complexo, e a maturidade espiritual consiste em ter habilidade de reconhecer e viver na ambigüidade. N e m tudo cabe exatamente dentro do meu ponto de vista. Pessoas insignificantes não pode m conviver com um Deus grandioso, e na maioria das vezes não conseguem viver com outros, porque simplesmente nã o po de m fazer com que todos à sua volta se moldem à sua categoria. Foi assim co m os religios os insignificantes que perseguiram Jesus até o dia da sua morte. Na realidade, eles o mataram porque ele continuava queb rando todas as regras insignificantes deles. Jesus os enfren tou: "P oi s veio João Batista, nã o c o m e n d o pão, nem bebendo vinho, e dizeis: Tem demônio! Veio o Filho do h o m e m c o m e n d o e 43


bebendo, e dizeis: Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores!" (Lc 7.33, 34)

Lagartos na íazonda Se você ainda não percebeu, tenho uma forma não convencio nal de encarar a vida. Não, meus filhos não tem problemas por causa disso, mas eu realmente trabalho com as mentes deles de vez em quando. Como quando canto para eles, "O velho MacDonald tinha uma fazenda, I-A-I-A-O. E na fazenda tinha lagartos, I-AI-A-O." "Não tinha lagartos na fazenda! Não tinha lagartos na fa zenda!" era a resposta assombrada deles. Todos sabemos que o velho MacDonald não tinha lagartos na fazenda, não? A menos, claro, que morasse no Arizona como nós. Temos lagartos, cas cavéis, escorpiões e tarântulas em nossas fazendas. "Não!" "Sim!" Claro que também temos cinturões verdes e vales com rios! Aproximadamente um terço de nosso estado possui floresta de pinheiro. C o m certeza, não é o que a maioria das pessoas pensam quando faiam do Arizona. Alguns anos atrás, quando minha tia-avó veio de Ohio nos visitar, trouxe consigo um estoque extra de pasta de dentes e cosméticos, porque todos do leste sabem que o Arizona é o Oeste Selvagem. Acho que ela nem tinha certeza se tínhamos farmácias. Bem, no Arizona tem farmácias. E grama enfeitada com álamo e campinas carregadas de flores salpicadas com as chu vas de verão. A criação de Deus é cheia de surpresas selvagens, e nem tudo é como se pensa. N e m tudo é branco e preto. N e m me s m o cinza. Nosso mundo é cheio de cores brilhantes. Poucas coisas na vida são tão simples. Se não estiver convencido, um bom começo seria 44

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ler os Dez Mandamentos: "Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, te u Deus, te dá" (Êx 20.12). Simplesmente claro, não é? Sim, os filhos devem amar, honrar, respeitar e obedecer a seus pais. Mas como uma filha pode demonstrar amor e honra por um pai que abusa dela sexualmente? Como um filho pode res peitar e honrar aos pais que se separam por infidelidade? C o mo o mandamento se aplica nesses casos? E sobre o outro mandamento: "Não matarás" (v. 13). Todos (exceto os sociólogos) acreditam que certamente este man dam ent o deve ser mantido. Os assassinos devem ir para a prisão. Algumas vezes a Justiça os condena à morte (Quando a Justiça executa um assassino não pratica assassinato), e mes mo quando algu ns ac ham que não deveríamos, bem no íntimo se sentem bem quando o executor dá a injeção letal em um ser humano covarde. Exatamente há algumas semanas tivemos um acidente de carro que foi manchete no jornal. Um grupo de crianças, andan do jun tos nu m bairro bo m e decente, acenara m amis tosam ente para outro grupo que ia passando de carro. Só que o grupo do carro não estava acenando. Era o sinal da gangue, e os jovens desavisados que acenaram de volta foram recebidos por uma saraivada de balas que matou dois deles exatamente ali naquele lugar. Sem mostrar um pingo de remorso, o criminoso de somente quinze anos defendeu-se dizendo, "Eles me desrespeitaram." Então que tal a punição capital para este rapaz? Que tal a punição capital para qualquer rapaz? E a guerra? Que tal a ma tança de milhares de Iraquianos na Tempestade do Deserto? Ou sérvios na Iugoslávia? Foi assassinato, ou aquilo era necessário? Na realidade, não estou sugerindo nenhuma resposta aqui. Muitos livros tem sido escritos abordando esse tema. O que estou tentando mostrar, no entanto, é que dói pensar em todas essas coisas, porque sabemos que não existem respostas fáceis. 45


José o suo tontoçõo em coros Sei de algumas coisas: Assassinato é errado. Roubo é errado. Adultério é errado. Abuso infantil é errado. E para muitos outros certos e errados do Novo Testamento, ver Efésios 4.17-5.20. No Antigo Testamento, fora os Dez Mandamentos, é claro, a história de José é um bom exemplo do que pode ser certo e errado. José, um dos doze irmãos, era o filho favorito de Jacó. Ven dido como escravo pelos seus irmãos ciumentos, José se encon trou de repente no Egito trabalhando como mordomo de um homem rico, chamado Potifar, que tinha uma esposa sensual. "José era formoso de porte e de aparência," a Bíblia o descreve, e "aconteceu, depois destas coisas, que a mulher de seu senhor, pôs os olhos em José e lhe disse: Deita-te comigo." Ele, porém, recusou, e disse à mulher do seu senhor: "Tem-me por mordomo o meu senhor e não sabe do que há em casa, pois tudo o que tem me passou ele às minhas mãos... como, pois, cometeria eu tamanha maldade e pecaria contra Deus?" (Gn 39.6-9). As convicções morais custaram a José seu emprego e quase sua vida, mas ninguém duvida que ele fez a coisa certa. Vale a pena morrer por algumas coisas. Há valores morais absolutos. Mas há também dilemas morais. Uma narrativa pequena do Antigo Testamento demonstra a complexidade de algumas escolhas morais, de como o certo e o errado nem sempre são o preto ou branco. Segundo Reis 5 narra a história de Eliseu e Naamã, o comandante do exército do rei Harã. "Ele era herói de guerra, porém leproso" (v.l). Ouvindo falar do profeta Eliseu, Na amã procurou por ajuda. Pelo mensageiro, Eliseu deu-lhe instruções simples: "Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será restaurada, e ficarás limpo" (v.10). 46

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Naamã ficou indignado. A ordem de Eliseu insultava seu orgulho. Como o homem de Deus poderia pedir-lhe que se la vasse no sujo rio Jordão? "Não são, porventura, Abana e Farfar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel?" ele reclamou. "Não poderia eu lavar-me neles, e ficar limpo?" (v. 12) "E voltou-se e se foi com indignação", diz a Bíblia. Felizmente, seu sábio servo aconselhou-o a obedecer, e qu an do Na am ã se lavou por sete vezes no rio Jordão , co mo Eliseu tinha ordenado, miraculosamente Deus o curara. Voltando a Eliseu para agradecer, ele fez uma promessa impensável: "porque nunca mais oferecerá este teu servo holocausto nem sacrifício a outros deuses, senão ao Senhor. Nisto perdoe o Senhor a teu servo; quando o meu senhor entra na casa de Rimom para ali adorar, e ele se encosta na minha mão, e eu também me tenha de encurvar na casa de Rimom quando assim me prostrar na casa de Rimom, nisto perdoe o Senhor a teu servo" (vs. 17, 18). O que você lhe diria? Que estava comprometendo suas convicções? Não Eliseu, que ofereceu ao homem a graça maravi lhosa para seu dilema moral: "Vai em paz," disse Eliseu (v. 19). E um risco para mim contar novamente esta história, porque alguém vai usá-la como desculpa para suas concessões baseado na Bíblia. Mas vale a pena o risco porque mostra claramente como, mesmo na Bíblia, as coisas não são sempre preto ou bran co. Algumas coisas são moralmente complexas.

Por amor do umo mulher Tenho um amigo que é pastor titular de uma pequena igreja na Nigéria, Oeste da Africa. O paganismo é demasiado naquela cidade, e fora da igreja a poligamia é socialmente aceita. Mas freqüentemente um desses Salomões modernos se tornam cristãos. O que fazer? 47


Os missionários americanos, ele me disse, insistiriam que os pol íga mos ficassem apenas com uma mulher - imediatam ente. Ma s isso criaria proble mas maiores , meu amig o me disse. Porqu e, de acordo com sua cultura, qualquer mulher dispensada de um relacionamento polígamo se torna mulher de rua. Portanto, é necessário um processo lento e delicado em relação aos homens que têm muitas esposas para aderirem à monogamia. Temos outro problema: cerveja. Não é o tipo de bebida de muitos cristãos americanos. Mas, e na Europa? Na Alemanha? Um outro grande amigo, missionário na Europa por muitos anos, me contou sobre uma conversa que teve com um pastor da Alemanha (Sim, no caso de você estar imaginando coisas, o pastor da Alemanha era convertido!). Com suas mãos segurando uma caneca com cerveja, estava literalmente chorando em cima do copo pensando como as mulheres cristãs americanas podiam usar maquiagem e calças compridas. Estas coisas ofendem muito os cristãos europeus enquanto uma grande caneca de cerveja não significa nada.

Portanto, diga-mo o que realmente está errado Estou sugerindo que beber é certo e maquiagem é errado? Não, não seja técnico e perca o sentido de tudo. Você pode terminar exatamente como as pessoas que engoliram o camelo. Mas você protesta, "O que está certo e o que está errado? Não estamos apenas falando de relatividade moral?" Não, estamos falando das complexidades morais e dilemas morais. No seminário é chamado de ética, o estudo do certo e do errado, quando não está evidente o que é certo e errado. Mas fico preocupado em saber que cristãos não tem pro fundida de qu an do a ques tão é a com ple xid ade mor al da vida e são muito ansiosos em julgar. Muito bem, cristãos espertos são freqüentemente orientados mais pelas regras do que pela 48

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graça. Quanto a mim, mesmo, quando faço coisas realmente erradas, sou grato a Deus por sua infinita graça e seu perdão. "Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retri bui consoante as nossas iniquidades. Pois quanto o céu se alteia acima da terra, assim é grande a sua misericórdia para com os que o temem" (SI 103.10, 11). Precisamos deste tipo de amor entre nós, também: "Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos per doou" (Ef 4.32). O grande problema, como podemos ver, é quan do as pessoas pensam que Deus é desatencioso, e começam a ser desatenciosos uns com os outros. Mas quando conhecermos a Deus completamente e experimentarmos profundamente seu perdão, então amaremos uns aos outros incondicionalmente. Cheguei à conclusão de que a graça de Deus operando em mim - não regras e pessoas guiadas pelas regras operando em mim - pode mudar minha vida. Então apelo a você. Se tiver que falar a verdade, fale em amor. Ouça bastante e ame intensa mente antes de perder alguém com algum conselho complica do demais.

'! Ajude-me a mostrar tua com paixão a todos ao meu redor. Pelo teu Espírito, faz-me sensível às necessidades deles, como também a necessidade de perdão e bom exemplo. Que eu seja justo, não simplesmente correto. Obrigado por tua graça, que tu me dás graciosamente cada dia. Amém.

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Capítulo 3

Deus nos classifico por méritos (quanto molhoros formos, maiores sorão as bênçãos)

"Ora, ao que trabalha, o salário não é considerado como favor, e sim como dívida." Romanos 4.4

uma pequena igreja muito distante, na Escola Dominical... / ^| "Mãe, a tia da minha classe disse que no céu vamos ga nhar galardão pelo que fizermos aqui. Está certo?" "Bem, acho que sim." "Então, se eu limpar meu prato e não bater na minha irmã todos os dias, Deus vai me dar uma moto?" "Não acho que as coisas sejam desta forma, Joãozinho..." "E se você der dinheiro e der aulas na Escola Dominical e for a encontros das mulheres e for voluntária na cozinha e for técnica do time de futebol, você ganharia alguma coisa muito boa! O que você ganharia?" "Já chega, Joãozinho. Além d o mais, você deve estar cans ado."

Crendices de Crentes Deus ajuda aqueles que se ajudam.

Você acredita nisto? Se sim, não está sozinho. De acordo com um estudo recente do Grupo de Pesquisa Bania, a maioria dos americanos - 8 0 % - cr ê qu e isso está na Bíblia' (Sur pres a! Não está). Barna também descobriu que "a maioria dos americanos acreditam que a salvação deve ser alcançada através do bom caráter ou bo m comportamento. D e cada dez pess oas, seis (60 %) crêem que "se um a pessoa geralmente for boa, ou quase sempre fizer coisas boas a outros duran te sua vida, ela terá lugar garan tido no céu." Mas como medir geralmente bo m ou quase sempre bom? Quanta ajuda será necessária quando Deus se colocar à disposi ção para ajudá-lo? U m dia? U m a sema na? Dois anos? 6 3 % de dois anos? Até que ponto D eus nos ajuda? Qua nto ? Em proporção igual ao seu esforço? Ou você te m qu e se ajudar pelo menos 15% d o tempo? 40 % do tempo? Deus alguma vez se cansa de ajudar? Quando? Depois que você desistiu após um a tentativa? Dep ois de três? Negou-o três vezes antes do galo cantar? Três vezes após o galo cantar? A sua cabeça ainda está girando? Se não, saiba de uma verdade terrível: Deus não nos classifica por m é r i t o s . Se q u i s e r ir ao céu pelos seus próprios meios, terá de atingir 1 0 0 % . Tem que fazer tudo certo na hora certa pelas razões certas. Parece impossível? E é. A Bíblia torna isto dolorosamente claro: " N ã o matarás. Ora , se não adulteras, por ém mat as, vens a ser transgressor da le i" (Tg 2.10, 11). Jesus tornou muito mais difícil para o "bom" poder ir ao céu quando pregou o Sermão da Monte. Suas observações cla ras devem ter dado aos melhores religiosos daquela época u m sentimento incrível de impotência: "Porque vos digo que, se a 2

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vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus" (Mt 5.20).

Sor bom nõo é como poroco Jesus redefiniu o que todos pensava m em como se tornar bom obedecendo à lei. Por exemp lo, para os fariseus, ser moralmente puro envolvia (entre outros) somente ter relação com sua pró pria esposa. Ma s Jesus acrescentou outra coisa. Ensinou que adultério, de acordo co m o ponto de vista de Deu s, ocorre quan do um homem olha para uma mulher e apenas pensa e m ter relações com ela. (E já que Deus é o Juiz Supremo, somente seu ponto de vista é o que realmente importa!) E assassinato? De acordo c om Jesus, "Não ma tar ás " inclui ficar de boca fechada quando estiver realmente triste c om algu ém - por e x e m p l o , o cara dirigindo como um idiota na estrada. "E quem lhe cha mar : 'To lo' estará sujeito ao inferno de fogo." (Mt 5.22). Sim, o meigo Jesus disse isso. Se eu apenas palavra feia? Tem que estiver falando do em sua própria

chamar alguém de tolo? E realmente uma coisas piores para se dizer às pessoas. Se o for verdade, ninguém irá para o céu basea bondade!

E exatamente esse o ponto. Ninguém é bom o bastante. Ninguém consegue passar no teste. "Todos pecaram e carecem da glória de D e u s " (ver Rm 3.23). A palavra e m grego para pecado no Novo Testamento, hamartia, n ã o significa "fazer rea lmen te coisas er ra das ". Hamartia simplesmente significa "cair" ou "errar o alvo". Você sabe, Deus é perfeito, e para seu bem você tem que acertar os olhos do touro todos os dias. E de uma distância de dois metros. Na realidade, após acertar uma flecha mortal bem no alvo, tem que atirar uma seg unda flecha de um a distância de 53


dois metros no centro da primeira. Se não conseguir, você pe cou de acordo co m a definição de hamartia. Você "errou o alvo". Como ilustração, imagine que Deus está de um lado do Grand Canyon - seis metros de largura, 600 metros de profun didade - e estamos todos do outro lado, tentando passar para onde ele está. Alguns saltarão mais que outros. Se todos nos alinhássemos e saltássemos ao mesmo tempo, Carl Lewis, que ganhou quatro medalhas Olímpicas no salto a distância, seria o último a morrer. Mas continuamos tentando! Continuamos nos colocando alinhados novamente, pulando para a morte quando dizemos pequenas tolices como "Não sou tão mau como aquelas pessoas." Estamos atados aos nossos próprios esforços. Con tin uam os tentando sobrepujar nossos próprios pecados. A tirania de ser dirigido pela realização

O pecado faz coisas ruins - sim, mes mo depois de nos tornar mos cristãos. Sentimo-nos mal com isto, embora nossos senti mentos nã o sejam a melho r indicação do quanto estamos since ramente sentidos. Por exemplo, podemos nos sentir mal em relação ao pecado depois de nascermos de novo, mais do que antes de aceitarmos a Cristo, porque estamos muito mais aber tos à Palavra de Deus e sensíveis ao Espírito Santo. E nossos sentimentos podem nos pregar um a peça. Quando o Espírito Santo nos lembra do nosso pecado, o diabo tenta diluir nosso sentimento de falha e condenação. Geralmente, quanto mais vemos nosso pecado, pior nos sentimos. E para compensar isso, tentamos ao máximo não fa zer coisas ruins e evitar a dor - e fazer coisas boas para nos sentirmos melhor conosco mesmos. Pois quanto melhor formos, melhor nos sentiremos. Isso é escravidão! 54

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Na realidade, de acordo com a Bíblia, isso é maldição do pecado. Não somente estou preso pelo poder do pecado porque co nt inu o faz end o aqu ilo que ode io - e me odeio por isso - c om o também sou pego pela vida orientada pela realização. Sentindo-se incapaz? Ei, este é o mundo real de pecado e de sua correspondente maldição de ser orientado pela realiza ção. Tudo é mérito e não há compaixão. Qualquer desvio da norma e você está perdido. Mas qual é a norma? Esse é o problema. Ninguém sabe, e pelo fato da graduação ser tão subjetiva, nunca saberá exata mente quando alguém deixará de gostar de você. Nenhum ami go para contar a história, nada. Para os cristãos as perguntas são diferentes mas o princípio é o mesmo. Critérios seculares como "Que tipo de carro você dirige?" (minivan familiar, sedan comercial, "carrinho barato especial") e "O que você faz?" (consultor de software, lixeiro, construtor) são substituídos por padrões mais "espirituais": • De qual igreja vo cê par tic ipa e qu an ta s ve zes vo cê p ar ticipa ? • Seu s filhos são cris tãos ? • Você te m al gu ma falha de cará ter (raiva , luxúr ia, ciúmes, avareza, irritabilidade)? • Qu an to voc ê dá de ofert a? • De qu an tas ativid ade s vo cê part icipa na igreja ou pelo menos ajuda? • Qu an tos vizi nho s voc ê já con vid ou par a ir à igreja? • Você (es colh a um ): 1. Lidera um grupo pequeno? 2. Ajuda um pequeno grupo de oração? 3. Desvia-se quando é convidado pelo líder de oração? 55


O triste é que muitos cristãos crêem, bem lá no fundo, que aquilo que outros cristãos pensam de nós é um a bo a in dicação de como Deus se sente sobre nós. Henri No uw en escreveu sobre isto e m The Return of the Prodigal Son: A Story ofHomecoming (O retorno do filho pr ódigo : A história da volta ao lar)": "A questão aqui é a seguinte: " D e quem eu sou? D e Deus ou do mund o?" Muitas das minhas preocupações diárias sugerem que pertenço muito mais ao mundo que a Deus. U m a pequena crítica m e deixa bravo e uma pequ ena rejeição me deixa depri mido. U m pequeno elogio levanta meu espírito, e um pequeno sucesso me deixa animado. Custa muito pouco me levantar ou me derrubar... Minha vida é mais uma luta pela sobr evivê ncia: não um a luta santa, mas ansiosa, resultante da idéia errôn ea de que é o m u n d o que consegue m e vencer... "O mundo diz: "Sim, eu amo você se for bonito, inteligen te e saudável. Eu am o você se tiver boa instrução, bom trabalho e bons contatos. Eu amo você se produzir muito, vender muito e comprar muito." Há infinitos " s e s " escondidos no amor do mundo ... E um a palavra que alimenta os viciados porque o que oferece não pode satisfazer os desejos mais profundos do meu coração." Portanto, aqui está a falsa crença numa definição completa: Deus nos classifica por méritos e portanto um relacionamento com ele, do início ao fim, é baseado em Jesus e mais alguma coisa. Ninguém consegue definir satisfatoriamente o que essa "mais alguma coisa" é, e quanto você precisa dela. 3

Graça totalmente incondicional?

Estou convencido de qu e a graça totalmente incondicional como sendo "Jesus e mais nada" é um dos conceitos mais difí ceis de se ensinar aos cristãos, ou a qualquer um - mesmo estan56

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do claro na Bíblia - porque parte da maldição do pecado é a compulsão incontrolável que temos de nos classificarmos e reclassificarmos os outros de acordo com os méritos. Paulo explicou da seguinte forma: "Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; Maldito todo aquele que não permanece e m todas as coisas escritas no livro da lei " (Gl 3.10). "Todas" é uma palavra dura. Você não pode ser a melhor pessoa do mundo, ou melhor qu e a maioria das pesso as. Deus é perfeito, e ele é o nosso padrão. Eis porque Paulo acrescenta: " É evid ente qu e, pela lei, nin gu ém é justif icado diante de Deu s" (v. 11). Então, se é impossível obedecer a todas as leis, então é humanamente impossível ir para o céu. Certo?

Perigo: som méritos ò. fronte Lembre-se, Deus não nos classifica por mérito s. Você não pode sentar e dizer a si mesmo, sou uma pessoa muito boa, convencendo-se assim que , de alguma forma você vai conseguir, e os outros nã o. Se você quiser conseguir de acordo com seus pró prios métodos, tem que atingir 100%! (Lembra-se do Grand (\inyon?) M a s a boa notícia é que Deus ofereceu u m a saída: seu li lho, Jesus, fez o que era humana mente impossível. Por trinta i' três anos fez tudo o que era certo na hora certa pelos motivos certos. Ele atingiu 100% na graduação santa de Deus. Então ele morreu, n u m sacrifício absolu tame nte perfe ito. Levou meus pecados e sofreu as conseqüências. A morte inflexível, que batia à minha porta, tomou a vida de Cristo em lugar da minha. Através de uma troca inconcebível, os meus pecados e a vergonha foram transferidos para Jesus e toda sua perfeição foi atribuída a mim. A sua ilimitada e perfeita justiça foi declarada como sendo minha. 57


Paulo escreveu: "Mas agora, sem lei (isto é, sem meus esforços religiosos), se manifestou a justiça de Deus testemu nhada pela lei e pelos profetas; justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos [e sobre todos] os que crêem" (Rm 3.21, 22). Abraão, pai da nação judaica, tão bom quanto qual quer um , nã o foi bo m o suficiente. Mas Abra ão, "creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça" (4.3). Em outras palavras, a fé de Abraão serviu para imputar-lhe justiça. Quando há o novo nascimento, ganhamos uma nova natu reza, a natureza de Jesus. De repente u ma impossibilidade hu mana se torna uma realidade imediata pessoal. Num piscar de olhos passo no teste de perfeição de Deus. Co m Jesus ao meu lado, posso pular o grande abismo do pecado e da morte com somente u m passo. Realizo um avanço espetacular com esse pequeno passo ao ser totalmente aceito por Deu s para s emp re, não porque vivi de acordo co m os padrões de Deus, mas porque Jesus o fez e ele habita em meu coração . Enqu anto viver, a jus tiça que Jesus me "credita" faz com qu e sua justiça co mpe nse o deficit na minha vida. "Cristo nos resgatou da maldição da lei", Paulo orgulhouse, "fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madei r o" (Gl 3.13). Observ e: Jesus não somente nos redimiu da mal dição do pecado. Nos libertou da maldição da lei, da maldição da pontuação, da maldição do meu inútil esforço próprio de satisfazer as expectativas de Deus. Graça do comoçp ao fim

Fomos salvos somente pela graça, não por causa de um bom trabalho. E somente Jesus e mais nada. Todo cristão sabe disso!

Tem certeza? 58

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Cuidado agora, porque classificar a vida pelo desempenho pode nos pegar de surpresa, sem aviso prévio. Qua ndo você se aperceber, estará novamente classificado numa pontuação, após ter nascido de novo. Você acha que não? Deixe-me fazer algumas perguntas. Somente algumas per guntas provocativas, enervantes. O que significa ser cristão? E realmente só Jesus, e mais nada? Por exem plo, voc ê poderia ser um Cristão e, • Fumar? • Beber? (Se sim, quanto? U m copo de vinho? Seis caixas de cerveja? Seis caixas de cerveja em três horas?) • Assistir a filmes impróprios? • Desonrar a seus pais? • Cham ar alguém de tolo? • Perder a paciência na fila do banco? • Fazer um aborto? • Acreditar na teoria da evolução? • Con tar piad as racis tas? Está bem, estas não são boas coisas para cristãos fazerem, mas se fizerem, significa que na realidade não são cristãos? E se fizeram somente um a vez? E se fizeram várias vezes? Quantas vezes Deus pode tolerar um a falha nossa antes de se cansar? E se o cristão estiver no meio da piada racista e morrer antes de chegar ao final? Ele irá para o céu? A salvação é realmente Jesus e mais nada? A graça de Deus é realmente totalmente incondi cional? Ou é Jesus e mais 59


alguma coisa. Se for, o que seria essa outra coisa, e (uma pe rgun ta ainda melhor) q u e m vai decidir? Que tal... • Os pen tec ost ais ? Je sus mai s falar em líng uas . • Igrejas da Santidade? Jesus mais muitas outras coisas. • Cató lico s? Jesus mais os sac rame ntos . • Batistas? Jesus mais cultos regulares e Escola Dominical. • Adve ntis tas do Sét imo Dia? Jesus mais culto aos sábados. • Mó rm on s? Crê em nu m Jesus muito diferente, ma is , mais, mais... Eu sei. Tenho sido terrivelmente superficial, e alguns desses religiosos poderiam dizer com razão que não teria que fazer nenhuma dessas coisas para ser salvo, mas poderia haver sérias dúvidas sobre seu relacionamento com Deus se não fizesse.

Cntõo, qual e o seu ponto forte? Jesus mais circuncisão. Aqui temos um problema sem solução. Circuncisão. Mas não estava realmente sem solução quando Paulo escreveu aos Gálatas. De fato, um estudo cuidadoso do Novo Testamento sugere que a circuncisão foi provavelmente o assunto mais explosivo do início da igreja cristã, mais que o aborto ou a evo lução nos dias de hoje. Todos os primeiros cristãos eram ju deus, e o rito da circuncisão era uma lembrança da aliança de Deus com Abraã o, instituído aprox imadame nte quinhe ntos anos antes de Moisés receber os Dez Mandamentos no Monte Sinai. 60

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Hoje o tema da circuncisão é somente uma anotação curiosa na história da igreja primitiva. Significa pouco ou quase nada para nós. Diga para si me smo : "circuncisão". Sente alguma emoção? Agora diga esta palavra: "Aborto". Algum sentimento sobre isto? E quanto a essa frase: "Acabei de descobrir que minha irmã tem um relacionamento homossexual"? Se você está apenas sentado aí lendo isso sem sentir nada, ligue para seu vizinho e pergunte a ele o que acha do aborto e dos direitos dos gays. Deixe o assunto pegar fogo (Garanto que não terá a mesma resposta como com a palavra "circuncisão."). N e m na igreja primitiva. A discussão sobre circuncisão naqueles tempos era explosiva. O livro de Atos relata muitos problemas ocorridos por causa deste assunto (ver At 21.27-36). Se você não entender, Gálatas não fará sentido para você. Esta epístola foi escrita para orientar a inclusão das práticas do Ju daísmo, principalmente a circuncisão, entre as novas comuni dade s cristãs. Alg un s ju de us cristãos, que ficaram con hec ido s como judaizantes, insistiam que os cristãos gentios deveriam ser circuncidados. Era um problema de Jesus mais circunci são. Jesus mais alguma coisa. Como Paulo se sentia sobre isto? Numa palavra, lívido. Escrevendo sobre o mesmo problema na carta aos Filipenses, Paulo censura, "Acautelai-vos dos cães! Acautelai-vos dos maus obreiros! Acautelai-vos da falsa circuncisão (Fp 3.2). Paulo é um pouco mais razoável em Gálatas, mas não mui to. Seu pensamento principal talvez esteja em Gálatas 2.19-21: "Esto u crucif icado co m Cristo; logo , já não sou eu qu em vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na car ne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim. Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu Cristo em vão." 61


Deixe-me reafirmar: Não me tornei cristão pela graça para então deixá-la de lado depois que fui salvo, porque em primeiro lugar, a ju st iç a não che gou a mi m pelo meu esfo rço pr óp ri o. A justiça nunca poderia ser dada pela le i, e se analisarmos nova mente, estamos dizendo na realidade que Jesus morreu em vão. Quando ele morreu, fez tudo que deveria para que minha sal vação fosse realidade. Então, meu relacionamento com Deus é baseado em Jesus e mais nada. Por outro lado, se acredito que minha salvação é baseada em Jesus mais alguma coisa, Jesus morreu em vão. Não há meio termo. Se acrescento o esforço h u m a n o à minha salvação, estou desprezando as palavras de Jesus na cruz. Jesus não morreu para me ajudar a ser salvo somente. Jesus morreu para me salvar completamente. Salvou-me do meu pa ss ado e do meu futuro (ver R m 6.5; 8.30, 38) porque estou totalmente desamparado. E por isto que necessito da graça in condicional de Deus para me salvar e me sustentar. Salvação mais alguma coisa significa que Jesus não preci sava morrer, ou quando morreu, era somente para comprar parte da minha salvação, como se fosse somente o começo. Quando analisamos parte dos pontos-chave da carta de Paulo aos Gálatas, é realmente importante lembrarmos que Paulo não somente está escrevendo sobre a graça que nos salva, mas também que nos mantém salvos. Eis o que o escritor de Hebreus tinha em mente qua ndo escr eveu que Jesus é tanto o Autor quanto o Co ns um ad or da nossa fé (ver Hb 12.2). Ah, isso é tão maravilhoso! Ah, isso é tão difícil para nós recebermos porque somos tão escravizados pela vida orientada pela realização, tão ligados ao pecado dos méritos. Sim, mesmo após sermos sal vos pela graça. Mas se realmente somos salvos pela graça por fé, p o d e m o s viver por fé t a m b é m (ver R m 1.17; Gl 3.11). Pode acreditar: a graça de Deus nos livra não somente da 62

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" m a l d i ç ã o dos méritos" (vida orientada pela realização), mas também da maldição do legalismo! Roalmont© maluco por você

Bem, então qual a importância de se misturar u m pouco de Jesus com um pouq uinh o disto e outro pou qui nho d aqui lo? Veja Gálatas 1 e prepare-se. Paulo escreve: "Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, o qual nã o é outro" (v. 6, 7) . Entã o seria Jesus mais circuncisão. Não se esqueça, circuncisão era como ouro espiritual para os cristãos judeus. "Senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo" (v.7). "Perverter?" Que palavras fortes, Paulo! Na realidade, em Gálatas Paulo se sente mais afrontado com Jesus mais alguma coisa do qu e c om o pecado. Ah, ele jog a duro com o pecado, também, mas sua ardente paixão refere-se à graça incondicional. Paulo continua: " M a s , ainda que nós ou m e s m o um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pre gado , seja anátema. [Anátema? Uau!] Assim, com o j á dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evan gelh o qu e vá além daquele que já recebestes, seja anátema" (v.8, 9) . Porque Paulo estava tão preocupado com os líderes cris tãos da igreja dos gálatas, que estavam acres centando algum as coisas ao evangelho e às boas novas, se a graça é totalmente incondicional? Primeiro, Jesus mais alguma coisa, usando as palavras de Paulo, perve rte o evangelho (A palavra do Novo Testamento no Grego traduzido para "evangelho" significa somente "Boas Novas"). Jesus mais alguma coisa coloca a salvação de volta aos méritos. Tirando as "boas novas" do amor inigualável de 63


Deus em Cristo, temos novamente a responsabilidade, tornando condic ional nos so relac ioname nto com De us. E isso não é "boas novas". Não é o "evangelho" verdadeiro. Paulo diz que: Jesus mais circuncisão não é o "evangelho real". Na realidade, é uma má nova. E uma maldição. Segundo, Jesus mais alguma coisa atrapalha o relaciona mento. Leva ao legalismo, que leva ao julgamento, que leva a rejeitar outros. Veja em Gálatas 2.11-14: "Quando, porém, Cefas (Pedro) veio a Antioquia, resisti-lhe face a face, porque se tornara repreensível." Como assim, Pedro? Pedro estava em pecado? Tinha apostatado? Não. Enfraquecido perante a pressão dos judaizantes, Pedro estava sem forças na presença do príncipe das trevas e estava sendo guiado pela vida dirigida pela realização e pelo legalismo. "C om efeito, antes de chega rem alguns da parte de Tiago , comia com os gentios; quando, po ré m, c h e ga r a m , afastou-se e, por fim, veio a apartar-se, temendo os da circuncisão." Jesus mais alguma coisa nos faz voltar a graduar pelos méritos e alguns simplesmente não conseguem. Como os gentios incircuncisos. Não eram tão bons quanto Pedro. Na realidade, encontramos grande consolação nesta passa gem sabendo que mesmo o apóstolo Pedro teve problemas misturando graça e trabalho. E também Barnabé: "E também os demais judeus dissimularam com ele, a ponto de o próprio Barn abé ter-se deixa do levar pela dissimu lação dele s." Bar nabé significa "filho da con so laç ão. " Ele era um pacificador, mas mesmo as pessoas mais pacatas podem ser levadas pelo legalismo. "Quando, porém, vi que não procediam corretamente se gundo a verdade do evangelho" [as "boas novas," Jesus e mais nada]," continua Paulo, "disse a Cefas, na presença de todos: se, sendo tu judeu, vives como gentio e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus?" 64

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Ok, entoo os pessoas podem viver como o Diabo? Graça demais, pessoas m e alertam, pode levar o s cristãos a pe p e n s a r e m q u e podem fazer o que que rem. Esta objeçã o surge d e u m a maneira ou de de outra, outra, m a s some nte qua ndo algué m afirma q u e a graça é totalmente incondicional. A s pessoas fizeram a mesma acusação a Paulo: " E por que não não dizemos, como alguns, caluniosamente, afirmam afirmam que o o fazemos: Pratiquemos males para q u e venham be b e n s ? " (R m 3.8) "Que diremos, pois? Permaneceremos n o pecad o, para qu para qu e seja a graça mais abundante?" (R m 6.1) "E daí? Havemos d e pecar porq ue n ã o estamo s deba ixo d a lei e lei e sim da graça?" da graça?" (R m 6.15) Você pode discordar de mim. Pode mim. Pode a t é discutir sobre a de  finição d a graça graça totalmente incondicional. Muit os o fazem. Mas fazem. Mas não pode discutir sobre isto: é exatamente exatamente o que que Paulo ensina em Gálatas e Romanos. E l e espera q u e estas objeçõ es sejam pr p r o v a d i s t o . S e Paulo falou d a graça mais alguma coisa, coisa, não deveria ficar preocupado preocupado com a a possibilidade d e algum leitor entender errado. Mas, diga-me, po r qu e há tão poucos pastores e professo res re s q u e pen sam co mo Paulo? E quando líderes cristãos cristãos nos ensinam sobre a graça d e Deus , como fazem freqüe ntemente, po p o r q u e m a i s p e s s o a s não se se levantam e discordam? Algu mas vezes ouvimos falar d falar d e algu m tipo d e graça condicional! graça condicional! Afirmo que homens e mulheres d e Deus n ã o estão en sin and o sobr e graça d a mesma forma q u e Paulo, a menos menos que as as pessoas tenham a s mesmas objeções q u e Paul o previu q u e seus leitores teriam. S e a graça graça não é um um assunto controverso, provavel mente então a graça d o Novo Testamento Testamento não é é totalmente incondicional. 65


A graça incondicional incondicional não é tão tão censurável, porque abre espaço para para algumas nenhum de nós nós pode algumas boas obras. Afinal, nenhum ser se r tão mal . Reagimo s melhor à idéia geral d a graça u m pouco condicional porque deixa u m a porta p ara a vida orientada pela realização e a atitude orientada pela realização realização já faz faz parte d e nosso psique. Sim, Jesus mais nada se se apresenta contra u m sistema glo ba b a l p o d e r o s o e sem Deus, sem Deus, fundamentado n o princípio princípio básic o d a evolução: a sobrevivência d o mais forte. So b a maldição do pe cado, toda a criação se se gradua pelos méritos, incluindo todo sistema religioso, exceto o Cristianismo d o Novo Testamento ba b a s e a d o n a graça. Somen te o melhor sobre vive, somente o mais espiritual é abençoado. N u m contraste gritante, a graça total mente incondicional d e Deus e m Cristo é o único o único caso n o âmbi to d a ciência e religião onde não há nenhu ma indicação do mé  ritos. Ou as pessoas as pessoas t ê m Jesus n o coração ou nã o. Temos, porém, u m a forma d e aceitação s e m méritos n o amor familiar. Pense nisto: o amor que qu e os pais têm pelos filhos sempre é diferente do amor que os filhos tem pelos pelos pais. Ou Ou

uns

pe p e l o s o u t r o s ! G e r a l m e n t e o s pais amam mais o s filhos filhos que os filhos a o s pais - e certamente mais qu e uns aos outros. aos outros. S e isto é verdade e m relação à família, n ã o seria também verdade entre a família d e Deus? Isto explica explica o que que Paulo escreveu e m Romanos: "Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu se u sangue, seremos po p o r e l e salvos salvos da ira. Porque ira. Porque se nós, quan do inimigos, fomos reconciliados c o m Deus mediante a morte morte do seu seu Filho, muito mais estando j á reconciliados, seremos salvos pela s u a vida" ( R m 5.9 5.9,, 10). O amor d amor d e Deus por nós semp re será maior qu quee o nosso por nosso por ele, e se ele nos nos amou antes d e fazermos parte da parte da sua família, sua família, s e foi suficiente para aceitá-lo, n ã o acha qu e é também suficiente mente grande para mantê-lo nesta família? Paulo Paulo nos diz em 66

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Romanos 5 que antes de mais nada a grande preocupação de Deus é salvar você. Depois disto, tudo é conseqüência. Mas o curioso é que muitos cristãos espertos voltam as costas para isso. Na prática, tornam a salvação fácil para Deus. Você sabe, já j á o u v i u i s s o v á r i a s v e z e s : e l e o s a l v a c o m o v o c ê é. N a d a é dif di f í cil para Deus. Nenhum pecador está fora do seu amor. Mas, uma vez que a pessoa é salva - aí, meu irmão, parece que fica difícil para Deus terminar seu trabalho, provavelmente po p o r q u e b e m n o f un undd o p e n s a m o s q u e isso is so d e p e n d e d e n ó s . N o s s o pr p r o b l e m a é q u e t e n t a m o s e n t e n d e r o a m o r d e D e u s d o n o s s o po p o n t o d e v i s t a , c o m o u m a c r i a n c i n h a t e n t a n d o a l c a n ç a r o p r o  fundo amor da mãe. Mas para conhecermos o amor de Deus, teremos que acreditar no que ele diz de si mesmo, não o que pe p e n s a m o s s o b r e e l e .

Por quo preciso razer olgumo coiso? Eis aqui novamente mais uma objeção comum: Se Deus faz tudo, tudo, porque preciso fazer alguma coisa? Vou responder a esta pe p e r g u n t a n o p r ó x i m o c a p í t u l o . C r e i o q u e d e v e m o s v i v e r p a r a Deus, amá-lo de todo coração, alma e mente, e obedecer à sua Palavra. Mas a princípio, o cristão tem que viver baseado na graça. Na r e a l i d a d e , a g r a ç a i n c o n d i c i o n a l m e l e v a a u m a m u d a n ç a d e atitude. "Porém não useis da liberdade para dar ocasião à car ne," Paulo escreve em Gálatas 5.13. Jesus e mais nada muda (udo, enquanto que ironicamente, graça mais alguma coisa me distancia de Jesus levando a um esforço humano inútil, frus trante e repleto de culpa (ver Gl 5.1-4). Há vários casos de pessoas que abandonam a igreja porque simplesmente não podem carregar o fardo das incansáveis exi gências religiosas. Paulo tinha isto em mente quando escreveu: "Outrora, sem a lei, eu vivia; mas sobrevindo o preceito, reviveu 67


o pecado, e eu morri" (Rm 7.9). As regras nos colocam nova mente debaixo da lei, vivendo de acordo com a vida orientada pela realização, a maldição dos méritos - e morte. A graça sempre nos leva à mudança. Estas são as novas gloriosas. Isso é o evangelho. Os apóstolos falaram sobre o assunto em Jerusalém, no primeiro concílio da igreja: "Agora, pois, por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos u m jugo que nem nossos pais puderam suportar, nem nós? Mas cremos que fomos salvos pela graça do Senhor Jesus, como também aqueles o foram" (At 15.10, 11). Minha esperança está em nada menos Que no sangue de Jesus e sua justiça N ão confio em mi m mesmo, Mas tudo entrego em nome de Jesus. Estou firmado na rocha que é Cristo. N a da mais pode me salvar.

Deus de Graça e cie Glória: Fico maravilhado com teu amor incondicional e infindável. Como posso compreender a profundidade da tua graça? Ainda hoje, mostra-me como viver esta liberdade de forma que teu nome seja glorificado e honrado e dê aos outros uma visão real de tua abundante graça. Amém.

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Capítulo 4

Deus é amor, portanto ele nã o dará importância ao que estou faz end o

" Por isso, recebendo nós um reino inabalável, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus de modo agradável, com reverência e santo temor; porque o nosso Deus é fogo consumidor." Hebreus 12.28, 29

moças cristãs solteiras falavam ao telefone numa £ ^ quinta à noite .. "Então, Mila, você vai esquiar com Jorge no sábado?" "Não sei ainda, Nanei. Faz só três meses que me divor ciei. Acho que não estou pronta para outro relac ioname nto." "Quem falou e m relacionamento? Vá depois do trabalho na sexta, suba a serra no sábado e volte tranqüilamente no domingo. Nã o se esqueça do aquecedor! Muito romântico! Você vai se sentir melhor, logo." "E a igreja?" jûas

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Crentes

"A igreja? Você pode faltar uma vez. Deus vai entender que você precisa relaxar." Se essa cena lhe parecer forçada, posso assegurar que não é. De acordo com estudos recentes feitas pelo Grupo de Pesquisa Barna, quando comparamos o estilo de vida, os "hobbies", os comportamentos e as atitudes dos cristãos e dos não cristãos, nã o há difere nça consi deráv el, exceto que os cristãos vão à igreja, dão o dízimo, e tem mais Bíblias em suas casas. Surpreendente mente, 67% dos que se dizem nascidos de novo disseram que não criam na verdade absoluta. Os cristãos não são mais como eram antigamente. Como pastor de uma grande igreja, fico aflito quanto à pouca profundidade e falta de convicções morais de muitos cris tãos e tenho visto pessoas se destruírem e às suas famílias de várias formas criativas. Os cristãos de hoje estão muito mais sinto nizados com o chamado incerto, mas atrativo, da nossa cultura secular do que com os padrões imutáveis da Palavra de Deus. Isto é o que eu chamo de Cristianismo sem Deus. Pessoas professam sua crença em Jesus, mas tomam decisões e vivem como se Deus não existisse. Quero dizer, não são pessoas ruins ou maldosas. Simplesmente dificilmente se perguntariam: "O que Jesus teria feito?" Isto talvez seja mais evidente nos cursos de preparação para o casamento na igreja, onde mais da metade dos casais que nos procuram (alguns são mais velhos, mas a maioria é j ov em) são sexualmente ativos. Sim, cristãos. Talvez cristãos que este j a m lend o este livro. Se dig o que não pod erã o participar do curso se não conc or dar em em se abster até o casa mento , muitos conc orda m con osc o. Alguns ficam bravos. Outros simplesmente sorriem e vão em bora. Ma s não vou me dobrar a isto. Tenho falado com muitas pessoas, " N ã o sou um juiz de paz religioso." 1

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Falsa crença 4

Deus não me chamou para encobrir as violações de sua lei desconsiderando seus mandamentos com uma pequena religião boazinha. Não faço comércio de casamentos. Fui c hamado para consertar vidas quebradas e fortalecer casamentos e famílias. Morar junto antes de se casar é como jogar sujeira no carro logo após sair do lava-rápido. E totalmente contra-producente. E ninguém está fazendo nada. Pessoas dizem coisas como "Deus entende. Deus é amor. Deus não é juiz. Todos pecam de uma maneira ou de outra, e Deus é compassivo e perdoador. Quem é você para me julgar?"

Converso fiado. "Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra" (Jo 8.7). Você observou que a Bíblia foi mencionada algumas vezes quando a nação estava obcecada com o problema pessoal do Presidente Clinton? Enquanto escrevo este capítulo, estamos ainda nos arrastando por aquela situação desprezível, e exatamente nesta semana vi um outro episódio de bobagens num programa de entrevistas. Uma mulher se pronunciou em segredo: "Votei nele para presidente na última eleição e, sem hesitação, eu votaria nele novamente." "Por quê?" perguntou a entrevistadora. "Porque," ela respondeu, "se o governo gastasse milhões de dólares para investigar minha vida pessoal, descobriria muito mais do que descobriram sobre o Presidente Clinton." A terrível lógica comum: todos somos pecadores, e não importa o que você faz de sua vida pessoal, enquanto estiver fazendo sua parte. Esta opinião absurda é sustentada por dois terços do público americano, e estou convencido que é porque suas vidas pessoais são uma verdadeira bagunça. "Viva a vida como quiser" é o que todos dizem. Não vou julgá-lo se você não me julgar. 71

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€ agora uma palavra do nosso patrocinador Quando as dizem falam que sua vida pessoal é assunto par ticular, o que realmente querem dizer com isso? Em muitos casos "privacidade" é outra palavra para "negligência proposi tal". Negli gênc ia por outra pessoa. Negligê ncia da verda de. Mai s importante, negligência de Deus. Eu fico angustiado com cristãos minuciosos e mesquinhos, e profundamente preocupado com cristãos não autênticos que pensam que tudo é preto ou branco, que pensam ter respostas simples para as questões mais difíceis da vida. Mas fico indigna do com cristãos "secula res ", tão imer sos no relati vismo m ora l do mundo pós-Cristo. Suas atitudes, na realidade, negam a exis tência de Deus. Será que pensam realmente que Deus não sabe o que está acontecendo? Ou pior, que ele não se importa? Jesus disse, "Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração já adulterou com ela" (Mt 5.27, 28). Deixei de mencionar alguma coisa aqui? A frase "no seu coração" não tem a ver com a vida particular de alguém? O apóstolo Paulo concordou com isto quando escreveu, "pelo contrário, rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se ocul tam, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus; antes, nos recomendamos à consciência de todo ho mem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade" (2 Co 4.2).

Tolerando uma dosprozívol bagunça? A referência diligente de Paulo com relação a assumir e dissemi nar a verdade está muito longe da abrangência dada por muitos cristãos de hoje: 72

Falsa crença 4

"Viva a sua própria vida." "Não vou julgar se você não me julgar." "Se algum de vocês não tiver pecado, que atire a primeira pedra." Muitos cristãos confundem tolerância com perdão. Mas Deus não tolera o pecado. Ele o perdoa, mas no Novo Testa mento o "perdão" é uma palavra ativa, poderosa que significa "libertação." Quando Deus perdoa, ele nos liberta do jugo da servidão do pecado. Talvez possamos comparar Deus com um pai que está com um bebê com a fralda suja. Você não ouve todos os tole rantes à sua volta? "Todos os bebês se sujam! Encare os fa tos! Ame-o da mesma forma. Olhe para o outro lado e respire pela boca!" Penso que o que a maioria dos pais faria seria trocar a fral da, lavar e passar talco no bebê. E quando a hora certa chegar, ensinará a criança a se controlar e evitar toda esta sujeira. 2

Sobre pecados o podras Da próxima vez que você ouvir alguém falar de João 8.7 (o versículo de "atirar a pedra") como argumento para a tolerân cia, observe o que acontece na história original. Alguns líderes religiosos levaram uma mulher para a praça central da cidade. Tinham-na surpreendido em adultério, e o homem não era seu marido (Não sabemos o que aconteceu com ele. Talvez tenha saído correndo). Você pode imaginá-la tremendo de vergonha e humilha ção? E medo? De acordo com a lei do Antigo Testamento, esta mulher deveria ser apedrejada até à morte. Quando a levaram a Jesus, você consegue perceber a angústia nos seus olhos? Podese quase adivinhar o que ele estava pensando: "Apedrejá-la? Vocês querem

apedrejá-la?"

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Talvez de forma deliberadamente gentil, ele disse: "Aque le que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra." E, tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão. E João continua: "Mas, ouvindo eles esta resposta e acusa dos pela própria consciência, foram-se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até aos últimos, ficando só Jesus e a mulhe r no meio onde estava" (v.9). Alguns acham que Jesus estava escrevendo os pecados secretos de cada um que tentava acusá-la. Jesus se levantou e perguntou à mulher: "Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor. Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno'' (v. 10,11). Ah, se a história terminas se aqui. Ah, se o Deu s de amo r ilimi tado negligenciasse nossas faltas e perdoasse nossos pecados. Mas não. "Vai e nã o pe qu es m ai s, " Jes us decl aro u (v. 11). Troque a fralda suja. M a s , por que ele disse isso? Tinha Jesus condenado a mu lher, afinal? Temos novamente Jesus mais alguma coisal Claro que não! Mas ele sabia muito bem as terríveis conseqüências de alguém que continuasse a ter uma vida de pecado, uma vida sem os limites da Palavra de Deus. "Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo J es us " (R m 8.1), qu e significa que fom os "justific a dos," livres da pena do nosso pecado. Aqueles que tiverem seu nome escrito no Livro da Vida não passarão pela segunda morte, o temido "lag o de fogo" (Ap 20 .14 ,15 ). Se você estiver em Cristo e Cristo estiver em você, Deus não o julgará no sentido eterno. É verdade, Deus também não é "legalista". Ele não é irritá vel nem meio-espiritual. Mas isso não significa que você possa fazer o que quiser, que Deus seja tão amoroso que não faria nada. Deus não é assim. Amor sem limites não é amor; é obsessão. O amor real tem limites reais. 74

Falsa crença 4

A Bíblia diz: "e estais esquecidos da exortação que, como a filhos, discorre convosco: Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado; porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe. E para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige? Mas, se estais sem correção, de que todos se têm tornado parti cipantes, logo, sois bastardos e não filhos" (Hb 12.5-8).

Deslizando calmamente para o mar gelado Alg uma s vezes fico desesperado quand o estou preg ando . É c om o se o povo de Deus estivesse entrando no convés inclinado do Titanic, deslizando calma ment e para o mar gelado. "Para a maio  ria de vocês," alertei, "esta é a única hora da semana que ouvem sobre a visão cristã do mundo. De agora até o próximo domin go, milhões de vozes do rádio e da televisão e no seu trabalho estarão invadindo seus ouvidos. Pelo amor de Deus, não dei xem que isto aconteça!" Nã o q ue os cristãos não saibam o que a Bíblia diz. So mente que estão sendo afogados na visão do mundo que domi na a mídia, o governo, as escolas e as empresas. Salmo 1 diz: "Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assen ta na roda dos escarnecedores." Observe a variação entre andar, deter e sentar: no cons elh o dos ímpio s; • Deter, refere-se a um a posiçã o base ada em con se lhos dos pecado res e participando de atos pecaminosos; • Assentar, totalmente com prom etid o co m o pensa mento do mundo e zombando dos que crêem na fé ou suas conseqüências. • Andar

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O conselho dos ímpios O "conselho dos ímpios" é qualquer fonte de conselho sobre a vida que não se refere nem está relacionada com Deus. ímpios não são necessariamente pessoas "más", no sentido de serem perversos. Acontece que Deus não faz diferença para eles. "Secularismo" é um sinônimo de "ímpio", e identifica uma visão geral que marginaliza Deus. Eis aqui outra forma de dizer isso: • A vis ão geral para o cristã o: "N o pri ncíp io criou Deus ..." • A visã o do mu nd o secular: Nã o ho uv e princ ípio, e tudo aconteceu por acaso. De acordo com as primeiras quatro palavras da Bíblia, aprendemos que tudo começou com Deus. Em total contraste, a visão do mundo secular é sem Deus. Isso significa que Deus não criou o ser humano de acordo com sua imagem. Ao contrá rio, a vida humana é o resultado de puro acaso.

No princípio criou Deus... Gênesis 1.1 é o ponto de partida de toda fé cristã. Representa a diferença bás ica entre "valores tradic iona is" e o que pod e ser cha mado de "a nova ordem mundial", que é nada mais que o renasci mento do antigo paganismo. As religiões primitivas viam um mundo caótico, desordenado, ao acaso, acidental. Mas a religião hebraica via um mun do orga niza do. Tud o tinha lugar e propó sito porq ue toda a criação vinha do coração de um Deus sábio. O criacionismo (que tem muitas formas) começa com Deus e crê que tudo no universo está relacionado com Deus, que dá 76

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signif icado, pr opó sit o e ligaç ão a tudo . Gên esi s 1.1 nos diz que o mundo ao nosso redor não poderia ser compreendido se Deus não o tivesse criado. É assim então co mo tudo funciona.

Os profetas sem moral Somos uma nação secular sem Deus. Um artigo interessante do grande escritor cristão Philip Yancey numa recente reportagem da revista Christianity Today (Cristianismo Hoje) traça nosso perfil. "A nova ciência da psicologia da evolução tenta explicar o pe nsa mento e o comportamento humano s c o m o o resultado aleatório da seleção natural [forças aleatórias]. Como produto da evolução cega, dizem estes pensadores, [os "profetas sem moral" ], nós nos enganamos ao procurarmos alguma teologia [significado para a vida] diferente do que está escrito no nosso DNA. Devemos olhar para baixo, não para cima: para a nature za, não para seu Criador. "Novas revistas, como a Time, contratam estes escritores para tentar entender o comportamento das gangs dos centros decadentes, ou particularidades sexuais das cidades grandes, e os resultados são tão agradáveis que os psicólogos evolucionistas tem se tornado os novos cosmologistas, proporcionando-nos compreensão de nós mesmos e de nosso papel no universo." De acordo com a psicologia da evolução, sou guiado pela necessidade de minha parte genética para perpetuar a espécie. A moralidade, então, vem totalmente de meus genes. O que for certo para meus genes estará certo para mim. "Pense bem pelo lado lógico, e a noção de bom e mau desaparece," escreve Yancey. "Acorrentado pelo egoísmo, não temos potencial para mais nada." Como o psicólogo evolucionista Richard Dawkins afirmou, "Pre ser vamo s as moléc ulas egoístas cham adas ge nes. Esta é um a 3

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verdade que ainda me deixa atônito. Sei disto há muito temp o, mas parece que ainda não me acostumei a esta idéia." Como cristão, nunca me acostumarei co m isto. 5

Padrões morais inconsistentes Sem Deus, as pessoas no mundo de hoje não têm padrões mo rais consistentes, não tem uma completa compreensão do que é certo nem errado. A verdade é relativa, quer dizer, é somente uma questão de como você encara as coisas. O que é certo para uns pode não ser certo para outros. "S em um Deu s, você acaba se pre nde ndo a uma mora lida de subjetiva. Não há saída em lugar nenhum," disse Rabbi Stewart Vogel numa entrevista recente. Co-autor com a estrela do rádio Laura Schlessinger do livro: The Ten Commandments. The significance of God's Laws in Everyday Life (Os Dez Manda mentos: O Significado da Lei de Deus no nosso Dia-a-Dia), Vogel acrescentou, "Crer em Deus é acreditar que o ser humano não é mer o acidente da naturez a. Sem Deus, não há um significado objetivo para a vida, e não há objetivo na moralidade. Não que ro viver num mundo onde certo e errado são subjetivos". 6

Declínio do Sistema Legal Os seres humanos não podem viver num vácuo moral, portanto alguma forma de lei é necessária para manter a ordem na nossa sociedade. Alguém tem que nos dizer o que é certo e errado. E quem vai fazer isso? Um sistema legal, mais guiado pelo lado técnico do que pela verdade. Qual melhor exemplo do que o do Presidente Clinton em sua transmissão do interrogatório, dizendo: "Depende do senti do da pala vra "e star "." E mais , a maio r parte da in ves tigaç ão 78

Falsa crença 4

de Kenneth Starr sobre o pres idente foi em torno de definições téc nicas sobre o sexo, e a definição de sexo feita pela corte. Você ouviu sobre o incidente do "rapaz nu" da Universida de da Califórnia, Berkeley? James Dobson escreveu sobre isto alguns anos atrás no artigo "Focus on the Family (Foco na Família). Os administradores ficaram meses sem ação em rela ção ao estudante Andrew Martinez, quanto à prática de andar totalmente nu ao redor do campus. "Ele corria, comia no restaurante e assistia às aulas total mente nu," escreveu Dobson. "Quando perguntado porque não usava roupas, disse que estava protestando contra as tradições de repressão sexual da sociedade ocidental... É inacreditável como os administradores passaram todo o outono e inverno ten tando lidar com este assunto ultrajante. Não havia uma descul pa legal ou lei na escola para que conseguisse obrigar o "rapaz nu" a se vestir ou que pudessem expulsá-lo. Abordagem técnica, não a verdade. 7

fl anarquia não ostá tão distante Se não houvesse padrões morais, então a princípio eu não seria responsável por ninguém. Somente sou responsável por mim mesmo e por aquilo que acredito. Uma afirmação incomum sobre este assunto apareceu num artigo da revista Time intitulado: "The New Russia Culture: A Mind of Their O wn " (A Cultura da Nova Russia: Um a Mente Própria). O corre spond ente John Koha n es creveu, "Quando alguma coisa vai mal na Rússia, ninguém pensa que ele pessoalmente seja culpado. Ao contrário de cristãos do ocidente, a Igreja Rus sa Ort od oxa dá pou ca ênfase à co nc ep  ção da culpa pessoal... Os russos utilizam normalmente a des culpa de que são vítimas inocentes de forças que estão fora de seu controle para explicar as falhas pessoais" (os itálicos são meus). 8

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Os russos normalmente utilizam esta desculpa? Que são "víti mas inocentes de forças que estão fora de seu alcance"? Porque o autor acha que os americanos são diferentes? Por causa da influên cia do Cristianis mo do ocid ente? O escritor está na realid ade adm i tindo que nossas raízes espirituais determ inam o que é certo e o que é errado. N u m artigo mais recente, escrito durante a crise econômi ca russa de 1998, um comentarista russo escreveu na Revista Time, "A maioria dos russos nunca imaginou que a liberdade requer responsabilidade, e exige uma disciplina visceral e espi ritual... Este é um erro histórico da Rússia, remonta ao tempo de Pedro, o Grande. Ele admirava as fábricas e navios do ocidente, mas nunca via as tradições espirituais e culturais que estavam por trás disto." Estaria ele se referindo às "tradi ções cul tur ais " dos judeus e cristãos? Estaria ele falando da Bíblia? 9

Pensamento sujo Um antigo filósofo grego escreveu uma vez, "Começos ruins sempre levam a finais ruins." Talvez possamos dizer que não é como se termina, mas como se começa. Começo bom, final b o m. "No princípio criou Deus..." Esta é somente uma das for mas de ver radicalmente diferente, cada uma tendo um ponto inicial diferente e aplicações e conseqüências radicalmente di ferentes. O apóstolo Paulo colocou da seguinte forma: "Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos, obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por cau sa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração" (Ef 4.17, 18). 80

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Mos tra mos abaixo um pequeno exemplo da "vaidade dos seus próprios pensamentos," dos mito s populares dos ímpios que na rea1 idade são falsos, não so mente porq ue a Bíblia o diz, mas porque há comprovação científica dos fatos. M i t o : As pes soa s prec isam ser liberadas sex ualm ente .

Quanto mais liberado você for, mais satisfeito será na sua vida sexual. Fato: De acor do co m estud os recen tes, qua nto mais tradicional for a visão de uma pessoa sobre o sexo, mais satisfeito será na sua vida sexual. Ao contrário, quanto menos tradicional (ou menos puritano?) for a visão do sexo, menos satisfação terá na área sexual. F a t o : Quanto mais forte for a crença religiosa da mulher casada, maior será a probabilidade de se sentir satisfeita com sua vida sexual." F a t o : De acordo com um amigo pessoal, chefe de ginecologia do Desert Samaritan Medicai Center (Centro Médico Samaritano do Deserto) de Mesa, Arizona, estudos clínicos recentes rev ela m que quanto mais parceiros sexuais uma mulher tiver, maior a probabilidade de adqui rir câncer cervical. 10

M i t o : Seria me lh or que as pe ss oa s se div or cia ss em,

po rq ue assim as crianças não mais presen ciariam as brigas. As crianças se recuperam facilmente. Fato: Pesquisas tem mostrado que filhos de pais divorciados são mais propensos a terem sérios problemas sociais e e du ca c io na is . 12

M i t o : De ac or do com o rela tór io Kinsey , de ca da de z

pessoas, uma é gay ou lésbica. 81

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Fato: Pes qui sas rece ntes revel am que o nú me ro mais

correto seria um em cada cem pessoas, e os relacionamentos monogâmicos entre os gays, pe rs is te ntemente assegurado c o mo pr o va de que o estilo de vida dos gays é simplesmente uma forma de vida alternativa, inexistem esta tisticamente. 13

M i t o : Pessoas religiosas são menta lmente doentes. F a t o : O pe sq uis ad or mé di co e psiq uiat ra Da vi d

Larson examinou a relação entre religião e boa saúde por dez anos no National Institute of Healt h (Instituto Naci onal da Saúd e). E m 1992 ele publicou um relatório no American Journal (Jornal Ame ri ca no de Psiqui a of Psychiatry tria) resumindo doze anos de literatura psiquiá trica. Ele descobriu que quando media o com pr ome time nto religioso (com um relaciona mento com Deus e participação nos cultos), mais de 90% dos estudos comprovaram que a religião beneficia a saúde mental. Fato: Um artigo na Revis ta American Psychological Association Monitor (Monitora mento da Asso  ciação da Psicologia Americana) relatou que a fé melhora a saúde mental. Fato: Num estudo recente com 1.473 pessoas, o sociologista Kenneth Farraro da Purdue University (Universidade Purdue) descobriu que a prática da religião melhora a saúde. 14

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M i t o : Devemos morar juntos antes de nos casarem

para ver se dará certo. Fato: Numa edição recente de New Woman (Nova Mulher), uma publicação feminista, a Dra. 82

Falsa crença 4

Joyce Brothers publicou uma ótima lista com ra zões pelas quais os casais não devem morar jun tos antes do casamento, incluindo aumento alar mante de casos de divórcio, doenças sexualmen te transmissíveis e abuso físico femin ino. 16

M i t o : Você será feliz se tiver um a carr eira de su ces so

e muitas coisas boas. Fato: "Quem quer amar a vida e ver dias felizes refreie a língua do mal e evite que os seus lábios falem dolosamente; aparte-se do mal, pratique o que é bom, busque a paz e empenhe-se por alcançá-la." (1 Pe3.10, 11)

Adivinhe quem está batendo à sua porta? N o caso de você estar imaginando como me sinto sobre isto, bem, a Bíblia é mais do que um livro de virtudes - é a Palav ra de De us ! E se você ignor ar isto ou a deso bedec er, hav e rá conseqüências terríveis. "Não vos enganeis", Paulo escreveu: "de Deus não se zom ba; pois aquilo que o ho me m semear, is so também ceifará. Por que o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colhe rá vida eterna" (Gl 6.7, 8). E este aviso terrível é da carta aos Gálatas, que, como vimos no último capítulo, é a defesa mais abrangente e apaixonada de Paulo que vemos no Novo Testa mento sobre a salvação somente pela graça! "Salvo pela graça" significa que não há nada que eu possa fazer para ganhar minha salvação. E um presente de Deus, e Jesus é o autor e consumador da minha fé (ver Ef 2.8; Hb 12.2). Mas "salvo pela graça" não significa que esteja salvo das con seqüências temporais do meu pecado. 83

Crendices

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Devo confessar, que tenho sido pressionado algumas vezes a conciliar isto co m minha propo sta basea da na graça. Por isso, che  guei à seguinte conclusão: 1. As conseqüências do pecado nem sempre são claramente

vistas

Se você dormir com várias pessoas, usar drogas ou mentir um pouco ou seja lá o que fizer, Deus não irá matá-lo imediatamen te com um raio. Você peca um pouquinho e, bem, nada lhe acon tece. Ninguém descobre. Você não ficou grávida nem pegou nenhuma doença contagiosa. Na realidade, você pensa consigo mesmo: Puxa, foi tão fácil! Talvez não tenha mesmo importância o que eu fiz. A Bíblia refere-se a isto como sendo "prazeres transitórios do p e c a d o " (Hb 11.25). Mas não acaba aqui. 2. Deus perdoa qualquer pecado, mas não deixa passar

nenhum

Quando um criminoso com remorsos se torna um religioso real e genuíno, e apela por indulgência, o juiz pode ou não dar o perdão. N a maioria dos casos não dá. Seu relacionamento com Deus lhe garante um lugar no céu e uma boa dose do céu na terra, não importa o que você faça, mas não lhe garante que se livrará da prisão se matar alguém, ou que todas as cons eqüê ncia s do seu com por tam ent o destrutivo desaparecerão como num passe de mágica. E como comprar um carro novo. Não precisa trocar o óleo. Você pode tirá-lo e dirigir como um louco. Não existe lei contra isto! Faça o que quiser, mas se não seguir o manual do proprietário, haverá um preço terrível a pagar. A Bíblia é o seu manual. Se desconsid erar suas instruções, haverá conse qüências. É inevitável. 84

Falsa crença 4

3. Quanto mais coisas erradas você fizer, mais fácil será

fazê-las novamente (e maior será o risco)

A carta de Tiago diz assim, "Cada um é tentado pela sua pró pria cobiça, quando esta o atrai e seduz." Somos todos humanos e nossa humanidade está enredada por paixões e repleta de desejos. Deus nos fez desta forma. Mas você vai deixar que seus desejos tirem o melhor de você? Tiago explica, "Então, a cobiça, depois de haver concebido [quando a sua paixão se une à sua vontade], dá à luz o pecado." Talvez somente um pecado. Um pecado controlado. Ainda não tão mal. Ma s pe ca do . Tiag o cont inua, "e o pec ado , uma vez co ns um ad o [pecando cada vez mais, padrão de comportamento], gera a mor te" (T g 1.14, 15). Um pecadinho aqui, um pecadão ali, bem, talvez nada acon teça. Mas o pecado persistente é fatal. 17

4. Não importa o que fizer, Deus não vai tirá-lo da família

Não importa quão frustrado eu fique com coisas estúpidas que vejo os cristãos fazendo, não vou empobrecer meu ministério, perverter o evangelho, nem serei um mal representante de Deus induzindo cristãos a fazer a vontade dele com ameaças sobre o inferno. Jesus nos libertou de uma vez por todas e para sempre da punição eterna do pecado. Mas não tenho medo de dizer aos cristãos que, se não levarem a sério a Palavra de Deus, suas vidas se tornarão um inferno e levarão consigo outros ao fogo. Quem quer que isto aconteça? Veja o que aconteceu aos israelitas e suas famílias: "Mas os vossos filhos, de que dizeis: Por presa serão, farei entrar nela; e eles conhecerão a terra que vós desprezastes. Porém, quan to a vós outros, o vosso cadáver cairá neste deserto. Vossos filhos serão pastores neste deserto quarenta anos e levarão 18

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sobre si as vossas infidelidades, até que o vosso cadáver se con sum a neste des ert o" (Nm 14.31-33). Aqueles hebreus seriam sempre filhos de Deus. Mas sua maneira de viver fez com que ficassem longe da Terra Prometi da. Assim mesmo Deus tomou conta deles no deserto, mas morreram lá. E por quarenta anos seus filhos vagaram com eles no deserto por causa de seu comportamento destrutivo. O que as pes soa s fazem a si me sm as e àqueles a qu em a m a m deixa-me assustado. Um amigo da Austrália me contou a histó ria triste de sua família. Seu irmão, um cristão, separou-se da mu lh er e, ao me sm o te mp o, afast ou-se de seus filhos - tud o pelo amor insano de outra mulher. Alguns anos depois, quando confessou um remorso inconsolável pelo que tinha feito, meu amigo lhe perguntou: "Você não pensou nos danos?" "Ray," seu irmão, respondeu, "pensei nos danos, mas subestimei demais as conseqüências". Isto me faz lembrar de uma história de Frank Koch: "Dois couraçados estavam participando do treinamento no mar em águas turbulentas por vários dias. Eu estava servindo no couraçado líder e estava observando a ponte quando a noite chegou. A visibilidade era fraca por causa da densa neblina, por isso o capitão permanecia na ponte observando todas as atividades. "Logo após escurecer, o espia que estava no lugar mais alto relatou, 'Luz, vindo da curva a estibordo.' '"Está parada ou se movendo à popa?' perguntou o capitão. "O vigia respondeu, 'Parada, Capitão,' significando que estávamos na rota de colisão do outro barco. "O capitão então chamou o sinaleiro, 'Mande sinal para o barco: "Estamos na rota de colisão, aconselhamos que mude seu curso em 20 graus.'" "O capitão disse, 'Fale, "Sou o capitão. Mude o curso em 20 graus.'" 86

Falsa crença 4

'"Sou um marinheiro de segunda classe,' foi a resposta. 'Me lhor você mudar o curso em 20 graus.' "O capitão, então, ficou furioso. Ele ordenou, 'Fale, "Sou um couraçado. Mude o curso em 20 graus.'" "Veio então a resposta na luz, 'E eu sou um farol.' "Mudamos então o curso." 19

Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte. Provérbios 14.12

Deus que Tudo Sobe. Sonda-me, ó Deus. O que vê em mim que te entristece? Sintonize meu coração para que possa ouvir a doce voz do teu Espírito. Não somente porque o pecado me magoa, mas também porque fere o teu co ração. Não porque tu não me amas como sou, mas porque me amas demais para me deixar viver desta maneira. Amém.

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Capítulo 5

Deus quer que eu seja feliz; sempre me protegerá da dor e do sofrimento

Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o [meu problema] afastasse de mim. Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. 2 Coríntios 12.8, 9

Bíblia não diz que Deus quer que eu seja feliz?" pergun/ I tou -me alg uém co m sinceri dade. Dificilmente sei o que dizer. Eu. Autor de muitos livros. Uma pessoa com milhares de opiniões. Eu. Sem palavras. Veja bem, este não foi o trecho de uma conversa comum. O homem que me perguntou isto tinha sido casado por 25 anos e agora estava separado. Eu os aconselhei pelo menos seis vezes, e pensei que estávamos tendo progresso. Então por muitos meses não soube mais nada sobre eles, até que um dia eu o vi no restaurante sentado com outra mulher.

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Algumas semanas depois, eles estavam no meu escritório perguntando se eu poderia realizar seu casamento. Veja bem: este homem não somente tinha se divorciado de sua esposa, como a mulher com quem queria se casar era a irmã dela. "E-e-e-u não sei o que dizer. Tenho que orar sobre isto," gaguejei. "Mas, vocês sabem, vai ser muito difícil para mim, dar-lhes a minha bênção." "Bem, ok," ele respondeu bravo. "Já esperávamos que você não celebraria nosso casamento, portanto já falamos com outro pastor, e ele disse que faria se você não o fizesse." Engoli em seco e disse, "Tudo bem." Nunca mais os vi. E viveram felizes para sempre, certo? Acredito que não. E se viveram, sei com certeza que mui tas pessoas de seu relacionamento, sua família e seus amigos, não ficaram "felizes" com sua decisão. Alguns deles, como sua primeira esposa, ficaram furiosos.

Vido, liberdade e a busca da Felicidade Acabei de falar ao telefone com um querido amigo de nossa igreja. Sua esposa tem câncer. Na realidade, ela passou por tra tamento pesado contra o câncer umas cinco vezes nos últimos quinze anos, mas o último foi realmente terrível. Seu marido me ligou pedindo ajuda para reunir algumas centenas de pessoas para orar diariamente pela sua cura. Sua única esperança era um milagre de Deus. Ficaria surpreso se, durante esta provação, meu amigo não tivesse pensado sobre seus votos de casamento uma vez ou outra: "nos bons ou maus momentos, na riqueza ou na pobreza, na saúde ou na doença." E o que os ministros pedem que os jovens casais digam uns aos outros, por que todos nós mais velhos sabem os (terei cin qüe nta 90

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anos quando você estiver lendo este livro) que a vida bem vivi da é difícil, e que "felizes para sempre" é um mito terrível. Mas isto é muito difícil para os cristãos entenderem, espe cialmente os da América, onde nosso direito inalienável e nossa obsessão nacional é a "busca da felicidade." A busca da felici dade faz tanto parte de nossa psique que não podemos entender porque nosso bem estar pessoal não é prioridade pessoal de Deus. "Felicidade" significa algo muito diferente para nós hoje do que era para nossos ancestrais. Muitos acreditam hoje que devem proteger seu direito de buscar e perseguir a qualquer custo sua própria felicidade. Infelizmente, temos também colocado Deus nesta mesma condição. Muitos cristãos americanos tem transformado o Deus santo e completo da Bíblia em alguém que realize todos os seus desejos e garanta sua felicidade pessoal. Podemos sacrificar nossos relacionamentos mais caros e importantes, abandonar a igreja, até mesmo desobedecer a Deus, no intuito de alcançar o deus ilusório da felicidade pessoal. O casamento tem se transformado num alvo muito caro do culto à felicidade. Veja o que os cientistas seculares proemi nentes dizem, por exemplo, de como a exigência da felicidade se manifesta nas crises do casamento e da família da América. "Marriage in America: A Report to the Nation" (Casamento na América: Um Relatório para a Nação), preparado por vári os políticos do "Council on Families in America" (Conselho sobre Famílias da América), afirma corajosamente: "A revo lução do divórcio na América falhou ... O casamento está per dendo seu propósito social. Ao invés de servir como expressão institucional primordial do comprometimento e obrigação com outros, especialmente com os filhos, foi drasticamente redu zido a um veículo - muito frágil, por sinal - de satisfação emocional do casal. 'Até que a morte os separe' foi mudado para 'enquanto formos felizes'". 1

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Um Deus maleável Em sua obra, The Trivialization ofGod: The Dangerous Illusion of a Manageable Deity (A Vulga riza ção de De us : A Perig osa Ilusão de um a Divin dade Flexível), Dona ld McC ullo ugh cun hou a expre ssão "De us do Meu Conforto,", citando Robert W uthn ow, sociologista de Princeton, que escreveu, "Antes os teólogos con cordavam que o propósito maior da humanidade era glorificar a Deus. Agora parece que a lógica sofreu uma inversão... A espiritualidade não é mais considerada boa ou verdadeira por que está de acordo com padrões absolutos da verdade e divin dade, mas porque me ajuda a seguir em frente. Sou o juiz do valor desta espiritualidade. "Se me ajudar a conseguir uma vaga no estacionamento, sei que minha espiritualidade está no caminho certo. Se me le var ao caminho selvagem (no sentido figurado), levando-me a encarar perigos, seria melhor realmente não enfrentá-lo. Este é então o tipo de espiritualidade que prefiro não escolher." Donald McCullough também censura o que chama de "Deus do meu Sucesso." "Sucesso," ele escreve, "não é o que imaginamos." Autor de sucesso, Dan Wakefield teve seu pri meiro romance Going ali the Way (Experimentando todas as Possibilidades), publicado em 1970. McCullough foi escolhido como vencedor do prêmio Literary Guild (Associação Literá ria) e apareceu na lista de best-sellers da Revista Time por três semanas, e vendeu mais de 800 mil cópias em brochura. Wakefield falou de seu sucesso pessoal, "O sonho de uma vida foi alcançado, e fiquei maravilhado. Estava também ner voso e ansioso... Sucesso, dinheiro e prêmios são bons, mas não nos transformam, não oferecem um estado de contentamento progressivo, paz interior ou segurança, muito menos salvação ... [Meu primeiro] romance não foi A Resposta para todos os problemas da vida. Eu tinha outro problema." 2

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Mas e se você tiver sucesso para Deus? Os demonios da baixa auto-estima e depressão tem sido meus companh eiros constantes, e tem aparecido em minha família por várias gera ções. Depressão, simplesmente definida, é a ausência de feli cidade com senso de fracasso e perda. Então para compensar meus sentimentos de vazio e dor pessoais, tenho sempre que ser um empreendedor melhor. Tenho "feito grandes coisas" no meu ministério, que deve ser a carreia mais reconhecida por Deu s. Nossa igreja tem mais de seis mil mem br os , um novo prédio para adoração com dois mil lugares, e este é meu sexto livro. Deveria estar feliz? Ah! sim, sou profundamente grato a Deus pela maneira extraordinária como me tem usado, mas des culpe, ainda estou deprimido. Tenho que me conscientizar cada vez mais que não são coisas ruins que me deprimem, e o sucesso não faz com que a depressão desapareça. Como Paulo, tenho que aprender a estar contente apesar das circunstâncias, e que posso tudo através de Cristo que me fortalece.

Gntõo, o que acho que pode torná-lo feliz? Comecemos com uma definição: Felicidade é o sentimento de bem-estar que uma pessoa alcança na vida, incluindo quatro elementos básicos: saúde razoavelmente boa, uma boa família e amigos, um emprego que proporcione um senso de propósito e valor e o acúmulo de bens materiais. Nada demais a pedir, não acha? Você seria feliz se tivesse a maioria destas quatro coisas? Você continuaria feliz se, bem, tivesse duas ou três, como boa saúde e um emprego decente, mas tivesse também um carro e móveis velhos e mal conserva dos, e família problemática? Ou você ainda seria feliz se tivesse as quatro coisas, in cluindo saúde razoável, exceto por graves alergias que durasse 93

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seis meses? Nada que pudesse ser tratado, somente muitos espirros, olhos ardendo e nariz entupido. Você seria feliz? Ou, vejamos, se você tivesse as quatro opções, incluindo uma maravilhosa família de cinco pessoas: você, seu cônjuge e seus três filhos. Exceto que um de seus filhos usa cadeira de rodas. Um de seus filhos mal consegue passar no colegial. Um de seus filhos tem somente um olho. Você seria feliz?

Felicidade circunstancial? Felicidade baseada em circunstâncias, sejam elas quais forem, é muito ilusória. Circunstância é uma palavra que significa "o que envolve". Felicidade baseada em circunstâncias é o modo como você se sente a respeito do que acontece com você. Fe licidade baseada em circunstâncias ou posses ou realizações pessoais é um poço sem fundo. N e m sempre as circunstâncias vão fazê-lo feliz. Sou grato por tudo o que acontece na minha vida. Minha filha acabou de ficar noiva, e todos na família acham que fo ram feitos um para o outro. Acabei de chegar de ótimas e relaxantes férias com a família. Neste momento estou traba lhando neste livro num dos melhores lugares do Arizona: no Verde River Valley, perto das mundialmente famosas rochas vermelhas de Sedona. Está um dia lindo. Nossa igreja teve um ótimo culto no último domingo. Sou grato por muitas coisas, mas as coisas mudam, e podem mudar de repente, traumática mente. E como seria? O que pode se tornar um grande choque para muitos cris tãos é que a Bíblia é relativamente silenciosa quando o assunto é felicidade. A palavra "felicidade" não aparece nenhuma vez na versão atualizada, e "feliz" aparece apenas duas dezenas de vezes, na maioria nos Salmos e Provérbios, quando a palavra em hebraico significa: "muito abençoado." 94

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A palavra em grego equivalente no Novo Testamento, makarios (que ta mbé m quer dizer "muit o abe nço ado "), freqüen temente é traduzido da palavra em inglês "happy" por "feliz". Esta palavra aparece quase no fim da última grande instrução de Jesus aos seus discípulos na última ceia na noite em que foi preso: "Ora, se sabeis estas coisas, bem aventurados sois se as praticardes" João 13.17). A Nova Versão Internacional traduz para: "sereis abençoados." De acordo com Jesus, a felicidade verdadeira reside em obedecer a Deus! Jes us usou a me sm a palavr a em greg o, makarios, no iníc io de cada uma das oito Bem-Aventuranças de Mateus 5.3-10: • • • • • • • •

"Be m-a ven tur ad os [felizes] os humil des de espí rito ." "Be m- av en tur ad os [felizes] os que ch or am ." "Bem -av entu rad os [felizes] os man sos ." "B em -a ve nt ur ad os [felizes] os que tem fom e e sede de justiça." "Bem -av entu rad os [felizes] os miseric ordio sos." "Be m- av en tur ad os [felizes] os limpos de co ra çã o. " "Be m- av en tur ad os [felizes] os pacif icad ores ." "Be m-a ven tur ado s [felizes] os pers eguid os por causa da justiça."

Vejam, eu penso que acabamos de tropeçar na definição da verdadeira felicidade. Eu retiro o que disse! A Bíblia diz real mente que Deus quer qu e eu seja feliz, e Jesus me ensina como alcançar tal felicidade. Claro que não é estar numa excelente estrada dentro de um BMW conversível (um dos meus sonhos de consumo. Com certeza isto me faria feliz!). A idéia de que a felicidade é o sentimento de bem-estar baseado nas circunstâncias, simplesmente não aparece na Bíblia. Na realidade, os autores bíblicos não poderiam conceber u m Deus cujo propósito seria o de adequar suas circunstâncias de 95

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forma a tornar nossas vidas mais fáceis. Há dois mil anos a vida normal era indiscutivelmente difícil. Se quiser ter uma mostra de como era a vida no tempo de Jesus, visite um país em desen volvimento como a Malásia ou o México. E para os cristãos, era ainda muito pior. Naquele tempo, se você decidia se tornar um cristão, com plicava sua vida. Tornar-se um cristã o não significava ter acesso a uma vida mais completa e feliz. Ao contrário, significava que sua vida seria encurtada. Na igreja primitiva, coisas ruins acon teciam às pessoas boas todo o tempo, e poucos paravam para pensar porque u m Deus tão bom estava fazendo aquilo com eles. Sentiam-se gratos porque Deus lhes dava a graça sempre que necessitavam. Os primeiros cristãos nunca pensavam que Deus estaria ao seu lado somente com o objetivo de tornar sua vida mais fácil ou mais confortável. Deus estava lá para que a vida difícil que levavam fosse melhor suportada. Deus estava presente, não para tirá-los dos problemas pessoais, mas para sustentá-los em qual quer situação que surgisse em seus caminhos. Esta é precisamente a perspectiva de Paulo sobre Deus e os tempos difíceis: "Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tenta ção, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar." (ICo 10.13). Você entendeu a mensagem? Deus poderia fazer com que a tentação fosse embora, mas não o fez. Ao contrário, ele nos dá força para "que a possais suportar", não importa quanto tempo dure. Claro que Paulo estava falando por experiência própria: "Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim [aparentemente um problema de saúde]. Então, ele me disse: 'A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza"' (2Co 12.8, 9). 96

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Para os primeiros cristãos, Deus não era somente a fonte de toda bênção, mas também a força na fraqueza. Deus estava presente todo o tempo em suas vidas. "Chamando os apóstolos, açoitaram-nos... os soltaram... regozijando-se [felizes?] por te rem sido considerados dignos de sofrer afrontas por esse Nome" (At 5.40, 41).

Feliz e contente Contentamento traz felicidade, alegria interior e paz. Não outra coisa. "Grande fonte de lucro," Paulo escreveu a Timóteo, "é a piedade com o contentamento" ( l T m 6.6). Paulo não escreveu, "Grande fonte de lucro com piedade é o contentamento." Provavelmente a melhor literatura a respeito de contenta mento seja a carta de Paulo aos Filipenses, onde ele escreveu que "aprendi a viver contente em toda e qualquer situação... Tanto de fartura... como de escassez" (Fp 4.11, 12). Em outras palavras, quando algo vai mal, não tenho que estar deprimido, e quando tudo vai bem, não preciso ficar soberbo, porque sei que tudo na vida, bom ou mal, é temporário. "Aprendi a viver contente," aprendi, porq ue viver conten te não está nos nossos genes. Quando você nasce, chora mos trando seu descontentamento. E você chora muito mais até apren der a ficar contente. E mesmo após aprender provavelmente ainda vai chorar de vez em quando. "Aprendi a viver contente em toda e qualquer situação," Paulo escreveu, "tanto de fartura como de fome; assim de abun dância como de escassez," tanto vivendo o sonho americano, como vivendo numa cabana de papelão em Tijuana com o so nho americano somente do outro lado da cerca além do fosso. "Tu do po ss o, " Pau lo conclui, "na que le que me fortal ece" (v. 13). Deus não dará tudo que quero, mas posso viver com o que te nho, porque Jesus me fortalece. 97

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A liberdade de descansar A melhor forma de aprender a ficar contente é através da liber dade mais maravilhosa que temos, de descansar. Ansiedade, o oposto do contentamento, tem muito a ver com perda de con trole. Quando conecto minha liberdade com coisas que não posso controlar, e estas coisas mudam, fico sem paz. Preste atenção a uma das promessas mais caras de Jesus: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, por que sou manso e humilde de coração; e achareis des canso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo eleve" (Mt 11.28-30). De que, especificamente, Jesus está falando? O que nos oferece? Paz pessoal? Senso de bem-estar? Felicidade? Na rea lidade, tudo isso e nada disso. Observe novamente com cuidado a passagem mencionada. A promessa de Jesus é específica: des canso para a nossa alma. Faz algum sentido para você? Está mergulhado profundamente nisto, ou somente soa como cal mante? Todos os ouvintes judeus, todos os leitores do Evangelho de Mateus, que foi escrito em sua maioria para leitores ju deus, gostariam de se apegar imediatamente às entrelinhas desta promessa. Deveriam saber que Jesus não estava falan do de terapia: "Venham a mim para tratamento, e ajudarei a limpar a sua cabeça." Não. Na realidade, Jesus estava anun ciando que ele era o Messias, aquele que iria completar o rico simbolismo do antigo significado do Sabbath (Sábado), o dia de descanso. Semanalmente, os israelitas deveriam se lembrar que Deus estava no controle de tudo e que eles não tinham controle de nada. Fazendo um ritual de verdadeira felicidade, o Sabbath era a celebração da liberdade mais maravilhosa, de descansar. 98

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fl pauso, que refresco Lembra-se da velha frase da propaganda da Coca-Cola? "É a pausa que refresca." Você ainda pode vê-la nas máquinas de refrigerantes e propagandas desbotadas nas estradas. A pala vra em hebraico para Sabbath vem da raiz que significa: "cessar, parar." O Sabbath era uma pausa semanal de 24 horas feita para descansar e refrescar a cabeça e pensar em você e em Deus. Deus fez tudo que existe e no sétimo dia descansou e disse, "Sim, isto está bom." O Sabbath nos faz lembrar que Deus tudo fez (ver Êx 31.17), e tudo que Deus fez pertence a ele. Então deixe estar. Desista de tentar organizar sua própria vida. Descanse e deixe tudo nas mãos de Deus. O Sabbath também foi feito a princípio para ser dedicado a Deus, para Deus - como a salvação, como tudo na vida. Nos tempos de Jesus, no entanto, o dia da liberdade tinha se trans formado em dia da escravidão a leis severas. O foco tinha se desviado do trabalho bom e consumado de Deus, para os traba lhos fúteis e insignificantes dos homens. A Escritura nos diz que Jesus foi severamente criticado pela elite religiosa da épo ca por ter curado um doente no Sábado, porque tecnicamente se tratava de trabalho (ver Lc 6.1-11). Pessoas excessivamente devotas perverteram as razões de Deus para O Descanso, que deveria ser uma demonstração de gratidão. Toda semana Deus quer fazer com que seu povo se lembre de que não pode ser santo o suficiente para se salvar: "Certamente, guardareis os meus sábados," disse Deus, "pois é sinal entre mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que (Êx 31.13, acrescentados eu sou o Senhor, que vos santifica os itálicos). Nu m a imagem profética, o Sabbath também aponta para o futuro quando o Messias trará paz para toda a terra: "Naquele ,,

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dia, recorrerão as nações à raiz de Jessé que está posta por estandarte dos povos; a glória lhe será a morada" (Is 11.10, acrescentados os itálicos). Foi isto que o povo ouviu em seus cora ções qu an do Jesus disse, "Venh am a mi m, todos os qu e estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei." Foi esta a men sagem longamente esperada por eles!

A criação o a cruz Quando Deus criou o universo em seis dias, ele completou a obra. Fez tudo perfeito. Não havia absolutamente nada mais a fazer, nada que você nem eu possamos acrescentar. Morrendo na cruz, Jesus clamou, "Está consumado!" Ele completou a obra. Fez tudo perfeito. Não havia absolutamente nada mais a fazer. Você pode gozar da salvação, pode viver e descansar na obra completada por Jesus, mas não pode acrescen tar nada mais a ela. Se fizer, será um golpe em Jesus. Ao pensarmos que devemos fazer algo mais para ganhar nossa salvação, acrescentar algo mais ao que Jesus já fez, seria o mesmo que dizer que o que Jesus fez no Calvário não foi o suficiente. Seria como se estivéssemos trabalhando no Sábado. Paulo tinha isto em mente quando declarou, "Não anulo a graça de De us ; pois , se a jus tiça é media nte a lei, segue -se qu e mor reu Cristo em vão" (Gl 2.21).

Dosconso om poz Nosso filho adolescente, Matt, é extraordinariamente conscien cioso. Quando o relógio desperta, ele se levanta sozinho todas as manhãs às 5.30, coloca sua roupa e apronta-se para ir à escola, que começa antes das 7:00 com a banda tocando. Mas quando chega o sábado ou as férias, ele ainda está dormindo profundamente em pleno meio dia. 100

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É certo que Matt se dedica muito, mas a verdade é que ele depende totalmente de mim - do meu amor, da minha ajuda e do meu dinheiro. Eu trabalho. Matt dorme. Jesus completou sua obra. Eu descanso. A carta aos Hebreus que desvenda muitos dos símbolos do Antigo Testamento, resume como: "Portanto, resta um repouso para o povo de Deus. Porque aquele que entrou no descanso de Deus, também ele mesmo descansou das suas obras, como Deus das suas" (Hb 4.9, 10). Entrar no repouso significa, essencialmente, aprender a ficar contente. Descansando uma vez por semana, os israelenses se lembravam de que eram totalmente dependentes de Deus em tudo, o que se torna um círculo vicioso: "Aprendi," Paulo afir mou, "a viver contente [o segredo do Descanso e de deixar tudo nas mãos de Deus] em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece" (Fp 4.12, 13).

Três homens o sous filhos Eu estava na Colômbia, na última primavera - contra o conselho do Departamento de Estado dos Estados Unidos, que pediam que os cidadãos americanos ficassem longe daquele país, espe cialmente da cidade de Cali. Bem, após muita oração e aconselhamento, fui assim mesmo. Enquanto estava na capital do narcotráfico, encontrei-me com Ruth Ruibal, cujo esposo, Júlio, um pastor responsável por aquela cidade de quase dois milhões de habitantes, tinha sido morto em frente à igreja. Com a mais alta taxa de assassinatos per capita do mundo, não há lugar mais perigoso que a Colômbia. Três missionários 101

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americanos desapareceram há alguns anos, e suas famílias ain da não sab em se estão vivos ou mort os. Info rmaçõ es recen tes sugerem que não estão vivos. Já aconteceu com você de ter um de seus filhos ou talvez o cônjuge chegando em casa horas após o horário que costuma chegar? Crianças perdidas - chamaram minha atenção no su permercado essa manhã - m e fizeram arrepiar. Na realidade não tenho nenhuma experiência pessoal nisso, mas me parece que o desaparecimento de alguém que se ama é mais traumáti co que sua mor te. Pare ce que sim, por que famílias frequen te mente sentem 'alívio' quando um corpo finalmente é recupera do após uma ausência longa e misteriosa. Como será que as esposas dos três missionários estão en frentando a situação? Acha que têm alguma razão para estarem "felizes"? É possível que alguém nesta condição realmente en contre contentamento e descanso em Cristo da forma como Paulo descreve em Filipenses 4? Você decide. Deixarei que as esposas de Mark, David e Rick falem por si mesmas. "Estas guerrilhas tiraram tudo de nossos maridos, e muito mais de nós e de nossos filhos. Mas uma coisa não podem tirar de nós, que é nosso direito de escolher a alegria não importa o que aconteça com nossas vidas" (Tânia Rich, esposa do refém Mark Rich). "Foi um teste para nossa fé. Desde que isso aconteceu, te nho visto as Escrituras com novos olhos, e minha fé está mais profunda. Percebi que Deus não nos diz que ele nos livraria das situações, mas que seria nossa fortaleza nas tribulações" (Nancy Mankins, esposa do refém David Mankins). "Temos escolhido todos os dias levantar nossas mãos para os céus e oferecer nossos esposos a Deus, dizendo, 'Ele são teus, Senhor. Dave, Mark e Rick são teus. Nossas vidas são tuas, e podes fazer o que quiseres com elas.' Não é fácil, mas sempre 102

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digo que Deus estará comigo para me erguer e ajudar a andar acima das circunstâncias" (Patti Tenenoff, esposa do refém Rick Tenenoff). 4

Nesse capítulo falei quase tudo que poderia sobre felicidade e contentamento. Essas três mulheres disseram tudo o que se poderia dizer.

Deus do Sobboth:

Obri gado , não some nte por me dares forças para enfrentar as circunstâncias da vida, mas também por me dares graça para estar contente não impor tando as circunstâncias. Que eu possa me lembrar todos os dias de olhar os altos e baixos da vida diária contigo, fonte da verda deira felicidade. Amém.

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Capítulo 6

Se Deus me conduzir o alguma situação, tudo ocorrerá a contento

...Porque este é para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e reis, bem como perante os fi lhos de Israel; pois eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome. Atos 9.15, 16

ocê nunca sabe para onde a estrada da vida vai levá-lo. V Para Mar k e Kristina nada foi muit o fácil, mas ba sic ame n te a vida era boa. Ambos tinham aceitado a Cristo na região da Baía de São Francisco em 1970, e Mark, um comunicador nato com o coração na obra de Deus, decidiu ser um profissional de tempo integral no ministério cristão. Alguns anos depois, Mark estava servindo como pastor presidente de uma pequena rede de comunicação de igrejas da regi ão de Marin , norte da Baía de São Fran cisc o. Sua preo cuf

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pação era com Matt, o filho mais velho dos quatro, que tinha crises agudas de asma. O ar úmido da costa nordeste da Califórnia fazia sua saúde piorar. Os médicos disseram para os pais de Matt que eles teriam que se mudar para um clima mais seco, como o do Arizona. Então após muita oração com outros líderes do seu ministério, Ma rk e Kristina decidira m mudar -se para Phoenix . Me sm o sen do propensos a aventuras, decidiram que mudar seria uma opor tunid ade. Acre dit ava m que seria da vonta de de Deu s iniciar u ma igreja nesta nova cidade. Então Mark e Kristina seguiram o exemplo de Abraão, que "obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança" (Hb 11.8). Deus estava dirigindo Mark e Kristina, e tudo estava indo bem. Após alguns anos de ministério fiel, sua nova igreja esta va crescendo rapidamente e Mark começou um programa de entrevistas popular de rádio, fez programas na TV evangélica local, e começou a escrever um artigo mensal para uma revista cristã dirigida aos pastores. Tudo ia bem, e então - bum! - não se sabe de onde retornou o pesadelo do pai e da mãe. Recuperando-se bem da asma, Matt foi a uma viagem de um dia ao Salt River, fora de Phoenix. Ele nu nc a ma is retor nou . O filho de dez ess eis ano s do casal fiel um dos melhores jovens que alguém já conheceu - foi para Jesus num acidente de afogamento. Dói escrever sobre isso, porque seu pai, Mark, é um dos meus melhores amigos. Por que Deus permitiu que isso acontecesse? Por que en viou Mark e Kristina para Phoenix por causa da saúde de seu filho, para então voltar as costas e deixar seu filho morrer? Talvez Deus não os tenha enviado a Phoenix. Se soubessem o que sabem agora, talvez nunca tivessem saído da Califórnia. Ou, pior de tudo, talvez alguma coisa estivesse errada com eles. Talvez sua fé não fosse suficiente. Talvez Deus estivesse irado com alguma coisa. 106

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Não revelando as implicações das decisões errados Você nunca sabe onde a vida irá levá-lo. A suposição da maioria dos cristãos é que, se você tiver certeza que Deus o está envia ndo a fazer alguma coisa, tudo acontecerá de forma a realizá-la. Se não, talvez a decisão não tenha vindo de Deus. Veja o casamento. Você é casado? Acha que foi da vontade de Deus? Se sim, e como tudo funciona direitinho quando é da vontade de Deus, então por que vocês prometeram estar juntos "nos dias bons ou dias maus, na saúde ou na doença, na riqueza ou na pobreza"? Você então admitiu que nem tudo seria perfeito? Não que espe rasse o pior, mas você é realista o suficiente para saber que o casamento seria um aprendizado para a vida toda? Muitos casa me nt os dei xam a frase "no melh or e no pio r" de lado po rq ue muitos casais acham que seja uma confissão negativa. Sinto um negativismo nisso. Bem, se o casamento não é um problema para você, que tal aquele novo emprego? Você orou por ele? Sentiu que Deus o estava guiando quando aceitou a oferta? Ou aqu ela esc ola que deci diu freq üenta r? Ou aquela casa que decidiu comprar? Ou os filhos que decidiu ter? Teve algumas surpresas ao tentar criá-los? Ou acha que sua vida é uma somatória terrível de decisões erradas e acontecimentos sem sentido? Está afundando na areia mov ed iç a do seu pas sad o? Está confuso? Se estiver difícil ach ar Deus na bagunça que fez da sua vida (ou talvez se ache uma grande vítima inocente), deixe-me ajudá-lo. Você nunca saberá onde a vida o estará levando, e somente o fato de achar que Deus o está guiando não significa que tudo 107

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sairá de acordo com o esperado. Mas, como vou mostrar neste capítulo, para o nde q uer que a vida o leve, De us estará ao seu lado. Pergunte ao Mark e à Kristina. Eles seriam os primeiros a lhe dizer que a mão forte de Deus os sustentou nas noites escuras. Todo o problema - esperar que tudo seja de acordo com o esp era do, e ent ão ficar des apon tado , até desilud ido, quand o algo não acontece - é um retorno ao assunto do último capítulo. Lem bra-se? A busca incansável da felicidade? Isso é o que inconscien temente permitimos que atrapalhe a forma como pedimos a Deus e como esperamos nele. Ao invés de procurarmos fazer a coisa certa, incomoda mos a Deus para que nos dirija para o melhor. Pedir a von tade de Deus torna-se a busca daquilo que nos proporcionará o me lhor sucesso com menor esforço. Então esperamos em Deus para d e s c o b r ir sua "p er f e ita " v o n ta d e , p o r q u e se não esti vermos debaixo de sua "perfeita" vontade, algo de ruim pode acontecer. Eis como funciona. Sabemos que Deus sabe o futuro (se não tiver certeza disso, leia novamente o capítulo 1). Então, como sabe o que vai acontecer, esperamos que Deus nos redirecione do caminho errado para o certo. Dos piores vizi nhos para os melhores. Da solidão para o melhor casamento possível. Mais ainda, temos a idéia errada de que a vontade de Deus seja algum lugar bom, posição ou trabalho. Sim, Deus se preo cupa muito para onde vamos, onde moramos, e todas a peque nas coisas que fazemos, mas se preocupa muito mais em como vivemos, independente de onde vivemos, como nos comporta mos em qualquer em pr eg o que nos dá, e co mo apr end emo s a amar a pessoa com quem nos casamos. E sempre a mesma coisa: "Em todas as circunstâncias," Paulo escreveu, "aprendi a estar contente". Posso todas as coisas, 108

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trabalhar em qualquer função, amar meu cônjuge e meus filhos, ajudar a igreja local, relacionar-me com os vizinhos, naquele que me fortalece (ver Fp 4.12, 13). Sim, eu posso. Sim, você pode.

AAichaol Jordan da fé Nossa compulsiva e obsessiva necessidade de felicidade, para que tudo funcione corretamente, impede que aprendamos de Deus quando as coisas não estão funcionando tão bem. Gasta mos então um tempo enorme desperdiçando energia mental e emocional meditando nas coisas que deveríamos, poderíamos e conseguiríamos fazer. E pelo fato disso nos manter presos ao passado, não conseguimos fazer nada em relação ao futuro. Temerosos de tomar a decisão errada, podemos ficar fora da vontade de Deus (significando que ficaríamos realmente infelizes), e ficar paralisados pela indecisão. A Nike tem bons conselhos básicos para todos nós que somos apreensivos: Simplesmente faça. Michael Jordan sim plesmente fez. Nunca vou esquecer meu olhar de admiração quando ele ganhou sozinho o sexto jogo do campeonato final contra o Utah Jazz. Utah estava na frente com três pontos e a men os de um minut o de acaba r o jo go . Ne nh um p rob lem a p ara Michael, que fez uma cesta rápida, roubou a bola do melhor jogador do Utah, Karl Malone, e fez outra cesta. No que pare ceu um momento miraculoso, os Bulis ganharam o campeonato número seis - por um ponto. Você viu o comercial do Michael Jordan sobre o erro? Eu peguei meu bloco de rascunhos e tomei nota: "Perdi mais de nove mil cestas na minha carreira. Tive o jogo na mão por vinte e sete vezes, e perdi. Falhei muitas vez es. Esta é a razão do meu suces so. " Faça alguma coisa! 109

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Nado o arriscar, nada a ganhar Es táv amo s pag an do nossa casa há mais de dez anos. Tantas le m branças. Enquanto nos aprontávamos, eu chorava separando os papéis nas caixas. Mudar também tinha sido difícil para os antigos morado res da nossa nova casa. Enquanto estavam morando lá, perde ram seu filho mais velho, morto num acidente de moto algumas quadras adiante. Uma árvore em memória de David faz sombra na janela da sala de estudos. Posso vê-la agora lá fora, apenas a alguns passos da mesa de onde estou escrevendo. Enquanto falávamos da dor da mudança, o antigo dono da casa disse algo tão simples, que nunca esquecerei. "Ensinamos nossos filhos," disse com orgulho, "a fazer a melhor decisão possível com a informação disponível no momento, e não olhar atrás." Michael Jordan e o antigo dono da nossa casa têm também a fé de Abraão. E pelo que sei, eles nem mesmo são os que chamaríamos de "convertidos"! Como os filhos de Deus podem ser tão apreensivos e temerosos quando o mundo é excessiva mente corajoso? Porque acontece isso? Estamos tão preocupados em fazer qualquer coisa que não fazemos nada. Eis aqui um resumo das crendices de crentes sobre a von tade de Deus para suas vidas: • A vo nta de de De us para sua vida será se mp re co  nhecida de antemão. • Você será totalmen te feliz qua ndo des cobr ir exata men te qual é a vo nta de de Deu s e rea lizá -la - e infeliz quando não o conseguir. • De us nã o lhe dirá qual é sua von tad e, po rq ue a vida é um grande jogo de adivinhação quando se tenta 110

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determinar qual a sua vontade para nossa vida. (Ser ia co mo joga r Batalha Naval com Deus : Acer tou! Errou! Acertou! Acertou! Errou. Errou. Errou.) • Você não precisa fazer nada nem sofrer qualquer dano até que descubra exatamente o que Deus quer que faça, porque não deseja estar fora da vontade de Deus. • Qu an do tom ar a decis ão errada, voc ê saberá disso po p o r q u e n e m t u d o f u n c i o n a r á c o r r e t a m e n t e , s i g n i f i cando com certeza que você não estava fazendo a vontade de Deus. • Clar o qu e você saberá que tom ou a deci são c orre ta e que estará dentro da vontade de Deus, se tudo estiver funcionando corretamente. E, claro, você será feliz. Pense sobre isso: Se fé é a convicção de fatos que não se vêem (ver Hb 11.1), você está realmente vivendo pela fé se sem pr p r e s o u b e r o q u e D e u s q u e r p a r a s u a v i d a a n t e s d e q u a l q u e r coisa? Toda decisão na vida é espinhosamente arriscada, e quanto maior a possibilidade de sucesso, maior a chance de falhar. Pergunte ao gerente do seu banco. Os maiores rendimen tos no mercado de investimentos sempre vem acompanhados dos maiores riscos. Ponha seu dinheiro num investimento sem risc risco, o, e a infl in flaç ação ão irá co me r seu lucr lu cro. o.

Foi Dous, ou foi outro coiso? Em Atos 16 lemos sobre a intrepidez de Paulo ao enfrentar gran des incert ezas . El e sabia que tinha que seguir em frente frente me sm o não sabendo a verdadeira vontade de Deus para sua vida. 111

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" E , percorrendo a região frígio-gálata," Lucas relata, "tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de pregar a palavra na Ásia, defrontando Mísia, tentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não o permitiu. E, tendo contornado Mísia, desceram a Trôade" (At 16.6-8). Co mo todos, você leu leu rapid amente esta pass agem, pas sand o po p o r c i m a d a s p a s s a g e n s d a B í b l i a p a r a c h e g a r l o g o a o s a s s u n t o s centrais e espirituais? Se sim, você perdeu a parte principal do capítulo. Como você sabe, Paulo estava tentando descobrir a vontade de Deus, e não conseguia. Estes dois versículos "insigni ficantes" relatam semanas de cam inh ada - muitas sem des tino - ao red or da Ási a Men or, qu e é hoje a Tur quia . Na rea lid ade , foram dezesseis mil quilômetros de caminhada! E tudo que Paulo tinha a dizer era que Deus não os queria na Ásia ("tendo sido impedidos pelo Espírito Santo a pregar") ou na Bitínia ("o Espí rito de Je su s" tam bém não gostou da idéia). Sem qual quer explicação de Deus. Sem nenhuma sugestão. Sem opções e esgotados de tanta caminhada.

Mas Paulo continuou seguindo em frente, correndo os riscos, riscos, ainda sem saber exatamente a vontade de Deus. Fi nalmente, "à noite, sobreveio a Paulo uma visão na qual um varão macedónio estava em pé e lhe rogava, dizendo: Passa à Macedónia e ajuda-nos. Assim que teve a visão, imediata mente, procuramos partir para aquele destino, concluindo que Deus nos havia chamado para lhes anunciar o evangelho" (vs.9, 10). Finalmente, uma direção de Deus! Como algo poderia dar errado? Bem, Deus estava guiando, mas muitas coisas deram errado. Depois de algumas semanas (não sabemos com certeza pe p e l o t e x t o q u a n t a s s e m a n a s t i n h a m se p a s s a d o ) , n ã o h á n e n h u m relato importante, somente um acontecimento inc omu m eviden ciando ainda mais a frustração de Paulo, mais que qualquer pla no estratégico de ministério.

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Uma jovem adivinhadora, continuava aborrecendo Paulo e seus seus compa nheir os qua ndo, finalmente finalmente "Pa ulo, já indign ado, voltando-se, disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, eu te ma nd o: ret ira-te d ela ! E ele, na mes ma h or a sa iu " (v. (v. 18 18)) - e todo o inferno apartou-se. Antes de perceber o que estava aconte cendo, Paulo e Silas foram levados à presença das autoridades que, "açoitando-os," os lançaram brutalmente no cárcere (v.23). Ali estavam eles. Acorrentados. A meia-noite. E quando Paulo e Silas estavam lá sentindo as dores e sentados na prisão úmi da e repulsiva, come çar am a "cantar louvores a De us " (v.25). (v.25). E o que não aconteceu, o que não foi dito, foi: "Então, Paulo," Silas se queixaria, "você poderia falar novamente sobre aquela visão da Ma ce dón ia ? Foi Foi Deus, ou ou foi foi outro engan o co mo o que tivemos na noite anterior? Se soubesse, Paulo, eu nunca teria feito essa viagem com você. Se Deus nos trouxe aqui, tudo deveria ter dado certo. Não tenho mais tanta certeza de que Deus está nos dirigindo. Afinal, por que um Deus tão bom deixa que coisas tão ruins aconteçam com pessoas tão boas como nós?" Nã N ã o , nada disso. Ao contrário, cantaram louvores a Deus, e enquanto cantavam, "os demais companheiros de prisão es cutavam." As pessoas daquela prisão estavam para mudar suas vidas para sempre por causa da resposta divina dada a Paulo e Silas. Nada estava indo bem, mas esses dois homens estavam determinados a tirar o melhor proveito de tudo. De repente, houve um grande terremoto e Paulo e Silas estavam livres. Mas não quero mencionar essa parte. Essa é a pa p a r t e d a h i s t ó r i a q u e o s c r i s t ã o s m a i s o u v e m . A o c o n t r á r i o , q u e  ro que reflita na resposta de Paulo e Silas à incrível reviravolta dos acontecimentos. Nunca sabemos onde a estrada da vida nos levará, mas para onde quer que seja, Deus estará lá com você. No N o fina fi nall D e u s f ez c o m q u e t o d a s a s c o i s a s c o o p e r a s s e m pa p a r a o b e m . O c a r c e r e i r o f ilip il ipin inoo e t o d a a s u a f a m í l i a t o r n a r a m - s e 113

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cristãos, e sabemos pela carta de Paulo aos Filipenses que dali surgiu uma sólida e influente comunidade cristã naquela cida de. Mas a lição é clara: Somente porque Deus o leva a fazer alg um a coisa não significa que tudo irá funcionar cor ret ame nte e da forma que queremos que seja, e que seremos felizes. Como Paulo e Silas, você também pode cantar louvores a Deus, você pode louvá-lo pelo caminho, lembrando-se que todo o mau que está acontecendo nada tem a ver com você, com seu sofrimento pessoal, com você ser uma pessoa má. Não! Como os prisioneiros que estavam ao lado de Paulo, todas as pessoas do seu relacionamento estão ouvindo. Estão observando como você lida com a adversidade, vendo se Jesus é tão real em sua vida como diz, ou se somente o louva quando está feliz. Amigos de Mark e Kristina foram transformados para sempre quando os ouviram cantando belos louvores a Deus à meia-noite. Ainda estão cantando. Seu filho Matt também está cantando no céu. Você pode ouvi-los?

Grandioso Deus dos Céus: Aumenta minha fé para ir aonde me guiares, não importa o preço. Confes so que algumas vezes fico desanimado ao ouvir as sugestões de teu Espírito, quando vejo que conduzirá ao caminho íngreme e rochoso. Dê-me coragem para seguir em frente. Amém.

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Capítulo 7

Se eu orar bastante e trabalhar para isso, um dia meu problema será solucionado

Desventurado o homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Romanos 7.24

uvido num grupo de ajuda numa igreja muito, muito

distante...

"Então, Lúcia, como foi a sua reunião de família?" "Bem... foi difícil, mas fiquei feliz de ter ido. Minha tia Melissa veio com o novo marido e trouxe o bolo de queijo que ela sempre faz. Foi realmente difícil para meu tio Plínio quando eles se divorciaram, e ela fugiu com o Ricardo. Decidi ficar com minha boca fechada durante a reunião." "Você não a repreendeu?" "Claro que sim. E não comi seu bolo." Tenho um problema. Na realidade, tenho muitos proble mas, mas gostaria de contar um em particular: tenho o pavio

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curto. Isso acontece desde que posso me lembrar. Minha mãe pode lhe falar sobre isso. Minha esposa. Meus filhos. As pessoas que trabalham comigo. Quero dizer, algumas vezes perco a paciência, especial mente quando estou cansado e muito estressado. Já disse coisas de que me arrependi a mar gam ent e, e já fiquei con stra ngid o em público diversas vezes. Fico irritado com tudo que faz as pessoas ficarem irritadas: os motoristas na via expressa. Meu cortador de grama quebran do quando faltava pouco para terminar. Cães que fazem bura cos no quintal. Diferenças entre minha esposa e eu. E, claro, as pessoas da igreja. Fico bravo quando as coisas não são como eu quero. Mas nunca feri ninguém, nunca fui preso por briga. Minha raiva nunca é demasiada, mas nunca é controlada como deveria. Tenho orado sobre isso. Jejuado para me livrar disso. Recebido conselho e oração por isso. Lido livros sobre isso. Pregado sobre isso. E agora estou escrevendo sobre isso, mas não para lhe dizer como resolver seu problema com a raiva em cinco passos simples. Estou falando nisso para ajudá-lo a entender e aceitar o fato de que seja você como for, nunca conseguirá mudar. Isso o irrita? Essa afirmação o deixa desapontado? Por favor escute isso. De alguma forma, deve ser a coisa mais importante e libertadora que tenho dito em todo esse livro, mas vai levar muito tempo para eu explicar e vai fazer você pensar muito. Posso dizer novamente? Seja você como for, nunca conse guirá mudar. Sei que isso parece negar tudo o que pastores já disseram de púlpito, de que se você amar a Jesus, orar, ouvir as pregações, se outros orarem por você, você irá mudar. Essa é uma das razões pelas quais Deus nos deu a Bíblia, certo? Concordo! Como pastor, prego sobre mudanças. A princípio, escrevi esse livro porque pessoas iriam lê-lo, mudariam a forma 116

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de ver as coisas, e no final mudariam seu comportamento. Paulo escreveu claramente sobre isso em uma de suas passagens mais conhecidas, "E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" (Rm 12.2).

Rlgum velho pote o fará Santificação é a palavra bíblica e teológica para o processo de transformação que ocorre após nos tomarmos cristãos. A palavra grega traduzida para santificar significa literalmente, "tornar-se santo." Mas o que isso significa? O que quer dizer "santo"? E realmente muito simples. O conceito da Bíblia para "santidade" significa simplesmente "separado". Então, por um lado, tomar-se santo não significa que tudo em você vai mudar. Os potes e ja rr as utili zados par a servir no antigo tem plo judeu eram vasos normais, simples. Mas quando eram coloca dos no templo, tornavam-se "santos". Eram os mesmo potes, más num novo lugar com um novo propósito. Pareciam os mes mos velhos vasos, mas tinham sido dedicados a Deus. Nã o é o pote que importa. Mas sim o que está dentro do pote! Lembra-se da história do primeiro milagre de Jesus, transformando água em vinho na festa de casamento em Caná? Aque las vel has ja rr as de pedr a es ta vam che ias de águ a - até terem contato com Jesus! Então, de repente, estavam cheias do melhor vinho (ver Jo 2.1-11). Qualquer pote velho faria isso se fosse separado, "santificado" a serviço do Mestre.

Você já foi separado? Quando me tornei cristão, Deus não mudou minha personali dade. Nem mesmo tentou, porque minha personalidade está 117

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como ele me fez. Porém, o que aconteceu foi que Deus tomou meu pote de imperfeições e colocou sob o senhorio de Cristo. Ele me santificou. Veja meu gênio, por exemplo. Uma boa e positiva forma de vê-lo é analisá-lo como expressão de uma personalidade pro fundamente passional. Na hora e local exatos, sob o senhorio de Cristo, Deus o usa. Quando prego, às vezes pareço bravo. Posso ficar irritável e emocionado. "Puxa, Deus estava falando comigo naquele sermão!" as pessoas me dizem. Talvez seja esta a razão por que uma das passagens da Bíblia que mais gosto seja "Irai-vos mas não pequeis" (Ef 4.26). Por isso Deus não está preocupado em fazer com que mi nha raiva desapareça. Se estivesse, minha natureza pessoal tam b ém teria mudado. Alguns provavelmente diriam que eu pode ria fazer uma lobotomia. Realmente me acalmaria, e enfim minha luta com meu gênio terminaria. Mas assim eu seria um péss imo pastor. Minha personalidade, meus dons, eu - quando estou de baixo da liderança de Deus, santificado e separado para ele, isso é um a coisa maravilhosa! Mas quan do minha personalid ade, meus dons, eu - quando me torno senhor de mim mesmo, faço com que minha vida e a de todos ao meu redor fique terrível. Quando você se torna cristão, continua sendo você! Por isso vou repetir min ha idéia principal deste capítulo: que seja co mo for, você nunca conseguirá mudar. Você está prestando atenção? Contra o que está lutando? O que sempre está totalmente fora de seu controle? O que faz parte da sua natureza que você simplesmente não aceita? Do que você simplesmente não con segue se livrar? • Insónia? • Depressão? 118

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• Letargia? • Casa desor ganiza da? Escritório? • Seu peso? • Ansiedade? • Fala dem ais ? Fala de meno s? • Muita TV? • "P re so " na dor de um a perd a pessoal? • Desejo sexual? Ou "so men te" pensamentos de luxúria? Jesus disse que se um hom em sim plesm ente olhar para u ma mulher de forma incorreta, já cometeu adultério no seu coração e é culpado por desobedecer o sétimo mandamento. Se houver algum homem por aí que já tenha conseguido administrar este problema, por favor levante-se (Na realidade, uma vez aconse lhei um homem que disse que nunca tinha sido tentado em seus pensamentos em relação a uma mulher, mas estava definitiva mente atraído por um homem bonito!). Se o pecado de participação não for o seu problema, que tal o pecado de omissão? Você não está confiante em pregar com freqüência suficiente, por tempo suficiente, com atenção suficiente? O que tem tentado superar nos últimos cinco, dez ou quarenta anos de sua vida? E como você trabalha com suas fraquezas - e com a vergonha relacionada a elas?

Deixando o torra dos sombras Eu vim a Jesus "assim como sou", mas não posso permanecer do mesmo modo. Cada versículo da Bíblia, cada sermão, cada música me faz lembrar que devo ser diferente. Ao invés de me aprofundar no lado negativo do meu ser, sempre sou lembrado a viver no lado melhor da minha vida. 119

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Fico feliz porque Paulo lutou contra o mesmo problema: "Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. Porque, no tocante ao homem interior, tenho pr p r a z e r n a lei le i d e D e u s ; m a s v e j o n o s m e u s m e m b r o s o u t r a lei le i que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?" (Rm 7.21-24) A comunidade cristã (atrevo-me a dizer isso?) é obcecada pe p e l a t a r e f a d e m u d a r as p e s s o a s . N ã o é s u r p r e s a , p o r c a u s a d e tudo que a Bíblia diz sobre tornar-se nova criatura em Cristo. Mas lamentavelmente a comunidade cristã nem sempre está pr p r e p a r a d a e a l g u m a s v e z e s n ã o d e s e j a a c e i t a r as p e s s o a s s e e l a s não mudarem ou não quiserem mudar. A igreja é uma organização que insiste na mudança radi cal, cal, freqüentemente como condição de aceitação, e à custa da graça que pacientemente permite que a mudança ocorra. O médico e conselheiro cristão Dwight Carlson chama isto de mito da saúde emocional cristã, que "presume que se você se arre pe p e n d e u d o s s e u s p e c a d o s , o r o u d e f o r m a c o r r e t a , g a s t o u t e m p o suficiente lendo a palavra de Deus, terá uma mente perfeita." Voltemos aos princípios do Capítulo 4. Deus não ajuda aqueles que se ajudam; ele ajuda os necessitados. "Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega" (Is 42.3). O seu relacionamento com Deus deve considerar em primeiro lugar a graça e se basear na graça. Tudo na igreja deve conside rar em primeiro lugar a graça e ser baseado na graça. Por outro lado, a igreja nunca deve desistir de ensinar que os seguidores de Jesus devem ser cada vez mais iguais a ele. A igreja deve ser incansável na sua busca da santidade. Esta é a mensagem central do discipulado. Mas sou apaixonado pela sua bu b u s c a i m p l a c á v e l d o p e r d ã o e i n c a n s á v e l n a a c e i t a ç ã o d a q u e l e s que lutam para mudar. 1

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€u nõo nõ o e stou st ou b o m , você voc ê nõo nõ o e stá st á b e m Nu N u n c a p a r t i c i p e i d o p r o g r a m a d o s d o z e p a s s o s a n t e s . P o r é m , temos um muito bom na nossa igreja. Nós o chamamos de Novo Vinho, e temos ajudado muitas outras igrejas a iniciar progra mas deste tipo. Novo Vinho é a igreja para os que são privados dos direitos humanos. Durante a semana, há entre quatrocentas a quinhentas pe p e s s o a s " e m r e c u p e r a ç ã o " n o s g r u p o s d e a j u d a p a r a n e c e s s i d a  des específicas. Oferecemos oportunidades únicas de cura, desde restauração de casamentos até como lidar com a raiva. No N o s s a i g r e ja t a m b é m t e m u m g r u p o d e a j u d a a p a i s d e f i l h o s aciden tados. Basead o no princípio dos prog rama s popular es dos doze passos, no Novo Vinho há um ambiente de amor incondi cional , aceit ação e per dão . E as pess oas que parti cipam me ensinam muito sobre nós mesmos e os princípios do crescimento cristão. Você já conh ec eu alg uém que part icipa dos Al coó lic os Anônimos que admite que "Sou alcoólatra, mas não tenho be bi b i d o p o r s e i s a n o s , q u a t r o m e s e s e o i t o d i a s " ? I s s o o i n c o m o d a ? Você acredita que não haja alcoólatras no reino de Deus? Então você pode ser parte do problema. Veja bem, as p e s s o a s d o p r o g r a m a d o s d o z e p a s s o s n ã o s ã o d i f e r e n t e s d a s demais, exceto porém que já enfrentaram dificuldades pessoais mais sérias. Mas este é o segredo. Sobre a prostituta que lavou os pés de Jesus com suas lágrimas e secou com seus cabelos, Jesus disse: "Por isso, te digo: perdoados lhe são os seus muitos pe p e c a d o s , p o r q u e e l a m u i t o a m o u ; m a s a q u e l e a q u e m p o u c o s e pe p e r d o a , p o u c o a m a " ( L c 7 . 4 7 ) . Pessoas com sérios problemas chegaram ao fundo do poço. Eugene Peterson define isto em sua tradução livre de Romanos 7.24: "Tentei de tudo e nada funcionou. Não tenho mais espe ranças. Não há alguém que possa fazer algo por mim?" 121

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Pessoas propensas a isso tem enfrentado face a face sua pr p r ó p r i a i m p o t ê n c i a . D e s c o b r e m q u e a m u d a n ç a q u e s e m p r e o s iludiu na realidade se iniciou quando se conscientizaram de sua incapacidade miserável. Então continuam sempre confessando que sua fraqueza é real e constante. Que são impotentes para mudar-se a si mesmos. Que precisam de um "Poder Maior". Nã N ã o é e s t a a m e n s a g e m e s s e n c i a l d a B í b l i a ? I m p o t e n t e : " P o i s , todos pecaram e carecem da glória de Deus (Rm 3.23)." Poder maior: "Crê no Senhor Jesus e serás salvo" (At 16.31).

Deixando Josus no controlo Então a boa notícia é que realmente as pessoas podem mudar e mudam! (Sente-se melhor agora?) Mas a ironia é que uma pro funda mudança somente ocorre quando Deus se coloca diante de nossa fraqueza. Acredito que foi isto que Paulo quis dizer quando confessou, "Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. Então, ele me disse: A minha graça te ba b a s t a , p o r q u e o p o d e r se a p e r f e i ç o a n a f r a q u e z a . D e b o a v o n t a  d e , pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, po p o r a m o r d e C r i s t o . P o r q u e , q u a n d o s ou f r a c o , é q u e s o u f o r t e " (2 Co 12.8-10). Veja como Eugene Peterson diz isso em versão livre: "Três vezes [pedi ao Senhor que o afastasse de mim], e então me disse, '"Minha graça te basta; é tudo que você precisa. Minha força vem a você na sua fraqueza.' "Quando ouvi isso eu fiquei feliz em deixar isso acontecer. Parei de me concentrar na minha fraqueza e comecei a valorizar a dádiva.. Sei que era a força de Cristo se movendo em minha fraqueza. Agora tenho limitações no meu caminhar, e com muita 122

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alegria, estas limitações que me reduzem às minhas devidas pro porções - abuso, acidentes, oposição, mudanças ruins. Simples mente deixo Cristo tomar conta! Portanto, quanto mais fraco me sinto, mais forte me faço."

Gmoçõos inválidos N o v e r s í c u l o a c i m a , c h a m o u m i n h a a t e n ç ã o a p a l a v r a "in va lid ez" .* Tu do be m usar esta palav ra qu an do se fala de j o g o de golf e ruim, mas as pessoas que têm limitações físicas não a usam. Veja o caso de meu querido amigo David, que é paraplégico e me ensinou sobre isto. Deficiente e fisicamente incapaz são termos meno s hum i lhantes. Descobrimos que os fisicamente incapazes também são pessoas. C o m vergonha, confesso que me sentia estúpido com relação aos acessos das ruas. Ficava ressentido com todos os impostos que pagava para rebaixar as guias das ruas da minha cidade. Para quê?, perguntav a a mim mes mo. Não tenho visto nenhuma cadeira de rodas por aqui faz muitos anos. Costumava pensar assim, mas somente até quando comecei a passar um tempo ajudando o David. Conheci pessoas que usavam cadeira de rodas. Eu era aten cioso com elas. Mas todos os meus amigos eram pessoas fisi camente capazes. E agora não. Ainda estou na escuridão, mas vejo uma luz no fim do túnel. Tenho vivenciado a situação de David diariamente. Obser vando seu esforço extraordinário - esperando e esperando que ele entre e saia de seu carro especial. Empurrando sua cadeira de rodas no meio da multidão no jogo de basquete. Na fila da lanchonete. Entrando e saindo de restaurantes. Sentandose no "lu ga r es pe ci al " no final da fila do es tá di o no j o g o da * No inglês, handicap, que traduzimos por "fraqueza", seguindo a ARA.

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N F L . Ouvind o com atenção as preocupações de David quan do projetamos o novo templo. As barreiras e preconceitos sem fundamento estão em todo lugar. E há constante dor e pesar: pessoas que passam a vida em cadeiras de rodas sofrem de muitas formas desconhecidas vivendo entre pessoas sadias. Mas as coisas estão mudando. Devagar. E todos sabemos que homens e mulheres que são fisi camente incapacitados não podem simplesmente querer que sejam curadas. Reconhecemos que têm de aprender a aceitar sua incapacidade e fazer o melhor a despeito dela. Entendemos um pouco. Pelo menos tentamos. Pelo menos não pedimos às pessoas em cadeiras de rodas que joguem fute bol. Mas e as pessoas com problemas emocionais? São 'incapa citadas'? São incapazes emocionalmente? Ou deveriam e p o d e r i a m se libertar da raiva, da tristeza ou do vício? Poderiam se tentassem! Ou não?

Amando o omocionolmonto problemático Tenho uma idéia sobre um próximo livro: The Christians

are Never Supposed

to be Depressed

or

D-Myth: Discouraged,

(O Mit o- D: cristãos nunca devem ficar deprimidos ou desencorajados, e se ficarem, não deveriam contar a ninguém). Eu poderia falar com conhecimento de causa sobre isto. Veja, tenho problema tanto com depressão quanto com irritação - não é surpresa porque as duas emoções estão bem relaciona das. Tenho um histórico familiar obscuro. Meu querido tio aban donou o ministério de tempo integral quando tinha trinta anos por causa de uma depressão crônica. Ele está incapacitado há mais de trinta anos. and if they Are, They Should

Never

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Tell Anyone

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Neste momento não estou deprimido. Mas ela pode me atin gir tão rapidamente quanto uma tempestade de verão. E não consigo fazer nada contra isto. Não consigo fazê-la ir embora. Algumas vezes sinto que não consigo controlar o que sinto. Não tenho culpa. O que estou dizendo o surpreende? Confesso que este tipo de confissão é perigosa. Freqü enteme nte alguém - nor malme nte alguém novo na nossa igreja - me aconselha no saguão da igreja após o culto, "Pastor, estou orando para que você consiga se curar deste espírito de depressão." Somente sorrio e digo-lhe como sou grato porque está preocupado o suficiente para orar por mim. Mas a realidade é que eu tenho orado sobre isso. Jejuado. Recebido aconselhamento e orado. Lido livros sobre o assunto. Pregado sobre isso. E agora estou escrevendo sobre isso porque sei que não estou sozinho nesta batalha - esse problema é co mum na igreja de hoje (embora quase nunca se fale sobre isto). "O preconceito contra pessoas com problemas emocionais," escreveu Dwight Carlson, "pode ser visto nas igrejas em qual quer domingo. Oramos publicamente pelo irmão com câncer, pr oblema cardíaco ou pneumonia. Ma s dificilmente oramos publicamente por Mary com depressão aguda, ou Charles com sí nd ro me de pâ nic o, ou pel o filho do pas tor co m esqu izof reni a. Nosso silêncio sugere que essas não são doenças que cristãos devem ter." 2

Sem 56 dGsculpar Meu amigo David na cadeira de rodas nunca reclama. Não é amargo, ou se for, não me deixa perceber. Formado pela Universi dade do Arizona, ele é sócio de um a grande emp res a de micr och ip aqui de Phoenix. Surpreso? Você imaginou outra coisa, porque eu disse anteriormente que ele usava cadeira de rodas? 125

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David é uma inspiração extraordinária para mim porque não fica na defensiva. Nunca deixa que sua incapacidade lhe tire o que tem de melhor. Sabendo que nada será diferente, ele faz tudo que pode para viver com e acima disso. E é assim que sinto sobre minhas incapacidades emocionais. Não posso me livrar delas, mas também não vou deixar que tirem o melhor de mim. Como conseguir isso?

R melhor político é o honestidade Gos to do que di zem os doze passo s: você não pode fazer com que seu problema desapareça, mas pode lidar com ele. Pode evitar que tire o melhor de você, e pode começar sendo terrivelmente ho ne st o: "Ten ho um pro ble ma co m ." Isto se parece com uma "confissão negativa" para você? Surpresa! Isso é bíblico. Não somente é necessário que con fessemos nossos pecados a Deus, mas, "se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos ['continuamente con fessarmos', do original grego] nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (lJo 1.8, 9).

O poder curador do confissão Algumas vezes ocorre que a cura aguarda que confessemos nossos pecados a amigos de confiança: "Confessai, pois os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo" (Tg 5.16). Muitos de vocês irão torcer o nariz para isso, porque a con fissão tem sido parte integrante do culto católico. É um dos 126

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sacramentos católicos, assim como o batismo e a comunhão. Na confissão os católicos declaram claramente a necessidade de confessar abertamente todos os pecados para outra pessoa, que a ouve e faz menção da graça e do perdão de Deus.

O grondo conflito Causa alguma surpresa que entre os novos crentes haja tantos problemas sem resolver? Nossas igreja s não são comunidades acostumadas com a confissão pública e a graça curadora. Cada vez mais temos que nos esconder uns dos outros porque temos o padrão da santidade e da boa performance em nossas mentes. Mas imagine a transformação que ocorreria se a igreja se tor nasse um lugar onde pudéssemos encontrar Jesus "tal como s o m o s " e um lugar onde as pessoas nos dessem coragem para crescer e graça para errar. Percebo que minha pregação é mais eficaz quando deixo que as pessoas sintam como Jesus cura e perdoa minhas pró prias fraquezas. Para mim, uma forma de mostrar Jesus às pessoas, como Paulo, é deixá-las ver Jesus quebrando as minhas fraquezas: "Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para q u e a ex ce lên cia do po de r seja de D e u s e nã o de n ó s " (2Co 4.7). Jesus é meu Senhor e Salvador, mas Paulo é meu herói. Quero ser como Jesus, embora me sinta mais como Paulo. Ele era, sem dúvida, o que chamamos de personalidade do Tipo A: muito enérgico, compulsivo, impaciente, de opinião, franco. Algumas vezes combatente. Sim, sou tudo isso. Freqüentemente também Paulo era mal compreendido. Eu também, embora não possa dizer que tenha provocado algum alvoroço na cidade. Falar alto nas reuniões de liderança conta? Então quando Paulo fala, eu ouço. Jesus é meu padrão de retidão, e eu o sigo, mas Paulo é meu padrão de como um 127

Crendices

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homem com reações explosivas pode seguir a Jesus. "Sede meus imitadores," Paulo escreveu, "como também eu sou de Cristo." (ICo 11.1). Vejamos então o que Paulo diz sobre seu esforço em se tornar imitador de Cristo em Romanos 7 (Me acompanhe ago ra. Eu tenho facilitado as coisas para você, mas a partir de agora você tem de pensar por si mesmo. Você deve abrir sua Bíblia e ler Romanos 7 algumas vezes). "Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir," Paulo lamenta, "pois não faço o que prefiro e sim o que detesto. Ora, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. Neste caso, quem faz isto j á não sou eu, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo" (Rm 7.15-18). Este é a parte mais difícil de ser cristão. Agora que você sabe o que é certo e errado - e deseja servir a Deus de todo o seu coração - você descobre que nem sempre acontece assim. Chamo a isto de Grande Conflito. Trata-se somente de uma condiç ão única do cristão, porque somos dolorosament e conscientes do abismo que há entre quem somos e quem Deus diz que deve ríamos ser. Isso não significa que os não crentes não tenham consciên cia, mas que certamente se preocupam menos sobre o que Deus pensa sobre as pequenas coisas da vida. Invejavelmente, os nãocristãos parecem viver na feliz ignorância de que estão muito aquém das expectativas de Deus. Mui tos dele s dirão algo do tipo: "Sou uma pes soa mui to boa. Sim, tenho minhas fraquezas, mas não sou pior que muitos cris tãos que dizem ser tão justos." A Bíblia chama a isso de "consci ência cauterizada" (ver lTm 4.2). Então, nem todos os não-cristãos são pessoas particularmente "más". Somente não perdem o sono por causa dos seus "pequenos" pecados. 128

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Nós cristãos somos diferentes. Como Paulo, queremos de sesperadamente viver para Deus, mas sabemos que algo dentro de nós nos mantém afastados. Após um período longo tentando entender o que acontece, temos um sentimento crescente de condenação: "Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. Porque, no tocante ao homem inte rior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pe ca do que está nos m e u s m e m b r o s . Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?" (Rm 7.21-24) Não parece o apelo desesperado de todos? E o meu, e quan do vejo isso em Romanos 7, digo para mim mesmo, Sim! Sim! Paulo

vai me dizer! A explicação

revelado! Paulo,

Enfim

quebrarei

será dada!

as amarras

O segredo

e voarei!

serei

Diga-me,

diga-me!

A resposta está no verso 25: "Gra ças a Deu s por Jesus Cristo, nosso Senhor." Tudo bem. O que mais, então? Graças a Deus pelo quê? Será que Paulo quer dizer que Jesus fará um milagre e me mudará para sempre? O que você está dizendo, Paulo? Veja o versículo novamente: "Mas graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor." Será que Paulo está realmente dizendo alguma coisa aqui? Paulo está agradecendo a Deus por Jesus Cristo, mas não diz especificamente, "Graças a Deus porque Jesus me liberta" ou, "Graças a Deus que nos liberta por meio Jesus Cristo." Na mi nha opinião, essa seria uma conclusão cristã perfeita para a sua afirmação. Mas Paulo termina o capítulo 7 voltando ao proble ma e deixando-nos desamparados: "De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado." A segunda parte do versículo é como se deixasse sair o ar de uma bexiga. Leia novamente. Pode ouvir o barulho do ar? 129

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Inspire. "Mas graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor!" Expire: "De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do p e ca d o ." Então é isso? É somente isso? N ã o há o utr o c a m i n h o ? N e n h u m a e s p e r a n ç a ? O final de Romanos 7 parece ser tão vago, tão sem solução, que The Message (A Me ns ag em ) de Eu ge ne Pet ers on col oca p a la v r a s na b o c a de P a u l o : "A r e s p o s ta , g ra ças a D e u s , é que Jesus Cristo pode e faz." Mas na realidade, não é isto que Paulo diz. E o que gostaria que Pau lo dis ses se, ma s não o diz. J.B. Phillips, no "The New Testament in Modem English" (O Novo Testamento No Inglês Atual) faz o mesmo: "Agradeço a Deus que nos dá libertação por Jesus Cristo nosso Senhor." Não acreditei. J.B. P hillips termina Romanos 7 exatamente aqui. Deixa de lado toda a segunda metade do versículo. Como pôde fazer isto? Vou dizer como. E por que. Os cristãos não podem sim plesmente aceitar o fato de que a intensa guerra interior não terminará nesta vida. E por isso que Paulo afirma, "De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado." Essa é a realidade, amigos, que poucos estão preparados para aceitar. Alguém do programa cristão de doze passos pode dizer algo assim: "No meu coração sou filho de Deus, mas em minha natureza pecaminosa sempre fui e sempre serei um al coólatra." Mas isto é tudo? Estamos condenados a viver na miséria do pecado para sempre? Claro que não! Preste atenção: Minha esperança não é que algum dia eu não tenha que me preocupar com meu gênio, que algum dia, quando for espiritual o sufi130

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ciente, eu "chegarei lá" e pelo resto da vida nunca mais terei grandes problemas com gênio ou depressão ou seja mais o que for. Ao contrário, minha esperança é em Jesus, que continua send o meu justificador me sm o quan do não sou jus to. Nessa vida sempre terei a sensação de nunca ser o que Deus espera de mim, mas o que Paulo diz a seguir sobre o Grande Conflito, bate como um sino da catedral numa declaração muda de segurança e esperança: "Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus" (Rm 8.1).

Salvo por fé, vivendo pela fé Vamo s colo car tudo jun to: "De sv ent ura do h o me m que s ou! Quem me livrará do corpo desta morte?... De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas segundo a carne, da lei do pecado. Agora, pois, já ne nhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus" (Rm 7.24-8.1). Quando não há nenhuma condenação? Agora! Exatamente agora, quando se sente exatamente como Paulo, miseravelmente longe de atingir o objetivo. Mas eis a ironia de tudo: Quando você deixa tudo aos pés da graça incondicional de Deus, exata mente com todos os doze passos, é quando começa a mudar! E quando o pecado perde o poder em sua vida. Isto é o que os cristãos chamam de viver pela fé. Sim, sou salvo pela fé na obra consumada por Jesus. Muitos cristãos têm dado esse passo. Mas tenho sempre que me lembrar de que vivo pela fé também na obra consumada por Jesus. Paulo, citando o profeta Habacuque no Antigo Testamento, disse: "O j usto vive rá pela fé" (Gl 3.11). "E o caso de Abraão," Paulo nos conta em outra revelação extraordinária da graça, "que creu em Deus, e isso lhe foi im131

Crendices

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putado para j ustiça" (v.6). Deixe-me ajudá-lo. Paulo está dizen do, na realidade, que quando colocamos nossa fé em Cristo, sua justiça perfeita é creditada a nós, como um empréstimo. Quan do compramos uma casa, você usa o dinheiro de alguém rico. Quando ele investe seu dinheiro, cria um caixa, cujas amortiza ções das empresas ajudam as pessoas que tem bom crédito. E simples assim. Quando nos tornamos cristãos, quando nascemos de novo, toda a justiça de Deus é colocada na nossa conta. Você em presta de Jesus para o resto de sua vida. Pela fé, "o crédito" da justiça de Jesus continua operando em lugar do nosso déficit diário de justiça. Ao contrário do banco, então, Jesus nos dá a boa justiça, me s m o que tenhamos péssimos créditos negativos. E mais, a graça de Deus é tão maravilhosa, que não pede nenhum pagamento. A justiça de Cristo é de graça - do começo ao fim. E por isso que Paulo pode escrever em Romanos 8.1: "Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus." Então, o que você acha? Com Deus ao nosso lado, como podemos perder? Se Deus não hesitou em colocar tudo de for ma correta para nós, abraçando nossa condição e expondo-se ao pior ao mandar seu único Filho, haveria algo que ele não faria de gra ça e po r am or por nó s? (Rm 8.31-3 9) Estou determinado a viver pela fé em Deus que é imensurável, sem medida, incompreensível e incondicional e não colocarei minha vida na esperança de que algum dia não terei mais problemas. Isto acontecerá no céu, e até que eu esteja lá, não porei minha confiança em minha bondade titubeante e indecisa. "Logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim" (Gl 2.20).

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Isto me enche tanto de esperança que minha depressão, eu diria, se foi. Não me sinto nem mesmo um pouco irritado. E nem precisei fazer lobotomia.

Deus Sonto e

Misericordioso:

Tu me conheces por dentro e por fora. Sabes da minha luta inte rior, e tu me aceitas completamente, sabendo que nunca serei perfeito neste mundo. Nã o há nenhuma condenação contra mim em teu coração. Tu me aceitas, portanto eu também me aceita rei. Amém.

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Capítulo 8

Se oigo de ruim me acontecer, e porque eu fiz alguma coisa errada

...Vosso Pai celeste ... faz nascer o seu sol sobre maus e bo b o n s e v ir c h u v a s o b r e j u s t o s e i n j u s t o s . Mateus 5.45

/Luvido

secretamente

muito, muito

num grupo

de oração

de uma

igreja

longe...

"Há mais algum outro pedido de oração?" Uma voz hesitante se levanta, "Que tal a gente orar pela Rosemary?" "Temos orado pela cura do câncer da Rosemary por seis meses. É frustrante. Por que ela ainda não foi curada?" "Também não entendo. Pedimos a Deus que nos desse uma nova caldeira, e ele nos deu. Pedimos que fizesse um tempo bo b o m n o n o s s o c h u r r a s c o , e n ã o h a v i a u m a n u v e m n o c é u . D e u s sempre atendeu nossas preces."

Crendices

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Crentes

"Dói muito vê-la nesse estado... Temos orado tanto! E ago ra os médicos lhe disseram que não há mais nada a fazer. Já não a visito há semanas. Simplesmente não sei mais o que dizer!" "Talvez ... bem, odeio dizer isso, mas talvez algum tipo de pe p e c a d o n a v i d a d e l a t e n h a i m p e d i d o q u e D e u s a c u r a s s e . " "Rosemary? Ela é uma mãe e esposa maravilhosa!" "Quem sabe? Alguma coisa está impedindo a cura, e sabe mos que não somos nós!" Kathy, a jo ve m espo sa de um de nossos pastores , morr eu de repente de uma infecção três semanas após o nascimento de seu terceiro filho. Algumas pessoas de nossa igreja sugeriram que não éram os "e spiri tuais " o bastante . Talvez ela tenha mor rid o p o r q u e D e u s e s t i v e s s e j u l g a n d o n o s s a i g r e j a p o r a l g o q u e tenhamos feito. Pensam realmente que Deus tiraria a vida de uma jovem mãe só para chamar nossa atenção? Isso mesmo. Alguns cris tãos "espirituais" realmente disseram isso! O título deste livro é Crendices de Crentes. "Crendice" é uma palavra suave para des crever este tipo de "espiritualidade". E isso é comum. As pessoas pensam dessa forma o tempo todo. Os amigos de Jó não eram exceção, e os discípulos uma vez perguntaram a Jesus a respeito de um homem cego, "Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?" (Jo 9.2). "Nem ele pecou, nem seus pais," respondeu Jesus.

Procurando om vão por respostas Quando Kathy veio para nossa igreja era mãe solteira. Teve seu pr p r i m e i r o f i l h o f o r a d o c a s a m e n t o , e n o p r i m e i r o d o m i n g o q u e chegou em nossa igreja era Dia das Mães. Naquele final de semana eu tinha estado em apuros (quem, eu?) e preguei espe136

Falsa crença 8

cificamente sobre o desafio de se criar filhos sozinho a fim de ajudar aqueles q u e tinham esse problema. Kathy disse a si s i mes ma: "Esta igreja é para mim ". Após um ano ela começou a fazer parte d a diretoria d a igreja e conheceu Jeff, um de nossos pastores e um pai solteiro que tinha a custódia d e dois filhos. Apaixonaram-se e fiz seu fi  casamento. Alguns anos depois nasceu Adam, s e u primeiro fi lho, e então dois anos atrás, Kathy deu à luz seu segundo filho, o pequeno Ben. Foi numa quinta-feira, apenas duas semanas após o nasci mento de Ben, que Kathy foi acometida p o r dores terríveis nas costas. Jeff a levou apressadamente a o hospital, mas os médi c o s d a emergência, pensando q u e fosse u m a pedra no rim ou algo n ã o muito sério, mandaram-na para casa. Na N a s e x t a - f e i r a e l a piorou, Jeff levou-a novamente a o hos pi p i t a l . E r a tarde demai s. N a quarta-feira seguinte e l a morreu por envenenamento provocado pela infecção. Choro novamente quando escrevo o que aconteceu. Uma semana depois fizemos u m culto, o mais longo culto qu e iria dizer a eles? O que você teria dito? fúnebre que já fiz. O que doss casais mais apai xonad os P o r q u e isso acontecia a um do e fiéis - d a nossa congregação? Por que Kathy foi separada d e Jeff, agora um pai sozinho c o m cinco filhos, o mais novo u m be b e b ê q u e nunca conheceria s u a mãe? Também não era a primeira vez que Jeff Jeff est ava enfren enf ren tand o uma perda t ã o terrível. Quando adolescente, tinha presenciado s e u pa paii morrer e m seus braços; um de seus irmãos foi assassina d o ; outro cometeu suicídio; e perdeu s u a primeira esposa sob circunstâncias muito difíceis. E s e você encontrasse Jeff hoje, e l e n ã o daria nenhum sinal de que sua vida tenha sido palco d e tanta tragédia. E l e manteve sua fé. Então, o que você diria n o culto fúnebre d e Kathy? Para Jeff? Para o s pais d e Kathy? Para a irmã dela? E a todos d a 137

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nossa igreja que ansiavam por respostas, aguardando uma res posta sábia? Co mo pastor, enfrento estas perguntas difíceis sem pre, mas nunca é fácil. E sempre despedaça meu coração um pouco mais. Era o Dia de Ação de Graças de 1998. Walt e Lori estavam comemorando o feriado em sua casa na montanha. Scott e Mar lene, que tinham acabado de perder um filho com leucemia, estavam passando o fim de semana com eles. "O peru está pronto!" Lori informou aos amigos que esta vam lá fora. Embora soubessem que estava na hora da refeição, Scott não ouviu. Ele estava andando de cart com a pequena Ashli, a adorável filha de dois anos de Walt e Lori. Dentro da casa, Lori e Mar len e ouvi ram u m baru lho terrível. Nã o se sabe como , Scott perdeu o controle e bateu na pick-up esta cio nad a na viela co berta com cascalho. Em pânico, Walt correu para a frente da casa. Lá estava Scott, sentado no chão em choque e em dor. Ashli estava caída no cart, incons ciente por causa do traum atismo craniano . Ela morreu poucas horas depois. Fiz seu funeral, também. O que teria dito a Walt e Lori? Para o Scott, que tinha acabado de perder um filho, e agora isso! Haverá um Deus? Por que coisas tão ruins acontecem com pessoas tão boas? Foi isso que eu disse, palavra por palavra: "Isso é realmente muito ruim. Não estamos aqui para fin gir que não é. Esse é exatamente o pesadelo de qualquer pai, e vocês, Walt e Lori, estão vivendo esse pesadelo. "Lori, quando você compartilhou com Scott e sua es p o s a q u a n d o p e r d e r a m seu filho, v o c ê ficou i m a g i n a n d o e p e n s a n d o , ' C o m o p o d e m enfr entar i s s o ? ' A g o r a e s t a m o s p e n s a n d o o m e s m o s o b r e v o c ê e Walt: ' C o m o vã o s o b r e  viver a isso?' 138

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"N ão impor ta o quan to estamos tentan do sentir o que voc ês estão sentindo, não há como alguém, que está do lado de fora, ser capaz de entender um pouquinho o que vocês dois estão passando - nem avós, nem irmãos, nem irmãs. Ninguém. Exa tamente agora estão experimentando o tipo de perda e dor que especialistas falam que são únicas, e ninguém sabe como é, ao menos que tenham tido uma experiência pessoal. E ninguém quer ter essa experiência. Secretamente, todos somos gratos por não ter acontecido com um de nossos filhos. "Isso é realmente muito ruim. "Minha filha está fazendo vinte e um anos e termina a fa culdade em três semanas. Dei a ela um carro na sexta-feira, seu primeiro carro. Ontem ela pagou o seguro do carro. Sabe, Walt e Lori, eu tive este pensamento terrível comigo mesmo. Ela se mudará para a Califórnia. Hoje está participando de uma entre vista numa empresa, e viajará por 45 minutos todos os dias nas rodovias de Los Angeles. O que pensam que passou pela minha cabeça? "E todas as famílias estão aqui pensando sobre seus filhos, seus netos, não estão? Sim, isso é realmente muito ruim. Não há nada pior que perder um filho. Walt e Lori, não posso imagi nar o quanto estão sofrendo agora. Como estarão se sentindo no próximo ano, ou daqui a alguns anos? "Preciso lhes dizer algo que ajude a enfrentar a realidade de tudo isso. O que estão sentindo agora não vai desaparecer. Vão tentar fazer com que desapareça, vão tentar esquecer, mas não conseguirão. "Todos os amigos sinceros e bem intencionados tentarão ajudá-los a esquecer, mas ninguém será capaz de dizer as coisas certas para fazer mudar o que sentem. Ninguém dentre as cente nas de pessoas que estão aqui seria capaz de dizer algo que fosse inteligente e compreensivo e que vocês pudessem responder, 'Obrigado! Era o que estava esperando ouvir. Estou bem agora.' 139

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"Somente Deus pode ajudá-los agora, e tenho certeza que o fará. "Todos vocês estão me ouvindo? Vocês não podem resolver esse problema. Não podem consertar Walt e Lori. Vocês podem ser instrumentos do amor de Deus. Podem orar por eles. Mas não podem fazer com que a dor e a tristeza desapareçam."

Quatro coisos importantes sobre o dor Como podem todas as coisas cooperarem para o bem daqueles que amam a Deus? Quando algo realmente ruim como isso acon tece, significa realmente que há alguma coisa de errado comigo? Se você está se fazendo essas perguntas, tenho quatro coi sas para você considerar: 1. Jesus não responde a todas as nossas perguntas

No Evangelho de Lucas lemos sobre um incidente curioso na vida de Jesus. "Naquela mesma ocasião, chegando alguns, falavam a Jesus a respeito dos galileus cujo sangue Pilatos misturara com os sacrifícios que os mesmos realizavam. Ele, porém, lhes disse: Pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus, por terem padecido estas coisas? Não eram, eu vo-lo afirmo; se, porém, não vos arrependerdes, todos igual mente perecereis. Ou cuidais que aqueles dezoito sobre os quais desabou a torre de Siloé e os matou eram mais culpados que todos os outros habitantes de Jerusalém? Não eram, eu vo-lo afirmo; mas, se não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis" (Lc 13.1-5). Os tempos eram difíceis. A Palestina estava debaixo da ira ferrenha do Império Romano e havia muitos judeus que espera vam que o Messias chegasse a qualquer momento e destruísse o 140

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terrível governo romano. Alguns judeus até participavam de ati vidades revolucionárias secretas, e de acordo com essa passa gem, aparentemente alguns foram descobertos e executados. Um homem sem coração, Pôncio Pilatos, o governador romano que um dia ordenaria que Jesus fosse crucificado, misturou o sangue daqueles mártires com o sangue dos animais sacrificados pelos judeus. Para o povo hebreu, isto era uma afronta, uma abominação. Portanto, Jesus, o que você pensa de tudo isso? Por que isto aconteceu com aquelas pessoas? Eram pessoas más? Jesus lhes respondeu, "Pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus, por terem padecido estas coisas?" E então, para contestar essa idéia, Jesus deu a eles sua própria definição de sofrimento sem propósito e morte sem sentido, falando daq ueles dezoito que mor rer am na torre de Siloé. Mas continuamos a perguntar, por quê? Por que essas pessoas, e por que dessa forma? Por que coisas tão ruins acontecem a pessoas tão boas e com crianças inocentes? Por que a Ashli? Eis aqui as respostas comuns, frequentemente dadas por pessoas que tem boas intenções e não sabem mais o que dizer. Foi um ato de Deus! E o qu e as emp re sa s de seg uro d ize m. Mas por dentro ficamos imaginando como Deus pode ser res ponsável por coisas tão terríveis. O diabo fez isto! Você sabe, algumas vezes ele se sobrepõe à soberania de Deus... Foi por causa de alguma coisa que fizemos. Deu s está nos punindo. A única explicação razoável é que coisas ruins acontecem quando as pessoas são más. Ou talvez não tenhamos orado o suficiente durante o culto devocional naquele dia. Você orou sobre tudo? Para mim, essa passagem bizarra e relativamente desco nhecida de Lucas 13 é uma das mais importantes de toda a Bíblia, porque registra a resposta de Jesus para a pergunta uni versal: "Por que isso aconteceu?" 141

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Você está sentado? Eis aqui a resposta: "Ou cuidais que aqueles dezoito sobre os quais desabou a torre de Siloé e os matou eram mais culpados que todos os outros habitantes de Jerusalém? Não eram, eu vo-lo afirmo; mas, se não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis." Jesus não respondeu à pergunta! Be m, pelo me no s não respondeu da forma que qualquer um de nós responderia. Não responde como se tivesse sido uma ação de Deus. Não culpa o diabo. E claramente descarta a possibilidade de serem más pessoas. Eles eram? Jesus é enfático: "Não eram, eu vo-lo afir mo !" Ent ão para on de isso nos leva? Be m, se Jes us Cristo, o Filh o de Deus, não faz um comentário filosófico ou teológico sobre as perdas trágicas da vida, nem eu farei. Jesus não oferece ne nhuma explicação, mas dá a resposta que enfatiza o significado para as pessoas que ainda estão vivas que fazem as perguntas (não dizendo por que isso aconteceu às pessoas que morreram): "mas se não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis." O que acredito que Jesus nos diz aqui é que as tragédias na vida chamam nossa atenção. Como algumas circunstâncias na vida nos trazem problemas, elas nos fazem perguntar sobre to das as questões importantes a respeito do significado da vida e da morte e do rel aci ona men to co m Deus, e nos fazem lembrar, algumas vezes de forma brutal, como a vida humana é um dom precioso e ao mesmo tempo frágil. Em como a única coisa que importa no final das contas é se temos ou não um relaciona mento com Deus. Jesus não responde a todas as nossas pergun tas, mas ele se oferece em sacrifício. Você acredita? 2. O mundo é um caos

Nosso planeta azul é maravilhoso. Espetacularmente belo. Possui formas inexplicavelmente complexas e intrínsecas. E terrivelmente sofredor. 142

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É um mundo empolgante de dor e morte. Os seres humanos contribuem para a beleza do planeta. Criados à imagem de Deus, somos suas criaturas mais caras. Somos também capazes de horrores inexplicáveis. Seres huma nos cometem erros e fazem coisas estúpidas, desde discar o número errado ao telefone até passar o sinal vermelho. Algu mas coisas tolas que fazemos não têm conseqüências. Outras vezes cometemos erros que nos assombram pelo resto da vida. Um pequeno erro de julgamento por parte de um homem matou uma menininha. E então há outras coisas que acontecem, coisas que os se rem humanos não são responsáveis e sobre as quais não temos controle, como enchentes, terremotos e prédios que caem. Há um versículo na Bíblia falando sobre isso: "Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora. E não somente ela, mas todos nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo" (Rm 8.22, 23). Esse mundo não é nosso lar. Meu pai morreu de mieloplasia, uma doença no sangue, um mês após o aniversário de cinqüenta anos de casado. Toda minha família sofreu o trauma de sua doença. Tudo dentro de nós gemia. Naqueles dias o mundo para nós não estava ordenado nem previsível; era cheio de frustra ção e dor. Eis porque: "Pois a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus" (Rm 8.20, 21). Esse mundo não é o céu. Esse mundo está amaldiçoado, mas vivemos como se não estivesse. Temos expectativas não realistas, até ilusões, sobre o que a vida nesse mundo poderia nos oferecer, e então quando alguma coisa tão terrível assim nos acontece, quando as pequenas Ashlis ao nosso redor são 143

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ceif ados , ficamo s choc ad os. Nã o porq ue o tipo da mor te de Ashli deva ser comum, mas porque nos esquecemos de que a Bíblia sempre nos lembra sobre a fragilidade da vida humana e que estamos vivendo, exatamente agora, num mundo que está debaixo da maldição do pecado e da morte. 3. Todas as coisas cooperam para o bem

"Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" (Rm 8.2 8). Todas as coisas? Na vida e na morte da Ashli, também? Sim, todas as coisas. É o que Paulo evidencia. De acordo com Romanos 8, todas as coisas cooperam para o bem exata mente aqui no planeta Terra, onde toda a criação está gemendo deb aix o da mald ição do pec ado . "Todas as coisas coo per am para o bem" é sempre a resposta leviana de cristãos que não sabem mais o que dizer a alguém que está passando pelo inferno. Mas para Paulo, Ro mano 8 é nossa grande esperança num mundo amaldiçoado e sem esperança. No seu pequeno e maravilhoso livro, A Window to Heaven: When Children See Life in Death (Um a jan ela para o céu: quan do crianças vêem vida na morte), Diane Komp, Professora de Pediatria da Universidade de Yale, descreve sua experiência como pediatra na Oncologia vivendo com crianças terminais. De acordo com suas próprias palavras numa entrevista para a revista Life, quando jovem ela era a pior ateia e a maior agnóstica. Mas após viver com essas crianças e examiná-las, ela se tornou uma cristã. Por quê? Porque ela presenciou provas incontestáveis da existência de Deus em milagres de vida e morte entre seus pacientes. Vida apesar da morte. Luz na escuridão. Todas as coisas cooperam para o bem, mesmo quando há o mal. 144

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Algumas horas antes de Kathy morrer de infecção sua fa mília trouxe cada um dos cinco filhos ao quarto do hospital para lhe dizer adeus. Kathy estava inconsciente, mas eles tive ram a chance de compartilhar os momentos finais com sua mãe. O que aconteceu depois foi, talvez, o fenômeno espiritual mais extraordinário que presenciei em vinte e cinco anos de ministério. Eu não estava presente, mas o cunhado de Kathy, um médico cauteloso, testemunhou o acontecido e me contou com lágrimas nos olhos. "De onde estávamos, todos juntos esperando pelo eleva dor, podíamos olhar através de uma grande janela o lado de fora do quarto de Kathy. "Bem, tínhamos acabado de ver a Kathy pela última vez, e estávamos todos lá no hall esperando o elevador. Eu estava se gurando o Adam (somente com dois anos e meio), quando de repente apontou para fora da janela do quarto de sua mãe, e gritou, "Olha lá, Jesus!" 4. Não há nenhum obstáculo para o amor de Deus

O amor de Deus não nos impede de sofrer, mas nosso sofrimen to - não importa como ou o que sofremos - nunca deve nos afastar do amor de Deus. Veja mais uma vez Romanos 8: "Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? ... Em todas estas coisas, porém, somos mais que ven cedores, por meio daqueles que nos amou. Porque estou bem certo de que nem morte, nem vida, nem anjos, nem principa dos, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Rm 8.35-39). 145

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Nada vai nos separar... Quando você está bravo com Deus, quando sente que não pode orar, quando não consegue ser espi ritual, Deus continuará amando você.

O problema com pessoas do planeta terra Pedro e os cristãos primitivos tinham um tipo de vida muito diferente do estilo confortável que temos em nossos dias: "Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraor dinária estivesse acontecendo... alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando" (lPe4.12, 13). Paulo confirma. "Isto, porém, vos digo, irmãos: o tempo se abr evi a; o qu e res ta é que não só os cas ado s sejam co mo se n ão fossem; mas também os que choram, como se não chorassem; e os que se alegram, como se não alegrassem; e os que compram, como se não possuíssem; e os que se utilizam do mundo, como se dele não usassem; porque a aparência deste mundo passa" (1 Cor 7.2 9-3 1). Nós, cristãos de hoje, temos uma obsessão com relação à própria felicidade. Crescemos acreditando que Deus está ao nosso lado, que fará tudo que puder para nos abençoar e nos proteger da dor e do sofrimento. Essa visão de Deus não existia nos primórdios da igreja cristã. Deus não estava lá para afastá-los do sofrimento. Deus esta va lá para ajudá-los no sofrimento. Os cristãos prim itivo s não pensavam como nós, que ficamos imaginando porque coi sas ruins acontecem com pessoas boas. Acreditavam que acon tecia com eles porque eram pessoas boas! E Pedro escreveu: "Porque isto é grato, que alguém suporte tristezas, sofrendo injustamente, por motivo de sua consciência para com Deus. 146

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Pois que glória há, se, pecando e sendo esbofeteados por isso, o suportais c om paciê ncia? Se, entretanto, quan do praticais o b em, sois igualmente afligidos e o suportais com paciência, isto é grato a Deus. Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exem plo para seguirdes seus passos" ( I P e 2.19-21).

Conforto no cruz Se Jesus aparecesse a você agora, se estivesse bem na sua frente, colocando seu braço forte e amoroso no seu ombro, e sussurrasse gentilmente, "Tudo vai dar certo," você acreditaria nele? Sentiria conforto e paz? Por um mo me nt o, esq uec eri a tudo o mais? Bem, ele disse. Na Bíblia. Pode ouvir a sua voz? "Sei que não pode ver agora, mas todas as coisas cooperam para o bem." Segure sua Bíblia. Jesus disse, exatamente nesse grande livro. "Tudo vai dar certo."

Deus Amoroso:

Hoje tive um dia terrível em que não sentia nada, longe de todo o teu amor. É difícil esque cer toda a terrível dor e perda nesta hora difícil. Mas acredito que estás comigo - não para impedir que isto aconteça, mas para me guiar para o outro lado. Ajuda-me a manter meus olhos em ti, e não procurar a resposta em outros. Amém.

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Capítulo 9

Ser espiritual é tudo o que importa, porque e somente isso que importa para Deus

"O que era desde o princípio, o que temos ouvimos, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos tocaram ... " 1 João 1.1

onversa entre um missionário deferias e um presbítero da sustentava... C - - ^ igreja que o "Então, Jim, o que você está fazendo na ... onde mesmo, Africa? "Senegal, Oeste da Africa. Minha responsabilidade princi pal é ensinar numa escola americana... " "O que você ensina? Religião?" " N ã o , principalmente matemática e ciências. É o que eu sei fazer." "Ah. E depois das aulas? Você vai aos vilarejos e evangeliza os nativos?"

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"Bem, Dakar é uma cidade moderna. Algumas vezes jogo basquete no pátio com alguns jovens que moram perto." "Como forma de alcançá-los para Deus, sem dúvida." "Principalmente para me exercitar depois de ficar sentado o dia todo! A maioria dos jovens já freqüenta a igreja que freqüentamos." "Como? Você não é o pastor?" "Não, a igreja tem um novo pastor." "Sei! Bem, e quanto a sua esposa?" "Ela cuida da casa. E um emprego de tempo integral, mesmo com alguém ajudando. Ir ao supermercado leva o dia todo. Além disso, ela está aprendendo a língua nativa e dando aula nos cursos de artesanato." "Ela tem empregada? E ensina artesanato? Nossa, isso não parece muito proveitoso para o reino de Deus ! Missionários deviam se concentrar em ganhar almas!" O que você teria respondido se fosse aquele missionário?

O "sagrado" o o "secular" É ver dad e que coisas "esp irit uai s" são melh ore s, mais im por  tantes que coisas "naturais"? Orar ou ler a Bíblia é sempre mais importante que, por exemplo, comer? Ou cortar a grama? Ou limpar a casa? Ir à igreja é uma atividade "mais nobre", é melhor do que trabalhar ou assistir a um jogo? Muitos cristãos responderiam sim para as duas perguntas. A opiniã o exager ada sobr e coisas "espi ritua is" é um a falsa c renç a que guardam com carinho. E é uma das coisas que consideram muito quando comparam "coisas vistas" e "coisas não vistas" em suas vidas. Relaciono a seguir algumas situações que derru bam muitas pessoas.

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"Pessoas com 'mentalidade espiritual' têm vantagens sobre as que somente trabalham com suas 'mentes naturais'" Sempre enfrento esse tipo de problema. Toda igreja tem sua cota de pessoas "ultra-espirituais" e me refiro a elas carinhosa mente como "O Clube da Vida Profunda". Essas pessoas bem intencionadas normalmente são muito dedicadas a Jesus e oram sinceramente pela igreja. Por outro lado, seus comentários sem pre me dão a sensação de que não sou espiritual o bastante para ser seu pastor. Fazem com que outros se sintam pouco espiri tuais também, e tendem a espiritualizar quase tudo. Cada decisão que precisamos tomar na igreja deve estar debaixo de oração, me dizem. Sim, cada uma das dezenas de decisões tomadas diariamente. Essas pessoas ficam realmente preocupadas quando digo que, na maioria das vezes, somente passamos (algumas vezes tropeçamos) de uma decisão a outra, baseada no que é correto naquel e mom ent o. Num a igreja grande (e nas pequ enas tamb ém! ), não há no dia horas suficiente para orar especificamente sobre cada pequena coisa, como por exemplo se devemos ou não com prar novas cortinas para o berçário. Alguns anos atrás, quando decidimos construir nosso novo templo para duas mil pessoas, muitos levantaram a questão, "isso é realmente o qu e De us que r qu e fa ça mo s? " Qu an do foi feita essa pergunta numa reunião, um membro da diretoria muito pragmático respondeu, "neste momento temos que fazer seis cultos todo final de semana. Acho que é o sinal de Deus para considerar a possibilidade de construir." Em outras palavras, algumas vezes a vontade de Deus está tão clara que não preci samos espiritualizar. Ora, nós oramos em nossa igreja! Oramos muito a respeito do nosso novo templo, também! Tenho minha própria Equipe 151

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de Intercessão Pessoal (E.I.P.), que está orando por mim exata mente agora quando estou escrevendo esse livro. E também, exatamente agora não estou orando sobre cada página. Estou simplesmente deixando que flua com o dom que Deus me deu para escrever. Vamos examinar algumas falsas interpretações que muitos cristãos fazem sobre "espiritual" e "natural".

"Os pastores o os presbíteros devem ter um ministério espiritual; os diáconos devem lidar com as coisos do dio-o-dia." Certamente a Bíblia aconselha os líderes cristãos a delegar ta refas particulares a pessoas qualificadas da igreja, para que os pastores e profetas possam "consagrar à oração e ao ministério da palavra" (At 6.4). Mas cuidado! Se não ficar atento, uma aplicação errônea deste versículo seria questão de hierarquia e elitismo. Em nenhum lugar de Atos 6, quando os líderes da igreja da época separaram os auxiliares administrativos pela primeira vez, há indicação de que os escolhidos fossem homens inferiores. Devemos reconhecer as pessoas do "ministério" pelo seu ótimo trabalho, mas isso não significa que sejam melhores ou mais espirituais. Sou clérigo de profissão, o que significa que Deus me deu a habilidade de aprender com profundidade os ensinamentos da Bíblia e de comunicar estes princípios a um grande número de pessoas. Entretanto, esse fato não me coloca acima de ninguém na hierarquia do reino. Espero respeito; odeio ser idolatrado. Muita honra, e os pastores se tornam intocáveis. Todos nós da igreja som os parte do reino de De us : "de q ue m [Cristo] todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio 152

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de toda junta, segundo ajusta cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor" (Ef 4.16). Conforme lemos, isso é para todos.

"Não dovoríomos trotar osso igreja como uma empresa." tratar um a igreja co mo um a em pr es a? Será que a empresa não é espiritual! Se não tra tamo s a igreja "c o mo empresa", utilizando práticas de negócio perfeitas, como deve ríamos tratá-la? O escritório comercial de nossa igreja contabiliza o dinheiro recebido e pago, e passa por uma auditoria todo ano. Temos o manual do funcionário que contém as leis do trabalho. Temos médias e revisões salariais e preenchemos centenas de relatórios todos os anos. Temos também plano de aposentadoria para nos sos funcionários. P os suímos p ropr ieda des: terrenos e prédios, computadores, mesas e equipamentos de escritório (Igrejas menores têm também tudo isto, só que em menor quantidade). Em resumo, somos uma empresa. Não há nada de "não espiritual" nisso. Se assim fosse, por que Paulo colocou a admi nistração entre a cura e falar em línguas na lista dos dons espi rituais? (ver ICor 12.28) No mesmo capítulo Paulo dá o tom ensinando sobre o corpo de Cristo, como cada membro é importante e necessário independentemente da função. Cada membro tem uma função "espiritual". Não consigo me lembrar de nenhum momento em que a igreja tenha falhado por causa das práticas comerciais. Por outro lado, tenho visto uma grande quantidade de igrejas que tiveram problemas financeiros porque não trataram seu ministério co mo empresa. Claro que uma igreja que pratica princípios comer ciais corretos pode não ser tão eficaz no evangelismo e na Não é espiritual

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expansão. Por outro lado, se uma igreja local não se conduz de acordo com princípios comerciais corretos, o ministério pode sofrer em outras áreas da mesma forma. Como ilustração, recentemente trouxemos um novo pastor para participar do corpo de pastores. Es ta va sem trabalhar quando o entrevistamos, porque tinha escolhido se desligar da igreja anterior juntamente com toda a diretoria. O pastor titular daquela igreja tinha tido um sério problema moral, e contra o conselho dos presbíteros da igreja e de outros pastores locais, ele se recusou a se corrigir. Logo após aceitar a nova posição em nossa igreja, nosso administrador lhe entregou uma cópia do manual do funcioná rio. Após a leitura, ele ficou preocupado com nossa política rigorosa, ma s de po is , ele me cont ou, ch am ou algu ns de seus amigos da igreja anterior e falou-lhes, "Se tivéssemos um ma nual do funcionário como o Palavra da Graça, teríamos evitado que nossa igreja passasse pela maioria das crises que quase a destruiu." As igrejas geralmente são muito descuidadas e relação à admi nistr açã o, e qua ndo surge um pro ble ma sério, não têm idéia de como agir para resolver o problema. Se permitimos que o lado "comercial" da igreja ajude o lado "espiritual", a igreja como um todo é fortalecida.

"fls pessoas no ministério não vivem como os outras." Um membro de nossa igreja recentemente me encontrou numa loja de figurinhas de baseball. Sua saudação para mim foi "Então, é isso o que você faz com nosso dízimo?" Realmente! Não foi a primeira vez que algo parecido aconteceu comigo. Uma vez uma mulher de nossa igreja ficou surpresa ao me ver 154

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no departamento de jardinagem do supermercado. Eu estava "com roupa suja de sábado", mas não foi o que ela viu primeiro. "Pastor Kinnaman," deixou escapar com surpresa enquanto fi cava parada à frente do meu santo lugar, "Nunca tinha visto suas pernas antes!" (Acho que ela queria dizer, "Esta é a primeira vez que o vejo de bermuda.") E certa vez uma amiga veio ver nossa nova casa. Quando parou em frente ao banheiro principal, gritou para mim, "Então é aqui que o homem de Deus toma banho!" Estava apenas brin cando, mas aquilo realmente passou por sua cabeça. Você pen saria nisso? Quero dizer, quando fosse à casa de um amigo, e pedisse para usar o banheiro, pensaria sobre ele usando-o? Provavelmente não. Nem pensaria duas vezes quando visse um amigo numa loja de figurinhas de baseball ou de bermuda no supermercado. Todos sabem que o homem de Deus não usa o banheiro, nem compra desodorante, nem usa bermuda em público, certo? Aqui vai mais uma: Os membros do ministério não fazem sexo. O muito conceituado "Leadership Journal" (Jornal da Liderança) pediu que pastores contassem histórias de coisas ri dículas que lhes aconteceram no ministério. Um clérigo e sua esposa tinham vários filhos adotivos. Quando esse fato chamou a atenção de uma querida anciã, ela sussurrou delicadamente ao seu pastor um dia, "E realmente melhor quando os ministros têm filhos dessa forma." A idéia de que pastores e outros no ministério vivem de forma diferente sua rotina diária é uma das "falsas crenças espirituais" que me deixa louco: se Deus é um ser espiritual que se comunica conosco num nível espiritual, então os que representam a Deus deveriam se comunicar inicialmente com outros no nível espiritual. "Ah, Pastor Gary, você é tão humano!" tenho ouvido isto dúzias de vezes. Porque as pessoas dizem isso? E anormal que 155

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um pastor seja hu ma no ? Ou estão ded uzi ndo que "esp iri tual " e "humano" são essencialmente incompatíveis? Em outras pala vras, quanto mais espiritual eu for menos humano serei, e quanto mais humano eu for menos espiritual serei? Quando as pessoas me dizem que sou muito humano, digo-lhes que não faço idéia de como poderia ser diferente. E lhes falo sobre Jesus, que foi totalmente humano. Deus tomou a forma humana. E fazendo isso, na pessoa de Jesus, Deus se tornou humano. E a isso que nos referimos quando falamos da doutrina da Encarnação, um termo teológico deri vad o do latim que quer dizer "em car ne". A Enc ar naç ão foi Deus se "tornando carne". Além do mais, quando Deus levantou Jesus da morte, não foi somente uma ressurreição espiritual. Seu corpo físico le vantou-se da tumba e mais tarde subiu aos céus. Exatamente agora Jesus está assentado à direita do Pai. Deus, então, não somente se tornou carne por trinta e três anos da vida de Jesus, como teve de volta seu corpo humano para sempre.

é bom sor humano! Ser humano é bom. Muito antes de Adão pecar, ele era total mente humano, e embora Adão tivesse um foco espiritual, ele não era um espírito. Ele era um ser humano. Jesus não veio para nos livrar da humanidade, mas para livrar nossa hu ma ni dade da maldição e do poder do pecado, do abuso de nossa humanidade. Jesus veio para tornar nossa humanidade santa. Santo signifi ca, s implesmen te, "separa do para Deu s", não "me nos hu mano." Quando me torno cristão, não me torno menos humano; minha humanidade se torna mais divina. Santo nã o significa melho r; significa som ent e separ ado . Quando agradeço nossa refeição, minha oração não vai fazer da 156

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minha esposa uma ótima cozinheira. Significa somente que reconhecemos que nosso alimento vem de Deus, e estamos admitindo que o tempo que temos como família é especial. Toda palavra que falamos, não somente em pensamentos ou palavras bíblicas faladas em tom religioso - tudo que dizemos pertence a Deus. O que também signif ica que provavelmente não falaríamos a mesma coisa se não pertencêssemos a Deus. Seja o que for que façamos, mesmo sendo uma coisa tão comum como comer e beber, devemos fazer para a glória de Deus.

Porque Deus existe, tudo importo Quando meu futuro genro, Jeff, e minha filha, Shari, estavam em casa num final de semana vindos da Califórnia para começar a preparação do casamento, tivemos uma conversa sobre isso. Jeff um segundo-anista do seminário, é muito brilhante. Ele admitiu que, nos dois últimos anos, tem lutado para encontrar um meio termo para sua vida. "Costumava pensar," ele me disse (minha filha e minha esposa estavam cuidando dos preparativos para o casamento), "que a melhor forma de passar o dia era orando o máximo que pu de ss e , e lendo a Bíblia o m á x i m o que conse guis se, dedicando-me completamente às 'coisas de Deus'. Mas algumas coisas que li ultimamente fezeram com que mudasse minha ma neira de pensar." "E mesmo?" Ele concordou. "Você ouviu falar sobre as opiniões de Madeleine L'Engle?" perguntou? "Não," admiti contra a vontade (Odeio quando meus filhos sabem de coisas que eu deveria saber!). "Ela disse," Jeff me informou, "que há, essencialmente, duas maneiras de ver a vida. Primeira: há um Deus; portanto, 157

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nada mais importa. Segunda: há um Deus; portanto, tudo importa. Tenho considerado mais a segunda maneira," Jeff acrescentou. Então, Deus está tão interessado em minha coleção de figurinhas quanto no que escrevo neste livro? Sim, está. O pai perfeito está interessado em todas as pequenas coisas que acontecem na vida de seus filhos. Tenho três filhos. Oro para que eles andem com Deus, que Jesus seja o Senhor de suas vidas, que eles honrem e obedeçam a Palavra de Deus. Mas minha esposa, Marilyn e eu estamos também totalmente interessados em tudo o mais sobre eles - tanto que às vezes os deixamos malucos!

Nado relacionado o você é insignificante para Deus Eis aqui uma pergunta de concurso: Qual foi a primeira pergun ta, de acordo com o Evangelho de João, que os discípulos fize ram a Jesus quando se conheceram? Podemos imaginar algu m a s . "Como é o céu?" "Qual é o segredo do seu poder miraculoso?" "Quantos anjos cabem na cabeça de um alfinete?" Mas não, não fizeram nenhuma delas. O que perguntaram a Jesus nos parece insignificante agora: "Rabi, onde assistes?" (Jo 1.38). Algumas traduções trazem, "Onde moras?" (Todos agora querem saber onde o pastor mora, não querem?). "Onde moras?" Que pessoa simplória faria ao Filho de Deus uma pergunta tão superficial como esta? Sabe como Jesus respondeu? Está no versículo seguinte: "Vinde e vede." Em outras palavras, Jesus estava dizendo, "Sou real. O que você está vendo é tudo o que há para ser visto." A comunidade religiosa iria tropeçar em sua humanidade. Por não poderem entender sua total divindade em sua completa huma nidade, eles o crucificaram por blasfêmia. 158

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Cristãos platônicos Então, se Jesus era totalmente humano, e se Deus ama nosso corpo tanto quanto nossa alma, então de onde vêm as coisas espirituais-versus-naturais? Você pode observar Platão e a visão do mundo que ele re presentava. A idéi a da encarnação - Deus tomando a forma humana - era repulsiva para os gregos porque eles acreditavam que a realidade do mundo material era secundária em relação ao espiritual, o que os gregos da Antiguidade chamavam de mundo ideal. Os ideais (lado espiritual da vida) eram tudo, e a matéria não era muito importante. Paulo falou sobre isso quando pregou no Areópago em Atenas, relatado em Atos 17. Seus ouvintes estavam seriamente interessados em suas novas até que Paulo disse o inconcebível: "...e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos" (ver V.31). "Quando ouviram falar de ressurreição de mortos," Lucas relata, "uns escarneceram" (v.32). Por quê? Isto era impensável para el es. Na visão dos gregos, a mo rte era o livrame nto do espírito da prisão do corpo há muito esperado. Esta idéia dos gregos (matéria é má; espírito é bom) começou a ser ensinada entre os cristãos antes do final do primeiro sécu lo, quando os apóstolos João e Paulo estavam ainda escrevendo parte do No v o Testamento. Esta heresia era c h a ma d a de Gnost ici smo, tirada da palavra grega que significa con heci ment o e sabedoria, porque os gnósticos se orgulhavam de sua revela ção espiritual e seu conhecimento. No Gnosticismo a única maneira de conhecer a Deus era pela ênfase ao alto conhecimento e uma revelação espi ritual profunda. O mundo material não era importante, então não era realmente importante se você honrasse seus relacio-

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namentos, trabalhasse com responsabilidade, ou ajudasse seu vizinho. Ser espiritual era tudo o que importava. E João conta, "Ora, sabemos que o temos conhecido por isto: se guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu o conheço [o gnóstico, claro] e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade" (Uo 2.3, 4). João está nos dizendo que se dizemos que somos cristãos, devemos agir como tal. Usando um cliché batido, os gnósticos eram muito espiri tuais para se preocupar com coisas terrenas, ao contrário de Jesus, que desceu à terra em carne e osso. Por isso João inicia sua carta com uma forte ênfase à humanidade de Cristo: "O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com nossos próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas mão s ap al pa ra m, com res peit o ao Verbo da vid a" (U o 1.1). Muitas religiões ao redor do mundo, de uma maneira ou de outra, ensinam que o mundo espiritual, o mundo imaterial, é bom e o mundo material é ruim. Geralmente, a religião é um assunto universal, o foco cruciante do esforço humano, para nos elevar, para alcançarmos o divino, para escaparmos do con trole do tempo e espaço, e voar para mundos desconhecidos, até mesmo para reencarnar numa casta mais alta. Há um Deus, portanto muitos crêem que nada mais importa. Só que o Deus da Bíblia criou a matéria e a vida. E disse que eram bons. E então criou o ser humano e de propósito nos colocou aqui para trabalhar e desfrutar de sua criação. O objetivo de Deus não era nos tirar do mundo mas nos enviar ar a ele. Não destruir a criação, mas restaurá-la. Não me libertar da limita ção da minha humanidade, mas libertar minha humanidade das limitações da morte e das conseqüências do pecado. Deus é bom. Depois de criar tudo, disse, "É muito bom." Concordo com o marido de minha filha, Jeff: há um Deus; por tanto, tudo importa. Ser espiritual nada tem a ver com agir de 160

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forma espiritual. A verdadeira espiritualidade é ter Jesus em tod as as ati vid ades, de sd e ir à igreja até nas férias da fam ília - e pedir a ele que o abençoe estando com você. A verdadeira espiritualidade consiste em ser cheio de céu aqui na terra. A verdadeira espiritualidade consiste em ser igual a Jesus.

"Há trabalhos sagrados o trabalhos seculares" Você já deve ter ouvido falar do livro Experiencing God (Ex pe rimentando Deus) de Henry Blackaby e Claude King. Eles acabaram de escrever outro livro, The Power of the Cali (O Poder do Chamado), que comprei e trouxe comigo para leitura pessoal. O livro está c h e io de material ins trutivo e e n c o r a  j a d o r para pessoas c omo eu que tem um "ministério de tempo integral". E mesmo assim fiquei desapontado com um dos temas prin cipais do livro: a idéia de que "o ministério" é mais importante que qualq uer outra voca ção. Os autores escrever am: "Ni ngu ém mais na sociedade tem uma chamada maior ou mais digna," e também, "é uma chamada incrível, inigualável como nenhuma outra vocação." Houve um tempo em que eu responderia com um sonoro "Amém" porque esse pensamento é muito comum entre aqueles que foram chamados para "o ministério" e entre aqueles que não foram. Infelizmente, essa idéia idolatra "o ministério" e tira o mérito da bênção de Deus no "mundo secular". Isso não é exatamente bíblico. "O ministério" é uma vocação especial, sem dúvida. Estou no ministério. Mas devo concordar que não é uma "chamada superior", que não é de algum modo melhor que qualquer outro "trabalho". A idéia popular de que "o ministério" é classificado numa categoria à parte se baseia na diferenciação 2

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comum entre o secular e o sagrado, que não conseguimos en contrar na Bíblia. A idéia, porém, remonta aos primórdios da história cristã. O prim eiro historiad or cristão, Eus ébio , afirma que Cr isto deixou "dois caminhos" para sua igreja. Um é a "vida perfeita" (o ministério), o outro é o "permitido" (trabalho secular). Nos séculos seguintes tanto Agostinho quando Tomás de Aquino mencionaram esse assunto ao enfatizar a "vida contemplativa" - uma questão de liberdade - acima da "vida ativa" - uma ques tão de necessidade. O que a maioria das pessoas não sabe é que esta diferença entre o santo e o impuro foi um dos assuntos-chave da Reforma Protestante. É do conhecimento de todos que Martinho Lutero redefiniu o pensamento cristão em duas idéias: (1) salvação é somente pela graça (Jesus e mais nada); (2) somente a Bíblia é a fonte da doutrina cristã e nossa autoridade de vida. Menos conhecido, mas o que seria a maior contribuição de Lutero para a história social, era o que ele pensava sobre o trabalho. Antes do Lutero, o trabalho era visto como um mal necessá rio, e as pessoas trabalhavam praticamente pela sobrevivência. Como bandos de leões caçando, as pessoas viviam, literalmente, atrás de comida. As famílias somente plantavam o necessário, e tinham somente criação suficiente para suas necessidade p e s s o a is . Lute ro mudo u tudo isso ao introduzir o que cha ma mo s hoje de "ética protestante do trabalho". Todo o trabalho é sagrado, Lutero ensinou, e "o ministério" não é mais sagrado que nenhu ma outra vocação. Quando você trabalha no seu negócio ou numa loja, olhe ao seu redor, Lutero disse às pessoas da sua igreja. Seu trabalho e sua ferramenta de trabalho - seu martelo, seu arado, seus utensílios domésticos (hoje em dia o teclado do com putador!) - são dons de Deus para você servir a outros, não somente para prover seu sustento. 3

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"O trabalho de padres e pastores," Lutero escreveu, "em bora seja santo e árduo, não é nem um pouco diferente perante Deus de qualquer outro trabalhador nem das funções da mulher cuidando de sua casa." Uma ilustração bíblica disso é quando Moisés pastoreava ovelhas no deserto do Sinai. Foi lá que Deus apareceu a ele na sarça ardente. "O que você tem nas mãos?" Deus perguntou. "Um cajado," Moisés respondeu. "Jogue-o no chão," Deus ordenou. Imediatamente transformou-se numa serpente. A ferra menta comum de trabalho de Moisés era o objeto mais espi ritual do momento, mas Moisés não foi capaz de entender (ver Ex 4). O que você tem em suas mãos? E alguma coisa que Deus pode usar na sua vida como forma de servir a ele e a outros? O bem-sucedido autor Scott Russel Sanders escreveu, "Por muitos anos tenho às vezes me deparado com a união de traba lho duro e serenidade entre fazendeiros e enfermeiras, solda dores e cozinheiros, motoristas de caminhão e porteiros, pro fessores, mecânicos, carteiros, livreiros, advogados e escriturá rios. São pessoas que fazem aquilo para que foram chamados, sem olhar para trás, sem ansiar por tarefas mais fáceis nem au mento de salário... "Quando considero a variedade de personalidades dessas pessoas aplicadas, tenho certeza de que a vontade de trabalhar duro sem reclamar, às vezes até com alegria, tem menos a ver com temperamento do que com convicção... Se você acredita que foi chamado para fazer aquele trabalho, que é uma discipli na, uma forma de exercitar seus dons, e é até um caminho para Deus, então o trabalho parecerá natural, desejado, um alívio ... A razão principal de apreciar o trabalho é que ele nos permite exercitar nossa fé." 4

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Os Shakers (seita religiosa), aquelas pessoas simples e amá veis, conhecidas mais pelo estilo de seus móveis do que pela forma simples que escolheram de seguir a Jesus, resumiram sua fé na máxima "Mãos para o trabalho, corações para Deus." Thomas Merton disse deles, "Amor de Deus e amor à verdade no trabalho de alguém são a mesma coisa, e o trabalho em si é uma oração, uma comunhão com a realidade interna espiritual das coisas e também com Deus." 6

Todo trabalho é um ministério Que tipo de trabalho você faz? Secular ou sagrado? Se você for cristão, não tem um trabalho secular. "O ministério" não é um chamado mais importante; é somente um dos muitos chama dos. O que faço no domingo como pastor não é menos ou mais "es pi ri tu al " do que o qu e você faz par a viver. Na re ali dad e, o que eu faço pode ser menos espiritual se faço pelos motivos errados. Seu trabalho é seu ministério. Pense sobre isso: trabalhar é bom e divino, porque Deus trabalhou e deu a Adão trabalho mesmo antes de pecar. E o primeiro emprego de Adão - jardi nagem - não era tão "espiritual". Com certeza era sagrado, porque era um trabalho dado por Deus e A dão o fazia para Deus. O trabalho não é uma maldição; é um dom de Deus. Quando Deus finalizou a Criação, tudo era bom, incluindo o trabalho. Mas quando Adão pecou, Deus amaldiçoou o traba lho e ele se tornou "em fadiga" (Gn 3.17). O trabalho de Deus se tornou um trabalho sem Deus, e trabalhar sem Deus real mente é cansativo. Infelizmente, como resultado da maldição, o trabalho se tornou também nossa maior fonte de identidade pessoal e valor próprio. Talvez seja por isso que muitas mulheres sintam-se como se não se identificassem com o ambiente de trabalho, 164

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porque não foram feitas para isso. Devem ser dadas às mulheres as mesmas oportunidades e o mesmo salário? Claro que sim. Mas o que fazemos para viver, onde estamos na hierarquia social do mercado de trabalho tem se tornado uma medida do nosso valor próprio, e isso não é potencialmente saudável nem para o homem nem para a mulher. Trata-se também da maneira como qualificamos os outros. Trabalhando pelo reconhecimento, pulamos a escala da carrei ra por mais poder, mais ganho, mais respeito. E uma maldição. O trabalho sem Deus se torna nosso deus, e quanto mais se sacrifica para obter sucesso, mais o "deus" do nosso trabalho irá definir e controlar você. A maldição no trabalho é que ele se tornou secular, sem Deus. Pense nisso: a última maldição é o inferno, a ausência total de Deus. O inferno é totalmente secular. Se você pensa no seu emprego como "secular" e não "sagrado", pode estar se co locando diante das consequências da maldição por deixar Deus de lado. Veja o que Paulo disse sobre o trabalho. Veja se ele consi derou algum trabalho como "secular". "Quanto a vós outros, servos, obedecei a vosso senhor se gundo a carne com temor e tremor, na sinceridade do vosso coração, como a Cristo, não servindo à vista, como para agra dar a homens, mas como servos de Cristo, fazendo, de coração, a vontade de Deus; servindo de boa vontade, como ao Senhor e não como a homens, certos de que cada um, se fizer alguma coisa boa, receberá isso outra vez do Senhor, quer seja servo, quer livre" (Ef 6.5-8). O trabalho que você está fazendo é "da vontade de Deus?" Isso então seria considerado santo para mim! William Wilberforce, o Abraão Lincoln da Grã-Bretanha, trabalhou pela abolição dos escravos até que o Parlamento assi nou uma lei anti-escravagista em 1807, mais de cinqüenta anos 165

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após a Guerra Civil Americana e a Proclamação da Emancipa ção em 1863. O autor cristão Os Guinness salienta que o grande estadista quase desperdiçou seu chamado. "Qu an do Wilberforce tornou-se cristã o... em 1785, aos vin te e cinco anos, sua primeira reação foi de desistir da política e se tornar ministro. Ele pensou, como milhões tem pensado sem pre, que as coisas "espirituais" eram muito mais importantes que as "materiais". "Felizmente um ministro - John Newton, o comerciante de escrav os conver tido que escreveu "Maravilho sa Graç a" convenceu Wilberforce de que Deus o queria mais na política do que no ministério. 'O Senhor o levantou para o bem da nação.' "Após muita oração e depois de pensar sobre o assunto, Wilberforce concluiu que Newton estava certo. Deus o estava chamando para liderar a liberdade dos oprimidos - como Parla mentar. 'Meu caminho,' escreveu no seu diário em 1788, 'é públi co. Meu negóci o está no mund o; e devo unir os ho me ns .. . a missão que foi dada pela Providência.'" Seu trabalho é um dom de Deus para servir a outros e adorá-lo. E tão espiritual quanto o "trabalho" do pastor no domingo de manhã. 7

Cr/odor de Todos os Coisos: Freqüentemente me pego separando minha vida "espiritual" da "normal". Mostre-me hoje como unir as duas coisas numa só para que possa glorificar o teu nome - e atr air outros para Deus. Amém.

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Capítulo 10 crenf

TÍKUÍK

ÍO:

Minho crença em Deus é móis importante do que o maneiro como trato as pessoas

Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta. Mateus 5.23, 24

' " T T ^ste é

um país livre!" « t - # F o i o que um homem gritou rudemente da janela de seu carro. Briga de trânsito? Não. Somente outro cristão irritado. O segurança do estacionamento estava somente sugerindo onde ele deveria estacionar. A Igreja Bíbl ica de Scott sdale é ime nsa . Há uma frequ ência de quase cinco mil pessoas todo final de semana, e eles têm muito problema com estacionamento. Localizada numa área

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residencial, ele não pode ser aumentado para acomodar uma congregação tão grande. Precisaram então diminuir o espaço entre os carros no esta cionamento, pára-choque com pára-choque, em áreas pré-determinadas. Claro que isto criou muitos problemas. Nem todos os cristãos conseguem lidar com inconveniências tão grandes como essas. Além do mais, este é um país livre. O pastor da igreja, Daryl Delhousay, me disse: "Estamos pensando em colocar luminosos na entrada do estacionamento dizendo: A adoração começa aqui."

Mande-os para casa Também temos problema com o estacionamento em nossa igreja. Após dar várias voltas procurando por uma vaga, os visitantes vão embora. Temos então uma pequena regra: quanto mais perto estiver de Deus, mais longe da igreja você deve estacionar seu carro. N en hu m membro da diretoria da igreja, incluindo eu, tem estacionamento "reservado". Para ajudar as pessoas a entender porque precisam mudar seus hábitos ao estacionar, lembro-lhes da história de Jesus alimentando cinco mil pessoas com cinco pães e dois peixes (ver Mc 6.30-44). O fato de conseguir alimentar tantos com tão pouco não foi o único milagre do dia. O outro foi conse guir com que os discípulos conseguissem lidar com todo o seu orgulho. Apertados pela multidão, os discípulos perguntaram a Jesus, "Como vamos alimentar esta multidão? Teríamos que trabalhar oito meses para comprar toda a comida necessária!" E então os mesmos seguidores de Jesus disseram, "Mande-os embora." 168

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Mandá-los para longe de Jesus? Acredita nisso? Algumas vezes aqueles que estão mais perto de Jesus afas tam outros dele. Os membros da igreja sempre estacionam nas melhores vagas. Afinal, eles pagam por isso! Tento fazer com que as pessoas entendam que estacionar é um ministério (Deus existe. Tudo importa). Quando você não pensa em si mesmo e anda um quarteirão até a igreja, a pessoa que estacionar na sua vaga preferida pode entregar sua vida a Jesus. Temos também problema com falta de lugar para sentar, o que também irrita as pessoas na igreja. Um homem ficou tão chateado com nossos recepcionistas que o "forçou" a se sentar onde não queria que tive que interferir. Coloquei com carinho minha mão em seu coração e, olhando diretamente em seus olhos zangados, disse-lhe gentilmente, "Jesus pode ajudá-lo a lidar com isso. Tudo vai ficar bem." Ele não disse nada. Não tenho certeza se ainda freqüenta nossa igreja.

Você não é importante - ou sou "Este é um país livre!" Realmente, o sentimento é fácil de ser traduzido: "Você não é importante; eu sou. E não pensarei duas vezes em deixar a comunidade sangrar até morrer no altar do meu egoísmo". Isso realmente parece rude? Bem, um velho amigo uma vez me disse amargamente: "Cristãos Fundamentalistas (são aqueles que têm Bíblias enormes) amam a Deus e odeiam as pessoas." Isso realmente me atingiu. Fiquei na defensiva. Mas com o tempo comecei a concordar com ele em parte. Por causa de nossos protestos sobre o humanismo secular res pin gan do sobre nós, ne nhu m huma nis ta secular ja ma is me disse o que devo ou não pregar. Nunca fui perseguido por um 169

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humanista secular em vinte e cinco anos de ministério. Mas, meu Deus, como tenho sido perseguido por irmãos e irmãs! Cristãos piedosos de minha própria igreja. E não estou falando somente sobre igrejas briguentas. Te nho sido completamente traído. Tenho visto longos relaciona mentos desaparecerem como o vapor. Diretoria. Presbíteros. Amigos. E em alguns casos, quando tentei me comunicar com essas pessoas, fui mal recebido. Mas aquelas pessoas continuam indo a outras igrejas, adorando a Deus e lendo a Bíblia como se nada tivesse aconteci do. Velhos "am igo s" são esquecidos qua ndo se têm outros. Como se Deus não visse tudo isso. Jesus nos ensinou, "Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta" (Mt 5.23, 24). Sempre uso essa passagem para dizer que Deus não quer nossa religião se ela não fizer diferença radical na forma de nos relacionarmos com outros. Muitos em nossa congregação chegam sem ter participado de nenhuma igreja antes, mas a maioria passa de igreja em igreja, alguns secretamente. Em nossa classe de recepção de novos membros, uma das primeiras coisas que ensino a eles é como deixar de participar de uma igreja e se unir outra. Insisto no fato de que se não conseguirem se reunir com seu antigo pastor ou líderes da igreja, deveriam escrever uma carta amável e agradável. Diga, "Obrigado pelos anos de minis tério que você ou seus auxiliares dedicaram a mim. As coisas mudam na vida, e acredito que Deus está me guiando a partici par de outra igreja. Peço a Deus que os abençoe e a todos da congregação." Sem insinuações, por favor, do tipo, "Não estava crescen do mais na igreja" ou "Se você fosse mais aberto ao Espírito 170

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Santo... " ou "Se não fosse por aquela pessoa que atrapalha o ministério ..." Por favor, esqueça as reclamações!

Dois bezerros de ouro Americanos - cristãos ou não - tem fabricado para si mesmos não um mas dois bezerros de ouro. Um é a ânsia pela felici dade. O outro são os direitos individuais. "É um país livre!" significa, em geral, "Posso fazer o que quiser e ninguém vai me impedir". Os criminosos parecem ter mais "direitos" que as víti mas, porque este é um país livre. Esta liberdade é vista tam bém de várias outras formas: O índice de pedidos de falência pessoal é alto. Brigas de trânsito acontecem nas estradas e nos estacionamentos das igrejas. As pessoas "pulam de igreja" entre as congregações locais. Casamentos são destruídos sem preo cupação com o bem-estar das crianças. Milhões de mulheres, incluindo muitas da igreja, fazem abortos. Milhões, incluindo homens e mulheres, dormem uns com os outros. Os alunos das escolas públicas não respeitam a autoridade ou uns aos outros. E um país livre. E tornando-se cada vez mais livre. Mas há um custo, e muito caro para todos. Os problemas estão em toda parte. Num artigo recente de uma revista de uma empresa aérea, "Quando Menos é Mais", estava escrito, "Mais da metade dos primeiros casamentos (e 60% dos segundos) terminam em divórcio - taxa 34% maior que a de 1970. Pesquisas revelam que 60% dos profissionais de sucesso têm depressão ou stress. A maioria dos levantamentos conclui que 48% dos altos executivos reclamam que suas vi das são vazias ou sem sentido. Suicídio de adolescentes, abuso de drogas e taxa de desistência escolar estão aumentando. E embora o Produto Interno Bruto do país tenha aumentado 171

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gradativamente nos últimos vinte e cinco anos, o índice Ameri cano de Saúde Social (números compilados de dezesseis indi cadores sociais) é 52% mais baixo que era em 1973. E um país livre. Deixe a liberdade bater à porta. 1

Um caldeirão do confusão moral A América é um caldeirão de confusão moral. Forças culturais e sociais tremendas estão redimensionando o que acreditamos, e a maioria de nós, incluindo os cristãos, estamos sendo enve nenados passivamente. Não mais defendemos uma visão cristã diferenciada e de contracultura. O mundo nos atraiu e nós mor demos a isca. Grande parte do engano se passa porque não sabemos mais o que é "do mundo", outro mito cristão que nos faz correr atrás do vento. "Do mundo" não significa somente fumar, beber, dan çar e assistir filmes pornográficos. Paulo vai mais fundo: "Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a De us , que é o vos so culto rac iona l. E não vos con for mei s co m este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" (Rm 12.1, 2). Nós cristãos temos adaptado nossa fé e moral de acordo com o ideal americano. Deixe-me andar com você na selva da nossa confusão cultural. Mas aviso: você pode descobrir que é mais "do mundo" do que pensa.

Josus, ou o o comunidade Vamos estudar um pouco mais sobre aquele segundo bezerro de ouro: o individualismo. 172

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O comunismo crê que o individual não tem valor, exceto se couber dentro do sistema e servir às necessidades do estado. Por outro lado, a democracia americana valoriza e protege os direitos individuais, freqüentemente às custas da comunidade. Qual é a visão da Bíblia? Na Bíblia, Deus afirma que tanto a comunidade quanto o indivíduo têm valor. Cada um de nós foi criado e somos dádivas de Deus, mas nossa individualidade não tem sentido fora da comunidade. O Apóstolo Paulo escreveu, "Não podem os olhos dizer à mão: Não precisamos de ti; nem ainda a cabeça, aos pés: Não preciso de vós. Pelo contrário, os membros do corpo que parecem ser mais fracos são necessários" (ICo 12.21, 22). Cada membro do meu corpo tem forma e função especiais, mas se eu cortar qualquer um, ele se tornará um membro morto. Isto é interd epend ência, que é o oposto de depe ndên cia (some nte a comunidade importa, no comunismo) e independência (so mente o individual importa, "este é um país livre"). Todo o planeta é um sistema interdependente. Eu dependo da alga de alguma forma na cadeia alimentar. Tudo no ecossistema é necessário (embora alguns digam que a terra estaria bem melhor sem as pessoas!) Você sabe quem é o res ponsável por toda essa interdependência? Seria Deus? Veja em Gênesis 1.26, 27: "Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou." O Deus Trino é uma comunidade interdependente em si mesmo. Essa é a sua imagem, e foi o que ele criou em nós. Deus disse, "Façamos o ho me m à nossa ima gem ." A image m 173

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de Deus não está em mim; está em meu relacionamento com os outros; está em toda a comunidade. N o Antigo Testamento em hebraico original, as últimas li nhas do livro de Gênesis, acima, são em si mesmas interdependentes, isto é, são colocadas uma em cima da outra, significando que a "imagem de Deus" está na comunidade interdependente e diversificada do "macho e fêmea". A outra imagem de interdependência normalmente usada pela Bíblia, como já mencionei, é o corpo de Cristo. Gosto es pecificamente deste versículo: "Mas Deus dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como lhe aprouve" (ICo 12.18). Paulo não está nos dando uma aula de anatomia. Está falando de pessoas, pessoas difíceis, pessoas indesejáveis. Ne nhum relacionamento é acidental, a não ser que você seja um evolucionista que crê que o acaso é o princípio que controla o universo. Os cristãos devem acreditar, porque existe um Deus, que todo relacionamento tem um propósito. De acordo com o versículo acima, ninguém entra na sua vida sem que Deus te nha tido alguma razão, ou no mínimo, que exista algo a ser aprendido. 2

A vido é um pacote Quando meu pai morreu em dezembro passado, meu irmão mais novo sofreu mais do que esperávamos. Tínhamos conversado bastante sobre nossos sentimentos e por que estava sendo tão difícil. David me disse refletidamente: "E porque a vida é um pacote. Somos a soma de todos os nossos relacionamentos, e papai era boa parte deles." Ninguém está ilhado. Somos o que somos por causa de centenas de relacionamentos, tanto bons quanto maus. Mas, isso 174

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não significa que não posso mudar minha maneira de ser, e sou de acordo com o tipo de relacionamento que tenho. Isso é o que o teólogo-filósofo Martin Buber chama de "Eu-Você". Sem você, não sou nada.

O Culto ao individual Na América, o importante é o indivíduo que prospera, não a comunidade. O autor Scott Russel Sanders refere-se ao problema como "o culto ao indivíduo". Em seu interessante livro, Writing from the Center (Es cre ven do do Cent ro), Sande rs lame nta a fal ta de comunidade nos valores americanos. "O culto do indivíduo aparece em todo lugar na tradição americana, onde exalta os andarilhos, os rebeldes e os solitários por opção, e penaliza ou insulta os pilares da comunidade. O explorador da selva como Daniel Boone, ... O trapaceiro auda cioso como Jessé James e o matador despachado como Billy the Kid, junto com incontáveis cowboys solitários, todos va gueiam pelos espaços infindáveis de nossa imaginação." "Quando a sociedade começa a se aproximar, dando ordens e questionando, nossos heróis aparecem. Como Huckleberry Finn, estarão sempre delimitando o Território, onde ninguém lhes dirá o que fazer." Mais ou menos trinta anos atrás, Alvin Toffler, um es critor popular e influente, diagnosticou o problema americano de outra forma, em seu clássico livro sobre tendências, Future Shock (O Ch oq ue do Futu ro) . A urba nizaç ão, ele disse, é a caus a principal do fim da comunidade. O interessante é que o fato de mais pessoas se apertarem em espaços menores não fazem com que vivam em comunidade. Mais pessoas significam mais loucura. E junto com cidades maiores, mais lixo. Toffler cunhou a frase "u ma g era ção qu e jo ga fora". Sabe o que mais apr end e 3

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mo s a jo ga r fora? Pes soa s. Toffler tin ha um a exp re ssã o p ara isso também: "relacionamentos modulares". Ele quis dizer que nos conectamos e desconectamos de outras pessoas como um soquete numa tomada. Quando precisamos de alguma coisa, nos conectamos. Quando não precisamos mais, desconectamos. Sem sentimento de perda. Se o atendimento do restaurante não está de acordo com o que queremos, não retornamos. Se o vendedor de sapatos não nos atende bem, ficamos ofendidos e reclamamos com seu supervisor. Não nos interessa se sua esposa o abandonou no dia anterior. Se o pastor diz ou fez algo que nos magoou, não inte ressa se foi insignificante, simplesmente com mau humor dei xamos de ir à igreja. E um país livre. Minhas necessidades vêm primeiro.

Uma epidemia de solidão As pessoas têm falado sobre a crise da comunidade na América por décadas. Mais ou menos na mesma época que Toffler escre veu O Choque do Futuro, o socialista Ralph Keyes escreveu We the Lonely People (Nó s, Pes soa s Soli tária s). Nã o li aná lis e melhor explicando porque a América está indo mal - e porque a missão da igreja nunca foi tão necessária e difícil. "A comunidade," Keyes escreveu, "é uma obsessão nacio nal. Mas queremos outras coisas mais. Não estar envolvido com os vizinhos vale mais do que a comunidade. ...É essa confusão, esta ambivalência, que confunde nosso entender de comuni dade. Ansiamos por uma vida com mais comunhão e mais simples; sinceramente queremos um sentido maior de comuni dade. Mas não com o sacrifício de quaisquer vantagens que a sociedade massificada traz, mesmo aquelas que presumidamente desprezamos." 176

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"Nã o perdem os a comu nida de. Nós a subo rnamo s ... Pode  ríamos encontrar uma loja familiar se realmente quiséssemos. Mas não queremos. Preferimos os preços e diversidade dos supermercados. E também o anonimato, o fato de não sermos cobrados por sabermos ajudar... Necessitamos do anonimato. E ao invés de voltarmos para casa acompanhados, nós desviamos para que possamos ficar afastados uns dos outros." Por que somos tão solitários? Quais são os inimigos da amizade e da comunidade? Quais são as "coisas que nos man têm afastados uns dos outros?" Keyes sugere quatro. 4

1. O "Fator M"

Em 1948 o jorn alis ta esc ocês Alexa nde r Mc Ka y escrev eu, "O americano prontamente muda de idéia para tentar fazer fortuna em outro lugar." Chamou de "fator M" - movimento, migração e mobilidade - que determinaram nosso caráter moral. Como americanos, descobrimos que há uma relação direta entre mobilidade e sucesso. Você tem que se mudar para conse guir um emprego melhor. Eu mudei. Mobilidade é o inimigo da amizade. Mas temos medo de ficar perto porque estamos sempre nos mudando, ou estamos sempre nos mudando porque temos medo de ficar perto? 2. Quero ficar sozinho

Diga-me, você valoriza sua privacidade? Amo minha privaci dade, mas escrevendo este capítulo me faz pensar que deveria me sentir um pouco culpado por isso. A privacidade como um ideal, como um conceito, é relativamente moderno. Odeio dizer isso, mas a privacidade não é cristã. Você sabia que nem os japoneses nem os árabes têm uma palavra exata para privacidade? E que é quase impossível encontrar esse conceito na Bíblia? 177

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John McKay, antigo treinador oficial de futebol do USC e depois do L.A. Rams, disse uma vez, "Meus vizinhos são per feitos. Não conheço nenhum deles." 3. O aspecto negativo da conveniência

Muito s equip ament os moder nos e lojas de conveniência - lavado  ras de lou ças , forno de mic ro- ond as , lanc he ráp ido - red uzi ra m drasticamente o tempo de convivência familiar. Embora isso possa não parecer ruim a princípio, tem seu lado negativo: Não temos muitas tarefas a fazer, portanto não as fazemos juntos. Famílias sentadas à mesa para jantar são coisas do passa do. Não nos relacionamos; não interagimos; nós dificilmente nos comunicamos. Como antídoto para este veneno social, o autor de sucesso e conferencista cristão Gary Smalley recomenda uma aproximação radical para melhorar a comunicação, a interação e os valores da família: acampar. Acampar não per mite mobilidade, privacidade ou conveniência! 4. Sozinho na estrada

Observe detalhadamente as propagandas sobre carro. O que estão tentando vender a você? Transporte? Ou trata-se mais de imagem, conforto pessoal e privacidade? Pense sobre o indivi dualismo em cada propaganda: o motorista sozinho numa estra da solitária. Você nunca vê as propagandas de carro serem filmadas em ruas movimentadas, tentando desviar de tudo. Para os europeus, carro é para transporte. Para os americanos, é uma fuga. Ralph Keyes escreveu, "Carros e banheiros são os únicos lugares onde a maioria das pessoas urbanas podem estar completa e alegremente sozinhas. E no carro é melhor que no banheiro. Ninguém vai bater e dizer para que saia logo." 5

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Koinonio, vido d© comunhão Quando você entrega a sua vida a Jesus isso quer dizer que você agora pertence ao seu corpo. Torna-se um participante interdependente da comunidade cristã. Como resultado do gran de derramar do Espírito Santo em Pentecostes, três mil pessoas foram salvas. "E perseveravam" Lucas relata no livro de Atos, "na doutrina dos apóstolos e na comunhão (Grego: Koinonia, vida compartilhada), no partir do pão e nas orações" (At 2.42). Esse texto não nos fala que os cristãos primitivos dedica vam-se a Deus, embora certamente o fizessem. Então esse versículo de Atos nos diz que dedicavam-se uns aos outros. Isso lhe parece de outro mundo? Geralmente, pensamos em dedicação no contexto de práticas religiosas. Para a igreja primitiva, a dedicação era inseparável da comunidade cristã. Quão dedicados eram uns aos outros? "Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum [Grego: koine, mesma base usada no versículo 4 2 ] " (v.4 4). Emprestado do livro de Rick Warren The Purpose Driven Church (A Igreja co m Prop ósito ), definimos a mem br es ia ofici al de nossa igreja como, entre outros, "estar tão comprometi dos, uns com os outros como estamos com Jesus Cristo." Você concorda com isso? Pense nas palavras do Apóstolo João, "Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê" (Uo 4.20).

O quo o Bíblia ensino sobro o tolerância Ser cristão não significa que nos tornamos um pouco mais tolerantes porque Jesus nos ajuda a amar aqueles que não gos tamos. Alguma vezes, quando meus irmãos e irmãs em Cristo 179

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aprendem a tolerar alguém, sentem-se como se tivessem dado um grande passo rumo ao Cristianismo. Mas nenhum lugar da Bíblia ensina como "tolerar" diferenças. Segure-se na sua cadeira, agora: a Bíblia ensina que os cris tãos verdadeiros valorizam as diferenças e dificuldades nos re lacionamentos, porque é uma boa oportunidade para ser mais igual a Jesus. Não preciso que Jesus tolere as esquisitices ocasio nais de pessoas geralmente populares. Jesus disse, "Até os pe cadores fazem isso" (Lc 6.33). São as pessoas mais difíceis nas circunstâncias mais difí ceis que testam e medem minha fé. Jesus acrescentou, "Amai, porém, os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem es perar ne n hu ma paga; será grande o vosso galardão, e sereis filho do Altíssimo. Pois ele é benigno até para com os ingratos e maus" (v.35). N u m pequeno editorial, "W hy I Attend a Small C h u r c h " (Porque eu Freqüento uma Igreja Pequena), o autor Philip Yancey diz simplesmente: "porque não posso escolher meus amigos." Numa igreja pequena Deus escolhe seus amigos, por que você conhece a todos, e você tem que incluir todos, amar a todos, e fazer o melhor que puder para se relacionar com todos. N u ma igreja grande em uma cidade grande as pessoas se esc ond em. E qua ndo nos encont ramos co m elas, fogem. Est amo s tentando mudar isso em nossa congregação... mas ainda não conseguimos fazer com que as pessoas consigam lidar com o problema do estacionamento. Afinal, este é um país livre!

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Santo Libertador.

Com o pod emo s comp arar tua eterna riqueza com nossas pequenas conveniências? Como podemos trocar nossas pequenas liberdades com a glória do teu corpo, a igreja? Dê-nos a visão clara de como queres que esteja mos perto de ti - e perto de meus irmãos e irmãs ao meu redor. Amém.

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Capítulo 11

fl realidade não é o que você imagina: quatro maneiras de mudar o que você crê definitivamente

E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Romanos 12.2

TJêm, chegamos juntos até aqui. É o último capítulo da nossa /^^jornada. Se você não gostou, pelo menos leu até aqui. Você sabe, algumas pessoas não nos deixam terminar uma sentença! Fico muito grato que esteja terminando esse livro. E obrigado por pensar. E repensar. Voltemos à razão pela qual escrevi esse livro: ajudá-lo a quebrar as barreiras de crenças populares e pensar biblicamente sobre Deus, sobre si mesmo e sobre os outros. Mude os seus pensamentos e sua vida mudará!

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Recentemente, a imprensa nacional relatou que pesquisas avançadas sobre a química do cérebro estavam melhorando. Cientistas descobriram que mudando o seu modo de pensar você muda o modo do seu cérebro funcionar. Estudos mostraram que longas psicanálises e aconselhamentos, por exemplo, alteram a química do cérebro e conseqüentemente, o comportamento da pessoa. Se for verdade sobre a terapia "secular", pense no impacto potencial de um relacionamento diário com a Palavra de Deus, a oração freqüente, a exposição à presença e poder do Espírito Santo, e tempo valioso com a família de Deus! Pense nisso! Se a realidade não é o que você pensa, então você precisa mudar o que você pensa. Nesse último capítulo, então, deixeme guiá-lo no processo da descoberta de si mesmo e da cura.

Ninguém o deixo maluco Tenho em cima de minha mesa um antigo livro, Why I'mAffraid to Tell You Who I Am (Porq ue tenho me do de dizer a você qu em eu sou), de John Powell. Publicado no início dos anos 60, a capa desse livro é de um lilás psicodélico. Mas o conteúdo é eterno. E teve um impacto significativo em minha vida porque me forçou a pensar sobre o que eu penso. Nu ma parte do livro, Powell escreveu, "O colunista sindica lizado, Sydney Harris, conta a história de quando acompanhou um amigo até uma banca de jornais. O amigo cumprimentou efusivamente o dono da banca, mas recebeu um atendimento descortês. Pegando o jornal que rudemente lhe foi entregue, o amigo de Harris sorriu polidamente e desejou ao dono da banca um bom final de semana. Quando os dois amigos desciam a rua, o colunista perguntou ao seu amigo:

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A realidade não é o que você

imagina

"Ele sempre trata você tão rudemente?" "Sim, infelizmente." "E você é sempre tão educado e amável com ele?" "Sim, eu sou." "Porque você é tão educado com ele quando ele o trata tão mal?" "Porque não quero que ele decida como eu devo agir." "A sugestão é que a pessoa 'totalmente humana' ... não está ligada a tudo o que acontece, não está à mercê da mesqui nhez, da insignificância, da impaciência e da raiva dos outros. O ambiente não o transforma tanto quanto ele transforma o am biente." 1

Você so deixo moluco As pessoas e as pressões da minha vida não me deixam depri mido; algo dentro de mim me deixa deprimido. Num capítulo anterior tomei consciência do lado negativo da minha alma, e disse como posso ficar deprimido sem razão aparente. Embora minha escuridão se aprofunde nas horas difíceis, na maioria das vezes minha depressão está dentro de mim. A realidade não está no que acontece comigo mas o que penso sobre o que acontece comigo. Temos pouco ou nenhum controle sobre o que nos acontece, mas a graça de Deus nos dá mais controle sobre o que acontece em nós mais do que quere mos admitir ou aceitar. Você pode se controlar, e isto tem a ver com o que você pensa. N u m a noite muitos anos atrás, minha esposa, Marilyn e eu estávamos tendo uma discussão não muito cordial. Acho que era sobre alguma coisa realmente muito importante, como papel de parede. Nesse momento a campa inha tocou. Respirei fundo, coloquei uma máscara de auto-compostura, e abri a 185

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porta. Esperava que fosse um vendedor para poder voltar logo à nossa discussão. Mas era meu irmão, fazendo-me uma visita inesperada, parado ali e olhando para mi m com ar de suspeita. Era o tipo de olhar que dizia, "Ouvi através da porta que você e Marilyn dis cutiam." Na realidade, Tom não fazia nenhuma idéia do que estava acontecendo dentro de casa. Somente imaginei que ele soubesse. Eu nunca vou esquecer como meus sentimentos mudaram, quase imediatamente. Quase por milagre. Dentro de minha alma atormentada, queria continuar bravo, mas não podia. Realmente, eu tentei, mas quando meu irmão sorriu para mim, eu sorri de volta. Conforme meus pensamentos mudavam, minha irritação desaparecia. Marilyn e eu nunca terminamos a discussão. Pelo menos não aquela. Minha esposa não me fez ficar bravo; eu me fiz bravo. O que eu estava pensando me fez ficar bravo, e quando mudei o que estava pensando, eu parei de ficar bravo. A realidade não é o que acontece comigo, mas o que penso sobre o que acontece comigo. Deixe-me mostrar isso de outra forma. Pense sobre o mo mento mais doloroso que já lhe aconteceu. O que foi? Pense nisso. Conte-me isso. Aposto que não pode sem que seu senti mento de raiva e ressentimento lhe invada. O que você pensa determina o que sente, não o contrário. N o início desta tarde, enquanto estava revisando e editan do a história de Jeff e Kathy do capítulo oito, eu comecei a soluçar. Kathy morreu há dois anos atrás, mas quando penso nela, todas as minhas emoções reaparecem. Você sabe, é assim que uma atriz chora realmente num filme, ou mesmo no teatro. Exatamente, pensando sobre alguma coisa realmente triste em sua vida.

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imagina

Não o que oconteceu o. você, mos o que penso que aconteceu a você O homem não está preocupado com o que acontece, mas com o que pensa que acontece. Quando nos deparamos com dificuldades e nos tornamos ansiosos e preocupados, não devemos culpar os outros, mas a nós mesmos; essas são nossas idéias sobre as coisas. EPICTETUS

Todas as infelicidades na vida vêm da noção errônea que temos sobre o que acontece conosco. MARIE STENDHAL

Nã o é o que acontece com você. E o que acontece em você. JOHN MAXWELL

O profeta hebreu Ezequiel ouviu Deus dizer, "Viste, filho do homem, o que os anciãos da casa de Israel fazem nas trevas, cada um nas suas câmaras pintadas de imagens? " (Ez 8.12). Esse versículo se refere literalmente à idolatria em Israel, um pecado constante que levou à conseqüente destruição da nação judaica. Mas essa passagem tem uma profunda aplicação ao tema desse capítulo. Diga-me, o que está acontecendo em sua men te? O que está acontecendo nas "câmaras de suas imagens"? O que está acontecendo às imaginações secretas do seu coração, e quanto isso está afetando sua vida? Antes de vermos as quatro maneiras de mudar o que pensa, deixe-me falar de um famoso psicólogo chamado Albert Ellis, 187

Crendices

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Crentes

que baseou sua terapia na idéia de que os problemas pessoais são resultado das maneiras de crer irracionais ou dos padrões de pensamentos. Chamado de modelo do comportamento huma no racional-emotivo (pensar-sentir), acontece mais ou menos assim: A

•

B

•

C

A é o "acontecimento atuante" , ou o que acontece com você. B é o que "acredita" ou o que você pensa sobre o que acontece com você. C é a "conseqüência", o que você acabará fazendo ou sen tindo sobre o que pensa que está acontecendo com você. Agora eis aqui como a maioria de nós nos relacionamos com as pessoas e os problemas. Não temos tempo para pensar sobre o que estamos pensan do, portanto: A

•

C

Pulamos o B (estamos pensando sobre o A) e expressamos irracionalidades como "Aquela pessoa me deixa muito zanga da" ou "Você me irrita demais" ou "O que ela disse me deixou muito embaraçada" ou "Esse clima me deprime" ou "Esse trabalho é muito chato" ou "Só de vê-lo tenho vontade de chorar". Sem pensar novamente (e esse é o problema), pulamos de A para C. Mas há um fator importante entre A e C. Eu! 2

A

•

B(eu)

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•

C


imagina

So você quisor vivor bom, dovo vivor no vordodo A Realidade não é o que acontece comigo (A) mas o que penso que acontece comigo (B). Você sabia que esse é um princípio totalmente bíblico? Está escrito assim: "visto que andamos por fé e não pelo que vemos" (2Co 5.7). " F é " é o que cremos e pensamos, o que acontece em nós. "Vista" é o que vemos e ouvimos, o que acontece para nós. A realidade máxima para os cristãos é no que eles acreditam, não no que eles vêem. Observe esses versículos bíblicos, e ver como eles apoiam o modelo de pensar-sentir do comportamento humano: • "E logo cantou o galo pela segunda vez. Então, Pe dr o se lem br ou da pal avr a que Jes us lhe dis se  ra: Antes que duas vezes cante o galo, tu me negarás três vezes. E, caindo em si, desatou a chorar" (Mc 14.72). • "À s ma rg en s dos rios da Bab iló nia , nós nos as sen  távamos e chorávamos" (SI 137.1). • "L em br a- te da mi nh a aflição e do meu pra nto , do absinto e do veneno. Minha alma, continuamen te, os recorda e se abate dentro de mim. Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não tem fim; renovam-se a cada manhã. Grande é a tua fidelidade. A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto, esperarei nele" (Lm 3.19-24).

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• "P or qu e as arm as da nos sa milícia nã o são carn ais e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas; anulando nós, sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo" (2Co 10.4,5). Baseado na Bíblia, aqui está minha proposta de modifica ção do modelo do comportamento humano de Ellis: A Cruz A

•

eu

•

C

O Espírito Santo

Eu não tenho poder para mudar minha maneira de pensar, porque minha mente está presa à lei do pecado e da morte. Eu não posso mudar meu ser, não importa quanto eu tente. O poder real do pensamento positivo pode ajudar um pouco, mas não pode mudar o que está no meu coração. Sou induzido a me cur var ante os ídolos das câmaras da minha imaginação. Somente a morte do meu eu (eu diante da cruz) e com a ajuda do Espírito Santo (O Espírito Santo me segurando) me permitirá mudar minha antiga forma de pensar e dará forças para pensar aquilo que mudará minha vida. O apóstolo Paulo passou por isso em Gálatas 5.16-18: " D i g o , po ré m: andai no Esp írit o e ja ma is satisfareis à co nc u pisc ênc ia da carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que nã o façais o qu e, po rv en tu ra , seja do vo sso quer er [não temos poder], Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei [a futilidade do esforço humano, a maldição da curva]."

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imagina

Quatro maneiras do mudar sous pensamentos definitivamente Vamos rever. Ninguém o deixa maluco. Você se deixa maluco. Nã o é o que aconteceu a você; mas o que pensa que acon tece a você. Para viver bem, você tem que aprender a viver pela verda de. Você tem que mudar seus pensamentos definitivamente: "E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente" (Rm 12.2). Como podemos renovar a nossa mente? Como podemos mudar nossos pensamentos definitivamente? Há quatro catalisadores. 1. A grand e virada

O pensamento errado é um problema pecaminoso, portanto a solução seria o arrependimento. Você inicia o processo de mu dança reconhecendo suas falsas crenças, confessando-as a Deus, e conf ess ando -as a algu ém que pos sa orar por voc ê (ver U o 1.8,9). Infelizmente, o arrependimento sempre está associado a uma experiência religiosa, e geralmente as pessoas não têm idéia do que realmente significa. A palavra grega no Novo Testamento para "arrepender" significa, literalmente, "mudar a mente". O dicionário da minha biblioteca pessoal define arrependimento como "um reconhecimento radical de Deus ... bem como uma confissão radical de prostração pelo pecado." Muito tempo atrás, antes de Noé e o grande dilúvio, a Bíblia relata que "Viu o Senhor que a maldade do homem se 3

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havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo o desígnio do seu coração" (Gn 6.5). Séculos depois o apóstolo Paulo estava ainda batendo na mesma tecla triste: "porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus pró prios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato" (Rm 1.21). Pensamento errado é um problema pecaminoso. 2. Pão para o cérebro

A Bíblia tem o poder para mudar seus pensamentos por duas raz ões es sen cia is: (1) é a Pala vra de De us , e (2) é a ver da de. De acordo com a Palavra de Deus, a Bíblia é muito mais que um registro do que as pessoas pensavam sobre Deus. A Bíblia tem uma energia própria porque é a Palavra de Deus. Não é somente um livro com boas coisas escritas sobre as quais pode-se pensar. Ela tem literalmente o poder de mudar o que você pensa quando está enfraquecido. Paulo sabia disso quando escreveu a Timóteo que as Escri turas são "ins pi ra da s" (2 Tm 3.16). Isto nos soa certo hoje, m as para Paulo, em seu ambiente, o termo "inspirado" remonta aos capítulos iniciais da Bíblia, onde diz que Deus soprou no homem o sopro da vida, e o homem se tornou alma vivente (ver Gn 2.7). Como o ser humano foi criado à imagem de Deus e compartilha a vida com Deus, então a Bíblia foi inspirada pelo sopro de vida e pelo Espírito de Deus. O poder das Escrituras é o poder do Espírito Santo trabalhando em e através da Palavra de Deus. Ambas as palavras em hebraico e em grego para "sopro" também significam "espírito". Num jogo de palavras inteligente, Jesus interpreta estas idéias de sopro, espírito e vida: "O espírito 192

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não é o que você

é o

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que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida" (Jo 6.63). A Palavra de Deus também é, "viva, e eficaz, e mais cor tante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, j untas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração" (Hb 4.12). É poderosa! Essa é a razão porque Jesus enfrentou sozinho o diabo usando a Escritura: "Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus" (Mt 4.4). A Bíblia é o pão para nossa alma! Para que a Bíblia trabalhe para você, especialmente quan do estiver lutando contra padrões fortes e poderosos de pensa mentos, sugiro que se transforme num cristão com cartão. Devo ao escritor Norm Wright por essa idéia. É simples: Pe gue um cartão de 7,5 por 13 cm e de um lado escreva versículo ou versículos que ache que seria de grande ajuda para a sua situação em particular. Do outro lado, escreva "PARE!" em letras grandes. Leve o cartão com você. Quando seus pensamentos come çarem a fugir, pegue o cartão e leia (em voz alta, se puder). Diga-se a si mesmo: "PARE!" Diga à sua mente: "Pare de p e n s ar a ss im !" Agora vire o cartão e leia os versículos. Leia no va me nte , várias vezes por dia se for neces sário . Estou falando isso por qu e me ajudou mui tas vez es . Li Sa lmo 20.1 -5 po r q ua se um ano. A Bíblia tem uma palavra para esse tipo de exercício men tal: "meditação." Meditação é a medicação para os pensamen tos da sua vida, para sua alma: "Lembro-me dos dias de outrora, penso em todos os teus feitos e considero nas obras das tuas mãos. A ti levanto as mãos; a minha alma anseia por ti, como terra sedenta." Selah [que significa, pense nisto mais uma vez] (SI 143.5, 6). 193

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3 . Pensamentos poderosos através do Espírito Santo

Tenho feito longos estudos e escrito muito sobre o bemestar espiritual, e concluí que nossas mentes interferem diaria mente no reino espiritual. Nã o importa se você acredita, não importa se você pensa sobre isso conscientemente, mas a realidade é que você tem ouvidos para ouvir e olhos para ver algo que está do outro lado do tempo e do espaço. Criados à imagem de Deus, os seres hu manos têm uma profunda capacidade espiritual. A química do cérebro humano é mais do que química. Você pode se conectar com Deus. E o demônio? Paulo nos alerta sobre isso: "Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente, e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo" (2Co 11.3). Essa é a zona de guerra para sua mente, e é por isso que Paulo pede aos cristãos para colocar toda a armadura de Deus, incluindo o capacete da salvação em sua cabeça, "porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes" (Ef 6.12). O que você pensa não é coerente com você. Algumas ve zes é um encontro poderoso com o diabo, e a presença real de Deus é necessária para proteger sua mente e ajudá-lo a crer e obedecer a Palavra de Deus. Isso é o que nos traz à total dependência à terceira das qua tro mais poderosas maneiras de mudar os pensamentos definiti vamente: o Espírito Santo, que é a terceira Pessoa da Trindade. "E eu rogarei ao Pai," Jesus prometeu, "e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espí rito da verdade" (Jo 14.16, 17). 4

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A realidade

não é o que você

imagina

4. Quando dói pensar

Por último, mas você vai gostar menos disso, a quarta maneira de mu da r o qu e pe ns a é, be m, algo que não po de fazer com que aconteça. Está completamente fora de seu controle: crises. Uma das maiores falsas crenças da igreja é a opinião larga mente defendida de que se você vai à igreja aos domingos, se alguém prega ou ensina sobre a Palavra de Deus a você, você irá mudar . Sim, a Palav ra de Deu s penet ra com poder in trínse co, e a fé ve m pel o ouv ir a Pa lav ra de De us (ver Rm 10.17) . Mas a realidade é que as pessoas não mudam por ouvir a verda de ou por lerem bons livros cristãos. Ah, talvez mudem um pou co, mas as mudanças são mais como ajustes. Algumas vezes meu carro precisa ser revisado. Algumas vezes necessitam de um novo motor, como quando o primeiro fundiu. As pessoas mudam radicalmente quando as situações violen tas da vid a ba te m à sua porta . Só falar sobre mu da nç as transfo r ma só um pouco a vida das pessoas - pela simples razão de que grandes mudanças machucam demais. Geralmente as pessoas não mudam até que a dor de permanecer seja maior do que a dor de mudar. Minha personalidade básica tem sido praticamente a mes ma nos últimos vinte anos, mas com certeza eu amadureci no final dos anos oitenta. Numa crise pessoal da realidade, minha vida foi marcada para sempre. Eu sou como Jacó, que após passar uma noite escura e misteriosa lutando com u m anjo, sai do vale de Jaboque com uma marca permanente na perna e um novo nome, Israel. Eu sou basicamente a mesma pessoa de vinte anos atrás, mas as pessoas do meu convívio diário podem dizer a você que sou uma pessoa diferente. Deus não mudou meu nome, como Jacó, mas fiquei com arritmia cardíaca. Toda vez que tenho uma P V C (ab rev iaçã o para contr ação prev entri cular em inglês) - e 195

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posso sentir cada uma delas - eu ouço a voz de Deus. Assim como Paulo, eu posso dizer que carrego em meu corpo as mar cas do Senhor Jesus (ver Gl 6.17). O meu problema cardíaco é uma lembrança constante que Jesus é o Senhor de tudo e eu não sou senhor de nada. Eu não gostaria de viver aqueles anos desesperados nova mente, nem por um milhão. Mesmo assim é um tesouro precio so para minha vida, porque não poderia ser quem sou hoje sem aquela crise, sem aquela dor. Eu tive que mudar porque se a dor tivesse permanecido, ela teria me matado. Desejaria que tivesse sido diferente, mas Deus nos disci plina no sofrimento: "Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprova do; porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a qu em re ce be " (Hb 12.5-7). Eis aqui por que Tiag o oferece seu convite para ter "por motivo de toda alegria o passardes por vár ias pr ov aç õe s" (Tg 1.2). Isso nã o o faz ra ng er os den tes ? Gosto da maneira como J.B. Phillips aborda isso: "Quando todos os tipos de tribulação e de tentação se acumularem em suas vidas, não se ofendam como se elas fossem intrusas, mas dêem-lhes boas-vindas como a amigas! Entendam que elas vêem para lhes testar a fé e gerar em vocês perseverança. Mas deixem que esse processo continue até que a perseverança se desen volva completamente, e descobrirão que se tornaram homens de caráter maduro, de integridade, sem nenhum ponto fraco" (Tg 1.2-4, Cartas para Hoje).

Você tom sofrido o bastante? Somente o cristão maduro pode receber a adversidade como um a opo rtu nid ade de olhar para si me sm o mais pro fun dame nte e alcançar a Deus com mais fervor. Então se você conseguiu passar por todo esse livro sem se queixar, sem protestar, então 196

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não é o que você

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não fiz meu trabalho. Se esse livro não o fez sofrer nem um pouco, é porque ele não mudou em nada sua forma de pensar. Veja, tenho orado para que esse livro possa provocá-lo. Não para você ficar bravo, mas para que pratique obras. Além do mais, se após ler esse capítulo, você for murmurar algo como, "Este livro me deixou maluco," ele faria somente você parecer tolo. Tenho orado também para que esse livro o liberte da misé ria das falsas crenças comuns e aprofunde seu amor por Deus e sua apreciação por sua graça total e incondicional. Deus está respondendo minha oração?

197

Notas

Introdução Sábios razões poro ler esse livro 1. 2.

David G. Meyers, The Inflated Self: Human Illusions and the Biblical Call to Hope (Nova York: Seabury, 1980), 22-24. Chris Thurman, The Lies we Believe: The #1 Cause of Our Happiness (Nashville: Thomas Nelson, 1989), 22-24.

Capítulo 1 Deus é eterno, mos o que mais me preocupa agora é o que ele pensa de mim 1. 2. 3.

A.W. Tozer, The Knowledge ofthe Holy (Nova York: Harper & Row, 1961), 9-13. Steve McVey, Grace Walk (Eugene, Ore: Harvest House, 1996), 18. Freqüentemente tenho ouvido falar que isso acontece quando oramos em línguas, mas o contexto não tem nada a ver com falar em línguas. Está claro aqui, que o Espírito intercede por nós (Grego: anti, ou "em nosso lugar") com gemidos "inexprimíveis". Falar em línguas pode pa-

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recer com gemido, mas ainda é algo que necessita da expressão de pa lavras. Os gemidos do Espírito Santo por nós são silenciosos.

Capítulo 2 Deus é implicante e facilmente irritável Creio na posição histórica cristã sobre a Divindade, que Deus é Trino, mas francamente não é uma doutrina fácil de explicar. A natureza de Cristo e seu relacionamento com o Pai foi, na realidade, um dos assun tos mais controvertidos nos primeiros cem anos da era Cristã. Mais ou menos em 1.000 d.C. a igreja passou pela maior divisão, que tinha a ver, entre outras coisas, com uma pequena diferença em como definir a Trindade. Certamente, questões de poder e controle foram colocadas de lado, mas o problema final seria um argumento teológico para a palavra em latim filioque, que significa "e do Filho". A doutrina da Igreja Ortodo xa diz, "Eu creio no Espírito Santo, que vem do Pai." Provavelmente você esteja mais familiarizado com a doutrina ocidental: "Cremos no Espírito Santo, que vem do Pai e do Filho." Essa última parte é a tradu ção para o termo original em latim, filioque. Depois de mil anos, é difícil compreender que filioque é tão importante. Mas aquilo que te preocupa agora é mesmo importante?

Capítulo 3 TfcUfc cre.nç-0,?: Deus nos classifica por méritos (quanto melhores formos, maiores serão os bênçãos) George Barna, seminário "What Effective Churches Have

Discove-

red".

George Barna, Index of Leading Spiritual indicators (Dallas: Word, 1996), 71 . Henri Nouwen, The Return of the Prodigal Son: A Story ofHomecoming (Nova York: Doubleday, 1994), 42, 43.

200

Notas

Capítulo 4 TÛtK vrtnçfi, 4 : Deus é amor, portanto ele não dará importância ao que estou fazendo 1. 2. 3. 4. 5. 6.

7. 8. 9. 10. 11 .

12.

13.

14. 15. 16. 17. 18.

George Barna, "The American Witness,", The Barna Report, Novem bro/Dezembro 1997, 3. Em grego aphiemi, que significa "Eu liberto". Philip Yancey, "The Unmoral Prophets," Christianity Today, 5 Outu bro, 1998, 76 Yancey, 77. Richard Dawkins, como mencionado em Yancey, 77. Stewart Vogel, como mencionado em Terry Mattingly, "Thou Shalt Listen Closely," The Arizona Republic, 26 de Setembro, D4. James Dobson, Focus on the Family Newsletter, 3 de Abril, 1993. John Kohan, "The New Russian Culture: A Mind of Their Own," Time, 7 Dezembro 1992, 68. Yuri Zarakhovich, "A Russian's Lament: Democracy Must Mean Much More Than Sausage,", Time, 21 Setembro, 1998, 76. Marianne K. Hering, "Believe Well, Live Well," Focus on the Family Newsletter, Setembro, 199 4,4 . Carol Travis e Susan Sadd, The Redbook Report on Female Sexuality (Nova York: Ed. Delacorte, 1977), 3. Judith Wallerstein e Sandra Blakeslee, Second Chances: Men, Women, and Children a Decade after Divorce (Nova York: Ticknor & Fields, 1990). Thom as Schmidt, Straight and Narrow? (D ow ne rs Gr ov e, 111: InterVarsity Press, 1995); e "Homosexuality and Christian Morality." Hering, 3. Rebecca A . Clay, "Psychologists' Faith in Religion Begins to Grow," The APA Monitor, Vol. 27, nr. 8, Agosto 1996, Iff. Jo yce Bro ther s, num artigo impr esso em New Woman, Junho de 1995. No grego original está "desejo forte" ou "paixão", algo que é "somente humano." "Perverter o evangelho" é o que Paulo diz de qualquer ensinamento que sugere que nosso relacionamento eterno com Deus está baseado em Jesus mais alguma coisa. Ver Gálatas 1.6-9.

201

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Frank Koch, Proceedings, como citado em Steven Covey, Seven Habits of Highly Effective People (Nova York: Simon & Schuster, 1989), 33.

Capítulo 5 Deus quer que eu seja feliz; ele sempre me protegerá da dor e do sofrimento 1.

Marriage in America: A Report to the Nation (Nova York: institute for

2.

Americam Values, Março de 1995), 3, 8, meus itálicos. Robert Wuthnow, como mencionado em Donald McCullough, The Trivialization of God: The Dangerous Illusion of a Manageable

3. 4.

Diety

(Colorado Springs, Colo: NavPress, 1995), 41. Dan Wakefield, como mencionado em McCullough, 46. "Americans Begin Fifth Year as Captives," Charisma, Março 1998,16,17.

Capitulo 7 TIKUIK cre-nq-tK 7:

Se eu orar bastante e trabalhor para isso, urn dia meu problema sera solucionado 1. 2.

Dwight Carlson, "Exposing the Mith That Christians Should Not Have Emotional Problems," Christianity Today, 3 Fevereiro 1998, 30. Carlson, 30.

Capítulo 9 TPXSÍK crenf n - f: Ser espiritual é tudo o que importa, porque é somente isso que importa para Deus Esta é a palavra grega que se referia ao capitão ou piloto do navio e à organização ou dirigente da igreja local. J.B. Phillips, nas Cartas para Hoje, refere-se aos "organizadores e ajudantes."

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Noras

2.

3.

4. 5.

6. 7.

Henry Blackaby e Claude King, The Power of the Call (Nashville, Tenn.: Broadman, 1997), 27. Os Guinness, The Call: Finding and Fulfilling the Central Purpose of Your Life (Nashville, Tenn.: Word, 1998), 32-33. Guinness, 34. Scott Russell Sanders, Writing from the Center (Bloomington, Ind.: University of Indiana Press, 1995), 89-95. Thomas Merton, como citado em Sanders, 96. Guinness, 28, 29.

Capítulo 10 Minho crença em Deus é mais importante do que a maneira como trato as pessoas 1. 2. 3. 4. 5.

Andy Dappen, "When Less is Mor e," Hemispheres, Novembro 1997, 155. Isso é chamado de "paralelismo hebraico". Sanders, 72, 73. Ralph Keyes, We the Lonely People (Nova York: Harper & Row, 1973), 12, 13. Keyes, 43.

Capítulo 11 fl realidade não é o que você imagina: quatro maneiras de mudar o que você crê definitivamente 1. 2. 3.

John Powell, Why I'm Afraid to Tell you Who I Am (Chicago: Peacock, 1969), 38, 39. Powell, 38, 39. Horst Balz e Gehrard Schneider, eds. The Exegetical Dictionary of the New Testament, vol. 2 (Grand Rapids , Mich.: Eer dma ns, 1991), 417.

203

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Se você quiser ler sobre isso com mais profundidade, eu recomendo meu livro How to Overcome the Darkness, publicado por Baker/Chosen Books.

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