CHAMELEON Uma jornada pelas sombras João Abrantes
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Índice Introdução ................................................................ .................................... ............................ 7 Recapitulando... ....................................................... 9 O retorno do rei ....................................................... .................................. ..................... 12 Os mercenários ....................................................... ................................... .................... 37 ... E o Bukowski continua lindo... lindo.. . .......................... 52 52 Sobriedade obscura ................................................ 59 Jogando no camarote cam arote ............................................. ................................ ............. 73 A segunda festa fes ta a fantasia ...................................... .................................... .. 85 Carnaval vitorioso (?) ............................................. 92 Sentimentos #OFF ................................................ ................................... ............. 109 A acidez do camaleão c amaleão ............................................ ................................ ............ 113 O primeiro primeir o close ácido .......................................... ................................... ....... 116 What’s Up (ou App)? ............................................. ................................ ............. 126 Chameleon, o convencido conve ncido ..................................... .................................... . 131 Semana Santa em Baependi 2 ............................... 137 Um close explicado ............................................... 150 Uma sarge cheia de surpresas ............................... 155 E a acidez acide z só crescia... cr escia... .......................................... .................. ........................ 163 Abstinência ............................................................ ................................... ......................... 166
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Wingings virtuais, virtua is, closes reais r eais .............................. 169 Arrebentando em São Paulo .................................. ................................ .. 175 Uma nova cidade, um novo começo c omeço ..................... 185 Conclusão .............................................................. ........................................... ................... 196 Depoimentos ........................................................ ..................... ..................................... 201 Agradecimentos Agradecimento s..................................................... .................................. ................... 215
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“Se ficar muito tempo olhando para o abismo, o abismo olhará para você.” Nietzsche $
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Introdução Às vezes, é necessário conhecer a escuridão para entender a importância da luz. Após o final do livro anterior, adentrei uma jornada de novos desafios e, consequentemente, novos feitos - uns dos quais me orgulho, outros nem tanto. A escolha do subtítulo “uma jornada pelas sombras” não foi fruto do acaso, pois este segundo volume retrata o que acontece quando você resolve “desligar” os seus sentimentos (e, em alguns casos, até mesmo a ética). Provavelmente, à medida que estiverem lendo, irão indagar a si mesmos se o João que escreveu este volume seria, por acaso, o mesmo João que escreveu o volume anterior - afinal de contas, o primeiro volume de minha saga me retrata ainda muito romântico, sensível e - é claro - ingênuo. “Uma jornada pelas sombras” mostra como o ciclo de mudanças não tem fim e, caso você se perca em uma dessas “metamorfoses”, nunca é tarde demais para buscar a redenção e tornar-se uma pessoa ainda melhor que todas aquelas que já foi anteriormente.
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Caso você ainda não tenha lido o volume anterior, sugiro que feche este e só o retome uma vez que o tenha lido, pois além do mesmo ser crucial para entender o que acontece a seguir, é nele que explico, em detalhes, todas as terminologias que aqui serão utilizadas. Desejo a todos uma ótima leitura e, como sempre, desejando que aprendam com meus acertos e também com meus (grotescos) erros. Improvisar, adaptar, superar.
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Recapitulando... Era uma vez um rapaz chamado João, que em virtude de sérios problemas de timidez e autoestima só tinha ficado, até os 29 anos, com um total três meninas. A terceira menina com quem ficou (e que chegou a ser sua esposa) ficou um total de oito anos consigo... No entanto, a relação foi conturbada e terminou da pior forma possível. De volta à vida de solteiro e novamente frente-afrente com o fantasma de sua timidez e seu consequente pavor em abordar o sexo feminino, João passou quase seis meses quebrando a cara até dar um “basta” e procurar ajuda. Descobriu, através da Internet, a comunidade da sedução e se deu conta de que não estava sozinho e que havia milhares de homens na mesma situação que ele todos eles buscando estudar a dinâmica por trás do processo de sedução e, com isso, buscar certa equiparação com os sedutores naturais. Ainda que um tanto cético, João deu uma lida por alto em um dos muitos métodos existentes e o aplicou em um grupo de duas meninas que estavam à mesa de (
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um bar. Ao dar conta de que não apenas abordou duas meninas (quando não conseguia nem mesmo abordar uma) e que as duas haviam focado suas atenções nele, João retornou à sua casa, adotou o apelido de Chameleon (camaleão em inglês) e estudou, ostensivamente, a arte do sedução (conhecida internacionalmente como pickup ou PU) e passou a sair todos os finais de semana para aplicar em campo o que estudava na teoria. A cada saída, postava nessa comunidade um relato de campo para obter opiniões sobre seu desempenho e, com o tempo, começou a chamar atenção na comunidade. Não apenas angariou uma legião de amigos que muito o ajudaram, mas também virou um exemplo de persistência e superação para aqueles que julgavam ser um caso perdido. Ao final de quatro meses de comunidade, fez um bootcamp (treinamento vivencial de pickup ) pela empresa PUATraining e, ao término do mesmo, foi chamado para ser um dos instrutores. A partir daí, ficou conhecido como um Artista da Sedução (conhecido internacionalmente como Pick-Up Artist ) e o lema, “improvisar, adaptar, superar”, virou sua marca registrada. Após mais algumas peripécias e muitos novos relatos de campo, resolveu compilar tudo que já )*
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havia feito em um livro, chamado Chameleon. - não para afirmar ao mundo quantas mulheres ele seduziu, mas sim para dar esperança àqueles que por ventura poderiam estar passando pela mesma situação que ele antes da descoberta da comunidade. Ele sabia, entretanto, que a jornada não tinha fim e que estava longe de acabar. E é agora que ela continua.
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O retorno do rei Estávamos no final de 2012 e próximos ao Natal. Eu, que estava solteiro e com sede de sangue, não pensei duas vezes e me programei para retornar a BaependiMG, onde não sargeava desde julho de 2011. Cheguei a retornar lá em agosto de 2012, mas ainda namorava Mel e não estava nem um pouco afim de fazer besteira. Iria rolar, dia 21 de dezembro, uma festa chamada Doomsday (parodiando o suposto apocalipse que ocorreria essa data), na boate Cine Legend (lembram, aquela onde em dezembro de 2010 fui duas noites seguidas e não fiquei com ninguém?). Eu já não tinha mais tanto contato com a turma que andava comigo antigamente. Minha pivot , Priscilla, engatou um namoro firme e foi morar em Niterói. Hellraiser, aquele beberrão maluco, foi morar no Rio Grande do Sul e deixou saudades. Alex continuou levando sua “vida de casado” com Nine e Pacheco, embora tivesse praticamente deixado de sair à noite comigo, permanecia como companheiro de praia. Em contrapartida, Leo (o wingman que me ajudou a ficar com Bianca no incidente da festa a fantasia, retratado no volume anterior) permaneceu firme e forte
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acompanhando-me em minhas sarges sempre que possível. Aliás, ele passou a trabalhar para a PUATraining. Além de Leo, continuava saindo com KINGRJ e nosso terceiro (e crucial) membro, Digo. Juntos, éramos o que eu chamo de “trio ternura”. Ainda assim, era necessário arranjar novos wingmen ... E um belo dia, postei no grupo da PUATraining, no Facebook, que iria dar uma sargeada no Bukowski e se algum ex-aluno animava ir. Um ex-aluno de um dos bootcamps dos quais eu não fui instrutor chamado Gabriel prontificou-se a ir. Gabriel (que mais tarde assumiu o apelido de Faceman !"#$%&'( * +",&-". era jovem, porém esperto e repleto de entusiasmo. Tinha uma habilidade incrível de identificar problemas e propor soluções... No entanto, sofria do mesmo mal que a maioria das pessoas dotadas desta aptidão: não era capaz de resolver seus próprios problemas, sobretudo afetivos. )"
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Após nossa primeira sarge juntos, viramos bons amigos e o propus de ir a Baependi comigo nessa sarge de fim de ano, aventura da qual ele aceitou participar sem titubear. Faltava umas duas semanas para a viagem e um belo dia, ao chegar do trabalho, eis que abro o Facebook e vejo uma solicitação de amizade de uma das mulheres mais gatas que já tive a oportunidade de ver. Sua pele era branca como a neve, olhos verdes como esmeralda e cabelos longos, lisos e negros como o breu da noite. Seu nome era Nayana e após ter me visto na lista de pessoas que confirmaram presença na festa, interessou-se e tomou a iniciativa de iniciar o contato. No começo, achei aquilo bom demais para ser verdade e até julguei tratar-se de um perfil falso. Mas, pela quantidade de fotos e até mesmo pelo papo, dava para ver que não era. “Tirei a sorte grande”, pensei. Conversamos quase todos os dias e, obviamente, marcamos de sair tão logo eu chegasse a Baependi.
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21-25 Dezembro de 2012 JAK SIE MASZ, PUAS! Mais uma viagem a Baependi chega ao fim. Embora eu inicialmente não tivesse planejado fazer RC, aconteceram umas coisas tão épicas e, ao mesmo tempo, tão engraçadas que tive de o fazer. Como tenho hábito de levar alguém comigo quando lá vou, desta vez sobrou para o Faceman, um ex-aluno meu de bootcamp que, após ter lido meu livro, ficou bastante curioso para conhecer o lugar. Detalhe: esta foi minha primeira vez na cidade depois do término de namoro. A última vez que fui foi em agosto de 2012 e, como ainda estava com Mel, nada fiz. A cidade, que já foi até chamada de Chameleonville, não mais tinha seu “governante”... E eu fui na missão de resgatar o “trono”. Vamos ao RC. SEXTA, 21 DE DEZEMBRO DE 2012 Chegamos em Baependi e já eram 23:30 – tempo suficiente para nos arrumarmos e irmos para a boate Cine Legend, onde rolaria a festa Doomsday. Desta vez, fiquei em um hotel diferente. Sabe aqueles hotéis que você só vê em filme, onde você toca a campainha e aparece um cara assustador? Foi mais )$
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ou menos isso que aconteceu. Um senhor bem assustador apareceu ao toque da campainha.
SENHOR: Pois não? CHAMELEON: Oi, há uma reserva em nome de João. SENHOR: João... Hum. Não há nada em seu nome. CHAMELEON: Então tente Gabriel. Foi ele quem reservou.
O homem, tira os olhos do livro, olha para mim com uma cara de “puta merda”.
SENHOR: São casal? CHAMELEON: Sim... Digo, não! Não esse tipo de casal. Não, não. Dois amigos héteros, tá? Eu amo mulher.
Mal-entendido desfeito, o senhor me deu as chaves para um quarto com duas camas de solteiro separadas (ufa). Enquanto Face terminava de se arrumar, desci para a praça e fiquei surpreso com o que vi – o bar “Fecha Nunca“ havia virado um point de gente bonita. Se eu dissesse que tudo sei de PU, seria uma falácia. Pelo contrário, o fato de ser instrutor me obriga a estudar ainda mais o assunto, visto que precisamos de aprimoramento constante. Antes de vir a Baependi, fiz uma imersão de 6 horas no seminário em vídeo
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“Flawless Natural”1 (recomendo fortemente). Tão logo pisei na área movimentada, baixei a velocidade e comecei a perceber os IDIs à minha volta. Sem perder tempo, abordei o primeiro 2-set de meninas tops que encontrei por lá – coisa básica (“oi, vão à festa?”, “acham que vai bombar?”, “de onde vocês são” etc.) Nisso, ejeto do set, encontro Face e encontramos, na praça, dois rapazes da cidade (um deles, daqui do PB, o Vinie). Como fazia tempo que não nos víamos, ficamos uma meia hora batendo papo – obviamente, 80% da conversa era PU, ainda mais agora que havia lançado um livro e me tornado instrutor da PUATraining. E entre uma conversa e outra, eu abordava um set. Coisa do tipo, virar para a mulher de trás e falar “e você, o que acha disso?” e, quando a mulher falava “o quê?”, eu dizia do que estávamos conversando e perguntava a opinião dela. Outro opener que usei bastante foi o do “tá postando o quê no Face?” para as meninas com smartphone em uso. Após um total de cinco aberturas de set, Face e eu partimos para o Cine Legend... E apesar da presença de mulheres de nível razoável, a festa não estava bombando conforme prometia. 1 Seminário
de jogo natural ministrado pelo PUA Tim, da RSD (Real Social
Dynamics)
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Chegaram três rapazes, todos de Elói Mendes (MG). Um deles, inclusive, é aqui do PUABASE e me acompanhou no fórum desde o começo de minha jornada PUA. Sempre dissemos um ao outro que ainda iríamos sargear juntos e – bom – o momento havia chegado. Os outros dois rapazes haviam lido meu livro e tiraram uma meia hora para conversarem comigo e aprender algumas coisas novas – o que, obviamente, não neguei e fiz com a maior boa vontade. Vi que Face estava fazendo algumas abordagens. Este estava encaminhado. Comecei a fazer algumas abordagens também... Bem incisivas, por sinal (conforme mostrou o “Flawless Natural”). Foi interessante abordar meninas com uma linguagem corporal bem firme e uma voz bem autoritária e falar “Olá, meu nome é João. Você me pareceu legal.”. Abordei muita mulher assim... Perdi a conta de quantas. E apenas uma delas foi escrota comigo, mas eu aprendi, com o pessoal que trabalha comigo, que a melhor forma de sair de um toco é você ir embora rindo. Como o ambiente é escuro e barulhento, quem está de fora e vê a mulher surtando e você indo embora rindo, pensa que vocês devem se conhecer e que você falou alguma coisa que irritou ela, propositalmente. Você não perde o valor. Fiquei uns 10 minutos conversando com uma HB que )'
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era dentista... Ela tinha rabo preso, mas era notório seu interesse em mim. Se eu “agressivasse” um pouco mais para cima dela, provavelmente a closaria, ainda mais porque a amiga e o amigo que estavam com ela deram a maior força para que ela ficasse comigo. Face e eu reencontramos as meninas que abordei assim que cheguei na praça na pista de dança. Chegamos a abordá-las e até mesmo parti para cima de uma delas, mas ela resistiu de tudo que era jeito. De repente, ao balcão, vejo uma garota que estava já bastante chateada porque ninguém do bar a dava atenção. Fiz um gesto ao barman, apontei para ela e fiz ele tomar seu pedido. Ela me agradeceu e começou a conversar comigo. De novo, aquela conversa sem importância ( “de onde você é”, “o que você faz aqui”, “quantos anos você tem”)... Esta, no entanto, comecei a fazer escalação de kino. E consegui o primeiro KC da noite. Depois, retornei ao grupo (que por sinal não apenas me olhou abordar, como me fotografou fazendo isso) e falei, com humor:
CHAMELEON: Escolham uma para eu abordar. De repente, um dos rapazes viu uma garota sentada ao lado de um cara. Apontou para ela.
RAPAZ: Aquela. Pega o nome dela. CHAMELEON: Ok. )(
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Fui ao set, abordei primeiro o cara.
CHAMELEON: Rapaz, qual o nome de sua namorada
mesmo? Ela é amiga de uma amiga minha, mas não tenho coragem de abordar sem lembrar do nome. CARA: Eu sou gay, cara. Não é minha namorada não. O nome dela é Camila. Virei para a mulher.
CHAMELEON: Oi, Camila! HB: Como sabe meu nome? CHAMELEON: Não sabia, mas você tinha cara de Camila. HB: Ah, conta outra! Nisso, comecei a kinar e a jogar um pouco de conversa fora.
CHAMELEON: Sabe, te achei de longe bastante interessante. HB: Ah, é? Fale mais sobre isso. CHAMELEON: Falar para quê?
KC e troca de telefones. Retornei ao grupo.
CHAMELEON: O nome dela é Camila. RAPAZ: Te mando à merda agora ou depois? Eu falei apenas pra pegar o nome dela!
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E ambos rimos muito. Ficamos mais uma horinha por lá e resolvemos partir para o hotel – estávamos cansados. Fim da primeira noite, 2x0. SÁBADO, 22 DE DEZEMBRO DE 2012 Tenho o hábito de acordar cedo. Fui dormir 3 da manhã e acordei às 8... No gás. Tomei um banho e fui dar um rolé pela cidade, sozinho mesmo, para cumprimentar meus conhecidos de lá. Em seguida, Face me encontrou e ficamos os dois passeando pela cidade (e sempre que possível, puxando conversa com os sets). O dia começou a ficar bom a partir de umas 19h. Estava a caminho do bar “Fecha Nunca”, quando ouço um “psiu” vindo de cima. Era Jassmin, a personagem de meu livro que figurou boa parte dos episódios em Baependi (sobretudo o da Semana Santa).
JASSMIN: Quanto tempo hein! CHAMELEON: Verdade! Como você tá? JASSMIN: Tô bem e você? Trouxe a namorada? CHAMELEON: Nah... Solteiro! JASSMIN: Eu ainda namorando... Mas tá ruim, sabe?
Não vai durar mais muito tempo. Vai ficar até quando aqui? CHAMELEON: Até quarta. JASSMIN: Então vai dar tempo. Eu te dou um toque, de repente a gente se encontra escondido. CHAMELEON: Sei, sei... Do mal hein... JASSMIN: Bom, deixa eu voltar aqui! Um beijo! +)
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CHAMELEON: Inté! Continuei seguindo para o bar. Assim que lá cheguei, procurei a dona. Entreguei a ela um exemplar impresso e autografado de meu livro, e disse “Gra, estes últimos dois anos, sei que tem presenciado um monte de coisa minha aqui no seu bar... E acho que isto vai responder às suas perguntas. Considere um presente de Natal”. Ela – AMOU – o livro. E o mesmo está sendo lido por toda a equipe do bar no momento em que redijo estas palavras. Estou dando a cara a tapa? Claro que sim. Uma característica minha sempre foi o jeito 100% transparente – nunca escondi do mundo que sou PUA, nunca mantive segredos de ninguém. E assim, fico salvaguardado de possíveis invejosos. Após mais uma noite de esquenta, a praça estava lotada e os rapazes de Elói Mendes, que no dia anterior eram três, retornaram à cidade – agora, em um grupo de 12 (isso mesmo). Seis rapazes2 (todos eles, leitores de meu livro). Seis moças. Eu já havia sido tietado, não vou negar... Mas nunca tive um grupo tão grande à minha volta e tão ávido por aprender algo comigo... Quem olhava para a gente, 2 Ok,
hora de “dar nome aos bois”. Destes seis rapazes, quatro viraram grandes amigos e até mesmo me encontraram em outras oportunidades (sendo o Carnaval de 2013 a mais significativa), são eles: Zatti, Syllar, Bruno Lennon e Loki.
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devia achar que eu era realmente alguma celebridade. Nisso, compramos ingressos para mais uma festa que iria rolar no Cine Legend. Confesso que eu estava um tanto cansado e sem energia para sargear. Mas partiria o coração dos rapazes se não saísse com eles, afinal de contas vieram de muito longe para me conhecer. Abordei um 3-set sozinho perguntando se a festa ia estar boa... E, de repente, chamei um desses rapazes de Elói Mendes para abrir um set comigo. Se você estiver lendo este RC, manifeste-se!!! Demos uma volta na praça e, de repente, notei um IDI de duas meninas que estavam sentadas. Olhei para trás e percebi que o IDI não havia cessado. E eu, na cara de pau, apontei para ela.
CHAMELEON: Estava me olhando! Eu vi! Não adianta negar! As duas meninas coraram de vergonha. Fui até elas, junto a esse meu amigo.
CHAMELEON: O mínimo que posso fazer é dizer meu
nome. Prazer, João. HB1: Ana. HB2: Ana. CHAMELEON: What the fuck! Bom, pelo menos vai poupar trabalho na hora de confundir as duas.
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Descobri que uma delas era de SP e estava passando o Natal em Baependi com a família... E que sua amiga era sua prima, na realidade. Apresentei o rapaz, elevei bastante seu valor falando a respeito do que ele fazia em sua cidade com bastante entusiasmo (atenções voltaram para ele). Elas estavam indecisas se iam à festa e, para não deixar a interação esfriar, ejetamos e dissemos que, qualquer coisa, estaríamos na balada. Quando retornei ao grupo, vi que Vinie (daqui do PUABASE e com quem também havia falado na sextafeira) havia se juntado à patota. Entramos na balada em um grupo de 15. Entourage. Que balada fraca. PQP. Tinha muito casal, muita UG e o nível do pessoal, de forma geral, era underground. E de repente, a clássica situação de pressão: “Chameleon, aborde alguém para eu ver você em ação”. PUTZ. Isso me trouxe más lembranças da Lapa (falo disso no meu livro). O field estava uma merda. Comecei a fazer algumas abordagens, sim... Mas só levava fora. Devo ter levado uns 7 foras seguidos. No entanto, havia esquecido do quanto eu havia evoluído desde esse episódio da Lapa... E se antes esses foras afetavam meu frame, +#
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agora não mais. Continuei dançando, brincando... E quando eu olho para trás... Pi-pi-pi-pi! Indicador de IDI apitou! Uma menina próxima ao balcão, que estava com uma amiga (que por sua vez estava com um cara), estava de olho em mim. Sem dizer nada ao grupo, me retirei e fui falar com ela. Cheguei agressivo, kinando com firmeza.
CHAMELEON: Ei, é sempre vazio assim? (kinando cotovelo e a uma distância de 1 palmo). HB: Não, é que hoje tem uma festa em Cruzília também. CHAMELEON: Cruzília, já me falaram tanto... Tem muita festa lá? (kinando tríceps, agora a meio palmo de distância dela). HB: Tem sim, mas não tem gente bonita como aqui. CHAMELEON: Estou vendo... (olhando para ela com desejo, agora kinando a parte inferior de suas costas e permitindo um começo de contato corpo-a-corpo). HB: E você é de onde? CHAMELEON: Do Rio. HB: E está fazendo o quê aqui? CHAMELEON: Me apaixonando... (kinando a parte superior de suas costas e com contato corporal maior). HB: Ah, os cariocas... Essa lábia, falam de tudo para conseguir as coisas. CHAMELEON: Se eu te disser que sou metade português, ganho crédito? (agora com a mão em sua nuca e corpo colado).
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HB riu. Um pouco de fluffy talk sobre cachoeiras. Primeira tentativa de KC. Fail, porém esperado.
HB: Tá cedo. CHAMELEON: Para o RJ, não. São duas da manhã... Lá no RJ isto já é tarde. HB: Nossa, mas aqui mal começou... CHAMELEON: Então vamos começar bem! KC!
HB: Olha, eu estou acompanhada, tenho medo dele
chegar a qualquer momento... Você vai ficar até que horas? CHAMELEON: Não sei... HB: Olha, qualquer coisa, depois podemos ir lá para o andar de cima. É mais escondido. Podemos dar uns beijinhos... CHAMELEON: Ok, vamos ver. Detalhe: Vinie, que estava em companhia de um amigo, observava a interação transcorrer, explicando ao amigo cada movimento meu. Era uma figura, rs. O destaque da balada não foi o close que dei, mas certamente o Face, que socializou com o ambiente inteiro e estava numa vibe tão alta que AA alguma sentia. Inspirou a todos os rapazes que estavam conosco e chegou até mesmo a wingar alguns!
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No entanto, eu estava cansado... Uma hora depois, o grupo inteiro saiu da balada e tirei fotos com todos os rapazes antes de voltar para o hotel. Mais um dia... Chameleon 3X0. DOMINGO, 23 DEZEMBRO DE 2012
DE
/0''"$ & &1
O dia de domingo em si não foi muito interessante. O máximo que Face e eu fizemos foi ir a Caxambu para dar um rolé pela cidade em companhia do meu amigo DJ Renan e um outro rapaz. Foi engraçado mesmo o diálogo que Face teve comigo. Não sei porquê, mas sempre tive para mim que Face era engenheiro naval – e, na realidade, ele é técnico em eletrônica. Não sei mesmo de onde tirei essa viagem... E como sempre apresentei Face como engenheiro naval às pessoas e ele nunca disse nada, acreditei que ele fosse, de fato, isso.
FACEMAN: João... Porque você fala para as pessoas
que sou engenheiro naval? CHAMELEON: Hum... Você não é não? FACEMAN: Claro que não... Sou técnico em eletrônica, cara... E como você diz que sou engenheiro naval, fico sem graça de te desmentir e acabo +&
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concordando que sim. Comecei a rir muito.
FACEMAN: Sei fazer barquinho de papel... Foi daí
que você tirou que sou engenheiro naval? Se for assim, também sou engenheiro aeroespacial, pois faço bons aviõezinhos de papel... CHAMELEON: E engenharia mecânica, como é? FACEMAN: Sabe o parafuso? CHAMELEON: Sei. FACEMAN: Sabe a chave de fendas? CHAMELEON: Sei. FACEMAN: Então. Ri ainda mais. Aliás, rimos muito juntos.... E nisso, chegou o ônibus e partimos para a cidade.
Reencontrei uma menina que fiquei no começo da jornada PUA, que trabalhava numa loja de lá... Nada de mais. Retornamos a Baependi, onde Vinie estava à nossa espera. Ficamos os cinco conversando, quando de repente vi que estava quase na hora de meu encontro. Conheci, no Facebook, uma menina de Itajubá 3 que iria para Baependi no Natal e marquei de tomarmos algo no Fecha Nunca. Ela era meu tipo de menina – novinha e de olhos verdes. E linda, claro. Deixei os quatro e fui para o hotel me arrumar. 3 Sim,
é de Nayana que estou falando.
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No bar, escolhi propositalmente uma mesa próxima ao barulho. Porquê? Para nos forçar a falar próximos um ao outro (de preferencia, de rosto colado). Estratégia 100% eficaz. Após uns dez ou quinze minutos de interação... KC. Gostei dela, tanto que fiquei o resto da noite com ela. Demos uma volta pela praça, sentamos, nos curtimos... Daí, deixei-a em casa e, quando retornei à praça, encontrei os rapazes e ficamos mais umas duas horas conversando. Um deles teve a “SORTE” de abordar a namorada de um amigo e ex-aluno de bootcamp meu, do Rio de Janeiro, que estava em Caxambu e havia vindo a Baependi conhecer a cidade, já que havia lido meu livro e ficado curioso. Nem eu sabia que ele estava por lá. Quando esse amigo meu que abordou a namorada do parceiro disse que o cara estava vindo na nossa direção, pensei “putz, vai rolar porradaria”. Mas não... Ele veio para me dar um abraço e me cumprimentar. Risos. Foi hilário e épico. Mais uma noite havia chegado ao fim. Chameleon 4X0. SEGUNDA, 24 DE DEZEMBRO A tarde desse dia passei em companhia da HB do dia anterior... E combinamos de, após a ceia, fazermos algo. Ela mencionou uma festa em Caxambu, daí marcamos de irmos para lá umas 23h (iria Ela, eu, Face e uma amiga dela). +(
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Assim que me despedi dela e voltei para o hotel, fiz um pit-stop na padaria... E quando olhei para o balcão, vi que a atendente gritou para a colega “deixa que eu atendo, deixa que eu atendo”. Eu havia conhecido essa atendente em minha última ida a Baependi, quando ainda namorava Mel. Sabia que ela tinha interesse em mim. Era a legítima ninfeta. Aquela mulher com carinha de criança. E... Era, nas horas vagas, modelo de lingerie... Pedi o lanche, até conversei um pouco com ela... Mas, nada de mais. Após a ceia, Face eu fizemos um esquenta no Fecha Nunca e depois, após termos encontrado essa HB e buscado sua amiga, fomos para Caxambu. Estava deserto. Às moscas. Mas, essa não foi a pior parte. A pior parte foi a amiga dessa HB ter amogado a gente o tempo inteiro. A HB não me deu um segundo de atenção sequer por causa dessa garota... Mas eu não acho que isso tenha sido culpa apenas dessa AMOG, mas da própria HB que não deve a sensibilidade de dividir a atenção de sua amiga com a gente. Perdemos tempo e mal consegui beijar a HB... Voltamos para Baependi putos.
FACEMAN: Cara, que merda né? CHAMELEON: Bastante. FACEMAN: Sinto que você
ficou
bastante
decepcionado com a menina. CHAMELEON: Fiquei sim, mas eu aprendi a "*
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desapegar...
FACEMAN: Mas aquela amiga, hein... Estragou a nossa noite.
CHAMELEON: Não estragou não. Face, eu não perco tempo por causa de mulher.
Obs.: foi neste momento que a mudança começou
a acontecer, pois fiquei, por dentro, furioso comigo mesmo por ter permitido criar expectativas que não foram correspondidas e que ainda por cima levaram meu wing e eu a perdermos parte da noite de uma curta estadia. Cerrei os punhos e pensei, para mim mesmo: “nunca mais: . Puxei o celular e mandei um torpedo para a modelinho de lingerie, com quem conversei de tarde. Eram duas da manhã, mas ela encontrava-se de pé e disposta a sair (muito embora estivesse cansada em virtude de uma longa jornada de trabalho). Perguntei se ela queria me encontrar no Fecha Nunca (que ainda estava bombando) e ela topou. Face ficou um pouco no Fecha conversando com um pessoal de lá e eu fiquei à espera da HB. Dez minutos depois, lá estava ela. Demos uma volta, paramos para conversar e... KC. Fim de noite. Chameleon 5X0.
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TERÇA, 25 DE DEZEMBRO Normalmente, a última noite em Baependi costuma ser a mais épica – e esta não foi um caso à parte. Face voltou para o Rio de Janeiro às 15h... E eu imediatamente liguei para a HB de domingo. Como ela iria voltar para a cidade dela 17h, pedi que ela descesse para despedir de mim – e ela assim o fez. Ficamos cerca de uma hora juntos na praça. Imediatamente após ter me despedido dela, fui à padaria onde trabalhava a modelo de lingerie para dar um “oi” e fazer um lanche. Lá, enviei ao Vinie um torpedo, dizendo que era minha última noite em Baependi e se ele topava um Fecha Nunca para encerrar com chave de ouro. Ele topou. Beleza. Voltei para o hotel, tomei banho, me produzi bem. Voltei à praça 19h, andando lentamente e ao som the “The Game”, do Motorhead. IDIs voltados para mim. Encontrei Vinie e ficamos os dois de frente para a rua, numa das mesas de fora. Após muito bate-papo, comecei a entrar em ação. Abertura de sets sentados à mesa, apenas para calibragem. Contato visual seguidos por um sorridente “boa noite” para todas as que passavam e me encaravam (isto era muito engraçado, pois elas cumprimentavam de volta e depois coravam de vergonha). Lá pelas tantas, duas ex-colegas de escola do Vinie o "+
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abordam para cumprimentar e ele me apresenta a ambas. Identifiquei um bom alvo em uma delas. E Vinie, que ainda está estudando o PUA, fez questão de observar a interação.
ALVO: Mas diga, porque você não está sentado à mesa? Não fica com o pé cansado? CHAMELEON: Eu sou insentável. Eu não sento em nada não. Você senta, Vinie? VINIE: Sai fora! CHAMELEON (apontando para o alvo): E você, senta? ALVO (rindo): Depende. (Fluffy talk. Em algum momento, chamei a HB pelo nome.)
ALVO: Você guardou meu nome! CHAMELEON: É, tô vendo que muita gente não consegue... Vou criar um curso para ensinar isso. E você será minha primeira aluna. ALVO: Tá, ensina aí. CHAMELEON: Calma, ainda vou desenvolver o curso. Me passa seu contato para te avisar quando abrir turmas. ALVO: Tá, anota aí. PC.
ALVO: De onde você é no RJ?
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(Fluffy talk sobre o RJ, sobre o que faço por lá, onde ela já morou etc.)
ALVO: E o que você faz? CHAMELEON: Trabalho com ensino de inglês, e você?
ALVO: No momento, nada. À toa. CHAMELEON: Ouvi dizer que isso dá muito dinheiro? ALVO: Oi?
CHAMELEON (fazendo o gesto de penetrar): Prrr. ALVO: Bobo! CHAMELEON: Vem cá, dá um abraço. Abraço na HB. Nisso, Vinie pede licença para ir ao banheiro.
CHAMELEON: Vem cá. Tá flertando comigo? ALVO (surpresa pela minha franqueza): Claramente...
CHAMELEON: Interessante. Vamos dar uma volta
quando o Vinie voltar. ALVO: Certamente!
Vinie volta, peço para ele olhar a mesa 5 minutinhos. Meu alvo e eu saímos para dar uma volta.
ALVO: Você tem que conhecer as cachoeiras daqui. CHAMELEON: Só estou esperando o convite. ALVO: Sinta-se convidado! CHAMELEON: Agora, voltemos à parte que você tem "#
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atração por mim. ALVO: Sim... CHAMELEON: Quando vamos parar para dar um beijo? ALVO: Quando quiser. Paramos, peguei ela pela cintura... KC. Pouco depois, voltamos para a mesa.
CHAMELEON: Acabei de ganhar um presente de
Natal, Vinie. ALVO: Eu também.
Vinie riu e sacou tudo.
CHAMELEON: Mas
enfim.
Quando
rolar
as
cachoeiras... ALVO: Te levo como amigo! CHAMELEON: Putz! Aê Vinie! Ela acabou de me colocar na zona da amizade! ALVO: Não, não! Não foi o que quis dizer. Vou te levar com alguns amigos e tal. A zona fica por sua conta. Você que decide! CHAMELEON: Boa, boa. Comecei a sentir vontade de continuar sargeando e fiz, de forma bem sutil, com que essa menina ejetasse. Mais conversa, mais interações... E nisso, chega a modelo de lingerie, do dia anterior. Eu havia dito que estaria por lá e que ficaria feliz se ela passasse lá para
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se despedir. Ficamos todos conversando uns 15 minutos e decidi voltar pro hotel. Como era também caminho para a modelo, voltamos juntos. Na esquina da rua dela, nos despedimos com mais um KC. Voltei para o hotel e estava me preparando para ir dormir, quando a garota da praça, que tinha ficado antes, me manda um torpedo reclamando que deixei ela de lado. Respondi “Nossa, que grosseiro fui. Já sei, vem aqui para a praça que fica ao lado de meu hotel, que vou me redimir com você.” Em quinze minutos, lá estava ela... E depois de alguns beijos, outras coisas aconteceram... Sim, em plena praça! Voltei para o hotel muito cansado... E aqui estou, no ônibus de volta para o RJ escrevendo este RC de mais uma épica estadia em Baependi. Chameleon 6X0. Sim... O “rei” havia voltado.
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Os mercenários Cerca de um ou dois meses antes do Réveillon 2013, convidei Lougan 4 e seu fiel wingman High-Speed para passarem o ano-novo comigo e ficarem hospedados lá em casa... E menos de uma semana após ter retornado de uma inesquecível sarge em Baependi, me vi inserido em uma sarge ainda mais épica, pois ela não envolveu apenas nós três, mas também KINGRJ e Digo. Esta reunião de PUAs de “pedigree” me lembrou daquele filme de Sylvester Stallone, “Os Mercenários”, onde o ator reúne boa parte dos pesos-pesados dos filmes de ação e pancadaria em apenas uma película. Foram quatro dias sargeando sem parar. Dia e noite. Cheguei ao final da mesma completamente exausto... Porém muito realizado. Vamos ao relato. 29 de dezembro de 2012 a 01 de janeiro de 2013 JAK SIE MASZ, PUAS! Final de 2012 foi época de juntar, em um só lugar, ninguém menos que KINGRJ, Chameleon, Lougan e PUA de Belo Horizonte-MG que não apenas é um dos melhores da comunidade, mas também um grande amigo. 4
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High Speed. SÁBADO, 29/12/12 Às 15h, fui buscar High Speed na rodoviária. Como o ônibus de Lougan ia atrasar, HS e eu ficamos sargeando em day game mesmo, onde consegui um phone close com a atendente da livraria (que inclusive, no mesmo dia, me enviou um SMS dizendo que havia gostado de falar comigo). Após Lougan ter chegado, partimos para minha casa a tempo suficiente de nos arrumarmos e partirmos para o Bukowski. Desta vez, resolvi fazer algo diferente. Assim que cheguei ao bar e socializei com todos os funcionários, peguei uma bebida, adotei uma linguagem corporal bastante confiante e comecei a dar "boa noite" a todas as pessoas que iam chegando ao local, como se fosse o dono de lá. E para completar, sempre que alguém me pedia algo, eu ia e chamava o funcionário apto a resolver a situação do ciente pelo nome, o que caracterizava ainda mais a minha postura de "dono". Lá pelas tantas, abri um 5-set (4 meninas e 1 homem) perguntando "E de onde são estas cinco pessoas bonitas?". Eram todos mineiros e bastante receptivos. Uma delas me deu IDIs e chegou a ficar de mãos dadas comigo. Era close certo, não fosse a amogagem constante do grupo inteiro. Dane-se. Bola para frente. Abordei um 4-set, todas meninas, usando High Speed "'
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de opener.
CHAMELEON: Meninas, boa noite, prometo ser breve - em breve podem voltar a falar mal de homem estou com este meu amigo de MG aqui no RJ e ele queria conhecer alguma baladinha amanhã, domingo... Vocês indicariam algo? Meu alvo era uma HB de olhos verdes. De rosto, era mediana... Mas de corpo, Jesus! Tinha seios que pareciam ser siliconados, fora bumbum e coxas fenomenais. Meu alvo, na realidade, foi a que dei menos atenção (propositalmente). Conversei bastante com suas amigas... Papo vai, papo vem, começamos a falar de bandas de um só sucesso e a cantar os hits juntos, tais como "Papo de Jacaré", "Bagulho no Bumba", "Bomba" etc. Enquanto isso, High Speed desenrolava com a irmã desse meu alvo. De repente, mandei assim...
CHAMELEON: Onde vão passar o Réveillon? ALVO: Não sei até agora... Pode ser que passe com
elas, pode ser até que passe com você. CHAMELEON: Gostei de você. Direta. Mas, não sou fácil assim não... Tem que me pagar um chopp antes... ALVO (riu). Fluffy talk com as meninas e de repente todas elas resolvem subir para dançar... E meu alvo me chama para ir junto. Beleza.
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No caminho para a pista, parei para falar com o DJ e ela me viu entregar uma nota de R$50,00 a ele. Ela até me perguntou se eu o estava pedindo algum favor, mas na realidade eu havia prometido doar uma grana para ajudar as crianças carentes (eu ainda não havia feito caridade este ano)... Não fiz isso para me mostrar a ela, mas acabou que elevou meu valor. Eu iria fazer isso de qualquer jeito. Na pista, comecei a investir no kino. Ela estava receptiva, porém muito resistente. Disse que não estava muito na vibe de beijar - queria apenas curtir. Mas, já ouvi isso antes. Senhores, mulher é um ser munido de tecla "SAP". Liguem-na que vocês ouvirão o que ela REALMENTE quer dizer. Continuei investindo no kino e ela, que também sabia jogar, começou a se roçar em mim com força... E perguntando, na cara de pau, se estava gostoso. Depois de uns 10 minutos nesse vai-e-vem, eu disse a ela que estava tudo acabado entre nós (claro que em tom de brincadeira) e desci. Abri mais alguns sets e inclusive conheci um membro do fórum que estava lá por acaso (e que me chamou pelo meu nome de guerra, rs). Aproveitei para parar e conversar com ele (e, claro, passar o que tinha de conhecimento para o ajudar). Acho que o nickname era Guin, algo assim. Amigo, manifeste-se! Fale como foi para você! De repente, esse meu alvo aparece de novo.
#*
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ALVO: Você simplesmente terminou, sem ver no que ia dar?
CHAMELEON: Eu não sou de ficar esperando mulher
tomar decisão. Sou muito prático. ALVO: Mas você hoje está comigo. CHAMELEON: Essa decisão é minha, não sua. Agora, deixa de fazer charminho e venha aqui!
Envolvi ela com meus braços de tal forma que ela não conseguiu se soltar. No começo, ela desviou a cabeça para o lado. E, com a mão que ainda estava livre, segurei-a pelo queixo e forcei o KC. No começo, meio que resistiu... E, no final, se rendeu.
ALVO: Vamos nos sentar. Fomos para fora e nos sentamos em um banco de praça que ficava no ambiente. Posicionei minha mão em sua coxa e, para disfarçar, cruzei as pernas de tal forma que a perna cruzada ocultasse o que a minha mão estava fazendo para quem estava olhando de fora. Beijos calientes, carícias bem tensas... E, de repente, minha mão começou a entrar em seu vestido e a desviar sua calcinha para o lado.
ALVO: Não... E novamente, veio, em minha mente, as sábias palavras de Doc Malaquias: "Tire a culpa da mulher, que ela irá fazer o que quiser". #)
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CHAMELEON: Confie em mim. Ninguém está olhando...
(Galera, a área onde estávamos sentados era MUITO exposta. Tive que ser muito ninja). Comecei a masturbá-la. Ela gemia no meu ouvido deliciosamente. Queria apertar o meu membro, mas eu não deixava...
CHAMELEON: Vai dar na pinta. Deixa que eu trato do seu lado e um dia você retribui o meu.
Masturbei-a até ela gozar... E não fosse o som alto do ambiente, todos teriam escutado o alto gemido que ela deu na hora do orgasmo. Ela chegou a se contorcer, no que a apertei e disse, em seu ouvido:
CHAMELEON: Se segura. Senão vão saber. Se controla!
Findo esse momento, obviamente ela ficou com vontade de ir para minha casa... Mas Lougan e High Speed estavam lá e peguei seu telefone para marcar um possível FC hora dessas. E ela está cobrando! Despedimo-nos... Abordei Lougan, High Speed e KINGRJ (que havia acabado de chegar)... Estendi minha mão.
CHAMELEON: Senhores, que cheiro é este?
#+
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Tão logo cheiraram, me xingaram, socaram....
LOUGAN: FILHO DA PUTA! CHEIRO FORTE DE BUCETA! Morri de rir e fui ao banheiro lavar as mãos. De volta, fiquei abordando mais alguns sets junto ao KINGRJ, mas eu não estava conseguindo bons resultados. High Speed acabou closando a irmã desse meu alvo e Lougan, uma menina que estava na fila para pagar. KINGRJ ficou dando aqueles perdidos básicos, closando uma aqui e outra ali. No finalzinho da balada, KINGRJ e eu estávamos na recepção... E eu, curiosamente, MUITO sóbrio (pois apesar de ter bebido, levava bastante tempo entre uma bebida e outra). Olhei para trás e vi duas HBs sentadas, bem cansadas. Uma delas, morena. A outra, loira.
CHAMELEON (para morena): Fim de night, hein! Tá com cara de exausta!
A morena sorriu. Aproximei o set e pedi ao KINGRJ para distrair a loura, no que ele fez (melhor wingman que existe).
CHAMELEON: Então, curtiu aqui? HB: Bastante... CHAMELEON: Sou João, e você é... HB: Alicia. CHAMELEON: Lindo nome. Sabe, Alícia, qual o #"
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grande lance de encerrar uma noitada sóbrio? HB: O quê? CHAMELEON: Você vê quem realmente é belo. E você é muito bela. Engajei um pequeno fluffy talk, regado a centenas de IDIs da HB. De repente, apareceu a terceira amiga e ela disse que tinha de ir embora. E eu disse:
CHAMELEON: Uma pena que só conheci no finalzinho a pessoa mais interessante dessa balada. De qualquer maneira, feliz ano novo... Eis algo para encerrar bem 2012. KC. Ela pegou meu contato e ficamos de sair. Fim de balada produtivo, e certamente todos se divertiram muito. DOMINGO, 30/12/12 Nada de interessante 2*13". & &1 &- !"# %"&' aconteceu pela manhã. À tarde, fomos eu, Lougan e High Speed ao shopping, onde rolou um pequeno day game. Abri um set junto ao Lougan e até consegui um PC da amiga que estava conversando com ele.
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Em seguida, fomos à Urca tirar fotos e tomar uma cerva... E voltamos para casa para nos arrumarmos e irmos ao bar Empório, em Ipanema. O que gosto no bar Empório é que o ambiente é gratuito para permanecer (paga apenas o que consumir) e é, ao mesmo tempo, frequentado por mulheres bem "top". Sei que não demoramos muito a começar a abordar. E quanto mais abordávamos... Mais abordávamos. Começamos com um 6-set de paulistas... E a partir daí, Lougan ficou entretido com uma HB8,5 que ele closou e sobrou para High Speed e eu abordarmos TODAS AS MULHERES DO BAR. Dentre as abordagens mais memoráveis, esteve uma onde abordamos um 2-set de meninas do interior de SP. Uma delas, a que eu estava abordando, estava à espera do rapaz que ela estava ficando, embora estivesse me dando muito IDI.
CHAMELEON: Curioso como você está esperando um
cara e, ao mesmo tempo, está me olhando com essa cara de desejo. ALVO: Ah, cara, tivesse chegado em mim mais cedo. Agora, o cara está chegando. CHAMELEON: Sabe, eu sou rápido no gatilho. Um minuto lá na esquina e voltamos, que me diz? ALVO: Não rola... De repente, High Speed vira para nós dois e diz.
HS: Está decidido. Vou casar com esta menina aqui e #$
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comerei o cu dela na Lua de Mel. Fechado, amor? HB do HS: Fechado! CHAMELEON: Assim sendo, eu vou ser padrinho e esta belezinha aqui, a madrinha. E você sabe, ALVO, que o padrinho costuma comer a madrinha né? Como você vai estar acompanhada, vamos ter de dar um jeito de você dar um perdido no seu digníssimo para ir ao meu quarto para eu também brocar você. HB DO HS: Ah, podem ficar no mesmo quarto. Eu não vou convidar ele não. CHAMELEON: Viu, tudo resolvido. Agora, vamos lá no canto dar um beijo. ALVO: Não, ele está chegando... CHAMELEON: Se somasse todas as vezes que disse que ele está chegando, teríamos já dado um beijo bem gostoso. HB DO HS: Mas calma, ela é minha irmã. Para ela te dar um beijo, eu tenho que te aprovar. Seu amigo aqui estava já recitando poesias... E você, é um poeta? CHAMELEON: Claro que sou. Virei para meu ALVO.
CHAMELEON: Vim aqui lhe abordar De coração oferecido, E agora quero lhe beijar, Vamos dar um perdido? As duas arregalaram os olhos, aplaudiram e... Após
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uma breve conversa de cochichos, a HB do HS vira para mim.
HB DO HS: Ela tem medo do cara chegar e você ficar
sacaneando ele... CHAMELEON: Calma... Ninguém vai saber. (de novo, a remoção de culpa por Doc). O ALVO resolve ir comigo à esquina para dar um KC. Já o segundo close, foi uma menina de Cuiabá que havia acabado de terminar o namoro. Resistiu para caramba... Mas eu via que, embora a boca dissesse não, o corpo dizia sim. Foi uma questão de tempo até conseguir o KC. Terceiro close foi wingando o HS em um set... E fiquei com uma mulher ABSURDAMENTE LINDA! Já madura, de olhos verdes e extremamente inteligente... Essa fiz questão de trocar contatos e estou combinando de ter um day 2 com ela. O quarto close, já foi por tédio. Estava esperando o Lougan terminar de closar a HB dele para irmos embora... E uma HB6,5 de SP, que estava conversando comigo, acabou sendo closada... Nhé. Chegamos em casa com o dia já amanhecendo... E High Speed ainda cismou de ir sargear as meninas que estavam esperando o ônibus em fim de balada! Hhaahahah, é uma figura!
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SEGUNDA, 31/12/12 Chegou o grande dia! Após um almoço custeado pelo nosso amigo KINGRJ num restaurante italiano, fomos para casa nos arrumar para começar a grande sarge de Réveillon! Chegamos em Copacabana 20:30... Não demorou muito até começarmos a abordar. Curioso, por mais experiência que tenha como PUA, sempre tenho que calibrar e o começo é sempre meio devagar. Após umas três ou quatro abordagens, liguei o foda-se e abordei um set de duas LINDAS paulistanas, uma morena e outra loira, seguramente oscilantes entre notas 9-9,5. Enquanto abordei a morena, Lougan abordou a loura. High Speed foi para o canto observar. Perguntei se havia mais algum show rolando para o outro lado... Começamos a conversar e eu a kiná-la, sem parar. De repente, quando notei seu olhar triangular, mandei...
CHAMELEON: Sabe, fico feliz que a última pessoa interessante que conheci em 2012 tenha sido você. Um beijo de feliz ano novo. KC! Quando olhei para o lado, Lougan também estava aos beijos com sua amiga loura. Começamos bem. Em seguida, mais algumas abordagens "fail"... Azar o #'
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delas. De repente, vi um set de três meninas sentadas. Usei o mesmo opener do 2-set, aproveitei para sentar ao lado de meu alvo e mandei a exata mesma "rotina" que usei no primeiro set para a closar. E o legal foi que nós três closamos as três (ninguém sobrou). Ótimo! Em seguida, mais uma série de abordagens fail. Muita mulher comprometida, em família ou escrota, mesmo. Virada do ano. Feliz 2013! Continuamos abordando mais alguns sets... Lougan e High Speed abordaram um 2-set e closaram as duas, mas não foram embora de lá tão cedo. Comecei a ficar impaciente, pois se eu saísse de perto, me perderia deles.... E isso ficou notório em meus olhos. Tanto que High Speed, para compensar, me wingou uma negra de olhos verdes que ele abordou para me dar o primeiro beijo de 2013. KC! Resolvemos ir para a praia em si. Novamente, Lougan e High Speed foram abordar outro 2-set. Desta vez, não quis esperar. Falei para os dois me encontrarem em casa, pois eu não iria ficar segurando vela no Réveillon pela segunda vez. Admito, fui embora de lá chateado. Um gay bêbado foi tentar me agarrar e eu, que já estava de cabeça #(
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quente, acabei dando um murro na cara dele, o que o fez ver estrelas. Fiquei admirado dele não ter reagido ou de ninguém ter vindo em seu auxílio. Melhor assim. Eu ia para casa, já estava chateado e sentia que não iria mais render aquela noite... De repente, uma voz interna ressonou em minha mente. "O que o Chameleon faria em uma situação como essa?" E a resposta veio, quase que imediatamente: IMPROVISAR, ADAPTAR, SUPERAR. E resolvi relembrar a minha época de lobo solitário, quando sargeava sozinho e não tinha wingman algum à disposição. Peguei uma cerveja, adotei uma linguagem corporal que dava a entender que estava procurando meus amigos... E comecei a abordar sets dizendo que havia me perdido de meu grupo e como eu fazia para ir para Botafogo (fingindo que não era daqui). Isso começou a tirar minha AA. Em seguida, comecei a travar contato visual com toda e qualquer mulher que me olhasse, seguidas por um aceno para forçar o IDI. Em cerca de meia-hora, uma paulistana de Butantã parou e perguntou se por acaso eu era gay. No que disse "não", ela disse "graças a Deus"... E desse comentário até o KC, levamos menos de 10 segundos. Entre um beijo e $*
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outro, conversávamos e criamos, em pouco tempo, bastante rapport... Rapport suficiente para virmos até aqui em casa e consumarmos o ato. Começando o ano com boas entradas, sem dúvida! Galera... Quero desejar a todos um 2013 repleto de superação... E lembrem-se: por mais negra que esteja a situação e aquela vontade louca de desistir estiver surgindo, lembrem-se de que isso é a zona de conforto querendo falar mais alto... E se for para optar entre conforto e crescimento, fiquem sempre com este último. Eu poderia ter ido para casa, mas ainda bem que a minha voz interna foi mais forte e eu insisti. E em alone sarge, consegui meu primeiro FC do ano!
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... E o Bukowski continua lindo... O Bar Bukowski, em Botafogo, que chegou a ganhar um capítulo único e exclusivamente seu em meu último livro, de fato virou minha balada predileta - tanto que cheguei a frequentá-la não apenas às sextas, mas também aos sábados. O porquê deste favoritismo era bem simples: além de um valor em conta (se comparada às demais baladas cariocas), o local ficava a cinco minutos a pé de minha casa (o que facilitava uma eventual extração). E a sarge do ano-novo deixou meu inner game tão alto que este final de semana, em específico, joguei com muita vontade (tanto que, no dia seguinte tive day 2 com a última mulher closada e o mesmo acabou em FC). 05 de Janeiro de 2013 JAK SIE MASZ, PUAS! Rapazes... O Bukowski, que já estava ficando pequeno para mim, ontem ficou minúsculo. Foram à balada nada mais, nada menos que 19 amigos meus... O legítimo entourage*. Mas, não foi algo planejado. Pelo contrário, foi acidental. Três amigos meus resolveram, por coincidência, comemorar o aniversário lá... E nessa vieram amigos de amigos, amigos de amigos de amigos... A turma
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ficou gigantesca! Dentre os presentes, ilustres wingmen que estiveram comigo ao longo de minha jornada PUA: Alexferrer (e sua namorada, a Nine, que por sinal era uma das aniversariantes), Hellraiser, Pacheco e o grande PUA e colega de trabalho GI JOE. Cheguei no Buko 21h (para garantir a dose grátis de Vodca que é dada para quem chega nesse horário, hahaha) e comecei a fazer meu habitual social com o staff de lá. Estavam comigo, logo de cara, Face, Aziz 5 e um amigo meu da época de colégio. Dentro de pouco tempo começou a chegar o resto do pessoal... E foi legal, pois o bate-papo constante com um monte de gente diferente fez com que meu estado de WOO6 aparecesse rapidamente. Após umas duas horas de social, resolvi jogar. Tentei abordar uma amiga de um dos aniversariantes. O jogo estava fluindo, mas um outro amigo dele, já muito bêbado, me amogou bonito. Foda-se. Não era a única mulher do recinto. Virei e vi o garçom conversando com duas HBs sentadas. Entrei no meio da brincadeira. é um ex-aluno de bootcamp que por várias e várias vezes sargeou comigo. Excelente pessoa. 6 O estado de Woo (ou “Woo State”), idealizado pelo PUA Tim, da RSD, é semelhante à teoria do Fluxo, do professor russo Mihaly Csikszentmihalyi. Segundo ambos, quando você repetidamente faz o que gosta, entra em um estado de êxtase tão grande que o processo todo passa a fluir naturalmente e sem esforço algum, o que por sua vez leva a um estado de elevada criatividade associado a extrema competência. 5 Aziz
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CHAMELEON: Cuidado, meninas! Ele é um ótimo marqueteiro!
As HBs riram.
CHAMELEON: O que ele tentou te oferecer? HB1: Uma caipivodka. CHAMELEON: Daniel, coisa feia... Embebedando a menina...
GARÇOM: Porra, Chameleon, tenho que vender meu
peixe né! HB2: Você é alguma coisa do bar? Chamou ele pelo nome... CHAMELEON: Eu sou da casa, mas não sou da casa, entendeu? HB2: Não... CHAMELEON: Ótimo. Mas me diz, vocês são da caravana de onde? (Fluffy talk) Nisso, Aziz chega... E com maestria começa a distrair a HB1. Em pouco tempo, criei conexão com a HB2... Imaginem, falando de Hermes & Renato. Chegamos a cantar “Pira Pira Pirô” juntos... Rs. Mas, estava divertido demais e nada de close. Comecei a kinar e vi que ela estava permissiva. Mas, não parava de falar, estava complicado fazer a transição. De repente, olhei para o relógio e virei para ela.
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CHAMELEON: Está vendo? São dez para meia-noite.
Em dez minutos, seu carro virará abóbora, eu virarei um sapo, você ficará em trapos e perderá um sapato de cristal que eu vou pegar e ficar o mundo inteiro à sua procura para devolver. Suas irmãs tentarão me seduzir... Agora, viu que isso tudo demora né? Então... Me beija antes que tudo isso aconteça, poupemo-nos dessa aventura toda. KC. Uns dez minutos depois elas decidem ir para a pista. Eu não quis ir, pois o jogo tinha que continuar! Subi para o andar de cima do bar. Pacheco estava ficando com uma amiga de uma HB que já closei no passado e que por sinal estava lá, só que acompanhada. Cumprimentei-a normalmente, afinal de contas não havia ressentimento entre a gente. Foi engraçado, pois mais tarde abordei o Pacheco e sua HB.
CHAMELEON: Falei com sua amiga... HB DO PACHECO: Falou? Ela estava de boa? CHAMELEON: Sim... Os nossos olhares conversaram.
HB DO PACHECO: É mesmo? CHAMELEON: Sim. Sabe o que o olhar dela disse? HB DO PACHECO: O quê? CHAMELEON: Disse “vem... vem fazer glu-glu”. E todos rimos. $$
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De repente, olho para a beira da escada e vejo uma HB magrinha sozinha... Virei para ela.
CHAMELEON: Tudo bem? HB: Tudo! CHAMELEON: Onde está seu grupo? HB: Bom, minha amiga está no banheiro... Mas já faz um tempo...
CHAMELEON: Hum... Eventualmente ela vai sair. Pode até sair uns quilinhos mais magra, quem sabe...
Ela riu e eu, sem perder tempo, comecei um fluffy talk regado a escalação de kino. Descobri que ela era do mesmo ramo que eu (idiomas).
HB: Quer dizer que você é meu concorrente... CHAMELEON: Sim. Nosso amor é proibido. HB: Sim... CHAMELEON: Como Sr. E Sra. Smith... Ou Romeu e Julieta. HB riu.
HB: Talvez você seja um espião querendo coletar
informações da minha empresa. CHAMELEON: E estou indo bem na parte de te seduzir, né? KC.
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O nosso bate-papo foi muito divertido. Muito divertido mesmo. Curti ela. No entanto, a amiga dela queria ir embora e tivemos de nos despedir. Não sem antes trocar contatos. E o jogo continuou. Desci para a área externa e de repente meu amigo da época de colégio me grita pelo nome... Ele estava ficando com uma menina e a amiga dela estava sozinha, “segurando vela”. Ele me apresentou a menina e sentei para conversar com ela. Após uns cinco minutos de fluffy talk, KC. Não foi difícil, talvez porque eu já estivesse no WOOO consolidado. Subimos os quatro, dançamos um pouco... Depois descemos para pagar a comanda. Inspirado no diálogo que High Speed travou com uma HB em nossa sarge do réveillon, virei para meu amigo e a HB dele.
CHAMELEON: Está decidido. Como ela só quer sexo depois do casamento, iremos casar em Vegas e depois vou martelar ela até não poder mais no quarto. HB DO MEU AMIGO: Que lindo! CHAMELEON: E você será a madrinha e ele o padrinho (apontando para meu amigo). E como o padrinho come a madrinha, vocês podem se martelar à vontade. Meu amigo riu muito. $&
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CHAMELEON: Amor, você vai usar aquela lingerie sexy no dia? HB: Claro que vou! Qual cor? CHAMELEON: Vermelha, claro.
Ficamos um pouco mais na fila... Daí trocamos contatos, paguei e voltei para casa. Uma bem-sucedida sarge com score de 3X0. E esta última, acabei de dar um FC em day 2. Ela saiu de casa este exato momento, e vim aqui retomar o relato. Agora.. Dessas três, a que mais gostei foi, sem dúvida, a segunda. Curioso, não era a mais bonita delas. Daria uma nota 7. Mas havia algo nela. Não sei se era o jeito de olhar, sorrir, falar... Ela era interessante. E isso me faz refletir que beleza não é tudo. A HB pode ser nota 7, mas sendo interessante, ela automaticamente vira um 10. Da mesma forma, uma nota 10 pode virar uma nota 7 se ela for tosca... Tudo muito relativo.
Essa HB na qual dei FC em day 2 acabou virando minha RMLP por cerca de um mês. Foi uma excelente companhia – e só terminamos porque ela queria algo mais sério e acabou encontrando isso nos braços de outro homem que tinha a mesma pretensão.
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Sobriedade obscura Muito embora tivesse já tivesse sargeado com pouco ou nenhum álcool (conforme relatei em meu livro anterior), eu nunca havia sargeado sem tomar uma única gota de álcool... E, como eu estava numa fase de desafiar a mim mesmo, decidi fazer o teste e chamei, para essa sarge, o Leo (que ficaria encarregado de não me deixar beber). E essa noite, fiz algo que sempre condenei: ficar com uma mulher comprometida. Pior, o fiz sóbrio e sem um único pingo de remorso. Este foi, certamente, mais um indício de que havia adentrado uma jornada sombria. 12 de janeiro de 2013 JAK SIE MASZ, PUAS! Há dias que nossa evolução representa um degrau. Outros, ela pode vir a representar um salto. O álcool sempre fez parte de meus night games. A maior parte das vezes, em uso moderado (outras, infelizmente nem tanto), mas verdade seja dita, sempre usei álcool, nem que fosse um drink inicial, para dar aquele “empurrãozinho”.
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Ontem, visando desafiar a mim mesmo, decidi que meu tradicional night game no Bukowski seria 100% sem álcool, ou seja, sem uma única gota de álcool. Essa noite, fui acompanhado de apenas um wingman (que não faz parte daqui do PB), o Leo. Assim que cheguei na balada, troquei meu “Vale Vodca” com o Leo por uma Coca-Cola marcada na comanda dele. Fiz o meu tradicional social com o staff (que muito estranhou eu não ter pedido nada alcoólico) e, após uma hora de papo com o Leo... Game on. Uma garota bem gatinha havia acabado de entrar na balada... E comecei a calibragem.
CHAMELEON: Ei, você já esteve aqui, certo? HB: Não, é a primeira vez! CHAMELEON: Mas seu rosto é estranhamente familiar... HB: Todos dizem isso. Eu ainda vou conhecer essa minha clone... CHAMELEON: É, cuidado! Cuidado para ela não fazer besteira e sobrar para você! Seu nome é... Rolou certo fluffy talk e, à medida que suas amigas iam chegando, ela ia apresentando-nas para mim e para o Leo. No auge do papo, resolvi ejetar (efeito “roll-off”) e fomos para a mesa fumar um narguilé. A mesa onde %*
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estávamos estava reservada, mas como o dono não havia chegado, estava tranquilo. Olhei para o lado e vi dois casais. As duas HBs eram bem bonitas, sendo que uma delas captou minha atenção de imediato, justamente por ser exatamente meu tipo de menina: loura, magrinha, branquinha e de um estilo bem alternativo (já disse que amo meninas alternativas?). Mas até aí... De repente, as duas se levantam e perguntam se nossa mesa estava ocupada, pois eles também haviam pedido narguilé e o mesmo só podia ser fumado em mesa baixa. As duas sentaram e começaram a conversar com a gente. Em seguida, vieram os dois caras, os quais eram muito gente boa, por sinal. Qual foi minha alegria ao descobrir que não eram dois casais, e sim quatro amigos de infância? Esperanças renovadas. Conversamos os seis por cerca de uns 40 minutos, contanto nossos casos e descasos... E de repente resolvemos os quatro subir para a pista. Lá, consegui me aproximar dessa lourinha e começar a desenrolar com ela. Putz, eu fiquei fascinado. Ela tinha tudo a ver comigo. Era nerd, adorava quadrinhos, era fã de cultura celta... E quando eu disse que tinha escrito, no passado, um infanto-juvenil e ainda por cima mostrei os desenhos que fazia na minha época pré-PUA... Ela ficou fascinada! Deu para ver, nos olhos dela, que eu havia captado sua atenção.
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“Esta será minha”, pensei. O tempo todo eu era sacaneado por ser o único do grupo a não beber. Mas, eu não estava nem aí. Leo desceu com os outros dois caras e eu fiquei no andar de cima com as outras duas, dançando. A linguagem corporal da lourinha, bem como seu olhar, deixavam bem claro seu interesse em mim. Eu, sem perder tempo, continuei conversando com ela – desta vez fazendo-na falar (ancoragem) e, ao mesmo tempo, kinando. Quando já estávamos conversando de rosto colado...
CHAMELEON: Sabe, você tem que me dar um crédito. HB: Por quê?
CHAMELEON: Porque eu sou nerd, tímido e ainda por cima estou sóbrio. Estou aqui superando tudo que é barreira apenas para conseguir te beijar. HB: Poxa... Olha, deixa eu te falar uma coisa muito chata. Eu tenho namorado. CHAMELEON: Não entendi. Isso era suposto me fazer desistir de você? HB: Poxa, João, é chato! E meus amigos todos conhecem ele. CHAMELEON: Ou seja, você gostou de mim e quer ficar comigo, mas só não faz por causa de seus amigos. HB: Você é muito legal, eu curti você demais, é sério. CHAMELEON: Sabe, eu escolhi ficar sóbrio hoje e %+
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agora vejo que não foi à toa. Foi para que eu pudesse conversar com você e tivesse, sem a mínima sombra de dúvida, a certeza de que você é “A” garota que eu estava procurando. HB: Não fala assim... Não é certo. CHAMELEON: Não é certo seguir o coração, é isso? Somos dois adultos... E eu, pessoalmente, não pretendo falar para ninguém que ficamos. A não ser que você abra a boca... HB: Mas aqui não rola. Meus amigos estão vendo. CHAMELEON: Então, vamos dar um perdido. HB: João, eles não são bobos... PARÊNTESE Enquanto eu falava com essa HB, Leo e os demais rapazes chegaram... E ele, olhando minha interação com a HB, começou a conversar com um dos caras.
LEO: E então, você acha que ele tem chance? CARA: Nenhuma. Além de ter namorado, ela nunca fica com ninguém. Saio sempre com ela e chega cara atrás de cara... Ninguém consegue. Leo, ao ouvir essa resposta, pensa: “Talvez porque nenhum desses caras tenha sido um PUA”. Lá pelas tantas, aproximei do ouvido da garota e fiz uma proposta.
CHAMELEON: Olha só. Eu vou descer com o Leo para fumar um cigarro. Daqui a cinco-dez minutos, você %"
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vai pedir licença aos seus amigos aqui para ir ao banheiro. Ao invés disso, você desce e me encontra na saída para a parte externa. Eu sei de um canto onde podemos dar um beijo. HB: Não, não rola... Vamos nos conversando, na amizade... CHAMELEON: Trinta segundos de seu tempo. Não vai demorar mais que isso. Leo vai ficar na porta enquanto nós vamos para o canto. Se seus amigos chegarem, ele os distrai. Nós dois merecemos isso, e você sabe disso. HB: ... Tá bom. Dito e feito. Leo e eu descemos – e ele tinha suas sinceras dúvidas se ela ia aparecer. No entanto... Bum! Exatamente cinco minutos depois, ela surgiu. Peguei ela pela mão, sinalizei para que o Leo ficasse atento e fomos para o canto.
HB: Eu só vim aqui pra dizer que não vai rolar. CHAMELEON: Hum. (aproximando) HB: Não é certo. CHAMELEON: Certo é um ponto de vista. (kinando) HB: Eu gostei de você mesmo, você ganhou minha admiração rápido. CHAMELEON: Recíproco. (afagando o pescoço dela) HB: Mas eu não vou ficar com você, espero que entenda. CHAMELEON: Eu vou te mostrar uma linguagem que ambos entendem.
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KC! Após o KC, ela ficou toda sorrisos. Trocamos rapidamente nossos contatos e ainda mandei...
CHAMELEON: Não suma. Agora que te conheci, não quero te deixar escapar. Ainda vai ouvir falar de mim novamente. Agora vá, encontre seus amigos. Ela sorriu, deu mais um beijo e foi embora. KC trabalhoso (sobretudo por estar sóbrio), porém atingido. Inner nas alturas, o jogo tinha que continuar. Agradeci Leo pelo wingings e ficamos circulando pelo recinto, à procura de sets para abordar. Vi um 3-set e, na cara de pau, entrei no meio delas, apontei para duas e comecei a falar.
CHAMELEON: Vocês duas... Devem compartilhar da
mesma opinião que eu.
Botei as mãos sobre os ombros da terceira.
CHAMELEON: Sua amiga aqui é um charme. AMIGA1: Ah, com certeza! O nome dela é Thaíssa. Thaíssa. CHAMELEON: Prazer, Thaíssa! Um pouco de fluffy talk com as três, mas meio que não deu em nada – mas foi bom, pois eu nunca havia feito, sóbrio, abordagem tão cara de pau como essa. %$
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Leo, que já estava muito cansado, decidiu ir embora. Eu, que estava com a energia lá em cima, preferi permanecer – em alone sarge! Simplesmente abordei a menina mais top da balada. HB10, sem tirar nem por. Interagi bastante com ela, mas infelizmente não deu em nada – pois ela estava se achando demais, fora que as amigas não desgrudavam. Mas, abordar uma top dessas e sóbrio... Putz, que sensação! Passei em frente à porta do banheiro feminino e vi uma HB7,0 encostada na parede ao lado.
CHAMELEON: Vai pagar em dinheiro ou cartão a sua comanda? HB: Hum... Cartão. CHAMELEON: Então se prepara. A fila está gigantesca. HB: Sério? CHAMELEON: Sério. Eu até preferi curtir um pouco mais... Ei, você parece ser legal. HB (ri)
CHAMELEON: Sou João. E você é... HB: Camila. CHAMELEON: Prazer! E suas amigas? HB: Uma está passando mal no banheiro, a outra está
fazendo companhia.
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CHAMELEON: E o namorado? HB: Não tenho. CHAMELEON: Ótimo, pois eu gostei de você. Será
minha namorada pelos próximos cinco minutos. HB: Nossa, mas já assim? CHAMELEON: Ei, eu hoje estou sóbrio, sabia? Olha a minha comanda. Apenas quatro Coca-Cola... E sabe qual a melhor parte de estar sóbrio em uma balada? HB: Qual? CHAMELEON: Você vê quem realmente é bonito. E você é linda... HB: Obrigada! CHAMELEON: Mereço, né? KC. Saí de lá pensando... “Caralho. KC. Em direct game. Em alone sarge. Sóbrio! Puta que pariu!!!” Pronto... A partir de lá, não tinha mais AA nenhum. Interagi com a balada inteira, e numa vibe bem distinta das demais pessoas. Há um momento da noite em que o homem que está sóbrio passa a ser o de maior valor no recinto. Embriagadas ou não, as HBs preferem ser abordadas por homens lúcidos, mesmo... E nessa brincadeira toda, eu descobri interessante forma de abordar meninas. %&
uma
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Eu parava ao lado do set-alvo, fingia que estava mexendo no celular e ficava atento à conversa das HBs. Em seguida, ia embora e, 10 minutos depois, abordava o set falando exatamente do assunto que elas antes estavam conversando. Por exemplo... Parei ao lado do set, e ouvi frases tais como “mas aqui é assim, tem muita figurinha repetida”, “público cativo, mas pelo menos é gente mais velha” etc. Me retirei do local, fui pegar outra Coca-Cola e, ao retornar, parei ao lado do set, olhei em e m volta e disse..
CHAMELEON: Não sei se vocês já vieram aqui antes, mas notaram que isso é meio provinciano? Digo... É fácil você reencontrar as mesmas pessoas de sempre. HB1: Nossa, estava falando disso agora um tempo atrás... Você também costuma vir aqui direto?
Pronto... Bastou isso para o papo render. Não closei nenhuma das duas, mas recebi muitos elogios. Uma delas disse que eu fui, de longe, o cara mais interessante que apareceu na balada, pois o papo era bem bacana e não estava sendo inoportuno, que nem os demais. Ela pegou meu contato, me adicionou no Face e teve um papo bacana comigo... Aliás, acho que ela está afim e só não permitiu que eu a closasse ontem por causa da amiga, que ficaria sozinha. Ejetei do set uma meia-hora depois e continuei interagindo com outras pessoas – isso até umas cinco %'
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da manhã. E sóbrio. Uma das funcionarias do local me encontrou.
FUNCIONÁRIA: João, você por aqui ainda? CHAMELEON: É... O álcool costumava me dar sono,
mas agora... Estou no gás! FUNCIONÁRIA: Não bebeu? Está se sentindo bem? CHAMELEON: Cris... Nunca me senti tão bem em toda minha vida. FUNCIONÁRIA: É outra visão quando se está sóbrio né? CHAMELEON: Pois é... E eu fico olhando e imaginando, “será que eu sou que nem essa galera quando bebo?” FUNCIONÁRIA: Excelente pergunta. Também me faço essa pergunta, sabia? CHAMELEON: Sabe, fiquei motivado com essa minha empreitada sóbrio. Acho que vou passar a ser o maior consumidor de Coca-Cola aqui. FUNCIONÁRIA riu e se despediu de mim. Fui para casa – feliz para caramba – e dormi o sono dos justos. Acordei ótimo, dormi feito uma pedra! E aqui estou eu, digitando o RC. Sargear sóbrio não é difícil – basta você interagir sem parar, desde cedo. De repente, você entra no estado e tudo aquilo que você imaginava que só seria possível fazer com álcool, será possível de fazer sem a ajuda do mesmo. E a sensação de poder, por ser capaz de fazer %(
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algo sem depender de nada... É indescritível. A experiência foi tão boa que fiquei motivado a repeti-la e, com isso, me superar cada vez mais. E recomendo a todos experimentarem, pois uma sarge sóbrio e, ainda por cima, proveitosa... Eleva o inner de qualquer um, e de forma bem consistente.
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“Nós aprendemos fazendo. Não tem jeito.” John Holt
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Jogando no camarote Quem diria que eu um dia estaria no camarote VIP de uma das baladas mais bem-conceituadas do Rio de Janeiro? Tudo começou quando Fenix, que já costumava receber convites para camarotes (o networking dele é impecável), me chamou para participar de uma dessas noitadas VIP – preciso dizer que não pensei duas vezes? Foram, ao todo, três idas consecutivas (uma a cada semana) e, a cada ida, um salto de evolução. Primeira ida
Assim que cheguei ao recinto, confesso que me senti intimidado pelo nível das pessoas que lá apareciam. Eram homens e mulheres estupidamente bem vestidos e de um nível de beleza que você praticamente só encontra na televisão – e, como se não bastasse isso, todos aparentemente bem ricos, não só pelas marcas que vestiam, mas também pelos carros nos quais chegavam. “Sou um inseto em um mundo de deuses”, pensei. Quem era eu? Um pobre microempresário que
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morava em um conjugado alugado em Botafogo... Que até então só sargeava no simplíssimo bar Bukowski. Ok, eu era autossuficiente, não dependia de ninguém... Ainda assim, isso não parecia ser suficiente. Uma insegurança compreensível, porém desnecessária começou a povoar minha cabeça. “O que dirão quando eu revelar que moro em um conjugado?” “E se elas descobrirem que nem carro tenho?” “Se rolar uma extração, o que será que elas dirão quando descobrirem que moro num apartamento que provavelmente é do tamanho do quarto delas?” Quando estava prestes a ter uma crise de pânico, eis que surge Fenix. Uma coisa que muito admiro nele é a segurança que sua mera presença causa, sem que ele abra a boca. De repente, parecia que tudo iria ficar bem – o que aliás, ficou. A impressão que tive ao adentrar foi que essa balada não permitia a entrada de mulheres feias. O próprio staff feminino era de um nível altíssimo. Assim que entramos, olhei em volta. O ambiente exalava luxo... E olha que eu nem havia chegado ao
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camarote. Assim que pisamos no camarote, Fenix começou a me apresentar pessoas que eram da nata do Rio de Janeiro – dentre elas, os rapazes que estavam patrocinando aquele camarote. Fiquei surpreso pela humildade e camaradagem dos mesmos. O camarote estava regado a vodca Grey Goose , Red Bull e até mesmo whisky Ballantines ... No entanto, eu não era muito fã de destilados (tirando o Jagermeister e a tequila). Um dos patronos, ao dar conta disso, mandou vir um balde de cerveja Stella Artois , o que alegrou minha noite. De repente, Fenix me chamou no canto. FENIX: Chameleon, olha em volta... Está vendo essa mulherada?
CHAMELEON: Claro. FENIX: É tudo pose. São em grande parte estagiárias,
vendedoras de loja ou até mesmo desempregadas. Eu te garanto que você é superior à maioria delas. CHAMELEON: Certo... FENIX: Você pode sargear no camarote, mas cuidado – não sargeie as meninas que estiverem com os patronos. E se você trouxer mulheres gatas para o camarote, ganhará alguns pontos com eles. CHAMELEON: Beleza.
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Esse dia, confesso que saí no zero a zero... Mas não sem ter dado tudo de mim. O nível das mulheres que frequentavam aquele camarote era absurdo. Eram realmente lindas. Procurei socializar com todas. Algumas, tentei investir e, apesar de não ter conseguido, fui parabenizado por Fenix, que observava de longe. Além disso, em momento algum deixei de dar atenção aos homens do recinto, tanto que troquei cartão de visita com alguns. No final da noite, Fenix novamente me parabenizou pelo desempenho e me deu as boas vindas ao seu universo VIP. Segunda ida
Para a segunda ida, resolvi me antecipar e levar algumas amigas. Escolhi levar a Jessica Motoko, que por sua vez falou com mais duas amigas que se prontificaram a ir. Fomos os quatro para a balada, onde Fenix e os demais nos esperavam. Após ter apresentado minha patota para a galera do camarote e ter tido o meu pingo de prosa com cada um dos rapazes que conheci na ida anterior, peguei a minha tradicional cerveja e resolvi também jogar. Primeiramente, abordei um 2-set que estava no &%
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camarote, composto por uma loura e uma morena. Como eu não sabia qual queria ficar, fiquei entre as duas e kinando-nas por igual. O papo foi irrelevante – o típico fluffy talk. Apesar do crescente interesse pela loura, foi bom não ter arriscado nada com ela, pois descobri, logo mais, que ela estava com um dos patronos do camarote. Isolei a morena e sentamo-nos, lado-a-lado. CHAMELEON: Então, quer dizer que faz arquitetura. MORENA: Pois é. CHAMELEON: Isso não é bom. Minha ex é arquiteta.
Vocês dão muito trabalho. MORENA: Eu entendo, mas sabe, é uma carreira muito enrolada mesmo. CHAMELEON: Peraí... Qual sua cor favorita? MORENA: Azul. CHAMELEON: Gosta de camaleões? MORENA: Sim... (?) CHAMELEON: Já viajou para fora do Brasil? MORENA: Uma vez, porquê? CHAMELEON: Vai servir. Você será minha namorada pelos próximos cinco minutos. MORENA (ri): Ok! CHAMELEON: E o que namorados fazem?
KC.7 conversa toda que levou a esse KC foi uma rotina que aprendi em Flawless Natural . 7 A
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Com o rabo de olho, percebi que Fenix havia fotografado meu close e postado em um dos grupos de Facebook do qual fazemos parte, com a legenda “meu fiel discípulo, Darth Chameleon”. Nisso, essa morena resolve ir ao banheiro com a loura e começo a conversar com uma das amigas de Motoko (que por sinal estava entretida conversando com o resto do pessoal). CHAMELEON: Que tal? AMIGA DA MOTOKO: Tô adorando... E você, hein! Já se deu bem!
CHAMELEON: Pois é... Na verdade eu queria ficar
com você, mas eu vi você desenrolando com um outro cara e deixei pra lá. AMIGA DA MOTOKO: Ish, mas nem rolou nada. CHAMELEON: Não?
Olhei de um lado para o outro. CHAMELEON: Vamos lá no fumódromo.
E a puxei pela mão. Tão logo chegamos ao fumódromo, abracei-a e acredito não ter levado nem um minuto até ter dado o segundo KC da noite. Assim que voltamos ao camarote, eis que ela senta &'
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ao lado da morena com quem eu havia ficado anteriormente, que por sua vez estava próxima a uma Motoko de pé. Virei para Fenix, que observava a cena e tentava conter as risadas. CHAMELEON: Aquele momento que você está próximo a três meninas que já ficou. FENIX (rindo): Camaleão doido, camaleão doido, você não tem jeito...
O resto da noite foi divertido. Não closei mais ninguém; apenas dei repetecos na amiga de Motoko... E aquele 2X0 foi a maior prova do conforto que comecei a ganhar dentro daquele tipo de ambiente. De quebra, abordei e conversei com uma loura espetacular que estava sozinha no camarote. Estranhei tamanha beldade estar sozinha e até julguei que fosse por estar acompanhada, o que ela negou estar à medida que conversava comigo. Ao final da noite, trocamos contatos e só depois que fui ver que tinha falado com ninguém menos que a musa do Campeonato Brasileiro de futebol... Uau! Então era por isso que estava sozinha. O pessoal se achava pequeno demais para falar com ela. Noite histórica, mas não foi a última.
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Terceira ida
A terceira ida foi a minha prova de fogo, pois desta vez estava sozinho e sem Fenix para me guiar. Levei três novas meninas – uma das garçonetes do Bukowski e duas de suas amigas (uma delas, Jesus, que beldade... Arranca sorrisos só de lembrar). Cheguei à balada pontualmente e, desta vez, levei um exemplar autografado da edição de luxo de “Chameleon” para um dos patronos do camarote, em agradecimento à camaradagem de me chamar três semanas consecutivas para o evento. Apresentei as meninas ao pessoal e, de quebra, conheci uma galera nova – todas mulheres. No começo, interessei-me por uma professorinha de primário, que era amiga de um dos patronos. Cheguei a fazer uma abordagem elementar, de abertura, escalação de kino e fluffy talk. No entanto, ela desviou de minha tentativa de beijo, meio que dando um sermão de não ser tão fácil assim. Ok, sem problemas... Não era a única da balada! Fui à pista, onde encontravam-se as três meninas que eu havia levado (elas quiseram dar uma volta pela balada e parar para dançar) e dei uma investida violenta para cima da tal amiga gata da garçonete. Não deu certo, '*
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mas saí orgulhoso de mim pela minha atitude incisiva. O mais engraçado foi como eu lidava com os tocos dela. HB: Eu estou tranquila hoje. CHAMELEON: Eu também estou tranquilo. Já imaginou se eu tivesse agitado? HB: Não, estou querendo dizer que estou calma. CHAMELEON: Eu também estou. Imagina se eu tivesse entrando em pânico! HB (rindo): João, eu estou dizendo que hoje vim dançar. CHAMELEON: Eu também. É a dança do acasalamento…
Era cada besteira… Parecia que eu não tinha filtro entre o que eu pensava e o que eu falava. Retornei ao camarote e vi que uma das amigas de um dos patronos, que havia se empolgado com o álcool, encontrava-se sentada. “Mamão com açúcar”, pensei. Cheguei, agachei para ficar no mesmo nível de altura e, após uns três minutos de fluffy talk e uma vã tentativa da HB de me ejetar dizendo que tinha namorado, consegui um KC – e o melhor, na frente da primeira mulher que abordei aquela noite, a tal professora do primário. ')
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O beijo foi rápido, até mesmo porque ela já estava de saída com seu grupo. Resolvi dar um tempo em jogar e dar atenção aos patronos. Notei que um deles estava de olho em um 3-set que estava na pista.
CHAMELEON: Deixe comigo. Fui até o 3-set e abordei as três, simultaneamente. CHAMELEON: Boa noite, belíssimas damas. Faço
parte do melhor camarote desta balada, e como um grupo nosso saiu mais cedo e vocês parecem ser legais, vim convidar vocês a fazerem parte... É claro, isso se vocês quiserem. Se aceitarem, conhecerão um pessoal bem legal, bem gente boa... E a bebida é por nossa conta.
As três entreolharam-se, cochicharam por alguns segundos e aceitaram ir ao camarote comigo, para alegria dos patronos. Lembro-me de que um deles ficou bastante satisfeito com a nova “aquisição” e chegou até mesmo a closar uma delas. Ufa, ponto para mim! Nisso, notei que a primeira HB que eu havia abordado aquela noite encontrava-se sozinha e olhando para mim mais do que nunca. “Acho que não custa tentar”, pensei. Fui até ela.
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CHAMELEON: O que uma menina simpática como
você faz sozinha em um camarote como este? HB: Pois é, né? Fazer o quê? CHAMELEON: Vou ser bem sincero com você... Eu não estou habituado a levar um “não” como resposta, ainda mais quando eu sei que a pessoa que me deu fora está, bem no fundo, afim de mim. HB: Mas é pretencioso, hein! CHAMELEON: Só estou constatando a realidade. HB: Você já ficou com alguém, João... Não está tão afim de mim quanto diz. CHAMELEON: O que você queria? Você me disse “não”... Eu era suposto fazer o quê? Ficar o resto da noite sem fazer nada, só porque a pessoa que eu queria me deu um fora? O fato de ter ficado com aquela menina não significou que eu tivesse perdido a vontade de ficar contigo.
A HB ouvia o que eu dizia, sem tirar seus olhos dos meus. CHAMELEON: Mas ainda é tempo de consertar isso e de voltar para casa sem o arrependimento de não ter feito aquilo que seu coração mandou.
A HB pediu licença e foi até o patrono que a levou à balada. Os dois começaram a conversar e notei que ela, à medida que falava, apontava para mim. “Vish, será que falei besteira e ela foi me '"
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denunciar?”, pensei. Nisso, o patrono sorri e só o ouço dizer “ele é gente boa, pode ficar com ele sem problemas”. A HB retorna, me abraça e dá um dos KCs mais intensos que já recebi. Ficamos juntos até a noite encerrar, ou seja, umas seis da manhã. Aquela noite, todos ficaram satisfeitos. Além de ter ficado com duas belas garotas, conduzi o jogo de camarote com maestria e levei nada mais, nada menos que seis meninas para o local, para a mais completa satisfação dos patronos. Desde então, mantive contato com os patronos e não raro recebo um convite para retornar a esse seletíssimo camarote.
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A segunda festa a fantasia Após aquela festa a fantasia onde fui caracterizado como Tony Stark, o alter-ego do Homem-de-Ferro, passei a ser chamado, pelos funcionários do Bukowski de Tony Stark ou até mesmo Iron Man - até mesmo porque resolvi manter o cavanhaque estilizado do personagem. Como era de se esperar, com a chegada do mês de fevereiro o bar organizou mais uma festa a fantasia e eu decidi fazer um repeteco da fantasia anterior, porém um pouco mais aprimorada.
Nessa segunda festa, foram eu, Leo, Bianca (sim, aquela com quem fiquei na festa a fantasia anterior) e mais alguns ex-alunos do bootcamp. Aquele dia também foi Bruce Kraken. Aliás, uma pausa para falar desta pessoa. Bruce é um cara que fez o bootcamp da PUATraining (e que, tal como Face, não foi meu aluno, mas veio a sargear '$
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comigo posteriormente). Ele tem a minha idade e, assim como eu, é fã de quadrinhos e cultura pop em geral. De todos os praticantes de PU que já conheci, Bruce foi um dos mais sagazes que já tive a oportunidade de estar ao lado. Além de incondicional entusiasmo, Bruce simplesmente não tinha AA... Não tinha tempo ruim para ele. Acredito jamais tê-lo visto mal-humorado. E o mais impressionante? Fazia tudo sem uma única gota de álcool. Inicialmente ele tinha escolhido o apelido de "Bruce" em homenagem ao Batman e ao Hulk (dois personagens cujo alter-ego tinha o nome de Bruce)... E o sobrenome "Kraken" fui eu que escolhi, em referência a um monstro destruidor de "Piratas do Caribe", cuja aparição era precedida dos dizeres "Solte o Kraken!". No entanto, não é agora que ele dará o que falar. Aliás, nesse dia mal falei com Bruce. Mal falei com ninguém. Apesar de ter ido com muita gente, passei a maior parte do tempo em alone sarge. E nesse dia, eu não saí do personagem sob hipótese alguma. O primeiro set, abordei com Leo. Eram duas meninas que haviam acabado de chegar. CHAMELEON: Boa noite! Sejam vem vindas.
Acredito que não preciso dizer quem sou. HB1: Er... Mas eu não se quem é você.
CHAMELEON (virando para o Leo): Está vendo Leo? É nisso que dá contratar uma assessoria de '%
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imprensa incompetente. Eu tinha deixado ordens bem claras de que Tony Stark estaria no evento e o que ela me faz? Omite. Foi porque dormi com ela?
HB2 ri. CHAMELEON: Bom, eu sou Tony Stark, mais conhecido como Homem de Ferro. Prazer.
HBs se apresentam. CHAMELEON: Vocês são tão bonitas. Queria levar
vocês para casa comigo. HB1: Mas nós somos lésbicas. CHAMELEON: Ouviu isso, Leo? Tirei a sorte grande. Olha, queridas, isso não me assusta, eu até gosto. Aliás, porque não dão um beijinho para eu ver?
HB1 meio que desconversa e afasta-se com a HB2. CHAMELEON (gritando, bem-humorado): Isso não aconteceria se tivesse assessoria de imprensa adequada!
Mas, a festa continuava. Frequentemente alguém me parava para tirar fotos. Fiz uma série de abordagens frias, apenas para efeitos de calibragem e também para não deixar a peteca cair. Como Tony Stark bebe, lá estava eu com um copo de Jack Daniels na mão.
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De repente, vi uma menina sentada à beira de uma das árvores que ficam do lado de fora. Nossos olhares cruzaram e fixaram suficientemente para eu ir até ela. CHAMELEON: Então! Está gostando da festa? HB: Ah, mais ou menos. Esse lance de não ter música e nem pista de dança 8 quebrou. CHAMELEON: Entendi. Bom, em nome da Stark Industries, pedimos desculpas pelo inconveniente e a convidamos a retornar em melhores circunstâncias. HB (rindo): Ok, Sr. Stark. CHAMELEON: Que gracinha, ela sabe quem eu sou. Eu já reclamei tanto da assessoria de imprensa por não ter anunciado minha presença... HB: Mas você é o Homem-de-Ferro, você dispensa apresentações. CHAMELEON: Mas a questão, linda, é que sempre tem um animalzinho sem rabo que não sabe quem sou. Enfim.
Momento de silêncio, um olhando nos olhos do outro. Tentei o KC, mas ela desviou. HB: Eu tenho namorado. 8 No
dia 27 de janeiro de 2013, houve um incêndio em uma balada nem Santa Maria, no Rio Grande do Sul, que matou 242 pessoas3 e feriu 116 outras. O incêndio foi causado pelo acendimento de um sinalizador por um integrante de uma banda que se apresentava na casa noturna. A repercussão de tal tragédia foi tão grande que o governo iniciou uma empreitada para fiscalizar todas as baladas do Brasil. Enquanto algumas foram interditadas por completo, outras o foram parcialmente, como foi o caso do Bukowski.
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CHAMELEON: E nós temos um Hulk. HB (rindo demais): E onde está ele? CHAMELEON: Por aí, fazendo hulkices.
Novamente tentei o KC e, desta vez, fui correspondido. O beijo, entretanto, foi breve. Acredito que ela estava mesmo de rabo preso. Continuei andando pelo recinto, brincando com todos e, sempre que podia, parando para ter um pingo de prosa com os amigos que ia encontrando. Nisso, vejo uma menina fantasiada do personagem principal do filme "Laranja Mecânica", só que em versão feminina. CHAMELEON: Opa! Laranja mecânica encontra o
vermelho e dourado mecânico! HB: Ué, mas cadê a armadura? CHAMELEON: Eu fiquei indeciso qual delas usar e vim sem nenhuma. Foi birra, sabe.
Momento fluffy talk, onde rolou aquele bate-papo básico no qual apuramos nome, de onde a pessoa é, o que ela faz etc. Em simultâneo, efetuava a escalação de kino básica (cotovelo, costa, nuca) e não demorei muito até conseguir o KC. Após uns vinte minutos de beijos intenso e muito '(
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kino sexual, eu, já um tanto empolgado pelos Jack Daniels que havia bebido, falei algo tão inusitado, mas ao mesmo tempo tão estúpido que até hoje não entendo como surtiu efeito. CHAMELEON: Olha... Eu já bebi bastante. Eu queria te levar lá para casa, mas a situação é a seguinte... Quando eu bebo muito, o cara lá embaixo nem sempre dá tudo de si. Mas, qualquer coisa, uso língua, mãos... E amanhã, quando acordarmos, fazemos decentemente. Que tal? HB (rindo muito): Cara... Sem palavras. Adorei a sua sinceridade. Vamos nessa.
E foi assim que eu extraí a HB do Bukowski para minha casa. Felizmente, o "cara lá embaixo" deu tudo de si e fizemos duas vezes à noite e mais outra pela manhã. Na noite seguinte, fui novamente ao bar e novamente extraí uma mulher para a minha casa. Ela estava em grupo, e completamente bêbada. Abordei o grupo como um todo e, quando fui falar com ela, não demoramos muito a dar um KC. Nem compensa postar o que foi dito porque simplesmente não houve conversa! Lá pelas tantas, perguntei a essa mulher se ela curtia café da manhã na cama (por razões óbvias). Ela fez que sim e propus de irmos para minha casa, o que ela aceitou sem relutância. (*
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Assim que chegamos em casa, começamos a dar uns amassos no sofá... Quando já estávamos sem roupas (e já com algumas preliminares feitas), olhei para ela e vi que ela mal conseguia processar a realidade à sua volta... E parei. Eu a fiz vestir suas roupas, sentar e a ofereci água o suficiente para que ela pudesse recuperar um pouco de sua consciência... Esse processo levou uns quarenta minutos e os aproveitamos batendo papo. Assim que ela melhorou, levei-a ao ponto de taxi e orientei o taxista a deixá-la em seu hotel. No dia seguinte, recebi uma mensagem dela agradecendo por a ter respeitado. Marcamos de ir a um barzinho, pois seria a última noite dela no Rio de Janeiro, para nos despedirmos. Bebemos e nos beijamos, mas não houve sexo... E sei lá, não me arrependo disso. E minha consciência agradeceu. agradeceu.
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Carnaval vitorioso (?) Finalmente havia chegado o Carnaval. Desta vez, para evitar o fracasso que ocorreu em 2011 (onde adoeci com faringite), tomei todas as precauções em termos de boa alimentação, ingestão de vitaminas e demais profilaxias que mantivessem o sistema imunológico fortalecido. O Carnaval de 2013 prometia ser épico, pois reuniria eu, Lince, Bruce Kraken, Cayan & Hunter (dois bootcamp que viraram amigos meus), PUA ex-alunos de bootcamp Dyone, os quatro rapazes de Elói Mendes que conheci no Natal de 2012, Vinie e até mesmo meu primo (o mesmo que havia se dado mal no Cine Legend comigo, em 2010). No dia 9 de fevereiro (ou seja, um dia antes de viajar para Baependi), encontrei aqui no Rio de Janeiro Dieguim288 e Halley, dois PUAs de MG. Dieguim tinha trazido consigo mais três amigos de Sete Lagoas (cidade onde mora), enquanto Halley veio sozinho de Uberlândia. Saímos os seis para um dos muitos blocos carnavalescos em Ipanema. Passei a maior parte do tempo com Dieguim. Inclusive, houve um momento em que nos perdemos de Halley e só o fomos reencontrar
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bem mais tarde, depois que emendamos o bloco com uma ida ao Empório. O que julgamos que seria uma sarge fácil, dada a época do ano, foi mais tenso que imaginamos. Chegávamos em modo direto, mas não parávamos de levar foras. Chegamos a brincar, perguntando se elas estavam no “Bloco do Toco”. Um dado momento, Dieguim e eu abordamos um 3-set e enquanto ele distraía duas delas, fui rápido o suficiente para closar a terceira. Não houve nada de interessante na conversa apenas o habitual fluffy talk em simultâneo à escalação de kino. Foi o meu único close aquela noite, mas a diversão ao lado dessa galera foi impagável. No entanto, Chameleonville me aguardava... E tive de voltar cedo para descansar, pois uma viagem de quatro horas me aguardava. 10 a 14 de fevereiro de 2013 JAK SIE MASZ, PUAS! Uau. Que Carnaval foi esse... O que era para ser quatro dias de pura curtição acabou virando uma novela. Uma história com reviravoltas e um final que me induziu a refletir a respeito da vida, o universo e todo o mais.
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O palco da história? Sul de MG. E desta vez não foi apenas Baependi, mas também Caxambu e Cruzília. Contando comigo, os protagonistas foram nada mais do que onze – sim, onze – PUAs (muitos deles daqui, do fórum). Levei três amigos do RJ e, além de ter tornado a sargear com Vinie, Lince, Sylar, Loki, Zatti e Bruno Lennon, tive o prazer de conhecer pessoalmente o amicíssimo PUA Dyone, daqui do fórum.
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Antes do Carnaval, o grupo inteiro combinou, via Facebook, a realização de um pequeno bate-papo PUA, onde iríamos conversar e repassar alguns conceitos básicos de jogo natural/direto. natural/direto. Outra coisa que estava sendo combinada antes do Carnaval era o meu retorno de MG “acompanhado”. Nayana, a HB com quem fiquei em meu segundo dia (#
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de estadia em Baependi a última vez que lá estive (dezembro), manteve contato comigo e o nosso entrosamento estava tão bom que combinamos dela voltar ao RJ comigo para passar quatro dias de férias aqui. Inclusive, o dia que cheguei a MG era aniversário dela – tanto que, antes de encontrar os rapazes para o bate-papo fui à casa dela dar um beijo e entregar seu presente. Até então, estava tudo certo entre a gente. Havia toda um carinho e uma cumplicidade entre a gente. Eu estava realmente gostando dela, mas eu guardava muito do que sentia para mim, por medo de expor e me dar mal por causa disso. De qualquer maneira, Nayana e eu tínhamos ciência de que, destarte todo carinho que impregnava nossa relação, nosso lance não era sério, tanto que combinamos de curtir o Carnaval separados e deixar a ida ao RJ para curtirmos um ao outro. Panorama traçado, que a história comece. Dia 09/02/2013 Cheguei em MG umas 14:30 – e o workshop marcado para ser às 17h. Beleza. Deu tempo de tomar um banho e ir até a casa de Nayana para dar “feliz aniversário” e entregar seu presente. Antes de ir embora de lá, um delicioso beijo de “é bom te ver novamente”. Reunimo-nos os onze em frente ao hotel onde fiquei – ($
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onde por sinal, estava trabalhando uma recepcionista estupidamente bela (inclusive, foi candidata a Miss Baependi ano passada) e seguimos para uma das muitas praças de Baependi, onde fiquei cerca de duas horas repassando conteúdo de jogo natural/direct PUA. Em seguida, fizemos um lanche e retornamos ao hotel para nos arrumarmos e irmos à praça principal fazer um night game. Obs.: O destaque desta sarge foi o desafio que
lançamos aos novatos de abordarem uma HB com o opener mais ridículo possível (a finalidade disto era a de mostrar a eles que, uma vez o pior tendo acontecido, todo o restante viria mais fácil). Syllar, por exemplo, abordou uma HB perguntando se ela sabia quanto pesava um urso polar. Quando ela disse que não, eis que ele respondeu “o suficiente para quebrar o gelo”. Bruno Lennon, por sua vez, abordou uma HB dizendo que a mesma estava com uma meleca pendurada no nariz. Já Cayan abordou uma mulher perguntando se havia um banheiro por perto, pois precisava cagar (sim, ele usou estas exatas palavras). Outro destaque foi Bruce que, para exemplificar o (%
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kino aos rapazes, abordou uma HB e não parou de tocar, de forma sucessiva, seu cotovelo, costas e nuca. Quando perguntado pela HB porque diabos ele a tocava tanto, ele respondeu que o fazia por ser um homem com pegada. Sargeamos ferrenhamente. A cada circulada que dava na praça, eu mudava de wingman... Nessa brincadeira, consegui dois KCs... Mas, foram KCs tão rápidos, tão banais, que dispensam detalhes. Típico KC em direct game de Carnaval. Agora, o curioso foi quando encontrei, na praça, a recepcionista do hotel. Estava linda. Cabelos soltos, maquiada, bem vestida... Fiquei uns dez minutos trocando uma ideia com ela. Naquele dia não ficamos... Mas, ao mesmo tempo, senti que implantei uma semente em sua mente. Dia 10/02/2013 No dia seguinte, encontrei a galera à tarde para lancharmos e decidimos que a sarge seria em Caxambu. Apesar da forte chuva, o povo da cidade não desanimou. Calçadão lotado e o jogo rolando... Esse dia, apesar de ter aberto alguns sets, não closei ninguém – pois encontrei Nayana na cidade e foi com ela que fiquei o resto da noite. No começo, fiquei um pouco incomodado por não estar sargeando... Mas, à medida que permaneci abraçado a ela, comecei a resgatar o prazer de sensações que há tempos não sentia. (&
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Voltei ao hotel pensativo. “No que eu me tornei?”, pensei. “Estou closando pessoas por closar... Focado em saciar minha sede de beijo, sem ao menos procurar saber quem são essas pessoas. A que ponto chegou a frieza em meu coração?”. Dia 11/02/2013 Após uma pequena reunião, concordamos que a bola da vez seria Cruzília. Fretamos uma van e partimos para a cidade para uma das mais épicas e divertidas sarges de todos os tempos. Antes de sairmos do hotel, Vinie veio se despedir (ele tinha de voltar para Lorena-SP) e, de quebra... Levou meu livro e pediu meu autógrafo na frente da recepcionista do hotel. Aquilo provocou tamanho impacto nela que, associado ao bate-papo de sábado... Me tornou muito atraente aos seus olhos. Aliás, belo winging, Vinie. Depois que descobri que os 10 cuecas fizeram um bolão para saber que dia que eu ia closar ela, pois o close seria certo... Ao chegarmos em Cruzília, vimos que o negócio estava bom. Estava animado. Não perdemos tempo e saímos abordando sets com pequenas perguntas para ir calibrando o inner game. Como éramos todos novos na cidade, isso foi fácil (pois a desculpa do “oi, sou ('
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novo aqui” funciona que é uma beleza para abrir sets). Eu ainda me encontrava pensativo em relação ao dia anterior... E tomei a decisão de, mesmo sendo Carnaval, não closar qualquer uma. Aquela noite, eu iria mirar em alguém top e, acima de tudo, buscar um mínimo de envolvimento antes do close. Dito e feito, Lince e eu abordamos um 3-set encostado à porta. Todas elas bem bonitas. Após algum fluffy talk, defini que meu alvo seria a loura de olhos verdes do set... Justamente aquela que de forma alguma estava na vibe de ficar com alguém. A interação foi bem simples. Sem deixar de kinar e de fazer uma progressiva aproximação corporal, comecei.
CHAMELEON: Você não me parece ser o tipo de mulher que vem no Carnaval ficar com qualquer um. HB: Não, não mesmo... Acho besteira isso de ficar por ficar. CHAMELEON: Mas sabe, uma coisa é engraçada. Minha ex-namorada, que ficou um ano e meio comigo, conheci em uma balada. HB: Nossa! Essas coisas não tem hora para acontecer né? Dizem que até fila de banco né... CHAMELEON: Fila de banco... Balada... Ou quem sabe até mesmo em um bloco de Carnaval em Cruzília... HB: Verdade. CHAMELEON: Mas a gente nunca vai saber se isso ((
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vai virar amor se não rolar o primeiro beijo. HB: Sim... KC! Ao invés de um close-relâmpago, como tem sido... Fiquei uns quarenta minutos com ela. E foi um dos melhores KCs de minha vida. Tinha uma química tremenda. “É disso que estou falando”, pensei para mim mesmo. “Envolvimento com seu alvo. Foco na pessoa, não no close. O close sai muito melhor assim!” Trocamos contatos, adicionei ela no FB e já falamos de day2 próxima vez que eu for a MG. Beleza! Lince, que por sinal closou a outra amiga dela (a terceira havia ejetado bem antes), também ejetou do set e fomos ao encontro dos demais, que estavam bem espalhados pelo evento. Continuei o esquema de rodízio de wingmen e abrindo sets com todos, sem deixar a energia cair. Algum tempo depois, fui abrir um 3-set de HBs novinhas, que estavam sentadas em um banco de praça. Meu wingman da vez era o Bruno Lennon, que é um rapaz que toca guitarra em uma banda. Apresentei a ele como grande amigo e excelente guitarrista... E falei, só que de brincadeira, que ainda ia chamar ele para fazer um dueto. E nisso, as HBs e perguntaram o que toco... E eu disse, na maior inocência, que apenas canto. )**
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Nisso, a interação prosseguiu. Inicialmente, mirei em uma que nada quis comigo... Mas a amiga, que por sinal era bem mais gata que ela, estava de olho em mim. Encaixei o Bruno Lennon para conversar com a que eu estava falando e foquei minha atenção naquela baixinha gata de olhos verdes. Quando comecei a interagir com ela, o IDI já estava claro, tanto que a escalação de kino foi relâmpago... Quando tentei o KC, ela desviou. E lançou o maior desafio que já pude encarar esta viagem.
HB: Canta para mim? Putz. Eu não sabia cantar. Mas foda-se... Eu era um Camaleão. Não iria perder o frame. Se escolhi ser um vocalista de banda de rock, seria aquilo. Pensei na primeira música que veio em minha mente... “Cryin”, do Aerosmith. E a grande surpresa... EU SABIA CANTAR!!! ="0". @*9*3$"@*1 * ,'*5& ." A> 8"$" " 61"' ,".9&%?
Não sei se era um dom latente ou se foi a minha imensa vontade de closar a garota... Nunca cantei tão afinado. )*)
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Se fosse “American Idol”, acho que teria passado para a fase seguinte... Depois de cantar o refrão da música, não deu outra. Ela me agarrou! E consegui o segundo KC da noite. Mais um KC desafiador e gratificante de ter conseguido. Foram muitas abordagens, muitos closes, muitas barreiras rompidas e, acima de tudo, muita diversão. Sempre que alguém closava, o grupo inteiro pulava abraçado e cantava “Ahhhhh lelek lek lek lek lek lek lek”! E na volta, na van, rimos muito. Foi, sem dúvida, um dos mais divertidos dias desse Carnaval. Dia 12/02/2013 Assim que acordei, liguei meu iPad para brincar no Facebook... E vi que Nayana estava online. Perguntei se estava tudo firme e forte para amanhã... E ela disse que sim, contudo de forma estranha. Eu já estava estranhando o comportamento dela, que andava um tanto distante desde o dia em que retornei a Baependi. Ela costumava ser bem mais carinhosa que aquilo... Mas, procurei não pensar muito nisso – afinal de contas, era Carnaval e não tínhamos nada sério mesmo. No entanto, não sei porque, algo dentro de mim disse que eu devia encostá-la contra a parede e extrair a verdade. Acabou que ela confessou que estava insegura de ir )*+
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para o RJ, mesmo estando de passagem comprada. Resumindo bem os argumentos dela em uma única frase, ela gostava muito de mim e tinha medo de se envolver de depois sofrer, ainda mais sabendo que eu sou PUA e moro em outro estado. E na hora, fui acometido por uma raiva que me levou a cometer uma tremenda de uma mancada... Ao invés de dar a ela conforto e confiança para que ela se sentisse segura em passar quatro dias comigo, eu simplesmente disse para ela pegar o dinheiro da passagem de volta e não ir mesmo. Ela pediu mil desculpas, mas eu não quis saber. Cheguei a excluí-la do Face. Na realidade, eu não estava zangado com ela... E sim comigo mesmo. Porque desde o fim de meu namoro, eu fechei o coração para toda e qualquer pessoa. E quando resolvi, depois de muita relutância, ir dando chance a alguém, essa pessoa foi e me deixou na mão. Me senti idiota, sei lá. Como se não tivesse aprendido a lição, ainda. Foi só no dia seguinte que caí em mim e vi que fui passional e perdi uma pessoa à toa, pois afinal de contas ela ia – só estava insegura, afinal ela é do interior e estava indo passar 4 dias na cidade grande na casa de um cara com quem ela estava ficando – devia tê-la confortado, mas preferi dar um “ataque de puta velha”. Comecei a perceber que, quanto mais eu ia me )*"
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envolvendo com o PU, mas perfeccionista fui ficando... E fiquei intolerante a defeitos e/ou erros. E quem sou eu para julgar, já que eu mesmo sou uma pessoa repleta de erros a serem corrigidos? Perdi Nayana, que ficou muito magoada comigo. Ela tinha tudo para ser uma excelente companhia. Se ia dar namoro, não sei. Só sabia que me sentia bem ao lado dela. E essa perda foi necessária para abrir meus olhos para o que eu estava me tornando. Dois corações partidos. O dia não ia bem. Meus amigos notaram que eu estava mais introspectivo e contei o que houve. Na hora, ninguém me julgou, pois sabiam que eu já o estava sendo pela minha própria consciência. Mas... A vida continuava. E o jogo, também. Fomos passar o último dia em Caxambu novamente. Como era de se esperar, comecei a sargear com sede de sangue. Abordei dezenas de HBs. Consegui uns 4 KCs. Bruce, que não perdeu tempo, conseguiu um KC e extraiu a HB para um >$1,& & &1 ,'*5".7* &!"# %"&'? FC no hotel. Sim, me diverti horrores com meus amigos, pois mantivemos o mesmo clima de animação de Cruzília – muito embora eu estivesse, por dentro, bastante chateado. )*#
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Retornei a Baependi para trocar de roupa... E de repente a recepcionista me chama no canto.
HB: Que horas você vai embora amanhã? CHAMELEON: Cedo... HB: Então, vou sentir sua falta... Queria despedir de você.
CHAMELEON: Tá, então como fazemos? HB (olha para os lados): Vai para o seu quarto. Já,
já, vou pedir para segurarem aqui um minuto e vou bater lá. CHAMELEON: Ok. Fui ao quarto. Cerca de 5 minutos depois, ela bateu. Abri a porta, ela entrou... E demos um KC inesquecível. Putz... Closei uma candidata a miss! Melhor dizendo, fui closado por ela. Na hora, pensei: “É. Vão-se as mãos, ficam os anéis. Fiquei sem a Nayana, mas ganhei a miss...” Peguei seu e-mail e telefone, e pretendo manter o contato com ela. Ela é muito legal. Ainda assim, fui deitar chateado... Eu não estava apaixonado por Nayana, mas eu gostava bastante dela. E só me toquei disso na hora que a perdi. E sabem... Por mais contraditório que isso vá soar, eu estou feliz por ter sentido essa dor. Pois mostra que )*$
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ainda sou capaz de gostar de alguém. Que há esperança para mim. Carnaval épico demais. Vai ficar na memória. E dele, certamente amadurecido.
saiu
)*%
um
homem
mais
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“Desculpe-me, mas não o reconheci. Eu mudei muito.” Oscar Wilde )*&
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)*'
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Sentimentos #OFF Talvez o infeliz desfecho de minha situação com Nayana tivesse me deixado, em um primeiro momento, sensibilizado (o que explicaria o piegas desfecho de meu relato de campo). Tinha, dentro de mim, certa esperança de reverter a situação. No entanto, quando tentei conversar com ela, fui verbalmente apedrejado por suas palavras... Pior, não só dela, mas também de suas amigas. Eu tinha errado, assumo, e ao mesmo tempo em que me achava merecedor de tamanha frieza/grosseria, ficava também revoltado por estar sendo tratado dessa forma. E não demorou muito tempo até que eu decidisse, quase que em um tom de juramento, que iria desligar meus sentimentos e que não tornaria a me sentir deste jeito por mulher alguma. Chega. Esse dia, postei no grupo Sedutores (no Facebook ) os dizeres “Sentimentos #OFF” (para surpresa de muitos, já que eu era, afinal de contas, o “PUA com coração”). O dinheiro que iria empregar na hospedagem de Nayana por aqui, investi em um bom suplemento
)*(
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alimentar... E, como faltava pouco mais de um mês para a Semana Santa em Baependi (a qual fiz questão de ir, muito antes de conhecer Nayana), iniciei o “Projeto Semana Santa” - um programa de seis semanas de treino e suplementação extremamente disciplinados e o qual me rendeu uma notória alteração corporal.
Marquei um day 2 com uma HB que conheci em um bootcamp que ministrei com Phill, em janeiro, no Banana Jack (o palco de minha primeira sarge com o pessoal do PUABASE, em Ipanema). Foi um encontro bastante interessante... Sentamonos, pedimos bebidas e não demorou muito até darmos um beijo. Certo tempo depois, comecei a fazer um kino mais ousado. Alisava sua coxa na parte inferior. Às vezes, minha mão subia e tocava, bem de leve, em sua vagina ))*
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no entanto, antes que ela esboçasse qualquer reação, eu rapidamente tirava a mão, como se o toque tivesse sido acidental. Beijava sua nuca e, mais do que nunca, falava em seu ouvido. CHAMELEON: Sabe, isto aqui está claro demais.
Muita gente nos olhando. HB: Verdade. CHAMELEON: Eu vou te fazer uma proposta semiindecorosa. Por semi, digo que não vai rolar nada do que não queira. HB: E que proposta seria essa? CHAMELEON: Vamos lá para casa namorar. Repare, eu disse “namorar”. No sentido romântico da palavra. Ok, no máximo dar uns amassos. Sei que não é hora para sexo ainda... Mas, vá lá. Pelo menos podemos trocar umas carícias sem tanta exposição. HB: Ah, hoje não vai rolar... Sei lá. CHAMELEON: Eu sei que você está com medo de parecer vulgar. Mas, estou longe de pensar isso.
Enquanto falava, delicadamente kinava sua coluna vertebral e lateral dos seios, dois locais comprovadamente afrodisíacos. De vez em quando, mudava o assunto para algo fora do contexto, mas como eu não parava de kinar, logo eu retornava à minha proposta. De repente... HB: Ok, vamos para sua casa. CHAMELEON: Beleza. Olha, eu estou sem carro mas )))
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moro perto daqui. A gente pega um taxi. HB: Relaxa, tenho motorista.
A HB puxou o celular do bolso, fez um telefonema e pouco depois apareceu um carro prateado (ou seria cinza-claro? Não me recordo) na porta do bar. Por Deus! Essa mulher tinha motorista... Mais uma HB da alta sociedade (Mel havia sido a primeira). O carro nos deixou em frente ao prédio, subimos e, como fiz de tudo para a deixar bem à vontade (deixei a chave na porta, que ficou destrancada e constantemente assegurando se ela estava confortável e precisava de algo), inevitavelmente criei conforto suficiente para fazermos sexo. Saímos umas duas semanas... E, por decisão minha, resolvi parar de vê-la por medo dessa relação nela gerar algum interesse em algo mais sério, o que eu naquele momento não estava preparado para ter. Além disso, continuava sargeando toda sexta e sábado, bem como alguns dias da semana em locais mais tranquilos, como o Ovelha Negra. Meu saldo de closes estava bom... Aliás, nunca em minha vida fiz tanta extração. Era praticamente uma nova mulher em minha cama por semana. No entanto, estava por vir uma crise que em partes não havia antecipado...
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A acidez do camaleão Eu havia exagerado em saídas noturnas e, para piorar a situação, meu cliente majoritário realizou alguns cortes de benefícios que afetaram consideravelmente meus rendimentos. Eu não mais poderia sair da maneira que estava saindo. O que fazer? Voltar a sargear na Lapa? Era uma... Embora aquilo tivesse passado a ser, para mim, a “segunda divisão” do PU. Um “grupo de acesso”, onde apenas novatos sem dinheiro e ainda presos ao Mystery Method sargeavam. Enquanto pensava o que iria fazer, navegava pelo Facebook e percebi que o pessoal do grupo Sedutores não parava de falar de um outro grupo, um tal de Acidez Feminina (como eu volta e meia o mencionarei, irei abreviar o nome para a sigla AF). Segundo eles, tratava-se de um grupo relacionado ao blog homônimo, comandado por Taty Ferreira (vulga Acidgirl). Segundo a própria definição dada pela autora, trata-se de um blog desenvolvido para divulgação de textos e vídeos de uma mulher que acredita que pra ser feminina não é necessário agir com frescura ou passar horas na salão de beleza falando da vida alheia.
))"
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Já no grupo de FB relacionado a esse blog, homens e mulheres postavam perguntas (90% delas relacionadas a sexo) em público, as quais eram respondidas pelos demais usuários (que beirava a quantidade de 6.500 pessoas, se não me engano). Curioso, solicitei a inclusão no grupo e passei a primeira semana apenas observando como o povo lá interagia. Lentamente, comecei a interagir dando minha sincera opinião sobre determinados assuntos, mas até aí nada. Um belo dia, um rapaz chamado Rafael postou uma foto de sunga e promovendo o corpo forte e definido, com os dizeres “está complicado...”. Eu, para tirar uma com a cara dele, salvei essa foto e, no Photoshop, fiz uma montagem onde inseri um homem em seus braços e a postei com os dizeres “pronto, não está mais complicado”. Nisso, esse rapaz tentou por vários meios me desmerecer com argumentos fracos, tais como “você é nerd”, “você é pobre”, “você é velho” e eu, que já tive treinamento de guerrilha para lidar com shit tests , rebati um a um... E a cada rebatida postada, dezenas de pessoas curtiam o que eu falava. Um dado momento, ele perdeu o argumento, saiu do grupo e passei, a partir desse momento, a chamar atenção.
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Passei, mais do que nunca, a interagir com as pessoas do grupo e não demorou muito até que algumas mulheres de lá começassem a me enviar solicitações de amizade. Eu, que sempre fui contra jogar pela Internet, me vi tendo bate-papos particulares não raro extremamente picantes com essas mulheres... E me dei conta de que aquilo era uma mina de ouro, pois me permitia interagir com belas mulheres (e a sua esmagadora parte decidida e sem pudor algum) sem ter de gastar rios de dinheiro em baladas e sem ter de sacrificar a rotina diária para fazer day game . Podia sargear do conforto de minha casa, escritório ou até mesmo do transporte público. Como já disse Joey-Z, que também fazia parte do grupo, “é como pescar em um aquário”. Foi a partir da descoberta deste grupo que virei um adepto do internet game , sem nem por isso sacrificar as sarges físicas.
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O primeiro close ácido Eu já estava há umas duas semanas interagindo com o povo do grupo do AF e numa dessas, postaram um tópico a respeito de tatuagens, perguntando quem tinha e que desenho era. Como eu tenho cinco tatuagens, falei das minhas (em especial a do camaleão) e uma usuária de lá me instigou a mostrá-la. No entanto, fiz um habitual charme, dizendo que não era por aí e que tinha de me conquistar para merecer vê-la. Nisso, ela me chamou no bate-papo particular pedindo, de um jeito bem manhoso, para ver. Como eu não tinha pudor algum, bati uma foto dessa tatuagem e enviei. Cerca de cinco minutos depois, eis que ela me retribui com a foto de uma tatuagem sua, uma pimenta localizada à altura da virilha - e, como ela não era boba, tirou de um ângulo que quase incorporou os pubianos. A sugestividade da foto foi algo que atiçou minha imaginação na hora. CHAMELEON: Uau... Sexy! Bom, estou vendo que
você é casada, certo? TATI: Noiva. CHAMELEON: Ah, bacana.
Nisso, ela pediu meu Skype e, após tê-la adicionado, foi lá que o bate-papo continuou. Após certo fluffy talk ))%
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onde falamos de nossas profissões (ela era funcionária pública e, nas horas vagas, praticava Tae Kwon Do), eis que ela manda um bem-vindo IDI. TATI: Deixa eu fazer um comentário totalmente fora
do assunto. Você é lindo hein! Rs CHAMELEON: Rs... Eu pensei dizer o mesmo de você, mas estava sem contexto para falar. TATI: Rs. É porque só fui ver suas fotos agora. Já tinha visto mais cedo, rs. CHAMELEON: Hehehe. Estou vendo as suas aqui. TATI: As minhas são bem normais... CHAMELEON: Um normal que eu curti. TATI: Obrigada!
Começamos a falar sobre sair à noite e quais lugares costumávamos frequentar e ela mencionou que adorava comer. CHAMELEON: Puxa, você seria a companhia perfeita
para ir comigo ao Banana Jack. Pena que está comprometida... Sempre quis alguém para detonar um King-Kombo comigo. TATI: Oxe, o que é isso? Eu como de tudo. Desde lagosta a rabada! CHAMELEON: Nossa... King-Kombo são nachos, onion rings, costelas de porco, asas de frango empanadas, croquetes... É o combo supremo. TATI: Cristo! É o paraíso? CHAMELEON: Valorizo mulher que curte comer. ))&
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Odeio quando fica de cerimônia. Me sinto estranho quando apenas eu como. TATI: Mataria esse combo com você fácil. CHAMELEON: Bom, se seu noivo não for ciumento ou se não tiver nada contra, adoraria que um dia detonasse um King-Kombo comigo. Mas não precisa dar resposta agora. Sei que, mesmo podendo, você ficaria mais confortável se eu te der um tempo para me conhecer melhor e conquistar a sua confiança. TATI: Menino, você é muito inteligente, hein. Nem posso dar o pretexto “vamos nos conhecer melhor” porque você já matou. Rs. CHAMELEON: ;) TATI: Mas, vamos ver como fica. Falou em comida, perco o juízo. Rs. CHAMELEON: Claro, nos conhecemos faz vinte minutos. Prefiro que me conheça melhor antes de tomar qualquer decisão. O King-Kombo não irá fugir de lá. TATI: Show! CHAMELEON: Tenho de ir, mas antes, gostaria de dizer que curti te conhecer. Só pelo fato de gostar de comer, já ganhou 50% dos pontos. TATI: Isso porque deve ser um cara bem resolvido. Acho que as pessoas se acostumaram a mulheres plásticas, cheias de “mimimi” e que comem que nem passarinhos. CHAMELEON: Eu valorizo personalidade acima de qualquer coisa. Tive péssimas experiências com modelos e afins. Perdia a admiração toda em poucos encontros.
))'
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TATI: Deve ser um porre. CHAMELEON: Por isso, gosto de gente divertida e que saiba comer. E se curtir chocolate, ganha mais alguns pontos. TATI: Opa! Aí vou dizer que está me espionando. Como posso dizer que não gosto? CHAMELEON: Bom saber! Bom, lindona, está na hora de eu ir. Espero te rever em breve. TATI: Show. Tenha uma ótima noite. Estou sempre aqui, só chamar. CHAMELEON: Beleza. Grande beijo, durma bem.
Despedimo-nos e, a partir do dia seguinte, começamos a conversar todas as tardes e descobrimos ter uma série de afinidades em comum. Além disso, o teor de paquera em nossas conversas era evidente. Chegamos a migrar nossas conversas do Skype para o WhatsApp, onde passamos a trocar uma série de fotos (no começo, inocentes e nada sugestivas). Uma coisa que a encantou foi Mysterinho. Mysterinho é um bicho de pelúcia do Marcelinho 9 (dado de presente por Mel) o qual alterei o vestuário e enchi de peacocks para que virasse um mascote PUA. Cheguei a gravar quatro episódios de um quadro chamado “Mysterinho lê RCs” onde o personagem caçava, lia e comentava relatos de campo de teor duvidoso. 9 Série
de vídeos produzida por Erik Gustavo e Nigel Goodman, onde um marionete chamado Marcelinho lê e ironiza contos eróticos de teor duvidoso.
))(
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Certa noite, Tati e eu resolvemos inovar e tivemos um bate-papo por vídeo. Como ela fazia questão de ver Mysterinho, eis que eu o coloquei em vídeo... E sim, conversei com ela através do boneco. Haja inner . MYSTERINHO: Você que é a
Tati! Gostosa, hein! CHAMELEON: Mysterinho, isso são modos? B059&$%.C* MYSTERINHO: Ué, se você não diz isso a ela, eu digo! Vive falando “Tati gostosa” para cá, “Tati gostosa” para lá.... Mas na frente dela, que é bom, fica betando.
Tati divertia-se descontroladamente.
com
a
cena,
rindo
MYSTERINHO: Vai pegar, Chameleon. CHAMELEON: Mysterinho, não é assim que se fala. MYSTERINHO: Ah, tá. Vai comer? Tati faz uma cara de surpresa (no bom sentido) e torna a rir.
CHAMELEON: Eu queria sair com ela, mas ela ainda está relutante.
MYSTERINHO: Deixa comigo. Tati, esse cara aqui )+*
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quer sair com você, mas acho que ele não está pedindo da maneira certa. Então, ele chamou o mestre para ajudar. Ele quer apenas uma hora de sua vida para tomar um chopp com você. TATI: E você vai junto, Mysterinho? MYSTERINHO: Eu não, quem quer pegar você é ele.
Tati ri. TATI: Tá, me bota pra falar com o João. Adorei te conhecer!
MYSTERINHO: Eu também. Gostosa! CHAMELEON: E aí, gostou dele? TATI: Ah, João, só você! Adorei! CHAMELEON: Quem sabe com ele pedindo, você
aceitaria... Não custava, né? TATI: Isso não vale... Estou numa péssima fase em meu noivado e aparece um cara que nem você... Lindo, inteligente, divertido e que deseja sair comigo. Eu fico com medo de fazer besteira por estar fragilizada e depois me arrepender. CHAMELEON: Má fase? TATI: É... Pôxa, ele vive me abandonando por causa da porcaria do futebol dele. Acabo ficando sozinha e morrendo de tédio... E esse tédio já está virando revolta. CHAMELEON: Nossa... O clássico clichê de trocar a mulher pelo futebol. Graças a Deus, esse será um problema que mulher alguma terá comigo, pois não gosto de futebol mesmo... TATI: Mas, independente de qualquer coisa, seria )+)
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errado sair com você. E se rolar alguma coisa? CHAMELEON: Bom, se rolar alguma coisa, você estará meramente seguindo seu coração, que no final das contas é o que importa no final. Mas, em momento algum disse que precisa rolar algo. Eu quero é te conhecer... Nem que seja um único encontro para nunca mais a ver. Será que não merecemos, dentro da imensidão do que é a vida, apenas uma hora só para nós dois?
Tati nada fala e limita-se a fazer uma expressão pensativa. CHAMELEON: Enquanto você está aí, sofrendo, ele
está lá feliz da vida jogando bola. Isso sim é algo injusto. Se rolar alguma coisa... E veja bem... SE rolar... Pelo menos, de minha parte pode contar com total sigilo. TATI: Mas poxa, isso vai mudar a forma como nos tratamos. Não vai ser a mesma coisa... Está bom do jeito que está... CHAMELEON: Tati, dentro de você, sabe muito bem que poderia estar ainda melhor... E esse melhor seria você e eu juntos, ao vivo. Sabe, Tati, o pior tipo de traição não é quando você trai alguém, mas sim quando trai a si mesmo. Porque no primeiro caso, você pode preservar a pessoa guardando segredo. Mas, no segundo caso, você para sempre terá de conviver com o fantasma de ter contrariado o que seu coração diz. TATI: Verdade...
)++
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CHAMELEON: Me considere um anjo em sua vida...
Que irá, enquanto estiver passando por essa crise em seu relacionamento, manter sua autoestima elevada e carência suprida. Às vezes, é bom ter um amante, sabe por quê? TATI: Por quê? CHAMELEON: Porque apesar da crise, você não estará se sentindo carente e terá maior domínio sobre a situação. E isso fará com que ele corra mais atrás e faça por onde mudar. TATI: Verdade, nunca tinha pensado assim... Bom, digamos que esse nosso encontro role. Teria de ser um dia que ele tenha o futebol. Quinta-feira costuma ser um desses dias. CHAMELEON: Quinta-feira. Perfeito. Há um barzinho próximo onde você trabalha e que tem um segundo andar bem reservado, onde ninguém nos verá. TATI: Você, hein... Cheio das estratégias! CHAMELEON: Claro, minha maior preocupação é preservar a sua privacidade. Bom, hora de ir dormir. A gente vai se falando até a chegada de quinta!
Despedimo-nos e, como ainda faltava quatro dias para quinta-feira, continuamos conversando todas as tardes. Eventualmente, chegou o grande dia. Encontramo-nos no bar e entre nosso primeiro “oi” e nosso primeiro beijo, não demorou nem dez minutos. Aquele dia comemos, bebemos e nos beijamos muito. Apesar da vontade mútua, não evoluiu para algo a mais,
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pois ela tinha hora para estar em casa. No entanto, a química entre os dois revelou ser forte e na mesma noite, quando nos reencontramos no Skype, começamos a traçar uma estratégia para ela ir até minha casa e passar a noite. Não me lembro mais o que foi que combinamos, mas sei que na semana seguinte, ela veio até a minha casa. Assim que ela chegou, foi tomar um banho e, tão logo saiu do banheiro, sentamos no sofá e começamos a dar uns amassos. Momentos depois, já estávamos sem roupas e fazendo sexo. Nosso tesão era absurdo, tanto que tentamos ver um filme e não o conseguimos porque não parávamos de interromper para transar. Foi uma noite intensa. De manhã, despedimo-nos e cada um foi para o seu lado trabalhar. Continuávamos conversando todas as tardes pelo Skype e, à véspera de minha viagem para curtir a Semana Santa de Baependi, eis que ela novamente foi à minha casa. Desta vez, ela não ficou para dormir. Fizemos sexo, jantamos, fizemos sexo novamente e a levei para o ponto de ônibus. Ao chegar em casa, eis que me deparei com um bilhete seu, dizendo que não podia mais continuar daquele jeito, pois precisava dar uma chance ao seu noivado e que apesar de muito gostar de mim, nosso caso estava atrapalhando seus planos. Em outros tempos, eu teria ficado triste com tal mensagem... Mas, como eu estava em uma fase da qual sentimentos não faziam parte, fiquei surpreso com a minha indiferença. )+#
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Na realidade, senti certo alívio por aquilo ter acabado, pois apesar de muito curtir o sexo com Tati, sabia que aquilo não estava certo. Daquele dia em diante, apesar de não termos mais nos falado como antes, nem por isso deixamos de nos falar ocasionalmente, como amigos. Aparentemente, a fase negra de seu noivado passou e ficou tudo bem. Bola para frente. Em paralelo ao meu caso com Tati (e antes de minha segunda Semana Santa em Baependi), algumas situações ocorreram. Os dois capítulos a seguir mostrarão que situações foram essas.
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What’s Up (ou App)? Como se já não bastasse o viciante grupo de Facebook do AF, eis que um pessoal de lá decidiu criar um segundo (e mais seleto) grupo relacionado ao blog no aplicativo de smartphone Whatsapp. Embora eu tivesse visto o tópico onde fora comunicada a criação desse grupo no aplicativo, não senti interesse em participar (estava muito bem com o grupo de Facebook ). No entanto, certo dia estava a caminho do trabalho e um dos usuários do grupo, Viks, me chamou no Whatsapp e me disse que as meninas daquele grupo muito gostariam que eu fizesse parte dele - e, para me convencer, mostrou algumas das fotos que elas andaram publicando. Aceitei entrar para o grupo, que então pertencia a uma garota chamada Fátima. Para minha feliz surpresa, Joey-Z já fazia parte do grupo e Viks, o rapaz que me veio fazer o convite, já era conhecedor da arte do PU. Tão logo entrei, enviei uma foto minha e, ao invés de digitar, falei de mim através do recurso de mensagem de áudio. Como eu havia feito um curso de técnica vocal para rádio em 2009, empreguei a melhor voz possível... Para a loucura daquela mulherada. Não demorou muito até que eu virasse o centro das atenções.
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Nesse grupo, o papo era na maior parte das vezes focado em sexo e havia um constante compartilhamento de fotos picantes. De todos os participantes, quem mais me chamou atenção foi uma garota de São Paulo chamada Circe. A atração de um pelo outro era evidente, tanto que passamos a conversar reservadamente e a compartilhar muitos áudios e fotos. No entanto, um encontro entre os dois parecia ser algo remoto (apesar da proximidade de estados). Havia duas participantes do Rio de Janeiro, Sofhia e Nella. Esta última foi o meu segundo close ácido. Foi no primeiríssimo encontro entre os participantes desse grupo, o qual ocorreu no Bukowski (lembro-me de que foram eu, Joey-Z, Nella e Viks). Foi apenas um KC, nada de mais. Mais tarde, Nella veio a se tornar a RMLP de Joey-Z. Pouquíssimo tempo depois de eu ter entrado para esse grupo, entrou um rapaz da Bahia, apelidado por Gereco. Coincidentemente, este também conhecia o mundo do PU, pois certo dia falei no grupo que queria “sargear” e ele reconheceu o termo naquele mesmo instante. Gereco virou um grande amigo e confidente. Foi ele que sempre me defendeu nos momentos mais tensos... Assim como foi ele que me wingou quando mais precisei. Eu, daqui, fazia o mesmo por ele. )+&
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Outra grande amiga que fiz foi uma garota do interior de São Paulo, a Ray PDQ. Ray foi a precursora de um movimento apelidado, pelos homens do grupo, de “Joãozetes”, ou seja, uma espécie de “fã-clube” meu dentro do grupo de Whatsapp. Evidentemente, tamanha “popularidade”, associada a uma postura constantemente exibida de minha parte começou a incomodar uma parcela de pessoas, que começaram a me censurar por ser arrogante, convencido, narcisista, marrento e outros adjetivos não muito agradáveis. De vez em quando, aparecia um querendo bancar o psicólogo, dizendo que esse meu jeito era uma máscara e que eu devia ser, por dentro, uma pessoa muito insegura e mais uma série de baboseiras que nem valem a pena serem mencionadas. Apesar de ciente de que os ataques gratuitos à minha pessoa eram provavelmente fruto de um sentimento de inveja, parei para refletir. “Teria eu me tornado uma pessoa convencida?”, pensava. “Logo eu, que sempre fui elogiado pela minha humildade dentro da comunidade PU?”.
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“Você vai me olhar, me julgar, tirar conclusões precipitadas, mas ainda assim não vai me conhecer.” Eminem
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Chameleon, o convencido Quando entrei para a comunidade PU, em 2011, minha autoestima era praticamente nula e cultivava uma visão distorcida de minha própria pessoa. À medida que fui evoluindo no jogo, essa autoestima foi subindo e, com isso, descobri o que é ter amor-próprio. Além disso, as conquistas advindas dessa jornada, tais como o crescimento de minha empresa, a independência financeira, o gigantesco círculo social e, claro, meu primeiro livro fizeram com que eu me tornasse meu maior fã. Contudo, nunca imaginei que esse amorpróprio tivesse superado os limites e virado convencimento. Quando comecei a perguntar às pessoas se por acaso era convencido, unanimemente todas responderam que a primeira impressão que passo é de fato a de ser um cara convencido e que se acha acima dos outros. Que apenas com o tempo foram vendo que não era bem isso que elas pensavam. Fiquei surpreso pela resposta, confesso. No entanto, parei para pensar e cheguei à conclusão de que se por acaso eu era convencido, não o era sem mérito. Digo, tudo aquilo que conquistei foi fruto de muito suor, muitas lágrimas. Eu era um vencedor, e tinha certeza
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absoluta de que essa foi uma batalha que venci por conta própria, sem menosprezar ou passar por cima de ninguém. Pelo contrário, muitos ajudei nessa jornada. Eu merecia esse auto-reconhecimento. Eu merecia ser convencido. Porque isso incomodava tanto as pessoas, se eu não as fazia mal algum? A resposta era óbvia, mas eu estava cego demais para enxergá-la. Talvez por ter passado 29 anos sendo uma pessoa da qual o mundo poderia sentir qualquer coisa exceto inveja, ingenuamente julguei que isto não aconteceria comigo... Afinal de contas, apesar de todas minhas conquistas, sempre tratei bem as pessoas e, na medida do possível, nunca neguei ajuda a ninguém. Bastou um pouco de atenção para me dar conta de que não era tão querido por todos como imaginava. Como se não bastasse a legião de gente que nutria desafeto pela pessoa sem jamais ter trocado uma única vírgula sequer comigo, foram apurados decepcionantes casos de indivíduos que fingiam ser amigos e que em contrapartida me difamavam pelas costas sempre que podiam. Sim, fiquei triste com isso. Quem não ficaria? No entanto, por mais clichê que possa vir a soar, é inegável a procedência do ditado “não se pode agradar a gregos e troianos”. Quando você começa a aparecer para o )"+
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mundo, inevitavelmente aparecerão pessoas avessas ao seu modo de ser e não há nada que você possa fazer a respeito. Adotar uma postura de humildade apenas para agradar pessoas que já não iam com a minha cara seria algo no mínimo ridículo, considerando que virei uma pessoa avessa ao ato de ser submisso à expectativa dominante. Sempre defendi que o seu grau de atração é diretamente proporcional à sua congruência como pessoa e quando você omite seu verdadeiro “eu” para agradar alguém, essa é a verdadeira máscara. Ao contrário do que muitos erroneamente (e sem propriedade alguma) diagnosticaram, eu não usava uma máscara para encobrir uma pessoa insegura. Não. Máscara foi o que usei os primeiros 29 anos de minha vida, quando eu tentava ser tudo aquilo que família, amigos, parceira e sociedade idealizava. Um autêntico marionete, praticamente uma meretriz da expectativa alheia. Um homem sem congruência alguma, que mudava sua essência por completo em prol de agradar as pessoas que andavam consigo. E o que ganhei com isso? Vexame. Pois hoje, quando olho para trás, noto que era uma pessoa influenciável e suscetível à manipulação. Quando me libertei destas travas e resolvi ser eu mesmo, obviamente isso incomodou a muitos - como aliás, até hoje incomoda. )""
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Hoje em dia, quando olho para as pessoas, vejo a imensa quantidade de gente de tremendo potencial latente e que reprime o ser humano magnífico que existe dentro de si por puro e simples medo do que irão pensar dela. Não é à toa que existe tanta gente deprimida. Conforme disse a Tati, a pior traição que existe é aquela que você comete contra si mesmo, pois você sabe muito bem que está abrindo mão de sua verdadeira vontade. Não tem jeito, o preço que se paga por ser você mesmo é o de enfrentar a negatividade de todos aqueles que não tiveram coragem de fazer o mesmo. Reparem que o invejoso é igual um vampiro, pois além de fazer tudo para sugar o contentamento de sua vítima, se for posto em frente a um espelho, não irá enxergar seu reflexo - em outras palavras, jamais admitirá sentir inveja. Trata-se de um sentimento extremamente baixo, pois considerando que a inveja é uma raiva que o ser humano sente de si mesmo por não ter uma determinada característica que outra pessoa tem, o invejoso prefere lutar para rebaixar o desafeto ao seu patamar de mediocridade, ao invés de lutar para elevar sua pessoa ao invejado patamar de grandeza. Conforme bem postei em meu Facebook... Segundo o site da National Park Services, quando você estiver frente a frente com um leão, você deve manter o contato )"#
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visual e não desviá-lo sob hipótese alguma, adotar uma postura ereta com os braços sobre a cabeça para parecer maior, jogar pedras e gritar com o felino e, se ele o atacar, atacá-lo também. Agora, vocês devem estar se perguntando porque diabos postei isto. Reparem, o ser humano tem de gritar, jogar pedras e bater no leão não porque é mais forte que ele, mas porque sabe que é mais fraco e que qualquer passo em falso levará o leão a o atacar e acabar com sua vida. Ás vezes, você vai interagir com pessoas que, de graça, o irão ofender, denegrir e fazer de tudo para o afastar; não porque elas sejam superiores a você, mas sim porque temem a sua grandeza, porque sabem que é mais forte e que qualquer vacilada de sua parte as tornará uma presa fácil. Existem momentos em que somos os predadores e nem damos conta disto… Portanto, analisem o comportamento das pessoas que o atacam, pois não raro é a atitude da presa acuada. A bem dizer, não havia nada errado em ser convencido, pois foi exatamente isso que começou a atrair, mais do que nunca, HBs para a minha cama. Sei lá, de repente esse convencimento passou a transmitir um legítimo contentamento pessoal, uma notável autoconfiança, uma impecável congruência... Enfim, uma gestalt traduzida em uma personalidade firme, algo que boa parte das mulheres buscam em um homem. Após muito ter refletido, optei por aceitar esse jeito )"$
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convencido como parte de minha personalidade e até mesmo, entre amigos, inflacioná-lo de uma maneira irreverente e bem-humorada.
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Semana Santa em Baependi 2 A Semana Santa em Baependi foi, infelizmente, um tanto decepcionante para mim - pois comecei a me dar conta de que esta ficando conhecido até demais pelos habitantes da cidade. Além do mais, talvez por saber que iriam comigo Faceman, Hunter, Bruno Lennon, Zatti e Vinie, julguei que seria mais uma sarge memorável, assim como foi a do Carnaval, e na realidade isso não aconteceu porque cada um foi para o seu canto e não raro me vi sargeando sozinho, sem ninguém. Os dois primeiros dias foram um fiasco, mas consegui me redimir no terceiro, como verão no relato a seguir. 28 a 31 de maio de 2013 JAK SIE MASZ, PUAS! E aqui estou eu, Chameleon, com mais um de meus gigantescos relatos (risos). Esta semana santa de 2013, resolvi voltar a Baependi-MG, minha cidade favorita e também palco de uma outra épica semana santa, ocorrida em 2011 e mencionada em meu livro.
E como não poderia deixar de ser, foi uma semana santa de muito aprendizado, evolução e constatações de vida decisivas. Aliás, essa semana santa mais
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pareceu um filme da franquia American Pie, e verão o porquê. Desta vez, fui acompanhado de Face e Hunter (daqui do Rio de Janeiro) e, em MG, tive o privilégio de encontrar, pela terceira vez, Zatti e Bruno Lennon (os PUAs de Elói Mendes-MG). Além deles, pude contar com a presença de Vinie, um PUA de Baependi que já figurou em vários outros relatos meus – e que agora é conhecido como Sniper. Vamos ao relato. QUINTA-FEIRA, 28/03/13 Cheguei na cidade às 14h. Face e Hunter só viriam na madrugada de quinta para sexta, ou seja, esse dia eu estaria em “alone sarge”. Dei algumas voltas pela cidade – que, como era de se esperar, estava tumultuada (afinal de contas, Semana Santa é uma das épocas do ano que a cidade mais enche). Reencontrei várias amizades de lá e parei para ter um pingo de prosa com cada uma dessas pessoas. À noite, encontrei o Vinie e ficamos sargeando pela praça. Apesar de eu ter aberto alguns sets, minha energia estava meio baixa. Não houve ancoragem eficaz. Chegamos a ir para a balada do Cine Legend, onde também realizamos algumas abordagens. O máximo que consegui foi um PC com uma coroa gata, que apesar de afim de mim, não ficou comigo por medo de fofocas. Ela ficou os dois dias subsequente me )"'
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transbordando de torpedos, mas aí quem não queria mais era eu. Embora eu já tivesse passado da fase de voltar chateado para casa em dias de zero a zero, estava intrigado – “o que houve?”, pensava. SEXTA-FEIRA, 29/03/2013 Encontrei, logo pela manhã, o Face e o Hunter. Após termos ido à feirinha fazer algumas compras de roupas, Face separou-se do grupo para ir encontrar uma HB da cidade a qual estava sargeando pelo Facebook. E a closou, é claro. Almocei com Hunter e voltei para o hotel. À tarde, retornei à praça. Realizei algumas abordagens em day game, que não foram nada de mais. À noite, encontrei Face e Hunter no Fecha Nunca. Ponto alto do encontro foi Hunter, que bebe muito pouco, pedir um cappuccino no bar. Obviamente, o Fecha Nunca não servia esse tipo de bebida, fora que o garçom fez uma expressão de desprezo muito engraçada ante a solicitação do PUA (hahaha). Notei que Hunter constantemente olhava seu relógio.
CHAMELEON: Algum problema, Hunter? HUNTER: Eu tenho um encontro às 20h. CHAMELEON: Encontro? HUNTER: Sim, com uma garota que peguei de tarde. CHAMELEON: Seu safadinho! Qual o nome da )"(
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garota?
HUNTER: A Vânia. CHAMELEON: Uma baixinha, de cabelos castanhos e
olhos claros? HUNTER: Essa mesma. CHAMELEON: Ish... Hunter... Tenho más notícias. HUNTER: Como assim? CHAMELEON: Ela não irá aparecer para o encontro. HUNTER: Por quê? CHAMELEON: Cara... Tá vendo aquele banco de praça lá? HUNTER: Sim. CHAMELEON: Então... Você pode usá-lo à vontade e ficar o tempo que quiser. No entanto, isso não significa que o banco seja seu... E se você o deixar e outra pessoa usar, não pode nem reclamar. Afinal o banco é bem comum. HUNTER: E o que isso tem a ver com a Vânia? CHAMELEON: A Vânia é bem comum. Propriedade pública. Ela fica com todo mundo, mas deixa claro que não é de ninguém. Você pode até ir ao ponto de encontro 20h, mas tenho certeza de que ela não vai aparecer. Ela não sabe dizer “não”. Dito e feito... Já cético, Hunter foi ao ponto de encontro e nada de Vânia. No entanto, retornou ao grupo de cabeça erguida e mais do que nunca disposto a jogar. Cerca de uma hora depois, chegaram Zatti e Bruno Lennon. No entanto, os dois vieram acompanhados de umas meninas de seu próprio círculo social que praticamente os impediram de
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sargear conosco. Cheguei a “roubar” Zatti para fazer algumas abordagens, mas nada de mais. Vinie não apareceu e nem ao menos deu satisfação. Hunter, que estava cansado, voltou para o hotel e Face foi ao encontro de sua HB. Alone sarge de novo... Mas, novamente, estava com energia baixa. Até mesmo um pouco de AA, acreditam? De repente, uma voz me chama. Era uma HB que eu havia closado no Carnaval, querendo me cumprimentar. Sentei ao lado dela, trocamos uns dois minutos de prosa e resolvi atacar.
CHAMELEON: Sabe, eu esqueci de fazer a grande pergunta da noite. HB: Uai, qual? CHAMELEON: Você hoje veio para ficar com gente inédita ou serve mais do mesmo? HB: Depende de quem é o mais do mesmo... KC. Em seguida, ainda realizei mais algumas abordagens. Encontrei Nayana, a HB de meu relato do Carnaval de 2013. Falamos normalmente, nada de extraordinário. Mas, confesso que ainda me senti um pouco mexido ao vê-la. Voltei para o hotel eram 2:30.... Ok, não foi uma noite de saldo negativo. Mas, eu estava triste. Esperava que fosse ser uma noitada épica igual as que tive no Carnaval de 2013, onde tive um grupo grande, unido )#)
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e cheio de energia. Não contava com essa energia baixa e consequente debandada dos rapazes. Apesar de desnorteado, tentei continuar a sarge sozinho – mas minha decepção acabou com o meu inner. Fui fraco, admito, pois no passado eu não tinha problema algum em fazer alone sarge. Fui dormir muito chateado comigo mesmo. Aquele não era eu. Não mesmo! E sábado seria meu último dia na cidade... Sábado tinha de ser O DIA DA REDENÇÃO. SÁBADO, 30/03/2013 Sábado, acordei e chamei Hunter e Face para conversar.
CHAMELEON: Rapazes... Hoje, eu vou sargear sozinho. Ontem, cometi o grave erro de contar com o grupo e com isso eu criei uma muleta. Hoje é minha última noite aqui. É a minha oportunidade para me redimir e não vou desperdiça-la. Espero que entendam. Não estou dizendo que não vou dar atenção para vocês e tampouco que não quero vocês comigo – mas vou agir como se não estivessem por perto. Os rapazes assentiram. Passei o dia praticamente todo no hotel. Queria guardar minha energia para a noite. Fiquei meditando, ouvindo músicas para calibrar o inner e até mesmo repassando alguns materiais interessantes sobre jogo natural. )#+
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À noite, fui para a praça e encontrei Vinie, Face, Hunter e Bruno Lennon. Este último estava, tal qual o dia anterior, comprometido em dar atenção às meninas do círculo social dele. Vinie estava com uma vibe impecável, tanto que abordamos alguns vários sets (o que foi ótimo para efeitos de calibragem e até mesmo pré-sargear pessoas que estariam na balada aquela noite). Fomos para a balada. Na fila, eu estava em silêncio e bem sério – tanto que Hunter me perguntou se estava tudo bem comigo. Respondi que sim e que estava apenas guardando minha energia, à espera da hora certa para liberá-la. No momento em que pisei na balada, pensei: CHAMELEON, HORA DE SE REDIMIR. HORA DE IMPROVISAR, ADAPTAR, SUPERAR! Comecei a circular a balada e a dar “boa noite” e me apresentar para todos que iam adentrando o recinto. Dizia que era minha última noite lá e que eu estava querendo conhecer melhor o povo. A cada abordagem feita, meu inner subia mais um pouco. Quando reencontrava algum dos rapazes, dançava com eles. Zoava, brincava, ria. Logo, logo, avistei uma loura de vestidinho preto apertado e fui lá falar com ela. Elogiei seu vestido, disse que ela estava linda. Ela, que já estava me dando uns IDIs, me elogiou de volta, perguntou se eu aceitaria dançar com ela depois e fiz )#"
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que sim. No entanto, após um breve silêncio onde fiquei olhando para ela e ela olhando para mim, com “aquele sorriso”, liguei o “foda-se” e dei o primeiro KC da noite. Inner subindo. Cerca de meia hora depois (e a balada cada vez mais cheia), avisto um 3-set do qual uma das meninas não tirava o olho de mim. Cumprimentei, joguei um fluffy talk de cerca de dois minutos (sempre kinando) e... KC. Fomos para a varanda da balada e comecei a fazer o kino em locais mais calientes, como a coluna, as laterais dos seios, barriga... E ocasionalmente o interior da coxa. Usava minha coxa para acariciar o interior da coxa dela... E para acariciar os seios dela, eu passava a mão no rosto dela e aproveitava para encostar o cotovelo no seio e fazer movimentos. Isso, associado a elogios de teor sexual proferidos em um tom de voz baixo e grave em seus ouvidos naturalmente a levaram a um estado de profunda excitação sexual... E daí eu comecei a usar o TIC (Técnica da Inversão de Culpa) antes mesmo dela apresentar qualquer resistência. Aproveitei alguns argumentos de Ozzy em "Transformations".
CHAMELEON: Eu tenho uma confissão a fazer, mas
não quero que você me veja como vulgar. HB: Fala! CHAMELEON: Eu me sinto diferente com você. Estou )##
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com um tesão gigante em você, mas eu fico meio assim de te propor fazermos algo mais tenso e você me achar um cara meio "fácil". Sei lá, eu não quero perder o respeito que tem por mim. HB: Nossa... Olha, agora que você disse isso, ganhou minha admiração... Os outros caras não são iguais a você. CHAMELEON: Se eu te dissesse que não faço casual eu estaria mentindo. Mas acima de tudo eu sou um cara que leva as pessoas, as coisas a sério... E eu valorizo o respeito. Se você me respeitar, se você não for o tipo que vai banalizar isso, então eu aceito irmos para outro lugar. HB (pensa): Mas para onde iríamos? CHAMELEON: O meu hotel não permite visita. Pensei darmos uma volta nas ruas, ir para um local tranquilo... Você é daqui e conhece isso melhor que ninguém. HB: Ok, vou lá avisar minhas amigas. A HB fala com as amigas, saímos da balada (isso 4:30 da manhã). Fomos para uma rua perto de onde ela mora... Rua um pouco escura. Começaram os amassos. Eu nem perdi tempo. Botei a mão por baixo da saia dela, puxei a calcinha de lado e vi que ela já estava excitadíssima.
CHAMELEON: Foda-se, vou usar a língua. HB: Tá louco? E se alguém de longe nos ver? CHAMELEON (sorriso FDP): Eu digo que estava amarrando seu tênis.
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Sexo oral nela. Sim, em público. Ela já contorcia de prazer. Levantei, abri as calças, cheguei próximo a ela... e começou o roça-roça. O negócio estava tão tenso que às vezes ela fazia menção de já me penetrar nela, e eu cortava e falava "não, não... penetração só com a camisinha". Ela ria, e continuava a brincadeira. Daí, botei o preservativo e começamos. Foi tenso porque ocasionalmente tinha de parar o vai-vem por causa de eventuais pessoas que passavam. Imaginem ficar uns instantes com o treco dentro dela, sem poder me mexer, esperando a pessoa passar... Apenas fingindo a estar abraçando! O clima estava puro tesão. Eu tinha de mandar ela parar de gemer alto, pois era uma madrugada quieta e os gemidos dela ecoavam pela rua. De repente, quando estava prestes a gozar... Uma procissão de páscoa, programada para 5h da manhã, passa pela rua perpendicular à que estávamos. E eu lá, penetrado nela. Brincadeira, viu... Me senti péssimo, vendo um monte de religiosos passando com uma imagem de jesus e eu, como, fazendo o que estava fazendo. Tão logo passou a procissão, decidimos fazer o vai-vem ficar mais frenético, chegamos aos finalmentes juntos. Demos mais uns beijos e nos despedimos. Na volta, passei em frente à balada que estávamos pra buscar o Face (que por sinal já tinha ido embora)... E como já tinha acabado a noite, vi duas HBs sentadas na calçada. Vi que uma delas me deu IDI. E coincidentemente, a amiga dela resolve levantar e ir )#%
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falar com uma outra pessoa. Na mesma hora sentei do lado dela, disse "oi", perguntei o q ela achou da balada, pouco de fluffy talk e... KC. Eu havia me redimido e dormi o sono dos justos. O que separa o fracasso da glória é a decisão de vencer, mesmo. No dia seguinte, domingo, encontrei Hunter e Face para almoçarmos. Contei a eles a história, bem como ouvi as deles (foi uma noite de 100% de aproveitamento – todos closaram alguém). E brindamos, bem ao estilo “American Pie”, quando os rapazes encontravam-se após aquela noite épica para discutir e brindar pelos bons momentos que passaram juntos. E essa semana santa me fez também chegar a uma conclusão polêmica, porém muito importante. Acredito, piamente, que a única coisa que me falta para virar um sedutor “com pedigree”, é me livrar do rótulo de PUA. Tyler já disse, uma vez, que uma das piores coisas que existe é você ser um PUA, e hoje em dia entendo o porquê. Esse rótulo de PUA/PUG, gerou um fardo que tem ficado cada vez mais pesado de carregar. Embora o PU )#&
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pregue desprendimento de resultados, o fato de eu ser um PUA “famoso”, o fato de trabalhar também como instrutor de PU me trouxe uma cobrança (interna e externa) muito grande por resultados constantes. Closei muitas HBs que na realidade nem quis closar – apenas para mostrar para algumas pessoas à minha volta que sou PUA. Infelizmente, há pessoas da comunidade que não são tão bem intencionadas, e se elas saem consigo e não o vêm closando alguém, rapidamente disseminam pelas redes sociais que você é uma farsa. De prazerosa, minha vida como PUA passou a ser um processo de constante tensão, que acarretou numa perda significativa de maestria no jogo. Eu não mais gostaria de ser conhecido como um “artista da sedução”. Acredito que as técnicas de PU funcionam, sim. No entanto, elas só o levam até determinado ponto. Um grande erro que noto estudantes de PU cometerem e que eu mesmo cometi por muito tempo foi o de focar apenas no sexo feminino e de dedicar pouco ou nenhum foco em também socializar com o sexo masculino. Às vezes, podemos estar perdendo a oportunidade de fazer grandes amigos ou até mesmo fazer grandes contatos profissionais por causa dessa bitolagem excessiva com o sexo feminino. Acredito que um homem que seja SOCIAL de forma geral será automaticamente visto como atraente – e é por isso que eu decidi que irei largar o rótulo de “artista da sedução” e virar um “artista social”. Meu )#'
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foco, a partir de agora, não mais será a mulher – e sim o ser humano. A mulher será uma consequência disso, mas não mais será o propósito. No mais, um grande abraço a todos que leram!
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Um close explicado Em uma de minhas muitas idas ao Bukowski, eis que fui acompanhado de Aziz para o aniversário de um amigo em comum nosso. Dentre as muitas pessoas que foram prestigiá-lo, fiquei interessado em uma menina de personalidade singular, chamada Rita. Rita era o tipo de garota que provavelmente intimidaria muitos homens, pois ela era independente, espontânea, sagaz e bastante decidida. Arrisco dizer que é o tipo de garota que arrasaria com qualquer novato que a abordasse e não estivesse preparado para lidar com sua personalidade forte, que apesar de tudo era muito divertida. Essa noite, eu a defini como alvo... E, para dar um pequeno toque técnico a este livro, irei explicar como foi. 1º Passo: Criação de Rapport
Como Rita estava em um clima de descontração e brincando com as pessoas, se eu brincasse com ela, ainda mais sendo um completo estranho, poderia receber algum shit-test difícil de contornar. Para evitar que isso acontecesse, resolvi me juntar a ela para brincar com os outros.
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RITA (de pé e para o grupo, que estava em sua maioria sentado): É isso mesmo, vão ficar sentados?
Cambada de velho! CHAMELEON: Pois é... Daqui a pouco vão tirar as cartelas de bingo. Pior, quando chegar 22:30 vão dizer que está muito tarde e têm de ir embora. RITA: Exato! É mole? 2º Passo: A “pergunta-arapuca”
A pergunta-arapuca pergunta-arapu ca foi criada para tirar proveito da necessidade humana de congruência pessoal. Trata-se de uma pergunta que você faz no começo da interação e que impede a pessoa, no futuro, de cometer qualquer ato que entre em contradição com a resposta dada. CHAMELEON: O que você acha dessas meninas que
se fazem de difícil, mesmo querendo ficar com o cara que chega nelas? RITA: Acho a coisa mais ridícula que existe! Coisa de mulher fresca.
Com esta pergunta, a intenção foi prevenir eventuais resistências na hora de closar. 3º Passo: O kino-recompensa
kino tradicional em Se eu fizesse uma escalação de kino )$)
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Rita (de toques prolongados que visassem testar a receptividade), ela poderia mandar algum shit-test relacionado ao porquê de a estar tocando tanto (ainda que estivesse gostando e o fazendo em tom de brincadeira). Assim sendo, preferi kinar em um tom de recompensa. Sempre que ela dizia algo que me agradasse ou que fosse de minha mesma linha de pensamento, a parabenizava com apertos de mão, abraços etc. 4º Passo: O jogo verbal
Em paralelo ao kino-recompensa , aproveitava todo assunto de conhecimento comum para desenvolver a conversa. Falamos, por exemplo, bastante do seriado mexicano “Chaves”, o que foi uma deixa para falar dos bonequinhos que tenho dos personagens desse seriado e da minha coleção de figuras de ação como um todo. Além disso, quando ela dizia gostar de algo que eu gostava, não perdia tempo e dizia coisas como “Gosta mesmo? Case comigo!” ou “Taí, você é a pessoa mais interessante que conheci por aqui estes últimos tempos” (e realmente era). Findo estes quatro passos, demos um KC cheio de vontade. Ótimo. No entanto, o “jogo” estava longe de )$+
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terminar. 5º passo: Conquistar a(s) amiga(s)
Em meio à noitada, já estava a sós com Rita quando de repente aparece uma de suas amigas, um tanto amuada. Aparentemente, o rapaz com quem ela estava ficando não a estava dando a merecida atenção e frequentemente a deixava de lado. Na mesma hora, tirei meu foco de Rita e o direcionei por completo à sua amiga. Ela realmente não estava bem e uma injeção de ânimo seria, naquele momento, algo mais que bem-vindo. Não só elevei sua autoestima, legitimamente lembrando-a do quão bonita era e de que se o rapaz não a estava tratando como deveria, o culpado era ele (e não ela). AMIGA (para Rita): Ele está ganhando muitos pontos comigo, você sabe, né? CHAMELEON: Ótimo! Então, quando eu casar com Rita, você será nossa madrinha, fechado?
Descobri, inclusive, que essa amiga de Rita colecionava bonequinhos que nem eu... E quando mostrei as fotos dos meus, ganhei ainda mais pontos.
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No final da noite, troquei contatos com Rita. Ela, sagaz como só ela era, descobriu que eu era PUA e inclusive leu meu primeiro livro. Segundo ela, em um primeiro instante sentiu-se um tanto zangada pela descoberta de que eu era um “profissional” no ramo. No entanto, à medida que leu meu livro, viu que não era essa coisa fantasiosa que a sociedade julga ser. Aliás, ficou bem curiosa a respeito do assunto, tanto que saímos para tomar uma cerveja e respondi a todas suas perguntas. Eventualmente, Rita tornou-se minha RMLP por algumas semanas.
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Uma sarge cheia de surpresas Era segunda-feira e véspera de um feriado carioca. A minha intenção era de ficar, aquela noite, em casa vendo filmes e seriados. Apesar de saber que o Bukowski iria abrir e que KING e Digo iriam, preferi deixar passar a oportunidade para descansar e, de quebra, poupar um pouco de dinheiro. No entanto, KING e Digo sabiam persuadir... E subitamente me vi inserido em uma das mais inesperadas e, ao mesmo tempo, memoráveis sarges que já tive naquele local. 22 de Abril de 2013 JAK SIE MASZ, PUAS! Uau, sabe aquela sarge completamente inesperada e com resultados ainda mais inesperados? Foi a noite de segunda-feira, 22 de Abril com o KINGRJ e o nosso amigo (e também grande natural), Digo. Aqui no Rio de Janeiro, 23 de Abril é um feriado… E como caiu na terça, o Bukowski resolveu abrir na segunda. No entanto, eu não tinha planos de ir - na realidade, ia ficar em casa vendo filme. Sei lá, tenho andado um tanto saturado do ato de sair constantemente. Lá pela 1h da manhã, KINGRJ e Digo começaram a me transbordar de mensagens chamando para ir, as )$$
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quais fui negando a todas. Aproveitei para fazer um "wing à distância" e disse ao Digo para abordar uma mulher bem gata e fotografar ela me chamando para ir ao Bukowski. Dito e feito! Abordaram um 2-set e me mandaram a foto. Até mesmo dentro de casa sou wingman, hahaha! De repente, comecei a sentir vontade de estar lá com eles… Botei a roupa que encontrei pela frente, borrifei meu Ferrari Black no corpo e fui ao Bukowski. Entrei sem fila alguma, apesar do ambiente estar lotado! Encontrei KINGRJ e Digo e já começamos abrindo um 2-set com duas ninfetinhas de 18 anos. Uma delas, nota 6,5. A outra, nota 8,0 (pelo menos). KINGRJ começou a interagir com a nota 8,0 e eu, para wingar, com a nota 6,5.
HB: E seu nome? CHAMELEON: João. HB: Ah, esse nome me traz más lembranças. CHAMELEON: Mas eu posso redimir e trazer boas. HB: João é tudo safado! CHAMELEON: Então, ouço muito isso… E fica difícil
convencer que sou o João bonzinho. Eu acho que vou é mudar meu nome pra Clodoaldo. Você sabe os trâmites necessários para isso? HB (rindo): Não, Clodoaldo! CHAMELEON: Tu tem cara que é uma máquina de fora! HB: Eu? Mas não dei fora nenhum até agora!
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CHAMELEON: Opa, vou me habilitar para ser o primeiro. Olha só… Eu vou tentar te beijar. Você tem que me dar um fora. Tento o KC, HB me empurra rindo.
CHAMELEON: É assim que você dá fora? Aí você não passa firmeza. Vamos tentar de novo.
Tento novo KC. Aí sim ela diz que não iria rolar.
CHAMELEON: Boa menina, é assim que se faz. Toca aqui.
KING também havia desistido da interação com a nota 8,0 (por hora) e ejetamos para continuar sargeando. Devemos ter abordado mais uns dois ou três sets, mas eram mulheres de poucas palavras. No entanto, vi KING conseguir um PC com uma delas, o que já foi algo! De repente, me perco do KINGRJ… E quem vejo no meio do Bukowski? A tal ninfeta nota 8,0. Havia tanto, mas TANTO homem chegando nela que a marra era evidente. Ela estava dando fora em todos e, a cada fora dado, se achando cada vez mais. De repente, olho para ela e, mesmo estando a cerca de um metro dela, começo.
CHAMELEON: Vem cá. HB faz que "não" com a mão. )$&
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CHAMELEON (agora com tom de voz sério e alcançando o braço da HB para puxá-la, com sutileza): Vem aqui agora, sua garota mimada do demônio. HB: Que horror! O que você quer? CHAMELEON: Não se faz de desentendida. Investida de KC. Ela vira a cabeça.
HB: Caralho, você merece um tapa na cara. CHAMELEON: Por quê? Por ter sido o único cara que não ficou babando seu ovo e que teve culhão para tomar uma atitude? KC.
HB: Agora posso ir? CHAMELEON: Agora que me fez feliz, pode ir sim. Inté. Mais tarde, essa HB ficou também com o KING… E metade do Bukowski também. ¬¬ Subo para encontrar a galera e encontro Rita ,wingando uns caras para a amiga dela. Abordo e interajo…
CHAMELEON: Boa amiga você hein! RITA: É que ela é tapada, se depender dela não fica fazendo nada… Então sobra pra mim, né?
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CHAMELEON: Boa! Eu nem imaginava te encontrar
aqui hoje. Cheguei agora! RITA: Mentira! Você é sempre o primeiro a chegar! CHAMELEON: É, mas aqueles dois me tiraram da cama. Aliás, deixa eu ir lá, hora do Jagermeister. Ejetei e fui até o balcão tomar Jager com o KINGRJ e o Digo. Descemos e abordei uma HB que embora não tivesse conseguido closar, conversei bastante… Ela achava que eu não tinha conteúdo para conversar com ela e se surpreendeu quando me viu falar de Nietzche, Schoppenhauer e afins. Adoro surpreender! Saio para ir ao banheiro, recebo um SMS de Rita, perguntando onde eu estava. Fui até ela.
HB: Onde você estava? CHAMELEON: Por aí… HB: Pegando geral, né? CHAMELEON: Tentando, pelo menos… KC De repente, chega Digo… E Rita praticamente o empurra para a amiga dela, a qual ele closou sem maiores dificuldades. Pouco tempo depois, Digo ejeta e a amiga vem ficar próxima à gente. Uma terceira HB, de vestido preto, passa por nós três e lança um IDI gritante para mim. Ainda que com o braço em volta de Rita, viro para ela e dou "oi". Ela para e começa a interagir com meu grupo… Mas Rita aparentemente não curtiu muito a ideia e senti o clima entre as duas )$(
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pesar um pouco. Nisso, KING aparece e peço para ele distrair Rita e sua amiga enquanto eu levava essa terceira HB que havia acabado de chegar para a parte de dentro do bar.
CHAMELEON: Houve algum mal-entendido? HB: Não sei, acho que ela não gostou muito de mim. CHAMELEON: Merda. HB: O quê? CHAMELEON: O que estou prestes a fazer. KC.
HB: Nossa, direto você hein… CHAMELEON: Fazer o quê? Você me olhando com essa cara de "vem fazer glu-glu"… HB chora de rir. Trocamos contatos e volto ao set. Encontro Rita, sua amiga e mais um outro amigo, ao qual ainda não havia sido apresentado. KING e Digo, por sua vez, desapareceram para sargear duas funcionárias do local.
CHAMELEON: Vocês duas formam um casal bonito. AMIGO DELAS: Tem que ver elas se beijando. CHAMELEON: O quê? Se beijem agora!!! As duas, sem hesitarem, se beijam.
CHAMELEON: Ok, quero entrar nesse beijo.
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No entanto, não deixaram.
CHAMELEON: Não vão fazer beijo triplo comigo? RITA: Ah, cara, nem rola né? CHAMELEON: Ok, então vou nessa. RITA: Espera, fica aqui… Já estou indo também. CHAMELEON: Não há mais nada a ser feito aqui. Mantendo o frame, fui até o balcão e realmente paguei a comanda. E Rita, logo atrás de mim.
RITA: Poxa, cara, isso só porque não ganhou um beijo triplo?
CHAMELEON: Sim… A noite já deu. RITA: Espera então. Ela vai até a amiga, conversa… E as duas retornam.
RITA: Faremos o beijo triplo. Opa! É assim que se fala. KC triplo. Na frente de boa parte do staff do Bukowski! Após o KC, Digo chega.
CHAMELEON: Digo! Dei um beijo triplo! DIGO: É? Faz de novo. CHAMELEON: Meninas, meu amigo quer ver. Vamos
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lá. Mais KC triplo.
CHAMELEON: Ok… Sabe de uma coisa? Vocês duas
mereciam descansar lá em casa. AMIGA DA RITA: Ah, não, ménage já é demais pra mim… HB: Eu até vou contigo, mas minha amiga realmente tem que ir pra casa dela. Saímos do Bukowski, vamos até o posto, colocamos a amiga dela no taxi e fomos para casa, onde rolou um belo de um FC. "UAU", pensava eu ao ir dormir…. "E pensar que eu nem ia sair!" É, galera… Deem uma chance ao inesperado. Pode ser que vocês venham a se surpreender com o resultado. Seguramente, uma das melhores sarges de minha vida. E obrigado ao KINGRJ e Digo por terem me tirado da zona de conforto e proporcionado tanta diversão!!!
Essa foi a última vez que me envolvi intimamente com Rita. Contudo, permanecemos ótimos amigos até hoje. Tornou-se uma grande parceira.
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E a acidez só crescia... Dentre as muitas garotas do grupo de Facebook do AF que me enviaram solicitações de amizade, houve uma do Maranhão que muito me chamou atenção. Era alta, pele negra, cabelos longos e lisos e feições de rosto exóticas que a assemelhavam a uma índia. Nossa amizade havia começado, se não me engano, no final de fevereiro e ela disse, então, que viria para o Rio de Janeiro em abril. A possibilidade de um encontro presencial com aquela mulher muito me interessava e nela empreguei força total. A conversa começou pelo Facebook, mas logo alcançou o Skype e o WhatsApp. Essa menina, vamos chamá-la de Débora, era o tipo de mulher que sabia o que queria (algo que muito admiro no sexo feminino). Apesar de termos começado a conversar com um morníssimo fluffy talk, ela deixou bem claro seu interesse em minha pessoa e vice-versa. Com cerca de uma semana de amizade, já estávamos trocando um conteúdo deveras picante. Nessa época, as meninas do grupo fizeram um “abaixo-assinado” para que eu mandasse uma foto sensual para uma página especial de fotos dos usuários. E assim o fiz. Essa foto gerou repercussão. Recebi mais solicitações de amizade do que nunca.
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Rita, que havia ficado curiosa com relação a esse grupo de Facebook do qual eu tanto falava, foi incluída e passou a participar ativamente, tal como eu. Isso fez dela, em partes, meu terceiro close ácido (afinal, eu tinha ficado com ela antes de sua inclusão no grupo). Antes da chegada de Débora no Rio de Janeiro, cheguei a sair com uma outra garota do grupo, de nome e aparência indiana, mas ela era tão complicada que não deu em nada - nem mesmo um KC. Faz parte. Abril havia chegado e como Débora e eu havíamos conversado tempo suficiente para construir muita atração (novamente, por meio de conversas e também através do compartilhamento de áudios e fotos), ela foi diretamente para a minha casa. Aliás, essa escalação foi curiosa, pois a primeira ideia foi a de ver um pôr-do-sol na Urca. Em seguida, conforme íamos conversando, a proposta progrediu para um pôr-do-sol seguido por um jantar aqui em casa, cozinhado por minha pessoa. Com algum tempo de conversa, a proposta virou uma noite aqui em casa, possivelmente duas. Assim que ela pisou em minha casa, sentamos e ficamos nos beijando por um bom tempo. Em seguida, tivemos a nossa primeira vez, que por sinal foi muito boa. Depois de termos parado para conversar por algum tempo, eis que novamente fizemos. Após essa segunda vez, fiz o jantar e fomos ver um filme... No entanto, estava tão fraco que preferimos )%#
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interromper e transar de novo. Foi uma ótima noite e a espera valeu a pena. Eu não esperava, contudo, pelo desafio que estava por vir: o total desabastecimento de meu remédio para TDAH, a Ritalina, das prateleiras nacionais.
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Abstinência A Ritalina é um medicamento que tomo para o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) desde 2004, o qual muito ajudou a melhorar meu rendimento profissional e também minimizar perdas materiais, sociais e afetivas oriundas da falta de atenção. Como não cabe explicar neste livro o que é o TDAH, suas manifestações e alternativas de tratamento, recomendo que pesquisem a respeito na internet ou até mesmo procurem seu psiquiatra ou neurologista para saber mais a respeito. Voltando ao assunto, apenas um laboratório detinha a patente sobre esse medicamento no Brasil, o qual ainda era congênere (em outras palavras, os fabricantes de remédios genéricos ainda não tinham licença para o comercializar). Ao fim do primeiro quadrimestre de 2013, houve um total desabastecimento 10 desse remédio no Brasil inteiro, o que gerou uma polêmica de nível nacional. De repente, me vi descontinuando um tratamento O desabastecimento, em questão, foi do remédio na apresentação de 10 miligramas. Havia versões mais concentradas do mesmo remédio, nas apresentações de 20, 30 e até 40 miligramas, mas que comprovadamente não surtiram efeito em mim em virtude da discrepância de fórmulas (apesar da substância-base ser a mesma). 10
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que já beirava os nove anos, e a súbita interrupção da ingestão de um remédio controlado de tratamento contínuo acarretou uma crise de abstinência a qual tive de combater a unhas e dentes. Comecei a ter episódios de depressão profunda alternados com momentos de ansiedade extrema que beiravam a crise de pânico. Minha produtividade no trabalho caiu significativamente e comecei a sofrer sutis perdas materiais em virtude de episódios de falta de atenção, como por exemplo ligar um aparelho de 110 volts em uma entrada de 220 volts etc. Isso, naturalmente, afetou meu jogo, pois pouco tempo após entrar na balada, começava a sentir certo desânimo e vontade de ir embora. Além disso, meu raciocínio não me permitia conduzir as conversas com eficácia. Não que eu fosse lerdo desse jeito sem a Ritalina (embora não ficasse muito longe disso) - na realidade, foi a súbita falta do cloridrato de metilfenidato em meu organismo que causou um evidente desequilíbrio. Foi quase um mês de aflição. Débora foi a primeira a sentir os efeitos desta abstinência, pois durante sua estadia no Rio de Janeiro, sentiu que eu estava estranho e por mais que eu tentasse explicar que não era com ela, )%&
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acredito que ela acabou levando para esse lado. Ainda assim, mostrou bastante preocupação com meu estado, o que a sou grato até hoje. Durante esse período de abstinência, só tive uma sarge bem sucedida, conforme lerão a seguir.
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Wingings virtuais, closes reais A rotatividade de pessoas no grupo de Whatsapp do AF era impressionante. Fátima, que havia saído do grupo, fez de Viks o novo administrador e houveram algumas adições de peso. Além de Cayan, que passou a fazer parte do grupo, entraram Duque (também da comunidade e que mais tarde fez de Sofhia sua RMLP), Quarterback (este não conhecia o PU quando entrou para o grupo, mas foi logo iniciado e tornou-se um ótimo aluno, diga-se de passagem), Carolina (de Joinville) e Camila (do interior de MG). Além desse pessoal todo, entrou uma usuária chamada Ginger, que era praticamente minha contraparte feminina. Além de também dar aulas de inglês, compartilhava dos mesmos gostos e trejeitos. Viramos grandes amigos. A esta altura, todos do grupo já sabiam que eu era um PUA e a maioria, inclusive, leu meu primeiro livro. Ginger, no intuito de ser uma boa wingwoman, me disse que uma amiga Aline sua havia acabado de terminar com seu RMLP e que seria uma boa se nós conhecêssemos. Quando ela me passou o perfil da garota, a única coisa que pensei foi “bingo!”. A garota era branquinha, tinha cabelos pretos e
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lindos olhos verdes. Assemelhava-se, em aparência, à atriz Clarice Falcão (tanto que costumava ser apelidada disso pelos amigos, para seu desgosto). Adicionei-a no Facebook, conversamos um pouco e resolvemos marcar um encontro para sexta-feira em um dos muitos barzinhos em Botafogo. Aquela sexta-feira, em específico, lembro que estava com o TDAH muito acentuado. Além de ter esquecido de ligar novamente a geladeira após tê-la desligado para limpar (o que acarretou na perda de uma série de alimentos), saí de casa ainda bochechando meu enxaguatório bucal (só me dei conta disso quando estava já trancando a porta de casa para sair e, para completar, depois que reentrei minha cuspir esse enxaguatório, peguei mais um molho de chaves (o reserva) e acabei por sair com dois molhos em bolsos distintos. Encontrei Aline à porta do bar (ela era ainda mais bonita pessoalmente). Bem ao estilo de Tim, comecei a falar. CHAMELEON: Vamos sentar ali, na mesa da glória. ALINE: Mesa da glória? Por quê? CHAMELEON: Bom, só vamos saber se merece esse nome ao final do encontro.
Como Ginger já a havia mencionado que eu era
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PUA, boa parte da conversa foi em torno desse assunto. Assim como a esmagadora maioria das mulheres, Aline não demonstrou repulsa pela “arte”. Aliás, sua mente era bem aberta. Estávamos sentados um de frente para o outro e eu não estava conseguindo encontrar o ponto de transição para o KC. CHAMELEON: Sabe qual é a grande merda de sentar assim, de frente? ALINE: Qual? CHAMELEON: Dificulta o primeiro beijo. Deixa eu dar um jeito nisso.
Posicionei minha cadeira ao lado dela, sentei e nos beijamos. Continuamos conversando e alternando o bate-papo com intensos beijos (ela, aliás, beijava muito bem). Lá pelas tantas, concordamos em vir para meu apartamento, onde naturalmente fizemos sexo. Tanto eu quanto Aline ficamos surpresos pelo desencadear de eventos, pois Ginger e eu não nos conhecíamos ao vivo e, ainda assim, ela nos apresentou (ou melhor dizendo, wingou) e não foi que deu certo? Eram nove da noite e Aline teve de ir embora, pois tinha de trabalhar no dia seguinte. Eu, que não queria dar o dia por encerrado, me vesti e fui ao Bukowski encontrar KING e Digo (além de Aziz, que também estava por lá). Como fui o primeiro do grupo a chegar, )&)
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fui ao bar e fiquei de bate-papo com o barman , Bruno. De repente, passou uma garota que fez com que tanto eu quanto Bruno tirássemos o chapéu. Essa mesma garota olha para o bar, caminha em nossa direção e para precisamente ao meu lado. HB: Um Sex on The Beach, por favor!
Em seguida, começou a mexer no celular. Com o rabo de olho, percebi que ela havia digitado algo como “cadê vocês?”. CHAMELEON: Me corrija se estiver errado, mas me
parece que você foi a primeira do grupo a chegar. HB: Pois é! Estou aqui perguntando ao pessoal se eles ainda vão demorar muito. CHAMELEON: Bom, eles por acaso têm o hábito de demorar? HB: Pior que tem. CHAMELEON: Bom, que não seja por isso. Meu grupo também não chegou e, assim como o seu, também tem o hábito de atrasar. Acho que podemos fazer companha um ao outro enquanto eles não aparecem. Afinal, é horrível ficar sozinho na balada.
A HB agradeceu e começamos a ter um longo fluffy talk. Frequentemente ela pausava a conversa e me olhava com aquele olhar inerente à mulher que estava pronta para ser beijada. No entanto, eu estava muito devagar!
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Demorei tanto na escalação para o KC que hoje em dia, ao relembrar, tenho certeza de que tive sorte, pois a perda de timing normalmente acaba com toda e qualquer possibilidade de close . Cerca de uma hora depois, chegaram os amigos dela (aos quais me apresentei) e ejetei de seu set para andar com Aziz, que já havia chegado ao local. KING e Digo chegaram cerca de vinte minutos depois e ficamos os quatro sargeando. Cheguei a conseguir mais um close, em direct game. Depois de cumprimentar e perguntar nome, eis que a HB me diz que é de Londres e que este é seu último dia no Brasil. CHAMELEON: E veio se despedir em alto estilo,
vindo ao Bukowski, certo? HB: Mais ou menos. O cara com quem eu ficava me deu bolo. Ótimo, né? No meu último dia... CHAMELEON: Sabe, a noite ainda não acabou e acredito que ainda dá tempo de você voltar para Londres com uma boa lembrança desta última noite. HB: É mesmo? CHAMELEON: Me diga... O que tem perdão? Um homem com excesso de atitude ou um homem com falta de atitude? HB: Um homem com excesso de atitude, claro! CHAMELEON: Então vai me perdoar por isto.
KC.
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Essa noite, mesmo com o estrago interno provocado pela abstinência, muito me diverti. As demais sarges das quais participei nesse delicado período em nada renderam, mas esta, em específico, parece que veio para me redimir de todas as demais. Aline foi certamente o ponto alto desse dia, pena que o constante conflito de agendas não me permitiu vêla novamente tão cedo...
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Arrebentando em São Paulo Desde que entrei para o PUABASE, mantive uma cordial relação com um de seus fundadores, Kenzo. No começo de 2013, esta relação de cordialidade lentamente deu lugar a uma grande amizade. Interessado em meu jogo, Kenzo convidou-me a passar um final de semana em São Paulo para sargearmos e aceitei. Aproveitando a deixa, entrei em contato com Circe para comunicar que estaria em sua cidade aquele final de semana e marcar um encontro. Breno Carreira, um dos instrutores da PUATraining, já dizia: “quanto maior o risco, maior a recompensa”. Abri o Facebook e procurei por Diana, uma das mais cobiçadas participantes do AF (senão a mais cobiçada). Diana morava em São Paulo e, como não custava nada, perguntei a ela se tinha planos para o final de semana. Deixamos uma possibilidade de encontro em aberto para domingo à noite (minha última noite na cidade) após a reunião que eu teria com meu contador (que passou a morar em São Paulo). Cheguei em São Paulo sábado de tarde e fui almoçar com Kenzo no shopping Morumbi. Marcamos de nos encontrarmos em meu hotel 21:30 para irmos à
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balada Lions. Enquanto a noite não chegava, fiquei passeando pelo shopping e fazendo algumas abordagens em day game (não para efeitos de close, mas para calibrar para a noite). Kenzo chegou em meu quarto pontualmente às 21:30 e fomos comer algo e fazer um “esquenta” (ou, como dizemos no Rio de Janeiro, pre-night ). Tão logo chegamos em frente à Lions, fui abordar o 3-set que estava no final da fila. Nada de mais - abordei comentando a respeito do frio que estava fazendo e emendei perguntando a respeito da balada (tempo de espera na fila, que tipo de música toca, como é o ambiente) e finalizei pegando o nome de cada uma delas. Kenzo abordou um outro 3-set que estava na fila e acabei dando phone close em uma das garotas. Dentro da balada, pegamos uma bebida e fomos para a sacada, onde devemos ter abordado uns quatro ou cinco grupos de meninas. KENZO: Cara, seu social é impecável.
O jogo social foi algo que procurei me aperfeiçoar depois da Semana Santa em Baependi, mantendo minha promessa de focar mais no ser humano e menos na mulher.
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Talvez pela maior receptividade demonstrada pelas paulistas na hora da abertura, subestimei-as e julguei, erroneamente, que o jogo seria “mamão com açúcar”. Pelo contrário, o jogo em São Paulo mostrou ser desafiador, pois o bitch-shield das garotas de lá era altíssimo. Abordei a balada praticamente inteira e os foras eram uma constante. Reparei que o jogo direto nas baladas paulistas é muito mais intenso que o das baladas cariocas, pois você tem de chegar com uma atitude absurda nas garotas. Eram duas da manhã e enquanto Kenzo investia em uma HB (acredito que ele closou umas duas ou três aquela noite), perambulei pelo local e notei uma HB oriental sozinha. Abordei-a utilizando o mesmo opener utilizado em todas, algo como “Boa noite! Esta é minha última noite em São Paulo e é a primeira vez que venho a uma balada paulistana” (pois isso dava margem para falar de várias coisas). Esta demonstrou ser receptiva à escalação de kino e não ofereceu shit test algum. Foi uma questão de ganhar proximidade suficiente para conseguir o primeiro KC da noite. Pouco depois, notei que Kenzo estava no bar ao lado, acompanhado de Jahpz e Max. Enquanto Max era um novato no PU, Jahpz era um PUG tal como eu e compartilhávamos de uma personalidade bem semelhante quando o assunto era convencimento e/ou )&&
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ego exacerbado. E nos dávamos muito bem, pois ambos faziam piada em cima disso. Enquanto Max fez dupla com Kenzo, fiz dupla com Jahpz e achei seu jogo deveras interessante, pois como profissional de PNL que era, ele necessitava de jogar em ambientes onde fosse possível conversar - neste caso, a sacada da balada. Realizava abordagens muito suaves, que começavam com um pedido de isqueiro para acender o cigarro e desembocavam para uma conversa que rapidamente captava a atenção da HB. Achei impressionante. Muito gostei da oportunidade de conhecê-lo. Como eu tinha de fazer valer meu cartão de consumação, fui ao bar e solicitei uma dose de Jagermeister. Para minha surpresa, o barman me entregou um copo com cerca de 200 ml da bebida (o que era muito mais que o tradicional “tubinho de ensaio” que eu tomava no Bukowski). Ok, bebi... E o estado de ebriedade veio a galope. Fui ai banheiro, que ficava ao lado da fila para pagar. Na saída, notei que a HB oriental que eu havia closado estava nessa fila. Fui até ela. CHAMELEON: Olha, jogo rápido porque tenho de
achar meus amigos. Só para dizer que foi um prazer te conhecer e gostei muito de você.
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Demos mais um KC e fui embora. Algum tempo depois, recebi um torpedo dessa HB dizendo: “Depois diz que carioca não é safado. Pegando outra garota na minha frente”. Caramba! Eu estava tão louco que confundi as orientais e, sem saber, mandei o direct mais intenso de toda minha vida. Na hora, foi vergonhoso... Mas agora, ao lembrar, até que o incidente teve certa piada. Nisso, Kenzo me encontra para irmos embora. Fim de uma épica noitada em São Paulo. O melhor, no entanto, ainda estava por vir. Domingo havia chegado e, após ter almoçado no Shopping Morumbi com Max, fui para a frente do hotel aguardar Circe, que já havia confirmado estar a caminho. Assim que ela chegou, nos cumprimentamos e subimos. Nossa tarde juntos foi a mais completa manifestação de um crescente desejo acumulado ao longo de três meses de bate-papo. Ficamos apenas três horas juntos - o suficiente para fazermos três vezes e chegarmos à plenitude. Foi um dos melhores sexos que já tive. Após Circe ter ido embora de meu quarto, comecei a me arrumar para encontrar meu contador e eis que ele )&(
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me manda uma mensagem dizendo que não ia poder me encontrar aquela noite e se poderíamos adiar a reunião para segunda de manhã, após o desjejum. Peguei meu celular e confirmei junto a Diana nosso encontro, o qual ocorreu dentro do Shopping Morumbi, em um de seus vários restaurantes. Não sei porque, mas fui a esse encontro sem muita expectativa. Apesar de Diana ser muito bonita, divertida e cobiçada, para mim iria rolar no máximo um KC e nada mais. Minhas suspeitas de que não iria dar em nada foram sendo fortalecidas à medida que o encontro transcorria, pois ao mesmo tempo que estava muito conversativa, estava muito fechada. Quando pagamos a conta e saímos, tentei beijá-la e ela negou. DIANA: Não aqui, no meio do shopping. CHAMELEON: Onde, então? DIANA: Não sei, mas não aqui. Fico com vergonha. CHAMELEON: O único lugar onde poderíamos estar
a sós seria meu hotel, mas não creio que seja uma ideia que te agrade. DIANA: Hotel... Ok, vamos para o hotel.
Jesus! Diana, a mais cobiçada HB do AF sozinha comigo em meu quarto de motel. Olhei para o céu e não sabia se agradecia ou se pedia calma. Fomos para o meu quarto e tive outro memorável FC.
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Sim, dois FCs distintos no mesmo dia. Quem diria! Jamais imaginei que um dia chegaria a tanto. Eu sinceramente não sei dizer qual FC foi melhor; se foi o com Circe ou se foi o com Diana. A única grande certeza que tive, ao partir de São Paulo, foi de que as paulistas detonavam na cama.
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“É vantajosa a sabedoria advinda da dor.” Aeschylus
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Uma nova cidade, um novo começo Baependi havia ficado pequeno para mim e percebi isso em uma nova ida minha, com Faceman (que então namorava a HB que ficou com ele na Semana Santa). A cidade já havia marcado meu rosto e a escassez de novas HBs só havia piorado. Eu sabia que isso um dia iria acontecer. Era esperado. Estava na hora de dizer “adeus” a Chameleonville. Não que nunca mais iria voltar, mas certamente não mais faria de minhas idas um hábito, como antes o fazia. Após a Semana Santa, conheci no AF uma HB de Volta Redonda chamada Ana. Ela não era exatamente oriental, embora parecesse ser. Era simplesmente linda, mas até aí, beleza não é algo tão incomum assim. Que três coisas ela poderia oferecer além de sua beleza? (Ok, tive de mandar esta, não aguentei). Bom, com algum tempo de conversa, descobri que ela era uma das mulheres mais divertidas que já tive a oportunidade de interagir. Além de um senso de humor semelhante ao meu, ela compartilhava de uma linha de pensamento parecida e até mesmo alguns dos gostos... Aliás, até nos transtornos éramos parecidos, pois ela era também TDAH e também tomava Ritalina para tratar. Minha curiosidade em conhecê-la ao vivo adquiriu
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uma proporção tão grande que decidi passar por cima de meu orgulho e ir a Volta Redonda, cidade onde ela morava. O que facilitou essa minha ida foi o fato de Cayan lá morar e de eu ter um lugar para ficar, o que foi algo mais que bem-vindo. Cheguei em Volta Redonda numa sexta-feira, lá pelas 17:30. Cayan já me esperava na rodoviária com compras de mercado para fazermos um lanche em sua casa. Após o lanche, fomos para um bairro chamado Vila, onde encontrei Ana, que por sinal era ainda mais bonita ao vivo. Fomos os três para um barzinho e começamos a ter o típico fluffy talk. Ela era muito divertida, tanto que Cayan me deu os parabéns pela HB. Lá pelas tantas, pensei: "Acho que está na hora de closar, senão perco o timing ". Mandei um SMS para o Cayan, que estava na minha frente, dizendo "Peça licença e vá ao banheiro por 5 minutos". Dito e feito. Cayan pediu licença, foi ao banheiro e fiquei a sós com ela. CHAMELEON: Eu te avisei que sou tímido. HB: Eu não sou….
Pausa. Encaramos um ao outro por alguns )'%
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segundos. HB: Mas neste exato momento eu estou me sentindo assim.
CHAMELEON: Então vamos acabar com isto.
KC. Nossa! Além de linda, beijava bem. Pela primeira vez em muito tempo, beijei alguém cujo pensamento que passou pela minha cabeça foi “nossa, que pessoa sensacional”, ao invés de “sou foda”. Em seguida, chegou uma amiga sua e ficamos os quatro conversando. Cheguei a isolá-la para dar mais um KC e combinamos de nos ver à tarde, no dia seguinte. Nesse mesmo dia, Cayan e eu fomos a um evento de rock onde comemos, bebemos e curtimos bandas locais e também nacionais, tais como CPM22. Nesse evento, um rapaz do PUABASE me reconheceu, abordou e inclusive tirou foto comigo. Volta e meia isso acontecia. A fama de PUA é uma fama diferente, pois apenas um público muito seleto o reconhece. Na medida do possível, tento dar atenção a toda essa turma que me aborda e, se possível, até mesmo sargear um pouco com eles. O dia chegou ao fim e fui dormir com um sorriso
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estampado... Afinal de contas, fiquei com uma garota sensacional. Sábado de manhã, mandei um SMS para Ana assim que acordei, sugerindo um horário. Até a hora do almoço, não havia obtido resposta e tentei, então, telefonar para ela. Para minha surpresa, o telefone estava desligado. . Só tínhamos saído para almoçar, mais nada. Mandei um SMS pela manhã para a HB e nada dela responder. Tentei ligar uma vez na hora do almoço e outra mais para o final da tarde… Celular desligado. Tentei ligar mais duas vezes com espaços de uma hora e meia a duas horas entre cada ligação e permanecia desligado. Eu não sabia se ficava preocupado ou se morria de raiva de mim mesmo por ter acreditado numa garota e ter sido feito de otário. Ana não parecia ser o tipo de pessoa que faria aquilo comigo... Ao mesmo tempo, por já ter me decepcionado com algumas pessoas ao longo da vida, não descartei a possibilidade dela ser mais uma. Senti um ódio tão grande de minha pessoa que cortei um dobrado para segurar as lágrimas de raiva. “Que dedo podre”, pensava.
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Fiquei compelido a entrar no Facebook, excluí-la de minha lista de amigos e bloqueá-la para que eu nunca mais tivesse notícias suas ou a visse interagindo no grupo. De repente, me veio a lembrança de Nayana na cabeça e do que eu perdi sendo impulsivo como eu estava prestes a novamente ser. Decidi engolir a raiva e não tomar atitude alguma enquanto não a encontrasse e ouvisse sua versão dos acontecimentos. Eu não iria cometer o mesmo erro duas vezes. Não mesmo. Eram 21h e nem sinal de vida de Ana. CAYAN: E agora, cara? CHAMELEON: Ué... Se ela fugiu, se ela não quer saber de mim, é hora de improvisar, adaptar, superar. Temos mais uma noite pela frente. Façamos dessa noite épica.
Arrumamo-nos e, como ainda estava rolando shows de rock na cidade, foi para lá que fomos. Reencontrei o rapaz que havia me reconhecido no dia anterior e um amigo seu, também membro do PUABASE e também leitor de meu livro. Aproveitei e dei uma pequena sargeada com eles. Lá pelas tantas, virei para o Cayan. CHAMELEON: Cara, aquelas suas amigas da cidade. Teve uma que você uma vez me enviou uma foto. )'(
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CAYAN: Sim, o que tem? CHAMELEON: Ligue pra ela. Diga que a quero ver aqui.
Sem questionar, Cayan foi e telefonou para essa amiga… Logo em seguida, retornou morrendo de rir. CAYAN: O que diabos eu fiz??? CHAMELEON: Ela vem? CAYAN: Sim, vamos buscá-la…
Despedimos-nos dos rapazes e partimos. Quando fomos à casa dessa HB para buscá-la, vi que era um apartamento dividido por umas quatro mulheres, todas elas muito bonitas. A HB que iríamos buscar tinha um corpo espetacular e um andar cheio de gingado. No caminho de volta ao show, fiquei desenrolando com ela um fluffy talk de quase meia hora. Fiquei até com medo de perder o timing e cair na friendzone . De volta ao show, Cayan acabou cumprimentando algumas pessoas que ele já conhecia e deixou a barra limpa para que eu pudesse investir. Nisso, comecei a fazer um kino mais intenso, adquirir maior proximidade e finalmente consegui KC. Cerca de uma hora e meia depois, Cayan chegou. CAYAN: Vamos lá para casa, bora. )(*
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Assim que chegamos à sua casa, Cayan deu boa noite e retirou-se para o seu quarto. Filho da mãe! Ele havia me vingado para um FC com essa HB! Arrastei ela para o quarto. Beijos, kino mais sexual e pronto, FC. Fizemos uma vez e em seguida dormimos abraçados. Ás cinco da manhã, ela me acordou querendo mais. Eram oito da manhã de domingo e a HB acordou, vestiu-se e, sem dar muita conversa, foi embora. Pela primeira vez em muito tempo me senti mal por ver uma mulher de um encontro casual partir, pois nem havia despedido dela direito. Aliás, mal havia pego seu nome! Pouco depois, Cayan e eu saímos para tomar o café da manhã. CHAMELEON: Cara, isto não está certo. Tudo bem,
foi sexo casual… Mas eu acho que ela merece um pouco de consideração. CAYAN: Como assim? CHAMELEON: Eu nem despedi dela direito. Aliás, qual o nome dela mesmo?
CAYAN nessa hora morre de rir. )()
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CAYAN: Sabe, eu já soube de um outro cara que ela ficou que destratou ela justamente por ela ter dormido com ele assim, logo de cara. CHAMELEON: Cayan, não é o fato de dar ou não no primeiro encontro que vai definir o caráter dela. Eu acho que ela merece ao menos uma despedida decente e saber que nem ela foi “mais uma” e nem eu fui “mais um”. CAYAN: Cara, você me surpreende. Tenho certeza que, se fosse outro cara, não se importaria assim. CHAMELEON: Eu não sou os outros caras. Não mais. Me passe o celular dela.
Liguei para a HB e combinei de ir em sua casa dar um "tchau" antes de retornar ao RJ. Aparentemente, minha atitude a surpreendeu e, ao chegar, abracei-a e agradeci pela noite maravilhosa, ressaltando o quão especial ela era e que minha última intenção era a de fazê-la se sentir como um objeto. Aquele dia, senti ter feito a diferença. E Ana? Bom, Ana me procurou no Facebook esse mesmo dia, morrendo de vergonha. Aparentemente, sexta à noite ela foi a uma balada com as amigas e bebeu tanto que foi para casa ao amanhecer de sábado e passou o dia quase todo dormindo. Em seguida, propôs uma vinda dela ao Rio de Janeiro e nos encontrarmos para que ela pudesse se redimir de tamanha mancada. Será
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que ela iria cumprir essa promessa? Em outros tempos, eu não acreditaria. No entanto, desta vez dei o benefício da dúvida, em contrapartida sem criar expectativa. Importante ressaltar que consegui manter minha promessa de ouvir sua versão sem demonstrar reatividade alguma. No final daquele dia, no ônibus e já de volta ao Rio de Janeiro, enviei a ela a seguinte mensagem: Ana! Você provavelmente está estranhando eu não ter ficado zangado com seu sumiço de sábado - e parando para pensar, eu tinha toda razão para estar zangado. Fui a outra cidade basicamente por causa de uma mulher (olha quantos protocolos PUAs eu quebrei) e vi pouquíssima coisa dela. Levei um bolo não- intencional. Devia ter ficado zangado, mas optei por não ficar. Sabe, no começo deste ano eu ficava com uma garota de Baependi. Ela era um amorzinho. Na minha segunda ida à cidade, ela tomou uma atitude que eu interpretei errado e, impulsivo (como todo bom TDAH), não apenas terminei com tudo - mas também excluí ela do meu FB. O lance, entretanto, foi que eu fui moleque. Não parei para ouvir o lado dela... Nem parei para ao menos raciocinar todas as possibilidades que a motivaram a tomar tal atitude. Simplesmente deduzi que ela o fez por mal e que estava de zoeira comigo. Quando o calor do momento passou e )("
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caí em mim, a merda tinha sido feita... E foi irreversível. Ela não me perdoou pela minha atitude, que imatura e a magoou. A perda dela foi algo que me abalou muito e me induziu a entrar num estado de reflexão e buscar controlar minha impulsividade. Quando você sumiu, mil e uma coisas passaram pela minha cabeça. De repente eu não era o cara que você esperava... De repente tinha feito/falado alguma asneira sem saber. Cheguei a pensar se aconteceu algo contigo no sentido de ter uma recaída da dengue ou até passar muito mal. Senti, em apenas um dia, tristeza, raiva, preocupação, decepção e muita, muita ansiedade... Mas prometi a mim mesmo que não ia tomar nenhuma atitude impulsiva... Na realidade encarei isto como uma provação de Deus, para ver se aprendi a minha lição. E eu acho que passei no teste. Olhando por este prisma, minha ida valeu muito a pena.... Pois te conheci, te beijei e, de quebra, tivemos um desencontro que me fez perceber como evoluí como ser humano. Eu sei que você fica sem graça e desconversa os momentos em que sou mais romântico contigo. Mas dane-se. Agora eu vou falar. Ana, eu te adoro. Não, não estou apaixonado, relaxa. Estou bem pé no chão quanto a isso. Não é um encontro de duas horas e um único beijo na boca que vai levar o interesse a virar paixão. Eu te adoro pela diversão que temos juntos em nossos chats, pelo seu jeito "moleque" de ser, que em momento algum abafa seu charme, sua beleza, seu cheiro, seu toque... Conhecer você foi/é um privilégio e, ficando ou não novamente, espero nunca perder o contato com você.
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Obrigado por tudo. Beijos e beijos João Essa ida a Volta Redonda foi mais do que uma simples viagem, foi uma lição de vida. Controlar a impulsividade? Procurar uma completa estranha com quem dormi para agradecer a noite e dizer que ela é especial? Embora não estivesse mais me reconhecendo, estava feliz com essa mudança de coração. Este foi o primeiro sinal do fim de uma jornada pelas sombras... E o provável começo de uma jornada pela redenção.
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Conclusão Uma semana depois, recebi uma visita de Faceman, que ficou cerca de 20 dias embarcado a trabalho e estava ávido por notícias. Contei a ele sobre o que andou acontecendo estes últimos tempos (sobretudo o que houve em Volta Redonda) e o diálogo que tivemos a seguir foi, ao meu ver, bastante esclarecedor. CHAMELEON: ... E foi isso que aconteceu enquanto
esteve fora. Sabe, fiquei feliz pela minha mudança de comportamento em Volta Redonda. Tenho certeza de que fiz o bem e sinto vontade de continuar assim. Está na hora de abandonar as sombras e encontrar a redenção. Acho que estava amando mais o jogo do que as mulheres em si, e tenho certeza de que magoei algumas delas no caminho por causa da minha frieza. Eu não entendo porque virei uma pessoa com tanto pânico de relacionamento... É como se eu procurasse uma rota de fuga ao menor sinal de afeto. FACEMAN: Muita gente acha que teme a própria sombra. Eu não concordo muito com isso não. Eu acho que o ser humano teme a própria luz. As pessoas acreditam que têm medo de errar e por isso não seguem em frente. Você só evolui se sair da sua zona de conforto. A evolução ocorre fora dela, só que o ser humano teme o que desconhece e tenta destruir aquilo que teme. Por exemplo, imagine que uma pessoa esteja diante da possibilidade de promoção em seu emprego. De repente, ela vai desistir de tentar )(%
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temendo não conseguir, só que o “não conseguir” significa ficar na zona de conforto, pois se isso acontecer, sua vida continuará a mesma. Eu acredito que o ego faz a pessoa achar que tem medo de não conseguir (e com isso passar vergonha) porque o mesmo teme que ela consiga e isso mude sua vida, forçando-a a sair de sua zona de conforto. É como se o ego manipulasse a mente da pessoa, fazendo-a acreditar em algo que não existe. Se você não evoluir, você não sai da sua zona de conforto. Evoluir significa abandoná-la. CHAMELEON: Isso só me faz ter certeza de que me fechei esse tempo todo por medo de entrar em um relacionamento que no fim não daria certo. Sabe como é... Minha ex-mulher, Mel... FACEMAN: Claro! O maior medo do ser humano não é dele ser incapaz, e sim dele ter capacidade além do necessário para conquistar o que deseja. É como se ele temesse não dar valor àquilo que um dado momento tanto quis. Não é a nossa escuridão que nos assusta, e sim a nossa luz. Mas se fazer de pequeno não tem serventia, nem para você e nem para ninguém. Não tem nada de nobre em encolher a si mesmo para que as pessoas não se sintam desconfortáveis com quem você é e com a posição que ocupa. Nós fomos feitos para brilhar como estrelas e isso está em todos; não é privilégio de alguns. E quando deixamos a nossa própria luz brilhar, nós inconscientemente damos permissão para que as outras pessoas façam o mesmo porque quando nos libertamos de nossos medos, isso automaticamente liberta os das demais pessoas.
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CHAMELEON: Então quer dizer que a minha jornada
pelas sombras nada mais foi do que uma fuga de minha própria luz e de tudo aquilo que poderia ter dado certo. FACEMAN: Exato. CHAMELEON: Bom, ninguém disse que seria fácil... Eu sei que ainda vou cometer alguns deslizes. Ninguém está a salvo disso. Mas, desta vez, estou consciente do que está havendo e não permitirei que o medo do sucesso me mantenha nesta zona de conforto.
Era chegada a hora de uma nova metamorfose. Sentimentos #ON...
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“Existe uma rachadura em tudo. É assim que entra a luz.” Leonard Cohen )((
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Depoimentos Foi um prazer conhecer João Abrantes e comprovar que tudo aquilo que falaram dele é verdade. Um cara de uma energia incrível, o cara mais engraçado que eu já conheci, não tem como ficar do lado dele e ficar pra baixo, o jogo dele é uma coisa maravilhosa, fiquei impressionado com a facilidade que ele isola o alvo, sempre que ele jogava com outro pua, em pouco tempo ele já estava conversando separadamente com a garota, kinando e conseguindo o KC. A facilidade de abrir sets é demais, talvez por estar se vestindo sempre muito bem. Aquela filosofia de vida dele, improvisar, adaptar e superar, ele usa na sua vida, sempre improvisando muito bem em momentos difíceis e superando esses momentos. Foi um BC que me fez evoluir bastante e hoje uso todas aquelas táticas de night game que o João passou, e os resultados são maravilhosos. A sarge de carnaval foi épica! A energia que aqueles 10 caras estavam foi uma coisa que poucas vezes vou ver novamente. João é um cara que dispensa adjetivos, mais uma coisa é certa, o cara tem o maior jeitão de nerd, haha. Não poderia deixar passar João. PUA Dyone
+*)
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João Abrantes! Exemplo de transformação! Quando minha mente focaliza em pilares negativos, eu logo lembro que conheci e tive inicialmente minhas habilidades alcançadas e compartilhadas ao lado deste camarada! Isso é uma das coisas que me faz não desistir! Não me abater, e voltar sempre com tudo! Uma coisa eu sei que ele sabe fazer bem! É recuperar de qualquer ocasião na mesma noite, voltando e abordando mais forte e confiante! Não se abala fácil! Seu jogo interno se tornou muito forte! Conhece muitas artimanhas de jogo mas também sabe ser criativo quando necessário, como entrar no personagem do vocalista da banda Aerosmith em pleno carnaval . Esse cara merece um segundo livro pois tem muita Historia de Jogo para contar!! Talvez assim possamos imaginar o que se passava em sua cabeça nas abordagens históricas as quais algumas tive o prazer de acompanhar! Lince
Quando vi João Abrantes pela primeira vez, em um BC, tive a nítida impressão de que já o conhecia. Passei dias tentando lembrar de onde, mas não consegui. Após o fim do BC, decidi aprofundar a amizade que havia começado com ele a fim de modelar aquele “camaleão” que havia contado histórias de superação tão impressionantes. No início foi complicado, pois ele estava passando por um período doloroso, de fim de relacionamento, e eu, por estar iniciando minha jornada, +*+
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sentia que não conseguia contribuir muito para levantar o moral dele. Não obstante, eu estava muito decidido a desvendar como alguém que diz ter sido um “looser”, hoje parece ser capaz de ter a mulher que desejar. Mais importante ainda, eu queria descobrir como ocorria essa transformação. Isso pode parecer sem importância, mas a verdade é que quando alguém está iniciando uma jornada PUA, histórias como a do João mexem com a nossa cabeça. Começamos a rever crenças, conceitos, hábitos e opiniões que mudam radicalmente. Particularmente, eu me senti apanhando pelo vórtice de um tornado enquanto dormia. E durante essa confusão, pessoas que já percorreram a trilha são um porto seguro para os mais inexperientes, parecem seres sobrehumanos mesmo. E foi quase convencido da sobrenaturalidade do João que comecei a conhecê-lo, a visitá-lo em casa e a sargear com ele. Durante as horas que passei em sua companhia, pude perceber que ele não tem nada de sobre-humano. É uma pessoa como qualquer outra: tem defeitos, qualidades e busca sua felicidade; assim como qualquer outro ser bípede e racional que caminhe sobre a Terra. Hoje penso que é justamente pela sua simplicidade que a história de vida do meu amigo é tão fascinante. Ela nada mais é do que a síntese da vida todo ser humano: uma luta contínua pela superação dos obstáculos que se interpõem entre nós e a felicidade. No fundo, esse livro conta a história de qualquer pessoa, mudam apenas os nomes, os locais e as +*"
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datas; a única diferença é que o João teve coragem de contá-la. Hoje, devido a relação de amizade que tenho com ele, não vejo mais nele um ser mitológico ou sobrehumano. As relações inter-humanas têm dessas particularidades: as impressões iniciais de desmancham com a rotina como a geada se desmancha ao contato com a radiação solar. Hoje, quando olho para o João, vejo nele um parceiro, um amigo, às vezes um irmão. E ainda vou descobrir onde o conheci antes de encontrá-lo no BC. Hunter
Conheci o João num tempo diferente dos meus antigos wings, o Bruxo e o Chaves, no qual me incentivaram a fazer o bootcamp, já que viam futuro em mim na época e falaram que se eu fizesse eu ia ficar "afiado"... E fiquei. Nunca tive um fim de semana tão proveitoso quanto este. Assim que entrei na sala, reconheci aquela figura na qual todos elogiavam, mas que eu nunca tinha visto em ação. Estranhei de começo, mas ao longo do bootcamp vi que tinha conhecido uma pessoa muito especial, pois graças a ele, desenvolvi habilidades que ajudaram bastante a esclarecer duvidas, desenvolvi bastante e sou o que sou hoje. Alguns meses depois, acabamos trabalhando juntos por uns meses, e nesses meses comecei a ver uma figura diferente da que eu via antes, essa figura cada dia era mais forte, mais amistosa, e cada dia a mais poderia considerar um irmão. +*#
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Trocávamos ideias sobre nossos relacionamentos (éramos amigos e tínhamos namoradas na mesma época), motivávamos um ao outro com confiança, e a cada dia que se passava, vi que tinha um grande wing, o melhor Wing. João, agora escrevo diretamente pra você. Quero agradecer por tudo que passamos, as saídas, as zueiras, as cervejas no posto.. Pela nossa amizade, que vejo que podemos levar pra frente, sem ressentimentos e bobagens. Pelo caráter que você demonstra perante aos seus amigos e wings. Um abraço! Lucas Repinaldo (Cappie)
Antes de poder falar qualquer coisa eu tenho que dizer que minha vida se iniciou no mundo PUA tem mais ou menos uns dois anos. Comecei assistindo o seriado em que o Mystery junta nerds em uma casa e os inicia no mundo PUA. Depois disso eu comecei a buscar mais sobre o assunto até que fui parar no PUABASE. Foi então que entre as leituras de relatos de caso eu vejo um cara que tem vários agradecimentos, vários pedidos de opinião. O cara era quase o Mystery brasileiro. Parecia ate que ele não era uma pessoa real, até que esse ano eu estava no grupo do Facebook Acidez Feminina e com quem eu me deparo em um dos tópicos? João Abrantes ou como é mais conhecido, Chameleon +*$
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O que dizer de Chameleon, a.k.a João Abrantes? Quando conheci o João, ele usava anel em todos os dedos e vários outros adereços, o que deixou uma impressão errada, como se precisasse chamar atenção. Porém, com a convivência (principalmente nas sarges), percebi que não era necessidade - era confiança, e descobri também o porquê do nome Chameleon, por sua capacidade de adaptação e aprendizado, assim como as mudanças perceptíveis ao longo do tempo, que realmente são dignas de seu avatar . Digo
Como posso começar a falar sobre o grande Chameleon? Tinha entrado na comunidade a poucos meses, começando a ter resultados mais consistentes quando me deparei com a comunidade do PUABASE. Lá dentro, vi que um membro se destacava com respostas precisas a duvidas e com relatos sempre inspirados. Imediatamente li o livro dessa figura chamada Joao Abranches e fiquei ainda mais impressionado com sua historia e sua superação ao longo dos anos. Por sorte, nos frequentamos um lugar em comum (o grande Buko!) e quando o reconheci, fiz questão de me apresentar e conversar um pouco com essa grande pessoa. Depois de mais alguns encontros casuais, passamos a wingar mutualmente alguns sets e rapidamente nos demos muito bem. Até hoje não conheci alguém que não tenha se dado bem com essa +*%
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figura carismática que eh o grande Chameleon. Depois de MUITAS sargeadas, posso dizer que o Chameleon eh um cara fenomenal, além de ser um ótimo instrutor, wing, parceiro e maluco por sarges, ele eh uma pessoalmente realmente preocupada com a evolução dos seus colegas e busca um crescimento pessoal enraizado para si próprio. Com certeza posso afirmar que entrar para o universo PUA me trouxe uma grande parceiro, wing e amigo, essa figura chamada Chameleon! KINGRJ
O primeiro contato que eu tive com ele foi em uma extensão do grupo no Whatsapp, logo de inicio eu vi um cara convencido e marrento, mas a medida que eu fui conhecendo e conversando com ele eu percebi o quanto estava errado...a medida que o tempo foi passando fomos vendo que temos muitos pontos em comum e forma de pensar igual para muitas coisas e posso me ousar a dizer que acabei me tornando amigo dele. À medida que eu fui conhecendo o Chameleon eu ficava mais surpreendido com a sua forma de jogar. Tudo que eu vou falar em relação ao jogo dele é com base em minhas observações em internet game, mas que são muito validas e que muito do conteúdo pode ser usado ao vivo e que eu tive a grata surpresa de aprender com ele e por em prática. O Chameleon é um verdadeiro predador, quando ele coloca a presa na mira, pode ter a certeza de que ele só vai soltar quando concluir seus +*&
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objetivos. Ele é totalmente implacável e destemido, sempre pronto para dar um neg ou não se deixar abater por um shit test . Ele é muito seguro de seu conhecimento e com certeza a pratica absurda que ele tem o leva a um estado de perfeição que é o sonho de qualquer estudante pua, por que todos os movimentos dele são naturais, fazem parte dele. Até o presente momento eu ainda não tive a oportunidade de ver ele sargeando e jogando ao vivo, mas creio que ate o lançamento desse livro já tenha presenciado ele em ação. Renato Santos de Lima (Gereco/Polypus, este último batismo dado pelo Chameleon)
Me lembro perfeitamente de quando conheci o Chameleon; havíamos marcado pelo Facebook de sargear no Bukowski em Botafogo. Ele disse para eu ir até a casa dele para fazer um esquenta e levei comigo um amigo chamado Henrique, que mais tarde fez o bootcamp da PUATraining. Quando cheguei me senti mal, não pelo ambiente, mas sim pela fama do anfitrião que me aguardava, estava ele e Joey-Z no apartamento. “HIGH LEVELS”, pensei. Sabia que se quisesse fazer parte de um grupo desses, tinha que mostrar estar a altura e isso me deu uma AA incrível. Era 09/11/2012 e tinha feito o bootcamp há pouco tempo e antes disso nunca tinha antes sargeado
+*'
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e estava prestes a sargear com mestres, no que seria minha primeira sarge séria. Quando cheguei no apartamento, fui bem recebido, começamos a conversar e, depois de um tempo, fomos em direção ao bar. Quando lá chegamos, o local ainda estava abrindo. Estávamos Chameleon, Joey-Z, Henrique, Tiago e eu. Chameleon nos desafiou a começar abordando um 2-set sentado com o seguinte opener, deveríamos dizer que um amigo divorciado guardava o álbum de casamento e que a atual namorada o havia encontrado e ele estava em dúvida se jogava o álbum fora ou guardava. Ele havia nos desafiado, não sabia o que fazer, vi que ninguém se prontificou e senti que era a minha chance. “Que se foda, eu vou lá”, disse. Fui em direção ao 2-set e abordei, sentei na mesma mesa e conversei por 10 minutos com as garotas sendo o mais simpático e sociável possível. Quando voltei, fui recebido com sorrisos e congratulações e percebi pelo olhar dos outros que havia me destacado. Foi assim na primeira sarge, na segunda, na terceira e nas outras, até que Chameleon me convidou pra ir a Baependi no Natal. Foi aí tive a certeza de que havia conseguido o que tanto queria, consegui entrar em um grupo que me ajudaria a crescer e com essa certeza me senti como Odisseu se sentiu ao chegar em Ithaca e receber de Atena o maior elogio que um herói grego poderia desejar. +*(
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“BEM-VINDO CARO ODISSEU, SEMELHANTE AOS DEUSES” Gabriel Ferreira (Faceman)
O que dizer de Chameleon e da virada magistral no Rio? Digo para quem não o conhece pessoalmente sobre sua genialidade como pessoa, humildade incrível e parceria em um jogo que foi simplesmente sensacional. Pensei inicialmente se tratar de um amigo de longa data ou de um primo bem próximo, nosso jogo fluiu de forma natural, abríamos os grupos com extrema facilidade e conseguíamos KCs naturalmente, ter ele como wing e ser seu wing, foi genial, aprendizado significativo e um amigo que levo pra vida toda. Recebeu-me, juntamente com o grande PUA Lougan, em seu “Apê PUA”, sendo esse outro fato que o marcou como diferenciado entre os sedutores que conheço pessoalmente. Ele simplesmente arquitetou um apartamento que por si só é um ultra DVS, apesar de pequeno, extremamente aconchegante e com grandes diferenciais, controla a intensidade luminosa, apaga e/ou acende a lâmpada com um pequeno controle, sua TV é controlada por comando de voz, uma pasta com músicas próprias para FC é automaticamente ativada. Além de um grande sedutor possui extrema humildade e consegue cativar as pessoas, mesmo que +)*
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estas estejam a vários quilômetros de distância. Sempre busca dividir o conhecimento e ajudar as pessoas que buscam o desenvolvimento pessoal. Agradeço pela receptividade, por compartilhar o conhecimento e pela pessoa que tu és. Forte abraço de um grande amigo. A%3C /8&&7
Conheci o Chameleon em meu primeiro bootcamp, alguém que chamou minha atenção tanto pelo seu jeito durante as palestras, quanto pela sua aparência. O Fenix me recomendou tratar de alguns aspectos na minha jornada com o Chamaleon e foi esse o passo inicial para uma excelente amizade. Saímos algumas vezes e pude observar sua jornada pelas sombras, seus questionamentos e alguns de seus closes. O que me chamou muito a atenção foi a capacidade dele de sempre seguir em frente, de conhecer bem sua missão. Dentre diversos conselhos, um deles se destacou: ao comentar que estava me sentindo muito frio com relação a outras pessoas ao pergunta-lo o que achava dessa indiferença, sua resposta foi que hoje ele poderia me afirmar que a indiferença faz parte da atração, porém nunca em excesso, pois acaba machucando as pessoas. Além disso, disse para sempre respeitar o sentimento alheio. Em cada sarge algo memorável acontecia, sejam openers
+))
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inusitados, wingings eficazes e muito mais. Nunca vou me esquecer e sempre me divirto ao lembrar de quando liguei para uma HB wingando o Chameleon para um FC... Hahaha! Daniel Antunes (Cayan)
Logo que entrei para o PUABASE, via que todos comentavam sobre um PUA que estava em destaque no fórum. Fui logo pesquisar sobre ele, pois queria alguém para tomar como referência na minha jornada PUA. Foi quando me deparei com Chameleon, um PUA brasileiro que já havia até escrito um livro. A curiosidade em conhecer sua história foi tanta que comecei a ler seu livro de uma forma que não conseguia parar. Eu, que não sentia tanto prazer assim em ler, quando comecei seu livro aprendi o verdadeiro poder que tem uma boa literatura, onde se pode aprender e se divertir ao mesmo tempo. E foi aí que virei fã do cara. Comecei a ler tudo que ele publicava, pois tinha a certeza de que o material seria excelente. No entanto, minha relação com Chameleon era apenas de fã para ídolo, até o dia que entrei no grupo do Whatsapp e, conversando com alguns membros de lá (PUAS também), descobri que o tão famoso PUA já tinha participado do grupo e estava prestes a voltar. Não deu outra. Dias depois da minha entrada no grupo, eis aparece Chameleon por lá, mostrando que era um cara +)+
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que sabia o que fazia lá, atraindo a atenção de todas as HBs do grupo. Com o passar do tempo, fui conversando com ele e fui aprendendo cada vez mais e criando uma grande amizade. Contudo, eu ainda não o conhecia pessoalmente até o dia em que aconteceu um dos encontros do grupo. O cara pessoalmente foi mais atencioso ainda. Me deu altas dicas no field em que nós estávamos e tive a chance de sargear com ele, mesmo que por alguns minutos. Isto com certeza vai ficar marcado na minha história. Quando Chameleon disse que iria escrever um novo livro fiquei ansioso pelo seu lançamento, pois já estou doido pra comprar o livro e sei que vai ser um sucesso, assim como os outros livros que ele já escreveu. Enfim, Chameleon, valeu por todos os conselhos e dicas que me deu até hoje. Eles foram muito importantes para mim e vou carregá-los pra sempre. Espero que possamos manter nossa amizade para sempre, também. E só uma coisa: Não esqueci daquela sarge no Bukowski que eu estou "devendo" pra você. Vamos marcar! Sucesso cara! Abraços Duque , -./ 01213 45 6718/2/59: ;58 <=>/ 5 ?31@/3 4/ ?1AA13 4/ 0B 1 18=C5 4/2/ 9/AA1A /9D59<35A -./ 1 >=41 ?35?53D=591 / 1 D141 858/9<5 8=971 148=31EB5 ?53 /AA/ D131 1.8/9<1 81=AF 9B5 AG ?/25 A.D/AA5 95 H5C5 81A <18IJ8 ?/21 A.D/AA5 D585 ?/AA51F 7.8=24/F C/9 I51 / 4=>/3<=45
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Agradecimentos Se já foi difícil redigir o capítulo de agradecimentos do livro anterior, imagina agora, que tripliquei meu círculo social? Challenge accepted , vamos lá. Quero agradecer: Ao Fenix e toda equipe da PUATraining não só pela amizade, mas por todo aprendizado angariado ao longo desta jornada; Ao povo do PUABASE (não apenas a administração, mas também os usuários que aqui e ali ajudaram com feeds, dicas e/ou opiniões); A todo o povo do grupo de FB “Acidez Feminina” (tanto do oficial quanto do não-oficial). Taty Ferreira merece, neste contexto, o agradecimento-mor, pois foi a mera existência de um grupo vinculado ao seu blog que me ingressou em uma empreitada que muito contribuiu para o meu crescimento; Ao povo do grupo de WhatsApp do “Acidez Feminina”, sobretudo Viks, Gereco, Circe, Ginger, Ray PDQ, Carolina, Camila, Duque, Quarterback, Sofhia e +)$
CHAMELEON Uma jornada pelas sombras
Nella (desnecessário dizer que vocês todos sabem quem é quem, certo?); Ao meu amigo Leonardo Lavigne, que frequentemente foi a minha consciência nas horas em que estive prestes a fazer besteira e que me ensinou o verdadeiro significado da expressão “parceiro”; Ao Gabriel Ferreira, o Faceman. Nos momentos mais tensos, foi ele que me motivou ou me fez rir. E nos momentos não-tensos, foi o que mais me deu nos nervos (risos); Ao Cayan, que é amigo, wingman e viabilizou um épico final de semana em Volta-Redonda; Ao Joey-Z, que de aluno virou um grande amigo e que, na ausência de Hellraiser, foi quem passou a aparecer com um engradado de cerveja em minha casa para jogar conversa fora; Ao Kenzo, pelas dicas (não apenas relacionadas a PU, mas quanto à vida profissional de uma maneira geral) e também à galera de São Paulo que sargeou com a gente, Jahpz e Max; Aos meus amigos hebreus KINGRJ e Digo... O adjetivo que mais me vem à mente quando penso em
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