XII O SIMBOLISMO DA MANDALA
[Publicado pcla primcira vcz cm: Gestaltungen des Unbewussten (Psychologischc Abhandlungcn VII) Raschcr, Zuriquc, 1950. As imagcns foram rcunidas originariamcntc por C.G. JUNG para urn Seminário rcalizado cm Bcrlim, cm 1930. Novc delas (imagcns 1,6, 9,25, 26, 28, 36, 37 c 38) 38) foram foram rcprod rcproduzid uzidas as como como "excmp "excmplos los dc mandal mandalas as europc europcias ias"" cm: RICHARD WILHELM c C. G. JUNG, Osegredo daflorde ouro. Urn livro de vida chines. Dorn Vcrlag, Muniquc, 1929.]
Tentarei a seguir representar uma categoria especial de simbolismo, 627 a da manda mandala la,, atra atravé véss de grande grande numer numeroo de im imag agens ens.. Já me mani manifes feste teii várias várias vezes vezes acerca acerca desse desse tema tema e finalm finalment entee descre descrevi vi e coment comentei ei min minuci ucioosamente essa espécie de simbolo que ocorreu no decorrer de um trata-mento individual, no meu livro Psicologia Psicologia e alquimia, alquimia, 1944. Repeti a tentativa na contribuição precedente deste volume; neste caso as manda-las não provêm de sonh sonhos os,, mas mas da im imag agin inaç ação ão ativ ativa. a. Na pres presen entte expo exposi si-ç -ção ão pu publ blic icoo mandalas da mais variadaproveniência, a fim de fornecer ao leitor, por um lado, uma impressão da espantosa riqueza de formas da fantasia individual e, por out outro, ro, possibi possibilit litá-l á-loo a fazer fazer uma idéia da ocor-r ocor-rência ência recorrent recorrentee dos elementos básicos. Em relação à interpretação interpretação devo remeter remeter o leitor à literatura respecti- 628 va. Neste trabalho contentar-me-ei com alusões, pois uma explicação mais mais Psicologia e aprofundada, como mostra o exemplo da mandala descrita em Psicologia religião ou as descrições das investigates preliminares deste volume, levariam muito longe. "Mandala", em sânscrito, significa circulo. Este Este termo termo indi indiano ano de- 629 signa desenhos circulares rituais. No grande templo de Madura (sul da índia) índ ia) observei observei sendo sendo feita feita uma imagem imagem desse desse tipo. tipo. Uma mul mulher her a desedesenhava no chão do mandapam (átrio) com giz colorido. A mandala media três metros de diâmetro. Um pandit que me acompanhava explicou-me que nada podia informar a respeito. Somente as mulheres que traçavam tais imagens o sabiam. A própria desenhista recusou-se a comentar o que fazia. Obviamente não queria ser perturbada perturbada em seu trabalho. Mandalas Mandalas elaboradas, elaboradas, executadas executadas com argila vermelha, vermelha, encontram-se também nas paredes externas caiadas de muita uitass caban abanas as.. As manda andallas mel melho hore ress e mais ais sig signifí nifíca cati tiva vass são são encontradas no âmbito do budismo tibetano . Como exemplo, pode servir a segu seguin inte te mand mandal alaa ti tibe bettana ana , cujo ujo conh conhec ecii-me ment ntoo devo devo a RICH RICHAR ARD D WILHELM. 39. 39. V. Psicologia e alquimia [parágr. 122s.] 40. Do China-Institut China-Institut cm Frankfurt.
I m a g e m1 m1 41.Um 41.Um a m andala de ste tipo é urn assimch.ama.do yantra, de uso ritual, instrumento instrumento decontemplaçâo. Ela ajuda aconcentração, aconcentração, diminuindo o campo psiquico circular visão, da restringindo restringindo -o atécentra. o Hab itualitualmente a m andala tern t ern três círculos,pintados de preto o u de azu l escuro, os quais devem excluir o exterior exterior e m anter coeso o interior. interior. Quase qu e regularmen te a beirada externa é de fogo, istoé, é , do fogo d aconcupiscentia, c oncupiscentia, do desejo, do qual provêmos provêmos tormentos do inferno. Qu ase sempre são representados na beirada mais externa os h orrores do sepultamento. Em direçãoao reçãoao interior há um a coroa de folhas de lotus, que caracteriza caracteri za o todo com moo u m p a d m a ,flor f lor delótus. delótus. Dentro há urn tipo de pátiode pátio de m osteiro ostei ro com quatro porticos. Este significa significa o sagrado isolamconcentração. ento e No interior deste pátioencontram-se pátio encontram-se em g eral as quatro quatr o cores básicas vermelho, verde, branco e amarelo, representado representado os qu atro atro po ntos cardeais e ao mesmo tempo funções as psíquicas, conforme m ostra ostroa B a r d o ti betano. Segue-se o centro, usualmente, mais um a vez separado T ò d o ftibetano. por u mcírculo mágico, com o objeto essencial ou metacontemplação. da 42 .E ste ce ntréo t r a ta t a d o d e d i v e r s a s m a n e i r a s , d e a c o r d oe xciogmê n a- s c i a s r i tu t u a i s o u o g r a ui ndi ce i a ç a od o c o n t e m p l a ti t i v o o uo rdi ea n t a ç ã do a s e i t a . E m g e r a l r e p r e s e n t a - s e S h i v a e m asnuaaçsõ e s c r ia i a d odr oa s m u n d o . S e g u n d o a d o u t râinnt ar i c a oé u n o e x i s t e n t e , o a t e m p o r a l e m s e u e s t a d o p e r f e i t oc. r iAa çã ç ã o c o m e ç a pcooi sm S h i vna ã o e x p a n d i d o , s o b a f o r m a d e p o-ndt oe s ig i g n a d o p o r S h i v a - b -i na dp ua r e c e n o e x t e r n o a m p l e x o d e s e u l a d o f e m i n i n oé , dis i os t of e m i n i n o e m g e r a l , d a S h a k t i . E n t ã oe oe l e s a i d o e s t a d o d o s e r - e m - s i p a r a a t in in g i r o e s t a d o d o s e r - p a r a - s i , u t i li l i z a n d o a l in in g u a g e m H E G E L i a n a . 4 3 .N o s i m b o l i s m o d a i o g a k u n d a l i n i , é Srheapkr teis e n t a dc ao m o s e rrp e n t e q u e s e e n r o tsrcêas v e z eesm t o r n o d o l i n g a , éi s, to tSoh i v a s o b a f o r m a d o f a l o . E sét a r e p r e s e n t a ç ãdoa . p o s s i b i l i d addaes m a n i f e s t a ç õ de so e s p a ç o D. e S h a k t i p ro r o c e d e M a y a , o m a t ecroi anls tdreu ç ã do e t o d a s a s c o i s a s i n d i v i d u a l s d e s d o b r a d a s ; a s s i m s eénad og ,e real da o r a d o m u n d o c o n c r e t o . E sét ec o n s i d e r a duom ai l u s ã o , u m s e r n ã o - s e r .é Ee lnao e n t a n t o p e r m a n e c e g u a r d a d a e m S h ci vr iaa.çAã o c o m epç oa i s c o m u m a t o d e c i s ã o d oos p o s t o s q useã o u n i d onsa d e i d a d e . Dt ean s ã o e n t reel e s s u r g e c o m o u m a g i g a n te t eesxc pa l o s ã od e e n e r g i a , a m u l t i p li li c i d a d e d o m u n d o . 3. [Cf. JUNG, Psychologischer Kommentar zum Bardo Todol in: Dan tibetanischer Totenbuch, parágr. 850.]
A meta da contemplação contemplação dos processos representados representados na na mandala mandala é 633 que o iogue perceba (interiormente) o deus, isto é, pela contemplaçao ele se reconhece a si mesmo como deus, retornando assim da ilusão da exis-tência individual à totalidade universal do estado divino. Como já foi dito, mandala significa significa circulo. circulo. Há muitas muitas variações do 634 tema aqui representado, mas todas se baseiam na quadratura do circulo. Seu tema básico é o pressentimento de um centro da personalidade, por assim dizer um lugar central no interior da alma, com o qual tudo se rela-ciona e que ordena todas as coisas, representando ao mesmo tempo uma fonte de energia. A energia do ponto central manifesta-se na compulsão e impeto irresistiveis de tornar-se o que se é, tal como todo organismo é compelido a assumir aproximadamente a forma que lhe é essencialmente própria. Este centro não é pensado como sendo o eu, mas se assim se pode dizer, como o si-mesmo. Embor Emboraa o centr centroo repres represent ente, e, po porr um lado, lado, um ponto ponto mais mais inte interi rior or,, a ele ele perten pertence ce também também,, por out outro ro lado, lado, uma peri-fe peri-feria ria ou area area circun circundan dante, te, que content tudo quanto pertence ao si-mesmo, isto é, os pares de opostos que constituem o todo da personalidade. A isso, em primeiro lugar, pertence a consciência, depois o assim chamado inconsciente pessoal, e finalmente um segmento de tamanho indefinido do consciente coletivo, cujos arquétipos são comun comunss a toda toda hu huma mani nida dade de.. Al Algun gunss deles deles estão estão inclu incluíd ídos os perman permanent entee ou temp tempor orar aria iame ment ntee no âmbi âmbito to da pers person onal alid idade ade e adqui adquire rem, m, atra através vés dess dessee cont contat ato, o, um umaa marc marcaa indi indivi vidu dual al,, como como po porr exem exempl ploo - para para menc mencio iona nar r algu alguma mass das das figu figura rass conh conhec ecii-da dass - a somb sombra ra,, o anim animus us e a anim anima. a. O sisimesmo, apesar de ser simples, por um lado, é, por outro, uma montagem extremamente complexa, uma conglomerate soul, para para usar usar a expr expres essã sãoo indiana. A literatura lamaica dá prescrições muito pormenorizadas sobre 635 como como deve deve ser pintado pintado um circul circuloo desse desse tip tipoo e como como uti utili lizázá-lo. lo. Forma Forma e cores cores sao sao esta estabel beleci ecidas das pela pela tradi tradiçã ção, o, mo moti tivo vo pelo pelo qual qual as vari variaçõ ações es se movem dentro de limites relativamente estreitos. Na verdade, o uso ritual da mand mandal alaa não não é bu budi dist sta; a; em todo todo caso caso ele ele é desc descon onhe heci cido do no bu budi diss-mo mo original do hinayana, aparecendo somente no budismo mahayana. A mandala apresentada aqui (imagem 1) descreve o estado de uma 636 pessoa transportada, a partir da contemplação, a um estado absolute É por isso que nesta mandala faltam as representações do inferno e dos hor-rores do lugar do sepultamento. O belemnite (pedra sagitiforme) dia-mantino, dia-mantino, o dorje no centro, manifesta o estado perfeito da união do mas-culino e do feminino. O mu mund ndoo das das ilus ilusõe õess desa desapa pare rece ceuu defm defmit itiv ivam amen ente te.. Toda Todass as ener energi gias as concentraram-se novamente no estado inicial.
44.Os 44.Os quatro b elemnites no s porticos pátiointerno pátio do interno parecem sugerir que a en ergia vital vital flui para dentro; desprendeu-se despre ndeu-se do s objetos e volta ao centra. Qu ando é atingida atingida a perfeita perfeitunião a detodas detodas as energias nos qua tro aspectos da totalidade, cria-se urn estado estático,q u e não está maissujeito a qualquer m u d a n ç aN . a alquim ia chinesa, este estado é denominado c o rao p u s i n c o r r u p t i b da i le l e alqui "corpo de diam ante"; ele ele corresponde i c a t i o nna i s acepção cristã, mia medieval que é idênticoa o c o r p u s g l o r i f ic isto é, ao corpo incorruptivel rçssjarreição. da Esta mand ala mostra assim a uniãode uniãode todos os opostos, colocadâentre yang e y in, entre céu eterra, eterra, o estado do eterno equilíbrio equilíbrio e, conseqüentemeda nte, duraçao imutável. 45.Para os nossos propó sitos psicológicos mais mod estos, temos que a b a n d o n a r porém,essa porém, , essa linguag li nguag em metafísica m etafísicae colorida do O riente. O q u e a i o g a b u s c a c o m e s s e e x e r cé i cs eio i om d ú v i d a u m a t ra ra n s f o r m a ç ã o p s i q u i c a d o a d e p t o . O ée eux p r e s s ã od a e x i s t ê n c i ai n d i v i d u a l . N e s t e exercicio exercici o ritual, ritual, o iogue troca seu eu por Sh iva ou Bud a; produz, portanto, umatransposição umatransposiçãomu m u ito significativa significativa do centro psicológicodo d o eu pessoal para o nao-eu impessoal, que agora é experimentado como o verdadeiro "fundo do ser" da personal idade. 46.Nesse contexto, quero mencionarc uma o n c e p ç ã ochinesa similar, isto é, o sistema no qual se b aseia / Coh i n g .
Imagem 2 640 N o c e n t reos t á oc oc h ' i e n o, c é ud ud o q u a l p r o c e d e m a s q u a t r o e m a n a ç õ e s ,c o m of of o r ç a scsc e l e s te t e s q u e s e e x p a n d eems p na oç o . c h ' ie i e n : e n e r g i a a u t o g e r a d o r a c r i a ti ti v a , c o r r e s p o n d e n t e a S h i v a h e n g :f o r ç aq aq u e p e r m e i a tu tu d o y u e n :f o r ç a g e r a d o r a l i: i: f o r ç a b e n é f i c a c h i n g f: o r ç a i n a l t e r á v e l d e t e r m i n a n t e 4 7 .E m t o r n o d e s t e c e n t r o m a s c u fl ionr oç ae aed set e n d e - s e a t e r r a c o m s e u s e l e m e n t o s c o n f i g u rÉa da oms .e s m iad é i ad ad a u n i ã o S h i v a - S h ankat i i o g a k u n d a l i n i , m a sé qrueep r e s e n t a cdoa m oe oe s p a ç od a t e r r a , r e c e b e n d o e m s i a f o r c a c r i a ti t i vcaé du o.D .D a u n i ã od od e c h ' i e (nc é u )c)c o m k u n , o f e m i n i n o , s u r g e t ae t r a k t y qs u ee s t á àb a s e d e t o d o s e r ( c o m Po I eTmÁ G O R A S ) . 48O . " m a p a d o r io éi ou"m d o s f u n d a m e nl eto t og se n d á r i odso / C h i n g o, L i vro daM s u t a ç õ e so , q u a l e m s u a p r e s e n t e fo fo r m a d a t a e m p a r t e d o s e c . X I I a C . S e g u n d o a l e n d ad, rua m g ã ot ro r o u x e d o f u n d o d e u m r io i o o smsái -n a i s
gicos do "mapa do rio". Nestes, os sábios descobriram o desenho e dentro dele as leis da ordem do mundo. A representação aqui mostrada se caracteriza, de acordo com a sua longa idade, por cordões com nós, significando números. Tais números têm o caráter primitivo usual de qualidades, principalmente masculinas e femininas. Todos os nomes impares sao masculinos; ao passo que os numeros pares são femininos. Infeliz Infelizment mentee desconhe desconheço ço se esta esta concepçã concepçãoo primiti primitiva va da filoso filosofia fia 643 chinesa chinesa influenciou influenciou ou não a formação formação das mandalas mandalas tântricas, tântricas, muito mais mais recentes. Os paralelos porém saltam à vista, de modo que o investi-gador europeu europeu deve interrogarinterrogar-se se que concepção concepção influenci influenciou ou a outra: outra: a chinesa chinesa proveio da indiana, ou esta proveio da chinesa? Um indiano a quem interroguei respondeu-me: "Naturalmente "Naturalmente a chinesa surgiu da indiana". Mas não sabia determinar determinar a antiguidade antiguidade das concepções concepções chine-sas. chine-sas. As raizes raizes do / Ching remontam ao terceiro milênio antes de Cristo. Meu falecido amigo RICHARD WILHELM, eminente conhecedor da filosofia clássica chinesa, era da opiniao de que não haviaprovavelmente qualquer conexão direta entre ambas. ambas. Apesar Apesar da simila similarid ridade ade fundamental fundamental das idéias simbólicas simbólicas,, não é neces necessá sári rioo haver haver uma infl influê uênci nciaa dire direta ta,, um umaa vez vez qu quee as idéi idéias as,, como como a expe experi riên ênci ciaa mo mosstra tra e como como acre acredi dito to ter ter de-mo de-mons nstr trado ado,, semp sempre re surg surgem em independentes umas das outras, de modo au-tóctone, a partir de uma matriz anímica geral. Imagem 3 Em contrapartida contrapartida à mandala mandala lamaica, reproduzo a "roda do mundo" 644 titibet betana ana que deve deve ser ser estri estritam tament entee difer diferenc enciad iadaa da anteri anterior or.. A roda roda é uma representação representação do mundo. No centro, centro, encontram-se encontram-se os três princípios: princípios: galo, galo, serpente e porco, simbolizando a luxuria, a inveja e a inconsciência. Ela tern perto do centro seis raios e mais externamente doze raios. Baseia-se no sistema triád riádiico. A rod odaa é sust ustentad ntadaa pel pelo deus da mort orte, Yama ama. (Ma (Mais tard tardee encon encontr trar arem emos os out outro ross "sus "suste tent ntado adores res de escu escudo" do":: im imag agens ens 34 e 47 47.) .) É compreensivel que o mundo padecente da velhice, da doença e da morte se encon encontr tree nas nas garr garras as do demôn demônio io da mo mort rte. e. O esta estado do incom incompl plet etoo do ser ser é significativamente expresso por um sistema triádico, ao passo que o estado comp comple leto to (esp (espir irit itua ual) l),, o é po porr um siste istema ma tetr tetrád ádic ico. o. A rela rela-ç -çãão do ser pro-porti rtioo inco incomp mple leto to com com o comp comple leto to corr corres espo pond ndee po port rtan anto to a uma pro-po sesquitertia, isto é, 3:4. Esta relação é conhecida natradição alquí-
m i c a o c i d e n t a l c o mAox i o m a d e M a r i aN. o s i m b o l i s m o o n i r i tcaom b é m d e s e m p e n h a u m p a pceol n s i d e r á v e l . 645 P a s s e m o s a g o ràas m a n d a l a s i n d i v i d u a l s , t a i s c osmã o p r o d u z i d a s e s p o n ta t a n e a m e n te t e p o r p a c ie i e n te t e s e a n a lil i sa s a n d o s n o d e c o rr r r e r d a c o n s c ie i e n ti ti z a ç ã o d o i n c o n sc s c i en e n t e . Acoo n t r á r i od od a s q u e a c a b a m o s d e c o m e n t a r , e l a s n ã o s e b a s e i a m e m q u a l q u terra d iç i ç ã o em o d e l o , n a m e d i d a e m q u e p a r e c e m r e p r e s e n t acr r i a ç õ e s l iv i v r e ds a f a n ta t a s ia i a q u e n o e n ta t a nstãoo d e te t e r m i n aad a s p o r c e r t o s p r e s s u p o s t o s a r q u e t i p i c o s , d e s c o n h e c i d o s p o r speaurst e d e a u to t o r es e s . P o r i ss s s o o s t em e m a s i m p or o r ta t a n te t e s e m p r in i n c ip i p io i o r ep e p e te t e m - s e t an a n - ta ta s v e z e s q u eses e m e l h a n ç a s e v i d e n taes eps a r e c e m e m d e s e n h o s d o s m a ivs edr iis-o s a u t o r e s . O s q u a d r ossã o f e i t o se s e m g er e r al a l p o r p e ss s s o as a s c ul u l t as a s , nq ãuoe t in i n h a m c o n he h e c im i m e n t o d o s p a ra r a le l eélo ltonsi c o s e m q u es e s tã t ã o. o . C on o n fo f o rm rm e o e s t á g i o d o p r o c e s s otot e r a p ê u t i c o ,o s q u a d r o s a p r e s e n t a m g r a n d e s v a r i a - v ç õ e s . N o e n t an a n t o , c e r t o s m o t iv i v o s c o r r es e s p o n d e m a d e t er er m i n a d a s e t a p a s importantes do processo. Sem entrar em pormenores da terapia, quero a p e n a s d i z e r q u e s e t r a t a d e u m a noor vd ae n a ç ã od od a p e r s o n a l i d a d e , d e c e rt r t o m o d o d e u m a n o central centralização va ização.P. o r e s t e m o t i v o a s m a n d a la la s - a p a r e ce c e m d e preferênciad preferênciad e p o i s d e e s t a d o s ddee s o r i e n ta t a ç ã o , p â n i coou c a o s psiquic psiquico. o. Sua meta, pois, poié s,a d e t ra r a n s fo f o r m a r confusãon confusão a n u m a o r d em em , s e m q u e t a li l i n t e n ç ã os os e ja j a s e m p r e c o n s c ie i e n t e. e . E m t o d o c a s o , a s m a n d a la la s e x p r e s s am a m o r d e me, q u i líl í b r io i o e t o ta t a l id i d a d e . F r e q ü e n te t e m eo ns t ep a c ie i e n te te s ressaltam o efeito benéficoou benéficoou tranqüilizador tranqüilizad or d e u m a t a l im i m a g e m . E mral, ge r e p r e s e n t a ç õ e s e p e n s a m e n t o s r e l ig i g i o s o s , i s t o é , n u moiun oesnot sa oi oi d é i a s filosóficass filosóficass e e x p r i m e ma t r a v é sd sd a s m a n d a l a s . E l a s p o s s u e m qs eu as-e m p r e u m c a rá r á te t e r i n tu t u i tit i v o i rr r r a c io i o n a l e a t ua u a m d e n o v o r e tr t r o a tit i vt eam a ms eonb-re re o iinconsciente nconscienteatravésd a travésd e s e uconteúdo u conteúdo simbólico. T e r n , p o r c o ns e- g u i n t e , e m s e n t i d o f i g u r a d o , u m s i g n i f i c a d o e e f"emi táog i c o s " ,t al a l co c o m o o sí sí c o n e s e c l e s i á s t i c o s , c u j a e f i c á c i a j a m a i s é t o t a l m e n t e p e rc peebl oi ds a p a c i e n t e s . E s t e s d e s c o b r e m d e p o i s , m e d i a n t e o e f e i t o d epró-prios prós e prios us quadro s, o q u e o s i co c o n e s p o d em e m s ig i g n if i f ic i c a r. r . O s q u ad andão ãroos o s t êm ê m e fí fcí -á c ia ia p o r q u e provêm d e s u a p r ó p r i a i m a g i n a ç ã om, a s p or o r qu q u e o s p ac a c tie i es e sn f ic ic a m i m p re r e ss s s io i o n a do d o s c o m o s m o ti t i vo v o s e s im i m b o lo l o s i n e sp s p e ra r a qduoasi sossã o p ro r o d uz u z id i d o s p o r s u a f an a n ta t a si s i a s u bj b j e tit i va v a , d e a co c o rd r d o c om o m leis, c er e r ta ta s e x p r im i m i n d o u m iad é i a e s i t u a ç ã oa,s q u a i s s u ac o n s c i ê n c i a s óap a p re -en e n de c o m m u i ta t a d if i f ic i c u ld l d a d e. e . E m m u i ta t a s p e ss s s o a s s u r ge g e d e u m a pela m a n d a la la p r i m e i r a v e z a r e a l i d a d e d o i n c o n s c i e n t e c o l e t i v o c o m o u m az ag r a n d e a u t ô n o m aM . asnão quero estender-me muito sobre este assunto. Em 4. Cf. acima [parágr. 252 dcstc volume].
certos quadros podemos fazer finalmente a leitura leitura da intensidade intensidade da im pressão ou da emoção. Anteciparei algumas observações acerca dos elementos formais dos 646 simbolos da mandala antes de prosseguir. Trata-se principalmente de: 49.Forma circular, esférica ou oval. 50.A figura circular é elaborada como flor (rosa, lotus, padma em sânscrito) ou como roda. 51.Um centra é figurado pelo Sol, estrela, es trela, cruz, em geral de quatro, oito ou doze raios. 52.Os círculos, esferas e figuras cruciformes são freqüentemente re presentadas em rotação (suástica). 5.0 círculo é representado por uma serpente enrolada circularmente (uróboro) ou espiralada (ovo órfico) em torno do centro. 53.A quadratura do circulo, como circulo dentro de um quadrado ou vice-versa. 54.Castelo, cidade, pátio (temenos) quadrado ou circular. circular. 55.Olho (pupila e iris). 56.Ao lado das figuras tetrádicas (ou em multiplos de quatro) aparecem também, mas muito mais raramente, formas triádicas ou pentagonais. Estas ultimas devem ser consideradas como imagens da totalidade "perturbada", como veremos adiante. Imagem 4 A mandala foi feita por uma paciente de meia-idade, que tinha visto 647 este desenho (imagem 4) pela primeira vez em um sonho. A diferenca en-tre esta mandala e as orientals salta imediatamente imediatamente à vista. vista. Ela é essencialessencial-mente mente mais pobre no tocante à forma e à idéia, mas exprime a atitude individual da autora de forma incomparavelmente mais clara do que as imagens orientals, as quais se configuraram segundo uma tradição coletiva. O sonho em questão é o seguinte: "Eu estava tentando decifrar uma amostra de um bordado dificil. Minh Minhaa irmã irmã sabe sabe como comofa fazê zê-l -lo. o. Perg Pergun unto to se ela ela de-b de-bru ruar araa um lenç lenço. o. Ela Ela responde: 'Não, mas eu sei como sefaz'. Depots vejo o lenço com o desenho pespontado, mas o trabalho ainda não estáfeito. Devemos Devemos andarmuitas andarmuitas vezes em torno torno (a partir partir da perife periferia) ria),, até aproxiaproxi-mar mar-nos -nos do quadrado quadrado central central,, ondepassamos a caminhar em circulos ".
5 7 .A e s p i r a l c o m a s c o r e s t i p i c a s : v e r m e l h o , v e r d e , a m a r e l o e a z u l . P e l a s i n d i c a ç õ eds a p a c i e n t e , o q u a d r a d o c e n t r a l r e p r e se se n t a u m a p e d r a q u e t e m a s q u a t r o c o rbeáss i c a sese m s u a s f a c e t a s . A e s p i r a l n o s e g m e n t o i n t e r i o r é a r e p r e s e n t a ç âdoa s e r p e n t e , a q u a l , c o m o a k u n d a l i n i , se se e n r o s c a t r ê s v e z e s me e i a e m t o r n o d o c e n t r a . 5 8 .A .A p r ó p r i a s o n h a d o r a nt in iãnoh a a m e n oi dr é i ad ad o q u e e s t a v a o c o r r e n d o e m s e uí n t i m o , i s to t o é , o c o m e ç ou md ae n o v ao r i e n t a ç ã o ; e nl ae m p o d e r i ac ac o m p r e e n d ê - l o c o n s c i e n t e m e n t e . A l é mo sd ipsat roa, l e l o s c o m o s i m b o l i s m o o r i e n t a l l h e e r a m t o t a l m e n t e e s tr tr a n h o s , d e m o d o q u e e s t a i n f l u ê n c i ad e v i a s e r t o t a l m e n t e d e s c a r t a rdeap. rAe s e n t a ç ã o s i m b ó l i c a n e l a s u r g i u e s p o n ta t a n e a m e n t e , n o in i n s t a n te te e m q u e c h e g o u a d e t e r m i n a d o p o n to de seu desenvolvimento. 5 9 .I n f e l i z m e n tneã o é p o s s í v de li z e r d e m o d o e x a t o , n e s t e c o n t e x t o , e m q u e c i r c u n s t â n c i a s p s í q u iocsa sq u a d r o s f o r a m c r i a d o s . I s to to n o s l e v a r i a m u i t o l o n g e . iAn t e n ç ã o d e s t e e n s a iaop ée n a s a d e d a r u m a p a n h a d o g e r a l a c e r c a d o s p a r a l e l o s f o r m a i s d a s m a n d a l a s i n d i v i d u a i s o u c o l e t iv a s . A s s i mn mn ã o p o d e m o s i n t e r p r e ta ta r p o r m e n o r i z a d a m e n t e e d e m o d o p r o f u n d o c a d a i m a g e m p a r t i c u l a r . nS e cr ei as s á r i po a r a i s s o u meax p l a n a ç ã o v a s t a d as i tu t u a ç ã o a n a l í ti t i c a m o m e n tdâon epaa c i e n t e . S e m p r e éq upeo s s í v e l i l u m i n a r o s u r g i m e n t o d e u m qaut raadvr éosd sd e u m aa aa l u s ã os os i m p l e s , c o m o n o c a s o p r e s e n t e , si es rso sáof e i t o . 6 0 .N .N o q u e d i z r e s p e ài t oi n t e r p r e t a ç ãdoo q u a d r o d e v e s e r r e s s a l t a d o q u e a s e r p e n t e p r i m e i r o d i s p o sât na geuml o s ed e p o i s c i r c u l a r m e n t e e m t o r n o d o c e n t r a s i g n i f ic i c iar ca u m a m b u l a ç eã m o torno do meio e o camin h o p a r a e l e . A s e r p e n t e , e n q u a ncttoô ns ei cr oe o e a o m e s m o t e m p o e s p i r i t u a l , r e p r e s e n t a o in in c o n s c i e n t e . ( " U m b o m h o m e m e m s e u i m p u l s o o b s c u r oe o e s t áp á p o r c e r t o c o n s c i e n t e d o c a m i n h o c 6o. r) r A e t op"e d r a n o c e n t r a , p r e s u m i v e l m e n t e u m c u b o , c o r r e sàp fo on rdme aq aq u a t e r n á r i da a l a p i s philosophorum A .s q u a t r o c o r e s p e r t e n tcaemmb é ma ma e s t eâ eâ m b i t 7o. V ê - s e por a í q u e a p e d r a r e p r e s e n t a n e s t e c a s o o n o v o c e n t r o d a p e r s o n a l i d a d e , i s t éo, o s i - m e s m o N. ã o r a r o , e s t et a m b é m ér e p r e s e n t a d o p e l o v a s o ( a lq lq u i m i c o ) . 61. O tcma 3 14 (o númcro apocalíptico dos tempos de calamidade, calamidade, por ex. Apocalipse 11,9 e l l ) refcre-sc refcre-sc aodilcma aodilcma alquimi alquimico: co: 3 ou 4? 4? oumclhor, oumclhor, kpropovtiosesquitertia (3:4). Sesquitcrti us é3+ 1/3. 62. [Fausto, Ia partc, Prólogo no céu.] 63. Há um paralclo indiano muito intcrcssantc a cssa mandala: uma serpente branca, que sc enroscou cm torno dc um centro dividido cm cruz e dc quatro cores. NEWCOM AND REICHARD, Sandpaintings of the Navajo Shooting Chant, quadro XIII, p. 13 c 8 7. A obra contern um grandc número dc mandalas intcressantcs executadas cm cores.
Imagem 5 A autora é uma mulher de meia-idade meia-idade com predisposição predisposição para a es- 652 quizofren quizofrenia. ia. Muitas Muitas vezes pintou pintou mandalas mandalas espontan espontaneamen eamente, te, pois estas estas sempre tinham um efeito ordenador sobre os seus estados psíquicos caó-ticos. A imagem representa uma rosa que equivale no Ocidente à flor de lotus. Na índi índiaa a flor flor de lotu lotuss (padtna) é o colo colo femini feminino no segun segundo do a int inter-pr er-pretaç etação ão tântrica. Conhecemos este símbolo pelas inúmeras representa-ções de Buda (e de ou outr tros os deus deuses es indi indian anos os)) na flor flor de lotu lotuss . Esta Esta repr repree-ssentaç ntação ão corr corres espo pond ndee à "flo "florr de ou ouro ro"" do doss chin chines eses es,, à rosa rosa do doss rosa rosacr cruz uzes es e à rosa rosa mistica no Paradiso de DANTE DANTE.. A rosa rosa e a flor flor de lótu lótuss são são em gera gerall dispostas em quatro raios, o que indica a quadratura do circulo, isto é, a união dos opostos. 0 significado da rosa ou da flor como seio mater-no também não foi estranho aos misticos ocidentais; uma prece inspirada na Ladainha Lauretana diz: "Ó coroa de rosas, teu florescer derrama nos homens o pranto da alegria. Ó Sol de rosas, despertas o amor no humano coração. Ó filho do Sol, Ó filho da Rosa, Ó Sol radioso. Flor da cruz, acima de todo florescer e ardor, desabrochas na pureza do seio da Rosa consagrada, Maria"9.
Ao mesmo tempo, o tema do vaso (alquímico) é um modo de expres653 sar o conteúdo, à semelhança de Shakti que representa a realização de Shiva. Como revela a alquimia, o si-mesmo é um andrógino, constituído de um principio masculino e um feminino. CONRADO DE WÜRZBURG fala de Maria, a flor no mar, que Cristo encerra em si. Em um antigo hino da Igreja lemos: Sob todos os céus ergue-se uma rosa sempre em plena íloração, sua luz brilha na Trindade. e Deus com el a se reveste .
64. 0 filho dc Hórus cgípcio tambcm c reprcscntado reprcscntado scntado sobrc a flor dc lotus. 65. [Não pudc localizar csta csta fontc] 10. [Não pudc localizar localizar csta fonte.]
I m a g e m6 m6 654 A r o sa s a n o ce c e n tr t réo r e p r e s e n t a d a c o m o u m r u b i , ccuijrac u n f e r ê n c i a f o i c o n c e b i d a c o m o u m a r o d a o u u m m u r o c i r c u n d a n t e c o m p o r t i c o s (a (a fim de que o queestá dentro não saianada e de fora possa entrar). A m and a l a é u m p r o d u t o e s p o n t a n e o adnaá l i s ed ed e u m h o m e m . B a s e ia ia - s e n u m s o n h o :O s o n h a d o r e n c o n t r a - s e e m L i v e r p o o l t cr êo smc o m p a n h e i r o s d e v i a g e m m a i s j o v e n.s E n o i t e e c h o v e . O ae rs t á e n f u m a ç a d o e c h edi oe f u l i g e m . E l e s s o b e m d o p o r t o p a r a a " c i d a d e a lst oa n" .hOa d o r d i z : " E s t á t e r r i v e l m e n t e e s c u r o e d e s a g r a d á v e l ,s empaold e s u p o r t a r . F a l a m o s s o b r e i s s o, o , e u m d o s m e t i s c o m p a n h e ir i r o s c o n ta ta q u e u m d e s e n s a m i g o s , p o r e s t r a n h o q pareça,r pareça, ue r e s o lv l v e u e s t a b e l e c e r - se se a q u i , o q u e n o s e s p a n t a . C o n v e r s a nd n d o , c h e g a m o s a u m t i po p joa rddei m p ú b l i c o' q u e f i c a n o c e n t ro r o d a c i d a d e. e . O p a r qéu eq u a d r a d o e e m s e u c e n thr áo u m l a g o , o u melhor, uma grande lagoa; acabamos de chegar a ela, Algumas lantern a s d e r u a m a l i l u m i n a me sac u r i d ã od od e b r e u . V e j o porém, , nal nal a g o a u m a i l h o t a .H .H á u m a ú ni n i c a á r v o re r en o l u g a r , u m a m a g n o l i a d e f lo lo r e s a v e r m e Ihadas, que miraculosamentese encontra sob uma eterna luz solar, Veri f i c o q u e m e u s c o m p a n h e i rnoãso v ê e m e s s e m i la l a g r e; e ; c o m e ç o e nat ão ão c o m p r e e n d e r o h o m e m q u e s e e s t a b e l e ce ce u n e s t e l u g a r " .
655 O s o n h a d o r d iz i z : " T e n t e i pi p i n ta t a r e s te te s o n h o , m a s , c o m o d e c o s t u m e , saiu algo bem diferente. A ma gnolia tornou-se um tipo de rosa de vidro e sua cor era de um rubi claro. claro . Ela brilha bril ha com o um a estrela estrela de quatro raios. raios . O q u a d r a d o r e p r e s e n ta t a o m u r o q u e c e r c a o p a rq rq u e e a o m e s m o t e m p o u m a r u a q u e c i r c u n d a o p a r q u e q u a d r a d o . Nc oe m s t e ç a mq mq u a t r o r u a s principais e de cada um a saem oito secundárias, ruas as quais se encont r a m n u m p o n t o c e n t r a l d e b r i lh l h o a v e r m e l hà asdeom, e l h a n ç ad a É t o i le le de Paris. O conhecido m encionado no sonho mora em uma casa de esquina, numa dessasÉtoiles".A m andala reune, pois, pois , os temas clássicos:flor, f lor, estrela,círculo, estrela,círculo, praçacercada c ercada( t e m e n o s ) planta p, lanta de bairro de um a cidade com um a cidadela. "O todo m e parece uma janela que se abre para a eteret ernidade", escreve o sonhador.
11. Obscrvc-sc a insinuação dcstc nomc: Liverpool = Lcbcr-Tcich (lagoa do figado). Figado c a sede da vida.
Imagem 7 Tema floral com uma cruz no centro. centro. O quadrado quadrado também está dis- 656 posto a modo de uma flor. Os quatro rostos nos cantos representam os quatr quatroo pontos pontos cardea cardeais is,, os quais quais histor historica icamen mente te são mui muitas tas vezes vezes repre repre-sentad sentados os como quatro quatro deuses deuses.. Aqui eles têm um caráte caráterr demoni demoniaco aco.. Isto Isto pode ligar-se ao fato de a paciente ter nascido nas índias Holandesas, onde mamou com o leite da ama nativa a demonologia da região. Seus inumeros dese desenh nhos os tinh tinham am um cará caráte terr niti nitida dame ment ntee orie orient ntal al e assi assim m a aju-da aju-dara ram m a assimilar influências que a principio nao se conciliavam com a mentalidade ocidental. Na imagem seguinte, da mesma autora, rostos semelhantes apare- 657 cem nas oit oitoo direçõ direções. es. O caráte caráterr floral floral do conjunt conjuntoo oculta oculta ao observ observado ador r superficial o demoniaco que deve ser conjurado pela mandala. A paciente senti sentiaa que o efeito efeito demoni demoniaco aco provin provinha ha da influê influênci nciaa europé européia, ia, com seu seu moralismo e racionalismo. Criada na índia até os seis anos, conviveu mais tarde com europeus convencionais, o que teve um efeito devastador sobre a deiicadeza de flor de seu espirito oriental, causando-lhe um trauma psiquico persistente. No tratamento, seu mundo originário emergiu novamente com esses desenhos e isso determinou sua cura animica. Imagem 8 O tema floral vai se desdobrando e se impõe ao tomar o espaço das caretas. 658 Imagem 9 Esta ilustração exprime um estado mais tardio. O cuidado minucioso 659 do desenho desenho compete compete com a riquez riquezaa de cor e forma. forma. ReconheceReconhece-se se atravé atravéss dele deless não não só a extr extraor aordin dinár ária ia concen concentr traç ação ão da desen desenhis hista ta como como tamb também ém a vitória vitó ria do "ornament "ornamentoo floral" floral" do Oriente Oriente sobre o intelectu intelectualis alismo, mo, racioracionalismo e moralismo demoniacos do Ocidente. Ao mesmo tempo tor-na-se visível o novo centramento da personalidade. Imagem 10 Neste desenho de outra paciente jovem vemos nos quatro pontos 660 cardeais cabeças bizarras, representando um pássaro, um carneiro, uma
serpente e uma cabeça antropomórfica de leão. Juntamente com as quatro cores cores com que são pin pintad tadas as as quatro quatro regiõe regiões, s, são corpor corporifi ificad cados os qua-t qua-tro ro princi principi pios. os. O inte interi rior or é vazi vazio. o. Ele Ele abrig abrigaa o nada nada,, expre expresso sso atra atravé véss de um umaa qu quat atem emid idad ade. e. Isto Isto conco concord rdaa com com a mu mult ltip ipli lici cidad dadee preponderante das mandalas individuais: em regra geral encontra-se no centr ntro o tema do "rot "rotun undu dum" m",, do redo redond ndo, o, qu quee conh conhec ecem emos os na alquim alquimia ia,, ou a emanaç emanação ão qu quádr ádrupl upla, a, ou a quadr quadrat atura ura do circ circulo ulo ou, mais mais rarament raramente, e, a própria própria forma humana em seu sentido geral, geral, isto isto é, como Anthropos. Encontra Encontramos mos esse tema também também na alquimi alquimiaa ~. Os quatro animais lembram lembram os queru-bins da visão de Ezequiel, Ezequiel, bem como os simbolos simbolos dos quatro quatro evangel evangelis-t is-tas as e os quatr quatroo filh filhos os de Hórus, Hórus, os quais também podem ser representados de forma semelhante, isto é, três com cabe abeças de anim nimais e urn com cabeabe-ça ça hu huma mana na.. Os anim animai aiss sign signif ific icam am em gera gerall as forç forças as inst instin inti tiva vass do in-c in-con onsci scien ente te qu quee se concentra concentram m numa unidade na mandala. mandala. Essa integra-ç integra-ção ão dos instintos instintos constitui uma condição prévia da individuação. Imagem 11 661
N e s t a m a n d a l a d e u m a p ac a c ie i e nt n t e m a i vs êi -dsoea esa af l o rn ã o e m b a i x o , m a s n o a l to t o . A f o r m a c i r c u la l a r f o i p r e s e rv r v a d a d e n t r o d oa t qr auva édsr a d o d a s l i n h a s d i re r e t r iz i z e s d o d e s e n h o , d e m o d o q u e e s t e d e v e s e r v i s to to c o m o m a n d a l a a p e s a r d e s u a s i n g u la l a r i d ad a d e . A p l a n ta t a r e p re r e s e n ta t a o c r e s ci ci m e n t o , i s t o é , o d e s e n v o l v im i m e n àt o s, e m e l h a n çdao b r o t o v e r d e n o c h a c r a d o d i a f r a g m a d o s i s t e m a k u n d at lâinntir i c o , oq u a l s i g n i f ic i c a S h i v a . E l e -r e p r e s e n t a o c e n t r o e o m a s c u l i n o , a o p a s s oc áql ui ceed edoa f l o r r e p r e s e n t a o f e m i n i n o , l o c a l dg ae r m i n a ç ã oe d o n a s c im i m e n .t oA s s im i m B u déa r e p r es es e n t a d o c o m o o d e u s ge emr m i n a ç ã o , p o r q u a n t o se es nt át ad a d o n a f lo l o r d e- l o t u s . E l eé eé o d e u s n a s c e n te t e , o m e s m o s im i m b oRl áo cdoem of of a l c ã o ,a f ê n i x q u e s e e l e v a d o n i n h o , M i tr t r a n a c oá pr va odr ae ,o u o f i l h o dHe ó r u sd sd e n t r o d a f l o r d el ó t u s . T o d o s e l e s s ã o r e p r e s e n tda oç õset sa t u s n a s c e nnd oi l u g a r g e r m i n a t i v o d o s o l o m a t e r n o . N o s h i n o s m e d i e v at am ai m s , bM é ma r iéa l o u v a d a c o mcoá l i c ed ed e f l o r , so s o b r e o q u a l d e s c e C r i s to t o pcáos m s a or o , n e l e r e p o u s a n d o e m a c o n c h e g o . P s i c o l o g i c a m e n t e , C r i s t o s i g n i -f ic ic a a u n i d a d e , a q u a l s e r e v ea lt ar a v é sd sd o c o r p o dM a ã e d e D e u s , o u d o c o r p o m i s ti ti c o d a I g r e j a , c o m o q u e e n v o l t po éet aml a sd sd e f l o r , m a n i f e s t a n d o - s e a s s i m n a
66. Cf. minhas cxplanaç cxplanaçõcs õcs in: Psicologia e religião. 67. Cf. WILHELM WILHELM c JUNG, JUNG, O segredo da flor de ouro.
realidade. realidade. Cristo, Cristo, como idéia, é um símbolo do si-mesmo 14. Tal como a planta representa o crescimento, a flor manifesta o desabrochar a partir de um centro. Imagem 12 Aqui os quatro raios que emanam do centro atravessam o quadro intei- 662 ro. Isto confer conferee ao centr centroo um caráte caráterr din dinâmi âmico. co. A estrut estrutura ura de flor flor é um multiplo de quatro. O quadro é característico da personalidade marcante da autora que possui um certo talento artistico. artistico. (A imagem 5 foi criada pela mesma pess pessoa. oa.)) Al Além ém disso disso,, ela ela é espec especia ialm lment entee dot dotada ada de um senti sentido do mí místi stico co cris cristã tãoo que repre represen senta ta um grande grande papel papel em sua vida. vida. Para Para ela ela era era mu muit itoo importante vivenciar o cenário arquetípico dos símbolos cristãos.
Imagem 13 Fotografia de um tapete feito por uma mulher de meia idade, em um 663 periodo de grande aflição interna e externa, à maneira do tecido de Penelope. Trat Trataa-se se de um umaa médi médica ca que, que, num trab trabal alho ho dili dilige gent nte, e, diár diário io,, qu quee du du-r -rou ou meses, meses, teceu teceu este este círcul círculoo mágico mágico como como contrap contrapeso eso às dificu dificulda ldades des de sua vida. Não era paciente paciente minha, sendo portanto impossivel impossivel ter sofrido sofrido a minha influência. O tapete contém uma flor de oito pétalas. Sua peculia-ridade é ter verdadeiramente um "em cima" e um "embaixo". Em cima há luz, embaixo um relativo escuro. Dentro deste encontra-se uma espé-cie de escaravelho, repres represent entando ando um conteúdo conteúdo inconsc inconscien iente, te, compar compará-v á-vel el à situaç situação ão do Sol nascente como Khepri. Nao raro, o "em cima" e o "embaixo" encontram-se fora do círculo protetor e não dentro dele. Em casos semelhantes a mandala oferec oferecee proteça proteçaoo contra contra os opostos opostos extreextre-mo mos, s, isto isto é, toda toda a agude agudeza za do conf confli lito to ainda aindanã nãoo é reco reconh nhec ecid idaa ou sent sentid idaa como como insupo insuport rtáve ável. l. O circu circulo lo protet protetor or guarda guarda contra contra um possivel possivel rompi-mento rompi-mento através através da tensão tensão entre entre os opostos. Imagem 14 O desenho seguinte é uma representação indiana do ponto-Shiva 664 (Shiva-bindu). Ele mostra a forca divina antes da criação, nos opostos 14. Cf. Aion, cap. 5.
a i n d a u n i d o s . D e u s r e p o u s a n o p o n t o . A s e r p e n te t e e m t o m o s i g n if i f i ca ca a e x p a n s ã o ,a m ã e d o v i r - aa - s e r , cao n f i g u r a ç âdoo m u n d o d a s f o rm rm a s . N a í n d i a ,e ,e s t e p o n t ot am a m b é m éd e s ig i g n a d o p o r H i r a n y ag ag a r b h a , o g e r m e d e o u r o o u o v o d o u r a d o . L e m oSsa n oa t s u g â t i y "aA: g r a n d e l u z p u r a qé u e r a d i a n te te ; m a a g n i f l c ê n c iqau e o s d e u s e s v e r d a d ei e i ra ra m e n t e v e n e r a m , q u e f a z o S o l b r i lh l h a r m a i s i n te t e n s a m- e ns t e s e r e t e rn r n o e d i véi npoe r c e b id id o p e l o f i e l . E léa v i s ta t a p o r u m h o m e m q u e f e z v o t o s s u p r. e m o s " I m a g e m1 m1 5 665
E s te t e q u ad a d ro r o , f ei e i t o po p o r u m a m u lh l h er e r d e m e ia i a -i - i d ad a d e, e , r ep e p re r e se s e nt n t a a q u aad r a tu t u r a d o c i r c u l o . A s p l a n ta t a s i n d i c am am n o v a m e n t e o q u e g e r m i n a e c r e s c e . N o c e n t ro rhoá u m s o l.l . C o m o m o s t r a a s e r p e n te t e e o t eárvore, m a d a trat aa - se s e d e u mrae p r e s e n t a ç ãdoo p a r a i s o . U pma r a l e í o d e s t e aéi d é ia iad o É d e nc nc o m o s q u a t r o r i o s d o p a r a is i s o n a g n o s e n a a s s e n a . P a r a e n te te n d e r o s i g n if i f ic i c a d o f u n c i o n a l d a s e r p e nrte te l ae çmã o àm a n d a l a , v e j a o s co co m e n t á r i o s a n t e r i o r ne se s te t e v o l u m .e
Imagem 16 666
A a u t o r a d e s t e q u a dé ruom a m u l h enre u r ó t i c a r e la l a t iv iv a m e n t e j o v e m . A r e p r e se s e n t a ç ãdoa s e r p e n tée a l g oi oi n co co m u m , n a m e d i d a e m q u e s e e n c o n t r a n próprioc opróprioc e n t r o , e s ucaa b e ç ac ac o m e l e c o in in c i d e . N o r m a l m e n t e e l a s e e n c o n t r a f o r a d o c i r c u l o i n te t e r io io r , o u p e l o m e n o s e n r o l a d a e m t o r n o d o p o n t o c e n t r aHl.l .á u m a s u s p e i t a f u n d a d a d e q u e n o i n t e r i o rn eãsoc u r o s e e s c o n d a a u n i d a d e b u s c a d a , o s i - m e s m o , m a s a n a t u r e zc at ô(-v e l ad ad a ) n i c a f e m i n i n a d a p a c i e n te t e . E m u m q u a d r o p o s t e r io i o r d a m e s m a p a c i en en t e , a m a n d a l a e x p l o d e e a s e r p en en t e v e m p a r a f o r a . I m a g e m1 m1 7
667
O q ua u a d ro r o fo f o i fe f e i t o po p o r um u m a jo j o ve v e m . E st s t a mé an a"legítim "legíti n da d a l a m a" na med i d a e m q u e a s e r p eestáe está n t e e n r o l a d a e m t o r n o d o p o n t o c e n t r a l d e q u a t ro ro r a i o s . E l a m o v e - s e p a r a f o r a : t r a ta t a - s e d o d e s p e r t a r d a k u néd,aal i n i , is is t o 68. Sacred Books of the East VIII, p. 186. 69. [Comcntário [Comcntário às imagens imagens 3, 4 e 5.]
natureza ctônica toraa-se ativa, o que também é indicado pelas flechas que apontam para fora. Praticamente, isto significa uma conscientização da natureza instintiva. A serpente personifica personifica há muito tempo os gânglios da coluna e da medula. Pontas dirigidas para fora podem significar o contrário em outros casos, isto é, a defesa externa do interior em perigo. Imagem 18 O quadro é de uma paciente mais idosa. Contrariamente ao anterior, 668 este é "introvertido". A serpente enrola-se em torno do centro de quatro raios com a cabeça colocada no ponto central branco (= Shiva-bindu), de modo a parecer um halo. É como se se tratasse de uma incubação do ponto central, isto isto é, do tema da serpent serpentee guardt guardtãã do tesouro. tesouro. O centro centro é fre-qüentemeníe fre-qüentemeníe caracterizado como o "tesouro difícil de alcançar" . Imagem 19 Mulher de meia idade. Os círculos concêntricos exprimem "concen"concen- 669 tração". Isto ainda é sublinhado pelos peixes que circumambuíam em re-lação ao centro. O número quatro tern o significado de concentração "total". A direção para a esquerda mostra presumivelmente o movimento em direção ao inconsciente, portanto a "imersão" no mesmo. Imagem 20 É um paralelo à imagem 19, constituindo uma representação do 670 tema do peixe que pude ver no teto da luxuosa tenda do Marajá, em Benares (um esboço). Imagem 21 O peixe peixe ocupa aqui o lugar da serpente serpente (peixe (peixe e serpente são ao mes- 671 mo tempo atributos simbólicos de Cristo e do demônio!). No mar do in-
17. Cf. Simbolos da transformação. Scgunda Parte, cap. 7.
consciente ele gera um redemoinho em cujo centra deve surgir a pérola. O movimento é também sinistrogiro. Um hino do Rigveda diz: Coberto de trevas estava o mundo, Um oceano sem luz - perdido na noite; Então o que na casca se ocultava Nasceu: o Uno mediante força e tormento de paixão. Dele surgiu no início o Amor: Germe - semente do saber...
672
A s e r p e n t personífíca e em geral o inconsciente, inconscient e, ao passo que o peixe r e p r e s en en t a u m c o n t e ú d od o m e s m o . T adiferenças, is e m b o r a s u t is is , d e v e m s e r l ev e v a d a s e m c o n t ainterpretação na d e u m a m a n d a la l a , p o i s o s d o i s s im im bolos correspondem provavelmente a d uas etapas diversas do d esenvolv i m e n t o : a s e r p e n te t e r e p r e se s e n t a ri r i a u m e s ta t a d o m a i s p r i m i t i v o e i n s tit i n tit i v o d o q u e o p e ix i x e , a o q u a l c o r r e s pt am aomn dbeé m h i s to t o r ic i c a m eunm t ea a u to to r i d a d e s u p e r i oàrd a s e r p e n t(es í m b o l o i c t ílí l i c o ! ) I m a g e m2 m2 2
673
N e st s t e qu q u ad a d ro r o de d e um u m a jo j o ve v e m , o pe p e ix i x e p ro r o du d u zi z i u u m ce c e nt n t r o d if i f er e r en e n ci cia do, no qual aparecm e mã e ef ef i lh lh o d i a n t e d e u márvore a estilizada da vida e d o n a s c im i m e n t o ( p a r ai a i so s o ) . O p e i x e a q u i s e a s s e m edragão; l h a a u mé pois u m m o n s tr t r o deas p é c i ed ed e u mL mL e v i a t ã , oq u a l o r i g i n ar a r i am am e n t e e r a u m a s e rp r p e n t e c o m o i n d i c am a m o s t e x to to s d e R a s S h a m r a . O m o v i m é ento aqui t a m b é ms ms i n i s t r o g i r o . I m a g e m2 m2 3
674
A b ol o l a de d e ou o u r o co c o rr r r e s p o nd n d e a o ge g e r m e de d( he i ou or au nro r oy a g a r b h aE)l.a estáe está e m r o ta t a ç ã o ea kun dalini que enrosca em torno duplica-se. Isto Ist o indica a c o n s c i e n tit i z a ç ãnoa m e d id i d a e m q u e u m c o n te t e u d o , a o e m e r g ir i r d- o i n c o n s c ie i e n te t e , e m d a d o m o m e n tdoesceo m p õ e m d u a s m e t a dies edsê n t i c a su, m a d a s q u a i sé c o n s c i e n te t e e a o u t r a , i n c o n s c ie i e ndtuep. lAi c aç a ç ã o n ã oo ép e r a d a p e l ac ac o n s c i ê n c i am, a s s u r g e e s p o n ta t a n e a m e n t e n o s p r o d u to t o- s d o i n c o n s c i en e n t e . O u t ro r o i n d ic i c i oc odnas c i en e n t i z aç a ç ã o émoo v i m e n t o d e x t r o g i ro ro da rotação, expresso através d e a s a s ( t em e m a dsuástica). a As estrelas estrel as caract e r iz i z a m o p o n t o c e n t r a l d a e s t rcuót sumr ai c aA. m a n d a l a q u e t e r n q u a t r o 18. DEUSSEN, Die Ceheimleltre des Veda, p. 3.
Brâhmana raios comporta-se comporta-se como um corpo celeste. O Shathapatha - Brâhmana diz: "Ele olha para cima, em direção ao Sol, pois esta é a meta final, o refugio seguro. Assim pois ele vai rumo à meta final, a esse refugio: por este motivo ele olha para cima, em direção ao Sol. (16.) Ele olha para cima, com as palavras: 'Tu és auto-existente, o melhor raio de luz!' O sol sol é real realme ment ntee o melh melhor or raio raio de luz, luz, e po porr isso isso diz: diz: 'Tu 'Tu és auto auto-existente, o melhor raio de luz. És doador de luz: dá-me luz!', assim falo eu, disse Yagnavalkya, 'pois é para essa meta que o brâmane deve tender tender,, para para ser ilum ilumin inado ado por Brah Brahma ma'.'. (17.) (17.) Então Então ele ele se vol volta ta da esquerda para a direi-ta com as palavras 'Eu me movo, seguindo o percurso percurso do Sol', tendo al-cançado al-cançado essa meta final, esse refúgio refúgio seguro, ele se se move agora, seguindo o percurso daqueie (Sol)" . Deste sol são mencionados sete raios. Um comentarista observa que 675 quatro apontam para os quatro pontos cardeais; um para cima, outro para baixo; e o sétimo, "o melhor" deles aponta para dentro. É ao mesmo tempo o hiranya nyagar garbha bha . Hiran Hiranyag yagar arbha bha é, segundo o disc discoo do sol, sol, cham chamad adoo hira comentário de RAMANUJA aos Vedanta Sütras (II, 4,17), o Eu Supremo, o "agrega "agregado do coleti coletivo vo de todas todas as almas individua individuais" is".. Ele é o corpo corpo do Brahma supre supremo mo e repr repres esent entaa a alma alma cole coleti tiva va.. Em rela relaçã çãoo à idéi idéiaa do si-m si-mes esmo mo como um composto de muitos, compare-se "Cada um de nós não é um, mas muit mu itos os", ", e "Tod "Todos os os just justos os são são um um,, aque aquele le qu quee ob obte teve ve a pal palma" em 21 ORÍGENES . A autora é uma mulher de setenta anos, com dons artísticos. artísticos. O pro- 676 cesso de individuaç individuação ão desencadea desencadeado do pelo tratamento, tratamento, que esteve esteve bloque-ado bloque-ado por muito tempo, mobilizou sua atividade criativa (o quadro 21 é da mesma fonte), dando oportunidade ao surgimento de uma série de qua-dros bemsuce sucedi dido doss e de core coress aleg alegre res, s, os qu quai aiss expr exprim imem em eloq eloqüe üent ntee-me ment ntee a intensidade da vivência.
70. [1,9,3,15 [1,9,3,15ss {Sacred Books of the East XII, p. 271 s): "He then looks up to the sun, for that is the final goal, that the safe resort. To that final goal, to that resort he thereby goes: for this reason he looks up to the sun (16). He looks up, with the text... 'Self-existent art thou, the best ray of light'! The sun is indeed the best ray of light, and therefore he says, 'Self-existent art thou, the best ray of light7. 'Light-bestowing art thou: give me light (varkas)'! 'so say 1', said Yagnavalkya, 'for at this indeed the Brahmana should strive, that he be brahmavarkasin' (iluminado por Brahma)...(17). He then turns (from left to right), with the text... 'I move along the course of the sun', having reached that final goal, that safe resort, he now moves along the course of that (sun)". 71. Op. cit.
72. 72. ["Unusquisquc nostrum non est unus, sed cst multi", c "Omncs justi unus est qui acci pit palmam" {In libros regnonim homiliae, I, 47).]
I m a g e m2 m2 4 7 3 .T r a t a - s e d a m e s m a a u t o r ac.o A n t e m p l a ç ã o , i s to t oa éc,o n c e n t r a ç ã o Ela tomou o lugar do peixe e rumo ao centra, é praticada por ela m esma. d a s e r p e n te t e . U m a i m a g e m i d e a l d e l a md iesspmô as - s e m t o r n o d o o v o precioso. As pernas sao flexiveis flexiveis (sereia!). A psicologia de um a ima gem como estanão n ão é estranha à tradição da Igreja. O que no O riente rient é Shiva e e us,é, ao S h a k t i , n o O c i d e n t e c o r r e s p o nvdi re aa f e m i n a c i r c u m d a tisto t r â y a na na — B r â h m a Cristo e sua noiva Igreja; com pare-se t a m b é mo M a í tr n a - U p a n i x a d e"Ele : (o si-mesm si- mesm to) am a m b é m éo que aque ce, o Sol, oculto p e l o o v o d o u r a d o d o s m i l o l h o s , co co m o u m f o g o p o r o u t r o . D e v e m o s m e ditar nele, procurá-lo. Depois de despedir-se de todos os seres vivos, depois de ir para a floresta, renunciando a todo s os objetos sensuais, o hom e mp o d e r á p e r c e b e rs oi -m - m e s m o e m s epur ó p r i o c o r p o " . 74 .A qu it a m b é m é s u g e r id iud m a a r a d i a ç ã o p r o v i n d ao m e i o , q u e u l t ra ra passa o circu lo protetor e atinge o d istante. Isto expressa idéiad idéiad e au m efeitoà efeitoà distânciado d o estado introvertidoconsciência. da Poder-se-ia ent e n d ê - l o t am a m b écmo m o u m ac o n e x ã oi n c o n s c i e n t e c o m o m u n d o .
Imagem 25 679
D e o u t r a p a c i e n t e d e m ei e i a - i éd aesta d e imagem . Ela representa vária s f a s e s d o p r i n c ip i p i o i nd de i v id i d u a ç â o . E m b a i exnoc, o n t r a - s e e n r o s c a d a n u m e m a r a n h a do dctônicod ctônico o d e r a i z e s( = m u l ã d h ã r an a i o g a k u n d a l i n i) i) . N o centra, ela estuda um livro, li vro, cultiva culti va inteligência sua multiplicando saber e consciência.E m c i m a , e la l a r e c e b e c o"mr eon a t a "a i lu l u m i n a ç a os o b a f o-r ma de um a esfera celeste, que am plia e liberta li berta a personalidade personali dade- e cuja for m a r e d on o n d a r e p r es e s e nt n t a d e n o v o a m a n d a l a, a , e m s e u a s p e c to t o " R e i no no d e Deus"; a m andala de baixo, em forma deé de roda, natureza natur ezactônica. c tônica.TraTrata-se de um confronto da totalidade natural e espiritual. Aé mandala inc o m u m d e v id i dào sua estrutura de seis raios (seis picos de m ontanhas, seis pássaros, três figuras human as). Além ela disso, se encontra nitidamente e n t re r e u m a l to t o e u m b a i x o, o , q u e s e r e p e própriam própria t em e m n a m a n d a l a . A e s fe fe r a superior é clara e desce para uma estrutura estr utura senária(de senária(de seis unidades), ou 22. [Homcm ccrcado pcla mulher. - He (the Self) is also he who warms, the Sun, hidden by the thousand-eyed golden egg, as one fire by another. He is to be thought after, he is to be sought after. Having said farewell to all living beings, having gone to the forest, and having renounced all sensuous objects, let man perceive the Self from his own body.
seja, ternária, sendo que já transpôs o cimo da roda. Segundo uma antiga tradição, o numero seis significa criação e devir, uma vez que representa umaa coniunctio de dois e três (2 X 3), (par e impar = feminino e masculium no). FILO JUDEU chama o senarius (6) de "numems generationi aptissimus" (o número mais apropriado para a geração 23). Segundo uma concepção antiga o número três representa a superficie, o quarto, a altura, isto é, a profundidade. O "quaternarius solidi naturam ostendit" (mostra a natureza do sólido), ao passo que os três primeiros caracterizam ou produzem a intelligibilia incorpórea. O número quatro aparece como pirâmide de três lados. O senário (hexa) mostra que a mandala é constituída constituída de duas triades, triades, sendo que a superior se completa na quaternidade, no estado da aequabilitas e iustitia, como diz FILO. Embaixo nuvens escuras, ainda não integradas, gradas, ameaçam. ameaçam. Este quadro demonstra demonstra o fato freqiiente freqiiente de que a personalidade é carente de ampliação, tanto para cima como para baixo. Imagens 26 e 27 Estas mandalas são em parte atipicas. Ambas foram feitas pela mes- 680 ma pessoa, uma mulher ainda jovem. No centra, encontra-se, como no caso anterior, uma figura feminina, igualmente encerrada em uma esfera de vidro ou numa bolha transparente. Parece que um homunculus est está em via vias de surgir. (Compare-se com o homunculus na retorta, de Fausto, Se-gunda parte.) Em ambas as mandalas, além do número quatro ou oito, há um centro de cinco raios. Existe portanto um dilema entre o quatro e o cinco. Cinco é o número do homem natural, na medida em que ele con-siste de um tronco e cinco adendos. Por outro lado, o quatro significa uma totalidade refletida que descreve o homem ideal ("espirituar) ("espirituar) e o formul formulaa como uma uma totalid totalidade ade em oposição ao pentagonal que descreve o homem corpóreo. E significativo que a suástica simboliza o homem "pensante"" , ao passo que a estrela de cinco cinco pontas pontas simboli simboliza za o homem material material corpóreo . O dilema de quatro e cinco corresponde ao dilema 75. De opificio mundi, p. 2. 76. Op. cit., p. 79. 77. Ncstc caso c prcciso lcvar cm conta que a suástica é dcstrogira ou sinistrogira. A sinistrogira rcprcscntaria no Tibet, Bõn, a rcligião da magia ncgra, cm oposição ao budismo. 78. O simboio da cstrcla é prefcrido tanto pela Russia, Russia, como pcla America. A primeira c vcrmclha, a outra, branca. Sobrc o significado destas cores cf. Psicologia e alquimia [indice v. vcrbctc "cores"].
d o h o m e m c u l tu t u r a l e n a t u r a l.l . E r a e s t e o p r o b le l e m a d a 0p qa cu iaednro rte toe . 2 6 a p o n t a p a r a o d i le l e m a n o s q u a t r o g r u p o s d e e s t re r e l a s : dcooins t dê m eles q u a t r o e s t re r e l a s e d o i s , c in i n c o . N a o r l a m a i s e x t e r n a d a s d u a sé m a n d a l a s r e p r es e s e n t a do d o " o f o g o d o d e s e j o " . N a i m2 6a ga eomr l a e x t e rn r néa c o n s t i t u ííd a p o r a l g o q u e p a r e c e u m t e c id i d o ( p e g a n d o f o g o ) . E m c o n t r a st s t e c a r a c t eer is i s ti t i c o c o m a m a n d a la l a " r a d ia i a n t e " , e st s t a s d u a s ( e m e s p e c ia i a l 2a7 )i m a g e m " a r d e m " . T r a t a - s e d o d e s e j o f l a m e cj aonmt ep ,a r áv á v e l à s a u d ad addoe h o m u n c u l o e n c e r r a d o n a r e t o r t a F, ae ums t o ,S e g u n d a p a r t e , c ucjáap s u l ad ad e v i d r o s ed ed e s p e d a ç an o t r o n o d G e a l a t é i a T. r a t a - s e r e a lm lm e n t e d e u m d e s e j o e r ó t i c o ,m a s a o m e s m o t e m p o d e aummo r f a t i q, u e a r d e a p a r t i r d o m a i s i n ti t i m o d o s ii - m e s m o , q u e q u e r d a r f o rm r m a a o d e s t in i n o e a s si si m a j u da r o s ii - m e s m o a r e a l iz i z a r - se s e . T a l c o hmoom ou n c u l ues m F a u s t o ,a f i g u r a e n c e r r a d a n o i n t e r io io r q u e r " v i r a s e r " . 681 A p r ó p r i ap a c i e n t e s e n t i u o c o n f l i t o , p o i s c o n t o u - mn ãeo qcuoen s e g u i a t r a n q ü i l i z a r - sdee p o i s d e p i n t a r o q u a d r o . T i n h a c hàe gma edtoa d ed ed e s u a v i d a , i s to téo, a o s t r i n t a e c i n c o a n o s , e e s t a vdaú evm i d as as e d e v i a t e r m a i s u m f il i l h o . D e c i dtiêu- l o . 0d 0d e s t i n op op o r é m n ã oo p e r m i t i u , p o rq rq u e o d e s e n v o l v i m e n t o d e s u a p e r s o n a l i d a d e t e n d i a p a r a o u t r o éf,i m p a, r ias tuom a m e t an a n ã o b i o l ó g i c am, a s c u l t u r a l.l . O c o n f l it it o r e s o l v e u - s e n e s s e s e n t i d o .
Imagem 28 682
T r a t a -s - s e d o q u ad a d ro r o d e u m h o m e m d e m e i a id i d a d e. e . Nhoá uc m e natr tr o e s t r e l a . Oc é u é a z u cl o m n u v e n s d o u r a d a s . N o s q u a t r o p o n t o s c a r d e a i s v e m o s f i g u r a s h u m a n a s : e m c i m a , u m v e l h o e m a t iti t u d e c o n t e m p l a ti ti v a e e m b a i x o L o k i o u H e f e st st o , c o m c a b e l o r u i v o c h a m e j a n t e , s e g u r an d o u m t e m p l o n am ã o . À d i re r e i ta t a e à e s q u e r dda uha ás f i g u r a s f e m i n i n a s , u m a e s c u r a e o u t r a c l a rSaã. o i n d i c a d o s d e s s e m o d o q u a t r o a s p e c t o s d a -p e r s o n a l i d a d e , i s t oé , q u a t r o f i g u r a s a r q u e t ip i p i c a s q u e p e r te t e n c e m p o r a s si sài m d i z e r p e r i fe f e r i a d o s i - m e s m o . A s d u a s f ig ig u r a s f e m i n i n a s p o d e m s e r l o g o r e c o n h e c id i d a s c o m o o s d o i s a s p e c to t o s d a a n i m a . O v e l ho h o c o r re r eas rpqounéd-e a o t ip i p o d o s e n t i d o , o u s e j a ,e sdpoí r i to t o , ea f i g u ra r ac t ô n i c a e s c u rnao p i a n o i-n f e ri r i o r , a o o p o s t o sdáob i o ,isto ,isto é , a o e l em e m e n t o l u c if i f e r in im n oá,g i c o ( e àvs e z e s d e s t r u ti t i v o ) . N a a l q u i m i a t r at a t a - se s e d e H e r m e s T r i sm sm e g i s t o v e r s u s M e r c ú r i oc o c o m o o " t r i c k s te t e r " e v a s i.vOo " p r im i m e i ro r o c i rc r c u l o q u e c e rc r c éa u o c o n t é m e s t r u t u r va isv a s s e m e l h a n t e sp rao t o z o á r i o sA. s d e z e s s e i s e s f e 27. V. capitulos 8 c 9 dcste volume, bcm como O espirito de Mercúno.]
ras de quatro cores no círculo contíguo provêm provêm de um tema originário de olhos e representam portanto a consciência observadora e diferenciadora. Assim também os ornamentos que se abrem para dentro do circulo seguinte significam aparentemente receptáculos, cujo conteúdo é despejado em direção ao centro . Os ornamentos no circulo mais externo externo abremse inversamente inversamente para fora, a fim de receber algo do exterior. exterior. No processo processo de individuação as projeções originárias refluem para dentro, isto é, são novamente integradas integradas na personalidade. Em contraste com a imagem 25, o "em cima" e o "embaixo", bem como o "masculino" e o "feminino" aqui estão integrados, como no hermaphroditus alquimico. Imagem 29 Aqui o centro também é simbolizado por uma estrela. Esta represen- 683 tação muito freqüente corresponde às fíguras precedentes nas quais, o sol está no centro. O sol também é uma estrela, um germe radioso no oceano do céu. O quadro quadro mostra mostra o apareci aparecimen mento to do si-me si-mesmo smo como estrel estrela, a, a part partir ir do caos caos.. A est estrut rutura ura de qu quat atro ro rai raios é res ressaltad ltadaa pela pelass qu quat atrro cor cores. es. O significativo desta imagem é que a estrutura do si-mesmo é colocada 29
como uma ordem frente ao caos . O autor é o mesmo do quadro 28 (re produção em preto e branco). Imagem 30 Esta mandala de uma paciente mais idosa está novamente cindida 684 em um "em cima" e um "embaixo"; em cima o céu, embaixo o mar, como é indicado indicado pelas linhas linhas ondulantes ondulantes douradas douradas sobre sobre um fiindo azul. Quatro Quatro asas circun circunda dam m o centr centroo para para a esque esquerda rda,, qu quee é apena apenass marca marcado do por uma cor cor vermel vermelhoho-aia aiaran ranjad jada. a. Os oposto opostoss também também são int integr egrado adoss neste neste caso caso e são talvez a causa da rotação do centro.
79. Uma idéia semclhante encontra-sc encontra-sc na alquimia, isto é, na assim chamada RipleyScrowle c suas variantcs (cf. Psicologia e alquimia, p. 524 fig. 257). Ncla os deuscs pianctários misturam suas qualidades ao banho do renascimento. 80. Sobre a psicologia da meditação oriental [parágr. 942].
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U ma m a m an a n d a l a a t i p i c a b a s e a d número a no dois (díade). (díade) Um . a lua doudou rada e outra prateada prateada orlam a m andala andal a em cima e embaixo. Oé ninteri int a erior or parte sup erior urn c é u azul e na inferior infer ior,, algo parecid pare cidoo com um muro ne g r o c o m a m e i a s. s . S o b r e e l e , d o l a do d o d i re r e i to t o e e x t e r n o , p pavão ousa um com a cauda em leque e do lado lado esquerdo há um ovo, talvez talve z pavão.E pavão. de Em vista vista do papel significati significativo vo desempenhadopavão pelo eseu ovo, tanto na a l q u i m i a q u a n t o n o g n o s t i c i s m o , p o d e m o s e s p e r a r o micl aa gu rdea d a p a v o n i s ,i s to to é , o a p a r ec e c i m e n to t o d e " t o d as a s a s c o r e s" s " , o d e s d o b ra ra m e n t o e conscientização do todo, no momento em que tiver ruido odivisómuro rio ri o e sombrio. (Compare-se (Compare- se com a imagem 32.) A paciente pacie nte presumia que o ovo poderia poderi a rom per-se, per-se, dele saindo algo de novo, talvez tal vez u ma serpente. serpe nte. Na alquimia, pavão poavão é sinônimo da fênix. fêni x.Um Um a variante varian te da lenda Fda ênix diz que pássaro poássaro Semenda q u e im i m a - s e a s i m e s m o , u m v e rm r m e -s e f o r m a d e s u a s c i n z a s e d e le l e s u r g e d e n pássaro. ovo o
Imagem 32 686
cu s R h e n o v a c e n E s t a i m a g e mé u m areproduçâo a reproduçâod o C o d e x A l c h e m i cu sis da Biblioteca Central de Zurique. pavão O substitui substitui aqui o pássaro Fênix, o renascido renasci do das cinzas. cinzas . Um representação represe a ntação semelhante pode ser enc o n tr t r a d a n u m m a n u s c r iti t o d o M Britânico, useu m a s n e s t e opavão p avão está v a snoh e r m e t i c u mc ,o m o oh o m u n encerrado num alambique de vidro, c u l u s .O p av a v ã o éu m a n t ig ig o s i m b o l o d o r e n a sc s c i m e n to t oressurreição, e da q u e e n c o n t r am a m o s c ofm r e q ü ê n c i a t a m b é m n o s s a r c ó f a g o s c r i N s t ão o s . s vaso proximo proxi mo ao do pavão aparecem as a s cores dac a u d a p a v o n icomo sinal de que o processo proce sso transformação de se aproxima da meta. No processo alquimico sae r p e n s m e r c u r i a l ios ,dragão, transformar-se-á na águia, n o p a v ã o ,n ,n o g a n s o d e H e r m e s o uFnêan i x .
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E s t a im i m a g e m f o i d es e s e nh n h ad a d a po p o r u m m en e n in i n o d e s e te t e a n o s cu c u jo jo s p a i s e r a m p r o b l e m á t i c o sE. l e h a v i a f e i to t o u ms éar i ed ed e d e s e n h o s d e c i r c u lo lo s c e r c a n d o c o m e l e s s u a c a m a . E l e o s c h a m a v a s e u s " a m a d o s " 30. V. dcpois Psicologia e alquimia [parágr. 334 c 407].
e não dormia sem eles em torno. Isto indica que as imagens "mágicas" tinham para ele ainda o significado originário e funcionavam como circulos encantados protetores. Imagem 34 Uma menina de onze anos, cujos pais estavam se divorciando, so- 688 freu, por algum tempo, grandes dificuldades e reviravoltas e desenhou muitas imagens que revelam claramente a estrutura da mandala. Aqui também também trata-s trata-see de círcul círculos os mágico mágicoss cuja cuja função função seria a de deter deter as difidificuldades e adversidades do mundo exterior, impedindo-as de penetrar em seu espaço psíquico. Eles representarn uma espécie de autoproteção. Talvez de um modo semelhante ao kilkhor, a roda do mundo tibetana 689 (fig. 3), encontram-se de ambos os lados desta imagem algo parecido com chifres que, como sabemos, pertencem ao diabo ou a um de seus símbolos teriomórficos. A ele também pertencem os dois traços oblíquos dos olhos, nariz e boca. Isto significa que atrás desta mandala o diabo está escondido. Que Quer sejam ejam os "d "dem emôn ônio ios" s" um umaa im imag agem em da for força mági mágica ca esco escond ndid idaa e portanto eliminada - o que parece ser o propósito da mandala - quer no caso de trata tratar-s r-see da roda roda titibet betana ana do mundo, mundo, este este ult ultimo imo está está aprisi aprisiona onado do nas garras do demônio da morte. Nesta imagem os demôni-os apenas espreitam pelas margens. O significado disto só se revelou a mim em um outro caso: uma pacien paciente te com dotes artis artistic ticos os realiz realizou ou uma tipi tipica ca mandala mandala tetrádica tetrádica,, que colou num pedaço de papel grosso. grosso. Nas costas do papel desenhou um circulo cheio de desenhos de perversões sexuais. sexuais. Este aspecto aspecto de sombra sombra da mand mandal alaa repr repres esen enta tava va as tend tendênc ência iass desorde desordenada nadass e em desagr desagregaç egação, ão, o "caos" que se esconde atrás do si-mesmo e pode manifestar-se de modo perigo perigoso, so, quando quando o proces processo so de indi indivi vidu duaçã açãoo se deté detém, m, ou quando quando o sisimesm mesmoo não não se real realiz iza, a, perm permaa-ne nece cend ndoo inco incons nsci cien ente te.. Este Este aspe aspect ctoo da psic psicol olog ogia ia foi foi repr repres esen enta tado do pelos pelos alqu alquim imis ista tass atra atravé véss do seu seu mercurius duplex, o qual por um lado é o Hermes mistagogo e psicopompo, e por outro lado o dragão venenoso, o es-pirito do mal e o "trickster" (trapaceiro). Imagem 35 Desenho da mesma menina. Em torno do sol sol há um circulo com o 690 tema dos olhos e o uróboro. O motivo da polioftalmia ocorre muitas ve-
zes em mandalas individuals. (Ver por exemplo os quadros 17 e 5 no ca pitulo XI deste volume.) No Maitrâyana-Brâhmana-Upanixade o ovo {hiranyagarbha = germe de ouro) é descrito como se possuísse "milhares de olhos". Os olhos na mandala significam, por um lado, indubitavelmente, a consciência observadora e, por outro, podem ser atribuidos, em texto e imagens, à figura mitica de um anthropos do qual procede o ver. Isto me parece indicar o fascinio que através de um olhar mágico chama a atenção da consciência (cf. fig. 38 e 39). Imagem 36 691
R e p r e s e n t a ç ãdoe u m a c i d a d e m e d i e v a l , c o m m u r a lh lh a s e f o s s o s d e á g u a , o r n a m e n t o s e i g r e ja j a s n u m a d i sdpeo sqiç iuç aã tor o r a i o s . A c i d a d e i n t e r n at at am a m b é m cé e r c a d a d e m u r o s e f o s so s o s , s e m eàl hc aid i dnat de e i m p e r i a l e m P e q u im i m . T o d ca oan s t r u ç ã aob r e -s - s e a q u i edmi r e ç ã o a coe n t r a , r e p r e s e n ta t a d o p o r u m c a s te t e l o c o m t e to t o d e o uér oc.e rEcsat de o t a m b épor m um f o s s o d eá g u a .O .O c h ão ã oe m t o r n o d o c a s t ée lo lcoo b e r t o d e l a d r ili l h o s p r e to to s e b r a n c o s . E l e s r e p r e s e n ta t a m o s o p o s t o s q u e raesúsni m e m s. eE s tma a n d -a l a f o i f ei e i ta t a p o r u m h o m e m d e i d a d e m a d u r a ( c f2. 8im iem2a9g). )e. Tn sa l i m a g e mn mn ã o ée ée s t r a n h a n a s i m b o l ocgr i as t ã .A J e r u s a l e m c e l eds ot eA p o c a l i p s ed e S ã o J o a o é c o n h e cpid i do ra t o d o s . N o m u n d o i d éa isa s i n d i a n a s e n c o n tr t r a m o s a c i d a d e d e B r a h m a n o m o n t e M e ru ru , m o n t a n h a d o m u n d o . P o d e m o s l e r nFal o r d e o u r: o" O l iv i v r o d o C a s te t e lo l o a m a r e l o d i z: z: 'N o c a m p o d e u m a p o l eg e g a d a q u a d r ad a d a d a c a spaé dqeu audmr a d po o d e m o s o r d e n a r a v i d a '.' . A c a s a dpeé quuma d r a d oé a f a c e . N a f a ce ce o c a m p o d a p o l e g a d a q u a d r a d a o q u e p o d e r i a s e r csoe rnaaçoã oc e l e st st e ? N o m e i o d a p o l e g a d a q u a d r a d a m o r a a g l o r i a. a. N a s a l a p u r p u r a d a c i d a d e d e j a d e m o r a o d e u s d o v a z i o s u p r e m o e d a v i d a " . O s t a o i s ta t a s c h a m a m e s te te c e n t r a de "terra dos antepassados ou Castelo am arelo". I m a g e m3 m3 7
692
A i m a g e mé d a m e s m a d e s e n h is i s ta t a d a s i m 1a 1g e n3s0 .A .A q u i o l u g a r d o g e r m ée r e p r e s e n t a d o c o m o rue m c é m - n a s c i d o e n v o l vniudmo a e s f eer a e mr mr o t a ç ã oA. s q u a t r o " a s a s " t e r n a s q u a t r o b cá os irceassA. c r ia ia n ç a 81. [SacredBooks, XV, VI, 8, p. 311.] 82. Scgunda Scgunda edição, edição, p. 102.
corresponde ao hiranyagarbha e ao homunculus dos alquimistas. O mitologema desta "criança divina" baseia-se em idéias deste tipo33. Imagem 38 Mandala em rotação, cuja autora é a mesma paciente das imagens 21 693 e 23. É notável a estmtura quaternária das asas de ouro em confronto com a tríade dos cães, correndo em torno do centro. Eles voltam a parte trasei-ra para este, indicando com isso que o centro para eles se encontra no in-consciente. A mandala contém - de modo incomum - um motivo triádi-co sinistrogiro, enqu enquan anto to as asas asas se mo move vem m para para a dire direit ita. a. Isto Isto não não é de mo modo do algu algum m ocasio ocasional nal.. Os cães cães repres represent entam am a consci consciênci ênciaa perseg perseguind uindoo o inco incons nsci cien ente te mediante mediante o faro e a intui intuição; ção; as asas mostram mostram o movimen-t movimen-too do inconsciente inconsciente em dire direçã çãoo à cons consci ciên ênci cia, a, de acor acordo do com com a situ situaç ação ão da pacie pacient ntee naque naquele le temp tempo. o. Era Era como como se os cães cães esti estive vess ssem em fasc fascin inad ados os pelo pelo cent centro ro qu quee não podiam ver. Eles parecem representar a fascinaçao da mente consciente. A imagem incorpora a proporção sesquitertia (3:4). Imagem 39 O mesmo motivo anterior, mas representado por lebres. Trata-se de 694 uma janela gótica na catedral de Paderborn. Não há um centro reconheci-vel, se bem que a rotaçao pressupõe sua existência. Imagem 40 Quadro de uma paciente mais jovem. Ele representa igualmente a 695 proporção sesquitertia, e por isso aquele dilema com o qual começa o 77-meu meu de PLATÃO e o qual, como eu já disse, desempenha um papel consi-derável axioma ma de Mari Maria. a. Reme na alquimi alquimia: a: o axio Remeto to o leit leitor or a res respei peito dist distoo à "Simbologia do Espirito " e especialmente ao meu comentário, quando falo do "Timeu", em Tentat Tentativa iva de uma interp interpret retaçã açãops opsico icológ lógica ica do dogma da Trindade (cf. também com o texto da imagem 3). 83. Capitulo Capitulo VI deste volume. volume. 84. [parágr. [parágr. 184.] 184.]
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E s t a i m a g e mé d e u m a p a c i e n t e j o v e m pc or emd i s p o s i ç ã o e s q u i z ó i d e . O m o m e n to tpoa t o l ó g i c om a n i f e s t a -s -s e q u a n d o a s " l i n h a s q u e b r a d a s " a p a r e n t em e m e n t e c i n d e m o c e n t r e A s f o r m a s a g u d a s , p o n tu t u d a- s d e s t a s l i n h a s q u e b r a d a s s i g n if i f i c a m i m p u i s o s m a u s , a g r e s si s i v o s e d e s t ru ru t i v o s q u e poderiam impedir a desej ada sintese da p ersonalidade. porémq porém Parece que a estrutura estrutur a regular que cerca a mandala estaria estar ia apta a restringi rest ringirr a aparente t e n d ê n c i a p e r i g o s a p a r a a d i s s o c i ançt eã ron a . E s te te f o i o c a s o , n o d e c u r s o do tratamento e no desenvolvim ento posterior da paciente. I m a g e m4 m4 2
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M a nd n d al a l a n eu e u ro r o tit i c am a m e nt n t e p er e r t u rb r b ad a d a. a . Fo F o i d es e s en e n ha h a da d a p or o r um u m a jo j o ve ve m p a c i e n te t e s o l te t e i ra r a n u m p e r i o d o d e e x pt reer m t uar b a ç ã oa: c h a v a - s e n u m d i le l e m a e n t re r e d o i s h o m e n s . A m a r g e m m a i s e x t e r aa a a m o s tr t r a q u a t ro ro c o r e s diferentes. difer entes. O centra é d u p lil i c a do d o d e u m m o d o e s tr t r a n ho h o ; o s o l aàp da ri -ec ec e r e iti t a c e r c a d o d e v e sangüíneas ias móveis, e n q ua u a n to t o a o f u n do do n u m c a m p o e s c u r o , i r r o m p e f o agtor á sd s d e u m a e s t re re l a a z u l . E s t a t e r n c i n c o r a i o s e l em e m b r a o p e n ta t a g r am a m a s im i m b o l iz i z a n d o o h obmr aeçmo s: , p e r n a s e c a b e ç a com o m esmo valor. A estrela de cinco pontas signifi si gnifica, já ca,vim como os, o hom em n atural, terreno e inconsciente (cf. ( cf. ima i2ma 6 egens 2 7 ) . A c o r d a e- s trelaé trela é a z u l e p o r ta t a n t o f r i a . O s o l q u e i r ro réo ma m p ea r e l o vermelho, ve ermelho, portanto cores quentes. próprios próprio O s o l (q ( q u e a q u i s e a s se se m e l h a a u m a g e m a d e o v o p o d r e ) s i g n i f ic i c a e m gceor na ls c i ê n c ia ia o u i l u m i n a ç ã o e c o m p r e e n s ã o . A r e s p e i t o d a m a n d a l a p o d e r i a m o s d i z e r qu q u e p o u c o a p o u cestá o um a luz d e s p o n t a n d o n a p a c i e n t e ; e l a e s t a r i a d e s p e r t a n d o d e uamt é eesnt at ãdoo i n c o n s c i e n t e q u e c o r r e s p o n d i a ae xu ims taê n c i a m e r a m e n t e b i o l ó g i c a e r a c i o n a l . ( O r a c i o n a l i snmã o g a r a n te t e d e f o r m a a l g u m a uc omnas c i ê n c i a s u p e r io i o r , m atsã o - s óu óu n i l a te t e r a l !) ! ) O n o v o e s t a d o s e c a r a c t e ri r i z a p- e l o v e r m e l h o d o s e n tit i m e n t o e p e l o a m a r e lo l o ( o uintuição. r o ) d a T r a t a -s -s e p o r c o n s e g u in i n t e d e u m d e s lo l o c a m e n t o d o c e n t ro r o d a p e r so s o n a l id i d ardeeg ipãaor a a mais quente do coraçãoe coraçãoe do sentimento, senti mento, e peincíusãoda incíusão la da intuição intui çãosurge surge a m o d o d e u m p r e s s en e n t i m e n t o aupm r eae n s ã o i r r a c i o ndaal t o t a l i d a d e . I m a g e m4 m4 3
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E s t e q u a d r éo de um a m ulher de meia-idade, a qual, sem neurótiser ca, trabalhava no sentido de seu desenvolvim ento espiritual, utilizando a
"imaginação ativa" para este fim. Destas tentativas surgiu a representarepresentaçao do nascimento de uma nova visão, ou consciência (olho) das profundezas do inconsciente (mar). O olho tem aqui o significado do si-mesmo. Imagem 44 Esta é uma representação que se se encontra encontra num mosaico de piso roro- 699 mano, em Mokhnin (Tunisia), onde a fotografei. Trata-se de um expedi-ente apotropaico contra o mau olhado. Imagem 45 Mandala dos índios navajo. Eles confeccionam tais mandalas com 700 areia colorida, num trabalho demorado e difícil, difícil, para fms curativos. Trata-se de uma parte do ritual do chamado Canto da Montanha (Mountain Chant), o qual é entoado para o doente. Em torno do centro estende-se num amplo arco arco o corp corpoo da deus deusaa do arco arco-i -iri ris. s. A cabe cabeça ça qu quad adra rada da cara carac-t c-ter eriz izaa a divindade feminina, e a redonda, a masculina. A disposição dos quatro pares pares de deus deuses es no noss braç braços os da cruz cruz suge sugere re um umaa suás suásti tica ca dext dextro rogi gi-ra -ra.. A este este movimento movimento correspondem correspondem também também as quatro quatro divindades divindades mas-culinas mas-culinas que fecham a suástica. Imagem 46 Esta imagem representa outra outra pintura em areia dos navajos. Ela per- 701 tence à cerimônia do Male Shooting Chant . Os quatro pontos cardeais são representados por quatro cabeças com chifres, nas quatro cores correspondentes aos pontos cardeais. Imagem 47 Ofereço aqui, a titulo de comparação, uma representação da mãe do 702 céu dos egipcios, que, tal como a deusa do arco-iris, se inclina inclina sobre a 35. [Canto de caça dos homens.] Agradeço Agradeço os dois desenhos desenhos a Mrs. MARGARET MARGARET SCHEVILL SCHEVILL.. A imagem imagem 45 c uma variante variante da pintura pintura em areia publicada publicada in: Psicologia e alqui-mia [Tig. 110, p. 234].
"ter "terra ra"" com com o horiz horizon onte te circ circul ular ar.. Po Porr trás trás da mand mandal alaa enco encont ntra ra-s -see (presu-mivelmente) o deus do ar, parecido com o demônio (imagens 3 e 34). 34). Emba Embaix ixo, o, os braç braços os em ador adoraç ação ão do Ka com o tema do olho, seguram seguram a mandala que poderia significar a totalidade da "terra" .
Imagem 48 8 5 .E .E s t a i m a g e m p r o v é md md e u r n m a n u s c r i to to d e H I L D E G A R D V O N BING EN . Representa Represent a a terra cercada pelo oceano, pelo pel o re reino ino do ar e pelo pe lo céu estrelad estrelado. o. N o centro, a esfera terrestre prop riamenétedividida dividi dita da 3 7. em quatro paries 8 6 . J A C O BB BB Ò H M Ea Ea p r e s e n t o u u m a m a n d a l a e m s e u lViv i vi er or t z i g F r a g e n v o n d e r S e e(quadro3 le (quadro 3 no capitulo precedente pre cedente d este vvolume). olume). O círculo contémum sem icirculo icirculo claro e ooutro utro escuro que dãoseas costas. R e p r e s e n t a m o p o s t on sã o u n i f i c a d o s . P o r e s t e m o t i v cooor a ç ã oq oq u e s e e n c o n t r a e n t re r e a m b o s d euvnei f i c á - l o sE. s t a r e p r e s e n ta ta ç ã o é i n c o m u m , m a s e x p r e s s a a d e q u a d a m e n t e o c o n f lil i t o m insolúvel oral na visão v isã o cristã. " A a l m aé aé u m o l h o/ o/ no abismo eterno: uma me metáfora táforada da eternidad eternidade: e: uma figura perfeita perfeita e retrato retrat o do prim eiro Principio, Princi pio, e como Deus P ai de acordo c o m s u a p e s s o a ( s e a s s e m e làh ae )t e r n a N a t u r e z a . S ue as s ê n c i a eses u b s tância (ond (ondee está e stá ppuro uro em si mesmoé )em primeiro lugar a roda da natu reza - com as quatro prim eiras formas". E m o utro texto do m esmo trat trataad o , B Õ H M Ediz: "A natureza das almas al mas com sua imagem / estána está na terra/ terra/ eem m um a bela flor". fl or". Ou Ou:: a alma aléma "um olho de fogo", "que provémdo provémdo eter n o c e n t r o d a n a t u r e z a " , u "mmae t á f o r ad ad o p r i m e i r o P r i n c i p i o " . C o m o olho ela "recebe a luz / do m esmo m odo que a Lu a a (recebe) do brilho bril ho do S o l , . ... . p o i s a v i d a d a a l m a o r i g i n a - s e n o f o g o " . E m o u t r a p a s s a g e m : " A a l m a a s s e m e l h a - s e a u m a e s f e r a d e /fo f o guoa u m o l h o d e f o g o. " I m a g e m4 m4 9 e 5 0 705
A i m a g e m49 é particularmente particularmeninteressante, te na me did didaa em que n ela s e r e c o n h e c e c o m n i t i d e z e m rqeul ea ç ã os os e e n c o n t r a c o m s e u a u t o r . A 36.0 desenho veio às minhas mãos do British Museum, Londres. O rclcvo do mesmo parccc encontrar-sc cm Nova Iorquc. 87. Lucca, Biblioteca Biblioteca governativa. governativa. Cod. 1942, fol. 37. 88. [(Das umbgewandte umbgewandte Augc), O olho voltado voltado para trás, p. 161s.]
desenhista (a mesma da imagem 42) tern um problema com a sombra. A figura feminina no quadro representa sua sombra, seu lado escuro ctônico. Encontra-se diante de uma roda de quatro raios, formando com a mesma uma mandala de oito raios. De sua cabeça saem quatro serpentes , as quais expressam a natureza tetrádica da consciência; fazem-no porém - concordando com o caráter demoníaco do quadro - num sentido mau e nefasto, na medida em que representam pensamentos maus e destrutivos. A figura inteira está envolta em chamas, que emitem uma luz ofus ofusca cant nte. e. Ela Ela é um umaa espé espéci ciee de demô demôni nioo do fogo fogo,, la salamandre, a idéi idéiaa medi mediev eval al de um elfo elfo do fogo fogo.. O fogo fogo expr expres essa sa um inte intens nsoo processo de transformação. Por isso a matéria-prima a ser transformada na alqui alquimi miaa é repres represent entada ada por uma salaman salamandra dra no fogo, fogo, tal como most mo stra ra a im imag agem em 50 . A po pont ntaa da espa espada da ou da flec flecha ha expr expriime "direção" em sentido figu-rado. Ela aponta aponta para cima, a partir do mei meioo da cabeça. Tudo o que o fogo consome ascende ao trono dos deuses. O dragão dragão arde no fogo, é vol volati atili-z li-zado. ado. Do tonnento tonnento do fogo gera-se gera-se a üuminação. O quadro deixa entre-ver algo do desenrolar no pano de fundo do processo de transformação. Descreve obviamente um estado de tonnento, o qual lembra por um lado a Crucifixão e, por outro, Ixion preso preso na roda. roda. Vê-se Vê-se então então com clarez clarezaa qu quee a indi indivi vidu duaç ação ão,, isto isto é, a real realiz izaça açaoo da tota totalilida dade de não não é nem 'summu 'summum m bonum', bonum', nem 'summum 'summum desideratum', mas o processo doloroso daunifi-cação dos opostos. Este é o significado da cruz no circulo. Por este moti-vo, a cruz tem um efeito apotropaico, pois quando apresentada ao maléfí-co, mostra-lhe que já está incluída e por isso perdeu seu efeito destrutivo. Imagem 51 A partir de uma problemática semelhante uma paciente de dezesseis 706 anos fez este quadro: um demônio de fogo subiu através da noite até uma estrel estrela, a, onde onde atado atado a uma situa situação ção caótica caótica passou passou para um estado estado firme e ordena ordenado. do. A estrel estrelaa sugere sugere a tot totali alidad dadee transc transcend endent ente. e. O demôni demônioo corres corres- ponde ponde ao animu animuss o qu qual, al, como a anima anima,, esta estabel belec ecee um umaa rela relaçao çao entr entree o consciente e o inconsciente. A imagem evoca um simbolismo antigo, por exemplo o de PLUTARCO : para este a alma está só parcialmente no cor89. Cf. as quatro scrpcntes na mctadc ctônica (sombria) da mandala na imagem 9 no artigo que preccdeu cstc volume. 90. Fig. Xextraida das figures figures dcLAMBSPRINCK dcLAMBSPRINCKde de \611noMusaeumhermeticum [p. 361]. 91. De genio Socratis, cap. XXII {Überden Damon des Sob-ates, p. 195].
po, por outra parte, paira sobre o humano como uma estrela, que simboliza seu genius. Encontramos a mesma concepção entre os alquimistas. lmagem 52 707
E s t a i m a g e mé d a m e s m a p a c i en e n t e q u e f e z a i m 5a 1g .eEml a r e p r e s e n t a c h a m aast r a v é sd sd a s q u a i s u m a a l m a s o b e , fl f l u tu tu a n d o . O m e s m o m o t i v o - e c o m o m e s m o s ig i g n if i f ic i c -a ds eo e n c o n t ra r a nCo o d e x A l c h e m i c u s R h e n o v a c e n s (i ss é c u l oX oX V ) n a B i b l i o t e c a C e n t r a l d e Z u r i q u e ( i m a g e m 5 4 ) . A s a l m a s dm a a t é r i a - p r i m a c a l c i n andoa f o g o e s c a p a m ( c o m o v a p o r e s ) s o b a f o r m a d e c r i a n( chaosm u n c u l i )N. o f o g o e n c o n t r a - s ed roa g â o a o t r a n s f o r m a r - s e , so s o b a f ocrtmô na i c ad ad a a n i m a m u n d i . I m a g e n s5 s5 3 e 5 4
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D e vo v o ob o b se s e rv r v ar a r ne n e st s t e p on o n to t o q ue u e ne n e m a pa p a ci c i e nt n t e ti t i n ha h a q ua u a lq l q ue u e r c on o n he he c i m e n t o d a a l q u i m i a , e n e m e u m e s m o c o n h e c iéap onceas som oam a t e r i a l i m a g i s t ic i c o a l q u i m i c o s. eAm e l h a n ç ea n t r e e s t a s d u a s i m a g e n s , npoot rá v e i s q u e s e j a m , n a d a t e r ne xdter a o r d i n á r i ou,m a v e z q u e o g r a n d e p r o b l e m a n o q u e c o n c e rànael q ui u i m i af í l o s ó f i c a oé m e s m o q u e s u b jàa z p s i c o l o g i a d o i n c o n s c i e n t e , éi,s tood a i n d i vi v i d u a ç ã oa, i nt n t e gr g r a ç ão ã od o s i -m - m e s m o . C a u s a s s e m e l h a n t e s t e r n e f e i t o s s e m e l h a ns te tiet us ,a ceõ ea s p s i c o l ó g i c asse m e l h a n te t e s s e r v e m - s e d o m e s m o s im i m b o l i sm sm o , o q u a l p o r s u a v e ze ze s t á a s e u l a d o n o s f u n d a m e n t o s a r q u e t i p ic i c o sj ,á ci nodmi qo u e i no caso da alquimia.
Conclusão 709
E sp s p er e r o te t e r co c o ns n s e g ui u i d o d ar a r ao a o le l e i t o r al ail dg éum uimad adao s i m b o l i s m o d a m a n d a l a a, t r a v é s d e s t aism a g e n s . N a t u r al a l m e n tãeo p r e t e nd n d idaa r c o m essase essase x p l ic i c a ç Õ e s m adi so q u e u m orientação oa rientação acerca d o m a t e ri ri a l e m p i r i c o , q u ee ee s t á a b a s e d e s t aisn v e s t i g a ç õ e s . A p r e s e natlegiu n s p a r a l e l o s q u e p o d e m i n d i c a r o c a m i n h o p a r a ocuot m r aps a r a ç õ e s h i s t ó r i c o - é t n i c a s , m a s r e n u n c ie ie i a u m e xap o s i ç ã om a i s c o m p l e ta t a e p o r m e n o r i z a d a n e s te te c o n t e x t o , p o r q u e i s s o m e l e v a r i a lo lo n g e d e m a i s .
O signific significado ado funcional funcional das mandalas mandalas dispensa muitas palavras. palavras. Já 710 tratei várias vezes desse tema. Além disso é possível intuir com urn pou-co de sensibilidade o sentido mais profundo que o autor tenta expressar através dessas imagens, muitas vezes pintadas com o maior amor, embo-ra com mãos desajeitadas. Trata-se deyantras no sentido indiano, isto é, de instruments de meditação para mergulhar em si mesmo, de concen-tração e realização da experi experiênc ência ia int interi erior, or, tal como como expus expus no Coment Comentá-r á-rio io à Flor de Ouro. Ao mesmo tempo, as yantras servem ao estabeleci-mento da ordem interior, encontrando-se por isso freqiientemente em series de imagens; aparecem logo logo depoi depoiss de estado estadoss caóti caóticos cos,, desor desorden dena-d a-dos os,, conf confli liti tivo voss liga ligado doss ao medo. Expressam por conseguinte a idéia do refugio seguro, da reconciliação interior e da totalidade. Poderia mostrar um numero muito maior de imagens, das mais di- 711 versas regiões do mundo e o que surpreenderia seria ver como esses sim-bolos part artem do mesmo smo fun unddamen amentto bási ásico já obser bserva vado do nas nas mand andalas individuais. individuais. Em vista do fato de que em todos os casos aqui demonstra-dos demonstra-dos há no novo voss fenô fenôm menos enos inde indepe pend nden ente tess de qu qual alqu quer er infl influê uênc nciia, somo somoss obrigados obrigados a constatar constatar que, além da consciência consciência,, deve existir uma disposi-ção disposi-ção inconsciente universalmente disseminada, uma disposiçâo capaz de produzir em todos os tempos e lugares os mesmos simbolos, ou pelo me-nos, muito semelhantes entre si. Uma vez que essa disposição é em geral inconsciente para o individuo, eu a designei inconsciente coletivo, postu-lando como o funda fundamen mento to dos produt produtos os simb simbóli ólico coss do mesmo mesmo a exist existênên-cia cia de imagens imagens originárias: originárias: os arquétipos. Não Não é necessá necessário rio acresce acrescenta ntarr que a identid identidade ade dos conteúdos inconscientes individuais se expressa através dos conteúdos dos paralelos étnicos, não só na configuração ima-gística, como também no sentido. O conheci conheciment mentoo da origem origem comum comum do simboli simbolismo smo inconsci inconsciente ente-- 712 mente pré-formado se havia perdido por completo para nós. Para trazê-lo de volta à luz do dia devemos ler antigos textos e investigar culturas arcai-cas, a fím de poder compreende compreenderr aquilo que os nossos paciente pacientess nos tra-zem hoje para para o escl esclar arec ecim imen ento to de sua sua evo volu luçã çãoo psíq psíqui uica ca.. Pe Pene netr tran ando do mais ais profundamente nas camadas interiores da alma, deparamos com es-tratos históricos que não constituent letra morta, mas continuam vivos e atuantes em tod todoo ser humano; humano; ultrapass ultrapassam am nossa nossa possibi possibilid lidade ade de apre-e apre-ensão nsão,, no estado atual de nossos conhecimentos.
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Texto publicado publicado em português na obra de Carl Gustav Gustav Jung Os Vozes, Arquétipos e o Inconsciente Coletivo. - Petrópolis: Vozes, 2000. Páginas 347-381